2012 - Irmãs Hospitaleiras

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LEIGOS HOSPITALEIROS
GUIÃO/ ITINERÁRIO DAS SESSÕES
Ano 2012
Província de Portugal
INDICE
INTRODUÇÃO
I - ANO 2012 – EM QUEM CREMOS
1. Janeiro - O leigo hospitaleiro busca o sentido da vida
2. Fevereiro - O leigo hospitaleiro está disponível para o
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encontro
3. Março - O leigo hospitaleiro bebe da fonte
4. Abril - O leigo hospitaleiro responde a Deus
5. Maio - O leigo hospitaleiro crê em Deus Pai-Amor
6. Junho - O leigo hospitaleiro crê em Jesus Cristo
7. Julho - O leigo hospitaleiro espera na Ressurreição
8. Agosto - O leigo hospitaleiro confia no Espírito Santo
9. Setembro - O leigo hospitaleiro é Igreja e vive em unidade
10. Outubro - O leigo hospitaleiro precisa da graça de Deus
11. Novembro - O leigo hospitaleiro crê na vida eterna
12. Dezembro - O leigo hospitaleiro diz “Amén”
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II - ANO 2013 – COMO CELEBRAMOS
III - ANO 2014 – O QUE VIVEMOS
IV - ANO 2015 – COMO ORAMOS
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I - INTRODUÇÃO
Este trabalho nasce para responder às preocupações dialogadas no último
encontro de coordenadores de Leigos Hospitaleiros em que convergimos
na necessidade de estruturação de um itinerário comum de crescimento na
fé e vivência da espiritualidade hospitaleira.
Para além da necessidade sentida, estamos em sintonia com a Igreja. O
Papa Bento XVI decretou o ano 2012/2013 o “Ano da Fé”, com a carta
Apostólica “PORTA FIDEI”. O ano terá início a 11 de Outubro de 2012, no
cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e completar-se-ão os 20
anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e termina no dia 24 de
Novembro de 2013, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do
Universo.
No mês de Outubro de 2012, realiza-se a Assembleia Geral do Sínodo dos
Bispos cujo tema é “A nova evangelização para a transmissão da fé Cristã”.
Bento XVI convida a “intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar os
crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão
ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este
1
que a humanidade está a viver” .
Pretendemos com este itinerário suscitar nos Grupos de Leigos
Hospitaleiros a descoberta da fé professada, celebrada, vivida e rezada,
encarnada e comprometida numa espiritualidade hospitaleira, tendo
presente a Sagrada Escritura, os textos carismáticos, o Catecismo para
jovens Youcat e outros documentos da Igreja, nomeadamente o Catecismo
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da Igreja Católica .
Quanto à metodologia, todos os encontros seguem a mesma estrutura e
são divididos em 2 momentos distintos:
1
2
Carta Apostólica PORTA FIDEI, 8
Consulta do Catecismo da Igreja Católica: http://www.vatican.va/archive/cathechism
po/index new/prima-pagina-cic po.html
3
Diálogo: um primeiro momento dedicado à introdução do tema,
reflexão pessoal e diálogo aberto, tendo sempre o cuidado de
terminar esta primeira fase esclarecendo a posição da Igreja
(pontos 1 a 5).
Oração: um segundo momento de intimidade com a Palavra,
silêncio, meditação e partilha em contexto de oração (pontos 6 a
8).
Ao lermos este itinerário, “deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo para
3
podermos amar cada vez mais a Palavra de Deus” e sermos testemunhas
do amor misericordioso de Jesus no serviço na Missão Hospitaleira.
“A proximidade de Jesus aos doentes não se interrompeu: prolonga-se no
tempo, graças à acção do Espírito Santo na missão da Igreja, na Palavra e
nos Sacramentos, nos homens e mulheres de boa vontade, nas actividades
de assistência que as comunidades promovem com caridade fraterna,
4
mostrando assim o verdadeiro rosto de Deus e o seu amor”.
A Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus,
desde os fundadores até à actualidade, é testemunha viva do verdadeiro
amor de Deus. Os Leigos Hospitaleiros são convidados a professarem a sua
fé e a viverem-na através da sua missão no mundo.
3
Exortação Apostólica Pós-Sinodal VERBUM DOMINI – A Palavra do Senhor, do
Papa Bento XVI, n. 5.
4
Idem, n. 106.
4
II – ANO 2012 – EM QUEM CREMOS
JANEIRO - O LEIGO HOSPITALEIRO BUSCA O SENTIDO DA VIDA
1. Mote inspirador
“Tu criaste-nos para Ti e o nosso coração está inquieto até encontrar o
descanso em Ti.” (Santo Agostinho)
2. Contexto
A experiência da felicidade, do sofrimento, da morte e outras levam-nos a
interrogar-nos sobre o sentido da vida. As ciências modernas, embora com
os seus métodos, consigam explicar pormenores da existência humana, da
natureza e da vida social, nada podem dizer sobre o sentido último e o
fundamento da realidade. As ideologias pretendem reduzir a realidade total
a um princípio único. É evidente que uma visão unitária não corresponde
nem à multiplicidade dos fenómenos nem ao profundo mistério do homem
e do seu mundo. O objectivo das ideologias políticas é construir e organizar
humanamente a vida social, mas não são capazes de dar uma resposta
última à realidade do homem. A ciência e as ideologias dão respostas
importantes às nossas interrogações, mas não podem responder à questão
do sentido último da vida. Sem esta resposta, falta-lhes orientação.
