REVISÃO PROVA MENSAL – 2º TRIMESTRE PROFESSOR: EDGAR REGO HISTÓRIA - 2016 MOVIMENTOS LIBERAIS E IDEIAS SOCIAIS E POLÍTICAS DO SÉCULO XIX AS UNIFICAÇÕES ITALIANA E ALEMÃ E.U.A. NO SÉCULO XIX PRIMEIRA REPÚBLICA – DE 1889 A 1914 CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA DIFERENTES PROJETOS DE REPÚBLICA 15 de novembro de 1889: proclamada a República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, apesar de diversos grupos divergirem sobre o tipo de República a ser construída. Elites de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul defendiam o federalismo, com grande autonomia dos estados. Projeto defendido pelos militares e civis adeptos do positivismo – a ordem levaria o país ao progresso. Estabelecer um Estado centralizado que organizaria a nação. A CONSTITUIÇÃO E OS SÍMBOLOS DA REPÚBLICA 24 de fevereiro de 1891, promulgada a Constituição republicana, seguindo o modelo dos Estados Unidos – a República brasileira era liberal e federativa. Regime político presidencialista, com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; separação do Estado e a Igreja católica. Marechal Deodoro da Fonseca como presidente e Marechal Floriano Peixoto como vice. Republicanos precisaram formular símbolos, imagens e rituais para mostrar à sociedade a legitimidade do novo regime (Tiradentes como herói cívico, a bandeira, o hino da Proclamação, a imagem da mulher como símbolo republicano). MILITARES NO PODER – A REPÚBLICA DA ESPADA Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Rui Barbosa como ministro da Fazenda: objetivo de estimular o crescimento econômico, autorização para os bancos concederem empréstimos. Impressão de imensa quantidade de papel-moeda que levaram ao aumento da inflação. Encilhamento: desvalorização da moeda e especulação financeira após uma tentativa de industrialização. Problemas entre o presidente Deodoro e as lideranças políticas liberais e a imprensa. Renúncia em 1891. MILITARES NO PODER – REPÚBLICA DA ESPADA Floriano Peixoto assume, apesar de sua posse ser questionada. Conhecido como “Marechal de Ferro” Apoiado pelas elites políticas do Partido Republicano Paulista (PRP). Oposição da elite imperial, que possuía vínculos com a Marinha de Guerra (Armada), levando à Revolta da Armada. Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (Partido Republicano Rio-Grandense x Partido Federalista), entre 1893 e 1895. Federalistas defendiam o parlamentarismo e a predominância do poder federativo sobre o poder estadual. Os republicanos defendiam o presidencialismo e a autonomia dos estados. O MODELO POLÍTICO REPÚBLICA DOS CORONÉIS – REPÚBLICA OLIGÁRQUICA Constituição de 1891: eleições diretas para todos os cargos, fim do voto censitário. Analfabetos, mulheres, homens menores de 25 anos, soldados e religiosos não podiam votar. Voto aberto, possibilitando a atuação dos coronéis, chefes políticos locais, cuja origem remonta a criação da Guarda Nacional, em 1831. Eleições caracterizadas pela fraude, pois não havia Justiça Eleitoral. “Curral eleitoral” e “voto de cabresto”. Os eleitores votavam por vários motivos: obediência, lealdade, gratidão ou busca de algum favor. Rede de favores, de clientelismo e de proteção pessoal. Sem garantia de direitos civis e políticos, grande parte da população buscava a proteção de um coronel. REPÚBLICA DOS CORONÉIS – REPÚBLICA OLIGÁRQUICA Coronelismo: sistema político no qual o poder era alcançado por meio dos votos, controlados pelos coronéis nos municípios com uso de violência e fraude eleitoral. Coronéis dependiam do governante estadual para nomear parentes e protegidos aos cargos públicos ou para liberar verbas. Rede de alianças e favores unindo os coronéis dos municípios e o presidente do estado, que também se estendia aos deputados, senadores e até o presidente. Política dos Governadores (ou dos Estados) instaurada no governo de Campos Sales (1898-1902): governo federal apoia as oligarquias dominantes dos estados que em troca sustentavam politicamente o presidente. REPÚBLICA DOS CORONÉIS – REPÚBLICA OLIGÁRQUICA A política dos governadores reforçou principalmente os poderes das oligarquias paulista e mineira, os estados mais ricos e populosos. A escolha do sucessor do presidente funcionava com base na política do café com leite, símbolo da aliança entre