Revista ANO 6 # 24 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2015 www.agirgo.org.br Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGO 2 AGIR e FGV juntas para contribuir na capacitação profissional das empresas mantenedoras REVISTA AGIR 1 2 REVISTA AGIR CARTA AO LEITOR Nova parceria que valoriza grandes parceiros Sérgio Daher Superintendente Executivo Caro leitor, como pode ser constatado mudamos o estilo de capa da Revista AGIR. Também o conteúdo da matéria referente, que antes trazia entrevista com uma personalidade, sofreu alteração. Nesta edição, em um novo formato, apresentamos a promissora parceria entre AGIR e Fundação Getúlio Vargas (FGV), que resultou no AGIR Empresas, um programa de educação corporativa. O principal objetivo deste projeto é retribuir às empresas mantenedoras, que contribuem com nossa organização social na manutenção das unidades hospitalares, a confiança e apoio. Dentre as outras seções, alguns dos serviços disponibilizados pelo CRER e HDS. Relativos ao Centro de Reabilitação apresentamos o uso de videogames como recurso lúdico no processo terapêutico e a importância do serviço de aten- AGIR Estrutura Administrativa SUPERINTENDÊNCIA Sérgio Daher Superintendente Executivo João Alírio Teixeira da Silva Júnior Superintendente Técnico de Reabilitação Claudemiro Euzébio Dourado Superintendente Adm. e Financeiro Divaina Alves Batista Superintendente Multip. de Reabilitação Fause Musse Superintendente Relações Externas DIRETORIA Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Diretor-Presidente José Alves Filho Vice-Diretor Ruy Rocha de Macêdo Diretor-Tesoureiro CONSELHEIROS Alberto Borges de Souza César Helou Fernando Morais Pinheiro Helca de Sousa Nascimento José Evaristo dos Santos dimento domiciliar, CRER em Casa. Sobre o HDS destaque para o ambulatório de feridas que, após passar por uma reforma, conseguiu dobrar sua capacidade de atendimento. No Perfil do Colaborador, Bárbara Posse, servidora do estado lotada no HDS, que presenciou a mudança da gestão do hospital, atesta os investimentos realizados na unidade. Do universo dos pacientes, compartilhamos um pouco da história da jovem Nicolly Rosceli Lopes Silva. A cada edição, caro leitor, empreendemos o esforço para levar até você um pouco do que a AGIR, através das unidades que administra, realiza a favor da sociedade. Sérgio Daher Superintendente Executivo da AGIR EXPEDIENTE Joaquim Caetano de Almeida Netto Paulo Afonso Ferreira Pedro Daniel Bittar Sizenando da Silva Campos Junior Vardeli Alves de Moraes CONSELHO FISCAL – TITULARES Cyro Miranda Gifford Júnior Marley Antônio da Rocha Paulo César Brandão Veiga Jardim CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Marcos Pereira Ávila Valtercy de Melo ASSOCIADOS FUNDADORES Alcides Luís de Siqueira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Elias Bufaiçal (in memorian) Lúcio Fiúza Gouthier Maria Paula Curado Milca Severino Pereira Nabyh Salum Paulo Afonso Ferreira ASSOCIADOS BENEMÉRITOS Cyro Miranda Gifford Júnior Gláucia Maria Teodoro Reis Helca de Sousa Nascimento José Alves Filho Marley Antônio da Rocha Marcos Pereira Ávila Paulo César da Veiga Jardim Ruy Rocha de Macedo Valéria Jaime Peixoto Perillo Valtercy de Melo (in memorian) REVISTA AGIR Supervisão geral, edição Anna Luiza Rucas Gerência Coorporativa de Marketing – AGIR Jornalistas Mayra Paiva – JPGO – 01802 Thaís Franco Naicléia Silva (estagiária) Designer Gráfico Chafic Rebehy Filho Fotografia Eduardo Castro Colaboradores AGIR Olívia Lacerda (secretária júnior) Marianne Carrijo (contato comercial) Rodrigo Rocha (contato comercial) Cecília Raquel (contato comercial) Vinícius Basílio (contato comercial) Hugo Miranda (analista de sistemas) Impressão: Stylo Gráfica Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGO 2. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás REVISTA AGIR 3 ÍNDICE Capa 10 Parágrafo Único 10 Resumo 19 Empresas Mantenedoras 21 Artigo 23 Terceiro Setor 26 É Bom Saber 28 Superação AGIR EMPRESAS 6 Espaço do Paciente Nicolly Rosceli Lopes Silva 24 AGIR em Foco CRER em Casa 30 34 Pesqiusa HDS em Pauta Ambulatório de feridas 37 Perfil do Colaborador 32 38 Agenda e Parcerias 4 REVISTA AGIR Canal Aberto www. agirgo.org.br / [email protected] Eu sempre digo que o CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo é um oásis na área de saúde pública de Goiás, e referência nacional. Desde a porta de entrada, com os maqueiros, pessoal do atendimento, o corpo médico e seus assistentes nota 10!!! Cláudio Pagliarani, via facebook. Hoje, especialmente, estou muito feliz e gostaria, através dessas simples palavras, de agradecer a toda equipe do CRER que muito me ajudou, ajuda e sei que muito ajudará a mim, ao meu esposo, Augusto, e minha filha querida, Alice. Alice nasceu com uma síndrome chamada Waardengurg, onde a criança nasce com algumas sequelas e, a maior delas, a deficiência auditiva e por este motivo foi que nós conhecemos este lugar tão bom e que tem muito contribuído com a reabilitação da minha filha. Quando chegamos a este centro de reabilitação, estávamos totalmente inseguros, sem saber como agir mediante a deficiência da nossa filha Alice, pois não tínhamos nenhum contato com outras pessoas com esta deficiência e não sabíamos como agir com a comunicação da nossa filha. (...) Chegamos muito sensibilizados e com muito medo de toda a situação, até que fomos informados de que havia um implante coclear que poderia ser feito nela para que ela conseguisse um dia falar e ouvir. Nós ficamos muito felizes com esta notícia e enchemos o coração de esperança de facebook.com/crerhospital que nossa filha pudesse fazer este implante e um dia pudesse ouvir e falar. (...) Por incentivo de toda equipe do CRER nós corremos atrás, sem medir esforços, passando por cima das dificuldades, embora fossem muitas, pois moramos em outra cidade, e esse sonho foi realizado. E hoje, olhamos a cada dia para trás e reconhecemos que valeu a pena correr atrás de todos os recursos que o CRER tem e coloca à nossa disposição, pois vivenciamos diariamente o crescimento e desenvolvimento da Alice que tem evoluído muito bem com os acompanhamentos. (...) Fica aqui toda minha gratidão, respeito e amor por cada um de vocês e agradecerei a DEUS, todos os dias, por tudo que fazem pela minha pequena Alice, que é a razão do meu viver e motivo de toda minha luta. Obrigada a todos e que DEUS abençoe seus trabalhos, família e projetos! Fernanda J. Santos, mãe da pequena Alice, via carta, Jaraguá, GO Quero agradecer a cada colaborador pelo atendimento prestado ao meu esposo, Natair, nesses mais de 5 anos de tratamento. Aqui no CRER nós só recebemos amor, carinho e cuidados. Muito Obrigada! twitter.com/CRER_GO Luzia, esposa do paciente Natair Lelis Ferreira, via ouvidoria youtube.com/user/CrerHospital REVISTA AGIR 5 CAPA Parceria – uma via de mão dupla AGIR e FGV juntas para contribuir na capacitação profissional das empresas mantenedoras Por: Mayra Paiva A AGIR, organização social gestora do CRER, HDS e HUGO 2, ao longo de sua trajetória conta com a parceria atuante de empresas comprometidas com as questões sociais. Em 12 anos de serviços do CRER, a AGIR com uma administração responsável e eficiente fez com que o Centro de Reabilitação se tornasse uma referência nacional no atendimento prestado à pessoa com deficiência – física, auditiva, intelectual e visual. Há um ano à frente do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, a AGIR vem alterando positiva e gradativamente a vida dos pacientes internos, ampliando e aprimorando os serviços ambulatoriais oferecidos à comunidade, ao mesmo tempo em que traça novos projetos para o futuro do hospital. Aguardando a conclusão das obras de construção do HUGO 2, a AGIR por meio de um chamamento público foi selecionada para administrar o que será o maior hospital de urgências de Goiás, e que irá além dos serviços de urgência e emergên6 REVISTA AGIR cia em trauma e neurologia. Nesses anos de atuação, a AGIR recebeu e recebe o apoio de importantes parceiros – sociedade civil organizada, instituições representativas, governo, setor empresarial. Quanto a esse último segmento, há o projeto Empresas Mantenedoras, desenvolvido pela AGIR, em que empresas firmam uma parceria com a organização social de tal forma a contribuir com a manutenção e ampliação dos serviços oferecidos pelas unidades hospitalares por ela administradas. Percebendo a importância da contribuição das empresas ao aderirem a esse projeto, a AGIR buscou uma forma de retribuir a confiança que lhe é investida. Nesse esforço conta agora com a parceria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e excelência ao produzir e difundir conhecimento. Desta parceria surge o AGIR Empresas, um programa de educação corporativa que vai impulsionar ainda mais os negócios das mantenedoras. Além da publicação de conteúdos especializados para o mundo empresarial, será realizado circuito de capacitações, ambos promovidos por especialistas da FGV. A partir de agora, nossos parceiros terão acesso a publicações exclusivas voltadas para o sucesso no ambiente corporativo, através da Revista AGIR. Além disso, entre os meses de abril e outubro serão realizadas quatro grandes noites de conhecimento com a abordagem de temas como Liderança de Alta Performance e Comunicação Eficaz, que será abordado no primeiro encontro, com data para 14 de abril. A participação será exclusiva e gratuita aos colaboradores das Empresas Mantenedoras conveniadas - supervisores, gerentes, dirigentes institucionais, profissionais que atuam na multiplicação de conteúdos, comunicação e marketing. Para iniciar esta grande parceria, a equipe da Empz Educação/Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta nesta edição da Revista AGIR um rico material sobre “Liderança de Alta Performance e Comunicação Eficaz”, tema do primeiro encontro. Comunicar-se bem é uma questão de autoconhecimento Apesar de cerca de 75% das falhas em projetos serem relacionados à má gestão da comunicação nas empresas, especialista aponta que os gargalos podem ser sanados com alinhamentos simples na estratégia de comunicação das empresas. Conhecer e adequar seu modo de falar com a equipe pode ser uma das melhores alternativas nesse processo. Por: Assessoria de Comunicação FGV S aber se comunicar bem é hoje uma das premissas fundamentais para o bom desempenho das atividades dentro de uma empresa. A comunicação nos últimos anos passou de mero