MARCO AURÉLIO NEMITALLA ADDED EFICÁCIA DA ADIÇÃO DO MÉTODO KINESIO TAPING AO TRATAMENTO DE FISIOTERAPIA BASEADA NAS DIRETRIZES DE PRÁTICA CLÍNICA EM PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA: UM ENSAIO CONTROLADO ALEATORIZADO UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2015 MARCO AURÉLIO NEMITALLA ADDED EFICÁCIA DA ADIÇÃO DO MÉTODO KINESIO TAPING AO TRATAMENTO DE FISIOTERAPIA BASEADA NAS DIRETRIZES DE PRÁTICA CLÍNICA EM PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA: UM ENSAIO CONTROLADO ALEATORIZADO Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre, sob orientação da Profa. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa e co-orientação do Prof. Dr. Leonardo Oliveira Pena Costa. UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2015 Banca Examinadora Prof. Dra. Lucíola da Cunha Menezes Costa ___________________________ Universidade Cidade de São Paulo Prof. Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos_____________________________ Universidade de São Paulo Prof. Dra. Cristina Maria Nunes Cabral______________________________________ Universidade Cidade de São Paulo DEDICATÓRIA Dedico esta dissertação a minha família. Paulo Alberto Added, Myrtis Elizabeth Morelli Added, Caroline Added e Bruna Added. Sempre me incentivaram ir em busca dos meus sonhos, independente do quão distante estão. Os constantes ensinamentos e conselhos, ajudaram a chegar ao final de mais uma etapa em minha vida. Vocês são minhas ´´pernas´´, que guiam os caminhos corretos da vida. Também dedico este trabalho a Danielle Lacreta Toledo Colonezi, exemplo de que o companheirismo, amizade e o amor, estão presentes em momentos bons e ruins. Estar ao seu lado faz a vida ser vivida com mais amor. Obrigado por todos vocês existirem, sem vocês minha vida não seria a mesma. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por ter colocado este novo desafio na minha vida. Ao mais que amigo Diego Galace de Freitas, um exemplo de ser humano e profissional, que todos deveriam seguir. Uma pessoa que faz a fisioterapia valer a pena. Infinitos agradecimentos aos meus orientadores, Lucíola da Cunha Menezes Costa e Leonardo Oliveira Pena Costa, que fazem o mundo girar em torno da ciência, sempre incentivando a busca da perfeição acadêmica e pessoal. Aos meus colegas Renan Lima Monteiro, Evelyn Cassia Salomão e Flávia Cordeiro de Medeiros. Parte fundamental para realização deste estudo, sem vocês este trabalho não teria sido concluído. Ao amigo e braço direito Samir Asbahan de Araújo, responsável por fazer um dos meus sonhos virarem realidade. À Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo apoio e financiamento do estudo. SUMÁRIO Páginas Sumário...................................................................................................................... vi Prefácio..................................................................................................................... viii Resumo ..................................................................................................................... ix Abstract .................................................................................................................... xi Capítulo 1: Contextualização................................................................................... 1 1.1 Epidemiologia da dor lombar .................................................................... 2 1.2 Diagnóstico e classificação da dor lombar.................................................. 2 1.3 Prognóstico da dor lombar.......................................................................... 4 1.4 Intervenções realizadas para o tratamento da dor lombar........................... 4 1.5 Tratamentos utilizados na Fisioterapia baseada nas diretrizes de prática 6 clínica ............................................................................................................... 1.6 Kinesio Taping............................................................................................ 7 1.7 Justificativa.................................................................................................. 11 1.8 Objetivo....................................................................................................... 12 1.9 Referências Bibliográficas ......................................................................... 13 Capítulo 2: Efficacy of adding the Kinesio Taping method to guideline endorsed conventional physiotherapy in patients with chronic nonspecific low vi back pain: a randomised controlled trial………………………..………………. 18 2.1 Background.…….………………………………………………………... 20 2.2 Objective..………………………………………………………………... 20 2.3 Methods/Design.…………………………………………………………. 21 2.4 Discussion………………………………………………………………... 24 2.5 References………………………………………………………………... 25 Capítulo 3: Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento de 27 fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: um estudo controlado aleatorizado........................ 3.1 Resumo............................................................................................. 29 3.2 Introdução................................................................................................... 31 3.3 Métodos...................................................................................................... 33 3.4 Resultados................................................................................................... 42 3.5 Discussão.................................................................................................... 49 3.6 Referências................................................................................................. 53 Capítulo 4: Considerações finais............................................................................. 56 Anexos........................................................................................................................ 58 Anexo 1............................................................................................................. 59 Anexo 2............................................................................................................. 62 vii Anexo 3 ............................................................................................................ 78 viii PREFÁCIO Esta dissertação de mestrado aborda tópicos relacionados a eficácia do método Kinesio Taping; especificamente sobre eficácia da adição do uso do método Kinesio Taping com um tratamento de fisioterapia baseada nas diretrizes prática clínicas, em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, para os desfechos intensidade da dor, incapacidade e percepção do efeito global. É constituída por quatro capítulos, em que cada capítulo apresenta sua própria lista de referências bibliográficas. O Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) permite a inclusão de artigos publicados, aceitos ou submetidos para publicação em seu formato de publicação ou submissão no corpo do exemplar da dissertação. O capítulo 1 fornece uma contextualização de tópicos relevantes sobre a dor lombar, bem como a sua definição, prevalência, custos, classificação, prognóstico e as principais intervenções realizadas para tratar tal condição. Neste mesmo capítulo são fornecidas informações a respeito do método Kinesio Taping e os objetivos desta dissertação. O capítulo 2 apresenta o projeto do estudo, publicado na revista BMC Musculoskeletal Disorders. O capítulo 3 apresenta o resultado do estudo realizado nesta dissertação de mestrado, que se encontra no formato de um artigo científico, ainda em português, seguindo as orientações para autores da revista Physical Therapy, em que iremos submetê-lo para publicação. Este capítulo consta de uma introdução, métodos, resultados, discussão e referencias bibliográficas. Por fim o capítulo 4 apresenta as considerações finais desta dissertação. ix RESUMO Contextualização: A dor lombar crônica inespecífica é um importante problema de saúde pública altamente prevalente a nível mundial e está associada a enormes custos para a sociedade. As diretrizes de prática clínica apontam técnicas utilizadas convencionalmente na fisioterapia, como terapia manual e programas de exercícios de fortalecimento de músculos gerais e específicos da coluna lombar, como opções de tratamento eficazes. Uma nova intervenção que vem sendo muito utilizada nesses pacientes são as bandagens elásticas denominadas Kinesio Taping. Objetivo: Determinar a eficácia, em relação ao alívio da dor e a melhora da incapacidade funcional, da adição do uso do Kinesio Taping em pacientes com dor lombar crônica inespecífica que recebem tratamento de fisioterapia segundo as recomendações das diretrizes de prática clínica. Desenho do estudo: Ensaio controlado aleatorizado, com avaliador cego, registrado prospectivamente. Local: Esta pesquisa foi realizada no departamento de fisioterapia no centro de Reabilitação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Pacientes: 148 pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Intervenções: Programa de dez sessões de tratamento, durante cinco semanas (duas vezes por semana), de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, que consistiu no uso combinado de técnicas de terapia manual, exercícios gerais e exercícios específicos de estabilização segmentar da coluna vertebral (Grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica) ou para receber os mesmos tratamentos do grupo anterior adicionado a aplicação de fitas Kinesio Taping na região lombar (Grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica + Kinesio Taping) de acordo com os princípios do método. x Desfechos: Os desfechos clínicos primários (intensidade da dor, incapacidade funcional) foram medidos em avaliações realizadas na linha de base e em 5 semanas após randomização, já os desfechos secundários (intensidade da dor, incapacidade funcional) foram mensurados na linha de base e após 3 e 6 meses, além da satisfação com o tratamento recebido (mensurado após 5 semanas de tratamento) após a distribuição aleatória dos pacientes nos grupos. Os dados foram coletados por um examinador cego a distribuição dos grupos aos quais os pacientes foram alocados. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas nos resultados primários da intensidade da dor (média das diferenças = -0,01 pontos, IC 95% -0,88 a 0,85, p=0,98) e incapacidade (média das diferenças = 1,14 pontos, IC 95% -0,84 a 3,13, p=0,26) após 5 semanas de tratramento. Não foram observadas diferenças entre os grupos para todos os demais desfechos secundários (intensidade da dor, incapacidade fucnional e percepção do efeito global), com exceção no desfecho incapacidade na avaliação após 6 meses de aleatorização (média das diferenças = 2,01 pontos, IC 95% 0,03 a 4,00, p=0,05) a favor do grupo que não recebeu a aplicação da Kinesio Taping. Conclusão: Pacientes que recebem tratamento fisioterápico beaseado nas recomendações das diretrizes de prática clínica não necessitam do uso adicional do método Kinesio Taping. xi ABSTRACT Background: The chronic nonspecific low back pain is a serious public health issue that affects a large part of the world population, resulting huge costs for the society. Clinical practice guidelines shows techniques conventionally used in physical therapy, as manual therapy and exercises to strength the muscles in general and the lumbar spine’s muscles, as options to an efficient treatment. A new intervention that has been widely used in these patients is the Kinesio Taping. Objective: Determine the efficacy, with respect to pain relief and improvement of disability, the addition of the Kinesio Taping use in patients with chronic nonspecific low back pain who receive physiotherapy treatment according to the recommendations of clinical practice guidelines. Trial Design: Randomized controlled trial, with blind assessor, prospectively recorded. Local: This research was conduct in the physiotherapy department, at the rehabilitation center of Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Patients: 148 patients with chronic nonspecific low back pain Interventions: Program of ten treatment sessions for five weeks (twice a week), of physical therapy based on clinical practice guidelines. The patients were treated with manual therapy techniques, exercises and specific exercises for the stabilization of the cervical spine (Physical therapy based on clinical practice guidelines group) or they were treated with the same way as the previous group added the application of the Kinesio Taping in the lumbar region (Physical therapy based on clinical practice guidelines + Kinesio Taping group) in accordance with the principles of the method. Outcomes: The clinical outcomes (the intensity of pain; functional incapacity, perception of overall effect) were measured in evaluations conducted on the baseline, after 5 weeks, 3 and 6 months after the random distribution of patients on the groups. xii Were also collected the satisfaction with the treatment received in the revaluation five weeks after randomization. Data were collected by a blinded examiner distribution of the groups to which patients were allocated Results: No significant differences were observed in primary outcomes of pain intensity (mean difference = -0.01 points, 95% CI -0.88 to 0.85, p = 0.98) and disability (mean difference = 1.14 points, 95% CI -0.84 to 3.13; p = 0.26). Differences between groups for all other secondary outcomes were observed, except in the outcome disability in the evaluation after 6 months of randomization (mean difference = 2.01 points, 95% CI 0.03 to 4.00, p = 0 , 05) for the group not receiving the application of Kinesio Taping. Conclusion: Patients receiving physical therapy of high quality does not require the additional use of Kinesio Taping method. xiii Capítulo 1 Contextualização 1 1.1 Epidemiologia da dor lombar A dor lombar é definida como dor ou desconforto entre as margens costais e pregas glúteas inferiores, podendo apresentar dor referida para os membros inferiores1. Os sintomas da dor lombar estão associados com altas taxas de absenteísmo no trabalho, incapacidade funcional e utilização frequente de serviços de saúde1, 2. Assim sendo, torna-se uma condição muito prevalente na população mundial, em que cerca de 39% das pessoas irão apresentar tal desconforto em algum momento da vida3, 4. Estimativas apontam que este número pode aumentar com o envelhecimento da população3. Após o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2010)5, a dor de coluna (dor cervical, torácica e lombar) ocupou a segunda colocação entre as condições de saúde crônicas mais prevalentes no Brasil, ficando atrás apenas da hipertensão arterial sistêmica5. Por ser um importante problema de saúde, a dor lombar gera altos custos para a realização do seu tratamento6. Estudos europeus apontam que anualmente o custo direto e indireto da dor lombar varia entre 2 a 4 bilhões de Euros2. Dentro deste montante, os custos indiretos, como afastamento e redução na produção no trabalho, representam 80% desta parcela6. Por outro lado, apenas 20% desse montante é atribuída aos custos diretos, entre eles a fisioterapia; que apresenta uma pequena parcela de 3,4% dos gastos totais; além dos serviços médicos, emergenciais, ambulatoriais e hospitalares, medicamentos e exames para realizações de diagnósticos6. 