Resistência Eléctrica Definição de resistência Notas: A resistência é uma medida da oposição que a matéria oferece à passagem de corrente eléctrica. Os materiais são designados por condutores, semicondutores ou isoladores, conforme a oposição que oferecem, seja ela reduzida, média ou elevada. Tipos de resistências A resistência é um dos elementos mais utilizados nos circuitos, sendo que existem resistências: • Fixas; • Variáveis; • Ajustáveis; • Integradas; • Discretas; • De conversão de grandezas não eléctricas em grandezas eléctricas. Relativamente a estas últimas, existem: • As Termo-resistências e os termístores (sensíveis à temperatura); • As Foto-resistências (sensíveis ao fluxo luminoso); • As Magneto-resistências (sensíveis à força magnética); • As Piezo-resistências (sensíveis à torção/ elasticidade de um determinado material); • As Químio-resistências (sensíveis a alterações químicas). Resistências fixas O seu valor nominal é pré-estabelecido durante o processo de fabrico das mesmas. São utilizadas para construir circuitos com componentes discretos em placas de circuito impresso ou de montagem. Podem ser de carvão, de película ou camada fina ou de fio bobinado. Pot. Máx.: 2 W @ 70ºC Tolerância: 5% C. Temp.: -150/-1000 ppm/ºC Resist.Isola: 1GΩ Tensão Máx.: 700 V Fig.1 – Resistência de Carvão. Fig.2 – Interior de uma resistência de carvão. Notas: Pot. Máx.: 1/8 W @ 70ºC Tolerância: 0.1% Coef. Temp.: +/- 15 ppm/ºC Tensão Máx.: 200 V Fig.3 – Resistência de Película Fina Metálica. (a) (b) Fig.4 – Interior de uma Resistência de Película Fina Metálica. Pot. Máx.: 4 W Tolerância: 5% Coef. Temp.: 200~400 ppm/ºC Fig.5 – Resistência Bobinada (com invólucro cerâmico e núcleo de fibra de vidro). Resistências variáveis Tal como o seu nome indica, o seu valor pode ser ajustado de acordo com as necessidades. São também designadas por reóstatos, potenciómetros ou, como se designa em inglês, trimmers. Utilizam-se em aplicações nas quais se exige a afinação ou a variação continuada do valor nominal de uma resistência. Exemplos da aplicação de resistências variáveis: controlo do volume de som de um rádio; controlo do brilho ou contraste de um monitor TV; ajuste do período de oscilação em circuitos temporizadores, etc. Notas: Fig.6 – Algumas Representações de Resistências Variáveis. Dimensão: 10 mm Pot. Máx..: 0.5 W @ 70ºC Tolerância: 10% Coef. Temp.: +/- 100 ppm/ºC 25 voltas Fig.7 – Resistência Variável Cermet Multi-volta. Dimensão: 20 mm, linear Pot. Máx..: 0.4 W @ 40ºC Tolerância: +/- 20% 1 volta Fig.8 – Resistência Variável de Carvão. (a) (b) Fig.9 – Constituição de uma Resistência Variável de Carvão. Lei de OHM Notas: Definição e fórmula matemática A Lei de Ohm estabelece a relação existente entre a corrente e a tensão eléctrica aos terminais de uma resistência. O parâmetro R, designado por resistência eléctrica, é expresso em “ohm”. Sendo a lei de Ohm uma relação entre duas unidades diferentes, podemos dizer que a resistência eléctrica de um condutor é directamente proporcional à tensão aplicada aos seus terminais e inversamente proporcional à corrente que o percorre. Assim sendo, a fórmula da Lei de Ohm pode ser expressa da seguinte forma: V I R= Em que: R – Resistência expressa em Ohm´s (Ω). V – Tensão expressa em Volts (V). I – Intensidade da corrente expressa em Amperes (A). A Lei de Ohm permite três interpretações distintas: (i) Para uma determinada tensão aplicada, a corrente é inversamente proporcional à resistência eléctrica do elemento; I= (ii) V R Para uma determinada corrente aplicada, a tensão desenvolvida aos terminais do elemento é proporcional à resistência; V = R.I (iii) A resistência de um elemento é dada pelo quociente entre a tensão e a corrente aos seus terminais. R= V I Exemplo prático das três interpretações No caso dos circuitos representados na Figura 10, verifica-se que: (a) • (a) Símbolo da resistência; • (b) a corrente na resistência é dada por I= V/R = 5A; • (c) a tensão aos terminais da resistência é V= RxI = 5V; • (d) o valor da resistência é R=V/I=10Ω. (b) (c) (d) Fig.10 – (a) Resistência Eléctrica; (b) Determinação da Corrente sabendo o valor da tensão e da resistência; (c) Determinação da tensão sabendo o valor da corrente e da resistência; (d) Determinação da Resistência sabendo o valor da corrente e da tensão. Representação gráfica A representação gráfica da Lei de Ohm consiste numa recta com ordenada nula na origem e declive coincidente com o parâmetro R (ou G) (Figura 2). É importante associar esta relação linear tensãocorrente à presença de um elemento do tipo resistência, mesmo em dispositivos electrónicos relativamente complexos como o transístor. Fig. 11 – Representação gráfica da Lei de Ohm. Notas: