UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO SERVIÇO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO ANNA WANESSA PEREIRA TOSCANO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO COMPETITIVO DAS ACADEMIAS DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO DE JOÃO PESSOA-PB. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ÁREA: ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING João Pessoa-PB Abril de 2008 ANNA WANESSA PEREIRA TOSCANO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO COMPETITIVO DAS ACADEMIAS DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO DE JOÃO PESSOA-PB. Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à Coordenação do Serviço de Estágio Supervisionado em Administração, do Curso de Graduação em Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às Exigências para a Obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientador: Profª. Dra. Rita de Cássia de Faria Pereira João Pessoa-PB Abril de 2008 Ao Professor (a) Orientador (a)___________________________________ Solicitamos examinar e emitir parecer no Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Anna Wanessa Pereira Toscano. João Pessoa, ___ de Abril de 2008. ___________________________ Prof. Rosivaldo de Lima Lucena Coordenador do SESA Parecer do Professor (a) Orientador (a): ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________ ANNA WANESSA PEREIRA TOSCANO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO COMPETITIVO DAS ACADEMIAS DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO DE JOÃO PESSOA-PB. Trabalho de Conclusão de Curso Aprovado em: ___ de Abril de 2008. Banca Examinadora ___________________________ Prof.ªDra. Rita de Cássia de Faria Pereira Orientador __________________________ Prof. Dr. Carlo Gabriel Porto Bellini Examinador ___________________________ Prof. Dr. André Gustavo Carvalho Machado Examinador DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu tio Valdemir (in memoriam), que eu nunca esquecerei, por todas as alegrias que me proporcionou em vida e toda a saudade que me deixou. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Antônio Toscano e Valdenira, por todo o esforço que tiveram para que eu chegasse onde estou hoje e me tornasse uma pessoa de bem, sempre me confortando nos momentos em que mais precisei. Aos meus irmãos, Anna Alyne e José Anderson, sem o companheirismo e carinho de vocês este momento não seria possível. Aos meus avós, pela lição de vida e exemplo em minha vida de simplicidade e afeto. Ao meu namorado Arthur, que sempre esteve ao meu lado e acreditou em mim, estando sempre presente nos momentos em que mais necessitei de apoio e carinho. A minha orientadora, Professora Rita de Cássia de Faria Pereira, que será para sempre lembrada, pois soube compreender minhas dificuldades ajudando-me com sua sabedoria e atenção na condução deste trabalho. As minhas amigas Manuella, Paula, Diana e Rany, minhas companheiras de alegrias e tristezas durante toda a minha jornada acadêmica, agradeço por toda a contribuição e palavras de conforto que me deram durante esses quatro anos de curso. Aos meus amigos Higo, Danusa, Ricardo e Rita que me ajudaram na realização dessa etapa da minha vida. Aos gestores das academias de ginástica, pois sem eles a realização dessa pesquisa não seria possível. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e divulgação deste trabalho. Meu especial agradecimento a Deus, por me conceder este momento único em minha vida e a minha mãe, irmã e namorado pelo incentivo, paciência e disposição. Vocês foram vitais para a concretização deste trabalho. Sem o apoio de vocês isso não seria possível. RESUMO As academias de ginástica têm se disseminado no Brasil, atraindo um público que visa estética, saúde e interação. A intensa competição do setor e a carência de estudos justificam a busca pela compreensão da gestão estratégica desse negócio. O objetivo dessa pesquisa foi analisar o comportamento competitivo das academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB. Para tanto, procurou-se através de um arcabouço teórico bases conceituais relacionadas à competitividade. O trabalho de campo compreendeu a aplicação de questionários com questões estruturadas dirigidas a quarenta e quatro administradores de academias, representando o conjunto de organizações do segmento. Por meio do método da análise e discussão dos resultados, foram identificadas questões referentes às estratégias competitivas genéricas, composto de marketing, vantagens diferenciais, segmentação, fatores de competição e perfil e gerenciamento do negócio. Os resultados identificados evidenciaram as peculiaridades das empresas desse porte e do padrão da competição do setor, que se norteia, basicamente, pela busca de diferenciação dos serviços e qualidade do atendimento aos clientes, mas, possuindo o público-alvo, perfil de proprietários, perfil de clientes e atividades semelhantes à maioria. Portanto, tal pesquisa abre reflexão para os fatores que delineiam a competitividade do setor e as práticas utilizadas para gerir o tipo de negócio estudado, sugerindo a realização de estudos futuros em outras perspectivas e realidades. Palavras-Chave Estratégias competitivas. Vantagens diferenciais. Atividades de Marketing. Academias de ginástica e musculação. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Estratégias deliberadas e emergentes .................................................................. 21 Figura 2: Forças que dirigem a competição na indústria.................................................... 32 Figura 3: Estratégias competitivas genéricas ..................................................................... 43 Figura 4: Fatores que influenciam a estratégia de marketing ............................................ 45 Figura 5: Esquema simples de posicionamento ................................................................. 46 Figura 6: Os 4 P´s do mix de marketing ............................................................................. 51 Figura 7: Conceitos utilizados no estudo ........................................................................... 55 LISTA DE QUADROS Quadro 1: As dez escolas da estratégia ............................................................................. .24 Quadro 2: Fatores determinantes de competitividade ........................................................ 30 Quadro 3: As cinco forças de Porter .................................................................................. 33 Quadro 4: Dimensões, variáveis, indicadores e autores utilizados no questionário .......... 59 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Tempo de atuação das academias no mercado ............................................... 61 Gráfico 2: Localização das academias visitadas ............................................................. 62 Gráfico 3: Serviços oferecidos pelas academias ............................................................. 62 Gráfico 4: Número de proprietários ................................................................................ 63 Gráfico 5: Grau de instrução dos proprietários ................................................................ 63 Gráfico 6: Quantidade de funcionários ............................................................................ 64 Gráfico 7: Número médio mensal de clientes .................................................................. 64 Gráfico 8: Perfil dos clientes ........................................................................................... 65 Gráfico 9: Constituição do corpo profissional das academias ......................................... 65 Gráfico 10: Associação a sindicatos .................................................................................. 66 Gráfico 11: Duas principais dificuldades do setor ............................................................ 66 Gráfico 12: Duas principais facilidades do setor ............................................................... 67 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Estratégias competitivas genéricas de liderança em custo ............................... 68 Tabela 2: Estratégias competitivas genéricas de diferenciação ............... ........................ 69 Tabela 3: Estratégias competitivas genéricas de foco ............................. ........................ 70 Tabela 4: Estratégias competitivas genéricas mais utilizadas .......................................... 71 Tabela 5: Serviço .............................................................................................................. 73 Tabela 6: Preço ................................................................................................................. 74 Tabela 7: Localização ....................................................................................................... 75 Tabela 8: Comunicação .................................................................................................... 76 Tabela 9: Fatores predominantes na competição com os concorrentes ............................ 77 Tabela 10: Fatores mais importantes para um cliente numa academia .............................. 79 Tabela 11: Variáveis utilizadas em estratégias para atender cada cliente .......................... 81 Tabela 12: Planejamento ou estudo antes de iniciar o negócio .......................................... 82 Tabela 13: Frequência de realização de atividades de comunicação ................................. 83 Tabela 14: Investimentos realizados nas academias no último ano ................................... 83 Tabela 15: Critério utilizado pelas academias na formulação dos seus preços .................. 84 Tabela 16: Frequência de investimentos realizados nas academias ................................... 84 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 14 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA ................................................................................... 14 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 17 1.2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 17 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 17 1.3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 17 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 20 2.1 ORIGENS E CONCEITOS DAS ESTRATÉGIAS ....................................................... 20 2.2 PROCESSO DE FORMAÇÃO ESTRATÉGICA ......................................................... 22 2.3 COMPETITIVIDADE - CONCEITOS E MODELOS .................................................. 26 2.4 FATORES DETERMINANTES DA COMPETITIVIDADE ...................................... 29 2.5 ESTRATÉGIA COMPETITIVA ................................................................................... 31 2.6 VANTAGEM COMPETITIVA .................................................................................... 34 2.6.1.COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMO FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA ............ 36 2.7 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER ............................................................... 38 2.7.1. LIDERANÇA EM CUSTO .............................................................................................. 39 2.7.2. DIFERENCIAÇÃO ........................................................................................................ 40 2.7.3 FOCO .......................................................................................................................... 41 2.8 ATIVIDADES DE MARKETING ................................................................................ 43 2.8.1. POSICIONAMENTO COMPETITIVO ............................................................................ 45 2.8.2. SEGMENTAÇÃO .......................................................................................................... 47 2.8.3. O MIX DE MARKETING (4 P´S) .................................................................................. 50 2.8.3.1 Produto (product) ..................................................................................................... 52 2.8.3.2 Preço (price) ........................................................................................................... 52 2.8.3.3 Promoção (promotion)............................................................................................. 53 2.8.3.4 Praça ou Ponto de Venda (place) ............................................................................. 54 2.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 55 3. METODO DE PESQUISA ......................................................................................... 55 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ............................................................................ 56 3.1.2 SETOR PESQUISADO ................................................................................................... 56 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ....................................................................................... 57 3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS .......................................................................... 58 3.4 MÉTODO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................ 59 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................................... 61 4.1 PERFIL DAS ACADEMIAS ......................................................................................... 61 4.2 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS .................................................. .....67 4.3 COMPOSTO DE MARKETING ................................................................................... 72 4.4 FATORES DE COMPETIÇÃO .................................................................................... 77 4.5 VANTAGENS DIFERENCIAIS.................................................................................. .79 4.7 SEGMENTAÇÃO..................................................................................................... . ...81 4.6 GERENCIAMENTO DO NEGÓCIO........................................................................... .82 5. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 86 5.1 RECOMENDAÇÕES .................................................................................................... 89 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 90 APÊNDICE ...................................................................................................................... 100 14 1. INTRODUÇÃO O ambiente globalizado contemporâneo vem demandando uma maior competência de diferenciação por parte das empresas. As academias são empresas que exigem novidades e estratégias para atrair, motivar e fidelizar os seus clientes, perante a intensa competitividade do setor. O número de academias de ginástica tem merecido destaque no mercado pelo crescimento nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira de Academias (ACAD, 2006, p. 18), “mais do que simplesmente um local para prática de exercícios físicos, as academias são vistas hoje como significado de saúde, qualidade de vida e melhoria do bem estar das pessoas”. A importância cada vez mais ressaltada das academias e suas peculiaridades despertaram uma maior atenção e precisão de estudos relacionados ao seu comportamento competitivo. Para tanto é de extrema relevância perceber os artifícios e instrumentos utilizados para gerir estrategicamente estas organizações, considerando este um caminho necessário para se identificar os problemas gerenciais e os demais obstáculos do negócio. O estudo buscou compreender a forma como os gestores de academias se comportam perante a intensa competição que envolve esse segmento, já que esses empreendimentos apresentam dificuldades e desafios. Para isso, buscou-se identificar e analisar a maneira como o negócio é gerido, verificando-se quais são as principais estratégias competitivas utilizadas, as vantagens competitivas das academias na percepção dos administradores, fatores que predominam na competição com os concorrentes e uma análise de variáveis como serviços, preço, localização e atividades de comunicação. Nos capítulos subseqüentes seguem a delimitação do problema de pesquisa, a justificativa e os objetivos do estudo, assim como, o referencial teórico adotado, o método de pesquisa, a análise e discussão dos resultados e, finalmente, a conclusão e as recomendações. 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA A conjuntura atual do mundo dos negócios está sendo marcada por profundas 15 mudanças das ordens política, econômica, cultural, tecnológica e social. Tem-se demandado uma modernização dos empreendimentos, assim como novas formas de se comportar diante do mercado concorrente e consumidor por parte dos empresários. Analisando as transformações ocorridas no mercado e o aumento da competitividade entre as organizações, o setor de academias de ginástica e musculação foi um dos ramos de negócio que precisou adaptar-se a essas modificações. Este fato está intimamente ligado ao aumento da procura dos serviços pelo mercado consumidor, em busca da melhoria da qualidade de vida, dos padrões estéticos e interação social. A Fitness Brasil (2007) informa que, “hoje, o Brasil é o terceiro país do mundo em número de academias, com 7.350 unidades, 350 mais que no ano anterior”. No estado da Paraíba, há oitenta (81) academias de ginástica e musculação legalmente cadastradas, de acordo com os dados do Conselho Regional de Educação Física - CREF (CREF10, 2007). Devido à acentuada variação do consumo mundial nas últimas décadas no ramo do fitness, justificada, principalmente, por meio do destaque da era do bem-estar e a valorização cada vez mais crescente do culto à saúde pelo mercado brasileiro. Diante dessa situação, a indústria do fitness necessita acompanhar as exigências do mercado e utilizar meios para se destacar em um ambiente de intensa concorrência. Dificuldades como à falta de capacitação dos gestores e de condições financeiras para investimento, profissionais desqualificados, constantes exigências dos clientes relacionadas à diversidade, qualidade e preço dos bens e serviços, uso de poucas estratégias mercadológicas, altos custos e o comodismo, podem impossibilitar à obtenção de vantagens e estratégias competitivas. A competitividade é uma questão central que condiciona a existência das empresas no mercado. Existem diversos fatores que produzem a competitividade em uma organização. Porter (1989) indica a análise do posicionamento estratégico, enfatizando a análise mercadológica de como se dá a competição e como cada empresa se posiciona dentro do seu negócio para que se tenha uma base para a formulação de estratégias com foco nos serviços, consumidores e concorrentes. A estratégia é definida como “um caminho ou maneira ou ação estabelecida e adequada para alcançar os resultados da empresa, representados por seus objetivos, desafios e metas” (OLIVEIRA, 1999, p. 27). Uma estratégia mesmo não sendo o principal fator determinante do sucesso de uma empresa, pode ser responsável por gerar bons frutos para 16 esta, desde que seja empregada de forma apropriada e seja resultado de vários aspectos avaliados. De acordo com Porter (2004, p. 36), estratégias competitivas são descritas através de ações com características de ataque ou defesa para se criar posições defensáveis, de modo que, possam enfrentar com sucesso as forças competitivas de uma empresa, obtendo assim, um retorno maior sobre o investimento realizado. Numa estratégia competitiva há o envolvimento da posição estratégica de uma empresa no mercado, a fim de aumentar as distinções entre esta e suas concorrentes, sendo necessária uma profunda análise do mercado e formulação e implementação de táticas que busquem diferenciar os serviços ofertados de uma organização em relação às empresas rivais. As novas exigências do mercado atual levam à busca pela diferenciação de produtos e serviços por parte das organizações, de forma a atrair e reter os consumidores, dispondo de vantagens competitivas para se manter vivo e capaz de concorrer num mercado complexo e mutante. Nas academias de ginástica e musculação a diferenciação pode ser atrapalhada, principalmente, pela grande quantidade de empresas nesse segmento e pela oferta de pacotes com programas padronizados, oriundos de empresas que fornecem tecnologia de fitness. Uma empresa possui a necessidade de diferenciação, em relação à concorrência, quando há uma ampla oferta de produtos ou serviços os quais podem ser substituídos pelo mercado consumidor, sendo assim, ser diferenciado dos concorrentes é essencial para o sucesso de uma organização. Conforme Hooley (1996, p. 53), “a vantagem diferencial pode ser criada com base em qualquer ponto forte ou nas competências específicas da empresa em relação à concorrência”. A vantagem diferencial pode ser elaborada baseada em pontos fortes como, por exemplo, melhor qualidade na categoria dos serviços oferecidos, de modo que agregue valor para o consumidor e não seja fácil de ser adquirido por possíveis competidores. Frente ao processo de mudanças ocorridas no segmento das academias de ginástica e musculação, pretende-se compreender o processo concorrencial deste setor e as estratégias utilizadas pelas empresas para se manterem atuantes no mercado competitivo. Dessa forma, a problemática da presente pesquisa é: como as academias de ginástica e musculação da cidade de João Pessoa - PB se comportam estrategicamente diante da competitividade do setor? 17 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Analisar o comportamento competitivo das academias de ginástica e musculação da cidade de João Pessoa - PB. 1.2.2 Objetivos Específicos Verificar os fatores que predominam na competição com os concorrentes e as vantagens diferenciais das academias para os clientes. Identificar as estratégias competitivas genéricas utilizadas. Caracterizar as academias de ginástica e musculação atuantes em João Pessoa. Avaliar as estratégias de marketing de segmentação, posicionamento e 4 P`s das empresas do setor. 