PETROPAR S.A. CNPJ Nº 91.820.068/0001-72 CVM 01341-2 NIRE 43300028593 Companhia Aberta PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO Comentários dos administradores sobre a situação financeira da Companhia (Conforme o item 10 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) Informações sobre os componentes do Conselho de Administração da Companhia (De acordo com os itens 12.6 a 12.10 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) Informações sobre a remuneração dos administradores (Na forma do item 13 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) Informações sobre a destinação do lucro líquido (Conforme o anexo 9 da instrução CVM 481/09) ÍNDICE Comentários dos administradores sobre a situação financeira da Companhia (Conforme o item 10 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) 3 Informações sobre os componentes do Conselho de Administração da Companhia 31 (De acordo com os itens 12.6 a 12.10 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) Informações sobre a remuneração dos administradores (Na forma do item 13 do formulário de referência da instrução CVM 480/09) 37 Informações sobre a destinação do lucro líquido (Conforme o anexo 9 da instrução CVM 481/09) 42 2 Comentários dos diretores sobre a situação financeira e patrimonial da Petropar S.A. conforme item 10 do formulário de referência, IN CVM 480/09. 10.1 Comentários sobre: a. condições financeiras e patrimoniais gerais Ao longo de 2011, contrastando com o ambiente econômico adverso, quando o PIB brasileiro avançou 2,7%, colhemos os resultados de decisões estratégicas que, associadas à eficiência na gestão dos ativos, nos permitiram realizar novamente um forte crescimento das vendas e um recorde de resultados. Apesar das expansões de capacidade de produção de nãotecidos e latas de alumínio, que entraram em operação durante o ano de 2011 ainda não haverem atingido plena ocupação, a receita líquida de vendas consolidada alcançou R$ 782,8 milhões, 25,5% superior ao ano anterior. Ao considerarmos a receita líquida consolidada pro forma de 2011, incluindo as operações de nãotecidos adquiridas em 30 de dezembro de 2011, comentada detalhadamente a seguir neste relatório, as vendas líquidas atingem R$ 1.614,2 milhões, com crescimento médio ponderado anual (CAGR) de 39,6% no período 2007-2011. A geração operacional de caixa medida pelo conceito EBITDA foi de R$ 179,4 milhões, crescimento de 26,1% em relação a 2010, refletindo o aumento dos volumes vendidos, os ganhos de produtividade e o permanente controle de custos. A margem EBITDA / receita líquida alcançou 22,9%, ligeiramente superior a do ano anterior. O EBITDA consolidado de 2011, incluindo o EBITDA pro forma gerado pelas operações de nãotecidos adquiridas, atingiu R$ 287,6 milhões, correspondendo a um CAGR de 64,5% no período 2007-2011, superior ao crescimento médio ponderado anual da receita líquida de vendas no mesmo período. O lucro líquido foi de R$ 106,4 milhões, comparável aos R$ 86,2 milhões em 2010, e correspondeu a 13,6% da receita líquida. Ressaltamos que, enquanto o lucro líquido de 2010 foi impactado pelo resultado financeiro negativo de R$ 1,5 milhão, o lucro líquido de 2011 está diminuído em R$ 32,8 milhões por conta de prejuízo financeiro, e beneficiado por R$ 28,0 milhões de deságio apurado na aquisição dos ativos de nãotecidos. Os expressivos investimentos realizados em 2011 foram suportados pela geração operacional de caixa e por empréstimos de longo prazo, estratégia de “funding” que será mantida em 2012. Em que pese os empréstimos tomados em 2011 para suportar os investimentos de capital e a aquisições no exterior, o índice de endividamento pelo conceito Dívida Líquida/EBITDA encerrou o ano em 3,0. A Administração está confortável com este patamar de dívida diante do potencial de geração de caixa dos ativos operacionais e do perfil de longo prazo do endividamento, com vencimentos até 2019 e concentração diluída entre 2012 e 2016. b. estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando: i. hipóteses de resgate 3 ii fórmula de cálculo do valor de resgate A atual estrutura de capital é compatível com as atividades operacionais das suas controladas e com as necessidades de investimentos no médio e no longo prazo. Os recursos de terceiros são remunerados às taxas médias de mercado. A Administração está confortável com este patamar de endividamento, cujo perfil é de longo prazo com vencimentos até 2020. Adicionalmente, face ao perfil de longo prazo das novas captações, a Administração entende que a geração operacional de caixa é suficiente para honrar os compromissos assumidos. Com relação aos itens “i” e “ii” acima informamos que não existe esta possibilidade. c. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos A Administração monitora permanentemente, através de indicadores financeiros, a capacidade de pagamento do endividamento tanto da Petropar quanto de suas controladas no curto e no longo prazo e entende que as empresas têm capacidade para poder saldar seus compromissos, bem como têm capacidade para realizar novas captações visando novos investimentos. Em que pese os empréstimos tomados em 2011 para suportar os investimentos de capital e a aquisições no exterior, o índice de endividamento pelo conceito Dívida Líquida/EBITDA encerrou o ano em 3,0. A Administração está confortável com este patamar de dívida diante do potencial de geração de caixa dos ativos operacionais e do perfil de longo prazo do endividamento, com vencimentos até 2019 e concentração diluída entre 2012 e 2016. d. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas Trabalhamos com bancos comerciais de primeira linha que praticam taxas de juros compatíveis com nosso risco de crédito e com a necessidade de nossas operações para fins de capital de giro. Para suporte aos novos investimentos buscamos prioritariamente linhas de financiamento juntos a bancos de fomento ou bancos comerciais que possuam linhas de longo prazo a custos competitivos. Especificamente para suportar a aquisição de operações de nãotecidos em 2011, a Companhia emitiu debêntures simples nos termos da Instrução CVM nº 476. e. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez Nossas operações não apresentam deficiências de liquidez e a Administração não trabalha com tal hipótese. Para qualquer necessidade de recursos adicionais há disponibilidade de limites de crédito que suportam linhas de financiamento com taxas de juros semelhantes às atuais. 4 f. níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda: i. contratos de empréstimos e financiamentos relevantes A Petropar S.A. realizou operação de funding, necessária à aquisição da totalidade dos negócios de nãotecidos voltados ao segmento de descartáveis higiênicos da Fiberweb Holdings Limited compostos dos 50% ainda não detidos pela Petropar na “joint venture” FitesaFiberweb, e mais seis unidades industriais localizadas nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Suécia e China, incluindo o centro de pesquisa e desenvolvimento localizado na Alemanha. Houve a primeira emissão pela Companhia de 210 debêntures simples, não conversíveis em ações da espécie com garantia real e com garantia adicional fidejussória, no valor equivalente em Reais na data de emissão a US$ 210 milhões (R$ 389.886), nos termos da Instrução CVM nº 476. Nas empresas controladas pela Petropar os contratos de empréstimos relevantes são com as seguintes instituições financeiras: • FitesaFiberweb com o BNDES e com os bancos Santander e HSBC referentes à aquisição de três linhas de produção de nãotecidos, garantidos por aval da Petropar ou da Petropar conjuntamente com seu sócio no negócio de nãotecido , no caso da nova linha de produção no estado norte-americano da Carolina do Sul que entrou em operação final de 2010 cujo funding foi obtido junto ao HSBC, além de alienação fiduciária dos bens financiados; • Crown Embalagens Metálicas da Amazônia com bancos comerciais Bradesco, HSBC e Banco do Brasil referentes à construção da nova fábrica com duas linhas de produção em Ponta Grossa, PR; e • Arumã Produtora de Embalagens do Sergipe com o banco BNB – Banco do Nordeste do Brasil referente à construção de uma unidade de produção de latas de alumínio para bebidas, garantida por penhor de equipamentos. A duplicação da fábrica de Estância com a instalação de mais uma linha de produção cujo início das operações está previsto para o segundo trimestre de 2011 igualmente será preponderantemente financiada junto ao BNB. ii. outras relações de longo prazo com instituições financeiras iii. grau de subordinação entre as dívidas Não aplicável. Não aplicável. 5 iv. eventuais restrições impostas ao emissor, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário Em relação a determinados empréstimos tomados por controladas há as seguintes restrições: • Como garantias às debêntures foram prestadas fianças pelas subsidiárias integrais da emissora, alienação fiduciária das ações e cotas das subsidiárias integrais da emissora, cessão fiduciária de direito ao recebimento de dividendos de controladas da emissora e cessão fiduciária de direitos creditórios relativos aos mútuos mantidos pela emissora com suas subsidiárias integrais. As debêntures emitidas pela Companhia possuem covenants relativos a limites de endividamento (Dívida financeira líquida consolidada/Ebitda (resultado antes dos resultado financeiro, imposto de renda e depreciação/ amortização) progressivamente decrescentes de 4,25 em 2012 a 1,50 em 2016) e cobertura de encargos líquidos consolidados (Ebitda/despesas financeiras líquidas consolidadas progressivamente crescentes de 2,40 em 2012 a 5,00 em 2016); • Os bens financiados e os equipamentos dados em garantia possuem restrições quanto à sua alienação, que somente poderá ocorrer com autorização expressa das instituições financiadoras; • Determinados contratos de financiamentos de ativo permanente possuem cláusulas que determinam níveis máximos de endividamento e alavancagem, níveis mínimos de cobertura de encargos e manutenção de aplicações financeiras para cobertura de pagamentos de principal e encargos como objeto garantidor da dívida. Até o momento todos os covenants estão sendo cumpridos com as instituições em questão. O financiamento de ativo permanente mantido por controlada junto ao Banco Santander teve a adoção de novos covenants aprovados pelo banco a partir de janeiro de 2011, o qual dispensou ainda o cumprimento dos covenants em 31 de dezembro de 2010 como parte das mesmas negociações, estando tais negociações sujeitas à manifestação do segurador Euler Hermes Kreditversicherrungs AG. Já financiamento de ativo permanente mantido por controlada junto ao HSBC terá seus covenants referentes a 2012 e exercícios futuros renegociados para adequação dos mesmos ao novo contexto dos negócios de nãotecidos face à aquisição de novas operações ; e • Há cláusulas regulando mudanças de controle acionário, bem como restringindo alienação significativa de parcela de ativos. g. limites de utilização dos financiamentos já contratados Todos os financiamentos contratados foram integralmente utilizados aos fins a que se destinavam. 