INA EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA REVISTA CIENTÍFICA INA REVISTA ONLINE EM SAÚDE Nº 3 – MARÇO 2011 EDITORIAL Nesta edição Unhas saudáveis, bonitas e livres de micose ..................................................2 Biossegurança e Estética......................5 Protetores Solares: uma questão de hábito! .................................................46 Alunos do INA......................................50 Nova ferramenta de consulta no site do INA .....................................................52 BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA Nessa edição você terá matérias sobre os temas Micoses e Protetor Solar, sendo que o destaque fica para o artigo científico da Aluna da 7º Turma do Curso Técnico em Estética Janete Mello, que fala sobre a Biossegurança e Estética, um dos assuntos fundamentais para a qualidade e bem estar dos clientes que procuram as clínicas de estética. Uma boa leitura a todos. Marcelo Kertichka Diretor do Grupo INA Expediente Editor Científico: Marcelo Kertichka Arte e Diagramação: Luana Silveira Deschamps Rosane Silveira Revisão: Vanessa Petean Kátia Rosana Kertichka Colaboradores: Dra. Sheila Gonçalves Janete Mello Vanessa Petean Grupo INA – Empreendimentos em Educação e Saúde Rua Hermann Hering, 573 – Bom Retiro Blumenau – SC Fone: (47) 3222-3068 / 3037-3068 Site: www.inainstituto.com.br É proibida qualquer cópia ou reprodução total ou parcial, por quais quer meios, sejam eletrônicos ou mecânicos sem a autorização prévia por escrito do Grupo INA. Unhas saudáveis, bonitas e livres de micose Durante o verão, como não poderia ser diferente, aumenta o número de frequentadores nas saunas, praias e piscinas de todo o País. Como resultado, crescem os casos de micoses de unhas, pois, sobretudo nesses locais, dentre outros (solo, alicates e tesouras contaminadas) são ideais para a proliferação dos fungos que causam esse problema. Por esta razão, para que a estação seja perfeita, é importante prestar atenção a alguns detalhes preciosos, diz a Cosmetóloga e Diretora Técnica da Medicatriz Dermocosméticos, Dra. Sheila Gonçalves. O primeiro passo, por exemplo, é a escolha do local a ser frequentado, informandose sobre as condições de higiene e se há avaliação médica antes do uso, no caso de saunas e piscinas; e se a água está própria para banho, no caso das praias. A micose de unha, também conhecida como onicomicose, caracteriza-se por apresentar manchas nas unhas. A solução para o tratamento de unhas fracas, com problemas de crescimento e micoses pode estar na associação de óleos essenciais. Trata-se do Ônico Plus, produto já disponível no mercado brasileiro. Essas manchas podem ser escuras ou amareladas alterando suas características normais, dificultando o tratamento. “Por isso, para se obter sucesso na recuperação, o fungo deve ser totalmente eliminado da unha porque ele literalmente se alimenta da queratina da própria unha. Portanto, a unha com problema deve ser substituída por outra saudável, livre do fungo e, como seu crescimento é lento, este processo demanda tempo e paciência: cerca de seis meses para as unhas das mãos e 12 meses para as dos pés”, explica a Cosmetóloga. Em muitos casos, alerta a especialista, é necessário o uso de medicação via oral, associada à de uso local. Por esta razão, a fim de apresentar uma alternativa de tratamento mais rápido, eficaz e natural, a Medicatriz Dermocosméticos, empresa brasileira, buscou inspiração na associação sinérgica dos óleos essenciais já utilizados em tratamentos de pele, para desenvolver o Ônico Plus. Segundo a Medicatriz, o Ônico Plus promove o aumento da circulação, fortalecimento, hidratação, cicatrização e nutrição da unha com problema. “Pesquisadores de diversas partes do mundo já comprovaram que os óleos essenciais possuem propriedades curativas. Para se ter uma idéia do alto teor de substâncias ativas nos óleos essenciais, a retirada de algumas gotas demanda quilos de folhas de uma mesma planta”, diz a Cosmetologia. Ela observa que o produto foi tema de palestra no XV Jornada Internacional de Podologia, em São Paulo. O produto é único no gênero: promove largo espectro de ação antisséptica, fortalece e cola unhas fracas, com rachaduras, intensifica seu crescimento, hidrata unhas e cutículas. Graças a um sistema enhancer que promove uma maior penetração da formulação para dentro do leito ungeal facilitando o contato dos ativos com a micose, podendo até ser usado sobre esmalte Dicas ·Aplicar nos locais de 2 a 3 vezes ao dia, principalmente à noite. ·Pode ser usado sobre o esmalte. ·O produto também pode fortalecer unhas fracas, com fissuras e problemas de crescimento. ·Remover uma pequena camada com lixa de unha para favorecer a ação do produto. Fonte: Dra. Sheila Gonçalves - Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Medicatriz Dermocosméticos, farmacêutica, consultora em cosmetologia, docente do curso de pós-graduação em Cosmetologia da Faculdade Oswaldo Cruz de São Paulo, foi colaboradora da primeira edição do livro “Cosmetologia Aplicada à Dermoestética” e pós-graduada no setor de cirurgia plástica da Universidade Federal de São Paulo. 2 Vendas: (47) 3222-3068 3 Você pode escolher o futuro! Seja um Técnico em Estética. INA Curso Técnico em Estética EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE Matrículas Abertas Apoio: EM MENOS DE DOIS ANOS VOCÊ TERÁ A FORMAÇÃO COMPLETA DE UMA PROFISSÃO PROMISSORA, COM MERCADO EM FRANCA EXPANSÃO. (47) 3222-3068 Rua Hermann Hering, 573 – Bom Retiro Blumenau – SC www.inainstituto.com.br 4 4 BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA Trabalho apresentado pela aluna Janete Mello como requisito parcial para a conclusão do Curso de Educação Profissional de Nível Técnico no Eixo Tecnológico Ambiente, Saúde e Segurança com Habilitação de Técnico em Estética do INA - Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada. 1.INTRODUÇÃO Quando pensamos em uma Clínica de Estética imaginamos um espaço de bem estar, beleza e de relaxamento. Porém para que isso ocorra é necessário que o profissional tenha ciência de algumas medidas que deve ser tomada, como forma de garantir a saúde mental e física daqueles que desfrutam do espaço como clientes ou profissionais. O trabalho do Esteticista esta diretamente ligada ao contato corporal, por este motivo existem diversas possibilidades de se contrair alguma infecção, que coloque em risco a saúde do profissional e / ou do cliente. O controle de infecções é do interesse de todos os envolvidos no ambiente da Clínica de Estética, portanto, uma obrigação coletiva, que busca controlar as contaminações presentes nos espaços e nos procedimentos. A Biossegurança em Estética consiste em ações voltadas a prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Na relação entre profissional e cliente podem ocorrer riscos, deste o cumprimento pelas mãos até um espirro ou contato com alguma superfície contaminada. Devido à grande demanda do segmento de beleza, a preocupação com a segurança na relação do não contágio de serviço prestado, é uma atitude que configura maior credibilidade ao profissional Esteticista. A assepsia é fundamental para o trabalho do profissional Esteticista, tanto nas mãos, quando roupas e materiais ou aparelhos dispostos na sala da clínica. Assim, o uso dos equipamentos de proteção como nas ferramentas de trabalho do profissional, que é oferecido ao cliente. Neste sentido, conhecer os conceitos sobre uma prática voltados a higiene dos equipamentos, do próprio procedimento, visando prevenir possíveis contágios, é importante a todo o profissional da área estética. Assim, o presente trabalho procura identificar os equipamentos que protegem o Esteticista e o cliente, bem como apresentar o conceito de Biossegurança e conhecer um pouco sobre a função do profissional Esteticista. 5 Considerando os fatores de risco da profissão voltada à saúde, é que a Biossegurança se apresentará no texto, trazendo os principais fatores de risco presentes e as ações voltadas a proteção da vida, através dos equipamentos de proteção individual que incluem luvas, óculos, avental, calçados, máscaras e touca. Segundo o autor Shmidlin (2005) o profissional da Estética tem a função de atender e cuidar de seus clientes, tendo como base sua formação teórica em estética e cosmetologia. Este profissional é responsável pela segurança de natureza física, ou química de seu cliente. A pesquisa foi realizada com procedimentos de coleta de informações teóricas, em livros, sites e periódicos, definindo o trabalho como uma pesquisa Bibliográfica, com o objetivo de qualificar os dados da pesquisa. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A Biossegurança Para Costa (1999) a Biossegurança pode ser compreendida para fins de estudo como um conceito que objetiva a preservação da saúde do homem e meio ambiente. Como um todo a Biossegurança é compreendida como um conjunto de comportamentos, conhecimentos, hábitos, ações que são passadas ao homem de forma que este possa realizar suas atividades de forma segura e sem risco a vida (SHMIDLIN, 2005, p. 02). Para compreender a Biossegurança, é necessário é pensá-la em sua raiz estrutural que etimologicamente, provém do radical grego “bio,” que significa vida e da palavra “segurança,” que remete ao conceito de vida livre de perigo. Para Costa (2005) é considerada como a ação que contribui para a segurança das pessoas. A Biossegurança está ligada a vários processos não sendo restrito apenas às áreas consideradas de saúde – O Conselho Nacional de Saúde define na resolução 287/98, que as áreas como economia e licenciaturas, estão associadas ao conceito de Biossegurança, já que todos envolvem o contato com o outro (PORTO et al, 1997, p. 60). Outra definição nessa linha é a de Teixeira et al (1996) onde afirmam que o conceito de Biossegurança envolve ações voltadas há prevenção, minimização ou eliminação de riscos nas atividades de pesquisa e produção, do meio tecnológico que buscam preservar o meio ambiente e das melhorias na qualidade de resultados. A C o m i s s ã o d e Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz (2003, apud Shmidlin, 2005, p. 02) define o conceito de 6 Biossegurança de forma bastante abrangente: (...) considerando-a como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas, do ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. O conceito de Biossegurança então deve ser compreendido como um conjunto de ações que previnem contra os riscos inerentes a determinadas atividades do ramo da saúde. Segundo Nogueira (1996, p. 72) essa prática é um dos principais objetivos das empresas que são apoiadas por uma política mundial de prevenção, tanto na área da saúde quanto em outras áreas, reafirmando então o conceito de que todas as áreas estão envolvidas no processo de cuidado com a vida e prevenção, transformando-a num conceito social. Fonte:www.laboratoristaveterinario.blo gspot.com - Acessado em: 31 mai. 2010. A Biossegurança é uma construção coletiva, que é normatizada em um conjunto de práticas de uma comunidade. Segundo Costa (2005) é composta por uma infra estrutura laboratorial, política de valorização de recursos, valores éticos, e técnicos, de ações voltadas à humanização dos processos do trabalho, de comunicação e das ações que regulamentam essas praticas. Estes fatores se relacionam com o meio, ao qual possuem vínculos, podem ser observados nos elementos: · Indivíduos; · Equipamentos; · Reagentes; · Produção. Para Costa (2005) é muito importante que o estudo da Biossegurança seja compreendido como ciência, já que ele originou-se da vertente sobre a manipulação de organismos geneticamente modificados e também a prática de ações voltadas aos riscos de contágio em laboratórios, consultórios estéticos e da área da saúde em geral. A Biossegurança está envolta ao conceito de ação de risco, neste sentido, ela tem como objetivo promover ações que sejam voltadas a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos que envolvam Figura 01: Símbolo de risco biológico 7 8 9 pudessem surgir dos avanços da tecnologia mundial. Esta discussão aconteceu nesta conferência, como um espaço para a discussão de propostas para diminuir e controlar o progresso científico originalmente. A partir desta conferência, iniciou a construção do processo de Biossegurança, através do estudo sobre a pesquisa do DNA. Segundo Cerezo et al (2000, apud Braga et al, 2007): (…) é possível afirmar que a lógica de construção deste conceito tenha surgido nesse encontro. Essa afirmação baseia-se na inclusão de aspectos de proteção, que tinham como objetivo minimizar os possíveis riscos que a técnica do DNA recombinante poderia oferecer aos trabalhadores em laboratórios, ao público em geral e ao ambiente. Neste sentido a construção do conceito de Biossegurança, tem como princípio básico a avaliação de riscos conforme cita COSTA (2005) abaixo: · Identificar o risco existente; · Avaliar todas as formas possíveis de exposição; · Avaliar as possíveis conseqüências dos efeitos; · Caracterizar os riscos. Biossegurança tem como fundamento a premissa de que os riscos podem ser identificados, controlados e também avaliados. Apesar do conceito de Biossegurança ser fundamentado em uma abordagem sobre o risco e as medidas sobre o mesmo, ele precisa formar uma base estrutural entre risco e benefício. Pois alguns teóricos defendem os benefícios dos organismos modificados geneticamente e alguns opositores procuram apresentar os impactos negativos ao ser vivo (MULLIGAN, 2000 apud BRAGA et al, 2007). A Biossegurança envolve o controle dos riscos ao qual a vida está sujeita já que com o crescimento e circulação de mercadorias e pessoas pelo mundo; as possibilidades de um vírus ou qualquer micro organismo nocivo a vida se proliferarem e induzirem a uma contaminação é muito maior. Historicamente, foi pesquisado o porquê das pessoas que trabalhavam com saúde terem um alto índice de doenças contagiosas como a tuberculose, hepatite e viroses. Segundo Revista Saúde Pública ( 2 0 0 5 , p , 9 8 9 ) : Na Inglaterra, a incidência de tuberculose entre esses trabalhadores chegava a ser cinco vezes maior do que Wynne (2002, apud Braga et al, 2007) afirma que o conceito de na população. Na Dinamarca, a proporção de casos de hepatite era 10 sete vezes mais alta, se comparada com o restante das pessoas. Na opinião de especialistas que discutem a Biossegurança, o grande problema não está nas tecnologias disponíveis para eliminar ou minimizar os riscos e, sim, no comportamento dos profissionais. É importante que todos estejam envolvidos no processo de prevenção, não como algo imposto, mas que todos percebam que fazem parte do processo de segurança de sua vida e do outro. É necessário que construa uma cultura de Biossegurança que o profissional compreenda que ele precisa relacionar os riscos de acidentes a sua prática cotidiana. Recentemente, a Biossegurança saiu dos espaços como Laboratórios e Hospitais e abrangeu o conceito de que ela deve estar presente em todos os locais que exijam prevenção contra contágio de microorganismos. Locais que manipulem agulhas, objetos cortantes, secreções, são locais que necessitam de medidas de proteção para os manipuladores. Tanto os profissionais técnicos quanto aqueles que efetuem o descarte desses materiais. Marçal (2005, apud ANVISA, 2005) afirma que a higiene demanda tempo. Às vezes, o profissional se encontra tão sobrecarregado pelo trabalho, que pula a ação de higiene para ir direto a ação assistencial, que é vista como mais importante. Em todos os casos, é importante refletir sobre a segurança de todos os processos que garantam a vida. No Brasil, a Biossegurança é ligada aos processos legais, através da Lei numero 8974 de 05 de janeiro de 1995, esta estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso das técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismo geneticamente modificados visando a proteção à vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente. Atua no sentido da prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e ergonômicos, envolvidos em processos onde o risco biológico se faz presente ou não. Para Costa (1999) esta vertente da Biossegurança, é que realmente misturam-se com a engenharia de segurança, mas diferente dos profissionais que atuam a segurança ocupacional, a Biossegurança não possui um campo delimitado, ela pode ser entendida, como uma ocupação, que pode ser incorporada onde existe risco para a saúde humana. Neste sentido, qualquer profissional pode assumir a função de propagador da Biossegurança no espaço de trabalho. Os cursos sobre B i o s s e g u r a n ç a s ã o b a s ta n te articulados e abrangem a área da 11 saúde e segurança no trabalho. e explosão, armazenamento inadequado, entre outros; Alguns objetivos da Biossegurança: a) Prevenir o aparecimento de doenças; b) Programar, orientar e verificar a realização de imunizações para minimizar o risco de infecção; c) Providenciar diagnósticos em caso de infecção ocupacional; d) Avaliar a eficiência das medidas de proteção e prevenção. b) Riscos ergonômicos: Qualquer fator que interfere nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. Ex: levantamento e transporte de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, responsabilidade excessiva, postura inadequada e trabalho em turnos; Ainda é possível verificar que são necessários alguns cuidados quanto ao descarte de materiais utilizados nos procedimentos, esterilização e higienização dos materiais e ambiente, na área da Biossegurança e conseqüentemente no espaço que envolve estes procedimentos. c) Riscos físicos: Formas físicas a que estão expostos os trabalhadores como: vibrações, ruídos, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e pontiagudos e etc.; 2.1.1 Tipos de riscos Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78 (Fonte: Manual de Biossegurança de Goiás, 2008): a) Riscos de acidentes: Portaria n.3.214-78 Ministério do Trabalho: “qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e que possa afetar sua integridade e o bem estar físico e moral”. Ex: máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio d) Riscos químicos: São causados por substâncias, compostos ou produtos que penetrem no organismo pela via respiratória, nas formas de poeira, fumaça, névoas, neblinas, gases, vapores, ou que pela natureza da atividade possam ser absorvidos pela pele ou ingestão; e) Riscos biológicos: (segundo NR32), s ão aqueles ocasionados pela exposição às bactérias, fungos, parasitas, vírus e outros. São classificados de 1 a 4 em ordem crescente de risco e segundo os critérios: 12 - Patogenicidade para o homem; - Virulência; - Transmissibilidade; - Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; - Disponibilidade de tratamento eficaz; - Endemicidade. - Classe de Risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. Ex: Bacillus subtilis; - Classe de Risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. A exposição ao agente patogênico pode provocar infecção, porém, se dispõe de medidas eficazes de tratamento e prevenção, sendo o risco de propagação limitado. Ex: Vírus das Hepatites A, B, C, D e E; Vírus da Imunodeficiência Humana; Mycobacterium tuberculosis, Salmonella enteriditis, Neisseria meningitidis, Toxoplasma gondii e Schistosoma mansoni; - Classe de Risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Ex: Culturas de Vírus das Hepatites A, B, C, D e E; culturas de Vírus daImunodeficiência Humana; Culturas de Mycobacterium tuberculosis; - Classe de Risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, direta ou indiretamente. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento (NR32, Portaria n°.485 de 11.11.2005). Ex: Vírus Ebola. f) Símbolos associados aos riscos: 2.1.2 Prevenção e controle de infecções A ausência de medidas preventivas (vacinas) e a ineficácia do uso de imunoglobulinas agravam o risco em relação à aquisição 13 profissional deste agente Etiológico. Especificamente para profissionais de saúde que trabalham em laboratório, o risco de adquirir Hepatite B é três vezes maior que o de outros profissionais de saúde e pode ser até 10 vezes maior que o da população em geral. O risco de aquisição após acidente com 6 material pérfurocortante, contendo sangue de paciente com HBV varia de 6 a 30%, se nenhuma medida profilática for adotada. Estes dados deixam clara a importância da vacinação contra a hepatite B em todos os profissionais de saúde. O uso de vacina contra HBV ou imunoglobulina específica reduz o risco de aquisição do HBV em 70 a 75% (Fonte: Manual de Biossegurança de Goiás, 2008, p. 6). As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um grande desafio, exigindo dos responsáveis pelos serviços de saúde ações efetivas de prevenção e controle. Tais infecções ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde, podendo acarretar-lhes sofrimentos e resultar em gastos excessivos para o sistema de saúde. Podem, ainda, ter como efeito processos e indenizações judiciais, nos casos comprovados de negligência durante a assistência prestada (Fonte: Manual de Segurança do Paciente em Serviço de Saúde: Higienização das mãos / Anvisa, 2009, p. 14). Atualmente, as ações para o controle de infecções em serviços de saúde são coordenadas, no âmbito federal, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos (Uipea) da Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES), que incentiva medidas voltadas à prevenção de riscos e à promoção da segurança do paciente. Em consonância com as diretrizes da OMS, a ANVISA vem desenvolvendo ações relacionadas à higienização das mãos, com o objetivo de aumentar a adesão a essa prática pelos profissionais de saúde. Nesse contexto, foi publicado, em 2007, o guia técnico “Higienização das mãos em serviços de saúde”, com informações atualizadas sobre o tema para profissionais, familiares dos pacientes e visitantes dos serviços de saúde (Fonte: BRASIL, 2007). a) Higienização das mãos: a higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida primária, mas muito importante, no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções nos serviços de saúde, 14 15 incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes (Fonte: Manual de Segurança do Paciente em Serviço de Saúde: Higienização das mãos / Anvisa, 2009, p. 12); b) Quando higienizar as mãos: o entendimento de como o profissional de saúde pratica a higienização das mãos é essencial para o planejamento de intervenções nos serviços de saúde (Fonte: Manual de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2009, p. 12). Esta técnica deve ser realizada antes e após os procedimentos semi-críticos (Fonte: Manual de Biossegurança do curso de Odontologia da Unisa, 2009, p.4); c) Produtos para higiene das mãos: os produtos de higienização das mãos, quando usados de forma inapropriada, também podem ser fontes de bactérias multirresistentes. Vários anti-sépticos e sabonetes associados a anti-sépticos, como clorexidina, polivinilpirrolidona-iodo (PVPI), triclosan e álcool, podem ser utilizados na higienização das mãos durante o cuidado de pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes, conforme será descrito posteriormente (Fonte: Manual de Segurança do Paciente em Serviço de Saúde: Higienização das mãos / Anvisa, 2009, p. 33). Para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos, três elementos são essenciais para essa prática: agente tópico com eficácia antimicrobiana; procedimento adequado ao utilizá-lo, com técnica adequada e no tempo preconizado; e adesão regular ao seu uso, nos momentos indicados (ROTTER, 1996, p.1052). As informações sobre os produtos registrados / notificados na ANVISA utilizados para a higienização das mãos, bem como a legislação que regula esta prática, estão disponíveis no site da i n s t i t u i ç ã o ( F o n t e : www.anvisa.gov.br); d) Como higienizar ou lavar as mãos: segundo o Manual de Biossegurança do curso de Odontologia da Unisa (2009, p.4), a técnica básica de lavagem das mãos é realizada com o emprego de sabão comum na forma líquida e visa reduzir os microorganismos transitórios e alguns residentes, como também células descamativa, pêlos, sujidades e oleosidade. Esta técnica deve ser realizada antes e após os procedimentos semicríticos. O processo deve ser realizado na seguinte seqüência: * retirar anéis, relógios e pulseiras, das mãos e antebraço; * ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna; * não tocar na pia com o corpo; * abrir a torneira com a mão nãodominante, ou cotovelo, 16 ou acionar a torneira pressionando o comando de pé ou colocar as mãos sob a torneira sob o sensor elétrico que a aciona; * umedecer as mãos em água corrente com a temperatura em torno de 24ºC; * colocar 3 ml de sabão comum líquido na palma da mão e espalhar pelas duas mãos e antebraços; * friccionar as palmas das mãos uma contra a outra e o dorso das mãos; * abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais, primeiro de uma mão e, em seguida, a outra mão; * friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta; * dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão oposta; * friccionar a região lateral da mão contra a palma da mão oposta; * finalmente friccionar o polegar e sua região interdigital; * enxaguar as mãos em água corrente, e repetir o procedimento; * enxugar as mãos com papel toalha descartável ou compressa ou toalha de pano de uso individual; * fechar a torneira com auxílio de papel toalha descartável, com a mão não-dominante ou soltar o comando de pé. a) Álcool 70%: segundo Devilla (2008) o uso do álcool a 70% vem sendo utilizado na área da saúde a muitos anos, devido ao seu alto poder de desinfecção. Os procedimentos realizados em cabines de estética envolvem uma variedade de utensílios não-críticos como cubetas, espátulas, bancadas, etc. e críticos, alicates, tesouras, etc. que necessitam de uma limpeza rigorosa com o objetivo de prevenir a transmissão de microrganismos patogênicos. Com emoliente (álcool gel ou álcool glicerinado): anti-séptico com excelente atividade germicida pode ser usado em substituição à lavagem de mãos com água e sabão, quando as mesmas não estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com fluido corporais. Pode ser acondicionado em saboneteiras tipo “bag” ou em frascos tipo “pamper” e ser disponibilizado próximo do local onde se desenvolvem atividades de assistência direta ao paciente ou requeiram a higiene das mãos (Fonte: Manual de Prevenção de Infecções Associadas a Procedimentos Estéticos, 2008, p. 18). A legislação Brasileira, por meio da Portaria MS n.15, de 23 de agosto de 1988, do Ministério da Saúde, dispõe sobre o regulamento para o registro de produtos saneantes domissanitários e afins, no qual estão contemplados os antisépticos. Todo anti-séptico utilizado deve possuir registro na Anvisa (Fonte: Manual de Prevenção de Infecções Associadas a 17 a Procedimentos Estéticos, 2008, p. 18). integrando os conceitos de que o 2.2 Barreiras de proteção e o bom, o belo e o verdadeiro formavam profissional esteticista uma unidade (a essência do belo só seria alcançada identificando-a com o Para atuar na área da Estética, é que é bom, levando em conta preciso realizar cursos técnicos, determinados valores morais) (Fonte: tecnólogos, ou cursos superiores Brasil Profissões, 2010). reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura. Para o curso A beleza e a estética caminham técnico de graduação, em média de juntas, desde a compreensão sobre os 1920 horas são oferecidos matérias que ornamentos corporais que enfeitavam envolvem a Estética, como disciplinas os povos e culturas primitivas: voltadas à anatomia, cosmetologia, economia, bioética, administração, Os egípcios são outra prova de nutrição, química, biologia, marketing e que a estética não se resignava psicologia. somente nas pinturas corporais, mas O mercado de trabalho da nas artes também. As pirâmides e os Estética está em crescimento, pois a templos criados na época serviam não moda e a beleza são um mercado somente de mausoléus para os faraós, inconstante. Hoje, a mídia e a cultura como também de embelezamento das popular vêm apontando na saúde e paisagens do deserto. beleza como aspectos fundamentais para o bem-estar pessoal. Como a A estética foi levada adiante em procura vem crescendo, a formação do todos os cantos do globo terrestre como profissional está em evidencia devido à uma forma de expressão de arte, exigência do