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Revista
ANO 6 # 24 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2015
www.agirgo.org.br
Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGO 2
AGIR e FGV juntas
para contribuir
na capacitação
profissional
das empresas
mantenedoras
REVISTA AGIR 1
2 REVISTA AGIR
CARTA AO LEITOR
Nova parceria que valoriza grandes parceiros
Sérgio Daher
Superintendente
Executivo
Caro leitor, como pode ser constatado mudamos o estilo de capa da Revista AGIR. Também
o conteúdo da matéria referente, que antes trazia entrevista com uma personalidade, sofreu
alteração. Nesta edição, em um novo formato,
apresentamos a promissora parceria entre AGIR
e Fundação Getúlio Vargas (FGV), que resultou
no AGIR Empresas, um programa de educação
corporativa. O principal objetivo deste projeto
é retribuir às empresas mantenedoras, que contribuem com nossa organização social na manutenção das unidades hospitalares, a confiança e
apoio.
Dentre as outras seções, alguns dos serviços
disponibilizados pelo CRER e HDS. Relativos ao
Centro de Reabilitação apresentamos o uso de
videogames como recurso lúdico no processo
terapêutico e a importância do serviço de aten-
AGIR
Estrutura Administrativa
SUPERINTENDÊNCIA
Sérgio Daher
Superintendente Executivo
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
Superintendente Técnico de Reabilitação
Claudemiro Euzébio Dourado
Superintendente Adm. e Financeiro
Divaina Alves Batista
Superintendente Multip. de Reabilitação
Fause Musse
Superintendente Relações Externas
DIRETORIA
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Diretor-Presidente
José Alves Filho
Vice-Diretor
Ruy Rocha de Macêdo
Diretor-Tesoureiro
CONSELHEIROS
Alberto Borges de Souza
César Helou
Fernando Morais Pinheiro
Helca de Sousa Nascimento
José Evaristo dos Santos
dimento domiciliar, CRER em Casa. Sobre o HDS
destaque para o ambulatório de feridas que,
após passar por uma reforma, conseguiu dobrar
sua capacidade de atendimento.
No Perfil do Colaborador, Bárbara Posse, servidora do estado lotada no HDS, que presenciou a
mudança da gestão do hospital, atesta os investimentos realizados na unidade. Do universo dos
pacientes, compartilhamos um pouco da história da jovem Nicolly Rosceli Lopes Silva.
A cada edição, caro leitor, empreendemos o
esforço para levar até você um pouco do que a
AGIR, através das unidades que administra, realiza a favor da sociedade.
Sérgio Daher
Superintendente Executivo da AGIR
EXPEDIENTE
Joaquim Caetano de Almeida Netto
Paulo Afonso Ferreira
Pedro Daniel Bittar
Sizenando da Silva Campos Junior
Vardeli Alves de Moraes
CONSELHO FISCAL – TITULARES
Cyro Miranda Gifford Júnior
Marley Antônio da Rocha
Paulo César Brandão Veiga Jardim
CONSELHO FISCAL – SUPLENTES
Marcos Pereira Ávila
Valtercy de Melo
ASSOCIADOS FUNDADORES
Alcides Luís de Siqueira
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Elias Bufaiçal (in memorian)
Lúcio Fiúza Gouthier
Maria Paula Curado
Milca Severino Pereira
Nabyh Salum
Paulo Afonso Ferreira
ASSOCIADOS BENEMÉRITOS
Cyro Miranda Gifford Júnior
Gláucia Maria Teodoro Reis
Helca de Sousa Nascimento
José Alves Filho
Marley Antônio da Rocha
Marcos Pereira Ávila
Paulo César da Veiga Jardim
Ruy Rocha de Macedo
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Valtercy de Melo (in memorian)
REVISTA AGIR
Supervisão geral, edição
Anna Luiza Rucas
Gerência Coorporativa
de Marketing – AGIR
Jornalistas
Mayra Paiva – JPGO – 01802
Thaís Franco
Naicléia Silva (estagiária)
Designer Gráfico
Chafic Rebehy Filho
Fotografia
Eduardo Castro
Colaboradores AGIR
Olívia Lacerda (secretária júnior)
Marianne Carrijo (contato comercial)
Rodrigo Rocha (contato comercial)
Cecília Raquel (contato comercial)
Vinícius Basílio (contato comercial)
Hugo Miranda (analista de sistemas)
Impressão: Stylo Gráfica
Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGO 2.
Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br
Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás
REVISTA AGIR 3
ÍNDICE
Capa
10
Parágrafo Único
10
Resumo
19
Empresas
Mantenedoras
21
Artigo
23
Terceiro Setor
26
É Bom Saber
28
Superação
AGIR EMPRESAS
6
Espaço do
Paciente
Nicolly Rosceli Lopes Silva
24
AGIR em Foco
CRER em Casa
30
34
Pesqiusa
HDS em Pauta
Ambulatório de feridas
37
Perfil do
Colaborador
32
38
Agenda e
Parcerias
4 REVISTA AGIR
Canal Aberto
www. agirgo.org.br / [email protected]
Eu sempre digo que o CRER - Centro de
Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo é um oásis na área de saúde pública de
Goiás, e referência nacional. Desde a porta de
entrada, com os maqueiros, pessoal do atendimento, o corpo médico e seus assistentes nota 10!!!
Cláudio Pagliarani,
via facebook.
Hoje, especialmente, estou muito feliz e
gostaria, através dessas simples palavras, de
agradecer a toda equipe do CRER que muito
me ajudou, ajuda e sei que muito ajudará a
mim, ao meu esposo, Augusto, e minha filha
querida, Alice.
Alice nasceu com uma síndrome chamada
Waardengurg, onde a criança nasce com algumas sequelas e, a maior delas, a deficiência
auditiva e por este motivo foi que nós conhecemos este lugar tão bom e que tem muito
contribuído com a reabilitação da minha filha.
Quando chegamos a este centro de reabilitação, estávamos totalmente inseguros, sem
saber como agir mediante a deficiência da
nossa filha Alice, pois não tínhamos nenhum
contato com outras pessoas com esta deficiência e não sabíamos como agir com a comunicação da nossa filha. (...) Chegamos muito
sensibilizados e com muito medo de toda a
situação, até que fomos informados de que
havia um implante coclear que poderia ser
feito nela para que ela conseguisse um dia falar e ouvir. Nós ficamos muito felizes com esta
notícia e enchemos o coração de esperança de
facebook.com/crerhospital
que nossa filha pudesse fazer este implante e
um dia pudesse ouvir e falar. (...)
Por incentivo de toda equipe do CRER nós
corremos atrás, sem medir esforços, passando por cima das dificuldades, embora fossem muitas, pois moramos em outra cidade,
e esse sonho foi realizado. E hoje, olhamos
a cada dia para trás e reconhecemos que valeu a pena correr atrás de todos os recursos
que o CRER tem e coloca à nossa disposição,
pois vivenciamos diariamente o crescimento
e desenvolvimento da Alice que tem evoluído
muito bem com os acompanhamentos. (...)
Fica aqui toda minha gratidão, respeito e
amor por cada um de vocês e agradecerei a
DEUS, todos os dias, por tudo que fazem pela
minha pequena Alice, que é a razão do meu
viver e motivo de toda minha luta.
Obrigada a todos e que DEUS abençoe seus
trabalhos, família e projetos!
Fernanda J. Santos,
mãe da pequena Alice,
via carta, Jaraguá, GO
Quero agradecer a cada colaborador pelo
atendimento prestado ao meu esposo, Natair,
nesses mais de 5 anos de tratamento. Aqui no
CRER nós só recebemos amor, carinho e cuidados. Muito Obrigada!
twitter.com/CRER_GO
Luzia,
esposa do paciente
Natair Lelis Ferreira,
via ouvidoria
youtube.com/user/CrerHospital
REVISTA AGIR 5
CAPA
Parceria – uma via de mão dupla
AGIR e FGV juntas para contribuir na capacitação profissional
das empresas mantenedoras
Por: Mayra Paiva
A
AGIR,
organização social gestora do CRER, HDS e
HUGO 2, ao longo de sua trajetória
conta com a parceria atuante de empresas comprometidas com as questões sociais. Em 12 anos de serviços
do CRER, a AGIR com uma administração responsável e eficiente fez
com que o Centro de Reabilitação
se tornasse uma referência nacional
no atendimento prestado à pessoa
com deficiência – física, auditiva,
intelectual e visual.
Há um ano à frente do Hospital
de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, a AGIR
vem alterando positiva e gradativamente a vida dos pacientes internos, ampliando e aprimorando os
serviços ambulatoriais oferecidos à
comunidade, ao mesmo tempo em
que traça novos projetos para o futuro do hospital.
Aguardando a conclusão das
obras de construção do HUGO 2, a
AGIR por meio de um chamamento
público foi selecionada para administrar o que será o maior hospital
de urgências de Goiás, e que irá além
dos serviços de urgência e emergên6 REVISTA AGIR
cia em trauma e neurologia.
Nesses anos de atuação, a AGIR
recebeu e recebe o apoio de importantes parceiros – sociedade civil
organizada, instituições representativas, governo, setor empresarial.
Quanto a esse último segmento, há
o projeto Empresas Mantenedoras, desenvolvido pela AGIR, em que empresas firmam uma parceria com
a organização social de tal forma
a contribuir com a manutenção e
ampliação dos serviços oferecidos
pelas unidades hospitalares por ela
administradas.
Percebendo a importância da
contribuição das empresas ao aderirem a esse projeto, a AGIR buscou
uma forma de retribuir a confiança
que lhe é investida. Nesse esforço conta agora com a parceria da
Fundação Getúlio Vargas (FGV),
reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e excelência ao produzir e difundir conhecimento. Desta parceria surge o AGIR
Empresas, um programa de educação corporativa que vai impulsionar ainda mais os negócios das
mantenedoras. Além da publicação
de conteúdos especializados para o
mundo empresarial, será realizado
circuito de capacitações, ambos promovidos por especialistas da FGV.
A partir de agora, nossos parceiros terão acesso a publicações
exclusivas voltadas para o sucesso
no ambiente corporativo, através da
Revista AGIR. Além disso, entre os
meses de abril e outubro serão realizadas quatro grandes noites de
conhecimento com a abordagem
de temas como Liderança de Alta
Performance e Comunicação Eficaz,
que será abordado no primeiro encontro, com data para 14 de abril. A
participação será exclusiva e gratuita aos colaboradores das Empresas
Mantenedoras conveniadas - supervisores, gerentes, dirigentes institucionais, profissionais que atuam na
multiplicação de conteúdos, comunicação e marketing.
Para iniciar esta grande parceria,
a equipe da Empz Educação/Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta
nesta edição da Revista AGIR um
rico material sobre “Liderança de
Alta Performance e Comunicação
Eficaz”, tema do primeiro encontro.
Comunicar-se bem é uma
questão de autoconhecimento
Apesar de cerca de 75% das falhas em projetos serem relacionados
à má gestão da comunicação nas empresas, especialista aponta que os gargalos
podem ser sanados com alinhamentos simples na estratégia de comunicação
das empresas. Conhecer e adequar seu modo de falar com a equipe pode ser
uma das melhores alternativas nesse processo.
Por: Assessoria de Comunicação FGV
S
aber se comunicar bem
é hoje uma das premissas fundamentais para o bom desempenho
das atividades dentro de uma empresa. A comunicação nos últimos
anos passou de mero coadjuvante
para uma protagonista das relações
de poder na empresa, cumprindo
papéis cada vez mais estratégicos
dentro das organizações. Segundo levantamento feito pelo Project
Management Institute Brasil (PMI),
para 76% das empresas o principal
motivo para seus projetos fracassarem são falhas na comunicação.
E as causas apontadas pelo estudo
indicam que o mau relacionamento entre as partes envolvidas em
um ambiente de projeto, incluindo
o não escrever bem ou falar bem o
que queremos, é a principal premissa a ser considerada nesse cenário.
Segundo a professora da Empz
Educação/Fundação Getúlio Vargas
(FGV), Aline Castro, a falta de uma
comunicação eficaz pode trazer ruídos de todos os tipos, que vão desde problemas de relacionamentos
à falta de alinhamento entre a comunicação formal e a informal, por
exemplo. No entanto, a especialista
ressalta que o retrabalho é um dos
aspectos mais comuns da falta de
comunicação eficaz.
A professora aponta ainda que
o principal aspecto a ser avaliado
é que o sucesso da comunicação
depende do que o outro entende e
não simplesmente daquilo que lhe é
dito. “É responsabilidade de quem
está falando adaptar o conteúdo da
mensagem ao perfil do ouvinte e
depois se certificar de que a comunicação ocorreu, perguntando, por
exemplo, o que a pessoa entendeu
do que foi dito”, avalia. Segundo
Aline, duas falhas comuns nesse
ponto: querer que o outro entenda a
sua “língua”, ao invés da pessoa se
adaptar à linguagem do receptor; e
a falta de controle emocional ao responder um e-mail ou falar com alguém de cabeça quente. “Deixar os
ânimos se acalmarem para só então
se comunicar evita uma série de arrependimentos – já que não apagamos aquilo que já foi comunicado”,
complementa.
O PAPEL DO
LÍDER NA COMUNICAÇÃO
Não só é estratégico que a comunicação esteja bem alinhada entre
todos os setores da empresa, como
é papel do gestor atuar como líder
de sua equipe, sabendo transmitir
REVISTA AGIR 7
CAPA
mensagens eficientes e bem estruturadas. Para a professora da FGV
Aline Castro, para se manter uma
boa comunicação com toda a equipe
é necessário, primeiramente, que o
gestor se conheça bem. “Ao conhecer meu perfil comunicativo e comportamental, posso adotar estratégias mais eficazes. Por exemplo, se
sou uma pessoa mais impaciente,
que gosta de resultados rápidos e
tenho tendência a ter uma comunicação mais agressiva numa situação
de stress, cabe a mim vigiar e controlar minhas emoções antes de me
comunicar”, pondera. Depois de ter
essa autoconsciência, que permite
o controle emocional, a especialista aponta que é fundamental conhecer as características da pessoa
com quem se está comunicando: do
perfil comportamental ao grau de
maturidade dela dentro da organização. “Ao desenvolver essas habilidades, terei mais chances de estabelecer uma conexão autêntica com
quem estou me comunicando e isso
facilitará muitíssimo a transmissão
da mensagem”, pontua.
Aline Castro explica ainda que
as características que revelam a
boa comunicação de um líder estão
muito ligadas ao chamado senso de
propósito, que é quando todos os
integrantes de uma equipe sabem
bem para onde estão indo – e porque estão indo –, o que significa que
há um líder que soube se comunicar
bem. “Costumo dizer que a genialidade está na simplicidade. Um bom
comunicador consegue transmitir
algo que é difícil de modo simples e
claro. Além disso, é sempre importante se certificar de que a mensagem foi passada”, enfatiza.
De acordo com Peter Drucker,
uma das maiores autoridades em
Administração moderna, são características comuns aos líderes a disposição e autodisciplina para ouvir
e se comunicar; o fato desse líder
não procurar desculpas, mas sim
soluções; ele compreender que as
tarefas e as pessoas são muito mais
importantes do que ele próprio; e,
8 REVISTA AGIR
por fim, a confiança, que é a base,
o chão, o alicerce e a fundação de
tudo. Ou seja, a boa comunicação,
de uma forma ou de outra, está presente em todas as características.
QUANDO A EQUIPE
NÃO COLABORA
No entanto, Aline Castro alerta
que o líder também pode encontrar
dificuldades dentro da equipe, no
processo de comunicação. Ela ressalta que é importante entender as
fases de desenvolvimento e maturidade da equipe para estabelecer o
tipo de comunicação mais estratégico. “Há momentos de maior conflito
em que a comunicação é realmente
complicada, mas o desenvolvimento
da equipe e do próprio líder depende disso. Cabe ao líder se adequar
a cada fase e defender o propósito
daquela equipe – qual é o objetivo
final. Focar na solução é o melhor
remédio para qualquer problema”,
salienta.
u PARA FALAR MELHOR
A professora da Empz Educação/FGV, Aline
Castro dá algumas dicas preciosas que podem melhorar a comunicação interna nas
empresas, especialmente entre o gestor e
seus colaboradores:
1. Fale a mesma língua de sua equipe
É importante para o gestor conhecer a sua
equipe e saber se comunicar com ela na
língua dela. A comunicação está mais em
quem entende e em como entende.
2. Keep calm
A especialista aponta que é importante
manter a calma antes de dar qualquer resposta a situações dentro da empresa. Responder de cabeça quente só piora o cenário
e você pode acabar gerando uma complicação ainda maior.
3. Tenha um norte
Saber o rumo para onde a empresa vai e
como chegar lá deve ser uma das premissas
a serem assimiladas pelos colaboradores.
E toda a comunicação deve ser construída
para que eles entendam e executem isso.
4. Foque na solução
Se existem problemas na empresas, é importante que o líder/gestor assuma seu posicionamento diante dos fatos e comunique
isso aos seus colaboradores de modo com
que fique claro a solução a ser tomada.
REVISTA AGIR 9
Resumo
Autoestima
A Academia Su Beauty de Cabeleireiros realizou no dia 11 de novembro, a ação social “Dia da Beleza”. Serviços gratuitos de corte de
cabelo, coloração, hidratação e escova foram oferecidos gratuitamente aos pacientes, acompanhantes e
colaboradores do hospital.
Chikungunya
Parágrafo Único
“
“
O projeto
AGIR Empresas
é uma ação
inovadora
da AGIR
em prol
dos seus
parceiros,
visando
oportunizar
a geração de
relacionamento,
negócios e de
conhecimento
para sua equipe
Anna Luiza Rucas da Silva
Lourenço, jornalista, gerente
coorporativa de marketing
da AGIR. Sobre o novo projeto
em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas.
10 REVISTA AGIR
Os colaboradores do CRER,
Eduardo Carneiro (Supervisor
Multiprofissional de Internação)
e Leandro Côelho (Terapeuta
Ocupacional) estiveram entre
os dias 11 e 15 de novembro na
cidade de Feira de Santana –
Ba, região de epidemia da febre
Chikungunya, junto com uma
equipe médica do Ministério da
Saúde.
No dia 27 de novembro, Eduardo Carneiro ministrou palestra no CRER, sobre a proposta de
intervenção da reabilitação nos
pacientes vítimas da febre. Com
a presença de representantes do
Ministério da Saúde e Secretaria
Estadual de Saúde, foram discutidas e finalizadas as diretrizes
de tratamento de Reabilitação
desses pacientes nas Fases Agudas e Subagudas/Crônicas, para
serem inseridos no manual Clínico do Paciente com Febre Chikungunya, junto ao Ministério
da Saúde, e ser disseminado em
nível nacional.
Aperfeiçoamento profissional
O Programa de Aperfeiçoamento Profissional do CRER/2015 oferece vagas em: Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Imagem
e Diagnóstico, Psicologia, Serviço
Social, Terapia Ocupacional, Educação Física, Pedagogia e Hotelaria.
As inscrições aconteceram de 13 de
novembro a 5 de dezembro, passado, e as provas foram realizadas no
dia 21 de janeiro.
Trata-se de um treinamento teórico-prático, com duração de nove meses, que permite aplicar conhecimentos por meio da vivência no exercício
da profissão nas áreas oferecidas.
Cirurgias de joelho
O CRER realizou na tarde do
dia 17 de novembro duas cirurgias
de artroplastia total do joelho com
videotransmissão em tempo real.
Cerca de 30 médicos especialistas
em cirurgia de joelho acompanharam o procedimento no próprio
Hospital.
O evento faz parte do calendário anual do Clube de Joelho de
Goiânia, da Sociedade Brasileira
de Cirurgia do Joelho, que recebe
profissionais convidados. As cirurgias, para substituição da articulação do joelho por uma prótese, e a
transmissão foram realizadas pela
equipe médica composta por: Helder Rocha da Silva Araújo, Marcelo
Torres, Halley Paranhos Filho, Sérgio Piedade (Unicamp - SP), Roger
Badet (Lyon - França), que participou também como palestrante.
Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar
As colaboradoras Tatiane Barbosa e Sorreylla Paulla Silva, enfermeiras e integrantes da Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar
do CRER, Adriana Oliveira Guilarde e Ariana Rocha Romão, médicas
infectologistas do CRER, e Mônica
Ribeiro Costa, médica infectologista
e diretora técnica do HDS, participaram da Expo Unimed Curitiba -
Congresso Brasileiro de Controle de
Infecção e Epidemiologia Hospitalar.
O evento realizado durante os
dias 19 a 22 de novembro contemplou 130 atividades dinâmicas,
como conferências, mesas redondas,
debates, encontros com especialistas
e simpósios satélites. O Congresso
teve 176 palestrantes nacionais e internacionais.
Sistema de
Gestão da Qualidade
O CRER realizou a 11ª Auditoria Interna do Sistema de Gestão da
Qualidade (SGQ) de 18 a 21 de novembro, tendo como auditor líder
o colaborador Jeandro Marques. O
hospital possui seu SGQ certificado
conforme a norma NBR ISO 9001,
desde 2006, o que garante a padronização dos processos da Instituição e facilita o acesso e controle das
informações pelos usuários, colaboradores e clientes.
Empresário
Sombra por Um Dia
No dia 19 de novembro, o CRER
participou do Programa Empresário Sombra Por Um Dia, promovido pela Junior Achievement Goiás.
Algumas áreas do hospital – jurídica, médica, de fisioterapia e de enfermagem - receberam jovens estudantes, que vivenciarem a rotina de
trabalho experimentada pelos profissionais. O programa é realizado
em todo o país para fazer com que
jovens tenham uma visão realista
do mercado de trabalho.
(Esq.) Ariana Romão, Tatiane Barbosa, Mônica
Ribeiro, Sorreylla Silva e Adriana Guilarde
REVISTA AGIR 11
Resumo
Tratamento de feridas
Enfermeiros e colaboradores do CRER e HDS
participaram, ao longo do
dia 22 de novembro, do I
Curso de Atualização em
Tratamento de Feridas. O
curso, ministrado pela enfermeira Mara Blanck, ,
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética
(SOBENF e E), abordou o
tema: Atualização em Tratamento de Úlcera por Pressão.
O curso aprimorou o
conhecimento dos profissionais de enfermagem,
fortalecendo as estratégias
de tratamento de úlcera
por pressão, gerando maior
qualidade na assistência
especializada ao paciente.
