UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL LUCAS FAÇANHA DE OLIVEIRA ANÁLISE CRÍTICA DE SISTEMAS ESTRUTURAIS UTILIZANDO SOLUÇÕES EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO FORTALEZA 2011 ii LUCAS FAÇANHA DE OLIVEIRA ANÁLISE CRÍTICA DE SISTEMAS ESTRUTURAIS UTILIZANDO SOLUÇÕES EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO Monografia submetida a Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil, em Dezembro de 2011. Orientador: Prof. Dr. Augusto Teixeira de Albuquerque FORTALEZA 2011 iii LUCAS FAÇANHA DE OLIVEIRA ANÁLISE CRÍTICA DE SISTEMAS ESTRUTURAIS UTILIZANDO SOLUÇÕES EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO Monografia submetida à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Aprovada em __/__/____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. D.Sc. Augusto Teixeira de Albuquerque (Orientador) Universidade Federal do Ceará – UFC _________________________________________________________ Prof. D.Sc. Joaquim Eduardo Mota Universidade Federal do Ceará – UFC _________________________________________________________ Prof.ª D.Sc. Magnólia Maria Campelo Mota Universidade Federal do Ceará – UFC iv À meus pais Eudeni e José Mário e à meus irmãos Keivy e Mário que investiram suas vidas em mim, minha eterna fonte de motivação, amor e companheirismo. v “What we do in life echoes in eternity” Máximus Décimus Meridius, personagem do filme Gladiator vi AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, este que sempre está ao nosso lado, mesmo quando nosso pecado insiste na vã tentativa de nos afastar Dele,Aquele que nos leva em seus braços e nos faz repousar em seu amor supremo e completo que nos envolve e protege. Agradeço especialmente a minha avó Elizabeth grande referencial de caráter e a meus pais Eudeni Moreira e José Mário por me gerarem e por se fazerem tão solícitos e presentes quando as dificuldades se aproximavam, por cada sacrifício que cada um deles fizeram para que hoje eu pudesse concluir este trabalho. Agradeço minha mãe em especial, pela paciência e dedicação constante. Pelo amor que derrama na minha vida todos os dias e pelo cuidado que toma para comigo. Posso dizer que devo muito do que sou a ela, minha eterna fonte de sabedoria e dignidade. Agradeço especialmente a meus irmãos que estiveram sempre a me apoiar sem medir esforços, por cada conselho e conversa que me guiava em direção à vitória: Keivy-Lane e Mário Júnior e a minha família: Jeanne Mota, Tonny, James, Amadeu Monteiro, Eurenir, Euzenir, Eurides, Imaculada, Lucivaldo, Fram, Hildney, Romeu por tudo que foi feito para que eu me aprimorasse humanamente e tecnicamente, por cada conversa de apoio que me motivava a cumprir minhas metas e conquistar meus objetivos. Agradeço por fim, a uma segunda família que aprendi a amar e compartilhar minhas dores e meus sofrimentos, pessoas que me acompanharam e me motivaram desde quando nos conhecemos, ou seja, desde meu ingresso na faculdade, são eles: Julien Souto, Felipe Alisson, Vicente Castro, Luiza Kilvia, Luiz Gonzaga, Maria Viviane, Dênis Beviláqua, Priscilla Paiva, Aline, Anderson, e muitos outros que também estiveram ao meu lado. À todos, resta este sentimento de amor e carinho e a sensação de dever cumprido para comigo, vocês todos são a base da minha vida e do meu “ser” humano. vii RESUMO Com o advento da tecnologia, novas técnicas construtivas vão sendo elaboradas e através destas torna-se possível aumentar a qualidade técnica e construtiva de obras de engenharia. Entre uma das tecnologias emergentes neste século destaca-se o sistema estrutural utilizando pré-moldado de concreto, que trata-se de uma verdadeira revolução industrial para a construção civil, pois este sistema associa a racionalização de materiais e também a produção de obras nos moldes da industrialização. Vale ressaltar, entretanto que diversos sistemas encontram-se na fase de desenvolvimento e muitos deles apesar de ser tecnicamente viável findam em não se popularizar devido a fatores diversos. Em 1993 uma equipe da universidade Lehigh desenvolveu uma metodologia de estudo acerca dos critérios de desempenho dos sistemas em pré-moldados, este trabalho visa aplicar estes critérios para sistemas novos que foram lançados a partir do ano de 2000.Para isto foram coletados dados de alguns sistemas lançados no mundo para avaliá-los. Ao todo foram coletados 9 sistemas que foram desenvolvidos em países como EUA, Inglaterra, Holanda, Japão, entre outros. Palavras chave: Concreto pré-moldado, sistemas estruturais, critérios, análise. viii LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 - Conectores de cisalhamento.................................................................................. 13 Figura 3.1- Seção da viga no meio do vão ............................................................................... 14 Figura 3.2 - Corte na extremidade da viga ............................................................................... 15 Figura 3.3 - Perspectiva da viga pré-moldada .......................................................................... 15 Figura 3.4 - Detalhe das placas do pilar ................................................................................... 16 Figura 3.5 - Detalhe do pilar ..................................................................................................... 16 Figura 3.6 - Detalhe inferior da ligação .................................................................................... 17 Figura 3.7 - Detalhe superior da ligação .................................................................................. 17 Figura 3.8 - Detalhe do shimpack ............................................................................................. 18 Figura 3.9 - Passagem de barras através da viga interligando as placas alveolares ................. 18 Figura 3.10 - Disposição final do sistema pré-concretagem .................................................... 19 Figura 3.11 - Perspectiva da montagem das vigas, da concretagem dos pockets e da montagem da laje........................................................................................................................................ 19 Figura 3.12 - Barras de armadura passiva para a concretagem da capa ................................... 20 Figura 3.13 - Sistema Slimfloor ................................................................................................ 22 Figura 3.14 - Esquema da passagem de armaduras passivas complementares ........................ 22 Figura 3.15 - Viga metálica do sistema Delta Beam ................................................................ 24 Figura 3.16 - Ligações entre placa - viga - placa...................................................................... 25 Figura 3.17 - Viga lateral do sistema Delta Beam .................................................................... 25 Figura 3.18 - Detalhe ligação pilar - viga metálica .................................................................. 26 Figura 3.19 - Apoio da viga durante a montagem para o caso de pilar contínuo ..................... 27 Figura 3.20 - Seção da viga e do pilar considerando a continuidade da viga ........................... 27 Figura 3.21 - Detalhe solução estrutural para furos no pavimento ........................................... 28 Figura 3.22 - Vigamentos metálicos do sistema Grünbauer .................................................... 30 Figura 3.23 - Perspectiva sistema Grünbauer .......................................................................... 30 Figura 3.24 - Detalhe da ligação do sistema Grünbauer .......................................................... 31 Figura 3.25 - Sistema para içamento das vigas metálicas ........................................................ 31 Figura 3.26 - Esquema de produção da viga D-Beam® ........................................................... 33 Figura 3.27 - Seção montada e grouteada do sistema Girder-slab® ........................................ 33 Figura 3.28 - Layout da montagem de peças do sistema GirderSlab ....................................... 34 Figura 3.29 - Lançamento de groute no sistema ....................................................................... 35 Figura 3.30 - Detalhe da ligação entre as vigas e o pilar metálico ........................................... 35 Figura 3.31 - Vista superior da viga ......................................................................................... 37 Figura 3.32 - Seção da viga utilizada no sistema ..................................................................... 38 Figura 3.33 – Pilar do sistemaShallow Flat Soffit .................................................................... 39 Figura 3.34 - Sistema de apoio durante o assentamento das lajes completo ............................ 39 Figura 3.35 - Esquema das barras de aço parafusadas por sob a viga ...................................... 40 Figura 3.36 - Instalações das bordas temporárias através de seu parafusamento ..................... 40 Figura 3.37 - Representação Gráfica do sistema Splice Sleeve ................................................ 42 Figura 3.38–Seção da peça cotada de acordo com as medidas utilizadas na tabela supracitada .................................................................................................................................................. 43 Figura 3.39 - detalhes construtivos da ligação viga-viga ......................................................... 45 Figura 3.40 - Esquema das armaduras do pilar em T, para o tipo 1 ......................................... 46 Figura 3.41 - Esquema das armaduras do pilar em T, para o tipo 2 ......................................... 46 Figura 3.42 - Conjunto de vigas e pilar em formato T, para o tipo 1 ....................................... 47 Figura 3.43 - Conjunto de vigas e pilar em formato T, para o tipo 2 ....................................... 47 Figura 3.44 - Sistemas de pré-moldado concretados separadamente, tipo 1 ............................ 48 Figura 3.45- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 2 .............................. 48 ix Figura 3.46- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 3 .............................. 49 Figura 3.47- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 4 .............................. 49 Figura 3.48 - Esquema de montagem dos quatro tipos de ligações .......................................... 50 Figura 3.49 - Pavimento do sistema ......................................................................................... 51 Figura 3.50 - Passagem de dutos sob o pavimento ................................................................... 52 Figura 3.51 - Seção tipo laje pré-moldado Plate Flooring ....................................................... 53 Figura 3.52 - Pavimento tipo utilizando estrutura de concreto................................................. 54 Figura 3.53 - Pavimento tipo utilizando estrutura metálica...................................................... 54 x LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 - Classificação de peças de concreto pré-moldado quanto ao peso .......................... 6 Tabela 3.1 - Resistência do groute de acordo com sua temperatura de cura ............................ 44 Tabela 5.1 - Vãos vencidos e espessuras dos pilares metálicos ............................................... 68 Tabela 5.2 - Considerações acerca do número de peças e elementos dos diversos sistemas ... 75 Tabela 5.3 - Classificação dos sistemas de acordo com o número de peças ............................ 75 Tabela 5.4 - Desempenho dos sistemas no critério método de construção .............................. 76 Tabela 5.5 - Classificação dos sistemas de acordo com o método de construção .................... 76 Tabela 5.6 - Sistemas de serviço dos diversos sistemas estruturais ......................................... 77 Tabela 5.7 - Tabela comparativa entre os vãos dos pavimentos .............................................. 78 xi LISTA DE QUADROS Quadro 2.1 - Tipos de concreto pré-moldado ............................................................................. 5 Quadro 3.1 - Resumo das peças do sistema Midwest Office System ........................................ 21 Quadro 3.2 - Resumo das peças do sistema SlimFloor ............................................................ 23 Quadro 3.3 - Resumo das peças do sistema Delta Beam.......................................................... 29 Quadro 3.4–Resumo das peças do sistema Grünbauer ............................................................. 32 Quadro 3.5 - Resumo das peças do sistema Girderslab ........................................................... 36 Quadro 3.6 - Resumo das peças do sistema Shallow Flat Soffit .............................................. 42 Quadro 3.7 - Características físicas da peça metálica .............................................................. 43 Quadro 3.8 - Resumo das peças do sistema Splice Sleeve........................................................ 51 Quadro 3.9 - Resumo das peças do sistema Supranos Decks™ ............................................... 53 Quadro 3.10 - Resumo do sistema Prestressed Plate flooring ................................................. 55 xii SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................viii LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... x LISTA DE QUADROS ............................................................................................................. xi 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 1.1 Justificativa .................................................................................................................. 2 1.2 Objetivos ...................................................................................................................... 3 1.3 Metodologia ................................................................................................................. 3 1.4 Estrutura do trabalho .................................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 5 2.1 Concreto Pré-moldado ................................................................................................. 5 2.2 Construções em aço ................................................................................................... 10 2.3 Construções mistas .................................................................................................... 11 3 SISTEMAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO............................................................. 14 3.1 Midwest Office System ............................................................................................. 