o Partido Republicano Paulista e o partido Republicano Mineiro. A oligarquias dos dois estados escolhiam um nome comum para a sucessão presidencial. Destacavam-se também as oligarquias do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Rio de Janeiro. AS RIQUEZAS DO BRASIL CAFÉ: AS CRISES DE SUPERPRODUÇÃO Desde 1830 o café se tornou o principal produto de exportação do Brasil, superando o açúcar. Café incentivou a industrialização com base em bens de consumo não duráveis (tecidos, calçados, cervejas, alimentos, utensílios domésticos, etc). Riqueza gerada possibilitou aumento das importações, expansão das cidades, instalação de serviços públicos. Entre 1924 e 1928, o café representava 72,5% da exportações brasileiras, sendo que 70% do café consumido no mundo chegou a ser do Brasil. Graves problemas gerados pela produção crescente (produção maior que a capacidade de consumo). 1906: Convênio de Taubaté. Política de valorização do café pela qual os governos dos estados recorreriam a empréstimos externos para comprar os excedentes da produção, estocá-los e estabilizar os preços, garantindo o lucro dos cafeicultores. A BORRACHA Importante produto de exportação: a borracha da Amazônia. Auge entre 1890 e 1910, chegando a 30% das exportações. Borracha utilizada em pneus de bicicleta e na indústria automobilística. Grande expansão urbana de Belém e Manaus. Concorrência com a borracha de origem asiática (plantação racional, de melhor qualidade e menores preços). ESTABELECENDO O TERRITÓRIO Região oeste dos atuais estados de Santa Catarina e Paraná, reclamada pelos argentinos. Arbitragem norte-americana confirma o território como brasileiro em 1895. Tratado de Petrópolis, em 1903, que incorpora o Acre ao território brasileiro em troca de indenizações à Bolívia e ao Peru. Região do Pirara, na Guiana, disputada com a Inglaterra e incorporada à Guiana em 1904. Território ao norte do Amapá disputado com a França e incorporado ao Brasil em 1900. MUNDO URBANO INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO Crescimento do número de indústrias. Entre 1907 e 1920 o número de empresas cresceu 4 vezes e o número de empregados duplicou. Industrialização estimulada por: a) capitais nacionais; b) disponibilidade de matéria prima; c) grande oferta de mão de obra barata; d) sistema de transportes ligados aos portos. São Paulo tornou-se o estado mais industrializado (indústria têxtil, alimentícia e de vestuário). Crescimento das cidades e grande afluxo de imigrantes e pessoas vindas do interior. Entre 1890 e 1930 chegaram cerca de 3,2 milhões de imigrantes. REVOLTA DA VACINA (1904) Epidemias no Rio de Janeiro no final do século XIX: febre amarela (4.500 pessoas); varíola (4 mil pessoas); malária (2.200 pessoas); cólera, peste bubônica e disenteria. Saneamento e modernização da cidade por Rodrigues Alves e pelo prefeito Pereira Passos. Reformas urbanas e erradicação de doenças. Médico sanitarista Oswaldo Cruz: eliminação dos ratos; eliminação dos mosquitos (febre amarela) e vacinação (contra a varíola). Junho de 1904: obrigatoriedade da vacina contra a varíola. Insatisfação popular + resistência à vacina: revolta da população mais pobre (novembro de 1904). Oposição tenta depor Rodrigues Alves. Vacinação suspensa, repressão violenta, suspeitos da revolta enviados para o Acre. REVOLTA DA CHIBATA (1910) Marujos da Marinha de Guerra (Armada) em péssimas condições de trabalho: soldos miseráveis, má alimentação, trabalhos excessivos, castigos físicos (uso da chibata). 22 de Novembro de 1910 membros do encouraçado Minas Gerais se revoltam.- Líder mais conhecido: João Cândido, o "Almirante Negro". Encouraçado São Paulo e outras seis embarcações aderem à revolta com exigências de melhores condições de trabalho e fim dos castigos. Congresso Nacional negocia, mas há outra revolta em 4 de dezembro. 