6 h. alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras Análise do Balanço Patrimonial de 2011 comparativamente ao de 2010 (em milhares de reais) A análise das demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações da Petropar S.A. e suas controladas, a seguir relacionadas: País Fitesa S.A. (antiga NT Participações S.A.) Petropar Riograndense Ltda. Petropar Agroflorestal Ltda. Mantar Mercedes S.A. Fitesa Nãotecidos S.A. FitesaFiberweb Ltd. Fitesa Sweden AB. Fitesa Italy Srl. Fiberweb Nonwoves Srl. Fitesa US LLC FitesaFiberweb Washougal Inc. FitesaFiberweb Simpsonville Inc. Fiberweb Simpsonville Inc. Fiberweb Sweden AB. Fiberweb Corovin GmbH. Fiberweb China Holding BV. Fiberweb Airlaid Company Ltd. FitesaFiberweb Mexico Holdings Ltd. FitesaFiberweb Mexico Holdings S.A. de CV FitesaFiberweb Mexico S.A. de CV FitesaFiberweb Servicios S.A. de CV FitesaFiberweb Peru S.A.C. Crown Embalagens Metálicas da Amazônia S.A. Crown Distribuidora de Embalagens Ltda. Arumã Produtora de Embalagens do Sergipe Ltda. Pet Holding S.A. Petropar Embalagens S.A. Atobá da Amazônia Ltda. America Tampas S.A. America Tampas da Amazônia S.A. Brasil Brasil Brasil Argentina Brasil Inglaterra Suécia Itália Itália EUA EUA EUA EUA Suécia Alemanha Holanda China Inglaterra México México México Peru Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Controle direto (%) Controle indireto (%) 31/12/11 31/12/11 99,99 99,95 99,99 50,00 50,00 50,00 100,00 - 99,99 99,99 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 50,00 50,00 50,00 100,00 7 Descrição dos principais procedimentos de consolidação a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; b. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas; c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre as empresas quando aplicável. Ganhos e perdas não realizados são eliminados da mesma maneira, mas apenas quando não há evidências de problemas de recuperação dos ativos relacionados; e d. Eliminação dos tributos sobre a parcela de lucro não realizado quando aplicável e apresentados como tributos diferidos no balanço patrimonial consolidado. As empresas controladas foram consolidadas proporcionalmente ao percentual de participação aplicado em cada rubrica das demonstrações financeiras. Consequentemente, não há destaque para participações de não controladores. As contas do balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2011 quando comparados com as de 31 de dezembro de 2010 estão fortemente impactados pelos saldos dos ativos e passivos provenientes dos balanços patrimoniais das diversas empresas de nãotecidos adquiridas na data-base das demonstrações financeiras. Abaixo apresentamos os saldos dos ativos adquiridos e passivos assumidos decorrentes dessa aquisição: 8 S aldos adquir idos Total aquis ição 5 0 % FitesaFibe rwe b Caixa e eq uiv alen t es d e c aixa Co n tas a receb er d e c lie n te s Es to q u es Ou t ra s créd ito s Imp os t os a recu p erar In ves timen to s Imo biliza d o In ta n gív el Total aquis ição 1 0 0 % Fi berweb Total aquis ição Fiberwe b 24.597 62.294 13.979 64.101 10.929 19 241.925 2.690 8.884 88.824 37.859 36.875 150 331.333 4.237 33.481 151.118 51.838 100.976 11.079 19 573.258 6.927 4 2 0 .5 3 4 50 8 .1 6 2 9 28 .69 6 19.440 171.778 8.813 40.104 42.850 36.594 44.649 62.290 171.778 45.407 84.753 Pas si vo 2 4 0 .1 3 5 12 4 .0 9 3 3 64 .22 8 Ativos lí quidos adquiri dos 1 8 0 .3 9 9 38 4 .0 6 9 5 64 .46 8 Ativo Fo rn e ced o re s Emp rés timo s e fin an ciamen tos Imp os t os a pag a r Ou t ra s con tas a p ag ar Ativo Consolidado Adicionalmente às variações decorrentes da incorporação dos ativos adquiridos acima, temos os comentários apresentados abaixo acerca das variações dos saldos das contas dos ativos: • No comparativo do ativo circulante consolidado de 2011 com o de 2010, o qual cresceu 142% (R$ 349.035), podemos destacar: o aumento das contas a receber de clientes em 223% (R$ 238.310) decorrente do aumento das vendas; o aumento de 129% (R$ 70.478) nos estoques principalmente pela reconstrução de níveis mínimos de estoques, notadamente nos negócios de latas de alumínio e nãotecidos, cujos estoques finalizaram 2011 em níveis elevados em relação a 2010, devido às aquisições de operações de nãotecidos comentada anteriormente. Os outros créditos relacionados teve aumento de 418% (R$ 26.337) referem-se preponderantemente à créditos provenientes da aquisição no negócio de nãotecidos. • O ativo não circulante consolidado aumentou 138% (R$ 729.937) em 2011 em relação a 2010 principalmente: pelo aumento de 160% (R$ 691.600) no ativo imobilizado pela incorporação dos ativos decorrentes dos negócios de nãotecidos adquiridos, cuja aquisição foi finalizada em 30 de dezembro de 2011 e cujo escopo englobou a totalidade dos negócios de nãotecidos voltados preponderantemente ao segmento de descartáveis higiênicos da Fiberweb Holdings Limited compostos dos 50% ainda não detidos pela Petropar na joint venture FitesaFiberweb (joint venture 50/50 formada em 2009 com a Fiberweb Plc. para operar nas Américas) e mais seis unidades industriais localizadas nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Suécia e 9 China, conforme comentado na Nota explicativa 19 (b) às demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2011. Passivo Consolidado Adicionalmente às variações decorrentes da incorporação dos passivos assumidos acima, temos os comentários apresentados abaixo acerca das variações dos saldos das contas dos passivos: • O passivo circulante consolidado no comparativo de 2011 com 2010, cujo aumento foi de 158% (R$ 315.573), podemos destacar o aumento de fornecedores em 115% (R$ 87.704); aumento de empréstimos e financiamentos em 197% (R$ 104.977), incluindo as debêntures emitidas para suportar a aquisição de operações de nãotecidos; aumento de provisões em 749% (R$ 46.120); aumento de credores diversos em 179% (R$ 15.278) devido à assunção dos passivos do negócio adquirido de nãotecidos. Aumento de credores por aquisição de ativos em 620% (R$ 47.521) devido as assunção de obrigação de pagamento de US$ 26 milhões com vencimento ao final de 2012, equivalentes a R$ 49 milhões decorrentes da aquisição de operações de nãotecidos. • No passivo não circulante consolidado no comparativo de 2011 com 2010 houve aumento de 274% (R$ 631.498), a saber: aumento de 284% (R$ 554.730) no saldo de empréstimos e financiamentos pelas mesmas razões apontadas na variação dos saldos de empréstimos e financiamentos do passivo circulante mencionada acima, ou seja, pelos empréstimos e financiamentos captados para suportar o plano de investimentos, incluindo as debêntures emitidas para suportar a aquisição de operações de nãotecidos; nas provisões o aumento de 328% (R$ 38.360); aumento dos impostos diferidos de 193% (R$ 30.597); aumento de credores diversos 932% (R$ 13.475) decorrentes da assunção de passivos não circulantes assumidos no negócio nãotecidos. • No patrimônio líquido, cujo aumento foi de 38% (R$ 131.901), cabe destacar a redução da reserva de reavaliação reflexa, decorrente de sua realização nas empresas controladas e aumento na formação de reservas de lucros pela constituição da reserva de lucros a realizar, originários de resultado de equivalência patrimonial em controladas, constituição de reserva estatutária para investimento e capital de giro e pela destinação da parcela de reserva legal sobre o lucro do exercício. Análise comparativa das demonstrações de resultados consolidados de 2011 comparativamente ao de 2010 (em milhares de reais) No comparativo do demonstrativo de resultados consolidados de 2011 com 2010, a receita líquida de vendas aumentou 25% (R$ 159.003), decorrente principalmente do aumento do volume de vendas nos negócios de nãotecidos e latas de alumínio, decorrente das expansões 10 de capacidade de produção de nãotecidos e latas de alumínio, cujos ativos implantados entraram em operação durante o ano de 2011. A margem de lucro bruto sobre a receita líquida de vendas ficou praticamente estável, acompanhando o aumento verificado na receita líquida de vendas. As despesas com vendas aumentaram 22% (R$ 5.671), alinhado com o percentual do aumento verificado na receita líquida de vendas. As despesas administrativas aumentaram 40% (R$ 12.425), fortemente impactadas pelas despesas decorrentes do processo de aquisição no negócio de nãotecidos e emissão das debêntures, incluindo advogados, consultores, auditores e assessores. O resultado financeiro foi de R$ 32.781 negativo num ano de alta depreciação do real frente às moedas base dos empréstimos e financiamento existentes na Companhia, compondo ainda a formação desse valor as receitas das aplicações financeiras, os encargos financeiros sobre os empréstimos e financiamentos e atualização das debêntures. Em 2011 foi apurado lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o qual, após ajuste pelas adições e exclusões e as devidas compensações, não foi apurado imposto de renda e contribuição social a pagar. O lucro líquido foi de R$ 106,4 milhões, comparável aos R$ 86,2 milhões em 2010, e correspondeu a 13,6% da receita líquida. Ressaltamos que, enquanto o lucro líquido de 2010 foi impactado pelo resultado financeiro negativo de R$ 1,5 milhão, o lucro líquido de 2011 está diminuído em R$ 32,8 milhões por conta de prejuízo financeiro, e beneficiado por R$ 28,0 milhões de deságio apurado na aquisição dos ativos de nãotecidos. 10.2 Comentários sobre: a. resultado das operações da companhia, em especial: i. descrição de quaisquer componentes importantes da receita A receita líquida consolidada alcançou R$ 782,8 milhões, com crescimento de 25% em relação a 2010, decorrente principalmente do aumento do volume de vendas nos negócios de nãotecidos e de latas de alumínio, suportada pela entrada em operação de novas capacidades instaladas. A geração operacional de caixa medida pelo conceito EBITDA foi de R$ 179,4 milhões, crescimento de 26,1% em relação a 2010, refletindo o aumento dos volumes vendidos, os ganhos de produtividade e o permanente controle de custos. A margem EBITDA / receita líquida alcançou 22,9%, ligeiramente superior a do ano anterior. ii. fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais 11 A controlada Crown Embalagens Metálicas da Amazônia concluiu a construção da planta de latas de múltiplos tamanhos em Ponta Grossa, PR, considerada a mais moderna do mundo no sistema Crown, podendo alcançar 2 bilhões/ano de latas e completou a instalação de sua segunda linha de produção em Estância, SE elevando a capacidade desta planta também para 2 bilhões unidades/ano. Na operação em Manaus - AM, onde está localizado centro produtivo de tampas metálicas, foi concluída a instalação da sexta máquina de conversão, o que elevou nossa capacidade anual para 6,5 bilhões de tampas. Ambos os fatores comentado acima contribuíram efetivamente para a melhoria dos resultados operacionais. No negócio de nãotecidos, a nova linha de produção de nãotecido no estado norteamericano da Carolina do Sul que havia entrado em operação em novembro de 2010, apresentou um aumento de volume físico em 13% como consequência da curva de crescimento da operação desta unidade, e da melhoria operacional das demais unidades operacionais de nãotecidos localizadas no Brasil, México e Estados Unidos. b. variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volume e introdução de novos produtos e serviços As principais variações de receita de vendas ocorreram face à introdução de novos produtos desenvolvidos internamente, a melhoria dos preços de vendas, ao aumento do volume de produtos ofertados com a entrada em operação das novas linhas de produção de Ponta Grossa - PR, Estância - SE, Manaus - AM e da Carolina do Sul - EUA. c. impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro Apesar da inflação para o consumidor em 6,55% (IPCA – indicador utilizado) no ano de 2011, a mesma não teve impacto relevante na variação de preços dos insumos e produtos, estando as principais matérias-primas (polipropileno e alumínio) atreladas a preços internacionais desses materiais. A taxa de câmbio influenciou negativamente o resultado financeiro, em virtude da depreciação do real frente às moedas estrangeiras, conforme comentado anteriormente. 