Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.2, p.185-190, 2012 ISSN 1517-8595 185 DESENVOLVIMENTO E ACEITABILIDADE DE SOBREMESA FERMENTADA CAPRINA SABOR MANGA Alanne Tamize de M. Salviano1, Esmeralda Paranhos dos Santos2, Rita Vieira Garcia3 Francisco Cesino de Medeiros Júnior4 RESUMO As características sensoriais peculiares do leite caprino, muitas vezes consideradas desagradáveis, representam um desafio para o aumento da aceitabilidade dos produtos lácteos caprinos. A manga (Mangifera indica L) é uma fruta tropica de alto valor alimentar e possui qualidades organolépticas que permitem a sua utilização no preparo de doces, conservas e aguardente. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e verificar a aceitabilidade de sobremesa láctea tipo mousse a base de iogurte caprino e polpa de manga. Foram elaboradas três formulações com a mesma quantidade de polpa de manga MA, MB e MC, variando a quantidade de gelatina comercial e iogurte, 1,0% e 41,0%, 1,5% e 40,5% e 2% e 40,0%, respectivamente. O experimento foi repetido três vezes e as análises foram realizadas em triplicata. O fluxo de processo consistiu na mistura e homogeneização dos ingredientes, embalagem e armazenamento. As formulações foram analisadas quanto a teores de agua, proteína, gordura, carboidrato e cinza, e na análise sensorial foram observados os atributos aparência, textura, aroma, sabor e aspecto global, com escala hedônica de nove pontos, e a intenção de compra com escala de cinco pontos. Os valores médios de umidade, proteínas, carboidratos apresentaram diferença significativa e os de gordura e cinzas não diferiram entre as formulações. O incremento no teor de gelatina não afetou nas propriedades sensoriais das sobremesas, e mais da metade dos provadores tinham a intenção de comprar. As sobremesas tipo mousses elaboradas com iogurte e manga constituem-se numa boa opção para diversificar o consumo de leite de cabra e de manga. Palavras-chaves. leite de cabra, aceitabilidade, sobremesa láctea, Mangifera indica L. DEVELOPMENT AND ACCEPTABILITY OF A DESSERT MADE FROM MANGO FLAVORED FERMENTED GOAT MILK ABSTRACT The typical sensory characteristics of goat milk, often considered unpleasant, pose a challenge to manufacturers who strive to increase acceptability of dairy goat products. The mango (Mangifera indica L) is a tropic fruit of high nutritional value and organoleptic features that may be used in the preparation of sweets, preserves and brandy. The aim of this study is to develop and verify the acceptability of the milk-based dessert mousse obtained from goat yoghurt and mango pulp. Three formulations were prepared with the same amount of mango pulp, MA, MB and MC by varying the amount of commercial gelatin and yogurt: 1.0%and 41.0%, 1.5% and 40.5% and 2% and 40.0%, respectively. The experiment was repeated three times and the analysis was done in triplicate. The flow process included the mixing and blending of ingredients, packaging and storage. The formulations were analyzed for moisture, protein, fat, carbohydrate and ash, and sensory analysis revealed the appearance, texture, aroma, flavor and overall appearance, at 9-point hedonic scale and 5 points at the purchase intent scale.. The average values of moisture, protein, carbohydrates and the differences in fat and ash were kept Protocolo 13-2011-12 de 4/07/2011 1 1 Universidade Federal da Paraíba – Paraíba – Discente do PPGCTA/CT/UFPB. [email protected] 2 Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial, Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus III, Centro.CEP: 58220-000, Bananeiras, PB. Autor para correspondência: [email protected] 3 Universidade Federal da Paraíba – discente do PPGTA/CCHSA/UFPB [email protected] . 