(Tradução livre do original do inglês) Conforme submetido para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos em setembro de 2009 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DOS ESTADOS UNIDOS Washington, D.C. 20549 RELATÓRIO 20-F DECLARAÇÃO PARA REGISTRO DE ACORDO COM O ARTIGO 12(b) OU 12(g) DA LEI DE TÍTULOS MOBILIÁRIOS E CÂMBIO DE 1934 Número do Arquivo da Comissão: CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS (nome exato do registrador conforme especificado em seu Estatuto Social) BRAZILIAN ELECTRIC POWER COMPANY (tradução do nome do registrador em inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição do nome ou organização de incorporação) Avenida Presidente Vargas, 409 – 13th floor, Edifício Herm. Stoltz – Centro, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brazil (endereço dos principais escritórios executivos) Títulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei: Título de cada classe Ações de Depósitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depósitos Americanos, cada uma representando 500 Ações Ordinárias Nome de cada bolsa em que está registrado Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Ordinárias, sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações de Depósitos Americanos, comprovadas pelos Recibos de Depósitos Americanos, cada uma representando 500 Ações Preferenciais Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Preferenciais, sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova Iorque ______________ * Não destinadas à comercialização mas apenas com relação ao registro das Ações de Depósito Americanos de acordo com as exigências da SEC. Títulos de Garantia registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(g) da Lei: Nenhum. Títulos de Garantia para os quais exista uma obrigação de comunicação de acordo com o Artigo 15(d) da Lei: Nenhum. A quantidade de ações emitidas e em circulação de cada classe de ações ordinárias ou capital do emissor em 31 de dezembro de 2008 era: 905.023.527 Ações Ordinárias 227.186.643 Ações Preferenciais Marque com um X se o registrador é um emissor experiente bem conhecido, conforme definido na Norma 405 da Lei da Bolsa de Valores Sim Não : Caso este seja um relatório anual ou relatório intercalar, marque com um X se o registrador não é obrigado a entregar relatórios pertinentes às seções 13 ou 15(d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934. Sim Não : Marque com um X se o registrador (1) registrou todos os relatórios obrigados a serem registrados de acordo com o Artigo 13 ou 15 (d) da Lei da Bolsa de Valores de 1934 durante os 12 meses anteriores (ou por tal período menor em que o registrador foi obrigado a registrar tais relatórios), e (2) tenha estado sujeito a tais exigência de registro pelos últimos 90 dias. Sim Não : Marque com um X se o registrador é um grande registrador acelerado ou um registrador não acelerado. Ver a definição de “registrador acelerado e grande registrador acelerado” na Norma 12-b-2 da Lei da Bolsa de Valores. : Registrador Registrador Não Grande registrador acelerado filer Acelerado Acelerado Marque com um X qual base de Contabilidade o registrador utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório: U.S. GAAP IFRS Outro : (Tradução livre do original do inglês) Marque com um X qual item da declaração financeira o registrador optou por seguir. Item Item 17 : 18 Caso este seja um relatório anual, marque com um X se o Registrador é uma companhia “shell company” (conforme definido na Norma 12b-2 da Lei da Bolsa de Valores). Sim No : (Tradução livre do origianl em inglês) ÍNDICE Item 1. Identidade de Diretores, Administração Sênior e Consultores 8 Item 2. Estatística da Proposta e Cronograma Esperado 8 Item 3. Informações Chaves 8 A. Informações Financeiras Selecionadas 8 B. Capitalização e Endividamento 14 C. Razões para a proposta e Uso dos Recursos 15 D. Fatores de Risco 15 Item 4. Informações sobre a Empresa 27 A. História e Desenvolvimento 27 B. Visão Geral do Negócio 29 C. Estrutura Organizacional 72 D. Ativo Imobilizado 73 Item 4.A. Comentários dos Auxiliares sobre Questões Não-Resolvidas 74 Item 5.Revisão Financeira e Operacional e Perspectivas 74 A. Resultados Operacionais 84 B. Liquidez e Recursos do Capital 97 C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças 100 D. Informações sobre Tendências 101 E. Arranjos não incluídos no balanço 102 F. Obrigações Contratuais 102 Item 6. Conselheiros, Administração Sênior e Empregados 103 A. Conselho de Administração e Diretoria Executiva 103 B. Remuneração 106 C. Práticas do Conselho 107 D. Empregados 107 E. Posse de Ações 108 Item 7. Acionistas Majoritários e Transações com Partes Envolvidas 109 A. Acionistas Majoritários 109 B. Transações com Partes Envolvidas 110 C. Participações de Especialistas e Conselheiros 110 Item 8. Informações Financeiras 111 A. Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informações 111 B. Mudanças Significativas 117 Item 9. A Proposta e a Listagem em Bolsa 118 A. Informações sobre a Proposta e Listagem em Bolsa 118 B. Plano de Distribuição 122 C. Mercados 122 D. Acionistas Vendedores 128 E. Diluição 128 F. Despesas da Emissão 128 Item 10. Informações Adicionais 128 A. Capital Social 128 B. Contrato e Estatuto Social 128 C. Contratos Materiais 132 D. Controles Cambiais 132 E. Tributação 134 F. Dividendos e Agentes Pagadores 142 G. Declaração de Especialistas 142 H. Documentos à Disposição 142 I. Informações das Subsidiárias 142 Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco do Mercado 143 Item 12. Descrição dos Valores Mobiliários, com exceção das Ações em Carteira 143 Item 13. Inadimplências, Dividendos a Pagar e Atrasos no Pagamento 144 Item 14. Modificações Materiais dos Direitos dos Portadores de Títulos Mobiliários e Uso dos Recursos 144 Item 15. Controles e Procedimentos 144 Item 15.T. Controles e Procedimentos 144 Item 16A. Perito Financeiro do Comitê de Auditoria 145 Item 16B. Código de Ética 145 Item 16C. Honorários e Serviços do Contador Principal 146 Item 16D. Isenção das Normas de Listagem para os Comitês de Auditoria 147 (Tradução livre do original em inglês) Item 16E. Compra de Participação Acionária pelo Emissor e Compradores Afiliados 147 Item 16G. Governança Corporativa 147 Item 17. Demonstrativos Financeiros 148 Item 18. Demonstrativos Financeiros 148 Item 19. Anexos 149 Assinaturas 150 ii (Tradução livre do original em inglês) APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Nesta declaração para registro, salvo de outra forma indicado ou o contexto de outra forma exija, todas as referências a “nós”, “nosso”, “nossos”, “nos” ou termos semelhantes se referem a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás e suas subsidiárias consolidadas. Mantemos nossos livros e registros em reais. Nossos demonstrativos financeiros consolidados em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, cada um incluído, devidamente, nesta declaração para registro, foram preparados de acordo com os princípios contábeis normalmente aceitos nos Estados Unidos (“U.S. GAAP”). Nesta declaração para registro, o termo “Brasil” se refere à República Federativa do Brasil e a frase “Governo Brasileiro” se refere ao governo federal do Brasil. O termo “Banco Central” se refere ao Banco Central do Brasil. Os termos “real” e “reais” e o símbolo “R$” se referem à moeda legal do Brasil. Os termos “Dólar Americano” e “Dólares Americanos” e o símbolo “U.S.$” se referem à moeda legal dos Estados Unidos da América. Todas as referências a respeito das nossas ações preferenciais e ordinárias constantes nesse documento refletem o grupamento de ações, (proporção de 500-1), realizado em 20 de agosto de 2007 Alguns números neste documento foram submetidos a ajustes para arredondamento. Portanto, os números apresentados como totais em determinadas tabelas podem não ser acúmulos aritméticos dos números que os precedem. Os termos incluídos nesta declaração para registro têm os seguintes significados: • Alta tensão: uma classe das tensões nominais do sistema igual ou superior a 100.000 volts (100 kVs) e inferior a 230.000 volts (230 kVs); • Amazonas Energia: Amazonas Energia S.A., empresa distribuidora de controle total da Eletrobrás que opera no Estado de Amazonas. Amazonas Energia foi criada em 2008 resultante de uma fusão entre a Ceam e a Manuas Energia S.A.; • ANDE: Administración Nacional de Eletricidad; • ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica; • BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; • Boa Vista: Boa Vista Energia, empresa distribuidora que opera no estado de Roraima; • Capacidade Instalada: o nível de eletricidade que pode ser entregue a partir de uma determinada unidade geradora a carga total, de forma contínua, de acordo com condições específicas conforme projetadas pelo fabricante; • Conta CCC: Conta Consumo de Combustíveis; • Carga da Capacidade: a carga para aquisições ou vendas com base na capacidade contratada definitiva, quer consumida, ou não; • Carga de energia: a carga variável para aquisições ou vendas com base na eletricidade atual consumida; • CCEAR: Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado; • Ceal: Companhia Energética de Alagoas S.A., uma das Companhias de Distribuição do Norte e Nordeste; • Ceam: Companhia Energética do Amazonas S.A., uma das Companhias de Distribuição do Norte e Nordeste; 1 (Tradução livre do original em inglês) • Cepel: Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, um centro de pesquisa do setor elétrico brasileiro; • Cepisa: Companhia Energética do Piauí S.A., uma das Companhias de Distribuição do Norte e Nordeste; • Ceron: Centrais Elétricas de Rondônia S.A., uma das Companhias de Distribuição do Norte e Nordeste; • CGE: Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, o Comitê Brasileiro para Gestão da Crise de Energia Elétrica; • CGTEE: Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica S.A., uma subsidiária de geração da Eletrobrás; • Chesf: Companhia Hidro Elétrica do São Francisco S.A., subsidiária de transmissão e geração da Eletrobrás; • CMN: Conselho Monetário Nacional, responsável pela política monetária e financeira brasileira; • CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear, a comissão nacional brasileira para energia nuclear; • CNPE: Conselho Nacional de Política Energética; • Concessionárias ou companhias concessionárias: companhias para as quais o Governo Brasileiro transfere os direitos para fornecer serviços de energia elétrica (geração, transmissão, distribuição) para uma determinada região, de acordo com os contratos celebrados por e entre as companhias e o Governo Brasileiro, de acordo com a Lei nº 8.987 (Lei federal datada de fevereiro de 1995) e Lei nº 9.074 (Lei do Setor de Energia, datada de 7 de julho de 1995) (juntas, as “Leis das Concessões”); • Consumidor final (usuário final): uma parte que usa eletricidade para suas próprias necessidades; • Consumidores livres: clientes que estavam conectados ao sistema após 8 de julho de 1995 e contrataram uma demanda acima de 3 MW em qualquer nível de tensão; ou clientes que estavam conectados ao sistema antes de 8 de julho de 1995 e têm uma demanda contratada acima de 3 MW a um nível de tensão igual ou superior a 69 kV; • Conta CDE: Conta de Desenvolvimento Energético; • Distribuição: a transferência de eletricidade das linhas de transmissão nos pontos de fornecimento da grade e sua entrega para consumidores através de um sistema de distribuição. A eletricidade atinge consumidores tais como os residenciais, pequenas indústrias, propriedades comerciais e serviços de utilidades públicas a uma tensão de 220/127 volts; • Distribuidor: uma entidade que fornece energia elétrica para um grupo de clientes através de uma rede de distribuição; • DNAEE: Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, o Departamento Nacional Brasileiro de Água e Energia Elétrica; • Eletroacre: Companhia de Eletricidade do Acre S.A., uma das Companhias de Distribuição do Norte e Nordeste; • Eletrobrás: Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás; • Eletronorte: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., subsidiária de transmissão e geração da Eletrobrás; • Eletronuclear: Eletrobrás Termonuclear S.A., subsidiária de geração da Eletrobrás; • Eletropar: Eletrobrás Participações S.A., uma subsidiária da companhia holding criada para possuir investimentos de capital em empreendimentos (anteriormente denominada Lightpar); 2 (Tradução livre do original em inglês) • Eletrosul: Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A., subsidiária de geração e transmissão da Eletrobrás; • FND: Fundo Nacional de Desestatização, o fundo nacional de privatização; • Fundo RGR: Reserva Global de Reversão, um fundo que administramos, fundado por concessionários e que fornecem remuneração para determinadas concessionárias pela não renovação ou desapropriação de suas concessões usadas como fonte de fundos para a expansão e melhoria do setor de energia elétrica; • Fundo UBP: Fundo de Uso de Bem Público; • Furnas: Furnas Centrais Elétricas S.A., subsidiária de geração e transmissão da Eletrobrás; • Gigawatt (GW): um bilhão de watts; • Gigawatt hora (GWh): um gigawatt de energia fornecida ou demandada por uma hora, ou um bilhão de watts hora; • IGP-M: Índice Geral de Preços-Mercado, o índice brasileiro geral de preços de mercado, semelhante ao índice do preço de varejo; • INB: Indústrias Nucleares Brasileiras, uma companhia brasileira de propriedade do governo brasileiro responsável pelo processamento do urânio usado como energia para fornecer eletricidade nas Usinas Nucleares de Angra I e Angra II; • Itaipu: Itaipu Binacional, a instalação hidrelétrica possuída, igualmente, pelo Brasil e pelo Paraguai; • Kilowatt (kW): 1.000 watts; • Kilowatt Hora (kWh): um kilowatt de energia fornecida ou demandada por uma hora; • Kilovolt (kV): um mil volts; • Lei das Sociedades Anônimas Brasileiras: Coletivamente, a Lei Nº. 6.404 de 15 de dezembro de 1976, a Lei nº 9.457 de 5 de maio de 1997 e a Lei nº 10.303 de 31 de outubro de 2001; • Lei de Crimes Ambientais: Lei nº 9.605, datada de 12 de fevereiro de 1998; • Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico: Lei Nº 10.848, promulgada em 15 de março de 2004 e que regulamenta as operações das companhias na indústria da eletricidade; • Lei do Setor de Energia: Lei Nº 9.074 de 7 de julho de 1997; • Lei Nacional de Política Ambiental: Lei nº 6.938, datada de 31 de agosto de 1981; • Megawatt (MW): um milhão de watts; • Megawatt hora (MWh): um megawatt de energia fornecida ou demandada por uma hora, ou um milhão de watt hora; • MME: Ministério de Minas e Energia, o Ministério Brasileiro de Minas e Energia; • MRE: Mercado Regulado de Energia, o Mercado Brasileiro Regulado de Energia; • ONS: Operador Nacional do Sistema; 3 (Tradução livre do original em inglês) • Pequenas Centrais Hidrelétricas: usinas hidrelétricas com capacidade de 1 MW a 30 MW; • Preço ou tarifa média: receita total de vendas dividida pelo total de MWh vendido para cada período relevante, incluindo eletricidade não faturada. A receita total de vendas, para fins de cálculo do preço ou tarifa média inclui ambos os faturamentos brutos antes da dedução do ICMS e outros impostos e as vendas de eletricidade não faturadas sobre o que tais impostos ainda não foram acumulados; • Procel: Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica, o programa nacional de conservação de energia elétrica; • Proinfa: Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia; • Rede Básica: linhas de transmissão interligadas, represas, transformadores de energia e equipamentos com tensão igual ou superior a 230 kV, ou instalações com tensão mais baixa conforme determinado pela ANEEL; • Região Nordeste: Os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; • Sistema de Energia Interligado: sistemas ou redes para a transmissão de energia, conectados juntos através de uma ou mais conexões (linhas e/ou transformadores); • Sistema Isolado: sistemas de geração de energia, não conectado à rede de transmissão nacional • Sociedade de economia mista: de acordo com a Lei Brasileira nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, uma sociedade com acionistas dos setores público e privado, mas controlada pelo setor público; • Subestação: um conjunto de equipamentos que comuta e/ou altera ou regula a tensão da eletricidade em um sistema de transmissão e distribuição; • Taxa Selic: uma taxa governamental oficial de overnight aplicada a fundos comercializados através da compra e venda de títulos da dívida pública estabelecidos pelo sistema especial para custódia e liquidação; • TFSEE: Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica; • Transmissão: a transferência em grande quantidade de eletricidade de instalações de geração para o sistema de distribuição na estação do centro de carga através de uma grade de transmissão (em linhas com capacidade entre 69 kV e 525 kV); • TWh: Terawatt hora (1.000 Gigawatt hora); • US GAAP: Princípios contábeis geralmente aceitos dos Estados Unidos da América; • Usina Hidrelétrica ou Instalação Hidrelétrica ou Unidade Elétrica de Energia Hidroelétrica (UHE): uma unidade de geração que usa energia da água para acionar o gerador elétrico; • Usina Termoelétrica ou unidade termelétrica de energia (UTE): uma unidade de geração que usa combustível inflamável, tal como o carvão, óleo, diesel, gás natural ou outro hidrocarboneto como a fonte de energia para acionar o gerador elétrico; • Volt (V): a unidade básica de força elétrica análoga à pressão da água em libras por polegada quadrada; e • Watt: a unidade básica de energia elétrica. 4 (Tradução livre do original em inglês) DECLARAÇÃO PREVENTIVA COM RELAÇÃO A INFORMAÇÕES FUTURAS Esta declaração para registro inclui determinadas declarações futuras, incluindo declarações com relação a nossa intenção, crença ou expectativas atuais ou àquelas de nossos funcionários graduados com relação a, entre outras coisas, nossos planos de financiamento, tendências que afetam nossa condição financeira ou resultados de operações e o impacto de planos futuros e estratégias. Estas declarações futuras estão sujeitas a riscos, incertezas e contingências, incluindo, mas não limitado, ao disposto a seguir: • condições gerais econômicas, reguladoras, políticas e comerciais no Brasil e no exterior; • flutuações da taxa de juros, inflação e valor do real em relação ao dólar americano; • mudanças nos volumes e padrões do uso de eletricidade do cliente; • condições competitivas nos mercados de geração, transmissão e distribuição de eletricidade do Brasil; • os efeitos da competição; • nosso nível de dívida; • a probabilidade de que receberemos pagamento relativos a contas a receber; • mudanças nos níveis da chuva e da água nos reservatórios usados para operar nossas instalações de geração de energia hidrelétrica; • nossos planos de dispêndio com ativos fixos; • nossa capacidade para servir nossos clientes de forma satisfatória; • regulamento governamental existente e futuro quanto às taxas de eletricidade, uso da eletricidade, concorrência em nossa área de concessão e outros assuntos; • nossa capacidade de executar nossa estratégia de negócio, incluindo nossa estratégia de crescimento; • mudanças em outras leis e regulações, incluindo, entre outras, aquelas que afetam os impostos e questões ambientai; • ações futuras que possam tomar o governo brasileiro, nosso acionista controlador; • o resultado de nossos procedimentos legais, civis e fiscais; e • outros fatores de risco conforme estabelecidos sob “Item 3.D - Fatores de Risco”. As declarações futuras mencionadas acima também incluem informações com relação a nossos projetos de expansão da capacidade que estão nos estágios de planejamento e desenvolvimento. Além dos riscos e incertezas acima, nossos projetos de expansão potenciais compreendem riscos de engenharia, de construção, regulatórios e outros riscos significativos que podem: • atrasar ou impedir a conclusão bem sucedida de um ou mais projetos; • aumentar os custos dos projetos; e • resultar na falha das instalações para operar ou gerar renda de acordo com nossas expectativas. 5 (Tradução livre do original em inglês) As palavras “acreditamos,” “pode,” “irá,” “estima,” “continua,” “prevê,” “pretendemos”, “espera” e palavras similares destinam-se a identificar as declarações futuras. Não assumimos qualquer obrigação para atualizar publicamente ou revisar qualquer declaração futura em decorrência de novas informações, eventos futuros ou de outra forma. À luz destes riscos e incertezas, as informações, eventos e circunstâncias futuras discutidas nesta declaração registrada podem não ocorrer. Nossos resultados e desempenho reais poderiam diferir substancialmente daqueles previstos em nossas declarações futuras. 6 (Tradução livre do original em inglês) PARTE I ITEM 1. Identidade de Diretores, Administração Sênior e Consultores Não aplicável. ITEM 2- Estatística da Proposta e Cronograma Esperado Não aplicável. ITEM 3 - Informações Chaves Antecedentes As informações financeiras selecionadas apresentadas aqui devem ser lidas em conjunto com nossas demonstrações financeiras e notas a elas relativas, que aparecem em outro local nesta declaração para registro. Os parágrafos abaixo discutem características importantes da apresentação das informações financeiras selecionadas e nossas demonstrações financeiras. Essas características devem ser consideradas ao avaliar as informações financeiras selecionadas. A. Informações Financeiras Selecionadas As tabelas abaixo apresentam nossos dados operacionais e financeiros selecionados. Você deve ler as informações abaixo em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e notas relacionadas e informações sob o “Item 5. Revisão e Perspectivas Financeiras e Operacionais” incluídas em outro local nesta declaração para registro. Os dados financeiros consolidados auditados para os anos findos em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 derivam de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. 7 (Tradução livre do original em inglês) Informações do Balanço Patrimonial Consolidado 2008 Ativo Ativo Circulante: Caixa e equivalentes de Caixa........................ Caixa restrirto Contas a Receber, líquido............................... Títulos e valores mobiliários .......................... Ativos Regulatórios Diferidos........................ Empréstimos e Financiamentos a receber....... Impostos a compensar .................................... Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos......................................................... Almoxarifado ................................................. Devedores diversos ........................................ Conta de Consumo de Combustíveis - CCC... Direitos de ressarcimento ............................... Despesas pagas antecipadamente ................... Valor justo de derivativos............................... Outros ativos circulantes ................................ 2007 At December 31, 2006 (R$ thousands) 2005 13,033,078 734,386 4,991,458 — 25,124 1,463,667 1,741,195 7,645,704 830,065 4,488,721 — 240,154 1,268,583 1,966,532 5,217,085 645,886 4,407,777 — 416,776 1,234,983 1,739,400 514,813 767,283 388,920 554,748 516,766 76,874 52,640 1,194,709 26,055,661 545,525 647,775 439,869 365,366 179,460 70,395 295,886 710,222 19,694,257 14,491 569,932 127,126 634,966 81,658 50,007 532,669 684,099 16,356,855 490,936 402,181 158,888 270,139 56,386 325,034 742,340 13,899,091 Imobilizado, líquido ............................................ 78,635,566 75,379,549 78,539,149 80,898,110 Investmentos em afiliadas ................................... 5,648,132 4,822,629 4,151,997 4,084,758 23,630,253 2,293,343 4,354,362 170,563 1,001,908 18,199,826 2,201,203 4,716,675 400,986 976,717 23,155,399 4,949,497 4,622,839 464,373 937,261 23,143,664 4,804,539 4,961,429 309,701 890,201 98,173 778,491 725,142 1,345,725 572,279 40,050 4,312,809 828,559 40,053,484 150,392,843 1,443,903 657,188 949,962 500,511 296,134 590,025 818,223 31,751,353 131,647,788 751,587 594,169 1,078,220 474,052 475,631 — 1,043,573 38,546,601 137,594,602 Ativo Imobilizado: Ativos regulatórios diferidos .......................... Contas a receber líquido ................................ Empréstimos e Financiamentos a receber....... Depósitos judiciais ........................................ Títulos e valores mobiliários .......................... Imposto de Renda e Contribuição social diferidos ......................................................... Estoque de combustível nuclear ..................... Impostos a compensar .................................... Conta de Consumo de Combustível ............... Valor justo de derivativos............................... Direitos de Compensação............................... Outros ativos não circulantes.......................... Total do Ativo ..................................................... 3,903,988 67,298 4,499,890 — 779,017 762,067 1,440,927 — 524,255 925,346 362,627 322,366 — 1,203,841 37,556,142 136,438,101 8 (Tradução livre do original em inglês) 2008 Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Circulante: Fornecedores .................................................. Impostos a pagar ............................................ Empréstimos e Financiamentos...................... Empréstimo Compulsório............................... Créditos do Tesouro Nacional ........................ Conta de Consumo de Combustível ............... Previdência Complementar ............................ Provisões para Contingências......................... Remuneração e dividendos de acionistas ....... Remuneração e ressarcimento ........................ Pesquisa e Desenvolvimento .......................... Taxas referentes à regulação .......................... Obrigações Estimadas .................................... Receita Diferida de Derivativo embutido ....... Outros passivos circulantes ............................ 2007 At December 31, 2006 (R$ thousands) 2005 1,925,416 2,075,726 2,664,233 85,205 72,236 670,482 44,980 1,481,709 11,053,474 923,344 269,062 1,174,963 693,444 296,134 731,705 24,162,113 1,903,243 1,955,794 2,186,783 96,709 58,150 515,419 37,972 1,086,773 8,886,499 444,225 343,010 820,311 527,120 480,588 1,202,378 20,544,974 1,650,178 1,524,744 2,549,430 111,106 51,123 836,878 36,522 998,011 7,850,864 739,785 287,460 591,290 332,385 527,712 369,349 18,456,837 1,796,867 1,726,382 2,305,976 166,274 46,239 143,044 56,292 960,395 6,742,297 682,778 — — 237,961 317,607 938,987 16,185,163 1,907,188 — Passivo Exigível a Longo Prazo: Impostos a pagar ............................................ Imposto de Renda e Contribuição Social Diferida ......................................................... Empréstimos e Financiamentos ..................... Empréstimo Compulsório............................... Créditos do Tesouro Nacional ........................ Conta de Consumo de Combustível ............... Previdência Complementar ............................ Vendas antecipada de energia ........................ Reserva Global de Reversão........................... Descomissionamento das usinas nucleares..... Receita Diferida de derivativo embutido........ Adiantamento para futuro aumento de capital ............................................................. Outros passivos exigíveis a longo prazo......... 1,616,694 1,312,444 1,423,778 — 29,892,516 129,866 2,854,201 1,432,982 4,153,493 1,018,488 7,193,770 266,168 40,050 — 22,327,043 202,375 726,989 1,373,638 2,304,711 1,056,761 6,769,011 191,327 296,134 — 31,714,658 87,389 459,808 668,456 3,889,655 942,330 6,171,300 204,620 480,588 4,287,353 746,627 53,632,207 3,811,625 753,878 41,125,935 3,407,858 1,048,055 50,498,495 676,879 52,032,069 Provisões para contingências .............................. 2,050,245 2,347,287 2,529,615 2,472,508 Participação Minoritária...................................... 349,518 388,553 293,956 332,811 26,156,567 29,587,464 19,719,486 (3,637,429) (1,627,328) 70,198,760 150,392,843 24,235,829 29,446,426 17,499,537 (3,444,621) (496,132) 67,241,039 131,647,788 24,235,829 29,446,426 16,632,738 (3,452,476) (1,046,818) 65,815,699 137,594,602 24,235,829 29,446,426 15,913,652 (3,447,554) (732,803) 65,415,550 136,438,101 Patrimônio Líquido: Capital Social ................................................. Reserva de Capital.......................................... Reservas de Lucros......................................... Prejuízos Acumulados.................................... Outras receitas acumuladas (prejuízos) .......... Total do Passivo e Patrimônio Líquido ............... 34,964,075 83,999 499,157 393,093 3,558,601 723,451 5,724,538 200,018 339,793 2,961,277 9 (Tradução livre do original em inglês) Demonstração do Resultado Consolidado Em 31 de dezembro, 2007 2006 (R$ thousands) 2008 Receitas Operacionais Líquidas: Vendas de energia .................................................. Outras receitas operacionais ................................... Impostos sobre as Receitas..................................... Taxa Regulamentares ............................................. Total da Receita Operacional Líquida......................... 2005 31,615,696 791,914 (984,608) (1,191,673) 30,231,329 26,778,542 519,772 (878,222) (1,260,043) 25,160,049 23,025,800 741,347 (851,440) (931,463) 21,984,244 21,303,390 426,61 (730,923) (787,008) 20,212,077 Custos e Despesas Operacionais: Energia comprada para revenda ............................. Combustível para produção de energia elétrica...... Uso da rede básica de transmissão ......................... Encargos de capacidade emergencial ..................... Depreciação e amortização..................................... Pessoal e Despesas relacionadas/ Serviços de terceiros/ Almoxarifado..................................... Impostos - PASEP/COFINS................................... Resultado a compensar de ITAIPU ........................ Provisões Operacionais .......................................... Doações e contribuições......................................... Remuneração e ressarcimento ................................ Impairment ............................................................. Outros custos e despesas operacionais ................... Total de custos e despesas operacionais..................... (5,956,745) (1,158,856) (1,101,220) — (3,729,214) (3,904,204) (820,780) (951,599) — (2,851,031) (2,540,296) (888,564) (911,241) — (3,364,032) (2,023,065) (453,001) (763,879) (56,687) (3,309,755) (6,047,795) (1,464,809) (405,793) (773,860) (217,913) (1,722,240) (770,231) (659,632) (24,008,308) (5,409,535) (1,131,591) (432,318) (796,273) (198,990) (1,677,902) (899,508) (1,791,089) (20,864,820) (4,750,611) (946,518) 1,790,799 (410,475) (196,904) (1,794,992) — (1,588,554) (15,601,388) (4,466,962) (949,775) 2,670,775 (860,969) (177,003) (1,661,350) — (1,617,249) (13,668,920) Resultado Financeiro (líquido).................................... 5,115,466 (3,581,591) (5,217,541) (4,850,766) Lucro antes do imposto de renda, partcipação minoritária e equivalência patrimonial ................... 11,338,487 713,638 1,165,315 1,692,391 665,533 740,153 361,667 582,858 (2,766,506) (657,233) (3,423,739) (12,833) 8,567,447 (2,037,796) 1,223,349 (814,447) 15,786 655,130 (1,299,509) 731,969 (567,540) 66,833 1,026,275 (1,643,169) 580,278 (1,062,891) 9,514 1,221,872 9.12 1.85 0.40 1.29 0.81 1.29 1.03 1.40 905,023,527 227,186,643 1,132,210,170 905,023,527 224,474,975 1,129,498,502 905,023,527 224,474,975 1,129,498,502 905,023,527 206,310,488 1,111,334,015 Equivalência patrimonial de afiliadas ......................... Imposto de Renda e Contribuição social: Corrente.................................................................. Diferido .................................................................. Participação Minoritária.............................................. Lucro líquido do período............................................. Distribuição do lucro por ação: Ordinárias (R$)....................................................... Preferenciais (R$)................................................... Quantidade media de ações por capital: Ordinárias............................................................... Preferenciais .......................................................... A Lei das Sociedades por Ações e o nosso estatuto determinam que paguemos aos nossos acionistas dividendos obrigatórios de pelo menos 25% do nosso lucro líquido ajustado no ano fiscal anterior. Além disso, nosso estatuto requer que sejam garantidas: (i)às ações preferenciais classe A prioridade na distribuição de dividendos, que serão de 8% sobre o capital ligado a essas ações, por ano e (ii) às ações preferenciais classe B, emitidas a partir de 23 de junho de 1969, prioridade na distribuição de dividendos de 6% sobre o capital ligado a essas ações, por ano. As ações preferenciais devem ainda receber dividendos de 10% sobre os dividendos pagos às ações ordinárias. 10 (Tradução livre do original em inglês) A tabela abaixo demonstra nossos dividendos declarados nos períodos indicados: Ano Ações ordinárias ...................................................................... Ações preferenciais classe “A”................................................ Ações preferenciais classe “B”................................................ 2006(1)(2) 2007(1) 2008 (R$) 0,40 2,02 1,51 1,48 2,17 1,63 0,13 2,02 1,51 2005(2) 0,17 1,71 1,28 (1) Juros sobre capital próprio. (2) Ajustado pelo grupamento. Em 31 de dezembro de 2008 nosso balanço apresentava R$28.900 bilhões de reserva de lucro e R$9,3 bilhões de dividendos acumulados que foram declarados, mas ainda não foram pagos aos acionistas, como permitido pela legislação brasileira. Está em discussão em nosso Conselho de Administração quando estes dividendos serão pagos. Dessa forma, acreditamos que qualquer decisão acerca do referido pagamento só será tomada quando o Conselho de Administração julgar que tal pagamento não causará problema material de liquidez. A tabela a seguir ilustra um resumo dos dividendos/juros sobre o capital próprio declarados por ação nos períodos apresentados, ambos na data declarada e ajustados para o grupamento de ações efetuado em 2007. Dividendo por ação Pago(2) Declarado Ordinárias Preferencial A Preferencial B Ordinárias Preferencial A Preferencial B Ordinárias Preferencial A Preferencial B Em 31/12/2004 R$ 0,00028575152 US$ 0,00010765202 Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,14287576000 0,05382600964 0,00363952476 0,00137112898 1,81976238000 0,00272964357 Em 31/12/2005 R$ 0,00033824150 US$ 0,00014616715 Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,16932002500 0,07308357433 0,68556448915 0,00431314883 0,00186168371 2,15657441500 0,93084185730 0,00102834673 1,36482178500 0,51417336686 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$ 0,00014450442 0,16912075000 0,07225221088 0,00323486162 0,00139626278 Pago(2) 1,61743081000 0,69813139244 US$ 0,00016194816 Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,18026449500 0,08097407915 0,00146671741 0,73335870252 0,00365936304 0,00164377102 1,82968152000 0,82188550894 0,00257485907 0,00110003805 1,28742953500 0,55001902636 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$ 0,00012349659 0,13201785500 0,06174829514 0,00277236098 0,00124533329 Pago(2) 1,38618049000 0,62266664720 Em 31/12/2006 R$ 0,00026403571 1,71657271500 Em 26/06/2006 R$ 0,00036052899 0,00343314543 2,01949731000 Em 15/06/2007 R$ 0,00027872570 US$ 0,00014595261 Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,13936285000 0,07297630518 0,00403899462 0,00188914622 0,94457311038 0,00426370961 0,00223265938 2,13185480500 1,11632968791 0,00302924597 0,00141685967 1,51462298500 0,70842983396 Declarado Equivalente em 20/08/2007 (1) US$ R$ US$ 0,00319778221 0,00167449453 Pago(2) 1,59889110500 0,83724726659 Em 31/12/2007 R$ Ordinárias Preferencial A Preferencial B Em 21/12/2005 R$ 0,00033864005 (3) Em 30/04/2008 R$ US$ Equivalente em 20/08/2007 (1) R$ US$ 0,40155520020 0,22670084130 0,40155520020 0,22670084130 0,41587767968 0,24648985282 0,41587767968 0,24648985282 2,01949731106 1,14012155539 2,01949731106 1,14012155539 2,09152777855 1,23964424997 2,09152777855 1,23964424997 1,51462298231 0,85509116599 Pago(2) Em 20/05/2008(3) 1,56864583289 0,92973318687 1,56864583289 0,92973318687 1,51462298231 0,85509116599 Declarado Em 31/12/2008 11 (Tradução livre do original em inglês) R$ Ordinárias Preferencial A Preferencial B US$ R$ US$ 1,48488373396 0,63538028839 1,548692924 0,662684178 2,17404437469 0,93027144831 2,267468532 0,970247553 1,63053328065 0,69770358607 1,703562217 0,728952596 (1) Ajustado pelo grupamento (2) Ajustado pela variação da Selic (3) Assembléia Geral de Acionistas Controles Cambiais e Taxas de Câmbio Antes de 14 de março de 2005, havia dois mercados cambiais legais no Brasil: o mercado de câmbio de taxas livres (ou o Mercado Comercial) e o mercado de câmbio de taxas flutuantes (ou o Mercado Flutuante), quando as posições cambiais das instituições financeiras brasileiras no Mercado Cambial e no mercado Flutuante foram unificadas e diferenciadas exclusivamente para fins de regulamentação. O Mercado de Câmbio de Taxas Livres ficou reservado principalmente para as transações de comércio exterior e as transações que geralmente exigiam aprovação prévia das autoridades monetárias brasileiras, como a compra e venda de investimentos registrados por pessoas estrangeiras e a correspondente remessa de recursos para o exterior (inclusive o pagamento do principal e de juros sobre empréstimos, notas, títulos e outros instrumentos de dívida expressos em moedas estrangeiras e devidamente registrados no Banco Central). A taxa do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes aplicava-se geralmente a transações específicas para as quais não era necessária a aprovação do Banco Central. Antes da introdução do Real, em 1994, a taxa do Mercado de Câmbio de Taxas Livres e a taxa do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes por vezes divergiam significativamente. Entretanto, desde a introdução do Real, as duas taxas não divergiram significativamente. As Resoluções Nos 3.265 e 3.266 do CMN, datadas de 4 de março de 2005, e vigentes desde 14 de março de 2005, introduziram diversas mudanças no regime cambial brasileiro, as quais incluíram: (i) a unificação do Mercado de Câmbio de Taxas Livres e do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes; (ii) o relaxamento das regras para a aquisição de moeda estrangeira pelos residentes brasileiros; e (iii) a prorrogação do período para informar ao Banco Central os rendimentos oriundos das exportações brasileiras. O mercado unificado e os novos regulamentos visam simplificar as transações com moeda estrangeira para transações receptivas e passivas através de contratos de câmbio celebrados com instituições locais autorizadas a negociar com moeda estrangeira. Os novos regulamentos permitem, sujeito a certos procedimentos e disposições regulamentares específicos, a compra e venda de moeda estrangeira e a transferência internacional de Reais, sem qualquer limitação de valores envolvidos contanto que a transação seja legal e prevista pela regulamentação. As compras e vendas de moeda estrangeira continuam sendo realizadas através de instituição financeira autorizada a operar no mercado de câmbio. O Real foi introduzido em julho de 1994 e, desde essa data até março de 1995, o Real teve valorização em relação ao Dólar americano. Em março de 1995, o Banco Central introduziu políticas cambiais e estabeleceu uma faixa de comércio dentro da qual a taxa de câmbio Real/Dólar poderia flutuar, permitindo a desvalorização gradual do Real em relação ao Dólar americano. Em janeiro de 1999, em resposta à pressão crescente sobre as reservas cambiais brasileiras, o Banco Central permitiu que o Real flutuasse livremente. Durante 2001 e 2002, o Real teve um declínio em relação ao Dólar americano. Em 2003, a maior taxa ocorreu em Janeiro, chegando a R$3,66 Reais por Dólar americano. Pelo atual sistema cambial de conversão livre, o Real pode sofrer mais desvalorização ou pode valorizar em relação ao Dólar e a outras moedas. Durante 2004, o Real teve uma valorização de 8,1% em relação ao Dólar e continuou tendo valorização na primeira metade de 2005. Em 31 de dezembro de 2006, o mercado de câmbio de taxas livres para a compra de Dólares era de R$2,1380 para US$1,00 e, em 31 de dezembro de 2007, era de R$1,7713 para US$1,00. Desde agosto de 2008, o real tem se depreciado substancialmente com relação ao dólar americano, resultado principalmente da crise econômica global atual. Não podemos garantir-lhes que o Real não se desvalorizará substancialmente nem continuará se valorizando em relação ao Dólar no futuro próximo. 12 (Tradução livre do original em inglês) A tabela a seguir apresenta as taxas média, mínima e máxi,a de venda no final do período, publicadas pelo Banco Central expressas em Reais por US$ para os períodos e datas indicados. Ano encerrado em 31 de dezembro de 2004 .................................................. 31 de dezembro de 2005 .................................................. 31 de dezembro de 2006 .................................................. 31 de dezembro de 2007 .................................................. 31 de dezembro de 2008 .................................................. (1) Final do período 2,6544 2,3407 2,1380 1,7713 2,3370 Reais por Dólar Americano Média(1) Mínima 2,9257 2,4340 2,1771 1,9483 1,8374 2,6544 2,1633 2,0586 1,7325 1,5593 Máxima 3,2051 2,7621 2,3711 2,1556 2,5004 Representa a média das taxas ao final do mês começando em dezembro do ano anterior até o ultimo mês do período indicado. A tabela a seguir estabelece as taxas, máxima e mínima, para venda no mercado de câmbio/mercado comercial no final do período, publicadas pelo Banco Central, expressas em Reais por US$, para os períodos e datas indicados. Mês Junho de 2008 ..................................................................................... Julho de 2008.......................................................................... Agosto de 2008 ................................................................................... Setembro de 2008 ............................................................................... Outubro de 2008 ................................................................................. Novembro de 2008.............................................................................. Dezembro de 2008 .............................................................................. Janeiro de 2009 ...................................................................... Fevereiro de 2009 ................................................................... Março de 2009 ....................................................................... Abril de 2009 ......................................................................... Maio de 2009 ......................................................................... Junho de 2009(até 26 de junho de 2009)............................................. Reais por Dólar Americano Final do Mínima Máxima período 1,5919 1,5919 1,6428 1,5666 1,5641 1,6147 1,6344 1,5593 1,6389 1,9143 1,6447 1,9559 2,1153 1,9213 2,3924 2,3331 2,1210 2,4277 2,3370 2,3370 2,5004 2,3162 2,1889 2,2803 2,3784 2,2446 2,3916 2,3152 2,2375 2,4218 2,1783 2,1699 2,2899 1,9730 1,9730 2,1476 1,9396 1,9301 2,0074 A lei brasileira estipula que, sempre que existir um desequilíbrio sério na balança de pagamentos do Brasil ou existirem motivos para prever um desequilíbrio sério, podem ser impostas restrições temporárias sobre remessas de capital estrangeiro para o exterior. Não podemos garantir-lhe que essas medidas não serão tomadas pelo Governo brasileiro futuramente. Vide “Item 3.D, Fatores de Risco – Riscos Referentes ao Brasil.” Mantemos atualmente nossos controles e registros financeiros em Reais. Para facilidade de apresentação, entretanto, certas informações financeiras consolidadas contidas neste relatório foram apresentadas em Dólares americanos. Vide “Item 8, Informações Financeiras.” B. Capitalização e Endividamento Não aplicável. C. Razões para a Proposta e uso dos Recursos Não aplicável. D. Fatores de Risco 13 (Tradução livre do original em inglês) Riscos Relacionados à nossa Empresa Algumas de nossas concessões têm previsão de expirar em 2015 e atualmente a lei brasileira não nos permite renovar tais concessões; se não conseguirmos renovar aquelas concessões nossos resultados operativos poderão ser afetados de forma negativa. Desenvolvemos as atividades de geração, transmissão e distribuição de acordo com os contratos de concessão firmados com o Governo Brasileiro através da ANEEL. O intervalo de duração dessas concessões varia de 20 a 35 anos. Nossos contratos de concessão com as datas de vencimento mais próximas expiram em 2015 e já foram renovadas uma vez (veja “Item 4.B. Visão Geral do Negócio”), exceto Samuel, Serra da Mesa and Corumbá I, que expiram em Setembro de 2009, Maio de 2011 e Novembro de 2014, respectivamente. Nós requerimos uma renovação para Samuel e Serra da Mesa e no momento aguardamos aprovação da ANEEL. Essas concessões (expirando em 2015, ou antes) representam aproximadamente 91,15% da energia assegurada de nossa subsidiária Chesf e 48,17% da energia assegurada de nossa subsiária Furnas. Chesf e Furnas representam 19,7% e 18%, respectivamente, dos nossos ativos intangíveis em 31 de dezembro de 2008. Para mais detalhes, sobre Chesf e Furnas, ver “Item 4 Informações sobre a Empresa - Estrutura Organizacional”. Atualmente, a Lei No. 10.848 de 2004 permite que as concessões sejam renovadas somente uma vez. No entanto, existem grupos de trabalho examinado propostas para mudanças desta lei. Se a lei não for mudada, nós não poderemos renovar certas concessões e teremos que participar de leilões para obter essas concessões novamente. Se nós não pudermos renovar nenhuma dessas concessões e não conseguirmos ganhar nenhum desses leilões, nós perderemos as atividades derivadas dessas concessões, o que afetaria adversamente nossa condição financeira e resultados operacionais. Somos controlados pelo Governo Brasileiro, cujas atuais políticas e prioridades afetam diretamente nossas operações. O Governo Brasileiro, na qualidade de nosso acionista controlador, tem perseguido (e pode continuar perseguindo) alguns de seus objetivos macroeconômicos e sociais utilizando os recursos do Governo Brasileiro por nós administrados. Estes recursos são o Fundo de RGR, a Conta CCC e a Conta CDE. O Governo Brasileiro tem também o poder de nomear oito dos 10 membros do Conselho de Administração e, por meio deles, uma maioria dos dirigentes responsáveis por nossa administração diária. Dessa forma, o Governo Brasileiro exigiu, e pode exigir no futuro, que façamos investimentos, incorramos custos e nos envolvamos em transações que sejam consistentes com os objetivos, em lugar de maximizarmos nossos lucros. Como uma companhia controlada pelo Governo Brasileiro, estamos sujeitos à Lei *.666, de 21 de junho de 1993 (Lei das Licitações), de acordo com a qual a licitação de bens e serviços é determinada pro preço, significando que devemos selecionar o menor preço para o fornecimento de tais bens e serviços. Apesar disso existem algumas exceções à regra do menor preço da Lei de Licitações, que são limitadas. Assim, estamos sujeitos a contratação de bens e serviços de qualidade mais baixa, o que pode afetar adversamente nosso resultado operacional. Nós estamos sujeitos a regras que limitam o empréstimo para as empresas so setor público e talvez não obtenhamos fundos suficientes para completar nosso programa de gastos de capital. Nosso orçamento atual indica investimentos de, aproximadamente, R$ 7,2 bilhões em 2009. Nós não podemos garantir que iremos financiar nosso programa de investimentos nem nosso fluxo de caixa ou recursos externos. Além disso, como uma empresa controlada pelo Estado, nós estamos sujeitos a certas regras que limitam nosso endividamento e investimento e devemos submeter nossa proposta de orçamento anual, incluindo estimativas de montante e fontes de financiamento, para o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão e para o Congresso Brasileiro para aprovação. Por isso, se as nossas operações não falharem dos parâmetros e condições estabelecidas por essas regras e pelo governo Brasileiro, nós teremos dificuldade em obter as autorizações financeiras necessárias, o que pode criar dificuldades em obter financiamentos. Se não recebermos esses financiamentos, nossa capacidade de investimento em expansão e manutenção pode ser adversamente impactada, o que pode afetar a execução na nossa estratégia de crescimento, particularmente projetos de grande escala como a construção da nova usina nuclear, Angra III. Temos algumas subsidiárias cujo desempenho pode influenciar nossos resultados. Conduzimos nossas atividades principalmente através de nossas subsidiárias operacionais, que incluem a Eletronorte, CGTEE, Eletronuclear, Itaipu, Chesf, Furnas e Eletrosul. Nossa capacidade de cumprir com nossas obrigações financeiras está, portanto, relacionada parcialmente ao fluxo de caixa e rendimentos dessas subsidiárias e à distribuição ou a outro pagamento desses rendimentos em nosso favor na forma de dividendos, empréstimos ou outros adiantamentos e pagamentos. Algumas de nossas subsidiárias estão, ou podem futuramente estar, sujeitas a contratos de empréstimos que proíbam ou limitem a transferência de recursos para nós na forma de dividendos, empréstimos e adiantamentos e/ou exijam que qualquer dívida dessas subsidiárias para conosco esteja subordinada à dívida decorrente desses contratos de empréstimo. Nossas subsidiárias são entidades jurídicas separadas e distintas. Qualquer direito que tenhamos de receber 14 (Tradução livre do original em inglês) ativos de qualquer subsidiária quando de sua liquidação ou reorganização, estará efetivamente subordinado às reivindicações dos credores daquela subsidiária (incluindo autoridades tributárias, credores comerciais e emprestadores dessas subsidiárias), exceto se for um credor daquela subsidiária, caso em que nossas reivindicações ainda assim estariam subordinadas a qualquer garantia nos ativos daquela subsidiária e dívida daquela subsidiária superior àquela por nós mantida. Os valores que recebemos da Conta de Consumo de Combustível poderão diminuir futuramente. O Governo Brasileiro introduziu a Conta de Consumo de Combustível, ou Conta CCC, em 1973. A finalidade desta conta é gerar reservas financeiras pagáveis às empresas de distribuição e à algumas das empresas de geração (todas as quais devem fazer contribuições anuais para a Conta CCC) para cobrir alguns dos custos da operação das usinas termelétricas, na hipótese de condições hidrológicas adversas. Embora o Governo Brasileiro tenha anunciado que essa conta deve ser gradativamente desativada, nós (juntamente com outras empresas na indústria) continuamos recebendo pagamentos dela. Em períodos recentes, os valores por nós recebidos em reembolsos da Conta CCC ultrapassaram nossas contribuições para ela. Entretanto, não podemos assegurar que continuaremos recebendo reembolsos dessa conta (em valores superiores ou iguais às nossas contribuições), e qualquer redução nos valores recebidos pode afetar adversamente o resultado de nossas operações. Vide “Item 4.B, Visão Geral das Atividades – A Indústria Brasileira de Energia – Cobranças Regulamentares.” Como resultado do fato de que muitos de nossos ativos serem provavelmente considerados ativos dedicados à prestação de um serviço público essencial, eles não estarão disponíveis para liquidação na hipótese de falência e não podem estar sujeitos a embargo para garantir uma sentença. Em 9 de fevereiro de 2005, o Governo Brasileiro promulgou a Lei No 11.101, ou a Nova Lei de Falências. A Nova Lei de Falências, que entrou em vigor em 9 de junho de 2005, rege a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência, e substitui o processo judicial de reorganização da dívida conhecido como concordata, para a recuperação judicial e a recuperação extrajudicial. A Nova Lei de Falência estipula que suas disposições não se aplicam às empresas públicas e sociedades de economia mista, como a Eletrobrás. Entretanto, a Constituição Federal Brasileira estabelece que as sociedades de economia mista, como a Eletrobrás, que realizarem atividades econômicas, estarão sujeitas ao regime jurídico aplicável a empresas privadas com relação a questões civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. Dessa forma, não está claro se as disposições referentes à recuperação judicial e extrajudicial e à falência da Nova Lei de Falências se aplicarão ou não a nós. Acreditamos que uma parte substancial de nossos ativos, inclusive nossos ativos de geração, nossa rede de transmissão e nossa rede de distribuição limitada, seria considerada pelos tribunais brasileiros como sendo dedicada à prestação de um serviço público essencial. Dessa forma, estes ativos não estariam disponíveis para liquidação na hipótese de falência ou disponíveis para embargo para garantir uma sentença. Em qualquer um dos casos, estes ativos reverteriam para o Governo Brasileiro em conformidade com a lei brasileira e os termos de nossos contratos de concessão. Embora o Governo Brasileiro ficasse, nessas circunstâncias, na obrigação de nos compensar com relação à reversão desses ativos, não podemos assegurar-lhes de que o nível de compensação recebido seria igual ao valor de mercado dos ativos e, dessa forma, nossa condição financeira e os resultados das operações podem ser afetados. Podemos ser responsabilizados caso haja um acidente nuclear envolvendo nossa subsidiária Eletronuclear. Nossa subsidiária, Eletronuclear, como operadora de duas usinas de energia nuclear, está sujeita a ser responsabilizada, de acordo com a lei brasileira, por danos no Brasil na hipótese de um acidente nuclear. A Convenção de Viena sobre Responsabilidade Civil por Acidentes Nucleares (ou a Convenção de Viena), tornou-se obrigatória pela lei brasileira em 1993. A Convenção de Viena estipula que um operador de uma usina nuclear, como a Eletronuclear, em uma jurisdição que seja parte da mesma e que tiver adotado legislação para a implementação da Convenção de Viena, estará sujeito a responsabilidade por danos em um montante ilimitado na hipótese de um acidente nuclear (exceto em certas exceções limitadas), sujeito ao direito de qualquer jurisdição adotar legislação que estabeleça limites a essa responsabilidade. A Eletronuclear é regulada por diversas agências governamentais e agências estatais. As usinas Angra I e Angra II da Eletronuclear estão atualmente seguradas em um valor global de US$93 milhões na hipótese de um acidente nuclear (vide “Item 4.B, Visão Geral Comercial – Geração – Usinas Nucleares”). Não podemos assegurar que esta cobertura será suficiente na hipótese de um acidente nuclear. Nós não temos fonte alternativa de suprimento de matéria-prima usada pelas nossas usinas térmicas e nucleares Nossas usinas térmicas operam com carvão e/ou óleo combustível e nossas usinas nucleares operam com urânio processado. Em cada caso, somos totalmente dependentes de terceiros para provisão dessas matérias-primas porque não 15 (Tradução livre do original em inglês) produzimos. Se por alguma razão essas matérias-primas não estiverem disponíveis, não teremos fonte alternativa de suprimento e, dessa forma, a geração de energia elétrica pelas usinas térmicas e nucleares serão afetadas adversamente. Nossa subsidiária, Eletronorte, tem fornecido historicamente eletricidade com prejuízo e nossa capacidade de amenizar este prejuízo no futuro pode estar limitada. Como resultado de nossa condição de sociedade de economia mista e para apoiar os objetivos de desenvolvimento do governo, nossa subsidiária, Eletronorte, tem operado historicamente alguns sistemas isolados na região norte do Brasil, fornecendo eletricidade a preços abaixo do custo de geração. Apesar de a Eletronorte ter negociado contratos de fornecimento e tarifas aplicáveis com o objetivo de reduzir essas perdas no futuro, as mudanças nas nossas operações nas áreas isoladas do Brasil somente poderão ser implementadas de forma muito gradativa. Igualmente, a Eletronorte continua dependente das compras de óleo combustível para poder gerar eletricidade em suas usinas isoladas e está impossibilitada de distribuir a eletricidade que é gerada pelo sistema elétrico Interligado, afetando adversamente sua lucratividade. Foram realizadas discussões com relação às propostas para conexão das usinas de propriedade da Eletronorte ao sistema elétrico Interligado e supri-las com gás natural por meio de um gasoduto a partir dos campos de gás na região amazônica. Entretanto, não podemos assegurar-lhes que qualquer uma destas propostas será implementada e, dessa forma, existe um risco de que as perdas líquidas atribuídas à Eletronorte possam continuar afetando nossa lucratividade e o resultado de nossas operações. Podemos incorrer em perdas e despender tempo e dinheiro defendendo contencioso pendentes e arbitragem. Existem diversos processos contra nós nas áreas civil, administrativas, ambiental, trabalhista e fiscal. Essas reinvidicações envolvem quantias substanciais de dinheiro e outros recursos. Diversos litígios individuais respondem por uma parte significante do montante total das reinvidicações contra nós. Nós fizemos provisões para todos os montantes em disputa que representem uma perda provável no ponto de vista de nossos consultores legais e com relaçõa às disputas que são cobertas por leis, decretos administrativos, decretos ou decisões de tribunal que se provaram desfavoráveis. Em 31 de Dezembro de 2008, nós provisionamos umsa quantia total agregada de, aproximadamente, R$ 3.532 milhões com respeito aos nossos procedimentos legais (mais depósitos judiciais de R$ 921 milhões), dos quais R$ 242 milhões estão relacionados à processos fiscais, R$ 2.965 milhões relacionados à processos civis e R$ 1.246 milhões ligados à processos trabalhistas. Ver “Item 8.A – Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informações – Litígios”). No caso dos processos que envolvam uma quantia substancial, e da qual nós não tenhamos provisão, tenha uma sentença desfavorável para nós, ou no caso das perdas estimadas resultarem valores significativamente superiores às provisões feitas, o custo agregado das decisões desfavoráveis podem nos afetar adversamente de forma substancial nossas condições financeiras e o nosso resultado operacional. Além disso, nossa administração pode ser requisitada despender tempo e atenção na defesa desses processos, o que poderia desviá-los do foco no nosso negócio principal. Dependendo do resultado, certos litígios podem resultar em restrições operacionais e ter um efeito adveros substancial em algum de nossos negócios principais. Nossa cobertura de seguros pode ser insuficiente para cobrir perdas potenciais Nosso negócio, em geral, está sujeito a diversos riscos e perigos, incluindo acidentes industriais, disputas trabalhistas, condições geológios inesperadas, mudanças no ambiente regulatóio, riscos ecológicos e meteorológicos, além de outros fenômenos naturais. Nosso seguro cobre somente parte das merdas que podem ocorrer. Nós temos seguro em quantias que acreditamos ser adequada para cobrir danos de incêndio, responsabilidade por acidentes de terceiros e riscos operacionais em nossas usinas. Se nós formos incapazes de renovar nossas apólices de seguro em algum momento, ou surgirem perdas, ou outros sinistros ocorram que não estejam cobertos por um seguro ou que excedam o nosso limite de seguro, nós podemos estar sujeitos a substancias perdas adicionais inesperadas. A sentença pode não ser executável contra nossos diretores ou dirigentes. Todos os nossos diretores e dirigentes mencionados neste relatório residem no Brasil. Nós, nossos diretores e dirigentes e os membros de nosso conselho fiscal, não concordamos em aceitar serviço de processo nos Estados Unidos. Substancialmente, todos os nossos patrimônios, assim como os patrimônios dessas pessoas, estão localizados no Brasil. Como resultado, não pode ser possível efetuar o serviço de processo nos Estados Unidos ou em outra jurisdição fora do Brasil a essas pessoas, embargar seu patrimônio, ou processá-las ou nos processar nos tribunais dos Estados Unidos, ou 16 (Tradução livre do original em inglês) nos tribunais de outras jurisdições fora do Brasil, sentenças proferidas com base das disposições de responsabilidade civil das leis de títulos dos Estados Unidos ou as leis de outras jurisdições. Riscos Relacionados ao Brasil Condições macroeconômicas globais e no Brasil estão mais fracas e nosso negócios e resultados das operações são adversamente afetados enquanto essas condições persistirem. A atual volatilidade e a inquietação global do mercado têm sido acompanhadas pelo agravamento dos dados econômicos nas maiores economias mundiais. Substancialmente, toda a nossa receita é gerada pelas nossas operações no Brasil, e mantendo a tendência global, a economia Brasileira tem se enfraquecido desde o terceiro trimestre de 2008. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB descresceu 3,6% no quarto trimestre de 2008 comparado com o trimestre fiscal anterior, o que foi o declínio trimestral mais significante no PIB desde 1996. A taxa de desemprego também cresceu nesses meses recentes, alcançando 8,9% em Abril de 2009 de acordo com o IBGE. A volatilidade recente nos preços de comodities também impactou certas indústrias chaves no Brasil. De acordo com uma pesquisa com instituições financeiras feita pelo Banco Central em fevereiro de 2009, a taxa de crescimento do PIB está prevista para decrescer ou chegar quase a zero em 2009. O enfraquecimento das condições econômicas no Brasil podem impedir a capacidade de alguns de nossos consumidores livres de nos pagar os montantes devidos por força de dos contratos e/ou alguns desses clientes solicitarem renegociações dos termos dos contratos aplicáveis. Além disso, o enfraquecimento das condições econômicas podem limitar nossa capacidade de executar nossa estratégia de atuar do mesmo modo que faríamos em um período de economia em crescimento e estabilidade. Assim, por enquanto essas condições persistirem, os nossos resultados das operações podem ser afetados adversamente. O Governo Brasileiro exerceu, e continua exercendo, influência significativa sobre a economia brasileira. As condições econômicas e políticas brasileiras têm um impacto direto sobre nossas atividades, nossa condição financeira, resultados das operações e as perspectivas. A economia brasileira tem sido caracterizada pelo envolvimento significativo do Governo Brasileiro, que muda freqüentemente as políticas monetárias, de crédito e outras para influenciar a economia do Brasil. As ações do Governo Brasileiro para controlar a inflação e por em prática outras políticas têm envolvido com freqüência controles de salários e de preços, desvalorização do Real, controles sobre remessas de recursos para o exterior, intervenção pelo Banco Central para afetar as taxas básicas de juros e outras medidas. Não temos controle sobre, e não podemos prever que medidas ou políticas que o Governo Brasileiro possa tomar no futuro. Nossas atividades, condição financeira, resultados das operações e perspectivas podem ser afetadas adversamente pelas mudanças nas políticas do Governo Brasileiro, bem como fatores gerais incluindo, sem limitação: • crescimento econômico brasileiro; • inflação; • taxas de juros; • variações nas taxas cambiais; • políticas de controle cambial; • liquidez do capital nacional e mercados de empréstimo; • política fiscal e mudanças nas leis tributárias; e • outras diretrizes políticas, diplomáticas, sociais e econômicas ou desenvolvimentos no Brasil ou que o afetem. As mudanças e as incertezas com relação à implementação das políticas acima relacionadas podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil, aumentando, assim, a volatilidade do mercado brasileiro de títulos e o valor dos títulos brasileiros comercializados no exterior. 17 (Tradução livre do original em inglês) A estabilidade do Real é afetada por sua relação com o Dólar americano, inflação e a política do Governo Brasileiro referente às taxas cambiais. Nosso negócio pode ser adversamente afetado por qualquer recorrência de volatilidade que afete nossos recebíveis e obrigações relacionadas à moeda estrangeira. A moeda brasileira passou por graus elevados de volatilidade no passado. Apesar do real ter se apreciado com relação ao dólar em 2005, 2006 e 2007, o real experenciou uma significativa flutuação em 2008, variando de R$1,559 por U.S.$1,00 para R$2,500 por U.S.$1,00, e terminou o ano a R$2,337 por U.S.$1,00, o que representa uma depreciação material da média do ano de R$1,837 por U.S.$1,00 e a moeda brasileira tem sofrido historicamente freqüentes desvalorizações e depreciações. Apesar de, em longo prazo, as desvalorizações ou depreciações da moeda brasileira estarem usualmente correlacionadas ao índice de inflação no Brasil, as depreciações da moeda brasileira em períodos mais curtos de tempo resultaram em flutuações significativas no valor da moeda brasileira. A relação da moeda do Brasil com o valor do Dólar americano, as taxas relativas de desvalorização ou depreciação da moeda brasileira e as taxas vigentes de inflação afetaram, e podem no futuro afetar, nossos resultados financeiros. O Real pode não manter seu valor atual ou o Governo Brasileiro pode implementar mecanismos para controle cambial. Qualquer interferência governamental na taxa de câmbio, ou a implementação de mecanismos de controle cambial, pode levar a uma depreciação do Real, o que poderia reduzir o valor de nossos recebíveis e tornar nossas obrigações relacionadas a moeda estrangeira mais dispendiosas. Exceto com relação às nossas receitas e recebíveis expressos em Dólares americanos, essa desvalorização pode afetar adversamente nossas atividades, operações e perspectivas. Inflação, e as medidas do Governo Brasileiro para reduzir a inflação, podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil e ter um impacto adverso sobre nossos resultados operacionais. O Brasil tem passado historicamente por taxas elevadas de inflação. A inflação e algumas medidas do Governo Brasileiro tomadas em uma tentativa de reduzir a inflação têm tido efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira de forma geral. A inflação, as políticas adotadas para conter as pressões inflacionárias e as incertezas com relação a uma possível intervenção governamental futura têm contribuído para a incerteza econômica. Desde a introdução do Real em 1994, a taxa de inflação do Brasil tem sido substancialmente mais baixa do que nos períodos anteriores. Persistem, entretanto, as pressões inflacionárias. De acordo com o Índice Geral de Preços – Mercado, IGP-M, as taxas gerais de inflação sobre os preços foram de 3,8% em 2006, 7,75% em 2007 e 9,81% em 2008. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA, as taxas de inflação brasileiras sobre os preços foram de 3,1% em 2006, 4,5% em 2007 e 5,9% em 2008. Se o Brasil passar por níveis elevados de inflação no futuro, as pressões dos custos inflacionários podem levar a uma maior intervenção do governo, inclusive a introdução de políticas que podem afetar adversamente nossas atividades, condição financeira, resultados das operações e perspectivas. O valor de Mercado dos títulos emitidos pelas empresas brasileiras é influenciado pela percepção de risco no Brasil e pelo risco de outras economias emergentes. Eventos adversos na economia brasileira e nas condições de mercado de outros mercados emergentes, especialmente na América Latina, podem afetar adversamente os preços de mercado de títulos emitidos pelas empresas brasileiras. Mesmo se as condições econômicas nestes países diferirem consideravelmente das condições econômicas predominantes no Brasil, as reações dos investidores a eventos nesses países podem ter um efeito negativo sobre os preços de mercado de títulos de emitentes brasileiros. Como conseqüência de problemas econômicos em diversos países com mercado emergente nos últimos anos (como a crise financeira na Argentina que teve início em 2001), os investidores tem examinado os investimentos nos mercados emergentes com extrema precaução. Estas crises podem resultar que as empresas brasileiras que enfrentam custos mais elevados para obterem recursos, sejam impedidos dessa forma a acessar os mercados de capital. Recentemente, os índices do mercado emergente tiverem um declínio devido à incerteza econômica global e aos sinais de pressões inflacionárias nos Estados Unidos. A economia brasileira é afetada por condições econômicas globais gerais, especialmente as dos Estados Unidos (incluindo os níveis das taxa de juros dos EUA e o comportamento dos principais índices de ações nos EUA). Não existe garantia de que os mercados de capital internacionais permaneçam abertos às empresas brasileiras ou que os custos de financiamento nesses mercados serão vantajosos para nós. 18 (Tradução livre do original em inglês) Estes fatores podem afetar o preço de comercialização de nossas ações ordinárias e preferenciais e ADSs e podem tornar mais difícil para nós o acesso aos mercados de capital e ao financiamento das operações futuras. Riscos Relativos à Indústria Energética Brasileira Não podemos prever se a nova Lei de Energia será sustentada. Se não for, nós podemos enfrentar um maior grau de incerteza e maiores custos de realinhamento das nossas operações. Em 2004, o governo brasileiro promulgou a Nova Lei de Energia, legislação esta que é o novo marco regulatório do setor de energia no Brasil. Nós alinhamos nossos negócios a essa nova estrutura legislativa. No entanto, a constitucionalidade desta lei está sendo questionada na Suprema Corte, e esta ainda não deu seu entendimento final, apesar de já ter negado, por maioria de votos, a suspensão da citada legislação enquanto sua constitucionalidade é debatida. Se a Suprema Corte decidir que a lei é inconstitucional, haverá dúvida acerca de qual estrutura legislativa apropriada para o setor, o que afetará adversamente nossos negócios. Além disso, não temos como prever os termos de um possível marco regulatório que substitua a Nova Lei de Energia. Dessa forma, poderemos enfrentar custos de realinhamento dos nossos negócios à nova estrutura legislativa, o que afetará adversamente nossos resultados financeiros. Podemos ser penalizados pela ANEEL por deixarmos de cumprir com os termos de nossos contratos de concessão e podemos não recuperar o valor integral de nosso investimento na hipótese de qualquer um de nossos contratos de concessão ser cancelado. Realizamos nossas atividades de geração, transmissão e distribuição em conformidade com contratos de concessão celebrados com o Governo Brasileiro através da ANEEL. Estas concessões variam em termos de duração de 30 a 35 anos (o contrato de concessão com a data de expiração mais próxima expira em 2027). A ANEEL pode impor-nos penalidades na hipótese de deixarmos de cumprir com qualquer alienação de nossos contratos de concessão. Dependendo da gravidade de nosso não-cumprimento, essas penalidades podem incluir multas substanciais (em alguns casos até dois por cento de nossas receitas no ano fiscal imediatamente anterior à avaliação) e restrições a nossas operações. A ANEEL pode também cancelar nossas concessões antes de seu vencimento na hipótese de deixarmos de cumprir com suas disposições, termos nossa falência decretada ou sermos dissolvidos, ou na hipótese da ANEEL determinar que esse cancelamento atenderia ao interesse público (vide “Item 4.B, Visão Geral das Atividades – Geração – Concessões”). Acreditamos que estamos atualmente atendendo a todos os termos materiais de nossos contratos de concessão. Entretanto, não podemos assegurar-lhes de que não seremos penalizados pela ANEEL pela violação de nossos contratos de concessão ou que nossas concessões não serão canceladas futuramente. Na hipótese da ANEEL cancelar qualquer uma de nossas concessões antes de seu prazo de vencimento, a compensação que recuperarmos pela parte não amortizada de nosso investimento pode não ser suficiente para que recuperemos o valor integral de nosso investimento e, dessa forma, podemos ter um efeito adverso sobre nossa condição financeira e resultados das operações. Estamos sujeitos a leis e regulamentos de segurança, saúde e ambientais que podem tornar-se mais rigorosos no futuro e podem resultar em mais responsabilidades e mais dispêndios de capital. Nossas operações estão sujeitas a legislação federal, estadual e local abrangentes sobre segurança, saúde e ambiental, bem como à supervisão por parte de agências do Governo Brasileiro responsáveis pela implementação dessas leis. Entre outras coisas, estas leis exigem que obtenhamos licenças ambientais para a construção de nossas instalações ou a instalação e operação de novo equipamento necessário às nossas atividades. As regras são complexas e podem mudar no transcorrer do tempo, tornando nossa capacidade de cumprir com as exigências aplicáveis mais difícil ou até mesmo impossível, impedindo assim, nossas operações permanentes ou futuras de geração, distribuição e transmissão. Por exemplo, o Ministério do Meio Ambiente exige que atendamos a 33 passos relacionados a saúde e segurança para podermos receber uma permissão para operação de nossos projetos no rio Madeira. Observamos uma tendência para exigências maiores sobre saúde e segurança em nossa indústria. Além disso, indivíduos, organizações não-governamentais e o público têm certos direitos de iniciar processos legais para obter liminares para suspender ou cancelar o processo de licenciamento. Da mesma forma, as agências do Governo Brasileiro podem tomar medidas para execução contra nós por qualquer falha no cumprimento das leis aplicáveis. Essa ação de execução pode incluir, entre outras coisas, a imposição de multas, revogação de licenças e a suspensão das operações. Essas falhas podem ainda resultar em responsabilidade criminal, independentemente da responsabilidade estrita de realizar reparação ambiental e indenizar terceiros pelo dano ambiental. Não podemos prever com precisão o efeito que o cumprimento de regulamentos ambientais avançados, de saúde ou segurança, possa ter sobre nossas atividades. Se não garantirmos as permissões apropriadas, nossa estratégia de crescimento será significativamente afetada. 19 (Tradução livre do original em inglês) Os regulamentos ambientais requerem que realizemos estudos do impacto ambiental sobre os projetos futuros e obtenhamos as permissões regulamentares. Devemos realizar estudos de impactos ambientais e obter permissões regulamentares para nossos projetos atuais e futuros. Não podemos assegurar-lhes de que quaisquer estudos sobre impacto ambiental serão aprovados pelo Governo Brasileiro, de que a oposição pública não resultará em atrasos ou modificações de qualquer projeto proposto ou que as leis ou regulamentos não mudarão ou serão interpretados de uma forma que possa afetar adversamente nossas operações ou planos para os projetos nos quais tenhamos um investimento. Vemos a preocupação pela proteção ambiental como uma tendência crescente em nossa indústria. As mudanças nos regulamentos ambientais, ou as mudanças na política de cumprimento de regulamentos ambientais existentes, podem afetar adversamente o resultado de nossas operações ao atrasarem a implementação dos projetos de eletricidade, aumentando os custos de expansão, ou sujeitando-nos a multas regulamentares pelo não cumprimento dos regulamentos ambientais. Somos afetados pelas condições hidrológicas e se as condições hidrológicas ruins dos anos recentes voltarem a ocorrer, nossos resultados operacionais serão afetados como se recursos não hidrológicos fossem usados. As condições hidrológicas vigentes podem afetar adversamente nossas operações de algumas formas diferentes, nem todas previsíveis. Por exemplo, as condições hidrológicas que resultam em baixa capacidade de geração de eletricidade no Brasil podem ocasionar, entre outras coisas, a implementação de programas amplos de conservação de eletricidade, incluindo reduções obrigatórias na geração ou consumo de eletricidade. O período mais recente de baixa precipitação pluviométrica ocorreu nos anos anteriores a 2001 e, como resultado, o Governo Brasileiro instituiu um programa para reduzir o consumo de eletricidade, de 1o de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. Uma nova ocorrência de condições hidrológicas desfavoráveis, que resultam em uma baixa oferta de energia para o mercado brasileiro, pode causar, entre outras coisas, a implementação de um amplo programa de conservação de eletricidade, incluindo um mandato de redução no consumo de eletricidade. As condições hidrológicas no final de 2007 e início de 2008 têm sido fracas, impactando particularmente os níveis dos reservatórios nas regiões nordeste e sudeste do Brasil. Uma continuação prolongada destas condições fracas pode levar a um maior uso de outras fontes de geração de eletricidade. Na hipótese de escassez de eletricidade, o Governo Brasileiro determina uma maior produção de eletricidade pelas usinas térmicas, usinas hidrelétricas e o componente mais significativo de nossa atividade de geração e, dessa forma, somos particularmente afetados quando as condições hidrológicas são fracas. Nossa capacidade de geração pode ser ainda afetada por eventos como inundações que podem danificar nossas instalações. Isto pode, por sua vez, afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados das operações. A construção, expansão e operação de nossas instalações e equipamentos para a geração, transmissão e distribuição de eletricidade envolve riscos significativos que podem levar à perda de receitas ou ao aumento de despesas. A construção, expansão e operação de instalações e equipamentos para a geração, transmissão e distribuição de eletricidade envolve muitos riscos, incluindo: • a incapacidade de obter permissões e aprovações necessárias do governo; • a indisponibilidade de equipamento; • interrupções no suprimento; • paralisações das obras; • inquietação da mão de obra; • inquietação social; • interrupções ocasionadas pelas condições do tempo e hidrológicas; • problemas imprevistos de engenharia e ambientais; • aumentos das perdas de eletricidade, incluindo perdas técnicas e comerciais; 20 (Tradução livre do original em inglês) • atrasos na construção e operação, ou aumentos nos custos previstos; e • indisponibilidade de custeio adequado. Se passarmos por estes problemas, poderemos não conseguir gerar e distribuir eletricidade nos montantes consistentes com nossas projeções, o que poderá ter um efeito adverso sobre nossa condição financeira e o resultado das operações. Não temos garantia de alguns destes riscos, inclusive riscos meteorológicos. Somos estritamente responsáveis por quaisquer danos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as companhias de distribuição, e nossas apólices de seguro contratadas podem não abranger esses danos. Pela lei brasileira, somos estritamente responsáveis pelos danos diretos e indiretos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as empresas de distribuição, como interrupções súbitas ou perturbações decorrentes dos sistemas de geração, distribuição ou transmissão. Conseqüentemente, podemos ser responsabilizados pelos danos mesmo não estando inadimplentes. Como resultado da incerteza inerente envolvida nestas questões, não mantemos quaisquer provisões com relação a potenciais danos. As responsabilidades decorrentes destas interrupções ou perturbações que não estejam cobertas por nossas apólices de seguro ou que ultrapassem os limites de cobertura dessas apólices podem resultar em custos adicionais significativos para nós e podem afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados das operações. Não há provisão relacionada a este risco devido à incerteza envolvida. Nós não temos experiência em preparar as demonstrações financeiras segundo as normas de contabilidade americanas (US GAAP) e nos falta mão-de-obra habilitada para fazê-lo. Historicamente nossas demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os padrões de contabilidade determinados pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e pelas normas e procedimentos da CVM. Não temos os dados financeiros em US GAAP para nenhum período anterior a 31 de dezembro de 2004. Por causa disso, não possuímos pessoal com experiência em fazer o US GAAP. Na data desta Declaração de Registro, nós usamos o serviço terceirizado de uma firma de consultoria para nos auxiliar na preparação do US GAAP. Se nós não conseguirmos desenvolver esta habilidade internamente ou através de novas contratações, nós poderemos enfrentar desafios em algumas tarefas como, por exemplo, em fazer as alterações requeridas pelo US GAAP ao consolidar os resultados das nossas subsidiárias. Apesar de planejarmos treinar e/ou contratar pessoal capaz para fazer o US GAAP após a nossa listagem na Bolsa de Valores de Nova York, não podemos garantir quando nós conseguiremos fazê-lo. Se nós não conseguirmos treinar, contratar e manter esse pessoal, a preparação de nossas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis americanas, de forma consistente e em tempo hábil, poderá ser prejudicada. Riscos Relativos às nossas Ações e ADRs Você pode não receber dividendos não pagos. Para os anos de 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1989, 1996 e 1998, acumulamos dividendos não pagos relacionados às ações ordinárias. O valor era originalmente de R$887 milhões mas, após o ajuste pela inflação utilizando-se a taxa Selic, registramos atualmente aproximadamente R$ 9,3 bilhões em nosso balancete como “Remuneração e dividendos dos acionistas”. Este dinheiro não é devido a acionistas individuais até que seja declarado um dividendo, o que ainda não ocorreu. Quando um dividendo for declarado, nossos acionistas então correntes terão direito a recebê-lo. Pela lei das Sociedades Anônimas brasileira, não existe nenhuma data até à qual estes dividendos devam ser pagos. Nossa administração está considerando atualmente esta questão mas, caso não seja declarada uma data para pagamento destes dividendos, os titulares de nossas ações ordinárias (e nossas ADSs relacionadas) não os receberão. Os dividendos para os anos após 1998 foram declarados e pagos aos nossos acionistas. Nós podemos receber publicidade adversa com relação aos dividendos não pagos e podemos ser processados por antigos acionistas demandando o pagamento. Se você for portador de nossas ações preferenciais, terá direito a voto extremamente limitado. De acordo com a Lei Brasileira das Sociedades Anônimas e com nossos estatutos, os portadores de ações preferenciais e, por extensão, portadores de ADSs que as representarem, não têm direito a votar em nossas assembléias de acionistas, exceto em circunstâncias muito limitadas. Isto significa, entre outras coisas, que um acionista preferencial não tem direito a votar em transações corporativas, inclusive em fusões ou consolidações com outras empresas. Nosso principal acionista, 21 (Tradução livre do original em inglês) que detém a maioria das ações ordinárias com direito de voto e que exerce controle sobre nós, está apto a aprovar medidas corporativas sem a aprovação dos acionistas das ações preferenciais. Dessa forma, um investimento em nossas ações preferenciais não é adequado para você se os direitos de voto forem uma consideração importante em sua decisão de investimento. O exercício de direitos a voto com respeito a ações ordinárias e preferenciais envolve procedimentos adicionais. Quando os titulares de ações ordinárias tiverem direito a voto e nas circunstâncias limitadas nas quais os titulares de ações preferenciais conseguem votar, os titulares podem exercer os direitos de voto com respeito às ações representadas por ADSs somente de acordo com as disposições do contrato de depósito referente ás ADSs. Não existem disposições pela lei brasileira ou pelos estatutos que limitem a capacidade dos portadores de ADS exercerem seus direitos a voto através do banco depositário com respeito às ações básicas. Entretanto, existem limitações práticas sobre a capacidade dos portadores de ADS exercerem seus direitos de voto devido aos procedimentos adicionais envolvidos na comunicação com esses titulares. Por exemplo, os portadores de nossas ações receberão aviso diretamente de nós e poderão exercer seus direitos de voto, tanto participando da assembléia pessoalmente como votando por intermédio de um procurador. Os portadores de ADS, por comparação, não receberão aviso diretamente de nós. Em vez disso, de acordo com o contrato de depósito, enviaremos o aviso ao banco depositário o qual, por sua vez, tão logo seja possível, remeterá aos portadores de ADSs o aviso da assembléia e uma declaração quanto à forma na qual as instruções podem ser dadas pelos portadores. Para exercerem seus direitos de voto, os portadores de ADS devem, então, instruir o banco depositário sobre como votar suas ações. Devido a este procedimento extra envolvendo o banco depositário, o processo de exercício dos direitos de voto serão mais demorados para os titulares de ADS do que para os portadores de ações. As ADSs para as quais o banco depositário não receber instruções para voto em tempo hábil não serão votadas em qualquer assembléia. Se emitirmos novas ações ou nossos acionistas venderem ações futuramente, o preço de Mercado de suas ADSs pode ser reduzido. As vendas de uma quantidade substancial de ações, ou a suposição de que isto possa ocorrer, pode diminuir o preço vigente no mercado de nossas ações ordinárias e preferenciais e ADSs pela diluição do valor das ações. Se emitirmos novas ações ou nossos atuais acionistas venderem suas ações, o preço de mercado de nossas ações ordinárias e preferenciais, e das ADSs, pode diminuir significativamente. Essas emissões e vendas podem ainda tornar mais difícil para nós emitirmos ações ou ADSs futuramente em uma data e um preço que considerarmos apropriados e para você vender seus títulos no preço ou acima do preço que pagaram por elas. Os controles cambiais e as restrições sobre remessas para o exterior podem afetar adversamente os portadores de ADSs. Você pode ser afetado adversamente pela imposição de restrições sobre a remessa para investidores estrangeiros dos produtos de seus investimentos no Brasil e a conversão de Reais para as moedas estrangeiras. O Governo Brasileiro impôs restrições à remessa durante aproximadamente três meses no final de 1989 e início de 1990. Restrições como estas atrapalhariam ou impediriam a conversão de dividendos, distribuições ou os produtos de qualquer venda de nossas ações, conforme for o caso, de Reais para Dólares americanos e a remessa dos Dólares para o exterior. Não podemos garantir que o Governo Brasileiro não tome medidas similares no futuro. Troca de ADSs pelas ações derivadas pode ter conseqüências desfavoráveis O custodiante brasileiro das ações deve obter um certificado eletrônico de registro do Banco Central para remeter Dólares americanos para o exterior para pagamentos de dividendos, quaisquer outras distribuições de dinheiro , ou sobre a alienação das ações e dos produtos das vendas a elas relacionadas. Se você decidir trocar suas ADSs pelas ações derivativas, você terá direito a continuar se baseando, durante cinco dias úteis a contar da data da troca, no certificado de registro eletrônico do banco depositário. Posteriormente, você poderá não conseguir obter e remeter Dólares para o exterior após a alienação das ações, ou as distribuições relacionadas às ações preferenciais, a não ser que obtenha seu próprio certificado de registro de acordo com a lei brasileira, que dá direito aos investidores estrangeiros comprar e vender nas bolsas de valores brasileiras. Se você não obtiver este certificado, estará sujeito a tratamento tributário menos favorável sobre ganhos com relação às ações. Se você procurar obter seu próprio certificado de registro, poderá incorrer em despesas ou sofrer atrasos significativos no processo de solicitação, que pode ter um impacto significativo na sua capacidade de receber dividendos ou distribuições referentes às suas ações no exterior ou o retorno de seu capital em tempo hábil. O certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do depositário pode ser adversamente afetado por futuras mudanças na legislação. 22 (Tradução livre do original em inglês) A volatilidade relativa e falta de liquidez do mercado de títulos brasileiros podem afetar adversamente O mercado brasileiro de títulos é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e mais volátil do que os principais mercados de títulos nos Estados Unidos. Isto pode limitar substancialmente sua capacidade de vender as ações ordinárias e preferenciais derivando seus ADSs a um preço e data desejados por você. A BM&FBOVESPA S.A – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, a única bolsa de valores no Brasil na qual são comercializadas as ações, tinha uma capitalização de mercado de aproximadamente U.S.$ 588 bilhões em 31 de dezembro de 2008 e um volume de comercialização diário de aproximadamente U.S.$ 2,8 bilhões no mesmo período, comparado com um valor de mercado de aproximadamente U.S.$ 14,3 trilhões em 31 de dezembro de 2008 e um volume de negociação diário médio de aproximadamente U.S.