14 3.2 SlimFloor® ................................................................................................................ 21 3.3 Delta Beam ................................................................................................................ 24 3.4 Sistema Grünbauer .................................................................................................... 29 3.5 Sistema Girder-slab®................................................................................................. 32 3.6 Sistema Shallow Flat Soffit ........................................................................................ 37 3.7 Sistema Splice Sleeve® .............................................................................................. 42 3.8 Supranos Decks™ ...................................................................................................... 51 3.9 Sistema Prestressed Plate Flooring .......................................................................... 53 4 CRITÉRIOS ...................................................................................................................... 56 4.1 Estrutural .................................................................................................................... 56 4.2 Serviço ....................................................................................................................... 58 4.3 Arquitetônico ............................................................................................................. 60 5 ANÁLISE DOS SISTEMAS ............................................................................................ 62 5.1 Análise Midwest Office System .................................................................................. 62 5.2 Análise do sistema Slim Floor® ................................................................................ 63 5.3 Análise do sistema Delta Beam ................................................................................. 64 5.4 Análise do sistema Grünbauer .................................................................................. 66 5.5 Sistema Girder-slab® ................................................................................................ 68 5.6 Análise do sistema Shallow Flat Soffit ...................................................................... 69 5.7 Análise do sistema Splice Sleeve ............................................................................... 70 5.8 Análise do sistema Supranos Decks .......................................................................... 72 5.9 Análise do sistema Plate Flooring............................................................................. 73 5.10 Resumo das considerações ..................................................................................... 74 6 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 79 6.1 Sugestões para futuros trabalhos................................................................................ 79 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 80 1 1 INTRODUÇÃO O concreto pré-moldado é um método construtivo cujo campo de atuação vem se expandindo no Brasil e no mundo e trata-se de um método relativamente recente bem como relacionado diretamente aos processos de industrialização. A necessidade do homem de aumentar a velocidade e a capacidade de produção para suprir as necessidades da sociedade, serviu como fator motivacional para uma grande evolução tecnológica, criando assim diversas indústrias que produzem desde objetos simples como pequenos alimentos, como os complexos automóveis. Vale ressaltar que os focos dos processos supracitados, tratam-se da quantidade e da velocidade de produção. O mesmo raciocínio foi utilizado para a construção civil, que necessita deste ritmo acelerado e possui a necessidade de suprir grandes quantidades. O concreto pré-moldado é definido como o “elemento que é executado fora do local de utilização definitiva na estrutura, com controle de qualidade” (NBR 9062) faz-se notório que tal definição abrange diversas possibilidades, entretanto podemos utilizar a definição dada por Brumati (2008) que explica melhor o conceito de pré-moldado: É aquela em que os elementos estruturais, como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. O elemento pré-fabricado, por sua vez trata-se de um elemento pré-moldado que é produzido em fábricas ou mesmo próximo ao canteiro de obras, entretanto o elemento préfabricado é confeccionado sobre critérios rigorosos de fabricação e com grande controle tecnológico de materiais e montagem. Viero (2008) definiu concreto pré-moldado e préfabricado como: Pré-moldado Elemento que é executado fora do local definitivo de utilização, produzido em condições menos rigorosas de controle de qualidade, sem a necessidade de pessoa, laboratório e instalações congêneres próprias. Pré-fabricado Elemento pré-moldado, executado industrialmente, mesmo em instalações temporárias em canteiros de obra, sob condições rigorosas de controle de qualidade. Abaixo estão descritas uma série de vantagens que o torna um sistema com grande viabilidade. 2 A adoção deste sistema estrutural possibilita um ritmo de produção acelerado, pois se perde pouco ou nenhum tempo com fatores que podem atrasar a produção, entre eles a montagem das formas para concretagem, a execução das armaduras das lajes, a eliminação da cura do concreto como gargalo de produção. Como vantagem do sistema estrutural de pré-moldados, pode-se citar também a melhoria da qualidade do trabalho na construção civil, isto, pois diminui os efeitos da “síndrome dos 3D’s”, do inglês: Dirty (sujo), Difficulty (difícil) e Dangerous (perigoso) El Debs (2000). Outra vantagem, trata-se da diminuição do desperdício de matérias primas como o cimento, o agregado graúdo e miúdo, pois devido ao seu processo de produção industrializado as peças de pré-moldado saem com os traços mais precisos e uniformes. Tal redução de desperdício não só gera maior lucratividade ao processo como também é ecologicamente mais correto, visto que as matérias primas supracitadas não são renováveis. Apesar de todas as vantagens relacionadas ao uso do concreto pré-moldado, podese citar algumas possíveis causas de problemas que se não previstas e planejadas poderão atrasar o cronograma da obra tornando-se um gargalo de produção. Para a utilização do sistema estrutural um grande estudo e planejamento deverá ser feito visando dimensionar as peças estruturais de modo que elas possuam o peso e volume dentro de uma ordem de grandeza bem similar, pois em caso contrário a balança poderá ser dimensionada incorretamente gerando custos excessivos devido ao superdimensionamento ou atrasos na produção devido ao subdimensionamento. O controle da estocagem das peças deverá seguir critérios rigorosos de controle de volume para evitar perda excessiva de espaço ou atraso no cronograma da obra, bem como possíveis danos a peças devido a armazenamento inadequado. 1.1 Justificativa Este trabalho foi feito para servir como subsídio para descobrir quais as circunstâncias que tornaram o sistema estrutural pré-moldado elaborado pela universidade de Nebraska viável tecnicamente e inviável na prática e que medidas deverão ser adotadas de forma a evitar que outros sistemas possam vir a cometer os mesmos erros. 3 Quais critérios permitem avaliar como se deve otimizar o uso do sistema de prémoldados de forma a torná-lo mais viável para as construtoras e para as fábricas. Para que o planejamento e o cálculo estrutural possuam o menor número de erros possíveis, estes necessitam conhecer o tipo de sistema que mais se encaixa com sua obra em termos de dimensões, logística de armazenamento, design estrutural, transporte, entre outros. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral O objetivo deste trabalho trata-se de aplicar critérios acerca dos diversos sistemas estruturais utilizando o conceito de pré-moldados que são utilizados no mundo, de forma a aumentar o conhecimento dos engenheiros sobre este novo conceito de construção. 1.2.2 Objetivos específicos Este trabalho irá utilizar critérios que qualifiquem e classifiquem os diversos sistemas estruturais e por fim elaborar um banco de dados acerca de sistemas estruturais concebidos e que utilizam o pré-moldado de concreto catalogado de acordo com suas vantagens e desvantagens; 1.3 Metodologia Em 1993 foi publicado um documento cujo objetivo era analisar diversos sistemas estruturais em pré-moldado emergentes no mundo para caracterizá-los e assim desenvolver sistemas melhores. Para o desenvolvimento destes critérios, diversas entrevistas e reuniões com produtores, construtores e desenvolvedores de sistemas estruturais em pré-moldado foram realizadas, através deste estudo intitulado ATLSS Report Nº 93-07 que é um estudo que faz parte de um projeto maior que trata-se do: Development of New Floor Framing System for Gravity Loads. Os estudos foram realizados e foram retirados critérios com o 4 objetivo de analisar a qualidade dos sistemas. Desta forma, planeja-se abrir possibilidades para a criação de sistemas estruturais mais eficientes, econômicos e de simples execução. Vale frisar que não será objetivo deste trabalho concluir qual o sistema estrutural é o mais eficiente em termos gerais, apenas os que se encaixam nos critérios adotados e que se destacam neste campo, a hierarquia de importância entre os critérios não serão focos deste estudo. Os dados referentes a sistemas estruturais utilizados no mundo, foram recolhidos através de uma intensa pesquisa bibliográfica em periódicos, publicações, empresas, entre outros. Vale ressaltar ainda que a pesquisa procurou se concentrar em sistemas pré-moldados desenvolvidos a partir do ano 2000. 1.4 Estrutura do trabalho O capítulo 1 contém uma breve introdução acerca do assunto com o intuito de inteirar o leitor acerca do assunto tratado neste trabalho, possui também alguns elementos de vital importância para a realização do trabalho, tais como a justificativa do tema e os objetivos do trabalho; O capítulo 2 possui a revisão bibliográfica, mostrando as vantagens e desvantagens do sistema de concreto pré-moldado, algumas considerações acerca de sua rigidez, uma explanação sobre o sistema de produção, por fim algumas considerações sobre construções mistas e construções em aço; O capítulo 3 consiste em uma descrição dos diversos sistemas utilizando o concreto pré-moldado como sistema estrutural, para isso, os sistemas adotados tais como o “delta-beam”, “Slimfloor”, entre outros, são apresentados e ilustrados; O capítulo 4 apresenta a explanação acerca dos critérios adotados para classificar o sistema, alguns desses critérios foram desenvolvidos através de reuniões entre diversos profissionais da área que procuravam obter ou desenvolver sistemas melhores; No capítulo 5 será apresentado às classificações dos sistemas de acordo com os critérios que foram explicados no capítulo anterior; O capítulo 6 apresentará as conclusões do autor acerca do trabalho desenvolvido, bem como algumas propostas de trabalho que poderão vir a complementar este trabalho. 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica versará acerca de concreto pré-moldado e apresentará algumas explanações sobre logística e algumas considerações acerca da estabilidade das estruturas de concreto pré-moldado. Versará sobre construções metálicas e por fim explanará um pouco sobre construções mistas. 2.1 Concreto Pré-moldado Segundo Serra apud Vasconcelos (2002) a origem do concreto pré-moldado, deuse a partir do surgimento das primeiras peças de concreto armado. Nota-se que algumas peças produzidas por Joseph Monier como as primeiras vigas armadas ou os primeiros jarros já foram executadas fora do lugar onde iriam ser utilizadas. No Brasil a primeira obra em prémoldados foi o hipódromo da Gávea no Rio de Janeiro no ano de 1926, segundo Iglesia(2006) os elementos pré-moldados foram aplicados nas estacas das fundações e nas cercas dos hipódromos. Este sistema pode ser classificado de diversas formas, como quanto ao local de produção, quanto à incorporação de material, quanto a categoria do peso dos elementos, quanto ao papel desempenhado pela aderência. Quadro 2.1 - Tipos de concreto pré-moldado FONTE: Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações (2000), Mounir K. El Debs. pág.: 15 6 Os pré-moldados classificados como pré-fabricado de fábrica tratam-se das peças confeccionadas em instalações fixas e distantes das obras. Os pré-moldados de canteiro, são aqueles confeccionados em instalações provisórias próximas a obra que irá receber seus produtos, estas instalações podem ser mais complexas ou não. As peças classificadas como seção completa, são aqueles que vão para obras com toda a seção resistente já concretada, ou seja, estes não dependem de concreto moldado in loco, a peça de estrutura parcial por sua vez dependerá de concretagem in loco, pois esta sairá de fabrica com sua seção incompleta. A classificação da categoria quanto ao peso é de fato muito relativa, ficando difícil então sua classificação, entretanto segundo El Debs(2000) a classificação quanto ao peso dá-se de acordo com o quadro abaixo: Tabela 2.1 - Classificação de peças de concreto pré-moldado quanto ao peso Peças de concreto Peso até 0,3 kN Peso variando de 0,3 a 5kN Peso superior a 5kN Classificação Elemento leve Elemento de peso médio Elemento pesado Os pré-moldados que têm uma concepção normal são os que desempenharão papel independentemente de sua estética. Os pré-moldados com uma concepção arquitetônica por sua vez, são os utilizados para detalhes estéticos do projeto, podendo exercer função estrutural ou não. Apesar de todas as suas vantagens, o concreto pré-moldado possui algumas características que devem ser estudadas atentamente antes da concepção de seu projeto estrutural. Um deles trata-se da rigidez de suas ligações, segundo Almeida (2010) teremos a seguinte consideração para a rigidez da estrutura. Em geral, as ligações são os itens mais importantes no projeto de estruturas de concreto pré-moldados e mistas, tanto no que se refere a produção, como para o comportamento da estrutura montada. Contudo existem dificuldades durante a fase de execução das ligações, principalmente daquelas que transmitem e procuram reproduzir um comportamento similar ao de uma estrutura monolítica. Além disso, também permanecem algumas duvidas sobre este tipo de estrutura, no que diz respeito: ao seu comportamento em serviço, na determinação dos valores reais dos