(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)
3. Interpelação pessoal
Para que estás no mundo? Como vês a tua missão?
Tens necessidade de procurar Deus?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
5.
Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 1-6 ou outras fontes)
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6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Hebreus 1,1-2
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos
antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falounos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por
meio de quem fez o mundo.
Carismático: S. Bento Menni carta 574
A vida humana é um relâmpago que vem e passa como por encanto, mas
tem consequências eternas; e felizes de nós se, compenetrados desta
verdade, tudo orientarmos para que tais consequências sejam a Bemaventurança! Então com razão exclamaremos: “Oh, feliz vida breve que a
tão grande dita eterna nos conduziu!
Para isso (…) toda a nossa diligência e aspiração deve ser cumprir sempre e
em tudo a vontade do Senhor, que é a fonte de todo o bem.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Jesus nossa alegria,
quando compreendemos que Tu nos amas,
algo nas nossas vidas é transformado.
Nós perguntamos-te: Que esperas tu de mim, Senhor?
E, pelo Espírito Santo, tu respondes:
que nada te perturbe. Eu rezo em ti,
ousa o dom da tua vida.
(Oração Taizé)
Proposta: Entrega da Mensagem para o Dia Mundial do Doente do Papa Bento
XVI.
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FEVEREIRO – O LEIGO HOSPITALEIRO ESTÁ DISPONÍVEL PARA O
ENCONTRO
1. Mote inspirador
“A revelação significa que Deus se abre, se mostra e fala ao mundo por
livre vontade.” Youcat
2. Contexto
A palavra “Revelação” provém do latim revelatio, revelare, que traduz o
grego apokalitein, que significa “tirar o véu”, “desvelar”. Em sentido
literal, falar de Revelação divina é o mesmo que dizer que Deus Se desvela,
Se despoja do véu que cobre o seu rosto e Se dá a conhecer, para convidar
cada pessoa a viver em comunhão com Ele.
A Revelação apresenta-se como uma conversa entre Deus e os homens
estabelecida por iniciativa divina, que se realiza através de acontecimentos
e palavras, cuja plenitude é Jesus Cristo.
Como diálogo, a Revelação realiza-se através da Palavra que se transforma
em caminho de relação pessoal, suporte de testemunho e veículo de
comunhão. Para que a Palavra de Deus possa ser acessível ao ser humano,
é preciso que seja uma palavra encarnada.
A Revelação tem lugar na história humana, onde Deus actua e Se torna
presente.
A acção salvadora realiza-se através do testemunho concreto de pessoas e
de comunidades que se transformam em Sinais de Deus para outros
crentes. Deus revelou-Se em plenitude em Jesus Cristo; n´Ele Deus disse
tudo, e não haverá uma revelação posterior.
(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)
3. Interpelação pessoal
Porque tomou Deus a iniciativa de se revelar?
Como se revela Deus no Antigo Testamento?
O que nos mostra Deus quando nos envia o Seu Filho?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
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5.
Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 7-11 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 1 Jo 1,1-3
O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos
olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao
Verbo da Vida, de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos
testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que
se manifestou a nós o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para
que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em
comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
Carismático: Carta 660
Contemplai o Menino Jesus no presépio, e o seu doce olhar, sua pobreza e
seu silêncio falarão muito ao vosso coração, se com vontade singela O
vedes e contemplais.” (Carta 13)
“Tornando-vos fortes e valentes na prática da santa caridade hospitaleira
para com as pobres doentes, lembrando-vos de que cada uma delas
representa ao vivo a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Mãe, Maria
Santíssima, os quais tomam como feitos a Eles mesmos quanto se faz por
cada uma delas, tanto mais quanto maior for a sua infelicidade.
7. Partilha
8. Oração conclusiva:
Agora que a noite é tão pura
E que não há senão Tu,
Diz-me quem és…
Diz-me também quem sou eu.
Diz-me quem és e porque me visitas.
Porque desces até mim que estou tão necessitado…
Agora que a noite é tão pura
E que não há senão Tu.
Leopoldo Panero
Proposta: Entregar a Mensagem do Papa Bento XVI para a vivência da Quaresma.
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MARÇO – O LEIGO HOSPITALEIRO BEBE DA FONTE
1. Mote inspirador
“ A Bíblia é a carta do amor de Deus dirigida a nós.” Soren Kierkegaard
2. Contexto
A Bíblia (a Sagrada escritura) é o livro fundamental dos cristãos porque nela
e na Sagrada Tradição está contida a Palavra de Deus, ou seja, o que Deus
quis comunicar aos homens. Tal é a influência de Deus sobre os escritores
bíblicos, que Ele mesmo é considerado o autor da Sagrada Escritura.
Daí que, para o crente, a Bíblia seja o livro mais importante de todos os que
se escreveram ou possam vir a escrever-se.
A Bíblia é uma biblioteca – alguns dos seus escritos contam com mais de 25
séculos de existência – e na sua composição intervieram muitos e variados
autores.
A Bíblia é uma colecção dividida em dois grandes blocos: Antigo e Novo
Testamento. Para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção
ao que os autores humanos realmente quiseram dizer e àquilo que Deus
pelas palavras deles quis manifestar-nos.
