Apostila do 2º Ano 2012

Propaganda
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
site: http://givaldohistoria.webnode.com.br
e-mail: [email protected]
Aluno (a): ___________________________________________________, nº_________
Trilha da História
Fonte: www.google/imagens
“História é a ciência do passado e do presente, um e outro inseparáveis. Apesar de atrelados,
passado e presente não podem ser analisados de forma mecânica, estreita e determinista”.
Fernando Braudel
Ribeirópolis –SE
2012
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
SUMÁRIO
1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03
2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre .............................................................................. 05
3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 13
4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 17
5 – História de Sergipe .......................................................................................................................... 22
5 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 24
6 – Questões referentes ao segundo bimestre ...................................................................................... 26
7 – Questões referentes ao terceiro bimestre ........................................................................................ 32
8 – Questões referentes ao quarto bimestre .......................................................................................... 35
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Veja livro adotado)
* PRIMEIRO BIMESTRE:
- 1. As culturas indígenas americanas; 2. A África dos grandes reinos e impérios; 3. A colonização da
América espanhola; 4. A colonização da América inglesa e francesa; 5. Organização Político-administrativo
na América portuguesa.
* SEGUNDO BIMESTRE:
- 6. A economia na América portuguesa e o Brasil holandês; 7. A mineração no Brasil colonial; 8. Religião e
sociedade na América portuguesa; 9. O Iluminismo; 10. Das Revoluções Inglesas à Revolução Industrial.
* TERCEIRO BIMESTRE:
- 11. A Revolução Francesa; 12. O Império Napoleônico e o Congresso de Viena; 13. A independência das
Américas inglesa e espanhola; 14. O processo de independência da América portuguesa; 15. O movimento
operário e o advento do socialismo.
* QUARTO BIMESTRE:
- 16. As revoluções liberais e o nacionalismo; 17. A expansão dos Estados Unidos; 18. O governo de D.
Pedro I e o Período Regencial; 19. O governo de D. Pedro II; 20. Os países hispano-americanos na
transição do século XIX para o século XX.
“Para ser válida toda educação, toda ação educativa
deve necessariamente estar precedida de uma reflexão
sobre o homem e de uma análise do meio de vida
concreto a quem queremos educar”.
Paulo Freire
Bom estudo!!
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
4 - COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA INGLESA E
FRANCESA (P. 51)
HISTÓRIA
SEGUNDO ANO
- As treze colônias e os dois tipos de colonização:
* Colônias do Norte – povoamento.
* Colônias do Sul – exploração.
- América francesa
ESQUEMA DOS CONTEÚDOS
PRIMEIRO BIMESTRE
1 - AS CULTURAS INDÍGENAS AMERICANAS
(Veja página 10 do livro)
- Os primeiros habitantes da América.
- Sociedades de caçadores, coletores
agricultores.
- Os sioux na América do Norte.
- Os tupis-guaranis na América do Sul.
- As grandes civilizações agrícolas.
- Os astecas, guerreiros dos deuses.
* Política e sociedade no Império Asteca.
- Os maias, senhores do tempo.
- Os súditos do Inca.
- Povos extintos.
- Os índios na América de hoje.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
5 - ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-DMINISTRATIVA
NA AMÉRICA PORTUGUESA (P. 68)
e
2 – A ÁFRICA DOS GRANDES REINOS E
IMPÉRIOS (P. 26)
- O olhar estrangeiro sobre a África.
- A primeira impressão dos africanos sobre os
europeus.
- A África pré-colonial.
- Os reinos sudaneses.
- O Reino de Gana.
- O Reino do Mali.
- Os Reinos Iorubas:
* Ifé, cidades-Estado iorubas.
- O Reino do Benin.
- O povo banto.
- O Reino do Congo.
- Família e vida cotidiana.
- Cultos africanos.
- O islã na África.
- Escravidão africana.
- O comércio transatlântico de escravos.
3 - A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA
ESPANHOLA (P. 40)
- Conquista de Cristóvão Colombo.
- Colonização baseada no bulionismo.
- Processo de colonização:
* Fernão Cortez – conquista dos Astecas (México).
- Francisco Pizarro – conquista dos Incas (Peru).
- A América tinha povos em estados culturais bem
diferentes.
- O império organizado dos Astecas, Maias e Incas
e a dominação espanhola.
- Divisão política: Vice-Reinados e Capitanias
Gerais.
- Sociedade colonial: elite (Chapetones e os
criollos); Massa: mestiços (brancos e índios ),
índios (maioria) e negros (escravos).
1 - PERÍODO PRÉ-COLONIAL
- Características:
* não fixação do homem a terra;
* exploração predatória do pau-brasil;
* criação de feitorias;
* realização do escambo.
AS EXPEDIÇÕES EXPLORADORES
— 1501. Gaspar de Lemos (Expedição dos
Topônimos, relevo nome).
— 1503. Gonçalo Coelho  Foi dada uma
capitania antes de existir o sistema a Fernando
de Noronha.
- Dica: estas expedições tinham como objetivo
verificar se existia metais preciosos na nova
terra.
AS EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS
— 1516 e 1526  Comandadas por Cristóvão
Jacques.
- Dica: tinha como objetivo patrulhar o litoral
brasileiro.
A EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM
AFONSO DE SOUSA, (1530)
* O início da colonização – 1531.
- Fatores:
* a perda do monopólio do comércio das
especiarias – por parte dos portugueses.
* a intensificação da presença francesa
(estrangeiros) ao longo do litoral brasileiro.
PRIMEIROS NÚCLEOS URBANOS
— Vila de São Vicente.
— Vila de Santo André.
OBS.: As 4 cidades mais antigas do Brasil:
* 1549  São Salvador da Baía de Todos os
Santos (Tomé de Sousa).
* 1565  São Sebastião do Rio de Janeiro (Estácio
de Sá).
* 1585  Filipéia de Nossa Senhora das Nevis
(João Pessoa-PA)  Diogo Valdez e Martim
Leitão.
* 1590  São Cristóvão (Cristóvão de Barros).
3 – O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
3
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
01. Introdução: Com a finalidade de intensificar a
colonização dividindo os gastos do processo
com particulares, a coroa portuguesa criou em
1534 o sistema de capitanias hereditárias para
o Brasil.
02. O funcionamento do sistema:
R——————D————————C
- Carta de Doação  documento que estabelecia
os limites e a extensão territorial da capitania.
-Foral  Estatuto Jurídico administrativo que
estabelecia os direitos e deveres dos donatários.
- Tipos de capitanias:
* R — D  particular
* R — O  Real
03. Entraves do sistema:
— A grande extensão territorial dos lotes aliada a
precariedade dos meios de transportes e
comunicação, além da grande distância entre a
colônia e a metrópole;
— Os frequentes ataques indígenas;
— A inexistência de uma autoridade que
coordenasse a administração colonial frente
aos donatários;
4 – O SISTEMA DE GOVERNO GERAL, 1548
01. Introdução: “Com a finalidade de instituir poder
público oficial na colônia, além de estabelecer
uma atividade de coordenação administrativa
frente aos donatários, a coroa portuguesa cria
em 1548 o sistema de governo geral para o
Brasil”.
- Obs.: O governo geral não extingue as capitanias
hereditárias. Estabelece apenas um
processo de centralização.
02. O Funcionamento do sistema:
* Regimento real  documento que estabelece as
normas administrativas aplicáveis ao sistema de
governo-geral.
* Capitão-mor  responsável pela defesa do litoral.
* Provedor-mor  responsável por assuntos
ligados a fazendo pública (assuntos fiscais).
* Ouvidor-mor  responsável pela justiça.
03. Os três primeiros governadores:
a) Tomé de Souza  Fundação da cidade de
Salvador; Criação do primeiro bispado no Brasil
(1º bispo D. Pero Fernandes Sardinha).
b) Duarte da Costa  Conflitos entre Igreja e
Estado; Invasão francesa no Rio de Janeiro;
c) Mem de Sá  Expulsão dos franceses;
Fundação da cidade do Rio de Janeiro.
- As Câmaras Municipais e os homens-bons.
5 - DIVISÕES ADMINISTRATIVAS DO BRASIL:
 Governo do Norte: sede em Salvador 
Luis de Brito
1572
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
 Governo do Sul: sede no Rio de Janeiro 
Antônio Salema.
1578: unificação com Lourenço da Veiga.
1580-1640: a estrutura político-administrativa do
Brasil colonial sofreu mudanças com a ascensão
dos Felipes ao trono português:
 Estado do Maranhão: sede em São Luís,
mais tarde transformado em Estado do Grão-Pará
e Maranhão.
1621
Maranhão, com sede em Belém.
 Estado do Brasil: sede em Salvador e, a
partir de 1763, com sede no Rio de Janeiro.
1774: nova unificação.
6 - ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA:
+ A administração eclesiástica acompanhou no
Brasil Colonial a própria evolução administrativa da
Colônia; a criação de capitanias, comarcas e
freguesias eram acompanhadas pela criação de
prelazias, dioceses e paróquias.
A Igreja Católica teve papel relevante no
processo de colonização. A catequização do índio
pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como
mão-de-obra nas propriedades da Companhia de
Jesus.
O ponto fundamental dos confrontos entre os
padres jesuítas e os colonos referia-se à
escravização dos indígenas e, em especial, à forma
de atuar dos bandeirantes, e, no norte da Colônia,
também devido à exploração das “drogas do
sertão”.
Os jesuítas, intimamente relacionados com a
expansão europeia e a realidade colonial, foram expulsos
de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I (na época
do ministro Marquês de Pombal).
+ O projeto missionário e catequizador dos
jesuítas:
Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho
missionário com os índios e a educação com a
fundação dos colégios.
A legitimação da espoliação e da fraternidade
cristã.
O ardor da diplomacia cristã, mistura de
veemência e ambiguidade.
Os caminhos violentos e sedutores da pedagogia
missionária.
+ Educação:
Na Educação, através das Ordens Religiosas, a
Igreja monopolizou as instituições de ensino até o
século XVIII.
A Companhia de Jesus foi instrumento
fundamental para a evangelização das colônias
americanas: a evangelização e a catequese.
O ensino desenvolveu-se influenciado pela
cultura religiosa do colonizador. Não conseguiram
dissociar a evangelização do processo colonizador
luso-brasileiro. Os jesuítas exerceram um papel de
grande importância em relação à educação dos
filhos dos grandes proprietários de escravos e
terras até sua expulsão. Sua presença foi tão
significativa que seus colégios constituíram-se
4
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
enquanto marcos da ação colonizadora portuguesa
na América.
Os jesuítas procuraram aprender as línguas
indígenas.
Os jesuítas pretenderam divulgar a fé, formando
novos súditos tementes a Deus e obedientes ao rei.
Os jesuítas fundaram vários colégios.
Contribuíram para amenizar as tensões entre
indígenas e colonos.
Os jesuítas tinham por objetivo promover a Igreja
Católica e, para isso, acabaram por alterar a cultura
indígena: a aculturação dos indígenas, à medida
que a colonização portuguesa se consolidava.
Quanto à escravidão, tanto os jesuítas quanto a
Igreja Católica, no período colonial, se limitavam ao
repúdio às torturas e aos maus tratos, não
havendo, porém, questionamento da escravidão
enquanto instituição: as desigualdades terrenas
são reconhecidas pelos jesuítas, que elegem como
espaço de julgamento o fórum divino.
O negro foi excluído da catequese e do processo
de educação porque existia a crença de que o
negro não tinha alma.
SEGUNDO BIMESTRE
(Veja página 79 do livro)
6 - A ECONOMIA NA AMÉRICA PORTUGUESA E
O BRASIL HOLANDÊS (P. 79)
I. A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII)
1.
O ANTIGO SISTEMA COLONIAL:
Sistema de dominação da metrópole sobre a
colônia:
conjunto
de
relações
políticas,
econômicas, sociais, ideológicas e culturais.
Um conjunto de normas e leis que regulam as
relações metrópole-colônia principalmente no
campo econômico.
· Pacto Colonial:
Relação de domínio exclusivo do comércio
colonial pela metrópole: monopólio. Também
chamado “regime do exclusivo colonial”, denomina
o sistema de monopólio comercial e controle
econômico imposto pelas metrópoles às suas
colônias nos Tempos Modernos (capitalismo
comercial/mercantilismo).
+ O Sentido da Colonização:
O monopólio do comércio das colônias pela
metrópole define o sistema colonial, porque é
através dele que as colônias preenchem sua
função histórica de produzir riquezas para o maior
desenvolvimento econômico da metrópole: a
colonização toma o aspecto de uma vasta empresa
comercial destinada a explorar os recursos das
colônias em proveito do comércio europeu.
Monopólio:
-as colônias são áreas complementares da
economia metropolitana.
-as colônias só podem comerciar com a metrópole:
só podiam vender seus produtos para o grupo
mercantil metropolitano.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
-as colônias não podem ter fábricas e são
obrigadas
a
consumirem
os
produtos
manufaturados da metrópole.
-as colônias só podem produzir o que a metrópole
não tem condições de fazer, nunca concorrer com
ela.
-as colônias devem produzir em larga escala, a
baixos custos e com o máximo de lucratividade.
2.
A COLONIZAÇÃO DE BASE AGRÍCOLA:
Colonização como desdobramento da expansão
marítima e comercial europeia.
A agricultura foi o recurso encontrado para a
exploração do litoral brasileiro.
A colonização foi organizada em torno do cultivo
da cana-de-açúcar.
Valorização econômica das terras.
Passou-se do âmbito da circulação de
mercadorias para o da produção.
Com a empresa açucareira Portugal solucionava o
seu problema de utilização econômica das suas
terras americanas e o Brasil se integrava, como
fonte produtora, aos mercados consumidores
europeus.
A colonização como instrumento de acumulação
de capital na Europa.
3.
MOTIVOS DA ESCOLHA DO AÇÚCAR:
Existência de mercados consumidores na
Europa.
A participação holandesa no financiamento, refino
e distribuição do produto.
A experiência portuguesa.
A qualidade do solo (massapê) e as condições
climáticas.
4.
EMPRESA AÇUCAREIRA:
Estrutura de empresa comercial exportadora.
Empresa de base agrícola destinada à
exploração econômica e a colonização do litoral
brasileiro, principalmente o nordestino (principal
centro produtor).
O engenho: unidade de produção (moenda, casagrande, senzala, capela, canaviais)  exigia
grandes investimentos.
Tipos de engenho: os reais movidos à água, e os
trapiches, que utilizavam tração animal.
Nordeste: principal centro produtor (PE e BA).
Trabalhadores livres: mestre do açúcar, feitor,
lavradores contratados.
Grupo flutuante formado de mestiços,
mamelucos, rendeiros e agregados.
A montagem da empresa açucareira obedeceu
ao sistema de plantation.
· Plantation: sistema de produção:
Monocultura: especialização na produção de um
artigo de real interesse no mercado europeu.
Escravismo: utilização de numerosa força de
trabalho compulsória (escrava): índia, depois
negra.
Latifúndio: grande propriedade de terra.
Exportação: havia uma total ausência de
autonomia dos produtores e a economia ficava
5
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
atrelada ao mercado europeu e inteiramente
voltada para o mercado externo.
5.
SOCIEDADE COLONIAL AÇUCAREIRA:
Uma sociedade caracterizada pelo caráter
predominante do trabalhador escravo, base da
economia colonial e do prestígio do grande
proprietário.
Uma
sociedade
conservadora,
patriarcal, escravista, rural (agrária). O engenho era
o centro dinâmico de toda a vida colonial e onde a
pouca vida urbana era mero prolongamento da vida
rural.
Uma organização social intimamente articulada à
propriedade e à riqueza.
+ início do processo de miscigenação entre os três
grandes grupos étnicos responsáveis pela
formação da sociedade colonial brasileira: o índio
americano, o branco europeu e o negro africano.
 Mulato: mestiço de branco com negro.
 Mameluco (caboclo): mestiço de índio com
branco.
 Cafuzo: mestiço de negro com índio.
6.
A ESCRAVIDÃO:
+ Motivos da utilização da mão-de-obra escrava:
A plantation exigia uma grande quantidade de
trabalhadores.
Crise demográfica portuguesa.
A inviabilidade da utilização da mão-de-obra
branca, devido à sua escassez e ao seu custo.
Os trabalhadores europeus não se sentiam
atraídos em trabalhar na colônia: difíceis condições
de trabalho.
Os lucros proporcionados pelo tráfico de
escravos.
· Escravidão Indígena:
Os índios foram utilizados como escravos no
início
da
economia
canavieira,
contudo,
demonstrou-se incompatível com a produção
açucareira e foram substituídos pelos negros
africanos.
 Motivos da substituição do índio pelo negro na
grande lavoura açucareira:
A imposição de um trabalho disciplinado, vigiado,
forçado, ordenado, dinâmico, organizado e
metódico chocou-se com a cultura indígena.
A alta lucratividade operada pelo tráfico negreiro,
que, para ser mantida, necessitava manter a
escravidão negra.
 Consequências da Escravidão e da Colonização
sobre os Índios:
Massacre de milhares de índios. Ocupação de
suas terras. O contato do branco europeu com a
comunidade indígena destruía a cultura do índio.
Desestruturação do sistema produtivo e das
instituições indígenas.
Mortalidade em função de doenças contraídas
dos brancos europeus.
 Áreas Periféricas:
O escravismo indígena ocorria principalmente em
áreas muito pobres, onde os colonos não tinham
recursos para comprar escravos negros: São
Vicente e Maranhão.
· Escravidão Negra:
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Os negros foram introduzidos no Brasil a fim de
atender às necessidades do colono branco, dos
grupos mercantis e da Coroa Portuguesa.
+ Formas de Aquisição do Negro na África:
Caça, captura e aprisionamento.
Compra de africanos aos chefes locais (sobas):
muitas tribos africanas passaram a escravizar
outras para vendê-las aos traficantes em troca de
bugigangas (vidro, facões, panos, fumo, rapadura,
cachaça).
+ Tráfico Negreiro:
Navios negreiros (tumbeiros).
Os negros (peças do gentio da Guiné) eram
embarcados geralmente em Angola, Moçambique e
Guiné e desembarcados em Recife, Salvador e Rio
de Janeiro.
+ Grupos:
Sudaneses: oriundos da Nigéria, Dome, Costa do
Ouro (Ioruba, Geais, Fanti-ashantis)
Bantos: divididos em dois grupos (angolacongoleses e moçambiques).
Malês: sudaneses islamizados.
+ Resistência do Negro a Escravidão:
Evitando a reprodução.
Suicidando-se.
Matando feitores e capitães-do-mato.
Fugindo.
Formando quilombos.
+ Quilombos:
Comunidades negras formadas por escravos que
fugiam dos seus senhores e passavam a viver em
liberdade.
 Quilombo dos Palmares: localizava-se no atual
estado de Alagoas.
- o número de habitantes do quilombo cresceu
durante a invasão holandesa em Pernambuco.
- produziam e faziam um pequeno comércio com as
aldeias próximas.
- simbolizava a liberdade e, por isso, era uma
atração constante para novas fugas de escravos.
Representava uma ameaça à ordem escravocrata.
- líder: Zumbi.
- em 1694, foi destruído pelo paulista Domingos
Jorge
Velho,
contratado
pelos
senhores
nordestinos.
8
ATIVIDADES
ECONÔMICAS
COMPLEMENTARES:
Paralelamente ao desenvolvimento da lavoura
açucareira, desenvolveu-se na colônia um setor de
subsistência responsável pela produção de
gêneros que vinham atender às necessidades
básicas dos colonos e escravos: pecuária e cultivo
do tabaco, algodão, mandioca, milho, feijão.
· A mandioca era o principal produto agrícola de
subsistência para o consumo interno: elemento
básico da alimentação do brasileiro.
· O fumo era o produto de exportação que servia
para aquisição de escravos no mercado africano:
cultivado em zonas restritas da Bahia e Alagoas.
· O algodão era usado no fabrico de tecidos de
baixa qualidade destinados à confecção de roupas
6
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
para os mais pobres e escravos: cultivados no
Maranhão e Pernambuco.
INVASÕES HOLANDESAS
1. MOTIVOS:
· A União das Monarquias Ibéricas (1580-1640):
Portugal e suas colônias submetidas ao domínio
espanhol  Juramento de Tomar.
· Os conflitos político-militares entre a Espanha e a
Holanda: devido à separação da Holanda do
domínio espanhol.
· O Embargo Espanhol: proibição de quaisquer
relações comerciais entre os holandeses e todas as
áreas sob dominação espanhola.
1.
REPERCUSSÕES DA UNIÃO DAS
MONARQUIAS IBÉRICAS:
· Brasil Filipino:
Reforma da política fiscal: rigidez para evitar a
corrupção e os desvios.
Criação do Tribunal de Relação de Salvador: os
colonos podiam apelar das sentenças  dinamizou
a prática de justiça.
A colonização se expandiu no litoral ao norte de
Pernambuco, chegando até o Amazonas: expansão
oficial. A nova divisão política do Brasil (1621):
criação do Estado do Maranhão (capitanias do
Grão-Pará, Maranhão e Ceará).
Invasões francesas: França Equinocial no
Maranhão.
Invasões holandesas.
2.
OBJETIVOS:
· romper o monopólio ibérico.
· recuperar o comércio do açúcar.
