ensino fundamental

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NÚCLEO ESTADUAL DE ENSINO DE JOVENS E ADULTOS E DE CULTURA
POPULAR
DARCY VARGAS
AV. João Pessoa, 1070 – Bairro Farroupilha – CEP 90040-000 – Fone: 3221-6366 – PORTO ALEGRE – RS
Criação​: Decreto 41,744 – D.O. de 26/07/2002 – ​Autorização​: Parecer 1465/2002 D. O. de 30/12/2002.
Língua Portuguesa - Ensino Fundamental
Material de Apoio para Avaliação por Componente
1-
ORTOGRAFIA
1.1-
USO DO Ç, S, SS, J, G, X
USO DO Ç:
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em ​TO​:
intento = intenção canto = canção exceto = exceção
junto = junção
b) Usa-se ç em palavras terminadas em ​TENÇÃO​ referentes a verbos derivados de ​TER​:
deter = detenção
reter = retenção conter = contenção manter = manutenção
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em ​TOR​:
infrator = infração trator = tração
redator = redação setor = seção
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em ​TIVO​:
introspectivo = introspecção
relativo = relação ativo = ação intuitivo – intuição
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência ​R​:
reeducar = reeducação importar = importação repartir = repartição fundir = fundição
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de ​S​: eleição
traição
USO DO S:
a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ​NDER​ ou ​NDIR​:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão confundir = confusão
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ​ERTER​ ou ​ERTIR​:
inverter = inversão; converter = conversão; perverter = perversão
divertir = diversão
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de ​Z​: Creusa
coisa
maisena
d) Usa-se s em palavras terminadas em ​ISA​, substantivos femininos: Luísa, Heloísa, poetisa, Profetisa.
Obs.: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ​CORRER​ ou ​PELIR​:
concorrer = concurso, discorrer = discurso, expelir = expulso, expulsão, compelir = compulsório.
1
f) Usa-se s na conjugação dos verbos ​PÔR​, ​QUERER​, ​USAR​: ele pôs, ele quis, ele usou.
g) Usa-se s em palavras terminadas em ​ASE​, ​ESE​, ​ISE​, ​OSE​: frase, tese, crise, osmose.
Exceções: deslize e gaze
h) Usa-se s em palavras terminadas em ​OSO​, ​OSA​: horrorosa, gostoso
Exceção: gozo
i) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo ​INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha, casa = casinha, mulher = mulherzinha pão = pãozinho.
j) Os verbos terminados em ​ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; os terminados em ​IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver
o radical terminado em s: improviso = improvisar, análise = analisar, pesquisa = pesquisar,
terror = aterrorizar, útil = utilizar, economia = economizar.
k) As palavras terminadas em ​ÊS e ​ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos
ou nomes próprios; as terminadas em ​EZ e ​EZA serão escritas com z quando forem substantivos
abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
Teresa, camponês, inglês, embriaguez, limpeza.
l) Os verbos terminados em ​CEDER​ terão palavras derivadas escritas com ​CESS​:
exceder = excesso, excessivo, conceder = concessão, proceder = processo.
m) Os verbos terminados em ​PRIMIR​ terão palavras derivadas escritas com ​PRESS​:
imprimir = impressão, deprimir = depressão, comprimir = compressa.
n) Os verbos terminados em ​GREDIR​ terão palavras derivadas escritas com ​GRESS​:
progredir = progresso, agredir = agressor, agressão, agressivo, transgredir = transgressão, transgressor.
o) Os verbos terminados em ​METER​ terão palavras derivadas escritas com ​MISS​ ou ​MESS​:
comprometer = compromisso, prometer = promessa, intrometer = intromissão, remeter = remessa.
USO DO G E J:
a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em ​JAR​:
Viajar = espero que eles viajem; encorajar = para que eles se encorajem;
enferrujar = que não se enferrujem as portas.
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em ​JA​:
loja = lojista, canja = canjica, sarja = sarjeta, gorja = gorjeta.
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani, jiló, jiboia, jirau.
d) Escrevem-se com g as palavras terminadas em​ ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO​:
pedágio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio.
e) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM​: a viagem, a coragem, a ferrugem.
Exceções: pajem, lambujem.
2
USO DO X:
Palavras iniciadas por ​ME​ serão escritas com x: mexerica, México, mexilhão, mexer.
Exceção: mecha de cabelos
b) As palavras iniciadas por ​EN​ serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados
por ch: enxada, enxerto, enxurrada, encher – provém de cheio enchumaçar – provém de chumaço
c) Usa-s x após ditongo: baixo, caixa, peixe, eixo, baixela, encaixe, ameixa, caixa, peixe.
Exceções: recauchutar, guache;
d) em algumas palavras, tais como: bexiga, lixeira, lixo, xingar;
e) nas palavras de origem africana ou indígena: abacaxi, Xingu, caxumba, Xavante, etc;
f) depois das sílabas “me” e “en”: enxugamento, enxada, enxergar, enxame, enxugar, enxuto,
enxurrada, enxoval, enxaqueca, enxotar, mexerica, México, mexer, mexilhão, mexerico, mexicano.
Exceções: as palavras encher, enchiqueirar, encharcar - são grafadas com "ch", porque são palavras
formadas pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch - ​encher: prefixo en + radical de
cheio.​
Na regra da sílaba "me", também existe uma exceção, é o substantivo "mecha"; é diferente da forma
verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser grafada com x.
EMPREGO DE S, Ç, X E DOS DÍGRAFOS SC, SÇ, SS, XC, XS
Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender", "verter" e "pelir"
Exemplos: expandir- expansão pretender – pretensão suspender – suspensão
Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer
Exemplos: torção detenção manutenção contorção
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como SS
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
Emprega-se SC:
Nos termos eruditos
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo,
imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
Emprega-se SÇ:
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos: Nascer – nasço crescer – cresço
fascínio,
descer - desço
Emprega-se SS:
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Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir"
Exemplos: agressão – demissão – cessão – discussão – repercussão.
Emprega-se o XCe o XS:
Em dígrafos que soam como SS
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
OBSERVAÇÕES SOBRE O USO DA LETRA​ ​X
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame /cs/ - axila, nexo /z/ - exame, exílio /ss/ - máximo, próximo /s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos​ -xce- ​e​ -xciExemplos:​ ​e​xce​lente, e​xci​tar
1-
SÍLABA
A palavra ​amor ​está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de ​sílaba​.
Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca
há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas
de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as
letras ​i​ e ​u​ (mais raramente com as letras ​e​ e ​o​) podem representar semivogais.
Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas
1) Monossílabas:​ possuem apenas uma sílaba. ​Exemplos: ​mãe, flor, lá, meu
2) Dissílabas: ​possuem duas sílabas. ​Exemplos: ​ca-fé, i-ra, a-í, trans-por
3) Trissílabas: ​possuem três sílabas. ​Exemplos: ​ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz,
O-da-ir
4) Polissílabas:​ possuem quatro ou mais sílabas. ​Exemplos:​ a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra,
a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta
Divisão Silábica
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas:
a)​ Não se separam os ​ditongos​ e ​tritongos​. ​Exemplos: ​f​oi​-ce, a-ve-ri-g​uou
b)​ Não se separam os dígrafos ​ch, lh, nh, gu, qu. ​Exemplos: ch​a-ve, ba-ra​-lh​o,
ba-​nh​a, fre-​gu​ês, ​qu​ei-xa
c)​ Não se separam os ​encontros consonantais que iniciam sílaba.​ Exemplos:
ps​i-có-lo-go, re​-fr​es-co
d) ​Separam-se as ​vogais​ ​dos hiatos​. ​Exemplos: ​c​a​-​a​-tin-ga, f​i​-​e​l, s​a​-​ú​-de
e) ​Separam-se as letras dos dígrafos ​rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: ​ca​r​-​r​o, pa​s​-​s​a-re-la,
de​s​-​c​er, na​s​-​ç​o, e​x​-​c​e-len-te
f) ​Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles
em que a segunda consoante é​ l ​ou​ r. Exemplos: ​a​p​-​t​o, bi​s​-​n​e-to, con-vi​c​-​ç​ão, a-​br​ir,
a-​pl​i-car
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FONÉTICA
A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a
comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonética se
ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais.
Vogal ​= São as cinco já conhecidas - a, e, i, o, u -quando funcionam como base de uma
sílaba. Em cada sílaba há apenas uma vogal. ​NUNCA HAVERÁ MAIS DO QUE UMA
VOGAL EM UMA MESMA SÍLABA.
Consoante = Qualquer letra - ou conjunto de letras representando um som só - que só
possa ser soada com o auxílio de uma vogal (com + soante = soa com...). Na fonética são
consoantes b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (antes de
vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr.
Semivogal = São as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou
depois dela, e as letras m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra -somente em final
de palavra.
Quando a semivogal possuir som de i, será representada foneticamente pela letra Y;
com som de u, pela letra W.
Então teremos, por exemplo, na palavra caixeiro, que se separa silabicamente cai-xei-ro,
o seguinte: 3 vogais = a, e, o; 3 consoantes = k (c), x, r; 2 semivogais = y (i, i). Representando a
palavra foneticamente, ficaremos com kayxeyro.
Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, o seguinte: 4 vogais = a, i, e, o; 4 consoantes = r, t,
lh, r; 1 semivogal = y (i). Foneticamente = artiĹeyro.
Na palavra viagem, vi-a-gem, 3 vogais = i, a, e; 2 consoantes = v, g; 1 semivogal = y
(m).viajẽy.
M/N
As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser:
Consoantes​ = Quando estiverem no início da sílaba.
Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e EN, em final de palavra somente em final de palavra - sendo representadas foneticamente por Y ou W.
Ressôo Nasal = Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três
grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal,
portanto haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).
Por exemplo, na palavra manchem, terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do
verbo manchar, teremos o seguinte: man-chem, 2 vogais = a, e; 2 consoantes = o 1º m, x(ch); 1
semivogal = y (o 2º m); 1 ressôo nasal = an (ã). mãxẽy.
Encontros Vocálicos
É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:
Hiato​ = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.
Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da
Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a
vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal
estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal,
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conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.
Cai-xa = Ditongo decrescente oral.
Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressôo Nasal.
Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.
A-guei = Tritongo oral.
Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.
Encontros Consonantais
É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais:
Encontro Consonantal Puro​ = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.
Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na
Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas
diferentes.
ap-to, cac-to, as-pec-to
Encontro Consonantal Fonético​ = É a letra x com som de ks.
Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.
Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou
simples sinais de nasalização (ressôo nasal).
Dígrafos
Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos
sãorr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as
demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gusó serão
dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm
suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.
arroz = ar-roz - aRos;
assar = as-sar - aSar;
nascer = nas-cer - naSer;
desço = des-ço - deSo;
exceção = ex-ce-ção - eSesãw; exsudar = ex-su-dar - eSudar;
alho = a-lho - aĹo;
banho = ba-nho - baÑo;
cacho = ca-cho - kaXo;
querida = que-ri-da - Kerida;
sangue = san-gue - sãGe.
Dígrafo Vocálico = É o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras
com um fonema vocálico.
sangue = san-gue - sãGe
Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma
representando um fonema.
SINAIS GRÁFICOS
TIL
Sua incidência se dá sobre as letras “a” e “o” no intuito de indicar a nasalização destas.
Exemplos: manhã – coração – órfã - irmã
TREMA
Tal sinal gráfico, desde que a Nova Reforma Ortográfica entrou em vigor, foi totalmente abolido dos
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grupos silábicos representados por “que”, “qui’, “gue” e “gui”. Entretanto, sua permanência ainda
incide sobre os nomes próprios e seus derivados. Ex: Mülller – mülleriano – Hübner - hübneriano
APÓSTROFO
Assinala a supressão de um fonema – geralmente de uma vogal – em palavras compostas, ligadas por
preposição, em expressões populares ou em versos.
Exemplos: minh’alma – mãe d’água – d’água – caixa d’água
ACENTO AGUDO: ​Indica o som aberto, proferido pela vogal tônica.
Exemplos: cajá – até – vovó
ACENTO CIRCUNFLEXO: ​Manifesta-se pelo som fechado, retratado pela vogal tônica.
Exemplos: lâmpada – vovô – clichê
ACENTO GRAVE: ​Utilizado para indicar a crase.
Exemplos: Irei à festa. Estes livros pertencem àquele garoto.
CEDILHA: sobre a letra “c’’, indicando o som de /ss/. Exemplos: açude – aço – associação... ​Dica
importante: ​Este sinal somente é acompanhado pelas vogais: a, o, u.
HÍFEN
Hífen é o sinal gráfico “-“ usado para formar substantivos compostos.
Dentre as mudanças instituídas pela nova ortografia figura-se o uso do hífen. Uma vez um tanto
quanto complexas, são passíveis de nota e, sobretudo, de especial atenção. Para tanto, analisemos
alguns casos, enfatizando como antes eram grafados e como se revelam atualmente:
* Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, retira-se o hífen e
duplicam-se as consoantes.
Observações importantes:
O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar
pela mesma letra. ​Exemplos: hiper-requintado – super-romântico – inter-regional
* Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar
com uma vogal diferente.
Observação:
Esta nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do novo acordo.
Exemplos: antiaéreo – antiamericano – aeroespacial – socioambiental – socioeconômico
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* O hífen passa a ser utilizado quando o prefixo termina por vogal e a segunda palavra começa
com a mesma vogal
Esta regra não se aplica aos prefixos (co), (pro), (re). ​Exemplos: coordenar – reentrância
–reeditar.
Casos relacionados ao prefixo pré/pre:
​- Quando átono (pre): Este se junta ao segundo elemento. ​Exemplos: preestabelecer
predeterminado – preexistir... ​- Quando tônico (pré), utiliza-se o hífen.​ Exemplos: pré-história –
pré-adolescente – pré-natal
* O hífen deixou de ser utilizado em determinadas palavras que perderam a noção de
composição. ​Exemplos:
Observação: O hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação,
como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos: azul-escuro – bem-te-vi – couve-flor – amarelo-claro – guarda-costas
* Em prefixos, o emprego do hífen continua diante de palavras iniciadas por “h”.
Exemplos: super-homem – anti-herói – anti-higiênico – co-herdeiro – extra-humano
* Não se usa o hífen quando prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
consoante diferente de “r” ou “s”. ​Exemplos: contracheque – anteprojeto - extraforte – semicírculo
* O emprego do hífen está também relacionado aos casos abaixo enumerados:
- Com o prefixo sub:​ sub-região – sub-reitoria – sub-raça
- Com os prefixos: além, aquém, recém, vice, ex, pós, sem.
