SISTEMAS IMUNE E LINFÁTICO SISTEMA IMUNE A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra os microorganismos infecciosos. No entanto, exerce também outras funções: “limpeza” do organismo retirada de células mortas; renovação de determinadas estruturas; rejeição de enxertos; memória imunológica; destruição de células alteradas, que surgem como resultado de mitoses anormais se não forem destruídas, podem dar origem a tumores. não reação ao próprio. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) SISTEMA IMUNE Imunidade: reação a substâncias estranhas, incluindo microorganismos, bem como macromoléculas (proteínas e polissacarídeos), independentemente das conseqüências fisiológicas ou patológicas dessa reação. Imunologia: estudo da imunidade e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem após o organismo encontrar microorganismos ou outras moléculas estranhas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Linhas de Combate do Sistema Imune RESPOSTA INESPECÍFICA (IMUNIDADE INATA) Primeira linha de combate Segunda linha de combate Barreiras Naturais Inflamação 1- Pele e mucosas 2- Secreções 3- Flora natural 4- Peristaltismo 1- Células fagocitárias 2- Substâncias antimicrobianas 3- Complemento 4- Altas temperaturas Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) RESPOSTA ESPECÍFICA (IMUNIDADE ADQUIRIDA) Terceira linha de combate 1- Anticorpos 2- Resposta imune celular SISTEMA IMUNE IMUNIDADE INATA OU NATURAL mecanismos existem antes da infecção proteínas do complemento fagócitos, células NK ADQUIRIDA OU ESPECÍFICA respostas rápidas reagem sempre do mesmo modo sem memória especificidade estimulados pela exposição a agentes específicos anticorpos para estruturas ~ de microorganismos Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) linfócitos e seus produtos aumentam a capacidade defensiva a cada espoosição memória imunológica especificidade para antígenos microbianos Imunidade inata Proporciona as linhas iniciais de defesa contra os microorganismos. Componentes: 1- epitélios (pele e mucosas) e substâncias antimicrobianas produzidas nas superfícies epiteliais; 2- células fagocitárias neutrófilos e macrófagos; Neutrófilo Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade inata Componentes: 3- células matadoras naturais (NK – Natural Killer); 4- proteínas do sangue sistema complemento e outros mediadores de inflamação; 5- citocinas proteínas que regulam a hematopoiese (geração de células do sangue) e coordenam muitas das atividades das células da imunidade inata. Os mecanismos são estimulados por estruturas que são comuns a grupos de microorganismos relacionados podem não distinguir diferenças sutis entre as substâncias estranhas. A resposta imune inata estimula as respostas imunes adquiridas e influencia a natureza dessas respostas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Hematopoiese Imunidade inata 1- Barreiras naturais: pele, saliva, ácido clorídrico do estômago, pH da vagina, cera da orelha externa, muco presente nas mucosas, cílios do epitélio respiratório, peristaltismo, flora normal etc. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade inata 2- Inflamação Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade Adquirida Mecanismos mais altamente evoluídos estimulados pela exposição aos agentes infecciosos aumentam a capacidade defensiva a cada exposição sucessiva a um microorganismo em particular. Componentes: linfócitos e seus produtos. Antígenos: substâncias estranhas que induzem respostas específicas ou são alvo dessas respostas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade Inata e Adquirida Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade Inata e Adquirida A resposta imune adquirida utiliza muitos mecanismos efetores da imunidade inata para eliminar os microorganismos. As respostas da imunidade adquirida facilitam e melhoram a imunidade natural. Características da Imunidade Inata e da Adquirida INATA ADQUIRIDA Especificidade Para estruturas compartilhadas por grupos de microorganismos relacionados Para antígenos microbianos e não microbianos Diversidade Limitada Muito grande Memória Nenhuma Sim Não reação ao próprio Sim Sim Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Componentes da Imunidade Inata e da Adquirida INATA ADQUIRIDA Barreiras físicas e químicas Pele, epitélio das mucosas, substâncias químicas antimicrobianas Linfócitos nos epitélios, anticorpos secretados nas superfícies epiteliais Proteínas sangüíneas Complemento Anticorpos (Imunoglobulinas) Células Fagócitos (macrófagos, neutrófilos), células NK Linfócitos Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Tipos de Respostas Imunes Adquiridas RESPOSTAS IMUNES ADQUIRIDAS IMUNIDADE HUMORAL IMUNIDADE CELULAR Linfócitos B Mediada por linfócitos T Mediada por anticorpos Contra microorganismos extracelulares e suas toxinas Contra microorganismos intracelulares Podem ativar diferentes mecanismos efetores Facilitam a fagocitose Desencadeiam a liberação de mediadores inflamatórios Mastócitos Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Destruição e lise das células infectadas Tipos de Respostas Imunes Adquiridas Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Imunidade Ativa e Passiva Imunidade ativa: conferida pela resposta do hospedeiro a um antígeno. Imunidade passiva: conferida pela transferência adotiva de anticorpos ou linfócitos T específicos para determinado antígeno. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Principais aspectos das Respostas Imunes Adquiridas Especificidade: assegura que diferentes microorganismos provoquem resposta específica. Diversidade: possibilita ao sistema imune responder a uma grande variedade de microorganismos. Memória: induz respostas aumentadas às repetidas exposições ao mesmo microorganismo. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Principais aspectos das Respostas Imunes Adquiridas Especialização ou sensibilização: gera respostas que são ótimas para a defesa contra diferentes tipos de microorganismos. Autolimitação: permite ao sistema imune responder a microorganismos recém-encontrados. Não-reatividade ao próprio: evita dano ao hospedeiro durante as respostas aos microorganismos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Especificidade, Memória e Autolimitação das Respostas Imunes Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Componentes Celulares do Sistema Imune Adquirido Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Macrófagos e apresentação de antígenos Depois de fagocitar um microorganismo invasor, os macrófagos apresentam amostras de seus antígenos aos linfócitos T auxiliares. Estes, por sua vez, alertam outros tipos de linfócitos, que combatem os invasores. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Anticorpos e Resposta Imune Humoral Classes de Anticorpos Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Fases das Respostas Imunes Adquiridas Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) 1- Reconhecimento dos Antígenos Hipótese da Seleção Clonal Todo indivíduo possui numerosos linfócitos derivados clonalmente. Cada clone origina-se de um precursor único e é capaz de reconhecer e responder a um determinante antigênico distinto. Quando o antígeno entra, seleciona um clone específico pré-existente, ativando-o. 2- Ativação dos linfócitos Requer dois sinais distintos Hipótese da dupla sinalização: 1- antígeno; 2- produtos microbianos ou componentes das respostas imunes inatas aos microorganismos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Fases das Respostas dos linfócitos Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) SISTEMA LINFÁTICO CAPILARES Sistema paralelo ao circulatório, LINFÁTICOS constituído por uma vasta rede de capilares e vasos semelhantes às veias VASOS (vasos linfáticos), que se distribuem por LINFÁTICOS todo o corpo. LINFONODOS Recolhe o líquido tissular que não (filtram a linfa) retornou aos capilares sangüíneos (linfa), filtrando-o e reconduzindo-o à DUCTO TORÁCICO circulação sangüínea. É constituído pela linfa, vasos e órgãos VEIA CAVA linfáticos. SUPERIOR Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) SISTEMA LINFÁTICO Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) SISTEMA LINFÁTICO Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) LINFA Líquido que circula pelos vasos linfáticos 3 ou 4 litros diários. Composição: semelhante à do sangue: não possui hemácias; glóbulos brancos 99% linfócitos no sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. Contém restos celulares e outros detritos ou substâncias estranhas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Vasos Linfáticos Originam-se de pequenos capilares linfáticos, situados ao lado dos capilares sangüíneos. São extremamente porosos grandes partículas podem entrar e ser transportadas. Em vários pontos ao longo dos vasos linfáticos a linfa atravessa os gânglios linfáticos: filtração de partículas; captura e digestão de bactérias. ÓRGÃOS LINFÁTICOS Gânglios linfáticos (linfonodos ou nódulos linfáticos), adenóides, tonsilas palatinas (amígdalas), apêndice, placas de Peyer, baço e timo. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Gânglios Linfáticos (Linfonodos) Pequenos agregados nodulares de tecido rico em linfócitos situados ao longo dos vasos linfáticos por todo o corpo inflamação = íngua. São os sítios onde são iniciadas as respostas imunes adquiridas aos antígenos protéicos transportados pela linfa produtores de linfócitos e anticorpos. Gânglios Linfáticos (Linfonodos) São de tamanho variável e se encontram distribuídos por todo o organismo. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Gânglios Linfáticos (Linfonodos) Em algumas regiões agrupam-se formando conjuntos mesentério, região pré-vertebral, pescoço, virilha, axilas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Gânglios Linfáticos (Linfonodos) Seqüência de eventos nas respostas imunes in vivo. Tonsilas Palatinas e Adenóides Em certas zonas do organismo, o tecido linfático se localiza sob superfícies mucosas agregados numa forma distinta dos gânglios linfáticos orofaringe (tonsilas palatinas), nasofaringe (adenóides), placas de Peyer do intestino delgado e apêndice. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Sistema Imune das Mucosas Células M (membranosas): células epiteliais especializadas localizadas abaixo das placas de Peyer carecem de vilosidades, são ativamente pinocíticas e transportam macromoléculas do lúmen intestinal para os tecidos sub-epiteliais importante papel na liberação de antígenos às placas de Peyer não funcionam como apresentadoras de antígenos. Baço Órgão linfático excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa obrigatoriamente pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue envelhecidas (eritrócitos e leucócitos) e plaquetas já desgastadas . Principal local das respostas imunes aos antígenos transportados pelo sangue considerado por alguns cientistas como um grande nódulo linfático. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Baço Principal local para a fagocitose de microorganismos opsonizados (revestidos por anticorpos) indivíduos sem baço são extremamente sensíveis a bactérias encapsuladas. Polpa branca: cerca as arteríolas linfócitos e macrófagos. Polpa vermelha: capilares sinusóides grande número de eritrócitos, macrófagos, células dendríticas, linfócitos esparsos e plasmócitos fagocitose de eritrócitos envelhecidos, restos celulares, glóbulos brancos e plaquetas gastas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Timo Órgão bilobulado situado no mediastino anterior. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Timo Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Timo Cada lobo é dividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos: córtex externo linfócitos T em grande densidade. medula interna: esparsamente povoada por linfócitos; corpúsculos de Hassal espirais empacotadas de células epiteliais. Timo Dispersas por todo o timo células epiteliais nãolinfóides, macrófagos e células dendríticas mielóides (derivadas da medula óssea) e linfóides (derivadas de precursores de linfócitos T). Células dendríticas Mais desenvolvido no período pré-natal involui desde o nascimento até a puberdade. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br) Timo Sítio de maturação dos linfócitos T inicia no córtex linfócitos migram para a medula. Somente os linfócitos T maduros saem do timo e entram no sangue e nos tecidos linfóides periféricos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.afh.bio.br)