mercado em qualidade de mesmo na época em que a beleza não serviço (PIATTI, 2006). era fundamental (período Bizantino, na Essencialmente, a palavra Idade Média) e forma de ornamentos de Estética deriva do grego aisthésis, que rituais de beleza, que foram evoluindo significa sensação e percepção. Fato para o que conhecemos hoje como que descrevia primitivamente os moda e estética (Fonte: Brasil estudos sobre estética já que era Profissões, 2010). compreendida como a capacidade das coisas possuírem beleza. Este conceito envolvia na época a arte no geral. Como perfil o profissional Esteticista precisa essencialmente gostar do que faz ter conhecimentos Sendo assim, a partir dos estudos de Aristóteles, Platão e Plotino: A estética passou a ser estudada juntamente com a lógica e a ética, específicos, principalmente àqueles que envolvem os princípios ativos de cada cosmético, além disto, deve apresentar algumas características 18 como: manter a aparência externa e as funções naturais da pele, influenciando- a) Atualização constante; os ao relaxamento e ao bem-estar físico b) Boa comunicação, aparência, do corpo e da mente (PIATTI, 2006). disposição, agilidade e flexibilidade; c) S e r responsável, ter boa Este profissional da área da coordenação motora, visão e Estética pode trabalhar em uma clínica autocontrole; ou desenvolver seu trabalho de forma d) Ser ético, ter disciplina e estar atento autônoma, já que a formação em às tendências culturais; Estética possibilita ao profissional o conhecimento vasto sobre a área da Em sua atuação o profissional estética, saúde e beleza. Sua atuação Esteticista deve estar ciente das dependerá de seu gosto pessoal ou atividades que pode estar oferecendo aperfeiçoamento em determinadas aos clientes como o planejamento do técnicas ou ramo de atividade dentro tratamento oferecido ao cliente (com própria estética. datas e pontos a serem acompanhados pelo cliente), limpezas de corpo e rosto, No site Brasil Profissões (2010) selecionar produtos de acordo com a é descritas algumas das funções do real necessidade de cada cliente, cuidar esteticista, como: das infecções da pele com acompanhamento médico, estar ciente a) Limpeza da pele e corpo; dos produtos, materiais e instrumentos b) Hidratação do rosto e corpo; necessários a serem utilizados e c) Terapia nos pés e mãos; organizar uma política preventiva com o d) Massagem estética; cliente e profissionais. e) Peelings; f) Massagem anti-estress; De acordo com o Cidesco g) Termoterapia e crioterapia; (Comitê Internacional de Estética e h) Tratamento de gordura localizada, Cosmetologia): celulite e flacidez; i) Depilação; O Esteticista ou profissional da j) Tratamento contra acne; beleza, tem como função atender e k) Rejuvenescimento e rugas, manchas cuidar de seus clientes, embasado em e clareador; sólida formação técnica, com domínio l) Lifting manual; total de todos os setores que compõem m) Drenagem linfática; a estética e a cosmetologia. É seu papel n) T r a t a m e n t o s prestar serviços de alta qualidade ao reestruturação da pele. estéticos de público, com os objetivos de melhorar e 19 To d o s e s t e s s e r v i ç o s evidenciam a amplitude do trabalho do Esteticista e a partir dele, é necessário repensarmos a qualidade do serviço oferecido pelo profissional e as questões de segurança que envolve a profissão. Nogueira (1996, p. 73) afirma que a qualidade de vida está relacionada diretamente à própria qualidade do serviço prestado e por isso, para se alcançar a proteção da saúde, dentro da prestação de serviços são utilizados equipamentos de proteção individual os chamados EPI´s. orgânicas e que por isso, devem fazer o uso de equipamentos de proteção descritos na Norma Regulamentadora n° 6, da Portaria 3214/1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. A Norma Regulamentadora n° 6 estabeleceu a partir dos riscos de cada profissão alguns critérios de obrigatoriedade de serviços sobre a saúde e segurança dos envolvidos nestes processos, evidenciando alguns cuidados de higiene e equipamentos a serem utilizados na saúde como: a) Cabelos presos; b) Unhas curtas; c) Barba feita; d) Roupas brancas e confortáveis; e) Avental de mangas compridas; f) Calçados fechados; g) Roupas exclusivas para o trabalho; h) Não fazer uso de acessórios de beleza. A apresentação pessoal pode contrair riscos de Biossegurança, sendo necessário manter alguns cuidados descritos a seguir e também quanto à apresentação do profissional: Segundo Costa (1996, apud Shmidlin, 2005, p. 02): (...) dados históricos sobre o antigo Egito demonstram que os responsáveis pelo processo de mumificação utilizavam, durante suas atividades, meios de proteção para as mãos e o rosto, o que poderíamos considerar hoje como os “ancestrais” dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s). É imprescindível que os profissionais Esteticistas não entrem em contato direto com matérias CURSO DE DEPILAÇÃO (47) 3222-3068 INA EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE www.inainstituto.com.br Rua Hermann Hering, 573 – Bom Retiro Blumenau – SC 20 21 Vendas: (47) 3222-3068 Cabelos São protegidos através de touca ou então quando compridos são presos. Unhas Não podem ser compridas, devem ser curtas e limpas. Sem o uso de esmaltes ou qualquer produto similar. Em qualquer hipótese, podem-se utilizar unhas postiças Uniforme Deve ser colocado apenas no ambiente de trabalho, não sendo permitida a utilização do mesmo se este tiver sido utilizado até a chegada ao ambiente de trabalho. Perfume Pode ser um agente alérgico, quando fica impregnado no espaço. Apresentação Pessoal Maquiagem Por possuir muitas partículas de glicerina e titânio, podem contaminar o ambiente e também ser um agente transmissor, já que bactérias podem aderir à maquiagem e serem levadas de um ambiente para outro. Também servem como agentes de transporte Acessórios de algumas bactérias. Não sendo recomendado o uso dos mesmos nos espaços. Quadro 01: Apresentação pessoal Fonte: www.medicina.ufmg.com.br - Acessado em: 15 ago. 2010. Além destes citados acima é Segundo Guandalini et al (1997) ao se imprescindível descrever os materiais utilizar a touca ou gorro o profissional da de proteção individual como a touca, estética, evita luvas, máscara, avental e óculos de cliente, durante a realização do proteção, que serão os descritos devido procedimento (o cabelo pode ser uma à relação direta com o profissional fonte de infecção pois, contem muitos Esteticista e a sua aplicação nos micro organismos). A touca é uma forma procedimentos com o cliente. de proteção, para o profissional, contra que o cabelo caia no uma possível contaminação dos 2.2.1 Touca cabelos por secreções que possam 22 ocorrer pelo cliente. Assim ela é uma forma de proteção tanto para o cliente, quanto para o profissional. colocar a luva, para evitar que a luva sofra alguma contaminação. Segundo Guandalini et al (1997, Recomenda-se que os cabelos apud Schmidlin, 2005, p. 06) devem ser devem estar todos presos embaixo da seguidas algumas recomendações no touca, sem nenhum cabelo aparente, e uso das luvas conforme abaixo: assim, ao retirar a touca o profissional deve puxá-la da parte superior da a) Antes de colocar as luvas, é cabeça, em direção as costas, evitando essencial lavar bem as mãos com água assim, que o cabelo caia no cliente. A e sabão; touca deve ser trocada entre os b) As luvas devem ser colocadas sobre procedimentos e não reutilizada. os punhos do avental; c) Enquanto estiver com a luva, não é possível manipular objetos comuns como canetas, fichas, computador, ou seja, nenhum objeto que esteja fora do seu campo de trabalho; d) Após o tratamento, as luvas devem ser descartadas, removidas pelo punho, para evitar contaminação e nunca Figura 02: Touca de proteção Fonte: www.gibaaluguel.com.br reutilizadas; e) O descarte será no lixo para materiais contaminados; Acessado em: 31 mai. 2010. 2.2.2 Luva f) O profissional deverá lavar as mãos assim que retirar as luvas. Guandalini et al (1997) coloca que o uso das luvas, é uma medida de proteção tanto para o Esteticista como para o cliente, já que veta qualquer possibilidade de contato com secreções, mucosas e fluidos do cliente ou profissional, através do contato manual, elas devem ser trocadas a cada cliente ou no caso de perfurações ou rompimento das mesmas. Para Silva et al (2002, p.07) o profissional deve realizar uma boa higiene das mãos antes mesmo de Figura 03: Luva de proteção Fonte: www.aptec.com.br Acessado em: 31 mai. 2010. 23 2.2.3 Máscara Esta serve primeiramente para proteger a mucosa de qualquer contaminação no momento do procedimento, gerados pela fala, tosse ou espirro. Para Silva et al (2002) o uso da máscara é certamente a maior barreira de proteção das vias superiores. A máscara deve ser descartável e com o tamanho suficiente para cobrir o nariz e a boca. Devem ser sempre utilizadas no atendimento de todos os clientes e são obrigatoriamente descartáveis, devem apresentar boa qualidade de filtração e ser seguras durante duas horas de uso. O profissional Esteticista precisa se sentir confortável com o uso da máscara, ela deve estar justa aos contornos do rosto, não p r o v o c a n d o m a l e s t a r, n e m embaçamento dos óculos de proteção, haja visto que a mesma precisa ter boa capacidade de filtração. Ela deve ser encaixada, cobrindo a boca e o nariz, antes dos óculos de proteção. Já que o profissional Esteticista mantém uma proximidade muito grande com a pele do paciente, é imprescindível que se tenha estes cuidados com a utilização da máscara. Para Guandalini et al (1997, apud Schmidlin, 2005) a máscara também representa a mais importante medida de proteção das vias superiores, contra os microorganismos presentes durante a fala, tosse ou espirro. Figura 04: Máscara de proteção Fonte: www.souzalins.com.br Acessado em: 31 mai. 2010. 