600 marinheiros presos, levados para a Amazônia, muitos morreram no caminho. REVOLTAS DO POVO GUERRA DE CANUDOS (1896-1897) Liderada por Antônio Conselheiro (1830-1897), no interior da Bahia. Sofrimento da população nordestina: declínio da produção açucareira; secas constantes; prepotência dos coronéis e fazendeiros; novos rumos políticos do país. Povoado de Belo Monte, depois chamado de Canudos (1893), às margens do rio Vaza-Barris (cerca de 30 mil pessoas). Autonomia do povoado; viviam conforme a Bíblia; não pagavam impostos lançados pela República. "A terra não tem dono, a terra é de todos”: problemas com os latifundiários. Acusações: "Ameaça à ordem", "monarquistas“, “fanáticos”. Várias expedições militares até que em 5 de outubro de 1897 ocorre o massacre de mais ou menos 20 mil pessoas. GUERRA DO CONTESTADO(1912-1916) Área "contestada" entre Paraná e Santa Catarina, povoada por sertanejos que viviam da extração da erva-mate e da madeira. Construção da estrada de ferro pela Brazil Railway em 1890 (faixa de 30 km) - sertanejos desalojados, trabalhadores demitidos. Sertanejos sem terra passam a seguir o Monge José Maria e fundam as "vilas santas", compondo a chamada Monarquia Celeste. Acusados de monarquistas, perseguidos por coronéis e dirigentes das empresas estrangeiras. 1916: outro massacre com outros 20 mil mortos. Acordo entre os estados sobre a área contestada. CANGAÇO (1900-1940) Forma peculiar de banditismo. Contexto de opressão e abandono. Interior do nordeste, áreas de caatinga. Cangaço dependente e independente. Assaltos e lutas constantes com a polícia; "imposto" aos fazendeiros e comerciantes. Forma pura de banditismo e criminalidade x forma de contestação social de pessoas oprimidas. Antônio Silvino, Virgolino Ferreira da Silva (Lampião) e Corisco. Delatados, mortos e decapitados. IMPERIALISMO NACIONALISMO E IMPERIALISMO • John Stuart Mill – mal-estar com o nacionalismo. • Nacionalismo preponderava ao amor pela liberdade. • Populações dispostas a auxiliar seus governos contra a liberdade. • Contra a independência de qualquer povo que não fosse da sua raça ou de sua língua. • O sentimento de nacionalidade era estimulado pelos governantes para a realização de interesses na África e Ásia. • As indústrias de cada país se fundiam em conglomerados visando otimizar os ganhos e avançar sobre espaços que poderiam sustentar o crescimento econômico. • O Imperialismo reforçava o orgulho nacional e a crença de superioridade. CIÊNCIA, CAPITALISMO E IMPERIALISMO • Novas tecnologias: novas fontes de energia (eletricidade e derivados do petróleo), desenvolvimento da siderurgia, comunicação, transportes e indústria química. • Sociedades defensoras da ciência (França e Inglaterra). • A ciência serviu de discurso legitimador do domínio das potências industriais sobre o mundo. • Biologia: noções do evolucionismo – discurso racial. • Darwinismo Social. • Superioridade dos “brancos” sobre os “negros” e “amarelos”. • O discurso racista legitimou-se como científico e propôs uma atuação “salvacionistas” dos inferiores africanos e asiáticos pelo “homem branco”. PÓS 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL • Surgimento de formas associativas industriais. • Truste – associação de empresas fundidas em uma única, concentrando todas as fases da produção, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final. • Holding – não há fusão de empresas, mas sim uma empresa gestora que controla outras, por meio de compras de ações, preservando a autonomia jurídica. • Cartel – empresas do mesmo ramo produtivo se associam para exercerem o controle sobre uma fase inicial ou intermediária da produção, mantendo sua autonomia jurídica e técnica, evitando a competição entre elas e buscando, por meio de combinações e acordos, dividir mercados, para garantir o máximo de lucratividade. INTERESSES IMPERIALISTAS • Recursos naturais para manutenção do nível de produção por um custo mais baixo. • Transferências populacionais que garantiriam não apenas o domínio do território e das populações africanas e asiáticas, mas também produziriam novos mercados de consumo para a indústria europeia. • Estabelecer bases navais para controlar as rotas comerciais e reabastecer os navios. IMPERIALISMO NA ÁFRICA A Partilha da África teve como marco a Conferência de Berlim. Convocada por Otto Von Bismarck, chanceler alemão. Reunião de 15 nações imperialistas. Decidiu a ocupação efetiva dos territórios africanos. Domínio sobre a África do Sul Os ingleses se apoderaram da África do Sul. Derrotaram populações negras (Zulus) e colonizadores de origem holandesa (bôeres). Anexaram a Niassalândia, a Rodésia e Bechuanalândia. África do Norte Região islamizada foi dominada pelos franceses. Iniciou com a