10.3 Comentários sobre os efeitos relevantes que os eventos abaixo tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras e nos resultados: a. introdução ou alienação de segmento operacional Em 30 de dezembro de 2011 concluímos processo de aquisição da totalidade dos negócios de nãotecidos voltados ao segmento de descartáveis higiênicos da Fiberweb Holdings 12 Limited compostos de seis unidades industriais localizadas nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Suécia e China, incluindo o centro de pesquisa e desenvolvimento localizado na Alemanha. b. constituição, aquisição ou alienação de participação societária Em 30 de dezembro de 2011 concluímos processo de aquisição da totalidade dos negócios de nãotecidos voltados ao segmento de descartáveis higiênicos da Fiberweb Holdings Limited compostos dos 50% ainda não detidos pela Petropar na “joint venture” FitesaFiberweb. A combinação dos investimentos em crescimento orgânico com a aquisição acima descrita resulta nos seguintes aumentos de capacidades anuais de produção nos três principais negócios da Petropar, no período entre 2010 e 2012: -- em nãotecidos a capacidade instalada cresce de 78 mil toneladas para 242 mil toneladas, um aumento de 210%; -- no negócio de latas de alumínio a capacidade de produção aumenta 114%, de 3,5 bilhões de latas para 7,5 bilhões de latas; e -- no negócio de tampas plásticas o crescimento é de 40%, atingindo 4,2 bilhões de tampas. As operações inauguradas no último ano, com maturidade de produção a ser atingida em 2012, somadas aos projetos que se tornarão operacionais a partir de 2012, e a incorporação dos negócios de nãotecidos adquiridos na Europa, Ásia e EUA, potencializam nosso crescimento futuro. Ao mesmo tempo, a nova disposição geográfica e escala dos negócios fortalecem nossas posições competitivas e diluem os riscos inerentes aos empreendimentos. A plena utilização das capacidades de produção incrementais, associada ao histórico de gestão e operação do nosso grupo de colaboradores, permite à Administração da Petropar prever o atingimento de patamares recordes de produção nos próximos anos e a manutenção do ciclo virtuoso de crescimento sustentável com geração de valor. A Administração reitera sua confiança no cenário de expansão dos nossos principais mercados, fortemente associados ao segmento de bens de consumo de massa, favorecidos pelo relativo dinamismo dos países emergentes, pelas suas características anticíclicas e na penetração de novos nichos de mercado nos mercados maduros como os da Europa e dos Estados Unidos. c. eventos ou operações não usuais Não aplicável. 10.4 Comentários sobre: 13 a. mudanças significativas nas práticas contábeis As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas conforme as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que seguem os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e em conformidade com as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade - CFC. As demonstrações financeiras individuais da controladora foram elaboradas de acordo com o BR GAAP e, para o caso do Grupo, essas práticas diferem das IFRS aplicáveis para demonstrações financeiras separadas em função da avaliação dos investimentos em controladas e controladas em conjunto (joint ventures) pelo método de equivalência patrimonial no BR GAAP, enquanto para fins de IFRS seria pelo custo ou valor justo. Contudo, não há diferença entre o patrimônio líquido e o resultado consolidado apresentado pelo Grupo e o patrimônio líquido e resultado da entidade controladora em suas demonstrações financeiras individuais. Assim sendo, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo e as demonstrações financeiras individuais da controladora estão sendo apresentadas lado-a-lado em um único conjunto de demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo histórico com exceção dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. A preparação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as normas IFRS e as normas do CPC exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas são revistos de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em quaisquer exercícios futuros afetados. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para redução ao valor recuperável, provisão para créditos de liquidação duvidosa, imposto de renda diferido ativo e passivo, provisão para contingências, mensuração de instrumentos financeiros e intangíveis registrados por combinação de negócios. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá 14 resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. As informações sobre incertezas, premissas e estimativas que possuam risco significativo estão incluídas nas notas explicativas 8 – Imposto de renda e contribuição social diferidos e 14 – Provisões. b. efeitos significativos das alterações em práticas contábeis No âmbito do processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil para as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), a Companhia implementou os pronunciamentos, interpretações e orientações emitidos ao longo do exercício de 2009, com aplicação mandatória para os exercícios sociais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010, o qual vem seguindo desde então. Novas normas e interpretações ainda não adotadas Diversas normas, emendas a normas e interpretações IFRS emitidas pelo IASB ainda não entraram em vigor para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, sendo essas: • • • • • • • • • • • Alterações ao IFRS 7 – Instrumentos financeiros – Divulgação; Alterações ao IAS 12 – Tributos sobre o lucro; Alterações ao IAS 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas; Alterações ao IAS 28 - Investimentos em associadas; Alterações ao IAS 1 – apresentação das demonstrações financeiras; Alterações ao IAS 19 – benefícios a empregados; IFRS 10 – demonstrações financeiras consolidadas; IFRS 11 – acordos em conjunto; IFRS 12 – divulgação para entidades que possuem participações em subsidiárias, empreendimentos em controle conjunto, coligadas e/ou entidades não consolidadas; IFRS 13 – mensuração de valor justo; e IFRIC 20 – Custos relacionados a extração mineral. O CPC ainda não emitiu pronunciamentos equivalentes aos IFRS’s acima citados, mas existe expectativa de que o faça antes da data requerida de sua entrada em vigor. A adoção antecipada dos pronunciamentos do IFRS está condicionada à aprovação prévia em ato normativo da Comissão de Valores Mobiliários. A Companhia está em fase de análise dos impactos destas novas normas em suas demonstrações financeiras. 15 c. ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor O parecer dos auditores independentes relativo aos exames das demonstrações financeiras do exercício de 2011 foi emitido com ressalva por limitação de escopo. Tal limitação deveuse a Companhia ter finalizado o processo de aquisição da totalidade dos negócios de nãotecidos voltados ao segmento de descartáveis higiênicos da Fiberweb Holdings Limited, compostos dos 50% ainda não detidos pela Companhia na joint venture FitesaFiberweb (formada em 2009) e mais seis unidades industriais localizadas nos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Suécia e China e, devido a diversos fatores descritos na Nota 19(b) às demonstrações financeiras, encontrar-se, na data de autorização das demonstrações financeiras, ainda em processo de levantamento das informações para a valorização a valor justo dos ativos identificáveis e dos passivos assumidos nessa aquisição, em conformidade com o CPC 15 e IFRS 3. Consequentemente, não foi possível aos auditores concluir se eventual ajuste relevante seria necessário nos ativos, passivos e no resultado do exercício para adequá-los às práticas contábeis adotadas no Brasil e às normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) em decorrência dessa transação. O parecer dos auditores independentes relativo às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foi emitido sem ressalvas. Ambos os pareceres de 2011 e 2010 contêm ênfase quanto às demonstrações financeiras individuais por terem sido elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais diferem do IFRS, aplicáveis as demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas e controladas em conjunto pelo método da equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. 10.5 Indicações e comentários sobre políticas contábeis críticas adotadas, em especial estimativas contábeis feitas pela administração sobre questões incertas e relevantes para a descrição da situação financeira e dos resultados, que exijam julgamentos subjetivos ou complexos, tais como: provisões, contingências, reconhecimento da receita, créditos fiscais, ativos de longa duração, vida útil de ativos não-circulantes, planos de pensão, ajustes de conversão em moeda estrangeira, custos de recuperação ambiental, critérios para teste de recuperação de ativos e instrumentos financeiros. As políticas contábeis descritas a seguir têm sido aplicadas pela Companhia e suas controladas de maneira consistente a todos os períodos apresentados nessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas. a. Base de consolidação (i) Controladas e controladas em conjunto Controladas são os empreendimentos nos quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais. Controladas em conjunto são aqueles empreendimentos sobre cujas atividades a Companhia controla em conjunto com outros investidores, por meio de acordo contratual que exige consentimento unânime para as decisões financeiras e operacionais. 