Exemplos: ex-namorado – além-mundo – recém-nascido – pós-cirúrgico – vice-prefeito – sem-terra
–aquém-mar.
- Com o advérbio “mal” quando o segundo elemento começar por vogal ou “h”.
Exemplos: mal-educado – mal-habituado
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Entretanto, não se usa o hífen quando o segundo elemento começar por consoante.
Exemplos: maldormido – malvestido – malsucedido
Também se usa o hífen:​ ​* Diante dos casos em que ocorrer a ênclise e mesóclise.
Exemplos: mandar-te-ei, percebê-lo, levá-la
* Com os sufixos de origem tupi-guarani: -açu, -mirim, -guaçu.
Exemplos: jacaré-açu – cajá-mirim – amoré-guaçu
* Com os prefixos “circum” e “pan” diante de palavras iniciadas por “m”, “n” e vogal.
Exemplos: pan-americano – circum-navegação
MORFOLOGIA
Substantivo
É a palavra que dá nome aos seres, indicando pessoas, lugares, sentimentos, estados, qualidades, ações.
Os substantivos classificam-se em:
» ​Comum​ - indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie: terra, futebol, criança.
» ​Próprio​ – designa nome de pessoas, cidades, países, etc.: Maria, Brasil, Terra.
» ​Simples​ – formado por uma só palavra: barriga, couve, pé, roupa.
» ​Composto​ – formado por duas ou mais palavras: guarda-noturno, pé-de-moleque.
» ​Primitivo​ – a partir dele se formam outros substantivos: mar, pedra, terra, barba.
» ​Derivado​ – forma-se a partir de outro substantivo: maresia, pedreiro, terreiro, barbeiro.
» ​Concreto​ – indica seres reais ou imaginários, cuja existência é próprio, independente de outros: mar,
Deus, saci, mulher, casa, caneta.
» ​Abstrato​ – é aqueles que indica seres de natureza dependente, ou seja, sua existência está ligada a
nossa consciência apenas: amor, verdade, ódio, saudade, sensatez, mentira.
» ​Coletivo​ – indica um conjunto de seres da mesma espécie, embora estando no singular: cardume
(conjunto de peixes), enxame (conjunto de abelhas), quadrilha (conjunto de bandidos).
Relação de alguns substantivos coletivos
Assembléia – de pessoas reunidas, de parlamentares
Alcatéia – de lobos
Arquipélago – de ilha
Arsenal – de armas, munições
Bando – de aves
Biblioteca – de livros
Chusma – de pessoas em geral
Acervo – de obras de arte
Antologia – de textos
Atlas – de mapas
Banda – de músicos
Batalhão – de soldados
Cacho – de frutas
Colméia – de abelhas
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Constelação – de estrelas
Elenco – de atores
Falange – de soldados
Feixe – de lenha
Frota – de navios
Horda – de bandidos
Junta – de médicos, examinadores
Lote – de coisas
Molho - de chaves
Ninhada – de filhotes
Piquete – de pessoas em greve
Pomar – de árvores frutíferas
Réstia – de alho, de cebola
Vocabulário – de palavras
Cordilheira – de montanhas
Enxoval – de roupas
Fauna – de animais
Flora – de plantas
Galeria – de quadros
Júri – de jurados
Legião – de soldados
Manada – de animais
Multidão – de pessoas
Pinacoteca – de quadros
Plantel – de animais de raça
Ramalhete – de flores
Vara – de porcos
Flexão do substantivo​
Os substantivos podem ser flexionados em gênero, número e grau.
Gênero do substantivo
Os substantivos apresentam dois gêneros: masculino e feminino.
Masculino: os nomes que são antecedidos pelo artigo ​o​: ​o​ menino, ​o ​sol, ​o​ mar, ​o​ trem.
Feminino: os nomes que são antecedidos pelo artigo ​a​: ​a​ carta, ​a​ menina, ​a​ caneta, ​a​ lua.
Flexão do gênero do substantivo
Substantivos biformes​: são aqueles que apresentam duas formas para a indicação de gênero
» Substantivos terminados em ​–o​ mudam para ​–a​. Menino – menina Gato – gata
» Substantivos terminados em ​–ão​ mudam para ​–ã​, ​-oa​, ​-ona​. Irmão – irmã Leão – leoa
» Substantivos terminados em ​–or​ formam o feminino com o acréscimo de ​–a​.
Doutor – doutora
Professor – professora
Corretor – corretora
» Pela troca da terminação ​-e​ por ​-a​. Parente – parenta Presidente – presidenta Mestre – mestra
» Pelo acréscimo de ​-a​ aos substantivos terminados em –​ês​, ​-l​, e ​–z​.
Freguês – freguesa Oficial – oficial
Juiz – juíza
» Por meio de ​–esa​, ​-essa​ e ​–isa​ aos substantivos indicadores de ocupações especiais e de títulos.
Cônsul – consulesa Visconde – viscondessa
Poeta – poetisa
» Formação de feminino com palavras diferentes.
Bode – cabra
Boi – vaca
Burro – besta
Carneiro – ovelha
Cavaleiro – amazona Frade – freira
» Por formações irregulares.
Embaixador – embaixatriz
Réu – ré
Ateu – ateia
Judeu – judia
Sultão – sultana
Ator – atriz
Maestro – maestrina
Cão – cadela
Veado – cerva
Avô – avó
Marajá – marani
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Substantivos uniformes​: são aqueles que possuem uma só palavra para indicar o masculino e o
feminino. Classificam-se em:
» ​epicenos​: são os nomes de animais e de plantas em que se distingue o gênero mediante o emprego
das palavras macho e fêmea.
Cobra macho
Crocodilo fêmea
Mamoeiro macho
» ​comum​ de dois gêneros: são substantivos que possuem uma só forma para o masculino e para o
feminino diferenciados pelos artigos ​o​ (masculino) e ​a​ (feminino)
o cliente – a cliente
o doente – a doente
o estudante – a estudante
» ​sobrecomuns​: são substantivos de um só gênero, que indicam homem e mulher, identificando apenas
pelo contexto. O cônjuge
A criança
O cadáver
A testemunha
* Substantivos podem ter significados diferentes dependendo do gênero:
A cabeça – parte do corpo
O cabeça – o chefe
A caixa – objeto
O caixa – pessoa
A rádio – estação
O rádio – o aparelho
* Alguns substantivos possuem mais de um feminino:
Aldeão – aldeã, aldeoa
Elefante – elefanta, aliá
Ladrão – ladra, ladrona, ladroa
Particularidades
Os nomes de rios, mares, montes, pontos cardeais, letras do alfabeto e meses são masculinos.
Número do substantivo
O substantivo apresenta dois números:
Singular​ – que indica apenas um ser: copo, flor, caneta.
Plural​ – que indica mais de um ser: copos, flores, canetas.