Saúde do homem
A AGIR apoiou a campanha “Novembro
Azul”, dedicada às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem.
Colaboradores do CRER e HDS, hospitais
administrados pela AGIR, aderiram e abraçaram a campanha e vestiram uma peça de roupa na cor da campanha.
Fachada do CRER durante a campanha
12 REVISTA AGIR
Conselho da AGIR
Os conselheiros da AGIR, gestora do CRER, do HDS e do HUGO2
se reuniram em novembro, 26, para
fazer um balanço das ações desenvolvidas frente às respectivas unidades hospitalares e também para
definir o planejamento estratégico
do ano 2015.
Saúde
Jornada Científica do HDS
A 1ª Jornada Científica do HDS
- Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta
aconteceu no dia 28 de novembro.
O evento, destinado a estudantes e
profissionais da área da Saúde e Reabilitação, contou com palestras de
diversos temas relacionados à saúde
do idoso na sociedade contemporânea.
A programação discutiu assuntos de grande relevância, como os
desafios para nova geração de idosos, hanseníase nos dias atuais, envelhecer com saúde e qualidade de
vida, reabilitação de pacientes com
incapacidade, prevenção de quedas,
os cuidados com a pele, entre outros.
A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro Costa, pontuou o elevado
nível científico do evento. “O sucesso da 1ª Jornada Científica do HDS é
resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pela AGIR à frente
da Instituição, além de reafirmar o
compromisso com o ensino, pesquisa e desenvolvimento”.
A primeira edição da Jornada
Científica do HDS reafirma o compromisso da AGIR com o ensino,
pesquisa e desenvolvimento do seu
quadro de colaboradores, com foco
na contínua melhoria do atendimento ao paciente.
Representantes das Instituições
de Saúde e Sindicatos de Classe
reuniram-se no Auditório Valéria
Perillo, CRER, na manhã de 26 de
novembro, para um fórum de discussão sobre a jornada de trabalho
e outros assuntos de interesse dos
empregados.
Resíduos Sólidos
A Comissão de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Saúde
(CGRSS) do CRER promoveu uma
campanha sobre segregação dos
resíduos sólidos, envolvendo os colaboradores de todos os setores do
hospital. A ação aconteceu no período de 25 de novembro a 11 de dezembro, passado.
Darlan Dias Santana, Coordenador Administrativo do HDS, Cintya Louza Gondim, Supervisora de Reabilitação, João Alírio Teixeira, Superintendente Técnico de Reabilitação da AGIR, e Mônica Ribeiro Costa, Diretora
Técnica do HDS.
REVISTA AGIR 13
Resumo
Ouvidoria
As ouvidoras Ivana Santos (CRER) e Dilvana Nunes
(HDS) participaram no dia 02
de dezembro do 4º Encontro da
Ouvidoria do SUS do Estado
de Goiás. Com o tema: “Qualidade no Processo de Trabalho
de Ouvidoria”, o curso foi ministrado pela gerente de ouvidoria Alessandra Rodrigues
de Almeida. Promovido pela
Gerência de Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde,
em parceria com a Superintendência de Educação em Saúde
e Trabalho, o evento possibilitou a integração dos Ouvidores
e Interlocutores da rede de Ouvidoria do SUS.
Já no período de 09 a 12 de
dezembro, em Brasília, as ouvidoras Ivana e Dilvana participaram da III Semana Nacional
de Ouvidoria do SUS, promovida pelo Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS, unidade da
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério
da Saúde, com o objetivo de alinhar as práticas das Ouvidorias
que fazem parte do Sistema Nacional de Ouvidorias do SUS,
visando seu fortalecimento por
meio de concepções e ações integradas, além de promover o
balanço das atividades de 2014
e as propostas para o planejamento de 2015.
Ivana Santos (ouvidora do CRER) e Dilvana
Nunes (ouvidora do HDS).
14 REVISTA AGIR
Esclerose Múltipla
A Associação Goiana de Esclerose Múltipla (Agem) realizou no
CRER, em 28 de novembro, o VI Seminário “Esclarecendo e Divulgando a Doença Esclerose Múltipla”.
O objetivo do evento é informar as pessoas sobre doenças raras
e ajudar os portadores a buscar o
tratamento precoce. Estima-se que
cerca de 6% a 8% da população seja
portadora de doenças raras. Só no
Brasil, o número chega a 30 mil pessoas.
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória, de degeneração
progressiva. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que ela
possa ser genética, tanto hereditária
quanto a partir de uma mutação de
genes.
O tratamento gira em torno da
melhoria da qualidade de vida, por
ser uma doença que não tem cura, e
é específico a cada indivíduo.
Dia da Pessoa com Deficiência
O CRER preparou uma programação especial em alusão ao Dia
Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 03 de dezembro. Na tarde do mesmo dia, o
psicólogo Jorge Antônio Monteiro,
do Instituto Olhos da Alma Sã, ministrou a palestra: “Sou Diferente,
qual o problema? - As formas de
convívio da pessoa com deficiência”. Antecipando a palestra houve
uma atração cultural de expressão
corporal, apresentada por pacientes
do CRER
Na manhã do dia 04, no Parque
Lago das Rosas, aconteceu um evento de conscientização com a presença de pacientes, população em geral,
Treino de Muay Thai
voluntários, colaboradores das áreas multiprofissionais e do setor de
odontologia.
Várias atividades lúdicas, educacionais e terapêuticas foram realizadas no local como: Balet Infantil,
Alongamento, Muay Thai, dicas de
higiene e saúde bucal, dentre outras.
A equipe de odontologia estava toda fantasiada, o que alegrou
a criançada e contribuiu para um
evento especial e inclusivo. O cantor
Adalto Bento Leal apresentou belas
músicas e contagiou os presentes.
Aos participantes foi oferecido um
saboroso café da manhã pela equipe do grupo voluntário Coletando
Sorrisos.
Harvard
Acreditado Pleno
O CRER recebeu no dia 03 de
dezembro, passado, o certificado de Acreditação Plena - Nível
2 concedido pela Organização
Nacional de Acreditação (ONA).
A entrega foi realizada pela Gerente Corporativa de Qualidade
Janaína Ogando Cherubin, representante do Instituto Qualisa
de Gestão (IQG), instituição acreditadora credenciada.
O evento foi realizado no auditório Valéria Perillo, na instituição, com a presença do governador Marconi Perillo, do então
secretário de saúde Halim Girade, dos colaboradores e pacientes do hospital e conselheiros da
AGIR. Com essa certificação, o
CRER se tornou o primeiro hospital de Goiás acreditado pleno.
A ONA é uma entidade não
governamental, sem fins lucrativos, que certifica a qualidade do
serviço da saúde no Brasil, com
foco na segurança do paciente.
A organização tem por objetivo
promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde, tendo
como foco a melhoria da qualidade da assistência no País.
A finalidade da análise pela
qual o CRER passou, em setembro deste ano, seria para Nível
1. No entanto, a avaliação feita
pelo IQG verificou que, além de
atender aos critérios de segurança estabelecidos pelo nível 1 da
ONA, o CRER apresenta uma
gestão integrada com os processos e plena comunicação entre
as atividades. Concluiu-se então
que o CRER é apto a Acreditação
Plena - Nível 2.
A solenidade contou com
apresentação do músico e compositor Marcus Biancardini, um
dos principais nomes virtuosos
da viola brasileira.
Final de ano
Pelo terceiro ano consecutivo, o
Serviço de Voluntariado do CRER
colocou à disposição de interessados
cartinhas escritas pelos pacientes,
com pedidos ao Papai Noel. A entrega dos presentes, com a presença
do “Bom Velhinho” aconteceu no
dia 22 de dezembro, no auditório do
CRER. Além da participação de colaboradores e voluntários na “adoção”
das cartas, a empresa Musical Roriz
aderiu à campanha e realizou o sonho de 10 pacientes que pediram um
violão.
Antecipando a entrega de presentes, a programação de final de ano foi
marcada por uma série de apresentações. No dia 16, o músico Tom Chris
abriu o calendário festivo com seu
show. A dupla Nilton Pinto e Tom
Uma equipe de profissionais
do CRER, liderados pela diretora
multiprofissional de reabilitação,
Sônia Helena Adorno de Paiva, participou de 04 a 06 de dezembro do
curso Clinical Assessmentes and
Intervention Updates in Neurorehabilitation na Universidade de
Harvard em Massachusetts, Estados Unidos. A participação, que
teve por objetivo estabelecer parceria técnica científica entre as instituições, partiu de um convite feito
pela equipe organizadora do evento
depois de conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Clínica de Neuromodulação do CRER.
A equipe goiana, além da participação no curso também foi convidada a fazer uma visita técnica,
ao longo de dois dias, no hospital
da Escola de Medicina de Harvard,
para estreitar mais o contato com
profissionais americanos e apresentar alguns trabalhos científicos
desenvolvidos no centro de reabilitação goiano.
Carvalho arrancou gargalhadas de
pacientes, colaboradores e amigos,
no dia 17, e, no dia seguinte, o consultor Wesley Amaral ministrou a
palestra motivacional “Desafiando
Gigantes”. Para encerrar a semana,
no dia 19, foi realizado o tradicional
Culto Ecumênico de Natal do CRER,
com a participação do Coral Crer em
Canto e colaboradores palestrantes,
que representaram as religiões católica, espírita e evangélica.
Já no HDS-Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa
Marta, uma Missa Especial de Natal
foi celebrada, no dia 23 de dezembro,
pelo Padre Hélio Pereira para agradecer as conquistas de 2014 e fazer
votos para 2015. Ao final da celebração, pacientes apresentaram belíssimas canções natalinas emocionando
todos os presentes.
u NOSSOS AGRADECIMENTOS
AOS PARCEIROS QUE
NOS APOIARAM:
Boutique do Sapato
Buriti Shopping
Casas Goianita
Ceasa
Espaço Feminino La Rosé
Jorge e Mateus
JR Salgados
Lagoa Thermas Parque
Livraria Nobel
Los Piccolos
Musical Roriz
Nilton Pinto e Tom Carvalho
Pousada dos Pirineus
Refrescos Bandeirantes
Saga Citroen
Santarém Bar e Restaurante
Snow Bowling
Spa Jaó
Tom Chris
Tudo Chevrolet
Wesley Amaral
REVISTA AGIR 15
Resumo
Passeio e presentes
Os pacientes do HDS fizeram a
troca dos presentes de amigo secreto no dia 23 de dezembro. A atividade fez parte da programação
de final de ano do hospital. Para a
psicóloga Clédma Ludovico, supervisora de reabilitação psicossocial,
a brincadeira trouxe integração e
alegria para os pacientes.
Para a compra dos presentes,
acompanhados por uma equipe
multiprofissional, os pacientes internos fizeram um passeio, no mês
de dezembro, ao Shopping Flamboyant. Encantados com a decoração de Natal, tiraram fotos ao lado
do Papai Noel e fizeram um lanche
na praça de alimentação oferecido
pelo McDonald’s.
Natal de pacientes
internados do CRER
O Natal é uma data cheia de significados. O nascimento de Jesus nos
remete a sentimentos de esperança e
renovação. Mesmo em um ambiente
hospitalar, os pacientes internados
no CRER comemoraram o Natal e
seu verdadeiro significado. Primando pela humanização dos serviços
prestados, a equipe Multiprofissional de Reabilitação proporcionou
aos pacientes e seus acompanhantes
atividades lúdica para que todos pudessem vivenciar o clima natalino.