· controlar os centros produtores de açúcar.
· estabelecer uma colônia de exploração
econômica.
3.
AS INVASÕES AO BRASIL:
· Os Holandeses na Bahia (1624-1625):
Tentativa fracassada de conquista da Bahia
(sede do Governo Geral do Estado do Brasil).
Reação luso-brasileira comandada pelo bispo D.
Marcos Teixeira e por Matias de Albuquerque:
guerrilhas.
As guerrilhas impediram o avanço holandês para
o interior e, por isso, os holandeses só
conquistaram a cidade de Salvador.
Os holandeses são expulsos pelos colonos lusobrasileiros e pela esquadra luso-espanhola Jornada
dos Vassalos.
· Os Holandeses em Pernambuco (1630-1654):
Os holandeses se refizeram dos prejuízos da
invasão da Bahia saqueando navios que saiam do
Brasil carregados de açúcar e aprisionando
galeões espanhóis que saiam da América
carregados de prata.
Invasão e conquista de Pernambuco (maior
centro açucareiro do Brasil, mas pouco guarnecido
militarmente).
A resistência dos colonos, através de guerrilhas,
no interior foi comandada por Matias de
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Albuquerque: impediram a imediata conquista
holandesa de todo o Nordeste açucareiro.
Principal centro de resistência: Arraial de Bom
Jesus.
A “traição” de Calabar: este integrante das tropas
de resistência passou para o lado holandês e
indicou os focos (centros) de resistência dos
colonos: os holandeses passam a ocupar áreas do
litoral nordestino.
Com a queda do Arraial do Bom Jesus (1635), os
holandeses começam a efetivar a conquista do
Nordeste.
4.
CARACTERÍSTICAS
DO
DOMÍNIO
HOLANDÊS:
As invasões tiveram um caráter exclusivamente
mercantil: foram comandadas pela Companhia das
Índias Ocidentais (WIC).
Aliança com os senhores de engenho.
Respeito às propriedades e a classe dominante
colonial.
Tolerância política e religiosa.
Concessão de empréstimos aos senhores de
engenho.
5.
A ADMINISTRAÇÃO NASSOVIANA (16371644):
· Conde João Mauricio de Nassau: funcionário da
WIC.
Consolidou a dominação holandesa e o sistema
produtor de açúcar.
Criou facilidades de produção e comercialização
do açúcar.
Domínio do Nordeste brasileiro: do Maranhão até
Sergipe.
Criação da Câmara dos Escabinos: assembléia de
representantes das várias câmaras municipais da
região.
Monopólio do mercado escravista: domínio de
áreas portuguesas na África para garantir o
fornecimento de escravos.
Embelezamento e urbanização de Recife:
pontes,palácios, jardins, pavimentação.
A vinda de intelectuais europeus: Franz Post,
Piso, Marcgrave.
6.
A
INSURREIÇÃO
PERNAMBUCANA
(1645-1654):
· a luta para expulsar os holandeses do Nordeste
do Brasil.
· motivos:
+ mudança da política colonial holandesa (WIC):
Arrocho financeiro: aumento dos impostos, altos
preços dos fretes e cobrança de pagamento dos
empréstimos.
Confisco de terras.
 Nassau não concorda com esta política imposta
pela WIC aos produtores brasileiros e pede
demissão.
· Líderes: André Vidal de Negreiros, João
Fernandes Vieira (senhores brancos), Henrique
Dias (negro) e pelo índio Poti (Filipe Camarão).
· Batalhas: Monte das Tabocas (1645), Guararapes
(1648 e 1649) e Campina do Taborda (1654).
7.
CONSEQÜÊNCIAS DA EXPULSÃO:
7
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Tratado de Haia (1661): a Holanda recebia uma
indenização (dinheiro, açúcar, tabaco e sal), a
restituição de sua artilharia e favores no comércio
do açúcar.
O auxilio inglês a Portugal nas lutas contra os
espanhóis (Restauração = D. João IV) e contra os
holandeses e a consequente aliança entre as
Coroas inglesa e portuguesa resultaram na
dependência da nação lusitana e do Brasil ao
capital inglês.
Crise na empresa açucareira brasileira devido à
concorrência
do
açúcar
produzido
pelos
holandeses nas Antilhas: crise econômica no Brasil
e crise política e econômica (financeira) em
Portugal (saiu economicamente arruinado do
domínio espanhol).
8. CONSELHO ULTRAMARINO (1642):
reorganização da administração do Brasil para
obter maiores recursos e para garantir o real
controle sobre a colônia.
Limitar os poderes da aristocracia latifundiária.
Centralização político-administrativa.
Limitava o poder das Câmaras Municipais e dos
“homens bons”: submissão às autoridades
metropolitanas.
Os juizes passaram a ser nomeados diretamente
pelo rei: juizes de fora.
Em 1720, o governo português elevou a colônia a
vice-reinado e os governadores passaram a ser
titulados vice-reis: visava aumentar a centralização
e o controle do Brasil.
Criação de companhias privilegiadas de comércio
para manter um controle mais rígido sobre a
economia: Companhia Geral de Comércio do Brasil
e Companhia de Comércio do Estado do
Maranhão.
7 – A MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL
(P. 96)
1.
BANDEIRISMO:
· Conceito: Expedições que penetravam no interior
com o objetivo de procurar riquezas (índios para
serem escravizados e metais e pedras preciosas).
· Centro irradiador das Bandeiras: A Capitania de
São Vicente.
+ Motivo:
A pobreza econômica da capitania devido ao
fracasso da lavoura de exportação canavieira e o
seu isolamento político.
· Ciclos: Ouro de Lavagem; Caça ao Índio; Ouro de
Mina; Sertanismo de Contrato.
* Ciclo do Ouro de Lavagem:
Zona litorânea.
Curitiba: Heliodoro Eobanos  ouro de aluvião.
São Roque: Afonso Sardinha  ouro de aluvião.
* Ciclo da Caça ao Índio ou de apresamento:
+ Motivos: necessidade de mão-de-obra.
Aumento da produtividade agrícola.
As invasões holandesas no Nordeste provocaram
a dispersão dos escravos.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Os holandeses dominaram áreas de fornecimento
de escravos na África.
+ Características:
Os paulistas passaram a apresar o índio para
vendê-lo como escravo.
Missões jesuíticas: Tape, Itatim e Guairá  os
índios já estavam aculturados, catequizados
Bandeirantes: Antônio Raposo Tavares, Manuel
Preto.
Decadência: a partir da segunda metade do
século XVII devido à extinção da maioria das
missões e a reconquista do monopólio do tráfico
negreiro pelos portugueses após a expulsão dos
holandeses do Brasil e da África.
* Ciclo do ouro e do diamante:
+ Motivos:
A decadência da economia açucareira;
O estímulo dado pela metrópole: financiamento,
títulos e privilégios;
A decadência do apresamento do índio;
+ Características:
Áreas de exploração (prospecção): Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso.
Bandeirantes: Fernão Dias Pais, Antonio
Rodrigues Arzão (descobriu ouro em Cataguases
em 1693: primeira notícia oficial de descoberta de
jazida de ouro), Antonio Dias de Oliveira (Ouro
Preto), Borba Gato (Sabará), Bernardo da Fonseca
Lobo (diamantes no Arraial do Tijuco: Diamantina),
Pascoal Moreira (Cuiabá) e Bartolomeu Bueno da
Silva Filho (Goiás).
Os bandeirantes utilizavam-se dos rios como
caminhos naturais: pousadas e roça nas margens
 povoamento  Tietê.
+ Monções:
Expedições fluviais de abastecimento das
longínquas e de difícil acesso regiões do Mato
Grosso e Goiás
* Ciclo do Sertanismo de Contrato:
Bandeiras contratadas por autoridades e
senhores de fazendas, principalmente do Nordeste
(BA e PE) para combaterem índios rebelados e
negros dos quilombos.
Bandeirante: Domingos Jorge Velho
destruição do Quilombo dos Palmares.
2.
COLÔNIA DO SACRAMENTO (1680):
Fundação de uma colônia portuguesa no estuário
do rio da Prata, quase em frente a Buenos Aires.
Motivos:
A pecuária.
O comércio do couro.
O contrabando.
O interesse nas regiões mineradoras do Peru e
Bolívia.
Os interesses ingleses.
Reação Espanhola:
Reação dos colonos de Buenos Aires e da Coroa
Espanhola: invasões da Colônia do Sacramento e
assinatura de tratados de limites.
Tratados de Limites e Formação de Fronteiras:
8
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* Tratado de Lisboa (1681): A Espanha reconhecia
a posse portuguesa da Colônia do Sacramento.
* Tratado de Utrecht (1715): A Espanha é obrigada,
mais uma vez, a ceder a Colônia do Sacramento
para Portugal.
* Tratado de Madri (1750):
Definia a posse, de direito e de fato, das terras
efetivamente ocupadas por Portugal além dos
limites de Tordesilhas.
Não houve participação da Igreja. Foi utilizado o
princípio: uti possidetis, ita possidetis (quem possui
de fato deve possuir de direito)
a terra pertence
por direito a quem a ocupa
Alexandre de
Gusmão. Assim, a Espanha reconhecia a posse
portuguesa de todas as terras efetivamente
ocupadas por portugueses além da linha de
Tordesilhas e cedia a Portugal a região de Sete
Povos das Missões (RS). Portugal devolveria à
Espanha a Colônia do Sacramento.
Por este tratado, o Brasil assumiu, praticamente,
sua atual configuração geográfica.
+ Guerras Guaraníticas:
Revolta dos índios de Sete Povos das Missões
liderados pelos jesuítas.
Motivos: os jesuítas não concordavam com a
entrega de Sete Povos das Missões para os
portugueses e os índios suspeitavam de uma
possível ocupação de suas terras e da
escravização.
Repressão portuguesa: a população de Sete
Povos das Missões foi chacinada pelas tropas
portuguesas.
* Tratado de El Pardo (1761): Anulava o Tratado de
Madri e a Colônia do Sacramento voltava para
Portugal.
* Tratado de Santo Ildefonso (1777): A Colônia do
Sacramento e Sete Povos das Missões foram
devolvidas para a Espanha.
* Tratado de Badalos (1801): Confirmava os limites
estabelecidos pelo Tratado de Madri.
7 - A ECONOMIA MINERADORA (SÉC. XVIII)
1. CONTROLE ADMINISTRATIVO:
Regimento de 1702:
A mineração era rigidamente controlada pela
metrópole: política fiscal e controle absoluto sobre
a mineração.
A exploração era livre, mas os mineradores
deveriam submeter-se as autoridades da Coroa e
pagar os impostos.
+ Intendência das Minas:
Órgão
responsável
pelo
policiamento,
fiscalização e direção da exploração das jazidas,
além de funcionar como um tribunal e de ser
responsável pela cobrança dos impostos.
Todas as minas pertenciam ao rei e o
descobridor de uma jazida deveria comunicar a
Intendência, caso contrário seria preso e julgado. A
mina, depois de descoberta, era dividida pela
Intendência em lotes (datas): as duas primeiras
datas eram escolhidas pelo descobridor da mina, a
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
terceira data era reservada para a Coroa e depois
leiloada e as demais datas eram distribuídas com
os interessados que tivesse maior número de
escravos.
2. TIPOS DE EXTRAÇÃO:
Faiscação (Faisqueira): Pequena extração: no
leito dos rios e riachos.
*Garimpeiro: geralmente um trabalhador livre que
trabalhava isoladamente.
Lavra (Jazidas): Mina: grande unidade de
extração.
*Volume razoável de capital.
* Numerosa mão-de-obra escrava.
3. A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES:
Descobridor: o bandeirante Bernardo da Fonseca
Lobo (1729).
Local: Vale do rio Jequitinhonha
Arraial do
Tijuco
Diamantina (MG).
Regimento dos Diamantes (1730).
* Distrito Diamantino: rígida fiscalização
+ Tipos de Extração:
A Coroa concedia a particulares o direito de
extração e estes pagariam taxas e impostos.
Posteriormente a Coroa passou a conceder o
direito de extração a um único individuo: o
contratador.
O monopólio régio sobre a extração: a região foi
fechada e a circulação das pessoas era controlada.
4. OS IMPOSTOS: (carga tributária onerosa e
opressiva).
Quinto: 20% do ouro extraído.
Casas de Fundição (1719):
Criadas com o objetivo de evitar o contrabando e
a sonegação fiscal: facilitar a cobrança do quinto. O
ouro em pepita e em pó era fundido em barras
timbradas com o selo real e quintadas.
Capitação: 17g de ouro por escravo.
Fintas: quotas anuais (100 arrobas).
Derrama: cobrança complementar e violenta do
imposto (quinto) atrasado.
5. DESTINO DO OURO BRASILEIRO:
Tratado de Methuen (1703): também denominado
de Tratado de Panos e Vinhos.: Assinado entre
Portugal e Inglaterra.
Estipulava que Portugal teria vantagens
alfandegárias na venda de vinhos para a Inglaterra
e esta teria vantagens alfandegárias na venda de
manufaturados para a Inglaterra: desvantagens
comerciais (benefícios para a Inglaterra). Grande
parte do ouro brasileiro serviu para a Coroa pagar
suas dívidas e cobrir os prejuízos da balança
comercial deficitária.
Consequências:
Portugal tornou-se um país exclusivamente
agrário.
O desenvolvimento manufatureiro foi prejudicado.
Submissão de Portugal ao capital inglês.
6. A DECADÊNCIA DA MINERAÇÃO:
Fatores:
O esgotamento das jazidas: ouro de aluvião.
O baixo nível técnico.
9
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
A economia colonial entrou novamente em crise.
7. CONSEQUÊNCIAS:
Crescimento demográfico.
Desenvolvimento da vida urbana.
Crescimento do comércio e do artesanato:
mercado interno.
Integração entre diferentes regiões do Brasil com
a zona mineradora.
Aparecimento de uma camada social média.
Certa mobilidade social.
Piores condições de vida e de trabalho para os
negros escravos.
Crescimento das atividades intelectuais e
culturais: arquitetura, escultura, música religiosa,
poesia, contato com as ideias iluministas
barroco
Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio
Manuel da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga
Peixoto.
Crescimento da mão-de-obra livre.
Conflitos: Guerra dos Emboabas, Revolta de
Filipe dos Santos, Inconfidência Mineira, Quilombos
(Rio das Mortes em Minas Gerais e o de Carlota no
Mato Grosso).
1 – Movimentos Nativistas
- Conceito: Foram revoltas que tinham como
objetivo resolver apenas problemas locais. Não
tencionavam libertar o Brasil de Portugal.
- Características:
* Não contestavam o pacto colonial na sua
totalidade;
* Regionalismo.
- Principais movimentos:
A– Revolta de Beckman, (1684)
- Local: Maranhão;
- Causa: Abuso do monopólio pela Companhia de
Comércio do Maranhão e o não fornecimento de
escravos aos colonos.
Final: Reação do governo Português, líderes
presos e enforcados.
B – Guerra dos Emboabas (1708 – 1709)
- Local: Minas Gerais;
- Causa: Boatos sobre o massacre de forasteiros
pelos paulistas.
- Final: Os paulistas foram procurar ouro em outras
regiões.
C – Guerra dos Mascates, (1710)
- Local: Pernambuco;
- Causa: Os senhores de engenho perderam o
poder econômico em Pernambuco;
- Final: Recife foi considerada vila independente e
tornou-se o centro administrativo da capitania.
D – Revolta de Filipe dos Santos, (1720)
- Local: Vila Rica;
- Causa: Mineradores exigiam a não instalação das
casas de fundição.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Final: Os líderes foram presos, suas casas
queimadas e Filipe dos Santos enforcado e
esquartejado.
8 – RELIGIÃO E SOCIEDADE NA AMÉRICA
PORTUGUESA (P. 110)
- Evangelização e inquisição.
- O Tribunal da Inquisição.
- Religiosidade popular na colônia.
- O Barroco mineiro.
- Até que a vida os separe.
- Sexo frágil?
- Arraiais, vilas e cidades.
- Da “nobreza” aos desclassificados.
- O trabalho escravo.
- Gritos para a liberdade.
- A “brecha camponesa”.
9 – O ILUMINISMO (P. 128)
- Introdução: Chamamos de iluminismo o
movimento cultural que se desenvolveu na
Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e
XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual,
que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu
origem a ideias de liberdade política e econômica,
defendidas pela burguesia. Os filósofos e
economistas que difundiam essas ideias julgavamse propagadores da luz e do conhecimento, sendo,
por isso, chamados de iluministas.
- Características Principais:
O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença
de Deus na natureza e no homem e no seu
entendimento através da razão. É anticlerical, pois
nega a necessidade de intermediação da Igreja
entre o homem e Deus e prega a separação entre
Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais,
como os fenômenos da natureza, são reguladas
por leis naturais. A credita que o Homem é
naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e
o objetivo central dos governantes era garantir os
direitos naturais dos homens, ou seja, a liberdade,
a igualdade e a propriedade privada.
- O Iluminismo combatia:
* O absolutismo monárquico;
* O mercantilismo;
* O poder da igreja.
- O Iluminismo defendia:
* Igualdade;
* Tolerância religiosa e filosófica;
* Liberdade pessoal e social;
* Propriedade privada.
- A nova mentalidade burguesa (o Iluminismo)
- A emergência do Iluminismo:
* O auge do absolutismo no século XVIII e suas
contradições;
* Tensões envolvendo monarcas, nobres e a
burguesia.
- Precursores do Iluminismo:
* René Descartes (1596-1650) – Lançou as bases
do
racionalismo
como
única
fonte
de
conhecimento, e considerado o “Pai da Filosofia
10
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Moderna”. Obra: Discurso sobre o Método (1637).
Frase: “Penso, logo existo”.
* Isaac Newton (1642-1727) – cientista inglês,
descobridor de várias leis da física, entre elas a lei
da gravidade. Para Newton, a função da ciência é
descobrir leis universais e enunciá-las de forma
precisa e racional. Interpretou as leis da natureza e
as expressava de forma Matemática sugerindo a
possibilidade de que houvesse também leis que
governassem a sociedade.
* John Locke (1632-1704) – Lançou as bases da
investigação das leis da sociedade. É considerado
o responsável pelos princípios da filosofia política
iluminista (rejeição ao absolutismo). Para Locke, o
homem, ao nascer, não possui qualquer ideia e sua
mente é como uma tábula rasa. O conhecimento,
em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos,
base do empirismo, e processado pela razão.
1 – “O Século das Luzes (XVIII)”
- Principais filósofos iluministas:
* Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a
Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da
liberdade de pensamento. Defende uma monarquia
que garanta as liberdades individuais, sob o
comando de um soberano esclarecido.
. Frase: “Posso não concordar com uma única
palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte
o direito de dizê-la”.
* Montesquieu (1689 – 1755) – Autor de “O Espírito
das Leis”, obra na qual propunha a divisão dos
poderes em três instâncias: Executivo, Legislativo e
Judiciário, como forma de proteger as garantias
individuais.
* Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua
obra mais conhecida, O contrato social, defende
um Estado voltado para o bem comum e a vontade
geral, estabelecido em bases democráticas. No
Discurso sobre a origem da desigualdade entre os
homens (1755), outra de suas obras, realça os
valores da vida natural e critica o mundo civilizado.
Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios o bom selvagem - mas depois é pervertido pela
sociedade civilizada. Afirma que a origem das
desigualdades social estava na propriedade
privada.
2- A Compilação da Enciclopédia
- Filósofos: Diderot e D’Alembert;
- Obra monumental dividida em 35 volumes sob o
título Enciclopédia ou Dicionário racional das
ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação
sofre violenta perseguição por parte da igreja
católica e da monarquia absolutista.
3 – Teorias Econômicas:
a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do
Estado na vida econômica. O mais importante
representante da escola fisiocrata é François
Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um
poder natural em ação nas sociedades, que não
deve ser contrariado por leis e regulamentos. É
partidário de um capitalismo agrário, com o
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
aumento da produção agrícola, única solução para
gerar riquezas para uma nação.
b) O Liberalismo Econômico - Seu principal
inspirador é o economista escocês Adam Smith,
considerado o pai da economia política, autor de O
ensaio sobre a riqueza das nações, obra
fundamental da literatura econômica. Ataca a
política mercantilista por ser baseada na
intervenção estatal e sustenta a necessidade de
uma economia dirigida pelo jogo livre da oferta e da
procura de mercado, o laissez-faire. Para Adam
Smith, a verdadeira riqueza das nações está no
trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa
dos
empreendedores
Principais
expoentes:
Thomas Robert Malthus, defendia que a produção
de alimentos cresce em progressão aritmética e a
população em progressão geométrica, gerando
fome e miséria das grandes massas. David
Ricardo, defende a lei férrea dos salários, segundo
a qual o preço da força de trabalho seria sempre
equivalente ao mínimo necessário para a
subsistência do trabalhador.
4 – O Despotismo Esclarecido
- Reformas de cunho iluminista.
- Contradição Fundamental: se por um lado, alguns
reis estavam dispostos a realizar reformas, por
outro, jamais iriam tolerar limitações ou perdas de
poderes.
- Principais déspotas: José II (Áustria); Catarina II (
Rússia); Frederico II (Prússia); D. José II, com seu
ministro marquês de Pombal (Portugal); Carlos III,
com seu ministro, o Conde de Aranda (Espanha).