Plural dos substantivos simples
» Substantivos terminados em vogal ou ditongo oral acrescenta-se o ​s​: Gato – gatos Série – séries
» Substantivos terminados em ​m​ troca-se por ​ns​: Item – iten
Álbum – álbuns
» Substantivos terminados por ​–ão​ troca-se por ​–ões, -ães​,​ -ãos:​ Aldeão – aldeões Alemão – alemães
» Substantivos terminados por ​–r​ ou ​–z​ acrescenta-se ​–es​: Colher – colheres Paz – pases
» Substantivos terminados por ​–s​ (oxítonas ou monossílabos tônicos) acrescenta-se ​–es​:
Ás – ases Freguês – fregueses
» Substantivos terminados por –s (paroxítonos) ficam invariáveis: O lápis – os lápis O vírus – os vírus
» Substantivos terminados por ​–x​ ficam invariáveis: O clímax – os clímax O tórax – os tórax
» Substantivos terminados por ​–al​, ​-el​, ​-ol​, e ​ul​ troca-se por ​–is​: Varal – varais Túnel – túneis
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» Substantivos terminados por ​–il​ (oxítonas) troca-se por ​-is​: Barril – barris Cantil – cantis
» Substantivos terminados por ​–il​ (paroxítonas) troca-se por ​–eis​: Fóssil – fósseis Projétil – projéteis
​Plurais dos substantivos compostos​
» Substantivo composto não separado por hífen acrescenta-se o ​s​:
Pontapé – pontapés
Passatempo – passatempos
» Só ​o primeiro elemento vai para o plural:
- ​nos compostos ligados por preposição, clara ou subentendida. (pés-de-moleque; mulas-sem-cabeça)
- ​nos substantivos compostos por dois substantivos, em que o segundo transmite a idéia de finalidade
ou semelhança. (mangas-rosas; pombos-correio)
» ​Só o último elemento vai para o plural:
- nos substantivos com os prefixos ​grão​, ​grã​, e ​bel​. (grão-duques; grã-cruzes; bel-prazeres)
- nos substantivos compostos formados por verbos ou palavras invariáveis, seguidas de substantivo ou
adjetivo. (ex-diretores; beija-flores;)
- nos substantivos ligados por três ou mais elementos não ligados por preposição. (bem-me-queres)
- nos substantivos compostos cujos elementos aparecem dobrados. (tico-ticos; reco-recos)
» ​Os dois elementos vão para o plural​:
- nos substantivos formados por substantivo+substantivo. (cartas-bilhetes)
- nos substantivos formados por substantivo+adjetivos. (amores-perfeitos)
- nos substantivos formados por adjetivo+substantivo. (gentis-homens)
» ​Ficam invariáveis os substantivos:
- compostos por frases substantivas. (os bumba-meu-boi)
- compostos por verbos+palavra invariável. (os ganha-pouco)
- compostos por verbos de sentido oposto. (os vai-e-volta)
Flexões de grau do substantivo
O grau do substantivo são dois: ​aumentativo​ e ​diminutivo
Grau aumentativo
Quando se emprega um adjetivo que indique aumento chamamos de grau aumentativo analítico: casa
grande, nariz imenso. O grau aumentativo sintético acontece quando o substantivo recebe sufixos que
indiquem aumento: cabeça – cabeção.
Grau diminutivo
O grau diminutivo analítico acontece quando se emprega um adjetivo que indique diminuição: casa
pequena, nariz pequeno. O grau diminutivo sintético acontece quando o substantivo recebe sufixos que
indiquem diminuição: casinha, narisinho.
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ARTIGOS
Artigos​ são palavras que precedem os ​substantivos​ para determiná-los ou indeterminá-los.
Os artigos ​definidos​ (o, a, os, as), de modo geral, indicam seres determinados, conhecidos da pessoa
que fala ou escreve. ​Falei com ​o​ médico​. ​Já encontramos ​os​ livros perdidos​.
Os artigos ​indefinidos​ (um, uma , uns, umas) indicam os seres de modo vago, impreciso.
Uma​ ​pessoa lhe telefonou​. ​Uns​ ​garotos faziam barulho na rua​.
▪
1.​ O artigo definido, no singular, pode indicar toda a espécie:
ex: ​A​ ​Bolivia exporta mangas​. ​OS​ ​Estados Unidos Da América importa mangas da Bolivia​.
▪
2.​ É facultativo (opcional) o uso do artigo com os pronomes possessivos:
ex: ​Sua intenção era das melhores​. ​A​ sua intenção era das melhores​.
▪
3.​ Os nomes próprios podem vir com artigo:
ex: ​Os​ ​Oliveiras vêm jantar conosco​. ​O​ ​António/Antônio é bom pedreiro​.
▪
4.​ Muitos nomes próprios de lugares admitem o artigo, outros não:
ex: ​Bahia, ​o​ Amazonas, Santa Catarina, Goiás​, ​os​ Andes​.
▪
5.​ O artigo indefinido pode realçar (dar intensidade a) uma ideia:
ex: ​Ele falava com ​uma​ segurança que impressionava a todos! Era ​uma​ euforia​, ​uma​ festa​,​ como
jamais se viu!
▪
6.​ O artigo indefinido pode, também, dar ideia de aproximação:
ex: ​Eu devia ter ​uns​ quinze anos, quando isso aconteceu.
▪
7.​ A palavra ​todo(a)​ pode variar do sentido, se vier ou não acompanhada de artigo:
ex: ​Toda a​ ​casa ficou alagada.​ (inteira, completa, total) ​Toda casa​ ​deve ter segurança.​ (cada,
qualquer)
▪
8.​ Com o numeral ambos (ambas) usa-se o artigo:
ex:Adjetivo é a palavra variável que designa uma especificação ao substantivo, caracterizando-o. Os
adjetivos podem ser classificados em:
ADJETIVOS
● primitivos:​ radicais que por si mesmos apontam qualidades. Ex.: claro, triste, grande,
vermelho.
● derivados:​ são formados a partir de outros radicais. Ex.: infeliz, azulado.
● simples:​ apresentam um único radical em sua estrutura. Ex.: apavorado, feliz.
● compostos:​ apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura. Ex.: ítalo-brasileiro,
socioeconômico.
Adjetivos pátrios
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São os adjetivos referentes a países, estados, regiões, ​cidades​ ou localidades.
Ex.: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba.
Flexões dos adjetivos
Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e grau.
Flexão de gênero
Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se referem.
Ex.: Uma mulher formos​a​ – um homem formos​o​ Uma professora ativ​a​ – um professor ativ​o
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes.
Os adjetivos ​biformes​ apresentam uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino.
As formas do feminino são marcadas pelo acréscimo do sufixo –a ao radical:
Ex.: o homem honest​o​ – a mulher honest​a​, o produtor inglês – a produtora ingles​a​.
Os adjetivos ​uniformes​ possuem uma única forma para o masculino e o feminino:
Ex.: pássaro​ frágil​ – ave ​frágil​, ​escritor​ ​ruim ​– ​escritora​ ​ruim.
Flexão de número
Os adjetivos concordam em número com os substantivos que modificam, assumem a forma singular e
plural. Ex.: político corrupto – políticos corrupto​s​, salário digno – salários digno​s​.
Os adjetivos compostos merecem maior atenção na formação de plural.
- Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o plural:
Ex.: clínica médico-dentária, clínica médico-dentárias.
- Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também em
número: Ex.: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar, tinta amarelo-canário – tintas
amarelo-canário.
Flexão de grau
Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas ao substantivo, os adjetivos
sofrem variação de grau.
Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo.
Grau comparativo
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais característica a um
único ser. O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados
por expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções.
a) Comparativo de igualdade: Ela é tão exigente quanto justa. Ela é tão exigente quanto sua mãe.
b) Grau comparativo de superioridade: Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu.
c) Grau comparativo de inferioridade: Somos menos passivos (do) que eles.
