Efeitos antropogênicos sobre a diversidade genética, demografia e processos ecológicos de espécies arbóreas tropicais Alexandre Magno Sebbenn Instituto Florestal de São Paulo [email protected] 1 Tópicos a serem abordados I) Modelando no longo prazo os impactos do corte seletivo de árvores sobre a diversidade genética e estrutura demografica de quatro espécies arbóreas tropicais na floresta Amazônica Brasileira II) Impactos da fragmetação florestal sobre a diversidade genética, estrutura genética espacial intrapopulacional e dispersão de pólen e sementes em espécies arbóreas tropicais 2 Modelando no longo prazo os impactos do corte seletivo de árvores sobre a diversidade genética e estrutura demografica de quatro espécies arbóreas tropicais na floresta Amazônica Brasileira Motivação +17% da área da floresta Amazônica já foi deflorestada Área total desctruída entre 1900 a 2002 = área da Belgica + Dinamarca + Portugal + Holanda 4 Principais causas Plantio de soja Pastagens Exploração madeireira (não sustentada) 5 Uma alternativa para a exploração florestal e conservação da floresta Amazônica para as próximas gerações: corte seletivo sustentável de árvores 6 Manejo florestal madeireiro sustentável 7 Ex. hipotético de manejo sustentado: Eucalyptus para celulose IMA em DAP=3 cm/ano) Demanda da empresa: 1000 ha/ano de árvores com 20 cm de DAP Ciclo de corte = 7 anos (3 x 7 cm = 21 cm de DAP) Área requerida de plantio = 7 anos x 1000 ha = 7000 ha + 10% de reserva volante ~ 8000 ha Corte anual 1 2 3 5 6 7 4 8 1000 ha “O corte e imediato replantio de 1000/ano, garante teoricamente a produção sustentada de matéria prima”. 8 Manejo sustentado: corte seletivo de árvores (depende da regeneração natural, portanto também da reprodução) 9 Corte seletivo de árvores 10 A floresta após o corte seletivo 11 A floresta após o corte seletivo – regeneração, que depende de reproduação 12 Corte seletivo de árvores (Floresta regenerada >100 anos - maioria das sp) 13 Objetivos Geral Estudar os efeitos no longo prazo (ciclos sucessivos de corte) do corte seletivo de árvores sobre a diversidade genética e estrutura demográfica de quatro espécies arbóreas tropicais da floresta Amazônica, usando simulação e modelagem Ecogene. Específico Comparar o método de exploração usado no Brasil (ciclo de corte de 30 anos; mínimo DAP de corte de 45 cm; intensidade de corte de 90%) com o utilisado na Guiana Francesa (ciclo de corte de 65 anos; mínimo DAP de corte de 60 cm; intensidade de corte de 90%). 14 Características das espécies estudadas Espécies Sistema sexual Vetor de polinização Bagassa guianensis Dióica Insetos (Trips) 0,2 árvores/ha Hymenaea courbaril Hermafrodita Morcegos 0,54 árvores/ha com DAP ≥ 10 cm Manilkara huberi Hermafrodita Insetos 3,35 árvores/ha com DAP ≥ 10 cm Pássaros 0,83 árvores/ha com DAP ≥ 10 cm Symphonia globulifera Hermafrodita Densidade 15 Parcela experimental Área: parcela de 500 ha Foresta primária úmida de terra firme Local: Amazônia Brasileira, Flona Tapajós, Belterra, Estado do Pará. Projeto: Dendrogene (Embrapa Amazônia Oriental/DFID- Dr Milton Kanashiro) 16 Parcela experimental 7 espécies foram estudadas (4 usadas neste estudo) Inventário Distribuição espacial e taxa de crescimento DAP > 20 cm, 500 ha DAP > 10 cm = 100 ha Caracteres: DAP, altura e forma do fuste Amostra genética 1. Todas árvores foram amostradas, mapeadas e genotipadas com locos microssatélites (5 a 9 locos) 2. Aproximadamente 70 juvenis foram amostrados, mapeados e genotipados para Hyemanaea and Manilkara 3. Sementes foram coletadas de 18 a 30 matrizes (20 a 30 sementes por árvores) Características ecológicas Fenologia de