LOJA VIRTUAL DE ROUPAS MASCULINAS: COM BASE EM

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LOJA VIRTUAL DE ROUPAS MASCULINAS:
COM BASE EM CASES DE SUCESSO
Juliana Vilanova Gois – [email protected]
Universidade Federal de Sergipe, Engenharia de Produção
49027010 – Aracaju - Sergipe
Resumo: Para a criação de uma loja seja qual for seu segmento, é necessário que o mercado ao qual essa loja
será inserida seja pesquisado, o público ou possíveis consumidores sejam estudados, para saber quais são as
reais necessidades e o que poderia ser oferecido de diferente para se obter a satisfação dessas pessoas. Quando
essas duas importantes questões são pesquisadas o posicionamento que essa loja terá tem que ser decidido, pois
esse fator será determinante para que o preço e principalmente o valor agregado seja percebido pelo público,
por fim nós decidiremos como divulgar essa loja, de uma forma eficiente que atinja o posicionamento correto, se
mostre frente as outras lojas existentes no mercado e em especial que alcance o público-alvo.
Uma loja de roupas masculinas virtual, que tivesse o diferencial de ter aspectos culturais e de criação
sergipana foi o objeto de estudo. Escolhemos o mercado sergipano para análise, as classes A, B e C como o
público-alvo e o posicionamento de loja de alto padrão avaliando qual a melhor comunicação para esse tipo de
loja. Todas as análises partem de “cases” de lojas de sucesso, para isso selecionamos lojas virtuais e não
virtuais famosas do Brasil, que conseguiram alcançar o sucesso junto ao público consumidor.
Palavras-chave: Mercado; Posicionamento; Comunicação; Público-alvo.
1.
INTRODUÇÃO
Na criação de qualquer negócio o mercado tem que ser avaliado, para que possa ser realizado
o planejamento estratégico, sendo o mesmo um processo gerencial, que envolve técnicas e
atitudes administrativas e que permite o estabelecimento de objetivos e metas, geralmente de
longo prazo, mensurando as ameaças e oportunidades, pontos fracos e pontos fortes da
empresa. No presente estudo o mercado sergipano é o alvo da análise.
Verifica-se que as marcas sergipanas são mais comuns do que o grande público conhece, um
exemplo disso é a estratégia inovadora da marca “Vibonatti” que foi uma das percussoras
neste ramo. Com roupas masculinas, a “Vibonatti” apostou em se transformar em uma marca
“estrangeira”. Conhecendo o público de Sergipe, famoso por optar e valorizar produtos e
serviços vindos de fora do estado, a marca apostou em um nome de origem estrangeira, uma
marca que é uma fiel representação da bandeira da Itália e em uma campanha de lançamento
da marca que fazia lembrar catálogos de revistas famosas, como também desenvolvendo a
ideia que uma marca internacional estava chegando ao estado. Mesmo sendo uma loja do
interior de Sergipe ela adotou por muito tempo a estratégia de não divulgar seu local de
origem para o seu público em suas campanhas. Hoje em dia essas marcas se multiplicam a
cada dia, seja no interior ou mesmo na capital. Em Aracaju com o crescimento acelerado da
cidade e a expansão das galerias, os empresários apostam na abertura de diversas lojas em
vários segmentos diferentes.
Associado a esse crescimento, encontramos o comércio eletrônico, sendo que o mesmo ainda
é um passo no desconhecido para vários desses empresários, que tem suas experiências
profissionais baseadas no modelo mais antigo de negócios, aquele em que o vendedor
conhece o seu cliente, sabe dos seus gostos e sente a necessidade de ter o contato pessoal e o
“olho no olho” para concretizar suas vendas. Porém, com o avanço da tecnologia, esses
empresários podem perder o cliente que busca agilidade, comodidade e praticidade ao
comprar um produto sem nem mesmo sair de casa. Esse nicho de mercado foi percebido por
sites de compras como: MercadoLivre e Submarino, pioneiros em vendas online e que já
conquistaram a confiança de suas usuários.
