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INA
EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE
BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA
REVISTA CIENTÍFICA INA
REVISTA ONLINE EM SAÚDE Nº 3 – MARÇO 2011
EDITORIAL
Nesta edição
Unhas saudáveis, bonitas e livres de
micose ..................................................2
Biossegurança e Estética......................5
Protetores Solares: uma questão de
hábito! .................................................46
Alunos do INA......................................50
Nova ferramenta de consulta no site do
INA .....................................................52
BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA
Nessa edição você terá matérias
sobre os temas Micoses e Protetor Solar,
sendo que o destaque fica para o artigo
científico da Aluna da 7º Turma do Curso
Técnico em Estética Janete Mello, que
fala sobre a Biossegurança e Estética,
um dos assuntos fundamentais para a
qualidade e bem estar dos clientes que
procuram as clínicas de estética.
Uma boa leitura a todos.
Marcelo Kertichka
Diretor do Grupo INA
Expediente
Editor Científico:
Marcelo Kertichka
Arte e Diagramação:
Luana Silveira Deschamps
Rosane Silveira
Revisão:
Vanessa Petean
Kátia Rosana Kertichka
Colaboradores:
Dra. Sheila Gonçalves
Janete Mello
Vanessa Petean
Grupo INA – Empreendimentos em
Educação e Saúde
Rua Hermann Hering, 573 – Bom Retiro
Blumenau – SC
Fone: (47) 3222-3068 / 3037-3068
Site: www.inainstituto.com.br
É proibida qualquer cópia ou reprodução total ou parcial, por quais
quer meios, sejam
eletrônicos ou mecânicos sem a autorização prévia por escrito do
Grupo INA.
Unhas saudáveis, bonitas
e livres de micose
Durante o verão, como
não poderia ser diferente,
aumenta o número de
frequentadores nas saunas,
praias e piscinas de todo o País.
Como resultado, crescem os
casos de micoses de unhas,
pois, sobretudo nesses locais,
dentre outros (solo, alicates e
tesouras contaminadas) são
ideais para a proliferação dos
fungos que causam esse
problema.
Por esta razão, para que
a estação seja perfeita, é
importante prestar atenção a
alguns detalhes preciosos,
diz a Cosmetóloga e Diretora
Técnica da Medicatriz
Dermocosméticos, Dra. Sheila
Gonçalves. O primeiro passo,
por exemplo, é a escolha do local
a ser frequentado, informandose sobre as condições de
higiene e se há avaliação médica
antes do uso, no caso de saunas
e piscinas; e se a água está
própria para banho, no caso das
praias.
A micose de unha,
também conhecida como
onicomicose, caracteriza-se por
apresentar manchas nas unhas.
A solução para o tratamento de unhas
fracas, com problemas de crescimento e
micoses pode estar na associação de óleos
essenciais. Trata-se do Ônico Plus, produto já
disponível no mercado brasileiro.
Essas manchas podem ser
escuras ou amareladas
alterando suas características
normais, dificultando o
tratamento. “Por isso, para se
obter sucesso na recuperação, o
fungo deve ser totalmente
eliminado da unha porque ele
literalmente se alimenta da
queratina da própria unha.
Portanto, a unha com problema
deve ser substituída por outra
saudável, livre do fungo e, como
seu crescimento é lento, este
processo demanda tempo e
paciência: cerca de seis meses
para as unhas das mãos e 12
meses para as dos pés”, explica
a Cosmetóloga.
Em muitos casos, alerta
a especialista, é necessário o
uso de medicação via oral,
associada à de uso local. Por
esta razão, a fim de apresentar
uma alternativa de tratamento
mais rápido, eficaz e natural, a
Medicatriz Dermocosméticos,
empresa brasileira, buscou
inspiração na associação
sinérgica dos óleos essenciais já
utilizados em tratamentos de
pele, para desenvolver o Ônico
Plus. Segundo a Medicatriz, o
Ônico Plus promove o aumento
da circulação, fortalecimento,
hidratação, cicatrização e
nutrição da unha com problema.
“Pesquisadores de diversas
partes do mundo já
comprovaram que os óleos
essenciais possuem
propriedades curativas. Para se
ter uma idéia do alto teor de
substâncias ativas nos óleos
essenciais, a retirada de
algumas gotas demanda quilos
de folhas de uma mesma
planta”, diz a Cosmetologia. Ela
observa que o produto foi tema
de palestra no XV Jornada
Internacional de Podologia, em
São Paulo.
O produto é único no
gênero: promove largo espectro
de ação antisséptica, fortalece e
cola unhas fracas, com
rachaduras, intensifica seu
crescimento, hidrata unhas e
cutículas. Graças a um sistema
enhancer que promove uma
maior penetração da formulação
para dentro do leito ungeal
facilitando o contato dos ativos
com a micose, podendo até ser
usado sobre esmalte
Dicas
·Aplicar nos locais de 2 a 3 vezes ao dia, principalmente à noite.
·Pode ser usado sobre o esmalte.
·O produto também pode fortalecer unhas fracas, com fissuras e
problemas de crescimento.
·Remover uma pequena camada com lixa de unha para favorecer a ação do produto.
Fonte: Dra. Sheila Gonçalves - Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da
Medicatriz Dermocosméticos, farmacêutica, consultora em cosmetologia,
docente do curso de pós-graduação em Cosmetologia da Faculdade
Oswaldo Cruz de São Paulo, foi colaboradora da primeira edição do livro
“Cosmetologia Aplicada à Dermoestética” e pós-graduada no setor de
cirurgia plástica da Universidade Federal de São Paulo.
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BIOSSEGURANÇA E ESTÉTICA
Trabalho apresentado pela aluna
Janete Mello como requisito parcial
para a conclusão do Curso de
Educação Profissional de Nível
Técnico no Eixo Tecnológico
Ambiente, Saúde e Segurança com
Habilitação de Técnico em Estética
do INA - Instituto Brasileiro de
Naturopatia Aplicada.
1.INTRODUÇÃO
Quando pensamos em uma
Clínica de Estética imaginamos um
espaço de bem estar, beleza e de
relaxamento. Porém para que isso
ocorra é necessário que o
profissional tenha ciência de
algumas medidas que deve ser
tomada, como forma de garantir a
saúde mental e física daqueles que
desfrutam do espaço como clientes
ou profissionais.
O trabalho do Esteticista
esta diretamente ligada ao contato
corporal, por este motivo existem
diversas possibilidades de se
contrair alguma infecção, que
coloque em risco a saúde do
profissional e / ou do cliente.
O controle de infecções é
do interesse de todos os envolvidos
no ambiente da Clínica de Estética,
portanto, uma obrigação coletiva,
que busca controlar as
contaminações presentes nos
espaços e nos procedimentos.
A Biossegurança em Estética
consiste em ações voltadas a
prevenção de doenças no ambiente
de trabalho. Na relação entre
profissional e cliente podem ocorrer
riscos, deste o cumprimento pelas
mãos até um espirro ou contato com
alguma superfície contaminada.
Devido à grande demanda do
segmento de beleza, a preocupação
com a segurança na relação do não
contágio de serviço prestado, é uma
atitude que configura maior
credibilidade ao profissional
Esteticista.
A assepsia é fundamental
para o trabalho do profissional
Esteticista, tanto nas mãos, quando
roupas e materiais ou aparelhos
dispostos na sala da clínica. Assim, o
uso dos equipamentos de proteção
como nas ferramentas de trabalho
do profissional, que é oferecido ao
cliente.
Neste sentido, conhecer os
conceitos sobre uma prática
voltados a higiene dos
equipamentos, do próprio
procedimento, visando prevenir
possíveis contágios, é importante a
todo o profissional da área estética.
Assim, o presente trabalho
procura identificar os equipamentos
que protegem o Esteticista e o
cliente, bem como apresentar o
conceito de Biossegurança e
conhecer um pouco sobre a função
do profissional Esteticista.
5
Considerando os fatores de risco da
profissão voltada à saúde, é que a
Biossegurança se apresentará no
texto, trazendo os principais fatores
de risco presentes e as ações
voltadas a proteção da vida, através
dos equipamentos de proteção
individual que incluem luvas, óculos,
avental, calçados, máscaras e touca.
Segundo o autor Shmidlin
(2005) o profissional da Estética tem
a função de atender e cuidar de seus
clientes, tendo como base sua
formação teórica em estética e
cosmetologia. Este profissional é
responsável pela segurança de
natureza física, ou química de seu
cliente.
A pesquisa foi realizada com
procedimentos de coleta de
informações teóricas, em livros, sites
e periódicos, definindo o trabalho
como uma pesquisa Bibliográfica,
com o objetivo de qualificar os dados
da pesquisa.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A Biossegurança
Para Costa (1999) a
Biossegurança pode ser
compreendida para fins de estudo
como um conceito que objetiva a
preservação da saúde do homem e
meio ambiente. Como um todo a
Biossegurança é compreendida
como um conjunto de
comportamentos, conhecimentos,
hábitos, ações que são passadas ao
homem de forma que este
possa realizar suas atividades de
forma segura e sem risco a vida
(SHMIDLIN, 2005, p. 02).
Para compreender a
Biossegurança, é necessário é
pensá-la em sua raiz estrutural que
etimologicamente, provém do radical
grego “bio,” que significa vida e da
palavra “segurança,” que remete ao
conceito de vida livre de perigo.
Para Costa (2005) é
considerada como a ação que
contribui para a segurança das
pessoas. A Biossegurança está
ligada a vários processos não sendo
restrito apenas às áreas
consideradas de saúde – O
Conselho Nacional de Saúde define
na resolução 287/98, que as áreas
como economia e licenciaturas,
estão associadas ao conceito de
Biossegurança, já que todos
envolvem o contato com o outro
(PORTO et al, 1997, p. 60). Outra
definição nessa linha é a de Teixeira
et al (1996) onde afirmam que o
conceito de Biossegurança envolve
ações voltadas há prevenção,
minimização ou eliminação de riscos
nas atividades de pesquisa e
produção, do meio tecnológico que
buscam preservar o meio ambiente e
das melhorias na qualidade de
resultados.
