Audição e equilíbrio

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SISTEMA NERVOSO SENSORIAL
AUDIÇÃO
&
EQUILÍBRIO
Audição e Equilíbrio
Embora esses dois sistemas tenham funções muito
diferentes eles apresentam estruturas e
mecanismos de estimulação muito semelhantes.
A audição é uma parte vívida de nossas vidas
conscientes.
Equilíbrio é algo que nós usamos diariamente mas
raramente temos consciência.
AUDIÇÃO
O que é SOM?
São variações audíveis na pressão do ar.
Quase tudo que pode deslocar as moléculas do ar
pode gerar som.
Quando um objeto move em uma direção ele cria
regiões de compressão das moléculas de ar,
aumentando a densidade de moléculas.
Quando um objeto move em outra direção ele cria
regiões de rarefação das moléculas de ar,
diminuindo a densidade de moléculas.
Essas alterações na pressão do ar são transferidas para longe da fonte sonora
– auto-falante – à velocidade de 340m/seg.
Som produz variações periódicas na pressão do ar.
Freqüência: é o número de ciclos nos quais o ar está comprimido ou
rarefeito.
Ciclo do som é a distância entre duas regiões de compressão sucessivas –
medida em Hertz – Hz – número de ciclos/segundo.
Classificação do Som:
Amplitude – é uma medida da
intensidade do som – cuja unidade é
Decibéis – dB – VOLUME DO SOM
Freqüência – é uma medida da qualidade
do som – agudo ou grave – cuja unidade
é hertz (Hz) ou ciclos por segundo –
ALTURA DO SOM.
Faixa audível: 20 a 20 000 Hz.
No entanto, os sons no mundo real raramente
consistem de ondas sonoras periódicas simples
com uma freqüência e uma amplitude –
normalmente é uma combinação de diferentes
freqüências e intensidades de ondas que dão
aos instrumentos musicais e à voz humana
suas qualidades tonais únicas.
ANATOMIA DO APARELHO
AUDITIVO
AR
AR
LÍQUIDO
Por que sentimos dor de ouvido quando descemos ou
subimos uma montanha?
Pressão dentro da orelha média = pressão na orelha externa
Papel da tuba auditiva ou de Eustáquio?
Por que quando estamos resfriados ou com gripe ocorre
inflamação da membrana timpânica?
Papel dos ossículos na orelha média
Martelo (1)
Bigorna (2)
Estribo (3)
1
2
3
Papel da diferença entre a área da
membrana timpânica e a área da janela oval.
Membrana timpânica = 55mm2
Membrana da janela oval = 3,2mm2
∴ Membrana timpânica é 17 vezes maior que
a membrana da janela oval
Assim: o efeito de alavanca dos ossículos
+ o efeito da diferença na área das membranas
↑ a pressão na cóclea em 22 vezes.
- Amplificação sonora sistema de alavancas.
↑ a pressão sonora na
janela oval em 1,3 vezes.
Qual a necessidade do efeito amplificador dos
ossículos e da diferença de área das membranas?
Impedância – dificuldade de propagação das ondas sonoras entre meios
diferentes – ar – água.
“Você já deve ter mergulhado numa piscina e deve ter percebido quão
difícil é conseguir ouvir o barulho das pessoas brincando fora dela”.
Por que isso ocorre?
O que isso tem a ver com o papel amplificador no sistema auditivo?
Como o meio líquido tem maior
inércia do que o meio aéreo é
fácil entender que é necessária
maior pressão para causar a
vibração das moléculas no
meio líquido.
Portanto, a membrana timpânica
e o sistema ossicular permitem
o ajuste de impedâncias entre as
ondas sonoras no meio aéreo e
as vibrações sonoras no meio líquido que preenche a cóclea.
Esse ajuste é cerca de 50 a 75% do perfeito para freqüências entre 300 e 3000Hz.
Na ausência do sistema ossicular e da membrana timpânica, as ondas sonoras ainda
conseguem deslocar diretamente o ar do ouvido médio e entrar na cóclea – pela
janela oval – porém a sensibilidade da audição é de 15 a 20 dB menor – o que
equivale a diminuição do nível médio da voz humana para um valor pouco perceptível.
Atenuação do som pela contração dos músculos Estapédio e Tensor do tímpano.
O que ocorre quando sons de
alta intensidade incidem no
sistema auditivo?
Reflexo de atenuação
Ocorre após um período de latência
de 40-80mseg – contração do
músculo estapédio e em menor
grau do tensor do tímpano
os dois músculos puxam a membrana
timpânica e a membrana da janela
oval em direção à orelha média –
isso faz com que o sistema ossicular
desenvolva alto grau de rigidezreduzindo a condução ossicular –
a intensidade da transmissão sonora
cai cerca de 30 a 40 dB.