10 – DAS REVOLUÇÕES INGLESAS À
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (p. 141)
I - REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII
1 - A Inglaterra no Início do Século XVII
- A Dinastia Tudor.
* A Inglaterra desfrutava uma situação de grande
prosperidade, graças à política mercantilista
(comércio de lã e manufaturas somadas à
pirataria).
- A alta burguesia:
* Acesso à corte;
* Recebiam concessões mercantis da coroa para
formar monopólios e em troca apoiavam a
monarquia.
- A nobreza da terra:
* Apoio à monarquia absolutista;
* Os cercamentos.
- O auge do absolutismo inglês: governos de
Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I).
2 – Contradições do Absolutismo Inglês
- O crescimento numérico da burguesia:
* A monarquia não conseguia mais assegurar o
acesso de toda a classe às companhias
monopolistas que realizavam o comércio externo;
* Ingresso da nova burguesia no setor
manufatureiro no campo (indústria doméstica).
11
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- A Dinastia dos Stuarts:
* A luta da nova burguesia pela eliminação do
absolutismo e a substituição do mercantilismo pelo
liberalismo econômico.
- A situação dos camponeses:
* As altas de preços e os cercamentos;
* A miséria e a migração do campo para as
cidades;
* As leis contra a vagabundagem e mendicância
criadas pela coroa;
* As rebeliões camponesas.
3 – Religiões e Classes Sociais na Inglaterra do
Século XVII
- As religiões como veículo de expressão de
interesses políticos das classes sociais:
* Católicos e anglicanos – favoráveis à monarquia
absolutista;
* Presbiterianos e puritanos (Calvinistas) –
favoráveis à Monarquia Parlamentar.
4 – A Dinastia Stuart e a Crise do Absolutismo
- A morte de Elisabeth I, 1603:
* Jaime I da Escócia assume o trono;
* A formação do Reino Unido da Grã-Bretanha
(Inglaterra, Irlanda e Escócia).
- Jaime I:
* Ausência de habilidade política;
* Teimosia inarredável e grande erudição.
- Obs.: Esses atributos acima lhe valeram a
seguinte avaliação por parte de Henrique IV, rei da
França – “ Jaime I é o imbecil mais sábio de toda a
cristandade”.
* Jaime I desencadeou violenta perseguição aos
católicos e calvinistas visando fortalecer o
absolutismo pela consolidação da religião
anglicana;
* imposição de uma péssima política fiscal e
tributária criando novos impostos e aumentando os
já existentes.
- A Magna Carta e o Parlamento (dissolução do
parlamento em 1614).
- A crise do Absolutismo, morte de Jaime I e a
sucessão de seu filho Carlos I.
- O governo de Carlos I:
* Jovem e hábil;
* O juramento da Petição de Direitos;
* A tentativa de anglicanizar a igreja Presbiteriana
Escocesa.
- A Guerra Civil:
* O exército dos cavaleiros;
* Os cabeças redondas;
*vitória dos cabeças redondas e a execução de
Carlos I
* A Proclamação da República.
5 – A República Puritana
- República burguesa liderada por Oliver Cromwell.
- Atos de navegação: hegemonia marítima inglesa.
- Dissolução do Parlamento.
- A ditadura de Cromwell.
- Restauração monárquica.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
6 – A Restauração Stuart
- Governos de Carlos II e Jaime II.
- Impasse entre parlamento (protestante)
monarquia (católica).
e
7 – A Revolução Gloriosa
- Guilherme de Orange e a Revolução Gloriosa.
Dinastia
dos
Hannover:
Moderno
parlamentarismo.
8 – Conseqüências:
* Participação da burguesia nas decisões políticas;
* Substituição do mercantilismo pelo liberalismo
econômico.
IV – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
-Conceito: Entende-se por Revolução Industrial um
conjunto de transformações técnicas e econômicas
que caracterizaram a substituição da energia física
pela energia mecânica, da ferramenta pela
máquina e da manufatura pela fábrica no processo
de produção capitalista, ocorridas na Inglaterra no
século XVIII e que no século XIX se expandiu para
outros países da Europa, Estados Unidos, e Japão.
- Formas de Produção: artesanal, manufatura e
maquinofatura.
-Fases evolutivas:
* Primeira Revolução Industrial (1760-1860) –
Conhecida também como “era do carvão e do
ferro”.
* Segunda Revolução Industrial (1860-1914) –
Conhecida como “era do aço e da eletricidade”.
* Terceira Revolução Industrial – Ganhou impulso
na segunda metade do século XX, considerada a
revolução dos dias atuais.
- Causas Gerais da Revolução Industrial:
* Revolução comercial;
* Acumulação primitiva de capital;
* Aparecimento das máquinas.
1 – O PIONEIRISMO INGLÊS
- Fatores:
* Acúmulo de capitais na Revolução Comercial;
* Supremacia naval inglesa;
* Disponibilidade de mão-de-obra;
* Instauração da Monarquia Parlamentar;
* Triunfo da ideologia liberal;
* Inovações técnicas;
* Posição geográfica insular;
* Existência de grandes jazidas de ferro e de
carvão.
2 – A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Foi realizada principalmente por Inglaterra,
França
e
Bélgica.
Caracterizou-se
pelo
desenvolvimento do capitalismo liberal e pelo
sistema de livre concorrência, baseada na
liberdade de comércio e de produção.
- Principais inovações:
* A máquina de fiar (inventada em 1767 por James
Hargreaves, batizada com o nome de Spinning
Jenny);
12
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* O bastidor hidráulico (construído em 1769 por
Richard Arkwright, conhecido como Water
Machine);
* A máquina de fiar híbrida ( 1779, Samuel
Crompton);
* O tear mecânico (1785, reverendo Edmund
Cartawright);
* A máquina a vapor (1769, James Watt);
No setor de transporte e comunicação: o barco a
vapor (1807, pelo Norte-Americano Robert Fulton);
a locomotiva (1825, George Stephenson); o
telégrafo (Samuel Morse).
3 – A VIDA DO OPERARIADO
- Os cercamentos e o processo de expropriação e
migração do campo para a cidade:
* Crescimento da população urbana;
* Formação da classe operária.
- Condições de vida e de trabalho:
* Jornada de trabalho – 14 a 16 horas diárias;
* Baixos salários, fome e miséria;
* Desemprego (formação do “exército industrial de
reserva”).
* Utilização de mulheres e crianças na produção
industrial.
- O Movimento Ludista – Foi uma reação dos
trabalhadores ingleses às mazelas produzidas pelo
processo de industrialização.
4 – A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- Corresponde ao processo de expansão da
industrialização para Alemanha, Itália, Rússia,
Estados Unidos e Japão. Caracterizou-se pelo
capitalismo monopolista, centrado no controle do
mercado pelos holdings, trustes e cartéis, que
desencadeou a expansão colonialista afro-asiática
no século XIX.
- Concentração do capital industrial:
* Holdings – Correspondem a grandes empresas
financeiras que controlam vastos complexos
industriais a partir da posse da maior parte de suas
ações.
* Trustes – São grandes companhias que
absorvem seus concorrentes ou estabelecem
acordos entre si, monopolizando a produção de
certas mercadorias, determinando seus preços e
dominando o mercado. Podem ser horizontais (com
empresas do mesmo ramo) ou verticais (empresas
de ramos diferentes).
* Cartéis – São grandes empresas independentes
produtoras de mercadorias de um mesmo ramo
que se associam para evitar a concorrência,
estabelecendo divisão de mercados e definindo
preços.
- Principais inovações:
* O processo Bessemer – Transformação do ferro
em aço ( Henry Bessemer);
* O Dínamo – Possibilitou a substituição do vapor
pela eletricidade como força motriz;
* O Motor de Combustão Interna – Introduziu o uso
do petróleo (inventado por Nikolaus Otto e
aperfeiçoado por Rudolf Diesel).
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- A especialização do trabalho e as linhas de
montagem.
- O Fordismo – Estava ligado ao princípio de que a
empresa deveria dedicar-se apenas a um produto,
além de dominar as fontes de matérias-primas.
- O Taylorismo – Visava o aumento da
produtividade, controlando os movimentos das
máquinas e dos homens no processo de produção.
5 – A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- Ganhou impulso na segunda metade do século
XX. Nessa fase a exigência de imensos
investimentos e pesquisas está associada à
eficiência e produtividade maiores, lideradas pelos
grandes
conglomerados
econômicos
multinacionais.
- Características – Estão associadas aos avanços
ultra-rápidos, especialmente na:
* Microeletrônica;
* Robótica industrial;
* Computação dos serviços;
* Química fina;
* Biotecnologia.
6 – CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
- A passagem da primeira para a segunda
Revolução Industrial produziu uma série de
conseqüências, como:
* O surgimento do capitalismo financeiro;
* A formação de grandes conglomerados
econômicos;
* O processo de produção em série;
* A expansão do imperialismo.
TERCEIRO BIMESTRE
(veja página 158 do livro)
VI– A REVOLUÇÃO FRANCESA
-Introdução: “A Revolução Francesa de 1789 foi o
modelo clássico de revolução burguesa. Pôs fim ao
absolutismo, mas manteve as transformações
implantadas dentro dos limites burgueses.
Inicialmente juntou a quase unanimidade da nação
contra o Antigo Regime; posteriormente, no
entanto, os vários projetos de nova sociedade,
expressando interesses de classes e camadas
diversas, levaram a uma luta interna entre os
próprios revolucionários. Por fim, a alta burguesia
deteve o controle do movimento, imprimindo à nova
sociedade criada as instituições que lhe
convinham”.
( MELLO e COSTA. 1999: 140)
1 – A FRANÇA ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO:
- Estrutura social da França: aristocrática, cujo
meio de vida parasitária tornava-se cada vez mais
nítido.
- Crescimento da burguesia: controlava as
finanças, o comércio e a indústria (consciência de
classe e difusão das teorias iluministas).
- Obstáculos ao desenvolvimento do capitalismo:
13
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* Laços de servidão;
* Alfândegas internas e os pedágios cobrados nos
feudos;
* As corporações de ofício;
* Monarquia absolutista.
- Obs.: Luís XVI aceitou dobrar o número de
membros representantes do Terceiro Estado, mas
não aprovou o voto por cabeça, o que não mudava
em nada a situação, servindo apenas para
enfurecer a burguesia.
2 – ESTRUTURA SOCIAL DO ANTIGO REGIME
- Em termos de hierarquia social, a França
estruturava-se em três estamentos:
* 1º Estado: clero (alto e baixo clero).
* 2ºEstado: nobreza (palaciana, provincial e de
toga).
* 3º Estado: burguesia (grande, média, pequena),
camponeses e as camadas populares das cidades.
- Forma de governo - Monarquia Absolutista
baseada no direito divino dos reis:
* Generalização dos descontentamentos;
* Marginalização do Terceiro Estado nas decisões
políticas, sociais e econômicas.
5 – ASSEMBLÉIA NACIONAL E JORNADAS
REVOLUCIONÁRIAS
- Primeira e Segunda Jornada Revolucionária:
Juramento da Sala do Jogo da Péla;
- Tomada da Bastilha.
- Terceira e Quarta Jornada Revolucionária: no
interior, o Grande Medo;
- Retirada do rei de Versalhes.
3 – CRISE ECONÔMICA
- O Governo de Luís XIV – o Rei Sol (1643 – 1715)
- Guerras desastrosas para a França:
* Guerra de Sucessão Austríaca (1740 – 1763);
* Guerra dos sete Anos (1756 – 1763);
* Guerra de Independência dos Estados Unidos
(1776 – 1783).
- Obs.: Essas três guerras foram desastrosas para
a França, e acabaram colaborando para a
emergência da hegemonia britânica.
- Luís XVI assume o trono francês (1774).
- Tentativa de mudança na política econômica, com
o objetivo de modernizar o Estado francês e
solucionar o déficit crônico das finanças.
- O cargo de controlador-geral das finanças
(ministro):
*Turgot (fisiocrata) – Objetivava eliminar o défict
financeiro através da tributação de impostos sobre
o clero e a nobreza, até então, isentos da
tributação; e diminuição das despesas da corte.
(Rejeição do 1º e 2º Estado).
* Necker (banqueiro) – Inicialmente, tratou com
cautela e habilidade os privilégios, não propondo
reformas profundas. Porém, em 1781 quando o
déficit atingiu níveis insuportáveis, provocou um
escândalo tornando público o cálculo do tesouro do
governo e foi demitido.
* Calonne (1783) – retomou o programa de
reformas de Turgot e Necker (fim idêntico ao de
seus antecessores).
- O tratado entre França e Inglaterra: Methuen
francês;
- Grave crise agrícola;
4 - CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS
- Inflamam-se os debates e as reivindicações da
burguesia;
- O partido patriota;
- Reivindicações divulgadas nos cadernos de
lamentações:
* número de representantes do Terceiro Estado
igual ao dos dois outros somados e votação nos
Estados Gerais por cabeça e não por Estado.
6 - MONARQUIA CONSTITUCIONAL
- Pressões sobre a igreja e o clero;
- Tentativa de fuga do rei;
- Primeira Constituição: favorecia somente a
burguesia.
- A Assembléia Legislativa;
- Ataque absolutista à França.
- A Comuna de Paris;
A vitória do exército revolucionário.
7- CONVENÇÃO
- Proclamação da República;
- Julgamento e execução de Luís XVI;
- Formação da Primeira Coligação;
- Ataques internos e externos;
- Revolta da Vandeia;
- Liderança jacobina;
- Constituição de 1793;
- Fase do terror.
8– DIRETÓRIO
- Queda dos jacobinos e ascensão da burguesia
financeira;
- Segunda Coligação antifrancesa.
- Napoleão Bonaparte e o golpe de 18 Brumário:
* Expansão da revolução burguesa;
* Início da Idade Contemporânea.
12 – O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O
COGRESSO DE VIENA
A ERA NAPOLEÔNICA (p. 174)
-Napoleão: consolida a Revolução Francesa.
1 – O CONSULADO
- Nova Constituição: Napoleão, primeiro Cônsul;
-Neutralização da Segunda Coligação Antifrancesa;
- Superação da crise financeira;
- O Código Civil Napoleônico;
- Constituição do ano XII;
- Napoleão é coroado imperador;
- Fortalecimento da burguesia.
2 – O IMPÉRIO
- Rivalidade franco-britânica: necessidade de
expansão de mercados.
- Paz na França: Terceira Coligação;
- Queda do Sacro Império e da Quarta Coligação;
14
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- Napoleão impõe o Bloqueio Continental (proibição
aos países europeus de adquirirem produtos
britânicos):
* A invasão napoleônica em Portugal (vinda da
Família Real Portuguesa para o Brasil).
* A invasão napoleônica na Rússia (Tática da terra
arrasada e a vitória russa).
- A queda do Império Napoleônico – Se dá
gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por
vários fatores conjuntos:
* Nacionalismo dos territórios conquistados;
* Fracasso do Bloqueio Continental;
* O fracasso militar na Rússia.
3 – GOVERNO DOS CEM DIAS
- A derrota de Napoleão na batalha de Leipzig;
- Napoleão foi desterrado para a ilha de Elba com
mil soldados;
- Restauração monárquica (Luis XVIII): o Terror
Branco;
- Napoleão foge da ilha de Elba, retoma o comando
do exército e avança sobre Paris;
- A Batalha de Waterloo: Napoleão derrotado e
exilado na ilha de Santa Helena (Costa da África),
ali veio a falecer em 1821.
- Obs.: Apesar da aparente derrota, o papel de
Napoleão havia sido cumprido. Por toda a Europa,
as instituições burguesas haviam-se difundido e se
solidificado; a restauração que se seguiu foi
momentânea, nunca chegando a se reorganizar
nos moldes da época de Luís XVI.
4 – CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA
4.1 – CONGRESSO DE VIENA
- As ideologias do início do século XIX: *
Liberalismo,
Democratismo,
Socialismo,
Conservadorismo;
* A restauração, a legitimidade e o equilíbrio
europeu;
- Decisões do Congresso de Viena: política de
concessões,
compensações
territoriais
e
restauração.
4.2 - A SANTA ALIANÇA
- Conceito: a Santa Aliança foi um pacto militar
firmado entre as grandes potências européias no
Congresso de Viena, cujo objetivo era a repressão
aos movimentos liberais que colocassem em risco
a política de restauração, o princípio de
legitimidade e o equilíbrio europeu.
- A Santa Aliança foi formada inicialmente por:
Áustria, Prússia, Rússia e Grã-Bretanha.
- Restauração monárquica e Revolução na França:
* Luis XVIII e Carlos X;
* Revolução Liberal de 1830: ascensão de Luís
Filipe, o “rei burguês”.
13 – A INDEPENDÊNCIA DAS AMÉRICAS
INGLESA E ESPANHOLA (P. 187)
VIII – FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
I – A Colonização
Colônias do Norte – agricultura de
subsistência,
com
base
na
pequena
propriedade familiar, indústria, comércio e
realização de um contrabando com as Antilhas.
Colônias do Sul – colonização de exploração
baseada no latifúndio, monocultura, trabalho
escravo e voltada para a exportação,
plantation.
As
colônias
eram
governadas
por
representantes
ingleses
que
eram
assessorados por uma assembléia eleita pelos
colonos que se encarregavam de votar leis e
impostos. As colônias gozavam de autonomia
político-administrativa.
II – Causas
Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa
de regiões na América entre França e
Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído
vitoriosa teve seu tesouro esgotado pelos
gastos militares e para se reequilibrar lançou
pesados impostos sobre suas colônias e uma
série de medidas repressivas.
A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra
decreta as leis de Navegação com o objetivo
de acabar com a relativa autonomia
administrativa das colônias. A partir daí, a
função das colônias passou a ser de produzir
para a metrópole e trazer riquezas para a
burguesia inglesa.
As Leis Coercitivas
– Lei do açúcar: taxava sobre a importação que
não viesse das Antilhas Britânicas.
- Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo
em documentos, jornais, contratos ou
comprovantes de transação comercial.
- Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá
oriental a América.
- Atos de Townshend: conjunto de leis que
taxam artigos de consumo
As leis intoleráveis – tinham por objetivo
salvar a Cia das Índias da má situação
financeira
e
concedeu
o
monopólio,
provocando a reação dos colonos em boicotes
as
sistemáticos aos produtos ingleses e nas 1
tentativas de organização dos colonos para
romper os laços com a metrópole.
III - A Luta pela Independência
o
- 1 Congresso Continental da Filadélfia –
onde foi redigida a Declaração de Direito para
restabelecer a liberdade das colônias, sob
pena de rompimento definitivo com a
Metrópole.
o
- 2 Congresso Continental da Filadélfia –
Thomas Jefferson redige a Declaração de
Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não
aceita e os norte-americanos vencem os
ingleses na Batalha de Saratoga em 1777. A
partir daí passa a receber ajuda da França e da
Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha
de Yorktown com a vitória dos colonos em
15
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
1783 a Inglaterra reconhece a Independência
através do Tratado de Versalhes.
A revolução representou a concretização dos ideais
iluministas, o exemplo para a independência da
América Ibérica.
X – A CRISE DO SISTEMA COLONIAL
- Introdução: O fim do Antigo Regime, nas últimas
décadas do século XVIII, foi conseqüência das
transformações ideológicas, econômicas e políticas
geradas pelo Iluminismo, Revolução Industrial,
Independência dos Estados Unidos e Revolução
Francesa. Esses acontecimentos, que se
condicionaram e se influenciaram reciprocamente,
desempenharam um papel decisivo no processo de
Independência da América Latina.
1
–
INDEPENDÊNCIA
ESPANHOLA
DA
AMÉRICA
– Conjuntura Hispano-Americana
- Administração colonial:
* Vice-reinados e capitanias gerais;
* Entraves do monopólio colonial.
- Sociedade colonial: brancos, mestiços, índios e
negros.
- Conflitos entre aristocracia criolla e os
chapetones.
- Movimentos precursores da guerra de
independência:
* Revolta de Túpac Amaru e de Francisco de
Miranda.
- Vitória do movimento de Independência: apoio da
Grã-Bretanha e dos Estados Unidos (Doutrina
Monroe);
- Simon Bolíva: Venezuela, Colômbia, Equador.
- San Martín: Argentina, Chile, Peru.
- Consequências da Independência:
* Conquista da Independência política e
persistência da dependência econômica dos novos
países;
* Divisão política Latino-americana.
- Crise do Sistema Colonial no Brasil
- A situação lusa e o arrocho metropolitano.
- O “exclusivismo colonial” e as Companhias de
Comércio.
- O Estado patrimonialista.
- O declínio da mineração e o renascimento
agrícola.
- As guerras napoleônicas e a vinda da família real
portuguesa para o Brasil.
- Portugal e a não adequação às idéias liberais
(Liberalismo Econômico).
14 – O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA
AMÉRICA PORTUGUESA (P. 202)
2 – Movimentos de Libertação Nacional
- Conceito: Foram movimentos que tinham como
objetivo libertar o Brasil de Portugal.
- Fatores Gerais:
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* Queda da mineração;
* Crescimento da produção agrícola;
* A metrópole amplia suas exigências em relação à
colônia.
- Principais movimentos de emancipação política:
A – A Inconfidência Mineira, (1789)
- Local: Vila Rica;
-Fatores:
* arrocho das restrições metropolitanas;
* estabelecimento da derrama;
* proibição de manufaturas na colônia.
* Ideais liberais e iluministas;
- Líderes: Elite do sistema de produção, exceto
Tiradentes;
- Convergências de objetivos econômicos.
- Divergências quanto aos objetivos políticos:
Monarquia x República e existência ou não da
escravidão.
- Final: Traição de Joaquim Silvério dos Reis; onze
acusados à morte e apenas Tiradentes foi
enforcado e esquartejado.
B – A Conjuração Baiana, (1798)
- Local: Salvador;
- Fatores: propriedades beneficiavam apenas
comerciantes e senhores de engenho; Escassez de
alimentos; Influências da independência do Haiti.
- Objetivos: Plano de acabar com o domínio
português no Brasil, proclamar a República e
estabelecer a igualdade entre as raças;
- Final: Líderes presos, enforcados e esquartejados
ou expulsos do Brasil.
C - A Insurreição Pernambucana, (1817)
- Local: Pernambuco;
-Causas: Monopólio comercial e aumento dos
impostos.
- Os rebeldes dominam Recife e constituem um
governo revolucionário com representantes de
várias classes.
- A frustração da expansão do movimento pelo
Nordeste.
- Final: Os que não morreram em combate foram
presos, ocorrendo execuções sumárias na maioria
dos casos.
- Obs.: A Insurreição Pernambucana, apesar de
não ter sido bem-sucedida, deixou implantadas as
ideias que anos depois alterariam mais uma vez o
cenário pernambucano, durante a revolta de 1824.
15 – O MOVIMENTO OPERÁRIO E O ADVENTO
DO SOCIALISMO (P. 216)
V – O PENSAMENTO LIBERAL E O
SOCIALISMO
- Introdução: Na passagem do século XVIII para o
XIX, com a Revolução Industrial, formaram-se na
Europa as duas classes fundamentais da
sociedade capitalista moderna: burguesia e
proletariado industrial. Vinculados aos interesses
dessas duas classes, desenvolveram-se novos
pensamentos econômicos e sociais cujas principais
16
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
vertentes foram o Liberalismo e o Socialismo. O
primeiro vinculava-se à ascendente burguesia e o
segundo ligava-se à nascente classe operária.
1 – O LIBERALISMO
- Conceito: Surgiu na Grã-Bretanha com a escola
clássica de economia, cujo fundador foi Adam
Smith.
- Bases do Liberalismo (surgiu com o Iluminismo e
foi lançada pelos fisiocratas franceses):
* Propriedade privada;
* Individualismo econômico;
*O Laissez-faire ou liberdade de comércio e de
produção;
* Obediência às leis naturais da economia;
* Livre concorrência e o livre câmbio;
*Liberdade de contrato de trabalho (salários e
jornada) sem controle do Estado ou pressão dos
sindicatos.
- Principais Economistas Clássicos:
* Adam Smith (1723 – 1790) – Em sua obra “A
Riqueza das Nações”, mostra a divisão do trabalho
como elemento essencial para o crescimento da
produção e do mercado, e cuja aplicação eficaz
dependia da livre concorrência, que forçaria o
empresário a ampliar a produção buscando novas
técnicas, aumentando a qualidade do produto e
baixando ao máximo os custos de produção. O
consequente decréscimo do preço final favoreceria
a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o
sucesso econômico geral.
* Thomas Malthus (1776 – 1834) – Publicou em
1798 sua obra Ensaio sobre o Princípio da
População, na qual afirmou serem a fome e a
miséria uma decorrência natural do fato de que,
enquanto a população aumentava em progressão
geométrica, o crescimento da produção dos meios
de subsistência se dava em progressão aritmética.
Para Malthus, as guerras, as doenças e as
epidemias funcionavam como paliativos que
diminuíam
temporariamente
o
crescente
desequilíbrio entre as necessidades progressivas
de consumo e o aumento relativo da produção.
* David Ricardo – Cujo livro Princípios de Economia
Política e Taxação foi publicado em 1817, é
considerado o principal discípulo de Adam Smith.
As duas contribuições mais importantes de Ricardo
são a “Lei Férrea dos Salários” e a “Lei da Renda
Diferencial da Terra”. Na primeira, afirmava que o
nível dos salários dos trabalhadores correspondia
sempre ao mínimo imprescindível para mantê-los
vivos e a suas famílias, permitindo-lhes perpetuar a
espécie, sem aumentá-la ou diminuí-la. Na
segunda, afirmava que o preço dos alimentos era
determinado pelo volume da produção das terras
mais pobres cultivadas no país.
* Nassau Sênior – Professor de economia política
da Universidade de Oxford, desenvolveu uma
doutrina em que se opunha à redução da duração
da jornada de trabalho, alegando que o lucro
obtido pelos industriais vinha exatamente da última
hora da jornada. Segundo ele, a redução das
horas trabalhadas eliminaria o lucro líquido dos
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
empresários, trazendo em consequência o
fechamento das fábricas e a ruína econômica do
país. Naquela época trabalhava-se doze horas
diárias.
2 - SOCIALISMO UTÓPICO
- Principais representantes:
* Saint-Simon, autor dos Discursos literários,
filosóficos e industriais, projetou as bases de uma
nova sociedade, fundada na associação dos
produtores e na soberania do trabalho.
* Fourier, autor de O novo mundo industrial,
idealizou a criação de uma nova ordem social
baseada
na
organização
de
falanstérios,
comunidades socialistas onde seria abolida a
divisão do trabalho e cada homem desenvolveria
ao máximo seu talento e suas aptidões.
* Robert Owen, socialista gaulês, procurou colocar
suas ideias em prática em sua fábrica na Escócia e
na comunidade de Nova Harmonia, sediada nos
Estados Unidos. Owen tentou reduzir a jornada de
trabalho, aumentar os salários e melhorar as
condições de vida dos trabalhadores, experiências
que malograram diante dos obstáculos próprios de
sua época.
3 - SOCIALISMO CIENTÍFICO
- Principais representantes:
* Karl Marx e Friedrich Engels – Autores de o
Manifesto Comunista, obra que assinalou o
surgimento do socialismo científico. Marx,
praticamente nada escreveu sobre o futuro.Estava
tremendamente interessado, em como evoluiu,
desenvolveu-se e decaiu a sociedade presente (de
sua época). Desejava saber o que movimentava as
rodas da sociedade capitalista onde vivia e
descobrir as forças que nela provocariam a
modificação para a sociedade futura. O seu maior
trabalho foi O capital (análise crítica da produção
capitalista).
- Princípios fundamentais:
* As transformações da sociedade como resultado
das forças econômicas;
* A luta de classes como força motriz imediata da
História;
* A exploração da mais-valia como essência do
capitalismo moderno;
* O proletariado como agente de transformação da
sociedade;
* O advento do socialismo como fase de transição
para o comunismo.
QUARTO BIMESTRE
16 - AS REVOLUÇÕES LIBERAIS E O
NACIONALISMO (P. 229)
AS REVOLUÇÕES DE 1848 NA EUROPA
- Introdução: “O ano de 1848 é marcado pelo
avanço das ideias liberais e nacionalistas, pela
consolidação da burguesia no poder e pela entrada
no cenário político do proletariado industrial,
particularmente na França. Nesse ano irromperam
17
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
levantes por toda a Europa. Na França, com a
participação do proletariado urbano, o movimento
adquiriu características mais sociais, enquanto na
Itália e na Europa central as manifestações
visavam à unificação e ao estabelecimento de
governos constitucionais”. (MELLO e COSTA.
1999: 226)
- Fatores:
* Crise econômica (agrícola e industrial) e política;
* As reivindicações do proletariado urbano europeu.
1 – Revolução de 1848 na França
- Partidos políticos contra o “rei burguês” Luís
Filipe.
- Descontentamento após a nomeação de Guizot.
- Abdicação de Luís Filipe.
- Segunda República.
- Criação das oficinas nacionais.
- República Social.
- Representantes da burguesia dominam a
Assembleia Constituinte.
- O 18 Brumário de Luís Napoleão.
- Segundo Império.
2 – Revolução de 1848 na Itália
- Movimentos de unificação.
- Rebeliões populares e Proclamação da República
em Veneza e em Roma.
-Retrocesso
na
concretização
dos
ideais
nacionalista no Piemonte, em Veneza e em Roma:
a antiga ordem é restaurada.
3– Revolução de 1848 na Confederação
Germânica
- Alemanha: anseios liberais e nacionalistas.
- Queda de Metternich.
- Entrega do trono a Frederico Guilherme IV.
IX – A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA
ALEMANHA
-Introdução: “A unificação política realizada
tardiamente pela Itália e pela Alemanha retardou a
Revolução Industrial nesses países, que, chegando
atrasados à corrida colonial Contemporânea,
ficaram marginalizados na divisão do mundo em
áreas de influência. A ruptura do equilíbrio europeu
com a unificação italiana e alemã e as lutas pela
redivisão do mercado mundial iria desembocar em
1914 na Primeira Guerra Mundial”.
(MELLO e COSTA. 1999: 238)
1 – UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA
– Reino do Piemonte
- Industrialização e fortalecimento da burguesia;
- Ascensão de Cavour (primeiro ministro);
- Aliança com a França;
- Início da luta pela unificação.
- Formação do Reino da Itália (1859-1861):
Piemonte, Toscana, Parma, Módena, Nápoles e
parte dos Estados Pontifícios.
- Conclusão e Conseqüências da Unificação
Italiana (1866-1870):
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
* Anexação de Veneza e de Roma;
* O Tratado de Latrão – Surgimento do atual
Estado do Vaticano.
2– UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
- Fragmentação política.
- Retardamento do processo econômico capitalista.
- Criação do Zollverein (União Aduaneira dos
Estados Alemães).
– Reino da Prússia
- Fortalecimento da Prússia: aliança entre alta
burguesia e junkers (aristocracia prussiana);
- Militarismo: ascensão de Bismarck.
- Guerra dos Ducados (1864)
- Anexação dos Ducados;
- Aliança com a França e a Itália;
- A Alemanha está pronta para a guerra.
11.2.3 – Guerra Austro-Prussiana (1866)
- Guerra das Sete Semanas – Batalha de Sadowa.
- Estados do Norte unidos sob hegemonia da
Prússia.
- França domina os Estados do Sul.
- Rivalidade Franco-Prussiana.
– Guerra Franco-Prussiana (1870)
- A Prússia vence a guerra.
- Guilherme I, rei da Prússia, coroado imperador.
- Fundação do II Reich.
- Conseqüências da Unificação Alemã:
* A ruptura do equilíbrio europeu;
* A Revolução Industrial alemã;
- A política de alianças.
17 – EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS
(P. 250)
- Introdução: A conquista do Oeste, realizada pelos
pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica
entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrárioescravocrata, desencadeando a guerra de
Secessão. Após a guerra civil, seguiu-se a fase de
reconstrução do país, em que os Estados Unidos
se transformaram na primeira potência mundial,
cuja política exterior se baseava no isolacionismo
em relação à Europa e no intervencionismo na
América Latina.
1 – A Conquista do Oeste
- Expansão para o Oeste:
* “Destino Manifesto”;
* Territórios adquiridos por compra, diplomacia ou
guerra.
- Consequências da marcha para o Oeste:
* Crescimento demográfico;
* Desenvolvimento econômico;
* Transformações sociais.
2 – Guerra de Secessão
- Causas:
* Diferenças entre o Norte (colônia de povoamento
- industrial) e o Sul (colônia de exploração agrícola), agravadas após a conquista do Oeste;
18
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* Rivalidade política e econômica.
- Causa imediata: vitória de Abraham Lincoln
(nortista), nas eleições de 1960;
* Abolição da escravatura;
*Hegemonia nortista e grande crescimento
econômico no pós-guerra.
3 – Política Externa
- Doutrina Monroe e Carolário Roosevelt:
* Intervenção militar na América Latina;
* Política do Big Stick.
18 – O GOVERNO DE D. PEDRO I E O PERÍODO
REGENCIAL (P. 264)
- A Era das Revoluções
- No final do século XVIII, ocorreram na Europa
grandes transformações econômicas, políticas e
sociais, como:
* Revolução Industrial – Mecanização e divisão do
trabalho;
* Revolução Francesa – Vitória Liberal.
– Interesses Ingleses e Coloniais
- Inglaterra (Revolução Industrial):
* Crescimento da produção e do comércio;
* Necessidade de matérias-primas.
- No Brasil:
* Monopólio e restrições comerciais;
* Ambiente colonial hostil à metrópole.
-Portugal entre Pressões da França e da
Inglaterra
- O Bloqueio Continental (França) – Proibição dos
países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
- Portugal assina uma Convenção Secreta com os
ingleses.
- França e Espanha assinam o Tratado de
Fontainebleau – O objetivo era invadir Portugal e
dividir entre si suas colônias.
- A fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil.
– O Governo Português no Brasil
- Primeira providência: a abertura dos portos
brasileiros às nações amigas (Inglaterra) – Fim do
Pacto Colonial.
- Tratado de Aliança e Amizade, (1810);
- Tratado de Comércio e Navegação ( 1810).
- O Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a
Portugal e Algarves – 1815.
- Chegada da Missão Artística Francesa, (1816).
- Anexação da Província Cisplatina (1816 – 1825)
- A Revolução Liberal do Porto – 1820:
* Retorno de D. João VI para Portugal;
* Pressão para recolonizar o Brasil;
* D. Pedro governa o Brasil na condição de príncipe
regente.
* Formação da Dívida Externa Brasileira.
– A Regência de D. Pedro
- As cortes portuguesas:
* Tentativas de recolonização;
* Limitação dos poderes do regente;
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Grupos radicais e conservadores lutam pela
independência.
- A atuação da Maçonaria e as idéias liberais.
- Independência Política do Brasil
- As cortes exigem o retorno de D. Pedro a
Portugal.
- O Dia do Fico – Primeira adesão pública de D.
Pedro a causa brasileira.
-Decreto do Cumpra-se - Maio de 1822.
- A Maçonaria oferece a D. Pedro o título de
Defensor Perpétuo do Brasil.
- A atuação de D. Leopoldina e de José Bonifácio.
- O 7 de Setembro de 1822: Independência política
sem independência econômica.
* Inexistência de significativas mudanças sociais,
permanecendo o latifúndio e a escravidão.
O PRIMEIRO REINADO (1822 – 1831)
- Internamente o Brasil continuou com a mesma
estrutura
do
período
colonial
(latifúndio,
monocultura e trabalho escravo).
– Resistência à Independência do Brasil de
algumas províncias, como Bahia, Maranhão, Grão
Pará, Piauí e Amazonas.
- Divergências no Partido Brasileiro: facção liberal e
facção conservadora.
- Partido Português: articulação do retorno ao
colonialismo.
- Reconhecimento Externo da Independência:
* Estados Unidos (1824) – Doutrina Monroe;
* A Santa Aliança defende o Colonialismo;
* Inglaterra (1825) – Mediadora das negociações
de reconhecimento da Independência, e só
reconheceu quando obteve vantagens econômicas.
* Portugal (1825) – Reconheceu nossa
independência mediante o pagamento de 2 milhões
de Libras Esterlinas
e o título Honorário de
Imperador do Brasil para D. João VI.
-Organização do Estado brasileiro:
-A Constituição da Mandioca (1823):
*reação de D. Pedro I à limitação de seus poderes;
* O rompimento com os Andradas e o voto
censitário.
- A Constituição de 1824:
* Características: Outorgada; Estabelecia quatro
poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e
Moderador); Criava o Conselho de Estado;
Eleições indiretas e dois graus (eleitor de paróquia
e de província); Mandato de 4 anos para os
deputados; Senadores escolhidos através de uma
lista tríplice para um mandato vitalício; Monarquia
hereditária, constitucional e representativa; o
catolicismo tornou-se a religião oficial.
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824):
* Reação contrária à dissolução da Assembléia
Constituinte de 1823 e a imposição da Constituição
de 1824;
* Crise econômica;
* Substituição do governador de Pernambuco:
reação popular e rompimento com o poder central.
* A participação de Frei Caneca;
19
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
* Adesão das províncias nordestinas (Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará);
* Adoção de uma República Federalista –
Constituição Colombiana.
* Divisões internas e violenta repressão.
– Final: Fuzilamento dos líderes e inclusive de Frei
Caneca.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- Político ultra conservador.
- Anulação das medidas descentralizadoras e
restabelecimento da Constituição de 1824.
- Liberais x Conservadores e o Golpe da
Maioridade (Antecipação da maioridade do
Imperador de 14 anos de idade).
AS REBELIÕES REGENCIAIS
- Declínio do Primeiro Reinado
- Causas da impopularidade de D.Pedro I:
* Governo conservador e autoritário;
* Crise política e econômica;
* Questão Platina;
* D. Pedro envia recursos a Portugal para luta
sucessória do trono;
* Assassinato do Jornalista Líbero Badaró;
* Noite das Garrafadas – 13 de março de 1831;
* Demissão do ministério dos brasileiros, em 5 de
abril de 1831.
- Abdicação de D. Pedro I - 07 de abril de 1831.
XIII – O PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)
- Considerações Gerais:
* Consolidação da independência política do Brasil;
* Foi o período mais conturbado de toda a História
do Brasil;
* Lutas entre restauradores, moderados e
exaltados;
* Rebeliões Regenciais;
– Regência Trina Provisória (Abril a Julho de
1831)
- Recesso parlamentar;
- Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro, José
Joaquim de Campos e o brigadeiro Francisco de
Lima e Silva.
– Regência Trina Permanente (1831 – 1835)
- Composição: José da Costa Carvalho, Bráulio
Muniz e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
- Criação da Guarda Nacional pelo ministro da
justiça padre Feijó.
- Desavenças entre moderados e exaltados –
Fortalecimento dos Restauradores.
- Pressão política e renúncia do padre Feijó;
-Reação dos moderados – Destituição de José
Bonifácio da tutoria do príncipe herdeiro.
- 1834 – morte de D. Pedro I e desarticulação dos
Restauradores.
- Ato Adicional de 1834 à Constituição de 1824:
* Criação das Assembléias Legislativas provinciais;
* Extinção do Conselho de Estado;
* Concessão de autonomia às províncias;
* Substituição da Regência Trina pela Regência
Una.
– Regência Una de Feijó (1835 – 1837)
- Eleições com caráter de experiência republicana.
- As contradições do Ato Adicional de 1834: Poder
centralizado x Autonomia para as províncias.
- A renúncia do padre Feijó em 1837.
1 – A Cabanagem
- Local: Pará (1835 – 1840)
- Causas:
* Independência do Brasil sem mudanças sociais;
* Recrutamento militar forçado.
- Principais Líderes: Eduardo Angelin, Clemente
Malcher, Vicente Ferreira Lavor, Francisco e
Antônio Vinagre.
- Ação: os cabanos revoltaram-se, dominaram a
cidade de Belém e executaram o presidente da
província.
- Final: forte repressão aos cabanos com milhares
de mortes.
2 – A Revolta dos Malês (1835)
- Local: Bahia.
- Causa: Insatisfação dos escravos com a
desigualdade étnico-racial e social, e profunda crise
econômica e política.
- Malês (africanos muçulmanos).
- Final: os conspiradores foram punidos através de
penas de morte, prisão, açoites e deportação.
3 – Guerra dos Farrapos
Local: Rio Grande do Sul (1835 – 1845)
- Rebelião comandada pela classe dominante
(estancieiros) e de caráter separatista.
- Causa: altas taxas para o charque gaúcho, e
baixa para o charque platino.
- Proclamação da República de Piratini (Porto
Alegre).
* Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente.
- A República Juliana – Santa Catarina (Guiseppe
Garibaldi e Davi Canabarro).
- Em 1840 D. Pedro II oferece anistia aos
revoltosos.
- Final: em 1845 Davi Canabarro e Caxias entram
em acordo.
4 – A Sabinada
- Local: Bahia (1837 – 1838);
- Movimento restrito à camada média urbana de
Salvador.
- Líder: o médico Francisco Sabino Álvares da
Rocha Vieira.
- Causa: insatisfação pelas autoridades nomeadas
pelo governo regencial.
- Em 1837, foi proclamada a República Bahiense.
- Final: forte repressão e reintegração da província.
5 – A Balaiada
- Local: Maranhão (1838 – 1841)
- Movimento de caráter popular.
– A Regência de Araújo Lima (1837 – 1840)
20
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro); Manoel
Francisco dos Anjos (balaio) e Cosme (líder negro
de escravos foragidos).
- Idéias liberais impulsionaram as camadas
populares.
- Revolta contra a aristocracia local.
- Falta de unidade no movimento.
- Forte repressão comandada por Luís Alves e
Silva.
19 – O GOVERNO DE D. PEDRO II
(P. 284)
- Introdução: “Os anos iniciais do governo de D.
Pedro II seriam marcados pela repressão às
ultimas rebeliões provinciais e pela alternância dos
partidos Liberal e Conservador no poder. A
revolução Praieira seria a última reação à
consolidação da monarquia controlada pela
aristocracia rural. A economia do período passaria
a ter o café como produto fundamental e seriam
ampliadas as pressões inglesas para a extinção do
tráfico negreiro”. (MELLO e COSTA. 1999: 183)
- O sentido do Golpe da Maioridade.
* Liberais e Conservadores se unem para refrear a
participação popular.