1.2 Diagnóstico e classificação da dor lombar A classificação de indivíduos que sofrem de dor lombar é de fundamental importância na prática clínica, pois visa descartar doenças graves, predizer prognóstico e identificar o tratamento mais adequado para cada paciente1. Visando a escolha do 2 melhor tratamento para os pacientes com dor lombar, foi realizada uma divisão que classifica a dor lombar em três grupos1, 2: 1) doenças severas da coluna (como por exemplo: tumores, fraturas e doenças infecciosas e inflamatórias); 2) comprometimento da raiz nervosa (como por exemplo: prolapso discal, estenose do canal lombar ou fibroses pós-cirúrgicas com compressão das raízes nervosas); e 3) dores lombares inespecíficas (dor mecânica de caráter musculoesquelético)1, 2. As doenças severas acometem menos de 1% dos casos, 5% estão associados a comprometimento da raiz nervosa e cerca de 95% dos casos apresentam alterações mecanoposturais, ou seja, de caráter inespecífico2, 7. A dor lombar inespecífica também é sub-classificada de acordo com a duração dos sintomas apresentados. Quando mantida por menos de 6 semanas é classificada como aguda, episódios que variam de 6 a 12 semanas são classificados como subagudos e quando persistido por mais de 12 semanas, são classificados como crônicos2, 7. Essa classificação é de fundamental importância perante o prognóstico e tomada de decisão clínica, referente à melhor intervenção a ser realizada8. A classificação quanto a duração dos sintomas e suas subdivisões da dor lombar, auxilia os profissionais da saúde na elaboração e tomada de decisão clínica, além de evitar gastos abusivos e predizer o prognóstico de cada paciente1. Existem outros modelos de sub-classificação de pacientes com dor lombar baseados na apresentação clínica do paciente, como os métodos de Mckenzie9, Treatment-Based Classification10, Cognitive Functional Therapy11 entre outros. Apesar de serem abordagens promissoras, esses métodos de sub-classificação não foram utilizados nessa dissertação. 3 1.3 Prognóstico da dor lombar O prognóstico dos pacientes que sofrem de dor lombar está intimamente relacionado ao tempo que os sintomas persistem, portanto quanto maior o tempo da duração dos sintomas pior o prognóstico12, 13 . Uma revisão sistemática com meta análise8 observou que em todos os níveis da dor lombar, seja ela aguda, subaguda ou crônica, os sintomas tendem a ter uma melhora da dor e função, logo após seis semanas do início dos sintomas. Por outro lado, quando analisados os mesmos desfechos após um ano do início destes sintomas, os pacientes com dor lombar aguda apresentavam menores níveis de dor e incapacidade, quando comparados aos pacientes com dor lombar subaguda e crônica. Outro dado interessante em relação aos pacientes com dor lombar crônica é que aproximadamente 60% dos pacientes não se consideram totalmente recuperados mesmo após um ano do início dos sintomas8. O prognóstico dos pacientes com dor lombar crônica parece ser menos favorável nas seguintes situações: quando o próprio indivíduo considera que seus sintomas serão persistentes, pacientes com baixo nível educacional, além de indivíduos que foram afastados do trabalho devido a dor lombar12. Em geral, pelo fato dos sintomas persistirem por um período maior em pacientes com dor lombar crônica, estes indivíduos se tornam frequentadores de serviços de saúde, com o intuito de buscar intervenções que reduzam seu quadro álgico e que melhorem sua condição de vida14. 1.4 Intervenções realizadas para o tratamento da dor lombar Atualmente a literatura apresenta uma gama de recursos visando à melhora da dor lombar, porém estes tratamentos diferem de acordo com a classificação e duração dos sintomas de cada indivíduo2, 7. Na fisioterapia estes tratamentos variam desde programas educacionais15, à terapia cognitiva comportamental16, recursos eletrofísicos17 4 (entre eles a eletroterapia e a termoterapia), técnicas de terapia manual18-21, exercícios gerais22 e específicos23. Dentre os recursos citados acima, alguns apresentam melhores evidências científicas, de acordo com as diretrizes de prática clínica2, 7. Estas diretrizes são recomendações destinadas a otimizar o atendimento do paciente2, 7. Elas são elaboradas sobre estudos de alto rigor científico sendo utilizadas para fundamentar a tomada de decisões dos profissionais de saúde sobre situações clínicas específicas. No caso da dor lombar crônica as técnicas de terapia manual18-21, 24 e exercícios terapêuticos, tanto gerais22 quanto os específicos23, são recomendados pelas diretrizes de prática clínica como opções eficazes para essa população. Apesar das diretrizes relatarem os recursos descritos acima como opções de tratamento para indivíduos com dor lombar crônica inespecífica, ensaios clínicos sugerem que quando realizado de forma isolada, a melhora clínica destes tratamentos é, na melhor das hipóteses, moderada2, 19, 23. Devido a modesta melhora clínica e a falta de supremacia de um determinado tratamento, novas técnicas e intervenções vêm sendo testadas, dentro do arsenal da fisioterapia. Em teoria, essas novas intervenções poderiam aumentar o efeito dos tratamentos já realizados e com isso aumentar a satisfação dos pacientes que recebem cuidados fisioterapêuticos. Uma nova alternativa de tratamento muito popular no meio esportivo, e na área da fisioterapia musculoesquelética é denominada Kinesio Taping. Essa técnica vem sendo proposta para pacientes com dor lombar. Esse método foi criado no Japão por Kenso Kase nos anos 7025 e consiste em aplicações de fitas adesivas e elásticas sobre a pele, visando a redução do quadro álgico26-28 e a diminuição da tensão muscular, através do mecanismo de inibição neuromuscular exercido pelas fitas25. Estes tratamentos serão descritos com maiores detalhes a seguir. 5 1.5 Tratamentos utilizados na fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica. Dentre os recursos descritos nas diretrizes de prática clínica2, 7, as técnicas de terapia manual e os exercícios de fortalecimento muscular, gerais e específicos, são convencionalmente utilizados pela fisioterapia18-23, 29. Na terapia manual, destacam-se as mobilizações articulares e as liberações miofasciais18, 20, 21. As mobilizações articulares são baseadas em movimentos repetitivos e oscilatórios de velocidade baixa e constante, realizados em segmentos vertebrais hipomóveis (diminuição do movimento) ou dolorosos24. Estas mobilizações restaurariam os movimentos fisiológicos da articulação através da diminuição da hiperatividade muscular superficial (eretor da espinha) da coluna lombar30, 31, além de estimular a emissão das informações inibitórias dos mecanoreceptores ao sistema nervoso central, através da liberação de substâncias não-opióideas, resultando em efeito analgésico local e sistêmico31, 32. Os efeitos promovidos pela técnica irão depender do grau que esta mobilização é realizada24. Quando o intuito for promover analgesia, movimentos mais curtos (graus baixos) são indicados, porém quando o objetivo for a restauração da amplitude de movimento, movimentos mais amplos são as melhores opções (graus altos) 24. Outra técnica de terapia manual frequentemente utilizada, são as liberações miofasciais18, 20, 21. A técnica consiste em compressões isquêmicas manuais, nas bandas de tensões20. Estas bandas, semelhantes a nódulos, são regiões hiperirritáveis encontradas nos músculos, sendo dolorosas a palpação20. Os exercícios de fortalecimento gerais visam o aumento dos níveis de atividade física dos pacientes (através de exercícios aeróbicos e fortalecimento de grandes grupos 6 musculares como o glúteo máximo e o reto do abdome)2, 7, 22. Enquanto os exercícios específicos de estabilização segmentar têm como principal objetivo promover estabilidade e controle dinâmico da coluna lombar através de exercícios de fortalecimento e de melhoria do controle motor dos músculos transverso do abdome e os multífidos lombares23, 33-36. Para o estudo apresentado nesta dissertação de mestrado, os pacientes receberam o tratamento de acordo com a sua necessidade, uma vez que as avaliações eram realizadas previamente ao início de cada sessão. O fisioterapeuta responsável poderia escolher entre as modalidades terapêuticas, qualquer técnica (ou uma combinação dessas técnicas) que apresente suporte pelas diretrizes de tratamento, descrita nos parágrafos acima. 1.6 Kinesio Taping Este método foi criado no Japão nos anos 70 pelo quiropraxista Kenso Kase25 e tinha como principal objetivo auxiliar músculos e demais estruturas a buscar a homeostase entre os intervalos de sessões de quiropraxia37. A técnica ganhou grande visibilidade após as olimpíadas de Atenas, Pequim e Londres, onde as mesmas serviram de divulgação e conhecimento mundial do método37. Atualmente a aplicação da Kinesio Taping, é realizada desde centros olímpicos até clínicas de reabilitação em todo o mundo37. A técnica consiste na aplicação de fitas elásticas sobre a pele dos pacientes. Estas fitas possuem características próprias, começando pelo fato de ser composta por uma adesivo hipoalérgico, ser resistente a água, sensível ao calor, além de não conter fármacos37. É composta por tecidos com 100% de algodão e acrílico termoativo, são porosas e não restringem as amplitudes de movimento. Os criadores da técnica relatam 7 que durante a sua fabricação as bandagens já são coladas no papel com uma tensão de 10-15% de sua elasticidade25, porém a literatura atual aponta que as bandagens são coladas com apenas 10% de tensão37 . Outro dado da fabricação da Kinesio Taping que diverge da literatura é em relação a variação do seu comprimento, os criadores relatam que a bandagem poderia variar em até 140% do seu tamanho original25, porém os livros mais recentes descrevem que a variação pode chegar em até 60%37 do seu tamanho original, desta forma produzindo maior ou menor tensão sobre a pele, de acordo com o objetivo do terapeuta25, 37, 38. De acordo com os criadores da técnica, os benefícios gerados após a aplicação da Kinesio Taping, seriam divididos em quatro funções, entre elas a função linfática, muscular, articular e dérmica25, 37. Esta última visa a redução do quadro álgico através de estímulos sensoriais nos mecanorreceptores por pressão, descompressão, tensão, elevação e tração37. A tração exercida pela faixa promove uma elevação da epiderme que diminui a pressão nos mecanoreceptores logo abaixo da derme, que por consequência, diminui os estímulos nociceptivos, além de melhorar a circulação sanguínea e linfática, reduzir quadro álgico, realinhar as articulações e diminuir tensão muscular25, 38 . De acordo com estes mecanismos a Kinesio Taping poderia alterar o recrutamento das fibras musculares, através dos mecanismos de inibição e excitação neuromuscular26, 28, porém, até o momento, nenhum estudo explica como a bandagem atuaria fisiologicamente em pacientes com dor lombar. Uma grande parte da teoria desenvolvida pelos criadores da Kinesio Taping diverge em relação aos mecanismos fisiológicos dos nociptores e mecanoreceptores. De acordo com os princípios da modalidade específica, cada receptor reage de uma forma diferente perante aos estímulos recebidos39. Assim sendo, os nociceptores não responderiam a estímulos mecânicos, como no caso a Kinesio Taping39. Já os 8 mecanoceptores, dependendo da sua localização, são capazes de detectar qualquer deformação do tecido, sendo classificados como de baixa adaptação (emitem estímulos em resposta a uma pressão contínua sobre a pele) ou de rápida adaptação (emitem informações em resposta a um movimento na pele, porém são inibidos quando ocorre uma pressão constante)39. De acordo com a fisiologia dos mecanoceptores, após a aplicação de um estímulo (como por exemplo a Kinesio Taping) as fibras de adaptação rápida se acomodariam rapidamente, já as fibras de adaptação lenta iriam se acomodar após alguns instantes da aplicação da bandagem. Do ponto de vista prático, logo após a aplicação das bandagens os pacientes irão sentir a sua presença, porém logo se adaptarão a tal estímulo, tornando a presença da bandagem imperceptível, assim, o efeito da Kinesio Taping poderia se limitar apenas por alguns minutos ou horas. Diversos ensaios clínicos40-44 em diferentes áreas já foram publicados utilizando a Kinesio Taping, porém muitos destes estudos utilizam indivíduos assintomáticos e atletas45-48. Cerca de cinco revisões sistemáticas49-53 e duas meta análises48, 54 já foram publicadas com o intuito de analisar os desfechos clínicos em diferentes patologias. A mais recente revisão sistemática53, incluiu 495 indivíduos em 12 estudos de diferentes patologias do corpo, entre elas: síndrome femoro-patelar, síndrome do impacto no ombro, tendinite dos rotadores laterais do ombro, dor lombar crônica, dor cervical e fasceíte plantar, publicados entre 2008 e 2013, analisando os seguintes desfechos: intensidade da dor, nível de funcionalidade, qualidade de vida, retorno ao trabalho e efeito de percepção do efeito global. Entre os estudos elegíveis, um analisou apenas a aplicação da Kinesio Taping sem outras intervenções, quatro compararam a diferença da aplicação da Kinesio Taping com uma aplicação placebo isolada, outros 9 quatro estudos compararam a eficácia da bandagem elástica em relação a outras intervenções; entre elas exercícios e manipulação vertebral; e cinco analisaram a aplicação da Kinesio Taping como adição de outras intervenções e de forma isolada, sendo que dois estudos analisaram mais de um desfecho. Após a análise dos resultados foi constatado que não existe diferença significativa para a utilização da Kinesio Taping, desta forma não haveria evidência que suporte o uso desta intervenção para essas comparações acima citadas. Os ensaios controlados aleatorizados incluídos nessa revisão sistemática53 apresentam moderada qualidade metodológica e muitos destes estudos apresentam baixo número amostral53. Porém vale ressaltar que a qualidade da evidência, avaliada pelo GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation) da Colaboração Cochrane para as comparações mensuradas nesta revisão sistemática53, variou de muito baixa a baixa qualidade (o que significa, que novos estudos podem alterar as conclusões da revisão). Desta forma se faz necessário novos estudos robustos e com baixo risco de viés à fim de entendermos melhor os efeitos proporcionados por esta técnica. A utilização da Kinesio Taping no tratamento da dor lombar vem aumentado na prática clínica, porém a literatura ainda é escassa. Após um levantamento em bases de dados, foram encontrados apenas três estudos controlados aleatorizados que investigaram a utilização da Kinesio Taping26, trabalhos26, 28 28, 55 e surpreendentemente dois destes não realizaram cálculo amostral adequado nem avaliações a médio e longo prazo. Apenas o trabalho de Parreira et al (2014)55, realizou cálculo amostral. O estudo de Paoloni28 avaliou a intensidade da dor e incapacidade de 39 pacientes, em três diferentes grupos (13 participantes por grupo) após quatro semanas de tratamento. Um grupo recebeu aplicação da Kinesio Taping, no segundo, exercícios 10 de fortalecimento de abdome, extensores lombares e