UTILIZAÇÃO DE MAQUETE NO ENSINO DA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS
VI SEMINÁRIO DE PESQUISA DE PROFESSORES E
VII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNUCSEH
07 E 08 DE NOVEMBRO DE 2011
UTILIZAÇÃO DE MAQUETE NO ENSINO DA GEOMORFOLOGIA DO ESTADO DE
GOIÁS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Cristaneide R. Carvalho 1 – [email protected]
Éder Ribeiro Santos1 – [email protected]
Elaine de Souza Afiune1 – [email protected]
Homero Lacerda2 – [email protected]
Introdução
Este resumo contém os primeiros resultados de um estudo sobre a utilização de maquete no ensino da
compartimentação geomorfológica do Estado de Goiás no ensino fundamental. Os grandes
compartimentos de relevo – planaltos, depressões e grandes planícies – são de grandes dimensões, da
ordem de centenas a milhares de quilômetros, o que dificulta sua visualização direta. Nas ilustrações dos
livros didáticos estes compartimentos aparecem na forma de mapas ou blocos-diagramas, estes últimos
geralmente muito esquemáticos e, por vezes, sem escala o que dificulta a apreensão dos conceitos por
parte dos estudantes. Desta forma, a utilização de maquete torna-se um recurso valioso na abordagem
deste conteúdo, permitindo reduzir o caráter abstrato com o qual o tema aparece nos livros didáticos.
Material e Métodos
O trabalho contemplou uma primeira etapa, de pesquisa bibliográfica sobre a compartimentação
geomorfológica do Estado de Goiás, utilizando os trabalhos de síntese de Moreira & Pires Neto (1998),
Brasil & Alvarenga (1988) e Ross (2009). O mapa hipsométrico do Estado de Goiás foi utilizado como
apoio para esta pesquisa bibliográfica, a partir da qual foi estabelecida uma compartimentação
simplificada, utilizada na construção da maquete.
Compartimentos do Relevo do Estado de Goiás
A partir da pesquisa bibliográfica, tendo como fontes os trabalhos de Moreira & Pires Neto (1998),
Brasil & Alvarenga (1988) e Ross (2009), foi estabelecida uma compartimentação do Estado de Goiás
comportando Planaltos, Depressões e Planícies Sedimentares. O compartimento Planaltos é o mais
importante em superfície e ocorre em uma faixa que vai desde o sul do estado até seu limite norte. Este
grande compartimento também é o mais complexo e engloba Planaltos em Bacias Sedimentares e
Planalto em Cinturão Orogênico (Ross, 2009). Os Planaltos em Bacias Sedimentares são o Planalto
Setentrional da Bacia do Paraná, na porção sudoeste do estado, e o Planalto da Bacia Sedimentar do São
1
Voluntário de Iniciação Científica, graduando em Geografia, UEG/UnUCSEH-Anápolis(GO)
2
Orientador, docente do curso de Geografia, UEG/UnUCSEH-Anápolis(GO)
http://www.unucseh.ueg.br/anais/index.htm
(ISSN 2175-2605)
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS
VI SEMINÁRIO DE PESQUISA DE PROFESSORES E
VII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNUCSEH
07 E 08 DE NOVEMBRO DE 2011
Francisco no quadrante nordeste do estado (Brasil & Alvarenga, 1988). Contém relevos tabuliformes e
cuestiformes esculpidos em rochas sedimentares horizontais a subhorizontais, com presença de linhas de
escarpas e patamares. As altitudes dominantes estão entre 500 e 800 metros. O Planalto em Cinturão
Orogênico está representado pelo Planalto Goiano, esculpido sobre rochas ígneas e metamórficas e que
se destaca pela complexidade das formas de relevo, incluindo superfícies aplanadas, relevos estruturais
em cristas e hogbacks, bem como depressões intermontanas em cotas variando entre 600 e 1350 metros.
O compartimento Depressões está situado nas regiões oeste e norte do Estado de Goiás, nos vales dos
Rios Tocantins e Araguaia. Este compartimento é denominado Depressões do Araguaia-Tocantins por
Brasil & Alvarenga (1988) e Depressão do Alto Tocantins/Araguaia por Moreira & Pires Neto (1988).
Constituem uma superfície extensa, em cotas de 200 a 300 metros, contendo relevos residuais.
O compartimento Planície está situado no Noroeste do Estado, é denominada de Planície Rio Araguaia
por Ross (2009) e Planície do Bananal por Brasil & Alvarenga, (1988). Caracteriza-se pelo substrato de
sedimentos inconsolidados do Quaternário e formas fluviais como terraço, planície de inundação e
lagoas semicirculares em altitudes da ordem de 200 metros.
A compartimentação do relevo descrita foi utilizada na elaboração da maquete do relevo do Estado de
Goiás, com os seguintes passos: elaboração da base em E.V.A., inserção dos compartimentos utilizando
placas de isopor para representar as altitudes, acabamento da maquete com papel machê e pintura dos
compartimentos, hidrografia e principais cidades.
Conclusões
O trabalho resultou numa compartimentação simplificada do relevo do Estado de Goiás em Planaltos,
Depressões e Planícies. Esta compartimentação serviu como base para construir uma maquete do relevo
da região, que pode ser utilizada no ensino fundamental.
Referência Bibliográfica
BRASIL, Antônio Eloisa & ALVARENGA, Silvia Maria. Relevo. In: Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Geografia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1988. p. 53-54.
MOREIRA, Ceres Virgínia Rennó & PIRES NETO, Antônio Gonçalves. Clima e Relevo. In: BRITO,
Sérgio Nertan Alves de & OLIVEIRA, Antônio Manuel dos Santos. (Org.) Geologia de Engenharia.
São Paulo: ABGE, 1998. p.77.ROSS, J. L. S. Os Fundamentos da Geografia da Natureza. In: ROSS, J.
L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
http://www.unucseh.ueg.br/anais/index.htm
(ISSN 2175-2605)
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