2.2.4 Jaleco ou avental Segundo Guandalini et al (1997) os aventais podem ser brancos ou não, porém a cor escolhida deve proporcionar, a visualização de possíveis sujeiras. Necessita ter mangas longas para a proteção do Esteticista, uma vez que as luvas devem se encaixar sobre os punhos. Para Oppermann (2003) o avental pode ser de tecido ou plástico, e deve ser removido após os procedimentos com cautela para se evitar o contágio do profissional. P o d e m s e r d e diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida por desinfecção. Este pode ser reutilizável de acordo com a necessidade do profissional. Mas se reutilizado precisa ser desinfetado em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% 24 (10 ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada 1 litro de água) por no mínimo 30 minutos (OPPERMANN, 2003, p. 15). O avental precisa ser de uso exclusivo do ambiente de trabalho e deve ser retirado no próprio espaço de trabalho após os procedimentos e alocado em sacos plásticos para o possível descarte ou esterilização. indicados nos procedimentos, pois formam uma barreira maior de proteção para o profissional Esteticista. O autor considera que os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, ser leves e confortáveis e de transparência o mais absoluta possível, devendo ser de material de fácil limpeza (Silva et al, 2002, p. 6). Figura 06: Óculos de proteção Figura 05: Avental ou jaleco Fonte: www.ciamodabranca.com.br Fonte: www.submarino.com.br Acessado em: 31 mai. 2010. Acessado em: 31 mai. 2010. 2.2.5 Óculo de proteção 2.2.6 Calçado adequado O óculo de proteção é uma medida voltada especificamente ao profissional Esteticista já que o protege de possíveis infecções, através da mucosa do olho. Para Guandalini (1997) o uso do óculo serve para proteger os olhos do profissional durante o atendimento, já que a mucosa ocular não possui tanta proteção, quanto à pele em si. Os óculos de proteção podem ter a barreira lateral além da proteção frontal, sendo os óculos com proteção lateral os mais Os calçados mais indicados para os procedimentos são aqueles impermeáveis, de couro ou sintéticos, devem ser fechados e de cor branca, para que seja visível qualquer forma de sujeira. O profissional deve optar por modelos confortáveis e antiderrapantes (OPPERMANN, 2003, p. 15). 25 Figura 07: Calçado de proteção Fonte: www.eavequipamentos.com.br Acessado em: 31 mai. 2010. 2.2.7 Vacinação Para Conceição et al (2000), a imunização para os Profissionais da Área de Saúde (PAS) é indicada com o objetivo de proteção deste profissional, interrupção da cadeia de transmissão de doenças infectocontagiosa, de proteção indireta de doenças e de diminuir o absenteísmo, reduzindo gastos com diagnóstico e tratamento de doenças imunopreveníveis. 2.3 Esterilização de Materiais Os aparelhos comumente utilizados nos procedimentos de esterilização dos materiais manipulados são as estufas esterilizadoras e as autoclaves. Eles servem para a total destruição de microorganismos que eventualmente estejam alocados no material utilizado no procedimento. Os materiais devem ser separados para serem esterilizados e devidamente embalados em invólucros e adesivados para serem abertos na frente do cliente. Por Teixeira (1996) no caso do uso de estufas, estas produzem calor através das resistências elétricas, desta forma, a temperatura de dentro da câmara não é constante devido à densidade entre o ar frio e quente. O ar circula dentro da estufa elevando a temperatura e garantindo a esterilização dos materiais. Elas ainda são as mais utilizadas nos procedimentos de esterilização de metais, já que nela não é permitido o uso de materiais de acrílico ou plástico. A estufa atua com calor seco, com altas temperaturas e por isso, os materiais utilizados nos procedimentos devem ser dispostos dentro da mesma, com espaço entre as caixas, para garantir a circulação d o c a l o r, n ã o p e r m i t i n d o o empilhamento de caixas nas prateleiras. Os processos de esterilização constituem-se, sem dúvida, numa das mais importantes etapas de um programa de controle de infecção. Definimos esterilização como um processo capaz de destruir todas as formas de vida microbiana como bactérias, fungos e vírus, inclusive na sua forma vegetativa e esporulada (Fonte: Manual de Biossegurança do Curso de Odontologia da Unisa, 2009, p.15). Já o aparelho de autoclave, por sua vez, oferece um calor úmido que garante a esterilização mais rápida. Permitindo assim, a esterilização não só de metais, mas de materiais termo resistentes. 26 27 Vendas: (47) 3222-3068 Para Teixeira (1996) recomenda-se que os materiais sejam esterilizados em pequenas proporções, bem lacrados para impedir a abertura durante o processo. Indiferente da forma como o material for esterilizado ele deve passar pelo aquecimento, pelo tempo de esterilização necessária e pelo processo de resfriamento do esterilizador, sempre constando nos pacotes além data, o nome do O QUÊ? QUANDO? Sempre após a Aparelhos exposição com (alicates, tesouras, pinças, material orgânico ou na falta de, curetas para semanalmente cravo, etc) material que ali se encontra. 2.4 Higienizações de materiais No manuseio de materiais onde há risco de contaminação por matérias orgânicas a higienização deve ocorrer varias vezes durante o dia ou semana, podemos valorizar a forma como devemos proceder quanto à higienização. COM O QUE? COMO? Pano ou papel Lavar com escova. descartável com Deixar a solução álcool 70% e de contato por 15 água e sabão. minutos e depois secar com papel descartável. Semanalmente Sabão e Água. Limpeza mecânica Estufa Mensalmante ou após contaminação de material. Sabão e Água. Deixar a solução de contato por 15 minutos e depois secar com papel descartável. Condicionador de ar Limpar o filtro mensalmente Sabão e Água e hipoclorito 1%. Deixar de molho na solução o filtro por 30 minutos e na superfície deixar a solução por 15 minutos e depois secar com papel descartável. Bancadas Diariamente ou sempre que houver contaminação. Pano ou papel descartável com álcool 70%. Autoclave Remover a contaminação e passar a solução por 15 minutos, para depois secar. 28 Geladeiras Mensalmente Sabão e Água. Limpeza normal com água e sabão. Paredes Mensalmente Sabão e Água. Limpeza normal com água e sabão. Sabão e Água. Limpeza normal com água e sabão. Pias Pisos Lixeiras Diariamente ou sempre que houver alguma contaminação com material biológico Diariamente ou sempre que houver alguma contaminação com material biológico Sabão e Água com hipoclorito 1%. Limpeza com um molho de 15 minutos, para depois secar com pano. Semanalmente ou sempre que houver alguma contaminação com material iológico Sabão e Água com hipoclorito 1%. Molho por 30 minutos na solução para depois lavar e secar. Quadro 02: Higienização Fonte: Adaptado de www.biotecnica.ind.br - Acessado em: 15 mai. 2010. Também é recomendável que se proteja os materiais ou ambiente com barreiras de proteção. Estas que podem ser compreendidas como sacos plásticos ou até um invólucro de plástico PVC, que deve ser trocado entre os clientes. desinfecção e esterilização são fatores de grande importância, pois, garantem as condições para a segurança dos procedimentos na Clínica de Estética. Esterilização é a eliminação ou destruição completa de todas as formas de 2.5 Meios de esterilização vida microbiana, sendo executada (...) através de processos físicos ou químicos. A esterilização inicia pelo processo de higienização dos materiais utilizados, passando pela limpeza com água, secagem, esterilização e armazenamento do material. Os processos de Desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endósporos bacterianos. Esse processo não deve ser confundido com a esterilização, 29 visto que não elimina totalmente todas as formas de vida microbiana. Por definição, os críticos, pela ação de agentes químicos ou físicos; dois procedimentos diferem quanto à capacidade para eliminação dos esporos, propriedade inerente à esterilização. Alguns desinfetantes, os quimioesterilizadores, · Limpeza: Remoção da sujeira. Ocorre por meio de ação mecanizada ou de forma química. podem eliminar esporos com tempo de exposição prolongado (seis a dez horas) (KALILL, 1994, p. 01). Indiferente do método que se utiliza para esterilização ou desinfecção, o material deve ser lavado com um composto clorado e em seguida ser secado de forma que não seja contaminado. Embora os processos de esterilização e desinfecção pareçam simples, eles exigem atenção e cuidado adequados, pois cada material possui uma forma segura de descontaminação. Materiais que são termossensíveis, por exemplo, podem ser esterilizados com óxido de etileno. Para Kalill (1994) os conceitos de esterilização, desinfecção e limpeza podem ser definidas como: · Esterilização: um procedimento que destrói todos os micróbios vivos e que tem como objetivo a não contaminação ou infecção de materiais. Ela pode ocorrer de forma física ou química; · Desinfecção: um procedimento que reduz os microorganismos em artigos semi- A limpeza deve sempre ocorrer antes de qualquer processo de desinfecção ou de esterilização, visto que a matéria orgânica inutiliza a ação germicida de produtos. Assim a limpeza geralmente ocorre com sabão e água corrente. Segundo Rojas (2008, p. 05): A limpeza manual é a limpeza executada através de fricção com escovar e uso de solução de limpeza. (...) Limpeza mecânica é desenvolvida por meio de equipamento como: lavadora ultrassônica, lavadora esterilizadora e desinfetadora, lavadora termodesinfetadora e lavadora de descarga. Ainda, segundo Rojas (2008) os artigos a serem esterilizados e desinfetados devem seguir a seguinte ordem: · Receber e desinfetar e fazer a separação dos artigos; · Lavá-los; · Esterilizar os artigos por meio químico ou físico; · Realizar o controle dos processos para garantir a qualidade; · Armazenar os artigos; · Zelar pela proteção. 