16 As demonstrações financeiras consolidadas incluem os ativos que a Companhia controla e os passivos nos quais ela incorre durante o curso das atividades e as despesas nas quais tenha incorrido e sua participação nas receitas que aufere. As controladas em conjunto foram consolidadas proporcionalmente ao percentual de participação em cada rubrica das demonstrações financeiras, inexistindo dessa forma destaque para participações de não controladores. As demonstrações financeiras de controladas e controladas em conjunto (joint venture) são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o controle ou controle compartilhado se inicia até a data em que ele deixa de existir. As políticas contábeis de controladas e controladas em conjunto estão alinhadas com as políticas adotadas pela Companhia. Nas demonstrações financeiras individuais da controladora as informações financeiras de controladas e controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial. (ii) Transações eliminadas na consolidação Saldos e transações intragrupo e quaisquer receitas ou despesas derivadas de transações intragrupo são eliminados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Ganhos não realizados oriundos de transações com companhias investidas registrado por equivalência patrimonial são eliminados contra o investimento na proporção da participação da Companhia na investida. Prejuízos não realizados são eliminados da mesma maneira como são eliminados os ganhos não realizados, mas somente até o ponto em que não haja evidência de perda por redução ao valor recuperável. Não foram apurados montantes relevantes referentes a ganhos ou perdas não realizados. (iii) Combinação de Negócios Aquisições efetuadas em 1º de janeiro de 2009 ou após essa data Combinações de negócio são registradas na data de aquisição, isto é, na data em que o controle é transferido para a Companhia utilizando o método de aquisição. Para aquisição ocorrida em 2010 (Nota 19 (a) às demonstrações financeiras), a Companhia mensurou o ágio como o valor justo da contraprestação transferida deduzindo o valor reconhecido líquido (valor justo) dos ativos e passivos assumidos identificáveis, todos mensurados na data da aquisição, tanto em relação à participação adquirida como para a participação já detida na investida, sendo este último lançado integralmente ao resultado. Para aquisição ocorrida em 2011, conforme descrito na Nota 19 (b) às demonstrações financeiras, a Companhia está utilizando o método de aquisição, sendo que foi determinado um ganho decorrente do acordo da compra que foi reconhecido imediatamente na demonstração de resultados do exercício. 17 Para cada combinação de negócios a Companhia escolhe se irá mensurar a participação nãocontroladora pelo seu valor justo ou pela participação proporcional da participação nãocontroladora sobre os ativos líquidos identificáveis, apurados na data de aquisição. Os custos de transação, que não sejam aqueles associados com a emissão de títulos de dívida ou de participação acionária, os quais a Companhia incorre com relação a uma combinação de negócios, são reconhecidos como despesas à medida que são incorridos. O resultado é apurado em conformidade com o regime de competência. (iv) Transações em moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional pela taxa de câmbio das datas das transações. Ativos e passivos monetários em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional pela taxa de câmbio da data do fechamento. Os ganhos e as perdas de variações nas taxas de câmbio sobre os ativos e os passivos monetários são reconhecidos na demonstração de resultados. Ativos e passivos não monetários adquiridos ou contratados em moeda estrangeira são convertidos com base nas taxas de câmbio das datas das transações ou nas datas de avaliação ao valor justo quando este é utilizado. (v) Operações no exterior Os ganhos e as perdas decorrentes de variações de investimentos no exterior são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido na conta de ajustes acumulados de conversão e reconhecidos no demonstrativo de resultado quando esses investimentos forem alienados, total ou parcialmente. As demonstrações financeiras de controladas no exterior são ajustadas às práticas contábeis do Brasil e, posteriormente, convertidas para a moeda funcional local pela taxa de câmbio da data do fechamento. Os ativos e passivos de operações no exterior, incluindo ágio e ajustes de valor justo resultantes na aquisição, são convertidos para Real às taxas de câmbio apuradas na data de apresentação. As diferenças de moedas estrangeiras são reconhecidas em ajustes acumulados de conversão, e apresentadas no patrimônio líquido, conforme CPC 02 Efeito das Mudanças na Taxa de Câmbio e da Conversão das Demonstrações Contábeis. b. Instrumentos financeiros (i) Ativos e Passivos financeiros não derivativos A Companhia reconhece os empréstimos recebíveis e depósitos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. 18 A Companhia não reconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual essencialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida pela Companhia nos ativos financeiros é reconhecida como um ativo ou passivo individual. A Companhia reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retirada, cancelada ou vencida. Os ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, a Companhia tenha o direito legal de compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e quitar o passivo simultaneamente. Instrumentos financeiros não-derivativos incluem aplicações financeiras, contas a receber e outros recebíveis, caixa e equivalentes de caixa, empréstimos e financiamentos, assim como contas a pagar e outras dívidas e são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido, para instrumentos que não sejam reconhecidos pelo valor justo através de resultado, de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são medidos pelo custo amortizado, pelo método dos juros efetivos decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Os ativos financeiros não derivativos abrangem caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, clientes e outros créditos. Passivos financeiros não derivativos abrangem empréstimos, fornecedores e outras contas a pagar. Aplicações financeiras que tenham limitações para utilização estão apresentados no ativo não circulante. As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado incluindo os respectivos impostos diretos de responsabilidade tributária da Companhia. A Companhia avaliou o efeito de ajuste a valor presente (AVP) sobre saldo de contas a receber de clientes e receita de vendas e, considerando o curto prazo entre o reconhecimento da receita e liquidação por parte do cliente, os valores calculados foram considerados imateriais, não gerando ajustes. A Companhia avaliou o efeito do AVP sobre saldos de passivo e não identificou valores materiais a serem ajustados. 19 (ii) Capital Social Ações ordinárias e preferenciais Ações ordinárias e preferenciais são classificadas como patrimônio líquido. O capital preferencial é classificado como patrimônio líquido, caso seja não resgatável ou somente resgatável à escolha da Companhia. Ações preferenciais não dão direito a voto e possuem preferência na liquidação da sua parcela do capital social. As ações preferenciais têm direito ao dividendo na mesma proporção daqueles pagos às ações ordinárias. Em caso de alienação do controle por meio de oferta pública de ações (tag along), os detentores de ações preferenciais têm seu preço de venda assegurado em 80% do preço pago por ação com direito a voto. (iii) Instrumentos financeiros derivativos Certas controladas da Companhia detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscos relativos a moedas estrangeiras e de taxas de juros. Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo; custos de transação atribuíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. Após o reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e as variações contabilizadas no resultado. c. Imobilizado (i) Reconhecimento e mensuração Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, acrescido de reavaliação espontânea de certas controladas até o final de 2007, deduzido de depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas. O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela Companhia inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessários para que esses sejam capazes de operar. O software comprado que seja parte integrante da funcionalidade de um equipamento é capitalizado como parte daquele equipamento. Encargos financeiros para os empréstimos diretamente vinculados a projeto de construção ou a qualquer outro ativo qualificável são capitalizados. Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado (apurados pela diferença entre os recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado), são reconhecidos em outras receitas/ despesas operacionais no resultado. 20 (ii) Custos subsequentes Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos recorrentes são registrados no resultado. (iii) Depreciação A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual. A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. d. Intangível (i) Ágio O ágio (goodwill) resultante na aquisição de controlada é apurado como descrito na Nota 19 (a) às demonstrações financeiras e incluído nos ativos intangíveis nas demonstrações financeiras consolidadas. O ágio é medido pelo custo, deduzido das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. Nas demonstrações individuais da controladora, com relação às companhias investidas registradas por equivalência patrimonial, o valor contábil do ágio é incluído no valor contábil do investimento e uma perda por redução ao valor recuperável em tal investimento não é alocada para nenhum ativo, incluindo o ágio, que faz parte do valor contábil das companhias investidas registradas por equivalência patrimonial, quando aplicável. (ii) Outros ativos intangíveis Outros ativos intangíveis adquiridos que têm vidas úteis definidas são mensurados pelo custo, deduzidos da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. (iii) Gastos subsequentes Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando eles aumentam os futuros benefícios econômicos incorporados no ativo específico ao quais se relacionam. Todos os outros gastos, incluindo gastos com ágio gerado internamente e marcas, são reconhecidos no resultado conforme incorridos. 21 (iv) Amortização Exceto pelo ágio, a amortização é reconhecida no resultado baseando-se no método linear baseada nas vidas úteis estimadas de ativos intangíveis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso. As vidas úteis estimadas para o período corrente e comparativo são as seguintes: • • • Intangíveis avaliados à valor justo: 5 anos; Licença de uso de software: 3 – 5 anos; e Custo de desenvolvimento: 4 – 6 anos. Métodos de amortização, vidas úteis e valores residuais são revistos a cada encerramento de exercício financeiro e ajustados caso seja adequado. e. Redução ao valor recuperável – Impairment (i) Ativos financeiros (incluindo recebíveis) Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser estimados de uma maneira confiável. A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido à Companhia sobre condições de que a Companhia não consideraria em outras transações, indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência, ou o desaparecimento de um mercado ativo para um título. Além disso, para um instrumento patrimonial, um declínio significativo ou prolongado em seu valor justo abaixo do seu custo é evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável. Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado A Companhia considera evidência de perda de valor de ativos mensurados pelo custo amortizado (para recebíveis) tanto no nível individualizado como no nível coletivo. Ativos individualmente significativos são avaliados quanto à perda de valor específico. Todos os recebíveis individualmente significativos identificados como não tendo sofrido perda de valor individualmente são então avaliados coletivamente quanto a qualquer perda de valor que tenha ocorrido, mas não tenha sido ainda identificada. Ativos individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto a perda de valor por agrupamento conjunto desses títulos com características de risco similares. 22 Ao avaliar a perda de valor recuperável de forma coletiva a Companhia utiliza tendências históricas da probabilidade de inadimplência, do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o julgamento da Administração quanto as premissas se as condições econômicas e de crédito atuais são tais que as perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas. Uma redução do valor recuperável com relação a um ativo financeiro mensurado pelo custo amortizado é calculada como a diferença entre o valor contábil e o valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão contra recebíveis ou ativos mantidos até o vencimento. Os juros sobre o ativo que perdeu valor continuam sendo reconhecidos. Quando um evento subsequente indica reversão da perda de valor, a diminuição na perda de valor é revertida e registrada no resultado. (ii) Ativos não financeiros Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e imposto de renda e contribuição social diferidos, são revistos a cada data de apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo é determinado. No caso de ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida, o valor recuperável é estimado todo ano na mesma época. O valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em uso e o valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados aos seus valores presentes através da taxa de desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado quanto ao período de recuperabilidade do capital e os riscos específicos do ativo. Para a finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não podem ser testados individualmente são agrupados no menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos (a “unidade geradora de caixa ou UGC”). Para fins do teste do valor recuperável do ágio, o montante do ágio apurado em uma combinação de negócios é alocado á UGC da investida. Essa alocação reflete o menor nível no qual o ágio é monitorado para fins internos e não é maior que um segmento operacional determinado de acordo com o IFRS 8 e o CPC 22. f. Estoques Avaliados ao custo médio de aquisição ou de produção, que não excede o valor realizável líquido. O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos estoques. No caso de estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade normal de operação. 23 g. Provisões Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado e é provável que um recurso econômico seja requerido para liquidar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. h. Receita operacional A receita operacional de vendas no curso normal das atividades é medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecida quando existe evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos inerentes a propriedade dos bens foram transferidos para o comprador. i. Receitas financeiras e despesas financeiras As receitas financeiras abrangem principalmente receitas de rendimentos sobre aplicações financeiras. A receita de juros é reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos. As variações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado e ganhos nos instrumentos de financeiros derivativos que são reconhecidos no resultado financeiro. As despesas financeiras abrangem principalmente despesas com juros e encargos sobre financiamentos. Custos de financiamento que não são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados no resultado através do método de juros efetivos. j. Subvenção governamental Uma subvenção governamental é reconhecida no resultado ao longo do período, confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições do CPC 07 - Subvenções e Assistências Governamentais. A Companhia atende aos requisitos para reconhecimento no resultado. As doações e as subvenções recebidas pelas controladas antes da adoção inicial das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 foram registradas em conta de reserva de capital no patrimônio líquido e serão mantidas até a sua destinação. k. Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social, do exercício corrente e diferido, são calculados sobre o lucro tributável às alíquotas de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável, conforme legislação aplicável, para imposto de renda e 9% para contribuição social e consideram quando aplicável a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro tributável. As controladas no exterior estão 24 sujeitas à alíquota de imposto de renda de 30% no México e 35% nos Estados Unidos, incidindo tais alíquotas sobre os lucros tributáveis, de acordo com as legislações vigentes em cada país sede. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados à combinação de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes. O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações financeiras. Os valores apresentados consideram a adoção ao Regime Tributário Transitório (“RTT”), que se tornou obrigatório a partir do exercício de 2010 e tem por objetivo manter a neutralidade fiscal das alterações na legislação societária brasileira e têm seus efeitos fiscais temporários apurados e apresentados no imposto de renda e contribuição social diferidos. Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados, caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação. Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais, créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados quando é provável que lucros futuros sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados. Ativos de imposto de renda e contribuição social diferido são revisados a cada data de relatório e serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável. l. Resultado por ação O resultado por ação básico é calculado por meio do resultado do período atribuível aos acionistas da Companhia e a média ponderada das ações ordinárias e preferenciais em circulação no respectivo período. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Companhia apresenta o resultado por ação diluído em mesmo montante que o cálculo básico, pois não 25 existem instrumentos financeiros com direito a conversibilidade em ações e suas ações preferenciais e ordinárias não possuem distinção na participação dos lucros. m. Informação por segmento Um segmento operacional é um componente da Companhia e suas controladas que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas. Todos os resultados operacionais dos segmentos operacionais são revistos frequentemente pelos Administradores da Companhia para decisões sobre os recursos a serem alocados aos segmentos, para avaliação de seu desempenho e para os quais informações financeiras individualizadas estão disponíveis. Os resultados de segmentos incluem itens diretamente atribuíveis ao segmento, bem como aqueles que podem ser alocados em bases razoáveis. n. Demonstrações de valor adicionado A Companhia elaborou demonstrações do valor adicionado (DVA) individual e consolidada nos termos do pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, as quais são apresentadas como parte integrante das demonstrações financeiras conforme BRGAAP aplicável às companhias abertas, enquanto para IFRS representam informação financeira adicional. 10.6 Comentários sobre controles internos adotados para assegurar a elaboração de demonstrações financeiras confiáveis: a. grau de eficiência de tais controles, indicando eventuais imperfeições e providências adotadas para corrigi-las A Companhia possui controles internos que garantem a veracidade das informações constantes nas demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes, representando adequadamente sua posição patrimonial e financeira. Revisões especiais em contas específicas são efetuadas por auditores independentes, garantindo a correção das operações e a acuracidade dos saldos contábeis existentes. b. deficiências e recomendações sobre os controles internos presentes no relatório do auditor independente Não foram relatadas deficiências e recomendações no relatório dos auditores independentes. 26 10.7 Comentário sobre oferta pública de distribuição de valores mobiliários a. como os recursos resultantes da oferta foram utilizados A Companhia não efetuou oferta pública de distribuição de valores mobiliários. b. se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da respectiva distribuição Não aplicável. c. caso tenha havido desvios, as razões para tais desvios Não aplicável. 10.8 Descrição dos itens relevantes não evidenciados nas demonstrações financeiras a. os ativos e passivos detido, direta ou indiretamente, que não aparecem no seu balanço patrimonial, tais como: i. arrendamentos mercantis operacionais, ativos e passivos ii. carteiras de recebíveis baixadas sobre as quais a entidade mantenha riscos e responsabilidades, indicando respectivos passivos iii. contratos de futura compra e venda de produtos e serviços iv. contratos de construção não terminada v. contratos de recebimentos futuros de financiamentos Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável. b. outros itens não evidenciados nas demonstrações financeiras Não aplicável. 27 10.9 Comentários em relação a cada um dos itens não evidenciados nas demonstrações financeiras indicadas no item 10.8 a. como tais itens alteram ou poderão alterar as receitas, as despesas, o resultado operacional, as despesas financeiras ou outros itens das demonstrações financeiras Não aplicável. b. natureza e o propósito da operação Não aplicável. c. natureza e o montante das obrigações assumidas e dos direitos gerados em favor do emissor em decorrência da operação Não aplicável. 