torácicos, psoas, isquiotibiais, musculatura pélvica, além de técnicas de relaxamento muscular, e por fim o terceiro grupo recebeu a combinação das intervenções anteriores. Foi observada uma redução da dor e melhora da função em todos os grupos, porém tal diferença não foi observada quando realizada a comparação intergrupos. O segundo ensaio clinico26 além de avaliar dor e incapacidade, também avaliou a resistência muscular e cinesiofobia de 60 participantes, divididos em dois grupos. Em um dos grupos foi realizada a aplicação da Kinesio Taping e no outro uma bandagem placebo, em ambos os grupos os participantes mantinham a bandagem aplicada por uma semana. Após quatro semanas de tratamento, não foi observada diferença entre os grupos quando analisados todos os desfechos. Por fim, o estudo de Parreira et al55, teve como objetivo avaliar o efeito das circunvoluções causadas após a aplicação da Kinesio Taping, em 148 pacientes com dor lombar inespecífica. Para isso dois grupos foram necessários: grupo experimental, onde 74 pacientes receberam a aplicação da faixa elástica com a formação da circunvoluções, como preconiza a técnica; e grupo controle, em que os outros 74 pacientes receberam a aplicação da Kinesio Taping, porém sem a formação das circunvoluções. Como resultado os autores não observaram diferença significativa entre as duas formas de aplicação. Os resultados do estudo de Paoloni et al 28, devem ser analisados com cautela, uma vez que o número de indivíduos alocados nos grupos foi baixo, houve elevada taxa de perda da amostra e ausência de um avaliador cego. Por outro lado Castro-Sanchez et al (2012)26 e Parreira et al (2014)55 apresentaram boa qualidade metodológica, porém não foram pragmáticos quanto a prática clínica,uma vez que os estudos publicados até o 11 momento tiveram como objetivo analisar apenas os efeitos da aplicação isolada do método Kinesio Taping, e até o momento nenhum ensaio controlado aleatorizado foi publicado utilizando o método Kinesio Taping como um método adicional a um tratamento de fisioterapia baseada nos princípios das diretrizes de prática clínicas. Sendo assim, o objetivo desta dissertação de mestrado foi comparar por meio de um estudo controlado aleatorizado a eficácia da adição do método Kinesio Taping em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, que receberam os tratamentos de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, comparado com pacientes que recebem apenas os cuidados da fisioterapia baseados nas diretrizes de prática clínica 12 1.9 Referências Bibliográficas 1. Waddell G. 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BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 STUDY PROTOCOL Open Access Efficacy of adding the kinesio taping method to guideline-endorsed conventional physiotherapy in patients with chronic nonspecific low back pain: a randomised controlled trial Marco Aurélio Nemitalla Added1,2, Leonardo Oliveira Pena Costa2,3, Thiago Yukio Fukuda1, Diego Galace de Freitas1, Evelyn Cassia Salomão2, Renan Lima Monteiro1 and Lucíola da Cunha Menezes Costa2* Abstract Background: Chronic nonspecific low back pain is a significant health condition with high prevalence worldwide and it is associated with enormous costs to society. Clinical practice guidelines show that many interventions are available to treat patients with chronic low back pain, but the vast majority of these interventions have a modest effect in reducing pain and disability. An intervention that has been widespread in recent years is the use of elastic bandages called Kinesio Taping. Although Kinesio Taping has been used extensively in clinical practice, current evidence does not support the use of this intervention; however these conclusions are based on a small number of underpowered studies. Therefore, questions remain about the effectiveness of the Kinesio Taping method as an additional treatment to interventions, such as conventional physiotherapy, that have already been recommended by the current clinical practice guidelines in robust and high-quality randomised controlled trials. We aim to determine the effectiveness of the addition of the use of Kinesio Taping in patients with chronic nonspecific low back pain who receive guideline-endorsed conventional physiotherapy. Methods/design: One hundred and forty-eight patients will be randomly allocated to receive either conventional physiotherapy, which consists of a combination of manual therapy techniques, general exercises, and specific stabilisation exercises (Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy Group) or to receive conventional physiotherapy with the addition of Kinesio Taping to the lumbar spine (Conventional Physiotherapy plus Kinesio Taping Group) over a period of 5 weeks (10 sessions of treatment). Clinical outcomes (pain intensity, disability and global perceived effect) will be collected at baseline and at 5 weeks, 3 months, and 6 months after randomisation. We will also collect satisfaction with care and adverse effects after treatment. Data will be collected by a blinded assessor. All statistical analysis will be conducted following the principles of intention to treat, and the effects of treatment will be calculated using Linear Mixed Models. Discussion: The results of this study will provide new information about the usefulness of Kinesio Taping as an additional component of a guideline-endorsed physiotherapy program in patients with chronic nonspecific low back pain. * Correspondence: [email protected] 2 Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Rua Cesário Galeno 475, 03071-000 São Paulo-SP, Brazil Full list of author information is available at the end of the article © 2013 Added et al.; licensee BioMed Central Ltd. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0), which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. The Creative Commons Public Domain Dedication waiver (http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/) applies to the data made available in this article, unless otherwise stated. 19 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 Background Low back pain is a significant public health condition and it is associated with a high rate of absenteeism from work, disability, and frequent use of health services [1]. Approximately 39% of the population suffers from low back pain at some stage in their lives [2,3]. The Brazilian National Survey by Household Sample (PNAD, 2010) [4] ranked back pain as the second most prevalent health condition after systemic arterial hypertension [4]. This high prevalence explains the vast amounts expended on treatment for patients with this condition. The most recent systematic review on the cost associated with low back pain indicates that the majority of direct costs were spent on physiotherapy (17%), followed by medication (13%) and other primary health care (13%), however these costs account for less than 20% of the total costs of this condition, i.e. most of the costs are related to indirect expenses with absenteeism from work and lower productivity [5]. Current literature provides several possibilities for the treatment of low back pain that vary according to duration of symptoms and classification of this condition [6,7]. These treatments range from educational programs [8] to behavioural cognitive therapy [9], medication [10], electrophysical agents [11], manual therapy [12-14] (e.g. joint mobilisation/manipulation, myofascial release), general exercises [15] and specific spinal stabilisation exercises [16], among others [7]. Although clinical practice guidelines recommend the aforementioned treatments for patients with chronic nonspecific low back pain, most randomised controlled trials, from which the guidelines are taken, have shown that these treatments provide only mild to moderate clinical improvement in these patients when used in isolation [7,12,16]. These same clinical practice guidelines also state that there is no difference between the various modalities of exercise-based therapy as well as the various manual therapy techniques [7]. Given the modest clinical improvement and the lack of a leading therapy, new interventions are being tested within the variety of physiotherapy techniques to enhance the effect size of the treatment being used and thus increase patient satisfaction. A new treatment option that is very popular in athletes is the Kinesio Taping and it is being widely used in patients with low back pain. This method was created in Japan by Kenso Kase in the 70's [17]. The technique uses an elastic tape that is extremely thin and much more elastic than conventional bandages and applies it to the patient’s skin. This tape can be stretched to 140% of its original length, producing less mechanical retention and restriction to movement [17]. During assessment, the therapist decides which technique and level of traction to give the bandage, generating more or less tension on the skin. According to its developers, this traction elevates the epidermis increasing the pressure on the mechanoreceptors below the dermis, thus decreasing nociceptive stimuli. Page 2 of 8 The creators of the Kinesio Taping also state that the tape is able to improve blood and lymphatic circulation, reduces pain, realigns joints, and reduces muscle tension [17,18]. Additionally, the use of Kinesio Taping is likely to change the pattern of recruitment of muscle fibres [18-20]. In the case of the latter, which involves great activation of the paravertebral musculature in response to pain, it is expected that the use of bandages (such as Kinesio Taping) would inhibit this excessive activation, thus increasing range of motion and, subsequently, will improve functionality and would reduce pain intensity [19-21]. There are three systematic reviews on the use of the Kinesio Taping in patients with musculoskeletal conditions [22-24]. All reviews were consistent in concluding that there is no high-quality evidence of the use of Kinesio Taping in patients with musculoskeletal conditions, including patients with chronic low back pain. However, most of the clinical trials used Kinesio Taping in isolation, had small samples, and had high risk of bias. From a pragmatic standpoint, Kinesio Taping is not used by physiotherapists as an isolated form of intervention, but as an additional component in the treatment of patients with low back pain in order to increase and prolong the effect of pain reduction and disability in these patients. Given that most patients with chronic nonspecific low back pain receive a variety of interventions within the scope of conventional physiotherapy (advice/counselling, manual therapy techniques, general exercise, and specific spinal stabilisation exercises), the present study intends to investigate whether the addition of Kinesio Taping to conventional physiotherapy treatment can provide greater pain relief and functionality than conventional physiotherapy alone in patients with chronic nonspecific low back pain. Objective The primary objective of this trial protocol will be to investigate the efficacy of the addition of the use of Kinesio Taping in relieving pain and improving disability in patients with chronic nonspecific low back pain treated according to the principles of conventional physiotherapy (based on the clinical practice guidelines) compared to patients treated only with conventional physiotherapy. An assessment will be conducted immediately after the treatment (5 weeks after randomisation) (primary outcomes). The secondary objectives of this study will be: – To analyse the difference between the group that will receive Kinesio Taping in addition to conventional physiotherapy treatment and the group that will be treated only with conventional physiotherapy in the outcomes pain intensity (pain relief ) and disability assessed 3 and 6 months after randomisation (secondary outcomes). 20 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 – To analyse the difference between the group that will receive Kinesio Taping in addition to conventional physiotherapy treatment and the group that will be treated only with conventional physiotherapy in the outcome global perceived effect assessed 5 weeks, 3 months, and 6 months after randomisation (secondary outcomes). – To analyse the patient’s adherence to and satisfaction with the treatment (secondary outcomes). Page 3 of 8 treatment for low back pain. Participants will be excluded if they have any contraindications to physical exercise according to the guidelines of the American College of Sports Medicine [27]; serious spinal pathologies (fractures, tumors, and inflammatory pathologies such as ankylosing spondylitis); nerve root compromise (disc herniation and spondylolisthesis with neurological compromise, spinal stenosis, and others); contraindications to the use of Kinesio Taping (allergy or intolerance), serious cardiorespiratory diseases or pregnancy. Hypothesis Assessment procedures The hypothesis of this study is that the patients with chronic nonspecific low back pain who receive conventional physiotherapy treatment in addition to Kinesio Taping will have greater reduction in pain intensity levels, better global perceived effect, and less disability compared to patients who receive only conventional physiotherapy treatment as assessed immediately after the 5 week intervention and that these benefits will be maintained until the reassessments 3 and 6 months after randomisation. The potential study participants will be referred to their respective medical doctors for all assessments and routine examinations, such as imaging tests, prescription of medication, and referral for physiotherapy. The participants will be sent to the physiotherapy clinic where they will be assessed and included or excluded from the study according to the aforementioned eligibility criteria. They will be informed about the study’s objectives, timeline, and eligibility criteria, then asked to sign an informed consent form if they agree to take part in the study. If the participant is considered eligible, the assessor will collect the baseline data prior to randomisation. This assessor will be blinded to patient allocation to treatment groups. The following instruments will be used to assess the participants: 1) Assessment Form; 2) Pain Numerical Rating Scale [25]; 3) Roland Morris Disability Questionnaire [25,26]; 4) Global Perceived Effect Scale [25]; and 4) MedRisk Instrument for Measuring Patient Satisfaction With Physical Therapy Care [28,29]. All scales and questionnaires have been translated and cross-culturally adapted to the Brazilian population, and their respective measurement properties have been assessed by our research group [25,29,30]. A detailed description of each of the instruments is given below. Methods/Design Study design This study will be a two-arm randomised controlled trial, prospectively registered, and with blinded assessor. Approval and registration The procedures and consent form were approved by the Research Ethics Committee of Universidade Cidade de São Paulo (protocol no. 254.063), and the study is being fully funded by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (2013/02075-8). The study will be conducted at the outpatient physiotherapy clinic of Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, in São Paulo, Brazil. This study was prospectively registered at ClinicalTrials.gov - NCT01866332. Sample size calculation The sample size calculation for this study was based on the detection of a one-point difference between groups for the outcome pain intensity assessed by the Pain Numerical Rating Scale [25] (estimated standard deviation of 1.84) and a four-point difference for the outcome disability measured by the Roland Morris Disability Questionnaire [25,26] (estimated standard deviation of 4.9 points) with a statistical power of 80%, alpha of 5%, and possible sample loss of up to 15% [16]. Therefore, 74 participants were needed per group or 148 in total. Participants We will recruit participants of both genders between 18 and 60 years of age with chronic nonspecific low back pain for more than three months and who are seeking Assessment instruments Assessment form Participant characteristics will be collected with the use of an assessment form designed specifically for this study. This form will contain questions regarding demographic and anthropometric data, as well as the participant’s health condition, such as use of medication, level of physical activity, educational level, history of low back pain and duration of symptoms. Pain numerical rating scale The Pain Numerical rating Scale assesses the pain intensity levels perceived by the patient using an 11-point scale (ranging from 0 to 10), with 0 representing “no pain” and 10 representing “the worst possible pain”. The participants will be instructed to report the level of pain intensity in the last seven days [25]. 