Para descobrir a intenção dos autores sagrados, é preciso ter em conta as
condições do seu tempo e da sua cultura, os “géneros literários” em uso na
respectiva época, os modos de sentir, falar e narrar correntes naquele
tempo.
(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)
A primeira condição para escutar a Sagrada Escritura como uma Palavra de amor
de Deus é acreditar e perceber que Jesus Cristo é a única Palavra que Deus
pronunciou, cuja mensagem de amor divino se foi explicitando progressivamente
através dos Profetas, nas próprias palavras humanas de Jesus e também nos
acontecimentos que manifestaram a solicitude de Deus pelo Seu Povo. Depois de
Jesus Cristo, Palavra eterna de Deus, a Igreja percebeu que escutar o Antigo
Testamento era escutar as palavras de amor que Deus foi dirigindo à humanidade
desde o início, expressões da sua única Palavra eterna, Jesus Cristo.
D. José Policarpo,
Sé Patriarcal, 29 de Março de 2009
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3. Interpelação pessoal
A Sagrada Escritura é verdadeira? Porquê?
Que significado tem o Antigo e o Novo Testamento para os cristãos?
Que papel desempenha a Sagrada Escritura na Igreja?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 14-19 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 2 Cor 3, 2-6
A nossa carta sois vós, uma carta escrita nos nossos corações, conhecida e
lida por todos os homens. É evidente que sois uma carta de Cristo, confiada
ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus
vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são os vossos
corações. Tal confiança, porém, nós a temos diante de Deus, por meio de
Cristo. Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós
mesmos; é de Deus que provém a nossa capacidade. É Ele que nos torna
aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida.
Carismático: Missão Hospitaleira – Boa Notícia, n. 14
A Palavra de Deus é farol na vida pessoal e comunitária, e referência
obrigatória para o discernimento das opções apostólicas. As nossas
primeiras irmãs fizeram a experiência de que a Palavra escutada, orada e
contemplada, era o fundamento e o dinamismo de onde brotava a sua
missão sanadora em favor dos doentes. … Hoje afirmamos que a Palavra do
Senhor “nos ajuda a ver os acontecimentos da nossa vida e da vida dos
outros como um tempo de Deus”. A Palavra “conta histórias de vida,
alimenta a esperança, purifica o nosso olhar sobre o mundo” e “dá-nos luz
para discernir os caminhos de Deus no seguimento de Jesus Cristo”. A
Palavra “é fonte de renovação da comunidade na medida em que nos
apropriamos dela; ajuda, orienta, ensina, repreende, aconselha, dá energia,
faz-nos sonhar, dá força e é transformadora”. Estamos convictas da
necessidade de continuar a criar espaços para partilhar a fé à luz da Palavra,
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e reconhecemos a necessidade de promover a formação bíblica para uma
leitura aprofundada da Palavra de Deus e uma compreensão teológica do
carisma e da espiritualidade hospitaleira.
7. Partilha
8. Oração conclusiva: Salmo 119, 105-106.111-112
A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos.
Jurei e vou cumprir: hei-de guardar os teus justos decretos.
Os teus testemunhos são a minha herança para sempre,
a alegria do meu coração.
O meu coração decidiu cumprir as tuas leis;
seja essa para sempre a minha recompensa.
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ABRIL – O LEIGO HOSPITALEIRO RESPONDE A DEUS
1. Mote inspirador
“Crer é essencialmente o acolhimento de uma Verdade que a nossa razão
não consegue atingir, um acolhimento simples e incondicional, como se se
tratasse de uma prova.“ Beato John Henry Newman
2. Contexto
Há um antes e um depois na vida daqueles que têm fé na ressurreição de
Jesus. É o que acontece ao grupo dos discípulos, a Tomé de modo especial.
Mesmo depois de muitos anos de dizermos que acreditamos há momentos
em que temos dúvidas, em que não nos apetece rezar porque não
sentimos a presença de Jesus.
Tomé estava assim incrédulo, precisava de “ver” com os sentidos físicos da
visão e do tacto para acreditar. Mas os nossos impedimentos não impedem
Jesus de se manifestar. Ele passa no meio das portas fechadas e vence o
medo dos discípulos, que na experiência da paz, O reconhecem, e enchemse de alegria ao ver o Senhor. Também Tomé, depois de O reconhecer faz
uma extraordinária confissão de fé.
Quem faz a experiência do encontro com Deus sabe como ela é motivadora
de uma alegria duradoura, que ninguém poderá tirar, porque é uma alegria
que não se esquece nunca, que permanecerá gravada no coração para
sempre. Experimentar que Jesus está vivo, que confia em nós e que, por
isso, nos envia a continuar a sua missão é proposta que se torna irrecusável
para quem a faz. Por isso, Jesus diz esses são felizes. Mas precisamos
renovar constantemente a nossa fé, deixando que Jesus se faça presente
cada dia na nossa vida.
(Agenda Verbum Dei)
3. Interpelação pessoal
Como podemos responder a Deus?
O que tem a minha fé a ver com a Igreja?
(Breves momentos de silêncio)
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4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 20-24 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Jo 20, 19-31
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as
portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das
autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz
esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos
encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A
paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a
vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a
quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles
5
quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas
ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não
meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não
acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé
com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e
disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos:
chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não
sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem
terem visto!»