No dia 25 de dezembro, o grupo Encontro Especial de Natal, composto por psicólogos, enfermeiros,
assistentes sociais, fonoaudiólogos,
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, realizou um amigo secreto
de “Desejos para 2015”, onde os pacientes fizeram votos de feliz natal e
Ano Novo. Para alegrar o encontro,
a dupla Montana e Rafael e o sanfoneiro Pedro cantaram e tocaram diversas canções. Para a psicóloga do
CRER Natália Graziani, a atividade
foi um momento de integração e alegria para todos os presentes.
16 REVISTA AGIR
Virada
Pacientes, acompanhantes e colaboradores que estiverem no CRER
na virada do Ano desfrutaram de
um cardápio especial, balanceado e
saudável.
Entre os pratos preparados pelo
Serviço de Nutrição do CRER, servidos na “Ceia da Virada do Ano”:
lombo suíno recheado; arroz com
lentilha; feijão de caldo; farofa doce
com bacon e saladas diversas. Para
a sobremesa, a Nutrição preparou
uma farta mesa de frutas.
Para a nutricionista Moara Jaime
de Pina, supervisora de Nutrição
Dietética do CRER, esta é uma forma de proporcionar bem-estar ao
paciente, acompanhante e colaborador e oferecer um ambiente mais
próximo de sua casa.
Como não poderia deixar de ser
a chegada do novo ano também foi
comemorado pelos colaboradores e
pacientes internos do HDS. A festividade, promovida pelos colaboradores do hospital, contou com uma
mesa farta de doces e frutas, além de
taças e refrigerantes em que brindaram 2015 de muita paz, saúde, harmonia e muitas alegrias.
Representantes
da Alta Direção
Em janeiro, foram nomeados os
novos representantes da Alta Direção do CRER para a Comissão da
Qualidade. O grupo é responsável
por certificar que os processos necessários para o Sistema de Gestão
da Qualidade sejam estabelecidos,
implementados e mantidos; analisando as ações de qualidade, gestão
de riscos e segurança do paciente.
A equipe de Qualidade da Alta Direção do CRER é
formada pelos colaboradores: (esq. p/ dir.) Renata
Miashiro Borges (secretária geral); Paula Francielle Tavares (enfermeira do Núcleo de Segurança do
Paciente – NUSP); Viviane de Queiroz (gerente de
enfermagem); Jeandro Marques (assistente da qualidade); Juliana Xavier ( gerente de RH – CRER);
Veruska Ariadna da Silva (gerente de RH– AGIR); e
Thaís Nasser (gerente de fonoaudiologia).
Secretário da Saúde
O secretário de Estado da Saúde,
Leonardo Vilela visitou, no dia 22
de janeiro, o Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS). Acompanhado
pelos superintendentes da AGIR,
Fause Musse, de Relações Externas,
e Sérgio Daher, Executivo , e pela Diretora Técnica do hospital, Mônica
Ribeiro Costa (foto), ele elogiou o esforço da AGIR para adaptar as antigas instalações e garantir condições
de trabalho aos profissionais de saúde até que seja construído, no local,
o complexo que vai contar também
com o Hospital do Idoso e o Hospital do Homem. As obras fazem parte
de compromisso firmado durante a
campanha eleitoral pelo governador
Marconi Perillo.
No dia 23, Leonardo Vilela visitou pela primeira vez o CRER e
afirmou que a unidade é prova de
que o Governo de Goiás encontrou
o modelo adequado para gerenciar a
Saúde pública. “Eis a prova de que
o Estado acertou”, disse o secretário.
Esta foi a primeira visita do secretário ao CRER desde que tomou posse
como titular da pasta da Saúde, em
janeiro deste ano. “Impressiona o estado de conservação da parte mais
antiga do prédio, que já tem 12 anos.
Se fosse naquele modelo antigo de
gestão, já teriam começado a aparecer goteiras, infiltrações e equipamentos quebrados, amontoados no
canto”, disse.
Serviço de Odontologia do HDS
No CRER, o secretário também conhece os serviços Oficina da Oficina Ortopédica
Música no HDS
O cantor Gustavo Rocchi apresentou-se no HDS,
em 16 de janeiro, fazendo a alegria dos pacientes internos do hospital com tradicionais modas de viola. O
evento faz parte do calendário de ações promovidas
pelo hospital, com o objetivo de proporcionar momentos de descontração aos pacientes e colaboradores.
REVISTA AGIR 17
Resumo
Redes socais
Método PECS
Colaboradores do setor multiprofissional do CRER participaram, em 27 de janeiro, do curso
de capacitação PECS - Sistema de
Comunicação por Troca de Figuras, que consiste em um método
capaz de auxiliar pessoas com
dificuldade de comunicação ou
com autismo a se comunicar de
forma funcional, por intermédio
da troca de figuras.
O curso, que visa capacitar os
profissionais da área multiprofissional de reabilitação, foi ministrado pela palestrante Soraia
Vieira. Fonoaudióloga, Mestre
em Estudos Linguísticos pela
Universidade de Londres, Soraia
tem mais de treze anos de experiência trabalhando com crianças e adultos com dificuldades
de comunicação.
Informativo AGIR
A AGIR agora tem o boletim informativo online que,
quinzenalmente, divulga as
principais notícias do CRER,
HDS e HUGO 2. Quer receber e ficar por dentro do
que acontece nas unidades
administradas pela AGIR?
Acesse no site:
www.agirgo.org.br
18 REVISTA AGIR
Por questões institucionais,
a página no Facebook do CRER
passou, desde janeiro, a ser
AGIR, publicando posts referentes não somente ao Centro de
Reabilitação, mas também compartilhando as principais ações
do HDS e do HUGO2, ambas
as unidades hospitalares sob a
gestão da AGIR – Associação
Goiana de Integralização e Reabilitação.
Nosso objetivo é fortalecer
nossos canais de comunicação
com toda a sociedade e prestar contas dos nossos serviços
oferecidos aos 246 municípios
goianos e de outros estados da
federação.
A AGIR, personalidade jurídica de direito privado, com
fins não econômicos, é qualificada como Organização Social
pelo decreto estadual nº 5591/02
e reconhecida como entidade de
utilidade pública e de interesse
social por força do artigo 13 da
Lei Estadual 15.503/05, certificada como Entidade Beneficente
de Assistência Social (CEBAS)
pelo Ministério da Saúde.
Nossos canais de comunicação na rede são:
www.agirgo.org.br;
facebook.com/agir.go;
twitter.com/twitter.com/agir_go.
REVISTA AGIR 19
20 REVISTA AGIR
ARTIGO
Atendimento precoce e humanizado através de uma
abordagem holística: uma parceria da odontologia
com o setor multiprofissional de reabilitação
Educar e prevenir para um sorriso saudável e expressivo.
A
atuação conjunta da
equipe Multiprofissional de Reabilitação do CRER e da Odontologia iniciou em 2013, quando então,
foi selado um compromisso com
a equipe de Estimulação Precoce,
para juntos realizar uma atuação
humanizada, lúdica e contextualizada desde os primeiros passos dos
pacientes na Instituição. Surgiu, assim, um trabalho interdisciplinar
fundamentado nos princípios da vivência, que tem contribuído, de forma significativa, para a promoção
do desenvolvimento global do indivíduo, envolvendo a estimulação de
linguagem e a motricidade para um
sorriso saudável e expressivo.
Essa parceria tem ampliado a
integração e comunicação entre as
áreas de saúde: Odontologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia
ocupacional, Psicologia dentre outras.
Todo este trabalho visa orientar
a família com palestras, dinâmicas,
vivências corporais e atividades lúdicas que enfatizam o desenvolvimento da linguagem, motricidade,
motor oral, crânio facial e o processo de higienização das estruturas
do complexo oromiofuncional. Com
isso, o CRER atesta sua excelência
no que diz respeito aos atendimentos clínicos, pois atua de maneira
integral e multidisciplinar.
Nos dias de hoje é de extrema
importância a atuação interdisciplinar, que inclui profissionais da saúde de diferentes áreas integrados
em um propósito único de beneficiar e melhorar a qualidade de vida
do paciente e de seus familiares.
A assistência interdisciplinar
tem se tornado cada vez mais relevante, especialmente nos diagnósticos precoces e em planejamentos
terapêuticos, minimizando as possibilidades de agravos e de perdas
funcionais, difíceis de serem solucionadas.
Dentre as áreas da saúde que
desenvolvem papéis importantes,
estão a Odontologia e a Fonoaudiologia, que, em conjunto com os
os profissionais: técnica de saúde
bucal, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo dentre outros,
podem proporcionar tratamentos
completos ao considerar seu paciente no contexto ambiental, psicossocial e econômico.
A visão da integralidade do indivíduo no trabalho em equipe
multidisciplinar é de fundamental
importância no tratamento dos pacientes. Portanto, os benefícios são
garantidos com uma atuação que
transpassa a teoria e, de fato, favorece o indivíduo no seu meio sócio
cultural. No entanto, a partir do
momento em que se realizam atividades de orientação, em relação
ao processo de higienização e de
desenvolvimento das estruturas do
sistema estomatognático (conjunto
de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tendo como
característica constante a participação da mandíbula), promove-se
a dessensibilização deste sistema a
fim de garantir a adequação no funcionamento da respiração, sucção,
mastigação, deglutição e fala.
Camilla Luiza Rodrigues Costa
Fernanda Barbosa Afonso
Letícia de Paula Cauhi
Márcia Rodrigues Pinto Soares
Divaina Alves batista
Sônia Helena Adorno de Paiva
Thaís Nasser Sampaio
Vilma Inutuka Pereira Rocha
REVISTA AGIR 21
ARTIGO
Apoio da família
na reabilitação auditiva
A
deficiência auditiva
caracteriza-se pela privação sensorial que afeta o desenvolvimento
da função auditiva e da linguagem
oral, podendo trazer implicações
emocionais, educacionais, sociais
e culturais, principalmente na população infantil, o profissional da
área de reabilitação deve considerar
fatores que podem influenciar nos
resultados.
Desta forma, em relação ao envolvimento da família, é de extrema
importância entender seu papel e
identificar as mudanças e dificuldades na vida diária, descrever as
estratégias de enfrentamento e os
elementos facilitadores, conhecer os
sentimentos que permeiam o conviver com a deficiência auditiva na
infância, e conhecer a estrutura e
a dinâmica do funcionamento familiar, para promover o sucesso no
processo de habilitação auditiva e
de linguagem.
É imprescindível conscientizar
a família a participar do desenvolvimento linguístico da criança, e
trabalhar as habilidades de comunicação, porque seu papel como
principal ator no processo de reabilitação e constante estimulação se
mostra evidente.
Com os avanços tecnológicos e
a conscientização da população, o
diagnóstico e a intervenção, junto
às pessoas com deficiência auditiva
22 REVISTA AGIR
estão ocorrendo cada vez mais precocemente. Para crianças com idade
entre zero a cinco anos é fundamental que a reabilitação esteja centrada no contexto familiar. Como já foi
dito, o papel dos pais e dos familiares na reabilitação da criança com
deficiência auditiva é de fundamental importância para o sucesso de
qualquer proposta educacional ou
terapêutica.