florescimento e frutificação, sistema sexual, vetores de dispersão de pólen e sementes, recrutamento, etc. Uso das informações genéticas e demográficas Os genótipos dos adultos e dos juvenies foram usados para estimar as freq. gênicas, índice de fixação e a estrutura genética espacial Informações genéticas das sementes foram usadas para estudar o sistema de reprodução e a distância de dspersão de pólen das espécies 17 Dados de entrada e população inicial Duas etápas para geração dos dados a) Usando a Dendrobase Foram geradas populações de 300 árvores reprodutivas, de acordo com as freqüências alélicas, índice de fixação e estrutura demográfica das populações reais. b)Usando o modelo EcoGene As populações geradas pela Dendrobase foram simuladas por 500 anos sem corte (para M. huberi foi usado 1300 anos) para produzir populações com juvenis (1 a 10 cm de DAP) e com a mesma estrutura demográfica, estrutura genética espacial e índice de fixação como observado na população real. 18 Modelo de simulação Eco-gene (Degen 2004) 19 Cenários População inicial: 300 árvores reprodutivas + juvenis Dois ciclos de corte: 30 e 65 anos Dois diamétros mínimos de corte 45 cm (Brasil): Hymenaea = 55 cm (mínimo DAP para produzir flores) 60 cm (Guiana Francesa) Intensiade de exploração: 90% das árvores com DAP mínimo de corte. Número de ciclos de corte simulados: 6 Parâmetros genéticos (A, Ae, Ho, F, Gd e NG) medidos nos anos de 182 e 392 Cenário de controle, sem corte de árvores: 182 e 392 anos 20 Tabela 1. Parâmetros nos cenários das 4 espécies: B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh) and S. globulifera (Sg) 21 Tabela 1. Parâmetros nos cenários das 4 espécies: B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh) and S. globulifera (Sg) 22 Tabela 1. Parâmetros nos cenários das 4 espécies: B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh) and S. globulifera (Sg) 23 Tabela 1. Parâmetros nos cenários das 4 espécies: B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh) and S. globulifera (Sg) 24 Tabela 1. Parâmetros nos cenários das 4 espécies: B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh) and S. globulifera (Sg) 25 Table 2. Means and at 95% standard error (±) of demographic parameters for the species B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh), and S. globulifera (Sg), after 182 and 392 simulated years in scenarios without logging (Control), cutting cycles of 30 and 65 years and cutting diameter of 45 cm and 60 cm. N = number of individuals; BA = basal area in m2. Number of individuals in the base population: Bg=490, Hc=525, Mh=963, Sg=599. 26 27 Tempo para recobrir a AB original 28 Table 4. Means and standard deviation (±) of genetic parameters for the species B. guianensis (Bg), H. courbaril (Hc), M. huberi (Mh), and S. globulifera (Sg), after 182 and 392 simulated years in scenarios without logging (Control), cutting cycles of 30 and 65 years and cutting diameter of 45 cm and 60 cm. 29 Conclusões A área basal foi fortemente reduzida em B. guianensis, H. courbaril, e M. huberi. Apenas S. globulifera foi capaz de recobrir sua área basal no regime de ciclo de corte de 65 anos. Todas as espécies tinham uma redução no número de alelos e genótipos e um aumento na distância genética entre a população no início e fim da simulação (os outros parâmetros genéticos foram pouco afetados). As práticas de manejo atualmente usadas no Brasil não são sustentáveis, nem em termos de área basal nem em termos genéticos. As simulações sugerem que para estas espécies, o ciclo de corte nescecita ser maior do que 30 anos, o DAP mínimo de corte maior do que 60 cm e a intensidade de corte menor do que 90%. 