Carismático: Carta 664
Prostrei-me diante da estátua do glorioso S. Pedro, reguei com abundantes
lágrimas seus pés, pois repetidamente pus a cabeça debaixo deles,
pedindo-lhe que se dignasse obter para mim, para os meus e para cada
uma de vós, uma fé viva, mais forte que as rochas, que nos conduza todos
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pelo caminho da vida sobrenatural, vida espiritual, vida de união com o Céu
e especialmente com Jesus Nosso Divino Redentor.
7. Partilha
8. Oração conclusiva – Oração do Abandono
Meu Pai,
Eu me abandono a Ti,
faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
eu Te agradeço.
Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a Tua vontade se faça em mim
e em tudo o que Tu criastes,
nada mais quero, meu Deus.
Nas Tuas mãos entrego a minha vida.
Eu Te a dou, meu Deus,
com todo o amor do meu coração,
porque Te amo.
E é para mim uma necessidade de amor dar-me,
entregar-me nas Tuas mãos sem medida
com uma confiança infinita.
Porque Tu és...
Meu Pai!
Charles de Foucauld
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MAIO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ EM DEUS PAI-AMOR
1. Mote inspirador
“Depois de ter descoberto que existe um Deus, tornou-se-me impossível
não viver só para Ele.” Beato Charles de Foucauld
2. Contexto:
A lembrança deste Pai ilumina a mais profunda identidade do ser humano:
donde vimos, quem somos e quão grande é a nossa dignidade. Nós
provimos, naturalmente, dos nossos pais e somos seus filhos; porém, nós
vimos de Deus, que nos criou à Sua imagem e nos chamou a sermos Seus
filhos. Por isso, não é o acaso ou concorrência do destino que se encontra
na origem de cada ser humano, mas um plano do amor divino. Isto nos
revelou Jesus Cristo, verdadeiro Filho de Deus e homem perfeito. Ele sabia
de onde vinha e de onde vimos nós todos: do amor do Seu Pai e de nosso
Pai.
Bento XVI, 09.07.2006
Veneramos Deus, antes de mais, por ser Pai, porque Ele é o Criador e Se
encarrega das Suas criaturas cheio de amor. Jesus ensinou-nos a considerar
o Seu Pai como “nosso Pai” e a mostrou-nos tal como Ele é: «Quem Me vê,
vê o Pai.»
(Youcat)
3. Interpelação pessoal:
Porque cremos em um só Deus?
Porque se apresenta Deus com um nome?
O que significa “Deus é Amor”?
O que deve fazer uma pessoa quando descobre Deus?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 30-34 ou outras fontes)
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6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 1Jo 4,7-10a
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e
todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou
ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. É nisto
que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo
que nos amou.
Carismático: Carta 238
Esta manhã, ao fazer a meditação, vieram-me uns desejos grandes de ser
todo, todo de meu Deus, procurando ter meu espírito mui sujeito e Ele e,
com o santo olhar interior mui fixo n`Ele. (Carta 506).
“O Senhor nos faça compreender o nada deste mundo e de todas as
criaturas; e que só Deus nos encha o coração.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Admonição: Pensando no Pai-Nosso, podemos dizer que o objectivo da
oração é colocar-nos no Pai, inscrever-nos no seu coração: eu sou no Pai,
existo no Pai. A principal das orações cristãs não é um argumentário de
pedidos, mas a expressão de uma relação confiante.
Oração do Pai Nosso
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JUNHO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ EM JESUS CRISTO
1. Mote inspirador
“Fala de Cristo apenas quando te perguntarem! Mas vive de tal maneira
que te perguntem por Cristo!” Paul Claudel
2. Contexto:
Uma das coisas que mais me encanta em Deus e que Jesus nos manifesta é
a proximidade com as pessoas, especialmente com as mais desfavorecidas
«Ele que era de condição divina… fez-se igual a nós».
Com ele não há aquelas cerimónias que temos que fazer com pessoas
importantes; não há coisas que não se possam dizer porque não vão ser
aceites. Ele chama-nos amigos e com os amigos está-se à vontade, não há
distâncias, não há vergonha. Jesus vem para nos dar a conhecer o amor de
Deus e faz referência ao “como”. Essa é a medida do amor: «Como Eu vos
amei, assim vos deveis amar uns aos outros.»
Como é que Jesus nos amou? Até onde? Qual foi o limite do seu amor? Diz
ele que «Não há maior amor que dar a vida pelos amigos». Então não há
limite para amar; o limite é até não poder amar mais; «A medida do amor é
amar sem medida» Santo Agostinho. Tudo isto é para nos dar uma alegria
completa.
(Agenda Verbum Dei)
3. Interpelação pessoal:
O que significa o nome “Jesus”?
O que significa dizer que Jesus é o “Filho Unigénito de Deus”?
Por que motivo Deus se tornou homem em Jesus?
O que significa dizer que Jesus Cristo é ao mesmo tempo verdadeiro
Deus e verdadeiro homem?
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 72-79 ou outras fontes)
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6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Mt 16, 13-17
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos
seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles
responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros,
que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós,
quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu
és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi
a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.»
