Teste Intermédio 10ºano_2010

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Teste Intermédio de Filosofia
Teste Intermédio
Filosofia
Duração do Teste: 90 minutos | 22.02.2011
10.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março
Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.
Não é permitido o uso de corrector. Sempre que precisar de alterar ou de anular uma resposta,
risque de forma clara o que pretende que fique sem efeito.
Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respectivas respostas.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com
zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se apresentar mais do que uma resposta a
um mesmo item, só a primeira será classificada.
Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:
•  o número do item;
•  a letra que identifica a opção escolhida.
As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado do teste.
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GRUPO I
1.  Leia o Texto A.
TEXTO A
Aquilo que decidimos fazer é uma acção que está ao nosso alcance, sobre a qual deliberámos
e que desejamos fazer. Portanto, a decisão será um desejo deliberativo de fazer algo que está ao
nosso alcance; pois, quando o deliberar resulta num juízo, desejamos em conformidade com a
nossa deliberação.
Aristóteles, Ética a Nicómaco, 1113a 9 - 12
Na resposta a cada um dos itens 1.1. e 1.2., seleccione a opção que permite obter a única afirmação adequada
ao sentido do Texto A.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1.  A deliberação é
(A) eliminação do desejo.
(B) contrária ao desejo.
(C) necessária à decisão.
(D) consequência da decisão.
1.2.  A decisão é uma escolha
(A) fora do domínio da acção.
(B) independente da deliberação.
(C) sempre precipitada.
(D) sobre o que está ao nosso alcance.
2.  Leia o Texto B.
TEXTO B
Quem não haja programado a sua vida tendo em vista um determinado objectivo, é impossível
que regule convenientemente as suas acções particulares […]. Os nossos projectos extraviam-se
porque não têm direcção nem ponto de mira.
Montaigne, Ensaios, Lisboa, Relógio d’Água, 1998, p. 165
Explicite o conceito relativo à acção humana presente no Texto B.
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3.  Leia o Texto C.
TEXTO C
Por um lado, um conjunto de argumentos muito poderosos força-nos à conclusão de que a
vontade livre não existe no Universo. Por outro, uma série de argumentos poderosos baseados
em factos da nossa própria experiência inclina-nos para a conclusão de que deve haver alguma
liberdade da vontade, porque […] todos a experimentamos em todo o tempo.
John Searle, Mente, Cérebro e Ciência, Lisboa, Edições 70, 2000, p. 108
3.1.  Identifique o problema filosófico abordado no Texto C.
3.2.  Exponha duas críticas à teoria do determinismo radical, a partir do argumento presente no Texto C.
GRUPO II
1.  Leia o Texto D.
TEXTO D
Enquanto acto de autoprotecção […], podemos fazer o que for necessário para nos defendermos,
mesmo que isso implique a morte do atacante […]. O efeito bom é a preservação da nossa vida,
sendo o efeito mau a perda da vida do atacante.
David S. Oderberg, Ética Aplicada, Lisboa, Principia, 2009, p. 233
1.1.  Relacione a noção de preferência valorativa com a situação descrita no Texto D.
1.2.  Dê um exemplo de outra situação de conflito de valores.
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2.  Na resposta a cada um dos itens 2.1. a 2.4., seleccione a opção que permite obter a única afirmação
correcta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2.1.  Considerar que os valores são objectivos significa considerar que os valores são
(A) objectos de preferência.
(B) relativos ao sujeito que valora.
(C) objectos estimáveis.
(D) independentes do sujeito que valora.
2.2.  Os valores éticos são
(A) critérios para a escolha da melhor acção.
(B) formas determinadas de acção.
(C) normas legais para regular a acção.
(D) programas orientadores de acção.
2.3.  Segundo o relativismo cultural,
(A) os valores actuais são melhores do que os do passado.
(B) os critérios para avaliar as acções são variáveis.
(C) os critérios para avaliar as acções são absolutos.
(D) os valores são espirituais e intemporais.
2.4.  O diálogo entre culturas implica
(A) a valorização da cultura ocidental.
(B) a desvalorização da racionalidade.
(C) a possibilidade de acordo valorativo.
(D) a indiferença relativa a costumes e a valores.
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GRUPO III
1.  Leia os Textos E e F.
TEXTO E
Conseguimos portanto mostrar, pelo menos, que, se o dever é um conceito que deve ter um
significado e conter uma verdadeira legislação para as nossas acções, esta legislação só se pode
exprimir em imperativos categóricos, mas de forma alguma em imperativos hipotéticos.
Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Coimbra, Atlântida, 1960, pp. 61 - 62
TEXTO F
O objecto da ética é dizer-nos quais são os nossos deveres, ou por que meios podemos
conhecê‑los; mas nenhum sistema de ética exige que o único motivo de tudo o que façamos seja um
sentimento de dever. […] O motivo nada tem a ver com a moralidade da acção, embora tenha muito
a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se afogar faz o que está moralmente
correcto, quer o seu motivo seja o dever, ou a esperança de ser pago pelo seu incómodo.
John Stuart Mill, Utilitarismo, Lisboa, Gradiva, 2005, p. 65
1.1.  Distinga imperativo categórico de imperativo hipotético, considerando o Texto E.
1.2.  Interprete o exemplo dado no Texto F segundo a perspectiva ética do autor.
2.  Compare a ética de Kant com a ética de Stuart Mill.
Na sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspectos:
•  o princípio ético da autonomia da vontade em Kant e o princípio ético da maior felicidade em Stuart Mill;
•  o critério de moralidade em Kant e em Stuart Mill.
FIM
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COTAÇÕES
GRUPO I
1.
1.1. ...................................................................................................
1.2. ...................................................................................................
5 pontos
5 pontos
2............................................................................................................. 15 pontos
3.
3.1. ................................................................................................... 10 pontos
3.2. ................................................................................................... 30 pontos
65 pontos
GRUPO II
1.
1.1. ................................................................................................... 20 pontos
1.2. ................................................................................................... 20 pontos
2.
2.1. ...................................................................................................
2.2. ...................................................................................................
2.3. ...................................................................................................
2.4. ...................................................................................................
5 pontos
5 pontos
5 pontos
5 pontos
60 pontos
GRUPO III
1.
1.1. ................................................................................................... 20 pontos
1.2. ................................................................................................... 20 pontos
2............................................................................................................. 35 pontos
75 pontos
TOTAL.......................................... 200 pontos
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