Grau superlativo
A característica conferida pelo artigo é intensificada de forma relativa ou absoluta.
a) ​Relativo:​ a intensificação da característica conferida pelo adjetivo é feita em relação a todos os
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demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir superioridade ou
inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica.
Este é o mais interessante dos ​livros​ que li. (superioridade)
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade)
b) ​Absoluto:​ indica que determinado ser apresenta determinada qualidade em alto grau, transmitindo
ideia de excesso. Pode assumir forma analítica ou sintética.
- analítico:​ é formado com a presença de um advérbio:
Você é muito crítico.
A prova de matemática estava extraordinariamente difícil.
- sintético:​ é expresso com a participação de sufixos.
A prova de matemática estava dificílima.
Este piloto é velocíssimo.
Muitos adjetivos ao receberem um dos sufixos formadores dessa forma de superlativo assumem a
forma latina. Como, por exemplo, os adjetivos terminados em – vel, esses assumem a terminação
–bilíssimo. Agradável: agrada​bilíssimo​; volúvel: volu​bilíssimo​.
Constantemente nos deparamos com a palavra locução em diversos conteúdos ligados à Gramática. A
mesma está relacionada mais precisamente às preposições, verbos, conjunções, advérbios e adjetivos.
Reportando-nos ao conceito que a ela se refere, trata-se da união de duas ou mais palavras que
exercem a função de somente “uma” classe gramatical, como de acordo com as já anteriormente
mencionadas.
Observemos o exemplos ora expostos:
O carinho de mãe é inigualável. Temos uma locução adjetiva para o adjetivo “materno”.
Os artefatos de guerra compõem-se de uma potência brutal. A locução adjetiva corresponde ao
adjetivo “bélicos”.
Ampliando nosso conhecimento sobre locuções adjetivas, atemo-nos à lista evidenciada a seguir:
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1- TIPOS DE TEXTO
I - NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes
elementos, que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado:
quando? ---
onde ?
|
​FATO​ --- com quem?
|
como?
A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história é contada (é
NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio.
É por isso que numa narração predomina a ​AÇÃO​: o texto narrativo é um conjunto de ações;
assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de texto são os VERBOS DE AÇÃO. O
conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto,
recebe o nome de ENREDO.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas PERSONAGENS, que são justamente
as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado ("com quem?" do quadro acima). As
personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes( mesmo sem querer) ele acaba contando "onde"
(=em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma
ação ou ações é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos ADVÉRBIOS DE LUGAR.
Além de contar onde , o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da
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história. Esse elemento da narrativa é o TEMPO, representado no texto narrativo através dos tempos
verbais, mas principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o fato
narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO (parte inicial da
história, também chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO do enredo (é a história
propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a
CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o NARRADOR, que
pode ser PESSOAL (narra em 1a pessoa : EU...) ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...).
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de tempo, por
advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou
seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria
história contada.
II - DESCRIÇÃO
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que
particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é
também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE
LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois
esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos
seres caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS.
Ex. O pássaro é azul . 1-Caracterizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que
liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto
subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às
características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas
lindo! (caracterização subjetiva).
III - DISSERTAÇÃO
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso:
DISSERTAÇÃO
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema,
expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir
opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo
leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas,
exemplificadas, em suma: bem ​ARGUMENTADAS​ (argumentar= convencer, influenciar, persuadir).
A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de
vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto,
alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher lingüiça"): que a
dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O texto
impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e
organizadas de maneira LÓGICA:
a)​ o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das
CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira
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introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES
ARGUMENTATIVOS.
b)​ todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: INTRODUÇÃO,
DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.
A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e
conceituar é GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos
outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser
seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a introdução fique
perfeita, é interessante seguir esses passos:
1. Transforme o tema numa pergunta
2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA)
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO)
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os
ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos
publicamente).
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar"
resumidamente ( se possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA
inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda bem o tema; 2.
Reflita a respeito dele;3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização
textual ( o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias sugeridas pelo tema é igual a quantidade
de parágrafos que a dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do texto.
Uso do mau e mal
Este é um mal negócio ou Este é um mau negócio? A garota se saiu mal na prova? ou A garota
se saiu mau na prova?
Eis aí expressões que às vezes nos confundem no ​momento​ de empregá-las corretamente, pois são
palavras homófonas, ou seja, possuem o mesmo som, embora denotem sentidos diferentes.
No que se refere às normas gramaticais, às vezes existem certos “atalhos” que facilitam melhor a nossa
compreensão, e nada melhor do que utilizarmos como exemplo as duas expressões já discutidas.
Observe:
Quando usar ​Mau​? No momento em que houver possibilidade de substituirmos pela palavra ​Bom​, que
é o seu antônimo.
E quando usar ​Mal​? Somente quando puder ser substituído por ​Bem​. Muito simples, não?
Mal​ pode aparecer como:
- ​ Advérbio -​ Nesse caso ele é invariável - A garota foi mal recebida.
- ​Substantivo​ - Varia em número - Há males que vêm para o bem.
Mau​ ocorre como:
- ​Adjetivo​ - Varia em ​gênero​ e número - Não eram maus alunos, somente tinham dificuldade em
assimilar.
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- ​Palavra substantivada​ - Os bons vencerão os maus.
Para compreendermos melhor, atente-se para estas frases:
a) Hoje eu estou passando muito mal. (Bem)
b) Sua tristeza é um mau sinal. (Bom)
c) O​ ​mercado de trabalho​ ​está repleto de maus funcionários. (Bons)
d) Ela está sempre de mau humor. (Bom)
e) Seu convite será mal aceito por todos. (Bem)
Emprego de Onde e Aonde
USO DA PALAVRA ONDE​
É chamada a atenção para dois pontos:
1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a
idéia de lugar não esteja presente.
2º- Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e
que indica movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na expressão existir a idéia de
destino. ​Ex:​ Ir a algum lugar. Chegar a algum lugar. Levar alguém a algum lugar.
Dirigir-se a algum lugar. Não se pode usar aonde com o verbo morar.
Ex:​ Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você mora?”
Há muita confusão entre aonde e onde. Um exemplo é uma letra de Belchior, “Divina Comédia
Humana”, na qual ele diz: “…. viver a Divina Comédia Humana onde nada é eterno….”
Em “… viver a Divina Comédia Humana …” não existe a idéia de lugar. É, apenas, uma situação que
seria vivida. Nela, na Divina Comédia Humana, nada é eterno.
Portanto, o correto seria não usar a palavra onde substituindo-a por “em que” ou “na qual”.
O autor preferiu usar essa forma do dia-a-dia, mas não admissível pela norma culta. Resumo: Não se
pode usar a palavra onde para ligar idéias que não guardem entre si a relação de lugar.
Diga “A rua onde mora”, “A cidade onde vive”
Emprego de há e a
•​ ​Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é conjugado na terceira
pessoa do singular. Exemplo: Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
•​ ​Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido,
assim como o verbo “fazer”. Exemplos: Há muito tempo não como esse bolo. Faz muito tempo que
não como esse bolo.
Logo, para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas expressões
indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase, emprega-se “há”.
Exemplos: Há cinco anos não escutava uma música como essa.
Substituindo por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.
•​ ​Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo
decorrido”, então, emprega-se “a”. Exemplos: Daqui a pouco você poderá ir embora.
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Estamos a dez minutos de onde você está.