Músculo
Tensor do
Tímpano
Músculo
Estapédio
Qual a função do sistema de atenuação sonora?
1 – Proteger a cóclea de vibrações agressivas causadas por som
excessivamente alto.
2 – Mascarar os sons de baixa freqüência nos ambientes com som intenso.
Isso geralmente remove grande parte do ruído de fundo e permite que a
pessoa se concentre em sons de 1000 Hz – em que a maior parte das
informações pertinentes na comunicação por voz é transmitida.
3 – Diminuir a sensibilidade da audição da pessoa à própria voz durante sua
fala – esse efeito é ativado por sinais colaterais transmitidos para esses
músculos ao mesmo tempo que o encéfalo ativa o mecanismo da voz.
Localização das células receptoras auditivas
Cóclea – deriva do grego cochlos, que significa caracol – é
uma perfuração espiralada na parte petrosa do osso
temporal.
A cóclea espirala-se 3 vezes e meia em torno de um pilar
ósseo central – modíolo.
Tem mais ou menos o tamanho
de um grão de bico – 9mm
transversalmente.
Cóclea – consiste em três tubos enrolados lado a lado:
1 – rampa ou escala ou ducto vestibular.
2 – rampa ou escala média ou ducto coclear.
3 – rampa ou escala ou ducto timpânica(o).
Duas membranas separam estas rampas ou escalas:
1 – Membrana Vestibular ou de Reissner – separa a rampa vestibular da rampa
média ou ducto coclear.
2 – Membrana basilar – separa a rampa média da rampa timpânica
Membrana
Vestibular
ou de Reissner
Membrana Basilar
Faixa de maior
sensibilidade
2000 a 5000Hz
Órgão de Corti
Apoiado na membrana basilar estão as células ciliadas
sensíveis à deformação mecânica provocada pela onda
vibratória no líquido que preenche a cóclea.
As células ciliadas estão dispostas
em fileiras:
Células ciliadas internas
Células ciliadas externas
São cerca de 15 000 a 20 000 células
ciliadas em cada cóclea humana
apoiadas na membrana basilar
Cílios estão embebidos na membrana
tectorial.
Internas = 3500 células ciliadas –
Fileira única de células
Externas = 12 000 células – 3 a 4 fileiras
de células.
Cada cóclea é inervada por cerca de
30 000 fibras nervosas aferentes (90% delas
terminam nas células ciliadas internas.
Mecanismo de estimulação das células
ciliadas:
Endolinfa = LEC rico em K+ - produzida
pela estria vasculares.
Escala
Vestibular
Escala
Média
Escala
Timpânica
Via auditiva
Representação
bilateral
Organização tonotópica no núcleo coclear
Localização de uma fonte sonora
Como você localiza uma
fonte sonora que parte da
sua direita?
Diferença de tempo que o
som leva para atingir o ouvido
esquerdo quando a fonte
sonora está localizada:
- à sua frente
- à sua direita.
Sons de baixa freqüência
Na faixa de 20 – 2000Hz.
Localização da fonte sonora
Pela diferença de intensidade com a qual o som alcança cada orelha.
A cabeça funciona como um anteparo no qual uma parte
do som pode ser refletida e com isso a intensidade do
som que alcançará a outra orelha será alguns decibéis
menor do que a orelha do mesmo lado de onde vem o
som.
Sons de alta freqüência: 2 000 a 20 000Hz
Mecanismo de localização da fonte sonora no núcleo olivar superior
Núcleo Olivar Superior
Localização de uma fonte sonora
Organização tonotópica no Córtex Auditivo Primário
Uso de próteses para a recuperação
da audição.
SISTEMA VESTIBULAR
EQUILÍBRIO
Ouvir uma música e andar de bicicleta envolvem
sensações que são transduzidas por células
ciliadas.
O sistema vestibular reporta a posição e o
movimento da cabeça fornecendo informações
sobre equilíbrio e ajuda a coordenar os
movimentos da cabeça e olhos e ajustes da postura
corporal.
Quando o sistema vestibular opera normalmente, nós
geralmente não temos consciência de sua atuação.
Quando sua função está alterada – os resultados
podem incluir sensações desagradáveis como:
vertigem, náusea associada com sensação de
desequilíbrio e movimentos incontroláveis dos
olhos.
Localização do
Aparelho vestibular ou
Labirinto vestibular
Composição:
3 canais semicirculares – sensíveis
à rotação da cabeça.
2 órgãos otolíticos – sensíveis às
forças gravitacionais e à mudança
na posição da cabeça.
Órgãos otolíticos são câmaras relativamente grandes: sáculo e utrículo.
Detectam: alterações na posição da cabeça e a aceleração linear.
Órgãos otolíticos
Utrículo e Sáculo
Células ciliadas – Mácula
Utrículo – orientado na
horizontal.