21 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 Roland Morris disability questionnaire The Roland Morris Disability Questionnaire assess disability associated with low back pain by means of 24 questions that describe daily tasks that the patients have difficulty performing due to low back pain [25,26]. The patients will be instructed to answer the questions that actually apply to them over the last 24 hours. The total score is the sum of the points obtained, ranging from 0 to 24 points. The higher the number of answers is, the higher the disability. Page 4 of 8 Secondary Outcomes: 1 Pain intensity perceived by the participant measured by the Pain Numerical Rating Scale [25] at 3 months and 6 months after randomisation; 2 Disability measured by the Roland Morris Disability Questionnaire [25,26] at 3 and 6 after randomisation; 3 Global impression of recovery measured by the Global Perceived Effect Scale [25] at 5 weeks, 3 and 6 months after randomisation. Global perceived effect scale Other outcomes: The Global Perceived Effect Scale assessed the global impression of recovery as perceived by the participant comparing the onset of symptoms to the last few days. It is an 11-point numerical scale ranging from −5 (vastly worse) to 0 (unchanged) to +5 (completely recovered). To measure the global impression of recovery, the participants will be asked: “Compared to when this episode first started, how would you describe your back these days?”. Higher scores indicate better recovery [25,31]. Patient satisfaction with physiotherapy care measured by the MedRisk scale [28,29] at 5 weeks after randomisation. Adverse events will be monitores over the course of treatment and at 5 weeks after randomisation. The assessor who will collect the data related to the assessment instruments in every assessment of the study (baseline, 5 weeks, 3 months, and 6 months after randomisation) will not be aware of the treatment the participants will receive. MedRisk instrument for measuring patient satisfaction with physiotherapy care Allergy test MedRisk is an instrument used to assess the satisfaction of patients who receive physiotherapy care. It is composed of 20 items, including 10 items related to physiotherapistpatient interaction, such as “My therapist answers all of my questions” (item 14); 8 items are not related to physiotherapist-patient interaction, e.g. the office receptionist’s courtesy (item 1); and, finally, 2 items that are considered global items, such as “I would return to this clinic for future services” (item 20). The patients will select their level of satisfaction for each item on a Likert-type scale that varies from 1 (strongly disagree) to 5 (strongly agree) or use the option “not applicable”, with high scores representing high satisfaction [28,29]. All of these assessment instruments will be collected at baseline and 5 weeks, 3 months, and 6 months after randomisation, except for the assessment form, which will be completed only at baseline, and the MedRisk instrument, which will be applied during the 5-week assessment to describe satisfaction with the treatment received. We will also monitor any adverse events that could happen over the treatment period, such as exarcebation of pain, allergy and others. Primary outcomes: 1 Pain intensity perceived by the participant measured by the Pain Numerical Rating Scale at 5 weeks after randomisation; 2 Disability measured by the Roland Morris Disability Questionnaire at 5 weeks after randomisation; All participants considered eligible for the study will undergo a Kinesio tape allergy test immediately after the initial assessment (but before randomisation). This test consists of sticking a small piece of Kinesio tape to the thoracic spine and leaving it for 24 hours. The patients who develop an allergic reaction to the tape will be asked to remove it immediately and will not be included in the study. After this allergic test, the allergy-free patients will be randomised to the treatment groups. Random allocation of patients Immediately after the initial assessment and the allergy test, the participants will be referred to the therapist overseeing the treatment. Before the start of treatment, the participants will be randomly allocated to two groups: Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy Group submitted to manual therapy techniques, general exercise, and specific spinal stabilisation exercises or GuidelineEndorsed Conventional Physiotherapy Group plus Kinesio Taping submitted to the same treatment as the previous group plus Kinesio Taping. Allocation will be conducted according to a computer-generated randomisation schedule performed by a researcher not involved in participant recruitment, assessment or treatment. Participant allocation will be concealed using a random numerical sequence in sealed opaque envelopes. Before beginning the intervention, the therapist overseeing treatment will open the envelope in front of the patient and will disclose the treatment technique that corresponds to the number in the envelope. Figure 1 provides a visual reference of the study design. 22 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 Page 5 of 8 Triage to determine participant eligibility Initial assessment; Informed consent; Application of baseline questionnaires Allergy test Randomisation n=148 Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy n=74 Participant Allocation Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy plus Kinesio Taping n=74 Pain, Disability, Global Perceived Effect and Satisfaction with Treatment 5-week follow-up Pain, Disability, Global Perceived Effect and Satisfaction with Treatment Pain, Disability, Global Perceived Effect 3-month follow-up Pain, Disability, Global Perceived Effect Pain, Disability, Global Perceived Effect 6-month follow-up Pain, Disability, Global Perceived Effect Figure 1 Study flow diagram. Interventions In this study, 148 participants will be randomly allocated to receive 10 treatment sessions of conventional physiotherapy, consisting of manual therapy techniques, general exercise, and specific spinal stabilisation exercises (Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy Group) or application of Kinesio Taping to the lumbar spine in addition to the aforementioned treatment (Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy plus Kinesio Taping Group). Sessions will last 30 to 60 minutes and will be held twice a week for 5 weeks, for a total of 10 sessions. Before the start of the treatment period, the participants will receive basic orientation regarding the methods that will be used. The participants allocated to the Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy Group will receive the following treatment: 1) manual therapy techniques consisting of joint mobilisation using the Maitland approach [32], in which the posteroanterior central (PAC) pressure technique will be applied in three series of one minute each (1-minute interval between series) to the vertebral segment that is hypomobile or painful; another manual therapy technique that will be used is myofascial release [13,14,33], with manual ischemic compression of the previously assessed band of tension for 30 to 60 seconds. These manual techniques aim to reduce muscle activity and stiffness, improving lumbar range of motion; 2) general exercise aimed at increasing the patients’ level of physical activity (including simple exercises such as short walks, stretching, and strengthening of the major muscle groups, such as gluteus and rectus abdominis) [6,7]; and 3) specific spinal stabilisation exercises consisting of motor control training of the transversus abdominis and multifidus muscles in static and functional activities [16,34-37]. The therapist will teach the patients to contract these muscles by using verbal commands and palpation. Once the participant learns to contract 23 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 the muscles, the contractions will be combined with exercises following a protocol previously developed by the researchers [16], which will include breathing exercises, active movement of upper and lower limbs, change from supine to prone, and increase in difficulty level according to individual ability to maintain muscle contraction. If a particular exercise is too difficult for the participant (due to sedentarism, weakness or pain), it will be interrupted, and the protocol will continue starting with the previous exercise. The main objective of the specific exercises is to restore the patterns of muscle contraction, improve movement of spinal muscles, and increase joint protection through muscle contraction. The participants allocated to the Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy plus Kinesio Taping Group will receive the same treatment as the Guideline-Endorsed Conventional Physiotherapy Group (joint mobilisation, myofascial release, and segment stabilisation) and, at the end of each session, Kinesio Taping will be applied to the lumbar spine. The Kinesio Taping technique uses elastic bandages (5 cm wide and 0.5 mm thick) that are fixed to the skin of the area being treated. These bandages are 100% cotton, breathable, and do not restrict range of motion. The adhesive is heat-activated and latex-free, considerably reducing the risk of allergy or skin reactions. During the manufacturing process, the bandage is fixed to the backing paper at 10-15% tension. Its durability is 3–5 days and it can even be worn in the water as it only expands longitudinally [17]. In this study, the bandage will be positioned on the paravertebral muscles (bilaterally) parallel to the spinous processes of the lumbar spine, starting near the posterior superior iliac spine at the level of the T12. Firstly, the initial anchor point will be applied to the sacral region (at the S1) without tension (0%). After that, the participant will be asked to flex the trunk and the bandage will be applied in the shape of an “I” over the skin in the paravertebral region up to the extremity of the T12 vertebra at 10-15% tension (tension from the backing paper), and finally the final anchor point will be fixed directly above the T12 with 0% tension, according to the principles of the technique (Figure 2) [17]. This technique was used in another clinical trial performed by our research group [38]. Page 6 of 8 Both treatments will be conducted by physiotherapists trained in the methods of joint mobilisation (Maitland), myofascial release, and segment stabilisation and in the Kinesio Taping method. The chief investigator of this study is a certified Kinesio Taping therapist (levels KT 1 and KT 2). These treatments will be applied according to the participant’s clinical status, therefore the exercises and the manual therapy techniques will be individualised according to the clinical examination. This procedure faithfully represents the procedures of physiotherapists in clinical practice. Statistical analysis All statistical procedures will be performed according to the principles of intention to treat [39]. First, descriptive analyses will be conducted to determine data normality (or lack thereof ). The between-group comparisons to obtain the mean effects of the treatments will be conducted by means of interaction terms (group versus time interactions) using Linear Mixed Models. The statistical analysis will be conducted by a researcher who will not be involved in any of the phases of data collection and will receive data in coded form and therefore is considered as blinded. The SPSS 19 will be used for these analyses. Discussion This study will investigate a condition that is clinically significant for physiotherapists, and the results will provide reliable information that will guide the future use of the Kinesio Taping method in patients with non-specific low back pain. Regardless of the findings of the present study, the results will be considered important. For example, if adding Kinesio Taping to guideline-endorsed conventional physiotherapy provides greater pain relief and functionality improvement than conventional physiotherapy alone, this method could be confirmed as an effective treatment for these patients. If, on the other hand, the present study does not find any difference between the intervention groups, the role of Kinesio Taping in assisting pain reduction and functionality improvement will have to be reconsidered, especially taking into account the added costs of Figure 2 Application of Kinesio Tape [38]. 24 Added et al. BMC Musculoskeletal Disorders 2013, 14:301 http://www.biomedcentral.com/1471-2474/14/301 treating patients with chronic nonspecific low back pain with this increasingly popular method in clinical practice. Competing interests The authors declare that there is no conflict of interest related to this manuscript. Authors’ contributions MANA, LOPC, TYF, DGF, ECS, RLM, LCMC were responsible for the design of the study. LCMC and LOPC procured funding. MANA and LCMC drafted the manuscript and all authors have contributed to the manuscript. All authors have read and approved the final manuscript. Acknowledgment The authors wish to thank Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) for funding this study (Grant 2013/02075- 8, São Paulo Research Foundation (FAPESP)). Author details 1 Physical Therapy Department, Santa Casa Misericórdia de São Paulo, Brazil, Rua Dr Cesário Motta Jr, 112, 01221-020 São Paulo-SP, Brazil. 2Masters and Doctoral Programs in Physical Therapy, Universidade Cidade de São Paulo, Rua Cesário Galeno 475, 03071-000 São Paulo-SP, Brazil. 