A C o m i s s ã o d e
Biossegurança da Fundação
Oswaldo Cruz (2003, apud Shmidlin,
2005, p. 02) define o conceito de
6
Biossegurança de forma
bastante abrangente:
(...) considerando-a como um
conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviço, as quais
possam comprometer a saúde do homem,
dos animais, das plantas, do ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
O conceito de Biossegurança
então deve ser compreendido como
um conjunto de ações que previnem
contra os riscos inerentes a
determinadas atividades do ramo da
saúde.
Segundo Nogueira (1996, p.
72) essa prática é um dos principais
objetivos das empresas que são
apoiadas por uma política mundial
de prevenção, tanto na área da
saúde quanto em outras áreas,
reafirmando então o conceito de que
todas as áreas estão envolvidas no
processo de cuidado com a vida e
prevenção, transformando-a num
conceito social.
Fonte:www.laboratoristaveterinario.blo
gspot.com - Acessado em: 31 mai. 2010.
A Biossegurança é uma
construção coletiva, que é
normatizada em um conjunto de
práticas de uma comunidade.
Segundo Costa (2005) é composta
por uma infra estrutura laboratorial,
política de valorização de recursos,
valores éticos, e técnicos, de ações
voltadas à humanização dos
processos do trabalho, de
comunicação e das ações que
regulamentam essas praticas. Estes
fatores se relacionam com o meio, ao
qual possuem vínculos, podem ser
observados nos elementos:
· Indivíduos;
· Equipamentos;
· Reagentes;
· Produção.
Para Costa (2005) é muito
importante que o estudo da
Biossegurança seja compreendido
como ciência, já que ele originou-se
da vertente sobre a manipulação de
organismos geneticamente
modificados e também a prática de
ações voltadas aos riscos de
contágio em laboratórios,
consultórios estéticos e da área da
saúde em geral.
A Biossegurança está envolta ao
conceito de ação de risco, neste
sentido, ela tem como objetivo
promover ações que sejam voltadas
a prevenção, minimização ou
eliminação dos riscos que envolvam
Figura 01: Símbolo de risco biológico
7
8
9
pudessem surgir dos avanços da
tecnologia mundial. Esta discussão
aconteceu nesta conferência, como
um espaço para a discussão de
propostas para diminuir e controlar o
progresso científico originalmente.
A partir desta conferência,
iniciou a construção do processo de
Biossegurança, através do estudo
sobre a pesquisa do DNA.
Segundo Cerezo et al (2000,
apud Braga et al, 2007):
(…) é possível afirmar que a lógica
de construção deste conceito tenha surgido
nesse encontro. Essa afirmação baseia-se
na inclusão de aspectos de proteção, que
tinham como objetivo minimizar os possíveis
riscos que a técnica do DNA recombinante
poderia oferecer aos trabalhadores em
laboratórios, ao público em geral e ao
ambiente.
Neste sentido a construção do
conceito de Biossegurança, tem
como princípio básico a avaliação de
riscos conforme cita COSTA (2005)
abaixo:
· Identificar o risco existente;
· Avaliar todas as formas
possíveis de exposição;
· Avaliar as possíveis
conseqüências dos efeitos;
· Caracterizar os riscos.
Biossegurança tem como
fundamento a premissa de que os
riscos podem ser identificados,
controlados e também avaliados.
Apesar do conceito de
Biossegurança ser fundamentado
em uma abordagem sobre o risco e
as medidas sobre o mesmo, ele
precisa formar uma base estrutural
entre risco e benefício. Pois alguns
teóricos defendem os benefícios dos
organismos modificados
geneticamente e alguns opositores
procuram apresentar os impactos
negativos ao ser vivo (MULLIGAN,
2000 apud BRAGA et al, 2007).
A Biossegurança envolve o
controle dos riscos ao qual a vida
está sujeita já que com o
crescimento e circulação de
mercadorias e pessoas pelo mundo;
as possibilidades de um vírus ou
qualquer micro organismo nocivo a
vida se proliferarem e induzirem a
uma contaminação é muito maior.
Historicamente, foi pesquisado o
porquê das pessoas que
trabalhavam com saúde terem um
alto índice de doenças contagiosas
como a tuberculose, hepatite e
viroses.
Segundo Revista Saúde Pública
( 2 0 0 5 ,
p ,
9 8 9 ) :
Na Inglaterra, a incidência de
tuberculose entre esses trabalhadores
chegava a ser cinco vezes maior do que
Wynne (2002, apud Braga
et al, 2007) afirma que o conceito de
na população. Na Dinamarca, a
proporção de casos de hepatite era
10
sete vezes mais alta, se comparada com o
restante das pessoas. Na opinião de
especialistas
que
discutem
a
Biossegurança, o grande problema não
está nas tecnologias
disponíveis para
eliminar ou minimizar os riscos e, sim, no
comportamento dos profissionais.
É importante que todos
estejam envolvidos no processo de
prevenção, não como algo imposto,
mas que todos percebam que fazem
parte do processo de segurança de
sua vida e do outro. É necessário que
construa uma cultura de
Biossegurança que o profissional
compreenda que ele precisa
relacionar os riscos de acidentes a
sua prática cotidiana.
Recentemente, a
Biossegurança saiu dos espaços
como Laboratórios e Hospitais e
abrangeu o conceito de que ela deve
estar presente em todos os locais
que exijam prevenção contra
contágio de microorganismos.
Locais que manipulem
agulhas, objetos cortantes,
secreções, são locais que
necessitam de medidas de proteção
para os manipuladores. Tanto os
profissionais técnicos quanto
aqueles que efetuem o descarte
desses materiais.
Marçal (2005, apud ANVISA,
2005) afirma que a higiene demanda
tempo. Às vezes, o profissional se
encontra tão sobrecarregado pelo
trabalho, que pula a ação de higiene
para ir direto a ação assistencial, que
é vista como mais importante. Em
todos os casos, é importante
refletir sobre a segurança de todos
os processos que garantam a vida.
No Brasil, a Biossegurança é
ligada aos processos legais, através
da Lei numero 8974 de 05 de janeiro
de 1995, esta estabelece normas de
segurança e mecanismos de
fiscalização no uso das técnicas de
engenharia genética na construção,
cultivo, manipulação, transporte,
comercialização, consumo,
liberação e descarte de organismo
geneticamente modificados visando
a proteção à vida e a saúde do
homem, dos animais e das plantas,
bem como o meio ambiente.
Atua no sentido da prevenção
dos riscos gerados pelos agentes
químicos, físicos e ergonômicos,
envolvidos em processos onde o
risco biológico se faz presente ou
não.
Para Costa (1999) esta
vertente da Biossegurança, é que
realmente misturam-se com a
engenharia de segurança, mas
diferente dos profissionais que
atuam a segurança ocupacional, a
Biossegurança não possui um
campo delimitado, ela pode ser
entendida, como uma ocupação, que
pode ser incorporada onde existe
risco para a saúde humana.
Neste sentido, qualquer
profissional pode assumir a função
de propagador da Biossegurança no
espaço de trabalho. Os cursos sobre
B i o s s e g u r a n ç a s ã o b a s ta n te
articulados e abrangem a área da
11
saúde e segurança no trabalho.
e explosão, armazenamento
inadequado, entre outros;
Alguns objetivos da Biossegurança:
a) Prevenir o aparecimento de
doenças;
b) Programar, orientar e verificar a
realização de imunizações para
minimizar o risco de infecção;
c) Providenciar diagnósticos em
caso de infecção ocupacional;
d) Avaliar a eficiência das medidas
de proteção e prevenção.
b)
Riscos ergonômicos:
Qualquer fator que interfere nas
características psicofisiológicas do
trabalhador causando desconforto
ou afetando sua saúde. Ex:
levantamento e transporte de peso,
ritmo excessivo de trabalho,
monotonia, repetitividade,
responsabilidade excessiva, postura
inadequada e trabalho em turnos;
Ainda é possível verificar que
são necessários alguns cuidados
quanto ao descarte de materiais
utilizados nos procedimentos,
esterilização e higienização dos
materiais e ambiente, na área da
Biossegurança e conseqüentemente
no espaço que envolve estes
procedimentos.
c) Riscos físicos: Formas físicas a
que estão expostos os trabalhadores
como: vibrações, ruídos, pressões
anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, ultra-som, materiais
cortantes e pontiagudos e etc.;
2.1.1 Tipos de riscos
Portaria do Ministério do
Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78
(Fonte: Manual de Biossegurança de
Goiás, 2008):
a)
Riscos de acidentes: Portaria
n.3.214-78 Ministério do Trabalho:
“qualquer fator que coloque o
trabalhador em situação de perigo e
que possa afetar sua integridade e o
bem estar físico e moral”. Ex:
máquinas e equipamentos sem
proteção, probabilidade de incêndio
d) Riscos químicos: São causados
por substâncias, compostos ou
produtos que penetrem no
organismo pela via respiratória, nas
formas de poeira, fumaça, névoas,
neblinas, gases, vapores, ou que
pela natureza da atividade possam
ser absorvidos pela pele ou ingestão;
e) Riscos biológicos: (segundo NR32),
s ão aqueles ocasionados pela
exposição às bactérias, fungos,
parasitas, vírus e outros. São
classificados de 1 a 4 em ordem
crescente de risco e segundo os
critérios:
12
- Patogenicidade para o homem;
- Virulência;
- Transmissibilidade;
- Disponibilidade de medidas
profiláticas eficazes;
- Disponibilidade de tratamento
eficaz;
- Endemicidade.
- Classe de Risco 1: baixo risco
individual para o trabalhador e para a
coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao
ser humano. Ex: Bacillus subtilis;
- Classe de Risco 2: risco individual
moderado para o trabalhador e com
baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade. A
exposição ao agente patogênico
pode provocar infecção, porém, se
dispõe de medidas eficazes de
tratamento e prevenção, sendo o
risco de propagação limitado. Ex:
Vírus das Hepatites A, B, C, D e E;
Vírus da Imunodeficiência Humana;
Mycobacterium tuberculosis,
Salmonella enteriditis, Neisseria
meningitidis, Toxoplasma gondii e
Schistosoma mansoni;
- Classe de Risco 3: risco individual
elevado para o trabalhador e com
probabilidade de disseminação para
a coletividade. Podem causar
doenças e infecções graves ao ser
humano, para as quais nem sempre
existem meios eficazes de profilaxia
ou tratamento. Ex: Culturas de Vírus
das Hepatites A, B, C, D e E; culturas
de Vírus daImunodeficiência
Humana; Culturas de
Mycobacterium tuberculosis;
- Classe de Risco 4: risco individual
elevado para o trabalhador e com
probabilidade elevada de
disseminação para a coletividade.
