Dimensionamento de mercado - CBiot

Propaganda
Empresa
Regime tributário / Localização
Equipe gerencial / Quotas /
Estrutura
O negócio
Operações
A oportunidade
Fluxo operacional
O modelo de negócio
Aspectos estratégicos
Oportunidades e ameaças
Equipe
Pontos Fortes e fracos
Qualificações / treinamentos
Macroambiente
Visão de futuro
Equipamentos
Objetivos para:
Marketing e vendas
Finanças
Operações
Variáveis econômicas:
Empresa
Taxa de juros
Matéria prima
Taxa de câmbio
Crescimento da economia
Produtos
substitutos
Roteiro para Análise e
Dimensionamento de mercado
Poder dos
fornecedores
Política monetária
Política tributária
Fornecedores
Estrutura de poder
Visão de futuro
Processo operacional
Variáveis políticas:
Variáveis ambientais
Produtos / serviços
Consciência da população
Alterações climáticas
Atacadista
Variáveis culturais:
Varejista
Representante
Variáveis legais:
Mudanças de hábitos
Nível de alfabetização
Nível de
rivalidade
Estrutura educacional
Nível de escolaridade
Poder dos clientes
Ambiente
competitivo
Concorrentes
Clientes
Variáveis sociais:
Legislação trabalhista,
comercial, tributária,
ambiental, marcas e
patentes
Tendências
Variáveis tecnológicas
Aquisição tecnológica pelo país
Nível de emprego
Relações trabalhistas
Incentivos governamentais
Facilidade de entrada
Consciência de cidadania
inanças
ECEITA
USTOS VARIÁVEIS
mpostos
Matéria prima
Mão-de-obra
omissões
retes
ublicidade
USTOS FIXOS
rólabore
alários
ncargos
Aluguel
Produtos e ser
Características
Benefícios
Tecnologia
Ciclo de vida
Impostos
Velocidade das mudanças tecnológicas
Não clientes
Produtos
substitutos
Marketing
Novos entrantes
Mercado
Público alvo
Estratégias de:
Preço: descontos, prazos
Quantos são
Produto: design, embalagem
Potencial de compra
Distribuição: comissões
Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
Incubadora Empresarial do Centro de Biotecnologia da Ufrgs
Elaboração:
Rodrigo Leiria Schneider
2009
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Sumário
Apresentação..................................................................................................................................................................................... 4
Mercado ............................................................................................................................................................................................. 6
Análise de mercado ........................................................................................................................................................................... 8
Conceitos iniciais............................................................................................................................................................................ 9
Análise macroambiental ............................................................................................................................................................... 14
Análise do ambiente competitivo.................................................................................................................................................. 17
Cinco forças Competitivas ........................................................................................................................................................ 18
Conhecimento específico a respeito dos clientes ..................................................................................................................... 21
Conhecimento específico a respeito dos concorrentes ............................................................................................................ 23
Conhecimento específico a respeito dos fornecedores ............................................................................................................ 26
Ciclo de vida dos produtos e/ou do setor ..................................................................................................................................... 27
Inovação....................................................................................................................................................................................... 30
Dimensionamento de mercado ........................................................................................................................................................ 33
Definir o mercado: ........................................................................................................................................................................ 35
Definir e segmentar público alvo: ................................................................................................................................................. 35
Observar os não clientes.............................................................................................................................................................. 37
Quantificar o mercado - Métodos para dimensionamento de mercado ........................................................................................ 38
Apêndice - Ferramentas auxiliares .................................................................................................................................................. 44
Pesquisa de mercado................................................................................................................................................................... 44
Questionário ................................................................................................................................................................................. 48
Bibliografia ....................................................................................................................................................................................... 50
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Apresentação
Quantas bolinhas de pingue-pongue cabem na sala onde você está?
Esta era uma pergunta feita nos anos 90 aos candidatos a consultores de uma das cinco grandes consultorias de atuação
mundial. O objetivo não era transformar a sala em depósito de bolinhas de pingue-pongue, mas observar a linha de raciocínio
utilizada pelo candidato na elaboração da resposta. Estimativas não embasadas (chutes) não eram bem-vindos. Os consultores
desta empresa passam uma boa parte de seu tempo estimando mercados, e para isso é necessário embasar a estimativa em
dados de diversas fontes e cruzá-los a fim de se obter informações coerentes e que façam sentido. Desta maneira, se
identificarmos quantos centímetros cúbicos tem uma bolinha de pingue-pongue e quantos metros cúbicos tem a sala em questão,
temos como chegar a uma estimativa, a uma faixa de valores possíveis que fazem sentido e que nos dão uma idéia bastante
razoável para a pergunta em questão.
Outra pergunta era “quantos pneus existem no Brasil?”. Essa fica para você...
Se você está iniciando um negócio, ou pretende iniciá-lo, é fundamental que conheça o mercado em que vai atuar. E esta tarefa
não é das mais simples. Em segmentos tradicionais, é possível comprar análises setoriais de diversas instituições, como Valor
Econômico, Gazeta Mercantil (até maio 2009, quando deixou de circular) e outras – a um determinado custo (na maioria das
vezes bastante alto, principalmente para uma empresa pequena e com recursos limitados). Mas em mercados novos, ou sem
uma demanda que justifique o investimento de pesquisa e análise por parte destas instituições, tais estudos não existem. Mas a
necessidade persiste.
Alguns autores explicitam esta necessidade:
Roberto Sbragia e Érica Cristiane Ozório Pereira, em sua tese “Determinantes de
êxito de empresas tecnológicas de base universitária: um estudo de casos múltiplos
no âmbito do CIETEC/USP”, conclui que entre os aspectos facilitadores de origem
interna que mais têm contribuído para o êxito dessas empresas, pode-se citar “a
necessidade de elaboração de planos de negócio, contendo estimativas de
demanda, orçamentos e metas futuras de crescimento”.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Philip Kotler, em seu clássico “Marketing”, menciona que nenhuma empresa pode
conduzir com êxito seus negócios sem tentar medir o tamanho real dos mercados,
presentes e futuros.
Marcos Cobra, em seu “Consultoria em Marketing: Manual do Consultor” observa
que, sem a existência de um mercado comprador para seus produtos e serviços,
nenhuma empresa sobrevive. Independente da natureza destes produtos ou serviços,
toda organização, em algum momento de sua existência, defronta-se com o dilema
da identificação de mercados e com a conseqüente busca de sua quantificação.
Para que seja possível estimar, medir, identificar e quantificar mercados, é preciso, antes de mais nada, conhecê-los em
profundidade.
Este roteiro visa orientar àqueles que irão empreender alguma atividade econômica no sentido de formar uma visão consistente a
respeito do mercado no qual se estabelecerão, e está dividido em duas partes:
-
análise de mercado, que sugere ferramentas para o conhecimento geral do mercado, e
-
dimensionamento de mercado, que sugere ferramentas para quantificá-lo.
Além disso, no Apêndice, são disponibilizadas duas ferramentas auxiliares com noções básicas de pesquisa de mercado e
questionário, bastante úteis no caso de necessidade de obtenção de dados primários.
Mas, inicialmente, é necessário conceituar mercado.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Mercado
MERCADO
Conforme Paulo Sandroni, em seu Novíssimo Dicionário de Economia, mercado pode ser entendido como o local, teórico ou não,
do encontro regular entre compradores e vendedores de uma determinada economia, e é formado pelo conjunto de instituições
em que são realizadas transações comerciais.
Já Kotler define mercado como o conjunto de todos os compradores, efetivos e potenciais, de uma oferta.
Duas variáveis particularmente importantes em relação ao comportamento de um mercado dizem respeito ao equilíbrio entre
compradores e vendedores e ao dinamismo do mesmo.
Conforme Idalberto Chiavenato, em seu Administração de Vendas: Uma Abordagem Introdutória, tais variáveis podem ser
classificadas da seguinte maneira:
Em se tratando de oferta e procura (ou demanda):
1. Mercado vendedor, ou situação de oferta: ocorre quando a oferta é maior do que a procura. Nesta situação, os preços
tendem a baixar, devido à competição entre os vendedores, pois a oferta de bens e serviços é maior do que a procura por
eles;
2. Mercado equilibrado: ocorre quando a oferta é igual à procura. Nesta situação, os preços tendem a se estabilizar;
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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3. Mercado comprador, ou situação de demanda, ou situação de procura: ocorre quando a procura é maior do que a oferta.
Nesta situação os preços tendem a subir, devido à competição entre os compradores, pois a procura de bens ou serviços é
maior do que a oferta existente.
Em se tratando de dinamismo, o mercado pode ser classificado em mercado estável ou instável:
1. Mercado estável: é o mercado que sofre poucas variações ao longo do tempo. É um mercado conservador e tranqüilo,
que mantém o status quo, e no qual as empresas quase não modificam os seus produtos ou serviços, os consumidores
quase não mudam suas necessidades e seus hábitos de compra, e dificilmente os concorrentes alteram os seus produtos
e estratégias. É um mercado que permite previsões no longo prazo e os produtos e serviços possuem ciclos de vida
duradouros;
2. Mercado instável: é o mercado que sofre grandes variações no tempo. É um mercado mutável, agitado e turbulento, no
qual as empresas precisam constantemente modificar seus produtos ou serviços, pois os consumidores mudam
rapidamente suas necessidades e seus hábitos de compra, enquanto os concorrentes alteram seus produtos e serviços e
suas estratégias a cada momento. Como essas mudanças ocorrem rapidamente, sem que se saiba exatamente o que está
acontecendo, torna-se um mercado mutável e imprevisível, sujeito a modificações bruscas, rápidas e radicais, Os bens e
serviços ofertados têm um ciclo de vida extremamente curto e rápido. A mudança e a inovação são imprescindíveis
para se atuar neste tipo de mercado.
Hoje em dia os mercados são cada vez mais instáveis, principalmente mercados inovadores...
Vamos então à análise ampla destes mercados.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Análise de mercado
ANÁLISE DE MERCADO
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Empresa
Regime tributário / Localização
Equipe gerencial / Quotas /
Estrutura
O negócio
Operações
A oportunidade
Fluxo operacional
O modelo de negócio
Aspectos estratégicos
Oportunidades e ameaças
Equipe
Pontos Fortes e fracos
Qualificações / treinamentos
Macroambiente
Visão de futuro
Equipamentos
Objetivos para:
Marketing e vendas
Finanças
Operações
Variáveis econômicas:
Empresa
Taxa de juros
Conceitos iniciais
Matéria prima
Taxa de câmbio
Crescimento da economia
Produtos
substitutos
Visão de futuro
Processo operacional
Variáveis políticas:
Poder dos
fornecedores
Política monetária
Variáveis ambientais
Produtos / serviços
Consciência da população
Política tributária
Fornecedores
Estrutura de poder
Alterações climáticas
Atacadista
Variáveis culturais:
Conceitos Iniciais
Varejista
Representante
Variáveis legais:
Mudanças de hábitos
Nível de alfabetização
Nível de
rivalidade
Estrutura educacional
Nível de escolaridade
Poder dos clientes
Ambiente
competitivo
Concorrentes
Clientes
Legislação trabalhista,
comercial, tributária,
ambiental, marcas e
patentes
Tendências
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais:
Aquisição tecnológica pelo país
Nível de emprego
Relações trabalhistas
Ciclo de vida
Facilidade de entrada
Consciência de cidadania
Finanças
RECEITA
CUSTOS VARIÁVEIS
Impostos
Matéria prima
Mão-de-obra
Comissões
Fretes
Publicidade
CUSTOS FIXOS
Prólabore
Salários
Encargos
Aluguel
Energia
Telefone
....