1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO Vive-se atualmente, uma onda de mudanças nos negócios, numa filosofia de mercado, em que os mais fortes sobrevivem e os mais fracos fecham as portas. A estratégia se mostra um componente imprescindível para o diferencial competitivo e vida longa das empresas, necessitando de um estudo minucioso do mercado em que estão inseridas, além de serem vitais para a consolidação, o aumento de lucros e a participação de mercado em qualquer segmento. “A vantagem competitiva sustentável é a única forma segura para se alcançar um desempenho superior” (PORTER, 1989, p. 188). Através das estratégias é possível identificar 18 o posicionamento e vantagens competitivas de uma organização agregando um valor superior ao dos seus concorrentes. Segundo Silva (2001, p. 1), “a empresa que não possui, hoje, um bom posicionamento no mercado, poderá situar-se melhor no futuro se fizer uma leitura adequada do ambiente, corrigir rumos e tomar decisões acertadas”. Ao competir leva-se em conta para as empresas aspectos como a compreensão do lugar em que se está competindo, as razões que as levam a isso e o modo como se compete. Daí a relevância de se avaliarem os fatores internos e externos das empresas. Devido à carência de estudos especificamente voltados para o setor de academias de ginástica e musculação e a dificuldade dos empresários de concorrerem e criarem uma imagem diferenciada para o público consumidor, o presente estudo será de grande relevância à medida que, será útil para a tomada de decisões estratégicas, na demonstração de como seus adversários se comportam taticamente, identificando, por conseguinte, os aspectos relevantes para o negócio. Segundo Ferrel et al. (2000, p. 43), “a análise ambiental deve dar ao gerente um quadro o mais completo possível sobre a situação atual e futura da organização a respeito de três ambientes-chaves: o ambiente externo, o ambiente do consumidor e o ambiente interno da organização”. A pesquisa aspira agregar aos demais interessados, conhecimentos específicos do segmento. Através de uma análise mercadológica relacionada à concorrência, clientela, características das empresas envolvidas e táticas utilizadas pelas mesmas, os empresários das academias de ginástica e musculação poderão enfrentar a competitividade do setor de maneira mais planejada e direcionada para a formulação de estratégias competitivas, conhecendo a forma como seus adversários operam no ramo, suas vantagens e deficiências. Conforme Hooley (1996), as chances de conquistar um mercado surgem das mudanças ocorridas nele, como por exemplo, a importância cada vez maior que é dada aos hábitos saudáveis, bem como das expectativas dos consumidores não atendidas pelos adversários. Para isso, necessita-se de uma coleta de informações, para que através destas, seja possível por parte dos empreendimentos manterem a capacidade de atender os anseios da clientela. Uma avaliação do mercado permite às organizações a coleta de informações relativas às atitudes dos clientes, os serviços oferecidos e as práticas de descontos ou promoções realizadas pelos competidores, podendo estas informações ser utilizadas no direcionamento de 19 estratégias que futuramente passem a ser essenciais para a obtenção de vantagens competitivas. Leite (2000, p. 77), afirma que para identificar as tendências do mercado e incrementar o processo de diferenciação das academias, as empresas devem ficar de olho nas ações executadas pelo mercado concorrente, buscando sempre se distinguir dos competidores, bem como novos métodos de ampliar a comunicação com o consumidor. Através da análise adequada do negócio, os empresários podem obter dados mais precisos para identificar problemas e oportunidades, além de ser possível controlar o comportamento do mercado concorrente e consumidor e o aprimoramento contínuo dos produtos e serviços, já que as exigências e desejos das pessoas mudam, procurando sempre por benefícios ganhos num processo de compra. Para Silva (2001, p. 1): “mudanças ocorrem continuamente, exigindo das empresas freqüentes reavaliações das tendências do mercado e de seu posicionamento nesse mercado”. É importante uma avaliação do mercado para acompanhar as suas mudanças e para que as estratégias obtenham o resultado esperado e as organizações possam identificar os fatores determinantes da competitividade do setor em que atuam. Hoje em dia, devido à grande quantidade de competidores no mercado, há uma grande variação das atitudes do consumidor, dificultando a tomada de decisão dos gestores dos empreendimentos. Por isso, a pesquisa a ser realizada auxilia no levantamento de informações indispensáveis para entendimento da competitividade do setor de academias de ginástica e musculação. Com base no modelo de Porter (1989; 2004), modelo que classifica as estratégias quanto à competitividade, o trabalho busca levar em conta as principais questões estratégicas que norteiam a luta de mercado do fitness. Assim sendo, com a necessidade de realizar uma avaliação das condições que dão forma ao ambiente de disputa, no qual atuam os empresários desse segmento, pretende-se através da pesquisa a ser realizada, suportar as decisões relativas ao posicionamento estratégico destas academias com relação às exigências do mercado e direcionar possíveis métodos de mudança de conduta dos gestores, frente à disputa acirrada do negócio, para amenizar os problemas advindos das transformações ocorridas ao longo dos anos. 20 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente estudo utilizou como embasamento teórico o ponto de vista de diferentes autores acerca de competitividade, estratégias competitivas, competências essenciais e vantagens competitivas, além das atividades de marketing, os quais são considerados relevantes e imperiosos para o entendimento do processo competitivo de qualquer organização. Sendo assim, fez-se necessário também a relação entre concepções semelhantes de determinados autores, bem como colocações distintas destes referentes às teorias que fundamentaram este estudo. 2.1 ORIGENS E CONCEITOS DAS ESTRATÉGIAS “A competição entre empresas é também chamada de jogo competitivo, e a estratégia é usada para dirigir as ações do estrategista nesse jogo” (ZACCARELLI, 2003, p. 9). No livro “a Arte da Guerra”, Sun Tzu (2002, p. 28) apresenta frases as quais evidenciam uma verdadeira batalha contra oponentes: “se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”. De acordo com Camargos e Dias (2003), o desenvolvimento das organizações e o aumento da estrutura complexa das empresas, integradas ao ritmo veloz em que estão ocorrendo às mudanças do ambiente, trazem exigências por parte das organizações de uma competência mais elevada para formulação e implementação das estratégias que proporcionem a superação das circunstâncias desafiadoras do mercado, assim como a consolidação dos objetivos, sejam eles de curto, médio ou longo prazo. Estratégia vem do grego strategus, cujo significado é, para os gregos antigos, o general superior ou generalíssimo. Sendo assim, a palavra strategia derivada de strategus, significava a arte do general (BOAVENTURA e FISCHMANN, 2003). Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) afirmam que, a palavra estratégia é muito antiga, tornando-se muito influente atualmente. Logo, reunidas em literatura especializada, existem vastas definições acerca de estratégia, cinco em especial: estratégia como plano, padrão, posição, perspectiva e manobra, denominadas de cinco P´s para estratégias. 21 Como um plano, a estratégia é distinguida pela deliberação, ou seja, pelo planejamento intencional para se atingir uma situação especifica, equivalente a planos estabelecidos como um caminho para o futuro. A definição de estratégia como padrão supõe um modelo de comportamento ao longo do tempo, visando sempre olhar o comportamento passado. Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), em conformidade com as visões acima, a estratégia como plano indica a estratégia pretendida e como padrão, a realizada. As finalidades inteiramente efetuadas são designadas como estratégias deliberadas. Já as finalidades que não forem realizadas são identificadas como estratégias irrealizadas. A existência de um padrão alcançado e não expressamente pretendido nomeia-se de estratégia emergente, evidenciando-se através deste entendimento, que poucas ou nenhuma das estratégias são genuinamente de natureza deliberada ou emergente, necessitando-se, para tanto, de uma combinação, aliando a habilidade de prevenção e reação perante ocorrências imprevistas. A Figura 1 ilustra a diferença entre estratégias pretendidas, deliberadas, realizadas e irrealizadas ou não realizadas. ESTRATÉGIA DELIBERADA ESTRATÉGIA REALIZADA ESTRATÉGIA PRETENDIDA ESTRATÉGIA NÃO REALIZADA ESTRATÉGIA EMERGENTE Figura 1. Estratégias deliberadas e emergentes. Fonte: adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000). A acepção de estratégia como posição indica o lugar ocupado por determinados produtos em determinados mercado, sugerindo um posicionamento exclusivo e precioso da organização. Essa definição mostra a atenção da estratégia para o ponto em que o produto se depara com o consumidor - direcionamento para baixo e para o mercado - direcionamento para fora, enquanto a estratégia como perspectiva focaliza para dentro dos seus estrategistas direcionamento para dentro e para a ampla visão da empresa - direcionamento para cima (MINTZBERG; AHLSTRAND e LAMPEL, 2000). 22 Finalmente, os autores definem estratégia como truque, isto é, conduzir uma “manobra” específica com o intuito de ludibriar um inimigo. Ansoff (1991) estabeleceu duas grandes classificações de estratégias: a estratégia de carteiras e a competitiva. A estratégia de carteiras está relacionada ao negócio da organização e especifica onde ela almeja ampliar seus produtos, considerando produtos e mercados atuais e novos. Já a estratégia competitiva, diz respeito ao foco que a organização pretende estampar para obter competitividade, sendo que o enfoque pode abranger participação e crescimento do mercado e a diferenciação de produto ou mercado. A estratégia como considera Oliveira, “é um conjunto de decisões formuladas com o objetivo de orientar o posicionamento da empresa no ambiente”, enquanto Andrews indica que “é o conjunto de objetivos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e os planos para atingir esses objetivos, postulados de forma a definir em que atividades se encontram a empresa, que tipo de empresa ela é ou deseja ser” (OLIVEIRA, 1999, p. 27). A idéia principal de uma estratégia, conforme citado por Graeml e Graeml (1997), seja ela qual for, é atingir uma posição privilegiada. Mas, geralmente, estes privilégios decorrentes de estratégias seguidas pelas empresas não extinguem os concorrentes, todavia, representam vantagens superiores em relação aos mesmos, as empresas buscam a manutenção dessas vantagens competitivas. Depois de serem realizadas estratégias bem-sucedidas, estas tendem a ser copiadas, podendo acarretar uma diminuição dos retornos da empresa. Zaccarelli (2003) acrescenta a não existência de estratégias certas e erradas, apenas estratégias que produziram o resultado esperado, bem como aquelas que não ofereceram às empresas aquilo que foi ambicionado. Já Oliveira (1999) sobrepõe-se a respeito do sucesso das estratégias, pois para ele, a área na qual a empresa atua deve ser fruto de uma minuciosa escolha, considerando suas capacidades essenciais. Todavia, não se devem repudiar as suas atividades nas áreas que não dispunham da devida capacitação, pois ao reconhecer suas fraquezas, torna-se mais simples corrigir-se. 2.2 PROCESSO DE FORMAÇÃO ESTRATÉGICA A formação de estratégias, referida por Massoni (2002), passou a ser vista como a fase inicial de toda a modificação que proporcionará as empresas inovadoras através da projeção 23 de novas crenças no âmbito empresarial uma reestruturação intensa, progredindo suas técnicas administrativas, as quais conduzirão as organizações a uma renovação dos setores em que atuam, rompendo preceitos antes firmados, ao passo que realizam ajustes e se moldam aceleradamente aos novos desafios impostos na modernidade. Para que a empresa tenha a certificação de que suas estratégias estão corretamente formuladas, Certo e Peter (1993) sugerem alguns critérios: as estratégias devem corresponder ao ambiente externo da organização; necessitam abranger uma vantagem competitiva sustentável; precisam possibilitar a organização a flexibilidade apropriada; e devem conciliar a missão e objetivos da organização e serem factíveis. Oliveira (1999) realça a saliência de substabelecer estratégias alternativas para facilitar as alterações dos caminhos ou ações de acordo com as necessidades, uma vez que, normalmente se formam as estratégias por áreas funcionais da empresa. O autor ainda coloca o momento da formação da estratégia como o mais apropriado para a definição da estrutura organizacional da empresa, a qual deve ser consistente com as estratégias, porque somente desse modo é possível criar uma estrutura desprovida de lacunas, conflitos e incoerências entre seus elementos, pois todos estão com seus esforços direcionados para os objetivos estabelecidos. Segundo Porter (1998, p. 11), “a essência da formulação estratégica é lidar com a competição”, no entanto a competição é observada com pessimismo e limitações. A formulação de estratégias é fruto de uma projeção e seleção de meios que conduzam a organização a realização dos seus objetivos e metas. O aspecto essencial da estratégia empresarial trata do método para lidar, de maneira satisfatória, com a concorrência. Deste modo, assim que a diretriz organizacional é estipulada e o ambiente foi objeto de estudo, é possível para a administração traçar direções alternativas de ação em empenho integrado para certificar o procedimento na organização (MASSONI, 2002). Considerando o processo de constituição das estratégias, Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) identificaram 10 escolas, sejam elas de (1) design, (2) planejamento, (3) posicionamento, (4) empreendedora, (5) cognitiva, (6) de aprendizagem, (7) poder, (8) cultural (9), ambiental e (10) de configuração. Cada escola discorre sobre os aspectos 24 apresentados pelos autores do processo de concepção da estratégia. O Quadro 1 indica as escolas e o ponto de vista dos autores com relação ao método de formação estratégica delas. ESCOLA FORMAÇÃO DA ESTRATÉGIA Design Processo Conceitual Planejamento Processo Formal Posicionamento Empreendedora Processo Analítico Processo Visionário Processo Mental Cognitiva Aprendizagem Processo Emergente Processo de Negociação Poder Processo Coletivo Cultural Processo Reativo Ambiental Configuração Processo de Transformação Quadro 1. As dez escolas da estratégia. Fonte: Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) O autor afirma que diferentes perspectivas da formação da estratégia são abordadas com maior amplitude em cada uma das escolas acima mencionadas. Escolas como planejamento e design evidenciam a estratégia como plano, a de posicionamento focaliza na estratégia como posição e a escola cultural ratifica a estratégia como padrão, aludindo o equilíbrio entre todas as compreensões como o ideal, para que se torne possível encontrar os meios mais eficazes para a situação e a conveniência. “Para formular apropriadamente a estratégia organizacional, baseado em Certo e Peter (1993, p. 17), os administradores devem compreender profundamente as diversas abordagens para formulação estratégica como a análise das questões críticas dos pontos fracos e fortes, oportunidades, riscos e a matriz de crescimento”. 25 A estratégia é uma ação reflexiva a qual abrange a necessidade de determinar, por meio de uma avaliação, as oportunidades e ameaças no meio onde a empresa atua ou deseja atuar, envolvendo também à análise das forças e fraquezas da empresa e ainda, o uso de suas capacidades para se adaptarem as alterações mercadológicas e competir perante situações arriscadas (HOOLEY e SAUNDERS, 1996). A formulação e a implementação de estratégias, com base em Camargos e Dias (2003), impõem à organização desafios como a escolha entre redução de modo defensivo, manutenção ou aumento da finalidade da empresa, opção que abrange um amplo empenho por parte da organização como um todo. A escolha do melhor método necessita de tempo para implementação, o custo e o controle do processo selecionado. Porter (2004) considera a sobrevivência e o desenvolvimento da organização como peças preponderantes ao se falar sobre a formulação das estratégias, evidenciando uma análise estrutural da indústria e das forças atuantes e ainda, dos seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades, igualmente a Hooley e Saunders (1996), mensurando as suas competências e recursos disponíveis, expectativas da sociedade, bem como os valores pessoais, motivações e necessidades dos responsáveis pela prática da estratégia. Andrews e Porter se destacam dentre outros autores como os que realçam a importância do planejamento no processo de formação da estratégia (ANDREWS apud CARMO, 2003; PORTER, 2004). Ansoff e McDonell (1993) defendem o processo de formulação de estratégias como um resultado de direções gerais estipuladas e não como um fruto de ações imediatas, possibilitando por meio dessas direções a ascensão e desenvolvimento da empresa. Por conseguinte, a estratégia é uma acepção um tanto abstrata e indecisa, sua formulação não gera qualquer benefício imediato na empresa, por ser um processo o qual demanda tempo e dinheiro dos administradores. Andrews (apud Carmo, 2003) menciona o entrelaçamento entre a fase da formulação e implementação, podendo o processo ser separado apenas com a finalidade específica de análise. Para ele, a formulação compreende a identificação das oportunidades e das ameaças do ambiente, a avaliação dos pontos fortes e fracos, dos recursos e da capacidade organizacional para que as necessidades de mercado sejam proveitosas para a empresa. A alternativa resultante é aquela que oferece um grau de compromisso aceitável, porém, precisam estar contidos os fatores pessoais e éticos, a decisão final não se limita ao poder fazer, mas abrange também o querer fazer. A implementação, que pode arruinar todo o 26 empenho da formulação, compreende a eficiência da estrutura e dos processos organizacionais para conduzir o comportamento ao escopo estratégico. Depois da formulação da estratégia organizacional, existe a fase de implementação, a responsável por executar as estratégias estabelecidas. As fases de formulação e implementação são conectadas e os aspectos referentes à cultura organizacional devem ser considerados na fase de formulação e implementação das estratégias, porque podem influenciar a conduta dos empregados, destacado ainda, a necessidade e a relevância do controle estratégico, de forma a assegurar o desenvolvimento das estratégias conforme o planejado (CERTO e PETER, 1993). Oliveira (1999) ressalta a consistência entre a cultura organizacional e estratégias como uma força potencial para as empresas e a necessidade do controle estratégico para verificação de como a empresa está indo na realização dos seus objetivos e metas, assim como a utilização de ações corretivas quando houver desvios nesse processo. 2.3 COMPETITIVIDADE – CONCEITOS E MODELOS A competição teve início como o surgimento da vida, como arma dos primeiros organismos unicelulares para permanecerem vivos, existindo anteriormente a estratégia. Porém, a competição natural durante milhões de anos não se utilizou de estratégias, mais sim de recursos combinados, correspondendo, portanto, a uma seleção natural com base na sobrevivência e adaptação do mais capacitado e não uma estratégia. Por fim, aqueles possuidores de maior aptidão sobrevivem ou crescem até o ponto em que os seus demais oponentes são expelidos do mercado (HENDERSON, 1998). A competitividade, para Lovatel (2002), é um termo, atualmente, bastante disseminado. Porém, é uma expressão que não é explicitada com exatidão em relação aos elementos que a determinam. Enfim, devido a sua ampla e genérica utilização, dificultando assim, o estabelecimento de um conceito padrão de competitividade, obtêm-se diferentes visões acerca da sua conceitualização relacionadas com os diversos aspectos e abrangências em que é inserida. Desse modo, o termo “competitividade” dependerá das interpretações das atividades, condições e características empregadas para sua obtenção. A competitividade, para Oliveira (1999), é tanto um insumo como um fruto da organização estratégica, é importante considerá-la numa esfera global, ou seja, da empresa 27 como um todo e setorial, assim sendo, por unidade organizacional. E também debater, estender e aceitar largamente, acerca dos critérios e parâmetros de competitividade, pelos diversos profissionais envolvidos. Diz-se, baseado em Teixeira et al. (2005), que se pode diferenciar uma indústria com alto grau de competitividade quando as distintas empresas que a constitui dispõem de condições e auxílios semelhantes na procura por fatias de mercado, concorrendo entre si de forma mais harmonizada. Por outro lado, a indústria pode ter uma baixa competitividade, indicando as poucas empresas possuidoras de condições e recursos de distintivos, enquanto as outras empresas têm o domínio de poucos recursos, caracterizando uma competição desequilibrada. Na literatura clássica, de acordo com Lovatel (2002, p. 46), “a competitividade é tratada como uma posição resultante do modelo com o qual uma empresa compete no mercado, baseando-se na análise do ambiente, onde a competitividade é o sinal evidente da concorrência desencadeada por produtos e empresas similares”. Conforme Porter (1998), a competição é a alma da formulação estratégica. Na batalha pela participação de mercado a competição não deve ser analisada apenas baseada nos concorrentes, devendo ser necessário analisar as forças atuantes do setor. “A competitividade é a capacidade de a empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura uma posição sustentável no mercado” (COUTINHO ; FERRAZ apud LOVATEL , 1994, p . 