* O Estado reorganiza-se em função dos interesses
da aristocracia rural.
- Panorama Político dos primeiros anos:
* O “Ministério dos Irmãos”: pacificação das últimas
rebeliões;
* Fraudes eleitorais, derrubadas e desavenças
internas.
- As Leis Reacionárias:
* Ministério Conservador: restauração do Conselho
de Estado, novas derrubadas;
* Reforma do Código de Processo Penal,
arbitrariedades.
- O Retorno dos Liberais:
* As revoltas liberais de 1842: dissolução do
gabinete conservador; manutenção da escravidão;
ausência de participação popular no poder.
- Alternância dos partidos Liberal e Conservador no
poder.
- O “Parlamentarismo às avessas”.
- O Ministério da Conciliação.
1 – A Revolução Praieira (1848 – 1849)
- Local: Pernambuco.
- Causas:
* Alta concentração do poder nas mãos de uma
reduzida oligarquia latifundiária;
* Soberania econômica e política da família
Cavalcante;
* Fome generalizada das populações carentes de
Pernambuco;
* Monopólio do comércio varejista Pernambucano
pelos portugueses.
- Fundação do Partido da Praia ligado ao jornal
Diário Novo.
- Principais líderes: Borges da Fonseca e Pedro
Ivo.
- Discordâncias quanto à abolição da escravidão.
- Final: radicalização do movimento e repressão.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
2 – As Transformações Provocadas pelo Café
- A instalação da produção cafeeira no Vale do
Paraíba e em Minas Gerais;
- Em 1850, Oeste Paulista foi ocupado pelo café,
graças à terra roxa, ideal para o seu cultivo;
- Estabilização da balança comercial e reforço à
economia.
- Economia cafeeira: latifúndio, monocultura,
trabalho escravo, e necessidade de pouco
investimento em ferramentas;
– Crescimento do mercado consumidor na Europa
e nos Estados Unidos.
- Domínio da aristocracia cafeeira.
- Extinção do tráfico de escravos (Lei Eusébio de
Queirós – 1850).
- Incentivo à imigração – Senador Nicolau Pereira
de Campos Vergueiro (endividamento dos
imigrantes).
3 – O Surto Industrial
- Fatores:
* Recursos oriundos do fim do tráfico negreiro;
* Aumento das taxas alfandegárias sobre os artigos
importados – Tarifa Alves Branco (1844);
- Os empreendimentos de Mauá (Irineu Evangelista
de Sousa):
* Investimentos em transportes, comunicações,
fábricas e nos setores financeiro e público;
- 1860 – pressões inglesas e a substituição da
Tarifa Alves Branco pela Tarifa Silva Ferraz
(redução das taxas de importação para máquinas,
etc.).
- Fim da Era Mauá: falta de apoio do governo;
empresas apropriadas pelos ingleses e norteamericanos.
4 – Política Externa do Segundo Reinado
A Questão Christie
- O afundamento do navio inglês Príncipe de Gales
e a pilhagem de sua carga no Rio Grande do Sul.
- Prisão de três oficiais ingleses bêbados no Rio de
Janeiro por policiais brasileiros.
- Intervenção do Embaixador britânico William
Douglas Christie.
- Árbitro da questão: rei Leopoldo I da Bélgica –
Favorável ao Brasil.
– Rompimento das relações diplomáticas entre
Brasil e Inglaterra em 1863, reatada dois anos
depois devido aos interesses platinos.
As Campanhas Platinas
- Uruguai oscila entre Brasil e Argentina;
- Aliança com o argentino Rosas: campanhas
contra Oribe (1851).
- Campanhas contra Rosas (1851);
- O interesse inglês na questão platina;
- Campanha contra Aguirre.
A Guerra do Paraguai (1864 – 1870)
- Nacionalismo paraguaio e desenvolvimento
econômico auto-suficiente desagrada a Inglaterra.
- Ofensivas de Solano Lopez.
21
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
- O aprisionamento do navio brasileiro Marquês de
Olinda (1864).
- Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e
Uruguai).
- Batalha do Riachuelo – vitória brasileira.
- Batalha do Tuiuti – as tropas paraguaias sofrem
pesadas derrotas.
- Batalha de Curupait – vitória paraguaia.
- Em 1897, Uruguai e Argentina retiram-se da
guerra.
- Caxias cedeu o comando das forças brasileiras ao
Conde D’eu.
- Vitória brasileira em 1870/ Batalha de Cerro Corá.
- Conseqüências da guerra.
DECLINIO DO SEGUNDO REINADO
– Introdução: Após uma fase de apogeu, iniciada
em meados do século, o fim da guerra do Paraguai
(1870) assinala o começo da decadência do
Segundo Reinado. As Campanhas Abolicionistas e
Republicanas, bem como as questões Religiosas e
Militares, são fatores decisivos que viriam a
culminar na queda da monarquia, em 1889
(COSTA E MELLO. 1999:216).
- As origens do abolicionismo:
* A Revolução Industrial gera pressões para o fim
da escravidão;
- A vida do escravo na África e a questão da
escravidão e do tráfico.
- A vida do escravo e a luta pela libertação: o
Quilombo de Jabaquara e o Quilombo dos
Palmares.
- As campanhas abolicionistas.
- Leis abolicionistas brasileiras:
* Lei Eusébio de Queirós (1850) – fim do tráfico de
escravos da África para o Brasil;
* Lei do Ventre Livre (1871)
* Lei dos Sexagenários (1885);
* A assinatura da Lei Áurea – 13 de maio de 1888.
- A vida do escravo após o fim da escravidão negra
no Brasil.
- A preferência pelos imigrantes como mão-deobra.
- O surgimento do Partido Republicano (divisão do
Partido Liberal).
- As Campanhas Abolicionistas e Republicanas.
1 – A Questão Religiosa
- Clero regido pelo padroado.
- Punição dos bispos de Olinda e do Pará.
- O Beneplácito.
2 – A Questão Militar
- Positivismo – Benjamin Constant.
- Difusão das idéias republicanas entre os militares.
- Prisões e punições de lideres militares.
3 - A Queda do Império e a Proclamação da
República
- O engajamento dos militares no movimento
republicano.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
- O imperador perde o apoio dos três setores mais
poderosos do Império: proprietários de terras,
militares e a igreja.
- Deodoro da Fonseca assume o comando do
golpe.
- Ausência popular. (A população assiste o golpe
bestializada).
- A deposição da Monarquia e a Proclamação da
República no dia 15 de novembro de 1889.
20 – OS PAÍSES HISPONO-AMERICANOS NA
TRANSIÇÃO DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO
XX (P. 307)
- O cenário pós-independência.
- As relações de trabalho.
- A inserção no mercado mundial.
- Crescimento e contradição na Argentina.
- Cuba, ainda colônia.
- A primeira guerra de independência.
- Autonomia ou anexação?
- O México no século XIX.
- Da luta política à revolução.
- A revolução contínua.
- Mulheres revolucionárias.
- Os zapatistas de chiapas.
- Modernidade e produção cultural na América
hispânica.
HISTÓRIA DE SERGIPE
Sergipe no Período Imperial
Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe
ainda se encontrava sob o domínio político da
Bahia, o que tornava constante os conflitos entre
sergipanos e baianos.
Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de
D. João VI foi decretada a autonomia política de
Sergipe em relação à Bahia. As autoridades
baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821
São Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente
da Província, Carlos Bulamarqui, preso e
conduzido a Salvador.
A Bahia foi também contrária à Independência do
Brasil, o que resultou na invasão de seu território
por tropas comandadas por mercenários a mando
do Imperador Pedro I. Somente após essa
intervenção é que Sergipe tornou-se Província do
Império.
A Política em Sergipe do XIX
Em se tornando província foram instalados o
governo e os partidos políticos então designados
de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda era
composto por senhores de engenho e portugueses
a eles ligados e residentes em Sergipe.
O Partido Liberal era formado por senhores do
gado, embora fosse o predileto dos habitantes
urbanos que alimentavam grande sentimento antilusitano. As eleições eram marcadas pela violência
e pela fraude : “Perseguições, assassinatos, raptos,
uso de força policial, falsificação de documentos e
outros crimes que ficaram impunes, valia tudo para
22
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
ganhar a eleição”. Essa truculência estendia-se aos
homens livres pobres, escravos, dentre outros.
Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837)
Em 1836 um fato marcou a história política local. O
Partido Corcunda visando não se lograr perdedor
das eleições da época, promoveu uma adulteração
em documentos e invadiu a Vila de Santo Amaro
reduto dos Liberais. Tal fato resultou em
assassinatos, roubos e perseguições aos
habitantes locais. A partir disso, os partidos em
Sergipe tiveram seus nomes modificados para
Rapina (Corcunda) e Camundongo ( Liberal).
Em 1850, acompanhando o movimento nacional
mais uma vez alteraram-se seus nomes para
Conservador e Liberal.
Em 1870 as idéias republicanas chegaram a
Sergipe, onde Estância recebeu o Clube
Republicano. Após a abolição o Partido
Republicano foi organizado em laranjeiras ( 1888).
Era formado por profissionais liberais (
Republicanos Históricos).
Povoações em Sergipe:
O vale da Cotinguiba configurou-se como a região
economicamente mais importante da Província:
Divina Pastora, Laranjeiras, Maruim, Rosário do
Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora do Socorro,
Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a
grande produção de cana-de-açúcar para
exportação.
Sociedade e Cultura
Nas décadas iniciais do Império a sociedade
sergipana era formada por uma camada de
proprietários de terras e açucarocratas, a maioria
da população era mestiça, isso sem contar os
escravos,
índios
e
portugueses.
Como
características
principais
dessa
sociedade
podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o
cristianismo. Costumes severos e simplicidade
marcavam seu povo. O luxo era algo reservado
apenas às grandes famílias proprietárias.
As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso
e a chegada de informações. A navegação era
difícil. Pouca gente viajava.
A educação do sergipano também era difícil.
Pequena parcela da população chegava aos
bancos escolares. Somente os abastados podiam
estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres
sabiam ler e escrever.
Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro
jornal (periódico), denominado “Recompilador
Sergipano”, criado em Estância pelo Monsenhor
Silveira.
Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico,
e as transformações por que passava o
Capitalismo, iniciou-se embora lentamente a se
implantar o transporte ferroviário, criavam-se
instituições financeiras. O crescimento da produção
de açúcar trouxe o desenvolvimento da Zona da
Cotinguiba,
trazendo
o
urbanismo
e
consequentemente uma sociedade e cidades mais
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
ricas, as quais incorporaram novidades e artigos de
luxo.
Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse
momento era a construção de um porto para
desafogar a produção açucareira da Cotinguiba.
Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança
da capital de São Cristóvão para o povoado Santo
Antônio do Aracaju.
Mudança da Capital
São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855)
ostentou a posição de Capital da Província. A
mudança da capital também fez parte de uma
política geográfica que foi dominante no século XIX
em que as capitais brasileiras deveriam ficar
próximas ao oceano, passando de cidadesfortalezas para cidades-portos.
O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853
nomeou para administrar a Província, o Dr. Inácio
Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio Barbosa
enumerou uma pauta de motivos que induziam a
idéia de mudança da Capital: a inoperância da
Capital da Província, falta de porto na cidade para
escoar o açúcar produzido na Província, não havia
mais perspectivas de crescimento etc.
Assim a escolha de Aracaju para sede da capital
representou a vitória dos produtores de açúcar da
zona da Cotinguiba, região economicamente mais
importante da Província. A transferência da capital
não foi decisão repentina e improvisada, mas sim,
bem estudada tanto geograficamente como
politicamente, onde Inácio Barbosa contou com o
apoio irrestrito do Barão de Maruim (João Gomes
de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a
Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a
categoria de cidade o povoado Santo Antônio do
Aracaju, com a denominação de cidade do Aracaju.
Uma cidade planejada, que demonstrava a
necessidade de se comunicar com outras regiões.
Realizada
a
mudança
houve
algumas
manifestações por parte da população no intuito de
impedir a saída das repartições públicas. Em 06 de
outubro de 1855, morreu Inácio Barbosa aos 34
anos vítima do Cólera-morbus.
A Visita do Imperador
Em 1860 o Imperador D. Pedro II e sua esposa a
Imperatriz Teresa Cristina estiveram em Sergipe e
visitaram além de Aracaju, Laranjeiras, São
Cristóvão, Estância, Maruim, Propriá, Vila Nova
(Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e o povoado
de Barra dos Coqueiros. Para recebê-los, várias
obras foram executadas: Imperial Instituto
Sergipano de Agricultura, a Ponte do Imperador,
entre outras melhorias.
Nessa época aumentava o número de sergipanos
nos cursos superiores. Esses jovens realizavam
seus estudos na Bahia, Recife, Rio de Janeiro ou
mesmo no exterior. Dentre eles podemos citar
Tobias Barreto, ilustre jurista consagrado a nível
nacional, Mestre sergipano da faculdade de Direito
23
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
do Recife, onde lecionou. Sílvio Romero ( primeiro
folclorista sergipano), Fausto Cardoso, Felisbelo
Freire, Manoel Bomfim, João Ribeiro. Esses
homens escreveram obras sobre Direito, Literatura,
História, Folclore, Política etc. destacou-se nesse
período o pintor Horácio Hora (laranjeirense) que
estudou em Paris.
Nos últimos anos do século XIX surgem novos
jornais, teatros, e escolas femininas. São criados o
Atheneu Sergipense (1870) e a Escola Normal
(1874).
“Ser livre é antes de tudo, escapar da
escravidão que a ignorância impõe”.
Manoel Bomfim
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson.
Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed.
São Paulo: Ática. 1999.
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho.
História: das cavernas ao terceiro milênio. Vol. 2, 2ª
ed. São Paulo: Moderna, 2010.
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS,
Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para
vestibulares e outros concursos. Aracaju:
Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.
COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do
Brasil. Vol. 2. São Paulo: Saraiva, 2010.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo
Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.
GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História para
o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís
César Amad. História Moderna e Contemporânea.
São Paulo: Scipione, 1999.
_______________________História do Brasil. São
Paulo: Scipione, 1999.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha
Alves. Para Conhecer a História de Sergipe.
Aracaju: Opção Gráfica, 1998.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e
SERIACOPI, Reinaldo. História: Vol. 2 . São Paulo:
Ática, 2010.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil:
Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna,
1992.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo.
História Geral e do Brasil. Vol. 2. São Paulo:
Scipione, 2010.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
CADERNO DE ATIVIDADES
PRIMEIRO BIMESTRE
01. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o
Período Colonial.
0 0 – A formação do povo brasileiro resultou da
fusão de portugueses, índios e africanos, realizada
de forma desigual, envolvendo dominação e
escravidão.
1 1 – O descobrimento do Brasil foi parte do plano
imperial da coroa portuguesa no século XV.
Embora não houvesse interesse especifico de
expansão para o Ocidente a posse de terras no
Atlântico Oriental consolidava a hegemonia
portuguesa no Oceano Pacifico.
2 2 – Com relação às populações indígenas
brasileiras é correto afirmar que quando os
europeus chegaram aqui, encontraram uma
população ameríndia homogênea em termos
culturais e linguísticos, distribuída ao longo da
costa e da bacia dos rios Paraná-Paraguai.
3 3 – O escambo de pau-brasil intensamente
praticado no litoral, foi a primeira atividade
importante que articulou estrangeiros e nativos no
século XVI.
4 4 – Quanto à utilização da mão-de-obra durante o
primeiro século da colonização, na região Nordeste
do Brasil pode-se afirmar que os negros africanos
não tiveram nenhuma participação.
02. (UFS – 2003) A implantação, pelos
portugueses, de um modelo administrativo no Brasil
teve, entre outros, o objetivo de impulsionar à
colonização efetiva na nova terra. Analise as
afirmações abaixo sobre esse modelo.
0 0 – Embora o grande número de capitanias não
tivesse sucesso, o sistema de capitanias foi
responsável pela efetiva colonização de todo o
litoral brasileiro, contribuindo para afastar a ameaça
de invasão e ocupação estrangeira na colônia
portuguesa.
1 1 – Apesar de hereditárias, as capitanias não era,
propriedades privadas dos donatários, já que a
legitima propriedade das terras era atributo do
Estado. Hereditário era tão-somente o poder do
donatário de administrar a capitania como província
da Coroa.
2 2 – O Governo-Geral, criado para promover a
centralização administrativa da colônia, extinguiu o
sistema de Capitanias Hereditárias com o objetivo
de enfraquecer o poder político local dos
donatários.
3 3 – Apesar de o Governo-Geral ter sido criado
para impor a centralização política em toda a
colônia, na prática, o poder político continuou
descentralizado em todo o período colonial, pois
permaneceu concentrado nas mãos da elite
latifundiária, classe dominante da qual faziam parte
os próprios donatários.
24
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
4 4 – Durante todo o período colonial as câmaras
municipais contribuíram com a criação de um pólo
de poder local que possibilitou, via Governo-Geral,
a concentrar o poder político da colônia nas mãos
do Estado metropolitano.
03. (UFS – 2000) Analise as afirmativas sobre os
indígenas encontrados no Brasil pelos portugueses
em 1500.
0 0 – Possuíam um pequeno desenvolvimento
tecnológico e, também, era muito pequena a
produção de excedente.
1 1 - Algumas tribos eram nômades e formavam
comunidades nas quais reinava uma igualdade
entre os indivíduos.
2 2 – Possuidores de cultura e vida distinta da dos
portugueses, espalhavam-se por todo o litoral e
interior do Brasil.
3 3 – Homens e mulheres participavam igualmente
das tarefas de caça e pesca, para a sustentação da
tribo.
4 4 – A sociedade baseava-se numa divisão de
classes, onde os chefes impunham pesados
impostos à população rural.
04. (ENEM – 2004) A questão étnica no Brasil tem
provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência
Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional
celebração do 13 de maio. Essa nova data é o
aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza
a crítica à segregação e à exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no
carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência
harmoniosa entre as diversas etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem
diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta
pelo sistema de produção foi a mais fluida possível.
Permitiu constante mobilidade de classe para
classe e até de uma raça para outra. Esse amor,
acima de preconceitos de raça e de convenções de
classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela
índia (...) agiu poderosamente na formação do
Brasil, adoçando-o. (Gilberto Freire. O mundo que
o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação
não faz parte de um processo de integração das
“raças” em condições de igualdade social. O
resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos
os segmentos da “população de cor” que
conseguiram se integrar, efetivamente, na
sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O
negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os
pontos de vista dos estudiosos, é correto
aproximar:
a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan
Fernandes igualmente às duas atitudes.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de
Florestan Fernandes à atitude II.
c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a
de Gilberto Freire à atitude II.
d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas
as atitudes.
e) somente a posição de Florestan Fernandes a
ambas as atitudes.
05. (ENEM – 2003) A primeira imagem abaixo
(publicada no século XVI) mostra um ritual
antropofágico dos índios do Brasil. A segunda
mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos
representantes da Coroa portuguesa.
(Theodor De Bry (Pedro Américo-século XVI)
(Tiradentes esquartejado, 1893)
A comparação entre as reproduções possibilita as
seguintes afirmações:
I. Os artistas registraram a antropofagia e o
esquartejamento praticados no Brasil.
II. A antropofagia era parte do universo cultural
indígena e o esquartejamento era uma forma de se
fazer justiça entre luso-brasileiros.
III. A comparação das imagens faz ver como é
relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”,
indígenas e europeus.
Está correto o que se afirma em:
A) I apenas. C) III apenas. E) I, II e III.
B) II apenas. D) I e II apenas.
06. (ENEM – 2006) No início do século XIX, o
naturalista alemão Carl Von Martius esteve no
Brasil em missão científica para fazer observações
sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade
indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:
“Permanecendo em grau inferior da humanidade,
moralmente, ainda na infância, a civilização não o
altera, nenhum exemplo o excita e nada o
impulsiona para um nobre desenvolvimento
progressivo (…). Esse estranho e inexplicável
estado do indígena americano, até o presente, tem
feito fracassarem todas as tentativas para conciliálo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo
um cidadão satisfeito e feliz.” Carl Von Martius. O
estado do direito entre os autóctones do Brasil.
Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.
Com base nessa descrição, concluiu-se que o
naturalista Von Martius:
a) apoiava a independência do Novo Mundo,
acreditando que os índios, diferentemente do que
fazia a missão européia, respeitavam a flora e a
fauna do país.
b)
discriminava
preconceituosamente
as
populações originárias da América e advogava o
extermínio dos índios.
c) defendia uma posição progressista para o século
XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e
feliz.
d)procurava impedir o processo de aculturação, ao
descrever cientificamente a cultura das populações
originárias da América.
25
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais
das sociedades indígenas e reforçava a missão
“civilizadora européia”, típica do século XIX.
07. (ENEM - 2007) A identidade negra não surge
da tomada de consciência de uma diferença de
pigmentação ou de uma diferença biológica entre
populações negras e brancas e(ou) negras e
amarelas. Ela resulta de um longo processo
histórico que começa com o descobrimento, no
século XV, do continente africano e de seus
habitantes pelos navegadores portugueses,
descobrimento esse que abriu o caminho às
relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do
continente africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a
diversidade e a identidade negra no Brasil. In:
Diversidade na educação: reflexões e experiências.
Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é
correto afirmar que:
a) a colonização da África pelos europeus foi
simultânea ao descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África
levou os portugueses a desenvolverem esse
continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao
início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento
de expansão europeia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações
comerciais entre esse continente e a Europa.
08. (ENEM – 2002) Comer com as mãos era um
hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica
empregada pelo índio no Brasil e por um português
de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o
alimento com três dedos da mão direita (polegar,
indicador e médio) e atiravam-no para dentro da
boca. Um viajante europeu de nome Freireyss, de
passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX,
conta como “nas casas das roças despejam-se
simplesmente alguns pratos de farinha sobre a
mesa ou num balainho, donde cada um se serve
com os dedos, arremessando, com um movimento
rápido, a farinha na boca, sem que a mínima
parcela caia para fora”. Outros viajantes
oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler,
Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito
em todo o Brasil e entre todas as classes sociais.
Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros “lançam a
[farinha de mandioca] à boca com uma destreza
adquirida, na origem, dos indígenas, e que ao
europeu muito custa imitar”.
Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de
amores (1882), descreve com realismo os hábitos
de uma senhora abastada que só saboreava a
moqueca de peixe “sem talher, à mão”. Dentre as
palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o
elemento comum às descrições das práticas
alimentares dos brasileiros feitas pelos diferentes
autores do século XIX citados no texto.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
A) Regionalismo (caráter da literatura que se
baseia em costumes e tradições regionais).
B) Intolerância (não-admissão de opiniões diversas
das suas em questões sociais, políticas ou
religiosas).
C) Exotismo (caráter ou qualidade daquilo que não
é indígena; estrangeiro; excêntrico, extravagante).
D) Racismo (doutrina que sustenta a superioridade
de certas raças sobre outras).
E) Sincretismo (fusão de elementos culturais
diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes
sistemas sociais).
SEGUNDO BIMESTRE
09. (UFS – 2009) Inserida nos quadros da política
mercantilista, a empresa agrícola instalada no
Brasil só seria economicamente viável se fosse
suficientemente grande para produzir em larga
escala
para
os
crescentes
mercados
internacionais.
A produção em larga escala, por sua vez, exigia o
emprego de uma grande quantidade de mão-deobra. Em síntese, para que houvesse o rápido
retorno de capital aplicado na instalação, a
empresa tinha de ser de grande porte.
(Francisco de Assis Silva. História do Brasil. São
Paulo: Moderna.1992. p.50)
O texto contém informações que explicam o fato
de, no Brasil,
0 0 - a grande propriedade monocultora escravista
ter sido a célula fundamental da exploração agrária
colonial.
1 1 - o interesse da burguesia mercantil em criar
empresas agrícolas nas regiões tradicionalmente
mais pobres da colônia.
2 2 - a exploração agrária ter criado condições para
a formação de um mercado interno que promoveu
a riqueza da colônia.
3 3 -a perspectiva de enriquecimento rápido,
gerado pela agroindústria, ter contribuído
para a interiorização da colonização.
4 4 - o abastecimento das áreas da agroindústria
ter impedido outras atividades econômicas em
várias regiões da colônia.
10. (UFS – 2006) Considere o texto.
A religião dos negros não era o catolicismo. Por
isso os padres queriam uma só religião: ser católico
de verdade, não faltar à devoção, ouvir missa nem
que fosse levando no empurrão.
Assim ensinavam os negros a sofrer como
humildade. Pra não serem castigados, os negros
obedeciam embora contra a vontade a religião
seguiam, mas dos seus cultos da África eles nunca
se esqueciam.
Uns queriam ser católicos por causa do cativeiro;
Pois o bem obediente podia ser jardineiro ou ficar
na casa grande servindo de cozinheiro.
26
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Só que aqui eles adoram sem pensar nada de cá.
Senhora da Conceição para eles é Iemanjá, Santa
Bárbara é Iansã, deuses que adoram lá.
O que a eles atrapalhava eram as muitas
diferenças, porque mesmo lá na África havia
diversas crenças.
(Jorge Pereira Lima. Raízes da escravidão. São
Paulo: Paulinas, 1982, p. 33-8)
Na sociedade atual ampliou-se o debate sobre a
história dos afro-brasileiros. O texto expressa
aspectos importantes acerca dessa história durante
a vigência da relação de produção escravista na
América portuguesa. A partir do conhecimento
histórico e da análise do texto é possível afirmar
que:
0 0 – Os padres contribuíram na manutenção da
dominação metropolitana na América portuguesa
inclusive quando usavam os princípios religiosos
para confortar espiritualmente os escravos.
1 1 – O texto revela a construção do que se tornou
conhecido por sincretismo religioso principalmente
em razão da resistência dos escravos em assimilar
os valores da religião cristã.
2 2 – Os jesuítas, por representarem a Igreja
católica, tinham poderes para intervir na
organização social da colônia, podendo educar os
africanos de forma autônoma e priorizando seus
valores culturais.
3 3 – Os senhores preferiam comprar escravos da
mesma cultura e idioma, para que os mesmos
pudessem se comunicar, melhorando dessa forma
a organização do plantio de cana e a produção de
açúcar nas fazendas.
4 4 – Os escravos africanos resistiram como
puderam à destruição de sua cultura, mantendo
inclusive valores e costumes mesmo que essas
manifestações fossem representadas de acordo
com as exigências dos colonizadores.
11. (UFS – 2005) No antigo sistema colonial, no
século XVI, a empresa agrícola brasileira teria de
viabilizar a colonização e gerar fortunas para o
Estado e o grupo mercantil metropolitano. Analise
as afirmações sobre essa temática.
0 0 – O caráter exportador da economia colonial foi
lentamente alterado pelo crescimento dos setores
de subsistência, que passaram a disputar as terras
e os escravos disponíveis para a produção na
região açucareira.
1 1 – Para os diversos setores da economia
colonial brasileira, a adoção de formas de trabalho
compulsório constituiu uma forma de acumulação
de capital nas mãos da burguesia metropolitana.
2 2 – Para que houvesse o rápido retorno do capital
aplicado em sua instalação, a empresa tinha de ser
de pequeno porte. Dessa forma, a propriedade
mini-fundiária escravista foi a célula fundamental da
exploração agrária colonial.
3 3 – A descoberta das áreas mineradoras, o
desenvolvimento de um mercado interno e a
acumulação de capital determinaram a ruptura da
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
dependência da economia colonial para com a
metrópole.
4 4 – Paralelamente ao crescimento da produção
açucareira,
principal
atividade
exportadora,
desenvolveu-se na colônia um setor de
subsistência responsável pela produção de
gêneros que vinham atender às necessidades
básicas dos colonos e escravos.
12. (UFS – 2007) Considere o mapa a seguir
(Adaptado de José Jobson de A . Arruda. Atlas
histórico básico. São Paulo: Ática, 1993)
Sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro,
analise as proposições que seguem.
0 0 - As conquistas holandesas chegaram a
abranger territórios localizados numa área que
abarcava de Sergipe ao Maranhão, e que
configurava a mais rica região da Colônia.
1 1 - A base do império holandês no Brasil era
sediada em João Pessoa, então denominada Nova
Holanda, primeira cidade conquistada pelos
holandeses após uma primeira tentativa fracassada
de dominação, em Salvador.
2 2 - A Companhia das Índias Ocidentais obteve
altos lucros com o comércio açucareiro, porém se
mostrou um negócio pouco vantajoso, com o
passar do tempo, uma vez que arcava com muitas
despesas militares e administrativas.
3 3 - Maurício de Nassau trouxe para o Nordeste
brasileiro um qualificado grupo de artistas,
estudiosos, médicos e cientistas que passaram
todos a viver em Olinda e lá permaneceram mesmo
após a expulsão dos holandeses.
4 4 - A Insurreição Pernambucana contribuiu para a
derrota dos holandeses, e contou com a
participação de diversos senhores de engenho
insatisfeitos com as cobranças e a intolerância que
caracterizaram os anos que se seguiram à
demissão de Nassau.
13. (UFS – 2007) A introdução da pecuária no
Brasil Colônia dinamizou a vida social e econômica,
chegando a ocupar áreas que deveriam ser
preservadas para o cultivo da cana, sobretudo no
27
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
caso do Nordeste brasileiro. Analise as proposições
abaixo sobre a pecuária do Brasil Colônia.
0 0 - Incorporou uma vasta área no norte do
território colonial (atual Nordeste), pouco utilizável
para a agricultura, pois era uma região castigada
pelas secas periódicas e pela baixa fertilidade do
solo.
1 1 - Foi introduzida por donos de minas de ouro,
que viram sua atividade decair em meados do
século XVIII e passaram a se dedicar à pecuária e
ao tráfico de escravos no interior da Colônia.
2 2 - Caracterizou-se pelo uso predominante de
mão-de-obra livre, pois o trabalho de vaqueiro era
remunerado, o que possibilitava a homens livres
pobres escapar ao trabalho escravo.
3 3 - Incrementou o comércio atlântico, pois o gado
criado no sertão era comercializado nos mercados
caribenho e africano, trocado por novos escravos
destinados às lavouras de cana-de-açúcar e às
minas.
4 4 - Expandiu-se para o sertão e, no século XVIII,
atingiu as bordas da selva amazônica,
incrementando o processo de desmatamento
iniciado pelos jesuítas, e o gradual extermínio dos
índios.
14. (UFS – 2009) Inserida nos quadros da política
mercantilista, a empresa agrícola instalada no
Brasil só seria economicamente viável se fosse
suficientemente grande para produzir em larga
escala
para
os
crescentes
mercados
internacionais.
A produção em larga escala, por sua vez, exigia o
emprego de uma grande quantidade de mão-deobra. Em síntese, para que houvesse o rápido
retorno de capital aplicado na instalação, a
empresa tinha de ser de grande porte.
(Francisco de Assis Silva. História do Brasil. São
Paulo: Moderna.1992. p.50)
O texto contém informações que explicam o fato
de, no Brasil,
0 0 - a grande propriedade monocultora escravista
ter sido a célula fundamental da exploração agrária
colonial.
1 1 - o interesse da burguesia mercantil em criar
empresas agrícolas nas regiões tradicionalmente
mais pobres da colônia.
2 2 - a exploração agrária ter criado condições para
a formação de um mercado interno que promoveu
a riqueza da colônia.
3 3 -a perspectiva de enriquecimento rápido,
gerado pela agroindústria, ter contribuído
para a interiorização da colonização.
4 4 - o abastecimento das áreas da agroindústria
ter impedido outras atividades econômicas em
várias regiões da colônia.
15. (ENEM – 2006) No princípio do século XVII, era
bem insignificante e quase miserável a Vila de São
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Paulo. João de Laet dava-lhe 200 habitantes, entre
portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara,
em 1606, informava que eram 190 os moradores,
dos quais 65 andavam homiziados*.
*homiziados: escondidos da justiça.
Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do
Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.
Na época da invasão holandesa, Olinda era a
capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca
de
10%
da
população,
calculada
em
aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao
comércio, com o qual muita gente fazia fortuna.
Cronistas da época afirmavam que os habitantes
ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard
Féist. Pequena história do Brasil holandês. São
Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).
Os textos acima retratam, respectivamente, São
Paulo e Olinda no início do século XVII, quando
Olinda era maior e mais rica. São Paulo é,
atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das
maiores do planeta. Essa mudança deveu-se,
essencialmente, ao seguinte fator econômico:
A) maior desenvolvimento do cultivo da cana-deaçúcar no planalto de Piratininga do que na Zona
da Mata Nordestina.
B) atraso no desenvolvimento econômico da região
de Olinda e Recife, associado à escravidão,
inexistente em São Paulo.
C) avanço da construção naval em São Paulo,
favorecido pelo comércio dessa cidade com as
Índias.
D) desenvolvimento sucessivo da economia
mineradora, cafeicultura e industrial no Sudeste.
E) destruição do sistema produtivo de algodão em
Pernambuco quando da ocupação holandesa.
16. (UFAL – 2003) O processo de exploração
colonial no Brasil engendrou várias revoltas sociais
envolvendo diferentes segmentos da população da
colônia. Identifique as revoltas ocorridas entre os
séculos XVI e XVIII, procurando relaciona-las à
estrutura social e econômica da colônia.
0 0 – Os maranhenses presenciaram, na segunda
metade do século XVII, um conflito entre os
jesuítas e os colonos, a chamada Revolta de
Beckman, pois o trabalho missionário de
catequização dos indígenas contrariava os colonos,
que utilizavam os índios como escravos.
1 1 – O Quilombo dos Palmares, localizado na
serra da Barriga, atual Estado de Alagoas,
representou uma das formas de resistência dos
escravos contra a exploração do trabalho,
sobrevivendo dezenas de décadas graças ao apoio
direto que eles receberam da alta cúpula da Igreja
Católica.
28
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
2 2 – Os portugueses obtiveram uma grande vitória
sobre os franceses na conquista do Brasil, nas
primeiras décadas do século XVI, graças ao apoio
bélico dos povos que formavam a Confederação
dos Tamoios, que preferiam comercializar o paubrasil com os portugueses.
3 3 – A Guerra dos Mascates representou um
choque de interesses entre a aristocracia rural de
Olinda e os comerciantes de Recife, em razão do
favorecimento
destes
últimos
pela
Coroa
portuguesa.
4 4 – A guerra dos Emboabas, na primeira década
do século XVIII, foi um conflito armado ocorrido na
Bahia entre fazendeiros de cana-de-açúcar e
criadores de gado, cuja origem estava relacionada
à posse da terra.
17. (UFS – 2006) Do final do século XVIII ao início
do século XIX, diversos movimentos armados
desafiaram o controle de Portugal sobre a sua
colônia brasileira. Juntamente com as mudanças
ocorridas no cenário internacional, tais revoltas
aceleraram o processo de independência do Brasil.
Contextualizando
historicamente
esses
movimentos, pode-se afirmar que:
0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda
metade do século XVII e primeira do XVIII tiveram
caráter exclusivamente local. Foram reações
isoladas contra os privilégios de algumas
companhias de comércio, reação à posição da
metrópole em relação a certas autonomias locais
ou, entre outras, contra a política fiscal
metropolitana.
1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um
movimento em prol da libertação colonial: a Guerra
dos Mascates. Esta rebelião foi, essencialmente
social, influenciada pelas idéias liberais do
iluminismo e liderada por negros e mulatos.
2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande
repercussão na história por se opor à dominação
portuguesa está a Inconfidência Mineira de 1789,
mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes
procuraram difundir no Brasil os ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à
emancipação colonial, questionava também as
desigualdades sociais e pregava uma democracia
racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos
os privilégios.
4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras,
colocou em xeque o sistema colonial como um
todo, inserindo-se no movimento mais amplo que
caracteriza a crise do Antigo Regime.
18. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o
Iluminismo.
0 0 – Uma das ideias básicas que norteava as
formulações iluministas era a da liberdade como
característica essencial e natural do homem, em
função da qual a sociedade deveria organizar-se.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
1 1 – Os autores mais célebres, sobretudo pela
influência que seus trabalhos exerceram sobre a
política das principais nações europeias, foram os
franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e
Jean Jacques Rousseau.
2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal
decorrência política da filosofia iluminista, que, é
preciso frisar, não contestava o Estado nem o
regime monárquico enquanto tal.
3 3 – As bases para uma nova organização política
que, de modo geral, assentava-se em ideias
marcadamente individualistas, centravam
no
homem os princípios fundamentais da organização
social.
4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo
foram os determinados pelo humanismo cristão, e
tinha como base uma profunda valorização do
homem que se contrapunha aos valores religiosos
da época.
19. (UFS – 2003) O movimento que formulou as
ideias que derrubaram o Antigo Regime é
denominado Iluminismo. Analise as proposições
sobre esse movimento.
0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais,
ideias defendidas pelo movimento, forneceram as
bases científicas para o desenvolvimento da
tecnologia contemporânea.
1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um
governo democrático, onde reinasse a soberania
popular e o domínio da maioria.
2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os
responsáveis pela difusão das ideias iluministas na
Europa Ocidental e na América.
3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura
de uma explicação racional para tudo e pela
oposição ao obscurantismo, à tirania e às
injustiças. Essas ideias abriram caminho para a
Revolução Francesa.
4 4 – As ideias iluministas influenciaram tanto
alguns movimentos contra o domínio português,
como a Inconfidência Mineira e a Conjuração
Baiana, quanto o movimento abolicionista.
20. (ENEM – 2000) O texto abaixo, de John Locke
(1632-1704), revela algumas características de
uma determinada corrente de pensamento.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre,
conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua
própria pessoa e posses, igual ao maior e a
ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa
liberdade, por que abandonará o seu império e
sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer
outro poder? Ao que é óbvio responder que,
embora no estado de natureza tenha tal direito, a
utilização do mesmo é muito incerta e está
constantemente exposto à invasão de terceiros
porque, sendo todos senhores tanto quanto ele,
todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco
observadores da equidade e da justiça, o proveito
da propriedade que possui nesse estado é muito
29
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias
obrigam-no a abandonar uma condição que,
embora livre, está cheia de temores e perigos
constantes; e não é sem razão que procura de boa
vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unirse, para a mútua
conservação da vida, da liberdade e dos bens a
que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São
Paulo: Nova Cultural, 1991)
Do ponto de vista político, podemos considerar o
texto como uma tentativa de justificar:
A) a existência do governo como um poder oriundo
da natureza.
B) a origem do governo como uma propriedade do
rei.
C) o absolutismo monárquico como uma imposição
da natureza humana.
D) a origem do governo como uma proteção à vida,
aos bens e aos direitos.
E) o poder dos governantes, colocando a liberdade
individual acima da propriedade.
21. (ENEM – 2003) Observe as duas afirmações de
Montesquieu
(1689-1755),
a
respeito
da
escravidão:
A escravidão não é boa por natureza; não é útil
nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque
nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai
com seus escravos toda sorte de maus hábitos e
se acostuma insensivelmente a faltar contra todas
as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco,
duro, colérico, voluptuoso, cruel.
Se eu tivesse que defender o direito que tivemos
de tornar escravos os negros, eis o que eu diria:
tendo os povos da Europa exterminado os da
América, tiveram que escravizar os da África para
utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria
muito caro se não fizéssemos que escravos
cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu.
O espírito das leis.)
Com base nos textos, podemos afirmar que, para
Montesquieu,
A) o preconceito racial foi contido pela moral
religiosa.
B) a política econômica e a moral justificaram a
escravidão.
C) a escravidão era indefensável de um ponto de
vista econômico.
D) o convívio com os europeus foi benéfico para os
escravos africanos.
E) o fundamento moral do direito pode submeter-se
às razões econômicas.
22. (UFS – 2005) As revoluções inglesas do século
XVII representaram um marco na vida européia.
Pela primeira vez na história do continente, a
burguesia assumiu o poder e lançou as bases para
a consolidação da sua própria ordem, responsável
pela hegemonia do Parlamento, que permanece
até hoje. Analise as afirmações sobre esse
contexto histórico.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
0 0 - Em 1628, o Parlamento inglês sujeitou o rei ao
juramento da “Petição dos Direitos”, que protegia a
população de tributos e detenções ilegais.
1 1 - A origem do Parlamento inglês pode ser
buscada no contexto da Revolução Puritana, que
implantou reformas e correção de injustiças sociais,
e impôs aos Stuart a assinatura da Carta Magna.
2 2 - A sociedade, representada pelo Parlamento,
ao tomar a decisão de executar Carlos I, sepultava
um princípio político central do Estado Moderno: a
idéia da origem divina do rei e de sua incontestável
autoridade.
3 3 - O fim do absolutismo ocorre com a revolução
comandada por Oliver Cromwell, momento em que
o Parlamento inglês, sob a sua chefia, depõe
Carlos I e encerra o ciclo dos governos autoritários
dos Tudor.
4 4 - A Revolução de 1689 teve, para a Inglaterra, o
mesmo papel que, para a França, teve a Revolução
Francesa de 1789, no que se refere à derrubada do
Estado absoluto e ao surgimento das condições
políticas essenciais à burguesia, como a edificação
de um Estado burguês.
23. (UFS – 2007) Devido à crise que ocorria na
Europa no século XVII e em razão do avanço das
forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma
Revolução, que boa parte dos historiadores
considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura
econômica inglesa. Analise as afirmações sobre os
efeitos dessa Revolução.
0 0 - A burguesia consolida-se definitivamente no
poder, afastando por completo a nobreza do
cenário político e a participação do proletário
urbano nas decisões políticas inglesas.
1 1 - A Revolução consagrou o princípio do poder
monárquico controlado pelo Parlamento, em
oposição aos excessos absolutistas das dinastias
na Inglaterra.
2 2 - O Bill of Rights (Declaração de Direitos)
estabeleceu as bases da monarquia parlamentar
ao firmar a limitação dos poderes do rei pelo
Parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a
vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.
3 3 - A exclusão da nobreza do Parlamento
garantiu à burguesia maioria para as decisões
políticas relacionadas à abolição das sociedades
por ações na organização das empresas industriais
e do Ato de Navegação, que protegiam
determinados grupos mercantis.
4 4 - A Revolução teve um papel importante para o
surgimento das condições políticas essenciais à
burguesia, como a edificação de um Estado
burguês, favorável à posterior eclosão da
Revolução Industrial.
