compostos bioativos utilizados no tratamento não

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Curso de Biomedicina
Artigo de Revisão
COMPOSTOS BIOATIVOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
BIOACTIVE COMPOUNDS USED IN THE NON-PHARMACOLOGICAL TREATMENT OF HYPERTENSION
Cintia Teresa Santos de Oliveira1, Isla Francielly da Silva Brito1, Nathalie Alcantara Ferreira2
1 Alunos do Curso de Biomedicina
2 Professora Mestre do Curso de Biomedicina
Resumo
A hipertensão arterial (HA) é considerada uma doença crônica não transmissível (DCNT) em prevalência crescente, podendo ser
considerada um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil. Esta doença corresponde a uma pressão arterial sistólica (PAS)
maior ou igual a 140 mm Hg e uma pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mm Hg, em indivíduos que não estão fazendo
uso de medicação anti-hipertensiva. O tratamento do paciente hipertenso pode ser não-farmacológico posteriormente associado ao
tratamento farmacológico, dependendo da eficácia do primeiro. Com uma alimentação adequada principalmente contendo os
compostos bioativos potássio, ácidos graxos, óxido nítrico, com exercícios físicos, sem tabagismo, álcool, sedentarismo, podendo viver
por muitos anos com a vida mais saudável.
Palavras-chave: Hipertensão arterial; compostos bioativos; alimentos funcionais.
ABSTRACT
Arterial hypertension (AH) is considered a non- communicable chronic diseases (NCDs) in increasing prevalence, and can be
considered a major public health problems in Brazil. This disease corresponds to a systolic blood pressure (SBP) greater than or equal
to 140 mm Hg and a diastolic blood pressure (DBP) greater than or equal to 90 mm Hg in subjects that are not making use of
antihypertensive medication. The treatment of hypertensive patients may be related non-pharmacological subsequent to drug treatment,
depending on the effectiveness of the former. With adequate food mainly containing the bioactive potassium compounds, fatty acids,
nitric oxide, with exercise without smoking, alcohol, physical inactivity, and can live for many years with the healthiest life.
Keywords: hypertension; bioactive compounds; functional foods.
Contato: [email protected]; [email protected]
Introdução
A hipertensão arterial (HA) é considerada
uma doença crônica não transmissível e possui
uma prevalência crescente, revelando-se como
um dos mais importantes problemas de saúde
pública de nosso país, com prevalências entre 10
e 42%, dependendo da região, subgrupo
1
populacional ou critério diagnóstico utilizado .
A hipertensão constitui o principal fator de
risco para complicações cardiovasculares como
acidente vascular cerebral e infarto agudo do
miocárdio, além da doença renal crônica terminal
2,3
.
Essa patologia é constituída por vários
riscos e gerando várias doenças cardiovasculares,
podendo ser considerada como grandes
problemas na saúde pública.
É conceituada como uma doença sistêmica
que envolve alterações nas estruturas das artérias
do miocárdio, associada à disfunção endotelial e
constrição musculatura lisa vascular.
Os fatores de risco que podem levar essa
doença são uma alimentação rica em sódio e
gorduras, consumo exagerado de álcool, ausência
de exercícios físicos regulares, tabagismo, etilismo
e alterações psicoemocionais, ocorrendo à
elevação de pressão arterial, fazendo com que se
4
instalem as doenças cardiovasculares .
A prevenção da HA pode ser obtida através
da redução dos fatores de risco, como estilo de
vida adequado que, por sua vez, inclui a prática de
exercício físico, o controle do peso, da ingestão
reduzida de sal e do álcool, abolição do hábito de
fumar, entre outras como, por exemplo: os
alimentos pobres em sódio e ricos em potássio.
O tratamento do paciente hipertenso deve
ser instituído quando os níveis de pressão arterial
são iguais ou superiores a 140/90 mmHg.
Recomenda-se
para
hipertensos
leves,
caracterizados por diastólica entre 90-99 e
5
sistólica entre 140-159 mmHg .
Mudar o estilo de vida é uma tarefa difícil
por que vem acompanhada de resistências, por
esse motivo a maiorias das pessoas não
consegue fazer modificações e mantê-las
saudáveis, no entanto a educação na saúde é
fundamental para conduzir as pessoas a essa
mudanças, para prevenção ou controle de fatores
de risco que levam doenças associadas a HA,
6
através de hábitos e atitudes saudáveis .
A hipertensão arterial pode ser definida
como uma pressão arterial sistólica (PAS) maior
ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial
diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, em
indivíduos que não estão fazendo uso de
2
medicação anti-hipertensiva .
A pressão arterial de um indivíduo adulto
que não esteja em uso de medicação antihipertensiva e sem co-morbidades associadas é
considerada normal quando a PAS é menor ou
igual a 130 mmHg e a PAD menor ou igual 85
mmHg. Valores de PAS entre 130 e 139 mmHg
e/ou de PAD entre 85 e 89 mmHg são
considerados limítrofes e pode ser necessário
receber tratamento em alguns casos, conforme
2
recomendação médica .