10.10 Indicações e comentários sobre os principais elementos do plano de negócios do emissor, explorando especificamente os seguintes tópicos: a. investimentos, incluindo: i. descrição quantitativa e qualitativa dos investimentos em andamento e dos investimentos previstos A Companhia opera em setores intensivos de capital e tecnologia. A Administração está atenta às necessidades de investimento para a manutenção e o fortalecimento de suas posições competitivas. Nossos negócios, embora voltados ao processo industrial, estão fortemente associados ao segmento de bens de consumo de massa, que tem experimentado rápido crescimento pelo aumento da renda média familiar, pelo processo de ascensão social e pelo efeito do fator multiplicador dessa mobilidade social sobre os segmentos onde atuamos. Quanto aos investimentos comentados em nosso último relatório, em 2011 iniciaram operação, no prazo previsto e dentro do orçamento de US$ 220 milhões, a fábrica de latas de alumínio em Ponta Grossa, PR, a linha que duplicou a capacidade de produção de latas em Estância, SE e a nova fábrica de nãotecidos em Simpsonville, no estado norte-americano da Carolina do Sul. Com partidas previstas em 2012, destacamos os investimentos em uma linha de produção em Gravataí, RS e uma planta industrial em Lima, Peru, ambas no negócio de nãotecidos, e uma fábrica de latas de alumínio em Santa Isabel, PA, os quais somam US$ 140 milhões. 28 A combinação dos investimentos em crescimento orgânico com a aquisição acima descrita resulta nos seguintes aumentos de capacidades anuais de produção nos três principais negócios da Petropar, no período entre 2010 e 2012: -- em nãotecidos a capacidade instalada cresce de 78 mil toneladas para 242 mil toneladas, um aumento de 210%; -- no negócio de latas de alumínio a capacidade de produção aumenta 114%, de 3,5 bilhões de latas para 7,5 bilhões de latas; e -- no negócio de tampas plásticas o crescimento é de 40%, atingindo 4,2 bilhões de tampas. As operações inauguradas no último ano, com maturidade de produção a ser atingida em 2012, somadas aos projetos que se tornarão operacionais a partir de 2012, e a incorporação dos negócios de nãotecidos adquiridos na Europa, Ásia e EUA, potencializam nosso crescimento futuro. Ao mesmo tempo, a nova disposição geográfica e escala dos negócios fortalecem nossas posições competitivas e diluem os riscos inerentes aos empreendimentos. A plena utilização das capacidades de produção incrementais, associada ao histórico de gestão e operação do nosso grupo de colaboradores, permite à Administração da Petropar prever o atingimento de patamares recordes de produção nos próximos anos e a manutenção do ciclo virtuoso de crescimento sustentável com geração de valor. A Administração reitera sua confiança no cenário de expansão dos nossos principais mercados, fortemente associados ao segmento de bens de consumo de massa, favorecidos pelo relativo dinamismo dos países emergentes, pelas suas características anticíclicas e na penetração de novos nichos de mercado nos mercados maduros como os da Europa e dos Estados Unidos. 29 Nossas diretrizes estratégicas determinam: -- Atuação em mercados “business-to-business” onde a competição seja saudável e as práticas comerciais formais; -- Baixa dependência do setor público e agências reguladoras; -- Capacidade de gerar valor através de plataformas tecnológicas estado-da-arte; -- Potencial de crescimento em taxas superiores a duas vezes o crescimento do PIB. ii. fontes de financiamento dos investimentos Para fazer frente aos investimentos a Companhia tem captado financiamentos em instituições financeiras (bancos comerciais e bancos de desenvolvimento nacional e internacional) de primeira linha através de linhas de crédito de longo prazo com fluxo de desembolsos compatíveis com os prazos de geração de caixa dos novos investimentos e também usar recursos próprios gerados pela sua operação que garantirão o funding necessário aos projetos de expansão. Houve também, a primeira emissão pela Companhia de 210 debêntures simples, não conversíveis em ações da espécie com garantia real e com garantia adicional fidejussória, no valor equivalente em reais na data de emissão a US$ 210 milhões (R$ 389.886), nos termos da Instrução CVM nº 476. A Administração também está propondo a retenção de parte do lucro do exercício de 2011, no montante de R$ 14,0 milhões para a constituição da reserva estatutária de Investimento e Capital de Giro, assegurando, porém aos Acionistas a distribuição de dividendos mínimos previsto pelo Estatuto Social. 30 iii. desinvestimentos relevantes em andamento e desinvestimentos previstos Não aplicável. b. desde que já divulgada, indicar a aquisição de plantas, equipamentos, patentes ou outros ativos que devam influenciar materialmente a capacidade produtiva Vide divulgação no item 10.10 (a) (i) acima. c. Novos produtos e serviços, indicando: i. descrição das pesquisas em andamento já divulgadas ii. montantes totais gastos em pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou serviços iii. projetos em desenvolvimento já divulgados iv. montantes totais gastos no desenvolvimento de novos produtos ou serviços Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável. Não aplicável. 10.11 Comentário sobre outros fatores que influenciaram de maneira relevante o desempenho operacional e que não tenham sido identificados ou comentados nos demais itens desta seção Todos os fatores que influenciaram de maneira relevante foram comentados nos tópicos anteriores. 31 Conforme estabelece a instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, artigo 24, parágrafo 3º, inciso I, atualizamos os campos correspondentes do Formulário de Referência, respectivos a alteração de administrador, itens 12.6 a 12.10. 12.6 Em relação a cada um dos administradores e membros do conselho fiscal do emissor, indicar em forma de tabela: Órgão Conselho de Administração Nome Cargo eletivo ocupado Data da eleição Data da Posse Prazo de mandato Outros cargos ou funções exercidos no emissor 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos Membro do Comitê Executivo Sim Indicação se foi eleito por controlador ou não Idade Profissão CPF Sheun Ming Ling 91 Contador e Economista 001.233.66020 William Ling 55 Administrador 293.540.13015 Lydia Wong Ling 83 Administradora 456.124.47000 Conselheira 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim Wilson Ling 50 Administrador 345.889.65034 Conselheiro 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos Membro do Comitê Executivo Sim Paulo Rabello de Castro 63 202.955.61734 Conselheiro 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim Fausto Penna Moreira Filho 63 330.369.77872 Conselheiro 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim Célia Beatriz Padovan Pacheco Pedro Paulo Elejalde de Campos Economista e Advogado Engenheiro Mecânico e Economista Presidente do Conselho de Administração Vice-Presidente do Conselho de Administração 52 Advogada 030.245.19866 Conselheira 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim 57 Engenheiro Mecânico 264.776.45068 Conselheiro 16/04/2010 16/04/2010 Dois anos N/A Sim 32 Órgão Nome Geraldo Ebling Enck Idade Profissão CPF Cargo eletivo ocupado 58 Engenheiro Mecânico e Administrador 251.899.30025 Diretor Presidente 30/03/2012 30/03/2012 Um ano Contador 367.988.43034 Diretor Corporativo e de Relações com Investidores 30/03/2012 30/03/2012 Um ano Diretoria Eduardo Lubisco Souza 50 Data da eleição Data da Posse Prazo de mandato Outros cargos ou funções exercidos no emissor Membro do Comitê Executivo Membro do Comitê Executivo 33 Indicação se foi eleito por controlador ou não Sim Sim 12.7. Fornecer as informações mencionadas no item 12.6 em relação aos membros dos comitês estatutários, bem como dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remuneração, ainda que tais comitês ou estruturas não sejam estatutários. Em agosto de 2007, com o objetivo de assessorar o Conselho de Administração em suas atribuições relativas à execução dos planos e gestão da Companhia, foi criado e instalado o Comitê Executivo. Ao Comitê Executivo, como órgão auxiliar e consultivo do Conselho de Administração, compete emitir recomendações sobre os assuntos específicos propostos pelo Conselho de Administração relativamente à gestão e estratégia da Companhia e suas controladas, assessoramento na execução de suas responsabilidades relativas à análise e desenvolvimento de novos negócios, acompanhamento da administração executiva das empresas e resultados, análise de orçamentos e finanças da Companhia e controladas. O prazo de mandato é fixado quando da eleição de seus membros, podendo estes serem destituíveis, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração. A composição do Comitê Executivo é de no mínimo três e no máximo cinco membros eleitos pelo Conselho de Administração e está demonstrada a seguir: Data da eleição Data da Posse Prazo de mandato Indicação se foi eleito por controlador ou não Idade Profissão CPF Cargo eletivo ocupado William Ling 55 Administrador 293.540.130-15 Vice-Presidente do Conselho de Administração 18/04/2011 18/04/2011 Um ano Sim Wilson Ling 50 Administrador 345.889.650-34 Conselheiro 18/04/2011 18/04/2011 Um ano Sim Geraldo Ebling Enck 58 Engenheiro Mecânico e Administrador 251.899.300-25 Diretor Presidente 18/04/2011 18/04/2011 Um ano Sim 367.988.430-34 Diretor Corporativo e de Relações com Investidores 18/04/2011 18/04/2011 Um ano Sim Nome Eduardo Lubisco Souza 50 Contador 34 12.8 Em relação a cada um dos administradores e membros do conselho fiscal fornecer: a) Currículo, contendo as seguintes informações: i. Principais experiências profissionais durante os últimos 5 anos, indicando: - nome da empresa. - cargo e funções inerentes ao cargo. - atividade principal da empresa na qual tais experiências ocorreram, destacando as sociedades ou organizações que integram (i) o grupo econômico do emissor, ou (ii) de sócios com participação, direta ou indireta, igual ou superior a 5% de uma mesma classe ou espécie de valores mobiliários do emissor. ii. indicação de todos os cargos de administração que ocupe ou tenha ocupado em companhias abertas SHEUN MING LING Formação: Contabilidade e Economia (ambos na China) Experiência Profissional: Ex-chefe do departamento de contabilidade e, posteriormente, de auditoria da China Vegetable Oil Co., administrou diversas empresas do ramo de óleos vegetais. Fundador da Olvebra S.A., onde atuou de 1955 a 1990. Atualmente ocupa o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Petropar S.A. WILLIAM LING Formação: Administração de Empresas. Master of Sciences in Management Stanford Business School - USA Experiência Profissional: É Vice-Presidente do Conselho de Administração da Petropar S.A., ex-Diretor das seguintes empresas: Fitesa Horizonte Industrial Ltda., Fitesa S.A., Fitesa Industrial Ltda. e Petropar Riograndense Ltda. Também é membro dos Conselhos de Administração das empresas Petropar Embalagens S.A. e Crown Embalagens Metálicas da Amazônia S.A. LYDIA WONG LING Experiência Profissional: É ex-Diretora da Terramar Participações Ltda. e Terramar Investimentos S.A., Vicepresidente do Conselho de Administração da Terramar Investimentos S.A. e Conselheira de Administração da Petropar S.A. 35 WILSON LING Formação: MBA pela Universidade de Chicago (USA) Experiência Profissional: É ex-Diretor das seguintes empresas: Fitesa Horizonte Industrial Ltda., Fitesa Industrial Ltda, Crown Tampas S.A. e membro dos Conselhos de Administração da Petropar Embalagens S.A., Crown Embalagens