$ 82 bilhões no mesmo período na NYSE. Existe também uma concentração significativamente maior no mercado de títulos brasileiro do que nos principais mercados de títulos nos Estados Unidos. As dez principais ações em termos de volume de comercialização foram responsáveis por aproximadamente 53,14% de todas as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo em 2008. Você pode receber pagamentos reduzidos por dividendos caso nosso lucro líquido não atinja certos níveis. Pela Lei das Sociedades Anônimas e por nossos estatutos, devemos pagar aos nossos acionistas uma distribuição obrigatória igual a, no mínimo, 25% de nosso lucro líquido ajustado no ano fiscal anterior, dando prioridade de pagamento aos portadores de ações preferenciais. Nossos estatutos exigem que paguemos aos portadores de nossas ações preferenciais dividendos anuais iguais ao que for maior entre 8% (no caso de nossas ações preferenciais classe “A”) e 6% (no caso de nossas ações preferenciais classe “B”). Nossos estatutos não estipulam que devemos pagar qualquer dividendo mínimo a portadores de nossas ações ordinárias. Se nosso lucro líquido for negativo ou insuficiente em um exercício fiscal, nossa administração pode recomendar, na assembléia anual de acionistas com relação àquele ano, que o pagamento do dividendo obrigatório não deve ser feito. Você pode não conseguir exercer os direitos de preferência relacionados às ações preferências ou ordinárias Você pode não conseguir exercer os direitos de preferência relacionados ás ações preferenciais ou ordinárias derivadas de seus ADSs, a não ser que uma declaração de registro de acordo com o Securities Act dos Estados Unidos, de 1933, com as alterações, ou o Securities Act, esteja em vigor com respeito a esses direitos ou uma isenção das exigências do registro do Securities Act esteja disponível. Não somos obrigados a apresentar uma declaração de registro com relação às ações referentes a estes direitos de preferência, e não podemos garantir-lhes que apresentaremos qualquer declaração de registro. A não ser que apresentemos uma declaração de registro ou for aplicável uma isenção do registro, você pode receber os produtos líquidos da venda de seus direitos de preferência pelo depositário ou, se os direitos de preferência não puderem ser vendidos, terão permissão de perder a validade. Mudanças nas leis tributárias brasileiras podem ter um impacto adverso sobre os impostos aplicáveis a uma alienação de nossas ações ou ADSs. A Lei No 10.833, de 29 de dezembro de 2003, estipula que a alienação de bens no Brasil por um não-residente para um residente brasileiro como para um não-residente está sujeita a tributação no Brasil, independentemente do fato da alienação ocorrer fora ou dentro do Brasil. Esta cláusula resulta na cobrança de imposto de renda sobre ganhos decorrentes de uma alienação de nossas ações ordinárias ou preferenciais por um não-residente do Brasil para outro nãoresidente do Brasil. Não existe orientação jurídica sobre a aplicação da Lei No 10.833, de 29 de dezembro de 2003 e, dessa forma, não temos condição de prever se os tribunais brasileiros podem decidir que se aplica às alienações de nossas ADSs entre não-residentes do Brasil. Entretanto, na hipótese da alienação de bens ser interpretada como incluindo uma alienação de nossas ADSs, esta lei tributária resultaria conseqüentemente na imposição de impostos retidos na fonte sobre a alienação de nossas ADSs por um não-residente do Brasil para outro não-residente do Brasil. Pelo fato de qualquer ganho ou perda reconhecido por um Portador dos EUA (conforme definido em “Tributação – Conseqüências Materiais do Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos”) ser tratado de forma geral como um ganho ou perda de fonte dos EUA a não ser que esse crédito possa ser aplicado (sujeito às limitações aplicáveis) a imposto devido sobre a outra renda tratada como derivada de fontes estrangeiras, esse Portador dos EUA não poderia usar o crédito de imposto estrangeiro decorrente de qualquer imposto brasileiro sobrado sobre a alienação de nossas ações ordinárias ou preferenciais ou nossas ADSs. ITEM 4. Informações sobre a Empresa 23 (Tradução livre do original em inglês) Visão Geral Diretamente, e através de nossas subsidiárias, estamos envolvidos na geração, transmissão e distribuição de eletricidade no Brasil. Em 31 de dezembro de 2008, detíamos cerca de 38% da capacidade instalada de geração de energia elétrica no Brasil. Através de nossas subsidiárias, somos também responsáveis por aproximadamente 59,5% da capacidade de transmissão instalada acima de 230 kV no Brasil. Nossas receitas são oriundas principalmente de: • geração de eletricidade e sua venda para as empresas distribuidoras de eletricidade e para os consumidores livres; • a transmissão de eletricidade em favor das outras concessionárias de eletricidade; • a distribuição de eletricidade para os consumidores finais; e • receitas financeiras derivadas dos serviços de dívida recebidas de Itaipu. Em 31 de dezembro de 2008, 76,1%, 14,8% e 7,8% da nossa receita líquida era oriunda da geração, transmissão e distribuição de eletricidade, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2008, a nossa receita líquida era de R$30.105 milhões, comparada com R$25.160 milhões e R$21.984 milhões em 2007 e em 2006, respectivamente. A. História e Desenvolvimento Disposições Gerais Fomos criados em 11 de junho de 1962 como uma sociedade de economia mista de responsabilidade limitada e duração ilimitada. Estamos sujeitos à Lei Brasileira das Sociedades Anônimas. Nossos escritórios executivos estão localizados na Avenida Presidente Vargas, 409, 13o andar, Edifício Herm. Stolz, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Nosso número de telefone é +55 21 2514 6331. Nossa razão social é Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás, e nosso nome comercial é Eletrobrás. Dispêndios de Capital Nossos dispêndios de capital em 2008, 2007 e 2006 foram de R$3.878.1 milhões, R$3.104,3 milhões, e R$3.203,9 milhões respectivamente. A tabela a seguir ilustra os dispêndios de capital com relação às atividades de geração, transmissão e distribuição. Período Geração Ano encerrado em 31 de dezembro de 2008 .......................................................... Ano encerrado em 31 de dezembro de 2007 .......................................................... Ano encerrado em 31 de dezembro de 2006 .......................................................... (1) Dispêndios de Capital Transmissão Distribuição Outros(1) (milhões de R$) Total 2.018,8 1.190,2 383,8 285,2 3.878,1 1.284,3 1.287,9 331,8 200,3 3.104,3 1.163,9 1.520,7 327,2 192,1 3.203,9 Meio ambiente, pesquisa e infra-estrutura. A tabela a seguir ilustra os dispêndios de capital referentes a projetos específicos nos mesmos períodos. Principais Projetos de Dispêndio de Capital Ano Ecerrado em 31 de Dezembro, 2008 2007 2006 R$ milhões Geração 24 (Tradução livre do original em inglês) Principais Projetos de Dispêndio de Capital Ampliação da UHE Furnas - Furnas.................................. Ampliação da UHE Luiz Carlos Barreto - Furnas ............. UTE Santa Cruz - Furnas................................................... Angra I, II e III - Eletronuclear UTE Camaçari - Chesf ...................................................... Expansão UHE Tucuruí Primeira/Segunda fases Eletronorte....................................................................... Irrigação dos lotes de Itaparica .............................................. Irrigação de lotes na Usina Luiz Gonzaga - Chesf................. Implementação da Usina Belo Monte - Eletronorte.............. Implementação do Complexo UHE Simplício………………… Implementação da UHE Batalhas (former Paulistas)... ……… Implementação da UTE Candiota III. ................................... Implementação do complexo UHE São Bernardo…………… Implementação do complexo UHE Passo São João............... Implementação dos reatores da UTE Angra I........................ Implementação da Usina de Mauá e sistemas associados ..... Expansão da Capacidade de Geração Térmica em Manaus .. Outros .................................................................................... Total ...................................................................................... Ano Ecerrado em 31 de Dezembro, 2008 2007 2006 61,4 453 72,2 73,2 92,1 157,5 3,1 — 39 283,6 222,3 246,5 0,013 — 8,2 20,4 134,1 — — 491,2 95,8 389,6 4,9 124,8 4,6 43,4 92,2 196,5 2.018,8 77,2 231,3 109,5 — 265,3 18,4 126,8 3,1 27,1 76,4 — — 220,8 1.284,3 148,8 — — — — — — — — — 260,4 1.163,9 61,5 81,7 52,8 28,4 93,4 97,7 24,3 — 68,6 74,5 82,8 — — — 125,5 75,6 — — — 153,9 91,5 118,7 153,6 — 234,9 — — 61,4 228,1 — 225,3 — — 78,1 268,9 70,4 170,6 54,8 47,9 0,94 Transmissão Melhoria do sistema de transmissão RJ/ES ....................... Melhoria do sistema de transmissão SP/MG ..................... Melhoria do sistema de transmissão GO/MT/DF.................................................................. Manuntenção do sistema de transmissão do RJ ..................... Manutenção do Sistema de Transmissão (Furnas) ................ Manutenção do Sistema de Transmissão do Nordeste .......... Implementação do sistema de transmissão Ouro Preto/Vitória.................................................................... Implementação do Sistema do Nordeste................................ Melhoria do Sistema de Transmissão do Nordeste ............... Implementação do Sistema de Transmissão do Nordeste ..... Expansão do Sistema do Nordeste..................................... Expansão do Sistema Sul................................................... Expansão do Sistema de trans missão UHE Tucuruí/MA.................................................. Expansão do Sistema de transmissão AC/RO.................... Sistema de transmissão no Pará/Tucuruí ........................... Sistema Mato Grosso......................................................... Interconexão Brasil/Uruguai – Rivera ............................... Implementação do sistema de transmissão Tijuco Preto Itapeti-noroeste – SP ....................................................... Outros .................................................................................... Total ...................................................................................... 4,1 — 61,9 128,4 77,2 — — 14,5 312,3 1.190,2 35,3 296,7 1.287,9 — 211,6 1.520,7 Distribution Programa "Luz para Todos" ................................................. Outros .................................................................................... Total ...................................................................................... 208,5 175,3 383,8 224,8 107,0 331,8 253 74,2 327,2 Outros Qualidade ambiental .............................................................. Pesquisa................................................................................. Infraestrutura ......................................................................... Total ...................................................................................... 29,7 28,1 227,3 285,2 9,0 18,3 173,0 200,3 24,3 13,2 154,6 192,1 30,7 25 (Tradução livre do original em inglês) Principais Projetos de Dispêndio de Capital Total......................................................................................... Ano Ecerrado em 31 de Dezembro, 2008 2007 2006 3.878,1 3.104,3 3.203,9 B. Visão Geral do Negócio Estratégia Nossos principais objetivos estratégicos são alcançar crescimento sustentável e lucratividade, mantendo ao mesmo tempo nossa posição de líder no setor elétrico do Brasil. Para alcançar estes objetivos, nossas principais estratégias são como se segue: • expandir e melhorar a eficiência em nossas linhas centrais de atividade de geração e transmissão. Nossa atividade tem sido focada historicamente tanto nas operações centrais nos mercados brasileiros de geração e transmissão como em nosso papel anterior de emprestador a terceiros, incluindo, historicamente, as nossas subsidiárias. Desde o advento da privatização em nossa indústria, as oportunidades de consolidar nosso papel como emprestador diminuíram porquanto muitas de nossas subsidiárias anteriores foram privatizadas e não mais temos permissão de atuar como emprestador para essas empresas ou para qualquer terceira parte. Dessa forma, adotamos uma estratégia de enfoque em nossas operações centrais de geração e transmissão. Isto envolve enfoque particular na maximização de oportunidades decorrentes do processo de leilão, estipulado na Nova Lei de Eletricidade, para vendas de eletricidade às empresas de distribuição. Além disso, podemos tentar dispor de certas empresas de distribuição que adquirimos entre 1996 e 1999, mas que não são lucrativas (as Empresas de Distribuição do Norte e Nordeste). Ao nos concentrarmos na geração e transmissão, acreditamos que conseguiremos maximizar os lucros ao melhorarmos a eficiência em nossa infra-estrutura existente e capitalizando em oportunidades decorrentes de nova estrutura, como as linhas de transmissão; • com relação à distribuição, nós adotamos uma nova estratégia em 2008 em relação a governança das empresas de distribuição com o objetivo de melhorar a eficiência operacional; • melhorar nossos padrões de governança corporativa, incluindo nossa admissão à cotação de Nível 1 da Bovespa, este registro na SEC e a admissão à cotação na Bolsa de Valores de Nova York. Fomos admitidos à cotação no segmento de Nível 1 da Bovespa, que estabelece normas de governança corporativa com as quais devemos cumprir (Vide "Item 9.C, Oferta e Listagem”). Acreditamos que melhorar nossos padrões de governança corporativa é um componente chave de nossos objetivos gerais para alcançar crescimento, lucratividade e parcela de mercado devido ao efeito positivo que acreditamos que os padrões elevados de governança corporativa têm para nossa percepção no mercado, tanto nacional como internacionalmente. Como parte disto, já iniciamos o processo de estabelecimento dos controles e procedimentos necessários de nossa parte pela Lei Sarbanes-Oxley de 2002. Além disso, aderimos ao Global Compact das Nações Unidas, a maior iniciativa de responsabilidade corporativa no mundo, somos membros dos Índices de Sustentabilidade da Bovespa e pretendemos integrar os Índices de Sustentabilidade da Dow Jones. Cremos que tanto a integração a estas iniciativas como o registro nas organizações conhecidas como tendo padrões de governança que estão entre os mais rigorosos no mundo, permitirá que elevemos significativamente nosso perfil global. Como um esforço administrativo importante, visando unificar e impulsionando todas estas iniciativas, estamos desenvolvendo nosso Plano Corporativo Estratégico cinco anos. Nossa meta para 2008 é nossa consolidação como companhia holding, regida pelas melhores práticas de governança corporativa, operando em um ambiente comprometido em atingir metas econômicas, financeiras e operacionais negociadas com nosso acionista controlador e as subsidiárias. Estamos almejando construir uma empresa competitiva que enfatiza a responsabilidade social e ambiental, juntamente com desenvolvimento e qualidade de vida para nossos empregados. Para mantermos nossa atual parcela de mercado, estamos continuamente focados na melhoria do desempenho de nossos investimentos ao diversificarmos nosso portfólio de investimentos diretos, reestruturação de nossas subsidiárias e expansão para os mercados internacionais; e • identificar seletivamente as oportunidades de crescimento nos mercados internacionais. Historicamente, nossa atividade tem se concentrado apenas no mercado nacional brasileiro e não temos atualmente uma presença internacional. Entretanto, para que possamos alcançar crescimento sustentável, acreditamos que certos mercados internacionais de eletricidade oferecem oportunidades e planejamos identificar seletivamente oportunidades 26 (Tradução livre do original em inglês) nestes mercados no futuro. Cremos que nosso plano de nos registrarmos na SEC e sermos admitidos à cotação na Bolsa de Valores de Nova York constitui um componente chave desta estratégia, devido ao efeito positivo que acreditamos terá em nossa percepção entre os prováveis parceiros comerciais e investidores nos Estados Unidos e em outros países. Geração Nossa principal atividade é a geração de eletricidade. As receitas líquidas provenientes da geração representaram 76,1%, 71,4% e 69,6% de nosso total de receitas líquidas em 2008, 2007 e 2006 respectivamente. Por intermédio de nossas subsidiárias e a Itaipu, controlamos aproximadamente 38,4% da capacidade total de geração instalada. Incluindo Itaipu, nossas usinas elétricas geraram 50,5%, 52,3% e 57,6% de toda a eletricidade gerada no Brasil em 2008, 2007 e 2006 respectivamente. De acordo com a Lei No 5899, de 5 de julho de 1993, e o Decreto 4.550, de 27 de dezembro de 2002, a Eletrobrás vende, compulsoriamente, toda a energia produzida pela Itaipu para as empresas distribuidoras nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, no Brasil (vide “Item 5, Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas – Principais Fatores que Afetam nosso Desempenho Financeiro – Itaipu”). Tínhamos uma capacidade instalada de 39.402 MW em 31 de dezembro de 2008, 38.567 MW em 31 de dezembro de 2007 e 37.221 MW em 31 de dezembro de 2006. O aumento da capacidade nesses períodos reflete o crescimento contínuo. Em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007 e 31 de dezembro de 2006, o Brasil tinha uma capacidade instalada no sistema elétrico Interligado de 92.495 MW e 89.792 MW e 87.002 MW, dos quais aproximadamente 81%, 82% e 84% foram hidrelétrica, respectivamente. Esses valores refletem um crescimento contínuo da nossa capacidade instalada, respectivamente. Concessões Operamos de acordo com as seguintes concessões outorgadas pela ANEEL para nossas atividades de geração: 27 (Tradução livre do original em inglês) Concessões (1) CGTEE São Jerônimo ................. Presidente Médici .......... Nutepa ........................... Chesf Funil............................... Pedra.............................. Araras ............................ Curemas......................... Paulo Afonso Complex and Moxotó (Apolônio Sales) Sobradinho..................... Luiz Gonzaga................. Boa Esperança ............... ingo............................. Camaçari........................ Eletronorte Rio Acre ........................ Rio Branco II ................. Rio Branco I .................. Electron (TG)................. Santana .......................... Rio Madeira ................... Coaracy Nunes............... Tucurui .......................... Samuel ........................... Curuá-Una ..................... Senador Arnon Farias de Mello Eletronuclear (3) Angra I........................... Angra II ......................... Furnas Corumbá I...................... Serra da Mesa ................ Furnas ............................ Itumbiara........................ Marimbondo .................. Peixoto (Mascarenhas de Morais)...................... Porto Colômbia.............. Manso ............................ Estado Tipo de Usina Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Térmica Térmica Térmica Bahia Bahia Ceará Bahia Bahia Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Bahia Pernambuco Piauí/Maranhão Sergipe/Alagoas Bahia Capacidade Instalada(MW) Término da Concessão 20,00 446,00 24,00 Início do Serviço 7 de Julho de 2015 7 de Julho de 2015 7 de Julho de 2015 Abril 1953 Janeiro 1974 Fevereiro 1968 30,00 20,00 4,00 3,52 4.280,00 7 de Julho de 2015 7 de Julho de 2015 7 de Julho de 2015 25 de Novembro de 2024 2 de Outubro de 2015 Março 1962 Abril 1978 Fevereiro 1967 Janeiro 1957 Janeiro 1955 Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Térmica 1.050,30 1.479,60 237,30 3.162,00 360,00 9 de Fevereiro de 2022 3 de Outubro de2015 10 de Outubro de 2015 2 de Outubro de 2015 10 de Agosto de 2027 Abril 1979 Fevereiro 1988 Janeiro 1970 Abril 1994 Fevereiro 1979 Acre Acre Acre Amazonas Amapá Rondônia Amapá Pará Rondônia Pará Roraima Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Térmica 45,49 32,75 18,65 121,11 178,10 119,35 76,95 8.370,00 216,75 30,30 85,92 Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido 8 de Julho de 2015 11 de Julho de 2024 14 de Setembro de 2009 27 de Julho de 2028 Indefinido Abril 1994 Abril 1981 Fevereiro 1988 June 2005 Janeiro 1993 Abril 1968 Abril 1975 Abril 1984 Março 1989 Dezembro 2005 (2) Rio de Janeiro Rio de Janeiro Nuclear Nuclear 657,00 1.350,00 - Janeiro 1985 Setembro 2000 Goiás Goiás Minas Gerais Minas Gerais São Paulo Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica 375,00 1.275,00 1.216,00 2.082,00 1.440,00 29 de Novembro de 2014 7 de Maio de 2011 7 de Julho de 2015 26 de Fevereiro de 2020 7 de Março de 2017 Abril 1997 Abril 1998 Março 1963 Fevereiro 1980 Abril 1975 Minas Gerais Minas Gerais Mato Grosso Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica 476,00 320,00 212,00 31 de Outubro de 2023 16 de Março de 2017 10 9 de Fevereiro de 2035 7 de Julho de 2015 7 de Julho de 2015 27 de Julho de 2007 7 de Julho de 2015 6 de Novembro de 2036 Abril 1956 Março 1973 Outubro 2000 Indefinido Indefinido 1 de Março de 2027 Fevereiro 1984 Abril 1973 Janeiro 1989 Funil............................... Rio de Janeiro Hidrelétrica 216,00 Estreito........................... São Paulo Hidrelétrica 1.050,00 Campos .......................... Rio de Janeiro Térmica 30,00 Santa Cruz ..................... Rio de Janeiro Térmica 932,00 Peixe Angical Tocantis Hidrelétrica 452,00 Manaus Energia Aparecida....................... Amazonas Térmica 192,00 Mauá.............................. Amazonas Térmica 467,60 Balbina........................... Amazonas Hidrelétrica 250,00 _____________________ (1) Itaipu não tem concessão. O tratado de Itaipu vence em 2023. Abril 1969 Janeiro 1969 Abril 1968 Março 1967 Junho 2006 28 (Tradução livre do original em inglês) (2) Aprovação para a renovação das licenças ambientais para Funil e para Pedra já solicitada, mas ainda não concedidas. No entanto, isso não afeta as operações de nenhuma das plantas. (3) Em 18 de julho de 2006, Eletronorte solicitou a renovação da concessão para Samuel, mas ainda não recebeu resposta da ANEEL. Eletronorte irá continuar a operar a usina até receber a reposta da ANEEL. (4) Eletronorte ainda não tem, atualmente, a licença de operação para Curuá-Una e opera a usina sob uma autorização temporária garantida pela CEMA. (5) Esta usina foi transferida da Celpa para a Eletronorte em dezembro de 2005 como pagamento por dívidas pendentes da Celpa com a Eletronorte, referentes à venda de energia. (6) As usinas nucleares estão autorizadas a operar durante 40 anos a contar da data na qual iniciaram as operações. Alguns anos antes do vencimento desta data, cada empresa de energia nuclear aplicável pode solicitar uma prorrogação de sua respectiva concessão à CNEN. Para obter uma prorrogação, a CNEN pode solicitar a substituição de certos equipamentos. Por exemplo, no caso de Angra I, a CNEN solicitou a substituição de um gerador de vapor após nosso pedido de prorrogação da concessão por 20 anos. (7) A decisão da ANEEL está pendente em relação à solicitação de Furnas para renovação em 5 maio de 2008. (8) Essa usina não é operacional. Fonte: SIESE, ANEEL e fontes internas. Tipos de Usina As usinas hidrelétricas foram responsáveis por 92,1% de toda a nossa energia gerada em 2008, comparado com 93,7% em 2007 e 93,2% em 2006. Geramos, também, eletricidade através de usinas térmicas e nucleares. As usinas térmicas foram responsáveis por 1,8% do total de energia gerada em 2008, comparado com 1,0% em 2007 e 1,1% em 2006. As usinas nucleares foram responsáveis por 6,1% do total de energia gerada em 2008, comparado com 5,3% em 2007 e 5,7% em 2006. A tabela a seguir apresenta o montante total de eletricidade gerada nos períodos indicados, separados por tipo de usina: Tipo de usina: Hidrelétrica(1) ....... Térmica ................ Nuclear................. Ano encerrado em 31 de dezembro de 2007 2006 2008 (MWh) 211.485.963 218.305.510 224.961.642 4.128.403 2.440.890 2.732.974 14.003.775 12.365.398 13.769.410 Total .................... 229.618.141 233.111.798 241.464.026 (1) Inclui a geração da UHE Itaipu. Usinas Hidrelétricas As usinas hidrelétricas são nossa fonte de eletricidade com maior eficiência em termos de custo, embora a eficiência dependa significativamente dos fatores meteorológicos, como o nível pluviométrico. Baseados em nossa experiência com ambos os tipos de usina, acreditamos que os custos com a construção de usinas hidrelétricas são mais elevados do que para as usinas térmicas; entretanto, a vida útil média das usinas hidrelétricas é maior. Usamos nossas usinas hidrelétricas para fornecer o grosso de nossa eletricidade primária e eletricidade back-up gerada durante períodos de pico de alta demanda. Durante os períodos de mudança rápida na procura e demanda, as usinas hidrelétricas também fornecem maior flexibilidade na produção do que nossas outras formas de geração de eletricidade, porque temos condição de aumentar instantaneamente (ou diminuir) a produção destas fontes, em contraste com os empreendimentos térmicas ou nucleares, onde existe um período de tempo para o ajuste da produção. Em 31 de dezembro de 2008, possuíamos e operávamos 29 usinas hidrelétricas; além disso, detemos 50% de participação em Itaipu, cujos outros 50% pertencem a uma entidade governamental paraguaia. O ONS é exclusivamente responsável por determinar, em qualquer ano, quanta eletricidade cada uma de nossas usinas deve gerar. Em 31 de dezembro de 2008, a capacidade total instalada de nossas usinas hidrelétricas era de 32.402 MW (excluindo a Itaipu Binacional, que é de propriedade compartilhada do Brasil e Paraguai). A tabela a seguir ilustra as usinas hidrelétricas de nossa propriedade em 31 de dezembro de 2008: 29 (Tradução livre do original em inglês) Usinas Hidrelétricas: Curuá-Una (3) ...................................................................... Peixoto (Mascarenhas de Morais)....................................... Curemas .............................................................................. Complexo de Paulo Afonso e Moxotó ............................... Funil.................................................................................... Furnas ................................................................................. Araras ................................................................................. Funil.................................................................................... Estreito................................................................................ Boa Esperança .................................................................... Porto Colômbia................................................................... Coaracy Nunes (3) ................................................................ Marimbondo ....................................................................... Pedra ................................................................................... Sobradinho.......................................................................... Luiz Gonzaga...................................................................... Itumbiara............................................................................. Complexo de Tucurui ......................................................... Samuel (3) ............................................................................ Balbina (3) ............................................................................ Xingó .................................................................................. Corumbá I ........................................................................... Serra da Mesa(4) .................................................................. Manso(4) .............................................................................. Peixe Angical Total ................................................................................... Capacidade Instalada Energia Garantida(1) (MW) (MW) 30 476 3.520 4.279 30 1.216 4 216 1.050 237.3 320 76.95 1.440 20 1.050 1.479 2.082 8,370 216.75 250 3.162 375 1.275 212 452 28.323 24 295 2 2.225 15.50 598 2 121 495 143 185 — 726 7.2 531 959 1.015 4.140 — — 2.139 209 671 92 271 14.866 Início do Serviço — 1956 1957 1957 1962 1963 1967 1969 1969 1970 1973 1975 1975 1978 1979 1979 1980 1984 1989 1989 1994 1997 1998 2000 2006 (1) A capacidade instalada de Itaipu é 14.000MW. Brasil e Paraguai detêm Itaipu igualmente. (2) A energia garantida é a quantidade máxima que cada usina pode produzir e vender em leilões/fornecer ao sistema elétrico Interligado, uma quantidade determinada pelo ONS. (3) As usinas de Balbina, Curuá-Una, Samuel e Coaracy fazem parte do sistema isolado e não possuem uma restrição de energia garantida. (4) Detemos 48,46% da usina de Serra Mesa e 70% da usina do Manso. Os números nesta tabela referem-se a toda a utilização de capacidade de cada usina. (5) Detemos 40% da usina Peixe Angical. Os números nesta tabela referem-se a toda a utilização de capacidade de cada usina. 30 (Tradução livre do original em inglês) Usinas hidrelétricas: Funil.............................................................................. Pedra ............................................................................. Araras............................................................................ Curemas ........................................................................ Complexo de Paulo Afonso e Moxotó ......................... Sobradinho .................................................................... Luiz Gonzaga ................................................................ Boa Esperança............................................................... Xingó ............................................................................ Coaracy Nunes (2) .......................................................... Complexo de Tucurui.................................................... Samuel (2) ...................................................................... Corumbá I ..................................................................... Curuá-Una (2)................................................................. Serra da Mesa(3)............................................................. Furnas ........................................................................... Itumbira......................................................................... Marimbondo.................................................................. Peixoto (Mascarenhas de Morais) ................................. Porto Colômbia ............................................................. Manso(3) ........................................................................ Funil (Furnas)................................................................ Estreito.......................................................................... Peixe Angical Balbina (2) ...................................................................... Total ............................................................................. (1) (2) (3) (4) (5) Energia Garantida Energia Gerada(1) Utilização Operacional Real (MWh) (MWh) (%) 135.780 63.072 17.520 17.520 19.491.000 4.651.560 8.400.840 1.256.680 18.737.640 — 36.266.400 — 1.830.840 210.240 2.848.459 5.238.480 8.891.400 6.359.760 2.584.200 1.620.600 564.144 1.059.960 4.336.200 949,584 — 125.531.879 72.874,83 20.328,56 0 8.000,93 13.975.191,02 3.120.304,11 6.428.737 1.332.406,98 15.721.603,83 605.767,00 36.724.033,00 851.923,00 1.921.916 253.890 2.359.814 5.157.418 8.410.304 6.784.942 2.891.079 2.059.262 601.612 932.187 4.068.821 926,773 1.580.993,00 116.810.177 53.7 32.2 0 45.7 71.7 67.1 76.5 106.4 83.9 — 101.3 — 105.0 120.8 82.8 98.5 94.6 106.7 111.9 127.1 106.6 87.9 93.8 97.6 — 93,1 (1) Exclui Itaipu, que é de propriedade compartilhada do Brasil e Paraguai. As usinas de Balbina, Curuá-Una, Samuel e Coaracy fazem parte do sistema isolado e não possuem uma restrição de energia garantida. Detemos 48,46% da usina de Serra Mesa e 70% da usina do Manso. Essas quantidades referem-se à nossa participação. Detemos 40% da usina Peixe Angelical. Essas quantidades referem-se à nossa participação. Ver a tabela em “- Concessões” para informações sobre usinas hidrelétricas operadas pela Chesf, Eletronorte e Furnas. As usinas hidrelétricas no Brasil têm que pagar taxa de royalties aos estados e municípios brasileiros nos quais estiver localizada uma usina ou na qual possa ter sido inundada terra por um reservatório de usina para o uso de recursos hidrológicos. As taxas são estabelecidas de forma independente por cada estado e/ou município, conforme for aplicável, e são baseadas no montante de energia gerada por cada usina e são pagas diretamente aos estados e municípios. As taxas para os estados e municípios nos quais operamos foram nos montantes de R$1,722 em 2008, comparadas com R$1.678 milhões em 2007 e R$1.795 milhões em 2006. Estas taxas são registradas como custos operacionais em nossos demonstrativos financeiros. Nos últimos dois anos, nossas subsidiárias obtiveram concessões para a construção de 17 novas usinas hidrelétricas, cujas informações estão apresentadas na tabela abaixo: 31 (Tradução livre do original em inglês) Usinas novas: Coxilha Rica ..................... Santo Cristo ...................... São Mateus ....................... Antoninha ......................... Malacara ........................... Gamba .............................. Barra do Rio Chapéu ........ Pinheiro ............................ João Borges ...................... Itararé................................ Passo São João.................. Mauá................................. Dardanelos........................ Batalha.............................. Simplício........................... Baguari ............................. São Domingos .................. Santo Antônio ………… Jirau …………………... (1) Capacidade Instalada Investimento (MW) (milhões de R$) 18 19,5 19 13 9,2 10,8 15 10 19 9 77,1 361 261,0 52,5 337,7 140,0 48 3.150 3.300 58,8 65,5 73,0 49,1 36,1 40,7 48,8 36,3 51,1 27,8 272,0 950,0 700,0 399,3 1.305,1 487,5 200 12.198 10.000 A construção começa ou começou em O serviço inicia em(1) Abril 2008 Abril 2008 Julho 2008 Julho 2008 Julho 2008 Julho 2008 Abril 2007 Julho 2007 Julho 2007 Julho 2007 Abril 2007 Setembro 2007 Março 2007 Março 2007 Março 2007 Março 2006 Janeiro 2009 Outubro 2008 Aguardando licença. Novembro 2009 Novembro 2009 Dezembro 2009 Dezembro 2009 Dezembro 2009 Dezembro 2009 Novembro 2008 Novembro 2008 Novembro 2008 Novembro 2008 Junho 2009 Janeiro 2010 Dezembro 2010 Junho 2009 Novembro 2010 Setembro 2009 Janeiro 2012 Maio 2012 Janeiro 2013 As datas estimadas são baseadas no cronograma atual. A UHE Baguari será operada por Furnas e uma terceira parte. As UHE Simplício e Paulistas (Batalha) serão operadas somente por Furnas. Dardanelos será operada por nossas subsidiárias Chesf e Eletronorte, em associação com parceiros (vide “-Atividades de Empréstimo e Financiamento – Participação Direta”). As outras usinas novas serão operadas exclusivamente por nossa subsidiária Eletrosul, à exceção da nova usina de Mauá, que será operada conjuntamente por nossa subsidiária Eletrosul e pela Companhia Paranaense de Energia S.A. – Copel, uma terceira parte. Pretendemos financiar estas usinas com o fluxo de caixa oriundo das operações e, se necessário, com o financiamento obtido nos mercados de capital internacionais e/ou agências multilaterais. Usinas Térmicas Em 31 de dezembro de 2008, tínhamos e operávamos 15 usinas térmicas. As usinas térmicas incluem unidades de geração de energia por carvão e óleo. A capacidade total instalada de nossas usinas térmicas era de 3,061 MW em 31 de dezembro de 2008, 2.406 MW em 31 de dezembro de 2007 e 2.7070 MW em 2006. A tabela a seguir apresenta informações referentes às nossas usinas térmicas em 31 de dezembro de 2008: 32 (Tradução livre do original em inglês) Capacidade Instalada (MW) Usinas térmicas: P. Médici (Candiota) .......................... S. Jerônimo (Candiota)....................... Nutepa (Candiota) .............................. Santa Cruz .......................................... Campos .............................................. Camaçari ............................................ Electron .............................................. Rio Madeira........................................ Santana............................................... Rio Branco I ....................................... Rio Branco II...................................... Rio Acre ............................................. Mauá .................................................. Senador Arnon Farias de Mello.......... Aparecida ........................................... Total .................................................. 446,00 20,00 24,00 932,00 30,00 350,00 120,00 119,35 178,10 18,60 31,80 45,49 467,60 85,92 192,00 3060.86 Geração (MWh/ano) 926.079,145 42.713.879 1.330.454 136,845 37,696 562.521,77 0 24.774 446.035 239 1.898 7.599 1.536.061 404.611 973.281.758 Energia Assegurada (MW/h) 2,203,140 110,376 53,436 4,344,960 183,960 — — — — — — — — — — 6,895,872 Em dezembro de 2005, nossa subsidiária CGTEE obteve autorização para iniciar a construção de uma ampliação da usina térmica Candiota. Esta ampliação aumentará a capacidade instalada da usina térmica Candiota em 350 MW e necessitará de um investimento de aproximadamente R$939 milhões. A construção desta ampliação teve início em julho de 2006 e a conclusão está prevista para dezembro de 2009. Cada uma de nossas usinas térmicas opera com carvão e/ou óleo. O combustível para as usinas térmicas é transportado por rodovia, ferrovia, dutos ou via fluvial, dependendo da localização da usina. Apesar de não termos alternativas caso nossas fontes destas matérias primas ficarem indisponíveis ou antieconômicas, temos capacidade de reserva em nossas usinas hidrelétricas e estamos aumentando nosso investimento nas linhas de transmissão o que nos permitiria compensar qualquer interrupção nos suprimentos até certo ponto. Não estamos sujeitos à volatilidade dos preços com relação a estas matérias primas porque os preços são regulados pelo Governo Brasileiro e pelas entidades controladas pelo Governo Brasileiro que estabelecem os preços anualmente. Procuramos operar nossas usinas térmicas em um nível consistente e ótimo de forma a provermos uma fonte constante de produção de eletricidade. Nossas usinas térmicas são significativamente menos eficientes e têm vidas úteis significativamente mais curtas do que nossas usinas hidrelétricas. Tivemos dispêndios volumosos com a compra de combustível para a produção de energia no montante de R$3,437 milhões em 2008, comparando com R$2.272 milhões em 2007 e R$2.500 milhões em 2006. Registramos estes valores líquidos nos reembolsos da Conta CCC. Recuperamos uma parte substancial do excedente dos custos operacionais das usinas térmicas, que corresponde à diferença entre o custo de uma usina térmica e o custo de uma usina hidrelétrica, por meio de reembolsos em conformidade com a Conta CCC. O Governo Brasileiro criou a Conta CCC em 1973 com a finalidade de formar reservas financeiras para cobrir os custos da utilização de combustível fóssil nas usinas térmicas, cuja operação é mais dispendiosa do que as usinas hidrelétricas, na Rede Básica e no sistema elétrico interligado caso uma escassez de energia crie uma necessidade de aumentar a produção de usinas térmicas. Os consumidores, através dos distribuidores de eletricidade no Brasil têm que contribuir anualmente para a Conta CCC, que na realidade serve de fundo de garantia contra uma situação extraordinária, como uma escassez de chuvas, o que exigiria uma maior utilização das usinas térmicas. O valor global da contribuição anual é calculado com base no custo no ano corrente das estimativas de combustível para todas as usinas térmicas. A cada usina é, então, atribuída uma contribuição proporcional com relação ao valor global baseado nas vendas totais de eletricidade dessa usina durante o ano anterior. Em 1993, a abrangência da Conta CCC foi ampliada para incluir uma parte dos custos da geração de eletricidade térmica em redes isoladas, não-integradas em áreas remotas da região norte do Brasil. Furnas, Chesf, CGTEE e Eletronorte recebem reembolso da Conta CCC por seus custos de combustível em sua usina térmica, reduzindo, assim, os custos operacionais de cada uma de suas usinas. Administramos a Conta CCC. Os 33 (Tradução livre do original em inglês) reembolsos da Conta CCC para os custos com combustível de usinas térmicas conectadas à Rede Básica estão sendo desativados em conjunto com o desenvolvimento de um mercado atacadista competitivo. Os reembolsos variaram entre 45% - 55% dos custos com combustível em 2008, comparados com uma variação entre 72% - 91% em 2007 e 76% - 92% em 2006. As usinas térmicas nas redes isoladas, não-integradas, estão programadas para receberem reembolsos pelos custos com combustíveis até 2022, inclusive. As tabelas a seguir apresentam informações referentes ao preço pago e a quantidade de combustível comprado para uso em nossas usinas térmicas nos períodos indicados: Tipo de combustível Carvão........................................... Óleo leve ....................................... Óleo pesado................................... Gás ................................................ Urânio ........................................... Total ............................................. Tipo de combustível Carvão (toneladas) ................................ Óleo leve (litros) ................................... Óleo pesado (toneladas) ....................... Gás (m3) ................................................ Urânio (quantidade de elementos)......... Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 (milhares de R$) 58,335 101.627 111.481 3,082,049 2.393.694 2.206.731 57,898 518.331 4.421 68 40 6,0 185.980 177.739 239,142 3,437,492 3.199.672 2.500.378 Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 1,221,677 1.844.381 2.078.000 778,940,810 584.871.244 542.502.159 35,785 23,425 3.086 82,943 58.815 10.051 56 88 84 Usinas Nucleares As usinas nucleares representam uma fonte relativamente dispendiosa de eletricidade para nós. O Governo Brasileiro, entretanto, tem um interesse especial na continuação da existência de usinas de energia nuclear no Brasil e tem por lei que manter a posse e controle destas usinas. Dessa forma, esperamos continuar possuindo 99,8% da Eletronuclear. Através da Eletronuclear, operamos duas usinas de energia nuclear, Angra I, com uma capacidade instalada de 657MW, representando aproximadamente 1,7% de nossa capacidade instalada total, e Angra II, com 1.350MW, representando aproximadamente 3,5% de nossa capacidade instalada total. Além disso, Eletronuclear está planejando iniciar a construção de uma nova usina nuclear, que seria denominada Angra III no segundo semestre de 2009. Em 5 de março de 2009, o IBAMA concedeu uma licença de instalação para a Eletronuclear com a validade de 6 anos e em 9 de março de 2009, CNEN concedeu uma licença de construção parcial para a Eletronuclear. Uma vez construída, nós estimamos que Angra III terá uma capacidade instalada de 1.350 MW e que os custos de sua construção será de aproximadamente R$8 bilhões. A tabela a seguir apresenta informações referentes às nossas usinas nucleares em 31 de dezembro de 2008: Capacidade Instalada Energia Garantida(1) Energia Assegurada Início do Serviço(2) (1) (MW) (MWh/ano) Usina Nuclear: 34 (Tradução livre do original em inglês) Angra I ............................................................................ 657 3.515.485,9 1.350 10.488.288,9 2.007 14.003.775 3.224.000 Angra II........................................................................... Total ............................................................................... 9.733.000 1º de janeiro de 1985 1o de Setembro de 2000 12.957.000 (1) Para nossas usinas nucleares, a energia garantida não é limitada pelo ONS ou por qualquer outro órgão regulador. (2) Operação comercial em: Angra I – janeiro de 1985 e Angra II – setembro de 2000. A capacidade instalada de Angra II é 657 MW. Nós estimamos que Angra I irá operar em 85% da capacidade em 2009 de acordo com o padrão da indústria. Isto significa que a energia assegurada de Angra II será 4,64GWh/yr. Com relação a Angra II, sua capacidade instalada é de 1.350 MW (energia nominal). Nós também estmiamos que Angra II irá operar com 85% de sua capacidade em 2009 de acordo com o padrão da indústria. Isto significa que a energia assegurada de Angra II será 9,54GWh/yr. Tanto Angra I como Angra II utilizam urânio obtido em conformidade com um contrato com Indústrias Nucleares Brasileiras – INB, uma empresa de propriedade do Governo responsável pelo processamento de urânio utilizado nas usinas nucleares. Os elementos combustíveis são transportados por caminhão até à usina nuclear e em conformidade com os termos do contrato; a Eletronuclear é responsável pela entrega segura desse combustível. Até à presente data, a Eletronuclear ( e o proprietário anterior de Angra I – Furnas) não tiveram qualquer dificuldade material no transporte do combustível até Angra I e Angra II. Além disso, o lixo nuclear de baixo nível (como filtros e certas resinas) é armazenado em containeres especialmente projetados em um local provisório de armazenamento na área das usinas. Como ocorre em outros países, o Brasil ainda não concebeu uma solução permanente para armazenamento do lixo nuclear. Com relação ao lixo nuclear de alto nível (combustível nuclear gasto), esse lixo é armazenado em células de combustível (racks para armazenamento compacto na área do combustível) das usinas. A responsabilidade com relação à desativação das usinas nucleares Angra I e Angra II teve início ao mesmo tempo em que as operações começaram nestas duas unidades, em 1985 e 2000, respectivamente. O valor desta alienação é apoiado por um relatório técnico de um grupo de trabalho criado pela Eletronuclear em 2001. Com relação à Angra I, o custo estimado é de US$198 milhões, baseado nas estimativas provisórias de que as operações cessarão em 2024. Com relação a Angra II, o custo estimado é de US$240 milhões, com base nas estimativas provisórias de que as operações cessarão em 2040. Recentemente, a administração da Eletronuclear fez uma revisão e atualização dos valores, além de definir os parâmetros e os regulamentos a fim de estabelecer as reservas financeiras necessárias para cobrir o descomissionamento das usinas. Então, o custo é estimado em US$307.000 mil e US$426.000 mil para Angra I e Angra II, respectivamente. A vida útil econômica das usinas foi reavaliada em 40 anos. A Eletronuclear faz mensalmente provisões pro rata para os custos estimados de Angra I e Angra II. A eletricidade gerada pela Eletronuclear é vendida para nossa subsidiária Furnas a um preço regulamentado, determinado pelo MME. Este preço regulamentado reflete os custos de produção da Eletronuclear. Entretanto, ao vender esta eletricidade para as empresas de distribuição, Furnas tem que participar do processo de leilão público, no qual outras empresas de geração em um pool apresentam propostas que refletem o custo máximo da eletricidade que cada uma deseja fornecer e as empresas de distribuição pagam um preço igual a uma média de todas as propostas. Como resultado deste processo de leilão, o preço que Furnas recebe atualmente é tipicamente mais elevado que o pago à Eletronuclear pela eletricidade correspondente. Historicamente, entretanto, o inverso tem sido verdadeiro e registramos perdas consolidadas com respeito a eletricidade gerada pela Eletronuclear. Estamos analisando atualmente as possíveis medidas para reduzir estas perdas caso esta situação ocorra novamente, inclusive a substituição de Furnas na cadeia de suprimento acima descrita pela própria Eletrobrás, que não tem que vender eletricidade apenas em conformidade com o processo de leilão. Vendas de Eletricidade Gerada Vendemos aproximadamente R$18,750 milhões de eletricidade gerada (líquido de eletricidade comprada para revenda e VAT e outros impostos) em 2008, comparado com R$14,864 milhões em 2007 e R$13,915 milhões em 2006. Estas vendas são feitas somente às empresas de distribuição (que constituem as principais fontes de vendas de eletricidade gerada) ou consumidores livres. Nós possuímos certas empresas de distribuição que operam nas regiões norte e nordeste do Brasil e vendemos uma parte relativamente pequena da eletricidade que geramos para essass empresas de distribuição, o que não origina receitas em nosso segmento de geração discutido em “-Distribuição”. 35 (Tradução livre do original em inglês) Vendemos a eletricidade gerada em conformidade tanto com os contratos de fornecimento com usuários finais industriais, como com um processo de leilão para vendas à empresas de distribuição. A tabela a seguir apresenta, por tipo de venda, as vendas de eletricidade gerada nas regiões que atendemos nos períodos apresentados: 2008 Tipo de venda: (milhares de R$) Por meio de leilões e contratos iniciais (cobrança de energia) ..... 8.393.914 Por meio de contratos no Mercado livre ou contratos bilaterais (cobrança de energia) .. 4.799.554 Itaipu .............................................. 10.927.053 Total .............................................. 24.120.521 Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2007 2006 (milhares (milhares (MWh) (MWh) (MWh) de R$) de R$) 102.031.134 7.822.678 98.004.823 6.792.152 93.894.340 58.983.373 94.344.524 255.359.032 3.273.962 7.555.634 18.652.274 46.026.916 90.620.003 234.651.742 3.123.405 6.276.247 16.191.804 43.959.451 92.331.000 230.184.791 A tabela abaixo apresenta um resumo do montante de eletricidade que vendemos por meio de vendas em leilões: 2007 Capacidade Média (MW): 1o Leilão............................................ 2o Leilão............................................ 3o Leilão............................................ 4o Leilão............................................ 5o Leilão............................................ Total ................................................. Energia (MWh) por ano .................... Tarifa média (R$/MWh) ................... Receitas estimadas (milhares de R$). 11.003 — — — 180 11.183 97.963.080 58,49 5.729.860 Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2009 11.003 644 — — 180 11.827 103.604.520 63,73 6.602.716 11.003 644 — 396 180 12.223 107.073.480 64,77 6.935.149 2010 11.003 644 — 396 180 12.223 107.073.480 64,77 6.935.149 Com relação aos contratos de fornecimento, a quantidade que recebemos de cada venda é determinada com base em uma “cobrança de capacidade”, uma “cobrança de energia” (ou, em alguns casos, ambas). Uma cobrança de capacidade é baseada em um montante de capacidade garantida especificada em MW e é cobrada sem considerar o montante de eletricidade efetivamente entregue. A cobrança é por um valor fixo (e, por isso, independe do montante de eletricidade efetivamente fornecida). Em contrapartida, uma cobrança de energia é baseada no montante de eletricidade efetivamente utilizada pelo receptor (e é expressa em MWh). Nossas compras de eletricidade de Itaipu, e nossas vendas de eletricidade de Itaipu para os distribuidores, são pagas com base na cobrança de capacidade (inclusive cobrança pela transmissão paga a Furnas). Nossas vendas de eletricidade (através de nossas subsidiárias Chesf e Eletronorte) para os consumidores finais, especialmente os clientes de indústrias, são cobradas na base tanto de uma cobrança de capacidade como uma cobrança de energia. Com relação às vendas em leilão, conforme discutido em “A Indústria Energética Brasileira – Regulamentação pela Nova Lei de Eletricidade,” os convites para participar de leilões são preparados pela ANEEL e, na hipótese de sermos os vencedores, celebramos contratos de venda e compra com a empresa de distribuição relevante para um montante de eletricidade que seja proporcional à demanda estimada dessa empresa pelo período do contrato. Transmissão Transmissão de Eletricidade As receitas em nosso segmento de transmissão são fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que estabelece uma taxa fixa de receita de transmissão para cada ano. As receitas líquidas provenientes da transmissão representaram aproximadamente 14,8% de nossas receitas totais líquidas em 2008, comparada com 14,4% em 2007 e 15% em 2006. A eletricidade que geramos é transportada através da rede de transmissão de tensão do Brasil com 56.862 km de linhas de transmissão acima de 138 kV em 31 de dezembro de 2008, comparada com 55,942 km em 31 de Dezembro de 2007 e 55.658km em 31 de Dezembro de 2006. Considerando nossas parcerias com empresas provadas nos SPCs/Consórcios, nós tivemos aproximadamente 58.718 Km acima de 138 Kv em operação. (Veja participação acionária na página 55). No Brasil, a maioria das usinas hidrelétricas localizadas a uma distância considerável dos principais centros de carga e, por conseguinte, de forma a chegar aos consumidores, foi desenvolvido um sistema de transmissão extenso. 36 (Tradução livre do original em inglês) Transmissão é a transferência em grande escala de eletricidade, em voltagens muito elevadas (de 230 kV a 750 kV), desde as instalações de geração até os sistemas de distribuição nos centros de carga por meio de rede de transmissão. Existe um sistema elétrico interligado no Brasil que liga as regiões do norte e nordeste ao sul e sudeste. A coordenação dos sistemas de transmissão se faz necessária para otimizar os investimentos e os custos operacionais e para assegurar a confiabilidade e as condições adequadas de fornecimento de carga através do sistema elétrico interconectado. Concessões de Transmissão Nossas operações de transmissão são realizadas em conformidade com as seguintes concessões outorgadas pela ANEEL: Níveis de Voltagem (kV) 69 – 750 69 – 500 69 – 500 69 – 500 69 - 230 Distância total (km) 19.081,5 18.468,42 9.378,8 10.556,04 575,7 Furnas .................................................. Chesf .................................................... Eletrosul ............................................... Eletronorte ........................................... Amazonas Energia ………………… Tempo médio de operação (anos) 30,13 34,34 25,77 22,5 10,9 Anos médios restantes das concessões (anos) 8,06 6,72 6,52 6,51 Indeterminado Devido ao desenvolvimento dos recursos hidrelétricos da região amazônica, que requer a transmissão de grandes montantes de energia, o Brasil desenvolveu o sistema elétrico interligado. Uma malha nacional de transmissão proporciona geradores com acesso aos clientes em todas as regiões. Furnas e Eletronorte construíram o primeiro sistema de transmissão norte-sul ligando as regiões norte e sul do Brasil, que consiste de aproximadamente 1.250 km de linhas de transmissão de 500 kV e que entrou em operação em 1998.Um segundo sistema de transmissão norte-sul, cuja construção foi custeada pelo setor privado, entrou em operação em 2004. A tabela a seguir apresenta o comprimento das linhas de transmissão (em km) por subsidiária e por voltagem em 31 de dezembro de 2008: 600 kV (CC) ¹ 500 kV 345 kV 230 kV 138 kV 132/69 kV Total — 5.121,5 — 3.236,1 — 2.586,5 1.612,0 4.549,0 — — 1.612,0 15.493,1 — — — 6.069,5 — 6.069,5 12.537,2 5.439,0 4.882,4 1.949,0 364.9 25.172,8 383,9 1.387,1 1.841,2 2.204,0 — 5.816,2 425,5 493,9 68,7 — 210.8 1.198,9 18.468,4 10.556,0 9.378,8 19.081,5 575.7 58.060,5 750 kV Empresa: Chesf ......................................... — Eletronorte ................................ — — Eletrosul .................................... Furnas ....................................... 2.698,0 Amazonas Energia ……….… — Total ......................................... 2.698,0 (1) CC significa corrente contínua. A tabela a seguir apresenta, de forma consolidada, o percentual da malha total de transmissão acima de 230kV no Brasil pelo qual fomos responsáveis em 31 de dezembro de 2008: 750 kV Entidade: Eletrobrás ....................... Outras............................. Total .............................. 100 0 100 600 kV (CC) ¹ 100 0 100 500 kV 49,49 50,51 100 345 kV 67,09 32,91 100 230 kV 70,23 29,77 100 Total 59,21 40,79 100 (1) CC significa corrente contínua. 37 (Tradução livre do original em inglês) Exceto com relação à pequena parte da Eletronorte localizada no sistema isolado, as linhas de transmissão no sistema elétrico interligado estão totalmente integradas. Detemos, atualmente, cerca de 59,2% de todas as linhas de transmissão no Brasil acima de 230 kV e, como resultado, recebemos taxas de empresas que transmitem eletricidade nestas linhas. As receitas da transmissão foram no montante de R$4.639 milhões em 2008, comparadas com R$3.852 milhões em 2007 e R$3.379 milhões em 2006. Na condição de empresa de geração, devemos também pagar uma tarifa referente à nossa transmissão de eletricidade sobre as transmissões que não possuímos. Levando-se em consideração todas as linhas de transmissão no Brasil (230 kV e acima), isto significa que pagamos uma tarifa com relação a 40,8% de todas as linhas de transmissão no Brasil. Acreditamos que as perdas de eletricidade no sistema de transmissão no Brasil têm sido historicamente, e são atualmente, aproximadamente 16% de toda a eletricidade transmitida no sistema, comparada com aproximadamente 8% no sistema de transmissão internacional. Operamos como parte de um sistema nacional de eletricidade integrado e coordenado para o Brasil. A Lei das Concessões nos autoriza a começar a cobrar taxas pelo uso de nosso sistema de transmissão por outras empresas de eletricidade; teremos condições de cobrar essas taxas, tão logo os regulamentos tenham sido promulgados pela ANEEL. Por meio de Furnas, cobramos uma tarifa (atualmente em torno de R$3.378,86 por MW/mês) para a transmissão de eletricidade gerada por Itaipu e comprada para revenda. A cobrança da transmissão pela energia gerada pela Itaipu Binacional é usada para compensar Furnas, que é proprietária da linha de transmissão aplicável, para tornar seu sistema de transmissão disponível para o uso exclusivo de instalações de conexão de usinas. Este sistema compreende as linhas de transmissão de 765 kV de Itaipu / Ivaiporã e de 600 kV CC de Itaipu / Ibiúna, que não fazem parte da Rede Básica. Distribuição Distribuição de Eletricidade Nossas atividades de distribuição constituem uma proporção relativamente pequena de nossas operações globais. As receitas líquidas provenientes da distribuição representaram 7,8% do total de nossas receitas líquidas em 2008, comparadas com 12,9% em 2007 e 13,3% em 2006. Empresas de Distribuição As empresas a seguir relacionadas de nosso grupo realizam atividades de distribuição em conformidade com concessões para distribuição outorgadas pela ANEEL: • Eletronorte, que distribui energia diretamente aos consumidores industriais através de sua subsidiária Boa Vista Energia S.A. Esta empresa distribui eletricidade para a cidade de Boa Vista. A concessão para distribuição da Eletronorte encerra em 7 de julho de 2015; • Amazonas Energia, que distribui eletricidade na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, em conformidade com uma concessão que termina em 7 de julho de 2015; • Ceal, que distribui energia no estado de Alagoas em conformidade com uma concessão que termina em 12 de julho de 2015; • Cepisa, que distribui energia no estado do Piauí em conformidade com uma concessão que termina em 12 de julho de 2015; • Ceron, que distribui energia no estado de Rondônia em conformidade com uma concessão que termina em 12 de julho de 2015; • Eletroacre, que distribui energia no estado do Acre em conformidade com uma concessão que termina em 12 de julho de 2015; Ceal, Cepisa, Ceron, Boa Vista and Eletroacre eram anteriormente propriedade do Estado Brasileiro em que cada empresa respectivamente opera. Nós fizemos os primeiros investimentos nessas companhias em 1996 com o objetivo de melhorar a 38 (Tradução livre do original em inglês) condição financeira delas e prepará-las para a privatização. Amazonas Energia foi criada em 2008 como um resultado da fusão entre Ceam e Manaus Energia S.A.; Ceam também era anteriormente propriedade no estado Brasileiro, no qual operava, e também fizemos um investimento na Ceam em 1996 com o objetivo de melhorar a sua condição financeira e preparar para a privatização. Amazonas Energia, Ceal, Cepisa, Ceron and Eletroacre operam em condições de mercado particularmente desafiadoras – as regiões Norte e Nordeste estão entre as mais pobres do país. Um de nossos maiores desafios em respeito a essas companhias é reduzir a quantidade de perdas comerciais (principalmente sendo o furto de energia) e a dívida de clientes que essas companhias sofrem. Nós estamos nos esforçando para atender a esses problemas através do desenvolvimento de mecanismos que tornam o furto de energia mais difícil e através da renegociação das dívidas dos clientes dessas companhias. Estrutura de Gerenciamento para as Atividades de Distribuição No quarto trimester de 2008, nós inciamos uma nova estrutura de gestão para nossas atividades de distribuição; Até o quarto trimestre de 2008, nós gerenciamos nosso investmento na Ceal, Ceam, Boa Vista, Cepisa, Ceron e Eletroacre através de um comitê gestor (Comitê Gestor das Empresas Federais de Distribuição), que se focou, entre outras coisas, propor estratégias financeiras e metas para melhorar a condição financeira dessas empresas. De acordo com a nova estrutura, esse comitê gestor não existe mais. A nova estrutura envolve um diretor no nível da Eletrobrás, atualmente Sr. Decat, atuando como um presidente de cada uma das companhias envovidas na distribuição. Cada uma das companhias envolvidas na distribuição terá o mesmo diretor financeiro, diretor de engenharia, diretor comercial e diretor de regulamentação, em cada caso indicado pelo presidente dessas empresas distribuidoras. Sistema de Transmissão e Distribuição Nossa rede de transmissão e distribuição consiste de linhas de transmissão aéreas e subestações com faixas de voltagem variadas. Os clientes que atendemos por meio de nossa rede de distribuição são classificados pelo nível de voltagem. Com relação à nossa distribuição para as empresas prestadoras de serviço estaduais e para as indústrias, distribuímos eletricidade em níveis de voltagem mais elevados (até 750 kV), enquanto que a distribuição para as residências e para certas companhias comerciais é feita em níveis de voltagem mais reduzidos (tanto a 230 kV, 138 kV como 69 kV). Desempenho do Sistema A tabela a seguir apresenta informações referentes às nossas perdas de eletricidade para nossas empresas de distribuição, e a freqüência e duração das interrupções de eletricidade por cliente por ano, para os anos indicados. Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 Eletronorte: Perdas técnicas........................................................ Perdas comerciais ................................................... Perdas totais de eletricidade.................................... Interrupções: Freqüência das interrupções por cliente por ano (número de interrupções) ..................................... Duração das interrupções por cliente por ano (em horas)............................................................ Tempo médio de resposta (em minutos) .............. 9.0% 22.9% 31.9% 10.6% 21.9% 32.5% 10.1% 22.5% 32.6% 33.9 40.4 39.8 34.0 36.6 35.5 111.9 111.1 88.8 Perdas de Eletricidade Passamos por dois tipos de perda de eletricidade: perdas técnicas e perdas comerciais. As perdas técnicas são as que ocorrem no transcorrer usual de nossa distribuição de eletricidade. As perdas comerciais são aquelas que resultam de ligações ilegais, fraude ou erros de faturamento. As perdas totais de eletricidade para as Empresas de Distribuição do Norte e Nordeste foram de 31,9% em 2008, comparadas com 32,5% em 2007 e 32,6% em 2006. 39 (Tradução livre do original em inglês) Reduzir o nível de perdas comerciais principalmente nas empresas de distribuição apresenta-nos um desafio constante. As perdas comerciais nestas empresas foram de aproximadamente 23,5% nos períodos recentes. Estamos tentando cuidar destes problemas com o desenvolvimento de mecanismos que tornem o furto de eletricidade mais difícil e negociando as dívidas atuais dos clientes destas empresas. A tabela a seguir apresenta informações relativas às perdas totais em nosso segmento de distribuição registradas por cada uma das Empresas de Distribuição no Norte e Nordeste: Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 (%) Empresa: Ceal ..................................... Ceam ................................... Cepisa ................................. Ceron................................... Eletroacre ............................ Amazonas Energia ………. Boa Vista Energia ……….. 30,00 36,14 43,54 26,19 38,70 16,52 30,76 41,60 38,46 34,68 26,42 37,20 18,28 31,1 43,5 35,0 34,6 25,8 35,30 22,90 Interrupções de Energia Com relação ao sistema elétrico interligado, visamos atender aos pedidos de reparos no prazo de uma hora e meia a duas horas, dependendo da escala e da natureza do problema. Nosso tempo médio de resposta no ano encerrado em 2008 foi de 2,12 horas. A tabela abaixo apresenta nosso tempo médio de resposta, em horas, para pedidos de reparos no sistema interligado: Empresa: Ceal ............................................................................ Cepisa ........................................................................ Média ........................................................................ Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 1,88 2,35 2,12 Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2007 1,77 2,65 2,21 Com relação às operações de distribuição no sistema isolado (que não fazem parte do sistema elétrico interligado), pretendemos atender a pedidos de reparo no prazo de meia hora a duas horas, dependendo da escala e natureza do problema. Nosso tempo médio de resposta no sistema isolado em 2008 foi 1,74 horas. A tabela a seguir apresenta nosso tempo médio de resposta, em horas, para pedidos de reparos no sistema isolado: Empresa: Eletroacre ................................................................... Ceron.......................................................................... Ceam .......................................................................... Amazonas Energia ………………………………….. Boa Vista Energia …………………………………… TOTAL ..................................................................... Média ........................................................................ Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 1,24 1,10 3,94 0,68 6,96 1,74 Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2007 2,21 1,13 1,00 3,32 0,88 8,54 1,71 Clientes A tabela a seguir apresenta nossa distribuição total de eletricidade, por tipo de usuário, nos períodos indicados: 40 (Tradução livre do original em inglês) 2008 (milhões de (MWh) R$) Distribuição para: Prestadoras de serviços estaduais........... Indústrias........................ Residências .................... Comércio........................ Outros ............................ Total .............................. Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2007 2006 (milhões de (milhões de R$) R$) (MWh) (MWh) 241.430 1.197.321 344 1.257,567 485 987.027 597.006 1.067.722 658.763 290.866 2.855.787 2.615.189 3.680.389 2.203.290 1.212.918 10.909.107 796 1.382 839 387 3.748 2.480.276 3.507.657 2.092.267 1.339.216 10.676.983 746 1.266 808 150 3.455 2.397.704 3.303.990 1.970.130 1.378.528 10.037.379 Tarifas Classificamos nossos consumidores em dois grupos distintos: consumidores do Grupo A e consumidores do Grupo B, com base no nível de voltagem na qual a eletricidade é fornecida a esses consumidores. Cada consumidor é classificado em um determinado nível tarifário definido por lei e baseado em sua respectiva classificação, embora estejam disponíveis alguns descontos baseados no volume. Os consumidores do Grupo B pagam tarifas mais elevadas, compensando os custos globais em todos os sub-sistemas nos quais a eletricidade flui para atendê-los. Existem tarifas diferenciadas no Grupo B por tipos de consumidor (como residencial, comercial, rural e industrial). Os consumidores do Grupo A pagam tarifas menores, diminuindo de A4 para A1, porque recebem eletricidade em voltagens maiores, o que requer menor uso do sistema de distribuição de energia. As tarifas por nós cobradas para vendas de eletricidade para consumidores finais são determinadas em conformidade com nossos contratos de concessão e regulamentos estabelecidos pela ANEEL. Estes acordos de concessão e os regulamentos afins estabelecem um teto nas tarifas que proporciona ajustes anuais, periódicos e extraordinários. Para uma discussão do regime regulatório aplicável a nossas tarifas e seus ajustes, vide “ – A Indústria Brasileira de Energia.” Os consumidores do Grupo A recebem eletricidade a 2,3 kV ou mais. As tarifas para os consumidores do Grupo A são baseadas no nível de voltagem no qual a eletricidade é fornecida, e a época do ano e a hora do dia em que a eletricidade é fornecida, embora os consumidores possam optar por uma tarifa diferenciada nos períodos de pico. As tarifas para os consumidores do Grupo A são compostas de dois componentes: uma “cobrança de capacidade” e uma “cobrança de energia”. A cobrança de capacidade, expressa em Reais por kW, é baseada no que for maior entre (1) a capacidade contratada da firma e (2) a capacidade de energia efetivamente utilizada. As tarifas cobradas dos consumidores do Grupo A são menores do que as cobradas dos consumidores do Grupo B, porque os consumidores do Grupo A consomem eletricidade em faixas de voltagem mais elevadas e, por conseguinte, evitam os custos associados à redução da voltagem da eletricidade exigida para consumo por nossos consumidores do Grupo B . Os consumidores do Grupo B recebem eletricidade a menos de 2,3 kV (220V e 127V). As tarifas para os consumidores do Grupo B consistem exclusivamente de uma cobrança de consumo de energia e são baseadas na classificação do consumidor. Procedimentos de Cobrança O procedimento que utilizamos para cobrança e pagamento pela eletricidade fornecida a nossos consumidores é determinado pela categoria do consumidor. As leituras dos relógios e o faturamento ocorrem mensalmente para os consumidores de baixa voltagem, à exceção dos consumidores rurais cujos relógios são lidos a intervalos que variam de um a três meses, conforme autorizado pelos regulamentos relevantes. As contas são preparadas a partir das leituras dos relógios ou com base no uso estimado. Os consumidores de baixa voltagem são cobrados dentro dos cinco dias úteis após a data da fatura. No caso de não pagamento, é enviada uma notificação sobre o não pagamento acompanhada da fatura do mês seguinte ao consumidor e é dado um prazo de 15 dias para liquidação da quantia a nós devida. Caso o pagamento não seja recebido no prazo de três dias úteis após o período de 15 dias, o fornecimento de eletricidade ao consumidor é suspenso. Os consumidores de alta voltagem são cobrados mensalmente devendo o pagamento ser feito no prazo de 5 dias úteis após a data da fatura. Na hipótese de não-pagamento, é enviado um aviso ao consumidor dois dias úteis após a data 41 (Tradução livre do original em inglês) de vencimento, dando um prazo de 15 dias para efetuar o pagamento. Caso o pagamento não seja efetuado no prazo de três dias úteis após a notificação, o consumidor estará sujeito à interrupção do serviço. Em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, os consumidores inadimplentes representavam uma média de 20,6% e 21,4% e 17,1% das receitas anuais, respectivamente. Estes índices de inadimplência permaneceram geralmente estáveis nos últimos anos e não esperamos observar mudanças materiais nestes em um futuro previsível. Compra de Eletricidade para Distribuição Compramos 12.789 GWh de eletricidade para distribuição em 2008, comparado com 14.681 GWh em 2007 e 12.644 GWh em 2006. Nossas empresas de distribuição compram eletricidade no processo de leilão público de um grupo de empresas de geração que apresentam propostas estipulando o preço máximo no qual fornecerão eletricidade. Após todas as propostas serem recebidas, o preço médio de todas as propostas é calculado e este é o preço que pagamos pela eletricidade. A compra é efetuada de todas as empresas de geração que apresentam propostas. Atividades de Empréstimo e Financiamento Empréstimos por Nós Feitos Atualmente, a lei brasileira permite que façamos empréstimos somente a nossas subsidiárias. Historicamente, a lei brasileira permitiu que atuássemos como emprestadores para nossas subsidiárias e para prestadoras de serviço de energia elétrica sob controle. Antes da privatização da indústria brasileira de eletricidade que teve início em 1996, esta foi uma parte particularmente disseminada de nossas operações, porquanto a maioria das empresas na indústria eram estatais, permitindo que nos envolvêssemos em atividades de empréstimo para estas empresas. Entretanto, como o resultado da privatização, o número de empresas às quais podemos emprestar diminuiu e o empréstimo não é mais um aspecto significativo de nossas atividades. Ainda temos alguns empréstimos pendentes com as empresas de distribuição que foram privatizadas. Tínhamos empréstimos pendentes de R$5.818 milhões em 31 de dezembro de 2008, comprado com R$5.985 milhões em 31 de dezembro de 2007 e R$5.858 milhões em 31 de dezembro de 2006. Tínhamos uma receita de juros de R$700 milhões sobre esses empréstimos em 2008, comparado com R$1.586 milhão e R$1.077 milhão em 2006. Nossos maiores devedores das atividades de empréstimo eram a Duke Energy Brasil e a AES Tiete S.A.com R$XX milhão e R$XX milhão, R$1.013 milhão e R$1.293 milhão, R$1.067 milhão e R$1.363 milhão em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 respectivamente. Fontes de Recursos Obtemos recursos para nossas atividades de empréstimo a partir de empréstimos de instituições financeiras e ofertas nos mercados de capitais estrangeiros. Em 31 de dezembro de 2008, a dívida de longo prazo de forma não consolidada era de R$3.966 milhões, comparada com R$1.576,9 milhões em 31 de dezembro de 2007 e R$2.007,5 milhões em 31 de dezembro de 2006, com a maior parte de nossa dívida em moeda estrangeira (81,0% para os três períodos) em Dólares americanos. Maiores detalhes de nossos empréstimos estão apresentados em “Discussão da Administração e Análise da Condição Financeira e Resultados das Operações – Endividamento”. A despesa média com juros com relação às nossas atividades financeiras em 2008 foi 6,40%, comparada com 7,03% em 2007 e 6,83% em 2006. Além disso, utilizamos empréstimos do Fundo RGR, por nós administrado, para empréstimo a nossas subsidiárias e a outras empresas de eletricidade. Vide “Item 5, Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas – Certos Fatores que Afetam nosso Desempenho Financeiro – Nosso papel na administração dos programas do Governo Brasileiro.” Em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007, contraímos juros a 5%, com relação a empréstimos do Fundo RGR e cobramos uma taxa administrativa média de 1,0% a 2,0% sobre os fundos que emprestamos a subsidiárias e outras entidades. Participação no Capital Atuamos como participante minoritário nas empresas e joint ventures de geração e transmissão do setor privado. Estamos também autorizados a emitir garantias para as companhias nas quais participamos como investidor no capital. Estamos considerando atualmente investimentos em algumas dessas empresas, com enfoque principal naquelas alinhadas com 42 (Tradução livre do original em inglês) nossa estratégia de formação de nossas atividades centrais de geração e transmissão (vide “Item 7.B, Transações da parte Relacionada”). As atuais participações que temos são nas empresas de geração e transmissão no setor privado e em joint ventures. A participação é determinada principalmente nos critérios de mérito e lucratividade. A tabela abaixo ilustra nossa participação nestas empresas: Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Objeto do Investimento Participação da Eletrobrás Valor Investido (em milões de R$) Spe Interligação Elétrica do Madeira Linha de Transmissão de S.A. 600 kV com 2,375 km: Porto Velho Chesf (24.5%) Furnas (24.5%) 3,324 Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. L.T. Coletora Porto Velho ±600 kV com 2,365 km Eletronorte (24,5%), Eletrosul (24,5%) 1.700 Estação Transmissora de Energia S.A. 500/±600 kV Estação Conversora e Estação Inversora 01 Eletronorte (24,5%), Eletrosul (24,5%) 1.400 Manaus Transmissora de Energia S.A. Linha de Transmissão de Chesf (19,5%), Eletronorte 500Kv com 365 km: (30%) Oriximiná/Itacoatiara; Linha de Transmissão 500Kv com 212 km: Itacoatiara/Cariri Transmissão Nordeste S.A. Linha de Transmissão de 500 kV, com 541 km: Teresina-Sobral-Fortaleza Intesa - Integração de Energia S/A Linha de Transmissão de Chesf (12%), Eletronorte 500 kV com 688 km: (37%) Colinas-Miracema-GurupíPeixe Nova-Serra da Mesa 2 Porto Velho Transmissora de Energia S.A. 500/230 kV SE Coletora Porto Velho 2 Estações conversoras Eletronorte (24,5%), Eletrosul (24,5%) 500 Sc Energia - Empresa de Transmissão de Energia de Santa Catarina S.A. 525 kV Linha de Transmissão de 375 km: Campos Novos-Blumenau Eletrosul (49%) 410 Ártemis - Transmissora de Energia S.A. Linha de Transmissão de 525 kV com 376 km : S. Santiago-Ivaporã-Cascavel Eletrosul (46.5%) 310 Spe Transenergia Renovável [•] kV Transmission Line of [•] Km Furnas (49%) Chesf (49%) 1.114 516 500,0 299 43 (Tradução livre do original em inglês) Brasnorte Transmissora de Energia S.A. Linha de Transmissão de 230kVcom 129km de extensão: Jauru-Juba-C2; LT Maggi-Nova Mutum Eletronorte (45%) 238 Rs Energia - Empresa de Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul S.A. Linha de Transmissão de 525 kV com 273 km: Campos Novos-Pólo Eletrosul (49%) 184 Spe Companhia Transleste de Transmissão S.A. Linha de Transmissão de 345 kV com 150 km: Montes Claros-Irapé Furnas (24%) 126 Amazônia Eletronorte Transmissora de Energia S.A. - Aete Linha de Transmissão de 230 kV com 193 km: Coxipó-CuiabáRondonópolis SE Seccionadora Cuiabá Eletronorte (49%) 116 Etau - Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Linha de Transmissão de 230 kV com 174 km: Campos Novos-Barra Grande-Lagoa VermelhaSanta Marta Eletrosul (27.4%) 116 Uirapuru Transmissora de Energia S.A. Linha de Transmissão de 525 kV com 122 km: Ivaiporã-Londrina Eletrosul (49%) 107 Spe Companhia Transudeste de Transmissão S.A. Linha de Transmissão de 345 kV com 140 km: Itutinga-juiz de Fora Furnas (25%) 85 Spe Companhia Transirapé de Transmissão S.A. Linha de Transmissão de 345 kV com 65 Km: IrapéAraçuaí Furnas (24,5%) 71 Spe Companhia Centroeste de Minas Linha de Transmissão de Furnas (49%) S.A. 345 kV com 66 Km: FurnasPimenta II 54 Geração Spe Madeira S.A. UHE Santo Antônio Furnas (39%) 12.198 Energia Sustentável do Brasil HPU Jirau com 3300MW Chesf (20%), Eletrosul (20%) 10.000 Spe Foz do Chapecó S.A. UHP Foz do Chapecó with 855 MW Furnas (20%) Spe Enerpeixe S.A. UHE Peixe Angical com 452 MW Furnas (40%) 1.882 Consórcio Energético Cruzeiro do UHE Mauá com 361 MW Eletrosul (49%) 1000 2.578 44 (Tradução livre do original em inglês) Sul S.A. Spe Serra de Facão Participação S.A. UHE Serra do Facão with 210 MW Furnas (40%) 859 Energetica Águas da Pedra (Aripuanã; Água Das Pedras) HPU Dardanelos com 261 MW Chesf (24.5%), Eletronorte (24.5%) 761 Baguari I Geração de Energia Elétrica S.A. UHE Baguari com 140 MW Furnas (15%) 517 Spe. Retiro Baixo Energética S.A. UHE Retiro Baixo 49% Furnas (49%) 322 AMAPARI Energia S.A. UTE Serra do Navio; PCH Capivara Eletronorte (49%) 65 Programas do Governo Brasileiro Além do programa Proinfa, criado pelo Governo Brasileiro em 2002, para criar certos incentivos para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia (discutido mais detalhadamente em “A Indústria Brasileira de Energia – Proinfa”), também participamos de mais quatro programas do Governo Brasileiro: • o Programa Reluz, um programa introduzido para levar iluminação básica a certas áreas públicas de determinados municípios no Brasil; • O Programa Procel, um programa que visa promover a conservação e eficiência da energia; • Luz Para Todos, um programa que visa levar eletricidade a mais 12 milhões de pessoas no Brasil; e • Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial, um programa para coordenar as atividades de pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico brasileiro e promover o desenvolvimento e a fabricação dos equipamentos necessários para assegurar o desenvolvimento do setor. Quaisquer recursos por nós utilizados com relação a estes programas provêm do próprio Governo Brasileiro, na forma de recursos alocados para o setor e, dessa forma, não usamos nossos próprios recursos para estes programas. Também participamos de outras iniciativas utilizando nossos próprios recursos, um dos quais é o Projeto Ribeirinhas. Através desta iniciativa, visamos avaliar a aplicabilidade e sustentabilidade das tecnologias baseadas em recursos de energia renováveis em certas comunidades pequenas que vivem na região amazônica. Pesquisa e Desenvolvimento Vide "Item 5.C, Pesquisa, desenvolvimento, patentes e licenças etc”. Atividades Internacionais Atualmente, não operamos internacionalmente. Entretanto, conforme discutido mais detalhadamente em “ – Nossas Estratégias”, uma de nossas principais estratégias é expandir nossas operações para os mercados internacionais. Nosso objetivo é gerar nova energia para agregar ao sistema interligado nacional e para integrar certos sistemas elétricos nas Américas. Como parte de nosso plano de internacionalização, nós estabelecemos um escritório representativo em Lima, no Peru, com o objetivo de cumprir as leis do Peru, que concede concessões somente para quem mantem um escritório representativo local. Esse escritório irá prover uma conexão permanente entre nós e nossos parceiros no Peru. 45 (Tradução livre do original em inglês) Participação nos Lucros e Planos de Pensão Nosso contrato coletivo estabelece um plano de participação nos lucros baseado no alcance de metas. Essas metas são estabelecidas anualmente, em maio de cada ano após negociação com os sindicatos trabalhistas e a aprovação do Governo Brasileiro. Em 2008, 2007, e 2006, pagamos R$177 milhões, R$160 milhões, e R$138 milhões, respectivamente, aos nossos empregados por meio de participação nos lucros (a nível somente de holding, nós pagamos R$23 milhões em 2008, R$18,0 milhões em 2007, e R$17,0 milhões em 2006, respectivamente, aos nossos empregados por meio de participação nos lucros. A Eletrobrás estabeleceu um fundo de pensão, a Fundação Eletrobrás de Seguridade Social – ELETROS, uma entidade jurídica privada, sem fins lucrativos, com a intenção de prover benefícios de pensão aos empregados para suplementar os benefícios de aposentadoria do Governo Brasileiro. Atualmente, o ONS e a Cepel também participam da Eletros. Cada uma das outras empresas do sistema Eletrobrás têm seu próprio fundo de pensão. Em 2008, fizemos contribuições para a Eletros no valor de R$19,9 milhões, comparada com R$12 milhões em 2007 e R$11,9 milhões em 2006. Meio Ambiente Geral As questões ambientais podem ter um impacto significativo em nossas operações. Por exemplo, grandes usinas hidrelétricas podem ocasionar a inundação de grandes áreas de terra e a realocação de quantidades grandes de pessoas. A constituição Brasileira confere, tanto ao Governo Brasileiro como aos governos estaduais e locais, poder para promulgar leis para proteger o meio ambiente e para emitir regulamentos por essas leis. Apesar de o Governo Brasileiro ter o poder de promulgar regulamentos ambientais gerais, os governos estaduais e locais têm o poder de promulgar regulamentos ambientais mais severos. Dessa forma, a maioria dos regulamentos ambientais no Brasil são estaduais e locais, em lugar de federais. Qualquer falha em cumprir com as leis e regulamentos ambientais pode resultar em responsabilidade criminal, independentemente da responsabilidade estrita de realizar remediação ambiental e indenizar terceiras partes pelos danos ambientais. Estas falhas podem também nos sujeitar a penalidades administrativas como multas, suspensão de subsídios de agências públicas ou injunções que exijam que suspendamos, temporária ou permanentemente, as atividades proibidas. Para construir uma usina hidrelétrica, as empresas elétricas brasileiras devem atender a algumas salvaguardas ambientais. Para projetos para os quais o impacto ambiental for considerado significativo, como projetos de geração com produção superior a 10 MW, bem como linhas de transmissão superiores a 230 kV, juntamente com certos projetos ambientalmente sensíveis, primeiramente, deve ser preparado um estudo básico de impacto ambiental por peritos externos que façam recomendações sobre como minimizar o impacto da usina sobre o meio ambiente. O estudo, juntamente com um relatório ambiental especial sobre o projeto, preparado pela empresa, é então submetido às autoridades governamentais federais, estaduais ou locais, dependendo do impacto projetado, para análise e aprovação. Uma vez aprovado, o projeto passa por um processo de licenciamento de três estágios, que compreende uma licença para atestar a viabilidade do projeto, uma licença para início da obra, e uma licença para operar o projeto. Além disso, a empresa tem por lei que devotar 0,5% do custo total de qualquer investimento em novos projetos com um impacto ambiental significativo á preservação ambiental. Desde o início da década de 80, o setor elétrico brasileiro procurou melhorar seu tratamento dos aspectos sociais e ambientais do planejamento, implementação e operação do projeto de energia. De forma geral, nossas subsidiárias de geração atendem aos regulamentos ambientais aplicáveis no Brasil, e às políticas e diretrizes ambientais do setor elétrico. Nossas instalações de geração e transmissão se beneficiaram de certas isenções para exigências de licenciamento porque suas operações tiveram início antes da legislação ambiental aplicável. Em função disso algumas autoridades ambientais emitiram notificações de infração alegando a ausência de licenças ambientais. Vide “– Litígio – Procedimentos Ambientais”. Nossa subsidiária, Eletronuclear, opera atualmente duas usinas nucleares no Estado do Rio de Janeiro, Angra I e Angra II. Pelo fato da Eletronuclear ter iniciado suas atividades antes da promulgação de uma legislação ambiental, Angra I foi autorizada pela CNEN de acordo com os regulamentos nucleares e ambientais em vigor naquela época. Foi criado um grupo de estudo formado pela Procuradoria Geral da União, CNEN, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (ou IBAMA), a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (ou FEEMA), a Eletronuclear e a Eletrobrás para preparar um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC de acordo com o qual deveriam ser estabelecidas as diretrizes para o procedimento de atualização de licenciamento ambiental. Angra II obteve todas as licenças ambientais necessárias para sua operação, mas sua renovação foi contestada pela Procuradoria Geral da União e ficou condicionada ao cumprimento de um TAC e de acordo com o qual a Eletronuclear deveria implementar um 46 (Tradução livre do original em inglês) programa para melhorar os planos emergenciais, programas para monitoramento ambiental e sistemas para tratamento de efluentes. Até que essas exigências sejam cumpridas, o IBAMA, ANEEL e CNEN devem se abster de emitir quaisquer licenças definitivas ou autorizações para a operação de Angra II. Uma avaliação compreendendo os atendimentos ao TAC foi emitida pelo IBAMA para o Procurador Geral em junho de 2006. A Eletronuclear é estritamente responsável pelos acidentes nucleares como operadora de usinas nucleares no Brasil. Vide “Item 3.D, Fatores de Risco – Riscos Referentes à Nossa Companhia – Poderemos ser responsabilizados caso ocorra um acidente nuclear envolvendo nossa subsidiária, Eletronuclear.” Conservação da Energia Nos últimos 20 anos, o Governo Brasileiro implementou algumas ações direcionadas à conservação de energia no setor elétrico. Essas ações são normalmente financiadas pelo Governo e administradas por nós. O projeto mais importante nesta área é o Procel. O Programa de Conservação de Energia Elétrica – Procel foi criado em 1985 para melhorar a eficiência da energia e a racionalização do uso de recursos naturais em todo o Brasil. O programa é coordenado pelo MME, e somos responsáveis por sua execução. O principal objetivo do Procel é incentivar a cooperação entre os diversos setores da sociedade brasileira para melhorar a conservação da energia, tanto nos lados da produção como do consumidor. Fontes Alternativas de Eletricidade Em 2002, o Governo Brasileiro criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa, com o objetivo de diversificar a matriz energética brasileira mediante a busca de soluções regionais com o uso de fontes alternativas de energia. A Indústria Brasileira de Energia Geral De acordo com a ANEEL, a capacidade total de geração de energia instalada no Brasil, em 31 de dezembro de 2008 foi de 102,578 MW. O Ministério das Minas e Energia (MME) aprovou um plano de expansão de 10 anos, a última versão feita sobre o período 2008-2017, pelo qual a capacidade total de geração de energia instalada do Brasil está projetada para aumentar para 154,8 GW em 2017, dos quais 117,5 GW (75,9%) estão projetados para ser hidrelétrica e 37,3 GW (24,1%) para ser termoelétrica e de outras fontes. Atualmente, detemos aproximadamente 38,4% da capacidade de geração de energia instalada no Brasil, e somos responsáveis por aproximadamente 59,2% da capacidade de transmissão instalada acima de 230 kV. Além disso, alguns estados brasileiros controlam entidades envolvidas na geração, transmissão e distribuição de eletricidade. Em 2008 as demais companhias do setor tinham aproximadamente 62,0% e 2,78% do mercado para as atividades de geração e distribuição, em termos de capacidade total e demanda, respectivamente, e aproximadamente 40,8% do mercado de transmissão, em termos de extensão das linhas de transmissão. O restante do mercado é mantido por diversas empresas, inclusive a Cemig, Copel, Tractbell, CPFL, Duke e Brasil Energia. Algumas destas empresas celebraram acordos de joint ventures no passado. Em termos de receita líquida, acreditamos que somos a maior empresa de geração e transmissão no Brasil. Compete-nos principalmente a geração e transmissão de atividades por meio de um processo de leilão que descrevemos com mais detalhes no “Item 4.B, Visão Geral das Atividades – A Indústria Brasileira de Energia.” Em 2008, de acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o consumo total de eletricidade no Brasil chegou a 392.764 GWh, excedendo o consumo total de 2007 em 3,67% e representando um decréscimo menor do que o índice de crescimento do PIB no Brasil de 5,1% para o mesmo período. O consumo de eletricidade no Brasil em 2007 foi de 378.362 GWh de acordo com a EPE, que representou um aumento de 5,8% comparado ao consumo total de 357.529 GWh em 2006. 