As pessoas que têm maior risco de se
tornarem hipertensas são aquelas que não têm
hábitos alimentares saudáveis, com história
familiar, obesidade, sedentarismo, tabagismo e
6,2
etilismo .
Segundo o III Consenso Brasileiro de
Hipertensão Arterial, o tratamento do paciente
hipertenso deve ser instituído quando os níveis de
pressão arterial são iguais ou superiores a 140/90
mmHg. Recomenda-se para hipertensos leves,
caracterizados por diastólica entre 90-99 e
sistólica entre 140-159 mm Hg, tratamento nãofarmacológico (TNF) isolado durante 12 meses
para pacientes do grupo de risco A (que não
apresentam fatores de risco e nem lesões de
órgãos-alvo) e durante 6 meses para pacientes do
grupo de risco B (que apresentam fatores de risco,
exceto diabetes melito, mas não apresentam
lesões de órgãos-alvo). Caso não haja controle ao
final deste período, deve ser associado tratamento
7
farmacológico (TF) .
Para pacientes do grupo de risco C
(apresentam lesões de órgãos-alvo ou doença
cardiovascular clinicamente identificável e/ou
diabete melito) é recomendado tratamento
farmacológico
imediato,
além
do
não
7
farmacológico .
O controle da hipertensão arterial depende
de medidas farmacológicas e não farmacológicas.
As medidas não farmacológicas são indicadas
indiscriminadamente aos hipertensos. Entre essas
medidas estão a redução do consumo de álcool, o
controle da obesidade, a dieta equilibrada, a
prática regular de atividade física e a cessação do
8
tabaco .
Do ponto de vista farmacológico, é
recomendado, no início do tratamento para
hipertensos leves, uma droga pertencente a uma
das 6 classes de anti-hipertensivos, a saber:
diuréticos, betabloqueadores, simpatolíticos de
ação central, antagonistas dos canais de cálcio,
inibidores da enzima conversora da angiotensina e
7
antagonistas do receptor da angiotensina II .
Por ser, na maior parte do seu curso,
assintomática, seu diagnóstico e tratamento é
frequentemente negligenciado, somando-se a isso
a baixa adesão, por parte do paciente, ao
9,7
tratamento prescrito .
Assim, cerca de 40 a 83% da população
hipertensa desconhece o seu diagnóstico, sendo
que de 75 a 92% daqueles que estão em
tratamento não controlam a pressão arterial (PA).
Dentre os motivos para a não adesão do
tratamento pode-se citar fatores emocionais, custo
9,7
dos medicamentos e efeitos colaterais .
O tratamento por meio de fármacos é
difundido há muito tempo, entretanto hoje existem
alternativas de tratamento da hipertensão arterial a
partir da administração de produtos naturais como
o alho, melancia, produtos que contenham oxido
nítrico e ácidos graxos Omega-3.
Assim, a fitoterapia associada ao tratamento
farmacológico pode ser eficaz no controle da
hipertensão e funciona como um preventivo nos
estágios iniciais, além disso, fitoterapia é encarada
como opção na busca de soluções terapêuticas,
utilizada principalmente pela população de baixa
renda, uma vez que consiste em uma alternativa
10,11
eficiente, barata e culturalmente difundida
.
Assim o presente trabalho tem por objetivo
investigar, na literatura, alimentos que podem ser
utilizados na prevenção e no tratamento da
hipertensão arterial.
Materiais e Métodos
O presente estudo trata-se de uma revisão
crítica, sobre o tema, de artigos publicados em
revistas indexadas nas bases de dados Medline,
Lilacs, Scielo e Google Scholar, com ênfase nos
últimos dez anos, nos idiomas português, inglês e
espanhol.
Utilizando-se os descritores: Alimentos
funcionais, hipertensão arterial e tratamento não
medicamentoso da hipertensão arterial, alimentos
anti-hipertensivos. Serão selecionados estudos
experimentais,
clínicos
randomizados,
observacionais, epidemiológicos.
A) Critérios de inclusão
- Artigos publicados entre o período de 2001
a 2014, nos idiomas: português e inglês;
- Artigos que contenham pelo menos um
dos descritores selecionados;
- Artigos que relatam a eficiência dos
alimentos funcionais no controle e cura da
hipertensão;
- Estudos experimentais, in vitro, in vivo,
clínicos
randomizados,
observacionais,
epidemiológicos, entre outros, seguidos de
tratamento estatístico com significância de p<0,05.
B) Critérios de exclusão
- Artigos em outros idiomas que não
Português, Inglês e Espanhol;
- Estudos que não tratavam especificamente
do tema;
- Artigos antigos, período anterior ao ano de
2002.
Hipertensão arterial
A Hipertensão Arterial é um grave problema
de saúde pública, sendo considerado um dos
principais fatores de risco para as doenças
cardiovasculares, é responsável por altas taxas de
morbidades. O seu controle depende de medidas
farmacológicas e não farmacológicas. As medidas
não
farmacológicas
são
indicadas
indiscriminadamente aos hipertensos. A redução
do consumo de álcool, o controle da obesidade, a
dieta equilibrada, a prática regular de atividade
12
física e a cessação do tabaco .