Importante:​ ​Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é necessário
colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo decorrido.
Língua - Sílaba Tônica - Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
Sílaba Tônica
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser:
Monossílabas​ - aquelas que possuem uma só sílaba: dó, mão, cruz, etc.
Dissílabas​ - aquelas que possuem duas sílabas: sa/pé, fo/lha, te/la, etc.
Trissílabas​ - aquelas que possuem três sílabas: fun/da/ção, mé/di/co, etc.
Polissílabas​ - aquelas que possuem mais de três sílabas: ve/te/ra/no, na/tu/re/za, pa/la/ci/a/no, etc.
Acento tônico / gráfico
1- ​Sílaba tônica​ - A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o
acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico: ca​já​, ca​der​no, ​lâm​pada
2- ​Sílaba subtônica​ - Algumas palavras além do acento tônico, possuem um acento secundário. A
sílaba com acento secundário é chamada de subtônica: ​te​rrinha, ​so​zinho
3- ​Sílaba átona​ - As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas. Podem ser
pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica): ​ba​ra​ta​ (átona pretônica, tônica, átona
postônica) má​quina​ (tônica, átona postônica, átona postônica)
Classificação das palavras quanto ao acento tônico
As palavras com mais de uma sílaba, conforme a tonicidade, classificam-se em:
Oxítonas​: quando a sílaba tônica é a última - cora​ção​, São To​mé​, etc.
Paroxítonas​: quando a sílaba tônica é a penúltima - ca​dei​ra, linha, ​ré​gua, etc.
Proparoxítonas​: quando a sílaba tônica é a antepenúltima - i​bé​rica, A​mé​rica, etc.
Os monossílabos podem ser tônicos ou átonos:
Tônicos​: são autônomos, emitidos fortemente, como se fossem sílabas tônicas.Ex.: ré, teu, lá, etc.
Átonos​: apóiam-se em outras palavras, pois não são autônomos, são emitidos fracamente, como se
fossem sílabas átonas.São palavras sem sentido quando estão isoladas: artigos, pronomes oblíquos,
preposições, junções de preposições e artigos, conjunções, pronome relativo ​que​. Ex.: o, lhe, nem, etc.
Divisão silábica
A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a ​divisão silábica​ na escrita.
Regra geral​: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.
Regras práticas​:
* Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: m​au​, averig​üei
* Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: ​sa-í​-da, v​ô-o​...
* Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to...
* Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Exemplo: car-ta
* Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à palavra,
obedecem às regras gerais.Exemplos: ​de-sa​-ten-to, ​bi-sa​-vô, ​tran​-​sa​-tlân-ti-co...
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* Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Em início de palavra, a consoante se
anexa à sílaba seguinte. Exemplos: a​d​-​j​e-ti-vo, tun​gs​-​t​ê-nio, ​ps​i-có-lo-go, ​gn​o-mo...
Além do artigo, adjetivo e numeral, o pronome também se relaciona ao substantivo.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.
PRONOMES
As pessoas do discurso são três:
Primeira pessoa-a pessoa que fala
Segunda pessoa-a pessoa com quem se fala
Terceira pessoa-a pessoa de quem se fala
Classificação do Pronome ​Há seis tipos de pronomes:​ ​pessoais, possessivos, demonstrativos,
indefinidos, interrogativos e relativos.
Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles: retos,
oblíquos e de tratamento.
Pronomes pessoais retos e oblíquos:
Pessoas do discurso
Pronomes Retos
primeira pessoa do
singular
segunda pessoa do singular
terceira pessoa do singular
Eu
tu
ele/ela
Pessoas do discurso
Pronomes Retos
Pronomes oblíquos
primeira pessoa do
singular
segunda pessoa do singular
terceira pessoa do singular
eu
tu
ele/ela
me, mim, comigo
te, ti, contigo
se, si, o, a, lhe, consigo
primeira pessoa do plural
segunda pessoa do plural
terceira pessoa do plural
nós
vós
eles/elas
nos, conosco
vos, convosco
se, si, os, os, lhes, consigo
Formas Pronominais
Os pronomes o, a, os, as, adquirem as seguintes formas:
lo, la, los, las, quando associados a verbos terminados em r, s ou z.​ ​Ex.:​ encontrá-lo, fê-las...
no, na, nos, nas, quando associados a verbos terminados em som nasal:​ encontraram-no, põe-as.
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Pronomes pessoais de Tratamento
Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se tratar as pessoas: trato cortês ou
informal. Os mais usados são: Você, Senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Alteza, Vossa
Majestade, Vossa Magnificência...
Pronomes possessivos
Pronomes Possessivos são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical(possuidor),
acrescentam a ela a idéia de posse de algo(coisa possuída). O pronome possessivo concorda em
pessoa com o ​possuidor​ e em gênero e número com a ​coisa possuída. Exemplos:
primeira pessoa do
meu, minha, meus, minhas
singular
teu, tua, teus, tuas
segunda pessoa do singular
seu, sua, seus, suas
terceira pessoa do singular
primeira pessoa do plural
segunda pessoa do plural
terceira pessoa do plural
nosso, nossa, nossos,
nossas
vosso, vossa, vossos,
vossas
seu, sua, seus, suas
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Demonstrativos são palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em
relação às pessoas do discurso. Exemplos:
Variáveis
este, esta, estes, estas
esse, essa, esses, essas
aquele, aquela, aqueles,
aquelas
Invariávei
s
Isto
isso
aquilo
Pronomes Indefinidos
Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido
vago ou expressando quantidade indeterminada. Exemplos:
Variáveis
Invariáveis
algum, nenhum, todo,
muito
Algo, alguém
nada, ninguém
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pouco, certo, outro, quanto
tanto, vários, diversos
um, qual, bastante
tudo, cada
outrem, quem
mais
menos, demais
Pronomes Interrogativos
Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas. Assim
como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.
São eles: que, quem, qual, quanto...
Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais
se relacionam. Ex.: A página ​que​ estou navegando é muito boa.
Exemplos de pronomes relativos invariáveis: que, quem, onde
INTERJEIÇÃO
Interjeição​ é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja
necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. ​Exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra​: Droga!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele
empregou a interjeição ​Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus
elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são
uma espécie de "​palavra-frase​", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de
palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os
exemplos: ​Bravo​! ​Bis​! ​bravo​ e ​bis​: interjeição sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!"
Ai​! ​Ai​! ​Ai​! Machuquei meu pé... ​ai​: interjeição sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou
com dor!"
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira
lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma
decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos:
Ah​, como eu queria voltar a ser criança! ​ah​: expressão de um estado emotivo = interjeição
Hum​! Esse pudim estava maravilhoso! ​hum​: expressão de um pensamento súbito = interjeição
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom
da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. ​Exemplos:
Psiu​! ​contexto:​ alguém pronunciando essa expressão na rua ​significado da interjeição
(sugestão):​ "Estou te chamando! Ei, espere!" ​Psiu​! ​contexto:​ alguém pronunciando essa expressão
em um hospital ​significado da interjeição (sugestão):​ "Por favor, faça silêncio!"