45). De acordo com Possamai, Boas e Conceição (2004): competitividade pode ser compreendida como o resultado de um conjunto de ações produtivas, administrativas e comerciais que permitem à empresa alcançar seus objetivos de rentabilidade, crescimento e participação no mercado através da conquista e manutenção de clientes previamente selecionados. Porter (2004) ressalta a produtividade como a definição mais precisa de competitividade. Logo, para ele as organizações aumentam a participação de mercado associando-a as suas capacidades de alcançarem elevados níveis produtivos e aumentá-los ao longo do tempo. Kupfer (1992) procura avaliar a competitividade sob duas visões: competitividade como função do desempenho e a competitividade explanada como função da eficiência. Na primeira visão, os produtos os quais serão adquiridos pela empresa e o posicionamento competitivo a adotar pela mesma, desta forma, aceitando ou não os esforços produtivos realizados, são estimados pela demanda do mercado. Na segunda visão, a empresa define sua 28 competitividade. Esta acepção considera que as empresas possuem limitações em sua capacidade produtiva. Conforme Porter (2006), o conceito de competitividade refere-se à capacidade ou talento decorrente de conhecimentos que são adquiridos, sendo assim, é possível por meio dessa capacidade criar e manter um desempenho mais elevado do que os demais competidores. De acordo com Silva (2001, p. 1), a competitividade é um conceito dinâmico. Para acompanhar o complexo processo concorrencial, as empresas devem ter um olho no passado – para fortalecer os acertos e não repetir erros; os pés firmes no presente – para posicionar-se com segurança diante da instabilidade do mercado; e um olhar atento para o futuro – para promover os ajustes necessários. Segundo enfatizam Machado-da-Silva, Fonseca e Fernandes (2000) e Kupfer (1992), no processo competitivo devem-se aliar o aspecto técnico e econômico aos padrões concorrenciais e institucionais de uma organização, devido às pressões exercidas pelo ambiente para que elas alcancem a eficiência e eficácia, seguindo padrões de atuação aceitos como legítimos pela sociedade. Conforme, Machado-da-Silva e Barbosa (2002, p. 8), é, já um truísmo dizer-se que as organizações precisam estar atentas às transformações ambientais [...].Quanto maior o nível de competição no segmento do mercado em que a organização atua, mais decisivamente esta afirmação deve ser levada em conta. Assim é que mudanças ambientais de diferentes ordens – políticas e sociais, ambientais e tecnológicas, novas configurações dos atores sociais e novos concorrentes no mercado, em padrões de consumo e nos indicadores econômicos – afetam os padrões de competitividade empresarial e precisam ser consideradas no processo de tomada de decisão estratégica em organizações. Oliveira (1999) enfatiza a “competitividade” como sendo, atualmente, a palavrachave. Para ele, esta realidade contemporânea necessita de uma gestão eficiente, eficaz e efetiva, se enquadrando nesta realidade a administração estratégica, precisando fazer parte integrante e ser a sustentação de seu desenvolvimento, não ser rejeitada em sua adequada utilização apenas pela existência de pseudo-executivos que pensam saber administrar e ser virada de cabeça para baixo, procurando modernos e novos meios de administrar uma empresa. 29 2.4 FATORES DETERMINANTES DA COMPETITIVIDADE Silva (2001, p. 1) afirma que, “apesar de as empresas se preocuparem com a competitividade, muitas não compreendem os fatores que determinam essa competitividade, o que pode resultar em estratégias equivocadas ou precipitadas”. Sobre os fatores de “competitividade”, Machado-da-Silva e Barbosa (2002, p. 14) os classificam em quatro grupos, levando-se em conta o caráter das estratégias organizacionais: (1) estratégias mercadológicas, (2) estratégias relacionadas à clientela; (3) estratégias de gestão de recursos; e (4) estratégias de relacionamento corporativo, descritas da seguinte forma: (1) estratégias mercadológicas - compreendidos como os fatores ligados a preços baixos, logística estratégica, visão orientada ao mercado e focalização nas competências essências (cores competences), entre outros; (2) estratégias relacionadas à clientela - relativos aos fatores relacionados ao conhecimento e satisfação das necessidades e expectativas dos consumidores, fidelização e valor do relacionamento; (3) estratégias relacionadas à gestão de recursos - englobam fatores como agilidade, inovação, pesquisa e desenvolvimento, qualidade e sistemas de informação, entre outros; e, (4) estratégias de relacionamento - correspondendo num sentido mais amplo ao conhecimento e valorização das relações com os competidores, valorização da imagem institucional e colaboração entre empresas, entre outros. A identificação e o cumprimento apropriado do conjunto de ações, cruciais para a atração e sustentação de seus clientes-alvo, são essenciais para o alcance dos objetivos e sucesso de uma organização. Estas ações representam os aspectos que definem a preferência de compra do cliente, normalmente sendo identificados como fatores críticos de sucesso, portanto, a competitividade da empresa será assim determinada pela sua performance superior nos fatores críticos de sucesso, segundo a estimativa dos clientes e em relação aos concorrentes (POSSAMAI; BOAS e CONCEIÇÃO, 2004). Benites e Valério (2004) consideram a eficiência com a qual a empresa realiza suas atividades e o valor final criado é a revelação da “competitividade” de uma empresa dentro da indústria, podendo ser mensurado pela pretensão dos consumidores em pagar pelos produtos por ela disponibilizados. 30 Kupfer (1992) coloca a relevância de não considerar a “competitividade” apenas como eficiência, ou seja, como função de características intrínsecas à empresa, uma vez que, ela também é elucidada por fatores extrínsecos, relacionada ao modelo de competição no qual a empresa está inserida, constatando - se assim, como um fator decisivo para a determinação do grau de competitividade de uma organização. Para compreender a competitividade, na visão de Porter (2004), é indispensável analisar a indústria e o ambiente essencial a ser diagnosticado, uma vez que, por meio da estrutura da indústria, se define a estratégia competitiva que irá assegurar um desempenho superior. Portanto, a estratégia competitiva adotada está entrelaçada ao conhecimento minucioso da estrutura da indústria. Em relação às empresas, os fatores determinantes da “competitividade” são classificados em três grandes grupos: (1) fatores sistêmicos, (2) fatores estruturais e (3) fatores internos (SILVA, 2001). Essa visão possui outros defensores como Kupfer (1992) e o Fórum de Competitividade (2002). O Quadro 2 evidencia as principais características de cada fator determinante de competitividade. FATORES SISTÊMICOS CARACTERÍSTICAS Relacionam-se com o ambiente (macroeconômico, político, social, legal, internacional e infraestrutura), sobre o qual a organização pode somente influenciar. - as tendências de mudanças da taxa de juros; EXEMPLOS - o nível de emprego e seu impacto nas pressões salariais e no aumento do consumo; FATORES ESTRUTURAIS Relacionam-se ao mercado, isto é, a formação e estruturação da oferta e demanda. São fatores externos à empresa, tratando especificamente do mercado em que ela atua e pode apenas interferir. FATORES INTERNOS São aqueles que determinam diretamente a ação da empresa e definem seu potencial para permanecer e concorrer no mercado. São controlados pela empresa. - quais são os fatores de sucesso do seu mercado? - Dizem respeito à habilidade de gerenciar o negócio, a inovação, os processos, a informação, às pessoas e o relacionamento com o cliente. - quais são os seus concorrentes e a estratégia dominante no mercado? Quadro 2. Fatores determinantes de competitividade. Fonte: Silva (2001) Vale salientar que no entendimento da definição de competitividade englobam-se os 31 termos - estratégias, posicionamentos, diferenciais e vantagens competitivas, competências essenciais, entre outros, baseado em Santos (2006), consistindo em meios de se alcançar e sustentar produtos/ serviços superiores das empresas sobre seus concorrentes. Essa posição superior pode ser resultado de uma imagem consolidada e confiável da empresa associada a um conjunto de fatores valorizados pelo ambiente em que está fixado e pelo público consumidor. 2.5 ESTRATÉGIA COMPETITIVA “A idéia básica de qualquer estratégia é conseguir uma posição de privilégio” (GRAEML e GRAEML, 1997). Estes privilégios advindos das estratégias empregadas pelas organizações, geralmente, não tem o efeito de extinguir os adversários, mas, são responsáveis por representar vantagens sobre estes e as empresas ambicionam a preservação destes benefícios. Toda empresa que concorre num mercado utiliza alguma estratégia competitiva, conforme Porter (2004), mesmo que seja de forma explícita ou implícita. Tais estratégias podem ter sido desenvolvidas explicitamente, frutos de um processo planejado, como ainda podem ter atravessado uma evolução implícita, obtida das atividades dos departamentos funcionais da empresa. Através da seleção da estratégia competitiva, uma empresa pode se tornar mais ou menos atrativa, assim como melhorar ou danificar sua imagem e posicionamento no mercado. A seleção de estratégias competitivas e o processo de tomada de decisão gerencial devem ser vistos como procedimentos complexos, sobretudo pela dinamicidade das inovações, de acordo com Possas (apud BENITES e VALÉRIO, 2004). Porter (2004) conceitua estratégia competitiva como sendo o desenvolvimento de uma fórmula ampla para a maneira como uma empresa irá concorrer no mercado, com as metas que devem usar e os artifícios necessários para realizar essas metas, enfatizando a análise estrutural e dos adversários de uma empresa. O desenvolvimento de uma estratégia competitiva, para Valdés (2003), se baseia nas análises realistas da relação de forças existentes e na definição dos meios para alcançar o objetivo fixado. 32 A estrutura de uma indústria tem uma intensa influência na deliberação das regras de um jogo competitivo, bem como das estratégias potencialmente disponíveis para a empresa. Necessitando-se levar em conta as forças externas, as quais afetam todas as empresas, analisando as distintas capacidades das organizações para lidar com elas. “A meta da estratégia competitiva para uma unidade empresarial em uma indústria é encontrar uma posição dentro dela em que a companhia possa melhor se defender contra essas forças competitivas ou influenciá-las em seu favor” (PORTER, 2004, p. 4). Zaccarelli (2003) indica que, a estratégia observada como um jogo competitivo é bastante realista, consistindo na própria batalha concorrencial e a essência da competição é a ação contra o que os adversários fizeram ou pretendem fazer, então o jogo competitivo toma forma na adição das ações de todas as organizações concorrentes em um mercado. “Uma estratégia competitiva efetiva assume uma ação ofensiva ou defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as cinco forças competitivas”. A partir do momento em que são diagnosticadas as forças que comprometem a concorrência e as causas destas, a empresa está apta a identificar seus pontos fracos e fortes (PORTER, 2004, p. 31). A Figura 1 descreve a dinâmica das cinco forças que determinam o grau de competição de uma empresa, levando-se em conta que as pressões competitivas não são iguais de um setor para outro, portanto, a estratégia competitiva empregada a partir da adoção de ações possui a finalidade de afrontar e derrotar as cinco forças competitivas. ENTRANTES POTENCIAIS PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES FORNECEDORES CONCORRENTES NA INDÚSTRIA AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS COMPRADORES (RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES) SUBSTITUTOS COMPRADORES AMEAÇA DE PRODUTOS OU SERVIÇOS SUBSTITUTOS Figura 2. Forças que dirigem a competição na indústria. Fonte: adaptado de Porter (2004) 33 As forças competitivas referidas acima são denominadas “as cinco forças de Porter”, que juntas determinam o grau de intensidade de concorrência e rentabilidade numa indústria, devido ao impacto que causam sobre os preços, custos, investimentos exigidos e o retorno sobre o capital investido. Sendo elas: (1) ameaça de novos entrantes, (2) intensidade da rivalidade entre os concorrentes existentes, (3) poder de barganha dos compradores, (4) poder de barganha dos fornecedores e (5) ameaça de produtos ou serviços substitutos. O modelo referido anteriormente é ilustrado no Quadro 3 com as principais idéias e os indicadores de cada força competitiva. FORÇAS DEFINIÇÃO Ameaças de novos entrantes A ameaça de entrada coloca um limite nos preços e modula o investimento exigido para deter entrantes Rivalidade entre os concorrentes Diz respeito à influência nos preços e custos da concorrência Poder de barganha dos consumidores Poder de barganha dos fornecedores Ameaça de produtos ou serviços substitutos Diz respeito à influência do comprador com relação aos preços que as empresas podem cobrar O poder de negociação dos fornecedores determina os custos das matérias-primas e outros insumos Influencia os preços que a empresa pode cobrar. A existência de produtos substitutos vai tornar mais elástica a procura dirigida à empresa, reduzindo o seu poder de mercado ALGUNS INDICADORES Política governamental Custos de mudança Exigências de capital Investimentos iniciais elevados Identidade da marca Diversidade de concorrentes Diferenciação de produtos Volume do comprador Produtos substitutos Diferenciação de insumos Importância do volume para o fornecedor Desempenho do preço relativo dos substitutos Custos de mudança Quadro 3. As cinco forças de Porter. Fonte: adaptado de Porter (2004) Uma força que esteve em evidência nos últimos anos foi o governo. É notória a influência do governo no processo de concorrência das organizações, afetando-o através de políticas adotadas de forma direta ou indireta. Logo, o governo pode interferir na rivalidade entre os concorrentes influenciando o desenvolvimento do setor de uma indústria através de taxas ou incentivos para investimentos (SILVA, 2003). Ainda, para Silva (2003), é necessário observar que as cinco forças descritas, as quais são todas concorrentes para as empresas na indústria, possuindo maior ou menor relevância, o que dependerá de circunstâncias particulares, estão associadas ao ambiente externo da empresa, indicando ameaças e oportunidades a serem exploradas no âmbito empresarial. Para 34 tanto, a diferenciação do desempenho ocorrerá pela competência das organizações em lidarem com essas cinco forças. 2.6 VANTAGEM COMPETITIVA Zaccarelli (2003) comenta a utilização mais usual 20 anos atrás do termo “concorrência” em vez de “vantagem competitiva”. Utilizado ocasionalmente anos atrás, o termo “vantagem competitiva”, no entanto, atualmente, é mais empregado, visto que “concorrência” é uma palavra que remete a aspectos negativos, enquanto vantagem competitiva indica aspectos positivos. A estratégia competitiva, para Manfredini (2005), preocupa-se com a posição ocupada pela empresa em relação aos seus adversários no mercado selecionado e a vantagem competitiva forma uma das bases para o sucesso corporativo, precisando ser essencialmente adequada à retenção do valor agregado criado pela empresa, como uma estratégia eficaz que exponha as aptidões e recursos para provocar grande influência em vantagens diferenciadas. De acordo com Bacurau (2006), a vantagem competitiva da empresa surge do reflexo da contribuição de cada atividade empresarial para o desenvolvimento do custo total ou na instituição de uma base de diferenciação. São de extrema importância o entendimento e identificação das relações de ligação entre cada atividade para a aquisição e sustentação de uma vantagem competitiva. Conforme explicitado por Zaccarelli (2003), para uma organização, a situação visada é equivalente à satisfação de condições como a obtenção de vantagens competitivas firmes e duradouras, sem desvantagens competitivas superiores a estas; a capacidade de criar novas vantagens competitivas; possuir condições de competir com qualquer organização; adquirir visão de futuro que propicie oportunidades; e alcançar uma posição privilegiada para o sucesso, ressaltando ser simples concluir que a existência de vantagens competitivas relaciona-se com a situação ideal para uma empresa, já que ela proporciona um aumento do valor de mercado muito mais ascendente do que o seu valor contábil. A vantagem competitiva, segundo Porter (1989), surge basicamente do valor que uma empresa consegue criar para sua clientela e que excede o custo de fabricação da empresa. O valor é aquilo que os clientes estão dispostos a pagar, já o valor superior procede da oferta de 35 preços menores que os da concorrência, por benefícios similares ou pelo provimento de benefícios individuais, que compensam um preço mais elevado. Porter (1989) afirma existirem dois tipos básicos de vantagem competitiva: baixo custo ou diferenciação. Para ele, as empresas obtêm vantagens competitivas pela maneira como se preparam e trabalham, identificando a cadeia de valor, que pressupõe o conjunto de atividades isoladas pelas quais as empresas ampliam seus produtos e serviços e os fornecem aos clientes, como a instrumento fundamental para compreender esta organização. A cadeia de valor envolve atividades como, por exemplo, a fabricação, venda e entrega do produto ou serviço, diferindo de uma organização para outra. A impetração ou alcance da vantagem competitiva sobre o concorrente é a aspiração de qualquer organização, contudo, para isso é imprescindível a sustentação de uma definição estratégica clara, a fim de proporcionar à empresa a realização do objetivo almejado. Uma organização para auferir uma vantagem competitiva no cenário competitivo atual, necessita buscar a diminuição de custos e/ou a diferenciação em relação às outras empresas, para finalmente, ultrapassar a concorrência e obter lucros. E tal objetivo só é adquirido quando se compreende que a empresa é composta por uma reunião de atividades distintas, as quais podem colaborar para a posição dos custos da empresa e até auxiliar com o processo de diferenciação (MANFREDINI, 2005). Slack et al. (1997) afirmam que há uma crescente consciência de que bens e serviços que dispõem de elevada qualidade podem oferecer a uma organização uma estimável vantagem competitiva, uma vez que ela atenua os custos de retrabalho, refugo e devoluções acarretando em consumidores satisfeitos. Porter (1989) coloca que a vantagem competitiva não deve ser uma compreensão da empresa como um todo, pois se origina de atividades diferenciadas como produção, marketing, entrega e suporte do produto e realçam a contribuição de cada uma dessas atividades na posição dos custos relativos de uma organização e concepção de um embasamento para a diferenciação. A vantagem competitiva insinua que as verbas de recursos das corporações são heterogêneas e devido a essa heterogeneidade de recursos, as corporações apresentam diferenças de desempenho econômico, algumas apresentando lucros baixos e outras empresas lucros excepcionalmente elevados, (VASCONCELOS; CYRINO, 2000). em comparação com a média do mercado 36 Zaccarelli (2003) adverte sobre a utilização da vantagem competitiva. Para ele, quando não se utiliza uma vantagem competitiva para o crescimento, melhora ou lucratividade de uma empresa, esta gera desperdício. Então, a partir desse instante, torna-se complicado a correção da situação, ocasionando desgastes e desmotivação dos gerentes e empregados. 