Dados da Organização Mundial de
Saúde(OMS), de 1997, indicam que as doenças
cardiovasculares (DCVs), foram responsáveis por
cerca de 30% de todas as mortes que ocorreram
no mundo, o que corresponde a quase 15 milhões
de óbitos a cada ano, sendo a maioria (9milhões)
13
proveniente dos países em desenvolvimento .
Esses dados colocam as DCVs como
verdadeira pandemia, e para o seu tratamento
exige-se a adoção de medidas preventivas
efetivas tanto primárias como secundárias.
A prevenção primária da HA é fundamental
para a redução da morbidade e mortalidade por
DCV. Tem como objetivo primordial a redução ou
modificação dos fatores de risco da doença
hipertensiva através da implementação políticas,
apropriadas e programas educativos que busquem
evitar ou retardar o desenvolvimento da doença.
As mudanças resultantes do nível de
comportamento da população (baixa ingestão de
sal ou aumento da atividade física) podem
produzir benefícios ao indivíduo, e contribuir como
um todo para o controle da Pressão Arterial entre
13
a população .
No Brasil, as doenças cardiovasculares
foram responsáveis por cerca de 300 mil mortes
em 2007 , 40% das aposentadorias precoces e
custo econômico estimado em cerca de 475
milhões de reais apenas em internações
hospitalares, que chegam a mais de um milhão
14
por ano .
Tal impacto está diretamente relacionado
aos casos de HAS no país, cuja prevalência média
estimada foi de 24% em 2007 , observando-se
valores mais elevados nos grupos de maior idade ,
atingindo cerca de 50% dos indivíduos entre 60 e
69 anos e mais de 70% daqueles acima de 70
14
anos .
Para o controle adequado da pressão
arterial elevada, e de suas consequências é
imprescindível a identificação, o acompanhamento
dos hipertensos pelos serviços de saúde, pois
tratamentos farmacológicos e não farmacológicos
são capazes de melhorar significativamente o
prognóstico da doença e a qualidade de vida das
14
pessoas .
Fatores de riscos para o desenvolvimento da
Hipertensão
Sócio econômicos
Nível socioeconômico mais baixo está
associado a maior prevalência de hipertensão
arterial e de fatores de risco para elevação da
pressão arterial, além de maior risco de lesão em
15
órgãos-alvo e eventos cardiovasculares .
Hábitos dietéticos, incluindo consumo de sal
e ingestão de álcool, índice de massa corpórea
aumentado, estresse psicossocial, menor acesso
aos cuidados de saúde e nível educacional são
possíveis fatores associados. Devem incluir todos
os grupos sociais, especialmente aqueles com
menores possibilidades de escolha em razão da
15 16
pobreza e da exclusão social
.
Sal
O excesso de consumo de sódio contribui
para o surgimento de hipertensão arterial. A
relação entre aumento da pressão arterial e
avanço da idade é maior em populações com alta
15
ingestão de sal .
Povos que consomem dieta com menos
conteúdo de sal, deste têm menor prevalência de
hipertensão e a pressão arterial não se eleva com
a idade. Entre os índios Yanomami, que têm baixa
ingestão de sal, não foram observados casos de
hipertensão arterial. A sociedade Brasileira de
Hipertensão (SBH) recomenda a ingestão de 6 g
diária, por que com o consumo do sódio no
15, 16
organismo faz com que aumente a HA
.
Obesidade
O excesso de massa corporal é um fator
predisponente para hipertensão, podendo ser
responsável por 20% a 30% dos casos de
hipertensão arterial. 75% dos homens e 65% das
mulheres apresentam hipertensão, diretamente
15
atribuível a sobrepeso e obesidade .
Apesar do ganho de peso estar fortemente
associado com o aumento da pressão arterial,
nem todos os indivíduos obesos tornam-se
15
hipertensos .
Álcool
O consumo elevado de bebidas alcoólicas
como cerveja, vinho e destilados aumenta a
pressão arterial. O efeito varia com o gênero, e a
magnitude está associada à quantidade de etanol
15
e à frequência de ingestão .
O efeito do consumo leve a moderado de
etanol não está definitivamente estabelecido.
Verifica-se redução média de 3,3 mmHg (2,5 a 4,1
mmHg) na pressão sistólica e 2,0 mmHg (1,5 a 2,6
mmHg) na pressão diastólica com a redução no
22
consumo de etanol . O consumo elevado de
álcool associa-se maior mortalidade total, morte
súbita
arrítmica,
hipertensão
arterial,
cardiomiopatia,
acidente
vascular
cerebral
hemorrágico, doença hepática e pancreática, e
diversas formas de câncer. Uma das maiores
dificuldades de ter o controle do uso de bebidas
alcoólicas é o fato de existir a aceitação social da
16,15
bebida
.