23
Puxa​! Ganhei o maior prêmio do sorteio! ​puxa​: interjeição ​tom da fala:​ euforia
Puxa​! Hoje não foi meu dia de sorte! ​puxa​: interjeição ​tom da fala:​ decepção
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a)​ Sintetizar uma frase ​exclamativa​, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. Exemplo:
- Você faz o que no Brasil? -Eu? Eu negocio com madeiras. -​Ah​, deve ser muito interessante.
b) ​Sintetizar uma frase ​apelativa​ ​Por exemplo:
​Cuidado​! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos:​ Oh!, Ah!, Ó, Ô.
b)​ ​palavras​: Oba!, Olá!, Claro!
c) grupos de palavras​ (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas!
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da ​entonação​ com que é pronunciada, por
isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. ​Por exemplo:
Oh​! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh​! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
PREPOSIÇÃO
Preposição​ é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação
acontece, normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As
preposições são muito importantes na estrutura da ​língua​ pois estabelecem a coesão textual e
possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. ​Preposições essenciais​: palavras que atuam exclusivamente como preposições.
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de,
dentro de, para com.
2. ​Preposições acidentais​: palavras de outras ​classes gramaticais​ que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, ​visto​.
3. ​Locuções prepositivas​: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última
palavra é uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a ​respeito​ de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em
frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim
24
estabelecer concordância em ​gênero​ ou em número.​ Ex: por + o = pelo por + a = pela
Essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que se ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
Combinação​: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os a + o = ao
preposição a + advérbio onde a + onde = aonde
Contração​: Quando a preposição sofre alteração.
Preposição + Artigos De + o(s) = do(s) De + a(s) = da(s)
De + um = dum De + uns = duns
De + uma = duma De + umas = dumas Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s) Em + um = num
Em + uma = numa Em + uns = nuns
Em + umas = numas A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s) De + essa(s) = dessa(s) De + aquele(s) = daquele(s) De + aquela(s) =
daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s) Em + este(s) = neste(s) Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) =
àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s) A + aquilo = àquilo
Dicas sobre preposição
1. ​O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um ​substantivo​. Ele servirá para determiná-lo como um
substantivo singular e feminino.
- ​A dona da casa não quis nos atender.​ - ​Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação
entre eles.​- Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
- Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.
- Temos Maria como parte da família. / A temos como parte da família
- Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que
ninguém.
2.​ Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições:
Destino​ Irei para casa.
​Modo​ Chegou em casa aos gritos.
Assunto​
Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo​ A prova vai começar em dois minutos. ​Causa​ Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade​ Vou ao médico para começar o tratamento.
Instrumento​ Escreveu a lápis.
​Posse​ Não posso doar as roupas da mamãe.
25
Lugar​ Vou ficar em casa;
​ utoria​ Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
A
Companhia​ Estarei com ele amanhã.
​Matéria​ Farei um cartão de papel reciclado.
Meio​ Nós vamos fazer um passeio de barco. ​Origem​ Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo​ Quebrei dois frascos de perfume. ​Oposição​ Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço​ Esse roupa sai por R$ 50 à vista.
VERBO​ (pessoas, tempos, modos, conjugações)
Os verbos são palavras que indicam uma ação. Variam em:
PESSOA
1ª - eu / nós
2ª - tu / vós
3ª - ele (ela) / eles (elas)
NÚMERO​:
Singular - eu, tu, ele, (ela)
Plural - nós, vós, eles (elas)
TEMPO​:
Presente - a acção passa-se no momento em que se fala. (falo)
Pretérito - a acção passou-se antes do momento em que se fala. (falei)
Futuro - a acção passar-se-á depois do momento em que se fala. (falarei)
MODOS VERBAIS​:
Os modos verbais indicam diferentes maneiras de um fato ser expresso. Divide-se em:
MODO INDICATIVO – MODO SUBJUNTIVO - MODO IMPERATIVO
MODO INDICATIVO
Indica um fato certo. Exemplo: A Lilica trabalha todo dia.
MODO SUBJUNTIVO
Indica um fato duvidoso, hipotético, dúvida, suposição. QUE – QUANDO - SE
Espero QUE ele volte cedo.
É necessário QUE falemos a verdade.
QUANDO a Lílian estudar de verdade vai chover.
SE a Lílian estudasse ela seria a pessoa mais inteligente do mundo.
MODO IMPERATIVO
Indica ordem, proibição, mando, pedido, conselho, etc. Exemplo:
Fique aqui. (ordem).
Não entre na sala. (pedido).
Vá ! (mando).
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01) Verbos Regulares: os que não sofrem alterações no radical. Ex. cantar, vender, partir.
02) Verbos Irregulares: Os que sofrem pequenas alterações no radical: fazer = faço, fazes; fiz, fizeste
CONJUGAÇÕES:
Retirando ao infinitivo a terminação ​r​, obtém-se o ​tema​ do verbo: lava(r), come(r), dormi(r).
À última vogal do tema dá-se o nome de ​vogal temática​: lav(a), com(e), dorm(i).
Retirando do tema a vogal temática, encontramos o radical do verbo: lav(a), com(e), dorm(i)
1ª conjugação - verbos cuja vogal temática é a –​ ​lavar
2ª conjugação - verbos cuja vogal temática é e –​ ​comer
3º conjugação - verbos cuja vogal temática é i –​ ​dormir
PESSOA
1ª pessoa – é aquela que fala. (eu escrevo);
2ª pessoa – é aquela com quem se fala. (tu cantas);
3ª pessoa – é aquela de quem se fala. (ele, ela vendeu).
1ª pessoa (plural) – Nós falamos
2ª pessoa (plural) – Vós matastes
3ª pessoa (plural) – Eles compraram
Número e pessoa estão interligados:
Eu escrevo – 1ª pessoa do singular;
Eles escrevem – 3ª pessoa do plural
TEMPO​. Os tempos verbais indicam fatos que ocorrem no momento da fala, fatos conclusos, fatos
não concluídos no momento em que estavam sendo observados e fatos que acontecem depois do
momento da fala ou um fato futuro, mas ligado a um outro, no passado.
TEMPOS VERBAIS DO MODO INDICATIVO
PRESENTE
PRETÉRITO
FUTURO
(perfeito, mais-que-perfeito e imperfeito)
(futuro do presente e futuro do pretérito)
PRESENTE​ Indica que os fatos acontecem no instante da fala.
Exemplo: Eu dirijo (hoje ou agora – estou dirigindo) um carro.
PRETÉRITO-PERFEITO​ - Expressa fatos conclusos.
Exemplo: Carlos Eduardo lavou (ontem, ou anteontem) o carro.
PRETÉRITO-IMPERFEITO​ - Expressa fatos ou acontecimentos que não foram concluídos no
27
momento em que estavam sendo observados.
Exemplo: Carlos lavava o carro quando começou o incêndio.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
Expressa fatos concluídos, mas que aconteceram antes de outros fatos concluídos.
Exemplo: Carlos Eduardo lavara o carro quando começou o incêndio (isto é, ele já havia lavado).
FUTURO
Expressa fatos que acontecem depois do momento da fala ou um fato futuro, mas ligado a
um outro, no passado. Divide-se em: Futuro do presente e Futuro do pretérito.
- FUTURO DO PRESENTE
Expressa fatos que acontecem após o momento da fala.
Exemplo: Carlos Eduardo lavará o carro (pode ser amanhã, depois ou posteriormente).
- FUTURO DO PRETÉRITO
Indica um fato futuro, mas relacionado a um outro, no passado.
Exemplo: Carlos Eduardo lavaria se houvesse água e sabão.
​
VOZES VERBAIS
São três as vozes verbais:
ATIVA​ → A ação é praticada pelo sujeito da oração. Ana comeu o queijo. Os alunos falaram o
caso.