47 (Tradução livre do original em inglês) Antecedentes Históricos A Constituição Brasileira estipula que o desenvolvimento, uso e venda de energia podem ser realizados diretamente pelo Governo Brasileiro ou indiretamente através de concessões, permissões ou autorizações. Historicamente, a indústria brasileira de energia tem sido dominada pelas concessionárias de geração, transmissão e distribuição controladas pelo Governo Brasileiro. Em anos recentes, o Governo Brasileiro tomou algumas medidas para remodelar a indústria de energia. De forma geral, estas medidas visaram aumentar o papel do investimento privado e eliminar as restrições ao investimento estrangeiro, aumentando desta forma a competição na indústria de energia. Particularmente, o Governo Brasileiro tomou as seguintes iniciativas: • Constituição Brasileira foi alterada em 1995 para autorizar investimento estrangeiro na geração de energia. Antes desta alteração, todas as concessões para geração eram mantidas tanto por um indivíduo brasileiro ou uma entidade controlada por indivíduos brasileiros ou pelo Governo Brasileiro; • O Governo Brasileiro promulgou a Lei No 8.987, em 13 de fevereiro de 1995 (ou a Lei das Concessões) e a Lei No 9.074, em 7 de julho de 1995 (ou a Lei das Concessões de Energia) as quais, juntas, (1) exigiam que todas as concessões para o fornecimento de serviços relacionados a energia fossem concedidos por meio de processos de concorrência pública, (2) permitiam gradativamente que certos consumidores de eletricidade com demanda significativa, designados “consumidores livres” comprassem eletricidade diretamente de fornecedores que tivessem uma concessão, permissão ou autorização, (3) estipulavam a criação de entidades de geração (ou Produtores Independentes de Energia) os quais, por meio de uma concessão, permissão ou autorização, podem gerar e vender, por sua própria conta e risco, toda ou parte de sua eletricidade para consumidores livres, concessionárias de distribuição e agentes comerciais, entre outros, (4) concediam aos consumidores livres e aos fornecedores de eletricidade acesso aberto a todos os sistemas de distribuição e transmissão, e (5) eliminavam a necessidade de uma concessão para construir e operar projetos de energia com capacidade de 1 MW até 30 MW, ou Pequenas Usinas de Energia Hidrelétrica; • A partir de 1995, uma parte dos interesses de controle mantidos por nós e por diversos estados em certas empresas de geração e distribuição, foram vendidos para investidores privados. Ao mesmo tempo, certos governos estaduais também venderam suas partes nas principais empresas de distribuição; • Em 1998, o Governo Brasileiro promulgou a Lei No 9.648 (ou Lei da Indústria de Energia) para rever a estrutura básica da indústria de eletricidade. A Lei da Indústria de Energia estipulava o seguinte: • - o estabelecimento de um órgão auto-regulamentado responsável pela operação do mercado de eletricidade em curto prazo (ou o Mercado de Energia Por Atacado) que substituiu o sistema anterior de preços regulados da geração e dos contratos de fornecimento; - uma exigência de que as empresas de distribuição e geração celebrem contratos iniciais para o fornecimento de energia, geralmente “take-or-pay” compromissos, a preços e volumes aprovados pela ANEEL. A finalidade principal dos Contratos de Fornecimento Inicial era assegurar às empresas de distribuição o acesso a um fornecimento estável de eletricidade que garantisse uma taxa de retorno fixa para as empresas de geração de eletricidade, durante o período de transição levando ao estabelecimento de um mercado de eletricidade livre e competitivo; - a criação do Operador Nacional do Sistema Elétrico, ou uma entidade privada, sem fins lucrativos, responsável pela administração operacional das atividades de geração e transmissão do sistema elétrico interconectado; e - o estabelecimento de processos de concorrência pública para concessões para a construção e operação das usinas de energia e as instalações de transmissão. Em 2001, o Brasil enfrentou uma crise energética séria que durou até o final de fevereiro de 2002. Como resultado, o Governo Brasileiro implementou medidas que incluíam: - um programa para o racionamento do consumo de eletricidade nas regiões mais adversamente afetadas, nomeadamente as regiões do sudeste, centro oeste e nordeste do Brasil; e 48 (Tradução livre do original em inglês) - a criação do CGE, que aprovou uma série de medidas emergenciais que estipulavam metas reduzidas de consumo de energia para consumidores residenciais, comerciais e industriais nas regiões afetadas, pela introdução de regimes tarifários especiais que incentivavam a redução do consumo de energia. • Em março de 2002, o CGE suspendeu as medidas emergenciais e o racionamento de energia como resultado de grandes aumentos no fornecimento (devido à elevação significativa dos níveis dos reservatórios) e de uma redução moderada da demanda, dessa forma, o Governo Brasileiro promulgou novas medidas em abril de 2002 as quais, entre outras coisas, estipulavam um reajuste tarifário extraordinário para compensar as perdas financeiras incorridas pelos fornecedores de eletricidade como resultado do racionamento obrigatório de eletricidade; e • Em 15 de março de 2004, através da Lei No 10.848, o Governo Brasileiro promulgou a Nova Lei da Eletricidade, em um esforço para uma maior reestrutura da indústria da energia com a meta final de proporcionar aos consumidores fornecimentos seguros de eletricidade combinado com tarifas baixas, cuja lei foi regulamentada por alguns decretos promulgados pelo Governo Brasileiro em julho e agosto de 2004, e ainda está sujeita a mais regulamentação a ser emitida no futuro. Vide “- A Nova Lei de Eletricidade”. Concessões As empresas ou consórcios que desejarem construir ou operar instalações para a geração, transmissão ou distribuição de eletricidade no Brasil devem pagar ao MME ou à ANEEL, como representante do Governo Brasileiro, por uma concessão, permissão ou autorização, conforme for o caso. As concessões concedem direitos para gerar, transmitir ou distribuir eletricidade na área de concessão relevante por um período específico. Este período é geralmente de 35 anos para novas concessões de geração, e 30 anos para novas concessões de transmissão ou distribuição. Uma concessão existente pode ser renovada a critério da autoridade concedente. A Lei de Concessões estabelece, dentre outras coisas, as condições que a concessionária deve cumprir quando fornecer serviços de eletricidade, os direitos do consumidor, e as obrigações da concessionária e da autoridade concedente. Além disso, a concessionária deve cumprir com os regulamentos que regem o setor elétrico. As principais disposições da Lei das Concessões são as seguintes: • Serviço adequado. A concessionária deve prestar serviço adequado igualmente com respeito à regularidade, continuidade, eficiência, segurança e acessibilidade. • Uso da terra. A concessionária pode usar terra pública ou solicitar à autoridade concedente que exproprie a terra privada necessária para o benefício da concessionária. Nesse caso, a concessionária deve compensar os proprietários da terra afetados. • Responsabilidade estrita. A concessionária é estritamente responsável por todos os danos decorrentes do fornecimento de seus serviços. • Mudanças no interesse controlador. O poder concedente deve aprovar qualquer mudança direta ou indireta no interesse controlador da concessionária. • Intervenção pelo poder concedente. O poder concedente pode intervir na concessão, por meio de um decreto presidencial, para assegurar a adequação na prestação dos serviços, assim como o fiel cumprimento das normas contratuais regulamentares e legais pertinentes. No prazo de 30 dias após a data do decreto, o representante do poder concedente deve iniciar um processo administrativo no qual a concessionária pode contestar a intervenção. Durante a vigência do processo administrativo, uma pessoa nomeada em conformidade com o decreto do poder concedente fica responsável pela outorga da concessão. Se o processo administrativo não for concluído no prazo de 180 dias aos a data do decreto, a intervenção cessa e a concessão é devolvida à concessionária. A concessão é também devolvida à concessionária se o representante do poder concedente decidir não cessar a concessão e o prazo da concessão não ter ainda expirado. • Extinção da concessão. A extinção do acordo de concessão pode ser acelerada por meio de encampação e/ou caducidade. Encampação é o término prematuro de uma concessão pelos motivos relacionados ao interesse público que devem ser expressamente declarados por lei. A caducidade deve ser declarada pelo poder concedente após a ANEEL ou o MME ter feito uma regulamentação administrativa final de que a 49 (Tradução livre do original em inglês) concessionária, entre outras coisas, (1) deixou de prestar serviço adequado ou de cumprir com a lei ou regulamento aplicável, (2) perder as condições técnicas, financeiras ou econômicas para manter a adequada prestação do serviço, ou (3) não ter cumprido as multas cobradas pelo poder concedente. A concessionária pode contestar qualquer encampação ou caducidade nos tribunais. A concessionária tem direito a indenização por seus investimentos nos ativos expropriados que não tiverem sido plenamente amortizados ou depreciados, após a dedução de quaisquer quantias relativas a penalidades e danos devidos pela concessionária. • Expiração. Quando a concessão expirar, todos os ativos, direitos e privilégios materialmente relacionados à prestação dos serviços de eletricidade, revertem para o Governo Brasileiro. Após a expiração, a concessionária tem direito a indenização por seus investimentos em ativos que não tiverem sido plenamente amortizados ou depreciados por ocasião da expiração. Penalidades A Lei No 9.427, de 26 de dezembro de 1996, promulgada pelo Governo Brasileiro e pelo regulamento da ANEEL, rege a imposição de sanções contra os agentes do setor elétrico e classifica as penalidades apropriadas baseada na natureza e importância da violação (incluindo advertências, multas, suspensão temporária do direito de participar de processos licitatórios para novas concessões, licenças ou autorizações e caducidade). Por cada violação, as multas podem ser de até 2% da receita (líquidas de imposto de valor agregado e imposto sobre serviços) da concessionária no período de 12 meses anterior a qualquer aviso de cobrança. As infrações podem resultar em multas relativas à falha do agente em solicitar a aprovação da ANEEL, incluindo o seguinte: • violação de contratos com terceiros; • venda ou cessão dos ativos relacionados aos serviços prestados, assim como a imposição de qualquer ônus (inclusive qualquer título, apólice, garantia, caução e hipoteca) sobre os mesmos ou quaisquer outros ativos relacionados à concessão ou às receitas dos serviços de eletricidade; e • mudanças no interesse de controle do titular da autorização ou concessão. No caso de contratos assinados entre as partes relacionadas que forem submetidos à aprovação da ANEEL, esta pode impor restrições sobre os termos e condições destes contratos e, em circunstâncias extremas, determinar que o contrato seja rescindido. Autoridades Principais Ministério das Minas e Energia O MME é o principal regulador do Governo Brasileiro da indústria de energia atuando como um poder concedente em nome do Governo Brasileiro, e com poderes para formular políticas, reguladoras e de supervisão. O governo Brasileiro, atuando principalmente através do MME, realizará certas atribuições que eram anteriormente da responsabilidade da ANEEL, incluindo a preparação de diretrizes que regem a emissão de concessões e a emissão de diretrizes que regem o processo licitatório para concessões referentes aos serviços públicos e aos bens públicos. ANEEL A indústria brasileira de energia é regulada pela ANEEL, uma agência reguladora federal independente. A principal responsabilidade da ANEEL é regulamentar e supervisionar a indústria de energia em consonância com a política ditada pelo MME e responder a questões que lhe são delegadas pelo Governo Brasileiro e pelo MME. As atuais responsabilidades da ANEEL incluem, entre outras, (1) administração das concessões para as atividades de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, incluindo a aprovação das tarifas elétricas, (2) promulgação de regulamentos para a indústria elétrica, (3) implementação e regulamentação da exploração das fontes de energia, incluindo a energia hidrelétrica, (4) promoção do processo licitatório público para novas concessões, (5) acerto de disputas administrativas entre as entidades de geração de eletricidade e os compradores de eletricidade e (6) definição dos critérios e metodologia para a determinação das tarifas de transmissão. 50 (Tradução livre do original em inglês) Conselho Nacional de Política Energética Em 6 de agosto de 1997, em conformidade com o Artigo 2 da Lei No 9.478, foi criado o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, para orientar o Presidente do Brasil com relação ao desenvolvimento e criação da política nacional de energia. O CNPE é presidido pelo Ministro das Minas e Energia, e a maioria de seus membros é constituída de ministros do Governo Brasileiro. O CNPE foi criado para otimizar o uso dos recursos energéticos brasileiros e para assegurar o fornecimento de eletricidade para o país. Operador Nacional do Sistema Elétrico O ONS foi criado em 1998. É uma entidade privada sem fins lucrativos composto pelos consumidores livres e empresas de energia envolvidas na geração, transmissão e distribuição de eletricidade, além de outros participantes privados como importadores e exportadores. A Nova Lei de Eletricidade conferiu ao Governo Brasileiro o poder de nomear três diretores executivos para o conselho de diretores executivos do ONS. O principal papel do ONS é coordenar e controlar as operações de geração e transmissão no sistema elétrico interconectado, sujeito à regulamentação e supervisão da ANEEL. Os principais objetivos e responsabilidades do ONS incluem: planejamento operacional para a indústria de geração, organização do uso do sistema elétrico interconectado nacional e interconexões internacionais, assegurando que todas as partes na indústria tenham acesso à rede de transmissão de forma não-discriminatória, auxiliando na expansão do sistema de energia, propondo usinas ao MME para ampliações da Rede Básica (propostas essas que devem ser levadas em conta no planejamento da expansão do sistema de transmissão) e apresentação de regras para a operação do sistema de transmissão para aprovação pela ANEEL. Os geradores devem declarar sua disponibilidade ao ONS, que procura então estabelecer um programa ótimo para entrega da eletricidade. Câmara de Comércio de Eletricidade Em 12 de agosto de 2004, o Governo Brasileiro promulgou um decreto estabelecendo os regulamentos aplicáveis à nova Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Em 10 de novembro de 2004, a CCEE substituiu o Mercado Atacadista de Energia Elétrica, mercado no qual todas as grandes empresas de geração de eletricidade, negociantes de energia e importadores e exportadores de eletricidade tinham participado e no qual era determinado o preço instantâneo da eletricidade. A CCEE assumiu todos os ativos e operações do Mercado Atacadista de Energia (que tinha sido anteriormente regulamentado pela ANEEL). Um dos papéis principais da CCEE é realizar leilões públicos no Mercado Regulado, vide “ – O mercado Regulado”. Além disso, a CCEE é responsável, entre outras coisas, pelo (1) registro de todos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR, e os contratos resultantes dos ajustes de mercado e o volume de eletricidade contratado no Mercado Livre, vide “ – O mercado Livre”, e (2) contabilização e compensação de transações de curto prazo. Os membros da CCEE incluem empresas de geração, distribuição e comercialização, assim como consumidores livres. Sua diretoria é composta de quatro diretores nomeados por seus membros e um diretor, que atua como presidente da diretoria, nomeado pelo MME. De acordo com o Decreto No. 5.163 de 2004, o cálculo do preço da energia vendida no mercado spot é responsabilidade da CCEE. Empresa de Pesquisa Energética Em 16 de agosto de 2004, o Governo Brasileiro promulgou um decreto criando a Empresa de Pesquisa Energética - EPE, uma estatal responsável pela realização de pesquisa estratégica na indústria energética, inclusive com relação à energia elétrica, petróleo, gás, carvão e fontes de energia renovável. A pesquisa realizada pela EPE é subsidiada pelo MME como parte de seu papel de formulador de políticas na indústria energética. Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico A Nova Lei de Eletricidade autorizou a criação, pelo Decreto Federal No 5.175, de 9 de agosto de 2004, do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, que atua sob a direção do MME. O CMSE é responsável pelo monitoramento das condições de fornecimento do sistema e por propor ação preventiva (inclusive ação relacionada à demanda e contratação para uma reserva do lado do fornecimento) para restaurar as condições de serviço, onde for aplicável. 51 (Tradução livre do original em inglês) Transmissão de Energia Elétrica no Brasil O transporte de grandes volumes de eletricidade por longas distâncias é realizado por meio de uma grade de linhas de transmissão e subestações com voltagens iguais ou superiores a 230 kV, conhecida como a Rede Básica. As linhas de transmissão no Brasil são geralmente muito longas, uma vez que a maioria das usinas hidrelétricas está geralmente afastada dos grandes centros de consumo de energia. Atualmente, o sistema do país está quase totalmente interconectado. Apenas os estados de Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e uma parte do Pará ainda não estão. Nesses estados, o fornecimento é feito por pequenas usinas térmicas localizadas perto de suas respectivas capitais. O sistema elétrico interconectado fornece a troca de energia entre as diferentes regiões quando qualquer região enfrentar problemas de geração de energia hidrelétrica devido a uma redução de seus níveis de reservatórios. Como as estações de chuva são diferentes no sul, sudeste, norte e nordeste do Brasil, as linhas de transmissão de alta voltagem (500 kV ou 750 kV) tornam possível que os locais com produção insuficiente de energia sejam abastecidos pelos centros geradores e um local mais favorável. Operamos aproximadamente 59,2% das redes de transmissão de alta voltagem no Brasil. Em 31 de dezembro de 2008. Qualquer agente do Mercado de energia elétrica que produz ou consome energia tem direito a usar a Rede Básica. Os consumidores livres também têm este direito, contanto que cumpram com certas exigências técnicas e legais. Isto é denominado acesso livre e é garantido por lei e pela ANEEL. A operação e administração da Rede Básica é de responsabilidade do ONS, que é também responsável por administrar a entrega de energia a partir de usinas em condições otimizadas, envolvendo o uso dos reservatórios hidrelétricos e combustível de usinas térmicas do sistema elétrico interconectado. No ambiente em transição (2002-2005), houve um declínio gradual nos montantes de energia contratada por meio de Contratos Iniciais de Abastecimento. As empresas geradoras pagaram pelo uso da malha da linha de transmissão, enquanto que os distribuidores tiveram que pagar dois tipos de tarifas de transmissão: (i) tarifas nodais, associadas com cada ponto de conexão de onde estes distribuidores demandam voltagem, e (ii) a tarifa de transmissão, associada aos Contratos Iniciais de Abastecimento, que era aplicada a parte da demanda contratada naquele ambiente. Uma vez que as quantias pelos contratos Iniciais de Abastecimento caíram para zero, as empresas de geração, distribuição e venda de energia e os consumidores livres tiveram contratos de acesso livre regendo seu uso das linhas de transmissão em termos equivalentes aos dos agentes que ingressaram no mercado após o acesso livre se tornar obrigatório. Neste ambiente de mercado livre, as tarifas de transmissão são determinadas com base no uso efetivo que cada parte que acessa a Rede Básica faz dele. A Nova Lei do Setor Elétrico; o Mercado Livre e o Mercado Regulado A Nova Lei de Eletricidade introduziu mudanças materiais no regulamento da indústria de energia visando (1) proporcionar incentivos a entidades privadas e públicas para formar e manter a capacidade de geração e (2) para assegurar o fornecimento de eletricidade no Brasil com tarifas baixas por meio de processos competitivos de concorrência pública de eletricidade. Os fatores chaves da Nova Lei de Eletricidade incluíam: • Criação de um ambiente paralelo para a comercialização de eletricidade, com (1) um mercado mais estável em termos de fornecimento de eletricidade, de forma a proporcionar segurança adicional no abastecimento a consumidores cativos, denominado Mercado Regulado; e (2) um mercado especificamente voltado para certos participantes (como, por exemplo, consumidores livres e empresas de comercialização), que permitirá um certo grau de competição com respeito ao Mercado Regulado, denominado Ambiente de Contratação Livre; • Restrições sobre certas atividades de distribuidores, de forma a assegurar que se concentrem apenas em sua atividade central para garantir serviços mais eficientes e confiáveis para cativar os consumidores; • Eliminação de auto-negociação, para proporcionar um incentivo aos distribuidores para comprarem eletricidade nos preços mais baixos disponíveis em vez de comprarem eletricidade de partes relacionadas; e • Respeito por contratos assinados antes da Nova Lei de Eletricidade, de forma a proporcionar estabilidade às transações realizadas antes de sua promulgação. 52 (Tradução livre do original em inglês) A Nova Lei de Eletricidade também nos exclui e exclui nossas subsidiárias do Programa Nacional de Privatização, que é um programa criado pelo Governo Brasileiro em 1990 visando promover o processo de privatização das empresas estatais. Contestações à Constitucionalidade da Nova Lei de Eletricidade A Nova Lei de Eletricidade está sendo atualmente contestada em bases constitucionais perante o Supremo Tribunal Federal. O Governo Brasileiro procurou anular as ações argumentando que as contestações constitucionais eram controvertidas porquanto diziam respeito a uma medida provisória que já havia sido convertida em lei. Entretanto, em 4 de agosto de 2004, o Supremo Tribunal Federal negou a moção do Governo Brasileiro e decidiu acatar as ações e decidir sobre seus méritos. Uma decisão final sobre esta questão está sujeita à voto majoritário dos 11 juízes, com a presença mínima de oito. Até a presente data, o Supremo Tribunal Federal Brasileiro não chegou a uma decisão final e não sabemos quando essa decisão será tomada. O Supremo Tribunal Federal Brasileiro decidiu, por seis votos a quatro, negar a medida provisória solicitada para suspender os efeitos da Nova Lei de Eletricidade até a decisão final sobre o caso; entretanto, uma decisão final ainda está pendente. Por conseguinte, a Nova Lei de Eletricidade está atualmente em vigor. Independentemente da decisão final do Supremo Tribunal Federal, certas partes da Nova Lei de Eletricidade referentes às restrições sobre os distribuidores realizarem atividades não relacionadas à distribuição de eletricidade, inclusive vendas de energia pelos distribuidores para consumidores livres e a eliminação da auto-negociação deve permanecer em pleno vigor e efeito. Se toda ou uma parte relevante da Nova Lei de Eletricidade for considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o esquema regulador introduzido pela Nova Lei de Eletricidade pode não entrar em vigor, gerando incerteza sobre como e quando o governo Brasileiro conseguirá introduzir mudanças no setor de energia elétrica. Considerando-se que já compramos virtualmente todas as nossas necessidades de eletricidade até 2007 e que a passagem para as tarifas dessa eletricidade deve continuar a ser regulada pelo regime anterior à Nova Lei de Eletricidade, independentemente do resultado da decisão do Supremo Tribunal Federal, acreditamos que em curto prazo, os efeitos de qualquer decisão sobre nossas atividades serão um tanto atenuados. Não obstante, o efeito exato de um resultado desfavorável dos processos legais sobre nós e a indústria de eletricidade como um todo é difícil de ser previsto, e pode ter um impacto adverso sobre nossas atividades e os resultados das operações mesmo em curto prazo (vide “Item 3.D, Fatores de Risco – Riscos Relativos à Indústria Brasileira de Energia”). Ambiente Paralelo para a Comercialização de Eletricidade Pela Nova Lei de Eletricidade, as transações de compra e venda de eletricidade são realizadas em dois segmentos de mercado diferentes: (1) o Mercado Regulado, que contempla a compra pelas empresas de distribuição através de concorrências públicas de toda a eletricidade necessária para abastecer seus clientes cativos e (2) o Mercado Livre, que abrange a compra de eletricidade por entidades não-regulamentadas (como consumidores livres e negociantes de energia). A eletricidade gerada por (1) projetos de geração de baixa capacidade localizados perto dos pontos de consumo (como certas usinas de co-geração e Pequenas Usinas Hidrelétricas de Energia), (2) usinas qualificadas pelo programa Proinfa, conforme abaixo definido, e (3) Itaipu, não está sujeita ao processo de concorrência pública para o fornecimento de eletricidade para o Mercado Regulado. A eletricidade gerada por Itaipu é comercializada por nós e os volumes que devem ser comprados por cada concessionária de distribuição são determinados pelo Governo Brasileiro através da ANEEL. As taxas às quais a eletricidade gerada por Itaipu é comercializada são estabelecidas em Dólares americanos e estabelecidas em conformidade com um tratado entre o Brasil e o Paraguai. Como conseqüência, as taxas de Itaipu sobem ou descem de acordo com a variação da taxa de câmbio Dólar americano/Real. As mudanças nos preços da eletricidade gerada por Itaipu estão, entretanto, sujeitas a mecanismo de recuperação de custo da Parcela A abaixo discutido em “ – Tarifas de Distribuição”. O Mercado Regulado No Mercado Regulado, as empresas de distribuição compram eletricidade para clientes cativos por meio de leilões públicos gerenciados pela ANEEL, tanto direta como indiretamente através da CCEE. As compras de eletricidade são feitas através de dois tipos de contratos bilaterais: (1) Contratos de Quantidade de Energia e (2) Contratos de Disponibilidade de Energia. Por um Contrato de Quantidade de Energia, um gerador se compromete a fornecer certo montante de eletricidade e assume o risco do fornecimento da eletricidade ser adversamente afetado pelas condições hidrológicas e os baixos níveis dos reservatórios, entre outras condições, que podem interromper o fornecimento de eletricidade, caso em que o gerador terá que comprar a eletricidade em outra fonte de forma a cumprir com seus compromissos de fornecimento. Por um 53 (Tradução livre do original em inglês) Contrato de Disponibilidade de Energia, um gerador se compromete a disponibilizar uma quantidade específica para o mercado regulado. Neste caso, a receita do gerador é garantida e os distribuidores enfrentam o risco de uma escassez no fornecimento. Entretanto, o aumento nos preços da eletricidade devido a uma escassez no fornecimento é repassado pelos distribuidores aos consumidores. Juntos, estes contratos compreendem Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEAR. A energia elétrica oriunda de (i) projetos de geração de baixa capacidade localizados perto dos centros consumidores (como as usinas de energia hidrelétrica de co-geração e menores), (ii) usinas que se enquadram no escopo do Proinfa, e (iii) Itaipu, não está sujeita a qualquer sistema de concorrência pública para fornecimento de energia elétrica no mercado Regulado. A energia gerada por Itaipu é vendida por nós e o montante que cada distribuidor pode comprar é estabelecido pelo Governo Brasileiro via ANEEL. A energia elétrica gerada por Itaipu é determinada em Dólares americanos e o volume vendido estabelecido por meio de um contrato feito entre o Brasil e o Paraguai. Como resultado, as tarifas de energia elétrica de Itaipu sobem e descem de acordo com a taxa de câmbio do Dólar americano. Pela Nova Lei de Eletricidade, a estimativa da demanda dos distribuidores é o principal fator na determinação de quanta eletricidade os sistemas como um todo contratarão. Pelo novo sistema, os distribuidores são obrigados a contratar 100,0% de suas necessidades de eletricidade projetadas, em oposição a 95,0% pelo regime anterior. Um desvio na demanda real da demanda projetada poderia resultar em penalidades para os distribuidores. De acordo com a Nova Lei de Eletricidade, as entidades distribuidoras de eletricidade têm o direito de passar para seus clientes os custos relacionados à eletricidade que compram através de leilões públicos, assim como quaisquer impostos e encargos industriais relacionados às concorrências públicas, sujeito a certas limitações relacionadas à incapacidade das empresas de distribuição preverem com precisão a demanda. Se as empresas de distribuição deixarem de prever corretamente sua demanda e precisarem de realizar contratos de curto prazo, pode ocorrer uma limitação em sua capacidade de passar os custos elevados dos contratos de curto prazo para os consumidores. O Mercado Livre O Mercado Livre abrange as vendas de eletricidade livremente negociadas entre as concessionárias de geração, Produtores Independentes de Energia, autogeradores, negociantes de energia, importadores de energia e consumidores livres. O Mercado Livre inclui também contratos bilaterais existentes entre os geradores e os distribuidores até que expirem. Após a expiração, devem ser celebrados novos contratos de acordo com as diretrizes da Nova Lei de Eletricidade. A maioria de nossos contratos existente já expirou, embora a CGTEE possua alguns que prosseguirão até 2012. Uma vez que o consumidor tenha optado pelo Mercado Livre, só pode retornar ao Mercado Regulado assim que tiver dado ao distribuidor relevante aviso com antecedência de cinco anos, contanto que o distribuidor possa reduzir esse prazo a seu critério. Esse período prolongado de aviso procura assegurar que, se for necessário, a construção de nova geração de custo eficiente possa ser finalizada de forma a proporcionar o reingresso de consumidores livres no Mercado Regulado. Os geradores estatais podem vender eletricidade para os consumidores livres, mas diferentemente dos geradores privados, são obrigados a fazê-lo através de um processo público que garanta transparência e acesso igual a todas as partes interessadas. Previsão do Mercado Consumidor O novo modelo institucional também estabelece que as concessionárias de distribuição de energia são responsáveis por fornecerem uma projeção de cinco anos da demanda, a base para seus contratos de fornecimento a varejo. Para incentivar as empresas a fazerem estimativas mais próximas da realidade e estabelecerem uma tolerância para os desvios estimados da carga, o MME fixa multas nos casos em que os distribuidores contratam menos energia do que realmente vendem. Entretanto, o novo modelo institucional também estipula que a distribuição no Brasil pode compensar necessidades de energia contra o superávit de outro distribuidor, devido à projeção obrigatória de cinco anos. De acordo com o novo modelo, existe uma única tarifa para o fornecimento agrupado que deriva do mix de energia gerada por fontes diferentes que formam o grupo. Uma empresa distribuidora que estima um mercado consumidor maior do que realmente possui estaria estimulando uma sobrecarga e, conseqüentemente, uma única tarifa de grupo mais alta, impondo uma carga extra aos distribuidores com projeções mais eficientes. Por outro lado, se suas necessidades de energia 54 (Tradução livre do original em inglês) estimadas são inferiores às que efetivamente necessita, isto poderia sujeitar o sistema ao risco de racionamento de energia, que poderia necessitar de medidas corretivas dispendiosas, especialmente para os distribuidores. Consumidores Livres De acordo com o novo modelo, um consumidor livre pode decidir: (i) continuar comprando energia de um distribuidor local, (ii) comprar energia elétrica diretamente de um produtor independente ou de auto-produtores com superávit de energia, ou (iii) comprar energia elétrica de um agente negociador de energia. A Nova Lei de Eletricidade não permite que as concessionárias de distribuição vendam energia elétrica a consumidores livres diretamente (exceto sob certas condições reguladoras). A Nova Lei de Eletricidade estabelece ainda que a opção de se tornar um consumidor livre tem que ser feita com a antecipação de cinco anos. Este prazo foi estabelecido em vista da regulamentação que os distribuidores devem contratar volume de energia elétrica com base em suas próprias estimativas feitas com a antecedência de cinco anos. Se um consumidor desejar tornar-se um consumidor livre, todos os contratos em vigor devem ser cumpridos. No caso de contratos feitos por prazos indeterminados, o aviso de prazo no qual o aviso deve ser dado ainda está para ser estabelecido, mas não deverá ser superior a três anos. A Nova Lei de Eletricidade permite, mas não obriga os distribuidores a conferirem maior flexibilidade a estes prazos. De acordo com o Artigo 8 da Nova Lei de Eletricidade, os consumidores livres podem retornar ao Mercado Regulado ao notificarem o distribuidor local com a antecedência mínima de cinco anos. A Nova Lei de Eletricidade estabeleceu, em princípio, algumas condições e limites de energia e consumo que definem que consumidores podem se qualificar como “consumidores livres”. Estes limites foram gradativamente reduzidos no decorrer dos anos de forma a permitir um número cada vez maior de consumidores a fazerem a escolha, até o momento em que todos os consumidores de todas as diferentes classes possam escolher de qual fornecedor querem comprar energia. A lei assegura aos fornecedores e a seus respectivos consumidores livres acesso livre aos sistemas públicos de distribuição e transmissão operados por concessionárias e titulares de permissão em encargos de reembolso pagos pelo uso das malhas de energia elétrica e os custos de conexão. Com estas medidas, as autoridades estão procurando proteger tanto os consumidores cativos como os distribuidores evitando a saída de consumidores livres, aumentando assim as tarifas pagas por consumidores cativos, por fornecedores tirando vantagem do “pacote de limiar”. As autoridades opõem-se aos movimentos oportunistas nos quais os distribuidores tiram vantagem de um superávit de fornecimento para inundar o mercado regulado e comprar energia elétrica a preços mais baixos e então retornar ao mercado regulado tão logo haja uma escassez de energia no mercado que aumente as taxas de mercado da energia. Atividades Restritas dos Distribuidores Os distribuidores no sistema elétrico interconectado não têm permissão de: (1) desenvolver atividades relacionadas à geração e transmissão de eletricidade, (2) vender eletricidade a consumidores livres, exceto aos que estão na área de concessão e nas mesmas condições e tarifas mantidas com relação aos clientes cativos no Mercado Regulado, (3) possuir, direta o indiretamente, qualquer interesse em qualquer outra companhia, corporação ou parceria ou (4) desenvolver atividades que não estiverem relacionadas às suas respectivas concessões, à exceção daquelas permitidas por lei ou no contrato de concessão relevante. Os geradores não estão autorizados a manter interesses diretos superiores a 10% nos distribuidores. A Nova Lei de Eletricidade conferiu um período de transição de dezoito meses para que as companhias se ajustem a estas regras, e a ANEEL pode prolongar esse prazo por mais dezoito meses na hipótese das companhias não serem capazes de cumprir com essas exigências dentro do prazo estipulado. De forma extraordinária, as companhias de distribuição que estiverem no processo de cumprimento das regras acima mencionadas foram autorizadas a assinar novos contratos, em violação às atividades restritas acima mencionadas, até dezembro de 2004. Eliminação da Autonegociação Uma vez que a compra de eletricidade para consumidores cativos será realizada através do Mercado Regulado, denominada autonegociação, em conformidade com a qual os distribuidores foram autorizados a atender até 30,0% de suas necessidades de eletricidade através de eletricidade adquirida de companhias afiliadas, não é mais permitida, exceto no contexto de contratos que tiverem sido devidamente aprovados pela ANEEL antes da promulgação da Nova Lei de 55 (Tradução livre do original em inglês) Eletricidade. Os distribuidores podem, entretanto, efetuar compras de companhias afiliadas se o distribuidor participar do processo de concorrência pública através do mercado Regulado, e o gerador que oferecer o preço mais baixo for uma parte afiliada. Contratos firmados antes da Nova Lei de Eletricidade A Nova Lei de Eletricidade estipula que os contratos firmados por empresas de distribuição e aprovados pela ANEEL antes da promulgação da Nova Lei de Eletricidade não serão alterados para refletirem qualquer prorrogação em seus termos ou modificação nos preços ou volumes da eletricidade já contratada, à exceção dos contratos Iniciais de Fornecimento, conforme abaixo descrito. Durante o período de transição para um Mercado de energia livre e competitiva (1998-2005) que foi estabelecido pela Lei da Indústria de Energia, as compras e vendas de eletricidade entre as concessionárias de geração e distribuição ocorreram em conformidade com Contratos Iniciais de Fornecimento. A finalidade do período de transição foi permitir a introdução gradual da competição na indústria e proteger os participantes no mercado contra a exposição a preços de mercado spot potencialmente voláteis. Pela Lei da Indústria de Energia, a eletricidade comprometida pelos Contratos Iniciais de Fornecimento foi reduzida em 25% a cada ano de 2003 a 2005. As empresas de geração foram autorizadas a negociar seu excesso, eletricidade não contratada no Mercado Regulado ou no Mercado Livre e podem realizar leilões públicos para negociar quaisquer volumes não contratados com consumidores livres ou negociantes de energia. Após os Contratos Inicias de Fornecimento terem expirado no final de 2005, toda a eletricidade teve que ser comprada no Mercado Regulado ou no Mercado Livre. Entretanto, a Nova Lei de Energia permite que as empresas de geração alterem os Contratos Iniciais de fornecimento que estavam em vigor e efeito em agosto de 2002, em conformidade como Artigo 25 da Nova Lei de Eletricidade. As empresas públicas de geração que alteraram seus contratos Iniciais de fornecimento não precisam reduzir 25% do montante de eletricidade comprometida nesses contratos. Regulamentação pela Nova Lei de Eletricidade Em 30 de julho de 2004, o Governo Brasileiro promulgou regulamentos que regem a compra e venda de eletricidade no Mercado Regulado e no Mercado Livre, bem como a outorga de autorizações e concessões para os projetos de geração de eletricidade. Estes incluem regras referentes a procedimentos de leilões, a forma de contratos para a compra de energia e o método de repasse dos custos para os consumidores finais, entre outras coisas. Os regulamentos estipulam que os agentes consumidores devem contratar toda sua demanda de eletricidade de acordo com as diretrizes do novo modelo. Os agentes vendedores devem fornecer provas relacionando a energia distribuída a ser vendida para as instalações de geração de energia existentes ou planejadas. Os agentes que não atenderem a essas exigências estão sujeitos às penalidades impostas pela ANEEL. Os novos regulamentos estipulam que as empresas de distribuição de eletricidade cumpram com suas obrigações de fornecimento de eletricidade principalmente por meio de leilões públicos. Além destes leilões, as empresas de distribuição poderão comprar eletricidade de: (1) companhias geradoras conectadas diretamente a essa empresa de distribuição, à exceção de empresas de hidro geração com capacidade superior a 30MW e certas empresas de geração térmica, (2) projetos de geração de eletricidade que participam da fase inicial do programa Proinfa, um programa projetado para diversificar as fontes de energia no Brasil, (3) contratos para a compra de energia firmados antes da promulgação da Nova Lei de Eletricidade e (4) a usina de energia de Itaipu. O MME estabelece o montante total de energia a ser contratada no Mercado Regulado e a lista de projetos de geração que serão autorizados a participar dos leilões em cada ano. Desde 2005, todas as companhias de geração, distribuição e comercialização, produtores independentes de energia e consumidores livres têm que comunicar à ANEEL, até 1o de agosto de cada ano, sua demanda estimada de eletricidade ou geração estimada de eletricidade, conforme for o caso, para cada um dos cinco anos subseqüentes. Cada empresa de distribuição tem que comunicar à ANEEL, no prazo de 60 dias antes de cada leilão de eletricidade, os montantes de eletricidade que pretende contratar no leilão. Além disso, as empresas de distribuição têm que especificar a parte do montante contratado que pretendem usar para fornecer a prováveis clientes livres. 56 (Tradução livre do original em inglês) Os leilões de eletricidade para novos projetos de geração em processo são realizados (1) cinco anos antes da data inicial de entrega (denominados leilões “A-5”), e (2) três anos antes da data inicial de entrega (denominados leilões “A-3”). Existem leilões de eletricidade das instalações existentes de geração de energia (1) realizados um ano antes da data inicial de entrega (denominados leilões “A-1) e (2) realizados aproximadamente quatro meses antes da data de entrega (denominados “ajustes de mercado”). Os convites para apresentação de propostas nos leilões são preparados pela ANEEL, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo MME, incluindo as exigências para uso da proposta mais baixa como o critério para determinar o vencedor do leilão. Cada companhia geradora que participar do leilão assina um contrato para a compra e venda de eletricidade com cada empresa de distribuição, em proporção à respectiva demanda de eletricidade das empresas de distribuição. A única exceção à estas regras diz respeito a leilão para ajuste do mercado, no qual os contratos são entre empresas específicas de venda e distribuição. O CCEAR tanto para leilões “A-5” como “A-3” tem o prazo entre 15 e 30 anos, e os CCEARs para leilões “A-1” têm um prazo entre cinco e 15 anos. Os contratos decorrentes de leilões de ajuste do mercado estão limitados ao prazo de dois anos. Com relação aos CCEARs para a eletricidade gerada pelas instalações de geração existentes, há três opções para a redução da eletricidade contratada: (1) compensação pela saída de consumidores potencialmente livres do Mercado Regulado, (2) redução, a critério das companhias de distribuição, de até 4% por ano do montante anual contratado devido aos desvios de mercado das projeções estimadas de mercado, começando dois anos após a demanda inicial de eletricidade ter sido declarada e (3) ajustes no montante de eletricidade estabelecidas nos contratos para aquisição de energia firmados até e incluindo 16 de março de 2004, em conformidade com o Artigo 29 do Decreto No 5.163/04 de 30 de julho. Os novos regulamentos também estabelecem um mecanismo, o Valor Anual de Referência, que limita os montantes de custos que podem ser passados aos consumidores finais. Esse Valor Anual de Referência corresponde à média ponderada dos preços da eletricidade nos leilões “A-5” e “A-3”, calculados para todas as empresas de distribuição. O Valor Anual de Referência cria um incentivo para as empresas de distribuição contratarem suas demandas de eletricidade previstas nos leilões “A-5”, onde se prevê que os preços sejam menores do que nos leilões “A-3”. O Valor Anual de Referência será aplicado nos primeiros três anos dos contratos para compra de energia dos novos projetos de geração de energia. Após o quarto ano, os custos com a aquisição de eletricidade destes projetos poderão ser integralmente repassados. O decreto estabelece as seguintes limitações sobre a capacidade das companhias distribuidoras de repassarem os custos aos consumidores. • Nenhum repasse dos custos pelas compras de eletricidade superior a 103,0% da demanda real; • Repasse limitado dos custos com a aquisição de eletricidade feitas em leilão “A-3”, se o volume da eletricidade adquirida for superior a 2,0% da demanda pela eletricidade comprada nos leilões “A-5”; • Repasse limitado dos custos com a aquisição de eletricidade de novos projetos de geração de eletricidade se o volume contratado pelos novos contratos relacionados a empreendimentos de geração existentes for inferior a 96,0% do volume de eletricidade estipulado no contrato que estiver expirando; • O MME estabelecerá o preço máximo de aquisição para a eletricidade gerada pelos projetos existentes; e • Na hipótese de o agente de distribuição não atender à obrigação de contratar a totalidade de sua carga, o repasse dos custos da energia adquirida no mercado de curto prazo será o que for menor entre o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e o Valor Anual de Referência. Além disso, a Nova Lei de Eletricidade e os correspondentes regulamentos permitem um argumento que os consumidores com uma carga igual ou superior a 3 MW fornecidos em qualquer voltagem possam escolher seu fornecedor de energia. A partir de outubro de 2004, na data de seu reajuste tarifário subseqüente ou revisão da tarifa, o que ocorrer primeiro, as empresas de distribuição devem firmar contratos separados para a conexão e uso do sistema de distribuição e para a venda de eletricidade para seus consumidores potencialmente livres. Com relação à outorga de novas concessões, os regulamentos recém-promulgados exigem que as propostas para os novos empreendimentos de geração hidrelétrica incluam, entre outras coisas, o percentual mínimo de eletricidade a ser fornecido ao Mercado Regulado. 57 (Tradução livre do original em inglês) Convenção de Comercialização de Energia Elétrica As Resoluções No. 109, de 26 de outubro de 2004 e No. 210, de 13 de fevereiro de 2006, da ANEEL, regem a Convenção de Comercialização de Energia Elétrica. Esta regula a organização e funcionamento do CCEE e as condições de comercialização de energia elétrica e define, entre outros, (1) os direitos e as obrigações dos agentes do CCEE, (2) as penalidades a serem impostas aos agentes inadimplentes, (3) os meios para a solução de disputas, (4) regras de comercialização nos Mercados Regulados e Livres e (5) o processo contábil e de compensação para as transações de curto prazo. Operador Nacional do Sistema Elétrico A Resolução No 173, de 28 de novembro de 2005, estabelece uma provisão para Encargo de Serviço do Sistema ("ESS"), que teve início em janeiro de 2006 e inclui reajustes no preço e taxa para as concessionárias de distribuição que fazem parte do Sistema Interligado Nacional. Esta cobrança é baseada nas estimativas feitas pelo ONS até 31 de outubro de cada ano. Limitações de Titularidade Em 2000, a ANEEL estabeleceu novos limites sobre a concentração de certos serviços e atividades na indústria de energia. De acordo com estes limites, à exceção das empresas que participam do Programa Nacional de Privatização (que precisam apenas cumprir com esses limites quando sua reestruturação corporativa for realizada) nenhuma empresa de energia (inclusive tanto suas empresas controladoras e controladas) pode (1) possuir mais de 20% da capacidade instalada no Brasil, 25% da capacidade instalada da região sul/sudeste/centro-oeste do Brasil ou 35% da capacidade instalada na região norte/nordeste, exceto se esse percentual corresponder à capacidade instalada de uma única usina geradora, (2) possuir mais de 20% do mercado de distribuição do Brasil, 25% do mercado de distribuição do sul/sudeste/centro-oeste ou 35% do mercado de distribuição do norte/nordeste, exceto na hipótese de um aumento na distribuição de eletricidade superior aos índices de crescimento nacionais ou regionais ou (3) possuir mais de 20% do mercado de comercialização do Brasil com os consumidores finais, 20% do mercado de comercialização do Brasil com consumidores não-finais ou 25% da soma dos percentuais acima. De acordo com o parágrafo 1º do Artigo 31 da Nova Lei de Eletricidade, nós e nossas subsidiárias Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul e CGTEE fomos excluídos do Programa Nacional de Privatização. Dessa forma, estamos sujeitos aos limites e condições impostos sobre a participação de agentes nas atividades do setor elétrico, de acordo com a Resolução da ANEEL No 278/2000, que visa alcançar competição efetiva entre os agentes e impedir uma concentração nos serviços e atividades realizadas por agentes no setor elétrico. Esta resolução estabelece que um agente que descumprir com estes limites não poderá adquirir participações acionárias ou adquirir ativos de qualquer companhia no setor elétrico que aumentar sua parcela de capacidade instalada, distribuição de energia ou atividades finais ou intermediárias de comercialização. Dessa forma, qualquer participação futura em novos projetos na indústria de energia (como aquisições de novas concessões para operar ativos de geração, transmissão e distribuição) ficaria sujeita à aprovação final da ANEEL. Todas as empresas no setor elétrico devem enviar à ANEEL informações atualizadas referentes à sua participação acionária, revelando seu(s) acionista(s) controlador(es) ou grupo(s) controlador(es) e qualquer participação direta ou indireta desses acionistas e grupos, além de quaisquer outras informações exigidas pela ANEEL. A Resolução No 278/2000 estabelece ainda limites sobre a comercialização de eletricidade entre as empresas relacionadas no sistema elétrico interconectado. Tarifas para o Uso dos Sistemas de Distribuição e Transmissão A ANEEL supervisiona os regulamentos tarifários que regem o acesso aos sistemas de distribuição e transmissão e estabelece as tarifas para o uso e acesso a esses sistemas. As tarifas são (i) taxas pelo uso da rede, que são taxas pelo uso da malha local proprietária das empresas de distribuição ou (TUSD) e (ii) uma tarifa pelo uso do sistema de transmissão, que compreende a Rede Básica e suas instalações auxiliares ou (TUST). Adicionalmente, as empresas de distribuição no sistema elétrico interconectado do sul/sudeste pagam encargos específicos para a transmissão de eletricidade gerada em Itaipu e pelo acesso ao sistema de transmissão. 58 (Tradução livre do original em inglês) TUSD A TUSD é paga pelos geradores e consumidores livres pelo uso do sistema de distribuição da empresa distribuidora à qual o gerador ou consumidor livre está conectado e é revista anualmente, de acordo com o índice de inflação. A quantia a ser paga é calculada multiplicando-se o montante de eletricidade contratada com a empresa distribuidora para cada ponto de conexão, em kW, pela tarifa em R$/kW estipulada pela ANEEL. Nossas empresas de distribuição recebem a TUSD paga pelos consumidores livres em suas áreas de concessão e por algumas empresas de distribuição que estão conectadas ao nosso sistema de distribuição. TUST A TUST é paga pelas empresas de distribuição, geradores e consumidores livres pelo uso da Rede Básica e é revista anualmente, de acordo com (i) um índice de inflação e (ii) a receita anual das empresas de transmissão. De acordo com os critérios estabelecidos pela ANEEL, os proprietários das diferentes partes da malha de transmissão transferiram a coordenação de seus empreendimentos para o ONS em troca do recebimento de pagamentos regulados de usuários do sistema de transmissão. Os usuários da rede, inclusive as empresas de geração, as empresas de distribuição e os consumidores livres, assinaram contratos com o ONS dando-lhe o direito de usar a malha de transmissão em troca do pagamento das tarifas publicadas. Outras partes da malha de propriedade das empresas de transmissão, mas que não são consideradas parte da malha de transmissão são disponibilizadas diretamente aos usuários interessados que pagam uma taxa específica à empresa de transmissão relevante. Contrato para Acesso ao Sistema Intermediário de Conexão – Encargo de Acesso Algumas empresas de distribuição, especialmente no Estado de São Paulo, acessam a Rede Básica através de um sistema intermediário de conexão localizado entre suas respectivas linhas de distribuição e a Rede Básica. Esta conexão é formalizada por meio de um Contrato para o Acesso ao Sistema Intermediário de Conexão firmado com as concessionárias de transmissão que possuem esses empreendimentos. A compensação pelas empresas de transmissão é regulamentada pela ANEEL e é definida de acordo com o custo dos ativos usados, quer sejam propriedade exclusiva ou compartilhada entre os agentes da indústria de eletricidade. A compensação correspondente referente ao uso do sistema intermediário de conexão é revisada anualmente pela ANEEL, de acordo com o índice de inflação e o custo referente aos ativos. Encargo pelo Transporte de Itaipu A usina de Itaipu possui uma malha de transmissão exclusiva operada em corrente alternada e contínua, que não é considerada como sendo parte da Rede Básica ou do sistema intermediário de conexão. O uso desse sistema é compensado por um encargo específico, denominado encargo de transporte de Itaipu, pago pelas empresas com direito a cotas da eletricidade de Itaipu, proporcionalmente às suas cotas. Tarifas de Distribuição As tarifas de distribuição estão sujeitas a revisão pela ANEEL, que tem autoridade para ajustar e rever as tarifas em resposta a mudanças nos custos com a compra de eletricidade e as condições do mercado. Quando ajusta as tarifas de distribuição, a ANEEL divide o custo das empresas de distribuição entre (1) custos que estão fora do controle do distribuidor (ou custos da Parcela A) e (2) custos que estão sob o controle dos distribuidores (ou custos da Parcela B). O reajuste das tarifas é baseado em uma fórmula que leva em conta a divisão de custos entre as duas categorias. Os custos da Parcela A incluem, entre outros, o que se segue: • custos com a compra de eletricidade para revenda, em conformidade com os Contratos Iniciais de fornecimento; • custos da eletricidade comprada de Itaipu; • custos da eletricidade comprada em conformidade com acordos bilaterais que são livremente negociados entre as partes; e • outros encargos de conexão e uso para os sistemas de transmissão e distribuição. 59 (Tradução livre do original em inglês) Os custos da Parcela B são determinados pela subcontratação de todos os custos da Parcela A das receitas da empresa de distribuição. Cada contrato de concessão de empresa de distribuição estipula um reajuste anual. De forma geral, os custos da Parcela A são integralmente repassados aos consumidores. Os custos da Parcela B, entretanto, são corrigidos pela inflação, de acordo com o IGP-M. As empresas de distribuição têm ainda direito a revisão periódica a cada quatro ou cinco anos. Estas revisões visam (1) assegurar que as receitas sejam suficientes para cobrir os custos operacionais da Parcela B e que a compensação adequada por investimentos essenciais para os serviços dentro do escopo de cada concessão da companhia e (2) determinar o “fator X”, que é baseado em três componentes: (a) ganhos esperados de produtividade do aumento na escala, (b) avaliações pelos consumidores (aferidas pela ANEEL) e (c) custos trabalhistas. O Fator X é utilizado para ajustar a proporção da mudança no IGP-M que é usado nos ajustes anuais. Dessa forma, após a conclusão de cada revisão periódica, a aplicação do Fator X requer que as empresas de distribuição compartilhem seus ganhos de produtividade com os consumidores finais. O repasse dos custos com a compra de eletricidade pelos acordos de fornecimento negociados antes da promulgação da Nova Lei de Eletricidade está sujeito a um teto baseado em um valor estabelecido pela ANEEL para cada fonte diferente de energia (como hidrelétrica, termelétrica e fontes de energia alternativas). Este teto é reajustado anualmente para refletir aumentos nos custos incorridos pelos geradores. Esse reajuste leva em conta (1) a inflação, (2) os custos incorridos em “hard currency”, e (3) custos relacionados a combustível (como o fornecimento de gás natural). Os custos incorridos correspondem a no mínimo 25% de todos os custos incorridos pelos geradores. Além disso, as concessionárias de distribuição de eletricidade têm direito a revisão extraordinária das tarifas, caso a caso, para assegurar seu equilíbrio financeiro e compensá-las por custos imprevistos, inclusive impostos, que mudam significativamente sua estrutura de custos. Programas de Incentivo para Fontes de Energia Alternativas Programa Prioritário de Termeletricidade Em 2000, um decreto federal criou o Programa Prioritário de Termeletricidade – PPT, com a finalidade de diversificar a matriz energética brasileira e reduzir sua forte dependência das usinas hidrelétricas. Os benefícios concedidos às usinas termelétricas pelo PPT incluem (1) fornecimento garantido de gás durante 20 anos, (2) garantia de que os custos relacionados à aquisição da eletricidade produzida pelas usinas termelétricas serão transferidos às tarifas até um valor normativo determinado pela ANEEL, e (3) acesso garantido a um programa especial de financiamento do BNDES para a indústria de eletricidade. Proinfa Em 2002, foi criado o programa Proinfa pelo Governo Brasileiro para criar certos incentivos ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, como projetos de energia eólica, pequenas Usinas de Energia Hidrelétrica e projetos de biomassa. Como ocorre com outros programas sociais, estamos envolvidos na administração do programa Proinfa. Pelo programa Proinfa, compramos eletricidade gerada por estas fontes alternativas por um período de até 20 anos e a transferimos para consumidores livres e certas empresas distribuidoras de energia (que são responsáveis pela inclusão dos custos do programa nas tarifas para todos os consumidores finais em sua respectiva área de concessão, exceto os consumidores de baixa renda). Em sua fase inicial, o programa Proinfa está limitado a uma capacidade total contratada de 3.300 MW (1.100 MW por cada uma das três fontes alternativas de energia). Os projetos que buscam se qualificar para os benefícios do programa Proinfa devem estar integralmente operacionais até 31 de dezembro de 2008. Em sua segunda fase, que terá início após o limite de 3.300 MW ser atingido, o programa Proinfa pretende, em um período de até 20 anos, ter contratado capacidade equivalente a 10% do consumo nacional anual de eletricidade. A produção de energia para comercialização pelo programa Proinfa não será fornecida pelas concessionárias de geração nem por Produtores de Energia Independentes. Essa produção só pode ser fornecida por um produtor independente autônomo, que não pode ser controlado por, nem ser afiliado a concessionária de geração ou a um Produtor de Energia Independente, nem controlada por, ou afiliada a suas entidades controladoras. 60 (Tradução livre do original em inglês) Pesquisa e Desenvolvimento – P & D As concessionárias e as companhias autorizadas a se envolverem nas atividades públicas de distribuição, geração e transmissão de energia têm que investir anualmente no mínimo 1,0% de sua renda operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento em energia. As empresas que somente geram energia a partir do vento, biomassa e Pequenas Usinas de Energia Hidrelétrica não estão sujeitas a esta exigência. Encargos Reguladores Fundo Global de Reserva Em determinadas circunstâncias, as empresas de energia são compensadas pelos ativos utilizados com relação a uma concessão caso a concessão seja eventualmente revogada ou não for renovada. Em 1971, o Congresso Brasileiro criou uma Reserva Global de Reversão, ou Fundo RGR, objetivando prover recursos para essa compensação. Em fevereiro de 1999, a ANEEL reviu a cobrança de uma taxa exigindo que todos os distribuidores e certos geradores operando sob regimes de serviço público façam contribuições mensais para o Fundo RGR em uma taxa anual igual a 2,5% dos ativos fixos da empresa em serviço, mas não excedendo 3,0% do total das receitas operacionais em qualquer ano. Em anos recentes, nenhuma concessão foi revogada ou deixou de ser renovada, e em anos recentes o Fundo RGR tem sido usado principalmente para financiar projetos de geração e distribuição. O fundo RGR está programado para ser extinto até 2010, e a ANEEL tem que rever a tarifa para que o consumidor receba algum benefício do término do Fundo RGR. Fundo de Uso Público O governo Brasileiro impôs uma taxa aos Produtores Independentes de Energia sobre recursos hidrológicos, à exceção das Pequenas Usinas de Energia Hidrelétrica, similar à taxa cobrada sobre as empresas públicas da indústria relacionada ao Fundo RGR. Os Produtores Independentes de Energia têm que fazer contribuições para o Fundo de Uso de Bem Púbico, ou Fundo UBP, de acordo com as regras do processo de concorrência pública correspondente para a outorga de concessões. Recebemos pagamentos do Fundo UBP até 31 de dezembro de 2002. Todos os pagamentos para o Fundo UBP desde 31 de dezembro de 2002 são pagos diretamente ao Governo Brasileiro. Conta de Consumo de Combustível As empresas de distribuição, e as empresas de geração que vendem diretamente aos consumidores finais, devem contribuir para a Conta de Consumo de Combustível, ou Conta CCC. A contribuição da Conta CCC está incluída na tarifa da concessionária. A Conta CCC foi criada em 1973 para gerar reservas financeiras para cobrir custos elevados associados ao uso crescente de usinas de energia termelétrica, na hipótese de uma escassez de chuvas, dado os custos operacionais marginais mais elevados das usinas de energia termelétrica, comparados com as usinas de energia hidrelétrica. Cada empresa de energia tem que contribuir anualmente para a Conta CCC. As contribuições anuais são calculadas com base nas estimativas do custo de combustível necessário para as usinas de energia termelétrica no ano seguinte. A Conta CCC, por sua vez, reembolsa às empresas de energia uma parte substancial dos custos com combustível de suas usinas de energia termelétricas. Administramos a Conta CCC. Em fevereiro de 1998, o Governo Brasileiro decidiu pela suspensão da Conta CCC. As subsidiárias da Conta CCC foram suspensas por um período de três anos, começando em 2003 para usinas de energia termelétricas construídas antes de fevereiro de 1998 e pertencentes atualmente ao sistema elétrico interconectado. As usinas termelétricas construídas após aquela data não terão direito a subsídios da conta CCC. Em abril de 2002, o Governo Brasileiro estabeleceu que os subsídios da Conta CCC continuariam sendo pagos às usinas termelétricas localizadas em regiões isoladas por um período de 20 anos, para promover a geração de eletricidade naquelas regiões. Compensação Financeira pelo uso de Recursos Hidrológicos Os titulares de concessões e autorizações para a exploração de recursos hidrelétricos no Brasil devem pagar taxas aos estados e municípios brasileiros pelo uso de recursos hidrológicos. Essas quantias são baseadas no montante de eletricidade gerada por cada empresa e são pagas aos estados e municípios nos quais o reservatório da usina ou usinas estiver localizado, em conformidade com a Resolução No 67, de 22 de fevereiro de 2001. 61 (Tradução livre do original em inglês) Taxa de Inspeção da ANEEL A Taxa de Inspeção da ANEEL é uma taxa anual pagável pelos titulares de concessões, permissões ou autorizações na proporção da dimensão de suas atividades. A Taxa de Inspeção da ANEEL é de até 0,5% do benefício econômico realizado pelos titulares de concessões, permissões ou autorizações e é cobrada pela ANEEL em doze prestações mensais. Conta de Desenvolvimento Energético Em 2002, o Governo Brasileiro instituiu a Conta de Desenvolvimento Energético, ou Conta CDE, custeada por meio de pagamentos anuais feitos pelas concessionárias pelo uso de bens públicos, penalidades e multas impostas pela ANEEL e, desde 2003, as taxas anuais a serem pagas pelos agentes que oferecem eletricidade aos consumidores finais, por meio de um encargo a ser acrescentado às tarifas pelo uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Estas taxas são ajustadas anualmente. A Conta CDE foi criada para apoiar (1) o desenvolvimento da produção de eletricidade em todo o país, (2) a produção de eletricidade por fontes alternativas de energia e (3) a universalização dos serviços de energia em todo o Brasil. A Conta CDE estará em vigor durante 25 anos e é regulamentada pela ANEEL e gerenciada por nós. A Nova Lei de Eletricidade estabelece que a falha no pagamento da contribuição para o Fundo RGR, o programa Proinfa, a Conta CDE, a Conta CCC, ou os pagamentos devidos em virtude da compra de eletricidade no Mercado Regulado ou da Itaipu, impede que a parte não pagadora receba um reajuste tarifário (exceto por uma revisão extraordinária) ou receba recursos decorrentes do Fundo RGR, Conta CDE ou Contas CCC. Mecanismo de Realocação de Energia O Mecanismo de Realocação de Energia estabelece proteção financeira contra os riscos hidrológicos pra os hidrogeradores, de acordo com as regras de comercialização de energia em vigor, para minimizar os riscos hidrológicos compartilhados que afetam os geradores e asseguram o uso ótimo dos recursos hidrelétricos do sistema elétrico interconectado. O mecanismo assegura que todos os geradores que dele participam terão condições de vender o montante de eletricidade que contrataram para vender por meio de contratos de longo prazo, conforme determinado pela ANEEL, que denominados “eletricidade assegurada”, independentemente de sua atual produção de eletricidade, contanto que as usinas de energia que participam do mecanismo, como um todo, tenham gerado eletricidade suficiente. Em outras palavras, o mecanismo realoca eletricidade, transferindo o superávit de eletricidade dos geradores cuja geração foi além de sua eletricidade assegurada, para aqueles cuja geração foi inferior à eletricidade assegurada. O despacho efetivo de geração é determinado pelo Operador do Sistema Nacional de Eletricidade, que leva em conta a demanda nacional de eletricidade, as condições hidrológicas do sistema elétrico interconectado e as limitações de transmissão. O reembolso dos custos com a geração da eletricidade realocada é realizado para compensar os geradores que realocam eletricidade para o sistema além de sua eletricidade assegurada. Os geradores são reembolsados por seus custos operacionais variáveis (à exceção de combustível) e os custos pelo uso de água. Os custos totais da eletricidade realocada (de todos os geradores que fornecem eletricidade para os mecanismos de realocação de energia) são então combinados e pagos pelos geradores que recebem eletricidade dos mecanismos. O mecanismo inclui todas as usinas de energia hidrelétrica sujeitas ao despacho centralizado do Operador Nacional do Sistema Elétrico, pequenas usinas hidrelétricas que optam por participar no mecanismo e usinas de energia térmica com despacho centralizado, incluídas nos Contratos Iniciais de fornecimento e cujos custos com combustíveis são subsidiados pela Conta de Consumo de Combustível. Desde 2003, as usinas de energia da Conta de Consumo de Combustível só participaram parcialmente do mecanismo, devido à redução gradual do subsídio. Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica - TFSEE A ANEEL ainda cobra uma taxa de fiscalização dos agentes e concessionárias dos serviços de energia elétrica. Esta taxa é denominada Taxa de Fiscalização de Serviço de Energia Elétrica – TFSEE. Foi criada pela Lei No 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e é cobrada no percentual de 0,5% do benefício econômico anual publicado pelo agente ou concessionária. O benefício econômico é determinado com base na capacidade instalada das concessionárias geradoras e transmissoras autorizadas ou sobre a renda das vendas anuais anunciada pelas concessionárias de distribuição. 62 (Tradução livre do original em inglês) Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos (CFURH) Os estados, o Distrito Federal e os municípios, assim como os órgãos diretos da administração federal pública recebem compensação financeira das empresas geradoras pelo uso de recursos hídricos para gerar energia. A CFURH é baseada na produção de energia e paga aos estados e municípios nos quais a usina ou reservatório estiver localizado. Este encargo não é cobrado de PCH, porquanto as mesmas estão isentas desta exigência. Encargo de Capacidade Emergencial (ECE) O ECE foi criado pelo Artigo 1º da Lei Nº 10.438, de 26 de abril de 2002. É cobrado proporcionalmente do consumo total individual final de todos os consumidores atendidos pelo sistema elétrico interconectado e classificado como um encargo de tarifa específica. A ANEEL regulamentou que sua base seria o custo da contratação de capacidade geradora ou voltagem estimada pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE, em determinado ano. Racionamento A Nova Lei de Eletricidade estabelece que, em uma situação na qual o Governo Brasileiro decretar uma redução obrigatória no consumo de eletricidade em uma determinada região, todos os contratos de montante de energia no Mercado Regulado, registrados no CCEE no qual o comprador estiver localizado, devem ter seus volumes ajustados na mesma proporção da redução de consumo. Os Efeitos da Nova Lei de Falência Em 9 Fevereiro de 2005, o Governo Brasileiro promulgou a Lei No. 11.101, ou a Nova Lei de Falência. A nova lei de falência, que passou a vigorar em 9 de junho de 2005, rege a recuperação judicial, liquidação extrajudicial e reorganização da dívida e substitui o processo judicial conhecido como concordata (reorganização) de recuperação judicial e extrajudicial. A nova lei de falência prevê que essas condições não se aplicam às empresas do governo e às empresas de economia mista. No entanto, a Constituição Federal Brasileira estabelece que as empresas de economia mista, como a Eletrobrás, que trabalham com negócios comerciais, estarão sujeitas ao regime legal aplicado às empresas privadas em matéria civil, comercial, trabalhista e fiscal. Portanto, não está claro se o disposto no âmbito judicial e extrajudicial de recuperação e liquidação da Nova Lei de Falência seria aplicável a nós. Recuperação Judicial Para solicitar a recuperação judicial, o devedor deve cumprir os seguintes requisitos: (i) realizar a sua atividade de forma regular há mais de dois anos, (ii) não ser falido (ou, no caso em que o devedor estava na falência no passado e, em seguida, todas as obrigações daí decorrentes terem sido declaradas extinta por sentença insusceptível de recurso), (iii) não ter sido emitido uma cobrança judicial ou de recuperação judicial especial em cinco ou oito anos anteriores ao seu pedido, respectivamente, e ( iv) não ter sido condenado por (ou não ter um sócio controlador ou gerente que tenha sido condenado por) um crime de falência. Todos os créditos existentes no momento do pedido de recuperação judicial estão sujeitos a esse processo (incluindo os créditos potenciais), exceto para os créditos fiscais, agindo como credor fiduciário donos de propriedades comercial ou pessoais, locadores, proprietários ou vendedores comprometido de imóveis, inclusive para desenvolvimento imobiliário, proprietários ou com cláusula de compromisso de venda (parágrafo 3 do artigo 49 da Nova Lei Falência). A cobrança judicial pode ser implementada por meio de uma ou mais das seguintes operações, entre outras (i) a concessão de condições especiais para o pagamento das obrigações do devedor, (ii) cisão, fusão, transformação da sociedade, incorporação de uma subsidiária integral ou a cessão de quotas ou ações, (iii) transferência de controle corporativo, (iv) a substituição parcial ou total do devedor da gestão, bem como a concessão aos seus credores do direito de nomear gestão independente e o poder de veto, (iv) aumento de capital; (v) a locação de suas instalações; (vi) a redução dos salários, a compensação de horas e redução do trabalho, por meio de negociação coletiva; (vi) o pagamento em espécie ou a renovação das dívidas do devedor; (vii) a criação de uma empresa composta de credores; (viii) venda parcial de bens; (ix) equalização dos encargos financeiros do devedor, (x) constituição de um usufruto sobre a empresa, (xi) gestão compartilhado da empresa; (xii) emissão de valores mobiliários, e (xiii) a criação de uma empresa para fins especiais, para fins de recebimento de bens do devedor. Recuperação Extrajudicial A Nova Lei de Falência também criou o mecanismo de recuperação extrajudicial, por meio do qual um devedor que cumpre os requisitos para a cobrança judicial (como descrito acima) poderá propor e negociar com os seus credores um plano de recuperação extrajudicial, que deve ser apresentado ao tribunal para aprovação. Uma vez aprovado, esse plano 63 (Tradução livre do original em inglês) constituirá um meio válido de execução. A recuperação extrajudicial não é aplicável, contudo, para os créditos relativos à mão-de-obra ou acidentes relacionados com trabalho, bem como de quaisquer créditos excluídos da recuperação judicial. Além disso, o pedido de aprovação do tribunal de um plano de recuperação extrajudicial não irá impor uma moratória sobre os direitos, ações e processos judiciais de credores não sujeitos a esse plano, e os credores continuarão a poder solicitar a falência do devedor. Liquidação A Nova Lei de Falências altera a ordem em que os créditos são classificados no âmbito de procedimentos de liquidação, que é definida pelas seguintes prioridades: (i) créditos trabalhistas em geral (limitado a um montante máximo de 150 vezes o salário mínimo mensal Brasileiro por credor) e trabalhista relacionado com reivindicações de indenização de acidentes trabalho, (ii) alegações dos credores garantidos (limitado ao montante da garantia), (iii) créditos fiscais (com exceção das multas fiscais), (iv) créditos pessoais com privilégios especiais (como definido em outros estatutos); (v) créditos pessoais com privilégios geral (entre outros, credores que tenham fornecido bens ou serviços para o devedor durante a sua cobrança judicial e os credores, que são assim definidas em outros estatutos); ( vi) créditos quirografários (credores não previstas nos itens anteriores, credores trabalhistas cujos créditos ultrapasse a limitação dos 150 saláriosmínimos mensais, e os credores cujos créditos são superiores ao montante das respectivas garantias); (vii) multas contratuais e correção monetária decorrentes da desobediência de estatutos; e (viii) dívidas subordinadas (tal como previsto por lei ou em contrato, e os credores, que são sócios ou gerentes da empresa devedora, mas não no contexto de uma relação de trabalho). A Nova Lei de Falência estabelece que apenas credor com uma quantia que excede 40 vezes o salário mínimo mensal brasileiro pode iniciar procedimentos de liquidação. No entanto, é permitido para os credores iniciar uma ação coletiva, a fim de respeitar o valor mínimo acima mencionado. A Nova Lei de Falência também observa (i) o período de tempo em que o devedor deverá apresentar a sua defesa em relação a um pedido de sua falência de 24 horas até dez dias, e (ii) o período de suspensão durante os quais os ativos não podem ser vendidos ou liquidados de 60 até 90 dias (a partir da data de depósito ou da petição de falência, o pedido de recuperação judicial ou a partir da data do primeiro protesto de uma nota, devido à sua falta de pagamento por parte da empresa). C. Estrutura Organizacional Operamos nossas atividades de distribuição, geração e transmissão no Brasil através das seguintes doze subsidiárias regionais: • Itaipu, na qual temos 50% de participação, juntamente com uma entidade governamental paraguaia (Administración Nacional de Eletricidad). Itaipu é a maior usina de energia hidrelétrica do mundo. Nossos resultados financeiros líquidos não são afetados pela nossa titularidade de Itapu, porquanto temos que vender energia de Itaipu sem visar fins lucrativos; • Eletrosul, envolvida nas atividades de transmissão por um sistema de aproximadamente 9.079 km de linhas de transmissão, com 34 subestações localizadas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná. • Cepisa, envolvida nas atividades de distribuição no estado do Piauí; • Ceal, envolvida nas atividades de distribuição no estado de Alagoas • Ceron, envolvida nas atividades de distribuição no estado de Rondônia; • Eletronorte, envolvida em atividades de geração, transmissão e distribuição limitada, na região norte e em parte do centro-oeste do Brasil; • Chesf, envolvida em atividades de geração, transmissão e distribuição limitada na região nordeste do Brasil; • Furnas, envolvida nas atividades de geração e transmissão nas regiões sudeste e parte do centro-oeste do Brasil; • Eletronuclear, que possui e opera duas usinas nucleares, Angra I e Angra II. Compramos equipamentos que podem ser usados na construção de uma terceira usina nuclear, que será denominada Angra III e com respeito à 64 (Tradução livre do original em inglês) qual recebemos a licença ambiental aplicável, mas que ainda não determinamos se prosseguiremos com a construção dessa usina devido a discussões políticas sobre a construção da usina; • CGTEE, que possui e opera usinas termelétricas na Região sul do Brasil; • Eletroacre, envolvida em atividades de distribuição no estado do Acre; e • Amazonas Energia, envolvida na atividade de geração e distribuição no estado do Amazonas. Anteriormente a 31 de maio de 2008 a Amazonas Energia era uma subsidiária da Eletronorte mas agora pertence diretamente á Eletrobrás. Amazonas energia também opera no interior do estado do Amazonas que antes de 31 de março de 2008 era operado pela CEAM, a qual era diretamente controlada pela Eletrobrás, mas não existe mais. Nós também somos o maior patrocinador do Cepel, o maior centro tecnológico na América Latina. Temos, ainda, um interesse majoritário na Eletropar. A Eletropar é uma companhia holding que possui interesses minoritários nas cinco seguintes empresas de distribuição brasileiras: (i) AES Eletropaulo Metropolitana de Electricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo, (ii) Energias do Brasil S.A. – Energias do Brasil, (iii) Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – CTEEP, (iv) Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE, e (v) Companhia Piratininga de Força e Luz – CPFL. O organograma a seguir ilustra, de forma resumida, nossa estrutura como acionista e subsidiárias em 28 de maio de 2008 (temos também participação acionária minoritária em 20 empresas de serviços estaduais em todo o Brasil, não indicadas neste organograma): Eletrobrás Atividade de Financiamento Participação em Equity Comercialização de Energia Pesquisa e Desenvolvimento - Cepel Itaipu 50% Geração Lightpar 81,61% Participations Eletronorte 98,66% Geração Transmissão Distribuição Chesf 99,45% Geração Transmissão Furnas 99,54% Geração Transmissão Eletrosul 99,71% Transmissão Geração Eletronuclear 99,80% Geração CGTEE 99,94% Geração Boa Vista Energia 100% Distribuição Ceron 99.96% Distribuição Eletroacre 93.29% Distribuição Ceal 75.16% Distribuição Cepisa 98.56% Distribuição Manaus 100% Distribuição Em 22 de fevereiro de 2008, anunciamos que o conselho de administração de nossa subsidiária Eletrosul decidiu comprar a maioria das ações da Empresa de Transmissão de Energia de Santa Catarina S.A. – SC Energia e a Empresa de Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul S.A. – RS Energia, cada uma delas sendo direcionada para a transmissão 65 (Tradução livre do original em inglês) de eletricidade. As aquisições foram aprovadas pelas ANEEL e, como resultado desta aquisição nós aumentamos nossa capacidade de transmissão na região Sul do Brasil. D. Ativo Imobilizado Nossos principais bens consistem de usinas de geração hidrelétrica e redes de transmissão localizadas em todo o Brasil. O valor contábil do total de nosso ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2008, 31 de dezembro de 2007 e 31 de dezembro de 2006 foi de R$78.636 milhões, R$75.379 milhões e R$78.539 milhões, respectivamente. A geração de energia por nossas usinas de geração é responsável por aproximadamente 50,5% da energia gerada no Brasil e a operação de nossa rede de transmissão representa aproximadamente 59,2% da capacidade de transmissão do Brasil. Como resultado da grande capacidade de energia hidrelétrica existente ainda disponível no Brasil, acreditamos que a energia hidrelétrica continuará desempenhando um papel de destaque na provisão do crescimento no consumo de energia elétrica. ITEM 4A. Comentários dos Auxiliares sobre Questões não Resolvidas Não aplicável. ITEM 5. Revisão Financeira e Operacional e Perspectivas A discussão a seguir deve ser lida em conjunto com nossos demonstrativos financeiros consolidados auditados incluídos em outro lugar neste relatório. Visão Geral Diretamente e através de nossas subsidiárias, estamos envolvidos na geração, transmissão e distribuição de eletricidade no Brasil. Nossas receitas são oriundas principalmente de: • a geração de eletricidade por intermédio de nossas subsidiárias e sua venda para as empresas de distribuição de energia e consumidores livres, que em 2008, em 2007 e em 2006 responderam por R$24,1 bilhões ou 76,3%, R$19,2 bilhões ou 71,6% e R$16,2 bilhões ou 70,3% do total de nossa receita líquida, respectivamente. • a transmissão de eletricidade, que em 2008 e 2007 e em 2006 responderam por R$ 4,6 bilhões ou 14,7% e R$3,9 bilhões ou 14,3% e R$3,4 bilhões ou 14,7% do total de nossa receita líquida, respectivamente; e • a distribuição de eletricidade para os consumidores finais, que em 2008 e 2007 e em 2006 responderam por R$ 2,8 bilhões ou 9,0% e R$3,7 bilhões ou 13,9% e R$3,5 bilhões ou 15,0% do total de nossa receita líquida, respectivamente. Os principais impulsionadores de nosso desempenho financeiro são a demanda de eletricidade (que é, por sua vez, impactada pelas condições macroeconômicas e eventos externos como o racionamento de eletricidade, que ocorreu em 2001 e 2002) e os preços da eletricidade (que são determinados conforme estipulado em “A Indústria Brasileira de Energia”). Apesar dos níveis de consumo de eletricidade ultrapassarem atualmente os que existiam antes da crise energética ocorrida em 2001 e 2002, essa crise de energia continua tendo impacto em nosso reconhecimento de receitas e, dessa forma, os resultados de nossas operações. Principais Fatores que Afetam nosso Desempenho Financeiro Condições Macroeconômicas Brasileiras Somos afetados pelas condições da economia brasileira. Em 2005, o Banco Central começou a reduzir gradativamente as taxas de juros na medida em que as estimativas de inflação para 2005 e os doze meses seguintes se aproximaram das metas estabelecidas. A taxa Selic ao final de 2005 era 66 (Tradução livre do original em inglês) de 18,0%. A inflação, medida pelo IPCA, foi de 5,7%. O Real teve uma valorização de 11,8% em relação ao Dólar americano, chegando a R$2,3407 por US$1,00, em 31 de dezembro de 2005. Em 2006, o Banco Central continuou a reduzir as taxas de juros. A taxa Selic foi de 13,25% em 31 de dezembro de 2006, comparada com os 18,0% em 31 de dezembro de 2005. A taxa média de inflação em 2006, medida pelo IPCA, foi de 3,1%. O Real teve uma valorização de 8,66% em relação ao Dólar americano, chegando a R$2,1380 por US$ 1,00, em 31 de dezembro de 2006. Em 2007, o Real teve uma valorização de 17,15% em relação ao Dólar americano. O superávit comercial do país totalizou US$40,093 bilhões e a inflação, medida pelo IPCA, foi de 4,46%. Em 31 de dezembro de 2007, a taxa de juros foi de 11,25% por ano em comparação com 13,25% em 31 de dezembro de 2006. Em 2008, o PIB cresceu 5,1%. No entanto, o PIB declinou 3,6% no quatro trimestre de 2008 comparado com o terceiro trimestre de 2008. O real depreciou para R$2,337 por dólar em 31 de dezembro de 2008, comparado com R$1,7713 em 31 de dezembro de 2007. Para o ano que termina em 31 de dezembro de 2008, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros de 11,25% para 13,75%. A inflação, medida pelo IGP-DI, foi 9,10% para o ano que terminou em 31 de Dezembro de 2008. Em 26 de junho de 2009, a taxa de câmbio real/dólar foi de R$1,9396. A projeção do PIB, feita pelo Banco Central, para 2009 de crescimento nulo ou, se houver crescimento, será a uma taxa significativamente menor que os anos anteriores. Os nossos contratos de derivativos embutidos estão relacionados unicamente aos contratos entre a Eletronorte e a ALBRAS para o suprimento de energia para a ALBRAS. No entanto, em Julho de 2007, nossa Diretoria Executiva aprovar ou a implantação de uma política de hedging de moeda estrangeira com uso de contratos de derivativos para reduzir a exposição às variações de moedas estrangeiras. De acordo com essa política, o montante a ser usado no hedging por ano é decidido pelo critério de materialidade, e não existem montantes estipulados. Para 2009, utilizamos para o hedging o montante de mais de U.S.$1,2 bilhões, que é a estimativa dos recebíveis de Itaipu em US dólares no período. Nós decidimos usar essa estimativa porque os recebíveis de Itaipu são indexados ao dólar americano e representam nosso maior risco significativo às variações do dólar. A política prevê que diferentes tipos de instrumentos de derivativos podem ser usados se eles proverem resultados mais eficientes. Para 2009, nós decidimos usar a venda de “non-deliverable forwards (or NDFs)” como o instrumento de hedging apropriado porque ele parece ser o melhor custo/benefício de todos os instrumentos de derivativos que a nossa gestão considerou, mas até agora nós não utilizamos nenhum contrato de hedging para esse ano.A tabela a seguir apresenta dados referentes ao crescimento do PIB brasileiro e à taxa de câmbio Real/US$ para os períodos indicados: Taxa de crescimento do PIB ...................................... Inflação (IGP-M) ....................................................... Inflação (IPCA).......................................................... Valorização do Real em relação ao US$ ................. Taxa de câmbio no final do período– U.S.$1,00 ..... Taxa de câmbio media – U.S.$1,00......................... Ano Encerrado Em 31 de Dezembro de, 2008 2007 2006 5,1% 5,40% 3,75% 9,81% 7,75% 3,85% 5,90% 4,46% 3,14% (31,93)% 17,15% 8,66% R$ 2,3370 R$1,7713 R$2,1380 R$ 1,8374 R$1,9483 R$2,1771 Fontes: Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Banco Central. Itaipu Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo, é de propriedade conjunta do Brasil e Paraguai, foi criada e é operada de acordo com um tratado entre esses países. O tratado também estabelece como os resultados da operação de Itaipu serão registrados, tanto pela Itaipu Binacional, a companhia que opera Itaipu, como por nós, quando consolidamos os resultados das operações da Itaipu Binacional. De acordo com as exigências do US GAAP, consolidamos os resultados de Itaipu. De acordo com o tratado de Itaipu, temos que vender não apenas 50,0% da eletricidade produzida por Itaipu que, através de nós, o Brasil detém, como também a parte da parcela de eletricidade do Paraguai não usada pelo Paraguai. Como resultado, nós vendemos aproximadamente 95,0% da eletricidade produzida por Itaipu. Os Artigos 7º e 8º da Lei No 5.899 de 5 de julho de 1973, estabelece a estrutura contra a qual as empresas de distribuição calculam o montante total de energia comprada de Itaipu. 