coadjuvante para uma protagonista das relações de poder na empresa, cumprindo papéis cada vez mais estratégicos dentro das organizações. Segundo levantamento feito pelo Project Management Institute Brasil (PMI), para 76% das empresas o principal motivo para seus projetos fracassarem são falhas na comunicação. E as causas apontadas pelo estudo indicam que o mau relacionamento entre as partes envolvidas em um ambiente de projeto, incluindo o não escrever bem ou falar bem o que queremos, é a principal premissa a ser considerada nesse cenário. Segundo a professora da Empz Educação/Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aline Castro, a falta de uma comunicação eficaz pode trazer ruídos de todos os tipos, que vão desde problemas de relacionamentos à falta de alinhamento entre a comunicação formal e a informal, por exemplo. No entanto, a especialista ressalta que o retrabalho é um dos aspectos mais comuns da falta de comunicação eficaz. A professora aponta ainda que o principal aspecto a ser avaliado é que o sucesso da comunicação depende do que o outro entende e não simplesmente daquilo que lhe é dito. “É responsabilidade de quem está falando adaptar o conteúdo da mensagem ao perfil do ouvinte e depois se certificar de que a comunicação ocorreu, perguntando, por exemplo, o que a pessoa entendeu do que foi dito”, avalia. Segundo Aline, duas falhas comuns nesse ponto: querer que o outro entenda a sua “língua”, ao invés da pessoa se adaptar à linguagem do receptor; e a falta de controle emocional ao responder um e-mail ou falar com alguém de cabeça quente. “Deixar os ânimos se acalmarem para só então se comunicar evita uma série de arrependimentos – já que não apagamos aquilo que já foi comunicado”, complementa. O PAPEL DO LÍDER NA COMUNICAÇÃO Não só é estratégico que a comunicação esteja bem alinhada entre todos os setores da empresa, como é papel do gestor atuar como líder de sua equipe, sabendo transmitir REVISTA AGIR 7 CAPA mensagens eficientes e bem estruturadas. Para a professora da FGV Aline Castro, para se manter uma boa comunicação com toda a equipe é necessário, primeiramente, que o gestor se conheça bem. “Ao conhecer meu perfil comunicativo e comportamental, posso adotar estratégias mais eficazes. Por exemplo, se sou uma pessoa mais impaciente, que gosta de resultados rápidos e tenho tendência a ter uma comunicação mais agressiva numa situação de stress, cabe a mim vigiar e controlar minhas emoções antes de me comunicar”, pondera. Depois de ter essa autoconsciência, que permite o controle emocional, a especialista aponta que é fundamental conhecer as características da pessoa com quem se está comunicando: do perfil comportamental ao grau de maturidade dela dentro da organização. “Ao desenvolver essas habilidades, terei mais chances de estabelecer uma conexão autêntica com quem estou me comunicando e isso facilitará muitíssimo a transmissão da mensagem”, pontua. Aline Castro explica ainda que as características que revelam a boa comunicação de um líder estão muito ligadas ao chamado senso de propósito, que é quando todos os integrantes de uma equipe sabem bem para onde estão indo – e porque estão indo –, o que significa que há um líder que soube se comunicar bem. “Costumo dizer que a genialidade está na simplicidade. Um bom comunicador consegue transmitir algo que é difícil de modo simples e claro. Além disso, é sempre importante se certificar de que a mensagem foi passada”, enfatiza. De acordo com Peter Drucker, uma das maiores autoridades em Administração moderna, são características comuns aos líderes a disposição e autodisciplina para ouvir e se comunicar; o fato desse líder não procurar desculpas, mas sim soluções; ele compreender que as tarefas e as pessoas são muito mais importantes do que ele próprio; e, 8 REVISTA AGIR por fim, a confiança, que é a base, o chão, o alicerce e a fundação de tudo. Ou seja, a boa comunicação, de uma forma ou de outra, está presente em todas as características. QUANDO A EQUIPE NÃO COLABORA No entanto, Aline Castro alerta que o líder também pode encontrar dificuldades dentro da equipe, no processo de comunicação. Ela ressalta que é importante entender as fases de desenvolvimento e maturidade da equipe para estabelecer o tipo de comunicação mais estratégico. “Há momentos de maior conflito em que a comunicação é realmente complicada, mas o desenvolvimento da equipe e do próprio líder depende disso. Cabe ao líder se adequar a cada fase e defender o propósito daquela equipe – qual é o objetivo final. Focar na solução é o melhor remédio para qualquer problema”, salienta. u PARA FALAR MELHOR A professora da Empz Educação/FGV, Aline Castro dá algumas dicas preciosas que podem melhorar a comunicação interna nas empresas, especialmente entre o gestor e seus colaboradores: 1. Fale a mesma língua de sua equipe É importante para o gestor conhecer a sua equipe e saber se comunicar com ela na língua dela. A comunicação está mais em quem entende e em como entende. 2. Keep calm A especialista aponta que é importante manter a calma antes de dar qualquer resposta a situações dentro da empresa. Responder de cabeça quente só piora o cenário e você pode acabar gerando uma complicação ainda maior. 3. Tenha um norte Saber o rumo para onde a empresa vai e como chegar lá deve ser uma das premissas a serem assimiladas pelos colaboradores. E toda a comunicação deve ser construída para que eles entendam e executem isso. 4. Foque na solução Se existem problemas na empresas, é importante que o líder/gestor assuma seu posicionamento diante dos fatos e comunique isso aos seus colaboradores de modo com que fique claro a solução a ser tomada. REVISTA AGIR 9 Resumo Autoestima A Academia Su Beauty de Cabeleireiros realizou no dia 11 de novembro, a ação social “Dia da Beleza”. Serviços gratuitos de corte de cabelo, coloração, hidratação e escova foram oferecidos gratuitamente aos pacientes, acompanhantes e colaboradores do hospital. Chikungunya Parágrafo Único “ “ O projeto AGIR Empresas é uma ação inovadora da AGIR em prol dos seus parceiros, visando oportunizar a geração de relacionamento, negócios e de conhecimento para sua equipe Anna Luiza Rucas da Silva Lourenço, jornalista, gerente coorporativa de marketing da AGIR. Sobre o novo projeto em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. 10 REVISTA AGIR Os colaboradores do CRER, Eduardo Carneiro (Supervisor Multiprofissional de Internação) e Leandro Côelho (Terapeuta Ocupacional) estiveram entre os dias 11 e 15 de novembro na cidade de Feira de Santana – Ba, região de epidemia da febre Chikungunya, junto com uma equipe médica do Ministério da Saúde. No dia 27 de novembro, Eduardo Carneiro ministrou palestra no CRER, sobre a proposta de intervenção da reabilitação nos pacientes vítimas da febre. Com a presença de representantes do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, foram discutidas e finalizadas as diretrizes de tratamento de Reabilitação desses pacientes nas Fases Agudas e Subagudas/Crônicas, para serem inseridos no manual Clínico do Paciente com Febre Chikungunya, junto ao Ministério da Saúde, e ser disseminado em nível nacional. Aperfeiçoamento profissional O Programa de Aperfeiçoamento Profissional do CRER/2015 oferece vagas em: Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Imagem e Diagnóstico, Psicologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Educação Física, Pedagogia e Hotelaria. As inscrições aconteceram de 13 de novembro a 5 de dezembro, passado, e as provas foram realizadas no dia 21 de janeiro. Trata-se de um treinamento teórico-prático, com duração de nove meses, que permite aplicar conhecimentos por meio da vivência no exercício da profissão nas áreas oferecidas. Cirurgias de joelho O CRER realizou na tarde do dia 17 de novembro duas cirurgias de artroplastia total do joelho com videotransmissão em tempo real. Cerca de 30 médicos especialistas em cirurgia de joelho acompanharam o procedimento no próprio Hospital. O evento faz parte do calendário anual do Clube de Joelho de Goiânia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, que recebe profissionais convidados. As cirurgias, para substituição da articulação do joelho por uma prótese, e a transmissão foram realizadas pela equipe médica composta por: Helder Rocha da Silva Araújo, Marcelo Torres, Halley Paranhos Filho, Sérgio Piedade (Unicamp - SP), Roger Badet (Lyon - França), que participou também como palestrante. Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar As colaboradoras Tatiane Barbosa e Sorreylla Paulla Silva, enfermeiras e integrantes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do CRER, Adriana Oliveira Guilarde e Ariana Rocha Romão, médicas infectologistas do CRER, e Mônica Ribeiro Costa, médica infectologista e diretora técnica do HDS, participaram da Expo Unimed Curitiba - Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. O evento realizado durante os dias 19 a 22 de novembro contemplou 130 atividades dinâmicas, como conferências, mesas redondas, debates, encontros com especialistas e simpósios satélites. O Congresso teve 176 palestrantes nacionais e internacionais. Sistema de Gestão da Qualidade O CRER realizou a 11ª Auditoria Interna do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de 18 a 21 de novembro, tendo como auditor líder o colaborador Jeandro Marques. O hospital possui seu SGQ certificado conforme a norma NBR ISO 9001, desde 2006, o que garante a padronização dos processos da Instituição e facilita o acesso e controle das informações pelos usuários, colaboradores e clientes. Empresário Sombra por Um Dia No dia 19 de novembro, o CRER participou do Programa Empresário Sombra Por Um Dia, promovido pela Junior Achievement Goiás. Algumas áreas do hospital – jurídica, médica, de fisioterapia e de enfermagem - receberam jovens estudantes, que vivenciarem a rotina de trabalho experimentada pelos profissionais. O programa é realizado em todo o país para fazer com que jovens tenham uma visão realista do mercado de trabalho. (Esq.) Ariana Romão, Tatiane Barbosa, Mônica Ribeiro, Sorreylla Silva e Adriana Guilarde REVISTA AGIR 11 Resumo Tratamento de feridas Enfermeiros e colaboradores do CRER e HDS participaram, ao longo do dia 22 de novembro, do I Curso de Atualização em Tratamento de Feridas. O curso, ministrado pela enfermeira Mara Blanck, , vice-presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética (SOBENF e E), abordou o tema: Atualização