Metálicas da Amazônia S.A. e Petropar S.A. PAULO RABELLO DE CASTRO Formação: Doctor of Philosophy (PhD) pela Universidade de Chicago (USA); Master of Arts pela Universidade de Chicago (USA), Bacharel em Ciências Econômicas e em Direito Experiência Profissional: Sócio-Diretor da RC Consultores Associados Ltda., Conselheiro Administrativo da Montreal Engenharia Ltda. e da Petropar S.A. FAUSTO PENNA MOREIRA FILHO Formação: Engenheiro Mecânico pela Escola Politécnica, formado em 1971; MBA – Harvard Business, formado em 1974. Experiência Profissional: Ex-diretor de operações do Banco de Investimentos Credibanco e Ex-diretor presidente da Alcoa Alumínio S.A. CELIA BEATRIZ PADOVAN PACHECO Formação: Advogada pela USP e Graduada no Programa Internacional de Direção das Empresas Familiares pela Universidade Adolfo Ibáñez e Harvard Business Scholl. Experiências Profissionais: Ex-sócia do escritório Pinheiro Neto (SP), participa de diversas entidades, entre elas o Centro de Estudos de Administração de Escritórios de Advocacia - CEAE e atua como membro do Conselho de Administração de diversas empresas. PEDRO PAULO ELEJALDE DE CAMPOS Formação: Engenheiro e administrador de empresas pela UFRGS e Mestre em Administração pela FGV/SP. 36 Experiências Profissionais: Atua desde 1982 em M&A, private equity e mercado de capitais, no Brasil e EUA, em instituições como J.P. Morgan, G.E. Capital, Oppenheimer e Citigroup. É sócio e principal executivo da Angra Partners e participa ou participou de diversos Conselhos de Administração, como os da Brasil Telecom S.A. e Teleming Participações S.A., Impacta S.A. e GE Dako S.A. GERALDO EBLING ENCK Formação: Engenheiro Mecânico e Administração de Empresas pela UFRGS, com especialização em Marketing e Finanças na Universidade de Stanford. Experiência profissional: Oriundo do grupo Dana Albarus, trabalha na Petropar desde 1988. Foi Diretor Geral da Petropar Embalagens S.A. e Crown Tampas S.A. durante 7 anos, e também atuou como principal executivo da Fitesa S.A. Atualmente é Diretor da Fitesa S/A e Diretor Presidente da Petropar S.A. EDUARDO LUBISCO SOUZA Formação: Graduado em Ciências Contábeis pela UFRGS com Mestrado em Administração pela mesma universidade. Experiência profissional: Oriundo da Pricewaterhousecoopers onde atuou por 14 anos, foi Controller da Fitesa S.A. entre 1997 e 1998 e Diretor Financeiro e de Relações com Investidores na Telet S.A., Americel S.A. e na Claro S.A. no período entre 1998 e 2008. Atualmente é Diretor Corporativo e de Relações com Investidores na Petropar S.A. b. descrição de qualquer dos seguintes eventos que tenham ocorrido durante os últimos 5 anos: i. ii. iii. qualquer condenação criminal qualquer condenação em processo administrativo da CVM e as penas aplicadas qualquer condenação transitada em julgado, na esfera judicial ou administrativa, que o tenha suspendido ou inabilitado para a prática de uma atividade profissional ou comercial qualquer Os administradores da Petropar S.A. não se enquadram em nenhum item acima. 37 12.9. Informar a existência de relação conjugal, união estável ou parentesco até o segundo grau entre: a. b. c. d. administradores do emissor (i) administradores do emissor e (ii) administradores de controladas, diretas ou indiretas, do emissor (i) administradores do emissor ou de suas controladas, diretas ou indiretas e (ii) controladores diretos ou indiretos do emissor (i) administradores do emissor e (ii) administradores das sociedades controladas diretos ou indiretos do emissor O Sr. Sheun Ming Ling , Presidente do Conselho de Administração, é casado com a Sra. Lydia Wong Ling, Conselheira, sendo o casal pais dos Conselheiros William Ling e Wilson Ling. 12.10. Informar sobre relações de subordinação, prestação de serviço ou controle mantidas, nos 3 últimos exercícios sociais, entre administradores do emissor e: a. b. c. sociedade controlada, direta ou indiretamente, pelo emissor controlador direto ou indireto do emissor caso seja relevante, fornecedor, cliente, devedor ou credor do emissor, de sua controlada ou controladoras ou controladas de alguma dessas pessoas Não existe relação de subordinação entre estas pessoas. 38 Remuneração dos Administradores – Conforme item 13 da IN CVM 480/09 13.1. Descrever a política ou prática de remuneração do conselho de administração, da diretoria estatutária, do conselho fiscal, dos comitês estatutários e dos comitês de auditoria, de risco, financeiro e de remuneração, abordando os seguintes aspectos: a. Objetivos da política ou prática de remuneração Gestão de remuneração voltada para as práticas de mercado de forma a ser competitivo na remuneração e atrair e reter profissionais com as competências requeridas às diversas funções. b. Composição da remuneração, indicando: i. descrição dos elementos da remuneração e os objetivos de cada um deles Administração: De acordo com práticas de mercado. ii. qual a proporção de cada elemento na remuneração total Administração: 100%. iii. metodologia de cálculo e de reajuste de cada um dos elementos da remuneração Administração: O reajuste é anual de acordo com práticas de mercado. iv. razões que justificam a composição da remuneração Administração: Manter a competitividade da remuneração às médias de mercado, de forma a atrair e reter os profissionais. c. principais indicadores de desempenho que são levados em consideração na determinação de cada elemento da remuneração Administração: não aplicável. d. como a remuneração é estruturada para refletir a evolução dos indicadores de desempenho Administração: não aplicável. 39 e. como a política ou prática de remuneração se alinha ao interesse do emissor de curto, médio e longo prazo Administração: não aplicável. f. existência de remuneração suportada por subsidiárias, controladas ou controladores diretos ou indiretos Parte da remuneração paga aos administradores é suportada por empresa controlada. A prática de remuneração é a gestão de remuneração voltada para as práticas de mercado de forma a ser competitivo na remuneração e atrair e reter profissionais com as competências requeridas às diversas funções. g. existência de qualquer remuneração ou benefício vinculado à ocorrência de determinado evento societário, tal como a alienação do controle societário do emissor Administração: não aplicável. 13.2 Em relação à remuneração reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente do conselho de administração, da diretoria estatutária, e do conselho fiscal: Administração: Em reais: 2009 779.400,00 2010 831.730,00 2011 914.924,51 A proposta de remuneração a ser deliberada pela Assembleia Geral Ordinária em 03 de maio de 2012, para o período compreendido de maio de 2012 até abril de 2013, será de R$ 940.170,00 13.3. Em relação à remuneração variável reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente do conselho de administração, da diretoria estatutária, e do conselho fiscal: Administração: não aplicável. 13.4. Em relação ao plano de remuneração baseado em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária, em vigor no último exercício social e previsto para o exercício social corrente: 40 A Companhia não possui plano de remuneração baseado em ações. 13.5. Informar a quantidade de ações ou cotas direta ou indiretamente detidas, no Brasil ou no exterior, e outros valores mobiliários conversíveis em ações ou cotas, emitidos pelo emissor, seus controladores diretos ou indiretos, sociedades controladas ou sob controle comum, por membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão, na data de encerramento do último exercício social. Os membros da Administração detêm, direta ou indiretamente, 8.644.707 ações da Petropar S.A. 13.6. Em relação à remuneração baseada em ações reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente, do conselho de administração e da diretoria estatutária: A Companhia não possui plano de remuneração baseado em ações. 13.7. Em relação às opções em aberto do conselho de administração e da diretoria estatutária ao final do último exercício social: A Companhia não possui opções em aberto. 13.8. Em relação às opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária, nos 3 últimos exercícios sociais: A Companhia não possui esta modalidade de remuneração. 13.9. Descrição sumária das informações necessárias para a compreensão dos dados divulgados nos itens 13.6 a 13.8, tal como a explicação do método de precificação do valor das ações e das opções: Não aplicável. 13.10. Em relação aos planos de previdência em vigor conferidos aos membros do conselho de administração e aos diretores estatutários, fornecer: Não aplicável. 41 13.11. Indicar para os 3 últimos exercícios sociais, em relação ao conselho de administração, à diretoria estatutária e ao conselho fiscal: maior remuneração individual 2009 264.000 2010 264.000 2011 264.000 menor remuneração individual 85.900 93.690 96.000 média da remuneração individual 111.343 118.818 124.964 13.12. Descrever arranjos contratuais, apólices de seguros ou outros instrumentos que estruturem mecanismos de remuneração ou indenização para os administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria, indicando quais as conseqüências financeiras para o emissor. Não há. 13.13. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar o percentual da remuneração total de cada órgão reconhecida no resultado do emissor referente a membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores, diretos ou indiretos, conforme definido pelas regras contábeis que tratam desse assunto. Controladores: 2009 66,93% 2010 66,67% 2011 64,82% 13.14. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar os valores reconhecidos no resultado do emissor como remuneração de membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho fiscal, agrupados por órgão, por qualquer razão que não a que ocupam, como por exemplo, comissões ou serviços de consultoria ou assessoria prestados. Não aplicável 13.15. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar os valores reconhecidos no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle comum e de controladas do emissor, como remuneração de membros do conselho de administração, 42 da diretoria estatutária ou do conselho fiscal do emissor, agrupados por órgão, especificando a que título tais valores foram atribuídos a tais indivíduos. Os valores discriminados abaixo foram pagos como remuneração 2009 1.472.777 2010 1.460.457 2011 1.640.581 13.16 Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes A Companhia julga ter fornecido todas as informações relevantes. 43 Instrução CVM nº 481, de 17 de dezembro de 2009. Anexo 9-1-II Destinação do Lucro Líquido 1. Informar o lucro líquido do exercício O valor do lucro líquido da Companhia no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 foi de R$ 106.379.791,10 (cento e seis milhões, trezentos e setenta e nove mil, setecentos e noventa e um reais e dez centavos). 