Carro, trem, etc.
O que acontece com as
células ciliadas do
utrículo quando sua
cabeça é tombada para
trás ou quando você
em um carro que
está acelerando?
OTÓLITOS
Cristais de carbonato de cálcio
1-5µm de diâmetro
Sáculo – orientado na vertical
Posição do Sáculo quando a cabeça
está ereta, sem nenhuma força de
aceleração.
O que ocorre com as células ciliadas
do sáculo quando você está descendo
em um elevador?
Localização dos Canais Semicirculares
As células ciliadas nos canais
semicirculares localizam-se na
crista ampular – e os cílios das
células ciliadas então embebidos
na cúpula – massa gelatinosa.
O que determina se a célula será despolarizada ou
hiperpolarizada é o deslocamento dos estereocílios
na direção do quinocílio ou na direção oposta ao
quinocílio, respectivamente.
Canais semicirculares funcionam aos pares:
quando um lado é ativado o outro é inibido
Via Vestibular
Canais semicirculares
Órgãos otolíticos
Ajuste da posição dos olhos de acordo com o movimento da cabeça.
Músculos responsáveis
pelo movimento dos
olhos.
Ajuste da posição dos olhos
de acordo com o movimento
da cabeça.
-Movimentando a cabeça
para o lado esquerdo → olhos
são reposicionados para a
direita.
Reflexos Vestíbulo-oculares: compensam o movimento da cabeça
Teste seu funcionamento:
1- Comece a luz um texto
2 – Continue lendo, porém faça movimentos circulares da cabeça
(“chacoalhar”)
3 – Continue lendo, porém, agora movimente apenas o texto.
Em qual situação é possível executar a leitura?
Qual a explicação desse fenômeno?
Reflexos Vestíbulo-oculares
1 – Reflexo vestíbulo-ocular rotacional – contrabalança a rotação
cefálica – canais semicirculares
2 – Reflexo vestíbulo-ocular translacional – contrabalança os
movimentos cefálicos lineares – órgãos otolíticos
3 – Resposta ocular de rotação contrária – contrabalança a
inclinação da cabeça na vertical – órgãos otolíticos
Labirintite
O que é a labirintite?
Doenças do labirinto
Por que sentimos perda de equilíbrio?
Vertigens?
Nauseas?
Prá
Prática de Audiç
Audição e
Equilí
Equilíbrio
TESTANDO A SUA AUDIÇÃO
OBJETIVOS:
1 – Testar a acuidade auditiva de um indivíduo
2 – Diferenciar surdez de condução de surdez somatossensorial
3 – Testar a capacidade de um indivíduo localizar o som
Testando sua audição com um diapasão
1 – Teste de Rinne
Encoste firmemente a base do diapasão em vibração sobre o
processo mastóide e depois próximo ao meato auditivo externo.
Simulando surdez de conduç
condução
Colocar um chumaço de algodão nos dois ouvidos de um aluno
teste (T) cuja acuidade auditiva, por condução aérea e óssea,
será comparada à de um aluno controle (C).
1a Etapa: O aluno C coloca a base do diapasão perto do meato
auditivo externo do aluno T e quando este referir não mais ouvir
a vibração do diapasão, o aluno C colocará a base do diapasão
próximo ao seu meato auditivo externo.
2a Etapa: Repetir o procedimento colocando agora a base do
diapasão sobre o processo mastóide.
Quando ouvimos nossa voz gravada achamos diferente
da que ouvimos quando falamos?
Para as outras pessoas o som da nossa voz falada ou
gravada é muito semelhante (se não igual).
Qual a razão dessa diferença?
2 -Teste de Weber
A base do diapasão em vibração é colocada no meio da testa.
No caso de um indivíduo normal, o som é ouvido com igual
intensidade pelos ouvidos esquerdo e direito.
Repita o teste, tampando agora o ouvido esquerdo com um
chumaço de algodão.
Testando sua capacidade de localizar um
estí
estímulo sonoro
Dez alunos formarão um círculo em cujo centro está um voluntário
de olhos vendados.
Um dos alunos emitirá um ruído, como um estalido de dedos.
O voluntário deverá apontar o local de origem do som.
Nistagmo Vestibulocular
Posicione um voluntário sentado em uma cadeira giratória.
Certifique-se que as pernas do voluntário não toquem o chão.
Comece a girar a cadeira, lentamente, com uma velocidade de ± 1
rotação/minuto.
O voluntário deverá permanecer com os olhos abertos, olhando para a
frente, e sem mover a cabeça, mantida na posição vertical.
Enquanto o experimentador
gira a cadeira os observadores devem se posicionar
ao seu redor, atentos aos
movimentos oculares
apresentados pelo
voluntário.
Observe o movimento
dos olhos após o
fim da rotação.
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