em Tratamento de Úlcera por Pressão. O curso aprimorou o conhecimento dos profissionais de enfermagem, fortalecendo as estratégias de tratamento de úlcera por pressão, gerando maior qualidade na assistência especializada ao paciente. Saúde do homem A AGIR apoiou a campanha “Novembro Azul”, dedicada às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. Colaboradores do CRER e HDS, hospitais administrados pela AGIR, aderiram e abraçaram a campanha e vestiram uma peça de roupa na cor da campanha. Fachada do CRER durante a campanha 12 REVISTA AGIR Conselho da AGIR Os conselheiros da AGIR, gestora do CRER, do HDS e do HUGO2 se reuniram em novembro, 26, para fazer um balanço das ações desenvolvidas frente às respectivas unidades hospitalares e também para definir o planejamento estratégico do ano 2015. Saúde Jornada Científica do HDS A 1ª Jornada Científica do HDS - Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta aconteceu no dia 28 de novembro. O evento, destinado a estudantes e profissionais da área da Saúde e Reabilitação, contou com palestras de diversos temas relacionados à saúde do idoso na sociedade contemporânea. A programação discutiu assuntos de grande relevância, como os desafios para nova geração de idosos, hanseníase nos dias atuais, envelhecer com saúde e qualidade de vida, reabilitação de pacientes com incapacidade, prevenção de quedas, os cuidados com a pele, entre outros. A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro Costa, pontuou o elevado nível científico do evento. “O sucesso da 1ª Jornada Científica do HDS é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pela AGIR à frente da Instituição, além de reafirmar o compromisso com o ensino, pesquisa e desenvolvimento”. A primeira edição da Jornada Científica do HDS reafirma o compromisso da AGIR com o ensino, pesquisa e desenvolvimento do seu quadro de colaboradores, com foco na contínua melhoria do atendimento ao paciente. Representantes das Instituições de Saúde e Sindicatos de Classe reuniram-se no Auditório Valéria Perillo, CRER, na manhã de 26 de novembro, para um fórum de discussão sobre a jornada de trabalho e outros assuntos de interesse dos empregados. Resíduos Sólidos A Comissão de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Saúde (CGRSS) do CRER promoveu uma campanha sobre segregação dos resíduos sólidos, envolvendo os colaboradores de todos os setores do hospital. A ação aconteceu no período de 25 de novembro a 11 de dezembro, passado. Darlan Dias Santana, Coordenador Administrativo do HDS, Cintya Louza Gondim, Supervisora de Reabilitação, João Alírio Teixeira, Superintendente Técnico de Reabilitação da AGIR, e Mônica Ribeiro Costa, Diretora Técnica do HDS. REVISTA AGIR 13 Resumo Ouvidoria As ouvidoras Ivana Santos (CRER) e Dilvana Nunes (HDS) participaram no dia 02 de dezembro do 4º Encontro da Ouvidoria do SUS do Estado de Goiás. Com o tema: “Qualidade no Processo de Trabalho de Ouvidoria”, o curso foi ministrado pela gerente de ouvidoria Alessandra Rodrigues de Almeida. Promovido pela Gerência de Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho, o evento possibilitou a integração dos Ouvidores e Interlocutores da rede de Ouvidoria do SUS. Já no período de 09 a 12 de dezembro, em Brasília, as ouvidoras Ivana e Dilvana participaram da III Semana Nacional de Ouvidoria do SUS, promovida pelo Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS, unidade da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, com o objetivo de alinhar as práticas das Ouvidorias que fazem parte do Sistema Nacional de Ouvidorias do SUS, visando seu fortalecimento por meio de concepções e ações integradas, além de promover o balanço das atividades de 2014 e as propostas para o planejamento de 2015. Ivana Santos (ouvidora do CRER) e Dilvana Nunes (ouvidora do HDS). 14 REVISTA AGIR Esclerose Múltipla A Associação Goiana de Esclerose Múltipla (Agem) realizou no CRER, em 28 de novembro, o VI Seminário “Esclarecendo e Divulgando a Doença Esclerose Múltipla”. O objetivo do evento é informar as pessoas sobre doenças raras e ajudar os portadores a buscar o tratamento precoce. Estima-se que cerca de 6% a 8% da população seja portadora de doenças raras. Só no Brasil, o número chega a 30 mil pessoas. A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória, de degeneração progressiva. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que ela possa ser genética, tanto hereditária quanto a partir de uma mutação de genes. O tratamento gira em torno da melhoria da qualidade de vida, por ser uma doença que não tem cura, e é específico a cada indivíduo. Dia da Pessoa com Deficiência O CRER preparou uma programação especial em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 03 de dezembro. Na tarde do mesmo dia, o psicólogo Jorge Antônio Monteiro, do Instituto Olhos da Alma Sã, ministrou a palestra: “Sou Diferente, qual o problema? - As formas de convívio da pessoa com deficiência”. Antecipando a palestra houve uma atração cultural de expressão corporal, apresentada por pacientes do CRER Na manhã do dia 04, no Parque Lago das Rosas, aconteceu um evento de conscientização com a presença de pacientes, população em geral, Treino de Muay Thai voluntários, colaboradores das áreas multiprofissionais e do setor de odontologia. Várias atividades lúdicas, educacionais e terapêuticas foram realizadas no local como: Balet Infantil, Alongamento, Muay Thai, dicas de higiene e saúde bucal, dentre outras. A equipe de odontologia estava toda fantasiada, o que alegrou a criançada e contribuiu para um evento especial e inclusivo. O cantor Adalto Bento Leal apresentou belas músicas e contagiou os presentes. Aos participantes foi oferecido um saboroso café da manhã pela equipe do grupo voluntário Coletando Sorrisos. Harvard Acreditado Pleno O CRER recebeu no dia 03 de dezembro, passado, o certificado de Acreditação Plena - Nível 2 concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A entrega foi realizada pela Gerente Corporativa de Qualidade Janaína Ogando Cherubin, representante do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), instituição acreditadora credenciada. O evento foi realizado no auditório Valéria Perillo, na instituição, com a presença do governador Marconi Perillo, do então secretário de saúde Halim Girade, dos colaboradores e pacientes do hospital e conselheiros da AGIR. Com essa certificação, o CRER se tornou o primeiro hospital de Goiás acreditado pleno. A ONA é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que certifica a qualidade do serviço da saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. A organização tem por objetivo promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde, tendo como foco a melhoria da qualidade da assistência no País. A finalidade da análise pela qual o CRER passou, em setembro deste ano, seria para Nível 1. No entanto, a avaliação feita pelo IQG verificou que, além de atender aos critérios de segurança estabelecidos pelo nível 1 da ONA, o CRER apresenta uma gestão integrada com os processos e plena comunicação entre as atividades. Concluiu-se então que o CRER é apto a Acreditação Plena - Nível 2. A solenidade contou com apresentação do músico e compositor Marcus Biancardini, um dos principais nomes virtuosos da viola brasileira. Final de ano Pelo terceiro ano consecutivo, o Serviço de Voluntariado do CRER colocou à disposição de interessados cartinhas escritas pelos pacientes, com pedidos ao Papai Noel. A entrega dos presentes, com a presença do “Bom Velhinho” aconteceu no dia 22 de dezembro, no auditório do CRER. Além da participação de colaboradores e voluntários na “adoção” das cartas, a empresa Musical Roriz aderiu à campanha e realizou o sonho de 10 pacientes que pediram um violão. Antecipando a entrega de presentes, a programação de final de ano foi marcada por uma série de apresentações. No dia 16, o músico Tom Chris abriu o calendário festivo com seu show. A dupla Nilton Pinto e Tom Uma equipe de profissionais do CRER, liderados pela diretora multiprofissional de reabilitação, Sônia Helena Adorno de Paiva, participou de 04 a 06 de dezembro do curso Clinical Assessmentes and Intervention Updates in Neurorehabilitation na Universidade de Harvard em Massachusetts, Estados Unidos. A participação, que teve por objetivo estabelecer parceria técnica científica entre as instituições, partiu de um convite feito pela equipe organizadora do evento depois de conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Clínica de Neuromodulação do CRER. A equipe goiana, além da participação no curso também foi convidada a fazer uma visita técnica, ao longo de dois dias, no hospital da Escola de Medicina de Harvard, para estreitar mais o contato com profissionais americanos e apresentar alguns trabalhos científicos desenvolvidos no centro de reabilitação goiano. Carvalho arrancou gargalhadas de pacientes, colaboradores e amigos, no dia 17, e, no dia seguinte, o consultor Wesley Amaral ministrou a palestra motivacional “Desafiando Gigantes”. Para encerrar a semana, no dia 19, foi realizado o tradicional Culto Ecumênico de Natal do CRER, com a participação do Coral Crer em Canto e colaboradores palestrantes, que representaram as religiões católica, espírita e evangélica. Já no HDS-Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta, uma Missa Especial de Natal foi celebrada, no dia 23 de dezembro, pelo Padre Hélio Pereira para agradecer as conquistas de 2014 e fazer votos para 2015. Ao final da celebração, pacientes apresentaram belíssimas canções natalinas emocionando todos os presentes. u NOSSOS AGRADECIMENTOS AOS PARCEIROS QUE NOS APOIARAM: Boutique do Sapato Buriti Shopping Casas Goianita Ceasa Espaço Feminino La Rosé Jorge e Mateus JR Salgados Lagoa Thermas Parque Livraria Nobel Los Piccolos Musical Roriz Nilton Pinto e Tom Carvalho Pousada dos Pirineus Refrescos Bandeirantes Saga Citroen Santarém Bar e Restaurante Snow Bowling Spa Jaó Tom Chris Tudo Chevrolet Wesley Amaral REVISTA AGIR 15 Resumo Passeio e presentes Os pacientes do HDS fizeram a troca dos presentes de amigo secreto no dia 23 de dezembro. A atividade fez parte da programação de final de ano do hospital. Para a psicóloga Clédma Ludovico, supervisora de reabilitação psicossocial, a brincadeira trouxe integração e alegria para os pacientes. Para a compra dos presentes, acompanhados por uma equipe multiprofissional, os pacientes internos fizeram um passeio, no mês de dezembro, ao Shopping Flamboyant. Encantados com a decoração de Natal, tiraram fotos ao lado do Papai Noel e fizeram um lanche na praça de alimentação oferecido pelo McDonald’s. Natal de pacientes internados do CRER O Natal é uma data cheia de significados. O nascimento de Jesus nos remete a sentimentos de esperança e renovação. Mesmo em um ambiente hospitalar, os pacientes internados no CRER comemoraram o Natal e seu verdadeiro significado. Primando pela humanização dos serviços prestados, a equipe Multiprofissional de Reabilitação proporcionou aos pacientes e seus acompanhantes atividades lúdica para que todos pudessem vivenciar o clima natalino. No dia 25 de dezembro, o grupo Encontro Especial de Natal, composto por psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, realizou um amigo secreto de “Desejos para 2015”, onde os pacientes fizeram votos de feliz natal e Ano Novo. Para alegrar o encontro, a dupla Montana e Rafael e o sanfoneiro Pedro cantaram e tocaram diversas canções. Para a psicóloga do CRER Natália Graziani, a atividade foi um momento de integração e alegria para todos os presentes. 