Atualmente aumenta o número de pessoas que utilizam a internet para se comunicar, acessar
suas contas no banco, fazer pequenas coisas e claro, efetuar compras. O mundo de
possibilidades da internet é a base do sucesso de sites como o Netshoes, site especializados
em vendas de roupas esportivas de várias marcas no meio online. A Netshoes, assim como os
sites mais antigos se utilizou das mídias convencionais como televisão, para divulgar seus
serviços e facilidades para quem utiliza a internet e para quem irá acessá-la pela primeira vez.
Quando acessam o site os usuários se deparam com várias opções de modelos, cores,
tamanhos e depois que efetuam a compra, ocorre rapidez na entrega do produto.
Segundo Basso o comércio eletrônico é o instrumento pelo qual se realizam todas as
atividades comerciais realizadas através de processamento e transmissão de dados digitais e se
revela como uma necessidade no mundo contemporâneo onde às notícias são transmitidas de
um país a outro numa fração de segundos e os negócios são realizados além das fronteiras
nacionais, levando o mercado a adotar novas técnicas para a sedução de consumidores.
O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional, tem passado por profundas
mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente relacionadas com a
Tecnologia da Informação (TI). Essa relação engloba desde o surgimento de novas
tecnologias, ou novas aplicações, para atender às necessidades do novo ambiente, até o
aparecimento de novas oportunidades empresariais criadas pelas novas tecnologias ou novas
formas de sua aplicação. Nesse novo ambiente, o Comercio Eletrônico, com suas aplicações
inovadoras e revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes como maior poder
de inovação nos processos de negócios nos vários setores econômicos.
Verifica-se que a Internet revolucionou o ambiente dos negócios. Ao permitir um fluxo
contínuo e quase instantâneo de informações, a Internet viabilizou uma alocação mais
eficiente das unidades e recursos produtivos, que passaram a ser organizados em escala
global. Com rápido fluxo de informações, limitações com os custos de transação e
administrativos dão lugar a novas possibilidades, em que o valor gerado pelas organizações
depende muito mais de sua capacidade de coordenar redes (sistemas) de valor, permitindo que
cada unidade individual otimize a utilização de seus recursos (capital, trabalho, matériaprima,administração,informação e tecnologia).
Em Aracaju algumas lojas começam a apostar na internet como principal ferramenta de
comunicação, é o caso da “Era Store”, loja que vende camisetas de outras lojas nacionalmente
conhecidas. Sua estratégia é a divulgação via redes sociais para atrair a atenção do seu
público. Outro exemplo é a estratégia ousada da “Clash”, loja de roupas exclusivamente
femininas que faz uso das redes sociais como principal meio de divulgação. Na Clash os
clientes podem ver as novidades através das redes sociais e as vendas e cadastros são feitos
pelo site da marca.
A estratégia de marketing abrange a seleção de um mercado-alvo e a tomada de decisões em
relação aos elementos cruciais do composto de marketing: produto, preço, promoção e praça.
Assim uma pergunta é feita diante do cenário de vendas online: Como o mercado sergipano
receberá uma loja de roupa masculina exclusivamente eletrônica?
2.
DESENVOLVIMENTO
Para que o nosso estudo sobre uma marca de roupas seja realizado precisamos pesquisar,
estudar e entender acerca de cada variante do nosso ramo, uma vez que esse conhecimento
será vital para o futuro da empresa. Exemplos de sucesso que nos mostrem como estruturar o
novo empreendimento, é a pergunta básica de qualquer pessoa que quer abrir o seu próprio
negócio. Dependendo do produto ou serviço que será vendido, do segmento que será
estabelecido e do nicho que será atendido, exemplos não costumam faltar, seja essas empresas
novas, iguais a já existentes ou com diferenciais competitivos, sendo que dessas variações
encontraremos referências e analisaremos os pontos fortes e fracos a fim de estruturar a nossa
e aperfeiçoar os resultados positivos.
Ao verificar lojas de roupas nacionais e regionais, sendo essas virtuais ou não, com ideias,
mercado, público, missão e visão bem próximas do que pretendemos na nossa futura empresa,
definimos quais são os casos que tomaremos como referência, sem esquecer de adaptá-los a
nossa realidade, pois um futuro proprietário tem que ter ciência dos caminhos que serão
percorridos, bem como das dificuldades e da dedicação que um negócio exige para ser posto
em prática.