Apresenta grande poder de
transmissibilidade de um indivíduo a
outro, direta ou indiretamente.
Podem causar doenças graves ao
ser humano, para as quais não
existem meios eficazes de profilaxia
ou tratamento (NR32, Portaria
n°.485 de 11.11.2005). Ex: Vírus
Ebola.
f) Símbolos associados aos riscos:
2.1.2 Prevenção e controle
de infecções
A ausência de medidas
preventivas (vacinas) e a ineficácia
do uso de imunoglobulinas agravam
o risco em relação à aquisição
13
profissional deste agente
Etiológico. Especificamente para
profissionais de saúde que
trabalham em laboratório, o risco de
adquirir Hepatite B é três vezes
maior que o de outros profissionais
de saúde e pode ser até 10 vezes
maior que o da população em geral.
O risco de aquisição após
acidente com 6 material pérfurocortante, contendo sangue de
paciente com HBV varia de 6 a 30%,
se nenhuma medida profilática for
adotada. Estes dados deixam clara a
importância da vacinação contra a
hepatite B em todos os profissionais
de saúde. O uso de vacina contra
HBV ou imunoglobulina específica
reduz o risco de aquisição do HBV
em 70 a 75% (Fonte: Manual de
Biossegurança de Goiás, 2008, p. 6).
As infecções relacionadas à
assistência à saúde constituem um
problema grave e um grande
desafio, exigindo dos responsáveis
pelos serviços de saúde ações
efetivas de prevenção e controle.
Tais infecções ameaçam tanto os
pacientes quanto os profissionais de
saúde, podendo acarretar-lhes
sofrimentos e resultar em gastos
excessivos para o sistema de saúde.
Podem, ainda, ter como efeito
processos e indenizações judiciais,
nos casos comprovados de
negligência durante a assistência
prestada (Fonte: Manual de
Segurança do Paciente em Serviço
de Saúde: Higienização das mãos /
Anvisa, 2009, p. 14).
Atualmente, as ações para o
controle de infecções em serviços de
saúde são coordenadas, no âmbito
federal, pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, por meio da
Unidade de Investigação e
Prevenção das Infecções e dos
Eventos Adversos (Uipea) da
Gerência-Geral de Tecnologia em
Serviços de Saúde (GGTES), que
incentiva medidas voltadas à
prevenção de riscos e à promoção
da segurança do paciente. Em
consonância com as diretrizes da
OMS, a ANVISA vem desenvolvendo
ações relacionadas à higienização
das mãos, com o objetivo de
aumentar a adesão a essa prática
pelos profissionais de saúde. Nesse
contexto, foi publicado, em 2007, o
guia técnico “Higienização das mãos
em serviços de saúde”, com
informações atualizadas sobre o
tema para profissionais, familiares
dos pacientes e visitantes dos
serviços de saúde (Fonte: BRASIL,
2007).
a) Higienização das mãos: a
higienização das mãos é
reconhecida mundialmente como
uma medida primária, mas muito
importante, no controle de infecções
relacionadas à assistência à saúde.
Por esse motivo, tem sido
considerada como um dos pilares da
prevenção e do controle de
infecções nos serviços de saúde,
14
15
incluindo aquelas decorrentes da
transmissão cruzada de
microrganismos multirresistentes
(Fonte: Manual de Segurança do
Paciente em Serviço de Saúde:
Higienização das mãos / Anvisa,
2009, p. 12);
b) Quando higienizar as mãos: o
entendimento de como o profissional
de saúde pratica a higienização das
mãos é essencial para o
planejamento de intervenções nos
serviços de saúde (Fonte: Manual de
Segurança do Paciente em Serviços
de Saúde: Higienização das Mãos /
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Brasília: ANVISA, 2009, p.
12). Esta técnica deve ser realizada
antes e após os procedimentos
semi-críticos (Fonte: Manual de
Biossegurança do curso de
Odontologia da Unisa, 2009, p.4);
c) Produtos para higiene das mãos:
os produtos de higienização das
mãos, quando usados de forma
inapropriada, também podem ser
fontes de bactérias multirresistentes.
Vários anti-sépticos e sabonetes
associados a anti-sépticos, como
clorexidina, polivinilpirrolidona-iodo
(PVPI), triclosan e álcool, podem ser
utilizados na higienização das mãos
durante o cuidado de pacientes
colonizados e/ou infectados por
microrganismos multirresistentes,
conforme será descrito
posteriormente (Fonte: Manual de
Segurança do Paciente em Serviço
de Saúde: Higienização das mãos /
Anvisa, 2009, p. 33).
Para prevenir a transmissão de
microrganismos pelas mãos, três
elementos são essenciais para essa
prática: agente tópico com eficácia
antimicrobiana; procedimento
adequado ao utilizá-lo, com técnica
adequada e no tempo preconizado; e
adesão regular ao seu uso, nos
momentos indicados (ROTTER,
1996, p.1052). As informações sobre
os produtos registrados / notificados
na ANVISA utilizados para a
higienização das mãos, bem como a
legislação que regula esta prática,
estão disponíveis no site da
i n s t i t u i ç ã o ( F o n t e :
www.anvisa.gov.br);
d) Como higienizar ou lavar as mãos:
segundo o Manual de
Biossegurança do curso de
Odontologia da Unisa (2009, p.4), a
técnica básica de lavagem das mãos
é realizada com o emprego de sabão
comum na forma líquida e visa
reduzir os microorganismos
transitórios e alguns residentes,
como também células descamativa,
pêlos, sujidades e oleosidade. Esta
técnica deve ser realizada antes e
após os procedimentos semicríticos. O processo deve ser
realizado na seguinte seqüência:
* retirar anéis, relógios e pulseiras,
das mãos e antebraço;
* ficar em posição confortável, sem
dobrar a coluna;
* não tocar na pia com o corpo;
* abrir a torneira com a mão nãodominante, ou cotovelo,
16
ou acionar a torneira pressionando o
comando de pé ou colocar as mãos
sob a torneira sob o sensor elétrico
que a aciona;
* umedecer as mãos em água
corrente com a temperatura em torno
de 24ºC;
* colocar 3 ml de sabão comum
líquido na palma da mão e espalhar
pelas duas mãos e antebraços;
* friccionar as palmas das mãos uma
contra a outra e o dorso das mãos;
* abrir os dedos e friccionar as
regiões interdigitais, primeiro de uma
mão e, em seguida, a outra mão;
* friccionar as pontas dos dedos e as
unhas na palma da mão oposta;
* dobrar os dedos e friccionar a
região articular contra a palma da
mão oposta;
* friccionar a região lateral da mão
contra a palma da mão oposta;
* finalmente friccionar o polegar e
sua região interdigital;
* enxaguar as mãos em água
corrente, e repetir o procedimento;
* enxugar as mãos com papel toalha
descartável ou compressa ou toalha
de pano de uso individual;
* fechar a torneira com auxílio de
papel toalha descartável, com a mão
não-dominante ou soltar o comando
de pé.
a) Álcool 70%: segundo Devilla
(2008) o uso do álcool a 70% vem
sendo utilizado na área da saúde a
muitos anos, devido ao seu alto
poder de desinfecção. Os
procedimentos realizados em
cabines de estética envolvem uma
variedade de utensílios não-críticos
como cubetas, espátulas, bancadas,
etc. e críticos, alicates, tesouras, etc.
que necessitam de uma limpeza
rigorosa com o objetivo de prevenir a
transmissão de microrganismos
patogênicos.
Com emoliente (álcool gel
ou álcool glicerinado): anti-séptico
com excelente atividade germicida
pode ser usado em substituição à
lavagem de mãos com água e sabão,
quando as mesmas não estiverem
visivelmente sujas ou contaminadas
com fluido corporais. Pode ser
acondicionado em saboneteiras tipo
“bag” ou em frascos tipo “pamper” e
ser disponibilizado próximo do local
onde se desenvolvem atividades de
assistência direta ao paciente ou
requeiram a higiene das mãos
(Fonte: Manual de Prevenção de
Infecções Associadas a
Procedimentos Estéticos, 2008, p.
18).
A legislação Brasileira, por meio
da Portaria MS n.15, de 23 de agosto
de 1988, do Ministério da Saúde,
dispõe sobre o regulamento para o
registro de produtos saneantes
domissanitários e afins, no qual
estão contemplados os antisépticos. Todo anti-séptico utilizado
deve possuir registro na Anvisa
(Fonte: Manual de Prevenção de
Infecções Associadas a
17
a Procedimentos Estéticos, 2008, p. 18).
integrando os conceitos de que o
2.2 Barreiras de proteção e o
bom, o belo e o verdadeiro formavam
profissional esteticista
uma unidade (a essência do belo só
seria alcançada identificando-a com o
Para atuar na área da Estética, é
que é bom, levando em conta
preciso realizar cursos técnicos,
determinados valores morais) (Fonte:
tecnólogos, ou cursos superiores
Brasil Profissões, 2010).
reconhecidos pelo Ministério da
Educação e Cultura. Para o curso
A beleza e a estética caminham
técnico de graduação, em média de
juntas, desde a compreensão sobre os
1920 horas são oferecidos matérias que
ornamentos corporais que enfeitavam
envolvem a Estética, como disciplinas
os povos e culturas primitivas:
voltadas à anatomia, cosmetologia,
economia, bioética, administração,
Os egípcios são outra prova de
nutrição, química, biologia, marketing e
que a estética não se resignava
psicologia.
somente nas pinturas corporais, mas
O mercado de trabalho da
nas artes também. As pirâmides e os
Estética está em crescimento, pois a
templos criados na época serviam não
moda e a beleza são um mercado
somente de mausoléus para os faraós,
inconstante. Hoje, a mídia e a cultura
como também de embelezamento das
popular vêm apontando na saúde e
paisagens do deserto.
beleza como aspectos fundamentais
para o bem-estar pessoal. Como a
A estética foi levada adiante em
procura vem crescendo, a formação do
todos os cantos do globo terrestre como
profissional está em evidencia devido à
uma forma de expressão de arte,
exigência do mercado em qualidade de
mesmo na época em que a beleza não
serviço (PIATTI, 2006).
era fundamental (período Bizantino, na
Essencialmente, a palavra
Idade Média) e forma de ornamentos de
Estética deriva do grego aisthésis, que
rituais de beleza, que foram evoluindo
significa sensação e percepção. Fato
para o que conhecemos hoje como
que descrevia primitivamente os
moda e estética (Fonte: Brasil
estudos sobre estética já que era
Profissões, 2010).
compreendida como a capacidade das
coisas possuírem beleza. Este conceito
envolvia na época a arte no geral.