RESULTADO
Produtos e serviços
Características
Benefícios
Tecnologia
Ciclo de vida
Impostos
Incentivos governamentais
Velocidade das mudanças tecnológicas
Não clientes
Inovação
Produtos
substitutos
Marketing
Novos entrantes
Mercado
Público alvo
Estratégias de:
Preço: descontos, prazos
Quantos são
Produto: design, embalagem
Potencial de compra
Distribuição: comissões
Segmentação
Divulgação: publicidade
Não clientes
Concorrentes
Fornecedores
O diagrama acima representa as variáveis relacionadas a um negócio, destacando as que se referem à análise e
dimensionamento de mercado.
Analisar um mercado significa coletar dados e informações a respeito de um determinado mercado, parte ou segmento deste com
o intuito de embasar decisões que devam ser tomadas.
Para isso, é necessário identificar as pessoas e organizações que constituem este mercado e obter informações a seu respeito.
Este passo é importante para que o empresário se familiarize com o mercado que vai dimensionar. É preciso levantar o maior
número de informações possível para depois filtrá-las e condensar o que é importante.
Tais informações poderão ser obtidas reunindo-se dados já publicados, ou disponibilizados por revistas, empresas e publicações,
os chamados dados secundários. Cabe ressaltar algumas observações em relação aos dados secundários:
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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• Não são específicos para as nossas necessidades
• Os critérios utilizados não são conhecidos
• Não temos controle sobre o grau de precisão dos dados
• Geralmente encontram-se dispersos
• Apresentam algum grau de desatualização
Outra maneira possível é obter dados e informações diretamente junto ao público alvo do empreendimento, através de pesquisa
de mercado, pesquisa direta ou por observação, os chamados dados primários. A pesquisa de mercado é um evento específico
com um determinado objetivo de coletar dados e informações específicas sobre um determinado segmento – é feita sob medida
para cada situação. Integra a análise de mercado e embasa decisões.
A figura 1 relaciona possíveis fontes de consulta para obtenção de informações em uma análise de mercado.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Fontes de informação
Tipo de abordagem
Obtenção da informação se dá por meio de:
Quantitativa
Primárias
Pesquisa de mercado, por contato direto com o público alvo, através de entrevistas, ou por observação do mesmo.
Qualitativa
Relatórios anuais de desempenho
Dentro da empresa
Sites da Internet
Divulgações promocionais
Informações oficiais
Estudos diversos
•
Livros
•
Laudos de avaliação de empresas
•
Relatórios de analistas de investimentos e corretoras
•
Pesquisas de mercado publicadas
•
Estudos de escolas de administração
•
Estudos de empresas de consultoria
•
Estudos setoriais de instituições especializadas
•
Associações de comércio
•
Associações de classe
•
Sindicatos
•
Organizações não-governamentais
•
Bancos de investimento
Secundárias
Fora da empresa
Imprensa de negócios
•
Publicações gerais (revistas e jornais não especializados)
•
Publicações especializadas (jornais de cunho econômico – Valor econômico, Jornal do Comércio)
•
Anuários (500 maiores – Exame, Amanhã)
•
Bancos de dados (Bloomberg)
Governo
•
Censos estatísticos
•
Banco central
•
Ministérios
•
Regulamentações
Outros
•
Conferências
•
Fóruns
•
Feiras
•
Internet, blogs
Figura 1 – Adaptado de Chiavenato, Idalberto: Administração de Vendas, uma abordagem introdutória, 2005
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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A análise de mercado reúne e estrutura informações relacionadas aos seguintes aspectos:
-
Macroambiente: ambiente externo à empresa, formado por variáveis incontroláveis, ou seja, sem reação às ações da
empresa, como fatores políticos, econômicos, legais, tecnológicos e sociais e que exercem influência em seu
desempenho;
-
Ambiente competitivo: ambiente externo à empresa, mas que apresenta possíveis reações às ações da empresa. Os
principais elementos deste ambiente são:
o cinco forças competitivas: conceito formado por Michael Porter em seu livro Estratégia Competitiva, que identifica
cinco forças que influenciam o potencial de lucro num determinado segmento;
o conhecimento a respeito dos clientes: deve-se conhecer muito bem os clientes existentes no mercado em que se
pretende atuar, sob risco de não se conseguir atendê-los;
o
os não clientes merecem observação: principalmente em termos de produtos inovadores, a identificação de
um público que não consome ou que não esteja satisfeito com as soluções oferecidas pode revelar novos
mercados;
o conhecimento a respeito dos concorrentes: já diz o velho ditado: “um olho no cliente e outro no concorrente”. O
conhecimento dos concorrentes pode identificar possíveis ações que necessitam ser neutralizadas ou outras que
podem ser boas idéias;
o conhecimento a respeito dos fornecedores: conhecer os fornecedores também é fundamental para decisões
estratégicas em relação à ampliações de mercado, desenvolvimento de parceiras e capacidade produtiva.
-
Ciclo de vida dos segmentos e produtos: principalmente em segmentos onde a tecnologia é fator importante, o ciclo de
vida é um fator que deve ser analisado de perto, com a identificação da fase em que se encontra o produto ou a tecnologia
que suporta o produto – introdução, crescimento, maturidade e declínio.
-
Grau de inovação: produtos muito inovadores tendem a ser absorvidos pelo mercado numa velocidade diferente de
produtos não inovadores, e isto influenciará a estimativa de demanda.
Estas informações permitirão que sejam identificadas oportunidades e ameaças, que se quantifique o mercado a ser abordado, e
que se desenvolvam estratégias de marketing, finanças e operações.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Análise macroambiental
Variáveis políticas
Variáveis econômicas
Informação sobre o mercado,
oportunidades e ameaças
Variáveis legais
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais
Dimensionamento do mercado
Análise ambiente competitivo
Cinco forças competitivas
Conhecimento a respeito dos clientes
Formatação adequada de
produto/serviço
Conhecimento a respeito dos concorrentes
Conhecimento a respeito dos fornecedores
Dimensionamento de
investimento necessário
Ciclo de vida do setor / dos produtos
Grau de inovação
Estratégias e objetivos de
marketing, finanças e
operações
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Análise macroambiental
Empresa
Regime tributário / Localização
Equipe gerencial / Quotas /
Estrutura
O negócio
Operações
A oportunidade
Fluxo operacional
O modelo de negócio
Aspectos estratégicos
Oportunidades e ameaças
Equipe
Pontos Fortes e fracos
Qualificações / treinamentos
Macroambiente
Visão de futuro
Equipamentos
Objetivos para:
Marketing e vendas
Finanças
Operações
Variáveis econômicas:
Empresa
Matéria prima
Taxa de juros
Taxa de câmbio
Crescimento da economia
Produtos
substitutos
Visão de futuro
Processo operacional
Variáveis políticas:
Poder dos
fornecedores
Política monetária
Variáveis ambientais
Produtos / serviços
Consciência da população
Política tributária
Análise
Macroambiental
Fornecedores
Estrutura de poder
Alterações climáticas
Atacadista
Variáveis culturais:
Varejista
Representante
Variáveis legais:
Mudanças de hábitos
Nível de alfabetização
Nível de
rivalidade
Estrutura educacional
Nível de escolaridade
Poder dos clientes
Ambiente
competitivo
Concorrentes
Clientes
Legislação trabalhista,
comercial, tributária,
ambiental, marcas e
patentes
Tendências
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais:
Aquisição tecnológica pelo país
Nível de emprego
Relações trabalhistas
Ciclo de vida
Facilidade de entrada
Consciência de cidadania
Finanças
RECEITA
CUSTOS VARIÁVEIS
Impostos
Matéria prima
Mão-de-obra
Comissões
Fretes
Publicidade
CUSTOS FIXOS
Prólabore
Salários
Encargos
Aluguel
Energia
Telefone
....
RESULTADO
Produtos e serviços
Características
Benefícios
Tecnologia
Ciclo de vida
Impostos
Incentivos governamentais
Velocidade das mudanças tecnológicas
Não clientes
Inovação
Produtos
substitutos
Marketing
Novos entrantes
Mercado
Público alvo
Estratégias de:
Preço: descontos, prazos
Quantos são
Produto: design, embalagem
Potencial de compra
Distribuição: comissões
Segmentação
Divulgação: publicidade
Não clientes
Concorrentes
Fornecedores
O macroambiente é composto de variáveis externas que impactam a atuação da empresa, mas não são impactadas por ela, ou
seja, nada do que a empresa faça ou deixe de fazer influenciará nestas variáveis. Como exemplo, podemos citar as taxas de
juros ou de câmbio: não há nada que a empresa possa fazer para modificá-las.
A análise macroambiental deverá identificar, entre as variáveis do macroambiente onde a empresa está inserida, aspectos
RELEVANTES ao negócio, ou seja, que terão impacto significativo no mesmo, devendo, portanto, serem considerados pelo
empresário em suas decisões.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Como exemplo, podemos citar variáveis econômicas, políticas, culturais e sociais, demográficas, legais e tecnológicas. Esta
classificação é apenas uma sugestão para que possamos identificar melhor os aspetos relevantes ao negócio, gerando
informação a respeito do ambiente no qual vamos nos inserir.
Algumas destas variáveis terão um impacto positivo sobre a organização, gerando OPORTUNIDADES, sendo que outras terão
um impacto negativo, gerando AMEAÇAS. É importante que tais oportunidades e ameaças sejam muito bem descritas e
priorizadas em relação ao seu impacto no negócio: as mais impactantes relacionadas em primeiro lugar, e as menos impactantes
após.
Alguns exemplos estão relacionados na tabela a seguir.