30 Determinação do comprimento dos ciclos, minimo DAP e intensidade de corte que garanta a produção sustentada de madeira e baixos impactos sobre a diversidade genética e demografia de Hymenaea courbaril Fonte – Lacerda, Nimmo and Sebbenn (2011) Modelling the long-term impacts of logging on genetic diversity and demography of Hymenaea courbaril – Forest Science - in press. 31 Legislação Brasileira Ciclos de 40 anos DAP mínimo de 50 cm Intensidade de corte =90% 32 Table 3 Demographic parameters after simulations for Hymenaea courbaril under different felling scenarios. Simulation time length 302 (logging cycles of 100 years) and 332 years (logging cycles of 110 years), MCD - minimum cutting diameter of 50, 75 and 100 cm and LI - logging intensity of 10, 50 and 90% of trees. Relative percent of change is the proportional difference of each outcome in relation to the control scenario Logging cycles of 100 years Scenarios MCD (cm) LI (%) BA (95% CI) (m2 ha-1) Logging cycles of 110 years BA % change (95% CI) BA (95% CI) (m2 ha-1) BA % change (95% CI) -Hc_Control -- 0.2768 (0.2760 to 0.2776) 0.2786 (0.2729 to 0.2843) Hc_logging 50 90 0.1623 (0.1609 to 0.1637)* -41.4 (-41.0 to -41.7) 0.1855 (0.1786 to 0.1924)* -33.4 (-32.3 to -34.6) Hc_logging 50 50 0.2430 (0.2412 to 0.2448)* -12.2 (-11.8 to -12.6) 0.2390 (0.2314 to 0.2466)* -14.2 (-13.3 to -15.2) Hc_logging 50 10 0.2663 (0.2648 to 0.2678)* -3.8 (-3.5 to -4.1) 0.2693 (0.2612 to 0.2774) -3.3 (-2.4 to -4.3) Hc_logging 75 90 0.2291 (0.2275 to 0.2307)* -17.2 (-16.9 to -17.6) 0.2567 (0.2492 to 0.2642)* -7.9 (-7.1 to -8.7) Hc_logging 75 50 0.2609 (0.2592 to 0.2626)* -5.7 (-5.4 to -6.1) 0.2636 (0.2549 to 0.2723)* -5.4 (-4.2 to -6.6) Hc_logging 75 10 0.2668 (0.2654 to 0.2682)* -3.6 (-3.4 to -3.8) 0.2693 (0.2616 to 0.2770) -3.3 (-2.6 to -4.1) Hc_logging 100 90 0.2669 (0.2655 to 0.2683)* -3.6 (-3.4 to -3.8) 0.2675 (0.2610 to 0.2740) -4 (-3.6 to -4.4) Hc_logging 100 50 0.2668 (0.2653 to 0.2683)* -3.6 (-3.4 to -3.9) 0.2682 (0.2605 to 0.2759) -3.7 (-3.0 to -4.5) Hc_logging 100 10 0.2695 (0.2680 to 0.2710)* -2.6 (-2.4 to -2.9) 0.2689 (0.2608 to 0.2770) -3.5 (-2.6 to -4.4) 33 Table 5 Means (± 95%CI) of genetic parameters for Hymenaea courbaril, measured after 302 and 332 simulated years in scenarios with MCD – minimum cutting diameter of 50, 75 and 100 cm and LI – logging intensities of 10, 50 and 90% of all trees above respective MCD; cutting cycles of 100 and 110 years. MCD (cm) Scenarios LI (%) Gregorious distance (95% CI) DG % change NG (95% CI) NG %change Logging cycles of 100 years -- -- Hc_Control 0.053 (0.052-0.058) 491.8 (489.8-502.1) Hc_logging 50 90 0.093 (0.091-0.102)* +75.5 445.0 (441.9-460.9)* -9.5 Hc_logging 50 50 0.067 (0.067-0.069)* +26.4 474.6 (472.0-487.8)* -3.5 Hc_logging 50 10 0.055 (0.054-0.060) +3.8 486.7 (484.4-498.6) -1.0 Hc_logging 75 90 0.070 (0.068-0.081)* +32.1 473.5 (471.1-486.0)* -3.7 Hc_logging 75 50 0.060 (0.059-0.066)* +13.2 481.8 (479.5-493.3) -2.0 Hc_logging 75 10 0.055 (0.054-0.060) +3.8 488.2 (485.8-500.4) -0.7 Hc_logging 100 90 0.058 (0.048-0.108) +9.4 485.0 (482.4-498.4) -1.4 Hc_logging 100 50 0.056 (0.055-0.061) +5.7 489.7 (487.8-499.5) -0.4 Hc_logging 100 10 0.055 (0.054-0.061) +3.8 489.9 (487.9-500.3) -0.4 -- -- Logging cycles of 110 years Hc_Control 0.053 (0.052-0.059) 491.6 (489.5-502.1) Hc_logging 50 90 0.090 (0.088-0.100)* +41.1 449.5 (446.3-465.7)* -8.6 Hc_logging 50 50 0.071 (0.069-0.079)* +25.3 475.2 (472.5-488.8)* -3.3 Hc_logging 50 10 0.060 (0.059-0.065) +11.7 482.4 (480.1-494.2) -1.9 Hc_logging 75 90 0.065 (0.064-0.072)* +18.5 476.2 (473.6-489.7) -3.1 Hc_logging 75 50 0.060 (0.059-0.066) +11.7 484.2 (481.9-496.1) -1.5 Hc_logging 75 10 0.058 (0.057-0.064) +8.6 485.1 (482.5-498.5) -1.3 Hc_logging 100 90 0.056 (0.055-0.061) +5.4 487.9 (485.4-500.7) -0.7 Hc_logging 100 50 0.057 (0.056-0.063) +7.0 489.1 (486.7-501.3) -0.5 Hc_logging 100 10 0.057 (0.056-0.063) +7.0 490.5 (488.2-502.1) -0.2 34 Conclusões As simulações sugerem que para H. courbaril, o ciclo de corte para obter sustentabilidade na produção de madeira, em sucessivos cliclos de corte, nescecita ser maior do que 100 anos, H. courbaril foi capaz de recobrir sua área basal no regime de ciclo de corte de 110 anos, para as combinações de MDC de 50 e 75 cm e IC de 10%, MDC de 100 cm e IC de 90%. Estas regras também apresentaram baixo impacto sobre a diversidade genética das populações simuladas. 35 Impactos da fragmetação florestal sobre a diversidade genética, estrutura genética espacial intra-populacional e dispersão de pólen e sementes de espécies arbóreas tropicais Fragmentação florestal •Isola espacialmente populações e indivíduos; •Diminuição da densidade de arvores reprodutivas dentro das populações; •Aumenta a distancia entre indivíduos reprodutivos; •Afeta os sistema de reprodução e o fluxo gênico das populações; •Pode aumentar a proporção de sementes geradas por autofecundações e cruzamentos correlacionados (irmãos-completos); •Pode aumentar a estrutura genética espacial intra-populacional; •Aumenta a diferenciação genética entre populações; •Pode aumentar a endogamia e o parentesco e consequentemente diminuir o tamanho efetivo dentro 37 das populações. Florestas tropicais tem alta diversidade de espécies arbóreas 38 Fragmentos florestais podem ter alta diversidade de espécies, mas muitas espécies vão ter baixo numero de indivíduos reprodutivos 39 As seguites questões foram acessadas 1. 2. 3. 4. Existe estrutura genetica espacial intra-populacional nos nas populações fragmentadas? As populações de espécise arbóreas espacialmente isoladas nos fragmentos estão reprodutivamente isoladas (ausencia de imigração de sementes e pólen)? Qual e a distancia e os padrões de dispersão de pólen e sementes dentro dos fragmentos? Como e a dinâmica da endogamia e do tamanho efetivo dentro das populações fragmentadas? 40 Três estudos de casos: Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Gaino et al. 2010: 5 nuclear SSR loci) Araucaria angustifolia Bert. O. K. (Bittencourt & Sebbenn 2007: 8 nuclear SSR loci) Copaifera langdsdorffii Desf. (Sebbenn et al. 2011; Oliveira et al. 2011 in press : 8 nuclear SSR loci) 41 Características das espécies. Características M. udundeuva A. angustifolia C. langsdorffii Ocorrência Tropical Trop/subtropical Tropical Sistema sexual Dióica Dióica Hermafrodita Polinização Abelhas Vento Abelhas Gravidade, animal Gravidade, animal Dispersão de sementes Vento 42 Myracrodruon urundeuva 43 Araucaria angustifolia Fragmento Florestal: 5,4 ha Amostra: N=228 Machos= 124 Fêmeas= 104 Matrizes = 11 Sementes= 210 Plântulas=66 Juvenis=92 44 Copaifera langsdorffii 45 Copaifera langsdorffii Amostra Reprodutivos: 112 Sub-adultos (DAP<40 cm, max 50 anos)=65 Adultos (DAP>40 cm, min 50 anos)= 45 Plântulas (altura<1,2 cm, 12 anos)=128 Matrizes= 15 Sementes= 371 46 Analise de parentesco (paternidade e maternidade em sementes, plântulas e juvenis) • Para marcadores genéticos co-dominantes (SSR, SNPs e isoenzimas) • Método categórico de máxima verossimilhança de analise de parentesco (LODs) 47 M. urundeuva Θ=0.076 Seed dispersal = 46 m A. angustifolia Θ=0.159 Seed dispersal = 62 m Θ=0.125 Seed dispersal = 17 m Θ=0.220 Seed dispersal = 62 m C. langsdorffii Θ=0.065 Θ=0.123 Seed dispersal = 45 m Seed dispersal = 62 m Θ=0.120 Seed dispersal = 23 m Coancestry of Loiselle et al. (1995) SPAGEDI: Hardy and Vekemans (2002) 48 Fluxo de sementes com base em amostras de plântulas e juvenies Fluxo gênico Amostra n Dentro Distancia de dispersão (m) Fora Media Min/Max M. urundeuva 149 149 (100%) 0 (0%) 124 0.8/887 A. angustifolia 158 158 (100%) 0 (0%) 92 0.35/291 C. langdsdorffii 128 128 (100%) 0 (0%) 61 1/170 49 M. urundeuva ~75% < 150 m. Padrões de dispersão de sementes C. langsdorffii 0.25 Frequency 0.20 ~82% 100 m. 0.15 0.10 0.05 0.00 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Distance (m) A. angustifolia ~80% < 160 m. Sementes dispersas em alta freqüência a curtas distancias 50 Fluxo de pólen com base em amostra de sementes, plântulas e juvenis. Amostra M. urundeuva Juvenis Sementes A. angustifolia sementes plantulas Juvenis C. langdsdorffii Sub-adultos plantulas sementes n Fluxo gênico fora dentro Distancia de dispersão (m) Media Min/Max 149 145 (97.3%) 514 506 (98.4%) 4 (2.7%) 8 (1.6%) 138 252 2.9/863 3.1/890 210 66 92 189 (90%) 66 (100%) 92 (100%) 21 (10%) 0 (0%) 0 (0%) 83 70 75 11/287 0.35/291 0.35/291 65 128 371 2 (3.1%) 122 (95%) 342 (92%) 63 (96.9%) 6 (5%) 28 (8%) 118 94 66 93/143 4.9/229 3/183 51 M. urundeuva Alta frequência de dispersão de pólen a curtas distancias 80% < 400 m C. langsdorffii 0.35 Frequency 0.30 78% < 100 m 0.25 0.20 0.15 0.10 0.05 A. angustifolia 25 50 75 75% <150 m 100 125 150 175 200 225 Distance (m) Polen dispersal Distance among seed-trees other trees 52 250 Estimativa do coeficiente de coancestria de grupo, índice de fixação e tamanho efetivo populacional de três espécies arbóreas tropicais. n Θ F Ne Ne /N Adultos 443 0.000004 -0.15 * 335 0.76 Juvenis 145 0.004538 -0.02 63 0.43 228 0.00043 0.15 * 121 0.53 Adultos 112 0.0078 0.15 * 64.2 0.57 Plântulas 128 0.0074 0.12 * 67.4 0.52 Espécies M. urundeuva A. angustifolia Adultos C. langsdorffii 53 Conclusões 1. Ausência de imigração de sementes; 2. Todas populações tinham estrutura genética espacial, especialmente no estagio de plântulas e juvenis; 3. Baixa taxa de imigração de pólen; 4. Alta freqüência de dispersão de pólen e sementes em curtas distancias; 5. Sementes tem sido dispersa em distancias iguais ou menores do que o pólen. 54 Principais conseqüências para o futuro 1. Espera-se aumento no parentesco, endogamia e estrutura genética espacial intra-populacional; 2.Perda de diversidade genética e redução no tamanho efetivo dentro das populações; 3. Aumento na diferenciação genética entre populações. 55 Implicações do isolamento para a conservação in situ Estabelecer corredores ou fundar novas populações entre os fragmentos remanecentes 56 Implicações do isolamento para a conservação in situ Estabelecer corredores ou fundar novas populações entre os fragmetos remanecentes 57 Código florestal Mensagem - Basta manter o código florestal atual e fazer ele realmente ser cumprido. Se essa lei tivesse sido respeitada desde de sua criação (1965), nos não estaríamos aqui discutindo fragmentação. Diga não a mudança do Código Florestal Brasileiro e aos exterminadores do futuro 58 Recomendações para o futuro estudos 1.Verificar se existem variações anuais na dispersão de sementes e pólen; 2.Repetir estudos da dispersão de pólen e sementes em mais de uma população e em mais espécies arbóreas; 3.Para entender os impactos do isolamento de populações no longo prazo, utilizar modelagem Ecogene. Obrigado pela atenção Agradecimentos Em especial ao Dr Milton Kanashiro pela autoria e coordenação do projeto CNPq e Fapesp pelo financiamento dos projetos Dra Juliana V.M. Bittencourt pelas fotos da apresentação [email protected] 60