16 REVISTA AGIR Virada Pacientes, acompanhantes e colaboradores que estiverem no CRER na virada do Ano desfrutaram de um cardápio especial, balanceado e saudável. Entre os pratos preparados pelo Serviço de Nutrição do CRER, servidos na “Ceia da Virada do Ano”: lombo suíno recheado; arroz com lentilha; feijão de caldo; farofa doce com bacon e saladas diversas. Para a sobremesa, a Nutrição preparou uma farta mesa de frutas. Para a nutricionista Moara Jaime de Pina, supervisora de Nutrição Dietética do CRER, esta é uma forma de proporcionar bem-estar ao paciente, acompanhante e colaborador e oferecer um ambiente mais próximo de sua casa. Como não poderia deixar de ser a chegada do novo ano também foi comemorado pelos colaboradores e pacientes internos do HDS. A festividade, promovida pelos colaboradores do hospital, contou com uma mesa farta de doces e frutas, além de taças e refrigerantes em que brindaram 2015 de muita paz, saúde, harmonia e muitas alegrias. Representantes da Alta Direção Em janeiro, foram nomeados os novos representantes da Alta Direção do CRER para a Comissão da Qualidade. O grupo é responsável por certificar que os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade sejam estabelecidos, implementados e mantidos; analisando as ações de qualidade, gestão de riscos e segurança do paciente. A equipe de Qualidade da Alta Direção do CRER é formada pelos colaboradores: (esq. p/ dir.) Renata Miashiro Borges (secretária geral); Paula Francielle Tavares (enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente – NUSP); Viviane de Queiroz (gerente de enfermagem); Jeandro Marques (assistente da qualidade); Juliana Xavier ( gerente de RH – CRER); Veruska Ariadna da Silva (gerente de RH– AGIR); e Thaís Nasser (gerente de fonoaudiologia). Secretário da Saúde O secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela visitou, no dia 22 de janeiro, o Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS). Acompanhado pelos superintendentes da AGIR, Fause Musse, de Relações Externas, e Sérgio Daher, Executivo , e pela Diretora Técnica do hospital, Mônica Ribeiro Costa (foto), ele elogiou o esforço da AGIR para adaptar as antigas instalações e garantir condições de trabalho aos profissionais de saúde até que seja construído, no local, o complexo que vai contar também com o Hospital do Idoso e o Hospital do Homem. As obras fazem parte de compromisso firmado durante a campanha eleitoral pelo governador Marconi Perillo. No dia 23, Leonardo Vilela visitou pela primeira vez o CRER e afirmou que a unidade é prova de que o Governo de Goiás encontrou o modelo adequado para gerenciar a Saúde pública. “Eis a prova de que o Estado acertou”, disse o secretário. Esta foi a primeira visita do secretário ao CRER desde que tomou posse como titular da pasta da Saúde, em janeiro deste ano. “Impressiona o estado de conservação da parte mais antiga do prédio, que já tem 12 anos. Se fosse naquele modelo antigo de gestão, já teriam começado a aparecer goteiras, infiltrações e equipamentos quebrados, amontoados no canto”, disse. Serviço de Odontologia do HDS No CRER, o secretário também conhece os serviços Oficina da Oficina Ortopédica Música no HDS O cantor Gustavo Rocchi apresentou-se no HDS, em 16 de janeiro, fazendo a alegria dos pacientes internos do hospital com tradicionais modas de viola. O evento faz parte do calendário de ações promovidas pelo hospital, com o objetivo de proporcionar momentos de descontração aos pacientes e colaboradores. REVISTA AGIR 17 Resumo Redes socais Método PECS Colaboradores do setor multiprofissional do CRER participaram, em 27 de janeiro, do curso de capacitação PECS - Sistema de Comunicação por Troca de Figuras, que consiste em um método capaz de auxiliar pessoas com dificuldade de comunicação ou com autismo a se comunicar de forma funcional, por intermédio da troca de figuras. O curso, que visa capacitar os profissionais da área multiprofissional de reabilitação, foi ministrado pela palestrante Soraia Vieira. Fonoaudióloga, Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade de Londres, Soraia tem mais de treze anos de experiência trabalhando com crianças e adultos com dificuldades de comunicação. Informativo AGIR A AGIR agora tem o boletim informativo online que, quinzenalmente, divulga as principais notícias do CRER, HDS e HUGO 2. Quer receber e ficar por dentro do que acontece nas unidades administradas pela AGIR? Acesse no site: www.agirgo.org.br 18 REVISTA AGIR Por questões institucionais, a página no Facebook do CRER passou, desde janeiro, a ser AGIR, publicando posts referentes não somente ao Centro de Reabilitação, mas também compartilhando as principais ações do HDS e do HUGO2, ambas as unidades hospitalares sob a gestão da AGIR – Associação Goiana de Integralização e Reabilitação. Nosso objetivo é fortalecer nossos canais de comunicação com toda a sociedade e prestar contas dos nossos serviços oferecidos aos 246 municípios goianos e de outros estados da federação. A AGIR, personalidade jurídica de direito privado, com fins não econômicos, é qualificada como Organização Social pelo decreto estadual nº 5591/02 e reconhecida como entidade de utilidade pública e de interesse social por força do artigo 13 da Lei Estadual 15.503/05, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério da Saúde. Nossos canais de comunicação na rede são: www.agirgo.org.br; facebook.com/agir.go; twitter.com/twitter.com/agir_go. REVISTA AGIR 19 20 REVISTA AGIR ARTIGO Atendimento precoce e humanizado através de uma abordagem holística: uma parceria da odontologia com o setor multiprofissional de reabilitação Educar e prevenir para um sorriso saudável e expressivo. A atuação conjunta da equipe Multiprofissional de Reabilitação do CRER e da Odontologia iniciou em 2013, quando então, foi selado um compromisso com a equipe de Estimulação Precoce, para juntos realizar uma atuação humanizada, lúdica e contextualizada desde os primeiros passos dos pacientes na Instituição. Surgiu, assim, um trabalho interdisciplinar fundamentado nos princípios da vivência, que tem contribuído, de forma significativa, para a promoção do desenvolvimento global do indivíduo, envolvendo a estimulação de linguagem e a motricidade para um sorriso saudável e expressivo. Essa parceria tem ampliado a integração e comunicação entre as áreas de saúde: Odontologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional, Psicologia dentre outras. Todo este trabalho visa orientar a família com palestras, dinâmicas, vivências corporais e atividades lúdicas que enfatizam o desenvolvimento da linguagem, motricidade, motor oral, crânio facial e o processo de higienização das estruturas do complexo oromiofuncional. Com isso, o CRER atesta sua excelência no que diz respeito aos atendimentos clínicos, pois atua de maneira integral e multidisciplinar. Nos dias de hoje é de extrema importância a atuação interdisciplinar, que inclui profissionais da saúde de diferentes áreas integrados em um propósito único de beneficiar e melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. A assistência interdisciplinar tem se tornado cada vez mais relevante, especialmente nos diagnósticos precoces e em planejamentos terapêuticos, minimizando as possibilidades de agravos e de perdas funcionais, difíceis de serem solucionadas. Dentre as áreas da saúde que desenvolvem papéis importantes, estão a Odontologia e a Fonoaudiologia, que, em conjunto com os os profissionais: técnica de saúde bucal, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo dentre outros, podem proporcionar tratamentos completos ao considerar seu paciente no contexto ambiental, psicossocial e econômico. A visão da integralidade do indivíduo no trabalho em equipe multidisciplinar é de fundamental importância no tratamento dos pacientes. Portanto, os benefícios são garantidos com uma atuação que transpassa a teoria e, de fato, favorece o indivíduo no seu meio sócio cultural. No entanto, a partir do momento em que se realizam atividades de orientação, em relação ao processo de higienização e de desenvolvimento das estruturas do sistema estomatognático (conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tendo como característica constante a participação da mandíbula), promove-se a dessensibilização deste sistema a fim de garantir a adequação no funcionamento da respiração, sucção, mastigação, deglutição e fala. Camilla Luiza Rodrigues Costa Fernanda Barbosa Afonso Letícia de Paula Cauhi Márcia Rodrigues Pinto Soares Divaina Alves batista Sônia Helena Adorno de Paiva Thaís Nasser Sampaio Vilma Inutuka Pereira Rocha REVISTA AGIR 21 ARTIGO Apoio da família na reabilitação auditiva A deficiência auditiva caracteriza-se pela privação sensorial que afeta o desenvolvimento da função auditiva e da linguagem oral, podendo trazer implicações emocionais, educacionais, sociais e culturais, principalmente na população infantil, o profissional da área de reabilitação deve considerar fatores que podem influenciar nos resultados. Desta forma, em relação ao envolvimento da família, é de extrema importância entender seu papel e identificar as mudanças e dificuldades na vida diária, descrever as estratégias de enfrentamento e os elementos facilitadores, conhecer os sentimentos que permeiam o conviver com a deficiência auditiva na infância, e conhecer a estrutura e a dinâmica