Carismático: Carta 434
“Todo o grande e único bem é procurar que o nome de Jesus esteja inscrito
em nossas próprias almas e nas dos nossos próximos; e em todas as nossas
obras, nossas palavras, nossos desejos, nossos pensamentos… enfim, em
todo o nosso ser. Jesus é a nossa única e verdadeira vida.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Jesus, nossa alegria,
pela tua presença contínua em nós,
tu levas-nos a dar a nossa vida.
E mesmo que te esqueçamos,
o teu amor permanece,
e envias sobre nós o Espírito Santo.
(Oração Taizé)
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JULHO – O LEIGO HOSPITALEIRO ESPERA NA RESSURREIÇÃO
1. Mote inspirador
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não
morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.” Jo 12,24
“
2. Contexto:
Encarnar a dinâmica do Mistério Pascal, na realidade, é levar a vida
ressuscitadora e libertadora de Deus até aos limites da existência humana e
a todos os confins da terra. Partilhar com Jesus o mistério da cruz leva a
partilhar com Ele o mistério da ressurreição.
Sentimo-nos chamadas a ser memória e presença do Cristo Misericordioso
como “mulheres pascais”, alegres e animadas no anúncio do Ressuscitado.
Missão Hospitaleira – Boa Notícia, n. 16/17
3. Interpelação pessoal
Porque escolheu Jesus a ocasião da festa da Páscoa Judaica para a Sua
morte e a sua ressurreição?
Deus quis a morte do seu próprio Filho?
Jesus teve realmente medo da morte, no monte das Oliveiras, na noite
antes da Sua morte?
Pode alguém ser cristão sem crer na ressurreição?
Como chegaram os discípulos à fé na ressurreição?
O que mudou no mundo com a ressurreição?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 95-108 ou outras fontes)
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6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Jo 20,1-10
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã,
ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com
Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O
Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois
juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro
ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho
estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também
Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os
panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em
volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos
de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou
também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e
começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a
qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. A seguir, os discípulos regressaram
a casa.
Carismático: Carta 452
Aleluia, minhas filhas, Aleluia, Jesus ressuscitou. Aleluia. Jesus visitou-me.
Aleluia. Porque celebrei a Santa Missa. Aleluia. Porque Jesus me consolou.
Aleluia, Aleluia, Aleluia. Jesus ressuscitou.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Jesus, que eu possa ver-te cada dia,
Fazer a experiência de que estás vivo,
E que a Tua Ressurreição seja a grande força
para poder viver também ressuscitado,
sem medo, com confiança,
com uma perspectiva nova sobre todas as coisas.
(Agenda Verbum Dei)
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AGOSTO - O LEIGO HOSPITALEIRO CONFIA NO ESPÍRITO SANTO
1. Mote inspirador
Quem pede: «Vem, Espírito Santo!», tem de estar preparado para dizer:
«Vem e incomoda-me onde tenho de ser incomodado». Wilhelm Stahlin
2. Contexto:
O Espírito Santo, que é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é Deus
uno igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma
natureza… Contudo, não dizemos que Ele é somente o Espírito do Pai, mas
ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho”.
Antes da Sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de um “outro Paráclito”
(Defensor), o Espírito Santo. Agindo desde a Criação e tendo outrora
“falado pelos profetas”, o Espírito Santo estará agora junto dos discípulos e
neles para os ensinar e os guiar para a verdade total. O Espírito Santo é
assim revelado como uma outra pessoa divina em relação com Jesus e com
o Pai.
O Espírito Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai em nome
do Filho como pelo Filho em nome próprio, depois de voltar para junto do
Pai. O envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus revela em
plenitude o mistério da Santíssima Trindade.
A fé apostólica relativa ao Espírito foi confessada pelo II Concílio Ecuménico
reunido em Constantinopla no ano 381: “Nós acreditamos no Espírito
Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai”. A Igreja reconhece assim o
Pai como a “fonte e a origem de toda a divindade.
(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)
3. Interpelação pessoal:
O que significa “crer no Espírito Santo”?
Sob que nomes e sinais aparece o Espírito Santo?
O que aconteceu no dia de Pentecostes?
O que faz o Espírito Santo na Igreja?
O que faz o Espírito Santo na minha vida?
(Breves momentos de silêncio)
21
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 113-120 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 1Co12, 3-11
Quero que saibais que ninguém, falando sob a acção do Espírito Santo,
pode dizer: «Jesus é Senhor», senão pelo Espírito Santo.
Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de
serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversos modos de agir, mas é o
mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação
do Espírito, para proveito comum. A um é dada, pela acção do Espírito, uma
palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo
Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no
único Espírito; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a
outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a
outro, por fim, a interpretação das línguas. Tudo isto, porém, o realiza o
único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz.
Carismático: Carta 587
Deste amor sobrenatural, nascido no coração de Jesus e comunicado pelo
Espírito Santo ao meu pobre coração e ao coração das minhas filhas, fruto
deste Divino Espírito, digo – conforme declarou a mesma Santa Sé – foi a
fundação da vossa Congregação. Este mesmo amor de caridade quer agora
que se estendam, muito mais do que pensávamos, os benéficos efeitos do
vosso Instituto, o qual, como vos disse repetidamente e a Santa Sé
confirmou, não é um Instituto fundado pelo espírito do homem, mas pelo
Espírito do Senhor infundido nos corações daquelas almas que Ele se
dignou escolher para obra tão do Seu agrado. Este amor não conhece
limites, não sabe dizer basta; este amor quisera voar de uma parte a outra e
fazer que em toda a redondeza da terra ardesse este divino fogo; e que
todas as criaturas sentissem seus divinos benefícios.