67 (Tradução livre do original em inglês) Apesar de Itaipu produzir um grande montante de eletricidade (respondendo por 37,08% do montante de eletricidade que vendemos em 2008, comparado com 38,6% em 2007 e 40,1% em 2006), o tratado de Itaipu exige que as vendas da eletricidade de Itaipu sejam feitas sem fins lucrativos, sem efeito líquido sobre os resultados de nossas operações. Para efetivar a exigência de “sem fins lucrativos”, os lucros provenientes da venda de eletricidade de Itaipu são creditados em períodos subseqüentes aos consumidores residenciais e rurais de eletricidade através do sistema elétrico interconectado, através de suas contas de eletricidade (reduzindo assim nossas receitas provenientes das vendas de eletricidade) e as perdas são levadas em consideração pela ANEEL no cálculo das tarifas para eletricidade nos períodos subseqüentes (aumentando, assim, nossas receitas provenientes das vendas de eletricidade). Os lucros a serem subseqüentemente creditados aos consumidores são registrados em nosso balanço patrimonial como passivo circulante sob “direitos de compensação” e as perdas a serem subseqüentemente cobradas são registradas como ativos circulantes em “direitos de compensação”. Em 31 de dezembro de 2008, nós registramos R$ 389 milhões relativo às vendas de eletricidade de Itaipu. Em 31 de dezembro de 2007, registramos um ativo de R$179 milhões em “direito de compensação”, refletindo as perdas que tivemos com relação à venda de eletricidade de Itaipu no ano encerrado em 2007. Em 2006, registramos ganhos com relação à venda de eletricidade de Itaipu. Isto teve o efeito de reduzir o montante que registramos em “direito de compensação” em nosso balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2006 para um ativo de R$82 milhões. Embora nosso resultado operacional líquido não seja afetado pelas operações de Itaipu, diversos itens são significativamente impactados por elas. Em particular, os efeitos de Itaipu são visto no item da linha “eletricidade comprada para revenda”. A maior parte dos montantes em “eletricidade comprada para revenda” representa energia produzida por Itaipu. Este montante, que após a consolidação representa apenas a parte do Paraguai da energia de Itaipu, seria muito mais elevado se não estivéssemos consolidando a parte brasileira da energia de Itaipu. Adicionalmente, pelo fato dos demonstrativos financeiros da Itaipu Binacional serem preparados em dólares americanos e traduzidos para Reais à taxa de câmbio publicada pelo Banco Central ao final do período, qualquer movimento na taxa de câmbio entre o Real e o dólar americano pode ter um grande impacto no componente “câmbio estrangeiro e ganho monetário” o item da linha “renda (despesa) financeira, líquida”. Além disso, a depreciação e os custos de amortização podem ser significativos como resultado das variações da taxa de câmbio. Os royalties pagos por Itaipu respondem por uma grande proporção do item da linha “renda (despesa) financeira, líquida”, e dívida relativa à Itaipu responde por uma parte significativa do componente “despesa financeira” de “renda (despesa) financeira, líquida”. O efeito acumulado de Itaipu sobre estes e outros itens é líquido e registrado no item da linha “perda diferida de Itaipu” da declaração de renda. Os Artigos 7º e 8º da Lei No 5.899, datada de 5 de julho de 1973 atribuem às empresas de distribuição brasileiras a contratação do montante total da energia comprada de Itaipu. De acordo com a Lei No 11.480, nós podemos aplicar um “fator de ajuste” para os contratos financeiros entre nós e Itaipu e para qualquer cessão de crédito celebrada entre nós e o Tesouro Federal Brasileiro antes de 31 de Dezembro de 2007. O objetivo desse “fator de ajuste” era compensar os efeitos da taxa de inflação nos Estados Unidos. Essa lei revogada pelo Decreto No. 6.265 de 22 de novembro de 2007 ganhou força, pois determinou que a taxa equivalente anterior ao “fator de ajuste” é para ser repassada para os consumidores numa base anual. Para o ano financeiro de 2008, nós começamos a registrar os ganhos ou perdas baseado na taxa de inflação dos Estados Unidos como parte do que alinhamos no item “Receitas Operacionais”. Variações na Taxa de Câmbio As flutuações no valor do Real em relação ao dólar americano, particularmente as desvalorizações e/ou depreciações do Real, tiveram e continuam tendo um efeito sobre os resultados de nossas operações. Particularmente, em conformidade com o tratado de Itaipu, todas as receitas de Itaipu são determinadas em dólares americanos. Pelo fato dos demonstrativos financeiros de Itaipu Binacional serem preparados em dólares americanos e traduzidos para Reais à taxa de câmbio publicada pelo Banco Central ao final do período, qualquer movimentação na taxa de câmbio entre o Real e o dólar americano pode ter um impacto importante sobre os resultados de nossas operações, em particular o componente “câmbio estrangeiro e ganho monetário” do item da linha “renda (despesa) financeira, líquida”. Os royalties pagos pela Itaipu respondem por uma proporção muito grande do item “renda (despesa) financeira, líquida” e a dívida relacionada a Itaipu responde por uma parte significativa do componente “despesas financeiras” do item “renda (despesa) financeira, líquida”. Entretanto, pelo fato de em conformidade com o tratado de Itaipu a operação de Itaipu não ter permissão para ter qualquer efeito sobre nossos resultados operacionais, quaisquer perdas ou ganho incorridos como resultado de qualquer valorização ou depreciação do dólar americano em relação ao Real, entre outras coisas, serão compensadas subseqüentemente pelas tarifas que cobramos de nossos consumidores residenciais e rurais. Em nossa declaração de renda, os efeitos de Itaipu sobre os itens descritos acima são calculados em valores líquidos e registrados no item “perda diferida de Itaipu”. Até que 68 (Tradução livre do original em inglês) essa compensação ocorra, os resultados acumulados dos lucros ou perdas das operações de Itaipu, líquidas de compensação por meio de reajustes tarifários, é realizada em nosso balancete como ativo não-circulante em “direitos de compensação”. Eletronorte Durante muitos anos, nossa subsidiária Eletronorte foi usada como veículo para o desenvolvimento da região norte do Brasil, funcionando de certa forma como uma agência de desenvolvimento. Em particular, forneceu eletricidade em conformidade com contratos de fornecimento a preços que não cobriam seus custos. Começamos a renegociar estes contratos de fornecimento, firmados principalmente com empresas na indústria de fundição de alumínio, em 2004 com o objetivo de rever as tarifas de forma a cobrir os custos operacionais da Eletronorte e liquidar gradativamente suas dívidas. A Eletronorte firmou um contrato em 11 de maio de 2004 para vender eletricidade à ALBRAS – Alumínio Brasileiro S.A. (um produtor de alumínio no norte do Brasil) para fornecer energia elétrica para as operações industriais da ALBRAS, precificados com base no preço internacional do alumínio. Este contrato entrou em vigor em 1o de junho de 2004. A ALBRAS pode terminar o contrato mediante aviso com dois anos de antecedência se decidir interromper a produção ou começar a usar seus próprios recursos para a geração de energia. A ALBRAS não tem que pagar quaisquer quantias referentes ao término. O prazo total deste contrato é de 20 anos e o contrato inclui um pagamento antecipado por energia de R$1.200.000. Vide nota 27 nos Demonstrativos Financeiros. Para 2008, as perdas líquidas atribuídas à Eletronorte chegaram a R$ 2.425 milhões, comparadas com R$542 milhões em 2007 e R$349 milhões em 2006. O aumento significativo nas perdas da Eletronorte em 2008 foi fortemente influenciado pela mudança de nossas políticas contábeis com respeito aos impairments. Como parte dessa mudança, nós reavaliamos nossos impairments resultando em uma perda de R$770 milhões em conformidade com a Decisão 527/2007 da CVM. Além disso, os pagamentos de serviços da dívida da Eletronorte para nós aumentaram R$553 milhões nos termos dos respectivos empréstimos que prevêem um aumento dos juros durante o prazo do empréstimo. Nosso Papel na Administração dos Programas de Governo Brasileiros Na qualidade de empresa de capital misto, estamos envolvidos na administração de certos programas federais relativos à indústria de eletricidade. Estes incluem o Fundo RGR, a Conta CCC e a Conta CDE. A administração destes programas não afeta diretamente nosso demonstrativo de resultados. Os montantes administrados com relação à Conta CCC e ao Fundo RGR estão refletidos em nosso balancete. Conforme descrito em “Item 4.B, A Indústria Brasileira de Energia – Encargos Reguladores”, a Conta CCC é cobrada de todas as empresas como seguro contra o aumento dos custos de geração com relação ao maior uso das usinas térmicas. Os montantes cobrados por conta da Conta CCC estão refletidos em nosso balancete nos ativos circulantes como “Conta de consumo de combustível” e os montantes pagos da Conta CCC estão refletidos no passivo circulante como “Conta de consumo de combustível”. Conforme discutido em “Item 4.B, A Indústria Brasileira de Energia – Mudanças Reguladoras – Fundo da Reserva Global de Reversão”, também administramos o Fundo RGR, que foi estabelecido para compensar as concessionárias de eletricidade pelas despesas não compensadas quando as concessões terminaram. Os montantes mantidos em nome do Fundo RGR estão refletidos em nosso balancete como um ativo em “Empréstimos e financiamentos a receber” e como um passivo em longo prazo em “Reserva Global reversa”. Dependendo do uso de recursos para sua finalidade, usamos estes recursos para emprestar às empresas no setor elétrico brasileiro. Pagamos uma taxa de juros de 5,0% para tomar emprestado estes fundos para empréstimo. Recebemos uma taxa de administração de até 2,0% para o Fundo RGR que administramos. Tarifas Reguladas de Distribuição Para 2008, 7.8% das nossas receitas líquidas vieram da atividade de distribuição de energia elétrica. As empresas distribuidores em geral têm perdas que provavelmente continuarão a ocorrer dado que as tarifas que podem ser cobradas pelas empresas distribuidoras são reguladas pela ANEEL e são ajustada pela ANEEL somente de acordo com o processo descrito em “Item 4.B Visão Geral das Atividades – A Indústria Brasileira de Energia – Tarifas de Distribuição”. 69 (Tradução livre do original em inglês) Receitas Fixas de Transmissão Diferentemente das receitas de nossos segmentos de distribuição e geração, as receitas de nosso segmento de transmissão são fixadas pelo Governo Brasileiro. Isto aplica-se a todas as empresas de eletricidade com operações de transmissão no Brasil. Como resultado do fato da taxa de receita com transmissão ser fixa, as receitas de nosso segmento de transmissão não aumentam nem diminuem com base no montante de eletricidade que transmitimos. O Governo Brasileiro estabelece uma taxa de receita fixa de transmissão a cada ano que os consumidores finais devem pagar e isto é repassado a nós e registrado como receitas de nosso segmento de transmissão. Assim, nossa renda líquida pode ser afetada pelo fato de que nossos custos neste setor não podem ser facilmente repassados para nossos clientes. Políticas Contábeis Críticas Na preparação dos demonstrativos financeiros incluídos neste relatório, fizemos estimativas e assunções que consideramos razoáveis com base em nossa experiência histórica e em outros fatores. A apresentação de nossa condição financeira e os resultados das operações requerem que nossa administração faça estimativas sobre questões inerentemente incertas, como o valor contábil de nossos ativos, nosso passivo e, conseqüentemente, os resultados de nossas operações. Nossa apresentação financeira seria materialmente afetada se usássemos estimativas diferentes ou se mudássemos nossas estimativas em resposta a eventos futuros. Para fornecer um entendimento de como nossa administração forma seus julgamentos sobre eventos futuros, incluindo os fatores e assunções que fundamentam essas estimativas, identificamos as seguintes políticas contábeis críticas. Impairment Nós analisamos a recuperação do valor registrado dos nossos ativos anualmente, ou quando solicitado. Se nós encontrarmos evidência de que um ativo não é recuperável, nós estimamos que a probabilidade de sua recuperação. Quando o valor das contas residuais de nossos ativos excederem o valor recuperável de tal ativo, nós reavaliamos o ativo para baixo; esse montante restante é conhecido como impairment. Esse impairment é depois reconhecido como um rendimento para o período. Se não for possível estimar o montante a recuperar de um ativo individual, nós estimamos a probabilidade de recuperação da unidade de geração de caixa a que esse ativo pertence. Ao usar essa técnica, nós descontamos os fluxos de caixa futuros estimados para o valor presente baseado na taxa de desconto antes dos impostos, o que reflete as condições de mercado, o valor corrente da moeda e os riscos específicos relacionados para esse grupo de ativo. O valor recuperável de um ativo ou a unidade de geração de caixa é revista periodicamente. Essa inversão terá impacto na nossa demonstração dos resultados assim como no valor registrado do ativo pertinente ou unidade de geração de caixa. Reservas para Contingências Fazemos parte de certos processos legais. Fora os empréstimos compulsórios, registramos contingências de acordo com o SFAS No 5 “Contabilidade para Contingências”, que estipula que uma perda contingente estimada deve ser registrada quando as informações disponíveis antes da publicação de nossos demonstrativos financeiros aplicáveis indicarem uma probabilidade de que um evento futuro pode dar origem à desvalorização de qualquer ativo ou após a identificação de uma responsabilidade incorrida. De acordo com o SFAS No 5, não registramos uma provisão se a chance de perda em uma reclamação for “remota” ou “possível”. Além disso, não registramos provisões para processos administrativos quando essas provisões tiverem chegado aos tribunais. Contabilizamos os custos que possam surgir da solução de processos legais, conforme discutido em “Fatores de Risco referentes à Empresa”. Ao calcular essas apropriações, consultamos consultor externo e interno que nos representa nesses processos, e nossas estimativas são baseadas em uma análise dos possíveis resultados, levando em conta as estratégias de litígio e acerto aplicáveis. Solicitamos trimestralmente um inventário dos processos sendo tratados por nosso conselheiro jurídico externo que identifica os casos nos quais temos potenciais perdas. A contabilização de contingências requer julgamento significativo por parte de nossa administração com relação às probabilidades estimadas e faixas de exposição a responsabilidade potencial. Isto é particularmente verdadeiro no contexto do impacto da legislação tributária brasileira sobre nós, porque essa legislação tem provado historicamente ser incerta no escopo e aplicação. Benefícios dos Empregados Patrocinamos um plano de pensão de benefícios definidos que abrange praticamente todos os nossos empregados. As responsabilidades atuariais relacionadas a este plano são contabilizadas de acordo com o SFAS No 87, “Contabilização de Planos de Pensão para Empregados”. Além disso, nós e algumas de nossas subsidiárias também estabelecemos planos de assistência médica pós-aposentadoria e subsidiamos prêmios de seguro toda a vida “Benefícios pós-aposentadoria que não 70 (Tradução livre do original em inglês) incluem Pensão”. As estimativas da evolução dos custos com atendimento médico, e as hipóteses biométricas e econômicas, bem como as informações históricas sobre despesas incorridas e contribuições dos empregados são também levadas em conta. Ativo Regulamentar Diferido Registramos ativos regulamentares diferidos de acordo com o SFAS 71, “Contabilização de Efeitos de Determinados Tipo de Regulamentação”, que estipula que certos tipos de custos podem ser diferidos em um balancete de uma entidade (mencionados de “ativos regulamentares”) se houver probabilidade de que os custos serão recuperados por meio de aumentos futuros em índices de receita regulada. Uma entidade que aplicar um SFAS 71 não necessita de segurança absoluta antes de capitalizar um custo, apenas segurança razoável. Capitalizamos custos permitidos incorridos, incluindo os custos decorrentes das medidas de racionamento de energia impostas pelo Governo Brasileiro, como ativos regulamentares diferidos quando instruído pela ANEEL e existe uma expectativa provável que a receita futura igual aos custos incorridos será faturada e cobrada como resultado direto da inclusão dos custos em um índice maior estipulado pela ANEEL. O ativo regulamentar diferido é eliminado quando cobramos os custos correlatos por meio de faturas aos clientes no índice aumentado. Na hipótese da ANEEL excluir todo ou parte de um custo da recuperação como resultado de sua revisão, essa parte do ativo regulamentar diferido fica prejudicada e é reduzida de acordo até o custo excluído. Registramos ativos regulamentares diferidos líquidos que esperamos serem faturados de nossos clientes (limitado ao montante que possa ser concretizado no prazo de 24 meses a contar da data do balancete). Com relação a Itaipu, consideramos o montante líquido de seus resultados acumulados como custos recuperáveis a serem diferidos pelo SFAS 71 e registramos estes custos como um item separado no demonstrativo de operações. Derivativos Nós contabilizamos os derivativos pelo valor justo baseado nas técnicas de avaliação padrão do mercado de marcação a mercado. Nós calculamos o valor de fechamento de cada derivativo na data de vencimento baseado em: (i) a taxa corrente de spot; (ii) a taxa de juros interna para os reais cotados para os depósitos inter-bancários futuros; e (iii) a taxa de juros interna para o dólar, a taxa do cupão. Nós depois comparamos o resultado desse cálculo com o preço negociado para cada derivativo, nos permitindo estimar o ganho e perda futura, que nós descontamos para o valor presente pela taxa fixa de juros para os reais cotados pelos depósitos inter-bancários futuros. Qualquer ganho ou perda é registrada como rendimento financeiro ou despesa, respectivamente, para o período. Custos de Recuperação por Dano Ambiental Incorremos em certos custos para reduzir o impacto que nossas atividades operacionais têm sobre o meio ambiente. Estes custos incluem os custos para descomissionamento, que envolve uma série de medidas para desativar com segurança as operações de nossas instalações nucleares (Angra I e Angra II) com o objetivo de reduzir os níveis residuais de radioatividade. Aplicamos o SFAS 143, “Contabilização de Obrigações para a Retirada de Ativos”, na contabilização destes custos. O SFAS 143 requer que as entidades registrem o valor justo de um passivo legal para uma obrigação de retirada de ativo no período no qual for incorrido. Quando uma nova responsabilidade for incorrida, a entidade tem que capitalizar os custos da responsabilidade aumentando o montante registrado dos ativos de longa duração correlatos. A responsabilidade é acrescentada ao seu valor presente em cada período, e o custo capitalizado é depreciado na vida útil do ativo. Após a liquidação da responsabilidade, uma entidade liquida a obrigação por seu valor registrado ou incorre um ganho ou perda quando da liquidação. Por exemplo, no caso de descomissionamento nuclear, o SAFS 143 exige que registremos o valor justo integral da responsabilidade de descomissionamento e um ativo correspondente, que será então depreciado sobre as vidas de serviço restantes esperadas das unidades geradoras de cada usina. Nossa administração deve exercer julgamento considerável no exercício de sua política e os fatores a seguir são relevantes nessa tomada de decisão: (i) nossas estimativas devem cobrir os custos que são incorridos por um prazo longo e, assim, nossa administração deve considerar incertezas inerentes, como as mudanças nas leis e o nível de natureza de nossas operações, e (ii) o SFAS 143 exige que assumamos as probabilidades de fluxos de caixa projetados e posições de longo prazo com relação à inflação e então determinar o crédito ajustado à taxa de juros sem risco e prêmios sobre os riscos de mercado não aplicáveis às operações. Além disso, as possíveis mudanças nas estimativas podem dar origem a um impacto significativo sobre a renda líquida porque estes custos são descontados para valor presente em um prazo longo. Impostos sobre a renda Contabilizamos os impostos de renda de acordo com o SFAS No 109 “Contabilização do Imposto de Renda”. O SFAS Nº109 estabelece que reconhecemos os efeitos das perdas de imposto diferido e as diferenças temporárias em nossos demonstrativos financeiros consolidados. Reconhecemos uma provisão para perdas quando acreditamos que existe uma 71 (Tradução livre do original em inglês) probabilidade grande de não recuperarmos integralmente créditos de imposto no futuro. Isto requer que realizemos estimativas em nossa exposição atual a impostos e avaliemos as diferenças temporárias resultantes do tratamento diferente dado a certos itens para fins tributários e contábeis. Estas diferenças dão origem a ativo diferido e impostos de passivo, que estão apresentados em nosso balancete consolidado. Dessa forma, avaliamos a probabilidade de que nossos créditos tributários diferidos sejam recuperados de renda tributável futura. Na hipótese de acreditarmos que essa recuperação não será provável, reconhecemos provisão para perdas e também reconhecemos uma despesa tributária em nossa declaração de renda. Qualquer redução da provisão para perdas leva ao reconhecimento de um benefício tributários em nossa declaração de renda. A determinação de nossa provisão para imposto de renda ou ativo diferido e impostos de renda de passivo requer estimativas significativas e julgamentos por parte de nossa administração. Para cada crédito de imposto futuro, avaliamos a probabilidade do ativo de imposto correlato não ser recuperado total ou parcialmente. Descrição dos Principais Itens Receitas Operacionais Vendas de Energia Elétrica Nossas receitas derivam da geração, transmissão e distribuição de eletricidade, conforme abaixo estipulado: • as receitas em nosso segmento de geração derivam da venda para as empresas de distribuição e consumidores livres de eletricidade que geramos (incluindo a eletricidade gerada pela nossa parte no projeto Itaipu) e a revenda de eletricidade da parte do Paraguai do projeto Itaipu não usada no Paraguai. As receitas provenientes da venda da geração de eletricidade são registradas com base na produção remetida às taxas especificadas pelos termos contratuais ou os índices reguladores vigentes; • as receitas de nosso segmento de transmissão derivam da transmissão de eletricidade por nossa malha para outras concessionárias de eletricidade. Estas receitas são fixadas a cada ano pelo Governo Brasileiro. As receitas recebidas de outras concessionárias que utilizam nossa rede básica de transmissão são reconhecidas no mês em que os serviços são fornecidos às outras concessionárias; e • as receitas em nosso segmento de distribuição derivam da venda a consumidores finais de eletricidade que compramos de companhias geradoras e também alguma eletricidade que geramos nas usinas térmicas em áreas isoladas no norte do Brasil para distribuição. As vendas de distribuição de eletricidade para consumidores finais são reconhecidas quando a energia é fornecida. Os faturamentos destas vendas são feitos mensalmente. As receitas não faturadas desde o ciclo de faturamento até o final de cada mês são estimadas com base no faturamento do mês anterior e são acumuladas ao final do mês. As diferenças entre as receitas não faturadas estimadas e reais, se existentes, são reconhecidas no mês seguinte. Um grande percentual de nossas receitas em qualquer determinado ano deriva da venda ou revenda de eletricidade de Itaipu. Entretanto, o tratado Brasil-Paraguai em conformidade com o qual Itaipu opera estipula que estas atividades não devem ter nenhum efeito sobre nossa renda líquida. Outras Receitas Operacionais Outras receitas operacionais são derivadas de encargos impostos sobre os consumidores finais pelo pagamento atrasado relativo a eletricidade vendida em nosso segmento de distribuição e, em menor escala: (i) eletricidade vendida em nosso segmento de geração por nossas subsidiárias na região norte do Brasil, e (ii) eletricidade vendida em nosso segmento de transmissão. Existem ainda outras receitas operacionais que não são atribuíveis aos nossos segmentos de distribuição, geração ou transmissão e que, por isso, registramos em segmento “corporativo”. Estas incluem (i) taxas pela administração do RGR e de outros fundos do governo, (ii) uma taxa cobrada a Itaipu pelo manuseio de energia de Itaipu, e (iii) receitas resultantes das variações cambiais na comercialização de energia de Itaipu. Também derivamos outras receitas operacionais das companhias de telecomunicações que utilizam certas partes de nossa infra-estrutura para montar as linhas de telecomunicação. Impostos sobre Receitas Impostos sobre a receita consiste do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços — ICMS (ou VAT), um imposto sobre vendas cobrado sobre receitas brutas. Estamos sujeitos a índices diferentes de VAT nos diferentes estados 72 (Tradução livre do original em inglês) nos quais operamos, variando de 7% a 27%. Não somos responsáveis por quaisquer impostos ou receitas em nosso segmento de transmissão, conforme estipulado no regulamento aplicável. Encargos Regulamentares sobre Receitas Estas deduções das receitas brutas compreendem pagamentos feitos à Conta CCC, Fundo RGR e encargos similares cobrados aos participantes do setor elétrico. Os encargos regulamentares são calculados de acordo com fórmulas estabelecidas pela ANEEL, as quais diferem de acordo com o tipo dos encargos setoriais, e assim não existe correlação direta entre as receitas e os encargos setoriais. Custos Operacionais e Despesas Eletricidade Comprada para Revenda Nossos segmentos de distribuição e geração compram eletricidade para revenda. A eletricidade comprada no segmento de distribuição é comprada de outros geradores. A eletricidade comprada no segmento de geração representa a parte paraguaia da energia de Itaipu que não é usada no Paraguai e que nós revendemos para empresas de distribuição e consumidores livres. Combustível para a Produção de Energia Elétrica O custo do combustível é um componente significativo de nossas despesas operacionais; entretanto, um percentual grande destes custos (em média, nos períodos em discussão, aproximadamente 90% dos custos com combustível) é subseqüentemente reembolsado da Conta CCC. Uso da Rede Básica de Transmissão Estes custos representam encargos pela transmissão de energia pelas linhas de energia de terceiros. Encargos de Capacidade Emergencial Este é um encargo específico imposto às empresas de eletricidade em resposta à crise energética de 2001-2002. Depreciação e Amortização Isto representa a depreciação e amortização para nosso ativo imobilizado. Registramos como ativo imobilizado o custo de construção ou aquisição, conforme for aplicável, menos a depreciação acumulada calculada com base no método de linha reta, a taxas que levam em consideração as vidas úteis estimadas dos ativos. Os custos com reparo e manutenção que prolongam a vida útil dos ativos são capitalizados, enquanto que outros custos de rotina são cobrados do nosso resultado de operações. Os juros referentes a dívida obtida de terceiros incorrida durante o período de construção são capitalizados. Folha de pagamento e encargos correlatos / serviços de terceiros / material e suprimentos Reflete principalmente nossas despesas com relação a empregados, equipamento de escritório necessário para as operações administrativas do dia a dia e quaisquer custos com terceirização. Os serviços de terceiros refletem despesas com segurança, contratados para manutenção, consultores e outros assessores. Como resultado da natureza de muitas destas despesas, temos que aplicar julgamentos ao fazermos alocações entre nossos segmentos operacionais porque algumas destas despesas podem ser alocadas em segmentos diferentes. Outrossim, isto reflete nossas despesas pelos itens administrativos necessários às nossas operações (mas exclui matérias primas que utilizamos na geração de eletricidade). Impostos Refletem nossa obrigação de pagar os impostos do Programa de Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS. 73 (Tradução livre do original em inglês) Perdas Diferidas de Itaipu Conforme discutido acima em “ – Principais fatores que afetam nosso Desempenho Financeiro – Itaipu”, o efeito líquido dos resultados das operações de Itaipu é registrado neste item e os efeitos acumulados das operações de Itaipu, líquidas de compensação por meio de reajustes de tarifas, são realizados em nosso balancete como ativo não-circulante em “Ativos regulamentares diferidos”. Provisões Operacionais Refletem as provisões que fazemos com relação a processos legais dos quais fazemos parte. Registramos as provisões operacionais em nosso segmento “administrativo”, com as provisões operacionais sendo alocadas aos nossos segmentos de distribuição, geração ou transmissão somente em circunstâncias limitadas. Juros e Multas Refletem despesas que incorremos como resultado de todos os pagamentos atrasados por nós efetuados, bem como o financiamento da Eletrobrás e suas companhias controladas com terceiros. Doações e Contribuições Refletem as despesas referentes a investimentos em nova tecnologia da informação e pesquisa e desenvolvimento, assim como investimentos em programas culturais e patrocínios. Outros Custos Operacionais Nossos outros custos operacionais compreendem alguns custos diversos que incorremos como parte de nossas operações do dia a dia. Os componentes mais significativos são: (i) custos com arrendamento de bens como as unidades geradoras para o sistema isolado; (ii) custos com telecomunicações, principalmente os custos incorridos com telefone e serviços de internet; (iii) e custos com seguro, incluindo o seguro de nossas instalações e bens; (iv) custos com descomissionamento, que são os custos relacionados ao descomissionamento de instalações nucleares (ou seja, remoção segura de instalações nucleares); e (v) custos com o descarte de ativos, principalmente transformadores. O custo com o descomissionamento de uma usina nuclear é especificado em dólares americanos e, conseqüentemente, as variações nas taxas de câmbio do Dólar/Real influenciam este custo. Renda (Despesa) Financeira, Líquida Renda Financeira Reflete renda proveniente de juros e comissões que recebemos de empréstimos que fazemos de acordo com as disposições da lei brasileira que nos permitiram atuar como emprestador para certas empresas prestadoras de serviço público (vide “Item 4.B, Visão Geral Empresarial – Atividades de Empréstimo”). Despesas Financeiras Reflete principalmente pagamentos de dividendos a nossos acionistas, receita financeira, despesas financeiras, ganho (perda) cambial e monetária e valor justo e derivados. Ganho (Perda) Cambial e Monetária Grande parte do ganho (perda) cambial está geralmente relacionada à Itaipu, porquanto os demonstrativos financeiros da Itaipu Binacional são mantidos em Dólares americanos, e isto representa nossa maior exposição a risco de moeda estrangeira. Contrariamente à situação da maioria das empresas brasileiras, uma desvalorização ou depreciação do Real em relação ao Dólar americano aumenta nossa receita, na medida em que aumenta o valor da contribuição de Itaipu, embora o efeito desta contribuição seja calculado em valores líquidos, conforme discutido acima. Uma valorização do Real reduz nossas receitas porquanto reduz o valor da contribuição de Itaipu, embora o efeito desta contribuição seja similarmente calculado em valor líquido como uma desvalorização do custo de construção de Itaipu. 74 (Tradução livre do original em inglês) O ganho (perda) monetário está relacionado principalmente aos empréstimos pendentes que fizemos para aproximadamente 60 companhias ligados ao índice inflacionário medido pelo IGP-M. A. Resultados Operacionais A tabela a seguir apresenta nossas receitas e despesas operacionais como um percentual das receitas operacionais líquidas: Ano Encerrado em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 Receitas Vendas de eletricidade: Distribuição.......................................................... Geração ................................................................ Transmissão ......................................................... Outras receitas operacionais................................. Impostos sobre Receitas....................................... Encargos regulatórios sobre receitas .................... Receitas operacionais líquidas ............................ Despesas Despesas operacionais.......................................... Despesas (receitas) financeiras, líquidas .............. Despesas (receitas) antes de imposto de renda, participações minoritárias e participação nos rendimentos de companhias coligadas Equivalência Patrimonial nas companhias coligadas......................................................... Imposto de renda.................................................. Participações minoritárias..................................... Lucro líquido........................................................ 9.4% 79.8% 15.3% 2.6% (3.3)% (3.9)% 100.0% 14,9% 76,2% 15,3% 2,1% (3,5%) (5,0%) 100,0% 15,7% 73,7% 15,4% 3,3% (3,9%) (4,2%) 100,0% 79.4% (16..9)% 82,9% 14,2% 71,0% 23,7% 37.5% 2,9% 5,3% 2.2% (11.3)% 0.0% 28.3% 2,9% (3,2%) 0,0% 2,6% 1,6% (2,6%) 0,3% 4,6% Resultados Consolidados Esta seção é uma visão geral de nossos resultados consolidados de operações, discutidos mais detalhadamente com relação a cada um de nossos segmentos, abaixo relacionados: Receitas Operacionais Líquidas As receitas operacionais em 2008 aumentaram R$ 5.071 milhões, ou 20,2%, para R$ 30.231 milhões em 2008 em comparação com R$25.160 milhões em 2007. Este aumento foi devido a: • um aumento de R$ 4.928 milhões, ou 27,4%, nas receitas de nosso segmento de geração resultante de um aumento no preço médio da eletricidade, e um leve crescimento no volume de eletricidade gerada.Esse aumento foi compensado por um crescimento ligeiramente maior nos impostos e encargos regulatórios; • um aumento de R$ 871 milhões, ou 24%, nas receitas de nosso segmento de transmissão, devido principalmente a um aumento na taxa fixada pelo governo para transmissão; • um aumento de R$ 165 milhões, ou 52,4%, nas receitas de nosso segmento de distribuição, devido principalmente a um aumento no preço médio e no volume da eletricidade vendida. Parcialmente compensados por: • uma redução de R$ 893 milhões, ou 27,5%, não especificamente atribuídas aos nossos segmentos de distribuição, geração ou transmissão e, assim, registradas como parte de nosso segmento “corporativo”. 75 (Tradução livre do original em inglês) As receitas operacionais em 2007 aumentaram R$3.176 milhões, ou 14,0%, para R$25.160 milhões em 2007 em comparação com R$21.984 milhões em 2006. Este aumento foi devido a: • um aumento de R$2.672 milhões, ou 17,0%, nas receitas de nosso segmento de geração resultante de um aumento no preço médio da eletricidade, e um leve crescimento no volume de eletricidade gerada.Esse aumento foi compensado por um crescimento ligeiramente maior nos impostos e encargos regulatórios; • um aumento de R$328 milhões, ou 10,0%, nas receitas de nosso segmento de transmissão, devido principalmente a um aumento na taxa fixada pelo governo para transmissão; • um aumento de R$310 milhões, ou 10,6%, nas receitas de nosso segmento de distribuição, devido principalmente a um aumento no preço médio e no volume da eletricidade vendida. Parcialmente compensados por: • uma redução de R$135 milhões, ou 29,9%, não especificamente atribuídas aos nossos segmentos de distribuição, geração ou transmissão e, assim, registradas como parte de nosso segmento “corporativo”. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais em 2008 aumentaram R$ 3.143 milhões, ou 15,1%, de R$20.865 milhões em 2007 para R$ 24.008 milhões em 2008. Como um percentual das receitas operacionais líquidas, os custos e despesas operacionais aumentaram para 79,47% em 2008 em comparação com 82,9% em. Os principais impulsionadores desse aumento foram: • um aumento de R$ 2.053 milhões, ou 52,6%, na energia comprada para revenda, afetando particularmente nosso segmento de geração devido a um aumento no volume da energia comprada; • um aumento de R$ 638 milhões, ou 11,8%, na folha de pagamento e seus encargos, afetando particularmente nossos segmentos de geração e transmissão devido a, entre outras coisas, um aumento no número de empregados e nos salários médios; • um aumento de R$ 150 milhões, ou 15,7%, nos custos da rede básica de transmissão, com impacto tanto sobre nossos segmentos de distribuição como de geração; • um aumento de R$ 338 milhões, ou 41,2%, no combustível nos custos de produção de energia elétrica, sendo resultado de uma requisição do ONS de maior produção em nossas usinas térmicas, logo resultando num aumento nos custos com combustível no nosso segmento de geração; e • um aumento de R$ 878 milhões, ou 30,8%, nos custos de depreciação e amortização, particularmente devido ao aumento do número de ativos em serviço em 2008. Parcialmente compensados por: • uma redução de R$ 22 milhões, ou 2,8% nas provisões operacionais. O montante para 2008 foi consistente com o de 2007. • uma redução de R$ 1.163 milhões, ou 64,9% nos nossos custos e despesas operacionais, de R$ 1.791 milhões em 2007 para R$ 628 milhões em 2008, principalmente devido ao fato de que a Amazonas Energia foi capaz de reivindicar um significativo montante de créditos de ICMS; e • uma redução de R$ 27 milhões, ou 6% nos gastos com resultados a compensar de Itaipu, de R$ 432 milhões em 2007 para R$ 406 milhões em 2008, principalmente devido ao fato de que os ajustes de tarifa refletiram em aumento do resultado a compensar para Itaipu nos períodos anteriores. Os custos e despesas operacionais em 2007 aumentaram R$5.263 milhões, ou 33,7%, de R$15.601 milhões em 2006 para R$20.865 milhões em 2007. Como um percentual das receitas operacionais líquidas, os custos e despesas operacionais 76 (Tradução livre do original em inglês) aumentaram para 82,9% em 2007 em comparação com 71,0% em 2006. Os principais impulsionadores desse aumento foram: • uma despesa nos resultados a compensar de Itaipu de R$ 432 milhões em 2007 comparadas a uma receita de R$ 1.791 milhões em 2006 devido principalmente ao fato de que os ajustes tarifários refletiram perdas diferidas em períodos anteriores. A redução foi também impulsionada, em menor extensão, pelas variações na taxa de câmbio Dólar americano /Real pelo fato da moeda contábil de Itaipu ser o Dólar americano, enquanto que nossas demonstrações consolidadas são preparadas em Reais; • um aumento de R$1.364 milhão, ou 53,7%, na energia comprada para revenda, afetando particularmente nosso segmento de geração devido a um aumento no volume da energia comprada; • um aumento de R$659 milhões, ou 13,9%, na folha de pagamento e seus encargos, afetando particularmente nossos segmentos de geração e transmissão devido a, entre outras coisas, um aumento no número de empregados e nos salários médios; • um aumento de R$386 milhões, ou 94,0%, nas provisões operacionais, afetando particularmente nosso segmento de geração principalmente em virtude do registro de novas provisões. Isso porque não recebemos reembolsos relativos ao racionamento de energia conforme o acordo geral do setor de 2002 estabelecido pelo governo federal em virtude do racionamento do ano anterior; • um aumento de R$ 204 milhões, ou 12,8%, em outros custos e despesas operacionais, de R$1.589 milhão em 2006 para R$1.793 milhão em 2007; • um aumento de R$185 milhões, ou 19,6%, nos impostos, em virtude principalmente de um aumento no índice efetivo do PASEP/COFINS de 3% para 7% e um aumento nas receitas de venda de energia; e • um aumento de R$40 milhões, ou 4,4%, nos custos da rede básica de transmissão, com impacto tanto sobre nossos segmentos de distribuição como de geração. Parcialmente compensados por: • uma redução de R$513 milhões, ou 15,2%, nos custos de depreciação e amortização, afetando particularmente nossos segmentos de geração e transmissão e, principalmente, como resultado da variação da taxa de câmbio Dólar americano/Real relacionada a Itaipu; e • uma redução de R$68 milhões, ou 7,6%, no combustível para produção de energia elétrica como resultado do ONS exigir menos eletricidade de nossas usinas térmicas, resultando em redução nos custos de combustível de nosso segmento de geração. Receitas (Despesas) Financeiras, líquidas A receita financeira líquida em 2008 foi de R$5,115 milhões comparado com uma despesa de R$3,582 milhões em 2007. Isso foi devido a variação cambial U.S. dollar/real relacionada a Itaipu, que foi negative em 2007 e positive em 2008. A receita financeira líquida em 2007 diminuiu em R$1.636 milhão, ou 31,3%, de R$5.218 milhões em 2006 para R$3.582 milhões em 2007. Esse decréscimo foi devido principalmente ao aumento das receitas financeiras, particularmente aquela relacionada aos ajustes atuariais em relação ao fundo de Pensão dos funcionários de Furnas – Fundação Real Grandeza – o qual registrou um superávit em 2007, assim como uma redução das perdas pelas variações cambiais menos desfavoráveis. Esse decréscimo foi compensado pelo fato de termos registrado uma despesa relacionada ao contrato de fornecimento de energia entre a Eletronorte e a ALBRAS. Em 2007, esse valor foi de R$ 714 milhões comparado a uma receita de R$120 milhões em 2006 devido a variações no preço internacional do alumínio. 77 (Tradução livre do original em inglês) Equivalência Patrimonial de Companhias Coligadas O resultado de equivalência patrimonial em empresas coligadas aumentou R$ 75 milhões, ou 10,1%, para R$ 666 milhões em 2008 em comparação com R$740 milhões em 2007. Apresentamos abaixo um desdobramento da variação por empresa: • Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista — CTEEP: um aumento na equivalência patrimonial, de R$218 milhões para R$319 milhões. O lucro líquido da CTEEP em 2008 foi de R$ 827 milhões, uma queda de 3,3%, comparado a R$856 milhões em 2007. A receita operacional bruta das vendas de energia aumentou 18,9%, de R$1.563 milhão em 2007 para R$ 1.564 milhões em 2008. Custos operacionais do serviço e gastos gerais do serviço aumentaram 19% para R$ 427,7 milhões em 2008, principalmente causado por uma redução de R$ 48,1 milhões nas provisões para contingências. Os resultados fincanceiras da CTEEP refletiram uma perda de R$ 293,4 milhões em 2008, comparados com um ganho de R$ 152 milhões em 2007, principalmente devido a (i) um aumento de R$45,3 milhões em gastos com juros devido a um aumento no montante de empréstimos contratado no período; (ii) o registro de R$ 26,4 milhões em gastos relacionados com a amortização de um prêmio, que será revertido como benefício fiscal para a companhia. Em 2008, a receita financeira da CTEEP caiu 88,7% com relação a 2007, principalmente devido a variações na taxa de câmbio. • Centrais Elétricas Matogrossenses — CEMAT: diminuição na equivalência patrimonial, de R$45 milhões para R$ 1.4 milhões. A receita operacional bruta aumentou 9,1%, passando de R$1.830 milhões em 2007 para R$ 1.997 milhões em 2008. Os custos dos serviços, principalmente a energia elétrica comprada para revenda e encargos do uso de sistema de transmissão, aumentaram 8,9% de R$ 613 milhões em 2007 para 667,9 milhões em R$ 2008. Outros Custos de Operação aumentaram 18,5% de R$ 216 milhões em 2007 para R$ 255,5 milhões em 2008, majoritariamente devido a um aumento de 52,1% nos custos associados com tercerização de operações e custos de manutenção das usinas térmicas no Baixo Araguaia e um aumento de 24,7% no custo com pessoal do Programa Luz para Todos. Tal aumento foi parcialmente compensado por uma dimnuição de 6,8% nos custos operacionais de R$ 85,5 milhões em 2007 para R$ 79,7 milhões em 2008, principalmente devido a uma economia de 24,5% nos custos de venda e uma diminuição de R$ 5,1 milhões, ou 271,9%, em relação a provisão de contigências. O lucro líquido da CEMAT diminuiu 14% de R$ 98,6 milhões em 2007 para R$ 84,5 milhões em 2008. • Companhia Energética do Maranhão — CEMAR: aumento na equivalência patrimonial, de R$ 73,5 milhões para R$ 75,2 milhões. As Receitas líquidas de Vendas de Energia aumentaram 12,6% em 2008 em comparação com 2007 devido ao crescimento de 4% no volume das vendas de energia. Em 2008 os custos e despesas operacionais foram de R$ 583 milhões, um crescimento de 18,7% diante dos R$ 491 milhões de 2007. Em 2007 houve uma redução de 8,5% nas despesas financeiras líquidas como resultado de uma diminuição nas mesmas, passando de R$39 milhões em 2007 para R$ 35 milhões em 2008. O lucro líquido em 2008 foi de R$ 277,8 milhões, um aumento de 1,2 % em comparação com R$180 milhões de 2007; • Centrais Elétricas do Pará – CELPA: aumento na equivalência patrimonial, de R$ 25 milhões para R$ 4,3 milhões. A receita operacional bruta apresentou um crescimento de 8,1%, de R$1.755 milhão em 2007 para R$ 1.897 milhões em 2008. Esse aumento foi decorrente do crescimento da venda de energia elétrica em 7,8%, a qual minimizou os efeitos do reajuste tarifário médio de 2%. O custo do serviço de energia elétrica, composto de compra de energia e encargos de uso do sistema de transmissão, atingiu R$584,8 milhões, 18,4% acima do verificado em 2007. Esse aumento deveu-se aos maiores volumes de energia comprados, em virtude da maior demanda, com custos mais elevados nos leilões de energia. Tais custos compõem a chamada Parcela A, os quais serão integralmente repassados para a tarifa de fornecimento no próximo ciclo de reajuste tarifário. Os custos de operação atingiram R$ 335 milhões em 2008, aumento de 22,3% comparado aos R$274 milhões de 2007. Tal incremento foi influenciado pela intensificação dos serviços de inspeções comerciais (vistorias e fiscalizações), que visaram o combate as perdas de energia; aquisição de combustível para geração de energia elétrica não coberta pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC); e aumento da estrutura operacional para atendimento ao “Programa Luz para Todos”. As despesas financeiras, notadamente as relacionadas a impostos e multas, decresceram 81%. O lucro líquido aumentou 200% de R$114 milhões em 2007 para R$ 38 milhões em 2008; • Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE: uma redução na equivalência patrimonial, de uma perda de R$ 41,9 milhões para uma perda de R$ 15,5 milhões. As receitas operacionais cresceram 160%, totalizando de R$111 milhões em 2007 para R$ 289 milhões em 2008. O custo na energia elétrica foi reduzido em 90%, principalmente devido a (i) diminuição nos custos relativos ao uso da rede elétrica, devido ao leasing da UTE 78 (Tradução livre do original em inglês) Piratininga para a BSE Energia S.A., (ii) o aumento de R$ 32 milhões de outras despesas financeiras da EMAE, devido a (a) a contabilização do leasing operacional da UTE Piratininga que foi registrado como uma venda financeira de acordo com a deliberação da CVM nº 554/08 e (b) um aumento da receita de juros sob o acordo realizado com o Departamento de Águas e Energia – DAEE. Esses montantes foram parcialmente compensados pelo aumento dos custos relativos ao fundo de pensão da EMAE, energia de curto prazo, e despesas pessoais relativas ao aumento de salário no período. As despesas financeiras da EMAE aumentaram R$ 4 milhões, principalmente devido ao aumento de taxas em conexão com o Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios – FIDC e pagamentos de juros em conexão com as contribuições do Fundo RGR. Como resultado desses fatores discutidos acima, EMAE teve um lucro de R$ 171 milhões em 2008. • Outras: uma diminuição na equivalência patrimonial de R$ 420,4 milhões para R$ 375,8 milhões. O resultado de equivalência patrimonial em empresas coligadas aumentou R$378 milhões, ou 104,4%, para R$740 milhões em 2007, em comparação com R$362 milhões em 2006. Apresentamos abaixo um desdobramento da variação por empresa: • Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista — CTEEP: um aumento na equivalência patrimonial, de R$11 milhões para R$218 milhões. O lucro líquido da CTEEP em 2007 foi de R$856 milhões, um aumento de 626,8%, comparado a R$118 milhões registrados em 2006. A receita operacional bruta das vendas de energia aumentou 11,6%, de R$1.401 milhão em 2006 para R$1.563 milhão em 2007. Encargos e impostos aumentaram 37,4%, de R$ 180 milhões em 2006 para R$248 milhões em 2007 devido a um aumento de 20% nos encargos regulatórios, combinado com o aumento de 89,9% em PIS e COFINS. A receita operacional líquida, então, aumentou 7,7%, para R$1.315 milhões em 2007 comparado a R$1.160 milhões em 2006. Em adição a diminuição dos gastos em virtude da modernização dos sistemas, ocorreu uma redução nas despesas com pessoal combinada com uma reversão líquida das provisões para contingências. As despesas de pessoal em 2006 contêm provisão de R$397 milhões para gastos com o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), o qual desligou 1.163 empregados em 2007, resultando em uma redução na folha de pagamento desse ano em 45,1%. O resultado financeiro registrou despesa de R$152 milhões em 2007 comparado a receita de R$1 milhão em 2006 devido ao crescimento de 339,2% na remuneração aos acionistas, assim como a redução de 70,9% no resultado financeiro. Imposto de Renda e Contribuição Social aumentaram 530,1%, ou R$224 milhões, para R$266 milhões em 2007 comparado aos R$42 milhões de 2006; • Centrais Elétricas Matogrossenses — CEMAT: aumento na equivalência patrimonial, de R$34 milhões para R$45 milhões. A receita operacional bruta aumentou 10,6%, passando de R$1.655 milhões em 2006 para R$1.830 milhões em 2007. A receita operacional líquida do exercício de 2007 foi de R$1.129 milhão, representando um aumento de 13,9% em relação a 2006. Esse incremento foi influenciado principalmente pelo crescimento da atividade econômica na região atendida pela empresa e pelo reajuste da tarifa em 9,8%. Os custos dos serviços, principalmente a energia elétrica comprada para revenda e encargos do uso de sistema de transmissão, totalizaram R$ 540 milhões em 2007, o que representou um acréscimo de 1,0% em relação aos R$535 milhões de 2006. Os Custos de Operação foram de R$ 216 milhões em 2007 e R$162 milhões em 2006, um aumento de 33,3%. Esse incremento foi influenciado pelo crescimento do valor da depreciação e amortização em virtude do maior número de plantas em construção em 2007; locação de unidades geradoras; terceirização dos custos de operação e manutenção das usinas térmicas no Baixo Araguaia; reestruturação administrativa/operacional; e atendimento ao “Programa Luz Para Todos”. O lucro líquido aumentou 75,5%, de R$84 milhões em 2006 para R$147 milhões em 2007; • Companhia Energética do Maranhão — CEMAR: aumento na equivalência patrimonial, de R$63,5 milhões para R$73,5 milhões. A Receita Bruta de Vendas de Energia aumentou 19,8% em 2007 em comparação com 2006 devido ao crescimento de 10,5% no volume das vendas de energia e aos reajustes na tarifa de energia elétrica de 14,6% em agosto de 2006 e 8,1% em agosto de 2007. Em 2007 os custos e despesas operacionais foram de R$491 milhões, um crescimento de 5,3% diante dos R$466 milhões de 2006. Em 2007 houve uma redução de 4,5% nas despesas financeiras líquidas como resultado de uma diminuição nas mesmas, passando de R$41 milhões de 2006 para R$39 milhões em 2007. O lucro líquido em 2007 foi de R$189 milhões, um aumento de 1,5% comparado aos R$178 milhões de 2006; 79 (Tradução livre do original em inglês) • Centrais Elétricas do Pará – CELPA: aumento na equivalência patrimonial, de R$20 milhões para R$ 25 milhões. A receita operacional bruta apresentou um crescimento de 3,3%, de R$1.699 milhão em 2006 para R$1.755 milhão em 2007. Esse aumento foi decorrente do crescimento da venda de energia elétrica em 8,0%, a qual minimizou os efeitos do reajuste tarifário médio de -9,7%. O custo do serviço de energia elétrica, composto de compra de energia e encargos de uso do sistema de transmissão, atingiu R$494 milhões, 20,1% acima do verificado em 2006. Esse aumento deveu-se aos maiores volumes de energia comprados, em virtude da maior demanda, com custos mais elevados nos leilões de energia. Tais custos compõem a chamada Parcela A, os quais serão integralmente repassados para a tarifa de fornecimento no próximo ciclo de reajuste tarifário. Os custos de operação atingiram R$274 milhões, aumento de 18,6% comparado aos R$231 milhões de 2006. Tal incremento foi influenciado pela intensificação dos serviços de inspeções comerciais (vistorias e fiscalizações), que visaram o combate as perdas de energia; aquisição de combustível para geração de energia elétrica não coberta pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC); e aumento da estrutura operacional para atendimento ao “Programa Luz para Todos”. As despesas financeiras, notadamente as relacionadas a impostos e multas, decresceram 45,2%.O lucro líquido aumentou 43,8%, de R$79 milhões em 2006 para R$114 milhões em 2007; • Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE: uma redução na equivalência patrimonial, de uma perda de R$31 milhões para uma perda de R$41,9 milhões. As receitas operacionais decresceram 17,6%, totalizando de R$111 milhões em 2007. A despesa de 13,1% maior nos leilões de energia deveu-se ao maior volume e melhores preços na comercialização de energia comparada com o ano de 2006. A diminuição da receita obtida com a energia de curto prazo, contabilizada e liquidada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, foi decorrente do não despacho, pelo ONS, da energia de origem térmica representada pela Usina Termoelétrica Piratininga para atendimento as necessidades do Sistema Interligado Nacional, fato ocorrido também em 2006. A EMAE participou de leilões e chamadas públicas de compra de energia obtendo em 2007 receita de R$14 milhões. O Custo do Serviço de Energia Elétrica vendida teve redução de 22,1%, decorrente principalmente do combustível para produção de energia elétrica; pagamentos a entidade de previdência de empregados; provisão para realização de créditos (energia livre) que foram compensados por aumentos em itens como energia de curto prazo; e encargos de uso da rede elétrica, pessoal e provisões operacionais. As receitas não operacionais advieram da prestação de serviços de operação e manutenção na Usina Termelétrica Nova Piratininga, propriedade da Petrobrás, gerando uma receita de R$ 7 milhões; e da manutenção na Barragem Móvel Penha, por meio do contrato com o Departamento de Águas e Energia - DAEE, proporcionando uma receita de R$2 milhões. A EMAE encerrou 2007 com resultado do serviço negativo de R$66 milhões comparados com os R$90 milhões de 2006. As receitas financeiras foram de R$11 milhões, principalmente pela atualização e apropriação de juros com relação ao contrato com o DAEE do Estado de São Paulo. As despesas financeiras alcançaram R$6,6 milhões como resultado dos encargos de dívidas com o BNDES e FIDC. Como resultado dos fatores discutidos acima, após o Imposto de Renda e Contribuição Social, a EMAE encerrou o ano com uma perda de R$81 milhões;e • Outras: um aumento na equivalência patrimonial de R$264,5 milhões para R$420,4 milhões. Imposto de Renda O Imposto de Renda corrente aumentou R$ 729 milhões, ou 35,8%, de R$2.038 milhões em 2007 para R$ 2.767 milhões em 2008. O Imposto de Renda diferido diminuiu R$ 566 milhões, ou 46,3%, de R$ 1.233 milhão em 2007 para R$ 657 milhões em 2008. Essas mudanças foram resultado de variação do U.S. dólar/real afetando nossos resultados significativamente. O Imposto de Renda corrente aumentou R$738 milhões, ou 56,8%, de R$1.300 milhão em 2006 para R$2.038 milhões em 2007. O Imposto de Renda diferido aumentou R$491 milhões, ou 67,1%, de R$732 milhões em 2006 para R$ 1.233 milhão em 2007. Essas mudanças foram particalmente resultado do reconhecimento, para fins fiscais, de receitas de contratos de derivativos embutidos relativo ao contrato entre Eletronorte e ALBRAS para o suprimento de energia para a ALBRAS. Participações minoritárias As participações minoritárias diminuíram R$ 29 milhões, ou 181,3%, de R$16 milhões em 2007 para R$ 13 milhões em 2008 devido aos ajustes nos juros relacionadas às subsidiárias e coligadas. 80 (Tradução livre do original em inglês) As participações minoritárias diminuíram R$51 milhões, ou 76,1%, de R$67 milhões em 2006 para R$16 milhões em 2007 devido aos ajustes nas participações relacionadas às companhias de distribuição das regiões norte e nordeste. Lucro Líquido Como resultado dos fatores acima discutidos, nosso lucro líquido para 2008 aumentou R$ 7.912 milhões ou 1.207,7% de R$655 milhões em 2007 para R$ 8.567 milhões em 2008. Como resultado dos fatores acima discutidos, nosso lucro líquido para 2007 decresceu R$371 milhões ou 36,2%, de R$1.026 milhão em 2006 para R$655 milhões em 2007 Resultados do Segmento de Distribuição Receitas Operacionais Líquidas As receitas operacionais líquidas do segmento de distribuição diminuiram R$ 893 milhões, ou 27,5% de R$3.245 milhões em 2007 para R$ 2.352 milhões em 2008. As receitas operacionais líquidas do segmento de distribuição aumentaram R$310 milhões, ou 10,6%, de R$2.935 milhões em 2006 para R$3.245 milhões em 2007. Vendas de Eletricidade As vendas de eletricidade diminuiram R$ 891 milhões, ou 23,8%, de R$3.746 milhões em 2007 para R$ 2.856 milhões em 2008. Essa redução foi devido a um decréscimo de 2,2% no volume de eletricidade vendida, de 10.676.983 MWh em 2007 para 10.909.107 Mwh em 2008, juntamente com uma elevação de 25,4% nas tarifas médias, de 350,9 Reais por MWh em 2007 para 261,8 Reais por MWh em 2008. As vendas de eletricidade aumentaram R$291 milhões, ou 8,4%, de R$3.455 milhões em 2006 para R$3.746 milhões em 2007. Esse crescimento foi devido a um aumento de 43,0% no volume de eletricidade vendida, de 10.037.379 MWh em 2006 para 10.676.983 MWh em 2007, juntamente com uma elevação de 2,0% nas tarifas médias, de 344,2 Reais por MWh em 2006 para 350,9 Reais por MWh em 2007. Outras Receitas Operacionais Outras receitas operacionais diminuíram R$ 2 milhões, ou 52,4%, de R$5 milhões em 2007 para R$ 7 milhões em 2008. Outras receitas operacionais diminuíram R$2 milhões, ou 29,9%, de R$7 milhões em 2006 para R$5 milhões em 2007. Impostos sobre Receitas Os impostos sobre receitas aumentaram R$ 15 milhões, ou 4,8%, de R$315 milhões em 2007 para R$ 330 milhões em 2008. Esse aumento, apesar de uma diminuição nas receitas, deveu-se ao fato de termos menos consumidores isentos de impostos. Os impostos sobre receitas diminuíram R$71 milhões, ou 18,3%, de R$386 milhões em 2006 para R$315 milhões em 2007. Esse decréscimo, apesar do crescimento nas receitas, deveu-se ao fato de termos mais consumidores isentos de impostos. Encargos Regulatórios sobre Receitas Os encargos regulatórios sobre receitas diminuiram R$ 10 milhões, ou 5,4%, de R$191 milhões em 2007 para R$ 181 milhões em 2008. Isso se deveu a uma diminuição das receitas no segmento de distribuição. Os encargos regulatórios sobre receitas aumentaram R$50 milhões, ou 35,5%, de R$141 milhões em 2006 para R$191 milhões em 2007. Isso se deveu ao fato da ANEEL ter aumentado as taxas dos encargos regulatórios. 81 (Tradução livre do original em inglês) Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais para distribuição aumentaram R$ 618 milhões, ou 31,6%, de R$1.957 milhão em 2007 para R$ 2.575 milhões em 2008. Principalmente devido a um aumento de: • R$ 23 milhões, ou 29,4%, nos impostos de R$ 79 milhões em 2007, para R$ 102 milhões em 2008, como resultado da redução do suprimento de energia para consumidores de baixa voltagem, os quais são isentos de ICMS. • um aumento de R$ 39 milhões, ou 15,7%, no uso da rede básica de transmissão, R$245 milhões em 2007 para R$ 283 milhões em 2008. Isso foi devido ao crescimento na tarifa de transmissão; • a folha de pagamento e os seus encargos aumentaram R$ 8 milhões, ou 11,8%, de R$68 milhões em 2007 para R$ 76 milhões em 2008. Isso se deveu ao aumento nos pagamentos a certos empregados como incentivo à aposentadoria antecipada, juntamente com um aumento nos salários; e • a energia comprada para revenda permaneceu relativamente estável, com um crescimento de 50,3% ou R$ 634 milhões de R$1.260 milhão em 2007 para R$ 1.895 milhões em 2008. Isso foi devido, principalmente, a um aumento da tarifa média de energia comprada para a revenda de 72,6% de R$/MWh 85,85 em 2007 para R$/MWh 148,14 em 2008, apesar de uma diminuição do volume de eletricidade comprada para a revenda de 12.788.737 MW em 2007 para 1.892.200 MW em 2008. Os custos e despesas operacionais para distribuição aumentaram R$91 milhões, ou 4,9%, de R$1.866 milhão em 2006 para R$1.957 milhão em 2007. Os principais componentes deste aumento foram: • as provisões operacionais aumentaram R$47 milhões, ou 94,0%, de R$50 milhões em 2006 para R$97 milhões em 2007. Isso foi devido, principalmente, a uma nova provisão registrada com relação à fusão entre a Ceam Companhia Energética do Estado do Amazonas e a Manaus Energia S.A.; • os outros custos e despesas operacionais aumentaram R$20 milhões, ou 14,6%, de R$137 milhões em 2006 para R$157 milhões em 2007 devido a locação de bens e contratação de serviços de terceiros; • um aumento de R$13 milhões, ou 19,6%, nos impostos, de R$66 milhões em 2006 para R$79 milhões em 2007, como resultado de um crescimento no lucro líquido; • um aumento de R$10 milhões, ou 4,4%, no uso da rede básica de transmissão, de R$235 milhões em 2006 para R$245 milhões em 2007. Isso foi devido ao crescimento na tarifa de transmissão; • a folha de pagamento e os seus encargos aumentaram R$8 milhões, ou 13,3%, de R$60 milhões em 2006 para R$68 milhões em 2007. Isso se deveu ao aumento nos pagamentos a certos empregados como incentivo à aposentadoria antecipada, juntamente com um aumento nos salários; e • a energia comprada para revenda permaneceu relativamente estável, com um crescimento de 0,1%, ou R$1 milhão, de R$1.259 milhão em 2006 para R$1.260 milhão em 2007. Isso foi devido, principalmente, a um crescimento no volume da energia comprada para revenda em 16,1%, de 12.644.121 MWh em 2006 para 14.680.997 MWh em 2007, compensado por uma redução na tarifa média dessa energia em 20,0%, passando de 99,54 R$/MWh em 2006 para 85,84 R$/MWh em 2007. Resultados do Segmento de Geração Receitas Operacionais Líquidas As receitas operacionais líquidas para o segmento de geração aumentaram R$ 4.928 milhões, ou 27,4% de R$17.976 milhões em 2007 para R$ 22.904 milhões em 2008. As receitas operacionais líquidas para o segmento de geração aumentaram R$2.672 milhão, ou 17,0%, de R$15.305 milhões em 2006 para R$17.976 milhões em 2007. 82 (Tradução livre do original em inglês) Vendas de Eletricidade As vendas de eletricidade aumentaram R$ 4.941 milhões, ou 25,8% de R$19.180 milhões em 2007 para R$ 24.121 milhões em 2008. Esse aumento foi devido a uma elevação de 15,6% nas tarifas, de 81,7 R$/MWh em 2007 para 94,5 R$/MWh em 2008, e um aumento de 8,8% no volume da eletricidade vendida, de 234.651.742 MWh em 2007 para 255.359.031 MWh em 2008. As vendas de eletricidade aumentaram R$2.987 milhões, ou 18,0%, de R$16.192 milhões em 2006 para R$19.180 milhões em 2007. Esse aumento foi devido a um crescimento de R$ 2.460 milhões na venda de energia em virtude de uma elevação de 13,1% nas tarifas, de 70,3 R$/MWh em 2006 para 79,5 R$/MWh em 2007, e um aumento de 1,9% no volume da eletricidade vendida, de 230.184.791 MWh em 2006 para 234.651.742 MWh em 2007. Outras Receitas Operacionais Outras receitas operacionais de geração aumentaram R$ 39 milhões, ou 51,3%, de R$76 milhões em 2007 para R$ 115 milhões em 2008. Esse aumento foi derivado, principalmente, do fato da Eletronorte ter sido menos contratada por outras empresas da região nordeste para os serviços de revisão e manutenção das instalações dessas empresas. Outras receitas operacionais de geração diminuíram R$32 milhões, ou 29,9%, de R$108 milhões em 2006 para R$76 milhões em 2007. Esse decréscimo foi derivado, principalmente, do fato da Eletronorte ter sido menos contratada por outras empresas da região nordeste para os serviços de revisão e manutenção das instalações dessas empresas. Impostos sobre Receitas Os impostos sobre receitas aumentaram R$ 91 milhões, ou 16,2, de R$563 milhões em 2007 para R$ 654 milhões em 2008, pois houce um aumento nas receitas do segmento de geração. Os impostos sobre receitas aumentaram R$98 milhões, ou 21,0%, de R$466 milhões em 2006 para R$563 milhões em 2007, pois o aumento da tributação foi maior do que o aumento das receitas devido à redução dos reembolsos recebidos da CCC. Encargos Regulatórioss sobre receitas Os encargos regulatórios sobre receitas diminuiram R$ 39 milhões, ou 5,4%, de R$716 milhões em 2007 para R$ 677 milhões em 2008. Essa diminuição deveu-se ao fato de uma diminução no recebimento de reembolsos da conta CCC. Os encargos regulatórios sobre receitas aumentaram R$188 milhões, ou 35,3%, de R$529 milhões em 2006 para R$716 milhões em 2007. Esse aumento deveu-se principalmente pelas mudanças realizadas pela ANEEL no tratamento da conta CCC. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais do segmento de geração aumentaram R$ 2.428 milhões, ou 17%, de R$14.288 milhões em 2007 para R$ 16.716 milhões em 2008. Os principais componentes desse aumento foram: • uma queda de R$ 26 milhões, ou 6% no resultado a compensar de Itaipu que apresentou uma despesa de R$ 406 milhões em 2008 comparadas a uma receita de R$432 milhões em 2007, principalmente em virtude do fato de que os ajustes tarifários refletiram perdas a compensar de Itaipu nos períodos anteriores. • a energia comprada para revenda aumentou R$ 1.418 milhões, ou 53,6% de R$2.644 milhões em 2007 para R$ 4.062 milhões em 2008. Isso foi devido principalmente a um aumento de 418,6% no preço médio, de 106,4 R$/MWh em 2007 para 551,6 R$/MWh em 2008. • a folha de pagamento e os seus encargos aumentaram R$ 393 milhões, ou 11,8%, de R$3.329 milhões em 2007 para R$ 3.722 milhões em 2008. Isso foi devido a um aumento nos pagamentos a certos empregados como um incentivo à aposentadoria antecipada, juntamente com um aumento nos salários; 83 (Tradução livre do original em inglês) • os impostos aumentaram R$ 242 milhões, ou 29,4%, de R$821 milhões em 2007 para R$ 1.063 milhões em 2008, resultante principalmente de um aumento na receita de venda de energia e outras receitas; • os custos da rede básica de transmissão aumentaram R$ 111 milhões, ou 15,7%, R$707 milhões em 2007 para R$ 818 milhões em 2008. Isso foi devido a um aumento na tarifa de transmissão. • um aumento de R$ 338 milhões ou 41,2% nos custos de combustível para produção de energia elétrica de R$ 821 milhões em 2007 para R$ 1.159 milhões em 2008, devido a um aumento no uso de nossas usinas térmicas; e • um aumento de R$ 515 milhões ou 30,8% na depreciação e amortização de R$ 1.674 milhões em 2007 para R$ 2.189 milhões em 2008, como resultado de aumento de serviço de ativo em 2008. Parcialmente compensados por: • uma redução de R$ 12 milhões, ou 2,8%, das provisões operacionais, de R$ 423 milhões em 2007, para 411 milhões em 2008. O número de 2008 está alinhado com o de 2007. • uma redução de R$ 733 milhões, ou 63%, nos outros custos e despesas operacionais de R$ 1.160 milhões em 2007 para R$ 427 milhões em 2008. Esse aumento é devido a Amazonas Energia reinvidicar um significante montante de créditos do ICMS. Os custos e despesas operacionais do segmento de geração aumentaram R$4.607 milhões, ou 47,6%, de R$9.681 milhões em 2006 para R$14.288 milhões em 2007. Os principais componentes desse aumento foram: • o resultado a compensar de Itaipu apresentou uma despesa de R$432 milhões em 2007 comparadas a uma receita de R$1.791 milhão em 2006, principalmente em virtude do fato de que os ajustes tarifários refletiram perdas a compensar de Itaipu nos períodos anteriores. A despesa também foi, em menor extensão, causada pela variação na taxa de câmbio Real/Dólar americano pelo fato de registrarmos as demonstrações contábeis de Itaipu em Dólares, enquanto que as nossas, em Reais; • a energia comprada para revenda aumentou R$1.362 milhão, ou 106,3%, de R$1.282 milhão em 2006 para R$2.644 milhões em 2007. Isso foi devido principalmente a um aumento de 22,3% no preço médio, de 87,0 R$/MWh em 2006 para 106,4 R$/MWh em 2007. O volume da eletricidade comprada para revenda também aumentou em 68,7%, de 14.733.550 MWh em 2006 para 24.858.429 MWh em 2007; • a folha de pagamento e os seus encargos aumentaram R$406 milhões, ou 13,9%, de R$2.924 milhões em 2006 para R$3.329 milhões em 2007. Isso foi devido a um aumento nos pagamentos a certos empregados como um incentivo à aposentadoria antecipada, juntamente com um aumento nos salários; • as provisões operacionais aumentaram R$205 milhões, ou 94,0%, de R$218 milhões em 2006 para R$423 milhões em 2007. Isso se deveu principalmente ao fato de registrarmos uma nova provisão pelo não recebimento de reembolsos relacionados ao racionamento de energia, prosseguindo com o acordo geral firmado pelo Governo Brasileiro em 2002, dando continuidade a estratégia de racionamento do ano anterior; • os impostos aumentaram R$134 milhões, ou 19,6%, de R$687 milhões em 2006 para R$821 milhões em 2007, resultante principalmente de um aumento na receita de venda de energia e outras receitas; • os outros custos e despesas operacionais aumentaram R$133 milhões, ou 13,3%, de R$ 1.027 milhão em 2006 para R$1.160 milhão em 2007. Esse aumento deveu-se principalmente ao provisionamento de perdas com relação ao programa de demissão antecipada; e • os custos da rede básica de transmissão aumentaram R$30 milhões, ou 4,4%, de R$677 milhões em 2006 para R$707 milhões em 2007. Isso foi devido a um aumento na tarifa de transmissão. Parcialmente compensados por: 84 (Tradução livre do original em inglês) • uma redução de R$301 milhões, ou 15,2%, na depreciação e amortização, de R$1.975 milhão em 2006 para R$1.674 milhão em 2007 como resultado da variação cambial, influenciando o balanço de Itaipu ;e • uma diminuição no combustível para produção de energia elétrica em R$68 milhões, ou 7,6%, de R$889 milhões em 2006 para R$821 milhões em 2007. Isso foi devido aos recebimentos relativos à conta CCC; Resultados do Segmento de Transmissão Receitas Operacionais Líquidas As receitas operacionais líquidas para o segmento de transmissão aumentaram R$ 871 milhões, ou 24%, de R$3.623 milhões em 2007 para R$ 4.494 milhões em 2008. As receitas operacionais líquidas para o segmento de transmissão aumentaram R$328 milhões, ou 10,0%, de R$3.295 milhões em 2006 para R$3.623 milhões em 2007. Vendas de eletricidade As vendas de eletricidade aumentaram R$ 787 milhões, ou 20,4, de R$3.852 milhões em 2007 para R$ 4.639 milhões em 2008 como resultado de um aumento na taxa fixa de transmissão estabelecida pelo Governo Brasileiro e a introdução de novas linhas de transmissão. As vendas de eletricidade aumentaram R$473 milhões, ou 14,0%, de R$3.379 milhões em 2006 para R$3.852 milhões em 2007 como resultado de um aumento na taxa fixa de transmissão estabelecida pelo Governo Brasileiro e a introdução de novas linhas de transmissão. Outras Receitas Operacionais Outras receitas operacionais decresceram $ 65 milhões, ou 52,4%, R$124 milhões em 2007 para R$ 189 milhões em 2008. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo fato da Eletronorte ter sido menos contratada por empresas do nordeste para manutenção e inspeção das instalações das referidas empresas. Outras receitas operacionais decresceram R$53 milhões, ou 29,9%, de R$177 milhões em 2006 para R$124 milhões em 2007. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo fato da Eletronorte ter sido menos contratada por empresas do nordeste para manutenção e inspeção das instalações das referidas empresas. Encargos regulatórios sobre receitas Os encargos regulatórios sobre as receitas aumentaram $ 19 milhões, ou 5,4%, de R$353 milhões em 2007 para R$ 334 milhões em 2008. Apesar do aumento das receitas, os encargos regulatórios sobre as mesmas diminuíram. Como essas mudanças não são calculadas no nosso total de receitas, mas sim são calculadas com referência a certos itens, como pesquisa e desenvolvimento, houve uma diminuição em 2008. Os encargos regulatórios sobre as receitas aumentaram R$92 milhões, ou 35,3%, de R$261 milhões em 2006 para R$353 milhões em 2007, como resultado dos gastos realizados pela Eletrosul, os quais ainda não produziram receitas em suas atividades de geração. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais para transmissão aumentaram $ 69 milhões, ou 2%, de R$3.525 milhões em 2007 para R$ 3.594 milhões em 2008. Os principais componentes dessa mudança foram: • um aumento de R$ 344 milhões, ou 30,8% de R$ 1.118 milhões em 2007, para R$ 1.462 milhões em 2008, resultante das variações de moeda extrangeira relativas a perda de ativos e à Itaipu 85 (Tradução livre do original em inglês) • a folha de pagamento e os seusencargos correlatos tiveram um aumento de $ 185 milhões, ou 11,8%, de R$1.572 milhão em 2007 para R$ 1.757 milhões em 2008, principalmente como resultado de aumentos salariais, para certos empregados, e incentivos para aposentadoria antecipada, junto com aumento de salários e número de empregados; e • os impostos tiveram um aumento de R$ 28 milhões, ou 29,2%, de R$96 milhões em 2007 para R$ 124 milhões em 2008 como resultado de um aumento da receita de impostos do segmento de transmissão Parcialmente compensados por: • uma diminuição nos impairments de R$ 267 milhões, ou 89,1%, R$300 milhões em 2007 para R$ 33 milhões em 2008 devido ao ajuste de impairments registrado em 2007. Único impairment registrado em 2008 foi relacionado à linha de transmissão da Venezuela para o Brasil. Os custos e despesas operacionais para transmissão aumentaram R$379 milhões, ou 12,0%, de R$ 3.147 milhões em 2006 para R$3.525 milhões em 2007. Os principais componentes dessa mudança foram: • a folha de pagamento e os seusencargos correlatos tiveram um aumento de R$191 milhões, ou 13,9%, de R$1.381 milhão em 2006 para R$1.572 milhão em 2007, principalmente como resultado de aumentos salariais, número de empregados e de aposentadorias antecipadas da Eletrosul; • as provisões operacionais representaram uma despesa de R$92 milhões em 2007 comparadas a uma receita de R$47 milhões em 2006 em virtude do registro de novas provisões em relação ao programa de demissões voluntárias e certos impostos; • os outros custos e despesa operacionais aumentaram R$28 milhões, ou 8,9%, de R$320 milhões em 2006 para R$348 milhões em 2007.Esse acréscimo foi primeiramente causado por um aumento de R$0,8 milhões, ou 20,0%, nos custos de locação de bens causados por um aumento na demanda e um aumento de R$0,8 milhões, ou 50%, na taxa de fiscalização da ANEEL; e • os impostos tiveram um aumento de R$16 milhões, ou 19,6%, de R$80 milhões em 2006 para R$96 milhões em 2007 como resultado de uma redução nas taxas dos impostos sobre vendas durante o período relacionado ao PASEP e COFINS. Parcialmente compensados por: • uma diminuição na depreciação e amortização em R$201 milhões, ou 15,3%, de R$1.319 milhão em 2006 para R$1.118 milhão em 2007 principalmente como resultado de variações cambiais relacionadas a Itaipu e à baixa de ativos. B. Liquidez e Recursos de Capital Nossas principais fontes de liquidez derivam de dinheiro gerado por nossas operações e de empréstimos recebidos de diversas fontes, inclusive o Fundo RGR (estabelecido para compensar as concessionárias de eletricidade por despesas não compensadas quando as concessões terminaram e descritas com mais detalhes em “ – Principais Fatores que Afetam nosso Desempenho Financeiro – Nosso Papel na Administração dos Programas do Governo Brasileiro”), empréstimos de terceiros, inclusive certas agências internacionais, e realizações de diversos investimentos que temos feito com o Banco do Brasil S.A., no qual temos por lei que depositar quaisquer ativos em dinheiro excedentes. Necessitamos de custeio principalmente para financiar o aperfeiçoamento e expansão de nossos empreendimentos de geração e transmissão e para reembolsar nossas obrigações de dívida. Além disso, por meio de nossas subsidiárias, estamos participando de leilões para novas linhas de transmissão e novos contratos para geração. Caso tenhamos sucesso em qualquer um dos leilões, necessitaremos de dinheiro adicional para custear os investimentos necessários para expandir as operações aplicáveis. De tempos em tempos, consideramos novas oportunidades de investimento potenciais e podemos financiar esses investimentos com dinheiro gerado por nossas operações, empréstimos, mercados de capital internacionais, aumentos de 86 (Tradução livre do original em inglês) capital ou outras fontes de custeio que possam estar disponíveis na ocasião relevante. Atualmente, temos a capacidade de custear até R$4 bilhões de dispêndio de capital com nossos recursos existentes sem recorrer aos mercados de capital. Esses recursos representam uma parte das receitas que geramos de nossas vendas de eletricidade e os juros que recebemos de nossas atividades de empréstimo. Fluxos de Caixa A tabela a seguir resume nossos fluxos de caixa líquidos para os períodos apresentados: 2008 Ano Findo em 31 de dezembro de 2007 2006 R$ (milhares) Fluxos de Caixa Líquidos: Proporcionados por Atividades Operacionais Usados em Atividades de Investimento Usados em Atividades de Financiamento Total 15.269.453 (5.909.096) (3.972.983) 5.387.374 15.437.094 8.763.539 (4.129.011) (8.879.464) 2.428.619 (3.766.573) (3.683.869) 1.313.097 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Nossos fluxos de caixa de atividades operacionais resultam principalmente da venda e transmissão de eletricidade para uma base estável e diversificada de clientes no varejo e no atacado a preços fixos. Os fluxos de caixa das atividades operacionais têm sido suficientes para atender às necessidades de despesas operacionais e de capital durante os períodos em discussão. Fluxos de Caixa de Atividades de Investimento Nosso fluxo de caixa da atividade de investimento reflete principalmente: • investimentos restritos, que são o caixa excedente que temos que depositar no Banco do Brasil S.A. (ou em outros investimentos emitidos pelo Governo Brasileiro); • aquisições de investimento, que são parcerias que celebramos com terceiros no setor privado com relação à operação de novas usinas; • os tipos a seguir de dívida comercializável e títulos de participação: • títulos de dívida "CFT-E1" emitidos pelo Governo Brasileiro: estes títulos são indexados pelo índice de inflação IGP-M, não produzem juros e vencem em agosto de 2012; • títulos de dívida "NTN-P" emitidos pelo Governo Brasileiro: estes títulos são indexados pela Taxa Referencial (ou TR), um índice de referência mensal publicado pelo banco Central, produz juros de 6,0% por ano e vencem em datas variadas a partir de fevereiro de 2012; • títulos de participação de “Parte beneficiária” emitidos pelas seguintes empresas: (i) Rede Lajeado Energia S.A., (ii) EDP Lajeado Energia S.A., (iii) CEB Lajeado S.A., e (iv) Paulista Lajeado Energia S.A. Recebemos renda de dividendos destas participações acionárias com base nos lucros anuais que cada empresa aufere; • aquisições de ativos fixos, consistindo principalmente de investimentos em equipamentos necessários para as atividades operacionais; • depósitos restritos para processos legais, os depósitos que tivemos que pagar em tribunais no Brasil onde éramos réu em processos legais; e 87 (Tradução livre do original em inglês) • ativos regulamentares diferidos, representando principalmente o efeito do dinheiro dos resultados acumulados de lucros e perdas das operações de Itaipu, líquidos de compensação por meio de reajustes tarifários. Em 2008, nossos fluxos de caixa da atividade de investimento aumentaram R$ 1.780 milhões, ou 43,1% de um gasto de R$ 4.129 milhões em 2007 para um gasto de R$ 5.909 milhões em 2008, como resultado de variações da taxa de câmbio dólar/real relacionado à Itaipu afetando fortemente nossa avaliação da propriedade, usina e equipamentos. Fluxos de Caixa de Atividades Financeiras Nossos fluxos de caixa usados em atividades de financiamento refletem principalmente a renda proveniente de juros que recebemos de empréstimos em curto e longo prazos feitos a empresas não-afiliadas que operam no setor elétrico brasileiro. Em 2008, nossos fluxos de caixa usados em atividades de financiamento diminuíram R$ 4.906 milhões, ou sendo 123,5% de um gasto de R$ 8.879 milhões em 2007 para um gasto de R$ 3.973 milhões em 2008 como resultado da variação da taxa de câmbio dólar/real relacionado à Itaipu, afetando fortemente nossas obrigações. Relação entre Lucros não Distribuídos Apropriados e Fluxos de Caixa Em 31 de dezembro de 2008, nosso balanço refletia reservas não distribuídas de R$19,9 bilhões, que consistem em nossas reservas legais, mas não incluem a remuneração não paga de acionistas (vide “Item 8.A, Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informações – Política sobre distribuição de dividendos”). Dispêndio de Capital Nos últimos cinco anos, investimos uma média de R$3,2 bilhões por ano em projetos de capital. Aproximadamente 45% foram investidos em nosso segmento de geração, 40% em nosso segmento de transmissão e o saldo em nosso segmento de distribuição e outros investimentos. Nossa atividade principal é a geração e transmissão de energia e pretendemos investir pesadamente nestes dois segmentos nos próximos anos. As empresas são, agora, escolhidas para construírem novas unidades de geração e linhas de transmissão por meio de um processo licitatório. É, portanto, difícil prever os montantes precisos que investiremos nestes segmentos. Estamos, entretanto, trabalhando para assegurar um número significativo de novos contratos, tanto isoladamente quanto fazendo parte de um consórcio que inclui o setor privado. Acreditamos que o Brasil precisa aumentar até 36.000 km de linhas de transmissão e até 55.000 MW de capacidade de geração instalada durante os próximos dez anos. Estes investimentos representarão aproximadamente US$42 bilhões. Como o maior participante atual no mercado, esperamos participar da maioria destes novos investimentos. Acreditamos que os investimentos nos próximos dez anos serão superiores a US$3 bilhões por ano, que investimos nos anos anteriores. Para esses investimentos, esperamos usar fundos oriundos do nosso fluxo de caixa líquido como também do mercado de capital nacional e internacional e de financiamentos. C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças Pesquisa e Desenvolvimento Nossas atividades de pesquisa e planejamento são realizadas pelo Cepel, uma entidade sem fins lucrativos criada em 1974 com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico brasileiro. Somos o principal patrocinador do Cepel e participamos dos programas de coordenação do planejamento ambiental e conservação da energia. Os clientes do Cepel são nossas subsidiárias operacionais (inclusive Itaipu e Eletronuclear) e outras empresas brasileiras e estrangeiras prestadoras de serviço de eletricidade. As atividades do Cepel visam atingir padrões de alta qualidade e produtividade no setor elétrico por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. O Cepel possui uma rede de laboratórios para realizar suas atividades, e mantém contratos de cooperação técnica com diversas instituições internacionais de pesquisa e 88 (Tradução livre do original em inglês) desenvolvimento em energia. O Cepel prioriza os projetos estratégicos e de estruturação, com suas atividades concentradas em cinco departamentos: • Departamento de Automação de Sistemas: este departamento está concentrado no desenvolvimento de ferramentas para obter dados, operação em tempo real de sistemas elétricos e análise de distúrbios; • Departamento de Sistemas Elétricos: este departamento está concentrado no desenvolvimento de metodologias e programas de computador que proporcionam condições para a expansão, supervisão e operação de sistemas centrais; • Departamento de Tecnologias Especiais: este departamento pesquisa a aplicação de tecnologias referentes ao uso de materiais para instalações elétricas, eficiência energética e recursos renováveis, inclusive a análise de sustentabilidade e viabilidade econômica; • Departamento de Instalação e Equipamento: este departamento está concentrado no desenvolvimento de tecnologias para refinar os equipamentos utilizados na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (modelos de computadores, técnicas de teste e medição, sistemas de monitoramento e diagnóstico); e • Departamento de Otimização Energética e Meio Ambiente: este departamento está concentrado no desenvolvimento de metodologias e programas de computador para o planejamento da expansão e operação de sistemas hidrotérmicos interconectados e na avaliação integrada de questões ambientais. Temos um centro de pesquisa que realiza estudos científicos, medições, análises especializadas e outros testes e análises relevantes para nossas operações centrais. Este centro possui certificação do Instituto Nacional de Metrologia que lhe permite atestar o equipamento elétrico. O Cepel está concentrado, ainda, no desenvolvimento de projetos de eficiência energética, inclusive relacionados à geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como a energia solar e eólica. Como parte deste enfoque, a estrutura do Cepel inclui os seguintes projetos: (i) o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, (ii) a Casa Solar Eficiente, e (iii) o Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes. Patentes e Licenças O Cepel possui dezenove patentes registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, relativas a equipamentos e processos de fabricação. Seguro Nós mantemos seguro para incêndio, disastres naturais, acidentes envolvendo terceiros, outros riscos associados com transporte e montagem de equipamentos, construção de usinas e riscos múltiplos. Nossas subsidiárias e Itaipu possuem coberturas de seguro similares. Nós não temos cobertura de seguro para riscos de interrupção dos negócios porque nós não acreditamos que os elevados prêmios de seguro sejam justificados devido aos baixos riscos de uma grave perturbação, considerando a energia disponível no sistema interconectado nacional. Nós acreditamos o seguro que nós mantemos é tanto habitual no Brasil quanto adequado para os negócios que fazemos. D. Informações sobre Tendências Nossa administração identificou as seguintes tendências chaves, que contêm certas informações prospectivas e devem ser lidas em conjunto com “Declaração de Advertência Relativa a Informações Prospectivas” e o “Item 3.A, Fatores de Risco”. Fundamentalmente, acreditamos que estas tendências nos possibilitarão continuar crescendo em nossas atividades e melhorar nossa imagem corporativa: • eletricidade é uma demanda constante: diferentemente de certas indústria que são particularmente vulneráveis às condições cíclicas no mercado e/ou sazonabilidade, a demanda de eletricidade é constante. Acreditamos que continuaremos tendo a capacidade de fixar tarifas de acordo com as condições, particularmente no segmento de geração. Embora as tarifas no segmento de transmissão sejam fixadas pelo Governo Brasileiro todos os anos, acreditamos que estas tarifas continuarão aumentando na medida em que o PIB cresce; • a participação em futuros leilões possibilitará nosso crescimento: esperamos participar de um grande número de leilões de energia no futuro, assim como de novos leilões de transmissão e, conseqüentemente, precisaremos investir 89 (Tradução livre do original em inglês) em novas usinas de geração de energia (tanto hidrelétricas como térmicas) e novas linhas de transmissão, para podermos expandir a malha existente e manter nossa cota atual no mercado. Acreditamos, também, que ao nos concentrarmos na geração e transmissão, teremos condições de maximizar os lucros ao melhorarmos a eficiência em nossa infra-estrutura existente e capitalizarmos oportunidades decorrentes da nova estrutura; • uma redução nos encargos regulatórios tão logo os investimentos em infra-estrutura tenham sido concluídos: em períodos recentes, nossos resultados financeiros têm sido impactados pelos encargos regulatórios pela ANEEL. Os resultados destes encargos têm sido usados pelo Governo Brasileiro para investir em infra-estrutura, como o CCC e o RGR. Na medida em que esta infra-estrutura estiver concluída, acreditamos que a ANEEL reduzirá os níveis de encargos regulatórios, o que terá um efeito positivo em nossos resultados financeiros. Acreditamos, outrossim, que a conclusão destes projetos de infra-estrutura terão um efeito benéfico sobre nossa capacidade de crescimento em nossas atividades; • receitas de terceiros para a manutenção das instalações: apesar do centro de nossas atividades continuar sendo os segmentos de geração e transmissão, aumentamos com sucesso nossas receitas em períodos recentes utilizando nossa experiência para prestar serviços de manutenção para outras companhias em nossa indústria. Nossa subsidiária Eletronorte tem sido o conduite chave para isto. Esperamos que esta tendência continue, melhorando assim nossa condição financeira; e • um enfoque maior nos problemas ambientais, de saúde e segurança: existe uma tendência no Brasil e global para o aumento das preocupações para a proteção do meio ambiente. Isto causa-nos um impacto de diversas formas, incluindo na negociação com questões sociais e políticas que possam surgir quando buscamos construir novos empreendimentos (particularmente em áreas remotas do Brasil) e metas para emissão reduzida de carbono pelas instalações que se baseiam em combustível fóssil. Um dos desafios chaves para nós será equilibrar estes problemas ambientais frente ao crescimento de nossas atividades, porquanto estes problemas podem naturalmente aumentar as pressões de custo. Existe também uma tendência crescente no Brasil para exigências na área de saúde e segurança mais severas com relação às permissões para operação de nossos empreendimentos, o que impõe similarmente desafios de pressão de custo aos mesmos. E. Arranjos não incluídos no Balanço Nenhum de nossos acertos não registrados em balanço são do tipo com relação ao qual temos que revelar em conformidade com o item 5.E do Formulário 20-F. F. Obrigações Contratuais Apresentamos abaixo, de forma segmentada, nossas obrigações de dívida de longo prazo e obrigações de compra de longo prazo para os períodos apresentados: Pagamentos devidos por período em 31 de dezembro de 2008 (milhares de R$) Obrigações de dívida de longo prazo: Geração ........................... Transmissão .................... Distribuição..................... Total................................ 2009 1,430,023 606,023 78,834 2,114,879 2010 1,229,454 521,024 67,777 1,818,255 2011 1,468,478 622,319 80,954 2,171,751 2012 1,494,573 633,378 82,393 2,210,343 2013 14,589,962 6,183,011 804,313 21,577,286 2014 e após 1,430,023 606,023 78,834 2,114,879 Pagamentos devidos por período em 31 de dezembro de 2008 (milhares de R$) Obrigações de compra de Longo prazo: Geração ................................................ Transmissão ......................................... 2009 622,096 — 2010 2011 2012 552,501 — 555,499 — 558,335 — 2013 e após 1,422,686 — 90 (Tradução livre do original em inglês) Distribuição.......................................... Total..................................................... 1,873,891 2,495,987 1,968,491 2,520,992 2,089,877 2,645,376 2,281,732 2,840,067 11,877,266 13,299,952 ITEM 6. Conselheiros, Administração Sênior e Empregados A. Conselho de Administração e Diretoria Executiva Somos administrados por nosso Conselho de Administração, composto de até dez membros, e por nossa Diretoria, consistindo atualmente de cinco membros. Existe atualmente uma vaga em nosso Conselho de Administração. Nossos estatutos também prevêem um Conselho Fiscal permanente, composto de até cinco membros. Em conformidade com nossos estatutos, todos os membros de nossa Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal devem ser cidadãos brasileiros. Conselho de Administração Os membros do Conselho de Administração são eleitos na assembléia geral de acionistas por um período renovável de três anos. Entretanto, em 28 de abril de 2005, nossos acionistas aprovaram uma alteração de nossos estatutos, em conformidade com a qual o mandato de cada membro de nosso Conselho de Administração será reduzido de três anos para um ano. De acordo com a Lei No 3.890 – A, de 25 de abril de 1961, esta alteração está sujeita à aprovação na forma de decreto presidencial, que se encontra pendente na data deste relatório. Em conformidade com a Lei das S.A., os membros de nosso Conselho de Administração devem ser acionistas da companhia. Na qualidade de nosso acionista majoritário, o Governo Brasileiro tem o direito de nomear oito membros de nosso Conselho de Administração, dos quais sete são nomeados pelo MME e um pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Administração. Os acionistas minoritários têm o direito de eleger um membro, e os titulares de ações preferenciais sem direito a voto que representarem no mínimo dez por cento de nosso capital total, têm o direito de eleger um membro. Atualmente, nossos acionistas preferenciais não têm um conselheiro eleito. Um dos membros do Conselho de Administração é nomeado Presidente da empresa. Nosso Conselho de Administração se reúne ordinariamente uma vez por mês e quando convocado por uma maioria dos conselheiros ou pelo Presidente do Conselho. Entre outras atribuições, nosso Conselho de Administração é responsável por (i) fixar nossas diretrizes fundamentais; (ii) determinar a organização corporativa de nossas subsidiárias ou nossa participação acionária em outras entidades legais; (iii) determinar nossa política de empréstimos e financiamentos; e (iv) aprovar qualquer garantia em favor de qualquer uma de nossas subsidiárias em qualquer contrato financeiro. A tabela abaixo apresenta os atuais membros de nosso Conselho de Administração e seus respectivos cargos. O mandato de cada membro de nosso Conselho de Administração expira na próxima Assembléia Ordinária de Acionistas. Cada membro foi eleito pelo Governo Brasileiro, à exceção de Arlindo Magno de Oliveira, que foi eleito por nossos acionistas minoritários. Nome Cargo Márcio Pereira Zimmermann ....................................................................................................... Carlos Alberto Leite Barbosa....................................................................................................... Luiz Soares Dulci......................................................................................................................... Arlindo Magno de Oliveira (Minoritário) .................................................................................... Miriam Aparecida Belchior.......................................................................................................... Lindemberg de Lima Bezerra....................................................................................................... Wagner Bittencourt de Oliveira ................................................................................................... José Antonio Muniz Lopes........................................................................................................... José Antonio Corrêa Coimbra………………………………………………………………… Presidente Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Márcio Pereira Zimmermann – Presidente e Membro do Conselho: O Sr. Zimmermann é formado em engenharia elétrica pela Universidade Católica do Estado do Rio Grande do Sul e possui mestrado em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O Sr. Zimmermann foi Diretor de Engenharia da Eletrobrás e de Pesquisa e Desenvolvimento do Cepel. Atualmente é o Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, tendo sido anteriormente Secretário de Planejamento e Desenvolvimento de Energia do referido Ministério. 91 (Tradução livre do original em inglês) Carlos Alberto Leite Barbosa – Membro do Conselho: O Sr. Barbosa é formado em Ciência Social e Direito pela Faculdade Nacional da universidade do Brasil e formado pelo Instituto Rio Branco, a escola de diplomacia do Brasil. O Sr. Barbosa já teve cargos diplomáticos em Nova York, Buenos Aires e Madrid, e foi embaixador do Governo Brasileiro em Bogotá, Roma, Paris e Washington. No Brasil, o Sr. Barbosa já assumiu posições no Ministério de Relações Exteriores e no Ministério da Indústria e do Comércio. Luiz Soares Dulci – Membro do Conselho: O Sr. Dulci é professor de Língua e Literatura Portuguesa desde 1974, especializado em ensino de adultos. Lecionou em escolas públicas e privadas no Estado de Minas Gerais, Pará e Rio de janeiro, como o Colégio Santo Inácio de Loyola. O Sr. Dulci representa o Governo Brasileiro como participante do Conselho da Universidade da Paz das Nações Unidas. Atualmente integra a Câmara de Política Econômica, o Conselho de Política Industrial e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal. No período de 1996 a março de 2003, foi Presidente da Fundação Perseu Abramo de Estudos Econômicos, Políticos, Sociais e Culturais. De 1997 a 1998 foi Secretário Municipal de Cultura de Belo Horizonte e de 1993 a 1996 foi Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Participou como membro titular, em 1982, da Comissão Permanente de Educação e Cultura da Câmara de Deputados. Arlindo Magno de Oliveira – Membro do Conselho: O Sr. Oliveira é economista formado pela Universidade Federal Fluminense com diversos cursos de especialização em finanças e mercado de capitais. Começou sua carreira profissional como empregado do Banco do Brasil, onde exerceu cargo de gerência. Trabalhou, também, como Diretor do Fundo de Pensão do Banco do Brasil – Previ. O Sr. Oliveira está atualmente aposentado, mas tem vasta experiência como membro de Conselho de Administração em diversas importantes companhias brasileiras, incluindo a Companhia Vale do Rio Doce e a Valepar S.A., e empresas do setor elétrico brasileiro, onde foi membro do Conselho da Coelba, Cosern e CPFL. Miriam Aparecida Belchior – Membro do Conselho: A Sra. Belchior, uma engenheira de alimentos, formada pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e com mestrado em Administração Pública e Governamental pela Escola de Administração de Negócios da FGV - São Paulo. Foi Secretária de Administração e Modernização Administrativa da Prefeitura de Santo André de janeiro de 1997 a dezembro de 2000. Coordenou, também, o programa de Modernização Administrativa, escolhido pela ONU como uma das 100 melhores ações públicas do mundo no ano de 2000. A Sra. Belchior atuou como Secretária de Inclusão Social e Habitação pela Prefeitura de Santo André de janeiro de 2001 a novembro de 2002. Coordenou o programa Mais Igual em Santo André, o qual visava promover a inclusão social dos necessitados. A ONU escolheu esse programa como um das dez melhores ações públicas do mundo no ano de 2002. Mais recentemente, a Sra. Belchior fez parte da equipe de transição do Governo Lula. De janeiro de 2003 a junho de 2004, serviu como Agente Especial do Presidente da República. A Sra. Belchior é atualmente a Subchefe de Articulação e Monitoramento do Gabinete Civil da Presidência. Desde 2001 é professora na Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento de Administração, Contabilidade e Economia e no Departamento de Economia e Contabilidade da USP. Lindemberg de Lima Bezerra – Membro do Conselho: O Sr. Bezerra é formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo. O Sr. Bezerra já assumiu o cargo de Chefe do Gabinete da Secretaria do Tesouro Nacional desde julho de 2007. De 1997 a junho de 2007, o Sr. Bezerra era assistente de tributos e de economia do Tesouro Nacional. Wagner Bittencourt de Oliveira – Membro do Conselho: O Sr. Oliveira é engenheiro metalúrgico formado na PUC-RJ onde concluiu um curso de especialização em mercados financeiros e de capitais. Em 1975, participou de um concurso público e foi admitido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Durante toda a sua carreira no Banco, atuou em vários cargos: chefe de divisão, chefe de departamento, superintendente e, desde dezembro de 2004, é Superintendente de Insumos Básicos, que incluem mineração, metalurgia, cimento, papel e celulose, produtos químicos, petroquímicos e fertilizantes. Acumulou 20 anos de experiência executiva: foi o Secretário do Ministério de Integração Nacional (2001); Superintendente da SUDENE (2001 a 2002); Diretor Presidente da Companhia Ferroviária do Nordeste (1998 a 2000) e Superintendente da Área Industrial (1996 a 1998). José Antônio Muniz Lopes – Membro do Conselho: O Sr. José Antonio Muniz Lopes é engenheiro eletricista, formado pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista no Setor Elétrico brasileiro em que trabalhou por mais de 30 anos. Em 04 de março de 2008, em Assembléias Geral Extraordinária da Eletrobrás foi designado membro do Conselho de Administração e, em 06 de março, Diretor Presidente. Exerceu diversos cargos executivos em empresas do Sistema Eletrobrás. Foi Diretor Presidente e Diretor de Engenharia e Planejamento da Eletronorte e Diretor Presidente, Diretor de Administração e Diretor Financeiro da Chesf. Foi Diretor em Exercício do Departamento Nacional de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia, onde atuou também como Secretário Executivo. 92 (Tradução livre do original em inglês) José Antônio Corrêa Coimbra – Membro do Conselho: O Sr. José Antônio Corrêa Coimbra é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Pará com mestrado em Engenharia de Produção na Universidade Federal de Santa Catarina, possuindo diversos artigos publicados no Brasil e no exterior. Atualmente assessor do Ministério de Minas e Energia. No Sistema Eletrobrás, foi diretor de engenharia da Eletronorte, onde trabalhou de 1977 até 2005. O Sr. Coimbra também é membro do Conselho de Administração da Eletronorte e já assumiu a mesma posição no Centro de Pesquisa de Energia Elétrica – Cepel. Membros da Diretoria Nossa Diretoria é composta atualmente de seis membros nomeados pelo Conselho de Administração por prazo indeterminado. Nossa Diretoria reúne-se ordinariamente todas as semanas, ou extraordinariamente quando convocada pela maioria dos seus membros ou pelo Diretor Presidente. Nossa Diretoria determina nossa política geral, é responsável por todos os assuntos relacionados à administração e operações rotineiras, é o órgão controlador superior em relação à execução de nossas diretrizes, e é nomeada pelo nosso acionista controlador, o Governo Federal. Nosso Diretor Administrativo é responsável pela coordenação e administração geral de nossa empresa, incluindo a área de fornecedores, os assuntos relacionados aos empregados e treinamento e bens materiais. Os membros de nossa atual Diretoria foram nomeados por nosso Conselho de Administração e seus nomes e cargos estão apresentados abaixo: Nome Cargo Astrogildo Fraguglia Quental ......................... José Antonio Muniz Lopes………………… Valter Luiz Cardeal de Souza ......................... Miguel Colasuonno......................................... Ubirajara Rocha Meira ................................... Flávio Decat de Moura................................... Diretor Financeiro e de Ralação com Investidores Diretor Presidente Diretor de Engenharia Diretor Administrativo Diretor de Tecnologia Diretor de Distribuição Sr. Astrogildo Fraguglia Quental – Diretor Financeiro e de Relação com Investidores: O Sr. Astrogildo Fraguglia Quental é formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e possui curso de especialização em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas. Antes de ser designado Diretor Financeiro e de Relação com Investidores, exercia, desde outubro de 1995, a função de Diretor Financeiro da Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. De março de 1991 a dezembro de 1994, exerceu o cargo de Secretário de Infra-Estrutura do Estado do Maranhão, em que foi o responsável pela implementação de políticas e estratégias voltadas ao desenvolvimento do sistema de infra-estrutura local, abrangendo os seguintes órgãos estaduais: Secretaria de Estado de Infra-Estrtura (Sinfra); Companhia Energética do Maranhão (Cemar); Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão (Caema); Companhia de Habitação Popular do Maranhão (Coab); Departamento de Estradas de Rodagem do Maranhão (DER) e Companhia de Desenvolvimento Rodoviário do Maranhão (Coderma). Sr. José Antônio Muniz Lopes – Diretor Presidente: Ver “Conselho de Adminitração”. Sr. Valter Luiz Cardeal de Souza - Diretor de Engenharia: Valter Luiz Cardeal de Souza é engenheiro eletricista e engenheiro eletrônico, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com especialização em Engenharia da Energia e em Engenharia de Produção. O Sr. Cardeal é Diretor de Engenharia da Eletrobrás desde 14 de Janeiro de 2003. Atua no Setor Elétrico há mais de 32 anos, sendo funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE – desde 1971, onde desempenhou importantes funções técnicas e gerenciais, tendo sido Diretor das áreas de Geração, Transmissão e Distribuição. No Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE – foi Assistente Executivo do Diretor Geral; Coordenador da Área de Construção e Aplicação de Energia Elétrica e Coordenador/Diretor Econômico-Financeiro Substituto. O Sr. Cardeal também exerce o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE e da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica CGTEE, empresas controladas da Eletrobrás. Sr. Miguel Colasuonno – Diretor Administrativo: O Sr. Miguel Colasuonno é PhD em Relações Internacionais pela Vanderbilt University (EUA) e pós-graduado em Economia, com especialização em Comércio Internacional e Câmbio pela Universidade de São Paulo. Foi prefeito de São Paulo entre 1973 e 1975, presidente da Embratur (1980-1985) e do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo (1986-1995), e vereador na Câmara paulistana de 1992 a 2001, na qual chegou à Presidência. Lecionou na Universidade de São Paulo nos últimos sete anos e foi nomeado Diretor em 06 de março. 93 (Tradução livre do original em inglês) Sr. Ubirajara Rocha Meira – Diretor de Tecnologia: O Sr. Ubirajara Rocha Meira é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde também obteve o grau de mestre Foi engenheiro da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), de 1976 a 1978. O diretor de Tecnologia da Eletrobrás é professor da Universidade Federal de Campina Grande onde lecionou no curso de pós-graduação. Sr. Flávio Decat de Moura – Diretor de Distribuição: O Sr. Flávio Decat de Moura é formado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Universidade Federal do Estado de Minas Gerais. Presidiu a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, no período de 2001 a 2003, e a Companhia de Gás de Minas Gerais - Gasmig entre 2004 e 2007. Exerceu, ainda, os cargos de diretor de Finanças, Participações e de Relações com Investidores da Cemig de 2003 a 2007 e de vice-presidente e diretor de Distribuição da Empresa Energética do Mato Grosso do Sul - Enersul , entre1996 e 1997. B. Remuneração A compensação de nosso Conselho de Administração, Diretoria e Conselho fiscal é determinada por nossos acionistas em assembléia geral de acionistas realizada nos primeiros quatro meses do exercício financeiro. Essa remuneração pode também incluir um valor de participação nos lucros a critério de nossos acionistas. Para 2008, 2007 e 2006, a remuneração global paga a nossos Conselheiros, Diretores e membros do Conselho Fiscal (inclusive a paga por nossas subsidiárias e Itaipu) foi de R$17.790.523,59, R$22.216.802,54, e R$16.542.772,70, respectivamente. A participação nos lucros global paga aos nossos Conselheiros (inclusive a paga por nossas subsidiárias e Itaipu) foi de R$1.693.096,97 em 2008, R$1.762.341,27 em 2007, e R$1.965.252,83 em 2006. O Conselho de Administração é responsável pela apropriação da remuneração entre seus membros, os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Não separamos nem acumulamos quaisquer quantias para prover pensão, aposentadoria ou benefícios similares. C. Práticas do Conselho Contratos para Serviços Não temos contratos para serviços com qualquer membro de nosso Conselho de Administração, Diretoria ou Conselho Fiscal. Conselho Fiscal Nosso Conselho Fiscal é estabelecido de forma permanente e consiste de cinco membros e cinco suplentes eleitos na assembléia anual de acionistas para um mandato de um ano, renovável. O Governo Brasileiro tem o direito de nomear três dos membros de nosso Conselho Fiscal e, tanto os acionistas minoritários como os portadores de nossas ações preferenciais têm o direito de nomear um membro, cada. Os atuais membros do Conselho Fiscal, apresentados na tabela abaixo, e os respectivos suplentes, foram eleitos na assembléia geral de acionistas realizada em 30 de abril de 2007. Seus mandatos vencem na assembléia ordinária de acionistas programada para abril de 2008. Membro Suplente Hailton Madureira de Almeida............................................................. Danilo de Jesus Vieira Furtado ............................................................ Edison Freitas de Oliveira.................................................................... Ana Lucia Paiva Lorena Freitas ........................................................... Ricardo de Paula Monteiro Luciana de Almeida Toldo Rodrigo Magela Pereira Jairez Elói de Souza Paulista D. Empregados Em 31 de dezembro de 2008, tínhamos um total de 27.075 empregados (incluindo 50% dos empregados por Itaipu) comparado com os 21.899 e 20.713 empregados em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente. A Eletrobrás, excluindo Itaipu e outras subsidiárias, tinha 1.002 empregados em 31 de dezembro de 2008. Nos últimos cinco anos, não enfrentamos quaisquer greves ou outra forma de interrupção de trabalho que tenha afetado nossas operações ou tenha tido um impacto significativo em nossos resultados. 94 (Tradução livre do original em inglês) Na qualidade de empresa de economia mista, não podemos contratar empregados sem concurso púbico. Um concurso público envolve a publicação de anúncios na imprensa brasileira para cargos em aberto e convidando candidatos para fazerem as provas. O último concurso público ocorreu em 2005, como resultado do qual contratamos aproximadamente 102 novos empregados. O tempo médio de serviço de nossos empregados é de 16 anos. A tabela a seguir estabelece o número de empregados por tempo de serviço: Composição dos Empregados por Tempo de Serviço Em 31 de dezembro de 2008 ......................... 31 de dezembro de 2007 ......................... Até 5 7.573 6 a 10 2.076 11 a 15 1.114 16 a 20 3.466 21 a25 5.089 6.563 1.236 572 4.499 3.221 Mais de 25 7.757 5.808 Total 27.075 21.899 A tabela a seguir apresenta o número de empregados por departamentos: Departamento Campo....................................................................................... Administrativo .......................................................................... Total ......................................................................................... Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 Número de Empregados em 31 de dezembro de 2007 16.271 10.804 27.075 13.845 8.054 21.899 Apesar de não podermos contratar empregados terceirizados, nossas subsidiárias Eletronorte, Eletronuclear e Furnas empregam 3.377 empregados terceirizados para cumprir com as regras estabelecidas pelo Governo Brasileiro durante o plano nacional de privatização. A tabela a seguir apresenta o número de empregados terceirizados na Eletronorte, Eletronuclear e Furnas. Subsidiária Eletronorte ................................................................................ Eletronuclear............................................................................. Furnas ....................................................................................... Total ......................................................................................... Número de Empregados Terceirizados em 31 de dezembro de 2008 678 1.723 2.401 Número de Empregados Terceirizados em 31 de dezembro de 2007 2.451 21 1.857 4.329 A maioria de nossos empregados é filiada a sindicatos. Os principais sindicatos que representam nossos empregados são: Federação Nacional dos Urbanitários, Federação Nacional dos Engenheiros, Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, Federação Nacional de Secretárias e Secretários, Federação Brasileira dos Administradores, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo, Sindicato dos Eletricitários de Furnas e DME e Sindicato dos Eletricitários do Norte e Noroeste Fluminense. Nossa relação com nossos empregados é regulamentada por acordos coletivos firmados com estes sindicatos e a Associação dos Empregados da Eletrobrás e renegociados em maio de cada ano. Este acordo é aplicável somente aos empregados da Eletrobrás. Cada uma de nossas subsidiárias negocia seu próprio acordo coletivo, anualmente, com seus respectivos sindicatos. E. Posse de Ações Nenhum membro de nosso Conselho Fiscal possui qualquer uma de nossas ações. As tabelas a seguir ilustram a titularidade atual de nossas ações pelos membros de Nosso Conselho de Administração e nossa Diretoria: 95 (Tradução livre do original em inglês) Conselho de Administração Quantidade de Ações ordinárias 2 100 150 2 1 2 10 1 1 Nome: Luiz Soares Dulci.............................................................. Arlindo Magno de Oliveira ............................................... Carlos Alberto Leite Barbosa............................................ Miriam Aparecida Belchior............................................... Lindemberg de Lima Bezerra............................................ Wagner Bittencourt de Oliveira ........................................ Marcio Pereira Zimmermann ............................................ José Antonio Muniz Lopes................................................ José Antonio Corrêa Coimbra ........................................... Diretoria Executiva Nome: José Antonio Muniz Lopes..................................... Astrogildo Fraguglia Quental................................. Valter Luiz Cardeal de Souza................................. Miguel Colasuono .................................................. Ubirajara Rocha Meira........................................... Quantidade de ações ordinárias 1 — — — — ITEM 7. Acionistas Majoritários e Transações com Partes Envolvidas A. Acionistas Majoritários Em 31 de dezembro de 2008 2007, o montante global de nosso capital social não distribuído era de R$ 26.156.567.211,64, consistindo de 905.023.527 ações ordinárias, juntamente com 146.920 ações preferenciais de classe “A” e 227.186.643 ações preferenciais de classe “B”. Isso representou 70,92%, 0,01%, e 20,17% de nosso capital social global pendente, respectivamente. Isso reflete o grupamento de ações 500:1 que efetuamos em 20 de agosto de 2007. Em 20 de janeiro de 2009, nós tínhamos 7.939 beneficiários e 4 portadores de ADSs registrados representando ações ordinárias e 2.784 beneficiários e 3 portadores de ADSs representando ações preferenciais. As tabelas a seguir apresentam informações referentes à posse de nossas ações ordinárias e preferenciais em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2007: Em 31 de dezembro de 2008 Acionista Governo Brasileiro BNDES Participações S.A. Fundo Nacional de Desenvolvimento Fundo Garantidor. de Parcerias Público-Privadas Compensadas através de CBLC: Depositary Receipt Program Ações ordinárias (quantidade) 488.656.241 133.757.950 (%) 53,99 14,78 Ações Preferenciais Classe “A” (quantidad (%) e) — — — — Ações Preferenciais Classe “B” (quantidade) 35.191.714 — Total (%) 15,49 — 523.847.955 133.757.950 45.621.589 5,04 — — — — 45.621.589 40.000.000 4,42 — — — — 40.000.000 69.298.867 7,66 — — 14,72 102.736.936 33.438.069 96 (Tradução livre do original em inglês) Outras ações compensadas através de CBLC Outras Total 127.622.120 66.760 905.023.527 14,10 84.505 0,01 62.415 100,00 146.920 57,52 116.399.928 45,48 42.156.932 100,00 227.186.643 51,23 18,56 100,00 244.106.553 42.286.107 1.132.257.090 Em 31 de dezembro de 2007 Acionista Governo Brasileiro BNDES Participações S.A. Fundo Nacional de Desenvolvimento Fundo Garantidor. de Parcerias Público-Privadas Compensadas através de CBLC: Depositary Receipt Program Outras ações compensadas através de CBLC Outras Total Ações ordinárias (quantidade) 488.656.241 133.757.950 (%) 53,99 14,78 Ações Preferenciais Classe “A” (quantidad e) (%) — — — — Ações Preferenciais Classe “B” (quantidade) 35.191.002 — Total (%) 15,69 — 523.847.243 133.757.950 45.621.589 5,04 — — — — 45.621.589 40.000.000 4,42 — — — — 40.000.000 89.507.374 9,89 — — — — 12,36 117.247.443 107.357.272 123.101 11,87 0,01 83.371 63.549 56,75 115.636.004 43,25 45.760.980 51,55 20,40 100,00 146.920 100,00 224.328.055 100,00 107.440.643 186.650 1.129.498.50 2 905.023.527 — 27.740.069 B. Transações com Partes Envolvidas Administramos certos fundos, incluindo o Fundo RGR, Conta CCC e Conta CDE, em nome do Governo Brasileiro, nosso acionista controlador. Atuamos por vezes juntamente com outras companhias estatais brasileiras ou entidades governamentais. Estas atividades são principalmente nas áreas de cooperação técnica e pesquisa e desenvolvimento. Em 2000, nosso Conselho de Administração aprovou a assinatura de um Contrato de Cooperação Técnica e Financeira entre nós e o MME, para realizarmos estudos de viabilidade com relação à base hidrográfica brasileira, com a finalidade de identificar locais prováveis para a futura construção de usinas hidrelétricas. O valor estimado do contrato é de R$25 milhões, a nos serem pagos pelo MME. Firmamos um acordo de consórcio com a Petrobrás Energia S.A., a qual é também de propriedade parcial do Governo Brasileiro, para a construção de uma usina termelétrica em Manaus. Firmamos, também, um contrato estrutural para estabelecer as bases e as condições para o desenvolvimento de contratos para a comercialização de energia a serem firmados entre nós e a Petrobrás no futuro. Além disso, nós fizemos alguns empréstimos para nossas subsidiárias. Para maiores detalhes, por favor veja a descrição no “Item 4.B, B. Visão Geral do Negócio – Empréstimos Feitos por Nós”. Existem também certos acordos contratuais ocorrendo entre Eletronuclear e Furnas para a venda e compra de energia produzida pela Eletronuclear, o que é detalhado no “Item 4.B, Informação da Companhia - Usinas Nucleares”. Além disso, fizemos diversos empréstimos às nossas subsidiárias. Para maiores detalhes, por favor, veja a descrição que consta do “Item 4.B, Informações sobre a Empresa – Visão Geral dos Negócios – Atividades de Empréstimo e Financiamento – Empréstimos feitos por nós”. Há, também, determinados acordos contratuais ocorrendo entre Eletronuclear e Furnas para a venda e compra de energia produzida pela Eletronuclear, que estão mais detalhadamente descritos no “Item 4.B, Informações sobre a Empresa – Visão Geral dos Negócios com Usinas Nucleares”. 97 (Tradução livre do original em inglês) Acreditamos que nossas transações com partes relacionadas são realizada em termos de mercado. C. Participações de Especialistas e Conselheiros Não aplicável. ITEM 8. Informações Financeiras A. Demonstrativos Financeiros Consolidados e Outras Informações Vide "Item 3.A, – Dados Financeiros Selecionados " e "Item 18, Demonstrativos Financeiros." Litígio Estamos envolvidos em diversos processos judiciais e administrativos decorrentes do transcorrer normal de nossas atividades. Estabelecemos provisões para todos os montantes em disputa que representam uma perda provável na visão de nossos conselheiros jurídicos e com relação às disputas que estão abrangidas por leis, decretos administrativos, decretos ou regras de tribunais que tenham sido consideradas desfavoráveis. Procedimentos Ambientais Estamos envolvidos em procedimentos administrativos com relação à infrações da legislação ambiental. Geralmente, esses processos consistem de avisos de infração impondo multas pelo descumprimento de diretrizes ambientais, danos à vida silvestre ou a operação de usinas de energia sem licenças ambientais. Os casos mais relevantes são os procedimentos envolvendo as usinas de geração de Furnas, de Itumbiara e Corumbá. As penalidades aplicadas totalizam R$12 milhões sem levar em consideração as multas diárias, reajustes monetários e os termos do embargo. Furnas apresentou uma defesa contestando essas penalidades e está atualmente aguardando julgamento por parte das autoridades ambientais. Não estabelecemos provisões com relação à esta questão porque consideramos remota a chance de uma decisão desfavorável. Estamos também envolvidos em reclamações judiciais de natureza ambiental. Normalmente, estas reclamações constituem contestações aos procedimentos de licença ambiental de nossos empreendimentos ou pedidos de indenização por danos decorrentes da instalação ou operação de usinas hidrelétricas. Em 2001, dez municípios do Estado de Minas Gerais e uma associação comercial local entraram com uma ação popular referente a danos ambientais causados pela usina hidrelétrica de Furnas, São José da Barra. A reclamação alega que o nível do reservatório está diminuindo devido ao uso excessivo e irregular de água para fins de produção de energia. A reclamação alega ainda que os baixos níveis de água no reservatório são prejudiciais ao turismo na área e que, como resultado, a economia regional tem sido adversamente afetada. A reclamação é por compensação financeira de aproximadamente R$1 bilhão, embora a maior parte dos municípios originalmente envolvidos já tenha retirado a reclamação. O processo está atualmente em andamento para ser determinada a corte na qual a reclamação será apreciada. Não fizemos nenhuma provisão com relação a este litígio, porquanto consideramos remoto o risco de uma decisão desfavorável nas ações. Em 2002 e 2003, duas associações da comunidade de Cabeço entraram com ações populares independentes referentes a danos ambientais causados pela Chesf. A comunidade de cabeço fica localizada na ilha fluvial no estuário do Rio São Francisco. Ambas alegam que as usinas hidrelétricas perturbam o fluxo normal do rio e resultou em um declínio na atividade pesqueira e o desaparecimento gradual da ilha fluvial. Ambas as ações populares ainda estão na fase preliminar e a compensação monetária solicitada é de R$100 milhões em cada caso. Devido ao risco de perda ter sido considerado apenas como possível, nenhuma provisão foi estabelecida. Para evitar ou liquidar reclamações judiciais ou procedimentos administrativos, firmamos termos de compromisso com o procurador público ou as autoridades ambientais assumindo a obrigação de cumprir com legislação ambiental ou de reparar os danos ambientais. Esses acordos constituem o TAC. O TAC mais importante é datado de agosto de 2004 e envolve compensação monetária de R$83 milhões para indenizar a Tribos Tuxás pelos danos decorrentes da usina hidrelétrica Luiz Gonzaga da Chesf, no Estado da Bahia. Devido ao risco de perda ser considerado apenas possível, não foi estabelecida nenhuma provisão. 98 (Tradução livre do original em inglês) Processos Trabalhistas Somos parte de alguns processos trabalhistas instaurados contra nós por nossos empregados. A maior parte destes processos está relacionada à compensação por hora extra, reajustes de pensão, aumentos salariais estabelecidos por meio de acordos coletivos de negociação, prêmio de risco, benefícios e impactos inflacionários, conforme abaixo descrito. A maior parte das reclamações trabalhistas iniciadas contra nós consiste de reclamações pelo descumprimento da política referente a aumentos salariais estabelecidos por meio de acordos coletivos. Existem, também, reclamações significativas relacionadas aos pagamentos de prêmio de risco. Com relação às sucessivas tentativas por parte do Governo Brasileiro para reverter os altos índices inflacionários no Brasil, as companhias brasileiras tiveram no passado que desconsiderar por lei em cada ano parte da inflação para aquele ano quando do cálculo de aumentos salariais para seus empregados. Como a maioria das companhias brasileiras, fomos réu em ações iniciadas perante tribunais do trabalho pelos sindicatos ou empregados individualmente, buscando compensação por perdas salariais resultantes da implementação dos planos antiinflacionários do Governo Brasileiro. Temos estado particularmente envolvidos em ações referentes a três desses planos: (i) o plano implementado em 1987 pelo então Ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser Pereira (o Plano Bresser), (ii) o plano implementado no início de 1989 (o Plano de Verão), e (iii) o plano implementado em 1990 pelo então Presidente, Fernando Collor de Melo (o Plano Collor). Todas as ações coletivas iniciadas contra nós com relação a esses planos foram definitivamente decididas pelo Supremo Tribunal Federal em nosso favor. Ainda existem ações individuais em processo aguardando julgamento as quais, entretanto, não consideramos materiais. Não existem contingências trabalhistas relevantes e a possibilidade de perda de ações é considerada remota por nossos conselheiros jurídicos. Empréstimos Compulsórios De acordo com a Lei No 4.156, de 28 de novembro de 1962, certos usuários finais de eletricidade tiveram que nos fazer “empréstimos compulsórios” (por meio de cobranças pelos distribuidores) para prover recursos para o desenvolvimento do setor elétrico. Os clientes industriais que consomem mais de 2.000 kWh de eletricidade por mês tiveram que pagar um valor equivalente a 32,5% de cada conta de luz para nós na forma de um empréstimo compulsório, que seria reembolsado por nós no prazo de 20 anos. Os juros sobre os empréstimos compulsórios são baseados no IPCA-E mais 6,0% por ano. A Lei No 7.181, de 20 de dezembro de 1983, prorrogou o programa de empréstimo compulsório até 31 de dezembro de 1993, e estipulou que esses empréstimos podem, sujeito à aprovação do acionista, ser reembolsados por nós na forma de uma emissão de ações preferenciais no valor contábil, em lugar de dinheiro. Disponibilizamos aos clientes elegíveis, após a primeira e segunda conversões de créditos do empréstimo compulsório, aproximadamente 42,5 bilhões em ações preferenciais da Classe “B” e após a terceira conversão de créditos do empréstimo compulsório, cerca de 27,2 bilhões em ações preferenciais da classe ”B”. Além disso, foi aprovada pelos acionistas, em 30 de abril de 2008, a emissão ações preferenciais adicionais aos clientes elegíveis no valor contábil como reembolso de nossos empréstimos compulsórios restantes. Se forem emitidas ações adicionais no futuro e o valor contábil dessas ações for inferior ao seu valor de mercado, o valor das ações dos acionistas existentes pode estar sujeito à diluição. Em 31 de dezembro de 2007, registramos aproximadamente R$202,4 milhões por dívidas do empréstimo compulsório que ainda não tinham sido convertidas, as quais, a qualquer momento, por decisão de nossos acionistas, podem ser reembolsadas aos consumidores industriais, por meio da emissão de ações preferenciais da classe “B”, de acordo com os procedimentos acima descritos. Os consumidores entraram com 3.561 ações contra nós questionando os reajustes monetários, a inflação declarada e os cálculos de juros relacionados ao reembolso dos empréstimos compulsórios. Dessas ações, 22 foram decididas contra nós e estão atualmente na fase de execução. O montante total envolvido nestas ações não é ajustado pela correção monetária e necessitou de avaliação especializada para ser calculado corretamente. As ações já decididas contra nós totalizam aproximadamente R$719 milhões. No transcorrer do processo de execução, tivemos que empenhar alguns de nossos ativos, consistindo principalmente de ações preferenciais por nós mantidas em outras empresas do setor energético. Temos atualmente provisionado R$1,5 bilhão para cobrir as perdas decorrentes de decisões desfavoráveis sobre estas ações. Estamos ainda envolvidos em aproximadamente 2.773 ações relacionadas ao reembolso dos empréstimos compulsórios, nas quais os clientes procuram exercer a opção de converter seus créditos apresentados por títulos pagáveis ao portador. Estes títulos são denominados “obrigações da Eletrobrás”. Entretanto, acreditamos que não temos nenhuma outra responsabilidade com relação a estes títulos porquanto eles têm uma data de expiração para apresentação e esta data expirou. 99 (Tradução livre do original em inglês) Furnas / COFINS – PASEP – FINSOCIAL Em 2001, recebemos notificação de infração relacionada a impostos FINSOCIAL, COFINS e PASEP como resultado da exclusão da base de cálculo de certos repasses de empréstimos e transporte de energia de Itaipu, por um período de dez anos. O montante da reclamação era R$1.069 milhão (reajustado pela inflação a partir de um valor original de R$792 milhões). Estas notificações de infração de impostos foram acrescentadas a outras emitidas em 1999, referentes a um período de cinco anos, no valor de R$615 milhões, sujeitas à inclusão no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, em 2000, e transferidas, em 2004, para o Parcelamento Especial – PAES. Ainda não fizemos nenhuma provisão relacionada a este valor seguindo a recomendação do conselheiro jurídico da Empresa, uma vez que consideramos o risco de uma decisão desfavorável remoto. Furnas/ITR Furnas é ré em alguns processos administrativos iniciados pela SRF com relação à cobrança do Imposto Territorial Rural ITR, um imposto federal cobrado sobre proprietários de bens imóveis rurais. A SRF cobrou de Furnas e exigiu a cobrança do ITR cobrado sobre os bens imóveis da Usina de Serra da Mesa, Itumbiara, Marechal Mascarenhas de Morais, Furnas, Luiz Carlos Barreto de Carvalho, Porto Colômbia e Usina de Marimbondo. Furnas calculou os valores devidos excluindo as áreas de reservatórios. As autoridades tributárias federais brasileiras questionaram as exclusões, alegando que Furnas deveria calcular o valor do imposto incluindo essas áreas. Os processos estão ocorrendo atualmente no nível administrativo e o valor total envolvido em 31 de dezembro de 2008 é de R$921 milhões. Não fizemos nenhuma provisão relacionada a este valor seguindo as recomendações do conselheiro jurídico da Empresa, uma vez que consideramos o risco de uma decisão desfavorável remoto. Furnas/VAT Furnas é ré em 11 execuções fiscais iniciadas pela Receita do Estado do Paraná, para cobrar o VAT devido sobre a transferência de energia de Itaipu para a Eletrosul. As autoridades tributárias do Estado do Paraná alegam que a transferência dessa energia é tributável pelo VAT e Furnas não o recolheu. Furnas já obteve decisões favoráveis (na primeira e segunda instâncias) sobre quinze execuções fiscais. A maioria destas ações estão ocorrendo atualmente em terceira instância e o valor total envolvido em 31 de dezembro de 2008 era de R$161,8 milhões. Furnas efetuou depósitos judiciais dos valores dos impostos disputados seguindo recomendações do conselheiro jurídico da Empresa, uma vez que consideramos o risco de uma decisão desfavorável remoto. Entretanto, nós consideramos o risco de uma decisão não favorável bem remoto. Arbitragem – EPE - Empresa Produtora de Energia Ltda. Em 26 de novembro de 2007, a Empresa Produtora de Energia Ltda. (ou EPE) iniciou um processo de arbitragem contra Furnas na Câmara de Mediação e Arbitragem de São Paulo como resultado de uma recisão por Furnas de um acordo de compra de energia, devido a uma incapacidade da EPE de entregar o volume de energia elétrica contratada. O montante do processo é de R$ 541 milhões e uma decisão final do Tribunal de Arbitragem ainda está pendente. Nós não fizemos nenhuma provisão com respeito a essa quantia, porque nós consideramos possível uma decisão favorável. Em 26 de novembro de 2007, a Empresa Produtora de Energia Ltda (ou EPE) começou o processo de arbitragem contra Furnas na Câmara de Mediação e Arbitragem de São Paulo (o Tribunal de Mediação e Arbitragem de São Paulo), como resultado do término do acordo de comora de energia por Furnas, devido à inabilidade da EPE em entregar o volume de energia contratada. O montante da concessão é de R$ 541 milhões e a decisão fical do tribunal de arbitragem ainda está pendente. Não fizemos qualquer provisão relativa a esse montante já que consideramos o risco da possibilidade de uma decisão favorável. 100 (Tradução livre do original em inglês) Desapropriação de Terras Nossas subsidiárias estão normalmente envolvidas em diversos processos legais relacionados à desapropriação de terras utilizadas para a construção de usinas hidrelétricas, particularmente nas regiões norte e nordeste. A maioria destes processos está relacionada à indenização paga à população afetada pela construção dos reservatórios e danos ambientais ou econômicos infligidos sobre as populações afetadas e as cidades vizinhas. As principais ações relacionadas à desapropriação envolvendo nossas subsidiárias estão descritas abaixo. Na região norte, a Eletronorte está envolvida em diversos processos relacionados à desapropriação de terras pra a construção das usinas hidrelétricas de Balbina, no estado do Amazonas, e Tucuruí, no estado do Pará. As 28 ações relacionadas à desapropriação de Balbina envolvem o valor a ser pago pela terra desapropriada e a legalidade da posse da terra afetada reclamada por supostos proprietários. O valor total envolvido, que se encontra totalmente provisionado é de aproximadamente R$331 milhões. Recentemente, entretanto, o Ministério Público Federal encontrou novas evidências de que as terras pertenciam à União e não ao estado do Amazonas, o que é o principal argumento destes processos. A Eletronorte solicitou o ingresso da União nas ações de Balbina. Das 228 ações originais relacionadas à desapropriação de Tucuruí, apenas 33 ainda estão em curso. A Eletronorte venceu as outras 195 ações e espera o mesmo resultado dos processos ainda em andamento. Não foi feita nenhuma provisão. Mendes Jr. A Chesf está envolvida em processos litigiosos significativos com a Mendes Jr., uma construtora brasileira. A Chesf e a Mendes Junior entraram em um acordo em 1981 estipulando certa construção a ser realizada pela Mendes Jr. com relação à usina hidrelétrica de Itaparica, de propriedade da Chesf. O acordo, com as alterações, estabelece ainda que, na hipótese de atrasos nos pagamentos devidos pela Chesf à Mendes Jr., a Mendes Jr. teria direito a juros por atraso à taxa de 1,0% por mês, mais a indexação pela inflação. Durante a realização da obra, os pagamentos pela Chesf foram atrasados e a Chesf pagou subseqüentemente juros de 1,0%, mais a indexação, sobre os pagamentos atrasados. A Mendes Jr. alegou que, como teve que obter recursos no mercado para não interromper a construção, tinha direito a ser reembolsada com relação a esses recursos às taxas de juros do mercado, que eram muito mais altas do que a taxa de juros por atraso estabelecida no contrato. O tribunal de primeira instância indeferiu as reclamações da Mendes Jr. E a Mendes Jr. apelou ao Tribunal de Recursos do Estado de Pernambuco. O Tribunal de Recursos reintegrou as reclamações da Mendes Jr. e declarou a Chesf responsável por reembolsar os custos de financiamento da Mendes Jr. relacionados aos pagamentos atrasados às taxas de mercado, mais as taxas legais de 20,0% do valor da disputa, sendo o total indexado às taxas de mercado até a data efetiva de pagamento. A apelação da Chesf da decisão do Tribunal de Recursos ao Supremo Tribunal Federal foi rejeitada com bases jurisdicionais. A Mendes Jr. iniciou, então, uma segunda ação em um tribunal estadual em Pernambuco para ordenar a Chesf a pagar as perdas efetivas incorridas pela Mendes Jr., e para determinar o valor a ser pago. No processo de execução, o tribunal de primeira instância decidiu em favor da Mendes Jr., mas o Tribunal de Recursos decidiu em favor da Chesf, anulando a sentença do tribunal de primeira instância no processo de execução. A Mendes Jr. apelou desta decisão do Tribunal de Recursos ao STJ. Ao mesmo tempo, o Governo Brasileiro também solicitou ao STJ que permitisse que o Governo participasse no processo como assistente da Chesf. Em dezembro de 1997, o STJ decidiu que (i) o segundo processo deveria ser reiniciado a partir da fase de julgamento, (ii) o Governo Brasileiro deveria participar no processo como assistente da Chesf, e (iii) o segundo processo deveria ser apreciado pelos Tribunais Federais em vez dos Tribunais Estaduais aos quais foi originalmente submetido. O segundo processo na corte federal para determinar o montante a ser pago pela Chesf a Mendes Jr.. A decisão do especialista foi contestada pela Chesf em 08 de Março de 2008, mas nenhuma decisão foi tomada até então. A reivindicação original da Mendes Jr. era, originalmente, de R$7 bilhões, não corrigidos pela inflação. Chesf não fez nenhuma provisão em seu balanço em 31 de dezembro de 2008, porquanto considerou o risco de perda desta ação como sendo remoto. Dessa forma, uma sentença final contra a Chesf teria um efeito material adverso sobre nossa posição financeira, os resultados de nossas operações, o fluxo de caixa e a liquidez. Litígio do Fator “K” da Usina de Xingó A Chesf está ainda envolvida em litígio com o consórcio responsável pela construção da usina de Xingó (ou o Consórcio Xingó). Com relação à construção da usina de Xingó, a Chesf e o Consórcio Xingó firmaram um contrato para construção que foi alterado em 1988 para prever que um reajuste adicional da inflação (denominado “fator K”) fosse acrescentado a certos pagamentos de correção monetária que teriam que ser feitos pela Chesf ao Consórcio Xingó pelo contrato. Esta 101 (Tradução livre do original em inglês) alteração resultou em pagamentos pela Chesf ao Consórcio Xingó mais altos do que os pagamentos que o Pedido de Proposta (ou RFP) original para este projeto indicaram que seriam pagos ao concorrente vencedor. Em 1994, a Chesf deixou unilateralmente de aplicar o fator K a seus pagamentos ao Consórcio Xingó (e, conseqüentemente, reduziu seus pagamentos ao Consórcio Xingó ao valor que a Chesf teria tido que pagar caso o fator K não tivesse sido aplicado a esses pagamentos) e entrou com uma ação contra o Consórcio Xingó buscando reembolso das quantias adicionais pagas em conformidade com o reajuste do fator K, reivindicando que o uso de um sistema de indexação mais favorável para o Consórcio Xingó do que o originalmente estipulado pela RFP era ilegal de acordo com as regras de concorrência pública. A ação da Chesf busca o reembolso da diferença entre as quantias pagas ao Consórcio Xingo, que incluem o cálculo pelo fator K, e as quantias que seriam devidas em conformidade com o RFP original, um valor que a Chesf estima ser igual a R$700 milhões. Em 17 de dezembro de 1997, o juízo de primeira instância manteve a legalidade do ajuste pelo fator K. O tribunal mandou a Chesf pagar R$156 milhões, mais 0,5% dos juros mensais e R$70 milhões de taxas legais, ao Consórcio Xingó. A Chesf apelou ao STJ e está aguardando decisão. A Chesf provisionou R$330,5 milhões referentes a este processo em 31 de dezembro de 2007. Além dos processos legais acima discutidos, nós e nossas subsidiárias estamos envolvidos em diversas outras ações referentes à mão de obra, impostos e outras questões que surgem eventualmente no transcorrer normal de suas atividades. Em 31 de dezembro de 2008, a administração não tinha conhecimento de qualquer outro litígio que pudesse ter um efeito material adverso sobre nossa posição financeira, embora não possamos assegurar-lhes de que qualquer litígio não possa ter efeito no futuro. Eletronorte/ ICMS A Eletronorte é ré em diversos processos administrativos fiscais feitos principalmente pela Secretaria de Estado da Fazenda de Rondônia uma vez que a Eletronorte registrou créditos de ICMS para compra de combustível para operação de suas usinas térmicas. A Secretaria aplicou uma multa de 200% do valor dos créditos de ICMS registrados pela Eletronorte. A Eletronorte questiona os processos administrativos nos tribunais, baseado no ponto de vista de seus consultores legais. A Eletronorte compreende que agiu corretamente com relação à esses créditos de ICMS. A quantia total do processo em 31 de dezembro de 2008 é de aproximadamente R$ 1,3 bilhões. Os processos judiciais estão em estágio inicial e a Eletronorte até o momento não fez nenhuma provisão com respeito a esse montante já que seus conselheiros legais consideram uma decisão favorável possível. Eletronorte/ STIU-DF A Eletronorte é ré em um processo trabalhista feito pelos sindicatos demandando aumentos de salários para os empregados da Eletronorte baseado na aprovação da administração da empresas de um estudo recomendando aumentos de salários. A corte judicial decidiu contra a Eletronorte e obrigou a Eletronorte a aumentar o salário de seus empregados. Os processos estão atualmente suspensos para permitir às partes uma negociação da quantia a ser aumentada. A Eletronorte provisionou R$133,3 milhões, uma vez que ela entende que essa é a quantia que provavelmente será obrigada a pagar. ITAMON Itaipu está envolvida em três processos legais com a ITAMON - Construções Industriais Ltda., uma parceria criada por um consórcio de empresas construtoras. Itaipu e ITAMON entraram em um acordo em 1980 para que um trabalho de construção fosse feito pela ITAMOM para as usinas hidrelétricas de Itaipu. ITAMON entrou com três processos legais alegando quebra de contrato de Itaipu, o que supostamente causou uma sobrecarga econômica exorbitante para a ITAMON. A ITAMON está pedindo por: (i) que Itaipu arque com os custos do aumento do imposto de renda incorrido durante o período o qual impactou negativamente o montante a ser recebido pela ITAMON sob o contrato; (ii) Ajustes no preço de contrato para refletir a inflação no período ao qual Itaipu atrasou seus pagamentos; (iii) o pagamento de certas quantias em adição ao preço de contrato como resultado da performance de serviços extraordinários que estavam foram do escopo do contrato. A quantia estimada reivindicada do processo é de R$ 60 milhões, R$ 60 milhões e R$128 milhões, respectivamente. Itaipu provisionou integralmente a quantia relativo aos três processos em 31 de dezembro de 2008, umas vez que ela considerou provável o risco de uma decisão desfavorável. 102 (Tradução livre do original em inglês) Política sobre Distribuição de Dividendos A Lei Brasileira das S.A. e nossos estatutos estipulam que devemos pagar a nossos acionistas uma distribuição obrigatória igual a no mínimo 25% de nosso lucro líquido ajustado para o ano fiscal anterior. Além disso, nossos estatutos exigem que demos: (i) às ações preferenciais da classe “A” prioridade na distribuição de dividendos, a 8% cada ano sobre o capital vinculado a essas ações, e (ii) às ações preferenciais da classe “B” que tenham sido emitidas em ou após 23 de junho de 1969, uma prioridade na distribuição dos dividendos, a 6% cada ano sobre o capital vinculado a essas ações. Além disso, as ações preferenciais devem receber um dividendo 10% acima do dividendo pago às ações ordinárias. A tabela a seguir estabelece nossos dividendos para os períodos indicados: Ano 2008 Ações Ordinárias.......................... 1,48 Ações Preferenciais Classe A....... 2,17 Ações Preferenciais Classe B....... 1,63 _____________________ (1) Juros sobre capital próprio. (2) Ajustado pela proporção do grupamento de ações. 2007) (R$) 0,40 2,02 1,51 2006 (1) (2) 0,13 2,02 1,51 Em 31 de dezembro de 2008, nosso balanço apresentou lucros não distribuídos apropriados de R$ 28,900 bilhões, juntamente com R$ 9,3 bilhões representando o montante acumulado de certos dividendos declarados mas não pagos aos nossos acionistas, conforme permitido pela Lei Brasileira das S.A.. Nosso conselho de Administração mantém discrição no que se refere a quando esses dividendos podem ser pagos a nossos acionistas. Dessa forma, nossa administração acredita que qualquer decisão de pagar os dividendos associados seria somente tomada quando nosso Conselho de Administração acreditar que esse pagamento não causaria um evento de liquidez material. B. Mudanças Significativas Nenhuma. 103 (Tradução livre do original em inglês) ITEM 9. A Proposta e a Listagem em Bolsa A. Informações sobre a Proposta e Listagem em Bolsa Detalhes da Proposta e Listagem – Ações ordinárias Nossas ações ordinárias começaram a ser negociadas nas bolsas de valores brasileiras em 7 de setembro de 1971. A tabela a seguir apresenta os preços de venda de fechamento mínimos e máximos informados para nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o volume médio diário aproximado de negociação para os períodos anuais indicados. Reais Nominais por Ação Ordinária Máximo Mínimo Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) 0,570 0,672 0,980 1,180 1,338 2004 (*)........................................................ 25,50 12,00 2005 (*)........................................................ 22,35 14,45 2006 (*)........................................................ 29,94 19,15 2007 (*)........................................................ 29,08 21,00 2008 ............................................................ 31,25 19,64 ___________________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. A tabela a seguir apresenta os preços de venda de fechamento mínimo e máximo informados para nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o volume de negociação médio diário aproximado para os trimestres indicados Reais Nominais por Ação Ordinária Máxima Minima Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) 0,860 0,959 0,862 1,254 1,146 1,344 1,173 1,038 1,169 1,355 Primeiro Trimestre 2006(*)... ...................... 26,25 19,15 Segundo Trimestre 2006(*).......................... 29,94 20,30 Terceiro Trimestre 2006(*) ... ...................... 27,15 21,50 Quarto Trimestre 2006(*) ..... ...................... 26,49 22,11 Primeiro Trimestre 2007(*)... ...................... 25,84 21,00 Segundo Trimestre 2007(*)... ...................... 29,08 22,15 Terceiro Trimestre 2007........ ...................... 29,00 21,95 Quarto Trimestre 2007 .......... ...................... 27,50 22,58 Primeiro Trimestre 2008 ............................. 27,80 20,64 Segundo Trimestre 2008 ............................ 30,95 23,95 Terceiro Trimestre 31,25 22,36 1,477 2008…….............................................. Quarto Trimestre 2008 .......... ...................... 29,50 19,64 1,340 Primeiro Trimestre 2009 ............................. 28,06 24,07 0,949 Segundo Trimestre 2009 (até 26 de junho 29,69 25,25 1,213 de 2009) ....................................................... ______________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. A tabela a seguir apresenta os preços de venda de fechamento mínimos e máximos informados para nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o volume de negociação médio diário aproximado para os períodos indicados Reais Nominais por Ação Ordinária Máxima Mínima Volume Diário Médio de Negociação 104 (Tradução livre do original em inglês) (milhões de ações) Janeiro 2009……………………………….. 28,06 25,9 0,930 Fevereiro 2009 ............................................. 27,50 24,40 0,969 Março 2009 .................................................. 25,92 24,07 0,950 Abril 2009 .................................................... 29,69 26,68 0,952 Maio 2009 .................................................... 29,49 25,25 1,186 Junho 2009................................................... 29,32 25,37 1,156 ,________________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. Nos Estados Unidos, nossas ações ordinárias são negociadas na forma de ADSs. A seguinte tabela mostra as cotações máximas e mínimas de fechamento para as nossas ADSs, que representam ações ordinárias na NYSE e o volume diário médio aproximado para os períodos indicados. U.S.$ por ADS (ações ordinárias) Novembro de 2008 ........................................................................ Dezembro de 2008 ........................................................................ Janeiro de 2009 ............................................................................. Fevereiro de 2009.......................................................................... Março de 2009............................................................................... Abril de 2009 ................................................................................ Maio de 2009 ................................................................................ Junho de 2009 (até 26 de junho de 2009) ..................................... Máxima Mínima 12.89 11.16 12.30 12.43 11.57 13.78 14.07 15.05 9.40 10.42 10.57 9.21 9.71 10.99 11.84 12.71 Média de Volume Negociado Diário (shares) 227.152 271.991 213.407 443.981 456.704 405.000 309.410 495.104 Detalhes da Proposta e Listagem – Ações Preferenciais Nossas ações preferenciais começaram a ser negociadas separadamente nas bolsas de valores brasileiras em 7 de setembro de 1971. A tabela a seguir apresenta os preços de venda mínimos e máximos no fechamento para nossas ações preferenciais na BM&FBOVESPA e o volume médio diário negociado aproximado para os períodos anuais indicados. Reais Nominais por Ação Preferencial Máximo Mínimo Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) 1,321 1,476 1,200 1,266 1,338 2004(*).................................. ...................... 24,20 12,00 2005(*).................................. ...................... 21,50 13,50 2006(*).................................. …………….. 28,29 19,25 2007(*).................................. …………….. 28,95 20,60 2008(*).................................. …………….. 27,60 18,61 ______________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. A tabela a seguir apresenta os preços de venda mínimos e máximos no fechamento para nossas ações preferenciais na BM&FBOVESPA e o volume médio diário negociado aproximado para os trimestres indicados. Reais Nominais por Ação Preferencial Primeiro Trimestre 2006(*)... .................... Segundo Trimestre 2006(*)... .................... Terceiro Trimestre 2006(*) ... .................... Quarto Trimestre 2006(*) ..... .................... Máximo Mínimo 26,25 28,30 24,60 24,60 20,08 19,25 19,65 21,05 Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) 1,330 1,100 0,972 1,408 105 (Tradução livre do original em inglês) Reais Nominais por Ação Preferencial Máximo Mínimo Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) 1,144 1,350 1,299 1,271 1,272 1,300 Primeiro Trimestre 2007(*)... .................... 24,29 20,60 Segundo Trimestre 2007(*)........................ 28,95 22,25 Terceiro Trimestre 2007........ .................... 28,80 21,18 Quarto Trimestre 2007 .......... .................... 27,00 22,35 Primeiro Trimestre 2008 ............................ 27,45 21,20 Segundo Trimestre 2008 ....... .................... 27,50 23,95 Terceiro Trimestre 2008........................................................ 27,60 19,47 1,366 Quarto Trimestre 2008 .......... .................... 27,60 18,61 1,412 Primeiro Trimestre 2009 ............................ 26,26 25,75 0,938 Segundo Trimestre 2009(até 26 de junho 28,80 24,29 1,099 de 2009)...................................................... ______________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. A tabela a seguir apresenta os preços para venda mínimos e máximos no fechamento para nossas ações preferenciais na BM&FBOVESPA e o volume médio diário negociado aproximado para os períodos indicados. Reais Nominais por Ação Preferencial Mínimo Máximo Volume Diário Médio de Negociação (milhões de ações) Janeiro 2009…………………………………… 26,26 24,34 0,964 Fevereiro 2009 ………………………………... 25,15 23,51 0,891 Março 2009 .................................................. 25,08 22,75 0,952 Abril 2009 .................................................... 28,60 25,70 0,944 Maio 2009 .................................................... 28,80 24,34 1,192 Junho 2009................................................... 26,00 24,29 1,163 ______________________ (*) Os preços e os volumes negociados foram ajustados para refletir o grupamento de ações de agosto de 2007. Fonte: BM&FBOVESPA. Nos Estados Unidos, nossas ações preferenciais são negociadas na forma de ADSs. A seguinte tabela mostra as cotações máximas e mínimas de fechamento para as nossas ADSs, que representam ações preferenciais na NYSE e o volume diário médio aproximado para os períodos indicados. U.S.$ por ADS (ações preferenciais) Novembro de 2008 ........................................................................ Dezembro de 2008 ........................................................................ Janeiro de 2009 ............................................................................. Fevereiro de 2009.......................................................................... Março de 2009............................................................................... Abril de 2009 ................................................................................ Maio de 2009 ................................................................................ Junho de 2009 (até 26 de junho de 2009) ..................................... Máxima Mínima 11.57 11.64 11.74 11.50 11.56 13.32 13.70 13.56 8.60 9.66 10.12 8.01 8.75 10.66 11.60 11.89 Volume Diário Médio de Negociação (shares) 243.595 211.487 152.403 118.052 195.222 162.482 186.668 239.978 106 (Tradução livre do original em inglês) Em 20 de agosto de 2007, efetuamos um grupamento de 1 para 500. Como resultado, nosso capital acionário compreende atualmente um total de 1.129.498.502 ações, das quais 905.023.527 são ações ordinárias, 146.920 são ações preferenciais classe “A” e 224.328.055 são ações preferenciais classe “B”. Não existem restrições sobre a titularidade de nossas ações preferenciais ou ações ordinárias por indivíduos ou entidades jurídicas domiciliadas fora do Brasil. O direito de converter pagamentos de dividendos e recebimentos obtidos da venda de ações para moeda estrangeira e de remeter esses valores para fora do Brasil está sujeito a restrições contidas em regulamentos de investimento estrangeiro que geralmente exigem, entre outras coisas, que os investimentos relevantes tenham sido registrados no Banco Central. O Banco Itaú S.A., como custodiante de nossas ações ordinárias e preferenciais classe “B” representadas pelas ADSs, tem registradas no Banco Central em nome do Depositário as ações ordinárias e preferências classe “B” que manterá. Isto permite que os portadores de ADSs convertam dividendos, distribuições ou os recebimentos obtidos de qualquer venda dessas ações ordinárias ou preferenciais classe “B”, conforme for o caso, para dólares americanos e remetam esses dólares para o exterior. Entretanto, os portadores de ADSs podem ser adversamente afetados por atrasos em, ou recusa em conceder qualquer aprovação governamental para conversões de pagamentos em moeda brasileira e remessas para o exterior das ações ordinárias ou preferenciais classe “B” que embasam nossas ADSs. No Brasil, existem alguns mecanismos disponíveis para os investidores estrangeiros interessados em negociar diretamente nas bolsas de valores brasileiras ou em mercados de balcão organizados. De acordo com os regulamentos emitidos pela Resolução No 2.689 emitida pelo Conselho Monetário Nacional (ou “Resolução 2.689”), os investidores estrangeiros que procuram negociar diretamente em uma bolsa de valores brasileira ou em um mercado de balcão organizado devem atender às seguintes exigências: • os investimentos devem ser registrados em um sistema de custódia, compensação ou depositário autorizado pela CVM ou pelo Banco Central; • as negociações de títulos estão restritas a transações realizadas nas bolsas de valores ou mercados de balcão organizados autorizados pela CVM; • devem constituir um representante no Brasil; • devem preencher um formulário anexadoà Resolução No 2.689; e • devem obter registro junto à CVM e registrar o fluxo de recursos no Banco Central. Se estas exigências forem cumpridas, os investidores estrangeiros poderão negociar diretamente nas bolsas de valores brasileiras ou em mercados de balcão organizados. Estas regras estendem o tratamento tributário favorável a todos os investidores estrangeiros que investirem em conformidade com estas regras. Vide “Item 10.E – Tributação”. Estes regulamentos contêm certas restrições sobre a transferência offshore da titularidade dos títulos, exceto no caso de reorganizações corporativas efetuadas no exterior por um investidor estrangeiro. Um certificado de registro de capital estrangeiro foi emitido em nome do Depositário com relação aos ADSs e é mantido pelo Banco Itaú S.A., como custodiante de nossas ações ordinárias e preferenciais classe “B” representadas por ADSs, em nome do Depositário. Em conformidade com esse certificado de registro de capital estrangeiro, esperamos que o Depositário consiga converter dividendos e outras distribuições relacionadas às ações ordinárias e preferenciais classe “B” representada por ADSs em moeda estrangeira e remeter os lucros obtidos para fora do Brasil. Na hipótese de um portador de ADSs trocar essas ADSs por ações ordinárias ou preferenciais classe “B”, esse portador poderá continuar a se basear no certificado de registro de capital estrangeiro do Depositário por cinco dias úteis após a troca, após esse período, o portador deve procurar obter seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro com o Banco Central. Posteriormente, qualquer portador de ações ordinárias ou preferenciais classe “B” não poderá convertê-las em moeda estrangeira e remeter para fora do Brasil os produtos da alienação de, ou distribuições relacionadas às ações ordinárias ou preferenciais classe “B”, a não ser que o portador se qualifique pela Resolução No 2.689 ou obtiver seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro. Um portador que obtiver um certificado de registro de capital estrangeiro estará sujeito a tratamento tributário brasileiro menos favorável do que um portador de ADSs, Vide “Item 10.E – Tributação – Considerações Materiais de Imposto Brasileiro”. 107 (Tradução livre do original em inglês) Pela legislação brasileira, o governo federal brasileiro pode impor restrições temporárias sobre as remessas de capital estrangeiro para o exterior na hipótese de um desequilíbrio sério ou a antecipação de um desequilíbrio sério da balança de pagamentos do Brasil. Durante aproximadamente seis meses em 1989 e no início de 1990, o governo federal brasileiro congelou todos os dividendos e repatriamentos de capital mantidos pelo Banco Central que eram devidos a investidores estrangeiros de forma a conservar as reservas cambiais do Brasil. Estes montantes foram subseqüentemente liberados de acordo com diretrizes do governo federal brasileiro. Não pode haver nenhum garantia de que o governo brasileiro não imporá restrições similares aos repatriamentos estrangeiras no futuro. B. Plano de Distribuição Não aplicável. C. Mercados Nossas ações ordinárias são negociadas sob o símbolo “ELET3” e nossas ações preferenciais “B” são negociadas sob o símbolo “ELET6” na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA). A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro negocia apenas dívida pública federal, estadual ou municipal brasileira ou realiza leilões de privatização. As ações e títulos são negociados exclusivamente na BM&FBOVESPA. Em 31 de dezembro de 2008, tínhamos aproximadamente 21.001 detentores destas ações. Nossos ADRs estão listados na NYSE. No dia 20 de janeiro de 2009, nós tínhamos quatro detentores de nossas ADSs representando ações ordinárias e três detentores de nossas ADSs representando ações preferenciais. Negociação, Fechamento e Compensação Regulamentação do Mercado de Títulos Brasileiro Os mercados brasileiros de títulos são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (a “CVM”), à qual foi conferida a autoridade reguladora sobre os mercados de bolsas de valores e títulos pela Lei brasileira No 6.385, promulgada em 7 de dezembro de 1976, e a Lei brasileira No 6.404, promulgada em 15 de dezembro de 1976. A CVM possui, entre outros poderes, a autoridade de emitir licenças para corretoras e regular os investimentos estrangeiros e as transações em moeda estrangeira. Os mercados brasileiros de títulos são regidos pelas leis e regulamentos emitidos pela CVM e pelo CMN. Estas leis e regulamentos estipulam, entre outras coisas, exigência de divulgação, restrições sobre negociação por insider (privilegiado) e manipulação de preços e proteção dos acionistas minoritários. Acreditamos que estamos atualmente de acordo com todos os padrões brasileiros aplicáveis de Governança Corporativa. Pela Lei Brasileira das S.A., uma companhia é mantida publicamente e registrada, uma companhia aberta, ou privada e não registrada, uma companhia fechada. Todas as companhias são listadas na CVM e estão sujeitas a exigência da prestação de informações e exigências regulatórias. Para ser registrada na BM&FBOVESPA, uma companhia deve solicitar o registro à BM&FBOVESPA e à CVM e ficar sujeita às exigências regulatórias e exigências de prestação de informações. Uma companhia registrada na CVM pode negociar seus títulos ou nos mercados cambiais, inclusive na BM&FBOVESPA, ou no mercado de balcão brasileiro. As ações de companhias listadas na BM&FBOVESPA não podem negociar no mercado de balcão brasileiro, mas podem ser negociadas particularmente, sujeitas à diversas limitações. O mercado brasileiro de balcão, quer seja ou não organizado, consiste de transações entre investidores através de uma instituição financeira registrada na CVM e autorizada a negociar no mercado brasileiro de capitais. Não é necessária nenhuma outra solicitação, à exceção do registro na CVM, para que os títulos de uma empresa pública sejam negociados no mercado de balcão não organizado. A CVM deve receber aviso de todas as transações realizadas no mercado brasileiro de balcão pelos respectivos intermediários. A negociação de títulos na BM&FBOVESPA pode ser suspensa a pedido de uma companhia antes do anúncio material. A negociação pode ser suspensa por iniciativa da BM&FBOVESPA ou da CVM, com base em ou devido a, entre outros motivos, uma suspeita de que uma companhia tenha fornecido informações inadequadas referentes a um evento significativo ou tenha dado respostas inadequadas a indagações pela CVM ou pela BM&FBOVESPA. 108 (Tradução livre do original em inglês) Negociação na BM&FBOVESPA Em 2000, as atividades de negociação de ações no Brasil foram reorganizadas por meio da assinatura de memorandos de entendimento pelas bolsas de valores brasileiras. De acordo com os memorandos, todas as ações brasileiras são negociadas publicamente, exclusivamente na BM&FBOVESPA. A BM&FBOVESPA é uma entidade sem fins lucrativos, de propriedade de suas corretoras membros. A negociação nessa bolsa é realizada por corretoras membros. A CVM e a BM&FBOVESPA têm capacidade de avaliação para suspender a negociação de ações de um determinado emitente sob certas circunstâncias, baseados nas indicações devidas de que uma companhia possa ter prestado informações inapropriadas referentes a um fato material ou respostas inapropriadas a indagações feitas pela CVM ou pela BM&FBOVESPA. A negociação de títulos listados na BM&FBOVESPA, inclusive no “Novo Mercado” e os Segmentos nos Níveis 1 e 2 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa, pode ser realizada fora das bolsas no mercado de balcão não organizado em certas circunstâncias específicas. Apesar do Mercado de brasileiro de títulos ser o maior na América Latina em termos de capitalização, é menor e menos líquido do que os principais mercados de títulos nos EUA e na Europa. Igualmente, a BM&FBOVESPA é significativamente menos líquida do que a Bolsa de Valores de Nova York, ou a NYSE, ou outras bolsas importantes no mundo. Embora todas as ações emitidas, em posse do público, de uma companhia listada possam ser comercializadas na BM&FBOVESPA, menos da metade das ações listadas estão efetivamente disponíveis para negociação pelo público, sendo as demais detidas por pequenos grupos de pessoas controladoras, por entidades governamentais ou por um acionista principal. A volatilidade e iliquidez relativa dos mercados de títulos brasileiros podem limitar substancialmente sua capacidade de vender as ações preferenciais na data e pelo preço que você deseja e, como resultado, podem ter um impacto negativo no preço de mercado destes títulos. Para reduzir a volatilidade, a BM&FBOVESPA adotou um sistema de “circuit breaker” em conformidade com o qual as sessões de negociação podem ser suspensas por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que índices especificados da BM&FBOVESPA ficarem abaixo dos limites de 10% e 15%, respectivamente, com relação aos níveis de índices para a sessão de negociação anterior. Quando os acionistas negociam ações na BM&FBOVESPA, a negociação é acertada em três dias úteis após a data de negociação. A entrega e pagamento de ações são feitos por meio das instalações da câmara de compensação independente para a BM&FBOVESPA, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia S.A. – CBLC, que cuidam do acerto multilateral tanto das obrigações financeiras quanto das transações que envolvem títulos. De acordo com os regulamentos aplicáveis, o acerto financeiro é realizado através de um sistema do Banco Central e as transações que envolvem a venda e compra de ações são acertadas através do sistema de custódia da CBLC. As entregas contra pagamento final são irrevogáveis. A negociação nas bolsas de valores brasileiras por não-residentes do Brasil está sujeita a procedimentos de registro. Práticas de Governança Corporativa Em 2000, a BM&FBOVESPA introduziu três segmentos especiais de listagem, conhecidos como Nível 1 e Nível 2 de Práticas de Governança Corporativa e Novo Mercado, visando incrementar um mercado secundário para títulos emitidos por companhias brasileiras listadas na BM&FBOVESPA, ao estimularem estas companhias a seguirem práticas corretas de governança corporativa. Os segmentos de listagem foram projetados para a comercialização de ações emitidas por companhias que se comprometem voluntariamente a obedecer às práticas de governança corporativa e exigências de prestar informações, além das já impostas pela lei brasileira. Estas regras aumentam geralmente os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas aos mesmos. Recentemente, a BM&FBOVESPA reviu os Níveis 1 e 2 das Práticas de Governança Corporativa e as regas do Novo Mercado. As alterações às regras do Novo Mercado entraram em vigor em 6 de fevereiro de 2006, e as alterações nos Níveis 1 e 2 das Práticas de Governança Corporativa entraram em vigor em 10 de fevereiro de 2006. Para tornar-se uma companhia Nível 1, além das obrigações impostas pela lei aplicável, um emitente deve concordar em (a) assegurar que as ações que representarem no mínimo 25% de seu capital total estejam efetivamente disponíveis para 109 (Tradução livre do original em inglês) negociação, (b) adotar os procedimentos de oferta que favorecem a titularidade corrente das ações sempre que se fizer uma oferta pública, (c) cumprir com as normas mínimas de prestação de informações trimestralmente, (d) seguir estritamente as políticas de prestação de informações com relação a transações feitas por seus acionistas controladores, membros de seu conselho de administração e seus dirigentes envolvendo títulos emitidos pelo emitente; (e) submeter quaisquer acordos de acionistas existentes e programas de opção de ações à BM&FBOVESPA e (f) fazer um cronograma de eventos corporativos disponível a seus acionistas. Para se tornar uma companhia Nível 2, além das obrigações impostas pela lei aplicável, um emitente deve concordar, entre outras coisas, em (a) obedecer a todas as exigências de listagem para as companhias Nível 1, (b) conceder direitos tag-along para todos os seus acionistas com relação a uma transferência do controle da companhia, oferecendo aos portadores de ações ordinárias o mesmo preço pago por ação para as ações ordinárias de bloco controlador, (c) conceder direitos de voto aos portadores de ações ordinárias com relação a certas transações corporativas de reestruturação e de partes relacionadas, como (1) qualquer mudança da companhia em outra entidade corporativa, (2) qualquer fusão, consolidação ou spin-off da companhia, (3) aprovação de quaisquer transações entre a companhia e seu acionista controlador, incluindo as partes relacionadas ao acionista controlador, (4) aprovação de qualquer valorização de ativos a serem entregues à companhia em pagamento das ações emitidas em um aumento de capital, (5) nomeação de um perito para determinar o valor justo das ações da companhia com relação a qualquer oferta pública para compra (tender offer) de cancelamento de registro e saída do Nível 2 e (6) quaisquer mudanças nestes direitos de voto, que prevalecerão enquanto o acordo para adesão ao segmento de Nível 2 com a BM&FBOVESPA estiver em vigor, (d) ter um conselho de administração composto de no mínimo cinco membros, dos quais um mínimo de 20% dos conselheiros deve ser independente, com um mandato limitado de dois anos, (e) preparar demonstrativos financeiros anuais em Inglês, incluindo demonstrativos de fluxo de caixa, de acordo com normas contábeis internacionais, como as U.S. GAAP ou as Normas Internacionais Contábeis IFRS, (f) efetuar uma oferta pública (tender offer) pelo acionista controlador da companhia (o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado por um processo de avaliação), se decidir cancelar o registro do segmento do Nível 2 e (g) aderir exclusivamente às regras da Câmara de Arbitragem da BM&FBOVESPA para a resolução de disputas entre a companhias e seus investidores. Para ser registrado no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, o emitente deve satisfazer todas as exigências acima descritas no Nível 1 e Nível 2, além de (a) emitir somente ações ordinárias (com direito a voto) e (b) conferir direitos tag-along para todos os acionistas com relação à transferência de controle da companhia, oferecendo o mesmo preço pago por ação por ações ordinárias do bloco controlador. Em 26 de setembro de 2006, celebramos um acordo com a BM&FBOVESPA para listar nossas ações preferenciais no segmento de Nível 1, a partir da data imediatamente após a publicação do anúncio no Brasil do início desta oferta, em conformidade com o qual concordamos em atender a todas as exigências da listagem Nível 1. Investimento em nossas Ações Preferenciais por não-residentes no Brasil Os investidores que residem fora do Brasil, incluindo investidores institucionais, estão autorizados a comprar instrumentos de capital próprio, incluindo nossas ações preferenciais nas bolsas de valores brasileiras, contanto que atendam às exigências de registro estipuladas na Resolução No 2.689 do CMN, que denominamos Resolução 2.689, e na Instrução da CVM No 325, de 27 de janeiro de 2000, com as alterações. Com certas exceções limitadas, pela Resolução No 2.689 os investidores podem realizar qualquer tipo de transação nos mercados de capital financeiro brasileiros envolvendo um título negociado em uma bolsa, futura ou no mercado de balcão organizado. Os investimentos e as remessas para fora do Brasil de ganhos, dividendos, lucros ou outros pagamentos oriundos de nossas ações preferenciais são feitos através do mercado cambial. Para se tornar um investidor pela Resolução No 2.689, um investidor que residir fora do Brasil deve: • constituir um representante no Brasil com poderes para tomar medidas com relação ao investimento; • nomear um administrador autorizado no Brasil para os investimentos, que deve ser uma instituição financeira devidamente autorizada pelo Banco Central e pela CVM; • através de seu representante, registrar-se como investidor estrangeiro na CVM e registrar o investimento no Banco Central; • através de seu representante, registrar-se na Receita Federal em conformidade com sua Instrução Normativa número 568, de 8 de setembro de 2005; e 110 (Tradução livre do original em inglês) • os títulos e outros ativos financeiros mantidos pelos investidores estrangeiros em conformidade com a Resolução No 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente autorizada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos por investidores estrangeiros está geralmente restrita a transações que envolvem títulos listados nas bolsas de valores brasileiras ou negociadas em mercados de balcão organizados autorizados pela CVM. Lei Sarbanes – Oxley de 2002 Em 2005, começamos os procedimentos internos para avaliar, testar e documentar os controles internos para adequação à Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, usando a metodologia “COSO”. Em 2006 e 2007, foram levantados 216 processos e começamos a mapear os controles em nível de entidade. Em 2008, depois da identificação de novas e importantes contas, planejamos mapear 137 novos processos e implementar o procedimento de Gerenciamento de Riscos Empresariais para revisar os processos, identificar as falhas e implementar soluções a fim de termos o mapeamento dos controles no nível de entidade para as subsidiárias. Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e as Normas de Governança Corporativa da NYSE Após a conclusão deste registro, estaremos sujeitos às normas de listagem de governança corporativa da NYSE. Como emitente privado estrangeiro, as normas a nós aplicáveis são consideravelmente diferentes das normas aplicadas às companhias listadas nos EUA. Pelas regras da NYSE, temos apenas que (i) ter um comitê de auditoria ou conselho de auditoria, em conformidade com uma isenção aplicável disponível aos emitentes privados estrangeiros, que atenda a certas exigências, conforme discutido abaixo, (ii) fornecer certificação ágil por nosso diretor executivo de qualquer descumprimento material de quaisquer regras de governança corporativa, e (iii) fornecer uma descrição resumida das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativa e as práticas de governança corporativa da NYSE que têm que ser seguidas pelas companhias americanas listadas. A discussão das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativa e aquelas exigidas pelas companhias dos EUA listadas está apresentada abaixo. Maioria dos Conselheiros Independentes As regras da NYSE exigem que a maioria dos integrantes do conselho seja constituída de conselheiros independentes. A independência é definida por diversos critérios, inclusive a ausência de uma relação material entre o conselheiro e a companhia listada. A lei brasileira não tem uma exigência similar. Pela lei brasileira, nem nosso Conselho de Administração nem nossa administração tem que provar a independência de diretores antes de sua eleição para o conselho. Entretanto, tanto a Lei Brasileira das S.A. como a CVM estabeleceram regras que exigem que os conselheiros atendam a certas exigências de qualificação e que tratem a compensação e atribuições e responsabilidades de, assim como as restrições aplicáveis a, os diretores executivos e conselheiros da companhia. Apesar de nossos conselheiros atenderem às exigências de qualificações das Leis brasileiras das S.A. e da CVM, não acreditamos que a maioria de nossos conselheiros seria considerada independente pelo teste da NYSE para independência de conselheiro. A Lei Brasileira das S.A. e nossos estatutos exigem que nossos conselheiros sejam eleitos por nossos acionistas em uma assembléia geral de acionistas. Sessões Executivas As regras da NYSE exigem que conselheiros não pertencentes à administração devem participar de sessões executivas programadas regularmente sem a presença da administração. A Lei Brasileira das Sociedades não tem uma cláusula similar. De acordo com a Lei Brasileira das Sociedades, até um terço dos membros do Conselho de Administração pode ser eleito pela administração. Os demais conselheiros não executivos não têm o poder de servir como supervisores da administração e não existe nenhuma exigência para que esses conselheiros se reúnam regularmente sem os demais conselheiros. Como resultado, os conselheiros não executivos em nosso conselho não se reúnem normalmente em sessões executivas. Governança Corporativa As regras da NYSE exigem que as companhias listadas possuam um comitê nomeador/de governança corporativa composto inteiramente por conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito que trate da finalidade exigida do comitê e detalhando suas responsabilidades exigidas, as quais incluem, entre outras coisas, a identificação e seleção de candidatos a membro do conselho qualificados e desenvolvimento de um conjunto de princípios de governança corporativa aplicável à companhia. 111 (Tradução livre do original em inglês) Comitê de Remuneração As regras da NYSE exigem que as companhias listadas possuam um comitê de remuneração composto inteiramente de conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito tratando da finalidade exigida do comitê e detalhando suas responsabilidades obrigatórias, as quais incluem, entre outras coisas, a revisão de metas corporativas relevantes para a remuneração do presidente, avaliação do desempenho do presidente, aprovação dos níveis de remuneração do presidente e recomendando ao conselho a remuneração dos diretores, a remuneração de incentivo e os planos baseados em participação nos lucros. Não somos obrigados pela lei brasileira aplicável a ter um comitê de remuneração. Pela Lei Brasileira das S.A., o montante total disponível para remuneração de nossos conselheiros e diretores e pagamentos pela participação nos lucros aos nossos diretores executivos é estabelecido por nossos acionistas na assembléia geral anual. O Conselho de Administração é, então, responsável por determinar a remuneração individual e a participação nos lucros de cada diretor executivo, assim como a remuneração dos membros de nosso conselho e comitê. Ao fazer essas determinações, o conselho revê o desempenho dos diretores executivos, inclusive o desempenho de nosso presidente, que geralmente não participa das discussões sobre seu desempenho e remuneração. Comitê de Auditoria As regras da NYSE exigem que as companhias listadas tenham um comitê de auditoria que (i) seja composto por no mínimo três conselheiros independentes com experiência financeira, (ii) atenda às regras da SEC referentes aos comitês de auditoria para as companhias listadas, (iii) tenha no mínimo um membro com experiência contábil ou administração financeira, e (iv) seja regido por um estatuto escrito que trate da finalidade exigida do comitê e detalhando suas responsabilidades exigidas. Entretanto, como emitente privado estrangeiro, apenas necessitamos cumprir com a exigência de que o comitê de auditoria atenda às regras da SEC referentes aos comitês de auditoria para as companhias listadas. A Lei Brasileira das S.A. exige que as companhias tenham um Conselho Fiscal não permanente composto de três a cinco membros eleitos na assembléia geral de acionistas. Aprovação pelo Acionista de Remuneração via Ações As regras da NYSE exigem que os acionistas tenham uma oportunidade de votar em todos os planos de compensação de capital próprio e em suas revisões materiais, com exceções limitadas. Pela Lei Brasileira das S.A., os acionistas devem aprovar todos os programas de opção de compra de ações. Além disso, qualquer emissão de novas ações que ultrapassem o capital acionário autorizado está sujeita à aprovação dos acionistas. As regras da NYSE exigem que as companhias listadas adotem e informem as diretrizes de governança corporativa. Não adotamos quaisquer diretrizes formais de governança corporativa além daquelas exigidas pela lei brasileira aplicável. Adotamos e observamos uma política de informação que exige a divulgação pública de todas as informações relevantes em conformidade com as diretrizes estipuladas pela CVM, bem como uma política de comercialização de insider a qual, entre outras coisas, estabelece períodos de Black-out e exige que os insiders informem à administração todas as transações que envolverem seus títulos. Código de Conduta e Ética Empresarial As regras da NYSE exigem que as companhias listadas adotem e divulguem um código de conduta e ética empresarial para os diretores, conselheiros e empregados, e divulgue prontamente quaisquer dispensas do código para os membros do conselho ou diretores ou dirigentes. A lei brasileira aplicável não tem uma exigência similar. Função da Auditoria Interna As regras da NYSE exigem que as companhias listadas mantenham uma função de auditoria interna para fornecer à administração e ao comitê de auditoria avaliações permanentes dos processos de administração de risco da companhia e sistema de controle interno. D. Acionistas Vendedores Não aplicável. E. Diluição Não aplicável. 112 (Tradução livre do original em inglês) F. Despesas da Emissão Não aplicável. ITEM 10. Informações Adicionais A. Capital Social Não aplicável. B. Contrato e Estatuto Social Objeto Social da Empresa Nossos estatutos estabelecem que nossos objetos sociais são: (1) construir e operar usinas de energia e linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica e celebração de atos de comércio, como a comercialização de energia elétrica; (2) cooperar com o governo para estabelecer a política de energia pública; (3) dar suporte financeiro a nossas subsidiárias; (4) promover e apoiar pesquisa de interesse do setor energético, ligada à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, assim como estudos relativos à utilização de reservatórios para diversas finalidades; (5) contribuir para o treinamento do pessoal técnico necessário para o setor elétrico brasileiro por meio de cursos especializados; podemos dar também assistência às entidades educacionais no Brasil e no exterior; e (6) cooperar técnica e administrativamente com nossas subsidiárias e o governo. Nosso Conselho de Administração não tem o poder de votar a compensação de seus membros ou exercer poderes de empréstimo. Somente nossos acionistas podem aprovar essas matérias. Não existe nenhum limite de idade prescrito para saída de membros do Conselho de Administração. Descrição de nosso Capital Acionário Geral Somos uma sociedade de economia mista, autorizada e constituída de acordo com a Lei brasileira No 3.890-A, de 25 de abril de 1961. Somos registrados nas autoridades tributárias brasileiras com CNPJ número 00.001.180/0001-26. Nosso capital acionário está dividido em três tipos de ações: ações ordinárias, ações preferenciais classe “A” (que foram emitidas antes de 23 de junho de 1969) e ações preferenciais classe “B” (que foram emitidas desde 23 de junho de 1969). Em setembro de 2006, firmamos um acordo com a BM&BOVESPA para listar nossas ações no segmento Nível 1 da governança corporativa da BM&BOVESPA, cuja efetividade teve início em 29 de setembro de 2006. A negociação de nossas ações no Nível 1 começou em 29 de setembro de 2006. História de Nosso Capital Acionário Em 2008, nosso capital acionário aumentou de R$24.236 milhões para R$26.157 milhões devido à conversão dos empréstimos compulsórios em ações preferenciais classe “B”. O montante das ações preferenciais Classe “B” aumentou de 224.328.055 para 227.186.643. 