No dia 01 de junho de 2012, o
CRER foi habilitado junto ao Ministério da Saúde a realizar cirurgia
de implante coclear, procedimento
de alta complexidade que se mostra
altamente efetivo no tratamento de
pacientes com perda auditiva neurossensorial de grau severo e/ou
profundo bilateral. Logo após a habilitação, já em 29 de junho do mesmo ano, o hospital realizou as duas
primeiras cirurgias.
O implante coclear torna possível à criança viver no mundo com
menor dificuldade, independente
e com mais chances de um futuro
pessoal, social, acadêmico, e profissional de sucesso como qualquer
outra.
Os profissionais envolvidos na
reabilitação de crianças usuárias
de implante coclear consideraram
que este processo é complexo pela
interação de variáveis que podem
interferir no desempenho da criança implantada como: a idade que a
criança realizou a cirurgia; o tipo
de implante; o tempo de surdez e
a estratégia de codificação de fala;
a etiologia da surdez; o tempo de
uso do dispositivo e o envolvimento da família. Por tal complexidade,
orientam os pais sobre aspectos
relacionados à deficiência auditiva
e fornecem material atualizado de
leitura, visando aumentar o conhecimento sobre a área, ampliando a
participação completa no processo
terapêutico
A criança que recebe afeto e
orientação direcionada poderá
aprender a se comunicar por meio
da audição e fala. Pais com resistência em aceitar a criança com deficiência auditiva podem apresentar
dificuldade para estimulá-la, prejudicando assim seu desenvolvimento. Famílias que aceitam a criança
com a deficiência auditiva e conseguem internalizar as estratégias,
aproveitando as situações do dia
a dia para construir um ambiente
adequado para a linguagem, conseguem minimizar as dificuldades da
deficiência auditiva gerando resultados positivos neste processo.
Fernanda Barbosa Afonso
Giane Passos Lozi de Andrade
Divaina Alves Batista
Sônia Helena Adorno de Paiva
Thaís Nasser Sampaio
TERCEIRO SETOR
A solidariedade que busca coletar sorrisos
P
Por: Naicléia Silva
rojeto social é um exercício de cidadania que permite a
transposição de barreiras em benefício do outro. Exemplo disso é o
projeto Coletando Sorrisos, um trabalho voluntário desenvolvido pelo
casal Wanessa Souza, 34, e Rodrigo
Gonçalves Dias, 30. Com esforço e
dedicação, eles ajudam aqueles que
vivem em situação de vulnerabilidade social. O trabalho teve início
em maio de 2014, inúmeras pessoas já foram contempladas com as
doações. De acordo com Wanessa,
aproximadamente 20 pessoas são
beneficiadas por mês.
O Coletando Sorrisos é uma
iniciativa que tem como propósito
ajudar moradores de rua, família
e crianças carentes, ajudando a diminuir as desigualdades sociais.
Wanessa conta que a vontade de
ajudar o próximo surgiu na infância. “Desde pequena tinha um dom
de ajudar as pessoas. Eu não tinha
muito, ou melhor, quase nada, mas
mesmo assim eu queria fazer algo
para ajudar alguém. Sempre vasculhava as minhas gavetas a procura
de algo que estivesse ocupando espaço, algo que não usava mais e que
poderia servir em alguém”.
O nome do projeto surgiu após
várias pesquisas feitas por Wanessa. “Queria um nome que combinasse com a ideia, um nome acolhedor. Foi aí que surgiu o Coletando
Sorrisos”, conta. O Coletando Sorrisos não é apenas um projeto a mais,
mas sim uma ação de apoio e mobilização promovendo interação e
assistência social.
A idealização e execução do projeto surgiu após um acontecimento
inesperado na vida do casal. No dia
06 de novembro de 2010, Rodrigo
realização de eventos beneficentes,
na distribuição de brinquedos, entre outros.
se envolveu em um grave acidente.
O caminhão que ele dirigia colidiu
com duas carretas, Rodrigo ficou
preso nas ferragens em um penhasco e teve vários ferimentos. Após o
acidente, ficou 16 dias na UTI, passou por 11 cirurgias. Hoje, mesmo
com dificuldades para andar tem
disposição para ajudar a esposa nas
atividades voluntárias.
Wanessa e Rodrigo são um casal
de fé, mesmo com todos esses acontecimentos não deixaram de acreditar em Deus. Após tudo isso, consolidaram a iniciativa, criaram uma
página no Faceook, onde é postado
os pedidos de ajuda e o interesse
das pessoas em doar. Wanessa vai
ao encontro dos interessados e recebe as doações, em seguida faz uma
triagem na qual identifica quais são
as reais necessidades daquelas pessoas, grupo ou organização social
que receberá a ação voluntária.
A equipe conta com dez pessoas,
incluindo os filhos do casal, Camila
Amanda, 10 e Guilherme Henrique,
14. Quem recolhe as doações e distribui é Wanessa, juntamente com o
esposo e os filhos (foto). Os outros
voluntários da equipe ajudam na
PRIMEIRO EVENTO
Foi no CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique
Santillo, que o Coletando Sorrisos
realizou a primeira ação beneficente. Em outubro de 2014, Rodrigo
estava internado no hospital para
realizar uma cirurgia e ficou sabendo que a instituição realizaria um
evento especial em comemoração
ao Dia das Crianças. Foi então que
Wanessa se dispôs a ajudar, postou
pedidos de ajuda nas redes sociais,
conseguiu arrecadar vários mantimentos, lanches, refrigerantes e
assim contribuiu com o evento do
CRER.
Há um ano o Coletando Sorrisos
distribui doações em várias partes
de Goiânia, sendo que os desafios
ultrapassam a difícil tarefa de arrecadação. “O maior desafio foi aprender a lidar com a tristeza que senti
ao conviver com a realidade dos
moradores de rua. Me lembro que
no primeiro dia que eu e meu esposo saímos com um grupo de amigos
para distribuir comida pelas ruas de
Goiânia, quando terminamos as entregas, a caminho de casa, não contive as lágrimas,” relata Wanessa.
Valorizar, estimular e reconhecer ações de voluntariado são gestos
que promovem o comprometimento. A doação é um ato que muda a
realidade de uma sociedade Interessados em ajudar o projeto podem
acessar a página www.facebook.
com/coletandosorriso para conhecer melhor sobre o Coletando Sorrisos e identificar as maneiras que
podem contribuir.
REVISTA AGIR 23
ESPAÇO DO PACIENTE
JOVEM DE GARRA
Conheça a história da jovem carismática e de bem com a vida
Por: Naicléia Silva
S
“
ou feliz, alegre e
amo meu Deus, vim a este mundo
para brilhar e fazer a diferença!”
Palavras que descrevem a personalidade e o estado de espírito da doce
Nicolly Rosceli Lopes Silva, 13 anos.
Uma jovem extremamente carismática e de bem com a vida, que entre
sorrisos e empolgação contou a sua
história de vida. É paciente desde
o primeiro ano de vida do Centro
de Reabilitação e Readaptação Dr.
Henrique Santillo - CRER.
Como todo adolescente, vive cada
minuto de forma intensa. “Adoro ir
ao cinema, conversar com os amigos,” afirma Nicolly. Quem ajuda a
contar a trajetória de vida da jovem
é a sua mãe, Vanusia Lopes de Oliveira, 41, uma mulher guerreira que
tem a filha como principal companheira. O dia a dia da jovem é regado de muito amor, carinho e atenção
24 REVISTA AGIR
dada pela família, que oferece todo
apoio necessário para que Nicolly
possa alcançar seus objetivos.
Nicolly nasceu em 14 de outubro de 2001, na semana das crianças. “Foi meu presente enviado por
Deus”, afirma a mãe. Nick, apelido
carinhoso dado pela família, nasceu
com Síndrome de Down, um distúrbio genético causada pelo cromossomo 21, Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos
no par 21, possuem três. “Fiz todo
o pré-natal perfeitamente e nada foi
constatado”. diz a mãe. A síndrome
de Nicolly só foi diagnosticada após
o nascimento, fato que gerou surpresa para a mãe, já que durante o
pré- natal não havia suspeita de nenhuma alteração.
Vanusia não tinha conhecimento sobre a Síndrome, e uma aflição
tomou conta dela naquele momen-
to, ainda no hospital. Foram as palavras do marido que acalmaram o
coração de Vanusia. Quando ligou
para o esposo e falou sobre a síndrome da filha, ouviu as seguintes
palavras: “Amém por isso, pois para
mim não importa, eu vou amá-la
ainda mais”. “Após ouvir as palavras do meu marido, percebi que
Deus tinha um propósito em nossas vidas e que nesse propósito o
Senhor estava incluindo a Nicolly”,
afirma a mãe, que lembra com lágrimas nos olhos.
Durante os primeiros meses da
Nicolly eram os pais quem ensinavam pequenos aprendizados para
a filha. “Ensinávamos tudo o que
podíamos e sabíamos”, conta a mãe.
Nicolly começou a fazer terapias no
CRER com um ano e dois meses. Ela
recebe acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e realiza
“
Sou feliz,
alegre e amo
meu Deus,
vim a este
mundo para
brilhar e fazer a
diferença!
“
vários tipos de atividades, como,
equoteparia, tereapia ocupacional,
estimulação precoce, estimulação
oral e gráfica. “Graças ao atendimento recebido no CRER, minha
filha tem evoluído, foi na instituição onde Nicolly deu os primeiros
passos sem apoiar em nada”, diz
Vanusia.
Com a assistência recebida do
CRER, Nicolly ultrapassou seus
obstáculos, conseguiu com o passar
dos anos vencer as dificuldades de
cognição, consegue interagir com
os amigos na escola e com a família.
Um acontecimento inesquecível na
vida da jovem foi a primeira viagem
de avião para Fortaleza no mês de
férias. “Lembro o tempo todo, foi
uma viagem maravilhosa!”, afirma
Nicolly.
Hoje, aos 13 anos, Nicolly faz o
7° ano do Ensino Fundamental e se
define como uma aluna exemplar.
“A matéria que mais gosto é Língua
Portuguesa, já Matemática é a matéria que mais tenho dificuldades”,
confessa. A jovem tem algumas paixões na vida, entre elas jogos eletrônicos, praticar esportes, jogar vôlei,
tênis e basquete. “Sou bem eclética,
gosto de fazer várias coisas”, diz Nicolly. Como toda menina tem seu
lado vaidoso, gosta de maquiagem
e não sai de casa sem batom. Entre
seus sonhos, está o desejo de entrar
para universidade. Ela se divide entre a vontade de ser professora de
educação física e ser atriz.
TRATAMENTO NO CRER
São mais de 11 anos fazendo tratamento no CRER. Os pais, gratos à
família e aos profissionais que contribuíram e contribuem na evolução
e sucesso da filha, fazem questão
de manifestar o reconhecimento e
gratidão. “Queremos agradecer aos
nossos familiares e a todos os profissionais do CRER que cuidaram
e cuidam da Nick. Que Deus os façam sempre homens e mulheres de
sucesso, que vocês sejam muito felizes”, são palavras de agradecimento de Vanusia Lopes e José Ricardo,
pais de Nicolly.
REVISTA AGIR 25
É BOM SABER
Sobre duas rodas: sequelas da imprudência
Estatísticas evidenciam que motociclistas são
os mais afetados pela falta de segurança no trânsito.