7. Partilha
22
8. Oração conclusiva: Quem sois VÓS, doce Luz?
Quem sois Vós, doce Luz,
que me enche e ilumina as trevas do meu coração?
Vós me conduzis como a mão de uma mãe;
e para onde me levásseis, eu não saberia como tomar um outro rumo.
Vós sois o espaço que abraça meu ser e queima no meu interior.
Vós, mais próximo de mim do que eu mesma
e mais dentro de mim do que o meu mais íntimo interior.
Espírito Santo - eterno amor!
Espírito Santo - eterna vida!
Espírito Santo - raio que tudo penetra!
Espírito Santo - poder vitorioso!
Espírito Santo - mão modeladora de Deus!
Espírito Santo - Criador de tudo!
Edith Stein
23
SETEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO É IGREJA E VIVE EM
UNIDADE
1. Mote inspirador
“Amar Cristo e a Igreja: trata-se da mesma coisa.” Irmão Roger Schutz
2. Contexto
A Igreja, como povo de Deus, caminha no mundo como o universal
sacramento de salvação que revela e realiza o mistério do amor de Deus
para com o homem. Esse povo tem como condição a dignidade e a
liberdade dos filhos de Deus… Tem como fim o Reino de Deus. A Igreja é
indubitavelmente uma comunidade de homens que vivem os mesmos
valores, partilham as mesmas convicções e trabalham pelos mesmos
objectivos. Mas estes homens são chamados por Deus, redimidos por
Cristo e santificados pelo Espírito. Portanto, a Igreja, apresenta-se como
povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e tem a
função de ser sacramento e instrumento da íntima união com Deus e da
unidade de todo o género humano.
“Deus e a Liberdade” - Paul Poupard
3. Interpelação pessoal
O que significa “Igreja”?
Para que quer Deus a Igreja?
O que significa dizer que a Igreja é a “esposa de Cristo”?
O que temos de fazer pela unidade dos cristãos?
Como vê a Igreja as outras religiões?
(Breves momentos de silêncio)
4. Partilha
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 121-136 ou outras fontes)
24
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Act 2, 37-47
Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e
perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer,
irmãos?»
Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em
nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então,
o dom do Espírito Santo. Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para
os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os
que o Senhor nosso Deus quiser chamar.» Com estas e muitas outras
palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração
perversa.» Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e,
naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.
Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão
e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos
Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam
unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e
distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada
um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo,
partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e
simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o
povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham
entrado no caminho da salvação.
Carismático: MHBN - Missão Hospitaleira Boa Notícia, n. 21 - 2º e
3º parágrafos
A Comunidade Hospitaleira, caracterizada pelo pluralismo, transforma-se
em agente evangelizador no exercício do ministério da sanação, através das
diferentes tarefas e do impulso das diversas dimensões, quando realizado
com qualidade, profetismo e criatividade. Há pessoas que contribuem para
a evangelização com «a sua capacidade de compreensão e de acolhimento,
a comunhão de vida e de destino com os demais e a solidariedade nos
esforços de todos para tudo aquilo que é nobre e bom»; outras acolhem
com sinceridade a Boa Nova e em virtude desse acolhimento e da fé
partilhada, colaboram solidariamente para a construção do Reino; outras
25
põem em prática todas as suas possibilidades humanas, cristãs e
carismáticas no contacto com o doente e na realização do projecto
hospitaleiro. As Irmãs testemunham o Absoluto de Deus no compromisso
com a pessoa que sofre.
A Comunidade Hospitaleira também se evangeliza a si mesma pela
qualidade humana das relações, a valorização mútua, o respeito pelas
diferentes tarefas e funções, o Espírito participativo e positivo, a promoção
dos direitos individuais e com a partilha dos valores e da cultura
hospitaleira. Todos, por conseguinte, através do testemunho, participamos
no compromisso evangelizador.
7. Partilha
8. Oração conclusiva: Salmo da Testemunha
É hora, Senhor, de ser Tua testemunha,
de construir todos juntos a civilização do amor,
É hora de anunciar a vida a partir da Tua Vida,
de gritar aos homens a Tua Salvação, de anunciar que,
o Crucificado Ressuscitou.
É hora de caminharmos unidos semeando a paz e o amor,
de chamar ao homem irmão, de viver em harmonia,
em laços de fraternidade, de comunhão.
É hora de tocar o coração do homem para que
acredite no Teu Evangelho, na Tua Palavra de Amor;
de convidar as gentes para a mesa do pão vivo.
É tempo de ser Tua testemunha:
onde o Teu amor está ausente,
onde a liberdade está atada,
onde é necessário o perdão,
onde os olhos estão vendados,
onde existiu a traição,
26
onde se mata o homem e a criança,
onde a mentira mata a razão,
onde as injustiças doem,
onde o homem que sofre não tem voz,
onde impera a lei do mais forte,
onde o homem se converte em opressor,
onde a vida se fez morte,
onde o dinheiro é a lei do que manda.
