ESTADOS UNIDOS COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO (SEC) Washington, DC 20549 FORMULÁRIO 20-F • DECLARAÇÃO DE REGISTRO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 12(b) OU (g) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 OU • RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 Para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2016 OU • RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 OU • RELATÓRIO DE EMPRESA FICTÍCIA EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 Número de registro na Comissão 001-15102 EMBRAER S.A. (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu documento de constituição) EMBRAER Inc. (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada) República Federativa do Brasil (Jurisdição da constituição) Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1909 14º e 15º andares - Torre Norte - São Paulo Corporate Towers 04543-907 São Paulo, SP - Brasil (Endereço da sede social) Eduardo Couto Chefe de Relações com Investidores (55) 11 3040-6874 Departamento de relações com investidores, (55) 11 3040-6874, [email protected] (Nome, telefone, e-mail e/ou fax e endereço da pessoa de contato da empresa) Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o artigo 12(b) da Lei Denominação de cada classe: Nome de cada uma das bolsas onde está registrada Ações ordinárias, sem valor nominal (representadas por, e comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos representa quatro ações comuns) Bolsa de Valores de Nova York Notas a 5,150% da Embraer S.A. a vencer em 2022 Bolsa de Valores de Nova York Notas garantidas a 5,050% da Embraer Netherlands Finance B.V. a vencer em 2025 Bolsa de Valores de Nova York Notas garantidas a 5,40% da Embraer Netherlands Finance B.V. a vencer em 2027 Bolsa de Valores de Nova York Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o artigo 12(g) da Lei Nenhum. Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com o artigo 15(d) da Lei Denominação de cada classe Notas garantidas a 6,375% da Embraer Overseas Ltd., garantidas pela Embraer S.A., a vencer em 2017 Notas garantidas a 6,375% da Embraer Overseas Ltd., garantidas pela Embraer S.A., a vencer em 2020 Quantidade de ações em circulação de cada uma das classes do emissor de capital ou ações ordinárias em 31 de dezembro de 2016: 734.558.923 ações ordinárias, sem valor nominal Indique com um “x” se a interessada é emitente experiente reconhecida, conforme definido na Regra 405 da Lei de Mercado de Capitais. Sim Não • Se este relatório for um relatório anual ou de transição, indique com um “x” se não for exigido da interessada apresentar relatórios em conformidade com o artigo 13 ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais de 1934. Sim • Não Indique com um “x” se a interessada (1) apresentou todos os relatórios exigidos conforme o artigo 13 ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais de 1934, nos 12 meses anteriores (ou outro prazo menor durante o qual a interessada deveria apresentar os referidos relatórios), e (2) esteve sujeita às referidas exigências de apresentação nos últimos 90 dias. Sim Não • Indique com um “x” se a interessada enviou eletronicamente e publicou em seu site corporativo, se existente, algum arquivo de dados interativos a ser apresentado e publicado conforme a Regra 405 do Regulamento S-T (§ 232.405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou outro prazo menor em que a interessada estava obrigada a apresentar e publicar esses arquivos). Sim • Não • Indique com um “x” se a interessada é uma “large accelerated filer”, uma “accelerated filer”, ou uma “nonaccelerated filer”. Consulte a definição de “accelerated filer” e “large accelerated filer” na Regra 12b-2 da Lei de Mercado de Capitais. Large Accelerated Filer Accelerated Filer • Non-accelerated filer • Indique com um “x” qual base contábil a interessada utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas nesta apresentação: • GAAP DOS EUA Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, conforme definidas pelo Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) Outro • Se “Outro” foi marcado em resposta à pergunta anterior, indique com um “x” qual item da demonstração financeira a interessada decidiu seguir. Item 17 • Item 18 • Se este for um relatório anual, indique com um “x” se a interessada é uma empresa fictícia (conforme definido na Regra 12b-2 da Lei de Mercado de Capitais). Sim • Não ÍNDICE Página Parte I ITEM 1. ITEM 2. ITEM 3. 3A. 3B 3C. 3D. ITEM4. 4A. 4B. 4C. 4D. ITEM 4A. ITEM 5. 5A. 5B. 5C. 5D. 5E. 5F. 5G. ITEM 6. 6A. 6B. 6C. 6D. 6E. ITEM 7. 7A. 7B. 7C. ITEM 8. 8A. 8B. ITEM 9. 9A. 9B. 9C. 9D. 9E. 9F. ITEM 10. 10A. 10B. 10C. 10D. 10E. IDENTDADE DOS CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES ........................................ 4 ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO .................................................. 4 INFORMAÇÕES-CHAVE ............................................................................................................... 4 Dados financeiros selecionados e outros dados ................................................................................ 4 Capitalização e endividamento ......................................................................................................... 7 Motivos da oferta e utilização do resultado ...................................................................................... 8 Fatores de risco ................................................................................................................................. 8 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ....................................................................................... 23 Histórico e desenvolvimento da empresa ........................................................................................ 23 Visão geral da empresa ................................................................................................................... 25 Estrutura organizacional ................................................................................................................. 46 Ativo imobilizado ........................................................................................................................... 46 COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS.................................................... 50 RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS ......................................... 50 Resultados operacionais .................................................................................................................. 50 Liquidez e Recursos de Capital ....................................................................................................... 68 Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças, etc...................................................................... 74 Informações sobre tendências ......................................................................................................... 77 Composições não registradas no balanço ........................................................................................ 83 Demonstrações tabulares de obrigações contratuais ....................................................................... 86 Safe Harbor ..................................................................................................................................... 87 CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS ................................................................. 87 Conselheiros e diretoria .................................................................................................................. 87 Remuneração................................................................................................................................... 94 Práticas do Conselho ....................................................................................................................... 97 Funcionários .................................................................................................................................... 98 Propriedade das Ações .................................................................................................................... 99 OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS ............... 99 Principais Acionistas ....................................................................................................................... 99 Operações com partes relacionadas............................................................................................... 100 Participação de especialistas e consultores ................................................................................... 102 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................... 102 Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras .................................................... 102 Mudanças significativas ................................................................................................................ 109 A OFERTA E A LISTAGEM ....................................................................................................... 109 Detalhes da oferta e listagem ........................................................................................................ 109 Plano de distribuição ..................................................................................................................... 110 Mercados ....................................................................................................................................... 111 Acionistas vendedores................................................................................................................... 113 Diluição ......................................................................................................................................... 113 Despesas de emissão ..................................................................................................................... 113 INFORMAÇÕES ADICIONAIS .................................................................................................. 114 Capital social ................................................................................................................................. 114 Atos constitutivos e contrato social ............................................................................................... 114 Contratos importantes ................................................................................................................... 127 Controles de câmbio...................................................................................................................... 127 Tributação ..................................................................................................................................... 128 10F. 10G. 10H. 10I. ITEM 11. ITEM 12. 12A. 12B 12C. 12D. Dividendos e agentes pagadores ................................................................................................... 137 Declarações de peritos .................................................................................................................. 137 Documentação disponível ............................................................................................................. 137 Informação complementar ............................................................................................................ 137 DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO................................................................................................................................... 137 DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, EXCETO AÇÕES................................ 143 Títulos de dívida ........................................................................................................................... 143 Garantias e direitos........................................................................................................................ 143 Outros títulos ................................................................................................................................. 144 Ações de depósitos americanos ..................................................................................................... 144 Parte II ITEM 13. ITEM 14. ITEM 15. ITEM 16A. ITEM 16B. ITEM 16C. ITEM 16D. TEM 16E. ITEM 16F. ITEM 16G. ITEM 16H. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES ...................................... 146 MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS TITULARES DE VALORES MOBILIÁRIOS E UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................... 146 CONTROLES E PROCEDIMENTOS ......................................................................................... 146 ESPECIALISTA FINANCEIRO DA COMISSÃO DE AUDITORIA ........................................ 147 CÓDIGO DE ÉTICA .................................................................................................................... 147 PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE AUDTORIA .................................................. 147 ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMISSÕES DE AUDITORIA .............. 148 COMPRAS DE TÍTULOS PELA EMITENTE E COMPRADORAS FILIADAS ...................... 149 MUDANÇA DE AUDITOR DA INTERESSADA ...................................................................... 149 GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................................................. 150 DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DA MINA .......................................................................... 152 Parte III ITEM 17. ITEM 18. ITEM 19. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 153 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 153 ANEXOS ...................................................................................................................................... 153 INTRODUÇÃO Neste relatório anual, “Embraer”, “nós” , “a nós”, “nosso” ou “a Empresa” se referem à Embraer S.A. e suas subsidiárias consolidadas. Todas as referências aos termos “real”, “reais” ou “R$” são relativas ao real brasileiro, a moeda oficial brasileira. Todas as referências aos termos “US$”, “dólares” ou “dólares norteamericanos” são relativas ao dólar norte-americano. Divulgação dos Dados Financeiros e Outros Dados Dados financeiros Nossas demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 estão incluídas neste relatório anual. Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, ou IFRS, emitidas pelo Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB). Após analisar nossas operações e negócios em relação à aplicação das Normas Contábeis Internacionais ou IAS, 21 – “Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio”, particularmente em relação aos fatores envolvidos na determinação de nossa moeda funcional, a diretoria concluiu que nossa moeda funcional é o dólar norteamericano. Esta conclusão se baseia na análise dos seguintes fatores, definidos nas IAS 21: (1) a moeda que mais influencia os preços de venda de nossos bens e serviços; (2) a moeda dos países cujas forças competitivas são primordiais na determinação dos preços de venda de nossos bens e serviços; (3) a moeda que mais influencia os preços de matéria-prima e outros custos envolvidos no fornecimento de nossos bens e serviços; (4) a moeda em que os fundos para as operações financeiras são obtidos e (5) a moeda na qual a receita das operações normalmente é recebida. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma de nossas subsidiárias são medidos com a moeda do ambiente econômico primário no qual tal subsidiária opera. Nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas incluídas em outro local do presente relatório anual são apresentadas em dólares, que é nossa moeda de apresentação. Em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2016, 2015 e 2014, os ganhos e perdas resultantes do novo cálculo dos itens financeiros, bem como de operações em moeda estrangeira, constam da demonstração de resultados consolidados como um item individual. Para certas finalidades, tais como publicação de relatórios aos acionistas brasileiros, a apresentação das demonstrações financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a determinação do pagamento de dividendos e obrigações tributárias no Brasil, elaboramos e continuaremos a ser obrigados a elaborar demonstrações financeiras de acordo com a lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, ou Lei das Sociedades por Ações. Devido à cotação de nossas ações ordinárias no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, ou mais simplesmente Bolsa de Valores de São Paulo, desde janeiro de 2009 devemos traduzir para o inglês nossas demonstrações financeiras trimestrais. Emissores privados estrangeiros não estão sujeitos a publicação de relatórios trimestrais conforme as regras 13a-13 e 15d13 da Lei de Mercado de Capitais. Da mesma forma, os emissores privados estrangeiros que apresentam relatórios anuais no formulário 20-F são apenas obrigados a fornecer imediatamente, num formulário 6-K, informações importantes como em comunicado de imprensa que sejam (1) distribuídas aos acionistas ou apresentadas numa bolsa nacional, se esta bolsa as tornarem públicas, ou (2) exigidas por suas leis internas a se tornarem públicas. Outros dados e carteira de pedidos Neste relatório anual: • alguns dos dados financeiros refletem o efeito de arredondamento; • as autonomias das aeronaves são expressas em milhas náuticas; • uma milha náutica equivale a cerca de 1,15 milha comum ou terrestre, ou aproximadamente 1,85 quilômetro; • as velocidades das aeronaves são expressas em milhas náuticas por hora ou nós, ou em Mach, medida da velocidade do som; • o termo “jato regional” refere-se a aeronaves a jato com 70-130 passageiros - todas as nossas aeronaves a jato regionais são vendidas no segmento de aviação comercial; • a expressão “aeronaves comerciais”, no que diz respeito à Embraer, se refere nossos jatos regionais; • os termos “jato entry-level” e “jato light” se referem a jatos executivos com capacidade em geral para quatro a oito passageiros e até nove passageiros, respectivamente, projetados para distâncias curtas; • o termo “jato mid-light” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até nove passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 1,7 a 3 mil milhas náuticas; • o termo “jato mid-size” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até doze passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 3 a 3,3 mil milhas náuticas; • o termo “jato large” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até 19 passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 3,9 a 5,6 mil milhas náuticas; • o termo “jato ultra-large” se refere a jatos executivos com maior alcance e espaço de cabine superdimensionado que têm em média capacidade para até 19 passageiros; e • o termo “jatos executivos”, no que diz respeito à Embraer, se refere a nossas aeronaves vendidas a empresas, inclusive empresas com titularidade fracionária, empresas de fretamento e táxi aéreo, bem como indivíduos com alto patrimônio líquido. Calculamos nossa carteira de pedidos como sendo a soma dos valores de contrato de todos os pedidos firmes (i) de aeronaves que ainda não foram entregues e (ii) de serviços e tecnologias contratados e ainda não executados em nosso segmento de defesa e segurança. Um pedido firme é um compromisso formal de um cliente, representado por um contrato assinado. As opções para adquirir aeronaves não são consideradas parte de nossa carteira de pedidos. Nota especial acerca das estimativas Este relatório anual abrange estimativas, nos termos do artigo 27A da Lei norte-americana de Mercado de Capitais de 1933, e seus aditamentos, ou Lei de Mercado de Capitais, e do artigo 21E da Lei norte-americana de Mercado de Capitais de 1934, e seus aditamentos, ou Lei de Mercado de Capitais, principalmente nos Itens 3 a 5 e no Item 11 deste relatório anual. Baseamos essas estimativas em grande parte nas nossas expectativas atuais, nas projeções sobre eventos futuros e nas tendências financeiras do setor que afetam nossos negócios. Essas estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições, incluindo, entre outros: • a situação econômica, política e de negócios, no Brasil bem como em nossos outros mercados; • mudanças nas condições de competitividade e no nível geral de demanda por nossos produtos; • as expectativas da diretoria e as estimativas acerca de nosso desempenho financeiro futuro, planos e programas de financiamento, e os efeitos da concorrência; • os efeitos de cancelamentos, modificações e/ou reprogramação de pedidos contratuais pelos clientes; • o efeito de mudança de prioridades ou reduções nos orçamentos de defesa do governo brasileiro ou de governos internacionais sobre as nossas receitas; • o desenvolvimento contínuo e a comercialização bem-sucedida da família E-Jets, incluindo o desenvolvimento da nova geração, os E-Jets E2, nossa linha de jatos executivos (incluindo Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, Legacy 1000, Legacy 650, Legacy 450 e Legacy 500) e nossas aeronaves de defesa e segurança e serviços; • nosso nível de endividamento; • a antecipação de tendências em nosso segmento, incluindo, entre outros, a continuidade de tendências de longo prazo no tráfego de passageiros e produção de receita no segmento aeronáutico; • nossas previsões de curto e longo prazo para o mercado de aeronaves comerciais com capacidade para 70 a 130 passageiros; • nossos planos de despesas; • inflação e flutuações da taxa de câmbio; • o impacto da volatilidade dos preços de combustível e a resposta do setor aeronáutico; • nossa capacidade de desenvolver e entregar nossos produtos com pontualidade; • disponibilidade de financiamento de venda para os clientes atuais e em potencial; • regulamentação governamental atual e futura; • nosso relacionamento com a força de trabalho; e • outros fatores de risco conforme o disposto no “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco”. Os termos “acredita”, “poderá”, “será”, “calcula”, “estima”, “planeja”, “continua”, “prevê”, “pretende”, “espera” e semelhantes destinam-se a identificar considerações sobre estimativas. Não nos obrigamos a atualizar publicamente ou revisar quaisquer estimativas em função de novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores. Em vista desses riscos e incertezas, os eventos futuros e as circunstâncias abordadas neste relatório anual poderão não ocorrer. Nossos resultados reais e nosso desempenho poderão diferir de maneira significativa daqueles prognosticados nas estimativas. Como resultado de diversos fatores, como os riscos descritos no “Item 3D. Informações-chave - Fatores de risco”, não se deve confiar demais nessas estimativas. PARTE I ITEM 1. IDENTDADE DOS CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES Não se aplica. ITEM 2. ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO Não se aplica. ITEM 3. INFORMAÇÕES-CHAVE 3A. Dados financeiros selecionados e outros dados A tabela a seguir apresenta nossos dados financeiros selecionados que foram obtidos a partir de nossas demonstrações financeiras auditadas consolidadas, preparadas de acordo com as IFRS conforme emitidas pelo IASB e outros dados em e para os anos findos em 31 de dezembro de 2016, 2015, 2014, 2013 e 2012. Os dados financeiros selecionados para os anos findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 são obtidos de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas incluídas neste relatório anual. Esses dados financeiros selecionados devem ser lidos junto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e as notas correspondentes incluídas em outra parte deste relatório anual. Para obter informações sobre nossos resultados por segmento, consulte a Nota 38 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Dados financeiros selecionados Dados da demonstração de resultado consolidada Receita .......................................................... Custo de vendas e serviços ........................ Lucro bruto .................................................. Receitas operacionais (despesas) ................ Administração ........................................... Vendas ....................................................... Pesquisa ..................................................... Outras receitas (despesas) operacionais líquidas. ................................................................... Equivalência patrimonial em perdas de associadas .................................................. Lucro operacional antes das receitas (despesas) financeiras .................................................... Receitas (despesas) financeiras líquidas .... Ganho (perda) cambial líquido .................. Lucro antes do imposto de renda ............... Benefícios fiscais (despesas) ..................... Receita líquida ............................................. Atribuível a: .............................................. Proprietários da Embraer ........................ Participação não controladora ................ 2016 6.217,5 (4.980,7) 1.236,8 (164,3) (368,6) (47,6) (450,0) (0,3) Exercício findo em 31 de dezembro 2015 2014 2013 (em milhões de US$) 5.928,1 6.288,8 (4.816,8) (5.038,3) 1.111,3 1.250,5 2012 6.235,0 6.167,0 (4.676, (4.818,9) 6) 1.416,1 1.490,4 (182,0) (361,6) (41,7) (207,5) (419,9) (47,1) (194,2) (32,6) 36.9 (42,8) (0,3) (0,1) — 1,2 206,0 (51,4) 4,5 159,1 8,7 167,8 331,5 543,3 (22,9) 27,6 336,2 (255,4) 80,8 (24,5) (14,9) 503,9 (156,2) 347,7 166,1 1,7 69,2 11,6 334,7 13,0 (210,5) (279,2) (454,4) (480,4) (74,7) (77,3) 713,4 611,9 (96,4) (6,8) (14,6) 8,7 602,4 613,8 (256,4) (265,2) 346,0 348,6 342,0 4,0 347,8 0,8 Ganhos por ação – Básico Lucro líquido atribuível aos proprietários da Embraer .................................................................... Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) ................................................................... Ganhos básicos por ação - US$ ................................ Ganhos por ação - Diluído Lucro líquido atribuível aos proprietários da Embraer .................................................................... Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) ................................................................... Diluição para emissão de ações (em milhares)1 ........ Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) - diluído .................................................... Lucro diluído por ação .............................................. (1) 2016 166,1 735.571 0,2258 2016 Exercício findo em 31 de dezembro 2015 2014 2013 (em US$, exceto para dados de ação) 2012 69,2 334,7 342,0 347,8 730.205 0,0947 733.677 0,4562 729.001 0,4691 725.023 0,4797 Exercício findo em 31 de dezembro 2015 2014 2013 (em US$, exceto para dados de ação) 2012 166,1 69,2 334,7 342,0 347,8 735.571 1.690,1 730.205 3.364 733.677 3.786 729.001 4.795 725.023 2.708 737.261 0,2253 733.569 0,0943 737.463 0,4538 733.796 0,4661 727.731 0,4780 Refere-se ao efeito de ações potencialmente diluidoras. Dados da posição financeira das Demonstrações Consolidadas 2016 2015 Em 31 de dezembro 2014 2013 (em milhões de US$) Caixa e equivalentes de caixa .................................... 1.241,5 Investimentos financeiros .......................................... 1.775,5 Outros ativos circulantes ............................................ 3.764,7 Imobilizado ................................................................ 2.154,2 Ativos intangíveis ...................................................... 1.664,6 Outros ativos de longo prazo...................................... 1.064,1 Ativo total ..................................................................... 11.664,6 Empréstimos e financiamento de curto prazo ............ 510,3 Outras contas a pagar exigíveis ................................ 2.670,6 Empréstimos e financiamento de longo prazo ........... 3.249,6 Outros passivos de longo prazo................................ 1.292,9 Capital social dos acionistas da empresa.................... 3.848,8 92,4 Participação não controladora .................................... Total do capital social dos acionistas ......................... 3.941,2 Total do passivo e capital social................................ 11.664,6 2.165,5 622,6 3.623,5 2.027,4 1.405,4 1.825,1 11.669,5 219,4 2.861,0 3.311,1 1.434,3 3.741,8 101,9 3.843,7 11.669,5 Outros dados financeiros consolidados Exercício findo em 31 de dezembro 2015 2014 2013 2016 1.713,0 710,6 3.387,1 2.025,8 1.260,9 1.313,6 10.411,0 89,7 2.463,2 2.418,4 1.574,9 3.764,8 100,0 3.864,8 10.411,0 1.683,7 939,9 3.144,2 1.993,3 1.109,1 1.272,3 10.142,5 79,3 2.813,4 2.115,0 1.502,6 3.533,6 98,6 3.632,2 10.142,5 2012 1.797,0 578,2 2.983,5 1.738,4 958,8 1.425,0 9.480,9 336,3 2.452,4 1.730,2 1.611,7 3.258,3 92,0 3.350,3 9.480,9 2012 (em milhões de US$) Caixa líquido gerado (usado em) em atividades operacionais .................................................................. Caixa líquido usado em atividades de investimento ..... Caixa líquido gerado pelas atividades financeiras ....... Depreciação e amortização ........................................... (20,5) 862,5 (979,6) (1.417,4) 8,9 1.224,0 327,0 316,8 482,3 (671,5) 333,3 286,3 564,6 (764,0) 192,5 290,6 693,0 (617,3) 422,3 278,8 Outros Dados Outros dados: Aeronaves entregues: Para o mercado de aviação comercial EMBRAER 170 ......................................... EMBRAER 175 ......................................... EMBRAER 190 ......................................... EMBRAER 195 ......................................... Para o mercado de defesa e segurança....... EMB 145 AEW&C/RS/MP ....................... EMB 312 Tucano/AL-X/ Super Tucano .... Para o mercado de jatos executivos Legacy 600/650 .......................................... Legacy 450/500 .......................................... EMBRAER 145/170/190 Shuttle ............... Phenom 100 ............................................... Phenom 300 ............................................... Lineage 1000 .............................................. Para o mercado de aviação geral Aeronave leve a hélice ............................... Total entregue .............................................. Exercício findo em 31 de dezembro 2015 2014 2013 2016 108 — 90 11 7 15 2 13 117 9 33 — 10 63 2 2 2 244 101 2 82 8 9 20 1 19 120 12 23 — 12 70 3 19 19 260 92 1 62 19 10 7 — 7 116 18 3 — 19 73 3 38 38 253 90 4 24 45 17 6 — 6 119 23 — 2 30 60 4 60 60 275 2012 106 1 20 62 23 16 2 14 99 19 — 1 29 48 2 62 62 283 Exercício findo em 31 de dezembro Outros dados: Aeronaves na carteira de pedidos 2016 No mercado de aviação comercial 450 3 EMBRAER 170 ................................... EMBRAER 175 ................................... 104 56 EMBRAER 190 ................................... 12 EMBRAER 195 ................................... 100 EMBRAER 175 - E2............................ 85 EMBRAER 190 - E2............................ 90 EMBRAER 195 - E2............................ No mercado de defesa e segurança 64 — EMB 145 AEW&C/RS/MP ................. EMB 312 Tucano/EMB 314/EP Super Tucano ....................................... 7 — LAS ...................................................... 5 E99 ....................................................... 28 KC-390................................................. 4 VU-Y ................................................... MFTS .................................................. 5 15 F-39 ...................................................... No mercado de jatos executivos 122 Legacy 450/500/600/650/Phenom 10 0/300/Lineage 1000/EMBRAER 1 122 70/190 Shuttle................................... No mercado de aviação geral — — Aeronave leve a hélice ......................... Total da carteira de pedidos (aeronaves) .............................................. 636 Total da carteira de pedidos (em US$ milhões) ................................................... 19.622,8 2015 513 3 169 55 19 100 77 90 74 — 2014 459 5 172 65 7 100 60 50 65 1 2013 429 1 188 73 17 100 25 25 38 1 2012 185 10 35 109 31 — — — 19 1 14 6 5 28 6 8 17 5 28 6 12 20 5 — — 18 — — — — 15 163 — 168 — 208 — 272 163 — — 168 — — 208 — — 272 — — 750 692 675 476 22.460,7 20.920,2 18.205,5 12.462,2 Taxa de câmbio O sistema de câmbio do Brasil permite a compra e venda de divisas e a transferência internacional de reais por qualquer pessoa física ou jurídica, independentemente do montante, sujeito a certos procedimentos regulamentares. Desde 1999, a taxa de câmbio real/US$ tem flutuado consideravelmente. No passado, o Banco Central intervinha de tempos em tempos para controlar movimentações instáveis das taxas de câmbio. Não podemos prever se o Banco Central ou o governo irá continuar deixando o real flutuar livremente ou se fará alguma intervenção no mercado de câmbio por meio de um sistema de faixas de divisas ou outro. O real pode ser depreciado ou valorizado em relação ao dólar de forma substancial, no futuro. Consulte “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco — Riscos relacionados ao Brasil”. A tabela a seguir mostra a taxa de venda do câmbio comercial, expressa em reais por dólar, para os períodos indicados: Exercício findo em 31 de dezembro 2012 ............................................................................... 2013 ............................................................................... 2014 ............................................................................... 2015 ............................................................................... 2016 ............................................................................... Taxa de câmbio em reais para US$ 1,00 Final do Período Baixo Alto Média1 1,7024 2,1121 1,9588 2,0435 1,9528 2,4457 2,1741 2,3426 2,1974 2,7403 2,3547 2,6562 2,5754 4,1949 3,3876 3,9048 3,1193 4,1558 3,4500 3,2591 Mês Setembro de 2016 ......................................................... Outubro de 2016 ........................................................... Novembro de 2016 ........................................................ Dezembro de 2016 ........................................................ Janeiro de 2017 ............................................................. Fevereiro de 2017 ......................................................... Março de 2017 (até 15 de março de 2017) .................... Taxa de câmbio em reais para US$ 1,00 Final do Baixo Alto Média2 Período 3,1934 3,3326 3,2564 3,2462 3,1193 3,2359 3,1858 3,1811 3,2024 3,4446 3,3420 3,3967 3,2591 3,4650 3,3523 3,2591 3,1270 3,2729 3,1966 3,1270 3,0510 3,1479 3,1039 3,0993 3,0976 3,1735 3,1402 3,1629 Fonte: Banco Central do Brasil. (1) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante os respectivos períodos. (2) Representa a média das taxas de câmbio durante os respectivos períodos. Pagaremos todos os dividendos em dinheiro e efetuaremos qualquer outra distribuição em dinheiro relativa a ações ordinárias em reais. Neste sentido, as flutuações das taxas de câmbio podem afetar os valores em dólares recebidos pelos titulares das Ações de Depósitos Americanos, ou ADSs, na conversão em dólares pelo depositário de nosso programa de ADS das referidas distribuições para pagamento a titulares de ADSs. As flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar também podem afetar o equivalente em dólares do preço em real de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. 3B Capitalização e endividamento Não se aplica. 3C. Motivos da oferta e utilização do resultado Não se aplica. 3D. Fatores de risco Riscos relacionados à Embraer Uma desaceleração nos mercados aeronáuticos comercial e executivo poderá reduzir nossas vendas e receitas e, consequentemente, nossa lucratividade. Esperamos que uma parcela substancial de nossas vendas seja derivada das vendas de jatos comerciais e executivos. Historicamente, esses mercados têm apresentado um comportamento cíclico, devido a uma série de fatores externos e internos à atividade de viagens aéreas, inclusive condições gerais da economia. Desacelerações econômicas no nosso setor podem reduzir a demanda de viagens aéreas, bem como os gastos pessoais e corporativos, o que pode afetar negativamente nossos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos. Desacelerações podem também levar a uma diminuição no volume do financiamento disponível a nossos clientes para compras de aeronaves, particularmente nos segmentos acima mencionados. Uma retração contínua das condições gerais desfavoráveis da economia pode resultar em maior redução das viagens aéreas e menos pedidos para nossas aeronaves. Nossos clientes também podem adiar ou cancelar compras de nossas aeronaves. Não podemos prognosticar a dimensão nem a duração do impacto que os acontecimentos acima referidos poderão causar, não somente no setor de transporte como um todo, como em nosso negócio em particular. Dependemos de clientes-chave. No segmento de Aviação Comercial, em 31 de dezembro de 2016, mais de 85% dos nossos pedidos firmes na carteira da família de jatos EMBRAER 170/190 eram das empresas Skywest, American Airlines, United, JetBlue, Alaska, Air France-KLM e Hainan, e a empresa de leasing NAC/Aldus. Acreditamos que continuaremos a depender de um número seleto de clientes-chave, e a perda de qualquer um deles poderá reduzir nossas receitas e a participação no mercado. A diminuição nas vendas reduzirá nossa lucratividade. Progressivamente, o setor da aviação comercial está buscando reduzir custos e aumentar a eficiência, e está passando por um processo de consolidação através de fusões, aquisições e alianças por meio de acordos de compartilhamento de rotas. Embora se espere que essas consolidações e alianças resultem na criação de empresas aéreas mais estáveis e competitivas, isso também pode resultar na redução do número de clientes existentes e potenciais e, possivelmente, do número de compras de nossas aeronaves. As dificuldades financeiras, as restruturações e os processos de falência de companhias aéreas podem ter um efeito significativo adverso nos resultados de nossas operações e na situação financeira. Em fevereiro de 2016, a Republic Airways Holdings, que naquela época operava uma frota de 230 aeronaves de aviação comercial Embraer (dos quais 50 são da família ERJ145 e 180 são modelos E170/E175) abriu um processo de falência nos termos do Capítulo 11. Em resultado, provisionamos um total de US$ 100,9 milhões para cobrir as despesas esperadas relacionadas a obrigações de garantias financeiras oferecidas ao principal agente financeiro da aeronave ERJ 140/145, adquiridas e entregues a este cliente. Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Além disso, os atrasos nos ciclos de pagamento de clientes importantes podem afetar negativamente nossa posição de caixa e capital de giro, como aconteceu, por exemplo, em 2014 e em uma menor escala em 2015 . No segmento de aviação executiva, estamos cada vez mais têm contado com ordens individuais dado que a participação de ordens de frota na carteira de pedidos está diminuindo. A grande aceitação dos jatos Legacy e Phenom pelos clientes de frotas nos últimos anos tem impulsionado o crescimento de nossas vendas, carteira de pedidos e entregas, mas a demanda de renovação da frota diminuiu e espera-se que ocorra a um ritmo mais moderado por um longo período à medida que a frota atual vai envelhecendo. Em nosso segmento da Defesa e Segurança, o governo federal é nosso maior cliente de aeronaves de defesa. A receita de vendas ao governo federal foi responsável por mais de 61,8% da receita do segmento no ano encerrado em 31 de dezembro de 2016. Uma diminuição nos investimentos em defesa pelo governo federal devido a restrições orçamentárias ou outros fatores fora de nosso controle podem diminuir nossa receita em Defesa e Segurança. Não podemos assegurar que o governo federal continuará a adquirir produtos e serviços de defesa da nossa empresa no futuro no mesmo ritmo ou mesmo nível. Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a disposições de cancelamento que podem reduzir nossas receitas, a rentabilidade, a carteira de pedidos e o fluxo de caixa. Uma parcela de nossos pedidos firmes de aeronaves está sujeita a importantes contingências antes da entrega. Antes da entrega, alguns de nossos contratos de compra podem ser rescindidos, ou todo ou parte de um determinado pedido firme pode ser cancelada por diferentes razões, incluindo (i) atrasos prolongados na entrega de aeronaves ou a não obtenção de certificação da aeronave ou o não cumprimento de metas de desempenho e outras exigências, (ii) a impossibilidade de um cliente de honrar seus compromissos de compras de aeronaves ou (iii) quebra do ritmo de produção. Nossos clientes também podem reprogramar as entregas ou cancelar encomendas, especialmente durante uma desaceleração na economia. Em 2016, tivemos uma receita de US$ 16,8 milhões relacionada a multas contratuais pagas por clientes em função de cancelamentos de contrato, comparado à receita de multas contratuais de US$ 17,3 milhões em 2015 e US$ 31,6 milhões em 2014. Cancelamentos, atrasos ou reduções substanciais na quantidade de aeronaves entregues em qualquer exercício devem diminuir nossas vendas e receitas e, em consequência, nossa lucratividade, fluxo de caixa e carteira de pedidos. Algumas de nossas vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual, bem como a opções de trade-in que podem exigir desembolsos de caixa expressivos. Para a venda de algumas aeronaves, garantimos o desempenho financeiro de uma parte do financiamento e do valor residual de aeronaves que nós já entregamos. Garantias financeiras são fornecidas às instituições financeiras para respaldar uma parte das obrigações de pagamento dos compradores de nossas aeronaves nos termos de seus financiamentos, a fim de diminuir perdas relativas a inadimplência. Essas garantias são asseguradas pela aeronave financiada. As garantias de valor residual normalmente asseguram que, na data de exercício (entre 6 e 18 anos após a data de entrega da aeronave), a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de venda. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação (“teto”) e, portanto, em média nossa exposição de garantia de valor residual está limitada a 15% do preço de venda original. No caso do exercício por um comprador de sua garantia de valor residual, nós arcaremos com a diferença, se houver, entre o valor residual garantido e o valor de mercado da aeronave quando do referido exercício, limitado ao teto. Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não contabilizadas em balanço não honrarem seus respectivos contratos de financiamentos, e também pressupondo a necessidade de cobrirmos o valor total das garantias financeiras e de valor e residual em aberto, sem conseguirmos revender nenhuma das aeronaves para compensar nossas obrigações, nossa exposição máxima seria de US$ 477,3 milhões (ou, subtraindo provisões e passivos já contabilizados no valor de US$ 144,9 milhões como refletido na Nota 25 às nossas demonstrações financeiras auditadas consolidadas, US$ 332,4 milhões) de acordo com essas garantias em 31 de dezembro de 2016. Como resultado, seríamos obrigados a fazer pagamentos substanciais que podem não ser recuperáveis através de receitas provenientes da venda ou leasing de aeronaves, especialmente se, no futuro, não conseguirmos recomercializar algumas das aeronaves para compensar nossas obrigações ou inadimplências de financiamento com relação a uma parcela significativa de nossas aeronaves. É mais provável que caia o valor das aeronaves dadas em garantia, e que terceiros se tornem inadimplentes em épocas de desaceleração econômica. Consulte a Nota 36 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e o “Item 5E – Acordos fora do Balanço” para uma análise mais detalhada dessas garantias. Além disso, podemos ocasionalmente oferecer opções de troca (trade-in) aos nossos clientes na assinatura dos contratos de compra de novas aeronaves. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave na compra e aceitação de uma nova. Em 2016, aceitamos 43 aeronaves, com um valor total faturado de US$ 365,4 milhões, conforme as opções de trade-in, comparado com 25 aeronaves com um valor faturado total de US$ 145,8 milhões em 2015 e 5 aeronaves, com um valor total faturado de US$ 43,9 milhões, em 2014. No agregado, estamos atualmente sujeitos a opções de trade-in relativas a 13 aeronaves, resultantes de trade-ins vinculados a obrigações contratuais com clientes e de entregar a esses clientes algumas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar sujeitas a trade-ins devido a novos contratos de vendas. O preço da opção trade-in é determinado com base na nova aeronave vendida, bem como outros fatores, incluindo uma avaliação do valor de mercado realizada por avaliadores independentes de terceiros. Podemos ser obrigados a aceitar trade-ins de aeronaves por preços que podem resultar em prejuízo financeiro ao recebermos a aeronave. Reavaliamos continuamente nosso risco relacionado às garantias financeiras e obrigações de trade-in como parte do pagamento, com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da nossa aeronave conforme avaliações de terceiros, informações obtidas da revenda de aeronaves semelhantes no mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. Em 2016, 2015 e 2014 constituímos provisões de US$ 210,8 milhões, US$ 192,2 milhões (excluindo uma provisão para a concordata da Republic Airways de US$ 100,9 milhões) e US$ 238,0 milhões, respectivamente, relacionadas à exposição de garantias financeiras oferecidas ao principal agente financeiro das aeronaves ERJ 140/145, adquiridas e entregues a este cliente. Qualquer queda inesperada futura no valor de mercado das aeronaves cobertas por direitos de trade-in ou garantias financeiras reduziria nossa capacidade de recuperar os valores a pagar para cobrir nossas obrigações e nos levaria a contabilizar maiores encargos contra nossas receitas. Na hipótese de sermos obrigados a efetuar pagamentos relativos às citadas garantias, talvez possamos não dispor de caixa suficiente ou outros recursos financeiros e teríamos que financiar esses pagamentos. Não temos como assegurar que as condições de mercado na ocasião favoreceriam a revenda ou o leasing das aeronaves dadas em garantia pelo seu valor justo estimado ou dentro do prazo necessário. Portanto, o cumprimento de nossas obrigações de trade-in ou garantia financeira poderia acarretar grandes desembolsos de recursos em determinado exercício, fato que, por sua vez, reduziria nosso fluxo de caixa naquele exercício. Qualquer redução dos financiamentos disponibilizados pelo governo brasileiro aos nossos clientes, ou o aumento dos financiamentos disponibilizados por governos em benefício de nossos concorrentes pode diminuir a competitividade de nossas aeronaves. Tradicionalmente, os fabricantes de equipamentos originais (OEM) de aeronaves têm, ocasionalmente, recebido apoio de governos através de agências de crédito de exportação governamentais ou ECAs, a fim de oferecer condições de financiamento competitivas para seus clientes, especialmente em períodos de aperto do mercado tradicional de financiamentos. O apoio oficial do governo pode compreender subsídios não oficiais, causando distorções no mercado, o que pode dar origem a litígios entre governos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Desde 2007, um acordo conhecido como “Entendimento Setorial Aeronáutico”, ou ASU (Aircraft Sector Understanding), desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), forneceu as diretrizes para o uso previsível, consistente e transparente do financiamento respaldado pelo governo para venda ou arrendamento de aeronaves, a fim de estabelecer condições equitativas. As ECAs de países signatários precisam oferecer termos e condições não mais favoráveis do que as contidas no acordo financeiro básico do ASU ao financiar vendas de aeronaves que competem com as produzidas pelos OEMs de seus respectivos países. O efeito do acordo é incentivar os compradores de aeronaves a se concentrar no preço e na qualidade dos produtos oferecidos por OEMs em vez de pacotes financeiros oferecidos pelos respectivos governos. A ECA brasileira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES, junto com o Fundo de Garantia de Exportação do Tesouro Nacional, oferece financiamento e seguro de crédito de exportação aos nossos clientes nos termos e condições exigidos pelo ASU. Qualquer redução ou restrição ao programa de financiamento de exportação brasileiro, bem como qualquer aumento nos custos de financiamento dos nossos clientes para a participação neste programa, acima do previsto no acordo de financiamento base do ASU, pode fazer a competitividade de custo das nossas aeronaves declinar. Outros fatores externos também podem afetar a nossa competitividade no mercado, incluindo, entre outros, OEMs de aeronaves de países não signatários do ASU oferecendo pacotes de financiamento atraentes, ou quaisquer novos subsídios do governo respaldando qualquer dos nossos principais concorrentes. De 2004 a 2016, cerca de 27% de nossas entregas de Aviação Comercial estavam sujeitas a crédito oficial de exportação. Em 2015 e 2016, aproximadamente 43% e 57% de nossas entregas de Aviação Comercial, respectivamente, foram respaldadas pelo Programa Financeiro de Exportação brasileiro. Não podemos garantir que o governo brasileiro, por motivos políticos ou outros, não vá reduzir ou descontinuar esse tipo de fundos para o financiamento das nossas aeronaves, nem que outras fontes de financiamento estejam disponíveis para nossos clientes. A perda ou redução expressiva de recursos disponíveis aos nossos clientes, sem substituto adequado, pode levar a menos vendas de nossas aeronaves ou a eventual aumento do financiamento de aeronaves. Podemos nos deparar com uma série de desafios em decorrência do desenvolvimento de novos produtos e de uma possível busca de oportunidades de crescimento estratégico. Nossos produtos exigem um elevado nível de despesas em pesquisa, desenvolvimento e produção. Nosso principal projeto em andamento é o desenvolvimento da família E-Jets E2, compreendendo três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Estimamos que o nosso investimento total neste projeto seja de R$ 1,7 bilhão, valor esse livre de contribuições de fornecedores, até 2021. Em dezembro de 2016, revisamos nossa projeção de certificação e entrada em serviço do jet E175 E2 de 2020 para 2021. Essa reprogramação se baseia no interesse contínuo na geração atual do jato E175 no mercado norte-americano e as recentes negociações entre as principais companhias aéreas dos Estados Unidos e seus respectivos sindicatos de pilotos. Nosso investimento nos jatos executivos Legacy 450/500, lançados em abril de 2008, já está quase concluído, totalizando aproximadamente US$ 840 milhões até 2016. O primeiro jato executivo Legacy 500 foi entregue em outubro de 2014, e o Legacy 450 entrou em operação em dezembro de 2015. Não podemos assegurar que nossos produtos sejam aceitos por nossos clientes e pelo mercado, e se alguns de nossos produtos novos não atender as expectativas dos clientes ou a demanda do mercado, nosso negócio será significativa e adversamente afetado. Além disso, como continuamos a desenvolver novos produtos, poderá ser necessário realocar recursos existentes e obter novos fornecedores e parceiros de risco. Finalmente, os custos superiores aos previstos e atrasos no desenvolvimento e na entrega de novos produtos podem nos afetar de modo significativo e adverso. Poderemos buscar oportunidades estratégicas de crescimento, como fizemos no passado, incluindo joint ventures, aquisições ou outras transações, para ampliar nosso negócio ou aperfeiçoar nossos produtos e tecnologia. Poderemos enfrentar uma série de desafios, incluindo a dificuldade de identificar parceiros adequados, assimilar suas operações e pessoal e manter padrões e controles internos, bem como o desvio de foco de nossa diretoria do nosso negócio presente. Não podemos garantir que seremos capazes de superar esses desafios ou que nosso negócio não sofrerá turbulências. Podemos ser obrigados a reembolsar contribuições em dinheiro, relacionadas com a produção ou desenvolvimento de nossas aeronaves, se determinadas metas de produção não forem alcançadas. Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais eles contribuíram conosco, ao longo dos anos, com um total de US$ 1.153,5 milhões, desde o início do desenvolvimento das famílias de jatos EMBAER 170/190, Phenom 100/300, Legacy 450/500 e E2 até 31 de dezembro de 2016. Teremos que reembolsar as contribuições em dinheiro aos parceiros de risco se deixarmos de cumprir determinadas metas acordadas. O montante total dessas contribuições em dinheiro se tornou não reembolsável durante 2016, dado que cumprimos todas as metas exigidas. Embora, no momento, nenhuma contribuição em dinheiro de nossos parceiros de risco seja reembolsável, poderemos no futuro fazer acordos semelhantes e, se não conseguirmos cumprir determinadas metas acordadas com os nossos parceiros de risco, poderemos ter que reembolsar as contribuições em dinheiro para as quais não estabelecemos provisões. Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos. O setor de fabricação de jatos comerciais mundial é altamente competitivo. Juntamente com a Boeing, Airbus e Bombardier, todas grandes empresas internacionais, somos um dos principais fabricantes mundiais de aeronaves comerciais. Alguns desses concorrentes podem ter mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Embora tenhamos alcançado uma parcela expressiva do mercado de jatos comerciais, não podemos assegurar que seremos capazes de manter nossa participação atual no mercado. Nossa capacidade de manter a participação de mercado e de permanecermos competitivos a longo prazo no mercado de aviação comercial exige aperfeiçoamentos constantes em tecnologia e desempenho dos nossos produtos. Nosso principal concorrente no mercado de jatos regionais é a Bombardier Inc., empresa canadense de notável capacidade técnica, com recursos financeiros e de marketing. Além disso, companhias chinesas, russas e japonesas estão desenvolvendo jatos de capacidade média e já possuem pedidos firmes em carteira. Como participante relativamente novo no mercado de jatos executivos, enfrentamos concorrência significativa de empresas com maior histórico operacional e reputação no setor. Alguns de nossos concorrentes no mercado de jatos comerciais têm um longo histórico e uma base de clientes mais estabelecida. Além disso, o nível de aeronaves usadas para venda continua a exercer pressão sobre a demanda de novas aeronaves neste segmento e pode impactar o valor das aeronaves usadas que temos em nossa carteira. Não podemos garantir que continuaremos a aumentar a nossa participação no mercado no segmento de jatos comerciais, ou que não iremos sentir uma redução na nossa participação atual no mercado neste segmento, especialmente num cenário de redução da demanda mundial do mercado, o que esperamos para 2017. As medidas de proteção e outras medidas adotadas pelos governos de países específicos podem nos afetar adversa e desproporcionalmente quando comparados aos nossos principais concorrentes. Nossa produção é distribuída globalmente, com peças fabricadas em um ou mais países e montadas em outro e, como resultado, quaisquer limitações ao comércio, incluindo cotas, tarifas, subsídios ou requisitos de conteúdo local, podem aumentar nossos custos de produção e afetar nossa capacidade de competir em igualdade de condições no mercado de nossos produtos. Trabalhamos com um número limitado de fornecedores-chave. Não fabricamos todas as peças e componentes usados na produção de nossas aeronaves. Cerca de 85% dos custos de produção de nossas aeronaves comerciais consistem em materiais e equipamentos adquiridos de nossos parceiros de risco e outros grandes fornecedores. Acordos de parceria de risco são aqueles em que os fornecedores são responsáveis pelo projeto, desenvolvimento e fabricação dos principais componentes ou sistemas de nossas aeronaves. Em alguns casos, a aeronave é projetada especificamente para receber um determinado componente, que não pode ser substituído pelo de outro fabricante sem provocar atrasos e despesas substanciais. Além disso, existe no mundo apenas um número limitado de fornecedores de certos componentes-chave de aeronaves. Acompanhamos de perto os nossos principais fornecedores a fim de atenuar qualquer risco potencial da cadeia de abastecimento, mas não podemos assegurar que esses riscos, os quais podem afetar negativa e adversamente nosso desempenho operacional e financeiro, não se materializarão. Violações de propriedade intelectual podem nos afetar negativamente. Dependemos de leis de patentes, direitos autorais, marcas registradas e sigilo comercial bem como de acordos com nossos funcionários, clientes, fornecedores e terceiros, para estabelecer e manter nossos direitos de propriedade intelectual em tecnologia e produtos usados em nossas operações. Apesar dos esforços para proteger nossos direitos de propriedade intelectual, alguns desses direitos de propriedade intelectual, diretos ou indiretos, podem ser contestados, invalidados ou contornados. Além disso, embora acreditemos que estejamos cumprindo os direitos de propriedade intelectual de terceiros, podemos ser eventualmente acusados de violação e sofrer reivindicações no futuro. Essas reivindicações podem prejudicar nossa reputação, levar a multas e penalidades e nos impedir de oferecer determinados produtos ou serviços. Todas as reivindicações ou litígios nesta área, mesmo finalmente ganhando ou perdendo, podem consumir tempo e dinheiro, atingir nossa reputação ou fazer com que tenhamos que firmar acordos de licenciamentos. Poderemos não conseguir firmar esses acordos de licenciamento em condições aceitáveis. Se uma reivindicação de violação contra nós for atendida, uma ordem judicial pode ser emitida contra nós, causando mais danos. Podemos enfrentar falta de pessoal qualificado. Ocasionalmente, existe uma notável concorrência na indústria aeronáutica em busca de pessoal capacitado em geral e de engenheiros em particular. Se essa concorrência ocorrer novamente, talvez não consigamos recrutar e reter a quantidade necessária de engenheiros altamente capacitados e demais pessoal de que necessitamos. A falta de coordenação de nossos recursos dentro do prazo estipulado, ou a impossibilidade de atrair ou reter pessoal capacitado, poderá retardar nossos esforços de desenvolvimento, causando atrasos na produção e entrega de nossas aeronaves, o que pode nos afetar negativamente. Estamos sujeitos a riscos ambientais, de saúde e segurança. Nossos produtos, bem como nossas atividades fabris e de serviços, estão sujeitos a leis e regulamentações ambientais em todas as jurisdições em que operamos, que regem, entre outros itens: desempenho ou conteúdo do produto; uso de energia e efeito de emissão de gás estufa; poluição do ar, da água e sonora; uso, armazenamento, transporte, rotulagem e eliminação ou liberação de substâncias perigosas, riscos para a saúde humana decorrentes da exposição a materiais perigosos ou tóxicos; e correção da contaminação de solos e águas subterrâneas em ou sob nossas propriedades (causada ou não por nós), ou em outras propriedades e causada por nossas operações atuais ou passadas. Exigências normativas ambientais ou suas imposições podem se tornar mais rigorosas e podemos incorrer em custos adicionais para cumprir essas exigências ou imposições futuras. Atualmente, temos vários programas abrangentes para reduzir os efeitos de nossas operações no meio ambiente. Para obter mais informações, consulte "Item 4D. Informações sobre a Empresa - Imobilizado. " Mudanças nas atuais regulamentações ambientais podem exigir que gastemos valores adicionais para melhorar nossos programas de conformidade ambiental. Além disso, as regulamentações ambientais, como as que exigem a redução das emissões de gases de efeito estufa, estão se tornando um dos principais motores das decisões da frota aérea, levando nossos clientes a mudar seus planos de compra ou exigindo investimentos adicionais de capital para se adaptarem a novos requisitos. Os vários produtos fabricados e vendidos por nós também devem cumprir as leis e regulamentações pertinentes sobre saúde e segurança e substâncias e legislação acerca de preparações nas jurisdições em que operamos. Embora pretendamos garantir que os nossos produtos satisfaçam os mais elevados padrões de qualidade, leis e regulamentos cada vez mais rigorosos e complexos, novas descobertas científicas, entrega de produtos defeituosos ou a obrigação de notificar ou fornecer às autoridades reguladoras ou outras pessoas as informações necessárias (Como a regulação “EU” conhecida como "REACH", que trata da produção e uso de substâncias químicas) pode nos forçar a adaptar, redesenhar, renovar, recertificar e / ou eliminar produtos dos mercados em que operamos. Podem ser necessárias apreensões de produtos não conformes, podendo incorrer em penalidades administrativas, civis ou criminais. Em caso de um acidente ou outro incidente grave envolvendo um produto, que pode ser obrigado a conduzir investigações e realizar atividades de correção Nós nos beneficiamos de certos benefícios fiscais e outros concedidos pelo governo, portanto, sua suspensão, cancelamento ou não renovação pode resultar em efeito significativo adverso sobre nós. Da mesma forma que outras empresas brasileiras, em várias indústrias, nós recebemos certos benefícios fiscais e outros concedidos pelo governo, incluindo incentivos relacionados com nossas atividades de exportação, pesquisa e desenvolvimento. Para informações adicionais, veja “Item 5A – Revisão e Perspectivas Financeiras e Operacionais — Resultados Operacionais – Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor de Aeronaves Comerciais e Mercado de Jatos Executivos — Defesa e Segurança — Incentivos fiscais”. Não podemos garantir que esses incentivos serão mantidos ou renovados ou que poderemos obter novos incentivos. Poderemos ser significativamente afetados caso nossos benefícios existentes sejam cancelados ou não renovados. Investigações por autoridades do governo dos EUA nos termos da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA) e outras leis anticorrupção aplicáveis podem resultar em multas substanciais e em outros efeitos adversos. Em 24 de outubro de 2016, firmamos acordos definitivos , os Acordos Finais, com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ou DOJ, e com a Comissão de Valores Mobiliarios e Bolsa do Estados Unidos, ou SEC, para o estabelecimento de violações criminais e civis da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior de 1977, conforme alterações, ou FCPA. Também concluímos um Termo de Compromisso e de Ajustamento de Conduta, ou TCAC, com o Ministerio Publico Federal, ou MPF, e com a Comissão de Valores Mobiliarios do Brasil, ou CVM, para o encerramento de procedimentos acerca de violações a determinadas leis Brasileiras. Nos termos desses acordos, concordamos em pagar um total de US$ 205,5 milhões para a SEC e o DOJ (dos quais US$ 20 milhões eram devidos de acordo com os termos do TCAC) e um total de US$ 20 milhões para um fundo federal brasileiro. Consulte “Item 8. Informações Financeiras – 8A.Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras – Investigações SEC/DOJ e do Ministério Público Brasileiro.” Também concordamos com um monitoramento externo e independente por um período de três anos. O período de monitoramento pode ser prorrogado por critério do DOJ, dependendo de nossa conformidade com o Acordo de Acusação Diferida (Deferred Prosecution Agreement ou DPA). O monitor pode recomendar mudanças nas políticas e procedimentos que devemos adotar, a menos que sejam demasiado morosos ou de outra maneira desaconselháveis, caso em que podemos propor alternativas, que o DOJ pode ou não pode aceitar. Operar sob a supervisão do monitor pode resultar em incômodo aos membros de nossa diretoria e desviar sua atenção do funcionamento do nosso negócio. No momento não podemos estimar os custos que estamos propensos a incorrer em relação ao cumprimento dos Acordos Finais, incluindo a retenção do monitor ou a implementação das mudanças, se houver, nas nossas políticas e procedimentos exigidos pelo monitor. No entanto, os custos e encargos do processo de monitoramento podem ser significativos e podem ter um impacto negativo e provocar um desvio dos esforços e da atenção de nossa equipe administrativa de nossas operações comerciais normais. Além disso, o DOJ concordou, nos termos do DPA, em adiar por três anos a acusação dos fatos reconhecidos por nós ocorridos entre 2007 e 2011, período após o qual as acusações serão retiradas se não violarmos os termos do DPA. Se o DOJ determinar que violamos o DPA, ele pode dar início à acusação ou prorrogar o prazo do DPA por até um ano. Da mesma forma, se violar as nossas obrigações nos termos do TCAC, este também pode ser denunciado pelo MPF e a CVM, caso em que estaríamos sujeitos a sanções. Esse processo criminal ou as sanções podem ter um efeito significativo adverso sobre nossos negócios, a situação financeira, o resultado das operações ou o fluxo de caixa. Além disso, processos e desenvolvimentos relacionados estão em curso e podem resultar em multas adicionais além de outras possíveis sanções e consequências negativas, as quais podem ser significativas. No momento não podemos estimar os custos, sanções ou otras consequências adversas no âmbito desses processos, nem podemos prever a maneira como todos os processos serão resolvidos. No entanto, quaisquer custos, sanções e consequencias adversas podem ser grandes e qualquer resolução pode ter um efeito significativo adverso sobre os nossos negócios, a situação financeira, o resultado das operações ou o fluxo de caixa. Acreditamos que não haja nenhuma base adequada neste momento para estimar acréscimos ou quantificar quaisquer contingências em relação a estes assuntos. Riscos relativos ao segmento aeronáutico comercial Restrições impostas pelas cláusulas de limitação nos contratos dos pilotos de linhas aéreas passíveis de limitar a procura por jatos regionais no mercado dos EUA. Um fator limitador fundamental da procura por jatos regionais é a existência de cláusulas de limitação constantes dos contratos com pilotos de linhas aéreas. Essas cláusulas de limitação são restrições negociadas pelos sindicatos relativas à quantidade e/ou ao tamanho dos jatos regionais que determinada companhia pode operar. As restrições das cláusulas de limitação em vigor, mais comuns nos Estados Unidos, abrangem restrições quanto ao peso da aeronave e quantidade de aeronaves comerciais de 76 passageiros na frota de aeronaves operada por companhias regionais. Em consequência, nossas oportunidades de crescimento a curto prazo no mercado de jatos regionais dos Estados Unidos da categoria de 76 passageiros podem ser limitadas. Se continuarem ou se tornarem mais rigorosas as cláusulas de limitação, alguns de nossos clientes que possuem essas opções de compra de jatos regionais podem ser levados a não exercê-las. Em dezembro de 2016, durante as negociações com as principais companhias aéreas dos EUA com seu respectivo sindicato de pilotos, as restrições de peso máximo de decolagem para aeronaves de 76 assentos incluídas nas cláusulas pertinentes permaneciam inalteradas. A próxima rodada de negociações entre as principais companhias aéreas dos Estados Unidos e seus respectivos sindicatos de pilotos está programada para ocorrer em 2019, momento em que tais restrições podem ser revisadas. Não temos como garantir que as atuais restrições serão reduzidas nem expandidas, inclusive pela ampliação das cláusulas de limitação para cobrir jatos comerciais de maior porte. Além disso, embora as cláusulas de limitação sejam menos comuns fora dos Estados Unidos, não temos condições de afirmar que elas não se tornarão mais comuns ou restritivas, ou que outra forma de restrição não será adotada, na Europa ou em outros mercados. A disponibilidade de pilotos para o setor de linhas aéreas pode ser limitada. Os regulamentos da FAA podem impactar negativamente a disponibilidade de candidatos qualificados a piloto, passíveis de ser empregados pelas companhias aéreas. Um copiloto em operações domésticas deve possuir um certificado de piloto de transporte aéreo e uma qualificação para o tipo da aeronave que irá pilotar. Um certificado de piloto de transporte aéreo exige que o piloto tenha no mínimo 23 anos e um total de 1.500 horas de voo como piloto. Em função desta legislação, pode haver uma escassez crescente de novos pilotos que preencham as novas qualificações de experiência, impactando principalmente as operadoras regionais, que são as companhias aéreas iniciais normais para novos pilotos, e das quais as grandes empresas devem contratar muitos dos seus pilotos experientes. Qualquer impossibilidade adicional de recrutar, treinar e reter pilotos qualificados pode impactar significativamente as operações de nossos clientes. Estamos sujeitos a certificação rigorosa e requisitos normativos, o que pode nos afetar adversamente. Nossos produtos de aviação civil estão sujeitos a regulamentações no Brasil e nas jurisdições de nossos clientes. A autoridade aeronáutica do Brasil, conhecida como Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, bem como as autoridades aeronáuticas de outros países nos quais nossos clientes se localizam, principalmente a autoridade aeronáutica americana (FAA) e a agência europeia de segurança aeronáutica (EASA), devem homologar nossos produtos de aviação civil antes que possamos entregá-los aos nossos clientes. Não temos como assegurar que conseguiremos homologar nossas aeronaves em tempo hábil, ou se o conseguiremos. Além disso, o cumprimento das exigências das autoridades regulatórias pode consumir tempo e dinheiro. Sem a certificação necessária de nossas aeronaves emitida por uma autoridade aeronáutica, essa autoridade pode proibir o registro das referidas aeronaves em sua jurisdição até obter sua certificação. Mudanças nos regulamentos governamentais e nos procedimentos de certificação poderão também atrasar o início de produção, bem como nossa entrada no mercado com um novo produto. Apesar de nossos esforços contínuos para observar e cumprir rigidamente todos os requisitos de certificação e outros requisitos regulamentares, não podemos fazer previsões de como nos afetarão a legislação futura ou as mudanças na interpretação, administração ou aplicação da legislação. Poderemos ser levados a maiores gastos no cumprimento desta legislação ou na resposta a suas alterações. Qualquer acidente ou evento catastrófico envolvendo nossas aeronaves pode nos afetar adversamente. Acreditamos que nossa reputação e o histórico de segurança de nossas aeronaves sejam importantes aspectos para a comercialização de nossos produtos. Entretanto, a operação segura de nossas aeronaves depende em grande parte de uma série de fatores fora do nosso controle, incluindo manutenção e reparos corretos pelos clientes e a perícia dos pilotos. A ocorrência de um ou mais acidentes ou eventos catastróficos com uma de nossas aeronaves pode ter repercussões negativas sobre nossa reputação e vendas futuras, bem como sobre o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. Riscos relativos ao Brasil A situação política e econômica do Brasil tem um impacto direto sobre nosso negócio e sobre a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, ocasionalmente, implementa mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar outras políticas e regulamentos envolveram, entre outras medidas, aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação, controle de preços, controle da moeda e controle de remessa de recursos, desvalorização, controle de capitais e limites de importação. Nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e a cotação das ações ordinárias e das ADSs podem ser afetados de forma negativa por mudanças de política ou dos regulamentos na esfera federal, estadual ou municipal, envolvendo ou influenciando fatores como: taxa de juros; flutuações da moeda; políticas monetatárias; inflação; liquidez dos mercados de capitais e de financiamentos; política tributária; legislações trabalhistas; faltas e racionamento de energia e água; e outros eventos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou com repercussão no país. A incerteza sobre se o governo brasileiro implementará mudanças em políticas ou regulamentos que afetem esses ou outros fatores pode contribuir para incerteza quanto à economia no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de capitais e nos valores mobiliários emitidos no exterior por empresas brasileiras. Essas e outras ocorrências na economia brasileira e nas políticas do governo podem nos afetar de forma negativa, nossos negócios e os resultados de nossas operações, e também podem afetar de forma negativa a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. Desde 2011 a economia brasileira tem sido fraca. As taxas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foram de (3,6)% em 2016, (3,8)% em 2015, e um crescimento de 0,1% em 2014, 2,7% em 2013, 1,8% em 2012 e 3,9% em 2011, em comparação com um crescimento do PIB de 7,5% em 2010. Em 2017 os analistas preveem que o PIB brasileiro crescerá 0,5%. O resultado de nossas operações e condições financeiras foi, e continuará sendo afetado pelo enfraquecimentodo PIB brasileiro. A evolução da economia brasileira pode afetar as taxas de crescimento do Brasil e, consequentemente, o uso de nossos produtos e serviços. Instabilidade política pode afetar nossos negócios e operações o preço de nossas ações e nossos instrumentos de dívidas. Os mercados brasileiros passaram por elevada volatilidade devido às incertezas derivadas das investigações em curso da Operação Lava Jato, que estão sendo conduzidas pelo Ministério Público Federal e seu impacto sobre a economia brasileira e o ambiente político. Um grande número de membros do governo brasileiro e do legislativo, bem como altos executivos de grandes empresas estatais e privada foram condenados por corrupção política por ter aceito suborno por meio de propinas ligadas a contratos concedidos pelo governo a diversas empresas de infraestrutura, petróleo e gás, e obras públicas. Os lucros destas propinas financiaram as campanhas políticas de partidos políticos e não foram contabilizados nem divulgados publicamente, bem como serviram para enriquecimento pessoal dos beneficiários do suborno. Como resultado, um grande número de políticos, incluindo parlamentares e altos executivos das principais estatais e empresas privadas no Brasil se demitiram ou foram presos. O resultado final destas investigações é incerto, mas elas já tiveram um impacto negativo sobre a imagem e a reputação das empresas implicadas e sobre a percepção geral do mercado da economia brasileira. O desenvolvimento desses casos de conduta antiética afetou e pode continuar a afetar de forma negativa nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. Além disso, a economia brasileira continua sujeita aos efeitos do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em 31 de agosto de 2016. O vice-presidente Michel Temer foi empossado como o novo presidente do Brasil, até a próxima eleição presidencial em 2018. A incerteza política continua, visto que o Sr. Temer, investigado por má conduta, assumiu o cargo. Não podemos prever os efeitos destes desenvolvimentos recentes e as atuais incertezas políticas em curso na economia brasileira. A inflação e as medidas do governo para combatê-la poderão contribuir de modo significativo para incerteza econômica no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de valores mobiliários e, por conseguinte, afetar negativamente o valor de mercado das nossas ações ordinárias. Historicamente, o Brasil sofreu índices de inflação altos. A inflação e certas medidas tomadas pelo Banco Central para combatê-la tiveram efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira. Após a implementação do Plano Real, em 1994, a taxa anual de inflação no Brasil diminuiu significativamente, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA. O índice de inflação do Brasil, medido pelo IPCA, foi de 6,4%, 10,7% e 6,3% para os anos 2014, 2015 e 2016, respectivamente, e a tendência é estável ou levemente decrescente para o ano 2017. A inflação e as medidas do governo brasileiro para combatê-la, principalmente a política monetária do Banco Central, tiveram e podem ter efeitos significativos sobre a economia brasileira e nós. Entre os efeitos dessa pressão inflacionária está o aumento do custo de mão de obra. Os contratos em nosso segmento de aviação comercial e jatos executivos são reajustados pela inflação dos EUA e os contratos em nosso segmento de Defesa e Segurança são reajustados pela inflação brasileira.Caso o Brasil venha a sofrer novamente uma inflação elevada, nossas despesas operacionais e custos com financiamento poderão aumentar, nossas margens operacionais e líquidas poderão cair e, se houver perda de confiança dos investidores, o preço das nossas ações ordinárias e ADSs poderá cair. Políticas monetárias rígidas com altas taxas de juros têm restringido e podem restringir o crescimento do Brasil e a disponibilidade de crédito. Por outro lado, as políticas do governo e do Banco Central mais lenientes e a diminuição das taxas de juros provocaram e podem provocar aumentos na inflação, e, consequentemente, a volatilidade do crescimento e necessidade de aumentos de taxas de juros repentina e significativa, o que pode nos afetar negativamente. Aumentos nas taxas de juros podem afetar adversamente nossa capacidade de incorrer em dívida adicional e aumentar o custo do serviço da dívida, resultando em aumento de nossos custos financeiros, suscetíveis de reduzir nossa liquidez, assim afetando adversamente nossa capacidade de cumprir nossas obrigações financeiras. Aproximadamente 37% de nosso caixa e equivalentes de caixa são indexados à variação das taxas SELIC e CDI e índices IPCA e IGP-M; por conseguinte, as flutuações das taxas de juros e inflação brasileiras podem nos afetar adversamente. Por outro lado, uma diminuição significativa no CDI ou nas taxas de inflação pode afetar adversamente as receitas dos nossos investimentos financeiros. A volatilidade da taxa de câmbio pode nos afetar adversamente. A moeda brasileira, nas últimas décadas, sofreu variações frequentes e substanciais em relação ao dólar e outras moedas estrangeiras. Por exemplo, em agosto de 2008 o valor do real foi de R$ 1,67 por US$ 1,00. Após o início da crise nos mercados financeiros globais, o real desvalorizou-se 31,9% em relação ao dólar e chegou a R$ 2,34 por US$ 1,00 no final de 2008. Em 2010, o real foi valorizado em relação ao dólar, atingindo R$ 1,661 por US$ 1,00 no final de 2010. Desde 2011, o real vem se desvalorizando em relação ao dólar, atingindo R$ 3,905 por US$ 1,00 no final de 2015, com uma desvalorização de 47,0% em 2015. Em 2016, o real se valorizou em relação ao dólar, atingindo R$ 3,2591 por US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2016. Não podemos garantir que o real não se desvalorizará mais contra o dólar. A desvalorização do real em relação ao dólar cria pressões inflacionárias no Brasil e provoca o aumento nas taxas de juros, o que afeta negativamente o crescimento da economia brasileira como um todo, restringe o acesso aos mercados financeiros internacionais e pode causar a intervenção governamental, incluindo políticas governamentais recessivas. A desvalorização do real em relação ao dólar também levou, no contexto de uma desaceleração da economia, a diminuição dos gastos dos consumidores, pressões deflacionárias e reduziu o crescimento da economia como um todo. Por outro lado, a valorização do real em relação ao dólar dos EUA e outras moedas estrangeiras pode levar a uma deterioração das contas correntes brasileiras em moeda estrangeira, bem como prejudicar o crescimento impulsionado pelas exportações. Dependendo das circunstâncias, a desvalorização ou a valorização do real poderia nos afetar materialmente e adversamente. Embora a maioria de nossa receita e endividamento seja expressa em dólares, a relação do real com o valor do dólar e a taxa de desvalorização do real em relação à taxa vigente de inflação poderão ter efeitos negativos para nós. • Aproximadamente 15% dos nossos custos totais são incorridos e expressos em reais. • Como o imposto sobre a renda é determinado e pago principalmente em reais, com base em nossos livros fiscais brasileiros, o item de despesa (lucro) de imposto de renda em nossa demonstração de resultado, que tem o dólar como principal moeda funcional, sofre impactos significativos pela valorização do real em relação ao dólar, na medida em que devemos registrar os impostos diferidos resultantes de flutuações na taxa de câmbio, na base relatada de nosso ativo não monetário (particularmente imóveis, instalações, equipamentos e ativos intangíveis). Tivesse o real sofrido uma desvalorização ou valorização de 10% em relação ao dólar em referência à taxa de câmbio real em 31 de dezembro de 2016, a despesa diferida com imposto de renda teria sido US$140,3 milhões maior ou menor. Para mais informações, consulte a Nota 24 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. • A desvalorização do real frente ao dólar ou outras moedas reduziria nossa receita expressa em reais do segmento de defesa e segurança, quando convertida para dólar como moeda funcional. • As desvalorizações do real frente ao dólar também reduziriam o valor em dólar das distribuições e dos dividendos das nossas ADSs e podem também reduzir o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs. A valorização do real frente ao dólar ou outras moedas aumenta os custos dos nossos produtos quando expressos em dólares e podem resultar na redução de nossas margens. Podemos, consequentemente, ser significativa e negativamente afetados pela variação cambial. Desenvolvimentos percepções de risco pelos investidores em outros países, podem afetar de forma negativa o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros, incluindo nossas, ADSs, ações ordinárias e nossos instrumentos de dívida. A cotação de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros é afetada pela situação econômica e condições de mercado de outros países, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e países de mercados emergentes. Embora a situação econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação econômica do Brasil, a reação dos investidores frente às evoluções em outros países pode ter um efeito adverso sobre o valor de mercado dos títulos mobiliários de emissores brasileiros. Crises nos Estados Unidos, na União Europeia ou em outros países de mercados emergentes podem reduzir o interesse dos investidores em valores mobiliários de emissores brasileiros, incluindo em nós. Isso pode afetar de forma adversa a cotação de nossos valores mobiliários, e também pode dificultar nosso acesso aos mercados de capitais e afetar a possibilidade de financiarmos nossas operações em termos aceitáveis, ou de obter qualquer financiamento. Recentemente, a elevada volatilidade do mercado brasileiro foi devida, entre outros fatores, às incertezas em relação as eleições americanas, a política monetária dos EUA, a saída da Grã Bretanha da União Europeia e suas consequências nos mercados financeiros internacionais, maior aversão ao risco em países emergentes e incertezas quanto às condições macroeconômicas e políticas. Qualquer outro rebaixamento da classificação de crédito do Brasil pode afetar adversamente o preço de mercado de nossas ações ordinárias, ADSs e instrumentos de dívida. As classificações de crédito afetam as percepções de risco dos investidores e, consequentemente, os rendimentos necessários na emissão de dívida nos mercados financeiros. As agências classificadoras avaliam regularmente o Brasil, e suas classificações soberanas consideram diversos fatores como tendências macroeconômicas, condições fiscais e orçamentárias, indicadores de endividamento e a perspectiva de mudanças desses fatores. Em setembro de 2015, a Standard & Poors reduziu a classificação soberana de crédito do Brasil para abaixo do grau de investimento, de BBB-menos para o BB-mais, citando, entre outras razões, a instabilidade geral no mercado brasileiro causada pela interferência do governo brasileiro na economia e as dificuldades orçamentárias. A Standard & Poor’s rebaixou novamente a classificação de crédito do Brasil em fevereiro de 2016, de BB-mais para BB e manteve sua perspectiva negativa sobre a classificação, citando um agravamento da situação de crédito desde a época do rebaixamento de setembro de 2015. Em dezembro de 2015, a Moody’s revisou as classificações do Brasil Baa3 para um rebaixamento, citando as tendências macroeconômicas negativas e a deterioração das condições fiscais do governo. Posteriormente, em fevereiro de 2016, a Moody’s rebaixou as classificações do Brasil e para abaixo do grau de investimento, Ba2, com uma perspectiva negativa (recentemente alterada para estável), citando a perspectiva de uma maior deterioração nos indicadores de endividamento brasileiros ou num ambiente de baixo crescimento, além de uma dinâmica política desafiadora. A agência classificadora Fitch também rebaixou a classificação de crédito do Brasil para BB-mais com uma perspectiva negativa, citando que o país está em rápida expansão do déficit orçamentário e uma recessão pior do que a esperada. Em consequência, a cotação de títulos da dívida ou outros valores mobiliários brasileiros foram afetados negativamente. Um prolongamento da atual recessão brasileira pode levar a mais rebaixamentos nas classificações. Em resultado do rebaixamento do Brasil pela Moodys em fevereiro de 2016, a agência classificadora também rebaixou a classificação de emitente da Embraer de Baa3 para Ba1, abaixo do grau de investimento, dado que agência classificadora geralmente não classifica emitentes mais de um grau de classificação acima da nota de crédito soberano do país em que o emitente está localizado. Até a data deste relatório, a Embraer mantinha sua classificação de grau de investimento na Standard & Poor’s de BBB, com Fitch Rating de BBB-. Qualquer outro rebaixamento da classificação de crédito do Brasil pode aumentar a percepção de risco dos investidores e, consequentemente, aumentar o custo da emissão de dívida e afetar adversamente o preço de negociação de nossos valores mobiliários. Riscos relativos às nossas ações ordinárias e ADSs. Se os titulares de ADSs as trocarem por ações ordinárias, correm o risco de perder a possibilidade de remeter divisas ao exterior e vantagens fiscais brasileiras. O custodiante brasileiro das ações ordinárias obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central do Brasil permitindo a remessa de divisas para o exterior para pagamento de dividendos e demais distribuições relativas às ações ordinárias, ou por ocasião de sua venda. Se os titulares de ADSs resolverem trocá-las pela ações ordinárias subjacentes, eles terão direito a continuar contando com o certificado eletrônico de registro do custodiante durante cinco dias úteis a partir da data da troca. Após este prazo, esses titulares de ADSs poderão perder o direito de adquirir e remeter divisas ao exterior por ocasião da venda ou das distribuições relativas às ações ordinárias, a menos que obtenham seu próprio certificado eletrônico de registro ou registrem seu investimento em ações ordinárias, de acordo com a Resolução 4.373, que concede o direito a determinados investidores estrangeiros de comprar e vender valores mobiliários na Bolsa de Valores de São Paulo. Os titulares não habilitados conforme a Resolução 4.373 estarão sujeitos de modo geral a um tratamento fiscal menos favorável com relação aos ganhos sobre as ações ordinárias. Se titulares das ADSs tentarem obter seu próprio certificado eletrônico de registro, eles poderão incorrer em despesas ou sofrer atrasos no processo de solicitação, o que pode prejudicar a possibilidade de receber dividendos ou distribuições relativos às ações ordinárias ou ao reembolso de seu capital em tempo hábil. Além disso, não podemos garantir que o certificado eletrônico de registro do custodiante ou qualquer outro certificado de registro de capital estrangeiro obtido por titular das ADSs não seja afetado por mudanças futuras na legislação ou demais regulamentos, ou que não serão impostas no futuro outras restrições ao referido titular, com relação à venda das ações ordinárias subjacentes ou à repatriação dos resultados da venda. O governo brasileiro tem poder de veto sobre a mudança de nosso controle corporativo, nossa razão social, marca comercial ou objeto social e sobre a criação ou alteração de programas de defesa e segurança, e seus interesses podem entrar em conflito com os interesses dos titulares de nossas ações ordinárias ou ADSs. O governo detém uma ação ordinária de classe especial, chamada Golden Share, que tem poder de veto sobre a mudança de nosso controle, razão social, marca registrada ou objeto social e sobre a criação ou alteração de nossos programas de defesa (participe o governo ou não desses programas). Em 2010, por exemplo, mudamos nossa denominação social para Embraer S.A. e alteramos nosso estatuto social para que pudéssemos entrar nos segmentos do mercado de defesa e segurança, e essas ações exigiram a aprovação do governo. O governo pode vetar transações que possam ser de interesse dos titulares de nossas ações ordinárias ou de ADSs. Não podemos assegurar que obteremos as aprovações do governo no futuro para realizarmos alterações societárias importantes, como aquelas que realizamos em 2010, ou outras alterações societárias importantes que venham a ser necessárias. Nosso estatuto social contém disposições que podem desestimular nossa aquisição, impedir ou atrasar operações com as quais você pode concordar. Nosso estatuto social contém certas disposições que têm o efeito de evitar a concentração de nossas ações ordinárias em mãos de um pequeno grupo de investidores de modo a promover o controle disperso dessas ações. Essas disposições exigem que qualquer acionista ou grupo de acionistas que adquira ou se torne titular de (1) 35% ou mais do total de ações emitidas pela Embraer ou (2) outros direitos sobre ações emitidas pela Embraer que representem mais do que 35% de nosso capital envie ao governo uma solicitação para fazer uma oferta pública para adquirir todas as nossas ações conforme estipulado por nosso estatuto. Se a solicitação for aprovada, esse acionista ou grupo de acionistas deve iniciar a oferta pública de aquisição de todas as nossas ações até 60 dias após a data da aprovação. Se a solicitação for recusada, esse acionista ou grupo de acionistas deverá vender essa quantidade de ações que exceda o limite de 35% dentro de 30 dias, de modo que a participação desse acionista ou grupo de acionistas seja inferior a 35% de nosso capital social. Essas disposições podem ter efeitos contrários à incorporação e podem desestimular, adiar ou impedir uma fusão ou aquisição, incluindo operações em que nossos acionistas poderiam de outro modo receber um ágio por suas ações ordinárias e ADSs. Essas disposições somente podem ser alteradas ou anuladas com a aprovação de nosso Conselho de Administração e nossos acionistas em assembleia de acionistas convocada com essa finalidade e com o consentimento do governo, como titular da golden share. Nosso estatuto social contém disposições que restringem os direitos a voto de certos acionistas, incluindo acionistas estrangeiros. Nosso estatuto social contém disposições que restringem os direitos de um acionista ou grupo de acionistas, inclusive corretores agindo em nome de um ou mais titulares de ADSs, de exercer seus direitos a voto com relação a mais de 5% das ações em circulação de nosso capital social em qualquer assembleia geral de acionistas. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Atos constitutivos e contrato social — Discriminação do capital social — Direitos a voto das ações — Limitação de direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias”. Nosso estatuto social também contém disposições que restringem o direito de acionistas estrangeiros de exercer direitos a voto com relação a mais de dois terços dos direitos a voto que podem ser exercidos por acionistas brasileiros em qualquer assembleia geral ordinária. Essa limitação impedirá efetivamente nossa incorporação por acionistas estrangeiros e limitará a possibilidade de acionistas estrangeiros de exercer controle sobre nós. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais - atos constitutivos e contrato social Discriminação do capital social — Direitos a voto das ações — Limitação de direitos a voto de acionistas estrangeiros“. A ausência de um único acionista controlador ou grupo de acionistas controladores pode nos tornar suscetíveis a controvérsias entre acionistas ou outros acontecimentos imprevistos. A ausência de um único acionista ou grupo de acionistas controlador poderá criar dificuldades para nossos acionistas aprovarem certas operações, porque, entre outros aspectos, o quorum mínimo exigido por lei para aprovação de certas questões poderá não ser alcançado. Nós e nossos acionistas minoritários poderemos não usufruir das mesmas proteções previstas na Lei das Sociedades por Ações contra medidas abusivas tomadas por outros acionistas e, consequentemente, poderemos não ser indenizados por quaisquer prejuízos incorridos. Quaisquer mudanças repentinas e inesperadas na nossa equipe administrativa, mudanças em nossas políticas empresariais ou orientação estratégica, tentativas de incorporação ou quaisquer outros litígios entre acionistas com relação a seus respectivos direitos podem afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais. Titulares de ADSs podem não conseguir exercer seus direitos a voto. Os titulares de ADSs só podem exercer seus direitos a voto com relação às ações ordinárias correspondentes, de acordo com as disposições do contrato de depósito que rege nossas ADSs. Nos termos do contrato de depósito, os titulares de ADSs devem votar as ações ordinárias subjacentes à suas ADSs, dando instruções de voto ao depositário Quando do recebimento das instruções de voto do titular de ADSs, o depositário votará as ações ordinárias correspondentes de acordo com essas instruções. Caso contrário, titulares de ADSs não poderão exercer seu direito a voto a menos que entreguem a ADS para cancelamento em troca de ações ordinárias. De acordo com nosso Estatuto Social, a primeira convocação de uma assembleia geral deverá ser publicada com, no mínimo, 30 dias de antecedência, a segunda deverá ser publicada no mínimo 15 dias antes da assembleia, e a terceira convocação, se necessário, deverá ser publicada no mínimo oito dias antes da assembleia. Quando uma assembleia geral for convocada, os titulares de ADSs poderão não receber aviso prévio suficiente para entregar a ADS em troca de ações ordinárias correspondentes para poderem votar com relação a qualquer assunto específico. Além disso, o depositário não tem a obrigação de notificar os titulares de ADSs de uma votação próxima ou distribuir cédulas de votação e materiais relacionados aos titulares de ADSs, a menos que instruamos especificamente o depositário a fazê-lo. Se pedirmos ao depositário para procurar instruções de voto junto aos titulares de ADSs, ele os notificará da proximidade da votação e tomará as medidas necessárias para lhes entregar cartas de procuração. Não podemos assegurar que os titulares de ADSs receberão cartas de procuração a tempo para permitir instruir o depositário a votar pelas ações subjacentes às suas ADSs. Além disso, o depositário e seus agentes não são responsáveis por não executar as instruções de voto ou por uma solicitação extemporânea de execução delas. Consequentemente, os titulares de ADSs podem não conseguir exercer seus direitos de voto. A liquidez e volatilidade relativas dos mercados de valores no Brasil podem limitar de modo significativo a possibilidade dos titulares de ações ordinárias ou ADS de vender as ações ordinárias subjacentes às ADSs ao preço e na hora desejados. O investimento em valores mobiliários tais como ações ordinárias ou ADSs de emitentes de países emergentes, inclusive o Brasil, envolve maior grau de risco que um investimento em valores mobiliários de emitentes de países mais desenvolvidos. Os mercados brasileiros de valores mobiliários são bem menores, menos líquidos, mais concentrados e mais voláteis que os grandes mercados de valores nos Estados Unidos e em outras jurisdições, e não estão sujeitos a tantos regulamentos ou rigorosamente supervisionados, como em outros mercados. A capitalização relativamente pequena do mercado e a liquidez dos mercados de ações brasileiros podem limitar a possibilidade dos titulares de nossas ações ordinárias ou ADSs de vendê-las ao preço e na hora desejados. Consulte o “Item 9C. A Oferta e a cotação — Mercados — Negociando na Bolsa de Valores de São Paulo”. Os titulares de ADSs podem não conseguir exercer direitos de preferência com relação às ações ordinárias. Titulares de nossas ADSs podem não conseguir exercer os direitos de preferência relativos às ações ordinárias associadas a suas ADSs a menos que uma declaração de registro desses direitos nos termos da Lei de Mercado de Capitais (Securities Act) esteja em vigor com relação a esses direitos ou que uma isenção dos requisitos de registro nos termos da Lei de Mercado de Capitais esteja disponível. A Embraer não tem a obrigação de apresentar uma declaração de registro relativa às ações ou outros valores mobiliários em relação a esses direitos de preferência, e não podemos garantir aos titulares de nossas ADSs que apresentaremos essa declaração de registro. A menos que apresentemos uma declaração de registro ou que a isenção do registro seja aplicável, os titulares de nossas ADSs poderão receber apenas os resultados líquidos da venda de seus direitos de preferência pelo depositário, ou, se não for possível vender os direitos de preferência, eles perderão a validade. As sentenças dos tribunais brasileiros com relação às nossas ações ordinárias causarão pagamento apenas em reais. Se for ajuizada ação em algum tribunal brasileiro buscando impor nossas obrigações com relação às ações ordinárias, não seremos obrigados a nos isentar de nossas obrigações em outra moeda que o real. De acordo com as limitações do controle cambial brasileiro, qualquer obrigação no Brasil de pagar valores expressos em moeda que não seja o real, pode ser apenas atendida na moeda brasileira segundo a taxa de câmbio, conforme determinado pelo Banco Central, em vigor na data em que a sentença é dada; esses valores são então ajustados para refletir as variações na taxa cambial até a data do pagamento efetivo. A taxa cambial vigente no momento pode não conceder aos investidores estrangeiros uma compensação total por alguma reivindicação originária ou relacionada às nossas obrigações para com as ações ordinárias ou ADSs. ITEM4. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA 4A. Histórico e desenvolvimento da empresa História Corporativa Embraer S.A. é uma empresa de capital aberto, devidamente constituída nos termos das leis brasileiras, com duração por prazo indeterminado. Nossa sede administrativa está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1909, 14º e 15º andares - Torre Norte - São Paulo Corporate Towers, 04543-907, São Paulo, estado de São Paulo, Brasil. Nosso número de telefone é 55-11-3040-6874. Nosso representante para citação nos Estados Unidos é a National Registered Agents Inc., localizada no 875 Avenue of the Americas, Suite 501, Nova York, Nova York, 10001. Originalmente fundada em 1969 pelo governo federal, a empresa abriu capital em 1989 e foi privatizada em 1994. No processo de privatização, o governo Brasileiro criou a ação de classe especial “golden share” que garante a ele poder de veto em algumas matérias, principalmente relacionadas a programas militares. Em 2000, a empresa se registrou na SEC e listou suas ações (“American Depositary Receipsts”) na Bolsa de Nova Iorque. Em 2006, promovemos um processo de reestruturação societária focado na simplificação de nossa estrutura de capital, que desde então é composta apenas de ações ordinárias, e também aderimos a um segmento especial de listagem do mercado de ações da BM&FBOVESPA, conhecido como Novo Mercado, ampliando ainda mais os níveis de governaça corporativa. Desde então, a empresa não possui acionista controlador ou grupo de acionistas controladores. Em 2010, nossos acionistas aprovaram a alteração de nossa denominação social de "Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica SA" para "Embraer SA", bem como a adição de capacidades e a ampliação do escopo de nossa unidade de negócios de defesa para permitir que esta unidade de negócio possa fabricar e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, segurança e energia, bem como realizar atividades técnicas e serviços relacionados a essas áreas. Como resultado, o estatuto social da empresa foi alterado para refletir a adição dessas atividades aos objetivos corporativos. Como resultado, em 2011 e 2012, a empresa realizou aquisições e parcerias no segmento de defesa, incluindo a aquisição da Atech Negócios em Tecnologias SA e da Bradar Indústria SA e a incorporação da Harpia Sistemas SA, da Savis Tecnologias e Sistemas SA e da Visiona Tecnologia Espacial SA. Desenvolvimento do negócio De uma companhia estatal criada para desenvolver e produzir aeronaves para a Força Aérea Brasileira, evoluímos para uma empresa de capital aberto que produz aeronaves para uso na aviação comercial e executiva, bem como para fins de defesa e segurança e serviços relacionados. Durante essa evolução, a empresa obteve, desenvolveu e aperfeiçoou sua capacitação tecnológica e de engenharia por meio do desenvolvimento próprio de produtos para a Força Aérea Brasileira e pelo desenvolvimento de produtos em conjunto com empresas estrangeiras para projetos específicos. Essa capacitação obtida em projetos de defesa foi aplicada ao desenvolvimento de nossa linha de aeronaves comerciais. Nossa primeira aeronave regional foi o Bandeirante, uma aeronave não pressurizada para 19 passageiros com dois motores turboélice, inicialmente desenvolvida para atender às necessidades de transporte da Força Aérea Brasileira. Esta aeronave foi certificada em 1973. Após o Bandeirante, foi desenvolvido o EMB 120 Brasília, uma aeronave comercial de alto desempenho com motores turboélice certificada em 1985 com capacidade para até 30 passageiros projetada para atender rotas mais longas e com tráfego maior de passageiros do crescente mercado de aeronaves para uso em voos regionais. Com base no projeto do EMB 120 Brasília e na tecnologia de aviões a jato adquirida no desenvolvimento do AM-X, uma aeronave de uso militar para a Força Aérea Brasileira, desenvolvemos a família de jatos ERJ 145 para uso em voos regionais, nossa primeira aeronave a jato para uso comercial. Essa família é composta por três aeronaves, com capacidade para 37, 44 e 50 passageiros. O primeiro membro da família ERJ 145, o ERJ 145, foi certificado em 1996. Expandimos nossa linha de jatos com o desenvolvimento da família de jatos EMBRAER 170/190, com capacidade para 70 a 118 passageiros, projetada para atender à tendência do mercado de aeronaves por jatos maiores, de maior capacidade e autonomia. O primeiro membro desta família, o EMBRAER 170, foi certificado em fevereiro de 2004 e seus derivados, EMBRAER 175 e EMBRAER 190, foram certificados em dezembro de 2004 e agosto de 2005, respectivamente. O EMBRAER 195 foi certificado em junho de 2006. Em junho de 2013, a Embraer lançou a segunda geração de sua família de E-Jets de aeronaves comerciais, chamada E-Jets E2, que compreende três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O E190-E2 deve entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. Espera-se que o E195-E2 entre em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2021. O negócio de Aviação Comercial é o principal negócio da empresa e representou 56,7% da receita no ano encerrado em 31 de dezembro de 2016. Ao longo do tempo, desenvolvemos uma linha de jatos executivos, primeiro o Legacy 600 que foi descontinuado em 2016, para nos concentrar no êxito de seu sucessor de longa distância, o Legacy 650, seguido do Phenom 100, um jato entry-level, e do Phenom 300, um jato light, ambos lançados em 2005. O Lineage 1000, um jato ultra-large, foi adicionado em 2006 como o maior jato executivo em nossa carteira de jatos executivos e uma versão aperfeiçoada foi lançada em 2013, o Lineage 1000E. Em 2008, lançamos o Legacy 450 e o Legacy 500, um jato mid-light e um jato mid-size, respectivamente. Em 2009, apresentamos o Legacy 650, um jato executivo large que está posicionado em nosso portfólio entre o Legacy 500 e o Lineage 1000. O Legacy 500 e o Legacy 450 entraram em operação em outubro de 2014 e dezembro de 2015, respectivamente. Em 2016, lançamos o Phenom 100EV e o Legacy 650E. O segmento de Jatos executivos representou 27,8% da receita no ano encerrado em 31 de dezembro de 2016. A Embraer é a principal fornecedora de aeronaves de defesa para a Força Aérea Brasileira, com base em números de aeronaves vendidas, e também tem vendido aviões para as forças militares nos EUA, na Europa, na Ásia e na América Latina. No mercado de defesa e segurança, oferecemos uma linha de aeronaves para informações, vigilância e reconhecimento com base na plataforma, nos serviços, sistemas e soluções do jato regional ERJ 145, radar de solo, transporte de autoridades, transporte militar tático e reabastecimento aéreo (KC-390 ), treinamento básico e avançado e ataque leve (Super Tucano), os sistemas aéreos não tripulados (UAS), e satélites geoestacionários de defesa e comunicações. Usando nossas plataformas de aeronaves comerciais, estamos em condições de oferecer uma linha completa de aeronaves dedicadas ao transporte de oficiais, evacuação médica e missões de transporte geral para o mercado de defesa e segurança. Em maio de 2016, realizamos com sucesso o primeiro voo do segundo protótipo do KC-390 e esperamos entregar a primeira aeronave em 2018. Os protótipos 001 e 002 contabilizaram juntos mais de 700 horas de voo em 2016. Nosso segmento de defesa e segurança representou 15,0% de nossa receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. As receitas de vendas ao governo foram responsáveis por mais de 62,0% da receita desse segmento no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016. Além disso, fornecemos sistemas de reabastecimento, peças estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para a Sikorsky Aircraft Corporation, ou Sikorsky, uma companhia da Lookheed Martin, para a produção de seus helicópteros. Prestamos serviços à Sikorsky para o desenvolvimento e a fabricação de trens de pouso, tanques e sistemas de combustível para os helicópteros Helibus S-92 e H-92. Também somos parceiros de risco da Sikorsky. Esses contratos foram renovados em 2015 e vencem em 2020. Desenvolvemos também o Ipanema, uma aeronave agrícola segundo as especificações do Ministério da Agricultura. Essas aeronaves só são produzidas sob encomenda. Até 31 de dezembro de 2016, tínhamos entregado um total de 1.373 dessas aeronaves. Nossos outros negócios correlatos, representaram 0,4% da receita do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Em 20 de dezembro de 2016, anunciamos a criação de uma unidade de negócios focada em serviços e suporte ao cliente. A nova unidade de negócios deve começar a operar no primeiro semestre de 2017 e reunirá capacidades atualmente distribuídas em diferentes áreas de negócios, além de ser responsável pelo desenvolvimento de soluções de suporte a produtos e serviços atuais e novos, bem como para gerenciar os processos e recursos associados. Isso representa uma oportunidade para obter maior eficiência operacional e receitas recorrentes. Atualmente, existem cerca de 2.000 aviões comerciais e mais de 1.000 jatos executivos da Embraer, bem como aeronaves de defesa, em operação. Ao longo dos próximos 20 anos, a empresa estima que 6.400 novos jatos regionais (de até 130 assentos) inicem operação. Na aviação executiva, certas previsões indicam que pode haver mais de 8.000 novos jatos que iniciarão operação na próxima década, sem contar com a comercialização da frota de jatos usados. Gastos de capital (imobilizado) Para descrição dos gastos de capital, vide o "Item 5. Relatório Operacional e Financeiro - Perspectivas 5C. Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças, etc.” 4B. Visão geral do negocio Somos um dos maiores fabricantes de aeronaves de 70 a 130 assentos, do mundo, com base na receita de aeronaves comerciais em 2016, e temos uma pegada de franquia, representada por nossa base global de clientes. Nossa meta é obter a satisfação do cliente com uma série de produtos e serviços para os mercados de aeronaves comerciais, jatos executivos e mercados de defesa e segurança. De uma companhia estatal criada para desenvolver e produzir aeronaves para a Força Aérea Brasileira, evoluímos para uma empresa de capital aberto que produz aeronaves para uso na aviação comercial e executiva, bem como para fins de defesa e segurança e serviços relacionados. Também produzimos, comercializamos e vendemos jatos executivos nasa categorias leve, meio-leve, médio porte, grande e ultra grande: a família Phenom 100/300, a família Legacy 450/500, o Legacy 650 e o Lineage 1000, respectivamente. Apoiar e suportar o cliente com alta qualidade é um elemento-chave do nosso enfoque no cliente e um fator essencial para mantermos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, geramos receita líquida de US$ 6.217,5 milhões, dos quais aproximadamente 91,7% foram expressos em dólares. Do total de receita em 2016, 56,7% foi proveniente do negócio de Aviação Comercial, 27,8% do negócio de jatos executivos, 15,0% do negócio de Defesa & Segurança e 0,4% de outros negócios. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos uma carteira de pedidos firmes num total US$ 19,6 bilhões, incluindo pedidos firmes de 450 aeronaves comerciais. Nossos pontos fortes Acreditamos que nossos principais pontos fortes são: Maior fabricante de jatos comerciais com uma base mundial de clientes. Com base no número de aeronaves vendidas, somos os maiores fabricantes de jatos de 70 até 130 passageiros, com uma forte base mundial de clientes. Cerca de 100 companhias aéreas de mais de 60 países estão voando em nossos jatos comerciais nos cinco continentes. Entre nossos clientes, estão algumas das maiores e mais importantes companhias aéreas globais, regionais e de baixo custo de todo o mundo. Projeto de Aeronaves; Tecnologia; Eficiência Operacional e de Custos. Projetamos, desenvolvemos e fabricamos aeronaves a partir do zero com tecnologia de ponta para oferecer a nossos clientes custos reduzidos de operação, manutenção e treinamento, resultantes da similaridade e eficiência dos projetos e do uso de peças comuns a jatos da mesma família. Essas similaridades nos permitem reduzir significativamente nossos custos de projeto, desenvolvimento e produção, repassando essa economia a nossos clientes no preço de venda, reduzindo o tempo de desenvolvimento de nossas aeronaves. Nosso investimento em tecnologias inovadoras, tais como projeto para automação, nos permitem aumentar a eficiência operacional, reduzindo os custos de engenharia e produção, bem como reduzindo dos custos de manutenção dos clientes. Compartilhamento de risco com Parceiros estratégicos. Com relação a nossas aeronaves comerciais e executivas, desenvolvemos relacionamentos estratégicos com parceiros-chave compartilhando riscos. Esses parceiros de risco desenvolvem e fabricam uma parte significativa dos sistemas e componentes de nossas aeronaves e contribuem com seus próprios recursos para o desenvolvimento desses sistemas e componentes, reduzindo assim nossas despesas com desenvolvimento. Esses parceiros de risco também financiam parte de nossas despesas de desenvolvimento por meio de contribuições diretas em dinheiro ou material. Esses relacionamentos estratégicos nos permitem reduzir nossas despesas e riscos de desenvolvimento, melhorar nossa eficiência operacional, aprimorar a qualidade de nossos produtos e reduzir o número de fornecedores, proporcionando-nos flexibilidade em nosso processo produtivo. Desenvolvimento financiado de produtos de defesa. Historicamente, os gastos de desenvolvimento relativos a aeronaves de uso militar têm sido financiados em grande parte por nossos clientes que, nesse segmento de mercado, incluem governos de diferentes países. Esses clientes desempenharam uma função importante em nossa engenharia e desenvolvimento industrial. Além disso, usamos plataformas civis comprovadas como solução para certos produtos de defesa. Flexibilidade de produção para atender às demandas do mercado. Acreditamos na flexibilidade dos processos de produção e da nossa estrutura operacional, incluindo as parcerias de risco, que nos permitem ajustar nossa produção em resposta à demanda do mercado. Mão de obra experiente e altamente qualificada. Nossos funcionários são experientes e altamente qualificados. Em 31 de dezembro de 2016, 30,8% de nossa força de trabalho era composta por engenheiros. Devido ao alto nível de conhecimentos e qualificações dos nossos funcionários e aos nossos programas contínuos de treinamento e incentivo, podemos desenvolver novos programas de forma eficiente e fornecer a nossos clientes experiência e orientação técnica diferenciadas. Estratégias comerciais Visando o crescimento contínuo de nosso negócio e o aumento de nossa lucratividade, pretendemos continuar a oferecer a nossos clientes aeronaves e serviços eficazes em termos de custo, qualidade e confiabilidade. Os elementos principais de nossa estratégia são: Continuar a promover nossas aeronaves comerciais. Estamos totalmente empenhados em comercializar nossos jatos de até 130 assentos. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos aproximadamente 550 unidades da família de jatos ERJ 145 e mais de 1.200 unidades da família EMBRAER 170/190 em operação. Acreditamos que existam oportunidade de mercado para a família de jatos EMBRAER 170/190, incluindo os novos jatos E2, nas linhas aéreas regionais cujas frotas estejam em processo de expansão, ao mesmo tempo aumentando sua penetração em mercados de maior densidade e acrescentando rotas mais longas. Também acreditamos que nossos jatos comerciais terão oportunidades entre companhias aéreas mainline e low-cost que estejam otimizando suas frotas para adequar a sua capacidade para atender os mercados de baixa e média densidade e nos trarão oportunidades significativas para aumentar nossa competitividade oferecendo aos nossos clientes uma linha completa de aeronaves de até 130 assentos. Fortalecer nossa posição no mercado de jatos executivos. Acreditamos que o mercado de jatos executivos nos forneça oportunidades de crescimento significativas. Oferecemos produtos em praticamente todas as categorias de jatos executivos, desde as categorias entry-level até as ultra-large. Desenvolvemos o Phenom 100, um jato entry-level, o Phenom 300, um jato light, o Legacy 450, um jato mid-light, o Legacy 500, um jato mid-size, o Legacy 650E, um jato executivo large e o Lineage 1000E, um jato ultra-large. Este portfólio representa um do mais amplos do setor. Procuramos compreender e responder à demanda do mercado e às necessidades dos clientes, num esforço de melhorar continuamente o produto e o suporte aos clientes de nossos jatos executivos. Nos últimos 10 anos, introduzimos no mercado quatro aeronaves de projeto saído do zero: Phenom 100, Phenom 300, Legacy 500 e Legacy 450. Em 2016, o nosso atendimento ao cliente foi classificado número um pelas duas principais pesquisas independentes do setor - Aviation International News (AIN) e Pro Pilot Magazine. Continuar a procurar oportunidades de nicho no mercado de defesa e segurança. Atualmente, oferecemos produtos para transporte, ataque leve, treinamento, espionagem, vigilância e reconhecimento. Com nossos produtos, pudemos fornecer recursos aprimorados por meio de um portfólio de soluções integradas de defesa, atendendo às necessidades de um grande número de governos para suportar suas ações militares. Enfoque contínuo na satisfação do cliente por meio de serviços e suporte estabelecidos e respeitados. Acreditamos que nosso enfoque na satisfação do cliente seja fundamental para nosso sucesso como empresa e nossa estratégia de negócios. Dar apoio e prestar serviços de alta qualidade ao cliente é um elemento essencial do nosso enfoque no cliente e um fator crítico para mantermos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes, além da competitividade de nossos produtos no mercado. Como o número de nosssas aeronaves em operação continua a crescer, e nosso negócio de aviação executiva se expande, aumentamos nosso compromisso em fornecer a nossos clientes um nível adequado de suporte pós-venda, incluindo assistência técnica, treinamento, manutenção, peças de reposição e outros serviços relacionados. Possuímos e administramos diversos centros de serviços, estrategicamente localizados em várias partes do mundo. Além disso, nossos clientes podem contar com vários centros de serviços de manutenção terceirizados em todo o mundo para atender a suas necessidades de manutenção. Em 20 de dezembro de 2016, anunciamos a criação de uma unidade de negócios focada em serviços e suporte ao cliente, vide "Desenvolvimento do Negócio" acima. Para obter mais informações sobre nossa rede de suporte e serviços, consulte “— Suporte e Serviços”. Continuar motivando nossos funcionários e melhorar nossos processos de produção e práticas gerenciais. Buscamos continuamente superar as expectativas de nossos clientes. Para atingir esta meta, precisamos todos os dias continuar a implementar os processos de produção mais eficazes e as melhores práticas gerenciais. Como o sucesso de nossos produtos e serviços é efetivamente uma combinação da contribuição de nossos funcionários e dos processos de produção que desenvolvemos ao longo dos anos, reconhecemos que devemos continuar motivando os funcionários e aprimorar os processos de produção. Com esse objetivo, implementamos e pretendemos desenvolver ainda mais programas empresariais com base na filosofia de “produção enxuta”, como o Programa de Excelência Empresarial da Embraer (P3E), projetado para fortalecer nossa cultura interna de excelência e melhorar a eficiência de nossas operações. O P3E é composto por quatro pilares básicos - organização cultural, desenvolvimento pessoal, desenvolvimento de liderança e eficiência corporativa. A área de aviação comercial A Embraer projeta, desenvolve e fabrica uma variedade de aeronaves comerciais. Nossa área de aeronaves comerciais representa nossa principal linha de negócios, correspondendo a 56,7% da receita do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Produtos A Embraer desenvolveu a família ERJ 145, um jato regional de dois motores com capacidade para 37-50 passageiros, lançado em 1996, para atender à demanda crescente das companhias aéreas regionais por aeronaves de alcance médio movidas a jato. Continuamos a desenvolver a família de jatos EMBRAER 170/190, nossa plataforma para 70 a 130 passageiros, para atender à tendência do mercado por aeronaves comerciais a jato maiores, mais velozes e de maior autonomia e para diversificar ainda mais nossa oferta no mercado de jatos. Continuamos a monitorar e analisar as tendências do mercado, as necessidades do cliente e a demanda de aeronaves para orientar o nosso desenvolvimento de produtos de acordo com as necessidades do mercado. Família de jatos EMBRAER 170/190 A família de jatos EMBRAER 170/190 oferece aos nossos clientes quatro modelos de aeronaves para o mercado regional. O EMBRAER 170 é um jato de 70-78 assentos e o EMBRAER 175 um de 78-88 assentos, enquanto o EMBRAER 190 é um jato de 98-114 assentos e o EMBRAER 195 um de 108-124 assentos. O EMBRAER 170 foi certificado pela ANAC, FAA, Joint Aviation Authority da Europa (ex-organização de consultoria que fez recomendações de certificação para autoridades nacionais não membros da UE), ou JAA e EASA em fevereiro de 2004, sendo que as entregas do EMBRAER 170 começaram em março de 2004. O EMBRAER 175 foi certificado pela ANAC em dezembro de 2004, pela EASA em janeiro de 2005 e pela FAA em agosto de 2006. O EMBRAER 190 foi certificado pela ANAC em agosto de 2005, pela FAA em setembro de 2005 e pela EASA em junho de 2006. O EMBRAER 195 foi certificado pela ANAC em junho de 2006, pela EASA em julho de 2006 e pela FAA em junho de 2007. Projetamos a família de jatos EMBRAER 170/190 para maximizar os benefícios de comunalidade. As aeronaves da família compartilham cerca de 86% dos componentes. O alto nível de comunalidade dessa família de jatos reduziu as nossas despesas de desenvolvimento e o tempo de desenvolvimento. Acreditamos que essa comunalidade trará uma economia significativa aos nossos clientes em termos de treinamento simplificado, peças menos dispendiosas, bem como custos de manutenção e de operação menores. Devido a diferenças de peso e tamanho, a família de jatos EMBRAER 170/190 não utiliza o mesmo projeto de asa. Essa nova família de jatos regionais possui motores presos à parte inferior das asas – um projeto que visa a aumentar a potência e a economia de combustível e minimizar os prazos de manutenção. Todos os modelos de aeronaves dessa família são equipados com motores fabricados pela General Electric e possuem sistemas de aviônica de ponta fabricados pela Honeywell. As principais características da família de jatos EMBRAER 170/190 são: • Desempenho Os quatro jatos da família EMBRAER 170/190 têm velocidade máxima de cruzeiro de Mach 0,82. O EMBRAER 170 e o EMBRAER 175 têm alcance máximo de 1.800 e 1.700 milhas náuticas, respectivamente, com carga total, e também estão disponíveis na versão de longo alcance, com alcance máximo de 2.100 e 2.000 milhas náuticas, respectivamente, com carga total. O Embraer 190 e o Embraer 195 têm alcance máximo de 1.800 e 1.500 milhas náuticas, respectivamente, com carga total, e também estão disponíveis na versão de longo alcance, com alcance máximo de 2.400 e 2.200 milhas náuticas, respectivamente, com carga total. • Serviços no solo. O projeto de motor sob a asa e a existência de quatro portas, duas na frente e duas atrás, facilitam o acesso e a eficiência dos serviços no solo. • Espaço da cabine e da carga. A segurança e o conforto dos passageiros foram ampliados na família de jatos EMBRAER 170/190. O projeto “bolha-dupla” da aeronave permite uma cabine com quatro assentos adjacentes, um corredor mais largo, mais espaço e altura interior e um compartimento de bagagem maior do que os dos jatos regionais de nossos concorrentes, incluindo os que estão em fase de desenvolvimento. Em junho de 2013, a Embraer lançou a segunda geração de sua família de E-Jets de aeronaves comerciais, chamada E-Jets E2, que compreende três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O E190-E2 deve entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. Espera-se que o E195-E2 entre em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2021. A Embraer estima que até 2021seu investimento total nos novos modelos E-Jets E2 seja de US$ 1,7 bilhão, líquido da contribuição de parceiros de negócio. O lançamento do E2 se baseia na nossa visão de oferecer jatos comerciais de vanguarda com uma capacidade otimizada para a faixa de 70 a 130 assentos, conforto semelhante a aeronaves mainline e desempenho para utilização flexível e eficiente por transportadoras regionais, low-cost e globais. Nossa estratégia é oferecer todos os benefícios de um projeto novo, mas com a confiabilidade de uma plataforma madura e a comunalidade com a geração atual de E-Jets. Estamos continuamente investindo no programa de E-Jets, para que nossos clientes possam se manter competitivos com aeronaves que têm os menores custos operacionais e o maior apelo para os passageiros. Num layout típico de classe única, o E175-E2 aumentou uma fileira de assentos, em comparação com a geração atual do E175, e comportará até 90 passageiros, enquanto o E190-E2 é do mesmo tamanho que o E190, de até 114 assentos. O E195-E2, comparado com o atual E195, tem três fileiras de assentos a mais e pode acomodar até 132 assentos numa configuração típica de classe única ou até 146 assentos na configuração de alta densidade. Em junho de 2015, dois anos após o lançamento do programa, começamos a montar a primeira aeronave da família E-Jets E2, o E190-E2, em nossa fábrica de São José dos Campos. A Embraer já recebeu os primeiros subconjuntos dos fornecedores em vários países e a montagem do primeiro protótipo está seguindo conforme planejado. Em novembro de 2015, a turbina Pratt &Whitney PW1900G PurePower® Geared Turbofan™ (GTF) das aeronaves Embraer E190-E2 e E195-E2, efetuou com sucesso seu primeiro voo iniciando o programa de teste de voo da turbina. Em fevereiro de 2016 a Embraer apresentou o E190-E2 em cerimônia realizada em nossa fábrica de São José dos Campos. O E190-E2 fez seu primeiro voo em maio de 2016. Já existem quatro protótipos deste modelo e está prevista a entrada em serviço no primeiro semestre de 2018. Em março de 2017, em uma cerimônia realizada em nossa fábrica em São José dos Campos, apresentamos o segundo modelo da família de jatos E2, o E195-E2, que está programado para entrar em operação em 2019. Clientes Temos uma base de clientes diversificada e mundial, principalmente no mercado de aeronaves comerciais da Europa, Oriente Médio, África, Ásia (principalmente China) e Américas. Entre nossos principais clientes de aeronaves comerciais estão algumas das maiores companhias aéreas regionais, low-cost e mainline de todo o mundo. Em 31 de dezembro de 2016, nossos maiores clientes por quantidade de aeronaves em operação eram Skywest, Republic, Trans States, Envoy, Azul, Aeromexico, Tianjin–HNA, JetBlue, HOP!–Air France e Air Canada. Além disso, em 31 de dezembro de 2016, mais de 85% das nossas encomendas firmes em carteira, para a atual família de de jatos EMBRAER 170/190 eram para as companhias aéreas Skywest, American Airlines, United, JetBlue, Alaska, Air France-KLM e Hainan, além da empresa de leasing Aldus. Para uma análise desses importantes relacionamentos com clientes, consulte o “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco — Riscos relacionados à Embraer — Dependemos dos clientes-chave”. Em 9 de março de 2017, a empresa anunciou que Azul, a maior operadora dos E195 da geração atual, em todo o mundo, será a operadora a lançar o E195-E2. A Azul possui 30 pedidos firmes e 20 direitos de compra para o E195-E2. Geralmente, vendemos nossas aeronaves comerciais conforme contratos com nossos clientes, em que são estipulados preços fixos corrigidos por uma fórmula de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos. Nossos contratos incluem, geralmente, uma opção para que nossos clientes adquiram aeronaves adicionais por um preço fixo, sujeito à mesma fórmula de correção. Além disso, nossos contratos incluem um pacote de suporte de produtos para cobrir a entrada em serviço de nossas aeronaves, bem como uma garantia geral para essas aeronaves (Consulte o "Item 5. Estimativas Contábeis Críticas — Garantias de produtos). Outras provisões para desempenho de aeronaves específicas e requisitos de projeto são negociadas com nossos clientes. Finalmente, alguns de nossos contratos também incluem provisões para cancelamento, opções de trade-in, bem como garantias financeiras e de valor residual. Consulte “Item 3D. Informações-chave – Fatores de risco – Riscos relacionados à Embraer — Algumas vendas de nossas aeronaves podem estar sujeitas a opções de troca (trade-in) e garantias financeiras e de valor residual que podem exigir desembolso significativo de caixa” para obter uma análise mais detalhada sobre essas disposições. Vendas e marketing Nossa estratégia atual de comercialização se baseia em nossas avaliações do mercado mundial de empresas aéreas comerciais e das necessidades de nossos clientes. Promovemos ativamente nossas aeronaves para empresas aéreas internacionais e afiliadas regionais das principais empresas aéreas por meio de nossos escritórios regionais nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Nosso sucesso depende, de forma significativa, da nossa capacidade de entender as necessidades de nossos clientes, incluindo necessidades de atendimento ao cliente e suporte a produtos, e de atender a essas necessidades de forma pontual e eficiente mantendo, ao mesmo tempo, a alta qualidade de nossos produtos. Nossos analistas de mercado e do setor aeronáutico se concentram nas tendências de longo prazo do mercado, análise competitiva, planejamento de melhoria de produtos e análise de companhias aéreas. Em termos de marketing direto para nossos clientes, usamos intensamente a imprensa e participamos de feiras aeronáuticas ou outros eventos de custo reduzido que fortalecem a nossa presença junto ao cliente e o reconhecimento da marca. Além de São José dos Campos, no Brasil, possuímos escritórios regionais de vendas em Amsterdam, na Holanda, Fort Lauderdale, na Flórida, Pequim, na China e Cingapura. Produção, novos pedidos e opções Antes de iniciar a produção ou o desenvolvimento de um novo projeto, obtemos cartas de intenção para pedidos futuros de um número significativo de aeronaves. Normalmente, iniciamos o processo recebendo pedidos e criando uma carteira dois anos antes de começar a produção de um novo modelo de aeronave, com a finalidade de receber um número significativo de pedidos antes da entrega da primeira aeronave. Uma vez recebido um pedido, reservamos um lugar para esse pedido na linha de produção, assegurando ter uma produção suficiente para atender à demanda. Uma vez reservado um lugar na linha de produção, podemos fornecer aos clientes datas de entrega para seus pedidos. Um pedido é incluído na carteira após o recebimento de um compromisso firme, representado por um contrato assinado. Nossa carteira de pedidos não inclui opções e cartas de intenção para as quais não foram fechados contratos definitivos. Nossas opções de compra geralmente dão a nossos clientes o direito de adquirir uma aeronave por um preço fixo e numa data de entrega definida, sujeita a disposições de reajuste nos termos de um contrato de compra. Quando um cliente decide exercer uma opção de compra, ela passa a ser considerada um pedido firme. Ocasionalmente, prorrogamos a data de exercício de nossas opções e renegociamos o cronograma de entrega de pedidos firmes, além de permitirmos que os clientes convertam seus pedidos firmes ou opções de compra para outra aeronave da mesma família. Serviços e suporte – aeronaves comerciais Estamos trabalhando para desenvolver ainda mais nossa carteira de serviços para clientes de Aviação Comercial, incluindo as seguintes áreas: • Suporte no campo, que oferece assistência com acesso conveniente para todas as questões operacionais e técnicas para maximizar o desempenho do cliente; • Suporte técnico, que atende às necessidades técnicas por meio de análises, engenharia especializada e monitoramento da frota em tempo real; • Operações de voo, que dão apoio à eficiência e à segurança das operações aeronáuticas por meio de soluções personalizadas, consultoria, supervisão e recursos de treinamento; • Modificação de aeronaves, que oferece execução e coordenação de atualizações de sistemas para melhorar o desempenho da frota e modificações de cabine para maior conforto a bordo; • Materiais, que assegura disponibilidade e economia em gestão de peças e materiais para manutenção programada e não programada; • Manutenção, que oferece soluções otimizadas de manutenção baseadas nas melhores práticas de eficiência, segurança e eficácia; • Treinamento, que prepara tripulantes, técnicos em manutenção e pessoal de operações para os mais altos níveis de competência e • eSolutions, que usa a internet como canal central de comunicação para colaboração e troca de informações 24 horas por dia, 7 dias por semana. Temos uma presença mundial, com cinco unidades regionais estrategicamente posicionadas em todo o mundo, a fim de nos permitir maior agilidade no entendimento das necessidades e desejos de nossos clientes, respeitando a diversidade cultural das diferentes regiões onde estão situados. Nossas unidades regionais estão localizadas como segue: • Fort Lauderdale, na Flórida, que atende nossos clientes na América do Norte; • Amsterdam, na Holanda, que atende nossos clientes na Europa, África, Oriente Médio e Ásia Central; • Cingapura, que atende nossos clientes na região da Ásia/Pacífico; • Pequim, na China, que atende os nossos clientes na China; e • São José dos Campos, no Brasil, que atende nossos clientes na América Latina. Todas essas unidades possuem a infraestrutura abaixo: • um centro de distribuição de peças de reposição; • equipes técnicas e de apoio no campo com engenheiros de campo e gerentes de conta de cliente; • escritórios de administração de garantias e reparos; e • gerentes de vendas de serviços. NNa unidade de São José dos Campos também oferece os seguintes serviços: • Centro de Atendimento Técnico ao Cliente (Customer Care Center ou CCC), oferecendo uma solução integrada de suporte técnico e de peças de reposição, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana; • planejamento de peças de reposição e engenharia de materiais; • suporte técnico; • apoio às operações de voo; • engenharia de apoio à manutenção; • Estratégia e política de gestão da rede de MRO (Maintenance Repair & Overhaul – Organização de manutenção, reparos e recondicionamento) • apoio ao desenvolvimento de negócios; • desenvolvimento de publicações técnicas; e • serviços técnicos, tais como: treinamento em manutenção, eSolutions, serviços de engenharia, serviços para pilotos e modificações de aeronaves. Além do fornecimento de peças e planos simples de aluguel, também oferecemos programas inovadores para planejamento de material, logística e aquisições como: • Programa Fleet-Hour Pool; • Programa de consignação de peças; • Embraer Collaborative Inventory Plan (ECIP - Plano de estoque colaborativo da Embraer); • Embraer Parts Exchange Program (EPEP - Programa de troca de peças da Embraer); e • Otimização do estoque do cliente. Temos e operamos instalações de MRO em Nashville, no Tennessee, onde temos Serviços de manutenção de aeronaves Embraer (EAMS - Embraer Aircraft Maintenance Services), um centro de serviços dedicado para a aviação comercial e, por meio da Ogma, oferecemos serviços de manutenção dedicada para clientes comerciais e militares em Alverca, Portugal. A rede de MRO da Embraer que dá suporte a nossa frota de aeronaves da aviação comercial também está se expandindo com nossos centros de serviços de manutenção terceirizados. Em 31 de dezembro de 2016 esses centros eram os seguintes: • TAP Maintenance & Engineering, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; • LOTAMS – LOT Aircraft Maintenance Services, em Varsóvia, Polônia; • STAECO, em Jinan, China; • Tianjin Airlines, em Tianjin, China; • AUSTRAL, em Buenos Aires, Argentina; e • Kenya Airways, em Nairobi, Quênia. Nossa estratégia é focar em nossa posição de liderança em serviços e apoio e continuar a fornecer o melhor suporte ao cliente a qualquer hora e em qualquer lugar do mundo, e confiando na nossa forte rede de MRO, que atende às expectativas dos clientes de qualidade, prazo de execução, disponibilidade, capacidade e cobertura global. Estamos constantemente monitorando os níveis de satisfação dos clientes e mantemos canais de comunicação abertos com eles a fim de compreender suas necessidades e definir as ações mais adequadas para o contínuo aprimoramento do nosso apoio ao cliente. Para isso, utilizamos as seguintes ferramentas e participamos nos seguintes fóruns: • uma pesquisa de satisfação de suporte ao cliente, realizada todos os anos para identificar nossa posição competitiva; • planos de ação específicos e compromissos com cada cliente, conhecidos como Planos de Ação Integrada do Cliente; • trabalho em equipe, identificação sistemática e planos de ação integrados para solucionar problemas que nos afetam bem como a nossos fornecedores e clientes; • reuniões dedicadas periódicas na sede dos clientes; • Conferência dos Operadores da Embraer, que ocorre anualmente nas várias regiões do mundo onde temos operadores de clientes; • Conferência anual de MRO da Embraer que acontece nos centros de serviço de diferentes regiões do mundo onde temos acordo de cooperação; • um seminário anual de custos de manutenção em que os operadores compartilham as melhores práticas de manutenção e discutem iniciativas de redução de custos; • eventos organizados por clientes, incluindo o Fórum de Manutenção dos Operadores e a Conferência da Comunidade Europeia de Clientes; • fóruns interativos de análises no portal web FlyEmbraer para promover o intercâmbio de experiências entre clientes e a Embraer; • participação em feiras internacionais relacionadas à manutenção, tecnologia, gerenciamento de relacionamento com o cliente e outros; • Customer Advisory Board - CAB (Conselho consultivo de clientes), uma reunião bianual com altos executivos de nossos clientes para obter opiniões, visões e sugestões de alto nível para o nosso futuro; e • um programa interno denominado EECE (Embraer Excellence in Customer Experience - Excelência da Embraer na experiência do cliente) que visa mudanças na área de Serviços e Suporte da divisão de Aviação Comercial para melhorar o desempenho do negócio de aviação comercial da Embraer, abrangendo necessidades atuais e futuras do mercado, com a finalidade de obter os mais altos níveis de satisfação do cliente no setor de aviação comercial. Concorrência Geralmente enfrentamos concorrência dos principais fabricantes no mercado internacional de aeronaves. Cada categoria de produto que fabricamos enfrenta concorrência de natureza diferente e, normalmente, de empresas diferentes. Alguns de nossos concorrentes possuem mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Atualmente enfrentamos a mais forte concorrência das seguintes aeronaves na categoria de 70-130 assentos: • ATR-72, um turboélice para 68 passageiros, produzido pela ATR; • Q-400, um turboélice para 72 passageiros, produzido pela Bombardier; • CRJ-700, CRJ-900 e CRJ-1000, jatos regionais para 70, 86 e 98 passageiros respectivamente, produzidos pela Bombardier; • ARJ21, um jato regional para 90 passageiros produzido pela COMAC. • SSJ100, um jato regional para 103 passageiros produzido pela Sukhoi. • A318, um jato para 120 passageiros produzido pela Airbus; e • 737-600, um jato para 123 passageiros produzido pela Boeing. Esperamos novos desenvolvimentos de concorrentes atuais e novos neste segmento de mercado, incluindo: • O jato CSeries da Bombardier lançado em 2008, para 110 a 150 passageiros, que entrou em operação em 2016; and • MRJ da Mitsubishi Heavy Industries, um jato regional para 76 a 88 passageiros lançado em março de 2008, que deverá entrar em operação em 2018. A Embraer é o líder mundial na fabricação de jatos de 70 a 130 assentos com 51% do mercado em termos de pedidos líquidos acumulados desde 2004, seguida pela Bombardier com 24%, COMAC com 10%, Mitsubishi com 8%, Sukhoi com 8% e os 6% restantes atendidos por outros concorrentes. Os fatores-chave de competitividade nos mercados dos quais participamos incluem características de projeto e tecnológicas, custos operacionais das aeronaves, preço das aeronaves, incluindo custos de financiamento, serviço ao cliente e eficiência na fabricação. Acreditamos que possamos competir de forma favorável com base no desempenho das aeronaves, baixos custos de operação, experiência no desenvolvimento de produtos, aceitação do mercado, projeto da cabine e preço das aeronaves. Segmento de Aviação Executiva Nós nos referimos ao nosso segmento de negócio de aviação executiva como “Jatos Executivos”. Desenvolvemos uma linha de jatos executivos, começando com o Legacy Executive, em 2002, depois renomeado Legacy 600 que foi descontinuado em 2016, para nos concentrar no êxito de seu sucessor de longa distância, o Legacy 650. O modelo que desenvolvemos em seguida foi o Phenom 100, um jato entry-level e do Phenom 300, um jato light, ambos lançados em 2005. O Lineage 1000, um jato ultra-large, foi adicionado em 2006 como o maior jato executivo em nossa carteira de jatos executivos e uma versão aperfeiçoada foi lançada em 2013, o Lineage 1000E. Em 2008, lançamos o Legacy 450 e o Legacy 500, um jato mid-light e um jato mid-size, respectivamente. Em 2009, apresentamos o Legacy 650, um jato executivo large que está posicionado em nosso portfólio entre o Legacy 500 e o Lineage 1000. O Legacy 500 e o Legacy 450 entraram em operação em outubro de 2014 e dezembro de 2015, respectivamente. Em 2016, lançamos o Phenom 100EV e o Legacy 650E. Esses modelos de aeronaves estão fazer do nosso portfólio de jatos executivos um do mais abrangentes do setor de aviação executiva. Vendemos nossos jatos executivos para empresas, incluindo sociedades de controle fracionário, de fretamento e táxi aéreo, pessoas físicas com grande patrimônio líquido e academias de voo, tanto independentes quanto pertencentes companhias aéreas e forças armadas. Nosso segmento de Jatos Executivos representou 27,8% de nossa receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Nessa mesma data, nossos pedidos firmes em carteira de jatos executivos totalizaram US$ 1,29 bilhão. Em maio de 2005, lançamos o Phenom 100 e o Phenom 300, jatos executivos das categorias entry-level e light, respectivamente. O jato Phenom 100, que transporta seis a oito pessoas, recebeu a certificação da ANAC e da FAA em dezembro de 2008, o mesmo mês da sua entrada em serviço. O Phenom 300 transporta até nove pessoas e tem uma fuselagem e envergadura maiores e maior autonomia do que o Phenom 100. Ele recebeu a certificação da ANAC e da FAA e entrou em serviço um ano após o Phenom 100. No final de 2016, a frota de jatos Phenom 100 consistia em mais de 335 aeronaves distribuídas em 28 países e a frota do Phenom 300 era de mais de 380 jatos distribuídos em 27 países. Em maio de 2006, lançamos o Lineage 1000, um jato executivo ultra-large baseado na plataforma de jatos executivos EMBRAER 190. O Lineage 1000 é configurado para carregar até 19 passageiro numa área total de cabine de 70 m2. O Lineage 1000 foi certificado pela ANAC em dezembro de 2008 e pela FAA em janeiro de 2009, e entrou em serviço no primeiro semestre de 2009. No final de 2016, a frota de jatos Lineage 1000 consistia em mais de 25 unidades distribuídas em 13 países. Investimentos contínuos no Lineage 1000 resultaram no lançamento do Lineage 1000E, em 2013, realçando a experiência do cliente, estendendo a sua autonomia e oferecendo novas comodidades internas. Em abril de 2008, lançamos formalmente dois novos programas nas categorias de jato médio, especificamente o jato mid-light Legacy 450, com autonomia de 2.575 milhas náuticas e capacidade para nove passageiros, e o jato mid-size Legacy 500, com autonomia de 3.125 milhas náuticas e capacidade para 12 passageiros. Os jatos Legacy 450/500 estão posicionados em nossa carteira de jatos executivos entre o Phenom 300 e o Legacy 650. O Legacy 500 foi certificado pela ANAC e pela FAA em 2014, o mesmo ano em que entrou em operação. No final de 2016, a frota de jatos Legacy 500 consistia em mais de 40 unidades distribuídas em 12 países. O Legacy 450 foi certificado pela ANAC e pela FAA em agosto de 2015 e pela EASA em setembro de 2015. Em novembro do mesmo ano, a empresa anunciou um aumento na autonomia do Legacy 450 para 2.900 milhas náuticas, e ele entrou em operação em dezembro. Essas duas aeronaves ajudaram a fortalecer nossa posição no mercado e a definir nossa carteira como uma das mais amplas do segmento de aviação executiva. Em outubro de 2009, apresentamos o jato Legacy 650, um jato grande baseado na plataforma do Legacy 600, com maior autonomia e para até 14 passageiros. O Legacy 650 recebeu a certificação da ANAC e da FAA em outubro de 2010 e fevereiro de 2011, respectivamente, com sua entrada em serviço ocorrendo em novembro de 2010. Até o final de 2016, a frota de Legacy 650 se compunha de mais de 90 jatos em operação em 26 países. A mais recente evolução da aeronave que deu origem ao nosso negócio de aviação executiva é o Legacy 650E, que apresenta melhorias interinas, além de uma garantia de dez anos, o que define um novo padrão de desempenho e confiabilidade. Concorrência Entre os concorrentes do Phenom 100 e Phenom 300 nas categorias de jatos entry-level e light, estão a Textron, a Bombardier, a Honda e a Pilatus. Na categoria mid-size, o Legacy 500 concorre com as aeronaves da Textron, da Bombardier, da Dassault e da Gulfstream, enquanto o Legacy 450 concorre amplamente com aeronaves produzidas pela Bombardier e Textron. O Legacy 650 concorre com aeronaves produzidas pela Dassault, Bombardier e Gulfstream. A Boeing e a Airbus são as principais concorrentes do jato ultra-large Lineage 1000. Em busca da internacionalização Em outubro de 2014, anunciamos nossa linha de montagem do Legacy 500 e do Legacy 450 em Melbourne, Flórida, o que mais do que dobrou o tamanho de nosso campus existente de 19.700 m² no aeroporto internacional de Melbourne. O novo complexo consiste de quatro novos prédios: um hangar de montagem, uma oficina de pintura, um centro de acabamento e instalações para preparação de voo, bem como um novo centro de entrega que começará a funcionar no primeiro semestre de 2017. A frota de clientee de aviação executiva expandiu-se globalmente, com forte presença nos principais mercados. Para garantir a satisfação do cliente, introduzimos um modelo de logística global para substituir um modelo de exportação, baseado no Brasil. Por meio de parcerias com provedores globais, otimizamos nossa logística de apoio para oferecer aos clientes acesso imediato a 93% de todas as peças disponíveis, acima dos 81% de quatro anos atrás. Serviços e suporte - jatos executivos Esperamos continuar aprimorando o atendimento ao cliente e os serviços oferecidos no segmento de Jatos Executivos. Para essa finalidade, adicionamos cinco centros de serviço de nossa propriedade a nossas operações em 2007, em Fort Lauderdale, Flórida; Mesa, Arizona; Le Bourget, França; Bradley, Connecticut and Sorocaba, São Paulo. No final de 2016, tínhamos 69 centros de serviço para dar apoio à nossa frota de jatos executivos. Desenvolvemos ainda mais nosso suporte ao cliente e a estrutura de serviços para aumentar a satisfação dos nossos clientes ao operar os nossos jatos executivos. Para medir a satisfação de nossos clientes, efetuamos uma pesquisa anual sobre a experiência dos clientes de jatos executivos para desenvolver planos de ação que nos permitam dar respostas efetivas a nossos clientes. Nosso Centro de Contato de Suporte ao Cliente conta com uma equipe de especialistas dedicados a dar suporte a todos os jatos executivos da Embraer, oferecendo assistência completa e rápida para as suas necessidades operacionais, técnicas e de manutenção. Este Centro de Contato de Suporte ao Cliente funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e está localizado na unidade da Embraer de São José dos Campos. Sua prioridade é minimizar o tempo de inatividade, desde o primeiro contato do cliente até a solução final, aplicando, de forma rápida e eficiente, os recursos adequados às necessidades fundamentais, garantindo assim que os clientes tenham assistência especializada em qualquer parte do mundo. Em agosto de 2014, nosso suporte ao produto para jatos executivos entrou pela primeira vez no topo da lista dos melhores serviços de apoio pela revista Aviation International News e em 2015 a revista Pro Pilot classificou os jatos executivos da Embraer em primeiro lugar e, em 2016 ficamos em primeiro lugar nas pesquisas de suporte ao produto da AIN e da Pro Pilot. As respostas positivas dos clientes demonstradas por essas pesquisas reconhecem nossos esforços em prestar um excelente serviço de apoio ao cliente, coerente com a nossa estratégia de negócios e demonstram o compromisso da Embraer nesta matéria. Em 2015, nossos três centros de serviços nos Estados Unidos receberam pela quinta vez o prêmio FAA Diamond, um certificado de excelência relativo ao treinamento de técnicos de manutenção. Em 2013, selecionamos a FlightSafety internacional como fornecedor de treinamento para o Legacy 450/500 e, no final do ano, o primeiro simulador de voo já havia sido construído. Ele foi certificado em novembro de 2014 concomitantemente com a entrada em operação da aeronave no final de 2014. Em 2016, a FlightSafety deu sua aula inaugural no simulador de voo do Legacy 500, em Dallas, Texas. Segmento de Defesa e Segurança Em 2011, a Embraer acrescentou recursos e ampliou o escopo de sua unidade de negócio dedicada ao mercado de defesa e segurança. A criação da nova unidade de defesa e segurança da Embraer foi uma etapa importante visando a consolidação da Embraer como principal fornecedora de soluções de defesa e segurança para o governo, assim como para governos de outros países. Criamos, projetamos, desenvolvemos, fabricamos e damos suporte a um grande número de soluções integradas para os mercados de defesa e segurança. Nossos produtos compreendem aeronaves de treinamento/ataque leve, plataformas de vigilância aérea, aeronaves de transporte militar, aeronaves de transporte governamental e sistemas de Comando, Controle, Comunicações, Computador, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento e vigilância e segurança de fronteira. Oferecemos um portfólio completo de serviços ao cliente, abrangendo desde soluções de manutenção e materiais até programas completos de Suporte Logístico ao Contratado. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos vendido mais de 1.250 aeronaves de defesa, incluindo aeronaves de transporte governamental, para 40 forças armadas e operadoras em todo o mundo. Também somos o principal fornecedor de aeronaves de defesa para a Força Aérea Brasileira, em termos do número total de aeronaves da frota. Nosso segmento de defesa e segurança representou 15,0% de nossa receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 Produtos Transporte militar — KC-390 O KC-390 é um avião de transporte militar multfuncional desenvolvido para atender os padrões mais elevados em sua classe. Flexível, seguro e rápido, o KC-390 é eficiente para o transporte de carga e tropas, reabastecimento aéreo, missões humanitárias, entre outros usos. Projetado com soluções de engenharia modernas, esta nova aeronave é uma inovação na aviação de transporte militar. Maior flexibilidade, potência, mobilidade, fácil manutenção e novas tecnologias fazem do KC-390 a melhor opção no mercado. Em junho de 2013, anunciamos uma parceria com a Boeing para comercializar e vender a aeronave medium-airlift KC-390 nos EUA, Reino Unido e mercados selecionados do Oriente Médio. Em 2016, a Embraer e a Boeing ampliaram esta parceria, assinatura um acordo de mercado conjunto e para suporte à aeronave de transporte militar KC-390. Nos termos do acordo, as empresas buscarão juntas novas oportunidades de negócios, tanto para a própria aeronave quanto para suporte e serviços. Ataque leve e treinamento – Super Tucano Equipado para cenários de contrainsurgência com sensores integrados, data-link, proteção de cabine e várias configurações de armamentos, o Super Tucano é comprovadamente a aeronave de combate referência no seu segmento e a única plataforma turboélice em produção projetada para apoio aéreo aproximado, equipado com armas de precisão, ISR e guerra eletrônica. Devido a suas características de manuseio, baixo custo operacional e sistemas aviônicos de ponta, o Super Tucano também é um treinador avançado completo. Em fevereiro de 2013, a força aérea dos EUA adjudicou o contrato do LAS (Light Air Support) à Sierra Nevada Corporation (SNC), em parceria com a Embraer, para fornecer 20 aeronaves Embraer A-29 Super Tucano, bem como dispositivos de treinamento de solo, treinamento de pilotos e manutenção e apoio logístico. A aeronave será usada para oferecer recursos de apoio leve aéreo, reconhecimento e treinamento para as forças armadas do Afeganistão. Em março de 2013, inaugurmos oficialmente nossas instalações de 3.700 m2 em Jacksonville, Flórida, para produzir as aeronaves LAS. Nas instalações de Jacksonville são feitos préarmamento, montagem mecânica, montagem estrutural, instalação e testes de sistemas e testes de voo das aeronaves A-29. Graças ao programa LAS, a SNC e a Embraer geraram mais de 1.400 empregos em mais de 100 empresas em todo os Estados Unidos. Caça – Projeto F-X2 Em julho de 2014, a Embraer Defesa e Segurança e a Saab assinaram uma carta de intenções para parceria na gestão de um programa conjunto para o Projeto F-X2, de acordo com a escolha do Gripen NG como jato de caça de nova geração do Brasil. Nos termos deste acordo, desempenharemos um papel de liderança na execução geral do programa bem como participaremos de forma intensiva no desenvolvimento de sistemas, integração, ensaio em voo, montagem final e entrega das versões de um e dois assentos da aeronave de ponta Gripen NG para a Força Aérea Brasileira. O contrato entre as empresas que estabelece a parceria para desenvolvimento, industrialização e gestão conjuntos do projeto F-X2 para a Força Aérea Brasileira entrou em vigor em 2015. A Embraer também participa na coordenação de todas as atividades de desenvolvimento e produção no Brasil. Além disso, a Embraer e a Saab serão conjuntamente responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão de dois assentos do Gripen NG. Em dezembro 2016, uma equipe de aproximadamente 80 engenheiros e técnicos da Embraer estiveram na Suécia para ter um treinamento inicial no trabalho de manutenção e desenvolvimento do Gripen NG. Toda a tecnologia desenvolvida pela equipe conjunta será posteriormente transferida para o Brasil. Um centro de desenvolvimento de engenharia dedicado para este programa, o GDDN (Gripen Design Development Network – Rede de desenvolvimento de projeto do Gripen) foi inaugurado na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no estado de São Paulo, para respaldar o programa da Força Aérea Brasileira. Programas de modernização Oferecemos serviços de modernização de aeronaves militares e, no momento, estão em andamento quatro programas contratados, três pela Força Aérea Brasileira e um pela Marinha. O primeiro programa, conhecido como F-5BR, está focado na modernização estrutural e eletrônica dos caças F-5. Em 2012, concluímos a modernização e a entrega de 46 jatos F-5 para a Força Aérea Brasileira. No início de 2011 a Embraer assinou um contrato com a Força Aérea Brasileira para modernizar um lote adicional de 11 caças F-5. Em 2015, a Força Aérea Brasileira ajustou o número de aeronaves a serem modernizadas nos termos deste contrato de onze para três. O segundo programa com a Força Aérea Brasileira, conhecido como programa de modernização A-1M, está focado na modernização dos 43 AMX. Em 2013, a Embraer Defesa e Segurança entregou o primeiro caça A-1M à Força Aérea Brasileira, com duas aeronaves adicionais entregues em 2014. Devido a restrições orçamentárias do governo, no final de 2016 esse contrato está sendo renegociado entre a Força Aérea Brasileira e a Embraer, com foco em ajustes no escopo. O terceiro programa de modernização diz respeito à atualização de 12 aeronaves A-4 Skyhawk (designação AF-1 da Marinha) da Marinha, com o objetivo de incorporar novas tecnologias, incluindo novos sistemas de avîônica, radares, geradores e sistemas autônomos de geração de oxigênio. Em maio de 2015, a Embraer Defesa e Segurança efetuou na sua fábrica de Gavião Peixoto a cerimônia de entrega do primeiro caça AF-1 (AF-1B) modernizado a ser fornecido para a Marinha. O quarto contrato assinado entre a Embraer Defesa e Segurança e a Força Aérea Brasileira diz repeito à modernização de cinco EMB 145 AEW&C (Airborne Early Warning and Control - Alarme Antecipado e Vigilância Aérea). O contrato também prevê seis estações de planejamento e análise de missões, que serão empregadas na formação e aperfeiçoamento de tripulações. Principais subsidiárias de Defesa e Segurança e joint ventures da Embraer Bradar A Bradar Indústria S.A. é uma empresa dedicada a sistemas e sensores eletrônicos envolvida no desenvolvimentos de sensores de alta tecnologia, como radares de defesa de solo e vigilância aérea, equipamentos eletrônicos de guerra e inteligência e soluções de sensoriamento aéreo remoto para mapeamento e monitoramento usando o radar de abertura sintética da empresa (BradarSAR) que gera mapas de precisão de alta resolução de dia ou noite e em todas as condições meteorológicas. Em 2015, a Bradar e o CTEx (Centro de Tecnologia do Exército brasileiro) assinaram três acordos de cooperação: a implementação da quarta e última etapa do Radar de vigilância aérea SABER M2000, o desenvolvimento de uma nova versão do M200 chamado M200 VIG e a modernização do radar M60. A Bradar consolidou seu portfólio em 2015, entregando o radar de vigilância de solo SENTIR M20 ao Exército brasileiro e concluindo o desenvolvimento do radar S200R para controle de tráfego aéreo. Desde fevereiro de 2016 a Embraer controla 100% das ações, e logo após, anunciou a decisão de consolidar as operações da Bradar com a Savis Tecnologias e Sistemas S.A.. Em 2016, as Forças Armadas Brasileiras empregaram o radar M-60 de defesa aérea de curto alcance para a segurança dos Jogos Olímpicos do Rio para vigilância, triagem e rastreamento de alvos, adicionando mais um grande evento para suas missões bem-sucedidas que já incluem a Conferência do Meio-Ambiente Rio+20 e a Copa do Mundo FIFA 2014. Savis Tecnologia e Sistemas S.A. A Savis é uma empresa de engenharia, totalmente controlada pela Embraer, voltada à integração de sistemas. Está atualmente envolvida no desenvolvimento, integração, gerenciamento de projetos, implementação e suporte a ciclo de vida de projetos de proteção de fronteira e defesa de estruturas estratégicas. A Savis, por meio de seus recursos exclusivos de integração de sistemas, e a Bradar, com suas habilidades de desenvolvimento tecnológico, uniram esforços para a execução de projetos complexos. Juntas, elas formam o Consórcio Tepro, responsável pela implementação do SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) no Brasil. A Savis, como líder do Consórcio Tepro, é a integradora-chefe de sistemas da fase I do projeto SISFRON do Exército Brasileiro, que é o maior projeto de vigilância de fronteira em andamento. O objetivo final do SISFRON abrangerá a vigilância e proteção de mais de 16 mil quilômetros de fronteiras, envolvendo 11 estados e 10 países vizinhos, cobrindo 27% do território nacional. A fase I do SISFRON inclui a vigilância e proteção de aproximadamente 650 quilômetros de fronteiras sob a responsabilidade Comando Militar do Oeste, cobrindo a fronteira entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. Em 2015, o trabalho continuou avançando, com mais de 50% implantados, com recursos operacionais em sensores para inteligência de sinais eletromagnéticos, radares e optoeletrônica de vigilância terrestre móveis e fixos. Todos os dados obtidos por esses sensores vão para centros de controle e comando móveis e fixos, através de redes de comunicações táticas e estratégicas, e são então analisados nos sistemas de apoio à decisão. Tudo isso funciona de forma orgânica, como um sistema único, respaldado por um amplo Suporte de Logística Integrada. Em 2016, muitos dos recursos já implantados do SISFRON foram demonstrados para várias autoridades locais e internacionais, e a implementação progrediu ainda mais, provando o sucesso e as conquistas desse empreendimento. Também em 2016, a Embraer anunciou sua intenção de consolidar as operações da Savis e da Bradar, sob a direção do CEO da Savis. A combinação de recursos irá oferecer soluções integradas, com grande potencial para os mercados interno e externo, contribuindo para a diversificação da base de clientes da Embraer Defesa e Segurança e para a expansão do seu portfólio de produtos e serviços. Atech A Atech é uma empresa brasileira, detida integralmente pela Embraer desde 2013, com foco em sistemas complexos para missões críticas, desenvolvimento de produtos e serviços na área de comando e controle, comunicações, computador e inteligência, defesa aérea e controle de tráfego aéreo para defesa, segurança e outras aplicações civis. Como responsável pelo desenvolvimento e modernização do Sistema Brasileiro de Controle de Tráfego Aéreo (ATM), a Atech já implementou o novo sistema SAGITARIO em 9 centros de tráfego aéreo no Brasil e também o novo sistema de gestão de fluxo (SIGMA) nos principais centros de controle, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, apoiando as autoridades brasileiras nos grandes eventos no Brasil. A Atech também forneceu e implementou, em 2016, a primeira fase do sistema de gestão de fluxo de tráfego aéreo (Skyflow) à autoridade aeroportuária da Índia. Em 2016 a Atech começou a transferência e o desenvolvimento de tecnologia da missão de formação e sistema de apoio do programa do novo caça brasileiro FX, como parte do contrato assinado com a SAAB. Como parte do programa LABGENE, assinado com a Marinha para desenvolver o sistema de proteção e controle do reator nuclear para o projeto de submarino, a Atech já concluiu toda a definição do sistema e a fase de compras do projeto, que está evoluindo como planejado. Outros programas relevantes evoluíram em 2016, como o H-XBR (a Atech é responsável pelo sistema de missão tática) com a conclusão dos testes integrados do sistema no helicóptero H-225, o novo sistema de comando e controle da Força Aérea Brasileira (programa SPA-C2) terminou a fase de desenvolvimento e aceitação e a plataforma de simulador de controle de tráfego aéreo (PLATAO) também concluiu seu desenvolvimento. A Atech também se posicionou como alternativa estratégica para desenvolver sistemas críticos para a Embraer como novo sistema logístico de execução (LES). A Atech começou o desenvolvimento da solução integrada (vigilância ar-terra, controle de tráfego aéreo, comunicação, comando e controle) para um país africano como parte do contrato assinado em 2015. Visiona Tecnologia Espacial S.A. Em novembro de 2011, a Embraer e as Telecomunicações Brasileiras SA (Telebrás), constituiram a Visiona Tecnologia Espacial S.A., ou Visiona, da qual a Embraer detém uma participação de 51% e a Telebrás 49%. Graças a essa parceria entre a Embraer e a Telebrás, a Visiona é a principal fornecedora do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicos (SGDC) brasileiro, responsável pela integração do sistema. Esta é uma etapa fundamental para a entrada de Embraer no negócio de integração de satélites. A sede social da Visiona está localizada no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos, em São Paulo, onde a empresa também está criando um Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Espacial, que integrará as mais importantes instituições educacionais e de pesquisa aeroespacial brasileiras, e acelerará o potencial da indústria espacial brasileira. Em novembro de 2013, a Visiona foi selecionada pela Telebrás para ser a integradora do sistema SGDC que, uma vez concluído, será operado pela Telebrás e pelo Ministério da Defesa. Em dezembro de 2014, foi feita a Revisão Crítica de Projeto (Critical Design Review - CDR), envolvendo satélite, carga, antenas e os sistemas de segmento solo. A maturidade do projeto foi avaliada e aprovada por representantes da Telebrás e do Ministério da Defesa. Em dezembro de 2015, após um ciclo bem-sucedido de fabricação e teste de equipamento e subsistemas, foi concluído o pareamento da plataforma de satélite e do módulo de comunicação (carga útil) nas instalações do fornecedor em Cannes, França. Em dezembro de 2016, após uma fase bem-sucedida de testes ambientais e funcionais, o satélite foi entregue e aprovado. Está pronto para ser enviado para o local de lançamento de acordo com o seu slot de lançamento. O teste e a validação do sistema solo foram também concluídos em dezembro de 2016. Ogma A Ogma - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., ou Ogma, localizada em Alverca, Portugal, combina o know-how acumulado em mais de 90 anos como fabricante de aeronaves e prestador de serviços de manutenção. A Ogma presta serviços de MRO (manutenção, reparo e recondicionamento) em todo o mundo, em especial para a aviação de defesa, mas tambem para a comercial e executiva, bem como para motores e componentes de aeronaves. Além disso, a Ogma desempenha um papel importante como grande fornecedor de aeroestruturas de soluções integradas para OEMs e fornecedores de primeiro nível. A Ogma produz conjuntos e subconjuntos de materiais metálicos e compósitos. Temos uma participação de 65% no capital votante da Ogma, que também conta entre seus acionistas a Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef), que detém o remanescente de 35%. Em 2016, a Ogma fez importantes investimentos com foco na eficiência e na melhoria dos recursos de manutenção, incluindo um novo hangar de pintura, uma nova linha de MRO para aeronaves comerciais e recursos de fabricação (rebitagem automática e máquinas de 5 eixos). Serviços e suporte - Defesa e Segurança Nossa carteira de serviços aos clientes de Defesa e Segurança envolve Apoio de Materiais, Treinamento, Suporte no Campo, Suporte Técnico e MRO – Manutenção, Reparo e Recondicionamento. Nosso departamento de Suporte e Serviços ao Cliente oferece suporte e os serviços necessários aos nossos clientes para o sucesso operacional das aeronaves, assegurando presteza e continuidade. O suporte e a prestação de serviços de nível internacional a nossos clientes é essencial para nossa estratégia de negócios e para manter relacionamentos duradouros com os clientes. Possuímos e operamos as unidades MRO, localizadas como segue: • Alverca, Portugal, que denominamos Ogma, começou a funcionar em março de 2005 e atende clientes da aviação comercial e de defesa; e • Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, onde temos um centro de serviços dedicados para clientes do segmento de defesa. Em 2016, os esforços de vendas resultaram em novos contratos de suporte aos clientes da Embraer Defesa e Segurança. Reforçamos esta relação através da assinatura de vários contratos de suporte e serviços na América Latina, Europa, África e Ásia, melhorando a qualidade de serviço para atender aos requisitos operacionais dos clientes. Concorrência Nossas aeronaves militares enfrentam concorrência rigorosa de diversos fabricantes de diferentes países em cada segmento de mercado. Super Tucano concorre no mercado de treinamento com as aeronaves Pilatus PC-21 (avançado) da Suíça, Textron T-6A/B dos Estados Unidos e KT-1 da Korea Aerospace Industries. No mercado de Ataque Leve, o Super Tucano concorre com o Textron AT-6 e Scorpion, o KA-1 da Korea Aerospace Industries e o Archangel da Iomax. No segmento de transporte militar, o KC-390 atua no segmento de transporte aéreo médio na classe de 23 toneladas. Portanto, seu principal concorrente é o C-130J. Dado o conceito multimissão do KC-390, incluindo evacuação sanitária, busca e salvamento, combate a incêndio, reabastecimento aéreo, transporte aéreo de tropas e reabastecimento, uma concorrência específica com outras plataformas também é esperada. Outros negócios correlatos Além disso, fornecemos sistemas de reabastecimento, peças estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para a Sikorsky Aircraft Corporation, uma companhia da Lookheed Martin, para a produção de helicópteros. Também fabricamos aeronaves turboélice para aviação em geral, como aeronaves agrícolas, também conhecidas como aeronaves leves. Nossos Outros Negócios Correlatos representaram 0,4% da receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Prestamos serviços à Sikorsky Corporation para desenvolvimento e fabricação de trens de pouso, tanques e sistemas de combustível para os helicópteros Helibus S-92 e H-92. Também atuamos como parceiros de risco da Sikorsky. Esses contratos foram renovados em 2015 e vencem em 2020. Desenvolvemos também o Ipanema, uma aeronave agrícola, seguindo as especificações do Ministério da Agricultura. Essas aeronaves só são produzidas sob encomenda.Até 31 de dezembro de 2016, tínhamos fornecido um total de 1.373 dessas aeronaves, incluindo 2 em 2016. Atividades de arrendamento operacional de aeronaves Para proporcionar melhor apoio financeiro às nossas atividades comerciais, além de administrar e reduzir riscos financeiros relacionados à comercialização de aeronaves, criamos, em setembro de 2002, a ECC Leasing. A missão da ECC Leasing é gerenciar e recomercializar o portfólio de aeronaves da Embraer que, devido a obrigações contratuais, podemos ter que adquirir em decorrência de operações de trade-in. Também oferecemos serviços de comercialização a terceiros que desejam vender suas aeronaves fabricadas pela Embraer. Foram concluídas com sucesso campanhas de vendas de novas aeronaves, em que a aceitação da aeronave em trade-in como parte do pagamento era permitida. Receitas adicionais também foram geradas através da venda e arrendamento de aeronaves recebidas em processo de trade-in. Desde a sua fundação em 2002, a ECC Leasing e outra subsidiária integral da Embraer administraram uma carteira de 204 aeronaves, das quais 6 estavam sob arrendamento operacional, 64 disponíveis ou em negociação de arrendamento ou venda, duas em fase de testes de voo na Embraer e 132 vendidas. ECC Leasing foi capaz de comercializar aeronaves usadas da carteira existente em condições semelhantes às que estão em vigor, sem oferecer qualquer tipo de garantia da Embraer. Todas as operações de venda e leasing foram realizadas com base em taxas de mercado, ajudando, portanto, a sustentar os valores presentes e futuros dos nossos produtos. Acreditamos que os resultados futuros da ECC Leasing dependerão principalmente das condições de mercado, dos níveis de disponibilidade de aeronaves e da demanda por jatos na categoria de 37 a 50 assentos. Mercados A tabela a seguir mostra nossas receitas por linha de negócio e região geográfica dos usuários finais das aeronaves para os períodos indicados: 2016 Aviação Comercial América do Norte .................................... América Latina (exceto Brasil) ................ Ásia/Pacífico............................................ Brasil ....................................................... Europa ..................................................... Outros ...................................................... Total ........................................................ Jatos Executivos..................................... América do Norte .................................... América Latina (exceto Brasil) ................ Ásia/Pacífico............................................ Brasil ....................................................... Europa ..................................................... Outros ...................................................... Total........................................................ Defesa e Segurança ................................ América do Norte .................................... América Latina (exceto Brasil) ................ Ásia/Pacífico............................................ Brasil ....................................................... Europa ..................................................... Outros ...................................................... Total ........................................................ Outros negócios correlatos .................... América do Norte .................................... América Latina (exceto Brasil) ................ Ásia/Pacífico............................................ Brasil ....................................................... Europa ..................................................... Outros ...................................................... Total ........................................................ Exercício findo em 31 de dezembro de 2015 2014 2013 (em milhões de US$) 2012 2.452,7 89,8 307,8 145,3 316,5 36,6 3.348,7 2.065,0 64,7 155,4 73,9 624,7 179,6 3.163,3 1.089,4 457,9 546,3 103,5 916,4 193,5 3.307,0 875,3 144,6 920,8 46,0 1.510,8 257,9 3.755,4 1.226,6 38,7 149,2 72,6 218,3 13,2 1.718,6 739,3 110,7 353,3 207,1 168,4 12,7 1.591,5 632,2 6,3 336,6 357,7 290,6 21,1 1.644,5 505,9 43,3 327,4 136,8 254,6 24,0 1.292,0 177,2 21,7 33,2 479,3 84,8 14,9 811,1 199,5 47,3 78,5 1.004,5 100,0 26,6 1.456,4 26,4 16,3 71,0 848,5 166,9 67,8 1.196,9 20,0 21,7 79,5 648,5 178,4 97,1 1.045,2 30,1 12,3 7,3 49,7 53,6 0,1 20,0 3,9 77,6 59,7 26,9 86,6 47,4 0,4 26,6 74,4 Fornecedores e componentes; acordos de parceria de risco Não fabricamos todas as peças e componentes usados na produção de nossas aeronaves comerciais e executivas. Cerca de 85% dos custos de produção de nossas aeronaves consistem em materiais e equipamentos adquiridos de nossos parceiros de risco e outros grandes fornecedores. Acordos de compartilhamento de riscos com os principais fornecedores de componentes permitem que nos concentremos em nossa atividade principal: projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de aeronaves e sistemas para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos e Defesa e Segurança. Acordos de parceria de risco são aqueles em que os fornecedores são responsáveis pelo projeto, desenvolvimento e fabricação dos principais componentes ou sistemas de nossas aeronaves. Dessa forma, nossos parceiros de risco devem investir recursos próprios em desenvolvimento e compartilham conosco os riscos e o sucesso de nossos produtos. Em nosso segmento de aeronaves comerciais e jatos executivos, confiamos em nossos parceiros de risco para o fornecimento de componentes vitais de nossas aeronaves. Nossos fornecedores são selecionados com base, entre outros fatores, em desempenho técnico e qualidade de seus produtos, capacidade de produção, relacionamento anterior e situação financeira. Desde o início da produção da aeronave Bandeirante em 1975, mantemos relacionamento contínuo com muitos de nossos principais fornecedores. Além disso, firmamos contratos de compra com nossos principais fornecedores, que cobrem nossa produção. Esses contratos contêm fórmulas de cálculo de preço que levam em conta os diversos fatores que afetam os negócios de nossos fornecedores e nos ajudam a reduzir os efeitos da volatilidade dos preços (que em alguns casos pode ser significativa) de materiais, peças e componentes necessários às nossas atividades operacionais. Não temos obrigação de adquirir anualmente uma quantidade fixa de materiais nos termos de nenhum desses contratos de fornecedores. Nossos relacionamentos com fornecedores dependem de cooperação, desempenho e manutenção de preços competitivos. Consulte “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco — Riscos relacionados à Embraer — Dependemos dos fornecedores-chave”. Família de jatos EMBRAER 170/190 Continuamos a melhorar a família de jatos EMBRAER 170/190 em conjunto com parceiros de risco que fornecem os principais sistemas da aeronave. Os acordos com os fornecedores da família de jatos EMBRAER 170/190 são diferentes dos existentes para a família de jatos regionais ERJ 145, na qual usamos um número menor de fornecedores. Na família de jatos EMBRAER 170/190, cada parceiro de risco é responsável pelo desenvolvimento e produção de sistemas da aeronave, como trem de pouso, sistema hidráulico e sistema de controle de voo, em vez de componentes individuais, e um número menor de componentes é fornecido por empresas que não são parceiros de risco. A atribuição da responsabilidade por sistemas aos parceiros de risco reduz nosso desembolso de capital, o que diminui nossos riscos de desenvolvimento e aumenta a eficiência operacional, limitando o número de fornecedores por produto e cortando custos de produção. Isso também reduz o tempo de desenvolvimento e produção. Além disso, alguns dos parceiros de risco da família de jatos EMBRAER 170/190 assumiram um papel mais amplo em outros aspectos do programa, proporcionando garantias financeiras e residuais nas vendas, em vez de apenas fornecer componentes para a aeronave. Na época em que os e-Jets foram lançados, eram uma das aeronaves mais avançadas em operação. O sistema fly-by-wire, a aviônica integrada e a seção transversal de bolha dupla trouxeram um novo nível de tecnologia e conforto para passageiros no segmento. O sucesso da família levou a 61% da quota de entregas no segmento de jatos de 70-130 assentos entre 2004 e 2016. Não obstante, durante os últimos 10 anos estivemos continuamente melhorando a família. Novos pacotes de desempenho, aprimoramento da manutenção, redução de ruído externo e redução de queima de combustível são exemplos dessas melhorias. O projeto dos E-Jets E2 é outro exemplo importante de nosso compromisso em manter nossa liderança de mercado no segmento. A tecnologia de ponta aplicada a motores, asas e aviônica faz da família de E2 uma ferramenta altamente eficiente para as companhias aéreas. O E2 atingirá um novo nível de eficiência aerodinâmica, aplicada às asas com uma das mais altas relações de alongamento do setor e um formato de asas avançado, melhorará também os sistemas e a aviônica, incluindo controles full fly-by-wire de quarta geração, bem como motores de alta razão de diluição PurePowerTM Geared Turbofan da Pratt & Whitney (PW1700G no E175-E2, PW1900G no E190-E2 e E195-E2). Esperamos que todas essas melhorias resultem em reduções de dois dígitos na queima de combustível, emissões, ruído e custos de manutenção. A uniformização de cabine com a geração atual de E-Jets é um determinador essencial no projeto do E-Jets E2, a fim de permitir uma transição suave para os pilotos dos E-Jets. O avançado sistema de aviônica integrado Primus Epic™ 2 da Honeywell com grandes monitores em modo paisagem e recursos gráficos avançados, e o Sistema de Gerenciamento de Nova Geração da Honeywell (NGFMS), já em desenvolvimento para a geração atual de EJets, irá proporcionar excepcional consciência situacional e flexibilidade do piloto para a inovação contínua na cabine de pilotagem. Os E-Jets E2 têm o objetivo adicional de aumentar oportunidades de receita, dado que a família foi projetada para oferecer mais disponibilidade de aeronaves e aumentar as receitas acessórias para os operadores. Conhecidos os E-Jets por suas cabines confortáveis e espaçosas, sem assentos do meio, a experiência do passageiro dos E-Jets será ainda mais aprimorada na geração E2. A empresa inglesa de projetos Priestmangoode foi contratada para desenvolver a cabine da aeronave junto com a Embraer. Os interiores irão estabelecer uma nova referência no projeto de cabine, melhorar a experiência do passageiro e proporcionar um ambiente mais confortável e melhorado, adaptado às necessidades dos passageiros e, ao mesmo tempo, maximizar a eficiência operacional das companhias aéreas. Foram divulgados outros fornecedores e parceiros para os E-Jets E2: Liebherr (sistemas de controle de flaps e aletas), Moog (fly-by-wire), Rockwell Collins (sistemas de controle de estabilizadores horizontais), UTC Aerospace Systems (rodas, freios, APU, sistemas elétricos), Intertechnique (alimentação de combustível para motores e APU, pressão, reabastecimento, transferência de combustível, neutralização e ventilação de tanques de combustível, aferição e controle de combustível), Crane Aerospace & Electronics (módulo de controle eletrônico para trem de pouso, sistemas de controle de freio e sensores de proximidade), Triumph (segmentos de fuselagem, lemes e profundores) e Aernnova Aerospace (estabilizadores verticais e horizontais). Jatos executivos Os parceiros de risco para os jatos Phenom 100 e Phenom 300 são a Pratt & Whitney Canada, fornecedora dos motores, a Garmin, fornecedora dos sistemas de aviônica, e Eaton, fornecedora dos sistemas hidráulicos. Os principais parceiros de risco da família de jatos Legacy 450/500 são a Honeywell, fornecedora dos motores, a Rockwell Collins, fornecedora dos sistemas de aviônica, e os principais parceiros de risco do Legacy 650 são a Rolls Royce, fornecedora dos motores, e a Honeywell, fornecedora dos sistemas de aviônica. Os parceiros de risco do Lineage 1000 são os mesmos da família de jatos EMBRAER 170/190. Acordos de financiamento de aeronaves Os clientes de aeronaves comerciais podem solicitar apoio financeiro para aquisição de aeronaves. Este apoio inclui geralmente assistência aos clientes para obter financiamento junto a diferentes fontes, incluindo ECAs, empresas de leasing, bancos comerciais e mercados de capitais. O apoio financeiro pode excepcionalmente incluir a garantia de que o financiamento estará disponível para essa aquisição. Além disso, os clientes podem ocasionalmente precisar de financiamento ponte de curto prazo antes de obter um financiamento para empréstimo de longo prazo, dado que o financiamento de longo prazo pode não estar disponível no momento da entrega. Numa base caso a caso, temos fornecido financiamento temporário, acima das taxas de mercado, para clientes que já têm o seu mecanismo de financiamento estruturado, ou que estão em processo de negociação desses acordos. Regulação governamental e certificação de aeronaves Estamos sujeitos a regras de diversas agências reguladoras aeronáuticas, tanto no Brasil quanto no exterior. Essas agências regulam principalmente o projeto do tipo de aeronave, sua fabricação e operação.. Além da certificação no Brasil, precisamos obter certificação em todas as jurisdições nas quais nossas aeronaves são certificadas e operam. A autoridade certificadora no Brasil é a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, um órgão especial com status de agência reguladora ligada à Secretaria de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, que fiscaliza e certifica aeronaves, peças de aeronaves, fabricantes e operações. Também estamos sujeitos à regulação de autoridades aeronáuticas de outros países, como a FAA nos Estados Unidos, e a EASA na União Europeia. Quando uma aeronave é certificada pela ANAC e validada pela FAA e/ou pela EASA, algumas autoridades, como as da Austrália e do México, podem optar por ratificar a certificação do produto, em vez de realizar o processo completo de validação doméstica. Outros países, como o Canadá, exigem o cumprimento de suas próprias exigências nacionais para certificação. Alguns países simplesmente validam e complementam a certificação original da Agência de Aviação Civil Nacional ou da FAA ou da EASA, seguindo suas próprias regras. A ANAC tem um acordo de certificação bilateral com várias autoridades aeronáuticas, incluindo a FAA e a EASA. Essa cooperação entre autoridades reguladoras resulta em um processo de certificação mais ágil pela autoridade estrangeira. A certificação de aeronaves é um processo contínuo. A ANAC deve aprovar todas as alterações no projeto de qualquer de nossas aeronaves. Mudanças significativas no projeto de uma aeronave podem exigir uma validação/certificação distinta por outras autoridades, conforme especificado em suas regulações e acordos bilaterais. Mudanças nas exigências para certificação de aeronaves não exigem nova certificação ou nova validação de uma aeronave já certificada, mas as autoridades podem impor melhorias significativas nos aspectos de segurança por meio de regras operacionais ou diretivas de adequação ao transporte aéreo. Nossos produtos de defesa devem atender às orientações de certificação definidos em cada contrato com o cliente. Ao contrário de nossas aeronaves civis, nossos produtos de defesa não estão sujeitos a obrigações reguladoras. Alguns contratos, tais como aqueles para aeronave civil modificada para finalidades militares, requerem uma certificação civil (por exemplo. Índia, Sivam, etc.). Finalmente, outros contratos, tais como os do LAS e do KC-390, exigem a aprovação da Autoridade Certificadora Militar. Sazonalidade Temos historicamente experimentado sazonalidade nos resultados de operações e geração de fluxo de caixa. Isto se deve principalmente a um número de entregas tradicionalmente maior no quarto trimestre, particularmente no segmento de jatos executivos, que está alinhado com a sazonalidade do setor de jatos executivo em todo o mundo. As entregas de jatos executivos no quarto trimestre representam em geral pelo menos 35% a 40% das entregas anuais no segmento de jatos executivos, e esperamos que esta tendência continue. 4C. Estrutura organizacional Nossas operações são efetuadas pela Embraer S.A. como empresa controladora e principal empresa operacional. Temos diversas subsidiárias diretas e indiretas, nenhuma das quais considerada significativa. Uma lista completa de nossas subsidiárias está presente no Anexo 8.1 a este relatório anual, e uma descrição de nossas joint ventures, subsidiárias de projeto e alianças estratégicas está incluída no relatório anual no Item 3 acima. 4D. Ativo imobilizado Para informações adicionais sobre ativo imobilizado, consulte as notas 2.2.14 e 16 a nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas incluídas em outra parte deste relatório anual. Para obter uma análise sobre nossos gastos de capital relativos a ativo imobilizado, consulte o “Item 4B. — Histórico e Desenvolvimento da Empresa – Gastos de Capital (Ativo Imobilizado e Desenvolvimento)”. Produção A fabricação de uma aeronave compreende três etapas principais: produção das peças principais, montagem dos principais componentes e montagem final. As peças básicas são as chapas e placas de metal (produzidas a partir de moldes, estiramento ou diversos tratamentos químicos), peças produzidas por meio de máquinas computadorizadas e não computadorizadas e peças pré-fabricadas. As peças básicas são então montadas, ou casadas, entre si para produzir os principais componentes da aeronave que, por sua vez, são unidos para criar a estrutura básica da aeronave. Na etapa final da produção, os diversos sistemas operacionais da aeronave (como fiação e eletrônica) são instalados na estrutura e testados. As instalações de produção de nossas aeronaves comerciais e executivas estão localizadas em São José dos Campos, São Paulo. Em nosso segmento de Defesa e Segurança, também temos unidades de produção situadas em Gavião Peixoto, próximo de Araraquara, na região central do estado de São Paulo. Para a montagem final dos jatos executivos, a Embraer também tem uma unidade em Melbourne, na Flórida, e em Harbin, China. Temos a flexibilidade de aumentar ou diminuir a produção dependendo da demanda. Jatos Comerciais Em julho de 2009, em consonância com nossas iniciativas para melhorar a eficiência de produção conforme a Frente Eficiência Empresarial, convertemos a linha de montagem final de E-Jets E1 para um conceito de linha em São José dos Campos com uma redução significativa no tempo de ciclo. Em 2015, iniciamos a produção do protótipo da nova família de jatos E-Jets E2. Jatos Executivos Os jatos executivos eram produzidos em São José dos Campos e, desde 2011, estamos produzindo-os também em Melbourne, nos Estados Unidos. A unidade de Melbourne é uma fábrica de montagem final, com um centro de atendimento ao cliente e um escritório de engenharia.Em 2014, anunciamos um plano de expansão para montar o Legacy 450/500 nesta fábrica a fim de melhorar a capacidade da produção. Em 2015 e 2016 aumentamos a producao dos jatos executivos em Melbourne. Defesa e Seguranca A unidade de Gavião Peixoto tem recursos de teste de voo para todas as aeronaves Embraer e uma linha de montagem final para nossas aeronaves de defesa. Esta fábrica está em operação desde novembro de 2002. Em maio de 2014, inauguramos a linha de montagem final do novo jato de transporte militar e reabastecimento aéreo, o KC-390 que, em fevereiro de 2015, realizou com sucesso seu primeiro voo. A Embraer atualmente realiza testes de voo do KC-390. Possuímos uma linha de montagem em Jacksonville, Flórida, para Defesa e Segurança, onde, em 2013, iniciamos a linha de montagem final do Super Tucano A-29 para o programa Light Air Support (LAS) da Força Aérea dos EUA. Em 2016, inauguramos a Rede de desenvolvimento de projeto do Gripen (Gripen Design Development Network –GDDN) em Gavião Peixoto, sendo o eixo para o desenvolvimento da tecnologia Gripen NG no Brasil, por Saab e Embraer, em conjunto com as indústrias parceiras e instituições. O GDDN inclui o ambiente de desenvolvimento e simuladores necessários requeridos para o trabalho. Além disso, o GDDN é conectado com a Saab na Suécia e com as indústrias parceiras no Brasil, assegurando a transferencia de tecnologia e o desenvolvimento eficiente. Outros Em setembro de 2012, abrimos duas fábricas em Évora, Portugal, uma para fabricação e montagem de componentes metálicos e uma para fabricação e montagem dos componentes de material compósito. O início de operação destas unidades se deu como planejado, e elas fizeram suas primeiras entregas em novembro de 2012. Em 2015 a unidade de produção de Évora incluiu os principais componentes do Legacy 450/500, EJets, E-Jets E2 e KC-390. Fabricamos sistemas e componentes aeroespaciais na ELEB, uma subsidiária da Embraer em São José dos Campos, e seus principais produtos são sistemas de trem de pouso, subcomponentes hidráulicos e eletromecânicos, como atuadores, válvulas, acumuladores e pilones. A EZ Air Interiors Limited, nossa subsidiária para a produção em fábricas mexicanas de peças internas para o nosso segmento de aviação comercial, começou a produção e entrega de peças para o Brasil em 2013. Ela atingiu a capacidade plena de produção em janeiro de 2015. Em 2015, a Embraer anunciou a conclusão da aquisição de uma nova filial, a Embraer Aero Seating Technologies. A Embraer adquiriu progressivamente sua participação acionária na empresa, sediada em Irwindale, Califórnia, que oferece soluções de assentos de luxo para o setor aeronáutico. Além de produzir assentos para as atuais linhas de produtos da Embraer, inauguramos uma nova fábrica deste ramo com sede em Titusville, Flórida, no Condado de Brevard em 2016. Questões Ambientais Possuímos todas as licenças exigidas para operar nossas atividades em todas as unidades da Embraer em todo o mundo. Os prazos dessas licenças de funcionamento são revistos a cada ano e, em 31 de dezembro de 2016, estávamos em dia com nossas licenças. Além disso, nosso Sistema Integrado de Gestão do Meio Ambiente, Saúde Ocupacional e Segurança foi implementado em 2001 para organizar nossos processos, permitindo que obtivéssemos e conservássemos a certificação ISO 14001 desde 2002. A ISO 14001 é uma norma internacionalmente reconhecida de eficiência do sistema de gestão ambiental para empresas e organizações. Os sistemas de gestão ambiental certificados foram sendo implementados progressivamente em todas nossas unidades fabris, com mais de 89% de nossos funcionários trabalhando conforme a ISO 14001. Incentivamos não só a certificação ambiental de nossas operações, mas também o desenvolvimento de uma orientação de ciclo de vida completo dos produtos e serviços, pois esta continua a ser a maneira mais barata e prática para efetivamente reduzir os impactos ambientais. A orientação do ciclo de vida da unidade e do produto do sistema de gestão ambiental tenta criar valor econômico reduzindo os custos e a exposição ambientais em cada etapa da vida do produto, do projeto à fase operacional e até o fim da vida útil. Nossos programas Desenvolvimento Integrado de Produtos Ambientalmente Sustentáveis (DIPAS) e Design for Environment (DfE - Projeto Ambiental) visam incorporar requisitos ambientais no desenvolvimento de produtos ao longo das diferentes fases de produção. Buscamos antecipar e abordar os desafios ambientais futuros como parte de nosso compromisso para conciliar a responsabilidade ambiental com o sucesso econômico. A implantação de tecnologias e processos mais inovadores e ecoeficientes é um fator fundamental para garantir nossa sustentabilidade, aumentando a atratividade de nossos produtos e nossa competitividade global. Buscamos continuamente a ecoeficiência pela busca de oportunidades de negócios “verdes”, atenuando o impacto ambiental de nossas atividades e produtos ao longo de seu ciclo de vida, desenvolvendo tecnologias, produtos e serviços inovadores e, de forma mais genérica, integrando preocupações ambientais em nossos negócios. Também acreditamos que os requisitos ambientais, como redução da emissão de gases de efeito estufa, estão se tornando um dos principais determinantes nas decisões de frotas de companhias aéreas e influenciarão os futuros desenvolvimentos de aeronaves. Em 2012, na conferência de cúpula de Aviação e Meio Ambiente do Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG), a Embraer, a Boeing e a Airbus assinaram uma carta de intenções para colaborar no desenvolvimento de biocombustíveis aeronáuticos econômicos como esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa da indústria aeronáutica em 50% até 2050 com base nos níveis de 2005. Um foco especial é dedicado à regulação europeia REACH (Registro, Avaliação e Autorização de Produtos Químicos) (Nº EU 2007/1906), que entrou em vigor em 1º de junho de 2007. A REACH visa melhorar a proteção da saúde humana e o meio ambiente com uma regulamentação mais severa do uso de produtos químicos pela indústria; substitui a estrutura regulatória europeia pré-existente sobre produtos químicos. A REACH introduz uma série de novas obrigações durante um período de 11 anos, destinadas a reduzir os riscos de danos que podem causar os 30 mil produtos químicos usados com mais frequência. A regulação também trará a retirada gradual da utilização de algumas das substâncias que são consideradas mais preocupantes para a saúde humana e o ambiente. A regulação exige que qualquer empresa que produz, importa, usa ou aplica substâncias, preparações ou outros itens no mercado da UE seja responsável por garantir a conformidade do item com a REACH. Somos afetados pela regulação porque nossos produtos podem ser exportados, não só para os países da UE, mas também para todos os países em que é exigido o cumprimento da REACH. A Embraer não recebeu qualquer penalidade relacionada à REACH. Durante os últimos anos, estivemos substituindo as substâncias utilizadas em nossos processos de produção por outras menos prejudiciais ao meio ambiente e nossos funcionários. Nesse contexto, diversos materiais foram substituídos de acordo com as restrições impostas pela REACH. Além disso, estamos estudando a viabilidade de substituição de mais substâncias que são amplamente utilizadas na indústria aeronáutica, mas que também têm restrições de uso no âmbito da REACH. Também participamos de grupos de trabalho, como IAEG (International Aerospace Environmental Group - Grupo Ambiental Aeroespacial Internacional) e AIA (Aerospace Industries Association - Associação das Indústrias Aeroespaciais), com outras empresas na indústria aeronáutica para desenvolver soluções em conformidade com a REACH e outras leis ambientais, e estamos trabalhando com nossa cadeia de fornecimento em diversas iniciativas para evitar interrupções e dar suporte aos clientes, incluindo o questionário REACH sobre Avaliação de Risco de Fornecedores. Em resumo, estamos trabalhando para cumprir nossas responsabilidades relativas à REACH. Além disso, determinados desenvolvimentos das leis e regulamentações para a redução das emissões de carbono atuais ou propostas poderiam no futuro afetar indiretamente nossos negócios e resultados. Em 2010, a Organização Internacional de Aviação Civil, por meio de sua Comissão para a Proteção Ambiental, iniciou o desenvolvimento de normas para regulamentar a emissão de carbono por aeronaves. Nesse contexto, a indústria aeronáutica global concordou com os primeiros limites de vinculação sobre as emissões de dióxido de carbono de aeronaves em 2016, e decidiu-se um esquema global sob a forma da "Plano de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional" (CORSIA). O CORSIA visa abordar qualquer aumento anual total das emissões de CO2 da aviação civil internacional (ou seja, voos da aviação civil que partem de um país e chegam em outro) acima dos níveis de 2020, levando em conta as circunstâncias especiais e os respectivos recursos. Dependendo dos pagamentos compensatórios e dos limites impostos, bem como do custo dos equivalentes de carbono, regulamentações dessa natureza podem afetar o potencial de crescimento do setor de transportes aéreos como um todo, devido a: (1) internalização dos custos relacionados à emissão de carbono pelas companhias de transportes aéreos, o que reduziria suas margens de lucro com o consequente corte na demanda de novas aeronaves ou (2) aumento de preços de passagens aéreas, cobradas por companhias de transporte aéreo na tentativa de repassar os custos relacionados a emissões para seus passageiros que, por sua vez, buscariam meios alternativos de transporte, reduzindo a demanda de viagens aéreas e causando queda na venda de aeronaves. Os efeitos dos dois cenários seriam provavelmente uma diminuição na demanda por novas aeronaves nos mercados afetados, consequentemente afetando negativamente nossos resultados. Para obter mais informações sobre como as mudanças climáticas podem afetar nosso segmento de aeronaves comerciais, consulte o “Item 5A. Análise Operacional e Financeira e Perspectivas — Resultados Operacionais - Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor Aeronáutico Comercial e no Mercado de Jatos Executivos – Aeronaves Comerciais”. Seguros Mantemos seguros em níveis que consideramos atender todos os riscos associados com nossas operações e a legislação. O seguro cobre danos potenciais às nossas propriedades, estoques, processos de trabalho, cascos e carga das aeronaves da nossa própria frota. Além disso, mantemos uma apólice de responsabilidade civil sobre produtos de aviação, para indenizações decorrentes de nossa responsabilidade legal como fabricantes, oficinas, fornecedores ou prestadores de serviço. Também temos seguro contra catástrofes naturais e interrupção de negócios. ITEM 4A. COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS Não temos comentários de funcionários não resolvidos. ITEM 5. RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS Esta análise deve ser lida em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e as notas correspondentes, além das demais informações financeiras incluídas em outras partes deste relatório anual. Este relatório anual contém estimativas que envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados reais podem ser significativamente diferentes dos apresentados em nossas estimativas como resultado de diversos fatores, incluindo, sem limitação, aqueles relacionados no “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco” e as questões apresentadas neste relatório anual de forma genérica. Exceto se indicado em contrário, todas as informações financeiras consolidadas neste relatório anual foram elaboradas segundo as IFRS conforme emitido pelo IASB e apresentado em dólares, enquanto, para fins locais, nossas demonstrações financeiras consolidadas também são elaboradas segundo as IFRS, mas apresentadas em reais. Para determinadas finalidades, como a de fornecer relatórios a nossos acionistas no Brasil, apresentar demonstrações financeiras junto à CVM, determinar pagamentos de dividendos e outras distribuições e impostos devidos no Brasil, preparamos e continuaremos com a obrigação de preparar demonstrações financeiras da empresa controladora de acordo com as IFRS e apresentadas em reais. 5A. Resultados operacionais Condições atuais e tendências de nossos mercados A explanação a seguir se baseia principalmente em nossas expectativas atuais sobre eventos futuros e as tendências que afetam nossos negócios; o desempenho e os resultados reais do nosso setor podem diferir substancialmente. Consulte “Introdução — Nota Especial acerca das Estimativas”. Para fatores que podem afetar nosso setor no futuro e o nosso próprio desempenho futuro, consulte “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco”. Aeronaves Comerciais Logo após a crise financeira de 2008, nosso setor retornou a sua taxa de crescimento a longo prazo de aproximadamente 5% ao ano, medida por passageiros-quilômetros pagos transportados. As expectativas de um crescimento econômico reforçado nos Estados Unidos e na Europa, junto com o crescimento sustentado em mercados emergentes, respaldam um panorama positivo para o transporte aéreo. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a demanda global por viagens aéreas continua aumentando, com 6,3% de crescimento em 2016. O transporte aéreo internacional aumentou em 6,7% e o doméstico em 5,7% comparado com 2015, com crescimento das companhias aéreas em todas as regiões. O ambiente de demanda por transporte aéreo continua a melhorar, sugerindo que o crescimento atual deve continuar. As condições de demanda estão melhorando nos EUA e na Europa e os volumes comerciais estão aumentando, especialmente na região Ásia/Pacífico. O nível de produção do setor em 2016 foi de 1.667 jatos, o que representa um aumento de 2,6% em relação a 2015. As companhias aéreas na Europa e na América do Norte experimentaram um crescimento sustentado de 4,6% e 3,2% em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK) em 2016, respectivamente. A demanda por transporte aéreo em transportadoras regionais permanece forte nestas regiões. Os esforços de reestruturação continuam e a eficiência dos hubs é crucialmente importante para as companhias aéreas que dependem de tráfego de conexão e os jatos de 70 a 130 assentos desempenham um papel fundamental, alimentando esses hubs. O crescimento das viagens aéreas em mercados emergentes continua a superar o dos países desenvolvidos devido aos volumes crescentes do comércio regional e à mudança dos padrões demográficos decorrentes da rápida urbanização, maiores rendas familiares, gastos discricionários e, consequentemente, maior propensão em viajar. Uma economia crescente e uma demanda mais forte por transporte aéreo têm levado historicamente a uma integração regional e gerado necessidade de melhorar os serviços aéreos. As viagens aéreas intrarregionais são compostas principalmente de mercados de baixa e média densidade. De acordo com os dados extraídos da Sabre-ADI, cerca de 80% de pares de cidades têm volumes de até 300 passageiros diários. Os jatos de 70 a 130 assentos permitem às transportadoras atingirem um leque maior de cidades, não só nos mercados de alta densidade. Acreditamos que os mercados secundários liderarão a demanda por novas viagens aéreas, e esperamos que as transportadoras continuem a comprar aeronaves mais novas e eficientes para atender os mercados de baixa e média densidade e manter a conectividade da rede. A IATA prevê que o setor aéreo comercial global deve gerar lucros líquidos após impostos de US$ 35,6 bilhões em 2016 e US$ 29,8 bilhões, ou 6,6% das receitas, em 2017. Além de melhorias na estrutura do setor e um foco complementar na melhoraria da eficiência e do uso de aeronaves, a revisão para baixo se baseou em ligeiros aumentos nas projeções do preço de combustível de jatos. O desempenho do setor aéreo comercial está intimamente ligado ao vigor do desenvolvimento econômico global. Depois do pico da pós-recessão de 2010, a atividade econômica diminuiu em 2011 e em 2012. A melhoria no desempenho financeiro desde 2013 foi devida em parte à mudança no crescimento econômico, sinalizada pela elevação da confiança dos negócios, e por uma mudança na produção industrial e o crescimento comercial mundial e, então, no início de 2015, pela queda dos preços do petróleo. 2016 foi o terceiro ano consecutivo em que as companhias aéreas em todo o mundo obtiveram fortes resultados operacionais e financeiros, principalmente na América do Norte. Projetamos que, de 2016 a 2035, a demanda por viagens aéreas no mundo, medida por RPK, deve tender a crescer a uma média de 4,7% por ano. A China e o Oriente Médio liderarão com um crescimento anual de RPK de 6,7% e 6,0% respectivamente, seguido pela América Latina com 5,4%. A região Ásia/Pacífico, a CEI (Comunidade de Estados Independentes) e a África devem apresentar taxas de crescimento de cerca de 5%. Como a Europa (3,8%) e América do Norte (2,7%) são mercados mais maduros, esperamos que cresçam mais lentamente. Em 2035, a região Ásia/Pacífico e a China devem ser o maior mercado de viagens aéreas do mundo, respondendo por uma combinação total global de 37% de RPKs. Comparativamente, a Europa e a América do Norte devem gerar 35% da demanda do mundo. Entretanto, desacelerações da economia, aumentos dos preços dos combustíveis, catástrofes naturais e falta de crédito podem prejudicar a capacidade de companhias aéreas, incluindo alguns de nossos clientes, financiarem aquisições de aeronaves (consulte o “Item 4C. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio – Contratos de Financiamento de Aeronaves”). Na América do Norte, as principais estratégias das companhias aéreas têm se concentrado nas reduções de custos, maior produtividade e consolidação, visando melhor eficiência operacional e financeira. O enfoque no aumento da lucratividade e não da capacidade posicionará as companhias aéreas de modo a sustentarem melhores resultados financeiros e estabilidade por meio de ciclos de negócios. As companhias aéreas regionais continuam alimentando os hubs e oferecendo oportunidades de ajuste de capacidade para as mainlines. Na Europa, a grande ameaça para nossa indústria vem da possibilidade de uma crise econômica causada pelo Brexit. A longo prazo, acreditamos que ainda haverá uma gradual recuperação econômica da zona do euro que, combinado com baixos rendimentos devido à área de aviação altamente competitiva/aberta e elevados custos regulatórios, deve manter o ambiente de receita sob pressão. As companhias aéreas regionais respaldam os ajustes de capacidade e a frequência de serviços das mainlines, como parte de sua redução dos custos estruturais e dos programas de melhoria. A mobilidade é vital para o mercado intraeuropeu porque os europeus continuam desfrutando de liberdade de viajar decorrente da liberalização do transporte aéreo em 1987. As companhias aéreas europeias ainda estão se adaptando a um ambiente competitivo mais dinâmico e estão enfrentando vários desafios com questões trabalhistas, aumento de encargos e taxas (regulatórias, aeroportuárias e ambientais), bem como a reestruturação dos negócios para explorar as oportunidades emergentes. Esperamos um aumento de oportunidades nos países do Leste Europeu, em virtude de um ambiente econômico melhor e mercados mais maduros. A América Latina tem enfrentado um ambiente econômico difícil. A crise nos mercados de commodities mundiais continua sendo um empecilho importante, mesmo com a queda dos preços do petróleo e uma sólida recuperação dos EUA apoiando a atividade em outros locais da região. No entanto, as perspectivas de crescimento de médio e longo prazo permanecem positivas. Os esforços se concentrarão nas reformas estruturais para restaurar um crescimento robusto e sustentável e melhorar o ambiente de negócios, com o objetivo de fomentar uma economia mais diversificada, elástica e próspera. Esperamos que, juntamente com a recuperação econômica, novos investimentos em infraestrutura aeroviária e integração regional iriam moldar a forma como o transporte aéreo vai crescer nos próximos anos. Acreditamos que a otimização das frotas é essencial, dado que os mercados secundários estão prestes a liderar a demanda por novas viagens aéreas. Esperamos que as transportadoras continuem a adquirir jatos novos e eficientes com até 130 assentos para atender os mercados de baixa e média densidade e manter a conectividade da rede. Na região Ásia Pacífico, a prosperidade econômica tende a apoiar a maior demanda de viagens aéreas, associada a um crescimento vigoroso da população, descentralização, rápidos índices de urbanização e liberalização do serviço aéreo regional. A função da aviação regional na região Ásia Pacífico/China está relacionada à integração nacional, oferecendo acesso a comunidades menores em países como a Austrália, China e Indonésia. As políticas de liberalização em algumas sub-regiões tendem a incentivar o desenvolvimento do transporte aéreo intrarregional, o que pode gerar oportunidades importantes para a aviação regional nos próximos anos. À medida que a região vai ficando mais liberalizada e as rotas-tronco amadurecendo, acreditamos que as companhias aéreas se sentirão incentivadas a procurar os mercados secundários como nova fronteira da expansão. Esses pares de cidades devem precisar de aeronaves de 70 a 130 assentos para sustentar o crescimento das transportadoras. Atualmente as operadoras do Oriente Médio são empresas de alcance mundial, impulsionadas pela emergência de hubs mundiais com voos de alta frequência que conectam passageiros de longa distância entre o Oriente e o Ocidente. Os voos dentro do Oriente Médio aumentaram significativamente nos últimos anos com a aquisição de novas aeronaves de menor porte para alimentar os hubs internacionais e cobrir os mercados insuficientemente atendidos. Outros clientes em perspectiva procuram substituir suas velhas frotas por novas tecnologias como o Irã, agora preparado para iniciar um período de modernização e de crescimento, depois que as sanções foram suspensas. Na África, a integração regional e o crescente investimento estrangeiro direto estão fomentando a aviação regional. Desafios na infraestrutura, falta de financiamento e um ambiente altamente regulado estão sendo solucionados, embora num ritmo lento. Como resultado da liberação regional, algumas companhias aéreas estão introduzindo novas aeronaves para desenvolver sua rede intrarregional. As companhias aéreas no continente estão reconhecendo os benefícios de substituir velhas frotas por aeronaves com novas tecnologias. A idade média das aeronaves diminuiu em 25% nos últimos 15 anos, de 16 para 12 anos de idade. Estimamos uma demanda global para cerca de 6.400 jatos na categoria de 70 a 130 assentos até 2035 (2.300 unidades no segmento de 70 a 90 assentos e 4.100 unidades no segmento de 90 a 130 assentos). Projetamos que a substituição de aeronaves velhas represente 37% das entregas novas e os outros 63% para apoiar o crescimento do mercado. Acreditamos que a frota de jatos com até 130 assentos em serviço no mundo aumente de 2.670 aeronaves em 2015 para 6.690 em 2035. Estimamos o valor de todas as entregas em aproximadamente US$ 300 bilhões a preço de lista. Esperamos que os jatos na categoria de 70 a 130 assentos sustentem a eficiência do modelo hub-andspoke, complementem as operações com aeronaves de fuselagem estreita, gerem um equilíbrio ideal entre frequência e assentos, e incentivem o desenvolvimento de novos mercados de baixo risco, capacidade incremental, gerando assim uma demanda significativa para novas aeronaves nesse segmento. Aeronaves executivas Visão geral do mercado Fatores como crescimento econômico global, preço do petróleo, excesso de oferta de aeronaves, valor residual de aeronaves, nível de lucro das empresas e prosperidade de indivíduos com elevado patrimônio líquido são todos impulsionadores-chave da demanda de jatos executivos. O valor residual de aeronaves e o excesso de oferta são fatores que impactam negativamente o setor. O nível atual de aeronaves seminovas é alto, o que contribui para baixar os preços das aeronaves usadas, também afetando direta e negativamente as vendas de novas aeronaves. Apesar do desempenho positivo recente dos impulsionadores de crescimento de demanda como a população e riqueza de indivíduos com elevado patrimônio e o nível dos lucros das empresas, o número de aeronaves vendidas não cresceu. Acreditamos que algumas empresas continuem relutantes em gastar em viagens alternativas devido a políticas corporativas, adotadas após a crise de 2008, pelo menos no curto prazo. Ao mesmo tempo, acreditamos que novos modelos de negócios numa economia compartilhada podem gerar mais demanda e ampliar a quantidade de usuários de jatos executivos. Uma tendência da qual podemos nos beneficiar em função do nosso portfólio abrangente e competitivo que pode atender as diferentes exigências de missão. No início de 2017, a General Aviation Manufacturers Association informou que o setor entregou 652 jatos executivos em 2016 (7,6% a menos do que em 2015), equivalentes a US$ 18,6 bilhões (15% a menos do que em 2015). A expectativa para 2017 é que sejam entregues 650 unidades. Nossas previsões de mercado indicam que serão entregues aproximadamente 8.000 novas aeronaves comerciais pelos próximos 10 anos, totalizando US$ 233,6 bilhões no período. Estimamos uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) para o segmento de jatos executivos de 2017 a 2026 de 4,0%, tanto em termos de receita quanto em unidades entregues. Nossa frota de jatos executivos em serviço teve uma taxa de crescimento anual composta de 33% desde 2010. Em 2015 e 2016, entregamos um total de 120 unidades e 117 unidades, respectivamente. Como lançamos novos produtos no mercado de jatos executivos, como o Phenom 100EV, o Legacy 450, o Legacy 500 e o Legacy 650E, esperamos que o número total de entregas anuais neste segmento continue aumentando nos próximos anos, mesmo se o número de aeronaves seminovas à venda bem como seu níveis de preço continue a pressionar a demanda de aeronaves novas nesse segmento. Estimamos que nos próximos 10 anos, a distribuição regional de entregas de jatos executivos será a seguinte: • • • O mercado norte-americano continuará sendo o maior, representando 54% do volume de mercado do mundo e 50% das receitas, aproximadamente. Os mercados da Europa e da África irão gerar 23% das entregas no mundo em termos de unidades e 25% em termos de receitas. Juntos, a América Latina, Ásia/Pacífico e China representarão 21% das entregas mundiais em termos de unidades e gerarão 25% da receita total mundial do mercado de jatos executivos. Defesa e Segurança No geral, prevemos um aumento em gastos de defesa no mundo inteiro. À luz da contínua instabilidade do Oriente Médio e do impacto crescente de ações de grupos insurgentes, os orçamentos militares na região também devem aumentar, apesar da contração dos preços do petróleo. Tensões e conflitos regionais também devem estimular o investimento em materiais de defesa no continente africano e na Europa. Esperamos um aumento da demanda por propostas de soluções personalizadas, criando oportunidades para nosso portfólio de defesa e segurança e para suas subsidiárias, particularmente nas áreas de software, comunicações, sensores e plataformas essenciais. O ambiente econômico brasileiro será um desafio para a implementação de novos projetos de investimento no setor da defesa. Geralmente, as restrições orçamentárias podem exigir a reestruturação das entregas agendadas em contratos existentes. Também esperamos que novas oportunidades surjam numa escala menor e exijam a acomodação das restrições nos recursos disponíveis. Situação econômica no Brasil O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, ocasionalmente, implementa mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo para controlar a inflação e influenciar outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação e incentivos, controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas. Mudanças de políticas monetárias, crédito, tarifas e outras no Brasil podem afetar, de forma negativa, nossos negócios, assim como inflação, flutuações das taxas de câmbio e dos juros, instabilidade social e outras questões políticas, econômicas ou diplomáticas, bem como a reação do governo a essas questões. Mudanças rápidas na situação política e econômica do Brasil têm acontecido, e podem acontecer, o que exige uma avaliação constante dos riscos associados a nossas atividades e os ajustes correspondentes de nossa estratégia de negócios e operações. Mudanças nas políticas do governo federal, incluindo mudanças na política atual e nos incentivos existentes para financiamento da exportação de produtos brasileiros, ou na economia brasileira, sobre os quais não temos qualquer controle, podem afetar o nosso negócio de forma negativa significativa o nosso negócio. A tabela a seguir mostra os dados do crescimento real do PIB, da inflação, das taxas de juros e a taxa de câmbio do dólar para os períodos indicados. 2016 Crescimento real do produto interno bruto .................. Inflação (IGP-M)(1) ...................................................... Inflação (IPCA)(2) ........................................................ Taxa de CDI(3) ............................................................. Taxa LIBOR(4) ............................................................. Depreciação do real vs. dólar....................................... Taxa de câmbio no final do período – US$ 1,00 ......... Taxa de câmbio média – US$ 1,00(5) ........................... (3,6)% 5,9% 6,3% 14,0% 1,0% (16,5) % R$ 3,259 R$ 3,5128 31 de dezembro de 2015 2014 (3,8)% 10,5% 10,7% 14,1% 0,6% 41,8% R$ 3,905 R$ 3,388 0,1% 3,7% 6,4% 11,6% 0,3% 9,0% R$ 2,656 R$ 2,361 2013 2,3% 5,5% 5,9% 9,8% 0,2% 10,5% R$ 2,343 R$ 2,169 Fontes: Fundação Getúlio Vargas, Banco Central e Bloomberg (1) Inflação (IGP-M) é o Índice Geral de Preços do Mercado medido pela Fundação Getúlio Vargas. (2) Inflação (IPCA) é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (3) A taxa de CDI é a taxa média dos Certificados de Depósito Interbancário no Brasil (até a última data do período respectivo). (4) Taxa LIBOR do dólar de três meses, a partir da última data do período. A taxa LIBOR é a taxa de oferta interbancária de Londres. (5) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante o período. A inflação e a variação da taxa de câmbio têm causado, e podem continuar causando, efeitos significativos em nossa situação financeira e nos resultados das nossas operações. A inflação e a variação da taxa de câmbio afetam nossos ativos e passivos monetários expressos em reais. O valor desses ativos e passivos expresso em dólares diminui quando o real sofre desvalorização em relação ao dólar, e aumenta quando o real é valorizado. Em períodos de desvalorização do real, contabilizamos (a) um novo cálculo de perdas de ativos expressos em reais e (b) um novo cálculo de ganhos em passivos expressos em reais. Para mais informações sobre os impactos macroeconômicos em nossa posição financeira, veja a nota 28 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Incentivos fiscais Da mesma forma que outras empresas brasileiras, recebemos certos benefícios fiscais e outros concedidos pelo governo, incluindo incentivos relacionados com nossas atividades de exportação, pesquisa e desenvolvimento. Incentivos fiscais para empresas em pesquisa e desenvolvimento. A Lei 11.196/05, mais conhecida como a Lei do Bem, concede benefícios fiscais para entidades envolvidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento para inovação tecnológica. Para usufruir destes benefícios fiscais, o beneficiário deve (i) declarar seu imposto de renda de acordo com o regime de lucro real, (ii) registrar o lucro tributável; (iii) estar em dia com todas as suas obrigações fiscais (isto é, obtendo atestados demonstrando não ter dívidas com o fisco) e (iv) ter investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Considera-se inovação tecnológica o desenvolvimento de novo produto ou processo de fabricação, bem como adição de novas funcionalidades ou características a um produto já existente ou procedimento de fabricação que implique em melhorias incrementais e ganhos de qualidade ou produtividade, resultando portanto em maior competitividade no mercado. Nós nos beneficiamos desses incentivos fiscais no que diz respeito ao IRPJ (imposto de renda pessoa jurídica) e à CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido). As deduções de nosso lucro líquido podem variar de 60% a 80% dos nossos gastos relacionados a atividades de pesquisa e desenvolvimento em inovação tecnológica durante um ano fiscal. Incentivos fiscais e isenções na folha de pagamento para empresas exportadoras Este incentivo, criado pela Lei 12.546/11, instituiu o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (REINTEGRA) com o objetivo de estimular e facilitar as exportações. O objetivo do Reintegra é reembolsar, no todo ou em parte, o restante dos impostos da cadeia de produção das mercadorias exportadas. A entidade exportadora pode receber créditos fiscais, de acordo com uma porcentagem, que podem variar de 0,1% a 3%, estabelecida por portaria do Ministério da Fazenda e aplicada nas receitas obtidas com a exportação dessas mercadorias no exterior. Para usufruir destes benefícios fiscais, (i) uma entidade exportadora deve fabricar o produto exportado no Brasil, (ii) o produto deve ser codificado na TIPI (listagem emitida pelas autoridades fiscais brasileiras no contexto do Imposto sobre Produtos Industrializados ou IPI); e (iii) o custo dos materiais importados utilizados no produto exportado não pode exceder certos limites prescritos pela lei, expresso como percentagem do preço de exportação. A Lei 12.546/11 também visa aumentar a produção graças ao estabelecimento de uma isenção na folha de pagamento. Esta isenção na folha de pagamento substitui a atual contribuição previdenciária patronal para o INSS de 20% sobre a folha de pagamento por um imposto alternativo chamado Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta ou CPRB, a ser cobrada sobre as receitas de determinados produtos e serviços, excluindo as receitas de exportação. As alíquotas de isenção na folha de pagamento podem variar de 2,0% a 4,5% do faturamento bruto, dependendo do setor empresarial Concordata da Republic Airways Em fevereiro de 2016, a Republic Airways Holdings, que naquela época operava uma frota de 230 aeronaves de aviação comercial Embraer (das quais 50 são da família ERJ145 e 180 são modelos E170/E175) abriu um processo de falência nos termos do Capítulo 11. Em consequência, provisionamos um total de US$ 100,9 milhões para cobrir as despesas esperadas relacionadas a obrigações de garantias financeiras oferecidas ao principal agente financeiro da aeronave ERJ 140/145, adquiridas e entregues a este cliente. Na data de arquivamento do presente, Republic possuía 24 pedidos firmes de aeronaves comerciais E175 em nosso backlog, a serem entregues entre 2016 e 2017. Em novembro de 2016, assinamos uma venda firme de 24 jatos E175 com a United Airlines. Este pedido representa a transferência da encomenda de 24 jatos E175 feita anteriormente pela Republic, que foi cancelada. Estimativas de contabilidade críticas A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS exige que utilizemos estimativas e premissas que afetam os valores relatados de ativos e passivos, receitas e despesas e nossas declarações contábeis. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual, acreditamos que as variáveis e premissas derivadas de experiências passadas e diversos outros fatores sejam razoáveis e pertinentes. Estas estimativas e suposições são revistas e os ajustes pertinentes são lançados no decorrer normal de nossas operações. As políticas contábeis mais significativas, incluindo as variáveis e premissas usadas nas estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições são descritas abaixo: Receita de vendas e outras receitas operacionais No segmento de Defesa e Segurança, uma parcela significativa da receita é oriunda de contratos de desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e com governos estrangeiros, contabilizada pelo método de percentual de conclusão e métodos de adiantamento físico. Esses contratos contêm disposições sobre reajuste de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Periodicamente, reavaliamos as margens previstas de certos contratos de fabricação, ajustando a contabilização da receita com base nos custos projetados para a conclusão. Se os custos totais a serem incorridos ficarem 10% abaixo das estimativas da diretoria, o valor de receita contabilizado no ano de 2016 aumentaria em US$ 149,3 milhões, e se os custos totais estiverem 10% acima da estimativa, o valor da receita contabilizado seria reduzido em US$ 309,8 milhões. Garantias financeiras As garantias financeiras são concedidas pelo valor justo e lançadas como uma redução nas vendas e são então contabilizadas como receita de vendas pelo período da garantia. Ao conceder uma garantia financeira, avaliamos a solvência do fiador e divulgamos nossa exposição máxima conforme a garantia na Nota 36.3 – Coobrigação, responsabilidades e compromissos dos passivos conjuntos. Monitoramos periodicamente a solvência do fiador e, em caso de inadimplência ou renegociação, a exposição é recalculada com base na melhor estimativa quando e se os pagamentos se tornarem prováveis e possam ser estimados com segurança, contabilizando uma provisão. Se um acordo para pagamento desta provisão for negociado, os valores presumidos são reclassificados como contas a pagar. Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Garantias de valor residual As garantias de valor residual concedidas sobre as vendas de aeronaves podem ser exercidas no final de um contrato de financiamento entre um agente financeiro e o cliente/operador dessas aeronaves. As garantias são inicialmente mensuradas pelo justo valor e são revisadas trimestralmente para refletir quaisquer perdas em relação ao justo valor destes compromissos. As garantias de valor residual podem ser exercidas se o valor de mercado cotado for menor do que o valor justo garantido. O valor justo futuro é estimado em conformidade com a avaliação da aeronave por terceiros, incluindo informações de venda ou arrendamento de aeronaves similares no mercado secundário. Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Deterioração O teste de deterioração considera nosso plano estratégico de médio e longo prazo, trazido a valor presente pela taxa WACC compatível com o mercado e que reflete as expectativas de retorno dos acionistas. Ao preparar ou utilizar essas informações, usamos estimativas, como segue: (a) Fluxo de caixa bruto esperado - a diretoria projetou fluxos de entrada e saída com base no desempenho passado considerando sua estratégia de negócios e as expectativas de desenvolvimento do mercado. Essas projeções também consideram ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto. (b) Taxa de crescimento – as taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receitas orçadas por nós, consistente com as previsões incluídas nos relatórios do setor. (c) Taxa de desconto – é usada uma taxa de desconto WACC que reflete o retorno esperado dos investidores no momento em que é feito o cálculo. Esta taxa também é comparada com o mercado para confirmar a sua consistência. Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros não negociados em mercados ativos é determinado por técnicas de avaliação. Usamos nosso critério para selecionar diversos métodos usando premissas baseadas nas condições de mercado ao final de cada período de relatório. Os métodos e cálculos são os mesmos que as técnicas conhecidas normalmente usadas pelo mercado financeiro. Imposto de renda Estamos sujeitos ao pagamento de imposto de renda em diversas jurisdições. Um critério significativo é necessário para determinar a provisão para imposto de renda em nível mundial. Existem muitas transações e cálculos para os quais a determinação final do imposto é incerta. Também contabilizamos os passivos com base em estimativas ou se forem devidos impostos adicionais. Quando o resultado final fiscal dessas questões for diferente dos valores que foram inicialmente lançados, essas diferenças afetarão os ativos e passivos do imposto de renda circulantes e diferidos no período no qual o valor final for determinado. Como nosso imposto é determinado em grande parte em reais e nossa moeda funcional é o dólar, a linha de despesa de imposto de renda é altamente sensível aos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio, particularmente aquelas causadas por alterações em ativos não monetários. Se o real tiver sofrido uma desvalorização ou valorização de 10% em relação ao dólar em referência à taxa de câmbio real em 31 de dezembro de 2016, a despesa diferida com imposto de renda terá sido de aproximadamente US$ 140,3 milhões a mais ou a menos. Plano de saúde pós-emprego Nós e algumas de nossas subsidiárias temos um plano de saúde pós-emprego que presta atendimento médico aos funcionários aposentados. Para identificar a exposição futura deste benefício e, consequentemente, sua medição nas demonstrações financeiras, nós e nossas subsidiárias usamos premissas baseadas em dados estatísticos, geralmente observados internamente ou fornecidos por institutos ou entidades dedicados a este tipo de atividade. Principais dados operacionais e componentes de nossa demonstração de resultados Dados operacionais Receita Geramos receitas com a venda de aeronaves e peças de reposição, além de fornecer serviços de manutenção e reparos, treinamento e outros serviços de suporte ao produto. Do total de receitas em 2016, 71,0% foram geradas pelas entregas de aeronaves. As receitas decorrentes da venda de aeronaves comerciais e executivas são expressas em dólares. Em 2016, a receita total de Defesa e Segurança incluiu 47,1% expressa em moeda estrangeira, predominantemente dólares, e 52,9% expressa em reais. Além disso, geramos receitas dos nossos Outros Negócios Relacionados, que incluem fornecimento exclusivo de peças estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para outros fabricantes de aeronaves, além de aeronaves turboélice para aviação em geral, também conhecidos como aeronaves leves. Em 20 de dezembro de 2016, a Embraer anunciou a criação de uma unidade de negócios focada em serviços e atendimento ao cliente. A expectativa de início das operações da nova unidade é o primeiro semestre de 2017 e integrará capacidades que atualmente estão espalhadas em diversas áreas de negócios, além de ser responsável pelo desenvolvimento de soluções para respaldar produtos e serviços novos e existentes, bem como para gerenciar os processos e recursos associados. Tal fato representa uma oportunidade de obter maior eficiencia operacional e receitas recorrentes. Existem atualmente cerca de 2 mil aeronaves comerciais da Embraer em operação e mais de mil jatos executivos da Embraer, bem como aviões de defesa. Durante os próximos 20 anos, esperamos um número estimado de 6.400 novos jatos regionais será colocado em serviço (de até 130 assentos). Na aviação comercial, determinadas previsões indicam que haverá mais de 8 mil novos jatos colocados em serviço na próxima década, sem contar a comercialização da frota de seminovos. Estimamos que em 2016, cerca de US$900 milhoes em receita foram gerados por serviços e atendimento ao cliente. Para as vendas de nossas aeronaves comerciais e executivas, recebemos um depósito inicial após a assinatura do contrato de compra, pagamentos são feitos antes da entrega de cada aeronave conforme certos termos e condições acordados com os clientes e o valor restante do preço de venda é pago no ato de entrega da aeronave, o qual tipicamente representa a maior parte do preço de venda. Os depósitos e pagamentos subsequentes não são, em grande parte, restituíveis caso os pedidos sejam cancelados. Os pagamentos antecipados feitos antes da data de entrega são contabilizados como adiantamentos de clientes como passivo em nossa demonstração financeira e, quando a aeronave é entregue, esses pagamentos são reconhecidos como receita e contabilizados em contas a receber em relação a essa aeronave. Geralmente recebemos depósitos monetários por cada opção de compra de um jato executivo ou comercial. Consulte o “Item 5A — Resultados Operacionais — Estimativas Contábeis Críticas – Vendas e Outras Receitas Operacionais”. Nossos contratos de venda com nossos clientes de Jatos Executivos incluem reajustes pela inflação medida pelo IPC em USD, e nossos contratos de vendas com clientes de nossos segmentos de Aviação Comercial e Defesa e Segurança incluem reajustes do preço de compra da aeronave com base numa fórmula de intensificação baseada em uma combinação de índices relacionados à matéria-prima, aos equipamentos de transporte e aos custos de mão de obra. Especificamente para contratos de venda para Defesa e Segurança com clientes brasileiros, índices nacionais são usados para reajustar os preços do respectivo contrato. Os depósitos, pagamentos parcelados e adiantamentos (especialmente para projetos de Defesa e Segurança) não são reembolsáveis. Assim que um cliente decidir converter uma opção, isso é considerado um pedido firme, e começamos a receber os respectivos pagamentos e contabilizamos a receita no ato da entrega da aeronave ou o marco contratual. Parte significativa de nossos contratos de defesa, incluindo pesquisa e desenvolvimento para programas específicos, é contabilizada segundo o método de porcentagem concluída. Para os contratos que não seguem tal metodologia de contabilização, a receita é reconhecida no momento em que o produto é entregue ou o serviço prestado. Alguns contratos contêm certas disposições para a reavaliação de preço com base em condições econômicas futuras. Nossos clientes de defesa continuam fornecendo adiantamentos, que são convertidos em receitas à medida que cumprimos etapas predeterminadas do projeto, como conceituação, desenvolvimento e projeto, bem como engenharia, integração de sistemas e personalização. Essas parcelas não são restituíveis na maioria dos casos. Custo de vendas e serviços O custo de vendas e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo: • • • • Matérias-Primas. Todos os nossos custos importantes são substancialmente cobertos por contratos com fornecedores. Em geral, os preços nos termos desses contratos são corrigidos com base em uma fórmula de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos. Mão de obra. Esses custos incluem salários e encargos associados, primariamente em reais. Depreciação. O ativo imobilizado é depreciado pelo método linear ao longo de sua vida útil, que varia de cinco a 48 anos. A depreciação de aeronaves sob leasing operacional é lançada nos custos de vendas e serviços desde o início do leasing, usando o método linear sobre a vida útil estimada e considerando o valor residual no final do prazo do leasing. Para mais informações sobre depreciação, consulte a Nota 16 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Amortização. Os ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a venda estimada da série de aeronaves. Os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados linearmente durante a vida útil estimada dos ativos. De acordo com a norma contábil de contingências, acumulamos uma responsabilidade pelas obrigações associadas a garantias de produtos na data de entrega da aeronave e estimada com base na experiência histórica contabilizada no custo de vendas e serviços. Realizamos operações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos são contabilizados quando o produto ou serviço é fornecido/prestado ao cliente. Resultados das operações A tabela a seguir apresenta os dados da demonstração de resultados por segmento de negócios para os períodos indicados: 2016 Receita Aviação Comercial............................................................... Jatos executivos ................................................................. Defesa e Segurança ............................................................ Outros negócios relacionados ............................................ Total .................................................................................. Custo de vendas e serviços Aviação Comercial ............................................................. Jatos executivos ................................................................. Defesa e Segurança ............................................................ Outros negócios relacionados ............................................ Total .................................................................................. Lucro bruto Aviação Comercial ............................................................. Jatos executivos ................................................................. Defesa e Segurança ............................................................ Outros negócios relacionados ............................................ Total .................................................................................. Despesas operacionais Aviação Comercial ............................................................. Jatos executivos ................................................................. Defesa e Segurança ............................................................ Outros negócios relacionados ............................................ Total .................................................................................. Despesa operacionais não atribuídas1 Lucro operacional antes da receita (despesa) financeira 2015 3.527,0 1.730,5 932,7 27,3 6.217,5 3.348,7 1.718,6 811,1 49,7 5.928,1 (2.719,1) (1.463,6) (780,3) (17,7) (4.980,7) (2.565,7) (1.440,3) (785,4) (25,4) (4.816,8) 807,9 266,9 152,4 9,6 1.236,8 783,0 278,3 25,7 24,3 1.111,3 (322,8) (243,6) (114,6) (4,5) (685,5) (345,3) (434,9) (220,2) (119,1) (5,6) (779,8) 331,5 206,0 2014 3.163,3 1.591,5 1.456,4 77,6 6.288,8 (2.542,2) (1.299,6) (1.158,9) (37,6) (5.038,3) 621,1 291,9 297,5 40,0 1.250,5 1 (321,2) (229,6) (148,0) (8,4) (707,2) 543,3 Representa as despesas com o Acordo Final firmado com DOJ e SEC e o TCAC com o MPF e a CVM (veja “Îtem 8 Financial Information – A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras – Processos – SEC/DOJ e o Ministério Público Federal.”) e nosso programa de demissão voluntária em 2016. A tabela a seguir apresenta as informações da demonstração de resultados e esss informações como porcentagem de nossa receita para os períodos indicados: 2016 Demonstração de resultado consolidada Receita .................................................... Custo de vendas e serviços................... Lucro bruto ............................................ Receitas operacionais (despesas) .......... Administração ...................................... Vendas ................................................. Pesquisa ............................................... Outras receitas (despesas) não operacionais líquidas ....................... Equivalência patrimonial em prejuízo de associadas ........................................ Lucro operacional antes das receitas (despesas) financeiras ........................ Despesas financeiras, líquidas .............. Ganho (prejuízo) cambial líquido ........ Lucro antes do imposto de renda ......... Despesas (benefícios) fiscais................ Receita líquida ....................................... Atribuível a: Proprietários da Embraer .................. Participação não controladora .......... 2015 (em milhões de US$, exceto porcentagens) 2014 6.217,5 (4.980,7) 1.236,8 (1.030,8) (164,3) (368,6) (47,6) 100% 80.1 19,9 16,6 2,6 5,9 0,8 5.928,1 (4.816,8) 1.111,3 (779,8) (182,0) (361,6) (41,7) 100,0% 6.288,8 81.3 (5.038,3) 18,7 1.250,5 13.2 (707,2) 3,1 (207,5) 6,1 (419,9) 0,7 (47,1) 100,0% 80,1 19,9 11,2 3,3 6,7 0,7 (450,0) 7,2 (194,2) 3,3 (32,6) 0,5 (0,3) 0,0 (0,3) 0,0 (0,1) 0,0 206,0 (51,4) 4,5 159,1 8,7 167,8 3,3 0,8 0,1 2,6 0,1 2,7 331,5 (22,9) 27,6 336,2 (255,4) 80,8 5,6 0,4 0,5 5,7 4,3 1,4 543,3 (24,5) (14,9) 503,9 (156,2) 347,7 8,6 0,4 0,2 8,0 2,5 5,5 166,1 1,7 2,7 0,0 69,2 11,6 1,2 0,2 334,7 13,0 5,3 0,2 2016 comparado com 2015 Receita A receita aumentou 4,9%, para US$ 6.217,5 milhões em 2016, de US$ 5.928,1 milhões em 2015. A receita no segmento de aviação comercial aumentou 5,3%, para US$ 3.527,0 milhões de US$ 3.348,7 milhões em 2015. A receita de jatos executivos cresceu 0,7%, para US$ 1.730,5 milhões em 2016, de US$ 1.718,6 milhões em 2015. A receita de Defesa e Segurança cresceu 15,0%, para US$ 932,7 milhões em 2016, de US$ 811,1 milhões em 2015. A receita do segmento de outros negócios relacionados diminuiu 45,1%, para US$ 27,3 milhões em 2016, de US$ 49,7 milhões em 2015. A receita da aviação comercial aumentou em 2016, principalmente graças a um aumento de 6,9% nas entregas, de 101 em 2015 para 108 em 2016. As receitas do segmento aumentaram a uma taxa um pouco menor do que as entregas durante o ano especialmente devido a uma proporção maior de entregas de pedidos de grande volume (que geralmente causam preços menores devido aos descontos por volume) em 2016 comparado com 2015. O aumento de 0,7% das receitas do segmento de jatos executivos em 2016 foi impulsionado principalmente por uma combinação mais favorável de entregas de jatos grandes (que têm preços mais elevados) em 2016 em comparação com 2015, apesar da diminuição de 2,5% no total de entregas, de 120 jatos entregues em 2015 contra 117 jatos entregues em 2015. Em 2016, os jatos grandes representaram 37,6% do total de entregas, contra 31,7% de jatos executivos em 2015. A melhoria na combinação de entregas jatos grandes se deve em grande parte ao primeiro ano inteiro de entregas do jato Legacy 450 (que entrou em serviço no quarto trimestre de 2015), dado que entregamos três Legacy 450s em 2015 e 12 em 2016. Parte significativa das receitas do segmento de defesa e segurança são contabilizadas pelo método da percentagem de conclusão, e continuamos cumprindo nossos contratos com o governo, incluindo o programa de desenvolvimento do KC-390, o sistema integrado de monitoramento de fronteiras (SISFRON) e o programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Além disso, continuamos entregando aeronaves Super Tucano para uma série de forças armadas em todo o mundo, incluindo as últimas unidades para a Força Aérea dos EUA (USAF) no âmbito do programa Light Air Support (LAS). Em 2016, as receitas de segmento de defesa e segurança aumentaram 15,0%, para US$ 932,7 milhões, em parte devido a uma queda de 16,5% no valor do dólar em relação ao real desde o final de 2015 até o final de 2016, que melhorou o valor das receitas de defesa e segurança expressos em reais convertidos em dólares. Esta valorização do real também não causou nenhuma revisão de base de custos relacionada com variação cambial em certos contratos no segmento de 2016 em comparação com 2015, em que os resultados foram afetados por revisões de base de custo negativa sobre os contratos como resultado da depreciação de 47,0% do real contra o dólar americano durante este período. Custo de vendas e serviços O custo das vendas e serviços aumentou 3,4%, de US$ 4.980,7 milhões em 2016 para US$ 4.816,8 milhões em 2016. O aumento do custo das vendas foi menor do que os 4,9% em 2016, provocando uma diminuição dos custos das vendas e serviços como porcentagem da receita, de 80,1% em 2016, em comparação com 81,3% em 2015. Este aumento no custo das vendas e serviços como porcentagem da receita é em grande parte devido à ausência de revisões de base de custos básicos em contratos no segmento de defesa e segurança relacionados com variação cambial desfavorável em 2016. O custo das vendas e serviços no segmento de Aviação Comercial aumentou 6,0%, para US$ 2.719,1 milhões em 2016, de US$ 2.565,7 milhões em 2015. O aumento dos custos de vendas e serviços foi maior do que o aumento de 5,3% das receitas para o ano, principalmente devido à referida maior proporção de entregas de pedidos de grande volume em 2016 em comparação a 2015, combinada com a diminuição de benefícios fiscais concedidos pelo governo em 2016 comparada com o ano anterior. A margem bruta no segmento de Aviação Comercial diminuiu de 23,4% em 2015 para 22,9% em 2016. O custo das vendas e serviços no segmento de Jatos Executivos aumentou 1,6%, para US$ 1.463,6 milhões em 2016, de US$ 1.440,3 milhões em 2015. O custo das vendas e serviços aumentou mais do que as receitas do segmento durante 2016, em grande parte devido à baixa rentabilidade das vendas de jatos executivos em função de um ambiente altamente competitivo no setor em 2016. Isso foi parcialmente compensado por uma maior proporção de entregas de jatos grandes durante o período. A margem bruta no segmento de Jatos Executivos diminuiu de 16,2% em 2015 para 15,4% em 2016. O custo de vendas e serviços no segmento de Defesa e Segurança declinou 0,6% em 2016 para US$ 780,3 milhões em 2016, de US$ 785,4 milhões em 2015. A diminuição do custo das vendas e serviços se compara ao aumento de 15% na receita no segmento durante o período, refletindo a ausência de revisões de base de custo na porcentagem de conclusão de contratos relacionada à variação cambial em 2016 (em que o real valorizou 16,5% em relação ao dólar) em comparação a 2015, que foi afetada negativamente pelas revisões de base de custo devido à depreciação de 47,0% do real em relação ao dólar durante o ano. A margem bruta no segmento de Defesa e Segurança defesa subiu de 3,2% em 2015 para 16,3% em 2016. O custo de vendas e serviços no segmento Outros Negócios Relacionados diminuiu 30,3%, para US$ 17,7 milhões em 2016, de US$ 25,4 milhões em 2015, enquanto a receita desse segmento diminuiu 45,1% em 2016. Lucro bruto Como resultado dos fatores acima, nosso lucro bruto antes do imposto de renda aumentou 11,3%, para US$ 1.236,8 milhões em 2016, de US$ 1.111,3 milhões em 2015. Nossa margem bruta aumentou de 18,7% em 2015 para 19,9% em 2016. Receitas Operacionais (Despesas) Como discutido mais detalhadamente abaixo, as despesas operacionais aumentaram 32,2%, para US$ 1.030,8 milhões em 2016, de US$ 779,8 milhões em 2015. As despesas operacionais como percentual da receita aumentaram 16,6% em 2016 contra 13,2% em 2015, devido principalmente a diversos itens não recorrentes reconhecidos nos resultados durante o período. Os itens não recorrentes, reconhecidos em 2016, incluem provisões e despesas totais líquidas de US$ 293,1 milhões, explicado mais detalhadamente abaixo. As despesas operacionais em 2015 incluíram disposições não recorrentes de US$ 100,9 milhões relacionadas com obrigações de garantia financeira relacionadas ao pedido de concordata da Republic Airways. Excluindo o impacto desses itens não recorrentes reconhecidos em nossos resultados, nossas despesas operacionais ajustadas foram de US$ 737,7 milhões em 2016, representando um crescimento de 8,7% em comparação com os US$ 678,9 milhões em despesas operacionais ajustadas em 2015. Nossas despesas operacionais como percentual da receita aumentaram para 11,9% em 2016 contra 11,5% em 2015. Administração. As despesas administrativas diminuíram 9,7% para US$ 164,3 milhões em 2016, em comparação com US$ 182,0 milhões em 2015, devido à maior taxa de câmbio média do dólar contra o real, que foi 4,3% maior em comparação com a taxa de câmbio média de 2015, dado que muitas das nossas despesas administrativas são incorridas em reais, bem como as iniciativas de controle de custos contínuo e de produtividade. Vendas. As despesas de vendas aumentaram 1,9%, para US$ 368,6 milhões em 2016, de US$ 361,6 milhões em 2015. O ligeiro declínio nas despesas de vendas, apesar do aumento de 4,9% na receita em 2016, foi em grande parte devido a nossas iniciativas de controle de custos contínuo e de produtividade. Pesquisa. As despesas em pesquisa aumentaram 14,1%, para US$ 47,6 milhões em 2016, de US$ 41,7 milhões em 2015. O aumento nas despesas de pesquisa é principalmente devido ao aumento de gastos com pesquisas ligadas aos jatos comerciais. Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. Outras receitas (despesas) operacionais líquidas foram uma despesa de US$ 450,0 milhões em 2016, comparado a uma despesa de US$ 194,2 milhões em 2015. O aumento em outras despesas operacionais está em grande parte relacionado com várias disposições não recorrentes e outras despesas reconhecidas nos resultados durante 2016. Esses itens não recorrentes em 2016 incluíam despesas totais de US$ 228 milhões relacionadas com a finalização de negociações e pagamentos feitos relacionados com a investigação da FCPA, provisões totais de US$ 117,3 milhões referentes a custos do nosso programa de demissão voluntária para funcionários de nossas operações brasileiras, parcialmente compensados com US$ 52,2 milhões em estorno de provisões e de outros créditos relacionados com a evolução favorável nas negociações em curso relacionadas com o processo de concordata da Republic Airways Holdings. Outras despesas operacionais em 2015 incluíram provisões não recorrentes de US$ 100,9 milhões relacionadas com obrigações de garantia financeira referentes ao pedido de concordata da Republic Airways. Excluindo o impacto desses itens não recorrentes reconhecidos em nossos resultados, nossas receitas (despesas) operacionais ajustadas foram de US$ 156,9 milhões em 2016, comparado com os US$ 93,3 milhões de 2015. O aumento de outras despesas operacionais em 2016 é devido principalmente a níveis mais elevados de custos de depreciação em nosso portfólio de aeronaves usadas, em grande parte da família de jatos comerciais ERJ145, impostos relacionados às remessas e despesas relacionadas com o encerramento da nossa empresa chinesa Harbin Aircraft Industry Co., Ltd.. Equivalência patrimonial em prejuízo de associadas. A equivalência patrimonial em prejuízo de associadas ficou estável com um prejuízo de US$ 0,3 milhão em 2016 e 2015. Lucro (prejuízo) operacional antes das receitas (despesas) financeiras Como resultado dos fatores acima, nosso lucro operacional consolidado diminuiu 37,9%, para US$ 206,0 milhões em 2016, de US$ 331,5 milhões em 2015. Nossa margem bruta diminuiu para 3,3% em 2016, de 5,6% em 2015. O lucro (prejuízo) operacional por segmento em 2016 para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos, Defesa e Segurança e Outros Negócios Relacionados foi de US$ 485,1 milhões, US$ 23,3 milhões, US$ 37,8 milhões e US$ 5,1 milhões, respectivamente. Em 2015, o lucro operacional desses segmentos foi de US$ 348,1 milhões, US$ 58,1 milhões, (US$ 93,4 milhões) e US$ 18,7 milhões, respectivamente. Consulte a Nota 38 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter o lucro operacional por segmento. Excluindo as disposições acima mencionadas não recorrentes e outras despesas explicadas acima, nosso lucro operacional ajustado consolidado aumentou 15,4% para US$ 499,1 milhões em 2016, de US$ 432,4 milhões em 2015. Nossa margem bruta ajustada aumentou 8,0% em 2016 de 7,3% em 2015. O lucro (prejuízo) operacional por segmento em 2016 para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos, Defesa e Segurança e Outros Negócios Relacionados foi de US$ 432,9 milhões, US$ 23,3 milhões, US$ 37,8 milhões e US$ 5,1 milhões, respectivamente. Em 2015, o lucro (prejuízo) operacional ajustado desses segmentos foi de US$ 449,1 milhões, US$ 58,1 milhões, (US$ 93,4 milhões) e US$ 18,6 milhões, respectivamente. Além disso, o prejuízo operacional não alocado referente às disposições e despesas não recorrentes acima mencionadas explicadas acima foi de US$ 345,3 milhões em 2016, em comparação com nenhum lucro ou prejuízo não alocado no período correspondente em 2015. Consulte a Nota 38 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter o lucro operacional por segmento. Receitas (despesas) financeiras, líquidas. A despesa financeira líquida aumentou de US$ 22,9 milhões em 2015 para US$ 51,4 milhões em 2016, em grande parte devido a (i) aumento de US$ 19,0 milhões em despesas com garantias de valor residual, (ii) um aumento de US$ 18,0 milhões em juros sobre empréstimos e despesas de financiamento, (iii) um aumento de US$ 13,6 milhões em despesa com juros, impostos, encargos e contribuições sociais, (iv) um aumento de US$ 10,4 milhões em tributos com receitas financeiras e (v) um aumento de US$ 14,2 milhões em outras despesas financeiras. Estas despesas foram parcialmente compensadas por um aumento de US$ 46,7 milhões em receita financeira sobre caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros. Ganho (perda) cambial, líquido. O ganho (perda) cambial líquido passou de um ganho de US$ 27,6 milhões em 2015 para uma perda de US$ 4,5 milhões em 2016, refletindo a variação cambial nos ativos e passivos monetários expressos em outras moedas que são convertidos em nossa moeda funcional, o dólar. Lucro antes do Imposto de Renda Como resultado dos fatores acima, o lucro antes do imposto de renda diminuiu 52,7% totalizando US$ 159,1 milhões em 2016 em comparação aos US$ 336,2 milhões de 2015. Benefícios (despesas) com Imposto de Renda O imposto de renda representou uma despesa de US$ 8,7 milhões em 2016, comparado a uma despesa de US$ 255,4 milhões em 2015. O imposto de renda diminuiu devido a uma combinação de menor lucro antes dos impostos sobre a receita em 2016 e US$ 146,5 milhões em benefícios sobre imposto de renda diferido e contribuição social em 2016, em comparação com US$ 136,2 milhões em despesas de imposto de renda diferido e contribuição social em 2015. O menor imposto de renda diferido é explicado pelo impacto das mudanças na taxa de câmbio entre o real e o dólar sobre ativos não monetários em nosso balanço (principalmente estoque, bens intangíveis e imobilizado). A alíquota média efetiva de imposto de renda e contribuição social para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi 86,6% em comparação com 35,5% em 31 de dezembro de 2015. Nossa alíquota de imposto efetiva aumentou para 5,5% em 2016 em comparação a 76,0% em 2015. Lucro Liquido Como consequência dos fatores expostos acima, nossa lucro líquido consolidado após impostos aumentou 140,0%, para US$ 166,1 milhões em 2016 (excluindo participação minoritária), de US$ 69,2 milhões em 2015. Como porcentagem da receita, a receita líquida depois dos impostos aumentou para 2,7% em 2016, comparado aos 1,2% de 2015. 2015 comparado com 2014 Receita A receita diminuiu 5,7%, para US$ 5.928,1 milhões em 2015, de US$ 6.288,8 milhões em 2014. A receita no segmento de aviação comercial aumentou 5,9% para US$ 3.348,7 milhões, de US$ 3.163,3 milhões em 2014. A receita de jatos executivos cresceu 8,0%, para US$ 1.718,6 milhões em 2015, de US$ 1.591,5 milhões em 2014. A receita de Defesa e Segurança recuou 44,3%, para US$ 811,1 milhões em 2015, de US$ 1.456,4 milhões em 2014. A receita do segmento de outros negócios diminuiu 36,0%, para US$ 49,7 milhões em 2015, de US$ 77,6 milhões em 2014. A receita da aviação comercial aumentou em 2015, principalmente graças a um aumento de entregas de 9,8%, e 92 em 2014 para 101 em 2015. As receitas do segmento aumentaram a uma taxa menor do que as entregas durante o ano devido a uma maior proporção de jatos menores E170 e E175 entregues comparado aos modelos E190 e E195. Em 2015, 83,2% de nossas entregas no segmento de aviação comercial eram modelos E170 e E175, comparado a 68,5% em 2014. O aumento de 8,0% na receita do segmento de jatos executivos em 2015 foi motivado principalmente pelo aumento de 3,4% no número de jatos executivos entregues durante o ano, em comparação com 2014. Em 2015, entregamos 120 jatos executivos (82 jatos leves e 38 jatos grandes) em comparação às entregas de 116 jatos executivos (92 jatos leves e 24 jatos grandes) em 2014. Além disso, tivemos um mix mais favorável de entregas durante o ano, com os jatos grandes sendo responsáveis por 31,7% do total de entregas em 2015, em comparação com 20,7% de entregas em 2014. O crescimento das entregas de jatos grandes em 2015 foi o resultado do primeiro ano completo de entregas de nosso jato mid-size Legacy 500 e a entrada em operação no quarto trimestre de 2015 de nosso mais novo jato mid-light Legacy 450. Parte significativa das receitas do segmento de defesa e segurança são contabilizadas pelo método da percentagem de conclusão, e continuamos cumprindo nossos contratos com o governo federal, incluindo o programa de desenvolvimento do KC-390, o sistema integrado de monitoramento fronteira (SISFRON) e o programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Além disso, continuamos a entregar aeronaves Super Tucano para a Força Aérea dos EUA (USAF) no âmbito do programa Light Air Support (LAS), bem como a atender uma série de outras forças armadas em todo o mundo. Durante o ano de 2015, as receitas do segmento de defesa e segurança declinaram 44,3% para US$ 811,1 milhões, em resposta ao impacto de um real mais fraco na conversão de parte das receitas do segmento expressas em reais para US$, revisões de custo base em alguns contratos em resultado da desvalorização do real contra o dólar e ajustes de contrato, reduzindo o ritmo de execução de alguns contratos. Custo de vendas e serviços O custo das vendas e serviços diminuiu 4,4%, para US$ 4.816,8 milhões em 2015, de US$ 5.038,3 milhões em 2014. A diminuição no custo das vendas foi menor do que o declínio de 5,7% na receita em 2015, causando assim um aumento no custo das vendas e serviços como porcentagem da receita, para 81,3% em 2015 comparado aos 80,1% em 2014. Este aumento no custo das vendas e serviços como porcentagem da receita é em grande parte devido a revisões de base de custo em contratos no segmento de defesa e segurança relacionados com a desvalorização do real contra o dólar, combinados com baixa rentabilidade nas vendas de jatos no segmento de jatos executivos e a inflação em nossos custos de mão de obra direta. Esses impactos foram parcialmente compensados pelos esforços em curso para melhorar a produtividade e eficiência, bem como a valorização do dólar contra o real, afetando positivamente os negócios de aviação comercial e jatos executivos O custo das vendas e serviços no segmento de Aviação Comercial aumentou 0,9%, para US$ 2.565,7 milhões em 2015, de US$ 2.542,2 milhões em 2014. O aumento dos custos de vendas e serviços foi menor do que o aumento de 5,9% na receita para o exercício, principalmente devido a uma combinação de um maior número de entregas, a desvalorização do real contra o dólar e seu impacto no custo da mão de obra direta no Brasil, e aos ganhos de eficiência na produção. A margem bruta no segmento de Aviação Comercial aumentou de 19,6% em 2014 para 23,4% em 2015. O custo das vendas e serviços no segmento de Jatos Executivos aumentou 10,8%, para US$ 1.440,3 milhões em 2015, de US$ 1.299,6 milhões em 2014. O custo das vendas e serviços aumentou mais do que as receitas do segmento durante 2015, em grande parte devido à baixa rentabilidade nas vendas de jatos executivos em comparação a 2014. Isto foi parcialmente compensado pela maior proporção de entregas de jatos grandes. A margem bruta no segmento de Jatos Executivos diminuiu de 18,3% em 2014 para 16,2% em 2015. O custo das vendas e serviços no segmento de Defesa e Segurança declinou 32,2% em 2015 para US$ 785,4 milhões, de US$ 1.158,9 milhões em 2014. A diminuição dos custos das vendas e serviços foi menor do que o declínio de 44,3% das receitas para o segmento, refletindo as revisões da base de custos na porcentagem de conclusão relacionadas com a desvalorização do real contra o dólar. A margem bruta no segmento de Defesa e Segurança defesa caiu de 20,4% em 2014 para 3,2% em 2015. O custo de vendas e serviços no segmento Outros Negócios Relacionados diminuiu 32,4%, para US$ 25,4 milhões em 2015, de US$ 37,6 milhões em 2014, enquanto a receita desse segmento diminuiu 36,0% em 2015. Lucro bruto Como resultado dos fatores acima, nosso lucro antes do imposto de renda diminuiu 11,1%, para US$ 1.111,3 milhões em 2015, de US$ 1.250,5 milhões em 2014. Nossa margem bruta diminuiu de 19,9% em 2014 para 18,7% em 2015. Receitas Operacionais (Despesas) Como discutido mais detalhadamente abaixo, as despesas operacionais aumentaram 10,3%, para US$ 779,8 milhões em 2015, de US$ 707,2 milhões em 2014. As despesas operacionais como percentual da receita aumentaram para 13,2% em 2015 contra 11,2% em 2014. Administração. As despesas administrativas diminuíram 12.3%, para US$ 182,0 milhões em 2015, de US$ 207,5 milhões em 2014, devido a iniciativas de eficiência contínua, combinadas com a valorização do dólar em relação ao real. Vendas. As despesas de vendas diminuíram 13,9%, para US$ 361,6 milhões em 2015, de US$ 419.9 milhões em 2014. A diminuição das despesas de vendas é em grande parte explicada pela valorização do dólar em relação ao real, embora as reduções de custo também tenham levado ao declínio parcial nas despesas. Pesquisa. As despesas em pesquisa diminuíram 11,5%, para US$ 41,7 milhões em 2015, de US$ 47,1 milhões em 2014. A diminuição nas despesas com pesquisas deve-se principalmente à valorização do dólar em relação ao real. As despesas em pesquisas declinaram em 2015, na maioria dos nossos segmentos de negócios. Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. Outras receitas (despesas) operacionais líquidas foram uma despesa de US$ 194,2 milhões em 2015, comparado a uma despesa de US$ 32,6 milhões em 2014. O aumento de Outras despesas operacionais é em grande parte relacionado às provisões contabilizadas no quarto trimestre de 2015 relacionadas às obrigações de garantia financeira com a Republic Airways Holdings (Republic), que entrou em concordata. Outras despesas operacionais também incluem prejuízo com a depreciação de aeronaves usadas, devido a valores residuais mais baixos de nossa antiga família de aeronaves ERJ 135/140/145, realizadas por avaliadores terceiros. Como resultado do pedido de concordata da Republic e a consequente exposição a obrigações de garantias financeiras e de valor residual, nossos resultados incluem uma provisão total de US$ 100,9 milhões relativa a essas obrigações. Estas obrigações estavam relacionadas à família de jatos ERJ145 na frota da Republic, e o montante aprovisionado foi contabilizado sob outras receitas (despesas) operacionais líquidas. Desembolsos em dinheiro e pagamentos para estas obrigações provisionadas deverão ocorrer ao longo do tempo, no decorrer dos próximos anos. Equivalência patrimonial em prejuízo de associadas. A equivalência patrimonial em prejuízo de associadas passou de um prejuízo de US$ 0,1 milhão em 2014 para um prejuízo de US$ 0,3 milhão em 2015. Lucro (prejuízo) operacional antes das receitas (despesas) financeiras Como resultado dos fatores acima, nosso lucro operacional consolidado diminuiu em 39,0%, para US$ 331,5 milhões em 2015, de US$ 543.3 milhões em 2014. Nossa margem bruta diminuiu para 5,6% em 2015, de 8,6% em 2014. O lucro (prejuízo) operacional por segmento em 2015 para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos, Defesa e Segurança e Outros Negócios Relacionados foi de US$ 348,1 milhões, US$ 58,1 milhões, (US$ 93,4) milhões e US$ 18,7 milhões, respectivamente. Em 2014, o lucro operacional desses segmentos foi de US$ 299,9 milhões, US$ 62,3 milhões, US$ 149,5 milhões e US$ 31,6 milhões, respectivamente. Consulte a Nota 38 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter o lucro operacional por segmento. Receitas (despesas) financeiras, líquidas. A despesa financeira líquida diminuiu de US$ 24,5 milhões em 2014 para US$ 22,9 milhões em 2015, em grande parte devido a um aumento de US$ 9,4 milhões em rendimentos de juros em contas a receber, a um aumento de US$ 1 milhão em receita de juros sobre caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros, e a uma redução de US$ 39,7 milhões em despesa de juros sobre impostos, encargos sociais e contribuições. Isto foi parcialmente compensado por um aumento de US$ 31,6 milhões em despesas financeiras resultante de juros sobre empréstimos e financiamentos, devido a saldos devedores médios mais elevados em 2015, em comparação com 2014. Ganho (perda) cambial, líquido. O ganho (perda) cambial líquido passou de um ganho de US$ 27,6 milhões em 2015 de uma perda de US$ 14,9 milhões em 2014, refletindo a variação cambial nos ativos e passivos monetários expressos em outras moedas que são convertidos em nossa moeda funcional, o dólar. Lucro antes do Imposto de Renda Como resultado dos fatores acima, o lucro antes do imposto de renda diminuiu 33,3% totalizando US$ 336,2 milhões em 2015 em comparação aos US$ 503,9 milhões de 2014. Benefícios (despesas) com Imposto de Renda O imposto de renda representou uma despesa de US$ 255,4 milhões em 2015, comparado a uma despesa de US$ 156,2 milhões em 2014. O Imposto de Renda aumentou apesar do lucro menor antes dos impostos em 2015 devido principalmente ao maior imposto de renda diferido e contribuição social, em comparação com 2014. O maior imposto de renda diferido é explicado pelo impacto das mudanças na taxa de câmbio entre o real e o dólar sobre ativos não monetários em nosso balanço (principalmente estoque, bens intangíveis e imobilizado). Em 2015, a diferença entre a base fiscal (real) e a base de medição da moeda funcional (dólar americano) era de (US$ 202,4 milhões). A alíquota média efetiva de imposto de renda e contribuição social para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foi de 35,5% em comparação com 15,3% em 31 de dezembro de 2014. Nossa alíquota de imposto efetiva, incluindo impostos diferidos, aumentou para 76,0% em 2015 em comparação a 31,0% em 2014. Lucro líquido Como consequência dos fatores expostos acima, lucro líquido consolidado após impostos diminuiu 79,3%, para US$ 69,2 milhões em 2015 (excluindo participação minoritária), de US$ 334,7 milhões em 2014. Como porcentagem da receita, a receita líquida depois dos impostos foi de 1,2% em 2015, comparado aos 5,3% de 2014. Pronunciamentos contábeis ainda não adotados Para obter uma descrição dos pronunciamentos contábeis recém-emitidos, consulte a Nota 4 às nossas demonstrações financeiras consolidadas contidas no “Item 18. Demonstrações financeiras”. Preparamos nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016 de acordo com as IFRS emitidas pelo IASB. 5B. Liquidez e Recursos de Capital Visão geral Nossas necessidades de liquidez são resultantes principalmente da necessidade de capital de giro, pesquisa e desenvolvimento, pagamento de principal e de juros sobre a dívida, necessidades de gastos de capital e distribuições de lucro para os acionistas. Geralmente dependemos de recursos gerados nas operações, empréstimos cobertos por nossos esquemas de crédito, contribuições em dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em nível menor, da emissão de títulos de dívidas e de ações nos mercados de capitais para atender a essas necessidades. Para obter mais informações, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa - Visão Geral da Empresa — Fornecedores e Componentes; Acordos de Parceria de Risco“ e ”Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral da Empresa – Negócio da Aviação Comercial – Produção, Novos Pedidos e Opções” e “– Linhas de Crédito”. Na data deste relatório anual, acreditamos que nossas fontes tradicionais de financiamento sejam suficientes para atender nossas necessidades de capital de giro previstas, incluindo (1) continuar aprimorando a família de jatos EMBRAER 170/190 e os jatos executivos Phenom 100, Phenom 300 e Lineage 1000, (2) desenvolver ainda mais a família de jatos E2, (3) fazer outros gastos de capital planejados e (4) pagar dividendos e juros sobre capital próprio. Nosso acesso a fontes de liquidez não sofreu impacto significativo em 2016 e não esperamos que esse tipo de impacto ocorra em futuro próximo. Porém, não é possível assegurar que nossas fontes tradicionais de financiamento, ou que o custo ou a disponibilidade de nossas linhas de crédito ou fontes de financiamentos futuros não sofram impacto significativo causado por problemas no mercado. Nossos clientes podem reprogramar as entregas, deixar de exercer o direito de opção ou cancelar pedidos firmes como resultado de uma potencial retração econômica ou volatilidade financeira no setor aeronáutico. Além disso, as contribuições em dinheiro dos parceiros de risco são reembolsáveis em certas condições e poderá ser necessário encontrar fontes alternativas de capital. Caixa líquido gerado por atividades operacionais e capital de giro ajustado 2016 Em 2016, o caixa líquido usado pelas atividades operacionais foi de US$ 20,5 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 862,5 milhões em 2015. A diminuição no fluxo de caixa das atividades operacionais em 2016 é primariamente resultado de um aumento dos estoques e diminuição no adiantamento de clientes e contas a pagar, parcialmente compensados pela diminuição do saldo das contas a receber em 2016 em comparação com 2015. Tínhamos um capital de giro ajustado de US$ 1.094,1 milhões em 31 de dezembro de 2016 e de US$ 762,5 milhões em 31 de dezembro de 2015. Nosso capital de giro ajustado (definido como sendo ativos correntes sem caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros menos o passivo corrente total sem empréstimos e financiamentos) aumentou em 2016, principalmente devido aos fatores já mencionados descritos na explicação para a variação do fluxo de caixa das atividades operacionais acima descritas. 2015 Em 2015, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 862,5 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 482,3 milhões em 2014. O aumento no fluxo de caixa das atividades operacionais em 2015 é primariamente um resultado de uma diminuição nos estoques e o aumento das contas a pagar a fornecedores, adiantamentos de clientes e receitas diferidas. Tínhamos um capital de giro de US$ 762,5 milhões em 31 de dezembro de 2015 e de US$ 923,9 milhões em 31 de dezembro de 2014. Nosso capital de giro ajustado (definido como sendo ativos correntes sem caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros menos o passivo corrente total sem empréstimos e financiamentos) diminuiu em 2015, principalmente devido aos fatores já mencionados descritos na explicação para a variação do fluxo de caixa das atividades operacionais acima descritas. 2014 Em 2014, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 482,3 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 564,6 milhões em 2013. A diminuição na entrada de caixa gerada por atividades operacionais em 2014 é primeiramente o resultado de um aumento no capital de giro ajustado (definido como sendo ativos correntes sem caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros menos o passivo corrente total sem empréstimos e financiamentos) causado por aumentos nas contas a receber e estoques bem como uma diminuição nos adiantamentos de clientes. Tínhamos um capital de giro de US$ 923,9 milhões em 31 de dezembro de 2014 e de US$ 330,8 milhões em 31 de dezembro de 2013. Nosso capital de giro ajustado (definido como sendo ativos correntes sem caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros menos o passivo corrente total sem empréstimos e financiamentos) aumentou em 2014, principalmente devido aos impactos acima no caixa gerado por atividades operacionais. Em 2014, atrasos nos ciclos de pagamento por alguns clientes afetaram negativamente nosso caixa e nosso capital de giro, aumentando as contas a receber. Caixa líquido usado em atividades de investimento 2016 Em 2016, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$ 979,6 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento de US$ 1.417,4 milhões em 2015. O caixa líquido usado em atividades de investimento em 2016 diminuiu principalmente devido a menores empréstimos a clientes concedidos em 2016 em comparação a 2015. A diminuição do caixa líquido usado em atividades de investimento ocorreu apesar do aumento dos gastos no imobilizado e intangíveis durante 2016, relacionado em grande parte ao programa de desenvolvimento dos E-Jets E2, bem como a resultados menores na venda de ativos imobilizados em 2016 em comparação a 2015. 2015 Em 2015, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$ 1.417,4 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento de US$ 671,5 milhões em 2014. O caixa líquido usado em atividades de investimento em 2015 aumentou principalmente devido a mais acréscimos no imobilizado, bem como ao intangível em comparação a 2014. O aumento dos gastos no imobilizado e intangíveis durante 2015 se deve em grande parte ao programa de desenvolvimento dos E-Jets E2, bem como a certos projetos de expansão de capacidade. Além disso, em 2015, investimos US$ 702,8 milhões em títulos e obrigações de longo prazo, após a emissão em junho de 2015 de US$ 1.000 milhões no valor principal de títulos com vencimento em 2025. Essas saídas de caixa para atividades de investimento foram parcialmente compensadas por US$ 51,6 milhões obtidos da venda de imobilizado que consiste em grande medida de monetização de aeronaves usadas vendidas em 2015. 2014 Em 2014, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$ 671,5 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento de US$ 764,0 milhões em 2013. O caixa líquido usado em atividades de investimento em 2014 diminuiu em consequência de menos aportes ao ativo imobilizado quando comparado a 2013, parcialmente compensado por mais aportes aos valores intangíveis em 2014 em comparação a 2013. Além disso, em 2014 não tivemos nenhuma aquisição controle acionário, enquanto em 2013 desembolsamos US$ 17,3 milhões na aquisição de todas as ações sem controle acionário de nossa subsidiária Atech Negócios e Tecnologia S.A, no Brasil. As despesas mais elevadas nos aportes aos valores intangíveis foram causadas por uma despesa maior no desenvolvimento do programa de nosso jato comercial E2, bem como a continuação do programa de nossos jatos executivos Legacy 500 e Legacy 450. Caixa líquido gerado pelas atividades financeiras e dívida total 2016 Em 2016, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 8,9 milhões, comparado ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 1.224,0 milhões em 2015. A menor geração de caixa decorrente de atividades de financiamento em 2016, em comparação com 2015, é devida principalmente à falta de grandes financiamentos em 2016, criamos novas receitas de financiamento de US$ 1.696.9 milhões em relação ao novo empréstimo de US$ 576,2 milhões em 2016. O aumento de empréstimo em 2015 foi em grande parte devido à emissão de títulos acima mencionada, gerando receitas de US$ 996,8 milhões. Além disso, também reembolsamos US$ 523,7 milhões de empréstimos em 2016 em comparação com o reembolso de US$ 419,2 milhões em 2015. Em 2016, distribuímos US$ 28,2 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 60,9 milhões em 2015. Em 2016, também gastamos US$ 17,1 milhões em relação a recompra de nossas próprias ações em transações de mercado público, em comparação com nenhuma recompra em 2015. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos uma dívida total de US$ 3.759,9 milhões nos termos de nossos contratos de financiamentos descritos a seguir, sendo que 86,4% desse total era representado por dívida de longo prazo e 13,6% por dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de dezembro de 2015 tínhamos uma dívida total de US$ 3.530,5 milhões, consistindo em 93,8% de dívida de longo prazo e 6,2% em dívida de curto prazo. 2015 Em 2015, o caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento foi de US$ 1.224,0 milhões, comparado ao caixa líquido gerado por atividades de financiamento de US$ 333,3 milhões em 2014. Em 2015, levantamos novo financiamento de US$ 1.696,9 milhões em comparação com o novo empréstimo de US$ 798,6 milhões em 2014. O aumento de empréstimo em 2015 foi em grande parte devido à emissão de títulos acima mencionada, gerando receitas de US$ 996,8 milhões. Além disso, também reembolsamos US$ 419,2 milhões de empréstimos em 2015 em comparação com o reembolso de US$ 386,1 milhões em 2014. Em 2015, distribuímos US$ 60,9 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 99,3 milhões em 2014. Não despendemos nenhum valor relacionado a programas de recompra de ações em 2015. Em 31 de dezembro de 2015, tínhamos uma dívida total de US$ 3.530,5 milhões nos termos de nossos contratos de financiamentos descritos a seguir, sendo que 93,8% desse total era representado por dívida de longo prazo e 6,2% por dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de dezembro de 2014 tínhamos uma dívida total de US$ 2.508,1 milhões, consistindo em 96,4% de dívida de longo prazo e 3,6% em dívida de curto prazo. 2014 Em 2014, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 333.3 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 192,5 milhões em 2013. Em 2014, levantamos novo financiamento de US$ 798,6 milhões em comparação a novo empréstimo de US$ 890,8 milhões em 2013. Além disso, também reembolsamos US$ 386,1 milhões de empréstimos em 2014 em comparação com o reembolso de US$ 650,2 milhões em 2013. Em 2014, distribuímos US$ 99,3 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 71,4 milhões em 2013. Não despendemos nenhum valor relacionado a programas de recompra de ações em 2014. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma dívida total de US$ 2.508,1 milhões conforme os contratos de financiamentos descritos a seguir, sendo que 96,4% desse total era representado por dívida de longo prazo e 3,6% por dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de dezembro de 2013 tínhamos uma dívida total de US$ 2.194,3 milhões, consistindo em 96,4% de dívida de longo prazo e 3,6% em dívida de curto prazo. Linhas de crédito Linhas de crédito de longo prazo Em outubro de 2006, nossa subsidiária financeira integral, Embraer Overseas Limited, ou Embraer Overseas, emitiu US$ 400 milhões em notas garantidas a 6,375%, com vencimento em 2017 e, em 31 de dezembro de 2016, US$ 240,1 milhões estavam em aberto, incluindo o principal e juros acumulados. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram listadas na Bolsa de Valores de Luxemburgo. Em 30 de março de 2007, nós e a Embraer Overseas iniciamos uma oferta para trocar as notas por notas novas devidamente registradas junto à SEC. A oferta de troca foi concluída com sucesso em 18 de maio de 2007 e, em consequência, US$ 376,3 milhões, ou cerca de 95% das notas, foram registradas. O documento sob o qual as notas foram emitidas contém obrigações e restrições costumeiras como limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos. Em 31 de dezembro de 2016, a Embraer havia recomprado e cancelado 19.908 (5,0%) desses títulos, totalizando US$ 15,2 milhões, com valor nominal de US$ 19,9 milhões. Esses títulos de dívida foram comprados pela Embraer Overseas em operações de mercado aberto. Conforme descrito abaixo, em setembro de 2013, concluímos uma oferta de troca em que US$ 146,4 milhões em valor principal de nossas notas garantidas com vencimento em 2017 foram trocadas por nossas notas com vencimento em 2023. Em outubro de 2009, a Embraer Overseas emitiu US$ 500 milhões em notas garantidas a 6,375% com vencimento em 2020 e, em 31 de dezembro de 2016, US$ 163,1 milhões estavam pendentes (US$ 2,4 milhões em curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. Conforme descrito abaixo, em setembro de 2013, concluímos uma oferta de troca em que US$ 337,2 milhões em valor principal de nossas notas garantidas com vencimento em 2020 foram trocadas por nossas notas com vencimento em 2023. Em conexão com a oferta de troca, recebemos as autorizações necessárias de titulares de nossos títulos garantidos a vencer em 2020 para eliminar substancialmente todas as cláusulas restritivas, certos casos de inadimplência e disposições relacionadas contidas na escritura pela qual os títulos foram emitidos, e retiramos nossos títulos garantidos a vencer em 2020 da Bolsa de Valores de Nova York. Em março de 2011 firmamos determinadas linhas de crédito com o FINEP no valor total de US$ 28,8 milhões, como apoio às despesas com pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 500, valor que foi totalmente desembolsado em 2011. A linha de crédito tem juros de 3,5% ao ano e é totalmente garantida por penhor de determinadas máquinas e equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de crédito é reembolsável de maio de 2013 a abril de 2018. Em 31 de dezembro de 2016, US$ 7,7 milhões permaneciam pendentes em nossas linhas de crédito junto ao Finep, dos quais US$ 5,8 milhões devidos em curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito do Finep são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparar nossas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS. Em março de 2011 firmamos algumas linhas de crédito com o BNDES no valor agregado de US$ 136,7 milhões, como apoio às despesas com pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 500, incluindo estudo conceitual, projeto e desenvolvimento. A linha de crédito tem juros conforme a TJLP mais 1,92% e 3,5% a 4,5% ao ano e é totalmente garantida por penhor de determinadas máquinas e equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de crédito é reembolsável de maio de 2013 a abril de 2018. Em 31 de dezembro de 2016, US$ 36,8 milhões permaneciam pendentes em nossas linhas de crédito junto ao BNDES, dos quais US$ 27,6 milhões devidos em curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito do BNDES são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparar nossas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS. Em junho de 2012, emitimos US$ 500 milhões em notas a 5,150% com vencimento em 2022 e, em 31 de dezembro de 2016, US$ 499,0 milhões estavam pendentes (US$ 1,1 milhão em curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são as nossas obrigações não garantidas e não subordinadas. As notas foram registradas junto à SEC e listadas na Bolsa de Valores de Nova York. O documento sob o qual as notas foram emitidas contém obrigações e restrições costumeiras como limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos um total pendente de US$ 297,0 milhões, dos quais US$ 73,8 milhões com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. Esta linha de crédito tem juros de 8,0% a 11,0% ao ano. As notas de crédito à exportação são expressas em reais, e os valores que aparecem aqui foram convertidos em dólares, nossa moeda funcional, com o objetivo de preparar nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em agosto e setembro de 2014, assinamos acordos de crédito adicionais, na forma de linhas de crédito à exportação de pré-embarque do BNDES (BNDES PSI – Subprograma Exportação de Pré-embarque) totalizando R$ 100,0 milhões, equivalente a US$ 30,7 milhões, sob esta linha de crédito, com vencimento em agosto de 2017 e juros de 8,0% ao ano. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos um total pendente de US$ 30,9 milhões, com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. Essas linhas de crédito são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparação de nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em agosto de 2013, assinamos uma linha de crédito com o Finep no valor de R$ 303,9 milhões, equivalentes a US$ 93,3 milhões, para dar apoio às despesas de pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 450, dos quais US$ 75,6 milhões foram desembolsados até 2016. A linha de crédito tem juros de 3,5% por ano e é totalmente protegida por uma garantia bancária. O vencimento final é em setembro de 2023. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos um total pendente de US$ 72,9 milhões, dos quais US$ 11,5 milhões com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. As linhas de crédito do Finep são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares, nossa moeda funcional, com o objetivo de preparar nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em setembro de 2013, concluímos uma oferta de permuta na qual US$ 146.4 milhões do valor do principal de nossos títulos garantidos com vencimento em 2017 e US$ 337,2 milhões do valor do principal de nossos títulos garantidos com vencimento em 2020 foram permutados por aproximadamente US$ 540,5 milhões do valor do principal dos títulos emitidos pela Embraer Overseas, com vencimento em 2023. As notas com vencimento em 2023 são incondicionalmente garantidas por nós e foram emitidas isentas de registro junto à SEC nos termos do Regulamento S e da regra 144A da Lei de Mercado de Capitais. As notas com vencimento em 2023 estão sujeitas a um contrato de direitos de registro, nos termos do qual concordamos em (i) trocar as notas dentro de 270 dias de sua emissão por notas com os mesmos termos e condições que são registradas na SEC ou (ii) protocolar uma declaração de registro de prateleira de revenda junto à SEC no formulário F-3. Em junho de 2014, protocolamos uma declaração de registro de prateleira de revenda para cumprimento. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos um total pendente de US$ 504,5 milhões devido em 2023, dos quais US$ 8,9 milhões com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. Em dezembro de 2013, assinamos um contrato com o BNDES como apoio ao desenvolvimento de projetos no valor total de R$ 1,4 bilhão, equivalente a US$ 433,1 milhões. O vencimento final é em janeiro de 2022. A linha de crédito tem juros de 3,5% ao ano e é garantida por depósitos e por uma carta de crédito bancária. Em 31 de dezembro de 2016, US$ 385,9 milhões permaneciam pendentes nessa linha de crédito, dos quais US$ 83,6 milhões devidos em curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. Esta linha de crédito do BNDES está expressa em reais. Em junho de 2015, a Embraer Netherlands Finance emitiu US$ 1.000 milhões em notas garantidas a 5,05% com vencimento em 2025 e, em 31 de dezembro de 2016, dos quais US$ 995,8 milhões estavam pendentes (US$ 2,1 milhões em curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram registradas junto à SEC e listadas na Bolsa de Valores de Nova York. Em agosto de 2016, a Embraer Portugal S.A. contratou o valor de US$ 200 milhões para aplicar na aquisição de ativos fixos e capital de giro. Esta linha de crédito tem juros de 3,07% ao ano. Em 31 de dezembro de 2016 estava pendente um total de US$ 198,4 milhões. Ocasionalmente, podemos buscar eliminar ou comprar nossa dívida em aberto, incluindo nossos títulos garantidos com vencimento em 2017, 2020, 2022, 2023 e 2025, por meio de compras em dinheiro e/ou permuta por outros valores mobiliários, em compras no mercado aberto, operações negociadas de forma privada ou de outra maneira. Essas recompras ou trocas, se houver, dependerão das condições predominantes no mercado, nossos requisitos de liquidez, restrições contratuais e outros fatores. Os valores envolvidos podem ser substanciais, e as notas recompradas podem ser canceladas ou revendidas, mas somente serão revendidas em conformidade com os requisitos aplicáveis ou as isenções sob as leis de mercados de capitais. Temos diversos outros contratos de empréstimos e crédito com um valor total de empréstimos de US$ 327,8 milhões em 31 de dezembro de 2016. Consulte a Nota 20 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter mais informações sobre esses financiamentos. Alguns de nossos contratos de financiamento de longo prazo incluem obrigações e restrições usuais, incluindo as que nos obrigam a manter: (1) grau máximo de alavancagem financeira, calculado como débito líquido sobre lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou EBITDA, de 3,5:1; e (2) o coeficiente mínimo de cobertura do serviço da dívida líquida, calculado como EBITDA para despesas financeiras, de 2,25:1. Outras restrições incluídas em nossos financiamentos de longo prazo abrangem garantia de não haver penhora e restrições relativas a mudanças significativas de controle, venda de praticamente todos os nossos ativos, pagamentos de dividendos em eventos de inadimplência e certas transações com nossas filiadas. Em 31 de dezembro de 2016, estávamos em conformidade com todas as obrigações restritivas contidas em nossos contratos de financiamento. Em 31 de dezembro de 2016, US$ 362,3 milhões de nossa dívida total estavam garantidos por uma combinação de hipotecas sobre algumas de nossas propriedades, gravames sobre determinado maquinário e equipamentos, depósitos garantidos e por uma carta alternativa de crédito bancária. Em janeiro de 2017, a Embraer Netherlands Finance emitiu US$ 750 milhões em notas garantidas a 5,40%, devidas em 2027. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram registradas junto à SEC e listadas na Bolsa de Valores de Nova York. Para mais informações sobre nossos empréstimos e financiamentos, incluindo desdobramentos de moedas e vencimentos e desdobramentos entre dívida de taxa fixa e flutuante, consulte a Nota 20 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Dívida com e sem direito de regresso Nosso endividamento total exclui dívidas com e sem direito de regresso associadas a contratos de financiamento de clientes firmados por meio de entidades de fim especial, ou EFE. Nos financiamentos estruturados, uma EFE compra a aeronave, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave através de uma EFE e uma parte do risco do crédito fica com esse terceiro. Podemos fornecer garantias financeiras e/ou garantias de valor residual para a instituição financeira, além de atuarmos como participantes do capital nesse processo de estruturação financeira. Nossas demonstrações financeiras consolidadas, condensadas e auditadas em 31 de dezembro de 2016 contêm saldos relativos a dívidas com e sem direito de regresso associadas a contratos de financiamento de clientes de US$ 373,9 milhões e contas a receber com garantia de US$ 323,3 milhões. Dessa dívida, US$ 21,1 milhões não possuem direito de regresso e não temos obrigações como devedores ou avalistas além das obrigações potenciais nos termos de garantias financeiras existentes para as aeronaves financiadas. Os US$ 352,8 milhões restantes da dívida têm direito de regresso para nós devido a contribuições de capital pendentes e estão parcialmente garantidos por uma garantia de depósito junto a uma instituição financeira. A dívida sem e com direito de regresso está garantida pelas contas a receber vinculadas e pelas aeronaves financiadas e, por conseguinte, não antecipamos saída de caixa líquido relativa a nossa dívida sem direito de regresso no futuro. Essas transações de financiamento não afetam significativamente nossa demonstração de resultados e o fluxo de caixa uma vez que as condições dessas transações de leasing e empréstimos são substancialmente as mesmas. 5C. Pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças, etc. Despesas de Capital Capitalizamos nossos gastos incorridos com projetos de desenvolvimento de produtos como ativos intangíveis não circulantes em nossa demonstração de posição financeira, informando quando é provável que os projetos pertinentes gerem benefícios futuros, levando em conta sua viabilidade comercial e tecnológica, a disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros e somente quando for possível medir esses custos de forma confiável. Amortizamos esses ativos na forma de encargos sobre o custo de vendas e serviços em nossa demonstração de resultados, com base no número total estimado de aeronaves a serem entregues para cada novo projeto de desenvolvimento de produto. Também capitalizamos gastos com ativo imobilizado como ativos não circulantes em nossa demonstração de posição financeira e depreciamos esses ativos na forma de encargos sobre o custo de vendas e serviços em nossa demonstração de resultados. Para informações sobre como amortizamos nossos ativos intangíveis e depreciamos nossos ativos imobilizados, consulte o “Item 5A. Análise e Perspectiva Operacional e Financeira — Resultados Operacionais – Principais Dados Operacionais e Componentes de Nossa Demonstração de Resultados – Custo das Vendas e Serviços”. Aviação Comercial e Executiva Nos segmentos de Aviação Comercial e Executiva, incluímos nossos investimentos no desenvolvimento e ativo imobilizado como parte de nossas despesas. Custos de desenvolvimento na Aviação Comercial e Executiva são capitalizados a partir da data de aprovação pelo Conselho de Administração para projetos relevantes, até a data de certificação final. A maioria de nossas despesas com desenvolvimento está associada ao desenvolvimento de novos produtos, seja para os segmentos de aviação comercial ou jatos executivos. As despesas de desenvolvimento totalizaram US$ 313,5 milhões em 2016, US$ 260,2 milhões em 2015 e US$ 200,3 milhões em 2014, líquido de contribuições em dinheiro dos parceiros de risco, que totalizaram US$ 123,9 milhões em 2016, US$ 140,0 milhões em 2015 e US$ 185,4 milhões em 2014. As despesas de desenvolvimento aumentaram em 2016, em comparação com 2015, devido a maiores investimentos com os E-Jets E2. As despesas de desenvolvimento aumentaram em 2015, em comparação com 2014, devido a maiores investimentos com os E-Jets E2 e os programas de defesa e segurança. As despesas de desenvolvimento para 2014 permaneceram estáveis em comparação com 2013, principalmente devido às despesas consistentes relacionadas aos programas dos jatos executivos e E-Jets E2. A contribuição dos parceiros de risco diminuiu em 2016, em comparação com 2015, devido ao avanço nos programas dos E-Jets E2. A diminuição das contribuições dos parceiros de risco em 2015 relativo a 2014 se deve principalmente à conclusão dos Legacy 450 e 500 durante o ano. Consulte o “Item 5C. Análise e perspectiva operacional e financeira — Pesquisa”. Nosso principal projeto em andamento é o desenvolvimento da família E-Jets E2, compreendendo três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Estimamos que o nosso investimento total neste projeto será de R$ 1,7 bilhão, valor esse livre de contribuições de fornecedores, até 2021. O total de desembolsos em gastos de capital relacionados a ativo imobilizado (excluindo peças de reposição de programas e aeronaves em grupo arrendadas ou disponíveis para arrendamento) foi de US$ 232 milhões em 2016, US$ 246,3 milhões em 2015 e US$ 227,5 milhões em 2014. Esses investimentos estão relacionados principalmente a (1) construção de novas instalações e (2) melhorias e modificações nas fábricas para a produção dos novos modelos de aeronaves. Em 2017, esperamos investir aproximadamente US$ 600,0 milhões em gastos de capital para desenvolvimento de produtos e ativo imobilizado. Desse total, aproximadamente US$ 400,0 milhões serão investidos em nossas atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, incluindo as contribuições dos parceiros de risco, e US$ 200,0 milhões serão investidos em ativo imobilizado. Os gastos de capital de US$ 200,0 milhões a serem desembolsados em relação a ativo imobilizado relacionam-se principalmente a (1) melhorias das instalações existentes e (2) à família de E-Jets E2. Esperamos investir no Brasil aproximadamente 88% de nossos gastos de capital, orçados em US$ 600,0 milhões em 2017, sendo que a maior parte será investida em atividades de desenvolvimento de produto. Os 12% restantes de nossas despesas serão investidos no exterior na manutenção e melhorias de nossas instalações existentes. Nossos gastos de capital são financiados por recursos gerados por operações, empréstimos sob contrato de crédito, contribuições em dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em nível menor, aumentos de capital para atender a essas necessidades. Consulte “Item 5B. Análise e perspectiva operacional e financeira — Liquidez e recursos de capital — Visão geral” e “Item 5C. Análise e perspectiva operacional e financeira — Pesquisa”. Defesa e Segurança Incorremos em despesas nos programas de segurança e defesa no âmbito de contratos de desenvolvimento e produção; no entanto, esses programas são financiados pelos governos que são os clientes desses programas, no nosso caso, principalmente pelo governo. Parte significativa de tais contratos é de construção e a receita associada a esses contratos é contabilizada numa percentagem de conclusão à medida que as etapas contratuais são atingidas. Pesquisa Incorremos em despesas relacionadas à criação de novas tecnologias que podem ser aplicadas a nossas aeronaves. Essas despesas não estão associadas a qualquer aeronave específica e incluem a implementação de iniciativas de garantia da qualidade, melhorias na produtividade das linhas de montagem e estudos para determinar os desenvolvimentos mais recentes em tecnologia e padrões de qualidade. Nos termos das IFRS, os custos de pesquisa são contabilizados conforme incorridos no item pesquisa de nossa demonstração de resultados. s despesas em pesquisa totalizaram US$ 47,6 milhões em 2016 e US$ 41,7 milhões em 2015. Esta despesa cresceu em especial devido ao aumento nas despesas ligadas a aviação comercial. Em 2017 esperamos investir aproximadamente US$ 50,0 milhões em nossas atividades de pesquisa. ara informações sobre nossos gastos de capital, compreendendo investimentos em desenvolvimento e ativo imobilizado, consulte o “Item 5. Análise Operacional e Financeira e “Item 5C. Análise e perspectiva operacional e financeira — Pesquisa”. Propriedade intelectual Nossa propriedade intelectual, que inclui patentes utilitárias, patentes de projeto, segredos comerciais, know-how e marcas registradas, é importante para nossa empresa. Detemos marcas comerciais sobre nosso nome, nosso símbolo e os nomes de nossos produtos, alguns dos quais estão registrados e outros estão em processo de registro em diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Canadá, Cingapura, Hong Kong, China, União Europeia e Japão. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos mais de 400 marcas comerciais registradas ou em processo de registro. Geralmente, nossas marcas comerciais registradas são renovadas no final do período de validade, que costuma ser de 10 anos a partir da data do requerimento do registro. Não acreditamos que a perda de qualquer uma de nossas marcas registradas tenha um impacto significativo sobre nossos negócios ou o resultado de nossas operações. Desenvolvemos nossa propriedade intelectual em nossos processos de pesquisa, desenvolvimento e produção. Conforme os termos de nossos contratos, alguns fornecedores e parceiros de risco nos concedem acesso a informações e tecnologias necessárias para melhor desenvolvimento, fabricação e comercialização de nossos produtos. Visamos proteger nossos direitos de propriedade intelectual, resultantes de investimentos em pesquisa técnica e desenvolvimento. Detemos patentes concedidas e pedidos de patentes relacionados a nossa tecnologia. No momento, detemos patentes concedidas e pedidos de patentes nos órgãos apropriados no Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Japão, Índia e China em relação às diversas tecnologias de nossos produtos. Exigimos que nossos fornecedores e parceiros de risco respeitem os direitos de propriedade intelectual de terceiros e acreditamos que possuímos os direitos de propriedade intelectual necessários aos nossos negócios e operações. Considerando nossa carteira de patentes utilitárias e de projeto, em 31 de dezembro de 2016 tínhamos protocolado 609 pedidos de patentes e haviam sido concedidas 314 patentes. Inovação Buscamos permanecer na vanguarda tecnológica, nos reinventando constantemente à medida que buscamos oportunidades de transformação de nossos negócios, produtos, serviços e mercados. Nós consideramos o foco na inovação como o segredo para a competitividade e sustentabilidade de nossos negócios. Por esse motivo, criamos uma área de inovação e conhecimento para reforçar nossas iniciativas. A área é responsável pela promoção de ideias inovadoras visando o desenvolvimento de novos negócios, produtos, tecnologias, serviços e processos. Nosso programa Innova é a principal ferramenta criada por nossa área de inovação e gerenciamento do conhecimento para promover a inovação dentro da Embraer. O Innova se concentra em criar, sustentar e difundir uma cultura favorável e um ambiente de inovação. As principais estratégias são o uso de ferramentas e metodologias para o desenvolvimento de projetos inovadores e processos de reconhecimento. O Innova é um programa que visa estimular a cultura de inovação da Embraer, e é parte da estratégia da empresa para garantir a sustentabilidade de seus negócios. Este programa administra os processos Green Light, Innova Challenge e Innovation Recognition. O processo Green Light avalia as propostas inovadoras apresentadas voluntariamente pelos funcionários e lhes fornece prazo e recursos para desenvolver a ideia até que sua viabilidade técnica e econômica seja comprovada. Se as propostas forem aprovadas, os funcionários inovadores recebem prazo e recursos para desenvolver seus projetos. Mais de 472 ideias apresentadas e 4 projetos inovadores foram implementados desde a criação deste processo, em 2012, incluindo o lançamento do Embraer Venture Capital. Em 2016, 49 projetos inovadores estavam em desenvolvimento. No início de 2017, mais de 20 projetos estavam em análise para serem apresentados ao Conselho de Administração em 2017. O processo Green Light se aplica a qualquer tipo de inovação: processos, produtos, tecnologia, serviços, marketing, gestão ou novos negócios. Innova Challenge é um mecanismo de crowdsourcing interno que estimula ideias para resolver problemas globalmente em diferentes departamentos da empresa, e qualquer funcionário no mundo todo pode participar deste processo. Até 2016, já havíamos lançado 43 desafios com mais de 2.100 ideias em diferentes desafios. Nos termos do processo Innovation Recognition, em 2016, 1.316 funcionários foram reconhecidos por suas 416 inovações, tanto espontâneas quanto incentivadas. Além disso, nove grupos de gestão nas categorias de fabricação e engenharia e o escritório central foram reconhecidos como os ambientes mais favoráveis para a inovação dentro da empresa. As inovações desenvolvidas nos últimos 5 anos representaram aproximadamente 52.0% da nossa receita líquida em 2016. 5D. Informações sobre tendências Dada a atividade de pedidos ao longo dos últimos dois anos, quando recebemos uma quantidade significativa de pedidos de operadoras dos EUA, em particular para jatos regionais de 76 assentos, podemos antecipar, com bastante certeza, os cronogramas de produção e entrega para 2017 no segmento de Aviação Comercial. Esperamos que as entregas do jato modelo E175 sejam responsáveis por uma parcela maior do total de entregas do segmento. No mercado de jatos executivos, apesar dos níveis recorde de lucro das empresas, o crescimento na população de pessoas com patrimônio elevado e os altíssimos níveis de mercado de ações em áreas geografias importantes, o nível de aeronaves usadas à venda continua a pressionar a demanda por aeronaves novas, o que tem impedido a recuperação do segmento. Acreditamos, porém, que novas ofertas de produtos de jatos executivos, isto é, o jato mid-size Legacy 450 e o jato Legacy 500, e as atualizações feitas no Phenom 100 e no Legacy 650, nos ajudarão para melhor posicionamento no setor em 2017, em comparação com 2016. Em relação ao segmento de Defesa e Segurança, esperamos progredir na execução de nossos programas existentes, incluindo o KC-390, o sistema de monitoramento de fronteiras (SISFRON), o Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE), o programa LAS Super Tucano e os programas de satélite. No entanto, devido a parte das receitas serem expressas em reais, a desvalorização do real frente ao dólar deve provavelmente pressionar as receitas relatadas em dólares no segmento. Em 2017, à luz deste cenário, esperamos entregar de 97 a 102 jatos comerciais, 70 a 80 jatos executivos leves e 35 a 45 jatos executivos grandes. A tabela a seguir resume nossa carteira de encomendas para o segmento de aviação comercial em 31 de dezembro de 2016. Nossa carteira de pedidos firmes nessa data, incluindo jatos executivos e aeronaves de defesa, era de US$ 19.6 bilhões. As tabelas a seguir mostram nossa carteira de pedidos para Aviação Comercial em 31 de dezembro de 2016, por tipo de aeronave, cliente e país. Aviação Comercial EMB 120 Brasília ERJ 135 ERJ 140 ERJ 145 EMBRAER 170 EMBRAER 175 EMBRAER 190 EMBRAER 195 EMBRAER 175 - E2 EMBRAER 190 - E2 EMBRAER 195 - E2 Pedidos firmes 352 108 74 708 193 525 590 166 100 85 90 Opções 6 244 55 3 100 107 80 Entregas 352 108 74 708 190 421 534 154 - Carteira de pedidos firmes 3 104 56 12 100 85 90 As tabelas a seguir mostram nossa carteira de pedidos para Aviação Comercial em 31 de dezembro de 2016, por tipo de aeronave, cliente e país. ERJ 135: Cliente American Eagle (EUA) British Midland (Reino Unido) City Airline AB (Suécia) ExpressJet (EUA) Flandre Air (França) Jet Magic (Irlanda) Luxair (Luxemburgo) Pan Européenne (França) Proteus (França) Régional (França) Republic Airways (EUA) South African Airlink (África do Sul) Total Pedidos firmes 40 3 2 30 3 1 2 1 3 3 15 5 108 Entregues 40 3 2 30 3 1 2 1 3 3 15 5 108 Carteira de pedidos firmes - Entregues 59 15 74 Carteira de pedidos firmes - ERJ 140: Cliente American Eagle (EUA) Republic Airways (EUA) Total Pedidos firmes 59 15 74 ERJ 145: Cliente Aerolitoral (México) Air Caraïbes (Guadalupe) Alitalia (Itália) American Eagle (EUA) Axon (Grécia) British Midland (Reino Unido) British Regional Airlines (Reino Unido) Brymon (Reino Unido) China Southern (China) China Eastern Jiangsu (China) China Eastern Wuhan (China) Cirrus (Alemanha) ExpressJet (EUA) ERA (Espanha) Flandre Air (França) GECAS (PB Air - Tailândia) Hainan (China) KLM (Holanda) Lot Polish (Polônia) Luxair (Luxemburgo) Mesa (EUA) Nigeria (Nigéria) (1) Portugalia (Portugal) Proteus (França) Régional (França) Republic Airways (EUA) Rheintalflug (Áustria) Rio Sul (Brasil) Satena (Colômbia) (1) Sichuan (China) Skyways (Suécia) Swiss (Suíça) Transtates (EUA) Total (1) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança Pedidos firmes 5 2 14 118 3 9 23 7 6 5 5 1 245 2 5 2 25 2 14 9 36 1 8 8 15 60 3 16 3 5 4 25 22 708 Entregues 5 2 14 118 3 9 23 7 6 5 5 1 245 2 5 2 25 2 14 9 36 1 8 8 15 60 3 16 3 5 4 25 22 708 Carteira de pedidos firmes - EMBRAER 170: Cliente Airnorth (Austrália) Alitalia (Itália) BA CityFlyer (Reino Unido) Cirrus (Alemanha) ECC Leasing (Irlanda) (1) Egypt Air (Egito) Finnair (Finlândia) Gecas (EUA) JAL (Japão) Jetscape (EUA) Lot Polish (Polônia) Petro Air (Líbia) Régional (França) Republic Airlines (EUA) Saudi Arabian Airlines (Arábia Saudita) Sirte Oil (Líbia) Suzuyo (Japão) TAME (Equador) US Airways (EUA) Virgin Australia (Austrália) Total Pedidos firmes Carteira de pedidos firmes Entregues 1 6 6 1 6 12 10 9 20 6 1 2 10 48 1 15 1 2 2 28 6 193 1 6 6 1 6 12 10 9 17 6 1 2 10 48 1 15 1 2 2 28 6 190 3 3 (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Cirrus, duas à Gulf Air, duas à Paramount e uma à Satena (entregue pela Defesa e Segurança). (2) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança EMBRAER 175: Cliente Air Canada (Canadá) Pedidos firmes Carteira de pedidos firmes Entregues 15 15 - ECC Leasing (Irlanda) (1) 1 1 - Air Lease (EUA) Alitalia (Itália) 8 2 8 2 - American Airlines (EUA) 60 48 12 CIT (EUA) Flybe (Reino Unido) 4 15 4 11 4 5 5 - Horizon Air / Alaska KLM (Holanda) 33 17 0 4 33 13 Lot Polish (Polônia) 12 12 - 7 4 7 4 - Northwest (EUA) 36 36 - Oman Air (Omã) 5 5 - Gecas (EUA) Mesa (EUA) NAC / Jetscape (EUA) EMBRAER 175: Cliente Republic Airlines (EUA) Royal Jordanian (Jordânia) Pedidos firmes 117 2 Trip (Brasil) Entregues 117 2 Carteira de pedidos firmes - 5 5 - 65 99 41 86 24 13 Suzuyo (Japão) 8 8 - Não divulgado 5 - 5 525 421 104 United Airlines (EUA) Skywest (EUA) Total (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Air Caraïbes. EMBRAER 190: Cliente Aero Republica (Colômbia) Aeromexico (México) Air Astana (Cazaquistão) Air Canada (Canadá) Air Caraïbes (Guadalupe) Air Lease (EUA) Air Moldova (Moldávia) Augsburg (Alemanha) Austral (Argentina) Azal (Azerbaijão) Azul (Brasil) BA CityFlyer (Reino Unido) BOC Aviation (Cingapura) Conviasa (Venezuela) China Southern (China) CIT (EUA) Copa (Panamá) Dniproavia (Ucrânia) ECC Leasing (Irlanda) (1) Finnair (Finlândia) Gecas (EUA) Guizhou / Colorful (China) Hainan (China) Hebei (China) JAL (Japão) JetBlue (EUA) Kenya Airways (Quênia) KLM (Holanda) Kungpeng (China) LAM (Moçambique) Lufthansa (Alemanha) M1 Travel (Líbano) NAC / Aldus (Irlanda) NAC / Jetscape (EUA) NAS Air (Arábia Saudita) Pedidos firmes 5 12 2 45 1 23 1 2 22 6 5 9 14 16 20 7 15 5 1 12 27 9 50 7 11 88 10 24 5 2 9 8 24 9 3 Entregues 5 12 2 45 1 23 1 2 22 4 5 9 14 16 20 7 15 5 1 12 27 6 50 6 5 64 10 24 5 2 9 8 4 9 3 Carteira de pedidos firmes 2 3 1 6 24 20 - EMBRAER 190: Cliente NIKI (Áustria) Régional (França) Republic (EUA) Taca (El Salvador) TAME (Equador) (2) Trip (Brasil) US Airways (EUA) Virgin Australia (Austrália) Virgin Nigeria (Nigéria) Total Pedidos firmes 7 10 2 11 3 3 25 18 2 590 Entregues 7 10 2 11 3 3 25 18 2 534 Carteira de pedidos firmes 56 Entregues Carteira de pedidos firmes (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Jet Blue (EUA). (2) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança EMBRAER 195: Cliente Arkia (Israel) Arkia (Israel) Aurigny (Guernsey) Azul (Brasil) Belavia (Bielorrússia) BOC Aviation (Cingapura) Flybe (Reino Unido) Gecas (EUA) Globalia (Espanha) Hainan (China) Lot Polish (Polônia) Lufthansa (Alemanha) Montenegro (Montenegro) NAC / Jetscape (EUA) Royal Jordanian (Jordânia) Trip (Brasil) N Total Pedidos firmes 1 1 59 2 1 14 12 12 20 4 34 1 2 2 1 166 1 1 59 2 1 14 12 12 8 4 34 1 2 2 1 154 12 12 EMBRAER 175 – E2: Cliente Skywest (EUA) Total Pedidos firmes 100 100 Entregues - Carteira de pedidos firmes - EMBRAER 190 E2: Carteira de pedidos firmes 25 Cliente Air Costa (Índia) Pedidos firmes 25 Aircastle (EUA) Aercap (Irlanda) 15 25 - 15 25 ICBC (China) 10 - 10 Hainan (China) Wideroe (Noruega) 2 3 - 2 3 Kalstar (Indonésia) Total 5 - 5 85 - 85 Entregues - EMBRAER 195 E2: Cliente Pedidos firmes Entregues Carteira de pedidos firmes Air Costa (Índia) 25 - 25 Aircastle (EUA) Aercap (Irlanda) 10 25 - 10 25 Azul (Brasil) 30 - 30 Total 90 - 90 Para obter mais informações sobre as tendências de nossa empresa, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral da Empresa — Estratégias de Negócios” e o “Item 5A. Revisão e Perspectivas Financeiras e Operacionais — Resultados Operacionais – Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor Aeronáutico Comercial e no Mercado de Jatos Executivos. Para os riscos que afetam o nosso negócio, consulte o “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco”. 5E. Composições não registradas no balanço No desempenho de nossas atividades comerciais normais, firmamos determinados contratos não registrados no balanço patrimonial, incluindo garantias, obrigações comerciais, garantias financeiras e de valor residual, compromissos de garantia de produtos e arrendamentos operacionais. Temos também uma série de operações de swap que estão descritas no "Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado”. Para uma descrição detalhada de nossos instrumentos derivativos, consulte a Nota 8 às nossas demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Consulte também a Nota 36 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para obter informações adicionais sobre acordos não registrados no balanço. Consulte também o “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco — Riscos relativos à Embraer — Algumas de nossas vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual e a opções de trade-in que podem exigir que façamos desembolsos de caixa significativos no futuro”. Garantias financeiras e de valor residual As garantias de valores residuais proporcionam a terceiros um valor específico de ativo garantido ao final do contrato de financiamento e normalmente asseguram que, na data de exercício (entre 6 e 18 anos após a data de entrega da aeronave), a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de venda. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação (“teto”) e, portanto, nosso valor residual garantido médio está limitado a 15% do preço de venda original. No caso de uma redução no valor de mercado do ativo subjacente e exercício pelo comprador desta garantia, devemos assumir a diferença entre o valor específico garantido e o valor real e justo de mercado, se houver, limitado a um valor máximo. Nossa exposição é atenuada pelo fato de que, para se beneficiar da garantia, a parte garantida deve manter os ativos correspondentes de modo a atender às rigorosas condições específicas para devolução. Veja nota 11 em nossas demonstrações financeiras consolidadas. Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não registradas em balanço não honrarem seus respectivos contratos de financiamentos, e também pressupondo a necessidade de cobrirmos o valor total das garantias financeiras e de valor e residual em aberto, sem podermos revender nenhuma das aeronaves para compensar nossas obrigações, nossa exposição máxima de acordo com essas garantias (menos provisões e obrigações) seria de US$ 300,3 milhões em 31 de dezembro de 2016. Consulte a Nota 36 às demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destas composições não registradas no balanço. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos US$ 177,0 milhões depositados em uma conta de caução como garantia para o financiamento de determinadas aeronaves vendidas, em que servimos como avalista secundário. Se o avalista inicial da dívida (terceiro dissociado) tiver que pagar ao financiador, o avalista inicial terá direito ao valor depositado na conta de caução. O valor é devolvido em dinheiro para nós no vencimento dos contratos de financiamento (até 2021) desde que o comprador da aeronave não deixe de pagar o empréstimo. Os juros da conta de caução são somados ao principal e lançados por nós como receita financeira. Alocamos os depósitos da conta de caução a títulos estruturados de 14 anos junto ao banco depositário para obter melhor taxa de juros. Esse aumento nos ganhos foi obtido em uma operação derivativa de crédito (CDS - Credit Default Swap), que concede ao titular do título o direito de resgate antecipado, em caso de evento de crédito da Embraer. Em caso de evento de crédito, o título poderá ser resgatado pelo titular pelo valor de mercado ou pelo valor nominal original do título, o que for maior, o que, para nós, resultaria na perda de todos os juros acumulados do título até a presente data. Eventos de crédito incluem inadimplência de obrigação e pagamento nos termos das garantias acima dos limites especificados, eventos relacionados à reestruturação das obrigações acima de um limite especificado, falência e recusa de e/ou moratória sobre as obrigações acima de um limite especificado. Em dezembro de 2016, uma parcela de nossa caução no valor agregado de US$71,4 milhões foi liberada como garantia e atualmente encontra-se registrada como Investimento Financeiro. Consulte as Notas 11 e 18 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Reavaliamos continuamente nosso risco de acordo com as garantias e obrigações de entrega com base em diversos fatores, inclusive o valor de mercado estimado futuro da aeronave com base em avaliações de terceiros, junto com as informações obtidas da venda ou arrendamento de aeronaves semelhantes no mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. A tabela a seguir fornece dados quantitativos sobre as garantias que fornecemos a terceiros. Os pagamentos máximos potenciais representam o cenário do pior caso, e não necessariamente refletem os resultados esperados por nós. As receitas estimadas decorrentes das garantias de desempenho e dos ativos subjacentes representam os valores antecipados de ativos que podemos liquidar ou receber de outras partes para compensar nossos pagamentos sob garantias. Em 31 de Dezembro de 2015 2014 (em US$ milhões) 191,2 375,9 487,6 286,1 300,6 307,5 (32,1) (107,4) (107,4) (144,9) (134,8) (156,2) 300,3 434,3 531,5 2016 Description Garantias financeiras máximas ...................... Garantias máximas de valor residual ............. Exposição mutuamente exclusiva(1) ............... Provisões e obrigações registradas(2) ............. Exposição não registrada no balanço ............. Receitas estimadas de garantias de desempenho e ativos subjacentes ..................................................... 504,4 559,6 725,2 (1) Quando um ativo correspondente está coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas, o valor residual garantido pode ser exercido somente se a garantia financeira tiver vencido sem ter sido utilizada. Por outro lado, se utilizada a garantia financeira, o valor residual garantido é cancelado automaticamente. Após a garantia financeira vencer sem ser utilizada, existe um período médio de três meses em que a parte garantida pode exercer a garantia de valor residual. Isso significa que nossa exposição às garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas de cobertura de um único ativo correspondente não pode ser cumulativa. Portanto, a exposição máxima mostrada neste item não é o montante total dos valores combinados das garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas de cobertura de um único ativo correspondente. (2) Representa a soma de nossas garantias financeiras e de valor residual (consultar a Nota 25 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas). Conforme discutido na Nota 11 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas, em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014, mantivemos os depósitos de caução no valor total de US$ 177,0 milhões, US$ 245,2 milhões e US$ 251,7 milhões, respectivamente, em favor de terceiros aos quais fornecemos garantias financeiras e de valor residual associadas a certas estruturas de financiamento de venda de aeronaves. Em função da concordata do cliente Republic Airways Holding, protocolada em 25 de fevereiro de 2016 nos Estados Unidos, a empresa fez uma provisão de US$ 100,9 milhões, considerando suas melhores estimativas naquele momento com base nas informações contidas no documento de reorganização, para cobrir o prejuízo relacionado a obrigações com garantias financeiras, oferecidas ao principal agente de financiamento das aeronaves ERJ 140/145, adquiridas por este cliente. Em novembro de 2016, assinamos uma venda firme de 24 jatos E175 com a United Airlines. Este pedido representa a transferência da encomenda de 24 jatos E175 feita anteriormente pela Republic, que foi cancelada. Durante 2016, o processo de reorganização se desenvolveu e a Embraer assumiu a responsabilidade de recomprar os ERJ 140/145 operados pela Republic Airways até então. A provisão feita em 2015 foi suficiente para cobrir o prejuízo da Embraer com a concordata da Republic Airways no valor total de US$ 94,7 milhões relacionado às garantias e recompra das aeronaves ERJ 140/145. A diferença entre os US$ 100,9 milhões provisionados em 2015 e o prejuízo acima descrito foi revertida. A Republic Airways foi também objeto de danos liquidados para ajustes de contrato e contas a receber dentro do negócio de MRO da Embraer. Para compensar a Embraer, a Republic Airways emitiu indenizações a descoberto de pré-petição no total de US$ 106 milhões, prejuízo em contas a receber (US$ 7 milhões), danos liquidados (US$ 12 milhões) e garantias financeiras (US$ 87 milhões). Os valores descritos são o valor nominal dos créditos a descoberto pré-petição, no entanto, seu preço de mercado pode ser menor, dado que, considerando nossas melhores estimativas, estas indenizações foram reconhecidas a 33 centavos em cada US$ 1,00 (total reconhecido de US$ 35 milhões). Para mais informações, consulte as Nota 25 e 33 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Obrigações de trade-in Ocasionalmente oferecemos opções de troca (trade-in) aos nossos clientes nos contratos de compra de novas aeronaves. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave na compra e aceitação de uma nova. O preço de trade-in para aeronaves comerciais é determinado da forma analisada no “Item 5A. — Resultados operacionais — Estimativas contábeis críticas — Garantias e direitos de trade-in”. Em 2016, aceitamos 43 aeronaves, com um valor total faturado de US$ 365,4 milhões, em função de opções de trade-in. No agregado, estamos atualmente sujeitos a opções de trade-in relativas a 13 aeronaves, resultantes de trade-ins vinculados a obrigações contratuais com clientes e a entrega a esses clientes de algumas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar sujeitas a trade-ins devido a novos contratos de vendas. O preço da opção trade-in é determinado com base na nova aeronave vendida, bem como outros fatores, incluindo uma avaliação do valor de mercado realizada por avaliadores independentes de terceiros. Consulte a Nota 36 às nossas demonstrações financeiras consolidadas para mais informações sobre nossas opções de trade-in. Continuamos monitorando todos os compromissos de trade-in para prever qualquer impacto econômico adverso que eles possam causar em nossa situação financeira. Podemos ser obrigados a aceitar trade-ins de aeronaves a preços levemente acima do preço de mercado, resultando em prejuízo financeiro na revenda da aeronave. Com base em nossa avaliação atual e na avaliação de terceiros, acreditamos que qualquer aeronave aceita em compromisso de trade-in possa ser vendida ou arrendada no mercado sem lucros ou prejuízo significativos. Consulte o “Item 5A. - Resultados Operacionais — Estimativas Críticas de Contabilidade — Garantias”. Arrendamentos operacionais Os arrendamentos operacionais de nossa controladora se referem a telefone e equipamento de computador, e aqueles relacionados a nossas subsidiárias nos Estados Unidos se referem a arrendamentos operacionais não canceláveis de terras e equipamentos. Esses arrendamentos vencem em diversas datas até 2021. Pagamentos referentes a arrendamentos operacionais são amortizados na demonstração de resultados pelo método linear durante o prazo do contrato. Para obter outras informações sobre nossos arrendamentos operacionais, consulte a Nota 36 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. 5F. Demonstrações tabulares de obrigações contratuais A tabela e a análise a seguir contêm informações adicionais relativas às nossas principais obrigações contratuais e compromissos comerciais em 31 de dezembro de 2016: Total Menos de 1 ano 1 – 3 anos 3 – 5 anos (em milhões de US$) Mais de 5 anos Obrigações contratuais Empréstimos e juros .............................................. 4.759,4 Fundo de pensão ......................................................... 135,4 Obrigações de leasing financeiro ................................ Leasings operacionais ................................................. 46,0 Dívida com e sem direito de regresso ......................... 373,9 Adiantamentos de clientes .......................................... 856,2 Contribuição de fornecedores ................................ Fornecedores............................................................... 952,1 Garantias financeiras .................................................. 210,8 Outros passivos ........................................................... 309,8 1.058,3 13,5 696,5 27,1 1.136,1 27,1 1.868,5 67,7 22,9 716,4 7,0 342,1 111,2 18,2 7,2 28,1 20,8 1,8 0,5 952,1 49,7 8,0 36,4 89,3 27,5 161,0 97,2 51,5 Total........................................................................... 7.643,6 2.820,9 1.309,6 1.405,2 2.107,9 A tabela acima mostra o valor do principal da dívida e juros previstos na data de vencimento. Para empréstimos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato de dívida. Para empréstimos com taxas flutuantes, as despesas com juros foram calculadas com base na previsão de mercado para cada período (LIBOR 6m – 12m), em 31 de dezembro de 2016. Essa exposição à taxa flutuante é controlada por operações derivativas. Consulte o “Item 11. Divulgações quantitativas e qualitativas sobre o risco de mercado.” A tabela acima não reflete os compromissos contratuais relativos às opções de trade-in como e as garantias financeiras e de valor residual discutidas no “Item SE. — Composições não registradas no Balanço Patrimonial” acima. Consulte “Item 3D. Informações chave — Fatores de risco — Riscos relativos à Embraer — Algumas de nossas vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual e a opções de trade-in que podem exigir que façamos desembolsos de caixa significativos no futuro”. Outras obrigações incluem impostos e encargos sociais a serem pagos no total de US$ 111,5 milhões em 31 de dezembro de 2016. A tabela acima não reflete nenhuma informação sobre nossos instrumentos derivativos, que são analisados mais detalhadamente no “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado.” 5G. Safe Harbor Consulte a “Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras”. ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS 6A. Conselheiros e diretoria Somos administrados por nosso Conselho de Administração, compostos por 11 membros, e nossa Diretoria, composta por no mínimo quatro e no máximo 11 membros (cada um sendo diretor). Temos um Conselho Fiscal permanente, composto de no mínimo três e no máximo cinco membros, e igual número de suplentes. Não há qualquer grau de parentesco entre os membros do nosso Conselho de Administração e/ou nossos diretores. Conselho de Administração Normalmente, nosso Conselho de Administração se reúne oito vezes por ano e extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente. É responsável, entre outras coisas, por estabelecer nossas políticas gerais do negócio e por eleger e supervisionar o trabalho dos diretores. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, sendo permitida reeleição, com três assentos reservados da seguinte forma: 1 (um) membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal na condição de titular da golden share (ação especial) e 2 (dois) membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários, Alexandre Magalhães Filho e Hebert Claros da Silva. Os demais oito Conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Ato constitutivo e contrato social — Conselho de Administração — Eleição do Conselho de Administração”, para obter uma descrição detalhada das regras e procedimentos relativos à eleição e nomeação dos membros do Conselho. Não há idade compulsória de aposentadoria para nossos conselheiros. Segundo as regras do Novo Mercado, os membros do nosso Conselho de Administração concordam em cumprir o regulamento de listagem do Novo Mercado e as regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo antes de assumir o cargo, assinando o Termo de Anuência dos Administradores. A seguir, são apresentados o nome, a idade, o cargo, o primeiro ano em que foram eleitos e uma breve biografia dos membros do nosso Conselho de Administração eleitos na assembleia geral ordinária realizada em 15 de abril de 2015: Nome Idade Cargo Alexandre Gonçalves Silva ................................ 72 Sérgio Eraldo de Salles Pinto ............................... 52 Alexandre Magalhães Filho ................................ 64 José Magno Resende de Araujo ............................ 57 Cecília Mendes Garcez Siqueira .......................... 59 Herbert Claros da Silva ......................................... 35 Israel Vainboim .................................................... 72 João Cox Neto ...................................................... 53 Josué Christiano Gomes da Silva ......................... 53 Pedro Wongtschowski .......................................... 70 Samir Zraick ........................................................ 76 Presidente do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Ano da primeira eleição ao Conselho 2011 2009 2015 2013(1) 2015(2) 2015 2009 2011 2011 2015 2006 (1) Eleito como membro suplente de Antonio Franciscangelis Neto. (2) Cecília Mendes Garcez Siqueira também foi membro deste comitê de abril de 2009 até abril de 2011. Alexandre Gonçalves Silva. Alexandre Silva é formado em Engenharia Mecânica pela PUC do Rio de Janeiro. Em seus 40 anos de carreira, ocupou cargos em diversas áreas, incluindo 22 anos como CEO. Alexandre foi diretor executivo da GE Brasil de 2001 a 2007 e, desde então, ocupou cargos nos Conselhos Administrativos de diversas empresas. Ele é presidente do Conselho de Administração da Embraer e membro independente do Conselho na Fibria Celulose, Alupar, Tecsis e Nitroquímica. Ele é membro Pro Bono do Conselho da Câmara Americana de Comércio desde 2003. Alexandre Silva é membro independente do Conselho de Administração da Embraer. Sérgio Eraldo de Salles Pinto. Sérgio de Salles Pinto foi diretor executivo do Grupo Bozano e ocupou cargos de direção de 2000 a 2010. De 1988 a 2000, trabalhou em diversas empresas do Banco Bozano, Simonsen S.A. Ele foi originalmente eleito para o Conselho de Administração da Embraer em abril de 2009 e é membro independente, sendo membro do Comitê de Recursos Humanos e coordenador do Comitê de Auditoria e Risco. Sérgio Salles Pinto é formado em Economia e Engenharia Elétrica pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB) e pela Universidade de Brasília (UnB), respectivamente. É Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro (EPGE) e em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). Ele é Presidente do Conselho Conselho de Administração da Bozano Investimentos Gestora de Recursos, membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas, membro do Conselho de Administração da Votorantim S.A. e vice-presidente do Conselho de Administração da Ouro Preto Óleo e Gás. Alexandre Magalhães Filho. Alexandre Magalhães Filho é bacharel em Ciências Contábeis, com especialização em desempenho orçamentário. Ele é funcionário da Embraer desde 1986, onde ocupou os seguintes cargos: de 1986 a 2008, supervisor de orçamento, assistente de controladoria e gerente de preços e planejamento econômico; de 2008 a 2010, gerente de custos. Seu cargo atual é Gerente de Tributos, Custos e Procedimentos Contábeis, e é responsável por custos, contabilidade e procedimentos fiscais, incluindo contabilização de custos de produtos e serviços de 29 empresas, controladoria e consolidação contábil das IFRS de 50 empresas do grupo Embraer e operações fiscais. Alexandre Magalhães Filho ocupou assento no Conselho Fiscal de: (i) Banco do Brasil Previdência Privada (BBPREV) de 1997 a 2009; (ii) Embraer Prev – Sociedade de Previdência Complementar de 2010 a 2012, sendo reeleito para o período 2015 a 2018; (iii) Instituto Embraer de Educação e Pesquisas, desde 2001; e (iv) Cooperativa dos Empregados da Embraer (Cooperemb) de 2009 a 2011, foi eleito para o Conselho para o mandato de 2015-2017. Magalhães Filho foi diretor suplente do representante do Clube de Investimentos dos Empregados da Embraer (CIEMB) no Conselho de Administração da Embraer de 2013 a 2015, foi eleito diretor titular para o mandato de 2015-2017 e foi nomeado pelos funcionários da Embraer para ser reeleito para o período de 2017-2019. José Magno Resende de Araújo. Em 8 de abril de 2016, Araújo foi nomeado secretário de finanças e economia da Força Aérea Brasileira (Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica). Ele atuou como chefe de gabinete do comando da Força Aérea Brasileira de 20 de abril de 2012 a 8 de abril de 2016, como comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica de 7 de abril de 2011 a 12 de abril de 2012 e como chefe da Assessoria Parlamentar da Aeronáutica de 17 de julho de 2008 a 7 de abril de 2011. Araújo fez vários cursos acadêmicos, incluindo o curso de formação de oficiais aviadores na Academia da Força Aérea Brasileira em Pirassununga, SP, em 1980, Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e concluiu um MBA em gestão estratégica institucional em 2006. Cecília Mendes Garcez Siqueira. Cecília Siqueira tem uma licenciatura em educação e um MBA em Administração Geral - Altos Executivos Gestão de Plano de Pensões, bem como um mestrado em gestão de negócios. Ela foi funcionária do BB desde 1979, onde ocupou os seguintes cargos: de 1979 a 2002, vários cargos; de 2002 a 2010, diretora de planejamento e atualmente diretora administrativa. Cecília Siqueira foi membro do Conselho de Administração da Neoenergia de 2002 a 2005, onde também foi Coordenadora do Comitê de Recursos Humanos. De 2005 a 2008, Cecília Siqueira foi vice-presidente do Conselho de Administração da CPFL Energia, onde também foi Coordenadora do Comitê de Recursos Humanos. Ela também foi diretora da Embraer de 2008 a 2011, onde também participou do Comitê de Estratégia e Risco. Cecília Siqueira também foi membro do Conselho de Administração da Sauípe S.A. de 2011 a 2013. Cecília Siqueira é membro independente do Conselho de Administração da Embraer. Herbert Claros da Silva. Herbert da Silva trabalha como mecânico ajustador na área de tratamento de superfície, na sede da Embraer em São José dos Campos e foi nomeado pelos funcionário da Embraer como membro do Conselho de Administração para o período de 2015-2017. Ele também é o Vice-Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região. Israel Vainboim. Israel Vainboim foi membro do Conselho de Administração do Itaú Unibanco S.A. de 2009 a abril de 2015. Ele é membro do Conselho de Administração da Cia. Iochpe-Maxion, membro do Conselho de Adiminstração da Lojas Marisa, membro do Conselho Deliberativo do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), membro do Conselho do Alfredo Volpi do Instituto Moderno de Arte, membro do Conselho do MASP, Presidente do Conselho Fiscal do Hospital Albert Einstein, em São Paulo e presidente do Conselho Administrativo da Câmara de Comércio Brasil-Israel. Vainboim trabalhou no Unibanco em vários cargos desde 1969. Também foi Presidente do Unibanco de 1988 a 1992, e membro do seu Conselho de Administração até 2008. Ele foi presidente do Unibanco Holdings S.A. de 1994 a 2007, Presidente do Conselho de Administração e Presidente do Comitê de Auditoria do Unibanco Holdings S.A. de 2007 a fevereiro de 2009. Foi eleito pela primeira vez para o Conselho de Administração da Embraer em abril de 2009 e atua como membro independente. Israel é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e possui um MBA pela Universidade de Stanford. Josué Christiano Gomes da Silva. Josué Gomes da Silva é Presidente da Companhia de Tecidos Norte de Minas – Coteminas, líder no setor de cama, mesa e banho, com fábricas em todo o Brasil. É fundador e presidente do Conselho de Administração da Cantagalo General Grains S.A., uma empresa com excelente desempenho na produção, comercialização e logística de grãos, e membro do Conselho de Administração da Embraer. Atuou como membro do Conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - IEDI, que presidiu de 2005 a 2009, Presidente emérito e membro do Conselho Superior da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Vestuário - ABIT, que presidiu de 2005 a 2007, Terceiro Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP, Vice-Presidente do Conselho de Empresários da América Latina - CEAL, membro do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, membro do Conselho Corporativo da Owen Graduate School of Management da Universidade Vanderbilt, Presidente da Federação Internacional de Fabricantes Têxteis - International Textile Manufacturers Federation (ITMF) e membro do Conselho de Visitantes do Instituto do Câncer de São Paulo - Octavio Frias de Oliveira - ICESP. Josué é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, e em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos. Ele ganhou a “Medalha de Ouro” (Medalha de Fundador) na Universidade Vanderbilt – Estados Unidos, onde concluiu seu MBA em Administração de Empresas. Pedro Wongtschowski. Pedro Wongtschowski foi gerente geral da Oxiteno S.A. (1992-2006). De janeiro de 2007 a dezembro de 2012, ele foi presidente da Ultrapar Participações S.A., uma empresa de capital aberto que atua nas áreas de distribuição de combustível (Ipiranga), distribuição de GLP (Ultragaz), logística de líquidos a granel (Ultracargo) e fabricação de produtos químicos especiais (Oxiteno). Wongtschowski é membro do Conselho de Administração da Companhia Nitro Quimica Brasileira, membro do Conselho de Administração do Centro de Tecnologia Canavieira S.A. e diretor independente da Embraer. João Cox Neto. João Cox é formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia e completou seus estudos de pós-graduação na área de Economia na Université du Québec à Montréal e no College of Petroleum and Energy Studies na Universidade de Oxford. Ele fala português, inglês, francês e espanhol. É presidente da Cox Investments & Advisory, uma butique de investimentos que presta serviços de investimentos e consultoria na área de Fusões e Aquisições, além de ter participação em empresas e fundos de capital privado. Ele também foi membro do Conselho de Administração de empresas em diversos países (Brasil, Argentina, Holanda e Israel), e atuou como membro consultivo do CRSFN - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, no Conselho de Administração da Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas) e no IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). Atualmente, atua no Conselho de Administração da Braskem S.A., Linx S.A., OTP S.A. e Estácio de Sá S.A. onde é também presidente do conselho administrativo. Desde abril de 1999, tem estado profundamente envolvido com o setor de telecomunicações, como Presidente, Diretor Executivo ou Vice-Presidente. De 2006 a 2010, trabalhou na Claro, a segunda maior operadora de celulares do Brasil, como Presidente, Diretor Executivo e VicePresidente. De abril de 1999 a agosto de 2004, atuou como Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Telemig Celular Participações e da Telenorte Celular Participações, além de Diretor Executivo da Telemig Celular e da Amazônia Celular. Em 2005, atuou como Vice-Presidente do Conselho de Administração da Cellcom, maior operadora de celulares de Israel. Cox mantém laços com as universidades onde lecionou por vários anos em cursos de graduação e pós-graduação. Ele é membro independente do Conselho de Administração da Embraer, atuando também como membro do Comitê de Recursos Humanos e do Comitê de Auditoria e Riscos. Samir Zraick. Samir Zraick foi Diretor Financeiro da Vale S.A. e dirigiu sua filial nos EUA de 1971 a 1986, tendo sido responsável pela formulação financeira do Projeto Carajás. Depois disso, foi membro do Conselho de Administração da Vale durante o ano de 2000 e atuou como Conselheiro Especial e membro do Comitê de Estratégia da CVRD de 2001 a 2004. Atuou como Diretor Financeiro e de Desenvolvimento da Caemi Mineração e Metalurgia S.A. de 1986 a 1998. Foi membro do Conselho de Administração e presidente do Comitê de Marketing da Québec Cartier Mining, em Montreal, Quebec, de 1990 a 1999. Participou do Conselho de Administração da Canico Resources em Vancouver, na Colúmbia Britânica, de julho de 2004 a março de 2006. Foi eleito pela primeira vez em março de 2006 para o Conselho de Administração da Embraer e atua como membro independente. Comitês Três comitês foram formados para ajudar o Conselho de Administração em suas tarefas e responsabilidades: • Comitê de Estratégia: este comitê não tem nenhum poder executivo. A finalidade principal do Comitê de Estratégia é auxiliar o Conselho de Administração em suas funções. Os membros do nosso Conselho de Administração e da Diretoria podem atuar nesse comitê. As responsabilidades do Comitê de Estratégia incluem auxiliar o Conselho de Administração na formulação de nosso planejamento estratégico. Os membros atuais do Comitê de Estratégia são Israel Vainboim (coordenador), Alexandre Gonçalves Silva, Josué Christiano Gomes da Silva e Pedro Wongtschowski. • Comitê de Auditoria e Riscos Consulte o “Item 6C. — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos” abaixo. • Comitê de Recursos Humanos: os membros são nomeados pelo Conselho de Administração. Os membros do nosso Conselho de Administração e da Diretoria podem atuar nesse comitê. Sua finalidade é auxiliar o Conselho de Administração em questões de recursos humanos que incluem nomear e destituir diretores e designar suas responsabilidades conforme estipulado pelo estatuto, política salarial e relações humanas, transferência de nossos recursos para associações de funcionários e instituições recreativas e de caridade, e para o fundo de ações privado e fundação. Os membros atuais do Comitê de Recursos Humanos são João Cox Neto (coordenador), Alexandre Gonçalves da Silva, Cecília Mendes Garcez Siqueira e Sérgio Eraldo de Salles Pinto. • Conselho Fiscal: Consulte o “Item 6C. — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos — Conselho Fiscal” abaixo. Diretoria Nossos diretores são responsáveis pela administração diária. O Conselho Diretor tem responsabilidades estabelecidas por nosso estatuto e pelo Conselho de Administração. O mandato dos diretores é de dois anos, sendo permitida a reeleição de cada diretor. São necessários os votos de pelo menos sete membros do Conselho Diretor para destituição de um diretor. Nosso estatuto social não permite que um diretor ocupe, ao mesmo tempo, um cargo de membro do Conselho de Administração. Segundo as regras do Novo Mercado, nossos diretores concordaram em cumprir o regulamento de listagem do Novo Mercado e as regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo, antes de tomar posse e, para tal, assinaram um Termo de Anuência dos Administradores. Em 9 de junho de 2016, anunciamos ter iniciado o processo de sucessão do nosso cargo de CEO, continuando o trabalho desenvolvido por Frederico Fleury Curado na última década. Paulo César de Souza e Silva se tornou nosso CEO a partir de julho de 2016, em transição concluída no final de 2016. A seguir está uma lista dos nomes, idades, cargos, ano em que foram eleitos pela primeira vez e biografias resumidas dos diretores atuais na data deste relatório: Nome Ida de Cargo Ano da primeira eleição Diretor-Presidente 2016(1) Vice-Presidente Executivo – Diretor de Operações 2015 Vice-presidente Executivo – Aviação Comercial 2016 Vice-Presidente Executivo – Defesa e Segurança 2014 Vice-presidente Executivo – Diretor Financeiro e de 2012 Relações com Investidores 58 Vice-Presidente Executivo – Aviação Executiva 2013 43 Vice-Presidente Executiva Jurídica e Diretora de 2016 Compliance (1) Eleito como presidente diretor em 2016 e eleito como Vice Presidente Executivo – Aviação Comercial em 2010. Paulo Cesar de Souza e Silva Mauro Kern Junior John Stephen Slattery Jackson Medeiros de F. Schneider José Antonio de Almeida Filippo Marco Tulio Pellegrini Fabiana Klajner Leschziner 61 56 48 52 56 Paulo Cesar de Souza e Silva. Paulo Cesar é o Diretor-Presidente da Embraer S.A. desde julho de 2016. Paulo Silva ingressou na Embraer em 1997 como Vice-Presidente de financiamento a clientes. Em 2010 foi nomeado Diretor-Presidente da Embraer Commercial Aviation, cargo que ocupou até junho de 2016. Como representante da Embraer no Aviation Working Group, um órgão internacional do setor voltado ao desenvolvimento de iniciativas para fomentar e facilitar grandes financiamentos no setor de aeronáutica, Paulo contribuiu para o desenvolvimento e implementação da Convenção da Cidade do Cabo (Cape Town Treaty) e do Entendimento Setorial Aeronáutico (ASU - Aircraft Sector Understanding), que regula os termos e as condições para o apoio às Agências de Crédito de Exportação. Ambos são instrumentos fundamentais para que as companhias aéreas tenham acesso a financiamentos de aeronaves eficientes. Paulo Silva é membro do clube Conquistadores del Cielo e do Wings Club. Em seu mandato, a empresa expandiu sua pegada na aviação comercial, consolidando sua liderança no segmento de aeronaves até 130 assentos. Por mais de duas décadas, trabalhou em instituições financeiras no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Antes de ingressar na Embraer, Paulo ocupou vários cargos executivos no setor bancário internacional. Ele é formado em Economia pela Universidade Mackenzie (São Paulo - Brasil) e possui um MBA obtido na Universidade de Lausanne, na Suíça. Mauro Kern Junior. Em janeiro de 2015, o Sr. Kern foi nomeado Diretor Executivo de Operações. Ele entrou na Embraer em 1982 como Engenheiro de Sistemas Mecânicos e atuou nos anos seguintes em vários cargos técnicos e gerenciais. Em 1999, Mauro ingressou no programa Embraer 170/190 como EngenheiroChefe e Gerente de Programa. Em abril de 2007, Kern foi nomeado Vice-presidente Executivo do Mercado Aeronáutico. Em abril de 2011, el foi nomeado Vice-presidente Executivo da Embraer de Engenharia e Tecnologia. É formado em Engenharia pela Universidade do Rio Grande do Sul. Jackson Medeiros F. Schneider. Jackson Schneider é Diretor Executivo da Embraer Defesa e Segurança e, anteriormente, ocupou o cargo de Vice-Presidente Executivo de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer. É formado em Direito pela Universidade de Brasília - UNB, e possui um MBA pela Business School São Paulo. Iniciou sua carreira no Ministério da Justiça (governo brasileiro). No setor privado, foi Vice-Diretor de Assuntos Corporativos da Unilever e Vice-Presidente de Recursos Humanos, Relações Jurídicas e Assuntos Corporativos da Mercedes-Benz do Brasil e Diretor Executivo do Consórcio Nacional Mercedes-Benz (empresa financeira). Além disso, o Schneider foi presidente da Anfavea (Associação Brasileira de Fabricantes de Veículos) e da Abipla (Associação Brasileira de Fabricantes de Produtos de Limpeza e Artigos Relacionados), bem como membro do Conselho Fiscal do Ministério de Economia e Finanças. Atualmente, é membro do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) da Presidência da República e membro de organizações tais como a Fundação Bienal de São Paulo, a AACD (Associação de apoio a crianças com deficiência) e o MASP (Museu de Arte Assis Chateaubriand), entre outros. José Antonio de Almeida Filippo. Em junho de 2012, José Antonio foi eleito Diretor Financeiro e VicePresidente de Relações com Investidores da Embraer. Ele iniciou sua carreira na Gafisa Imobiliária, onde ocupou os cargos de Diretor Financeiro e Diretor Administrativo. De 1995 a 2000, ocupou o cargo de Gerente Financeiro Corporativo da Reynolds Aluminum - Latasa. De 2000 a 2004, ocupou o cargo de Diretor Financeiro para a América Latina da Ingersoll-Rand Company. De junho de 2004 a 2010, ocupou o cargo de Diretor Financeiro e Vice-Presidente de Relações com Investidores da CPFL Energia. Em março de 2010, ocupou o cargo de Diretor Financeiro da Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar), antes de ingressar na Embraer. Filippo se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1983, e concluiu uma pós-graduação em Finanças na Universidade Católica do Rio de Janeiro e no IBMEC - Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais. Ele também se formou no PMD de Harvard (Harvard Business School), em 1999. Marco Tulio Pellegrini. Em janeiro de 2014, Pellegrini foi nomeado Diretor-Presidente da Embraer Executive Jets, após ter atuado quase 3 anos como vice-presidente sênior de operações e diretor de operações da Embraer. Sua experiência na indústria aeroespacial já tem mais de 28 anos, a maioria dos quais em cargos de alta gerência na Embraer. Antes de ocupar cargos no segmento de jatos executivos, Pellegrini ocupou vários cargos de vice-presidente, tais como Vice-Presidente de Novos Programas da Embraer – Mercado Aeronáutico, Vice-Presidente de Produção e Estratégia Industrial e Vice-Presidente de Inteligência de Mercado - Jatos Executivos, responsável pelas estratégias de produto, apoio a vendas, avaliação de mercado, marketing e análise competitiva. Anteriormente, como gerente sênior, foi responsável pela arquitetura industrial e pela escolha de local para as novas instalações da Embraer. Antes de ingressar na Embraer, Pellegrini trabalhou na Vasp, uma importante companhia aérea brasileira, como Gerente Sênior de Controle de Qualidade. Além disso, seguiu um programa de treinamento de um ano nas instalações da McDonnell Douglas em Long Beach, nas áreas de P&D e de ligação de produção. Pellegrini possui um mestrado em engenharia mecânica pela Universidade de São Paulo e iniciou sua carreira como engenheiro de manufatura numa empresa de peças automotivas. John Stephen Slattery. Slattery é Vice-Presidente Executivo - Aviação Comercial desde junho de 2016. Ele entrou na Embraer no início de 2011 como vice-presidente não executivo, responsável por Finanças do Cliente; Ativos e Gestão de Riscos. No ano seguinte Slattery foi nomeado vice-presidente sênior e diretor comercial, assumindo responsabilidades executivas mais amplas, incorporando vendas e serviços de aeronaves comerciais no mundo inteiro. Desde que ingressou para a Embraer, é membro do conselho da ECC Leasing, a empresa de leasing controlada intergralmente pela Embraer. Antes de ingressar na Embraer, Slattery exerceu durante quinze anos cargos executivos e de chefia em várias empresas de assessoria comercial aeroespacial, arrendamento e serviços bancários. Em 2001, o Slattery foi co-fundador da RBS Aviation Capital (agora SMBC Aviation Capital) e diretor-geral da empresa em Nova York, responsável pela direção de leasing de aeronaves comerciais do banco e empréstimos lastreados em ativos para clientes de companhias aéreas nas Américas. É membro da The Royal Aeronautical Society, presidente emérito do Wings Club e diretor emérito da ORBIS International. Diplomado pela Harvard Business School, John tem um MBA pela Universidade de Limerick e um BA pela Universidade de Gales do Sul. Fabiana Klajner Leschziner. Fabiana Leschziner é nossa Vice-Presidente Executiva Jurídica e Diretora de Compliance desde junho de 2016. Ela trabalhou na DuPont do Brasil de setembro de 2002 a dezembro de 2015 como diretora jurídica e assuntos governamentais para o Brasil e de janeiro de 2016 a junho de 2016 como diretora jurídica para o Brasil e região Andina, responsável pelos aspectos jurídicos de todos os negócios da DuPont no Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador e Bolívia. Fabiana se formou pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1993 e possui um mestrado em direito pela Universidade de Cornell, Ithaca, EUA. Ela é especializada em direito societário, finanças corporativas, mercado de capitais, antitruste e comércio internacional e foi sócia do escritório Davis Polk & Wardwell em Nova York de julho de 1998 a dezembro de 2001. 6B. Remuneração Visão geral Nossos diretores, conselheiros e membros do conselho fiscal têm direito a uma remuneração fixa. Além disso, nossos diretores podem participar de nosso plano executivo de participação nos lucros, que proporciona uma remuneração variável baseada no desempenho de cada um e da empresa, limitado a um percentual do nosso lucro líquido no exercício corrente. No exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2016, a remuneração agregada (inclusive benefícios em espécie) paga aos membros do Conselho de Administração, Comitê de Auditoria e Riscos, Conselho Fiscal e aos diretores, por serviços prestados em todas as funções, foi de US$ 9,1 milhões: US$ 2,2 milhões para os membros do Conselho de Administração, US$ 0,3 milhão para os membros do Conselho Fiscal e US$ 5,8 milhões para os diretores. No exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2016, os membros dos comitês do Conselho de Administração, incluindo nosso Comitê de Auditoria e Riscos, receberam uma remuneração adicional agregada de US$ 0,6 milhão, valor que está incluído na remuneração de US$ 11,8 milhões mencionada acima. Adicionalmente, em 2016, contribuímos com US$ 0,3 milhão para pagamento de benefícios de pensão a nossos diretores. Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal não recebem esses benefícios. Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, bem como os diretores, não receberam nenhuma remuneração (inclusive benefícios em espécie) de nenhuma das nossas subsidiárias. Em 31 dezembro de 2016, nenhum dos membros do conselho, dos membros do Conselho Fiscal ou dos diretores possuía interesses financeiros ou outros em operações envolvendo a Embraer além daqueles usuais no decorrer normal dos nossos negócios. Para mais informações sobre remuneração de executivos, consulte a Nota 15.3 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Plano de opção de ações Na assembleia geral extraordinária de 19 de abril de 2010, nossos acionistas aprovaram um segundo plano de opção de ações da Embraer destinado à diretoria e aos funcionários, inclusive de nossas subsidiárias, sujeito à permanência deles em nossa empresa por, no mínimo, dois anos. Nosso Conselho de Administração pode escolher os funcionários e membros da diretoria que serão qualificados para receber as opções de ações, que devem ser outorgadas a título gratuito. Contudo, em circunstâncias extraordinárias, nosso Conselho de Administração pode outorgar opções de ações aos nossos funcionários com menos de dois anos de casa, visando a contratação e manutenção do pessoal estratégico. Nosso Conselho de Administração também pode determinar os prazos dos contratos de opção de ações. Esse segundo plano de opção de ações tem um período de duração indefinido e pode ser cancelado a qualquer momento por nosso Conselho de Administração; após esse período, nenhuma nova opção poderá ser outorgada. Contudo, as opções outorgadas antes do cancelamento do plano não serão afetadas e podem ser exercidas de acordo com os termos e condições do plano e respectivo contrato de opções de ações. Nos termos desse segundo plano de opções de ações, estamos autorizados a outorgar opções de compra de até 1,5% de nossas ações ordinárias, e as opções poderão ser exercidas da seguinte forma: 20% após um ano da data de concessão das opções; 30% após dois anos da data de concessão das opções; e 50% após três anos da data de concessão das opções. Em 31 de dezembro de 2012, 6.510.000 opções haviam sido concedidas em 30 de abril de 2010, a um preço de exercício de R$ 10,19 por ação; 6.345.000 opções haviam sido concedidas em 18 de janeiro de 2011, com preços de exercício de R$ 12,05 por ação; 150.000 opções haviam sido concedidas em 16 de março de 2011, com preços de exercício de R$ 12,89 por ação; 4.860.000 opções haviam sido concedidas em 23 de janeiro, 2012, a um preço de exercício de R$ 11,50 por ação; 4.494.000 opções haviam sido concedidas em 20 de março de 2013, a preços de exercício de R$ 15,71 por ação; e 584.400 opções haviam sido concedidas em 25 de abril de 2013, a preços de exercício de R$ 16,81 por ação. Na assembleia geral extraordinária realizada em 10 de janeiro de 2012, o segundo plano de opção de ações descrito acima foi alterado para prever um cronograma de concessão revisado, de modo que as opções concedidas após 10 de janeiro de 2012 possam ser exercidas da seguinte forma: 33% após três anos da data de concessão das opções; 33% após quatro anos da data de concessão das opções; e 34% após cinco anos da data de concessão das opções. O preço de exercício de cada opção deve ser definido na data da concessão, como o preço de negociação médio ponderado dos últimos 60 dias de negociação e pode ser ajustado em até 30% para neutralizar qualquer atividade especulativa no mercado. Cada titular de opção tem até cinco anos a partir da data de concessão para exercer as opções recebidas antes e durante 2011, e até sete anos a partir da data de concessão para exercer as opções recebidas após 2011. Os titulares de opções só podem exercê-las durante a vigência do seu contrato de trabalho com a Embraer. Esta alteração não afeta a contabilização das concessões existentes antes deste plano. Plano de ações virtuais Em fevereiro de 2014, adotamos um novo modelo de plano de incentivo de longo prazo, alinhado com nossa política de remuneração. O novo modelo se baseia na concessão de ações virtuais aos diretores e à administração e tem por objetivo atrair e reter pessoal altamente qualificado para garantir a continuidade da gestão e alinhar o interesse dos diretores e pessoal-chave da empresa e seus acionistas. Os participantes do plano receberão duas classes de ações virtuais, 50% sob a forma de ações virtuais restritas e 50% sob a forma de ações de desempenho virtual. Pagaremos o montante do incentivo de longo prazo convertendo as ações virtuais em reais pelo preço médio das ações da empresa nos 10 pregões anteriores à data de determinação pertinente três, quatro e cinco anos após a concessão das ações virtuais, respectivamente. Em 25 de fevereiro de 2014, foi aprovado um benefício total de US$ 13,0 milhões nos termos do plano, equivalente a 1.570.698 ações virtuais com um valor justo de US$ 2,1 milhões em 31 de dezembro de 2016, equivalente a 448.255 ações virtuais. Em 3 de março de 2015, foi aprovado um benefício total de US$ 10,4 milhões nos termos do plano, equivalente a 1.237.090 ações virtuais com um valor justo de US$ 1,0 milhão em 31 de dezembro de 2016, equivalente a 224.398 ações virtuais. Em 10 de março de 2016, foi aprovada a terceira concessão total de US$ 8,5 milhões nos termos do plano, equivalente a 1.095.720 ações virtuais com um valor justo de US$ 0,4 milhão em 31 de dezembro de 2016, equivalente a 94.803 ações virtuais. Em 9 de junho de 2016, foi aprovado um benefício total de US$ 0,3 milhão nos termos do plano, equivalente a 55.994 ações virtuais com um valor justo de US$ 19.960 em 31 de dezembro de 2016, equivalente a 4.254 ações virtuais. Em 25 de agosto de 2016, foi aprovada quinta concessão, com um total de US$ 0,3 milhão nos termos do plano, equivalente a 70.978 ações virtuais com um valor justo de US$ 18.100 em 31 de dezembro de 2016, equivalente a 3.852 ações virtuais. Em 2016, o justo valor de todos os subsídios diminuiu devido ao resultado do mark to market de ações virtuais concedidas e ao fato de que nem todas as metas de desempenho foram cumpridos. Em 8 de março de 2017, aprovamos, de acordo com o plano, a concessão de benefício de 2017 no valor total de US$ 9,6 milhões, equivalente a 1.693.688 ações virtuais. Para obter informações sobre este plano, consulte a Nota 30 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Plano de incentivo de longo prazo Os objetivos de nosso plano de incentivo de longo prazo são o recrutamento e a retenção de pessoal altamente qualificado e permitir àqueles que podem contribuir para nosso desempenho a oportunidade de participar de nossos lucros. Incentivos nos termos do plano pretendem promover a continuidade entre a diretoria e o alinhamento dos interesses entre nossos executivos e acionistas. Os valores distribuídos são definidos tendo como referência o mercado, nas condições descritas no nosso plano de incentivo de longo prazo. Política de remuneração variável de curto prazo Nossa política de remuneração variável de curto prazo é destinada a promover a retenção de executivos e o alinhamento de seus interesses com os dos acionistas. Objetivos de maior impacto e importância para nossa empresa recebem um peso maior. Distribuímos a nossos executivos qualificados uma remuneração variável de curto prazo com base numa percentagem de nosso lucro operacional. Plano de participação nos lucros para funcionários Implementamos um plano de participação nos lucros pela primeira vez em 1998, vinculando a participação dos funcionários nos lucros aos pagamentos de dividendos. Em dezembro de 2008, o Conselho de Administração aprovou mudanças na metodologia de cálculo da participação nos lucros pelos funcionários. Conforme aditamento do Conselho de Administração em 2008, o novo programa agora está vinculado ao lucro líquido, calculado de acordo com as IFRS e com objetivos de desempenho individual e da unidade de negócios. Do valor total reservado para o programa de participação nos lucros, 50% são distribuídos em partes iguais para todos os funcionários e 50% são distribuídos proporcionalmente ao salário do funcionário. Nos exercícios de 2016, 2015, 2014, 2013 e 2012, distribuímos US$ 23,6 milhões, US$ 37,9 milhões, US$ 47,8 milhões, US$ 57,2 milhões e US$ 36,1 milhões, respectivamente, aos funcionários por nosso plano de participação nos lucros. Plano de Pensão de Contribuição Definida Patrocinamos um plano de pensão de contribuição definida para funcionários, cuja participação é opcional. O plano é administrado pela Embraer Prev – Sociedade de Previdência Complementar. Nossas contribuições nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015, 2014, 2013 e 2012 foram de US$ 23,2 milhões, US$ 22,6 milhões, US$ 28,4 milhões, US$ 28,1 milhões e US$ 27,8 milhões, respectivamente. Para mais informações sobre nossos benefícios pós-aposentadoria, consulte a Nota 27 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. Estudos atuariais são feitos todos os anos para identificar exposições futuras a serem lançadas como provisão. A provisão lançada foi de US$ 57,0 milhões em 31 de dezembro de 2012; US$ 68,5 milhões em 31 de dezembro de 2013; US$ 36,8 milhões em 31 de dezembro de 2014; US$ 22,5 milhões em dezembro de 2015; e US$ 41,5 milhões em 31 de dezembro de 2016. A EAH patrocina um plano de saúde pós-aposentadoria, que foi alterado em 2007 e os funcionários contratados a partir dessa data não se qualificam para este plano. Os custos estimados de pensões e de assistência médica pós-aposentadoria para os beneficiários e seus dependentes são lançados como provisão usando o método de acumulação, com base em estudos atuariais. A provisão lançada foi de US$ 4,4 milhões em 31 de dezembro de 2012; US$ 2,5 milhões em 31 de dezembro de 2013; US$ 4,4 milhões em 31 de dezembro de 2014; US$ 4,3 milhões em 31 de dezembro de 2015; e US$ 3,7 milhões em 31 de dezembro de 2016. Os métodos atuariais utilizados cumprem as regras de métodos atuariais geralmente aceitas em vigor, de acordo com o método de crédito unitário projetado. Seguro para conselheiros e diretores Temos seguro de responsabilidade para conselheiros e diretores, no valor total de US$ 100 milhões. Esse seguro cobre responsabilidade por atos ilícitos, inclusive qualquer ato ou omissão cometido ou tentado por qualquer conselheiro ou diretor agindo por conta própria, ou qualquer reivindicação contra um conselheiro ou diretor oriunda exclusivamente do exercício de seu respectivo cargo. 6C. Práticas do Conselho Nosso Conselho de Administração é nomeado para um mandato de dois anos. Consulte o “Item 6A. — Conselheiros e Alta Direção – Conselho de Administração”. Os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração. Com exceção de Paulo Cesar de Souza e Silva, Fabiana Klajner Leschziner e John Stephen Slattery, eleitos em 2016, nossos diretores atuais foram eleitos em 15 de abril de 2015, com mandato até a reunião do Conselho de Administração, a ser realizada após a assembleia geral ordinária em abril de 2017, para aprovação de nossas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Os membros do Conselho de Administração e os diretores têm mandato uniforme de dois anos, com direito à reeleição. São necessários os votos de pelo menos sete membros do Conselho de Administração para destituição de um diretor. Consulte o “Item 6A. — Conselheiros e Alta Direção – Diretores”. Os conselheiros não têm contratos de trabalho que garantam benefícios após o fim de seu mandato. Todos os diretores têm contrato de serviços que estipula os seus direitos e obrigações. Comitê de Auditoria e Riscos Nosso Comitê de Auditoria e Riscos pode ter até cinco membros e não tem poder executivo. A finalidade principal do Comitê de Auditoria e Riscos é ajudar o Conselho de Administração em suas funções. Os membros do nosso Conselho de Administração podem atuar no comitê. As responsabilidades do Comitê de Auditoria e Riscos incluem validar e entregar ao Conselho de Administração diretrizes para política de risco, verificar o cumprimento da política de gestão de riscos, supervisionar as atividades de nossos auditores independentes e monitorar a qualidade e a integridade dos controles internos e demonstrações financeiras. O “Comitê de Auditoria e Riscos” estatutário da Embraer é atualmente composto de quatro membros independentes do nosso Conselho de Administração. Devido ao fato de emissores privados estrangeiros estarem sujeitos à legislação local, que pode proibir todo o Conselho de Administração de delegar certas responsabilidades ao Comitê de Auditoria, nos termos do artigo 10A-3, os comitês de auditoria de emissores privados estrangeiros podem receber responsabilidades, que podem incluir poderes consultivos, no que diz respeito a tais questões, na medida do que for permitido por lei. Devido a certas restrições impostas pela Lei das Sociedades por Ações, nosso Comitê de Auditoria e Riscos, ao contrário de um comitê de auditoria dos EUA, tem um papel apenas “consultivo” e só pode fazer recomendações a serem adotadas pelo Conselho de Administração, que é responsável pelo voto e a decisão final. Por exemplo, nosso Comitê de Auditoria e Riscos faz recomendações relativas a nomeação de empresas de auditoria, que estão sujeitas ao voto do Conselho de Administração. Nosso Comitê de Auditoria e Riscos cumpre as exigências legais brasileiras (inclusive no que diz respeito a "Membros independentes do conselho", conforme definido pela legislação brasileira). Abaixo, estão relacionados nomes, idades e cargos e o ano da primeira eleição dos membros do Comitê de Auditoria e Riscos indicados na reunião do Conselho de Administração realizada em 15 de abril de 2016. Nome Idade Sergio Eraldo de Salles Pinto Israel Vainboim Samir Zraick João Cox Neto (2) 52 72 76 53 Cargo Coordenador e membro efetivo Membro efetivo Membro efetivo Membro efetivo João Cox Neto também foi membro deste comitê de abril de 2011 até abril de 2013. Ano da primeira eleição 2011 2011 2011 2015(2) Conselho Fiscal De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal é uma entidade independente da diretoria e dos auditores externos de uma empresa. O Conselho Fiscal não é equivalente nem comparável ao comitê de auditoria dos EUA. Sua principal responsabilidade é monitorar as atividades da diretoria, revisar as demonstrações financeiras e comunicar os resultados aos acionistas. Em nosso caso, nosso Comitê de Auditoria e Riscos, estabelecido de acordo com o Regulamento de Listagem do Novo Mercado servirá como nosso equivalente ao comitê de auditoria dos EUA. Consulte o “Item 6A. — Conselheiros e Alta Direção — Comitês”. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal não pode incluir membros do Conselho de Administração ou do comitê executivo ou que sejam funcionários nossos, funcionários de uma empresa controlada ou de uma empresa deste grupo, ou cônjuges ou parentes de qualquer membro de nossa diretoria. Além disso, a Lei das Sociedades por Ações exige que os membros do Conselho Fiscal recebam como remuneração pelo menos 10% do valor médio pago a cada diretor. A Lei das Sociedades por Ações exige que um Conselho Fiscal seja composto de um mínimo de três e máximo de cinco membros e seus respectivos suplentes. De acordo com o regulamento do Novo Mercado, os membros do Conselho Fiscal Regulamento de Listagem do Novo Mercado e às regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo, antes de tomar posse e para tal fim, assinaram uma Declaração para o Conselho Fiscal. Nosso Conselho Fiscal é formado por três a cinco membros eleitos na assembleia geral ordinária, com mandato até a próxima assembleia geral ordinária seguinte a sua eleição. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, caso uma empresa adquira o controle de outra companhia, os acionistas minoritários que, no agregado, detenham pelo menos 10% das ações com direito a voto também têm o direito de eleger separadamente um membro do Conselho Fiscal. Essa disposição não será aplicável a nós enquanto estivermos sujeitos a dispersão acionária. Abaixo, são relacionados nomes, idades, cargos e ano da primeira eleição dos membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes, eleitos na assembleia geral ordinária realizada em 13 de abril de 2016. Nome Ivan Mendes do Carmo(1) Tarcísio Luiz Silva Fontenele José Mauro Laxe Vilela(2) Wanderley Fernandes da Silva Taiki Hirashima Mauricio Rocha Alves de Carvalho Otavio Ladeira de Medeiros William Baghdassarian Wilsa Figueiredo Luiz Claudio Moraes (1) (2) Idade 54 54 69 43 76 55 48 45 54 55 Cargo Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Ano da primeira eleição 2008 2001 2011 2011 2004 2016 2016 2016 2016 2016 Presidente do Conselho Fiscal Vice-Presidente do Conselho Fiscal 6D. Funcionários A tabela abaixo lista o número de funcionários por categoria nas datas indicadas, e inclui os funcionários de nossas subsidiárias. O total consolidado se refere a todas as nossas subsidiárias e joint ventures, incluindo Ogma, ECTS, EZ Air, Bradar Aerolevantamento e Visiona: 2016 2015 Em 31 de dezembro de 2014 2013 2012 Processo de Produção ............................................... Pesquisa e Desenvolvimento .................................... Atendimento a clientes ............................................. Administrativo – Suporte à Produção ....................... Administrativo – Corporativo ................................... Total (incluindo apenas subsidiárias totalmente controladas pela Embraer S.A............................... 6.613 5.645 2.000 1.615 2.633 6.442 6.069 2.209 2.115 2.538 6.181 5.948 2.193 2.006 2.839 6.412 5.914 2.129 2.067 2.756 6.327 5.245 1.725 2.367 2.368 18.506 19.373 19.167 19.278 18.032 Total Consolidado 20.348 23.050 22.301 21.648 20.150 Aproximadamente 79% desta mão-de-obra é empregada no Brasil. A maioria da equipe técnica é formada nas principais escolas de engenharia do Brasil, inclusive o ITA, em São José dos Campos. A Embraer apoia plenamente a escolha sindical de seus funcionários. No Brasil, 5,8% dos nossos empregados são sindicalizados, mas, de acordo com as leis trabalhistas brasileiras, reajustes de salário e outras cláusulas negociadas em acordos coletivos se estendem para toda a categoria, resultando em 100% empregados cobertos pelas cláusulas negociadas nesses acordos. Apoiamos ativamente o treinamento e desenvolvimento profissional dos nossos funcionários. Um programa foi montado na unidade de São José dos Campos para oferecer a engenheiros recém-formados treinamento especializado em engenharia aeroespacial. 6E. Propriedade das Ações Em 31 de dezembro de 2016, os membros do Conselho de Administração detinham 1.301 ações ordinárias da Embraer nossos diretores detinham 1.010 ações ordinárias e cada membro do Conselho Fiscal detinha uma ação ordinária da Embraer. Nenhum dos diretores ou conselheiros possui, individualmente, mais de 1% das ações ordinárias em circulação. Consulte o “Item 6B — Remuneração — Plano de Opções de Ações” para obter uma descrição do nosso plano de opções para aquisição de nossas ações aplicável à diretoria e aos funcionários, inclusive os de subsidiárias. ITEM 7. OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS 7A. Principais Acionistas Acionistas Nosso capital total autorizado é de 1 bilhão de ações, com um total de 740.465.044 ações ordinárias, inclusive uma golden share especial, de propriedade do governo, emitidas e em circulação. A golden share assegura ao governo direito a veto em certas circunstâncias específicas. Além disso, acionistas estrangeiros podem ter direito a voto limitado em certas circunstâncias específicas. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Atos Constitutivos e Contrato Social – Discriminação do capital social – Direitos a voto das ações”. A tabela a seguir apresenta informações sobre a propriedade de ações de cada acionista que possui ações da nossa empresa e define as participações agregadas na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Valores de Nova York, em 31 de Dezembro de 2016. Oppenheimer Funds(1) ............................................... Brandes Investment Partners, L.P. (2) ......................... BNDES Participações S.A.BNDESPAR(3) ................ União/Governo federal(4) ........................................... Ações na tesouraria da empresa ................................. Outros ........................................................................ Total.......................................................................... (1) (2) (3) (4) Ações ordinárias Ações 88.854.846 57.226.128 39.762.489 1 5.906.120 548,715,460 740.465.044 (%) 12,00 7,73 5,37 0,00 0,80 74,10 100,00 A Oppenheimer Funds é uma das maiores empresas de administração de ativos dos Estados Unidos e suas filiadas controladas oferecem ampla variedade de produtos e serviços a pessoas físicas, empresas e instituições, incluindo fundos mútuos, contas administradas separadamente, gestão de investimentos para instituições, produtos de fundos de hedge, planos qualificados de previdência e serviços de gestão de investimentos com consultoria complementar. A Brandes Investment Partners, L.P. é uma empresa de consultoria de investimento independente de propriedade integral de seus funcionários, fundada por Charles Howard Brandes, seu coproprietário. A empresa administra a série Brandes de fundos mútuos, além de outros fundos, e atende a pessoas físicas e instituições. A BNDESPAR é uma subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES O governo possui a nossa ação especial golden share. Exceto quanto ao discutido no “Item 4B. Informações sobre a Empresa – Histórico e Desenvolvimento da Empresa”, não houve mudança significativa na porcentagem de propriedade de qualquer dos principais acionistas nos últimos três anos. Em 31 de dezembro de 2016, tínhamos aproximadamente 58.700 mil titulares de ações ordinárias, incluindo ações ordinárias sob a forma de ADSs. De acordo com as mais precisas informações disponíveis, em 31 de dezembro de 2016, havia um total de 97.514.860 ações ordinárias sob a forma de ADSs, pertencentes a 142 titulares registrados, inclusive DTC, nos Estados Unidos. 7B. Operações com partes relacionadas Governo federal O governo federal, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de nossa golden share, é um de nossos principais acionistas. A emissão da ação especial golden share foi uma exigência dos regulamentos que regeram nossa privatização, em 1994, e concede direitos de veto ao governo sobre certos programas de cunho militar e certas ações corporativas (tais como transferências de controle e mudança de nome, logotipo e propósito corporativo). Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Ato constitutivo e contrato social – Discriminação do capital social – Direitos a voto das ações – Ação especial golden share”. Em 31 de dezembro de 2016, além da golden share, o governo federal detinha participação indireta de 5,37% de nossa empresa, por meio da BNDESPAR, uma subsidiária integral do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social que, por sua vez, é controlado pelo governo. Devido a isso, para fins de requisitos de divulgação deste Formulário 20-F, consideramos as transações entre a Embraer e o governo federal ou seus órgãos como abrangidas pela definição de “operações com partes relacionadas”. O governo federal desempenha uma função importante em nossas atividades de negócios, inclusive como: • cliente importante de nossos produtos de defesa (por meio da Força Aérea Brasileira); • fonte de financiamento para pesquisa por meio de instituições de desenvolvimento tecnológico como Finep e BNDES; • agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e • fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de gestão de capital e de serviços bancários (por meio do Banco do Brasil). Consulte o “Item 5B. Análise operacional e financeira e perspectivas – Liquidez e recursos de capital – Linhas de crédito”, “Item 4C. Informações sobre a empresa – Visão geral do negócio – Acordos de financiamento de aeronaves", "Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco – Riscos relacionados à Embraer – Qualquer diminuição no financiamento de cliente patrocinado pelo governo, ou aumento no financiamento patrocinado pelo governo que beneficie a concorrência, pode reduzir a competitividade de custos de nossas aeronaves", e "Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco – Riscos relacionados à Embraer – O governo pode reduzir os valores disponíveis aos nossos clientes em programas de financiamento patrocinados pelo governo”. Para obter mais informações sobre nossas operações com partes relacionadas, consulte a Nota 15 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Um importante cliente (Governo Federal) O governo federal, principalmente por meio da Força Aérea Brasileira, tem sido um cliente importante desde o início das operações da Embraer. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016, o governo federal brasileiro, principalmente por meio da Força Aérea Brasileira, foi responsável por 61,8%, ou US$ 576,4 milhões, de nossa receita total. Além disso, em 31 de dezembro de 2016, a Força Aérea Brasileira tinha um débito conosco de US$ 263,5 milhões em nossas contas a receber e um crédito conosco de US$ 84,8 milhões em adiantamentos de clientes. Esperamos continuar a ser a fonte principal de novas aeronaves e peças sobressalentes e serviços para o governo federal. Para obter uma descrição das operações com o governo federal, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio – Segmento de Defesa e Segurança”. Fonte de financiamento BNDES Utilizamos várias linhas de crédito do BNDES, único proprietário da BNDESPAR, um de nossos importantes acionistas diretos e filiada do Governo Brasileiro. Em 31 de dezembro de 2016, mantínhamos saldo devedor total em empréstimos obtidos do BNDES no montante agregado de US$ 453,6 milhões. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos do BNDES, consulte o “Item 5B. Análise Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” FINEP Mantemos linhas de crédito junto à FINEP, que em 31 de dezembro de 2016 tinha um saldo devedor total de US$ 82,3 milhões. Esses empréstimos nos foram concedidos principalmente para financiar as despesas de pesquisa e desenvolvimento das aeronaves Phenom 100 e Phenom 300, e da aeronave Legacy 500. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos da FINEP, consulte o “Item 5B. Análise Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” Banco do Brasil O Banco do Brasil é um banco estatal de capital aberto, controlado pelo governo federal. Em 31 de dezembro de 2016, mantínhamos débitos com e sem garantias solidárias com o Banco do Brasil no total de US$ 321,8 milhões, registrados como passivo não circulante em nossa declaração de situação financeira. Além disso, mantivemos Notas de Crédito de Exportação pendentes com o Banco do Brasil no valor total de US$ 97,7 milhões. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos do Banco do Brasil, consulte o “Item 5B. Análise Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” Financiamento de clientes pelo BNDES O governo federal tem sido uma fonte importante de financiamento da exportação para nossos clientes com o programa BNDES-exim, administrado pelo BNDES. A partir do segundo semestre de 2007, o BNDES começou a fornecer financiamento aos nossos clientes sob termos e condições financeiras em conformidade com o Entendimento Setorial Aeronáutico da OCDE. O Brasil tem sido acompanhado por Canadá, Estados Unidos e União Europeia, entre outros países, no âmbito da OCDE, como participante no “Entendimento Setorial sobre Créditos à Exportação para Aeronaves Civis”, que visa garantir a “igualdade de condições” dentro do setor aeronáutico e incentiva os fabricantes e as companhias aéreas a concentrar-se em preço e qualidade e não em pacotes financeiros obtidos mediante apoio do governo (Consulte o “Item 4C. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio – Contratos de Financiamento de Aeronaves”). Um prestador de serviços (Banco do Brasil) Em 31 de dezembro de 2016, mantínhamos caixa e equivalentes de caixa de US$ 63,3 milhões com o Banco do Brasil e vários de seus afiliados. Naquela data, também depositamos no Banco do Brasil o valor de US$ 321,2 milhões, que serviu de garantia para um empréstimo concedido pelo Banco do Brasil a uma de nossas subsidiárias. Há muitas décadas o Banco do Brasil tem sido um prestador de serviços bancários regulares e de serviços de gestão de ativos para nossa empresa e é um dos bancos responsáveis pelo pagamento das nossas despesas com folhas de pagamento. Mantínhamos US$ 12,0 milhões depositados como garantia para um empréstimo com o BNDES. Esses serviços incluem a manutenção de nossa conta corrente. 7C. Participação de especialistas e consultores Não se aplica. ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS 8A. Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras Consulte o “Item 3A. Informações-chave — Dados financeiros selecionados”. Processos jurídicos Reclamações trabalhistas. Somos réus em reclamações trabalhistas individuais e aguardamos a decisão da justiça trabalhista. Devido aos pequenos valores envolvidos nesses processos judiciais, não acreditamos que as obrigações relativas a essas reclamações individuais possam ter efeito prejudicial relevante em nossa situação financeira ou em nossos resultados operacionais. Consulte as Notas 23 e 26 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre nossas reclamações trabalhistas. Assuntos fiscais. Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais, bem como alterações e o aumento nos índices e base de cálculo desses impostos e encargos e obtivemos mandados de segurança ou interditos para evitar os pagamentos ou recuperar pagamentos anteriores. Os juros sobre o valor total dos encargos sociais e tributos não pagos se acumulam mensalmente, com base na taxa Selic, a taxa básica de juros do Banco Central, e provisionamos uma parte do item de receitas (despesas), líquidas, em nossas demonstrações de resultados. Em 31 de dezembro de 2016, lançamos uma provisão de US$ 92,7 milhões no passivo (impostos e encargos sociais) em nossa declaração de situação financeira, relativa a contingências de litígios que consideramos como perdas prováveis. Consulte as Notas 23 e 26 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destes compromissos e obrigações. Investigações SEC/DOJ e do Ministério Público brasileiro. Em 24 de outubro de 2016, firmamos os Acordos Finais com o DOJ e a SEC para o estabelecimento de violações criminais e civis da FCPA em relação a certas vendas de aeronaves fora do Brasil. Também concluímos um Termo de Compromisso e de Ajustamento de Conduta (TCAC) com o MPF e a CVM para o ajuizamento de violação de algumas leis brasileiras. Com relação aos Acordos Finais com o DOJ e a SEC: • Concordamos em pagar US$ 98,2 milhões para a SEC (dos quais US$ 20 milhões eram devidos ao MPF e à CVM nos termos do TCAC, conforme descrito abaixo), como restituição de lucros. • Concordamemos em pagar US$ 107,3 milhões para o DOJ, como penalidade por uma acusação de violação da lei antissuborno e disposições de livros e registros da FCPA e uma acusação de violar as disposições de controles internos da FCPA. • O DOJ concordou em suspender por três anos a acusação dos fatos que reconhecemos no nosso acordo diferido de acusção, ou DPA, período após o qual as acusações serão retiradas se não violarmos os termos do DPA. • Também concordamos com um monitoramento externo e independente por um período de três anos. Simultaneamente com os Acordos Finais, concluímos um TCAC com o MPF e a CVM para resolver quaisquer reclamações potenciais que pudesse causar uma ação civil pública ou por meio de processo administrativo sancionador no Brasil. O TCAC também foi aprovado pelas autoridades competentes e está totalmente em vigor. Nos termos do TCAC, reconhecemos violações de certas leis brasileiras entre 2007 e 2011 e concordamos em: • Pagar um total equivalente a US$ 20 milhões para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, para restituição dos lucros ilegais, danos e como meio de dissuasão contra práticas semelhantes. O montante a pagar nos termos do TCAC foi reduzido ao montante a pagar conforme os Acordos Finais. • Cooperar com o MPF e a CVM em ações judiciais e processos administrativos contra indivíduos em decorrência dos atos que reconhecemos no TCAC. Nos termos do TCAC, o MPF e a CVM reconheceram que (i) realizamos voluntariamente uma ampla investigação interna, que auxiliou na descoberta dos fatos que foram objeto de investigações criminais e administrativas, e (ii) abordamos as autoridades brasileiras proativamente e de boa fé, e elas concordaram que: • O MPF não moverá contra nós nenhuma ação civil pública ou de improbidade administrativa decorrente dos atos que reconhecemos e encerrará as ações em curso. • A CVM arquivará o procedimento administrativo em curso decorrente dos atos que reconhecemos. • O MPF e a CVM informarão as outras agências federais os termos do TCAC e cooperarão conosco para se certificar de que essas agências levem em consideração o TCAC se aparecerem outros processos relativos aos atos reconhecidos. Em 31 de dezembro de 2016, os montantes pagos nos termos dos Acordos Finais e do TCAC foram (i) US$ 107,3 milhões, ou R$ 341,3 milhões, para o DOJ; (ii) US$ 20,0 milhões, ou R$ 68,1 milhões, à SEC; e (iii) US$ 20,0 milhões, ou R$ 64,0 milhões, ao MPF e CVM. Na mesma data, os montantes em circulação devido à SEC eram US$58,2 milhões, ou R$ 189,9 milhões. Em 22 de fevereiro de 2017, em conformidade com os Acordos Finais, contratamos o advogado Alexandre Herman René como nosso monitor externo independente, com a aprovação do DOJ e SEC, para avaliar o nosso desempenho em relação cumprimento dos termos do nossos Acordos Finais, especialmente em relação à eficácia dos procedimentos e controles para reduzir o risco de eventuais violações ao FCPA. Os Acordos Finais e o TCAC representam o encerramento da investigação interna das alegações de não conformidade com a FCPA e certas leis brasileiras para a venda de quatro aeronaves fora do Brasil, entre 2007 e 2011. Além disso, estão em curso processos e desenvolvimentos que podem resultar em multas adicionais, além de outras possíveis sanções e consequências negativas, as quais podem ser substanciais. Acreditamos que não haja nenhuma base adequada neste momento para estimar acréscimos ou quantificar quaisquer contingências em relação a estes assuntos. Continuaremos a cooperar com as autoridades governamentais, sempre que as circunstâncias o exigirem. Neste sentido, a Companhia firmou um Acordo de Liberação com as autoridades de Moçambique, em troca da nossa cooperação com as investigações em curso no país e sob as quais não assumimos quaisquer obrigações financeiras. Desde o começo da investigação interna em 2011, estamos fazendo um esforço abrangente para melhorar e expandir o nosso programa de conformidade em todo o mundo. Esta tarefa plurianual envolve o reexame de todos os nossos sistemas de conformidade e, se necessário, o redesenho ou a inclusão de outros. Alguns dos principais aprimoramentos incluem a criação de um Departamento de Compliance, a nomeação de uma Diretora de Compliance que também é nossa Consultora Jurídica e que, para esses assuntos de compliance se reporta diretamente ao Comitê de Comitê de Auditoria e Riscos do Conselho de Administração, o desenvolvimento de um programa para monitorar o compromisso e os pagamentos a terceiros, melhorias das políticas de compliance, procedimentos e controles, o reforço dos canais de subordinação anônimos e outros e o desenvolvimento de um programa abrangente de treinamento e educação projetado para manter e reforçar uma forte cultura de compliance em todos os níveis da Embraer em todo o mundo. A empresa continuará a promover melhorias e atualizar seu programa de compliance. Outros Processos. Além disso, estamos envolvidos em outros processos jurídicos, inclusive litígios fiscais, todas eles no curso normal dos negócios. Nossa diretoria não acredita que nenhum desses processos, se tiver conclusão desfavorável, possa afetar negativa ou substancialmente nosso negócio, a condição financeira ou os resultados de operações. Consulte as Notas 23 e 26 às nossas demonstrações financeiras auditadas. Ação de classe. Em agosto de 2016, uma suposta ação de classe de títulos contra nós e alguns de nossos executivos antigos e atuais foi protocolada em um tribunal dos Estados Unidos. Em outubro de 2016, um tribunal federal de Nova York nomeou um demandante principal e um advogado pricipal para a suposta ação de classe. Em dezembro de 2016, o demandante principal apresentou uma petição retificada. A petição retificada visa levantar reivindicações em nome de todas as pessoas e entidades que compraram ou adquiriram títulos da Embraer durante o período compreendido entre 11 de janeiro de 2012 a 28 de novembro de 2016, alegando violação de leis mobiliárias federais dos EUA relativas às investigações internas acima e questões relacionadas. O tribunal ainda não estabeleceu uma agenda para o pedido de anulação e outros aspectos processuais do caso. Por enquanto, acreditamos que não há nenhuma base adequada para estimar provisões relacionadas a este assunto. Dividendos e política de dividendos Valores disponíveis para distribuição A cada Assembléia Geral Ordinária, o Conselho de Administração é obrigado a recomendar como o lucro líquido do exercício fiscal anterior será distribuído. Para os fins da Lei das Sociedades por Ações, o lucro líquido é definido como a receita líquida depois do imposto de renda e encargos sociais para o referido exercício, livre de qualquer perda acumulada de exercícios anteriores e valores alocados para a participação dos funcionários e da diretoria nos lucros, conforme determinado nas IFRS. Segundo a Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto, os valores disponíveis para distribuição de dividendos são os valores determinados pelas IFRS nas demonstrações financeiras de nossa empresa controladora. Esse valor para distribuição é igual ao nosso lucro líquido após os impostos menos qualquer valor alocado desse lucro líquido após os impostos para: • reserva legal; • reserva de contingência para perdas antecipadas; e • reserva de receitas não realizadas. Para mais informações sobre os valores disponíveis para distribuição, consulte a Nota 29 às nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. Somos obrigados a manter uma reserva legal, em que devemos alocar 5% do lucro líquido para cada ano fiscal até que o valor dessa reserva seja igual a 20% do capital integralizado. Entretanto, não é obrigatório fazer qualquer alocação para a reserva legal relativa a qualquer exercício fiscal se ela, quando adicionada às outras reservas de capital estabelecidas, exceder 30% do nosso capital. Perdas líquidas, se houver, podem ser deduzidas da reserva legal. Reconhecemos um complemento de US$ 9,0 milhões para nossa reserva legal em 2016 (0,6% do capital integralizado). O saldo de nossa reserva legal era de US$ 192,4 milhões, valor igual a 13,4% do nosso capital integralizado em 31 de dezembro de 2016. A Lei das Sociedades por Ações também estabelece duas alocações adicionais, discricionárias, sobre o lucro líquido, que estão sujeitas à aprovação pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária. Primeiro, uma porcentagem do lucro líquido pode ser alocada para uma reserva de contingência para perdas antecipadas que sejam consideradas prováveis em anos futuros. Todo valor assim alocado em um ano anterior deve ser revertido no exercício fiscal em que a perda foi antecipada, se esta perda não vier a ocorrer de fato, ou receber baixa contábil no caso de ocorrer a perda antecipada. Segundo, se o valor da receita não realizada exceder a soma de: • reserva legal; • reserva de capital de giro e investimento; • lucros retidos; e • reserva de contingência para perdas antecipadas. Esse valor excedente pode ser alocado para uma reserva de receita não realizada. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as receitas não realizadas são definidas como a soma de: • correção monetária da prestação de contas da situação financeira; • participação na renda patrimonial de empresas coligadas; e • lucro de vendas a prestação a ser recebido após o final do exercício seguinte. De acordo com nosso estatuto e sujeito à aprovação dos acionistas, o Conselho de Administração pode alocar até 75% da receita líquida após os impostos de nossa empresa controladora para uma reserva de capital de giro e investimento nos termos das IFRS. A reserva não poderá ser superior a 80% do nosso capital social. A finalidade da reserva de capital de giro e investimento é fazer investimentos em ativos fixos ou aumentar o capital de giro. Esta reserva também poderá ser utilizada para amortizar nossas dívidas. Também podemos conceder uma participação na renda líquida a nossos funcionários e à diretoria. Entretanto, a alocação na reserva de capital de giro e investimento ou na participação da diretoria e funcionários não poderá reduzir o valor a distribuir obrigatório (analisado abaixo). De outra forma, o valor excedente do capital deverá ser usado para aumentar o capital da empresa ou ser distribuído como um dividendo em dinheiro. O saldo da reserva de capital de giro e investimento pode ser usado: • no abatimento das perdas acumuladas, sempre que necessário; • na distribuição de dividendos, a qualquer momento; • no resgate, retirada, aquisição ou reaquisição no mercado aberto de ações, conforme autorizado por lei; e • para aumentar o capital, inclusive com uma emissão de novas ações. Os valores disponíveis para distribuição podem ainda ser aumentados por reversão da reserva de contingência para perdas antecipadas estabelecida em anos anteriores, mas não realizada, ou ainda mais, aumentados ou reduzidos como resultado das alocações de receitas para ou da reserva de receitas não realizadas. Os valores disponíveis para distribuição são determinados com base nas demonstrações financeiras preparadas seguindo o método definido pela Lei das Sociedades por Ações. Não temos essa reserva de contingências. Em 31 de dezembro de 2016, receitas não apropriadas de R$ 3.949,3 milhões (equivalentes a US$ 2.331,1 milhões) foram contabilizadas nos livros de nossa empresa controladora nos termos das IFRS. Em 31 de dezembro de 2016, esses valores não incluíam dividendos mínimos nem os juros sobre o capital social pago ou a pagar, conforme estipulado pela Lei das Sociedades por Ações. Para mais informações, consulte a Nota 29 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Distribuição obrigatória A Lei das Sociedades por Ações exige, de forma geral, que o estatuto de todas as sociedades por ações brasileiras especifique um percentual mínimo das quantias disponíveis, em cada exercício, para distribuição por essa sociedade por ações, a serem distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, também conhecidas como valor de distribuição obrigatória. De acordo com nosso estatuto, a distribuição obrigatória é baseada em percentual do lucro líquido ajustado, não inferior a 25%, em vez de uma quantia em dinheiro fixa por ação. A Lei das Sociedades por Ações, entretanto, permite que empresas de capital aberto, como a Embraer, suspendam a distribuição obrigatória de dividendos, se o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal informarem à assembleia geral que a distribuição seria desaconselhável, considerando-se a condição financeira da Embraer. Esta suspensão fica sujeita à aprovação dos titulares de ações ordinárias. Nesse caso, o Conselho de Administração deverá apresentar uma justificativa para esta suspensão junto à CVM. Os lucros não distribuídos em virtude da suspensão mencionada acima deverão ser atribuídos a uma reserva especial e, se não forem absorvidos por perdas subsequentes, deverão ser pagos à guisa de dividendos tão logo a situação financeira da empresa o permita. Pagamento de dividendos Somos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações e pelo nosso estatuto a realizar uma assembleia anual de acionistas até o final do quarto mês após o final de cada exercício, na qual, entre outros assuntos, os acionistas terão de decidir sobre o pagamento de dividendos anuais. O pagamento dos dividendos anuais é baseado nas demonstrações financeiras de nossa empresa controladora preparadas para o exercício em questão segundo as IFRS. Empresas brasileiras como a Embraer podem efetuar uma distribuição especial aos acionistas, conhecida como juros sobre o capital social, que pode ser distribuída no lugar de dividendos como parte do valor de distribuição obrigatória. Esses pagamentos de juros sobre o capital social são tratados como despesas fiscais dedutíveis para fins de imposto de renda e contribuições sociais. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, é exigido que os dividendos sejam pagos, em princípio, até 60 dias após a data da declaração dos dividendos, a não ser que uma resolução dos acionistas determine outra data de pagamento que, em qualquer caso, deverá ocorrer antes do final do exercício no qual foram declarados os dividendos. Cada acionista tem um prazo de três anos a partir da data de pagamento dos dividendos para reclamar dividendos (ou pagamento de juros) relativos às suas ações e, após o encerramento desse prazo, os montantes de dividendos não reclamados reverterão em favor da empresa. A Lei das Sociedades por Ações permite que uma empresa pague dividendos intermediários sobre lucros acumulados no exercício ou semestre fiscal anterior, de acordo com as IFRS, com base nas demonstrações financeiras aprovadas pelos acionistas. De acordo com nosso estatuto, os acionistas podem declarar, a qualquer tempo, dividendos intermediários com base nos lucros pré-existentes e acumulados, desde que o dividendo obrigatório já tenha sido distribuído aos acionistas. Nosso estatuto também nos permite elaborar demonstrações financeiras semestrais e até de períodos menores. Nosso Conselho de Administração pode aprovar a distribuição de dividendos calculada com base nestas demonstrações financeiras, mesmo antes de sua aprovação pelos acionistas. Tais dividendos, entretanto, não podem exceder a reserva de capital. De modo geral, os acionistas não residentes no Brasil deverão se registrar junto ao Banco Central para receber dividendos, resultados de vendas ou outras quantias relativas às suas ações para que possam ser remetidos para fora do Brasil. As ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs serão custodiadas no Brasil pelo Banco Itaú S.A., também conhecido como custodiante, como agente do depositário, que será o proprietário registrado nos registros do agente de registro das nossas ações. Nosso agente de registro é o Banco Itaú S.A. O depositário registra eletronicamente as ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs no Banco Central e, portanto, pode receber dividendos, resultados de vendas ou outras quantias relativas a essas ações, que podem ser remetidas para fora do Brasil. Os pagamentos de dividendos e distribuições, se houver, serão feitos em moeda brasileira ao custodiante, em nome do depositário, que então converterá essas receitas em dólares que serão entregues ao depositário para distribuição aos titulares de ADSs. Nos termos da lei brasileira em vigor, os dividendos pagos a acionistas não residentes no Brasil, inclusive titulares de ADSs, não estão sujeitos a imposto de renda na fonte no Brasil, a não ser em relação aos dividendos declarados com base nos lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995. Consulte o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências Fiscais Relevantes no Brasil“. Histórico do pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio e política de dividendos A Lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, com suas alterações, prevê a distribuição de juros sobre o capital próprio como forma alternativa de pagamento aos acionistas e trata esses pagamentos como despesas dedutíveis para fins de cálculo de imposto de renda e contribuição social sobre os lucros. Essas distribuições podem ser pagas em dinheiro. Essa participação é limitada à variação diária pro rata da TJLP e não poderá exceder o que foi maior entre: • 50% da receita líquida (após dedução da contribuição social sobre o lucro líquido, antes de levar em conta a provisão para imposto de renda pessoa jurídica e os valores atribuíveis aos acionistas como juros líquidos sobre o capital próprio) para o período com relação ao qual o pagamento foi efetuado; ou • 50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro no início do período em relação ao qual se efetua o pagamento. Qualquer pagamento de juros sobre o capital próprio a titulares de ADSs ou ações ordinárias, sejam residentes no Brasil ou não, está sujeito a imposto de renda retido à taxa de 15% ou 25% se o beneficiário for residente em uma jurisdição de paraíso fiscal, ou seja, um país ou local onde não haja tributação de imposto de renda ou que tribute esse imposto à taxa máxima de menos de 20%, ou em que a legislação local imponha restrições quanto à divulgação da composição acionária ou à propriedade do investimento (“Titular de Paraíso Fiscal”). Consulte o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências Fiscais Relevantes no Brasil“. A quantia paga aos acionistas como juros sobre o capital próprio, isenta de imposto na fonte, poderá ser incluída como parte de qualquer quantia de distribuição obrigatória. Nos termos da lei brasileira, somos obrigados a distribuir aos acionistas uma quantia suficiente para assegurar que a importância líquida recebida por eles, após termos pago os impostos na fonte aplicáveis no Brasil relativos à distribuição de juros sobre o capital próprio, mais o valor dos dividendos declarados, seja igual ou maior do que a quantia de distribuição obrigatória. Se distribuirmos juros sobre capital próprio, e se essa distribuição não for contabilizada como parte da distribuição obrigatória, será aplicado o imposto de retenção na fonte. Todos os pagamentos feitos até hoje foram contabilizados como parte da distribuição obrigatória. A tabela a seguir apresenta um histórico do pagamento de dividendos e dos pagamentos de juros sobre o capital próprio feitos aos nossos acionistas: Data de aprovação 19 de abril de 2010(3) 10 de junho de 2010(2) 16 de setembro de 2010(2) 9 de dezembro de 2010(2)(4) 16 de março de 2011(3) 9 de junho de 2011(3) 4 de setembro de 2011(3) 14 de junho de 2012(2) 13 de setembro de 2012(2) 6 de dezembro de 2012(2)(5) 25 de abril de 2013(3) 11 de março de 2013(2) 13 de junho de 2013(2) 12 de setembro de 2013(2) 5 de dezembro de 2013(5) 16 de abril de 2014(3) 11 de março de 2014(2) 10 de junho de 2014(2) 11 de setembro de 2014(2) 4 de dezembro de 2014(2)(6) 15 de abril de 2015(3) 3 de março de 2015(2) 11 de junho de 2015(2) 06 de agosto de 2015(2) 10 de dezembro de 2015(2)(7) 14 de abril de 2016(2) 14 de julho de 2016(2) 14 de outubro de 2016(2) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Período no qual se geraram os lucros Todo o ano de 2009 Primeiro trimestre de 2010 Terceiro trimestre de 2010 Quarto trimestre de 2010 Primeiro trimestre de 2011 Segundo trimestre de 2011 Terceiro trimestre de 2011 Primeiro semestre de 2012 Terceiro trimestre de 2012 Quarto trimestre de 2012 Todo o ano de 2012 Primeiro trimestre de 2013 Segundo trimestre de 2013 Terceiro trimestre de 2013 Quarto trimestre de 2013 Todo o ano de 2013 Primeiro trimestre de 2014 Segundo trimestre de 2014 Terceiro trimestre de 2014 Quarto trimestre de 2014 Todo o ano de 2014 Primeiro trimestre de 2015 Segundo trimestre de 2015 Terceiro trimestre de 2015 Quarto trimestre de 2015 Primeiro trimestre de 2016 Segundo trimestre de 2016 Terceiro trimestre de 2016 Valor total de distribuição (em milhões de (em milhões de R$) US$) (1) 55,2 34,5 21,7 144,7 43,4 72,4 65,1 65,3 50,8 36,3 30,1 29,1 29,1 29,2 65,8 49,0 36,6 36,7 36,7 88,2 16,1 29,4 29,4 29,4 29,5 29,5 29,4 14,7 31,7 19,2 12,8 86,9 26,7 46,4 35,1 32,3 25,0 17,8 14,7 14,4 13,2 13,1 28,1 20,9 16,2 16,7 14,9 33,1 6,1 9,2 9,5 8,3 7,6 8,3 9,2 4,5 Convertido de reais nominais em dólares às taxas comerciais de câmbio em vigor na última data do mês em que foram aprovados os dividendos. Representa juros sobre o capital próprio. Representa pagamentos de dividendos. Valor declarado em 2010 mas pago em 2011. Valor declarado em 2012 mas pago em 2013. Valor declarado em 2013 mas pago em 2014. Valor declarado em 2015 mas pago em 2016. Em 2016, distribuímos US$ 22,0 milhões em juros sobre o capital próprio em relação ao lucro gerado no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Não foram aprovados dividendos para 2016. Nosso Conselho de Administração declarou juros sobre o capital próprio com relação a lucro gerado durante os primeiros nove meses de 2016, e não aprovou juros sobre o capital próprio para o quarto trimestre de 2016 (consulte o “Item 8A. Informações financeiras — Distribuição obrigatória”). Pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, conforme exigido pela Lei das Sociedades por Ações e por nosso estatuto. Nosso Conselho de Administração pode aprovar a distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, calculados com base em nossas demonstrações financeiras semestrais ou trimestrais. A declaração de dividendos anuais, inclusive dividendos que excederem a distribuição obrigatória, exige a aprovação pelo voto da maioria dos titulares de ações ordinárias. O valor de qualquer distribuição dependerá de muitos fatores, tais como o resultado de nossas operações, a condição financeira, as exigências de caixa, as perspectivas e outros fatores considerados relevantes pelo Conselho de Administração e pelos acionistas. No contexto do nosso planejamento fiscal, poderemos continuar, no futuro, a determinar se é de nosso interesse a distribuição de juros sobre o capital próprio. 8B. Mudanças significativas Não houve mudanças ou eventos significativos após o fechamento da declaração de situação financeira na data de 31 de dezembro de 2016, além dos eventos já descritos neste relatório anual. ITEM 9. A OFERTA E A LISTAGEM 9A. Detalhes da oferta e listagem Nossas ADSs estão listadas na Bolsa de Nova York, ou NYSE, com o símbolo “ERJ”. Além disso, nossas ações ordinárias são negociadas na Bolsa de São Paulo com o símbolo “EMBR3”. Cada ADS representa quatro ações preferenciais. O quadro a seguir dá as cotações máximas e mínimas de fechamento, em dólares, das ADSs na Bolsa de Nova York nos períodos indicados. As ADSs começaram a ser negociadas na NYSE em 5 de junho de 2006, sendo que cada ADS representa quatro ações ordinárias de nossa emissão. Preço em dólares por ADS Alto Baixo 2012 Ano ........................................................................................................ 35,29 23,06 Ano ........................................................................................................ 39,22 26,80 Ano ........................................................................................................ 39,97 29,86 Primeiro trimestre.................................................................................. Segundo trimestre.................................................................................. Terceiro trimestre .................................................................................. Quarto trimestre..................................................................................... Ano ........................................................................................................ 37,04 32,65 30,90 31,99 37,04 30,20 29,65 24,22 25,53 24,22 30,34 26,13 22,02 22,11 30,34 24,15 19,89 17,25 17,17 17,17 19,98 17,26 2013 2014 2015 2016 Primeiro trimestre ................................................................................................ Segundo trimestre ................................................................................................ Terceiro trimestre ................................................................................................ Quarto trimestre ................................................................................................... Ano ...................................................................................................................... Mês :.................................................................................................................... Setembro 2016....................................................................................... Preço em dólares por ADS Baixo Alto Outubro de 2016 .................................................................................... Novembro de 2016 ................................................................................ Dezembro de 2016 ................................................................................ Janeiro de 2017...................................................................................... Fevereiro 2017....................................................................................... Março 2017 (até o dia 15 de março) ..................................................... 21,39 22,11 20,16 23,73 23,91 24,00 17,17 19,36 17,73 19,25 22,34 22,61 As tabelas a seguir contêm, para os períodos indicados, os preços de fechamento máximo e mínimo em reais das ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. Nossas ações ordinárias começaram a serem negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo em 5 de junho de 2006. Reais nominais por ação ordinária Baixo Alto 2012 Ano ........................................................................................................ 16,53 11,74 Ano ........................................................................................................ 21,70 13,77 Ano ........................................................................................................ 25,26 18,27 Primeiro trimestre.................................................................................. Segundo trimestre.................................................................................. Terceiro trimestre .................................................................................. Quarto trimestre..................................................................................... Ano ........................................................................................................ 26,26 25,20 26,42 30,40 30,40 21,23 22,45 21,78 25,08 21,23 Primeiro trimestre.................................................................................. Segundo trimestre.................................................................................. Terceiro trimestre .................................................................................. Quarto trimestre..................................................................................... Ano ........................................................................................................ 30,20 23,42 18,29 18,26 30,20 21,96 17,35 14,01 14,01 14,01 Setembro 2016....................................................................................... Outubro de 2016 .................................................................................... Novembro de 2016 ................................................................................ Dezembro de 2016 ................................................................................ Janeiro de 2017...................................................................................... Fevereiro 2017....................................................................................... Março 2017 (até 15 de março de 2017) ................................................. 16,14 17,15 18,26 17,00 18,68 18,54 19,19 14,01 14,01 16,35 14,95 16,00 17,47 17,80 2013 2014 2015 2016 Mês: Em 15 de março de 2017, o preço de venda de fechamento das nossas ações ordinárias na Bolsa de São Paulo foi de R$ 18,37. Nessa mesma data, o preço de venda de fechamento de ossas ADSs na Bolsa de Nova York foi de US$ 23,62. As ADSs são emitidas segundo um contrato de depósito, e o banco JPMorgan Chase Bank serve de depositário nos termos deste contrato. 9B. Plano de distribuição Não se aplica. 9C. Mercados Negociação na Bolsa de São Paulo Em 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo foi reorganizada com a execução de cartas de intenções das bolsas de valores brasileiras. Segundo essas cartas de intenções, todos os títulos passam a ser negociados apenas na Bolsa de Valores de São Paulo, com exceção dos títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. As ações ordinárias são cotadas e negociadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo. As negociações das nossas ações preferenciais na Bolsa de Valores de São Paulo são liquidadas em três dias úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são realizados por intermédio da CBLC — Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, ou seja, a câmara de compensação da Bolsa de Valores de São Paulo, que mantém contas das corretoras associadas. Para melhor controlar a volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo adotou um sistema chamado “circuit breaker” segundo o qual os pregões podem ser suspensos por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que os índices da bolsa caírem abaixo dos limites de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao valor de fechamento do índice registrado no pregão anterior. A Bolsa de Valores de São Paulo tem menor liquidez do que a Bolsa de Valores de Nova York e outras grandes bolsas do mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo tinha uma capitalização total de mercado de aproximadamente R$ 2,49 trilhões, equivalentes a US$ 0,77 trilhão em 31 de dezembro de 2016. A título de comparação, a Bolsa de Nova York tinha uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 25,33 trilhões na mesma data. Embora qualquer ação em circulação de uma empresa listada possa ser negociada na Bolsa de Valores de São Paulo, na maior parte dos casos menos da metade das ações listadas está de fato disponível para negociação pública, estando o restante nas mãos de pequenos grupos controladores, entidades governamentais ou acionista principal. Em 31 de dezembro de 2016, respondíamos por aproximadamente 0,50% da capitalização de mercado de todas as empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Existe também uma concentração significativamente maior nos mercados de títulos brasileiros do que na Bolsa de Nova York ou em outras grandes bolsas. Durante o período de um ano findo em 31 de dezembro de 2016, as dez maiores empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo representavam aproximadamente 42,71% da capitalização total de mercado de todas as empresas listadas. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo por não residentes no Brasil está sujeita às limitações impostas pela lei brasileira sobre investimento estrangeiro. Práticas de governança corporativa do Novo Mercado Em 2000 a Bolsa de Valores de São Paulo apresentou três segmentos especiais de negociação, conhecidos como Níveis 1 e 2 das Práticas de Governança Corporativa Diferenciadas e o Novo Mercado, visando incentivar um mercado secundário de títulos emitidos por empresas brasileiras cotadas na Bolsa de valores de são paulo, solicitando a essas empresas a observação de boas práticas de governança corporativa. Os segmentos de listagem foram projetados para a negociação de ações emitidas por empresas voluntariamente comprometidas com o cumprimento de práticas de governança corporativa e requisitos de divulgação, além dos já impostos pela legislação brasileira. Essas regras em geral aumentam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas aos acionistas. Para se tornar uma empresa de Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação brasileira atual, o emissor deve concordar em (a) garantir que ações do emissor representando 25% capital total sejam efetivamente disponíveis para negociação, (b) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a dispersão acionária sempre que houver uma oferta pública, (c) observar os padrões mínimos de divulgação trimestrais, (d) observar políticas de divulgação mais rigorosas, inclusive a respeito de contratos com partes relacionadas, contratos importantes e transações com acionistas controladores, diretores e conselheiros envolvendo títulos emitidos, (e) apresentar todos os contratos de acionistas existentes e planos de opção de compra à Bolsa de Valores de São Paulo e (f) determinar uma programação de eventos corporativos e disponibilizá-la aos acionistas. Para se tornar uma empresa de Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação brasileira atual, o emissor deve concordar em (a) observar todos as exigências de listagem para as empresas de Nível 1, (b) conceder direito “tag-along” (direito de vender ações através de oferta pública, no caso de transferência de controle) a todos os acionistas relacionados à transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação para as ações ordinárias do bloco de controle e 80% do preço pago por ação para as ações preferenciais do bloco de controle, (c) conceder direito a voto a titulares de ações preferenciais em conexão com determinadas reestruturações corporativas e transações relacionadas, como (1) qualquer transformação da empresa em outro tipo de empresa (2) qualquer fusão, consolidação ou “spin-off” (segregação parcial) da empresa, (3) aprovação de todas as transações entre a empresa e sua acionista controladora, incluindo partes relacionadas à acionista controladora, (4) aprovação de qualquer avaliação de bens a ser entregue à empresa como pagamento por ações emitidas em aumento de capital, (5) indicação de uma empresa especializada para determinar o valor justo da empresa em conexão com qualquer oferta de licitação com cancelamento de registro e saída da listagem e (6) quaisquer alterações a esse direito a voto, (d) ter um conselho de administração composto por pelo menos cinco membros, dos quais 20% devem ser conselheiros independentes com mandato limitado a dois anos, (e) preparar demonstrações financeiras anuais em inglês, inclusive declarações de fluxo de caixa, de acordo com normas contábeis internacionais, como os GAAP dos EUA ou as Normas de Relatórios Financeiros Internacionais (“IFRS”), (f) se decidir sair do segmento de nível 2, fazer uma oferta de compra pelo acionista controlador da empresa (o preço mínimo das ações a ser oferecido será determinado por um processo de avaliação) e (g) aderir exclusivamente às regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo para a resolução de litígios entre a empresa e seus investidores. Para ser listado no Novo Mercado, o emissor deve cumprir todos e requisitos acima descritos, além de (a) emitir apenas ações com direito a voto e (b) conceder direitos tag-along para todos os acionistas com relação a transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação pelas ações ordinárias do bloco de controle. Nossas ações são cotadas no segmento Novo Mercado. Regulação dos mercados de valores brasileiros Os mercados de valores brasileiros são regulados pela CVM, que tem autoridade regulatória sobre as bolsas de valores e os mercados de valores em geral, e pelo Banco Central, que tem, entre outros poderes, autoridade para licenciar corretoras e regular o investimento estrangeiro e as operações de câmbio. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, uma sociedade por ações pode ser tanto aberta, como a nossa, quanto fechada. Todas as empresas abertas, inclusive a nossa, estão registradas na CVM e estão sujeitas a exigências de apresentação de informações. Nossas ações listadas e negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, e podem ser negociadas em caráter privado, sujeito a limitações. Temos a opção de pedir a suspensão da negociação de nossos títulos na Bolsa de São Paulo, na iminência de um anúncio importante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da Bolsa de São Paulo ou da CVM, entre outras razões, com base em ou devido à crença de que a empresa tenha fornecido informação inadequada em relação um evento importante, ou que tenha dado respostas inadequadas às perguntas da CVM ou da Bolsa de São Paulo. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo por não residentes no Brasil está sujeita a limitações nos termos da legislação fiscal e sobre investimento estrangeiro no Brasil. O custodiante brasileiro das nossas ações preferenciais e o depositário das nossas ADSs obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central para remeter ao exterior os dólares do pagamento de dividendos, outras distribuições de dinheiro, ou da venda das ações e dos resultados das vendas. Caso um titular de ADSs trocar suas ADSs por ações ordinárias, ele terá direito a continuar tomando por base o seu certificado eletrônico de registro de depositário durante cinco dias úteis após a troca. Após esse prazo, o titular poderá deixar de estar habilitado a remeter ao exterior os dólares por ocasião da venda das ações ordinárias, ou das distribuições relativas a essas ações ordinárias, a não ser que obtenha um novo certificado eletrônico de registro ou que registre o seu investimento em ações ordinárias nos termos da Resolução 4.373. Exigências de divulgação Segundo a regra 358 de 3 de janeiro de 2002, a CVM revisou e consolidou as exigências sobre divulgação e uso das informações relacionadas a fatos importantes e atos de empresas de capital aberto, como a divulgação de informações sobre a comercialização e aquisição de títulos emitidos por empresas de capital aberto. Essas exigências incluem disposições que: • definem o conceito de um fato importante que dê motivo a exigências de declaração. Fatos importantes compreendem decisões tomadas pelos acionistas controladores, deliberações da assembleia geral de acionistas e da diretoria da empresa, ou quaisquer outros fatos relativos ao negócio da empresa (ocorrendo dentro da empresa ou de alguma forma a ela relacionados) que venham a influenciar o preço dos seus títulos negociados em bolsa, ou a decisão dos investidores de negociar estes títulos, ou de exercer quaisquer direitos correspondentes aos títulos; • dão exemplos de fatos considerados importantes como, entre outros, a execução de acordos de acionistas para transferência de controle, inclusão ou retirada de acionistas que mantenham qualquer função gerencial, financeira, tecnológica ou administrativa na empresa, e qualquer reestruturação empresarial adotada entre empresas relacionadas; • obrigam o diretor de relações com investidores, os acionistas controladores, outros diretores, conselheiros, membros do comitê de auditoria e outros conselhos consultivos a divulgar fatos importantes; • exigem a divulgação simultânea de fatos importantes para todos os mercados em que os títulos da empresa podem ser negociados; • exigem do adquirente do controle acionário de uma empresa a publicação de fatos importantes, como suas intenções quanto à retirada ou não da cotação das ações da empresa, dentro de um ano; • estabelecem regras a respeito dos requisitos de divulgação na aquisição e venda de uma participação acionária significativa; e • restringem o uso de informações privilegiadas. 9D. Acionistas vendedores Não se aplica. 9E. Diluição Não se aplica. 9F. Despesas de emissão Não se aplica. ITEM 10. 10A. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Capital social Não se aplica. 10B. Atos constitutivos e contrato social Abaixo seguem algumas informações sobre o nosso capital social, e um breve resumo de certas disposições importantes do nosso estatuto e da Lei das Sociedades por Ações, regras e regulações pertinentes da CVM, e as regras pertinentes do Novo Mercado relativas a nosso capital social. Esta descrição não pretende ser completa e se qualifica pela referência ao nosso estatuto e à legislação brasileira. Objeto social Somos uma empresa devidamente constituída, com sede e foro na cidade de São José dos Campos, São Paulo, Brasil, regida basicamente por nosso estatuto e pela Lei das Sociedades por Ações. O objetivo social da Embraer, conforme estipulado em nosso estatuto, é (1) projetar, fabricar e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e seus respectivos acessórios, componentes e equipamentos de acordo com os mais altos padrões de tecnologia e qualidade, (2) promover e realizar atividades técnicas relativas à fabricação e manutenção de materiais aeroespaciais, (3) contribuir para a formação do pessoal técnico necessário para a indústria aeroespacial, (4) realizar outras atividades tecnológicas, industriais e comerciais relacionados à indústria aeroespacial e prestar os serviços decorrentes, (5) projetar, fabricar e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e componentes para os setores de defesa, segurança e energia, além de realizar e executar atividades técnicas relacionadas a essas atividades de fabricação e manutenção com os mais altos padrões de tecnologia e qualidade, e (6) executar outras atividades e serviços tecnológicos, de fabricação e comercialização relacionados aos setores de defesa, segurança e energia. Descrição do capital social Generalidades Em 31 de dezembro de 2016, nosso capital social consistia em um total de 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal, incluindo 5.906.120 ações ordinárias em tesouraria e uma classe especial de ação ordinária conhecida como golden share, detida pelo governo brasileiro. Nosso estatuto autoriza o Conselho de Administração a aumentar o capital social em até 1.000.000.000 de ações ordinárias, sem necessitar de aprovação específica dos acionistas. Todas as nossas ações em circulação estão integralizadas. Todo aumento de capital que exceder os valores referidos acima necessitará de aprovação em assembleia de acionistas. Nossos acionistas não são responsáveis por novas chamadas de capital. Sua responsabilidade está limitada ao valor de qualquer fração de nosso capital que subscreveram, mas não integralizaram. Recompra de ações De acordo com o nosso estatuto social, o Conselho de Administração, em 7 de dezembro 2007, aprovou um programa de recompra de nossas ações ordinárias, conforme a Instrução 10/80 da CVM, com o fim de agregar valor para os nossos acionistas pela gestão de nossa estrutura de capital. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 16.800.000 ações ordinárias, representando aproximadamente 2,3% do nosso capital em circulação, que totalizava 740.465.044 ações ordinárias em circulação. A aquisição das ações foi realizada na Bolsa de Valores de São Paulo e as ações ordinárias recompradas serão mantidas em tesouraria. As ações em tesouraria não têm direitos políticos nem econômicos. O programa foi encerrado em 31 de março de 2008. Um total de 16.800.000 ações foi comprado a um preço médio de R$19,06 por ação. Consulte o “Item 16E. Compras de Títulos pela Emitente e Compradoras Filiadas”. Em 10 de março de 2016, nosso Conselho de Administração aprovou um novo programa de recompra de ações de nossas ações ordinárias, em conformidade com a Instrução 10/80 da CVM. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 3.000.000 de ações ordinárias, representando aproximadamente 0,4% do nosso capital em circulação, que totalizava 737.439.054 ações ordinárias em circulação, em 10 de março de 2016. As ações ordinárias foram recompradas no período de 17 de março a 30 de Junho. Ações ordinárias Cada ação ordinária dá ao seu titular o direito a um voto nas nossas assembleias gerais de acionistas. De acordo com nosso estatuto social e o contrato de negociação com a Bolsa de Valores de São Paulo relacionado a nossas ações no Novo Mercado, não poderemos emitir ações sem direito a voto ou com direito a voto restrito. A Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto social exigem que todas as assembleias gerais sejam convocadas por publicação de aviso no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a publicação oficial do governo do Estado de São Paulo, e em jornal de grande circulação na cidade onde a sede social está localizada, atualmente O Vale em São José dos Campos, com antecedência mínima de 30 dias em relação à assembleia, e em outro jornal de grande circulação em São Paulo, onde a Bolsa de Valores de São Paulo está localizada, atualmente o Valor Econômico. O quórum para a realização de nossas assembleias gerais de acionistas em primeira convocação em geral é a presença de acionistas representando 35% do capital votante, em segunda convocação, as assembleias poderão se realizar com a presença de acionistas representando 25% do capital votante e, em terceira convocação, as assembleias poderão se realizar com a presença de qualquer número de acionistas. De acordo com nosso estatuto, para participar de uma assembleia geral, o acionista deve comprovar a propriedade das ações com que pretende votar, mostrando um documento de identificação e um comprovante de propriedade das ações. Nossos acionistas podem ser representados na assembleia geral por (1) procurador, designado dentro de um período de um ano da assembleia, (2) um de nossos diretores ou conselheiros, (3) advogado ou (4) instituição financeira. Os fundos de investimento devem ser representados por seu administrador. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as ações ordinárias têm direito a dividendos na proporção da sua participação do valor disponível para distribuição. Consulte o “Item 8 Informações financeiras — A. Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras – Dividendos e política de dividendos”, para obter uma descrição mais completa do pagamento de dividendos sobre nossas ações. Além disso, por ocasião da liquidação da empresa, as ações ordinárias terão direito ao retorno do capital na proporção da sua participação do nosso patrimônio líquido. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, nem nosso estatuto nem deliberações nas assembleias de acionistas poderão privar um acionista dos seguintes direitos: • direito de participar na distribuição dos lucros; • direito de participar de forma igualitária e proporcional no patrimônio líquido residual em caso de liquidação da empresa; • direitos preferenciais no caso de subscrição de ações, debêntures conversíveis ou cautelas, exceto em alguns casos específicos previstos na legislação brasileira descrita no “Item 10D. — Direitos preferenciais”; • direito de supervisionar nossa diretoria de acordo com o Artigo 109 da Lei de Sociedades por Ações; e • direito a avaliação nos casos especificados na Lei das Sociedades por Ações descritos no Item 10D. — Resgate e Direito de Retirada”. Golden Share A golden share é de propriedade da República Federativa do Brasil. Para considerações sobre os direitos da golden share, consulte o "Item 10B — Direitos a voto – Golden share”. Direitos a voto das ações Cada ação ordinária confere o direito a um voto nas nossas assembleias gerais. De acordo com nosso estatuto social e o contrato de negociação com a Bolsa de Valores de São Paulo relacionado a nossas ações no Novo Mercado, não poderemos emitir ações sem direito a voto ou com direito a voto restrito. Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias Nosso estatuto dispõe que, em determinadas assembleias gerais ordinárias, os acionistas ou grupos de acionistas, bem como corretores agindo em nome de um ou mais titulares de ADSs, não poderão exercer seus votos representando mais de 5% da quantidade de ações do nosso capital social total. Os votos que excederem este limite de 5% não serão contados. Para fins de nosso estatuto, dois ou mais acionistas serão considerados “grupo de acionistas” se: • fizerem parte de um acordo de voto; • um deles for, direta ou indiretamente, acionista controlador ou empresa(s) controladora(s) da(s) outra(s): • forem empresas direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa/entidade, ou grupo de pessoas/entidades, que podem ou não ser acionistas; ou • forem empresas, associações, fundações, cooperativas ou trustes, fundos de investimentos ou portfólios, universalidades de direitos ou qualquer outra forma de organização ou empreendimento (a) com os mesmos administradores ou gerentes, ou ainda (b) cujos administradores ou gerentes sejam empresas direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa/entidade, ou grupo de pessoas/entidades, que podem ou não ser acionistas. No caso de fundos de investimento que tenham um administrador comum, apenas os fundos com políticas de investimento e exercício de direitos a voto em assembleias dos acionistas, que estejam sob responsabilidade do administrador em base discricionária, serão considerados grupo de acionistas. Além disso, acionistas representados pelo mesmo procurador, administrador ou representante, por qualquer motivo, em nossas assembleias gerais ordinárias, serão considerados grupos de acionistas, salvo os titulares de nossas ADSs e quando representados pelo respectivo depositário. Os signatários de um acordo de acionistas que se referirem ao exercício do direito a voto serão considerados grupo de acionistas para fins da limitação já mencionada. Esta limitação dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias é ilustrada na tabela a seguir: Participação do acionista ou grupo de acionistas no capital 1% 2% 3% 4% 5% > 5% Direitos a voto como percentagem do nosso capital social 1% 2% 3% 4% 5% 5% Limitação dos direitos a voto de acionistas estrangeiros De acordo com o edital emitido pelo governo federal relativo à privatização da Embraer em 1994, a participação votante de estrangeiros titulares de ações ordinárias foi limitada a 40% das ações ordinárias da Embraer. Nosso estatuto social determina que, nas assembleias gerais, acionistas ou grupos de acionistas estrangeiros não podem exercer votos que representem mais de dois terços do total de votos de todos os acionistas brasileiros presentes na assembleia. O total de votos que pode ser exercido pelos acionistas brasileiros e estrangeiros será calculado depois que se dê efeito à limitação de 5% no direito a voto, descrita no “Item 10B - Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias”, acima. Os votos de acionistas estrangeiros que excederem o limite de dois terços não serão contados. Caso o total de votos de acionistas estrangeiros em nossas assembleias gerais exceda dois terços dos votos passíveis de exercício por acionistas brasileiros presentes na assembleia, o número de votos de cada acionista estrangeiro será proporcionalmente reduzido, de modo que o total de votos dos acionistas estrangeiros não exceda dois terços dos votos totais passíveis de exercício pelos acionistas brasileiros presentes na assembleia. A fração de 2/3 limita de fato os direitos a voto de acionistas e grupos de acionistas estrangeiros a 40% do nosso capital social total. O objetivo desta limitação é garantir que os acionistas brasileiros constituam a maioria dos votos totais em nossas assembleias gerais. Essa limitação impedirá de fato nossa incorporação por acionistas estrangeiros e limitará a capacidade de acionistas estrangeiros de exercer controle sobre nós. Para os fins de nosso estatuto, "Acionistas brasileiros" são considerados os seguintes: • Indivíduos brasileiros, sejam nativos ou naturalizados, residentes no Brasil ou no exterior; • entidades jurídicas privadas constituídas segundo a legislação brasileira, que tenham suas sedes administrativas no Brasil e (a) não tenham empresa controladora estrangeira, a menos que esta cumpra os requisitos da cláusula (b) deste item, e (b) sejam controladas, direta ou indiretamente, por uma ou mais pessoas físicas brasileiras, natas ou naturalizadas, residentes no Brasil ou no exterior; e • fundos ou clubes de investimentos constituídos segundo a legislação brasileira, que tenham suas sedes administrativas no Brasil e cujos administradores e/ou investidores detendo a maioria de sua participação acionária, sejam pessoas/entidades referidas ao descrito acima. O acionista brasileiro é obrigado a provar para nós e ao depositário dos livros de registro acionários, que ele cumpre os requisitos já mencionados e, apenas após apresentar a referida prova, esse acionista será incluído nos registros de acionistas brasileiros. Para fins de nosso estatuto, serão considerados “Acionistas estrangeiros” as pessoas físicas ou jurídicas, fundos ou clubes de investimentos e demais entidades não constituídas por acionistas brasileiros e que não consigam atender aos requisitos de forma a serem considerados acionistas brasileiros. Um “grupo de acionistas”, conforme definido acima, será considerado estrangeiro sempre que um ou mais de seus membros for acionista estrangeiro. O efeito dessa limitação sobre os direitos a voto de acionistas estrangeiros (isto é, suas participações) é ilustrado na tabela a seguir, em que a coluna "Participação do acionista estrangeiro" indica a porcentagem máxima de votos que um acionista estrangeiro pode exercer: Participação do Acionista Brasileiro (% do capital social) 90 80 70 60 59 50 40 30 20 10 (1) Participação do acionista estrangeiro(1) (%) Participação de acionista estrangeiro (% do capital social) 10 20 30 40 41 50 60 70 80 90 10,00 20,00 30,00 40,00 39,33 33,33 26,67 20,00 13,33 6,67 Número de votos calculado com base em dois terços dos votos de acionistas brasileiros. Os quadros a seguir ilustram, em diferentes situações, o sistema de votação aplicável a nossas assembleias de acionistas. Exemplo 1 Todos os acionistas brasileiros são titulares de menos de 5% e acionistas estrangeiros são titulares de um total de 40%, mas sem qualquer posse individual superior a 5%. Este exemplo mostra uma situação em que a restrição geral para os acionistas estrangeiros não afeta a proporção de votos. Acionista Brasileiro A ............................ Brasileiro B............................. Brasileiro C............................. Brasileiro D ............................ Brasileiro E ............................. Brasileiro F ............................. Brasileiro G ............................ Brasileiro H ............................ Brasileiro I .............................. Brasileiro J .............................. Brasileiro K ............................ Brasileiro L ............................. Total de brasileiros ................. Estrangeiros(1) ......................... Total....................................... (1) (2) % de ações presentes 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % Efetiva de Votos depois de 5% de restrição de voto 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % de votos válidos 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40(2) 100 Proporção de votos (votos/ação) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, ele também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. 2/3 de 60 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) é igual a 40 votos. Exemplo 2 Um acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital social, outro acionista brasileiro é titular de 5% e acionistas estrangeiros detêm 50%, mas sem posse individual superior a 5%. Acionista Brasileiro A .......................... Brasileiro B........................... Brasileiro C........................... Brasileiro D .......................... Brasileiro E ........................... Brasileiro F ........................... Brasileiro G .......................... Total de brasileiros ............... Estrangeiros(1) ....................... Total..................................... (1) (2) % ações presentes 20 5 5 5 5 5 5 50 50 100 % Efetiva de Votos depois de 5% de restrição de voto 5 5 5 5 5 5 5 35 50 85 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 35,0 23,3(2) 58,3(2) % de votos válidos 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 59,99 40,00 100,00 Proporção de votos (votos/ação) 0,25 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,47 0,58 Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, ele também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. 2/3 de 35 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) é igual a 23 votos. Exemplo 3 Nenhum acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital, um acionista estrangeiro é titular de 30% e outro acionista estrangeiro é titular de 40%, mas sem posse individual superior a 5%. Acionista Brasileiro A .......................... Brasileiro B........................... Brasileiro C........................... Brasileiro D .......................... Brasileiro E ........................... Brasileiro F ........................... Total de brasileiros ............... Estrangeiros A ...................... Estrangeiros(1) ....................... Total..................................... (1) (2) % de ações presentes 5 5 5 5 5 5 30 30 40 100 % Efetiva de Votos depois de 5% de restrição de voto 5 5 5 5 5 5 30 5 40 75 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 30,0 2,2(2) 17,8(2) 50,0 % de votos válidos 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 60,0 4,4 35,6 100,0 Proporção de votos (votos/ação) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,07 0,44 0,50 Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, ele também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. Dois terços de 30 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) é igual a 20 votos, divididos proporcionalmente entre o Estrangeiro A e os demais estrangeiros. Exemplo 4 Dois acionistas brasileiros são titulares de mais de 5% do nosso capital social, três acionistas brasileiros são titulares de 5% e um acionista estrangeiro detém 30%, mas sem posse individual superior a 5%. % de ações presentes Acionista Brasileiro A ................................ Brasileiro B................................. Brasileiro C................................. Brasileiro D ................................ Brasileiro E ................................. Total de brasileiros ..................... Estrangeiros (1) ............................ Total........................................... (1) (2) % Efetiva de Votos depois de 5% de restrição de voto 30 25 5 5 5 70 30 100 5 5 5 5 5 25 30 55 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros % de votos válidos 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 25,0 16,7(2) 41,7 12 12 12 12 12 60 40 100 Proporção de votos (votos/ação) 0,17 0,20 1,00 1,00 1,00 1,00 0,56 0,42 Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, ele também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. 2/3 de 25 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) é igual a 16,7 votos. Acordo de Acionistas Em decorrência da fusão da antiga Embraer com a Embraer, aprovada em 31 de março de 2006, Cia. Bozano, Previ e Sistel, antigos controladores da antiga Embraer, rescindiram o acordo de acionistas sobre seu controle acionário da antiga Embraer e renunciaram ao controle do capital votante da antiga Embraer, em favor de todos os acionistas da Embraer. Em decorrência da implementação da fusão, a Cia. Bozano, a Previ e a Sistel não poderão mais controlar o resultado das questões sujeitas ao voto dos acionistas da Embraer. Nosso estatuto proíbe aos acionistas ou grupos de acionistas de exercerem o controle do nosso capital votante. Golden Share A golden share é de propriedade da República Federativa do Brasil. A golden share possui os mesmos direitos de voto dos titulares das ações ordinárias. Além disso, a golden share confere a seu titular o direito de veto em relação às seguintes ações sociais: • mudança da razão social ou do objeto; • modificação e/ou aplicação de nossa logomarca; • criação e/ou alteração de programas militares (envolvendo ou não o Brasil); • desenvolvimento de habilidades de terceiros em tecnologia de programas militares; • interrupção no fornecimento de peças de manutenção e reposição para aeronaves militares; • transferência de controle acionário; • qualquer aditamento à lista de ações sociais sobre as quais a golden share detenha poder de veto, incluindo o direito do governo brasileiro de indicar um membro ativo para o Conselho de Administração e o direito dos funcionários de indicarem dois membros ativos para o Conselho de Administração e dos direitos conferidos à golden share; e • alterações em determinadas disposições do nosso estatuto referentes às restrições de voto, direitos da golden share e exigências de oferta de compra obrigatória aplicáveis aos titulares de 35% ou mais das nossas ações em circulação. As questões acima discriminadas estão sujeitas à aprovação prévia do nosso Conselho de Administração e à aprovação em até 30 dias do governo federal, na qualidade de titular da golden share. Estas questões estão também sujeitas à notificação prévia ao Ministério da Fazenda. Na ausência da aprovação do governo federal em até trinta dias, a questão será considerada aprovada por nosso Conselho de Administração. Divulgações de interesse expressivo Exigências do Brasil A legislação brasileira e nosso estatuto determinam que os acionistas ou grupo de acionistas serão obrigados a divulgar, através de uma notificação a nós e às bolsas de valores nas quais os valores mobiliários são negociados, a aquisição de ações que, somadas às já possuídas, excederem 5% do nosso capital social. A infração desta obrigação de divulgação poderá resultar na suspensão dos direitos, incluindo os de voto, por deliberação dos acionistas na respectiva assembleia. Determinadas exigências legais dos EUA Além disso, a Lei de Mercado de Capitais dos EUA faz exigências sobre divulgações aos acionistas ou grupos de acionistas que se tornarem usufrutuários (conforme a definição do termo na Regra 13d-3 da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) de mais de 5% de nossas ações ordinárias. De modo geral, esses acionistas devem protocolar, em até dez dias após a aquisição, um relatório de sua propriedade junto à SEC, contendo as informações exigidas nos termos da citada Lei. Estas informações também deverão ser remetidas a nós, e para cada bolsa de valores dos Estados Unidos onde nossas ações ordinárias são negociadas. Os acionistas devem consultar suas assessorias jurídicas sobre as exigências de divulgação nos termos da Lei de Mercado de Capitais dos EUA. Forma e transferência Como nossas ações estão registradas na forma escritural, a sua transferência é regida pelo artigo 35 da Lei das Sociedades por Ações. Este artigo prevê que a transferência de ações seja realizada por lançamento feito pelo Banco Itaú, também conhecido como agente de registro, nos seus livros, debitando a conta de ações de quem transfere e creditando a conta de ações do transferido. O Banco Itaú também cuida para nós de todos os serviços de guarda de valores e transferência de ações e serviços relacionados. As transferências de ações por acionista estrangeiro se fazem da mesma maneira e são executadas pelo agente local desse acionista em nome do acionista, com exceção de que, se o investimento original tiver sido registrado no Banco Central do Brasil conforme a Resolução 4.373, o acionista estrangeiro também deverá providenciar aditamento, se necessário, por meio de seu agente local, do registro eletrônico que reflita o novo proprietário. A Bolsa de Valores de São Paulo opera como sistema central de compensação. O titular de nossas ações poderá optar, a seu critério, por participar do sistema, e todas as ações destinadas a serem colocadas nesse sistema serão depositadas em custódia junto à Bolsa de Valores de São Paulo (por meio de uma instituição brasileira devidamente autorizada pelo Banco Central e com uma conta de compensação na Bolsa de Valores de São Paulo). O fato de que essas ações são mantidas em custódia na Bolsa de Valores de São Paulo constará de nosso cadastro de acionistas. Cada acionista participantes será, por sua vez, registrado no nosso cadastro de acionistas usufrutuários mantido pela Bolsa de Valores de São Paulo e será tratado da mesma maneira que os acionistas registrados. Conselho de Administração De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nossos conselheiros e diretores estão proibidos de votar ou agir em assuntos em que haja conflito entre os seus interesses e os nossos. Nosso estatuto prevê que os acionistas sejam responsáveis pela determinação da remuneração global dos membros dos nossos corpos administrativos. Nosso Conselho de Administração é responsável por distribuir essa remuneração entre os membros da diretoria. Não há disposição específica sobre o poder de voto dos diretores quanto à sua remuneração na falta de quórum independente. No que diz respeito aos poderes de empréstimo do Conselho de Administração, ele tem poder para autorizar o levantamento de fundos, seja na forma de títulos de dívida, notas, papéis comerciais ou outros instrumentos de uso regular no mercado. Outros esquemas financeiros, como empréstimos bancários, podem ser contratados mediante a assinatura conjunta de (1) dois diretores; (2) um diretor e um procurador; ou (3) dois procuradores. Não existe na Lei das Sociedades por Ações nem nos nossos estatutos exigência de que os conselheiros se aposentem ao atingir determinada idade. Além disso, nosso estatuto não prevê a reeleição de conselheiros em intervalos intercalados. Para considerações sobre o nosso Conselho de Administração consulte o “Item 6A. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Conselheiros e diretoria – Conselho de Administração” e o “Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do Conselho”. Eleição do Conselho de Administração A eleição de membros do nosso Conselho de Administração, quando não houver solicitação de adotação de um sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de chapa de candidatos, em que a votação será baseada na chapa de candidatos a conselheiros, não se permitindo a votação em candidatos individuais. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal na condição de titular da golden share e (2) dois membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários. Os demais oito conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de chapa e de voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar de duas ou mais chapas diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma chapa, e a chapa que receber o número mais alto de votos será declarada eleita. Qualquer acionista ou grupo de acionistas terá direito de propor e apresentar chapas de candidatos a integrantes do Conselho de Administração, diferentes da chapa apresentada conforme o estatuto (por exemplo, proposta pelo Conselho de Administração). O mesmo acionista ou grupo de acionistas não poderá apresentar mais de uma chapa. O estatuto também inclui uma disposição na qual o acionista que pretende indicar uma chapa alternativa deverá notificar por escrito, pelo menos dez dias antes da assembleia geral na qual serão eleitos os membros do Conselho de Administração, fornecendo o nome e outros detalhes e o currículo dos candidatos. Caso recebamos esta notificação, devemos publicar um comunicado de imprensa aos nossos acionistas, que também deverá estar disponível em nosso site, pelo menos oito dias antes da data da assembleia geral, informando aos acionstas como obter um cópia da chapa proposta. Como alternativa, a eleição dos membros do Conselho de Administração poderá ser realizada por meio de um sistema de votação cumulativa. De acordo com os regulamentos da CVM e nosso estatuto, a adoção de resolução para votação cumulativa dependerá de solicitação por escrito dos acionistas representando no mínimo 5% do capital social, apresentada pelo menos 48 horas antes da convocação da assembleia geral de acionistas. Pelo sistema de votação cumulativa, cada ação terá direito ao mesmo número de votos que o número de membros do conselho a serem eleitos (sujeito a restrição para acionistas titulares de mais de 5% das ações ordinárias e restrições para acionistas estrangeiros, conforme o estatuto), e cada acionista terá direito de concentrar votos em apenas um membro ou distribuí-los entre mais do que um ou em todos os membros. Todo cargo vazio não preenchido devido a empate na votação estará sujeito a nova votação, efetuada pelo mesmo processo. Direito de preferência Cada acionista tem um direito geral de preferência na subscrição de ações em caso de qualquer aumento de capital, ou de títulos conversíveis em ações, na proporção de sua participação acionária, exceto no caso da concessão e exercício de qualquer opção de aquisição de ações do nosso capital social. Permite-se um período de pelo menos 30 dias após a publicação da nota de emissão de ações ou títulos conversíveis em ações para o exercício do direito, e esse direito é negociável. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto, o Conselho de Administração pode, a seu critério, cancelar o direito de preferência dos acionistas no caso de emitirmos ações, debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, seja em bolsa de valores ou em oferta pública, ou através de troca de ações em oferta pública, cujo objetivo seja adquirir controle de outra empresa, conforme estabelecido por lei. No caso de aumento de capital por meio de emissão de novas ações, os portadores de ADSs ou de ações preferenciais teriam, exceto nas circunstâncias descritas acima, direito de preferência para subscrever qualquer classe de ações da nova emissão. Entretanto, o titular poderá não estar em condições de exercer o direito de preferência relativo às ações ordinárias correspondentes às ADSs, a não ser que haja um certificado de registro, nos termos da Lei de Mercado de Capitais, válido para as ações a que se refere o direito ou havendo isenção das exigências de registro nos termos da Lei de Mercado de Capitais. Consulte o “Item 3D. Informaçõeschave – Fatores de risco – Riscos relativos às nossas ações ordinárias e ADSs – Os titulares de ADSs podem não ter condições de exercer direitos de preferência com relação às ações ordinárias". Não somos obrigados a conservar esse certificado de registro. Resgate e direito de retirada De acordo com o nosso estatuto, nossas ações ordinárias não serão resgatáveis. A Lei das Sociedades por Ações prevê que, em circunstâncias limitadas, um acionista tenha direito a retirar a sua participação no capital da empresa e de receber pagamento pela parte de capital da empresa atribuível à sua participação no capital. Este direito de retirada poderá ser exercido por nossos acionistas dissidentes no caso de pelo menos metade de todas as ações com direito a voto em circulação nos autorizarem a: • reduzir a distribuição obrigatória de dividendos; • alterar nosso objeto social; • fundir-nos ou consolidar-nos com outra empresa, observadas as condições estabelecidas na Lei das Sociedades por Ações; • transferir todas as nossas ações para outra empresa ou receber ações de outra empresa para transformar a empresa cujas ações foram transferidas em subsidiária total de tal empresa, conhecido como incorporação de ações; • adquirir o controle de outra empresa a preço que exceda os limites determinados na Lei das Sociedades por Ações; • participar de um grupo centralizado de empresas conforme definido na Lei das Sociedades por Ações e observadas as condições ali expressas; ou • realizar uma segregação parcial que resulte em (a) alteração de nosso objeto social, exceto se os ativos e passivos da empresa dividida forem passados a uma empresa que esteja envolvida substancialmente nas mesmas atividades, (b) redução do dividendo obrigatório ou c) qualquer participação em um grupo centralizado de companhias, conforme definido pela Lei das Sociedades por Ações. Além disso, no caso de a pessoa jurídica resultar de incorporação de ações, conforme acima, ou se a consolidação ou segregação parcial da empresa listada deixará de ter esta condição até 120 dias após a assembleia geral de acionistas que adotou essa deliberação, os acionistas dissidentes também poderão exercer o seu direito de retirada. A Lei das Sociedades por Ações prevê restrições aos direitos de retirada e permite que as empresas resgatem suas ações pelo seu valor econômico, observados determinados requisitos. Como nosso estatuto atualmente não prevê que nossas ações possam ser resgatadas pelo seu valor econômico, nossas ações seriam resgatáveis pelo seu valor contábil, determinado com base na última declaração de situação financeira aprovada pelos acionistas. Se a assembleia de acionistas que der origem aos direitos de retirada ocorrer com mais de 60 dias após a data da última declaração de situação financeira aprovada, o acionista poderá exigir que as suas ações sejam avaliadas com base em nova declaração de situação financeira com data até 60 dias antes de tal assembleia de acionistas. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nos casos de consolidação, fusão, incorporação de ações, participação em grupo de empresas e aquisição do controle de outra empresa, o direito de retirada não se aplicará caso as ações em questão atendam a certos testes relativos à liquidez de mercado e prazo de compensação. Os acionistas não estarão qualificados a retirar as suas ações se elas forem componentes de um índice geral de ações no Brasil ou no exterior e se as ações detidas por pessoas não filiadas ao acionista controlador representarem mais da metade das ações em circulação do tipo ou classe em questão. Mecanismo para promover controle disperso das nossas ações Nosso estatuto contêm disposições com o efeito de evitar a concentração das ações nas mãos de investidor ou de pequeno grupo de investidores, a fim de promover um controle mais disperso das ações. Para este fim, estas disposições impõem certas obrigações ao acionista ou grupo de acionistas que se tornar titular de 35% ou mais do capital social total, ou Acionista Adquirente. No máximo até 15 dias após o acionista se tornar Acionista Adquirente, ele deverá apresentar a solicitação ao governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, para realizar uma oferta pública visando à aquisição de todo o nosso capital social. O governo federal, a seu total critério, pode aceitar ou recusar essa solicitação. O Acionista Adquirente não pode adquirir nenhuma ação adicional até o governo brasileiro se manifestar sobre a oferta pública. Se a solicitação for aceita pelo governo brasileiro, o Acionista Adquirente deverá fazer uma oferta pública para todas as ações dentro de 60 dias após a aceitação. A oferta deverá ser feita conforme as regulamentações da CVM e da Bolsa de Valores de São Paulo e disposições do nosso estatuto. Se a solicitação for recusada pelo governo brasileiro, o Acionista Adquirente deverá vender todas as ações por ele detidas, que excedam 35% do capital social total, em até 30 dias. O não cumprimento destas disposições sujeitará o Acionista Adquirente à suspensão em potencial de todos os direitos a voto inerentes às ações detidas por ele, caso uma resolução nesse sentido seja aprovada em assembleia geral de acionistas, convocada por nossa diretoria. Essas disposições não são aplicáveis aos acionistas que se tornarem titulares de 35% ou mais do capital social total em determinadas operações especificadas em nosso estatuto social, como por exemplo o cancelamento de nossas ações ordinárias em tesouraria. A oferta pública deve ser (1) dirigida a todos os nossos acionistas, (2) realizada por meio de leilão a ocorrer na Bolsa de Valores de São Paulo, (3) lançada a preço calculado de acordo com o procedimento determinado abaixo, (4) paga antecipadamente, em moeda brasileira, (5) efetuada de forma a assegurar tratamento igual a todos os acionistas, (6) irrevogável e não sujeita a mudanças após a publicação do edital de licitação, e (7) baseada em relatório de avaliação a ser elaborado de acordo com as regras determinadas em nosso estatuto social, bem como nas regras e regulamentos da CVM. O preço a ser oferecido pelas ações nesta oferta pública será calculado da seguinte forma: • Preço de oferta pública = Valor da ação + prêmio, onde: • “Preço de Oferta pública” corresponde ao preço de aquisição por ação emitida na oferta pública de ações definida no presente. • “Valor da ação” corresponde ao maior entre: (1) a cotação unitária mais elevada obtida por ações por nós emitidas no prazo de 12 meses antes da oferta pública, entre os valores registrados em qualquer bolsa de valores em que as ações sejam negociadas; (2) o preço o mais elevado pago pelo Acionista Adquirente, no período de 36 meses antes da oferta pública, pela ação ou pelo grupo de ações por nós emitidas; (3) o valor equivalente a 14,5 vezes o EBITDA Médio Consolidado, definido abaixo, reduzido do endividamento consolidado líquido, dividido pelo número de ações de nossa emissão; ou (4) o valor equivalente a 0,6 vezes o valor da nossa carteira de pedidos firmes, de acordo com as últimas informações divulgadas por este último, reduzido de nosso endividamento consolidado líquido, dividido pelo número de ações de nossa emissão. • “Prêmio” corresponde a 50% do Valor da Ação. • “EBITDA Consolidado” é nosso lucro operacional consolidado antes das despesas financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social, desvalorização, depreciação e amortização, conforme determinado com base nas demonstrações auditadas do exercício completo mais recente. • “EBITDA Consolidado Médio” é a média aritmética do EBITDA Consolidado dos dois mais recentes exercícios fiscais completos. O lançamento de uma oferta pública não impede nenhum outro acionista ou nós de lançar uma oferta pública concorrente, de acordo com a regulamentação aplicável. Arbitragem Todo litígio ou controvérsia relacionado aos regulamentos do Novo Mercado, nosso estatuto, a Lei das Sociedades por Ações, as regras publicadas pelo CMN, Banco Central, CVM, qualquer acordo de acionistas registrado na nossa sede e outras regras aplicáveis aos mercados de capitais do Brasil em geral deverão ser apresentados para arbitragem realizada de acordo com as regras da Câmara de Arbitragem estabelecidas pela Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o Capítulo 12 dessas regras, as partes poderão decidir usar, de comum acordo, outra câmara ou centro de arbitragem para resolver seus litígios. Todo acionista que se tornar titular de ações representando nosso controle é obrigado a cumprir as regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo dentro de 30 dias da aquisição das ações. Essas disposições, porém, não se aplicam em caso de litígio ou controvérsia relativa à golden share. Processo de privatização Poderemos nos tornar uma empresa privada somente se nós ou nossos acionistas controladores lançarem uma oferta pública para aquisição de todas as nossas ações em circulação, sujeita à aprovação prévia da oferta pública pelo governo brasileiro, na condição de titular da golden share e de acordo com as regras e regulamentos da Lei das Sociedades por Ações, bem como as regras e regulamentos da CVM e do Novo Mercado, quando aplicáveis. O preço mínimo oferecido pelas ações na oferta pública corresponderá ao valor econômico dessas ações, conforme determinado por um relatório de avaliação emitido por firma especializada. O relatório de avaliação deverá ser elaborado por firma especializada e independente, de experiência reconhecida, escolhida pelos acionistas representando a maioria das ações em circulação (excluindo, para esses fins, as ações detidas pelo acionista controlador, seu sócio e quaisquer dependentes incluídos na declaração do imposto de renda, caso o acionista controlador seja pessoa física, ações em tesouraria, ações detidas por coligadas e por outras empresas integrantes de nosso grupo econômico, assim como votos em branco) de uma relação de três instituições apresentadas por nosso Conselho de Administração. Todas as despesas e custos incorridos em relação à elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador. Os acionistas detentores de no mínimo 10% das nossas ações em circulação poderão solicitar à diretoria a convocação de assembleia geral extraordinária para determinar a execução da avaliação usando o mesmo método ou outro. Esta solicitação deverá ser feita até 15 dias após a divulgação do preço a ser pago pelas ações na oferta pública. Os acionistas que fizerem essa solicitação, bem como aqueles que votarem em seu favor, deverão reembolsar-nos de todo custo pela elaboração da nova avaliação se o preço da nova avaliação não for superior ao preço da avaliação original. Se o preço da nova avaliação for maior que o preço da avaliação original, a oferta pública deverá ser feita com o preço mais elevado. Caso nossos acionistas decidam pela privatização, e nesse momento formos controlados por um acionista titular de menos de 50% do capital social ou por um acionista não integrante de um grupo de acionistas (conforme definido no seu estatuto), deveremos conduzir a oferta pública dentro dos limites impostos por lei. Neste caso, somente poderemos adquirir ações dos acionistas que votarem a favor da nossa privatização, após comprarmos todas as ações dos demais acionistas que não votarem a favor dessa deliberação e que aceitarem a oferta pública. Exclusão do Novo Mercado A qualquer momento, poderemos retirar nossas ações do Novo Mercado, desde que os acionistas com a maioria das ações aprovem a decisão e que seja dada à Bolsa de Valores de São Paulo aviso por escrito com pelo menos 30 dias de antecedência. A decisão dos acionistas deverá especificar se a exclusão ocorrerá porque os títulos não serão mais negociados no Novo Mercado, ou porque seremos privatizados. Nossa exclusão do Novo Mercado não resultará na perda de nosso registro como empresa de capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo. Caso sejamos excluídos do Novo Mercado por deliberação da assembleia geral de acionistas, o acionista controlador ou grupo de acionistas controladores no momento, se houver, deverá realizar uma oferta pública para a aquisição de suas ações em circulação em até 90 dias, no caso de nossa exclusão, para que suas ações sejam negociáveis fora do Novo Mercado, ou em até 120 dias, no caso de nossa exclusão em decorrência de reorganização empresarial na qual a empresa sobrevivente deixe de ser negociada no Novo Mercado. O preço por ação será equivalente ao valor econômico das ações conforme determinado em relatório de avaliação elaborado por uma empresa especializada e independente, de experiência reconhecida, escolhida na assembleia de acionistas de uma relação de três instituições apresentadas por nosso Conselho de Administração, por maioria absoluta dos votos dos nossos acionistas presentes na assembleia (excluindo, para esses fins, as ações detidas por um acionista controlador ou grupo de acionistas no momento, se houver, seus sócios e dependentes incluídos na declaração do imposto de renda, no caso de o acionista controlador ser pessoa física, ações em tesouraria, ações detidas por nossas coligadas e por outras empresas integrantes do nosso grupo econômico, bem como votos em branco). Todas as despesas e custos incorridos em relação à elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador. Se estivermos sujeitos a dispersão acionária no momento de nossa exclusão do Novo Mercado, para que nossas ações sejam negociadas fora do Novo Mercado ou em consequência de uma reorganização empresarial, os acionistas que votaram a favor dessa deliberação devem fazer uma oferta pública para aquisição de nossas ações. Conforme nosso estatuto, poderemos também ser excluídos caso a Bolsa de Valores de São Paulo resolva suspender a negociação de nossas ações no Novo Mercado, devido a não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado. Neste caso, o presidente do Conselho de Administração deverá convocar uma assembleia geral de acionistas até dois dias após a determinação pela Bolsa de Valores de São Paulo, para substituir todos os membros de nosso Conselho de Administração. Se o presidente do Conselho de Administração não convocar a assembleia de acionistas, qualquer acionista poderá fazê-lo. O novo Conselho de Administração será responsável pelo cumprimento dos requisitos que resultaram na exclusão. Além disso, se formos excluídos do Novo Mercado (1) em virtude de decisão tomada em assembleia geral de nossos acionistas que resultou no não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado, a oferta pública deverá ser conduzida pelos acionistas que votaram a favor da deliberação ou (2) em consequência do não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado decorrente de atos de nossa diretoria, deveremos efetuar a oferta pública para nos tornarmos empresa privada, dentro dos limites impostos por lei. De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, no caso de transferência de nosso controle acionário até 12 meses após a exclusão do Novo Mercado, os acionistas controladores vendedores e os adquirentes deverão propor a aquisição das ações restantes pelos mesmos preço e condições oferecidos aos acionistas controladores vendedores, corrigidos pela inflação. Caso nossas ações sejam excluídas do Novo Mercado, não poderemos negociar nossas ações no Novo Mercado durante dois anos a partir da data de exclusão, a menos que haja uma mudança em nosso controle acionário após a exclusão do Novo Mercado. De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, a Bolsa de Valores de São Paulo poderá emitir regras complementares para regular a oferta pública no caso de exclusão, no caso de empresa com controle disperso. Lei Sarbanes Oxley de 2002 Mantemos controles e procedimentos concebidos para garantir que possamos coletar as informações necessárias para revelar, no relatório protocolado na SEC, e processar, resumir e revelar as informações dentro dos períodos especificados nas regras da SEC. Apresentamos as certificações oficiais pertinentes conforme exigido pela cláusula 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 referente aos controles internos das demonstrações financeiras, conforme os Anexos 12.1 e 12.2 deste relatório anual. 10C. Contratos importantes Nenhum. 10D. Controles de câmbio Não há restrições quanto à propriedade de nossas ações ordinárias por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas fora do Brasil. No entanto, é exigido o registro desse investimento junto ao Banco Central e o direito de converter o pagamento de dividendos e de receitas da venda de ações preferenciais em moeda estrangeira e de enviar essas quantias para fora do Brasil estará sujeito a restrições da legislação sobre investimentos estrangeiros. De acordo com a legislação brasileira, os investidores podem investir em ações ordinárias nos termos da Resolução 4.373 de 29 de janeiro de 2014, do Conselho Monetário Nacional (CVM). As regras da Resolução 4.373 permitem aos investidores estrangeiros investir em praticamente todos os ativos financeiros e realizar quase todas as operações disponíveis no mercado financeiro e de capitais brasileiros, desde que sejam atendidas determinadas exigências. De acordo com a Resolução 4.373, a definição de investidor estrangeiro abrange pessoas físicas e jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivo, com domicílio ou sede no exterior. De acordo com a Resolução 4.373, os investidores estrangeiros deverão: (1) indicar pelo menos um representante no Brasil, com poderes para praticar atos relativos ao investimento estrangeiro; (2) fornecer todas as informações exigidas a serem enviadas pelo representante no site da CVM; (3) registrar-se na CVM e nas autoridades fiscais brasileiras como investidor estrangeiro; e (4) registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. Os títulos e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros nos termos da Resolução 4.373 deverão ser registrados ou mantidos em contas de depósitos ou em custódia em uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos está restrita às operações executadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados e licenciados pela CVM. Nos termos da Resolução 4.373, os investidores estrangeiros registrados na CVM podem comprar e vender ações em bolsa de valores brasileiras ou mercados de balcão organizados sem obter um certificado de registro separado para cada operação. Os investidores sujeitos a essa regulamentação também têm direito a tratamento fiscal favorável. O Anexo II da Resolução 4.373 prevê a emissão de recibos depositários nos mercados estrangeiros em relação às ações de emissores brasileiros. Com relação às ofertas públicas de nossas ações ordinárias, foi emitido um registro eletrônico em nome do depositário relativamente às ADSs, mantido em custódia em nome do depositário. Esse registro eletrônico foi executado pelo Sistema de Informações do Banco Central - Sisbacen. De acordo com o registro, o custodiante e o depositário poderão converter dividendos e outras distribuições relativas às ações ordinárias representadas pelas ADSs em moeda estrangeira e remeter os recursos ao exterior. No caso do titular de ADSs trocar essas ADSs por ações ordinárias, o custodiante deverá atualizar o registro de o investimento junto ao Banco Central nos cinco dias úteis após a troca. Para receber as ações ordinárias, o investidor deve ter um registro no Banco Central e na CVM nos termos da resolução 4.373. Até obter esse registro, o titular não poderá receber as ações ordinárias. Além disso, se o investidor estrangeiro residir em jurisdição conhecida por “paraíso fiscal” ou não for investidor registrado nos termos da Resolução 4.373, ele estará sujeito a tratamento fiscal brasileiro menos favorável do que de um titular de ADSs. Consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de risco – Riscos relativos às nossas ações ordinárias e ADSs – Caso os titulares de ADSs troquem as ADSs por ações ordinárias, correrão o risco de perder a possibilidade da remessa de moeda estrangeira ao exterior e as vantagens fiscais brasileiras“ e o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências fiscais relevantes no Brasil“. 10E. Tributação A seguinte discussão, sujeita às limitações estabelecidas abaixo, resume certas considerações tributárias relevantes do Brasil e dos Estados Unidos relacionadas ao controle de nossas ações ordinárias ou ADSs. Essa discussão não pretende ser uma análise completa de todas as considerações fiscais relativas a esses países e não aborda o tratamento fiscal de acionistas segundo a legislação de outros países. Acionistas residentes em países que não o Brasil e os Estados Unidos, bem como acionistas residentes nesses dois países, são fortemente incentivados a consultar seus respectivos assessores fiscais com relação às leis do país que são relevantes para eles. Este resumo se baseia na legislação fiscal do Brasil e dos Estados Unidos em vigor na data deste relatório anual, sujeito a alterações, possivelmente com efeito retroativo, e a interpretações divergentes. Qualquer mudança nessa legislação poderá alterar as consequências descritas abaixo. Embora não haja, atualmente, tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países entabularam discussões que podem culminar em algum tratado. Não se pode garantir, entretanto, se ou quando um tratado entrará em vigor e como afetará os titulares norteamericanos de ações ordinárias ou ADSs. Repercussões fiscais brasileiras relevantes Generalidades. A discussão a seguir resume as repercussões fiscais brasileiras relevantes com relação à aquisição, propriedade e venda de ações ordinárias ou ADSs, conforme o caso, por um titular que não seja considerado como domiciliado no Brasil (“titular estrangeiro”), para fins de tributação brasileira. Esta discussão não abrange todas as considerações fiscais que possam ser pertinentes para uma decisão de compra de nossas ações ordinárias ou ADSs e não se aplica a todas as categorias de investidores, algumas das quais estão sujeitas a regras especiais, nem aborda especificamente todas as considerações de imposto de renda federal brasileiro aplicáveis a qualquer titular particular. Ela é baseada na legislação tributária brasileira em vigor na data deste relatório anual, sujeita a alterações, possivelmente com efeito retroativo, e a interpretações divergentes. Cada comprador em potencial é incentivado a consultar seu próprio assessor fiscal sobre as consequências específicas de imposto de renda federal brasileiro decorrentes de um investimento em nossas ações ordinárias ou ADSs. Tributação de Dividendos. Os dividendos, inclusive os dividendos de ações e outros pagos em espécie ao depositário por ADSs, ou a um titular estrangeiro quanto a ações ordinárias, não estão, atualmente, sujeitos à retenção de imposto, desde que sejam pagos a partir de lucros gerados a partir de 1º de janeiro de 1996. Dividendos pagos sobre os lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 podem estar sujeitos a imposto de renda brasileiro retido a taxas variáveis, de acordo com a legislação fiscal aplicável a cada ano. Neste contexto, deve-se observar que a lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, alterou significativamente a Lei das Sociedades por Ação para alinhar as normas brasileiras contábeis geralmente aceitas mais estreitamente com as IFRS (Normas Internacionais de Relatórios Financeiros). No entanto, a Lei 11.941, de 27 de maio de 2009, introduziu o Regime Tributário Transitório ("RTT") para neutralizar, do ponto de vista fiscal, todas as alterações previstas pela Lei 11.638. Nos termos do RTT, para efeitos fiscais, as pessoas jurídicas devem observar os métodos e critérios contábeis em vigor em 31 de dezembro de 2007. Os lucros determinados nos termos da Lei 11.638/07 (“lucros IFRS") podem diferir dos lucros calculados em conformidade com os métodos e critérios contábeis em vigor em 31 de dezembro de 2007 ("lucros de 2007"). Embora tenha sido uma prática geral de mercado para distribuir dividendos isentos, com base na decisão normativa 1.397 sobre os lucros IFRS, emitida pelas autoridades fiscais brasileiras em 16 de setembro de 2013, ela estabeleceu que as pessoas jurídicas devem observar os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 (lucros de 2007), a fim de determinar o montante dos lucros que podem ser distribuídos com isenção de imposto de renda aos seus beneficiários. Qualquer lucro pago acima dos lucros 2007 ("dividendos em excesso”) estará, na visão das autoridades fiscais e, no caso específico, dos beneficiários não residentes, sujeito às seguintes regras de tributação: (1) 15% de imposto de renda retido na fonte (“WHT” - Withholding Income Tax), no caso de beneficiários domiciliados no exterior, mas não numa jurisdição fiscal com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo) e (2) 25% de WHT, no caso de beneficiários domiciliados numa jurisdição fiscal com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo). Para atenuar potenciais conflitos sobre o assunto, a Lei 12.973, de 13 de maio de 2014, além de revogar o RTT, introduziu um novo conjunto de regras fiscais, ou Novo Regime Fiscal, incluindo novas disposições no que diz respeito a dividendos em excesso. Nos termos destas novas disposições: (1) dividendos em excesso relacionados a lucros avaliados de 2008 a 2013 estarão isentos; (2) potenciais controvérsias continuam sendo relacionadas aos dividendos em excesso relativos aos lucros de 2014, a menos que nossa empresa opte voluntariamente por aplicar o Novo Regime Fiscal em 2014; e (3) a partir de 2015, quando o Novo Regime Fiscal for obrigatório e tiver completamente substituído o RTT, os dividendos devem ser considerados totalmente isentos. Tributação de Ganhos. De acordo com a Lei 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, os ganhos de capital realizados com a venda ou alienação de ativos localizados no Brasil, por um titular estrangeiro, independentemente de a venda ou alienação ter sido efetuada a outro residente estrangeiro ou residente brasileiro, está sujeita à tributação no Brasil. Nesse sentido, quando da alienação das ações ordinárias, consideradas como ativos localizados no Brasil, o titular estrangeiro poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos, cobrado, de acordo com as regras descritas abaixo, independentemente de as operações serem realizadas no Brasil ou no exterior, e com um residente brasileiro ou não. Em relação às ADSs, embora o assunto não seja isento de dúvidas, pode-se considerar que os lucros realizados por um titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente estrangeiro não são tributáveis no Brasil, com base no argumento de que as ADSs não constituem ativos localizados no Brasil para fins da Lei 10.833/03. No entanto, não podemos garantir que a justiça brasileira interprete a definição de ativos localizados no Brasil relacionada à tributação de ganhos realizados por um titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente estrangeiro. Portanto, o ganho sobre a venda de ADSs por um titular estrangeiro a um residente no Brasil (ou mesmo para um residente estrangeiro, no caso de a justiça determinar que as ADSs constituem ativos localizados no Brasil) poderá estar sujeito a imposto de renda no Brasil, de acordo com as regras descritas abaixo para ADSs ou aquelas aplicáveis à alienação de ações ordinárias, quando adequado. É importante esclarecer que, de acordo com a legislação fiscal brasileira, as regras de imposto de renda sobre ganhos relacionadas a venda de ações ordinárias ou ADSs podem variar dependendo do domicílio do titular estrangeiro, a forma pela qual o investidor registrou seu investimento no Banco Central e/ou como a alienação é efetuada, conforme descrito abaixo. O depósito de ações ordinárias em troca de ADSs poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos de capital no Brasil à alíquota de 15%, ou 25%, no caso de titular estrangeiro localizado em jurisdição com pouca ou nenhuma taxação (conforme definido abaixo), se o custo de aquisição das ações ordinárias for menor que (1) o preço médio por ação ordinária em bolsa de valores brasileira onde se tenha vendido o maior número de tais ações no dia do depósito ou (2) caso não tenha havido venda de ações ordinárias naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações ordinárias foi vendido nos quinze pregões imediatamente anteriores ao depósito. Nesse caso, a diferença positiva entre o preço médio das ações ordinárias, calculado conforme acima, e o custo de aquisição correspondente podem ser considerados ganho de capital. Em algumas circunstâncias, pode haver argumentos que sustentem que este tratamento tributário não é aplicável no caso de titulares estrangeiros registrados nos termos da Resolução 4.373 (“Titular 4.373”) que não forem titulares em Paraíso Fiscal nem residentes em jurisdições com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo). A retirada de ADSs em troca de ações ordinárias não deve ser considerada como dando margem a ganho de capital sujeito a impostos brasileiros, desde que as regras regulatórias com relação ao registro do investimento perante o Banco Central sejam devidamente observadas. Ganhos cobrados sobre a venda de ações ordinárias efetuada em Bolsa de Valores brasileira (que inclui operações realizadas no mercado de balcão organizado): • estão isentos de imposto de renda quando calculado por um titular estrangeiro que seja (i) titular 4.373 e (ii) não seja residente em jurisdição com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo); ou • estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15% em qualquer outro caso, inclusive ganhos cobrados por um titular estrangeiro que (i) não seja titular 4.373 e/ou (ii) seja um titular 4.373 residente em jurisdição com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo). Nesses casos, o imposto retido na fonte de 0,005% sobre o valor da venda será aplicável e poderá compensar o eventual imposto de renda devido sobre ganhos de capital. Quaisquer outros ganhos tributados sobre a venda de ações ordinárias não realizada nas bolsas de valores brasileiras estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15%, exceto para residentes de jurisdição com pouca ou nenhuma taxação (conforme definido abaixo) que, nesse caso, estão sujeitos a imposto de renda a uma alíquota de 25%. No caso dos ganhos estarem relacionados a operações realizadas no mercado de balcão não organizado com intermediação, o imposto de renda retido na fonte de 0,005% sobre o valor da venda deverá também se aplicar e poderá compensar eventual imposto de renda devido sobre ganhos de capital. No caso de resgate de ações ordinárias ou ADS ou redução de capital de uma empresa brasileira, a diferença positiva entre o valor efetivamente recebido pelo titular estrangeiro e o custo de aquisição das ações ordinárias ou ADSs resgatadas, é considerada ganho de capital originário da venda ou troca de ações ordinárias realizada em uma bolsa de valores brasileira e, portanto, está sujeita a imposto de renda à alíquota de 15% ou 25%, conforme o caso. Como regra geral, os ganhos obtidos em resultado de uma transação de venda de ações ordinárias ou ADSs são determinados pela diferença entre o valor obtido na venda ou troca de ações ou ADSs e seu custo de aquisição. Não há garantia de que o tratamento tributário preferencial atual dos detentores de ADSs estrangeiros e dos titulares 4.373 de ações ordinárias continue. Todo exercício de direitos de preferência relativos a ações ordinárias não está sujeito a imposto de renda no Brasil. Qualquer ganho na venda ou cessão de direitos de preferência relativos a nossas ações ordinárias ou ADSs por titulares estrangeiros de ações ordinárias estará sujeito à tributação brasileira sobre a renda, conforme as mesmas regras aplicáveis à venda ou alienação dessas ações. Tributação sobre juros sobre patrimônio líquido. (Consulte o "Item 8 Informações financeiras — A. Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras — Dividendos e política de dividendos — Histórico do pagamento de dividendos e juros sobre o patrimônio líquido e política de dividendos”). Em conformidade com a lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e suas alterações, as empresas brasileiras podem efetuar pagamentos aos acionistas caracterizados como distribuições de juros sobre o patrimônio líquido da empresa, como alternativa à distribuição de dividendos. Esses juros são calculados usando a TJLP conforme periodicamente determinado pelo Banco Central e, para efeitos fiscais, não pode ultrapassar: • 50% da renda líquida (após dedução da contribuição social sobre lucros líquidos, antes de levar em conta essa distribuição e a provisão para imposto de renda corporativo) para o período com relação ao qual o pagamento é efetuado; e • 50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro na data do início do período em relação ao qual se está fazendo o pagamento. A Lei das Sociedades por Ação estabelece que juros atribuídos ao patrimônio líquido com relação às ações ordinárias pagos aos acionistas estrangeiros, incluindo titulares estrangeiros de ADSs, estão sujeitos a imposto de renda brasileiro retido na fonte à taxa de 15%, ou 25% no caso de residente em jurisdição com baixa ou nenhuma tributação (conforme definido abaixo) ou ou onde as leis locais aplicáveis impõem restrições à divulgação de composição acionária ou a posse de investimentos ou o beneficiário final do rendimento derivado de operações efetuadas e atribuíveis a um titular estrangeiro. A distribuição de juros sobre patrimônio líquido pode ser determinada por nosso Conselho de Administração. Não podemos assegurar que nosso Conselho de Administração não determine que futuras distribuições de lucros possam ser efetuadas por meio de juros sobre o patrimônio líquido em vez de dividendos. Os valores pagos como distribuição de juros sobre o patrimônio líquido são dedutíveis do imposto de renda e contribuição social para fins de lucros, ambos sendo impostos cobrados sobre nossos lucros, desde que respeitemos os limites e regras descritas acima. Jurisdições com baixa ou nenhuma tributação Em 4 de junho de 2010, as autoridades fiscais brasileiras promulgaram a instrução normativa 1.037 listando (i) os países e jurisdições considerados jurisdições com baixa ou nenhuma tributação em que a legislação local não permite acesso às informações relacionadas com a composição acionária de entidades jurídicas, à sua posse ou à identidade do verdadeiro beneficiário dos rendimentos atribuídos a não residentes e (ii) os regimes fiscais privilegiados, cuja definição é dada pela lei 11.727, de 23 de junho de 2008. Em 12 de dezembro de 2014 a Receita Federal brasileira emitiu a Portaria 488 reduzindo o conceito de jurisdições fiscais favoráveis para aquelas que taxam o rendimento abaixo da alíquota de 17% (o conceito anterior adotava uma alíquota máxima de 20% para esse efeito), que iria provavelmente resultar em alteração da lista prevista na instrução normativa 1.037. No entanto, observe que a Portaria 488 não se aplica aos titulares 4.373. Embora acreditemos que a melhor interpretação da legislação fiscal atual possa levar à conclusão de que o conceito acima mencionado "regime fiscal privilegiado" se aplique exclusivamente para fins de regras de preços de transferência e baixa capitalização no Brasil, não podemos assegurar que a legislação futura ou as interpretações pela administração tributária brasileira acerca da definição de "regime fiscal privilegiado", estabelecida pela lei 11.727 também se aplique a titular estrangeiro nos pagamentos de juros sobre o patrimônio líquido. Não obstante o acima exposto, recomendamos que você consulte seus próprios assessores fiscais quanto às consequências da aplicação da Lei 11.727, da Instrução Normativa 1.037 e da Portaria 488. Se a Receita Federal determinar que o conceito de "regime fiscal privilegiado" se aplica a impostos retidos cobrados sobre pagamentos feitos a um titular estrangeiro, o imposto retido aplicável a esses pagamentos pode ser taxado a uma alíquota de até 25,0%. Tributação em Operações Cambiais (“IOF/Câmbio”). Conforme o decreto 6.306, a conversão em moeda estrangeira ou a conversão em moeda brasileira dos rendimentos recebidos ou remetidos por entidade brasileira sobre investimento estrangeiro no mercado de capitais brasileiro, inclusive os relacionados a investimento por titular estrangeiro em ações ordinárias ou ADSs, pode estar sujeita a um imposto sobre operações de câmbio (IOF/Câmbio). A alíquota atual aplicável para quase todas as transações cambiais é de 0,38%. No entanto, operações de câmbio efetuadas na entrada de recursos no Brasil por um titular 4.373 estão sujeitas ao IOF/Câmbio à alíquota de (i) 0% em caso de operações de renda variável realizadas na BM&FBOVESPA, bem como nas aquisições de ações de companhias abertas brasileiras, em ofertas públicas ou de subscrição de ações relacionadas com as contribuições de capital, desde que a empresa emitente tenha registrado suas ações para negociação na bolsa de valores e de (ii) 0% para a saída de recursos do Brasil relacionada a esses tipos de investimentos, incluindo pagamentos de dividendos e juros sobre o patrimônio líquido e o repatriamento de fundos investidos no mercado brasileiro. Além disso, o IOF/Câmbio é atualmente cobrado à alíquota de 0% sobre a retirada das ADSs em ações. Em qualquer caso, o governo federal pode aumentar a alíquota a qualquer momento para até 25,0%. No entanto, qualquer aumento das alíquotas só poderá ser aplicado em operações futuras. Impostos sobre Operações de Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários (“IOF/Títulos”). Conforme o Decreto 6.306/07, o IOF/Títulos pode ser cobrado sobre qualquer operação envolvendo títulos e valores mobiliários, mesmo se essas operações forem realizadas na Bolsa de Valores. A alíquota do IOF/Títulos aplicável a operações envolvendo ações ordinárias é atualmente zero. Em particular, o IOF/Títulos também é cobrado à alíquota de 0% sobre a transferência de ações negociadas na bolsa brasileira com o objetivo de emissão de certificados de depósito a serem negociados fora do Brasil. O governo brasileiro pode aumentar a alíquota de IOF/Títulos a qualquer momento para até 1,5% por dia do valor da transação, mas somente em relação a transações futuras. Outros Tributos Brasileiros. Não existem impostos brasileiros sobre herança, doação ou sucessão aplicáveis à propriedade, transferência ou venda de ações ordinárias ou ADSs por titular estrangeiro. Contudo, impostos sobre doações e herança podem ser cobrados em alguns estados do Brasil sobre doações feitas ou heranças cedidas por titulares estrangeiros a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas nesses estados brasileiros. Não existem tributos ou encargos de selos, emissão, registro ou similares a pagar pelos portadores de ações ordinárias ou ADSs. Consequências relevantes do imposto de renda federal dos EUA A análise a seguir, sujeita às limitações e condições estabelecidas no presente documento, resume determinadas repercussões significativas do imposto de renda federal dos EUA na compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Esta análise só se aplica aos usufrutuários de ações ordinárias ou ADSs da Embraer que Titulares Norte-Americanos (conforme definido abaixo) que detiverem ações ordinárias ou ADSs da Embraer com ativos de capital (geralmente para fins de investimento). Esta análise não aborda todos os aspectos da tributação federal de renda dos EUA que podem ser aplicáveis a titulares norteamericanos, incluindo consequências fiscais de doações, espólios, alternativa mínima e contribuição à Medicare, ou as repercussões fiscais para titulares norte-americanos sujeitos a tratamento especial de acordo com a legislação tributária federal dos EUA, incluindo: • sociedades e outras entidades classificadas como sociedades para fins de imposto de renda federal dos EUA; • entidades com isenção fiscal; • corretores e negociantes de títulos ou moedas estrangeiras; • companhias de seguro; • algumas instituições financeiras; • pessoas físicas que possuem ações ordinárias ou ADSs da Embraer como parte de um investimento integrado, incluindo uma operação de straddle, hedge ou conversão, composta de ações ordinárias ou ADSs da Embraer e de um ou mais contratos abertos para fins tributários; • pessoas físicas cuja moeda funcional não seja o dólar para fins de imposto de renda federal nos EUA; • pessoas físicas que possuem de fato ou construtivamente 10% ou mais ações com direito a voto da Embraer; • pessoas físicas que adquiriram ações ordinárias ou ADSs da Embraer de acordo com o exercício de qualquer opção de ações para funcionários ou de alguma outra forma como compensação; e • pessoas físicas que detêm ações ordinárias ou ADSs da Embraer relativas a permutas ou negócios realizados fora dos Estados Unidos. Além disso, não são examinadas considerações fiscais estaduais, locais ou fora dos Estados Unidos na compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. A análise se baseia nas disposições do Internal Revenue Code (Código Americano da Receita Federal) de 1986, e seus aditamentos, ou Código, em seu histórico legislativo, nas regulamentações finais, temporárias e propostas existentes do Tesouro dos EUA, normas e outros posicionamentos da Receita Federal dos EUA, ou IRS, e decisões judiciais até a presente data deste relatório anual. Essas autoridades podem ser anuladas, revogadas ou modificadas (com possível efeito retroativo) gerando consequências para imposto de renda federal dos EUA diferentes das examinadas adiante. Esta análise também se baseia em parte nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação no contrato de depósito e qualquer contrato relacionado serão executados de acordo com os seus termos. É recomendável que os acionistas consultem seus próprios assessores fiscais independentes sobre as consequências da tributação federal dos EUA relativas à propriedade de ações ordinárias e ADSs, à luz de situações particulares, bem como de quaisquer consequências decorrentes de qualquer outra jurisdição fiscal. Conforme utilizado neste documento, o termo “titular nos EUA” significa um usufrutuário de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, que representam ações ordinárias da Embraer que seja (1) uma pessoa física que é cidadão ou reside nos Estados Unidos, (2) uma empresa ou outra entidade tributada como empresa, constituída ou organizada de acordo com a legislação dos Estados Unidos, de qualquer Estado ou do Distrito de Columbia, (3) uma propriedade cuja renda está sujeita à tributação da receita federal dos EUA qualquer que seja a sua fonte ou (4) um truste (a) sujeito à supervisão de um tribunal nos Estados Unidos e ao controle de uma ou mais pessoas nos Estados Unidos conforme descrito na cláusula 7701(a)(30) do Código ou (b) que tenha uma eleição válida em vigor conforme as regulações do Tesouro dos EUA para ser tratada como pessoa dos Estados Unidos. Exceto quando descrito especificamente abaixo, esta análise assume que não somos uma companhia de investimentos estrangeira passiva, ou PFIC (“Passive Foreign Investment Company”), para as finalidades do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Se uma sociedade (ou entidade tratada como sociedade para fins de imposto de renda federal dos EUA) detiver ações ordinárias ou ADSs da Embraer, o tratamento tributário dessa sociedade e de cada sócio geralmente dependerá da situação do sócio nessa sociedade. Sociedades que detêm ações ordinárias ou ADSs da Embraer e sócios que detêm essas ações ordinárias ou ADSs são incentivados a consultar seus assessores fiscais em relação às repercussões da compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. De um modo geral, para fins de tributação federal nos EUA, os detentores nos EUA usufrutuários de uma ADS serão tratados como titulares das ações ordinárias associadas da Embraer, representadas pelas ADSs. O Tesouro dos EUA manifestou preocupação de que as partes para as quais as ADSs são pré-lançadas antes que as ações sejam entregues ao depositário ou intermediários na cadeia de propriedade entre os detentores de ADSs e o emissor do título subjacente às ADSs, podem estar executando ações que são incoerentes com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros por detentores de ADSs. Deste modo, a credibilidade de quaisquer impostos brasileiros poderia ser afetada por medidas tomadas por essas partes ou intermediários. Depósitos ou retiradas das ações associadas por detentores nos EUA para ADSs não estão sujeitos a impostos federais dos EUA. Distribuições de ações ordinárias ou ADSs da Embraer Para fins de imposto de renda federal dos EUA, os valores brutos de qualquer distribuição (inclusive distribuições de encargos de juros nocionais atribuídos ao capital líquido) pagos aos titulares norte-americanos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer (inclusive impostos brasileiros retidos na fonte aplicados a essas distribuições) serão tratados como dividendos, por serem pagos sobre ganhos e lucros atuais ou acumulados da Embraer, conforme determinado pelos princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Esses dividendos poderão ser incluídos na receita bruta de um titular nos EUA como renda comum na data do recebimento ou da provisão pelo titular. No caso de o valor de qualquer distribuição ultrapassar os ganhos e lucros atuais e acumulados da Embraer em um exercício fiscal (conforme determinado pelos princípios de tributação federal nos EUA), primeiro a distribuição será tratada como retorno de capital não tributável conforme a base de cálculo ajustada do titular norte-americano de ações ordinárias ou ADSs da Embraer e, após isso, como ganho de capital. Não esperamos manter os cálculos acerca dos ganhos e lucros de acordo com os princípios do imposto de renda federal dos EUA, e até o momento em que, e se estes cálculos forem feitos, os titulares norte-americanos devem assumir que uma distribuição dos ganhos e lucros será paga e será tratada como dividendo para fins de imposto de renda federal dos EUA. Dividendos pagos pela Embraer não serão qualificados para dedução de dividendos recebidos, permitida às empresas conforme o Código. O montante de qualquer distribuição em espécie paga em reais será incluído na renda bruta do titular norte-americano em uma quantia equivalente em dólar dos reais calculados pela taxa de câmbio de referência em vigor na data em que o dividendo for recebido ou provisionado pelo titular norte-americano, no caso de ações ordinárias da Embraer, e pelo depositário, no caso de ADSs, independentemente de os reais serem convertidos em dólares. Se os reais recebidos como dividendos não forem convertidos em dólares na data do recebimento, o titular nos EUA terá uma base de cálculo em reais igual ao seu valor em dólares na data do recebimento. Todos os ganhos ou perdas realizados numa conversão subsequente ou outra disposição dos reais serão tratados como renda ou perda comum de fonte dos Estados Unidos para fins de impostos federais dos EUA. Sujeito às discussões anteriores sobre as preocupações expressas pelo Tesouro dos EUA e a várias limitações e condições complexas, o titular norte americano terá direito de reivindicar créditos fiscais nos EUA com relação a qualquer imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos recebidos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Os titulares norte-americanos que não tiverem direito a reivindicar créditos por impostos pagos no exterior poderão solicitar uma dedução referente a esse imposto brasileiro retido na fonte. Os dividendos recebidos em relação às ações ordinárias ou ADSs da Embraer serão tratados como fonte de renda no exterior para fins de imposto de renda federal dos EUA e serão “renda de categoria passiva” para fins de cálculo de créditos fiscais no exterior, na maioria dos casos, sujeitos a várias limitações. As normas para cálculo de crédito ou retenção de impostos estrangeiros são extremamente complexas e é recomendável que os detentores nos EUA consultem seus próprios assessores fiscais quanto à disponibilidade de crédito de impostos estrangeiros referente ao imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos pagos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Sujeito a algumas exceções para posições de curto prazo e de hedge, o valor de dividendos recebidos por determinados titulares não corporativos norte-americanos (inclusive pessoas físicas), relativo a ações ordinárias e ADSs da Embraer, poderá ter direito a uma taxa de tributação reduzida, se os dividendos representarem "receita qualificada de dividendos". Os dividendos pagos sobre ações ordinárias ou ADSs da Embraer serão tratados como receita qualificada de dividendos se (1) as ações ordinárias ou ADSs da Embraer forem prontamente negociáveis num mercado de valores estabelecido nos Estados Unidos, (2) o titular norteamericano atender ao período de detenção para as ações orfinárias ou ADSs (normlamente mais de 60 dias durante o período de 121 dias que se inicia 60 dias antes da data do ex-dividendo e (3) a Embraer não tenha sido, no ano anterior ao qual o dividendo foi pago, e não for, no ano em que o dividendo está sendo pago, uma empresa estrangeira de investimentos passiva, ou PFIC. Segundo orientação divulgada pelo IRS, as ADSs da Embraer devem ser qualificadas como prontamente negociáveis em mercados de capitais estabelecidos nos Estados Unidos, desde que negociadas na NYSE. No caso de ações ordinárias da Embraer detidas diretamente por titulares norte-americanos e não associadas a uma ADS, não fica claro se dividendos pagos referentes a essas ações representarão “receita de dividendos qualificada”. Recomenda-se que os titulares norteamericanos que possuem ações ordinárias da Embraer diretamente e não associadas a uma ADS consultem seus próprios assessores fiscais independentes. Com base em nossas demonstrações financeiras auditadas e nos dados pertinentes de mercado e acionistas, a Embraer acredita que não era uma PFIC para fins de imposto de renda federal dos EUA no exercício fiscal de 2016. Além disso, com base em nossas demonstrações financeiras auditadas ou projetadas e nas expectativas atuais relativas ao valor e à natureza dos nossos ativos, às fontes e natureza de nossa renda, e nos dados de mercado e acionistas relevantes, não esperamos passar a ser uma PFIC no ano fiscal de 2017. Entretanto, como essa determinação baseia-se na natureza da renda e ativos da Embraer ocasionalmente, envolvendo a aplicação de regras complexas de tributação, e como a visão da Embraer não é vinculante nos tribunais ou no IRS (Internal Revenue Service), nenhuma garantia pode ser dada de que a Embraer não será considerada uma PFIC no ano fiscal atual ou em qualquer ano fiscal passado ou futuro. A aplicação potencial das regras PFIC é analisada em mais detalhes abaixo. Venda, troca ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs da Embraer O titular norte-americano contabilizará ganhos ou perdas tributáveis em qualquer venda, troca ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs da Embraer em valor igual à diferença entre o valor realizado na venda, troca ou outra alienação tributável e a base de cálculo ajustada do imposto do titular nos EUA (determinada em dólares) nas ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Esses ganhos ou perdas de capital geralmente serão ganhos ou perdas de capital e serão ganhos ou perdas de capital de longo prazo se o período de detenção das ações ordinárias ou ADSs da Embraer for superior a um ano. Certos titulares norteamericanos (incluindo pessoas físicas) podem ter direito a alíquotas preferenciais de impostos federais nos Estados Unidos para ganhos de capital de longo prazo. A possibilidade de dedução de perdas de capital está sujeita a limitações determinadas no Código. Qualquer ganho ou perda contabilizado por um titular norte-americano na venda, troca ou alienação tributável das ações ordinárias ou ADSs da Embraer geralmente será ganho ou perda de fontes norteamericanas para fins de crédito de impostos estrangeiros nos Estados Unidos. Consequentemente, se um imposto brasileiro retido na fonte for tributado decorrente de uma venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, os detentores norte-americanos que não possuem receita de fonte estrangeira suficiente, talvez não possam tirar benefícios de crédito de impostos efetivos nos EUA, com relação a esses impostos retidos na fonte ou impostos sobre ganhos de capital brasileiros. As normas relativas a créditos de impostos no exterior, incluindo o valor de imposto de renda pago no exterior que possam ser reclamados com crédito em determinado ano, são complexas e sujeitas a limitações. Recomenda-se aos detentores norte-americanos consultarem seu próprio assessor fiscal sobre a aplicação de normas para o crédito de impostos pagos no exterior, de acordo com suas circunstâncias particulares. Depósitos e retiradas de ações ordinárias em troca de ADSs não implicam a realização de ganhos ou perdas para efeitos fiscais nos EUA. Normas para Empresas Passivas de Investimento Externo Se durante qualquer exercício de uma empresa não americana, 75% ou mais da renda bruta da empresa consistir de certos tipos de receita “passiva”, ou se o valor médio, durante um exercício, dos “ativos passivos” da empresa (geralmente ativos que geram receita passiva) for 50% ou mais do valor médio de todos os ativos da empresa, esta será tratada como “empresa passiva de investimento externo,” ou PFIC, nos termos da legislação federal fiscal dos EUA. Se uma empresa for tratada como PFIC, o titular norte-americano poderá estar sujeito a maior tributação sobre a venda de suas ações, ou sobre o recebimento de certos dividendos, a não ser que esse titular norte-americano opte por ser tributado atualmente sobre a sua parcela pro rata da receita da empresa, seja ou não essa receita distribuída na forma de dividendos, ou que faça, de outra maneira, uma opção “market-to-market” em relação ao capital da empresa, conforme permitido pelo Código. Atualmente, um titular norte americano que possui ações ordinárias ou ADSs em qualquer ano em que a Embraer for uma PFIC acima de certos valores irrelevantes e não se qualificar para algumas outras isenções, seria obrigado a preencher o Formulário IRS 8621 para relatar essas participações. Além disso, conforme analisado acima, o titular norte-americano não faria jus (se pudesse de outra maneira) à alíquota reduzida preferencial de imposto sobre determinadas receitas de dividendos. Conforme indicado acima, embora nenhuma garantia possa ser oferecida, com base nas nossas operações, projeções e planos de negócios e outros itens, a Embraer não acredita que ela (ou sua antecessora) tenha sido anteriormente ou seja, atualmente, uma PFIC, nem espera se tornar uma PFIC nos próximos exercícios. Recomenda-se que os titulares norte-americanos consultem seus próprios assessores fiscais independentes, sobre a possível aplicação de normas para PFICs e demais requisitos de declaração às ações ordinárias ou ADSs, e sobre a disponibilidade e a conveniência de se qualificarem para evitar as consequências fiscais negativas das normas para PFICs em qualquer exercício fiscal. Relatório de informações e retenção de proteção. Em geral, pagamentos de dividendos sobre as ações ordinárias ou ADSs da Embraer e pagamentos do resultado da venda, troca ou outra alienação de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, pagos nos Estados Unidos ou por meio de certos intermediários financeiros relacionados aos Estados Unidos a um titular norteamericano, estão sujeitos à prestação de relatórios de informações e podem estar sujeitos à retenção de proteção a uma alíquota máxima atual de 28%, a menos que o titular norte-americano (1) seja uma empresa ou outro recebedor isento ou (2) no caso de retenção de proteção, forneça um número exato de identificação de contribuinte e declare não ter ocorrido perda de isenção na retenção de proteção. A retenção de proteção não é um imposto adicional. O valor de qualquer retenção de proteção sobre o pagamento a um titular norteamericano é contabilizado como crédito na declaração de renda do titular norte-americano, desde que as devidas informações sejam fornecidas ao IRS em tempo hábil. Um titular norte-americano poderá obter o reembolso de qualquer valor retido de acordo com as regras de retirada de proteção que exceder a responsabilidade tributária federal dos EUA, dando entrada em uma reclamação de reembolso no IRS. Além disso, certos titulares norte americanos são obrigados a comunicar ao IRS informações relativas a uma participação nas ações ordinárias ou ADSs, sujeitos a exceções (incluindo uma exceção para ações ordinárias ou ADSs detidas em contas mantidas por determinadas instituições financeiras), anexando um Formulário IRS 8938 completo, Declaração de determinados ativos financeiros estrangeiros, com suas declarações de imposto de cada ano em que detetiveram participação nas ações ordinárias ou ADSs. Os titulares norte americanos devem consultar seus próprios consultores fiscais sobre o efeito, se houver, desses requisitos de declaração de informações sobre sua aquisição, propriedade e alienação de ações ordinárias ou ADSs. 10F. Dividendos e agentes pagadores Não se aplica. 10G. Declarações de peritos Não se aplica. 10H. Documentação disponível Estamos sujeitos à apresentação periódica de relatórios e outras exigências de informação da Lei de Mercado de Capitais. Da mesma forma, somos obrigados a fornecer relatórios e outras informações à SEC. Mediante o pagamento de uma taxa, você poderá examinar e obter cópias de relatórios e outras informações protocoladas por nós na SEC, em seu setor de registros públicos, no endereço 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549. Para obter informações sobre o funcionamento desse setor, ligue para a SEC nos Estados Unidos, no telefone 1-800-SEC-0330. Também é possível examinar e copiar este material nos escritórios da Bolsa de Valores de Nova York (New York Stock Exchange, Inc.), 20 Broad Street, New York, New York 10005. Enviamos eletronicamente à Comissão nosso relatório anual no formulário 20-F, incluindo nossas demonstrações financeiras, e outros relatórios, inclusive nossos relatórios no formulário 6-K. Esse material está disponível no site www.sec.gov. Também enviamos eletronicamente demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos à CVM no seu portal: www.cvm.gov.br. Cópias de nossos relatórios anuais no formulário 20-F, de documentos citados neste relatório anual e em nosso estatuto social, ficarão à disposição para inspeção, mediante solicitação em nossa sede à Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, 12227-901, São José dos Campos, São Paulo, Brasil. 10I. Informação complementar Não exigido. ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO Estamos expostos a diversos riscos de mercado, basicamente relacionados a perdas potenciais resultantes de mudanças adversas nas taxas de juros e de câmbio. Estabelecemos políticas e procedimentos para administrar a nossa sensibilidade ao risco das taxas de juros e de câmbio. Estes procedimentos incluem o monitoramento dos nossos níveis de risco de mercado, contendo uma análise baseada em previsão dos fluxos de caixa futuros, financiamento dos ativos de taxa variável com passivos de taxa variável, e limitação dos ativos de taxa fixa financiados com passivos de taxa flutuante. Também podemos usar instrumentos financeiros derivativos para diminuir os efeitos das flutuações de taxas de juros e para reduzir nosso risco de câmbio. As seções a seguir tratam dos riscos de mercado significativos associados às nossas atividades financeiras. Risco de taxa de juros Nossa exposição ao risco de mercado quanto a flutuações da taxa de juros está relacionada, principalmente, às alterações nas taxas de juros de mercado dos nossos ativos e passivos expressos em dólar e real, principalmente as nossas dívidas de curto e de longo prazo. Os aumentos e reduções das taxas de juros em vigor em geral se traduzem em aumentos e reduções na despesa de juros. Além disso, os valores justos dos instrumentos sensíveis às taxas de juros também são afetados pelas condições gerais do mercado. Nossas obrigações de curto e longo prazo totalizaram US$ 3.759,9 milhões em 31 de dezembro de 2016 e estão expressas em dólares, reais e euros. Do total da dívida expressa em dólares (isto é, US$ 2.910,6 milhões), aproximadamente US$ 2.626,2 milhões eram de taxas fixas. O resto da dívida em taxa flutuante expressa em dólar estava indexado à taxa LIBOR. De nossa dívida de US$ 832,9 milhões em 31 de dezembro de 2016, expressa em reais, US$ 16,9 milhões pagam juros a uma taxa variável com base na TJLP e US$ 816,0 milhões pagam juros à taxa fixa de 6,50% ao ano. A TJLP era de 7,5% ao ano em 31 de dezembro de 2016. Nossa dívida expressa em euros totalizava US$ 16,4 milhões em 31 de dezembro de 2016, com taxa de juros fixa. A tabela abaixo apresenta informações sobre nossas obrigações de dívida de curto prazo em 31 de dezembro de 2016, sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio. Dívida de curto prazo Dólares (taxa fixa) ................................. Dólares (indexados à taxa LIBOR) ........ Euro (taxa fixa) ...................................... Euro (indexado à taxa EURIBOR) ........ Reais (taxa fixa) ..................................... Reais (indexados à taxa CDI) ................ Reais (indexados à TJLP) ...................... Dívida total de curto prazo.............. (1) Média ponderada Taxa de juros 2016(1) (%) 5,40 2,32 1,83 — 6,50 — 7,43 Valor total pendente Valor justo total (em milhões de US$) 259,0 14,2 3,6 — 222,8 — 10,7 510,3 259,0 14,2 3,6 — 222,8 — 10,7 510,3 A taxa de juros se refere exclusivamente à média ponderada de nosso endividamento (curto e longo prazo), e não representa as taxas indexadas em 31 de dezembro de 2016. O quadro a seguir contém informações sobre a nossa dívida de curto e longo prazo em 31 de dezembro de 2016 sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio. Dívida a longo prazo Dólares (taxa fixa) ...................................... Dólares (indexados à taxa LIBOR) ........... Euro (taxa fixa) ........................................... Euro (indexado à taxa EURIBOR) ............ Reais (taxa fixa) ......................................... Reais (indexados à taxa CDI) .................... Reais (indexados à TJLP) .......................... Taxa de juros média ponderada 2016(1) (%) Valor total pendente 5,40 2,32 1,83 — 6,50 — 7,43 Dívida total de longo prazo ................ (1) 2017 2.367,2 12,8 270,2 1,9 12,8 9,2 — — 593,2 276,8 — — 6,2 4,1 3.249,6 304,8 2021 e depois Valor justo total 0,4 161,1 201,0 1.991,9 20,1 23,6 55,1 169,5 1,0 2,6 — — — — — — 134,8 79,2 78,1 24,3 — — — — 0,6 0,6 0,6 0,3 156,9 267,1 334,8 2.186,0 2.711,9 270,2 12,8 — 593,2 — 6,2 3.594,3 2018 2019 2020 A taxa de juros se refere exclusivamente à média ponderada de nosso endividamento (curto e longo prazo), e não representa as taxas indexadas em 31 de dezembro de 2016. Para administrar nosso risco de taxa de juros em nossos passivos monetários, efetuamos diversas operações de swap, que convertem US$ 784,9 milhões de nossa dívida de taxa fixa expressa em reais em obrigações com taxa flutuante expressas em reais, e convertem US$ 6,5 milhões de nossa dívida com taxa flutuante expressa em dólares em obrigações com taxa fixa expressas em dólares. A tabela abaixo apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de curto e longo prazo em 31 de dezembro de 2016, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima: Dívida de curto prazo Dólares (taxa fixa) .............................................................................. Dólares (indexados à taxa LIBOR) ................................................... Euro (taxa fixa) ................................................................................... Euro (indexado à taxa EURIBOR) .................................................... Reais (taxa fixa) ................................................................................. Reais (indexados à taxa CDI) ............................................................ Reais (indexados à TJLP) ................................................................ Dívida total de curto prazo ........................................................ (1) Taxa de juros média ponderada 2016(1) Valor total pendente (%) 5,40 2,46 1,83 — 3,81 5,52 7,43 Valor justo total (em milhões de US$) 255,8 17,4 3,6 — 23,3 199,5 10,7 255,8 17,4 3,6 — 23,3 199,5 10,7 510,3 510,3 A taxa de juros se refere exclusivamente à média ponderada de nosso endividamento (curto e longo prazo), e não representa as taxas indexadas em 31 de dezembro de 2016. A tabela a seguir apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de longo prazo em 31 de dezembro de 2016, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima: Dívida a longo prazo Dólares (taxa fixa) ............. Dólares (indexado à taxa LIBOR ................... Euro (taxa fixa) .................. Euro (indexado à taxa EURIBOR) .................... Reais (taxa fixa) ................ Reais (indexados à taxa CDI) .................... Reais (indexados à TJLP) .......................... Dívida total de longo prazo ............. (1) Taxa de juros média ponderada 2016 (1) (%) Valor total pendente 2017 2018 2019 (em milhões de US$) 2020 2021 e depois Valor justo total 1.993,5 2, 715,3 5,40 2.370,7 13,2 0,9 161,6 201,5 2,46 1,83 266,7 12,8 1,5 9,2 19,6 1,0 23,1 2,6 54,6 — — 3,81 — 7,8 — 7,8 — — — — — — 5,52 585,4 269,0 134,8 79,2 78,1 24,3 585,4 7,43 6,2 4,1 0,6 0,6 0,6 0,3 6,2 3.249,6 304,8 156,9 267,1 304,8 2.186,0 3.594,3 167,9 — — — 266,8 12,8 — 7,8 A taxa de juros se refere exclusivamente à média ponderada de nosso endividamento (curto e longo prazo), e não representa as taxas indexadas em 31 de dezembro de 2016. Risco da taxa de câmbio Ao administrar nosso risco de câmbio, procuramos contrabalançar os nossos ativos expressos em moeda diferente do dólar contra os nossos passivos, também expressos em moeda diferente do dólar mais o capital social em relação às nossas previsões de fluxos de caixa futuros. Além do risco em moeda estrangeira relacionada às nossas obrigações de financeiras conforme resumido acima, também temos outros ativos e passivos expressos em moedas outras que não o dólar. Esses ativos e passivos são basicamente caixa e aplicações de liquidez imediata, ativos financeiros, contas a receber e a pagar, imposto de renda diferido, dividendos e outros ativos e passivos, basicamente expressos em reais. Os efeitos sobre tais ativos e passivos da valorização ou desvalorização de outras moedas em relação ao dólar resultam em ganhos (perdas) contabilizados como resultado de renda (despesa) de juros líquida. Os ganhos e perdas com conversão em dólares, originários de novos cálculos em nossas demonstrações financeiras, são contabilizados em nossa demonstração de resultado como ganho de câmbio (perda), líquido. Nossa exposição do fluxo de caixa vem como resultado do fato de que aproximadamente 8,0% de nossas receitas líquidas e 15,0% de nossos custos totais são expressos em reais. Ter mais custos que receitas expressos em reais gera essa exposição. Para mais informações sobre hedges e instrumentos derivativos, consulte a Nota 8 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. A tabela abaixo contém informações sobre nossos ativos e passivos expostos ao risco de câmbio em 31 de dezembro de 2016, além das operações com derivativos em aberto nessa data. Instrumentos financeiros indexados a moedas outras que o dólar Valor pendente por ano de vencimento Valor total pendente 2017 2018 2019 2020 2021 Depois Valor justo total (em milhões de US$) ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros Em reais .......................... 1.180,0 1.180,0 - - - - - 1.180,0 Em euros ......................... 127,1 127,1 - - - - - 127,1 Em outras moedas .......... Contas a receber .................. 44,7 44,7 - - - - - 44,7 Em reais .......................... 69,6 69,6 - - - - - 69,6 Em euros ......................... 68,0 68,0 - - - - - 68,0 Em outras moedas .......... Ativos de imposto de renda diferido .................................. 0,1 0,1 - - - - - 0,1 Em reais .......................... - - - - - - - - Em euros ......................... 8,4 0,8 0,8 0,8 0,7 0,8 4,5 8,4 Em outras moedas .......... Outros ativos ......................... 2,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,6 2,6 Em reais .......................... 307,9 159,4 148,5 - - - - 307,9 Em euros ......................... 37,7 33,0 4,7 - - - - 37,7 Em outras moedas .......... 0,8 0,8 - - - - - 0,8 Total de ativos em reais ........ 1.557,5 1.409,0 148,5 - - - - 1.557,5 Total de ativos em euros ....... Total de ativos em outras moedas................................... PASSIVOS............................ Empréstimos.......................... 241,2 228,9 5,5 0,8 0,7 0,8 4,5 241,2 48,1 45,7 0,2 0,2 0,2 0,2 1,6 48,1 Em reais .......................... 832,9 233,5 280,9 135,4 79,8 78,7 24,6 832,9 Em euros ......................... 16,4 3,6 9,2 1,0 2,6 - - 16,4 - - - - - - - - 91,9 91,9 - - - - - 91,9 Em outras moedas .......... Contas a pagar a fornecedores....................... Em reais .......................... Instrumentos financeiros indexados a moedas outras que o dólar Valor pendente por ano de vencimento Valor total pendente 2017 2018 2019 2020 2021 Depois Valor justo total (em milhões de US$) Em euros ......................... 75,3 75,3 - - - - - 75,3 Em outras moedas .......... Adiantamentos de clientes .... 1,7 1,7 - - - - - 1,7 Em reais .......................... Outras contas a pagar e passivos provisionados.......... 145,4 145,4 - - - - - 145,4 Em reais ................................ 538,6 372,4 166,2 - - - - 538,6 Em euros ............................... 35,5 31,0 4,5 - - - - 35,5 Em outras moedas................. Impostos e contribuições sociais a pagar ...................... 5,8 5,7 0,1 - - - - 5,8 Em reais ................................ 107,8 38,8 20,8 14,0 7,6 4,7 Em euros ............................... 3,2 3,2 - - - - - 3,2 Em outras moedas................. Impostos provisionados sobre o lucro.......................... - - - - - - - - Em reais ................................ 1,0 1,0 - - - - - 1,0 Em euros ............................... 6,9 6,9 - - - - - 6,9 Em outras moedas................. Passivos de imposto de renda diferido........................ 1,5 1,5 - - - - - 1,5 Em reais ................................ 732,8 66,5 66,4 66,4 62,9 67,8 402,8 732,8 Em euros ............................... 7,3 0,7 0,7 0,7 0,6 0,7 3,9 7,3 Em outras moedas................. Dividendos provisionados ..... 2,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,1 2,1 Em reais ................................ Contingências ....................... 24,8 24,8 - - - - - 24,8 Em reais ................................ 73,4 12,2 5,7 5,7 5,7 5,7 38,4 73,4 Em euros ............................... 3,3 0,1 0,3 0,3 0,3 0,3 2,0 3,3 Total do passivo em reais...... 2.548,6 986,5 540,0 221,5 156,0 156,9 487,7 2.548,6 147,9 120,8 14,7 2,0 3,5 1,0 5,9 147,9 Total de passivos em euros ... Total de passivos em outras 21,9 107,8 Instrumentos financeiros indexados a moedas outras que o dólar Valor pendente por ano de vencimento Valor total pendente 2017 2018 2019 2020 2021 Depois Valor justo total (em milhões de US$) moedas................................... 11,1 Total da exposição em reais.. Total da exposição em euros...................................... Total de exposição em outras moedas ....................... (991,1) 9,1 0,3 0,2 0,2 0,2 422,5 (391,5) (221,5) (156,0) (156,9) 1,1 (487,7) 11,1 (991,1) 93,3 108,1 (9,2) (1,2) (2,8) (0,2) (1,4) 93,3 37,1 36,7 (0,1) - - - 0,5 37,1 Risco de crédito Podemos incorrer em perdas, caso as contrapartes de nossos diversos contratos não paguem valores que nos são devidos. A este respeito, nosso principal risco de crédito deriva da venda de aeronaves, peças sobressalentes e serviços relacionados a clientes, incluindo as obrigações financeiras relacionadas às vendas nos casos em que fornecemos as garantias para o benefício das entidades de financiamento para a aquisição de aeronaves dos nossos clientes. Também estamos expostos ao risco de crédito das contrapartes dos nossos contratos de derivativos financeiros. Os instrumentos financeiros que potencialmente podem nos sujeitar a concentração de riscos de crédito são: (1) caixa e equivalentes de caixa; (2) contas a receber de clientes e outras; (3) financiamento comercial a clientes; (4) adiantamentos a fornecedores; e (5) contratos de derivativos financeiros. Procuramos limitar o nosso risco de crédito associado com caixa e equivalentes de caixa, efetuando investimentos com esses instrumentos em títulos a curto prazo e fundos mútuos em instituições de grau de investimento. Com relação a contas a receber de clientes e financiamento comercial a clientes, buscamos limitar o nosso risco de crédito através da realização de avaliações de crédito em curso. Todos esses clientes estão atualmente cumprindo seus compromissos conosco, operando dentro dos limites de crédito estabelecidos que atribuímos a eles e são considerados pela diretoria como representando um nível aceitável de risco de crédito para nós. Os adiantamentos a fornecedores são feitos apenas com fornecedores selecionados de longa data. A situação financeira desses fornecedores é analisada continuamente, com vista a limitar os riscos de crédito. Abordamos o risco de crédito relacionado a instrumentos de derivativos limitando as contrapartes desses derivativos às principais instituições financeiras. Também existe um risco de crédito relativo à venda de aeronaves durante o período no qual seus compradores estão em processo de finalização dos financiamentos para aquisições de nossas aeronaves. Para minimizar esses riscos, as análises de crédito são continuamente monitoradas, trabalhamos próximos às instituições financeiras para facilitar o financiamento a clientes. ITEM 12. DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, EXCETO AÇÕES 12A. Títulos de dívida Não se aplica. 12B Garantias e direitos Não se aplica. 12C. Outros títulos Não se aplica. 12D. Ações de depósitos americanos Honorários e encargos do depositário O depositário pode cobrar e receber de (1) cada pessoa a quem ADSs forem emitidas, incluindo, entre outros, emissões contra depósitos de ações, emissões em relação a compartilhar distribuições, direitos e outras distribuições, emissões em conformidade com um dividendo de ações ou desdobramento de ações declarado por nós ou emissões em conformidade com uma fusão, troca de títulos ou qualquer outra transação ou evento que afete as ADSs ou os valores mobiliários depositados e (2) cada pessoa devolvendo ADSs para retirada dos valores mobiliários depositados ou cujos ADSs estejam canceladas ou reduzidas por qualquer outro motivo, US$ 5,00 para cada 100 ADSs (ou parte dela) emitida, entregue, reduzida, cancelada ou devolvida (se for o caso) mais quaisquer taxas adicionais cobradas por qualquer autoridade governamental ou outras instituições como a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia ou a BM&FBOVESPA S.A., bolsa de valores onde as ações estão registradas para negociação. O depositário pode vender (por venda pública ou privada) uma quantidade suficiente de títulos e bens recebidos em relação às distribuições de ações, direitos e outras distribuições antes do depósito para pagar essas taxas. Os seguintes encargos adicionais serão pagos pelos titulares de ADSs, por qualquer parte depositando ou retirando ações, por qualquer parte resgatando ADSs ou para a qual sejam emitidos ADSs (incluindo, sem limitação, emissão referente a dividendo sobre o capital ou divisão de capital por nós declarada, ou uma troca de valores referentes a ADSs, títulos depositados ou distribuição de ADSs conforme a cláusula 10 do acordo de depósito), o que for aplicável: • uma taxa de US$ 0,02 ou menos por ADS para qualquer distribuição em dinheiro feita conforme o acordo de depósito; • uma taxa de US$ 1,50 por ADS ou ADSs ou transferências efetuadas conforme a cláusula 3 do acordo de depósito; • uma taxa para distribuição ou venda de títulos conforme a cláusula 10 do acordo de depósito, taxa essa sendo de valor igual à taxa de execução e entrega de ADSs mencionada acima que teria sido cobrada pelo depósito desses títulos (para fins da cláusula 7 do acordo de depósito considerando todos esses títulos como se fossem ações), mas sendo que os títulos ou a receita líquida em dinheiro obtidos da venda correspondente serão distribuídos pelo depositário aos titulares de ADS com direito; • qualquer outro encargo devido por qualquer depositário, quaisquer agentes do depositário, incluindo, sem limitação, o custodiante, os agentes dos agentes do depositário ligados aos serviços prestados de nossas ações ordinárias ou outros títulos depositados (esse encargo será cobrado dos titulares registrados de nossos ADSs na data de registro ou nas datas definidas pelo depositário e será devido a critério exclusivo do depositário por cobrança aos titulares registrados ou por dedução desse encargo de um ou mais dividendos em espécie ou de outras distribuições em espécie); • uma taxa agregada de US$ 0,02 por ADS por ano civil (ou fração) para os serviços prestados pelo depositário para administrar os ADSs (taxa essa que pode ser cobrada periodicamente durante cada ano civil e deve ser avaliada pelos titulares na(s) data(s) de registro definida(s) pelo depositário durante cada ano civil e será paga a critério exclusivo do depositário por esses titulares faturando ou deduzindo essa cobrança de um ou mais dividendo em dinheiro ou outras distribuições em dinheiro); e • uma taxa para o reembolso dessas taxas, encargos e despesas incorridos pelo depositário e/ou de seus agentes (incluindo, sem limitação, o custodiante e as despesas incorridas em nome dos titulares relacionados com o cumprimento de regulamentos de controle cambial ou qualquer lei ou regulamento relativo a investimento estrangeiro) em conexão com o serviço às ações ou outros valores mobiliários depositados, a venda de valores mobiliários (incluindo, sem limitação, os valores mobiliários depositados), a entrega de valores mobiliários depositados ou relacionados com os do depositário ou o cumprimento de seu custodiante à lei, regra ou regulamento aplicável (taxas e encargos que serão estimados numa base proporcional contra os titulares a partir da(s) data(s) de registro definida(s) pelo depositário e serão pagas a critério exclusivo do depositário, faturando esses titulares ou deduzindo essa cobrança de um ou mais dividendo em dinheiro ou outras distribuições em dinheiro). Pagaremos todos os outros encargos e despesas do depositário e de qualquer agente do depositário (exceto o custodiante), de acordo com os contratos ocasionais entre nós e o depositário, exceto: • transferência de ações ou outros impostos e outros encargos governamentais (que são pagos pelos titulares ou pessoas que depositam ações); • encargos de remessa, telex, fax e entrega a pedido das pessoas que depositam, ou titulares que entregam ações, ADSs ou valores mobiliários depositados (que são pagos por essas pessoas ou titulares); • taxas de transferência ou registro para o registro ou a transferência de valores mobiliários depositados em qualquer cadastro aplicável relacionado com o depósito ou retirada de valores mobiliários depositados (que são pagos pelas pessoas que depositam ações ou titulares retirando valores mobiliários depositados; não existem essas taxas com relação às ações na data do acordo de depósito); e • relativo à conversão de moeda estrangeira em dólares, o JPMorgan Chase Bank, N.A. (“JPMorgan”) deduzirá dessa moeda estrangeira as taxas, despesas e outros encargos cobrados por ele e/ou seu agente (que pode ser uma divisão, filial ou afiliada) nomeado com relação a essa conversão, sendo que o JPMorgan e/ou seu agente pode atuar como mandante para essa conversão de moeda estrangeira. Esses encargos podem a qualquer momento e ocasionalmente ser alterados por acordo mútuo entre nós e o depositário. Pagamentos ao depositário para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 Em 2016, o JPMorgan Chase Bank pagou US$ 2,4 milhões em despesas da Embraer, associadas às relações de investidores, incorridas em 2016, qualificadas para reembolso por parte do JPMorgan Chase Bank, segundo nossos acordos contratuais com essa entidade. PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES Nada a relatar. ITEM 14. MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS TITULARES DE VALORES MOBILIÁRIOS E UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS Alterações substanciais nos direitos dos portadores de valores mobiliários Não se aplica. Utilização dos recursos Não se aplica. ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS Controles e procedimentos de divulgação Controles e procedimentos de divulgação se referem aos controles e outros procedimentos adotados por nós e planejados para assegurar que informações obrigatórias que devemos divulgar, nos relatórios que protocolamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam registradas, processadas, resumidas e relatadas, nos períodos especificados nas regras e formulários da SEC e que essas informações obrigatórias a serem divulgadas, nos relatórios que protocolamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam acumuladas e comunicadas aos nossos diretores, incluindo nossos principais diretores executivos e financeiros, ou às pessoas com funções semelhantes, conforme adequado para permitir decisões relativas às divulgações obrigatórias em tempo hábil. Nosso Diretor Presidente, Paulo Cesar de Souza e Silva, e nosso Vice-Presidente Executivo Financeiro e Relações com o Investidor, José Antonio de Almeida Filippo, após avaliarem, junto com a diretoria, a eficácia do projeto e operação de nossos controles e procedimentos de divulgação (conforme definidos nas Regras 13a15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais) em 31 de dezembro de 2016, final do período coberto por este relatório anual, concluíram que, nesta data, nossos controles e procedimentos de divulgação eram eficazes para assegurar que as informações obrigatórias que devemos divulgar em relatórios que protocolamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, fossem registradas, processadas, resumidas e relatadas nos períodos especificados nas regras e formulários da SEC, e fossem eficazes para garantir que essas informações são acumuladas e comunicadas à nossa diretoria, inclusive nosso Diretor-Presidente e nosso Diretor Financeiro, conforme adequado para permitir decisões relativas às divulgações obrigatórias em tempo hábil. Relatório anual da diretoria sobre o controle interno das demonstrações financeiras A diretoria é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre relatórios, conforme definido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA. Nosso controle interno sobre as demonstrações financeiras é um processo elaborado para fornecer garantia à diretoria e ao Conselho de Administração com relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e à preparação de demonstrações financeiras para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Devido às limitações inerentes, o controle interno das demonstrações financeiras pode não impedir ou detectar declarações incorretas. O controle interno eficaz sobre demonstrações financeiras não pode fornecer, e não fornece, garantia absoluta de alcançar nossos objetivos de controle. Além disso, as projeções de qualquer avaliação de eficácia quanto a períodos futuros estão sujeitas ao risco de que controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou que o grau de cumprimento das políticas ou procedimentos possa deteriorar. A diretoria avaliou a eficácia de nossos controles internos sobre as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2016. Ao efetuar essa avaliação, a diretoria usou os critérios determinados pelo Committee of Sponsoring Organizations da Treadway Commission (COSO) (Comitê de Organizações de Patrocínio da Comissão Treadway) em Controle Interno — Estrutura Integrada (2013). Com base nessa avaliação, a diretoria concluiu que, em 31 de dezembro de 2016, nosso controle interno das demonstrações financeiras é eficiente com base nesses critérios. Relatório dos auditores públicos contábeis independentes A eficácia de nosso controle interno sobre demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016 foi auditada pela KPMG Auditores Independentes, uma uma empresa de auditoria independente, conforme declarado em seu relatório apresentado na página F-2 deste documento. Mudanças no controle interno sobre relatórios financeiros Nossa área de riscos e controles internos avalia periodicamente nossos controles internos dos principais ciclos, documentando os processos usados em cada ciclo, identificando oportunidades e sugerindo aprimoramentos dos mecanismos de controle existentes. Não houve quaisquer mudanças nos controles internos das demonstrações financeiras, durante o período coberto por este relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial os controles internos das demonstrações financeiras. ITEM 16A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DA COMISSÃO DE AUDITORIA Nosso Conselho de Administração determinou que Sergio Eraldo de Salles Pinto, membro efetivo de nosso Comitê de Auditoria e Riscos, é um “especialista em finanças do comitê de auditoria”, conforme definido pelas regras atuais da SEC. Para considerações sobre a função do nosso Comitê de Auditoria e Riscos, consulte o "Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos”. ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA Nosso Conselho de Administração adotou um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos conselheiros, diretores e funcionários em todo o mundo, incluindo o diretor-presidente, o diretor financeiro e o controller. Um exemplar do nosso Código de Ética e Conduta foi incluída no Anexo 11.1 deste relatório anual. ITEM 16C. PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE AUDTORIA A tabela a seguir apresenta, por categoria de serviço, o total de taxas por serviços executados pela KPMG Auditores Independentes, nos exercícios fiscais findos em 31 de dezembro de 2015 e 2016: Principais honorários e serviços de contabilidade Honorários de auditoria ................................................................................................ Honorários relacionados à auditoria ............................................................................. Honorários de serviços tributários ................................................................................ Todos os outros honorários........................................................................................... Total............................................................................................................................. Exercício findo em 31 de dezembro de 2016 2015 (em milhares de US$) 2.441,1 113,8 51,2 19,3 2.625,4 2.511,0 106,0 33,0 0 2.650,0 Honorários de auditoria Os honorários de auditoria consistem no total dos honorários em relação a (1) a auditoria de nossas demonstrações financeiras anuais e revisões trimestrais limitadas pelos GAAP do Brasil e as IFRS emitidas pelo IASB que são publicadas no Brasil e nos EUA (protocolado na SEC no formulário 6-K), (2) nossas demonstrações financeiras consolidadas conforme as IFRS emitidas pelo IASB, (3) revisão legal das nossas subsidiárias e (4) emissão de carta de conforto relacionada à emissão de notas pela empresa em 2016. Honorários relacionados à auditoria Os honorários relacionados à auditoria consistiram principalmente dos honorários agregados em relação aos serviços de compliance prestados à empresa e algumas de nossas subsidiárias relacionados a documentos protocolados nas agências regulatórias e governamentais. Honorários de serviços tributários Os honorários de serviços tributários consistem no total dos honorários relativos aos serviços de conformidade fiscal para algumas de nossas subsidiárias. Todos os outros honorários Todos os outros honorários de auditoria se referem a serviços diversos prestados em 2016 para algumas subsidiárias. Políticas e procedimentos para aprovação Nosso Conselho de Administração aprova todos os serviços de auditoria e afins prestados pela KPMG Auditores Independentes. Os serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes não especificamente incluídos no escopo da auditoria devem ser aprovados pelo Comitê de Auditoria e Riscos antes de qualquer contratação. Conforme a Regra 2-01 do Regulamento S-X, os comitês de auditoria podem aprovar determinados honorários para serviços relacionados à auditoria, serviços fiscais e outros serviços segundo uma exceção de minimis antes da conclusão de um trabalho de auditoria. Em 2016, 2015, 2014, 2013 e 2012, nenhum dos honorários pagos à KPMG Auditores Independentes e à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi aprovado segundo a exceção de minimis. ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMISSÕES DE AUDITORIA Nenhuma. TEM 16E. COMPRAS DE TÍTULOS PELA EMITENTE E COMPRADORAS FILIADAS Em 10 de março de 2016, nosso Conselho de Administração aprovou um novo programa de recompra de ações de nossas ações ordinárias, em conformidade com a Instrução 10/80 da CVM. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 3.000.000 de ações ordinárias, representando aproximadamente 0,4% do nosso capital em circulação, que em 10 de março de 2016 totalizava 737.439.054 ações ordinárias em circulação. ITEM 16F. MUDANÇA DE AUDITOR DA INTERESSADA Conforme divulgado em nosso relatório atual no Formulário 6-K fornecido em 23 de dezembro de 2016, nosso conselho fiscal, comitê de auditoria e conselho de administração aprovaram a contratação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, ou PwC, como nossa empresa de auditoria independente iniciando em 1º de janeiro de 2017. A PwC substituirá a KPMG Auditores Independentes, ou KPMG, devido a rotação periódica e planejada de auditores de acordo com as regras da CVM. O relatório de auditoria da KPMG, datado de 28 de março de 2016, sobre nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2015 não contém opinião adversa ou ressalvas na opinião, nem foi qualificado ou modificado devido à incerteza, escopo de auditoria ou princípios contábeis. O relatório de auditoria da KPMG datado de 27 de março de 2015 sobre nossas demonstrações financeiras consolidadas para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2014 também não continha uma opinião adversa ou ressalvas na opinião, nem era qualificado ou modificado quanto à incerteza, escopo de auditoria ou princípios contábeis. O relatório de auditoria da KPMG, datado de 28 de março de 2016, sobre a efetividade de nosso controle interno sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2015 não contém ressalva na opinião nem foi modificado quanto ao escopo da auditoria ou de outra forma. O relatório de auditoria da KPMG datado de 27 de março de 2015 sobre a efetividade de nosso controle interno sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2014 também não continha ressalva na opinião nem foi modificado quanto ao escopo de auditoria ou de outra forma. Durante os dois exercícios fiscais anteriores à rotação da KPMG, não houve desacordos entre nós e a KPMG sobre quaisquer questões de princípios ou práticas contábeis, divulgação de demonstrações financeiras ou escopo ou procedimento de auditoria, cujos desentendimentos, se não resolvidos de forma satisfatória pela KPMG, fizessem com que a KPMG fizesse referência ao objeto do desacordo em seu relatório sobre nossas demonstrações financeiras consolidadas. Durante os dois exercícios fiscais anteriores à rotação da KPMG, não houve “eventos relatáveis” conforme esse termo é definido no item 304 (a) (1) (v) do Regulamento S-K. Nós fornecemos à KPMG uma cópia deste Item 16F e pedimos e recebemos da KPMG uma carta endereçada à SEC informando se a KPMG concorda ou não com as declarações acima. Uma cópia da carta da KPMG está anexada como Anexo 16.1 a este relatório anual. Durante os dois anos fiscais anteriores à rotação da KPMG, nem nós nem qualquer pessoa que atuou em nosso nome, consultou a PwC sobre quaisquer dos assuntos ou eventos previstos no item 3.04 (a) (2) do Regulamento S-K. ITEM 16G GOVERNANÇA CORPORATIVA Estamos sujeitos às normas de listagem de governança corporativa da NYSE. Como emissora estrangeira privada, as normas aplicadas à nossa empresa são significativamente diferentes das normas aplicadas às empresas abertas americanas. Segundo as regras na NYSE, somos apenas obrigados a: (1) manter um comitê de auditoria ou conselho fiscal, de acordo com a isenção pertinente disponível para emissores estrangeiros privados, que atenda a determinadas exigências, conforme discutido abaixo, (2) fornecer certificação imediata pelo Diretor-Presidente de qualquer não cumprimento significativo de qualquer regra de governança corporativa, e (3) fornecer uma breve descrição das diferenças relevantes entre nossas práticas de governança corporativa e a prática de governança corporativa da NYSE, a ser observada pelas companhias abertas norteamericanas. A seguir, a descrição das diferenças significativas entre as nossas práticas de governança corporativa e as práticas exigidas das empresas americanas abertas. Maioria de diretores independentes As regras da NYSE determinam que a maioria do Conselho deve ser formada por conselheiros independentes. O termo “independência” é definido por vários critérios, incluindo a ausência de relacionamento significativo entre o conselheiro e a sociedade aberta, cuja independência deve ser determinada de forma explícita pelo Conselho de Administração. Da mesma forma, as regras de negociação do Novo Mercado exigem que no mínimo 20% dos membros do Conselho de Administração de uma sociedade aberta do segmento de Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo sejam independentes. A independência dos membros do Conselho de Administração de acordo com as regras de negociação do Novo Mercado é definida por critérios semelhantes aos estabelecidos nas regras da Bolsa de Valores de Nova York - NYSE. Com exceção de José Magno Resende de Araújo (representante do governo federal, devido à propriedade pelo governo da golden share), Alexandre Magalhães Filho e Herbert Claros da Silva (ambos representantes de nossos funcionários), todos os membros atuais do nosso Conselho de Administração declararam que são independentes para efeitos das regras de negociação do Novo Mercado. Nossos diretores cumprem os requisitos de qualificação da Lei das Sociedades por Ações, os requisitos da CVM e as Regras do Novo Mercado. A Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto exigem que os conselheiros sejam eleitos por nossos acionistas na assembleia geral de acionistas. A eleição dos membros do nosso Conselho de Administração, quando não houver solicitação de adotar um sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de votação por chapa de candidatos, em que a votação será baseada numa lista de candidatos a conselheiros, não se permitindo a votação de candidatos individuais. De acordo com nosso estatuto, o Conselho de Administração nomeará uma chapa para o próximo mandato do conselho. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal na condição de titular da golden share e (2) dois membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários. Os demais oito Conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar de duas ou mais chapas diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma chapa, e a chapa que receber o número mais alto de votos será declarada eleita. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Atos constitutivos e contrato social – Conselho de Administração – Eleição do Conselho de Administração”. Sessões executivas As normas da NYSE determinam que os conselheiros não diretores se reúnam em sessões executivas realizadas periodicamente sem a presença da diretoria. A Lei das Sociedades por Ações não tem esse tipo de disposição. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, até um terço dos membros do Conselho de Administração pode ser eleito pela diretoria. Os outros conselheiros não diretores não têm poderes explícitos para supervisionar a diretoria e não é necessário que estes conselheiros se reúnam regularmente sem a presença da diretoria. Consequentemente, os conselheiros não diretores de nosso conselho não se reúnem regularmente em sessões executivas. Comitê de Nomeação/Governança Empresarial As regras da NYSE determinam que as empresas abertas tenham um Comitê de Nomeação/Governança Empresarial composto somente por conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito contendo o objetivo do comitê e detalhando as responsabilidades exigidas que incluem, entre outras obrigações, identificar e selecionar candidatos a membros do conselho e desenvolver um conjunto de princípios de governança corporativa aplicáveis à empresa. A lei brasileira não exige que formemos um Comitê de Nomeação/Governança Empresarial e, consequentemente, até esta data, não criamos esse comitê. Os conselheiros são eleitos pelos acionistas na assembleia geral ordinária. Nossas práticas de governança corporativa são adotadas por todos os membros do conselho. Comitê de remuneração As regras da NYSE determinam que as empresas abertas tenham um Comitê de Remuneração composto somente por conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito contendo o objetivo do comitê e detalhando as responsabilidades exigidas que incluem, entre outras obrigações, analisar as metas da empresa relativas à remuneração do diretor-presidente, avaliar o desempenho do diretor-presidente e aprovar as faixas de remuneração do diretor-presidente e fazer recomendações ao conselho quanto à remuneração, pagamento de incentivos e planos de participação em ações dos outros conselheiros. A lei brasileira não nos obriga a formar um Comitê de Remuneração. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, o valor total disponível para remuneração de nossos conselheiros e diretores e para pagamentos de participação nos lucros a nossos diretores é determinado pelos acionistas na assembleia geral ordinária. O Conselho de Administração é responsável por determinar a remuneração individual e a participação nos lucros de cada diretor, além da remuneração dos membros do conselho e do comitê. Ao fazer essas determinações, o conselho avalia o desempenho dos diretores, inclusive o desempenho do diretor-presidente. Comitê de auditoria As normas da NYSE determinam que as companhias abertas tenham um comitê de auditoria que (1) seja composto por no mínimo três conselheiros independentes com conhecimento de finanças, (2) atenda às regras da SEC relativas a comitês de auditoria para companhias abertas, (3) tenha pelo menos um membro especializado em contabilidade ou administração financeira e (4) seja regido por um estatuto escrito contendo o objetivo exigido do comitê e detalhando as responsabilidades necessárias. Temos um Comitê de Auditoria e Riscos, que atende aos requisitos do Artigo 10A-3 da Lei de Mercado de Capitais de 1934. Não pleiteamos isenção das normas de listagem para comitês de auditoria. O Comitê de Auditoria e Riscos estatutário da Embraer é composto por membros independentes do nosso Conselho de Administração. Devido ao fato de emissores privados estrangeiros estarem sujeitos à legislação local, que pode proibir todo o Conselho de Administração de delegar certas responsabilidades ao Comitê de Auditoria, nos termos do artigo 10A-3, os comitês de auditoria de emissores privados estrangeiros podem assumir responsabilidades, que podem incluir poderes consultivos, no que diz respeito a essas questões, nos termos da lei. Devido a certas restrições impostas pela Lei das Sociedades por Ações, nosso Comitê de Auditoria e Riscos, ao contrário de um comitê de auditoria dos EUA, tem um papel apenas “consultivo” e só pode fazer recomendações a serem adotadas pelo Conselho de Administração, que é responsável pelo voto e a decisão final. Por exemplo, nosso Comitê de Auditoria e Riscos faz recomendações relativas a nomeação de empresas de auditoria, que estão sujeitas ao voto do Conselho de Administração. Nosso Comitê de Auditoria e Riscos cumpre as exigências legais brasileiras (inclusive no que diz respeito a "Membros independentes do conselho", conforme definido pela legislação brasileira). Aprovação de planos de participação no capital pelos acionistas As regras da NYSE determinam que os acionistas devem ter a oportunidade de votar em todos os planos de remuneração por participação no capital e nas revisões de porte desses planos, com algumas exceções. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem aprovar todos os planos de participação no capital. Além disso, toda emissão de novas ações que exceder nosso capital social autorizado deverá ser aprovada pelos acionistas. Diretrizes de governança corporativa As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar suas diretrizes de governança corporativa. Além de sujeitar-nos aos regulamentos do Novo Mercado, que inclui regras de governança corporativa, não adotamos outras diretrizes formais com relação à matéria. Adotamos e seguimos uma política de divulgação, nossa Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes, que exige a divulgação pública de todas as informações relevantes de acordo com as diretrizes estipuladas pela CVM, além de uma Política de Utilização Abusiva de Informação Privilegiada, nossa Política de Operações com Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários, que, entre outras disposições, determina períodos de abstenção de negociação e exige que aqueles que possuam informações privilegiadas informem à diretoria todas as operações que envolvam nossos títulos. Código de conduta e ética nos negócios As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar um código de conduta e ética nos negócios para conselheiros, diretores e funcionários, e que essas empresas devem tornar públicas quaisquer abstenções do código para conselheiros ou diretores. A lei brasileira não possui esse tipo de exigência. Entretanto, adotamos um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos diretores, conselheiros e funcionários em todo o mundo, incluindo nossas subsidiárias. Acreditamos que esse código cubra a maior parte das questões exigidas pelas regras da NYSE. Um exemplar do nosso Código de Ética e Conduta foi incluído no Anexo 11.1 deste relatório anual. Para obter uma descrição mais detalhada sobre nosso Código de Ética e Conduta, consulte o "Item 16B. Código de Ética". Revisamos nosso Código de Ética a cada dois anos. A última versão do Código De Ética é a 5ª edição, aprovada em 8 de dezembro de 2016. Função de auditoria interna As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem manter uma função de auditoria interna para fornecer à diretoria e ao comitê de auditoria uma avaliação contínua dos processos de gestão de risco e do sistema de controle interno da empresa. Nossa auditoria interna presta contas para o Comitê de Auditoria e Riscos, e a área de riscos e controles internos presta contas ao Diretor Financeiro, respectivamente, assegurando a independência e competência necessárias para avaliar o esquema de nosso controle interno sobre as demonstrações financeiras, além de testar sua eficácia conforme exigido pela Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. ITEM 16H. DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DA MINA Não se aplica. PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Respondemos ao Item 18 em vez de responder a este item. ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, juntamente com o relatório da empresa de auditoria independente, são apresentadas como parte deste relatório anual e se encontram depois das páginas com as assinaturas deste documento. ITEM 19. ANEXOS Anexo Número Descrição 1.1 Estatuto Social da Embraer aprovado na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 4 de maio de 2016. 2.1 Formulário de Contrato de Depósito, aditado, entre a Embraer, JP Morgan Chase Bank, N.A., como depositário, e os titulares ocasionais de American Depositary Shares, emitidas conforme aqui estipulado, inclusive o formulário de American Depositary Receipts, incorporado neste instrumento por referência do Anexo 9(a)(2) à Declaração de Registro Nº 333-133162 da Embraer. 2.2 Pelo presente, a interessada se compromete a fornecer à SEC, a pedido, cópias dos instrumentos que definem os direitos dos titulares de dívida de longo prazo da interessada e suas subsidiárias consolidadas, e qualquer subsidiária não consolidada para a qual for exigido a apresentação de demonstrações financeiras. 8.1 Lista de subsidiárias da Embraer. 11.1 Código de Ética e Conduta, datado de 8 de dezembro de 2016. 12.1 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor-Presidente. 12.2 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor Financeiro. 13.1 Cláusula 1350 Certificação do Diretor-Presidente. 13.2 Cláusula 1350 Certificação do Diretor Financeiro. 15.1 16.1 Anuência da KPMG Auditores Independentes Carta da KPMG Auditores Independentes ao Securities and Exchange Commission acerca da mudança dos auditores públicos contábeis independentes. ASSINATURAS A Interessada declara que atende a todas as exigências para o arquivamento do Formulário 20-F e que nomeou e autorizou o abaixo-assinado a assinar este relatório anual em seu nome. EMBRAER S.A. Por: (ass.) PAULO CESAR DE SOUZA E SILVA Nome: Paulo Cesar de Souza e Silva Cargo: Diretor-Presidente Por: (ass.) JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA FILIPPO Nome: José Antonio de Almeida Filippo Cargo: Vice-Presidente Executivo e Diretor Financeiro e Relações com Investidores Data: 21 de março de 2017 #4847-6726-6117v5 Embraer S.A. Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2016 e relatório dos auditores independentes ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS INTERMEDIÁRIAS CONDENSADAS Page Índice das Demonstrações Financeiras 1 Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de dezembro de 2016 e 2015 6 Demonstração Consolidada do Resultado para os períodos findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 8 Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente para os períodos findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 9 Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido para os períodos findos em 31 de dezembro 2016, 2015 e 2014 10 Demonstração Consolidada do Fluxo de Caixa para os períodos findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 11 Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras Consolidadas 12 Relatório dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e Acionistas da Embraer S.A. Examinamos o balanço patrimonial consolidado da Embraer S.A. e suas controladas (“Companhia”) em 31 de dezembro de 2016 e 2015, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, da mutação do patrimônio líquido, e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios do período de três exercícios findo em 31 de dezembro de 2016. Também examinamos os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2016, baseados no critério estabelecido no Internal Control - Integrated Framework (2013) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). A Administração da Embraer S.A. é responsável por essas demonstrações financeiras consolidadas, por manter controles internos efetivos sobre relatórios financeiros, e pela avaliação da efetividade destes controles internos sobre relatórios financeiros, incluindo o relatório da gerência dos controles internos sobre relatórios financeiros que está apresentado no Item 15 do Formulário 20-F da Companhia. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras consolidadas e uma opinião sobre os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia baseados em nossas auditorias. Nossas auditorias foram conduzidas de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board - PCAOB (Estados Unidos da América). Essas normas requerem que uma auditoria seja planejada e executada para obter segurança razoável sobre o quanto as demonstrações financeiras estão livres de erro material e o quanto controles internos efetivos sobre relatórios financeiros são mantidos em todos os aspectos relevantes. Nossas auditorias das demonstrações financeiras consolidadas incluíram o exame, com base em testes, de evidências suportes dos saldos e divulgações nas demonstrações financeiras, avaliação dos princípios contábeis utilizados e as estimativas significativas feitas pela Administração, e avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Nossa auditoria dos controles internos sobre relatório financeiro incluiu obtenção de entendimento dos controles internos sobre relatório financeiro, avaliação do risco de que fraquezas materiais existam, e teste e avaliação do desenho e da efetividade operacional dos controles internos baseado no risco avaliado. Nossas auditorias também incluíram a execução de outros procedimentos conforme considerado necessário nas circunstâncias. Nós acreditamos que nossas auditorias proporcionam uma base razoável para as nossas opiniões. O controle interno sobre relatório financeiro de uma companhia é um processo desenhado para fornecer segurança razoável quanto à confiabilidade do relatório financeiro e a preparação das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos sobre relatórios financeiros de uma companhia incluem aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à manutenção de registros que, com detalhe razoável, refletem com exatidão e adequadamente as transações e vendas dos ativos da companhia; (2) forneçam segurança razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que recebimentos e gastos da companhia vêm sendo feitos somente de acordo com autorizações da administração e diretoria da companhia; e (3) forneçam segurança razoável relativa à prevenção ou à detecção em tempo hábil de aquisição, uso ou venda não autorizados de ativos da companhia, que possam ter um efeito material sobre as demonstrações financeiras. Devido às suas limitações inerentes, os controles internos sobre relatório financeiro podem não prevenir ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam tornar-se inadequados devido a mudanças nas condições, ou devido ao fato de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Embraer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2016 e 2015, e o resultado de suas operações e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios do período de três exercícios findo em 31 de dezembro de 2016, em conformidade com International Financial Reporting Standards (IFRS) como emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB). Também em nossa opinião, a Embraer S.A. manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2016, com base no critério estabelecido no Internal Control - Integrated Framework (2013) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). (Original em inglês emitido por) KPMG Auditores Independentes São José dos Campos - Brasil 21 de março de 2017 Embraer S.A. Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhões de dólares AT IVO CIRCULANT E Caixa e equivalentes de caixa Investim entos financeiros Contas a receber de clientes, líquidas Instrum entos financeiros derivativos Financiam entos a clientes Contas a receber vinculadas Estoques Im posto de renda e contribuição social Outros ativos Nota 5 6 7 8 9 10 12 13 NÃO CIRCULANT E Investim entos financeiros Contas a receber de clientes, líquidas Instrum entos financeiros derivativos Financiam entos a clientes Contas a receber vinculadas Depósitos em garantia Im posto de renda e contribuição social diferidos Outros ativos 6 7 8 9 10 11 24.1 13 Investim entos Im obilizado Intangível 16 17 T OT AL AT IVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 31.12.2016 31.12.2015 1.241,5 1.775,5 665,4 21,0 8,5 142,8 2.496,4 80,7 349,9 6.781,7 2.165,5 622,6 781,9 5,2 10,8 91,4 2.314,6 130,2 289,4 6.411,6 168,2 11,1 28,9 180,5 511,4 3,4 156,7 1.060,2 3,9 2.154,2 1.664,6 4.882,9 749,6 1,5 9,2 45,4 316,6 577,3 4,5 119,8 1.823,9 1,2 2.027,4 1.405,4 5.257,9 11.664,6 11.669,5 Embraer S.A. Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhões de dólares PASSIVO CIRCULANT E Fornecedores Em préstim os e financiam entos Dívidas com e sem direito de regresso Contas a pagar Adiantam entos de clientes Instrum entos financeiros derivativos Im postos e encargos sociais a recolher Im posto de renda e contribuição social Garantia financeira e de valor residual Dividendos Receitas diferidas Provisões Nota 19 20 10 21 22 8 23 25 26.1 NÃO CIRCULANT E Em préstim os e financiam entos Dívidas com e sem direito de regresso Contas a pagar Adiantam entos de clientes Im postos e encargos sociais a recolher Im posto de renda e contribuição social diferidos Garantia financeira e de valor residual Receitas diferidas Provisões 20 10 21 22 23 24.1 25 26.1 T OT AL DO PASSIVO PAT RIM ÔNIO LÍQUIDO Capital social Ações em tesouraria Reservas de lucros Rem uneração baseada em ações Ajuste de avaliação patrim onial 29.1 29.3 Participação de acionistas não controladores T OT AL DO PAT RIM ÔNIO LÍQUIDO T OT AL DO PASSIVO E PAT RIM ÔNIO LÍQUIDO 31.12.2016 952,1 510,3 22,9 379,5 716,4 8,4 43,6 25,9 49,7 24,8 311,5 135,8 3.180,9 1.034,9 219,4 10,1 291,1 743,8 12,3 70,8 118,1 161,5 2,7 320,0 95,7 3.080,4 3.249,6 351,0 16,9 139,8 67,9 263,3 161,1 113,9 179,0 4.542,5 7.723,4 3.311,1 374,7 39,6 164,1 80,6 417,3 131,6 117,5 108,9 4.745,4 7.825,8 1.438,0 (49,1) 2.566,1 36,8 (143,0) 3.848,8 92,4 3.941,2 1.438,0 (38,4) 2.456,3 35,4 (149,5) 3.741,8 101,9 3.843,7 11.664,6 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 31.12.2015 11.669,5 Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 Em milhões de dólares (exceto quantidade de ações e lucro por ação) Nota RECEIT AS LÍQ UIDAS Custo dos produtos vendidos e serviços prestados LUCRO BRUT O RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Adm inistrativas Com erciais Pesquisas O utras receitas (despesas) operacionais, líquidas Equivalência patrim onial RESULT ADO OPERACIONAL 33 Receitas (despesas) financeiras, líquidas Variações m onetárias e cam biais, líquidas LUCRO ANT ES DO IM POST O 34 35 Im posto de renda e contribuição social LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO 24.2 Lucro atribuído aos: Acionistas da Em braer Acionistas não controladores 31.12.2016 6.217,5 (4.980,7) 1.236,8 31.12.2015 5.928,1 (4.816,8) 1.111,3 31.12.2014 6.288,8 (5.038,3) 1.250,5 (164,3) (368,6) (47,6) (450,0) (0,3) 206,0 (182,0) (361,6) (41,7) (194,2) (0,3) 331,5 (207,5) (419,9) (47,1) (32,6) (0,1) 543,3 (51,4) 4,5 159,1 (22,9) 27,6 336,2 (24,5) (14,9) 503,9 8,7 167,8 (255,4) 80,8 (156,2) 347,7 166,1 1,7 69,2 11,6 334,7 13,0 Média ponderada das ações em circulação no exercício (em m ilhares) Básico Diluído 31 31 735.571 737.261 730.205 733.569 733.677 737.463 Lucro por ação em US$: Básico Diluído 31 31 0,2258 0,2253 0,0947 0,0944 0,4562 0,4538 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do resultado abrangente para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 Em milhões de dólares 31.12.2016 167,8 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 31.12.2015 80,8 31.12.2014 347,7 IT ENS QUE NÃO SERÃO RECLASSIFICADOS PARA O RESULT ADO Ganho (perda) com benefícios pós-em prego Ajustes acum ulados de conversão IT ENS QUE PODEM SER SUBSEQ UENT EM ENT E RECLASSIFICADOS PARA O RESULT ADO Instrum entos financeiros de proteção Instrum entos financeiros (7,6) (8,1) 3,0 (86,8) (0,8) (51,5) 11,0 0,3 - (1,1) IT ENS RECONHECIDOS DIRET AM ENT E NO PAT RIM ÔNIO LÍQ UIDO (i) (4,7) (83,5) (53,4) T OT AL DO RESULT ADO ABRANGENT E DO EXERCÍCIO 163,1 (2,7) 294,3 Atribuído aos: Acionistas da Em braer Acionistas não-controladores 172,6 (9,5) (4,6) 1,9 292,9 1,4 163,1 (2,7) 294,3 (i) os valores apresentados estão líquidos do imposto de renda diferido, quando aplicável. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 16.5 - (49.1) - - 1,438.0 6.4 (17.1) - (38.4) - - - 1,438.0 - 21.7 (60.1) - - 43.7 (103.8) - - 1,438.0 - - - 1,438.0 - Ações em tesouraria 36.8 - 1.4 - 35.4 - - 2.3 - 33.1 - - 5.3 - 27.8 - Remuneração baseada em ações 42.6 1.0 - - 41.6 - 0.9 - - 40.7 - 0.6 - - 40.1 - 192.4 9.0 - - 183.4 - 3.1 - - 180.3 - 15.0 - - 165.3 - Subvenção para Reserva legal investimento As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras . EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercício de outorga de opções de ações Aquisição de ações próprias Destinação dos lucros: Dividendos de 2015 aprovados em 2016 Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio Dividendos Reserva para investimento e capital de giro EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 Lucro líquido (prejuízo) do período Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão Instrumentos Financeiros Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercício de outorga de opções de ações Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio Reserva para investimento e capital de giro EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 Lucro líquido do exercício Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercicio de outorga de opções de ações Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio (R$ 0,07 por ação) Dividendos Reserva para investimento e capital de giro EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Lucro líquido do exercício Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda Capital social - - (6.6) - 6.6 - 6.6 - - - - - - Dividendos adicionais propostos Reserva de lucros Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 Em milhões de dólares Embraer S.A. 9 2,331.1 106.4 - 2,224.7 - 16.2 - 2,208.5 - 208.4 - 2,000.1 - Reserva para investimentos e capital de giro - (1.0) (9.0) (22.0) (23.0) (106.4) 166.1 (4.7) - 166.1 - (0.9) (3.1) (34.5) (16.2) 69.2 (14.5) 69.2 - (0.6) (15.0) (81.0) (6.1) (208.4) 334.7 (23.6) 334.7 - Lucros acumulados - (4.2) - - (4.2) - - - (4.2) - - - (49.5) - (7.6) - (41.9) (7.6) - - 3.0 - (44.9) 3.0 - - (0.8) - (44.1) (0.8) - Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego (99.7) - 3.1 - (102.8) 3.1 - - (77.1) - (25.7) (77.1) - - (39.9) - 14.2 (39.9) - Ajustes acumulados de conversão Ajuste de avaliação patrimonial (4.2) - Resultado nas operações com acionistas não controladores 10.4 - 11.0 - (0.6) 11.0 - 0.3 - (0.9) 0.3 - (1.1) - 0.2 (1.1) Outros resultados abrangentes 3,848.8 (6.6) (22.0) (23.0) - 172.6 1.4 1.7 (17.1) 3,741.8 166.1 (7.6) 3.1 11.0 (27.9) - (4.6) 2.3 7.2 3,764.8 69.2 3.0 (77.1) 0.3 (81.0) (6.1) - 292.9 5.3 20.1 3,533.6 334.7 (0.8) (39.9) (1.1) Total 92.4 - (9.5) - 101.9 1.7 (11.2) - - 1.9 - 100.0 11.6 (9.7) - - 1.4 - 98.6 13.0 (11.6) - Participação de acionistas não controladores 3,941.2 (6.6) (22.0) (23.0) - 163.1 1.4 1.7 (17.1) 3,843.7 167.8 (7.6) (8.1) 11.0 (27.9) - (2.7) 2.3 7.2 3,864.8 80.8 3.0 (86.8) 0.3 (81.0) (6.1) - 294.3 5.3 20.1 3,632.2 347.7 (0.8) (51.5) (1.1) Total do Patrimônio Líquido Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do fluxo de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016, 2015 e 2014 Em milhões de dólares Nota ATIVIDADES OPERACIONAIS: Lucro líquido do período ITENS QUE NÃO AFETAM O CAIXA: Depreciações Amortização subsídios governamentais Amortizações Amortização de contribuição de parceiros Provisão (reversão) para obsolescência dos estoques Perda (reversão) por ajuste valor de mercado, estoque e imobilizado Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa Perdas na alienação de ativo permanente Imposto de renda e contribuição social diferidos Juros sobre empréstimos Juros sobre títulos e valores mobiliários Equivalência patrimonial Remuneração em ações Variação monetária e cambial Marcação a mercado das garantias de valor residual Contas a pagar para penalidades Plano de demissão voluntária Outros 16 17 24.2 35 25 VARIAÇÃO NOS ATIVOS: Investimentos financeiros Instrumentos financeiros derivativos Contas a receber e contas a receber vinculadas Financiamento a clientes Estoques Outros ativos VARIAÇÃO NOS PASSIVOS: Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Contas a pagar Contribuição de parceiros Adiantamentos de clientes Impostos a recolher Garantias financeiras Provisões diversas Receitas diferidas CAIXA GERADO (USADO) NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Aquisições de Imobilizado Baixa de imobilizado Adições ao intangível Adições investimentos em subsidiárias e coligadas Investimentos mantidos até o vencimento Empréstimos concedidos Dividendos recebidos Caixa restrito para construção de ativos CAIXA USADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 16 17 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Financiamentos pagos Novos financiamentos obtidos Dividendos e juros sobre capital próprio Recebimento de opções de ações exercidas Aquisição de ações próprias CAIXA GERADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO DO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA Efeito das variações cambiais no caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FINAL DO EXERCÍCIO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 10 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 167.8 80.8 347.7 194.5 (3.1) 173.9 (38.3) (23.9) 82.8 11.4 19.6 (146.5) (13.1) (52.5) 0.3 1.4 (12.7) 27.5 58.6 28.2 (1.1) 161.9 154.9 (33.8) 7.6 21.5 7.4 49.6 136.2 32.4 (7.6) 0.3 2.3 (31.3) 0.3 (2.7) 168.9 117.4 (25.2) (5.3) 22.0 (1.9) 15.6 79.1 16.4 (307.7) (21.6) 156.0 18.8 (136.9) 103.7 (70.4) 0.4 (100.5) 12.4 137.2 (208.9) 150.9 14.3 (149.1) 5.1 (108.8) (107.2) (93.8) (10.9) (30.3) 123.9 (97.9) (153.1) (87.6) 51.1 (9.0) (20.5) 72.1 (15.2) (71.1) 140.0 136.1 63.0 54.8 24.1 108.7 862.5 (27.8) (0.3) 10.3 151.8 (167.6) (52.1) (74.6) 24.4 54.2 482.3 (392.5) 2.9 (505.0) (2.6) (74.3) (12.3) 0.1 4.1 (979.6) (341.5) 51.6 (427.6) (1.3) (702.8) 4.2 (1,417.4) (283.7) (415.4) (0.5) 28.1 (671.5) 576.2 (523.7) (28.2) 1.7 (17.1) 8.9 1,696.9 (419.2) (60.9) 7.2 1,224.0 798.6 (386.1) (99.3) 20.1 333.3 (991.2) 67.2 2,165.5 1,241.5 669.1 (216.6) 1,713.0 2,165.5 144.1 (114.8) 1,683.7 1,713.0 0.1 5.3 11.9 19.1 (12.3) Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 1 CONTEXTO OPERACIONAL A Embraer S.A. (“Embraer” ou a “Companhia”) é uma sociedade por ações com sede na cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil e tem como atividade preponderante: i) Projetar, construir e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e respectivos acessórios, componentes e equipamentos, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; ii) Promover ou executar atividades técnicas vinculadas à produção e manutenção do material aeroespacial; iii) Contribuir para a formação de pessoal técnico necessário à indústria aeroespacial; iv) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos à indústria aeroespacial; v) Projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia, bem como promover ou executar atividades técnicas vinculadas à respectiva produção e manutenção, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; e vi) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos às indústrias de defesa, de segurança e de energia. As ações da Companhia estão registradas no mais elevado nível de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores e Mercadorias e Futuros, denominado Novo Mercado. Embraer S.A. também, possui American Depositary Shares (evidenciadas pelo American Depositary Receipt (ADR)) registrados na U.S. Securities and Exchange Commission (“SEC”) e estão listadas na New York Stock Exchange (“NYSE”). A Companhia não tem grupo controlador e seu capital compreende apenas ações ordinárias. As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 21 de março de 2017. 2 RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 2.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) que incluem (i) IFRS, (ii) International Accouting Standard (“IAS”), and (iii) International Financial Reporting Interpretatons Committee (“IFRIC”) ou seu antecessor, Standing Interpretations Committee (“SIC”). 2.1.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico (exceto quando a rubrica exigiu um critério diferente) e ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos mensurados ao valor justo ou considerando a marcação a mercado quando classificado como disponíveis para venda. A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas, julgamentos e premissas, o que exige da Administração julgamento para aplicação das políticas contábeis da Companhia. Essas demonstrações financeiras incluem estimativas referentes à contabilização de certos ativos, passivos e outras transações. As áreas envolvendo alto grau de julgamento ou complexidade, ou ainda áreas nas quais premissas e estimativas são relevantes para preparação das demonstrações financeiras estão descritas na Nota 3. 11 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.1.2 Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem os saldos de 31 de dezembro de 2016 de todas as subsidiárias que a Embraer, direta ou indiretamente possui controle, entidades de propósitos específicos (EPEs) que a Companhia tem controle, os fundos de investimentos exclusivos (FIE) e fundos de investimentos em participações (FIP). Entidades controladas em conjunto (joint venture) não são consolidadas sendo as respectivas participações apresentadas como um investimento utilizando o método da equivalência patrimonial. Operações controladas em conjunto (joint operations) são consolidadas na proporção do investimento. Todas as contas e saldos oriundos de transações ocorridas entre as entidades consolidadas são eliminados. a) Controladas Controladas são todas as entidades (inclusive EPEs) cujas políticas financeiras e operacionais podem ser conduzidas pela Companhia e normalmente evidenciadas por direitos estabelecidos contratualmente. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é adquirido pela Companhia. A Companhia trata as transações com participações de não controladores como transações com proprietários de ativos do Grupo. Nas compras de participações de não controladores, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os eventuais ganhos ou perdas gerados na alteração da participação de não controladores, são registrados no patrimônio líquido, na rubrica de “Ajustes de avaliação patrimonial”. As práticas contábeis das controladas estão consistentes com as práticas adotadas pela Companhia. b) Consórcios A figura de um Consórcio possui regulamentação específica para o desenvolvimento de suas atividades e apesar de possuir controles contábeis obrigatórios, sua escrituração é registrada nos livros contábeis de suas participantes pela proporção auferida a cada uma, desta forma, estão inseridas nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia por intermédio de suas participantes. c) Participação em sociedades Os investimentos em participação em sociedades Coligadas não são consolidados nas demonstrações financeiras e em 31 de dezembro de 20165 eram representados pela AEL Sistemas S.A. – (AEL), domiciliada em Porto Alegre, Brasil, com participação de 25% da Embraer Defesa & Segurança e Participações S.A. que tem como atividades a pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de componentes eletrônicos, equipamentos de eletrônica aplicados na aviação e programas de software. Apesar da participação de 25%, a Embraer Defesa & Segurança e Participações S.A. não possui influência significativa nessa empresa, razão pela qual este investimento é classificado como um instrumento financeiro no ativo não circulante, e está mensurado ao valor justo, tendo suas variações reconhecidas no patrimônio líquido como resultado abrangente. 12 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.1.3 Estrutura societária da Companhia Empresas do Grupo Embraer Participação País Principais atividades ECC do Brasil Participações S.A. 99,9% Brasil Em processo de liquidação ELEB Equipamentos Ltda. 99,9% Brasil Venda de equipamentos hidráulicos e mecânicos para a indústria aeronáutica Embraer Aircraft Holding, Inc. 100% EUA Concentra as atividades corporativas nos EUA Embraer Aircraft Customer Services, Inc. 100% EUA Venda de peças de reposição e serviços de apoio na América do Norte e Caribe Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. 100% EUA Manutenção de aeronaves e componentes Embraer Executive Jet Services, LLC 100% EUA Suporte pós-venda e manutenção de aeronaves Embraer Services Inc. 100% EUA Encerrada em 2016 Embraer Executive Aircraft, Inc. 100% EUA Montagem final e entrega dos jatos executivos Embraer Engineering & Technology Center USA, Inc. 100% EUA Serviços de engenharia relacionadas à pesquisa e desenvolvimento de aeronaves Embraer Aero Seating Technologies LLC 100% EUA Produção e manutenção de assentos para aeronaves Embraer Defense and Security, Inc. 100% EUA Fornecimento de aeronaves Super Tucano, para a Força Aérea Americana (LAS) Embraer Training Services 100% EUA Concentra atividades corporativas e institucionais 51,0% EUA Treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação 100% Austrália Sem operação Concentra atividades corporativas no exterior, notadamente Europa Embraer CAE Training Services, LLC Embraer Australia Pty Ltd. 100% França Embraer Aviation International SAS 100% França Venda de peças e serviços de pós-venda na Europa, África e no Oriente Médio Embraer Europe SARL 100% França Representação comercial da Companhia na Europa, África e no Oriente Médio 100% EUA Apoio às operações de comercialização de aeronaves Embraer Aviation Europe SAS Embraer Credit Limited - ECL, LCC Embraer Defesa e Segurança Participações S.A. Atech - Negócios em Tecnologias S.A. Bradar Indústria S.A. Bradar Aerolevantamento Ltda. 99,9% Brasil Coordena investimentos no segmento de Defesa & Segurança 99,9% Brasil Desenvolvimento e serviços em controle, comunicações, computadores e inteligência 99,9% Brasil Desenvolve tecnologia de sensoriamento remoto, vigilância e radares 25,0% Brasil Serviços de aerolevantamento, mapeamento e sensoriamento remoto Harpia Sistemas S.A. 51,0% Brasil Encerrada em 2016 Visiona Tecnologia Espacial S.A. 51,0% Brasil Fornecimento do Sistema SGDC do Governo Brasileiro Visiona Internacional B.V. 100% Holanda Integração e fornecimento do Sistema SGDC do Governo Brasileiro 99,9% Brasil Atuação nas atividades de Defesa & Segurança junto ao Governo Brasileiro Embraer GPX Ltda. 99,9% Brasil Serviço de manutenção de aeronaves Embraer Netherlands Finance B.V. 100% Holanda Operações financeiras como captação e aplicação de recursos do Grupo Embraer SAVIS Tecnologia e Sistemas S.A. Embraer Netherlands B.V. Embraer Asia Pacific PTE. Ltd. Airholding SGPS S.A. 100% Holanda Concentra atividades corporativas no exterior 100% Singapura Serviços e suporte pós-venda na Ásia Coordena investimentos em subsidiária em Portugal 99,9% Portugal 65,0% Portugal Manutenção e produção aeronáutica ECC Leasing Co. Ltd. 100% Irlanda Arrendamento e comercialização de aeronaves usadas Embraer CAE Training Services (UK) Limited 51,0% Reino Unido Serviço de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação Embraer Portugal S.A. 100% Portugal Coordena investimentos e atividades econômicas em subsidiárias em Portugal Embraer - Portugal Estruturas Metálicas S.A. 100% Portugal Fabricação de peças e produtos metálicos para a indústria aeronáutica Embraer - Portugal Estruturas em Compósitos S.A. 100% Portugal Fabricação de peças e produtos compostos para a indústria aeronáutica OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. Embraer (China) Aircraft Technical Services Co. Ltd. 100% China Venda e manutenção para suporte pós-venda na China EZ Air Interior Limited 50,0% Irlanda Fabricação de interiores para aeronaves comerciais Embraer Overseas Ltd. 100% Cayman Islands Operações financeiras como captação e aplicação de recursos do Grupo Embraer Embraer Representations, LLP 99,0% EUA Em processo de liquidação Embraer Spain Holding Co. SL Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. ECC Investment Switzerland AG 100% Espanha Concentra atividades corporativas no exterior 51,0% China Em processo de liquidação Coordena investimentos em subsidiárias no exterior 100% Suíça ECC Insurance & Financial Company Limited. 100% Cayman Islands Provê garantias financeiras oferecidas nas estruturas de vendas de aeronaves Embraer Finance Ltd. 100% Cayman Islands Apoio à Companhia nas estruturações financeiras de operações especificas Embraer Merco S.A. 100% Uruguai Sem operação Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. 99,9% Brasil Sem operação 13 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Entidades de propósito específico (EPEs) - a Companhia estrutura algumas de suas transações de financiamento de vendas de aeronaves por meio de EPEs, sobre as quais detém controle ou está sujeita aos riscos e benefícios de forma majoritária, porém não tem participação societária, direta ou indiretamente. As seguintes EPEs controladas são consolidadas: PM Limited, Refine Inc., RS Limited, River One Ltd. e Table Inc. As EPEs nas quais a Embraer não figura como controladora não são consolidadas com base em fundamentos e análises técnicas realizadas pela Administração. Exceto pelas EPEs consolidadas citadas, a Companhia não possui riscos significativos atribuídos a outras operações estruturadas envolvendo EPEs. Consórcio Tepro - Entidade constituída pela SAVIS Tecnologia e Sistemas S.A. e Bradar Indústria S.A., empresas controladas pela Embraer Defesa & Segurança, para atender o Exército Brasileiro na primeira fase de implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) para o desenvolvimento de determinadas atividades. Localizada na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, representa uma proporção de 93,5% da SAVIS e 6,5% da Bradar. Fundo de investimento em participações (FIP) - é uma iniciativa da Embraer com o BNDES, FINEP e Desenvolve SP, e foi criado com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva aeroespacial, aeronáutica, de defesa e segurança e promover a integração de sistemas relacionados a esses setores por meio de apoio às pequenas e médias empresas. Esse fundo não é consolidado nas demonstrações financeiras da Companhia, mas seus resultados são apresentados na linha de equivalência patrimonial. 2.2 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS Apresentamos a seguir as práticas contábeis relevantes adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras. A descrição das práticas contábeis relevantes adotadas pela Companhia contribui para a correta interpretação das demonstrações financeiras, seja pela existência de mais de uma opção de tratamento oferecido pelas normas internacionais de contabilidade, ou seja, pela complexidade da operação. As práticas contábeis utilizadas pela Companhia são: 2.2.1 Moeda funcional e apresentação das demonstrações financeiras A moeda funcional de uma Empresa é a moeda do principal ambiente econômico em que ela está inserida e deve ser a moeda que melhor reflete seus negócios e operações. Com base nessa análise, a Administração concluiu que o Dólar (“US$” ou “Dólar”) é a sua moeda funcional e esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores: • Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços. Trata-se da moeda em que o preço de venda de seus bens e serviços são expressos e liquidados; • Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam os negócios da Empresa; • Moeda que mais influencia custos para fornecimento de produtos ou serviços, ou seja, a moeda em que normalmente os custos da Empresa são expressos e liquidados; • Moeda em que normalmente a Empresa capta os recursos das atividades financeiras, e em que normalmente recebe pelas suas vendas e acumula caixa. 2.2.2 Moeda de apresentação das demonstrações financeiras A moeda de apresentação é a moeda em que as demonstrações financeiras são apresentadas e normalmente definidas em função de obrigações legais da Companhia. Em atendimento à legislação brasileira, estas demonstrações financeiras são apresentadas em reais, convertendo-se as demonstrações financeiras preparadas na moeda funcional da Companhia para reais, utilizando os seguintes critérios: • Ativos e passivos pela taxa de câmbio de fechamento do período; • Contas do resultado, do resultado abrangente, demonstração dos fluxos de caixa e do valor adicionado pela taxa média mensal; e • Patrimônio líquido ao valor histórico de formação. Os ajustes resultantes da conversão acima tem sua contra partida reconhecida na rubrica específica do patrimônio líquido denominada “Ajustes acumulados de conversão”. 14 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.2.3 Transações em moedas estrangeiras As transações efetuadas em outras moedas (diferentes da moeda funcional) são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações e posteriormente atualizadas pelas taxas de câmbio nas datas de divulgação no caso da mensuração subsequente. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes desta conversão, (referentes a ativos e passivos monetários indexados em moedas diferentes da moeda funcional), são reconhecidos na demonstração do resultado como variações monetárias e cambiais, líquidas. 2.2.4 Instrumentos financeiros a) Instrumentos financeiros ativos A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, incluindo instrumentos mantidos para negociação, (ii) disponíveis para venda, (iii) mantidos até o vencimento e (iv) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no seu reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos os custos da transação, exceto os mensurados ao valor justo por meio do resultado, para os quais os custos da transação são reconhecidos imediatamente no resultado do exercício. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa tenham vencido ou tenham sido transferidos. Neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios do ativo. b) Classificação e mensuração b.1) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa frequente e são classificados no ativo circulante. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo são apresentados na demonstração do resultado em receitas (despesas) financeiras, líquidas no exercício em que ocorrem. Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra e venda. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação que incluem o uso de comparações com operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções privilegiando informações de mercado e minimizando informações geradas pela Administração. b.2) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são instrumentos não derivativos mensurados ao valor justo que a Companhia tem a intenção de vender. Eles são incluídos no ativo não circulante, a menos que a Administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. b.3) Investimentos mantidos até o vencimento Os investimentos em valores mobiliários não derivativos que a Companhia tem habilidade e a intenção de mantê-los até a data de seu vencimento são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são registrados inicialmente pelo valor justo, incluindo o custo da transação. Posteriormente são mensurados pelo custo amortizado. 15 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma b.4) Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem, contas a receber de clientes, financiamentos a clientes e demais contas a receber e não estão sujeitos ao uso do valor justo. Os juros dos empréstimos e recebíveis, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas (despesas) financeiras, líquidas. c) Perda com a recuperação do ativo A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros estão registrados por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida uma perda pela expectativa de desvalorização desse ativo. 2.2.5 Caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, e numerários em trânsito (valores já pagos por nossos clientes ou devedores, mas que na data de divulgação se encontrava em processo de liberação pela instituição bancária interveniente), depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, usualmente com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação, com alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Valores referentes à caixa e equivalentes de caixa, que, no entanto, não estejam disponíveis para uso pela Companhia, são apresentados dentro de outros ativos nas demonstrações financeiras. As demais aplicações financeiras, cujo prazo de vencimento, a partir da data da contratação seja superior a 90 dias, são apresentadas como investimentos financeiros. 2.2.6 Contas a receber de clientes Ao efetuar uma venda, a empresa avalia o seu prazo de recebimento. Caso o valor da venda não seja recebido imediatamente, ele será reconhecido no contas a receber. O valor a receber por uma venda a prazo é ajustado a valor presente quando aplicável, identificando-se uma taxa de juros compatível com o mercado à época da venda e aplicando-a ao valor a receber de acordo com o prazo de recebimento. Quando a Companhia tem evidência objetiva de que um valor registrado no contas a receber não será recebido, em função de dificuldade financeira, falência, concordata do devedor, ou pelo fato de o valor a receber estar inadimplente por um prazo além do observado historicamente na Companhia, é reconhecida uma redução no recebível para créditos com liquidação duvidosa. O valor reconhecido como um redutor do contas a receber é representado pela diferença entre o valor contábil e o valor que se espera recuperar. Também compõe o saldo de contas a receber, valores em aberto das receitas de contrato de construção, reconhecidos com base no percentual de conclusão do projeto, pelo custo incorrido ou por avanço físico dos contratos, reconhecidos pelos valores líquidos de adiantamentos de clientes recebidos e eventual perda provável para créditos de liquidação duvidosa. 2.2.7 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros e não são utilizados para fins especulativos. As perdas e os ganhos com as operações de derivativos são reconhecidos mensalmente no resultado, considerando-se o valor de realização desses instrumentos (valor de mercado). As perdas e ganhos não realizados são reconhecidos na rubrica Instrumentos financeiros derivativos, no balanço patrimonial, e a contrapartida no resultado na rubrica Receitas (despesas) financeiras, líquidas, com exceção das operações para proteção de exposições às variações do câmbio ou designadas como hedge accounting. 16 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Os derivativos embutidos são separados de seus contratos principais e registrados pelo valor justo desde que contemplem as características de derivativos. 2.2.8 Hedge accounting São operações específicas com derivativos designados para proteção de riscos da Companhia. Estes derivativos têm tratamento contábil diferenciado por meio das quais se busca eliminar os efeitos da volatilidade causada por estes riscos. No momento da designação inicial do hedge, a Companhia formalmente documenta o relacionamento entre os instrumentos de hedge e os itens que são objeto de hedge, incluindo os objetivos de gerenciamento de riscos e a estratégia na condução da transação, juntamente com os métodos que serão utilizados para avaliar a efetividade do relacionamento. A Companhia faz uma avaliação contínua do contrato para verificar se o instrumento é “altamente eficaz” na compensação das variações no valor justo dos instrumentos de hedge com as variações dos respectivos objetos de hedge durante o período para o qual o hedge é designado, verificando se a efetividade dos resultados estão dentro da faixa de 80 a 125 por cento. A Companhia possui hedge accounting designado de valor justo e de fluxo de caixa como segue: a) Hedge accounting de valor justo As variações do valor justo dos instrumentos derivativos designados e qualificados como hedge accounting de valor justo são registradas no resultado do exercício em Receitas (despesas) financeiras, líquidas, bem como as variações no valor justo do ativo ou passivo protegido (objeto do hedge) atribuível ao risco protegido. A Companhia só aplica a contabilização de hedge accounting de valor justo para se proteger contra o risco de variabilidade da taxa de juros de empréstimo. Caso o hedge deixe de atender ao critério de hedge accounting, o valor justo do instrumento continua a ser reconhecido no resultado, no entanto, em subconta específica e o valor justo do objeto de hedge é tratado como se não estivesse protegido sendo amortizado no resultado do exercício até seu vencimento. b) Hedge accounting de fluxo de caixa A Companhia aplica a contabilização de hedge accounting de fluxo de caixa para se proteger da variabilidade do fluxo de caixa atribuível a um risco de variação cambial associado a uma transação de ocorrência altamente provável que afetará o resultado. A parcela efetiva das variações do valor justo dos instrumentos derivativos designados e qualificados como hedge accounting de fluxo de caixa é registrada no patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes. O ganho ou perda relacionado à parcela ineficaz é reconhecido no resultado do exercício, em Receitas (despesas) financeiras, líquidas. Os valores acumulados no patrimônio líquido são transferidos para o resultado do exercício nos períodos e linhas em que o item protegido por hedge afetar o resultado do exercício. Entretanto, quando a operação prevista protegida por hedge resultar no reconhecimento de um ativo não financeiro, os ganhos e as perdas previamente diferidos no patrimônio líquido são transferidos e incluídos na mensuração inicial do custo do ativo. Quando um instrumento de hedge accounting de fluxo de caixa é liquidado, ou quando não atende mais aos critérios de hedge accounting, todo ganho ou perda acumulado existente no patrimônio líquido é realizado contra o resultado (na mesma linha utilizada pelo item protegido) à medida que a operação protegida também é realizada contra o resultado. Quando não se espera mais que a operação protegida pelo hedge ocorra, o ganho ou a perda existente no patrimônio líquido é imediatamente transferido para o resultado do exercício, em Receitas (despesas) financeiras, líquidas. 2.2.9 Financiamento a clientes Consiste na participação em financiamentos concedidos a clientes nas vendas de algumas aeronaves e são contabilizados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. 17 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.2.10 Contas a receber vinculadas e dívidas com e sem direito de regresso Em operações estruturadas de venda a Companhia constituiu uma EPE que tomou recursos de uma instituição financeira, comprou aeronaves e pagou à Companhia. A EPE, por sua vez, estruturou um financiamento para o cliente final. Por existir o direito a receber do cliente final o valor do financiamento estruturado a dívida referente ao recurso tomado pela EPE junto da instituição financeira é registrada no passivo como Dívida com e sem direito de regresso e o fluxo financeiro correspondente como Contas a receber vinculadas. A estrutura de financiamento utilizada da à EPE o direito de receber a aeronave ao final do financiamento, desta forma o valor residual da aeronave também é apresentado no contas a receber vinculadas. Há ainda operações em que o cliente financiou a compra de uma aeronave com um agente financiador e a Companhia concedeu garantias para este financiamento, por este motivo a Companhia reconheceu o fluxo ativo e passivo dessas operações. À medida que o financiamento é pago, a garantia financeira é extinta. 2.2.11 Estoques Os estoques da Companhia são basicamente formados por matéria prima, produtos em elaboração, peças de reposição e produto acabado. O estoque de matéria prima é reconhecido pelo custo de aquisição. Os produtos em elaboração são compostos pela matéria prima, mão de obra direta, outros custos diretos, e gastos gerais de fabricação que podem ser atribuídos ao custo dos estoques. Uma vez concluídos estes produtos, eles são reconhecidos como produto acabado. A baixa dos estoques é realizada pelo custo médio ponderado, exceto as aeronaves que são reconhecidas contra o resultado pelo seu custo de produção individualmente. Periodicamente ocorre uma avaliação se o valor de venda dos estoques menos os custos para realizar estas vendas está em um montante maior do que o custo de aquisição dos estoques, caso o custo de aquisição dos estoques for menor que o seu valor líquido de venda, deve ser constituída uma redução ao valor realizável de estoques. A Companhia possui aeronaves usadas, para revenda, que normalmente são recebidas em operações de tradein para viabilizar a venda de aeronaves novas. É periodicamente analisado o consumo e a demanda de seus estoques e, caso a Companhia identifique que há estoques sem consumo e sem demanda para períodos seguintes, conforme política instituída para tal fim, uma despesa pela expectativa de perda por obsolescência de estoques é constituída. Para calcular a provável perda é levada em conta a movimentação de estoques de acordo com o programa de produção e a demanda esperada para estes estoques, também são cobertas eventuais perdas com estoques de almoxarifado e produtos em elaboração excessivos ou obsoletos. Para o estoque de peças de reposição, a perda provável é reconhecida por obsolescência técnica ou para itens sem movimentação há mais de dois anos e sem demanda futura. 2.2.12 Imposto de renda e contribuição social As despesas com imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os impostos correntes e diferidos. O imposto é reconhecido no resultado do exercício, exceto a parcela do imposto de renda diferido que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, quando o imposto também é reconhecido em outros resultados abrangentes. São calculados observando-se as alíquotas nominais de cada jurisdição, totalizando 34% no Brasil, dos quais 25% refere-se a imposto de renda e 9% a contribuição social sobre o lucro líquido. O imposto de renda diferido é reconhecido sobre as diferenças temporais e diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais e contábeis de ativos e passivos. 2.2.13 Investimentos Os investimentos em sociedades controladas e coligadas são avaliados na Controladora pelo método da equivalência patrimonial. A variação cambial de investimentos no exterior que utilizam moeda funcional diferente 18 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma à da Controladora são registradas em Ajustes acumulados de conversão no patrimônio líquido, e somente levados ao resultado do exercício quando o investimento for vendido ou baixado para perda. No cálculo da equivalência patrimonial, os lucros não realizados sobre as operações com controladas integralmente eliminados, tanto nas operações de venda das controladas para a Controladora quanto vendas entre as controladas. Os lucros não realizados nas vendas da Controladora para suas controladas eliminados no resultado da Controladora nas contas de vendas e custos entre partes relacionadas. são são nas são Os investimentos em entidades coligadas sobre as quais a Companhia tem influência significativa são apresentados no Consolidado na linha “Outros” dentro de Investimentos e mensurados pelo método da equivalência patrimonial. Os investimentos em sociedades ou operações controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 2.2.14 Imobilizado Os bens do imobilizado são avaliados pelo custo de aquisição, formação ou construção, os quais são apresentados líquidos da depreciação acumulada e das perdas pela desvalorização dos ativos. A depreciação é calculada pelo método linear com base na vida útil estimada para o ativo (Nota 16). Terrenos não são depreciados. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável a geração de benefícios econômicos futuros associados ao item. Valor residual é atribuído para peças de reposição de aeronaves que fazem parte do Programa de pool de peças reparáveis. Para os demais ativos a Companhia não atribui valor residual, uma vez que não é comum a venda de ativos e quando isso ocorre não é por valores significativos. Segue abaixo resumo da descrição dos itens que compõem o ativo imobilizado: a) Terrenos – compreendem áreas onde estão principalmente os edifícios industriais, de engenharia e administrativos. b) Edifícios e benfeitorias em terrenos – edifícios compreendem principalmente fábricas, departamentos de engenharia e escritórios, já as benfeitorias compreendem estacionamentos, arruamentos, rede de água e esgoto. c) Instalações – compreendem as instalações industriais auxiliares que direta ou indiretamente suportam as operações industriais da Companhia, assim como instalações das áreas de engenharia e administrativa. d) Máquinas e equipamentos – compreendem máquinas e outros equipamentos utilizados direta ou indiretamente no processo de fabricação. e) Móveis e utensílios – compreendem principalmente mobiliários e utensílios utilizados nas áreas produtivas, engenharia e administrativa. f) Veículos – compreendem principalmente veículos industriais e automóveis. g) Aeronaves – compreendem principalmente aeronaves que são arrendadas às companhias aéreas ou estão disponíveis para arrendamentos, além daquelas utilizadas pela Companhia para auxiliar nos ensaios de novos projetos. h) Computadores e periféricos – compreendem equipamentos de informática utilizados no processo produtivo, engenharia e administrativo. 19 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma i) Ferramental – compreendem ferramentas utilizadas no processo produtivo da Companhia. j) Imobilizações em andamento – compreendem principalmente obras para ampliação do parque fabril e centros de manutenção de aeronaves. k) Pool de peças reparáveis – o programa Pool de peças reparáveis é uma operação em que um cliente contrata a Companhia pela disponibilidade de peças para manutenção de aeronaves, dessa forma, quando há a necessidade de troca de uma peça, o cliente entrega a peça danificada e a Companhia disponibiliza uma peça em condições de funcionamento para o cliente. A peça recebida, por sua vez, é recondicionada e adicionada ao Pool. 2.2.15 Intangíveis a) Desenvolvimento Os gastos com pesquisas são reconhecidos como despesas quando incorridos, já os gastos com desenvolvimento de projetos, compostos principalmente por gastos com desenvolvimento de produtos, incluindo desenhos, projetos de engenharia, construção de protótipos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos irão gerar benefícios econômicos futuros, considerando sua viabilidade comercial e tecnológica, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados a partir do momento em que os benefícios começam a ser gerados (unidades produzidas) com base na estimativa de venda das aeronaves, sendo os montantes amortizados apropriados ao custo de produção. A revisão destas estimativas de venda são efetuadas no mínimo anualmente. Adicionalmente, a Companhia possui acordos com fornecedores-chave, aqui denominados parceiros e que participam nas atividades de desenvolvimento com contribuições em dinheiro. A Companhia registra essas contribuições quando recebidas como passivo e à medida que essas etapas e eventos sejam cumpridos e, portanto, não mais passíveis de devolução, esses valores são abatidos dos gastos de desenvolvimento das aeronaves registrados no Intangível, e amortizados conforme a série de aeronaves. b) Programas de computador (softwares) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada. Os gastos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. c) Ativos intangíveis adquiridos por meio de combinação de negócios Os ativos intangíveis identificáveis adquiridos por meio de uma combinação de negócios são registrados pelo valor justo na data de aquisição. Destaca-se neste grupo: c.1) Ágio - o ágio registrado como ativo intangível nas demonstrações financeiras consolidadas não está sujeito à amortização, uma vez que é realizável por ocasião da baixa do investimento, sendo sua recuperação testada no mínimo anualmente. Se for identificado que o ágio registrado não será recuperado na sua totalidade, o valor referente a esta perda é registrado no resultado do exercício. c.2) Marcas - adquiridas em combinações de negócios são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. Marcas têm vida útil definida e são amortizadas pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. 20 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma c.3) Desenvolvimento de produtos - em certas combinações de negócios podem ser identificados desenvolvimentos de produtos que representam valor para a Companhia. Esses ativos possuem vida útil definida e são amortizados conforme a vida útil estimada do produto. c.4) Pedidos firmes - na data da aquisição das participações societárias, os pedidos ou ordens de produção aguardando execução, são precificados e registrados pelo valor justo, e amortizados durante o período de entrega previsto nos contratos. 2.2.16 Arrendamentos A determinação sobre se uma transação é, ou contém arrendamento mercantil, é baseada na essência da transação e da avaliação se o acordo transfere os riscos e benefícios do ativo ou apenas o direito de uso. a) Arrendamento de aeronaves As aeronaves disponíveis para arrendamento ou arrendadas por meio de arrendamentos operacionais são registradas como ativo imobilizado, sendo depreciadas ao longo da sua vida útil estimada. A receita de aluguel é reconhecida pelo método linear pelo período do arrendamento. b) Outros arrendamentos Os arrendamentos mercantis nos quais a Companhia adquire substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas divulgadas na Nota 16. Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade permanecem com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento. 2.2.17 Redução ao valor recuperável de ativos Os Ativos não circulantes, especificamente os investimentos em controladas, o Imobilizado e o Intangível da Companhia são mensurados inicialmente ao custo de aquisição ou construção, entretanto, caso haja indicadores de que o valor destes ativos não possa ser recuperado no futuro, o teste de impairment é realizado. A análise de indicadores é efetuada trimestralmente, e ao final do exercício a Companhia efetua o cálculo de impairment para todas as UGC’s que tiverem ativos intangíveis originados no processo de desenvolvimento de produtos, e do ágio por rentabilidade futura originada na aquisição de novos negócios. Todas as UGC´s que apresentarem indicador de impairment são testadas. Os ativos são agrupados em Unidades Geradoras de Caixa (UGC’s), levando-se em consideração o modelo de negócio da Companhia e a forma como ela acompanha os fluxos de caixa gerados. De maneira geral, as UGC’s são definidas de acordo com as famílias/plataformas das aeronaves ou demais produtos e serviços gerados por alguma empresa do Grupo, independentemente da sua localização geográfica. A Companhia aplica o conceito de valor em uso utilizando as projeções de fluxo de caixa antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social, descontado à taxa WACC que reflete a expectativa de retorno dos investidores. A projeção de fluxo de caixa para cada UGC leva em consideração o Plano Estratégico da Companhia de médio e longo prazo, elaborado com base em todas as características e expectativas do negócio. A exceção a este conceito são aeronaves que a Companhia mantém em seu ativo imobilizado com a finalidade de arrendamento operacional, onde cada aeronave é testada individualmente utilizando o maior valor entre o seu valor de mercado ou valor em uso para determinar o seu valor recuperável. 21 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Uma eventual perda do valor recuperável de uma UGC será reconhecida em Outras despesas operacionais de maneira proporcional aos ativos das subsidiárias que atuam naquela UGC. 2.2.18 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos obtidos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquidos dos custos incorridos para sua obtenção e posteriormente mensurados pelo custo amortizado (acrescidos de encargos e juros pro-rata) considerando a taxa de juros efetiva de cada operação. Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.2.19 Capitalização de juros de empréstimos Quando a construção ou produção de um ativo demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso, os custos sobre empréstimos existentes são capitalizados como parte do custo destes ativos. A alocação destes custos é efetuada com base em uma taxa média de todos os empréstimos ativos, ponderada sobre as adições do período destes ativos. Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a Companhia incorre na obtenção do empréstimo de recursos. 2.2.20 Adiantamentos de clientes Correspondem aos adiantamentos recebidos antes das entregas das aeronaves, denominados em grande parte na moeda funcional da Embraer. 2.2.21 Garantias financeiras e garantias de valor residual A Companhia pode conceder garantias financeiras ou de valor residual como parte da estrutura de financiamento no momento da entrega de suas aeronaves. O valor residual é garantido para o agente financiador e tem como base o valor futuro esperado dessas aeronaves ao final do financiamento e estão sujeitos a um limite máximo acordado contratualmente. As garantias financeiras são precificadas no momento da entrega das aeronaves e contabilizadas como uma redução da receita de venda em contrapartida de receita diferida. Essa receita é realizada no resultado ao longo do prazo de financiamento das aeronaves de maneira que ao final do financiamento a receita diferida seja totalmente reconhecida. Para fazer face ao risco de perda com essas garantias a Companhia pode reconhecer provisão adicional à medida que ocorram eventos significativos como concordata de um cliente, com base na sua melhor estimativa de perda. Para alguns casos, a Companhia mantém depósitos em garantia em favor de terceiros para os quais foram fornecidas garantias financeiras ou de valor residual relacionadas às estruturas de financiamento de aeronaves. 2.2.22 Dividendos e juros sobre capital próprio Nos termos do Estatuto Social, os acionistas têm o direito a dividendos ou juros sobre capital próprio equivalente a 25% do lucro líquido do exercício, ajustados de acordo com as normas previstas no Estatuto. Neste cálculo os juros sobre capital próprio são considerados pelo seu valor líquido do imposto de renda retido na fonte. A proposta de distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório é reconhecido em conta específica como dividendos adicionais propostos dentro da Reserva de lucros no patrimônio líquido, até que seja aprovado em Assembleia pelos acionistas, quando a reserva é revertida contra um passivo nas demonstrações financeiras. 22 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Os juros sobre capital próprio pagos ou provisionados são registrados como despesa financeira para fins fiscais, no entanto, para efeito destas demonstrações financeiras, são apresentados como distribuição do lucro líquido do exercício, sendo reclassificados para o patrimônio líquido, pelo valor bruto. 2.2.23 Receitas diferidas Referem-se a valores recebidos de clientes, sem a possibilidade de devolução, referentes ao fornecimento de peças de reposição, treinamento, representante técnico e outras obrigações constantes nos contratos de venda de aeronaves, diferidas no momento de sua entrega, cujas receitas serão realizadas quando o serviço ou produto for entregue para o cliente. Referem-se ainda a valores recebidos de clientes relacionados aos aceites de contratos de Defesa cuja etapa do contrato ainda não foi executada, subvenções recebidas (Nota 2.2.27) e garantias financeiras diferidas (Nota 2.2.20). A receita será reconhecida quando a etapa for concluída e os respectivos custos registrados. Na Controladora contempla também o diferimento dos lucros não realizados nas vendas para suas controladas. 2.2.24 Provisões, ativos e passivos contingentes, obrigações legais e depósitos judiciais Provisões - as provisões são reconhecidas levando-se em conta a opinião da Administração e dos seus assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, sua complexidade e no posicionamento de tribunais. Sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações, e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança, a provisão é reconhecida. Os valores provisionados refletem a melhor estimativa que a Companhia possui para mensurar a saída de recursos que se espera que ocorra. Ativos contingentes - não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando a Companhia julgar que o ganho é praticamente certo, ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos. Passivos contingentes - são valores cujo desembolso de caixa é avaliado como possível, não sendo reconhecidos, mas apenas divulgados nas demonstrações financeiras. Os classificados como remotos não são provisionados e nem divulgados. Obrigações legais - decorrem de obrigações tributárias que foram contestadas quanto à sua legalidade ou constitucionalidade, cujos montantes são reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. Depósitos judiciais - são atualizados monetariamente e apresentados na rubrica de outros ativos. 2.2.25 Benefícios a empregados a) Contribuição definida A Companhia patrocina um plano de pensão fechado de contribuição definida para seus empregados que para as empresas sediadas no Brasil, é administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar. b) Benefício médico pós-emprego A Companhia e algumas de suas subsidiárias proveem benefícios de assistência médica para empregados aposentados. Os custos previstos para o oferecimento de benefícios médicos pós-emprego e a cobertura dos dependentes são provisionados durante os anos de prestação de serviços dos empregados baseado em estudos atuariais para identificar a exposição futura cujas principais premissas são: (i) Taxa de desconto - utilizada para trazer os fluxos futuros do benefício a valor presente é definida com base em taxas de títulos públicos brasileiros; 23 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (ii) Taxa de crescimento dos custos médicos - representa o aumento no valor dos planos médicos e não é aplicada de forma linear, pois as empresas historicamente tendem a realizar ações voltadas para redução do custo, ou até mesmo alteração do provedor do plano de saúde; (iii) Taxa de morbidade (aging factor) - mede o aumento da utilização dos planos de saúde em função do envelhecimento da população; (iv) Tábua de mortalidade - utilizada a tabela RP-2000 Geracional disponibilizada pelo Society of Actuaries (SOA), que demonstra a taxa de mortalidade por faixa etária e sexo; (v) Probabilidade de aposentadoria - estima a probabilidade de aposentadoria por faixa etária; (vi) Taxa de desligamento - utilizada a tabela T-3 Service disponibilizada pelo Society of Actuaries (SOA), que demonstra a taxa de desligamento médio dos empregados por faixa etária. A Companhia reconhece alterações na provisão desse plano contra Outros resultados abrangentes no patrimônio líquido, líquido de impostos, na medida em que haja atualizações de premissas e contra resultado quando se tratar de uma movimentação nos custos do plano de benefício vigente ou na ocorrência de eventuais modificações das características contratuais do plano. Esta provisão é revisada no mínimo anualmente. 2.2.26 Garantias dos produtos Quando aeronaves são entregues, são estimados e reconhecidos os gastos para cobertura da garantia destes produtos. Essas estimativas são baseadas em fatores históricos que incluem, entre outros, reclamações com garantia e respectivos custos de reparos e substituições, garantia dada pelos fornecedores e período contratual de cobertura. O período de cobertura das garantias varia entre 3 a 6 anos. Eventualmente, a Companhia pode vir a ser obrigada a realizar modificações no produto devido à exigência das autoridades de certificação aeronáutica ou após a entrega, devido à introdução de melhorias ou ao desempenho das aeronaves. Os custos previstos para tais modificações são provisionados no momento em que os novos requisitos ou melhorias são exigidos e conhecidos. 2.2.27 Remuneração baseada em ações A Política de Remuneração dos Executivos (PRE) determina que parte da remuneração de seus executivos seja concedida na forma de um Incentivo de Longo Prazo (ILP) com o objetivo de manter e atrair pessoal qualificado que contribua de maneira efetiva para o melhor desempenho da Companhia. Como forma de ILP, a Companhia possui duas modalidades de remuneração baseada em ações: (i) Pagamento por meio de opções de ações (instrumentos de capital próprio com base em ações de emissão da própria Companhia). Nesta modalidade, pelos serviços prestados, os participantes do programa recebem opções de compra de ações, cujo valor justo é calculado com base no modelo de precificação Black & Scholes e reconhecido no resultado linearmente durante o período de aquisição, que é o período durante o qual todas as condições de aquisição sejam satisfeitas; (ii) Pagamento por meio de ações virtuais liquidadas em caixa onde o montante atribuído aos serviços prestados pelos participantes são convertidos em quantidade de ações virtuais. Ao final do período de aquisição o participante recebe a quantidade de ações virtuais convertidas para Reais pelo seu valor de mercado. A Companhia reconhece a obrigação ao longo do período de aquisição (quantidade de ações virtuais proporcionalizadas pelo tempo) no mesmo grupo de despesa onde é reconhecida a remuneração normal do participante. Esta obrigação é apresentada como um contas a pagar para empregados cujo valor justo é calculado com base no valor de mercado das ações e registrado em Receitas (despesas) financeiras, líquidas na demonstração de resultado. Por não se tratar de um instrumento patrimonial, o pagamento por meio de ações virtuais não afeta o cálculo do lucro diluído por ação. 24 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.2.28 Subvenções Subsídios governamentais são reconhecidos contrapondo aos gastos nos quais os recursos foram aplicados. Quando as subvenções governamentais são recebidas antecipadamente para investimentos em pesquisas elas são registradas como receitas diferidas e reconhecidas no resultado à medida que os recursos são aplicados e as cláusulas contratuais são cumpridas como redução das despesas incorridas com tais pesquisas. As subvenções governamentais para aquisição de ativos imobilizados são reconhecidas como dívida no passivo até que as contra partidas definidas pela concedente sejam atendidas. No momento em que forem atendidas as contra partidas as subvenções passam a ser reconhecidas como receita diferida. Esta receita diferida será reconhecida no resultado, como redução da despesa de depreciação do ativo a que se propõe subsidiar na proporção em que esta despesa for reconhecida. 2.2.29 Lucro por ação O lucro por ação básico é calculado pela divisão do lucro líquido atribuído aos acionistas da Embraer, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação durante o exercício. O lucro por ação diluído é calculado da mesma forma, porém com o ajuste da quantidade de ações em circulação para refletir ações com potencial de diluição atribuível ao plano de opções de ações caso tivessem sido colocadas em circulação durante os exercícios apresentados. 2.2.30 Reconhecimento de receitas A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como, no Consolidado, após a eliminação das vendas intercompanhias. a) Receitas de vendas de aeronaves, peças de reposição e serviços As receitas de vendas ou de serviços prestados são reconhecidas quando os riscos e benefícios são transferidos para o cliente e quando todas as condições de reconhecimento são atingidas. Para aeronaves comerciais, executivas e agrícolas, e peças de reposição, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque. Para o serviço, são reconhecidas quando este é prestado. Existem algumas vendas de aeronaves que não atendem a todas as obrigações contratuais no momento da entrega. Portanto, as respectivas receitas são classificadas na rubrica de receitas diferidas e são levadas ao resultado à medida que as obrigações sejam cumpridas. b) Contratos com múltiplos elementos Nos contratos de vendas de aeronaves pode estar previsto o fornecimento de peças de reposição, treinamento e representante técnico e outras obrigações, que podem ou não ser entregue simultaneamente à aeronave, para estes casos as receitas são reconhecidas pelo seu valor justo quando o produto é entregue ou o serviço prestado ao cliente. c) Receitas do Programa de Pool de peças reparáveis As receitas do Programa Exchange Pool são reconhecidas mensalmente durante o período do contrato e consiste parte em uma taxa fixa e outra parte em uma taxa variável diretamente relacionada com as horas efetivamente voadas pela aeronave coberta por este programa. d) Receitas de contratos de construção No segmento de Defesa & Segurança, além do reconhecimento de receita na entrega, há algumas operações caracterizadas como contratos de construção, cuja receita é reconhecida ao longo do tempo pelo método de Percentual de Acabamento (Percentage of Completion – POC) por meio do custo incorrido ou do avanço físico. Alguns contratos contêm cláusulas para reajuste de preço com base em índices preestabelecidos e estes são 25 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma reconhecidos no período de competência. A adequação do reconhecimento de receitas, relativas aos contratos de vendas do segmento de Defesa & Segurança, é realizada com base nas melhores estimativas da Administração, quando se tornam evidentes. e) Receitas de arrendamentos operacionais A Companhia também reconhece a receita com aluguel de aeronaves (arrendamentos operacionais), proporcionalmente ao período do arrendamento. 2.2.31 Custo dos produtos e serviços vendidos O custo de produtos e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo: a) Material Materiais utilizados no processo produtivo, substancialmente adquiridos de fornecedores estrangeiros. b) Mão de obra Compreendem salários e encargos sobre salários e são denominados principalmente em Reais. c) Depreciação Os ativos imobilizados da Companhia são depreciados pelo método linear, ao longo de sua vida útil econômica dos bens. d) Amortização Os ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a série que se estima vender de cada aeronave. Os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados de forma linear de acordo com a vida útil prevista para os ativos. e) Garantia de produtos A Companhia reconhece um passivo para as obrigações associadas às garantias dos produtos na data da entrega da aeronave, estimada com base na experiência histórica de utilização sendo registrada como custo dos produtos vendidos. f) Contrato com múltiplos elementos A Companhia efetua transações que representam contratos com múltiplos elementos, tais como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto é entregue ou o serviço é prestado ao cliente. 2.2.32 Participação nos lucros A Companhia concede participação nos lucros e resultados aos seus empregados, ao alcance de metas estabelecidas em seus respectivos planos de ação estabelecidos e acordados no início de cada ano. O valor da participação nos lucros e resultados equivale a 12,5% do lucro líquido do exercício social apurado de acordo com o IFRS. Mensalmente são provisionados os valores apurados pela aplicação do percentual acordado sobre a folha de pagamento da Companhia, reconhecidos nas rubricas do resultado relacionadas da atividade que cada empregado exerce. Do montante total da participação nos lucros, 50% são distribuídos em partes iguais a todos os empregados e 50% restante de forma proporcional ao salário de cada um. 26 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 2.2.33 Receitas (despesas) financeiras e variações monetárias e cambiais As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, encargos financeiros sobre empréstimos, atualização dos impostos, bem como por variações cambiais sobre ativos e passivos expressos em moedas diferentes da moeda funcional, registrados de acordo com o regime de competência. Também são registradas em receitas (despesas) financeiras a variação no valor justo das garantias de valor residual e o resultado com perdas ou ganhos não realizados e realização de instrumentos financeiros derivativos. Receitas e despesas financeiras excluem os custos de empréstimos atribuíveis às aquisições, construções ou produção dos bens que necessitam de um período substancial de tempo para estar pronto para uso ou venda, que são capitalizados como parte do custo do ativo. 2.2.34 Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa são elaboradas pelo método indireto. 2.2.35 Apresentação de informações por segmentos As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido ao Diretor Presidente, principal tomador de decisões operacionais e responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais. De modo geral, saldos e transações que não diretamente alocadas em um segmento operacional específico, são apropriados pro-rata, baseados no motante de receita reconhecido por segmento. 3 ESTIMATIVAS CONTÁBEIS RELEVANTES A preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos, exige que a Companhia utilize estimativas e adote premissas que afetam os valores ativos e passivos, de receitas e despesas e de suas divulgações. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório, são utilizadas variáveis e premissas derivadas de experiências passadas e outros fatores considerados pertinentes. Essas estimativas e premissas são revistas de forma contínua e suas eventuais alterações aplicadas e adotadas prospectivamente. As políticas contábeis relevantes, incluindo as principais variáveis e premissas utilizadas usadas nas suas estimativas e relevante sensibilidade nos julgamentos para diferentes variáveis e premissas, são descritas a seguir: 3.1 Receita das vendas No segmento de Defesa & Segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de desenvolvimento e construção de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros, pelos quais as receitas são reconhecidas de acordo com o POC, utilizando o custo incorrido ou avanço físico como referência para mensuração da receita. Para os contratos mensurados pelo custo incorrido, periodicamente, é reavaliada a margem prevista do contrato considerando os custos incorridos e os custos projetados para a sua conclusão. Havendo variação desta margem, a receita já reconhecida destes contratos é ajustada considerando os efeitos da alteração da margem sobre os custos já incorridos. Se os custos totais dos contratos em curso fossem 10% menores em relação às estimativas da Administração, a receita reconhecida no exercício de 2016 aumentaria US$ 149,3 caso os custos fossem 10% maiores em relação às estimativas da Administração, a receita reconhecida sofreria queda de US$ 309,8. 3.2 Garantias financeiras A garantia financeira é concedida pelo seu valor justo e contabilizada como uma dedução de venda, sendo posteriormente reconhecida como receita de vendas durante o período da garantia concedida. Após a 27 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma concessão de uma garantia financeira a Companhia passa a avaliar a situação de crédito do financiado e divulgar sua exposição máxima na Nota 36.3 – Coobrigações, responsabilidades e compromissos. A Companhia monitora a situação de crédito do financiado e na ocorrência de qualquer evento oficial (Chapter 11) ou de uma negociação, a exposição é recalculada considerando a melhor estimativa no momento em que o pagamento de uma garantia financeira se torna provável e possa ser estimada confiavelmente passando a reconhecê-la como uma provisão. Quando um acordo para o pagamento dessas garantias for firmado, os valores assumidos são reclassificados para o contas a pagar. 3.3 Garantias de valor residual As garantias de valor residual concedidas na venda de aeronaves novas poderão ser exercidas ao final do contrato de financiamento firmado entre um agente financeiro e o cliente/operador dessas aeronaves. No momento em que são concedidas, as garantias são mensuradas a valor justo e revisadas trimestralmente para refletir eventuais perdas em função do valor justo destes compromissos. As garantias de valor residual podem ser exercidas caso o valor de mercado cotado seja inferior ao valor justo futuro garantido. O valor justo futuro é estimado utilizando avaliações das aeronaves emitidas por terceiros, incluindo informações obtidas da venda ou leasing de aeronaves similares no mercado secundário. 3.4 Redução ao valor recuperável dos ativos (impairment) O teste de impairment utiliza o plano estratégico da Companhia para períodos futuros de médio e longo prazo trazido a valor presente pela taxa WACC compatível com o mercado e que reflete a expectativa de retorno dos investidores. Ao elaborar ou usar estas informações a Companhia faz uso de estimativas como segue: 3.5 a) Fluxo de caixa esperado bruto - a Administração projetou entradas e saídas de caixa com base no seu desempenho passado considerando suas expectativas para o desenvolvimento do mercado e estratégia de negócio. Essas projeções também consideram os ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto. b) Taxas de crescimento - as taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receita orçado pela Companhia, consistentemente com as previsões incluídas nos relatórios do setor. c) Taxas de desconto - é utilizada taxa de desconto WACC que reflete a expectativa de retorno dos investidores no momento em que o cálculo está sendo efetuado. Esta taxa também é comparada com o mercado para validar sua coerência. Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em um mercado ativo é determinado utilizandose técnicas de valorização. A Companhia avalia técnicas de valorização conhecidas e normalmente utilizadas pelo mercado financeiro e utiliza seu julgamento para a seleção de métodos, valendo-se de premissas baseadas em condições de mercado vigentes ao final de cada data de balanço. 3.6 Imposto de renda e contribuição social A Companhia está sujeita ao imposto de renda em diversos países em que opera, sendo necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos países, onde a determinação da existência de imposto ao final de determinadas operações é incerta. Também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, estas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais correntes e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. Os valores contábeis das demonstrações financeiras da Controladora são apurados na moeda funcional (dólar) enquanto que a base de cálculo do imposto de renda sobre ativos e passivos é determinada na moeda brasileira (real). Portanto, flutuações na taxa de câmbio podem afetar significativamente o valor da despesa de imposto de renda e contribuição social diferidos reconhecida em cada período, principalmente decorrente do impacto sobre os ativos não monetários. 28 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Se em 31 de dezembro de 2016 a taxa de câmbio apresentasse uma desvalorização ou valorização dos reais em relação ao dólar de 10%, o imposto de renda e contribuição social diferidos relacionados a certos ativos não monetários, aumentaria ou diminuiria o passivo de imposto de renda diferido em cerca de US$ 140,3. 3.7 Benefícios a empregados A Companhia e algumas de suas subsidiárias possuem um plano de benefício médico pós-emprego que provê assistência médica para os empregados aposentados. Para identificar a exposição futura deste beneficio e consequentemente sua mensuração nas demonstrações financeiras, a Companhia e suas subsidiárias adotam estudos que utilizam premissas que se baseiam em dados estatísticos, muitas vezes observados internamente ou fornecidos por institutos ou entidades dedicados a este tipo de atividade. Considerando que estes estudos atuariais utilizam premissas como taxa de desconto, taxa de crescimento dos custos médicos, taxa de morbidade (aging factor), tábua de mortalidade, probabilidade de aposentadoria e taxa de desligamento, que em sua maioria são apuradas com base em dados estatísticos, a definição de alguma mudança razoavelmente possível é muito subjetiva. Neste sentido, um aumento de 0,5% na taxa de desconto utilizada no cálculo atuarial do plano de benefício médico pós-emprego concedido pela Companhia diminuiria sua exposição em 31 de dezembro de 2016 em US$ 2,7 já uma redução de 0,5% na mesma taxa aumentaria sua exposição em US$ 3,0. Na taxa de crescimento dos custos médicos, um aumento de 1% no cálculo atuarial, a exposição da Companhia aumentaria em US$ 6,3 e uma redução de 1% na mesma taxa diminuiria sua exposição em US$ 5,2. 4 PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS RECENTES As normas e alterações das normas existentes mencionadas nesta seção foram publicadas, porém a aplicação não é obrigatória para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Neste sentido a Companhia não optou pela adoção antecipada de nenhuma destas alterações em suas Demonstrações Financeiras. Os pronunciamentos contábeis apresentados abaixo podem ser relevantes para a Companhia no futuro, motivo pelo qual são instituídos projetos de adoção para cada um deles, não sendo possível estimar os efeitos de sua adoção até que estes projetos sejam concluídos: • IFRS 9 / CPC48 – Instrumentos financeiros: aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos e passivos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos financeiros em duas categorias: (i) mensurados ao valor justo e (ii) mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco de crédito da própria entidade é registrada em Outros resultados abrangentes e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. Outra mudança substancial se refere à alteração no método de mensuração de expectativa de perda esperada em ativos financeiros que deixa de ser feita com base na perda histórica e passa ser baseada em perda esperada ponderada por índices de mercado, esta mudança altera método de cálculo da expectativa de perda nos recebíveis comerciais da Companhia. Poderá haver efeito sobre a classificação e mensuração de ativos financeiros da Companhia, dependendo da composição da carteira na data de implementação. Haverá impacto na mensuração da expectativa de perda dos recebíveis comerciais, não é possível mensurar este impacto caso fosse aplicado o novo método no período, já que este está em desenvolvimento pelas áreas responsáveis na Companhia. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018. • IFRS 15 / CPC47 – Receita de contratos com clientes: aborda um modelo único para reconhecimento de receita de contratos com clientes baseado em cinco etapas para determinar quando reconhecer a receita, e por qual valor. O modelo especifica que a receita deve ser reconhecida quando uma entidade transfere o controle de bens e serviços para os clientes, pelo valor que a entidade espera ter direito a receber. Para chegar numa conclusão sobre os eventuais impactos na Demonstração Financeira, a Companhia iniciou um projeto de implementação desta IFRS a fim de avaliar o novo modelo trazido pelo 29 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma pronunciamento contábil, bem como a aplicação nas transações existentes. O projeto identificou que haverá alterações nas quantidades das obrigações de desempenho, bem como uma mudança na distribuição da receita total entre suas obrigações de desempenho. No atual estágio do projeto, não é possível concluir sobre os efeitos quantitativos desta nova norma. A Companhia pretende fazer a transição para esta norma através do método retrospectivo, fazendo uso dos expedientes práticos disponibilizados. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018. IFRS 16 – Leases (Arrendamento): traz novos conceitos do ponto de vista do arrendatário. No modelo proposto por esta norma o arrendatário deverá reconhecer todos os leasings (arrendamentos) como parte do Balanço Patrimonial em conta do Ativo Fixo “Direito de Uso” com contra partida em conta do passivo. Este reconhecimento deve ser inicialmente mensurado a valor presente. No modelo proposto por esta norma não há mudanças significativas no reconhecimento contábil a ser feito pelo arrendador. A Companhia está analisando o novo pronunciamento contábil, bem como a aplicação nas transações existentes. A norma é aplicável a partir de 1º de Janeiro de 2019. • Outras normas contábeis foram alteradas ou estão em processo de alteração e entrarão em vigor nos próximos anos, todavia não foram citadas, pois, conforme avaliação da Companhia, não são esperados impactos decorrentes de sua aplicação. 5 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31.12.2016 Caixa e bancos 31.12.2015 389,0 389,0 379,5 379,5 420,8 431,7 0,0 565,8 919,3 300,9 852,5 1.241,5 1.786,0 2.165,5 Equivalentes de caixa Títulos privados (i) Depósitos a prazo fixo (ii) Notas Estruturadas (iii) (i) Certificados de Depósito Bancário (CDB’s) e Operações Compromissadas de Título Privado, emitidos por instituições financeiras no Brasil, podendo ser resgatados em prazo inferior a 90 dias sem penalizar a remuneração; (ii) Depósitos a prazo fixo em Dólares junto a instituições financeiras, com vencimento em até 90 dias a partir da data de contratação; (iii) Nota estruturada emitida por instituição financeira de primeira linha no exterior, conforme avaliação da Administração, com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação, sujeita ao risco de crédito de títulos do Governo brasileiro emitidos no Brasil. 6 INVESTIMENTOS FINANCEIROS 12.31.2016 Ativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Investimentos mantidos até o vencimento Disponível para venda Ativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Total 31.12.2015 Investimentos Disponível para mantidos até o venda vencimento Total Investimentos Títulos privados Notas Estruturadas (i) Depósito a prazo fixo Fundo de investimentos Títulos públicos Outros (ii) Circulante Não Circulante 712,6 354,5 0,2 1.067,3 103,4 620,9 117,1 841,4 35,0 35,0 712,6 103,4 975,4 152,3 1.943,7 393,2 229,0 0,1 0,2 622,5 702,9 0,1 44,7 747,7 2,0 2,0 393,2 702,9 229,0 0,1 0,1 46,9 1.372,2 1.067,3 - 673,2 168,2 35,0 - 1.775,5 168,2 622,5 - 0,1 747,6 2,0 622,6 749,6 (i) Nota estruturada emitida por instituição financeira de primeira linha no exterior, conforme avaliação da Administração, sujeita ao risco de crédito de títulos do governo brasileiro emitidos no Brasil e no 30 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma exterior. Inclui um total de US$ 71,4 por 14 anos em notas estruturadas, conforme descrito na Nota 11, nota de rodapé (ii). (ii) Na categoria “Disponível para venda” refere-se ao direito creditório recebido no pedido de concordata da Republic Airways (Nota 25 Garantias Financeiras). As taxas médias ponderadas de juros nominais em 31 de dezembro de 2016, relacionadas aos equivalentes de caixa e investimentos financeiros efetuadas em Real e em Dólar foram de 14,21% a.a. e 1,87% a.a. (14,70% a.a. e 1,71% a.a. em 31 de dezembro de 2015), respectivamente. 7 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES, LÍQUIDAS 31.12.2016 Clientes no exterior Com ando da Aeronáutica Clientes no País Provisão para créditos de liquidação duvidosa Circulante Não Circulante 31.12.2015 429,3 263,5 30,8 723,6 (58,2) 665,4 441,2 350,4 39,1 830,7 (47,3) 783,4 665,4 - 781,9 1,5 Em 31 de dezembro de 2016, os montantes de contas a receber US$ 566.6 (31 de dezembro de 2015 - US$ 697,4) estavam totalmente adimplente. Os demais valores se encontravam vencidos e referem-se a diversos clientes que de maneira geral não apresentam históricos ou expectativa de inadimplência recente. Os valores e a análise de vencimentos dessas contas a receber estão apresentados abaixo: 31.12.2016 Até 90 dias De 91 a 180 dias Mais de 180 dias 31.12.2015 49,6 19,5 29,7 98,8 45,6 16,3 24,1 86,0 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa: 31.12.2016 Saldo inicial Adição Reversão Baixas Variação cam bial Saldo final 31.12.2015 (47,3) (41,7) 20,0 10,3 0,5 (58,2) 31.12.2014 (42,9) (13,4) 2,4 3,6 3,0 (47,3) (47,1) (6,0) 5,1 2,8 2,3 (42,9) As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas: 31.12.2016 Dólar Euro Real Outras m oedas 527,7 68,0 69,6 0,1 665,4 31.12.2015 617,8 98,7 65,8 1,1 783,4 Os saldos consolidados em 31 de dezembro de 2016 para as contas a receber reconhecida pelo método do POC totalizaram US$ 430,8 (31 de dezembro de 2015 – US$ 504,3). Receitas reconhecidas em 2016 foram US$ 854,2 (31 de dezembro de 2015 - US$ 754,8). Custos relacionados a contratos de construção usando o método POC totalizaram US$ 675,1 em 2016 (31 de dezembro de 2015 - US$ 713,3). 31 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 8 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação das taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía instrumentos financeiros derivativos tais como swap e opção de compra de taxa de juros, opção de compra e venda de moeda e non-deliverable forward (NDF). Os instrumentos financeiros derivativos denominados swaps são contratados com o objetivo principal de trocar o indexador de dívidas a taxas flutuantes para taxas de juros fixas ou vice-versa, bem como para troca de Dólar para o Real ou vice-versa e troca de Euro para Dólar ou vice-versa, conforme necessidade de proteção das operações de acordo com a avaliação da Companhia. Os valores justos destes instrumentos são avaliados pelo fluxo futuro, apurado pela aplicação das taxas de juros contratuais até o vencimento, e descontado a valor presente na data das demonstrações financeiras pelas taxas de mercado vigentes. As operações com opções de compra e venda de moeda tem como objetivo proteger os fluxos de caixa referente às despesas de salários e de despesas relacionadas ao plano de saúde da Controladora, ambos denominados em Reais contra o risco de variação cambial. O instrumento financeiro utilizado pela Companhia nesta operação foi o zero-cost collar, que consiste na compra de uma opção de venda PUT e na venda de uma opção de compra CALL, contratados com a mesma contraparte e com prêmio líquido zero. O valor justo deste instrumento é determinado pelo modelo de precificação de mercado observável (por meio de provedores de informações de mercado) e amplamente utilizado pelos participantes de mercado para mensuração de instrumentos similares. Quando a taxa de fechamento do Dólar se encontrar entre os valores de exercício da PUT e da CALL, o valor justo reconhecido refletirá o valor extrínseco da opção, ou seja, o valor que está diretamente ligado ao tempo que falta para a maturidade, ou a expectativa de atingir o preço de exercício da opção. Os fluxos de caixa projetados afetarão o resultado do exercício de acordo com sua competência. As operações de non-deliverable forward são contratadas com o objetivo de proteger a Companhia contra os riscos de flutuação das taxas de câmbio. O valor justo é determinado por modelo de precificação de mercado observável. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia não possuía nenhum contrato derivativo sujeito a chamada de margem. 32 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Objeto amparado Risco Contrapartes Vencimento 2022 31.12.2016 31.12.2015 1,9 13,2 Dívidas com e sem direito de regresso (i) Taxa de juros Taxa de juros Financiamento de exportação (ii) Taxa de juros Itaú BBA 2016 - (0,3) Votorantim 2017 - (1,3) Citibank Santander Société Générale 2016 2016 2016 - (0,2) (0,2) (0,2) Bradesco 2016 - (0,2) (0,3) (0,4) Aquisição de imobilizado (iii) Taxa de juros Compass Bank 2024 Despesas em Reais (iv) Variação cambial Itaú BBA 2016 - 0,6 Votorantim Citibank BofaMLynch Santander 2016 2017 2017 2017 3,5 1,0 0,5 0,2 - Itau BBA Bradesco Votorantim 2016 2018 2017 3,5 (0,1) (0,2) (0,1) (0,7) Financiamento à Exportação (v) Desenvolvimento de Projeto (v) Taxa de juros Taxa de juros Exportação (vi) Variação Cambial e Taxa de Juros Exportação (vii) Variação cambial Opções (viii) Taxa de juros BofaMLynch 2018 4,9 - Santander 2019 3,9 (0,7) Itau BBA 2023 0,1 (0,6) Votorantim BofaMLynch Santander HSBC Société Générale Safra Morgan Stanley S/A Bradesco 2022 2022 2023 2022 2022 2022 2023 2022 0,1 0,3 1,7 0,1 0,1 2,6 0,6 (1,2) (1,2) (2,4) (0,8) (0,6) (0,3) (0,2) - Santander 2017 (0,3) - 2017 2016 (0,4) - (0,4) 2022 - 0,3 23,7 2,1 Santander Totta Société Générale Citibank (i) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap, que converteu o montante de R$ 47.8 milhões equivalente a US$ 14.7 das obrigações com e sem direito de regresso, de uma taxa média ponderada de juros fixa de 8,41% a.a. para uma taxa de juros flutuante equivalente a LIBOR 6 meses + 1,09% a.a.. (ii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap que converteram uma dívida na modalidade de exportação no montante de R$ 112.0 milhões, equivalente a US$ 34.4, de uma taxa de juros fixa de 8,00% a.a. para uma taxa flutuante com percentual equivalente a 68,35% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). (iii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap, relativos a uma operação no montante de R$ 13.5 milhões, equivalente a US$ 4.1 que converteram operações de financiamentos sujeitos a taxa de juros flutuantes de LIBOR 1 mês + 2,63% a.a. para juros fixos de 5,23% a.a. (iv) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade zero-cost collar, designados como hedge accouting de fluxo de caixa no montante de US$ 282.0, equivalente a R$ 958.8, com compra de PUT ao preço de exercício de R$ 3,40 e venda de CALL ao preço médio ponderado de exercício de R$ 3,7625. (v) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap de juros, designados como hedge accouting de juros, no montante de R$ 2.374.5 milhões, equivalente a US$ 728.5, das linhas de Financiamento à 33 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Exportação e de Desenvolvimento de Projeto sujeitos a taxa média ponderada de juros fixa de 6,24% a.a. para uma taxa média ponderada flutuante equivalente a 44,34%. (vi) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap, no montante de US$ 2.882, equivalente a R$ 9.908 mil relativo a troca de moeda de Dólar para Real e taxa pré-fixada de 4,15% a.a. para taxa flutuante equivalente a 113,94% do CDI. (vii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade non-deliverable forward, no montante de US$ 11.0, equivalente a R$ 35.9 milhões, relativo a troca de moeda de Dólar para Euro e Euro para Dólar. (viii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de opção de compra CALL cujo ativo objeto é a taxa de juros flutuante LIBOR 6 meses com valor de exercício a partir de 2,80% a.a. Em 31 de dezembro de 2016 o valor justo da opção de compra era zero. Em 31 de dezembro de 2016, o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos foi reconhecido no Balanço Patrimonial conforme abaixo: 31.12.2016 31.12.2015 21,0 11,1 5,2 9,2 Ativo Circulante Não Circulante 9 Pa ssivo Circulante (8,4) Tota l 23,7 (12,3) 2,1 FINANCIAMENTO A CLIENTES Refere-se ao financiamento parcial de algumas vendas de aeronaves efetuadas pela Companhia, substancialmente denominadas em Dólar com taxa de juros média 5,38% a.a. em 31 de dezembro de 2016 (5,06% a.a. em 31 de dezembro de 2015). A operação tem como garantia as aeronaves objeto dos financiamentos, estando a valor presente, quando aplicável. Os vencimentos desses financiamentos são mensais, trimestrais e semestrais, classificados como a seguir: 31.12.2016 31.12.2015 8,5 28,9 37,4 Circulante Não Circulante 10,8 45,4 56,2 Em 31 de dezembro de 2016 foi reconhecida uma perda esperada no valor de R$ 0,9 de acordo com a política da Companhia e em 31 de dezembro de 2015, foi reconhecida perda esperada de R$ 0,8. Em 31 de dezembro de 2015 os vencimentos de longo prazo dos financiamentos a clientes são os seguintes: Ano 2018 2019 2020 2021 Após 2021 4,7 4,9 3,7 3,6 12,0 28,9 34 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 10 CONTAS A RECEBER VINCULADAS E DÍVIDAS COM E SEM DIREITO DE REGRESSO 10.1 Contas a receber vinculadas Trata-se de operações estruturadas em que o valor a receber é composto por fluxos financeiros a serem recebidos ao longo do tempo e valor residual de aeronaves em condições de retorno especificadas a serem recebidas ao final do contrato. Valor residual das aeronaves a serem recebidas é monitorado a fim de reconhecer o seu valor justo nos registros contábeis. Estas operações estruturadas (Nota 2.2.9) foram financiadas com recursos de terceiros registrados na linha de dívidas com e sem direito de regresso. Certas operações estruturadas tiveram seus fluxos de recebíveis vendidos a terceiros, para os quais foram concedidas garantias financeiras. Nestes casos a empresa manteve os fluxos financeiros dentro do contas a receber vinculados e registrou em dívidas com e sem direto de regresso os passivos correspondentes. Valor residual reconhecido para im obilizado de arrendam ento Contas a receber de arrendam entos Fluxo financeiro (operação garantida) Desvalorização de ativos (i) Valor líquido Circulante Não circulante 31.12.2016 222,6 125,6 52,7 (77,6) 323,3 142,8 180,5 31.12.2015 247,5 123,9 63,9 (27,3) 408,0 91,4 316,6 (i) O valor reconhecido refere-se à desvalorização dos ativos vinculados as operações estruturadas. Em 31 de dezembro de 2016, o montante classificado como ativo não circulante possui os seguintes vencimentos: Ano 2018 2019 2020 2021 Após 2021 43,5 28,9 42,9 40,4 24,8 180,5 10.2 Dívidas com e sem direito de regresso Com direito de regresso Sem direito de regresso Circulante Não circulante 31.12.2016 352,8 21,1 373,9 31.12.2015 359,3 25,5 384,8 22,9 351,0 10,1 374,7 Em 31 de dezembro de 2015, o montante classificado como passivo não circulante tem os seguintes vencimentos: Ano 2018 2019 2020 2021 Após 2021 35 10,9 331,1 4,2 3,0 1,8 351,0 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 11 DEPÓSITOS EM GARANTIA Sales financing guarantees (i) 12.31.2016 321,2 12.31.2015 320,7 Sales structure guarantees (ii) Others 177,0 13,2 245,2 11,4 511,4 577,3 (i) Aplicações financeiras denominadas em Dólar, vinculadas às estruturas de vendas, cuja desvinculação depende da conclusão dessas estruturas. Essas aplicações são remuneradas com base na variação da LIBOR anual. (ii) Valores em Dólar depositados em uma conta caução para garantia de financiamento de aeronaves, sendo a Companhia a garantidora secundária. Caso o fiador da dívida (parte não relacionada) seja requerido a pagar ao credor do financiamento, o fiador terá direito ao saldo da conta caução na proporção de sua garantia. O montante depositado será liberado por ocasião do vencimento dos contratos de financiamento, caso não ocorra inadimplência do comprador das aeronaves. Os juros sobre a conta caução são adicionados ao saldo do principal e reconhecidos pela Companhia como receita financeira. Em 2004 buscando assegurar rentabilidade compatível com o prazo da conta caução, a Companhia aplicou US$ 123.400 mil de principal por 14 anos em notas estruturadas. Esse aumento de rentabilidade foi obtido por meio de um Credit default swap - CDS, transação que prevê o direito de resgate antecipado da nota em caso de um evento de default da Companhia. Após um evento de default, a nota pode ser resgatada pelo titular pelo valor de mercado ou seu valor de face original, o que resultaria em uma perda para a Companhia de todos os juros acumulados na data em questão. Eventos de default que podem antecipar o vencimento das notas são, entre outros: (a) insolvência ou concordata da Companhia; e (b) inadimplência ou reestruturação de dívidas da Companhia em contratos de financiamento. No caso de inadimplência, as datas de vencimento dessas notas serão aceleradas e as notas seriam realizadas em valor de mercado, limitado a um mínimo de investimento inicial. Qualquer quantia pela qual o valor de mercado seja superior ao valor investido será pago à Companhia, na forma de títulos, ou empréstimos desse montante. Em dezembro de 2016, uma parcela das notas estruturadas em um montante de US$ 71,4 foi liberada como garantia e agora é registrada como Investimento. Ver Nota 6 para mais informações. Em 31 de dezembro de 2016 o fiador aos quais as garantias acima estão vinculadas estava adimplente. 12 ESTOQUES 31.12.2016 713.9 952.9 391.1 156.0 207.7 67.9 77.5 40.5 46.9 (19.9) (138.1) 2,496.4 Produtos em elaboração Matéria-prima Peças de reposição Produtos acabados (ii) Aeronaves usadas para venda (ii) Mercadorias em trânsito Estoque em poder de terceiros Adiantamentos a fornecedores Materiais de consumo Perda por ajuste ao valor de mercado (iii) Perda por obsolescência (iv) 36 31.12.2015 712.1 914.7 379.1 159.7 74.6 64.9 72.8 80.8 42.5 (25.4) (161.2) 2,314.6 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (i) Aeronaves no estoque de produtos acabados em: • 31 de dezembro de 2016: um EMBRAER 195, dois Legacy 450, dois Legacy 500, quatro Phenon 100, três Phenom 300, um Lineage, um Super Tucano and dois Ipanema; and ; e • 31 de dezembro de 2015: quatro Legacy 500, dois Legacy 650, dois Phenom 100, quatro Phenom 300, um Lineage e um Ipanema; e Do total das aeronaves em estoque em 31 de dezembro de 2016, um EMBRAER 195 foi entregue até o dia 06 de março de 2017. (ii) (iii) Encontrava-se no estoque como aeronaves usadas para venda: • 31 de dezembro de 2015: nove ERJ 140, um ERJ 145, dois Legacy 500, um Legacy 450, quatro Phenom 300, dois Lineage, um Ipanema, um Gulfstream G350, um Boeing BBJ 737, dois Cessna 560XL; e • 31 de dezembro de 2015: um Legacy 600, dois Legacy 650, três Phenom 100, dois Phenom 300. Refere-se à provisão constituída para ajuste ao valor de realização das aeronaves usadas, conforme demonstra a seguir: 31.12.2016 (25,4) (14,0) 19,5 (19,9) Saldo inicial Adição Baixa Saldo final (iv) 31.12.2015 (8,0) (18,8) 1,4 (25,4) 31.12.2014 (19,2) (8,2) 19,4 (8,0) Perdas por obsolescência são reconhecidas em função de itens não movimentados há mais de dois anos e sem previsão de uso definida, de acordo com o programa de produção, bem como para cobrir eventuais perdas com estoques de almoxarifado e produtos em elaboração excessivos ou obsoletos, exceto para o estoque de peças de reposição, cuja perda esperada é reconhecida por obsolescência técnica ou itens sem movimentação há mais de dois anos. Segue a movimentação da perda esperada por obsolescência: 31.12.2016 Saldo inicial Adição Baixa Reversão Efeito da variação cam bial Saldo final (161,2) (59,8) 83,7 (0,8) (138,1) 37 31.12.2015 (156,4) (52,9) 43,8 1,5 2,8 (161,2) 31.12.2014 (160,8) (79,5) 83,5 1,3 (0,9) (156,4) Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 13 OUTROS ATIVOS Crédito de im postos (i) Adiantam entos à fornecedores de serviços (ii) Depósito judicial (iii) Crédito com fornecedores (iv) Despesas pagas antecipadam ente Mútuo com operação controlada em conjunto (v) Em préstim os concedidos (vi) Adiantam entos a em pregados Em préstim o compulsório Penhoras e cauções Outros Menos- Circulante Não Circulante (i) 31.12.2015 122,1 116,6 49,0 41,1 30,0 8,2 11,3 1,0 0,7 29,2 409,2 349,9 156,7 289,4 119,8 Crédito de impostos: Im posto de renda e Contribuição social retidos na fonte ICMS e IPI PIS e COFINS Outros im postos Circulante Não Circulante (ii) 31.12.2016 156,8 133,2 61,3 43,0 19,9 18,0 12,3 11,4 1,1 0,7 48,9 506,6 31.12.2016 8,6 84,4 31.12.2015 6,8 60,1 52,7 36,3 11,1 156,8 18,9 122,1 74,3 82,5 67,5 54,6 Refere-se substancialmente a adiantamento efetuado para o fornecedor contratado pela subsidiária Visiona para o lançamento do satélite geoestacionário. (iii) Refere-se aos depósitos decorrentes de processos judiciais, substancialmente a impostos e contribuições federais, onde existe um passivo constituído, conforme mencionado na Nota 23. (iv) Corresponde principalmente a retrabalhos realizados em produtos fornecidos por terceiros, os quais serão reembolsados consoantes com os termos contratuais e créditos negociados com certos fornecedores que serão consumidos ao longo do tempo. (v) Corresponde a operação controlada em conjunto do grupo Embraer (Nota 2.1.2), onde somente ativos e passivos sob responsabilidade da Companhia são consolidados. Desta forma, o valor apresentado, refere-se ao saldo de mútuo a receber do outro sócio da EZ Air Interior Limited. (vi) Empréstimo concedido a terceiro o qual será pago ao longo do tempo de acordo com os termos contratuais com taxa de juros de 5,93 % a.a.. 14 Participações em entidades (i) Subsidiárias integrais e entidades de propósito específico As subsidiárias integrais, entidades de propósito específico (EPE’s) que a Companhia, direta ou indiretamente, possui controle, e entidades controladas em conjunto estão descritas na Nota 2.1.2 – Demonstrações financeiras consolidadas e 2.1.3 – Estrutura Societária da Companhia, e compreende a estrutura societária do grupo Embraer. 38 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma A controladora não possui quaisquer restrições legais e/ou contratuais para acessar ativos ou liquidar passivos das subsidiárias integrais do grupo. Estas entidades possuem riscos inerentes às operações e os principais deles estão descritos abaixo: • • • • Riscos econômicos: são potenciais perdas decorrentes das oscilações nas condições de mercado (preço dos produtos, taxa de câmbio e juros); Risco operacional: são potenciais perdas resultantes pelo surgimento de novas tecnologias ou falha de processos vigentes; Riscos de crédito: são potenciais perdas que podem ocorrer onde o terceiro (cliente) se torne incapaz de honrar suas obrigações assumidas; e Riscos de liquidez: incapacidade financeira de cobrir obrigações financeiras. (ii) Subsidiárias com participação de acionistas não controladores As entidades do grupo descritas abaixo possuem participação de acionistas não controladores, porém baseado nos acordos contratuais e análise das normas contábeis vigentes, a Companhia possui controle e tem o direito de consolidar essas entidades: Entidade País Participação grupo Embraer Participação acionistas não controladores OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. Portugal 65,0% Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. China 51,0% 35,0% 49,0% Embraer CAE Training Services Ltd. Reino Unido 51,0% 49,0% Visiona Tecnologia Espacial S.A. Embraer CAE Training Services Brasil Estados Unidos da América 51,0% 51,0% 49,0% 49,0% Harpia Sistemas S.A. Brasil 51,0% 49,0% EZ Air Interior Limited Irlanda 50,0% 50,0% Bradar Aerolevantamento Ltda Brasil 25,0% 75,0% Embora o grupo Embraer possua participação de 51,0% nas entidades: Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd., Embraer CAE Training Services Ltd., Visiona Tecnologia Espacial S.A., Embraer CAE Training Services e Harpia Sistemas S.A., os poderes descritos nos acordos contratuais evidenciam que o Conselho de Administração é composto na sua maioria por representantes da Embraer e a direção das principais atividades operacionais destas entidades são conduzida pelo Grupo Embraer. A empresa Bradar Aerolevantamento Ltda, possui um acordo que outorga à Embraer S.A. uma opção irrevogável e irretratável de compra da totalidade das ações dos não controladores. Esta opção é exercível a qualquer momento e pode ser cedida a qualquer pessoa, o que determinou o seu controle pelo grupo Embraer, apesar da participação acionária de apenas 25,0% de seu capital social. A seguir resumo das informações financeiras das entidades do grupo que possuem participação de não controladores: 31.12.2016 31.12.2015 Caixa e equivalentes de caixa 69,2 87,2 Ativo circulante 208,7 286,7 Ativo não circulante 115,6 134,3 Passivo circulante 90,7 141,6 Passivo não circulante 8,5 25,7 Participação de acionistas não controladores 92,4 101,9 Receita líquida 308,2 292,8 Lucro líquido/Resultado abrangente total 7,7 23,8 39 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma As subsidiárias do grupo com participação de não controladores estão sujeitas aos mesmos riscos descritos para as subsidiárias integrais. (iii) Operação controlada em conjunto A EZ Air Interior Limited é uma operação controlada em conjunto do grupo Embraer com a Zodiac Aeroespace e divide com os sócios a administração conjunta das atividades relevantes das entidades. As operações controladas em conjunto possui os ativos e passivos reconhecidos na consolidação de acordo com os direitos e obrigações atribuídos à Embraer. 31.12.2016 1,4 27,7 5,4 24,6 25,4 50,8 (9,7) Caixa e equivalentes de caixa Ativo circulante Ativo não circulante Passivo circulante Passivo não circulante Receita líquida Prejuízo/Resultado abrangente total 31.12.2015 1,8 26,2 5,1 18,5 20,4 31,2 (3,8) (iv) Participação em sociedades Em maio de 2016, a Companhia, vendeu aos sócios controladores a participação de 25,0% que sua subsidiária Embraer Defesa & Segurança possuía na AEL Sistemas S.A.. Esta operação ocorreu através do exercício da opção de venda que a Embraer Defesa & Segurança possuía contra os controladores. A opção que era mensurada por seu valor justo foi baixada contra caixa e todo valor mantido em resultados abrangentes foi realizado no resultado operacional. O efeito no resultado por conta desta alienação foi de US$ 1,1. 15 PARTES RELACIONADAS 15.1 Operações com partes relacionadas São transações realizadas entre a Controladora com suas subsidiárias diretas ou indiretas e referem-se basicamente: • valores ativos: (i) contas a receber das controladas pela venda de peças de reposição e aeronaves, e desenvolvimento de produtos, em condições acordadas entre as partes, considerando-se os volumes, prazos, riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação de recursos em moeda estrangeira; (iii) saldos em aplicações financeiras e (iv) saldos em contas corrente bancária; • valores passivos: (i) aquisição de partes de aeronaves e peças de reposição, em condições acordadas entre as partes, considerando-se os volumes, prazos, riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) adiantamentos recebidos por conta de contratos de vendas, conforme cláusula contratual; (iii) comissão por venda de aeronaves e peças de reposição; (iv) financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos a taxas de juros de mercado para esse tipo de modalidade de financiamento; (v) empréstimos e financiamentos; (vi) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação desses recursos; (vii) financiamentos à exportação; • valores no resultado: (i) compra e venda de aeronaves, partes e peças de reposição e desenvolvimento de produtos para o mercado de Defesa & Segurança; (ii) receitas financeiras provenientes de contratos de mútuo e aplicações financeiras; (iii) plano de previdência complementar. 40 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 15.1.1 31 de Dezembro de 2016 Circulante Banco do Brasil S.A. Banco Nacional de Desenvolvim ento Econômico e Social – BNDES Caixa Econôm ica Federal Com ando da Aeronáutica Marinha do Brasil Em braer Prev - Sociedade de Previdência Complementar Em presa Portuguesa de Defesa – EMPO RDEF Exército Brasileiro Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP Telecom unicações Brasileiras S.A. - Telebrás Ativ o 64,3 153,4 263,5 34,4 515,6 Não circulante Passivo 0,3 161,4 84,8 0,2 16,9 16,8 148,4 428,8 Ativo 332,2 332,2 Passivo 413,3 311,5 5,5 64,7 795,0 Resultado Re sultado Financeiro (2,8) (18,6) 28,5 (2,9) 4,2 operacional 25,6 (2,7) (23,2) 5,0 (2,1) 2,6 15.1.2 31 de Dezembro de 2015 Circulante Ativ o Banco do Brasil S.A. Banco Nacional de Desenvolvim ento Econômico e Social – BNDES Com ando da Aeronáutica Caixa Econôm ica Federal Em braer Prev - Sociedade de Previdência Complementar Em presa Portuguesa de Defesa – EMPO RDEF Exército Brasileiro Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP Telecom unicações Brasileiras S.A. - Telebrás Não circulante Passivo 141,3 350,4 248,1 4,2 61,4 805,4 2,5 154,1 143,6 25,7 7,2 150,6 483,7 Ativo 328,7 328,7 Passivo 396,3 386,1 5,8 54,3 842,5 Resultado Re sultado Financeiro operacional 4,4 (20,3) 27,3 (2,6) 8,8 (84,9) (22,6) (4,6) 21,5 (90,6) 15.1.3 31 de Dezembro de 2013 Banc o do Bras il S.A. Banc o Nacional de Desenvolvim ento Econôm ico e Social – BNDES Com ando da Aeronáutica Caixa Ec onôm ica Federal Em braer Prev - Soc iedade de Previdência Com plem entar Exército Brasileiro Financ iadora de Estudo e Projetos – FINEP Telecom unicações Brasileiras S.A. - Telebrás Resultado Re sultado Financeiro operacional 60,8 (14,9) 24,7 (2,0) 68,6 89,1 (29,2) 12,3 31,9 104,1 15.2 Relacionamento com o governo brasileiro O governo brasileiro, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de ação denominada golden share é um dos principais acionistas da Companhia. Em 31 de dezembro de 2015, o governo brasileiro detinha, além da golden share, a participação indireta de 5,37% na Companhia, por meio da BNDESPAR, subsidiária integral do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, controlada pelo governo brasileiro. Portanto, as transações entre a Embraer e o governo brasileiro ou suas agências correspondem à definição de operações com partes relacionadas. O governo brasileiro desempenha uma função relevante nas atividades de negócios da Companhia, inclusive como: • • • • cliente importante dos produtos de Defesa & Segurança; fonte de financiamento para pesquisa e desenvolvimento, por meio de instituições de desenvolvimento tecnológico, como FINEP e BNDES; agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de administração de capital e de banco comercial (por meio do Banco do Brasil). 41 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 15.3 Remuneração da Administração: 31.12.2016 Benefícios de curto prazo (i) Remuneração baseada em ações (ii) Benefícios de rescisão de contrato de trabalho Remuneração total 8,1 (3,0) 0,8 5,9 31.12.2015 10,2 6,9 0,7 17,8 (i) Inclui ordenados, salários, participação nos lucros, bônus e indenizações. (ii) Redução devido a desvalorização das ações da Companhia (EMBR3) em 2016, utilizada na marcação a mercado das ações virtuais outorgadas, além disso, houve baixa de outorgas em função da expectativa de não cumprimento da meta de desempenho atrelada ao plano de incentivos de longo prazo (Nota 30.2). É considerado como Administração os membros da diretoria estatutária e o Conselho de Administração. 16 IMOBILIZADO Apresentamos a seguir as taxas médias anuais ponderadas por classe de ativo. Esta informação é obtida com base na depreciação consolidada, dos ativos apurada no exercício, que depois de anualizada e eliminada alguma movimentação atípica, é comparada com o saldo líquido do ativo no exercício imediatamente anterior. Classes de ativo Taxa média ponderada (%) 31.12.2016 31.12.2015 Edifícios e benfeitorias em terrenos Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Aeronaves Computadores e periféricos Ferramental Outros bens Pool de peças reparáveis 42 4.6% 7.6% 13.5% 12.7% 23.4% 15.2% 30.3% 14.9% 0.2% 5.0% 3.8% 7.9% 12.8% 12.8% 26.2% 10.5% 26.6% 12.4% 0.1% 4.9% Saldo em 31.12.2016 616,5 (165,3) (15,9) (0,5) 0,9 (180,8) 11,0 - - 11,0 11,0 Saldo em 31.12.2015 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2014 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2015 Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2014 Saldo em 31.12.2015 412,3 435,7 577,6 1,6 (0,1) 40,6 (3,2) 11,0 - Saldo em 31.12.2014 Adições Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Reclassificação* Efeito de conversão Custo do imobilizado bruto 435,7 465,8 11,0 11,0 Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2015 Edifícios e benfeitorias em terrenos (191,3) - Saldo em 31.12.2016 Terrenos (180,8) (20,0) 9,2 0,3 657,1 11,0 - 616,5 0,6 (9,3) 49,9 (0,6) 11,0 - Edifícios e benfeitorias em terrenos Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2015 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2016 Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Redução ao valor recuperável dos ativos (ii) Reclassificação* Juros sobre capitalização de ativos Efeito de conversão Saldo em 31.12.2015 Adições Custo do imobilizado bruto Terrenos 51,4 54,6 (97,2) (93,9) (4,0) 0,5 0,2 151,8 145,3 (0,1) 7,1 (0,5) Instalações 54,7 54,6 (101,4) (97,2) (4,2) - 156,1 151,8 (0,2) 4,4 0,1 Instalações Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Embraer S.A. 389,3 463,8 (389,5) (352,0) (49,9) 0,8 11,6 853,3 741,3 65,1 (5,5) 66,5 (14,1) Máquinas e equipamentos 464,7 463,8 (445,1) (389,5) (62,7) 4,9 1,8 0,4 909,8 853,3 54,8 (7,6) 10,2 (0,9) Máquinas e equipamentos 43 31,1 32,6 (37,9) (34,6) (4,0) 0,3 0,4 70,5 65,7 2,5 (0,5) 3,5 (0,7) Móveis e utensílios 34,1 32,6 (40,0) (37,9) (4,1) 1,9 0,1 74,1 70,5 4,0 (2,3) 1,9 - Móveis e utensílios 4,2 4,5 (12,5) (11,8) (1,1) 0,4 17,0 16,0 0,8 (0,4) 1,0 (0,4) Veículos 4,1 4,5 (12,7) (12,5) (1,1) 0,8 0,1 16,8 17,0 0,7 (0,9) 0,2 (0,2) Veículos 303,7 167,1 (156,4) (217,6) (31,9) 75,1 17,7 0,3 323,5 521,3 23,6 (158,6) (11,6) (50,7) (0,5) Aeronaves (i) 162,8 167,1 (153,9) (156,4) (25,4) 15,5 8,6 3,8 316,7 323,5 137,4 (17,8) (27,0) (64,9) (34,7) 0,2 Aeronaves (i) 43,5 34,5 (128,7) (119,5) (11,5) 1,4 0,9 163,2 163,0 13,0 (2,2) (9,0) (1,6) Computadores e periféricos 43,1 34,5 (136,2) (128,7) (10,4) 2,9 (0,1) 0,1 179,3 163,2 17,3 (3,0) 1,7 0,1 Computadores e periféricos 212,2 300,1 (233,4) (207,8) (26,2) 0,4 0,2 533,5 420,0 81,7 (1,9) 33,9 (0,2) Ferramental 308,9 300,1 (278,9) (233,4) (44,7) 0,5 (1,6) 0,3 587,8 533,5 54,6 (0,9) 0,9 (0,3) Ferramental 25,0 13,4 (9,4) (9,4) - 22,8 34,4 9,9 (21,3) (0,2) Outros bens 20,0 13,4 (9,4) (9,4) - 29,4 22,8 8,6 (2,0) - Outros bens 116,4 75,8 - - 116,4 75,8 91,7 (7,1) (59,8) 16,1 (0,3) 412,2 434,3 (188,3) (174,1) (17,4) 5,9 (2,7) 622,6 586,3 71,6 (13,7) (6,1) (15,5) 129,9 75,8 - - 75,8 129,9 71,7 (2,2) (122,3) (1,3) “Pool” de Imobilizações em peças andamento reparáveis 468,6 434,3 (201,1) (188,3) (21,9) 6,0 3,1 669,7 622,6 65,5 (15,1) 1,2 (4,5) “Pool” de Imobilizações em peças andamento reparáveis 2.025,8 2.027,4 (1.434,1) (1.386,0) (161,9) 83,9 17,7 12,2 3.461,5 3.411,8 341,5 (185,2) (11,6) (56,8) (38,2) Total 2.154,2 2.027,4 (1.570,0) (1.434,1) (194,5) 41,7 8,7 8,2 3.724,2 3.461,5 435,2 (64,2) (27,0) (64,9) (26,1) 16,1 (6,4) Total 11,1 11,0 - 11,1 (0,1) 11,0 369,3 412,3 (151,3) (14,8) 0,8 (165,3) 520,6 1,7 (0,1) 61,4 (6,0) 577,6 Edifícios e benfeitorias em terrenos 44,0 51,4 (90,1) (3,9) 0,1 (93,9) 134,1 11,6 (0,4) 145,3 Instalações 315,9 389,3 (330,7) (37,0) 4,6 11,1 (352,0) 646,6 59,9 (4,5) 55,9 (16,6) 741,3 Máquinas e equipamentos 27,9 31,1 (31,9) (3,7) 0,5 0,5 (34,6) 59,8 4,5 (0,4) 2,4 (0,6) 65,7 Móveis e utensílios 4,3 4,2 (11,6) (0,8) 0,1 0,5 (11,8) 15,9 0,6 (0,3) 0,3 (0,5) 16,0 Veículos 383,2 303,7 (191,5) (47,0) 20,8 0,1 (217,6) 574,7 19,5 (10,8) (65,3) 3,2 521,3 Aeronaves (i) 36,8 43,5 (110,8) (9,5) 0,3 0,5 (119,5) 147,6 12,1 (0,5) 5,0 (1,2) 163,0 Computadores e periféricos 198,9 212,2 (188,3) (20,2) 0,6 0,1 (207,8) 387,2 45,6 (8,2) (4,0) (0,6) 420,0 Ferramental 34,7 25,0 (1,1) (8,3) (9,4) 35,8 15,8 (20,0) 2,8 34,4 Outros bens 414,8 412,2 (162,1) (32,0) 4,8 15,2 (174,1) 576,9 36,7 (11,4) 10,8 (26,7) 586,3 152,4 129,9 - 152,4 87,3 (1,2) (105,1) (3,5) 129,9 “Pool” de Imobilizações em peças andamento reparáveis 1.993,3 2.025,8 (1.269,4) (168,9) 10,9 12,5 28,9 (1.386,0) 3.262,7 283,7 (26,6) (10,8) (47,0) (50,2) 3.411,8 Total 44 * Transações que não afetam o caixa. Na coluna “Aeronaves” e “Pool de peças” o montante refere-se às aeronaves e peças transferidas para o estoque Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2013 Saldo em 31.12.2014 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2013 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2014 Saldo em 31.12.2013 Adições Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2014 Custo do imobilizado bruto Terrenos Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Embraer S.A. Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (i) As aeronaves destinam-se a uso em ensaios, voos corporativos e arrendamento operacional e estão ajustadas ao valor recuperável, quando aplicável. A Companhia possuía aeronaves contabilizadas no ativo imobilizado, como segue: • 31 de dezembro de 2016: 23 ERJ 135, 28 ERJ 145, seis EMBRAER 170, três EMBRAER 190, um EMBRAER 120, um 690B; e • 31 de dezembro de 2015: 28 ERJ 135, nove ERJ 145, seis EMBRAER 170, um EMBRAER 175, um EMBRAER 190, um EMBRAER 120, um 690B. (ii) Em decorrência do pedido de concordata do cliente Republic Airways Holding (Nota 25), a Companhia recebeu parte das aeronaves referente à negociação das garantias financeiras cujas perdas foram reconhecidas em 2015 conforme acordo firmado. No momento da aquisição destas aeronaves, estas perdas foram reclassificadas para o ativo imobilizado. Em 31 de dezembro de 2016, US$ 136,2 em bens do ativo imobilizado foram dados em garantia de empréstimos e financiamentos e contingências trabalhistas (31 de dezembro de 2015 US$ 113,7). 17 INTANGÍVEL Os ativos intangíveis desenvolvidos internamente referem-se aos gastos incorridos no desenvolvimento de novas aeronaves, incluindo serviços de suporte, mão de obra produtiva, material e mão de obra direta alocados para a construção de protótipos de aeronaves ou componentes significativos, bem como aplicações de tecnologias avançadas que visam tornar as aeronaves mais leves, silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões, além de projetadas e fabricadas em menos tempo e com otimização de recursos. Desenvolvido internamente Aviação Comercial Aviação Executiva Adquirido de terceiros Defesa e Segurança Outros Desenvolvimento Software Ágio Outros Total Custo do intangível Saldo em 31.12.2015 1.276,1 1.248,9 25,6 36,1 10,1 263,3 16,4 24,0 2.900,5 Adições Adições de contribuição de parceiros Reclassificação Juros sobre capitalização de ativos Efeito de conversão Saldo em 31.12.2016 351,1 (123,9) 11,8 1.515,1 65,4 6,0 1.320,3 5,2 30,8 15,7 51,8 10,7 (7,3) 13,5 48,1 311,4 4,6 21,0 8,8 32,8 505,0 (123,9) (7,3) 17,8 4,6 3.296,7 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2015 Amortizações Amortizações de contribuição de parceiros Juros sobre capitalização de ativos (923,6) (92,0) 23,2 - (377,1) (61,5) 15,1 (1,4) (25,6) - - (4,6) (1,1) - (160,9) (18,9) - - (3,3) (0,4) - (1.495,1) (173,9) 38,3 (1,4) Saldo em 31.12.2016 (992,4) (424,9) (25,6) - (5,7) (179,8) - (3,7) (1.632,1) Intangível líquido Saldo em 31.12.2015 Saldo em 31.12.2016 352,5 522,7 871,8 895,4 5,2 36,1 51,8 5,5 7,8 102,4 131,6 16,4 21,0 20,7 29,1 1.405,4 1.664,6 45 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Desenvolvido internamente Aviação Comercial Custo do intangível Saldo em 31.12.2014 Adições Adições de contribuição de parceiros Aviação Executiva 1.113,6 302,5 (140,0) 1.162,8 86,1 - - Efeito de conversão 1.276,1 Saldo em 31.12.2015 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2014 Amortizações Amortizações de contribuição de parceiros Efeito de conversão Saldo em 31.12.2015 Intangível líquido Saldo em 31.12.2014 Saldo em 31.12.2015 Adquirido de terceiros Defesa e Segurança 25,6 - 1.248,9 Outros Desenvolvimento 24,5 11,6 - 12,1 - Intangível líquido Saldo em 31.12.2013 Saldo em 31.12.2014 18 - (2,0) (21,9) 1,1 10,1 263,3 16,4 23,7 2.900,2 (2,5) (0,5) (3,0) (1.374,5) (154,9) 33,8 0,8 20,1 20,7 1.260,9 1.405,4 (143,0) (17,9) - (923,6) (377,1) (25,6) - (4,6) (160,9) - 242,0 352,5 836,4 871,8 - 24,5 36,1 6,7 5,5 92,9 102,4 38,3 16,4 1.162,8 (22,8) (1.494,8) Adquirido de terceiros Defesa e Segurança 1.027,9 169,8 (52,0) 17,1 2.635,4 427,6 (140,0) - (5,4) 0,8 1.043,8 203,2 (133,4) - 22,6 - 36,1 - Aviação Executiva Total - (25,6) - 1.113,6 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2013 Baixas Amortizações Saldo em 31.12.2014 38,3 - (326,4) (65,5) 14,8 - - Efeito de conversão 235,9 27,4 - Outros 25,6 Desenvolvido internamente Saldo em 31.12.2014 Ágio (871,6) (71,0) 19,0 - Aviação Comercial Custo do intangível Saldo em 31.12.2013 Adições Adições de contribuição de parceiros Reclassificação Software Outros 25,6 - Desenvolvimento 11,8 12,7 - 15,0 - Software Ágio 206,2 29,7 - Outros 38,3 - Total 22,8 - 2.391,4 415,4 (185,4) 17,1 - - (2,9) - (0,2) 25,6 24,5 12,1 235,9 38,3 22,6 2.635,4 (3,1) (825,5) (65,7) 19,6 (871,6) (296,4) (35,6) 5,6 (326,4) (24,8) (0,8) (25,6) - (5,4) (5,4) (128,1) (14,9) (143,0) - (2,1) (0,4) (2,5) (1.282,3) (117,4) 25,2 (1.374,5) 218,3 242,0 731,5 836,4 0,8 - 11,8 24,5 9,6 6,7 78,1 92,9 38,3 38,3 20,7 20,1 1.109,1 1.260,9 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT) Em 31 de dezembro de 2016, o valor de mercado da Companhia baseado no valor dos ADR's (American Depositary Receive) em circulação foi ligeiramente inferior ao valor total do patrimônio líquido da Controladora (em sua moeda funcional USD). Apesar de este cenário representar uma situação influenciada pelas expectativas do mercado naquele momento, trata-se de um indicador e dessa forma a Companhia avaliou todas as suas unidades geradoras de caixa (UGC) efetuando o cálculo de impairment, sem que nenhuma perda fosse identificada, exceto para algumas aeronaves no imobilizado (Nota 16.2). O impairment apurado para as aeronaves foi reconhecido nos respectivos segmentos operacionais “Mercado de Aviação Comercial” ou “Mercado de Aviação Executiva” em função de suas características. Para este cálculo foi aplicada a taxa de desconto de Custo de capital médio ponderado - WACC (expectativa de retorno dos investidores) sobre os fluxos apresentados no Plano Estratégico da Companhia. O ágio por rentabilidade futura gerado na aquisição de controladas foi proporcionalizado e testado juntamente com outros ativos alocados nas respectivas UGC onde estas controladas estão inseridas, sem que fosse identificado ajuste de impairment. 19 FORNECEDORES 31.12.2016 523,0 306,1 123,0 952,1 Fornecedores exterior Parceiros de risco (i) Fornecedores no país 46 31.12.2015 661,5 321,6 51,8 1.034,9 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (i) Os parceiros de risco da Companhia desenvolvem e produzem componentes significativos das aeronaves, incluindo motores, componentes hidráulicos, aviônicos, asas, cauda, interior, partes da fuselagem, dentre outros. Determinados contratos firmados entre a Companhia e esses parceiros de risco caracterizam-se parcerias de longo prazo e incluem o diferimento de pagamentos para componentes e sistemas por um prazo negociado após a entrega desses. Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o programa de desenvolvimento e produção de aeronaves, é difícil substituí-los. Em alguns casos, como os motores, a aeronave é projetada especialmente para acomodar um determinado componente, o qual não pode ser substituído por outro fornecedor sem incorrer em atrasos e despesas adicionais significativas. Essa dependência torna a Companhia suscetível ao desempenho, qualidade e condições financeiras de seus parceiros de risco. 20 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Tax a contra tua l de juros - % a.a Ta xa e fe tiva de juros - % a.a US$ 1,25% to 6,38% Libor 6M + 1,35% 1,25% to 7,42% Libor 6M + 1,35% Euro Libor 3M + 2,25% 1,00% a 3,37% US$ 3,85% a 4,65% Moeda Vencim e nto 31.12.2016 31.12.2015 Outras moedas: Capital de giro Adiantamentos sobre contratos de câmbio Aquisição de imobilizado US$ 2.615,6 18,0 2.413,7 18,0 Libor 3M + 2,25% 1,00% a 3,37% 2025 2019 2026 2020 212,7 16,4 206,4 22,2 3,85% a 4,65% 2017 3,8 - 60,4 62,5 2,13% 2,13% 2030 Libor 1M + 2,44% Libor 1M + 2,44% 2035 Libor 6M + 3,40% Libor 6M + 3,40% 2017 0,1 2.927,0 0,1 2.722,9 Arrendamento Mercantil Financeiro US$ Moeda nacional: Pré-embarque R$ 5.50% to 8.00% 5.5% to 8.00% 2017 30,9 76,3 Desenvolvimento de projetos R$ 3,50 % to 5,50% TLPJ + 1,92% a 5,00% 3,50 % to 5,50% TLPJ + 1,92% a 5,00% 2023 2022 505,0 459,4 Nota de Crédito a Exportação R$ 5.5% to 11.00% 5.5% to 11.00% 2019 297,0 271,2 Capital de giro R$ 118,5% do CDI 118,5% do CDI 2016 - 0,7 Total 832,9 3.759,9 807,6 3.530,5 Circulante Não Circulante 510,3 3.249,6 219,4 3.311,1 Em outubro de 2006, a Embraer Overseas Limited, empresa do grupo Embraer S.A., emitiu US$ 400 milhões em títulos com taxa de juros de 6,375% ao ano com vencimento em 24 de janeiro de 2017 numa oferta que posteriormente foi registrada parcialmente com a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Em outubro de 2009, a Embraer Overseas Limited novamente captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 15 de janeiro de 2020, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 6,375% ao ano. As duas operações são garantidas integralmente e incondicionalmente pela Controladora. Por se tratar de uma subsidiária integral da Embraer S.A., cujo objetivo é a realização de operações financeiras, as captações efetuadas pela Embraer Overseas Limited são apresentadas no balanço da Controladora como operações com terceiros. Entre os meses de agosto e setembro de 2013 a Embraer S.A. por meio de sua subsidiária Embraer Overseas Limited efetuou uma oferta de permuta para os títulos com vencimento em 2017 e 2020 para Notas novas com vencimento em 2023. Para os títulos de 2017 a oferta de permuta resultou em US$ 146,4 milhões do valor principal total das Notas vigentes e US$ 337,2 milhões do valor principal total das Notas de 2020, representando aproximadamente 54,95% de Notas permutadas. O total da oferta de permuta, considerando os efeitos do preço de permuta nas negociações e emissão total das Notas novas, fechou em aproximadamente US$ 540,5 milhões em valor principal a uma taxa de 5,696% e com vencimento final para 16 de setembro de 2023. As demonstrações financeiras da Embraer Overseas Limited não são fornecidas, porque o emissor é uma subsidiária integral, de operações financeiras da Companhia e a Companhia garante os títulos integral e incondicionalmente. Não há restrições significativas sobre a capacidade da Controladora para obter recursos de suas subsidiárias para dividendos ou empréstimo. 47 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Em 15 de junho de 2012, a Embraer S.A. captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 15 de junho de 2022, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 5,15% ao ano. Em fevereiro de 2013, a Embraer S.A. contratou operações de empréstimos na modalidade de Nota de Crédito de Exportação com objetivo de aplicar nas atividades de exportação e produção de bens para exportação no montante de R$ 712 milhões, equivalente a US$ 218,5 milhões a uma taxa fixa de 5,50% ao ano. Em 31 de dezembro de 2016 o montante ainda em aberto era de R$ 237 milhões, equivalente US$ 72,7 milhões. Em agosto de 2013, a Embraer S.A. contratou linha de financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP com objetivo de utilizar no programa de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos no montante total de aproximadamente R$ 303,9 milhões, equivalente a US$ 93,2 milhões a uma taxa fixa de 3,50% ao ano. Do total contratado em 31 de dezembro de 2016 a Companhia havia recebido o montante de R$ 246,3 milhões equivalente a US$ 75,6 milhões. Em dezembro de 2013, a Embraer S.A. assinou um contrato junto ao BNDES para utilização em Desenvolvimentos de projetos no montante de aproximadamente R$ 1,4 bilhão equivalente a US$ 433,1 milhões a uma taxa fixa de 3,50% ao ano, recebido integralmente até 31 de dezembro de 2015. Em junho de 2015, a Embraer Netherlands Finance B.V., empresa do grupo Embraer S.A., emitiu US$ 1 bilhão em bônus garantidos (guaranteed notes) com taxa de juros nominal de 5,05% ao ano com vencimento em 15 de junho de 2025 cuja oferta foi registrada junto a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Esta operação é garantida integralmente e incondicionalmente pela Controladora. Por se tratar de uma subsidiária integral da Embraer S.A., cujo objetivo é a realização de operações financeiras, a captação efetuada pela Embraer Netherlands Finance B.V. é apresentada no balanço da Controladora como operações com terceiros. As demonstrações financeiras da Embraer Netherlands Finance B.V não são fornecidas, porque o emissor é uma subsidiária integral, de operações financeiras da Companhia e a Companhia garante os títulos integral e incondicionalmente. Não há restrições significativas sobre a capacidade da Controladora para obter recursos de suas subsidiárias para dividendos ou empréstimo. Em dezembro de 2015, a Embraer S.A. contratou operações de empréstimos na modalidade de Nota de Crédito de Exportação com objetivo de aplicar nas atividades de exportação e produção de bens para exportação no montante de R$ 685 milhões, equivalente a US$ 210,2 a uma taxa média ponderada de 10,96% ao ano. Em agosto de 2016, a Embraer Portugal S.A., empresa do Grupo Embraer S.A., contratou o montante de US$ 200,0 milhões, equivalente a R$ 658,8 milhões, para capital de giro e aquisição de imobilizado. Em 31 de dezembro de 2015, os financiamentos de longo prazo apresentavam a seguinte composição por ano de vencimento: Ye a r 2018 2019 2020 2021 After 2021 304,9 156,9 267,1 334,8 2.185,9 3.249,6 48 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 20.1 Análise por moeda O total da dívida está denominado nas seguintes moedas: 12.31.2016 Loa ns US dollar Brazilian Real Euro 12.31.2015 2.910,6 832,9 16,4 2.700,7 807,6 22,2 3.759,9 3.530,5 20.2 Encargos e garantias Em 31 de dezembro de 2016, os financiamentos em Dólares (77,4% do total) eram, predominantemente, sujeitos a encargos fixos e sua taxa média ponderada era 5,12% a.a. (5,26% a.a. em 31 de dezembro de 2015). Em 31 de dezembro de 2016, os financiamentos em Reais (22,2% do total) eram sujeitos a encargos fixos, taxa de juros de longo prazo (TJLP) e CDI, sendo a taxa média ponderada de 5,00% a.a. (6,43% a.a. em 31 de dezembro de 2015). Em 31 de dezembro de 2016, os financiamentos em Euros (0,4% do total) eram, predominantemente, sujeitos a encargos fixos, e com taxa média ponderada de 1,48% a.a. (1,79% a.a. em 31 de dezembro de 2015). Em garantia de parte dos financiamentos foram oferecidos imóveis, máquinas, equipamentos e garantias bancárias no montante total de US$ 490,9. (US$ 471,3 at December 31, 2015). 20.3 Cláusulas restritivas Os contratos de financiamentos de longo prazo estão sujeitos a cláusulas restritivas, em linha com as práticas usuais de mercado, que estabelecem controle sobre o grau de alavancagem obtido da relação endividamento líquido/EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como limites para a cobertura do serviço da dívida obtido da relação EBITDA/despesa financeira líquida. Incluem, também restrições normais sobre criação de novos gravames sobre bens do ativo, mudanças significativas no controle acionário da Companhia, venda de bens do ativo e pagamento de dividendos excedentes ao mínimo obrigatório por lei em casos de inadimplência nos financiamentos e nas transações com empresas controladas. Em 31 de dezembro de 2016, a Controladora e as controladas estavam totalmente adimplentes com as cláusulas restritivas. 49 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 21 CONTAS A PAGAR Obrigações relacionadas com folha de pagam ento (i) Demais contas a pagar (ii) Contas a pagar para penalidades (iii) Obrigações contratuais (iv) Program a de participação dos em pregados nos lucros Comissões a pagar Seguros Incentivo de longo prazo (v) Comando da aeronáutica Caução Materiais faltantes (vi) Opções de não controladores Créditos financeiros Circulante Não Circulante 31.12.2016 113,7 90,7 58,2 53,5 43,6 23,9 4,8 4,2 2,6 0,9 0,3 396,4 31.12.2015 97,2 94,5 71,3 17,8 21,9 8,1 9,8 2,6 0,9 4,2 2,2 0,2 330,7 379,5 16,9 291,1 39,6 (i) Referem-se basicamente a obrigações de férias e seus respectivos encargos registrados nas demonstrações financeiras. (ii) Representam, basicamente, provisão de despesas incorridas na data do balanço patrimonial, cujos pagamentos ocorrem no mês subsequente. (iii) Em 24 de outubro de 2016, a Companhia concluiu acordos definitivos (“Acordos Definitivos”) com o Departamento de Justiça dos E.U.A. (U.S. Department of Justice, ou “DOJ”) e a Comissão de Valores Mobiliários dos E.U.A. (U.S. Securities and Exchange Commission ou “SEC”) para a resolução de descumprimentos criminal e cível das leis anticorrupção dos EUA (Foreign Corrupt Practices Act, ou “FCPA”). Adicionalmente, a Companhia concluiu um termo de compromisso e de ajustamento de conduta (“TCAC”) com o Ministério Público Federal (“MPF”) e a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) para a resolução de descumprimentos de determinadas leis brasileiras. Sob os Acordos Definitivos com o DOJ e a SEC, a Companhia assumiu as seguintes obrigações principais: • Pagar US$ 98,2 milhões à SEC (dos quais, US$ 20,0 milhões ou R$ 64,0 milhões devidos à CVM e ao MPF sob o TCAC, conforme abaixo descrito), a título de devolução do lucro indevido; • Pagar US$ 107,3 milhões ao DOJ, a título de penalidade por uma violação das disposições do FCPA sobre pagamentos indevidos a funcionários públicos e uma violação das disposições do FCPA sobre a obrigação de manter registros contábeis precisos; • Nos termos de um acordo com o DOJ de diferimento condicional da persecução criminal (Deferred Prosecution Agreement ou “DPA”) contra a Companhia, concordar que a responsabilização com relação aos fatos reconhecidos será diferida por três anos, e será dispensada após tal prazo caso não venha a violar os termos do DPA; e • Contratar uma monitoria externa e independente, pelo período de três anos. Em paralelo aos Acordos Definitivos com as autoridades norte-americanas, a Companhia concluiu um TCAC com o MPF e a CVM para encerrar de forma não-contenciosa qualquer pretensão que pudesse ser deduzida em ação civil pública ou processo administrativo sancionador no Brasil. O TCAC também foi aprovado pelas instâncias competentes e está em pleno vigor. Sob o TCAC, a Companhia reconheceu a prática entre 2007 e 2011 de determinadas condutas descritas no TCAC que resultaram no descumprimento de certas leis brasileiras e assumiu as seguintes obrigações principais: 50 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma • Pagar o valor total equivalente a US$ 20,0 milhões ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, a título de desfazimento do enriquecimento sem causa lícita da Companhia, de reparação exclusivamente por danos difusos e para desestímulo de práticas semelhantes. Este valor foi abatido dos valores devidos à SEC, conforme descrito acima; e • Colaborar com o MPF e a CVM em processos judiciais e administrativos relativos aos atos reconhecidos pela Companhia como tendo sido cometidos por seus representantes. Nos termos do TCAC, o MPF e a CVM reconheceram que a Companhia efetuou “voluntariamente ampla investigação interna, a qual contribuiu para elucidar os fatos em apuração nas instancias criminal e administrativa, e haver procurado espontaneamente as autoridades, que reconhecem sua boa-fé na iniciativa”, e assumiram as seguintes obrigações principais: • O MPF se obrigou a não propor ação civil pública ou ação de improbidade administrativa contra a Companhia com base nos fatos já reconhecidos pela Companhia, e a encerrar ou desistir de determinados procedimentos em curso; • A CVM se obrigou a arquivar inquérito administrativo contra a Companhia com base nos fatos já reconhecidos; e • O MPF e a CVM se obrigaram a empreender gestões junto a quaisquer órgãos públicos da Administração Federal para dar conhecimento do TCAC e para empreender gestões para que o TCAC seja levado em consideração a propósito de quaisquer outros procedimentos ou decisões com base nos fatos já reconhecidos pela Companhia. Em 31 de dezembro de 2016, os valores pagos sob os Acordos Definitivos e o TCAC foram (i) US$ 107,3 milhões ou R$ 341,3 milhões ao DOJ; (ii) US$ 20,0 milhões ou R$ 68,1 milhões à SEC; e (iii) US$ 20,0 milhões ou R$ 64,0 milhões ao MPF e à CVM. Nessa mesma data, os valores em aberto e devidos à SEC representam US$ 58,2 milhões ou R$ 189,9 milhões. Em observância às obrigações assumidas nos Acordos Definitivos, a Companhia contratou, com a aprovação do DOJ e da SEC, em 22 de fevereiro de 2017, o monitor Alexandre Herman Rene, para avaliar o cumprimento pela Companhia dos Acordos Definitivos, em especial das obrigações de manter controles e procedimentos eficazes para prevenir a prática de violações das leis anticorrupção dos E.U.A. Os Acordos Definitivos e o TCAC representam o encerramento da investigação interna de alegações de não conformidade com o FCPA e com determinadas leis brasileiras em quatro transações de aeronaves fora do Brasil entre 2007 e 2011. Processos relacionados e desenvolvimentos estão em curso e podem resultar em multas adicionais, bem como outras possíveis penalidades e consequências adversas, as quais poderão ser substanciais. A Companhia acredita que não exista base adequada, no momento, para estimar provisões ou quantificar possíveis contingências relacionadas a esses processos e desdobramentos. A Companhia continuará cooperando com as autoridades governamentais, conforme as circunstâncias exijam. Nesse sentido, em 23 de fevereiro de 2017, a Companhia celebrou Acordo Exoneratório com autoridades de Moçambique para colaboração com as investigações naquele país e sob o qual não há obrigações financeiras para a Embraer. Desde o inicio da investigação interna em 2011, a Companhia empreendeu um amplo esforço para melhorar e expandir seu programa mundial de compliance. Essa tarefa de vários anos envolveu novo exame dos sistemas de compliance da Companhia e, quando apropriado, sua reformulação ou ampliação. Alguns dos principais aperfeiçoamentos incluem a criação de um Departamento de Compliance, a indicação de uma Diretora de Compliance (Chief Compliance Officer) que, no momento, também é a Vice Presidente Executiva Jurídica da Companhia, a qual para assuntos de compliance reporta-se diretamente ao Comitê de Auditoria e Riscos do Conselho de Administração; o desenvolvimento de um programa para monitorar a contratação e o pagamento de terceiros; 51 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma aperfeiçoamentos nas políticas, procedimento e controles de compliance; o aperfeiçoamento do canal de denúncias anônimas, e outros canais de reclamações, e o desenvolvimento de um programa abrangente de treinamento e educação criado para manter e reforçar uma forte cultura de compliance em todos os níveis da Companhia em todo o mundo. A Companhia continuará promovendo aperfeiçoamentos e atualizações nesse programa de compliance. (iv) Representam substancialmente valores registrados para fazer face aos custos de manutenção de aeronaves alugadas por meio de arrendamento operacional e a compromissos assumidos contratualmente na venda de aeronaves novas ou encerramento de garantias financeiras de valor residual. (v) Refere-se ao Incentivo de Longo Prazo (ILP) concedido a empregados da Companhia na forma de ações virtuais conforme descrito na Nota 30 – Remuneração baseada em ações. (vi) Referem-se aos acessórios ou componentes a serem instalados em aeronaves entregues, consoante termos contratuais. 22 ADIANTAMENTOS DE CLIENTES Em dólar Em real 31.12.2016 710,8 145,4 856,2 31.12.2015 704,2 203,7 907,9 716,4 139,8 743,8 164,1 Circulante Não Circulante Os saldos de adiantamentos de clientes relacionados aos contratos de construção que utilizam o método POC eram de US$ 357,4 em 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015 US$ 361,2). 23 IMPOSTOS E ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER INSS (i) IRRF PIS e COFINS (ii) FGTS IPI Parcelam entos de tributos Outros Circulante Não Circulante 31.12.2016 73,1 18,7 3,9 3,8 3,1 1,2 7,7 111,5 31.12.2015 92,9 14,9 7,3 5,2 1,3 21,9 7,9 151,4 43,6 67,9 70,8 80,6 A Companhia está questionando judicialmente a constitucionalidade da instituição, da base de cálculo e sua expansão, bem como das majorações de alíquotas de alguns impostos, encargos e contribuições sociais, no intuito de assegurar o não recolhimento ou a recuperação de pagamentos efetuados em exercícios anteriores. A Companhia, por meio de processos judiciais, obteve liminares e medidas congêneres para não recolher ou compensar pagamentos de impostos, encargos e contribuições sociais. Os valores de tributos não recolhidos, com base em decisões judiciais preliminares, são provisionados e atualizados com base na variação da SELIC até que se obtenha uma decisão final e definitiva. Ainda, como meio de liberar-se da obrigação e continuar com a discussão a Companhia possui em algumas matérias depósito judicial. (i) Corresponde substancialmente: • Majoração da alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT). A Companhia questiona a legalidade e ausência de critérios técnicos para fixação das alíquotas das referidas 52 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma contribuições desde 1995. O montante envolvido nesse processo é de US$ 53,4 em 31 de dezembro de 2016 (US$ 42,6 em 31 de dezembro de 2015). • A Companhia também ajuizou ação, buscando o afastamento das normas que regulamentaram o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Em novembro de 2016 a ação transitou em julgado, favoravelmente, momento em que foi realizada a baixa da provisão no valor de US$ 40,4. A Companhia busca atualmente levantar o depósito judicial no valor de US$ 11,3. • Adicionalmente, desde fevereiro de 2009, a Companhia ingressou com ações judiciais para questionar a incidência de contribuições sociais sobre o aviso prévio indenizado, entre outras verbas de caráter indenizatório. Em outubro de 2015, a Companhia obteve êxito parcial na discussão relativa a cota patronal do INSS sobre as verbas do aviso prévio indenizado, e desta maneira efetuou baixa da provisão no montante relativo a US$ 2,5. Atualmente, o montante remanescente envolvido na discussão, relativamente ao aviso prévio estabelecido em acordo coletivo, é de US$ 10,2 em 31 de dezembro de 2016 (US$ 7,1 em 31 de dezembro de 2015). (ii) Refere-se a: • Contribuições ao Programa de Integração Social (PIS) / Programa de Formação ao Patrimônio do Servidor Público (PASEP). A discussão, envolvendo a base de cálculo do sistema não cumulativo, foi incluída nos termos da Lei 11.941/2009, com a consequente desistência da ação onde a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito da discussão judicial. • A outra ação discute a inclusão da variação cambial na base de cálculo do PIS/PASEP, em que se aguarda julgamento de recurso de apelação. O montante envolvido no processo é de US$ 3,3 em 31 de dezembro de 2016 (US$ 2,7 em 31 de dezembro de 2015). Com relação às questões em discussão judicial acima mencionada, as provisões remanescentes serão mantidas até que haja um desfecho final e não seja cabível mais nenhum recurso. 24 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Face à base tributária dos ativos e passivos da Controladora ser mantida em Real por seu valor histórico e a base contábil em Dólar (moeda funcional), as flutuações na taxa de câmbio impactaram a base tributária e, as consequentes despesas/receitas de imposto de renda diferido foram registradas no resultado. A Companhia, fundamentada na expectativa provável de geração de lucros tributáveis, registrou em suas demonstrações financeiras o ativo fiscal diferido representado pelos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição. Os créditos decorrentes de diferenças temporárias relativas às provisões não dedutíveis, representados principalmente por provisões de contingências trabalhistas, provisões e tributos em discussão judicial, serão realizados à medida que os processos correspondentes forem concluídos. 24.1 Impostos diferidos Os componentes de impostos ativos e passivos diferidos são demonstrados a seguir: Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Lucro não realizado Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos Total do IR e CSLL diferido ativo Total do IR e CSLL diferido passivo 53 31.12.2016 (102,7) 28,3 (201,0) 16,4 (31,1) 30,2 (259,9) 31.12.2015 (2,8) 20,5 (407,1) 19,9 (36,1) (7,2) (412,8) 31.12.2014 (64,9) 17,9 (204,7) 28,0 (31,0) (7,6) (262,3) 3,4 (263,3) 4,5 (417,3) 8,1 (270,4) Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Segue abaixo a movimentação dos impostos diferidos que afetaram o resultado: Exercício (215,0) (3,4) (1,7) (81,0) 10,9 (4,8) 1,3 (293,7) 62,1 2,6 (202,4) (8,1) (5,0) 14,6 (429,9) (99,9) 7,8 206,1 (3,5) 4,9 31,1 (283,4) Saldos em 31.12.2013 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Lucro não realizado Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Saldos em 31.12.2014 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Lucro não realizado Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Saldos em 31.12.2015 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Lucro não realizado Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Saldos em 31.12.2016 Abrangente 14,3 17,1 31,4 (14,3) 17,1 6,4 23,5 Total (200,7) (3,4) (1,7) (81,0) 10,9 (4,8) 18,4 (262,3) 62,1 2,6 (202,4) (8,1) (5,0) 0,3 (412,8) (99,9) 7,8 206,1 (3,5) 4,9 37,5 (259,9) 24.2 Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social: 31.12.2016 Lucro (Prejuízo) antes da provisão para imposto de renda e contribuição social Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas aplicáveis no Brasil - 34% Tributação do lucro das controladas no exterior Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Gastos com pesquisa e desenvolvimento Juros sobre capital próprio Créditos fiscais (reconhecidos e não reconhecidos) e diferença de alíquota Outras diferença entre base societária e fiscal Despesas não dedutíveis Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado Imposto de renda e contribuição social corrente Imposto de renda e contribuição social diferido 31.12.2015 31.12.2014 159,1 (54,1) (4,0) 206,1 36,5 6,1 (31,1) (89,2) (61,6) 62,8 8,7 336,2 (114,3) (5,7) (202,4) 44,9 12,5 (1,5) 5,1 6,0 (141,1) (255,4) 503,9 (171,3) (6,3) (81,0) 78,3 28,1 4,6 (1,3) (7,3) 15,1 (156,2) (137,8) 146,5 (119,2) (136,2) (77,1) (79,1) A taxa média efetiva da receita (despesa) do imposto para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi de 5,5 (76,0% em 31 de dezembro de 2015). A taxa média efetiva do imposto de renda e contribuição social correntes para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi de 86,6% (35,5% em 31 de dezembro de 2015). 25 GARANTIAS FINANCEIRAS E DE VALOR RESIDUAL Garantias de valor residual Contas a pagar (i) Garantias financeiras Provisão adicional (i) Circulante Não Circulante 54 31.12.2016 122,2 65,9 22,7 210,8 31.12.2015 94,7 57,4 40,1 100,9 293,1 49,7 161,1 161,5 131,6 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Segue abaixo a movimentação das garantias financeiras e de valor residual: Garantias financeiras Saldo em 31.12.2013 Adições Baixa Reversão Marcação a mercado Apropriação ao resultado Saldo em 31.12.2014 Adições Baixa Reversão Marcação a mercado Apropriação ao resultado Ajuste de conversão Saldo em 31.12.2015 Adições Adições de juros Baixa Reversão Transferências (ii) Marcação a mercado Apropriação ao resultado Saldo em 31.12.2016 Garantias de valor residual 73.7 1.2 (13.1) 61.8 (9.0) (12.7) 40.1 0.1 (6.6) (10.9) 22.7 81.6 (6.3) 19.1 94.4 0.3 94.7 27.5 122.2 Contas a pagar (i) 138.2 4.0 (60.4) 81.8 3.0 (40.5) 13.1 57.4 11.9 1.7 (95.6) 90.5 65.9 Provisão adicional (i) Total 114.0 (13.1) 100.9 (10.4) (90.5) - 293.5 5.2 (66.7) 19.1 (13.1) 238.0 117.0 (40.5) (9.0) 0.3 (12.7) 293.1 12.0 1.7 (102.2) (10.4) 27.5 (10.9) 210.8 (i) Contas a pagar e provisão adicional: • American Airlines – Refere-se a passivos assumidos em decorrência de aquisição de determinados ativos da American Airlines. Em 31 de dezembro de 2016 a obrigação assumida no Contas a pagar era de US$ 24,3 (31 de dezembro de 2015 – US$ 57,4). • Republic Airways Holding – Refere-se a passivos assumidos em decorrência da aquisição de aeronaves da Republic Airways devido ao pedido de concordata (Chapter 11) do cliente em fevereiro de 2016 o qual se encontra parcialmente concluído. Em 31 de dezembro de 2016 a obrigação assumida no Contas a pagar era de US$ 41,6. (ii) Refere-se à transferência de garantias financeiras realizada entre provisões e contas a pagar devido a formalização entre as partes do exercício dessas garantias. 26 PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES 26.1 Provisões Garantia de produtos (i) Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis (ii) Obrigação de benefícios pós-emprego Impostos Plano demissão voluntária (iii) Provisão ambiental Outras Circulante Não Circulante 31.12.2016 94,1 93,1 46,0 28,5 25,3 1,0 26,8 314,8 31.12.2015 95,7 49,9 26,8 16,9 1,7 13,6 204,6 135,8 179,0 95,7 108,9 (i) Constituídas para fazer face aos gastos relacionados a produtos, incluindo garantias e obrigações contratuais para implementação de melhorias em aeronaves entregues com a finalidade de assegurar o atingimento de indicadores de desempenho. (ii) Provisões de natureza trabalhista, fiscal ou cível, segregadas conforme quadro Nota 26.1.1. 55 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (iii) Em 2016 a Companhia anunciou o Plano de Demissão Voluntária (PDV) em que eram elegíveis ao plano, funcionários da Controladora e das subsidiárias ELEB e Embraer GPX Ltda. Houve adesão de 1.650 funcionários, dos quais 1.643 foram aprovados pela Companhia. Os valores provisionados correspondem aos gastos incrementais não recorrentes relacionados especificamente ao plano. As demissões ocorrerão até 20 de abril de 2017 e em 31 de dezembro de 2016 o saldo remanescente da provisão era de US$ 25,3. As despesas relacionadas à remuneração recorrente dos empregados foram alocadas como custos ou despesas de acordo com sua função, as despesas adicionais relacionadas à VRS foram reconhecidas em outras despesas operacionais devido à sua característica não recorrente, Nota 33. Movimentação das provisões: Garantia de produtos Saldo em 31.12.2013 Adições Juros Baixas Reversão Ajuste de conversão Saldo em 31.12.2014 Adições Juros Transferências Baixas Reversão Ajuste de conversão Saldo em 31.12.2015 Adições Juros Baixas Reversão Atualização monetária Saldo em 31.12.2016 103.9 89.2 (64.1) (38.9) (2.8) 87.3 84.4 (53.9) (22.3) 0.2 95.7 51.9 (31.7) (20.6) (1.2) 94.1 Obrigação de Provisões benefícios pósTrabalhistas, emprego Fiscais e Cíveis 71.0 3.0 4.8 (0.7) (30.0) (6.9) 41.2 (4.7) 3.1 (1.1) (11.7) 26.8 11.2 3.3 4.7 46.0 68.9 31.2 5.0 (9.8) (7.2) (7.7) 80.4 14.1 4.7 0.1 (21.5) (11.5) (16.4) 49.9 43.3 4.3 (2.7) (5.5) 3.8 93.1 Impostos 7.3 18.0 25.3 1.0 (10.0) 0.6 16.9 12.0 (0.4) 28.5 Provisão Ambiental 5.3 2.1 (2.5) (0.6) 4.3 1.0 (2.0) (1.6) 1.7 1.0 (2.0) 0.3 1.0 Plano demissão voluntária 118.0 (77.0) (15.0) (0.7) 25.3 Outras Total 7.8 5.0 (3.0) 0.2 10.0 5.0 (3.0) 1.6 13.6 17.0 (2.0) (1.8) 26.8 264.2 148.5 9.8 (80.1) (76.1) (17.8) 248.5 100.8 7.8 0.1 (89.5) (35.8) (27.3) 204.6 254.4 7.6 (113.4) (43.1) 4.7 314.8 No segundo trimestre de 2016 a Companhia constituiu uma provisão para perdas com penalidades relativas à possibilidade de não conformidade com o U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) em certas vendas de aeronaves fora do Brasil. Por conta da conclusão de acordos definitivos em outubro de 2016 e consequentemente a definição dos valores a serem pagos, na apresentação das demonstrações financeiras encerradas em 30 de setembro de 2016 a Companhia reclassificou os valores anteriormente provisionados para o grupo de Contas a pagar (Nota 21). 56 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 26.1.1 Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 31.12.2016 Fiscais PIS/COFINS (i) Contribuições previdenciárias (ii) ICMS (iii) FUNDAF (iv) Impostos de importação (v) IRPJ (vi) Outras Trabalhistas Plurimas 461/1379 (vii) Reintegração (viii) Indenização (x) Terceiros Outras Cíveis Indenização (ix) Circulante Não Circulante 31.12.2015 10,2 8,8 4,6 3,9 2,0 37,4 1,8 68,7 16,3 6,8 3,3 3,1 1,5 0,4 31,4 10,1 3,5 1,5 0,6 8,3 24,0 7,0 2,3 1,7 0,3 5,3 16,6 0,4 0,4 93,1 1,9 1,9 49,9 22,6 70,5 20,0 29,9 (i) A Companhia apurou créditos de PIS/COFINS em determinadas operações e aguarda a conclusão do processo administrativo para avaliação das providências juridicamente cabíveis. (ii) A Companhia foi notificada pelas autoridades pela não retenção da contribuição previdenciária de prestadores de serviços. Os processos encontram-se na 2ª Instância da esfera judicial. Além desses processos, a Companhia foi notificada para recolhimento de adicionais de riscos ambientais do trabalho, cuja discussão resultou em decisão favorável à Companhia e aguarda-se manifestação da Fazenda do Estado de São Paulo. (iii) A Companhia está discutindo administrativamente o Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM), lavrado pela Fazenda do Estado de São Paulo para a cobrança de ICMS incidente sobre serviços de telecomunicação, por entender que os serviços a que se referem o AIIM não são tributados pelo ICMS. Não há até o momento qualquer decisão a respeito da Impugnação apresentada pela Companhia. (iv) Em março de 2005, foi lavrado o AIIM, contra a Companhia, exigindo o recolhimento da contribuição do Fundo de Modernização da Administração Fazendária (FUNDAF). Em decorrência do lançamento, a Companhia ajuizou na 1ª Instância da esfera judicial, Ação Anulatória de Débito Fiscal, que foi julgada parcialmente favorável à Companhia. O processo se encontra em 2ª Instância judicial, para apreciação da Apelação e do Recurso de Ofício. (v) Trata-se de dois Autos de Infração e Imposição de Multa lavrados contra a Companhia envolvendo o regime de drawback. O primeiro foi lavrado em decorrência de pretensa violação do prazo para cumprimento do drawback e o segundo discute possíveis divergências quanto à classificação fiscal de determinados produtos. Ambas as discussões percorrem o judiciário e encontra-se, respectivamente, em fase de análise de Recurso Especial no STJ e aguardando julgamento de Recurso de Apelação no TRF. (vi) Trata-se de discussão administrativa referente ao auto de infração que versa sobre a contabilização e reconhecimento de indenização no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, relativa à exigência de recolhimentos de Imposto de renda (IRPJ) e Contribuição social (CSLL). 57 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (vii) Referem-se as solicitações de reajustes salariais retroativos e pagamento de produtividade sobre salário, feitas por ex-empregados. (viii) São processos movidos por ex-empregados que requerem sua reintegração na Companhia. (ix) Tratam-se de requerimentos de indenizações ligadas a supostos acidentes de trabalho, danos morais, entre outros. (x) São requerimentos de indenizações diversas, movidos por pessoas ou empresas que mantiveram alguma relação jurídica com a Companhia. As provisões fiscais, trabalhistas e cíveis são constituídas de acordo com a política contábil da Companhia (item 2.2.24) da Demonstração Financeira de 31 de dezembro de 2016 e os valores aqui refletidos representam a estimativa dos valores que o departamento jurídico da Companhia, juntamente com seus consultores jurídicos externos, espera que tenham que ser desembolsados para liquidar os processos. 26.2 Passivos contingentes Os passivos contingentes são os valores, de acordo com a política contábil da Companhia, com classificação de probabilidade de perda "possível", de acordo com a opinião do departamento jurídico da Companhia, apoiado por seus consultores externos. Quando o passivo contingente surge do mesmo conjunto de circunstâncias que uma provisão existente, é feita uma indicação, ao final de sua descrição, da classe de provisões correspondente. Seguem abaixo todos os passivos contingentes que a Companhia possui: • A Companhia possui passivos contingentes relacionados a processos trabalhistas diversos que perfazem o montante de US$ 16,9 em 31 de dezembro de 2016 (US$ 10,2 em 31 de dezembro de 2015). • Em outubro de 2016 a Companhia concluiu acordos definitivos com autoridades norte-americanas e brasileiras para a resolução de alegações de descumprimento das leis anticorrupção nos Estados Unidos e de determinadas leis brasileiras (Nota 21). Processos relacionados e outros desenvolvimentos estão em curso e poderão resultar em multas adicionais e outras sanções e consequências adversas, que poderão ser substanciais. A Companhia acredita que não existe base adequada para estimar provisões ou quantificar possíveis contingências relacionadas a estes processos e desdobramentos. Em agosto de 2016, uma ação coletiva (putative securities class action) foi ajuizada em um tribunal norte-americano em face da Companhia e de alguns de seus administradores, atual e antigos. Em outubro de 2016, um tribunal federal de Nova Iorque nomeou um autor principal (lead plaintiff) e um advogado principal (leading counsel) para a ação coletiva. Em dezembro de 2016, o autor principal apresentou um aditamento ao pedido inicial (amended complaint). O amended complaint busca mover ações em nome de todas as pessoas e entidades que compraram ou de outra forma adquiriram valores mobiliários da Companhia durante o período entre 11 de janeiro de 2012 até e incluindo 28 de novembro de 2016, alegando violações das leis federais de valores mobiliários dos EUA em relação às investigações internas descritas acima e questões relacionadas (Nota 21). O Tribunal ainda não emitiu um cronograma de instrução para o pedido de julgamento antecipado a favor da Companhia (motion to dismiss) e outros aspectos processuais do caso. Até o momento, a Companhia acredita que não existe base adequada para estimar provisões relacionadas a esta ação coletiva. 58 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 27 OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO Plano de benefícios médicos Brasil Plano de benefícios médicos subsidiárias Obrigações com benefícios pós-emprego 31.12.2016 41,5 4,5 46,0 31.12.2015 22,5 4,3 26,8 27.1 Benefícios médicos pós-emprego – Brasil A Controladora e algumas de suas subsidiárias possuem planos de assistência médica para os empregados que, dada as suas condições se caracteriza como um benefício pós-emprego. Dentro deste plano médico é concedido aos empregados que se aposentarem na Companhia, a opção de permanecer no plano médico contribuindo com o custo integral do benefício cobrado pela seguradora, porém, devido a regras de reajustes previstas na legislação brasileira, em alguns momentos a contribuição realizada pelos aposentados pode não ser suficiente para cobrir as despesas do plano médico e desta forma representar uma exposição para a Companhia. Em 2014 a Controladora anunciou mudanças na participação dos empregados no seu plano de assistência médica no que tange a tabela de contribuição. Essas alterações foram contestadas pelo Sindicato que obteve liminar suspendendo a alteração nos valores cobrados dos empregados elegíveis, porém, para os empregados assistidos pelo benefício a alteração foi aplicada. Para os demais participantes do plano, a Companhia não revisou a sua exposição, e está aguardando uma decisão legal para prosseguir com uma possível alteração da política de participação dos empregados no plano de assistência médica. A forma de reconhecimento deste benefício é descrita nas políticas contábeis. Os valores registrados no balanço patrimonial são: 31.12.2016 Obrigação do benefício - no início do exercício 22,5 Juros sobre o valor da obrigação (Ganhos) perdas atuariais - experiência (Ganhos) perdas atuariais decorrentes das prem issas financeiras Benefícios pagos diretam ente pela empresa Custo do serviço passado - alterações do plano Ajuste de conversão Obrigação do benefício - no final do exercício 3,3 2,3 8,9 4,5 41,5 31.12.2015 36,8 2,9 (1,1) (3,1) (1,1) (11,9) 22,5 Principais premissas utilizadas na mensuração: 31.12.2016 Taxa Taxa Taxa Taxa de de de de desconto inflação crescim ento dos custos m édicos (próxim o ano) crescim ento dos custos m édicos (longo prazo) 10,9% 4,9% 10,9% 5,9% 31.12.2015 12,6% 5,0% 11,0% 6,0% 27.2 Benefícios médicos pós-emprego – exterior A Embraer Aircraft Holding patrocina um plano médico pós-emprego para os empregados contratados até 2007. Os custos esperados de pensão e prestação de benefício médico pós-emprego para os empregados beneficiários e seus dependentes são provisionados em regime de competência com base em estudos atuariais e o cálculo é revisado anualmente. 59 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Os valores reconhecidos no balanço patrimonial foram determinados como segue: 31.12.2016 O b rigaçõ e s de be ne fícios - n o início do e xe rcício C us to dos juros Ganho (perda) atuarial B enefíc ios pagos aos partic ipantes O b rigação do b e ne fício - no fim do e xe rcício 31.12.2015 4,3 (0,2) (0,2) (0,2) 3,7 31.12.2014 4,4 (0,2) 0,2 (0,1) 4,3 2,5 0,3 1,7 (0,1) 4,4 As mudanças nos ativos do plano estão demonstradas a seguir: Valor justo do s ativ os do plano - no início do e xe rcício R etorno do inves tim ento do plano B enefíc ios pagos aos partic ipantes Valor justo do s ativ os do plano - no fim do e xe rcício 31.12.2016 0,9 0,1 (0,2) 0,8 31.12.2015 1,1 (0,2) 0,9 31.12.2014 1,2 0,1 (0,2) 1,1 O valor justo dos ativos do plano é medido baseado nos inputs de Nível 1 de acordo com a norma contábil sobre medições de valor justo. Não houve alterações desde o ano anterior nas técnicas de valorização e níveis de inputs. Os custos líquidos de benefícios pré-pagos (provisionados) estão resumidos conforme segue: C us to provis ionado - Grau de s ufic iênc ia financ eira 31.12.2016 (4,5) (4,5) 31.12.2015 (4,3) (4,3) 31.12.2014 (4,4) (4,4) % 31.12.2016 4,25% 4,00% 5,50% % 31.12.2015 4,00% 4,25% 5,50% % 31.12.2014 4,75% 4,00% 5,50% As principais premissas atuariais utilizadas estão abaixo: Taxa de des c onto m édia C us to líquido do benefíc io periódic o Taxa de aum ento de rem uneraç ão Os componentes dos custos líquidos dos benefícios periódicos foram os seguintes: 31.12.2016 (0,1) (0,2) (0,3) (0,3) C us to do s erviç o C us to dos juros Taxa de rendim ento es perada s obre ativos C us to líquido dos benefíc ios periódic os C us to líquido 31.12.2015 (0,1) (0,2) (0,3) (0,3) 31.12.2014 (0,1) (0,2) 0,1 (0,2) (0,2) O custo líquido de benefícios está incluído nas despesas comerciais e nas despesas administrativas. A composição dos ativos do plano conforme segue: 31.12.2016 97% 1% 2% 100% Fundos m útuos inves tidos princ ipalm ente em aç ões Fundos m útuos inves tidos princ ipalm ente em bônus O utros c aixas 60 31.12.2015 98% 1% 1% 100% 31.12.2014 98% 1% 1% 100% Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serviços futuros previstos, deverão ser efetuados aos participantes de acordo com o plano de saúde pós-emprego: Outros benefícios pós emprego ano 2017 2018 2019 2020 2021 2022 - 2026 1,4 1,6 1,9 2,1 2,5 18,2 27,7 27.3 Benefícios de plano de pensão – contribuição definida A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam um plano de contribuição definida para seus empregados, na qual a participação é opcional. As contribuições da Companhia para o plano em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foram de US$ 23,2 e US$ 22,6, respectivamente. 28 INSTRUMENTOS FINANCEIROS 28.1 Instrumentos financeiros por categoria 31.12.2016 Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos Passivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 5 6 10 7 9 8 20 25 20 8 Empréstimos e recebíveis 323.3 665.4 37.4 1,026.1 - Mensurados ao valor justo por meio do resultado 1,241.5 1,067.3 32.1 2,340.9 804.2 4.2 122.2 8.4 939.0 Disponível para venda Investimentos mantidos até o vencimento 35.0 35.0 841.4 841.4 - - Passivos mensurados pelo custo amortizado 2,955.6 1,718.2 88.6 0.1 4,762.5 Total 1,241.5 1,943.7 323.3 665.4 37.4 32.1 4,243.4 3,759.8 1,722.4 210.8 0.1 8.4 5,701.5 31.12.2015 Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos Passivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 5 6 10 7 9 8 20 25 20 8 Empréstimos e recebíveis 408.0 783.4 56.2 1,247.6 - Mensurados ao valor justo por meio do resultado 2,165.5 622.5 14.4 2,802.4 483.9 9.8 94.7 12.3 600.7 61 Disponível para Venda 2.0 2.0 - Investimentos mantidos até o vencimento 747.7 747.7 - Passivos mensurados pelo custo amortizado 3,046.5 1,740.6 198.4 0.1 4,985.6 Total 2,165.5 1,372.2 408.0 783.4 56.2 14.4 4,799.7 3,530.4 1,750.4 293.1 0.1 12.3 5,586.3 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 28.2 Classificação do valor justo de instrumentos financeiros O valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia foi determinado mediante informações disponíveis no mercado e com a aplicação de metodologias que a Companhia julga apropriada para melhor avaliar cada tipo de instrumento, sendo necessária a utilização de considerável julgamento na interpretação dos dados de mercado para se produzir a mais adequada estimativa do valor justo. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material nos valores estimados de realização. Os métodos abaixo foram utilizados para estimar o valor justo de cada classe de instrumento financeiro para os quais é praticável estimar-se valor justo. Os valores contábeis de caixa e equivalentes de caixa, investimentos financeiros, contas a receber, outros ativos financeiros e passivo circulante se aproximam do valor justo. O valor justo dos títulos mantidos até o vencimento é estimado pela metodologia de fluxo de caixa descontado. O valor justo das dívidas de longo prazo é baseado no valor de seus fluxos de caixa contratuais. A taxa de desconto utilizada, quando aplicável, é baseada na curva futura de mercado para o fluxo de cada obrigação. A Companhia considera “valor justo” como sendo o preço que seria recebido para vender um ativo, ou pago para liquidar um passivo, em uma transação normal entre participantes do mercado na data de medição (preço de saída). A Companhia emprega dados ou premissas de mercado que outros participantes do mercado utilizariam para determinar o preço do ativo ou passivo em questão, premissas sobre risco e os riscos inerentes nas fontes usadas na técnica de valorização. A Companhia aplica principalmente o método de mercado para valorizações recorrentes de valor justo e procura utilizar as melhores informações disponíveis. Neste sentido, a Companhia usa técnicas de valorização que maximizem o uso de fontes de informações observáveis e minimizem o uso de fontes de informações não observáveis. A Companhia classifica hierarquicamente os saldos conforme a qualidade das fontes utilizadas para gerar os preços dos valores justos. A hierarquia é composta por três níveis de valor justo conforme segue: • Nível 1 – preços cotados estão disponíveis em mercados com liquidez elevada para ativos e passivos idênticos na data das demonstrações financeiras. Mercados com liquidez elevada são aqueles nos quais transações para o ativo ou passivo em questão ocorrem com uma frequência suficiente e em volumes que permitam obter informações sobre preços a qualquer momento. O Nível 1 consiste principalmente em instrumentos financeiros tais como: derivativos, ações e outros ativos negociados em bolsas de valores. • Nível 2 – preços utilizados são diferentes dos preços cotados em mercados com liquidez elevada incluídos no Nível 1, porém que sejam direta ou indiretamente observáveis na data do reporte. Nível 2 inclui instrumentos financeiros valorizados utilizando algum tipo de modelagem ou de outra metodologia de valorização. Estes são modelos padronizados de mercado que são amplamente utilizados por outros participantes, que consideram diversas premissas, inclusive preços futuros de commodities, valores no tempo, fatores de volatilidade e preços atuais de mercado e contratuais para os instrumentos subjacentes, bem como quaisquer outras medições econômicas relevantes. Praticamente todas estas premissas podem ser observadas no mercado ao longo do prazo do instrumento em questão, derivados a partir de dados observáveis ou substanciadas por níveis que possam ser observados onde são executadas transações no mercado. Instrumentos que se enquadram nesta categoria incluem derivativos não negociados em bolsas, tais como contratos de swap ou futuros e opções de balcão. • Nível 3 – as fontes de informação sobre preços utilizados incluem fontes que geralmente são menos observáveis, mas que possam partir de fontes objetivas. Estas fontes podem ser usadas junto com metodologias desenvolvidas internamente pela Companhia, que resultem na melhor estimativa da Administração de valor justo. Na data de cada balanço, a Companhia efetua uma análise de todos os instrumentos e inclui dentro da classificação de Nível 3 todos aqueles cujo valores justos estão baseados em informações geralmente não observáveis. 62 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma As tabelas a seguir apresentam a classificação dos níveis de hierarquia de valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia. A avaliação da Companhia sobre a significância de determinadas informações é subjetiva e poderá afetar a valorização do valor justo dos instrumentos financeiros, assim como sua classificação dentro dos níveis de hierarquia de valor justo. 31.12.2016 Valor justo de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Valor justo das demais categorias de instrumentos financeiros Valor justo Valor contábil Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos 5 6 10 7 9 8 389,0 0,2 389,2 852,5 1.067,0 32,1 1.951,6 Passivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 20 25 20 8 4,2 4,2 804,2 8,4 812,6 122,2 122,2 1.241,5 1.067,2 32,1 2.340,8 876,5 323,3 665,4 37,4 1.902,6 1.241,5 1.943,7 323,3 665,4 37,4 32,1 4.243,4 1.241,5 1.943,7 323,3 665,4 37,4 32,1 4.243,4 804,2 4,2 122,2 8,4 939,0 2.955,6 1.718,2 88,6 0,1 4.762,5 4.104,5 1.722,4 210,8 0,1 8,4 6.046,2 3.759,8 1.722,4 210,8 0,1 8,4 5.701,5 Valor justo Valor contábil 31.12.2015 Valor justo de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Nível 1 Nível 2 Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos 5 6 10 7 9 8 379,6 0,1 379,7 1.785,9 622,4 14,4 2.422,7 Passivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 20 25 20 8 9,8 9,8 483,9 12,3 496,2 Nível 3 94,7 94,7 Total Valor justo das demais categorias de instrumentos financeiros 2.165,5 622,5 14,4 2.802,4 749,7 408,0 783,4 56,2 1.997,3 2.165,5 1.372,2 408,0 783,4 56,2 14,4 4.799,7 2.165,5 1.372,2 408,0 783,4 56,2 14,4 4.799,7 483,9 9,8 94,7 12,3 600,7 3.046,5 1.740,6 198,4 0,1 4.985,6 3.669,8 1.750,4 293,1 0,1 12,3 5.725,7 3.530,4 1.750,4 293,1 0,1 12,3 5.586,3 Modificações de valor justo dos passivos utilizando fontes significativas não-observáveis (Nível 3) 94,4 0,3 94,7 27,5 Saldo em 31.12.2014 Marcação a mercado Saldo em 31.12.2015 Marcação a mercado Saldo em 31.12.2016 122,2 28.3 Política de gestão de riscos financeiros A Companhia possui e segue uma política de gerenciamento de riscos que requer a diversificação das transações e das contrapartes, visando a delimitar os riscos associados às operações financeiras, bem como as diretrizes operacionais relacionadas a tais operações financeiras. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos, periodicamente, os limites de crédito e a qualidade do risco das contrapartes. A política de gerenciamento de riscos faz parte da política de gestão financeira estabelecida pela Diretoria e aprovada pelo Conselho de Administração e prevê o acompanhamento de suas operações por um Comitê de 63 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Gestão Financeira. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando não têm contrapartida nas operações da Companhia e quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa. Os procedimentos de controles internos da Companhia proporcionam o acompanhamento de forma consolidada dos resultados financeiros e dos impactos no fluxo de caixa. O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar informações relacionadas com o cenário econômico e seus possíveis impactos nas operações da Companhia, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco. Nas condições da política de gestão financeira, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos financeiros derivativos, com propósito de mitigar riscos quanto a flutuação na taxa de juros e de câmbio, sendo vedada a utilização desse tipo de instrumento para fins especulativos. 28.3.1 Gestão de capital Ao administrar seu capital a Companhia busca salvaguardar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital otimizada com o objetivo de reduzir os custos. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. A Companhia busca e monitora constantemente sua liquidez e os seus níveis de alavancagem financeira, com o objetivo de mitigação de risco de refinanciamento e maximização do retorno ao acionista. A relação entre liquidez e o retorno ao acionista pode sofrer alterações conforme o Conselho de Administração julgar necessária. A gestão de capital da Companhia pode sofrer alterações ao longo do tempo conforme mudança no cenário econômico ou por reposicionamento estratégico da Companhia. No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros era inferior ao endividamento financeiro da Companhia em US$ 574,7 e em 31 de dezembro de 2015 a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros superava o endividamento financeiro em US$ 7,2. Do endividamento financeiro total em 31 de dezembro de 2016, 13,6% era de curto prazo (6,2% em 31 de dezembro de 2015) e o prazo médio ponderado era equivalente a 5,3 anos em 31 de dezembro de 2016 (6,2 anos em 31 de dezembro de 2015). O capital próprio representava 33,8% em 31 de dezembro de 2016 e 32,9% em 31 de dezembro de 2015 do passivo total. 28.3.2 Risco de crédito O risco de crédito é o risco de uma operação negociada entre as contrapartes de não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou na negociação de venda ao cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais e nos depósitos mantidos em bancos e outros investimentos em instrumentos financeiros com instituições financeiras. • Investimentos financeiros O risco de crédito dos saldos de caixa e dos investimentos financeiros que é administrado pela Diretoria Financeira da Companhia está de acordo com a política de gerenciamento de riscos. O limite de crédito das contrapartes é revisado diariamente com objetivo de minimizar a concentração de riscos mitigando eventuais prejuízos gerados pela falência de uma contraparte. O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar as operações realizadas com contrapartes. 64 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma • Contas a receber A Companhia pode incorrer em perdas com valores a receber oriundos de faturamentos de peças de reposição e serviços. Para reduzir esse risco, é realizada constantemente a análise de crédito dos clientes. Quanto às contas a receber oriundas de faturamento de aeronaves, a Companhia pode incorrer em risco de crédito, enquanto a estruturação de financiamento não for finalizada. Para minimizar esse risco de crédito, a Companhia atua com instituições financeiras com o objetivo de agilizar a estruturação dos financiamentos. Para fazer face às possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas provisões, cujo montante é considerado suficiente pela Administração para a cobertura de eventuais perdas com a realização dos ativos. As tabelas a seguir demonstram a classificação do risco de crédito da respectiva contraparte dos instrumentos financeiros (inclusive caixa) e demais ativos financeiros mantidos pela Companhia. a) Risco de crédito para contraparte com avaliação externa Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Instrumentos financeiros derivativos 31.12.2016 1.241,5 1.943,7 32,1 3.217,3 31.12.2015 2.165,5 1.372,2 14,4 3.552,1 46,5 1.165,1 1.478,4 481,6 10,4 35,3 3.217,3 1.975,3 163,9 559,6 765,4 87,7 0,2 3.552,1 Contraparte com avaliação externa: AAA AA A BBB BB N/D (*) (*) N/D - Não disponível: sem fonte observável para avaliação de crédito. b) Risco de crédito para contraparte sem avaliação externa Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Tota l Contraparte sem avaliação externa: Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Tota l 31.12.2016 323,3 665,4 37,4 1.026,1 31.12.2015 408,0 783,4 56,2 1.247,6 2,1 149,5 874,5 1.026,1 4,0 87,6 1.156,0 1.247,6 Grupo 1 : Novos clientes (menos de um ano) Grupo 2 : Clientes (mais de um ano) inadimplentes Grupo 3 : Clientes (mais de um ano) adimplentes 28.3.3 Risco de liquidez É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. 65 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Para administrar a liquidez do caixa em Reais e em Dólares, são estabelecidas projeções baseadas em contratos e premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela Companhia, dado a isso possíveis descasamentos são detectados com antecedência de forma a permitir adoção de medidas para mitigação de riscos e custos financeiros. As tabelas a seguir fornecem informações adicionais relativas aos passivos financeiros da Companhia e seus respectivos vencimentos. Fluxo de Caixa M enos de um ano Entre um e três anos Entre três e cinco anos Acima de cinco anos Em 30 de junho de 2016 Em préstim os e financiam entos Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Garantias financeiras O utros passivos O brigações com arrendam ento financeiro T otal 4.759,4 952,1 373,9 210,8 309,8 6.606,0 1.058,3 952,1 22,9 49,7 8,0 2.091,0 696,5 342,0 36,4 89,3 1.164,2 1.136,1 7,2 27,5 161,0 1.331,8 1.868,5 1,8 97,2 51,5 2.019,0 Em 31 de dezembro de 2015 Em préstim os e financiam entos Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Garantias financeiras O utros passivos O brigações com arrendam ento financeiro T otal 4.740,1 1.034,9 384,8 293,1 266,0 0,1 6.719,0 377,9 1.034,9 10,1 161,5 3,4 1.587,8 983,3 29,4 41,8 120,2 0,1 1.174,8 580,3 338,5 17,7 85,8 1.022,3 2.798,6 6,8 72,1 56,6 2.934,1 A tabela acima mostra o valor de principal do passivo e juros quando aplicáveis na data de seus respectivos vencimentos. Para os passivos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato e para passivos com taxas flutuantes. As despesas de juros foram calculadas com base na previsão de mercado para cada período (exemplo: LIBOR 6m – 12m). 28.3.4 Risco de mercado a) Risco com taxa de juros Consiste na possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros fazendo com que aumentem as despesas financeiras relativas a passivos sujeitos a juros flutuantes, que reduzam os rendimentos dos ativos sujeitos a juros flutuantes e/ou quando da flutuação do valor justo na apuração de preço de ativos ou passivos, que estejam marcados a mercado, e que sejam corrigidos com taxas pré-fixadas. As principais linhas das demonstrações financeiras sujeitas a risco com taxa de juros são: • Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financeiros – Como parte da política de gerenciamento do risco de flutuação nas taxas de juros relativamente às aplicações financeiras, a Companhia mantém um sistema de mensuração de risco de mercado, utilizando o método “Value-At-Risk – VAR”, que compreende uma análise conjunta da variedade de fatores de risco que podem afetar a rentabilidade dessas aplicações. As receitas financeiras apuradas no período já refletem o efeito de marcação a mercado dos ativos que compõem as carteiras de investimento no Brasil e no exterior. • Empréstimos e financiamentos – A Companhia tem contratado operações financeiras de derivativos para proteger contra o risco de flutuação nas taxas de juros em algumas operações e, além disso, monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade. 66 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Em 31 de dezembro de 2016, o caixa, equivalentes de caixa, investimentos financeiros e os empréstimos e financiamentos da Companhia, estavam indexados como segue: Se m e fe ito dos de riva tivos Pré -Fix a do Va lor Pós-Fix a do % Va lor Tota l % Va lor % Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financ eiros 1.190,8 37,39% 1.994,4 62,61% 3.185,2 100,00% Empréstimos e financiamentos 3.458,5 91,98% 301,4 8,02% 3.759,9 100,00% Com e fe ito dos de riva tivos Pré -Fix a do Va lor Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financ eiros 1.190,9 Pós-Fix a do % Va lor 37,39% Tota l % 1.994,4 Va lor 62,61% % 3.185,3 100,00% Empréstimos e financiamentos 2.673,9 71,12% 1.086,0 28,88% 3.759,9 100,00% Em 31 de dezembro de 2016, os equivalentes de caixa e financiamentos pós-fixados da Companhia estavam indexados como segue: Se m e fe ito dos de riva tivos Va lor % Equivalentes de caixa e investimentos financeiros CDI Libor Com e fe ito dos de riva tivos Va lor % 1.994,4 420,9 1.573,5 100,00% 21,10% 78,90% 1.994,4 420,9 1.573,5 100,00% 21,10% 78,90% 301,4 16,9 284,5 - 100,00% 5,61% 94,39% 0,00% 1.086,0 16,9 281,1 788,0 100,00% 1,56% 25,88% 72,56% Empréstimos e financiamentos TJLP Libor CDI b) Risco com taxa de câmbio A Companhia adota o Dólar como moeda funcional de seus negócios (Nota 2.2.1). Como consequência, as operações da Companhia expostas ao risco de variação cambial são, majoritariamente, as operações denominadas em Reais (custo de mão de obra, teses tributárias, despesas no Brasil, aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos denominados em Reais), bem como os ativos e passivos em sociedades controladas e coligadas em moedas diferentes das suas respectivas moedas funcionais. A política de proteção de riscos cambiais sobre posições ativas e passivas, adotada pela Companhia, está substancialmente baseada na busca pela manutenção do equilíbrio de ativos e passivos sujeitos à variação cambial indexados em cada moeda e na gestão diária das operações de compra e venda de moeda estrangeira visando assegurar que, na realização das transações contratadas, esse hedge natural efetivamente se materialize. Essa política minimiza o efeito da variação cambial sobre ativos e passivos já contratados, mas não protege o risco de flutuação dos resultados futuros em função da apreciação ou depreciação do Real que pode, quando medida em Dólares, apresentar um aumento ou redução da parcela de custos denominados em real. A Companhia, em determinadas condições de mercado, pode decidir proteger possíveis descasamentos futuros de despesas ou receitas em outras moedas com o intuito de minimizar a variação cambial futura implícita no resultado da empresa. Para minimizar o risco cambial sobre os direitos e obrigações denominadas em moedas diferentes da moeda funcional a Companhia pode controlar operações com instrumentos derivativos, como por exemplo, mas não limitado, swaps, opções cambiais e non-deliverable forward (NDF) (Nota 8). 67 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía ativos e passivos financeiros denominados por diversas moedas nos montantes descritos a seguir: Sem efeito das operações de derivativos 31.12.2016 Em préstim os e financiam entos: Real Dólar Euro 31.12.2015 Com e feito das operações de derivativ os 31.12.2016 31.12.2015 832,9 2.910,6 16,4 3.759,9 807,6 2.700,7 22,2 3.530,5 832,9 2.910,6 16,4 3.759,9 807,6 2.700,7 22,2 3.530,5 91,9 783,2 75,3 1,7 952,1 4.712,0 83,9 842,8 102,3 5,9 1.034,9 4.565,4 91,9 783,2 75,3 1,7 952,1 4.712,0 83,9 842,8 102,3 5,9 1.034,9 4.565,4 1.180,0 1.833,4 127,1 44,7 3.185,2 1.015,9 2.414,8 16,0 91,0 3.537,7 1.180,0 1.833,4 127,1 44,7 3.185,2 1.015,9 2.414,8 16,0 91,0 3.537,7 Total (2) 69,6 527,7 68,0 0,1 665,4 3.850,6 65,8 617,8 98,7 1,1 783,4 4.321,1 69,6 527,7 68,0 0,1 665,4 3.850,6 65,8 617,8 98,7 1,1 783,4 4.321,1 Exposição líquida (1 - 2): Real Dólar Euro Outras m oedas (324,8) 1.332,7 (103,4) (43,1) (190,2) 510,9 9,8 (86,2) (324,8) 1.332,7 (103,4) (43,1) Fornecedores: Real Dólar Euro Outras m oedas Total (1) Caixa, equivalentes financeiros: Real Dólar Euro Outras m oedas de caixas Contas a Receber: Real Dólar Euro Outras m oedas e investim entos (190,2) 510,9 9,8 (86,2) A Companhia possui outros ativos e passivos que também estão sujeitos à variação cambial e não foram incluídos na nota acima, porém são utilizados para minimizar a exposição nas moedas apresentadas. 28.4 Análise de sensibilidade Nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução nº 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de variação positiva e negativa na variável de risco considerada, apresenta-se a seguir, o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, que descreve os efeitos sobre as variações monetárias e cambiais, bem como sobre as receitas e despesas financeiras apuradas sobre os saldos contábeis registrados em 31 de dezembro de 2016 caso tais variações no componente de risco identificado ocorressem. Entretanto, simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variabilidade do fator de risco em análise. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir: 28.4.1 Metodologia utilizada A partir dos saldos dos valores expostos e assumindo que os mesmos se mantenham constantes, apura-se o diferencial de juros e de variação cambial para cada um dos cenários projetados. Na avaliação dos valores expostos ao risco de taxa de juros, consideram-se apenas os riscos para as demonstrações financeiras, ou seja, não foram incluídas as operações sujeitas à juros pré-fixados. O cenário 68 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma provável está baseado nas expectativas da Companhia para cada uma das variáveis indicadas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes na data das demonstrações financeiras. Para análise de sensibilidade dos contratos de derivativos as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre a curva de mercado (BM&FBOVESPA) vigente na data das demonstrações financeiras. 28.4.2 Fator de risco juros Va ria çõe s a diciona is no sa ldo contá bil (*) Fa tor de risco Equivalentes de caixa e investimentos financeiros Impacto líquido CDI CDI Equivalentes de caixa e investimentos financeiros Empréstimos e financiamentos Impacto líquido LIB OR LIB OR LIB OR Empréstimos e financiamentos Impacto líquido TJLP TJLP Taxas consideradas Taxas consideradas Taxas consideradas CDI LIB OR TJLP Va lore s e x postos e m 31.12.2016 420,9 420,9 -50% -25% Ce ná rio prová ve l +25% +50% (30,1) (30,1) (16,5) (16,5) (2,9) (2,9) 10,8 10,8 24,4 24,4 (9,7) 1,7 (8,0) (4,1) 0,7 (3,4) 1,5 (0,3) 1,2 7,1 (1,3) 5,8 12,7 (2,3) 10,4 16,9 (16,9) 0,6 0,6 0,3 0,3 (0,3) (0,3) (0,6) (0,6) 13,63% 1,32% 7,50% 6,48% 0,71% 3,75% 9,71% 1,07% 5,63% 16,19% 1,78% 9,38% 19,43% 2,13% 11,25% 1.573,5 284,5 1.289,0 12,95% 1,42% 7,50% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2016 28.4.3 Fator de risco câmbio Variações adicionais no saldo contábil (*) Fator de risco Ativos Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financeiros Demais ativos BRL BRL Passivos Empréstimos e financiamentos Demais passivos BRL BRL Total líquido Taxa de câmbio considerada Valores expostos em 31.12.2016 -50% -25% Cenário provável +25% +50% 1,180.0 378.3 1,558.3 564.5 181.0 745.5 256.7 82.3 339.0 (51.0) (16.4) (67.4) (358.8) (115.0) (473.8) (666.4) (213.7) (880.1) (832.9) (674.5) (1,507.4) 50.9 (398.4) (322.7) (721.1) 24.4 (181.2) (146.8) (328.0) 11.0 36.0 29.2 65.2 (2.2) 253.2 205.1 458.3 (15.5) 470.4 381.0 851.4 (28.7) 3.2591 1.7000 2.5500 3.4000 4.2500 5.1000 (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2016 28.4.4 Contratos derivativos Variações adicionais no saldo contábil (*) Fator de risco Swap Juros Swap Juros - designado como hedge de valor justo Swap Juros Hedge designado - fluxo de caixa Opção de conversão de ações Outros derivativos Total LIBOR CDI CDI US$/R$ Preço-objeto Preço-objeto Taxas consideradas Taxas consideradas Taxas consideradas Preço-objeto considerado LIBOR CDI US$/R$ Preço-objeto Valores expostos em 31.12.2016 1.5 18.0 5.0 (0.4) (0.3) 23.8 1.32% 13.63% 325.91% 0.00% Cenário provável -50% -25% +25% +50% 2,122.0 35.5 1.0 130.1 (3.3) (0.5) 2,284.8 2,047.2 17.8 0.5 56.1 (0.9) (0.2) 2,120.5 1,966.1 4.7 0.1 (9.2) 0.2 1,961.9 1,898.4 (13.4) (0.5) (62.8) 0.9 0.2 1,822.8 1,858.0 (27.1) (0.9) (136.4) 1.4 0.4 1,695.4 0.71% 6.48% 170.00% 0.00% 1.07% 9.71% 255.00% 0.00% 1.42% 12.95% 340.00% 0.00% 1.78% 16.19% 425.00% 0.00% 2.13% 19.43% 510.00% 0.00% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2016 28.4.5 Garantia de valor residual As garantias de valor residual são contabilizadas de forma semelhante aos instrumentos financeiros derivativos. 69 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma A partir dos contratos vigentes de garantia de valor residual, apuramos a variação dos valores com base em avaliações de terceiros (appraisers). O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para registro das provisões em bases estatísticas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as avaliações de terceiros na data das demonstrações financeiras. Va ria çõe s a diciona is no sa ldo contá bil Garantia de valor residual Total Va lore s e x postos e m 31.12.2016 122,2 122,2 -50% -25% (125,0) (125,0) (97,1) (97,1) Ce ná rio prová ve l (1,0) (1,0) +25% +50% 83,2 83,2 99,1 99,1 Sempre que for detectada a insuficiência da provisão atual para fazer frente ao provável exercício futuro destas garantias, a provisão é complementada a fim de apresentar a posição adequada de exposição da Companhia ao final do exercício. 29 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 29.1 Capital social O capital social autorizado está dividido em 1.000.000.000 de ações ordinárias. Em 31 de dezembro de 2016 o capital social da Controladora, subscrito e integralizado, totalizava US$ 1.438,0, representado por 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal, das quais 5.906.120 ações encontra-se em tesouraria. 29.2 Ação ordinária especial A União Federal detém uma ação ordinária especial (golden share), com mesmo direito de voto dos outros acionistas detentores de ações ordinárias, porém com direitos especiais conforme descrito no artigo 9 do Estatuto Social da Embraer. 29.3 Ações em tesouraria Ações ordinárias adquiridas até 4 de abril de 2008, com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital de giro. Esta operação foi realizada conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 7 de dezembro de 2007 e correspondem a 5.906.120 ações ordinárias e US$ 49,1 em 31 de dezembro de 2016, as quais perdem direitos políticos e econômicos durante o período em que são mantidas em tesouraria. Resultado Valor (US$ mil) Quantidade de Valor por líquido das ações ação (USD) utilizaçõe s No início do exercício (i) Utilizadas no período do plano de remuneração em ações (ii) Recom pra de ações no período (iii) 38,4 (6,4) 17,1 3.513.740 (607.620) 3.000.000 10,94 10,53 5,70 4,7 - Em 31 de Deze mbro de 2016 49,1 5.906.120 8,31 4,7 (i) Correspondem a ações ordinárias adquiridas, no montante de US$ 38,4, com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital de giro, conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração. (ii) Ações utilizadas no exercício de outorga previsto pelo “Programa para a outorga de opções de compra de ações para Executivos da Companhia”. (iii) Corresponde a recompras efetuadas no período com o objetivo de lastrear o “Programa para a outorga de opções de compra de ações para Executivos da Companhia”. As recompras foram efetuadas conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração, cujo menores e maiores preços obtidos foram US$ 5,1 e R$ 6,7 respectivamente. Em 31 de dezembro de 2016, o valor de mercado das ações em tesouraria era de US$ 28,2 (31 de dezembro de 2015 eram US$ 25,9). 70 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 29.4 Reserva de subvenção para investimentos Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações (alteração introduzida pela Lei 11.638 de 2007), essa reserva corresponde à apropriação da parcela de lucros acumulados decorrente das subvenções governamentais recebidas pela Companhia, as quais não podem ser distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, reconhecidas no resultado do exercício na mesma rubrica dos investimentos realizados. Essas subvenções não incorporam a base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 29.5 Reserva legal Constituída anualmente com destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social ou 30% no somatório dessa reserva e reservas de capital. 29.6 Juros sobre capital próprio Os juros sobre capital próprio são atribuídos aos dividendos e são aprovados pelo Conselho de Administração conforme demonstrado a seguir: • Em reunião realizada dia 10 de março de 2016, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 1º trimestre de 2016, no valor de US$ 8,3, correspondendo a US$ 0,01 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 14 de abril de 2016, sem nenhuma remuneração. • Em reunião realizada dia 09 de junho de 2016, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 2º trimestre de 2016, no valor de US$ 9,2, correspondendo a US$ 0,01 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 14 de julho de 2016, sem nenhuma remuneração. • Em reunião realizada dia 15 de setembro de 2016, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 3º trimestre de 2016, no valor de US$ 4,5, correspondendo a US$ 0,006 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 14 de outubro de 2016, sem nenhuma remuneração. Os juros sobre capital próprio aprovados ou pagos durante os períodos trimestrais são tratados como uma antecipação dos dividendos obrigatórios, sendo ajustados no último trimestre do ano para totalizar uma distribuição de 25% do resultado anual conforme previsto no Estatuto. 29.7 Dividendos propostos A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária, calculada nos termos da Lei das Sociedades por Ações, é assim demonstrada: 71 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Lucro líquido da Controladora de acordo com o IFRS Subvenções Reserva legal Dividendos m ínim os obrigatórios (25%) Juros sobre o capital próprio, líquido do im posto de renda retido na fonte Dividendos propostos Juros sobre o capital próprio, excedente ao m ínim o obrigatório (i) Juros sobre o capital próprio, excedente ao m ínim o obrigatório Pagam entos efetuados no exercício Rem uneração total dos acionistas do exercício em aberto Rem uneração total dos acionistas de exercícios anteriores em aberto Rem uneração total dos acionistas - em m ilhões de Reais Rem uneração excedente apresentada no Patrim ônio Líquido Rem uneração total devida a acionistas não controladores Rem uneração a pagar apresentada no Passivo Rem uneração total dos acionistas - em m ilhões de US$ 31.12.2016 585,4 (2,5) (29,3) 553,6 138,4 31.12.2015 241,6 (2,5) (12,1) 227,0 56,7 31.12.2014 796,1 (1,6) (39,8) 754,7 188,7 63,5 75,0 138,4 (63,5) 75,0 0,1 75,1 5,8 80,9 24,8 76,5 25,5 102,0 (76,5) 25,5 0,1 25,6 (25,5) 10,4 10,5 2,7 172,6 16,1 188,7 (95,8) 92,9 0,1 92,9 6,2 99,1 37,3 (i) refere-se aos Juros sobre Capital Próprio do 4º trimestre de 2016, líquido do imposto de renda retido na fonte, que por exceder os dividendos mínimos obrigatórios e não ter sido pago dentro do exercício é apresentado como reserva de "dividendos adicionais propostos" dentro do patrimônio líquido. 29.8 Reserva para investimentos e de capital de giro Esta reserva tem a finalidade de: (i) assegurar recursos para investimentos em bens do ativo permanente, sem prejuízo de retenção de lucros nos termos do artigo 196 da Lei 6.404/76; (ii) reforço de capital de giro; (iii) ser utilizada em operações de resgate, reembolso ou aquisição de ações do capital da Companhia e (iv) pode ser distribuída aos acionistas da Companhia. 29.9 Ajustes de avaliação patrimonial Compreendem os seguintes ajustes: • Resultado nas operações com acionistas não controladores: refere-se à aquisição de participação de não controladores de controladas da Companhia; • Ganhos (perdas) com benefícios pós-emprego: refere-se aos ganhos (perdas) atuariais não realizados decorrentes dos planos de benefícios médicos patrocinados pela Companhia; • Ajuste acumulado de conversão: refere-se às variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras da moeda funcional para a moeda de apresentação destas demonstrações financeiras (Real) e as variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das controladas para a moeda funcional da Controladora (Dólar); • Outros resultados abrangentes: refere-se à variação do valor justo de instrumentos financeiros disponíveis para venda. 30 REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES Em fevereiro de 2014, o Conselho de Administração aprovou a revisão da Política de Remuneração Executiva (PRE), aplicável a todos os diretores estatutários e demais executivos da Companhia. Entre os elementos da remuneração dos executivos encontra-se os Incentivos de Longo Prazo (ILP) que tem como objetivos principais: (i) manter e atrair para a Companhia pessoal altamente qualificado, (ii) assegurar às pessoas que possam contribuir para o melhor desempenho da Companhia o direito de participar do resultado de sua contribuição, (iii) além de assegurar a continuidade da administração da Companhia alinhando os interesse dos executivos com os dos acionistas. Atualmente a Companhia possui duas modalidades de ILP: opções de ações e ações virtuais. 72 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 30.1 Opções de ações Programa para a outorga de opções de compra de ações, destinado a executivos da Companhia ou de suas controladas cujo direito de exercício das opções se dá de duas formas: outorgas concedidas até 2011: I) 20% após 1º ano, II) 30% após o 2º ano e III) 50% após o 3º ano, e outorgas concedidas a partir de 2012: I) 33% após 3º ano, II) 33% após o 4º ano e III) 34% após o 5º ano, todas em relação à data da outorga de cada opção. O preço de exercício de cada opção é definido na data da outorga de opção pela média ponderada da cotação dos últimos sessenta pregões, podendo ser ajustados em até 30% para anular eventuais movimentos especulativos. O participante terá um prazo máximo para exercício da opção de cinco anos para outorgas concedidas até 2011 e sete anos para as demais, iniciado a partir da data da outorga. Segue a composição das outorgas concedidas: 31.12.2016 Q uantidade de açõe s O utorgas Exe rcício (i) Cance lame ntos (ii) O pções de ações em circulação O pções de ações e xercíve is Outorgas concedidas em 23.01.2012 Outorgas concedidas em 20.03.2013 4.860.000 4.494.000 (1.902.760) (310.120) (660.600) (659.080) 2.296.640 3.524.800 889.040 960.010 Posição e m 31 de De zembro de 2016 9.354.000 (2.212.880) (1.319.680) 5.821.440 1.849.050 Pre ço médio de e xercício (R$) 11,50 15,71 Pre ço mé dio de exe rcício (US$) 6,56 7,91 (i) Os cancelamentos referem-se a ações outorgadas a diretores ou empregados desligados da Companhia. Adicionalmente, em 16 de abril de 2014, ocorreu o cancelamento das outorgas concedidas aos membros do Conselho de Administração, com pagamento de indenização aos participantes do plano. 30.2 Ações virtuais Modelo baseado na outorga de ações virtuais destinadas a diretores e gerentes e tem por objetivo principal manter e atrair para a Companhia e suas controladas pessoal altamente qualificado além de assegurar a continuidade da administração e alinhar os interesses dos executivos da Companhia e de suas controladas aos interesses dos acionistas da Companhia. O valor do ILP será convertido pela cotação média das ações da Companhia nos últimos trinta pregões determinando a quantidade de ações virtuais atribuída a cada participante dividida em duas classes, sendo 50% na forma de ações virtuais restritas e 50% na forma de ações virtuais de performance. A Companhia procederá ao pagamento do ILP convertendo a quantidade de ações virtuais para Reais pela cotação média (ponderada pelo volume de negociação) das ações da Companhia dos últimos 10 pregões sendo: • Ações virtuais restritas: (i) 33% no terceiro aniversário da data de concessão; (ii) 33% no quarto aniversário da data de concessão, e (iii) 34% no quinto aniversário da data de concessão e; • Ações virtuais de performance em 100% de seu montante no terceiro aniversário da data de concessão, desde que o valor econômico agregado (Economic Value Added - EVA) acumulado nos três exercícios sociais imediatamente anteriores seja positivo. Aos valores resultantes das conversões das ações virtuais, serão somados os valores equivalentes aos dividendos e juros sobre o capital próprio efetivamente distribuídos pela Companhia durante o período de aquisição. O valor justo das ações virtuais é determinado com base na cotação média (ponderada pelo volume de negociação) das ações da Companhia (EMBR3-R$) dos últimos 10 pregões anteriores ao encerramento do período, aplicada sobre a quantidade de ações virtuais atribuídas a cada participante proporcionalmente ao período de aquisição incorrido. 73 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma Outorgas concedidas em 25.02.2014 Outorgas concedidas em 03.03.2015 Outorgas concedidas em 10.03.2016 Outorgas concedidas em 09.06.2016 Outorgas concedidas em 25.08.2016 Posição em 31 de dezembro de 2016 Outorgas concedidas Quantidade de Valor da outorga ações virtuais 1.570.698 30.351 1.237.090 30.163 1.095.720 31.056 55.994 1.130 70.978 1.125 4.030.480 93.825 Saldo em 31.12.2016 Quantidade de Valor justo das ações virtuais (i) ações (R$) 448.255 6.855 224.398 3.432 94.803 1.449 4.254 65 3.852 59 775.562 11.860 (i) Corresponde as ações atribuídas até 31 de dezembro de 2016 considerando o período de aquisição do plano. 31 LUCRO POR AÇÃO 31.1 Básico O lucro por ação é calculado mediante a divisão do lucro líquido do exercício pela quantidade média de ações ordinárias existentes durante o exercício, excluindo as ações adquiridas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. Lucro atribuível aos acionistas da Companhia Quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação - milhares Lucro básico por ação (em reais) 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 166,1 166,1 69,2 69,2 334,7 334,7 735.571 730.205 733.677 0,2258 0,0947 0,4562 31.2 Diluído O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas. A Companhia tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais diluídas, sendo elas opções de compra de ações. Para estas opções de compra de ações, é feito um cálculo para determinar a quantidade de ações que poderiam ter sido adquiridas pelo valor justo (determinado como o preço médio de mercado da ação da Companhia), com base no valor monetário dos direitos de subscrição vinculados às opções de compra de ações em circulação. A quantidade de ações, calculada conforme descrito anteriormente, é comparada com a quantidade de ações emitidas pressupondo-se o exercício das opções de compra das ações. Lucro atribuível aos acionistas da Companhia Lucro usado para determinar o lucro diluído por ação Quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação - milhares Média ponderada do número de ações (em milhares) - diluído (i) Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por ação - milhares Lucro diluído por ação (em reais) (i) 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 166,1 166,1 69,2 69,2 334,7 334,7 735.571 730.205 733.677 1.690 3.364 3.786 737.261 733.569 737.463 0,2253 0,0943 0,4538 Refere-se ao efeito dilutivo potencial das opções. Não foram identificados efeitos potencialmente antidilutivos referente às ações de nosso plano de opções de ações, em 31 de dezembro de 2016. 74 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 32 RECEITAS (DESPESAS) POR NATUREZA A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado do exercício por função. A seguir apresenta o detalhamento dos custos e despesas por natureza: 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 Conforme demonstração de resultado: Receitas líquidas Custo dos produtos e serviços vendidos Adm inistrativas Com erciais Pesquisa Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Equivalência patrim onial Resultado operacional 6.217,5 (4.980,7) (164,3) (368,6) (47,6) (450,0) (0,3) 206,0 5.928,1 (4.816,8) (182,0) (361,6) (41,7) (194,2) (0,3) 331,5 6.288,8 (5.038,3) (207,5) (419,9) (47,1) (32,6) (0,1) 543,3 Receitas (despesas) por natureza: Receita de produtos Receita de serviços Dedução de vendas Custos gerais de fabricação (i) Depreciação Am ortização Despesa com pessoal Despesa com com ercialização Provisão para penalidades Despesas com reestruturação Dem ais receitas (despesas), líquidas Resultado operacional 5.402,6 889,1 (74,2) (4.612,3) (194,5) (173,9) (261,6) (83,6) (228,0) (117,3) (340,3) 206,0 5.268,5 769,4 (109,8) (4.500,0) (161,9) (154,9) (294,9) (66,4) (418,5) 331,5 5.310,0 1.102,5 (123,7) (4.752,0) (168,9) (117,4) (320,3) (82,2) (304,7) 543,3 (i) Refere-se a custos com materiais, mão de obra direta e gastos gerais de fabricação. 75 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 33 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS 31.12.2016 Claim s (i) Reversão provisões fiscais (ii) Receita m ultas contratuais (iii) Créditos extem porâneos (iv) Royalties Vendas diversas Ressarcim ento de despesas Garantias financeiras adicionais (v) Obrigações de benefícios pós em prego Provisão Am biental Resultado na baixa de ativos (vi) Provisões para contingências Modificação de produtos Manutenção e custo de voo das aeronaves - frota Norm as de segurança de voo Despesas Pré-operacionais Despesa m ultas contratuais (vii) Treinam ento e Desenvolvim ento Gastos com projetos sistêm icos Projetos corporativos Im postos sobre outras saídas Desvalorização de ativos (viii) Despesas com reestruturação (ix) Contas a pagar para penalidades (x) Outras 31,7 31,0 16,8 16,0 11,9 11,3 7,9 8,5 (1,0) (1,1) (1,3) (1,7) (3,4) (4,6) (6,4) (7,7) (10,9) (16,4) (21,4) (36,7) (77,3) (117,3) (228,0) (49,9) (450,0) 31.12.2015 17,3 8,4 12,9 7,9 10,4 (100,9) 1,1 (1,0) (22,4) 0,6 (3,3) (4,7) (4,4) (0,6) (11,5) (10,8) (9,5) (52,4) (33,5) (44,4) 46,6 (194,2) 31.12.2014 31,6 12,3 7,3 12,1 28,2 29,1 (2,1) (4,0) (4,6) (4,6) (5,2) (0,2) (17,1) (12,1) (16,8) (21,4) (37,6) (10,4) (17,1) (32,6) (i) Refere-se ao direito creditório recebido no pedido de concordata da Republic Airways (Nota 25 Garantias Financeiras). (ii) Refere-se a ação que buscava o afastamento das normas que regulamentaram o Fator acidentário de Prevenção (FAP) que transitou em julgado favoravelmente a Companhia. (iii) Substancialmente composto por multas cobradas dos clientes pelo cancelamento de contratos de vendas, principalmente no segmento executivo, conforme previstos nos referidos contratos. (iv) Refere-se a créditos tributários extemporâneos de PIS e COFINS que são reconhecidos sempre que a Companhia reúne entendimento jurídico e documental sobre estes créditos. (v) Em 2015 foram constituídas provisões adicionais de garantias financeiras em função da exposição causada por clientes concordatários conforme descrito na Nota 25. (vi) Refere-se substancialmente a perdas incorridas na operação de monetização de ativos de aeronaves na subsidiária ECC Leasing. A operação trata-se de uma realização de ativos no mercado financeiro pela venda do fluxo financeiro do arrendamento e transferência da aeronave para o comprador. Em 2016 o saldo apresentado refere-se a monetização de 2 aeronaves e em 2015 foram 16 aeronaves. (vii) Refere-se a multas contratuais a serem pagas para clientes e fornecedores devido a descumprimento de cláusulas contratuais. (viii) Redução ao valor recuperável de ativos relacionados a algumas aeronaves no imobilizado e desvalorização do valor residual referente a ativos vinculados a operações estruturadas registradas no contas a receber vinculadas. 76 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma (ix) Refere-se à valores provisionados para cumprir as obrigações da Companhia relacionadas ao Plano de demissão voluntário (Nota 26). (x) Refere-se à provisão para penalidades realizada pela Companhia (Nota 21). 34 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS LÍQUIDAS 31.12.2016 Re ceitas finance iras: Juros sobre caixa e equivalentes de caixa e instrum entos financeiros Juros sobre recebíveis Im postos sobre receita financeira Outras T otal re ce itas finance iras De spe sas finance iras: Despesas com estruturação financeira IOF sobre operações financeiras Juros sobre im postos, encargos sociais e contribuições Despesas com garantias de valor residual Juros sobre financiam entos Outras T otal de spe sas finance iras Instrumentos financeiros de riv ativ os Re ceitas (despe sas) finance iras, líquidas 35 31.12.2014 193,6 31,9 (17,0) 4,9 213,4 146,9 38,5 (6,6) 2,0 180,8 145,9 29,1 2,6 177,6 (0,5) (2,9) (26,0) (32,6) (182,6) (11,9) (256,5) (0,7) (2,0) (12,4) (13,6) (164,6) (10,6) (203,9) (1,0) (3,1) (52,1) (19,1) (133,0) 15,0 (192,3) (8,3) (51,4) 0,2 (22,9) (8,8) (23,5) VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS LÍQUIDAS 31.12.2016 Ativas: Crédito de im postos Contas a receber de clientes, líquida Caixa e equivalentes de caixa e instrum entos financeiros ativos Outras Passivas: Financiam entos Adiantam entos de clientes Provisões diversas Im posto de renda e contribuição social Contas a pagar Fornecedores Provisões para contingências Im posto de renda e contribuição social diferidos Outras Variações monetárias e cambiais Instrumentos financeiros derivativos Variações monetárias e cambiais, líquidas 36 31.12.2015 31.12.2015 31.12.2014 28,5 14,6 204,2 47,5 294,8 (67,9) (13,8) (374,0) (54,7) (510,4) (24,9) (28,5) (164,6) (26,5) (244,5) (153,3) (46,3) (27,6) (21,2) (18,8) (11,7) (3,2) 0,4 (0,4) (282,1) 12,7 278,9 63,9 59,4 71,8 39,3 20,5 8,8 (0,1) (0,8) 541,7 31,3 106,8 10,8 34,4 37,2 33,4 5,6 5,6 (1,2) 232,6 (11,9) (8,2) 4,5 (3,7) 27,6 (3,0) (14,9) COOBRIGAÇÕES, RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS Trade in A Companhia está sujeita a opções de trade in para 13 aeronaves. Em quaisquer operações de trade in a condição fundamental é a aquisição de aeronaves novas pelos respectivos clientes. O exercício de opção de trade in está vinculado o cumprimento das cláusulas contratuais por parte dos clientes. Essas opções determinam que o preço do bem dado em pagamento poderá ser aplicado ao preço de compra de um novo modelo mais atualizado produzido pela Companhia. A Companhia continua a monitorar todos os compromissos de trade in para antecipar-se a situações adversas. Com base nas estimativas atuais da Companhia e na avaliação de terceiros, a Administração acredita que qualquer aeronave potencialmente aceita sob trade in poderá ser vendida no mercado sem ganhos ou perdas relevantes. 77 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 36.1 Arrendamento Na Controladora os arrendamentos operacionais referem-se a equipamentos de telefonia e informática e nas controladas, referem-se a arrendamentos operacionais de terrenos e instalações, máquinas, veículos e equipamentos de informática. Em 31 de dezembro de 2016 estes valores totalizavam US$ 15,6, em 31 de dezembro de 2015 US$ 17,3 e US$ 15,9 em Dezembro de 2014. Esses arrendamentos expiram em diversas datas até 2038. Em 31 de dezembro de 2015, a Companhia possuía contratos de arrendamento mercantil operacional cujos pagamentos ocorrerão conforme demonstrado a seguir: Ano 2017 2018 2019 Após 2019 T otal 7,0 3,2 14,9 20,9 46,0 36.2 Garantias financeiras A tabela a seguir fornece dados quantitativos relativos a garantias financeiras dadas pela Companhia a terceiros. O pagamento potencial máximo (exposição fora do balanço) representa o pior cenário e não reflete, necessariamente, os resultados esperados pela Companhia. Os recursos estimados das garantias de performance e dos ativos vinculados representam valores antecipados dos ativos, os quais a Companhia poderia liquidar ou receber de outras partes para compensar os pagamentos relativos a essas garantias dadas. 31.12.2016 191,2 286,1 (32,1) (144,9) 300,3 504,4 Valor m áxim o de garantias financeiras Valor m áxim o de garantia de valor residual Exposição m utuam ente exclusiva (i) Provisões e obrigações registradas (Nota 25) Exposição fora do balanço Estim ativa do desempenho da garantia e ativos vinculados 31.12.2015 375,9 300,6 (107,4) (134,8) 434,3 559,6 (i) Quando um ativo estiver coberto por garantias financeiras e de valor residual, mutuamente excludentes, a garantia de valor residual só poderá ser exercida caso a garantia financeira tenha expirado sem ter sido exercida. Caso a garantia financeira tenha sido exercida, a garantia de valor residual fica automaticamente cancelada. A exposição da Companhia é reduzida pelo fato de que, para poder se beneficiar da garantia, a parte garantida deve retornar o ativo vinculado em condições específicas de utilização. 36.3 Cobertura de seguros A Companhia contrata diferentes tipos de apólices de seguros para proteção de seu patrimônio na ocorrência de sinistros que possam acarretar prejuízos significativos. Também são contratadas apólices para os riscos sujeitos à seguro obrigatório, seja por disposições legais ou contratuais. A Companhia e suas controladas mantêm seguro de responsabilidade civil, para suas operações no Brasil e exterior, com coberturas e condições consideradas pela Administração destas, adequadas aos riscos inerentes. Para cobertura de danos materiais sobre ativos e lucros cessantes de suas operações no Brasil e exterior, a Companhia possui assegurada a importância de US$ 7,9 billion. 78 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma 37 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA 37.1 Pagamentos efetuados durante o exercício e transações que não afetam o caixa 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2014 Pagam entos durante o período: Juros IR e CSLL 175,0 153,9 153,7 33,4 114,9 56,2 T ransações que não envolvem o desembolso de caixa: Adições ao im obilizado pela transferência de estoques de peças reparáveis Adições ao im obilizado pela transferência de garantias financeiras Adição ao im obilizado pela transferência do intangível Baixa ao im obilizado pela transferência de estoques de peças reparáveis Baixa do im obilizado pela disponibilização para venda de estoques Subvenção governam ental (i) 2,5 45,7 7,5 (34,8) (51,5) - 9,1 - (5,8) (45,9) (55,3) (56,6) - (i) Refere-se à subvenção recebida por subsidiárias do grupo, inicialmente reconhecidas como dívidas até o momento em que as condições definidas pela concedente foram cumpridas. Neste momento os valores foram reclassificados para Receitas diferidas. 38 INFORMAÇÕES POR SEGMENTO – CONSOLIDADO A Administração determinou os segmentos operacionais da Companhia, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pelo Diretor-Presidente. O Diretor-Presidente efetua sua análise do negócio baseado no resultado consolidado da Companhia, segmentando-o sob a perspectiva geográfica, e também, sob a ótica de produto comercializado. Geograficamente, a Administração considera o desempenho do Brasil, América do Norte, América Latina, Ásia Pacífico, Europa e Outros. Sob a ótica dos produtos comercializados, a análise é efetuada considerando os seguintes segmentos: 38.1 Mercado de Aviação Comercial As atividades voltadas ao mercado de Aviação Comercial envolvem, principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos comerciais, o fornecimento de serviços de suporte, com ênfase no segmento de aviação regional e arrendamento de aeronaves. • Família ERJ 145 é integrada pelos jatos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145, certificados para operar com 37, 44 e 50 assentos, respectivamente. • Família EMBRAER 170/190 é integrada pelo EMBRAER 170, com 70 assentos, EMBRAER 175, com 76 assentos, EMBRAER 190, com 100 assentos e o EMBRAER 195, com 108 assentos. O modelo EMBRAER 170 está em operação comercial desde 2004, os modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190 começaram a operar comercialmente a partir de 2006 e o modelo EMBRAER 195 começou a operar comercialmente a partir de 2007. • E-Jets E2, a segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais é composta por três novos aviões – E175-E2 com capacidade até 88 assentos, E190-E2 até 106 assentos e E195-E2 chegando até 132 assentos em configuração típica de classe única. O E190-E2 deverá entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020. 38.2 Mercado de Defesa e Segurança As atividades voltadas ao mercado de Defesa e Segurança envolvem principalmente a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a modificação e o suporte para aeronaves de defesa e segurança, além de uma ampla gama de produtos e soluções integradas que incluem radares de última geração, sistemas espaciais (satélites) e avançados sistemas de informação e comunicação, como as aplicações de Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (C4ISR). 79 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma A expansão e diversificação do portfólio, antes concentrado em aeronaves militares, foram possíveis devido a uma estratégia de parcerias, aquisições e crescimento orgânico. O principal cliente da Companhia hoje é o Ministério da Defesa do Brasil e em particular, o Comando da Aeronáutica, embora a diversificação do portfólio tenha trazido também uma diversificação dos clientes: o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, o Ministério das Comunicações, além da crescente presença internacional de nossos produtos e soluções. Segue os principais produtos e serviços do portfólio da Defesa e Segurança: • Aeronave de Ataque Leve e Treinamento Avançado (Super Tucano) - o Super Tucano é uma aeronave militar turboélice que combina treinamento e capacidades operacionais com baixos custos de aquisição e operação. O Super Tucano tem as capacidades operacionais necessárias para vigilância das fronteiras, operações de apoio aéreo aproximado e missões de contra-insurgência (COIN). O Super Tucano tem atualmente mais de 230 pedidos firmes, dos quais mais de 190 aeronaves já foram entregues. • Modernização de aeronaves - a Companhia oferece serviços de modernização de aeronaves e possui atualmente quatro programas contratados. O primeiro programa conhecido como F-5BR, tem o foco na atualização estrutural e eletrônica do caça F-5 da Força Aérea Brasileira. O segundo programa, A-1M, consiste na modernização do AMX, jato avançado de ataque ao solo, para a FAB. O terceiro programa, contratado pela Marinha do Brasil, trata-se da revitalização e incorporação de novas tecnologias, na aeronave A-4 Skyhawk (designado AF-1 pelo cliente). No quarto programa, assinado com a FAB, a empresa foi contratada para fazer a modernização das aeronaves EMB 145 AEW&C. • Sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR) - baseada na plataforma do ERJ 145 inclui os modelos EMB 145 AEW&C - Alerta Aéreo Antecipado e Controle, EMB 145 Multi Intel Sensoriamento Remoto e Vigilância Ar-Terra e EMB 145 MP - Patrulha Marítima e Guerra Antisubmarino. Originalmente desenvolvida para atender ao programa SIVAM, teve versões encomendadas pelos governos da Grécia, do México e da Índia. • O KC-390 é um projeto conjunto da Força Aérea Brasileira com a Embraer para desenvolver e produzir um transporte militar tático e avião de reabastecimento aéreo que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica. O avião é projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma variedade de missões: carga e transporte de tropas, entrega de ar, reabastecimento aéreo, busca e salvamento, combate a incêndios e aéreo, entre outros. • Transporte de Autoridades e Missões Especiais - derivadas das plataformas das aeronaves da Aviação Comercial e Executiva, são aeronaves utilizadas para transportar autoridades governamentais, ou para a realização de missões especiais. • Radares - por meio da Bradar, empresa de base tecnológica especializada em desenvolver e fabricar radares para Defesa e Sensoriamento Remoto, são oferecidas soluções como radares para artilharia antiaérea, vigilância terrestre, controle de tráfego aéreo civil e militar, sistema de inteligência de comunicações, radares de abertura sintética para prestação de serviços de cartografia e monitoramento de precisão. • Desenvolvimento de Softwares e Sistemas - combinando as competências da Atech – Negócios em Tecnologias S.A. – e os investimentos da Embraer em desenvolvimento e integração de sistemas, atuamos na prestação de serviços especializados de engenharia para o desenvolvimento, implantação, revitalização e manutenção de sistemas críticos de controle, defesa e monitoramento, fornecendo também máquinas e equipamentos inerentes aos serviços. • Monitoramento de Fronteiras e proteção de Estruturas Estratégicas - com base na sua experiência em integração de sistemas a Embraer, por meio da sua coligada Savis, é dedicada a desenvolver, projetar, certificar, industrializar, integrar e implantar sistemas e serviços na área de monitoramento e controle de fronteiras e proteção de infraestruturas críticas. 80 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma • Satélite: a Visiona Tecnologia Espacial - empresa formada pela Embraer e Telebrás – foi contratada para o fornecimento e integração do sistema do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicação (SGDC), que visa atender as necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas de defesa, além da absorção de tecnologia, marcando a presença da Embraer neste segmento de mercado. Atuamos também na prestação de serviço de fornecimento e análise de imagens de satélites com o objetivo de desenvolver grandes projetos de sensoriamento remoto no Brasil e países vizinhos. • Serviços e Suporte - em adição a sua experiência de propor soluções de suporte ao cliente aos produtos desenvolvidos pela Embraer, a Ogma oferece serviços de MRO (Maintenance, Repair and Overhaul) para uma carteira diversificada de aeronaves de defesa, comerciais e executivas, bem como para motores de aeronaves e componentes. Ainda, desempenha o papel de um importante fornecedor de estruturas aeronáuticas metálicas e em compósito, para diversos fabricantes de aeronaves. 38.3 Mercado de Aviação Executiva As atividades voltadas ao mercado de Aviação Executiva envolvem principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos executivos e o fornecimento de serviços de suporte relacionados com esse segmento de mercado, bem como arrendamento de aeronaves. • Legacy 600 e Legacy 650 – jatos executivos das categorias super midsize e large cujas entregas começaram em 2002 e 2010, respectivamente. • Legacy 450 e Legacy 500 - jatos executivos das categorias midlight e midsize cujas entregas começaram em 2014 e 2015 respectivamente. • Família Phenom – jatos executivos das categorias entry level e light e integrada pelos modelos Phenom 100, cujas primeiras unidades foram entregues em 2008 e Phenom 300 com entregas iniciadas em 2009. • Lineage 1000 – jato executivo da categoria ultra-large. As entregas deste modelo iniciaram em 2009. 38.4 Outros As atividades deste segmento referem-se ao fornecimento de partes estruturais e sistemas hidráulicos e produção de aviões agrícolas pulverizadores. • Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2016: Av iação Comercial Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto Margem bruta % Receitas (despesas) operacionais Re sultado ope racional Defesa Av iação Exe cutiva Outros T otal Não Se gmentado Se gmentado 3.527,0 (2.719,1) 807,9 22,9% 932,7 (780,3) 152,4 16,3% 1.730,5 (1.463,6) 266,9 15,4% 27,3 (17,7) 9,6 35,2% 6.217,5 (4.980,7) 1.236,8 19,9% (322,8) 485,1 (114,6) 37,8 (243,6) 23,3 (4,5) 5,1 (685,5) 551,3 Receitas (despesas) financeiras, líquidas Variações m onetárias e cam biais, líquidas Lucro ante s do imposto Im posto de renda e contribuição social Lucro líquido - T otal 6.217,5 (4.980,7) 1.236,8 19,9% (345,3) (345,3) (1.030,8) 206,0 (51,4) 4,5 (51,4) 4,5 159,1 8,7 8,7 167,8 No segmento Mercado de Aviação Comercial, um cliente contribuiu individualmente com uma parcela de 17,5% da receita líquida do ano de 2016 com um valor aproximado de US$ 1.090,0. 81 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma • Receitas líquidas consolidadas por região acumuladas em 31 de dezembro de 2016: Av iação Come rcial Am érica do Norte Europa Ásia Pacífico Am érica Latina, exceto Brasil Brasil Outros T otal Aviação Executiva Defesa 2.461,7 230,8 641,1 87,3 57,6 48,5 3.527,0 179,1 103,6 27,7 17,7 543,6 61,0 932,7 Outros 1.247,2 184,3 118,3 107,9 68,8 4,0 1.730,5 Total 22,8 0,6 3,9 27,3 3.910,8 519,3 787,1 212,9 673,9 113,5 6.217,5 • Ativos consolidados por segmentos em 31 de dezembro de 2016: Av iação Comercial Contas a Receber Ativo Im obilizado Ativo Intangível T otal • 154,2 1.090,8 522,6 1.767,6 460,7 427,4 5,3 893,4 T otal Não Segme ntado Se gmentado O utros 43,6 598,7 895,2 1.537,5 6,9 37,3 109,6 153,8 665,4 2.154,2 1.532,7 4.352,3 131,9 131,9 Ativos consolidados por região em 31 de dezembro de 2016: Contas a Receber Ativo Im obilizado Ativo Intangível T otal • Defesa e Aviação Se gurança Executiva América do Norte 84,9 364,4 22,9 472,2 Europa 380,9 585,2 7,0 973,1 Ásia Pacífico 11,5 60,7 0,1 72,3 Brasil T otal 188,1 1.143,9 1.634,6 2.966,6 665,4 2.154,2 1.664,6 4.484,2 Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2015: Aviação Comercial Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto Margem bruta % Receitas (despesas) operacionais Resultado operacional Defesa Aviação Executiva O utros Total Não Segmentado Segmentado 3.348,7 (2.565,7) 783,0 23,4% 811,1 (785,4) 25,7 3,2% 1.718,6 (1.440,3) 278,3 16,2% 49,7 (25,4) 24,3 48,9% 5.928,1 (4.816,8) 1.111,3 18,7% - 5.928,1 (4.816,8) 1.111,3 18,7% (434,9) 348,1 (119,1) (93,4) (220,2) 58,1 (5,6) 18,7 (779,8) 331,5 - (779,8) 331,5 (22,9) 27,6 (22,9) 27,6 336,2 (255,4) (255,4) 80,8 Receitas (despesas) financeiras, líquidas Variações m onetárias e cam biais, líquidas Lucro antes do imposto Im posto de renda e contribuição social Lucro líquido do período • Receitas líquidas consolidadas por região acumuladas em 31 de dezembro de 2015: Aviação Come rcial Am érica do Norte Europa Ásia Pacífico Am érica Latina, exceto Brasil Brasil Outros T otal Total 2.452,7 316,5 307,8 89,8 145,3 36,6 3.348,7 Defe sa 177,2 84,8 33,2 21,7 479,3 14,9 811,1 82 Aviação Exe cutiv a 1.226,6 218,3 149,2 38,7 72,6 13,2 1.718,6 Outros 30,1 7,3 12,3 49,7 T otal 3.886,6 626,9 490,2 150,2 709,5 64,7 5.928,1 T otal 665,4 2.154,2 1.664,6 4.484,2 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhões de dólares, exceto quando indicado de outra forma • Ativos consolidados por segmentos em 31 de dezembro de 2015: Aviação Comercial Contas a Receber Ativo Im obilizado Ativo Intangível T otal • 157,3 848,1 352,4 1.357,8 552,7 413,5 966,2 O utros 66,9 730,3 871,6 1.668,8 T otal Não Segmentado Segmentado 6,5 35,5 78,8 120,8 783,4 2.027,4 1.302,8 4.113,6 América do Norte 82,8 347,1 15,8 445,7 102,6 102,6 Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto Margem bruta % Receitas (despesas) operacionais Resultado operacional Europa 495,0 562,1 3,0 1.060,1 Ásia Pacífico 9,9 59,5 0,1 69,5 Brasil T otal 195,7 1.058,7 1.386,5 2.640,9 783,4 2.027,4 1.405,4 4.216,2 Defesa Aviação Executiva T otal Não Segme ntado Se gmentado O utros T otal 3.163,3 (2.542,2) 621,1 19,6% 1.456,4 (1.158,9) 297,5 20,4% 1.591,5 (1.299,6) 291,9 18,3% 77,6 (37,6) 40,0 51,5% 6.288,8 (5.038,3) 1.250,5 19,9% - 6.288,8 (5.038,3) 1.250,5 19,9% (321,2) 299,9 (148,0) 149,5 (229,6) 62,3 (8,4) 31,6 (707,2) 543,3 - (707,2) 543,3 Receitas (despesas) financeiras, líquidas Variações m onetárias e cam biais, líquidas Lucro antes do imposto Im posto de renda e contribuição social Lucro líquido do período (24,5) (14,9) (24,5) (14,9) 503,9 (156,2) (156,2) 347,7 Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2014: Aviação Come rcial Am érica do Norte Europa Ásia Pacífico Am érica Latina, exceto Brasil Brasil Outros T otal 39 783,4 2.027,4 1.405,4 4.216,2 Resultado consolidado por segmento acumuladas em 31 de dezembro de 2014: Av iação Comercial • T otal Ativos consolidados por região em 31 de dezembro de 2015: Contas a Receber Ativo Im obilizado Ativo Intangível T otal • Defesa e Aviação Segurança Executiva 2.065,0 624,7 155,4 64,7 73,9 179,6 3.163,3 Defe sa 199,5 100,0 78,5 47,3 1.004,5 26,6 1.456,4 Aviação Exe cutiv a 739,3 168,4 353,3 110,7 207,1 12,7 1.591,5 Outros 53,6 3,9 0,1 20,0 77,6 T otal 3.057,4 897,0 587,3 222,7 1.305,5 218,9 6.288,8 Eventos Subsequentes • Em janeiro de 2017, a Embraer Netherlands Finance B.V., empresa do grupo Embraer S.A., emitiu US$ 750 milhões em bônus garantidos (guaranteed notes) com taxa de juros nominal de 5,40% ao ano com vencimento em 01 de fevereiro de 2027 cuja oferta foi registrada junto a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Esta operação é garantida integralmente e incondicionalmente pela Controladora. • Em fevereiro de 2017 foi encerrada a subsidiária Embraer Representations, LLP sediada em Delaware, EUA, a qual estava em processo de liquidação pela Companhia. * * * 83 ANEXO 1.1 ! ! ! ! " % ! ! % ! ,-.- ! ' ! ! ) 34( +56-7 ( ! !' 4 " 1 ( ! 3 ;% !! & $ !' ,--+ ( #$ +7 / ,--7 < ) **+ ,- ) 0 +1, ,2 89: : " " (# # 5 **7 " ! 4 $ ? 8 ! 8 98=>9;? > ! 98=>9;? ! ! 4 $ 8 98=>9;? < 3 : A ! ! ! / ! 4 $ 8 % " B 3 % D !C ! ! 3 & ! G @ 9 3 : ! " 3 ! > ! 5 *01 3 ! ! E! A ! F A ! ! ' $ !$ ! ! C ! ! ! ! H GG GGG 3 ! I ! $ E ! " ! " % !$ $ ! " H ! < H ! # < G? E ! ! !$ $ ? 3 ! ! A ! C < I ! ! ! H ' %!J I ! E $ E !$ " ! ' ! ! !$ ! ! " ! !$ ! ! < ! ! C < ! I ! % & $ H " ! ! % $ ) ! C ! ?G ! % ! " F G ! # $ # " ! ! ! % ' 6 ! !! ! % # ! !!$ GG K GGG 4 ! ! " H $ ! L " # 5M $ " # 261 ! ! ! E I ? ! " !! & ! $ ! GGG A ! ! C $ ! 2 " ! $ ! ! ! H # $ L E ! % ! ! 57 ! I $ ! ! ! -) % $ ! ! ! & I ! ! $ $ ! I ! ! : E H A G? H ! ! A # F ! ! " % $ %E H " ! N " H ! ?G ! O$ ; " ' ! % " # ! " # ; ! ! :P 7 *0- .,* +52 72 ! ! ! # ! ! ! # $ ! # $ " ! % E $ ! $ N " ! / ) - 7-,6-* % ! ,.0 , +++ +++ +++ " # !$ ! 0) ! ! N " # ! % # . 7+76*. ! % " ! % ! ! " ! I ; $ ! " $ ! $ @; # ' ! ! !$ ! -) ! *7+ 7.5 +77 ! ! ! $ ! ! ! ' ! $ ! ! / " ! ) # " ! ! ! ! !# ! # ! I " ! ! ' " $ ! ' " " # L ( " ! %E $ " % ! ! ! ' #F " Q " H $ ! L " ! ! ! " $ ! ! % D < H ! ! $ ! % 1 " ! ' " " A " " A % ! ! I ! # ! D ! $ % $ ! ! E D & ! &$ ! % ' ! ! $ E ' ; ! ! < " " $ Q & $ D ! $ ! ! &$ " % K " C ! ! ( ! !$ ' " ! !! ? ! !! 8 # " % ?8 ! !! ! " ! < ! " !# ! ! ! ! A R2) ! ,+ % # ! # ! # ! G $ " $ " ! ! !! & !# I & < N " $ ! F 8 " A ! H GG ! " GGG " 6 " : G? ! ! ? 6 " ! " I > " ?GG S !$ 9 ! " $ $ H ! % " K ! H G ! ?G H % ! $ D ! ! ! F ! ,+ " H # H < ! ! 7 ! ,, ,7 ,5 ! ! 7 GGG ! ,0 # % ,) TGGG ! ! ! # A ! ! " % ! $ ! GG / " ! A ! ! % $ ! !% ! ! " G? " % !% " EA ! " ! $ ! ! " $ ! < E ! R 2) N " " ! 8 ! !% ! ! " # $ ! ' ! A ! ! !% # ! " # N " ! " ! ! A &' !! % % L ! $ $ ! H !% " ! ' ! " $ ! " F % % ! # N " ! E ! ! ! $ < E " $ ! " ! GG " % $ $ % N " 3 ! ! ' " " N " ! GGG ( " ! ! % ! ! F " # 1+ ! ! ! ! ! ! ! ,0 " $ ! ' ! ) . 7+76*. ! !% % ! $ C " ! < # N " ! 57 $ G " " ' ! ! ! A ! < # ; ! $ ! 11 ?GGH ! ! ! $ " GGG T &! ! " I ! 2* ! 1& ! ! 2) !% ! " ! > ' " 1+ GG 5 % ! GG ' % A ! ! ' 3 % ! ! ! G ! ! ! " F 9 ! 9 ! E! GG & ! " U U ! ! ! I! $ ! ! ! ! G ! # % ! ! ! % ! ! ! & ! ! ! ! $ R 2) ! ,+ ! ! % ! ! ! ! ! ! ,+ " ! % ' ! 9 ! ! ! " L ! ! F G S A ! ! $ ! ! . # ! ! ! $ ! " $ C 9 % ! ! ! ! % ! A ! ,, !# ! ! ! 9 $ " 3 ! % ! ! GG 9 ! " ! ! ! " % ! Q A !! ' 3 & 6 ; ! GH ! ! !$ ! ! % ! F H ! ! % ' " ! ! ! % ! $ ! ! ' ! ! A ! ! 3 & ! ! A ' $ ! GGG ! H A & ! A ! ! ! H GG @ % ! ! ! GGG @ S ! ! ! A ! ! ! " H % % ! ! $ ! % !$ ! ' ! $ ! " ! ! A A ! A ! ! % ! ! $ ! ! $ L ! ! E ! ! & $ ! !$ ! ! #! % ! ! ! " ! ! !&! ! ! L L ! ! # ! ! ! ! ! ! ! # " ! ! ! ! ! ! ! !&! !# ! !&! ! V E ! ! ! ( % L ! L ! ! ! % ! $ ! ! @ N ! " ! C! ! % # ! L V ! L &! 3 ! 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Embraer Engineering & Technology Center USA, Inc. .......................................................................... Embraer Credit Limited – ECL, LLC .......................... Embraer Defense and Security, Inc. ............................ Indústria Aeronáutica Neiva Ltda................................ ELEB Equipamentos Ltda. .......................................... Embraer GPX Ltda. ..................................................... ECC do Brasil Participações S.A. – Em Liquidação ... Embraer Defesa e Segurança Participações S.A.......... Atech - Negócios em Tecnologias S.A. ....................... Bradar Indústria S.A. ................................................... Bradar Aerolevantamento Ltda. .................................. SAVIS Tecnologia e Sistemas S.A.............................. Visiona Tecnologia Espacial S.A. ............................... Embraer Aviation Europe – EAE ................................ Embraer Aviation International – EAI ........................ Embraer Europe SARL................................................ Embraer Australia Pty Ltd. .......................................... Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd. ................ Embraer (China) Aircraft Technical Services Co., Ltd. ......................................................................... Embraer Spain Holding Co., SL .................................. ECC Investment Switzerland AG ................................ ECC Insurance & Financial Company Limited. .......... Embraer Finance Ltd. .................................................. Embraer Overseas Limited .......................................... Embraer Portugal , S.A. ............................................... Embraer Portugal Estruturas Metálicas, S.A. .............. Embraer Portugal Estruturas em Compósitos, S.A. ..... Airholding – SGPS, S.A. ............................................. OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. ....... ECC Leasing Company Limited.................................. Embraer Asia Pacific Pte Ltd. ..................................... Embraer CAE Training Services (UK) Limited .......... Embraer Merco S.A.. ................................................... Visiona International B.V. ........................................... Embraer Netherlands Finance B.V. ............................. Embraer Netherlands B.V. .......................................... Jurisdição da Constituição Delaware, EUA Florida, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil França França França Austrália China China Espanha Suiça Ilhas Cayman, BWI Cayman Islands, BWI Cayman Islands, BWI Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Irlanda Cingapura Reino Unido Uruguai Holanda Holanda Holanda * Nenhuma das subsidiárias listadas é uma subsidiária significativa para efeitos do Regulamento S-X no âmbito da Securities Exchange Act de 1934, conforme alterada, vide item 4D do Relatório Anual no Formulário 20-F para o qual este Anexo 8.1 é uma exposição. A lista não inclui (i) certas joint ventures e certas entidades estabelecidas em nossas alianças estratégicas (vide item 4B do Relatório Anual no Formulário 20-F para o qual este Anexo 8.1 é uma exposição para mais informações sobre essas joint ventures e entidades estabelecidas em nossas alianças estratégicas) e (ii) certos veículos para fins especiais não-materiais. ANEXO 11.1 MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRAÇÃO E DO DIRETOR PRESIDENTE DA EMBRAER DE O Código de Ética e Conduta da Embraer reflete o compromisso de alcançarmos nossos objetivos empresariais com ética e transparência, desenvolvendo relacionamentos internos e externos baseados na integridade, preservando o meio ambiente e contribuindo para o bem estar das comunidades onde estamos inseridos. O Código baseia-se nos Valores Empresariais da Embraer, nos princípios do Pacto Global da ONU e nas melhores práticas de governança corporativa e contábil, tendo como premissa fundamental o pleno cumprimento das leis e dos regulamentos aplicáveis às operações da Companhia, devendo ser plenamente observado por todos seus integrantes. A boa reputação e a credibilidade da Embraer são construídas por todas as suas pessoas, através de seus atos e atitudes dia após dia. Agradecemos a dedicação e o empenho de todos no pleno entendimento e observância desse Código e na proteção da integridade da Companhia. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 1 VALORES EMPRESARIAIS DA EMBRAER A prática dos Valores Empresariais da Embraer une e modela suas atitudes, potencializando seus resultados e assegurando sua perpetuidade. Nossa gente é que nos faz voar Pessoas felizes, competentes, valorizadas, realizadas e comprometidas com o que fazem. Pessoas que trabalham em equipe e agem com integridade, coerência, respeito e confiança mútua. Existimos para servir nossos clientes Conquista da lealdade dos clientes por meio de sua plena satisfação e da construção de relações fortes e duradouras. Estabelecimento de parcerias, baseadas em real comprometimento e flexibilidade. Buscamos a excelência empresarial Ação empresarial orientada para simplicidade, agilidade, flexibilidade e segurança, com permanente busca da melhoria contínua e da excelência. Atitude empreendedora calçada em planejamentos integrados, delegação responsável e disciplina de execução. Ousadia e inovação são a nossa marca Vanguarda tecnológica, organização que aprende continuamente, capacidade de inovação, de transformação da realidade interna e de influência dos mercados em que atua. Visão estratégica e capacidade de superação de desafios, com criatividade e coragem. Atuação global é a nossa fronteira Pensamento e presença globais, com ação local, como alavancas de competitividade, por meio da utilização do que há de melhor em cada lugar. Visão de um mundo sem fronteiras e de valorização da diversidade. Construímos um futuro sustentável Incessante busca de construção das bases para a perpetuidade da Empresa, com rentabilidade aos acionistas, respeito à qualidade de vida, ao meio ambiente e à sociedade. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 2 PROGRAMA DE ÉTICA E COMPLIANCE DA EMBRAER (EECP - Embraer Enhanced Compliance Program) A Embraer busca assegurar o mais alto nível de integridade e ética em suas atividades. Para tal, estabeleceu um Programa de Ética e Compliance no intuito de promover e suportar todas as ações que visam o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis aos seus negócios e políticas internas da Companhia. O Programa de Ética e Compliance da Embraer está baseado em elementos fundamentais como a manutenção de uma organização e estrutura responsável através da sua liderança, o constante gerenciamento de riscos, a determinação de políticas e padrões de controles internos apropriados, o treinamento e a comunicação com seus públicos, assim como o processo de monitoramento, auditoria e canais de reporte para avaliação e apuração de potenciais desvios de conduta ou procedimentos estabelecidos. O Programa é coordenado pela Diretoria de Compliance da Embraer, que se reporta ao Comitê de Auditoria e Riscos do Conselho de Administração. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 3 COMPROMISSO COM O PACTO GLOBAL DA ONU Em 2008 a Embraer aderiu ao Pacto Global da ONU, integrando de forma sistemática aos seus processos os dez princípios nele previstos: DIREITOS HUMANOS, que são derivados da Declaração Universal dos Direitos Humanos: 1. A Empresa deve respeitar e apoiar a proteção dos direitos humanos proclamados internacionalmente; 2. A Empresa deve assegurar que não compactua com quaisquer abusos dos direitos humanos; TRABALHO, que são derivados da Declaração da OIT – Organização Internacional do Trabalho – sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho: 3. A Empresa deve assegurar o direito de associação no trabalho e o efetivo reconhecimento ao direito de negociação coletiva; 4. A Empresa deve apoiar a abolição de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. 5. A Empresa deve apoiar a efetiva abolição do trabalho infantil; 6. A Empresa deve apoiar a eliminação da discriminação relativa a emprego e ocupação; MEIO AMBIENTE, que são derivados da Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: 7. A Empresa deve apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; 8. A Empresa deve comprometer-se com a promoção de uma maior responsabilidade ambiental; 9. A Empresa deve encorajar o desenvolvimento e difusão de tecnologias que não agridam o meio ambiente; ANTICORRUPÇÃO, que é derivado da Convenção da ONU Contra a Corrupção: 10. A Empresa deve combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 4 RESPONSABILIDADES COM O CÓDIGO Cumprimento do Código Todos os conselheiros, diretores e empregados da Embraer, de suas unidades e controladas, assim como terceiros que representem a Empresa, devem cumprir os princípios previstos neste Código. Empresas em que a Embraer tenha controle majoritário devem adotar os princípios deste Código e aquelas em que a Embraer tem participação minoritária devem ser encorajadas a fazê-lo. Responsabilidade dos Empregados • • • • Cumprir e fazer cumprir todos os princípios deste Código, assim como observar as políticas e procedimentos internos da Empresa; Entender e ter consciência de todas as leis e regulamentos associados às suas atividades; Buscar, sempre que necessário, apoio e orientação de seus líderes imediatos e estes junto às áreas corporativas da Embraer, tais como jurídico, compliance e recursos humanos, na solução de dúvidas e entendimento das leis que devem cumprir; Relatar qualquer preocupação de potencial violação da lei, deste Código, ou das políticas internas da Empresa. Responsabilidade dos Líderes • • • • • • • • Cumprir e fazer cumprir todos os princípios deste Código, assim como observar as políticas e procedimentos internos da Embraer; Promover um ambiente de trabalho que valorize a atitude ética e o mais alto nível de integridade em tudo o que se faz; Possuir profundo conhecimento deste Código, das políticas internas e do ambiente regulatório sob sua responsabilidade; Entender e inserir, quando aplicável, os requisitos da lei e dos regulamentos, por meio de políticas e procedimentos internos da Embraer, nas atividades diárias; Supervisionar os processos internos sob sua responsabilidade, inclusive com o apoio da auditoria interna, quando necessário, a fim de assegurar a conformidade com as políticas e os requisitos da lei; Agir imediatamente quando identificar violações deste Código e adotar medidas preventivas, de detecção e remediação de qualquer falha ou desvio de conduta; Buscar, sempre que necessário, apoio e orientação corporativa da Embraer, tais como jurídico, compliance e recursos humanos, na solução de dúvidas e entendimento das leis que devem cumprir e fazer cumprir; Relatar qualquer preocupação de potencial violação da lei, deste Código, ou das políticas internas da Embraer. AMBIENTE DE TRABALHO Todas as leis e regulamentos que garantam a liberdade de associação, a privacidade, acordos coletivos, direitos de imigração, jornadas de trabalho e remuneração são respeitadas. A Embraer não tolera qualquer forma de trabalho forçado, compulsório ou infantil, ou tampouco a discriminação, o assédio, o protecionismo, o conflito de interesses e um ambiente de trabalho hostil. Todos são tratados com respeito, dignidade e oportunidades de crescimento profissional, aprendizado e satisfação são promovidas. A Embraer promove um ambiente de trabalho seguro e saudável e adota sistemas e medidas, por meio de políticas e procedimentos, para prevenir seus empregados dos riscos inerentes ao trabalho. Na Embraer, é esperado que todos os empregados Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 5 relatem qualquer preocupação com as regras de segurança e reportem violações de tais regras ou incidentes. ATIVOS, RECURSOS E INFORMAÇÕES DA EMPRESA Os ativos, recursos e informações da Embraer devem ser protegidos e utilizados para os negócios e benefício da Companhia e nunca para vantagens ou interesses pessoais. É proibida a divulgação de informações de qualquer natureza da Empresa e terceiros, incluindo seus clientes e fornecedores, que não sejam classificadas como públicas. Propriedade Intelectual A propriedade intelectual consiste em patentes, marcas, direitos de reprodução, segredos de negócios, nomes de domínio, desenhos industriais, logotipos, dados de mercado e listas de clientes, bem como qualquer informação classificada como confidencial. Deve-se proteger a propriedade intelectual da Embraer do mau uso, desvio ou da utilização para ganho pessoal. O mesmo cuidado e respeito devem ser praticados com relação à propriedade intelectual de terceiros. Internet, E-mail e Mídia Social A internet e o e-mail são disponibilizados pela Embraer para a comunicação de trabalho. Não é permitida a utilização de sistemas eletrônicos, internet, e-mail ou mídias sociais para transmitir, receber ou baixar conteúdos que prejudiquem o desempenho das atividades de trabalho ou os interesses da Embraer. A mídia social, no trabalho ou em qualquer outro lugar, não deve ser utilizada para expor informações privadas ou confidenciais da Empresa, não sendo permitida também a inserção de conteúdo que exponha a imagem da Empresa, de seus produtos ou de seus integrantes. Computadores e servidores, incluindo e-mails enviados ou recebidos, são propriedade da Embraer e não serão considerados conteúdos privados, exceto quando exigido por legislação específica. Livros e Registros Contábeis A Embraer busca cumprir todas as leis e padrões contábeis aplicáveis em seus livros, registros contábeis e demonstrativos financeiros, comprometendo-se a registrar todas as transações financeiras com acuracidade e fidedignidade. Divulgação de Informações ao Público A Embraer, seus administradores e empregados deverão agir em conformidade com os princípios da transparência e veracidade, a fim de assegurar a acionistas, investidores, agências de governo e público em geral a disponibilidade, em tempo hábil, de forma eficiente e razoável, das informações necessárias para as suas decisões de investimento, conforme determinado pela legislação aplicável. Toda divulgação de informações ao público deverá ser feita pelos diretores ou empregados especificamente autorizados para esse fim, devendo estes fazê-lo de acordo com as leis, regulamentos e políticas internas da Empresa. Para maiores informações favor consultar a Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo da Embraer. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 6 Negociação de Valores Mobiliários e Informação Privilegiada Os administradores, empregados e prestadores de serviços da Embraer devem observar regras e procedimentos na negociação com valores mobiliários de emissão da Companhia, abstendo-se de negociar tais valores mobiliários nos períodos de restrição ou de posse de informação relevante não divulgada ao mercado, nos termos da regulamentação. Para maiores informações favor consultar a Política de Negociação com Valores Mobiliários de Emissão da Embraer. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 7 RELACIONAMENTO COM PARCEIROS DE NEGÓCIOS E TERCEIROS Clientes – Fornecedores – Governo – Concorrentes – Acionistas e Investidores Conflito de Interesses Um conflito de interesses ocorre quando o interesse por uma vantagem individual ou ganho pessoal interfere na decisão de negócios da Embraer. Situações que possam criar, ou pareçam criar, um conflito entre interesses pessoais e os da Empresa serão evitados. São exemplos de potenciais conflitos de interesse, entre outros: • • • • • Decidir sobre negócios com fornecedores, clientes, competidores, parceiros de negócios ou terceiros em geral, quando estes negócios envolverem empresas ou qualquer outro tipo de entidade de sua propriedade ou gestão, ou que pertençam ou sejam geridos por parentes ou amigos próximos; Solicitar presentes, brindes, favores ou qualquer vantagem, seja ela profissional ou pessoal, para si, seus parentes, amigos próximos ou quaisquer terceiros; Executar serviços ou trabalhos alheios aos determinados pela Empresa, sejam eles internos ou externos, remunerados ou não, que possam caracterizar concorrência ou conflito com as atividades e negócios da Embraer; Utilizar os recursos, horas de trabalho, equipamentos ou materiais da Embraer para executar serviços que prejudiquem o desempenho das atividades de trabalho ou os interesses da Empresa; Utilizar sua posição ou influência na Embraer para propiciar vantagem indevida na contratação de pessoas, supervisionar ou beneficiar indevidamente familiares, parentes ou pessoas de seu conhecimento, ou ainda utilizar sua posição para se beneficiar indevidamente em atividades externas e não relacionadas com a Empresa. Diante de uma situação que represente ou possa representar um potencial conflito de interesses, deve-se informar o líder imediato ou a área de compliance da Empresa, conforme o caso. Presentes e Hospitalidade (Entretenimento, Despesas de Viagens, Acomodação e Outros Benefícios) Deve-se evitar a oferta e o recebimento de brindes, presentes e hospitalidade tais como entretenimento, despesas de viagens, acomodações ou outras vantagens ou benefícios que possam criar a aparência de impropriedade ou que permita a você ou a alguém agir de forma a obter uma vantagem indevida. Qualquer negociação, relacionamento, oferta ou promessa a autoridades públicas ou privadas devem estar em estrita conformidade com as leis e as políticas internas da Embraer. Os presentes e hospitalidade devem ser modestos e razoáveis em valor, sem extravagâncias, oferecidos ou aceitos em conexão com a promoção, demonstração, ou explicação de produtos e serviços da Empresa. Presentes e entretenimentos nunca devem ser oferecidos ou aceitos (a) em dinheiro, (b) caso haja qualquer intenção de obter vantagem indevida ou (c) quando sejam proibidos pela lei ou regulamento aplicáveis às partes envolvidas. Ocorrendo dúvida, consultar as políticas e procedimentos internos, tais como a Política Anticorrupção da Embraer ou, ainda, contatar a área de compliance para disposição desse material. Doações e Patrocínios Como parte da sua responsabilidade corporativa, a Embraer pode doar produtos ou recursos financeiros no intuito de apoiar atividades de pesquisa científica, arte e cultura, projetos sociais e Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 8 educacionais. Como princípio, todas as doações devem obedecer aos requisitos de transparência, com propósitos claros e objetivos, sem a expectativa de retorno ou contrapartida, e devem ser fundamentados por documentação hábil, com os devidos registros contábeis e em conformidade com as leis e regulamentos pertinentes. Patrocínios são permitidos e utilizados na promoção da marca, propaganda ou oportunidades para a Embraer demonstrar ou promover seus produtos e serviços, ou no exercício de sua responsabilidade corporativa. Patrocínios nunca devem ser utilizados como meio para obter vantagens indevidas, direta ou indiretamente, seja para a Companhia ou para os indivíduos. Contribuições Políticas A Embraer não participa de campanhas políticas ou realiza contribuições para partidos políticos ou candidatos a cargos políticos. Desta forma, é proibida a realização de doações ou contribuições dessa natureza em nome da Companhia ou de quaisquer membros da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração. Pagamentos Indevidos ou Ilegais A Embraer proíbe seus conselheiros, diretores, empregados, fornecedores, parceiros de negócios ou terceiros que representem a Empresa de autorizar ou efetuar, direta ou indiretamente, qualquer pagamento indevido ou ilegal para obter vantagens em negócios. Pagamentos indevidos tais como dinheiro, ativos, recursos, benefícios particulares, favores, presentes, entretenimentos e hospitalidade entre outros podem caracterizar-se como qualquer coisa de valor para obter negócios ou vantagens impróprias. Quando necessário contratar terceiros ou outros provedores para agir em nome da Embraer, como consultores ou fornecedores, é obrigatório observar as políticas e procedimentos internos da Empresa na seleção, escolha e monitoramento das atividades dos mesmos, incluindo análise de riscos, respectivas diligências e aprovações internas. Anticorrupção A Embraer tem firme compromisso com o combate à corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno. Para tal, a Empresa cumpre as leis anticorrupção e seus regulamentos em todos os locais em que faz negócios. A Embraer não tolerará qualquer forma de corrupção ativa ou passiva, tais como extorsão ou suborno, na tentativa de influenciar negócios, ou obter qualquer vantagem indevida. Para mais informações favor consultar a Política Anticorrupção e seus procedimentos associados. Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo A Embraer cumpre todos os requisitos das leis de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e dispõe de procedimentos para esse fim. A Empresa tem como objetivo conduzir negócios exclusivamente com clientes e parceiros envolvidos em negócios legítimos e legais. Quaisquer atividades suspeitas devem ser reportadas tempestivamente para a área de compliance ou jurídica. Para mais informações favor consultar o Procedimento de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo da Embraer. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 9 Comércio Internacional – Cumprindo com as Leis de Controle de Importação e Exportação A Embraer está sujeita às leis de comércio exterior e cumpre toda regulamentação relacionada ao processo de importação e exportação de produtos, serviços, tecnologia, informação e operações financeiras. Em consistência com as legislações aplicáveis, a Embraer observa todas as restrições de importação e exportação ao transacionar com países, organizações e indivíduos, tais como sanções econômicas e embargos comerciais impostos por países e nações onde a Empresa opera. Nesse sentido, a Companhia considera os requisitos de controle de importação e exportação na obtenção de licenças, permissões, classificação de produtos, ou obtenção de autorizações especiais e implementa os controles necessários para esse fim. Quando houver dúvida sobre os controles de importação e exportação, deve-se consultar as áreas de compliance ou jurídica da Empresa. Para mais informações favor consultar a Política de Controle de Exportação da Embraer e seus procedimentos associados. Privacidade Ao lidar com empregados, fornecedores, clientes e outros parceiros de negócios, a Embraer pode receber, enviar ou gerir informações privadas. Nesse contexto, a Empresa observa seus compromissos contratuais e as leis e regulamentos nos países onde opera no que tange à proteção e confidencialidade de tais informações e as utiliza, coleta, armazena e gerencia exclusivamente para propósitos legítimos na condução de seus negócios. Somente empregados autorizados podem manter e controlar tais dados e informações, aplicando mecanismos apropriados de segurança e proteção ao acesso de pessoas não autorizadas. Antitruste e Leis de Concorrência A Embraer cumpre as leis e regulamentos de concorrência em todos os países onde faz negócios, respeitando concorrentes e clientes, sempre competindo com base na qualidade e diferenciação de seus produtos e serviços, e com a finalidade de prover as melhores e mais atraentes opções para o mercado. A Embraer não pratica ou tolera negociações ou acordos, formais ou informais, com concorrentes na discussão de fixação de preços, territórios, licitações, custos, margens de lucro, divisão ou fatia de mercados (“market share”), alocação de clientes, apresentação de propostas em licitações, ou qualquer outro assunto relacionado com as condições de venda. Todas informações sobre concorrentes devem ser obtidas por meios e fontes legalmente aceitas, respeitando também o mais alto padrão de conduta ética na busca de inteligência mercadológica. Integridade em Processos de Compra e Venda Na Embraer os processos de compras e suprimentos são baseados na integridade e na igualdade competitiva para assegurar a melhor qualidade e custo-benefício no suprimento de materiais e serviços. É esperado que os fornecedores tenham compromisso com as políticas e procedimentos da Empresa nos processos de concorrência, assim como respeitem esse Código de Ética e Conduta, agindo de acordo com requisitos legais de saúde, segurança e ambiente de trabalho, Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 10 respeito à privacidade, tratamento de informações confidenciais, leis da concorrência, anticorrupção, controle de importação e exportação e prevenção à lavagem de dinheiro. De igual forma, nos processos de venda a Embraer deve cumprir todas as leis, regras e procedimentos aplicáveis, atuando com o mais alto nível de integridade, ética e transparência. No caso de vendas para entidades governamentais, os integrantes da Embraer devem conhecer e observar as leis e procedimentos específicos aplicáveis, com orientação da área jurídica e de compliance, conforme o caso. Particular atenção deve ser dada ao compromisso de intolerância à qualquer forma de corrupção nos processos de compra e venda. Para mais informações favor consultar a Política Anticorrupção e seus procedimentos associados. Relacionamento com a Comunidade e o Meio-Ambiente Como parte do processo de sustentabilidade, a Embraer envida esforços no intuito de impactar positivamente as comunidades onde opera, por meio de projetos educacionais, sociais, culturais e ambientais. A Embraer é consciente dos desafios ambientais em sua indústria e está comprometida em adotar processos de melhoria contínua e investir em novas tecnologias para reduzir potenciais impactos ao meio-ambiente, ao mesmo tempo em que exige igual empenho de seus fornecedores, provedores e parceiros de negócios. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 11 SUPERVISÃO DO CÓDIGO Ao Conselho de Administração, por meio de seu Comitê de Auditoria e Riscos, cabe supervisionar a Diretoria Executiva na aplicação do Código, cuja responsabilidade de divulgação e execução é da Diretoria de Compliance da Embraer. Reportando Violações Todas as partes interessadas da Embraer incluindo, mas não limitado a, empregados, fornecedores, clientes, acionistas e parceiros de negócios, dentre outros, devem reportar qualquer preocupação sobre potencial violação dos princípios e valores deste Código. A Embraer disponibiliza diversos canais para o reporte de preocupações ou violações deste Código. Qualquer pessoa pode reportar uma preocupação ou violação por meio dos seguintes canais: O Conselho de Administração e seu Comitê de Auditoria e Riscos; O líder ou gestor, no caso de empregados; A área de compliance ou o representante de compliance designado nas diversas áreas da Empresa; A auditoria interna; A área de recursos humanos; A área jurídica; ou O canal Helpline (por meio do site www.embraer.com.br) O Helpline é um canal confidencial para empregados e partes interessadas reportarem ou buscarem suporte para preocupações de conduta ética relacionada a potenciais violações das políticas da Embraer, desse Código, ou de qualquer lei ou regulamento. A Embraer não tolera qualquer retaliação, velada ou não, contra qualquer pessoa que reporte, por meio dos canais disponibilizados pela Empresa, uma preocupação de boa fé. Além disso, todos os assuntos reportados, preocupações, reclamações ou violações direcionadas para o canal Helpline serão tratadas com confidencialidade e respeito ao anonimato. OBS.: As legislações de alguns países não permitem o reporte anônimo, situação em que a Empresa informará ao denunciante dessa condição. Como submeter uma reclamação ou preocupação? Pelos telefones: • Brasil: 0800-721-5968 • Portugal: 800-180-118 • Estados Unidos: 1-877-900-8779 • Singapura: 800-130-2122 • China: 400-120-4946 • França: 0805-080608 • Holanda: 0-800-450-0019 Pelo website: www.embraerhelpline.com Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 12 Este canal deve ser utilizado exclusivamente para reportar preocupações relacionadas à conduta ética e ao cumprimento da lei, regulamentos e políticas internas da Empresa. Se necessário obter informações adicionais, favor contatar a área de compliance da Embraer em: [email protected] Penalidades por Violações Conselheiros, diretores, empregados e todas as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades para ou em nome da Embraer estão sujeitas a medidas disciplinares administrativas ou legais em caso de violação dos princípios e valores estabelecidos por este Código, incluindo o término do vínculo empregatício ou da relação contratual de negócios, conforme o caso. Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 08 de dezembro de 2016. 13 ANEXO 12.1 CERTIFICAÇÃO Eu, Paulo Cesar de Souza e Silva , certifico que: 1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.; 2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém declaração falsa de algum fato significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levando a considerações incorretas a respeito do período coberto por este relatório; 3. Segundo o meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras incluídas neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório; 4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) e do controle interno de demonstrações financeiras (conforme definido nas regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) para a empresa e: a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por outras pessoas nessas entidades, particularmente durante o período de elaboração deste relatório; b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado sob nossa supervisão para proporcionar garantia adequada sobre a confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras, e 5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro certificador da empresa e eu divulgamos aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas que executam funções equivalentes): a) todas as deficiências e fragilidades significativas no projeto ou na operação do controle interno dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e relatar as informações financeiras; e b) qualquer fraude, significativa ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel significativo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros. Data: 21 de março de 2017 Por: PAULO CESAR DE SOUZA E SILVA Paulo Cesar de Souza e Silva Presidente e CEO ANEXO 12.2 CERTIFICAÇÃO Eu, José Antonio de Almeida Filippo certifico que: 1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.; 2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém declaração falsa de algum fato significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levando a considerações incorretas a respeito do período coberto por este relatório; 3. Segundo o meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras incluídas neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório; 4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) e do controle interno de demonstrações financeiras (conforme definido nas regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) para a empresa e: a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por outras pessoas nessas entidades, particularmente durante o período de elaboração deste relatório; b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado sob nossa supervisão para proporcionar garantia adequada sobre a confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras, e 5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro certificador da empresa e eu divulgamos aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas que executam funções equivalentes): a) todas as deficiências e fragilidades significativas no projeto ou na operação do controle interno dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e relatar as informações financeiras; e b) qualquer fraude, significativa ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel significativo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros. Data: 21 de março de 2017 Por: JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA FILIPPO José Antonio de Almeida Filippo Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores ANEXO 13.1 CERTIFICAÇÃO SEGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUSULA 1350, ADOTADO EM CONFORMIDADE COM A CLÁUSULA 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002 Segundo com o Relatório Anual da Embraer S.A. (“Empresa”) no formulário 20-F para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2016, conforme registrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (“Relatório”), eu, Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO, certifico, segundo o capítulo 18 da U.S.C., seção 1350, adotado em conformidade com a seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley dos EUA de 2002, na exata medida dos meus conhecimentos, que: (i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA de 1934; e (ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa. Data: 21 de março de 2017 Por: PAULO CESAR DE SOUZA E SILVA Paulo Cesar de Souza e Silva Presidente e CEO Uma versão original assinada desta declaração escrita é exigida pela Seção 906, ou outro documento de autenticação, reconhecendo ou, de outro modo, adotando a assinatura que aparece digitada, na versão eletrônica desta declaração escrita, exigida pela Seção 906, foi providenciada à empresa e será retida pela empresa e fornecida à Comissão de Segurança e Câmbio ou a seus funcionários quando solicitado. ANEXO 13.2 CERTIFICAÇÃO SEGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUSULA 1350, ADOTADO EM CONFORMIDADE COM A CLÁUSULA 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002 Segundo o Relatório Anual da Embraer S.A. (“Empresa”) no formulário 20-F para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2016, conforme registrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (“Relatório”), eu, José Antonio de Almeida Filippo, Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores, certifico, segundo o capítulo 18 da U.S.C., seção 1350, adotado em conformidade com a seção 906 da Lei Sarbanes Oxley dos EUA, de 2002, na exata medida dos meus conhecimentos, que: (i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA de 1934; e (ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa. Data: 21de março de 2017 Por: JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA FILIPPO José Antonio de Almeida Filippo Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores Uma versão original assinada desta declaração escrita é exigida pela Seção 906, ou outro documento de autenticação, reconhecendo ou, de outro modo, adotando a assinatura que aparece digitada, na versão eletrônica desta declaração escrita, exigida pela Seção 906, foi providenciada à empresa e será retida pela empresa e fornecida à Comissão de Segurança e Câmbio ou a seus funcionários quando solicitado. ANEXO 15.1 Consentimento dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração da Embraer S.A. Nós consentimos com a incorporação por referência de nosso relatório datado de 21 de março de 2017 na declaração de registro (No. 333-204470) no Formulário F-3 da Embraer S.A. e Embraer Netherlands Finance B.V. e na declaração de registro (No. 333-195376) no Formulário F-3 da Embraer S.A. e Embraer Overseas Limited, em relação aos balanços patrimoniais consolidados da Embraer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2016 e 2015, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, da mutação do patrimônio líquido, e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios do período de três exercícios findo em 31 de dezembro de 2016, e à efetividade dos controles internos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2016, cujo relatório consta no relatório anual do Form 20-F de 31 de dezembro de 2016 da Embraer S.A. (Original em inglês emitido por) KPMG Auditores Independentes São José dos Campos, Brasil 21 de março de 2017 ANEXO 16.1 21 de março de 2017 Securities and Exchange Commission Washington, D.C. 20549 Senhoras e Senhores: Fomos anteriormente os auditores principais da Embraer S.A. e em 21 de março de 2017, nós reportamos sobre as demonstrações financeiras consolidadas da Embraer S.A. em 31 de dezembro de 2016 e 2015 e sobre a efetividade dos controles internos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2016. Em 23 de dezembro de 2016, fomos notificados que a Embraer S.A. contratou a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes como seus auditores principais para o exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2017, e que a relação auditor-cliente com a KPMG Auditores Independentes irá se encerrar quando da finalização da auditoria das demonstrações financeiras consolidadas da Embraer S.A. em 31 de dezembro 2016 e para o exercício findo naquela data e da efetividade dos controles internos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2016, e a emissão de nosso relatório. Em 21 de março de 2017, nós completamos nossa auditoria e a relação auditor-cliente se encerrou. Efetuamos a leitura das afirmações da Embraer S.A. incluídas no Item 16F do Form 20-F datado de 21 de março de 2017, e concordamos com essas afirmações, exceto que nós não estamos em posição de concordar ou descordar com a afirmação da Embraer S.A. de que a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não foi contratada em relação a aplicação de princípios contábeis para transações específicas ou o tipo da opinião de auditoria a ser emitida sobre as demonstrações financeiras consolidadas da Embraer S.A. ou sobre a efetividade dos controles internos sobre relatórios financeiros. Atenciosamente, (Original em inglês emitido por) KPMG Auditores Independentes