Como perfil o profissional
Esteticista precisa essencialmente
gostar do que faz ter conhecimentos
Sendo assim, a partir dos
estudos de Aristóteles, Platão e Plotino:
A estética passou a ser estudada
juntamente com a lógica e a ética,
específicos, principalmente àqueles que
envolvem os princípios ativos de cada
cosmético, além disto, deve apresentar
algumas
características
18
como:
manter a aparência externa e as
funções naturais da pele, influenciando-
a) Atualização constante;
os ao relaxamento e ao bem-estar físico
b) Boa comunicação, aparência,
do corpo e da mente (PIATTI, 2006).
disposição, agilidade e flexibilidade;
c) S e r
responsável,
ter
boa
Este profissional da área da
coordenação motora, visão e
Estética pode trabalhar em uma clínica
autocontrole;
ou desenvolver seu trabalho de forma
d) Ser ético, ter disciplina e estar atento
autônoma, já que a formação em
às tendências culturais;
Estética possibilita ao profissional o
conhecimento vasto sobre a área da
Em sua atuação o profissional
estética, saúde e beleza. Sua atuação
Esteticista deve estar ciente das
dependerá de seu gosto pessoal ou
atividades que pode estar oferecendo
aperfeiçoamento em determinadas
aos clientes como o planejamento do
técnicas ou ramo de atividade dentro
tratamento oferecido ao cliente (com
própria estética.
datas e pontos a serem acompanhados
pelo cliente), limpezas de corpo e rosto,
No site Brasil Profissões (2010)
selecionar produtos de acordo com a
é descritas algumas das funções do
real necessidade de cada cliente, cuidar
esteticista, como:
das
infecções
da
pele
com
acompanhamento médico, estar ciente
a) Limpeza da pele e corpo;
dos produtos, materiais e instrumentos
b) Hidratação do rosto e corpo;
necessários a serem utilizados e
c) Terapia nos pés e mãos;
organizar uma política preventiva com o
d) Massagem estética;
cliente e profissionais.
e) Peelings;
f) Massagem anti-estress;
De acordo com o Cidesco
g) Termoterapia e crioterapia;
(Comitê Internacional de Estética e
h) Tratamento de gordura localizada,
Cosmetologia):
celulite e flacidez;
i) Depilação;
O Esteticista ou profissional da
j) Tratamento contra acne;
beleza, tem como função atender e
k) Rejuvenescimento e rugas, manchas
cuidar de seus clientes, embasado em
e clareador;
sólida formação técnica, com domínio
l) Lifting manual;
total de todos os setores que compõem
m) Drenagem linfática;
a estética e a cosmetologia. É seu papel
n) T r a t a m e n t o s
prestar serviços de alta qualidade ao
reestruturação da pele.
estéticos
de
público, com os objetivos de melhorar e
19
To d o s e s t e s s e r v i ç o s
evidenciam a amplitude do trabalho
do Esteticista e a partir dele, é
necessário repensarmos a
qualidade do serviço oferecido pelo
profissional e as questões de
segurança que envolve a profissão.
Nogueira (1996, p. 73) afirma
que a qualidade de vida está
relacionada diretamente à própria
qualidade do serviço prestado e por
isso, para se alcançar a proteção da
saúde, dentro da prestação de
serviços são utilizados
equipamentos de proteção individual
os chamados EPI´s.
orgânicas e que por isso, devem
fazer o uso de equipamentos de
proteção descritos na Norma
Regulamentadora n° 6, da Portaria
3214/1978, do Ministério do
Trabalho e Emprego.
A Norma Regulamentadora n°
6 estabeleceu a partir dos riscos de
cada profissão alguns critérios de
obrigatoriedade de serviços sobre a
saúde e segurança dos envolvidos
nestes
processos, evidenciando
alguns cuidados de higiene
e
equipamentos a serem utilizados na
saúde como:
a) Cabelos presos;
b) Unhas curtas;
c) Barba feita;
d) Roupas brancas e confortáveis;
e) Avental de mangas compridas;
f) Calçados fechados;
g) Roupas exclusivas para o
trabalho;
h) Não fazer uso de acessórios de
beleza.
A apresentação pessoal pode
contrair riscos de Biossegurança,
sendo necessário manter alguns
cuidados descritos a seguir e
também quanto à apresentação do
profissional:
Segundo Costa (1996, apud
Shmidlin, 2005, p. 02):
(...) dados históricos sobre o antigo
Egito demonstram que os responsáveis pelo
processo de mumificação utilizavam,
durante suas atividades, meios de proteção
para as mãos e o rosto, o que poderíamos
considerar hoje como os “ancestrais” dos
Equipamentos de Proteção Individual
(EPI´s).
É imprescindível que os
profissionais Esteticistas não entrem
em contato direto com matérias
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21
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Cabelos
São protegidos através de touca ou então
quando compridos são presos.
Unhas
Não podem ser compridas, devem ser curtas
e limpas. Sem o uso de esmaltes ou qualquer
produto similar. Em qualquer hipótese,
podem-se utilizar unhas postiças
Uniforme
Deve ser colocado apenas no ambiente de
trabalho, não sendo permitida a utilização
do mesmo se este tiver sido utilizado até a
chegada ao ambiente de trabalho.
Perfume
Pode ser um agente alérgico, quando fica
impregnado no espaço.
Apresentação
Pessoal
Maquiagem
Por possuir muitas partículas de glicerina e
titânio, podem contaminar o ambiente e
também ser um agente transmissor,
já que bactérias podem aderir à maquiagem
e serem levadas de um ambiente para outro.
Também servem como agentes de transporte
Acessórios de algumas bactérias. Não sendo
recomendado o uso dos mesmos nos espaços.
Quadro 01: Apresentação pessoal
Fonte: www.medicina.ufmg.com.br - Acessado em: 15 ago. 2010.
Além destes citados acima é
Segundo Guandalini et al (1997) ao se
imprescindível descrever os materiais
utilizar a touca ou gorro o profissional da
de proteção individual como a touca,
estética, evita
luvas, máscara, avental e óculos de
cliente, durante a realização do
proteção, que serão os descritos devido
procedimento (o cabelo pode ser uma
à relação direta com o profissional
fonte de infecção pois, contem muitos
Esteticista e a sua aplicação nos
micro organismos). A touca é uma forma
procedimentos com o cliente.
de proteção, para o profissional, contra
que o cabelo caia no
uma possível contaminação dos
2.2.1 Touca
cabelos por
secreções que possam
22
ocorrer pelo cliente. Assim ela é uma
forma de proteção tanto para o cliente,
quanto para o profissional.
colocar a luva, para evitar que a
luva sofra alguma contaminação.
Segundo Guandalini et al (1997,
Recomenda-se que os cabelos
apud Schmidlin, 2005, p. 06) devem ser
devem estar todos presos embaixo da
seguidas algumas recomendações no
touca, sem nenhum cabelo aparente, e
uso das luvas conforme abaixo:
assim, ao retirar a touca o profissional
deve puxá-la da parte superior da
a) Antes de colocar as luvas, é
cabeça, em direção as costas, evitando
essencial lavar bem as mãos com água
assim, que o cabelo caia no cliente. A
e sabão;
touca deve ser trocada entre os
b) As luvas devem ser colocadas sobre
procedimentos e não reutilizada.
os punhos do avental;
c) Enquanto estiver com a luva, não é
possível manipular objetos comuns
como canetas, fichas, computador, ou
seja, nenhum objeto que esteja fora do
seu campo de trabalho;
d) Após o tratamento, as luvas devem
ser descartadas, removidas pelo punho,
para evitar contaminação e nunca
Figura 02: Touca de proteção
Fonte: www.gibaaluguel.com.br
reutilizadas;
e) O descarte será no lixo para
materiais contaminados;
Acessado em: 31 mai. 2010.
2.2.2 Luva
f) O profissional deverá lavar as mãos
assim que retirar as luvas.
Guandalini et al (1997) coloca
que o uso das luvas, é uma medida de
proteção tanto para o Esteticista como
para o cliente, já que veta qualquer
possibilidade de contato com
secreções, mucosas e fluidos do cliente
ou profissional, através do contato
manual, elas devem ser trocadas a cada
cliente ou no caso de perfurações ou
rompimento das mesmas.
Para Silva et al (2002, p.07) o
profissional deve realizar uma boa
higiene das mãos antes mesmo de
Figura 03: Luva de proteção
Fonte: www.aptec.com.br
Acessado em: 31 mai. 2010.
23
2.2.3 Máscara
Esta serve primeiramente
para proteger a mucosa de qualquer
contaminação no momento do
procedimento, gerados pela fala,
tosse ou espirro. Para Silva et al
(2002) o uso da máscara é
certamente a maior barreira de
proteção das vias superiores. A
máscara deve ser descartável e com
o tamanho suficiente para cobrir o
nariz e a boca. Devem ser sempre
utilizadas no atendimento de todos
os clientes e são obrigatoriamente
descartáveis, devem apresentar boa
qualidade de filtração e ser seguras
durante duas horas de uso.
O profissional Esteticista
precisa se sentir confortável com o
uso da máscara, ela deve estar justa
aos contornos do rosto, não
p r o v o c a n d o m a l e s t a r, n e m
embaçamento dos óculos de
proteção, haja visto que a mesma
precisa ter boa capacidade de
filtração. Ela deve ser encaixada,
cobrindo a boca e o nariz, antes dos
óculos de proteção. Já que o
profissional Esteticista mantém uma
proximidade muito grande com a
pele do paciente, é imprescindível
que se tenha estes cuidados com a
utilização da máscara. Para
Guandalini et al (1997, apud
Schmidlin, 2005) a máscara também
representa a mais importante
medida de proteção das vias
superiores, contra os
microorganismos presentes
durante a fala, tosse ou espirro.