Para planejar o futuro dessa nova empresa todas as variantes que precisavam ser percorridas
foram levantadas, pois elas definirão desde o lançamento desta marca até em caso de sucesso
uma possível ampliação de mercado. Baseados em exemplos de lojas do mesmo segmento
identificamos como principais variantes: Tipo de Loja, Gênero, Classe Social, Preço dos
Produtos, Diferencial, Mercado, Consumidor, Mundo Virtual e Comunicação da loja. Dessa
forma é possível conhecer e definir aonde iremos nos diferenciar dos demais, para quem
venderemos, onde venderemos e como chegar a essas pessoas. Cada variante tem seu papel e
estão interligadas, uma vez que são dependentes, sendo que o seu resultado implicará no
sucesso ou fracasso da loja.
2.1. Tipo de Loja
Na criação de uma nova empresa as possibilidades, saturação e oportunidades precisam ser
pesquisadas para que esse negócio tenha o resultado positivo esperado. Sendo que o ramo de
roupas é um dos mais antigos negócios da história da humanidade ao qual conhecemos.
As roupas sempre tiveram uma função. Elas acompanham o homem, e evoluem com ele,
desde os primórdios. Na pré-história as vestimentas tinham uma razão mística, pois os
homens acreditavam que se estivessem vestidos com a pele de um animal adquiririam a força
do mesmo. Nas primeiras civilizações (assírios, babilônicos e egípcios), os sacerdotes usavam
roupas de pele apenas para rituais religiosos. Nestas civilizações passou-se a utilizar fibras
naturais tecidas (lã e linho). Os assírios, povo guerreiro e relativamente nômade, usavam a lã;
já os egípcios usavam fibras do linho que era cultivado nas margens do rio Nilo. Isto mostra
que as roupas de um povo estão relacionadas com a matéria-prima e com a tecnologia
disponível. Nestas civilizações já é possível perceber o uso das roupas como forma de
diferenciar as classes sociais. Governantes e sacerdotes usavam trajes e joias que lhes
identificassem como tais. Durante a Revolução Comercial a classe dos nobres e de
comerciantes ricos aumentou consideravelmente, logo a roupa foi usada como uma forma de
se diferenciar dos demais da corte (TREPTOW, 2003, p.23-25).
Segundo Santaella (apud DE CARLI, 2002, p.9), a Revolução Industrial foi um importante
marco para a moda, sendo que o autor revela: “A moda foi se tornando explícita quando a
revolução industrial possibilitou a reprodutibilidade técnica de seus produtos, a reprodução
em série do mesmo. Com o crescimento demográfico dos quais se originaram os aglomerados
humanos nos primeiros grandes centros urbanos, notadamente em Paris e Londres, a moda
começou a se converter em fascínio, nas galerias em que produtos, ofertados por trás dos
vidros, paralisavam, com piscadelas sedutoras, o passo dos transeuntes”.
Para Lipovetsky (1989, p.33) a moda é dominada pelo culto das novidades, logo, para que
exista algo novo é preciso que as coisas estejam em constante mutação. O autor defende que
para os consumidores, o novo é superior ao antigo, e que por isso há muitos slogans de
produtos que ressaltam este adjetivo: “É novo, é Sony“, “Novo Pampers”, “Novo Ford
Escort”, entre tantos outros (LIPOVETSKY, 1989, p.160).
Quando o segmento de roupas foi escolhido, uma enorme oportunidade foi enxergada, uma
vez que essa indústria gera bilhões por ano, além de percebermos que o mercado em estudo, o
sergipano, carece em ver, sentir e vestir sua própria identidade, inserindo seus costumes e
tradições.
2.2. Gênero
A vaidade, característica antes exclusivamente feminina e negada pelos homens, tem
aparecido como tópico central nos periódicos masculinos, quando o assunto é o bem-estar, os
cuidados com a saúde e a preocupação com a estética e o vestuário.
Atualmente os homens devem ter em mente que o seu visual, desde o relógio até a armação
dos óculos, revela ao interlocutor a sua personalidade. São pistas que surgem na mente do
interlocutor e ajudam-no a montar a imagem das pessoas com quem ele está se comunicando.
É a questão das formações imaginárias que auxilia na percepção das características
masculinas. Dessa forma o vestuário dirá muito sobre a pessoa e auxiliará na construção de
sua imagem perante a sociedade.
Nos dias atuais vemos homens casa vez mais preocupados em se vestir bem em todas as
ocasiões, com isso a procura por dicas, por revistas especializadas, por tratamentos estéticos e
por roupas, que façam o seus mais variados gostos e que representem sua personalidade e
grupo, aumentam a cada dia.
A comercialização de produtos voltados para o público masculino exige criatividade e muita
informação. Este segmento é extremamente dinâmico e diversificado, pois lida diretamente
com as variações nas tendências da moda, que ocorrem a cada estação e possibilita a atuação
com produtos populares ou sofisticados, clássicos ou esportivos.
2.3. Classe Social
Para CHURCHILL e PETER (2003) a população pode estar distribuída em sete classes
sociais, tais como a A1, A2, B1, B2, C, D, e E onde fica evidente não só a diferença entre
rendas, mas também entre valores e comportamentos. As primeiras (A1, A2, B1, B2) tem
maior poder aquisitivo, nesta faixa de alvo do mercado estão situados os consumidores que de
fato já conhecem o produto, interessam-se por ele e adquirem-no, pois com ele satisfazem
necessidades e desejos específicos.
As demais classes (C, D, e E) encontram-se a maioria dos consumidores potenciais, onde
quase sempre há uma insatisfação, pois sua satisfação está ligada a renda, mesmo que haja a
intenção de consumo, muitas vezes eles se deparam com o preço, que por sua vez pode está
acima das disponibilidades, dar-se aí a compra confrontada com a renda disponível.
Na escolha da classe social dos nossos futuros consumidores, levamos em conta o produto
que iríamos produzir com sua qualidade, valor agregado e o poder de compra de cada classe.
As classes A e B foram escolhidas como públicos ideias para o produto, que tem poder
econômico para consumi-lo e subentende-se que tem conhecimento suficiente para entender a
proposta da marca. A classe C foi escolhida após a observação do público de Sergipe e
principalmente da capital Aracaju, que em sua maioria faz esforços econômicos para adquirir
produtos com sofisticação e qualidade.
2.4. Preço dos Produtos
Para CHURCHILL e PETER (2003) o preço também exerce influência no comportamento do
consumidor e na avaliação da decisão de compra, de acordo com a classe social é que o
consumidor considera o preço do produto/serviço um atributo relevante.
O preço é determinado por tudo aquilo que aquele produto ou serviço demanda de custos para
ser fabricado, transportado, negociado e vendido. Todo o processo desde a matéria-prima até
o consumidor final é levado em conta, além de um fator preponderante, o valor agregado.
Como já abordamos neste estudo a função das roupas mudou durante os anos e hoje
representa além de beleza e status um sentimento tão positivo, que faz com que as pessoas
passem a acreditar e gostar mais de si mesmas quando vestem determinadas marcas.
Uma marca que irá vender design sergipano, cultura, ótimo material, além de procurar atender
os desejos dos seus consumidores necessita para sua sobrevivência ter um preço mais alto que
as marcas de lojas de departamento. Ao comparar alguns concorrentes diretos verifica-se que
os mesmos utilizam de preços altos para atrair as classes sociais aqui citadas. Um exemplo
disso é a Lacoste que utiliza dessa estratégia para vender seus produtos e fidelizar seu público
que paga o preço sugerido para ter a marca que é sinônimo de qualidade.
2.5. Diferencial
A avaliação da aquisição de um produto/serviço é feita formalmente ou informalmente. Após
a compra os consumidores avaliam se ficaram satisfeitos ou não com a aquisição, e esse
“gostar” ou “não gostar” do produto/serviço adquiro é de suma importância, pois através
dessa avaliação positiva ou negativa é que o consumidor torna-se o elemento propagador do
produto/serviço para amigos, familiares e vizinhos.
Portanto, após compra torna-se elemento fundamental para uma nova compra ou não, e se os
benefícios da compra forem maior que o fator custo envolvido a satisfação do consumidor
será maior e sucessivamente sua fidelidade ao produto/serviço adquirido. Se a avaliação do
produto adquirido for de insatisfação ou de satisfação com alto custo, consequentemente o
consumidor tentará novamente satisfazer suas necessidades nem que para tanto tenha que
mudar de marca ou serviço.
Para que um produto/empresa fidelize seus consumidores, devem estar atentos as suas
necessidades como elas surgem, as influências que incidem no processo de decisão de
compras, na pós compra e, sobretudo mantendo seu foco no valor do consumidor e na sua
satisfação.
Para Michael Porter (1990), estratégia competitiva é, em essência, o desenvolvimento de uma
formula ampla para o modo como a empresa irá competir, quais deveriam ser suas metas e
quais as políticas necessárias para obtê-las. Ou seja, a estratégia seria a combinação dos fins
(objetivos e metas) e dos meios para alcança-los.
Um loja que tenha parceria com artistas e designers para que os mesmos elaborem desenhos e
estampas para as roupas, sendo repassadas porcentagens das vendas para os criadores.Além
disso, serão adotados elementos que sejam identificados claramente com a cultura de Sergipe,
uma vez que a mesma é rica, porém não vem sendo valorizada.A estratégia de beneficiar
designers que contribuem com suas artes para roupas não é uma novidade, já que lojas como a
Camiseteria fazem isso a um certo tempo com sucesso em todo país com suas vendas online.
2.6. Mercado
Os fatores econômicos têm grande poder em determinar o mercado e, segundo Kotler (1996),
os mercados não exigem apenas pessoas, mas também poder aquisitivo, os quais são funções
de quatro importantes fatores: poupança; renda normal; preços; e disponibilidade de preços.
Diante de alguns acontecimentos econômicos, os consumidores são forçados a repensar suas
prioridades de consumo, e os negócios não podem contar com uma continuidade de fatos
iguais, pois o mercado e a economia são crescentes e instáveis. "Em uma época de crise
econômica, por exemplo, os consumidores tendem a reduzir o padrão de consumo da família,
restringindo-se a comprar produtos realmente essenciais, eliminando o supérfluo" (COBRA,
1997, p.62).
O mercado sergipano é um mercado relativamente novo no segmento de roupas com um
padrão elevado, além de apresentar escassez de grandes marcas com origem sergipana. Essas
marcas quando existem adotam estratégias de procurar se distanciar de suas origens, a
exemplo a Vibonatti e não conseguem se firmar em um cenário nacional. Dessa forma a
proposta é uma marca que tenha como missão levar para os próprios sergipanos e para o resto
do país a sergipanidade, muitas vezes esquecida. Percebemos que a utilização de elementos
que façam menção a cultura sergipana são, em sua maioria, utilizados em produtos de
artesanato local e em comerciais para atrair turistas à Sergipe. Assim encontramos uma ótima
oportunidade: despertar o sentimento nos sergipanos de ter orgulho do local onde vivem,
sendo que esse comércio será em meio virtual, o que provocará maior visibilidade.
2.7. Consumidor
Conhecer o consumidor é uma das principais tarefas do administrador de marketing para
garantir o sucesso da empresa. Pois estudar o comportamento do consumidor proporciona aos
profissionais de marketing conhecer realmente o que os seus clientes querem e desejam. E
através deste estudo do comportamento de seus clientes, facilitar na tomada de decisão em
vários momentos na empresa como: na criação do plano de marketing da empresa, no
relacionamento com o cliente, na aproximação cada vez mais do produto ao cliente e em
outros momentos mais simples que existem no dia-a-dia de uma empresa.
Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para compreender o comportamento do
consumidor é o modelo de estímulo resposta onde os estímulos ambientais e de marketing
penetram no consciente do consumidor. As características do comprador e seus processos de
decisão levam as certas decisões de compra. O desafio do profissional de marketing é
entender o que acontece no consciente do consumidor entre a chegada do estímulo externo e a
decisão de compra.
Definido o tipo do consumidor que esperamos que seja o público da nossa loja, em tese o
estudo fica mais fácil, por já ter definido o gênero desse consumidor, sua idade, classe social e
possivelmente algumas das suas preferências. Foi definido que o nosso público-consumidor
será formado por homens, das classes A, B e C, com um poder econômico alto, tendo idade de
17 anos a 32 anos de idade aproximadamente. Por se tratar de uma loja de roupas masculinas
virtual que apresentará diferentes designers de roupas ligados à cultura sergipana, o
consumidor precisa está ciente da proposta da empresa, para que a mesma possa obter êxito
nas vendas.
O consumidor sergipano e particularmente o aracajuano tem suas particularidades bem
definidas em relação aos consumidores de outras regiões do Brasil. Costuma-se dizer que as
pessoas que vivem em Aracaju sofrem da “síndrome da cidade provincial”, isso é dito muitas
vezes pela falta de valorização da própria cultura e elevação de outras culturas. Um exemplo
desse apoio a outras culturas é o fato da maior festa da capital de Sergipe ser hoje composta
pela cultura baiana. Indo na direção contrária a esse pensamento é que iremos criar nossa loja
virtual, onde os principais valores e costumes sergipanos serão expostos em cada peça e
estampa.
Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para compreender o comportamento do
consumidor é o modelo de estímulo resposta onde os estímulos ambientais e de marketing
penetram no consciente do consumidor. As características do comprador e seus processos de
decisão levam as certas decisões de compra. O desafio do profissional de marketing é
entender o que acontece no consciente do consumidor entre a chegada do estímulo externo e a
decisão de compra
2.8. Mundo Virtual
O mundo virtual está em constante evolução e crescimento. Com a modernização dos
computadores e seu custo mais acessível, cada vez mais pessoas tem acesso a computadores,
sejam eles, computadores pessoais (PC), notebooks, tablets dentre outros e com isso mais
pessoas tem acesso a internet. Nos dias de hoje até pelo aparelho celular é possível estar
conectado a internet, com isso as pessoas passaram a assistir filmes, ler notícias, assistir a
capítulos perdidos da novela, assistir lances do jogo que perdeu, se comunicar com pessoas
distantes ou até mesmo com pessoas que estão ao lado.
O avanço da internet hoje ocupa grande parte da rotina das pessoas, essas que procuram a
comodidade na hora de realizar seus afazeres, seja na escolha de um bom filme ao analisar
sobre o que é, buscando opiniões de outras pessoas, no momento de escolher um bom
restaurante ou mesmo na hora de fazer compras.
Existem ferramentas na internet que
conectados até mesmo a uma geladeira, avisam o que está faltando e realizam as compras
automaticamente. É importante destacar que uma barreira superada foi a da confiança no ato
da compra, uma vez que não existe no comércio virtual a análise do produto pessoalmente, o
relacionamento direto com o vendedor, as garantias de segurança ao fornecer informações
pessoais ou não poder experimentar os produtos, no caso das roupas por exemplo.
Por outro lado é possível escolher o seu tamanho, a cor preferida e a forma de pagamento.
Associado a isso, um sistema chamado “mercado pago” foi desenvolvido permitindo que o
usuário libere o pagamento somente após o recebimento do produto comprado. É de sistemas
como esse que sites como o Marcado Livre se beneficiam. Nele pessoas comuns podem
vender e comprar os mais diversificados produtos, usados ou novos, porém ao utilizar o
“mercado pago” teremos a garantia da qualidade e conformidade com o que compramos.
Em nossa loja virtual o objetivo é passar confiança ao cliente, utilizando o
Mercado Pago como uma das ferramentas de auxílio ao site, além dessa
ferramenta a loja virtual permitirá que a estampa de camisas sejam escolhidas, o
tamanho das roupas, a cor, a forma de pagamento, além de apresentar fotos de
pessoas que se “encaixem” no perfil do usuário. Nas fotos pessoas com diferentes
tipos físicos estarão usando as roupas para que o consumidor tenha uma ideia de
como a roupa ficará quando ela a usar.
2.9. Comunicação da Loja
Uma das partes primordiais no planejamento de uma empresa é sua comunicação, sendo
direcionado esforço financeiro e criativo. Em tese, todas as etapas na criação de uma loja
virtual foram traçadas, mas de nada adiantaria se não estudássemos e aplicássemos formas de
alcançar o consumidor.
A criação de uma marca forte através de grandes campanhas de marketing pode-se tornar uma
vantagem competitiva, restringindo a entrada de novos concorrentes no mercado. Portanto a
marca pode representar um grande ativo capaz de influenciar o comportamento do
consumidor (KELLER; MACHADO, 2006, p. 9).
