Novembro/2014 Edição nº 148 Ano XIV R$ 13,00 DMA 2014 discute engajamento Evento passa e repassa os temas da atualidade. Big Data, mobile, redes sociais... INTERNACIONAL: Larry Kimmel lista 13 citações e pensamentos INTERNACIONAL: lista 13alucinantes citações e pensamentos alucinantes do Advertising Week do Advertising Week CURSO CURSO DE DE ESPECIALIZAÇÃO: ESPECIALIZAÇÃO: Professor Professor Ricardo Ricardo Longo Longo fala fala sobre sobre a a união união indissociável entre on e offs MARKETING DIÁLOGO PELO MUNDO: Fernando Guimarães garimpa as notícias mais quentes do mobile, redes sociais, programas de fidelidade, email... V V V carta ao Leitor A DMA Conference é um evento grandioso. Talvez não tanto quanto em algumas décadas, mas ainda assim grandioso. É por isso que continua atraindo profissionais do mundo inteiro. Só do Grupo ABEMD na DMA foram 60 pessoas. Algumas delas se dispuseram a colaborar com nossa cobertura do evento e o resultado você pode acompanhar nas próximas páginas. O conteúdo é muito rico, desde a pré-conferência, segundo relatou nosso colega David Witthaker, da Marketdata, dizendo que excedeu as expectativas, mostrando ações de mobile que vão além do que se está fazendo por aqui, e conforme constatou Eduardo Souza Aranha, o “online muda de forma dramática as variáveis que afetam a experiência do cliente”. Temos que agradecer ainda as colaborações de Tatiana Mazza e Marianne Vavlis Marincolo, também da Marketdata; Daniel Gabriolli, da Fábrica; Mariana Machado, da Accor; o detalhado conteúdo de Paulo Ribeiro, da Marketo, e as frases de Fernando Andrade, Editora Abril; Bernardo Zamijovsky, da 1188 Participações; Fabiana Mello Fragiacomo Zinnec, Itaú Unibanco e Eliel Abreu, da Unitfour. Mas a revista não é só DMA. No artigo internacional, Larry Kimmel lista as 13 citações e pensamentos alucinantes do Advertising Week e, na entrevista com professores de nosso Curso de Especialização, Ricardo Longo fala sobre a união indissociável entre on e off. Tem ainda Marketing Diálogo pelo Mundo, do nosso colaborador Fernando Guimarães e muito mais. Aproveite!! O Editor eXPediente Diretoria presidente: Efraim Kapulski diretor de alianças estratégicas: Bernardo Zamijovsky diretor de crM/database: Eduardo W. Ramalho diretor de e-mail Marketing: Rodrigo de Almeida diretor de listas: Vicente Argentino diretor de roi: Marcelo Sousa diretor de Sucursais: Jeffrey Hanson Costa diretor Financeiro: Wilson Paschoal Júnior diretor de agências: Marcos Bittencourt conselho de administração presidente do conselho: Fernando Alberto da Costa Vice-presidente do conselho: Edson Carlo Barbieri Alexandre Jau, Antonio Carlos Carletto, Antonio Rosa Neto, Danilo Vasconcelos, David Whittaker, Edson Carlo Barbieri, Eduardo Souza Aranha, Eduardo W. Ramalho, Fabio Adiron, Fernando Alberto da Costa, 4 Fernando B. Cirne, Fernando L. G. Guimarães, Henrique Mello, Jeffrey Hanson Costa, José Antônio Soler, Luci Silva, Luis Henrique Fichman, Marcelo Custódio, Marcelo Sousa, Marcia Asano, Marciliano Antônio Silva Jr., Márcio Ribeiro, Maria Luiza Vasques Piccioli, Milton Angeli, Murillo Boccia, Nelson Grunenberg Alves Reis, Paulo F. B. Vasconcelos, Paulo Geraldo F. Cavalcanti, Pedro Renato Eckersdorff, Pio Borges, Roberto Saddy Chade, Wilson Paschoal Júnior. conselho Fiscal Alexandre Souza Martins Case, Ana Maria Moreira Monteiro, Osvaldo Alvarenga. associação Brasileira de Marketing direto Avenida São Luís, 50 – 13º andar cj. 132 B Edifício Itália – CEP 01046-926 – São Paulo/SP – Brasil Tel: (11) 3129-3001 – www.abemd.org.br comunicação, imprensa, comercial: Roberto Perrone ([email protected]) Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV eventos: Fernanda Giannetti ([email protected]) administração e Finanças: Pedro Xavier Jorge ([email protected]) ti: Patrícia Graton ([email protected]) Revista Marketing Direto é uma publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) editor: Roberto Perrone ([email protected]) assistente editorial: Priscila Silva ([email protected]) arte e editoração eletrônica: Adriana Cassiano pré-impressão, impressão e acabamento: Laborprint Grafica e Editora Ltda escreva para a revista Marketing direto. Mande seus comentários e sugestões para o email: [email protected] Índice Frases 6 20 “Precisamos fazer emails específicos para a plataforma mobile sempre se quisermos manter o nível das respostas”. DMA Digital e engajamento: confira a cobertura completa da DMA 2014 entrevista Curso de Especialização ABEMD Professor Ricardo Longo fala sobre a união indissociável entre on e off 23 22 32 32 artigo internacional Larry Kimmel: 13 Citações e Pensamentos Alucinantes Colhidos no Adversiting Week marketing diálogo pelo mundo Por Fernando Guimarães David Whittaker, Marketdata “Serão necessários para atender a demanda do Big Data, duzentos mil analistas de alta qualidade. Além de um exército de um milhão e meio de gestores com capacidade de tomar decisões baseadas em Big Data”. Eduardo Souza Aranha, da Souza Aranha Marketing Direto “A ideia é debater e conhecer as soluções que atendam a demanda de respostas mais rápidas, ou melhor, em tempo real, que os consumidores solicitam por conta das novas tecnologias e ambiente social”. Tatiana Mazza, da Marketdata “Mobile parece ser a convergência de todos os canais na jornada de um consumidor e uma ótima ferramenta para aumentar a retenção, engajamento e o ciclo de vida de seus consumidores”. Daniel Gabriolli, da Fábrica “The Addressable Experience nada mais é do que a real utilização dos dados coletados do cliente, transformados em informação relevante que personalize uma experiência”. Mariana Machado, da Accor comunicado Mercado Novos Associados............ 38 Deu na Imprensa.............. 39 Leitura............................. 42 Causo.............................. 43 “Em relação às tendências, ficou claro que a DMA deste ano foi toda sobre engajamento. O objetivo não era mais ficar falando de data, omni-channel, campanhas, ferramentas, digital, etc., mas sim de como misturamos tudo isso para obter engajamento do cliente”. Paulo Ribeiro, da Marketo “Chegamos ao ponto de existirem mais mobile devices do que escovas de dentes no mundo! Mais bombardeio de informação: as relações estão mais digitais. Um em cada cinco casais se conheceu na internet nos últimos anos. Assim como um em cada cinco relacionamentos acabaram por conta das redes sociais” Marianne Vavlis Marincolo, da Marketdata. Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 5 dMa 2014 digital e engajamento aconteceu entre os dias 25 e 30 de outubro, a dMa 2014, em San diego, nos eua. como ocorre há vários anos a delegação brasileira está entre as maiores do evento. este ano o grupo aBeMd na dMa teve 60 participantes. a seguir veja a cobertura realizada por vários destes profissionais. É um material muito rico com informações, opiniões e relatos de diferentes palestras e acontecimentos. os destaques são o crescente uso dos canais sociais e a preocupação com engajamento dos consumidores. na ocasião, divulgamos diariamente um aBeMd news diário - especial dMa, com conteúdo escrito por profissionais da delegação brasileira que estavam no evento. essa cobertura especial da dMa 2014 gerou 1.070.155 page views e 16.636 unique visitors, o que significa 56,7% de incremento em relação ao ano passado. acompanhe! pré-conferência excede as expectativas Mobile vai além do que se está fazendo atualmente * por david Whittaker, Marketdata A pré-conferência da DMA 2014 excedeu as expectativas. O curso intensivo de Mobile Marketing conseguiu ir além das coisas que estamos fazendo atualmente, integrando os canais diversos como SMS, social e muito foco nas oportunidades com aplicativos com Passbook marketing etc. Vimos como o Marketing Direto, faz uns cinco anos, está posicionado para dominar a próxima fase de marketing, liderado por tecnologia, mas anda mais importante, pela cultura de data-driven marketing. ainda sobre email marketing no novo mundo mobile Respostas estão muito abaixo do tablet e PC Ótimo a visão sobre o email marketing no novo mundo mobile. 47% dos e-mails são abertos em dispositivos móveis. Os usuários usam o telefone móvel em média 150 vezes por dia e 80% das pessoas vão à exclusão, se não olham com atenção o celular. Resultado é que as respostas no mobile estão muito abaixo comparadas ao tablet e PC. Precisamos fazer emails específicos para a plataforma mobile sempre se quisermos manter o nível das respostas. 6 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV Big Data, o desafio é agora! Online modifica dramaticamente as variáveis que afetam e determinam a Experiência do Cliente * Por Eduardo Souza Aranha, da Souza Aranha Marketing Direto O destaque da manhã do DMA 2014 foi a excepcional palestra de Magic Johnson, o maior astro do basquete mundial. Um show de simpatia, comunicação e alegria. Agora, ele é um empresário super bem sucedido na área de esportes. Deu algumas dicas excelentes sobre liderança. Você vai ler no post desta quarta-feira. Resumo do dia: A grande reviravolta do marketing está sendo o resultado da migração do consumidor da relação ofline com as marcas, para a online. Isto modifica dramaticamente as variáveis que afetam e determinam a Experiência do Cliente. Fundamental para a sua fidelização e retenção. Trocando em miúdos, para a sobrevivência e sucesso de uma marca. No mundo ofline as empresas podem ser eficazes lidando com consumidores anônimos. Agora no online, não. Para com ele se relacionar, há a básica necessidade de captar uma grande quantidade de informações internas e externas sobre os clientes, ou pelo menos para aqueles clientes de valor para a marca. Então passamos a falar sobre Big Data, tema dominante nas conversas na DMA 2014, aqui em San Diego. Uma coisa já sacramentada. O Big Data vai mudar o padrão de competição entre as empresas. E como sua resultante, a capacidade analítica, inerente a qualquer marca, passará ser um dos seus diferenciais competitivos. Não será só a análise, não. Ela também vai determinar a arquitetura de dados, definindo quais serão os dados relevantes para uma marca possuir sobre os seus consumidores e qual o orçamento para tal. O que se enxerga hoje nos USA é um grande desafio para daqui cinco anos. Serão necessários para atender a demanda do Big Data, duzentos mil analistas de alta qualidade. Além de um exército de um milhão e meio de gestores com capacidade de tomar decisões baseadas em Big Data. *Extraído do blog http://souzaaranhacrm.wordpress.com “Você tem que conhecer bem o seu consumidor. E falar todo dia com ele para descobrir o que ele quer e do que ele gosta. Então, entregar para ele o que ele espera. É simples, mas não é fácil fazer a lição de casa sistematicamente e sempre. Por isso, os meus consumidores confiam em mim e eles fazem o meu marketing e são meus embaixadores”. Magic Johnson Conceitos e ideias Cinco tópicos sobre plataforma de CRM, quebra dos silos, qualidade das pessoas, ECHO e liderança * via Mundo do Marketing 1. Um conceito pragmático para orientar a configuração da plataforma de CRM. Bem simples e vai ao ponto. O assim denominado Triplo C: • Contexto: planejado para orientar definição dos campos e para estruturar os dados relevantes sobre o cliente e o seu relacionamento com a marca. • Conteúdo: a ser oferecido para moldar a experiência do cliente. • Conectividade: dos canais de relacionamento para fornecer a visão 360 graus do cliente e oferecer a ele a melhor experiência. solicitante ou do seu departamento. E não, aos demais usuários da empresa. O que agrava esta situação, na maioria das empresas, está relacionada à postura de TI, que considera a área solicitante como a especificadora e proprietária do formato dos dados a serem gerados, O que torna esta miopia alarmante é o resultado da pesquisa realizada pela Terradata, uma gigante de tecnologia nos USA. A maioria dos altos executivos americanos acredita, piamente, que não há barreiras ao acesso de dados entre os departamentos da sua empresa! 2. Prioridade Zero: Quebrar os silos de dados nas empresas. O grande entrave para a captação de dados é, normalmente, a cultura da empresa. Onde cada área se sente dona dos dados gerados por ela sobre os clientes. E formata os dados para atender às especificidades do seu 3. De tudo o que se viu neste grande evento aqui em San Diego, a velha receita para o sucesso do CRM continua imbatível, inclusive, para o sucesso em Big Data: Alta qualidade das pessoas envolvidas, processos, tecnologia e dados. E cada vez mais, a sua metodologia. 4. No início da noite desta terça-feira, madrugada no Brasil, foram anunciados os vencedores do grande prêmio mundial de Marketing Direto, o ECHO. A agência brasileira E/OU-MRM do grupo McCann brilhou. Levou dois bronzes e um Leader. Foi muito aplaudida. 5. Afinal, como prometido ontem, o que o Magic Johnson falou sobre liderança. Lembrando, ele foi o grande líder do seu time, o Lakers, vencedor cinco vezes do campeonato americano de basquete. Também liderou o Dream Team, a inesquecível seleção americana campeã do mundo. Portanto, méritos de líder não lhe faltam, pelo contrário sobram. Em resumo, disse o seguinte: “dou atenção a todo o detalhe durante o jogo, especialmente, a cada jogador que está jogando no meu time”. Agora tirem as suas conclusões. Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 7 dma 2014 Igninting Customer Engagement é o tema central da DMA 2014 A importância de ter respostas em tempo real * Por Tatiana Mazza, da Marketdata Igninting Customer Engagement é o tema central da DMA 2014. A ideia é debater e conhecer as soluções que atendam a demanda de respostas mais rápidas, ou melhor, em tempo real, que os consumidores solicitam por conta das novas tecnologias e ambiente social. Com esta promessa, o dia começou com um painel com o diretor de Loyalty Marketing da Air Canadá, Ian DiTullio, e o head of global CRM da Shell, Francois Orhan, para quem a evolução do engajamento se traduz no esforço das marcas em criarem experiências que vão além da entrega pura do serviço ou produto. Não se trata de ter uma boa experiência no voo ou que a gasolina seja de qualidade, estamos falando de entender as necessidades do cliente e os motivos que o levaram a tomar aquela decisão, para tornar “este momento” mais agradável e conveniente. Penso que para a Shell, o desafio é conhecer a relação do consumidor com o seu carro, enquanto para Air Canadá é conhecer todo o processo, desde a decisão da viagem até o retorno à casa, para então definir quando e de que forma a marca irá se relacionar com seus diferentes tipos de clientes. Falou-se das dificuldades em capturar informação, da importância de se ter uma estratégia de Customer Engagement bem definida e principalmente da necessidade do approach de CRM ser top down. Ou seja, é preciso que o board da empresa tenha o foco no cliente, para que então os times reconheçam a estratégia, façam parte das decisões e mais importante, também acreditem no foco no cliente. Outro comentário de Francois Orhan chamou atenção: “além de super brain, as empresas precisam ter super mouth”. Isto não se refere à evolução do engajamento, mas sim de um problema atual e corriqueiro. Gasta-se tanta energia criando novas soluções de negócio e as equipes ficam tão imersas nos seus silos, que muitas vezes o básico escapa das nossas mãos. Vamos dar um passo depois do outro, certo? O caminho é longo, mas muito rico. Palestra do Magic Johnson No mundo corporativo as relações podem ser verdadeiramente pessoais Foi um dos momentos mais especiais do dia. O apelido foi dado a Earving quando ele tinha 15 anos, mas em uma hora de conversa creio que a plateia toda estava convencida de sua magia. Mais que um depoimento de um atleta e homem de negócio muito bem sucedido, me vi “Para Pam Larrick, CEO of Javelin, ‘os clientes escolherão as marcas que farão a diferença. Estamos vendo isto em campanhas de empresas que possuem um propósito (social)’”. De Fernando Andrade, Editora Abril 8 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV diante de um líder carismático, dedicado, disciplinado e empreendedor, cujas palavras de ordem foram “overdeliver” e “partnership”. Apaixonado por pessoas, pelo trabalho e pela oportunidade de se superar sempre. Assim vou lembrar de Magic Johnson, um cara humilde que fez sua apresentação fora do púlpito tirando fotos com a plateia. Enfim, minha crença de que no mundo corporativo as relações podem ser verdadeiramente pessoais e o sucesso pautado em colaboração foi reforçada. Obrigada Magic! Velhas regras, mas novos processos que estimulam as evoluções Palestras apresentam regras para melhoria de performance das campanhas Muitas das palestras apresentam as regras, ou best practices, para melhoria de performance das campanhas e estratégias de engajamento com o consumidor. Estas apresentações também nos relembram as estatísticas tradicionais, como, por exemplo, “conquistar um novo cliente custa de 5 a 7 vezes mais caro que manter” ou “70% das empresas concordam que reter é mais barato que conquistar, mas apenas 30% estão realmente comprometidas com marketing de relacionamento”. Mesmo se tratando do básico, é preciso estar atento aos detalhes e abrir a cabeça para repensar em como evoluir nas nossas atividades atuais. Gostei da recomendação de “Conduzir uma auditoria nas comunicações”. A ideia é construir, de forma sistemática, mapas com as comunicações existentes. A partir disso, vamos mapear os gaps e oportunidades, além de aproveitar para redefinir as métricas existentes. O objetivo é analisar os impactos da soma dos contatos e gerar insights para desenhar um novo plano de comunicação que obrigatoriamente seja segmentado. No momento de análise destes mapas devemos fazer perguntas como: estes são os segmentos ideais? Há novas oportunidades de segmentação? Qual canal estes segmentos estão respondendo melhor? Quais são os gatilhos de nossa comunicação? O que determina o sucesso de cada comunicação? Quais são as oportunidades de melhoria? A dica é aproveitar a época de planejamento de 2015 para construir um “produto bastante visual” – mapa das comunicações por segmento – que estimule a reflexão sobre o que foi feito e determine as oportunidades de melhoria da estratégia de comunicação de nossas empresas. Embrace Mobile Todos destacam a importância de adotar uma estratégia consistente de mobile Embrace Mobile foi a principal a mensagem do dia. Seja no painel de especialistas do Varejo, palestra do Google, Adobe ou consultores de marketing de relacionamento. Todos estão falando da importância das empresas em adotarem uma estratégia consistente de mobile. Um pouco diferente do que ouvi nos outros anos de DMA, agora o mobile se apresenta como a principal ferramenta de engajamento dos consumidores com as marcas. Na palestra do Google, o recado foi que “Mobile is eating the world”. Não estamos falando apenas de funcionalidades, estamos falando de um device que oferece uma oportunidade excepcional do nosso cliente não só ter acesso a tudo que quer, mas ser quem ele quer ser no mundo, naquele instante. O contexto precisa ser explorado com maestria, para que a experiência mobile seja mágica. O sucesso será alcançado com a junção dos dados e criatividade, que irá entregar uma experiência pessoal e em tempo real para nossos clientes. TM Rio 2016. AÇÚCAR OU ADOÇANTE? COMUM OU MASCAVO? S A C A R O S E O U A S PA R TA M E ? Q U AT R O G O TA S O U C I N C O ? PELO MENOS UMA COISA VOCÊ NÃO PRECISA DECIDIR. SÓ SEDEX É SEDEX. Todo mundo sabe e confia: rápido, seguro e que chega a todos os lugares, só SEDEX. Só SEDEX é dos Correios. Conheça também o pagamento na entrega. Mais um serviço dos Correios. SEDEX MUNDI / SEDEX 10 / SEDEX 12 / SEDEX HOJE. Fale com os Correios: correios.com.br/falecomoscorreios | CAC: 3003 0100 ou 0800 725 7282 (informações) e 0800 725 0100 (sugestões e reclamações). Ouvidoria: correios.com.br/ouvidoria | SIC: correios.com.br/acessoainformacao. EXPRESSO OU COADO? dma 2014 Mais um grande desafio Carência de profissionais qualificados para planejar e principalmente executar a estratégia integrada * Por Tatiana Mazza, da Marketdata No último dia da DMA 2014, tivemos dois grandes painéis - os Keynotes – que abordaram os próximos desafios do data-driven marketing e omnichannel. De tudo que foi dito, mais uma vez me chamou a atenção o apontamento da carência de profissionais qualificados para planejar e principalmente executar a estratégia integrada, multicanal e focada no consumidor. Isso mesmo, qualificar seu time é um importante avanço dos próximos anos. As ferramentas de tecnologia estão aí, os dados estão sendo coletados e organizados, mas as pessoas precisam ser treinadas para gerar insights a partir dos dados, definir e executar rapidamente as iniciativas que atendam às novas demandas destes clientes tão exigentes. É preciso, mas não é fácil obter profissionais que combinem a visão técnica de database com o entendimento profundo de negócio, tanto para as definições estratégicas como para a operacionalização das campanhas. Além de contar com fornecedores especializados neste segmento, as empresas que investirem em treinar e formar seus times, logo mais terão uma grande vantagem competitiva. Pense nisso! Mobile parece ser a convergência Para seu aplicativo não virar um canal sem sentido para seus clientes * Por Daniel Gabriolli, da Fábrica Mobile parece ser a convergência de todos os canais na jornada de um consumidor e uma ótima ferramenta para aumentar a retenção, engajamento e o ciclo de vida de seus consumidores. 