Figura 04: Máscara de proteção
Fonte: www.souzalins.com.br
Acessado em: 31 mai. 2010.
2.2.4 Jaleco ou avental
Segundo Guandalini et al
(1997) os aventais podem ser
brancos ou não, porém a cor
escolhida deve proporcionar, a
visualização de possíveis sujeiras.
Necessita ter mangas longas para a
proteção do Esteticista, uma vez que
as luvas devem se encaixar sobre os
punhos.
Para Oppermann (2003) o
avental pode ser de tecido ou
plástico, e deve ser removido após
os procedimentos com cautela para
se evitar o contágio do
profissional. P o d e m s e r d e
diferentes tecidos laváveis ou do tipo
descartável de uso único. A lavagem
domiciliar de aventais contaminados
deve ser precedida por desinfecção.
Este pode ser reutilizável de
acordo com a necessidade do
profissional. Mas se reutilizado
precisa ser desinfetado em solução
de hipoclorito de sódio a 0,02%
24
(10 ml de alvejante comercial a 2 a
2,5% para cada 1 litro de água) por
no mínimo 30 minutos
(OPPERMANN, 2003, p. 15).
O avental precisa ser de uso
exclusivo do ambiente de trabalho e
deve ser retirado no próprio espaço
de trabalho após os procedimentos e
alocado em sacos plásticos para o
possível descarte ou esterilização.
indicados nos procedimentos,
pois formam uma barreira maior de
proteção para o profissional
Esteticista.
O autor considera que os óculos
adequados devem possuir barreiras
laterais, ser leves e confortáveis e de
transparência o mais absoluta
possível, devendo ser de material de
fácil limpeza (Silva et al, 2002, p. 6).
Figura 06: Óculos de proteção
Figura 05: Avental ou jaleco
Fonte: www.ciamodabranca.com.br
Fonte: www.submarino.com.br
Acessado em: 31 mai. 2010.
Acessado em: 31 mai. 2010.
2.2.5 Óculo de proteção
2.2.6 Calçado adequado
O óculo de proteção é uma
medida voltada especificamente ao
profissional Esteticista já que o
protege de possíveis infecções,
através da mucosa do olho. Para
Guandalini (1997) o uso do óculo
serve para proteger os olhos do
profissional durante o atendimento,
já que a mucosa ocular não possui
tanta proteção, quanto à pele em si.
Os óculos de proteção podem
ter a barreira lateral além da
proteção frontal, sendo os óculos
com proteção lateral os mais
Os calçados mais indicados
para os procedimentos são aqueles
impermeáveis, de couro ou
sintéticos, devem ser fechados e de
cor branca, para que seja visível
qualquer forma de sujeira. O
profissional deve optar por modelos
confortáveis e antiderrapantes
(OPPERMANN, 2003, p. 15).
25
Figura 07: Calçado de proteção
Fonte: www.eavequipamentos.com.br
Acessado em: 31 mai. 2010.
2.2.7 Vacinação
Para Conceição et al (2000),
a imunização para os Profissionais
da Área de Saúde (PAS) é indicada
com o objetivo de proteção deste
profissional, interrupção da cadeia
de transmissão de doenças infectocontagiosa, de proteção indireta de
doenças e de diminuir o
absenteísmo, reduzindo gastos com
diagnóstico e tratamento de doenças
imunopreveníveis.
2.3 Esterilização de Materiais
Os aparelhos comumente
utilizados nos procedimentos de
esterilização dos materiais
manipulados são as estufas
esterilizadoras e as autoclaves. Eles
servem para a total destruição de
microorganismos que
eventualmente estejam alocados no
material utilizado no procedimento.
Os materiais devem ser
separados para serem esterilizados
e devidamente embalados em
invólucros e adesivados para serem
abertos na frente do cliente.
Por Teixeira (1996) no caso do
uso de estufas, estas produzem
calor através das resistências
elétricas, desta forma, a temperatura
de dentro da câmara não é
constante devido à densidade entre
o ar frio e quente. O ar circula dentro
da estufa elevando a temperatura e
garantindo a esterilização dos
materiais. Elas ainda são as mais
utilizadas nos procedimentos de
esterilização de metais, já que nela
não é permitido o uso de materiais de
acrílico ou plástico.
A estufa atua com calor seco,
com altas temperaturas e por isso, os
materiais utilizados nos
procedimentos devem ser dispostos
dentro da mesma, com espaço entre
as caixas, para garantir a circulação
d o c a l o r, n ã o p e r m i t i n d o o
empilhamento de caixas nas
prateleiras.
Os processos de esterilização
constituem-se, sem dúvida, numa
das mais importantes etapas de um
programa de controle de infecção.
Definimos esterilização como um
processo capaz de destruir todas as
formas de vida microbiana como
bactérias, fungos e vírus, inclusive
na sua forma vegetativa e
esporulada (Fonte: Manual de
Biossegurança do Curso de
Odontologia da Unisa, 2009, p.15).
Já o aparelho de autoclave,
por sua vez, oferece um calor úmido
que garante a esterilização mais
rápida. Permitindo assim, a
esterilização não só de metais, mas
de materiais termo resistentes.
26
27
Vendas: (47) 3222-3068
Para Teixeira (1996) recomenda-se
que os materiais sejam esterilizados
em pequenas proporções, bem
lacrados para impedir a abertura
durante o processo. Indiferente da
forma como o material for
esterilizado ele deve passar pelo
aquecimento, pelo tempo de
esterilização necessária e pelo
processo de resfriamento do
esterilizador, sempre constando nos
pacotes além data, o nome do
O QUÊ?
QUANDO?
Sempre após a
Aparelhos
exposição com
(alicates,
tesouras, pinças, material orgânico
ou na falta de,
curetas para
semanalmente
cravo, etc)
material que ali se encontra.
2.4 Higienizações de materiais
No manuseio de materiais
onde há risco de contaminação por
matérias orgânicas a higienização
deve ocorrer varias vezes durante o
dia ou semana, podemos valorizar a
forma como devemos proceder
quanto à higienização.
COM O QUE?
COMO?
Pano ou papel Lavar com escova.
descartável com Deixar a solução
álcool 70% e
de contato por 15
água e sabão.
minutos e depois
secar com papel
descartável.
Semanalmente
Sabão e Água.
Limpeza mecânica
Estufa
Mensalmante ou
após
contaminação de
material.
Sabão e Água.
Deixar a solução
de contato por 15
minutos e depois
secar com papel
descartável.
Condicionador
de ar
Limpar o filtro
mensalmente
Sabão e Água
e hipoclorito 1%.
Deixar de molho
na solução o filtro
por 30 minutos e
na superfície
deixar a solução
por 15 minutos e
depois secar com
papel descartável.
Bancadas
Diariamente ou
sempre que
houver
contaminação.
Pano ou papel
descartável com
álcool 70%.
Autoclave
Remover a
contaminação e
passar a solução
por 15 minutos,
para depois secar.
28
Geladeiras
Mensalmente
Sabão e Água.
Limpeza normal
com água e sabão.
Paredes
Mensalmente
Sabão e Água.
Limpeza normal
com água e sabão.
Sabão e Água.
Limpeza normal
com água e sabão.
Pias
Pisos
Lixeiras
Diariamente ou
sempre que
houver alguma
contaminação
com material
biológico
Diariamente ou
sempre que
houver alguma
contaminação
com material
biológico
Sabão e Água
com hipoclorito
1%.
Limpeza com um
molho de 15
minutos, para
depois secar com
pano.
Semanalmente ou
sempre que
houver alguma
contaminação
com material
iológico
Sabão e Água
com hipoclorito
1%.
Molho por 30
minutos na
solução para
depois lavar e
secar.
Quadro 02: Higienização
Fonte: Adaptado de www.biotecnica.ind.br - Acessado em: 15 mai. 2010.
Também é recomendável que
se proteja os materiais ou ambiente
com barreiras de proteção. Estas
que podem ser compreendidas
como sacos plásticos ou até um
invólucro de plástico PVC, que deve
ser trocado entre os clientes.
desinfecção e esterilização
são fatores de grande importância,
pois, garantem as condições para a
segurança dos procedimentos na
Clínica de Estética.
Esterilização é a eliminação ou
destruição completa de todas as formas de
2.5
Meios de esterilização
vida microbiana, sendo executada (...)
através de processos físicos ou químicos.
A esterilização inicia pelo
processo de higienização dos
materiais utilizados, passando pela
limpeza com água, secagem,
esterilização e armazenamento do
material.
Os processos de
Desinfecção é o processo que elimina todos
os microorganismos ou objetos inanimados
patológicos, com exceção dos endósporos
bacterianos. Esse processo não deve ser
confundido com a esterilização,
29
visto que não elimina totalmente todas as
formas de vida microbiana. Por definição, os
críticos, pela ação de agentes
químicos ou físicos;
dois procedimentos diferem quanto à
capacidade para eliminação dos esporos,
propriedade inerente à esterilização. Alguns
desinfetantes, os quimioesterilizadores,
·
Limpeza: Remoção da
sujeira. Ocorre por meio de ação
mecanizada ou de forma química.
podem eliminar esporos com tempo de
exposição prolongado (seis a dez horas)
(KALILL, 1994, p. 01).
Indiferente do método que se
utiliza para esterilização ou
desinfecção, o material deve ser
lavado com um composto clorado e
em seguida ser secado de forma que
não seja contaminado. Embora os
processos de esterilização e
desinfecção pareçam simples, eles
exigem atenção e cuidado
adequados, pois cada material
possui uma forma segura de
descontaminação. Materiais que são
termossensíveis, por exemplo,
podem ser esterilizados com óxido
de etileno.
Para Kalill (1994) os conceitos
de esterilização, desinfecção e
limpeza podem ser definidas como:
·
Esterilização: um
procedimento que destrói todos os
micróbios vivos e que tem como
objetivo a não contaminação ou
infecção de materiais. Ela pode
ocorrer de forma física ou química;
·
Desinfecção: um
procedimento que reduz os
microorganismos em artigos semi-
A limpeza deve sempre
ocorrer antes de qualquer processo
de desinfecção ou de esterilização,
visto que a matéria orgânica inutiliza
a ação germicida de produtos. Assim
a limpeza geralmente ocorre com
sabão e água corrente.