Para que o consumidor conheça, prove e seja fiel a essa nova marca várias etapas são
necessárias. A criação de um nome e de uma marca são as iniciais. Lembramos que o estudo
com criação terá um impacto no futuro seja ele positivo ou negativo, assim a análise do nome
e marca deverá ser feito durante o processo inicial. Após isso será definido um planejamento
de idealização do site, de campanha de lançamento e uma prospecção de como a marca será
posicionada no futuro. Para que tudo isso ocorra uma agência especializada em comunicação
deve ser contratada para que trace todos os objetivos e planejamentos de uma comunicação
estratégica.
Para uma loja virtual a comunicação será direcionada para comunicação virtual, mas não se
restringirá a ela tão somente, já que deve-se levar em consideração que os consumidores
utilizam outros meios de comunicação, sendo que os mais eficazes serão escolhidos. As redes
sociais, banners de internet e anúncios em meios específicos são os escolhidos pela sua
eficácia com o público-alvo. Mídias não convencionais ou “no midias” também costumam
trazer resultados positivos para públicos parecidos com o escolhido para a nova loja.
3.
CONCLUSÃO
O estudo de todos os elementos que possam rodear uma nova empresa de vendas de roupas
masculinas virtual nos aponta algumas peculiaridades e observações para que o novo negócio
seja por fim posto em prática. Na escolha do tipo da loja percebemos a importância que as
vestimentas tomaram com o passar do tempo, tornando-se alvo de desejo de muitas pessoas e
uma forma de expressão para outros. No começo de definição do nosso público-alvo
pesquisamos e identificamos um aumento substancial no consumo de produtos ligados a
beleza por parte dos homens em todo o mundo, movimenta-se bilhões com dicas de beleza,
produtos de beleza e o nosso objeto de estudo: roupas.
Para que os nossos produtos tivessem o posicionamento e o resultado esperado foi planejado
que os preços dos produtos se equiparassem ao dos concorrentes aos quais pretendemos nos
igualar em termo de posicionamento e para que atingíssemos com nossos produtos as classes
sociais com maior poder de compra e de desejo por um determinado produto. Esses futuros
consumidores terão que perceber o forte diferencial da marca, que usa a bandeira de Sergipe
como carro-chefe se orgulhando de ser uma marca sergipana e apostando nas vendas online.
Como percebido no estudo o mercado sergipano conta com várias lojas do segmento, com
algumas marcas do estado, mas com poucas que se dedicam a venda exclusivamente online,
que possibilita para o cliente que ele compre um produto de forma rápida e com a comodidade
de não sair da sua casa.
Com um objetivo claro de atrair as visitas para o site da nova empresa precisamos atrair a
atenção dos consumidores de Sergipe e antes de tudo despertar nesses consumidores o
“orgulho de ser”, para isso estratégias de comunicação convencionais e não convencionais
serão elaboradas com foco no público da loja. Exemplo são anúncios que exaltem esse
orgulho e levem os consumidores para uma visita e posteriormente para as compras. A ideia
de uma loja virtual é nova para esse público, a venda online também, por isso será introduzida
ferramentas de auxílio e que garantam a segurança de toda a operação de venda e recebimento
dos produtos nas residências.
Por fim, mesmo com todas as estratégias levantadas no estudo não existe garantia que o
sucesso seja imediato, por se tratar de um negócio novo e diferenciado, porém atestamos
teoricamente uma grande oportunidade nesse ramo, uma vez que o público anseia novidades e
deseja o consumo de produtos com qualidade e satisfação por está adquirindo um produto
diferenciado. Assim com a nova loja que trará “O melhor de Sergipe”, conseguiremos atrair o
consumo e a fidelização dos clientes.
4.
REFERÊNCIAS
KELLER, Kelvin L.; MACHADO, Marcos. Gestão estratégica de marcas. 1° Edição. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
BASSO, Maristella. Comércio eletrônico: Uma visão geral. Tozzini, Freire, Teixeira e Silva
Advogados. Porto Alegre. 2000.
PORTER, M.A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro, Ed Campus, 1990.
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice-Hall, 2000.
LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero. A moda e seu destino nas sociedades
modernas. 2 ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. Brusque: D.Treptow, 2003.
DE CARLI, Ana Mary Sehbe. O sensacional da moda. 1ª Edição. Caxias do Sul: Educs, 2002.
CHURCHILL, G. A. Jr., PETER, P. J. Marketing criando valor para os clientes .2ª Edição.
São Paulo: Saraiva, 2003.
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