Visualização do documento ECG basico_SBC. I-Conceitos basicos.doc (87 KB) Baixar 3 Comissão de Eletrocardiografia da SBC. Curso básico de ECG I. Conceitos Básicos Para interpretar o ECG é preciso conhecer como se processa a formação e a condução da atividade elétrica cardíaca. A. Formação da Atividade Elétrica Cardíaca. Existem 03 grupos de células marcapasso no coração que podem comandar naturalmente o ritmo cardíaco (Figura 1): 1. 2. Nó sinusal (NSA): geralmente é o grupo de células marcapasso que comanda o ritmo cardíaco pois impõe a maior freqüência (60 a 100 bpm). Nó Atrio-ventricular (NAV): é capaz de formar impulsos com freqüência em torno de 50 bpm. 3. His-Purkinje: é capaz de formar impulsos com freqüência em torno de 35 bpm. Figura 1 - Os três grupos de células marcapasso do coração e suas freqüências de disparo. B. Condução da Atividade Elétrica Cardíaca. Os impulsos gerados pelo marcapasso dominante, em geral o NSA, caminham pelo coração por vias de condução preferencial, permitindo uma rápida ativação elétrica de todo o miocárdio. A sequência de ativação do coração pode ser didaticamente dividida em duas partes (Figura 2): 1. Ativação Atrial: Corresponde à onda P do ECG 2. Ativação Ventricular: Corresponde ao complexo QRS do ECG. Figura 2 - Ciclo elétrico do coração, ilustrando as seqüências de ativação dos átrios e dos ventrículos. 1. A Ativação Atrial O NSA fica localizado na junção da V. Cava Superior com o átrio direito. Como é ele o marcapasso que gera impulsos com a maior freqüência, geralmente temos como ritmo predominante o ritmo sinusal. Os impulsos gerados pelo NSA ativam os átrios por vias preferenciais (feixes internodais) até atingirem o NAV. Como o NSA fica localizado à direita, a sequência de ativação atrial fica assim configurada: 1º) Ativação atrial direita: corresponde à primeira porção da onda P. 2º) Ativação atrial esquerda: corresponde à segunda porção da onda P. Após atingir o NAV, o impulso elétrico sofre um retardo fisiológico na condução, denominado condução decremental, e só então alcança o feixe de His. 2. A Ativação Ventricular A onda de ativação elétrica passa pelo feixe de His, localizado no septo interventricular, e se espalha pelos seus dois ramos principais (direito e esquerdo). O ramo esquerdo ainda se divide em 03 divisões (divisão ântero-superior, divisão ântero-medial e divisão póstero-inferior); que também participam do sistema preferencial de condução. A ativação ventricular pelo sistema de condução produz um QRS estreito (< 0,12s). A seqüência de ativação ventricular pode ser didaticamente dividida em 03 partes: 1a) Ativação do septo interventricular: corresponde à onda Q do complexo QRS. 2a) Ativação das paredes livres dos ventrículos: corresponde à onda R do complexo QRS. 3a) Ativação das porções basais dos ventrículos: corresponde à onda S do complexo QRS. ECG é portanto, o registro da seqüência de ativação elétrica do coração. Esquematicamente temos: Seqüência de Ativação do Coração Correspondência Eletrocardiográfica 1. Ativação Atrial Direita Onda P (1ª Porção) 2.Ativação Atrial Esquerda Onda P (2ª Porção) ATIVAÇÃO ATRIAL NAV - HIS Intervalo PR ATIVAÇÃO VENTRICULAR 1.Ativação Septal Onda Q 2.Ativação das Paredes Livres Onda R 3.Ativação das Porções Basais Onda S Se você quiser saber mais... O potencial de ação (PA):O PA caracteriza a sístole elétrica do coração, e é classificado em dois tipos: Tipo resposta rápida: possui 05 fases e é característico das fibras de Purkinje. FASE 0: é a fase de ascensão do PA; ocorre devido a um grande influxo de Na por abertura de canais voltagem-dependentes. FASE 1: é a fase inicial da repolarização rápida; resulta em uma espícula devido ao término brusco da fase 0; há um efluxo transitório de K. FASE 2: é a fase de platô; momento onde o efluxo de K contrabalança o influxo de Na e Ca. FASE 3: é a fase terminal da repolarização rápida; é promovida por efluxo de K tempo-dependente. FASE 4: é a fase de repouso (diástole elétrica), onde as células permanecem com o potencial de repouso estável até serem ativadas por um impulso propagado. Tipo resposta lenta: característico das células marcapasso do coração. Exemplo: NSA. FASE O: fase de ascensão mediada por um influxo lento de Ca e Na. FASE 4: em tipos celulares tais como no NSA, NAV e His-Purkinje, o potencial de repouso não se mantém estável. Há uma despolarização gradual, fenômeno denominado despolarização diastólica da fase 4, o que confere a propriedade de automatismo. Teste seus Conhecimentos 1) Quais as células que mantêm a freqüência cardíaca entre 60-100 bpm? 2) Onde se dá o retardo fisiológico da condução elétrica dentro do sistema de condução? 3) O que corresponde no ECG ao fenômeno da ativação vetricular? 4) Embora a onda P seja monofásica, qual região anatômica correspondem a sua 1ª e 2ª posição? 5) A presença da onda T representa que momento da ativação elétrica do coração? Arquivo da conta: helio.gesialdo1 Outros arquivos desta pasta: 2005_(Pereira-Neves)_Parasitologia_Humana_11ed.pdf (38590 KB) Anestesiologia SAESP (livro inteiro).zip (24516 KB) 007-a(2).jpg (343 KB) 040.jpg (459 KB) 043.jpg (1869 KB) Outros arquivos desta conta: Galeria Privada Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br