2.6.1 Competências Essenciais como Fonte de Vantagem Competitiva Entende-se como competência, a sabedoria de atuar de forma consciente e responsável, que sugere mobilização, integração, transferência de conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor à organização a ao indivíduo (FLEURY; FLEURY, 2003). A Visão Baseada em Recursos (Resources Based View), denominada por Vasconcelos e Cyrino (2000), como um conjunto de idéias que passam a existir durante os anos 80, destaca os recursos e competências desenvolvidas e controladas pelas empresas como fonte primária para se adquirir vantagens competitivas e ainda, a estrutura das indústrias nas quais elas se posicionam como fonte secundária. Carletto, Francisco e Kovaleski (2005) enfatizam a importância de o indivíduo ser equilibrado e identificar seus pontos fortes, habilidades e competências e tentar aprimorar os pontos que ainda não estão desenvolvidos. Para isto, fazem-se necessário o conhecimento das deformidades, as capacidades de que se dispõe, onde está e os seus valores. Com base em Rosseti e Guerrini (2004, p. 5), “comumente a palavra competência está associada à aptidão, habilidade, saber e conhecimento”. Estas qualidades mencionadas, na maior parte das vezes, estão relacionadas a um indivíduo. Por outro lado, o termo “competência empresarial” está associado ao papel de gerenciamento, incluindo o planejamento, delegação, treinamento, avaliação de desempenho e reconhecimento de realizações da direção. Kotler e Keller (2006, p. 38) consideram a precisão das empresas de recursos como informações, tecnologia e mão-de-obra para a realização de seus processos centrais de negócios. Sabe-se, atualmente, que a chave para as empresas é a capacidade que estas dispõem de retenção e cuidado com seus recursos e competências centrais, os quais estabelecem a essência do negócio. Para os autores, a vantagem competitiva origina-se da habilidade obtida pelas empresas para adicionar suas capacidades centrais e distintivas em 37 sistemas de atividades interligados. Uma competência central consiste em três características: (1) é considerada uma fonte de vantagem competitiva, por colaborar consideravelmente com os benefícios percebidos pelos consumidores; (2) pode ser aplicada em grande variedade de mercados; e (3) possui dificuldade para ser copiada pela concorrência. Para Carletto, Francisco e Kovaleski (2005) são necessários, portanto que o profissional amplie competências técnicas e humanas, ambicionando o crescimento, aperfeiçoamento e eficácia nos resultados, tendo como premissa que o ser humano apresenta um rico potencial, o qual é vital para o diferencial competitivo das organizações. Fleury e Fleury (2003) consideram no processo de criação de vantagens competitivas a necessidade de se alinhar à estratégia competitiva e a competência essencial das organizações, uma vez que, a opção de uma estratégia se associa a uma competência na qual a empresa precisa ser “superior aos seus competidores”. Em síntese, uma empresa, para ser competitiva, carece realmente compreender como ocorre a articulação entre competência essencial e estratégia empresarial. Na visão de King, Fowler e Zeithaml (2002), as competências implícitas possuem maior importância na busca e sustentação da vantagem competitiva pelas suas especificidades em relação ao contexto e, portanto, maiores dificuldades para serem copiadas pelos adversários, enquanto as competências explícitas possuem facilidades de reprodução em outros ambientes, apresentando pouca ou nenhuma vantagem competitiva. Segundo Carletto, Francisco e Kovaleski (2005) a competência não se restringe a um número de conhecimentos contraídos pelo individuo, mas refere-se à aptidão de assumir a iniciativa, ir além do esperado, possuir a capacidade de entender e dominar circunstâncias novas no ambiente de trabalho, além de ser responsável e reconhecido por suas atitudes. Todos dispõem da aptidão para ampliar suas competências por meio de treinamento, prática, erros, reflexões e repetições. Por conseguinte, a vantagem competitiva, assim como a posição privilegiada, simula o início do caminho ou trilha para o sucesso, devendo ser necessária, logo após, a propícia implementação, a fim de aperfeiçoar a potencialidade das vantagens competitivas e privilégios para o sucesso. É importante ressaltar as competências essenciais, bem como os ativos especiais das empresas, para que juntamente com as vantagens competitivas e as posições privilegiadas, constituam as ações para o sucesso. Não obstante a existência da concordância a respeito da importância das competências para a constituição da vantagem competitiva, muitas empresas se deparam com grandes 38 dificuldades na identificação e avaliação na prática dessas competências (KING, FOWLER e ZEITHAML, 2002). Diante da busca por vantagens competitivas, é extremamente relevante para uma organização o profundo conhecimento e a adoção de estratégias competitivas adequadas para o alcance do posicionamento competitivo almejado. 2.7 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER O processo de competição no mercado globalizado, conforme Mira (2003), torna a manutenção de uma vantagem competitiva mais complexa, tendo em vista a cópia recíproca de estratégias das empresas a uma velocidade cada vez maior. Porter (1989, p. 15) realça que “cada estratégia genérica é um método fundamentalmente diferente para a criação e a sustentação de uma vantagem competitiva, combinando o tipo de vantagem competitiva que a empresa busca com o escopo de seu alvo estratégico”. Segundo Bacurau (2006), as estratégias competitivas genéricas correspondem a uma tipologia de estratégias voltadas a questão da vantagem competitiva desenvolvida por Porter (1980; 1985), as quais poderiam ser identificadas em qualquer empresa, em qualquer estágio de sua existência ou em qualquer grau de complexidade que esta ocupe. Conforme descrito por Castro (2006), estratégias genéricas compõem alternativas, de forma abrangente, para o alcance de um direcionamento em busca de um desempenho elevado por parte da empresa, representando modelos gerais de conduta ou características, relacionando-se ao conteúdo. Porter (1989) desenvolveu uma tipologia de estratégias genéricas amplas, possibilitando sua aplicação em qualquer organização e de qualquer setor, considerando as estratégias competitivas genéricas como o caminho específico para a obtenção de vantagens competitivas. Essa visão demonstra oposição às idéias da escola de design mencionada por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), já que esta última defende a adoção de estratégias particulares ou exclusivas para cada organização, indo de encontro à escola de posicionamento, na qual Porter se enquadra. A tipologia de estratégias de Porter (1989) abrange três tipos de estratégias genéricas, empregadas como defesa contra as cinco forças competitivas, sendo assim, produzidas com 39 base em duas vantagens competitivas que uma empresa pode obter: baixo custo e diferenciação, que combinadas com os segmentos de mercado almejados originam as estratégias responsáveis pela obtenção de uma performance superior aos dos concorrentes. Sejam elas: (1) liderança de custo; (2) diferenciação; e (3) foco. 2.7.1 Liderança em Custo Certo e Peter (1993) definem a estratégia competitiva de liderança no custo total como aquela que proporciona a uma empresa retornos acima da média do seu segmento, no entanto esta estratégia requer constantemente alta participação no mercado e vantagens como acesso favorecido a matérias-primas e ligeira disponibilidade de caixa para financiamento da compra de novos equipamentos mais eficientes. Necessitando, por parte da organização, de um rígido controle de custos e estruturação da organização e suas responsabilidades. O ponto essencial da estratégia de liderança no custo total, na visão de Carneiro, Cavalcanti e Silva (1997), é que o custo total das empresas consiga ser menor do que o de seus concorrentes. O custo mais baixo funciona como um método de defesa da empresa contra a rivalidade de seus concorrentes, sobretudo em relação à guerra de preços, pois no momento de pressão sofrida por fornecedores poderosos, a empresa de custo mais baixo apresentará mais fôlego para prosseguir na indústria do que seus concorrentes, ao quais também estão sujeitos à mesma pressão. Para o autor, esse mesmo raciocínio auxilia a análise da empresa em face das demais forças competitivas - ameaça de novos entrantes, ameaça de produtos substitutos e poder de negociação dos compradores. Na liderança de custo, o foco da empresa está direcionado para produzir com baixo custo dentro de seu segmento, ou consistir no menor custo em relação à concorrência. Este benefício é adquirido por meio da adoção de um conjunto de políticas funcionais voltadas para este escopo, assim como, o desenvolvimento de atividades econômicas e tecnológicas a um custo menor que seu concorrente. Esta estratégia requer, dentre várias medidas, uma política vigorosa de diminuição e controle de custos e despesas gerais (MIRA 2003). Uma empresa obtém vantagem de custo, se a soma da execução de todas as suas atividades de valor for menor que os custos dos demais competidores. A performance superior 40 proporcionada pela vantagem de custo à empresa se dá na medida em que esta passa a oferecer o seu produto a um nível aceitável de valor ao seu comprador. Contudo, esta vantagem de custo só permanece se não necessitar ser anulada pela necessidade de ofertar ao mercado seu produto a um preço inferior ao de seu concorrente. Porter (1989, p. 11) considera que “um líder em custo não pode, contudo, ignorar as bases de diferenciação. Se o seu produto não é comparável ou aceitável pelos compradores, um líder de custo será forçado a reduzir os preços bem abaixo dos da concorrência para ganhar vendas”. O autor ainda expõe ser fundamental a existência de apenas um líder em custo numa indústria, ressaltando que a batalha por fatias de mercado entre várias companhias as quais ambicionam a liderança em custo induziria a uma batalha de preços catastrófica para a estrutura de longo prazo da indústria. 2.7.2 Diferenciação A diferenciação consiste na concepção de um produto ou serviço que seja único no âmbito de toda a indústria, devendo a empresa ampliar atividades com qualidade elevada, para que seja possível gerar oferta de benefícios diferenciados, tornando o seu produto mais fascinante do que os demais competidores perante os olhos do consumidor (MIRA, 2003). A estratégia de diferenciação abrange o desenvolvimento de produtos ou serviços exclusivos, seja por meio de atributos como qualidade superior, melhor desempenho ou características exclusivas, tais fatores poderão explicar o aumento de preços (REISSMANN, 2005). Com base em Porter (1989), a diferenciação também permite a empresa se defender das forças competitivas, embora de uma maneira distinta da utilizada na liderança em custo, isso é possível apoiando-se na lealdade dos clientes, devido ao produto exclusivo e altas margens integradas. Ao destacar uma estratégia de diferenciação, para Pompermayer (1999), a organização estará à procura do desenvolvimento de algo reconhecido no mercado como único. Dessa maneira, mesmo que os aspectos relativos a custos não possam ser desprezados pela empresa, estes deixam de representar o alvo estratégico fundamental. 41 Conforme delineado por Certo e Peter (1993, p. 138), “a diferenciação envolve a criação e comercialização de produtos exclusivos para o mercado de massa”. As abordagens direcionadas para a diferenciação compreendem o incremento da imagem da marca em questão e de vantagens notadas pelos consumidores ligeiramente. Logo, a diferenciação é uma tática viável para o alcance de ganhos maiores que a média da indústria, instituindo um posicionamento defensível para a competição contra as forças competitivas atuantes no setor. A estratégia de Diferenciação, descrita por Reissmann (2005), apresenta como suposição a produção de bens/serviços distintos para todo o setor, atendendo a demanda, relativamente estável, de todo o mercado. Os consumidores das empresas baseadas nesta estratégia estão prontos para pagar um preço maior por resultados diferenciados, enfatizando a qualidade. Portanto, quanto mais diferenciada a empresa for, mais difícil torna a concorrência, logo, a empresa se preocupar com constante inovação, de modo que mantenha o seu diferencial. Porter (2004) indica ser possível, através da diferenciação, uma organização adquirir uma alta fatia de mercado. Para ele, há um sentimento de exclusividade conflitante com a elevada parcela de mercado, todavia, faz referência à possibilidade de trade-off (o poder de escolha do que não fazer levando em conta o benefício de se fazer outra coisa) no caso dos custos das atividades necessárias a sua criação serem dispendiosos, já que nem todos os consumidores estão dispostos e possuem condições para pagar produtos com preços muito elevados, por mais superior que seja sua qualidade em relação aos demais. 2.7.3 Foco Certo e Peter (1993) consideram o enfoque, basicamente, uma estratégia de segmentar mercados e escolhendo para apelar, portanto, como alvo estratégico, um ou determinados grupos de compradores. A premissa dessa estratégia é a concentração de forças para o atendimento das necessidades de apenas um ou alguns segmentos, podendo com isso, atendêlos de maneira mais eficiente e eficaz do que as empresas que são direcionadas para todo o mercado. A estratégia genérica de enfoque busca optar por um determinado grupo de clientes, um segmento da linha de produtos ou um mercado geográfico, podendo adotar diferentes 42 formas, procurando atender muito bem ao alvo escolhido e ao mesmo tempo orientando cada política das áreas funcionais para a realização de tal objetivo. De acordo com Baumeier (2002), a estratégia pode focar na diferenciação, em que as ofertas são distinguidas no mercado almejado ou focar na liderança em custo, em que a empresa comercializa produtos ou serviços a baixo custo no mercado almejado. Ainda que a estratégia de enfoque não alcance o baixo custo ou diferenciação, observando-se o mercado em geral, ela verdadeiramente aborda uma ou ambos os posicionamentos em relação ao seu alvo estratégico. Portanto, a empresa que desenvolve com sucesso essa estratégia pode atingir retornos acima da média para sua indústria (PORTER, 2004). Bacurau (2006) realça o aproveitamento das diferenças existentes em certo segmento em relação à concorrência, procurando desvendar e valer-se da subutilização de um segmento estreito por adversários atuantes num vasto segmento, por parte das empresas as quais visam à liderança no enfoque. Scola (2005, p. 6) descreve que o enfoque preza em atender as necessidades e expectativas precisas de um mercado restrito, com a finalidade de acertar muito bem um único foco. A empresa concorre exclusivamente em um pequeno segmento do mercado. “Em vez de atrair todos os compradores, busca servir a um único tipo de comprador”. A estratégia de enfoque determina excelentes processos de gerenciamento do cliente, bem como um ótimo relacionamento com os clientes e possíveis soluções para problemas. Necessita-se, portanto, conforme Porter (2004; 1989), para a obtenção de vantagens competitivas sobre os concorrentes, o alcance de um posicionamento favorável por meio de estratégias genéricas, as quais podem ser aplicadas isoladamente ou através de combinação, encontrando-se a estratégia de liderança em custo, diferenciação e enfoque (nos custos e diferenciação). A Figura 2 ilustra as diferenças entre as três estratégias genéricas. Porter (2004; 1989) recomenda a escolha de uma das estratégias genéricas para uma empresa concorrer no negócio e enfrentar as forças competitivas do setor. E ainda enfatiza que a combinação das três não deve ser feita para não resultar em nenhuma estratégia alcançada, surgindo o conceito de “meio-termo”. Uma empresa no meio-termo busca o alcance da vantagem competitiva por todos os meios e não consegue atingir nenhuma delas. No meio-termo as empresas não adquirem nenhum ganho elevado, possuindo a imagem prejudicada pela falta de identificação da empresa com uma das três estratégias. Segundo o autor, a permanência no meio-termo manifesta uma resistência da organização relacionada à escolha estratégica, ou seja, a maneira que utilizará para competir, 43 agindo em todos os meios procurando obter vantagens competitivas. Enfim, uma empresa nessa posição só apresentará ganhos atrativos se a estrutura de sua indústria for extremamente propícia ou no caso da existência dos seus rivais na mesma situação. No âmbito de toda a indústria Unicidade observada pelo consumidor Posição de baixo custo DIFERENCIAÇÃO LIDERANÇA EM CUSTO Apenas um segmento ALVO ESTRATÉGICO VANTAGEM ESTRATÉGICA ENFOQUE Figura 3. Estratégias competitivas genéricas Fonte: adaptado de Porter (2004) 2.8 ATIVIDADES DE MARKETING Vive-se um período extremamente competitivo no âmbito empresarial, pela ocorrência de demasiados lançamentos ou reconstituições de produtos, causando maiores esforços por parte das empresas em diferenciar seus produtos dos demais (BORGES, 2001). Em decorrência de turbulências como estas, o termo “marketing” começou a ser referido de jeito quase compulsivo nos meios de comunicação, buscando divulgar as atitudes estratégicas das empresas para se diferenciar da concorrência. Conforme Toaldo (1997), com a concorrência acentuada, a orientação para marketing tornou-se dever de qualquer empresa que almeja permanecer e se desenvolver no seu negócio, não mais percebida como um diferencial relativo a empresas de sucesso. Contudo, todas as atividades desenvolvidas internamente têm que serem geridas baseadas neste conceito. A abertura de mercado, na visão de Nava (2004), provoca um intenso ambiente concorrencial, no qual uma ampla abundância de produtos é disposta para os consumidores, frente à gigantesca quantidade de informações. O marketing vem a ser empregado como um 44 instrumento aplicado por pequenos e grandes produtores no processo de posicionamento competitivo, destacado pelo seu direcionamento e difusão no mercado e, até mesmo, pela concepção de novos produtos com características únicas e inovadoras. À medida que se torna mais complexa a competição no mercado e as organizações percebem sua sobrevivência ameaçada, percebe-se uma crescente tendência da orientação voltada para o marketing nas empresas. Em compensação, os estabelecimentos que não conseguiram se manter, na maioria das vezes, fracassaram pela deficiência de informação de marketing (HOOLEY e SAUNDERS, 1996). Kotler e Keller (2006, p. 4) definem o marketing, de modo simples, como o suprimento vantajoso de necessidades. Para eles, “o marketing envolve a identificação e satisfação das necessidades humanas e sociais”, contudo, pode-se conceituar o marketing sob aspectos diversos e distintos. Certo e Peter (1993) analisam o marketing como uma função importante, pois as empresas as quais visam lucros necessitam atrair e reter os clientes, sendo frequentemente aproveitadas para o aumento das vendas e dos lucros a longo prazo. Hooley e Saunders (1996, p. 9) consideram que “o marketing trata de facilitar a troca de benefícios mútuos que criam valor tanto para a organização como para o cliente”. Segundo os autores, tanto a organização quanto o consumidor precisam ser beneficiados na troca, a fim de sua continuidade futuramente. Ferrel et al. (2000) consideram o conceito de marketing como uma filosofia gerencial vastamente acolhida que supõe a disposição da organização para tentar fornecer produtos concernentes às aspirações e necessidades dos compradores, através de um conjunto sistemático de atividades que possibilitem conseguir as metas da empresa, destacando os resultados específicos a serem atingidos no estabelecimento das metas e objetivos organizacionais e de marketing. Conforme Kotler e Keller (2006), o bom marketing não surge eventualmente, pois é fruto de um cauteloso planejamento e execução. Visto cada vez mais como um instrumento imprescindível para o sucesso das empresas, o marketing tem sido adotado como um instrumento cada vez mais imprescindível para o sucesso das empresas, estando em todos os lugares, afetando o dia-a-dia e envolvendo pessoas e organizações. O processo de marketing consiste na análise das oportunidades de marketing, seleção do mercado-alvo, desenvolvimento de programas e estratégias de marketing - mix de marketing e o gerenciamento do esforço de marketing (KOTLER e KELLER, 2006). A Figura 45 3 ilustra, a seguir, o processo de marketing e fatores influenciadores na estratégia de marketing de uma organização. Figura 4. Fatores que influenciam a estratégia de marketing. Fonte: Kotler (2006) As atividades de marketing iniciam a partir da identificação e a delimitação de perfis de compradores, também conhecido como segmentação e, em seguida, a escolha de um ou mais segmentos, que constitui a seleção dos mercados-alvo, de modo que se estabeleça e difunda os benefícios os quais serão oferecidos ao mercado, caracterizando o posicionamento (TOLEDO; SILVA, 2004). 2.8.1 Posicionamento Competitivo A freqüente e almejada procura pela participação e manutenção de uma posição no mercado, de acordo com Santos (2002), levam as empresas a utilizarem diferentes ferramentas para buscarem um posicionamento distinto da concorrência. Assim, os gestores das organizações demonstram o profundo interesse em ampliar suas estratégias, particularmente, com a intenção de atingir a estes objetivos. 46 Para Hooley e Saunders (1996), o posicionamento competitivo da empresa é uma afirmação de quais são os mercados selecionados por ela, ou seja, onde a empresa competirá e de que forma a empresa irá competir, logo este último equivale à vantagem diferencial. O posicionamento é o meio pelo qual a estratégia reflete a participação de mercado que possui ou ambiciona, já que define a maneira que a organização deseja se distinguir das demais no mercado (SILVA, 2001). Hooley e Saunders (1996) ressaltam a escolha do posicionamento competitivo a ser adotado como fruto do entendimento que os mercados são heterogêneos e, na maioria das vezes, composto por segmentos com diferentes anseios e precisões atendidos através de ofertas similares, daí a ênfase da escolha do mercado a ser atendido. Assim, para tomar essa decisão leva - se em conta à atratividade dos alvos potenciais e a eficiência da empresa para atender esse alvo. Oliveira e Campomar (2006, p. 4) entendem que o posicionamento tem o intuito de estimular uma percepção no público a quem a oferta vai ser direcionada, utilizando o ajuste das suas variáveis aos aspectos que este público aprecia, tornando a organização diferenciada da concorrência. Portanto, o “posicionamento é a definição de uma proposta de valor que interesse à empresa, que seja significativa a um público-alvo e que, na percepção dele, seja distintiva e mais atrativa em relação às propostas elaboradas pela concorrência”. A Figura 5 explicita um esquema simples de posicionamento no mercado. Figura 5. Esquema simples de posicionamento. Fonte: Oliveira e Campomar (2006) 47 A etapa do posicionamento tem como premissa o estabelecimento de critérios para a obtenção do êxito competitivo e a compreensão do mercado, partindo da delimitação da missão, objetivos, metas e estratégias de crescimento, guiando as empresas às várias ocasiões oportunas acentuadas e estimulantes do mercado. Ao passar a etapa inicial, o processo de posicionamento compreende três etapas: (1) segmentação de mercado; (2) avaliar e selecionar os segmentos de mercado; e (3) estabelecer as estratégias competitivas (VALDÉS, 2003, p. 76). Hooley e Saunders (1996) realçam a necessidade de implementar a estratégia central da empresa e seu posicionamento por meio do mix de marketing, da organização e do controle por ela exercido no processo. Conforme Kotler e Keller (2006, p. 304), “nenhuma empresa pode vencer se seus produtos e ofertas lembram qualquer outro produto ou oferta”. Diante dessa situação, surge a necessidade da empresa adotar um posicionamento e diferenciações importantes. Ainda definem o posicionamento como a ato de lançar o produto e a imagem da empresa para que esta ocupe um lugar distinto na mente dos consumidores que deseja atingir. Na visão de Mira (2003, p. 15), “o posicionamento requer um conjunto de atividades sob medida, pois este é sempre a conseqüência de diferenças na oferta, ou seja, de atividades”. Logo, quando se escolhe as mesmas atividades fossem a fim de produzir produtos variados ou o atendimento de serviços para a satisfação das necessidades e a acessibilidade do segmento de consumidores por completo, as empresas adotariam posicionamentos e a eficácia na suas funções de forma alternada, determinando o desempenho de cada uma delas no mercado. Dessa forma, a deliberação das atividades a serem realizadas pela organização e sua relação com as demais organizações, são fatores determinantes da maneira de se posicionar diante do mercado. Nava (2004) considera que a empresa projeta uma identificação ou posicionamento com a finalidade de modelar sua imagem pública, contudo há a existência de fatores capazes de interferir na determinação da representação da empresa, que possui a percepção de sua imagem por parte das pessoas de maneira individual. 2.8.2 Segmentação Examina-se, atualmente, como peculiaridade do mercado de massa a não capacidade 48 de satisfação das partes específicas de consumidores, com base em Silveira (2005), conseqüentemente, aquelas organizações que proporcionarem o atendimento deste mercado através da oferta de produtos diferenciados apresentarão maiores oportunidades na incitada concorrência globalizada. A abertura do processo de segmentação se dá com a identificação dos diferentes grupos de consumidores. As empresas modernas estão cada vez mais utilizando a segmentação de mercado-alvo, por se tratar de uma abordagem atual que serve para a orientação de uma estratégia de marketing, proporcionando condições de identificar oportunidades de mercado e adequação dos seus compostos de marketing a cada segmento alvo, aplicando esforços para atender à melhor a demanda, dentro de uma abordagem direcionada (MASSONI, 2002, p. 49). Os mercados segmentados, de acordo com Silveira (2005), são aqueles que adquirem qualidade e obtêm consumidores com características individuais. É importante realçar as características dos clientes e determinação do mercado para o aproveitamento máximo de recursos existentes nesses mercados segmentados. Um segmento de mercado, na visão de Kotler e Keller (2006), é considerado como um grande agrupamento de compradores os quais dispõem de preferências similares, utilizando duas bases para segmentar mercados consumidores: as peculiaridades dos consumidores e os retornos destes. As principais variáveis encontradas no processo de segmentação de mercados consumidores são as geográficas, demográficas, psicográficas e comportamentais, em que podem ser combinadas ou utilizadas separadamente. A característica da segmentação geográfica é base útil para definir mercados, usando informações como, por exemplo, tamanho da população, densidade demográfica. Já a segmentação demográfica, é baseada em informações como sexo, idade ou renda. A segmentação psicográfica ou por estilo de vida abrange a análise das atividades dos compradores como trabalho, passatempos, interesses, opiniões, a mais apreciada segmentação psicográfica é a VALS (Values and Life Style) baseada nos valores e estilo de vida dos consumidores. Por fim, a segmentação comportamental divide os compradores com base na informação, atitude, utilização e resposta a um produto (CERTO; PETER, 1996; KOTLER; KELLER, 2006). Certo e Peter (1996) ainda consideram a segmentação por benefícios, considerando que os motivos reais os quais levam as pessoas a adquirirem certo produto são os benefícios decorrentes destes. 49 A divisão de um amplo mercado em partes menores, para Veiga Neto (2003), pode ser compreendida como segmentação de mercado, sugestionando neste conceito atividades simples, todavia, é percebida como uma estratégia influente de distinção dos demais competidores e solidificação no mercado. Massoni (2002, p. 48-49) considera que a segmentação de mercado “é a subdivisão de um mercado em subconjuntos distintos de clientes, em que qualquer subconjunto pode ser selecionado como um objetivo de mercado, para ser alcançado com um composto de marketing distinto”. Suas pesquisas, segundo o autor, abrangem a análise de mercados, assim como o processo de encontrar os nichos e ocasiões oportunas para que a empresa adquira condições elevadas de competitividade. A segmentação possui o intuito de integrar em grupos homogêneos os consumidores, já que estes, geralmente, se agrupam em grupos heterogêneos. Vale salientar a importância dessa técnica, pois as pessoas são particulares nas suas preferências, necessidades e gostos. Kotler e Keller (2006) enfatizam o intenso conhecimento do comportamento de consumo e uma prudente análise estratégica que uma empresa deve possuir para identificar os segmentos de mercado os quais atenderão eficazmente, pois às vezes, há a incidência de equívocos oriundos da decisão dos profissionais de marketing em perseguir segmentos em que diversas empresas atuam, desperdiçando a oportunidade de atuar em segmentos com potencial mais lucrativo. Conforme descrito pelos autores e reforçado por Hooley e Sandeurs (1996), existem basicamente três abordagens a se adotar por uma organização posteriormente à identificação e avaliação dos vários segmentos constituintes do mercado: o marketing não-diferenciado (considera o mercado como todo, ofertando produtos únicos ou serviços uniformes), marketing diferenciado (as empresas disponibilizam produtos ou serviços diferenciados para cada segmento selecionado) e o marketing concentrado (concentra seus investimentos em todos ou maior parte dos segmentos potenciais). Para adquirir um bom resultado na segmentação é de grande valor para uma organização a cautela ao avaliar as características desses clientes, o acesso e a dimensão desse mercado, considerando - se a onerosidade de seus custos essenciais. Uma estratégia de segmentação de mercado enfatiza, essencialmente, os consumidores inversamente ao produto em si (SILVEIRA, 2005). 50 2.8.3 O Mix de Marketing (4 P´s) Uma empresa está pronta para iniciar o planejamento dos detalhes do composto de marketing após ter decidido sua estratégia de posicionamento (GALHARDO, 2004). A organização planeja o mix de marketing para a diferenciação de seus produtos em relação à concorrência, a fim de criar uma vantagem competitiva por meio da adoção de um posicionamento de mercado eficaz. O mix de marketing, também denominado como composto mercadológico ou marketing mix, segundo Teixeira (2005), possibilita o ajustamento das empresas às demandas e perspectivas do mercado, apoiando as interações entre empresa e mercado por meio da existência de quatro variáveis fundamentais: product (produto), price (preço), place (ponto ou lugar de venda) e promotion (promoção). Ferrel et al (2000) informam o envolvimento dos elementos combinados do composto para o atendimento das necessidades dos consumidores dos segmentos - alvo escolhidos nas decisões estratégicas do composto de marketing. O mix de marketing ou composto promocional, para Lima Filho et al (2003), deve ser aproveitado pelas organizações como um instrumento de sedução dos clientes e motivação para estabelecer a compra. Stahl e Pacanhan (2003) informam que gerir o composto de marketing é primordial para as empresas que aspiram ao estabelecimento e manutenção de um relacionamento duradouro com o mercado. Conforme Hooley e Saunders (1996), o mix de marketing é o meio de traduzir a estratégia da empresa, declarando seus propósitos num esforço no mercado, devendo cada elemento constituinte do composto ser gerado para ser adicionado ao posicionamento estabelecido. O composto de marketing é formado por quatro elementos utilizados pela organização para sua adaptação e influência sobre o mercado-alvo. As empresas devem sincronizar estes elementos para atingir os mesmos objetivos na determinação das estratégias (CERTO e PERTER, 1993). Para Kotler e Keller (2006, p. 17), o mix de marketing ou 4 P´s, é um dos meios de descrever as atividades de marketing, consistindo no “conjunto de ferramentas de marketing que a empresa usa para perseguir seus objetivos de marketing”, mas não é constituída aos 51 olhos de quem vende e não de quem compra. A Figura 4 indica as variáveis específicas do composto de marketing. Figura 6. Os 4 P´s do mix de marketing. Fonte: Kotler (2006) Kahtalian (2002) acrescenta que os produtos e serviços têm o mesmo propósito, isto é, satisfazer uma aspiração ou necessidade dos consumidores, para os proporcionarem satisfação e valor. No caso de serviços, há uma forte delimitação de uma característica intrínseca a este, a intangibilidade. Assim sendo, os serviços geram valor e podem possuir elementos tangíveis maiores ou menores. Portanto, a administração de marketing e o composto de marketing auxiliam da mesma forma que empresas fabricantes de produto a empresa de serviços, enfatizando apenas, neste último caso, a existência do produto de um serviço ser composto por um mix de processos e pessoas, que induz as empresas de serviços a investirem nas pessoas e nos processos e ainda o ambiente no qual se presta o serviço. Dessa forma, o marketing de serviços enfatiza a valorização da relação com o cliente, bem como a prática do recrutamento, seleção, treinamento e gestão de pessoas para melhoria e manutenção da qualidade dos processos. 52 2.8.3.1 Produto (product) O produto, de acordo com Galhardo (2004), é alguma coisa ofertada para atender a necessidades ou anseios. Já Santos (2002) enxerga o produto como um conjunto de atributos fundamentais através de uma forma que se pode identificar, devendo definir as vantagens que sua aquisição irá proporcionar aos compradores. Kotler (2000) acrescenta a referência do produto não exclusivamente como bens tangíveis, incluindo também a acepção do termo “produto” como sendo serviços, que são intangíveis. Para Ferrel et al. (2000), o produto é a essência da estratégia de marketing, constituindo um conjunto de atributos e benefícios com capazes de satisfazer às necessidades e aspirações dos clientes. Têm, dentre várias decisões e atividades possíveis, o planejamento de embalagens, tamanhos, cores, design, extensão de linhas de produtos, criação de garantias e nomes da marca do produto. Kotler (2000) considera o produto como o componente principal das relações de troca oferecidas no mercado, possuindo como objetivo a satisfação de quem o compra ou consome. O conceito de produto é complexo, abrangendo três níveis os quais devem ser considerados ao planejar a oferta. São eles: o produto básico, que pode ser entendido como o benefício fundamental adquirido pelo comprador, o produto real, que é o produto tangível, no qual se destacam aspectos como peculiaridades, estilo, qualidade, marca e embalagem e o produto ampliado, o qual é estabelecido do produto real, mas adicionando vários serviços gratuitos, como instalação, manutenção, entrega e garantia do produto (MALUF, 2000). De acordo com Macedo Junior et al. (2005), com base nos 4P’s, o produto é caracterizado como essencial, pois os consumidores dão prioridade a produtos que disponibilizem qualidade e desempenho elevado ou que apresentem características inovadoras, obtendo destaque na oferta do mercado. 2.8.3.2 Preço (price) Conforme Kotler (2000), o preço envolve desde a elaboração da política de preços, 53 procedimento para identificar os custos, análise do preço dos oponentes até a deliberação do preço final, descontos e condições de pagamentos. Para o autor, o preço diferentemente das outras variáveis do mix de marketing determina a receita, enquanto as demais geram custos. Certo e Peter (1993) consideram que no estabelecimento da estratégia do preço devem-se considerar as características que a influenciam como, por exemplo, as características do consumidor, da organização e da concorrência. De acordo com Ferrel et al. (2000), o preço pode ser considerado o elemento mais difícil, aparente e confrontado do composto, sendo um elemento influenciador na compra dos produtos de uma empresa por parte dos consumidores. Segundo os autores, o preço deve ser estabelecido corretamente para o alcance do equilíbrio adequado entre as necessidades dos clientes, as soluções alternativas e a precisão de cobrir os custos da empresa e gerar lucros a esta. As decisões sobre o preço, para Santos (2002), devem ser ordenadas com a concepção do produto, canais de distribuição e decisões acerca de promoção, com o objetivo de instituir um programa de marketing coeso e eficaz. Logo, há a necessidade de cautela, pois as decisões relativas às demais variáveis do mix de marketing são capazes de comprometer as decisões sobre preços. Ao se estabelecer um preço, vários fatores de natureza interna e externa devem ser considerados, como por exemplo, os objetivos da empresa, que podem aspirar à sobrevivência, maior lucratividade ou liderança do mercado, dependendo da organização. 2.8.3.3 Promoção (promotion) A promoção é um elemento básico do mix de marketing de uma empresa. A propaganda, promoção de vendas, relações públicas e venda pessoal são ferramentas bastante disseminadas nas promoções de produtos, funcionando juntas ao tentar atingir os objetivos de marketing da empresa (GALHARDO, 2004). Para Girardi (2002), a propaganda se trata de um artefato aproveitado para o estímulo das operações de venda no mercado, estimulando à compra. Segundo Certo e Peter (1993), o projeto de estratégias de promoção envolve a escolha do mix que propicia a informação, lembrança e persuasão aos compradores. Existem quatro 54 tipos de ferramentas para tornar isso possível: propaganda (apresentação não-pessoal paga de bens, serviços ou idéias), promoção de vendas (incentivo de curto prazo para estímulo da compra ou venda do produto ou serviço), publicidade (meio não pago de apresentação nãopessoal de idéias, bens ou serviços) e venda pessoal (comunicação de forma direta entre vendedores e compradores). Kotler (2000) ainda acrescenta o marketing direto, que é a venda de um produto sem intermédio de alguém. Ferrel et al (2000) informa que as atividades de promoção são indispensáveis para a comunicação das características e vantagens fornecidas pelo produto para o seu público-alvo. Portanto, é vital a prudência ao avaliar os benefícios ou desvantagens de cada processo utilizado na promoção em relação aos custos provenientes e objetivos estratégicos da organização. 2.8.3.4 Praça ou Ponto de Venda (place) Conforme Cunha e Khouri Neto (2006), a praça diz respeito aos canais de distribuição de determinados produtos ou serviços e precisa-se pensar na melhor maneira de fazer os produtos ou serviços chegarem aos clientes. As empresas podem apresentar seus produtos ao mercado-alvo diretamente ou por meio de intermediários (KOTLER, 2000). De acordo com Certo e Peter (1993) um canal de distribuição são instituições que combinadas revendem os produtos para usuários finais ou industriais. Os produtos podem ser vendidos de forma direta, em que a venda é feita do industrial para o consumidor ou indireta, caracterizada pelo uso de revendedores para a venda dos produtos. Kotler (2000) define os canais de marketing, pelos quais são distribuídos os produtos, como conjuntos de empresas que possuem mútua dependência e se envolvem no processo de disponibilizar um produto ou serviço para ser usado ou consumido. A distribuição relacionase com aspectos como localização, cobertura, variedades, estoque e transporte. A distribuição é para muitos produtos o maior custo das atividades de marketing, no entanto, sua distribuição eficiente representa diferença no atendimento dos consumidores, significando para muitas organizações diversas oportunidades para se obter uma vantagem competitiva (FERREL et al, 2000). 55 Girard (2002) conclui que o mix de marketing, o qual é selecionado com base no produto, preço, promoção e distribuição, precisando de alterações quando o mercado sofrer alterações e proporcionar aos compradores o produto adequado, nos locais e momentos adequados, a um preço propício, através do acompanhamento e controle constante do mercado. 2.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O referencial teórico deste trabalho abordou em seu desenvolvimento, os conceitos e diferentes percepções acerca de estratégias e competitividade, que norteiam as empresas na busca pelo desenvolvimento e manutenção da competitividade. Nesta seção também se tomou como base o modelo de Michael Porter, descrito a partir da formulação de estratégias competitivas genéricas. Ao final, foram abordadas as atividades de marketing, incluindo a percepção de posicionamento competitivo, com foco em estratégias de segmentação e 4P`s. Vale proferir que o modelo de estratégias genéricas apresentado por Porter (1989; 2004), é um modelo criado para ser empregado em grandes empresas. Entretanto, partiu se da hipótese de que toda empresa possui uma maneira particular de administrar o negócio. Fundamentado em diferentes autores, para uma empresa se manter competitiva é necessário conhecer seus concorrentes e consumidores, favorecer-se das informações de que dispõe, para que seus serviços sejam procurados pelo diferencial que apresentam, como também, desenvolver suas capacidades internas e estratégias, a fim de transformá-las em vantagens competitivas. Todavia, é sabida as extrema dificuldades deparadas pelas organizações para alcançar todas essas recomendações. Por meio da Figura 7, são ilustrados os conceitos fundamentais utilizados para embasar o presente estudo. Origens, conceitos e formação da estratégia Atividades de Marketing Competitividade: conceitos, modelos e fatores determinantes Estratégias Genéricas de Porter Figura 7. Conceitos utilizados no estudo Fonte: elaborado pela autora Estratégia e vantagem competitiva 56 3. METODO DE PESQUISA No presente tópico será discorrido o método de pesquisa utilizado neste estudo, o qual embasou o desenvolvimento da pesquisa composta por cinco itens. O primeiro item aborda o delineamento da pesquisa; o segundo identificará a população-alvo deste trabalho; enquanto o terceiro item apresentará os instrumentos de pesquisa os quais serão utilizados; o quarto discutirá o método de coleta de dados a ser utilizado; e no último item, os procedimentos escolhidos para a coleta e análise dos dados. 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA Fundamentado no referencial teórico, este estudo é caracterizado, quanto ao objetivo, como de cunho descritivo, que conforme Gil (2006) possui como finalidade primordial, descrever as características de certa população, fenômeno e a capacidade de relacionar variáveis, assim como por uma pesquisa quantitativa cujos métodos, de acordo com Codato e Nakama (2006, p. 35), admitem o julgamento da importância, acuidades, riscos e tendências de agravos e ameaças, tratando de probabilidades, associações estatisticamente significantes, de grande importância para a compreensão de uma realidade. O presente estudo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica e de campo, utilizando-se uma survey ou levantamento, o qual é descrito por Gil (2006) como a interrogação feita de forma direta àquelas pessoas que obtêm um comportamento que se almeja conhecer. Para isso, foram solicitadas a um grupo de pessoas informações a respeito do problema analisado e, logo após, obteve-se considerações finais relacionadas aos dados obtidos através de uma análise quantitativa. 3.1.2 Setor Pesquisado O segmento utilizado como objeto deste estudo foi o das academias de ginástica e musculação. 57 As academias de ginástica e musculação atuam na tendência cada vez mais propagada do welness (bem-estar) como centros que fornecem orientação às atividades físicas, de forma que, com o fornecimento destes serviços seja possível para o consumidor prevenir doenças, melhorar a estrutura corporal, bem como agir na recuperação e elevação da saúde e qualidade de vida. De acordo com a Fitness Management School (FMS), foi relatado pela International Health and Racquet Sportsclub Association (IRSHA), que o número relativo ao crescimento das academias foi de seis por cento, compatibilizando um total de 98.594 mil academias no mundo, alcançando uma receita total de 55,7 bilhões de dólares e a marca de 107 milhões de freqüentadores, mantendo-se no caminho para atingir os 120 milhões previstos para 2010 (FMS, 2007). Logo, através do presente estudo, desejou-se caracterizar esse setor, o qual vem crescendo consideravelmente no mercado e necessita de estudos que procurem facilitar a compreensão e análise da competitividade de tais empresas por meio da identificação de características vitais para essa condição. 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA A população-alvo deste estudo foi constituída pelas academias de ginástica e musculação da cidade de João Pessoa, Paraíba. Por se tratar de estabelecimentos de número bastante significativos, com 81 academias legalmente cadastradas no Conselho Regional de Educação Física da Paraíba (CREF 10), a amostra é não-probabilística e selecionada por conveniência, composta por 44 academias respondentes. A amostra não-probabilística, para Mattar (1996), é quando a seleção dos elementos da população, para compor a amostra, é realizada por meio da avaliação do pesquisador sem a dependência de probabilidade, logo, o pesquisador seleciona os empreendimentos a serem estudados, já o tipo de amostragem por conveniência é feita quando se seleciona de uma população as unidades mais convenientes para as observações que serão feitas. Para representar a amostra, buscou-se alcançar o maior número possível de academias de ginástica e musculação com o intuito de obter uma amostra significativa para a realização deste estudo. 