Sedentarismo
O sedentarismo aumenta a incidência de
hipertensão arterial. Indivíduos sedentários
apresentam risco aproximado 30% maior de
18
desenvolver hipertensão que os ativos .
Os fatores que contribuem para os obesos
apresentem
alteração
na
função
renal,
predispondo , aumento da pressão por retenção
de líquido, são: a resistência à insulina, alterações
nas estruturas renais, alterações na estrutura e
função vascular, ativação do sistema reninaangiotensina-aldosterona, ativação do sistema
nervoso simpático e alterações no eixo
15
hipotálamo-hipófise adrenal .
O exercício aeróbio apresenta efeito
hipotensor maior em indivíduos hipertensos que
normotensos. O exercício resistido possui efeito
15,
hipotensor semelhante, mas menos consistente
18
.
receptores β-adrenérgicos constituem um grupo
importante de fármacos para o tratamento
farmacológico da hipertensão arterial, sendo o
prantonol, sendo um antagonista potente e
bloqueia igualmente os receptores B1 e B2. Os
mecanismos de ação dessa classe de drogas antihipertensiva, diminuição do débito cardíaco,
efeitos centrais, readaptação dos barorreceptores,
diminuição da liberação de renina e inibição
31
simpática periférica .
Bloqueadores dos canais de cálcio (Grupo II)
Os antagonistas do cálcio terapeuticamente
importantes atuam sobre os canais do tipo L,
sendo três classes quimicamente distintas:
fenilalquilaminas (verapamil), benzotiazepinas
(diltiazem)
e
diidropiridinas,
nifedipina,
amlodipina). Os fármacos de cada uma dessas
14
três classes .
Ligam-se às subunidades no canal de cálcio
cardíaco do tipo L, mas em locais distintos,
interagindo entre si e com o maquinário de
controle da passagem de cálcio, impedindo sua
abertura e consequentemente reduzindo a entrada
de cálcio. Na musculatura lisa, causam dilatação
arterial/arteriolar generalizada e diminuição de sua
14
resistência, reduzindo a pressão arterial .
Tabagismo
É bom destacar que o hábito de fumar,
seja ativo ou passivo, é um dos principais fatores
de risco para doenças
cardiovasculares,
acelerando
a
progressão
das
lesões
ateroscleróticas,
além
da
ocorrência
de
fenômenos trombóticos. É necessário que adotada
- se estratégias integradas e sustentáveis de
prevenção e controle dessas doenças, muitas
vezes os indivíduos só se sentem motivados a se
sair desse hábito, após apresentar algumas
manifestações dessas doenças cardiovasculares
Fig. 1 Ação dos antagonistas da aldosterona competindo
pelo sitio de ligação (azul) desse hormônio com redução da
absorção de sódio e secreção de potássio, e na região
apical a ação de bloqueadores diretos dos canais de sódio
com função semelhante.
16.
Diuréticos (Grupo III)
Tratamento
Tratamento medicamentoso
As principais classes de medicamentos antihipertensivos
Bloqueadores adrenérgicos (Grupo I)
São drogas que intervêm na transmissão
simpática. A maioria dos antagonistas de
receptores adrenérgicos é seletiva para os
receptores α ou β, e muitos também são seletivos
para seus subtipos. Os antagonistas dos
Os diuréticos do grupo III, é considerada a
classe de fármacos anti-hipertensivos mais
utilizada, em virtude da sua eficácia terapêutica e
baixo custo. Seu efeito primário consiste em
diminuir a reabsorção de sódio pelos túbulos,
causando natriurese (maior débito de sódio),
causando diurese (maior débito de água),
aumentando a perda de água secundário à
excreção aumentada de sódio. já que o sódio
remanescente nos túbulos age de forma osmótica,
14
diminuindo a reabsorção de água .
Inibidores competitivos da aldosterona
apresentam-se como antagonistas da aldosterona
a espironolactona e esplerenona, competem com
este hormônio pelos sítios receptores nas células
epiteliais do túbulo coletor cortical, reduzindo
absorção de sódio e secreção de potássio nesse
segmento tubula, o sódio permanece no túbulo
agindo como diurético osmótico, causando
14
aumento da excreção de água e sódio .
Diuréticos que bloqueiam canais de sódio
nos túbulos coletores, a amilorida é um exemplo
de fármaco que inibe a reabsorção de sódio e
secreção de potássio de modo semelhante à
espironolactona.
No
nível
celular,
agem
diretamente bloqueando os canais de sódio da
membrana luminal das células epiteliais do túbulo
coletor. Os bloqueadores dos canais de sódio são
31
considerados diuréticos poupadores de potássio .
Tratamento não – farmacológico
O tratamento não-medicamentoso da
hipertensão arterial consiste em estratégias que
visam mudar o estilo de vida e que podem levar à
diminuição da dosagem dos medicamentos ou até
18
mesmo à sua dispensa .
O tratamento não-medicamentoso tem,
como principal objetivo, diminuir a morbidade e a
mortalidade cardiovasculares por meio de
modificações do estilo de vida que favoreçam a
15
redução da pressão arterial .