Segundo Rojas (2008, p. 05):
A limpeza manual é a limpeza
executada através de fricção com escovar e
uso de solução de limpeza. (...) Limpeza
mecânica é desenvolvida por meio de
equipamento como: lavadora ultrassônica,
lavadora esterilizadora e desinfetadora,
lavadora termodesinfetadora e lavadora de
descarga.
Ainda, segundo Rojas (2008)
os artigos a serem esterilizados e
desinfetados devem seguir a
seguinte ordem:
· Receber e desinfetar e fazer a
separação dos artigos;
· Lavá-los;
· Esterilizar os artigos por meio
químico ou físico;
· Realizar o controle dos processos
para garantir a qualidade;
· Armazenar os artigos;
· Zelar pela proteção.
30
Após a limpeza exige o
procedimento de acondicionamento
do material, que segundo Rojas
(2008, p. 8):
Trata-se da preparação do artigo de
acordo com a sua classificação (...), e do
embalo em invólucro compatível com o
processo e com o próprio artigo. Tem como
objetivo oferecer ao usuário um artigo em
boas condições de funcionamento e com
proteção adequada, com principal cuidado
ao preparo dos artigos que passarão por
processo de esterilização para transferência
asséptica, sem risco de contaminação.
Na Clinica de Estética,
utilizam-se alguns métodos para o
processo de esterilização e
desinfecção que podem aqui ser
citados como: a estufa de secagem,
estufa de calor e autoclave. E alguns
materiais que compõem estes meios
como o papel crepado, a fita para
autoclave e o tempo de duração dos
materiais esterilizados.
2.5.1 A estufa (calor
seco)
As estufas podem ser
divididas em dois tipos: as de
convecção por gravidade e a de
convecção mecânica.
As de convecção por
gravidade têm resistência elétrica,
na câmara e uma saída de ar na
parte superior para drenar o ar frio
que é jogado pelo ar quente para fora
da estufa na medida em que o
ar esquenta dentro da estufa. Assim
é necessário que se organize a
colocação e disposição dos
materiais dentro da câmara para que
o ar possa circular uniformemente
por todos os artigos.
Já nas estufas de convecção
mecânica há um dispositivo que
movimenta o ar quente dentro da
mesma, facilitando a circulação do ar
e possibilitando uma movimentação
do ar mais uniforme. Este tipo de
estufa reduz o tempo necessário de
exposição dos artigos à
esterilização.
Segundo Rojas (2008) é
possível descrever um exemplo
sobre o tempo e temperatura de
exposição dos materiais na estufa.
Temperatura
Tempo
171o C
60 minutos
o
120 minutos
149 C
o
150 minutos
141o C
180 minutos
121o C
12horas
160 C
Quadro 03: Temperatura e tempo
de exposição nas estufas
Fonte: ROJAS, 2008.
O funcionamento das estufas:
31
Calor transferência rápida
Calor seco
o
o
o
Temperatura
160 C ou 170 C
190 C
Tempo do ciclo
De 1 a 2 horas
12 minutos para pacotes
6 minutos para material não
coberto
Tipo de material
Não deve ser isolante de
calor, deve ser termo
resistente a temperatura
utilizada tubos de polifilme,
plástico; alguns tipos de
papel folhas de alumínio
Não deve ser isolante de
calor, deve ser termo
resistente a temperatura
utilizada tubos de polifilme,
plástico; alguns tipos de
papel folhas de alumínio
Vantagens
Seguro para metais e
espelhos (ex: odontologia),
não danifica instrumentos
de corte, não forma
ferrugem
Menor ciclo, seguro para
metais e espelhos (ex:
odontologia), não danifica
instrumentos de corte, não
forma ferrugem
Desvantagens
Instrumentos devem estar
Ciclo longo, exceto se o ar
secos antes de serem
é forçado, pequena
penetração em materiais empacotados, não esteriliza
mais densos, não esteriliza líquidos, destrói materiais
sensíveis ao calor
líquidos, destrói materiais
sensíveis ao calor
Quadro 04: Comparativo entre estufas
Fonte: www.cih.com.br - Acessado em: 31 mai. 2010.
a)
Os invólucros mais indicados
para a utilização em estufa são:
· Caixas de aço inox de paredes
finas ou de alumínio;
· Papel laminado de alumínio;
· Polímeros resistentes a altas
temperaturas;
· Papel crepado.
2.5.2 A autoclave (calor
úmido)
Para Rojas (2008) a
autoclave é um aparelho que
trabalha por vapor suturado e
podemos dois tipos:
·
Gravitacional;
·
Alto vácuo (pré-vácuo e
vácuo fracionado)
A esterilização se faz pela
ação do vapor de água
superaquecido e mantido sob
pressão. Os aparelhos encontrados
atualmente no mercado são de fáci
operação e apresentam-se em
diferentes tamanhos, capacidade e
desenhos. As autoclaves tipo
“panela de pressão” têm uma
atmosfera de pressão, 121ºC de
temperatura e suas câmaras podem
ter capacidade de 06 até 21 litros. As
do tipo “cassete” trabalham a uma
32
temperatura de 134ºC e 02
atmosfera pressão. As do tipo
“elétricas de mesa ou automáticas”
possibilitam a regulagem de pressão
e temperatura (Fonte: Manual de
Biossegurança do Curso de
Odontologia da Unisa, 2009, p.17).
Neste aparelho o ar possui
fases como a remoção do ar, a
penetração do vapor e o período de
secagem. O que diferencia os
modelos que autoclaves são as
formas de remoção do ar.
TIPOS
O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase
de secagem é limitada uma vez que não possui
capacidade para completa remoção do vapor.
Desvantagem: pode apresentar umidade ao final
GRAVITACIONAL pela dificuldade de remoção do ar.
As autoclaves verticais são mais indicadas para
laboratórios.
O ar é removido através de uma bomba. A fase de
secagem é limitada uma vez que não possui capacidade
para completa remoção do vapor.
Desvantagem: pode apresentar umidade pelas próprias
limitações do equipamento de remoção do ar.
INA
EMPREENDIMENTOS EM EDUCAÇÃO E SAÚDE
ALTO VÁCUO
Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão
com ambiente em vácuo. É mais seguro que o
gravitacional devido à alta capacidade de sucção do ar
realizada pela bomba de vácuo.
Quadro 05: Tipos de autoclave
Fonte: www.cih.com.br - Acessado em: 31 mai. 2010.
Nas autoclaves há também uma
forma de esterilização que pode
ocorrer em qualquer modelo de
aparelho que é o método de ciclo
flash. Este ciclo é bastante rápido,
dividi-se em duas etapas a de
remoção e esterilização.
Geralmente os materiais estão
envolvidos em invólucros porem,
após o final do ciclo estarão úmidos e
por isso é recomendado que os
materiais sejam utilizados após o
ciclo, sem o armazenamento do
mesmo. Neste ciclo flash pode
verificar os tempos de esterilização e
os materiais:
33
Tempos mínimos de exposição em esterilização tipo “flash
Tipo de autoclave
Carga
Temperatura
- Metais, itens não
porosos, sem lumes.
GRAVITACIONAL - Metais com lumes, itens
porosos (plásticos,
borrachas)
- Metais, itens não
porosos, sem lumes.
PRÉ VACUO
- Metais com lumes, itens
porosos (plásticos,
borrachas)
VÁCUO
FRACIONADO
- Metais, itens não
porosos, sem lumes.
- Metais com lumes, itens
porosos (plásticos,
borrachas)
Os materiais devem ser
organizados dentro da autoclave não
ultrapassando o limite de 70% do
interior do aparelho, os artigos
devem ser colocados conforme a
organização abaixo:
· Os artigos que contém
articulações e com dobradiças serão
colocados em suportes para que se
mantenham abertos;
· Materiais com lumens podem
permanecer com ar dentro (por
exemplo, endoscópios). Estes
materiais devem ser umedecidos
com água destilada antes dos
procedimentos de esterilização,
assim qualquer resíduo de ar se
transformará em vapor;
· Os materiais côncavos, como
Ciclo
o
3 min
132 C
o
10 min
132o C
3 min
132o C
4 min
132 C
132o C a
135o C
141o C a
144o C
3 min
2 min
bacias precisam ser colocados de
forma que qualquer condensado
(líquido) que se forme corra em
direção ao dreno, por gravidade;
· Materiais como cubas, por
exemplo, devem ser separados por
material absorvente de forma a que o
vapor possa passar entre eles, pois,
o encaixe poderá dificultar a
passagem do vapor. O material
cirúrgico não deve ser
acondicionado encaixado ou
empilhado;
· As caixas de instrumentais serão
colocadas longitudinalmente na
cesta da autoclave, sem empilhar, ou
seja, uma ao lado da outra;
· Os materiais têxteis devem ser
colocados de forma a permitir melhor
passagem do vapor;
35
·Os tipos de embalagens deverão
ser escolhidos de acordo com a
capacidade da autoclave. O período
de validade de cada embalagem
para cada tipo de material é definido
por testes pela própria instituição
(Fonte: www.cih.com.br – Acessado
em: 30 ago. 2010).
FERNANDES, 2000)
· Te c i d o d e a l g o d ã o : é
recomendado somente para
processos de esterilização pelo
vapor saturado sob pressão, não
sendo indicada para á baixa
temperatura, pelo fato de reter
resíduos;
2 . 5 . 3 Te m p o
esterilização dos materiais
Papel grau cirúrgico: as
embalagens de papel grau cirúrgico
deverão estar condizentes com a
Associação Brasileira de Normas
Técnicas - NBR 12.946, que
estabelece os parâmetros de
qualidade destas embalagens
quanto à porosidade e resistência.
