Revisão gramatical ou ressignificação do nosso conceito sobre

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Revisão
gramatical
ou
ressignificação
do
nosso
conceito sobre Educação?
Por Cristiano Bodart
A palavra “Educação”
deveria ser verbo e não substantivo. Devendo estar sempre no
gerúndio.
Poderia ser acompanhada por artigo indefinido e partitivo (não
quantificável), como existente em outras línguas. Se assim
fosse,
entenderíamos sua presença constante e progressiva em nossa
vida.
Compreenderíamos que trata-se de algo imensurável em sua
quantidade e valor.
O verbo
educar ao ser representado na fala ou na escrita deveria tomar
sempre o formato
plural e, quando no infinitivo, impessoal. Dessa forma,
expressaria sua essência coletiva e interacionista. Educar é
definitivamente um
ato que só ocorre entre “eu” e o “outro”, ou entre os
“outros”: nunca comigo
mesmo… sempre plural, já apontava Paulo Freire!
Levando ao
extremo, na gramática, “mim” como sujeito deveria ter uso
proibido na
mesma frase que contenha a palavra educação. Esse “mim” não
funciona como sujeito
da ação… e a ação é inerente a educação. Da mesma forma, não
poderia ser
usada juntamente com conjunção coordenada adversativa “mas”.
Deveria ser
usada apenas com advérbio de intensidade “mais”. Assim ele
nunca nos
remeteria a adversidade, mas a seu aspecto intensivo e
somatório.
Compreenderíamos que a educação apenas acrescenta.
Sabe-se que
a palavra educação é feminino. Talvez para fazer alusão à sua
capacidade
reprodutora. É a única riqueza que quanto mais usamos, mais
adquirimos.
Educação
deveria ser conjunção. Assim, entenderíamos que ela cria
vínculos e
promove união. A educação deveria nos tornar
mais iguais: humanos! Não deveria ser entendida como medalha
que
colocada no peito nos torna melhores do que os outros.
Educação e
suas variantes deveriam permitir apenas contração e não junção
com prefixos. Dessa forma denunciaria sua capacidade de troca
recíproca.
É ensinando que se aprende… A educação é marcada pela
interação social, o que
vai além do mero contato físico. Trata-se de um processo de
troca de
significados que inicia quando nascemos e termina apenas com o
fim do contato
com a sociedade, normalmente quando morremos. Por isso,
reitero, educação
deveria ser gerúndio…
Será que
precisaremos alterar a gramática para entendermos as virtudes
da educação?
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