O tratamento não-farmacológicas têm sido
apontadas pelo baixo custo, risco mínimo e pela
eficácia na diminuição da pressão arterial. Entre
elas estão: a redução do peso corporal, não
consumir bebidas alcoólica, o abandono do
tabagismo e a atividade física. Deste modo, a
intervenção não-farmacológica presta-se ao
controle dos fatores de risco e às modificações no
estilo de vida, para prevenir ou deter a evolução
15,18
da hipertensão arterial
.
Redução e/ou Controle de Peso
Hipertensos com excesso de peso devem
emagrecer. Uma dieta com baixa caloria e um
aumento do gasto energético com atividades
físicas, são fundamentais para a perda de peso.
As estratégias no controle e diminuição do
peso do paciente são: a identificação desse índice
e da dieta real do hipertenso, a fim de tomar
conhecimento do que exatamente ele come e do
que modificar; traçar objetivos de peso a curto.
Uma distribuição desfavorável da gordura
corporal, com deposição excessiva de gordura
abdominal,
estaria
relacionada
com
o
desenvolvimento
de
doenças
crônicas
cardiovasculares e metabólicas, por isso que é
necessário ter uma boa alimentação e fazer
exercícios físicos para ser eliminada essas
gorduras que provoca doenças relacionada HA
15,19
.
Padrão Alimentar Adequado
A dieta do hipertenso deverá ser pobre em
sal e rica em potássio, magnésio e cálcio. A dieta
rica em potássio e magnésio poderá ser obtida
através de uma ingesta rica de feijões, ervilhas,
vegetais verdes escuros, banana, melão, cenoura,
beterraba, frutas secas, tomates, batata inglesa e
laranja.
O cálcio da dieta poderá ser obtido através
de derivados do leite com baixo teor de gorduras,
como o leite e o iogurte desnatados e os queijos
brancos. Uma composta de frutas, verduras,
fibras, alimentos integrais, leite desnatado, pobre
em colesterol e gorduras saturadas.
São considerados alimentares adequados:
ter uma dieta rica em vegetais, frutas, verduras,
grãos, fibras, alimentos com baixa densidade
calórica e baixo teor de gorduras saturadas
(alimentos cozidos, assados, grelhados ou
refogados, com temperos naturais). Limitar a
ingestão de sal, álcool, gema de ovo, crustáceos e
margarinas. Evitar doces, frituras e derivados do
15.
leite integral
Diminuição do Consumo de Sal
O consumo de sal não pode ultrapassar 6g
de sal por dia, o que equivale a 100 mL de sódio
(4 colheres de chá). Para isso, devem ser
ingeridos alimentos naturais, com pouco sal, e
devem ser evitados enlatados, conservas,
20
embutidos e defumados .
Com a redução da ingestão do sal na dieta,
reduz a pressão arterial, traz benefícios na
mortalidade por acidente vascular encefálico e na
regressão da hipertrofia ventricular esquerda. A
restrição salina pode ainda reduzir a excreção
urinária de cálcio, contribui para prevenção da
osteoporose em idosos. Dessa forma, a restrição
de sal na dieta é recomendada não apenas para
hipertensos, mas para a população de modo geral
15, 20
.
Diminuição do Consumo de Álcool
O hipertenso deve evitar o consumo de
bebidas alcoólicas. A diminuição do consumo
excessiva de bebidas alcoólicas pode diminuir a
pressão arterial sistólica. A pressão arterial
15
dependentes da quantidade ingerida .
Claramente, uma quantidade maior de
etanol eleva a pressão arterial, está associada a
maiores
morbidade
e
mortalidade
cardiovasculares. Por outro lado, as evidências de
correlação entre uma pequena ingestão de álcool
e a consequente redução da pressão arterial ainda
15
são frágeis e necessitam de comprovações .
Em indivíduos hipertensos, a ingestão de
álcool, agudamente e dependentemente da dose,
reduz a pressão arterial, porém ocorre elevação
algumas horas após o seu consumo. Tendo em
vista a controvérsia em relação à segurança e ao
15
benefício cardiovascular .
Hábito de Fumar
O tabagismo aumenta muito o risco de
complicações cardiovasculares em pacientes
portadores de hipertensão arterial, logo, deverá
1
ser abandonado .
O tabagismo associado à hipertensão
potencializa o risco das cardiopatias isquêmicas, e
outras doenças cardiovasculares, enquanto sua
abolição reduz esses ricos. O cigarro duplica o
1
risco na doença arterial coronariana .
A biossíntese do NO compreende as
funções mais importantes do metabolismo da Larginina no organismo. Óxido nítrico é formado a
partir do nitrogênio da guanidina presente na Larginina, sob a ação catalítica da enzima sintase
do
óxido
nítrico,
gerando
concentrações
21
equimolares de L-citrulina . O processo de
formação do NO está ilustrado na Figura 2.