30 Após a limpeza exige o procedimento de acondicionamento do material, que segundo Rojas (2008, p. 8): Trata-se da preparação do artigo de acordo com a sua classificação (...), e do embalo em invólucro compatível com o processo e com o próprio artigo. Tem como objetivo oferecer ao usuário um artigo em boas condições de funcionamento e com proteção adequada, com principal cuidado ao preparo dos artigos que passarão por processo de esterilização para transferência asséptica, sem risco de contaminação. Na Clinica de Estética, utilizam-se alguns métodos para o processo de esterilização e desinfecção que podem aqui ser citados como: a estufa de secagem, estufa de calor e autoclave. E alguns materiais que compõem estes meios como o papel crepado, a fita para autoclave e o tempo de duração dos materiais esterilizados. 2.5.1 A estufa (calor seco) As estufas podem ser divididas em dois tipos: as de convecção por gravidade e a de convecção mecânica. As de convecção por gravidade têm resistência elétrica, na câmara e uma saída de ar na parte superior para drenar o ar frio que é jogado pelo ar quente para fora da estufa na medida em que o ar esquenta dentro da estufa. Assim é necessário que se organize a colocação e disposição dos materiais dentro da câmara para que o ar possa circular uniformemente por todos os artigos. Já nas estufas de convecção mecânica há um dispositivo que movimenta o ar quente dentro da mesma, facilitando a circulação do ar e possibilitando uma movimentação do ar mais uniforme. Este tipo de estufa reduz o tempo necessário de exposição dos artigos à esterilização. Segundo Rojas (2008) é possível descrever um exemplo sobre o tempo e temperatura de exposição dos materiais na estufa. Temperatura Tempo 171o C 60 minutos o 120 minutos 149 C o 150 minutos 141o C 180 minutos 121o C 12horas 160 C Quadro 03: Temperatura e tempo de exposição nas estufas Fonte: ROJAS, 2008. O funcionamento das estufas: 31 Calor transferência rápida Calor seco o o o Temperatura 160 C ou 170 C 190 C Tempo do ciclo De 1 a 2 horas 12 minutos para pacotes 6 minutos para material não coberto Tipo de material Não deve ser isolante de calor, deve ser termo resistente a temperatura utilizada tubos de polifilme, plástico; alguns tipos de papel folhas de alumínio Não deve ser isolante de calor, deve ser termo resistente a temperatura utilizada tubos de polifilme, plástico; alguns tipos de papel folhas de alumínio Vantagens Seguro para metais e espelhos (ex: odontologia), não danifica instrumentos de corte, não forma ferrugem Menor ciclo, seguro para metais e espelhos (ex: odontologia), não danifica instrumentos de corte, não forma ferrugem Desvantagens Instrumentos devem estar Ciclo longo, exceto se o ar secos antes de serem é forçado, pequena penetração em materiais empacotados, não esteriliza mais densos, não esteriliza líquidos, destrói materiais sensíveis ao calor líquidos, destrói materiais sensíveis ao calor Quadro 04: Comparativo entre estufas Fonte: www.cih.com.br - Acessado em: 31 mai. 2010. a) Os invólucros mais indicados para a utilização em estufa são: · Caixas de aço inox de paredes finas ou de alumínio; · Papel laminado de alumínio; · Polímeros resistentes a altas temperaturas; · Papel crepado. 2.5.2 A autoclave (calor úmido) Para Rojas (2008) a autoclave é um aparelho que trabalha por vapor suturado e podemos dois tipos: · Gravitacional; · Alto vácuo (pré-vácuo e vácuo fracionado) A esterilização se faz pela ação do vapor de água superaquecido e mantido sob pressão. Os aparelhos encontrados atualmente no mercado são de fáci operação e apresentam-se em diferentes tamanhos, capacidade e desenhos. As autoclaves tipo “panela de pressão” têm uma atmosfera de pressão, 121ºC de temperatura e suas câmaras podem ter capacidade de 06 até 21 litros. As do tipo “cassete” trabalham a uma 32 temperatura de 134ºC e 02 atmosfera pressão. As do tipo “elétricas de mesa ou automáticas” possibilitam a regulagem de pressão e temperatura (Fonte: Manual de Biossegurança do Curso de Odontologia da Unisa, 2009, p.17). Neste aparelho o ar possui fases como a remoção do ar, a penetração do vapor e o período de secagem. O que diferencia os modelos que autoclaves são as formas de remoção do ar. TIPOS O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Desvantagem: pode apresentar umidade ao final GRAVITACIONAL pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. O ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Desvantagem: pode apresentar umidade pelas próprias limitações do equipamento de remoção do ar. INA EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE ALTO VÁCUO Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro que o gravitacional devido à alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo. Quadro 05: Tipos de autoclave Fonte: www.cih.com.br - Acessado em: 31 mai. 2010. Nas autoclaves há também uma forma de esterilização que pode ocorrer em qualquer modelo de aparelho que é o método de ciclo flash. Este ciclo é bastante rápido, dividi-se em duas etapas a de remoção e esterilização. Geralmente os materiais estão envolvidos em invólucros porem, após o final do ciclo estarão úmidos e por isso é recomendado que os materiais sejam utilizados após o ciclo, sem o armazenamento do mesmo. Neste ciclo flash pode verificar os tempos de esterilização e os materiais: 33 Tempos mínimos de exposição em esterilização tipo “flash Tipo de autoclave Carga Temperatura - Metais, itens não porosos, sem lumes. GRAVITACIONAL - Metais com lumes, itens porosos (plásticos, borrachas) - Metais, itens não porosos, sem lumes. PRÉ VACUO - Metais com lumes, itens porosos (plásticos, borrachas) VÁCUO FRACIONADO - Metais, itens não porosos, sem lumes. - Metais com lumes, itens porosos (plásticos, borrachas) Os materiais devem ser organizados dentro da autoclave não ultrapassando o limite de 70% do interior do aparelho, os artigos devem ser colocados conforme a organização abaixo: · Os artigos que contém articulações e com dobradiças serão colocados em suportes para que se mantenham abertos; · Materiais com lumens podem permanecer com ar dentro (por exemplo, endoscópios). Estes materiais devem ser umedecidos com água destilada antes dos procedimentos de esterilização, assim qualquer resíduo de ar se transformará em vapor; · Os materiais côncavos, como Ciclo o 3 min 132 C o 10 min 132o C 3 min 132o C 4 min 132 C 132o C a 135o C 141o C a 144o C 3 min 2 min bacias precisam ser colocados de forma que qualquer condensado (líquido) que se forme corra em direção ao dreno, por gravidade; · Materiais como cubas, por exemplo, devem ser separados por material absorvente de forma a que o vapor possa passar entre eles, pois, o encaixe poderá dificultar a passagem do vapor. O material cirúrgico não deve ser acondicionado encaixado ou empilhado; · As caixas de instrumentais serão colocadas longitudinalmente na cesta da autoclave, sem empilhar, ou seja, uma ao lado da outra; · Os materiais têxteis devem ser colocados de forma a permitir melhor passagem do vapor; 35 ·Os tipos de embalagens deverão ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave. O período de validade de cada embalagem para cada tipo de material é definido por testes pela própria instituição (Fonte: www.cih.com.br – Acessado em: 30 ago. 2010). FERNANDES, 2000) · Te c i d o d e a l g o d ã o : é recomendado somente para processos de esterilização pelo vapor saturado sob pressão, não sendo indicada para á baixa temperatura, pelo fato de reter resíduos; 2 . 5 . 3 Te m p o esterilização dos materiais Papel grau cirúrgico: as embalagens de papel grau cirúrgico deverão estar condizentes com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 12.946, que estabelece os parâmetros de qualidade destas embalagens quanto à porosidade e resistência. As normas internacionais BS/6256/DIN 58953/1987 estabelecem o índice de 60gr/m para gramatura do papel. Estas embalagens podem ser utilizadas para processos de esterilização por vapor saturado sob pressão, óxido de etileno e vapor de formaldeído à baixa temperatura, contudo não poderá ser utilizada em processos de esterilização por plasma de peróxido, pela incompatibilidade da celulose; de Para Association Of Operating Room Nurses (2000), as embalagens que serão utilizadas nos processos de esterilização devem seguir as características: ·Ser apropriada ao material e ao método de esterilização; ·Promover a selagem adequada ao material; ·Promover a integridade de barreira; ·Ser resistente a rasgaduras; ·Proteger o material embalado; ·Permitir que houvesse a remoção do ar; ·Ter custo benefício positivo. A legislação e o Ministério da Saúde, entre vários autores, recomendam o prazo de 7 dias para esterilização por processo físico (estufas ou autoclaves), qualquer que seja a embalagem (Fonte: Manual de Biossegurança do Curso de Odontologia da Unisa, 2009, p.29). 