113 (Tradução livre do original em inglês) Ações do tesouro Não possuímos ações do tesouro e não temos um programa para recompra de nossas ações. Direitos anexados às nossas ações Ações Ordinárias Cada uma de nossas ações dá direito ao seu portador a um voto em todas as matérias submetidas a votação dos acionistas em uma assembléia geral anual ou especial dos acionistas. Além disso, no caso de nossa liquidação, os portadores de nossas ações têm direito a compartilhar de todos os nossos ativos remanescentes, após o pagamento de todos os nossos compromissos, proporcionalmente de acordo com sua respectiva participação no montante total das ações ordinárias emitidas e em mãos do púbico. Os portadores de nossas ações ordinárias podem participar de todos os aumentos de capital futuro por nós realizado. Ações Preferenciais Os portadores de nossas ações preferenciais não têm direito de votar em assembléias de acionistas anuais ou especiais, mas têm direito preferencial ao reembolso de capital e à distribuição de dividendos. Nossas ações preferenciais não podem ser convertidas em ações ordinárias. As ações preferenciais classe “A”, e as ações bonificadas relacionadas a essas ações têm direito a um dividendo de 8% por ano, em prioridade para a distribuição de outros dividendos, a serem divididos igualmente entre elas. As ações preferenciais classe “B”, e as ações bonificadas relacionadas a essas ações, têm direito a um dividendo de 6% por ano, em prioridade para a distribuição de outros dividendos, a serem divididos igualmente entre elas. Um dividendo não pago não é pagável em anos futuros. As ações preferenciais classe “A” e as ações preferenciais classe “B” equiparam-se igualmente em uma liquidação. Além disso, as ações preferenciais têm direito a receber um dividendo no mínimo dez por cento acima do dividendo pago a cada ação ordinária. Transferência de nossas ações Nossas ações não estão sujeitas a quaisquer restrições sobre transferência de ações. Sempre que uma transferência de titularidade de ações ocorrer, a companhia financeira na qual essas ações estão depositadas pode coletar do acionista que as estiver transferindo, o custo de quaisquer serviços relacionados à sua transferência brasileira, sujeito às taxas máximas estabelecidas pela CVM. Direitos de preferência Nenhum direito de preferência se aplica à emissão ou transferência de nossas ações. Resgate Não podemos resgatar nossas ações. Registro Nossas ações são mantidas na forma escritural com o J.P. Morgan Chase Bank N.A., que atuará como agente de custódia de nossas ações. As transferências de nossas ações serão realizadas por meio escritural pelo J.P. Morgan Chase Bank N.A em seu sistema contábil, debitando a conta das ações do vendedor e creditando a conta de ações do comprador, mediante um pedido escrito de quem estiver transferindo ou uma autorização ou ordem judicial para afetar essas transferências. Notificação de interesse em nossas ações Qualquer acionista que adquirir 5% ou mais de nosso capital acionário de qualquer classe está obrigado a comunicar à CVM, através de nós, este fato até o início do mês seguinte. Esse acionista deve apresentar outras notificações para outras ações de nosso capital acionário que possa adquirir. Somos obrigados a comunicar à CVM no prazo de 10 dias do início do mês. 114 (Tradução livre do original em inglês) Assembléias gerais de acionistas A lei brasileira das sociedades não permite que os acionistas aprovem matérias por meio de consentimento escrito obtido como resposta a um procedimento de solicitação de consentimento. Todas as matérias sujeitas a aprovação pelos acionistas devem ser aprovadas em uma assembléia geral devidamente convocada. Existem dois tipos de assembléias de acionistas: ordinárias e extraordinárias. As assembléias ordinárias ocorrem uma vez por ano dentro dos 120 dias de nosso exercício fiscal e as assembléias extraordinárias podem ser convocadas sempre que necessário for. As assembléias de acionistas são convocadas por nosso conselho de administração. O aviso dessas assembléias é enviado aos acionistas e, além disso, os avisos são publicados em um jornal de circulação geral em nosso local principal de atividades e em nosso sítio na web, no mínimo 15 dias antes da assembléia. As assembléias de acionistas ocorrem em nossa sede em Brasília. Os acionistas podem ser representados em uma assembléia de acionistas por procuradores que sejam (i) acionistas da companhia; (ii) um advogado brasileiro, (iii) um membro de nossa administração, ou (iv) uma instituição financeira. Em assembléias devidamente convocadas, nossos acionistas podem tomar qualquer ação com relação a nossas atividades. As ações a seguir podem ser tomadas por nossos acionistas em assembléias gerais: • aprovação de nossas contas anuais; • eleição e dispensa dos membros de nosso conselho de administração e nosso conselho fiscal; • alteração de nossos estatutos; • aprovação de nossa fusão, consolidação ou cisão; • aprovação de nossa dissolução ou liquidação, bem como a eleição e dispensa de liquidantes e a aprovação de suas contas; • bonificações e aprovação de desdobramentos ou grupamentos de ações • aprovação de programas de opções de ações para nossa administração e empregados; • aprovação do pagamento de dividendos. Conselho de Administração, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal Nossos estatutos estabelecem um Conselho de Administração, composto de até dez membros, uma Diretoria, com número ilimitado de membros e um Conselho Fiscal Permanente, composto de cinco membros. Qualificações Todos os membros do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal devem ser brasileiros. Nossos estatutos estipulam que apenas acionistas da empresa podem ser nomeados para o Conselho de Administração; não existe exigência sobre posse de ações para nomeação para nosso Conselho de Administração ou para o Conselho Fiscal. Nossos estatutos também estipulam que certas pessoas não podem ser nomeadas para a administração da companhia, inclusive aquelas que: forem desqualificadas pela CVM, forem declarados falidos ou foram condenados por certos crimes como suborno e crimes contra a economia. As atas da reunião dos acionistas ou conselheiros que nomeiam um membro do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva, respectivamente, devem detalhar as qualificações dessa pessoa e especificar o período de seu mandato. Nomeação Os membros de nosso Conselho de Administração são eleitos em assembléia geral para um mandato renovável de três anos. Entretanto, em 28 de abril de 2005, nossos acionistas aprovaram uma alteração em nossos estatutos em conformidade com a qual o mandato de cada membro de nosso Conselho de Administração será reduzido de três anos 115 (Tradução livre do original em inglês) para um ano. De acordo com a Lei No 3.890-A, de 25 de abril de 1961, esta alteração está sujeita à aprovação por meio de um decreto presidencial, o qual se encontra pendente à data deste relatório. Na qualidade de acionista majoritário, o Governo Brasileiro tem o direito de nomear oito membros de nosso Conselho de Administração, dos quais sete são nomeados pelo MME e um pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Administração. Os outros acionistas ordinários têm o direito de eleger um membro, e os portadores de ações preferenciais sem direito a voto que representarem no mínimo dez por cento de todo nosso capital, têm o direito de eleger um membro. Um dos membros do Conselho de Administração é nomeado Presidente da empresa. Os membros de Nossa Diretoria Executiva são nomeados por nosso Conselho de Administração por um período indefinido. O Governo Brasileiro tem o direito de nomear três membros de nosso Conselho Fiscal e, tanto os acionistas minoritários como os portadores de nossas ações preferenciais, têm o direito de nomear um membro cada um. Reuniões Nosso Conselho de Administração reúne-se ordinariamente uma vez por mês e quando convocado por uma maioria dos conselheiros ou o pelo Presidente. Entre outras atribuições, nosso Conselho de Administração é responsável por (i) fixar as diretrizes de nossas atividades, (ii) determinar a organização corporativa de nossas subsidiárias ou qualquer participação societária por nós em outras entidades jurídicas, (iii) determinar nossa política de empréstimos e financiamentos e (iv) aprovar qualquer garantia em favor de qualquer uma de nossas subsidiárias em qualquer acordo financeiro. Os conselheiros não podem participar de discussões ou votar com relação a matérias nas quais eles estejam de alguma forma interessados. Nossa Diretoria Executiva reúne-se ordinariamente todas as semanas, ou quando for convocada por uma maioria de seus diretores ou pelo Presidente. Nossa Diretoria Executiva determina a política geral de nossas atividades, é responsável por todas as questões relacionadas à administração e às operações diárias e é o órgão máximo controlador no que se refere à execução das diretrizes. Os membros de nossa Diretoria Executiva não podem participar de discussões ou votar com relação a matérias nas quais eles estejam de alguma forma interessados. O conselho Fiscal reúne-se uma vez por mês. Obrigações de prestar informações Nossas obrigações de prestar informações são determinadas pelo "Manual de Divulgação e Uso de Informações Relevantes e Política de Negociação de Valores Mobiliários de Emissão da Eletrobrás", cuja cópia está disponível em nosso sítio na web. As informações encontradas neste sítio da web não são incorporadas por referência a este relatório. C. Contratos Materiais Nossas operações em Itaipu são feitas em conformidade com um tratado celebrado em 26 de abril de 1973, entre o Governo Brasileiro e o Governo do Paraguai. Uma tradução deste tratado está incluída como anexo a este Relatório. Os termos materiais deste tratado estão descritos no “Item 5. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas”. D. Controles Cambiais O direito de converter dividendos ou pagamentos de juros e lucros obtidos da venda de ações para moeda estrangeira e remeter esses montantes para fora do Brasil está sujeito a restrições impostas pela legislação de investimentos estrangeiros que requer geralmente, entre outras coisas, que os investimentos tenham sido registrados no Banco Central e na CVM. Essas restrições sobre a remessa de capital estrangeiro para o exterior podem obstruir ou impedir que o custodiante de nossas ações preferenciais representadas por nossas ADSs ou os portadores de nossas ações preferenciais convertam dividendos, distribuições ou os produtos de qualquer venda das ações preferenciais para dólares americanos e a remessa de dólares americanos para o exterior. Os portadores de nossas ADSs podem ser adversamente afetados por atrasos ou recusas na concessão de qualquer aprovação governamental necessária para converter os pagamentos em moeda brasileira nas ações preferenciais que derivam nossas ADSs e remeter os produtos para o exterior. A Resolução No 1.927 do Conselho Monetário Nacional determina a emissão de recibos de depósito em mercados estrangeiros referentes a ações de emitentes brasileiros. Reafirma e altera o Anexo V da Resolução No 1.289 do Conselho Monetário Nacional, conhecido como Regulamentos do Anexo V. O programa ADS foi aprovado com base nos 116 (Tradução livre do original em inglês) Regulamentos do Anexo V pelo Banco Central e a CVM antes da emissão das ADSs. Dessa forma, os lucros obtidos da venda de ADSs por portadores de ADR fora do Brasil estão isentos de controles brasileiros sobre investimento estrangeiro e os portadores de ADSs têm direito a tratamento tributário favorável. Vide “Item 10.E, Tributação - Considerações Tributárias Brasileiras Materiais”. Pela Resolução No 2.689 do CMN, os investidores estrangeiros registrados na CVM podem comprar e vender títulos brasileiros, inclusive nossas ações preferenciais, em bolsas de valores brasileiras, sem obterem certificados separados de registro para cada transação. O registro está disponível para investidores estrangeiros qualificados, que inclui principalmente instituições financeiras estrangeiras, companhias de seguro, fundos de pensão e investimento, instituições beneficentes estrangeiras e outras instituições que atendam a certas exigências mínimas de capital e outras. A Resolução No 2.689 também concede tratamento tributável favorável aos investidores registrados. Vide “Item 10.E, Tributação – Considerações Tributárias Brasileiras Materiais”. Em conformidade com a Resolução Nº 2.689, os investidores estrangeiros devem: (i) constituir um representante no Brasil com capacidade para realizar ações referentes ao investimento estrangeiro; (ii) preencher o formulário apropriado para registro de investidor estrangeiro; (iii) obter o registro como investidor estrangeiro junto à CVM; e (iv) registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. Os títulos e outros ativos financeiros mantidos por um investidor estrangeiro em conformidade com a Resolução No 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente autorizada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos está restrita a transações realizadas nas bolsas de valores ou nos mercados de balcão autorizados pela CVM. Capital Registrado Quaisquer quantias investidas em nossas ações por um portador não-brasileiro qualificado pela Resolução Nº 2.689 e que obtiver um registro com a CVM, ou pelo depositário que representar um portador de ADS, têm direito a registro no Banco Central. Este registro (o montante registrado é denominado capital registrado) permite a remessa para fora do Brasil de moeda estrangeira, convertida à taxa de mercado comercial, adquirida com os recursos obtidos de distribuição em, e quantias realizadas através de, a alienação de nossas ações. O capital registrado por ação comprada na forma de uma ADS, ou comprada no Brasil e depositada com o depositário em troca de ADS, será igual ao seu preço de compra (declarado em dólares americanos). O capital registrado por ação sacado após o cancelamento de uma ADS será o equivalente em dólares americanos de (i) o preço médio de uma ação na bolsa de valores brasileira na qual a maioria das ações foi negociada no dia de saque ou (ii) se nenhuma ação tiver sido negociada naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira no qual a maioria das ações tiverem sido negociadas nas quinze sessões de negociação imediatamente anteriores ao saque. O equivalente em dólares americanos será determinado com base na taxa de câmbio comercial média pelo Banco Central nestas datas. Um portador não brasileiro de ações pode enfrentar atrasos na realização do registro no Banco Central, o que pode atrasar as remessas para o exterior. Esta demora pode afetar adversamente o montante em dólares americanos recebido pelo portador não brasileiro. Um certificado de registro foi emitido em nome do depositário com relação às ADSs e é mantido pelo administrador em nome do depositário. Em conformidade com o certificado de registro, o custodiante e o depositário podem converter dividendos e outras distribuições referentes às ações representadas por nossas ADSs em moeda estrangeira e remeter os resultados para fora do Brasil. Na hipótese de um portador de ADSs trocar essas ADSs por ações, esse portador poderá continuar se baseando no certificado de registro do depositário por cinco dias úteis após a troca, após o que o portador deve procurar obter seu próprio certificado de registro no Banco Central. Posteriormente, qualquer portador de ações poderá não conseguir converter para a moeda estrangeira e remeter para fora do Brasil os resultados de qualquer alienação de, ou distribuição com respeito a, essas ações, a não ser que o portador seja um investidor devidamente qualificado de acordo com a Resolução No 2.689 ou obtenha seu próprio certificado de registro. Um portador que obtiver um certificado de registro estará sujeito a tratamento tributário brasileiro menos favorável do que um portador de ADSs. Vide “Item 10.E, Tributação – Considerações Tributárias Brasileiras Materiais”. Se o portador não estiver qualificado de acordo com a Resolução No 2.689 ao se registrar na CVM e no Banco Central e nomear um representante no Brasil, estará sujeito a tratamento tributável brasileiro menos favorável do que um portador de ADSs. Independentemente da qualificação pela Resolução No 2.689, os residentes em paraísos fiscais estão sujeitos a tratamento tributável menos favorável do que outros investidores estrangeiros. Vide “Item 10.E, Tributação – Considerações Tributárias Brasileiras Materiais”. 117 (Tradução livre do original em inglês) Pela atual legislação brasileira, o governo federal pode impor restrições temporárias sobre as remessas de capital estrangeiro para o exterior, na hipótese de um desequilíbrio sério ou uma previsão de desequilíbrio sério na balança de pagamentos do Brasil. Durante aproximadamente seis meses em 1989 e no início de 1990, o governo federal brasileiro congelou todos os dividendos e repatriamentos de capital mantidos pelo Banco Central que eram devidos a investidores estrangeiros de forma a conservar as reservas cambiais do Brasil. Estes montantes foram subseqüentemente liberados de acordo com as diretrizes do governo federal brasileiro. Não pode haver nenhuma garantia de que o governo brasileiro não imporá restrições similares aos repatriamentos estrangeiras no futuro. Vide “Item 3.D, Fatores de Risco – Riscos Referentes ao Brasil”. E. Tributação A discussão a seguir trata das conseqüências materiais do imposto de renda federal brasileiro e dos Estados Unidos pela aquisição, manutenção e alienação de nossas ações ou ADSs. Esta discussão não é uma discussão abrangente de todas as condições tributárias que possam ser relevantes para uma decisão sobre comprar nossas ações ou ADSs e não se aplica a todas as categorias de investidores, alguns dos quais podem estar sujeitos a regras especiais, e não trata especificamente de todas as considerações sobre imposto de renda federal brasileiro e dos Estados Unidos aplicáveis a um determinado portador. É baseada nas leis tributárias do Brasil e dos Estados Unidos em vigor na data deste relatório, as quais estão sujeitas a alteração, possivelmente com efeito retroativo, e a diferentes interpretações. Cada provável comprador deve consultar seu próprio conselheiro fiscal sobre certas conseqüências do imposto de renda federal brasileiro e dos Estados Unidos de um investimento em nossas ações ou ADSs. Esta discussão é também baseada nas representações do depositário sobre a assunção de que cada obrigação constante do acordo de depósito entre nós, J.P. Morgan Chase Bank, N.A., como depositário, e os portadores registrados e beneficiários de nossas ADSs, e quaisquer documentos correlatos, será realizada de acordo com seus termos. Apesar de não existir atualmente nenhum tratado sobre imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades tributárias dos dois países mantiveram discussões que podem culminar nesse tratado. Não podemos assegurar, entretanto, se e quando um tratado entrará em vigor ou como afetará os portadores de nossas ações ou ADSs. Considerações Tributárias Materiais Brasileiras As discussões a seguir tratam das conseqüências tributárias materiais brasileiras da aquisição, posse e alienação de nossas ações ou ADSs por um portador que não seja domiciliado no Brasil para fins de tributação brasileira e que tenha registrado seu investimento nesses títulos no Banco Central como um investimento em dólares americanos (em cada caso, um Portador Não Brasileiro). De acordo com a lei brasileira, os investidores podem investir nas ações de acordo com a Resolução No 2.689. A Resolução No 2.689 permite que os investidores estrangeiros invistam em quase todos os ativos e se envolvam em quase todas as transações disponíveis nos mercados financeiros e de capital brasileiros, contanto que algumas exigências sejam cumpridas. De acordo com a Resolução No 2.689, a definição de investidor estrangeiro inclui indivíduos, entidades jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivo, domiciliadas ou sediadas no exterior. Em conformidade com a Resolução No 2.689, os investidores estrangeiros devem: (a) constituir um representante no Brasil com capacidade para realizar ações referentes ao investimento estrangeiro; (b) preencher o formulário apropriado para registro de investidor estrangeiro; (c) obter o registro como investidor estrangeiro junto à CVM; e (d) registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. Os títulos e outros ativos financeiros mantidos por investidores estrangeiros em conformidade com a Resolução No 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente autorizada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos está restrita a transações realizadas em bolsas de valores ou organizadas em mercados de balcão autorizados pela CVM, à exceção de transferências resultantes de uma reorganização corporativa, ocorrendo após o falecimento de um investidor pela operação da lei ou testamento ou como conseqüência da retirada da lista das ações relevantes de uma bolsa de valores e o cancelamento do registro na CVM. Tributação de Dividendos. Os dividendos, inclusive dividendos em espécie, por nós pagos ao depositário com relação às ações que servem de base a ADSs ou a um Portador Não Brasileiro com relação a nossas ações, geralmente não estão sujeitos a imposto de renda brasileiro retido na fonte. Os dividendos relativos a lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995, estão sujeitos a um imposto brasileiro retido na fonte de 15,0% a 25,0% de acordo com a legislação tributária aplicável a cada ano correspondente. Desde 1o de janeiro de 1996, os dividendos de ações referentes a lucros também não estão sujeitos a imposto retido na fonte no Brasil. 118 (Tradução livre do original em inglês) Tributação de Ganhos. Os ganhos obtidos fora do Brasil por um portador não brasileiro sobre a alienação de ADSs para outro portador não brasileiro não estão sujeitos a imposto brasileiro. De acordo com a Lei No 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, ou Lei No 10.833, a alienação de ativos localizados no Brasil por um portador não brasileiro, quer para outros portadores não brasileiros como para portadores brasileiros, pode tornar-se sujeita a tributação no Brasil. Embora acreditemos que as ADSs não se enquadrem na definição de ativos localizados no Brasil para fins da Lei No 10.833, considerando o escopo geral e não claro dessas disposições e a falta de uma regulamentação de tribunal judicial com respeito às mesmas, não temos condições de prever se esse entendimento prevalecerá nos tribunais do Brasil. Para fins da tributação brasileira, existem dois tipos de Portadores Não Brasileiros de nossas ações ou ADSs: (a) Portadores Não Brasileiros que não sejam residentes ou domiciliados em uma jurisdição de paraíso fiscal (ou seja, um país ou local que não imponha imposto de renda ou no qual o índice máximo de imposto de renda é inferior a 20,0% ou no qual a legislação interna imponha restrições à informação da composição acionária ou a propriedade do investimento) e que, no caso dos portadores de nossas ações, sejam registradas no Banco Central e na CVM para investir no Brasil, de acordo com a Resolução No 2.689; e (b) outros Portadores Não Brasileiros, que incluam qualquer um e todos os não residentes no Brasil que invistam em títulos de participação acionária de companhias brasileiras através de quaisquer outros meios e todos os tipos de investidor que estiverem localizados em jurisdição de paraíso fiscal. Os investidores mencionados no item (a) acima estão sujeitos a um regime tributário favorável no Brasil, conforme descrito abaixo. O depósito de nossas ações em troca de ADSs pode estar sujeito a imposto brasileiro sobre ganhos de capital à taxa de 15,0%, ou 25,0% no caso de investidores domiciliados em uma jurisdição de paraíso fiscal, se o montante anteriormente registrado no Banco Central como investimento estrangeiro nas ações preferenciais ou ordinárias for inferior a (a) o preço médio por ação preferencial ou ordinária em uma bolsa de valores brasileira na qual o maior número dessas ações tenha sido vendido no dia do depósito; ou (b) se nenhuma ação preferencial ou ordinária tiver sido vendida naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações preferenciais ou ordinárias tenha sido vendido nas 15 sessões de negociação imediatamente anteriores ao depósito. Nesse caso, a diferença entre o montante anteriormente registrado e o preço médio das ações calculado conforme descrito acima será considerada como sendo um ganho de capital. Essa tributação não se aplica no caso de investidores registrados pela Resolução No 2.689, que não estiverem localizados em uma jurisdição de paraíso fiscal, que estejam atualmente isentos de impostos de renda nessa transação. A retirada de ADSs em troca de ações preferenciais ou ordinárias não está sujeita a imposto brasileiro. Após o recebimento das ações preferenciais ou ordinárias básicas, um Portador Não Brasileiro registrado de acordo com a Resolução No 2.689 poderá registrar o valor em dólares americanos dessas ações no Banco Central, conforme descrito abaixo. Regra geral, os Portadores Não Brasileiros registrados de acordo com a Resolução No 2.689, que não estiverem localizados em uma jurisdição de paraíso fiscal, estão sujeitos a imposto de renda à taxa de 15,0% sobre os ganhos obtidos em vendas ou trocas de nossas ações fora da bolsa de valores brasileira. Com referência a recursos obtidos de um resgate ou de uma distribuição de liquidação com relação às ações preferenciais ou ordinárias, a diferença entre o montante efetivamente recebido pelos acionistas e o montante do custo de aquisição correspondente das ações preferenciais ou ordinárias resgatado ou liquidado, também estará sujeito a importo de renda à taxa de 15,0%, uma vez que essas transações sejam tratadas como uma venda ou troca não realizada em uma bolsa de valores brasileira. Os ganhos obtidos de transações na bolsa de valores brasileira por um investidor registrado de acordo com a Resolução No 2.689 que não estiver localizado em uma jurisdição de paraíso fiscal, estão isentos de imposto de renda brasileiro. Este tratamento preferencial de acordo com a Resolução No 2.689 não se aplica a Portadores Não Brasileiros de nossas ações ou ADSs que sejam residentes em uma jurisdição de paraíso fiscal, de acordo com a Lei No 9.959, de 27 de janeiro de 2000, caso em que os ganhos obtidos em transações realizada por esse portador na bolsa de valores brasileira estão sujeitos à taxa de imposto aplicável a um residente brasileiro. De acordo com a Lei No 11.033, de 21 de dezembro de 2004, a taxa aplicável aos residentes brasileiros em transações celebradas em 1o de janeiro de 2005 foi fixada em 15,0%, estando também sujeita a um imposto retido na fonte de 0,005% (a ser compensado pelo imposto devido sobre eventuais ganhos de capital). Por conseguinte, os Portadores Não Brasileiros estão sujeitos à imposto de renda à taxa de 15,0% sobre ganhos obtidos de vendas ou trocas no Brasil de nossas ações que ocorrerem na bolsa de valores brasileira, a não ser que essa venda seja feita por um Portador Não Brasileiro que não seja residente em uma jurisdição de paraíso fiscal, e (a) essa venda seja feita no prazo de cinco dias úteis da retirada dessas ações em troca de ADSs e os recursos obtidos dessa venda sejam remetidos para o exterior nesse prazo de cinco dias, ou (b) essa venda seja feita de acordo com a Resolução No 2.689 por Portadores Não Residentes registrados na CVM. Nestes dois casos, a transação será isenta de imposto. O “ganho obtido” como resultado de uma transação na bolsa de valores brasileira é a diferença entre o montante de moeda brasileira obtido da venda ou troca das ações e seu custo de aquisição, sem qualquer correção devida à inflação. Não pode haver nenhuma garantia de que o tratamento preferencial atual aos portadores de ADSs e aos Portadores Não Brasileiros de ações preferenciais ou ordinárias de acordo com a Resolução No 2.689 continuará ou não será alterado futuramente. 119 (Tradução livre do original em inglês) Qualquer exercício de direitos de preferência referentes às ações preferenciais ou ordinárias ou ADSs não estará sujeito a tributação brasileira. Qualquer ganho proveniente da venda ou cessão de direitos de preferência referentes a ações pelo depositário em nome de portadores de ADSs estará sujeito a imposto de renda brasileiro de acordo com quaisquer mesmas regras aplicáveis à venda ou alienação de ações. Distribuições de Juros Sobre Capital Próprio. De acordo com a Lei No 9.249, de 26 de dezembro de 1995, com as alterações, as empresas brasileiras podem efetuar pagamentos a acionistas caracterizados como distribuições de juros sobre capital próprio. Esses juros são calculados por referência à TJLP, determinada pelo Banco Central e não podem exceder o maior entre: • 50% da renda líquida (após a contribuição social sobre lucros e antes de levar em conta essa distribuição e quaisquer deduções por imposto de renda corporativo) para o período com relação ao qual o pagamento for efetuado; ou • 50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucros. As distribuições de juros sobre capital próprio com relação às ações preferenciais e ordinárias pagas aos acionistas que sejam tanto residentes brasileiros como Residentes não brasileiros, incluindo os portadores de ADSs, estão sujeitas a imposto de renda brasileiro retido na fonte à taxa de 15,0% ou 25,0% no caso de acionistas domiciliados em uma jurisdição de paraíso fiscal, e deverão ser deduzidos por nós desde que o pagamento de uma distribuição de juros seja aprovada por nossos acionistas. A distribuição de juros sobre capital próprio pode ser determinada por nosso conselho de administração. Não podemos garantir-lhes de que nosso conselho de administração não determinará que as futuras distribuições de lucros possam ser feitas por meio de juros sobre o capital próprio em lugar de por meio de dividendos. As quantias pagas como distribuição de juros sobre capital próprio são dedutíveis de imposto de renda corporativo e contribuição social sobre os lucros, os quais são ambos impostos cobrados sobre nossos lucros, na medida em que os limites e regras acima descritas sejam por nós cumpridas. Outros Impostos Brasileiros Relevantes Não existem impostos brasileiros sobre heranças, doação ou de transmissão aplicáveis à posse, transferência ou alienação de ações preferenciais ou ordinárias ou ADSs por um Portador Não Brasileiro, à exceção de impostos sobre doação e sobre heranças, os quais são cobrados por alguns estados do Brasil sobre transmissões gratuitas feitas ou heranças transferidas por indivíduos ou entidades não residentes ou domiciliadas no Brasil ou domiciliadas no estado para indivíduos ou entidades residentes ou domiciliadas nesse estado no Brasil. Não existem impostos de selo, emissão, registro ou impostos similares brasileiros ou tributos pagáveis por portadores de nossas ações ou ADSs. Em conformidade com o Decreto No 4.494, de dezembro de 2000, a conversão para moeda estrangeira ou a conversão para moeda brasileira dos produtos recebidos por uma entidade brasileira de um investimento estrangeiro no mercado de títulos brasileiro, incluindo aqueles relacionados ao investimento nas ações preferenciais ou ordinárias e ADSs e aqueles feitos de acordo com a Resolução No 2.689, está potencialmente sujeita a um Imposto Sobre Operações Financeiras – IOF/Câmbio, embora atualmente a taxa desse imposto seja geralmente zero por cento. De acordo com a Lei No 8.894,de 21 de junho de 1994, ou Lei No 8.894, essa taxa de IOF pode ser aumentada a qualquer momento até o máximo de 25,0%, mas qualquer aumento somente será aplicável a transações que ocorrerem após esse aumento entrar em vigor. A Lei No 8.894 cria o Imposto sobre Operações com Títulos e Valores Mobiliários (IOF/Títulos), que pode ser cobrado sobre quaisquer transações envolvendo valores mobiliários e títulos efetuadas no Brasil, mesmo se as operações forem realizadas na bolsa de valores brasileira. Regra geral, a taxa deste imposto é atualmente zero, mas o poder executivo pode aumentar esse percentual para até 1,5% por dia, mas somente com relação a operações futuras. Até 31 de dezembro de 2007, as transferências de recursos relacionadas a transações financeiras no Brasil estavam sujeitas a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, ou CPMF, que era cobrada a uma taxa de 0,38% sobre qualquer retirada bancária. Entretanto, como desde de 2008 a CPMF não está mais em vigor, não deve ser cobrada sobre qualquer transação financeira realizada depois dessa data. O governo brasileiro pretende restabelecer a CPMF depois de fevereiro de 2008 via submissão de uma nova proposta ao congresso brasileiro. No caso da CPMF ser ser restabelecida, ela será aplicada somente após um período de 90 dias após a promulgação da respectiva legislação. (vacatio legis) e apenas em relação a eventos que possam vir a acontecer 120 (Tradução livre do original em inglês) Capital Registrado. O montante de um investimento em ações mantidas por um Portador Não Brasileiro que se qualificar de acordo com a Resolução No 2.689 e obtiver registro na CVM, ou pelo depositário, representante desse portador, é elegível para registro no Banco Central. Esse registro permite a remessa para fora do Brasil de quaisquer recursos obtidos de distribuições nas ações, e os montantes obtidos com relação à alienação dessas ações. Os montantes recebidos em moeda brasileira são convertidos para moeda estrangeira utilizando a taxa de mercado comercial. O capital registrado para ações preferenciais ou ordinárias compradas na forma de ADSs ou compradas no Brasil, e depositado com o depositário em troca de ADSs, será igual ao seu preço de compra (em dólares americanos) para o comprador. O capital registrado para ações retiradas mediante a entrega de ADSs, conforme for aplicável será o equivalente em dólares americanos do preço médio das ações preferenciais ou ordinárias, conforme for aplicável, em uma bolsa de valores brasileira utilizando-se a taxa de mercado comercial. O capital registrado para as ações preferenciais ou ordinárias comprada na forma aplicável, em uma bolsa de valores brasileira na qual o maior número dessas ações, conforme for aplicável, tiver sido vendido no dia de retirada. Se nenhuma ação preferencial ou ordinária, conforme for aplicável, tiver sido vendida nesse dia, o capital registrado será referente ao preço médio na bolsa de valores brasileira no qual o maior número dessas ações, conforme for aplicável, tiver sido vendido nas 15 sessões de negociação imediatamente anteriores à retirada. O valor em dólares americanos das ações preferenciais ou ordinárias, conforme for aplicável é determinado com base na taxa de mercado comercial média cotada pelo Banco Central nessa data ou, se o preço médio dessas ações for determinado de acordo com a frase anterior, a média dessas taxas médias cotadas nos mesmos 15 dias usados para determinar o preço médio das ações. Um Portador Não Brasileiro de nossas ações pode enfrentar atrasos na realização dessa ação, o que pode atrasar as remessas para o exterior. Esse atraso pode afetar adversamente o montante em Dólares americanos recebido pelo Portador Não Brasileiro. Conseqüências Materiais do Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos A discussão a seguir descreve as conseqüências materiais do imposto de renda federal dos Estados Unidos da compra, retenção e alienação de nossas ações ou ADSs. Esta discussão aplica-se somente aos beneficiários de nossas ADSs ou ações que sejam “Portadores americanos”, conforme definidos abaixo. Esta discussão é baseada no Código da Receita Interna dos EUA, de 1986, com as alterações, ou o Código, sua história legislativa, Regulamentos do Tesouro finais, temporários e propostos existentes, pronunciamentos administrativos pela Receita Federal dos EUA, ou IRS, e decisões judiciais, todas como se encontram atualmente em vigor e todas as quais estão sujeitas a alteração (possivelmente de forma retroativa) e a interpretações diferentes. A discussão é também baseada nas afirmações do depositário e na assunção de que cada obrigação no acordo de depósito entre nós, J.P. Morgan Chase Bank, N.A., como depositário, e os portadores registrados e beneficiários de nossas ADSs, e quaisquer documentos correlatos, será realizada de acordo com seus termos. Esta discussão não pretende tratar de todas as conseqüências do imposto de renda federal dos Estados Unidos que possam ser relevantes para um determinado portador e você deve consultar seu próprio conselheiro fiscal com relação à sua situação tributária específica. A discussão aplica-se apenas aos Portadores americanos que são portadores de nossas ações ou ADSs como “bens de capital” (geralmente, bens mantidos para investimento) pelo Código e não trata das conseqüências tributárias que possam ser relevantes para os Portadores americanos em situações tributárias especiais que incluam, por exemplo: • instituições financeiras ou companhias de seguro; • organizações isentas de impostos; • intermediários; • negociantes de títulos que decidirem ajustar diariamente as perdas e ganhos; • detentores de bens imóveis, fideicomissos para investimento, companhias de investimento regulamentado, sociedades ou interventor; • investidores cuja moeda funcional não seja o dólar americano; • exilados nos Estados Unidos; • acionistas que detêm nossas ações ou ADS como parte de uma operação de hedge , straddle ou de conversão; ou 121 (Tradução livre do original em inglês) • portadores que possuam , direta ou indireta ou construtivamente, 10% ou mais do poder total de voto combinado, se existente, de nossas ações ou ADSs. Exceto onde estiver especificamente descrito abaixo, esta discussão assume que não somos uma empresa de investimento estrangeiro passivo, ou PFIC, para fins de imposto federal norte-americano. Por favor, vide a discussão no “Item 10.E, Tributação – Conseqüências do Imposto de Renda Federal dos EUA – Regras de Companhia de Investimento Estrangeiro Passivo” abaixo. Esta discussão não trata das conseqüências de imposto mínimo alternativas de manter nossas ações ou ADSs ou as conseqüências indiretas para os portadores de participações acionárias em sociedades ou em outras entidades que possuam nossas ações ou ADSs. Além disso, esta discussão não trata das conseqüências de impostos estaduais, locais e que não sejam dos EUA de possuir nossas ações ou ADSs. Você deve consultar seu próprio conselheiro fiscal com relação às conseqüências de impostos federal, estaduais, locais dos EUA e de renda que não seja dos EUA, e outros impostos, da compra, posse e alienação de nossas ações ou ADSs em sua situação em particular. Você é um “Portador norte-americano” se for um beneficiário de ações ou ADSs e for, para fins de imposto de renda federal norte-americano: • um indivíduo que seja cidadão ou residente dos Estados Unidos; • uma corporação, ou qualquer outra entidade tributável como uma corporação, criada e organizada de acordo com as leis dos Estados Unidos, de qualquer um de seus estados, ou do Distrito de Columbia; • um estado cuja renda está sujeita a imposto de renda federal dos EUA, independentemente de sua fonte; ou • um trust caso um tribunal nos Estados Unidos seja capaz de exercer a principal supervisão sobre sua administração e uma ou mais pessoas norte-americanas tenham a autoridade para controlar todas as decisões substanciais do trust. Se uma sociedade possuir ações ou ADSs, o tratamento tributário de um sócio dependerá geralmente da situação do sócio e das atividades da sociedade. Um provável investidor que seja sócio de uma sociedade que possuir nossas ações ou ADSs deve consultar seu próprio conselheiro fiscal. Propriedade de ADSs em Geral Para fins de imposto de renda federal dos EUA, se você for um portador de ADSs, será geralmente tratado como o proprietário das ações representadas pelas ADSs. Os depósitos e saques de ações por um Portador americano em troca de ADSs geralmente não resultarão na obtenção de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos EUA. O Tesouro dos EUA expressou preocupação pelo fato das partes às quais recibos similares às ADSs são liberados, poderem estar tomando medidas inconsistentes com a reivindicação de créditos de imposto estrangeiro por Portadores americanos de ADSs e que estariam inconsistentes com a reivindicação da taxa de imposto reduzido abaixo descrito, aplicável a dividendos recebidos por certos Portadores americanos não corporativos. Dessa forma, a análise da credibilidade dos impostos brasileiros e a disponibilidade da taxa reduzida para dividendos recebidos por certos portadores não corporativos pode ser afetada por medidas tomadas pelas partes às quais as ADSs são liberadas. Distribuições em ações ou ADSs A quantidade bruta de distribuições feitas a você de dinheiro ou bens com respeito às suas ações ou ADSs, antes da redução de quaisquer impostos brasileiros delas retidos, será incluída em sua renda como renda de dividendos na medida em que essas distribuições são pagas de nossos rendimentos e lucros correntes ou acumulados, conforme determinado pelos princípios do imposto de renda federal dos EUA. Esses dividendos não serão elegíveis para a dedução dos dividendos recebidos geralmente permitidos para os Portadores corporativos dos EUA. Sujeito a limitações aplicáveis, inclusive limitações do período de detenção, e a discussão acima com relação a preocupações expressas pelo Tesouro dos EUA, os dividendos pagos a Portadores americanos não corporativos de ADSs em anos tributáveis começando antes de 1o de janeiro de 2011 serão tributáveis a uma taxa mínima de 15,0%. Os Portadores americanos, em particular os Portadores de ações dos EUA, devem consultar seus próprios conselheiros fiscais com relação às implicações desta legislação em suas circunstâncias particulares. 122 (Tradução livre do original em inglês) Se você for um Portador americano, e pagarmos um dividendo em Reais brasileiros, esse dividendo será incluído em sua renda bruta em um montante igual ao valor em dólares americanos dos Reais brasileiros, na data de recebimento por você ou, no caso de ADSs, o depositário, independentemente de se e quando o pagamento for de fato convertido para dólares americanos. Se o dividendo for convertido para dólares americanos na data de recebimento, um Portador americano geralmente não tem que reconhecer o ganho ou perda em moeda estrangeira referente à renda dos dividendos. Se você for um Portador americano, os dividendos pagos a você referentes às suas ações ou ADSs, serão tratados como renda de fonte estrangeira, o que pode ser relevante no cálculo de sua limitação de crédito de imposto estrangeiro. Sujeito a certas condições e limitações, o imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos pode ser creditado em relação à sua responsabilidade de imposto de renda federal dos EUA. Em vez de reivindicar um crédito, você pode, a seu critério, deduzir os impostos brasileiros creditáveis ao calcular sua renda tributável, sujeito às limitações aplicáveis de forma geral, de acordo com a lei norte-americana. As regras que regem os créditos de imposto estrangeiro e as deduções de impostos não americanos são complexas e, por conseguinte, você deve consultar seu próprio conselheiro fiscal com relação à aplicabilidade destas regras em seu caso particular. Venda ou troca ou outra alienação tributável de ações ou ADSs Um Portador americano geralmente reconhecerá o ganho ou perda de capital quando da venda, troca ou outra alienação tributável de nossas ações ou ADSs, medido pela diferença entre o valor do montante obtido em Dólar americano e a base tributária ajustada do Portador americano nas ações ou ADSs. Qualquer ganho ou perda será ganho ou perda de capital de longo prazo se as ações ou ADSs tiverem sido mantidas por mais de um ano. Os ganhos de capital de longo prazo de certos Portadores americanos (inclusive indivíduos) são elegíveis para taxas reduzidas de tributação sobre a renda federal dos EUA. A dedutibilidade das perdas de capital está sujeita a certas limitações de acordo com o Código. Se um imposto brasileiro for retido na fonte sobre a venda ou outra alienação de ações ou ADSs, o montante obtido por um Portador americano incluirá o montante bruto dos produtos daquela venda ou outra alienação antes da dedução do imposto brasileiro. O ganho ou perda de capital, se existente, obtido por um Portador americano sobre a venda, troca ou outra alienação tributável de uma ação ou ADS, será geralmente tratado como renda ou perda de fonte nos Estados Unidos para fins de crédito de imposto estrangeiro nos Estados Unidos. Conseqüentemente, no caso de uma alienação de uma ação sujeita ao imposto brasileiro cobrado sobre o ganho (ou, no caso de um depósito, em troca de uma ADS ou ação, conforme for o caso, que não for registrada em conformidade com a Resolução No 2.689, na qual um imposto sobre ganho de capital brasileiro seja imposto), o Portador americano pode não conseguir se beneficiar do crédito de imposto estrangeiro para aquele imposto brasileiro, a não ser que o Portador americano possa aplicar o crédito ao imposto de renda federal dos EUA aplicável sobre outra renda de fontes fora dos EUA na categoria de renda apropriada. Alternativamente, o Portador americano pode fazer uma dedução para o imposto brasileiro se não escolher reivindicar um crédito de imposto estrangeiro para quaisquer impostos que não sejam dos EUA pagos durante o ano tributável. Regra sobre investimento estrangeiro passivo da empresa De forma geral, uma empresa não-americana é uma PFIC com relação a um Portador americano se, para qualquer ano tributável no qual o Portador americano tiver ações da empresa que não for norte-americana, pelo menos 75% de sua renda bruta é renda passiva ou pelo menos 50% do valor de seus ativos (determinado com base na média trimestral) produzam renda passiva ou sejam mantidos para a produção de renda passiva. Para tanto, a renda passiva inclui geralmente, entre outras coisas, dividendos, juros, aluguéis, royalties e ganhos da alienação de ativos de investimento (sujeito às diversas exceções). Com base na natureza de nossa renda, ativos e atividades correntes e projetadas, não acreditamos que as ações ou ADSs foram tributáveis para o ano anterior nem esperamos que venham a ser ações de uma PFIC para fins de imposto de renda federal dos EUA. Entretanto, a determinação de se as ações ou ADSs constituem ações de uma PFIC é uma determinação factual feita anualmente e, portanto, pode estar sujeita a alteração. Pelo fato destas determinações serem baseadas eventualmente na natureza de nossa renda e ativos, e envolverem a aplicação de regras tributárias complexas, não podem ser dadas quaisquer garantias de que não seremos considerados uma PFIC para o ano corrente ou para qualquer ano passado ou futuro. Se formos tratados como uma PFIC para qualquer ano tributável durante o qual você for um Portador americano, diversas conseqüências adversas podem aplicar-se a você. Nem os ganhos nem os dividendos estariam sujeitos às taxas de imposto reduzidas acima discutidas aplicáveis em certas situações. Em vez disso, o ganho reconhecido por você da venda ou de outra alienação das ações ordinárias ou ADSs, seria alocado proporcionalmente por seu período para as ações ordinárias ou ADSs. Os montantes alocados ao ano tributável da venda ou alienação e a qualquer ano antes de nos tornarmos uma PFIC, seriam tributáveis como renda normal. O montante alocado a cada um dos outros anos tributáveis estaria sujeito a imposto à taxa mais alta em vigor para indivíduos ou empresas, conforme for apropriado, e uma taxa de juros seria imposta sobre esse imposto como se não tivesse sido paga desde a data original de vencimento para sua declaração de imposto pra esse ano. Outrossim, qualquer distribuição referente a ações ordinárias ou ADSs superior a 125 por cento da 123 (Tradução livre do original em inglês) média das distribuições anuais nas ações ordinárias ou ADSs recebidas por você durante os três anos anteriores ou, se for menor, seu período de detenção estaria sujeito a tributação conforme descrito acima. Certas escolhas podem estar disponíveis (inclusive uma nota para a escolha do mercado) às pessoas dos EUA que possam reduzir as conseqüências adversas resultantes da situação da PFIC. Em qualquer caso, você estaria sujeito a exigências de preenchimento de formulário de imposto adicional dos EUA. Retenção de informações fundamentais e fornecimento de informações De forma geral, os dividendos de nossas ações ou ADSs, e pagamentos dos produtos de uma venda, troca ou outra alienação de ações ou ADSs, pagos nos Estados Unidos ou através de certos intermediários financeiros relacionados aos Estados Unidos a um Portador Americano estão sujeitos ao fornecimento de informações e podem estar sujeitos a Retenção de informações fundamentais a uma taxa atual máxima de 28%, a não ser que o portador (i) seja uma empresa ou outro recebedor isento, ou (ii) no caso de retenção de informações fundamentais, fornecer um número de identificação de contribuinte correto e ateste que é uma pessoa americana e não perdeu sua isenção de retenção de informações fundamentais. Você pode creditar quantias retidas por estas regras contra sua responsabilidade de imposto de renda federal dos EUA, ou obter um reembolso das quantias que excederem sua responsabilidade por imposto de renda federal dos EUA, contanto que as informações exigidas sejam fornecidas à Receita Federal. F. Dividendos e Agentes Pagadores Não aplicável. G. Declaração de Especialistas Não aplicável. H. Documentos à Disposição As declarações contidas neste relatório com relação ao conteúdo de qualquer contrato ou outro documento estão completas em todos os aspectos materiais; entretanto, quando o contrato ou outro documento for um anexo deste relatório, cada uma destas declarações está qualificada em todos os aspectos pelas disposições do contrato atual ou outros documentos. Após o preenchimento deste registro, ficaremos sujeitos às exigências de informações do Exchange Act aplicáveis ao emitente privado estrangeiro. Dessa forma, teremos que preencher relatórios e outras informações na SEC, incluindo relatórios anuais no Formulário 20-F e relatórios no Formulário 6-K. Você pode inspecionar os relatórios e a cópia de relatórios e outras informações arquivados ou fornecidos na SEC, na Sala de Referência Pública da SEC localizada em 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549. Para mais informações, ligue para a SEC no telefone 1-800-SEC-0330. Além disso, a SEC mantém um sítio na web da internet que contém os arquivos, relatórios e outras informações referentes aos emitentes que, como nós, arquivam eletronicamente na SEC. O endereço do sítio na web é http//www.sec.gov. Como emitente privado estrangeiro, estamos isentos pelo Exchange Act de, entre outras coisas, as regras que estabelecem o fornecimento e conteúdo de declarações de procurador, e membros de Nosso Conselho de Administração e Diretoria Executiva e nossos principais acionistas estão isentos de informar e manipular as disposições para recuperação de lucros contidas na Seção 16 do Exchange Act. Além disso, como emitente privado estrangeiro, não teremos , pelo Exchange Act, que preencher relatórios periódicos e demonstrativos financeiros na SEC, com a freqüência ou com a rapidez que as companhias americanas cujos títulos estão registrados de acordo com o Exchange Act. Apresentamos, ainda, relatórios periódicos e demonstrativos financeiros à CVM, localizada na Rua Sete de Setembro, 111, Rio de Janeiro 20159-900, Brasil. I Informações das Subsidiárias Não aplicável. 124 (Tradução livre do original em inglês) ITEM 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre Riscos de Mercado Os riscos inerentes em nossos instrumentos sensíveis de mercado são perdas potenciais que podem surgir de mudanças adversas na taxas de juros e/ou taxas de câmbio. Estamos sujeitos a risco de mercado resultante de alterações nas taxas de juros porquanto essas alterações podem afetar o custo ao qual obtemos financiamento. Estamos sujeitos a risco na taxa de câmbio com relação à nossa dívida estipulada em moedas estrangeiras. Riscos Relativos à taxa de Juros Embora até a data deste relatório não tenhamos qualquer dívida diretamente vinculada a taxas de juros variáveis, além de um empréstimo de U$ 300 milhões de dólares vinculado à taxa LIBOR, em 31 de dezembro de 2008 tínhamos R$32.642 milhões de dívida indexada à inflação (IGP-M). As variações nas taxas de juros podem ter um impacto sobre a inflação e, dessa forma, estamos indiretamente sujeitos às alterações nas taxas de juros que podem aumentar o custo do financiamento. Em 31 de dezembro de 2008, 100,0% de nossa dívida total de R$3.273 milhões, estipulada em Reais, estava indexada ao IGP-M ou a outro índice inflacionário. Como resultado, nossa exposição ao risco de inflação brasileira era de R$3.273 milhões em 31 de dezembro de 2008. Cada variação de 1,0% na taxa IGP-M ou em qualquer outro índice inflacionário teria um impacto de R$28 milhões sobre nossa renda líquida. Riscos Cambiais Em 31 de dezembro de 2008, aproximadamente 90% da dívida total de R$29.283 milhões foram estipulados em moedas estrangeiras. Desta dívida expressa em moeda estrangeira, R$27.234 milhões, ou aproximadamente 93% foram estipulados em Dólares americanos (e dos quais R$25.148 milhões, ou aproximadamente 92%, eram dívida de Itaipu). Nós temos uma exposição em moeda extrangeira afetando nossos passivos e ativos devido a empréstimos que fizemos a Itaipu, na qual a demonstração financeira é feita em dólares americanos. Com o objetivo de nos protegermos da flutuação da taxa de câmbio dólar/real, nossa Diretoria Executiva aprovou a implementação de uma política de hedge em julho de 2007, com objetivo de reduzir a exposição à variação dessas moedas extrangeiras através do uso de contratos derivativos. Em 2008, nós fizemos contratos de derivativos de curto prazo, que venceram em dezembro de 2008. Atualmente, nós não temos nenhum contrato de derivativo pendente, e nós não temos a intenção de fazer nenhum contrato de derivativos com objetivo de fazer alavancagem ou proteção de crédito. Nossa estratégia geral é focar na proteção contra flutuações cambiais. Entretanto, nós consideramos ampliar nossa política de hedge para cobrir outros riscos de mercado, como taxas de juros e índices, assim como derivativos embutidos. Como resultado, nossa atual exposição ao risco cambial do Dólar americano era de R$27.234 milhões em 31 de dezembro de 2008. Cada variação de 1,0% na taxa de câmbio Dólar americano/Real teria um impacto de R$27 milhões sobre nossa receita líquida. ITEM 12. Descrição dos Valores Mobiliários, com exceção das Ações em Carteira Não aplicável. 125 (Tradução livre do original em inglês) PARTE II ITEM 13. Inadimplência, Dividendos a Pagar e Atrasados no Pagamento Não aplicável. ITEM 14. Modificações Materais nos Direitos dos Portadores de Títulos e Uso dos Recursos Não aplicável. ITEM 15. Controles e Procedimentos Política de Divulgação de Controles e Procedimentos Sob a supervisão e com a participação de nossa administração, incluindo nosso Presidente e nosso Diretor Financeiro e de Relação com os Investidores, nós avaliamos a eficácia do desenho e operação da nossa divulgação de controle e procedimentos (como definido no regulamento da Bolsa de Valores de Nova York artigos 13a-15(e) e 15d-15(e)) em 31 de dezembro de 2008, no fim do período o qual esse relatório anual abrange. Baseado nessa avaliação, nosso Presidente e nosso Diretor Financeiro e de Relação com os Investidores concluíram que esses controles e procedimentos são adequados e efetivos para assegurar que toda informação relevante relacionada que necessita ser apresentada nesse relatório anual fez-se saber para eles no tempo certo. Mudanças no Controle Interno dos Relatórios Financeiros Não houve nenhuma mudança no nosso controle interno dos relatórios financeiros ocorrida durante o ano findo em 31 de dezembro de 2008 que tenham afetado substancialmente ou que razoavelmente possam afetar nosso controle de relatórios financeiros. ITEM 15T. Controles e Procedimentos Não aplicável. 126 (Tradução livre do original em inglês) ITEM 16A. Perito Financeiro do Comitê de Auditoria Nosso Conselho de Administração determinou que Hailton Madureira de Almeida, um membro do Conselho Fiscal, é um “expert financeiro dos comitês de auditoria” como definido pelos atuais regulamentos da SEC e enquadram às exigências de indpendência dos padrões de listagem da SEC e da NYSE. Para mais informações sobre o papel do Conselho Fiscal, veja “Item 6. Conselheiros, Administração Sênior e Empregados C. Práticas do Conselho – Conselho Fiscal”. ITEM 16B. Código de Ética Nós adotamos o código de ética que é aplicável a todos os funcionários, incluindo nosso Presidente e nosso Diretor Financeiro e de Relação com os Investidores, Chefe da Tesouraria e pessoas que atuam com funções similares assim como diretores e outros empregados. Nós disponibilizamos o Código de Ética no nosso site em: http://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/ LUMISB877EC49ENIE.htm. Cópias do nosso Código de Ética podem ser obtidas através de carta enviada ao endereço disponibilizado na capa desse formulário 20-F. Nós não concedemos nenhuma renúncia implícita ou explícita de qualquer disposição do nosso Código de Ética desde que ele foi adotado. ITEM 16C. Honorários e Serviços do Contador Principal As tabelas a seguir apresentam por categoria de serviço as remunerações totais por serviços prestados pela BDO Trevisan Auditores Independentes durante os anos fiscais de 31 de dezembro de 2007 e 2008. Remuneração de Auditoria................................................................................................. Remuneração Relacionada a Auditoria ............................................................................. Remuneração de Assessoria Fiscal .................................................................................... Outras Remunerações ....................................................................................................... Total .................................................................................................................................. 2008 2007 (R$ ) 705,483.61 — — — 705,483.61 508,227.60 — — — 508,227.60 Remuneração de Auditoria A Remuneração de auditoria consiste no conjunto de remuneração cobrada pela BDO Trevisan Auditores Independentes em conjunto com a auditoria de nossas demonstrações financeiras e controles internos anuais, revisões intercalar das informações financeiras trimestrais, carta de conforto, procedimentos relacionados com auditoria das receitas fiscais aplicáveis no âmbito da auditoria e revisão de nossas demonstrações financeiras. Remuneração Relacionada a Auditoria Nenhuma remuneração relacionada a auditoria foi paga à BDO Trevisan Auditores Independentes para os anos fiscais de 2007 e 2008. Remuneração de Assessoria Fiscal Nenhuma remuneração de Assessoria Fiscal foi paga à BDO Trevisan Auditores Independentes para os anos fiscais de 2007 e 2008. Outras remunerações Nenhuma outra remuneração foi paga à BDO Trevisan Auditores Independentes para os anos fiscais de 2007 e 2008. Políticas de Pré-Aprovação e Procedimentos Em 27 de abril de 2005, nós adotamos o código de ética que é aplicável a todos os funcionários, incluindo nosso Presidente e nosso Diretor Financeiro e de Relação com os Investidores, Chefe da Tesouraria e pessoas que atuam com funções similares assim como diretores e outros empregados. Os objetivos desse Código são: (i) reduzir a possibilidade de má interpretação dos princípios éticos, como resultado de uma interpretação subjetiva e pessoal; (ii) ser um benchmarking institucional formal para a conduta profissional de nossos empregados, incluindo a forma ética de lidar com os conflitos de interesses atuais ou aparentes; (iii) prover um padrão para nossos relacionamentos internos e externos, com nossos 127 (Tradução livre do original em inglês) acionistas, investidores, clientes, empregados, parceiros, fornecedores, prestadores de serviço, sindicatos trabalhistas, competidores e a sociedade, o governo e comunidades nas quais nós atuamos; e (iv) assegurar as preocupações diárias com eficiência, competitividade e lucratividade para que não excedam o comportamento ético. Nosso Código de Ética está disponível de graça, basta requerer uma cópia com nosso Departamento de Relações com os Investidores no seguinte endereço: Avenida Presidente Vargas, 409, 13º andar, Edifício Herm. Stolz, CEP 20071-003 Rio de Janeiro, RJ, Brasil; telefone: +55 21 2514 6331 ou +55 21 2514 6333; fax: +55 21 2514 5964; e e-mail: [email protected]. Nós também criamos, em 2008, uma Ouvidoria para receber reclamações de qualquer pessoa (providenciando para que a reclamação seja primeiramente reportada ao Conselho Fiscal), com respeito a qualquer “conduta desonesta ou anti-ética”, “contabilidade, controles internos da contabilidade ou questões de auditoria” e qualquer reclamação igualmente confidencial e anônima de “preocupações” do mesmo tipo por nossos empregados e afiliados. A Ouvidoria pode ser acessada através de nosso website ou por carta enviada para nossos escritórios direcionada ao Conselho Fiscal. Desde a sua criação, oito reclamações foram reportadas para nossa Ouvidoria, todas elas relacionadas à conduta pessoal e portanto, não tiveram impacto financeiro em nosso resultado operacional. ITEM 16D. Isenção das Normas de Listagem para Comitês de Auditoria Nós designamos nosso Conselho Fiscal com poderes para atuar com o papel de Comitê de Auditoria de acordo com o artigo 10A-3 da regulamentação da Bolsa de Valores de Nova York. Nós somos exigidos tanto pela SEC quanto pelas regras do Comitê de Auditoria das empresas listadas na NYSE para nos adequarmos à Regra 10A-3 da regulamentação daquela Bolsa de Valores, que requer que nós ou estabeleçamos um Comitê de Auditoria, compostos por membros do Conselho de Administração, que possuam requerimentos específicos ou damos poder ao nosso Conselho Fiscal para atuar no papel de Comitê de Auditoria de acordo com a exceção estabelecida no artigo 10A-3(c)(3) da regulamentação da NYSE. Nós acreditamos que nosso Conselho Fiscal satisfaça a independência ou outras exigencias do artigo 10A-3 da regulamentação da NYSE que seriam aplicáveis na ausência de nossa dependência em relação à isenção. ITEM 16E. Compras de Participação Acionária pelo Emitente e Compradores Afiliados Não aplicável. ITEM 16G. Governança Corporativa Veja “Item 9C, Mercados - Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e as Normas de Governança Corporativa da NYSE”. 128 (Tradução livre do original em inglês) PART III ITEM 17. Demonstrativos Financeiros Vide "ITEM 18, Demonstrativos Financeiros." ITEM 18. Demonstrativos Financeiros Por favor, consulte nossos demonstrativos financeiros consolidados a partir da página F-1. 129 (Tradução livre do original em inglês) ITEM 19. Anexos 1.1 Estatuto das Centrais Elétricas Brasileira S.A. – Eletrobrás. 2.1 Acordo de depósito declarado, e com aditivos, datado de 13 de agosto de 2007 entre Centrais elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás e J.P. Morgan Chase Bank, N.A. 4.1 Tratado de Itaipu assinado entre Brasil e Paraguai – Lei Nº 5.899 de 5 de julho de 1973. 8.1 Lista de subsidiárias. 12.1 Lei 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás. 12.2 Lei 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás. 13.1 Seção 1350 Certificação do Presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás. 13.2 Seção 1350 Certificação do Presidente das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás. 130 (Tradução livre do original em inglês) Assinaturas O registrador certifica pelo presente que atende a todas as exigências para o preenchimento do Formulário 20-F e autorizou o abaixo a assinar esta declaração de registro em seu nome. CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. — ELETROBRÁS Por: /s/ José Antonio Muniz Lopes Nome: José Antonio Muniz Lopes Cargo: Chief Executive Officer Por: /s/ Astrogildo Fraguglia Quental Nome: Astrogildo Fraguglia Quental Cargo: Chief Financial Officer 131 (Tradução livre do original em inglês) Demonstrações Financeiras Consolidadas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. ELETROBRÁS e Subsidiárias 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 Com Parecer dos Auditores Independentes 132 (Tradução livre do origianl em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 Sumário Parecer de Auditor Independente .......................................................................................................................................F-1 Demonstrações Financeiras Auditadas Balancetes Consolidados....................................................................................................................................................F-2 Demonstrações de Resultado Consolidadas .......................................................................................................................F-4 Demonstrações Consolidadas de Mutações do Patrimônio Líquido...................................................................................F-5 Demonstrações Consolidadas de Fluxo de Caixa...............................................................................................................F-6 Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas ...........................................................................................................F-7 (Tradução livre do original em inglês) BDO Trevisan Auditores Independentes Rua 7 de Setembro, 71 15º e 21º andares - Centro Rio de Janeiro - RJ – Brasil - 20050-005 Tel.: +55 (21) 2509-9627 Fax.: +55 (21) 2221-1395 www.bdotrevisan.com. PARECER DE AUDITORIA INDEPENDENTE Aos Administradores e Acionistas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás 1 Examinamos o balanço patrimonial consolidado da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás e suas controladas levantado em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 e as respectivas demonstrações do resultado, patrimônio líquido e fluxo de caixa de cada um dos três anos compreendidos dentro do período que termina em 31 de Dezembro de 2008. Essas Demonstrações Financeiras são elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia. Nossa responsabilidade é emitir um parecer sobre essas demonstrações financeiras levando em consideração a nossa auditoria. 2 Conduzimos nossa auditoria de acordo com o padrão da Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos). Esses padrões requerem que planejemos e realizemos a auditoria no sentido de obter confirmação quanto à clareza das demonstrações financeiras, se estão claramente explicitadas, sem qualquer matéria que suscite dúvida. Não é solicitado da empresa que tenha, nem estamos engajados em realizar, uma auditoria sobre seus controles internos relativos a relatórios financeiros. Uma auditoria inclui considerações sobre controles internos relativos a relatórios financeiros como uma base para determinar os procedimentos que sejam apropriados nas atuais circunstâncias, mas não com o propósito de expressar um parecer sobre a eficácia dos controles internos da empresa relativos aos seus relatórios financeiros. Desta forma, não expressamos tal parecer. Uma auditoria inclui, também, examinar, como base de prova, evidências que confirmem os valores disponibilizados nas demonstrações financeiras, através do acesso a princípios contábeis e estimativas feitas pela administração, assim como da avaliação da apresentação das demonstrações financeiras como um todo. Acreditamos que nossas auditorias apresentaram uma base adequada ao nosso parecer. 3 Em nosso parecer, as demonstrações financeiras citadas acima apresentam, de forma adequada, a posição consolidada da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás e subsidiárias datada de 31 de Dezembro de 2008 e 2007, e os resultados de suas operações e seus fluxos de caixa para cada um dos três anos no período finalizado em 31 de dezembro de 2008, em conformidade com os princípios contábeis normalmente aceitos nos Estados Unidos da América. /s/ BDO Trevisan Auditores Independentes BDO Trevisan Auditores Independentes Rio de Janeiro, Brasil 30 de Junho de 2009 F-1 (Tradução livre do original em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Em milhares de Reais) Nota Ativos Ativo Circulante: Caixa e equivalentes a caixa Caixa Restrito Contas a receber, líquido Ativo Regulatório Empréstimos e financiamentos a receber Impostos a Recuperar Renda diferida e impostos de contribuição social Materiais e Fornecedores Devedores diversos Conta de consumo de combustível Direito de Ressarcimento Encargos pagos antecipadamente Valor justo dos derivativos Outros 5 6 7 11 12 13 10 9 27a 2008 2007 13.033.078 734.386 4.991.458 25.124 1.463.667 1.741.195 514.813 767.283 388.920 554.748 516.766 76.874 52.640 1.194.709 26.055.661 7.645.704 830.065 4.488.721 240.154 1.268.583 1.966.532 545.525 647.776 439.869 365.366 179.460 70.395 295.886 710.222 19.694.257 Ativo imobilizado líquido 15 78.635.566 75.379.549 Investimentos 14 5.648.132 4.822.629 11 7 12 23.609.493 2.293.343 4.354.362 170.563 1.001.908 778.491 725.142 1.345.725 572.279 40.050 4.312.809 828.559 40.032.724 18.199.826 2.201.203 4.716.675 400.986 976.717 1.443.903 657.188 949.962 500.511 296.134 590.025 1.408.248 31.751.353 150.372.083 131.647.788 Ativos não correntes: Ativos Regulatório Contas a receber líquido Empréstimos e financiamentos a receber Depósitos judiciais Títulos e Valores Mobiliários Imposto de Rendae contribuição social Diferido Estoque de combustível nuclear Impostos a recuperar Conta de consumo de combustível Valor justo de derivativos Direito de Ressarcimento Outros 8 10 9 13 27a Total dos ativos F-2 (Tradução livre do original em inglês) Nota Passivo e patrimônio Passivo circulante: Fornecedores Impostos a pagar Empréstimos e financiamento Empréstimo compulsório Créditos do tesouro Nacional Conta de consumo de combustível Benefícios pós-aposentadoria dos empregados Provisão para contingências Remuneração aos acionistas Obrigação de Ressarcimento Pesquisa e desenvolvimento Taxas Regulamentares Obrigações estimadas Receita diferida de derivativo embutido Outros 17 16 22 18 20 21 24 Não Circulante Impostos a pagar Empréstimos e financiamento Empréstimo compulsório Créditos do tesouro Nacional Conta de consumo de combustível Benefícios pós-aposentadoria dos empregados Vendas antecipadas de energia Reserva global de reversão Descomissionamento de usinas de energia nuclear Receita diferida de derivativo embutido 17 16 22 18 20 30 19 27a 23 Adiantamentos para aumento futuro Aumento de Capital Outros Provisão contingências 21 Participação Minoritária Patrimônio Liquido Capital Social Reserva de Capital Reserva de Lucros Prejuizos Acumulados Outra receita (perda) abrangente 2008 2007 1.925.416 2.075.726 2.664.233 85.205 72.236 670.482 44.980 1.481.709 11.053.474 923.344 269.062 1.174.963 693.444 296.134 731.705 24.162.113 1.903.243 1.955.794 2.186.783 96.709 58.150 515.418 37.972 1.086.773 8.886.499 444.225 343.010 820.311 527.120 480.588 1.202.378 20.544.974 1.616.694 29.892.516 129.866 2.854.201 1.432.982 4.132.733 1.018.488 7.193.770 266.168 40.050 4.287.353 1.312.444 22.327.043 202.375 726.989 1.373.638 2.304.711 1.056.761 6.769.011 191.327 296.134 3.811.625 746.626 53.611.447 753.878 41.125.935 2.050.245 2.347.287 349.518 388.553 24 26.156.567 29.587.464 19.719.486 (3.637.429) (1.627.328) 70.198.760 150.372.083 Total do imobilizado e patrimônio As notas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-3 24.235.829 29.446.426 17.499.537 (3.444.621) (496.132) 67.241.039 131.647.788 (Tradução livre do original em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Em milhares de Reais brasileiros) Nota Receitas operacionais líquidas: Vendas de eletricidade Outras receitas operacionais Impostos sobre vendas Encargos Setoriais Total das receitas operacionais líquidas Custos e Despesas Operacionais: Energia Comprada da Revenda Combustível para a produçao de energia elétrica Uso da rede básica de transmissão Encargos com capacidade emergencial Depreciação e amortização Pessoal/serviços de terceiros/material e suprimentos Impostos – PASEP/COFINS Resultado a Compensar de ITAIPU Provisões operacionais Doações e contribuições Remuneração e ressarcimento Impairment Outros custos e despesas operacionais Total de custos e despesas operacionais 25a 25d 15 25b 25c Despesas Financeiras líquidas Resultado antes do imposto de renda, participação dos minoritários e equivalência patrimonial 26 Equivalência Patrimonial Impostos de renda e contribuição social Corrente Diferido 14 2007 Lucro Liquido do Exercício 24f 26.778.542 519.772 (878.222) (1.260.043) 25.160.049 23.025.800 741.347 (851.440) (931.463) 21.984.244 (5.956.745) (1.158.856) (1.101.220) (3.729.214) (3.904.204) (820.780) (951.599) (2.851.031) (2.540.296) (888.564) (911.241) (3.364.032) (6.047.795) (1.464.809) (405.793) (773.860) (217.913) (1.722.240) (770.231) (659.632) (24.008.308) (5.409.535) (1.131.591) (432.318) (796.273) (198.990) (1.677.902) (899.508) (1.791.089) (20.864.820) (4.750.611) (946.518) 1.790.799 (410.475) (196.904) (1.794.992) (1.588.554) (15.601.388) 5.115.466 (3.581.591) (5.217.541) 11.338.487 713.638 1.165.315 665.533 740.153 361.667 (2.037.796) 1.223.349 (814.447) (1.299.509) 731.969 (567.540) (12.833) 15.786 66.833 8.567.447 655.130 1.026.275 9.18 1.85 1.39 0.40 1.72 1.29 0.81 1.72 1.29 905.023.527 227.186.643 1.132.210.170 905.023.527 224.474.975 1.129.498.502 905.023.527 224.474.975 1.129.498.502 As notas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-4 2006 31.615.696 791.914 (984.608) (1.191.673) 30.231.329 (2.766.506) (657.233) (3.423.739) Participação Minoritária Lucro por lote de mil ações: Ordinárias (R$) Preferenciais A (R$) Preferenciais B Número de Ações: Ordinárias Preferenciais 2008 (Tradução livre do original em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE MUTAÇÕES NO PATRIMONIO LÍQUIDO 31 DE DEZEMBRO de 2008 e 2007 (Em milhares de Reais brasileiros) 2008 2007 2006 6.737.222 6.737.222 6.737.222 6.737.222 6.737.222 6.737.222 17.498.607 1.920.738 19.419.345 26.156.567 17.498.607 17.498.607 24.235.829 17.498.607 17.498.607 24.235.829 Reserva de Capital Saldo no início do ano Aumentos de Capital Saldo no final do ano 29.446.426 141.038 29.587.464 29.446.426 29.446.426 29.446.426 29.446.426 Lucros retidos apropriados Reservas de lucros: Saldo no início do ano Transferência para capital acionário preferencial Transferência de lucros retidos não apropriados Saldo no final do ano 17.499.537 2.361.937 19.861.474 16.632.738 866.799 17.499.537 15.913.652 719.086 16.632.738 Perdas acumuladas retidas não apropriadas Saldo no início do ano Renda líquida Transferência para capital social Transferência para rendimentos retidos apropriados Dividendos e juros sobre capital Ajuste de reclassificação para (ganhos) perdas incluídas no OCI Saldo no final do ano (3.444.621) 8.567.447 (2.361.937) (1.793.288) (4.605.030) (3.637.429) (3.452.476) 655.130 (866.799) (538.104) 757.628 (3.444.621) (3.447.554) 1.026.275 (719.086) (442.117) 130.006 (3.452.476) (496.132) (5.736.227) (1.046.818) 1.308.314 (732.803) (184.010) 4.605.030 (1.627.328) (757.628) (496.132) (130.005) (1.046.818) (1.563.852) (435.570) (980.192) (63.476) (1.627.328) (60.562) (496.132) (66.626) (1.046.818) Capital Preferenciais Saldo no início do ano Aumentos de Capital Transferência de lucros retidos não apropriados Saldo no final do ano Ordinárias: Saldo no início do ano Aumentos de Capital Transferência de lucros retidos não apropriados Saldo no final do ano Outra renda (perda) abrangente acumulada Saldo no início do ano Ganhos (perdas) de valores a realizar durante o ano Ajuste de reclassificação para(ganhos (perdas) incluíds no no renda Saldo no final do ano Outra renda abrangente acumulada – Benefícios de pensão (líquida de impostos) Adiantamentos para aumento de capital futuro Outra renda abrangente acumulada – Títulos negociáveis (líquida de impostos) Outra renda abrangente acumulada Patrimônio Liquido no final do ano 70.340.747 As notas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-5 67.241.039 65.815.699 (Tradução livre do original em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE FLUXO DE CAIXA (Em milhares de Reais brasileiros) 2008 8.567.447 2007 655.130 2006 1.026.275 3.729.214 5.115.466 - 2.851.031 3.543.313 - 3.364.032 2.068.615 (119.306) (657.233) (230.423) (4.879.065) (1.223.349) 63.388 5.132.195 (612.663) (154.672) 350.506 Redução (aumento ) dos ativos Contas a receber Material e suprimentos Impostos recuperáveis Derivativos de ativos Outros ativos circulante Outrosw ativos não circulante 594.877 (119.508) 225.337 499.330 (1.161.789) (3.906.292) 2.667.349 (77.844) (227.132) 416.280 (221.055) (419.731) (52.845) (78.996) (298.473) (350.900) (420.839) 164.644 Aumento (redução) no passivo Contas a pagar Impostos e contribuições pagáveis Compromissos e contingências Compromissos por plano de benefícios Compromissos derivativos Outro passivo corrente Outro passivo não-corrente Caixa líquido das atividades operacionais 2.355.705 424.182 97.894 1.519.458 (440.538) 2.644.622 890.769 15.269.453 657.930 319.716 (93.566) (1.583.494) (231.578) 2.305.475 903.035 15.437.093 934.732 (685.048) 94.723 311.284 350.900 1.422.420 1.449.150 8.763.539 Fluxos de caixa de atividades de investimento Investimentos restritos Aquisição de invstimento Títulos negociáveis Aquisição de imobilizado Caixa líquido em atividades de 95.679 (825.503) (25.191) (5.154.081) (5.909.096) (184.180) (670.632) (39.456) (3.234.743) (4.129.011) (578.588) (67.239) (47.060) (3.073.686) (3.766.573) Fluxo de caixa de atividades de financiamento Pagamentos de obrigações de financiamento Dividendos e juros sobre capital próprio pago Pagamentos da Reserva Global de Reversão (RGR) Empréstimo compulsório pago Caixa líquido no financiamento de atividades Aumento (redução) no caixa e equivalentes a caixa Caixa e equivalentes a caixa no início do ano Caixa e equivalentes a caixa no final do ano (2.369.498) (741.651) (777.821) (84.013) (3.972.983) 5.387.374 7.645.704 13.033.078 (7.888.593) (458.899) (517.575) (14.397) (8.879.464) 2.428.619 5.217.085 7.645.704 (2.568.702) (409.099) (649.830) (56.238) (3.683.869) 1.313.097 3.903.988 5.217.085 1.865.067 1.282.137 1.031.923 1.299.218 Lucro Líquido do ano Ajustes para reconciliar lucro liquido ao caixa líquido fornecido por: Atividades operacionais: Depreciação e amortização Variações cambiais nos empréstimos, líquidas Perda (renda) financeira na marca para o mercado de derivativos Impostos diferidos Depósitos restritos para processos legais Ativos reguladores diferidos Pagamento Juros Impostos 729.702 742.210 As notas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. F-6 (Tradução livre do original em inglês) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros, salvo se estiver indicado de outra forma) 1. A Companhia e suas Operações A ELETROBRÁS é uma empresa de economia mista e de capital aberto, com sede no Setor Comercial Norte, Quadra 4, Bloco B – 100, sala 203 – Asa Norte, Brasília (DF), com ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo e de Madri, na Espanha. O objetivo da ELETROBRÁS é realizar estudos, projetos, construção e operação de usinas de energia elétrica, linhas de transmissão e distribuição, assim como as operações de comercialização inerente das operações deles decorrentes. As atividades da ELETROBRÁS consistem ainda da assistência ao Ministério das Minas e Energia na elaboração da política do país para o setor de energia elétrica, concedendo empréstimos e financiamentos, oferecendo garantias, localmente ou no exterior, bem como adquirindo debêntures de companhias e detentores de serviços públicos de energia elétrica sob o controle da ELETROBRÁS; concessão de empréstimos e garantias, localmente ou no exterior, para instituições de pesquisa técnica e científica sob o controle da ELETROBRÁS; promoção e apoio à pesquisa no setor energético relacionado à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como estudos envolvendo a exploração de bacias hidrográficas para diversas finalidades; contribuição para a educação de pessoal técnico e trabalhadores qualificados necessários ao setor brasileiro de energia elétrica através de programas de treinamento especializados ou assistência às instituições nacionais de ensino ou fornecendo bolsas de estudo ou assinando acordos com instituições estrangeiras que promovam o desenvolvimento do pessoal técnico especializado; e cooperando técnica e administrativamente com companhias nas quais detiver interesses e com a agência do Ministério das Minas e Energia. A Companhia é responsável por gerenciar os recursos setoriais representados pela RGR (Reserva Global de Reversão), CDE (Conta de Desenvolvimento de Energia), UBP (Uso de Bens Públicos) e CCC (Conta de Consumo de Combustível), que financiam os programas governamentais LUZ PARA TODOS (Universalização do Acesso à Energia Elétrica), RELUZ (Programa Nacional para Iluminação Pública Eficiente) e PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e os combustíveis fósseis utilizados nos sistemas isolados de geração de energia. A ELETROBRÁS também gerencia o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), um programa do Governo Federal que visa incrementar a diversificação do modelo energético brasileiro e a busca por soluções regionais baseadas nas fontes renováveis de energia elétrica, input disponível e tecnologia aplicável. A ELETROBRÁS em direito a comprar a energia assim produzida até 2026. A ELETROBRÁS é a acionista majoritária da Furnas Centrais Elétricas S.A. – FURNAS; Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE; Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF; ELETROSUL Centrais Elétricas S.A., Eletrobrás Termonuclear S.A. – ELETRONUCLEAR; e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE, Amazonas Energia S.A.(anteriormente denominada Manaus Energia S.A.), ELETROACRE, CEPISA e CERON. A função básica destas companhias é a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A ELETROBRÁS é ainda a acionista controladora da Eletrobrás Participações S.A. – ELETROPAR (anteriormente denominada Light Participações S.A. – LIGHTPAR), e participante na gestão compartilhada e é o agente responsável pela comercialização da energia elétrica gerada pela ITAIPU BINACIONAL, sob o Acordo Internacional entre os Governos do Brasil e do Paraguai. A Companhia detém indiretamente o controle das companhias Boa Vista Energia S.A., companhia controlada da ELETRONORTE, que operam na distribuição de energia elétrica no Estado de Roraima. A capacidade total instalada das usinas do sistema ELETROBRÁS, considerando-se a ITAIPU Binacional e a ELETRONUCLEAR, corresponde a aproximadamente 39.402 MW e a geração de energia é baseada nas seguintes assunções: a) Existência de períodos, tanto durante o dia como em um intervalo de um ano, no qual a demanda de energia é maior ou menos em comparação com a capacidade da usina ou do sistema de geração; F-7 (Tradução livre do original em inglês) b) Existência de períodos nos quais a operação de maquinário é interrompida para manutenção preventiva ou corretiva; e c) Disponibilidade de água no rio na qual estiver localizada. A produção de energia elétrica nas usinas é responsabilidade do Planejamento e Programação da Operação de Energia Elétrica, que proporciona intervalos de tempo annual-to-hourly-through-daily time e detalhes, conforme determinado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. O ONS determina os volumes e as fontes de geração necessárias para atender à demanda do país de forma otimizada, baseadas na disponibilidade de bacias hidrográficas e no maquinário em operação. considerando também o custo com a geração de energia e a viabilidade da transmissão através do sistema interligado. Em operação UHE Furnas UHE Estreito UHE Marimbondo UHE Itumbiara UHE Serra da Mesa UHE Luiz Gonzaga UHE Xingó UHE Sobradinho UHE Tucuruí UHE Complexo Paulo Afonso UTE Santa Cruz Rio Capacidade em MW Término da concessão Grande Grande Grande Paranaíba Tocantins São Francisco São Francisco São Francisco Tocantins São Francisco - 1.216 1.050 1.440 2.082 1.275 1.479 3.162 1.050 8.370 3.880 766 07/2015 07/2015 03/2017 02/2020 05/2011 10/2015 10?2015 02/2022 07/2024 10/2015 07/2015 - 2.552 Até 2035 334 140 53 08/2041 08/2041 08/2041 Outras concessões de geração Em construção Simplício Baguari Batalha Paraíba do Sul Doce São Marcos A capacidade de transmissão do sistema ELETROBRÁS é a seguinte: Linhas (km) Furnas Eletronorte CHESF Eletrosul Manaus 16.999 9.027 18.010 8.165 365 52.566 Subestações 47 59 83 36 22 247 Término da concessão 07/2015 07/2015 06/2037 07/2015 07/2015 As subsidiárias consolidadas da Companhia incluem o seguinte: Percentual de participação 2008 Subsidiárias Geração, transmissão e distribuição de eletricidade Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF Furnas Centrais Elétricas S.A. – FURNAS Manaus Energia Boavista Energia F-8 98,68% 99,45% 99,54% 100% 100% (c) (b) (Tradução livre do original em inglês) Geração de eletricidade Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE Eletrobrás Termonuclear S.A. – ELETRONUCLEAR Itaipu Binacional – ITAIPU 99,94% 99,81% 50% Transmissão de eletricidade ELETROSUL Centrais Elétricas S.A. 99,71% Distribuição de eletricidade Companhia Energética do Piauí – CEPISA Companhia Energética de Alagoas – CEAL Centrais Elétricas de Rondônia S.A. – CERON Companhia de Eletricidade do Acre – ELETROACRE 98,56% 75,16% 99,96% 93,29% Investmento Eletrobrás Participações S.A. - ELETROPAR 81,61% (d) (a) (a) (a) (a) Nota (a): A participação da ELETROBRÁS no capital votante das companhias de distribuição de energia elétrica é: CEPISA (99,98%), CEAL (74,84%), CERON (99,96%), CEAM (97,96%), ELETROACRE (95,34%). Nota (b): Interesse indireto através da ELETRONORTE. Nota (c) Investimento indireto através da ELETRONORTE at´[e mio de 2008. Nota (d): • Joint venture de propriedade igual pela ELETROBRÁS e ANDE. Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (“ELETRONORTE”) – Suas principais atividades são a geração, transmissão e comercialização de energia elétrica, com operação na área geográfica abrangida pelos estados brasileiros do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A partir de 2003, com a eliminação gradativa de seus contratos de fornecimento – conhecidos como contratos iniciais – à taxa de 25% por ano, a ELETRONORTE começou a atender também a outras áreas geográficas no Brasil. A ELETRONORTE possui uma subsidiária de propriedade integral –Boa Vista Energia S.A. – que opera na atividade de distribuição de energia no estado brasileiro de Roraima. • Companhia Hidroelétrica do São Francisco (“CHESF”) – Suas principais atividades são a geração e transmissão de energia elétrica. O maior mercado da companhia está localizado no nordeste do Brasil, especialmente nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. A partir de 2003, com a eliminação gradativa de seus contratos de fornecimento – contratos iniciais - à taxa de 25% por ano, a CHESF começou a atender também outras áreas geográfics do Brasil. • Furnas Centrais Elétricas S.A. (“FURNAS”) – Suas principais atividades são a geração, transmissão e comercialização de energia elétrica, com operações na área geográfica abrangida pelo Distrito Federal e os Estados brasileiros de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. • Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (“CGTEE”) – O objetivo central exclusivo da CGTEE é a geração de energia elétrica através de outros meios diferentes da energia hidrelétrica, com operações na região sul do Brasil. • Manaus Energia S.A. (MESA) – É uma subsidiária de propriedade integral da ELETROBRÁS, e opera na geração e distribuição de energia elétrica no Estado do Amazonas. Tinha uma participação indireta através da ELETRONORTE até maio de 2008. • Eletrobrás Termonuclear S.A. (“ELETRONUCLEAR”) – Suas principais atividades são a construção e operação de usinas de energia nuclear, a geração de energia elétrica por elas produzida e a prestação de serviços de engenharia correlatos. A ELETRONUCLEAR desenvolveu atividades relacionadas à operação das usinas Angra F-9 (Tradução livre do original em inglês) I e Angra II, bem como à construção de Angra III. A energia gerada pela ELETRONUCLEAR é vendida através de FURNAS. • Itaipu Binacional (“ITAIPU”) – ITAIPU é uma joint venture de propriedade em partes iguais pela ELETROBRAS e pela ANDE – Administración Nacional de Electricidad (uma companhia de propriedade do governo do Paraguai). Foi criada por um Tratado Internacional assinado pelo Brasil e pelo Paraguai, que estabelece os termos e condiçoes gerais aplicáveis a ITAIPU. A ELETROBRÁS é responsável pela negociação de suas ações (50%) da energia elétrica gerada pela ITAIPU, adquirindo e revendendo essa energia elétrica. ITAIPU tem direito à isenção plena de impostos em ambos os países, em função do Tratado celebrado pelos países. O ativo patrimonial líquido de ITAIPU (“equity investment at risk”) não é suficiente para permitir que custeie suas atividades. Conseqüentemente, necessita de suporte financeiro da ELETROBRÁS e do Governo Federal Brasileiro (acionista majoritário da ELETROBRÁS). Da dívida de ITAIPU, 42% são financiados pela ELETROBRÁS (que obtém esses recursos do Tesouro Nacional do Brasil e/ou de bancos internacionais, com a garantia do Tesouro Nacional), 56% pelo Tesouro Nacional. Os avalistas da dívida da ELETROBRÁS são o Tesouro Nacional Brasileiro e o Governo Brasileiro e 1% por outros credores. Os avalistas da dívida da ELETROBRÁS. São o Tesouro Brasileiro e o Governo Brasileiro. Além disso, apesar da ELETROBRÁS ser responsável pela comercialização de sua parte (50%) da energia elétrica gerada pela ITAIPU, historicamente a Companhia tem sido responsável pelo consumo de cerca de 96% de toda a energia elétrica gerada por Itaipu. Pelos motivos acima discutidos, ITAIPU tem sido incluída nas demonstrações financeiras consolidadas da ELETROBRÁS, de acordo com a orientação fornecida pelo FIN 46-R. • 2. A ELETROSUL Centrais Elétricas S.A. (“ELETROSUL”) – Sua principal atividade é a transmissão de energia elétrica por um sistema de transmissão que se estende por 8.165 km de inhas, com 36 subestações localizadas nos estados brasileiros de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná. • A Companhia Energética do Piauí (“CEPISA”) – CEPISA tem uma concessão para fornecer distribuição de energia elétrica no estado do Piauí, e faz parte do Plano Nacional de Privatização do Brasil. • A Companhia Energética de Alagoas (“CEAL”) – CEAL tem uma concessão para fornecer distribuição de energia elétrica no estado de Alagoas, e faz parte do Plano Nacional de Privatização do Brasil. • A Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (“CERON”) – tem uma concessão para fornecer distribuição de energia elétrica no estado de Rondônia, e faz parte do Plano Nacional de Privatização do Brasil. • A Companhia de Eletricidade do Acre (“ELETROACRE”) – ELETROACRE tem uma concessão para fornecer distribuição de energia elétrica no estado do Acre, e faz parte do Plano Nacional de Privatização do Brasil. • A Eletrobrás Participações S.A. (“ELETROPAR”) – Eletropar detém um interesse minoritário nas seguintes concessionárias de distribuição de energia elétrica: AES Eletropaulo Metropolitana de Eletricidade de São Paulo S.A. – AES ELETROPAULO, Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL, Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A. – CTEEP, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE e CPFL Energia S.A. – CPFL Energia. Governança Corporativa ` Em setembro de 2006, a Companhia adotou as práticas diferenciadas estabelecidas pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) para atingir o Nível I de Governança Corporativa. Como resultado, a Companhia, que faz parte do índice de ações da IBOVESPA, foi incluída no Índice de Governança Corporativa (IGC). As companhias que se comprometem a obedecer às práticas de governança corporativa asseguram mais transparência de suas relações com os mercados de capital, os investidores e os acionistas, tornando mais fácil acompanhar as decisões da administração e dos acionistas controladores. Dessa forma, as companhias do Nível I têm melhora seus sistemas administrativos para adotar as melhores práticas de governança corporativa, buscando F-10 (Tradução livre do original em inglês) estabelecer relações transparentes e respeitosas com seus acionistas e investidores e criar sinergia entre as atividades econômicas, financeiras, sociais e ambientais. A Companhia está também incluída no Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE. Em setembro de 2008, ELETROBRÁS obteve um registro na Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA. A inclusão de ações da Companhia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) ocorreu em 31 de outubro de 2008. Atualmente, a ELETROBRÁS tem dois programas de Recibos de Depósito Americanos (American Depositary Receipts) relacionados a ações ordinárias e ações preferenciais classe “B”. O registro da Companhia no SEC e a conseqüente inclusão de os programas ADR na NYSE fazem parte do planejamento estratégico da Companhia. Vem trabalhando com a finalidade de melhorar sua visibilidade com os acionistas, analistas e investidores, tanto nas áreas de eqüidade como de dívida e visa melhorar a liquidez e os preços das ações, bem como obter condições favoráveis quando do levantamento de recursos no futuro para s programas de investimento da Companhia. 