As normas internacionais BS/6256/DIN 58953/1987
estabelecem o índice de 60gr/m para
gramatura do papel. Estas
embalagens podem ser utilizadas
para processos de esterilização por
vapor saturado sob pressão, óxido
de etileno e vapor de formaldeído à
baixa temperatura, contudo não
poderá ser utilizada em processos
de esterilização por plasma de
peróxido, pela incompatibilidade da
celulose;
de
Para Association Of
Operating Room Nurses (2000), as
embalagens que serão utilizadas
nos processos de esterilização
devem seguir as características:
·Ser apropriada ao material e ao
método de esterilização;
·Promover a selagem adequada ao
material;
·Promover a integridade de barreira;
·Ser resistente a rasgaduras;
·Proteger o material embalado;
·Permitir que houvesse a remoção
do ar;
·Ter custo benefício positivo.
A legislação e o Ministério da
Saúde, entre vários autores,
recomendam o prazo de 7 dias para
esterilização por processo físico
(estufas ou autoclaves), qualquer
que seja a embalagem (Fonte:
Manual de Biossegurança do Curso
de Odontologia da Unisa, 2009,
p.29).
2.5.4 Tipos de
embalagens recomendadas para
esterilização (PINTER et al, apud
Papel karft: o papel foi à primeira
alternativa após o uso de tecidos. O
papel pode possuir tamanhos de
poros inferiores àqueles dos tecidos,
podendo assim ser usado como
embalagem primária, não sendo
reutilizado. Durante a esterilização, o
vapor penetra através da
embalagem. A embalagem não deve
ser feita muito apertada, mas
também não pode ser muito
36
frouxa e a secagem deve ser feita de
maneira adequada;
resistência evita rasgos e/ ou furos,
permitindo que se faça um pacote
seguro;
O papel Kraft é citado como invólucro,
mas já cauí em desuso devido a sua
irregularidade e presença de amido,
corantes e outros produtos tóxicos. Este
papel não foi elaborado como invólucro para
artigos
hospitalares
(Fonte:
http://portal.anvisa.gov.br).
· Papel crepado: mais resistente e
áspero que os outros papéis, são
feitas de celulose tratada, resistente
à temperatura de até 150°c por 1
hora, sendo eficiente como
embalagem para o processo de
esterilização pelo vapor e por óxido
de etileno, tem ótima capacidade
para filtragem e agindo como
barreira contra penetração de
microrganismos. É em torno de 97%
eficaz contra micróbios;
·
Caixas metálicas: tem sua
composição em liga de alumínio ou
aço inox de paredes finas - 0,6 a 0,8
mm. São muito utilizadas na
esterilização por estufas, mas em
autoclaves deverão ser perfuradas e
embaladas em embalagens
secundárias.
Não existem garantias sobre
o real prazo em que os materiais
esterilizados permaneçam estéreis.
Para Association Of Operating Room
Nurses (2000), a validade é bastante
relativa à qualidade do material
utilizado na embalagem, a forma de
armazenamento, de transporte e do
manuseio. Porém, recomenda que o
prazo não ultrapasse dez dias.
2.6 Higiene ambiental
· Fita de autoclave: é
confeccionada com dorso de papel
crepado à base de celulose, tem em
uma de suas faces, massa de
borracha natural, óxido de zinco e
resinas e, no outro lado uma camada
impermeabilizante. É ideal para o
fechamento de pacotes e funciona
como indicadora de esterilização;
· Não tecidos de 100% polipropeno:
são embalagens com resistência e
capacidade de filtração. São
barreiras microbianas, devido à
resistência, maleabilidade e
repelência aos fluidos. Sua
O profissional deverá realizar
a limpeza após colocação dos EPI
adequados para essa área. EPI
necessários para limpeza manual:
avental impermeável, luvas grossas
de punho longo, confeccionadas em
borracha antiderrapante, sapatos
fechados e impermeáveis,
máscaras, gorro e óculos de
proteção. O procedimento de
limpeza manual somente deve ser
iniciado após a colocação dos EPI
(Fonte: Manual de Biossegurança do
Curso de Odontologia da Unisa,
2009, p.15).
É de extrema importância a
elaboração de rotinas gerais e
específicas para os procedimentos
37
de limpeza e desinfecção de
artigos e áreas. Preconiza-se a
limpeza com água e sabão líquido e
havendo presença de matéria
orgânica na superfície inanimada,
remove-se a sujidade utilizando meios
mecânicos, realizasse a limpeza e na
seqüência a desinfecção com a
solução preconizada. Exemplo:
hipoclorito de sódio a 1% ou solução
cloro orgânico (Fonte: Manual de
Biossegurança de Goiás, 2008, p. 18).
2.6.1 Métodos de limpeza
A limpeza consiste na remoção
de sujidade depositada nas
superfícies inanimadas por meios
mecânicos (fricção), físicos
(temperatura) e químicos
(detergente). A maioria das superfícies
precisa ser limpa apenas com água e
detergente. Estudos demonstraram
que a desinfecção rotineira de pisos
não oferece vantagens sobre a
limpeza com água e detergente
(Fonte: Manual de prevenção de
infecções associadas a
procedimentos estéticos, 2008, p. 22).
a) Limpeza concorrente
(diariamente): é aquela realizada
diariamente em todas as áreas, e inclui
a limpeza de pisos, instalações
sanitárias, superfícies horizontais de
equipamentos e mobiliários,
esvaziamento e troca de recipientes
de lixo (Fonte: Manual de prevenção
de infecções associadas a
procedimentos estéticos, 2008, p. 22).
b) Limpeza de manutenção: é a
realizada em locais de alta
rotatividade, limitando-se à limpeza do
piso e dos banheiros e ao
esvaziamento do lixo, devendo ser
feita nos três períodos do dia e
conforme a necessidade (Fonte:
Manual de prevenção de infecções
associadas a procedimentos
estéticos, 2008, p. 22).
c) Limpeza Terminal: pode ser feita de
duas maneiras;
- Limpeza com solução detergente enxágüe com água. Desinfecção com
hipoclorito de sódio a 1%;
- Limpeza e desinfecção com Cloro
Orgânico a 3% - Enxágüe com água
(Fonte: Manual de Biossegurança de
Goiás, 2008, p. 18). Trata-se da mais
completa, abrangendo pisos, paredes,
equipamentos, mobiliários, janelas,
portas, luminárias, teto etc. A
periodicidade de limpeza de todos os
itens dependerá da área nas quais os
mesmos se encontram. Exemplo: a
limpeza terminal da unidade onde haja
paciente internado deverá ser
realizada após sua alta, óbito ou
transferência (Fonte: Manual de
prevenção de infecções associadas a
procedimentos estéticos, 2008, p. 22).
38
2.6.2 Limpeza dos
equipamentos, mobiliários e
bancadas
Para realização da limpeza de
superfícies devem ser utilizados os
seguintes equipamentos:
- Sistema de duplo balde: utilizar dois
baldes de cores diferentes, um
contendo água com solução
detergente e outro com água limpa
para o enxágüe. Este sistema é
necessário quando são utilizados
pano e rodo para limpeza do piso;
- Mop úmido com duplo balde:
conjunto de suporte com rodas,
composto por dois baldes de cores
diferentes, prensa móvel central,
cabeleira, presilha e cabo de PVC ou
alumínio;
- Mop seco ou pó: equipamento
composto por cabo de PVC ou
alumínio e aba ou presilha para
encaixe do limpador. Utilizado para
remoção da sujeira seca por arraste;
- Suporte limpador: equipamento
composto por cabo de PVC ou
alumínio com articulação rotatória na
base e sistema de fixação de fibras
limpadoras. Utilizado para limpeza
de paredes, azulejos, rodapés e
demais locais de difícil acesso.
utilização de vassouras, pois esta
provoca a suspensão de
microorganismos. Não se
recomenda o uso de aspirador de pó
pelo mesmo motivo, exceto em
áreas administrativas (Fonte:
Manual de prevenção de infecções
associadas a procedimentos
estéticos, 2008, p. 23).
2.6.3 Produtos
saneantes a serem utilizados
- Sabões-Detergentes: São produtos
solúveis em água que contêm
tensoativos em sua formulação, com
a finalidade de emulsificar e facilitar a
limpeza, levando à dispersão,
suspensão e emulsificação da
sujeira;
- Germicidas: São agentes
químicos que inibem ou destroem os
microorganismos, podendo ou não
destruir esporos. É obrigatório o uso
de equipamentos de proteção
individual (EPI) na diluição e
manipulação dos germicidas e em
ambiente arejado. São classificados
em: esterilizantes, desinfetantes e
anti-sépticos;
- Esterilizantes: São soluções
químicas capazes de destruir todas
as formas de
microorganismos inclusive esporos.
Ex: glutaraldeído a 2%;
- Desinfetantes: São germicidas
dotados de nível intermediário
Nunca realizar varredura seca com
39
de ação, ou seja, em geral não são
esporicidas e tem ação viricida
incompleta. Ex: Hipoclorito de sódio
1% por 30 minutos;
- A n ti c é p ti c o : S ã o s o l u ç õ e s
germicidas pouco irritantes,
utilizadas em pele e mucosa. Alguns
têm efeito bactericida, porém a
maioria tem ação bacteriostática. Ex:
PVPI, clorexidina 2%, álcool a 70%;
- Desodorizante: Formulações que
contém em sua composição
substâncias bactericidas, capazes
de controlar odores desagradáveis
(Fonte: Manual de Biossegurança de
Goiás, 2008, p. 18).
2.7 Descarte de materiais
Sempre que os materiais
possuem contato com amostras e /
ou secreções devem ser
descontaminadas após o final de
cada procedimento, realizado pelo
Esteticista. Todo o material que é
cortante deve ser desprezado em
recipientes resistentes a
perfurações, este procedimento
serve para evitar contágio no
momento do transporte do material.
Existem caixas apropriadas à
venda em lojas de equipamentos de
segurança e saúde.
Para Teixeira (1996) quanto
ao material não cortante indica-se
colocá-los em sacos plásticos, de cor
branca, com a indicação nominal
para os objetos que não são
cortantes.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos últimos anos vem-se
discutindo muito sobre o tema
Biossegurança, e a sua aplicação
dentro dos estabelecimentos de
saúde, tanto de trabalho como de
prestação de serviços. Neste
sentido, pode-se verificar o conceito
de Biossegurança e a sua
aplicabilidade nas clinicas de
estética, quando se aplica através do
cuidado na manipulação de objetos e
na prevenção de contágios
.No texto foi apresentado que
a Biossegurança tem suas ações
voltadas a prevenir, diminuir ou
eliminar os riscos de contaminação
nas atividades efetuadas entre a
relação profissional e cliente. Ela
também busca identificar onde estão
os riscos de contagio e todas as
formas que poderá acontecer uma
exposição.