3Musculoskeletal Division, The George Institute for Global Health, Sydney, NSW, Australia. Received: 16 September 2013 Accepted: 21 October 2013 Published: 24 October 2013 References 1. Waddell G: The Back Pain Revolution. London: Churchill Livingstone; 2004. 2. Walker BF: The prevalence of low back pain: a systematic review of the literature from 1966 to 1998. J Spinal Disord 2000, 13(3):205–217. 3. 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Submit your next manuscript to BioMed Central and take full advantage of: • Convenient online submission • Thorough peer review • No space constraints or color figure charges • Immediate publication on acceptance • Inclusion in PubMed, CAS, Scopus and Google Scholar • Research which is freely available for redistribution Submit your manuscript at www.biomedcentral.com/submit 26 Capítulo 3: Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: um ensaio controlado aleatorizado 27 Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: um ensaio controlado aleatorizado Marco Aurélio Nemitalla Added¹, Leonardo Oliveira Pena Costa¹ Diego Galace de Freitas2, Tiago Yukio Fukuda2, Renan Lima Monteiro2, Evelyn Cassia Salomão¹, Flávia Cordeiro de Medeiros¹ e Lucíola da Cunha Menezes Costa¹. ¹Programa de Mestrado e Doutorado em fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo; ²Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E-mail para correspondência: [email protected] Endereço para correspondência: Rua Cesário Galeno 448, CEP 03071-100, Tatuapé, São Paulo, Brasil. 28 3.1 RESUMO Introdução: Diretrizes de prática clínica apontam terapia manual e exercícios, como opções eficazes de tratamento para pacientes com dor lombar. À fim de otimizar os efeitos dos tratamentos já realizados, uma nova intervenção muito utilizada nesses pacientes são as bandagens Kinesio Taping, que segundo os criadores da técnica auxilia na diminuição da dor e melhora dos níveis funcionais Objetivo: Determinar a eficácia, no alívio da dor e a melhora da incapacidade funcional, da adição do uso do Kinesio Taping em pacientes com dor lombar crônica inespecífica que recebem tratamento de fisioterapia segundo as diretrizes de prática clínica. Desenho: Ensaio controlado aleatorizado, com avaliador cego, registrado prospectivamente. Local: Departamento de Fisioterapia no centro de Reabilitação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Pacientes: 148 pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Intervenções: Dez sessões (duas vezes por semana), de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, combinando técnicas de terapia manual, exercícios gerais e específicos de fortalecimento da coluna vertebral (Grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica) ou os mesmos tratamentos do grupo anterior adicionado à aplicação de fitas Kinesio Taping na região lombar (Grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica + Kinesio Taping). Desfechos: Os desfechos primário foram mensurados através da intensidade da dor e incapacidade functional (após 5 semanas de randomização dos pacientes) e os desfechos secundários foram mensurados através da intensidade da dor, incapacidade functional (após 3 e 6 meses da randomização dos pacientes) e a satisfação com o tratamento recebido (após 5 semanas de tratamento). Os dados foram coletados por um examinador cego a distribuição dos grupos. Resultados: Não houve diferenças significativas para os desfechos primários de dor (média das diferenças = -0,01 pontos, IC 95% -0,88 a 0,85, p=0,98) e incapacidade (média das 29 diferenças = 1,14 pontos, IC 95% -0,84 a 3,13, p=0,26) e nenhum dos desfechos avaliados na análise intergrupos, com exceção no desfecho incapacidade após 6 meses de aleatorização (média das diferenças = 2,01 pontos, IC 95% 0,03 a 4,00, p=0,05) a favor do grupo que não recebeu a aplicação da Kinesio Taping. Conclusão: Pacientes que recebem tratamento fisioterápico baseado nas recomendações das diretrizes de prática clínica não necessitam do uso adicional do método Kinesio Taping. Número de palavras: 4.703 30 3.2 INTRODUÇÃO A dor lombar é um importante problema de saúde pública1, 2 e está presente em aproximadamente 39% da população mundial em algum momento da sua vida3, 4. Devido esta alta prevalência, diretrizes de tratamento foram desenvolvidas à fim de otimizar o atendimento destes pacientes, além de qualificar os recursos utilizados na prática clínica2, 5. Vários recursos fisioterápicos, como técnicas de terapia manual e exercícios são apontados nessas diretrizes como recursos de alta qualidade para pacientes com dor lombar2, 5. Porém o efeito destas técnicas é na melhor das hipóteses moderada 2, 6, 7 . Sendo assim, novas intervenções têm sido testadas com o intuido de aumentar os efeitos dos tratamentos já existentes. Um novo método que vem sendo difundido para milhares de pessoas em todo mundo, desde pacientes em clínicas de reabilitação à atletas olímpicos e jogadores de futebol, são as bandagens elásticas Kinesio Taping®. Sua principal divulgação aconteceu a partir dos jogos olímpicos de Atenas e desde então tem ganhado cada vez mais visibilidade8.. Um dos principais objetivos da aplicação do método segundo os criadores, é reduzir o quadro álgico, através da inibição dos estímulos nociceptivos, proporcionados após a aplicação da faixa elástica8-10. Por mais que esta técnica estaja muito difundida na prática clínica, a ciência ainda é escassa em relação aos benefícios proporcionados pela aplicação da Kinesio Taping em pacientes com dor lombar. Três ensaios controlados aleatorizados foram publicados até o momento11-13 sendo que dois não realizaram cálculo amostral nem acompanhamento de médio e longo prazo12, 13 e outro estudo apenas analisou o efeito isolado dessa técnica11. Entre as revisões sistemáticas publicadas14-18, a mais recente14 incluiu 12 estudos com qualidade de evidência que variou de baixa a muito baixa de acordo com o GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development, and 31 Evaluation) da Colaboração Cochrane, sendo que os resultados apontam que não há evidência atual que apoei o uso deste método14. Baixa qualidade de evidência significa que novos estudos tem o potencial de modificar os resultados da evidência vigente19. Todas as revisões sistemáticas publicadas até o momento apontam a necessidade de ensaios controlados aleatorizados com alta qualidade metodológica e com acompanhamento de médio a longo prazo14-18. Desta forma o objetivo deste ensaio controlado aleatorizado foi comparar a eficácia da adição do método Kinesio Taping em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, que receberam os tratamentos de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, comparado com pacientes que recebem apenas os cuidados da fisioterapia baseados nas diretrizes de prática clínica. 32 3.3 MÉTODOS Delineamento do estudo Trata-se de um ensaio controlado aleatorizado, de dois braços, com avaliador cego. Esse ensaio clínico obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo (protocolo número 254.063) e foi registrado prospectivamente no www.ClinicalTrials.gov - NCT01866332. Todos os detalhes metodológicos do estudo foram publicados previamente ao início da coleta de dados20. Participantes Os participantes foram recrutados e tratados no departamento de reabilitação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo/Brasil entre Junho de 2013 a Novembro de 2014. Para ser considerado elegível o paciente poderia ser de ambos os sexos com idade entre 18-60 anos, com dor lombar crônica inespecífica com mais de três meses de duração, que estavam procurando tratamento fisioterapêutico. Indivíduos que apresentavam contraindicação para prática de exercícios físicos segundo o American College of Sports Medicine21, doenças severas de coluna, comprometimento radicular, contraindicação ao uso da Kinesio Taping devido alergia e intolerância à fita, doenças cardiorrespiratórias e gestantes, foram excluídos do estudo. Desfechos e acompanhamento Um avaliador cego realizou as coletas de dados na linha de base, previamente a randomização dos pacientes. Foram utilizados uma ficha de avaliação (com informações sobre características clínicas e sócio-demográficas dos pacientes), escala numérica de dor22, que avalia a intensidade da dor, questionário de incapacidade Roland Morris22, 23, que avalia o nível de incapacidade do paciente, escala de percepção do efeito global 22 e o instrumento MedRisk24-26, que avalia a satisfação do tratamento recebido (Tabela 1). 33 Todas as escalas e questionários já foram traduzidos e transculturalmente adaptados para a população brasileira e foram feitas as avaliações das suas respectivas propriedades clinimétricas/psicométricas22, 26. Tabela 1: Descrição dos instrumentos de avaliação utilizados nos desfechos coletados Instrumento de avaliação Desfecho Descrição Escala Numérica Verbal de Intensidade da dor Dor Questionário Roland Morris Incapacidade de Incapacidade Escala de Percepção Efeito Global Medrisk do Percepção do Efeito Global Satisfação do tratamento recebido Avaliada por uma escala de 11 pontos, variando de 0 (´´nenhuma dor´´) a 10 (´´pior dor possível´´). Os participantes foram orientados a relatar o nível da intensidade da dor baseados nos últimos sete dias. Avalia a incapacidade funcional associada à dor lombar através de 24 itens avaliando as atividades diárias nas quais os pacientes têm dificuldade de realizar devido a dor lombar, variando de 0 a 24 pontos. Altos escores significam alta incapacidade. Avalia o efeito global do tratamento percebido comparando o início dos sintomas com os últimos dias. Escala numérica de 11 pontos que varia ´´-5´´ (extremamente pior), ´´0´´ (sem modificações) a ´´+5´´ (completamente recuperado). Avalia a satisfação dos cuidados fisioterapêuticos recebidos, através de um questionário de 13 itens. Cada item varia de 1 “discordo completamente” a 5 “concordo completamente”, quanto maior o escore, maior é a satisfação do paciente. Este instrumento é dividido em 3 dimensões: 1- interpessoal – contém 6 itens referentes a interação do terapeuta e funcionários, com o paciente; 2- conveniência e eficiência contém 3 itens referentes ao horário de atendimento e a atenção recebida; 3educação do paciente contém 2 itens referentes ao comprometimento do terapeuta perante o tratamento; além de 2 perguntas globais. A pontuação varia de 0 a 5 pontos, quanto maior a pontuação, maior a satisfação do paciente. 34 As medidas de desfechos primários foram a intensidade da dor e incapacidade funcional, avaliados após 5 semanas da randomização. As medidas de desfechos secundários foram dor e incapacidade, medidos após 3 e 6 meses de randomização e a percepção do efeito global, após 5 semanas, 3 e 6 meses de randomização. Outro desfecho avaliado foi a satisfação do tratamento fisioterapêutico recebido, após 5 semanas de randomização. A grande maioria dos dados colhidos durante os seguimentos de avaliações foram coletados através de telefonemas. Todos os pacientes considerados elegíveis para o estudo foram submetidos a um teste alérgico da fita Kinesio Taping realizado antes da randomização. O teste consistiu em uma aplicação de um pequeno pedaço da fita Kinesio Taping na coluna torácica dos pacientes, onde a mesma persistiu por 24 horas. Caso o paciente desenvolvesse alergia ou intolerância a fita, era excluído do estudo, no contrário poderia ser alocado para algum dos grupos de tratamentos. Randomização e Intervenções Logo após o teste alérgico o terapeuta realizava um check-list à fim de conferir se os critérios de elegibilidade dos pacientes estavam corretos e então abria o envelope da randomização previamente ao início da primeira sessão de tratamento. A sequência dos números de randomização foi gerada por um computador, através do programa Microsoft Excel (Microsoft Corporation, Redmond, Washington) e lacrada em envelopes numerados, ordenados consecutivamente e opacos, por um pesquisador que não fez parte da avaliação e tratamento dos pacientes. Uma vez que o envelope era aberto o paciente poderia ser alocado para dois grupos: grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica ou grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica e Kinesio Taping. 35 Ambos os grupos receberam tratamento fisioterápico, que consistia de intervenções respaldadas pela literatura de acordo com as diretrizes de prática clínica2,5. Alguns dos tratamentos descritos nas diretrizes são as técnicas de terapia manual e exercícios. Seguindo as normas destas diretrizes os terapeutas poderiam realizar técnicas de terapia manual que fosse indicada para o paciente (entre elas a mobilização articular e a liberação miofascial), além de exercícios gerais (ex: exercício aeróbico e fortalecimento de grandes grupos musculares como reto do abdome e glúteos) e exercícios específicos de fortalecimento da coluna lombar (ex: fortalecimento de transverso do abdome e multifidos lombares). As mobilizações articulares são baseadas em movimentos repetitivos e oscilatórios de velocidade baixa e constante, realizados nos segmentos vertebrais hipomóveis (diminuição do movimento) ou dolorosos. Estas mobilizações auxiliam na restauração dos movimentos articulares através da diminuição da hiperatividade muscular superficial (eretor da espinha) da coluna lombar27,28, além de estimular a emissão das informações inibitórias dos mecanoreceptores ao sistema nervoso central, através da liberação de substâncias não-opióideas, resultando em efeito analgésico local e sistêmico28,29. Outra técnica de terapia manual frequentemente utilizada, são as liberações miofasciais30-32. A técnica consiste em compressões isquêmicas manuais, nas bandas de tensões31. Estas bandas, semelhantes a nódulos, são regiões hiperirritáveis encontradas nos músculos, sendo dolorosas a palpação31. Já os exercícios de fortalecimento gerais visam o aumento dos níveis de atividade física dos pacientes (através de exercícios aeróbicos e fortalecimento de grandes grupos musculares como o glúteo máximo e o reto do abdome)2,5,33. Enquanto os exercícios específicos de estabilização segmentar têm como principal objetivo promover estabilidade e controle dinâmico da coluna lombar através de exercícios de 36 fortalecimento e de melhoria do controle motor dos músculos transverso do abdome e os multífidos lombares7,34-37. Estas técnicas foram aplicadas de acordo com a necessidade de cada paciente, uma vez avaliadas rotineiramente pelo terapeuta. As intervenções visaram desde a diminuição do quadro álgico e fortalecimento muscular, à melhora do controle motor e promoção da independência do paciente perante os exercícios propostos. Os tratamentos foram realizados seguindo os princípios da terapia cognitivo-comportamental, uma vez que os indivíduos recebiam informações de como lidar com seus problemas devido a dor lombar e encorajamento para que os mesmos retornem as suas atividades de vida diária normalmente. A tabela 2 fornece maiores informações quanto a forma de aplicação de cada técnica utilizada. 