Econômicas
Perspectivas de crescimento
econômico
Conjuntura econômica nacional e
setorial
Política fiscal do governo:
incentivos fiscais e de crédito
Existência ou não de
financiamentos, tendências
Taxas de juros internas,
tendências
Taxas de câmbio
Balança comercial, tendências
Inflação
Tendências salariais do mercado
Exportações importações globais
e setoriais
Conjuntura econômica mundial
Comércio internacional, blocos
econômicos
Distribuição de renda, renda
percapita, tendências
Variações do pib (atividade
primária, secundária. serviços)
Exposição da economia à
concorrência internacional
Fluxo de recursos externos,
tendências
Dívida externa, déficit público
Liquidez do mercado interno,
tendências
Políticas
Planos governamentais e
setoriais
Política salarial do governo
Conjuntura política nacional,
partidos políticos
Política habitacional
Política de privatização
Política de desregulamentação
Política de descentralização
Reformas constitucionais
Política de reforma agrária
Política de
exportação/importação (grau de
abertura da economia)
Políticas industriais e setoriais
(micro, pequena e média
empresas)
Políticas regionais
Políticas de associações de
classe empresariais
Política sindical
Culturais e sociais
Nível de emprego
Poupança, consumo, tendências
Poder aquisitivo da população
Relações sindicais e trabalhistas
Mudanças de hábitos (roupas
leves, esportes)
Novos valores (direitos dos
consumidores, associações de
bairros)
Novas atitudes (independência
individual, novo estilo de
relacionamento)
Imagens da empresa e
empresários
Elevação da consciência de
cidadania (direito à escola,
saúde e de participar)
Aspectos éticos (reações à
elevações de preços, corrupção)
Massificação na comunicação
social
Órgãos formadores de opinião
Disponibilidade de mão de obra
especializada
Preservação do meio ambiente
Alterações climáticas/sazonais
Demográficas
Crescimento demográfico
Expectativa de vida da
população
Nível de urbanização
Distribuição da população
por idade
Migrações
Taxa de crescimento da
população
Legais
Legislação tributária e
fiscal
Legislação trabalhista e
sindical
Legislação ambiental
Legislação referente a
marcas e patentes
Legislação referente a
micro e pequenas
empresas
Tecnológicas
Tecnologia atual e
habilidades requeridas
Parcerias, licenciamento,
transferência ou compra de
tecnologia
Acesso à fontes de
tecnologia
Impacto de novas
tecnologias, novas fontes de
comércio
Treinamento da mão de
obra
Adaptação a novas
tecnologias
Alterações tecnológicas
possíveis
Impacto da escala de
produção para novas
tecnologias
Tabela 1: Variáveis Macroambientais
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- 15 -
Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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O resultado desta análise será uma relação inicial (que será complementada pela análise do ambiente competitivo) das principais
OPORTUNIDADES e AMEAÇAS relevantes ao negócio e priorizadas conforme seu grau de impacto na organização. Estas
oportunidades e ameaças serão levadas em consideração na hora de dimensionar o mercado, principalmente em função de suas
tendências.
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Análise do ambiente competitivo
Empresa
Regime tributário / Localização
Equipe gerencial / Quotas /
Estrutura
O negócio
Operações
A oportunidade
Fluxo operacional
O modelo de negócio
Aspectos estratégicos
Oportunidades e ameaças
Equipe
Pontos Fortes e fracos
Qualificações / treinamentos
Macroambiente
Visão de futuro
Equipamentos
Objetivos para:
Marketing e vendas
Finanças
Operações
Variáveis econômicas:
Empresa
Matéria prima
Taxa de juros
Taxa de câmbio
Crescimento da economia
Produtos
substitutos
Visão de futuro
Processo operacional
Variáveis políticas:
Poder dos
fornecedores
Política monetária
Variáveis ambientais
Produtos / serviços
Consciência da população
Política tributária
Fornecedores
Estrutura de poder
Análise do
ambiente competitivo
Alterações climáticas
Atacadista
Variáveis culturais:
Varejista
Representante
Variáveis legais:
Mudanças de hábitos
Nível de alfabetização
Nível de
rivalidade
Estrutura educacional
Nível de escolaridade
Poder dos clientes
Ambiente
competitivo
Concorrentes
Clientes
Legislação trabalhista,
comercial, tributária,
ambiental, marcas e
patentes
Tendências
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais:
Aquisição tecnológica pelo país
Nível de emprego
Relações trabalhistas
Ciclo de vida
Facilidade de entrada
Consciência de cidadania
Finanças
RECEITA
CUSTOS VARIÁVEIS
Impostos
Matéria prima
Mão-de-obra
Comissões
Fretes
Publicidade
CUSTOS FIXOS
Prólabore
Salários
Encargos
Aluguel
Energia
Telefone
....
RESULTADO
Produtos e serviços
Características
Benefícios
Tecnologia
Ciclo de vida
Impostos
Incentivos governamentais
Velocidade das mudanças tecnológicas
Não clientes
Inovação
Produtos
substitutos
Marketing
Novos entrantes
Mercado
Público alvo
Cinco forças de Porter
Estratégias de:
Preço: descontos, prazos
Quantos são
Produto: design, embalagem
Potencial de compra
Distribuição: comissões
Segmentação
Divulgação: publicidade
Não clientes
Concorrentes
Fornecedores
O ambiente competitivo já apresenta um certo grau de inter-relacionamento, maior ou menor, entre seus atores, que são os
clientes, os concorrentes e os fornecedores. Já pode haver uma reação por parte dos clientes caso haja uma alteração nos
preços dos produtos, por exemplo.
A análise do ambiente competitivo também gera OPORTUNIDADES, ou seja, aspectos externos à empresa que podem favorecer
seu desempenho, e AMEAÇAS, aspectos externos à empresa que podem prejudicar seu desempenho.
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- 17 -
Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Cinco forças Competitivas
As cinco forças competitivas foram conceituadas por Michael Porter, pesquisador que analisa empresas e seu desempenho. Em
seu livro Estratégia Competitiva, ele identifica, a partir de suas pesquisas e análises de centenas de indústrias, a existência de
cinco forças que atuam no ambiente competitivo de uma indústria (o termo, neste caso, refere-se a setor) e que influenciam a
rentabilidades das empresas que atuam nesta indústria. Quanto mais fortes forem estas forças, menor será a rentabilidade do
setor, e é importante que o empresário saiba disso ao ingressar neste segmento. A análise das cinco forças visa identificar a
intensidade de cada uma delas e o impacto das mesmas na empresa, se positivo ou negativo, caracterizando, respectivamente,
oportunidades e ameaças. Esta apresentação da teoria de Porter não visa esgotar o assunto. Caso algum tópico não fique claro,
procure conhece-la mais profundamente.
As forças identificadas por Porter são as seguintes:
•
•
•
•
•
nível de rivalidade dos concorrentes;
poder de negociação dos compradores;
poder de negociação dos fornecedores;
facilidade para entrada de novos concorrentes;
propensão de troca por produtos substitutos.
Nível de rivalidade entre os concorrentes: quanto maior competitividade e disputa por um mesmo mercado, maiores as
concessões e benefícios dados aos clientes pelos vendedores, reduzindo margens. Pode ser identificado através da análise dos
seguintes pontos:
• Concorrentes numerosos ou bem equilibrados: quando as empresas são muitas, muitas ações são realizadas por estas
empresas em busca do mercado, e quando são equilibradas há uma tendência a uma forte disputa por este mercado;
• Crescimento lento da indústria: quando o mercado cresce pouco, a alternativa é avançar no mercado do concorrente,
ao passo que se o mercado cresce muito, pode haver mercado para todos;
• Custos fixos ou de armazenagem altos: a pressão pela cobertura destes custos pode reduzir preços para que se atinja
uma venda mínima necessária a esta cobertura;
• Ausência de diferenciação ou custos de mudança: se o cliente não tem percepção de diferença entre as marcas, há
uma tendência a concorrência intensa em preços;
• Capacidade aumentada em grandes incrementos: se o incremento de capacidade tiver que ser maior do que a
demanda dos períodos imediatos a este incremento, haverá excesso de oferta, pressionando os preços para baixo –
determinadas indústrias tem essa característica, como petroquímica e fertilizantes;
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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•
•
•
Concorrentes divergentes: interesses diferentes em relação a determinados mercados podem gerar preços baixos por
parte de determinados concorrentes – pequenos empresários que aceitam margens mais baixas sem se desfazer do
negócio em comparação com grupos concorrentes que pressionam por margens mais altas;
Grandes interesses estratégicos: determinados concorrentes podem ser mais agressivos em determinados mercados
que sejam foco de suas estratégias maiores, sacrificando suas margens em mercados não prioritários em função
destas estratégias;
Barreiras de saída elevadas: fazem com que as empresas permaneçam em determinados mercados apesar da falta de
interesse nestes mercado:
o ativos especializados: podem ter baixo valor de venda por não serem versáteis;
o custos fixos de saída: custos trabalhistas, por exemplo, podem dificultar a saída de empresas de seu
segmento;
o barreiras emocionais: orgulho, relutância da administração, receio pela saída;
o restrições governamentais e sociais: negativa ou desencorajamento por parte do governo, em função de
desemprego ou efeitos econômicos.
Poder de negociação dos compradores: quanto maior for a pressão dos compradores sobre os vendedores, menores serão os
ganhos dos vendedores. Os pontos a serem analisados são:
• concentração ou compra em grandes volumes: se o comprador adquire grandes volumes, pressionará por preços
menores;
• produtos comprados têm parcela significativa em suas compras ou custos: as empresas monitoram e controlam com
maior rigor seus principais custos;
• produtos comprados são padronizados ou não diferenciados: facilidade de encontrar fornecedores por parte dos
compradores confere-lhes maior poder;
• baixos custos de mudança: mais poder tem o comprador se não se defrontar com custos para mudar de fornecedor;
• têm lucros baixos: pressionam por redução de custos de compras;
• apresentam possibilidade de integração para trás: possibilidade de atuar no nível da cadeia do fornecedor, reduzindo
compras ou deixando de comprar;
• produto não é importante para a qualidade dos produtos do comprador: modificações de produto ou fornecedor não
afetam o produto do comprador;
• comprador tem total informação sobre demanda, preços e custos da cadeia: conhecendo os custos do processo e do
produto, pode pressionar mais por reduções ou negociar melhor eventuais aumentos de preço.
O poder de negociação dos fornecedores: quanto maior for a pressão dos fornecedores sobre os vendedores, menores serão os
ganhos dos vendedores. Os pontos a serem analisados são:
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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•
•
•
•
•
•
poucas empresas ou mais concentrado do que a indústria para a qual vende: fornecedores vendendo para
compradores mais fragmentados tem maior poder de negociação;
não está suscetível a produtos substitutos: sem ameaça de outros produtos, fornecedores tem maior poder;
a indústria para a qual vende não é um segmento importante para o vendedor: caso haja pressão por parte dos
compradores, o fornecedor pode deixar de vender para o segmento sem maiores danos;
o produto é um insumo importante para o comprador: maior poder de negociação ao fornecedor quando o produto
agrega valor ao produto do comprador;
os produtos são diferenciados ou o grupo desenvolveu custos de mudança: maior poder tem o fornecedor caso seja
confrontado com uma situação de negociação;
apresentam possibilidade de integração para a frente: caso haja possibilidade de o fornecedor atuar no segmento do
comprador, isto pode ser utilizado como trunfo em negociações.