É tempo de sermos Tuas Testemunhas
unidos como um só Povo, em Igreja;
de sermos Tuas Testemunhas servindo o humilde,
de testemunharmos Tua Cruz salvadora do mundo,
Senhor, dá-nos a força do Teu Espírito Santo,
do Teu Espírito de Amor,
para que Ele anime nosso compromisso de mudar o mundo,
para uma civilização de Amor.
27
OUTUBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO PRECISA DA GRAÇA DE DEUS
1. Mote inspirador
“Onde abundou o pecado superabundou a graça”. Rm 5,20
2. Contexto:
Deixar no passado aquilo que foi do passado.
Fazei o vosso exame de consciência, mas seja como limpar mesmo os
sapatos; não aconteça que leveis continuamente convosco a lama ou a
recordação da lama do caminho”. Veio, Senhor, ao meu encontro esta frase
de Charles Péguy e pareceu-me cheia de uma pertinente sabedoria. É
necessário limpar o coração, purifica-lo de sombras, de vincos, de
desgastes e ressentimentos. Mas, depois, há também que deixar para trás a
lama dos dias passados e viver cada dia, cada encontro, cada compromisso
de um modo inaugural e límpido.
Um Deus que dança – P. Tolentino Mendonça
3. Interpelação pessoal:
O que é o pecado?
Porque é necessário confessarmo-nos a um padre?
Como se chama o sacramento da penitência e reconciliação?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 66-70; 150-151 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: Lc 7, 36-49
Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e
pôs-se à mesa. Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como
pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um
frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e
chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com
os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume.
28
Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem
fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a
tocar, porque é uma pecadora!»
Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala,
Mestre» - respondeu ele. «Um prestamista tinha dois devedores: um devialhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Não tendo eles com que
pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu:
«Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.»
E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em
tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés
com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste um
ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. Não me
ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. Por isso,
digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito
amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» Depois, disse à
mulher: «Os teus pecados estão perdoados.»
Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até
50
perdoa os pecados?» E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em
paz.»
Carismático: Carta 446
Vamos servir e amar a Jesus, e lancemo-nos com grande confiança em seus
braços e nos de Nossa Mãe, a Imaculada Virgem Maria, Rainha e Mãe do
Coração de Jesus e não tenhamos medo de nada, de nada absolutamente,
porque Eles têm grande cuidado em velar por nós, muito mais do que
podemos fazer ou imaginar. ” Tenhamos medo só do pecado, tenhamos
medo da tibieza, tenhamos medo da indiferença ou pouco fervor no serviço
de Deus.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Rezo o Teu Amor, ó Deus.
O Teu Amor que nos aceita por inteiro,
Que abraça o que somos e o que não somos;
O que nós fomos e o que nos tornámos.
29
O Teu Amor que ama
os nosso desabrochares esperançosos
e as nossas quedas frustrantes;
as nossas liberdades insensatas
e a nossa timidez hesitante.
O Teu Amor ensina-nos a confiança
e continuamente relança a nossa história.
“Um Deus que dança” – José Tolentino
30
NOVEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ NA VIDA ETERNA
1. Mote inspirador
“Não morro; entro na vida”. Sta. Teresa de Lisieux
2. Contexto:
O Livro do Génesis diz que após o pecado de Adão, Deus expulsou-o do
paraíso. Deste modo, Adão ficou sob o domínio da morte, pois ficou sem
acesso à Árvore da Vida (Gn 3, 22-24). O Novo Testamento apresenta-nos
Jesus como o Redentor que veio corrigir as distorções provocadas por
Adão. Jesus ressuscitado é o Novo Adão, diz São Paulo. (Cf. Rm 5, 17)
O evangelho de São João associa a missão de Cristo com a Vida eterna.
Jesus tem dá-nos o fruto da Vida Eterna graças ao qual nós viveremos para
sempre. O Novo Testamento não confunde Vida Eterna com simples
imortalidade. Jesus dá-nos o fruto da Vida Eterna, a qual não é uma simples
imortalidade. A Vida Eterna implica ressuscitar com Cristo. Eis as palavras
de Jesus no evangelho de São João: “Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia” (Jo 6,
54).
O fruto da Vida Eterna que Jesus nos dá é o Espírito Santo. No nosso
íntimo, o Espírito Santo é como uma nascente de Água Viva que alimenta e
fortalece em nós a Vida Eterna (Jo 7, 37-39). Ao romper a aliança com Deus,
Adão fechou-nos as portas do paraíso (Gn 3, 22-24). Jesus Cristo é o Novo
Adão fiel à vontade de Deus, aquele que tornou possível a realização da
Nova e Eterna Aliança.
Pe. José dos Santos Calmeiro Matias
3. Interpelação pessoal:
Porque cremos na ressurreição dos mortos?
Em que consiste o Céu?
O que é o Purgatório?
O que é o Inferno?
Se Deus é Amor, como pode então haver inferno?
(Breves momentos de silêncio)
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4. Diálogo
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, 152-162 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 1 Cor 15, 3-8.12-14.20-21
Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi: Cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depois aos Doze. Em
seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma só vez, a maior
parte dos quais ainda vive, enquanto alguns já morreram. Depois apareceu
a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me
também a mim, como a um aborto.
Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de
entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há
ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas se Cristo não
ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.
Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem
vem a ressurreição dos mortos.
Carismático: Carta 435
Nada deste mundo me enche o coração. Só o descansar no Coração de
Jesus dá paz e alegria e sacia a sede do pobre faminto do Céu que sou eu.
Do Céu onde somente teremos a satisfação de ser totalmente de Jesus,
sem falhas nem imperfeições. Sim, lá no Céu nos embriagaremos
eternamente no Amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, por todo o
sempre. Ámen.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
32
Senhor ressuscitado,
quando temos o simples desejo de acolher o teu amor, aos poucos,
no mais profundo do nosso ser,
acende-se uma chama.
Animada pelo Espírito Santo,
essa chama pode ser de início muito frágil.
O que é espantoso é que ela arde sempre,
quer nós o saibamos quer o ignoremos.
E quando compreendemos que nos amas,
a confiança da fé torna-se no nosso próprio canto.
(Oração Taizé)
33
DEZEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO DIZ “AMÉN”
1. Mote inspirador
«Que o Símbolo do Credo seja para ti como um espelho. Revê-te nele, para
ver se crês em tudo quanto dizes crer. E alegra-te todos os dias na tua fé»
(Catecismo da Igreja Católica)
2. Contexto:
«AMEN». O Credo, tal como o último livro da Sagrada Escritura termina
com a palavra hebraica Ámen, palavra que se encontra com frequência no
final das orações do Novo Testamento. Do mesmo modo, a Igreja termina
com um «Ámen» as suas orações.
Em hebraico, Ámen está ligado à mesma raiz que a palavra «crer», raiz que
exprime solidez, confiança, fidelidade. Assim se compreende porque é que
o «Ámen» se pode dizer tanto da fidelidade de Deus para connosco como
da nossa confiança n’Ele.
No profeta Isaías encontramos a expressão «Deus de verdade», literalmente
«Deus do Ámen», quer dizer, o Deus fiel às suas promessas: «Todo aquele
que desejar ser abençoado sobre a terra deve desejar sê-lo pelo Deus fiel
(do Ámen)» (Is 65, 16). Nosso Senhor emprega frequentemente a palavra
«Ámen» (656), por vezes sob forma redobrada» (657), para sublinhar a
confiança que deve inspirar a sua doutrina, a sua autoridade fundada na
verdade de Deus.
O «Ámen» final do Credo retoma e confirma, portanto, a palavra com que
começa: «Creio». Crer é dizer «Ámen» às palavras, às promessas, aos
mandamentos de Deus; é fiar-se totalmente n’Aquele que é o «Ámen» de
infinito amor e perfeita fidelidade. A vida cristã de cada dia será, então, o
«Ámen» ao «Creio» da profissão de fé do nosso Baptismo.
(Catecismo da Igreja Católica, n. 1061-1065)
3. Interpelação pessoal
Porque dizemos “Amén” ao terminar a confissão da nossa fé?
(Breves momentos de silêncio)
4. Diálogo
34
5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde
(Youcat, n. 165 ou outras fontes)
6. Textos: Bíblico e Carismático
Bíblico: 2 Cor 1, 18-22
Deus é testemunha de que a nossa palavra dirigida a vós não é «sim» e
«não.» Pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, aquele que foi por nós
anunciado entre vós, por mim, por Silvano e por Timóteo, não foi um
«sim» e um «não», mas unicamente um «sim.» Nele todas as promessas
de Deus se tornaram «sim» e é por isso que, graças a Ele, nós podemos
dizer o «Ámen» para glória de Deus.
Aquele que nos confirma juntamente convosco em Cristo e nos dá a
unção é Deus, Ele que nos marcou com um selo e colocou em nossos
corações o penhor do Espírito.
Carismático: Carta 452
Não vivamos nem um instante senão pensando em Jesus, amando a
Jesus, fazendo todos os sacrifícios por Jesus, trabalhando por Jesus e
com Jesus, e descansando no Coração de Jesus. Para tudo isto
acudamos a Maria. Ela é nossa Mãe, Ela assim o deseja vivamente, Ela
será para isso nossa intercessora, Ela suprirá tudo o que a nós nos falta.
Lancemo-nos nos braços de Maria e Ela nos levará a Jesus, nosso Sumo
Bem, nosso Amor, nossa Vida, nossa Glória, nosso Tudo. Amen. Amen.
Amen. Aleluia. Aleluia. Aleluia.
7. Partilha
8. Oração conclusiva
Admonição: O próprio Jesus Cristo é o «Ámen» (Ap 3, 14).
É o Ámen definitivo do amor do Pai para connosco:
assume e leva a bom termo o nosso «Ámen» ao Pai:
«É que todas as promessas de Deus encontram n'Ele um «sim»!
Desse modo, por seu intermédio,
nós dizemos «Ámen» a Deus,
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a fim de lhe darmos glória» (2 Cor 1, 20):
«Por Cristo, com Cristo, em Cristo,
a Vós, Deus Pai todo-poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda a honra e toda a glória
agora e para sempre.
ÁMEN».
OS GRANDES TEMAS DOS ANOS SEGUINTES:
II - ANO 2013 – COMO CELEBRAMOS
A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado.
III - ANO 2014 – O QUE VIVEMOS
A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado.
IV - ANO 2015 – COMO ORAMOS
A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado.
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