parâmetros de projeto e na confirmação das hipóteses e modelos de calculo adotadas, como por exemplo, a determinação do valor da rigidez ou semi-rigidez. (ALMEIDA, 2010, Pag. 25) 7 Segundo Almeida (2010), os estudos realizados sobre a rigidez das ligações entre peças do sistema pré-moldado, somente poderão ser aplicados sobre a condição de similaridades entre os modelos estruturais, ou seja, o estudo acaba se tornando pontual. Sabe-se que as considerações de engaste e rigidez entre as ligações será a responsável pela modelagem das distribuições de carga, segundo Miotto (2002), estas considerações para o concreto pré-moldado trata-se de um estado de semi-rigidez que pode gerar falhas na modelagem de cargas na estrutura, como por exemplo, o caso de considerar a ligação como livre onde esta possui uma certa rigidez. Segundo Miotto (2002) o conceito de semi-rigidez datam do começo deste século, entretanto, os primeiros estudos acerca do assunto são atribuídos a Wilson e Moore que estudavam a rigidez da ligação viga-pilar rebitadas em estruturas metálicas. Segundo El Debs (2000), a estabilidade global das estruturas é associada à capacidade resistiva das estruturas a cargas horizontais, como por exemplo, ao vento ou ao desaprumo e a forma como estas são dissipadas nas fundações em segurança. Para o cálculo da verificação da estabilidade calcula-se um parâmetro α. h Nk (EI)eq Onde h é a altura total do prédio, medida do topo da fundação, soma de todas as cargas atuais já atuantes na estrutura, por fim o item (2.1) trata-se da torna-se a rigidez a flexão necessária. Para um edifício menor do que 3 pavimentos limite de α é de: 0,2 +0,1n. Para edifícios de quatro pavimentos o α limite será o de 0,6. El Debs (2000) nos apresenta ainda alguns princípios que devem ser levados em conta para o dimensionamento ou projeto de estruturas utilizando o pré-moldado. O primeiro princípio diz respeito as ligações que devem assegurar a rigidez e a estabilidade global da estrutura, o segundo princípio trata-se de uma recomendação ao projetista, que sugere ao mesmo que se deva ser levado em conta as tolerâncias de fabricação e montagem. O terceiro princípio por sua vez, afirma que a análise das ligações se estendem as extremidades dos elementos que a circundam. Por fim o último princípio afirma que se deve prever as acomodações das ligações até que esta adquira a sua capacidade. 8 A industrialização na construção trata-se de uma série de métodos e processos que visam aumentar a produtividade, a qualidade do serviço, diminuir custos, e o tempo de produção. Para atingir estes objetivos, recorre-se ao planejamento, segregação de atividades, investimentos e desenvolvimento de novas tecnologias, gestão do tempo e do espaço. Vale ressaltar ainda que a industrialização da construção pode vir a ter seus problemas, como explicita Brumati (2008): A industrialização apresenta caráter repetitivo; bem representado pela pré-moldagem que reduz os desperdícios e reflete diretamente na produtividade da mão-de-obra. No entanto, antes de se tornarem muito repetitivas, os procedimentos e os processos devem ser altamente coerentes, para não se correr o risco de reproduzirem em larga escala, também os erros. (BRUMATI,2008, pag. 8) No final da década de 60 surgiu o conceito de industrialização de ciclo fechado, que se trata da idéia de que uma empresa ou prestadora de serviço terá exclusividade sobre o processo de produção de um determinado elemento, de forma que diferentes empresas não possuem similaridade entre seus produtos, ou seja, diferentes empresas não poderão combinar seus produtos, empobrecendo e limitando a produção e as possibilidades de adaptação as necessidades demandadas. A industrialização de ciclo aberto consiste em um processo mais dinâmico e completo, sua linha de ação consiste na integração de produtos e insumos de forma a permitir que os mesmos derivem diversas formas entre si formando produtos mais complexos e satisfazendo as necessidades de clientes de acordo com a situação apontada em projeto. Podese notar facilmente que este sistema é mais evoluído e se adapta bem melhor a situações adversas. A ausência da necessidade da montagem das formas diminui o dispêndio das construtoras com os materiais utilizados para o cimbramento, para a montagem das armaduras. Devido à ausência desta necessidade, pode-se diminuir a mão-de-obra empregada e com isto diminuir alguns outros custos como impostos. A utilização de concretos pré-moldados também possui algumas desvantagens em sua utilização, o que pode tornar seu uso inviável, entre eles pode-se citar: A necessidade de um controle rigoroso da produção, isto pois os materiais devem ser utilizados na proporção certa nas fábricas, visto que a segurança estrutural do edifício também está no escopo da fábrica de pré-moldados, sua produção deve ser rápida o suficiente para cumprir a demanda da obra sem virar um gargalo de produção. 9 Faz-se necessário também a utilização de uma mão-de-obra especializada, pois a montagem das peças deve ser precisa e sem muita margem a erros, visto que a busca para a correção de um erro executivo para este tipo de sistema estrutural pode vir a atrasá-la. Para alguns canteiros de obra que possuem pouco espaço para armazenagem de materiais de construção, o espaço consumido para estocagem das peças pré-moldadas pode vir a ser um problema de ordem logística. Outro problema que pode influenciar a escolha deste sistema estrutural trata-se do uso de maquinaria que em alguns casos deverá ser específica ou de grande porte para erguer as peças. Existem ainda fatores que podem vir a ser vantajosos ou mesmo desvantajosos de acordo com a situação apresentada. Entre eles a necessidade de um alto nível de planejamento, detalhamento e integração dos projetos estruturais, arquitetônicos, elétricos e hidro sanitários, afinal, este sistema possui pouca ou nenhuma suscetibilidade a erros de projetos, o que é explicado pela elevada precisão e pouca flexibilidade para resolução de problemas sem o devido planejamento. Este “excesso” de planejamento pode ser visto como uma grande vantagem se o analisarmos de acordo com a lei de Sitter, esta afirma que os gastos efetuados com a resolução de problemas durante a execução de uma estrutura é cinco vezes maior do que a resolução do mesmo durante sua fase de planejamento. Segundo Pederiva Jr (2009), o uso de concreto pré-moldado possui diversas vantagens que encontram-se citadas abaixo. A produção em escala industrial, pois este sistema possui como filosofia a produção em série e como já foi dito anteriormente, este tipo de filosofia diminui gastos e gera recursos. O uso de materiais com alto desempenho. Vale ressaltar que o sistema de prémoldados possui demandas próprias em relação ao comportamento dos materiais, este processo de adaptação dos insumos e técnicas gera o desenvolvimento de novas tecnologias. Planejamento da produção, uma vez que independentemente da origem da peça de pré-moldado a sua produção deverá possuir sempre um ciclo de produção e para isso se faz necessário a prática de um planejamento da obra. A reutilização de formas também pode ser uma vantagem não apenas econômicos, como também suas vantagens podem se tornar latentes em relação à preservação do meio ambiente, pois se sabe que a construção civil é um grande consumidor de madeira. 10 A adaptabilidade deste tipo de sistema a tecnologias mais recentes como as construções mistas, pro-tensão, leanconstruction. A velocidade de construção, que é uma das vantagens mais atrativas, pois a diminuição dos tempos de execução da estrutura acarreta em redução de custos com impostos ou salários de colaboradores. 2.2 Construções em aço Segundo Souza (2010), a tecnologia de construir estruturas em aço surgiu antes da tecnologia das estruturas executadas em concreto armado, entretanto ele ressalta que no Brasil sua implantação foi tardia e lenta, o que contribuiu para que sua popularização ocorresse de forma mais suave. Franca (2003) afirma que as estruturas em aço tornaram-se mais populares desde 1789, época em que ocorreu a tomada da bastilha, segundo ele a ascensão da revolução industrial revolucionou os processos construtivos de forma a torná-lo apto ao desenvolvimento tecnológico. Este autor relata ainda que a primeira obra composta por aço foi feita entre os anos de 1777 e 1779, tal estrutura pesava cerca de 300 toneladas de ferro e trata-se de uma ponte que passa por sobre o rio Severn. Franca (2003) relata ainda que o principal motivo para a ausência da popularidade das estruturas metálicas no Brasil trata-se da falta de hulha que era um dos minerais utilizados para a fabricação de aço, bem como as motivações culturais com a chegada da empresa Wayss&Freytag, cujo sistema produtivo baseava-se em concreto armado. O Brasil por não possuir hulha de boa qualidade, aliado a uma politica exploratória portuguesa, não conseguiu entrar no rol das nações industrializadas, permanecendo como nação essencialmente agrícola. (Franca2003 pag.: 3) As construções em aço possuem uma rápida instalação o que pode vir a diminuir os prazos da obra, pois não se perde tempo com a cura, ou com a espera que o elemento adquira a devida rigidez. Entretanto, vale frisar que apesar das óbvias vantagens contidas na estrutura metálica, o mesmo possui alguns fatores que devem ser levados em consideração pelo projetista para a correta escolha do sistema estrutural. Entre estas características cita-se a 11 necessidade de uma manutenção constante preventiva ou preditiva para que se evite a corrosão da estrutura, necessita de grandes cuidados com a mão-de-obra, pois esta deverá ser especializada e bem instruída para que se evitem erros construtivos, o projetista estrutural deverá tomar grandes cuidados com a esbeltez da estrutura, visto que devido a grande resistência do aço, a estrutura ficará menos espessa podendo provocar deformações, vibrações, entre outros. Segundo Martins (2000), um dos defeitos da construção em aço trata-se da diminuição da resistência do mesmo quando exposto a altas temperaturas, de forma que a estrutura deverá ser protegida contra as ações das elevadas temperaturas. Segundo Franca (2003), existem diversos critérios para escolha do sistema estrutural, entre eles o método construtivo, o tratamento arquitetônico, os sistemas de instalações prediais, entre outros. Vale ressaltar que essa imensa gama de critérios acaba por restringir e limitar as opções que o engenheiro projetista possui, a construção em aço é uma das mais esbeltas necessitando assim além destes critérios supracitados, as considerações de estado limite de serviço. A soldagem é um processo onde a ligação entre as peças é conseguida através do calor que é cedido ao metal, existem diferentes tipos de processo de soldagem, entre eles os tradicionais: arco elétrico, resistência elétrica, chama e as novas técnicas: feixe de elétrons e laser. Sabe-se que a resistência entre as ligações metálicas, soldadas ou rebitadas já é tema de estudo a um longo tempo, segundo Franca (2003) temos que, em 1917, Wilson e Moore já iniciaram seus estudos acerca das ligações com rebites, já em 1947, Hetchtman e Johnston se aprofundaram em pesquisas envolvendo ligações parafusadas, rebitadas e soldadas. A partir destes estudos começou-se a considerar as ligações como semirrígidas e alguns outros autores se destacaram entre eles: Jones, Morris e Parker. 2.3 Construções mistas As estruturas mistas são técnicas que utilizam perfis metálicos envolto em concreto, para Gilson (2010) as construções mistas passaram a se popularizar a partir da década de 60, pois a partir desta data foram desenvolvidas tecnologias construtivas que 12 garantiram a melhor combinação do sistema aço-concreto, segundo a definição dada por este autor, um sistema aço-concreto é feito com um perfil de aço laminado ou soldado ou formado a frio e esta seção trabalha em conjunto com o concreto. As interações entre os dois tipos de materiais dá-se de muitas formas, entre elas através de conectores de cisalhamento, morsas, ressaltos e até mesmo por atrito. Segundo Nardin (2008) o revestimento de uma estrutura metálica com concreto confere algumas características especiais à mesma, tais como: o aumento da resistência às instabilidades locais da seção de aço, diminuição da altura total do conjunto laje-viga, diminuição no uso de mão-de-obra, proteção contra o fogo e um aumento na rigidez e capacidade resistente do elemento. Segundo Gilson (2010) a contribuição resistente da fração metálica das estruturas mistas podem chegar até 90% da carga total, onde no concreto armado a fração metálica normalmente não chega a 40% da resistência. Entre as vantagens do sistema em construção mista, teremos a redução do prazo e do peso da obra pelo óbvio motivo que as seções de aço não precisam ser tão esbeltas, visto que suas resistências à tração e compressão são bem parecidas e possuem altos valores, teremos uma redução no consumo de aço, bem como uma maior resistência contra altas temperaturas e patologias no aço e por fim um aumento na rigidez da estrutura. Os conectores de cisalhamento surgiram com o intuito de viabilizar a utilização de estruturas mistas e consistem em peças metálicas que aumentam a adesão do aço ao concreto, visto que a força de tração que ocorre na sua interface é uma força que geralmente não é levada em conta devido a sua ductilidade e não confiabilidade, isto segundo Gilson (2010). Estes sistemas existem em diversas formas, segue abaixo ilustrados alguns tipos usuais de conectores. 13 Figura 2.1 - Conectores de cisalhamento FONTE: Alva &Malite (2005) pag.: 02 Segundo Catai (2005), a estrutura mista destaca-se devido a sua economia de aço quando comparado a estruturas metálicas e peso próprio menor do que a mesma estrutura produzida com concreto armado ou protendido. Alva &Malite (2005) ressaltam que um dos princípios da utilização das estruturas mistas trata-se de obter uma sinergia da resistência do concreto e sua capacidade resistiva a ações laterais e o menor peso do aço bem como a maior capacidade de vencer vãos maiores quando utilizado em estrutura do tipo pórtico. 14 3 SISTEMAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO Os sistemas de concreto pré-moldado são desenvolvidos por fabricantes, universidades, entre outros. Tais sistemas tendem a melhorar a trabalhabilidade destas peças e apresentar uma logística apurada, para se evitar gastos excessivos de recursos. 3.1 Midwest Office System O Midwest Office System está sendo desenvolvido pela Universidade de Nebraska e têm como característica principal a pequena espessura de sua laje que possui 41 cm de altura total do pavimento, tal esbeltez proporciona um decréscimo no peso da estrutura. As vigas do sistema proposto têm 120 cm de largura, possuindo seção acentuada para compensar sua reduzida altura e estabelecer uma seção resistente de concreto suficiente para suportar o peso. Vale ressaltar, entretanto que para manter essa esbeltez a continuidade da viga teve que ser considerada para algumas situações, segundo Albuquerque (2007) a continuidade foi considerada para o peso próprio da laje, para o peso da capa de concreto e para a sobrecarga de utilização, a única situação em que não foi considerada a continuidade trata-se do peso próprio da viga. Figura 3.1- Seção da viga no meio do vão FONTE: Albuquerque (2007) 15 Figura 3.2 - Corte na extremidade da viga FONTE: Albuquerque (2007) Visando otimizar a construção da estrutura pré-moldada considerou-se que a estrutura não precisaria de formas para a concretagem da capa, para isso alguns métodos foram adotados, entre eles a soldagem temporária de placas metálicas ancoradas nas extremidades da viga e uma reentrância (Pocket) de 1,5 m. Placas para ancoragem Figura 3.3 - Perspectiva da viga pré-moldada FONTE: Albuquerque (2007) A ligação entre a viga e o pilar dá-se através de armaduras passivas que são inseridas nas reentrâncias da viga supracitada na seção do pilar que é vazada e revestida internamente por uma peça metálica. No pilar também existem quatro chapas metálicas 16 dispostas duas a duas de cada lado da seção. Uma cantoneira metálica em “L” será soldada na placa de ancoragem das duas vigas e na chapa superior do pilar, conforme o desenho. Esta ligação permite que os esforços de tração sejam suportados pelos perfis metálicos e os esforços de compressão sejam absorvidos pelas placas. Figura 3.4 - Detalhe das placas do pilar FONTE: Albuquerque(2007) Figura 3.5 - Detalhe do pilar FONTE: Albuquerque(2007) 17 Figura 3.6 - Detalhe inferior da ligação FONTE: Albuquerque (2007) Figura 3.7 - Detalhe superior da ligação FONTE: Albuquerque (2007) Esta etapa de soldagem tem como um de seus objetivos garantir a estabilidade da ligação durante a montagem das lajes. São instaladas placas de alta resistência (Shimpacks) entre a zona inferior das vigas e os pilares. 18 Figura 3.8 - Detalhe do shimpack FONTE: Albuquerque (2007) Após o termino desta etapa dispõe nas reentrâncias das vigas as armaduras que terão como finalidade resistir ao peso da capa de concreto que será disposta na próxima etapa de construção, algumas barras metálicas são passadas pelas luvas metálicas. Figura 3.9 - Passagem de barras através da viga interligando as placas alveolares FONTE: Albuquerque (2007) 19 Figura 3.10 - Disposição final do sistema pré-concretagem FONTE: Albuquerque (2007) Por fim as reentrâncias das vigas são concretadas obtendo-se o sistema da figura abaixo. Figura 3.11 - Perspectiva da montagem das vigas, da concretagem dos pockets e da montagem da laje FONTE: Albuquerque (2007) Dispõe-se por fim algumas barras na face superior da viga e espera-se que o concreto inserido nos pockets adquira certa resistência. Terminado todo este processo, a capa 20 pode ser concretado e finaliza-se a montagem do pavimento. Para isso, algumas barras de aço deverão ser colocadas a fim de resistir os efeitos das cargas acidentais. Figura 3.12 - Barras de armadura passiva para a concretagem da capa FONTE: Albuquerque (2007) 3.1.1 Processos Construtivos 1. O processo inicia-se com o erguimento do pilar que deverá ser nivelado e colocado em prumo; 2. As vigas serão colocadas nos seus devidos lugares e as placas que estão presentes no pilar e nas vigas deverão ser soldadas através de uma cantoneira em “L”.Em seguida deve-se instalar os shimpacks; 3. As placas alveolares deverão ser assentadas nesta fase da construção; 4. As armaduras passivas deverão ser colocadas nos pockets das vigas e através da parte oca do pilar bem como as armaduras que ligarão as placas alveolares e as vigas; 5. O sistema deverá ser concretado, onde o concreto fresco deverá ser curado, vale ressaltar que esta fase termina apenas quando o sistema adquirir uma certa resistência; 21 6. O capeamento deverá ser aplicado e por fim o sistema estrutural estará pronto para uso. 3.1.2 Tabela resumo Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.1 - Resumo das peças do sistema Midwest Office System 3.2 Elemento Material Ligações Lajes Lajes compostas de concreto protendido ou concreto armado As lajes se ligarão as vigas através de armaduras passivas e concreto proveniente do capeamento Viga Vigas composta por concreto armado e protendido, com a presença de conectores metálicos As vigas se ligarão com pilares através de armaduras passivas e concreto moldado em loco Pilar Os pilares possuirão armaduras passivas e seções ocas onde passarão tubos metálicos O pilar se ligará com as vigas através do capeamento, de armaduras passivas e conectores de cisalhamento SlimFloor® O sistema SlimFloor® começou a se popularizar na Europa recentemente possuindo uma altura de pavimento que gira em torno de 28 a 32 cm. Esta tecnologia é distribuída pela Acelormital e trata-se de um sistema que se encaixa nas definições de construção mista utilizando elementos pré-moldados e vigas metálicas assimétricas de forma a aproveitar sua rigidez de duas formas, como fôrma para a concretagem da capa e como elemento rígido para sustentar o sistema estrutural. Vale ressaltar que este sistema utiliza um capeamento que permite a inserção de armaduras, de acordo com o critério do projetista. 22 Figura 3.13 - Sistema Slimfloor FONTE: SlimFloor®Aninnovativeconcept for floors – Catálogo de produtos da empresa AcerlorMittal Como vantagem deste sistema tem-se que o pavimento ficará mais esbelto tornando o pé-direito maior e diminuindo o peso da estrutura, vale ressaltar que tal efeito pode vir a diminuir seções de pilares diminuindo os custos de produção. Cita-se também a possibilidade de descartar o cimbramento, pois a viga metálica suporta distancias de até 12 metros sem a necessidade de utilização de escoras no meio dos seus vãos. Os pilares deste sistema serão metálicos e em formato “H”. Por fim, as vigas serão soldadas nos mesmos, garantindo-se a rigidez necessária para se evitar a utilização de escoramento. A colocação de armadura passiva se dará através da passagem desta barra por cima do perfil metálico e por dentro das peças de lajes vazadas. Conforme o esquema abaixo. Figura 3.14 - Esquema da passagem de armaduras passivas complementares FONTE: SlimFloor® Aninnovativeconcept for floors – Catálogo de produtos da empresa AcerlorMittal 23 3.2.1 Processos Construtivos 1. O primeiro passo para a montagem do sistema trata-se do assentamento do pilar que deverá seguir os critérios da construção em aço; 2. As vigas deverão ser parafusadas, rebitadas ou soldadas de acordo com os desígnios do projeto estrutural metálico; 3. As placas alveolares deverão ser instaladas durante esta etapa do procedimento; 4. As armaduras passivas deverão ser instaladas; 5. O capeamento deverá ser executado e o concreto deverá envolver toda a viga metálica, com exceção de sua face inferior; 6. Após o capeamento, deve ser feito um período de cura e então o sistema estará montado. 3.2.2 Tabela resumo Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.2 - Resumo das peças do sistema SlimFloor Elemento Material Ligações Lajes Lajes compostas de concreto protendido ou armado em formato de placa vazada ou duplo TT As lajes se ligarão ao concreto que envolverá a viga, de forma a estabelecer sua estabilidade. Viga viga metálica envolta em concreto denotando um sistema misto A viga se ligará ao pilar através de soldagem ou parafusamento Pilar O pilar deverá ser confeccionado em aço e possuirá uma seção H O pilar se ligará as vigas através da ligação metálica e de concreto 24 3.3 Delta Beam Delta Beam trata-se de uma viga metálica oca com furos em sua superfície externa, em seus lados existem abas que permitem a colocação de peças pré-moldadas de concreto, de forma que estas se apoiem entre vigas. Figura 3.15 - Viga metálica do sistema Delta Beam FONTE: Catalogo Delta Beam, disponível em: http://www.deltabeam.nl/templates/userimages/downloads/Folder%20Deltabeam_technical_ENG.pdf Após a montagem do sistema, as peças de lajes pré-moldadas se apoiarão na viga metálica e então o capeamento deverá ser aplicado de forma que se formará certa espessura por sobre a laje, entretanto, o sistema deverá passar por uma etapa de concretagem em que o concreto deverá ser inserido através dos furos laterais da viga formando-se um sistema misto e coeso de concreto e aço, vale ressaltar que a viga possui micro furos próximo a sua superfície superior para que o ar contido internamente venha a sair. O sistema permite ainda que sejam inseridas barras de aço ligando as placas de concreto, pois estas passarão entre os furos da viga, garantindo uma maior estabilidade para o pavimento de concreto como um todo. Vale frisar que o sistema só poderá passar pelo processo de capeamento quando o concreto utilizado na viga possuir a resistência necessária para suportar o carregamento. 25 Figura 3.16 - Ligações entre placa - viga - placa FONTE: Catalogo Delta beam, disponível em: http://www.deltabeam.nl/templates/userimages/downloads/Folder%20Deltabeam_technical_ENG.pdf O sistema Delta Beam possui ainda vigas projetadas com o propósito de ocupar os espaços laterais da construção, para isso o sistema utiliza vigas não simétricas que findam em economizar concreto e evitar que o mesmo atravesse a viga através dos vazios e ocorra com isso perda de material. Figura 3.17 - Viga lateral do sistema Delta Beam FONTE:http://trinity.siteadmin.fi/File.aspx?id=636914&ext=pdf&routing=419671&webid=508568&name=DB_ 2011_FINAL Para o caso da utilização de pilar em concreto armado o sistema pode ainda garantir a continuidade do mesmo, pois as armaduras percorrerão o interior da viga metálica e 26 formarão um sistema monolítico como o concreto do pilar. Para o melhor entendimento devese observar a ilustração abaixo: Figura 3.18 - Detalhe ligação pilar - viga metálica FONTE:http://trinity.siteadmin.fi/File.aspx?id=636914&ext=pdf&routing=419671&webid=508568&name=DB_ 2011_FINAL A ligação entre o pilar e a viga metálica se dá através de duas formas, na primeira a consideração é a de que o pilar é contínuo, o que impede de estabelecer um monolitismo entre os elementos estruturais, para este caso incluem-se durante a concretagem do pilar, peças metálicas que servirão como apoio para as vigas, conforme a figura abaixo. No segundo caso, admite-se que a viga é continua, de forma que a seção da mesma passará por dentro da seção de concreto do pilar, para isso se deve passar as armaduras internas do pilar por dentro da seção da viga, vale frisar que todo este sistema será concretado junto garantindo que a seção da viga esteja ligada monoliticamente a seção do pilar. 27 Figura 3.19 - Apoio da viga durante a montagem para o caso de pilar contínuo FONTE:http://trinity.siteadmin.fi/File.aspx?id=636914&ext=pdf&routing=419671&webid=508568&name=DB_ 2011_FINAL Figura 3.20 - Seção da viga e do pilar considerando a continuidade da viga FONTE:http://trinity.siteadmin.fi/File.aspx?id=636914&ext=pdf&routing=419671&webid=508568&name=DB_ 2011_FINAL 28 Para a abertura de shafts ou de outros orifícios necessários ao edifício, o sistema provê uma solução estrutural simples que se trata de uma barra metálica que apoia a laje vazada e permite então a formação do espaço necessário. Figura 3.21 - Detalhe solução estrutural para furos no pavimento FONTE:http://trinity.siteadmin.fi/File.aspx?id=636914&ext=pdf&routing=419671&webid=508568&name=DB_ 2011_FINAL 3.3.1 Processos Construtivos 1. O pilar deverá ser projetado e concretado de acordo com as especificações escolhidas, ou seja, considerando a continuidade do pilar ou da viga; 2. O sistema de vigamentos deverá ser içado e encaixado nos pilares de acordo com o tipo de continuidade escolhida; 3. As armaduras deverão ser posicionadas transpassando as vigas e ligando as peças pré-moldadas da laje; 4. O sistema de vigamentos deverá ser concretado junto com as armaduras e as seções vazadas dos pilares; 5. Após o enrijecimento do concreto moldado em loco o sistema estará apto para receber o capeamento. 29 3.3.2 Tabela resumo do sistema Delta Beam Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.3 - Resumo das peças do sistema Delta Beam 3.4 Elemento Material Ligações As lajes se apoiarão em principio a viga metálica, entretanto para a fase de utilização da estrutura deverá ser considerada a atuação de barras metálicas ligando as peças Lajes Lajes compostas de concreto protendido ou armado Viga Viga metálica adaptável para receber concreto em seu interior, tornando-se desta forma uma estrutura mista A viga deverá se ligar em pilares de concreto, em outras vigas de forma a longitudinal ou transversal Pilar O pilar deverá ser em concreto e poderá ser concretado antes do assentamento da viga ou mesmo apos a montagem das mesmas A pilar poderá se ligar a viga através de peças metálicas engastadas dentro da seção do mesmo ou através de monolitismo, devido ao fato destas peças dividirem uma seção Sistema Grünbauer O sistema holandês fabricado pela empresa Grünbauer, trata-se também de uma estrutura mista com utilização de pré-moldados, tal sistema consiste em uma viga metálica que sustenta peças de lajes vazadas ou do tipo duplo T, de forma que as mesmas possam se apoiar na estrutura metálica. 