A facilidade de entrada no setor de novos concorrentes: quanto mais fácil for entrar num determinado segmento, mais
concorrentes haverá, gerando margens menores. Os pontos a serem analisados são:
• barreiras de entrada
o economias de escala: declínio dos custos unitários na medida em que aumenta o volume por período. Caso
seja necessário um alto volume, pode ser mais difícil para novos atores entrarem num determinado setor;
o diferenciação de produto: marcas identificadas e/ou lealdade por parte dos consumidores podem dificultar a
entrada num determinado setor;
o necessidades de capital: necessidade de altos valores de investimento em equipamentos, pesquisa e
desenvolvimento, estoques ou mesmo crédito ao consumidor podem restringir a entrada de novos
competidores;
o custos de mudança: se os consumidores tiverem custos altos para mudar de fornecedor, isto pode
influenciar na decisão do comprador, mesmo que os preços do novo competidor sejam mais baixos;
o acesso aos canais de distribuição: se os canais de distribuição já estiverem sendo atendidos pelos
competidores tradicionais, pode haver a necessidade de descontos para utilizar os mesmos canais por parte
dos novos entrantes – gôndolas de supermercados, por exemplo;
o desvantagens de custo independentes de escala:
• tecnologia patenteada: competidores tradicionais do setor detêm a patente ou segredo industrial;
• acesso favorável às matérias-primas: mineração ou água, por exemplo;
• localizações favoráveis: os competidores tradicionais ocuparam localizações favoráveis antes de o
mercado marcar o preço desta localização;
• subsídios oficiais: podem dar vantagens duradouras durante sua vigência;
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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•
• curva de aprendizagem ou de experiência: pode reduzir custos ao longo do tempo em que esta
experiência é adquirida, o que confere desvantagem a quem ainda precisa adquiri-la;
o políticas governamentais: exigências legais em setores como a saúde podem impor tempos de espera que
aumentam os custos para entrada no segmento, bem como tornam públicos os planos dos novos entrantes;
retaliações previstas: setores em que há tradicionalmente retaliações, em que as empresas estabelecidas tem
excedente de caixa, capacidade de produção suficiente para demandas futuras, ativos específicos para aquele
segmento e crescimento lento da indústria são mais propensos a desencadear retaliações fortes por parte dos
competidores já estabelecidos no setor.
A propensão de troca por produtos substitutos: definida pelos seguintes aspectos:
• Desempenho de seu preço relativo: quanto menores forem os preços dos produtos substitutos com desempenho
equivalente, maior será a possibilidade de troca;
• Custos de mudança: baixos custos de mudança geram maior pressão por parte de substitutos;
• Produzidos por indústrias com lucros altos: capacidade de reduzir preço por parte da indústria produtora.
Conhecimento específico a respeito dos clientes
O conhecimento a respeito dos clientes é fundamental para que se estruture e identifique estratégias de atuação no sentido de
dimensioná-los e atingi-los. A análise dos clientes é um dos pontos vitais, pois só o profundo conhecimento do cliente e suas
motivações permite que uma empresa tenha sucesso na quantificação e penetração do mercado escolhido.
Entre as informações necessárias sobre os clientes estão: que uso dão ao produto (e quais suas expectativas), onde usam,
quando usam, por que usam, quanto usam, quem usa (perfil sócio-econômico e demográfico), como usam, quais os critérios de
escolha do produto, quais necessidades são atendidas e quais não são.
Outro aspecto importante é a segmentação. Ela pode facilitar o dimensionamento de mercado, direcionar a comunicação e
auxiliar na definição dos canais de distribuição, além de balizar as estratégias de marketing para atender aos segmentos que a
empresa pretende atingir.
Segundo David Aaker, em seu Administração Estratégica de Mercado, em um contexto estratégico, segmentação significa a
identificação de grupos de clientes que respondem diferentemente de outros às ofertas competitivas. A necessidade de
segmentar é poder conversar com um grupo de clientes como se estivesse falando com cada um. A partir do momento em que se
identificam características relevantes em comum entre um grupo de consumidores, se pode, a partir dessa unidade, atender
melhor, se comunicar melhor e, mais importante, traçar uma estratégia única para atender ao segmento. Importante lembrar que
a segmentação só deve ser feita se se busca o que os clientes tem em comum, e não o que tem de diferente. Muitas vezes, em
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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uma visão equivocada, as empresas segmentam em função das diferenças e ao invés de poder atender ao segmento de maneira
única, criam vários grupos diferentes e dispersam esforços para atendê-los.
A segmentação é estruturada a partir da análise dos consumidores segundo diferentes variáveis, buscando os elementos em
comum. Centenas de variáveis podem ser analisadas e muitas vezes inúmeras delas podem ser usadas com sucesso. As
variáveis podem ser não relacionadas ao produto (variáveis demográficas, geográficas, psicográficas, segmento de empresa,
porte de empresa, tipo de empresa, regulamentação de setores das empresas, normatizações do setor, etc) ou relacionadas ao
produto (benefícios, tipo de uso ou aplicação, fidelidade à marca, sensibilidade ao preço).
Os fatores que deverão ser considerados para se reunir informações relevantes sobre clientes são (além das mencionadas no
primeiro parágrafo deste item):
• Segmentação de mercado (detalhes na página 35 – capítulo Dimensionamento de mercado)
• Potencial de crescimento do segmento
• Regulamentações governamentais e tendências futuras,
• Sensibilidade a preço
• Hábitos de compras
• Adaptação à novas tecnologias
• Necessidade de inovação freqüente
• Capacidade e disposição para atuar no segmento da empresa que o atende
• Fidelidade às marcas
• Exigências de tratamento diferenciado / personalizado
• Receptividade à produtos substitutos / resistência à inovações
• Valor que dá à qualidade e ao desempenho dos produtos
• Poder de associações de classe
• Capacidade financeira
• Flexibilidade na administração de pedidos / contratos
• Localização e concentração
• Perfil dos clientes mais importantes responsáveis pela maior parte do faturamento
• O que valorizam nos produtos em relação à suas necessidades
• Planos futuros
• Opiniões quanto aos fornecedores finais ou intermediários
• Os porquês dos não clientes
• Quais os tomadores de decisão
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Importante que nem sempre é possível obter todas as informações mencionadas. O que não pode ocorrer é que a decisão de
atuar num determinado mercado seja tomada com base em informações superficiais de mercado.
Não clientes
Interessante também identificar e analisar os não-clientes. Quanto mais inovador for o segmento no qual a empresa trabalha,
maior o universo de não-clientes. É interessante perceber que o não-cliente muitas vezes não sabe que é um cliente em
potencial, e não é capaz de identificar suas possibilidades de uso sozinho. Exemplo disso é o clássico caso do walkman, que em
pesquisa de pré-lançamento foi rechaçado pelos clientes, que responderam que não comprariam aquele produto.
Uma forma de análise dos não clientes é localizar diferentes motivações e necessidades não atendidas assim como
possibilidades de uso de um determinado produto. A partir daí, identificar os grupos de consumidores em potencial, verificando os
pontos em comum valorizados pelos não clientes.
Outra questão, conforme Carlos Bizzotto menciona em seu livro Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores, é que
devemos ter claro que os não clientes valorizam características diferentes daquelas valorizadas pelos clientes. Não podemos
esquecer que expectativas de qualidade do produto, sofisticação e grau de aperfeiçoamento devem ser revistos, pois não clientes
podem, e provavelmente terão, expectativas e necessidades diferentes dos clientes (muitas vezes aceitando e esperando um
produto de qualidade inferior por estar em um estágio diferente de evolução como consumidor daquele tipo de produto).
Mais detalhes a respeito de não clientes na página 37, capítulo Dimensionamento de mercado.
Conhecimento específico a respeito dos concorrentes
A análise dos concorrentes se dá através do conhecimento profundo de cada um deles e de como se posicionam no mercado. A
forma como o mercado se organiza, com poucos e grandes concorrentes, ou com muitos e pequenos são informações
importantes. Devemos fazer um completo levantamento dos principais concorrentes – aqueles que somados representam uma
parcela significativa do mercado - levando em consideração não apenas seus produtos e serviços como também a empresa em
si, sua cultura e sua forma de organização.
Precisamos levar em consideração que concorrentes não são apenas aqueles que oferecem produtos similares aos nossos, mas
também os que ofertam produtos substitutos e os concorrentes potenciais. Produtos substitutos são aqueles que, ao serem
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utilizados, substituem o que ofertamos, embora não sejam iguais (cinema e teatro são um exemplo). Já os concorrentes
potenciais são aqueles que, embora neste momento não atuem em nosso mercado, têm possibilidade de vir a atuar.
Segundo David Aaker, em Administração Estratégica de Mercado, algumas possibilidades de movimentos de empresas
concorrentes que podem vir a influenciar nosso mercado são: expansão de mercado (geográfica – quando empresas que operam
em outras regiões ou países passam a atuar também na nossa), expansão de produto (empresas que operam em outros
produtos da mesma cadeia e ampliam sua linha – exemplo: fabricante de pranchas de surf que passe a licenciar roupas de surf),
integração para trás (clientes com uma grande demanda por determinado produto que acabam produzindo-o – exemplo:
fabricante de móveis com grande volume de frete que substitui a contratação de transportadora e compra seus próprios
caminhões, assumindo o serviço), integração para a frente (fornecedores que, em busca de maiores margens, desenvolvem
novos negócios – exemplo: grandes fabricantes de eletrodomésticos que abrem lojas de varejo), exportação de ativos e
competências (pequenos concorrentes com pontos fracos críticos que, por possuir alguma expertise, são comprados por
multinacionais ou empresas de outros segmentos com capacidade de resolver estes pontos fracos), retaliação ou estratégia
defensiva (quando empresas que se sintam ameaçadas em seus mercados podem entrar em novos mercados com o objetivo de
limitar o acesso de concorrentes ao seu mercado principal).
David Aaker sugere que se identifique a concorrência com base em grupos estratégicos. Segundo o autor, um grupo estratégico
é um conjunto de empresas que:
• Com o tempo adota estratégias competitivas similares (canais de distribuição, estratégias ou canais de comunicação,
posição de preço/qualidade)
• Tem características similares (tamanho, agressividade, etc)
• Tem atrativos e competências similares (associações de marca, capacidade logística, presença global, pesquisa e
desenvolvimento, etc)
Esta forma de classificação facilita muito a análise de mercados com grande número de concorrentes.
Como em todas as análises de mercado, na análise da concorrência, o objetivo é entender o mais profundamente possível os
concorrentes, a ponto de saber não só suas estratégias, grau de agressividade e seu comportamento no mercado, mas até
prever seu comportamento futuro. Políticas da empresa nos diversos setores, objetivos e comprometimento, cultura da
organização, estratégias, perspectivas, pontos fracos e fortes, cadeia de decisão dentro da empresa, perfil de decisão, políticas
de pesquisa e desenvolvimento e produção, alianças nacionais e internacionais, imagem junto aos concorrentes, fornecedores e
clientes, posicionamento de mercado, lucratividade, tamanho e crescimento, barreiras de saída, carteira de produtos, ritmo de
desenvolvimento de novos produtos, características de produtos, políticas de preço, comunicação e promoção, cadeia de
distribuição e, no caso de empresas de biotecnologia, acesso e domínio da tecnologia e matérias primas. O conhecimento dos
concorrentes, com atualização constante das características mais relevantes deve fazer com que possamos identificar por que as
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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empresas são bem ou mal sucedidas, de que maneira atraem e mantém seus clientes e de que maneira podemos ampliar nossas
vantagens competitivas neste mercado.
Os fatores que deverão ser considerados para se reunir informações relevantes sobre os concorrentes são:
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Quem são
Quantos são
Ranking dos concorrentes
Imagem no mercado junto a clientes
Participação no mercado por produto
Produtos, linhas de produtos, qualidade dos produtos
Faturamento, margens praticadas, lucratividade;
Previsões de faturamento e resultados
Estrutura de capital
Política de marketing / publicidade
Métodos de distribuição
Localização (inclusive de filiais)
Nível, qualidade e organização da mão-de-obra
Capacidade gerencial
Prazos praticados
Capacidade de inovação
Política de atendimento ao cliente
Valor agregado / agregação de valor ao cliente
Política de preços, crédito ao consumidor / distribuidor
Tecnologias utilizadas
Investimento em p&d
Poder de barganha dos concorrentes
Reações da concorrência (rápida, predatória)
Pós venda
Assistência técnica
Mercados alvo
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Conhecimento específico a respeito dos fornecedores
A análise dos fornecedores é importante para o dimensionamento do mercado na medida em que a oferta de matéria-prima pode
limitar o fornecimento e a produção. Conhecer a disponibilidade e capacidade dos fornecedores é fundamental no planejamento
do negócio.
Alguns itens devem ser particularmente observados:
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Quem são / quantos são
Importância do volume para o fornecedor
Disponibilidade de produção
Preços / crédito
Perfil/capacidade de negociação
Localização
Política de qualidade
Preocupação e adaptação de novas tecnologias
Adaptabilidade a inovações/modificações
Atendimento ao cliente
Transporte / prazo
Atuação de associações de classe
Possibilidade de integração para a frente
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Ciclo de vida dos produtos e/ou do setor
Ciclo de vida
dos produtos e/ou do setor
Bizzotto, Carlos Eduardo Negrão – Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores, 2008
Existem produtos que mantém suas características básicas ao longo de um determinado tempo, outros não, seja por sofrerem
alterações significativas, seja por não mais encontrarem espaço no mercado. O vídeo cassete, por exemplo, esteve presente no
mercado do final da década de 70 até meados dos anos 2000. Já o DVD, surgido no início dos anos 2000, está com os dias
contados: o blue-ray já está avançando sobre o seu mercado. O blue-ray, por sua vez, talvez já esteja condenado, com o
surgimento do disco holográfico. Como a tecnologia vem avançando a passos largos, é provável que a vida dos produtos desta
área tenham ciclos cada vez menores. Por outro lado, o tempo necessário para que o consumidor, mesmo retardatário (vide
próximo capítulo – Inovação) aceite uma novidade é cada vez menor...
A identificação da etapa do ciclo de vida dos produtos ou serviços e/ou do setor em que se vai atuar é importante de ser
considerada quando do dimensionamento de um mercado em função da expectativa de comercialização deste produto ou neste
setor. Caso se esteja dimensionando um produto/setor que esteja na etapa de maturidade, deverá se considerar que a próxima
etapa é o declínio, e que o mercado para este produto deverá ter sua demanda reduzida. Isto em tese, pois o mercado poderá ter
nichos em que a demanda continue atraente por muitos anos ainda. Como exemplo, podemos citar as máquinas de escrever:
produto em etapa de declínio, mas que ainda possui nichos com demanda, como regiões sem energia ou onde o custo ou a
praticidade não comportem computadores e impressoras, mas onde seja necessário a elaboração de documentos formais. O
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Brasil, a África e vários países possuem muitos exemplos de casos que se enquadram nesta situação, como regiões de fronteira
na selva, por exemplo.
A concepção de ciclo de vida define quatro etapas que toda indústria ou produto passa, desde seu início de vida até o seu final:
introdução, crescimento, maturidade e declínio.
Bruno Rocha Fernandes, em seu Administração Estratégica: da Competência Empreendedora à Avaliação de Desempenho,
comenta as características das etapas:
Introdução: mercado pequeno, poucos concorrentes, necessidade de difundir o uso do produto. Exigência de cuidados com a
qualidade e necessidade de altos custos em marketing, pois os compradores devem ser convencidos a testar o produto e, de
maneira geral, são de alta renda. São os chamados “desenvolvedores“. A exigência de cuidados com a qualidade pode não se
traduzir em qualidade efetivamente, podendo haver falta de padronização e variações no produto. O projeto do produto é chave
para o desenvolvimento. Os custos de produção são altos, com pequenos lotes. Há supercapacidade. Pode haver necessidade
de se criar canais especializados. Alto conteúdo de mão de obra especializada.
Crescimento: mercado em desenvolvimento e também a concorrência, sendo importante crescer mais do que ela. Há a
ampliação do grupo de compradores, que poderão aceitar a qualidade irregular, mas confiabilidade é básica em produtos
complexos. Aprimoramento competitivo do produto. Custos em marketing com publicidade continuam altos. Demanda maior do
que a oferta (capacidade menor do que a demanda). Mudança para produção em massa. Foco na participação de mercado,
aumento de escala e criação de barreiras de entrada aos novos entrantes.
Maturidade: mercado de massa, podendo ocorrer saturação, com repetição de compra. Preços e margens menores. Muitas
marcas. A qualidade já é superior, com menor diferenciação técnica e de desempenho. Aperfeiçoamento competitivo do produto.
Boa qualidade. Esforços para ampliar o ciclo de vida são realizados. A capacidade de produção está entre ótima e saturada
(demanda igual à oferta). Processo de fabricação estável, com grandes lotes de fabricação e técnicas estáveis e com mão-deobra menos especializada. Foco na redução de custos e no incremento de serviços. Canais de distribuição reduzem linhas para
melhorar margens.
Declínio: mercado saturado, com evidentes sinais de diminuição de demanda. Foco na identificação de clientes e canais de
distribuição específicos. Gastos em marketing/publicidade mais baixos. Há supercapacidade e produção em massa, porém em
queda.
A duração de cada etapa depende, fundamentalmente, da tecnologia existente e do perfil do consumidor. Quanto menor a
tecnologia e mais conservador o perfil do consumidor, mais duradoura tende a ser a curva. É importante lembrar que todos os
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fatores que interferem na existência de um produto interferem no seu ciclo de vida. Normas governamentais e exigências
sanitárias podem acelerar fortemente qualquer uma das fases de um produto.
Ao contrário das pessoas, que não têm alternativa em relação à última etapa, as empresas e/ou produtos podem transformar a
etapa de declínio em nova etapa de introdução, pela reinvenção de si próprias ou de seus produtos.
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Inovação
Inovação
Bizzotto, Carlos Eduardo Negrão – Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores, 2008
Importante atentar, quando tratamos de produtos inovadores, para a velocidade de absorção do produto pelo mercado. Conforme
menciona Bizzoto (2008), Everett Rogers (1995) propõe que a evolução no número de pessoas que adotam uma dada inovação
tende a seguir uma curva normal, como demonstrado acima.
Costa, Plonsky e Sbragia citam em seu artigo A Influência da Cultura no Consumo de Serviços Automatizados o modelo de
Geoffrey Moore que descreve:
Inovadores: são os primeiros clientes em tudo o que é novo. Comprometidos com a tecnologia, sentem prazer em dominar suas
complexidades pelo simples fato de explorá-las. São aquelas pessoas que, em casa ou no trabalho, são assediadas quando é
preciso fazer algum novo equipamento funcionar. Querem ter acesso à última palavra em inovação. Não costumam ter dinheiro,
mas são extremamente influenciadores de opiniões.
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Adeptos Iniciais: são revolucionários dispostos a usar a descontinuidade de qualquer inovação com expectativas de obterem
vantagem competitiva assim. Formam um grupo bastante importante para a alta tecnologia, por ser o primeiro grupo capaz de
trazer dinheiro para a empresa fornecedora desta tecnologia. A diferença básica entre os inovadores e os adeptos iniciais é que
aqueles querem explorar enquanto os últimos querem aproveitar a inovação.
Maioria Inicial: não amam a tecnologia em si, como os inovadores e os adeptos iniciais, procurando adotar inovações somente
quando comprovada a utilidade da mesma, referenciada por pessoas em que confiam. Preferem evolução à revolução em termos
de novos produtos. O risco é algo negativo, não sendo visto como oportunidade e entusiasmo como pelos primeiros dois grupos
adotantes.
Maioria tardia: só investem em tecnologia quando são obrigados pelas circunstâncias, quando a alternativa é serem deixados
muito para trás. Céticos e exigentes, são muito sensíveis a preços. Não estão dispostos a pagar por serviços extras. São contra
inovações descontínuas, têm um pouco de medo da tecnologia, investem somente no final do ciclo de vida tecnológico do
produto. Gostam de comprar “pacotes”; querem que os produtos sejam como refrigeradores (plug and play)
Retardatários: combatem a alta tecnologia e os entusiastas de novos produtos e serviços. Só consomem um produto diferente
(não é o caso de falar em novo produto aqui) quando não há mais outra alternativa.
A velocidade de adesão a um novo produto é vital para a análise de mercado, pois afeta total e completamente as previsões de
inserção do produto em questão no mercado. Quando fazemos avaliações e previsões de ocupação de mercado potencial,
precisamos levar a velocidade de adesão em conta, para trabalhar em bases factíveis. Em outras palavras: mesmo que nossas
ações de marketing e vendas sejam altamente adequadas e bem sucedidas, há um tempo necessário para que o consumidor
absorva a idéia e experimente. Este tempo é variável e vem diminuído nas últimas décadas, especialmente entre os 3 primeiros
grupos: inovadores, adeptos iniciais e maioria inicial. Com a cada vez maior presença de novidades na vida das pessoas, este
tempo de adesão deve continuar a diminuir.
Ainda de acordo com Bizzotto (citando Geoffrey Moore em Crossing the Chasm: Marketing and Selling High-tech Products to
Mainstream Costumers), o grande desafio é conquistar a maioria inicial e tardia, a maior fatia do mercado de produtos
inovadores.
Bizzotto também cita uma das estratégias para vencer o abismo e conquistar a maioria inicial: definir um nicho bem específico e
partir da sua conquista para outros nichos próximos.