do funcionamento familiar, para promover o sucesso no processo de habilitação auditiva e de linguagem. É imprescindível conscientizar a família a participar do desenvolvimento linguístico da criança, e trabalhar as habilidades de comunicação, porque seu papel como principal ator no processo de reabilitação e constante estimulação se mostra evidente. Com os avanços tecnológicos e a conscientização da população, o diagnóstico e a intervenção, junto às pessoas com deficiência auditiva 22 REVISTA AGIR estão ocorrendo cada vez mais precocemente. Para crianças com idade entre zero a cinco anos é fundamental que a reabilitação esteja centrada no contexto familiar. Como já foi dito, o papel dos pais e dos familiares na reabilitação da criança com deficiência auditiva é de fundamental importância para o sucesso de qualquer proposta educacional ou terapêutica. No dia 01 de junho de 2012, o CRER foi habilitado junto ao Ministério da Saúde a realizar cirurgia de implante coclear, procedimento de alta complexidade que se mostra altamente efetivo no tratamento de pacientes com perda auditiva neurossensorial de grau severo e/ou profundo bilateral. Logo após a habilitação, já em 29 de junho do mesmo ano, o hospital realizou as duas primeiras cirurgias. O implante coclear torna possível à criança viver no mundo com menor dificuldade, independente e com mais chances de um futuro pessoal, social, acadêmico, e profissional de sucesso como qualquer outra. Os profissionais envolvidos na reabilitação de crianças usuárias de implante coclear consideraram que este processo é complexo pela interação de variáveis que podem interferir no desempenho da criança implantada como: a idade que a criança realizou a cirurgia; o tipo de implante; o tempo de surdez e a estratégia de codificação de fala; a etiologia da surdez; o tempo de uso do dispositivo e o envolvimento da família. Por tal complexidade, orientam os pais sobre aspectos relacionados à deficiência auditiva e fornecem material atualizado de leitura, visando aumentar o conhecimento sobre a área, ampliando a participação completa no processo terapêutico A criança que recebe afeto e orientação direcionada poderá aprender a se comunicar por meio da audição e fala. Pais com resistência em aceitar a criança com deficiência auditiva podem apresentar dificuldade para estimulá-la, prejudicando assim seu desenvolvimento. Famílias que aceitam a criança com a deficiência auditiva e conseguem internalizar as estratégias, aproveitando as situações do dia a dia para construir um ambiente adequado para a linguagem, conseguem minimizar as dificuldades da deficiência auditiva gerando resultados positivos neste processo. Fernanda Barbosa Afonso Giane Passos Lozi de Andrade Divaina Alves Batista Sônia Helena Adorno de Paiva Thaís Nasser Sampaio TERCEIRO SETOR A solidariedade que busca coletar sorrisos P Por: Naicléia Silva rojeto social é um exercício de cidadania que permite a transposição de barreiras em benefício do outro. Exemplo disso é o projeto Coletando Sorrisos, um trabalho voluntário desenvolvido pelo casal Wanessa Souza, 34, e Rodrigo Gonçalves Dias, 30. Com esforço e dedicação, eles ajudam aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social. O trabalho teve início em maio de 2014, inúmeras pessoas já foram contempladas com as doações. De acordo com Wanessa, aproximadamente 20 pessoas são beneficiadas por mês. O Coletando Sorrisos é uma iniciativa que tem como propósito ajudar moradores de rua, família e crianças carentes, ajudando a diminuir as desigualdades sociais. Wanessa conta que a vontade de ajudar o próximo surgiu na infância. “Desde pequena tinha um dom de ajudar as pessoas. Eu não tinha muito, ou melhor, quase nada, mas mesmo assim eu queria fazer algo para ajudar alguém. Sempre vasculhava as minhas gavetas a procura de algo que estivesse ocupando espaço, algo que não usava mais e que poderia servir em alguém”. O nome do projeto surgiu após várias pesquisas feitas por Wanessa. “Queria um nome que combinasse com a ideia, um nome acolhedor. Foi aí que surgiu o Coletando Sorrisos”, conta. O Coletando Sorrisos não é apenas um projeto a mais, mas sim uma ação de apoio e mobilização promovendo interação e assistência social. A idealização e execução do projeto surgiu após um acontecimento inesperado na vida do casal. No dia 06 de novembro de 2010, Rodrigo realização de eventos beneficentes, na distribuição de brinquedos, entre outros. se envolveu em um grave acidente. O caminhão que ele dirigia colidiu com duas carretas, Rodrigo ficou preso nas ferragens em um penhasco e teve vários ferimentos. Após o acidente, ficou 16 dias na UTI, passou por 11 cirurgias. Hoje, mesmo com dificuldades para andar tem disposição para ajudar a esposa nas atividades voluntárias. Wanessa e Rodrigo são um casal de fé, mesmo com todos esses acontecimentos não deixaram de acreditar em Deus. Após tudo isso, consolidaram a iniciativa, criaram uma página no Faceook, onde é postado os pedidos de ajuda e o interesse das pessoas em doar. Wanessa vai ao encontro dos interessados e recebe as doações, em seguida faz uma triagem na qual identifica quais são as reais necessidades daquelas pessoas, grupo ou organização social que receberá a ação voluntária. A equipe conta com dez pessoas, incluindo os filhos do casal, Camila Amanda, 10 e Guilherme Henrique, 14. Quem recolhe as doações e distribui é Wanessa, juntamente com o esposo e os filhos (foto). Os outros voluntários da equipe ajudam na PRIMEIRO EVENTO Foi no CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, que o Coletando Sorrisos realizou a primeira ação beneficente. Em outubro de 2014, Rodrigo estava internado no hospital para realizar uma cirurgia e ficou sabendo que a instituição realizaria um evento especial em comemoração ao Dia das Crianças. Foi então que Wanessa se dispôs a ajudar, postou pedidos de ajuda nas redes sociais, conseguiu arrecadar vários mantimentos, lanches, refrigerantes e assim contribuiu com o evento do CRER. Há um ano o Coletando Sorrisos distribui doações em várias partes de Goiânia, sendo que os desafios ultrapassam a difícil tarefa de arrecadação. “O maior desafio foi aprender a lidar com a tristeza que senti ao conviver com a realidade dos moradores de rua. Me lembro que no primeiro dia que eu e meu esposo saímos com um grupo de amigos para distribuir comida pelas ruas de Goiânia, quando terminamos as entregas, a caminho de casa, não contive as lágrimas,” relata Wanessa. Valorizar, estimular e reconhecer ações de voluntariado são gestos que promovem o comprometimento. A doação é um ato que muda a realidade de uma sociedade Interessados em ajudar o projeto podem acessar a página www.facebook. com/coletandosorriso para conhecer melhor sobre o Coletando Sorrisos e identificar as maneiras que podem contribuir. REVISTA AGIR 23 ESPAÇO DO PACIENTE JOVEM DE GARRA Conheça a história da jovem carismática e de bem com a vida Por: Naicléia Silva S “ ou feliz, alegre e amo meu Deus, vim a este mundo para brilhar e fazer a diferença!” Palavras que descrevem a personalidade e o estado de espírito da doce Nicolly Rosceli Lopes Silva, 13 anos. Uma jovem extremamente carismática e de bem com a vida, que entre sorrisos e empolgação contou a sua história de vida. É paciente desde o primeiro ano de vida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo - CRER. Como todo adolescente, vive cada minuto de forma intensa. “Adoro ir ao cinema, conversar com os amigos,” afirma Nicolly. Quem ajuda a contar a trajetória de vida da jovem é a sua mãe, Vanusia Lopes de Oliveira, 41, uma mulher guerreira que tem a filha como principal companheira. O dia a dia da jovem é regado de muito amor, carinho e atenção 24 REVISTA AGIR dada pela família, que oferece todo apoio necessário para que Nicolly possa alcançar seus objetivos. Nicolly nasceu em 14 de outubro de 2001, na semana das crianças. “Foi meu presente enviado por Deus”, afirma a mãe. Nick, apelido carinhoso dado pela família, nasceu com Síndrome de Down, um distúrbio genético causada pelo cromossomo 21, Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. “Fiz todo o pré-natal perfeitamente e nada foi constatado”. diz a mãe. A síndrome de Nicolly só foi diagnosticada após o nascimento, fato que gerou surpresa para a mãe, já que durante o pré- natal não havia suspeita de nenhuma alteração. Vanusia não tinha conhecimento sobre a Síndrome, e uma aflição tomou conta dela naquele momen- to, ainda no hospital. Foram as palavras do marido que acalmaram o coração de Vanusia. Quando ligou para o esposo e falou sobre a síndrome da filha, ouviu as seguintes palavras: “Amém por isso, pois para mim não importa, eu vou amá-la ainda mais”. “Após ouvir as palavras do meu marido, percebi que Deus tinha um propósito em nossas vidas e que nesse propósito o Senhor estava incluindo a Nicolly”, afirma a mãe, que lembra com lágrimas nos olhos. Durante os primeiros meses da Nicolly eram os pais quem ensinavam pequenos aprendizados para a filha. “Ensinávamos tudo o que podíamos e sabíamos”, conta a mãe. Nicolly começou a fazer terapias no CRER com um ano e dois meses. Ela recebe acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e realiza “ Sou feliz, alegre e amo meu Deus, vim a este mundo para brilhar e fazer a diferença! “ vários tipos de atividades, como, equoteparia, tereapia ocupacional, estimulação precoce, estimulação oral e gráfica. “Graças ao atendimento recebido no CRER, minha filha tem evoluído, foi na instituição onde Nicolly deu os primeiros passos sem apoiar em nada”, diz Vanusia. Com a assistência recebida do CRER, Nicolly ultrapassou seus obstáculos, conseguiu com o passar dos anos vencer as dificuldades de cognição, consegue interagir com os amigos na escola e com a família. Um acontecimento inesquecível na vida da jovem foi a primeira viagem de avião para Fortaleza no mês de férias. “Lembro o tempo todo, foi uma viagem maravilhosa!”, afirma Nicolly. Hoje, aos 13 anos, Nicolly faz o 7° ano do Ensino Fundamental e se define como uma aluna exemplar. “A matéria que mais gosto é Língua Portuguesa, já Matemática é a matéria que mais tenho dificuldades”, confessa. A jovem tem algumas paixões na vida, entre elas jogos eletrônicos, praticar esportes, jogar vôlei, tênis e basquete. “Sou bem eclética, gosto de fazer várias coisas”, diz Nicolly. Como toda menina tem seu lado vaidoso, gosta de maquiagem e não sai de casa sem batom. Entre seus sonhos, está o desejo de entrar