Pronunciamento proferido pelo Deputado Federal Max Rosenmann PMDB/PR em ___/___/2007. EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE NOBRES MEMBROS DA MESA DIRETORA E LÍDERES DAS BANCADAS ILUSTRES COLEGAS E SENHORES Gostaríamos de destacar a visita do papa Bento XVI à Àustria, iniciada no último dia 10, quando ele fez questão de prestar uma homenagem à comunidade judaica, e às vítimas do Holocausto. Na ocasião, o Papa destacou, na presença de milhares de fiéis na praça Am Hof e na Juden Platz, onde se encontra um monumento de concreto erigido para recordar o sofrimento dos judeus deportados pelos nazistas, a importância de não se esquecer dos erros cometidos no passado para não repeti-los no futuro. Além disso, ainda à caminho de Viena, o Papa declarou aos jornalistas que o acompanhavam no avião o seu "pesar" pela perseguição do povo judeu. Bento XVI também afirmou sua amizade com os judeus, a quem chamou de "irmãos". Ele falou ainda sobre a co-responsabilidade dos católicos na perseguição aos judeus - pela qual o Papa João Paulo II já havia pedido perdão -, às críticas feitas à atuação da Igreja Católica no combate ao Holocausto e ao silêncio de muitos católicos naqueles anos. Na Juden Platz, o Papa rezou em silêncio durante cerca de dez minutos. O grande rabino da Áustria, Paul Chaim Eisenberg, e outros sete representantes da comunidade judaica acompanharam o Papa e pronunciaram o Kaddish, a oração dos mortos na religião judaica. Esta não é a primeira vez que Bento XVI mostra o seu carinho pela comunidade judaica, que perdeu 65 mil judeus austríacos durante o nazismo. Em agosto de 2005, durante sua passagem por Colônia (Alemanha), o Papa visitou uma sinagoga, e em maio de 2006, na Polônia, o Pontífice esteve nos campos de concentração e extermínio de Auschwitz. Antes da Segunda Guerra, Viena abrigava uma das maiores comunidades judaicas do mundo. A população de quase 200 mil judeus foi reduzida para cerca de sete mil. Como representante da comunidade judaica, não poderia deixar de registrar esta manifestação do Papa Bento XVI, pela importância que ela ganha em um momento em que o mundo enfrenta grandes tragédias motivadas pela intolerância religiosa. O Papa mostra, com essas declarações, sua sensibilidade e sua preocupação de que o mundo não deixe que essa intolerância predomine, e de que humanidade possa caminhar para um dia em que todos os povos convivam em paz, harmonia e respeito mútuo às diferenças. - Senhor Presidente, peço a Vossa Excelência que autorize a divulgação do meu pronunciamento no programa a Voz do Brasil. Muito Obrigado. MAX ROSENMANN DEPUTADO FEDERAL – PMDB/PR