Para trabalharmos a conquista dos diferentes grupos e segmentos, devemos ter sempre em mente o ciclo de duração de uma
tecnologia. Há uma necessidade de aprimoração tecnológica constante dos atributos dos produtos e dos serviços para manter
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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clientes e conquistar novos. Na figura abaixo temos a “Curva S”, que mostra que o desempenho de uma mesma tecnologia
tende a se estagnar com o tempo. Só a apresentação ao mercado de inovações periódicas pode iniciar um novo ciclo de
crescimento.
È importante levar em consideração que cada segmento e tecnologia tem seu ciclo, que deve ser entendido para que se possa
atingir o melhor desempenho em relação aos esforços de desenvolvimento e marketing capazes de lançar as novas tecnologias,
iniciando novo ciclo de crescimento.
Bizzotto, Carlos Eduardo Negrão – Plano de Negócios para Empreendimentos Inovadores, 2008
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Dimensionamento de mercado
DIMENSIONAMENTO DE
MERCADO
Empresa
Regime tributário / Localização
Equipe gerencial / Quotas /
Estrutura
O negócio
Operações
A oportunidade
Fluxo operacional
O modelo de negócio
Aspectos estratégicos
Oportunidades e ameaças
Equipe
Pontos Fortes e fracos
Qualificações / treinamentos
Macroambiente
Visão de futuro
Equipamentos
Objetivos para:
Marketing e vendas
Finanças
Operações
Variáveis econômicas:
Empresa
Taxa de juros
Matéria prima
Taxa de câmbio
Crescimento da economia
Produtos
substitutos
Visão de futuro
Processo operacional
Variáveis políticas:
Poder dos
fornecedores
Política monetária
Variáveis ambientais
Produtos / serviços
Consciência da população
Política tributária
Fornecedores
Estrutura de poder
Alterações climáticas
Atacadista
Variáveis culturais:
Varejista
Representante
Variáveis legais:
Mudanças de hábitos
Nível de alfabetização
Nível de
rivalidade
Estrutura educacional
Nível de escolaridade
Poder dos clientes
Ambiente
competitivo
Concorrentes
Clientes
Legislação trabalhista,
comercial, tributária,
ambiental, marcas e
patentes
Tendências
Variáveis tecnológicas
Variáveis sociais:
Aquisição tecnológica pelo país
Nível de emprego
Relações trabalhistas
Ciclo de vida
Facilidade de entrada
Consciência de cidadania
Finanças
RECEITA
CUSTOS VARIÁVEIS
Impostos
Matéria prima
Mão-de-obra
Comissões
Fretes
Publicidade
CUSTOS FIXOS
Prólabore
Salários
Encargos
Aluguel
Energia
Telefone
Produtos e ser
Características
Benefícios
Tecnologia
Ciclo de vida
Impostos
Incentivos governamentais
Velocidade das mudanças tecnológicas
Não clientes
Inovação
Produtos
substitutos
Marketing
Novos entrantes
Mercado
Público alvo
Cinco forças de Porter
Estratégias de:
Preço: descontos, prazos
Quantos são
Produto: design, embalagem
Potencial de compra
Distribuição: comissões
Segmentação
Divulgação: publicidade
Não clientes
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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Dimensionar o mercado é estabelecer a dimensão, ou o tamanho, do mercado em que se vai atuar. É estimar uma faixa de
demanda para o mercado. É formar uma idéia, embasada em dados e com procedimentos lógicos, do potencial de consumo dos
produtos e serviços que se vai oferecer ao mercado.
Objetivos do dimensionamento de mercado:
1. identificar o tamanho do mercado e seu potencial
2. determinar uma previsão de vendas embasada em dados de mercado
3. dimensionar capacidade produtiva
4. dimensionar rede de distribuição
5. definir os recursos necessários para ações de marketing
6. estimar a posição da empresa em relação aos concorrentes
Segundo Kotler (1988), “Potencial total de mercado é a quantia máxima de vendas em unidades ou valor monetário que pode ser
estimada ou avaliada para todas as empresas de um setor de atividade durante certo período de tempo sob um dado nível de
esforço de marketing do setor e em dadas condições ambientais”.
Demanda de mercado para um determinado produto é o volume total que seria comprado por um grupo definido de
consumidores numa área geográfica definida num período de tempo definido num ambiente de marketing definido sob um
programa de marketing definido.
O potencial de mercado é o limite a que tende a demanda de mercado, na medida em que o esforço de marketing da indústria
tende ao infinito, para determinado ambiente. Ou seja, apenas no infinito a curva de demanda resultante do esforço de marketing
será igual ao potencial de consumo de mercado. Por mais abrangente e bem sucedido que seja o esforço de marketing, ele não
será suficiente para convencer todas as pessoas do mercado a consumirem todas as marcas de uma dada categoria de produto.
Como os dois conceitos são bastante parecidos, causando uma certa confusão, deve-se observar que o objetivo do
dimensionamento de mercado é o de identificar a demanda potencial do mercado, pois a preocupação se dá em relação ao
potencial de compra, ou seja, de demanda.
Podemos resumir os conceitos da seguinte maneira:
•
•
•
Mercado Potencial: Conjunto de consumidores que apresentam um suficiente nível de interesse por uma oferta de mercado
Mercado Disponível: Conjunto de consumidores que têm interesse, renda e acesso a uma oferta específica de mercado
Mercado Pretendido: Parcela do mercado disponível em que a empresa decide se qualificar
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Roteiro para análise e dimensionamento de mercado
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No sentido de identificarmos o mercado disponível, que é o que nos interessa, deveremos:
•
•
•
•
definir o mercado a ser dimensionado;
definir e segmentar o público alvo, ou seja, identificar um comportamento semelhante para o público que será analisado;
observar os não-clientes, ou seja, aqueles que não são clientes mas apresentam necessidades não atendidas;
quantificar o mercado a partir dos métodos apresentados no item “Métodos para dimensionamento de mercado”.
Analisando mais detalhadamente cada um dos processos:
Definir o mercado:
A primeira relação que fazemos ao definir um mercado é com produtos relacionados ao mesmo, ou com o produto que vamos
produzir ou comercializar. Mas devemos também levar em consideração os benefícios esperados pelo cliente, a utilização dos
produtos pelos clientes, os produtos substitutos e os produtos concorrentes. Esta análise poderá identificar que o mercado a ser
dimensionado é mais amplo do que o mercado formado apenas pelos consumidores do produto em si.
Além disso, é interessante levar em consideração as características de homogeneidade dos mercados.
Kotler descreve os mercados conforme sua homogeneidade em:
1. Mercados homogêneos: em que os compradores têm comportamentos semelhantes em relação às suas necessidades de
compra e interesses. Gera oferta de produtos bastante semelhantes entre si;
2. Mercados heterogêneos: em que os compradores têm comportamentos diferentes em relação às suas necessidades de
compra e interesses, formando grupos, os segmentos de mercado.
Gera ofertas de três tipos:
• apenas um produto, na esperança de que o maior número de consumidores o adquira,
• um produto específico para as características de um segmento específico,
• diversas versões de produtos, cada uma específica para um determinado segmento.
Definir e segmentar público alvo:
A segmentação de mercado consiste na subdivisão de um mercado em subconjuntos distintos de clientes conforme suas
necessidades ou desejos ou atitudes e predisposições em relação às ofertas de mercado, com o objetivo de compreender
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melhor o público alvo e trabalhá-lo de modo diferente e personalizado. Implica na identificação e classificação de grupos
distintos de compradores que apresentem comportamentos de compra relativamente semelhantes.
As principais variáveis de segmentação para produtos de consumo são:
Geográfica:
• região: sul, norte, centro-oeste, montanhosa, praia, serra
• município: por tamanho do município, por número de habitantes, tipo de colonização
• densidade: urbana, rural
• clima: seco, úmido, quente, frio
Demográfica:
• idade: faixas etárias
• sexo: masculino, feminino
• tamanho da família: por número de participantes
• renda: por faixas de renda
• profissão: por tipos de profissão – economista, biólogo, veterinário
• instrução: por nível de instrução – fundamental, médio, superior, pós-graduação
• religião: católica, protestante, judaica, muçulmana
• raça: branca, negra, oriental, parda, mestiço,
• nacionalidade: país de nascimento
Psicográfica
• estilo de vida: por características que definam suas atitudes e preferências em relação ao estilo de vida – esportista,
surfista, sedentários, conservador,
• personalidade: impulsivo, compulsivo, sociável, introspectivo
• benefícios procurados: economia, conveniência, prestígio
• status de usuário: não-usuário, ex-usuário, principiante, usuário potencial, usuário regular, esporádico
• intensidade de uso: usuário pequeno, médio, grande
• status de lealdade: nenhuma, média, forte
• estágio de propensão: informado, alheio, interessado, intenção de comprar
• sensibilidade ao fator de marketing: qualidade, preço, serviço, propaganda
As principais variáveis de segmentação para produtos industriais são:
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Demográficos
• Setor de atividades industriais: metal-mecânico, coureiro-calçadista, bebidas, massas e pães
• Tamanho da empresa: porte definido por faturamento, número de funcionários
• Localização: região de localização, central, sul, norte, serra
Operacionais
• Tecnologia utilizada: tipo de tecnologia – GSM, CDMA, contínua, batelada, lotes
• Status do comprador ou usuário: usuário potencial, usuário regular, esporádico
• Capacidade de compra ou de uso: alta, baixa ou média capacidade de compra ou de utilização
Compra
• Organização das compras na empresa: compras centralizadas (poucos clientes) ou descentralizadas (muitos clientes)
• Estrutura de poder: como se dá a decisão de compra, níveis decisórios
• Natureza dos relacionamentos: duradouros, esporádicos, eventuais
• Política geral de compras: licitação, convite, propostas
• Critérios de compras: em função de preço, qualidade, durabilidade
Situacionais
• Urgência pra o uso: de uso urgente, ou não
• Aplicação: única, várias utilizações
• Tamanho do pedido: pequeno, médio, grande
Vários dos critérios mencionados poderão ser utilizados para segmentar o público-alvo. Exemplo: o foco de uma determinada
empresa pode ser empresas do setor metal-mecânico, localizadas na serra gaúcha, de faturamento acima de 10 milhões/ano,
que utiliza tecnologia de produção em batelada, utilização regular tendo como requisito principal a qualidade, e não o preço.
Observar os não clientes
Interessante o enfoque dado por Bizzotto (2008) em relação aos não-clientes, no sentido de se observar também o público que
não está consumindo ou que não está satisfeito com as soluções oferecidas atualmente, mas que apresenta uma relação com as
necessidades que serão atendidas pelo negócio.
Bizzotto (2008) menciona que Kim e Mauborgne classificam os não clientes em três níveis.
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Os de primeiro nível, denominados “quase-convertidos” são aqueles que usam os produtos, mas buscam uma solução melhor por
não estarem totalmente satisfeitos.
