Física 3 | aulas 11 e 12 www.fisicanaveia.com.br www.fisicanaveia.com.br/CEI Física 3 | aulas 11 e 12 Mudança de Estado Processos Q>0 Q<0 Física 3 | aulas 11 e 12 Curva de Aquecimento Calor e Mudança de Estado Física 3 | aulas 11 e 12 Calor e Mudança de Estado A vaporização (passagem do estado líquido para o estado gasoso) pode ocorrer por: •1) EVAPORAÇÃO: processo que ocorre em qualquer temperatura; nesse caso, moléculas mais agitadas do que a média se desprendem do líquido, passando para o estado gasoso. Exemplo: a água num copo evapora gradativamente à temperatura ambiente, abaixo do ponto de ebulição. •2) EBULIÇÃO: processo que ocorre para valores específicos de pressão (P) e temperatura (T) sobre a curva de vaporização no diagrama de fases. O líquido literalmente ferve e se mantém na temperatura de ebulição enquanto o processo de mudança de estado acontece. Exemplo: a água numa panela sobre a chama do fogão atinge o ponto de ebulição e passa do estado líquido para o estado gasoso. Física 3 | aulas 11 e 12 Calor e Mudança de Estado Exercício 1 (Enem) Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de cerâmica não esmaltada) para conservar água a uma temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre porque: a) o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como se fosse isopor. b) o barro tem poder de “gelar” a água pela sua composição química. Na reação, a água perde calor. c) o barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor da moringa e do restante da água, que são assim resfriadas. d) o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na parte de fora da moringa. A água de fora sempre está a uma temperatura maior que a de dentro. e) a moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando substâncias higroscópicas que diminuem naturalmente a temperatura da água. Resolução A água líquida evapora em qualquer temperatura, roubando calor do meio para isso. A porosidade do barro permite saída de água líquida que, para evaporar, retira calor da moringa e do restante de água dentro do recipiente. Esse fenômeno abaixa um pouco a temperatura da água no interior da moringa de cerâmica. Como ela fica mais fria que o ambiente, ao bebê-la, temos uma sensação agradável por ela estar mais fresca. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 1 (UFF 2011) Quando se retira uma garrafa de vidro com água de uma geladeira, depois de ela ter ficado lá por algum tempo, veem-se gotas d’água se formando na superfície externa da garrafa. Isso acontece graças, principalmente, à: a) condensação do vapor de água dissolvido no ar ao encontrar uma superfície à temperatura mais baixa. b) diferença de pressão, que é maior no interior da garrafa e que empurra a água para seu exterior. c) porosidade do vidro, que permite a passagem de água do interior da garrafa para sua superfície externa. d) diferença de densidade entre a água no interior da garrafa e a água dissolvida no ar, que é provocada pela diferença de temperaturas. e) condução de calor através do vidro, facilitada por sua porosidade. Resolução A garrafa rouba calor do ar mais próximo à sua superfície. Logo, a temperatura do ar em volta da garrafa diminui. Para a mesma pressão externa (do ar), pressão atmosférica local, ocorre a condensação do vapor d’água na forma de gotículas. Física 3 | aulas 11 e 12 Exercício Calor e Mudança de Estado 2 Um calorímetro ideal possui em seu interior 1 kg de gelo a –50 °C. Por meio de um aparelho elétrico, esse gelo recebe energia até que se transforme em vapor, a 100 °C. Considere: cgelo = 0,5 cal/g °C; cágua = 1 cal/g °C; Lfusão = 80 cal/g; Lvaporização = 540 cal/g. Construa a curva de aquecimento tendo, no eixo horizontal, as quantidades de calor para cada etapa do aquecimento e, no eixo vertical, as temperaturas em °C. Resolução QI 25 kcal QII 80 kcal QIII 100 kcal QIV 540 kcal I) Primeira etapa: aquecimento do gelo de – 50 °C até 0 °C: QI m c T 1000 0,5 [0 (50)] 25000 cal 25 kcal II) Segunda etapa: fusão do gelo a 0 °C: QII m L 1000 80 80000 cal 80 kcal III) Terceira etapa: aquecimento da água de 0 °C a 100 °C : QIII m c T 1000 1 (100 0) 100000 cal 100 kcal IV) Quarta etapa: vaporização da água a 100 °C : QIV m L 1000 540 540000 cal 540 kcal Quantidade de CALOR SENSÍVEL Quantidade de CALOR LATENTE Quantidade de CALOR SENSÍVEL Quantidade de CALOR LATENTE Física 3 | aulas 11 e 12 Calor e Mudança de Estado Exercício 3 (PUC-RJ 2015) Um recipiente isolado contém uma massa de gelo, M = 5,0 kg à temperatura T = 0 oC. Por dentro desse recipiente, passa uma serpentina pela qual circula um líquido que se quer resfriar. Suponha que o líquido entre na serpentina a 28 oC e saia dela a 8 oC. O calor específico do líquido é CL = 1,0 cal/(g⋅oC), o calor latente de fusão do gelo é LF = 80 cal/g e o calor específico da água é CA = 1,0 cal/(g⋅oC). a) Qual é a quantidade total de líquido (em kg) que deve passar pela serpentina de modo a derreter todo o gelo? b) Quanto de calor (em kcal) a água (formada pelo gelo derretido) ainda pode retirar − do líquido que passa pela serpentina − até que a temperatura de saída se iguale à de entrada (28 oC)? Resolução a) Qgelo Qlíquido 0 mgelo Lfusão mlíquido clíquido Tlíquido 0 5 kg 80 cal cal cal cal mlíquido 1 o (8 28)o C 0 400 kg 20 mlíquido o o C g g C g g C 400 kg mlíquido mlíquido 20 kg 20 Física 3 | aulas 11 e 12 Calor e Mudança de Estado Exercício 3 (PUC-RJ 2015) Um recipiente isolado contém uma massa de gelo, M = 5,0 kg à temperatura T = 0 oC. Por dentro desse recipiente, passa uma serpentina pela qual circula um líquido que se quer resfriar. Suponha que o líquido entre na serpentina a 28 oC e saia dela a 8 oC. O calor específico do líquido é CL = 1,0 cal/(g⋅oC), o calor latente de fusão do gelo é LF = 80 cal/g e o calor específico da água é CA = 1,0 cal/(g⋅oC). a) Qual é a quantidade total de líquido (em kg) que deve passar pela serpentina de modo a derreter todo o gelo? b) Quanto de calor (em kcal) a água (formada pelo gelo derretido) ainda pode retirar − do líquido que passa pela serpentina − até que a temperatura de saída se iguale à de entrada (28 oC)? Resolução b) Qágua mágua cágua Tágua 5000 g 1 cal o ( 28 0 ) C 5000 28 cal o g C Qágua 140000 cal 140 kcal Física 3 | aulas 11 e 12 Calor e Mudança de Estado Exercício 4 (Unifesp 2016) Considere um copo de vidro de 100 g contendo 200 g de água líquida, ambos inicialmente em equilíbrio térmico a 20 oC. O copo e a água líquida foram aquecidos até o equilíbrio térmico a 50 oC, em um ambiente fechado por paredes adiabáticas, com vapor de água inicialmente a 120 oC. A tabela apresenta valores de calores específicos e latentes das substâncias envolvidas nesse processo. Considerando os dados da tabela, que todo o calor perdido pelo vapor tenha sido absorvido pelo copo com água líquida e que o processo tenha ocorrido ao nível do mar, calcule: a) a quantidade de calor, em cal, necessária para elevar a temperatura do copo com água líquida de 20 oC para 50 oC. b) a massa de vapor de água, em gramas, necessária para elevar a temperatura do copo com água líquida até atingir o equilíbrio térmico a 50 oC. Resolução a) QTotal Qcopo Qágua QTotal mcopo ccopo Tcopo mágua cágua Tágua QTotal 100 g 0, 2 cal cal o o ( 50 20 ) C 200 g 1 , 0 ( 50 20 ) C o o g C g C QTotal 20 30 200 30 600 6000 6600 cal Física 3 | aulas 11 e 12 Exercício Calor e Mudança de Estado 4 (Unifesp 2016) Considere um copo de vidro de 100 g contendo 200 g de água líquida, ambos inicialmente em equilíbrio térmico a 20 oC. O copo e a água líquida foram aquecidos até o equilíbrio térmico a 50 oC, em um ambiente fechado por paredes adiabáticas, com vapor de água inicialmente a 120 oC. A tabela apresenta valores de calores específicos e latentes das substâncias envolvidas nesse processo. Considerando os dados da tabela, que todo o calor perdido pelo vapor tenha sido absorvido pelo copo com água líquida e que o processo tenha ocorrido ao nível do mar, calcule: a) a quantidade de calor, em cal, necessária para elevar a temperatura do copo com água líquida de 20 oC para 50 oC. b) a massa de vapor de água, em gramas, necessária para elevar a temperatura do copo com água líquida até atingir o equilíbrio térmico a 50 oC. Resolução b) Q 0 (Q copo Qágua ) Qvapor 0 (6600) Qvapor 0 . cond. resfr. (6600) Qresfr Q Q 0 vapor vapor água / vapor 6600 mvapor 0, 5 (20) mvapor (540) mvapor 1 (50) 0 6600 mvapor (600) 0 6600 mvapor 600 0 m vapor 6600 11 g 600 Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases Pressão e Mudança de Estado Substâncias que aumentam de volume na solidificação. p (mm Hg) PC Líquido Curva de SUBLIMAÇÃO Sólido Curva de FUSÃO Curva de VAPORIZAÇÃO Gás PT Vapor T (oC) PT = Ponto Triplo (os 3 estados coexistem) PC = Ponto Crítico (Limite G/V) Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases Pressão e Mudança de Estado Substâncias que aumentam de volume na solidificação. Exemplo: H2O p (mm Hg) PC (374 oC; 1,59.105 mm Hg) Líquido Curva de SUBLIMAÇÃO Sólido Curva de FUSÃO Curva de VAPORIZAÇÃO Gás PT (0,01oC; 4,58 mm Hg) Vapor T (oC) PT = Ponto Triplo (os 3 estados coexistem) PC = Ponto Crítico (Limite G/V) Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases p (mm Hg) Pressão e Mudança de Estado Analisando o diagrama para a H2O. Experimento do regelo Novo ponto de fusão! Panela de pressão Ponto de ebulição “normal”! PC Ponto de fusão “normal”! > 760 760 Novo ponto de ebulição! água líquida gelo Mantendo P, Variando T, a água muda de estado PT <0 0 gás vapor d’água 100 > 100 760 mm Hg = 1,013.105 Pa = 101,3 kPa = 1 atm = 10,3 m.c.a. T (oC) Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases Pressão e Mudança de Estado Analisando o diagrama para a H2O. PC p (mm Hg) 760 < 760 Mantendo P, Variando T, a água muda de estado Ponto de fusão “normal”! água líquida gelo Novo ponto de fusão! Ponto de ebulição “normal”! gás vapor d’água PT Novo ponto de ebulição! 0>0 < 100 100 760 mm Hg = 1,013.105 Pa = 101,3 kPa = 1 atm = 10,3 m.c.a. T (oC) Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases p (mm Hg) Pressão e Mudança de Estado Analisando o diagrama para a H2O. PC água líquida água líquida gelo Mantendo T, Variando P, a água também muda de estado PT vapor d’água A partir do PC não tem como liquefazer a água apenas aumentando a pressão! (gás) T (oC) 760 mm Hg = 1,013.105 Pa = 101,3 kPa = 1 atm = 10,3 m.c.a. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 2 (UNIFESP 2009 – CG) A sonda Phoenix, lançada pela NASA, detectou em 2008 uma camada de gelo no fundo de uma cratera na superfície de Marte. Nesse planeta, o gelo desaparece nas estações quentes e reaparece nas estações frias, mas a água nunca foi observada na fase líquida. Com auxílio do diagrama de fase da água, analise as três afirmações seguintes. I. O desaparecimento e o reaparecimento do gelo, sem a presença da fase líquida, sugerem a ocorrência de sublimação. II. Se o gelo sofre sublimação, a pressão atmosférica local deve ser muito pequena, inferior à pressão do ponto triplo da água. III. O gelo não sofre fusão porque a temperatura no interior da cratera não ultrapassa a temperatura do ponto triplo da água. De acordo com o texto e com o diagrama de fases, pode-se afirmar que está correto o contido em a) I, II e III. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, apenas. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado t Experimento do regelo [1871] - John Tyndall (1820 - 1893) início Um arame flexível, com dois corpos pesados presos em seus extremos, é apoiado sobre um bloco de gelo, exercendo uma pressão extra sobre a superfície. fim A pressão extra sobre a superfície faz baixar a temperatura de fusão do gelo que, então, derrete. O arame atravessa a camada de água líquida que se formou que, sem a pressão, volta a solidificar-se. O arame atravessa todo o bloco de gelo até que os corpos caem no chão. O bloco de gelo, mesmo atravessado pelo arame, permanece sólido por conta do fenômeno do regelo. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Exercício 5 Um barman observa que se apertar dois cubos de gelo um contra o outro eles tendem a ficar “grudados”. Explique esse fenômeno do ponto de vista da pressão e da temperatura de fusão do gelo. Resolução O diagrama de fases (ou diagrama de estado), gráfico P X T da água, nos revela que um aumento na pressão sobre a fase sólida reduz a temperatura de fusão de gelo. Logo, ao pressionar um cubo contra o outro, há um aumento superficial da pressão sobre a camada de gelo que gera liquefação da camada de contato entre eles. Assim que cessa a pressão, a água liquefeita volta a solidifica-se, soldando um cubo no outro. Física 3 | aulas 11 e 12 Diagrama de Fases Pressão e Mudança de Estado Substâncias que diminuem de volume na solidificação. p (mm Hg) Líquido PC Curva de SUBLIMAÇÃO Sólido Curva de FUSÃO Curva de PT Gás Vapor VAPORIZAÇÃO T (oC) PT = Ponto Triplo (os 3 estados coexistem) PC = Ponto Crítico (Limite G/V) Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado (Enem) Os seres humanos podem tolerar apenas certos intervalos de temperatura e umidade relativa (UR), e, nessas condições, outras variáveis, como os efeitos do sol e do vento, são necessárias para produzir condições confortáveis, nas quais as pessoas podem viver e trabalhar. O gráfico mostra esses intervalos. A tabela mostra temperaturas e umidades relativas do ar de duas cidades, registradas em três meses do ano. Extra 3 Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Com base nessas informações, pode-se afirmar que condições ideais são observadas em: a) Curitiba, com vento em março, e Campo Grande, em outubro. b) Campo Grande, com vento em março, e Curitiba, com sol em maio. c) Curitiba, em outubro, e Campo Grande, com sol em março. d) Campo Grande, com vento em março, e Curitiba, com sol em outubro. e) Curitiba, em maio, e Campo Grande, em outubro. Extra 3 Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 4 (Enem) A tabela a seguir registra a pressão atmosférica em diferentes altitudes, e o gráfico relaciona a pressão de vapor da água em função da temperatura. Um líquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir do momento em que sua pressão de vapor se iguala à pressão atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela, o gráfico e os dados apresentados, sobre as seguintes cidades: A temperatura de ebulição será: a) maior em Campos do Jordão. b) menor em Natal. c) menor no Pico da Neblina. d) igual em Campos do Jordão e Natal. e) não dependerá da altitude. Resolução Quanto menor a pressão atmosférica, menor a temperatura de ebulição. E a pressão atmosférica é tão menor quanto maior é a altitude. Logo, quanto maior a altitude, menor a temperatura de ebulição da água. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 (UNICAMP) No Rio de Janeiro (ao nível do mar), certa quantidade de feijão, em água fervente, demora 40 minutos para ficar pronta. A tabela a seguir fornece o valor da temperatura da fervura da água em função da pressão atmosférica, enquanto o gráfico fornece o tempo de cozimento dessa quantidade de feijão em função da temperatura. A pressão atmosférica – que, ao nível do mar, vale 760 mm de mercúrio – diminui 10 mm de mercúrio para cada 100 m de altitude. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 (UNICAMP – continuação) a) Se o feijão for colocado em uma panela cuja pressão interna seja 880 mm de mercúrio, em quanto tempo ele fica pronto? b) Em uma panela aberta, em quanto tempo o feijão fica pronto na cidade de Gramado (RS), localizada a uma altitude de 800 m? c) Em qual altitude o tempo de cozimento do feijão (em uma panela aberta) será o dobro do tempo de cozimento ao nível do mar? d) Suponha que, em Gramado, foram empregados 2 litros de água e que, ao final do cozimento do feijão, restaram 0,5 litro de água. Determine a potência térmica absorvida pela água, em watts, considerando que o intervalo de tempo que aparece no gráfico seja medido a partir do instante em que a água atinge o ponto de fervura. Dados: Calor latente de vaporização da água: 540 cal/g Densidade da água: 1g/cm³ 1 cal = 4J Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 a) Se o feijão for colocado em uma panela cuja pressão interna seja 880 mm de mercúrio, em quanto tempo ele fica pronto? Resolução Pela tabela: p = 880 mmHg implica em T = 105 oC. Pelo gráfico: T = 105 oC implica em t = 20 min. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 b) Em uma panela aberta, em quanto tempo o feijão fica pronto na cidade de Gramado (RS), localizada a uma altitude de 800 m? Resolução A cada 100 m de altitude, a pressão cai 10 mmHg. Logo, para 800 m a pressão cai 8 x 10, ou seja, 80 mmHg. Logo, p = 760 – 80 = 680 mmHg. Pela tabela, p = 680 mmHg implica T = 97 oC. Pelo gráfico: T = 97 oC implica em t = 60 min. Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 c) Em qual altitude o tempo de cozimento do feijão (em uma panela aberta) será o dobro do tempo de cozimento ao nível do mar? Ao nível do mar (p = 760 mmHg) a água ferve a T = 100 oC. Pelo gráfico, t = 40 min. Logo, o dobro do tempo de cozimento ao nível do mar vale t = 80 min que, pelo gráfico, implica em T = 95 oC. Pela tabela, T = 95 oC implica em p = 640 mmHg = (760 – 120) mmHg. Logo, a queda de 120 equivale a H = 1200 m. Resolução Física 3 | aulas 11 e 12 Pressão e Mudança de Estado Extra 5 d) Suponha que, em Gramado, foram empregados 2 litros de água e que, ao final do cozimento do feijão, restaram 0,5 litro de água. Determine a potência térmica absorvida pela água, em watts, considerando que o intervalo de tempo que aparece no gráfico seja medido a partir do instante em que a água atinge o ponto de fervura. Resolução Dos dois litros de água iniciais sobrou apenas 0,5 litro. Logo, foram vaporizados 1,5 litros de água que, com densidade de 1 g/cm³ (1 kg/L) equivalem a 1500 g de água. Logo, a quantidade de calor latente absorvida pela água foi de: Q m L 1500 540 810000 8,1 105 cal 8,1 105 4 J 32, 4 105 J A potência térmica para a energia Q = 32,4.105 J e t = 60 min = 3600 s (Gramado, ver item “b”) vale: Q 32, 4 105 J 2 J P 9 10 900 W t 3, 6 103 s s