2. Informar o montante global e o valor por ação dos dividendos, incluindo dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já declarados. A Administração da Companhia consignou nas demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2011 proposta de distribuição de dividendos no montante de R$ 39.123.243,00 (trinta e nove milhões, cento e vinte e três mil, duzentos e quarenta e três reais), sujeitos ainda à aprovação em Assembleia Geral de Acionistas, dos quais foram pagos em 2011 a totalidade do montante a título de dividendos antecipados sobre o lucro do exercício, conforme deliberações tomadas pelo Conselho de Administração em 10 de junho e 07 de dezembro de 2011. Tais dividendos foram 88% superiores aos dividendos distribuídos no ano anterior e 144% superiores ao dividendo mínimo obrigatório previsto no Estatuto Social, calculado à luz da Legislação Societária aplicável. Os dividendos propostos correspondem a R$ 2,3852 por ação. 3. Informar o percentual do lucro líquido do exercício distribuído A Companhia propôs a distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios de 30% do lucro líquido, ajustado pela realização da reserva de reavaliação e as destinações para a reserva legal e da constituição de reserva de lucros a realizar, nos termos do Estatuto Social e da Legislação Societária aplicável, e o valor de R$ 23.183.552,38 (Vinte e três milhões, cento e oitenta mil, quinhentos e cinquenta e dois reais e trinta e oito centavos) correspondente a dividendos complementares, todos pagos antecipadamente, conforme deliberações tomadas pelo Conselho de Administração, nas datas mencionadas acima, com base nos poderes atribuídos ao Conselho de Administração pelo estatuto social. . 44 Cálculo do percentual distribuído a título de dividendos: Lucro líquido do exercício (item 1) R$ 106.379.791,10 Reserva legal - 5% (item 8) R$ (5.318.989,55) Realização da reserva de reavaliação R$ 5.623.446,54 Reserva de lucros a realizar (item 13) R$ (53.551.946,02) Base para cálculo de dividendos (a) R$ 53.132.302,07 Dividendos mínimos obrigatórios (30%) R$ 15.939.690,62 Dividendos complementares R$ 23.183.552,38 Total dos dividendos distribuídos R$ 39.123.243,00 Percentual total de dividendos distribuídos 74% 4. Informar o montante global e o valor por ação de dividendos distribuídos com base em lucro de exercícios anteriores Em 2011 não houve distribuição de dividendos com base em lucros de exercícios anteriores. 5. Informar, deduzidos os dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já declarados: a. O valor bruto de dividendo e juros sobre capital próprio, de forma segregada, por ação de cada espécie e classe. Como comentado anteriormente, a Administração da Companhia consignou nas demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2011 proposta de distribuição de dividendos no montante de 39.123.243,00 (trinta e nove milhões, cento e vinte e três mil, duzentos e quarenta e três reais), correspondentes a R$ 2,3852 por ação. Desse total foram pagos em 2011 a totalidade dos dividendos antecipados sobre o lucro do exercício, conforme deliberações tomadas pelo Conselho de Administração em 10 de junho e 07 de dezembro de 2011, com base nos poderes atribuídos ao Conselho de Administração pelo estatuto social. Os dividendos são pagos sem distinção entre as ações ordinárias e preferenciais. b. A forma e o prazo de pagamento dos dividendos e juros sobre capital próprio 45 A totalidade dos dividendos foram pagos dentro do próprio exercício de 2011. c. Eventual incidência de atualização e juros sobre os dividendos e juros sobre capital próprio A Companhia não tem previsão estatutária em relação à atualização e juros sobre dividendos e juros sobre capital próprio. d. Data da declaração de pagamento dos dividendos e juros sobre capital próprio considerada para identificação dos acionistas que terão direito ao seu recebimento Não aplicável. 6. Caso tenha havido declaração de dividendos ou juros sobre capital próprio com base em lucros apurados em balanços semestrais ou em períodos menores a. Informar o montante dos dividendos ou juros sobre capital próprio já declarados. Com base nos poderes atribuídos ao Conselho de Administração pelo estatuto social, foi aprovada a distribuição antecipada de dividendos por deliberação do Conselho de Administração em 10 de junho e 07 de dezembro de 2011, no montante de 39.123.243,00 (trinta e nove milhões, cento e vinte e três mil, duzentos e quarenta e três reais), conforme informado no item 5 (a). b. Informar a data dos respectivos pagamentos Os valores foram pagos em 21 de junho e 15 de dezembro de 2011. 46 7. Fornecer tabela comparativa indicando os seguintes valores por ação de cada espécie e classe: a. Exercício 2011 2010 2009 Lucro líquido do exercício e dos 3 (três) exercícios anteriores Lucro Líquido R$ 106.379.791,10 R$ 86.203.563,49 R$ 74.229.898,86 Valor por Ação PN R$ 6,49 R$ 5,26 R$ 4,53 Valor por Ação ON R$ 6,49 R$ 5,26 R$ 4,53 O capital social autorizado, conforme Assembleia de acionista realizada em 26 de março de 2008 é de 16.402.500 ações, sendo 10.935.000 ações preferenciais e 5.467.500 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. b. Dividendo e juro sobre capital próprio distribuído nos 3 (três) exercícios anteriores Exercício Dividendos 2011 2010 2009 39.123.243,00 20.833.065,32 13.100.676,75 Valor por Ação PN 2,3852 1,2701 0,7987 Valor por Ação ON 2,3852 1,2701 0,7987 Juros s/Capital Próprio N/A N/A N/A Valor por Ação PN N/A N/A N/A Valor por Ação ON N/A N/A N/A 8. Havendo destinação de lucros à reserva legal a. Identificar o montante destinado à reserva legal A Companhia destinou para a reserva legal o montante de R$ 5.318.989,55 (cinco milhões, trezentos e dezoito mil, novecentos e oitenta e nove reais e cinquenta e cinco centavos). b. Detalhar a forma de cálculo da reserva legal É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº. 6.404/76 até o limite de 20% do capital social. O cálculo está demonstrado no item 3 acima. 47 9. Caso a companhia possua ações preferenciais com direito a dividendos fixos ou mínimos a. b. c. d. e. Descrever a forma de cálculos dos dividendos fixos ou mínimos Informar se o lucro do exercício é suficiente para o pagamento integral dos dividendos fixos ou mínimos Identificar se eventual parcela não paga é cumulativa Identificar o valor global dos dividendos fixos ou mínimos a serem pagos a cada classe de ações preferenciais Identificar os dividendos fixos ou mínimos a serem pagos por ação preferencial de cada classe No Estatuto Social da Companhia as ações preferenciais e ordinárias têm os mesmos direitos em relação aos dividendos mínimos. 10. Em relação ao dividendo obrigatório a. Descrever a forma de cálculo prevista no estatuto Conforme os artigos 26 e 27 do Estatuto Social da Companhia, do resultado apurado, após dedução dos eventuais prejuízos acumulados e da provisão para o imposto de renda, poderá ser destacada uma parcela correspondente à participação nos lucros destinados aos administradores da sociedade, respeitando o limite que a legislação estabelece. O remanescente do resultado do exercício, depois de deduzidas as parcelas referidas no artigo anterior, terá a seguinte destinação: a) 5% (cinco por cento) para constituição de reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social; b) do saldo remanescente, ajustado na forma da lei, 30% (trinta por cento) no mínimo, serão distribuídos aos acionistas como dividendo mínimo obrigatório. b. Informar se ele está sendo pago integralmente Todos os dividendos distribuídos pela Companhia foram pagos integralmente nas datas declaradas em Reuniões do Conselho de Administração. c. Informar o montante eventualmente retido Não ocorreu montante retido. 48 11. Havendo retenção do dividendo obrigatório devido à situação financeira da companhia a. b. c. Informar o montante da retenção Descrever, pormenorizadamente, a situação financeira da companhia, abordando, inclusive, aspectos relacionados à análise de liquidez, ao capital de giro e fluxos de caixa positivos. Justificar a retenção dos dividendos Não ocorreu retenção do dividendo obrigatório. 12. Havendo destinação de resultado para reserva de contingências a. b. c. d. Identificar o montante destinado à reserva Identificar a perda considerada provável e sua causa Explicar porque a perda foi considerada provável Justificar a constituição da reserva Não ocorreu destinação de resultado para a reserva de contingências. 13. Havendo destinação de resultado para reserva de lucros a realizar a. Informar o montante destinado à reserva de lucros a realizar A Companhia constituiu reserva de lucros a realizar no montante de R$ 53.551.946,02 (cinquenta e três milhões, quinhentos e cinquenta e um mil, novecentos e quarenta e seis reais e dois centavos). b. Informar a natureza dos lucros não-realizados que deram origem à reserva Constituída com base nos resultados não realizados decorrentes de equivalência patrimonial, líquido de sua realização pelo fluxo de dividendos recebidos das controladas. Cálculo da reserva de lucros a realizar: Resultado de equivalência patrimonial Dividendos recebidos no exercício Constituição da reserva de lucros a realizar R$ 117.387.681,40 R$ (63.835.735,38) R$ 53.551.946,02 49 14. Havendo destinação de resultado para reservas estatutárias a. Descrever as cláusulas estatutárias que estabelecem a reserva Conforme os parágrafos 1º e 2º, art. 27 do Estatuto Social da Companhia, a reserva de investimento e capital de giro terá por finalidade assegurar investimentos em bens de ativo permanente e acréscimo do capital de giro, inclusive através de amortização de dívidas da Sociedade, bem como o financiamento de empresas controladas e coligadas. Será formada com o saldo do lucro ajustado após dele deduzido o dividendo obrigatório e o adicional de dividendos das ações preferenciais e terá como limite máximo importe que não poderá exceder, em conjunto com a reserva legal, o valor do capital social. A Assembleia Geral, quando entender suficiente o valor da dita reserva estatutária, poderá destinar o excesso para distribuir aos acionistas. b. Identificar o montante destinado à reserva A Companhia constituiu a reserva estatutária de investimento e capital de giro no montante de R$ 14.009.059,07 (quatorze milhões, nove mil e cinquenta e nove reais e sete centavos). c. Descrever como o montante foi calculado A Companhia constituiu a reserva estatutária conforme as informações abaixo. Descrição do cálculo da reserva estatutária: Lucro líquido do exercício (item 1) Reserva legal - 5% (item 8) Realização da reserva de reavaliação Reserva de lucros a realizar (item 13) Dividendos propostos (item 2) Constituição da reserva estatutária 15. R$ 106.379.791,10 R$ (5.318.989,55) R$ 5.623.446,54 R$ (53.551.946,02) R$ (39.123.243,00) R$ 14.009.059,07 Havendo retenção de lucros prevista em orçamento de capital a. b. Identificar o montante da retenção Fornecer cópia do orçamento de capital 50 Não ocorreu retenção de lucros prevista em orçamento de capital. 16. Havendo destinação de resultado para a reserva de incentivos fiscais a. Informar o montante destinado à reserva b. Explicar a natureza da destinação Não ocorreu destinação de resultado para reserva de incentivos fiscais. 51