para universidade. Ela se divide entre a vontade de ser professora de educação física e ser atriz. TRATAMENTO NO CRER São mais de 11 anos fazendo tratamento no CRER. Os pais, gratos à família e aos profissionais que contribuíram e contribuem na evolução e sucesso da filha, fazem questão de manifestar o reconhecimento e gratidão. “Queremos agradecer aos nossos familiares e a todos os profissionais do CRER que cuidaram e cuidam da Nick. Que Deus os façam sempre homens e mulheres de sucesso, que vocês sejam muito felizes”, são palavras de agradecimento de Vanusia Lopes e José Ricardo, pais de Nicolly. REVISTA AGIR 25 É BOM SABER Sobre duas rodas: sequelas da imprudência Estatísticas evidenciam que motociclistas são os mais afetados pela falta de segurança no trânsito. Adaptação de texto do site Goiás Agora O rivaldo Fernandes, e Diego Oliveira não se conhecem, estão vivendo diferentes fases na vida, mas possuem um fato marcante em comum: são vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motos, e hoje se dedicam à recuperação dos movimentos que foram comprometidos; esforçam-se diariamente para vencer as sequelas que mudaram completamente suas vidas. Aquilo que, a princípio, poderia ser entendido como uma coincidência, tornou-se uma estatística preocupante nas grandes cidades brasileiras. Nos últimos dez anos, compreendidos entre 2003 a 2012, os acidentes de trânsito ocuparam a segunda colocação entre as principais causas de mortes provocadas por fatores externos, ceifando mais de 393 mil vidas. Em Goiás, no mesmo período, 16.846 pessoas perderam suas vidas em decorrência da gravidade dos acidentes. Quando conseguem superar o impacto das colisões, as vítimas passam a depreender uma nova energia em suas vidas; a de superação, em um verdadeiro processo que refaz completamente sua existência e a de todos ao seu redor. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas em 2001 foram gastos R$ 5,3 bilhões com custos de saúde gerados pelos acidentes de trânsito, o que, à época, foi equivalente a 0,4% de todo Produto Interno Bruto Nacional. Dados como esse integram o Boletim Epidemiológico de Acidentes de Trânsito, produzido pelo Obser26 REVISTA AGIR vatório da Mobilidade Urbana, um órgão estadual, instituído por decreto em 2012, e que congrega ações das Secretarias da Saúde (SES); das Cidades, Infraestrutura e Região Metropolitana (Sicam); Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Detran Goiás. Criado para embasar estudos que proponham melhorias no trânsito nos quesitos segurança e mobilidade urbana, o Observatório tem pautado suas ações estabelecendo parcerias com os poderes públicos municipais. Segundo explica a coordenadora de vigilância de violências e acidentes, Maria de Fátima Rodrigues, dados levantados no sistema do seguro DPVAT mostram que 60% dos envolvidos em acidentes no Brasil ficam inválidos. “Conseguimos traçar o perfil das maiores vítimas dos acidentes de trânsito e concluímos que eles são jovens do sexo masculino, na faixa etária dos 20 a 39 anos, motociclistas e em plena fase produtiva de suas vidas”, evidencia Maria de Fátima. MUDANÇA BRUSCA DE PERCURSO Aos 18 anos, Diego Henrique Oliveira foi atropelado por uma carreta enquanto percorria o caminho habitual que o levava da casa para o cursinho, em sua motocicleta. O rapaz, que à época se preparava para o vestibular em Direito, estava de capacete e dirigia prudentemente em sua via quando o caminhoneiro apareceu repentinamente pela contramão, atingindo Diego e o arremessando 30 metros do local da co- lisão. “A última imagem que tenho registrada do acidente é a da UTI Móvel chegando para me socorrer. Depois disso, eu desmaiei devido à quantidade de sangue que perdi no asfalto”, relata. Passados 14 dias do acidente, Diego acordou do coma na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), sem saber exatamente onde estava, e sem a sua perna esquerda, amputada no segundo dia de internação com autorização de seu pai, devido à gravidade dos ferimentos. “Meu pai não teve escolha, era a minha perna ou minha vida”, recorda o jovem. Após o choque de realidade, Diego ainda levou mais um mês na UTI, e outros dois meses de internação na ala comum até conseguir alta para retornar para casa, com seus sonhos de vestibulando interrompidos bruscamente. (Sobre o motorista da carreta… sabe-se que fugiu do local do acidente, não assumindo a culpa). Hoje, aos 27 anos, Diego é um dos pacientes que semanalmente buscam tratamento no CRER, onde pratica basquete adaptado, academia e hidroterapia. Para canalizar a energia natural da juventude, Diego encontrou no jiu-jitsu um alento, além de um desafio constante. Adaptou os golpes que utilizam as duas pernas para aplicá-los com auxílio dos braços. Treinou, se aprimorou e tem conquistado diversos títulos, inclusive internacionais, nos campeonatos que participa. Detalhe: sempre em combates com lutadores que possuem as duas pernas. “Ouço dos ACERVO PESSOAL meus adversários o quanto me respeitam pela minha deficiência, mas que não me pouparão no tatame. E saio da luta vencedor. É indescritível saber que consegui vencê-los de igual para igual, apenas com a minha técnica e força de vontade”, confessa. Diego se considera muito novo para se aposentar, mas recebe um auxílio doença do INSS que lhe permite suprir o básico. Seu sonho de ser advogado foi substituído pelo de ser professor de Educação Física. “Não tenho direito a ter dó de mim. Não é essa a resposta que espero da sociedade. Apenas busco me adaptar à minha nova condição de vida e descobrir o que de melhor posso tirar disso”, ensina. Diego Oliveira encontrou na luta uma nova motivação UM RECOMEÇO DIÁRIO No dia 10 de março de 2012, Orivaldo Fernando Borges, um empresário do ramo hoteleiro, atravessava a rua na companhia de amigos para tomar um caldo antes de encerrar a noite. Foi quando uma moto desgovernada, com o farol apagado e o motorista visivelmente alcoolizado o atingiu arremessando-o 50 metros adiante, justo quando faltava apenas um passo para alcançar a calçada. O relato desse dia fatídico é feito pela sua filha Rosana Borges, pois o próprio Orivaldo não consegue se lembrar do acidente que lhe causou politraumatismos cranianos, a perda de grande quantidade de massa encefálica, o levou a ficar 32 dias na UTI e a apagar por completo a sua memória passada e recente. “Naquela noite eu perdi meu melhor amigo, meu conselheiro, a pessoa que me apoiava. Hoje, eu cuido dele diariamente, com todo amor que posso dedicá-lo, mas me dói constatar que ele não se lembra que sou sua filha”, desabafa Rosana. A luta do senhor Orivaldo para recuperar as funções básicas como andar sozinho, trocar uma peça de roupa e se alimentar por conta própria virou a motivação de sua família. Como um dos pacientes do CRER, frequenta a unidade quatro vezes na semana onde faz fisioterapia, terapia ocupacional e aguarda uma vaga para a fonoaudiologia. “Seus avanços são celebrados diariamente por todos da família. Lembro quando os médicos convocaram a todos para que despedíssemos do meu pai, pois ele tinha apenas 1% de chance de vida. Portanto hoje reafirmamos a vitória em cada um dos seus avanços”, alegra-se a filha. Nem ela, nem os seus outros três irmãos foram atrás do motociclista responsável por transformar radicalmente a vida de um homem produtivo e cheio de vida. “Resolvemos não saber nada sobre ele. Isso não diminuiria o sofrimento que causou à nossa família, não traria meu pai de volta com sua consciência plena, só causaria ainda mais revolta”, reflete. No entanto, segundo atesta o diretor técnico do Detran Goiás, Horácio Mello e Cunha Santos, os condutores, quando responsabilizados por seus erros no trânsito, tendem a melhorar sua conduta futura, pelo menos na maioria dos casos observados. “Ao atingirem mais de 20 pontos na carteira, eles são obrigados a fazer um curso de reciclagem, momento este que aproveitamos ÂNGELA SCALON Orivaldo Fernando Borges se dedica à reabilitação dos movimentos comprometidos pelo acidente para debater sobre o teor das infrações mais comuns, sobre psicologia no trânsito, conduta consciente do motociclista visto que ele é o mais exposto diante de um acidente, ultrapassagens seguras, entre outros detalhes importantes. Vimos que 95% dos condutores que passam por esse curso não voltam a cometer infrações no trânsito”, calcula Horácio. REVISTA AGIR 27 SUPERAÇÃO Recursos lúdicos na reabilitação de pacientes Site Goiás Agora O s jovens Pablo Azevedo, Thiago Siade e Vitor Fidélis possuem histórias parecidas. Eles foram vítimas de acidentes de moto e tiveram comprometimentos na mobilidade e sensibilidade dos braços. Hoje, como pacientes do CRER, os três se conheceram e compartilham a reabilitação de forma lúdica e divertida. Os jovens participam do laboratório de gameterapia – uma forma complementar de promover a melhoria de pacientes com comprometimentos neurológicos ou ortopédicos utilizando videogames. Considerados vilões no passado por roubarem a atenção exacerbada de crianças, o videogame evoluiu para uma versão mais saudável que permite ao jogador se exercitar enquanto joga. E a área de saúde não se manteve indiferente à essa inovação. Logo buscou meios de inseri-la na promoção da reabilitação de pa28 REVISTA AGIR cientes. O CRER adotou o método há dois anos e, desde então, vem colhendo resultados bastante positivos. USO DO VIDEOGAME Segundo explica o terapeuta ocupacional Leandro Coêlho de Almeida Freire, o videogame começou a ser utilizado de forma terapêutica como um recurso de simulação da realidade, principalmente em pacientes que possuíam certos tipos de fobias, como a de altura ou medo de voar. Conforme a tecnologia foi evoluindo e surgindo novos modelos de videogames foi possível adotá-los de forma complementar às terapias tradicionais. “A gameterapia não é utilizada de maneira exclusiva como recurso terapêutico, mas atuando em conjunto com as outras terapias aplicadas ao paciente”, comenta o terapeuta. Diferente dos aparelhos antigos, que só recebiam comandos por botões do controle, os novos videogames possuem sensores que leem os movimentos. Dessa forma, os jogadores não ficam mais sentados diante do televisor, mas precisam fazer os movimentos compatíveis aos do personagem do jogo para passar as fases. São esses modelos de videogames que foram inseridos como complementares nas terapias. No CRER, a gameterapia foi adotada para atender a dois grupos distintos de pacientes, os que apresentam comprometimento