80% dos aplicativos são usados apenas uma vez; uma pessoa tem entre 30-100 aplicativos; 86% dos americanos passam 162 minutos por dia em aplicativos. Mas é o seu? Como vai a reputação do seu APP na loja? Você interage com seus usuários para melhoria do sistema/serviço? Você os ativa de forma relevante, consistente e frequente com comunicações baseadas em análises de comportamento, consumo e LTV? Essas são dicas fundamentais para o sucesso para o seu aplicativo não virar mais um canal sem sentido para seus clientes. Três sábios conselhos para terminar o dia de hoje!! “To be sucessful in the Customer Era, brands should have a mantra: say what you do, and do what you say.” mais rápido! Estamos errados! Digital se trata do que queremos, como queremos e ir fundo nisso! Temos muitas outras armas, canais, mas usamos as mesmas balas! Qual é a nova história que podemos contar? Pare de falar de utilidade e comece a falar de mágica! Go deep! artcopycode.com fala sobre como as novas ferramentas e canais podem ajudar a construir marcas na era digital. E-commerce O varejo físico tem tido uma queda brusca nas vendas nos últimos anos enquanto o e-commerce cresce continuamente. Onde estamos colocando os esforços/investimentos de comunicação? A China faz US$1 bi por dia. O Brasil é o país que mais navega no mundo, seguido pela Índia. Uma grande oportunidade! Bons players são os que juntam a interação física com a digital, que praticam relacionamento baseado em LTV e que conversam com pessoas e não clientes por meio de suas marcas. Não se trata de uma máquina de vendas, mas sim de uma máquina de realização de sonhos. Consumidor Google falando de Mobile Darwinism Digital se trata do que queremos, como queremos e ir fundo nisso! Google falando de Mobile Darwinism: digital é rápido, está rápido e 10 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV O consumidor escolhe sua própria jornada: Como a audiência de engajamento omnichannel nos ajuda a contar uma história de sucesso? Browsing data. Não se trata de apenas ouvir o que os consumidores falam, mas sim de monitorar o que eles fazem e retroagir a essas interatividades. Data e criatividade. Conteúdo, contexto e conectividade Addressable Experience é a real utilização dos dados coletados do cliente *Por Mariana Machado, da Accor Dentre várias palestras que tenho participado aqui na DMA 2014 em San Diego, um assunto é recorrente entre todas as discussões: a relevância daquilo que comunicamos ao cliente X quando comunicamos. Fala-se muito de estratégia do cliente, foco no cliente, como transformar o marketing de acordo com o que entendemos ser a experiência do cliente. Um assunto especial me chamou a atenção: The Addressable Experience, por David Williams, CEO da Merkle. O Sr. Williams, com este conceito, apresentou bem o que acredito ser uma fusão entre branding e a era do consumidor. Ele começa explicando essa questão da era do cliente. De acordo com ele, estamos evoluindo para a era do consumidor desde 2013 – Saímos da era das marcas, passamos pelos canais e chegamos (ufa!!) no cliente. The Addressable Experience nada mais é do que a real utilização dos dados coletados do cliente, transformados em informação relevante que personalize uma experiência. Nas grandes discussões de Big Data, este conceito parece óbvio. Enxergando o mercado como cliente e como profissional da área, vejo que a realidade não e bem assim. The Addressable Experience se baseia em 3 Cs: Conteúdo: As informações coletadas precisam nos dizer qual conteúdo é relevante para o nosso cliente. E não estamos falando somente de produtos, quero deixar claro. Quando expandimos nossa estratégia para um “customer centric” point of view, abrimos a mente para todo e qualquer tipo de interesse. E como identificar os interesses que trarão receita para a nossa empresa? Já dificulta não? Contexto: Em qual momento aquela informação relevante se encaixa na necessidade do cliente? Todos nós sabemos que existem momentos e momentos. Momentos mais vulneráveis, momentos mais imediatistas, momentos relaxantes. E a informação a ser passada muda de acordo com cada um deste momento. Complicou ainda mais… Conectividade: a informação passada no momento certo precisa chegar até o cliente na forma que ele se sente mais confortável em recebê-la. Ou seja, o omnichannel marketing nunca esteve tão em alta, e ao mesmo tempo nunca foi tão difícil. Quando analiso tecnicamente estes três pontos, como empresa, tenho vontade de surtar e falar que é impossível. É pedir demais, penso. Mas quando me enxergo como cliente, nada me parece tão simples. Se eu vivo no celular, adoro jantar fora e recebo uma mensagem de desconto em um restaurante bacana, a probabilidade de conversão é bastante elevada. E se existir um app mobile que facilite essa experiência, a compra é quase certa. Essa sou eu. Cada um de nós tem sua própria realidade. A verdade é que a experiência do cliente nunca foi tão caótica. Não é, de longe, uma coisa linear e simples. Não da mais para se obter controle do consumidor, e garantir certos comportamentos. Vão sair na frente aquelas empresas que conseguirem facilitar essa jornada, tornando-a agradável e tranquila. Let the game begins! A Minha DMA14 Com tantas perguntas, a minha DMA vai continuar por mais um bom tempo... * Por Paulo Ribeiro, da Marketo Gostaria de compartilhar a minha experiência com a DMA este ano. Esta foi minha quarta DMA e sempre trago algo especial de volta para o Brasil. E não estou falando das compras (que são sempre boas, by the way). A DMA para mim começou domingo, dia 26, quando cheguei a San Diego. Uma cidade linda, com um clima excelente e muitas coisas para curtir. Sim, a DMA também é uma oportunidade para conhecer lugares e suas culturas. Na segunda-feira começou a conferência, sempre muito organizada e pontual. Começou com uma discussão sobre A Evolução do Engajamento. Gary Laben, da Wunderman, liderou o painel com Francois Orhan, da Shell, e Ian DeTullio, da Air Canada. Desde a primeira palestra, ficou claro o tema da conferência: engajamento. E mais claro ainda os desafios que as empresas ainda encontram para integrar canais e tecnologias para engajar os clientes. Os consumidores esperam cada vez mais personalização, relevância e respostas imediatas das empresas. Na sequência, assisti à brilhante palestra de Matt Zilli, da Marketo, sobre como usar estratégias de Marketing Business to Business para o mercado Business to Consumer, que tem mais informações em outra nota. Depois veio o momento mágico do dia, a palestra de Magic Johnson, ídolo do basquete nos anos 80 e empreendedor de sucesso. Com grande carisma, ele nos contou sua história desde que deixou as quadras e compartilhou seus dois segredos do sucesso: Conheça seus clientes e Desenvolva Parcerias. Desde que deixou as quadras, ele desenvolve produtos e serviços para minorias nos Estados unidos, em parceria com grandes empresas. Levou cinemas Sony e lojas Starbucks para comunidades urbanas nos Estados Unidos e obteve sucesso entregando mais do que os clientes esperavam. Mais um segredinho. Ele levou a disciplina de atleta para o mundo dos negócios: preparação, foco e trabalho duro. Mas melhor que tudo isso foi rever um ídolo e saber que ele está tão bem de saúde. Almoço Chegada a hora do almoço e o desafio: box lunch. Não vou estragar a surpresa de quem nunca veio à DMA, mas deixo uma recomendação: Fuja. No começo da tarde, assisti mais uma palestra da Marketo, desta vez de Mike Stocker, sobre como alavancar o engajamento, retenção e life time value dos clientes mobile - através de marketing automation. Sim, eu prestigio as palestras da minha empresa, que foram ótimas, por sinal. Ele começou falando dos princípios do marketing de engajamento, que são: “Engaje seus clientes como indivíduos, baseado no que eles fazem, continuamente no tempo, onde eles estiverem, dirigindo-os para um objetivo de impacto mensurável, na velocidade do mundo digital”. E mobile é a melhor plataforma para fazer tudo isso. Mas o problema é que cada usuário de smartphone tem entre 30 a 100 aplicativos instalados. E em média, 80% dos apliNovembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 11 dma 2014 cativos são usados uma única vez. Então, o maior desafio é: “Como manter os clientes engajados?” A resposta é simples, a execução, nem tanto: Crie um aplicativo útil e que tenha valor para os seus usuários. Óbvio, mas olhe na app store e diga quantos aplicativos, principalmente de empresas, são somente peças de marketing e não passam por este crivo. Comunique regularmente benefícios e funcionalidades através de mensagens no próprio app ou conteúdo dinâmico, notificações (push), email e programas de fidelidade. Crie um blog ou comunidade fora do app. Para executar esta estratégia de forma relevante, contextualizada, personalizada e real-time, ele recomenda o uso de ferramentas de marketing automation, que permitem uma comunicação regular em torno dos usos e necessidades dos usuários do app. Mike apresentou os cases da MyFitnessPal, Tagged, ThreadUp, Safeway e Starbucks. A MyFitnessPal através de uma estratégia de conteúdo, comunicada regularmente através do app, de email e pushes consegue reativar 500 mil usuários inativos por semana. A principal conclusão que eu extraí desta palestra foi que mobile é mais do que um meio de comunicação, é uma plataforma de serviços, e é necessária uma estratégia de marketing integrada para a plena realização do potencial desta plataforma. Depois assisti à palestra do Marcus Rubsan da SAP/Hybris com o pomposo título de “Mastering the Adaptive Customer Engagement”. Um conceito muito controverso, ele prega que as campanhas de marketing como nós conhecemos estão mortas. E apresentou uma alternativa conceitual muito interessante, onde as empresas usam os dados dos clientes para pró-ativamente se adaptarem ou reagirem em real time aos desejos e necessidades dos seus clientes. E mostrou superficialmente como a plataforma de e-commerce da Hybris executa esta estratégia. Confesso que fiquei impressionadíssimo. Mundo digital Por fim, assisti à última general session do dia, “Marketing in a Digital World”, do John Mellor, da Adobe, com o Christopher Reynolds, da Condé Nast. A palestra trouxe uma visão interessante. Se as expectativas dos consumidores mudaram e eles estão esperando experiências cada vez mais so- 12 fisticadas, como as empresas precisam se organizar para responder a este desafio? As organizações de marketing precisam se reinventar, reinventar seus times e suas práticas. Precisam ser capazes de entender os clientes a partir dos dados e ligar estes dados à sua comunicação, o online ao off-line. A palestra foi muito interessante, mas confesso que este modelo de talk show, com perguntas e respostas, sem suporte visual, me cansou um pouco. Fim da conferência, mas o começo da segunda e talvez mais importante parte da DMA – Networking. Fomos para uma recepção no hotel ao lado do centro de convenções onde pudemos conversar de forma descontraída e animada. Por fim, o ponto alto do dia, o jantar promovido pela ABEMD, com patrocínio da Marketdata e da Salesforce. Uma oportunidade ímpar para encontrar a maior parte dos brasileiros presentes na DMA, conhecer pessoas interessantes e estreitar relacionamentos. Recomendo muito. Na manhã do dia 28, comecei assistindo à Palestra capitaneada pela Epsilon, com o tema “Igniting Customer Connections: How Modern Brands Create Engagement in Our Distracted Digital Era”. Novamente no formato de talk show, os convidados falaram muito mais da dificuldade de integrar dados do que estratégias para criar engajamento, e muito pouco sobre a era digital. Patrick Brady trouxe um insight muito interessante sobre aplicativos mobile. Muitos aplicativos são sobre conveniência e aumentar a velocidade dos serviços. Mas se a empresa não reestruturar seus processos para entregar serviços nesta velocidade, apenas acaba por aumentar a velocidade de um serviço ruim. Depois, assisti à general session com o sempre brilhante Brian Fetherstonhaugh, CEO da OgilvyOne sobre e-commerce, que tem mais detalhes em outra nota que escrevi. O ponto principal da palestra é que o e-commerce hoje é importante demais para ser relegado à posição de canal secundário. Na sequência, assisti a outra palestra da OgilvyOne sobre o case da Huggies, intitulada “Dynamic CRM”. A Ogilvy desenvolveu para a Huggies um programa de fidelidade para mães ao redor de todo o processo que envolve desde o nascimento do primeiro bebê até o desfralde, envolvendo também os muitos casos de um outro bebê no caminho. Mais uma vez, como é padrão no processo de planejamento da OgilvyOne, eles pensaram em todos os aspectos técnicos e de ROI do Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV programa, mas focaram principalmente na pergunta “Por que eu compro este produto?” para trazer um programa totalmente focado nos aspectos emocionais e pessoais, na experiência da maternidade e todos os desafios que esta fase impõe. Tomei um tempo para visitar a exposição, outra parte fundamental da DMA. Lá você pode encontrar as principais tecnologias e fornecedores do mercado, bem como verdadeiras pérolas escondidas em um stand bem pequenininho. Este ano foquei em visitar stands de parceiros que compõe nossa plataforma, para estreitar parcerias para a América Latina. Encontrei muita coisa boa por lá e recomendo algumas visitas com calma. Muitas vezes vale a pena abrir espaço entre palestras para visitar a feira com cuidado. Mas é preciso ter foco, pois a feira é razoavelmente grande e é fácil perder horas assistindo demonstrações e apresentações de venda que não são o foco da visita. Na parte da tarde, assisti à palestra “Data Integration: The Fuel for High Performance Digital Marketing” sobre as dificuldades de integração de dados no mundo digital. Como não pude fugir, fui ver uma palestra sobre Big Data e seus desafios. Como sempre começou com os 4Vs do big data – Volume, Velocity, Variety e Veracity, sempre bom lembrar, mas logo enveredou para o tema real: a dificuldade de sobrepor dados digitais com dados de perfil e demográficos. Integrar digital com database marketing. Os convidados falaram sobre a evolução de dados primários e de terceiros (first part, third part data – não sei se esta é a melhor tradução), das tecnologias de tracking e das maneiras de integrar estas informações para desenvolver campanhas personalizadas no mundo digital, principalmente considerando display media e retargeting. A boa notícia é que muitas destas tecnologias e fornecedores estão disponíveis no Brasil. Depois assisti à palestra “Mastering the Complexities of Multichannel Digital Marketing”, que teve um approach bem operacional. A proposta principal dos convidados é que não existem verdades absolutas, que o principal ingrediente da estratégia ainda é test and learn. Recomendam partir de uma ferramenta de marketing automation, desenvolver uma estratégia relativamente simples, uma régua de comunicação, e com disciplina de testes ir refinando e ampliando estas comunicações até ter um modelo que funcione para o seu objetivo específico, sem regras pré-estabelecidas. Plataformas O terceiro e último dia da conferência começou com uma palestra conjunta entre IBM, Teradata, Oracle e Salesforce sobre “The Future of Omnichannel Campaign Management”, onde cada um falou sobre o estado atual das suas plataformas, seus desafios e planos para o futuro. Dois temas chamaram a minha atenção. Primeiro, que para martelo todo parafuso é prego. Explico. Como empresas de tecnologia, o principal desafio é sempre tecnológico. Mais dados, integração, plataforma, canais, qual nova empresa de tecnologia irão comprar. Eles pouco focam na experiência do consumidor e em como o profissional de marketing pode usar estas tecnologias para criar estratégias de engajamento. Segundo, ter uma arquitetura aberta. Embora todos acreditem que têm a melhor tecnologia para todos os clientes, como o mundo real não é bem assim, todas as empresas estão se esmerando em desenvolver plataformas abertas que possibilitem aos clientes integrar produtos da forma que melhor lhes convier. Um ganho muito grande para a indústria como um todo. Depois assisti à palestra sobre o case da T-Mobile e seu “Un-Carrier Movement”. Eu diria que de todo o DMA, o único case que eu considero uma aula em customer marketing por redesenhar toda a estratégia da empresa ao redor do cliente. Sem alternativas, em quarto lugar no mercado e perdendo clientes de uma forma arrebatadora, a T-Mobile decidiu mudar. Partiu de uma pergunta simples: “o que aconteceria na vida dos clientes se a T-Mobile não existisse?” A resposta arrebatadora: Nada! A pergunta seguinte foi: “então, qual o nosso propósito, qual nossa razão de existir?” Deste ponto, desenvolveram todo um conjunto de estratégias com objetivo de “mudar o mercado de Telecom para melhor”. Perceberam que, apesar de todas as coisas excepcionais que o mundo mobile nos permite, todo mundo odeia sua operadora de celular. “Nós somos uma indústria arrogante e moribunda”, disse o CEO da T-Mobile. Para