Adaptação de texto do site Goiás Agora
O
rivaldo
Fernandes,
e Diego Oliveira não se conhecem,
estão vivendo diferentes fases na
vida, mas possuem um fato marcante em comum: são vítimas de
acidentes de trânsito envolvendo
motos, e hoje se dedicam à recuperação dos movimentos que foram
comprometidos; esforçam-se diariamente para vencer as sequelas
que mudaram completamente suas
vidas. Aquilo que, a princípio, poderia ser entendido como uma coincidência, tornou-se uma estatística
preocupante nas grandes cidades
brasileiras. Nos últimos dez anos,
compreendidos entre 2003 a 2012,
os acidentes de trânsito ocuparam
a segunda colocação entre as principais causas de mortes provocadas
por fatores externos, ceifando mais
de 393 mil vidas. Em Goiás, no mesmo período, 16.846 pessoas perderam suas vidas em decorrência da
gravidade dos acidentes.
Quando conseguem superar o
impacto das colisões, as vítimas passam a depreender uma nova energia
em suas vidas; a de superação, em
um verdadeiro processo que refaz
completamente sua existência e a de
todos ao seu redor. Segundo dados
do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), apenas em 2001 foram gastos R$ 5,3 bilhões com custos
de saúde gerados pelos acidentes de
trânsito, o que, à época, foi equivalente a 0,4% de todo Produto Interno
Bruto Nacional.
Dados como esse integram o Boletim Epidemiológico de Acidentes
de Trânsito, produzido pelo Obser26 REVISTA AGIR
vatório da Mobilidade Urbana, um
órgão estadual, instituído por decreto em 2012, e que congrega ações das
Secretarias da Saúde (SES); das Cidades, Infraestrutura e Região Metropolitana (Sicam); Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Detran Goiás.
Criado para embasar estudos que
proponham melhorias no trânsito
nos quesitos segurança e mobilidade
urbana, o Observatório tem pautado
suas ações estabelecendo parcerias
com os poderes públicos municipais. Segundo explica a coordenadora de vigilância de violências e acidentes, Maria de Fátima Rodrigues,
dados levantados no sistema do seguro DPVAT mostram que 60% dos
envolvidos em acidentes no Brasil
ficam inválidos. “Conseguimos traçar o perfil das maiores vítimas dos
acidentes de trânsito e concluímos
que eles são jovens do sexo masculino, na faixa etária dos 20 a 39 anos,
motociclistas e em plena fase produtiva de suas vidas”, evidencia Maria
de Fátima.
MUDANÇA
BRUSCA DE PERCURSO
Aos 18 anos, Diego Henrique Oliveira foi atropelado por uma carreta
enquanto percorria o caminho habitual que o levava da casa para o
cursinho, em sua motocicleta. O rapaz, que à época se preparava para
o vestibular em Direito, estava de
capacete e dirigia prudentemente
em sua via quando o caminhoneiro
apareceu repentinamente pela contramão, atingindo Diego e o arremessando 30 metros do local da co-
lisão. “A última imagem que tenho
registrada do acidente é a da UTI
Móvel chegando para me socorrer.
Depois disso, eu desmaiei devido à
quantidade de sangue que perdi no
asfalto”, relata.
Passados 14 dias do acidente,
Diego acordou do coma na Unidade
de Terapia Intensiva do Hospital de
Urgências de Goiânia (Hugo), sem
saber exatamente onde estava, e sem
a sua perna esquerda, amputada no
segundo dia de internação com autorização de seu pai, devido à gravidade dos ferimentos. “Meu pai não
teve escolha, era a minha perna ou
minha vida”, recorda o jovem. Após
o choque de realidade, Diego ainda
levou mais um mês na UTI, e outros
dois meses de internação na ala comum até conseguir alta para retornar para casa, com seus sonhos de
vestibulando interrompidos bruscamente. (Sobre o motorista da carreta… sabe-se que fugiu do local do
acidente, não assumindo a culpa).
Hoje, aos 27 anos, Diego é um dos
pacientes que semanalmente buscam tratamento no CRER, onde pratica basquete adaptado, academia e
hidroterapia. Para canalizar a energia natural da juventude, Diego encontrou no jiu-jitsu um alento, além
de um desafio constante. Adaptou
os golpes que utilizam as duas pernas para aplicá-los com auxílio dos
braços. Treinou, se aprimorou e tem
conquistado diversos títulos, inclusive internacionais, nos campeonatos que participa. Detalhe: sempre
em combates com lutadores que
possuem as duas pernas. “Ouço dos
ACERVO PESSOAL
meus adversários o quanto me respeitam pela minha deficiência, mas
que não me pouparão no tatame. E
saio da luta vencedor. É indescritível saber que consegui vencê-los
de igual para igual, apenas com a
minha técnica e força de vontade”,
confessa.
Diego se considera muito novo
para se aposentar, mas recebe um
auxílio doença do INSS que lhe permite suprir o básico. Seu sonho de
ser advogado foi substituído pelo
de ser professor de Educação Física.
“Não tenho direito a ter dó de mim.
Não é essa a resposta que espero da
sociedade. Apenas busco me adaptar à minha nova condição de vida
e descobrir o que de melhor posso
tirar disso”, ensina.
Diego Oliveira encontrou na luta uma nova motivação
UM RECOMEÇO DIÁRIO
No dia 10 de março de 2012, Orivaldo Fernando Borges, um empresário do ramo hoteleiro, atravessava
a rua na companhia de amigos para
tomar um caldo antes de encerrar
a noite. Foi quando uma moto desgovernada, com o farol apagado e o
motorista visivelmente alcoolizado
o atingiu arremessando-o 50 metros
adiante, justo quando faltava apenas um passo para alcançar a calçada. O relato desse dia fatídico é feito
pela sua filha Rosana Borges, pois o
próprio Orivaldo não consegue se
lembrar do acidente que lhe causou
politraumatismos cranianos, a perda de grande quantidade de massa
encefálica, o levou a ficar 32 dias na
UTI e a apagar por completo a sua
memória passada e recente. “Naquela noite eu perdi meu melhor
amigo, meu conselheiro, a pessoa
que me apoiava. Hoje, eu cuido dele
diariamente, com todo amor que
posso dedicá-lo, mas me dói constatar que ele não se lembra que sou
sua filha”, desabafa Rosana.
A luta do senhor Orivaldo para
recuperar as funções básicas como
andar sozinho, trocar uma peça
de roupa e se alimentar por conta
própria virou a motivação de sua
família. Como um dos pacientes do
CRER, frequenta a unidade quatro
vezes na semana onde faz fisioterapia, terapia ocupacional e aguarda
uma vaga para a fonoaudiologia.
“Seus avanços são celebrados diariamente por todos da família. Lembro quando os médicos convocaram
a todos para que despedíssemos do
meu pai, pois ele tinha apenas 1%
de chance de vida. Portanto hoje
reafirmamos a vitória em cada um
dos seus avanços”, alegra-se a filha.
Nem ela, nem os seus outros três
irmãos foram atrás do motociclista
responsável por transformar radicalmente a vida de um homem produtivo e cheio de vida. “Resolvemos não saber nada sobre ele. Isso
não diminuiria o sofrimento que
causou à nossa família, não traria
meu pai de volta com sua consciência plena, só causaria ainda mais
revolta”, reflete.
No entanto, segundo atesta o diretor técnico do Detran Goiás, Horácio Mello e Cunha Santos, os condutores, quando responsabilizados
por seus erros no trânsito, tendem
a melhorar sua conduta futura, pelo
menos na maioria dos casos observados. “Ao atingirem mais de 20
pontos na carteira, eles são obrigados a fazer um curso de reciclagem,
momento este que aproveitamos
ÂNGELA SCALON
Orivaldo Fernando Borges se dedica à reabilitação
dos movimentos comprometidos pelo acidente
para debater sobre o teor das infrações mais comuns, sobre psicologia
no trânsito, conduta consciente do
motociclista visto que ele é o mais
exposto diante de um acidente, ultrapassagens seguras, entre outros
detalhes importantes. Vimos que
95% dos condutores que passam
por esse curso não voltam a cometer infrações no trânsito”, calcula
Horácio.
REVISTA AGIR 27
SUPERAÇÃO
Recursos lúdicos
na reabilitação de pacientes
Site Goiás Agora
O
s jovens Pablo Azevedo, Thiago Siade e Vitor Fidélis
possuem histórias parecidas. Eles
foram vítimas de acidentes de moto
e tiveram comprometimentos na
mobilidade e sensibilidade dos braços. Hoje, como pacientes do CRER,
os três se conheceram e compartilham a reabilitação de forma lúdica
e divertida. Os jovens participam do
laboratório de gameterapia – uma
forma complementar de promover a
melhoria de pacientes com comprometimentos neurológicos ou ortopédicos utilizando videogames.
Considerados vilões no passado
por roubarem a atenção exacerbada
de crianças, o videogame evoluiu
para uma versão mais saudável que
permite ao jogador se exercitar enquanto joga. E a área de saúde não
se manteve indiferente à essa inovação. Logo buscou meios de inseri-la
na promoção da reabilitação de pa28 REVISTA AGIR
cientes. O CRER adotou o método
há dois anos e, desde então, vem
colhendo resultados bastante positivos.
USO DO VIDEOGAME
Segundo explica o terapeuta ocupacional Leandro Coêlho de Almeida Freire, o videogame começou a
ser utilizado de forma terapêutica
como um recurso de simulação da
realidade, principalmente em pacientes que possuíam certos tipos
de fobias, como a de altura ou medo
de voar. Conforme a tecnologia foi
evoluindo e surgindo novos modelos de videogames foi possível
adotá-los de forma complementar
às terapias tradicionais. “A gameterapia não é utilizada de maneira
exclusiva como recurso terapêutico,
mas atuando em conjunto com as
outras terapias aplicadas ao paciente”, comenta o terapeuta.
Diferente dos aparelhos antigos,
que só recebiam comandos por botões do controle, os novos videogames possuem sensores que leem os
movimentos. Dessa forma, os jogadores não ficam mais sentados diante do televisor, mas precisam fazer
os movimentos compatíveis aos do
personagem do jogo para passar as
fases. São esses modelos de videogames que foram inseridos como complementares nas terapias.
No CRER, a gameterapia foi
adotada para atender a dois grupos
distintos de pacientes, os que apresentam comprometimento neurológico e os que estão em reabilitação
ortopédica, caso dos jovens personagens dessa matéria. “Os pacientes neurológicos, como os diagnosticados com Mal de Parkison,
conquistam ganhos na reabilitação
cognitiva, promovendo a melhora
no esquema corporal e na percep-
ção que possuem da lesão que apresentam. Além disso, os jogos ainda
ajudam a melhorar a atenção, memória, concentração, raciocínio e a
noção de organização. No caso do
Parkison, que é uma doença neurodegenerativa progressiva, é possível retardar os sintomas, auxiliando
pacientes a realizar atividades do
dia a dia”, evidencia Leandro.
RESULTADOS COMPROVADOS
Com apenas dois meses de tratamento no CRER e sendo submetido
a sessões de terapia ocupacional e
de gameterapia duas vezes por semana, Pablo Azevedo, de 23 anos,
tem conseguido recuperar a mobilidade e a sensibilidade do dedo da
mão direita. Vítima de um acidente
de moto, o jovem precisou ser submetido a uma cirurgia por conta de
uma fratura exposta no braço direito, o que ocasionou na perda da
sensibilidade do dedo. Hoje, bastante satisfeito com os resultados, o
jovem comemora o retorno da mobilidade e se empenha para recuperar a força da mão lesionada.
