FILOSOFIA – MÓDULO 03

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FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS
Prof. Rodolfo
1. (Unicamp 2014) A dúvida é uma atitude que contribui para
o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste
comportamento, a verdade é atingida através da supressão
provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado
como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico
próprio da Filosofia.
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar.
Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Observe a figura a seguir e responda à(s) questão(ões)
seguinte(s).
A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade
são conceitos equivalentes.
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser
espontânea e dispensar o rigor metodológico.
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge
quando opiniões e verdades são coincidentes.
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são
fundamentos do pensamento filosófico moderno.
2. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.
3. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.
Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg,
acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e
Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história
mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e
provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de
restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a
paz entre as nações com vista à constituição de uma
federação de povos – sociedade cosmopolita.
Descartes, na segunda parte do Discurso do Método,
apresenta uma crítica às cidades antigas por serem caóticas.
Tais cidades, por terem sido no início pequenos burgos e
havendo se transformado, ao longo do tempo, em grandes
centros, são comumente mal calculadas. Suas ruas curvas e
desiguais foram obra do acaso e não uma disposição da
vontade de alguns homens que se utilizaram da razão.
(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo
e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política.
v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.)
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de
Kant, assinale a alternativa correta.
a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial
torna imperativo um governo paternal para indicar a
felicidade.
b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo
considerados cidadãos ativos também as mulheres e os
empregados.
c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da
comunidade e o chefe de Estado.
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de
ação em conformidade com a lei universal da liberdade.
e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o
descontentamento e a oposição ao poder legislativo
supremo.
(Adaptado de: DESCARTES, R. Discurso do Método. São Paulo:
Nova Cultural, 1999. p.43-44. (Coleção Os Pensadores.))
Com base no texto, nos conhecimentos sobre o racionalismo
cartesiano e sobre uma possível relação com o tema do
planejamento e da construção das cidades, assinale a
alternativa correta.
a) A arquitetura das cidades compreende as edificações
planejadas, em que coincidem a ordem racional e a ordem
da realidade objetiva.
b) A experiência sensível era o princípio capaz de fundamentar
as leis do conhecimento, permitindo certo ordenamento
das construções nas cidades.
c) A mente é como uma folha em branco, isenta de
impressões, assim, o conhecimento que nos permite
edificar as cidades inicia-se na execução.
d) O conhecimento se constrói num processo que vai do
particular para o universal, o que valoriza o caráter indutivo
na construção das cidades.
e) Os engenheiros e os mestres de obras se utilizam do
conhecimento empírico para a edificação e o planejamento
de nossas cidades.
4. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a
meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade,
como expectativa de que o homem poderia dominar a
natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em
programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon
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e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de
poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da
aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física
e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três
enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004
(adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e
Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma
forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries
da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste
em
a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as
disputas teóricas ainda existentes.
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e
ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras
áreas do saber que almejam o progresso.
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza
e eliminar os discursos éticos e religiosos.
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e
impor limites aos debates acadêmicos.
5. (Enem 2013) TEXTO I
Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus
primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como
verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em
princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui
duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez
em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até
então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de
estabelecer um saber firme e inabalável.
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia.
São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II
É de caráter radical do que se procura que exige a
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço
for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a
partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria
dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram
anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São
Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que,
para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, devese
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com
legitimidade.
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e
concepções.
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos
esclarecidos.
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e
ultrapassados.
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e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam
ser questionados.
6. (Uem 2013) “Pois como se supõe que as faculdades da
mente são naturalmente iguais em todos os indivíduos – e se
assim não fosse, nada poderia ser mais infrutífero que
argumentarmos ou debatermos uns com os outros –, seria
impossível, se as pessoas associassem as mesmas ideias a seus
termos, que pudessem durante tanto tempo formar
diferentes opiniões sobre o mesmo assunto, especialmente
quando comunicam suas opiniões, e cada uma das partes
volta-se para todos os lados em busca de argumentos que
possam dar-lhes a vitória sobre seus antagonistas. É verdade
que, se os homens tentam discutir questões que estão
inteiramente fora do alcance das faculdades humanas, tais
como as que concernem à origem dos mundos, ou à
organização do sistema intelectual ou da região dos espíritos,
eles podem ficar longo tempo golpeando o vazio em suas
infrutíferas contendas, sem nunca chegar a qualquer
conclusão determinada. Mas se a questão diz respeito a algum
assunto da vida e da experiência cotidiana, julgaríamos que
nada poderia preservar a disputa indecidida por tanto tempo
[...]”
(HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano.
In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED,
2009, p. 377).
A partir do trecho citado, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s).
01) Tendo em vista que as faculdades da mente são iguais, os
pensamentos produzidos a partir das mesmas impressões
sensíveis são também iguais.
02) As controvérsias existem pelo fato de as opiniões serem
associações diversas de mesmas ideias a termos
diferentes.
04) Disputas que nascem da experiência cotidiana têm sua
resolução mais rápida, pois não incorrem na confusão das
ideias.
08) O campo da experiência está ao alcance das faculdades
humanas, visto que fornece um fundamento empírico
para as ideias.
16) Nas contendas intelectuais, vale utilizar-se de toda e de
qualquer opinião para obter a vitória.
7. (Ufsj 2013) Sobre “as qualidades úteis da mente”, descritas
por David Hume, é CORRETO afirmar que
a) “são aquilo que se pode primeiramente experimentar na
arte de raciocinar”.
b) “elas são retratadas no sentido vulgar, pois são
diametralmente opostas ao poder e ao bom senso ou
razão”.
c) “determinam que as virtudes, como a simpatia, por
exemplo, tenham a força ideal a posteriori para o bemestar das sociedades humanas”.
d) “essas virtudes formam a principal parte da moral”.
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8. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.
Hume considerou não haver nenhuma razão para supor que,
dado o que se chama um “efeito”, deva haver uma causa
invariavelmente unida a ele. Observamos sucessões de
fenômenos: à noite sucede o dia, ao dia, a noite etc.; sempre
que se solta um objeto, ele cai no chão etc. Diante da
regularidade observada, concluímos que certos fenômenos
são causas e outros, efeitos. Entretanto, podemos afirmar
somente que um acontecimento sucede a outro – não
podemos compreender que haja alguma força ou poder pelo
qual opera a chamada “causa”, e não podemos compreender
que haja alguma conexão necessária entre semelhante
“causa” e seu suposto “efeito”.
(FERRATER-MORA, J. Dicionário de Filosofia, Tomo I, São
Paulo: Loyola, 2000, p.427.)
a) Com base na filosofia de Hume, explique a importância do
conceito de causalidade para o conhecimento dos
fenômenos naturais.
b) Explicite a leitura que Hume faz do empirismo.
9. (Unesp 2013) Preguiça e covardia são as causas que
explicam por que uma grande parte dos seres humanos,
mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da
orientação alheia, ainda permanecem, com gosto, e por toda a
vida, na condição de menoridade. É tão confortável ser menor!
Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor
que tem consciência por mim, um médico que prescreve uma
dieta etc.: então não preciso me esforçar. A maioria da
humanidade vê como muito perigoso, além de bastante difícil,
o passo a ser dado rumo à maioridade, uma vez que tutores já
tomaram para si de bom grado a sua supervisão. Após terem
previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu
gado, para que estas pacatas criaturas não ousem dar
qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os
tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram
andar por conta própria. Tal perigo, porém, não é assim tão
grande, pois, após algumas quedas, aprenderiam finalmente a
andar; basta, entretanto, o perigo de um tombo para intimidálas e aterrorizá-las por completo para que não façam novas
tentativas.
(Immanuel Kant, apud Danilo Marcondes. Textos básicos de
ética – de Platão a Foucault, 2009. Adaptado.)
O texto refere-se à resposta dada pelo filósofo Kant à
pergunta sobre “O que é o Iluminismo?”. Explique o
significado da oposição por ele estabelecida entre
“menoridade” e “autonomia intelectual”.