58 3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS A coleta de dados foi realizada através de fontes bibliográficas e fontes de dados primários, recolhendo-se, inicialmente, junto ao CREF-PB a relação que disponibiliza a quantidade de academias de ginástica e musculação existentes na cidade de João Pessoa - PB. Anteriormente à coleta de dados foi feito o contato com o proprietário respondente de cada academia e agendado o devido horário da pesquisa. Algumas pesquisas não puderam ser respondidas por falta de tempo dos proprietários ou por não existir vontade de responder à pesquisa, valendo-se destacar que existiram academias que não foi possível o contato pela ausência de telefones e por não ter sido possível identificar se estas ainda continuam exercendo suas atividades na cidade. Como instrumento da coleta de dados foi utilizada a técnica de interrogação através do preenchimento de questionários dirigidos aos gestores das academias pesquisadas, conduzida pelo pesquisador a partir do dia 08 de Janeiro até o dia 08 do mês de Fevereiro, aplicando-se, inicialmente, um pré-teste e, posteriormente, utilizando-se um questionário com questões estruturadas, mensuradas a partir da utilização de escalas tipo Likert, de concordância e importância, além de perguntas de múltipla escolha, dirigidas aos gestores das academias. A escala intervalar de concordância de 1 a 5 foi aplicada às dimensões relativas às estratégias competitivas genéricas, composto de marketing e fatores de competição, variando de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”. Enquanto que a escala intervalar de importância, varia de “sem importância” a “muito importante” e foi aplicada as dimensões referentes às vantagens diferenciais. O questionário era composto por 54 questões e dividido por dimensões, sendo elas, respectivamente, estratégias competitivas genéricas, composto de marketing, fatores de competição, vantagens diferenciais, segmentação, gerenciamento do negócio e o perfil da academia respondente. Os dados foram coletados de forma direta, a partir da amostra selecionada, que correspondeu a 44 academias, com base nas dimensões, variáveis, indicadores e autores sugeridos no Quadro 4. 59 DIMENSÕES Estratégias Competitivas genéricas VARIÁVEIS INDICADORES Custo Custos, amplitude de serviços, custos dos concorrentes, diferenciação. Diferenciação Qualidade e desempenho das atividades, exclusividade, atributos, imagem da marca, consumidores. Enfoque Oportunidades de mercado, segmentação, público-alvo, diferenciação. Fatores internos Gerenciamento do negócio. Fatores estruturais (do setor) Estratégia dos concorrentes, fatores de sucesso do negócio. Competitividade Estratégia Competitiva e Vantagem Competitiva Atividades de Marketing Concorrência Capacidades internas da empresa Consumidores Fornecedores Estratégias, negociação com fornecedor, mercado (ameaças, pontos fortes e fracos). Composto de marketing Produto, preço, promoção e praça. Segmentação Necessidades do consumidor, atratividade do mercado. Posicionamento Diferenciação, competitividade, inovação, tendências. AUTORES Porter (1989; 2004), Bacurau (2006) e Roth (2007). Porter (1989; 2004), Silva e Barbosa (2002), Kupfer (1992), Silva (2001), Bacurau (2006) e Roth (2007). Porter (1989; 2004), Carletto; Francisco e Kovaleski (2005), Kotler e Keller (2006), Bacurau (2006) e Roth (2007). Hooley e Saunders (1996), Kotler e Keller (2006), Ferrel et al (2000), Certo e Peter (1993), Oliveira e Campomar (2006), Valdés (2003), Bacurau (2006), Massoni (2002) e Roth (2007). Quadro 4. Dimensões, variáveis, indicadores e autores utilizados no questionário. Fonte: elaborado pela autora 3.4 MÉTODO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Foram aplicados 44 questionários com os proprietários das academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB, sendo os dados coletados nos estabelecimentos destes. Posteriormente ao recebimento dos questionários, contendo os dados referentes à pesquisa de campo, os mesmos foram contados e tabulados em tabelas e gráficos por meio do software Excel, através de estatísticas descritivas, especificamente, o cálculo de freqüência, média e desvio-padrão. 60 Conforme Toledo e Ovalle (1995, p. 61), “a freqüência simples absoluta é o número de repetições de um valor individual ou de uma classe de valores da variável”, enquanto a freqüência simples relativa “representa a proporção de observações de um valor individual pelo número total de observações”. A média, para Toledo e Ovalle (1995), é usada para avaliar uma tendência central, utilizada para delinear, em resumo, uma distribuição de freqüência. Já o desvio-padrão mede os desvios em relação à média. No capítulo subseqüente apresenta-se a análise e discussão dos resultados da presente pesquisa. 61 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS No presente capítulo são apresentados os resultados obtidos na pesquisa de campo, por meio do questionário aplicado aos gestores das academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB, se demonstrado por meio da apresentação de tabelas e gráficos o comportamento competitivo destas mencionadas, de acordo com as dimensões utilizadas no questionário. 4.1 PERFIL DAS ACADEMIAS Os Gráficos de 1 a 11 evidenciam os resultados obtidos referentes ao perfil das academias de ginástica e musculação de João Pessoa, com questões relacionadas ao tempo de atuação das academias, serviços oferecidos, número de proprietários e o grau de instrução destes, número de funcionários, perfil e média mensal dos clientes, bem como a constituição do corpo profissional da academia, a associação destas aos sindicatos, principais dificuldades e facilidades encontradas no setor sob a ótica dos proprietários. 0 4 Menos de 01 ano 14 9 De 01 a 05 anos De 06 a 10 anos De 11 a 19 anos Mais de 19 anos 17 Gráfico 1 - Tempo de atuação das academias no mercado Fonte: dados da pesquisa (2008) Do total de academias, 17 responderam ter uma média de 6 a 10 anos de existência no setor, enquanto 14 academias estão numa média de 1 a 5 anos. Logo, pode-se perceber que não houve a predominância de academias com menos de 1 ano de existência e menores foram 62 os índices que demonstraram a existência de empresas antigas no mercado, já que 13 academias possuem de 11 a 19 anos ou mais de 19 anos, apesar da maioria se encontrar há um bom período de tempo no mercado atuante. Mangabeira Valentina Cruz das Armas Jaguaribe Castelo Branco Centro Expedicionários Cabo Branco Tambauzinho Tambaú Manaíra Bessa Torre Bairro dos Estados Cristo Redentor Ernesto Geisel Água fria Bancários 2 3 1 1 1 3 2 1 1 4 6 6 1 2 3 2 2 3 Gráfico 2 - Localização das academias visitadas Fonte: dados da pesquisa (2008) A presente pesquisa foi realizada em 44 academias, localizadas em 18 bairros da cidade de João Pessoa. Enfim, foram visitados os locais de maior representatividade de academias e locais distintos quanto à classe da população e características das academias. 25 8 16 37 20 18 35 43 35 27 16 44 Gráfico 3 - Serviços oferecidos pelas academias Fonte: dados da pesquisa (2008) Outros RPM Lutas marciais Ginástica localizada Avaliação nutricional Ginástica Lift Ginástica Jump Avaliação física Ginástica Step Personal Trainer Dança de Salão Musculação 63 No Gráfico 3 pode-se observar que todas as academias possuem a musculação dentre suas modalidades oferecidas e 43 delas possuem avaliação física, enquanto que 18 oferecem a ginástica Lift, 16 dispõem de lutas marciais e 8 de RPM (ciclismo indoor). Logo, as academias se encontram, em sua maioria, com um bom número de serviços oferecidos aos seus consumidores. Vale ressaltar que dentre as academias pesquisadas apenas 2 ofereciam todas as modalidades mencionadas, inclusive outros serviços que não foram dispostos nas alternativas, como hidroginástica, natação, yoga, entre outros citados. Portanto, foi percebido que grande parcela das academias oferece serviços semelhantes, pois atividades como musculação, aulas de dança e ginástica são comuns à boa parte delas, dificultando assim, a diferenciação. 4 1 01 proprietário 14 02 proprietários 03 proprietários Mais de 03 proprietários 25 Gráfico 4 - Número de proprietários Fonte: dados da pesquisa (2008) No Gráfico 4 pode-se verificar que a maioria das academias possui dois proprietários, destacando que, geralmente, estas empresas são de porte menor, ou seja, microempresas As empresas de porte maior encontradas na cidade são administradas por 2 proprietários. O estudo feito na cidade de Santa Maria-RS, por Roth (2007), indicou, em contra partida, que as academias de maior porte possuem mais de três proprietários. Outros 1 1° grau incompleto 0 1° grau completo 1 1 2º grau incompleto 2° grau completo 2 Superior incompleto 3 21 15 Gráfico 5 - Grau de instrução dos proprietários Fonte: dados da pesquisa (2008) Superior completo Pós-Graduação 64 Quanto ao grau de instrução dos respondentes, 21 gestores possuem ensino superior na área, enquanto 15 academias têm pós-graduação. Pôde-se observar que dos demais respondentes 3 ainda não concluíram o curso e 5 se encontram apenas com o técnico fora da área de atuação, segundo grau completo ou incompleto e o primeiro grau completo. Porém, faz-se necessário destacar que esta parcela de respondentes que não possuem ensino superior na área possui o auxílio de profissionais formados na área, exercendo apenas a administração do negócio. 3 De 01 a 05 5 19 De 06 a 10 De 11 a 19 Mais de 19 17 Gráfico 6 - Quantidade de funcionários Fonte: dados da pesquisa (2008) Com relação à quantidade de funcionários das academias, verificou-se que 19 academias possuem entre 1 e 5 funcionários, enquanto 17 dispõem de 6 a 10 funcionários. Apenas 8 possuem de 11 a 19 ou mais de 19 funcionários. De acordo com o Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa - SEBRAE (2008), o porte de uma empresa pode ser dado por vários critérios, dentre eles o número de funcionários. Seguindo esse critério, classifica-se a microempresa como aquela que apresenta até 19 funcionários e pequena empresa aquela que possui entre 20 e 100 funcionários. Logo, constata-se através dos resultados obtidos que em João Pessoa, a maioria das academias (41 academias) é classificada como microempresa, enquanto apenas 3 academias do total de respondentes são pequenas empresas. Mais de 300 4 De 201 a 300 10 25 5 De 101 a 200 Menos de 100 Gráfico 7 - Número médio mensal de clientes Fonte: dados da pesquisa (2008) 65 Quanto ao número médio mensal de clientes, as academias em sua maioria (25) apresentam uma média de 101 a 200 clientes por mês. Pode-se observar que apenas 4 academias possuem mais de 300 clientes, reportando o estudo realizado, por Roth (2007), na cidade de Santa Maria-RS. É importante enfatizar uma facilidade maior que micro e pequenas empresas possuem e poderia ser convertida em benefícios competitivos sobre seus concorrentes, que é a capacidade delas estabelecerem um vínculo com os seus consumidores por meio de um contato maior com seus clientes e serviços personalizados para cada um deles, já que em micro e pequenas empresas a relação com o cliente pode ser transformada numa relação de amizade. 5 10 Crianças Jovens 34 30 Adultos Idosos Gráfico 8 - Perfil dos clientes Fonte: dados da pesquisa (2008) Foi demonstrado por meio do Gráfico 8 que, em João Pessoa-PB, há uma predominância do público jovem e adulto nas academias. Como identificado no Gráfico, apenas 15 academias apresentam idosos e crianças como um de seus principais clientes. Tal questão objetivava identificar o principal perfil dos clientes, uma vez que as academias puderam escolher mais de uma alternativa, evidenciando assim a necessidade de adotar novas estratégias para o alcance do público infantil e idoso. 7 0 Profissionais formados na área Estagiários 17 Familiares auxiliados por profissionais 43 Familiares sem o auxílio de profissionais Gráfico 9 - Constituição do corpo profissional das academias Fonte: dados da pesquisa (2008) 66 Quanto à formação do corpo profissional, as academias de ginástica e musculação são constituídas em sua maioria (43 academias) por profissionais formados na área, enquanto em 17 delas existem estagiários e em 7 das academias pesquisadas há familiares auxiliados por profissionais. 36,40% 63,60% Não 16 Sim 28 Gráfico 10 - Associação a sindicatos Fonte: dados da pesquisa (2008) Foi observado que mais da metade das academias respondentes, ou seja, 28 (63,6%) são associadas a sindicatos das academias. Por mais que os dados tenham apontado que um bom número de empresas pertence a sindicatos de academias, existem alguns gestores que vêem os sindicatos com indiferença e indignação, alegando não favorecer o setor e atuar limitadamente. Entretanto, é importante para qualquer segmento uma entidade local que atue em busca de objetivos comuns a todas as empresas do ramo. 4 11 Financiamentos 9 Elevada carga tributária Equipamentos com custos elevados 29 16 Altos custos fixos Elevado número de concorrentes 21 Outros Gráfico 11 - Duas principais dificuldades do setor Fonte: dados da pesquisa (2008) Foi verificado, no Gráfico 11, que as duas principais dificuldades encontradas no setor de academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB foram a elevada carga tributária e os equipamentos com custos elevados. Exclusivamente 4 dos gestores das academias 67 responderam alternativas, como: a defasagem dos preços no setor, devido aos preços adotados pelos concorrentes, uma vez que a existência de academias com preços muito baixos acaba por levar a baixa dos preços das outras academias para que estas consigam manterem-se competitivas; a concorrência desleal devido à falta de qualificação de determinados profissionais do setor; e o pouco conhecimento da população sobre a importância da atividade física orientada. Outros 1 37 Procura por estética, saúde e interação Profissionais qualificados 16 27 Crescimento do setor no mercado 6 Fornecedores Gráfico 12 - Duas principais facilidades do setor Fonte: dados da pesquisa (2008) As duas principais facilidades do setor escolhidas pelos proprietários das academias foram à procura por saúde, estética e interação com os votos de 37 academias e o crescimento do setor no mercado com 27 votos. Com apenas 1 dos votos dos proprietários foi mencionada importância que a mídia dá a atividade física. 4.2 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS As Tabelas 1, 2 e 3 evidenciam os resultados obtidos referentes ao grau de concordância em relação às afirmações que tratam das estratégias competitivas genéricas utilizadas pelas academias. A Tabela 1 contém afirmações às quais refletem as estratégias baseadas em liderança em custo, enquanto as Tabelas 2 e 3 evidenciam as estratégias competitivas genéricas baseadas na diferenciação e no foco, respectivamente. 68 Tabela 1 - Estratégias competitivas genéricas de liderança em custo AFIRMAÇÕES Esta empresa visa possuir o menor preço de mercado A empresa possui custos menores do que os concorrentes Os preços utilizados por esta empresa são adotados pelos concorrentes Esta empresa possui preços mais baixos do que a concorrência Esta empresa busca negociar melhores preços com fornecedores MÉDIA TOTAL 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 11 11 9 6 7 0 2,70 1,41 9 12 8 5 6 4 2,98 1,62 4 18 7 9 4 2 2,93 1,34 7 10 7 11 8 1 3,14 1,44 0 0 3 10 29 2 4,68 3,29 0,67 0,36 Fonte: dados da pesquisa (2008) Com base na Tabela 1, das academias respondentes 22 indicaram discordar quanto a visar possuir o menor preço de mercado, enquanto 13 academias estão de acordo com essa questão. Essas opiniões divergentes podem incidir da existência de academias que adotam preços muito baixos em relação ao mercado, bem como da existência de academias que utilizam preços maiores baseados no fator qualidade dos serviços. Em relação a possuir custos menores do que os seus concorrentes, 21 academias não acreditam na afirmativa, enquanto 11 foram favoráveis a esta. Fato este provavelmente explicado pela freqüência de investimentos realizados na empresa, existindo academias que realizam poucos investimentos e outras que realizam mais, bem como academias que possuem imóvel próprio ou alugado. Quanto os preços adotados pelas empresas serem utilizados pelos concorrentes, 18 academias não acreditam ser verdade, enquanto 16 academias responderam com indiferença ou aderiram à afirmativa. Mais uma vez, essa diferença de opiniões pode ser originada das variações de preços adotados de um bairro para o outro, devido a fatores como o poder aquisitivo da população local, diferenciação dos serviços e preços dos concorrentes. Em resposta à afirmação de possuir preços mais baixos que a concorrência, 19 academias demonstraram concordar, já 17 discordaram. Houve um equilíbrio nas respostas provavelmente causado pelas diferenças entre as localidades onde as academias estão inseridas. Bairros populares, geralmente, adotam preços mais baixos do que bairros nobres, dependendo do local, do público-alvo e das características dos serviços ofertados. 69 Quanto à negociação de melhores preços com os fornecedores, as academias se mostraram favoráveis a isso, uma vez que 39 delas concordaram e não houve nenhuma discordância. Esses dados podem ser explicados pela busca de melhores preços e prazos de pagamentos, já que as máquinas e equipamentos são onerosos e, geralmente, são encomendadas em fornecedores de regiões como São Paulo, devido à existência de pouquíssimos estabelecimentos destinados à venda de produtos de fitness na cidade. Tabela 2 - Estratégias competitivas genéricas de diferenciação AFIRMAÇÕES Esta academia possui serviços diferenciados em relação à concorrência Os serviços oferecidos na academia são melhores do que os dos concorrentes A academia adota preços mais altos por causa dos serviços diferenciados A academia possui máq. e equipamentos mais modernos que os dos concorrentes O atendimento aos clientes da academia é melhor do que os dos concorrentes A academia busca inovar e lançar serviços no mercado antes da concorrência MÉDIA GERAL 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 0 1 4 17 19 3 4,43 0,85 0 0 15 15 12 2 4,02 0,90 13 11 8 6 5 1 2,59 1,45 1 11 13 8 9 2 3,43 1,26 0 1 9 19 13 2 4,14 0,88 1 6 8 18 10 1 3,75 3,73 1,10 0,24 Fonte: dados da pesquisa (2008) Conforme descrito pela Tabela 2, no que se refere à oferta de serviços diferenciados em relação à concorrência, as academias demonstraram por meio da média 4,43 acreditar nessa afirmação. Foi percebido durante as visitas que cada academia tem suas peculiaridades como, por exemplo, algumas dispõem de um leque maior de serviços e profissionais mais qualificados em relação às demais, no entanto, em todas há serviços semelhantes como a oferta de musculação e outras atividades. Em relação à oferta de serviços melhores do que os concorrentes, a maior parcela das academias concordou, parcial ou totalmente, com a afirmativa. Percebeu-se que algumas academias não afirmaram possuir serviços melhores do que os concorrentes. O que mostra a sinceridade das opiniões e o reconhecimento dos proprietários da situação das academias no setor diante de academias de porte maior. Quanto à utilização de preços mais altos por causa dos serviços diferenciados, 24 academias discordaram da questão. Baseado nos resultados houve uma preponderância a 70 negar a afirmação, o que pode ocorrer devido às características do bairro em que estão localizadas, bem como da existência de poucas academias acima dos preços de mercado. Em resposta a ter máquinas e equipamentos mais modernos que os dos concorrentes, do total, 12 academias negaram e 17 concordaram. Isso pode ser explicado pela existência de academias com um maquinário atual e diferenciado, bem como de academias que utilizam um maquinário mais antigo. Foi demonstrado através das respostas relacionadas ao atendimento da academia ser melhor do que os concorrentes que os respondentes, apenas 1 academia discordou e 9 foram indiferentes à afirmação. Logo, grande parte das academias alegou possuir um atendimento aos clientes superior ao dos concorrentes, porém, foram observadas poucas estratégias diferenciadas utilizadas para retê-los nas academias. Em relação a inovar e lançar serviços antes dos concorrentes, 7 academias do total negaram a afirmação, ao contrário de 28 que concordaram. Esse resultado pode ser explicado pela iniciativa de certas academias de buscarem se diferenciar dos concorrentes oferecendo serviços que estes não possuem, no entanto, essa estratégia pode ser naturalmente imitada, deixando de ser um diferencial competitivo. Tabela 3 - Estratégias competitivas genéricas de foco AFIRMAÇÕES Esta empresa possui um nº. maior de serviços oferecidos do que os concorrentes Esta empresa atende a diversas classes e tipos de consumidores Esta empresa atende a clientes de diversas faixas de renda Atende a um público específico de mercado (ex: apenas terceira idade) 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 0 10 9 15 7 3 3,64 1,20 0 0 0 8 34 2 4,77 0,74 0 1 0 10 32 1 4,73 0,62 29 7 2 4 2 0 1,70 1,19 3,71 0,30 MÉDIA TOTAL Fonte: dados da pesquisa (2008) De acordo com a Tabela 3, no que se refere a possuir um maior número de serviços ofertados do que os concorrentes, 15 academias acreditam ser verdade, enquanto apenas 10 negaram, possuindo um número reduzido de serviços ofertados. No que se refere a atender diversas classes e tipos de consumidores, a maioria das academias (42) apresentou aceitação. Foi observado que nenhuma das academias visitadas 71 desenvolve suas atividades para um público específico de mercado, o que poderia ser um nicho de mercado atrativo e diferenciado na cidade. Quanto a atender clientes de diversas faixas de renda, 42 academias confirmaram a questão. Isso pode ser explicado pelas academias não visarem atrair apenas um tipo específico de cliente e também receberem clientes de localidades diferentes de onde a empresa é situada. Com relação a atender um perfil específico de clientes, como destinar suas atividades apenas à terceira idade, 8 academias apontaram indiferença ou aceitação, gerando uma incoerência nas respostas, já que todas as respondentes visam atender a todos os perfis de clientes, assim mencionado pelos próprios proprietários em conversas e confirmado em afirmações relativas ao assunto. Concluindo, a Tabela 4 ilustra todas as estratégias mencionadas anteriormente, seguindo a ordem da maior média para a menor, em que F significa estratégia baseada em foco, L refere-se à liderança em custo e D à diferenciação. Tabela 4 - Estratégias competitivas genéricas mais utilizadas AFIRMAÇÕES Média Desvio F Esta empresa atende a diversas classes e tipos de consumidores 4,77 0,74 F Esta empresa atende a clientes de diversas faixas de renda 4,73 0,62 L Esta empresa busca negociar melhores preços com fornecedores 4,68 0,67 D Esta academia possui serviços diferenciados em relação à concorrência O atendimento aos clientes da academia é melhor do que os dos concorrentes Os serviços oferecidos na academia são melhores do que os dos concorrentes A academia busca inovar e lançar serviços no mercado antes da concorrência Esta empresa possui um nº. maior de serviços oferecidos do que os concorrentes A academia possui máq. e equipamentos mais modernos que os dos concorrentes 4,43 0,85 4,14 0,88 4,02 0,90 3,75 1,10 3,64 1,20 3,43 1,26 L Esta empresa possui preços mais baixos do que a concorrência 3,14 1,44 L A empresa possui custos menores do que os concorrentes 2,98 1,62 L Os preços utilizados por esta empresa são adotados pelos concorrentes 2,93 1,34 L Esta empresa visa possuir o menor preço de mercado 2,70 1,41 D A academia adota preços mais altos por causa dos serviços diferenciados 2,59 1,45 F Atende a um público específico de mercado (ex: apenas terceira idade) 1,70 1,19 D D D F D Fonte: dados da pesquisa (2008) 72 A partir da Tabela 4, foi ilustrado que as estratégias mais empregadas pelas academias para que estas se sobressaiam no ambiente competitivo do setor, apresentaram maiores médias de concordância foram: atender a diversas classes e tipos de consumidores e clientes de diversas faixas de renda; buscar negociar melhores preços com fornecedores; possuir serviços diferenciados em relação à concorrência; propiciar o atendimento e oferta de serviços aos clientes melhor do que os dos concorrentes. Vele-se enfatizar que apenas 6 afirmativas obtiveram desvio-padrão menor que 1. A presença de desvios altos podem ser originadas pela quantidade de respostas indiferentes dos proprietários em determinadas afirmações. A aplicação de pesquisas com questionários se deparar com algumas limitações. No caso do estudo realizado com os proprietários das academias, foi percebido que em determinadas afirmativas, estes tiveram receio ou vergonha de as responderem verdadeiramente, gerando uma situação desconfortável para os dirigentes, como assumir que os concorrentes estão se posicionando melhor, o que pode estar atribuído à presença do pesquisador durante a aplicação dos questionários. Por conseguinte, foi visto que as academias, em sua maioria, procuram competir adotando estratégias de diferenciação e que as menores médias foram relativas às estratégias de foco, uma vez que as academias não destinam seus serviços a um público específico e às estratégias de liderança em custo, pois não visam o menor preço de mercado, não têm custos mais baixos do que os adversários e não têm seus preços utilizados pela concorrência. 