24. (UFS – 2006) A Revolução industrial, que teve
início por volta de 1750 na Inglaterra, fez surgir
novas ferramentas e máquinas capazes de
substituir dezenas de braços humanos. Reunidas
nas fábricas, as máquinas deram origem a novos
processos de produção. Ao mesmo tempo, os
trabalhadores constituíram a nova classe social, o
30
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
proletariado. Sobre este fenômeno, analise as
proposições abaixo.
0 0 – A expropriação da massa de trabalhadores
gerou uma sucessão de lutas, diretas ou indiretas,
contra a propriedade e o capital representados pela
burguesia industrial.
1 1 – As reivindicações do operariado traduzia um
desejo comum das demais camadas populares
inglesas, a saber: a supressão de uma ordem
social baseada no privilégio e na sociedade
estamental.
2 2 – O ludismo foi o nome usado para designar
movimentos operários de protesto que se
desenvolveu no final do século XVIII e início do
século XIX em busca de melhorias salariais e
contenção da mecanização do ciclo produtivo,
principalmente no setor têxtil.
3 3 –Na primeira fase da Revolução Industrial, as
lutas do proletariado resultaram da reivindicação
dos trabalhadores por reforma da sociedade a fim
de eliminar a propriedade privada, assim como o
sistema capitalista.
4 4 – O operariado começou a fazer sua aparição
política com reivindicações classistas e propostas
de ordem social, assim como, na ordenação do
poder.
25. (UFS – 2009) Afastado de qualquer atividade
do
pensamento,
esses
homens
perdem
exatamente aquilo que os diferencia dos seres
irracionais. No fim do percurso, encontramos
homens reduzidos a meros seres intuitivos; sua
parcela de humanidade se localiza nos sentimentos
e não na razão. (Maria StelJa Martins Bresciani)
(Nicolina L de Pella e Eduardo A B. Ojeda. História:
uma abordagem Integrada. São Paulo: Moderna.
2003. p. 133)
Pode-se estabelecer uma relação entre o texto e o
contexto da Revolução Industrial inglesa, pois essa
Revolução.
0 0 - Propiciou a ascensão social dos artesãos, na
medida em que favoreceu a reunião de seus
capitais e suas ferramentas em oficinas,
contribuindo para o aumento da produção e para a
acumulação de riqueza.
1 1 - Transferiu para a máquina o controle dos
artesãos e, nas relações de trabalho, transformou o
trabalho em mercadoria, sendo responsável pela
formação de uma nova classe social, o
proletariado.
2 2 - Intensificou a interferência do Estado na
regulamentação da jornada de trabalho e no
estabelecimento de bases salariais para melhorar
as condições de trabalho do proletariado e
protegeIo da exploração do patrão.
3 3 - Estimulou o ideal socialista da propriedade
privada, transformando a vida do trabalhador numa
constante busca de riqueza para reduzir as
desigualdades sociais e promover sua ascensão
na sociedade capitalista.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
4 4 -Promoveu a divisão do trabalho em múltiplas
operações, dando origem à linha de montagem e
conduzindo o trabalhador à especialização e à
alienação em relação ao processo produtivo global.
26. (UFS – 2003) A industrialização no século
XVIII, na Grã-Bretanha, provocou uma mudança
social profunda na medida em que transformou a
vida dos homens, sem se preocupar com os custos
sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse
fenômeno, analise as afirmações abaixo.
0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos
cercamentos das terras na Inglaterra foi o
fracionamento da grande propriedade e a
conseqüente ascensão dos pequenos proprietários
ao poder.
1 1 – O controle técnico do processo de produção
passou para as mãos dos capitalistas no momento
em que se instituiu a divisão e o parcelamento do
trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a
visão global do processo.
2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado
à violência destruidora dos trabalhadores
desqualificados ingleses que não entendiam o
progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao
movimento conhecido como Ludismo.
3 3 – O operário se especializou em servir uma
máquina, transformando-se em autômato destinado
a desempenhar atividades cotidianas cansativas e
monótonas e mais vulnerável aos acidentes de
trabalho.
4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os
operários, que permitisse o aumento de eficiência
do operário e maior lucratividade para o
empresário, contribuiu com a organização do
trabalho fabril na Inglaterra.
27. (ENEM – 1999) A revolução industrial ocorrida
no final de século XVIII transformou as relações do
homem com o trabalho. As máquinas mudaram as
formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se
em regiões próximas às matérias-primas e grandes
portos, originando vastas concentrações humanas.
Muitos dos operários vinham da área rural e
cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas,
na maioria das vezes em condições adversas. A
legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao
longo do século XIX e a diminuição da jornada de
trabalho para oito horas diárias concretizou-se no
início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste
século, decorrentes da legislação trabalhista, estão
relacionadas com:
A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos
regimes monárquicos constitucionais.
B) a expressiva diminuição da oferta de mão-deobra, devido à demanda por trabalhadores
especializados.
C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores
em defesa dos seus interesses.
D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que
diminuía
a
representação
operária
nos
parlamentos.
31
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições
das principais capitais europeias.
28. (ENEM – 1999) Viam-se de cima as casas
acavaladas umas pelas outras, formando ruas,
contornando praças. As chaminés principiavam a
fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos
padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu
passo vagaroso, parando à porta dos fregueses,
tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a
homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavamse na rua os libertinos retardios com os operários
que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o
ruído estalado dos carros de água, o rodar
monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de.
Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)
O trecho, retirado de romance escrito em 1884,
descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte
contexto:
A) a convivência entre elementos de uma economia
agrária e os de uma economia industrial indicam o
início da industrialização no Brasil, no século XIX.
B) desde o século XVIII, a principal atividade da
economia brasileira era industrial, como se observa
no cotidiano descrito.
C) apesar de a industrialização ter-se iniciado no
século XIX, ela continuou a ser uma atividade
pouco desenvolvida no Brasil.
D) apesar da industrialização, muitos operários
levantavam cedo, porque iam diariamente para o
campo desenvolver atividades rurais.
E) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano
apresentado no texto, ignora a industrialização
existente na época.
TERCEIRO BIMESTRE
29. (UFS – 2004) Considere os dois textos.
I.
A igualdade entre os homens não é
tanto um problema de igualdade de
riquezas, mas uma questão de
igualdade de direitos.
II.
Não basta que a República se
fundamente sobre a igualdade. É
preciso que as leis e os costumes
contribuam para que desapareçam as
desigualdades econômicas.
(Gilberto Cotrim. História Global. São Paulo:
Saraiva, 1999. p. 264)
Os dois textos foram escritos, em 1973, por
participantes da Revolução Francesa. Reflita sobre
os ideais e os agentes sociais que participaram
dessa Revolução.
0 0 – As ideias de liberdade e igualdade, que
estiveram no centro das discussões durante a
Revolução, nem sempre foram compreendidas da
mesma maneira, tanto naquela época como
atualmente.
1 1 – Os dois textos foram escritos por defensores
dos direitos de igualdade econômica, pois os
revolucionários franceses estavam unidos na luta
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
contra a monarquia e na luta pela distribuição
igualitária das riquezas.
2 2 – O primeiro texto expressa ideias mais
próximas do ideário dos girondinos, que estavam
dispostos a aprovar a igualdade de todos perante a
lei, mas não abriram mão do direito à propriedade
individual.
3 3 – O segundo texto está diretamente relacionado
com as ideias dos jacobinos, que defendiam
posições mais radicais e de interesse da pequena
burguesia, dos camponeses e dos proletários.
4 4 – Os ideais do segundo texto foram colocados
em prática, após o golpe de 18 Brumário, por
Napoleão Bonaparte, que assumiu o governo
criando leis que favoreciam as camadas populares
participantes da Revolução.
30. (UFAL – 2004) Considere a gravura.
A gravura expressa um dos símbolos da
radicalização política que ocorreu em determinados
momentos do processo de revoluções burguesas
nos séculos XVII e XVIII, na Europa. Analise as
afirmações que apresentam fatos relacionados a
esse radicalismo.
0 0 – Ao contrário do que ocorreu na Revolução
Francesa, as revoluções inglesas do século XVII
tiveram um caráter pacífico, pois as divergências
entre os monarcas e o parlamento eram de
natureza econômica e não políticas.
1 1 – No contexto da Revolução Francesa, os
jacobinos lideraram, ao lado dos sans-culottes,
uma reação contra os que denominaram de
“traidores da pátria e da revolução”, proclamando a
República e implantando a pena de morte para os
contra-revolucionários.
2 2 – Os montanheses e os girondinos
desencadearam verdadeiro terror durante a
Revolução Francesa, executando publicamente os
membros da burguesia que discordavam do projeto
de implantação da reforma agrária.
3 3 – No século XVII, divergências entre o rei
Carlos I e o Parlamento em relação ao poder
político e aos assuntos econômicos culminaram
numa Guerra Civil que resultou na condenação à
morte do rei e na proclamação da República que
vigorou de l649 a 1658.
4 4 – As revoluções burguesas européias foram
marcadas pela violência contra os monarcas
absolutistas, pois suas lideranças inspiraram-se
32
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
nos pensadores iluministas que defendiam a
eliminação dos opositores da expansão do capital.
31. (UFAL – 2005) Considere a imagem.
Em novembro de 2005, a França viveu dias
agitados
principalmente
com
os
ataques
incendiários a carros e imóveis públicos. No dia 14
de julho de 1789, grande parte da população
parisiense destruiu e incendiou a Bastilha. Reflita
sobre a imagem e o seu significado para a história
da França.
0 0 – A Bastilha era uma prisão para opositores
políticos e simbolizava o autoritarismo e as
arbitrariedades cometidas pelo governo absolutista
francês.
1 1 – Os sans culottes tiveram um papel
fundamental
na
onda
revolucionária
que
desmoronou um dos símbolos do Antigo Regime
2 2 – A tomada da Bastilha marcou o início de um
governo socialista na França que terminou com o
Golpe de Napoleão Bonaparte.
3 3 – A burguesia condenou a destruição da
Bastilha pelos parisienses por temer que a
sublevação afetasse os seus direitos feudais sobre
a terra.
4 4 – A queda da Bastilha teve um significado mais
amplo na história, pois sua repercussão
ultrapassou as fronteiras da França.
32. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana)
Considere o Cartum inglês do início do século XIX,
mostrando William Pitt (primeiro-ministro da
Inglaterra) e Napoleão Bonaparte.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
O chargista mostra sua visão sobre aspectos da
política de Napoleão Bonaparte. Identifique as
afirmações que contêm fatos ou idéias
relacionadas com o contexto histórico destacado
pelo chargista.
0 0 – A França e Inglaterra uniram-se com o
objetivo de realizar a expansão imperialista nos
continentes dominados pelos portugueses e
espanhóis.
1 1 – A rivalidade entre a França e a Inglaterra teve
repercussões políticas em Portugal, pois forçou a
família real portuguesa a se transferir para o Brasil.
2 2 – A partilha do mundo, pretendida pelos
franceses e ingleses não se realizou, porque
Napoleão invadiu e dominou a Inglaterra durante o
seu governo.
3 3 – Os conflitos entre França e Inglaterra existiam
porque ambos buscavam ampliar seus domínios
territoriais visando desenvolver o sistema industrial.
4 4 – O Bloqueio Continental imposto à França
pelos ingleses dificultou a comercialização dos
produtos franceses em vários continentes.
33. (UFS – 2008) Considere o trecho que segue.
A história "moderna" termina em 1789, com aquilo
que a Revolução batizou ''Antigo Regime". (...)
1789 é a chave para o antes e o depois. Separaos, e portanto os define, os explica.
(François Furet. Pensando a Revolução
Francesa. Trad, São Paulo: Paz e Terra,
1989, p.17)
Diversos historiadores enfatizaram a importância e
o significado histórico da Revolução Francesa para
o mundo ocidental. Analise as proposições que
justificam as afirmações feitas pelo autor.
0 0 - A Revolução Francesa foi um processo
radical de insurreição popular contra a monarquia,
a Igreja Católica, a desigualdade social, a
sociedade estamental e a propriedade privada,
cujos
princípios
ideológicos
inspiraram
o
socialismo.
1 1 - O caráter antifeudal, anticlerical e a liderança
burguesa foram fatores da Revolução Francesa
que impulsionaram a consolidação do capitalismo e
inauguraram o que se considerava "uma nova era",
marcada pelo estabelecimento de um novo
calendário.
2 2 - A Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão estabeleceu a soberania da Nação, a
liberdade de expressão, a igualdade jurídica e a
obrigação do Estado na defesa dos direitos
naturais dos cidadãos, rompendo com a sociedade
híerarquica e os privilégios nobiliarquicos até então
vigentes.
3 3 - O processo revolucionário francês foi
composto por sucessivas etapas nas quais se
verifica a graduai adesão de todos os setores da
sociedade a ideais liberais e republicanos, cujo
33
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
desfecho culminou no fim do absolutismo e na
implantação do primeiro governo democrático
ocidental.
4 4 - A fase denominada "República Jacobina"
caracterizou-se pelo definitivo rompimento com o
Antigo Regime e pela pacificação da sociedade
francesa, pois nesse período de estabilidade
econômica foi estabelecido o sufrágio universal, a
reforma agrária, e a anistia a todos aqueles
anteriormente considerados inimigos do povo.
34. (ENEM – 2004) Algumas transformações que
antecederam a Revolução Francesa podem ser
exemplificadas pela mudança de significado da
palavra “restaurante”. Desde o final da Idade
Média, a palavra restaurant designava caldos ricos,
com carne de aves e de boi, legumes, raízes e
ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se
vendiam esses caldos, usados para restaurar as
forças dos trabalhadores. Nos anos que
precederam a Revolução, em 1789, multiplicaramse diversos restaurateurs, que serviam pratos
requintados, descritos em páginas emolduradas e
servidos não mais em mesas coletivas e mal
cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas.
Com a Revolução, cozinheiros da corte e da
nobreza perderam seus patrões, refugiados no
exterior ou guilhotinados, e abriram seus
restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o
Dicionário da Academia Francesa oficializou a
utilização da palavra restaurante com o sentido
atual.
A mudança do significado da palavra restaurante
ilustra:
A) a ascensão das classes populares aos mesmos
padrões de vida da burguesia e da nobreza.
B) a apropriação e a transformação, pela
burguesia, de hábitos populares e dos valores da
nobreza.
C) a incorporação e a transformação, pela nobreza,
dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
D) a consolidação das práticas coletivas e dos
ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas
coletivas e de uma visão de mundo igualitária.
35. (ENEM – 2006) O que chamamos de corte
principesca era, essencialmente, o palácio do
príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis
nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os
cozinheiros e os criados. Eles eram o que se
chamava, um tanto pejorativamente, de criados de
libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita
quando tinha garantida a subsistência, como
acontecia com as outras pessoas de classe média
na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o
pai de Mozart. Mas ele também se curvou às
circunstâncias a que não podia escapar. Norbert
Elias, Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge
Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Considerando-se que a sociedade do Antigo
Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos:
nobreza, clero e 3º- Estado, é correto afirmar que o
autor do texto, ao fazer referência a “classe média”,
descreve a sociedade utilizando a noção posterior
de classe social a fim de:
A) aproximar da nobreza cortesã a condição de
classe dos músicos, que perteciam ao 3º- Estado.
B) destacar a consciência de classe que possuíam
os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores
manuais.
C) indicar que os músicos se encontravam na
mesma situação que os demais membros do 3ºEstado.
D) distinguir, dentro do 3º- Estado, as condições
em que viviam os “criados de libré” e os
camponeses.
E) comprovar a existência, no interior da corte, de
uma luta de classes entre os trabalhadores
manuais.
36. (UFS – 2005) A Revolução Pernambucana de
1817, segundo os historiadores, reveste-se de
grande importância por várias razões. Dentre
outras, ela foi a:
0 0 - mais ampla, a mais ousada e a mais profunda
em relação a todas as revoltas anteriores e seu
insucesso deveu-se a não adesão das províncias
vizinhas.
1 1 - única das revoltas pela independência do
Brasil a chegar ao poder e instituir um governo
provisório, inspirado nas idéias republicanas
francesas.
2 2 - única a compreender que a adoção dos
princípios iluministas de liberdade e de igualdade
implicava a demolição do sistema colonial e a
extinção da opressão que pesava sobre os negros.
3 3 - mais organizada e a mais lúcida de todas as
revoltas brasileiras, especialmente no que se refere
ao esforço frustrado de sair do isolamento,
buscando apoio de outras províncias, dos Estados
Unidos e da Inglaterra.
4 4 - única de todas as revoltas do período que
apresentou um
conteúdo ideológico mais
acentuado, possuía um programa republicano e
separatista claro, sabia exatamente o que queria,
mas não teve penetração popular suficiente para
atingir os objetivos.
37. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) No
período em que a Corte Portuguesa mantinha a
sede do governo imperial no Brasil, eclodiu a
Revolução Pernambucana de 1817. Analise as
proposições sobre aspectos dessa Revolução.
0 0 – A Revolução de 1817 foi um movimento
exclusivo de proprietários rurais que queriam
acabar com a centralização imposta pela Coroa em
34
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
todo o Nordeste, não tendo participação de setores
progressistas da sociedade.
1 1 – O objetivo dos rebeldes pernambucanos era
proclamar uma república, organizada de acordo
com os ideais de igualdade, liberdade e
fraternidade, que inspiraram os idealizadores da
Revolução Francesa.
2 2 – A Revolução Pernambucana foi, dentre as
rebeliões do período colonial, a única ocorrida no
Nordeste que questionava o Pacto Colonial, mas
não passou de mera conspiração, sem
perspectivas de tomada do poder.
3 3 - Os rebeldes de Pernambuco, por serem de
concepção liberal, desejavam apenas trocar o rei
mantendo o sistema monárquico, não questionando
a estrutura econômico-social que vigorava desde o
século XVII.
4 4 – Os revolucionários tomaram o Recife e
implantaram um governo provisório baseado no
sistema republicano e estabeleceram a igualdade
de direitos e a tolerância religiosa, mas não
tocaram no problema da escravidão.
38. (ENEM – 2007) Após a Independência,
integramo-nos como exportadores de produtos
primários à divisão internacional do trabalho,
estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil
especializou-se na produção, com braço escravo
importado da África, de plantas tropicais para a
Europa e a América do Norte. Isso atrasou o
desenvolvimento de nossa economia por pelo
menos uns oitenta anos. Éramos um país
essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado
por depender de produtores cativos. Não se
poderia confiar a trabalhadores forçados outros
instrumentos de produção que os mais toscos e
baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se
voltar para fora. Era do exterior que vinham os
bens de consumo que fundamentavam um padrão
de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes
cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu
primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também
os capitais que permitiam iniciar a construção de
uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia,
transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução
da economia e vinculação internacional. In: I.
Sachs; J. Willheim;P. S. Pinheiro (Orgs.).Brasil: um
século de transformações. São Paulo: Cia. das
Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações acima,
relativas à estrutura econômica do Brasil por
ocasião da independência política (1822), é correto
afirmar que o país:
A) se industrializou rapidamente devido ao
desenvolvimento alcançado no período colonial.
B) extinguiu a produção colonial baseada na
escravidão e fundamentou a produção no trabalho
livre.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
C) se tornou dependente da economia europeia por
realizar tardiamente sua industrialização em
relação a outros países.
D) se tornou dependente do capital estrangeiro,
que foi introduzido no país sem trazer ganhos para
a infraestrutura de serviços urbanos.
E) teve sua industrialização estimulada pela GrãBretanha, que investiu capitais em vários setores
produtivos.
QUARTO BIMESTRE
39. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo
sobre os Estados Unidos no século XIX.
0 0 – A conquista do Oeste americano, realizada
pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e
econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul
agrário-escravista, desencadeando a Guerra Civil
do século XIX.
1 1 – Após a guerra civil, seguiu-se uma fase de
reconstrução do país, em que foram lançadas as
bases para que os Estados Unidos se
transformassem numa potência.
2 2 – A abolição definitiva da escravidão ocorreu
nos Estados Unidos apenas em 1885, o que o
colocou como um dos últimos países do mundo a
adotar tal procedimento.
3 3 – O isolacionismo em relação à Europa e o
intervencionismo na América Latina foram as
principais características da política externa dos
Estados Unidos no século XIX.
4 4 – A Doutrina Monroe, sintetizada no lema “ a
América para os americanos”, serviu de pretexto
para a intervenção dos Estados Unidos em 1898 na
guerra de independência de Cuba contra a
Espanha.
40. (UFS – 2004) O desenvolvimento dos Estados
Unidos da América no século XIX engendrou
elementos que explicam a sua política imperialista
e a hegemonia que adquiriu, sobretudo a partir da
Primeira Guerra Mundial. Analise esses elementos
do processo histórico dos EUA.
0 0 – Buscando unir forças com os governos latinoamericanos, o governo dos EUA formulou, em
1823, a Doutrina Monroe, cujo princípio
fundamental consistia na ajuda financeira aos
países
que
respeitassem
os
princípios
democráticos e liberais.
1 1 – Os governos dos Estados Unidos adotaram
uma postura agressiva, especialmente contra os
europeus, mexicanos e indígenas, no processo de
expansão territorial, conhecido por expansão para
o Oeste.