ocupação da Argélia em 1830. Espaço de disputa entre franceses, ingleses, italianos e alemães. IMPERIALISMO NA ÁFRICA Egito como protetorado inglês. (Inglaterra X França) Disputa sobre a Tunísia envolveu franceses, italianos e ingleses. Marrocos – disputa entre França e Alemanha. África intertropical Região marcada por profundas diferenças de ordem étnica, religiosa, cultural e política. As intervenções imperialistas separaram grupos étnicos. (interesses imperialistas sobrepunham os interesses africanos) Inglaterra X Alemanha – interesses conflitantes na região. IMPERIALISMO NA ÁSIA Domínio sobre a Índia Exploração desde o século XVI pelos portugueses. No século XVII os ingleses assumiram o monopólio do comercial das especiarias. No século XIX os ingleses alteram sua relação com a Índia. Confiscaram propriedades rurais; Eliminaram a servidão coletiva; Decretaram impostos individuais (fim da produção artesanal local) Revolta dos Sipaios – oposição à presença inglesa na Índia. Sistema político tutelado pela Inglaterra. IMPERIALISMO NA ÁSIA Domínio sobre a China Nação fechada, sem interesse nos produtos industrializados da Europa. Economia baseada na agricultura e regime de servidão. Os ingleses conseguiram abrir o mercado chinês após a Guerra do Ópio. Os ingleses foram proibidos de comercializar ópio pelo governo chinês. O ópio estava comprometendo a sociedade chinesa. Império chinês derrotado, obrigado a assinar um acordo Tratado de Nanquim. O tratado abriu os portos chineses ao comércio inglês. A decadência da China veio dos sucessivos conflitos militares com as potências europeias. A China resistiu através de grupos como os Boxers, porém foram reprimidos por forças internacionais. Em 1911 o kuomintang (partido nacionalista chinês) derrubou a monarquia e proclamou a república. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ANTECEDENTES Conferência de Berlim – 1884. Incidente de Fachoda – 1889. 1ª Crise Marroquina – 1905. - Conferência de Algeciras – 1906 2ª Crise Marroquina – 1911. - invasão alemã do Porto de Agadir Crises Balcânicas – 1912 e 1913. CAUSAS DA 1ª GUERRA MUNDIAL Imperialismos – disputas por mercados consumidores e por fontes de matérias primas. Pan-germanismo, Pan-eslavismo, francofonismo e Anglofonismo. CAUSAS DA 1ª GUERRA MUNDIAL Política das Alianças (Tríplice Aliança formada em 1882 e Tríplice Entente, formada em 1907) Revanchismo francês Corrida Armamentista Projeto naval alemão. COMPETIÇÕES INDUSTRIAIS COMPETIÇÕES INDUSTRIAIS MAPA DAS ALIANÇAS CONDUTORES DA GUERRA Pres. Woodrow Wilson Tzar Nicolau II Kaiser Guilherme II CONDUTORES DA GUERRA Rei Victor Emmanuel III Lord Kitchener Loyd George Clemenceau CARACTERÍSTICAS DA GUERRA CARACTERÍSTICAS DA GUERRA Guerra de Trincheiras CARACTERÍSTICAS DA GUERRA Uso de gás mostarda nas batalhas de Ypres CARACTERÍSTICAS DA GUERRA CARACTERÍSTICAS DA GUERRA PRINCIPAIS BATALHAS Tenemberg – 1914 Marne – 1914 Ypres (três) – 1914 e 1915 Gallípoli - 1915 Verdum – 1916 Submarina – 1914 a 1918 Jutlândia - 1916 BATALHA DE JUTLÂNDIA Esquadra Inglesa contra a Esquadra Alemã Explosão do HMS Queen Mary CARACTERÍSTICAS DA GUERRA PROPAGANDAS DA GUERRA FASES DA GUERRA Primeira Fase: (1914) Esse período caracterizou-se por movimentos rápidos envolvendo grandes exércitos. Certo de que venceria a guerra em pouco tempo, o exército alemão invadiu a Bélgica, e depois de suplantá-la, penetrou no território francês até as proximidades de Paris. Os franceses contra-atacaram e, na Primeira Batalha do Marne, em setembro de 1914, conseguiram deter o avanço alemão. FASES DA GUERRA Segunda Fase: (1915-1916) Na frente ocidental, essa fase foi marcada pela guerra de trincheiras: os exércitos defendiam suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Na frente oriental, o exército alemão impunha sucessivas derrotas ao mal-treinado e muito mal-armado exército russo. Mesmo militarmente superior, a Alemanha Rússia. não teve fôlego para conquistar a Em 1915, a Itália, que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e entrou na guerra ao lado da Tríplice Entente. FASES DA GUERRA Ao mesmo tempo que foi se alastrando, o conflito tornou-se cada vez mais trágico. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança-chamas, o avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas. FASES DA GUERRA Terceira fase: (1917-1918) Em 1917, primeiro ano dessa nova fase, ocorreram dois fatos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia. Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da França. Esse apoio tem uma explicação simples: os americanos tinham feitos grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno. FASES DA GUERRA Outras nações também se envolveram na guerra. Turquia e Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança, enquanto Japão, Portugal, Romênia, Grécia, Brasil, Canadá e Argentina colocaram-se ao lado da Entente. A saída da Rússia da guerra está relacionada à revolução socialista ocorrida em seu território no final de 1917. O novo governo alegou que a guerra era imperialista e que o seu país tinha muitos problemas internos para resolver. A Alemanha, então, jogou sua última cartada, avançando sobre a França antes da chegado dos norte-americanos à Europa. Entretanto, os alemães foram novamente detidos na Segunda Batalha do Marne e forçados a recuar. A partir desse recuo, os países da Entente foram impondo sucessivas derrotas aos seus inimigos. A Alemanha ainda resistia quando foi sacudida por uma rebelião interna, que forçou o imperador Guilherme II a abdicar em 9 de novembro de 1918. Assumindo o poder imediatamente, o novo governo alemão substituiu a Monarquia pela República. Dois dias depois rendeu-se, assinando um documento que declarava a guerra terminada. OS QUATORZE PONTOS DE WILSON? A rendição alemã e a assinatura do Tratado dos “Quatorze Pontos para a Paz” não selaram definitivamente as questões abertas com as consequências da guerra. Algumas potências ainda buscavam um tratamento mais rigoroso às nações derrotadas na guerra, principalmente a Alemanha. Em 28 de junho de 1919, as principias nações vencedoras do conflito reuniram-se no Palácio de Versalhes, em Paris, para novas negociações de paz. ARTICULADORES DO TRATADO DE VERSALHES Lloyd George (ENG), Vittorio Orlando (ITA), Georges Clemenceau (FRA) e Woodrow Wilson (EUA) reunidos para o Tratado de Versalhes. TRATADOS DO PÓS-GUERRA Tratado de Versalhes (Conferência de Paris) Tratado de Saint-German Tratado de Sykes Picot (OBS) Tratado de Brest-Litóviski (OBS) Tratado de Neuly Tratado de Trianon Tratados de Sèvres e Lausanne IMPOSIÇÕES À ALEMANHA O tratado de Versalhes estabelecia que a Alemanha era obrigada a: restituir a Alsácia e a Lorena à França; ceder as minas de carvão do Sarre à França por um prazo de 15 anos; ceder suas colônias, submarinos e navios mercantes à Inglaterra, França e Bélgica; pagar aos vencedores, a título de indenização, a fabulosa quantia de 33 bilhões de dólares. reduzir seu poderio bélico, ficando proibida de possuir força aérea, de fabricar armas e de ter um exército superior a 100 mil homens. O serviço militar foi abolido. CONSEQÜÊNCIAS DA GUERRA Considerando-se humilhados pelo Tratado de Versalhes, os alemães passara a nutrir um ódio sobretudo a França, e os países que o derrotaram. A primeira guerra trouxe outras conseqüências como: declínio da Europa, que foi duramente atingida pelo conflito. ascensão dos Estados Unidos, que a partir de então tornaram-se uma das grandes potências; intensificação dos problemas que contribuíram para a implantação do socialismo na Rússia; aparecimento de regimes políticos autoritários, como o nazismo e fascismo. CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA 11 milhões de mortos (destes, 8 milhões eram combatentes). Fim dos impérios Russo,Austro-Húngaro,Alemão e Otomano. Surgimento de novos Estados: Do desmembramento do Império Austro-Húngaro: Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia (nome oficial da “Grande Sérvia”, criado em 1931). Do desmembramento do Império Russo: URSS, Finlândia, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia. Crise econômica generalizada, com especial gravidade na URSS, Itália e Alemanha. Surgimento dos regimes totalitários, tanto de esquerda (comunismo) como de direita (fascismo). Ascensão dos EUA à posição de maior potência mundial. Criação da Sociedade das Nações ou Liga das Nações – um dos poucos itens dos “14 Pontos” que foram aproveitados. Existência de minorias étnicas com tendência separatista em vários países da Europa Central e Oriental, criando graves focos de tensão.