2.5.4 Tipos de embalagens recomendadas para esterilização (PINTER et al, apud Papel karft: o papel foi à primeira alternativa após o uso de tecidos. O papel pode possuir tamanhos de poros inferiores àqueles dos tecidos, podendo assim ser usado como embalagem primária, não sendo reutilizado. Durante a esterilização, o vapor penetra através da embalagem. A embalagem não deve ser feita muito apertada, mas também não pode ser muito 36 frouxa e a secagem deve ser feita de maneira adequada; resistência evita rasgos e/ ou furos, permitindo que se faça um pacote seguro; O papel Kraft é citado como invólucro, mas já cauí em desuso devido a sua irregularidade e presença de amido, corantes e outros produtos tóxicos. Este papel não foi elaborado como invólucro para artigos hospitalares (Fonte: http://portal.anvisa.gov.br). · Papel crepado: mais resistente e áspero que os outros papéis, são feitas de celulose tratada, resistente à temperatura de até 150°c por 1 hora, sendo eficiente como embalagem para o processo de esterilização pelo vapor e por óxido de etileno, tem ótima capacidade para filtragem e agindo como barreira contra penetração de microrganismos. É em torno de 97% eficaz contra micróbios; · Caixas metálicas: tem sua composição em liga de alumínio ou aço inox de paredes finas - 0,6 a 0,8 mm. São muito utilizadas na esterilização por estufas, mas em autoclaves deverão ser perfuradas e embaladas em embalagens secundárias. Não existem garantias sobre o real prazo em que os materiais esterilizados permaneçam estéreis. Para Association Of Operating Room Nurses (2000), a validade é bastante relativa à qualidade do material utilizado na embalagem, a forma de armazenamento, de transporte e do manuseio. Porém, recomenda que o prazo não ultrapasse dez dias. 2.6 Higiene ambiental · Fita de autoclave: é confeccionada com dorso de papel crepado à base de celulose, tem em uma de suas faces, massa de borracha natural, óxido de zinco e resinas e, no outro lado uma camada impermeabilizante. É ideal para o fechamento de pacotes e funciona como indicadora de esterilização; · Não tecidos de 100% polipropeno: são embalagens com resistência e capacidade de filtração. São barreiras microbianas, devido à resistência, maleabilidade e repelência aos fluidos. Sua O profissional deverá realizar a limpeza após colocação dos EPI adequados para essa área. EPI necessários para limpeza manual: avental impermeável, luvas grossas de punho longo, confeccionadas em borracha antiderrapante, sapatos fechados e impermeáveis, máscaras, gorro e óculos de proteção. O procedimento de limpeza manual somente deve ser iniciado após a colocação dos EPI (Fonte: Manual de Biossegurança do Curso de Odontologia da Unisa, 2009, p.15). É de extrema importância a elaboração de rotinas gerais e específicas para os procedimentos 37 de limpeza e desinfecção de artigos e áreas. Preconiza-se a limpeza com água e sabão líquido e havendo presença de matéria orgânica na superfície inanimada, remove-se a sujidade utilizando meios mecânicos, realizasse a limpeza e na seqüência a desinfecção com a solução preconizada. Exemplo: hipoclorito de sódio a 1% ou solução cloro orgânico (Fonte: Manual de Biossegurança de Goiás, 2008, p. 18). 2.6.1 Métodos de limpeza A limpeza consiste na remoção de sujidade depositada nas superfícies inanimadas por meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) e químicos (detergente). A maioria das superfícies precisa ser limpa apenas com água e detergente. Estudos demonstraram que a desinfecção rotineira de pisos não oferece vantagens sobre a limpeza com água e detergente (Fonte: Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos, 2008, p. 22). a) Limpeza concorrente (diariamente): é aquela realizada diariamente em todas as áreas, e inclui a limpeza de pisos, instalações sanitárias, superfícies horizontais de equipamentos e mobiliários, esvaziamento e troca de recipientes de lixo (Fonte: Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos, 2008, p. 22). b) Limpeza de manutenção: é a realizada em locais de alta rotatividade, limitando-se à limpeza do piso e dos banheiros e ao esvaziamento do lixo, devendo ser feita nos três períodos do dia e conforme a necessidade (Fonte: Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos, 2008, p. 22). c) Limpeza Terminal: pode ser feita de duas maneiras; - Limpeza com solução detergente enxágüe com água. Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%; - Limpeza e desinfecção com Cloro Orgânico a 3% - Enxágüe com água (Fonte: Manual de Biossegurança de Goiás, 2008, p. 18). Trata-se da mais completa, abrangendo pisos, paredes, equipamentos, mobiliários, janelas, portas, luminárias, teto etc. A periodicidade de limpeza de todos os itens dependerá da área nas quais os mesmos se encontram. Exemplo: a limpeza terminal da unidade onde haja paciente internado deverá ser realizada após sua alta, óbito ou transferência (Fonte: Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos, 2008, p. 22). 38 2.6.2 Limpeza dos equipamentos, mobiliários e bancadas Para realização da limpeza de superfícies devem ser utilizados os seguintes equipamentos: - Sistema de duplo balde: utilizar dois baldes de cores diferentes, um contendo água com solução detergente e outro com água limpa para o enxágüe. Este sistema é necessário quando são utilizados pano e rodo para limpeza do piso; - Mop úmido com duplo balde: conjunto de suporte com rodas, composto por dois baldes de cores diferentes, prensa móvel central, cabeleira, presilha e cabo de PVC ou alumínio; - Mop seco ou pó: equipamento composto por cabo de PVC ou alumínio e aba ou presilha para encaixe do limpador. Utilizado para remoção da sujeira seca por arraste; - Suporte limpador: equipamento composto por cabo de PVC ou alumínio com articulação rotatória na base e sistema de fixação de fibras limpadoras. Utilizado para limpeza de paredes, azulejos, rodapés e demais locais de difícil acesso. utilização de vassouras, pois esta provoca a suspensão de microorganismos. Não se recomenda o uso de aspirador de pó pelo mesmo motivo, exceto em áreas administrativas (Fonte: Manual de prevenção de infecções associadas a procedimentos estéticos, 2008, p. 23). 2.6.3 Produtos saneantes a serem utilizados - Sabões-Detergentes: São produtos solúveis em água que contêm tensoativos em sua formulação, com a finalidade de emulsificar e facilitar a limpeza, levando à dispersão, suspensão e emulsificação da sujeira; - Germicidas: São agentes químicos que inibem ou destroem os microorganismos, podendo ou não destruir esporos. É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) na diluição e manipulação dos germicidas e em ambiente arejado. São classificados em: esterilizantes, desinfetantes e anti-sépticos; - Esterilizantes: São soluções químicas capazes de destruir todas as formas de microorganismos inclusive esporos. Ex: glutaraldeído a 2%; - Desinfetantes: São germicidas dotados de nível intermediário Nunca realizar varredura seca com 39 de ação, ou seja, em geral não são esporicidas e tem ação viricida incompleta. Ex: Hipoclorito de sódio 1% por 30 minutos; - A n ti c é p ti c o : S ã o s o l u ç õ e s germicidas pouco irritantes, utilizadas em pele e mucosa. Alguns têm efeito bactericida, porém a maioria tem ação bacteriostática. Ex: PVPI, clorexidina 2%, álcool a 70%; - Desodorizante: Formulações que contém em sua composição substâncias bactericidas, capazes de controlar odores desagradáveis (Fonte: Manual de Biossegurança de Goiás, 2008, p. 18). 2.7 Descarte de materiais Sempre que os materiais possuem contato com amostras e / ou secreções devem ser descontaminadas após o final de cada procedimento, realizado pelo Esteticista. Todo o material que é cortante deve ser desprezado em recipientes resistentes a perfurações, este procedimento serve para evitar contágio no momento do transporte do material. Existem caixas apropriadas à venda em lojas de equipamentos de segurança e saúde. Para Teixeira (1996) quanto ao material não cortante indica-se colocá-los em sacos plásticos, de cor branca, com a indicação nominal para os objetos que não são cortantes. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos últimos anos vem-se discutindo muito sobre o tema Biossegurança, e a sua aplicação dentro dos estabelecimentos de saúde, tanto de trabalho como de prestação de serviços. Neste sentido, pode-se verificar o conceito de Biossegurança e a sua aplicabilidade nas clinicas de estética, quando se aplica através do cuidado na manipulação de objetos e na prevenção de contágios .No texto foi apresentado que a Biossegurança tem suas ações voltadas a prevenir, diminuir ou eliminar os riscos de contaminação nas atividades efetuadas entre a relação profissional e cliente. Ela também busca identificar onde estão os riscos de contagio e todas as formas que poderá acontecer uma exposição. Foi evidenciado que a Biossegurança busca prevenir o aparecimento de doenças, programar e orientar a realização de imunizações para minimizar os riscos de uma infecção. Outro ponto apresentado no texto quanto o profissional esteticista, foram as suas atribuições; também a necessidade da formação profissional e a sua constante atualização por meio de cursos voltados a área da estética. 