neurológico e os que estão em reabilitação ortopédica, caso dos jovens personagens dessa matéria. “Os pacientes neurológicos, como os diagnosticados com Mal de Parkison, conquistam ganhos na reabilitação cognitiva, promovendo a melhora no esquema corporal e na percep- ção que possuem da lesão que apresentam. Além disso, os jogos ainda ajudam a melhorar a atenção, memória, concentração, raciocínio e a noção de organização. No caso do Parkison, que é uma doença neurodegenerativa progressiva, é possível retardar os sintomas, auxiliando pacientes a realizar atividades do dia a dia”, evidencia Leandro. RESULTADOS COMPROVADOS Com apenas dois meses de tratamento no CRER e sendo submetido a sessões de terapia ocupacional e de gameterapia duas vezes por semana, Pablo Azevedo, de 23 anos, tem conseguido recuperar a mobilidade e a sensibilidade do dedo da mão direita. Vítima de um acidente de moto, o jovem precisou ser submetido a uma cirurgia por conta de uma fratura exposta no braço direito, o que ocasionou na perda da sensibilidade do dedo. Hoje, bastante satisfeito com os resultados, o jovem comemora o retorno da mobilidade e se empenha para recuperar a força da mão lesionada. Já o estudante de Direito Thiago Siade, 26, teve comprometimento nos dois braços ao se acidentar de moto. “Sofri uma luxação no braço direito e tive uma fratura exposta no esquerdo. O resultado foi perda óssea e de força nos membros. Não conseguia mais fechar a mão e firmar as coisas. O braço esquerdo não esticava mais. Foram necessárias oito cirurgias para reparar o dano causado aos meus braços”, recorda. Há cinco meses o estudante é paciente do CRER e, nesse período, já conquistou boa parte da mobilidade e força dos braços. Por duas vezes na semana ele se dedica à terapia ocupacional, gameterapia e à academia. Tudo acompanhado de perto pelos terapeutas da unidade. “Estou me preparando para retomar a faculdade no próximo semestre. Hoje já consigo escrever novamente”, comemora. Ao se acidentar de moto em 2010, Vitor Fidelis da Silva Santos, Terapeuta ocupacional Leandro Coêlho Paciente Pablo Azevedo 19 anos, perdeu parte da mobilidade do braço direito. No ano seguinte buscou tratamento em outras clínicas, até ser encaminhado ao CRER em 2013. Desde então, tem sido submetido à terapia ocupacional , gameterapia e academia, que lhe possibilitaram recuperar o movimento das mãos e a boa parte da mobilidade do braço afetado. “Hoje sinto que minha recuperação está sendo efetiva”, reflete. Sobre a gameterapia, o jovem diz contribuir para a reabilitação de forma divertida. “É uma das terapias que mais gosto”, declara. O terapeuta ocupacional Leandro Coêlho explica que os pacientes advindos do pós-operatório com lesões ortopédicas são avaliados em outras terapias antes de serem aprovados para a gameterapia. “É importante identificar se eles vão conseguir realizar os movimentos pedidos durante os jogos”, comenta. Além de trabalhar a socialização e integração entre os grupos, a terapia com uso do videogame ainda aflora a competitividade saudável entre jogadores e entre si mesmos. “Percebemos que eles querem se superar a cada partida para baterem o recorde do jogo e ainda superar, de forma saudável, os colegas. Uma competitividade que beneficia a todos os envolvidos”, avalia. REVISTA AGIR 29 AGIR EM FOCO CRER em Casa humaniza tratamento Equipe visita casa de pacientes M Site Goiás Agora ariusa Alves da Costa, de 61 anos, recebe em casa, no Setor Norte Ferroviário 2, uma vez por semana a visita de uma equipe de profissionais de saúde do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER). A idosa sofreu um acidente de trânsito há pouco mais de um ano em Araguaína (TO), onde morava, e teve uma lesão na medula espinhal que a deixou tetraplégica. Ela e a família, que viviam em uma chácara naquele Estado, se mudaram para Goiás em busca do tratamento especializado de referência. Após ficar internada por quatro meses no CRER, a paciente teve alta e passou a contar com a assistência do programa CRER em Casa. A equipe é multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, técnicos em enfermagem, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. O serviço é indicado para os pacientes que possuem demandas clínicas, mas que não precisam de internação, uma vez que o tratamento pode ser domiciliar. De acordo com a médica Jackeline Gomes Borges, os pacientes atendidos pelo programa são os que tiveram sequelas neurológicas graves e também as úlceras de pressão, conhecidas popularmente como escaras, que é o caso de Dona Mariusa. O tratamento é humanizado e a participação da família é fundamental para a recuperação. “Cada profissional tem um papel fundamental na adaptação do paciente em sua 30 REVISTA AGIR Equipe visita uma vez por semana casa de pacientes casa e ensina os cuidadores a cuidar do paciente a partir da nova realidade dele. Além disso, o paciente sai do ambiente hospitalar, onde corre risco de infecção hospitalar e passa a receber o atendimento mais próximo da família”, afirma. O terapeuta ocupacional Alberico Jayme Silva tem a missão de readaptar o paciente, de acordo com suas limitações, no ambiente domiciliar. “Nós da terapia ocupacional tentamos tornar esse indivíduo o mais independente possível na sua realidade. No caso da Dona Mariusa, ela é cadeirante com uma lesão alta, e trabalhamos com adaptações para que consiga comer sozinha, escovar os dentes, fazer coisas simples do seu dia a dia, locomover-se com a cadeira de rodas, por exemplo”, comenta. Graças aos esforços desta técnica e também da fisioterapia, ela conseguiu recuperar o movimento de parte dos membros superiores e hoje é considerada paraplégica. A evolução da função motora é uma conquista para a equipe. COMODIDADE Filha da idosa, a cabeleireira Márcia Alves Ferreira conta que a mãe estava no banco do passageiro de uma pick-up que foi colhida por uma carreta na rodovia. Ela foi submetida a uma cirurgia em um hospital particular da capital e depois encaminhada ao CRER. Márcia aprendeu a cuidar da mãe, que está acamada, com a orientação dos profissionais que fazem a visita regularmente. “Todos são carinhosos e dão atenção o máximo que podem. Todas as dicas que eu preciso eles me passam. Quando eles não vêm, eu faço todos os curativos. É bem melhor quando eles vêm aqui porque não tenho o trabalho de me deslocar até lá. Antes eu pegava táxi. Para nós facilitou bastante”, avalia. “É maravilhoso. (Eles) Cuidam direitinho de mim. Eu não comia, não mexia as minhas mãos, hoje estou quase fechando elas de novo”, diz Mariusa. Atendimento proporciona qualidade de vida A segunda visita do dia é na casa de Augustinho Pereira Lima, de 68 anos, na Vila Redenção. Ele é portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que ganhou fama recentemente, depois que artistas aderiram à campanha de divulgação nas redes sociais, desafiando uns aos outros a jogar um balde de água fria na cabeça. A ideia era angariar doações para ajudar os doentes. O diagnóstico de Seu Augustinho veio há cerca de dois anos. Ele e a mulher, Vera Lúcia da Silva Inácio, moravam em Jussara e também se viram obrigados a mudar para a capital. Com as funções motoras comprometidas, o paciente não consegue andar, está perdendo a força das mãos e respira 24 horas com a ajuda de um aparelho mecânico, que só é retirado durante o banho. O equipamento é doado pelo Ministério da Saúde. Jackeline diz que ele tem conhecimento de que a ELA é progressiva. Sendo assim, como ressalta Jackeline, a maior preocupação da equipe é oferecer-lhe qualidade de vida. “Nosso trabalho é tentar dar o máximo de qualidade de vida possível a ele, além do suporte psicológico. Quando ele pede para sair, tentamos viabilizar para que possa aproveitar o máximo possível. O Seu Augustinho queria pescar e autorizamos. A família foi orientada a lidar com o respirador”, relata. O aparelho funciona à base de energia elétrica, mas também pode ser ligado a uma bateria e, caso a carga acabe, a alternativa é utilizar o balão portátil de oxigênio. Ele foi até Matrinchã, a 244 quilômetros de Goiânia, em agosto de 2014 e pescou na beira do rio. Além da adaptação para a pescaria, Alberico também fez um suporte de mesa para que o idoso pudesse jogar baralho, outro de seus hobbies, e assim garantir que ele possa ter momentos de lazer e interação Profissionais aferem pressão do paciente com a família. No caso dele, por se tratar de uma doença progressiva, os fisioterapeutas sabem que não há avanços na função motora, portanto a estagnação do quadro é o objetivo. Em função da traqueostomia realizada para o uso do ventilador mecânico, é preciso ter um maior cuidado em relação à higiene brônquia e à limpeza de secreções. Para o fisioterapeuta Renato Soares de Melo e Lima, o CRER em Casa é um diferencial. “Se não tivesse esse serviço, eles poderiam estar em UTIs, é um estímulo totalmente diferente para o paciente porque, cercado da família, ele se sente mais confortável e a recuperação é até mais acelerada, às vezes”, pontua. CUIDADOS A enfermeira Ananda de Oliveira orienta os familiares sobre os cuidados com a higiene pessoal, feridas, traqueostomia, curativo, higiene oral, manutenção e limpeza de aparelhos, entre outros. Ela acredita que, em casa, os pacientes se sentem mais satisfeitos e mais confiantes. “Pra gente é muito gratificante. Acho que o programa está atingindo a sua meta, que é a desospitalização”, analisa. A esposa de Seu Augustinho, Vera Lúcia da Silva Inácio, é a sua cuidadora. “Está sendo muito bom esse atendimento porque dependemos de alguém para dirigir para irmos até o hospital. Então, ter esse atendimento do CRER em Casa para mim é muito importante. Eles se tornaram uma família pra gente”, assinala. Ao longo da entrevista, Seu Augustinho se emocionou algumas vezes. Mas conseguiu definir o que a “turma”, que o visita desde o dia 7 de junho de 2014, representa na vida dele. “Essa equipe foi Deus que mandou, é muito especial”, diz. PROGRAMA Criado em março de 2014, o programa atende 42 pacientes por mês, com capacidade para chegar a 60 atendimentos. Com o CRER em Casa, o paciente tem significativa redução do risco de complicações decorrentes de longa internação, como infecção hospitalar, por exemplo. Outro importante benefício da desospitalização é a abertura de leitos para novos pacientes que necessitam do tratamento especializado e de alta complexidade que o CRER oferece. Como impacto social, há uma otimização na fila de espera daqueles que aguardam vaga para atendimento. A iniciativa também resulta em desoneração do Sistema Público de Saúde e redução dos custos hospitalares. REVISTA AGIR 31 HDS EM PAUTA Ambulatório de feridas é reformado e dobra capacidade de atendimento R ecém-reformado, o ambulatório de feridas crônicas do HDS – Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta agora conta com quatro salas para curativo e um consultório médico. Atualmente, são realizados em média 4,1 mil atendimentos mensais, mais que o dobro do mesmo período em 2014, em que eram feitos 1,9 mil. Os pacientes atendidos, externos e moradores, são encaminhados pela regulação para o tratamento de feridas crônicas, que na maioria das vezes demandam mais tempo para a cicatrização. O primeiro atendimento é agendado pela regulação e, a partir de então, passa a ser feito pela unidade, de acordo com a demanda do paciente. Morador de Trindade, Eurípedes Pires de Moreira, 61, vai ao HDS três vezes por semana para os cuidados com os curativos. “Quando cheguei, há sete meses, o meu estado era bem grave. Eu estava quase perdendo as duas pernas, devido à hanseníase. Em seis meses, percebi uma evolução muito positiva, praticamente 100% de melhora”, diz. O trabalhador autônomo percorre mais de 30 quilômetros para receber atendimento no HDS e garante: “venho satisfeito. O atendimento aqui é muito bom, é o local onde encontrei minha recuperação”. 32 REVISTA AGIR Eurípedes Pires recebe tratamento da técnica de enfermagem Adriana Santana A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro, explica que todo o ambiente foi reformado e reestruturado para oferecer mais conforto aos pacientes, melhorar as condições de trabalho dos colaboradores e, também, para atender todas as normas da vigilância sanitária. Além disso, segundo a diretora, o ambulatório de feridas conta com insumos de maior tecnologia e qualidade, que dificilmente são encontrados em outros serviços oferecidos pelo SUS – Sistema Único de Saúde. “A nossa preocupação é cuidar da saúde geral do paciente, com orientações para tratar não apenas as feridas, mas também a doença como um todo. Por isso, contamos com médicos experientes nesse tipo de atendimento e investimos na melhoria desta estrutura, que é difícil ser encontrada para serviços como esse, devido aos resultados lentos e demorados”, destaca Mônica. O sapateiro Edvaldo Quintino, 42, é paciente do HDS há um ano e acompanhou toda a mudança com a reforma do ambulatório de feridas. “Eu trato a minha perna (úlcera varicosa) há 10 anos e, nesse tempo, já passei por muitas unidades de saúde. Há um ano eu venho dia sim, dia não no HDS e vejo o tratamento diferenciado. A estrutura de trabalho aqui é muito boa”, elogia. Eurípedes e Edvaldo são dois dos 65 pacientes que, em média, diariamente recebem algum atendimento. O ambulatório de feridas crônicas funciona todos os dias da semana, das 7h às 19h, com horário agendado, com uma equipe de oito técnicas de enfermagem e uma enfermeira, por dia. Além da estrutura do consultório médico e enfermagem, é oferecido suporte da equipe multiprofissional, que inclui fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e serviço social. Para que o paciente conheça mais sobre sua respectiva doença, e tenha mais controle e cuidados adequados, o HDS realiza cursos que envolvem toda a equipe médica e multiprofissional com encontros semanais e duração de seis semanas. O primeiro aconteceu em julho de 2014. “Os cursos abordam todos os aspectos referentes à doença e os cuidados com a ferida, como a importância da limpeza, alimentação, controle da pressão, diabetes, entre outras recomendações”, esclarece a diretora técnica. AMBULATÓRIO MÉDICO O ambulatório médico do HDS também foi reformado e ampliado, em 2014. O espaço conta com oito consultórios que atendem as especialidades de endocrinologia, dermatologia, ortopedia, psiquiatria, geriatria, oftalmologia, cardiologia e cirurgia geral. Em outro consultório funciona o atendimento odontológico, com duas estações de trabalho. REVISTA AGIR 33 PESQUISA CRER avança na área de ensino e pesquisa Profissionais da Instituição lançam publicação científica sobre reabilitação e paralisia cerebral É missão do CRER, desde sua fundação, oferecer excelência no atendimento à pessoa com deficiência, fundamentado no ensino e pesquisa. Como reconhecimento deste trabalho, a instituição é certificada como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e Educação, conforme a portaria nº 1.687, de 12 de agosto de 2014. Para tanto, vários requisitos foram analisados pela comissão de Certificação, sobretudo a existência de estagiários de diferentes cursos da área de Saúde, residência médica, publicações científicas, instalações e equipamentos e, ainda, o número de profissionais titulados com especialização, mestrado e doutorado. O CRER oferece programas de residência médica em Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria), Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Anestesiologia, Otorrinolaringologia e área Multiprofissional em Saúde Funcional e Reabilitação. 34 REVISTA AGIR Todos os programas são reconhecidos e credenciados pelo Ministério da Educação (MEC). O hospital também realiza eventos científicos anuais, desde o primeiro ano de atividades, em 2002, além de cursos de aperfeiçoamento profissional e especialização médica. Como Hospital de Ensino, o CRER busca cada vez mais implementar as atividades de formação e de pesquisa e, principalmente, promover o conhecimento por meio de publicações científicas. O livro Reabilitação - Paralisia Cerebral, dividido em 44 capítulos, conta com reflexões dos profissionais da área multiprofissional do CRER, composta por médicos, terapeutas e técnicos com formação variada na área da saúde, e também de outros estudiosos da área reconhecidos em todo o País. Reabilitação - Paralisia Cerebral contempla temas básicos relacionados à paralisia cerebral e às várias dimensões em que se desdobram os procedimentos adotados no dia a dia de cada um dos profissionais da área, no que tange à reabilitação e readaptação. O livro partiu da idealização do médico ortopedista e superintendente executivo da AGIR, Sérgio Daher, e da médica fisiatra Ângela Maria Costa de Souza, do CRER. A obra tem o propósito de ser um instrumento de consulta para profissionais da área multiprofissional, no sentido de assessorá-los no tratamento individualizado do paciente com paralisia cerebral. Também pretende auxiliar na formação e capacitação dos diferentes profissionais de reabilitação, ao mesmo tempo em que busca estimular a produção científica na área. O livro, publicado pela editora Cânone/ janeiro de 2015, será lançado no dia 29 de abril de 2015, às 19h, no auditório Valéria Perillo (CRER) com a presença de autores, estudiosos da área e acadêmicos. REVISTA AGIR 35 36 REVISTA AGIR PERFIL DO COLABORADOR “O trabalho em equipe resulta em tratamento de qualidade para os pacientes” S ervidora efetiva da Secretaria Estadual de Saúde, Bárbara Posse é farmacêutica e trabalha no HDS – Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta desde dezembro de 2010. Três anos depois, no final de 2013, a unidade teve a gestão transferida para a AGIR, que assumiu o gerenciamento, operacionalização e a execução das ações e serviços do HDS. “Tivemos um grande receio de como seria o tratamento com os servidores que já trabalhavam no HDS, mas com o tempo fomos percebendo que o interesse não era dispensar ninguém e, sim, somar. Sentimos, desde o início, que houve um grande respeito com relação aos servidores”, diz Bárbara. A principal preocupação e intervenção da AGIR, após o diagnóstico inicial, foi referente à reorganização administrativa do ponto de vista de recursos humanos. À época, o superintendente administrativo da AGIR garantiu que todos os servidores interessados seriam mantidos e uma relação de respeito, comprometimento e profissionalismo foi estabelecida. Bárbara é uma dos 187 servidores públicos que trabalham atualmente no HDS e somam com os 123 colaboradores celetistas da AGIR para oferecer aos pacientes um tratamento de qualidade. “O objetivo de todos é atender bem os pacientes, por isso o trabalho em equipe é imprescindível”, considera. A farmacêutica destaca ainda os investimentos feitos na estrutura geral da antiga Colônia Santa Marta. “No que diz respeito à Farmácia, por exemplo, foi feita a regularização, informatização do estoque e programação para abastecimento, de modo que o paciente não fique sem os medicamentos necessários”, explica. A farmácia, segundo Bárbara, abastece com medicamentos apenas os 25 moradores do HDS e fornece todos os insumos necessários para o atendimento de procedimentos realizados nos ambulatórios e ginásios. Outro ponto positivo, na opinião de Bárbara, como resultado da gestão da AGIR no HDS é a implantação de comissões específicas como a de Controle de Infecção Hospitalar, Núcleo de Segurança do Paciente e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, das quais ela faz parte, dentre outras. “A participação de todos os profissionais nessas comissões é muito positiva, porque permite o trabalho interdisciplinar e ações em conjunto que refletem diretamente na qualidade do atendimento prestado aos nossos pacientes”, declara Bárbara. REVISTA AGIR 37 AGENDA Abril >>> Lançamento do Livro “Reabilitação - Paralisia Cerebral” Data: 29 de abril de 2015 Horário: 19h Local: Auditório Valéria Perillo - CRER Informações: 62 3232-3082 17º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé Data: 30 de abril a 02 de maio de 2015 Local: Minascentro - Belo Horizonte - MG Informações:(35) 3721-3851 [email protected] Maio >>> Hospitalar 2015 22ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. Data: 19 a 22 de maio de 2015 Local: Expo Center Norte – São Paulo – SP Informações: www.hospitalar.com Setembro >>> I FEAD CRER Festival de Esporte Adaptado do CRER Data: 19 de setembro de 2015 Local: Clube da Saneago – Goiânia – GO Informações: (62) 3232-3138 38 REVISTA AGIR Parcerias Novembro de 2014 a Janeiro de 2015 Academia Su Beauty de Cabelereiros Adalto Bento Leal AGEM - Associação Goiana de Esclerose Múltipla AMP Propaganda Associação dos Lojistas do Buriti Shopping Baiano Folhagens Belcar Veículos Casas Goianita Catral Ceasa CESAM – Centro Salesiano do Menor Cevel Cical Cicopal Coca-Cola Refrescos Bandeirantes Coletando Sorrisos Cristália Prod. Quim. 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