4.3 COMPOSTO DE MARKETING As Tabelas 5, 6, 7 e 8 demonstram as afirmações relativas às variáveis que constituem o composto de marketing, sendo elas o serviço, o preço, localização e a variável comunicação. O composto é uma importante ferramenta do Marketing utilizado para que as empresas estudem o mercado em que estão fixadas e possam assim tomar decisões relativas ao seu negócio. 73 Tabela 5 – Serviço AFIRMAÇÕES A concorrência oferece mais variedades aos clientes do que esta empresa Os serviços da concorrência são semelhantes aos desta empresa Esta empresa pode ser considerada uma empresa inovadora Esta empresa possui uma imagem consolidada no mercado Esta empresa pode ser considerada líder em oferecer equipamentos modernos As características dos serviços ofertados são satisfatórias para os clientes. 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 10 6 14 7 4 3 2,95 1,49 10 10 8 10 4 2 2,86 1,47 1 3 6 20 14 0 3,98 0,98 0 0 1 15 26 2 4,66 0,61 2 15 13 9 5 0 3,00 1,10 0 0 2 25 16 1 4,36 0,61 Fonte: dados da pesquisa (2008) Em relação à concorrência oferecer mais variedades aos clientes do que a empresa respondente, 30 do total de academias apontaram discordância e indiferença, enquanto 11 concordaram ou concordaram totalmente. Pôde-se perceber que algumas academias analisaram sua situação diante dos concorrentes e consideraram ofertar um número mais reduzido de serviços do que estes. Desta forma, existem academias que conhecem suas limitações em relação ao mercado. Quanto aos serviços da academia serem semelhantes ao dos adversários, 20 do total de academias demonstraram discordância com relação à afirmativa, porém 22 indicaram concordância ou indiferença. Esta negação à questão pode ser explicada pelo entrave que as academias apresentam de assumir oferecerem serviços semelhantes, como também da oferta de serviços diferenciados, variando assim, de academia para academia. Em se tratando de inovação, a maioria das academias (34) respondeu concordar e concordar totalmente com a questão. Foi percebido que boa parte das academias busca se destacar no mercado, mesmo com obstáculos, porém existem aquelas as quais vivem na mesmice e esquecem que a inovação, seja nos serviços ou até mesmo no atendimento ao cliente é um fator que motiva a satisfação dos clientes e vem contribuindo de maneira significativa para o sucesso de um negócio, além de ser uma alternativa para se sobressair na competição. Em resposta à imagem consolidada das academias no mercado, estas se encontram entre “concordar e concordar totalmente” com a afirmação, com uma média de 4,66 74 evidenciada por 41 do total das academias pesquisadas. Tal fato pode ser explicitado pelo tempo de atuação no mercado da maioria das academias serem de 5 a 10 anos. Quando se fala em ser líder de equipamentos modernos, grande parte das academias (30) indicou discordância e indiferença com a afirmação. Assim sendo, poucas são as academias que possuem um maquinário moderno. Pode-se explicar isso porque um maquinário mais moderno custa bem mais caro do que um maquinário tradicional. Com relação às características dos serviços oferecidos serem satisfatórios para os consumidores, nenhuma academia discordou da afirmação e 41 academias concordaram ou concordaram totalmente. É importante para o crescimento de uma empresa sempre avaliar o grau de satisfação do consumidor, para que possam ser corrigidas possíveis falhas. Tabela 6 - Preço AFIRMAÇÕES Acha necessário realizar pesquisas para conhecer as preferências dos consumidores Esta empresa segue os preços de mercado do setor em que atua. Esta empresa estabelece seus preços com base nos seus custos A empresa estabelece preços com base no poder aquisitivo dos consumidores Esta empresa possui um faturamento satisfatório adotando seus preços atuais 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 0 3 5 9 25 2 4,41 1,00 2 3 8 17 14 0 3,86 1,09 2 2 7 14 19 0 4,05 1,10 7 7 3 17 10 0 3,36 1,42 2 12 8 14 7 1 3,34 1,24 Fonte: dados da pesquisa (2008) Em relação à necessidade de realizar pesquisas para conhecer as preferências dos consumidores, 34 academias concordaram ou concordaram totalmente com a firmação. Apesar de observada a concordância com a afirmação, percebe-se que as academias não possuem o hábito de realizarem pesquisas de mercado de uma maneira mais formal, restrigindo-se, apenas, a prática perguntas informais aos seus consumidores. A média 3,86 indicou que as academias pesquisadas concordaram em relação a seguir os preços de mercado do setor em que atuam, enquanto apenas 5 negaram a afirmação. Esse resultado se deve à existência de academias seguindo os preços adotados pelo mercado e concorrência, assim como de academias que para se manterem competitivos adotam preços abaixo da média local, atraindo um público de classe mais baixa. 75 Quanto a estabelecer os preços com base nos custos, a maioria dos respondentes concordou com a afirmativa, tendo em vista que somente 4 negaram-na. Pode-se observar que há academias que não formulam seus preços com base nos custos. Vale ressaltar a importância de se utilizar os custos na formação dos preços, uma vez que estes influenciam a obtenção dos objetivos organizacionais, sendo a adoção de uma adequada formação de preços uma questão primordial para que as empresas se mantenham vivas no mercado e possam alcançar o lucro tão almejado. Foi comprovado a partir dos resultados que 27 academias concordaram parcialmente ou totalmente em estabelecem seus preços com base no poder aquisitivo dos consumidores. Do total de academias, 14 responderam com discordância. Tal fato pode ser esclarecido por existirem academias que adotam preços mais baixos do que o poder de compra do cliente ou preços acima da média de mercado. No que diz respeito a possuir um faturamento satisfatório empregando os preços atuais, 21 academias indicaram concordar parcialmente ou totalmente. Percebeu-se uma divergência de respostas, elucidadas pela percepção do proprietário da situação atual da academia no mercado, algumas apontam uma situação negativa em relação ao faturamento, uma razão para isso pode ser a incorreta formação dos preços e gestão do negócio. Tabela 7 - Localização AFIRMAÇÕES O concorrente está melhor localizado do que esta empresa O concorrente está situado nas proximidades desta empresa. Esta empresa possui espaço físico para que possa crescer. Esta empresa é de fácil acesso para os seus clientes. 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 7 13 5 10 8 1 3,05 1,46 1 3 6 25 8 1 3,89 0,95 4 3 4 13 20 0 3,95 1,29 0 2 4 10 27 1 4,48 0,88 Fonte: dados da pesquisa (2008) Quando se assegura que o concorrente está melhor localizado do que a academia respondente, 20 do total de academias mostraram discordar totalmente ou discordar, enquanto 18 academias preferiram concordar ou concordar totalmente com a afirmativa. A localização deve ser fruto de uma decisão estratégica que facilite a ida do cliente à academia, como facilidade de acesso ao local, proximidade com o público visado e existência de 76 estacionamento. Conforme o SEBRAE (2007), uma localização inadequada do empreendimento pode levar este ao fracasso. Em relação ao concorrente estar situado nas proximidades da empresa respondente, 33 do total de academias demonstraram concordar parcialmente ou totalmente com o assunto. Como foram explanados pelos dados acima, na maioria das academias os concorrentes se encontram localizados nas proximidades destas, o que torna a competição do setor ainda mais acirrada, principalmente, por meio do fator preço. Quanto a ter espaço físico para crescer, os dados traduziram que apenas 7 (sete) academias discordaram totalmente ou parcialmente com a questão. Assim sendo, compreende-se que a maior parcela das academias possui espaço físico para crescer em caso de aumento da quantidade de clientes, máquinas e equipamentos e introdução de espaços destinados para novos serviços. No que diz respeito à localização das academias serem de fácil acesso para seus clientes, houve concordância por parte de 37 academias e apenas 2 discordaram da afirmativa. Enfim, a maioria das academias acredita estar localizada em um ponto de fácil acesso para os clientes, mesmo sem algumas estarem localizadas em pontos estratégicos mais movimentados ou visíveis. Tabela 8 - Comunicação AFIRMAÇÕES Esta empresa costuma utilizar propagandas na mídia. Esta empresa realiza promoções para os clientes A concorrência gasta mais com propaganda do que esta empresa. A propaganda que a concorrência utiliza é eficaz A concorrência realiza mais propagandas do que esta empresa 1 2 3 4 5 SCO Média Desvio 8 17 5 9 5 0 2,68 1,31 2 7 5 14 15 1 3,82 1,26 10 5 8 8 9 4 3,30 1,68 7 8 14 3 2 10 3,34 1,75 7 5 12 7 6 7 3,48 1,65 Fonte: dados da pesquisa (2008) Quanto ao costume de utilizar propagandas na mídia, do total de academias pesquisadas, 25 delas discordaram totalmente ou discordaram. Diante dos dados, percebe-se que grande parcela das academias não costuma utilizar propagandas na mídia. Essa é uma deficiência das academias, já que as propagandas possuem um papel vital no fortalecimento e 77 reconhecimento da marca pelo consumidor. Foi percebido durante as visitas que a atividade de propaganda mais utilizada é o boca-a-boca. Quando se fala em realizar promoções para os clientes, 29 das academias se mostram concordar parcialmente ou totalmente, enquanto 9 (nove) discordaram totalmente ou parcialmente. Através de conversas com os respondentes, foi evidenciada a utilização de pacotes personalizados e descontos para os clientes em matrículas e horários mais baratos. As técnicas de promoção variam de academia para academia. Em relação à concorrência gastar mais com propaganda, 17 academias concordaram parcialmente ou totalmente e 15 delas discordaram totalmente ou parcialmente com a afirmativa. Enfim, foram apontadas considerações divergentes, realçando o reconhecimento por parte de determinadas academias de que os concorrentes andam exercendo mais atividades de propaganda do que elas. Na afirmativa referente à propaganda da concorrência ser eficaz, 14 academias foram indiferentes, enquanto 10 academias não tiveram condições de opinar. Isso mostra que existem academias neutras, que pode ser explicitado pela limitação em assumir a eficácia da propaganda adversária, como também pelo equilíbrio entre a propaganda da academia respondente e de seus concorrentes e presença de academias que não estão atualizadas sobre as atividades dos concorrentes. No que diz respeito à concorrência realizar mais propagandas, o maior número de votos aparentou indiferença (12 academias), enquanto que as outras distribuíram os votos de forma equilibrada nas demais alternativas, demonstrado com base nos dados, divergências de opiniões e falta de conhecimento das atividades realizadas pelos adversários por parte de algumas academias, assim como, a confirmação de que determinadas academias não estão exercendo mais esforços de marketing do que os concorrentes, deixando estes à frente, neste caso, na competição. 4.4 FATORES DE COMPETIÇÃO A Tabela 9 faz referência as variáveis que mais predominam na competição com os concorrentes no setor de academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB, tomando-se como base para respostas a vivência dos proprietários destas. As variáveis dispostas são: o 78 preço, diferenciação dos serviços, qualidade, gastos com propagandas e introdução de novos serviços. Tabela 9 - Fatores predominantes na competição com os concorrentes 1 2 3 4 5 SCO MÉDIA DESVIO Guerra de preços FATORES 3 6 8 14 12 1 3,66 1,27 Diferenciação dos serviços 1 4 3 17 18 1 4,14 1,07 Qualidade 3 2 2 14 22 1 4,20 1,19 Gastos com propagandas 7 11 11 11 3 1 2,89 1,28 Introdução de novos serviços 3 3 8 15 14 1 3,84 1,22 Fonte: dados da pesquisa (2008) De acordo com a Tabela 9, a guerra dos preços é considerada uma variável importante na competição do setor, tendo em vista que 26 academias apresentaram concordância com a afirmação. A guerra de preços foi, principalmente em bairros mais periféricos, visto como um problema do setor, dificultando o crescimento, uma vez que existem academias que a fim de ganhar clientes adotam os preços bem abaixo dos preços da concorrência e de mercado, provocando uma defasagem dos preços. A diferenciação dos serviços apresentou concordância por 35 academias como um fator dominante na competição do segmento. De acordo com Oliveira (2006), os consumidores de academias são apresentados às novidades, seja dos concorrentes ou de informações sobre novas tecnologias e equipamentos por intermédio da mídia, exigindo sempre o melhor e para um empreendimento que distribui serviços deve haver o investimento constante em novidades. Já 36 respostas mostram que os proprietários concordam com a importância do fator qualidade na competitividade do setor. Tal fato pode ser evidenciado pela procura de serviços cada vez melhores por parte dos clientes, que avaliam um conjunto de fatores numa academia. A qualidade é um importante atributo de diferenciação, pois uma empresa sem qualidade não agrada os seus consumidores e não consegue se sobressair dos adversários. Entretanto, do total, somente 14 proprietários apontaram concordância em relativa a gastos com propagandas. Mais uma vez isso elucida a falta de utilização de propagandas na mídia ou do uso eficiente desta. Porém, a propaganda pode ajudar a construir uma imagem da marca para o consumidor, de modo a contribuir ativando suas necessidades ou informando-os 79 sobre os benefícios da marca propagada. No que se refere à introdução de novos serviços, 29 academias apresentaram concordância com a influência dessa variável na competição. Assim sendo, os fatores que mais pesam na competição entre as academias, conforme os votos dos respondentes é a diferenciação dos serviços e a qualidade. Os que não são considerados tão primordiais na competição, mas também a influenciam, são os gastos com propagandas, guerra de preços e a introdução de novos serviços. A este respeito, Kotler (2000, p. 459), afirma que “uma empresa prestadora de serviços pode sair ganhando ao executar um serviço com qualidade consistentemente superior à concorrência e superar as expectativas dos clientes”. Já para Reissmann (2005), a diferenciação envolve a oferta de serviços exclusivos, seja por meio de atributos como qualidade elevada, melhor desempenho ou características exclusivas, o que pode explicar o aumento de preços por parte das academias, devido aos serviços distintos dos concorrentes. 4.5 VANTAGENS DIFERENCIAIS A Tabela 10 indica o grau de importância que o cliente percebe quanto às possíveis vantagens diferenciais de uma empresa sobre os seus concorrentes. Para isso levou-se em consideração a percepção e o conhecimento dos proprietários em relação aos seus clientes. Tabela 10 - Fatores mais importantes para um cliente numa academia FATORES Qualidade dos serviços Preços dos serviços Qualidade do atendimento ao cliente Estrutura física da empresa Máquinas e equipamentos Imagem da empresa Capacitação dos Profissionais Localização Diversidade de serviços oferecidos 1 0 0 0 2 1 0 1 0 0 2 0 2 0 0 1 2 2 3 2 3 2 3 1 2 1 3 3 2 5 4 16 24 13 22 23 19 11 18 16 Fonte: dados da pesquisa (2008) 5 25 15 29 17 17 19 26 20 20 SCO 1 0 1 1 1 1 1 1 1 Média 4,57 4,18 4,68 4,25 4,30 4,32 4,41 4,32 4,30 Desvio 0,62 0,76 0,56 0,94 0,85 0,83 1,00 0,88 0,88 80 Fundamentando-se na percepção dos respondentes, a qualidade dos serviços fundamentada na média 4,57 é considerada pelos clientes uma vantagem diferencial. Pode-se perceber que a maior parte dos proprietários (39) acredita que os preços dos serviços têm importância numa academia para os clientes. O que pode explicar a chamada “guerra de preços” no setor para se atrair consumidores, porém, á sabido que o preço não é uma variável favorável para se reter clientes, uma vez que à medida que outra academia oferte preços menores, isso pode levá-lo a utilizar os serviços dela. A qualidade do atendimento ao cliente é vista, por 42 academias, como um fator bem importante para um cliente na academia. A qualidade no atendimento em academias é um instrumento que influencia a retenção de um cliente, principalmente, porque esta pode utilizála para o conhecimento dos anseios da sua clientela e então, criar programas específicos e personalizados para eles. Quanto à importância da estrutura física da empresa para o cliente, as academias acreditam ser “importante e muito importante”, a partir de 39 academias que assim a avaliaram. Uma estrutura física bem distribuída e organizada pode facilitar a ida dos clientes à academia, pois é concordado que as condições do ambiente como um todo é algo bastante verificado nesse estabelecimento. Os equipamentos, sob o ponto de vista de 40 respondentes, possuem importância. O estado das máquinas pode interferir na execução das atividades numa academia, podendo ser um diferencial competitivo numa empresa, uma vez que, máquinas e equipamentos atuais e bem conservados chamam a atenção do público freqüentador de academias. A imagem da empresa é vista com importância pela maioria dos votos dos respondentes (38 academias). Uma empresa com imagem bem cuidada é fundamental para o reconhecimento da marca, confiabilidade do cliente e para a organização se manter no mercado. A capacitação dos profissionais foi avaliada por apenas 3 academias como um fator sem importância ou pouco importante para os clientes. Através de conversas foi identificado que essa opinião é desencadeada pela existência de academias que não oferecem profissionais tão qualificados e ainda assim, conseguem se destacar no mercado. Entretanto, a qualificação do corpo profissional de uma empresa é importante por ser uma condição para a formação da imagem e competitividade desta no setor atuante, assim como para a melhoria da qualidade dos serviços e do atendimento ao cliente. 81 O item “localização” foi avaliado com importância, evidenciado pelos votos de 38 academias. O local e o ambiente de uma academia auxiliam na fidelização do cliente, e quanto mais agradável é o local e o ambiente, mais essa visão é fortalecida. Ao avaliar o ambiente de uma academia devem-se considerar instalações, máquinas e equipamentos, pessoal qualificado, higiene, entre outros fatores que influenciam na satisfação do comprador dos seus serviços. Em resposta à diversidade de serviços oferecidos, 36 academias votantes consideram este item importante para o cliente de uma academia. Tal fato pode ser esclarecido pela maior possibilidade de escolha e de preferências dos consumidores em relação às atividades prestadas pela organização. Conclui-se com esta questão que todos os fatores descritos foram analisados como importantes, ressaltando a percepção dos proprietários e o que eles julgam ser vitais para seus clientes, uma vez que é fundamental para qualquer empresa conhecer o mercado em que está inserida e, principalmente, as preferências, satisfações e insatisfações dos seus clientes. Por conseguinte, os fatores de maior importância avaliados foram a qualidade dos serviços e do atendimento ao cliente, porém, se estes não estiverem em consonância com os demais citados, a empresa estará perdendo espaço e consumidores para seus concorrentes mais completos. 