criar uma revolução na indústria, foram atrás de cada um dos atributos que fazem os clientes odiarem suas operadoras. Acabaram com contratos, melhoraram a rede, melhoraram o atendimento e as lojas, acabaram com os custos de upgrade de planos e aparelhos, etc. Com isso se tornaram a empresa de celular que mais cresce nos EUA e seus muitos movimentos foram seguidos pelas outras Telecoms, mudando de fato o mercado para melhor. A estratégia, explicada de maneira simples, tinha quatro pilares básicos: “we are about the customer”, ou seja tudo pelo cliente, “seja autêntico”, “faça seus fãs se engajarem”, e “obtenha mais do marketing”. Very well done. Por fim, a palestra de encerramento foi sobre o futuro. Convidaram cinco palestrantes de grandes empresas para compartilhar suas visões de futuro. As principais preocupações estão em como criar engajamento em um mundo com cada vez mais distrações, como ter uma equipe capaz de entregar esta estratégia e como ter uma tecnologia capaz de entregar esta estratégia. A principal constatação é que os profissionais devem se manter constantemente abertos para perceber e reagir rapidamente às mudanças do mercado e novas tecnologias, mas mantendo o foco em objetivos e estratégias claras. Os meus aprendizados Vou para a DMA sempre com a visão que esta é uma conferência generalista, não espero obter profundidade em nenhum assunto. Minha intenção é captar as tendências do mercado, ver qual o estágio real de desenvolvimento do mercado americano, falar com as pessoas e colher pérolas. Em relação às tendências, ficou claro que a DMA deste ano foi toda sobre engajamento. O objetivo não era mais ficar falando de data, omni-channel, campanhas, ferramentas, digital, etc., mas sim de como misturamos tudo isso para obter engajamento do cliente. Integração de dados e derrubar as barreiras entre canais são um MUST. A integração definitiva do Direct com o Digital, pregada desde 2000 está de fato acontecendo. E qual o estágio real do mercado americano? Pela primeira vez, percebo que o principal desafio no mercado são pessoas. A tecnologia passou em muito a capacidade do marketing em utilizá-la e desenvolver equipes capazes de executar estratégias sobre estas tecnologias é o principal desafio. Vejo capacidades fantásticas nos provedores de tecnologia de um lado, e empresas tropeçando em desenvolver uma régua de email ou para integrar seus dados de campanhas digitais em seu DBM, que agora chama Master Customer Record. Sobre pérolas, esta é uma experiência individual. Muitas soluções e ideias vêm no meio de uma palestra, um case, uma solução inusitada para um problema complexo. Gosto muito da volta às raízes. Muitos dos problemas são resolvidos não com soluções tecnológicas altamente avançadas, mas com princípios básicos do Marketing Direto. Outras pérolas são inovações e te- mas que eu vou buscar mais informações e me aprofundar no futuro, pois como eu disse, a DMA não é um lugar para buscar profundidade. Mas a principal pérola que colhi foi o fato que estamos tão mergulhados na complexidade, em integrar dados de diversas fontes, campanhas multicanal, tecnologias mil, que nem paramos para fazer as perguntas mais simples como: “Por que os clientes compram?”, “Por que nós existimos”, “Nós realmente temos um relacionamento com os clientes?”, “O que engajamento significa para a nossa empresa?” ou a melhor delas: “O que nós esperamos obter com isso?”. Com tantas perguntas, a minha DMA vai continuar por mais um bom tempo... eCommerce: a prova do envolvimento do cliente CEO da OgilvyOne fala sobre o presente e o futuro do ecommerce No ultimo dia da DMA 2014, Brian Fetherstonhaugh, chairman e CEO da OgilvyOne, nos trouxe uma apresentação interessantíssima sobre o presente e futuro do ecommerce. Junto com John McDonald, vp marketing Américas da British Airways, e Ryan Craver, SVP strategy, da Hudson’s Bay Company, Brian nos mostrou o mais moderno approach ao ecommerce, pensando não somente na face transacional, mas também focando em relacionamento e na experiência omnicanal. O ecommerce já representa mais de US$ 2,4 trilhões em faturamento global anual, e mais de 30% dos consumidores têm a intenção de comprar diversos itens online, como passagens aéreas, roupas e acessórios, livros, eletrônicos, celulares, etc. Ele citou o Brasil como o país número 1 do mundo em “browsing”, ou seja, os clientes brasileiros são os que mais procuram produtos online antes de comprar. Além de o ecommerce crescer mais que qualquer outra categoria do varejo, o m-commerce cresce duas vezes mais rápido que o ecommerce, e os “millenials” são 56% mais propensos a comprar online. Apesar do incrível crescimento e potencial, o ecommerce ainda é tratado apartado das principais estratégias do varejo, como um silo na área de TI e com foco unicamente transacional. Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 13 dma 2014 John McDonald apresentou o case “Call Mum”, onde, para obter os resultados de crescimento esperados pela British Airways, eles partiram para uma profunda imersão na vida dos clientes, com a pergunta “Por que nós voamos”. Com respostas vindas da análise de dados, escolheram o mercado indiano e desenvolveram uma estratégia muito singular, baseada na história de um imigrante indiano. Através de um filme comovente, mostraram aos indianos radicados nos EUA e Inglaterra que a British os entende e desenvolveu serviços adequados as suas necessidades. O resultado? Crescimento de 65% nas vendas neste público. Ryan Craver nos mostrou como o varejo está mudando nos últimos anos, com a diminuição do trafego nas lojas e a mudança de preferência de compras e canais dos clientes, mudando de modelos off-line para modelos online nas mais diversas categorias. Mas a mais importante constatação é que nenhum cliente é binário – 100% digital ou 100% varejo físico. A maioria tende a ter comportamentos complexos, dependendo do produto, do contexto e do momento. Como principais tendências, ele apontou o “social-commerce”, os “instant gratification marketplaces”, como Uber e AirBnb, e “location marketing” – estratégias para aproveitar o fato de que um crescente número de pessoas pesquisa preços online quando dentro das lojas para entender o consumidor e para prover contexto e ofertas hiperlocais. • • • • Brian conclui: ecommerce é uma força global; Coloque o ecommerce no centro das suas estratégias; Pense no comércio contínuo, não na transação; Mobile está mostrando novos caminhos; Aconselha todos a devotarem uma parte de suas vidas profissionais ao ecommerce. As minhas conclusões sobre a palestra são: No ecommerce, como em todas as atividades de marketing, a experiência do cliente deve vir primeiro. Mas é imensamente difícil integrar canais, principalmente considerando os canais físicos com os digitais. Integrar conteúdo com contexto, local com campanhas de produtos. Mas o cliente espera esta integração. Acima de tudo, o cliente não quer uma resposta mecânica. 14 Como vimos no case da British, entender o cliente é mais importante do que ter um monte de dados sobre ele. A apresentação completa está em: http://sellorelse.ogilvy. com/2014/10/28/ecommerce-the-crucible-of-customer-engagement/ O que os mercados de consumo podem aprender com o B2B Base do B2B sempre foi entender a necessidade do cliente antes de oferecer soluções A palestra de Matt Zilli, da Marketo, foi sobre como usar estratégias de Marketing Business to Business para Business to Consumer. Ele mostrou que, se pararmos para pensar, o mercado Business to Business sempre foi one-to-one. Sempre foi pautado pelo relacionamento. Sua base sempre foi entender a necessidade do cliente antes de oferecer soluções, e sempre esteve acostumado a seguir o ritmo do cliente e a responder de forma contextual e relevante. Nos últimos anos, a evolução da tecnologia permitiu que as empresas tratassem milhares de pessoas com o mesmo nível de personalização e relevância. Com isso, B2B foi novamente pioneiro em usar ferramentas avançadas de marketing automation para escalar o volume de pessoas que poderiam receber este tratamento personalizado. E foram os primeiros a desenhar reais processos de gestão do funil de vendas desde que chega o lead, através do processo de “nutrição” até o momento da passagem para a área de vendas. Agora, esta tecnologia está disponível para falar com milhões de pessoas. Com o mesmo nível de personalização, relevância e timing. Mas as empresas B2C estão muito acostumadas com branding e acabam realizando comunicação de massa com endereço, ao invés de Marketing Direto. E parece que com o advento do email, as coisas só ficaram piores, pois o custo de envio é virtualmente zero. Para realizar este “playbook” B2B no B2C, Matt nos mostrou que o caminho do sucesso é entender cada pessoa, engajar além de um único ponto de contato ou transação e dirigir as pessoas Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV “Context & Content: to have all the information but don’t have the chance to change the experience: what’s the point???” “1950 - Age of the brand; 1995 Age of the channel; 2013 - Age of the Customer.” Mariana Machado, da Accor através de um objetivo, um “customer journey”. As comunicações devem ser pessoais, duradouras e diretas. Pense em um fluxo de comunicação em que uma comunicação leva à outra, onde a marca ouve e responde, que seja relevante e com significado. E que tenha um objetivo claro, de mover o cliente para uma fase mais próxima do relacionamento. Da Atenção para o Interesse para o Desejo para a Ação para a Nova Ação, para a Lealdade para a Advocacia da Marca. E tudo isso sem esquecer que esta comunicação não é linear e que cada cliente tem seu próprio caminho. E para que tudo isso aconteça, temos que medir, medir e medir. Mas a mensuração pode ser extremamente complicada. Para isso, precisamos ter uma visão consumidor, não uma visão campanha. Quantos clientes movemos para outra “fase” do relacionamento? Selecione objetivos que possam ser mensurados, determinando quais comportamentos indicam que seu marketing atingiu seus objetivos. Concluindo, graças aos avanços na tecnologia, os profissionais de marketing de consumo podem se beneficiar de algumas bem-sucedidas estratégias B2B, tratando seus clientes de forma mais relevante, contextualizada, personalizada e “real-time”, construindo verdadeiros diálogos ao invés de campanhas. Analytics, Digital Intelligence e Customer Experience Mix de talentos e habilidades garante interpretação estruturada de dados * Por Marianne Vavlis Marincolo, da Marketdata Além das tradicionais palavras-chaves do DMA 2014 (Mídia Programática, Mobile, Omnichannel, E-commerce e, claro, Data-Driven Marketing) muito se falou sobre Analytics e da aliança tão fundamental entre profissionais de dados (Data Scientists) e dos criativos. É esse mix de talentos e habilidades desses novos profissionais (π-marketers) que garante a “interpretabilidade” dos dados de forma estruturada. Dois estudos publicados pela ADOBE mostram que o Marketing mudou mais nos últimos dois anos do que nos últimos 50 anos, e que os profissionais de marketing estão preocupados com a mensuração das ações e análises mais sofisticadas (modelos preditivos, segmentação) que suportem e orientem ações mais personalizadas. Além disso, 66% dizem que o marketing digital é fundamental e crítico para o sucesso das empresas. 73% das empresas indicam a falta de habilidade de análise dos dados para otimizar ações e programas de relacionamento e apenas 9% afirmam com convicção que sabem que as ações digitais funcionam. Outro indicativo importante: a maior parte dos profissionais de marketing digital não possuem formação e 82% aprendem suas funções trabalhando. As empresas que conseguirem compor times de marketing que consigam capturar, analisar e aplicar campanhas orientadas por dados e que estejam focados na comunicação multicanal, terão mais competências para entregar mais e melhores experiências para seus clientes. Videos: • Digital Distress – What Keeps Marketers Up at Night? (Adobe): • http://youtu.be/mjT2ZNG0IK8 • How do you balance the science and art of marketing (McKinsey&Company): • https://www.youtube.com/watch?v=J_smqob8cJA • Creating Competitive Advantage Through Digital Intelligence (PWC): • http://www.pwc.co.uk/consulting/propositions/creating-competitive-advantage-through-digital-intelligence.jhtml Consumer Trends Socialnomics 2014 Se vamos estar nas mídias sociais, a questão é saber quão boa será nossa estratégia por lá “Hoje não temos mais escolha se vamos estar nas mídias sociais, a questão é saber quão boa será nossa estratégia por lá.” Foi assim que começou mais uma das palestras sobre Social Media no DMA 2014. Ao relacionar as maiores populações mundiais vemos Facebook (3º), Whatsapp (5º), Google (7º) entre China, Índia e EUA. E chegamos ao ponto de existirem mais mobile devices do que escovas de dentes no mundo! Mais bombardeio de informação: as relações estão mais digitais. Um em cada cinco casais se conheceu na internet nos últimos anos. Assim como um em cada cinco relacionamentos acabaram por conta das redes sociais. Outros dados incríveis: 20% dos termos procurados no Google por dia nunca foram buscados antes e 93% das decisões de compra online são influenciadas pelas redes sociais! Vemos que os 4Ps (Produto, Praça, Preço e Promoção) do Marketing tradicional estão saindo de cena para entrada dos 4Cs (Criatividade, Curadoria, Conectividade e Cultura). Sua empresa está preparada? www.youtube.com/watch?v=zxpa4dNVd3c dma 2014 Foco no cliente deve guiar estratégias de marketing em todos os canais E-commerce é uma força global ainda mais irresistível com o uso de dados * Maria Minsker, do Destination CRM O mobile commerce e o e-commerce estão crescendo a taxas sem precedentes. E com 56% da geração Millennials mostrando maior propensão a compras através desses canais, o tempo para desenvolver estratégias de e-commerce e mobile mais perspicazes é agora, disse Brian Fetherstonhaugh, presidente e CEO da OgilvyOne Worldwide, durante sua palestra no segundo dia da conferência da DMA. E-commerce perspicaz significa multicanal, focado em relacionamento e baseado em experiências, disse ele, e os Millennials são a força motriz por trás de sua crescente adoção e utilidade. Por muito tempo, o e-commerce foi o “filho bastardo” de vendas e estratégias de marketing das empresas, acrescentou ao pedir urgência às marcas para colocá-lo na linha de frente de suas iniciativas de negócios. Para ajudar as empresas a concentrar suas práticas de negócios em torno do e-commerce, Fetherstonhaugh compartilhou cinco pontos-chave que os participantes precisam “levar para casa com eles.” Em primeiro lugar, as empresas devem reconhecer que o e-commerce é uma força global que não pode ser detida e, em segundo lugar, elas devem “colocá-lo no centro, e não ao lado” de sua abordagem de vendas. Além disso, o palestrante exortou os profissionais de marketing a pensar sobre “comércio como um processo contínuo, e não apenas em transações”, prestando atenção às conexões entre vendas online e offline. A experiência deve ser fluida e sentida como uma extensão do outro, explicou. Como quarto ponto, Fetherstonhaugh destacou a importância dos canais móveis para o futuro das vendas e do marketing. “O mobile mostra o caminho”, disse ele, enfatizando a velocidade pela qual a proliferação dos smartphones está ocorrendo. Finalmente, exortou os participantes a fazer do e-commerce um objetivo e envolver-se pessoalmente com ele. “Aposte pelo menos um capítulo de sua carreira no e-commerce”. Clientes ao volante A razão de o e-commerce ser tão central para o marketing no estado atual dos negócios é porque produz uma enorme quantidade de dados que podem 16 ser usados para orientar melhor futuros compromissos entre clientes e empresas. Os profissionais de marketing já não estão dirigindo o processo de marketing, disse Gary Laben, CEO da KBM Group, durante um painel. Em vez disso, os clientes estão “ao volante”, e o impacto pode ser sentido em praticamente todos os setores. No setor de turismo, por exemplo, os clientes tornaram-se mais orientados por impulso e mais exigentes. “Eles não querem perder suas malas, mas se elas forem perdidas, eles querem que usemos a tecnologia de rastreamento mais avançada disponível para encontrá-las”, disse Ian Ditullio, diretor de marketing de fidelização da Air Canada. A satisfação dos clientes mais exigentes requer personalização, que apresenta uma variedade de desafios, dependendo do setor. Companhias aéreas têm, frequentemente, que personalizar experiências e ofertas para os clientes com base em dois diferentes contextos: negócios e lazer. “Você pode ter clientes com dois conjuntos diferentes de necessidades. Quando eles viajam a negócios, talvez eles sejam mais propensos a viajar em primeira classe, mas quando viajam a lazer eles podem ter um orçamento diferente. Temos de determinar, em cada caso, que tipo de viagem é mais eficaz personalizar”, disse Ditullio. Na indústria de gás e petróleo, o desafio é diferente, explicou François Orhan, chefe de CRM global da Shell. “Nós estamos tentando vender um produto que fede, um produto que polui, e um produto que é caro”, disse ele. “Mas, no final das contas, é um produto que você precisa”. Em ambos os casos, concordaram os participantes, a coleta de dados e a implantação de técnicas de marketing orientadas a dados para arquitetar compromissos centrados no cliente fizeram uma grande diferença. Na Shell, a maior parte da reformulação geral de marketing tem sido impulsionada por uma abordagem de cima para baixo, disse Orhan. Ele também ofereceu quatro conselhos em relação à aplicação de novas tecnologias de dados. A primeira e mais importante peça do quebra-cabeça, de acordo com Orhan, é contar com um Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV grupo altamente experiente de colaboradores. “Você precisa de pessoas de qualidade que sabem o que estão falando”. O segundo elemento-chave é o processo, o que deve garantir uma relação simbiótica entre negócios e TI. “Eles têm que conversar e trabalhar juntos”. Os terceiro e quarto conselhos que Orhan compartilhou andam de mãos dadas. “Você precisa ter a organização corretamente no lugar e, finalmente, você precisa ter certeza de que todos no ecossistema da tecnologia têm um claro entendimento do ecossistema”, concluiu. Historicamente, a adoção de Big Data e soluções de marketing orientadas a dados tem sido lenta porque enxergar um ROI significativo pode levar um longo período de tempo, mas, concordam os especialistas, como os profissionais de marketing estão cada vez mais percebendo o potencial preditivo e prescritivo das tecnologias. “Por muito tempo, a maioria das decisões de marketing foram baseadas em intuição. Existem muitos gestores intuitivos capazes de compreender o ‘o que’ e ‘o quando’, mas ao pegar os dados corretos do Big Data, as marcas estão finalmente começando a responder o ‘por que’”, disse Ditullio. * Extraído do site www.destinationcrm. com (editado pela redação) “Na palestra de abertura hoje descobrimos que os brasileiros são os maiores browsers/ showroomers e que os chineses compram US$ 1 bi por dia. E-commerce é o paraíso para a aplicação do DDmktg”. Bernardo Zamijovsky, diretor de marketing da 1188 Participações O segredo dos dados