37 Tabela 2: Descrição das técnicas aplicadas durante os tratamentos Intervenção Ilustração Liberação Miofascial Paciente em decúbito ventral e terpeuta realiza compressões isquêmicas manuais em bandas musculares tensas, compressão mantida por 1 minuto ou até o paciente relater diminuição do quadro álgico. Mobilização Articular (Maitland) Paciente em decúbito ventral e terapeuta realiza a mobilização nos segmentos vertebrais hipomóveis (diminuição do movimento) ou dolorosos, 3x1 minuto em cada segmento. Exercícios Globais Orientado exercícios aeróbicos e fortalecimento de grandes grupos musculares como o glúteo máximo e o reto do abdomen, como por exemplo o exercício de ponte. Exercícios Específicos Exercícios específicos de estabilização segmentar tiveram como principal objetivo promover estabilidade e controle dinâmico da coluna lombar através de exercícios de fortalecimento e de melhoria do controle motor dos músculos transverso do abdome (foto superior) e os multífidos lombares (foto inferior) 38 O grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica e Kinesio Taping, além de receberem as intervenções descritas anteriormente, ao final das sessões recebiam a aplicação da bandagem elástica na coluna lombar. Previamnte a aplicação da faixa elástica foi realizado a tricotomia (quando necessária) e higienização da pele, para promover uma melhora aderência da bandagem. A Kinesio Taping foi posicionada sobre os músculos paravertebrais (bilateralmente) paralelas aos processos espinhosos das vértebras da região lombar, iniciando próximo a região da espinha ilíaca póstero superior até nível de T12. Inicialmente, a ancoragem foi aplicada na região sacral (nível S1) sem tensão na bandagem elástica (tensão 0%). Posteriormente, o participante era solicitado a realizar uma flexão do tronco e a bandagem elástica foi aplicada em “I” sobre a pele na região dos paravertebrais até a extremidade da vértebra T12 com uma tensão de 10-15% (tensão a partir do papel) e finalmente a ancoragem final era fixada logo acima de T12 com 0% de tensão, seguindo os princípios da técnica (Figura 1). Após a aplicação da Kinesio Taping, o paciente era orientado a permanecer com a mesma por uma periodo de 48 horas, podendo realizar todas as atividades prévias a aplicação da bandagem, como por exemplo: tomar banho com a KT, realizar os afazeres domésticos, trabalhar, entre outros. Caso o indivíduo desenvolvesse qualquer tipo de irritação com a pele era orientado que retirasse a bandagem. Figura 1. Aplicação da Kinesio Taping seguindo os princípios propostos pelos seus criadores. 39 As sessões tiveram uma duração aproximada de 30-60 minutos, 2 vezes na semana, durante 5 semanas. Todos os pacientes foram instruídos em realizar os exercícios de fortalecimento muscular em sua residência, uma vez por dia (com 3 séries de 10 repetições para cada exercício indicado). Porém esses exercícios domiciliares não foram monitorados. A quantidade de sessões e a duração do tratamento visou o pragmatismo realizado convencionalmente nas clínicas de fisioterapia. Os terapeutas envolvidos na pesquisa eram certificados em todas as técnicas realizadas no estudo. Cegamento Neste estudo o avaliador foi cego quanto à alocação dos pacientes nos respectivos grupos, porém, devido a natureza das intervenções, não foi possível cegar tanto o terapeuta quanto o paciente. Cálculo amostral O cálculo amostral foi baseado na detecção de diferença de 1 ponto para o desfecho dor, através da escala numérica de dor (DP estimado em 1,84) e 4 pontos para o desfecho incapacidade, através do questionário Roland Morris de Incapacidade (DP estimado em 4,9). Utilizamos poder estatístico de 80%, alfa de 5% e uma possível perda de 15% da amostra. Desta forma foram necessários 74 indivíduos por grupo, totalizando uma amostra de 148 pacientes. Análise Estatística Todos os procedimentos estatísticos foram realizados seguindo os princípios de intenção de tratamento. Inicialmente, realizamos as análises descritivas e inspeção de histogramas para determinar a normalidade (ou não) dos dados. A comparação entre grupos para obtenção dos efeitos médios dos tratamentos foi realizado através de termos de interação (grupo versus tempo) através do teste de Modelos Lineares Mistos. A análise estatística foi realizada por um pesquisador que não teve envolvimento com 40 nenhuma das etapas de coleta de dados e recebeu os dados de forma codificada. As diferenças eram consideradas como estatisticamente significantes, quando o valor p < 0,05. O software Statistical Package for Social Sciences, versão 19.0 foi utilizado para essas análises. 41 4.4 RESULTADOS Durante o recrutamento, 198 potenciais participantes procuraram o tratamento para dor lombar. Deste total, 50 foram considerados inelegíveis (Figura 2). As razões pelas quais os pacientes foram excluídos foram: dor lombar por comprometimento de raiz nervosa (n=17), doenças cardiovasculares descompensadas (n=6), desistência prévia ao início do estudo (n=5), idade superior a 60 anos (n=3), fratura da coluna (n=3), cirurgias prévias na coluna lombar (n=2), cirurgia de joelho marcada para o período do estudo (n=2), paciente não possui contato telefônico para realização dos acompanhamentos (n=2), tumor de membro inferior (n=1), dor lombar aguda (n=1), contra-indicações ao uso da Kinesio Taping (n=1), dor na coluna torácica (n=1), cirurgia de transplante medular marcada durante o período do tratamento (n=1), mieloma múltiplo da coluna (n=1), realiza quimioterapia (n=1), realiza tratamento para síndrome do pânico (n=1), realiza fisioterapia (n=1) e hepatomegalia (n= 1). Quando analisada a quantidade de sessões realizadas, das 1480 sessões previstas (n=148) apenas 47 faltas foram computadas, correspondendo 3,17 % do total de sessões. Em média cada paciente realizou 9,70 sessões (DP=1,00) para o grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica e 9,66 sessões (DP=1,17) para o grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica e Kinesio Taping, refletindo portanto, uma excelente aderência aos tratamentos, para esta análise não foi observado diferença estatisticamente significativa. Em 5 casos (6,7%) observamos algum tipo de irritação da pele devido a aplicação da faixa elástica Kinesio Taping. Tais irritações porém não impossibilitou que os pacientes continuassem recebendo a aplicação da faixa elástica, uma vez que na sessão seguinte a irritação causada na pele já havia cessado, os casos de irritação. Um paciente do grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de pratica clínica a partir da quinta sessão recebeu a aplicação da Kinesio Taping, mas foi 42 analisado no grupo em que foi alocado previamente, seguindo as recomendações da análise de intenção de tratamento. Durante a reavaliação do acompanhamento de três meses após a randomização, um paciente do grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica e Kinesio Taping recusou-se a responder os questionários devido à alta intensidade da dor e o fato de querer receber mais sessões do que o protocolo permitia. Durante os períodos de acompanhamentos de ambos os grupos, tivemos apenas três perdas de avaliações, (Figura 2). 43 Indivíduos Avaliados (n=198) Excluídos (n=50) Randomizados (n=148 ) 74 pacientes alocados para o grupo Fisioterapia Baseado nas Diretrizes de Prática Clínica 74 pacientes (100%) avaliados em 5 semanas 73 pacientes (98,6%) avaliados em 3 meses 73 pacientes (98,6%) avaliados em 6 meses 74 pacientes analizados Alocação dos pacientes Follow-ups Analisados 74 pacientes alocados para o grupo Fisioterapia Baseado nas Diretrizes de Prática Clínica e Kinesio Taping 74 pacientes (100%) avaliados em 5 semanas 73 pacientes (98,6%) avaliados em 3 meses 72 pacientes (97,3%) avaliados em 6 meses 74 pacientes analizados Figura 2 – Diagrama de fluxo do estudo A Tabela 3 representa as características demográficas dos pacientes nos seus respectivos grupos. Em sua maioria o estudo é composto por mulheres solteiras que possuem o ensino fundamental completo. Como podemos observar os grupos são similares quanto as suas características. 44 Tabela 3 – Características da amostra Grupo Fisioterapia Baseada nas Diretrizes Grupo Fisioterapia Baseada nas Diretrizes + KT Variáveis Gênero Masculino 21 (28,4%) 21 (28,4%) Feminino 53 (71,6%) 53 (71,6%) 44,6 (11,7) 45,2 (11,6) Idade (anos) 36 (102,2) 48 (92,0) Duração do sintomas (meses)* 70,2 (14,2) 72,7 (12,2) Peso (Kg) 1,64 (0,1) 1,66 (0,9) Altura (m) 26,1 (4,4) 27,1(5,0) Índice de massa corpórea (IMC) Estado Civil Solteiro 58 (42,6%) 31 (41,9%) Casado 53 (39%) 29 (39,2%) Divorciado 15 (11%) 8 (10,8%) Viúvo 7 (5,1%) 3 (4,1%) Outros 3(2,2%) 3 (4,1%) Escolaridade Fundamental 56 (42,7%) 29 (39,2%) Médio 52 (39,7%) 24 (32,4%) Superior 20 (15,3%) 17 (23,0%) Especialização 2 (1,5%) 3 (4,1%) Mestrado 0 (0%) 0 (0,0%) Doutorado 1 (0,8%) 1 (1,4%) 39 (52,7%) 34 (45,9%) Uso de medicamento 36 (26,9) 17 (23,0%) Episódio recente de dor lombar 36 (26,5%) 21 (28,4%) Pratica atividade física 18 (13,2%) 8 (10,8%) Fumante 7 (9,5%) 3 (4,1) Afastado do trabalho Recebe remuneração devido 3 (2,2%) 1 (1,4%) afastamento 7,4 (1,69) 7,55 (1,76) Intensidade da dor (0 a 10) Percepção do efeito global (-5 a -1,28(2,88) -1,85 (1,76) +5) 14,07 (5,75) 12,97 (5,57) Incapacidade funcional (0 a 24) Variáveis categóricas estão representadas em números e percentuais (%), enquanto variáveis contínuas estão representadas em média e desvio-padrão, *Mediana e intervalo interquartil. 45 A Tabela 4 apresenta as médias (DP) da intensidade da dor, incapacidade e percepção do efeito global, em todos os pontos de coleta de dados. Podemos observar que os sintomas melhoraram com as intervenções e que esta melhora foi mantida com o passar do tempo. A Tabela 5 apresenta média (DP) intragrupos e intergrupos para todos os desfechos, nos respectivos pontos de coleta de dados. Podemos observar na análise intragrupos que os tratamentos realizados reduziram a dor, incapacidade e aumentaram a percepção de melhora dos pacientes. Por outro lado, quando realizada a análise intergrupos, não observamos diferença entre os mesmos, com exceção no desfecho incapacidade na análise 6 meses após aleatorização, a favor do grupo que não recebeu a aplicação da Kinesio Taping (grupo fisioterapia baseadas nas diretrizes de prática clínica). Outro desfecho avaliado foi a satisfação do tratamento fisioterapêutico recebido após as cinco semanas de tratamento. No domínio interpessoal o grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica apresentou médias de 4,7 (DP = 0,38), 4,7 (DP = 0,59) e 4,6 (DP = 0,77) para os domínios interpessoal, conveniência e eficiência e educação do paciente, respectivamente. Já o grupo fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clinica mais Kinesio Taping apresentou médias de 4,6 (DP = 0,36), 4,7 (DP = 0,60) e 4,5 (DP= 0,93) respectivamente, não apresentando diferença estatisticamente significativa após avaliação intergrupos. Em geral, podemos observar o alto grau de satisfação que os pacientes de ambos os grupos apresentaram após os cuidados recebidos. 46 Tabela 4 – Valores obtidos intragrupo (média e desvio padrão) na linha de base, após 5 semanas 3 e 6 meses após a randomização, para intensidade da dor, incapacidade e efeito global. Desfechos Grupos Linha de Base 5 semanas 3 meses 6meses FDC (n = 74) FDC+KT (n = 74) FDC (n = 74) FDC+KT (n = 74) FDC (n = 73) FDC+KT (n = 73) FDC (n = 73) FDC+KT (n = 72) Intensidade Dor (0-10) 7,40 (1,69) 7,55 (1,76) 4,70 (2,77) 4,86 (3,00) 5,91 (2,84) 5,59 (2,76) 5,67 (2,98) 5,74 (3,10) Incapacidade Funcional (0-24) 14,07 (5,95) 12,97 (5,57) 9,03 (7,51) 9,07 (7,56) 9,70 (7,63) 9,46 (7,96) 8,61 (8,20) 9,51 (7,67) Percepção do Efeito Global (+5 a -5) -1,28 (2,88) -1,85 (3,05) 2,74 (2,34) 2,30 (3,00) 1,60 (3,17) 1,68 (3,18) 1,15 (3,15) 0,83 (3,58) FDC = Fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica; FDC+KT = Fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica + Kinesio Taping. 47 Tabela 5 – Valores obtidos intragrupos e intergrupos (média e desvio padrão) na linha de base, após 5 semanas 3 e 6 meses após a randomização, com intervalos de 95% de confiança, para intensidade da dor, incapacidade e efeito global. Desfechos Diferença intragrupos Semana 5 menos linha de base Diferença intergrupos Mês 3 menos linha de base Mês 6 menos linha de base Semana 5 menos linha de base Mês 3 menos linha de base Mês 6 menos linha de base FDC FDC+ KT FDC FDC+ KT FDC FDC+KT FDC – (FDC+KT) FDC – (FDC+KT) FDC – (FDC+KT) Intensidade Dor (0-10) 2,70 (2,03 a 3,38) 2,69 (2,03 a 3,35) 1,50 (0,85 a 2,17) 1,99 (1,30 a 2,67) 1,75 (1,03 a 2,47) 1,89 (1,18 a 2,59) -0,01 (-0,88 a 0,85) 0,47 (-0,39 a 1,34) 0,07 (-0,80 a 0,94) Incapacidade (0-24) 5,04 (3,48 a 6,60) 3,89 (2,48 a 5,30) 4,31 (2,91 a 5,72) 3,49 (2,02 a 4,97) 5,41 (3,60 a 7,22) 3,61 (2,20 a 5,02) 1,14 (-0,85 a 3,13) 0,87 (-1,12 a 2,85) 2,01* (0,03 a 4,00) Efeito Global (+5 a -5) -4,03 (-4,83 a -3,23) -4,15 (-5,12 a -3,18) -2,93 (-3,81 a -2,05) -2,83 (-3,79 a -1,87) -0,12 (-1,30 a 1,06) -0,64 (-1,83 a 0,54) -0,25 (-1,44 a 0,94) -3,60 -2,48 (-4,42 a -2,78) (-3,39 a -1,57) FDC = Fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica; FDC+KT = Fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica + Kinesio Taping.*Valor estatisticamente significante. 48 3.5 DISCUSSÃO Este ensaio controlado aletorizado teve como objetivo comparar a eficácia da adição do método Kinesio Taping em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, que receberam os tratamentos de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, comparado com pacientes que receberam apenas os cuidados da fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica. Após cinco semanas de tratamento, quando realizada a comparação entre os grupos, os níveis de dor e função (desfechos primários) não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Estes dados também se mantiveram no decorrer do tempo para todos os outros desfechos avaliados (desfechos secundários), com exceção no desfecho incapacidade na análise 6 meses após aleatorização, a favor do grupo que não foi submetido a aplicação da Kinesio Taping. Podemos observar que em nenhum momento a adição da Kinesio Taping no tratamento fisioterapêutico que segue as diretrizes de prática clínica, foi superior quando comparado com apenas a realização destas intervenções. Outro desfecho mensurado foi o nível de satisfação que os pacientes tiveram com os cuidados fisioterapêuticos recebidos, em que foi observado alto nível de satisfação. Similarmente, não houve diferenças em níveis de satisfação entre os grupos. O presente estudo abordou um tópico que vem sendo alvo de muitas discussões e estudo na literatura. Atualmente existem uma meta análise referente a prevenção e tratamento de lesões esportivas38 e cinco revisões sistemáticas, em que duas16, apresentam diferentes condições clínicas e três 14, 15, 18 17 , que avaliam as condições musculoesqueléticas dos efeitos da Kinesio Taping, e nenhum dos estudos citados acima apresentam resultados favoráveis a sua utilização. Os ensaios controlados aleatorizados que avaliaram as condições musculoesqueléticas publicados até o momento apresentam moderada qualidade metodológica14-16 e em sua grande maioria, possuem amostras 49 reduzidas14, 28. Podemos ainda ressaltar que a qualidade que evidencia o uso da Kinesio Taping14 varia de baixa a muito baixa, outro motivo pelo qual este estudo acaba se tornando importante não só para comunidade científica, mas para os clínicos uma vez que este estudo visou minimizar os riscos de viés e utilizar uma amostra adequada de pacientes, a fim de entendermos melhor os efeitos da adição que o método Kinesio Taping proporciona para os pacientes com dor lombar crônica, uma vez que o pragmatismo da prática clínica esteve presente em ambos os grupos durante as semanas de tratamento proposta. Nossos dados corroboram com os resultados dos três ensaios controlados aleatorizados descritos na literatura em pacientes com dor lombar crônica inespecífica, que em suma não apresentam resultados satisfatórios em relação à aplicação da Kinesio Taping. O estudo de Paoloni12 teve como objetivo avaliar a intensidade da dor e incapacidade de 39 pacientes com dor lombar crônica após 4 semanas de tratamento. Os pacientes foram alocados em três diferentes grupos, sendo aplicação isolada da Kinesio Taping; exercícios de fortalecimento muscular e técnicas de relaxamento; e combinação das intervenções anteriores. Assim como no presente estudo, os resultados de Paoloni 12 não apresentaram diferença estatisticamente significante na análise intergrupos.. Já o ensaio clínico de Castro-Sanchez et al13 analisou além da dor e incapacidade, a resistência muscular e cinesiofobia de 60 indivíduos, divididos em dois grupos (aplicação da Kinesio Taping e no outro grupo aplicação de bandagem placebo) e não foi observada diferença em todos os desfechos mensurados entre os grupos após quatro semanas de aplicação da bandagem. E por fim o estudo de Parreira et al 201411 avaliou os efeitos das circunvoluções causadas após a aplicação da Kinesio Taping, comparado com a não formação das circunvoluções, em 148 pacientes, como resultado os autores não observaram diferença entre as duas formas de aplicação. 