3. Relação com Auditores Independentes Em conformidade com as disposições estabelecidas na Instrução No 381, de 14 de janeiro de 2003 da CVM, a ELETROBRÁS contratou serviços de auditoria independentes da firma de auditoria BDO Trevisan Auditores Independentes, mediante um acordo de serviço em vigor por um período de três anos a partir de 1o de agosto de 2005, para realizar auditorias das demonstrações financeiras (companhia controladora e consolidado) do Sistema ELETROBRÁS. Deve ser salientado que a Companhia não assinou nenhum acordo de serviço que não seja o relacionado à auditoria das demonstrações financeiras. 4. Resumo das Principais Práticas Contábeis Na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contábeis usualmente aceitos nos Estados Unidos da América (“U.S. GAAP”), a administração tem que fazer certas estimativas e assunções que afetam as quantias informadas de ativos e passivos e divulgações de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras, bem como as quantias informadas de receitas e despesas durante o período informado. Os resultados efetivos podem ser diferentes destas estimativas. As demonstrações financeiras da Companhia incluem diversas estimativas para a (i) capacidade de recuperação de ativos reguladores diferidos, (ii) provisões para perdas para contas a receber e ativos de imposto diferido , (iii) as vidas úteis do imobilizado, (iv) provisões necessárias para perdas contingentes, (v) estimativas de obrigações de benefício de pós-aposentadoria de empregados, (vi) o valor justo das derivadas e outras estimativas similares. a) Base para a preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as U.S. GAAP, que diferem em alguns aspectos das práticas contábeis adotadas no Brasil e aplicadas pela ELETROBRÁS em suas demonstrações financeiras que são preparadas e registradas de acordo com regras específicas da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). Além disso, a ELETROBRÁS mantém suas contas conforme determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, responsável por definir as práticas contábeis específicas e os procedimentos para o setor de energia elétrica. Os procedimentos são adotados pelas concessionárias de serviço público de eletricidade no registro de suas operações, para permitir que a agência reguladora execute suas prerrogativas reguladoras e de inspeção estabelecidas pela legislação aplicável aos serviços públicos de eletricidade. A preparação destas demonstrações financeiras requer o uso de estimativas e assunções que reflitam os ativos, passivos, receitas e despesas informadas nas demonstrações financeiras, bem como as quantias incluídas nas notas. b) Base da consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Companhia e de todas as subsidiárias nas quais ela tem posse majoritária, nas quais (i) a companhia tem, direta ou indiretamente, tanto uma maioria do patrimônio da subsidiária como tem o controle administrativo, ou (ii) a Companhia tenha se determinado como sendo o F-11 (Tradução livre do original em inglês) principal beneficiário de uma entidade de interesse variável, de acordo com o FIN 46-R. As contas e as transações intercompanhias estão eliminadas; As companhias incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas constam da Nota 1. c) Ativos e passivos designados em moeda estrangeira ou sujeitos a indexação Os ativos e passivos designados em moedas estrangeiras dizem respeito principalmente a financiamento e são traduzidos em reais brasileiros às taxas de câmbio oficiais informadas pelo Banco Central do Brasil na data de cada balancete. Aqueles designados em reais e sujeitos, contratual ou legalmente, a indexação estão atualizados até à data do balancete que se aplicar ao índice correspondente. Os ganhos e perdas resultantes são reconhecidos atualmente e incluídos na desmontração de renda correspondente àquele período. d) Caixa e Equivalente de Caixa A Companhia considera todos os investimentos altamente líquidos com vencimentos originais de três meses ou menos por ocasião da compra, como sendo equivalentes a moeda corrente. e) Caixa Restrito Caixa Restrito consiste principalmente de investimentos limitados legalmente a dispêndios de capital e subsídios a operações termoelétricas. f) Contas a receber As contas a receber são declaradas nos valores realizáveis e incluem (i) quantias faturadas de clientes, inclusive, quando aplicável, taxas por atraso, e (ii) receitas acumuladas referentes a energia não faturada fornecida a clientes à data do balancete, bem como aquelas negociadas na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. A provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa é estabelecida pela administração em um valor considerado suficiente para cobrir provável perda futura relacionada a contas não cobradas, e de acordo com uma análise abrangente que leva em conta os seguintes fatores: i. ii. iii. iv. Consumidores residenciais atrasados há mais de 90 dias; Clientes comerciais atrasados há mais de 180 dias; Agências industriais, rurais, governamentais, iluminação pública e consumidores de serviços atrasados há mais de 360 dias; Análise individual para cada consumidor, considerando: - a experiência da administração das perdas reais nos consumidores; - existência de garantias colaterais; - análise de dívids renegociadas (quantias correntes e vencidas) e; - análise de clientes insolventes ou falidos.. g) Títulos e Valores Mobiliários Os títulos negociáveis foram classificados pela Companhia como disponíveis para venda, negociação ou mantidos até o vencimento, baseado em estratégias pretendidas com relação a esses títulos. Os títulos negociáveis classificados como disponíveis para venda têm vencimento a longo prazo porquanto os investimentos não têm previsão para serem vendidos ou liquidados até à data de vencimento. Estes títulos são registrados ao custo amortizado. h) Ativos Regulatório Ativos regulatórios diferidos de acordo com os critérios estabelecidos no SFAS No 71, Contabilização de Efeitos de Certos Tipos de Regulamentação, e interpretado pelo EIFT Emissão No 92-7, compreendem o seguinte: Aumento nas taxas de PIS/PASEP e COFINS F-12 (Tradução livre do original em inglês) Refere-se aos efeitos das mudanças nas taxas das contruibuições para o PIS/PASES e COFINS, de 0,65% para 1,65% e 3% para 7,6%, respectivamente,que serão cobradas aos licentes da Companhia. Acordo geral do setor elétrico A Companhia capitaliza custos permitidos incorridos, incluindo custos decorrentes de medidas de racionamento de energia emitidas pelo Governo Federal, como ativos reguladores diferidos quando instruído pela ANEEL e existe uma expectativa provável que a receita futura igual aos custos incorridos será faturada e cobrada como resultado direto da inclusão dos custos em um índice aumentado estipulado pelo regulador. O ativo regulador diferido é eliminado quando a Companhia cobra os custos correlatos por meio de faturamentos a clientes ao índice aumentado. No caso da ANEEL excluir todo ou parte de um custo de recuperação como resultado de sua revisão, essa parte do ativo regulador diferido está prejudicada e é reduzida de acordo com a extensão do custo excluído. A Companhia tem ativos regulatórios diferidos registrados com expectativa a serem faturados de seus clientes, limitados à quantia realizável dentro de 24 meses a contar da data do balancete. De acordo com as disposições da Decisão 72, de 7 de fevereiro de 2002 da ANEEL, as quantias referentes a Reajustes Tarifários Extraordinários (RTE) estão apresentadas na conta “Consumidores e revendedores”, conforme está definido na Decisão 91 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), de 21 de dezembro de 2001, e Lei No 10.438, de 26 de abril de 2002. Custos recuperáveis de ITAIPU Para fins de demonstrações financeiras locais, ITAIPU registra os resultados acumulados como um ativo ou passivo regulador, uma vez que a quantia será recuperada por meio de tarifas futuras. Para fins de U.S. GAAP, a quantia líquida é também considerada como custos recuperáveis a serem diferidos pelo SFAS 71 e é registrada como um item separado no balancete consolidade. i) Impostos a Recuperar Impostos sobre receitas consiste de Impostos Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (ou VAT), um imposto sobre vendas cobrado sobre a receita bruta. Estamos sujeitos a índices diferentes de VAT nos diferentes estados nos quais operamos, com o índice de VAT variando desde 7% a 27%. Não somos responsáveis por quaisquer impostos ou receitas em nosso segmento de transmissão, conforme estipulado pelo regulamento aplicável. O ICMS não é cumulativo e os valores pagos relacionados a estes impostos na aquisição de produtos e/ou serviços podem ser compensados quando estes produtos e serviços forem vendidos, o que significa que um crédito de imposto é gerado quando a compra é efetuada e esse crédito é então compensado quando da venda ao cliente final. Os valores referentes ao VAT (ICMS) estão representados nos Ativos Circulante e Passivos Circulante. j) Materiais e Suprimentos Exceto conforme observado no parágrafo a seguir, os materiais e suprimentos são declarados ao custo médio de aquisição e não excedem o custo de reposição ou os valores realizáveis. O concentrado de urânio, serviços correlatos em andamento e outros elementos de combustível nuclear disponíveis no núcleo do reator e no pool de combustível utilizado são registrados com base nos custos de aquisição. Estes valores são debitados a despesas quando são utilizados no processo de geração de energia. O custo não excede o custo de reposição ou os valores realizáveis. A amortização mensal das despesas operacionais é feita proporcionalmente, levando em conta a energia efetivamente gerada mensalmente em compaação com a energia total calculada para cada elemento de combustível. k) Investimentos F-13 (Tradução livre do original em inglês) De acordo com a APB No 18, a Companhia utiliza o método de equivalência patrimonial de contabilização para todos os investimentos a longo prazo para os quais possua entre 20% e 50% do capital com direito a voto da investido. O método de equivalência patrimonial requer ajustes periódicos na conta de investimentos para reconhecer a parcela proporcional da Companhia nos resultados do investido, reduzida pelo recebimento de dividendos do investido e juros sobre capital próprio . l) Imobilizado O imobilizado é avaliado ao custo de aquisição e/ou construção, restabelecido de forma a refletir as mudanças em nível de preço até 31 de dezembro de 1997, menos a depreciação acumulada calculada com base no método de linha reta aos índices que levem em consideração as vídas úteis dos ativos. Os custos com reparos e manutenção que prolongam as vidas úteis dos ativos correlatos são capitalizados, enquanto que outros custos de rotina são cobrados dos resultados das operações. Os juros referentes à dívida obtidos de terceiros incorridos durante o período de construção são capitalizados. A administração da Companhia revê o imobilizado por possíveis deficiências anualmente ou sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor líquido (pelos livros) de um ativo ou grupo de ativos podem não ser recuperáveis com base nos fluxos de caixa futuros não descontados. As revisões são realizadas ao menor nível de grupos de ativos no qual a administração consegue atribuir fluxos de caixa futuros identificáveis. A Companhia analisa o valor líquido contábil dos ativos básicos e ajusta-o ao seu valor justo se a soma dos fluxos de caixa futuros for inferior ao valor líquido contábil A subsidiária ELETRONUCLEAR está contratualmente obrigada a desativar suas usinas de energia nuclear ao final de suas vidas úteis. A Companhia adotou o SFAS No 143, Contabilização de Obrigações para a Retirada de Ativos, em 2003. Pela SFAS 143, o valor justo de retirada de ativos é registrado como passivo de forma descontínua quando for incorrido, que ocorre tipicamente por ocasião da instalação dos ativos. Os valores registrados para os ativos correlatos serão acrescidos do valor destas obrigações e depreciados ao longo das vidas úteis dos ativos, em média 40 anos. No decorrer do tempo, os valores reconhecidos como passivo serão acrescidos pela mudança em seu valor atual e até que os ativos correlatos sejam removidos ou vendidos. Sempre que forem identificadas mudanças no valor do custo de descomissionamento estimado, o valor acumulado é ajustado. A Companhia tem a responsabilidade de operar equipamentos do governo federal brasileiro e dos consumidores de energia elétrica relacionados às operações da companhia incorporada como ativos fixos a serem usados exclusivamente para investimentos de capital na rede de energia elétrica. Estes ativos fixos são registrados como uma redução do imobilizado correlato. A contabilização desta operação não tem impacto nem nos resultados de ganhos e perdas nem no patrimônio; m) Imposto de renda e contribuições sociais A Companhia é responsável por imposto de renda de acordo com o SFAS No 109, Contabilização do Imposto de Renda, que demanda uma abordagem de ativo e passivo para registro dos impostos correntes e difereidos. Os efeitos do imposto sobre o prejuízo fiscal e as diferenças entre a base do imposto dos ativos e passivos e os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas foram calculadas com base nos índices vigentes para fins de registro do imposto de renda diferido. O prejuízo fiscal pode ser usado para compensar apenas 30% da renda tributável em qualquer determinado ano. A possibilidade de recuperação de ativos de impostos diferidos é revista anualmente e é estabelecida uma provisão para perdas utilizando-se um critério “mais provável do que improvável”, baseado na renda tributável histórica e futura projetada, e a época esperada das reversões das diferenças temporárias existentes. n) Empréstimo compulsório O Empréstimo Compulsório foi criado pela Lei No 4.156/62 para custear a expansão do sistema nacional de energia elétrica e foi suspenso pela Lei NO 7.181, de 20 de dezembro de 1983, que estabeleceu o prazo final para cobrança até 31 de dezembro de 1993. O empréstimo foi inicialmente cobrado de todos os consumidores através de suas respectivas contas de energia elétrica. Anos mais tarde, o empréstimo foi cobrado apenas de consumidores industriais. F-14 (Tradução livre do original em inglês) O saldo do passivo correlato compreende os recursos cobrados, líquidos de reembolsos, e aumentados pela indexação (6% p.a., mais a indexação baseada na variação do IPCA-E). Estes passivos vencem de 2009 a 2015. o) Planos de benefícios dos empregados A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam planos de pensão com benefícios definidos ou híbridos cobrindo substancialmente todos os seus empregados. Os ativos e obrigações do plano de pensão e seus impactos líquidos sobre os balancetes são contabilizados de acordo com a SFAS No 87, Contabilização das Pensões pelo Empregador”. Além disso, a Companhia e algumas de suas subsidiárias também criaram planos de assistência médica pós-aposentadoria e subsidiam prêmios de seguro de vida para seus aposentados. Ambos os benefícios são contabilizados de acordo com a SFAS No 106, "Contabilização dos benefícios pós-aposentadoria exceto”. As divulgações relacionadas aos planos de benefícios são feitas de acordo com a SFAS No 132-R, Divulgação sobre planos de pensões e outros benefícios pós-aposentadoria. Pela lei brasileira, os empregados têm direito a um mês de férias após cada ano de serviço. Esta disposição é calculada com base na compensação de cada empregado e no período a que tem direito até à data do balancete, mais os impostos correlatos da folha de pagamento. p) Contingências A Companhia registra provisões para contingências quando existe a probabilidade de perda, com base no parecer de consultor jurídico interno e externo, e é razoavelmente estimável. q) Receitas, custos e despesas As receitas, custos e despesas são reconhecidos em regime de competência quando existir evidência persuasiva de um acerto, tiver ocorrido entrega de mercadorias ou tiverem sido prestados serviços, tiverem sido fixados ou determinados índices e a cobrança seja razoavelmente assegurada independentemente de quando o numerário for recebido. As receitas provenientes da venda de geração de eletricidade são registradas com base no produto entregue às taxas especificadas nos termos contratuais ou às taxas legais vigentes. As vendas de distribuição de energia para clientes finais são reconhecidas quando a energia é fornecida. As cobranças destas vendas são feitas mensalmente. As receitas não faturadas do ciclo de cobrança até o final de cada mês são estimadas com base na cobrança do mês anterior e acumulam no final do mês. As diferenças entre as receitas não cobradas estimadas e reais, que não tiverem sido significativas, são reconhecidas no mês seguinte. As vendas de eletricidade para o sistema de energia interligado são registradas quando forem auferidas e faturadas mensalmente. As receitas recebidas pela Companhia de outras concessionárias que utilizam sua rede básica de transmissão são reconhecidas no mês em que os serviços da rede forem fornecidos às outras concessionárias. Os serviços prestados incluem taxas de conexão e outros serviços correlatos e as receitas são reconhecidas quando os serviços são fornecidos. Os impostos sobre a receita consistem do seguinte; (i) imposto de valor agregado (“VAT”), que consiste em um imposto estadual devido sobre as vendas aos consumidores finais, é cobrado dos consumidores e registrado como parte da receita bruta; (ii) imposto sobre receita COFINS; (iii) imposto de contribuição social PIS-PASEP sobre a receita; e (iv) uma taxa de capacidade emergencial. A Companhia deduz estes impostos da receita bruta. r) Outra renda (perda) abrangente Outra renda (perda) abrangente é representada por ganhos e perdas não realizadas de títulos comercializáveis classificados como disponíveis para venda e ajustes às responsabilidades do plano de pensão. s) Rendimentos por ações Pelo fato dos acionistas portadores de ações preferenciais e ordinárias terem dividendos, direitos a voto e liquidação diferentes, os rendimentos básicos e diluídos por ação têm sido calculados utilizando-se o método de “duas classes”. O método de “duas classes” é uma fórmula de alocação de rendimentos que determina os rendimentos por ação preferencial ou ordinária de acordo com os dividendos declarados, conforme exigidos F-15 (Tradução livre do original em inglês) pelos estatutos da Companhia e os direitos de participação nos rendimentos não distribuídos calculados de acordo com os direitos a dividendos de cada classe de ações, conforme discutido na Nota 24.f. Da mesma forma que as companhias brasileiras, a ELETROBRÁS divulga os rendimentos por uma ação, e este é o número mínimo que pode ser tratado na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. t) Informações sobre o segmento A Companhia opera nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como um segmento corporativo. O respectivo desdobramento de informações está incluído na Nota 28. u) Contabilização de instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros derivativos são registrados com base em seus valores justos como ativos e passivos nos balancetes que acompanham, e as mudanças correspondentes no valor justo são reconhecidas nas demonstrações de resultado consolidadas para o período. A contabiliddade de operações hedge foi aplicada a qualquer um dos instrumentos financeiros derivativos da Companhia. Ver nota 27 a e b, Instrumentos Financeiros e Derivativos. v) Pronunciamentos contábeis recentes Em 28 de março de 2008, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu a SFAS No 161, Divulgações sobre Instrumentos Derivativos e Atividades Hedge - uma emenda da Declaração FASB N 133 (SFAS 161). A SFAS altera as exigências de divulgação para instrumentos derivativos e atividades hedge ao exigir que as entidades forneçam divulgações melhoradas sobre (i) como e por que uma entidade usa instrumentos derivativos, (ii) como os instrumentos derivativos e os itens de hedge correlatos são justificados pelo SFAS 133, Justificativa dos Instrumentos Derivativos e Atividades Hedging e suas respectivas interpretações , e (iii) como os instrumentos derivativos e os itens hedge correlatos afetam a situação financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade. O SFAS 161 entrou em vigor para a Companhia em 1o de janeiro de 2009 e somente terá impacto sobre revelações futuras sobre os instrumentos derivativos da Companhia e as atividades hedge. Em maio de 2008, o FASB emitiu o SFAS No 162 A Hierarquia dos Princípios Contábeis Usualmente Aceitos (SFAS 162). O SFAS 162 identifica as fontes dos princípios contábeis e a estrutura para seleção dos princípios a serem usados na preparação das demonstrações financeiras apresentadas em conformidade com os GAAP. O SFAS 162 entrou em vigor para a Companhia em 15 de novembro de 2008. A adoção do SFAS 162 não teve um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia. Em dezembro de 2008, o FASB liberou o FSP FAS 132R-1, em vigor para os anos findos em 15 de dezembro de 2009 e muda as exigências de revelação para ativos do plano em uma pensão de benefícios definida ou outro plano de benefícios pós-aposentadoria. As entidades têm que fornecer revelações melhoradas sobre (a) como são tomadas as decisões de alocação de investimento, incluindo os fatores que são pertinentes ao entendimento das políticas e estratégicas de investimento, (b) as principais categorias dos ativos do plano, (c) os inputs e técnicas de valorização utilizadas para medir o valor justo dos ativos do plano, (d) o nível das medições de valor justo utilizando inputs significativos não-observáveis e (e) concentrações significativas de risco nos ativos do plano. A companhia está atualmente revendo as exigências do FSP FAS 132R-1 e implementar as revelações exigidas em 31 de dezembro de 2009. Em setembro de 2006, o FASB emitiu o SFAS No 157, medições d Valor Justo (SFAS 157). O SFAS 157 define o valor justo,estabelece uma estrutura para medição do valor justo e acentua as revelações sobre as medições do valor justo exigido por outros pronunciamento contábeis, mas não muda a orientação existente quanto a se um instrumento é ou não executado no valor justo. Durante fevereiro de 2008, o FASB emitiu a Staff Position FASB No 157-2 (FSP FAZ 157-2). O FSP FAZ 1572 retardou a data efetiva do SFAS 157 para ativos não-financeiros e compromissos não-financeiros que os exercícios fiscais começando em 15 de novembro de 2008, à exceção dos itens que são reconhecidos ou revelados ao valor justo nas demonstrações financeiras de forma repetida mas não menos do que anualmente. Em 1o de janeiro de 2008, a Companhia adotou as disposições do SFAS 157 para ativos financeiros e compromissos. A adoção das disposições do SFAS 157 que foram retardadas pelo FSP FAS 157-2 não deve ter um efeito material sobre a situação financeira ou os resultados das operações da Companhia. F-16 (Tradução livre do original em inglês) A estrutura de avaliação do SFAS 157 é baseada nos inputs que os participantes do mercado utilizando na atribuição de preços a um ativo ou compromisso, que estejam classificados em duas categorias: inputs observáveis e inputs não-observáveis. Os inputs observáveis representam os dados de mercado obtidos de fontes independentes, enquanto que os inputs não-observáveis refletem as assunções de mercado da própria companhia, que são usadas se os inputs observáveis não forem razoavelmente disponibilizados sem custo e esforço indevidos. Estes dois tipos de inputs são ainda priorizados na seguinte hierarquia de input de valor justo: • • • Nível 1 - os preços cotados para ativos ou compromissos idênticos nos mercados ativos. Nível 2 – preços cotados para ativos ou compromissos similares em mercados ativos, preços cotados por ativos ou compromissos idênticos ou similares nos mercados não ativos; os inputs que não sejam preços cotados que forem observáveis para os ativos ou compromisso (por exemplo, taxas de juros);e inputs oriundos principalmente de, ou corroborados por, dados de mercado observáveis pela correlação ou outro meio. Nível 3 – inputs não-observáveis para o ativo ou compromisso. A Companhia registrou seus derivativos embutidos como nível 2, de acordo com a classificação acima. Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia registrou um ativo derivado baseado no cálculo do valor justo no valor de R$92.690. O ganho derivado está diferido no balancete. Ver abaixo o valor registrado por contrato: Cliente 2008 Albrás Alcoa BHP Total 39.250 30.630 22.810 92.690 2007 2006 308.540 162.480 121.000 592.020 533.800 267.700 206.800 1.008.300 Vide mais detalhes na nota explicativa 27ª. Em dezembro de 2007, o FASB emitiu o SFAS No 160. O objetivo do SFAS 160 é melhorar a relevância, compatibilidade e transparência nos interesses de posse. O SFAS 160 mudará a forma na qual as companhias medem e apresentam uma aquisição de uma (minoria) não-controlável e mudanças em um interesse controlador. A Companhia adotará o SFAS 160 a partir de 1o de janeiro de 2009, o que resultará em interesses minoritários sendo refletidos no patrimônio em vez de no passivo. Em comparação com a prática corrente pelos U.S. GAAP, as mudanças mais significativas na contabilização de combinação de negócios de conformidade com a Declaração 141(R) incluem exigências de: • • • • • • • Reconhecer, com certas exceções, 100% dos valores justos de ativos necessários, passivos assumidos e interesses não-controladores nas aquisições de menos de 100% do interesse controlador quando a aquisição constituir uma mudança no controle da entidade adquirida. Medir as ações do adquirente emitidas em consideração a uma combinação de negócios ao valor justo na data de aquisição. Reconhecer os arranjos de consideração contingentes nos seus valores justos à data de aquisição, com mudanças subseqüentes no valor justo geralmente refletidas nos rendimentos. Com certas exceções, reconhecer as contingências de perda e ganho pré-aquisição em seus valores justos à data de aquisição. Capitalizar os ativos adquiridos de pesquisa e desenvolvimento “IPR&D” em processo. Despesa, conforme incorrida, custos da transação relacionados á aquisição. Capitalizar os custos de reestruturação relacionados à aquisição somente se os critérios na Declaração 146 forem atendidos à data de aquisição. Reconhecer as mudanças que resultarem de uma transação de combinação de negócios em compensações existentes de valorização de imposto de renda e acumulações de incerteza de imposto do adquirente como ajustes à despesa de imposto de renda. Igualmente, a premissa da Declaração 160 é baseada no conceito de entidade econômica de demonstrações financeiras consolidadas. Pelo conceito de entidade econômica, todos os detentores de interesse econômico residual em uma entidade têm um interesse eqüitativo na entidade consolidada, mesmo se o interesse residual for relativo somente a uma parte da entidade (ou seja, um interesse residual em uma subsidiária). Pela Declaração 160, os ganhos e perdas devem ser reconhecidos nas vendas de interesses não controladores em subsidiárias. As diferenças entre os produtos da venda e a base consolidada de interesses não controladores F-17 (Tradução livre do original em inglês) pendentes devem ser contabilizadas como encargos ou créditos para capital integralizado consolidado. Entretanto, em uma venda de ações de uma subsidiária que resultar na desconsolidação da subsidiária, um ganho ou perda seria reconhecido para uma diferença entre os produtos daquela venda e o valor transportado do interesse vendido. Da mesma forma, é estabelecida uma nova base de valor justo em qualquer interesse de propriedade não controlador remanescente em uma entidade desconsolidada, com o reconhecimento de ganho ou perda para a diferença entre a nova base e a base histórica de custo no interesse de propriedade remanescente. A Declaração 141(R) e a Declaração 160 têm que ser adotadas simultaneamente e são efetivas no primeiro período de divulgação anual começando em ou após 15 de dezembro de 2008. Fica proibida a adoção antecipada. A administração não espera impacto significativo da adoção da SFAS 141 (R) e da SFAS 160. 5. Caixa e Equivalente de Caixa O Caixa e os equivalentes de caixa são como se segue: 31 de dezembro de 2008 2007 Caixa e Bancos Fundos – sistema de energia elétrica (a) Investimentos em curto prazo – fundos de mercado monetário 175.089 1.689.716 11.168.273 13.033.078 301.406 989.105 6.355.193 7.645.704 Os investimentos em curto prazo são representados por fundos de mercado monetário mantidos no Banco do Brasil S.A. (um banco controlado pelo governo brasileiro), de acordo com o Decreto-Lei No 1.290, de 3 de dezembro de 1973 e alterações decorrentes da Resolução No 2.917, de 19 de dezembro de 2001 do Banco Central do Brasil, que estabelece novos mecanismos de investimento aplicáveis a companhias da Administração Federal Indireta. Os investimentos líquidos de dinheiro de curto prazo são representados pelos fundos de investimento fora do mercado, cujos resultados visados são baseados na taxa de juros média referencial SELIC. a) Fundos – sistema de energia elétrica A Companhia é responsável por gerenciar os recursos decorrentes do Uso de bens públicos, formados por de contribuições dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, também destinados à expansão e melhoria do sistema de energia elétrica. A Companhia também gerencia o fundo federal denominado “Conta de Desenvolvimento Energético – CDE”, cuja finalidade é desenvolver a indústria de energia elétrica nos estados brasileiros através do uso de fontes alternativas de energia nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, bem como no financiamento de serviços universais de energia elétrica por um período de 25 anos. O fundo recebe contribuições oriundas dos pagamentos para o uso de bens públicos e das multas aplicadas pela ANEEL aos detentores de concessão e permissão e a outraas entidades autorizadas a explorar o serviço de energia elétrica. 6. Caixa Restrito Caixa Restrito são compostos de: 31 de dezembro de 2008 2007 Conta de consumo de combustível (a) PROINFA (b) Comercialização da energia de ITAIPU Outros Total 156.354 426.897 151.135 734.386 F-18 212.191 615.552 2.322 830.065 (Tradução livre do original em inglês) a) Conta de consumo de combustível De acordo com a Resolução No 20, de 3 de fevereiro de 1999, da ANEEL, as concessionárias de distribuição de energia elétrica têm que pagar as quantias definidas pela ANEEL para apoiar o custo do combustível utilizado na geração de energia termoelétrica no sistema energétco brasileiro. A ELETROBRÁS é responsável por gerenciar estes recursos, cuja aplicação é também definida pela ANEEL. Como conseqüência, a Companhia registra como ativos, em contrapartida ao passivo, todos os fundos disponíveis (conta bancária compromissada) e despesas pendentes ainda não acertadas pelos detentores da concessão. b) PROINFA A ELETROBRÁS é responsável pelo PROINFA, um programa do governo federal brasileiro que visa diversificar a matriz energética brasileira buscando soluções regionais através do uso de fontes renováveis de energia elétrica, utilizando economicamente os recursos disponíveis e as tecnologias aplicáveis. A ELETROBRÁS tem garantido o direito de comprar a energia a ser produzida até 2026. Estes valores referem-se principalmente à antecipação de fluxo de caixa operacional: 7. Contas a Receber Líquido 31 de dezembro de 2008 2007 Clientes e distribuidores de energia Contas receber negociadas Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa Total 5.954.823 2.876.945 8.831.768 (1.546.967) 7.284.801 5.770.312 2.669.009 8.439.321 (1.749.397) 6.689.924 (-) Circulante Não-circulante (4.991.458) 2.293.343 (4.488.721) 2.201.203 Nenhum cliente contabilizou mais de 10% das receitas totais em qualquer ano. Os recebíveis referentes aos consumidores e revendedores estão apresentados por seu provável valor realizável. Contas a receber negociadas Refere-se a quantias vencidas, que são renegociadas com clientes, estabelecendo a aplicação de juros e correção, bem como o número de parcelas para pagamento. Os saldos contábeis são registrados nos valores históricos. Transações com a CCEE (Câmara de Comércio de Energia Elétrica) Os valores referentes às transações na CCEE são registrados com base nas informações fornecidas pela Câmara. As transações realizadas em 2008 geraram um crédito de R$2.585 para a Eletrobrás e suas subsidiárias. A subsidiária FURNAS registrou R$ 293.560 como contas a receber, relacionadas à comercialização de energia elétrica, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE (sucessora do Mercado Atacadista de Energia – MAE), referente ao período de setembro de 2000 a setembro de 2002, cuja liquidação está suspensa como resultado de medidas cautelares temporárias iniciadas contra a ANEEL e a CCEE por concessionárias e revendedores. Considerando-se a realização incerta de ativos, a Administração registrou uma provisão para crédito de liquidação duvidosa de R$ 293.560. De acordo com a determinação do Acordo de Mercado da CCEE, para liquidar estes itens pendentes seria necessário fazer novos registros, que seriam objeto de um acerto entre as partes sem a intervenção da CCEE. F-19 (Tradução livre do original em inglês) Neste contexto, a administração pretende chegar a um acordo com a ANEEL e a CCEE, visando equilibrar estes créditos com a finalidade de permitir uma solução negociada para seu acerto. Venda de Energia Elétrica gerada por ITAIPU Binacional Desde 26 de abril de 2002, pela Lei No 10.438, a ELETROBRÁS é responsável pela venda no Brasil da eletricidade produzida pela ITAIPU BINACIONAL. Em 2008, o equivalente a 86.568 GWh foi distribuído com a tarifa pela eletricidade fornecida (compra) pela ITAIPU a US$21,99/kW e a tarifa para transferência de energia (venda) a US$ 23,03/kW. Os resultados das vendas de eletricidade da ITAIPU Binacional, pelos termos do Decreto 4.550, de 27 de dezembro de 2002, emenda pelo Decreto 6.265, de 22 de novembro de 2007, serão apropriados como se segue (vide item II da nota 13): a) b) Se for positivo, aos consumidores Residenciais e Rurais do Sistema de Energia Interconectado Nacional utilizando até 350 kWh, através de divisão proporcional rateável ao consumo individual e crédito de bônus nas contas de eletricidade. Se for negativo, é incluído pela ANEEL no cálculo da tarifa de energia contratada no ano subseqüente à formação do resultado. Em 2008, a atividade positiva de R$ 389.862 e as respectivas obrigações é registrada em “Obrigações de Reembolso”. 8. Títulos e Valores Mobiliários 31 de dezembro de 2008 2007 Notas emitidas pelo Governo Brasileiro: CFT-E1 (a) NTN-P (b) Partes beneficiárias © Outros Total (non-circulante) 208.761 139.696 652.575 876 1.001.908 194.405 129.737 652.575 976.717 a) CFT-E1 (Certificado do Tesouro Nacional) – Estes títulos do governo estão sujeitos à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), não têm juros incidindo sobre eles, e vencem em agosto de 2012. A controladora tem uma provisão para ajuste ao valor de mercao em 31 de dezembro de 2008 no valor de R$105.464 (31 de dezembro de 2007 – R$91.761), calculados com base nos descontos observáveis nos mercados de capital e apresentados como uma dedução do respectivo item de ativos. Estes títulos estão classificados como mantidos até o vencimento. b) NTN-P (Notas do Tesouro Nacional) – Os títulos do governo recebidos em consideração à venda de investimentos corporativos com o Programa Nacional de Desestatização (PND). Estes títulos do governo são indexados pela variação da Taxa Referencial (TR) anunciada pelo Banco Central do Brasil, incidindo juros de 6% p.a. sobre as quantias indexadas e com vencimento a partir de fevereiro de 2012. Estes títulos são classificados como mantidos até o vencimento. c) Partes Beneficiárias – Refere-se a títulos obtidos como conseqüência de acordos de reorganização corporativa referentes ao interesse acionário da ELETROBRÁS na INVESTCO, emitidos pelas companhias mencionadas abaixo, com rendimentos equivalentes a 10% do lucro determinado anualmente por cada companhia, e serão pagos juntametne com seus dividendos. Os títulos podem ser convertidos em ações preferenciais, sem direito a voto, em outubro de 2032. Estes títulos são classificados como mantidos até o vencimento. F-20 (Tradução livre do original em inglês) 31 de dezembro 2008 31 de dezembro 2007 266.798 184.577 151.225 49.975 652.575 266.798 184.577 151.225 49.975 652.575 Rede Lajeado EDP Lajeado CEB Lajeado Paulista Lajeado Present value 9. Estoque de Combustível Nuclear O combustível nuclear utilizado nas usinas de Angra I e Angra II compreendem elementos produzidos com ligas metálicas e urânio. Neste estágio inicial, o concentrado de urânio e os serviços necessários para a sua produção são classificados em ativos não-circulantes, e registrados como Inventários de Combustível Nuclear. Após o processo de produção terminar, a parte a ser consumida durante os 12 meses seguintes é classificada como ativos circulantes. A amortização mensal nas despesas operacionais é feita proporcionalmente, levando em conta a energia efetivamente gerada mensalmente, em comparação com a energia total calculada para cada elemento de combustível. Periodicamente, são realizados inventários e avaliações dos elementos de combustível nuclear, que foram através do processo de geração de energia elétrica e são armazenados em piscinas de combustível usado. Os inventários de combustível nuclear, em 31 de dezembro de 2007 e 31 de dezembro de 2006, compreendem: R$ Ativos circulantes Material armazenado Inventários de combustível nuclear Ativos não-circulantes Inventários de combustível nuclear Concentrado de urânio Elementos prontos Material estocado Serviços – combustível nuclear 2008 2007 36.161 286.903 323.064 42.990 243.325 286.315 104.442 146.736 259.213 214.751 725.142 1.048.206 71.301 194.633 242.615 148.639 657.188 943.503 O valor de R$ 323.064 (31 de dezembro de 2007 – R$ 286.315) também está registrado como Consolidado Circulante em materiais e suprimentos, referindo-se a inventários de combustível nuclear. 10. Impostos de Renda Os impostos de renda no Brasil compreendem imposto de renda federal e contribuição social, que constitui um imposto federal adicional. O imposto composto legal decretado aplicável nos períodos apresentados é de 34%, representados por um imposto de renda federal de 25%, mais taxa de contribuição social de 9%. A renda tributável da Companhia é substancialmente gerada no Brasil e está, por conseguinte, sujeita à taxa legal brasileira. F-21 (Tradução livre do original em inglês) Em julho de 2006, o Financial Accounting Standards Board (FASB) emitiu a Interpretação No 48 da FASB, Contabilização de Contingências Fiscais Impostos de Renda, uma interpretação da Declaração No 109 (FIN 48) da FASB. Esta Interpretação fornece orientação sobre o reconhecimento, classificação e divulgação referente a responsabilidades tributárias incertas. A avaliação de uma posição tributária requer o reconhecimento de um benefício tributário se for mais provável do que improvável que serpa mantido após exame. A Companhia adotou esta Interpretação a partir de 1o de janeiro de 2007. A adoção não teve um impacto material sobre as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. A Companhia e suas subsidiárias apresentam declarações de renda no Brasil. A validade legal é geralmente de cinco anos. Por conseguinte, estão concluídas as inspeções tributárias até 2002. A Companhia classifica juros sobre saldos relacionados a imposto de renda como despesas de juros ou renda de juros e classifica as multas relacionadas a imposto como despesas operacionais. Em 1o de janeiro de 2007, a Companhia não tinha juros materiais acumulados nem multas pagáveis. a) Reconciliação de imposto de renda Os valores informados como despesas co imposto de renda nas demonstrações financeiras são reconciliados às taxas legais como se segue: Exercício findo em 31 de dezembro de 2008 2007 2006 Renda antes dos impostos de renda e juros minoritários Despesa com impostos às taxas legais– 34% Ajustes para produzir imposto efetivo: Equivalência patrimonial Benefício tributário nos juros sobre capital próprio Provisões para perda em investimento Outras diferenças permanentes Despesa com imposto no Resultado do Exercício 12.004.020 (4.081.367) 1.453.791 (494.289) 1.526.982 (519.174) 107.697 (583.187) 1.133.118 (3.423.739) 251.652 (239.185) (332.625) (814.447) 122.967 (156.246) 9.447 (24.534) (567.540) As companhias brasileiras podem pagar juros sobre seu capital próprio em lugar de dividendos. O cálculo é baseado nos valores do patrimônio líquido preparado de acordo com princípios contábeis adotados no Brasil. A taxa de juros aplicada não pode exceder a taxa de juros de longo prazo determinada pelo Banco Central do Brasil e os juros pagos não podem exceder o que for maior entre 50% da renda líuida para o ano e 50% dos lucros retidos mais as reservas de renda. O montante de juros sobre capital próprio é dedutível para fins de imposto de renda. Dessa forma, diferentemente de um pagamento de dividendos, o benefício para a Companhia é uma redução em seu imposto a pagar equivalente ao imposto aplicado a esse valor. O imposto de renda é retido do pagamento do valor aos acionistas à taxa de 15%. A Companhia recebe incentivos tributários relacionados à aplicação de parte do imposto de renda a pagar cada ano sobre projetos localizados em certas áreas do Brasil. Uma montante igual à redução de imposto deve ser apropriada em uma conta reserva no patrimônio líquido e não pode ser distribuída na forma de dividendos. b) Análise de saldos de imposto diferidos Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, os saldos de impostos diferidos foram calculados utilizando-se uma taxa de 34%, que é a taxa que se espera estar em vigor quando da realização. Os principais componentes da conta de impostos de renda diferidos no balancete são os seguintes: 31 de dezembro de 2008 2007 Ativo circulante Base negativa de Imposto de Renda e Contribuição social Empréstimos e financiamentos Provisão para contingencies Provisão para dívidas duvidosas Remuneração e reembolso F-22 28.880 322.937 - 19.423 257.579 97.867 200.706 103.841 (Tradução livre do original em inglês) Ativos reguladores Empréstimos e financiamentos a receber Passivo circulante Contas a receber Ativos regulatórios Fornecedores Benefícios pós aposentadoria dos empregados Outros ativos (passivos) de diferenças temporárias não significativos individualmente Total de ativo circulante Ativo não-circulante Base negativa de Imposto de Renda e Contribuição social Empréstimos e financiamentos Provisão para contingencies Benefícios pós aposentadoria dos empregados Interesse em seu capital próprio Provisão para dívidas duvidosas Baixa parcial ao valor do Mercado Empréstimos e financiamentos a receber Passivo não-circulante Ativo regulador diferido Ativo fixo Variação da moeda estrangeira Outros ativos (passivos) de diferenças temporárias– não significativos individualmente Total de ativo não-circulante 158.670 510.487 72.283 751.699 (18.785) (227.511) (155.625) (401.921) (178.088) (10.847) (132.153) (49.484) (370.572) 396.247 164.398 504.813 545.525 3.942.284 602.312 879.407 583.187 40.874 132.312 3.098.516 9.278.892 50.895 3.177.544 572.645 512.070 239.185 69.527 130.049 2.962.769 7.714.684 (8.034.286) 386.394 (943.882) (8.591.774) (6.184.976) (326.624) (6.511.600) 91.373 240.819 778.491 1.443.903 As baixas parciais de perda de imposto não têm data de expiração. Entretanto, a compensação anual está limitada a 30% do valor da perda total. A partir de 1o de janeiro de 2007, a Companhia adotou a Interpretação No 48 da FASB, Contabilização de Contingências Fiscais de Imposto de Renda (FIN 48), que esclarece a contabilização para incerteza em impostos de renda reconhecida nas demonstrações financeiras de uma empresa, de acordo com as Demonstrações das Normas Contábeis Financeiras No 109, “Contabilização de Impostos de Renda”. A interpretação prescreve um limiar para o reconhecimento de demonstração financeira e a medição de uma posição tributária assummida ou esperada para ser assumida em uma declaração de imposto de renda. Para cada posição tributária, a empresa deve determinar se é mais provável do que improvável que a posição seja sustentada após exame baseado nos méritos técnicos da posição, inclusive a resolução de quaisquer apelas ou litígios correlatos. Uma posição tributária que atenda o limiar de reconhecimento mais provável do que improvável é então medido para determinar o montante de benefício a ser reconhecido nas demonstrações financeiras. Não podem ser reconhecidos nenhuns benefícios para posições tributárias que não atendam mais provável do que improvavelmente ao limiar. O benefício a ser reconhecido é a maior quantia que deve, mais provável do que improvavelmente, ser realizada quando do acerto final. Como resultado da implementação da Interpretação 48, a Companhia não tem nenhuma posição tributária incerta para a qual tenha registrado benefícios não reconhecidos de imposto de renda; dessa forma, não houve impacto nos resultados das operações da Companhia desde a adoção desta interpretação. Além disso, à data da adoção da FIN 48, a Companhia não tinha nenhuns juros nem multas acumuladas elacionadas aos benefícios tributários não reconhecidos nas despesas financeiras e em outras despesas operacionais, respectivamente. 11. Ativos Regulatórios 31 de dezembro de F-23 (Tradução livre do original em inglês) 2008 Custos recuperáveis de ITAIPU Acordo geral do setor elétrico Total (-) Circulantes Não-circulantes 23.603.738 30.879 23.634.617 (25.124) 23.609.493 2007 18.191.107 248.873 18.439.980 (240.154) 18.199.826 I) Refere-se a resultados acumulados de ITAIPU que são considerados custos recuperáveis a serem diferidos pelo SFAS 71, uma vez que este valor será recuperado por meio de tarifas futuras. Conforme discutido acima, a recuperação do ativo regulador é garantida com base nos termos do tratado. Considerando-se o fato de que o período do tratado é até 2023, a recuperação é baseada nos custos que serão incorridos até essa data na forma de dinheiro. Uma parte importante dos custos é o serviço da dívida, a recuperação correlata seguirá o período dos termos de pagamento da dívida correlata. Da mesma forma, a realização deste ativo depende das realizações no futuro das assunções definidas no tratado de Itaipú, datado de 26 de abril de 1973 e a estimativa do fluxo de caixa futuro. A Compania acredita que, para fins contábeis, este tratamento de ITAIPU atende às exigências do SFAS 71, devido ao seguinte: i. ITAIPU tem seu próprio órgão de direção empossado por estatuto (tratado) para estabelecer taxas para os consumidores; ii. O tratado que regula a operação de ITAIPU e os anexos do tratado estabelecem que a tarifa cobrada deve cobrir o custo do serviço de eletricidade, e assim a operação é projetada para recuperar os custos do fornecimento de serviços ou produtos regulamentados; iii. No Brasil, o governo e as agências reguladoras são responsáveis pelo planejamento do sistema energético brasileiro. Este planejamento estratégico considera a capacidade de geração de ITAIPU assim como a necessidade de recuperar seus investimentos e custos no período em que o tratado de ITAIPU Binacional estiver em vigor (até 2023). Atualmente, não há mudanças previstas nos níveis de demanda e, considerando-se o atual cenário, é improvável que a demanda de energia gerada por ITAIPU diminua. Com relação a competição, não há outras companhias que seriam capazes de produzir nos mesmos níveis de capacidade que ITAIPU. O planejamento tarifário é estabelecido nos níveis que possibilitam a recuperação de seus custos, que serão cobrados e recebidos de consumidores. Historicamente, as tarifas cobradas têm sido cobradas; iv. É provável que a renda futura, em um valor no mínimo igual aos custos capitalizados, que são a base das tarifas de ITAIPU, serão recuperadas. II. Acordo Geral para o Setor Elétrico Em 2001, o setor elétrico brasileiro esgtava sujeito a um Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, com o Governo Federal criando a Câmara de Gestão da Crise em Energia Elétrica para gerenciar os programas de ajuste da demanda, coordenar ações para aumentar o fornecimento de energia e implementr medidas emergenciais durante o período de racionamento que durou de 1o de janeiro de 2001 a 2 de fevereiro de 2002. Pela Lei 10438/2002, que colocou em prática os instrumentos legais para a implementação do Acordo Geral do Setor Elétrico devido ao Programa de Redução, a ANEEL foi autorizada a implementar o Reajuste Tarifário Extraordinário – RTE, com o objetivo de erguer o impacto financeiro no Sistema Brasileiro de Energia Elétrica Interconextada, na época sob o efeito do referido programa. Neste cenário, as companhias geradoras de energia elétrica reconheceram os créditos relacionados a ‘energia livre, perda de receita e ‘Parte A’, realizável pelos termos do Acordo Geral para o Setor Elétrico, através de Reajuste Tariufário Extraordinário (RTE) e cobrado dos consumidores finais, com vencimentos variáveis definidos pela ANEEL para os diferentes distribuidores. F-24 (Tradução livre do original em inglês) Em obediência à Circular 2.409 da ANEEL, de 14 de dezembro de 2007, a Companhia reconheceu as perdas provenientes da “energia livre” não cobrada pelos distribuidores no período estabelecido nos regulamentos, correspondendo a R$ 268.612 (31 de dezembro de 2007 – R$ 299.686). Isso está registrado na conta “prejuízo” no grupo de custo e despesas operacionais que acumulou até o quarto trimestre de 2007. 31 de dezembro 2008 RTE – Parte A, Energia Livre e Reembolso de Companhia Geradora Saldo Inicial (-) Perdas (-) Realizado Saldo Final Provisão para Créditos Liquidação Duvidosa Saldo no início do ano (+) Reversão (-) Constituição Saldo Final 2007 526.702 (268.612) (160.213) 97.877 1.113.667 (299.686) (287.279) 526.702 (309.732) 257.309 (14.575) (66.998) 30.879 (351.988) 299.686 (257.430) (309.732) 216.970 Pelos termos da referida Carta Circular No 2409/2007 da ANEEL, o saldo realizável correspondente a ‘energia livre’, líquido de perdas já reconhecidas, é de R$ 97.877 (31 de dezembro de 2007 – R$ 526.702) e receberá o mesmo tratamento no caso de não ser realizado dentro dos períodos estabelecidos. A maioria das quantias vencerão em 2009. De acordo com os termos da mesma Carta Circular No 2409/2007 da ANEEL, e apoiado por estudos preparados pela administração,a Companhia estabeleceu uma provisão para Devedores Duvidosos de R$ 66.998 em 31 de dezembro de 2008 (31 de dezembro de 2007 – R$309.732), considerada suficiente para cobrir possíveis perdas que possam ser sofridas até o final do período de realização. III – Resultante da venda de energia elétrica gerada na ITAIPU Binacional De conformidade com a Lei No 11480/2007, o índice de reajuste aplicado aos contratos de financiamento celebrados com a ITAIPU e os acordos de cessão de crédito celebrados com o Tesouro Federal a partir de 2007 foi retirado. Dessa forma, a ELETROBRÁS tem direito a manter integralmente seu fluxo de recebimentos. Além disso, o Decreto 6265 de 22 de novembro de 2007 foi também emitido com a finalidade de regulamentar a venda da eletricidade gerada pela ITAIPU Binacional, definindo o índice diferente a ser aplicado ao índice de transferência de energia, criando um ativo regulador para a diferença anual calculada, correspondendo a um fator de ajuste anual retirado dos contratos a serem incluídos anualmente no índice de transferência de energia a partir de 2008. Conseqüentemente, a partir 2008, a taxa cobrada pela transferência de energia da ITAIPU Binacional inclui da diferença ocasionada pela eliminação do fator de ajuste anual, cujos valores devem ser anualmente definidos através de uma Portaria Interministerial emitida pelo Ministério da Fazenda e o Ministério das Minas e Energia. O índice de transferência de energia em vigor em 2008 inclui um valor de R$ 502.429(ou US$ 214.989 mil em 31 de dezembro de 2007), aprovado pela Portaria Interministerial No 398/2008 do Ministério da Fazenda e o Ministério das Minas e Energia. O saldo dos ativos reguladores representados pelo título “Direitos a reembolso” em ativo não-circulante desde a venda de eletricidade da ITAIPU Binacional no período de janeiro a dezembro de 2008. Nos totais R$4.312.809, correspondendo a US$ 1.845.447. O Acordo Geral também trataram dos custos e perdas de energia da Parcela A. F-25 (Tradução livre do original em inglês) Por conseguinte, a perda de receita financeira da ELETROBRÁS ocasionada pela eliminação do fator de reajuste dos contratos de financiamento assinados com a ITAIPU Binacional foi compensada por seu acréscimo à tarifa de transferência de energia, não gerando perdas para a Companhia. O método para determinação do ativo regulador foi definido pela Portaria Interministerial MME/MF 313/2007, de 11 de dezembro de 2007. 12. Empréstimos e Financiamentos a Receber A Companhia mantém uma política de investimentos para prover recursos para a expansão do setor energético brasileiro. Esses recursos foram concedidos a diversas companhias na indústria de energia, como se segue: 31 de dezembro de 2008 Índice médio anual CEMIG COPEL CEEE DUKE AES Tietê AES Eletropaulo Tractebel CELPE CEMAR CESP ITAIPU Outras Provisão para Devedores Duvidosos 6,76% 10,21% 9,33% 10% 10% 10,01% 12% 6,0% 5,09% 9,33% 7,07% Total 2007 NãoCirculante circulante 65.479 4.977 66.865 171.066 229.478 392.337 30.318 18.040 27.506 29.286 868 545.122 (117.675) 1.463.667 403.565 67.142 30.085 439.233 982.694 41.114 77.957 317.532 235.273 64.510 1.695.257 4.354.362 Total 469.044 72.119 96.950 610.299 1.212.172 392.337 71.432 95.997 345.038 264.559 65.378 2.240.379 (117.675) 5.818.029 Índice médio anual 6,76% 8,39% 9,33% 10% 10% 9,85% 12% 6,02% 6,07% 9,32% 7,07% NãoCirculante circulante 60.373 188.828 91.557 147.992 188.828 382.952 32.914 16.974 9.081 25.291 244 204.179 (80.630) 1.268.583 284.790 1.104.299 54.436 865.083 1.104.299 8.917 68.559 82.851 284.790 245.098 61.771 551.781 4.716.675 Total 345.164 1.293.127 145.993 1.013.075 1.293.127 391.869 101.473 99.825 293.871 270.389 62.015 755.960 (80.630) 5.985.258 A maior parte das montantes que estão previstas para serem recebidos em pagamentos mensais durante um período médio de 10 anos, sujeitos a juros entre 4,44% e 12%. No último trimestre de 2006, a Companhia reverteu o valor total da provisão para crédito de liquidação duvidosa, no montante de R$ 350.847, estabeleceu créditos associados com um financiamento concedido à ELETROPAULO Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. e longo em atraso. Dessa forma, a ELETROBRÁS moveu e ganhou uma ação legal, declarada como final e inapelável, estabelecendo assim o direito ao recebível pela ELETROBRÁS. Em junho de 2006, O Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu uma decisão unânime de que os procedimentos de cobrança devem prosseguir conforme resolvido pelo STJ. Mais recentemente, o STJ rejeitou por unanimidade um recurso por meio de apresentação de caso pela ELETROPAULO. A administração da ELETROBRÁS pode, assim, prosseguir com a cobrança e, apoiada pelo parecer de seus consultores legais, considerar a realização deste valro a receber como virtualmente certo. Em 31 de dezembro de 2008, estes valores a receber totalizavam R$ 385.171, após ajuste de 10% de juros conforme acordos originais assinados com a ELETROPAULO e refletidos nos registros contábeis, os quais, atualizados pelos índices utilizados pelo STJ, totalizavam R$ 1.061.329. A administração da Companhia, de forma prudente e conservadora, não registra a parte atualizada na base de créditos diferentes das formalmente acordadas, e esperará o resultado dos procedimentos de cobrança. 13. Impostos a Recuperar F-26 (Tradução livre do original em inglês) Os impostos recuperáveis são compostos de: 31 de dezembro de 2008 2007 Impostos de renda corrente e contribuição social ICMS Outros Total (-) Circulante Não-circulante 1.594.718 853.510 638.692 3.086.920 (1.741.195) 1.345.725 1.847.382 1.013.146 55.966 2.916.494 (1.966.532) 949.962 Os créditos de VAT recuperáveis estão sendo compensados pela Companhia com o VAT a ser pago em um período de 48 meses, de acordo com a legislação tributária brasileira. Dos créditos de imposto recuperáveis acima mencionados, os valores de R$ 928.955 e R$ 343.291, correspondentes aos compromissos de IRPJ e CSLL, respectivamente, serão compensados quando da apresentação da Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica do ano base de 2008 – DIPJ/2009. 14. Investmentos A ELETROBRÁS conduz parte de suas atividades por meio de investimentos em companhias contabilizados utilizando o método de eqüidade e custo.Estas companhias não-consolidadas estão envolvidas principalmente na distribuição de energia. % Investimentos em ações CEEE – Distribuição CEEE – G & T EMAE CEMAT CTEEP CEMAR CELPA Energia Lajeado CEB Lajeado EDP Lajeado Paulista Lajeado 32.59 32.59 39.02 41.04 35.29 33.92 34.24 40.07 40.07 40.07 40.07 Investimentos em companhias de energia elétrica registrados ao custo 31 de dezembro de 2008 2007 9.499 127.368 267.765 359.355 1.447.818 197.943 267.575 219.806 78.173 103.771 23.380 3.102.453 18.951 105.234 252.219 352.069 1.393.534 169.790 274.790 218.445 61.233 102.957 23.380 2.972.602 2.545.679 5.648.132 1.850.027 4.822.629 Como parte do acordo, os títulos representando partes beneficiárias (conforme descrito na Nota 8c), no valor de R$ 652.575 em dezembro de 2008 (R$652.575 em dezembro de 2007), foram também adquiridos, emitidos pelas companhias correlatas, com rendimentos equivalentes a 10% do lucro determinado anualmente por cada uma das companhias Lajeado, que serão pagos juntametne com dividendos das companhias mencionadas. Estes títulos podem ser convertidos em ações preferenciais, sem direito a voto, em outubro de 2032. Conforme discutido na Nota 21, a ELETROBRÁS é ré em diversas ações em diversos estágios de julgamento. Os investimentos a seguir foram dados como garantia destas ações pela ELETROBRÁS, ativos que representam 6,32% de sua carteira total de investimentos, conforme apresentado abaixo: Saldo de investimentos Garantia % F-27 Valor da garantia (Tradução livre do original em inglês) Afiliada CTEEP EMAE CESP AES TIETE COELCE DUKE CEMAT CEB CELPA CELPE CELESC CEEE – G&T 2008 1.447.818 267.765 269.679 23.046 15.328 3.344 456.883 3.528 366.953 4.689 28.241 127.368 3.014.642 2007 1.393.534 252.219 269.680 23.047 15.329 3.344 455.384 3.528 379.584 4.689 28.242 124.185 2.744.656 2008 2007 91.71% 100.00% 95.82% 89.19% 100.00% 62.48% 86.64% 50.00% 96.99% 71.55% 15.24% 87.39% 82.61% 100.00% 95.82% 94.43% 100.00% 62.48% 97.30% 100.00% 5.31% 70.32% 15.24% 87.39% 2008 1.327.794 267.765 258.406 20.555 15.328 2.089 395.843 1.764 355.908 3.355 4.304 111.307 2.764.418 2007 1.151.198 252.219 258.407 21.763 15.329 2.089 342.563 3.528 14.591 3.297 4.304 108.525 2.177.813 As garantias básicas foram fornecidas para apoiar 3.578 ações legais nas quais a ELETROBRÁS é ré, conforme declarado na Nota 21. Estas ações encontram-se em diversos estágio de julgamento e, com base na orientação dos consultores legais da ELETROBRÁS, a administração estima um prazo médio para uma decisão final em oito a dez anos. A ELETROBRÁS provisionou para contingências referentes às ações legais mencionadas acima o valor de R$ 1.328.244 em 31 de dezembro de 2008 (R$ 1.328.244 em 31 de dezembro de 2007) e estimou que o máximo dos prováveis pagamentos futuros seja de aproximadamente R$3.350.000, conforme discutido na Nota 21. 15. Imobilizado Imobilizado consiste do seguinte: 31 de dezembro de 2008 Taxa Anual de Geração Hidroelétrica Nuclear Termoelétrica Transmissão Distribuição Administração Total Custo Depreciação Depreciação Em serviço Em andamento 2% - 5% 2% - 5% 2% - 5% 81.440.077 6.106.360 2.949.989 90.496.426 4.458.542 3.964.040 149.210 8.571.792 (43.014.809) (2..066.615) (861.587) (45.943.011) 42.883.810 8.003.785 2.237.612 53.125.207 2% - 5% 2% - 5% 4% - 20% 33.329.088 3.771.652 808.353 128.405.519 4.690.764 752.283 427.959 14.442.798 (15.445.999) (2.487.774) (335.967) (64.212.751) 22.573.853 2.036.161 900.345 78.635.566 acumulada Total 31 de dezembro de, 2007 Taxa Anual de Depreciação Geração Hidroelétrica Nuclear Termoelétrica 2% - 5% 2% -5% 2% -5% Em serviço Custo acumulada Depreciação acumulada Total 81.428.583 6.133.475 1.859.010 89.421.068 3.955.789 2.721.749 1.000.822 7.678.360 (42.469.132) (1.884.820) (916.753) (45.270.705) 42.915.240 6.970.404 1.943.079 51.828.723 F-28 (Tradução livre do original em inglês) Transmissão Distribuição Administração Total 2%-5% 2%-5% 4%-20% 32.605.770 1.751.470 784.054 124.562.362 4.800.073 342.986 337.857 13.159.276 (14.975.966) (1.714.534) (380.884) (62.342.089) 22.429.877 379.922 741.027 75.379.549 A depreciação para os anos findos em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, totalizou R$ 2.559.225, R$ 3.309.755 e R$ 3.364.032, respectivamente. A Companhia incorreu em custos de juros de R$ 563.632, R$ 664.077 e R$ 732.380 para os anos findos em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, dos quais R$ 254.717, R$ 458.384 e R$ 524.940 foram capitalizados, respectivamente. Pela lei brasileira, os ativos de geração, transmissão e distribuição de energia da Companhia não podem ser removidos, descartados, transferidos, vendidos ou hipotecados sem a autorização prévia da ANEEL. Os produtos recebidos do descarte de ativos devem ser depositados em uma conta bancária restrita e utilizados na compra de outros ativos de concessão. Além disso, a Companhia não pode usar os ativos referentes ao contrato de concessão de serviços de energia elétrica como garantia. A administração da Companhia e suas subsidiárias analisam anualmente a recuperação do valor contábil de seus ativos, ou sempre que quaisquer circunstâncias indicarem essa necessidade. Estas revisões indicaram a necessidade de reconhecer perdas por impairment, para CEAL, CERON, CGTEE,MANAUS ENERGIA e ELETRONORTE, durante os anos findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007, no valor de R$1.500.464 e R$730.233, respectivamente. Em 2001, as subsidiárias CEAL e CERON registraram perdas por impairment pelo SFAS 144. Em 2007, a Companhia reavaliou o fluxo de caixa da CEPISA e identificou uma indicação para disposição de impairment. Entretanto, a administração da companhia não fez os ajustes correlatos para entender que os processos de reestruturação corporativa implementados visaram melhorar o desempenho destes investimentos. Para o ano de 2008, essa análise não indicou qualquer necessidade de reconhecimento de impairment. A administração da Companhia reverá o fluxo de caixa da CEPISA de forma regular e realizará o ajuste caso o cenário de impairment seja mantido. F-29 (Tradução livre do original em inglês) 16. Empréstimos e Financiamentos 2008 Principal Parte corrente Longo prazo Índice médio Montante anual de juros 2007 Total Venciment o Garantia Moeda estrangeira Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID Comitê Andino de Fomento – CAF 5,32% 4,76% 5.489 10.340 43.482 - 369.600 1.635.900 350.626 192.982 Kreditanstalt fur Wiederaufbau – KFW 5,73% 376 59.698 95.514 171.467 AMFORP & BEPCO 6,50% - 128 - 599 Dresdner Bank Dresdner Bank 6,25% 7,75% 331 5.347 45.110 - 95.513 701.100 147.866 535.442 Ex-Im Bank Outros 2,15% - 2.544 3.466 27.893 56.823 19.246 224.487 482.981 502.328 3.882.936 366.779 132.386 1.898.147 5.698 5.698 1.891.529 23.250.919 2.116.016 23.250.919 19.760.071 19.760.071 33.591 2.116.016 27.133.855 21.658.218 52.114 52.114 85.705 224.977 86.930 237.534 2.671.731 462.511 2.758.661 2.664.233 29.892.516 583.715 2.271.893 2.855.608 24.513.826 2006 a Garantido 2018 Federal Garantido Federal Garantido Federal Garantido Federal Garantido Federal - pelo Governo pelo Governo pelo Governo pelo Governo pelo Governo Outros Tesouro Nacional – ITAIPU 4,1% a 8,49% Moeda local Fundo de Investimento de Direitos de Crédito 1,38% , 1,8% (“fidc”) e Selic Outros Total F-30 2006 a 2013 - 2006 a 2010 Direitos de crédito CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) A ELETROBRÁS realizou as seguintes operações de levantamento de recursos durante 2008: a) Conclusão, em agosto de 2008, do processo para obtenção de um empréstimo sindicalizado do tipo Empréstimo A/B, com a Corporación Andina de Fomento – CAF. O empréstimo, no valor de US$ 600.000.000, foi estruturado da seguinte forma: Parte A, de US$150.000.000, com a CAF, com um período de 12 anos; Parte B, correspondente a US$450.000.000, com uma união de bancos, liderada prlo Citi, BNP Paribas e a Sociétè Generale, com um prazo de 7 anos. Até 31 de dezembro de 2008, a Companhia não recebeu nenehuma quantia relacionada ao empréstimo sindicalizado. A taxa de juros média contratada foi de 1,64% sobre LIBOR de seis meses,correspondendo ao seu custo real. b) Contratação de um empréstimo com o Kreditanstal für Wiederaufbau – KFW, no valor de €7.200.000, com a garantia do Governo Federal Brasileiro. Em dezembro de 2008, os contratos referentes à primeira parcela de €13.300.000 foram assinados entre a ELETROBRÁS e o banco. Os recursos serão usados nos projetos de construção de 4 usinas pequenas baseadas em água, sob a responsabilidade da ELETROSUL. c) O início do processo de obtenção de autorização do Tesouro Nacional para levantar US$400.000.000, sob a forma de bônus no mercado internacional. Entretanto, após obter a autorização no final de novembro de 2008, o mercado de bônus perdeu sua atração, um fato que determinou o adiamento da emissão mencionada. A autorização já obtida é válida para o ano 2009. d) A negociação com o BIRD e as agências reguladoras tiveram início para a obtenção de um empréstimo de US$500.000.000, destinado ao programa de investimentos da Companhia. Composição dos financiamentos estrangeiros por moeda: . 31 de dezembro de 2008 2007 Moeda US$ EURO YEN Total • 27.233.620 1.464.173 585.669 29.283.462 Vencimentos de financiamento de longo prazo: A parte de longo prazo em 31 de dezembro de 2008 vence nos seguintes anos: F-31 20.972.106 319.333 366.779 21.658.218 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Em 31 de dezembro de 2008 2010 2011 2012 2013 2014 e após 2.114.879 1.818.255 2.171.751 2.210.343 21.577.288 29.892.516 Os acordos de dívida da Companhia contém compromissos, com as quais a Companhia estava cumprindo em 31 de dezembro de 2008. As instituições financeiras no exterior não exigem garantias da Companhia, e a maior parte dos financiamentos da Companhia no Brasil é garantida pelo Governo Federal. Os produtos dos financiamentos têm sido usados geralmente pela Companhia para capital de giro e para financiar a expansão de seus sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A Companhia não fornece garantias para a dívida de terceiros ou de investidos. I – Fundo de Investimento em Direitos de Crédito (FIDC) a) FIDC FURNAS I 1. Estabelecido pelo administrador, Banco Santander Brasil 2. A cessão para o Fundo FURNAS I foi formalizado através de um Instrumento Privado de Recebíveis e Cessão e Aquisição de outros Ativos assiado em setembro de 2004. 3. A taxa de desconto é de 1,38% p.a. 4. O fluxo de determinação é informado com base no índice anual da SELIC pelo Bancop Central do Brasil (BACEN) para o período desde a data da cessão até o último dia útil antes da data de pagamento. 5. A companhia controlada FURNAS permaneceu como o agente de cobrança. 6. A determinação foi realizada sob a co-obrigação de Furnas pagar pelos Recebíveis, conforme estipulado no Código Civil Brasileiro. 7. Recebíveis cedidos: Recebíveis RTE Financiamento – CEMAT Energia – PROMAN Total determinado Período de Realização Jan/2007 a Jan/2008 Oct/2004 a Mar/2009 Oct/2004 a Dec/2006 Valor Determinado 126.000 164.000 52,.000 342.000 b) FIDC FURNAS II 1. Estabelecido conjuntamente pelo Banco Santander Brasil e o Bradesco, BB Banco de Investimento. Itaú BBA e Votorantim, sob a administração da BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA. A cessão para o Fundo FURNAS II foi formalizada através de um Instrumento Particular de Valores a Receber e Cedssão e Aquisição de Outros Ativos, assinado em maio de 2005. A taxa de desconto é de 1,80% ao ano. 2. 3. F-32 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) 4. 5. 6. 7. O fluxo de cessão é restabelecido com base no índice SELC anual estabalecido pelo Banco Central do Brasil (BACEN) para o período desde a data da cessão até o último dia útil antes da data do pagamento. A companhia controlada FURNAS permaneceu como agente de cobrança. A cessão foi realizada sob a co-obrigação de Furnas pagar pelos Valores a Receber, conforme estipulado pelo Código Civil Brasileiro. Valores a receber cedidos: Valores a Receber Cedidos Recebíveis – Lei No 8.727/93 Refinanciamento de energia – CEB Refinanciamento de energia – CELG Acordos diversos Total cedido Período de Realização Jun/2005 a maio/2010 Jun/2005 a maio/2010 228.000 162.000 Valor Cedido Jun/2005 a maio/2010 258.000 Jun/2005 a fev/2008 255.050 903.050 As demonstrações consolidadas, pela Instrução No 408/2004 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e levando-se em conta as características dos recursos, consideram os valores a receber como parte integrante dos ativos, registrados sob os títulos originais, e o valor dos ativos FIDC refletidos como financiamento e empréstimos de longo e curto prazos, cujo saldo total em 31 de desembro de 2008 era de R$311.907 (R$ 583.715 em 31 de dezembro de 2007). 17. Impostos a Recolher 31 de dezembro de 2008 2007 Impostos de Renda e de contribuição social PASEP 3 COFINS ICMS (VAT) PAES (a) Outros Total (-) Correntes Longo prazo 1.443.604 155.687 185.879 1.196.982 286.086 3.268.238 (1.955.794) 1.312.444 2.191.804 224.778 139.704 1.112.477 236.570 3.692.420 (2.075.726) 1.616.694 a) Refere-se a um esquema especial de parcelamento de impostos ao qual Furnas, Eletronorte e Eletrosul decidiram aderir (a partir de 2003, com último pagamento em agosto de 2018) visando quitar suas dívidas com a Secretaria da Receita Federal e a Previdência Social. O valor a ser pago à Secretaria da Receita Federal (SRF) representa 1,5% das vendas mensais, pagável em até 180 meses e com saldo devedor recalculado com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 18. Créditos do Tesouro Nacional 31 de dezembro de 2008 Curto prazo Aquisição de CEEE Obrigação de Ressarcimento Outros 2007 Longo prazo 62.231 10.005 72.236 362.601 2.450.772 40.828 2.854.201 F-33 Curso prazo Longo prazo 50.439 7.711 58.150 386.888 302.279 37.822 726.989 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) a) De conformidade com a Lei No 11.480/2007, o índice de reajuste aplicado aos contratos de financiamento celebrados com a ITAIPU Binacional e os acordos de cessão de crédito celebrados com o Tesouro Nacional a partir de 2007, foi retirado. Dessa forma, a ELETROBRÁS tem direito a manter intgegralmente seu fluxo de recebimentos. Além disso, o Decreto 6.265, de 22 de novembro de 2007, foi também aprovado, com o objetivo de regulamentar a comercialização de eletricidade de ITAIPU Binacional, definindo o índice diferente a ser aplicado à tarifa de transferência de energia, criando contas a receber, correspondentes a um fator anual obtido do financiamento a ser incluído anualmente na tarifa para transferência de energia a partir de 2008. Dessa forma, a partir de 2008, a taxa cobrada pela transferência de energia de ITAIPU Binacional inclui a diferença causada pela eliminação do fator de ajuste anual, cujos vallores devem ser definidos anualmente através de Portaria Interministerial emitida pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério das Minas e Energia. A taxa de transferência de energia em vigor em 2008 inclui um valor de R$ 502.429 (ou US$214.989), aprovada pela Portaria Interministerial No 398/2008 do Ministério da Fazenda e pelo Ministério das Minas e Energia. 19. Descomissionamento de Usina de Energia Nuclear A Companhia reconhece as obrigações assumidas para o descomissionamento das usinas termonucleares. Isto consiste de um programa de atividades exigidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN do Brasil que permite que as instalações nucleares sejam desativadas com segurança, com um impacto mínimo para o meio ambiente. No caso das usinas termonucleares brasileiras (Angra 1 e Angra 2), a opção escolhida foi o programa de descomissionamento conhecido mundialmente como “SAFSTOR”, que compreende a desativação total da usina após um período de inatividade de 15 anos. O cálculo dos compromissos decorrentes do programa de descomissionamento é baseado nas leis e regulamentos brasileiros e internacionais vigentes, a tecnologia atualmente disponível para a realização dessas atividades e os custos específicos para o local no qual as usinas estão localizadas. De acordo com a Lei No 10.308/2001, a Eletronuclear é legalmente responsável pelos depósitos iniciais de resíduos decorrentes do descomissionamento de Angra I e Angra II e, dessa forma, arca com os custos desta obrigação. Pelas disposições da Lei No 10.308/2001, o CNEN é responsável por, e arcar com os custos de implementação dos depósitos intermediário e final de resíduos. Por conseguinte, estes custos não estão incluídos no cálculo dos compromissos resultantes do descomissionamento das usinas termonucleares, embora os custos pelo armazenamento dos resíduos sejam. O Artigo 18 da mencionada Lei estabelece que os serviços de estocagem intermediário e final terão seus respectivos custos reembolsados ao CNEN pelos depositantes, de acordo com a tabela aprovada pelo Conselho Consultivo da CNEN a entrar em vigor no início do primeiro dia útil após a publicação do Diário Oficial da União. Com Angra II tornando-se operante em 2000, foram realizados novos estudos sobre custos com o descomissionamento, tomando como referência estimativas aplicáveis a um conjunto de 17 usinas nos EUA e 10 Européias, Canadenses e Japonesas, que se encontram em diferentes estágios de descomissionamento, bem como critérios estipulados pela NRC – Nuclear Regulatory Commission dos EUA. Estes critérios foram usados em estudos de usinas similares às brasileiras, incluindo um estudo específico realizado na usina de Krisko, que é considerada a irmã gêmea de Angra I. O custo do descomissionamento de Angra I e Angra II está estimado em US$197.816 mil e US$240.000 mil, e o final da vida útil das usinas previsto para dezembro de 2014 e agosto de 2030, respectivamente. Em 2007, a administração da Companhia reviu e ajustou estes valores,além de definir parâmetros e regulamentos para estabelecer as reservas financeiras necessárias para cobrir os custos com o descomissionamento da usina. Por conseguinte, os custos ajustados são US$307.000 mil e US$ 426.000 mil para Angra I e Angra II, respectivamente. A vida útil econômica das usinas foi estabelecida como sendo de 40 anos. Como resultado dessa reavaliação, a obrigação total mudou de US$437.816 mil para US$733.000 mil. F-34 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Em 31 de dezembro de 2008, o valor justo de acordo com as responsabilidades da SFAS 143 relacionadas a Angra I e Angra II foi de R$ 266.169. As mudanças na disposição são as seguintes: Angra I Angra II Total 31 de dezembro de 2006 Acréscimo/(decréscimo) Variação cambial 31 de dezembro de 2007 Acréscimo Variação cambial 170.815 (5.647) (29.298) 135.870 13.241 43.393 33.805 27.449 (5.797) 55.457 497 17.711 204.620 21.802 (35.095) 191.327 13.738 61.104 31 de dezembro de 2008 192.504 73.665 266.169 Os valores registrados como responsabilidades incorridas com o descomissionamento de usinas termonucleares são estimados e serão revisados através das vidas econômicas das usinas, considerando-se os avanços tecnológicos com a finalidade de alocar os custos a serem incorridos como sua derivação para o respectivo período de acúmulo. Nenhuma legislação específica sobre o descomissionamento de usinas termonucleares está atualmente em vigor no Brasil e, dessa forma, as condições para o descomissionamento, os procedimentos a serem implementados, as quantias a serem gastas e as medidas para serem tomadas caso estes valores sejam insuficientes ou excessivos, não estão estabelecidas. A Eletronuclear gerencia o lixo radioativo de Baixa, Média e Alta Atividade. O lixo de Baixa Atividade inclui materiais descartáveis das usinas nucleares, o lixo de Média Atividade é a resina de purificação de fluido e o lixo de Ata Atividade são os elementos combustíveis usados. Dessa forma, a ELETRONUCLEAR já construiu um Centro de Gerenciamento de Resíduos– CGR para armazenamento de resíduos de baixa e média atividade, localizado em Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro Para lixo de alta atividade, a ELETRONUCLEAR opera dois depósitos iniciais (piscinas de combustível usado) nas usinas de energia de Angra I e Angra II. Existe ainda o projeto de outra piscina de armazenamento para elementos de combustível usado, localizada fora das usinas, que aumentará a capacidade de armazenamento do Centro Nuclear e permitirá armazenar todo o combustível usado pelos reatores de Angra I e Angra II, durante todas as vidas úteis dessas unidades. Os custos com o descomissionamento incluem os serviços referentes à remoção, transporte e descarte final do lixo de baixa e média atividade gerado durante o programa de descomissionamento. Esses custos incluem ainda a remoção e transporte dos elementos combustíveis usados para serem armazenados onde a CNEN estabelecer. Estes custos, entretanto, não incluem os serviços de armazenamento intermediário e final subseqüente e o armazenamento final desses elementos combustíveis. Estes últimos custos não são levados em consideração porque não existem procedimentos, regulamentos técnicos ou legislação específica para o armazenamento de longo prazo de elementos combustíveis usados. O combustível usado pode ser reciclado no futuro por meio de técnicas de reprocessamento, conforme é feito atualmente em países com o a França e o Japão. Isso pode gerar recursos suficientes para pagar os custos do armazenamento final dos resíduos de alta atividade resultantes. Dadas as características específicas da operação e manutenção de uma usina termonuclear, sempre que os custos com descomissionamento estimados mudam, devido a novos estudos que aplicam tecnologia mais avançada, as cotas de descomissionamento devem ser mudadas de acordo, de tal forma que as responsabilidades podem ser ajustadas à nova realidade. F-35 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) 20. Benefícios Pós-emprego dos Empregados A tabela a seguir mostra as companhias (patrocinadoras) pertencentes ao grupo ELETROBRÁS e seus benefícios definidos pós-emprego calculados pelas SFAS 87, 88, 106, 132R e 158. A coluna 2 indica os fundos de pensão encarregados da gestão dos benefícios de pensão de cada patrocinador. De acordo com a lei brasileira, os fundos de pensão habilitados são legalmente separados das companhias patrocinadoras. Tipos de benefícios pós-emprego por patrocinador do grupo ELETROBRÁS Outros benefícios pós-emprego Indenização Segmento Fundo de pensão Plano de Seguro de Plano médico pós(patrocinador) pensão vida aposentadoria ELETROBRÁS ELETRONORTE CHESF ELETROSUL ELETRONUCLEAR ELETROS PREVINORTE FACHESF ELOS NUCLEOS/REAL GRANDEZA FURNAS REAL GRANDEZA CGTEE ELETROCEE CEAL FACEAL ITAIPU BRASIL FIBRA ITAIPU PARAGUAI CAJA X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Devido à estrutura descentralizada do Sistema Eletrobrás, cada segmento (ELETROBRÁS, ITAIPU Brasil, ITAIPU Paraguai, ELETRONORTE, FURNAS, ELETRONUCLEAR, CHESF, ELETROSUL, CGTEE e CEAL) patrocina seu próprio pacote de benefícios de empregados. Neste contexto, existe uma variedade ampla de benefícios pós-emprego definidos estipulados pelo Sistema. Como um todo, o Sistema oferece aos aposentados atuais e futuros e seus beneficiários: • • • • • Anuidades imediatas e garantidas diferidas de sobrevivente do último sobrevivente; Benefícios médicos, odontológicos e farmacêuticos; Benefícios de indenização de soma total quando da aposentadoria; Seguro de vida total; e Benefícios especiais ao término. Nas próximas páginas, estão apresentados os resultados consolidados de acordo com o SFAS 132R,com as emendas pelo SFAS 158. A data de medição para cada ano é 31 de dezembro. O valor justo de ativos de plano de pensão foi também medido em 31 de dezembro de cada ano correspondente. Os ativos usados no cálculo para fins de US GAAP são líquidos de contas a pagar, outros fundos não disponíveis para pagar benefícios de pensão e contratos de dívida pendentes das companhias patrocinadoras que foram registrados como ativos do plano de pensão para fins de contabilização local. A Tabela 1 apresenta um resumo dos resultados consolidados tanto para Benefícios de Pensão como para Outros Benefícios Pós-Emprego. F-36 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Tabela 1 –Resumo dos Resultados – Benefícios Empregados– Grupo Eletrobrás 2008 2007 2006 _ Obrigação Acumulada de Pensão (SFAS 87) _ Complemento devido a Dívidas Pendentes do Empregador por Custeio de Pensão _ Obrigação Acumulada de Benefício–Outros Benefícios Pós-Emprego (SFAS 106) Valor líquido reconhecido como responsabilidade por benefício pós-emprego _ Responsabilidade corrente OPEB não custeada do período seguinte) _ Passivo não-circulante (3.052.941) (1.124.772) (4.177.713) (44.980) (4.132.733) _ Cobrança a AOCI após adoção do SFAS 158 – Benefícios de Pensão _ Cobrança a AOCI após a adoção do SFAS 158 –Outros Benefícios Pós-Emprego Valor liquido reconhecido em Outra Receita Acumul. Abrangente 2.425.349 (55.876) 2.369.473 402.318 258.086 660.404 1.176.500 307.865 1.484.365 125.825 141.782 267.606 243.641 154.235 397.876 247.803 137.899 385.702 Custo liquido de benefício periódico – Benefícios de Pensão Custo liquido de benefício periódico – Outros Benef.Pós-Emprego Custo total líquido de benefício periódico a.1) (1.082.103) (1.260.580) (2.342.684) (37.972) (2.304.711) (2.230.169) (473.461) (1.222.547) (3.926.177) (36.522) (3.889.655) Divulgação de Benefícios de Pensão Tabela 2a – Resultados Consolidados dos Benefícios de Pensão – Mudança nas OPB Mudança na obrigação projetada de benefício Obrigação projetada de benefício no início do ano Custo do serviço Custo de juros Contribuições para saldos de conta de contribuição definida Exclusão de saldos contábeis de contribuição definida (Ganho)/perda atuarial Reduções Acertos Aumento de obrigação devido a novo plano e alterações no plano Desconsideração de indenização pós-aposentadoria Benefício bruto pago Inclusão de Itaipu Paraguai nos resultados consolidados Efeito do câmbio devido a Itaipu Paraguai Obrigação projetada de benefício ao final do ano 2008 2007 2006 15.863.257 270.270 1.634.663 14.578.981 241.814 1.360.312 47.983 13.510.946 230.614 1.32.147 31.942 (576.143) - - 390.519 - 697.559 (29.767) (146.261) 22.557 267.024 (17.178) (118.605) 200.586 (855.167) - (727.329) - (105.084) (685.171) - 336.332 17.063.731 (182.593) 15.863.257 (64.238) 14.578.981 Tabela 2b – Resultados Consolidados dos Benefícios de Pensão – Mudança nos Ativos do Plano Mudança na obrigação projetada de benefício Valor Justo dos ativos do plano no início do ano Retorno real nos ativos do plano Exclusão de saldos contábeis de contribuição definida F-37 2008 14.781.153 166.678 (596.610) 2007 12.348.812 2.690.255 - 2006 10.348.501 1.942.286 - CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Contribuições do empregador Contribuições do empregado Benefícios brutos pagos Aumento de ativos devido a novo plano Liquidações Efeito do câmbio devido a Itaipu Paraguai Valor justo dos ativos do plano ao final do ano 582.819 98.22 (855.167) 170.027 14.347.122 634.507 123.426 (727.329) (189.151) (99.367) 14.781.153 673.450 114.783 (685.171) 187.554 (184.978) (47.611) 12.348.812 Tabela 2c – Resultados Consolidados dos Benefícios de Pensão– (A)PPC 2008 Custo (acumulado) de pensão pré-paga ao final do ano Obrigação projetada de benefício ao final do ano Valor Justo dos ativos do plano ao final do ano Situação não-custeada (custeada) ao final do ano 17.400.063 (14.347.122) 3.052.941 2007 2006 15.863.257 (14.781.153) 1.082.103 14.578.981 (12.348.812) 2.230.169 Tabela 2d – Resultados Consolidados dos Benefícios de Pensão – AOCI pelo SFAS 158 Valores reconhecidos em Outro Acumulado Renda abrangente após a adoção do SFAS 158 Reconhecimento da perda (ganho) atuarial líquida Reconhecimento do custo de serviço prévio Reconhecimento da obrigação de transição Plano especial de benefício ao término Valor total reconhecido no AOCI após adoção do SFAS 158 2008 2007 2006 2.354.446 70.903 2.425.349 321.186 85.173 (4.041) 402.318 1.178.154 3.793 (5.447) 1.176.500 2008 172.049 2007 151.607 2006 140.895 1.634.663 (1.652.271) 14.270 (42.887) 125.825 1.360.312 (1.305.253) (3.8985) 40.871 243.641 1.327.141 (1.263.057) 642 252 41.930 247.803 2008 2007 2006 (1.082.103) (2.230.169) (1.486.046) (125.825) 582.819 (243.641) 634.507 (247.803) 673.450 Tabela 2e – Resultados Consolidados de Benefícios de Pensão– NPPC Custo Líquido periódico de pensão Custo do serviço (líquido de contribuições esperadas do empregado) Custo de juros Retorno esperado nos ativos Amortização da obrigação de transição (ativo) Amortização do custo prévio do serviço Amortização do (ganho/) perda atuarial Custo periódico total líquido da pensão Tabela 3 – Rolagem do Custo Pré-pago (acumulado) de pensão Rolagem do Custo Pré-pago (acumulado) de pensão Custo do Benefício pré-pago (acumulado) no início do ano Custo periódico líquido da pensão Contribuições do empregador F-38 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Reconhecimento do ganho (perda) atuarial pelo SFAS 158 Reconhecimento do serviço prévio pelo SFAS 158 Efeito cambial devido a Itaipu Paraguai Outros ajustes Custo do benefício pré-pago (acumulado) no final do ano a.2) (2.255.330) 786.0880 673.450 14.270 (166.305) (20.467) (3.052.941) (81.380) 83.226 (30.726) (1.082.103) (3.793) 10.054 (57.843) (2.230.169) Benefícios da Pensão – Reconhecimento no balancete A Tabela 4 resume o reconhecimento no balancete dos benefícios da pensão pelos US GAAP. Tabela 4 – Reconhecimento no Balancete da Obrigação de Benefício de Pensão Benefícios Pensão – Reconhecimento Balancete Responsabilidade pensão pelos US GAAP (ver tabela 2c/2d) Contrato pendente de dívida de empregador Responsabilidade registrada no balancete de US GAAP (*) 2008 2007 2006 3.052.941 1.082.103 2.230.169 (1.970.064) (3.052.941) (1.732.006) (1.082.103) (2.083.779) (2.703.630) Até 2006, para cada segmento cuja responsabilidade de pensão de US GAAP (conforme está mostrado na tabela 2d em “responsabilidade mínima de US GAAP) era inferior ao contrato pendente de dívida do patrocinador, o valor do contrato pendente de dívida prevaleceu como a responsabilidade por US GAAP registrada por final daquele segmento. Isto explica por que todas as responsabilidades de US GAAP registradas por último foram maiores ou pelo menos iguais a ambas as responsabilidades mínimas pelo SFAS 87 (primeira linha da tabela 4) e os valores dos contratos pendentes de dívida (segunda linha da tabela 4). b) Divulgação de Outros Benefícios Pós-Emprego (OPEB) – resultados consolidados e reconhecimento no balancete Tabela 5a – Resultados consolidados OPEB – APBO e (A)PBC OPEB 2008 APBO no início do ano Custo do serviço Custo de juros (Ganho/) perda atuarial Benefício bruto pago Emendas ao plano Câmbio (Itaipu Paraguai) APBO no final do ano Situação custeada no final do ano (Ganho/) perda atuarial líquida não-reconhecida F-39 2007 2006 1.260.580 1.222.547 1.057.641 41;709 32.486 30.007 123.416 104.993 95.354 (372.861) (7.071) 89.272 (41.337) (35.589) (28.060) - (3.323) - 113.265 (53.663) (21.667) 1.124.772 1.260.580 1.222.547 (1.124.772 1.260.580 1.222.547 - - - CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Custo prévio do serviço não-reconhecido - - - Obrigação (ativo) líquida de transição nãoreconhecida Custo pré-pago do benefício (acumulado) no final do ano - - - (1.124.772) (1.260.580) (1.222.547) Tabela 5b – Resultados Consolidados OPEB – NPBC OPEB – Custo Líquido do Benefício Periódico Custo do serviço (líquido de contribuições de empregado) Custo de juros Retorno esperado nos ativos Amortização de obrigação (ativo) de transição 2008 2007 2006 33.610 32.486 30.007 123;416 104.993 95.354 1.491 - - - - - Amortização do custo prévio do serviço (270) - - Amortização do (ganho/) perda atuarial (16.465) 16.755 12.538 Custo líquido do benefício periódico 141.782 154.235 137.899 F-40 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Tabela 5c – Resultados Consolidados OPEB – AOCI pelo SFAS 158 Valores reconhecidos em Outros Acumulados Renda Abrangente após adoção do SFAS 158 Reconhecimento da perda (ganho) atuarial líquido Reconhecimento do custo prévio do serviço c) 2008 2007 2006 (52.823) 262.281 308.639 - (3.053) (3.323) Reconhecimento da obrigação de transição - - - Plano Especial de Benefício Ao Término (pelas regras do FAS 88) Valor total reconhecido no AOCI após adoção do SFAS 158 - (872) (774) (55.876) 258.086 307.865 Assunções de Valoração As assunções de valoração a seguir foram usadas quando da determinação das Obrigações Definidas de Benefícios e dos Custos Líquidos do Benefício Periódico pelo SFAS 87 e SFAS 106. Tabela 6 Assunções de valoração por segmento em 31 de dezembro de 2008 Assunções Atuariais Taxa de desconto Retorno esperado nos ativos do plano Futuros aumentos de salário Taxa de tendência de custo com assistência médica (taxa nivelada) (2) Tabela de mortalidade (vidas saudáveis) 2008 (1) 10,46% 10,46% 7,83% 7,30% AT-83 (1) Como conseqüência do controle da Eletrobrás, as assunções atuariais e financeiras adotadas para 2008 foram as mesmas para todas as companhias apresentadas. (2) Nem todas as companhias patrocinam um plano médico. Esta assunção foi adotada quando aplicável. d) Informações adicionais conforme exigido pelo SFAS 132r F-41 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) As tabelas a seguir apresentam as exigências complementares de divulgação pelo segmento do SFAS 132 em 31 de dezembro de 2007. Tabela 7a – Benefícios de Pensão – Divulgação complementar pelo SFAS 132r. Benefícios de Pensão em 31 de dezembro de 2008 Benefícios de Pensão Eletrobrás CGTEE Mudança na Obrigação Projetada de Beneficio Obrigação projetada de benefício no início do an 2.024.710 Custo do serviço 9.927 Custo de Juros 211.643 Contribuições (Plano DC –saldo da conta) Exclusão de saldos contábeis definidos de contr. (Ganho/) perda atuarial (133.876 Reduções Liquidações Aumento obrig. devido novo plano e emen plano Benefício bruto pago (122.007 Efeito do câmbio devido Itaipu Paraguai Obrigação Projetada benefício no final do ano 1.990.39 CHESF 124.324 4.012 13.208 23.788 - Eletrosul Eletronuclear Furnas (Núcleos) Eletronuclear (RG) Eletronorte Itaipú Brasil Itaipu Paraguai CEAL Eletrob Consol dado 3.283.201 46.383 343.135 38.624 - 632.765 18.965 67.060 (32.363) - 813.620 33.878 86.198 377.202 - 5.626.3355 56.184 587.569 422.120 - 858.033 2.107 91.140 (576.143) (29.034) - 1.447.634 50.044 153.440 3.622 - 1.0562.635 48.771 82.270 (368.223) - 88.659 - 15.86 270 1.634 (576 390 - - - - - - - - - - (3.457) 161.875 (199.453) 3.511.890 (20.752) 665.6751 (27.221) 1.283.677 (350.409) 6.341.799 (20.387) 325.716 (75.345) 1.578.395 (36.136) 336.332 1.115.648 88.659 (855 336 17.06 - Mudança nos Ativos do Plano Valor justo de ativos do plano no início do ano Retorno real no ativo do plano Exclusão de saldos contábeis definidos de contri Contribuição empregador Contribuições participantes do plano Benefício bruto pago Liquidações Efeito do câmbio devido Itaipu Paraguai Valor justo de ativos do plano no final do ano 2.113.21 36.154 11.692 6.769 (122.007 2.045.82 127.869 3.220 2.444 1.813 (3.457) 131.889 2.772.430 33.565 189.782 24.599 (199.453) 2.820.923 635.631 42.813 20.105 9.098 (20.752) 686.895 718.560 250.382 5.513 (27.221) 947.234 5.563.380 (326.808) 286.896 25.765 (350.409) 5.198.824 887.790 52.535 (596.610) 1.057 1.057 (20.387) 325.442 1.430.139 44.767 38.316 14.241 (75.345) 1.452.119 532;141 (91.014) 32.527 9.366 (36.136) 170.027 616.911 121.064 121.064 14.78 166 )596 582 98.2 (855 170 14.34 Benefícios (acumulados) pré-pagos no final an Situação custeada no final do ano 55.424 (29.986) (690.967) 21.200 (336.443) (1.142.975) (274) (126.276) (498.737) 32.405 (2.716 F-42 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) (Ganho/) perda líquida atuarial não-reconhecida Custo do serviço prévio não-reconhecido Obrigação (ativo) não-reconhecida transi líquida Custo benefício (acumulado) pré-pago final do a - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 55.424 (29.986) (690.967) 21.220 (336.443) (1.142.975) (274) (126.276) (498.737) 32.405 Tabela 7b – Benefícios de Pensão – Divulgação complementar pelo SFAS 132r. Benefícios de Pensão em 31 de dezembro de 2008 Eletrobrás CGTEE Compon. do custo líquido de benefí periódico 2.199 Custo do serviço (líquido de contr 3.158 Empregados) 211;643 13.208 Custo de juros (225.652) (15.045) Retorno esperado nos ativos Amortização da obrigação de transiç (ativos) 12.745 Amortização do custo prévio de serviço (867) Amortização do (ganho/) perda atuarial (504) Custo total líquido do benefício periódico 1.894 CHESF Eletrosul Eletronor Itaipú Eletronucle Furnas (Núcleos) Eletronuclear Brasil (RG) Itaipu CEAL Paraguai Eletrobrás Consolidado 21.784 9.867 28.365 30.419 1.050 39.405 173.049 343.135 67.060 (322.722) (68.785) - 86.198 (78.101) - 587.569 (639.896) - 91.140 152.440 (95.045) (164.724) - 82.270 (42.300) - 1.634.663 (1.652.271) - (17.475) 24.722 1.642 (663) 37.442 37 12 (21.858) (154) (75) (3.085) (23.451) 55.923 - 14.270 (42.887) 125.825 (369) 7.773 35.802 23.518 - Tabela 7c - Benefícios de Pensão – Divulgação complementar pelo SFAS 132r. Benefícios de Pensão em 31 de dezembro de 2008 Fluxo e Caixa esperado Contribuições empregador-2009(esperado) Eletro- CGTEE brás CHESF Eletrosul Eletronor Itaipú Eletronuclear Furnas (Núcleos) Eletronucl Brasil (RG) Itaipu Paraguai CEAL 5.271 208.115 10.799 15.008 38.188 170 1.605 F-43 263.237 787 15.137 (2.716 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Pagamentos de Benefício Esperados 2009 2010 2011 2012 2013 2014 -2018 124.880 4.792 127.793 5.069 131.414 5.581 135.126 6.459 139.265 7.227 727.927 57.390 214.760 223.675 234.261 243.955 251.151 1.336.235 F-44 39.071 41.109 43.985 35.729 33.975 215.860 46.486 54.109 60.857 68.173 75.542 460.968 370.326 384.744 403.858 421.595 439.715 2.457.063 21.400 21.694 22.334 23.064 23.599 121.919 40.893 45.386 51.471 59.550 68.986 1.238.09 26.046 28.908 32.786 37.931 43.942 788.617 6.161 6.210 6.239 6.278 6.315 31.984 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) Tabela 8a - OPEB – Divulgação Complementar SFAS 132r Outros Benefícios Pós-Aposentadoria em 31 de dezembro de 2008 Outros Benefícios Pós-Aposentadoria Eletrobrás CGTEE Mudança na Obrigação Projetada de Beneficio Obrigação projetada de benefício no início do an 56.058 Custo do serviço 502 Custo de Juros 5.911 (Ganho/) perda atuarial (7.777) Benefício bruto pago (2.406) Efeito do câmbio devido Itaipu Paraguai Obrigação Projetada benefício no final do ano 52.288 Benefícios (acumulados) pré-pagos no final an Situação custeada no final do ano (Ganho/) perda líquida atuarial não-reconhecida Custo do serviço prévio não-reconhecido Obrigação (ativo) não-reconhecida transiç líquida Custo benefício (acumulado) pré-pago final do a Total Ativo (passivo) de benefício líquido de GAAPP - CHESF Eletrosul Eletronorte Itaipú Eletronucle Furnas Brasil (Núcleos) Eletronucle (RG) Itaipu Paraguai CEAL Eletrobrás Consolidado - 112.990 1.053 11.967 17.021 (3.853) 139.178 4.074 248 412 (530) (515) 3.689 45.364 1.875 4.781 9.985 (1.740) 60.265 220.821 2.283 23.443 (125.976 (3.747) 116.824 19.096 934 1.623 34.229 (957) 34.925 447.086 354.491 16.662 18.152 47.390 27.689 (126.953) (172.861) (15.349) (12.770) 113;265 369.636 327.967 - 1.260.580 41.709 123.416 (371.861) (41.337) 113.265 1.124.772 (52.288) - - (139.178) - (3.689) - (60.265) - (116.824 - (54.925) - (369.636) (327.967) - - (1.124.772 - - - - - - - - - - (52.288) - (139.178) (3.689) (60.265) (116.824 (54.925) (369.636) (327.967) - - - (1.124.772 (52.288) - (139.178) (3.689) (60.265) (116.824 (54.925) (369.636) (327.967) - (1.124.772 CEAL Eletrobrás Tabela 8b - OPEB – Divulgação Complementar SFAS 132r Outros Benefícios Pós-Aposentadoria em 31 de dezembro de 2008 Eletro- CGTEE CHESF Eletrosul F-45 Eletronucle Furnas Eletronor Itaipú Itaipu CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006 (Valores expressos em milhares de Reais Brasileiros salvo se estiver indicado de outra forma) brás Compon. do custo líquido de benefí periódico Custo do serviço (líquido de contr (921) Empregados) 5.911 Custo de juros 52 Retorno esperado nos ativos Amortização da obrigação de transiç (ativos) Amortização do custo prévio de serviço (2.371) Amortização do (ganho/) perda atuarial Custo total líquido do benefício periódico 2.672 (Núcleos) Eletronuclear (RG) - Brasil Paraguai Consolidado (2.306) 248 1.026 (185) 934 16.662 18.152 - 33.610 - 11.967 28 - 412 27 - 4.718 61 - 23.443 225 - 1.623 50 - 47.590 672 - 27.689 376 - - 123.416 1,491 - - 9.689 (270) 417 184 6.052 545 24.028 2.607 2.100 67.024 (16.923) 29.294 - (270) (16.465) 141.782 Tabela 8c - Benefícios de Pensão – Divulgação complementar pelo SFAS 132r. Outros Benefícios Pós-Aposentadoria em 31 de dezembro de 2008 Eletro- CGTEE brás CHESF Eletrosul Eletronuclear Furnas Eletronor Itaipú (Núcleos)(1) Eletronucl Brasil (RG) Itaipu Paraguai CEAL 8.847 9.753 10.754 11.860 13.078 88.253 14.703 16.115 17.672 19.385 21.269 141.486 393 552 726 450 486 2.148 2.475 2.554 2.712 2.769 2.963 40.279 5.463 5.682 6.149 6.948 8.035 177.996 - Fluxo e Caixa esperado Contribuições empregador-2009(esperado) Pagamentos de Benefício Esperados 2009 2010 2011 2012 2013 2014 -2018 - (1) Pagamentos de Benefícios Esperados por assistência médica F-46 4.225 4,577 4.957 3.568 5.816 96.622 1.219 1.298 1.383 1.476 1.578 10.929 7.655 7.951 8.375 8.946 9.651 168.145 (Tradução livre do original em inglês) e.1) ELETROBRÁS O valor justo dos ativos do plano é R$2.045.821 e R$ 2.113.213 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,46% em 2008 e 10,86% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 2008 2007 10,4% 80.9% 3,7% 5,0% 100,00% 20,0% 72,0% 4,0% 4,0% 100,00% 21,00% 71,00% 3,00% 4,00% 100,00% e.2) ELETRONORTE O valor justo dos ativos do plano é R$ 325.442 e R$ 887.790 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,46% em 2008 e 10,28% em 2007. Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 2008 2007 1,3% 94,2% 2,9% 1,6% 100,00% 5,0% 86,0% 5,0% 3,0% 100,00% 5,00% 86,0% 5,00% 3,00% 100,00% e. 3) CHESF O valor justo dos ativos do plano é R$ 2.820.923 e R$ 2.772.430 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,46% em 2008 e 11,44% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 13,6% 79,5% 1,6% 9,7% 100,00% 2008 19,0% 2007 27,00% 76,0% 1,0% 4,0% 100,00% 67,00% 1,00% 5,00% 100,00% e.4) ELETROSUL O valor justo dos ativos do plano é R$ 686.895 e R$ 635.631 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,.46% em 2008 e 10,31% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa 2009 5,1% 88,6% F-47 2008 8,0% 2007 8,0% 86,0% 86,0% (Tradução livre do original em inglês) Bem imóvel Outros Total 2,5% 3,8% 100,00% 3,0% 4,0% 100,00% 4,00% 5,00% 100,00% e.5) ELETRONUCLEAR O valor justo dos ativos do plano é R$ 947.234 e R$ 718.560ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,46% em 2008 e 11,24% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 14,1% 79,5% 3,2% 3,2% 100,00% 2008 17,0% 2007 17,00% 78,0% 3,0% 2,0% 100,00% 78,00% 3,00% 2,00% 100,00% e.6) FURNAS (Benefícios de Pensão e Outros Benefícios Pós-Aposentadoria) e ELETRONUCLEAR (apenas participantes do Plano de Pensão Real Grandeza, inclusive em Benefícios de Pensão) O valor justo dos ativos do plano é R$ 5,198.824 e R$ 5.563.380 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,.46% em 2008 e 10,85% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 2008 2007 14,9 % 77,2% 3,8% 4,1% 100,00% 21,0% 72,% 3,0% 4,0% 100,00% 21,00%17,00% 73,00% 2,00% 4,00% 100,00% e.7) CGTEE O valor justo dos ativos do plano é R$ 131.889 e R$ 127.869 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,.46% em 2008 e 11,52% em 2007. Percentual-alvo de Alocação do Plano de Ativos ao Final do Ano Categoria de Ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 2009 18,5% 78,6% 1,6% 1,3% 100,00% e.8) ITAIPU BRASIL F-48 2008 29,0% 2007 24,00% 69,0% 1,0% 1,0% 100,00% 74,00% 1,00% 1,00% 100,00% (Tradução livre do original em inglês) O valor justo dos ativos do plano é R$ 1.448.265 e R$ 1.430.139 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,.46% em 2008 e 11,21% em 2007. e.9) ITAIPU PARAGUAI O valor justo dos ativos do plano é US$ 261.890 e US$300.560 ao final de 2008 e 2007, respectivamente. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 6,00% em 2008 e 6,00% em 2007. e.10) CEAL O valor justo dos ativos do plano é R$ 121.064 ao final de 2008. A taxa de retorno de longo prazo esperada nestes ativos de plano era 10,.46% em 2008. Este é o primeiro ano de reconhecimento de benefício de pensão para CEAL. Assim, a alocação de ativos para 2007 não está disponível Categoria de ativo Títulos de participação acionária Renda Fixa Bem imóvel Outros Total 21. Alocação Alvo 2009 11,7% 82,7% 5,5% 0,1% 100,00% Compromissos e Contingências| Existem diversas ações legais em diferentes estágios de julgamento contra a ELETROBRÁS e suas companhias controladas. De acordo com as diretrizes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Companhia classifica as ações contra a Companhia de acordo com o risco de perda, baseado no parecer de seus consultores jurídicos, como se segue: • • • Para ações para as quais é levado em conta um resultado desfavorável como provável, as provisões são registradas; Para ações para as quais é levado em conta um, resultado desfavorável como possível, as informações correlatas estão divulgadas nas Notas às demonstrações financeiras; Para ações para as quais é levado em conta um resultado desfavorável como remoto, apenas as informaçções copnsideradas imateriais pela adminitração estão divulgadas nas Notas ás demonstrações financeiras. A Companhia está envolvida em diversos processos judiciais e administrativos decorrentes do transcorrer normal de suas atividades. Estabeleceu provisões para todos os valores na disputa que representam uma provável perda na visão de seus consultores jurídicos e com relação às disputas abrangidas pelas leis,decretos administrativos, decretos ou regras de tribunal que provarem ser desfavoráveis Com base na orientação de nosso consultor jurídico, a administração acredita que aprovisão para perdas contingentes é suficiente para cobrir prováveis perdas com relação a essas ações. Para essas contingências, a Companhia registrou provisões para perdas como se segue: 31 de dezembro de 2008 2007 Reclamações trabalhistas Reclamações tributárias Reclamações civis 1.246.041 242.000 2.965.320 F-49 934.175 149.545 2.889.519 (Tradução livre do original em inglês) Depósitos judiciais Total (-) Correntes Longo Prazo (921.407) 3.531.954 (1.481.709) 2.050.245 (539.179) 3.434.060 (1.086.773) 2.347.287 I – Ações contra a Companhia e suas companhias subsidiárias classificadas como perdas prováveis: 1) Ação cível nas companhias controladas: CHESF: a) A companhia controlada CHESF moveu uma ação cível reclamando a anulação parcial de uma emenda ao contrato de construção da usina de Energia Hidrelétrica de Xingó (Fator K – correção do preço analítico) assinado com o Consórcio formado pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras - CBPO, Constran S.A.– Construções e Comércio e Mendes Júnior Engenharia S.A. e reembolso de aproximadamente R$350 milhões, correspondendo a duas vezes as quantias pagas. A ação foi movida na Justiça Federal, mas uma decisão do Tribunal Regional Federal da 5a Região determinou que a ação fosse cuidada pela Justiça do Estado de Pernambuco. Em 31 de dezembro de 2008, o processo ainda não tinha sido julgado. A ação movida pela companhia foi considerada sem fundamento. O recurso apresentado pelo réu foi considerado fundamentada pelo 12o Tribunal Civil do Distrito Judicial de Recife, e a decisão foi mantida pela 2ª Câmara Civil do Tribunal Federal de Pernambuco. A CHESF apresentou recursos para esclarecimento de alguns dos pontos da reivindicação que tinham sido omitidos da decisão da 2ª Câmara Civil. Estes recursos foram julgados e negados pela 2a Câmara Civil. Após isso, a administração da CHESF entrou com um Recurso Especial e um Recurso Extraordinário contra a decisão emitida pela 2a Câmara Civil sobre a reivindicação anterior. Em 31 de março de 2004, os recursos especiais pela CHESF foram aceitos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, mas os recursos extraordinários também apresentados foram não foram; Por esse fato, a CHESF apresentou s ações de revisão apropriadas. Em 30 de junho de 2005, os referidos recursos estavam sob judice nos Tribunais Superiores. Após essa data e em 31 de março de 2006, as ações de revisão apresentadas pela CHESF ao Supremo Tribunal Federal (STF) foram negadas e o Recurso Especial apresentado pela CHESF e pelo Governo Federal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi aceito pela Procuradoria Geral da República que emitiu sua opinião solicitando a anulação da ação devido à incapacidade total da Justiça do Estado tratar do caso e o reexame dos méritos do caso pelo tribunal apropriado. Em 30 de setembro de 2006, o processo aguardava uma decisão final. Em novembro/1998, as rés apresentaram pedido de execução provisória da decisão, no valor de US$ 245 milhões, estando o processo suspenso por determinação do Ministro Presidente do STJ (PET 1621). Essa liminar foi objeto de Agravo Regimental por parte do Consórcio, o qual foi julgado em 24/06/2002, mantendo-se por unanimidade a liminar antes concedida pelo Presidente do STJ, ficando, desta forma, afastada a possibilidade da obtenção da tutela antecipada pelo Consórcio. Posteriormente as rés apresentaram processo de liquidação da decisão, com a finalidade de apurar o valor atual da condenação, na hipótese de serem negados todos os recursos da Chesf e da União Federal. Em 30/09/2005, estavam em andamento os trabalhos de pericia, determinados pelo juiz que preside o feito, com a finalidade de apurar o real valor da condenação. Depois da apresentação do primeiro laudo pelo perito, as panes solicitaram esclarecimentos ao laudo, e o processo encontra-se com o perito, para exame. A Administração, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos e baseada em cálculos que levaram em conta a suspensão do pagamento das parcelas relativas ao Fator K e suas respectivas atualizações monetárias, mantém registro de provisão, no Passivo Não Circulante, cujo montante atualizado é de R$ 357.067, para fazer face a eventuais perdas decorrentes deste assunto. Esta provisão corresponde à rejeição parcial do Fator K entre julho de 1990 e dezembro de 1993, em obediência a Lei na 8.030/1990, e suspensão integral do pagamento do Fator K, no period° de janeiro de 1994 a janeiro de 1996, por entendimento da Companhia. Em 31/12/2007, Recurso Especial e Agravos de Instrumento estavam aguardando julgamento no Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, respectivamente; os autos desses recursos se encontravam conclusos para o Ministro Relator, cabendo salientar que, na 12a Vara da Comarca do Recife, permanecia em andamento a ação de liquidação da decisão na esfera estadual, com audiência para debates sobre o laudo pericial prevista para 19/02/2008. F-50 (Tradução livre do original em inglês) O juiz reconheceu que a competência para apreciar a demanda a da Justiça Federal, tendo em vista a presença da União como parte interessada no feito. 0 Consórcio Xingó, interpôs embargos de declaração contra essa decisão, havendo o juiz, em vista desse recurso, mantido a sua decisão e encaminhado os autos para a Justiça Federal. Inconformado com essa decisão, o Consórcio Xingó interpôs agravo de instrumento que, em 30/09/2008, encontrava-se sub judice no Tribunal de Justiça de Pernambuco. Em 31 de dezembro de 2008, o processo ainda não tinha sido julgado. b) Ação de Indenização de 14.400 ha de terra na Fazenda Aldeia, proposta na Comarca de Santo Sé, na Bahia, pelo Espolio de Aderson Moura de Souza e esposa (Proc. 0085/1993). A Sentença de primeiro grau julgou procedente o pedido condenando a Chesf no valor de R.$ 50 milhões, correspondente a principal mais juros e correção monetária. Em 31/12/2008, a CHESF havia interposto recurso para o Tribunal de justiça do Estado da Bahia. CGTEE: As contingências civis dessa companhia subsidiária referem-se principalmente a disputas com fornecedores, cuja perda provável de acordo com os consultores jurídicos da Companhia correspondia a R$270 em 31 de dezembro de 2008 (R$155 em 31 de dezembro de 2007). ELETRONORTE: As contingências civis dessa companhia subsidiária totalizavam R$ 650.339 dos quais a disputa contra um fornecedor (Sondotécnica) corresponde a R$239.787. 2) Ações Trabalhistas 2.a) Companhia: a) A Companhia estabeleceu uma provisão de R$ 88.574 para fazer face a possíveis perdas com contingências trabalhistas. 2.b) Companhias controladas FURNAS: a) Compensação de engenheiros A União de Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro impetrou ações trabalhistas reivindicando a recuperação de diferenças salariais ocasionadas por uma mudança na data base de aumento da compensação dos engenheiros daquela companhia. Atualmente, o processo está sendo concluído. O valor estimado e registrado corresponde a R$ 83.436 (R$71.500 em 2007), dos quais R$16.747 referem-se aos empregados transferidos para a ELETRONUCLEAR devido à prorrogação em 1997 das atividades relacionadas a energia nuclear. b) Bônus por condições de trabalho perigosas Diversas ações foram ajuizadas reivindicando adicional devido a condições de trabalho perigosas, na assunção de que um percentual pleno deve ser pago a todos os empregados que prestam serviços na área de eletricidade e não proporcionalmente. O valor estimado para cobrir possíveis perdas, em 31 de dezembro de 2008, era R$62.597. c) Benefício complementar de aposentadoria Um valor de R$58.808 refere-se a benefícios suplementares por aposentadoria para equivalência com os vencimentos dos empregados ativos. d) Ações gerais Em 31 de dezembro de 2008 foi mantida uma provisão de R$ 121.982 (R$ 61.602 em 31 de dezembro de 2007) para cobrir as diversas ações civis e trabalhistas ajuizadas contra a Companhia. F-51 (Tradução livre do original em inglês) CHESF: As contingências na área trabalhista da CHESF são compostas principalmente de ações referentes a bônus por periculosidade, horas extras, contribuições conjuntas para o fundo de pensão FACHESF, e quantias de desligamento decorrentes da delinqüência de terceiras companhias. As principais estão comentadas abaixo: a) Uma ação está em andamento no Tribunal Regional do Trabalho do Estado da Bahia, ajuizada pela União de Trabalhadores no Setor Elétrico da Bahia, reclamando o pagamento aos empregados da Gerência Regional de Paulo Afonso – GRP, cidade de Paulo Afonso – Estado da Bahia, da diferença salarial ocasionada pela aplicação do Decreto-Lei 1971 e o aumento anual do valor dos bônus pelas condições de periculosidade, estimados em R$7.500. A Companhia entrou com um recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST) o qual foi negado. O processo recebeu uma decisão final e inapelável e a CHESF foi condenada a pagar o valor. A execução foi iniciada e um valor de R$3.700 foi pago a uma parte significativa dos empregados. Uma parcela de R$3.800 ainda permanece a ser paga. Em 31 de dezembro de 2008, a situação estava inalterada, e a companhia aguardava a liquidação. b) Foi ajuizada uma ação no 8o- Tribunal do Trabalho de Fortaleza – Estado do Ceará pela União dos Trabalhadores no Setor Elétrico do Estado do Ceará – SINDELETRO, visando o reembolso de perdas ocorridas pelos empregados da Gerência Regional Norte – GRN (Ceará e Rio Grande do Norte), derivado do cancelamento dos serviços de transporte, cujo processo tinha um valor estimado de R$6.000. O pedido de transporte a ser reativado foi concedido em uma execução parcial e a Companhia está cumprindo-a. A União solicitou serviços complementares de transporte e uma multa diária a ser aplicada à Companhia. A CHESF contestou a reclamação. O Juiz do Trabalho, após uma audiência realizada em 23 de agosto de 2005 para apresentação dos argumentos da CHESF, mudou seu entendimento anterior, determinando o restabelecimento dos serviços de transporte somente na forma anteriormente prestado. Ainda na mesma decisão, os parâmetros para a liquidação da decisão foram estabelecidos e o crédito trabalhista foi reduzido para R$ 1.300. O Tribunal do Trabalho da cidade de Fortaleza está processando a execução,e proferiu uma decisão final e inapelável. Em 31 de dezembro de 2008, a CHESF ainda aguardava a sentença da revisão apresentada pela ré. c) Foi ajuizada uma ação no 4o- Tribunal do Trabalho de Recife – Estado de Pernambuco, pela União dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas do Estado de Pernambuco (URBANITÁRIOS) representando 460 empregados que trabalham em Recife, reclamando o pagamento de adicional de periculosidade sobre todas as quantias de natureza salarial, o que corresponde a R$4.000. Devido ao princípio de lis álibi pendens, o Juiz do Tribunal exclui do processo 300 dos empregados representados e julgou a reclamação improcedente. A União entrou com um recurso ordinário no Tribunal do Trabalho da 6a Região o qual foi concedido. O processo foi então enviado para análise de um perito. Em 30 de junho de 2008, o trabalho do perito tinha sido concluído e o tribunal determinou o valor da ação em R$3.300. De acordo com os cálculos dos consultores jurídicos da Companhia, os valores da dívida de R$2.900 e a diferença serão contestados através de moção por suspensão de execução de sentença. Em 31 de dezembro de 2008, a situação permanecia inalterada. ELETRONORTE: A companhia controlada está envolvida em algumas disputas trabalhistas e reconheceu uma provisão de R$132.274. 3) Ações Tributárias nas companhias controladas FURNAS: a) Essa companhia controlada, baseada nas últimas decisões da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Reconheceu uma provisão de R$83.424 para PASEP/COFINS aplicável sobre a exclusão da Cota da Reserva Global de Reversão (RGR) da base tributária para o período entre outubro de 1995 e setembro de 2000 e outubro de 2005 a março de 2007. b) Cobrança de deficiências - FINSOCIAL, COFINS, e PASEP Em 3 de maio de 2001, a companhia controlada FURNAS recebeu um aviso cobrando deficiências no FINSOCIAL, COFINS, e PASEP, no valor de R$1.098.900 (valor histórico - R$791.796) devido às reduções das bases tributárias correlatas.especialmente das receitas de eletricidade transferida da ITAIPU por um período de dez anos. Estas deficiências são ale de outras cobradas em 1999 por um período de inspeção de cinco exercícios fiscais, correspondendo a R$615.089, que forem incluídos em um programa F-52 (Tradução livre do original em inglês) de refinanciamento de dívida tributária (REFIS) em março de 2000 e transferido em julho de 2003 par ao programa de parcelamento especial (PAES). De acordo com a nota No 8 do Superior Tribunal Federal (STF) de 12 de junho de 2008, que limitou em 5 anos o prazo de perda de direito processual destas contribuições, o valor da cobrança foi reduzido de R$1.098.900 para R$228.592. A Companhia, baseada nas últimas decisões do Serviço da Receita Federal, reconheceu uma provisão de contingências para imposto de R$83.424 para PASEP/COFINS aplicáveis à exclusão da Quota de Reserva Global de Reversão (RGR) da base tributária para os períodos entre outubro de 1995 e setembro de 2000 e outubro de 2005 a março de 2007. AA diferença de R$145.168 refere-se a outra exclusões da base tributária mencionada, ainda não julgada, onde existem chances de um resultado favorável para FURNAS,de acordo com o entendimento de sua área jurídica. ELETRONORTE: a) A companhia controlada está envolvida em algumas ações envolvendo ICMS (VAT estadual) e reconheceu uma provisão de R$53.033 para cobrir possíveis perdas. CHESF: a) Essa subsidiária está envolvida em ações para cancelamento de cobranças de deficiência e pedido de reembolso de créditos (PIS/PASEP, COFINS), entre outros. A companhia estipulou uma provisão de R$8.770 (31 de dezembro de 2007 – R$8.321). II – Ações contra Companhia e suas companhias subsidiárias classificadas como possíveis perdas: 1) Ações cíveis 1.a) Companhia: a) A provisão pela Companhia para contingência cíveis, no valor de R$1.328.244 (31 de dezembro de 2007 – R$1.328.244), refere-se ações relacionadas a Empréstimo Compulsório, ajuizadas contra a ELETROBRÁS a partir de 1978, com critérios de correção monetária diferentes dos estabelecidos na lei específica. Essas ações não devem ser confundidas com aquelas ajuizadas reclamando o resgate dos Títulos ao Portador atualmente nãoexecutáveis emitidos co relação ao empréstimo compulsório. Os processos acumulados contestaram o sistema de cálculo da correção monetária determinada na lei que rege o empréstimo compulsório, usada para ajuste dos créditos a parti de 1978. Esses créditos foram integralmente pagos pela ELETROBRÁS por meio da conversão em ações conforme foi definido nas 72ª, 82ª e 142ª. assembléias extraordinárias da ELETROBRÁS. Existem 3.578 ações em andamento em diferentes estágios, visando o reconhecimento do direito de receber reparação monetária plena dos valores pagos como empréstimo compulsório. Apoiada pelo parecer dos consultores jurídicos, a administração da ELETROBRÁS estimou em 8 a dez anos o prazo médio para o acerto final das ações. Por este critério, a administração da ELETROBRÁS,baseada no parecer de seus consultores jurídicos, avalia que o risco de perda nas ações relacionadas ao Empréstimo como possível. Entretanto, devidos aos valores substanciais envolvidos, a administração, de forma conservadora e levando em conta as decisões desfavoráveis de instâncias inferiores, e a falta de julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça sobre os méritos da causa, adota a prática de estabelecer uma provisão para contingências, feita em anos anteriores, para cobrir possíveis perdas em decisões legais desfavoráveis. Neste cenário, portanto, a administração da Companhia, devido à importância da questão, decidiu considerar cuidadosamente as questões que afetam os ativos da companhia, caso alguma coisa mude o curso dos julgamentos. Assim, a Companhia cumpre suas atribuições de melhor proteger os usuários doas Demonstrações Financeiras, principalmente com relação à avaliação de suas responsabilidades e, conseqüentemente, do patrimônio de seus acionistas , procurando evitar análise extremamente otimista na tomada de decisões baseadas nessas informações. F-53 (Tradução livre do original em inglês) Assim, o valor acumulado provisionado, correspondendo a R$1.328.244, apesar da classificação de risco possível, é considerado suficiente pela administração da Companhia e está em conformidade com os diferentes estágios das ações e de suas naturezas. Não é possível, no atual estágio e circunstâncias, chegar-se a uma conclusão sobre o resultado dos processos que podem chegar a R$3.350..000. 1.b) Companhias controladas CHESF: a) Duas ações de indenização ajuizadas contra a CHESF pelo Consórcio formado pela CBPO/CONSTRAN/Mendes Junior reclamando o pagamento pela companhia controlada de uma compensação financeira adicional, devido ao pagamento atrasado de faturas pelo contrato de construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. Uma destas ações, ajuizada em junho de 1999, era referente a faturas emitidas a partir de abril de 1990 e a outra, ajuizada em maio de 2000, era referente a faturas emitidas até àquela data. As reclamações gerais do autor restringiram-se à existência de um direito alegado a compensação financeira, à determinação dos respectivos valores sendo adiados até o final da ação. A Companhia contestou as ações e solicitou que a Secretaria da Receita Federal incluísse na ação e que o processo fosse transferido para um dos tribunais da Justiça Federal em Pernambuco. O Consórcio apresentou uma moção tratando do pedido da inclusão do Governo Federal brasileiro no processo. Após a apresentação do trabalho do período e explicações adicionais, foi realizada uma audiência em agosto de 2005. Foi determinada a apresentação dos argumentos finais até 17 de outubro de 2005. Atualmente, o processo foi enviado para o juiz sob consulta e haverá provavelmente uma decisão pré-julgamento para a emissão de uma decisão. Em 31 de dezembro de 2008,a situação permaneceu inalterada. c) Uma ação pública cível foi ajuizada contra a Companhia pela Associação Comunitária do Povoado do Cabeço e Adjacências, no Estado de Sergipe, correspondendo a R$ 100,000, no 2o Tribunal Federal de Sergipe. Visa uma compensação financeira relacionada a pretensos danos ambientais ocasionados aos pescadores de Cabeço, resultantes da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. A ação foi ajuizada em um tribunal federal m 27 de junho de 2002, e foi contestada no prazo legalmente estabelecido. Após uma série de ocorrências no processo que não afetaram a reclamação, em 31 de agosto de 2005, um juiz determinou a inclusão do Governo Federal Brasileiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), o Conselho Regional de Administração do Estado da Bahia (CRA-BA) e a Administração Estadual do Meio Ambiente do Estado de Sergipe (ADEMA-SE) na ação, ordenando a entrega e citação dessas entidades. Em 30 de setembro de 2005, a companhia estava aguardando a ocorrência da citação de processo. Em 30 de setembro de 2006, o processo foi enviado ao Juiz sob consulta, após a entrada no processo dos novos defensores da CHESF. Em 31 de dezembro de 2006, o processo foi suspenso por uma decisão do Juiz, aguardando julgamento do recurso interlocutório apresentado pelo autor da ação no Tribunal Federal de Recursos da 5a Região. Essa ação não foi ainda julgada. As co-partes da CHESF (o governo federal, IBAMA, IMA-AL, CRA-BA e ADEMA-SE) já foram citadas. Em 12 de setembro de 2007, o juiz emitiu uma ordem pré-julgamento com o seguinte teor: “Aguardar informações sobre a decisão final e inapelável do recurso, a qual deve ser comunicada à CHESF.” Considerando-se que o recurso interlocutório que a CHESF apresentou foi recusado, essa companhia apresentou uma moção para novo acerto contra essa decisão, a qual, até 31 de março de 2008, ainda não tinha sido julgada. Em 13 de junho de 2008, uma decisão pré-julgamento do juiz determinou a citação do Governo Federal Brasileiro e do IBAMA, assim como a citação do autor da ação para discutir os termos da ação. Em 30 de setembro de 2006, os autos estavam com o IBAMA. Em 31 de dezembro de 2008, a subsidiária estava aguardando a audiência de conciliação, marcada para 19 de fevereiro de 2009. Como a audiência não ocorreu naquela data, o juiz ordenou nossos passos para o prosseguimento do processo. d) Uma ação cível foi também ajuizada contra a companhia controlada CHESF, no distrito de Brejo Grande/SE, envolvendo R$100 milhões, com as mesmas reclamações da ação acima mencionada, mas abandonada pela ré em fevereiro de 2005. O último processo foi realizado em novembro de 2007, quando o juiz determinou que a Procuradoria Geral da República apresentasse seus argumentos com relação à ação cível. Em 31 de março de 2008, a ação permaneceu parada e sem posição da Procuradoria. Em 30 de junho de 2008, o juiz do Distrito de Brejo Grande emitiu uma decisão reconhecendo a F-54 (Tradução livre do original em inglês) incapacidade da Justiça do Estado cuidar do caso e determinando que os autos fossem enviados para a justiça Federal. Em 3º de setembro de 2006, estes autos estavam com o IBAMA. Em 31 de dezembro de 2008, o IBAMA ainda não tinha devolvido os autos. De acordo com a opinião dos consultores jurídicos da Companhia, o risco de um resultado desfavorável para essas ações (itens b e c) é possível, mas o valor da perda é desconhecido. CGTEE: CEEE-D ajuizou uma ação reclamando dos valores referentes à ação de transferência da CGTEE pela CEEE à ELETROBRÁS. O valor da ação monta a R$3.650 e, de acordo com a análise dos consultores jurídicos, está classificada como de possível perda para a Companhia. III – Ações contra a Companhia e suas companhias controladas classificadas como perdas remotas: 1) Ações Cíveis 1.a) Companhia: A ELETROBRÁS foi designada como ré em uma ação ajuizada pela Associação Brasileira dos Consumidores de Água e Energia Elétrica – ASSOBRAEE, no 17o Tribunal Federal em Brasília. A ré reclama o uso do valor de mercado das ações da ELETROBRÁS ao preço das ações emitidas para pagar créditos do empréstimo compulsório, em lugar do valor contábil atualmente fixado como parâmetro para a questão. O valor reclamado totaliza R$2.397.003 e, de acordo com os consultores jurídicos, a chance de resultado desfavorável é remota. A ELETROBRÁS é ainda parte de outras ações cuja finalidade é o resgate dos Títuos ao Portador emitidos pela Companhia com relação ao empréstimo compulsório cobrado entre 1964 e 1976. De conformidde com as disposições do artigo 4o, parágrafo 11 da Lei no 4.156/62 e o artigo 1o do Decreto no 20.910/32, estas obrigações não são executáveis. A administração da Companhia, apoiada por seus consultores jurídicos, considera que a possibilidade de um resultado desfavorável para a ELETROBRÁS destas ações em andamento é remota, considerando-se que a jurisprudência na questão é unânime sobre o curso do prazo prescricional para o direito de reivindicar o resgate das obrigações emitidas para o empréstimo compulsório e a exeqüibilidade desta notas (Ver nota 22). 2.a) Companhias controladas CHESF: Apesar de ser considerado pelos consultores jurídicos da CHESF como sendo de risco remoto de perda, existe uma ação de cobrança ajuizada pela companhia Mendes Júnior, contratada para a construção da UHE Itaparica, reivindicando indenização por pretensas perdas financeiras causadas pelo pagamento atrasado de faturas por parte da companhia controlada. A referida ação de cobrança é baseada na Ação Declaratória considerada válida com a finalidade de declarar a existência de um crédito da Mendes Júnior contra a CHESF, assegurando assim o reembolso financeiro. Após a decisão do Superior Tribunal de Justiça de não reconhecer o recurso especial apresentado pela Construtora Mendes Júnior e confirmar a decisão da 2a Câmara Civil do Tribunal Federal de Pernambuco, que anulou a decisão e determinou o encaminhamento dos autos para um das instâncias inferiores de Pernambuco, a ação foi enviada para o 12o Tribunal Federal sob o número 2000.83.00.014864-7, para um novo trabalho de perito e emissão de uma nova decisão. O relatório do perito foi apresentado e em resposta à dúvida da CHESF declarou: “com base na análise dos registros contábeis da Mendes Júnior, é impossível confirmar que nos períodos do pagamento atrasado das faturas, a Mendes Junior efetivamente tenha levantado fundos no mercado monetário, especificamente para custear as obras de construção de Itaparica.” Esta resposta foi confirmada pela análise feita pelo Assistente técnico da CHESF, o qual incluiu um exame detalhado das demonstrações financeiras da Mendes Júnior. Com base nestes resultados, CHESF solicitou que a ação fosse considera totalmente infundada. A Procuradoria Geral da República apresentou seu pedido de anulação da ação. E, como base nos méritos do caso, solicitou que a ação fosse considerada infundada. F-55 (Tradução livre do original em inglês) A ação foi considerada parcialmente válida, de acordo com a decisão proferida em 8 de março de 2008. A Mendes Júnior entrou com um recurso para esclarecimento da sentença, solicitando a aprovação total do relatório preparado pelo Perito Oficial. A Procuradoria Geral da União apresentou um pedido para que o julgamento fosse considerado inteiramente infundado. Os recursos apresentados pela Mendes Júnior e pela procuradoria Geral da República foram rejeitados pelo Juiz do 12o Tribunal Federal. A CHESF e o Governo Federal impetraram recursos para esclarecimento, ambos concedidos pelo Juiz, cuja sentença esclareceu alguns dos pontos da sentença anterior sobre a cobrança de uma possível dívida devida pela CHESF à Mendes Júnior. Esta sentença esclareceu o ponto que determina que, na cobrança de uma possível dívida devida pela CHESF à Mendes Júnior, qualquer um e todos os pagamentos do principal e qualquer uma das compensações pagas pela CHESF, de acordo com o contrato, devem ser descontados. A CHESF apelou da decisão, solicitando que a ação fosse considerada inteiramente infundada,uma vez que a ação de cobrança exigia que a Mendes Júnior provasse que levantou recursos especificamente para custear as obras de construção de Itaparica, pelo fato de algum pagamento atrasado de algumas faturas por parte da CHESF, e nos valores acima as multas por pagamento atrasado pagas pela CHESF de forma a ter direito a qualquer compensação financeira, de acordo com a Ação Declaratória anteriormente mencionada. Em dezembro de 2008, o Governo Federal Brasileiro,a CHESF e a Mendes Júnior, já tinham apresentado recursos e o período estabelecido pela Procuradoria Geral da República apresentar seus argumentos está em andamento. Dessa forma, considerando os elementos já incluídos na ação, verificamos que a Mendes Júnior não pegou nenhum empréstimo [ara financiar especificamente as obras de construção de Itaparica (ou pelo menos, não nos valores declarados). Considerando ainda os cálculos já feitos pela CHESF e que, de acordo com a decisão do tribunal, todos os benefícios concedidos à Mendes Júnior durante a execução do contrato devem ser compensados; o consultor jurídico da CHESF apóia a posição da administração da Companhia e considera a probabilidade d resultado desfavorável como sendo remota. 2) Ações Tributárias 2a) Companhia: Em julho de 2003, A Secretaria da Receita Federal emitiu uma cobrança de impostos contra a ELETROBRÁS referentes ao COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), no valor de 281.702, totalizando R$514.219 (R$482.246 em 2006) após atualização até 31 de dezembro de 2007. Em 31 de dezembro de 2008, a ação tributária prescreveu. 22. Empréstimo Compulsório Durante os primeiros cinco anos desde 1964, o empréstimo foi cobrado de todos os consumidores nas respectivas contas de energia elétrica, com resgate previsto para após 10 anos. Até 1977, o empréstimo foi reembolsado por meio da emissão de títulos ao portador e desde então, devido às mudanças introuzidas pelo Decreto-lei no 1.512/76, a emissão desses títulos foi suspensa,com a cobrança apenas dos consumidores industriais com consumo igual ou superior a 2.000 kw/h. Isto resultou em um crédito simples para aquele tipo de consumidor contra a concessionária de energia elétrica. O prazo para resgate foi prorrogado para 20 anos e a freformulação monetária de quaisquer créditos resultantes tornou-se uma exigência. Após a conversão em questão, os demais recursos cobrados e registrados como compromissos correntes e de longo prazo vencendo desde 2009 continuarão sendo remunerados a 6% p.a., mais a correçação monetária baseada na variação do IPCAE. Estes recursos montam a R$215.071 em 31 de dezembro de 2008 (31 de dezembro de 2007 – R$299.084), dos quais R$129.866 a longo prazo (31 de dezembro de 2007 – R$202.375). Pelo parágrafo 11, artigo 4 da Lei no 4.156, de 28 de novembro de 1962, juntamente com as emendas introduzidas pelo artigo 5 do Decreto-Lei no 644, de 23 de junho de 1969, o período de resgate destes títulos referentes ao período de 1964 a 1976, expirou bem como o direito de receber quaisquer quantias referentes a cada título. Dessa forma, desde 1o de julho de 2002, estes títulos nãopodem ser mais negociados com relação a cada título. Dessa forma, desde 1o de julho de 2002, estes títulos não podem ser mais negociados. Assim, o saldo do Empréstimo Compulsório refere-se exclusivamente aos créditos F-56 (Tradução livre do original em inglês) residuais do período 1988-1994 mantidos por consumidores industriais com consumo acima de 2.000 kWh, cobrados no período de 1987 a 1993, e os juros não reclamados sobre os mesmos, sem compromissos relacionados às Obrigações ou Títulos. As “Obrigações ao Portador”, emitidas como resultado do empréstimo compulsório não podem ser considerados títulos negociáveis, não são negociados na Bolsa de Valores,não têm nenhuma cotação e qualquer valor. Por conseguinte, a Administração da ELETROBRÁS declara que a companhia não possui nenhuma debênture em circulação. A emissão destes títulos surgiu da imposição legal e não de uma decisão administrativa. Da mesma forma, sua propriedade não teve origem de um ato deliberado, mas de um dever legal,de acordo com a Lei no 4.156/62. Para estes títulos, por conseguinte, não se aplicam nem os artigos da Lei no 6.404/76 nem da Lei n-o 6.385/76. A Comissão de Valores Mobiliários – CVM brasileira declara,textualmente, que as obrigações emitidas pela ELETROBRÁS não podem ser consideradas “títulos negociáveis”. 23. Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital As quantias referentes a diantamentos para futuro aumento de capital nas companhias relacionadas abaixo são registradas pela ELETROBRÁS sob responsabilidades de logo prazo: 31 de dezembro 2008 Aquisição de posição acionária na CEEE Aquisição de posição acionária na CGTEE Linha de Transmissão Banabuí–Fortaleza – CHESF UHE XINGÓ – CHESF Linha de Transmissão no Estado da Bahia – COELBA Fundo Federal de Eletrificação – Lei 5.073/66 24. 1.959.715 1.882.864 64.868 182.257 28.530 169.119 4.287.353 2007 1.742.265 1.673.938 57.670 162.034 25.365 150.353 3.811.625 Patrimônio Social a) Capital acionário As ações da ELETROBRÁS não possuem valor nominal. As ações preferenciais não dão direito a voto e não são conversíveis em ações comuns, mas têm prioridad no reembolso de capital e na distribuição de dividendos às taxas de 8% p.a. para as ações da Classe “A” (subscritas antes de 23 de junho de 1969) e 6% para as ações da Classe “B” (subscrita após 24 de junho de 1969),calculadas sobre o capital correspondente a cada classe de ações. Em 31 de dezembro de 2008, o referido capital está distribuído entre os principais acionistas e espécies de ações conforme abaixo ilustrado. O capital compreende 1.132.357.090 ações, mantidas como se segue: F-57 (Tradução livre do original em inglês) Número de milhares de ações – 2008 Ordinárias Preferenciais Número % Série A Série B Acionioista Total capital Número % % Governo Brasileiro 488.656.241 53,99 - 35.191.714 15,49 523.847.955 46,26 BNDESPAR 133.757.950 14,78 - - - 133.757.950 11,81 de 45.621.589 5,04 - - - 45.621.589 4,03 40.000.000 4,42 - - - 40.000.000 3,53 196.987.747 905.023.527 21,77 100,00 146.920 146.920 191.994.929 227.186.643 84,51 100,00 389.129.596 1.132.357.090 34,37 100,00 Fuindo Nacional Desenv. FGP Outros Número de milhares de ações – 2007 e 2006 Common Preferred Número % Série A Série B % Acionista Total capital Número % Governo Brasileiro 488.656.241 53,99 - 35.191.002 15,69 523.847.243 46,38 BNDESPAR 133.757.951 14,78 - - - 133.757.951 11,84 de 45.621.589 5,04 - - - 45.621.589 4,04 40.000.000 4,42 - - - 40.000.000 3,54 Fuindo Nacional Desenv. D FGP o Outros 196.987.746 21,77 146.920 189.137.053 84,.31 386.271.719 34,.20 t 905.023.527 100,00 146.920 224.328.055 100,00 1.129.498.502 100,00 o talde 389.129.596 ações em mãos de acionistas mnoniritários, 239.401.535 (61,52%) estão em mãos de investidores não-residentes, 132.867.994 das quais são ações ordinárias e 106.533.514 são ações da Classe "B". Das ações em mãos de investidores domiciliados no exterior,69.298.867 ações ordinárias e 33.438.069 ações preferenciais Classe “B” são negociadas na forma de ADRs no programa ADR Nível I. As ações da ELETROBRÁS no programa ADR Nivel I são negociadas na proporção de 1 ADR para 500 ações, e noo Mercado Cambial da Améreica Latina em Euros (LATIBEX),na mesma proporção de 500 ações. Em 31 de desembro de 2008, o valor contábil por ações é R$75,61 (R$70,79 em 31 de dezembro de 2007). b) Reservas de capital O que se segue descreve nas reservas incluídas no patrimônio: • Compensação de insuficiência de Remuneração - CRC Isto refere-se às diferenças identificadas entre o retorno nos investimentos gerados pelas taxas reais e que são registradas com base nas taxas estabelecidas pelo governo federal até 1993, de forma a instituir a paridade tarifária no setor. • Prêmio por emissão de ações F-58 (Tradução livre do original em inglês) Representa o registro de prêmio de subscrição de ações, interpretado como sendo a contribuição do subscritor de ações acima do valor nominal correspondente e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal acima do valor estabelecido paa a formação de capital. • Decreto-Lei Especial 54.936/64 Reserva usada na correção da tradução do valor original do ativo imobilizado das concessionárias dos serviços públicos de eletricidade em novembro de 1964. • Atualização do balanço de abertura em 1978 Reerva oriunda de ajuste monetário do ativo imobilizado antes do Decreto-Lei no 1598, datado de 26 de dezembro de 1977, incluindo a reformulação de 1978, assim como aquela relacionada à manutenção do capital de giro próprio. • Reverse Split de Ações Um reverse split de 500 por uma do mesmo tipo de ações representando o capital da Companhia, com o capital sendo por conseguinte representado poe 1.129.498.502 açõe escrituradas sem valor nominal e 224.328.055 são ações preferenciais da Classe B, e o valor do capital da Companhia permanece inalterado. As ações da ELETROBRÁS, via ADR Nível 1, estão sendo negociadas à taxa de 1 ADR para 500 ações, e a mesma taxa de 500 ações na Bolsa de Valores da América Latina (LATIBEX). De 18 de junho de 2007 a 17 de agosto de 2007, os acionistas a seu exclusivo critério ajustam suas posições acionárias, por tipo, por meio de corretores de títulos autorizados pela BOVESPA, em diversos lotes de 500 ações de forma a evitar frações de ações após o processo de reverse split. Em 20 de agosto de 2007, as ações que representam o capital da Companhia serão negociadas exclusivamente em grupos e cotadas em Reais por ação. Em 4 de setembro de 2007, a soma das frações de ações resultantes da reverse split será negociada em pregão da BOVESPA. As frações de ações serão deduzidas das posições dos acionistas antes do pregão, e o valor obtido da venda será colocado à disposição dos acionistas portadores de frações de ações em 14 de setembro de 2007. • Atualização do empréstimo compulsório de 1987 O Empréstimo Compulsório foi introduzido de forma a expandir e melhorar o Setor Elétrico Brasileiro. Os créditos do Empréstimo Compulsório foram atualizados por referência à variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA-E, mais juros de 6% ao ano, pagos através das concessionárias de distribuição de eletricidade por meio de compensação nas contas de energia. Em 1998, parte das reservas foi convertida em capital, abrangendo o crédito estabelecido no período de 1978 a 1988. • Reserva de incentivo fiscal– FINOR, FINAM e outros Reerva resultante de incentivos fiscais destinados à região Amazônica e ao Nordeste do Brasil, áreas nas quais as subsidiárias CHESF e ELETRONORTE operam. c) Reservas de Lucro A Lei Brasileira e os estatutos da Companhia exigem que sejam feitas certas apropriações dos rendimentos retidos para contas de reserva anualmente. A finalidade e a base da propriação dessas reservas são como se segue: F-59 (Tradução livre do original em inglês) • • Reserva legal Esta reserva é uma exigência para todas as empresas brasileiras e representa a apropriação anual de 5% do resultado do exercício conforme publicado até um limite de 20% do capital acionário. A reserva pode ser usada para aumentar o capital ou para compensar as perdas, mas não pode ser distribuída como dividendos. Reserva estatutária De acordo com os estatutos da Companhia, 50% da renda líquida deve ser apropriada à reserva de investimento e 1% à reserva para estudos e projetos. As reservas estatutárias – Investimentos e Estudos e Projetos estão limitadas, respectivamente, a 75% e 2% do capital social. d) Lucros retidos não-apropriados (perdas acumuladas) Este saldo representa rendimentos retidos determinados de acordo com os U.S. GAAP após (i) a alocação da quantia para reserva legal de lucros (quando for exigida) conforme está descrito na Nota 24 (b); (ii) alocação ou transferência para e de outras reservas, conforme está descrito na Nota 24 (b); e (iii) dividendos e juros sobre seu capital próprio em lugar de dividendos, conforme descrito na Nota 24(e). e) Dividendos e Juros sobre capital próprio Os estatutos da Companhia estabelecem dividendos compulsórios mínimos de 25% da renda líquida estatutária ajustada de acordo com a lei das companhias. As ações preferenciais da Classe “A” e da Classe “B” têm prioriade com relação aorecebimento de um dividendo anual até um valor equivalente a 8% e 6%, respectivamente, do valor contábil das ações. Em 1o de janeiro de 1996, as quantias distribuídas aos acionistas como juros (ver abaixo) podem ser deduzidas do cálculo de dividendos mínimos. Os dividendos são pagos em Reais brasileiros. A Companhia pagará R$ 1.715.254 em dividendos (valores históricos) para o anbo findo em 31 de dezembro de 2008 (R$703.486 e R$ 459.549 para o ano findo em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente). Não é pagável nenhum imposto retido na ronte sobre distribuições de dividendos feitos deste 1o de janeiro de 1996. As companhias brasileiras podem atribuir juros sobre seu capital próprio, o qual pode ser pago em dinheiro como ser usado para aumentar o capital acionário. O cálculo é baseado nos valores patrimoniais conforme estão declarados nos registros contábeis estatutários e a taxa de juros aplicada não pdoe ser superior à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), conforme determinado peloBanco Central do Brasil. Esses juros nãopodem exceder o que for aior entre 50% da renda líquida e 50% dos lucros retidos mais as reservas de rendimentos. Os juros sobre seu capital próprio esão sujeitos a imposto retido na fonte à taxa de 15%, à exceção dos acionistas não tributados ou isentos. conforme pela Lei no 9.249/95. Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia registrou o dividendo obrigatório mínimo, de conformidde com a Lei no 6.404/76, no valor de R$1.457.418 (R$367.616 em 2007). O valor total da remuneração proposta aos acionistas,ad referendum da Assembléia Geral dos Acionistas, foi R$ 1.715.254 (R$703.486 em 2007) e compreende o seguinte: Ações ordinárias Ações preferenciais Classe a Ações preferenciais Classe B 2008 31 de dezembro 2007 2006 1.343.855 319 371.080 1.715.254 363.416 297 339.773 703.486 119.479 297 339.773 459.549 De acordo com os estatutos da Companhia e de conformidade com a Lei no 6.404/76, o dividendo obrigatório mínimo e a remuneração proposta aos acionistas são calculados com base na Contabilidade da Companhia. Os dividendos e os juros sobre seu capital próprio são pagos nas datas estabelecidas pelas Assembléias Gerais de Acionistas. As Assembléias Gerais de Acionistas realizadas em 30 de abril de 2009; 30 de abril de 2008 e 31 de abril de 2007, aprovaram a remuneração proposta aos acionistas para o ano findo em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, respectivamente. A remuneração dos acionistas foi monetariamente reajustada de 31 de dezembro até à data inicial de pagamento, de acordo com a variação na taxa SELIC. F-60 (Tradução livre do original em inglês) O valor da remuneração dos acionistas registrado nos obrigações de curto prazo da Companhia também compreende quantias não reclamadas relacionadas aos anos anteriores, bem como aos rendimentos não distribuídos da Companhia e dividendos das subsidiárias pagáveis a terceiros, como se segue: 31 de dezembro 2008 2007 Passivo circulante Dividendos obrigatórios mínimos Dividendos não reclamados de anos anteriores Dividendos de subsidiárias pagáveis a terceiros Dividendos não distribuídos 1.457.418 198.968 60.230 1.716.616 367.616 177.516 40.535 585.667 9.336.858 11.053.474 8.300.832 8.886.499 Os rendimentos não distribuídos foram registrados, inicialmente, em 1979 e vêm aumentando há alguns anos nas décadas de 80 e 90 devido à indisponibilidade de recursos financeiros suficientes para assegurar o pagamento de todos os dividendos a acionistas de ações ordinárias e ao mesmo tempo promover o investimento na geração e transmissão de segmentos de energia. O valor referente à parte não paga dos dividendos das ações ordinárias totaliza apenas R$ 1.036.026. Os demais R$ 8.300.832 referem-se ao ajuste monetário da taxa SELIC, calculada de acordo com os estattos da Companhia. Devido ao nosso fluxo de caixa, é impossível fazer o pagamento integral desta reserva. A ELETROBRÁS avaliou algumas alternativas que contemplam um aumento de capital, nas quais os acionistas terão o direito de usar parte destes dividendos na subscriçãode novas ações. O saldo não usado desta reserva mencionada no aumento do capital será pago em uma parcela ou em parcelas,dependendo da disponibilidade de fluxo de caixa da companhia. Devido à magnitude do valor envolvido, o sucesso desta operação requer uma negociação prévia com os acionistas majoritários – o Governo Federal. Assim que os números forem ajustados, a transação será submetida á Comissão de Valores Mobiliários – CVM e à aprovação subseqüente dos acionistas em uma Assembléia dos Acionistas. A Administração da ELETROBRÁS está comprometida em solucionar,tão logo seja possível, este compromisso com seus acionistas e, no devido tempo, revelará os detalhes desta transação e a data para sua liquidação. f) Rendimentos básicos e diluídos por ação Os rendimentos por ação são determinados cos base no número médio ponderado de ações pendentes durante o período. As entidades cujas estruturas de capital incluam títulos que possam participar dos dividendos com ações ordinárias de acordo com uma fórmula pré-detrminada devem usar o método de duas classes de cálculo de rendimentos por ação, conforme está descrito no SFAS No 128, Rendimentos por Ação. Os rendimentos básicos e diluídos por valores de ações foram calculados como se segue: 2008 Numerador Resultado do Exercício Ano findo em 31 de dezembro 2007 2006 8.730.247 F-61 655.130 1.026.275 (Tradução livre do original em inglês) Menos: dividendos prioritários de ações preferenciais Preferenciais A Preferenciais B Renda líquida restante a ser igualmene alocada a ações ordinárias e preferenciais Denominador Ações pendentes de média ponderada Ordinárias Preferenciais (315.142) (272) (314.870) (289.059) (252) (288.807) (289.059) (252) (288.807) 8.415.105 366.071 737.216 905.023.527 227.333.563 1.132.357.090 905.023.527 224.474.975 1.129.498.502 905.023.527 224.474.975 1.129.498.502 9,.18 1,85 1,39 0,40 1,72 1,29 0,81 1,72 1,29 Rendimentos por mil ações (básico e diluído) Ordinárias Preferenciais A Preferenciais B 25. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais consistem do seguinte: a) Energia comprada para revenda Esta conta refere-se aos custos da Companhia pela aquisição e energia elétrica de outras companhias de energia (hidráulica, térmica etc.) pela prestação de serviços a seus clientes. Para o ano findo em 31 de dezembro de 2008, o custo da energia comprada totalizou R$ 5.956.745 (R$ 3.904.204 e R$ 2.540.296 para os anos findos em 31 de dezembo de 2007 2006, respectivamente. A subsidiária FURNAS Centrais Elétricas S.A. possui contratos para a compra de energia gerada por terceiros, incluindo partes correlatas,cujos preços de aquisição aumentaram a taxas mais elevadas do que aquelas obtidas pela Companhia em pregões de energia. Esta situação levou a uma redução na margem operacional da companhia, cuja administração está buscando obtr da matriz e das agências reguladoras a eliminação dos impactos causados pelo desequilíbrio. b) Folha de pagamentos e encargos correlatos/serviços de terceiros/material e suprimentos 2008 Serviços de terceiros Materiais e suprimentos Folha de pagamento Ano findo em 31 de dezembro 2007 2006 1.580.527 271.624 4.195.644 6.047.795 1.397.405 233.513 3.778.617 5.409.535 1.288.354 276.712 3.185.545 4.750.611 c) Provisões operacionais 2008 Contingências Crédito de Liquidação Duvidosa Títulos Negociáveis Outros Ano findo em 31 de dezembro 2007 2006 345.273 316.042 112.545 773.860 F-62 208.753 435.570 (9.188) 161.138 796.273 149.749 260.726 410.475 (Tradução livre do original em inglês) d) Combustível para a produção de energia elétrica Refere-se ao custo de aquisição de combustíveis usados na geração de energia termoelétrica, como se segue: •Óleo: usado na geração de energia termoelétrica principalmente nas regiões do país fora do Sistema Interconectado, como a região Norte 9Sistems Isolado). • Carvão: usado nas usinas de energia termelétrica como a UTE Candiota da Companhia • Urânio: combustível nuclear usado na geração de energia das usinas de energia de Angra I e Angra II. Para o ano findo em 31 de dezembro de 2008, o custo do combustível totalizou R$ 1.158.856 (R$820.780 e R$888.564 para os anos findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, respectivamente). 26. Receita (Despesa) Financeira, Líquida A receita (despesa) financeira consiste do seguinte: 2008 Receita financeira Despesas financeiras Reajuste da remuneração de acionistas Variação cambial e monetária Perda de derivativos 27. Ano findo em 31 de dezembro 2007 2006 3.237.214 (2.104.848) (1.370.808) (2.630.983) (712.166) (3.581.591) 2.077.126 (1.599.504) 3. 952.350 685.494 5.115.466 1.891.974 (2.299.884) (1.526.524) (3.283.107) (5.217.541) Instrumentos Financeiros e Derivativos a) Derivativos embutidos A Companhia celebrou contratos de longo prazo para prover energia elétrica para três de seus principais clientes no Brasil. Estes contratos de longo prazo foram associados ao preço internacional do alumínio (LME – Bolsa de Metais de Londres) como o ativo básico para fins de definição dos valores mensais dos contratos. Pela característica do contrato, o ajuste do preço da energia elétrica relacionado ao LME é um derivado embutido conforme está definido no SFAS 133. A administração considera que estes derivativos embutidos são classificados como níveldois de acordo com a estrutura de avaliação do SFAS 157. A Albras fez um pagamento antecipado no valor total de R$1.200.000. O cronograma de pagamento antecipado era o seguinte: R$ Ano 2004 Desembolsos Contratados 300.000 F-63 Desembolsos reais 300.000 (Tradução livre do original em inglês) 2005 2006 2007 Total 500.000 250.000 150.000 1.200.000 Ano 500.000 250.000 150.000 1.200.000 Recebimentos 2004 2005 2006 2007 2008 Total Passivo circulante (outros) Exigível a longo prazo R$ Pagamentos 300.000 500.000 250.000 150.000 1.200.000 (15.968) (29.201) (29.979) (32.900) (35.686) (143.734) Saldo 284.032 470.799 220.021 117.100 1.056.266 1.056.266 37.778 1.018.488 A Companhia realizou as notas do SFAS 133 – Contabilização dos Instrumentos Derivativos, conforme foi emendado pelo SFAS 137, e SFAS 138, reconhecendo todos os instrumentos derivativos, incluindo o derivado embutido, como ativo/passivo ao valor justo. O ganho (perda) não realizado correlato sobre esse instrumento derivado está registrado como exigível a longo prazo, na base de mercado para mercado. Os detalhes dos contratos são os seguintes: Cliente Albrás Alcoa BHP Datas dos contratos Inicial Vencimento 01/07/2004 01/07/2004 01/07/2004 Volumes médios de megawatts 750 MW – até 31/12/2006 800 MW – de 01/01/2007 De 304,92MW para 328MW De 353,08MW para492MW 31/23/2024 31/23/2024 31/23/2024 Estes contratos incluem uma “cap and floor band” relacionada ao preço do alumínio cotado na Bolsa de Metais de Londres (LME). O preço “cap and floor band” da LME está limitado a US$2.773,21/t e US$1.450/t, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2008, a companhia registrou um ativo derivado basedado no cálcujlo do valor justo no montante de R$ 92.690. O ganho derivado está diferido no balancete. Veja abaixo o valor registrado por contrato. Cliente 2008 Albrás Alcoa BHP Total 39.250 30.630 22.810 92.690 2007 2006 308.540 162.480 121.000 592.020 533.800 267.700 206.800 1.008.300 A Companhia não teve outros instrumentos derivativos nos anos apresentados. 1 - Política A Companhia possui uma combinação entre seus recebíveis e pagáveis em moeda estrangeira principalmente decorrentes dos recebíveis de sua companhia controlada de propriedade conjunta, ITAIPU Binacional. Estes referem-se a seus contratos financeiros e dívida baixa, o que torna a Companhia sujeita a impactos em seus ativos e resultados, devido às flutuações da taxa de câmbio, particularmente do dólar dos EUA. A partir de 2008, a ELETROBRÁS começou a celebrar acordos derivativos com a finalidade de gerenciar sua exposição ás flutuações da taxa cambial; F-64 (Tradução livre do original em inglês) A política da companhia sobre derivativos não estabelece o uso de derivativos com a finalidade de conceder crédito, levantar recursos, ou qualquer tipo de assistência financeira. Sua única finalidade é proteger os ativos da companhia das variações cambiais. 2 – Objetivos e estratégias Dentro de sua política de proteção, em 2008 a companhia executou operações que montaram a US$ 280.000.000 para proteger os recebíveis vencendo até o final daquele ano. A companhia utilizou Contrato a Termo de Moeda sem Entrega Física baseado no Dólar dos EUA, combinando os vencimentos dos contratos com as datas de vencimento de recebíveis de serviço da companhia de propriedade conjunta, ITAIPU Binacional. Como a Companhia não tinha usado anteriormente este tipo de instrumento financeiro,criou controles internos para monitorar as transações,registrar posições e marcar a carteira para o mercado. A Companhia monitora ainda os parâmetros que afetam a projeção das flutuações cambiais, de forma a verificar a adequação da estratégia escolhida pela Companhia ao perfil de risco e finalidade da política de proteção estabelecidas pela administração da Companhia. 2 – Objetivos e estratégias Os controles têm sido eficientes até agora, tanto para o gerenciamento da carteira como para a provisão de informações contábeis necessárias para o reconhecimento dos resultados da carteira. Atualmente, a Companhia está estudando a possibilidade de expandir o escopo de sua política de proteção para abranger outros fatores de risco do mercado, como índices, taxas de juros e contratos de reestruturação (derivativos embutidos). 3 - Riscos O valor da carteira de derivativos varia de acordo com a variação da taxa do Dólar norte-americano e as taxas de juros internas em reais brasileiros ( depósitos interbancários futuros) e em dólares norte-americanos (taxa do cupom) . Dessa forma, a volatilidade destes fatores de risco afeta o resultado das derivativas. Este risco, entretanto, é reduzido pelos recebíveis que apóiam as transações antes do vencimento, o reconhecimento dos ganhos/perdas cambiais no vencimento e o recebimento do fluxo de caixa de ativos correspondente, o que é também avaliado pela taxa de câmbio em vigor. À medida que as transações foram contratadas no mercado paralelo, existe também o risco da contrapartida, ou seja, a possibilidade de inadimplência por parte da instituição financeira correspondente. Para reduzir este risco, a Companhia somente assina contratos com bancos que tenham no mínimo, uma notação de investimento 4 – Valor justo dos derivativos Em 31 de dezembro de 2008, não havia operações pendentes com derivativos na carteira e, por conseguinte, não existe valor justo a ser determinado. A metodologia para calcular o valor justo de transações foi desenvolvido pela área de risco da Companhia,com base em métodos bem conhecidos usualmente adotados no mercado (marcação a mercado). Resumidamente, para os derivativos atualmente incluídos na carteira, o processo consiste em estimar o preço de equilíbrio para cada contrato, no vencimento, de acordo com (1) a taxa à vista, (2) taxa de juros doméstica em Reais brasileiros (depósitos interbancários futuros), e (3) taxa de juros doméstica em Dólares dos EUA (taxa do cupom). A comparação entre o preço calculado desta forma e o preço negociado em cada contrato fornece uma estimativa do ganho/perda futura, que é ajustada para apresentar o valor pela taxa de juros fixa em Reais Brasileiros (depósitos interbancários futuros). 5 – Desdobramento da carteira de derivativos Em 31 de dezembro de 2008, não havia operações pendentes. Os ajustes financeiros negativos, gerados pelas operações no ano de 2008 montaram a R$124.345. F-65 (Tradução livre do original em inglês) Esses ajustes negativos foram ocasionados pela inversão da tendência da taxa do dólar norte-americano que, após quase cinco anos de desvalorização, começou a ter uma valorização após agosto de 2008, após as reduções nos preços das principais commodities, especialmente após outubro de 2008, devido ao agravamento da crise financeira internacional. Em vista da lógica de proteção cambial usada nas operações, assim como à grande flutuação do mercado de futuros e ao prazo curso até os vencimentos dos contratos, a Companhia decidiu liquidar os contratos de derivativos e não os reverteu. c) Gestão de recursos Os investimentos da ELETROBRÁS e das subsidiárias estão marcadamente representados por empréstimos e financiamento de longo prazo, assim como investimentos em detentores de concessões de serviços públicos de energia elétrica. Os empréstimos e financiamentos concedidos estão relacionados à função da ELETROBRÁS como agente financeiro do setor elétrico brasileiro e são remunerados com base na taxa média de 9,73% p.a. (8,99% p.a. em 2007). Pelos estatutos da Companhia, a ELETROBRÁS só pode conceder financiamento a detentores de concessóes dos serviços públicos de energia elétrica, A taxa de mercado (o custo de oportunidade do capital da Companhia) está, portanto, definido levando-se em conta um prêmio de risco compatível com as atividades do setor, e não varia significativamente das taxas correntes. Embora as ações destas companhias possam ser negociadas na bolsa de valores, o volume reduzido dos negócios não constitui um mercado ativo, nem os preços necessariamente representam os valores que seriam obtidos se um número significativo de ações fosse negociado. Não é, portanto, possível determinar um preço de mercado para estes ativos, de forma a permitir a compração apropriada com os valores escriturais. As principais contas incluidas em passivo não-circulante são empréstimos e financiamento, o Empréstimo Compulsório e a Reserva Global de Reversão (RGR). Empréstimos e financiamentos compreendem financiamento por agências internacionaos – BID, BIRD, CAF etc. É, portanto, viável descontar estes empréstimos a taxas que não sejam as estipuladas no acordo de empréstimo brasileiro. Outros empréstimos são obtidos a taxas internacionais e seu valor liquido se aproxima do valor justo. O Empréstimo Compúlsório foi extinto pela Lei No 7.181, de 20 de dezembro de 1993, que estabeleceu 31 de dexembro de 1993 como a última data para cobrança. A ELETROBRÁS gerencia atualmente os recursos do Empréstimo Compúlsório, que são indexados de acordo com a variação do IPCA-E e remunerados à taxa de 6% p.a., com datas fixas de resgate. Dadas as restrições sobre investimento, o valoro justo destes empréstimos nãopode ser razoavelmente estimado. d) Risco cambial Uma parte relevante dos ativos da Companhia e dos resultados de suas operações é significativamente afetada pelo risco cambial, especialmente com relação ao Dólar norte-americano. Em 31 de dezembro de 2008, a companhia tinha créditos oriundos de financiamento concedido em moeda estrangeira no valor de R$ 21.051.270, equivalentes a US$ 9.007.818. Quando se compara dívida e recebíveis em moeda estrangeira, os primeiros são cobertos pelos últimos uma 5,1 vezes em 31 de dezembro de 2008. Adicionalmente, os termos de pagamento e cobrança são também compatíveis. A ELETROBRÁS e as subsidiárias não utilizam instrumentos cambiais derivativos, porquanto a administração considera que o saldo e a realização de recebíveis em moeda estrangeira são suficientes para a Companhia honrar seus compromissos. 28. Informações do Segmento Os segmentos comerciais da Companhia estão atualmente definidos como se segue: Geração Engaja-se em ventures envolvendo operações de energia e de usinas elétricas, com seu complexo de geração tendo usinas hidráulicas,térmicas, termonucleares e outras,visando a produção de energia elétrica para abastecimento nacional prioritário. F-66 (Tradução livre do original em inglês) A geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas, térmicas e nucleares, que a companhia vende tanto para as companhias de distribuição como para consumidores livres. Transmissão Constrói e opera linhas de transmissão visando a transferência de grandes volumes de eletricidade a partir das instalações geradoras até o sistema de distribuição, interligando, assim, as diversas regiões dopaís através de uma grade nacional. Distribuição Explora a construção e operação de redes de distribuição de energia elétrica em centros urbanos destinados aos consumidores finais. Hoje, a ELETROBRÁS possui sete distribuidores de energia (Boa Vista Energia, Manaus Energia, Companhia Energética de Alagoas - CEAL, Companhia Energética do Piauí - CEPISA, Companhia de Eletricidade do Acre -Eletroacre e Centrais Elétricas de Rondônia - CERON). Corporativo Os itens que não podem ser atribuídos às outras áreas são alocados ao grupo de entidades corporativas, especialmente aqueles relacionados à gestão financeira corporativa, despesas gerais relacionadas à administração central e outras despesas, incluindo despesas atuariais relacionadas aos planos de pensão e de saúde para participantes inativos. As informações contábeis por área comercial foram preparadas com base na assunção de controlabiidade, com a finalidade de atribuir às áreas da empresa somente itens sobre os quais estas áreas têm controle efetivo. Os principais critérios utilizados para registrar os resultados e ativos por segmentos da empresa estão resumidos coomo se segue: • • Receitas líquidas operacionais - consideradas como sendo as receitas de vendas a terceiros, mais as receitas entre segmentos da empresa, baseado nos preços internos de transferência. Custos e despesas inclui os custos dos produtos e serviços vendidos, caldulados por segmento da empresa,baseados no preço interno de transferência e em outros custos operacionais de cada segmento, bem como as despesas operacionais, com base nas despesas efetivamente incorridas em cada segmento. As tabelas a seguir apresentam os ativos da Companhia e os resultados por segmentos: Ativos Imobiizado Administração 900.345 Ativos Imobilizado 2.036.161 Administração 741.027 31 de dezembro de 2008 Distribuição Geração Transmissão 22.573.853 78.635.566 31 de dezembro de 2007 Distribuição Geração Transmissão 379.922 Corporativos Receitas operacionais líquidas Vendas de eletricidade Outras receitas operacionais Impostos sobre receitas Encargos setoriais Total das receitas líquidas operacionais 53.125.207 Total 480.960 - 51.828.723 22.429.877 Total 75.379.549 31 de dezembro de 2008 Distribuição Geração Transmissão 2.855.787 7.185 (330.120) (180.833) F-67 24.120.521 115.095 (654.487) (677.223) 4.639.388 188.675 (333.617) Total 31.615.696 791.915 (984.607) (1.191.673) 30.231.331 (Tradução livre do original em inglês) Custos e despesas operacionais Eletricidade comprada para revenda Combustível para a produção de energia elétrica Uso da rede básica de transmissão Depreciação e amortização Folha de pagamento e encargos por atraso Impostos Resultado a Compensar de ITAIPU Provisões operacionais Doações e contribuições Remuneração e reembolso Impairment Outros Total de custos e despesas operacionais Despesa financeiras líquidas - (1.894.585) - (4.062.159) (1.158.856) - (5.956.744) (1.158.856) (11.446) (491.409) (283.478) (66.377) (76.398) (817.742) (2.189.292) (3.722.238) (1.462.099) (1.757.750) (1.101.220) (3.729.214) (6.047.795) (176.390) (179.777) (217.913) (57.788) (101.865) (94.071) (57.788) (1.062.639) (405.793) (410.705) (1.722.239) (737.552) (426744) (123.915) (1.464.809) (405.793) (773.860) (217.913) (1.722.239) (770.231) (659.633) (24.008.308) (1.408.165) 133.315 6.367.323 22.992 (89.307) (32.679) (128.637) Resultado antes dos impostos de renda. participação minoritários e Equivalência Equivalência Impostos de renda Corrente Diferida Participação Minoritária Lucro Líquido do Exercicio 11.338.487 665.533 Custos e despesas operacionais Eletricidade comprada para revenda Combustível para a produção de energia elétrica Uso da rede básica de transmissão Depreciação e amortização Folha de pagamento e encargos por atraso 665.533 (1.104.657) (262.431) 2.076.524 493.316 (2.000.431) (475.238) (1.737.943) (412.879) (12.883) Corporativos Receitas operacionais líquidas Vendas de eletricidade Outras receitas operacionais Impostos sobre receitas Encargos regulatórios Total das receitas líquidas operacionais 5.115.466 31 de dezembro de 2007 Distribuição Geração Transmissã o (2.766.506) (657.233) (3.423.739) (12.833) 8.567.447 Total 315,678 - 3,746,428 4,715 (315,116) (191,209) 19,179,986 75,542 (563,106) (716,077) 3,852,130 123,837 (352,757) 26,778,544 519,772 (878,222) (1,260,043) 25,160,051 - (1,260,294) (2,643,910) - (3,904,204) - - (820,780) - (820,780) - (244,962) (706,637) - (951,599) (8,751) (439,548) (50,746) (68,335) (1,673,741) (3,329,408) (1,117,793) (1,572,244) (2,851,031) (5,409,535) F-68 (Tradução livre do original em inglês) Impostos Resultado a Compensar de ITAIPU Provisões operacionais Doações e contribuições Remuneração e ressarcimento Impairment Outros Total de custos e despesas operacionais Despesas financeiras líquidas (136.265) (78.692) (820.908) (432.318) (95.726) (1.131.591) (432.318) (184.984) (198.990) (126.268) (96.796) (157.038) (422.600) (1.677.902) (599.822) (1.159.678) (91.893) (299.686) (348.105) (796.273) (198.990) (1.677.902) (899.508) (1.791.089) (20.864.820) 664.708 (62.930) (4.172.516) (10.853) (3.581.591) Resultado antes dos impostos de renda. participação minoritários e Equivalência Equivalência Impostos de renda Corrente Diferida Participação Minoritária Lucro Líquido do Exercicio 713.640 740.153 - - - 740.153 (1.522.347) 1.796.042 2.861.695 (3.376.188) (982.055) (22.199) (2.395.089) 2.825.694 15.786 - - - (2.037.796) 1.223.349 (814.447) 15.786 655.130 Corporativos Receitas operacionais líquidas Vendas de eletricidade Outras receitas operacionais Impostos sobre receitas Encargos regulatórios Total das receitas líquidas operacionais 450.248 - 31 de dezembro de 2006 Distribuição Geração Transmissão 3.455.117 6.726 (385.885) (141.347) Custos e despesas operacionais Eletricidade comprada para revenda Combustível para a produção de energia elétrica Uso da rede básica de transmissão Depreciação e amortização Folha de pagamento e encargos por atraso Impostos Resultado a Compensar de ITAIPU Provisões operacionais Doações e contribuições Remuneração e ressarcimento Impairment Outros Total de custos e despesas operacionais - (1.258.619) - - 16.191.804 107.745 (465.555) (529.346) - 3.378.879 176.628 (260.769) Total 23.025.800 741.347 (851.440) (931.462) - 21.984.244 (1.281.677) - (2.540.296) (888.564) - (888.564) (10.325) (234.573) (59.877) (676.668) (1.974.906) (1.318.923) (911.241) (3.364.031) (386.007) (113.978) (95.358) (196.904) (105.273) (60.011) (65.822) (49.898) (137.058) (2.923.860) (686.647) 1.790.799 (217.848) (1.794.992) (1.026.616) (1.380.733) (80.070) (47.370) (319.606) (4.750.611) (946.517) 1.790.799 (410.475) (196.904) (1.794.992) (1.588.553) F-69 (Tradução livre do original em inglês) - - - - (15.601.388 ) Despesas financeiras líquidas 1.930.382 Resultado antes dos impostos de renda. participação minoritários e Equivalência Equivalência Impostos de renda Corrente Diferida Participação Minoritária Lucro Líquido do Exercicio 29. (182.754) - (6.933.649) (31.519) - - - - - - 361.667 (518.890) 292.273 (5.217.540) 1.165.315 361.667 975.404 (549.412) 66.833 - (939.661) 529.279 - (816.363) 459.829 - (1.299.510) 731.969 (567.540) 66.833 1.026.275 Compromissos A Companhia possui obrigações e compromissos contratuais pendentes que incluem a construção de usinas e suprimentos de energia (coontratos de pregão de eletricidade); a) Energia existente A ELETRONORTE não vendeu energia em leilões em 2006 para suprimento de energia a longo prazo. Entretanto, vale enfatizar os Leilões de Eletricidade Existentes realizados em abril de 2005 e dezembro de 2006. No primeiro leilão, a companhia vendeu 90 MW para entrega a partir de 2008, por um prazo de oito anos, por R$ 83,47/MWh, obtendo receitas totais de R$ 526.823, ou seja, R$ 65.853 por ano. No segundo leilão, a Companhia vendeu 50 MW para entrega a partir de 2007, também em contratos de oito anos, por R$ 105,00/MWh, obtendo receitas totais de R$ 367.720, ou seja, R$ 45.965 por ano. Isto permite que a Companhia realize sua estratégia de venda, visando ter toda sua energia assegurada contratada e mantendo a remuneração da UHE de Tucuruí. Este ano, a Companhia aumentou suas vendas a curto prazo de energia, obtendo desempenho de vendas de aproximadamente 188.846 MW e R$ 254.815 em receitas. Durante 2006, FURNAS participou com sucesso em diversas concorrências para a venda de energia para consumidores finais e negociantes, sob o Ambiente de Contratação Livre (ACL), tornando-se um dos principais agentes neste segmento. b) Energia nova i) UHE Passo São João, com capacidade de 77MW, comercializou uma media de 37MW por R$ 113,22 MWh, a serem fornecidos no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2040, em um leilão realizado em 2005. ii) UHE Mauá, com capacidade de 362MW, negociou uma média de 197.7MW por R$ 112,96 MWh, fornecidos no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2041, em um leilão realizado em 2006. Esta usina foi adquirida em uma parceria com a COPEL, que detém51% 30. Reserva Global de Reversão (RGR) A ELETROBRÁS é responsável por gerenciar a Reserva Global de Reversão (RGR), um fundo criado visando cobrir as despesas incorridas pelo Govrno Federal com o pagamento de indenizações referentes à reversão de concessões públicas de energia elétrica. Os recursos da RGR são investidos no financiamento do setor brasileiro de eletricidade, melhoria do serviço e no Programa Nacional de Convervação de Energia Elétrica – PROCEL, além de financiar os programas RELUZ LUZ PARA TODOS e o Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA. F-70 (Tradução livre do original em inglês) A Reserva Global de Reversão (RGR) é custeada pelas contribuições das concessionárias do serviço público de energia elétrica, que provê uma cota para a reversão e expropriação dos serviços de energia elétrica equivalente a 2,5% do valor investido pelas concessionárias e permissionárias, limitado a 3% das receitas anuais brutas. O valor da cota é calculado como parte do custo do serviço; As concessionárias depositam suas cotas anuais para a Reserva Global de Reversão (RGR) em doze partes iguais, até o último dia útil de cada mês, em uma conta bancária criada para esta fuinalidade específica. A ELETROBRÁS gerencia a Reserva Global de Reversão (RGR) em obediência à Lei no 5.655/71 e as emendas subseqüentes. Conseqüentemente, os recursos da RGR são usados em projetos específicos de investimento, como se segue: a) Financiamento proporcionado às concessionárias e permissionárias, assim como ás cooperativas de eletrificação rural visando a expansão dos serviços de distribuição de energia elétrica (especialmente em áreas rurais e de baixa renda) e desenvolvimento de um programa de economima de energia. b) Investimentos em instalações para a geração de energia utilizando energia renovável (eólica, solar, biomassa), bem como pequenas usinas de energia hidrelétrica e usinas de energia termoelétrica em associação com pequenas usinas de energia hidrelética. c) Projetos específico de investimento para estudos envolvendo inventário e viabilidade dos recursos hídricos potenciais. d) Investimentos na implementação de geradores de energia até 5000 kW, estinados exclusivamente aos serviços públicos em comunidades que utilizam um sistema de energia elétrica isolado. Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica 0 PROINFA, criado pela Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002 e revisto pela Lei no 10.762, de 11 de novembro de 2003, cujo objetivo é diversificar a matriz energética brasileira, e buscar soluções regionais através do uso de fontes renováveis de energia baseadas no uso econômico de input disponível e tecnologia disponível. A meta é aumentar a parce da energia elétrica produzida através dessas fontes ao implementar 3.300 MW de capacidade. e) f) Para o Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (RELUZ), com investimentos a serem feitos pela ELETROBRÁS estimados em cerca de R$ 2 bilhões que visa tornar eficientes 5 milhões de pontos de iluminação pública e instalar mais um milhão no Brasil. O programa espera cobrir até 96% do potencial de economia de energia da rede nacional de iluminação pública, consistindo atualmente de 13 pontos de iluminação pública. g) Para o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), um programa do governo federal implementado em dezembro de 1985 visando a economia de energia tanto na produção como no consumo, ajudando a melhorar a qualçidade dos produtos e serviços, reduzindo o impacto ambiental e incentivando a criação de empregos. h) Para o programa Universalização do Acesso à Energia Elétrica –LUZ PARA TODOS,do Ministério das Minas e Energia, cujo objetivo é levar a energia elétrica a 12 milhões de pessoas até 2008. O custo do programa está estimado em R$ 7 bilhões, com R$5,3 bilhões oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da Reserva Global de Reversão (RGR), e a parte restante dos governos estaduais e de agentes do setor. Além de gerenciar os recursos, a ELETROBRÁS está encarregada de dar suporte técnico às concessionárias na impelementação do programa; e i) Para o projeto Ribeirinhas, executado em regiões nas quais as comunidades são muito dispersas epara as quais o acedsso é difícil devido ao tipo de solo e à estação chuvosa. Sua assunção básica é o uso de recursos naturais renováveis existentes em diversos locais onde a energia elétrica não possa ser fornecida pela ampliação da rede de transmissão. A reserva tem juros de 5% p.a. Os recursos sacados em 31 de dezembro de 2008 totalizam R$7.193.770 (31 de dezembro de 2007 – R$6.769.011). F-71 (Tradução livre do original em inglês) A ELETROBRÁS é também responsável por gerenciar os recursos setoriais do Uso de Bens Públicos (UBP) estabelecido com contribuições dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE), também destinados à expansão e melhoria do sistema elétrico. Adicionalmente, sob a responsabilidade gerencial da ELETROBRÁS tem a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, um fundo federal que visa promover o desenvolvimento energético a partir de fontes alternativas nas áreas assistidas pelo sistema interligado, e financiar a universalização do serviço público de energia elétrica. O Fundo é válido por 25 anos, começando em 2004, e se origina de pagamentos pelo uso de bens públicos e multas cobradas pela ANEEL a concessionárias, permissionárias e outra entidades autorizadas a explorar o serviço de eletricidade, cujas operações financeiras não afetam as demonstrações financeiras da Companhia. 31. Outras informações 2008 Coluna A Saldo no início do período Débito a custo e despesas Coluna E – saldo no final do período Provisão para Devedores Duvidosos – contas a receber Provisão para Devedores Duvidosos – empréstimos e financiamentos a receber Provisão para Devedores Duvidosos – ativos reguladores diferidos Compromissos e contingencias Impairment Descomissionamento de usina nuclear 1.749.396 (202.429) 1.546.967 80.630 37.045 117.675 240.154 (215.030) 25.124 2.347.287 730.233 191.327 (297.042) 39.998 74.841 2.050.245 770.231 266.168 Total 5.339.027 (562.617) 4.776.410 2007 Coluna A Saldo no início do período Débito a custo e despesas Coluna E – saldo no final do período Provisão para contas duvidosas – contas a receber Provisão para Devedores Duvidosos – empréstimos e financiamentos a receber Provisão para Devedores Duvidosos – ativos reguladores diferidos Compromissos e contingencies Impairment Descomissionamento de usina nuclear 1.341.336 408.060 1.749.396 51.629 29.001 80.630 351.988 (111.834) 240.154 3.527.626 715.296 204.620 (1.180.339) 14.937 (13.293) 2.347.287 730.233 191.327 Total 6.192.495 (853.468) 5.339.027 Coluna A Provisão para Devedores Duvidosos – contas a receber Provisão para Devedores Duvidosos – Coluna E – saldo no final do período Saldo no início do período Débito a custo e despesas 843.205 498.131 1.341.336 471.366 (419.737) 51.629 F-72 (Tradução livre do original em inglês) empréstimos e financiamentos a receber Provisão para Devedores Duvidosos – ativos reguladores diferidos Compromissos e contingências Impairment Descomissionamento de usina nuclear - 351.988 351.988 3.432.903 653.885 200.018 94.723 61.411 4.602 3.527.626 715.296 204.620 Total 5.601.377 F-73 591.118 6.192.495