10. (Unioeste 2013) “A necessidade prática de agir segundo
este princípio, isto é, o dever, não assenta em sentimentos,
impulsos e inclinações, mas, sim, somente na relação dos
seres racionais entre si, relação essa em que a vontade de um
ser racional tem de ser considerada sempre e
simultaneamente como legisladora, porque de outra forma
não podia pensar-se como fim em si mesmo. A razão
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relaciona, pois, cada máxima da vontade concebida como
legisladora universal com todas as outras vontades e com
todas as ações para conosco mesmos, e isto não em virtude
de qualquer outro móbil prático ou de qualquer vantagem
futura, mas em virtude da ideia da dignidade de um ser
racional que não obedece à outra lei senão àquela que ele
mesmo simultaneamente dá a si mesmo. [...] O que se
relaciona com as inclinações e necessidades gerais do homem
tem um preço venal [...], aquilo, porém, que constitui a
condição só graças a qual qualquer coisa pode ser um fim em
si mesma, não tem somente um valor relativo, isto é, um
preço, mas um valor íntimo, isto é, dignidade”.
Kant.
Considerando o texto citado e o pensamento ético de Kant,
seguem as afirmativas abaixo:
I. Para Kant, existe moral porque o ser humano e, em geral,
todo o ser racional, fim em si mesmo e valor absoluto, não
deve ser tomado simplesmente como meio ou instrumento
para o uso arbitrário de qualquer vontade.
II. Fim em si mesmo e valor absoluto, o ser humano é pessoa e
tem dignidade, mas uma dignidade que é, apenas,
relativamente valiosa, por se encontrar em dependência
das condições psicossociais e político-econômicas nas quais
vive.
III. A moralidade, única condição que pode fazer de um ser
racional fim em si mesmo e valor absoluto, pelo princípio
da autonomia da vontade, e a humanidade, enquanto
capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm
dignidade.
IV. As pessoas têm dignidade porque são seres livres e
autônomos, isto é, seres que se submetem às leis que se
dão a si mesmos, atendendo imediatamente aos apelos de
suas inclinações, sentimentos, impulsos e necessidades.
V. A autonomia da vontade é o fundamento da dignidade da
natureza humana e de toda natureza racional e, por esta
razão, a vontade não está simplesmente submetida à lei,
mas submetida à lei por ser concebida como vontade
legisladora universal, ou seja, se submete à lei na exata
medida em que ela é a autora da lei (moral).
Das afirmativas feitas acima
a) somente a afirmação I está incorreta.
b) somente a afirmação III está incorreta.
c) as afirmações II e IV estão incorretas.
d) as afirmações II e III estão incorretas.
e) as afirmações II, III e V estão incorretas.
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11. (Uel 2013) Leia a tirinha e o texto a seguir.
A visão de Kant sobre o Iluminismo articula-se com sua
filosofia moral da seguinte forma: o propósito iluminista é
abandonar a menoridade intelectual para se pensar
autonomamente. Além disso, pensar por si mesmo não
significa a rigor ceder aos desejos particulares. Portanto, o
iluminista não defende uma anarquia de princípios e de ação;
trata-se, sim, de elevar a moral ao nível da razão, como uma
legisladora universal que decide sobre máximas que se
aplicam a todos indistintamente.
(BORGES, M. L.; DALL´AGNOL, D.; DUTRA, D. V. Ética. Rio de
Janeiro: DP&A, 2002. p.22-23.)
a) De acordo com a filosofia moral kantiana, explique a
diferenciação entre autonomia e heteronomia.
b) Explicite o significado do imperativo categórico de Kant e o
relacione com a tirinha.
12. (Ufu 2013) Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não
se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que
os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento, o
que assim já concorda melhor com o que desejamos, a saber,
a possibilidade de um conhecimento a priori desses objetos,
que estabeleça algo sobre eles antes de nos serem dados.
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução de Manuela
Pinto dos Santos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
Prefácio da Segunda Edição, B XVI-XVII, p. 20.
Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre a
filosofia de Kant, responda
a) O que é a Revolução Copernicana operada pelo filósofo?
b) A que se refere o conhecimento a priori, segundo Kant?
13. (Uem 2013) O filósofo alemão Hegel (1770-1831) afirma
que “É tarefa da filosofia conceber o que é, pois, aquilo que é
é a razão. No que concerne ao indivíduo, cada um é, de todo
modo, um filho de seu tempo; do mesmo modo que a filosofia
é seu tempo apreendido em pensamentos” (HEGEL, G. W. F.
Excertos e parágrafos traduzidos. In: Antologia de Textos
Filosóficos. MARÇAL, J. (org.). Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 314).
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A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s)
correta(s).
01) A razão de algo é o conceito desse algo concebido
filosoficamente pelo seu tempo.
02) Aquilo que é, a essência de algo, é para o filósofo um
conceito racional.
04) O indivíduo, que é filho de seu tempo, do ponto de vista
filosófico, pensa os seus problemas a partir de seu
momento histórico.
08) Os conceitos filosóficos, por serem determinados
historicamente, estão restritos ao seu tempo e à sua
época, não sendo, pois, universais.
16) A reflexão filosófica está intimamente ligada ao seu
momento histórico, visto que leva esse mundo ao plano
do conceito.
14. (Ufu 2013) A dialética de Hegel
a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na
natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-calor).
b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança verificados
tanto no mundo quanto no pensamento.
c) é interna nas coisas objetivas, que só podem crescer e
perecer em virtude de contradições presentes nelas.
d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de
estudo do pesquisador.
15. (Ufpa 2012) No contexto da cultura ocidental e na história
do pensamento político e filosófico, as considerações sobre a
necessidade de valores morais prévios na organização do
Estado e das instituições sociais sempre foi um tema
fundamental devido à importância, para esse tipo de questão,
dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em
comum.
Diante desse fato da história do pensamento político e
filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os
homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de
bem e de mal, enquanto permanecessem livres” (ESPINOSA,
1983, p. 264), quer dizer o seguinte:
a) O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que
condiciona sua ideia de ética social.
b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade
moral antecede noções como bem e mal.
c) Os valores morais que servem de base para nossa
socialização são tão naturais quanto nossos direitos.
d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos
colocássemos além da liberdade natural.
e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber
o que são bem e mal.
16. (Ufu 2012) O botão desaparece no desabrochar da flor, e
poderia dizer-se que a flor o refuta; do mesmo modo que o
fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se
como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se
distinguem, mas também se repelem como incompatíveis
entre si [...].
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes,
1988.
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Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto acima,
assinale a alternativa correta segundo a filosofia de Hegel.
a) A essência do real é a contradição sem interrupção ou o
choque permanente dos contrários.
b) As contradições são momentos da unidade orgânica, na
qual, longe de se contradizerem, todos são igualmente
necessários.
c) O universo social é o dos conflitos e das guerras sem fim,
não havendo, por isso, a possibilidade de uma vida ética.
d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao destituíla de qualquer finalidade benevolente.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[D]
O período moderno da filosofia se caracterizou por dois
movimentos, a saber, a dúvida e o método. A dúvida colocou
em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale
ressaltar que a filosofia moderna tem seu início geralmente
demarcado no século XVII – e o método buscou reconstruir o
conhecimento de modo que não se pudesse dele duvidar.
Porém, esta ausência de dúvida não significa dogmatismo,
mas sim o esforço da dedicação à filosofia, ao estudo da
sabedoria, ao bem aplicar o espírito.
“Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás
utilizar. Pois não te recomendo o meu, apenas o proponho.
Contudo, qualquer que seja o método que empregares,
gostaria muito de recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo
da sabedoria, por falta do qual todos sofremos recentemente
muitos males”. (T. Hobbes. Do Corpo – Cálculo ou Lógica.
Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15).
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois
cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os
que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa
não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é
verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes
testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o
verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o
bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os
homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não
provém do fato de serem uns mais racionais do que outros,
mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias
diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é
suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As
maiores almas são capazes dos maiores vícios, e os que só
andam muito lentamente podem avançar muito mais, se
seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm
e dele se distanciam”. (R. Descartes. Discurso do método. In
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29).
Resposta da questão 2:
[D]
Kant foi um Iluminista que, influenciado por Hume, Newton e
Rousseau, confiou na capacidade do homem de se aperfeiçoar
e se tornar autônomo. O seu cosmopolitismo, seguindo essa
confiança, observava e pensava a história universal a partir do
ponto de vista universal, isto é, a partir daquilo que pudesse
beneficiar a todos, sem exceção. Apesar de haver um
irracionalismo estampado na nossa história, o filósofo tomava
como possível desvendar os motivos fundamentais que
determinavam o bem e o mal e, partindo disso, construir
através do aperfeiçoamento humano uma constituição
política boa.
Resposta da questão 3:
[A]
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O conhecimento em Descartes é primeiramente algo uno e
construído a partir da unidade do intelecto. Isso quer dizer
que apesar da variedade existente no conjunto dos
conhecimentos a ciência é na verdade una. Quer dizer
também que as bases fundadoras de todo o edifício
desenvolvem-se de maneira uniforme em uma construção
homogênea. Ou seja, a ciência é una, pois o espírito que o
desenvolve é uno. O método, por conseguinte, se torna algo
importantíssimo para Descartes, pois é ele quem demonstra a
unidade do espírito que procede de maneira uniforme na
construção dessa ciência que é total. A construção de uma
ciência total se faz a partir da definição das condições sobre as
quais se constrói o método através do qual se pode duvidar,
sistematicamente, e seguindo a ordem das razões, assegurar a
evidência do conhecimento adquirido. Conhecer para
Descartes é duvidar sistematicamente para de acordo com o
método seguir a ordem das razões na construção de uma
ciência com clareza e distinção. Desse modo, Descartes
considera ser capaz de conceber uma Mathesis Universalis,
isto é, uma ciência capaz de explicar tudo que diga respeito à
ordem e à quantidade.
Resposta da questão 4:
[C]
Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa
racional que busca a construção coletiva de conhecimentos
refletidos e seguros sobre a variedade da natureza, e,
também, de conhecimentos esclarecedores sobre os
fenômenos que nos parecem familiares. Sendo assim, a
ciência possui uma base racional fundante a qual todo homem
pode ter acesso e, desse modo, todos podem participar. Ela
possui, além disso, como objeto de pesquisa a perplexidade
do homem perante a variância de alguns fenômenos naturais
e a permanência de outros, e como objetivo da pesquisa
harmonizar estas diferenças em equilíbrios dinâmicos através
de conceitos e sistemas de conceitos justificados da melhor
maneira possível, isto é, pela construção de experimentos
controlados e avaliações imparciais.
Resposta da questão 5:
[B]
Como exemplo da radicalidade indicada pelo prof. Franklin
Leopoldo e Silva, vale mencionar que Descartes inicia a
segunda meditação com a metáfora de um homem submerso,
ele diz: “a meditação que fiz ontem encheu-me de tantas
dúvidas, que doravante não está mais em meu alcance
esquecê-las. E, no entanto, não vejo de que maneira poderia
resolvê-las; e, como se de súbito tivesse caído em águas muito
profundas, estou de tal modo surpreso que não posso nem
firmar meus pés no fundo, nem nadar para me manter à
tona”. Essa metáfora expõe um homem de mãos atadas;
voltar para a situação anterior é impossível, porém manter-se
no meio do caminho também. A única opção é manter-se
trilhando o caminho da dúvida sistemática e generalizada,
esperando desse modo alcançar algum ponto firme o
suficiente para ser possível apoiar os pés, e nadar de volta
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para a superfície. Mantendo-se nesse caminho, o filósofo
busca o ponto que irá inaugurar uma cadeia de razões da qual
ele não poderá duvidar. O chão desse mar no qual o filósofo
está submerso é esta única coisa da qual ele não pode
duvidar, mesmo se o gênio maligno estiver operando. Tal
certeza radical é a certeza sobre o fato de que se o gênio
maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia
perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para
que ele me engane. Penso, existo é a nova raiz que nutre a
modernidade.
Resposta da questão 6:
02 + 04 + 08 = 14.
A divisão entre questões de fato e relações de ideias aparece
no início da seção IV (Dúvidas céticas sobre as operações do
entendimento) e quer dizer que a investigação humana possui
como objetos: 1) toda afirmação intuitivamente ou
demonstrativamente certa, isto é, aquelas que possuem
validade independente do que existe no universo, por
exemplo, o teorema de Pitágoras; e, 2) todas as afirmações
que possuem um caráter muitíssimo diferente posto que
qualquer evidência de sua necessidade não seja firmada por
nada além dos sentidos e dos registros da memória – por
exemplo, “o sol nascerá amanhã”. Neste sentido, por um lado
os raciocínios sobre questões de fato fundam-se em relações
de causalidade e dependem da disposição das coisas
existentes no universo, e, por outro lado, os raciocínios sobre
relação de ideias possuem força na sua formalidade e são
incapazes de serem resolvidos através de um terceiro juiz
como a experiência.
Resposta da questão 7:
[D]
“A maioria das pessoas concordará prontamente que as
qualidades úteis da mente são virtuosas justamente por causa
da sua utilidade” (D. Hume, T, III, III, IV, 2). O pensamento
moral de Hume é baseado na motivação, isto é, a ação moral
é motivada pelos sentimentos morais que estabelecem as
razões deste comportamento; a moral excita as paixões
prevenindo ou motivando as ações e a razão sozinha é incapaz
de defender a necessidade de qualquer ação correta.
Resposta da questão 8:
a) Hume aponta o conceito de causalidade como
importante para a geração do conhecimento extraído da
experiência. O conhecimento empírico apreende a relação
causal dos fenômenos naturais, sendo que pela maneira
habitual de se conceber a constância e a regularidade do
dinamismo próprio da natureza que obtemos qualquer
conhecimento sensível. Logo, o conhecimento empírico é
formado pela constatação da relação de causalidade
existente entre os fenômenos da natureza, o que permite
dizer que sem a causalidade não haveria como processar o
conhecimento empírico.
b) As reflexões de Hume sobre o empirismo demonstram a
existência de um ceticismo mitigado quanto à possibilidade de
a experiência constituir-se em fundamento último do
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conhecimento. O conhecimento empírico, em última
instância, baseia-se na crença de que a repetição constante de
causas semelhantes gera efeitos semelhantes. Essa
compreensão resulta na convicção de que relações causais
observadas no passado garantem repetição “certa” no futuro.
Isso, segundo Hume, não passaria de crença, o que por sua
vez colocaria uma considerável dose de ceticismo na base do
próprio empirismo. O hábito é o grande guia da vida humana
no sentido de que nenhuma questão de fato é resolvida por
algo além dele. Como Hume diz, “sem a ação do hábito,
ignoraríamos completamente toda questão de fato além do
que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos”
(D. Hume. Investigações sobre o entendimento humano. In
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.
152). Sendo assim, o homem é apenas capaz de crer que a
relação de causa e efeito entre a chama e o calor, por
exemplo, se mantenha persistente. A crença é um resultado
necessário da mente observar regularidades – diferentemente
da ficção que é uma formulação com aparência de realidade e
sem um lastro sensitivo.
Resposta da questão 9:
A oposição entre menoridade e maioridade (ou autonomia) é
o recurso alegórico utilizado para falar sobre o estado do
homem e o movimento Iluminista que buscava retirar o
homem deste estado. O homem, diz Kant, está acomodado.
Preguiçoso e covarde, o homem continua, mesmo depois de
adquirir plenas capacidades de ser autônomo (de se dar a
própria lei), servo da consciência de outros, das prescrições de
terceiros. Além da sua própria preguiça e covardia, o ato
mesmo de se tornar maior é visto como perigoso, o que faria a
libertação da tutoria uma escolha ainda menos provável.
Enfim, passar da menoridade para a maioridade é um ato de
libertação do homem das relações de tutela que direcionam
opressivamente o seu comportamento.
Estas aulas do professor Franklin comentam com primor a
ideia de autonomia presente no texto sobre o Iluminismo de
Kant:
http://www.youtube.com/watch?v=9a9kWxpnjWk
http://www.youtube.com/watch?v=lT_3ibYFeqw
Resposta da questão 10:
[C]
Devemos entender inicialmente que a reflexão kantiana a
respeito da liberdade está organizada em torno da noção de
autonomia. Isso significa que o homem livre será, para Kant, o
homem capaz de guiar moralmente sua vida servindo-se do
seu próprio intelecto, das suas próprias faculdades, dos seus
próprios esforços. Ou seja, livre será o homem capaz de viver
sem a tutela do outro, de usar publicamente sua razão, e de
se responsabilizar por suas palavras sem propaga-las através
do uso da autoridade de outrem.
Se livre é o homem que vive uma vida regrada pelas suas
próprias faculdades, isso significa que livre será o homem
capaz de definir para si mesmo uma Moral universalizável.
Quer dizer, a vontade do homem livre precisa ser a boa
vontade. Em terminologia kantiana, a boa vontade é aquela
FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS
Prof. Rodolfo
vontade cujas decisões são totalmente determinadas por
demandas morais ou, como ele normalmente se refere a isso,
pela Lei Moral. Os seres humanos veem essa Lei como
restrição dos seus desejos, por conseguinte uma vontade
decidida por seguir a Lei Moral só pode ser motivada pela
ideia de Dever. E Kant distingue dois tipos de lei produzidos
pela razão. Dado certo fim que nós gostaríamos de alcançar a
razão pode proporcionar um imperativo hipotético – uma
regra contingente para a ação alcançar este fim. Um
imperativo hipotético diz, por exemplo: se alguém deseja
comprar um carro novo, então se deve previamente
considerar quais tipos de carros estão disponíveis para
compra. Mas Kant objeta que a concepção de uma Lei Moral
não pode ser meramente hipotética, pois uma ação moral não
pode ser fundada sobre um propósito circunstancial. A
moralidade exige uma afirmação incondicional do Dever de
um indivíduo, a moralidade exige uma regra para ação que
seja necessária, a moralidade exige um imperativo categórico.
Resposta da questão 11:
a) Enquanto a autonomia refere-se à capacidade de
autodeterminação da vontade com o propósito de realizar
uma ação a partir de um princípio racional, isto é, somente
determinado pela imposição do dever de cumprir aquilo
que foi previamente designado pela razão, a heteronomia
refere-se a ações realizadas sob a influência de elementos
externos à própria razão. Trata-se de casos em que a
determinação da vontade humana se dá mediante
influência externa à própria razão, como o cumprimento de
mandamentos divinos, ou o impulso na direção de um
desejo supérfluo, ou o contexto degradante como no caso
da tirinha, etc.
b) O imperativo categórico é um procedimento formal
segundo o qual pela própria razão se disporia das condições
de discriminação de quais máximas subjetivas são
universalizáveis, isto é, quais se enquadrariam em uma
possível legislação universal. No caso da tirinha, o Imperativo
Categórico é demonstrado na medida em que o personagem,
diante de um conflito de ação, pondera o valor desta sua ação
através do imperativo de que ela será necessária se, e
somente se, puder ser universalizada.
Resposta da questão 12:
a) Kant se perguntava se a metafísica também não era
capaz de realizar o mesmo tipo de juízo que a matemática e
física eram capazes. Para tentar solucionar esta questão: “é
possível uma metafísica baseada em juízos sintéticos a
priori?”, o filósofo irá modificar o ponto de vista da
investigação da mesma maneira que fez Copérnico e, em
vez de observar o objeto através do que a experiência
sensível expõe considerar a possibilidade de a faculdade
mesma conhecer e constituir a priori o objeto. Copérnico
fez isso quando, em vez de calcular o movimento dos
corpos celestes através dos dados da experiência sensível
(o suposto movimento do sol, etc.), calculou este
movimento através da suposição de que o próprio
observador (o homem sobre a Terra) se movia. Essa
mudança de perspectiva é o que se chama normalmente de
Revolução Copernicana.
http://historiaonline.com.br
b) Podemos distinguir, na filosofia kantiana, três tipos de
juízos que podemos fazer sobre as coisas: 1) juízos analíticos
(ou aqueles juízos nos quais já no sujeito encontramos o
predicado, ou seja, são tautológicos e, por conseguinte, não se
obtém por seu intermédio nenhum tipo de conhecimento); 2)
juízos sintéticos a posteriori (ou aqueles juízos nos quais a
experiência sensível está presente e se faz parte decisiva do
julgamento, logo este tipo de juízo é particular e contingente);
3) juízos sintéticos a priori (ou aqueles juízos nos quais o
predicado não está contido no sujeito e a experiência não
constitui alguma parte decisiva do conteúdo, quer dizer, juízos
nos quais se obtém conhecimento sobre algo, porém sem que
a experiência seja relevante para a conclusão obtida, o que faz
deste tipo de juízo universal e necessário). O conhecimento a
priori é aquele constituído com juízos sintéticos a priori, os
exemplos de Kant que ilustram esse tipo conhecimento são a
matemática, a geometria e a física.
Resposta da questão 13:
01 + 02 + 04 + 16 = 23.
A estrutura da lógica hegeliana é triádica, esta estrutura
reflete a organização de um sistema filosófico mais amplo e da
lógica sobre sua variedade de motivos internos e externos. A
divisão da lógica é a seguinte: 1) doutrina do ser, 2) doutrina
da essência e 3) doutrina do conceito. Na doutrina do ser,
Hegel explica o conceito de "ser-por-si" como uma autorelação que resolve a oposição entre o próprio e o outro na
"idealidade do finito". Na doutrina da essência, Hegel explica
as categorias de ato e liberdade. Ele diz que ato é a unidade
de "essência e existência" e argumenta que isso não descarta
a atualidade de ideias que se tornam atualizadas realizando-se
na existência externa. E define a liberdade como a "verdade
da necessidade", ou seja, a liberdade pressupõe a necessidade
no sentido de que a própria ação e a reação providenciam
uma estrutura da ação livre. Na doutrina do conceito trabalhase o conceito em função da subjetividade, da objetividade e
da articulação entre subjetividade e objetividade. O conceito
subjetivo contém três funcionalidades: universalidade,
particularidade e individualidade. Essas três funções operam
de acordo com um movimento "dialético" progressivo do
primeiro para o terceiro e na totalidade expressam o conceito
de individualidade. As funções relacionam logicamente os
juízos, porém não dizem respeito apenas às operações
mentais, mas também explicam as próprias relações reais.
Para uma noção geral:
http://www.youtube.com/watch?v=tEg1jiXh_lc
http://www.youtube.com/watch?v=j9RIouTp-nE
Resposta da questão 14:
[C]
A dialética hegeliana, basicamente, expõe a natureza do real
como processo, isto é, que tal natureza seja em si infinita e
desenvolvida através de contradições – não por outro motivo,
Heráclito é considerado o primeiro filósofo. Utilizando uma
forma triádica, inspirada na filosofia de Kant e Fichte, Hegel
FILOSOFIA – MÓDULO 03 - LISTA DE EXERCÍCIOS
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pretendeu demonstrar uma nova noção de ciência que
superasse seus antecessores.
Resposta da questão 15:
[D]
Somente a alternativa [D] está de acordo com a afirmação de
Espinosa. Segundo ele, a liberdade está ligada à ideia de causa
ativa e se explica pela ausência de constrangimento externo.
Somente Deus é livre, enquanto que os homens são seres
dominados pela paixão. As noções de bem e mal existem,
nesse contexto relativo aos homens, estando vinculadas à
utilidade, dando ao homem a possibilidade de ação para além
das determinações naturais.
Resposta da questão 16:
[B]
A estrutura da lógica hegeliana é triádica, que reflete a
organização de um sistema filosófico mais amplo e da lógica
sobre sua variedade de motivos internos e externos. A divisão
da lógica é esta: 1) a doutrina do ser, 2) a doutrina da essência
e 3) a doutrina da noção (ou do conceito). Na doutrina do ser,
por exemplo, Hegel explica o conceito de "ser-por-si" como
uma autorrelação que resolve a oposição entre o próprio e o
outro na "idealidade do finito". Na doutrina da essência, Hegel
explica as categorias de ato e liberdade. Ele diz que ato é a
unidade de "essência e existência" e argumenta que isso não
descarta a atualidade de ideias que se tornam atualizadas,
realizando-se na existência externa. Também define a
liberdade como a "verdade da necessidade", ou seja, a
liberdade pressupõe a necessidade no sentido de que a
própria ação e a reação providenciam uma estrutura da ação
livre. Na doutrina do conceito trabalha-se o conceito em
função da subjetividade, da objetividade e da articulação
entre subjetividade e objetividade. O conceito subjetivo
contém três funcionalidades: universalidade, particularidade e
individualidade. Essas três funções operam de acordo com um
movimento "dialético" progressivo do primeiro para o terceiro
e na totalidade expressam o conceito de individualidade. As
funções relacionam logicamente os juízos, porém não dizem
respeito apenas às operações mentais, mas também explicam
as próprias relações reais.
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