Engenheiro opera de olho em tendências do mercado

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Engenheiro opera de olho em tendências do mercado
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28/01/2014 - 00:00
Engenheiro opera de olho em tendências do mercado
Por Beatriz Cutait
O engenheiro Rubem Costa começou a operar na bolsa com o pé esquerdo. Em agosto de 2012, ele montou sua primeira
carteira de ações, com foco no longo prazo, na qual tinha um papel com perfil mais defensivo, da Companhia de
Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). Em setembro, contudo, a ação despencou, diante do anúncio do governo
de novas regras para empresas do setor elétrico que visavam a redução do preço da energia.
A ação preferencial da companhia, que valia R$ 57,55 ao fim de julho de 2012, caiu para a casa de R$ 37,00 no fechamento
de setembro. Em um mês e meio, Costa conta que perdeu R$ 15 mil dos R$ 100 mil inicialmente aplicados.
O susto não freou seu ímpeto de atuar no mercado acionário, mas o foco mudou. Após realizar o prejuízo, o engenheiro de
38 anos começou a estudar outros tipos de investimento, incentivado por um amigo que já operava via opções de ações.
Neste mês, Costa completa um ano de operações de estratégia em índice e dólar, e agora está entrando no mundo das
opções.
Com a saída de seu emprego e a mudança de cidade, o engenheiro opera hoje diariamente via plataforma da Clear
Corretora em Jaú, no interior de São Paulo. "Eu sigo a tendência do mercado. Se o mercado é de queda, eu vou vender. Se
vai subir, eu vou comprar", conta Costa, que opera via minicontratos e ações.
Já as estratégias de opções, mercado ainda em processo de aprendizado, foram adotadas com orientação da própria Clear.
Apesar da perda com uma delas, Costa pretende ampliar esse tipo de investimento, por considerar um espaço limitado
para perda. "Qualquer coisa que a gente faz no mercado é arriscado, você tem que saber o quanto pode perder."
O engenheiro opera com um valor entre R$ 20 mil e R$ 30 mil acrescido de alavancagem, e diz ter ganho médio diário de
R$ 500,00. Com isso, não pretende voltar a ter um trabalho fixo e quer seguir nas operações mais sofisticadas.
O diretor da Clear, Roberto Lee, diz que os clientes que buscam a corretora costumam ser profissionais liberais, com maior
controle do tempo, e já com algum contato com o universo de bolsa. Os tíquetes não são altos, afirma Lee, mas os volumes
são elevados, resultando em ordens de R$ 20 mil a R$ 50 mil.
E a atenção não está no investidor de longo prazo. "O foco está no 'trade'. Não usamos a palavra investimento", destaca.
Lee assinala que as estratégias para atuar nesses momentos de baixa da bolsa têm pouca relação com o ativo em questão.
"O mercado ganhar volatilidade, risco e incerteza é tudo que nosso cliente quer. Dá mais chances de entrada e saída de
nossas operações", diz. Atualmente, 80% das ordens são feitas via "day trade", ou seja, com compras e vendas no mesmo
dia da mesma quantidade de títulos de uma empresa.
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28/01/2014 10:49
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