Prática de Atividades Físicas
As pessoas sedentárias apresentam maior
probabilidade de desenvolver hipertensão quando
comparadas a pessoas fisicamente ativas. Das
diversas intervenções não medicamentosas, o
exercício físico está associado a múltiplos
benefícios, quanto ao efeito benéfico do exercício
sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos
leves e moderados. Isto é, o treinamento físico
reduz significativamente a pressão arterial em
15,17
pacientes com hipertensão arterial sistêmica
.
O exercício físico aeróbico auxilia na
redução de peso e nos níveis de pressão sistólica
e diastólica. Durante os exercícios, os vasos
sanguíneos dos músculos da pele dilatam-se,
resultando em redução da resistência vascular
periférica. Devido ao aumento do débito cardíaco,
a pressão sistólica tenderia aumentar, e a
vasodilatação pode levar a manutenção ou até à
17
diminuição da pressão arterial .
Os exercícios resistidos de intensidade leve
(40% a 60% da carga voluntária máxima), com um
número maior de repetições também parecem ter
efeito benéfico na PA, além dos benefícios
comprovados sobre o sistema osteomuscular,
portanto deve ser prescritos para o hipertenso
desde que estejam associados aos exercícios
15,17, 20
físicos
.
Compostos bioativos com efeitos benéficos na
hipertensão arterial
Óxido Nítrico
O óxido nítrico é produzido pelas células
endoteliais, que desempenha um papel importante
no controle cardiovascular, tanto no controle da
resistência periférica vascular, como na agregação
plaquetária. O NO é um potente vasodilatador, seu
papel no controle da PA é extremamente
relevante. A hemólise resulta na liberação de
hemoglobina no plasma, onde reage o consume
óxido nítrico (NO) causando um estado de
resistência
aos
efeitos
vasodilatadores
21,22
dependentes de NO
.
Fig. 2 Esquema ilustrativo da formação do óxido
nítrico a partir do metabolismo da Arginina pela
ativação da enzima Óxido Nítrico Sintase.
Para que a síntese do NO se realize é
necessário que a enzima óxido nítrico sintase seja
ativada, desencadeando todo o processo de sua
formação. Assim, a síntese de NO ocorre somente
a partir da ativação da síntese do óxido nítrico
21
(NOS) .
A ativação da NOS e a consequente síntese
de NO, ocorre a partir dos estímulos químicos ou
físicos das células endoteliais. Os estímulos
químicos são originados da interação de agonistas
endógenos / exógenos com receptores específicos
presentes nas células endoteliais. A interação
agonista-receptor, na célula endotelial, promove a
formação de inositol trifosfato (IP3), induzindo a
2+
liberação de íons Ca do retículo endoplasmático,
2+
elevando os níveis de Ca intracelular, e
ocorrendo a formação do complexo cálciocamodulina, ativando a enzima NOS que irá atuar
na L-arginina, gerando a formação do NO pelo
endotélio. O estímulo físico é feito pela força que o
21
sangue exerce sobre a parede das artérias .
Uma vez liberado, o NO difunde-se
rapidamente as célula geradora para a célula-alvo
ou, mais particularmente, das células endoteliais
para a musculatura lisa do vaso sanguíneo. Na
célula muscular lisa, o NO irá ativar uma enzima
catalítica, a guanilato ciclase solúvel (GCs). Essa
ativação é feita pelo acoplamento do NO com o
grupamento heme desta enzima (sítio receptor),
que por sua vez irá formar o monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc), a partir da quebra do
trifosfato de guanosina (GTP). Ativação da bomba
de cálcio dentro da célula muscular lisa, ocorre a
partir da formação do GMPc, e a bomba de cálcio
diminui as concentrações de cálcio intracelular que
promoverá a redução do tonus vascular e nas
plaquetas a formação de GMPc, inibi agregação
21
plaquetária .
A figura 3 ilustra a síntese, liberação e ação
do NO e o papel da eNOS na sua produção.
Fig. 3 Esquema ilustrativo da síntese, liberação e
ação do NO e o papel da eNOS na sua produção.
O papel do NO do sistema cardiovascular é
um protetor da HA. Na disfunção endotelial,
caracterizando
menor
produção
da
biodisponibilidade de NO, é um dos fatores que
contribuem para o aparecimento das doenças
21
cardiovasculares .
Uma
alimentação
não
adequada
consumida, formando colesterol ruim (LDL-ox),
esse colesterol favorece fatores graves para o
organismo, causando doenças, sendo a principal
aterosclerose (placa de ateroma) causando o
infarto agudo e ataque cardíaca, o NO produzido
pela células endoteliais desempenham importante
papel protetor na aterosclerose. O NO inibe a
oxidação liberadas pelas partículas de moléculas
LDL
colesterol,
impedindo
a
agregação
plaquetária. O mecanismo do NO impede a
formação da molécula LDL-ox, dá por meio da
ação antioxidante, impedindo a formação de
ânions superóxidos, que promovem a oxidação
pela
molécula
LDL
colesterol.