Os não clientes de segundo nível são aqueles que não querem ou não podem consumir os produtos e serviços atuais, sendo
suas necessidades atendidas por uma solução alternativa ou não atendidas.
Os não clientes de terceiro nível são os “inexplorados”, aqueles que não foram considerados nem almejados por qualquer
participante do mercado.
A validade da proposta está na consideração, principalmente, dos não-clientes de segundo e terceiro nível, uma vez que os de
primeiro nível são considerados clientes.
A inclusão dos não-clientes amplia o foco de abrangência do negócio e do mercado.
Quantificar o mercado - Métodos para dimensionamento de mercado
Após a segmentação de mercado e a observação dos aspectos relacionados aos não-clientes, é possível se iniciar a
quantificação do mercado.
Kotler (1988) menciona alguns métodos para isso:
Para identificação do Potencial total de mercado:
Método das séries em cadeia: partindo-se da população total, aplica-se os percentuais de segmentação como
renda, classe social, grau de escolaridade, e percentuais de consumo e de despesas com o bem ou serviço em
questão até que se tenha uma estimativa de demanda para o produto ou serviço.
Exemplo 1 – Kotler (1988):
Demanda por nova cerveja dietética = população x renda pessoal per capita x porcentagem média da renda gasta
com alimentação x porcentagem média das despesas de alimentação feitas com bebidas x porcentagem média das
despesas com bebidas feitas com bebidas alcoólicas x porcentagem média das despesas com bebidas alcoólicas
feitas com cerveja x porcentagem média das despesas com cerveja que se estima ser empregada em cerveja
dietética.
Exemplo 2 – Cobra (2003):
Demanda por assinatura de jornal = número de habitantes da região x percentual de alfabetizados x percentual com
poder de compra x valor da assinatura anual x quantidade de assinaturas por pessoa = 10.000.000 x 0,7 x 0,5 x 100
X 1 = R$ 350.000.000
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Exemplo 3 – IECBiot:
Potencial de mercado brasileiro para células competentes, material utilizado em transformações genéticas:
1. identificação de pesquisadores que realizem transformações genéticas. Pesquisa junto à plataforma Lattes de
currículos que mencionam as palavras-chave “clonagem” e “molecular” = 1836
2. destes, 185, ou aproximadamente 10%, foram analisados quanto à efetiva realização de transformações
genéticas, sendo que 141 realmente efetuam tais transformações, o que significa 76% da população (141/185).
Esta proporção foi aplicada ao número de pesquisadores identificados, afinando o número de pesquisadores
que realizam transformações genéticas: 1836 x 0,76 = 1395
3. considerou-se que, em média, são realizadas 6 transformações por ano, por pesquisador: 1395 x 6 = 8.370
4. considerou-se que são necessárias 3 tentativas de transformação para cada sucesso, em média: 8.370 x 3 =
25.110 transformações genéticas que utilizam células competentes no Brasil.
Para identificação de Potencial de mercados regionais:
Método da construção de mercado: Adequado ao mercado de bens industriais, em que os compradores são
passíveis de identificação. Consiste na identificação de todos os compradores potenciais e do potencial de compra
de cada um deles. Listagens de associações e entidades de classe e de outras instituições que reúnam informações
sobre empresas compradoras devem ser utilizadas. A estimativa de consumo poderá ser realizada a partir de
alguma característica que indique o grau de demanda, como faturamento, número de funcionários, número de filiais
e número de peças produzidas.
Exemplo 1 (Kotler): fabricante de tornos industriais médios para madeira. Identificação dos estabelecimentos que
trabalham com madeira de uma determinada região, através de catálogo telefônico ou de entidades de classe.
Estabelecimento de uma relação entre o número de empregados ou o faturamento e o número de tornos que uma
empresa deste porte necessita.
Exemplo 2 IECBiot:
Potencial de mercado para remediador biológico. Uma das aplicações do remediador biológico é no tratamento de
efluentes de empresas de alimentos, sendo um dos principais segmentos o dos frigoríficos. A metodologia utilizada
para identificação do potencial de mercado foi identificar, num primeiro momento, os frigoríficos localizados no Rio
Grande do Sul, através do cadastro da Fiergs – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul. Para
estimar a demanda por remediador biológico de cada um deles, em função da inexistência de outros dados que
pudessem auxiliar nesta definição, foi utilizado o número de funcionários, como indicador do porte da empresa. A
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partir do número de empresas com determinado número de funcionários, estimou-se um volume de dejetos e, a
partir daí estimou-se o volume de demanda pelo produto para cada empresa.
Método de índices direto: adequado às indústrias de bens de consumo. Consiste em fazer uma relação direta
entre um determinado fator e o potencial de mercado. Exemplo: (1) consumo de medicamentos como função direta
da população e (2) consumo de ração para frangos como função direta da população de frangos do Brasil.
Método de índices de fatores múltiplos: também adequado às indústrias de bens de consumo. Caso a relação
direta entre apenas um fator não seja a adequada, pode ser utilizado um conjunto de fatores ponderados. Exemplo:
consumo de medicamentos como função da renda, vendas à varejo e população.
Além destes métodos matemáticos, Kotler (1988) menciona outras maneiras de se estimar a demanda de mercado, voltadas,
principalmente, para demanda futura:
Levantamento de intenção dos compradores a partir de pesquisa direta: identificação de uma amostragem de
compradores, seja de consumidores industriais, seja de consumidores de bens de consumo, que responderão a um
questionário para que se identifique o interesse dos mesmos em relação aos produtos. É preciso filtrar muito bem
esta informação, principalmente no caso de produtos e serviços inovadores, pois muitas coisas que não existem não
são identificadas pelos consumidores, ou seja, os consumidores não sabem que podem querer – vide o caso do
walkman, da Sony e os telefones celulares.
Estimativa da força de vendas da empresa: reunião da equipe de vendas da empresa para elaboração da
estimativa de demanda. É preciso cuidado também nesta análise, pois a equipe de vendas pode ser tendenciosa ou
descuidada em suas projeções. As opiniões deverão ser embasadas.
Opinião de especialistas: reunião de especialistas externos através dos seguintes métodos:
Discussão em grupo: reunião de especialistas com o intuito de formar uma opinião do grupo.
Combinação de estimativas individuais: as opiniões são emitidas individualmente e um responsável pelo
projeto as compila e analisa.
Técnica Delphi: as opiniões de um grupo selecionado de especialistas, que não sabem quem forma o grupo,
são emitidas individualmente, revisadas pelo responsável pelo projeto e distribuídas novamente aos
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especialistas para que tenham a oportunidade de rever suas opiniões, iniciando um novo ciclo. Pode ser
reapresentado até seis vezes aos especialistas.
Método do teste de mercado: realização de testes antes de se colocar o produto à venda em seus canais
previamente definidos, utilizando-se de mercados teste para avaliação prévia do comportamento do consumidor.
Implica haver disponibilidade dos produtos em condições mínimas de comercialização.
Kotler (1988) ainda sugere outras duas maneiras, mais sofisticadas e de difícil aplicação por empresas nascentes ou de pequeno
porte, mas que são utilizadas, principalmente por grandes empresas. São mencionadas aqui apenas a título de conhecimento:
Análise de séries cronológicas: utilizado nos mercados em que os fatores de demanda permanecem estáveis com
o tempo. Análise da demanda passada em função de seu comportamento através do tempo, através de quatro
grandes componentes temporais: tendência – análise de consistência que visa identificar tendências de
desempenho de vendas com o cuidado de observar se tais tendências não se configuram como fruto do acaso;
ciclo – observação de existência de ciclos de demanda ao longo do tempo; sazonalidade – análise das vendas
com o intuito de observação da influência das estações do ano no desempenho das vendas; acontecimentos
erráticos – identificação da influência de fatores imprevisíveis no comportamento das vendas de determinado
produto. Neste caso existem procedimentos estatísticos de decomposição de séries históricas separando-se as
forças sistemáticas subjacentes das erráticas, mas isto não será comentado aqui. Deve-se observar o cuidado de
não realizar uma extrapolação mecânica das séries, observando-se cuidadosamente os aspectos citados. O
comportamento das vendas passadas pode ser uma fonte de consulta, mas não se deve embasar uma projeção de
vendas unicamente em séries históricas.
Análise estatística de demanda: utilizado em mercados em que os fatores de demanda não permanecem estáveis
com o tempo. Visa identificar, estatisticamente, uma relação direta entre fatores de demanda e vendas. Os fatores
mais comumente analisados são preço, renda, população e propaganda. O procedimento consiste em expressar as
vendas como uma variável dependente e tentar explicar as variações de vendas como um resultado da variação em
um número de variáveis independentes da demanda. Neste caso, assim como no anterior, existem procedimentos
estatísticos que não serão abordados aqui.
Em se tratando de indústrias e/ou empresas nascentes, na prática, o que ocorre é uma combinação de todos os métodos
apresentados. Usualmente, em empresas com poucos recursos, métodos mais complexos e caros não são utilizados, como o
método do teste de mercado, análise de séries cronológicas e análise estatística de demanda.
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Mesmo em indústrias já estabelecidas em muitos casos a dificuldade no dimensionamento do mercado é grande. Um exemplo a
ser considerado é o do mercado privado de vacinas no Brasil, realizado pelo ministro José Gomes Temporão em artigo
publicado no Cadernos de Saúde Pública (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000500011).
“A caracterização desse universo, ainda que de modo aproximado, só foi possível por meio das
entrevistas realizadas com o principal distribuidor de vacinas do país e com um dos maiores
fabricantes mundiais. A entrevista realizada com aquela que é considerada a maior distribuidora de
vacinas do país, a Express, detentora de 60% do mercado de distribuição, permitiu uma primeira
aproximação a esse universo.
Consulta ao seu cadastro de pontos de venda permitiu sua delimitação aproximada. A empresa possui
cerca de 3.800 pontos de venda ativos, assim distribuídos: 380 clínicas de vacinação, 1.900
consultórios médicos, 380 hospitais e 1.140 empresas (W. Grasso, entrevista).
A projeção desses dados para o universo de unidades envolvidas no mercado leva à estimativa de um
total de 600 clínicas, 3 mil consultórios, 600 hospitais e cerca de 2 mil empresas que realizam
rotineiramente atividades de imunização em seus funcionários. Ou seja, cerca de 6.200 pontos de
vendas.”
Outro exemplo a ser considerado é o da demanda de remediador biológico para cama de aviários para matrizes destinadas à
produção de ovos no Brasil. Trata-se de um produto biológico que compete com bactérias patogênicas reduzindo sua população
na cama de aviário e reduzindo as doenças das aves, fazendo com que tenham melhores condições de vida e, portanto, de
produção de ovos. Em publicações especializadas, identificou-se que existiam 80 milhões de matrizes para ovos em 2008 no
Brasil. Cada 10 aves dispõem, aproximadamente, de uma área de 10 m2. São necessários 0,001 litro por m2 em 2 aplicações
mensais para uma ação satisfatória do produto. Desta maneira, o mercado potencial anual do produto é de 192.000 quilos por
ano (80.000.000 /10 x 0,001 x 24).