Já o estudante de Direito Thiago
Siade, 26, teve comprometimento
nos dois braços ao se acidentar de
moto. “Sofri uma luxação no braço
direito e tive uma fratura exposta
no esquerdo. O resultado foi perda óssea e de força nos membros.
Não conseguia mais fechar a mão e
firmar as coisas. O braço esquerdo
não esticava mais. Foram necessárias oito cirurgias para reparar o
dano causado aos meus braços”,
recorda. Há cinco meses o estudante é paciente do CRER e, nesse
período, já conquistou boa parte da
mobilidade e força dos braços. Por
duas vezes na semana ele se dedica
à terapia ocupacional, gameterapia
e à academia. Tudo acompanhado
de perto pelos terapeutas da unidade. “Estou me preparando para
retomar a faculdade no próximo
semestre. Hoje já consigo escrever
novamente”, comemora.
Ao se acidentar de moto em
2010, Vitor Fidelis da Silva Santos,
Terapeuta ocupacional Leandro Coêlho
Paciente Pablo Azevedo
19 anos, perdeu parte da mobilidade do braço direito. No ano seguinte buscou tratamento em outras clínicas, até ser encaminhado
ao CRER em 2013. Desde então,
tem sido submetido à terapia ocupacional , gameterapia e academia,
que lhe possibilitaram recuperar o
movimento das mãos e a boa parte da mobilidade do braço afetado.
“Hoje sinto que minha recuperação
está sendo efetiva”, reflete. Sobre a
gameterapia, o jovem diz contribuir
para a reabilitação de forma divertida. “É uma das terapias que mais
gosto”, declara.
O terapeuta ocupacional Leandro Coêlho explica que os pacientes
advindos do pós-operatório com
lesões ortopédicas são avaliados
em outras terapias antes de serem
aprovados para a gameterapia. “É
importante identificar se eles vão
conseguir realizar os movimentos
pedidos durante os jogos”, comenta. Além de trabalhar a socialização
e integração entre os grupos, a terapia com uso do videogame ainda
aflora a competitividade saudável
entre jogadores e entre si mesmos.
“Percebemos que eles querem se
superar a cada partida para baterem o recorde do jogo e ainda superar, de forma saudável, os colegas.
Uma competitividade que beneficia
a todos os envolvidos”, avalia.
REVISTA AGIR 29
AGIR EM FOCO
CRER em Casa humaniza tratamento
Equipe visita casa de pacientes
M
Site Goiás Agora
ariusa Alves da
Costa, de 61 anos, recebe em casa, no
Setor Norte Ferroviário 2, uma vez
por semana a visita de uma equipe
de profissionais de saúde do Centro
de Reabilitação e Readaptação Dr.
Henrique Santillo (CRER). A idosa
sofreu um acidente de trânsito há
pouco mais de um ano em Araguaína (TO), onde morava, e teve uma
lesão na medula espinhal que a deixou tetraplégica. Ela e a família, que
viviam em uma chácara naquele
Estado, se mudaram para Goiás em
busca do tratamento especializado
de referência. Após ficar internada
por quatro meses no CRER, a paciente teve alta e passou a contar com a
assistência do programa CRER em
Casa.
A equipe é multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, técnicos em enfermagem,
nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. O serviço é indicado
para os pacientes que possuem demandas clínicas, mas que não precisam de internação, uma vez que o
tratamento pode ser domiciliar. De
acordo com a médica Jackeline Gomes Borges, os pacientes atendidos
pelo programa são os que tiveram
sequelas neurológicas graves e também as úlceras de pressão, conhecidas popularmente como escaras,
que é o caso de Dona Mariusa.
O tratamento é humanizado e a
participação da família é fundamental para a recuperação. “Cada profissional tem um papel fundamental
na adaptação do paciente em sua
30 REVISTA AGIR
Equipe visita uma vez por semana casa de pacientes
casa e ensina os cuidadores a cuidar
do paciente a partir da nova realidade dele. Além disso, o paciente sai
do ambiente hospitalar, onde corre
risco de infecção hospitalar e passa
a receber o atendimento mais próximo da família”, afirma.
O terapeuta ocupacional Alberico Jayme Silva tem a missão de readaptar o paciente, de acordo com
suas limitações, no ambiente domiciliar. “Nós da terapia ocupacional
tentamos tornar esse indivíduo o
mais independente possível na sua
realidade. No caso da Dona Mariusa, ela é cadeirante com uma lesão
alta, e trabalhamos com adaptações
para que consiga comer sozinha, escovar os dentes, fazer coisas simples
do seu dia a dia, locomover-se com
a cadeira de rodas, por exemplo”,
comenta. Graças aos esforços desta
técnica e também da fisioterapia, ela
conseguiu recuperar o movimento
de parte dos membros superiores
e hoje é considerada paraplégica. A
evolução da função motora é uma
conquista para a equipe.
COMODIDADE
Filha da idosa, a cabeleireira
Márcia Alves Ferreira conta que a
mãe estava no banco do passageiro de uma pick-up que foi colhida
por uma carreta na rodovia. Ela foi
submetida a uma cirurgia em um
hospital particular da capital e depois encaminhada ao CRER. Márcia
aprendeu a cuidar da mãe, que está
acamada, com a orientação dos profissionais que fazem a visita regularmente. “Todos são carinhosos e dão
atenção o máximo que podem. Todas as dicas que eu preciso eles me
passam. Quando eles não vêm, eu
faço todos os curativos. É bem melhor quando eles vêm aqui porque
não tenho o trabalho de me deslocar
até lá. Antes eu pegava táxi. Para nós
facilitou bastante”, avalia. “É maravilhoso. (Eles) Cuidam direitinho de
mim. Eu não comia, não mexia as
minhas mãos, hoje estou quase fechando elas de novo”, diz Mariusa.
Atendimento proporciona qualidade de vida
A segunda visita do dia é na casa
de Augustinho Pereira Lima, de 68
anos, na Vila Redenção. Ele é portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que ganhou fama recentemente,
depois que artistas aderiram à campanha de divulgação nas redes sociais, desafiando uns aos outros a
jogar um balde de água fria na cabeça. A ideia era angariar doações
para ajudar os doentes. O diagnóstico de Seu Augustinho veio há cerca de dois anos. Ele e a mulher, Vera
Lúcia da Silva Inácio, moravam em
Jussara e também se viram obrigados a mudar para a capital.
Com as funções motoras comprometidas, o paciente não consegue andar, está perdendo a força
das mãos e respira 24 horas com a
ajuda de um aparelho mecânico,
que só é retirado durante o banho.
O equipamento é doado pelo Ministério da Saúde. Jackeline diz que
ele tem conhecimento de que a ELA
é progressiva. Sendo assim, como
ressalta Jackeline, a maior preocupação da equipe é oferecer-lhe qualidade de vida. “Nosso trabalho é
tentar dar o máximo de qualidade
de vida possível a ele, além do suporte psicológico. Quando ele pede
para sair, tentamos viabilizar para
que possa aproveitar o máximo
possível. O Seu Augustinho queria
pescar e autorizamos. A família foi
orientada a lidar com o respirador”,
relata. O aparelho funciona à base
de energia elétrica, mas também
pode ser ligado a uma bateria e,
caso a carga acabe, a alternativa é
utilizar o balão portátil de oxigênio.
Ele foi até Matrinchã, a 244 quilômetros de Goiânia, em agosto de
2014 e pescou na beira do rio.
Além da adaptação para a pescaria, Alberico também fez um suporte de mesa para que o idoso pudesse
jogar baralho, outro de seus hobbies, e assim garantir que ele possa
ter momentos de lazer e interação
Profissionais aferem pressão do paciente
com a família. No caso dele, por se
tratar de uma doença progressiva,
os fisioterapeutas sabem que não há
avanços na função motora, portanto a estagnação do quadro é o objetivo. Em função da traqueostomia
realizada para o uso do ventilador
mecânico, é preciso ter um maior
cuidado em relação à higiene brônquia e à limpeza de secreções.
Para o fisioterapeuta Renato Soares de Melo e Lima, o CRER em
Casa é um diferencial. “Se não tivesse esse serviço, eles poderiam estar
em UTIs, é um estímulo totalmente
diferente para o paciente porque,
cercado da família, ele se sente mais
confortável e a recuperação é até
mais acelerada, às vezes”, pontua.
CUIDADOS
A enfermeira Ananda de Oliveira orienta os familiares sobre os
cuidados com a higiene pessoal,
feridas, traqueostomia, curativo,
higiene oral, manutenção e limpeza de aparelhos, entre outros. Ela
acredita que, em casa, os pacientes
se sentem mais satisfeitos e mais
confiantes. “Pra gente é muito gratificante. Acho que o programa está
atingindo a sua meta, que é a desospitalização”, analisa.
A esposa de Seu Augustinho,
Vera Lúcia da Silva Inácio, é a sua
cuidadora. “Está sendo muito bom
esse atendimento porque dependemos de alguém para dirigir para
irmos até o hospital. Então, ter esse
atendimento do CRER em Casa para
mim é muito importante. Eles se
tornaram uma família pra gente”,
assinala. Ao longo da entrevista,
Seu Augustinho se emocionou algumas vezes. Mas conseguiu definir o que a “turma”, que o visita
desde o dia 7 de junho de 2014, representa na vida dele. “Essa equipe
foi Deus que mandou, é muito especial”, diz.
PROGRAMA
Criado em março de 2014, o
programa atende 42 pacientes por
mês, com capacidade para chegar
a 60 atendimentos. Com o CRER
em Casa, o paciente tem significativa redução do risco de complicações decorrentes de longa internação, como infecção hospitalar, por
exemplo. Outro importante benefício da desospitalização é a abertura
de leitos para novos pacientes que
necessitam do tratamento especializado e de alta complexidade que
o CRER oferece. Como impacto
social, há uma otimização na fila
de espera daqueles que aguardam
vaga para atendimento. A iniciativa
também resulta em desoneração do
Sistema Público de Saúde e redução
dos custos hospitalares.
REVISTA AGIR 31
HDS EM PAUTA
Ambulatório de feridas é reformado
e dobra capacidade de atendimento
R
ecém-reformado,
o
ambulatório de feridas crônicas do
HDS – Hospital de Dermatologia
Sanitária e Reabilitação Santa Marta
agora conta com quatro salas para
curativo e um consultório médico.
Atualmente, são realizados em média 4,1 mil atendimentos mensais,
mais que o dobro do mesmo período
em 2014, em que eram feitos 1,9 mil.
Os pacientes atendidos, externos
e moradores, são encaminhados
pela regulação para o tratamento de
feridas crônicas, que na maioria das
vezes demandam mais tempo para
a cicatrização. O primeiro atendimento é agendado pela regulação e,
a partir de então, passa a ser feito
pela unidade, de acordo com a demanda do paciente.
Morador de Trindade, Eurípedes
Pires de Moreira, 61, vai ao HDS
três vezes por semana para os cuidados com os curativos. “Quando
cheguei, há sete meses, o meu estado era bem grave. Eu estava quase
perdendo as duas pernas, devido à
hanseníase. Em seis meses, percebi
uma evolução muito positiva, praticamente 100% de melhora”, diz.