41Universidade Federal da Paraíba – Discente do PPGCTA/CT/UFPB [email protected] 186 Desenvolvimento e aceitabilidade de sobremesa fermentada caprina sabor manga Salviano et al. the same for all formulations Increases in the levels of gelatin did not affect the sensory properties of desserts, and more than half of the panelists showed positive purchace intent. The mousse-type desserts made with yogurt and mango were very good options to diversify the consumption of goat milk and mango. Keywords: goat milk, acceptability, milk-based dessert, Mangifera indica L. INTRODUÇÃO As sobremesas lácteas são constituídas basicamente de leite, amido, açúcar, flavorizantes, estabilizantes, emulsificantes, geleificantes, espessantes, corantes, aromatizantes, ovos, polpas de frutas, chocolate e conservantes, com formulações variáveis dependendo das combinações dos ingredientes (Nunes, 1998). São caracterizadas como leite geleificado aromatizado, não fermentado e, muitas vezes, embaladas em vasilhames similares ao do iogurte (Vicente; Cenzano; Vicente, 1996) O consumo das sobremesas tem aumentado na última década devido ao progresso tecnológico em ingredientes e processos (Nikaedo, Amaral e Penna, 2004) que proporcionou novas alternativas às sobremesas lácteas clássicas, permitindo a produção de sobremesas com novos sabores e maior valor nutritivo (Nunes, 1998). Embora a produção industrial de sobremesas lácteas seja delicada, podem ser adicionados chocolate, sucos ou polpas de fruta, microrganismos probióticos, fibras e prebióticos (Aragon-Alegro, 2007). A sobremesa láctea tipo mousse é de produção e consumo caseiro, comumente encontrada em docerias, padarias, lanchonetes, restaurantes e sua composição difere no tipo e teor dos ingredientes e no modo de preparo. Esta sobremesa é um produto com estrutura de espuma estável, formado pela incorporação de bolhas de ar a uma massa, na presença de estabilizantes e de agentes aerantes (Early, 1998). A aeração confere a leveza e sua peculiar característica (Ordonez, 2005) Este tipo de sobremesa não tem definição técnica; podendo ser classificada como um produto pronto para o consumo, visto que, são alimentos preparados e não necessitam de outros ingredientes para o consumo (Brasil, 2009). O leite caprino é um dos alimentos mais completos por suas propriedades nutricionais e terapêuticas. Em vista disto, o leite e seus derivados têm recebido maior atenção nos últimos anos, tendo aumentado seu consumo (Villalobos, 2005; Gilbere, 2004). É um alimento funcional por contribuir na manutenção da saúde, redução de doenças crônicas e possui efeitos benéficos nas funções fisiológicas (Bueno, 2005); podendo ser recomendado nas dietas infantil e de idoso e nos casos de alergia ao leite bovino (Pellerin, 2001; Haenlein, 2004), além de apresentar alta digestibilidade (Luiz, Drunkler, e Henn, 1999). Muitas vezes é indicado como o melhor substituto do leite de vaca; no entanto, seu sabor e odor característicos comprometem sua aceitabilidade (Jenness, 1980). As características sensoriais peculiares do leite caprino, muitas vezes consideradas desagradáveis, representam um desafio para o aumento da aceitabilidade dos produtos lácteos caprinos. Os principais compostos responsáveis pelo sabor são os ácidos graxos de cadeia curta (C4-C12) e estão presentes em maior proporção no leite de cabra que no leite de vaca (Simao, 1997). A manga (Mangifera indica L) é uma fruta tropica de alto valor alimentar e possui qualidades organolépticas que permitem a sua utilização no preparo de doces, conservas e aguardente (Ito, 2007). É fonte de fibras e vitaminas, tais como a C e a pró-vitamina A (beta-caroteno). Entretanto, sua comercialização no mercado nacional, ainda é quase que exclusivamente na forma in natura, embora também possa ser encontrada nas formas de suco integral e polpa congelada (Mercer, 2008). Estudos de análise sensorial revelam que sobremesas tipo mousse com sabor de frutas são bem aceitas os pelos provadores. Os resultados de testes sensoriais de mousse de goiaba (Clementino, Nascimento e Correia, 2005), mousses elaboradas com iogurte de cabra e frutas tropicais alcançaram boa aceitabilidade (Thamer, Penna). O sabor mais popular de mousse é chocolate, seguido de laranja, limão e morango (Early, 1998). Hoje, no mercado são encontrados sabores de maracujá, limão e morango; porém nenhuma sobremesa com a base de leite de cabra como ingrediente lácteo. Como os consumidores têm interesse por produtos alimentícios saudáveis, nutritivos e saborosos (AOAC, 2000), o emprego de iogurte de leite de cabra e polpa de manga na Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.2, p.185-190, 2012 Desenvolvimento e aceitabilidade de sobremesa fermentada caprina sabor manga elaboração de uma sobremesa pode ser uma opção para diversificar a indústria de laticínios, aliando-se ainda as qualidades nutritivas e terapêuticas do iogurte caprino e o sabor da manga com a praticidade dos alimentos prontos para o consumo. Deve ser observado também que a manga bem como a cabra estão presentes no semiárido brasileiro e o incentivo ao aproveitamento destes alimentos corresponderá a um incremento na qualidade de vida das populações rurais. Assim, o objetivo deste trabalho foi elaborar e verificar a aceitabilidade de uma sobremesa láctea tipo mousse a base de iogurte caprino e polpa de manga. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido nos Laboratórios de Produtos Lácteos e de Controle de Qualidade do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Campus III, localizado na cidade de Bananeiras – PB. Foram utilizadas mangas da variedade espada (Mangifera indica L.) em estádio maduro, oriundas de único lote e adquiridas na zona rural do município Bananeiras - PB. O processamento da polpa consistiu nas etapas de seleção, pré-lavagem, lavagem com água clorada, descascamento, cortes e liquefação. A polpa de manga com 18°Brix, foi peneirada, embalada em saco plástico de polietileno, submetida a tratamento térmico de 65ºC durante 30 minutos em sistema de banho-maria e armazenada a temperatura de 0o C. O iogurte foi elaborado seguindo-se as etapas: recepção, pasteurização à 65°C/30 minutos; resfriamento à 45ºC e inoculação de 2% (em relação ao volume de leite) de cultura termofílica Direct Vat Set (DVS) comercial, seguida de fermentação à 45°C. Após 4 horas, com pH 4,6 e completa a coagulação, o produto foi refrigerado (4ºC+/-1°C), ficando armazenado por 15 horas até sua utilização como base na preparação das formulações. Foram elaboradas três formulações contendo todas 40% de polpa de manga, 10% de açúcar, 8% de água e variando-se os teores de gelatina e do iogurte caprino sendo 1% e 41% formulação MA, 1,5% e 40,5% formulação MB e 2,0% e 40% formulação MC, respectivamente. O fluxo de processo consistiu na pesagem e mistura inicial do iogurte caprino, polpa de manga e açúcar. A mistura foi homogeneizada em liquidificador por 3 minutos, seguida da adição da gelatina comercial incolor sem sabor hidratada na forma Salviano et al. 187 de gel pré-aquecido e de nova homogeneização por 3 minutos. As sobremesas foram embaladas em recipientes plásticos de 50 mL com tampa e armazenadas sob refrigeração à temperatura de 10ºC até a realização das análises. As análises físico-químicas de umidade, proteína, gordura, carboidrato e cinza foram realizadas conforme normas analíticas da AOAC, (2000). O experimento foi repetido três vezes e as análises foram realizadas em triplicata. Na análise sensorial foram observados os atributos aparência, textura, aroma, sabor e aspecto global, usando uma escala hedônica de nove pontos variando de “(9) gostei extremamente” a (1) “desgostei extremamente”. Para identificar a intenção de compra utilizouse escala de cinco pontos variando de “(5) certamente compraria” a “(1) certamente não compraria”, conforme Meilgaard, Civille e Carr (1998) e Stone e Sidel (1993). Também foi solicitado aos provadores comentários sobre o que mais e menos gostaram nas amostras. As amostras com cerca de 30 mL foram servidas de forma aleatória, em copos plásticos descartáveis com tampa, codificados com três dígitos e acompanhadas de colher plástica descartável, biscoito água e sal e água mineral (Faria e YotsuyanagI, 2002). O painel sensorial foi composto por 50 potenciais consumidores, 40% mulheres e 60% homens, com idade variando de 14 a 27 anos. Os provadores foram recrutados na comunidade acadêmica e selecionados por entrevista com base na disponibilidade para participar dos testes e na freqüência de consumo de leite de cabra e ou de sobremesas lácteas, sendo que 70% ainda não conheciam sobremesas elaboradas com base láctea caprina. Os valores obtidos dos parâmetros físico-químicos analisados e as notas atribuídas pelos provadores quanto aos atributos sensoriais das formulações, foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e a diferença entre as médias comparadas ao teste de Tukey (p≤0.05) usando a planilha eletrônica Microsoft Excel2007. RESULTADOS E DISCUSSÃO As formulações elaboradas com iogurte de leite de cabra e polpa de manga apresentaram consistência macia com aparência areada, cor amarelo claro, um leve aroma característico de manga e sabor adocicado levemente ácido. Na Tabela 01 estão representadas as médias dos resultados das Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.2, p.185-190, 2012 188 Desenvolvimento e aceitabilidade de sobremesa fermentada caprina sabor manga análises dos parâmetros físico-químicos das amostras da sobremesa láctea. Os valores médios de umidade, proteína e carboidrato apresentaram diferença estatística significativa entre as formulações, e estas diferenças podem ser explicadas devido às diferenças nas formulações; enquanto que os valores de gordura e cinzas não diferiram. Pelo fato da gelatina ser uma proteína com função Salviano et al. espessante e gelificante que se liga à água do produto formando uma rede, o aumento dela oportunizou uma relação inversa entre os teores de proteína e de umidade. Assim, quanto maior foi o teor de gelatina na formulação, maior o teor de proteína e menor o de umidade no produto. Tabela 1. Valores médios dos parâmetros físico-químicos analisados das amostras de mousses a base de iogurte natural caprino e polpa de manga. Parâmetros físico-químicos Teor de agua * (%) MA 77,50a Proteína* Gordura* (%) (%) 5,99a 0,77a Formulação MB 76,55b MC 75,70c 7,22b 0,73a 10,32c 0,60a 15,27a 14,96b 12,86c Carboidrato* (%) 0,48a 0,54a 0,52a Cinzas* (%) *Letras diferentes numa mesma linha apresentam diferença significativa (p≤0,05) entre as médias. Os valores médios das notas atribuídas pelos provadores com relação aos atributos sensoriais das sobremesas estão na Tabela 2, e variaram entre 6,8 e 7,5, o que corresponde na escala hedônica a “gostei ligeiramente” e “gostei moderadamente”, revelando uma boa aceitabilidade. Não se observou diferença significativa entre as amostras quanto aos atributos estudados, ou seja, os percentuais de gelatina empregados nas formulações não afetaram suas propriedades sensoriais, pois os consumidores não detectaram diferenças entre as três formulações. O índice de aceitabilidade (IA) foi então calculado considerando-se os percentuais de aceitação (número de notas acima de 5), neutralidade (número de notas conferidas que foram iguais a cinco ) e rejeição (número de notas conferidas abaixo de 5) em relação ao número total de provadores. Todos os atributos alcançaram valores superiores a 70% de aceitação; portanto, as formulações podem ser consideradas aceitas pelos provadores. Para Anzaldúa-Morales (1994) a melhor forma de avaliar a textura é sensorialmente e quando feita de forma instrumental é necessário correlacionar os valores com os resultados de provadores. Neste trabalho os valores referentes à textura não apresentaram diferença significativa (p≥0,05), sendo possível afirmar que a variação de 1 a 2% na concentração de gelatina não proporciona uma diferença marcante na textura do produto, sabendo-se que a principal função dos geleificantes em sobremesas lácteas é conferir melhoria na textura, tornando o produto mais consistente. Tabela 2. Valores médios das notas dos atributos sensoriais e índice de aceitabilidade (IA) dos mousses a base de iogurte caprino e polpa de manga Formulações Aparência Textura Aroma Sabor Aspecto global IA MA 7,3a MB 7,5 a MC 7,2 a 88% 90% 90% a a 6,8 a Nota 6,9 7,2 IA 80% 82% 84% a a 7,2 a Nota 6,9 7,0 IA 82% 88% 82% a a 7,0 a Nota 7,0 IA 84% 82% 82% a a 6,9 a 88% 84% Nota 7,1 IA 88% 7,0 7,1 *Letras iguais numa mesma linha não apresentam diferença significativa (p≤0,05) entre as médias. Um aspecto importante que deve ser considerado em análise sensorial diz respeito ao aroma e sabor dos produtos caprinos. Alguns Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.2, p.185-190, 2012 Desenvolvimento e aceitabilidade de sobremesa fermentada caprina sabor manga trabalhos de teste com consumidores aplicados ao consumo de produtos caprinos apresentam baixa aceitabilidade em relação a este tipo de leite. O aroma e sabor característicos desses produtos estão relacionados a concentração de ácidos graxos de cadeia curta no leite, a ação das lipases e proteases microbianas (Fonseca e Santos, 2000) e talvez, pelo fato dos provadores estarem mais habituados a consumir produtos elaborados com leite de vaca. No entanto, este comportamento não ocorreu com as amostras da sobremesa tipo mousse deste trabalho, pois todos os atributos, incluindo aroma e sabor, foram bem aceitos. Em trabalho realizado por Clementino (2007) os resultados das análises sensoriais de sobremesa láctea elaborada com iogurte de leite de cabra e manga apresentaram índices de aceitabilidade superiores a 70% nos atributos aparência, odor e textura; exceto no quesito sabor que apresentou 69,5%. Já os dados encontrados referentes ao sabor neste trabalho evidenciaram um índice de aceitabilidade acima de 82%. Numa avaliação de leite fermentado caprino tipo “sunday” adicionado de manga Macêdo (2009) encontraram que 98,3% dos provadores gostaram do produto e 55,4% afirmaram que certamente comprariam. Então, pode-se pensar que a combinação do leite de cabra e polpa de manga fornece produtos de boa aceitabilidade. No teste de intenção de compra considerou-se como aceitação de compra (AC) o percentual de provadores que conferiram notas superiores a 3, e estes resultados reforçaram o observado quanto aos atributos estudados, sendo que 58%, 70% e 56% dos provadores indicaram uma tendência de compra para as amostras MA, MB e MC, respectivamente, isto é, indicaram as opções “provavelmente compraria” e “compraria”. CONCLUSÃO A sobremesa tipo mousse sabor manga obtida foi um produto de consistência macia e aparência aerada, com leve aroma característico de manga e sabor adocicado levemente ácido, que não variou quanto a sua aceitação com a variação no teor de gelatina, constituindo-se numa opção tecnológica para aproveitamento das propriedades nutricionais e forma de agregar valor a manga e ao leite de cabra. Salviano et al. 189 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anzaldúa-Morales, A. La evaluación sensorial de los alimentos en la teoría y la práctica. Zaragoza: Acribia, 1994. 198 p. AOAC. 2000. Official Methods of Analysis International. 19th Ed. Washington, D.C. p1219. Aragon-Alegro, L.C. et al. Potentially probiotic and synbiotic chocolate mousse. LWT Food Sci. Technol., 40, 2007, p.669-675. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução n º 273, 22/09/2005. Regulamento técnico para misturas para o preparo de alimentos e alimentos prontos para o consumo. DOU. 23/09/2009. Bueno, L. M. C. 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