B2B? Mantenha-os limpos A chave é inserir os dados corretamente em primeiro lugar *Por Beth Viveiros Negus Você conhece o velho ditado... A limpeza é amiga da excelência dos dados. Bem, talvez nem sempre seja isso o que acontece. Mas os profissionais de marketing B2B que querem se conectar com seus clientes devem manter a higiene de dados. Durante a pré-conferência da DMA 2014, em San Diego, Ruth P. Stevens, presidente de estratégia de eMarketing, e Cyndi W. Greenglass, vice-presidente sênior de soluções estratégicas, da Diamond Marketing Solutions, deram várias dicas para os profissionais de marketing B2B que estão buscando melhorar suas estratégias de dados. • A chave é inserir os dados corretamente em primeiro lugar • Estimule o pessoal que fala com o cliente a atualizar os dados • Use software de limpeza de dados próprio ou um prestador de serviços e exclua registros obsoletos • Permita que os clientes tenha acesso aos seus registros em seu site, para que eles mesmos possam fazer as alterações • Considere usar telemarketing ativo ou email para verificar os registros, especialmente dos melhores clientes • Menos é mais – não colete um dado se você não puder atribuir um valor a ele. Há um custo para aquisição e manutenção de dados. Stevens observou que o catálogo de produtos de confeitaria Mrs. Beasley’s faz uma campanha de telemarketing ativo todo mês de agosto para falar com clientes que compram anualmente mais de US$ 250, para confirmar seus endereços e garantir que os catálogos da temporada de final do ano sejam enviados para o lugar certo. Essa é uma dica que os profissionais de marketing B2B devem levar em consideração em qualquer época do ano, disse ela. *Extraído de http://www.chiefmarketer.com/ “Engajamento e experiência do cliente são mantras por aqui, assim como mobile como device e big data como core do Marketing Direto. Nada nos ameaça mais que a complexidade do comportamento humano frente a tanta mudança. O caminho menos doloroso e unânime a se abrir para novos modelos de análise de behavior. Ferramentas de big data aqui são como ar e o debate está homogêneo quanto ao desafio da integração de devices e da equalização da experiência do cliente nos diferentes pontos de contato. Afinal ele é o centro e decide como e onde quer fazer sua compra, ou melhor, experiência”. Fabiana Mello Fragiacomo Zinnec, gerente de marketing do Itaú Unibanco “A DMA de San Diego teve um saldo excelente para a UnitFour. Além de nos reunirmos com excelentes pessoas e profissionais brasileiros, tivemos a oportunidade de estreitar relacionamento com os mesmos, pudemos conhecer mais o trabalho que a ABEMD realiza, dando apoio, assistência e parceria aos associados em eventos como este. Com relação ao evento, gostamos muito da forma gentil e receptiva que fomos recepcionados pelos executivos das empresas expositoras, em sua maioria VPs ou CIOs. Realizamos excelentes contatos, fizemos reuniões e já saímos com parcerias bem avançadas com algumas destas empresas. O evento é muito eficiente quando se trata de realizar negócios.” Eliel Abreu, Unitfour Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 17 dMa 2014 oãçazilaut a siam sadatnalp satserol f siam da conferência ao cubículo, lições aprendidas Gaste seu tempo participando, descobrindo, fazendo conexões e tomando notas *por Susan taplinger e ashtyn douglas Eu conheci mais profissionais de marketing nos últimos dias do que em toda minha vida. O que não é tão bizarro dado o fato de que eu estava na 2014 DMA Annual Conference and Exhibit em San Diego, misturando-me com centenas de publicitários profissionais de vendas e marketing. Eu esbarrava com famosos veteranos e almoçava com jovens profissionais recém-iniciados na atividade, ansiosos para otimizar pequenos orçasasede rpm e sa euq aibas êcoV mentos marketing. lepaNo p einício d sarodatuconferência, dorp sarieliThomas sarb Benton, Chief Executive Officer da DMA, rincentivou itrap a esos olparticipantes ulec ad %00 1 mêtbo a usar a maior * ? s a d a t n a l p s a t s erofl egasto d parte do seu tempo (e dinheiro) aqui, participando, descobrindo, fazenonconexões sadatnaelptomando satseroflnotas. ed aerá A do Para saber se seguiram ed seõhlim 2.2 a melaviuqoe seu lisarconB selho, perguntei a participantes quais os . l o b e t u f e d s o p m a c seus pensamentos sobre a conferência e as sessões educacionais. Eu queria saber atirovafaqui atsivem er a us Diego aieL e o que aprenderam San lepapestratégias o siop ,etniam emlevar aliuqde navolta rt que novas para osanossos aried m ed ocubículos. tief é alen odazilitu A coordenadora de marketing da .levávoner e larutan East Coast seguiu o conselho do CEO muito literalmente e encheu páginas e páginas de notas. Enquanto folheava as páginas recheadas de insights de marketing, ela me disse que preferia as sessões que davam recomendações taf de rirbmuito ocsedpapo araPteóripráticas emsovez co. s“O etnpresidente edneerprues CEO siatnda eibWorldata ma deu sugestões detalhadas, coisas oãçacinumoc a erbos que podemos realmente usar quando voltar etisiv ,lepap o e asserpmi para casa”, disse ela. “Como devemos rb.gro.sedisowt.www criar emails interativos para celulares, por exemplo. Ele contou que a maioria das pessoas têm polegares grandes. Eu nunca pensei que isso poderia afetar nosso projeto de email, mas se os botões de compra forem muito pequenos, os usuários vão ficar frustrados”. Outras pessoas seguiram a orientação de Benton e também tomaram notas detalhadas. “Em comparação com as outras quatro conferências de marketing em que eu estive este ano, as sessões da DMA foram conduzidas por pessoas que ofereciam instrução específica e relevante, em vez de despejar palavras de ordem”, disse um executivo de contas sênior de uma empresa de full-service marketing. “A sessão ‘The Attribution: Who Gets Credit for Online Purchases?’ foi ótima porque os palestrantes da Adometry e C3Metrics realmente descreveram a tecnologia por trás de diferentes modelos de atribuição, como os anúncios são exibidos e como medir os resultados. Eles estavam nos ensinando, não vendendo para nós.” Eu também segui o conselho de Benton e também saio com lições aprendidas. Algumas foram fatos inúteis, como que Magic Johnson é um homem muito grande. E existe um Starbucks em cada esquina, mesmo em um centro de convenções. Ou que Khurrum Malik do Facebook gosta realmente muito de Dave Matthews. Mas eu também adquiri novos conhecimentos que vão me ajudar em minha própria carreira. Aprendi que os profissionais de marketing devem contar com dados para envolver efetivamente o consumidor certo, mas com extremo cuidado. De acordo com Senny Boone, General Counsel, da DMA, o objetivo da Conferência é “inflamar o envolvimento do cliente, mantendo o marketing orientado a dados seguro, aberto e construído sobre a confiança do consumidor.” Durante todo o evento, a DMA executivos de importantes marcas ensinaram como usar os dados de forma responsável, com o objetivo final de beneficiar o cliente. E, se você não sabe como lidar com governança de dados, peça ajuda. A DMA forneceu orientações e recursos em práticas comerciais éticas durante todo o evento. Aprendi também que se as empresas não estão focadas no envolvimento do cliente, elas estão condenadas ao fracasso. Vi estatística após estatística revelarem a confiança do consumidor sobre dispositivos móveis e a consequente procura de conteúdo e produtos que estejam disponíveis na ponta dos dedos. Espero que sejamos capazes de atender seus pedidos. Minha citação favorita na Conferência veio de Magic Johnson, que martelou a ideia de envolvimento do cliente: “Conheça os seus clientes e fale com eles todos os dias”, disse o ícone da NBA e do empreendedorismo. “E sempre, sempre, exceda-se em sua entrega.” *extraído do http://thedma.org/ euq avitaicini amu é sediS owT a d l e v á s n o p s e r o s u o e v o m or p l e p a p o d e a s s e r p m i o ãç ac i n u m oc e l a r u t a n a h l oc s e a m u o m oc s e õç ac i n u m oc a r a p l e v á l c i c e r . s i e v á t n e t s u s e s a s or e d o p .9002 ohnuJ / oiaM ,10ºN aplecarB ahloF* 4102 ,lisarB sediS owT ** 18 91 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV o ã ç a z i l a u t a mais s a d a t n a l p s a t s e r o l f mais Você sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtêm 100% da celulose a partir de florestas plantadas?* A área de florestas plantadas no Brasil equivalem a 2.2 milhões de campos de futebol. Leia sua revista favorita tranquilamente, pois o papel utilizado nela é feito de madeira natural e renovável. Para descobrir fatos ambientais surpreendentes sobre a comunicação impressa e o papel, visite www.twosides.org.br Two Sides é uma iniciativa que promove o uso responsável da comunicação impressa e do papel como uma escolha natural e reciclável para comunicações poderosas e sustentáveis. *Folha Bracelpa Nº01, Maio / Junho 2009. ** Two Sides Brasil, 2014 19 e n t r e v i s ta c u r s o d e especialização abemd Professor Ricardo Longo União indissociável entre on e off Ao idealizar e fundar a ONoffRE Consulting - online & offline revolution - empresa de consultoria especializada nesta nova fase da Revolução da Informação, Ricardo Longo acentuou a união indissociável entre os mundos online e offline. Em 2008, já tinha criado a FingerTips, a primeira iPhone solutions provider do Brasil, provedora de aplicativos multiplataforma e sites móveis. É também cofundador e diretor da MonsterJuice, um dos principais estúdios de games brasileiro, que desenvolve games B2C e B2B para plataformas mobile. Formado em administração de empresas pela FEA-USP e com cursos de pósgraduação na FGV e UC-Irvine, Ricardo participou da idealização, desenvolvimento e construção de inúmeros projetos e empresas, como Zoyd.com, AOL Latin America, Matera Systems, BrandStorm, TV Mulher & Mãe e PROOH. Paralelamente a todas essas iniciativas, acumula mais de 15 anos de experiência em gestão de marcas atuando como gestor de marketing e, principalmente, como consultor de marketing e branding no Grupo Troiano de Branding, Unimark/ Longo Comunicação e Nexial Consultoria de Nexo. Toda essa experiência agora está a serviço do Curso de Especialização, no qual Ricardo Longo aborda o tema Meio de Acesso (Mobile). 20 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV Num mundo de hyperscreening algumas pessoas afirmam que os dispositivos móveis já se tornaram a primeira tela dos consumidores. Isso é verdade? Temos dados que suportem essa afirmação? Sim é verdade. Em termos quantitativos e também qualitativos. Em termos quantitativos, existem várias pesquisas que apontam para a quantidade de tempo que passamos consumindo cada uma das telas e, em várias delas, o Smartphone já ultrapassou a TV e o computador como aquela à qual dedicamos mais tempo. Aponto uma pesquisa abaixo, realizada pela Milward Brown, em âmbito mundial, que mostra isso claramente. Inclusive com dados do mercado brasileiro (ver gráfico na matéria). http://www.brainstorm9.com. br/46633/tech/smartphone-ultrapassa-tv-e-se-torna-primeira-tela/. Mas em minha opinião, muito mais importante do que a quantidade de minutos, é o grau de atenção, envolvimento e engajamento que as pessoas têm com seus dispositivos mobile (smartphones e tablets). Isto sim faz do smartphone a primeira tela na vida das pessoas. Isto se deve provavelmente ao fato de os dispositivos móveis serem na verdade muito mais do que uma simples tela pela qual consumimos conteúdo ou navegamos na Internet. Por suas características físicas (câmeras e sensores como GPS, acelerômetro, giroscópio, touch-ID etc), e de modelo de negócios da indústria (aplicativos), esses aparelhos se confundem verdadeiramente como uma parte do nosso corpo, sempre presente, sempre ligados, que nos alimentam de verdadeiros superpoderes no nosso dia a dia. Assim como ocorreu com a Internet, as empresas estão ignorando o universo móvel, esperando que ele se torne grande para aí sim investir e acabam perdendo oportunidades. Depois recuperação do tempo perdido certamente será custosa. Tem como reverter essa situação antes que seja tarde demais? O único jeito de reverter essa situação é agir rapidamente para recuperar o tempo perdido e passar a concorrência, numa corrida sem fim onde o importante não é chegar (não há chegada), mas se manter na frente. O grande erro da maioria das empresas “tradicionais” em relação à Internet no passado e ao mobile hoje em dia é encarar essas novas ferramentas (ou adventos tecnológicos) como fenômenos muito menores do que realmente são. Entende-se mobile como uma “nova moda que minha empresa precisa participar” e não em toda a sua profundidade como causador de uma grande transformação na sociedade e economia. Ambos os fenômenos (e mobile num grau ainda maior) tem a possibilidade de alterar radicalmente modelos de negócio em vários mercados, de inverter a relação de poder entre empresas e seus clientes ou consumidores. É isso que as empresas demoram a entender e quando acordam, muitas vezes já não há mais como recuperar o tempo perdido. Há 10 anos não existiam smart-phones, o iPad (acredito que foi o primeiro tablete de sucessso) foi lançado apenas em 2010, o que fez com que essa penetração dos dispositivos moveis crescesse de forma tão acelerada? Smartphones (após o iPhone de 2007) e tablets tiveram tanto sucesso e um crescimento tão acelerado porque realmente exercem um papel crucial na vida das pessoas hoje em dia. Com cerca de 1,3 milhões de aplicativos disponíveis para cada uma das principais plataformas, esses aparelhos realizam centenas de funções muito importantes em nossas vidas, que não sabíamos que precisávamos, mas agora não conseguimos viver sem. Mas é bom entender o advento do smartphone (e tablets) como algo não restrito ao aparelho em si. Para terem todas essas funções, é necessário haver o ecossistema em torno dos aparelhos. Aplicativos de todos os gêneros, redes 3G e 4G e Wifi, redes sociais, infraestrutura de cloud, sites móveis, empresas inteiras com modelo de negócio baseado em mobile etc. E o que mudou no comportamento do consumidor de lá para cá? Vários comportamentos mudaram. Mas gostaria de citar dois exemplos que considero muito importantes do ponto de vista de “como o consumidor pensa” hoje em dia. “Super-Consumidor”: Na relação entre consumidores e marcas, o poder migrou completamente para os primeiros. Com seu smartphone na mão, o consumidor consegue comparar preços a qualquer momento, encontrar lojas na rua, pedir opinião de amigos em tempo real, participar de promoções, avaliar (bem ou mal) marcas e estabelecimentos, saber tudo sobre qualquer marca, produto ou varejista. Pra citar somente alguns exemplos. E as marcas têm que apoiar este movimento. Se forem contra, serão substituídas por aquelas que incentivam esta tendência. É preciso dar ainda mais ferramentas para o consumidor Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 21 e n t r e v i s ta c u r s o d e especialização abemd Professor Ricardo Longo exercer seu poder em plenitude. Por exemplo, é preciso mostrar seus preços online, geolocalizar lojas e pontos de venda, incentivar a postagem em redes sociais, colocar muita informação sobre os produtos e serviços na Internet. Isso é só o básico. “Consumidor-Mimado”: Talvez como consequência do comportamento anterior, atualmente temos um grande exército de consumidores mimados, que querem tudo, agora, de graça. As marcas precisam então estar preparadas para “paparicar” esses consumidores, entendendo seus desejos e oferecendo produtos e serviços agregados ao que já vendem, que sirvam para deixá-lo ainda mais mimado. Apesar de mais de 60% dos anúncios digitais serem de resposta direta (segundo a AdAge), os marqueteiros não enxergam as mídias digitais como essencialmente ferramentas de marketing direto. Onde está esse gap? É necessário descompartimentar o Marketing Direto – desdepartamentalizá-lo. O fato é que Marketing Direto não pode mais ser entendido como uma ferramenta de marketing, mas sim como uma filosofia. No mundo em que vivemos hoje, no qual todas as pessoas têm alto poder computacional a seu serviço, durante as 24 horas do dia (computadores, tablets, smartphones, wearables, servidores em cloud etc), toda e qualquer atividade de marketing pode ser uma atividade de Marketing Direto. Qualquer comercial, anúncio, banner, outdoor, site, post, etc. pode a partir de agora ter uma continuidade de relação com o consumidor e, portanto, 22 pode ser criado um diálogo e o comportamento pode ser mensurado. Quais são as suas recomendações para quem está engatinhando no marketing mobile? A primeira recomendação é: “acorde” para o assunto. Por tudo o que falamos aqui, passar a fazer suas atividades de marketing em um contexto de mobilidade não pode mais ser ignorado. A realidade mudou e é preciso entender todo esse fenômeno em profundidade. A segunda é: defina, eleja (ou contrate) alguém para ser o responsável por mobile na sua empresa, mas esta pessoa não deve ter uma equipe. Sua atuação deve ser transversal em todas as atividades de marketing e também em outras áreas da empresa. Mobile não deve ser uma área da empresa, mas sim um novo jeito de pensar e de fazer as coisas. Idealmente esse responsável por mobile deve se tornar inútil em alguns anos, assim que a empresa já estiver totalmente contaminada pelo vírus mobile. A terceira: de maneira mais prática, crie um site móvel para sua empresa. Não apenas um site em “formato” mobile, mas com conteúdo diferenciado também. Tudo deve ser pensado a partir do contexto de uso do site por quem vier a acessá-lo a partir de um smartphone. Por exemplo, poderia citar vários casos em que o telefone de contato da empresa deveria estar em destaque no site móvel porque muito provavelmente o que a pessoa quer naquele momento é telefonar para a empresa, e ela pode fazer isso em um toque. A quarta: não crie aplicativos para comunicar ou informar nada. Aplicativos devem ser desenvolvidos para a empresa se relacionar com os seus principais clientes/consumidores prestando um serviço realmente útil para eles. Devem ser entendidos como ferramentas criadas para tornar a vida dos consumidores melhor. A quinta e mais complexa: reveja todo o seu modelo de negócios e seus processos internos sob uma nova ótica. Avalie como tudo isso pode ser impactado e melhorado por causa do mobile. Não tenha medo de errar, mas sim de não tentar. Exemplo clássico: cooperativas de táxi se tornaram inúteis após o advento dos apps de táxi. E até os táxis estão se tornado inúteis, após o advento do Uber. O Curso O Curso de Especialização da ABEMD está em sua 26ª turma. Com 80 horas/aula, já formou mais de 860 profissionais. Ao abordar todos os temas do Marketing Direto – canais que podem ser utilizados, life time value, cálculo de ROI, fulfillment, redes sociais, métricas digitais, criação, CRM, entre outros – o Curso é completo e forma gestores na disciplina. Seus professores são profissionais de destaque no mercado em suas áreas de atuação, que trazem uma visão atualizada tanto teórica quanto prática do assunto. Já estão abertas as inscrições para 27ª turma para março de 2015. Informe-se no (11) 3129.3001 ou mande email para [email protected]. Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV artigo Internacional 13 Citações e Pensamentos Alucinantes Colhidos no Advertising Week Por Larry kimmel* Abaixo, reproduzo algumas das melhores coisas que ouvi ou pensei durante a Advertising Week do ANO PASSADO. [Nota: Larry publicou originalmente este artigo depois da Advertising Week 2013, mas uma avalanche de pessoas, em suas palavras, o viram durante o evento deste ano. Então, ele resolveu homenagear John Oliver e seu programa Last Week Tonight e criou um Advertising Week: Last Week Today.] 13 Ideias Estimulantes do Advertising Week (#ASXI): 1. Não fazemos mais publicidade; o marketing, atualmente, é muito maior do que isso. 2. Estamos passando do “mobile first” para o “customer first”. 3. Os negócios hoje têm a ver com pessoas servindo pessoas e não com empresas servindo consumidores. 4. Funcionários com autoridade geram consumidores entusiasmados. 5. Todo mundo está falando sobre “sempre conectado, sempre interessante”. 6. A mídia programática matará a criatividade? 7. Vamos casar Big Data com Grande Emoção. 8. Com dados, a publicidade deixa de ser anônima e passa a ser íntima. 9. Conquistar o direito a ser um dos 5 a 10 aplicativos que o consumidor usa em base diária é muito difícil. 10.0,01% só importam para Jay-Z e sua sociedade nos Nets, mas não para os maiores anunciantes. 11.Não tem a ver com talento, mas você o liga ao resto. 12.Marcas não têm que ser perfeitas na era humana. 13.Gratificação instantânea é muito devagar. Aqueles a quem citei, ou por quem fui inspirado, façam o favor de me avisarem para que eu lhes possa dar total crédito! * Diretor executivo da Hawkeye, foi CEO do Grupo G2 e da DMA. Veja este e outros textos no http://kimmelscorner.com/ Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 23 MARKETING diálogo pelo mundo YouTube converte mais consumidores do que outros canais de mídias sociais Estudo mostra que o site de vídeos é melhor em lançar novos produtos e em ajudar consumidores nas decisões de compra Quando se trata de publicidade paga em plataformas sociais, o YouTube é o vencedor claro para o lançamento de novos produtos e para ajudar os consumidores a tomar suas decisões de compra, de acordo com um novo estudo da AOL Platforms divulgado em 4/9. O relatório analisou 500 milhões de cliques e 15 milhões de conversões durante o primeiro trimestre de 2014, e acompanhou interações sociais que envolvem compras através da tecnologia de atribuição da Convertro, determinando dessa forma como as plataformas tinham afetado as vendas online e em que ponto tinha influenciado a decisão de compra do consumidor. “Acreditamos que o YouTube funciona bem em ambas as áreas por uma série de razões”, afirmou Jeff Zwelling, CEO e co-fundador da Convertro. “O próprio volume de busca do YouTube e a localização preferencial nos resultados do Google ajuda a conduzir grandes quantidades de tráfego, é claro. Mas quando você chega no YouTube, o conteúdo é rico, descritivo, e geralmente útil. Falo por experiência própria. Eu comprei recentemente uma máquina de café. Tinha três alternativas e não conseguia decidir qual era a melhor para mim”, contou Zwelling. “No final, eu assisti a vídeos no YouTube de pessoas que usam todas as três máquinas e escolhi a que combinava com a minha ideia de um bom café.” O estudo colocou o Facebook em segundo lugar e Google+ em terceiro. * Fonte: VentureBeat por Fernando Guimarães, diretor do site A Zona de Desconforto e country manager do MeuABC.com Estudo detalha taxas de conversão nas mídias sociais Anúncios pagos mostraram melhor desempenho do que conteúdo orgânico A discussão que tomou o mundo digital desde que o Facebook mudou seu modelo, diminuindo a importância dos “likes” e dos seguidores das páginas e privilegiando o modelo de mídia paga, ganha novos contornos com a pesquisa sobre o primeiro trimestre de 2014, realizada por Convertro e AOL Plat-forms. Segundo o estudo, anúncios pagos em redes sociais têm taxas de conversão melhores do que o conteúdo orgânico. No Facebook, o salto nas taxas de conversão entre os usuários da plataforma Convertro foi de apenas 0,1 ponto percentual, mas no Twitter os anúncios funcionaram mais de duas vezes melhor do que os tweets orgânicos para converter usuários. No Pinterest, a situação foi revertida, mas no geral as marcas que usam Convertro viram uma elevação em torno de 25% nas conversões com anúncios sociais pagas versus conteúdo social orgânico. * Fonte: eMarketer Pesquisa: maioria das empresas dizem “mais” a esforços de brand awareness Na América Latina e na região Ásia-Pacífico os índices são ainda maiores Uma maioria absoluta dos profissionais de marketing em todo o mundo planeja aumentar seus investimentos com a marca nos próximos 12 meses, de acordo com pesquisa realizada para a eMarketer em agosto de 2014 pela InsightExpress. Como comparação, pouco mais de quatro em cada 10 que disseram que iriam gastar mais em geração de demanda. Cerca de 56% dos leitores do e visitantes de eMarketer.com disseram que iriam gastar mais em atividades relacionadas a branding ao longo do próximo ano, enquanto 27% disse que vão manter os níveis de gastos atuais. A percepção da marca é uma prioridade maior para a audiência do eMarketer que geração de demanda, esforços de expansão de negócios globais, ou gastos com eventos. Os pesquisados na América Latina e na Ásia-Pacífico foram ainda mais enfáticos ao dizer que iriam aumentar os gastos com a marca, com 59% e 60,6%, respectivamente. * Fonte: eMarketer 24 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV 54% dos americanos estão insatisfeitos com os prêmios dos seus programas de fidelidade O pior é que os prêmios são um fator importante na hora de escolher um programa de fidelidade Mais da metade dos participantes de programas de fidelidade americanos (54%) estão descontentes com as opções de prêmios oferecidos e 48% experimentaram frustração durante o processo de resgate dos prêmios, de acordo com pesquisas da Colloquy e FanXchange, cujos resultados foram divulgados na no início de setembro. Outra descoberta reveladora foi que 93% dos consumidores dos EUA disseram que o tipo de recompensa oferecida é um fator “muito importante” ou “um pouco importante” em sua decisão de participar de um programa de fidelidade e manter seu compromisso com uma marca. * Fonte: Colloquy Pesquisa: mídias sociais, principal plataforma para pequenos negócios Facebook desenvolve app com foco em privacidade Com Moments, rede social quer facilitar a forma como usuários selecionam quem pode ver o conteúdo publicado O Facebook está trabalhando em um aplicativo destinado a facilitar a privacidade dos usuários. Segundo informações publicadas pelo Tech Crunch, “Moments” vai simplificar a configuração de como os contatos visualizam conteúdos publicados no feed de notícias. A publicação afirma que o serviço está em fase de testes e lembra o Cluster, ferramenta para criação de espaços seguros para compartilhar conteúdo com grupos de pessoas. O novo app da rede social deve intensificar a experiência visual e facilitar a configuração do público que pode ver os posts da pessoa. Atualmente, a plataforma possui listas e opções de privacidade que muitas vezes confundem ou são ignoradas pelo usuário. A empresa não confirmou a existência do app. * Fonte: Proxxima Empresa gerou US$ 100 mil com uma única mensagem in-app. O segredo? Marketing Direto O nome muda, a roupagem é sofisticada, mas a questão será sempre enviar a mensagem certa, na hora certa, para o consumidor certo – e testar! As mídias sociais tornaram-se a principal plataforma de mídia para pequenas e médias empresas quando se trata de uso e de investimentos de acordo com um novo relatório da empresa de pesquisas BIA/Kelsey. O relatório constatou que 74,5% das pequenas e médias empresas – definidas como as que têm menos de 100 empregados – agora usam as mídias sociais para anunciar ou promover seus negócios. Isso representa um aumento de 71,7% em relação ao ano passado. As pequenas empresas também gastam uma média de 21,4% de seus orçamentos totais em mídias sociais, mais do que em qualquer outra plataforma de mídia, de acordo com a pesquisa. Isso representa um aumento de 18,9% em relação ao ano passado. A mensagem foi enviada para os usuários de um aplicativo freemium da plataforma AppBoy e pedia para eles adicionarem seu cartões de crédito. Ou seja, por um lado, atingiu uma audiência maciça. Mas certamente contribuiu para o resultado o fato de a ferramenta ser capaz de segmentar a audiência e enviar mensagens relevantes e no tempo certo. “Um dos nossos maiores clientes encontrou um segmento de usuários que nunca tinha feito uma compra, mas estavam engajados – eles usavam o aplicativo, mas nunca compravam nada”, de contou Mark Ghermezian, da Appboy. “O cliente se comunicou com eles apenas através de mensagens in-app e conseguiu que 2% adicionassem seus cartões de crédito, gerando 100 mil dólares de receita adicional com esta mensagem”. Os desenvolvedores estão migrando cada vez mais para as plataformas que permitem atingir seus usuários – e até mesmo personalizar seus aplicativos e ofertas para usuários individuais, exatamente da mesma maneira que as empresas de marketing direto têm feito há anos com ferramentas como o CRM, automação de marketing e plataformas de testes de conversão. A funcionalidade pode vir com muitos nomes diferentes – mobile marketing automation, live ops, engagement engines –[mas, no fundo é sempre o bom e o velho marketing direto com roupa nova – N.T.] e os fornecedores principais incluem Upsight (anteriormente Kontagent), DeltaDNA, Kahuna, Localytics, Swrve – que está monitorando 75 bilhões de ações dirigidas a 500 milhões de pessoas por mês e acaba de levantar US$ 10 milhões em uma rodada de investimentos –. Appboy, Nudge, Airship Urban, e talvez Playfab e Playnomics (agora parte da Unity). * Fonte: AdvertisingAge * Fonte: VentureBeat Redes estão em primeiro lugar, tanto em uso como em destino de verbas Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 25 MARKETING diálogo pelo mundo Se personalização é tão importante, por que ainda é pouco usada? Pesquisa mostra que falta de integração de dados significa falta de uma visão única do cliente Ninguém tem dúvida: personalização é importante. No entanto, as empresas ainda engatinham nesse campo. Uma questão crítica é a falta do domínio da visão única do cliente. De acordo com um levantamento de julho de 2014 realizado pela Forbes Insights, em associação em Sitecore, os sistemas de dados fragmentados e em silos foram um fator fundamental para evitar isso. Altos executivos entrevistados disseram que suas empresas estavam usando uma média de 36 diferentes sistemas e fornecedores de coleta de dados, e alguns usam mais de 100. Apenas 24% dos entrevistados disseram que as várias comunicações com os clientes e sistemas de coleta de dados que eles usam foram integrados ou conectados através de sua organização. 56% disseram que os sistemas foram parcialmente integrados, indicando que eles estão dando passos em direção a um futuro mais simplificado. Quanto às prioridades dos executivos sênior, 62% disseram que a criação de um único banco de dados central de marketing de clientes que abrigue informações da experiência do cliente é uma prioridade e 59% disseram o mesmo sobre ter um sistema único para entregar experiências do cliente em todos os canais digitais em potencial. * Fonte: eMarketer Facebook vai usar drones gigantes Internet será distribuída por equipamentos do tamanho de Boeings 747 Já faz algum tempo que o Facebook revelou seus planos de cobrir parte do mundo com internet sem fio usando drones, o que ainda não estava claro é o tamanho da ambição por trás dos planos de Mark Zuckerberg. Em setembro, durante um evento promovido pelo Mashable, Yael Maguire, engenheiro que dirige o Facebook Connectivity Lab, contou alguns detalhes sobre a ideia, mostrando que a rede social não está pensando pequeno. A começar pelo drone; Yael prefere chamá-lo de avião, mesmo. O que faz sentido, visto que a ideia do Facebook é colocar no ar um dispositivo do tamanho de um Boeing 747. Aliás, um não, vários. Um único controlador seria responsável por cerca de 100 desses aviões não tripulados, que voariam a uma altitude entre 60 mil e 90 mil pés. Como se esses desafios não fossem suficientemente complicados, o Facebook ainda quer que os aviões permaneçam no ar por meses - “ou talvez anos”, disse Yael. Para isso será necessário usar energia solar e fazer com que a máquina seja leve. O Facebook identificou 21 países na América Latina, África e Ásia como seus focos principais, mas em 2015 a empresa pretende lançar o primeiro avião sobre os Estados Unidos para fazer testes. Os dispositivos com internet só devem ir ao ar daqui a três ou cinco anos. O próprio Yael reconhece que é uma previsão otimista. * Fonte: Olhar Digital 26 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV (Foto: Divulgação) Coca-Cola mira em teens e aposta em game e wearable Aplicativos estimulam usuários a ter vida mais ativa. Fabricante de refrigerantes faz parcerias com Ubisoft e Misfit A Coca-Cola no final de setembro Just Dance Now, um game para celulares, e uma pulseira que monitora atividade física e sono, com o objetivo de ajudar a incentivar os adolescentes a viver estilos de vida mais ativos. As pessoas podem baixar o jogo via iTunes e Google Play. Um anúncio em vídeo (http://youtu.be/yUiF79oAEsA) com o duo francês ‘Les Twins’ mostra o conteúdo do jogo e que ele pode ser desbloqueado com um código QR nas latas de Coca-Cola, Diet Coke e Coke Zero. O lançamento marca a última fase da campanha Movement Through Happiness da Coca-Cola e a renovação de sua parceria global com a marca de conteúdo de entretenimento Ubisoft. Já o wearable é o resultado de uma aliança com a Misfit e foi projetado para monitorar os passos, calorias, distância, qualidade do sono das pessoas e da duração, e também monitora atividades de ciclismo e natação. * Fonte: TheDrum computação vestível é a nova fronteira da fidelização? Relógios,óculos,jaquetasinteligentes–asoportunidadessãoinúmeras Segundo Jeff Berry, diretor de pesquisa e desenvolvimento da LoyaltyOne, a maioria das empresas ainda acha coisa de ficção científica integrar seus programas de fidelidade com “wearables”. Mas os clientes estão aderindo rapidamente à onda de relógios, jaquetas e óculos inteligentes – e é hora de começar a experimentar. Atualmente, provoca Berry, está claro que precisamos otimizar nossas iniciativas de fidelização para dispositivos móveis, mas será que não podemos considerar que mobile vai além dos dispositivos atuais, como smartphones e tablets? A previsão de Berry é que os “wearables” vão se tornar importantes no processo de compra, principalmente considerando alguns dados, como o fato de que 2 milhões de smartwatches tenham sido vendidos em 2013 no mundo inteiro. Além disso, o Android vai lançar em março um novo sistema operacional, Wear, que acrescenta navegação, tickets de viagem escaneáveis e um recurso de reconhecimento de voz aos dispositivos de pulso. Quanto mais cedo as marcas envolverem os dispositivos de computação vestível em seus programas de fidelidade mais rápido vai entender como pensa a próxima geração de clientes e tirar proveito, por exemplo, do acompanhamento de suas atividades – que poderá ser uma área muito forte para incentivos. * Fonte: loyaltyone Walmart nomeia ceo do instagram para seu conselho Mobile Marketing association cria conselho para internet das coisas a ideia é preparar as marcas para esse fenômeno que está batendo em nossas portas O mundo da conectividade está mudando de endereço. De novo. Depois de começar a se mudar dos computadores de mesa para os dispositivos móveis agora está definitivamente indo para outros equipamentos – relógios, óculos, roupas, aparelhos domésticos, carros... E a perspectiva de estender as conexões digitais mais ampla e profundamente tem capturado a imaginação de anunciantes e executivos de agências, que preveem que as mensagens da marca atingirão quase todas as facetas da vida das pessoas. Pensando nisso, a MMA resolveu criar o Internet of Things Incubation Council. O objetivo é ajudar as marcas a se manterem no ritmo das inovações tecnológicas. “O Conselho vai ajudar as empresas a se preparar para esse próximo fenômeno móvel e a criar uma cultura de educação, experimentação e inovação”, disse Sheryl Daija, diretor de estratégia da MMA. Dividem a liderança do novo Conselho, Richard Ting, vice-presidente executivo, diretor executivo de criação global, plataformas móveis e sociais, da R/GA, e Gregory Kennedy, vice-presidente de marketing da TapSense. A R/GA lançou em Nova York no ano passado, em conjunto com a TechStars, o programa Connected Devices Accelerator, que oferece financiamento e assessoria para fundadores de empresas e start-ups focadas em internet das coisas. “Nós vemos a Internet das Coisas como um espaço de crescimento rápido”, disse Ting. “Em nossa mente é uma área de evolução e crescimento para o mobile. Os dispositivos móveis são o ponto de conexão para uma série de produtos e serviços da Internet das coisas”. Mas ele também alertou que as marcas não devem simplesmente se precipitar para a nova área sem analisar primeiro em torno de que tipo de produtos os consumidores estarão gravitando. Um grande teste nesse sentido será a resposta do consumidor ao Apple Watch. Ting disse que o Conselho provavelmente vai realizar fóruns educacionais como webinars, seminários e palestras. E nas próximas semanas, o MMA planeja nomear membros adicionais, com um total potencial de até 20 pessoas, incluindo representantes de grandes marcas. “Os membros da MMA tem algumas marcas que podem agregar muito valor ao Conselho”, disse Ting. Entre as empresas associadas à MMA estão Procter & Gamble, MasterCard, Coca-Cola e HP. * Fonte: Mediapost/MobileMarketingdaily kevin Systrom leva o know-how do Silicon Valley para dois comitês do varejista Com o objetivo de aumentar o seu know-how tecnológico e adicionar a experiência acumulada pelo Silicon Valley, o Walmart nomeou Kevin Systrom, co-fundador do Instagram, para integrar o conselho de administração da gigante do varejo. A nomeação de Systrom foi efetivada em 26/9, e ampliou o board para 15 membros. Systrom, 30, fará parte do comitê de tecnologia e e-commerce, e também do painel de governança, remuneração e indicações. O empresário permanece como CEO do Instagram, o aplicativo de compartilhamento de fotos adquirido pelo Facebook em 2012. O Walmart tem buscado fortalecer suas operações de comércio eletrônico, principalmente com o objetivo de enfrentar a concorrência da Amazon. O site do varejista foi redesenhado no mês passado para se tornar mais compatível com os dispositivos móveis e também houve atualização da tecnologia de suas ferramentas de busca e recomendação. * Fonte: Bloomberg Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 27 MARKETING diálogo pelo mundo AL ainda está bem atrás em investimentos publicitários nas mídias sociais Crescimento ainda está na casa dos dois dígitos, mas em números absolutos valores investidos são bem abaixo de América do Norte, Europa Ocidental e Ásia-Pacífico Pesquisa: 45% dos consumidores fizeram compras no último mês depois de ver anúncio no celular Talvez a principal descoberta é que os consumidores estão mais confortáveis com m-commerce A plataforma de publicidade