30 Figura 3.22 - Vigamentos metálicos do sistema Grünbauer FONTE: Site empresa Grünbauer em: http://www.grunbauer.nl/ned/hoed.htm Estas vigas apoiarão as lajes vazadas e por sobre o sistema e será aplicadoum capeamento para que se garanta a estabilidade entre as placas bem como o monolitismo entre as estruturas pré-moldadas. Vale ressaltar que a altura das peças de concreto ficará igual em nível à viga metálica. A ligação entre a viga e o pilar se dará através de pinos e ganchos projetados para garantir a estabilidade das vigas durante sua montagem e vida útil. A idéia básica deste sistema trata-se de soldar uma chapa metálica nas laterais do pilar e enfim soldar uma peça cilíndrica nesta chapa para que esta sirva de travamento entre as peças estruturais. Figura 3.23 - Perspectiva sistema Grünbauer FONTE: Site empresa Grünbauer em: http://www.grunbauer.nl/ned/hoed.htm 31 Figura 3.24 - Detalhe da ligação do sistema Grünbauer FONTE: Site empresaGrünbauer em: http://www.grunbauer.nl/ned/hoed.htm A montagem do sistema é facilitado devido a um sistema especial para içamento desenvolvida e patenteada pela empresa fabricante. Trata-se de dois pequenos orifícios feitos nas extremidades das vigas, onde podem ser inseridos dois pinos que serão amarrados nos cabos da balança, para assim agilizar o processo de erguimento de peças. Figura 3.25 - Sistema para içamento das vigas metálicas FONTE: Site empresa Grünbauer em: http://www.grunbauer.nl/ned/montage.htm 32 3.4.1 Processos construtivos 1. Os pilares metálicos com os encaixes devem ser erguidos; 2. As vigas devem ser erguidas e conectadas aos pilares de forma a resistir ao peso durante a montagem; 3. As peças de laje devem ser então assentadas; 4. Um camada de groute deve ser inserida entre as peças de pré-moldado, de forma a dar mais resistência a peça; 3.4.2 Resumo das peças do sistema Grünbauer Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.4–Resumo das peças do sistema Grünbauer Elemento 3.5 Material Ligações Lajes As lajes serão peças pré-moldadas As lajes descarregarão suas cargas vazadas que serão suportadas nas vigas pelas vigas Viga As vigas serão elementos metálicos com encaixes especiais para ser sustentada pelos pilares As vigas se apoiarão nos pilares através de encaixes especiais Pilar Os pilares serão compostos em estrutura metálica, entretanto estes possuirão encaixes especiais para sustentar a viga Os pilares se sustentarão através de ligações metálicas tais como solda ou parafusamento Sistema Girder-slab® O sistema Girder-slab® trata-se também de um sistema misto utilizando uma viga metálica intitulada pelo fabricante de D-beam®, tal viga trabalha em contato direto com o aço, para isso ela possui aberturas que permitem que o groute passe através da mesma e penetre também em parte da peça pré-moldada de concreto. 33 Figura 3.26 - Esquema de produção da viga D-Beam® FONTE: http://www.girder-slab.com/downloads/GSDGv1.4.pdf no site da empresa Girder-Slab A viga que inicialmente possui forma em WF é dividida em duas vigas iguais conforme o esquema acima, uma barra metálica é soldada na superfície que foi cortada, formando a seção final que sustentará o piso de concreto, vale frisar que restarão alguns espaços entre a barra e o perfil, tal vazio servirá para a passagem de barras de armadura passiva. O sistema do pavimento será composto por peças duplo T, ou peças de concreto ocas e protendidas que se apoiarão nas vigas metálicas conforme a figura abaixo. Figura 3.27 - Seção montada e grouteada do sistema Girder-slab® FONTE: http://www.girder-slab.com/downloads/GSDGv1.4.pdf no site da empresa Girder-Slab 34 O pavimento deverá ser montado apoiando-se as peças na viga que trabalhará para resistir aos esforços resultantes do peso das lajes vazadas. Ao termino da montagem, o sistema deverá adquirir o seguinte layout. Figura 3.28 - Layout da montagem de peças do sistema GirderSlab FONTE: http://www.girder-slab.com/downloads/GSDGv1.4.pdf no site da empresa Girder-Slab O groute deverá ser lançado e ocupará uma parte do volume das lajes que ficarão separadas pelo sistema metálico e a área vazada da viga. Desta forma haverá uma ligação mais estável entre a viga e as peças das lajes. Dependendo da necessidade do projetista poderá ser aplicado um capeamento por sobre o sistema de forma a melhorar a estabilidade entre as placas laterais. O detalhe o lançamento pode ser verificado abaixo. 35 Figura 3.29 - Lançamento de groute no sistema FONTE: http://www.girder-slab.com/downloads/GSDGv1.4.pdf no site da empresa Girder-Slab As emendas entre as vigas e os pilares serão parafusadas de acordo com as especificações do projeto estrutural metálico, logo a seção deverá obter a seguinte conformação. Figura 3.30 - Detalhe da ligação entre as vigas e o pilar metálico FONTE: http://www.girder-slab.com/downloads/GSDGv1.4.pdf no site da empresa Girder-Slab 36 3.5.1 Processos construtivos 1. Os pilares de aço deverão ser erguidos, nivelados e colocados no prumo para então receber a D-beam® que será parafusada junto ao pilar; 2. As placas de concreto vazadas deverão ser assentadas e dispostas por sobre a D-beam®; 3. As placas vazadas deverão ser quebradas nas extremidades que receberão as armaduras, tal rasgo se deve a necessidade do concreto entrar na peça vazada; 4. O aço deverá ser disposto unindo as lajes ocas e transpassando a D-beam® de forma que se garanta a continuidade do sistema; 5. O groute deverá ser aplicado passando por dentro da D-beam® e adentrando as placas de laje vazadas; 6. O capeamento só poderá ser aplicado após o sistema adquirir uma maior resistência. 3.5.2 Quadro resumo do sistema GirderSlab Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.5 - Resumo das peças do sistema Girderslab Elemento Material Ligações Lajes Lajes executadas em placas de concreto vazadas As lajes se unirão monoliticamente com a viga pós concretada e com a placa mais próxima que seja concêntrica Viga Vigas patenteadas D-beam® com As vigas se ligarão com os pilares estrutura metálica e formato e com as placas vazadas de forma perfurado, tornando possível a a obter um sistema coeso passagem de armaduras Pilar Os pilares deverão ser parafusadas nas vigas metálicas de forma a sustentar o sistema durante sua montagem Pilar executado em aço 37 3.6 Sistema Shallow Flat Soffit O sistema Shallow Flat trata-se de uma derivação do Midwest Office System, entretanto, algumas características foram observadas e questionadas, o que levou a motivação de algumas mudanças.O sistema Shallow Flat consiste em pilares contínuos vazados, uma viga parcialmente continua com uma espessura média de 254mm, a pavimentação deste sistema será através de lajes vazadas que se apoiarão por sobre a viga. A viga deste sistema possui uma seção mais larga que a viga utilizada no Midwest Office System, chegando a 1219 mm, sua estratégia é aumentar a espessura da seção para compensar sua altura, outro ponto é aumentar o numero de fios de protensão para cada linha protendida de forma a aumentar a capacidade resistente para a flexão. Figura 3.31 - Vista superior da viga FONTE: Morcous(2011) 38 Figura 3.32 - Seção da viga utilizada no sistema FONTE: Morcous (2011) Este sistema prevê a utilização de algumas peças que servirão como apoio durante a montagem do sistema, a primeira delas trata-se de uma barra se aço que será parafusada no pilar, conforme o esquema abaixo, o apoio trata-se da peça metálica número 1. A chapa metálica número 2 será engastada ao pilar, visto que tal peça deverá ser utilizada durante a vida útil da estrutura, apesar de seu foco principal estar apenas na montagem do sistema. 39 Figura 3.33 – Pilar do sistemaShallow Flat Soffit FONTE: Morcous (2011) Figura 3.34 - Sistema de apoio durante o assentamento das lajes completo FONTE: Morcous (2011) 40 A seguir algumas peças metálicas são parafusadas por baixo da viga para servir de escora para as peças de laje vazadas, desta forma, elimina-se a necessidade da viga possuir uma forma específica apenas para o apoio das lajes durante a montagem. Figura 3.35 - Esquema das barras de aço parafusadas por sob a viga FONTE: Morcous (2011) Em seguida, barras de aço unirão os espaços entre as placas de forma a garantir a estabilidade das mesmas. Figura 3.36 - Instalações das bordas temporárias através de seu parafusamento FONTE: Morcous (2011) 41 3.6.1 Processos construtivos 1. O pilar será erguido e colocado em nível e no prumo, em seguida deve-se parafusar os apoios metálicos que ajudarão a apoiar os vigamentos durante a construção; 2. As vigas se apoiarão sobre os apoios e uma cantoneira em “l” deverá ser soldada unindo as duas vigas opostas e o pilar; 3. Barras metálicas serão parafusadas por baixo das vigas transversalmente, de forma servir de apoio para as placas vazadas de concreto; 4. As placas vazadas de laje deverão ser assentadas utilizando-se os apoios parafusados na viga; 5. Barras metálicas de reforço deverão ser instaladas ligando-se as juntas entre as placas vazadas e passando por sobre a viga e outras barras deverão ser postas ligando as vigas opostas e passando por dentro da seção do pilar; 6. As barras metálicas e os conectores de cisalhamento deverão ser grouteados; 7. A segunda camada metálica de reforço para a continuidade deverá ser instalada; 8. Uma malha deverá ser posta por sobre o pavimento, de forma a atuar no capeamento; 9. A camada de capeamento deverá ser aplicada deixando assim o sistam pronto para uso, logo após seu enrijecimento; 10. As barras metálicas para apoio das vigas e das placas de laje deverão ser desparafusados. 3.6.2 Quadro resumo do sistema Shallow Flat Soffit Temos abaixo o quadro resumo do sistema. 42 Quadro 3.6 - Resumo das peças do sistema Shallow Flat Soffit 3.7 Elemento Material Ligações Lajes Lajes compostas de concreto protendido ou concreto armado As lajes se ligarão as vigas através de armaduras passivas e concreto proveniente do capeamento Viga Vigas composta por concreto armado e protendido, com a presença de conectores metálicos As vigas se ligarão com pilares através de armaduras passivas e concreto moldado em loco Pilar Os pilares possuirão armaduras passivas e seções ocas onde passarão tubos metálicos O pilar se ligará com as vigas através do capeamento, de armaduras passivas e conectores de cisalhamento Sistema Splice Sleeve® O sistema Splice Sleeve® consiste em tubos metálicos de alta resistência que servem como encaixe para as demais peças de concreto, seu design prevê a utilização de groute em seu interior encaixando barras metálicas, que percorrerão a estrutura de concreto. Estas peças possuem o design abaixo ilustrado. Figura 3.37 - Representação Gráfica do sistema Splice Sleeve FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve 43 Tal peça é composta conforme o padrão de qualidade, visando evitar erros de projeto, ou acessos. O quadro abaixo possui maiores detalhes acerca dos moldes físicos do sistema. Quadro 3.7 - Características físicas da peça metálica FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Figura 3.38–Seção da peça cotada de acordo com as medidas utilizadas na tabela supracitada FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve A pavimentação deste sistema se dará através de placas alveolares ou então utilizando lajes duplo T. A sua idéia consiste basicamente em unir as armaduras das peças pré-moldadas de forma que se garanta a estabilidade entre elas, para isso existem 44 metodologias para inserir estes tubos metálicos nas estruturas pré-moldadas ainda na fase de concretagem da mesma visando viabilizar a utilização de groute que poderá ser lançado através de bombeamento para dentro da seção, ou então apenas será lançado, dependendo da posição da peça a ser grouteada. Vale ressaltar, que a empresa desenvolveu um produto de grouteamento próprio cujo nome trata-se de SS Mortar® sendo produzido pela empresa “Splice Sleeve Japan”. A resistência do groute pode variar de acordo com a temperatura em que o sistema é curado, para a obtenção deste valor o fabricante dispôs uma tabela com os valores de sua resistência. Tabela 3.1 - Resistência do groute de acordo com sua temperatura de cura FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve O sistema possui grande aplicabilidade, podendo juntar desde peças de vigas até placas de fachadas que poderão se encaixar e possuir sua estabilidade garantida após o grouteamento. As vigas poderão se ligar através de suas armaduras que poderão ser unidas garantindo assim a continuidade da armadura das mesmas, entretanto vale ressaltar que mesmo após a aplicação de groute no sistema Splice Sleeve, o espaço entre vigas será concretada para se obter a resistência necessária garantindo a qualidade e segurança da estrutura. Abaixo temos um esquema da ligação entre vigas. Legenda 1. Armadura passiva da viga pré-moldada ; 2. Peças de vigas pré-moldadas; 3. Sistema Splice Sleeve; 4. Orifício da tubulação Splice Sleeve por onde será injetado o groute; 5. Concreto moldado em loco para a finalização da viga. 45 Figura 3.39 - detalhes construtivos da ligação viga-viga FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve O sistema prevê também a ligação entre pilares, vigas e os pilares do andar superior, para isso, diversas formas de construção foram consideradas, as opções escolhida pela empresa para se obter a melhor conformação das peças e sistemas será exposta abaixo. 3.7.1 Conjunto de vigas e pilar em formato T Este conjunto é formado por pilares em formato T onde as peças metálicas devem ficar na parte inferior, de forma que as armaduras sobressalentes na parte superior do pilar possam ser grouteados nas peças metálicas do sistema Splice Sleeve. Uma outra forma de executar este mesmo design de sistema trata-se de utilizar a lógica inversa, ou seja, as barras metálicas ficarão sobressalentes e serão ancoradas na face superior do pilar. 46 Figura 3.40 - Esquema das armaduras do pilar em T, para o tipo 1 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Figura 3.41 - Esquema das armaduras do pilar em T, para o tipo 2 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve 47 Figura 3.42 - Conjunto de vigas e pilar em formato T, para o tipo 1 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Figura 3.43 - Conjunto de vigas e pilar em formato T, para o tipo 2 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve 3.7.2 Conjunto de pilar e vigas encaixados separadamente Este subsistema utiliza a idéia de que as peças não serão pré-moldadas já ligadas, restando então ao sistema garantir a conexão entre estes elementos. Vale ressaltar que este subsistema possui quatro tipos de montagem que utilizam estratégias de ataque diferentes. 48 Figura 3.44 - Sistemas de pré-moldado concretados separadamente, tipo 1 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Figura 3.45- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 2 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve 49 Figura 3.46- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 3 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Figura 3.47- Sistemas de pré-moldado concretados separadamente tipo 4 FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve Como se pode observar nas figuras acima teremos quatro formas de unir os sistemas, para o primeiro, o sistema Splice Sleeve está inserido na base do pilar do pavimento imediatamente superior, para os segundo sistema, teremos que esta peça metálica será inserida dentro da viga, que é o ponto médio entre os pilares, para o terceiro subsistema, têm-se que as barras de aço do pilar transpassarão a viga e se ligarão com o sistema no pilar acima, vale frisar que as armaduras do pilar inferior estarão contidas e grouteadas dentro da viga, por 50 fim,para o quarto sistema, sabe-se que as peças se encaixarão também na base do pilar, entretanto este último utiliza concreto moldado em loco. Figura 3.48 - Esquema de montagem dos quatro tipos de ligações FONTE: Caderno de detalhes da empresa Splice Sleeve 3.7.3 Processos construtivos 1. O elemento deverá ser erguido e encaixado no elemento do pavimento inferior; 2. Os elementos devem ser postos no prumo e nivelados; 3. As peças metálicas deverão ser grouteadas através da injeção bombeada deste material ou ainda dependendo de sua disposição, apenas a aplicação de groute já satisfaz as necessidades da peça. Garantindo assim a estabilidade da estrutura. 