O trabalhador autônomo percorre
mais de 30 quilômetros para receber atendimento no HDS e garante:
“venho satisfeito. O atendimento
aqui é muito bom, é o local onde encontrei minha recuperação”.
32 REVISTA AGIR
Eurípedes Pires recebe tratamento da técnica de enfermagem Adriana Santana
A diretora técnica do HDS, Mônica Ribeiro, explica que todo o ambiente foi reformado e reestruturado para oferecer mais conforto aos
pacientes, melhorar as condições de
trabalho dos colaboradores e, também, para atender todas as normas
da vigilância sanitária. Além disso,
segundo a diretora, o ambulatório
de feridas conta com insumos de
maior tecnologia e qualidade, que
dificilmente são encontrados em
outros serviços oferecidos pelo SUS
– Sistema Único de Saúde.
“A nossa preocupação é cuidar
da saúde geral do paciente, com
orientações para tratar não apenas
as feridas, mas também a doença
como um todo. Por isso, contamos
com médicos experientes nesse tipo
de atendimento e investimos na melhoria desta estrutura, que é difícil
ser encontrada para serviços como
esse, devido aos resultados lentos e
demorados”, destaca Mônica.
O sapateiro Edvaldo Quintino,
42, é paciente do HDS há um ano e
acompanhou toda a mudança com a
reforma do ambulatório de feridas.
“Eu trato a minha perna (úlcera varicosa) há 10 anos e, nesse tempo, já
passei por muitas unidades de saúde. Há um ano eu venho dia sim,
dia não no HDS e vejo o tratamento
diferenciado. A estrutura de trabalho aqui é muito boa”, elogia.
Eurípedes e Edvaldo são dois
dos 65 pacientes que, em média,
diariamente recebem algum atendimento. O ambulatório de feridas
crônicas funciona todos os dias da
semana, das 7h às 19h, com horário agendado, com uma equipe de
oito técnicas de enfermagem e uma
enfermeira, por dia. Além da estrutura do consultório médico e enfermagem, é oferecido suporte da
equipe multiprofissional, que inclui
fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e serviço social.
Para que o paciente conheça
mais sobre sua respectiva doença,
e tenha mais controle e cuidados
adequados, o HDS realiza cursos
que envolvem toda a equipe médica
e multiprofissional com encontros
semanais e duração de seis semanas. O primeiro aconteceu em julho
de 2014. “Os cursos abordam todos
os aspectos referentes à doença e os
cuidados com a ferida, como a importância da limpeza, alimentação,
controle da pressão, diabetes, entre
outras recomendações”, esclarece a
diretora técnica.
AMBULATÓRIO MÉDICO
O ambulatório médico do HDS
também foi reformado e ampliado,
em 2014. O espaço conta com oito
consultórios que atendem as especialidades de endocrinologia, dermatologia, ortopedia, psiquiatria,
geriatria, oftalmologia, cardiologia e
cirurgia geral. Em outro consultório
funciona o atendimento odontológico, com duas estações de trabalho.
REVISTA AGIR 33
PESQUISA
CRER avança
na área de ensino e pesquisa
Profissionais da Instituição lançam publicação científica
sobre reabilitação e paralisia cerebral
É
missão do CRER,
desde sua fundação, oferecer excelência no atendimento à pessoa
com deficiência, fundamentado no
ensino e pesquisa. Como reconhecimento deste trabalho, a instituição é
certificada como Hospital de Ensino
pelos Ministérios da Saúde e Educação, conforme a portaria nº 1.687, de
12 de agosto de 2014.
Para tanto, vários requisitos foram analisados pela comissão de
Certificação, sobretudo a existência
de estagiários de diferentes cursos
da área de Saúde, residência médica,
publicações científicas, instalações e
equipamentos e, ainda, o número de
profissionais titulados com especialização, mestrado e doutorado.
O CRER oferece programas de
residência médica em Medicina
Física e Reabilitação (Fisiatria), Radiologia e Diagnóstico por Imagem,
Anestesiologia,
Otorrinolaringologia e área Multiprofissional em
Saúde Funcional e Reabilitação.
34 REVISTA AGIR
Todos os programas são reconhecidos e credenciados pelo Ministério da Educação (MEC). O hospital
também realiza eventos científicos
anuais, desde o primeiro ano de
atividades, em 2002, além de cursos
de aperfeiçoamento profissional e
especialização médica.
Como Hospital de Ensino, o
CRER busca cada vez mais implementar as atividades de formação e
de pesquisa e, principalmente, promover o conhecimento por meio de
publicações científicas. O livro Reabilitação - Paralisia Cerebral, dividido
em 44 capítulos, conta com reflexões
dos profissionais da área multiprofissional do CRER, composta por
médicos, terapeutas e técnicos com
formação variada na área da saúde,
e também de outros estudiosos da
área reconhecidos em todo o País.
Reabilitação - Paralisia Cerebral
contempla temas básicos relacionados à paralisia cerebral e às várias
dimensões em que se desdobram
os procedimentos adotados no dia a
dia de cada um dos profissionais da
área, no que tange à reabilitação e
readaptação. O livro partiu da idealização do médico ortopedista e superintendente executivo da AGIR,
Sérgio Daher, e da médica fisiatra
Ângela Maria Costa de Souza, do
CRER.
A obra tem o propósito de ser um
instrumento de consulta para profissionais da área multiprofissional,
no sentido de assessorá-los no tratamento individualizado do paciente
com paralisia cerebral. Também pretende auxiliar na formação e capacitação dos diferentes profissionais
de reabilitação, ao mesmo tempo
em que busca estimular a produção
científica na área.
O livro, publicado pela editora
Cânone/ janeiro de 2015, será lançado no dia 29 de abril de 2015, às 19h,
no auditório Valéria Perillo (CRER)
com a presença de autores, estudiosos da área e acadêmicos.
REVISTA AGIR 35
36 REVISTA AGIR
PERFIL DO COLABORADOR
“O trabalho em equipe resulta em tratamento
de qualidade para os pacientes”
S
ervidora efetiva da Secretaria Estadual de Saúde, Bárbara
Posse é farmacêutica e trabalha no
HDS – Hospital de Dermatologia
Sanitária e Reabilitação Santa Marta
desde dezembro de 2010. Três anos
depois, no final de 2013, a unidade teve a gestão transferida para a
AGIR, que assumiu o gerenciamento, operacionalização e a execução
das ações e serviços do HDS.
“Tivemos um grande receio de
como seria o tratamento com os servidores que já trabalhavam no HDS,
mas com o tempo fomos percebendo que o interesse não era dispensar
ninguém e, sim, somar. Sentimos,
desde o início, que houve um grande respeito com relação aos servidores”, diz Bárbara.
A principal preocupação e intervenção da AGIR, após o diagnóstico
inicial, foi referente à reorganização
administrativa do ponto de vista
de recursos humanos. À época, o
superintendente administrativo da
AGIR garantiu que todos os servidores interessados seriam mantidos
e uma relação de respeito, comprometimento e profissionalismo foi
estabelecida.
Bárbara é uma dos 187 servidores
públicos que trabalham atualmente
no HDS e somam com os 123 colaboradores celetistas da AGIR para oferecer aos pacientes um tratamento
de qualidade. “O objetivo de todos
é atender bem os pacientes, por isso
o trabalho em equipe é imprescindível”, considera.
A farmacêutica destaca ainda os
investimentos feitos na estrutura geral da antiga Colônia Santa Marta.
“No que diz respeito à Farmácia, por
exemplo, foi feita a regularização,
informatização do estoque e programação para abastecimento, de
modo que o paciente não fique sem
os medicamentos necessários”, explica. A farmácia, segundo Bárbara,
abastece com medicamentos apenas
os 25 moradores do HDS e fornece
todos os insumos necessários para o
atendimento de procedimentos realizados nos ambulatórios e ginásios.
Outro ponto positivo, na opinião
de Bárbara, como resultado da gestão da AGIR no HDS é a implantação de comissões específicas como a
de Controle de Infecção Hospitalar,
Núcleo de Segurança do Paciente
e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, das quais ela faz parte, dentre
outras.
“A participação de todos os profissionais nessas comissões é muito
positiva, porque permite o trabalho
interdisciplinar e ações em conjunto
que refletem diretamente na qualidade do atendimento prestado aos
nossos pacientes”, declara Bárbara.
REVISTA AGIR 37
AGENDA
Abril >>>
Lançamento do Livro
“Reabilitação - Paralisia Cerebral”
Data: 29 de abril de 2015
Horário: 19h
Local: Auditório Valéria Perillo - CRER
Informações: 62 3232-3082
17º Congresso Brasileiro de Medicina e
Cirurgia do Tornozelo e Pé
Data: 30 de abril a 02 de maio de 2015
Local: Minascentro - Belo Horizonte - MG
Informações:(35) 3721-3851
[email protected]
Maio >>>
Hospitalar 2015
22ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos,
Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios,
Farmácias, Clínicas e Consultórios.
Data: 19 a 22 de maio de 2015
Local: Expo Center Norte – São Paulo – SP
Informações: www.hospitalar.com
Setembro >>>
I FEAD CRER
Festival de Esporte Adaptado do CRER
Data: 19 de setembro de 2015
Local: Clube da Saneago – Goiânia – GO
Informações: (62) 3232-3138
38 REVISTA AGIR
Parcerias
Novembro de 2014 a Janeiro de 2015
Academia Su Beauty de Cabelereiros
Adalto Bento Leal
AGEM - Associação Goiana de Esclerose
Múltipla
AMP Propaganda
Associação dos Lojistas do Buriti
Shopping
Baiano Folhagens
Belcar Veículos
Casas Goianita
Catral
Ceasa
CESAM – Centro Salesiano do Menor
Cevel
Cical
Cicopal
Coca-Cola Refrescos Bandeirantes
Coletando Sorrisos
Cristália Prod. Quim. Farmacêuticos
Espaço Feminino La Rosé
Espaço Harmonia
Festa com Ideia
FIMTPODER
Fraldas Kisses
Grupo Cicopal
Grupo Coletando Sorrisos
Gustavo Rocchi
Hot Park
Instituto Olhos da Alma Sã
IQG - Instituto Qualisa de Gestão
Irmãos Soares
Jaepel Papéis e Embalagens
Junior Achievement Goiás
Kinderen Fest
Lagoa Thermas Parque
Livraria Nobel
Los Piccolos
McDonald’s Flamboyant
Ministério da Saúde
Ministério Público de Goiás
Musical Roriz
Nilton Pinto e Tom Carvalho
OVG – Organização das Voluntárias de
Goiás
Paz Universal Serviços Póstumos
Piracanjuba
Pousada dos Pirineus
Quick Logística Ltda
Saga France – Citroen
Saneago
Santarém Bar e Restaurante
Secretaria Estadual de Saúde
Shopping Flamboyant
Sicmol
Sintonia Filmes
Snow Bowling
Spa Jaó
SSA – São Salvador Alimentos
Tom Chris
Tudo Chevrolet
Unicom Shopping da Saúde
Unimed Goiânia
Wesley Amaral
Zema Indústria Metalúrgica
REVISTA AGIR 39
40 REVISTA AGIR
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