mobile NinthDecimal acabou de publicar seu relatório “audience insights”, referente ao segundo trimestre de 2014. Segundo o estudo, os smartphones estão sendo cada vez mais usados para pesquisar compras no varejo. Ao mesmo tempo, diminui o uso de tablets para o mesmo fim. A empresa atribuiu essa queda ao aumento do conforto dos consumidores em relação a comprar via smartphones – telas maiores também ajudam a explicar a tendência, que deve ser ampliada com o Apple Pay. Outra descoberta do estudo é que os consumidores tendem a pesquisar antes de sair de casa mais do que dentro das lojas – embora a quantidade de pessoas que pesquisam enquanto estão nas lojas não seja desprezível. O tempo que os consumidores gastam pesquisando antes de comprar está diretamente relacionado com o custo. Produtos que custo menos de US$ 50 são pesquisados, em média, em até 10 dias, enquanto os produtos acima de US$ 1000, em 45 dias, na média. Os dados da NinthDecimal dados também mostraram que no último mês cerca de 45% dos consumidores relataram fazer uma compra no varejo, como resultado de ver um anúncio para celular. Os investimentos com publicidade nas redes sociais na América Latina devem chegar a US$ 541,7 milhões em 2014, de acordo com a última previsão da eMarketer. Na relação investimento por usuário, o crescimento será forte – 32,7% este ano. O site estima que os anunciantes da América Latina vão gastar em canais de mídia paga 2,38 dólares por usuário da rede social na região. O crescimento deverá diminuir drasticamente no próximo ano quando cairá para a casa de um dígito – e permanecerá lá. Até o final do período de previsão, 2016, os anunciantes da América Latina vão gastar 2,75 dólares por usuário da rede social na região. De qualquer forma, isso é muito inferior aos níveis de investimentos em mercados mais maduros, como América do Norte, Europa Ocidental e até mesmo Ásia-Pacífico. * Fonte: eMarketer * Fonte: MarketingLand Yahoo adquire MessageMe e pode estar comprando SnapChat Empresa está investindo em mensageria e chats O Yahoo, aparentemente, está aproveitando o dinheiro da venda de uma Imagem: Kevork Djansezian/Getty Images parcela de sua participação no Grupo Alibaba para apostar naquilo que ele acredita que vai ser o grande próximo fenômeno Internet. Segundo fontes do blog Deal Book, a empresa tem mantido conversações para investir no Snapchat – um aplicativo popular que permite às pessoas compartilhar fotos e mensagens que se autodestroem. O negócio ainda não foi fechado, disseram as mesmas fontes. Reforçando essas informações, a empresa anunciou na sexta passada, 3/10, a aquisição do aplicativo de mensagens móveis MessageMe, um serviço similar ao WhatsApp que já ultrapassou 10 milhões de usuários, por US$ 11,9 milhões. * Fontes: TheNewYorkTimes/DealBook, TechCrunch 28 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV ANA, 4A’s e IAB fazem parceria para combater fraude e pirataria Iniciativa demonstra a importância das associações deixarem momentaneamente suas próprias agendas e lutarem pelo bem comum Os CEOs das três principais associações da indústria de publicidade - Bob Liodice da Association of National Advertisers; Nancy Hill, da American Association of Advertising Agencies, e Randall Rothenberg, da Internet Advertising Bureau -, anunciaram durante a IAB MIXX Conference, realizada em Nova York entre 29 e 30 de setembro, uma nova iniciativa para combater fraude em anúncios, pirataria e malware. O grupo terá seu próprio conselho de administração e liderança, e será encarregado de estabelecer os princípios da indústria e as empresas responsáveis por eles. O objetivo, de acordo com Rothenberg, é “eliminar a fraude em anúncios da cadeia de suprimentos digital”. Rothenberg também comentou o que tem sido uma parceria de oito anos entre as organizações. Apesar de terem agendas diferentes, a colaboração é necessária para alcançar o progresso em questões que vão desde a política aos padrões da indústria. “Nós acordamos e percebemos que não podemos fazer isso sozinhos. Se agirmos em silos, só vamos cuidar de nossas próprias agendas”, disse Liodice. E isso não é suficiente. * Fonte: SmartBlogOnSocialMedia Como garantir que o seu marketing é de fato focado no cliente? Segundo especialista, a resposta está em saber se você está ou não impactando a experiência do cliente com sua marca Em termos bem gerais, o marketing que é focado no cliente utiliza os dados de forma inteligente e segue as melhores práticas da indústria, diz Michael Brenner, Head of Strategy da NewsCred e um ex-VP of Global Stratety and Content Strategy da SAP Américas. Na prática, porém, o primeiro passo é tomar posse das necessidades dos clientes e focar em seus objetivos. Eis as questões-chave: “Como é que você vai fazer a diferença para seus clientes? Como você vai saber que está ou não impactando a experiência do cliente com a sua marca?” Quando você pode mostrar o ROI e medir o sucesso de suas iniciativas de marketing em relação às metas estabelecidas, não será mais tão difícil vender-se internamente. É importante lembrar-se também que, embora o cenário da tecnologia parecer haver explodido, com marketing digital, mídias sociais, email, mobile, etc., “a marca ainda vive na mente do consumidor”. Ele ainda quer uma boa informação, conteúdo relevante, conselhos úteis, e não apenas ruído, alerta Brenner. Os profissionais de marketing têm que parar de empurrar mensagens promocionais e começar a contar histórias de interesse. * Fonte: LeadershipByLouisFoong Crescimento da venda de wearables será de mais de 200% este ano – vale a pena ficar de olho 19,2 bilhões de unidades nas diferentes subcategorias de computação vestível serão vendidos em 2014 Os dispositivos vestíveis superaram os smartphones e tablets nas feiras de eletrônicos em 2014, sinalizando que está em curso mais um avanço em eletrônicos de consumo: a tecnologia ao nosso redor está se tornando parte do que somos fisicamente. Da mesma forma, as marcas que fazem uso desses dispositivos, de acordo com um novo relatório da eMar-keter, “Wearables: 10 Insights on Device Adoption and Business Opportunities”. As vendas desses dispositivos devem crescer na casa de três dígitos este ano: a IDC projetou que o número de unidades de dispositivos portáteis vendidos no mundo em 2014 será de 19,2 bilhões – um aumento de mais de 200%. No entanto, o entusiasmo é moderado por dois fatores. Primeiro, o crescimento significativo não é surpreendente em uma nova categoria de tecnologia, especialmente um que abrange uma grande faixa de tipos de dispositivos. Essencialmente, existe um vestível para cada parte do corpo. Em segundo lugar, o produto “mágico”, ou seja, aquele que vai atrair os consumido- res, ainda que chegar ao mercado. Muitos suspeitam que o Apple Watch será esse produto quando for lançado no início de 2015, mas até agora a penetração entre os consumidores norte-americanos é baixa em todas as subcategorias de vestíveis. Ignorá-los, porém, seria um erro, dizem especialistas. Os “early adopters” estão se movendo em direção a esses dispositivos, sinalizando que o mercado norte-americano está maduro para a próxima inovação tecnológica. * Fonte: eMarketer Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 29 MARKETING diálogo pelo mundo Segunda tela durante programas de TV – não é o que pensávamos A atenção do consumidor está cada vez mais fragmentada e, como resultado, a televisão torna-se apenas mais uma das várias telas que competem por essa atenção O que define o consumo atual de mídia, principalmente as digitais, é a utilização simultânea de várias, de forma não linear, usando a tela que for mais conveniente no momento. E essa fluidez no acesso a programas de TV, filmes, notícias, música ou jogos traz implicações para os fornecedores de conteúdo, provedores de plataformas, empresas de tecnologia, desenvolvedores de aplicativos e profissionais de marketing, de acordo com um novo relatório da eMarketer, “Simultaneous Media Use: Screen Fragmentation Complements Traditional Channels”. Um formato, no entanto, começa a se destacar: o uso de um dispositivo digital enquanto se assiste TV. Em alguns casos, essa atividade digital diz respeito diretamente ao programa ou anúncio que as pessoas estão assistindo; em outros, as atividades são independentes. Embora muitos espectadores utilizem as tecnologias para pular os comerciais de TV ou simplesmente para mudar de canal nos intervalos, um estudo da Millward Brown Digital para o Facebook, realizado em fevereiro de 2014, descobriu que 78% dos usuários de internet dos EUA acessavam uma segunda tela durante os programas, em comparação com 71% que faziam isso durante os anúncios. E entre aqueles que usaram outras telas durante os programas, a maioria fez isso durante os programas, em lugar de limitar o uso da segunda tela para créditos finais, músicas e outros momentos “menos nobres”. Essa descoberta pode surpreender quem imaginava que os consumidores esperavam até os comerciais para desviar sua atenção para a segunda tela. Entre as atividades digitais mais comuns durante os comerciais e programas estão verificar e-mails e visitar redes sociais. Mensagens de texto ou chamar alguém estão mais abaixo na lista de atividades, seguido por pesquisas na internet e compras. Uma prioridade muito menor para os participantes da pesquisa foi a busca de informações sobre o programa ou sobre produtos ou marcas que foram anunciados durante os intervalos comerciais. Essa descoberta mostra que as pessoas simplesmente desviam a atenção do programa e vão fazer outras atividades em seus dispositivos, o que faz com que a TV deixe de ser um ponto focal e torne-se apenas uma das muitas telas competindo por atenção. * Fonte: eMarketer Pagamentos móveis – eles vão mesmo se tornar populares? Dados de pesquisa contrastam com otimismo das empresas envolvidas com pagamentos via dispositivos móveis Só porque os proprietários do novo iPhone 6 podem fazer pagamentos usando seus dispositivos não significa que eles queiram. Um estudo realizado pela Princeton Survey Research Associates International para CreditCards. com descobriu que dois terços dos consumidores norte-americanos entrevistados não querem pagar dessa forma. Estudos anteriores e a opinião da maioria de especialistas sugerem que o uso de pagamentos móveis vem lentamente crescendo em popularidade. De acordo com uma pesquisa de agosto 2014 feita pela AYTM Market Research, embora 82,2% dos entrevistados não utilizem pagamentos móveis, 76,9% consideravam que esse formato de pagamento, provavelmente ou definitivamente, irá se tornar amplamente utilizado nos próximos cinco anos. Mas o estudo CreditCards.com, que entrevistou mais de 1.000 pessoas, pode esfriar esse entusiasmo: quatro em cada 10 entrevistados disseram que nunca iriam usar seus celulares para pagar por compras, se depender deles, e dois em cada 10 disseram que provavelmente nunca usarão essa tecnologia. A disposição de pagar com um dispositivo móvel também diminui com a idade. As pessoas mais velhas são mais 30 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV relutantes: enquanto 64% dos entrevistados com mais de 64 anos disseram que nunca iriam pagar via dispositivo móvel, apenas 30% dos jovens de 18-29 anos disseram o mesmo. Os homens são um pouco mais abertos aos pagamentos do que as mulheres; as pessoas com níveis mais elevados de educação, as famílias com renda acima de US$ 75.000 por ano, e também os pais são mais propensos a ser os primeiros a adotar a tecnologia de pagamento móvel. Independentemente disso, as empresas que atuam no espaço de pagamentos móveis estão otimistas de que o sentimento negativo ou excessivamente cauteloso vai mudar. Também deve ser analisado se a falta de interesse em pagar via dispositivos móveis é resultado da aversão ao próprio conceito de pagamentos móveis ou apenas uma reação aos métodos relativamente rudimentares que existem atualmente para fazer essas transações. * Fonte: eMarketerRetailBlog Nova campanha do Google em NYC usa mídia exterior – e você pode nem se dar conta disso Facebook deve permitir anonimato Mas se prestar atenção vai se divertir bastante com as questões que foram espalhadas pela cidade Mais um aplicativo do Facebook está chegando. Desta vez, a empresa estaria trabalhando em uma nova forma de permitir que seus usuários se comuniquem e interajam entre si de forma anônima. A proposta, revelada pelo New York Times, é possibilitar que as pessoas adotem pseudônimos, uma mudança drástica na proposta inicial da empresa que sempre reforçou em seus termos de uso a obrigação de uso do nome real. O anonimato permitiria que as pessoas discutissem assuntos que normalmente não teriam coragem de debater pelo fato de seu nome verdadeiro estar ligado à sua opinião. No entanto, os detalhes ainda são poucos; não se sabe exatamente qual será seu nome, nem mesmo se a ideia é realmente criar um concorrente para o Secret, aplicativo que já causou muita polêmica no Brasil. Além disso, a empresa deverá enfrentar um desafio duro que é convencer os possíveis usuários de que sua privacidade realmente será respeitada. Isso porque, apesar de ser a rede social mais usada do mundo, o Facebook não inspira muita confiança nesta área, graças ao seu modelo de negócios que se baseia diretamente na coleta de dados de seus usuários. Por enquanto, os aplicativos desenvolvidos pelo Facebook (além do próprio app da rede social) tem sido “oito ou oitenta” em relação a aceitação. O Messenger é extremamente popular, mas a empresa já lançou o launcher Facebook Home, que falhou miseravelmente, e duas tentativas de criar um concorrente para o Snapchat não conquistaram público. Resta saber se abrir a possibilidade de uso de pseudônimos pode atrair uma parte da internet que prefere acessá-la desta forma, como o público do Reddit, por exemplo. O app pode ser uma resposta às críticas recentes recebidas pela empresa pela comunidade LGBT. O Facebook não estaria respeitando a opção das pessoas de serem chamadas pelo seu nome social, obrigando-as a utilizar a rede social com seu nome de registro. Depois de alguns protestos, a empresa voltou atrás em suas políticas neste ponto. O Google lançou uma nova e linda campanha publicitária, promovendo o seu “rebranded” aplicativo móvel. Como parte da estratégia criativa, algumas das melhores produções são bastante difíceis de encontrar, porque, como comentou Tim Nudd no blog AdFreak, “elas estão entremeadas no tecido da cidade de Nova York”. A agência 72and-Sunny trabalhou com várias organizações e proprietários de estabelecimentos para criar pequenas mini instalações. Embora o alcance seja provavelmente bastante baixo, o fator lúdico é alto e é ótimo ver uma empresa gigante fazendo um trabalho tão alegremente detalhado e concreto. “Google Search sempre teve a ver com inspirar curiosidade e possibilitar a descoberta”, disse um representante do Google ao AdFreak. “Queremos inspirar os nova-iorquinos a olhar com novos olhos para marcos familiares – grandes e pequenos. Ao somar questões interessantes com colocações visualmente intrigantes esperamos poder competir pela atenção – e ganhar – contra todas as vistas e sons da cidade”, acrescentou. “A nossa campanha de mídia exterior visa despertar a curiosidade sobre a amplitude e a profundidade de Nova York, e os tipos de informação que você pode pedir ao aplicativo Google. Sempre que possível, tentamos fazer o trabalho se tornar tão natural em relação ao meio ambiente quanto possível – das bolas de boliche customizadas do Brooklyn Bowl a copos de cappuccino do Cafe Reggio.” * Fonte: Adweek/adFreak Novo aplicativo da rede social ainda não foi lançado (Foto: Reprodução) * Fonte: Olhar Digital, via The Verge e New York Times Estudo global da IAB descobre que consumidores querem pagamentos móveis Anunciantes, empresas de mídia e agências estão sendo levados na onda pelos consumidores Um número cada vez maior de consumidores quer participar ativamente no mundo mobile com suas carteiras digitais ou outras formas de pagamentos móveis, aumentando a pressão sobre os profissionais de marketing para correr atrás do próprio atraso. A descoberta faz parte do terceiro estudo anual “The State of the Mobile World” do IAB, que analisou dados de 30 países e apontou que, independentemente do local, os consumidores estão liderando o processo. O estudo mostrou também que, independentemente da fase ou estágio em que o mercado se encontre na evolução do mobile marketing, geolocalização é o principal benefício a ser destacado. * Fonte: MobileMarketer Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 31 Comunicado mercado SENACON abre diálogo produtivo com o mercado sobre PL de Proteção de Dados Serasa Experian cria guia de plataforma cross-channel No dia 8 de outubro, Juliana Pereira, secretária da SENACON (Secretaria Nacional do Consumidor) anunciou numa reunião em Brasília, no Auditório Tancredo Neves, no Ministério da Justiça, que o Anteprojeto de Lei de Proteção de Dados será colocado novamente em consulta pública. O Presidente da ABEMD, Efraim Kapulski, considera esta atitude da SENACON tranquilizadora para o mercado e abre um diálogo que promete ser produtivo em busca de um consenso com a sociedade. Nesta reunião estiveram presentes pela ABEMD, a convite do Ministério da Justiça, seu presidente Efraim Kapulski e o consultor Vitor Andrade. O novo texto será apresentado até o fim do próximo mês de novembro. A posição da ABEMD considera o texto original do Projeto de Lei desconectado da realidade operacional das empresas, e que se fosse aprovado nos termos em que foi criado, causaria fortes impactos negativos no PIB. A ABEMD coordenou um grupo de peso de associações com o objetivo de demonstrar que as preocupações eram generalizadas. Esta posição foi apresentada em inúmeras reuniões com a SENACOM e em duas reuniões, uma delas com a presença do Ministro da Justiça. Com o objetivo de ajudar profissionais de marketing na execução de campanhas de marketing cross-channel, a Serasa Experian Marketing Services disponibilizou um guia com dicas sobre as melhores práticas. O conteúdo aborda pontos que, segundo a empresa, o mercado precisa saber antes de contratar uma plataforma para viabilizar esse tipo de campanha. O material aborda temas como definição do conceito cross-channel, adequação estratégica da campanha, avaliação de funcionalidades oferecidas pela plataforma, entre outros. Realize o download do guia no link: www.serasaexperian.com.br/ccmp/ guia-plataforma-ccm/. * Fonte: Proxxima Saiba tudo sobre o Projeto de Lei de Dados Pessoais acessando os links: • Relatório www.abemd.org.br/interno/DadosPessoais_ContribuicoesdasEntidades.pdf • Carta de Princípios www.abemd.org.br/interno/Carta_de_Principios.pdf • Código Brasileiro de Autorregulamentação para o Tratamento de Dados Pessoais www.abemd.org.br/interno/Codigo_Autorreg_DadosPessoaois.pdf • Veja também o PL 4060/2012 sobre proteção de dados pessoais que o deputado Milton Monti apresentou à Câmara dos Deputados em 13 de junho de 2012 www.abemd.org.br/interno/Tramitacao-PL4060_2012.pdf • Código de defesa do Consumidor www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm • Plano Nacional de Consumo e Cidadania (PLANDEC) www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7963.htm • Histórico detalhado apresentado no “Café da Manhã e Bate-Papo” sobre Proteção de Dados Pessoais e Marco Civil da Internet http://abemd.org.br/interno/cafe_030914_protecao_de_dados.pdf. 32 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV ABEMD apoiou 5º Iberoamerican Magazine Media Conference 2014 A ABEMD foi uma das apoiadoras do 5º Iberoamerican Magazine Media Conference 2014, evento realizado pela Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e pela The Worldwide Magazine Media Association (FIPP), que aconteceu no WTC Events Center, em São Paulo, nos dias 22 e 23 de setembro. O evento reuniu os mais importantes editores, empresários e executivos de revistas dos países de língua portuguesa e espanhola. Foram dois dias de palestras e debates, sobre os desafios e tendências do segmento de revistas, além de oportunidade de realizar networking. Todas as informações do evento podem ser acessadas pelo www.fippsaopaulo.com/. E/OU-MRM inaugura operação no Rio de Janeiro A E/OU-MRM deu mais um passo em seu projeto de expansão no Brasil. A agência, sediada em São Paulo, acaba de inaugurar uma operação no Rio de Janeiro com o objetivo de dar mais capilaridade à sua atuação, estar mais próxima dos clientes instalados na cidade – como Michelin, que está na agência desde 2012 - e de captar novos negócios no mercado carioca. Para o EVP Business e COO da E/OU-MRM, Fábio Souza, a nova operação representa uma grande oportunidade de crescimento para a agência. “O Rio de Janeiro é uma cidade importantíssima onde estão instaladas algumas das maiores empresas do País. Estar aqui era um projeto antigo que finalmente Fábio Souza (EVP Business e COO) e Patrícia estamos realizando e acredito que em até dois anos essa nova unidade possa Barizon (Business Director – Rio de Janeiro) da E/ OU-MRM: agência inaugura operação na Cidade vir a responder por cerca de 20% ou 30% dos nossos negócios”. Maravilhosa Localizada no bairro do Botafogo, a operação carioca da E/OU-MRM será liderada por Patrícia Barizon, que chega à empresa para ocupar o cargo de Businnes Director-Rio de Janeiro. Com mais de 20 anos de experiência em marketing direto e CRM, Barizon acumula passagens por agências como Datamídia, onde foi Diretora de Contas do Programa Smiles, e pela Casa da Criação, onde trabalhou com Intelig e O Globo. A executiva também foi sócia-fundadora da i9Brasil - empresa de database marketing especializada no segmento de moda - onde ficou por 11 anos. “É um grande orgulho estar à frente dessa iniciativa”, diz Barizon. “Com certeza o mercado carioca tem muito a ganhar com a chegada de uma agência do porte da E/OU-MRM e estou confiante de que veremos os resultados disso na geração de novos negócios muito em breve”, prevê. Sodexo e Saraiva se unem pelo vale-cultura Para fomentar as vendas do benefício Vale-Cultura, a Sodexo e a Saraiva iniciam uma ação de relacionamento junto aos usuários do Sodexo Cultura Pass, o vale-cultura da Sodexo, em compras de produtos culturais adquiridos pelo site ou nas lojas físicas da rede de varejo. Tanto Sodexo quanto Saraiva acreditam que as vendas on-line por meio do vale-cultura da Sodexo deverão triplicar até o final do ano. Em julho, por exemplo, 89% das compras ocorreram nas lojas físicas, enquanto 11% pelo site. “Esta é uma importante parceria e um grande passo no sentido de ampliar o alcance do vale-cultura ao trabalhador brasileiro, gerar negócios aos estabelecimentos que comercializam bens e serviços culturais, e contribuir para retenção de talentos, motivação e desempenho nas empresas.” comemora Florent Lambert, diretor de marketing, estratégia e inovação da Sodexo Benefícios e Incentivos. Atento lança oferta pública inicial A Atento S.A. anunciou no dia 12 de setembro uma oferta pública inicial de 14.625.000 ações ordinárias, conforme pedido de registro do Formulário F-1, protocolado junto à Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos. A companhia pretende usar os recursos líquidos provenientes da oferta e recebidos por ela para pagar determinadas dívidas pendentes, bem como as taxas e despesas relacionadas com a oferta; o restante será usado para fins corporativos gerais. As ações serão ofertadas tanto pela companhia quanto por um de seus acionistas, a Atalaya Luxco Pikco S.C.A., entidade afiliada ao Bain Capital e que pretende conceder aos bancos subscritores uma opção de 30 dias para comprar até 2.193.750 ações adicionais. A faixa de preço estimada para a oferta pública inicial varia de US$ 19,00 a US$ 22,00 por ação. A Companhia aplicou para listar suas ações ordinárias na New York Stock Exchange sob o símbolo “ATTO”. O pedido de registro de Formulário F-1 referente ás ações foi protocolado junto à Comissão, mas ainda não possui caráter definitivo. As ações não poderão ser vendidas, nem poderão ser aceitas ofertas de compra até que o registro se torne definitivo. * Fonte: Call Center * Fonte: Cliente SA Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 33 mercado Pesquisa: no Brasil, mulheres estão acessando mais a Internet via mobile Um estudo da Cocktail Analysis, realizado em janeiro de 2014, mas publicado apenas em setembro, descobriu que 81% das usuárias de smartphones no Brasil dizem que acessam a Internet via esses dispositivos em uma base diária. Desktops e laptops já foram ultrapassados – foram citados por 79% das entrevistadas. Os tablets, que muitas vezes são considerados dispositivos móveis, mas são usados principalmente em casa, chegaram em quarto lugar, com 52% das proprietárias acessando a internet todos os dias. Complementarmente, a eMarketer estima que haverá 41,2 milhões de usuários de smartphones no Brasil em 2014. Outra descoberta da pesquisa da Cocktail é que, como ocorre com a população em geral, os smartphones abriram o caminho para o fenômeno da multitela entre as mulheres também. Segundo a análise, 58% das usuárias de smartphones no Brasil frequentemente usam seus telefones enquanto assistem TV. * Fonte: eMarketer Magazine Luiza e Smiles fecham parceria A Smiles e o Magazine Luiza fecharam parceria para o acúmulo de milhas, em que o cliente Smiles ganha três milhas a cada R$ 1,00 gasto em compras no site clube.magazineluiza. com.br/smiles. A oferta é válida para todos os produtos do hotsite. As milhas acumuladas poderão ser trocadas por passagens aéreas para mais de 700 destinos em todo o mundo, mais de 100 mil produtos e serviços disponíveis no Shopping Smiles e ingressos para shows do Roberto Carlos no Brasil. * Fonte: Com informações do portal Cliente SA AlphaGraphics é eleita uma das três franquias mais inovadoras do Brasil em 2014 A AlphaGraphics foi eleita uma das três franquias mais inovadoras do Franchising Brasileiro do ano de 2014 durante o 5º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, realizado em setembro na Fecomércio, em São Paulo. Após análise por um comitê avaliador formado por especialistas do setor de franquias, varejo e economia, de todas as respostas concedidas pelas franqueadoras sobre os cases de Inovação da rede, a organização identificou as empresas que possuíam maior cultura voltada à inovação. A AlphaGraphics venceu a premiação, ao lado da CNA, uma das maiores redes de escolas de idiomas do país, e a Chilli Beans, marca brasileira especializada em acessórios. “Essa conquista mostra que o empenho de nossos franqueados e as ações que estamos realizando foram reconhecidas. Ao mesmo tempo, esse prêmio também serve de incentivo para focarmos cada vez mais nossa estratégia em inovação”, assinala Rodrigo Abreu, sócio-presidente da AlphaGraphics. 34 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV E/OU-MRM mais uma vez entre as “melhores agências para trabalhar” no Brasil Pela quarta edição consecutiva, a E/OU-MRM figurou na lista das melhores agências para trabalhar no Brasil, de acordo com pesquisa realizada pelo Great Place to Work em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e o Meio & Mensagem. O troféu “Melhores Empresas para Trabalhar GPTW - Agências de Comunicação 4ª edição” foi entregue no dia 23 de setembro, em cerimônia realizada no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Nesta edição, o ranking foi dividido em quatro, de acordo com o tipo de serviço prestado pela a agência (Serviços Especializados ou Publicidade) e o número de colaboradores (de 30 a 99 ou com mais de 100 colaboradores), e a E/OU-MRM ficou entre as dez melhores na categoria “Agências de Publicidade com 30 a 99 colaboradores”. A agência, que atualmente tem 98 funcionários, já havia sido premiada nas outras três edições da pesquisa do Great Place to Work com foco em agências de comunicação (2010, 2011 e 2012 – sendo que nesta última ocupou a 2ª colocação entre as agências com 30 a 99 colaboradores). Algar lança agregador dE conteúdo na web O grupo Algar lançou um agregador de conteúdo na internet. O “Gente Servindo Gente”, disponível em genteservindogente.com.br, oferece aos consumidores de notícias online a possibilidade de acessar aquilo que realmente interessa a partir de um único lugar. O “Gente Servindo Gente” publica, diariamente, links de notícias relacionadas a Lucro Sustentável, Experience, Empreender para crescer, Cases, Atitudes e ideias, Tendências e Especiais. Todo o conteúdo pode ser acessado e compartilhado em diversas plataformas. A iniciativa da Algar surge em um momento de crescimento de acesso à internet e de novas demandas. Na web, em meio a tantos dados disponíveis, a curadoria de conteúdo guia o leitor até a informação de fonte segura, oferece a opção de personalizar a navegação conforme os temas pelos quais procura e, consequentemente, otimiza o tempo dedicado à leitura de notícias e artigos. Acesse a plataforma: www. genteservindogente.com.br/ Reengajando os clientes O e-mail ainda é a melhor ferramenta, em relação ao seu custo-benefício, para marcas se manterem conectadas a seu público-alvo, porém os profissionais de marketing ainda têm como principais obstáculos maximizar o crescimento da audiência e alcançar a caixa de entrada do público alvo. Louis Bucciarelli, country Manager da Return Path, recomenda atenção à lista de inativos. “Os profissionais de e-mail marketing que não tentam resgatar seus usuários inativos ou param de enviar emails rapidamente para esses usuários, aparentemente estão excluindo assinantes valiosos de seus mailings”. Diante desse cenário, o executivo listou algumas dicas de reengajamento: • Use um template e linha de assunto mais curtos (por exemplo, “sentimos sua falta” ou “foi algo que dissemos?”), que difere de seus emails atuais, para tentar chamar a atenção; Return Path, incentivos “$ de desconto” têm desempenho melhor que “% de desconto”. Faça uma oferta verdadeiramente convincente e difícil de ignorar; • • Ofereça um call to action claro; • Se os endereços de email não receberam mensagens por um longo período de tempo e o tamanho do mailing for grande, envie campanhas de reengajamento de um IP diferente daquele usado para enviar para assinantes ativos e engajados; • Crie uma agenda de throttling com base no tamanho total da campanha de reengajamento e envie quantidades menores para monitorar reclamações, unsubscribes e usuários desconhecidos; • • • Não envie apenas um email de reengajamento. Teste uma variedade de conteúdo e calls to action diferentes para tentar reengajar assinantes; • Se fornecer um incentivo, teste as diferentes ofertas. De acordo com a pesquisa • Experimente o tom e o sentimento que combinam com a sua marca. Teste para determinar se suas campanhas melhorarão com uma abordagem simples e direta, ou um apelo mais emocional; Se possível, use quaisquer dados adicionais existentes (além do último engajamento) para personalizar o email e aumentar a chance de reengajamento. Lembre assinantes sobre o valor de receber emails de sua marca; Uma vez que a campanha de reengajamento inicial foi testada e disparada, crie uma campanha triggered otimizada que pode ser enviada para os assinantes inativos, quando atingirem o limite de inatividade definido; Analise o conteúdo e métricas de sua campanha de reengajamento regularmente para garantir que continuam Isobar desenvolve aplicativo para Fleury Medicina e Saúde O Fleury Medicina e Saúde está disponibilizando uma inovação para seus clientes. Trata-se de um aplicativo que “lê” o que está escrito na guia médica, por meio de uma foto, e agenda exames médicos de forma simples e rápida, de acordo com as preferências de local e horário. O app foi desenvolvido pela Isobar é chamado Agendamento Fleury, que facilita e otimiza o tempo dos usuários durante o processo de marcar exames. Para isso, é necessário apenas baixar o app, tirar uma foto da receita, preencher um perfil rápido, escolher qual o horário e unidade de preferência e aguardar a confirmação do agendamento. A agência também elaborou um vídeo explicativo sobre como o app funciona, que será veiculado nas redes sociais e no portal do Fleury (www.fleury.com.br). O app já está disponível para download em smartphones dos sistemas iOS e Android. A opção de realizar o upload de receita pode ser realizada pelo chat online e também estará disponível no novo site Fleury, com lançamento previsto para o final de 2014. gerando resultados positivos; • Solicite feedback. Entender por que esses assinantes pararam de engajar pode ajudar a traçar uma estratégia futura para o programa de email e reduzir a inatividade do assinante; • Não remova assinantes imediatamente após o envio de uma campanha de reengajamento. Proporcione a oportunidade para os assinantes reengajarem com a sua marca; • Quando você remove assinantes, seja explícito em comunicar os próximos passos e honrar essas declarações. Deve ficar claro em que momento o email vai parar de ser enviado. Além disso, a Return Path compilou as melhores práticas para reengajar os usuários inativos e reduzir o risco de queda na entregabilidade. As conclusões estão registradas no ebook “Programa de Email Win-Back: todo mundo recomenda, mas será que funciona mesmo?”. * Fonte: Cliente SA Probare confere recertificações O Probare - Programa de Autorregulamentação do Setor de Call Center/ Contact Center acaba de recertificar a AVAPE – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência com o Selo de Ética, pelo site AVAPE NET e a Comunix Tecnologia e Soluções Corporativas Ltda com os Selos de Ética e Perfil de Maturidade e Gestão, pelo site Comunix. O Probare é resultado do esforço conjunto de três associações, a ABEMD (Associação Brasileira de Marketing Direto), ABT (Associação Brasileira de Teleserviços) e ABRAREC (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente). Atualmente, existem 31 empresas certificadas com Selo de Ética e 14 com Perfil de Maturidade e Gestão. Outras 35 empresas estão em fase de certificação. Acesse www.probare.org.br e confira as empresas certificadas. Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 35 mercado Mobile marketing: 5 tendências para ficar de olho Os dispositivos móveis não estão mais apenas entre os mais importantes canais de marketing – em conjunto, estão se tornando o mais importante canal para negócios. E os aplicativos móveis estão contribuindo fortemente para isso. Atualmente, você encontra apps para quase tudo – e novos apps são desenvolvidos diariamente. Em 2017, como consequência, deverá haver mais de 4 bilhões de usuários de aplicativos em todo o mundo. Nesse cenário, é importante observar algumas das principais tendências de mobile marketing. 1. Segmentação/personalização mais aperfeiçoada: Com os avanços em tecnologia de geolocalização, as empresas podem direcionar melhor as suas mensagens, não apenas para segmentos de públicos, mas para consumidores individuais – e assim podem usar uma abordagem mais pessoal. As empresas estão utilizando técnicas de mobile marketing via apps para criar uma experiência mais personalizada para seus usuários. Exemplo disso são os sites móveis do USA Today, CNN e Facebook. 2. Rápido apagão dos apps: Usuários de smartphones baixam em média 25-40 aplicativos, mas usam regularmente apenas metade ou um terço disso. É comum as pessoas baixarem um aplicativo e só abri-lo uma ou duas vezes. Por isso, as empresas precisam criar aplicativos realmente úteis. Como o do Starbucks. Com ele, os clientes pagam para o café e rastreiam suas compras em seus smartphones. Também acessam o programa de fidelidade, My Starbucks Rewards. 3. Uso cada vez maior das redes sociais: A penetração social, ou seja, como é que grande parte da população está usando uma rede social em uma base mensal, é de cerca de 40% em todo o mundo e está crescendo. Cerca de dois terços dos smartphones e tablets acessam as contas de redes sociais dos usuários a partir de dispositivos móveis. Isso significa que, se as empresas quiserem se conectar melhor com seus consumidores e divulgar suas marcas para um público mais amplo, devem buscar formas de usar aplicativos de mídias sociais para campanhas publicitárias. O Facebook, por exemplo, permite que se crie rapidamente anúncios para aplicativos. Outras táticas podem incluir Facebook remarketing, promoted tweets, atualizações patrocinadas no LinkedIn, Stumbleupon e outras ferramentas. 4. Mobile vídeo: Os usuários de dispositivos móveis envolvem-se com conteúdos de vídeo em uma base diária. Quase 40% das visualizações de vídeos do YouTube são via dispositivo móvel. O vídeo é uma maneira divertida de compartilhar informações, para não mencionar mais fácil para os usuários digerirem a informação. Como o vídeo é um gerador tão forte de tráfego móvel, as empresas precisam começar a produzir conteúdo de vídeo que seja realmente incrível. 