ó – ASCENSÃO E ECLIPSE DO PÓS-MODERNISMO NA TEORIA DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA: o giro intelectual de Frank Ankersmit (1989-2012) Jonathan Menezes Doutorando no Programa de Pós Graduação em História Universidade Estadual Paulista (UNESP) campus de Assis Professor da FTSA, Londrina/PR Resumo: Nesta comunicação exponho parte de meu projeto de doutorado em história, no qual pretendo investigar como se deu a ascensão e o (discutível) eclipse do pósmodernismo na teoria da história contemporânea, tendo como recorte a trajetória (e virada) intelectual do filósofo da história holandês Frank Ankersmit, bem como de toda uma obra que se construiu ao redor de, e em reação a, sua própria obra, tomando como ponto de partida a publicação de seu controverso e influente artigo ―Historiography and postmodernism‖, em 1989, até o ano de 2012, quando foi publicado Meaning, truth and reference in historical representation, última e significativa obra, que serve como amostragem da virada intelectual deste autor. As fontes eleitas, além das bibliográficas, são artigos veiculados nas revistas History and Theory e Rethinking history no período em foco. Que representações do pós-modernismo foram formuladas e estimuladas nestes debates, seja por seus defensores ou críticos? Qual foi o papel desempenhado pelos escritos de Frank Ankersmit na teoria (ou filosofia) da história forjada a partir do ―boom‖ pós-modernista? São algumas das questões que movem a curiosidade intelectual presente neste projeto. Palavras-chave: Teoria. História da Historiografia. Representação histórica. PósModernismo. Filosofia da História. Uma análise prévia do Frank Ankersmit de Historiografia e pós-modernismo Parece não haver dúvidas hoje de que a aparição do pós-modernismo na teoria da história contemporânea alterou o curso de parte das discussões nesta área nas últimas décadas. E isto certamente tem a ver com a influência tanto da filosofia da linguagem quanto da teoria literária nos estudos históricos, especialmente quando concernentes à questão da narrativa e da representação históricas. Mas, para falar nos termos aqui pretendidos de uma ascensão e eclipse do pós-modernismo na teoria da história, penso que o máximo que se pode inferir sobre isso são momentos seminais (usando aqui um termo de Keith Jenkins): não lineares, dispersos e fragmentados em que historiadores se despertaram para as questões postas na mesa pelo pós-modernismo, a partir de seu próprio horizonte teórico e preocupações peculiares – como o da ―natureza‖ da escrita histórica, e os limites e possibilidades do texto histórico como meio de representação do passado. E, embora o pós-modernismo já esteja na praça há um bom tempo (ou desde 367