Considerando-se que não são todos os criadores que se dispõem a utilizar novas metodologias, é necessário considerar que
apenas uma parte deste mercado potencial formará o mercado disponível. Aí entram os métodos não matemáticos, como a
opinião de especialistas, da força de vendas e a pesquisa direta, a ser aplicada sobre uma amostra de clientes potenciais com o
intuito de se identificar sua intenção de compra. Identificado o percentual da amostra que tem intenção de compra e aplicado
sobre o mercado potencial, temos uma estimativa do mercado disponível.
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Estabelecer estimativas iniciais, ainda que sejam estimativas e iniciais, ainda é uma alternativa muito
superior a não se ter idéia alguma a respeito de seu mercado de atuação.
Na medida em que o conhecimento sobre o mercado é ampliado através de sua análise constante e consistente, o
dimensionamento deste mercado também se torna mais consistente.
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Apêndice - Ferramentas auxiliares
Pesquisa de mercado
Muitas vezes as empresas necessitam obter informações de maneira direta, conforme mencionado no decorrer deste trabalho –
as chamadas fontes primárias.
Uma pesquisa de mercado é a elaboração, coleta análise e edição de relatórios de dados e descobertas relevantes sobre uma
situação específica enfrentada por uma empresa. Visa obter informação objetiva sobre o processo de comercialização de um
produto/serviço, através de entrevistas com empresários, executivos, técnicos do setor e fornecedores ou levantamentos junto
aos clientes (amostra), a fim de que a empresa possa tomar decisões com um menor grau de incerteza.Visa descrever a
realidade, através de hipóteses a serem testadas, e podem ser qualitativas ou quantitativas.
1. qualitativas: fornecem informações descritivas, explicativas e não numéricas. São realizadas através de entrevistas em
profundidade, exploratórias ou de discussões em grupo. Os principais tipos são:
a. estudos motivacionais: explica o que motiva a compra dos produtos/serviços visando entender os mecanismos
psicológicos que levam o consumidor a optar por determinados produtos/serviços e o que estes devem ter para
serem escolhidos;
b. estudos de imagem: visa identificar a impressão que as pessoas têm de um produto/serviço, de uma marca ou de
uma empresa, como positiva ou negativa.
2. quantitativas: fornecem resultados numéricos e quantitativos, na forma de quantidades, proporções e percentagens. São
realizadas através de entrevistas pessoais, telefônicas, por correio ou auto-preenchíveis através de um questionário a ser
preenchido objetivamente. Os principais tipos são:
a. pesquisa de vendas: utilizada para verificar a comercialização de produtos e identificar problemas de distribuição,
calcular estoques, fazer ajustes à produção;
b. pesquisa de consumidor: serve para analisar e conhecer as características, atitudes, reações e preferências do
consumidor quanto à produtos e serviços, com o intuito de desenvolver e adequar o produto/serviço às
necessidades e expectativas do consumidor.
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c. pesquisa de produto/serviço: serve par analisar como o produto/serviço está sendo aceito no mercado quanto às
suas características, embalagem, qualidade, necessidades de adequações e desenvolvimento;
d. pesquisa de propaganda: permite verificar o efeito da propaganda e auxiliar no seu direcionamento, sendo utilizada
para controlar a influência da propaganda sobre o consumidor e sua eficácia em relação aos objetivos propostos;
e. pesquisa de concorrência: serve para verificar os produtos/serviços oferecidos pela concorrência em relação à
qualidade, preço, vendas, aceitação pelo consumidor.
Obedece aos seguintes passos:
1. definição do problema
2. desenvolvimento do plano de pesquisa
3. implementação do plano de pesquisa
a. coleta das informações
b. análise das informações
4. tabulação e apresentação dos resultados
Amostragem
Amostras probabilísticas: utilização dos conceitos de estatística, com igual (e diferente de zero) probabilidade de serem
escolhidos para a amostra:
1. simples: escolha aleatória dos elementos que farão parte da amostra
2. estratificada: quando há necessidade de subdividir a população em estratos homogêneos, como por exemplo classe
social, sexo, etc. Determinados os estratos, os elementos da amostra são selecionados pela técnica probabilística
simples;
3. sistemática: quando há necessidade de se excluir a influência que elementos próximos exercem uns sobre os outros,
como vizinhos, por exemplo. A amostra é definida aleatoriamente com intervalo definido entre os elementos
4. por conglomerado: exige a utilização de mapas detalhados de regiões e estados para a seleção da amostra, com a
subdivisão da área a ser pesquisada por bairros, quarteirões e domicílios, que serão sorteados para composição dos
elementos da amostra, e a pesquisa será realizada de forma sistemática, para que não haja interferência nas
informações.
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Amostras não probabilísticas: selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, conforme sua experiência e objetivos do
estudo, não utilizando conceitos estatísticos. Não permitem a generalização dos resultados para a população, pois não garantem
sua representatividade.
Podem ser compostas por:
a. pessoas que estão ao alcance do pesquisador;
b. pessoas selecionadas conforme um critério de julgamento que tem por base o que se acredita que o elemento
selecionado posa fornecer ao estudo, como por exemplo usuários e não usuários do produto;
c. pessoas que se identifiquem em alguns aspectos com o universo, como faixa etária, sexo ou renda, ou uma
combinação específica de todos estes fatores.
Tamanho da amostra
A tabela a seguir apresenta o tamanho da amostra que deve ser pesquisada para que se obtenha resultados aplicáveis à
população, para um nível de confiança de 95%, válida para distribuições normais.
Nível de confiança: expressa a idéia da representatividade da amostra em relação à população, em percentual. Estatisticamente,
o intervalo de média +/- 2 desvios padrão, contém aproximadamente 95% das observações amostrais. Este nível de segurança é
geralmente utilizado em pesquisas.
Erro amostral: proporção dos elementos da amostra que estará fora dos resultados previstos. Variação, para mais ou para
menos, nos resultados obtidos. O erro amostral identifica o quanto os resultados de uma pesquisa podem variar. Um erro
amostral de 5% mostra que os percentuais de respostas obtidas (também chamados de “freqüências”) podem variar para mais
5% ou menos 5%. Exemplo: Pesquisa com pessoas de 40 anos de idade. Para que a pesquisa seja considerada válida, apenas
5% dos entrevistado poderão ter idades diferentes (39 ou 41 anos por exemplo).
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Tamanho da amostra para nível de confiança de 95%
Tamanho
Erro amostral Erro amostral Erro amostral
da
+/- 3%
+/- 5%
+/- 10%
População
100
92
80
49
250
203
152
70
500
341
217
81
750
441
254
85
1.000
516
278
88
2.500
748
333
93
5.000
880
357
94
10.000
964
370
95
25.000
1.023
378
96
50.000
1.045
381
96
100.000
1.056
383
96
1.000.000
1.066
384
96
100.000.000
1.067
384
96
Adaptado de Iniciando um Pequeno Grande Negócio – IGPN: Sebrae
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Questionário
Não á um modelo ideal de questionário em relação ao conteúdo ou número de perguntas. Cada projeto exige criatividade e
formas adequadas na formulação de perguntas cujas respostas atendam todos os objetivos propostos.
Um questionário geralmente é composto por:
b. dados demográficos servem para avaliar se o entrevistado realmente pertence ao grupo que você pretende
entrevistar (sexo, escolaridade, renda, etc.);
c. dados objetivos: compostos por informações relevantes ao projeto;
d. dados de checagem: servem para identificar o entrevistado caso seja necessário.
Um questionário pode ser:
a. quanto à sua forma:
estruturado: quando é formado por uma seqüência lógica de perguntas que não podem ser modificadas nem
conter inserções do entrevistador, mais utilizado em pesquisas quantitativas,
não estruturado – aí denominado roteiro – em que pode haver inserção de perguntas por parte do entrevistador,
conforme o andamento da entrevista ou do interesse no tópico em questão, sendo utilizado em pesquisas
qualitativas.
a. quanto ao seu conteúdo:
não disfarçado: quando os objetivos da pesquisa estão explícitos no questionário;
disfarçado: quando, por motivos estratégicos, os objetivos não ficam claros para o entrevistado.
c. quanto às perguntas:
fechadas: são fornecidas as respostas ao entrevistado, podendo ser escolha simples ou múltipla;
abertas: o entrevistado responde livremente o que pensa;
d. quanto às escalas:
nominal: atribuem nomes ou números às variáveis pesquisadas.
Ex. ( ) de 10 a 20 ( ) de 21 a 30
ordinal: atribuem um sentido de ordem às variáveis pesquisadas.
Ex. ( ) muito ( ) regular ( ) pouco
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de intervalo ou de razão: atribuem valores numéricos às variáveis, permitindo fazer uma medição das respostas
dos entrevistados.
Ex. ( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5
Alguns pontos devem ser observados na estruturação de um questionário:
1. listar todos os aspectos importantes do projeto e verificar se as perguntas formuladas estão voltadas aos objetivos do
mesmo
2. observar a linguagem dos entrevistados
3. simular as possíveis respostas para cada pergunta a fim de verificar se não há ambigüidades ou falta de alternativas e se
as respostas são realmente úteis ao projeto
4. não fazer perguntas embaraçosas
5. não exigir cálculos
6. não invocar passado distante
7. não incluir perguntas que já contenham respostas
8. não incluir mais de um assunto na mesma pergunta – separe em duas
9. utilizar palavras simples para evitar problemas de compreensão
10. definir perguntas curtas. Caso sejam muito longas, separar em duas
11. não fazer questionários muito longos
12. não permitr que perguntas anteriores influenciem perguntas posteriores
13. o entrevistador deve ser educado e paciente.
Avaliação dos resultados
A avaliação dos resultados visa responder ás questões formuladas na etapa 1. definição do problema, que originou a
necessidade da pesquisa. Consiste em duas etapas:
a. tabulação dos resultados e observação da freqüência com que cada resposta aparece, identificando-se assim a
freqüência relativa da resposta.
b. análise dos dados tabulados, em forma de texto ou tópicos, com as conclusões a respeito da freqüência dos mesmos.
A análise dos dados fornecerá elementos para decisões conscientes com base em informações de mercado, e não meramente
intuitivas.
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Bibliografia
Aaker, David A.: Administração estratégica de Mercado – Porto Alegre: Bookman, 2007
Bizzoto, Carlos Eduardo Negrão: Plano de Negócios para empreendimentos inovadores – São Paulo: Atlas, 2008
Chiavenato, Idalberto: Administração de vendas: uma abordagem introdutória – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005
Cobra, Marcos: Consultoria em Marketing Manual do Consultor – São Paulo: Cobra, 2003
Costa, Plonsky e Sbragia: A Influência da Cultura no Consumo de Serviços Automatizados, IV SemeAd, 1999.
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