A ação
antiagregante do NO é devida a ligação que
ocorre com a molécula de guanilatociclase, que
induz a formação de guanilato monofosfato cíclico
(GMPc), promovendo a redução da concentração
de íons cálcio dentro da plaqueta, inibindo a
ativação e agregação. Os benefícios da atividade
física regular é melhorar o perfil lipídico a longo
prazo, o tipo de exercício é mais favorável na
atuação do no metabolismo de lipoproteínas é o
aeróbio, pois eleva a concentração sanguínea da
HDL-c, para que o LDL seja eliminado do
21,33
organismo
.
Quando descobriram a molécula de NO,
viram que efeito do exercício físico sobre as
células endoteliais, sobre a produção de fatores
relaxantes e sobre a sua correlação com os efeitos
benéficos produzidos pelo exercício físico.
Estudos comprovaram que em seres humanos e
em animais de laboratório mostram que o shear
stress induzido pelo exercício físico é um
poderoso estímulo de liberação de fatores vaso
relaxantes produzidos pelo endotélio vascular,
como o NO. Foi verificado que com a liberação de
NO liberado pelo exercício físico ocorreu a
33
redução dos valores de PA .
Os efeitos benéficos da prática de exercício
regular sobre as doenças cardiovasculares foram
associados, principalmente, à maior produção de
agentes vasodilatadores derivados do endotélio
(NO), reduzindo a resistência vascular periférica,
diminuição dos níveis de LDL colesterol e inibição
da agregação plaquetária. O exercício físico tem
efeito na proteção na integridade do endotélio,
aumentando a produção de NO nos vasos
sanguíneos como o endotélio íntegro. O papel do
exercício físico é essencial para o controle
cardiovascular, tanto para o beneficio no controle
da PA, quanto inibidor da agregação plaquetária
da formação de LDL- ox, atuando de forma
preventiva em diversas patologias principalmente
na HA. O endotelial aumenta a produção de óxido
nítrico sintase, aumentando a liberação de óxido
nítrico endotélio-dependente. A importância no
mecanismo em razão de a hipertensão estar
associada a comprometimento da vasodilatação
endotélio-dependente relacionado à redução de
21,23
óxido nítrico
.
Ácidos graxos
Os
ácidos
graxos
desempenham
importantes funções na fisiologia humana, tais
como de substrato energético e na estrutura de
membranas celulares. Quando mobilizados do
tecido
adiposo,
os
ácidos
graxos
são
transportados no plasma sanguíneo sob a forma
não esterificada (ácidos graxos não-esterificados,
AGNE), associados à albumina plasmática. No
jejum, o tecido adiposo sofre mobilização e o
AGNE passa a ser o principal substrato energético
para o organismo. A concentração plasmática total
varia de 300 a 2000 µmol/L, no período alimentado
24
e no jejum .
A glicose é o principal carboidrato
utilizado pelo coração. Comparado à glicose, os
ácidos graxos são os substratos preferidos pelas
células cardíacas e correspondendo cerca de 70%
do ATP gerado pelo coração. Substitui
gorduras saturadas por Ácidos graxos
monoinsaturadas, as concentrações
de colesterol total são reduzidas e as de HDLc
25
possivelmente aumentada .
A obesidade abdominal associa-se ao
aumento da pressão arterial que está localizada
na região do quadril. Em pacientes obesos, o
acúmulo de gordura intra-abdominal aumenta a
liberação de ácidos graxos livres (AGL) na veia
porta, elevando a síntese hepática de
triacilgliceróis, aumentando a resistência à insulina
e a hiperinsulinemia, a hipertensão arterial é
decorrente da resistência a esse hormônio e da
hiperinsulinemia, contribuindo para aumento de
retenção de sódio pelas células e na atividade do
sistema nervoso simpático, distúrbio no transporte
iônico da membrana celular aumentando a
26
pressão sanguínea .
As três principais causas de morte no Brasil
são o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca
e o acidente vascular cerebral, representando 300
mil mortes anuais ou 820 por dia. O total de
mortes no Brasil por doença cardiovascular é de
26
34,0% .
As doenças cardiovasculares também têm
origem com a hiperinsulinemia, a qual aumenta a
síntese de lipoproteína de muito baixa densidade,
conduzindo a hipertrigliceridemia. Com isso ocorre
aumento no transporte arterial de colesterol
elevando-se a síntese de lipídeos endógenos,
esse procedimento aumenta na síntese de
colágeno nas células da parede vascular e na
formação de placas de lipídeos nas artérias
associada a diminuição de sua remoção. Assim,
haverá predisposição à formação do ateroma,
elevando a probabilidade de ocorrência de
26
problemas cardiovasculares .
Os ácidos graxos ômega-3 vêm sendo alvo
de diversos estudos epidemiológicos, pois
reduzem os triglicerídeos séricos, melhoram a
função plaquetária e promovem ligeira redução na
pressão arterial (PA) em pacientes hipertensos,
sendo encontrados principalmente nos óleos de
peixes de águas frias e profundas como o salmão,
27
arenque, atum e sardinhas .