3.7.4 Quadro resumo do sistema Splice Sleeve Temos abaixo o quadro resumo do sistema. 51 Quadro 3.8 - Resumo das peças do sistema Splice Sleeve Elemento Material Ligações Viga As vigas serão pré-moldadas em concreto podendo possuir tubos metálicos especiais para as ligações As vigas se ligarão aos pilares e a outras vigas através de conectores metálicos, através do trespasse de armaduras e através de groute que será injetado Pilar Os pilares se ligarão a outros Os pilares serão em concreto prépilares através das armaduras moldado e de forma análoga as passivas, através de uma viga que vigas possuirão os conectores conectará as duas peças e através metálicos dos conectores metálicos Lajes 3.8 Supranos Decks™ O sistema de decks da empresa americana Supranos systems, possui como característica uma rápida montagem da estrutura devido a sua grande área superficial. O suporte a esse sistema trata-se de uma estrutura metálica por sobre a qual o deck é montado. Figura 3.49 - Pavimento do sistema FONTE: http://www.supranosusa.com/brochure/brochure0909_2.pdf As treliças abaixo do elemento são soldados nas vigas metálicas para garantir sua estabilidade, para a camada superior, existe o acabamento em groute que une as juntas não 52 permitindo assim a presença de faixas vazias. Vale frisar que na passagem de pilares, deve-se quebrar o elemento para adaptá-lo a estrutura metálica. Vale ressaltar que o pré-moldado é construído invertido, para que assim a treliça metálica na parte inferior da placa seja soldada e após o termino dos processos, o produto é virado e entregue na posição em que deverá ser montado na estrutura. Para a passagem de tubulações que para o seu caso possui obstáculos, ao contrário dos demais, existe a possibilidade de execução de curvas de dutos e eletrodutos. A estratégia é transpassar suas armaduras metálicas inferiores, conforme o esquema abaixo ilustrado. Figura 3.50 - Passagem de dutos sob o pavimento FONTE: http://www.supranosusa.com/brochure/brochure0909_2.pdf 3.8.1 Processos construtivos 1. Os sistemas estruturais metálico serão montados; 2. As placas deverão ser assentadas e soldadas as vigas; 3. Uma camada de grouteamento será aplicada entre as juntas das placas; 3.8.2 Quadro resumo do sistema Supranos Decks Temos abaixo o quadro resumo do sistema. 53 Quadro 3.9 - Resumo das peças do sistema Supranos Decks™ Elemento Material Ligações Lajes As lajes serão executadas em estrutura mista de forma que a treliça metálica adentre a superfície do concreto As treliças metálicas das lajes serão soldadas a estrutura metálica de forma a garantir sua estabilidade Viga Os vigamentos serão executados em estrutura metálica Pilar 3.9 O Pilar de forma análoga as vigas, serão compostas em seções metálicas As vigas e pilares possuirão sua ligações características em estrutura metálica Sistema Prestressed Plate Flooring Este sistema foi desenvolvido pela empresa Acheson-Glover, e consiste em peças de lajes que se apoiam em estruturas de cunho misto ou mesmo em estruturas de concreto armado, vale ressaltar que este sistema de lajes é protendido, e que possui também armaduras passivas em sua camada de capeamento. Figura 3.51 - Seção tipo laje pré-moldado Plate Flooring FONTE: http://acheson-glover.gundan.unite.net/commercial/wp-content/uploads/AG-Precast-Flooring.pdf Esta seção necessita de um capeamento que aumentará significativamente a altura do pavimento, tornando-a com a altura equivalente a (A+H+T). Vale ressaltar que uma malha deverá ser colocada na seção que será moldada em loco. Por fim após a montagem e concretagem do restante da seção teremos as seguintes formas: 54 Figura 3.52 - Pavimento tipo utilizando estrutura de concreto FONTE: http://acheson-glover.gundan.unite.net/commercial/wp-content/uploads/AG-Precast-Flooring.pdf Figura 3.53 - Pavimento tipo utilizando estrutura metálica FONTE: http://acheson-glover.gundan.unite.net/commercial/wp-content/uploads/AG-Precast-Flooring.pdf 3.9.1 Processos construtivos 1. Os sistemas estruturais em concreto armado, ou metálico serão montados; 2. As peças de lajes serão assentadas; 3. As armaduras que comporão o capeamento deverão ser instaladas; 4. A camada de concreto para o capeamento deverá ser aplicada. 55 3.9.2 Quadro resumo do sistema Prestressed Plate Flooring Temos abaixo o quadro resumo do sistema. Quadro 3.10 - Resumo do sistema Prestressed Plate flooring Elemento Material Ligações Lajes As peças de lajes serão protendidas e deverão passar por uma etapa de capeamento As peças de lajes serão ligadas através de uma malha e de armaduras passivas dispostas no pavimento As vigas e pilares serão executadas utilizando-se estruturas moldadas no local As vigas e pilares possuirão sua ligações características em estrutura em concreto armado ou em estrutura metálica Viga Pilar 56 4 CRITÉRIOS Os critérios de avaliação foram pesquisados e desenvolvidos em 1993 através de uma pesquisa realizada e publicada pelo Center of Advanced Technology for Large Structural System (ATLSS). Tal documento foi desenvolvido através de reuniões com fabricantes, consumidores, pesquisadores e projetistas sobre o assunto onde todos discutiam a eficiência dos diversos sistemas emergentes naquele período, vale lembrar que este documentos trata-se de uma das partes do projeto ADC-10, Development of new floor framing systems for gravity loads. Vale frisar que nem todos os critérios foram escolhidos, pois em alguns casos a necessidade de equipamentos especiais, bem como a necessidade de deslocamento entre indústrias espalhadas em todo o planeta inviabilizaria o estudo. 4.1 Estrutural Este critério procura identificar o quanto à estrutura do sistema pré-moldado pode satisfazer as necessidades da estrutura, ou seja, quão bem o sistema poderá ser erguido e o quão bem ele se comportará. 4.1.1 Operações de fabricação O custo total da estrutura é afetada pelos custos da mão de obra, dos materiais e do número de peças que precisam ser montados, vale frisar bem a importância do custo do tipo de mão de obra. Este critério trata-se do número de peças diferentes que compõem o sistema, pois sabe-se que uma grande falta de similaridade de peças irá influenciar no processo de produção. A complexidade das peças por sua vez, não serão considerados como fatores primordiais pois as peças serão executadas repetitivamente e em grande escala o que pode-se presumir que os custos iniciais podem ser espalhados entre as diversas peças. 57 Outro aspecto a ser levado em conta, trata-se do processo de adição de barras para outras operações como para o capeamento, groutemento de juntas, entre outros. O que deve ser levado em consideração é a exigência de quebras para a peça pré-moldada. 4.1.2 Operações de construção Este critério trata-se do processo de erguimento da estrutura, pois apesar de unitariamente influenciar muito pouco no valor total da obra, vale ressaltar que o processo de construção em sistemas pré-moldados é extremamente repetitivo, ou seja, pequenas incrementações unitárias acabam por gerar um montante significante. Para isso algumas necessidades no processo de montagem do sistema serão catalogados. Esta avaliação definirá quais sistemas possuem peças que não precisem ser nivelados, rotacionados, encaixados ou deverão permanecer erguidos por algum motivo construtivo: soldagem, parafusamento, entre outros. A utilização de armadura passiva complementar no capeamento, ou na estrutura do sistema será avaliada devido ao fato de existir a necessidade de programar toda a logística de compra de armaduras dentro das especificações do projeto estrutural, bem como a necessidade de existir mão de obra para a colocação destas armaduras. A necessidade de escoras para o sistemas foi avaliado devido ao fato de existir dispêndio de recursos com mão de obra, madeira ou hastes de ferro e a necessidade de existir uma programação para a retirada de escoras. Vale frisar ainda que a presença de escoras poderá vir a atrasar alguns serviços que ocorrerão nos andares inferiores ao da concretagem. A necessidade de solda de certos equipamentos poderá vir a diminuir o ritmo de montagem da estrutura, além de existir a real necessidade de contratar mão de obra adequada e tomar diversos cuidados com o concreto que estará próximo a zona de solda, podendo o mesmo esquentar e gerar microfissuras ou vir a desenvolver futuramente alguma patologia. A utilização de groute gerará a necessidade logística de possuir estoque para suprir a necessidade e demandará mão de obra. Também a utilização de armaduras complementares, irá diminuir o ritmo de produção devido à coordenação entre funções. 58 4.2 4.2.1 Serviço Método do serviço de instalação O método do serviço de instalação versa sobre a forma como os dutos serão instalados no pavimento, como por exemplo a necessidade de passar tubulações por peças pré-moldadas pode resultar em diferentes metodologias de montagem. Para alguns sistemas é necessário fazer as adequações das instalações ao pavimento estrutural, enquanto para outros basta apenas montar e erguer a peça. Para a análise deste critério foram elaboradas notas que irão classificar qualitativamente o sistema, para isto utilizou-se os seguintes critérios. 1. O sistema de montagem mais eficiente, para este sistema a idéia é que os dutos serão montados no chão e nenhum tipo de deslocamento do mesmo deverá ser realizado para o término desta atividade; 2. Este sistema trata-se do segundo mais eficiente, a idéia do sistema é muito parecido com o supracitado, entretanto, neste caso as tubulações deverão ser erguidas e fixadas ao teto do sistema; 3. Este sistema por sua vez seria o menos eficiente em termos de agilidade de operação, pois este considera quebras, emendas, passagem de tubos por dentro de peças, pequenos espaços para trabalho, entre outros fatores. 4.2.2 Coordenação entre a ocupação do sistema estrutural e os sistemas de serviço Este critério analisa quais sistemas podem ser montados sem a necessidade de adequações entre o sistema estrutural e o sistema de serviço, como por exemplo, os sistemas que requerem a quebra de algumas peças estruturais e um outro sistema cujos equipamentos podem ficar alojados no capeamento. Para a consideração deste critério, utilizou-se a idéia de que os sistemas podem ser classificados em três tipos que são a seguir descritos. 1. Os sistemas da categoria número um não requer nenhum tipo de coordenação entre os sistemas de serviço e o sistema estrutural; 59 2. Os sistemas da categoria número dois, são os que os dutos dos serviços elétricos necessitam passar pelo capeamento, ou pela seção concretada in loco; 3. Os sistemas desta categoria por sua vez requerem que exista uma coordenação entre os diversos tipos de sistemas de serviço e o sistema estrutural. 4.2.3 Manutenção dos sistemas de serviço A manutenção dos sistemas hidráulicos ou elétricos é facilitada quando existe a possibilidade de acessá-los, desta forma não é necessário fazer perfurações no pavimento para encontrar o defeito. Como por exemplo, no caso do sistema Midwest Office System, os dutos passam por baixo do pavimento possibilitando assim que a manutenção acesse estes pontos, entretanto existe o sistema utilizando lajes do tipo duplo T no qual os dutos poderão passar por dentro de uma faixa de concreto, para este caso, em uma situação de mau funcionamento, a solução seria quebrar parte do piso estrutural, podendo causar problemas diversos. 1. Os dutos são suspensos por baixo do pavimento e este não oferece nenhuma restrição ao seu acesso; 2. Os sistemas de serviços podem mover-se em direções paralelas, entretanto quando este deseja se mover em sentidos perpendiculares é necessário adaptar-se a pequenos orifícios feitos nas peças estruturais; 3. Os sistemas de serviço são posicionados nas partes ocas do sistema estrutural como por exemplo vigas ou lajes, tornando seu acesso lateral inviável; 4. Os dutos de serviço são posicionados em pontos chave do sistema estrutural, ou seja não se pode deslocá-los de nenhuma forma; 5. O sistema não apresenta acessibilidade nenhuma aos dutos que percorrem o pavimento, ou seja, os dutos estão envoltos no pavimento. 60 4.2.4 Capacidade de serviço A capacidade de serviço versa sobre o impacto do sistema estrutural na instalação dos sistemas de serviço, como por exemplo um sistema AVAC que será embutido no concreto poderá ter sua capacidade influenciada pela limitação de espessura. Com por exemplo, uma tubulação levando água fria deverá ter seu diâmetro reduzido devido a um hipotético ponto durante a concretagem, logo, para que o abastecimento não seja influenciado, a velocidade de escoamento deverá aumentar, o que fará com que a perda de carga também aumente. Outro fator que poderá influenciar a capacidade do sistema, trata-se das disposições das peças que controlarão os sistemas de serviço, a idéia é que o sistema tenha flexibilidade suficiente para adaptar-se a todos os tipos de disposição proposta pelo arquiteto. Como por exemplo o tradicional sistema de lajes do tipo duplo T, tal sistema não pode ter furos em suas almas, por isso, é necessário que os dutos acompanhem o sentido da alma da laje pré-moldada. 4.3 Arquitetônico 4.3.1 Modificação arquitetônica Este critério trata-se da capacidade que uma estrutura utilizando um dado sistema de pré-moldado possui de adaptar-se a outras situações diversas, como uma mudança na funcionalidade de um edifício. Como por exemplo, no caso de um escritório que devido a motivos diversos deve passar por uma reforma e tornar-se uma escola. Outro fato que poderá vir a servir como fator para este critério, trata-se da necessidade de adaptabilidade para a acessibilidade dos usuários do edifício, como por exemplo, a instalação de novas escadas e instalações elétricas e hidráulicas. 4.3.2 Versatilidade espacial e funcional Este critério analisa a adaptabilidade de sistemas quanto a forma da estrutura, visto que os pré-moldados tendem a ser modulares, para alguns comprimentos de vãos peças 61 maiores podem não se adaptar tão facilmente de forma que a estrutura deverá se adaptar ao sistema construtivo, o que pode gerar descontentamento ou mesmo resistência. Outra perspectiva deste critério é a capacidade do mesmo de comportar grandes aberturas para escadas ou shafts, ou seja, elementos com pequenos vãos poderão não se adaptar corretamente a este critério. 4.3.3 Versatilidade da espessura do sistema Este critério analisa a altura do pavimento, sabe-se que a menor espessura de pavimento é algo aspirado pela maioria dos sistemas, para isso diversas técnicas são aplicadas entre elas aumento da largura da viga, utilização de outros materiais, entre outros. Para este critério levou-se em conta que existe uma relação direta entre a profundidade do pavimento e a altura do prédio. Vale frisar que a altura do prédio irá influenciar de diversas formas, tais como as condições de estabilidade, o número de pavimentos e suas limitações devido ao gabarito do prédio ou mesmo o aumento dos esforços de compressão nos pilares e fundações devido a pavimentos mais pesados. 62 5 5.1 ANÁLISE DOS SISTEMAS Análise Midwest Office System 5.1.1 Estrutural O Midwest Office System é composto por 3 tipos de peças: a viga faixa, o pilar e as placas de pavimentação que serão as lajes alveolares. Portanto classifica-se o sistema como possuindo a necessidade de construir 3 peças: dois do tipo ciclo fechado e uma do tipo ciclo aberto.O sistema possuirá 10 elementos, entre eles: as lajes vazadas, as armaduras das lajes vazadas, a viga-faixa, as placas de ancoragem que estarão ligadas na viga faixa, as armaduras metálicas da viga, os pilares, a armadura interna, a armadura metálica que reveste a parte oca do pilar, as duas placas que estarão ligadas ao pilar e as placas que não estarão ligadas ao concreto, entretanto servirão para unir as placas supracitadas. Para as instalações dos sistemas não são previstas quebras de peças de concreto. Para as operações de erguimento das peças, nota-se que será necessário manter a peça suspensa até que se nivele o pilar, por sua vez as vigas faixa permanecerão suspensas até que o processo de soldagem entre as placas metálicas da viga e do pilar esteja concluído. Nota-se ainda a necessidade de armadura complementar que entrarão nos pockets, vale frisar ainda que estas armaduras deverão ser positivas e negativas. Para o sistema não se faz uso de escoramentos visto que as placas de pavimentação serão sustentados pelas vigas e estas pelo próprio pilar. 5.1.2 Serviço Sabe-se que os dutos de água e esgoto percorrerão o lado inferior do pavimento, portanto estes possuirão uma superfície sem barreiras podendo o sistema adquirir o número ótimo de curvas ou pontos que poderão vir a gerar perda de carga. Os eletrodutos também possuirão a mesma vantagem, possuindo então a possibilidade de minimizar distâncias. Vale ressaltar que não existirá nenhuma barreira estrutural para as tubulações, visto que as mesmas poderão passar pelo shaft. 63 Para o Midwest Office System, a acessibilidade aos sistema de serviço será de grande facilidade, pois os mesmos não serão embutidos no concreto. Sabe-se também que a capacidade dos dutos de serviço não serão influenciados pelo pavimento, visto que este sistema não prevê um limite para as bitolas dos dutos, o sistema estrutural pode se adaptar bem ao sistema de serviço, pois não possui restrições quanto ao numero de tubulações, nem força o sistema a passar por um determinado percurso. 5.1.3 Arquitetônico A viga do sistema pode conseguir suportar até 10 m. A espessura total do pavimento trata-se de 41 cm. O fator que eleva o valor do pavimento é a viga que é a peça mais espessa apesar de ser construída com uma grande largura para compensar a reduzida espessura da mesma, entretanto vale ressaltar que os dutos e os componentes do AVAC ficarão sob o pavimento, ou seja, de acordo com o dimensionamento das bitolas dos mesmos, o pavimento tenderá a ficar mais espesso. 5.2 Análise do sistema Slim Floor® 5.2.1 Estrutura O sistema Slim Floor® é composto por três tipos de peças as placas de lajes vazadas que são peças de ciclo aberto, as vigas metálicas que são peças de ciclo fechado, e os pilares metálicos que por sua vez são peças também de ciclo aberto, vale ressaltar que para este tipo de estrutura será necessário um projeto estrutural para as peças executadas em aço. O sistema é composto por 4 elementos, as peças de concreto que comporão as lajes, as armaduras passivas internas a estas, as vigas metálicas especialmente projetadas para assentamento das placas e os pilares de concreto. Nenhum tipo de quebra esta previsto no projeto das estruturas deste sistema. Para o içamento deste sistema teremos a necessidade de manter as vigas metálicas suspensas durante o processo de parafusamento ou soldagem, o que poderá vir a atrasar a 64 construção do mesmo. O sistema não utilizará escoras, entretanto utilizará processos de soldagem, armadura passiva complementar, será necessário um processo de grouteamento. 5.2.2 Serviço Os dutos do sistema Slim Floor® percorrerão a parte inferior da laje e esta não apresentará reentrâncias ou rugosidades, de forma semelhante aos sistema supracitados, teremos que as curvas poderão adquirir uma forma ótima pois não serão influenciadas pela estrutura. A passagem de dutos entre pavimentos será através do uso de shafts. A acessibilidade apresentada para o sistema de serviço é análoga ao do sistema estrutural supracitado e utilizando-se a mesma lógica sabe-se que as bitolas dos dutos não serão condicionados de acordo com as necessidades do sistema estrutural, também não existe nenhuma restrição do Slim Floor® quanto ao número de dutos que poderão passar pelo pavimento. A utilização de lajes do tipo duplo T terá como consequências a dificuldade de implantação do sistemas de serviço, isto devido a dificuldade em perfurar peças estruturais para a passagem de dutos e peças, bem como sua manutenção poderá vir a ser prejudicada pelo fato do sistema não possuir mobilidade horizontal. O método construtivo para este tipo de sistema será a montagem dos dutos no pavimento. 5.2.3 Arquitetônico Devido a viga ser feita de material metálico, esta poderá alcançar até 12 m e utilizar um pavimento com a espessura de 20 cm já considerando o capeamento. Entretanto vale ainda lembrar que ainda será instalado o sistema de serviço, portanto, este valor aumentará um pouco devido ao diâmetro dos tubos. 5.3 Análise do sistema Delta Beam 5.3.1 Estrutural 65 O sistema Delta Beam possui três peças para sua montagem, as placas de pavimentação, poderão ser peças vazadas ou outros sistemas de cadeia aberta, as vigas metálicas ocas que servirão para apoiar o pavimento e os pilares que serão em estrutura metálica ou então em concreto armado. O sistema será composto por até cinco elementos, a viga metálica, as placas vazadas para a pavimentação e suas armaduras e os pilares que poderão ser metálicos ou de concreto armado e as suas armaduras. O sistema não necessitará ainda de quebras para a instalação de armaduras ou outros sistemas de serviço. Para o içamento deverão existir alguns procedimentos que poderão vir a atrasar em alguns segundo o processo de assentamento, no caso do executante optar por um sistema estrutural em concreto armado moldado em loco, o mesmo necessitará de encaixe entre as armaduras ou então no caso do executante optar por uma estrutura metálica a viga necessitará de um sistema de parafusamento para ligar-se ao pilar. O sistema não utilizará escoramentos ou solda, tornando assim mais viável devido à falta de dispêndio de recursos com cimbramentos e mão de obra especializada, entretanto o sistema demandará a utilização de groute e armaduras passivas complementares. 5.3.2 Serviço As tubulações elétricas e hidráulicas serão sob o pavimento podendo assumir a forma estabelecida pelo projetista. Vale ressaltar que as peças estruturais não precisarão passar por curvas ou passagens excessivas e estas peças não necessitarão ser perfuradas ou adaptadas pra se obter a passagem dos dutos, ou seja, o sistema estrutural é bem adaptável à passagem dos sistemas de serviços, pois também possui um sistema para introdução de furos em lajes sem prejudicá-la ou alterá-la. Semelhante ao sistema supracitado, o fato de possuir os dutos por baixo do pavimento, torna este sistema acessível para se realizar a manutenção dos dutos e AVAC, vale frisar que a bitola destes não possuirão um dimensionamento limitado pelo sistema estrutural, podendo assim dizer que estes poderão adquirir a eficiência máxima possível na norma regulamentadora de cada um dos sistemas de serviço. Para o caso de utilização do sistema em lajes duplo T, teremos que os sistemas de serviço poderão passar por uma difícil fase de implantação do sistema, pois este necessitaria da atenção de um especialista estrutural para que as peças não sejam danificadas e findem em desenvolver problemas estruturais. Para o sistema de manutenção, teremos dificuldades 66 relacionadas a impossibilidade do sistema se deslocar horizontalmente e ao fato de que os sistemas deverão sempre passar pelos mesmos furos que já foram realizados durante a etapa construtiva. 5.3.3 Arquitetônico O sistema Delta Beam possui um grande diferencial em relação aos vãos que o mesmo pode suportar, este sistema pode suportar até 14 m entre pilares. O sistema possuirá ainda uma espessura que variará entre 20,3 e 40,6 cm sem contar o capeamento, dependendo do perfil de viga utilizada. Vale ressaltar que as peças de lajes vazadas deverão ficar na mesma espessura que a viga. 5.4 Análise do sistema Grünbauer 5.4.1 Estrutural O sistema Grünbauer por sua vez possuirá apenas as placas de pavimentação, a viga metálica e os pilares que deverão ser executados em estrutura metálica, portanto teremos a necessidade do sistema de possuir um projeto estrutural, bem como todos os cuidados, vantagens e desvantagens de um sistema estrutural composto em aço. O sistema será composto por quatro elementos, as placas vazadas de pavimentação que se apoiarão nas vigas metálicas e estas por sua vez apoiar-se-ão nos pilares metálicos. As placas passarão por um processo de quebras apenas para que as mesmas se encaixem nos pilares. As operações de içamento apesar de possuir um sistema patenteado e especializado apenas para estas situações necessitarão de um curto espaço de tempo a mais para que os encaixes que formam a ligação viga-pilar sejam executados e este conjunto permaneça estático, vale ressaltar que não há a necessidade de grouteamento, as peças não necessitarão de soldas para conseguir a estabilidade, bem como não se fará necessário a utilização de armaduras passivas complementares, também não necessitarão de um sistema de escoras para a concretagem do capeamento. 67 5.4.2 Serviço Para a utilização de lajes do tipo vazadas, as tubulações elétricas e hidráulicas seguirão por baixo do pavimento sem existir a necessidades de passar por barreiras, elevações ou desvios excessivos de forma que os dutos não precisarão vira sofrer um acréscimo na perda de carga devido ao sistema estrutural, considera-se a utilização de shafts para a passagem de dutos entre os pavimentos. A utilização de lajes do tipo duplo T, dificultará a forma como o sistema será instalado, pois este variará sua forma de passagem de acordo com o sistema estrutural, de forma, que os projetos deste sistema não poderão seguir um encaminhamento totalmente livre. De forma análoga aos sistemas supracitados, a utilização de lajes do tipo vazadas conseqüentemente permitirá que os dutos permaneçam com as mesmas bitolas e não necessitem efetuar quebras no pavimento,otimizando assim os sistema de serviço, a acessibilidade ao sistema também se dará devido ao fato de o mesmo não estar envolto em concreto. Conforme os demais sistemas, para a utilização de lajes duplo T teremos que o sistema não possuirá grande facilidade de manutenção pois este não poderá se deslocar livremente e seus percursos estarão amarrados pelos furos já realizados nos sistemas estruturais durante a etapa de construção. 5.4.3 Arquitetônico O sistema Grünbauer, também possui uma grande resistência e consegue vencer vãos com grandes extensões, desta forma teremos a tabela seguir com os dados apresentados pelo fabricante. 68 Tabela 5.1 - Vãos vencidos e espessuras dos pilares metálicos Espessura Vãos (m) 150 mm 180 mm 200 mm 265 mm 320 mm 400 mm 3,6 - 4,5 - 5,4 4,5 - 5,4 - 6,3 - 7,2 5,4 - 6,3 - 7,2 - 8,1 6,3 - 7,2 - 8,1 - 9,0 7,2 - 8,1 - 9,0 - 9,9 - 10,8 10,8 - 11,7 - 13,6 - 14,5 FONTE: http://www.grunbauer.nl/ned/watvloer.htm 5.5 Sistema Girder-slab® 5.5.1 Estrutural O sistema Girder-slab®, possuirá 3 peças, as placas de pavimentação, uma viga metálica desenvolvida e patenteada pela empresa e o sistema estrutural que deverá ser exclusivamente metálico, visto que o mesmo não possui adaptabilidade para sistemas com pilares em concreto armado. O sistema possuirá ainda 4 elementos que são eles as placas de concreto vazadas, suas armaduras, as vigas metálicas intituladas D-beam®, os pilares de aço que deverão ser executados segundo um projeto estrutural. As placas passarão por um processo de quebra para seu assentamento, durante o processo de colocação das armaduras passivas. Para o içamento deste sistema, será necessário um acréscimo durante seu processo de suspensão, isso devido ao fato que o sistema precisará ser ligado ao pilar para conseguir oferecer estabilidade suficiente para a montagem das placas de concreto vazadas. O sistema não necessitará de escoras, entretanto o mesmo demandará solda, um processo de grouteamento, e de adição de armaduras passivas complementares. 5.5.2 Serviço Para o caso de sistema do tipo placas vazadas, os dutos percorrerão a face inferior do pavimento, essa estratégia tem a vantagem de permitir que os mesmos não necessitem de diversas curvas verticais para chegar ao seu destino, sendo assim estes tendem a apresentar a 69 menor perda de carga possível. Os dutos não precisarão transpassar nenhum tipo de peça estrutural para chegar ao seu destino, de forma que o design da estrutura não irá interferir nos sistemas de serviço. Para o caso de utilização de placas duplo T, teremos a preocupação de perfurar o menor número de peças estruturais possíveis. A acessibilidade aos sistemas de serviços se dará facilmente visto que estes não ficarão cobertos com concreto estrutural e o diâmetro destes não será afetado pelo sistema estrutural. O pavimento também não gera nenhum tipo de empecilho para a quantidade de dutos que comportará. A acessibilidade ao sistema quando este utiliza o sistema tipo laje duplo T será um pouco mais complicado, pois estas peças deverão passar sempre pelos mesmos furos que foram feitos durante a fase de execução e o sistema não poderá se mover lateralmente livremente. 