5. Tecnologia vestível: A mania de 2014 é a tecnologia vestível, e isso não deve terminar em um futuro próximo. Os dispositivos vestíveis não vão substituir os dispositivos móveis populares atualmente. Em vez disso, eles são aparelhos com aplicativos que coletam dados de um usuário e retransmitem notificações em tempo real e dão feedback – e as pessoas estão adorando isso. “Fitness trackers” e relógios inteligentes são atualmente os principais produtos usados. As empresas que querem aproveitar a mania vestível não precisam criar novos aplicativos, é só fazer alguns ajustes ao seu atual aplicativo móvel. Essas tendências não necessariamente afetam negativamente os aplicativos móveis. Elas apenas alertam as empresas para continuar evoluindo e melhorando a partir da compreensão das necessidades de seus clientes para garantir que seus aplicativos móveis e suas estratégias de mobile marketing vão satisfazer essas necessidades. * Fonte: JeffBullas.com Estudo da Serasa Experian aponta perfil do brasileiro A Serasa Experian acaba de anunciar seu mais novo estudo de segmentação da população brasileira acima de 18 anos. O levantamento é um retrato acurado dos perfis que compõem a população do país e vai permitir que empresas, agências e profissionais de marketing, estudiosos e gestores de políticas públicas tenham dados para traçar estratégias e desenvolver serviços e produtos para os diversos grupos. O novo Mosaic Brasil é um modelo de segmentação do mercado consumidor brasileiro da Serasa Experian, baseado em dados socioeconômicos, demográficos, geográficos, comportamentais, de consumo e estilo de vida. Ele é parte de uma 36 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV solução global, que segmenta o mercado consumidor de 29 países. A análise segmentada cruza os dados da própria Serasa com dados públicos como os do censo do IBGE e da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar). Segundo Juliana Azuma, superintendente de marketing services, “o jovem da periferia tem sido protagonista da ascensão da nova classe média brasileira”. Com esse estudo, a empresa mostra que não existem apenas as classes A, B, C, D e E, mas sim 11 grupos e 40 segmentos que discriminam e descrevem a população adulta brasileira. Veja a descrição de cada grupo no www.serasaexperian.com.br/mosaic/. E-mail marketing: apenas 60% chega aos destinatários no Brasil O “Relatório de Benchmarking de Entregabilidade 2014” da Return Path mostra que, a cada 10 e-mails marketing enviados no Brasil, apenas seis chegam à caixa de entrada dos usuários, e as demais são consideradas spams ou se perdem após serem bloqueadas pelos provedores. Diante dos dados, o País está na última colocação do ranking de entregabilidade elaborado no estudo pela empresa de e-mail intelligence. Austrália e Alemanha lideram a lista, com 89% das mensagens entregues, seguidas por Reino Unido e Estados Unidos (87%), França (84%), Canadá (83%), Itália (81%) e Espanha (76%). A média global de entregabilidade, segundo a pesquisa, é de 83%. Os dados completos estão disponíveis para download gratuito no link: http://landingbr.returnpath.com/Relatorio-de-benchmark-de-entregabilidade. Ao analisar os setores da indústria e do comércio, o estudo revela que as empresas ligadas a saúde e beleza são as mais bem sucedidas em atingir o público alvo, com entrega de 96% das mensagens. Já o segmento de software e de internet são as mais prejudicadas, com apenas 43%. A pesquisa foi realizada com base em mais de 490 milhões de e-mails comerciais enviados, com permissão, a consumidores globais, entre maio de 2013 e abril de 2014. Além disso, foi considerado o desempenho em mais de 150 provedores na Europa, Ásia, Pacífico e Américas do Norte e do Sul. * Fonte: Proxxima Multiplus lança “Pontos + Dinheiro” para resgate de passagens aéreas TAM A Multiplus lança mais uma novidade no mercado de fidelização, o programa “Pontos + Dinheiro”. Agora, além das possibilidades de Compra, Transferência e Renovação de pontos, do Simulador que permite visualizar quantos pontos é possível acumular com os gastos do dia a dia, e do aplicativo mobile nas versões iOS e Android, os participantes terão a oportunidade de resgatar passagens aéreas utilizando pontos e dinheiro. Fruto de uma parceria entre a Multiplus, TAM Fidelidade e TAM Viagens, a facilidade “Pontos + Dinheiro”, permitirá a compra de bilhetes para destinos nacionais e internacionais operados pela TAM, como Estados Unidos, Europa e México, utilizando a combinação de pontos Multiplus e dinheiro (R$ - reais). Dentre as possibilidades de resgate, existirão oportunidades a partir de 1 mil pontos Multiplus e, a cada oferta disponível, serão exibidas três opções de combinação de pontos + dinheiro. O pagamento poderá ser feito de forma segura com o cartão de crédito pela plataforma do PagSeguro, empresa do UOL, pioneiro e líder no mercado brasileiro em solução para pagamentos online e presenciais. Para resgatar passagens aéreas utilizando “Pontos + Dinheiro”, basta acessar passagens.pontosmultiplus.com.br ou pelo site da Multiplus (pontosmultiplus.com.br), na seção “Troque seus Pontos”, o menu de “Passagens Aéreas”. NOVAS CONTAS A startup de serviços domiciliares Parafuzo é a nova cliente da Dezoito, empresa de assessoria de imprensa e projetos editoriais do Grupo Rái. Criada por cinco empreendedores do segmento de internet, a Parafuzo é uma empresa especializada em serviços para a casa. Em poucos cliques, o cliente pode solicitar serviços de limpeza a pintura por meio do site parafuzo.com. No primeiro caso, ele é realizado por profissionais especializados no prazo de 48h. Já quem opta pelo serviço de limpeza, conta com o atendimento de diaristas credenciadas. Tudo de maneira prática, segura e garantida para quem precisa contratar mão de obra capacitada de forma rápida e descomplicada. Por enquanto, o atendimento é realizado apenas na Grande São Paulo, mas, em breve, outros serviços também serão disponibilizados, assim como novas praças serão contempladas. Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 37 mercado MERCADO DE TRABALHO A R/GA anunciou cinco caras novas. A agência contratou cinco profissionais, especialmente para integrarem as áreas de criação, produção e analytics. São eles: Hugo Nakahara, Thiago Capeleiro, Paulo de Melo, Duda di Pietro e Bruno Sanchez. Thiago Capeleiro, Paulo de Nakahara, com passagens por Melo, Duda Di Pietro, Bruno Espalhe Marketing de Guerrilha Sanchez e Hugo Nakahara e Yahoo!, chega para liderar o setor de analytics, respondendo diretamente para o vice-presidente de mídia e estratégia Fabiano Coura. Com experiência na Slikland e na Ogilvy & Mather, Capeleiro ocupará o cargo de produtor sênior. A criação foi a área com maior número de novidades, com Melo (ex-Rumba e Grafikonstruct), Duda (ex-Agência Casa e Loducca) e Sanchez (ex-JWT e CuboCC) - Fonte: Propmark. A Atento está oferecendo 4.656 oportunidades de emprego na capital do estado de São Paulo, na área operacional, para o cargo de teleoperador. A Atento não exige experiência para o cargo. O perfil é segundo grau completo, bom vocabulário, boa dicção, fluência verbal, desenvoltura no relacionamento interpessoal, dinamismo, conhecimentos de informática e habilidade em digitação. Todas as oportunidades de trabalho na Atento são em regime CLT. A empresa oferece assistência médica, vale-refeição ou vale-alimentação, seguro de vida, assistência odontológica, vale-transporte, auxílio-creche e auxílio à criança especial. A remuneração varia de acordo com o cliente e a carga horária. Além disso, a companhia tem parcerias com instituições de ensino. Para candidatar-se, os interessados devem se cadastrar no site: www.atento. com.br ou enviar um e-mail com o CV para recrutamentoselecao@ atento.com.br - Fonte: Call Center. A executiva Fátima Bana, com mais de 10 anos de vivência em processos de inteligência em marketing digital, ecommerce, comportamento do consumidor digital e atendimento ao cliente, deixa a Tam Viagens para aplicar seu know how na área na divisão CSU MarketSystem, com foco em e-marketplace, assumindo o cargo de Gerente Executiva Sênior. Uma de suas missões será auxiliarmos os clientes a gerar resgates ou vendas, nos ambientes “Loyalty” ou “Shopping” do Opte+, respectivamente, em maior volume e com maior eficiência, através de esforços de marketing digital. A Rapp Brasil anuncia a contratação de 11 profissionais para reforçar a equipe da agência nas áreas de Data Intelligence, Projetos, Mídia, Atendimento e Digital. Para a área Digital chega o maior número de novos profissionais – o redator Brian Fidelis Moralles (ex-We), a responsável por projetos Ana Carolina Koiki (ex-Banco de Eventos), a secretária Natalia Cristina Rodrigues Pajares (ex-Volkswagen) e a estagiária Carolina da Silva Vieira (ex-IDC Brasil). Com três novas pessoas, o setor de Data Intelligence passa a contar com três analistas de BI – Carolina Cavallari (ex-We), Izabela Damasio (ex-Nielsen) e Gustavo Rodrigues (ex-Zatel). O departamento de Projetos da agência será reforçado com dois estagiários – Stefanie Cavalcante (ex-Real Benemérita) e Tatiane Monteiro (ex-Cásper Líbero). Completam as contratações Luciene Sobreira (ex-Tboom) como gerente de contas para a área de Atendimento e Everton da Silva Coelho (ex-Valonia) como supervisor no departamento de Mídia. Pedro Cruz, que desde 2013 é Chief Operations Officer (C.O.O.) da FCB Brasil, vai acumular novas responsabilidades a partir deste mês de outubro: ele acaba de ser nomeado Chief Culture Officer (C.C.O.) da operação brasileira. Com este cargo, ele se torna também responsável pela concretização dos valores FCB – tanto internamente, na agência, quanto para o mercado. Várias empresas já apostam na figura do Chief Culture Officer. Entre elas, estão o Google, Nike e Apple. O C.C.O. funciona como um tradutor: decodifica o ambiente externo para alimentar o interno, com a intenção de devolver para o mercado um produto mais relevante e inspirador. novos associados Nome da Empresa: Centésimo Marketing & Learning Atividades da Empresa: Digital, Desenvolvimento de Sistema - E-Commerce / E-Learning, Mobile Marketing, Serviços de Apoio, Produtora de Vídeo. Breve histórico da empresa: Criada em 2007, a empresa iniciou suas atividades focando o mercado de empresas farmacêuticas, e a partir de 2011 passou a atuar junto ao mercado de bancos, empresas de contact center, agronegócio e indústria automobilística. Aliamos a experiência no mundo corporativo à experiência acadêmica dos sócios e demais colaboradores, a fim de criar um ambiente de aprendizado funcional e envolvente, criando soluções de projetos educacionais, cursos a distância, sites, softwares educacionais, vídeos para treinamento, games e realidade virtual. Trabalhamos com o planejamento, desenvolvimento, distribuição e tutoria de cursos a distância, blended solutions e cursos presenciais. Desenvolvemos Universidades Corporativas, mapeamos necessidades de capacitação, implantamos cursos nas áreas corporativas e acadêmicas e produzimos materiais didáticos. Localidade em que atua: Com sede em São Paulo, atua em todo território nacional. Nome do representante titular frente à ABEMD: Ricardo Infantozzi Endereço do site da empresa: www.centesimo.com.br 38 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV Abre deu na deu na ImprensA ImprensA Em outubro, o trabalho da ABEMD sobre a PL de proteção de dados foi destaque em diversas mídias. Veja algumas dessas matérias nas páginas a seguir. Novembro/14 - nº -148 - Ano XIV XIV - Marketing Direto Novembro/14 nº 148 - Ano - Marketing Direto3939 Deu na ImprensA 40 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 41 leitura Administração de varejo para pequenas e médias empresas “Administração de Varejo para Pequenas e Médias Empresas” tem a organização do especialista Antonio Carlos Giuliani e já pode ser considerado ‘livro de cabeceira’ dos pequenos e médios empresários do setor. Com conhecimento prático e também acadêmico – Giuliani é há mais de 25 anos consultor de negócios de varejo e hoje coordena o Programa de Pós Graduação em Administração da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) – o organizador apresenta uma obra com linguagem acessível e direta, que propõe soluções imediatas para os negócios, por meios de técnicas ou exemplos práticos, com os vários cases de sucesso elencados. Professor convidado do curso de Maestria en Administración y Mercadotecnia de la UMAD - Universidade Madero/México, o autor compartilha com leitores – em geral gestores do varejo e empreendedores – suas visões teóricas e, especialmente, práticas. Administração de varejo para pequenas e médias empresas Autor: Antonio Carlos Giuliani Editora: Paco Editorial Páginas: 428 Os públicos justificam os meios Mídias customizadas e comunicação organizacional na economia da atenção Comunicar está se tornando um desafio cada vez mais complexo. Em tempos de midiatização das relações sociais, organizações de quaisquer naturezas encontram dificuldades no processo de interlocução com seus públicos-alvo. Numa realidade de vertigem informacional, capturar e manter a atenção de potenciais interlocutores transformou-se numa verdadeira corrida de obstáculos. Como vencer esse desafio tão atual, no âmbito do que se pode denominar economia da atenção? No livro, Martinuzzo explora formas de atuação criativa para estabelecer vínculos duradouros e dialógicos entre as organizações e seus públicos preferenciais. O caminho? As mídias customizadas. Inovador na bibliografia contemporânea, o livro aplica definitivamente o termo customização à comunicação organizacional. A obra mostra o apelo midiático por estratégias sob medida, contemplando as diversas mídias, especialmente as digitais, considerando as características brasileiras. Segundo o autor, a partir de amplo conhecimento sobre os interlocutores-alvo, quem faz a comunicação organizacional na empresa deve se preocupar em definir os meios, ou as mídias, com os quais se vai estabelecer, com endereço certo e conteúdo de interesse, um diálogo eficaz e duradouro, baseado na atenção mútua. Os públicos justificam os meios – Mídias customizadas e comunicação organizacional na economia da atenção Autor: José Antonio Martinuzzo Editora: Summus Editorial Páginas: 152 42 Marketing Direto - Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV Manual de prioridades do CEO - Como dominar a arte de sobreviver no topo Desejar ser um CEO bem-sucedido é um objetivo válido, mas, para alcançá-lo, é necessário primeiro manter-se no cargo. Em 2010, o tempo médio de gestão de um CEO nos Estados Unidos era inferior a cinco anos. Em comparação, no final da década de 1990, esse tempo era superior a nove anos. Embora a aposentadoria e as trocas de emprego produzam impacto nessa estatística, é claro que o CEO hoje vive em um mundo muito mais complexo, com apenas dois pressupostos: incerteza e mudança. O fato de que as empresas estão sujeitas a frequentes mudanças de gestão acaba comprometendo a capacidade de uma empresa em executar uma estratégia vencedora sustentável. Observando a lista das 500 maiores empresas publicada pela revista Fortune, durante praticamente qualquer intervalo de 20 anos é possível notar que 40% das empresas não sobreviveram como entidades autônomas e independentes. Com base em mais de trinta anos de experiência como CEO, Neil Giarratana traz em Manual de Prioridades do CEO, conselhos práticos para a sobrevivência dos executivos, mostrando o que deve ser administrado com competência, habilidade e, principalmente, prioridade. O intuito dessa obra é transportar o leitor para o campo real de sobrevivência do CEO e mostrar maneiras de superar e até mesmo evitar as armadilhas existentes no mundo dos negócios. Trata-se de um guia para orientar líderes a manter-se no cargo e executar uma estratégia empresarial bem-sucedida! Manual de prioridades do CEO – como dominar a arte de sobreviver no topo Autor: Neil Giarratana Editora: Saraiva Páginas: 208 Quem matou a criatividade O assassino está por perto Sua empresa precisa desvendar um mistério: por que o pensamento criativo está desaparecendo a uma velocidade assustadora? Descubra como impedir que isso aconteça! Com um clima de humor e mistério, Quem Matou a Criatividade? traz estudos de casos que se misturam a histórias divertidas para revelar os assassinos da criatividade e para mostrar como qualquer pessoa pode reconfigurar seu cérebro usando as sete estratégias do pensamento criativo. Explorando questões intrigantes do tipo “Será que os chefes opressores são psicopatas disfarçados?”, os autores apontam como empresas, gestores e funcionários podem construir ou reconstruir uma cultura de inovação e ajudam o leitor a restaurar o espírito da inovação em todos os níveis da sua empresa. Durante a investigação, o leitor vai descobrir não somente como a criatividade morreu, mas também quais fatores contribuíram para isso e que muitos desses fatores estão sob o nosso controle. A boa notícia é que, ao contrário da morte física, a criatividade jamais poderá ser completamente extinta. Os restos em potencial dela sempre ficarão arraigados em nós. Quem matou a criatividade? – O assassino está por perto Autor: Andrew Grant e Gaia Grant Editora: Saraiva Páginas: 312 causos do marketing direto A força dos mitos Fernando Guimarães, Chief Creative Officer da Cloudfone ([email protected]) Entre 1976 e 1978, eu fui editor de textos na Editora Abril. Comecei na área de fascículos, na Rua do Curtume, Lapa de Baixo, trabalhando na Enciclopédia do Estudante. Um ano depois, houve uma reformulação na empresa e fui, junto com a EE, para a Abril Infantis, que ficava em um predinho no começo da Rua Bela Cintra. Nas Infantis, tive a oportunidade de trabalhar com Ruth Rocha que estava iniciando sua publicadíssima e premiadíssima carreira de autora infantil. Ruth era a editora-chefe da minha área em que escrevíamos basicamente “manuais”, um filão descoberto após o sucesso do Manual dos Escoteiros Mirins, livrinho que usava os personagens da Disney. Dessa forma, escrevi vários manuais, o Manual da Vovó Donalda, sobre culinária, o Manual do Zé Colmeia, onde já falávamos em sustentabilidade, e outros. Meu último trabalho na Abril foi o Grande Almanaque Disney. Era um livro grande, como o próprio nome diz, formado de uns 15 ou 20 fascículos, cada um deles contando a história de um personagem. Não foi um grande sucesso de vendas, mas eu me diverti muito porque tive a oportunidade de pesquisar e escrever sobre a verdadeira história dos principais personagens do mundo Disney. Assim, pude descobrir que, ao contrário do mito, Walt não era de fato o grande artista do desenho que a maioria das pessoas lhe atribui. Sua genialidade ligava-se mais à capa- cidade de realizar sonhos – a história dos parques temáticos, Disneyland/Disneyworld, é impressionante, pelo tanto que ele teve que superar para transformar em realidade aquela visão tão singular e revolucionária – e de comandar equipes de verdadeiros gênios – e geniosos. Artistas do calibre de um Ub Iwerks, um Carl Barks, um Walt Kelly e centenas, milhares de outros desenhistas e ilustradores e animadores. Mas o causo mesmo tem a ver com a persistência do mito. Tem a ver com a famosa frase do filme The Man Who Shot Liberty Valance, O Homem Que Matou o Facínora, de John Ford: “When the legend becomes fact, print the legend” – que pode ser traduzida livremente por “se a lenda fica maior que os fatos, imprima-se a lenda”. Em uma ocasião, alguns anos depois da minha passagem pela Abril, quando eu estava na McCann, conversávamos sobre o tema Disney. E um dos colegas, diretor de arte, derramava-se em elogios sobre a capacidade criativa do Walt. Aí, eu caí na besteira de dizer que ele, de fato, não havia criado nenhum daqueles personagens, que tinham sido os artistas acima citados, entre outros. Meus caros, um conselho: nunca tentem desfazer levianamente de um mito. Apesar de que tudo o que eu dizia não era exatamente segredo e inclusive havia sido oficializado pelos Disney Studios, faltou muito pouco para que eu não fosse agredido fisicamente. Você também é convidado para ser colaborador da revista Marketing Direto. Compartilhe seus “Causos” com os leitores da revista e ajude a resgatar esse lado folclórico do Marketing Direto brasileiro. Escreva para: [email protected] Novembro/14 - nº 148 - Ano XIV - Marketing Direto 43 Os tem pos m udaram. O jeito de conquistar seu público, tam bém. Para acompanhar a evolução do mundo, sua estratégia de marketing direto precisa eleger e integrar as mais diferentes disciplinas. Trace o melhor caminho com uma agência especializada ou consultoria, valorize ao máximo o meio digital e a mala direta, use a força dos call centers e a inteligência do database, CRM e logística. Só com marketing direto você consegue chegar até seu cliente sem dispersão e mensurar resultados de forma precisa. É assim que cases incríveis vão entrar para a história da sua marca. Com marketing direto você pode muito mais. www.abemd.org.br