Foi evidenciado que a
Biossegurança busca prevenir o
aparecimento de doenças,
programar e orientar a realização de
imunizações para minimizar os
riscos de uma infecção.
Outro ponto apresentado no
texto quanto o profissional
esteticista, foram as suas
atribuições; também a necessidade
da formação profissional e a sua
constante atualização por meio de
cursos voltados a área da estética.
40
Ficou evidenciado que a área
estética vem crescendo de acordo
com as novas necessidades do
mercado de serviços, pois a beleza e
a saúde estão atreladas ao conceito
de vida saudável, assim, a estética
tem seu crescimento projetado e
impulsionado não só pelo
profissional mas como pelo apelo
social e cultural.
É necessário que o
profissional tenha gosto pela
profissão a fim de desenvolver
princípios como comunicação,
flexibilidade, disposição e
responsabilidade. Em sua atuação o
esteticista deve oferecer aos clientes
não somente o serviço, mas também
um planejamento de ações que
possibilitem ao cliente acompanhar
seu progresso no tratamento.
Em seguida foi descrito os
materiais que garantem a realização
dos procedimentos com segurança
para o esteticista e para o cliente,
como a touca, luva, avental, óculos e
mascara que juntos compunham a
proteção individual.
Neste trabalho foi possível
verificar que a profissão de
esteticista possui vários riscos de
contaminação, pois ela atua
diretamente com o corpo do cliente,
assim, além dos riscos através de
secreções, sangue, mucosa, há a
proximidade entre corpos que
possibilita varias contaminações.
Foram evidenciados e
descritos os equipamentos de
proteção individual para o esteticista
e cliente e assim constatou-se que
todos os equipamentos descritos
são prioridade para a qualidade do
atendimento do serviço prestado ao
cliente.
4. REFERÊNCIAS
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PROTETORES SOLARES:
uma questão de hábito!
Segundo Paola et al (1998) o Sol é
800 nm). Nosso organismo percebe
essencial para a vida na Terra e seus efeitos
a presença destas radiações do espectro
sobre o homem dependem das
solar de diferentes formas. A radiação
características individuais da pele exposta,
infravermelha (IV) é percebida sob a forma
intensidade, freqüência e tempo de
de calor; a radiação visível (Vis) através das
exposição, que por sua vez dependem da
diferentes cores detectadas pelo sistema
localização geográfica, estação do ano,
óptico e a radiação ultravioleta (UV) através
período do dia e condição climática. Estes
de reações fotoquímicas.
efeitos trazem benefícios ao ser humano,
Tais reações podem estimular a
como sensação de bem-estar físico e
produção de melanina cuja manifestação é
mental, estímulo à produção de melanina
visível sob a forma de bronzeamento da
com conseqüente bronzeamento da pele,
pele, ou pode levar desde a produção de
tratamento de icterícia (cor amarela da pele
simples inflamações, até graves
e do branco dos olhos de bebês, causada
queimaduras. A radiação UV de energia
pelo excesso de bilirrubina no sangue), etc.
menor penetra mais profundamente na pele
Porém, a radiação solar também pode
e, ao atingir a derme, é responsável pelo
causar prejuízos ao organismo, caso não se
fotoenvelhecimento.
tome os devidos cuidados quanto à dose de
radiação solar recebida.
Para Osterwalder (2000) o espectro
A faixa da radiação UV (100 a 400
nm) (Tomas, 2000) pode ser dividida em
três partes:
solar que atinge a superfície terrestre é
formado predominantemente por radiações
ultravioletas / UV (100–400 nm), visíveis
(400–800 nm) e infravermelhas (acima de
- UVA (320 a 400 nm): presentes ao
longo do dia e não causa eritema, induz
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pigmentação da pele promovendo o
bronzeamento por meio do
escurecimento da melanina,
localizada nas células da camada da
epiderme (Paola et al, 1998), sendo
mais abundante que a radiação UVB
na superfície terrestre (UVA 95%,
UVB 5%), induzindo ao
fotoenvelhecimento;
- UVB (280 a 320 nm): atinge toda a
superfície terrestre após atravessar a
atmosfera, ocasiona queimaduras
solares (RUVOLO, 1997; STEINER,
1995). Predomina entre 10 e 14
horas, causando o câncer de pele,
segundo SCHALKA; ADDOR (2008).
Com a destruição da camada de
ozônio, os raios UVB, têm
aumentado progressivamente a
incidência na superfície;
- UVC (100 a 280 nm): para Steiner
(1995); Streilein et al (1994) esta
faixa é portadora de elevadas
energias, característica que a torna
extremamente lesiva aos seres
vivos. Não consegue atingir a
superfície terrestre devido à camada
de ozônio.
As primeiras formulações de
protetores solares datam de 1928 e
tinham como intuito a proteção contra
as queimaduras solares (SCHALKA;
ADDOR, 2008).
Sendo assim, segundo Taylor
et al (1990) os perigos à saúde,
relacionados à radiação UV, podem
ser minimizados pelo emprego de
protetores solares, os quais
estão no mercado há mais de 60
anos. Inicialmente, eles foram
desenvolvidos para proteger a pele
contra queimaduras do sol, isto é,
preferencialmente contra a radiação
UVB, permitindo bronzeamento por
meio de UVA. Com o crescente
conhecimento a respeito de UVA,
ficou evidente que a pele precisaria
ser protegida de toda faixa UVA/UVB
(Ziegler et al, 1994), para reduzir o
risco de câncer de pele causado por
exposição ao sol.
Segundo Diffey (1997),
existem duas classes de filtros
solares: orgânicos e inorgânicos.
Para Flor et al (2007) como os filtros
solares absorvem apenas parte da
região do ultravioleta (UVA ou UVB),
para se ter uma proteção completa
deve-se fazer uma combinação entre
estes filtros. Por outro lado, a
combinação de diferentes tipos de
filtros pode causar alto grau de
irritabilidade quando aplicada à pele.
Já para Mansur et al (1986), a
eficácia de um protetor solar é
medida em função de seu fator de
proteção solar (FPS), o qual indica
quantas vezes o tempo de exposição
ao sol, sem o risco de eritema, pode
ser aumentado com o uso do
protetor.
A escolha do protetor ideal
depende de tolerância aos raios
solares e da cor da pele. O cálculo é
simples: com o fator 15, por exemplo,
a pessoa pode ficar um tempo 15
vezes superior sob o sol para não se
queimar na comparação com o
tempo que ela poderia ficar sem
proteção. Os produtos com fator 30
normalmente dão conta do recado.
Apenas em casos especiais, como o
de pessoas, albinas, faz-se
necessário um fator especial de
proteção.
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O índice de proteção representa a
relação direta entre o tempo que a pessoa
pode ficar ao Sol e a porcentagem
bloqueada de raios solares:
- Fator 8 (proteção: 87,5%);
- 15 (93,3%);
- 20 (95%);
- 25 (96%);
- 30 (96,6%);
- 40 (97,5%);
5 0
( 9 8 % )
( F o n t e :
www.sortimentos.com/saude/dermatologia12.htm).
Pesquisas demonstram que os
usuários sabem sobre a importância da
fotoproteção e sobre a necessidade de
evitar o sol próximo ao meio-dia, porém
seu comportamento, em geral, não
demonstra este conhecimento. Foi
realizado um levantamento, no qual se
perguntou às pessoas quais os locais do
corpo em que elas costumam aplicar
protetor solar e quais os locais que elas,
normalmente, esquecem de aplicar. Os
locais mais facilmente esquecidos são
orelhas, pescoço, pés e pernas. A
reaplicação do fotoprotetor também é
importante. Normalmente, a
recomendação de reaplicar a cada 2 a 3
horas não é considerada (DIFFEY, 2001).
Os filtros solares tornaram-se
indispensáveis nos dias atuais e são
encontrados incorporados em diversas
formas cosméticas fotoprotetoras sendo,
a mais comum, a emulsão (PAOLA, 2001).
Não é obrigatório usar um protetor
específico para a face. Mas seria bom,
uma vez que a textura da pele do rosto não
é a mesma do restante do corpo. Além
disso, há no mercado muitos cosméticos
com tecnologias sofisticadas que aliam a
proteção solar a substâncias hidratantes e
antifotoenvelhecimento. E sendo assim,
as pessoas de pele negra também devem
usar o protetor.
Quanto à diferença entre o
bloqueador, segundo a dermatologista
Bertha Tamura, bloqueador é um produto
mais "potente" - e, por isso, geralmente
mais espesso indicado para pessoas com
a cútis mais sensível ou com algum tipo de
doença de pele. Portanto, as marcas
comerciais mais conhecidas se encaixam
na categoria de protetores solares.
Sendo assim, os tipos de pele e
seus protetores solares são:
- Para pele oleosa ou mista: usar fluidos ou
géis à base de água que tenham textura
leve, são os que têm menos chances de
obstruir os poros e deixar a pele brilhando;
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- Para pele morena ou negra: sprays, géis
ou fluidos à base de filtros químicos, como é
o caso da avobenzona e do mexoryl. Ao
contrário dos filtros físicos – como o dióxido
de titânio, que criam um filme
esbranquiçado e artificial quando aplicados
na pele escura, esses ativos são
completamente transparentes, garantindo
proteção sem deixar rastros;
- Para pele sensível: produtos que
contenham só filtros físicos – eles formam
uma barreira eficientíssima, porém
interagem de forma mínima com a pele. Os
disponíveis são o dióxido de titânio e o óxido
de zinco.
- Para pele madura: são utilizadas as loções
e cremes hidratantes, com FPS alto e ativos
que ajudam a prevenir e a minimizar os
sinais da idade (sendo alguns com adição
de extrato de café, de soja, de chá verde, de
licopeno e das vitaminas A, C e E).
Vanessa P. Danezi - Bióloga,
Especialista em Terapia Estética e
Docência em Estética e
Professora no INA.
HABITUE-SE A USAR UM PROTETOR SOLAR
E TERÁS UMA PELE SEMPRE LINDA!
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