50 Uma das diferenças que podemos observar entre os ensaios clínicos, é em relação ao tempo de acompanhamento dos pacientes. Paoloni et al 201112 e CastroSanchez et al 201213 realizaram as reavaliações em um curto período de tempo, enquanto no presente estudo optamos em manter o acompanhamento em até seis meses após o início da coleta de dados. Os três ensaios clínicos publicados até o momento 11-13 avaliaram o efeito da Kinesio Taping com diferentes objetivos; isolada, combinada com exercícios de fortalecimento globais e a sua forma de aplicação. Nosso estudo visou replicar a prática clínica e adicionar outras intervenções no tratamento destes pacientes, desta forma utilizamos recursos descritos nas diretrizes de prática clínica para o tratamento de pacientes com dor lombar crônica inespecífica, com o intuito de analisarmos se a adição da Kinesio Taping poderia potencializar os efeitos de tratamentos já respaldados pela literatura. De acordo com os criadores da técnica8, 9 a tração exercida pela bandagem promove elevação da epiderme, que diminui a pressão dos mecanorreceptores e por consequência os estímulos nociceptivos. Porém no presente estudo o grupo que recebeu o tratamento de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica com a aplicação da Kinesio Taping não apresentou, valor superior para em nenhum dos desfechos avaliados quando comparado ao grupo que realizou apenas o tratamento de fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica. A melhora apresentada em ambos os grupos, após o período de tratamento pode ser explicada pelo fato de utilizarmos intervenções respaldadas pela literatura, uma vez que todos os pacientes de ambos os grupos receberam as técnicas de acordo com a sua necessidade, avaliadas rotineiramente pelo terapeuta. Tais intervenções visaram a diminuição da hiperatividade muscular e do quadro álgico, por consequência promovendo uma melhora da mobilidade da coluna 51 vertebral, além do aumento da força muscular tanto de músculos específicos da coluna lombar como músculos globais e melhora do controle-motor dos pacientes. Este estudo seguiu os passos apresentados no protocolo publicado20, não apresentando quaisquer alterações do planejamento inicial. O delineamento deste estudo visou minimizar os riscos de viés, porém não foi possível cegar o terapeuta e os pacientes, o que pode ser considerado como uma limitação do nosso estudo. A literatura aponta que a aplicação da Kinesio Taping de forma isolada não proporciona nenhum benefício aos pacientes com dor lombar crônica, da mesma forma que utiliza-la como um método adicional em um tratamento de boa qualidade não altera os resultados, como pode ser observado em nosso estudo. A adição dessa intervenção, além de ser ineficaz, aumenta os custos dos tratamentos e potencialmente pode causar danos aos pacientes devido ao potencial alérgico das fitas. Sendo assim, sugerimos que esse método não seja mais utilizado nessa população. Agradecimentos Agradecemos Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por financiar este estudo. 52 3.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Waddell G. The Back Pain Revolution2004. 2. Airaksinen O, Brox JI, Cedraschi C, et al. Chapter 4. European guidelines for the management of chronic nonspecific low back pain. Eur Spine J. Mar 2006;15 Suppl 2:S192-300. 3. 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Feb 1;42(2):153-164. 55 Capítulo 4: Considerações finais 56 O ensaio clínico apresentado nesta dissertação teve como objetivo analisar a eficácia de aplicação da bandagem elástica Kinesio Taping em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica, que recebem os cuidados da fisioterapia baseada nas diretrizes de prática clínica, comparados com indivíduos que apenas recebem os cuidados da fisioterapia baseada nestas diretrizes, nos desfechos intensidade da dor, incapacidade e percepção do efeito global, após cinco semanas e 3 e 6 meses do início da coleta de dados. Quando realizada a análise dos resultados, podemos observar que ambos os grupos não apresentaram diferenças significativas, com exceção no desfecho incapacidade na análise 6 meses após aleatorização, a favor do grupo que não foi submetido a aplicação da Kinesio Taping. Desta forma, podemos concluir que quando utilizadas técnicas eficazes, a aplicação da Kinesio Taping não proporciona nenhum benefício aos pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Previamente ao início deste estudo ainda havia uma pergunta a ser respondida, se a adição da Kinesio Taping em um programa de fisioterapia de boa qualidade, poderia proporcionar um maior benefício para estes pacientes, uma vez que os estudos publicados até o momento já haviam comprovado que a aplicação de forma isolada da KT não apresenta resultados favoráveis na redução da dor e na melhora da incapacidade. Os dados encontrados no ensaio clínico conduzido nesta dissertação de mestrado corroboram com os dados já existentes na literatura, em que a aplicação da Kinesio Taping não proporciona nenhum benefício adicional ao paciente que apresenta dor lombar crônica. Os próximos passos a serem tomados deveriam visar a divulgação destes resultados tanto para os profissionais que buscam a formação do método, quanto para a comunidade que é submetida diariamente a aplicação da Kinesio Taping. 57 Anexos 58 Anexo 1 Parecer do comitê de ética e pesquisa 59 60 61 Anexo 2 Livro do paciente 62 Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento baseado nos princípios da Fisioterapia Convencional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: Um estudo controlado aleatorizado Livro do Paciente Por favor, confira se as seguintes informações foram preenchidas antes do paciente ir embora e então, date e assine. Avaliações Assinale a caixa para cada item concluído Critérios de inclusão Termo de consentimento Dados e contatos do paciente Linha de base Follow-up 5 semanas Follow-up 3 meses Follow-up 6 meses Assinatura e Data 63 Paciente está interessado em participar do estudo? Sim Não Critérios de inclusão e de exclusão Critérios de inclusão Todas as questões devem ser respondidas SIM para determinar a entrada do paciente no estudo Sim Não Dor lombar há pelo menos 3 meses; Idade entre 18 e 60 anos; Pacientes que estiverem procurando tratamento para dor lombar. Critérios de exclusão Todas as questões devem ser respondidas NÃO para determinar a entrada do paciente no estudo Sim Não Patologias graves de coluna (fraturas, tumores e patologias inflamatórias como espondilite anquilosante, etc); Condições radiculares da coluna (hérnia discal e espondilolistese com comprometimento neurológico, estreitamento de canal medular e outros); Doenças cardiorespiratórias graves; Gravidez; Cirurgias prévias na coluna lombar. Intensidade da dor ≤ 2 (NOTA: será avaliada adiante na página 7) Outros: _____________________________________________ Contra-indicações ao uso do Kinesio Taping (alergia ou intolerância ao materialesparadrapos, fitas, band-aid, etc); Comentários (Se o sujeito for inelegível, por favor registrar abaixo o motivo): __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 64 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO As informações que seguem estão sendo fornecidas para a sua participação voluntária nesta pesquisa cujo título é “Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento baseado nos princípios da Fisioterapia Convencional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: Um estudo controlado aleatorizado”. Objetivos do estudo: determinar a eficácia, em relação ao alívio da dor e a melhora da incapacidade funcional, da adição do uso do Kinesio Taping em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica que recebem tratamento baseado nos princípios da fisioterapia convencional, onde consistem em movimentos aplicados na coluna pelo terapeuta, massagens nos músculos da coluna e fortalecimento da musculatura abdominal. Segue abaixo o planejamento da pesquisa: 1ª etapa - decisória para sua participação na pesquisa Preenchimento da ficha de avaliação, que conterá informações como: dados pessoais, história do quadro da dor, características da dor e critérios de elegibilidade que determinarão sua participação ou não nessa pesquisa (apresentar dor lombar há 3 meses ou mais, não apresentar doença grave de coluna, não apresentar restrição médica para realização de exercício físico, cirurgias prévias na coluna lombar ou alergia a fias adesivas). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2ª etapa – avaliação -Avaliação da intensidade dor na coluna - Pain Numerical Rating Scale; -Avaliação do quanto essa dor interfere na realização de suas atividades diárias - Roland Morris Disability Questionnaire -Como os sintomas se apresentam no momento - Escala de Percepção do Efeito Global; ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3ª etapa: Após a avaliação, o examinador sorteará um número que determinará com qual técnica você será atendido: movimentos nas vértebras da coluna, massagens terapêuticas e fortalecimento, ou as técnicas anteriores com a adição da fita elástica. Serão realizadas 10 sessões de tratamento (2 vezes por semana com dois dias de intervalo entre elas), durante cinco semanas. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4ª etapa: a avaliação será realizada novamente com 5 semanas, 3 meses e 6 meses pós randomização da mesma forma descrita na 2ª etapa. Na 5° semana, será analisado a satisfação dos cuidados fisioterapêuticos recebidos durante o tratamento – Medrisk. O presente estudo é orientado pela Profª Lucíola da Cunha Menezes Costa, sendo realizado pelo aluno do curso de mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, Marco Aurélio Nemitalla Added. Existe a possibilidade de um aumento discreto dos sintomas da dor lombar após a aplicação das bandagens. Além disso, é possível observar uma pequena reação alérgica a fita. Essas aplicações são 65 feitas rotineiramente por fisioterapeutas e geralmente pacientes não relatam exacerbação dos sintomas, mas é possível que ocorra. Você também tem a garantia de que terá acesso aos pesquisadores responsáveis para o esclarecimento de eventuais dúvidas. Se desejar, é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do estudo. As informações obtidas serão analisadas em conjunto com as dos demais participantes, não sendo divulgada a identificação dos mesmos. Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Os pesquisadores se comprometem a utilizar os dados coletados somente para esta pesquisa. Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos. Concordo voluntariamente em participar desta pesquisa e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante a mesma, sem penalidades ou prejuízo. Eu, ______________________________________________________________________________, RG.: ___________________________________de __________________, do sexo ______________, Nascido em ________________, residente à ______________________________________________ ___________________________________________________na cidade de ____________________, declaro ter sido informado e estar devidamente esclarecido sobre os objetivos deste estudo sobre as técnicas e procedimentos e que estarei sendo submetido e sobre os riscos e desconfortos que poderão ocorrer. Recebi garantias de total de sigilo e de obter novos esclarecimentos sempre que desejar. Sei que minha participação esta isenta de despesas e que tenho direito a tratamento hospitalar (ou outro), se necessário. Assim, concordo em participar voluntariamente deste estudo e sei que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou perda de qualquer beneficio (caso o sujeito de pesquisa esteja matriculado na Instituição onde a pesquisa está sendo realizada). Data: ___/___/_____ _________________________________________ Assinatura do sujeito da pesquisa ou representante COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA Pesquisador responsável / orientador Eu, Marco Aurélio Nemitalla Added Responsável pela pesquisa “Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento baseado nos princípios da Fisioterapia Convencional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: Um estudo controlado aleatorizado”,declaro que obtive espontaneamente o consentimento deste sujeito de pesquisa para realizar este estudo. Data:___/___/____ ___________________________________________ Assinatura Pesquisador 66 DADOS DO PACIENTE Informações gerais Duração da dor lombar:____________________(Meses) Idade_____ (anos) Data de nascimento:___/___/____ Gênero: Masculino Feminino Estado civil: Solteiro Casado Divorciado Viúvo Outros Peso (em quilos):___________ Altura (em metros):___________ Alfabetizado: Não Sim Escolaridade completa: Fundamental Médio Superior Especialização Mestrado Doutorado. Profissão:_________________ Você utiliza algum medicamento para a dor lombar? Sim Não Qual?_____________ Você teve algum episódio de dor lombar recentemente? Sim Não Você pratica alguma atividade física? Sim Não Se sim, qual___________________ Há quanto tempo________ Frequência/Duração_________ Fumante? Sim Não Está afastado do trabalho? Sim Não Recebe alguma remuneração financeira devido afastamento? Sim Não Dados para contato Por favor escreva abaixo seus dados para contato: Telefone residencial: __________Telefone celular: __________Telefone comercial: ____________ E-mail:____________________________________________________________________________ Endereço: Rua/Av________________________________________nº_______Complemento:_______ Bairro:________________________________Cidade:________________ CEP:__________________ Contato de um parente ou amigo Para nos ajudar e entrar em contato com você caso você se mude de casa, por favor escreva os dados de contato de um parente ou amigo seu que não more com você mas saiba para onde você vai mudar: Nome do parente/amigo:___________________________________________ O que essa pessoa é sua:__________________________________________ Telefone residencial:____________Telefone celular:__________Telefone comercial:_____________ E-mail:_____________________________________________ 67 Linha de Base Caracterização da dor e do quadro clínico do paciente Escala Numérica de Dor Por favor classifique sua dor de 0 a 10 sendo 0 sem dor nenhuma e 10 a pior dor possível. Por favor, dê um número para descrever sua média de dor nos últimos sete dias. Escala de Percepção do Efeito Global 68 Questionário Roland-Morris de Incapacidade Instruções: Quando suas costas doem, você pode encontrar dificuldades em fazer algumas coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas tem utilizado para se descreverem quando sentem dores nas costas. Quando você ler (ou ouvir) estas frases poderá notar que algumas se destacam por descrever você hoje. Ao ler (ou ouvir) a lista pense em você hoje. Quando ler ou ouvir uma frase que descreve você hoje, responda sim. Se a frase não descreve você, então responda não e siga para a próxima frase. Lembre-se, responda sim apenas à frase que tiver certeza que descreve você hoje. 1 2 3 4 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 5 6 7 Sim Sim Sim Não Não Não 8 Sim Não 9 10 Sim Sim Não Não 11 12 Sim Sim Não Não 13 14 15 16 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 17 18 19 20 21 22 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Não Não 23 Sim Não 24 Sim Não Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis. Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que geralmente faço em casa. Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas. Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar freqüentemente. Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma cadeira normal. Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim. Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas. Eu somente fico de pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas evito me abaixar ou me ajoelhar. Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas. As minhas costas doem quase o tempo todo. Tenho dificuldade em me virar na cama por causa de minhas costas. Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas. Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia calça) por causa das dores em minhas costas. Caminho apenas curta distâncias por causa de minhas dores nas costas. Não durmo tão bem por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas. Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas. Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas. Por causa de minhas dores nas costas, fico mais irritado e mal humorado com as pessoas do que o habitual. Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Pontuação: _____ 69 Follow-up 5 semanas (pós randomização) Caracterização da dor e do quadro clínico do paciente Escala Numérica de Dor Por favor classifique sua dor de 0 a 10 sendo 0 sem dor nenhuma e 10 a pior dor possível. Por favor, dê um número para descrever sua média de dor nos últimos sete dias. Escala de Percepção do Efeito Global Você recebeu algum outro tratamento, além do tratamento recebido neste estudo, durantes as cinco semanas de terapia? Não Sim Qual?_________________ Você continua afastado ou conseguiu retornar ao trabalho, durante as cinco semanas de terapia? Afastado Retornou 70 Questionário Roland-Morris de Incapacidade Instruções: Quando suas costas doem, você pode encontrar dificuldades em fazer algumas coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas tem utilizado para se descreverem quando sentem dores nas costas. Quando você ler (ou ouvir) estas frases poderá notar que algumas se destacam por descrever você hoje. Ao ler (ou ouvir) a lista pense em você hoje. Quando ler ou ouvir uma frase que descreve você hoje, responda sim. Se a frase não descreve você, então responda não e siga para a próxima frase. Lembre-se, responda sim apenas à frase que tiver certeza que descreve você hoje. 1 2 3 4 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 5 6 7 Sim Sim Sim Não Não Não 8 Sim Não 9 10 Sim Sim Não Não 11 12 Sim Sim Não Não 13 14 15 16 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 17 18 19 20 21 22 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Não Não 23 Sim Não 24 Sim Não Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis. Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que geralmente faço em casa. Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas. Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar freqüentemente. Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma cadeira normal. Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim. Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas. Eu somente fico de pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas evito me abaixar ou me ajoelhar. Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas. As minhas costas doem quase o tempo todo. Tenho dificuldade em me virar na cama por causa de minhas costas. Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas. Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia calça) por causa das dores em minhas costas. Caminho apenas curta distâncias por causa de minhas dores nas costas. Não durmo tão bem por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas. Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas. Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas. Por causa de minhas dores nas costas, fico mais irritado e mal humorado com as pessoas do que o habitual. Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Pontuação: _____ 71 Instrumento MedRisk para Avaliação da Satisfação do Paciente com o Tratamento Fisioterápico Por Favor, responda as questões abaixo circulando a resposta que melhor descreve sua opinião a respeito de seu tratamento Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A(o) recepcionista(o) foi cortês O processo de registro foi adequado. A sala de espera era confortável (iluminação, temperatura, móveis). A localização da clínica não era conveniente. Esta clínica oferece estacionamento adequado. Eu esperei muito tempo para ser atendido(a) pelo meu fisioterapeuta. Os horários de atendimento desta clínica foram convenientes para mim. Meu fisioterapeuta não ficou tempo suficiente comigo. Meu fisioterapeuta me explicou cuidadosamente os tratamentos que eu recebi. Meu fisioterapeuta me tratou respeitosamente. Os funcionários da clínica foram respeitosos. O estagiário de fisioterapia foi respeitoso. Meu fisioterapeuta não escutou as minhas queixas. Meu fisioterapeuta respondeu a todas as minhas questões. Meu fisioterapeuta aconselhou-me sobre formas de evitar futuros problemas. A clínica e suas dependências estavam limpas. A clínica utilizou equipamentos atualizados. Meu fisioterapeuta forneceu-me instruções detalhadas sobre meu programa de exercícios para casa. De uma forma geral, eu estou completamente satisfeito(a) com os serviços que eu recebi do meu fisioterapeuta. Eu retornaria a esta clínica para futuros serviços ou tratamento. ■ = a resposta tem que ser um número de 1 a 5 NA = não se aplica Concordo Concordo completamente Discordo Neutro 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 NA ■ 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 NA ■ NA 1 2 3 4 5 ■ 1 2 3 4 5 ■ 1 2 3 4 5 ■ 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 ■ ■ NA NA ■ 1 2 3 4 5 ■ 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 ■ ■ ■ 1 2 3 4 5 ■ 1 2 3 4 5 ■ 1 2 3 4 5 ■ 72 Follow-up 3 meses (pós randomização) Caracterização da dor e do quadro clínico do paciente Escala Numérica de Dor Por favor classifique sua dor de 0 a 10 sendo 0 sem dor nenhuma e 10 a pior dor possível. Por favor, dê um número para descrever sua média de dor nos últimos sete dias. Escala de Percepção do Efeito Global Você recebeu algum outro tratamento, além do tratamento recebido neste estudo, durante estes 3 meses após ao termino terapia recebida? Não Sim Qual?_____________ Você continua afastado ou conseguiu retornar ao trabalho, após os três meses do término da terapia? Afastado Retornou 73 Questionário Roland-Morris de Incapacidade Instruções: Quando suas costas doem, você pode encontrar dificuldades em fazer algumas coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas tem utilizado para se descreverem quando sentem dores nas costas. Quando você ler (ou ouvir) estas frases poderá notar que algumas se destacam por descrever você hoje. Ao ler (ou ouvir) a lista pense em você hoje. Quando ler ou ouvir uma frase que descreve você hoje, responda sim. Se a frase não descreve você, então responda não e siga para a próxima frase. Lembre-se, responda sim apenas à frase que tiver certeza que descreve você hoje. 1 2 3 4 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 5 6 7 Sim Sim Sim Não Não Não 8 Sim Não 9 10 Sim Sim Não Não 11 12 Sim Sim Não Não 13 14 15 16 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 17 18 19 20 21 22 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Não Não 23 Sim Não 24 Sim Não Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis. Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que geralmente faço em casa. Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas. Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar freqüentemente. Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma cadeira normal. Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim. Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas. Eu somente fico de pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas evito me abaixar ou me ajoelhar. Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas. As minhas costas doem quase o tempo todo. Tenho dificuldade em me virar na cama por causa de minhas costas. Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas. Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia calça) por causa das dores em minhas costas. Caminho apenas curta distâncias por causa de minhas dores nas costas. Não durmo tão bem por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas. Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas. Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas. Por causa de minhas dores nas costas, fico mais irritado e mal humorado com as pessoas do que o habitual. Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Pontuação: _____ 74 Follow-up 6 meses (pós randomização) Caracterização da dor e do quadro clínico do paciente Escala Numérica de Dor Por favor classifique sua dor de 0 a 10 sendo 0 sem dor nenhuma e 10 a pior dor possível. Por favor, dê um número para descrever sua média de dor nos últimos sete dias. Escala de Percepção do Efeito Global Você recebeu algum outro tratamento além do tratamento recebido neste estudo, durante estes 6 meses após ao termino terapia recebida? Não Sim Qual?_____________ Você continua afastado ou conseguiu retornar ao trabalho, após os seis meses do término da terapia? Afastado Retornou 75 Questionário Roland-Morris de Incapacidade Instruções: Quando suas costas doem, você pode encontrar dificuldades em fazer algumas coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas tem utilizado para se descreverem quando sentem dores nas costas. Quando você ler (ou ouvir) estas frases poderá notar que algumas se destacam por descrever você hoje. Ao ler (ou ouvir) a lista pense em você hoje. Quando ler ou ouvir uma frase que descreve você hoje, responda sim. Se a frase não descreve você, então responda não e siga para a próxima frase. Lembre-se, responda sim apenas à frase que tiver certeza que descreve você hoje. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis. Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas. Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que geralmente faço em casa. Sim Não Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas. Sim Não Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar freqüentemente. Sim Não Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar de uma cadeira normal. Sim Não Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim. Sim Não Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas. Sim Não Eu somente fico de pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas. Sim Não Por causa de minhas costas evito me abaixar ou me ajoelhar. Sim Não Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas. Sim Não As minhas costas doem quase o tempo todo. Sim Não Tenho dificuldade em me virar na cama por causa de minhas costas. Sim Não Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas. Sim Não Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia calça) por causa das dores em minhas costas. Sim Não Caminho apenas curta distâncias por causa de minhas dores nas costas. Sim Não Não durmo tão bem por causa de minhas costas. Sim Não Por causa de minhas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas. Sim Não Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas. Sim Não Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas. Sim Não Por causa de minhas dores nas costas, fico mais irritado e mal humorado com as pessoas do que o habitual. Sim Não Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. Sim Não Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas. Pontuação: _____ 76 Apenas para o avaliador: Em que grupo você acho que este paciente foi randomizado? Fisioterapia Convencional OU Fisioterapia Convencional + Kinesio Taping Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 77 Anexo 3 Ficha de evolução 78 Ficha de evolução Eficácia da adição do método Kinesio Taping ao tratamento baseado nos princípios da Fisioterapia Convencional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: Um estudo controlado aleatorizado 79 Tratamento: Fisioterapia Convencional Fisioterapia Convencional + Kinesio Taping 1° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? (permaneceu com as bandagens por ____ dias consecutivos e ficou sem a bandagem por ___ horas) Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele durante o uso da fita ou mesmo após a sua retirada? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 80 Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 81 4° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 82 Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 6° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 83 7° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 8° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 84 Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 9° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 85 10° - SESSÃO Cor da bandagem Cor da pele Preto Azul Seguiu todas as recomendações? Sim Não, porque? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Apresentou alguma irritação, alergia ou escoriação na pele? Não Sim, qual tipo de irritação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Comentários: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 86