5.5.3 Arquitetônico A viga poderá suportar uma extensão entre pilares de até 8,53 m, segundo o fabricante a melhor utilização deste sistema varia entre 7,92 m e 8,53 m .O pavimento do sistema variará entre 25 cm e 30 cm, já se considerando um capeamento de 5 cm, conforme recomendado pela empresa. 5.6 Análise do sistema Shallow Flat Soffit 5.6.1 Estrutural O Shallow Flat Soffité composto por três tipos de peças: a viga faixa, o pilar e as placas de pavimentação que serão as lajes alveolares.O sistema possuirá 11 elementos, entre eles as lajes vazadas, as armaduras das lajes vazadas, a viga-faixa, as placas de ancoragem que estarão ligadas na viga faixa, as armaduras metálicas da viga, os pilares, a armadura interna, a armadura metálica que reveste a parte oca do pilar, as barras que serão parafusadas sob a viga faixa, as duas placas que estarão ligadas ao pilar e as placas que não estarão ligadas ao concreto, entretanto servirão para unir as placas supracitadas. Vale ressaltar que o sistema não prevê quebra de nenhuma de suas peças por motivos construtivos. 70 Para o processo de erguimento dos componentes do sistema, nota-se que será necessário manter a peça suspensa até que se nivele o pilar. Nota-se ainda a necessidade de armadura complementar que entrarão nos espaços vazios do pilar, vale frisar ainda que estas armaduras deverão ser positivas e negativas. Para o sistema não se faz uso de escoramentos visto que as placas de pavimentação serão sustentados pelas vigas e estas pelo próprio pilar. 5.6.2 Serviço Para este sistema, os dutos percorrerão a face inferior do pavimento, portanto, os mesmos não passarão por barreiras ou limitações que venham a gerar perdas de carga devido ao sistema estrutural, sua passagem entre pavimentos também se dará através da utilização de shafts. Semelhante aos demais, o acesso aos sistemas será de grande facilidade, visto que estes estarão livres sob o pavimento, vale ressaltar ainda que os dutos não serão limitados pelo sistema estrutural, desta forma as bitolas destes poderão variar obedecendo as normas vigentes a estes sistemas, o número de dutos não será limitada pelo sistema estrutural, apenas pela arquitetura do mesmo. 5.6.3 Arquitetônico O sistema shallow Flat Soffit, quando utilizando um sistema de protensão, pode chegar a suportar pavimentos de 9,75 m utilizando-se uma espessura de apenas 22,9 cm. Vale ressaltar que apesar da diminuta resistência em relação aos demais sistemas, este utiliza apenas concreto, em um lugar como o Brasil cuja cultura construtiva utiliza em grande parte apenas sistema construtivos utilizando concreto, este sistema possuirá uma vantagem inicial superior aos demais. 5.7 Análise do sistema Splice Sleeve 71 5.7.1 Estrutural O sistema Splice Sleeve é composto por três peças, as peças de laje, as vigas, os pilares e os conectores metálicos. O sistema será composto por 7 elementos, as peças de lajes pré-moldadas e suas armaduras internas, as vigas pré-moldadas e suas armaduras internas, os pilares e suas armaduras e os conectores metálicos do sistema Splice Sleeve. O sistema prevê quebra em peças de pré-moldado apenas nas proximidades do pilar, justamente pela falta de apoio. Para o erguimento das estruturas, teremos que o pilar e a viga deverão ser conectados e nivelados, o que demandará uma certa quantidade de tempo. O sistema prevê ainda a utilização de armaduras passivas, a utilização de groute, vale ressaltar entretanto que o sistema não demandará a utilização de escoras e soldas. 5.7.2 Serviço O sistema de serviço será instalado abaixo do pavimento e de forma análoga aos demais sistemas,teremos dois tipos de comportamento, para o caso da utilização de lajes vazadas, o formato dos dutos não serão afetados pela estrutura do pavimento, podendo percorrer o caminho mais retilíneo até seu destino, entretanto, para a utilização de lajes do tipo duplo T, teremos que os sistemas deverão percorrer caminhos paralelos ao sentido longitudinal das placas de pavimentação e a passagem perpendicular através destes deverá ser acompanhada por um especialistas da área. O sistema utilizará shaft para a passagem de peças entre pavimentos. A acessibilidade para o caso de placas vazadas, será garantido pois o mesmo não possuirá nenhuma camada de concreto revestindo-o, como conseqüência e de forma análoga aos demais sistemas, a bitola dos dutos não será alterada devido ao sistema estrutural e o sistema de serviço não será limitado pelo sistema estrutural. Para o caso da utilização de lajes tipo duplo T teremos que estas bitolas deverão ser controladas e dependendo da situação estas poderão até mesmo ser reduzidas devido ao sistema estrutural. 72 5.7.3 Arquitetônico O sistema Splice Sleeve não possui uma forma definida para as peças de concreto de forma que suas seções podem atingir os mais variados tamanhos, formas e aplicações. Para este sistema então, teremos que as limitações não serão referentes ao Splice Sleeve, mas sim de acordo com as características geométricas e físicas das peças de concreto. Portanto, considera-se que este sistema não possui dados aplicáveis a este critério do trabalho. 5.8 Análise do sistema Supranos Decks 5.8.1 Estrutural O sistema Supranos Decks será composto de três peças, entre elas as placa de lajes, as vigas metálicas e os pilares em estrutura metálica, vale ressaltar que para este tipo de construção um projeto estrutural será requerido, tendo vistas para estrutura armada em aço. O sistema não prevê quebra de nenhuma de suas peças por motivos construtivos. O sistema Supranos será composto por 5 elementos, as placas de lajes, as armaduras passivas internas a estas placas e a treliça metálica que ficará externa ao concreto da placa, também comporão o sistema as vigas e pilares metálicos. Para o processo de içamento da estrutura, teremos que as placas serão apoiadas sobre a laje e só então soldadas, portanto a etapa de erguimento das placas não contabilizará o tempo perdido durante a soldagem das peças. O sistema utilizará groute, soldagem da treliça metálica e não necessitará de escoramentos ou armaduras passivas. 5.8.2 Serviço O sistema Supranos Decks também instalará os sistemas de serviço sob o pavimento, entretanto este possuirá barreiras físicas que serão as treliças metálicas o que conseqüentemente fará com que o traçado dos dutos se amoldem aos espaços vazados das lajes que possuirá uma conformação de treliças dispostas no sentido longitudinal das lajes. 73 A acessibilidade não será tão fácil como para os demais sistemas, pois a mão de obra terá gastos de tempo para adaptações dos tubos nos espaços compreendidos entre as barras metálicas das treliças estruturais. As bitolas dos dutos possuirão limitações para seus valores, ou seja, o maior diâmetro das tubulações que passarão por baixo do pavimento serão limitados pelos valores dos espaços entre as barras estruturais do sistema, sabe-se entretanto que o sistema não possuirá limitações para o número de eletrodutos e tubulações. 5.8.3 Arquitetônico O sistema poderá suportar distâncias de pavimentos variando entre 3,05 m e 12,19 m, no entanto vale ressaltar que sua espessura de pavimento será em torno de 43 cm, já considerando uma espessura de 3 cm para o capeamento. Entretanto vale ressaltar que esta espessura trata-se exclusivamente da pavimentação, sendo necessário adicionar um valor para a espessura das vigas metálicas que possuirão valores variáveis de acordo com o projeto estrutural e sua demanda de carga. 5.9 Análise do sistema Plate Flooring 5.9.1 Estrutural O sistema Plate Flooring similar aos demais, utiliza três peças para sustentar a estrutura, serão elas: as peças do pavimento que serão pré-moldadas, as vigas e pilares que serão metálicos ou em concreto, portanto este sistema possui duas peças moldados em loco e uma pré-moldada. O sistema será composto por 6 peças, as placas de concreto que comporão o pavimento, as armaduras internas das placas, as vigas e suas armaduras moldadas em loco e os pilares e suas armaduras também moldados em loco. Durante o processo de erguimento das placas não existe a necessidade de manter as mesmas suspensas por muito tempo devido a ausência da necessidade de executar soldas, ou conexões que demandem mais tempo que o necessário, o sistema não utilizará escoras e nem groute. 74 5.9.2 Serviço Para este sistema, os dutos também ocuparão a face inferior do pavimento, essa metodologia permite que os dutos obtenham os traçados mais retilíneos e assim não necessitem de diversas curvas verticais ou horizontais para chegar ao seu destino, ou seja, o sistema tende a apresentar a menor perda de carga possível. Os dutos não precisarão transpassar nenhum tipo de peça estrutural para chegar ao seu destino, de forma que o design da estrutura não irá interferir nos sistemas de serviço. A acessibilidade aos sistemas de serviços se dará facilmente visto que estes não estarão envolvidos com concreto estrutural o que não afetará o diâmetro destes. O pavimento também não gerará nenhum tipo de empecilho para a quantidade de dutos que comportará. 5.9.3 Arquitetônico O sistema Plate Flooring apresenta um valor variável para a espessura do pavimento, isto devido à possibilidade de se obter diversas espessuras para a viga metálica ou em concreto armado. Entretanto sabe-se que sua espessura variará segundo o valor do capeamento que variará entre 5 cm e 14,5 cm, desta forma, o sistema conseguirá vencer vãos entre 3 m e 7 m. 5.10 Resumo das considerações Para o final deste capítulo, tem-se um resumo que organizará e complementará as descrições e análises dos sistemas citados durante este trabalho. As tabelas abaixo contém a classificação dos sistemas. 75 Tabela 5.2 - Considerações acerca do número de peças e elementos dos diversos sistemas Sistema Número de Peças Pré-moldadas Midwest Office System Slim Floor® Delta Beam Sistema Grünbauer Sistema Girder-slab® Sistema Shallow Flat Soffit Sistema Splice Sleeve® Supranos Decks™ Sistema Prestressed Plate Flooring 3 1 1 1 1 3 3 1 1 Número de peças Convencionais Número de Elementos Pontuação 10 4 5 4 4 11 7 5 6 16 11 12 11 11 17 13 12 13 2 2 2 2 2 2 Tabela 5.3 - Classificação dos sistemas de acordo com o número de peças Colocação Sistemas Pontuação 1 1 1 2 2 3 3 4 5 Slim Floor® Sistema Grünbauer Sistema Girder-slab® Delta Beam Supranos Decks™ Sistema Splice Sleeve® Sistema Prestressed Plate Flooring Midwest Office System Sistema Shallow Flat Soffit 11 11 11 12 12 13 13 16 17 76 Tabela 5.4 - Desempenho dos sistemas no critério método de construção Operações Sistemas Midwest Office System SlimFloor® Delta Beam Sistema Grünbauer Sistema Girder-slab® Sistema Shallow Flat Soffit Sistema Splice Sleeve® Supranos Decks™ Sistema Prestressed Plate Flooring Fôrmas Parafusamento Soldagem Grouteamento X X X X X X X X X X X X X X X X X Quebra Armadura Concretagem Desempenho de peças complementar in loco X X 5 X X X 5 X 3 X 2 X X 5 X X 5 X 2 X 3 X X Tabela 5.5 - Classificação dos sistemas de acordo com o método de construção Posição 1 1 2 2 2 3 3 3 3 Sistema Sistema Grünbauer Sistema Splice Sleeve® Delta Beam Supranos Decks™ Sistema Prestressed Plate Flooring Midwest Office System SlimFloor® Sistema Girder-slab® Sistema Shallow Flat Soffit Pontuação 2 2 3 3 3 5 5 5 5 X 3 77 Tabela 5.6 - Sistemas de serviço dos diversos sistemas estruturais Sistema Método do serviço de instalação Coordenação entre a ocupação do sistema estrutural e os sistemas de serviço Manutenção dos sistemas de serviço Midwest Office System HC SlimFloor® HC SlimFloor® Duplo T Delta Beam HC Delta Beam Duplo T Sistema Grünbauer HC Sistema GrünbauerDuplo T Sistema Girder-slab® HC Sistema Girder-slab® Duplo T Sistema Shallow Flat Soffit Sistema Splice Sleeve® HC Sistema Splice Sleeve® Duplo T Supranos Decks™ Sistema Prestressed Plate Flooring 2 2 3 2 3 2 3 2 3 2 1 2 3 1;2 1 1 3 1 3 1 3 1 3 1 1 3 2 2 1 1 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 5 5 78 Tabela 5.7 - Tabela comparativa entre os vãos dos pavimentos Sistema Distâncias dos vãos * Espessura do pavimento ** Midwest Office System SlimFloor® Delta Beam Sistema Grünbauer Sistema Girder-slab® Sistema Shallow Flat Soffit Sistema Splice Sleeve® Supranos Decks™ Sistema Prestressed Plate Flooring 12,00 14,00 3,60 – 14,50 7,92 -8,53 9,75 3,05 – 12,19 3,00 – 7,00 41 20 20,3 - 40,6 15 - 40 25 - 30 33,2 10,5 - 19,5 * Espaços máximos considerado ** Espessuras máximas e mínimasobservadas - Dados não encontrados, insuficientes ou dependentes de outras peças 79 6 CONCLUSÕES Conclui-se por outro lado que a escolha do melhor sistema variará de acordo com o tipo de aplicação que será feita, isto porque o contexto e o critério em questão influirá consideravelmente, por exemplo, temos um hipotético sistema que atinge grandes vãos e um outro que atinge vãos menores, entretanto os métodos construtivos do segundo são mais viáveis economicamente, teremos então um caso onde a eficiência dos dois sistemas é mensurada de acordo com uma necessidade pontual. Se a necessidade do cliente for grandes vãos o primeiro será a melhor escolha, caso a necessidade maior seja economia de recursos o segundo sistema oferecerá maior viabilidade. O objetivo geral deste trabalho foi atingido no capítulo 5 onde as tabelas de critérios serviram para comparar os diversos sistemas e assim conseguir uma análise crítica e comparativa entre os mesmos. 6.1 Sugestões para futuros trabalhos Uma sugestão para um futuro trabalho seria um novo sistema que procure abranger a nota máxima no maior número de critérios possível. Poderia ser desenvolvido um sistema de forma a obter um modelo que se adapte as diversas situações, aumentando sua viabilidade econômica, técnica, arquitetônica e de serviço. Uma outra opção seria um trabalho que buscasse estabelecer hierarquias entre os critérios e desta forma eleger o melhor sistema de acordo com a situação de projeto. 80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRIOR, R.C., P.S., S.R., S.S., Z.W.J. Van. Indentification and preliminar assesment of existing precast concrete floor systems. 1993. ATLSS ReportNº.93-07. Lehigh University ALBUQUERQUE, A.T. Otimização de pavimentos de edifícios com estrutura de concreto pré-moldado utilizando algoritmos genéticos. 2007. Tese (Doutorado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Paulo. ALMEIDA, S.F. Analise experimental estática e dinâmica da rigidez de ligações vigapilar de concreto pré-moldado. 2010. Tese (Doutorado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade São Paulo, São Paulo. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto de edifícios - Execução. Rio de Janeiro, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9062: Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 1983. BRUMATI, D.O. Uso de Pré-moldado, estudo e viabilidade. 2008. 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