40 Ficou evidenciado que a área estética vem crescendo de acordo com as novas necessidades do mercado de serviços, pois a beleza e a saúde estão atreladas ao conceito de vida saudável, assim, a estética tem seu crescimento projetado e impulsionado não só pelo profissional mas como pelo apelo social e cultural. É necessário que o profissional tenha gosto pela profissão a fim de desenvolver princípios como comunicação, flexibilidade, disposição e responsabilidade. Em sua atuação o esteticista deve oferecer aos clientes não somente o serviço, mas também um planejamento de ações que possibilitem ao cliente acompanhar seu progresso no tratamento. Em seguida foi descrito os materiais que garantem a realização dos procedimentos com segurança para o esteticista e para o cliente, como a touca, luva, avental, óculos e mascara que juntos compunham a proteção individual. Neste trabalho foi possível verificar que a profissão de esteticista possui vários riscos de contaminação, pois ela atua diretamente com o corpo do cliente, assim, além dos riscos através de secreções, sangue, mucosa, há a proximidade entre corpos que possibilita varias contaminações. Foram evidenciados e descritos os equipamentos de proteção individual para o esteticista e cliente e assim constatou-se que todos os equipamentos descritos são prioridade para a qualidade do atendimento do serviço prestado ao cliente. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA. Biossegurança. Rev. o Saúde Pública. Vol. 39 n . 6. Dez / 2005. São Paulo. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rsp/v39n6/2699 8.pdf>. Acessado em: 31 mai. 2010. ASSOCIATION of operating room nurses. 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Venha para o INA e saia pronto para o Mercado de Trabalho! CURSOS MASSOTERAPIA MANICURE E PEDICURE Dia 18 de Abril/2011 Dia 17 de março/2011 MASSAGEM COM PEDRAS QUENTES E FRIAS Dia 20 de março/2011 (47) INA EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE 3222-3068 Rua Hermann Hering, 573 – Bom Retiro Blumenau – SC (47) www.inainstituto.com.br 45 PROTETORES SOLARES: uma questão de hábito! Segundo Paola et al (1998) o Sol é 800 nm). Nosso organismo percebe essencial para a vida na Terra e seus efeitos a presença destas radiações do espectro sobre o homem dependem das solar de diferentes formas. A radiação características individuais da pele exposta, infravermelha (IV) é percebida sob a forma intensidade, freqüência e tempo de de calor; a radiação visível (Vis) através das exposição, que por sua vez dependem da diferentes cores detectadas pelo sistema localização geográfica, estação do ano, óptico e a radiação ultravioleta (UV) através período do dia e condição climática. Estes de reações fotoquímicas. efeitos trazem benefícios ao ser humano, Tais reações podem estimular a como sensação de bem-estar físico e produção de melanina cuja manifestação é mental, estímulo à produção de melanina visível sob a forma de bronzeamento da com conseqüente bronzeamento da pele, pele, ou pode levar desde a produção de tratamento de icterícia (cor amarela da pele simples inflamações, até graves e do branco dos olhos de bebês, causada queimaduras. A radiação UV de energia pelo excesso de bilirrubina no sangue), etc. menor penetra mais profundamente na pele Porém, a radiação solar também pode e, ao atingir a derme, é responsável pelo causar prejuízos ao organismo, caso não se fotoenvelhecimento. tome os devidos cuidados quanto à dose de radiação solar recebida. Para Osterwalder (2000) o espectro A faixa da radiação UV (100 a 400 nm) (Tomas, 2000) pode ser dividida em três partes: solar que atinge a superfície terrestre é formado predominantemente por radiações ultravioletas / UV (100–400 nm), visíveis (400–800 nm) e infravermelhas (acima de - UVA (320 a 400 nm): presentes ao longo do dia e não causa eritema, induz 46 pigmentação da pele promovendo o bronzeamento por meio do escurecimento da melanina, localizada nas células da camada da epiderme (Paola et al, 1998), sendo mais abundante que a radiação UVB na superfície terrestre (UVA 95%, UVB 5%), induzindo ao fotoenvelhecimento; - UVB (280 a 320 nm): atinge toda a superfície terrestre após atravessar a atmosfera, ocasiona queimaduras solares (RUVOLO, 1997; STEINER, 1995). Predomina entre 10 e 14 horas, causando o câncer de pele, segundo SCHALKA; ADDOR (2008). Com a destruição da camada de ozônio, os raios UVB, têm aumentado progressivamente a incidência na superfície; - UVC (100 a 280 nm): para Steiner (1995); Streilein et al (1994) esta faixa é portadora de elevadas energias, característica que a torna extremamente lesiva aos seres vivos. Não consegue atingir a superfície terrestre devido à camada de ozônio. As primeiras formulações de protetores solares datam de 1928 e tinham como intuito a proteção contra as queimaduras solares (SCHALKA; ADDOR, 2008). Sendo assim, segundo Taylor et al (1990) os perigos à saúde, relacionados à radiação UV, podem ser minimizados pelo emprego de protetores solares, os quais estão no mercado há mais de 60 anos. Inicialmente, eles foram desenvolvidos para proteger a pele contra queimaduras do sol, isto é, preferencialmente contra a radiação UVB, permitindo bronzeamento por meio de UVA. Com o crescente conhecimento a respeito de UVA, ficou evidente que a pele precisaria ser protegida de toda faixa UVA/UVB (Ziegler et al, 1994), para reduzir o risco de câncer de pele causado por exposição ao sol. Segundo Diffey (1997), existem duas classes de filtros solares: orgânicos e inorgânicos. Para Flor et al (2007) como os filtros solares absorvem apenas parte da região do ultravioleta (UVA ou UVB), para se ter uma proteção completa deve-se fazer uma combinação entre estes filtros. Por outro lado, a combinação de diferentes tipos de filtros pode causar alto grau de irritabilidade quando aplicada à pele. Já para Mansur et al (1986), a eficácia de um protetor solar é medida em função de seu fator de proteção solar (FPS), o qual indica quantas vezes o tempo de exposição ao sol, sem o risco de eritema, pode ser aumentado com o uso do protetor. A escolha do protetor ideal depende de tolerância aos raios solares e da cor da pele. O cálculo é simples: com o fator 15, por exemplo, a pessoa pode ficar um tempo 15 vezes superior sob o sol para não se queimar na comparação com o tempo que ela poderia ficar sem proteção. Os produtos com fator 30 normalmente dão conta do recado. Apenas em casos especiais, como o de pessoas, albinas, faz-se necessário um fator especial de proteção. 47 O índice de proteção representa a relação direta entre o tempo que a pessoa pode ficar ao Sol e a porcentagem bloqueada de raios solares: - Fator 8 (proteção: 87,5%); - 15 (93,3%); - 20 (95%); - 25 (96%); - 30 (96,6%); - 40 (97,5%); 5 0 ( 9 8 % ) ( F o n t e : www.sortimentos.com/saude/dermatologia12.htm). Pesquisas demonstram que os usuários sabem sobre a importância da fotoproteção e sobre a necessidade de evitar o sol próximo ao meio-dia, porém seu comportamento, em geral, não demonstra este conhecimento. Foi realizado um levantamento, no qual se perguntou às pessoas quais os locais do corpo em que elas costumam aplicar protetor solar e quais os locais que elas, normalmente, esquecem de aplicar. Os locais mais facilmente esquecidos são orelhas, pescoço, pés e pernas. A reaplicação do fotoprotetor também é importante. Normalmente, a recomendação de reaplicar a cada 2 a 3 horas não é considerada (DIFFEY, 2001). Os filtros solares tornaram-se indispensáveis nos dias atuais e são encontrados incorporados em diversas formas cosméticas fotoprotetoras sendo, a mais comum, a emulsão (PAOLA, 2001). Não é obrigatório usar um protetor específico para a face. Mas seria bom, uma vez que a textura da pele do rosto não é a mesma do restante do corpo. Além disso, há no mercado muitos cosméticos com tecnologias sofisticadas que aliam a proteção solar a substâncias hidratantes e antifotoenvelhecimento. E sendo assim, as pessoas de pele negra também devem usar o protetor. Quanto à diferença entre o bloqueador, segundo a dermatologista Bertha Tamura, bloqueador é um produto mais "potente" - e, por isso, geralmente mais espesso indicado para pessoas com a cútis mais sensível ou com algum tipo de doença de pele. Portanto, as marcas comerciais mais conhecidas se encaixam na categoria de protetores solares. Sendo assim, os tipos de pele e seus protetores solares são: - Para pele oleosa ou mista: usar fluidos ou géis à base de água que tenham textura leve, são os que têm menos chances de obstruir os poros e deixar a pele brilhando; 48 - Para pele morena ou negra: sprays, géis ou fluidos à base de filtros químicos, como é o caso da avobenzona e do mexoryl. Ao contrário dos filtros físicos – como o dióxido de titânio, que criam um filme esbranquiçado e artificial quando aplicados na pele escura, esses ativos são completamente transparentes, garantindo proteção sem deixar rastros; - Para pele sensível: produtos que contenham só filtros físicos – eles formam uma barreira eficientíssima, porém interagem de forma mínima com a pele. Os disponíveis são o dióxido de titânio e o óxido de zinco. - Para pele madura: são utilizadas as loções e cremes hidratantes, com FPS alto e ativos que ajudam a prevenir e a minimizar os sinais da idade (sendo alguns com adição de extrato de café, de soja, de chá verde, de licopeno e das vitaminas A, C e E). Vanessa P. Danezi - Bióloga, Especialista em Terapia Estética e Docência em Estética e Professora no INA. HABITUE-SE A USAR UM PROTETOR SOLAR E TERÁS UMA PELE SEMPRE LINDA! 49 52