Os óleos de peixes marinhos contêm
grandes quantidades de ácidos graxos poliinsaturados, são oriundos do ácido graxo
linolênico que contém nas plantas que os peixes
se alimentam, e com isso através da alimentação
de peixe para o organismo humanos é aderidos
esses ácidos graxos. Os principais ácidos graxos
desta classe são o eicosapentaenoico (EPA) e
docosaexaenóico (DHA), podendo representar
cerca 26% dos ácidos graxos presentes em óleos
de peixe . A utilização de ácidos graxos da série
ω-3 apresenta grande influência no metabolismo
dos triacilgliceróis, e nos níveis de colesterol LDL,
interferindo na agregação plaquetária, com isso
10
reduzindo o risco de doenças cardiovasculares .
Os ômega-3 está sendo alvo de diversos estudos
epidemiológicos, reduzem os triglicerídeos séricos,
melhora a função plaquetária e promovem
redução na pressão arterial (PA) em pacientes
hipertensos, é encontrados principalmente em
óleos de peixes de águas frias e profundas como o
33
salmão, arenque, atum e sardinhas .
No consumo de carboidrato reduz os níveis
dos triglicerídeos, deixando mais rápida absorção.
A dieta rica em cereais integrais, frutas, vegetais,
melhora o perfil lipídico de pacientes com risco
cardiovascular elevado. Nesses indivíduos, foi
verificado de acordo com a dieta durante um ano,
reduziu os níveis dos triglicerídeos e aumentou os
11
de HDL-colesterol . Na redução da hipertensão
arterial é necessário colocar em prática o consumo
moderado de álcool, assim como o aumento da
atividade física, deve fazer parte do manejo não
farmacológico para a redução dos níveis dos
27
triglicerídeos e aumento do HDL-colesterol .
Potássio
O potássio é o principal cátion do líquido
intracelular das células musculares, é um eletrólito
forte e desempenha um papel significativo na
regulação do volume celular e na manutenção do
balanço eletrolítico. Encontrado 98% do potássio
no organismo estão dentro das células e estas têm
um papel relevante nos mecanismos de regulação
28,33
do íon
.
O sódio é um elemento essencial, que tem
como uma das principais funções, juntamente com
o potássio e o cloreto, manter um balanço
eletrolítico adequado de fluidos no organismo
humano. O excesso de sódio no organismo leva à
acumulação de líquido, o que acarreta aumento do
volume de sangue, e aumenta da pressão
sanguínea. A pressão elevada sobrecarrega o
coração e pode resultar em outros problemas
33
circulatórios .
A redução de sódio é significante para o
efeito sobre a pressão arterial (PA). Com redução
moderada de sal na dieta, e aumentando o
consumo de alimentos ricos em potássio não
apenas como um primeiro passo no tratamento de
indivíduos com hipertensão, mas, sobretudo, como
medida preventiva para a redução da prevalência
da hipertensão arterial e suas complicações na
29
população .
Diversas classes de anti-hipertensivos
demonstraram a redução do risco cardiovascular,
na maioria dos casos, torna-se necessário
associar fármacos com mecanismos de ação
diferentes. Anti-hipertensivo deve ser feita em
doses baixas, e com aumento gradual, evitando-se
quedas tensionais que possam acarretar
hipotensão ortostática ou hipofluxo em órgãos
30
vitais .
Suplementação de potássio promove
redução da pressão arterial. Sua ingestão na dieta
pode ser aumentada por de alimentos pobres em
sódio e ricos em potássio, como por exemplo:
feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuro,
banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas,
15
tomate, batata inglesa e laranja .
É razoável a recomendação de níveis de
ingestão de potássio de 4,7 g/dia. Para a
população saudável com função renal normal, a
ingestão de potássio pode ser superior a 4,7 g/Dia,
15
porque o excesso será excretado pelos rins .
Essa indicação justifica a possibilidade do
potássio exercer efeito anti-hipertensivo, ter ação
protetora contra danos cardiovasculares, e servir
como medida auxiliar em pacientes submetidos
terapia com diuréticos, desde que não existam
contra indicações. Deve ter cautela no uso de
suplemento medicamentoso, à base do potássio
em pacientes suscetíveis a hiperpotassemia,
dores da enzima conversora da angiotensina
(ECA), ou bloqueadores de receptores da
15, 31
angiotensina II.
cardiovasculares. Os compostos bioativos tem
uma grande importância no controle da
hipertensão arterial, são encontrados nos
alimentos tipo fibras, frutas, vegetais, legumes, e
animais.
Conclusão
O tratamento não medicamentoso para
hipertensão arterial é de melhor escolha, sendo de
baixo custo, e o resultado de uma alimentação
adequada, exercícios físicos, controle sobre o
álcool, tabagismo e sal, e consumir mais vegetais,
frutas, grãos integrais e soja, por seu alto teor de
componentes protetores da hipertensão arterial. A
importância da dieta adequada e atividade física
regula a redução de fatores das doenças
.
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