4.6 SEGMENTAÇÃO A Tabela 11 indica as variáveis de segmentação, sejam elas: geográficas, demográficas, psicográficas e comportamentais, utilizadas para atender cada cliente na organização de forma distinta. Tabela 11 - Variáveis utilizadas em estratégias para atender cada cliente ALTERNATIVAS Comportamentais Psicográficas Geográficas Demográficas FREQ. ABSOLUTA 16 15 13 06 Fonte: dados da pesquisa (2008) 82 Com base na Tabela 11, para estabelecer estratégias diferenciadas a fim de atender os diversos perfis de clientes, 16 do total das academias utilizam variáveis comportamentais, as quais se baseiam nos benefícios que o usuário espera em relação aos serviços das academias e na condição do usuário na empresa, enquanto 15 utilizam variáveis psicográficas baseadas no estilo de vida do cliente e na personalidade do mesmo. A segmentação se mostra uma importante ferramenta não apenas para atuar em mercados específicos, mas também para atender cada cliente de forma personalizada e ainda é pouco utilizada pelas academias de ginástica e musculação, uma vez que estas, de acordo com os gestores, procuram atender seus clientes de forma igualitária. Pode-se explicar isso pela falta de conhecimentos e práticas administrativas referentes ao Marketing. 4.7 GERENCIAMENTO DO NEGÓCIO As Tabelas de 12 a 16 tratam de atividades de gerenciamento do negócio, referentes ao planejamento e estudo antes de iniciar o negócio, freqüência de realização de atividades de marketing, como também, aos investimentos realizados no último ano, critérios usados na formação dos preços e a freqüência de realização de investimentos nas academias. Tabela 12 - Planejamento ou estudo ao iniciar o negócio ALTERNATIVAS Sim Não TOTAL FREQ. ABSOLUTA 27 17 44 FREQ. RELATIVA (%) 61,4% 38,6% 100% Fonte: dados da pesquisa (2008) A maioria dos dirigentes realizou algum estudo de mercado ou planejamento antes de iniciar o negócio, elucidados por 27 votos. O planejamento é uma ferramenta administrativa estratégica importante para se analisar o ambiente competitivo da empresa, suas oportunidades, ameaças, pontos positivos e negativos diante dos concorrentes, não bastando 83 apenas uma prévia análise, pois o planejamento é um auxílio para o bom direcionamento e andamento do negócio, devendo ser utilizado ao se tomar atitudes da empresa. Tabela 13 - Freqüência de realização de atividades de comunicação ALTERNATIVAS Mensalmente Trimestralmente Semestralmente Anualmente Outros TOTAL FREQ. ABSOLUTA 4 19 11 10 0 44 Fonte: dados da pesquisa (2008) A freqüência de realização de atividades de comunicação das academias se dá trimestralmente em 19 do total das academias e semestralmente em 11 seguidos com anualmente em 10 academias. Deste modo, observou-se que apenas 4 academias realizam atividades de comunicação mensalmente e ainda pode-se ressaltar a limitação que as academias de João Pessoa possuem para propagarem e fortalecerem suas marcas, já que a maioria são microempresas e, geralmente, não dispõem de capital suficiente para a utilização constante e mais eficiente dos meios de comunicação. Tabela 14 - Investimentos realizados nas academias no último ano ALTERNATIVAS Aquisição de máquinas e equipamentos Propagandas Cursos Funcionários Estrutura física Outros FREQ. ABSOLUTA 36 19 19 20 26 1 Fonte: dados da pesquisa (2008) Com base na Tabela 14, do total das academias respondentes, os investimentos mais realizados no último ano foram à aquisição de máquinas e equipamentos, modificações na estrutura física e contratação de novos funcionários. Foi evidenciado que apenas 1 do total de academias buscou os serviços de consultorias. Deste modo, apesar de investimentos 84 importantes, apenas uma academia buscou a ajuda de uma empresa especializada, ou seja, consultorias para melhorar a sua situação e buscar crescer no setor. Tabela 15 - Critério utilizado na formulação dos preços das academias ALTERNATIVAS Preços de mercado Custos e despesas Poder de compra dos clientes outros FREQ. ABSOLUTA 29 28 7 1 Fonte: dados da pesquisa (2008) Com relação ao critério utilizado pelos gestores das academias para a formulação dos preços dos serviços, foi observado que a superioridade das academias adota preços com base nos preços de mercado (29) e formulam seus preços com base nos custos e despesas (28). Apenas 1 academia respondeu formular seus preços com base nos preços dos concorrentes, porém em conversas com os proprietários foi mencionado que os preços dos adversários é bastante considerado no processo. Foi observado que em grande parte das academias os preços adotados não são suficientes para cobrir todos os custos e despesas das mesmas. Na verdade, deveria haver um equilíbrio entre as alternativas descritas, para que os preços possam ser frutos da união desses três elementos que são os custos e despesas, preços de mercado e poder de compra dos clientes, porém há uma grande dificuldade no alcance do equilíbrio entre estas. Tabela 16 - Freqüência de investimentos nesta empresa ALTERNATIVAS Mensalmente Trimestralmente Semestralmente Anualmente Outros TOTAL FREQ. ABSOLUTA 4 8 17 10 5 44 Fonte: dados da pesquisa (2008) A maior parte dos respondentes (27 academias) indicou realizarem investimentos semestralmente ou anualmente. Apenas 5 (cinco) academias responderam não existir tempo determinado, procurando suprir as necessidades o mais breve possível; variar a freqüência de 85 realização de investimentos, sendo de acordo com o planejamento; realizarem investimentos de acordo com as necessidades e possibilidades da empresa; e quando a receita permitir. A partir dos resultados da pesquisa, constatou-se que fatores como diferenciação, qualidade dos serviços, atendimento ao cliente e pesquisas de satisfação do consumidor são necessários para os administradores das academias. Faz necessária atenção para a incoerência das respostas relacionadas à segmentação e preços, pois se notou uma variação de respostas em questões semelhantes, como por exemplo, os dirigentes responderam as questões de segmentação e não atendem a um público específico de clientes. E ainda foi visto que na afirmativa referente ao preço do mix de Marketing, as respostas das academias com relação a estabelecer seus preços através dos custos e despesas (Tabela 6) foram divergentes das que utilizam esse critério para a formulação dos preços (Tabela 15). Também foi indicado que as academias consideram possuir uma imagem consolidada no mercado e acham que seus serviços são satisfatórios para os clientes. No entanto, geralmente apresentam serviços homogêneos ao dos concorrentes, não costumam utilizar-se de pesquisas formais, assim como, utilizam práticas semelhantes para atrair e reter clientes, o que demonstra na prática que há uma contradição entre o que as academias acham importantes e o que de fato é efetivado. 86 5. CONCLUSÃO A constante batalha das micro e pequenas empresas para se manterem no mercado são duras e requerem esforços além do que, geralmente, elas apresentam na gestão das suas empresas. A tendência crescente do setor vem acarretando nos últimos anos um aumento do número de academias no Brasil. Na cidade de João Pessoa, tem sido percebida a incorporação de novas academias, em grande parte, constituídas por proprietários jovens e recém-formados, essencialmente, em educação física. O presente estudo analisou o comportamento competitivo do setor de academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB. Além disso, verificou as estratégias competitivas genéricas utilizadas por estas, as estratégias de segmentação de mercado, as variáveis relativas a serviço, preço, localização e comunicação, além de identificar os fatores que predominam na competição do setor, as vantagens diferenciais para um cliente de uma academia na percepção dos dirigentes e ainda, questões que abrangem o gerenciamento do negócio e o perfil das academias. Os capítulos dispostos neste estudo ajudaram a mostrar a coerência com a problemática da pesquisa. A pesquisa de campo foi desenvolvida com quarenta e quatro (44) empresas do segmento de academias de ginástica e musculação, no qual prepondera uma intensa concorrência. Quanto às estratégias competitivas genéricas preferencialmente adotadas pelas academias na cidade, constatou-se que foi a diferenciação nos serviços prestados e no atendimento ao cliente que conceberam a maior parte das respostas. A guerra de preços foi constatada como uma estratégia que provocou a defasagem dos preços do setor. As demais respostas indicaram que as academias buscam atender o mesmo público-alvo e a clientes de diversas faixas de renda, o que pode ser um motivo para a dificuldade de destaque sobre seus concorrentes, pois visar um tipo específico de cliente pode distinguir uma academia das demais e fazer com que seja mais atrativa do que as que objetivam qualquer cliente, pois poderão atingi-lo de forma mais eficiente. Com base no perfil das academias, como quase todos os proprietários são formados na área de educação física, pode-se observar que não há a utilização de técnicas administrativas que visem ao estabelecimento de uma estratégia especificamente voltada para o ambiente concorrencial e para atender cada cliente de uma forma específica, apesar da pesquisa 87 divulgar as estratégias competitivas mais utilizadas, essa estratégia é usada de forma implícita pela maioria dos respondentes, assim como foi percebida a deficiência de conhecimento sobre segmentação de mercado e o poder que as suas variáveis têm para atender cada cliente de forma específica, pois muitas academias ao responder essa questão explanaram a execução de um método comum para atender a todos os seus clientes, gerando uma disfunção, pois se estas visam possuir o melhor atendimento ao cliente, isso não condiz com a maneira “semelhante” que dizem tratar a todos. Quanto à avaliação do composto de marketing, foi perceptível que as empresas se consideram consolidadas no mercado, dizem estabelecer seus preços com base nos custos e preços de mercado, porém, uma parcela considerável não tem tido um faturamento satisfatório com os preços atuais. Boa parte das academias também considera possuir uma localização de fácil acesso e possuir espaço físico para crescer, porém também há a ameaça de concorrentes nas proximidades e são feitas poucas atividades de comunicação, ilustrando a falta de costume de propagarem a marca na mídia e o desconhecimento das normas básicas do marketing. No composto de marketing foi percebível que um bom número de academias negou oferecer serviços semelhantes aos concorrentes, no entanto, ao descreverem os serviços disponibilizados, poucas foram às academias que ofertam serviços distintos das demais. Acham necessária a realização de pesquisas de satisfação com clientes, no entanto, isso não é medido e considerado de forma eficiente, se restringindo apenas a perguntas informais. Verificou-se que as atividades de comunicação são efetuadas, pela maior parte das academias, trimestralmente, e essa é uma condição que motiva a diferenciação entre as empresas, e certamente merece uma ênfase maior. As empresas alegam que instrumentos como outdoors e televisão são onerosos para microempresas, contudo existem várias maneiras de diferenciar uma marca. Oferecer serviços que atendam as necessidades dos consumidores, a escolha correta dos preços, a comunicação eficiente com o público-alvo, à recepção ao cliente, além de promoções, sorteios, brindes, panfletos, faixas e parcerias são determinantes dessa condição. Essencialmente constituídas por microempresas, as academias de ginástica e musculação de João Pessoa-PB confirmam características intrínsecas a este tipo de organização. Dentre as características que foram descobertas em um número expressivo de academias e, geralmente, são particulares a este porte de empresa. Pôde-se destacar um número pequeno de funcionários e sócios, gestão executada por profissionais formados na área, o perfil médio de clientes, pouco uso de atividades de comunicação, oferta de serviços 88 semelhantes, a busca pela diferenciação dos serviços e da qualidade do atendimento aos clientes e o público-alvo. Sabe-se que alguns dos principais motivos que levam as microempresas ao fracasso são a falta de capital de giro, falta de orientação para o mercado e falhas gerenciais. Assim como foi constatado, no caso das academias de João Pessoa, as duas maiores dificuldades do setor são a elevada carga tributária e altos custos dos equipamentos. Fatores como estes são obstáculos para a alavancagem do segmento e ainda limitam a concretização de investimentos. Não há como assegurar o sucesso de uma microempresa, entretanto, o sucesso de um negócio depende de elementos que diminuam os riscos de fracassos e isso é possibilitado através das estratégias, que independe do porte e é necessidade para qualquer empresa que busca vantagens competitivas. Para a Associação Brasileira de Academias - (ACAD, 2007), as academias convivem com ciclos, deste modo, devem abandonar as coisas que não lhe trazem benefícios, trocando assim, as pessoas e estratégias que não funcionam por outras eficazes. Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), sugerem que deveria se conseguir o equilíbrio ideal entre todas as perspectivas de estratégias, já que poucas ou nenhuma das estratégias são legitimamente de natureza deliberada, com planos estabelecidos ou emergentes, quando surgem, mas não foram expressamente pretendidas. No caso das academias, foi notado que não há a capacidade de prevenção e reação com relação aos concorrentes, visto que, geralmente elas atuam “apagando incêndios” e sem estratégias pré-definidas que visem objetivos futuros. Conclui-se o presente estudo realizado nas academias de ginástica e musculação de João Pessoa - PB, demonstrando que o fato dos administradores das academias não possuírem conhecimentos administrativos influência na falta de prioridade de formulação de estratégias, acarretando um julgamento pouco profundo do mercado. A inovação e variedade dos serviços estão relacionadas à diferenciação neste setor, contudo, bem poucas são as academias que proporcionam isso aos seus consumidores, o que acaba por ter várias academias na cidade, mas, com serviços geralmente comuns para quem almeja se destacar no mercado. 89 5.1 RECOMENDAÇÕES Já que este estudo foi amplo, pois buscou considerar vários aspectos concernentes à competitividade das academias de ginástica, sugere-se para estudos futuros, a realização de pesquisas de satisfação com os clientes das academias, visando compreender o ponto de vista do consumidor; e a realização de estudos de caso, procurando identificar melhor os fatores que determinam a competitividade do setor. 90 REFERÊNCIAS ACAD. Revista da ACAD, n º 30 Mar./ Abr. 2006: p. 18. Disponível em: < http://www. acadbrasil.com.br/revistas/30.pdf>. Acesso em: 08. Abr. 2008. ANSOFF, H. I. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 1991. ANSOFF, H. I., MCDONNELL, E. J. 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ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DISCORDO TOTALMENTE CONCORDO TOTALMENTE 1 1 Esta empresa visa possuir o menor preço de mercado. 2 Esta empresa possui custos menores do que os custos dos seus concorrentes. 3 Os preços que esta empresa utiliza são, geralmente, adotados pela concorrência. 4 Esta empresa normalmente possui preços mais baixos do que os da concorrência. 5 Esta empresa busca negociar melhores preços de compra de equipamentos com os seus fornecedores. Esta empresa possui serviços diferenciados em relação aos serviços oferecidos pelos seus concorrentes. Os serviços desta empresa são melhores do que os dos concorrentes. 6 7 8 9 10 2 3 4 5 SCO Esta empresa pratica preços mais elevados do que os concorrentes por causa dos seus serviços diferenciados. Esta empresa possui máquinas e equipamentos mais modernos que os dos seus concorrentes. 11 Esta empresa possui um programa de atendimento aos clientes melhor do que os dos seus concorrentes. Esta empresa busca sempre inovar e lançar novos serviços no mercado antes da concorrência. 12 Esta empresa possui um número maior de serviços oferecidos do que os seus concorrentes. 13 14 Esta empresa atende a diversas classes e tipos de consumidores. (Ex: terceira idade, jovens, adultos). Esta empresa atende a clientes de diversas faixas de renda. 15 Esta empresa atende a um público específico de mercado. (Ex: apenas terceira idade). COMPOSTO DE MARKETING SERVIÇO DISCORDO TOTALMENTE CONCORDO TOTA LMENTE 1 16 A concorrência oferece mais variedades do que sua empresa aos consumidores. 17 Os serviços da concorrência são semelhantes aos desta empresa. 18 Esta empresa pode ser considerada uma empresa inovadora. 19 Esta empresa possui uma imagem consolidada. 2 3 4 5 SCO 101 20 Esta empresa pode ser considerada líder em oferecer equipamentos modernos. 21 As características dos serviços oferecidos por esta empresa são satisfatórias para os clientes. 22 Esta empresa acha necessário realizar pesquisas de mercado para conhecer as preferências dos consumidores. PREÇO DISCORDO TOTALMENTE CONCORDO TOTALMENTE 1 23 Esta empresa segue os preços de mercado do setor em que atua. 24 Esta empresa estabelece seus preços com base nos seus custos. 25 Esta empresa estabelece seus preços com base no poder aquisitivo dos seus consumidores. 26 Esta empresa possui um faturamento satisfatório adotando seus preços atuais. Ex: desconto (horários mais baratos e pacotes de serviços mais baratos do que serviços individuais). LOCALIZAÇÃO O concorrente está melhor localizado do que esta empresa. 28 O concorrente está situado nas proximidades desta empresa. 29 Esta empresa possui espaço físico para crescer. 3 3 30 5 SCO CONCORDO TOTALMENTE 2 3 DISCORDO TOTALMENTE 4 5 SCO CONCORDO TOTALMENTE 1 2 3 4 5 SCO Esta empresa costuma utilizar propagandas na mídia. 33 Esta empresa realiza promoções para os clientes. Ex: (concursos, sorteios, aulas grátis, etc.). A concorrência gasta mais com propaganda do que esta empresa. 34 A propaganda da concorrência é eficaz. 35 A concorrência realiza mais propagandas do que esta empresa. 32 4 Esta empresa é de fácil acesso para os seus clientes. COMUNICAÇÃO 31 3 DISCORDO TOTALMENTE 1 27 2 FATORES DE COMPETIÇÃO 36) Na competição entre esta empresa e os concorrentes predominam variáveis como: DISCORDO TOTALMENTE 1 Guerra de preços Diferenciação dos serviços Qualidade Gastos com propagandas 2 CONCORDO TOTALMENTE 3 4 5 SCO 102 Introdução de novos serviços . VANTAGENS DIFERENCIAIS 37) Indique o grau de importância que o cliente dá às possíveis vantagens diferenciais de uma empresa descritas abaixo sobre os seus concorrentes. SEM MUITO IMPORTÂNCIA MPORTANTE 1 2 3 4 5 SCO Qualidade dos serviços Preços dos serviços Qualidade do atendimento ao cliente Estrutura física da empresa Máquinas e equipamentos Imagem da empresa Capacitação dos Profissionais Localização Diversidade de serviços oferecidos . SEGMENTAÇÃO 38) Considerando que esta empresa costuma atender a diversos perfis de clientes, esta academia utiliza estratégias diferenciadas para atender cada cliente considerando variáveis como: ( ( ( ( ) ) ) ) Geográficas - região, cidade, bairro, clima,etc. Demográficas - idade, sexo, renda, ocupação, nacionalidade, etc. Psicográficas - estilo de vida, personalidade, classe social, etc. Comportamentais – ocasiões, benefícios, condições do usuário, etc. GERENCIAMENTO DO NEGÓCIO 39) Foi realizado algum estudo de mercado ou planejamento antes de iniciar o negócio? ( ) Sim ( ) Não 40) Com que freqüência são realizadas atividades de comunicação nesta empresa? ( ) Mensalmente ( ) Trimestralmente ( ) Semestralmente ( ) Anualmente ( ) Outros. Quando? __________________ 41) Quais foram os investimentos realizados na academia no último ano? ( ) aquisição de máquinas e equipamentos ( ) propagandas ( ) cursos ( ) funcionários ( ) estrutura física ( ) Outros. Quais? _________________________ 42) Qual é o critério utilizado por esta empresa na formulação dos seus preços? ( ) Custos e despesas ( ) preços de mercado ( ) poder de compra dos clientes ( ) outros. Quais? ____________________ 103 43) Com que freqüência são realizados investimentos nesta empresa? ( ) Mensalmente ( ) Trimestralmente ( ) Semestralmente ( ) Anualmente ( ) Outros. Quando? __________________ PERFIL DA ACADEMIA 44) Qual o tempo de atuação desta empresa? ( ) Menos de 1 ano ( ) De 01 a 05 anos ( ) De 06 a 10 anos ( ) 11 a 19 anos ( ) mais de 19 anos 45) Quais destes serviços são oferecidos por esta empresa? ( ( ( ( ( ) Musculação ) Dança de Salão ) Personal Trainer ) Ginástica Step ) Avaliação física ( ( ( ( ( ) Ginástica Jump ) Ginástica Lift ) Avaliação nutricional ) Ginástica localizada ) Lutas marciais ( ) RPM ( ) Outros Qual ? ________________________ 46) Quantos proprietários há nesta empresa? ( ) 01 proprietário ( ) 02 proprietários ( ) 03 proprietários ( ) mais de 03 proprietários 47) Quanto ao seu grau de instrução : ( ) Pós-Graduação ( ) Superior completo ( ) Superior incompleto ( ) 2º grau incompleto ( )1° grau completo ( ) 1° grau incompleto ( ) 2° grau completo 48) Quantos são os funcionários desta empresa? ( ) de 01 a 05 ( ) de 06 a 10 ( ) de 11 a 19 ( ) mais de 19 49) Qual o número médio mensal de clientes? ( ) menos de 100 ( ) de 101 a 200 ( ) de 201 a 300 ( ) mais de 300 50) Qual o perfil dos clientes desta academia? ( ) Crianças ( ) Jovens ( ) adultos ( ) idosos 51) Quanto ao corpo profissional da academia, ela é constituída por ( ) Profissionais formados na área ( ) Estagiários ( ) Familiares sem o auxílio de profissionais ( ) Familiares auxiliados por profissionais 52) Esta empresa pertence a algum sindicato? ( ) Não ( ) Sim . Qual? __________________ 53) Quais as duas principais dificuldades encontradas no setor? ( ) Financiamentos ( ) Elevada carga tributária ( ) Altos custos fixos ( ) Elevado número de concorrentes ( ) Equipamentos com custos elevados ( ) Outros. Quais? __________________ 54) Quais as duas principais facilidades encontradas no setor? ( ) Fornecedores ( ) Crescimento do setor no mercado ( ) Procura por estética, saúde e interação ( ) Profissionais qualificado ( ) Outros. Quais? ____________________