2 2 – A Guerra de Secessão representou a vitória
inquestionável dos Estados do Norte sobre os
Estados sulistas, que, ao final, tiveram que
reconhecer a abolição da escravidão, que era um
dos motivos da guerra.
35
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
3 3 – Na segunda metade do século XIX, a
instituição do direito de voto aos negros favoreceu
o surgimento de organizações, como a ku-kluxklan, que cometiam atos de violência contra eles e
difundiam a segregação racial.
4 4 – O grande desenvolvimento industrial, na
segunda metade do século XIX, aliado ao processo
de mecanização da agricultura, beneficiou as
camadas populares urbanas e os camponeses, por
meio das garantias trabalhistas e da reforma
agrária realizada.
41. (UFS – 2005) Considere a foto e o texto.
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
perdiam suas terras durante a marcha para Oeste,
sendo a cruz o sinal de proteção a esses povos.
3 3 - O movimento abolicionista nos Estados
Unidos teve a participação de várias organizações
secretas, como a mencionada no texto e na foto,
que utilizavam métodos de intimidação e de
violência contra os proprietários de terra e de
escravos.
4 4 - A Guerra de Secessão teve como causa
primordial o surgimento de inúmeras organizações
separatistas nos Estados do Norte dos EUA, como
a mencionada no texto, que pretendiam formar uma
nação branca excluindo o território do Sul em razão
do elevado número de negros nesta região.
42. (UFS – 2008) No século XIX os Estados Unidos
viveram uma intensa guerra civil, conhecida como
Guerra de Secessão e causada por divergências
entre estados do Norte e do Sul do pais. Analise as
proposições que tratam desse conflito.
Esta é uma instituição de Cavalheirismo,
Humanidade Misericórdia e Patriotismo (...) cujos
objetivos são: Primeiro: proteger os fracos,
inocentes e indefesos contra as indignidades,
injustiças e ultrajes dos sem-leis, violentos e
brutais; acudir aos injuriados e oprimidos; socorrer
os sofredores e infelizes e, sobretudo, as viúvas e
órfãos de soldados confederados. Segundo:
proteger e defender a Constituição dos Estados
Unidos, e todas as leis promulgadas em
conformidade com ela, e proteger os Estados e seu
povo de toda a invasão, venha esta de onde vier.
(Harold C Syrett (org). Documentos Históricos dos
Estados Unidos. Trad. São Paulo: Cultrix, 1980. p.
225).
As idéias do texto fazem parte do manifesto de
fundação de uma organização, simbolizada na foto,
que surgiu nos Estados Unidos, em 1867. Analise
as afirmações sobre essa organização nesse
contexto histórico.
0 0 - Essa organização tornou-se conhecida por
Ku-Klux-Klan e, ao contrário do que ela apresenta
no seu manifesto, suas ações basearam-se em
princípios racistas e recorria a ameaças e à
violência para restabelecer a supremacia branca no
sul dos EUA.
1 1 - A organização a que a foto faz referência
transgrediu princípios defendidos em seu
manifesto, pois impediu que os ex-escravos
assumissem plenamente a cidadania, prevista em
Emenda Constitucional dos EUA, aprovada logo
após o término da Guerra
de Secessão.
2 2 - A organização do Cavalheirismo,
Humanidade, Misericórdia e Patriotismo passou a
atuar nos EUA na defesa dos grupos indígenas que
0 0 - As divergências entre o Norte e o Sul se
referiam, entre outros temas, à concepção de
política econômica que deveria vigorar no país:
enquanto no Norte defendia-se a adoção de tarifas
protecionistas,
no
Sul
reivindicava-se
o
estabelecimento do livre comércio.
1 1 - As conseqüências da Guerra de Secessão
foram a consolidação da Independência dos
Estados Unidos, o início da expansão territorial
conhecida como Marcha para o Oeste e a
circunscrição da escravidão a estados de pouca
relevância econômica.
2 2 - As diferenças econômicas entre o Norte,
industrial e urbano, e o Sul, onde predominava a
grande propriedade rural, somadas à questão do
escravismo, admitido no Sul mas rechaçado no
Norte, foram fatores que impulsionaram a Guerra
de Secessão.
3 3 - Os estados sulistas, separatistas, iniciaram a
guerra civil ao atacarem o Norte, que após anos de
resistência foi subjugado e obrigado a acatar
algumas leis para promover a reunificação do pais,
dentre elas a que estabelecia a segregação racial.
4 4 - Os estados nortistas formaram uma
Confederação com o objetivo de derrotar as tropas
do Sul para promover uma nova ocupação agrária
do território nacional, baseada na liberdade de
aquisição de terras e no estabelecimento de leis
universais.
43. (UFS – 2001) Considere as proposições sobre
a crise do sistema colonial.
0 0 – A Santa Aliança, criada com a finalidade de
combater os movimentos revolucionários nas
colônias, acelerou o nosso processo de
independência na medida que forçou a abertura
dos portos brasileiros às nações amigas.
36
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
1 1 – A Independência do Brasil não pode ser
considerada como um fato isolado. O 7 de
setembro foi, na verdade, um marco do processo
de expansão do liberalismo, que impregnou os
movimentos de rebeldia desde o século XVIII.
2 2 – O “Dia do Fico” – 9 de janeiro de 1822 – é
considerado pelos historiadores como verdadeiro
dia da independência do Brasil, pois assinalou a
opção de D. Pedro pela autonomia brasileira.
3 3 – O processo de emancipação brasileiro teve a
sua etapa decisiva nas primeiras décadas do
século XIX, com a vida da família real portuguesa
para o Brasil.
4 4 – O Bloqueio Continental retardou o processo
de independência do Brasil na medida em que
proibia os países aliados à França e suas colônias
de comerciarem com os comerciantes ingleses.
44. (UFS – 2003) Analise as proposições abaixo
sobre o processo de Independência do Brasil.
0 0 – A abertura dos portos em 1808, decretou a
morte do pacto colonial, na medida em que
extinguiu o monopólio do comércio colonial. A partir
daí, o Brasil caminhou a passos largos rumo à
definitiva independência política, em 1822.
1 1 – A elevação do Brasil à categoria de Reino
Unido, em 1815, está ligada aos interesses
econômicos dos países membros do Congresso de
Viena em promover a independência política das
colônias portuguesas na América.
2 2 – Acontecimentos de suma importância
modificou, em 1822, o quadro político de Sergipe.
O general Pedro Labatut obrigou as câmaras
municipais a reconhecerem a autoridade de D.
Pedro e fez com que se observasse o ato da
autonomia da província.
3 3 – No começo do século XIX o partido favorável
à autonomia de Sergipe e à independência da
colônia levou à prisão o governador que fazia uma
política contrária à emancipação local. Quebrada a
resistência o partido declarou, em 1820, a
independência política da capitania.
4 4 – A independência do Brasil em 1822 promoveu
a ampliação da participação popular nas decisões
políticas do país na medida em que a Constituição
de 1824 introduziu o voto universal e secreto.
45. (UFS – 2005) Reflita sobre o texto.
A penetração do capital financeiro no Brasil tem
sua origem naqueles primeiros empréstimos
concedidos pela Inglaterra, logo depois da
Independência, ao novo governo da jovem nação.
(...) Mas estes empréstimos têm um caráter
especial e não representam ainda o papel
específico do capital financeiro dos tempos mais
recentes. Sua função é meramente política, e sua
finalidade puramente comercial.
(Caio Prado Junior. História econômica do Brasil.
São Paulo: Brasiliense, 1972. p. 270-1)
A elevada dívida externa do Brasil compromete, em
grande parte, a política econômica do presidente
da República, Luiz
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
Inácio Lula da Silva. Esse problema tem raízes
históricas. O autor do texto faz referência às
origens do endividamento externo no processo de
formação do Estado brasileiro. Analise as
proposições relacionadas ao texto e ao período do
Império no Brasil.
0 0 - A Inglaterra assumiu o papel de intermediária
entre o Brasil e Portugal na questão da
independência, como forma de criar condições para
continuar extraindo lucros do privilégio comercial
com o Brasil.
1 1 - A diplomacia inglesa cumpriu decisões do
Congresso de Viena quando reconheceu, logo
após o “grito da Independência”, o Império
brasileiro, o que lhe garantiu o privilégio de ser o
primeiro credor do Brasil.
2 2 - Em 1825, foi assinado o Tratado de Paz e
Amizade no qual, em uma das cláusulas, Portugal
reconhecia a independência do Brasil, e este se
comprometia a indenizar a ex-metrópole em dois
milhões de libras esterlinas.
3 3 - Os ingleses participaram do processo de
independência política do Brasil por razões
políticas e não econômicas, uma vez que tinham
interesse na difusão do liberalismo e do
parlamentarismo.
4 4 - Para reconhecer a independência do Brasil, a
Inglaterra assinou acordos com o governo brasileiro
que estabelecia, entre outras cláusulas, taxas
alfandegárias preferenciais para os ingleses e a
abolição do tráfico de escravos.
46. (CSA – 2001) Leia o texto.
“A ideologia liberal, inócua e excluída ao nível da
dominação patrimonialista (pela persistência
concomitante da escravidão, do mandonismo, do
privatismo e do localismo), encontra na sociedade
civil, nascida da Independência, uma esfera na qual
se afirma e dentro da qual preenche sua função
típica de transcender e negar a ordem existente”.
Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no
Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 39)
Julgue os itens, com base em seus conhecimentos
e no texto acima, sobre o liberalismo no Brasil após
a independência.
0 0 – No Brasil a ideologia liberal manifestou-se em
diversas revoltas provinciais, entre elas a
Confederação do Equador.
1 1 – A expressão “sociedade civil” designa
aqueles setores sociais não relacionados
diretamente ao Estado. Ela expressava-se muito
mais nas províncias e nos setores exaltados da
corte do que propriamente nas organizações
políticas tradicionais.
2 2 – A escravidão, o mandonismo local das
oligarquias e o caráter privatista da ocupação dos
cargos do Estado são incompatíveis com a visão
liberal. Tal problema verificou-se tanto no Primeiro
Reinado quanto no período regencial.
3 3 – A principal bandeira política dos liberais era a
efetiva centralização política do Estado Brasileiro.
Pensavam que esta era a melhor forma de
assegurar as liberdades individuais.
37
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
4 4 – A negação da ordem existente, conforme
mencionada no texto, é a ordem em seu conjunto,
isto é, econômica, política, social e cultural. Por
isso, os liberais eram revolucionários e defensores
da socialização do Brasil, o que equivale dizer:
extinção da propriedade privada.
Julgue-os.
47. (CSA – 2001) O que podemos dizer em
1 1 - Os liberais dividiam-se em dois setores, os
moderados e os exaltados. Os moderados
expressavam o poder dos fazendeiros fluminenses
e as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais,
entre eles saíram os quadros que formariam a
Regência Trina Provisória.
relação à Constituição de 1824?
0 0 - Foi tão liberal quanto o pretendido pelos
parlamentares da Constituinte de 1823. O poder
ficou repartido conforme a constituição norteamericana e as províncias teriam ampla autonomia
política e administrativa.
1 1 - Sacramentou a idéia da monarquia hereditária
e ainda concentrou poderes nas mãos de D. Pedro
ao estipular o quarto poder, o Moderador. Com ele,
D. Pedro controlaria os outros três poderes.
2 2 - Ficou definido o Congresso bicameral, isto é,
composto pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado.
3 3 - O voto era censitário. Havia uma variação
tanto para o exercício do voto quanto para o direito
de candidatar-se. Para ser candidato, as exigências
eram maiores do que para ser um simples eleitor.
4 4 - Tratava-se de uma Constituição inscrita nos
princípios libertários consagrados pelo lIuminismo.
48. (CSA – 2001) Sobre as circunstâncias que
levaram ao aparecimento da Regência Una,
julgue os itens abaixo.
0 0 - Era um imperativo constitucional. A
Constituição imperial do Brasil determinava que,
após três anos de Regência Trina Permanente, se
deveria eleger um regente único para governar
durante quatro anos.
1 1 - A incapacidade da Regência Trina contornar
as revoltas que explodiram durante seu governo
determinou que as elites procurassem fortalecer o
poder central, criando a figura do regente único.
2 2 - Foi feita uma reforma na Constituição imperial
do Brasil. Entre as modificações, constava a
eleição de um regente único.
3 3 - O padre Diogo Antônio Feijó foi eleito o
primeiro regente único. Seu governo não conseguiu
maioria entre os parlamentares e foi marcado por
grande instabilidade política e social.
4 4 - O primeiro regente único do Brasil foi o tutor
de D. Pedra II, José Bonifácio de Andrada e Silva.
Foi beneficiado pelo fato de ser o tutor do futuro
soberano.
49. (CSA – 2001) Os itens abaixo tratam da
Regência Trina Provisória, estabelecida em 1831.
0 0 - A Regência Provisória foi escolhida
basicamente pelos membros do liberalismo
exaltado. Eles haviam sido os principais
responsáveis pela queda de D. Pedro I e por isso
tiveram hegemonia no início do período regencial.
2 2 - A Regência Provisória foi uma indicação do
próprio imperador que acabara de deixar o trono.
Esse foi o acordo preliminar que o levou a
renunciar ao poder.
3 3 - A Constituição imperial impedia a
entronização do imperador com menos de 18 anos
de idade. Além disso, estabelecia que a Regência
Trina Permanente deveria ser escolhida pela
Câmara dos Deputados que, à época, estava em
recesso.
4 4 - Uma grande preocupação, que atingia todos
os setores políticos, mas particularmente os
conservadores e os liberais moderados, era a
agitação nas ruas. Por isso, precisavam de
agilidade na definição do novo governo, mesmo
que provisório.
50. (UFS – 2001) Analise as afirmativas abaixo.
0 0 – A base das transformações socioeconômicas
ocorridas no Brasil nas últimas décadas do século
XIX foi a ruptura da ordem escravocrata,
ocasionada pelo emancipacionismo, pela abolição
do tráfico negreiro e pela abolição da escravatura.
1 1 – No episódio da questão militar durante a
monarquia, o Exército apresentou-se como porta
voz dos interesses gerais da população e agente
purificador do regime, uma vez que este atendia
somente os interesses da oligarquia rural.
2 2 – O Segundo Reinado inaugurou no Brasil um
período durante o qual as categorias sociais
oprimidas tiveram relativas liberdades para suas
manifestações reivindicatórias ou de protesto.
3 3 – Durante a monarquia, apesar das raízes e
influências européias da cultura brasileira, a
maioria das obras artísticas caracterizou-se por
procurar valorizar os componentes nacionais e
autêntico do país.
4 4 – O fluxo de imigrantes, que proporcionou um
sensível
crescimento
demográfico,
também
contribuiu, sobretudo a partir de 1870, para início
de atividades industriais no Brasil.
51. (UFS – 2004) Considere os dados da tabela
abaixo.
38
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
0 0 - A lei Eusébio de Queirós, que extinguia o
tráfico de escravos, não foi suficiente para dar cabo
dessa prática e foi complementada alguns anos
depois pela lei Nabuco de Araújo, que punia
autoridades portuárias que colaborassem com o
tráfico ilegal.
1 1 - O Bill Aberdeen foi um decreto aprovado pelo
Parlamento inglês que autorizava a marinha
britânica a atacar navios negreiros no Atlântico,
entretanto, essa pressão inglesa foi incapaz de
conter a comercialização de escravos.
Analise as proposições abaixo, relacionando os
dados da tabela com o contexto econômico, político
e social do Segundo Reinado no Brasil.
0 0 – A produção cafeeira concentrou-se na região
Sudeste do país a partir de 1831, sendo a sua
produção realizada em minifúndios,
com a
utilização de trabalho livre, dos imigrantes, e
destinada exclusivamente ao mercado europeu.
1 1 – O aumento das exportações do café,
indicados na tabela, proporcionava condições
financeiras para o investimento na modernização
de alguns setores urbanos e nas ferrovias, e
contribuiu para o processo de industrialização do
país.
2 2 – O vertiginoso crescimento da economia
algodoeira, sobretudo do Nordeste, na década de
1860, estava relacionado à Guerra de Secessão,
ocorrida nos Estados Unidos da América, e aos
interesses industriais da Inglaterra.
3 3 – A crise da produção de algodão e de açúcar
começou devido à votação da lei assinada por D.
Pedro II, em 1840, que abolia o tráfico internacional
de escravos, tendo se acentuado ainda mais com a
abolição da escravatura.
4 4 – Em razão da queda das exportações de
açúcar e de algodão, grande parte dos fazendeiros
vendeu seus escravos para regiões do Sudeste,
sobretudo para a região do Vale do Paraíba.
52. (UFS – 2008) Considere a afirmação a seguir.
desenvolvimento do capitalismo industrial
central, gerando
necessidade de uma contínua
expansão dos mercados, pressionava no sentido
do desaparecimento da mão-de-obra escrava nas
suas áreas periféricas.
(Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon.
História econômica geral e do Brasil. São
Paulo: Atlas, 1980. p. 269)
A expansão do mercado mencionada pelos autores
se relaciona à transição do trabalho escravo para o
trabalho livre, que no Brasil contou com o apoio de
algumas nações e determinados setores da
sociedade. Analise as proposições que tratam das
condições e das pressões que marcaram esse
processo de transição.
2 2 - O encarecimento do preço do escravo
acelerou a transição para a mão-de-obra
assalariada e o fim do tráfico fez com que
investimentos fossem direcionados para o setor
industrial, que viveu um "surto" conhecido como
Era Mauá.
3 3 – O crescimento da mão-de-obra assalariada
no Brasil não significou um aumento no mercado
consumidor, uma vez que muitos trabalhadores
imigrantes, apesar de assalariados, trabalhavam
em condições de semi-escravidão.
4 4 - A imigração subsidiada pelo Estado e a
repercussão internacional da lei de Terras e das
vantagens do Sistema de Parceria foram estímulos
importantes para a vinda de milhões de europeus
para as zonas rurais brasileiras.
53. (ENEM – 2004) Constituição de 1824:
“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a
organização política, e é delegado privativamente
ao Imperador (…) para que incessantemente vele
sobre a manutenção da Independência, equilíbrio,
e harmonia dos demais poderes políticos (...)
dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos
em que o exigir a salvação do Estado.”
Frei Caneca:
“O Poder Moderador da nova invenção
maquiavélica é a chave mestra da opressão da
nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade
dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a
Câmara dos Deputados, que é a representante do
povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o
Senado, que é o representante dos apaniguados
do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto
de Constituição)
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela
Constituição outorgada pelo Imperador em 1824
era:
A) adequado ao funcionamento de uma monarquia
constitucional, pois os senadores eram escolhidos
pelo Imperador.
B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos,
porque garantia a representação da sociedade nas
duas esferas do poder legislativo.
39
Segunda Série do Ensino Médio
HISTÓRIA
Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus
C) arbitrário, porque permitia ao Imperador
dissolver a Câmara dos Deputados, o poder
representativo da sociedade.
E) Oswald de Andrade mostra que a condição de
vida do imigrante era melhor que a dos exescravos.
D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de
crise, pois era incapaz de controlar os deputados
representantes da Nação.
55.(ENEM – 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze
colônias que vieram inicialmente a constituir os
Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua
independência e justificavam a ruptura do Pacto
Colonial. Em palavras profundamente subversivas
para a época, afirmavam a igualdade dos homens
e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o
direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais
cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos
governados. Esses conceitos revolucionários que
ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior
vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789,
na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da
coleção. In: Wladimir Pomar.Revolução Chinesa.
São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).
E) capaz de responder às exigências políticas da
nação, pois supria as deficiências da representação
política.
54. (ENEM – 2007)
Considerando o texto acima, acerca da
independência dos EUA e da Revolução Francesa,
assinale a opção correta.
Antonio Rocco. Os imigrantes, 1910, Pinacoteca do
Estado de São Paulo.
Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da
proa chegavam à fedentina quente de um porto,
num silêncio de mato e de febre amarela. Santos.
— É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado
o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam
suas necessidades nos trens dos animais onde
iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São
Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com
trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que
pretos guiavam através do mato por estradas
esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas
donde acabava de sair o braço escravo. Formavam
militarmente nas madrugadas do terreiro homens e
mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.
Oswald de Andrade. Marco Zero II — Chão. Rio de
Janeiro: Globo, 1991.
Levando-se em consideração o texto de Oswald de
Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida
acima, relativos à imigração europeia para o Brasil,
é correto afirmar que:
A) A independência dos EUA e a Revolução
Francesa integravam o mesmo contexto histórico,
mas se baseavam em princípios e ideais opostos.
B) O processo revolucionário francês identificou-se
com o movimento de independência norteamericana no apoio ao absolutismo esclarecido.
C) Tanto nos EUA quanto na França, as teses
iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento
dos direitos considerados essenciais à dignidade
humana.
D) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa
exerceu forte influência no desencadeamento da
independência norte-americana.
E) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução
Francesa abriu o caminho para as independências
das colônias ibéricas situadas na América.
Bom estudo!!!!!
A) a visão da imigração presente na pintura é
trágica e, no texto, otimista.
B) a pintura confirma a visão do texto quanto à
imigração de argentinos para o Brasil.
C) os dois autores retratam dificuldades dos
imigrantes na chegada ao Brasil.
D) Antonio Rocco retrata de forma otimista a
imigração, destacando o pioneirismo do imigrante.
40
Download