VOZ PASSIVA​ → A ação verbal é sofrida pelo sujeito da oração. O queijo foi comido por Ana. O
caso foi comentado pelos alunos.
VOZ REFLEXIVA​→ O sujeito verbal pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Ex.: Ana e Paulo
abraçaram-se. A voz reflexiva é formada de um verbo mais um pronome reflexivo (me, te, se, nos, vos,
se).
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Verbos Regulares - Têm conjugação e flexão padrões em (amar, correr, partir).
Verbos Irregulares – São 20 os verbos irregulares – Não obedecem a conjugação e flexão dos verbos
regulares. (dar, estar, poder, ter, ver, ler, crer, saber, caber, querer, dizer, fazer, trazer, haver, rir, ouvir,
mentir, pôr).
Verbos Anômalos - São apenas dois: IR e SER. Perdem todo o radical quando conjugados.
28
Conjugação dos verbos regulares
Primeira conjugação - ​amar
Indicativo
Pretérito
Perfeito
Pronome Radical Presente
Pretérito
Imperfeito
Pretérito
Mais-Que-Pe
rfeito
Futuro do
Presente
Futuro do
Pretérito
EU
am
o
ei
ava
ara
arei
ária
TU
am
as
aste
avas
aras
arás
arias
ELE
am
a
ou
ava
ara
ará
aria
NÓS
am
amos
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ávamos
áramos
aremos
aríamos
VÓS
am
ais
astes
áveis
áreis
areis
aríeis
ELES
am
am
aram
avam
aram
arão
ariam
Subjuntivo
Pronome
Radical
Formas
Nominais
Imperativo
Presente
Pretérito
Futuro
Afirmativo
Infinitivo
Pessoal
Negativo
EU
am
e
asse
ar
-
-
ar
TU
am
es
asses
ares
a
não -es
ares
ELE
am
e
asse
ar
e
não -e
ar
NÓS
am
emos
ássemos
armos
emos
não -emos
armos
VÓS
am
eis
ásseis
ardes
ai
não -eis
ardes
ELES
am
em
assem
arem
em
não -em
arem
Formas Nominais
Radical
am
Infinitivo
Impessoal
ar
Indicativo
Gerúndio
ando
Particípio
Presente
ante
Formas Nominais
29
Pretérito
Pretérito
Futuro
Futuro
Pretérito
Mais-Qu
Pretérito Mais-Que
do
do
Particípio
Pronome Perfeito
e-Perfeit
Radical
Anterior -Perfeito
Presente Pretérito
Passado
Composto
o
Composto
Anterior Anterior
Anterior
EU
tenho
tive
tinha
tivera
terei
teria
am
ado
TU
tens
tiveste
tinhas
tiveras
terás
terias
am
ado
ELE
tem
teve
tinha
tivera
terá
teria
am
ado
NÓS
temos
tivemos
tínhamos
tivéramos teremos
teríamos
am
ado
VÓS
tendes
tivestes
tínheis
tivéreis
tereis
teríeis
am
ado
ELES
têm
tiveram
tinham
tiveram
terão
teriam
am
ado
Subjuntivo
Formas
Nominais
Imperativo
Particípio Passado
Pronome
Pretérito
Infinitivo
Pretérito
Futuro Afirmativo Negativo
Particípio
Mais-Que
Pessoal Radical
Perfeito
Anterior
Passado
Passado
Passado
-Perfeito
Pretérito
EU
tenha
tivesse
tiver
TU
tenhas
tivesses
tiveres
tem
ELE
tenha
tivesse
tiver
NÓS
ter
am
Ado
tenhas
teres
am
Ado
tenha
tenha
ter
am
Ado
tenhamos tivéssemos tivermos
tenhamos
tenhamos termos
am
Ado
VÓS
tenhais
tivésseis
tende
tenhais
terdes
am
Ado
ELES
tenham
tivessem
tenham
tenham
terem
am
Ado
tiverdes
Formas Nominais
Infinitivo
Impessoal
Passado
Particípio Passado
Gerúndio
Passado
Radical
am
ado
Particípio
Passado
Segunda conjugação - ​vender
Indicativo
Pronome
Radical
Pretérito
Perfeito
Presente
Pretérito
Imperfeito
Pretérito
Futuro do
Mais-QuePresente
Perfeito
Futuro do
Pretérito
EU
vend
o
i
TU
vend
es
este
ias
eras
erás
erias
ELE
vend
e
eu
ia
era
erá
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30
NÓS
vend
emos
emos
íamos
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VÓS
vend
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estes
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êreis
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ELES
vend
em
eram
iam
eram
erão
eriam
Subjuntivo
Pronome
Pronome
Radical
Infinitivo
Pessoal
Imperativo
Presente
Pretérito
Futuro
Afirmativo
Negativo
EU
vend
a
esse
er
TU
vend
as
esses
eres
e
as
eres
ELE
vend
a
esse
er
a
a
er
NÓS
vend
amos
êssemos
ermos
amos
amos
ermos
VÓS
vend
ais
êsseis
erdes
ei
ais
erdes
ELES
vend
am
essem
erem
am
am
erem
Pretérito Perfeito
Composto
Infinitivo
Impessoal
Gerúndio
tem​er
tem​endo
Pretérito Anterior
er
Particípio
Presente
tem​ente
Pretérito
Pretérito
Mais-Que-Perfeit Mais-Que-Perfeit
o Composto
o Anterior
Futuro
do
Pretérito
Anterior
Futuro do
Presente
Anterior
EU
tenho​ ​vendido
tive​ v​ endido
tinha​ v​ endido
tivera​ ​vendido
terei​ ​vendido
teria​
vendido
TU
tens​ ​vendido
tiveste​ ​vendido
tinhas​ ​vendido
tiveras​ ​vendido
terás​ ​vendido
terias
​vendido
ELE
tem​ ​vendido
teve​ ​vendido
tinha​ v​ endido
tivera​ ​vendido
terá​ ​vendido
teria
​vendido
NÓS
temos​ ​vendido
tivemos​ v​ endido
tínhamos​ v​ endido
teremos​ ​vendido
teríamos​
vendido
VÓS
tendes​ ​vendido
tivestes​ ​vendido
tínheis​ v​ endido
tivéreis​ ​vendido
tereis​ ​vendido
teríeis
​vendido
ELES
têm​ ​vendido
tiveram​ ​vendido
tinham​ ​vendido
tiveram​ ​vendido
terão​ ​vendido
teriam​
vendido
Subjuntivo
Pronome Pretérito Perfeito
Pretérito
tivéramos​ ​vendido
Infinitivo
Pessoal
Imperativo
Futuro Anterior
Afirmativo
Negativo Passado
Infinitivo
31
Mais-Que-Perfeito
Passado
Pessoal
EU
tenha​ ​vendido
tivesse​ ​vendido
tiver​ ​vendido
*
*
Ter
TU
tenhas​ ​vendido
tivesses​ ​vendido
tiveres​ ​vendido
tem​ v​ endido
tenhas​ ​vendido
teres​ ​vendido
ELE
tenha​ ​vendido
tivesse​ ​vendido
tiver​ ​vendido
tenha​ ​vendido
tenha​ ​vendido
ter​ ​vendido
NÓS
tenhamos​ ​vendido tivéssemos​ ​vendido
tivermos​ ​vendido tenhamos​ ​vendido
tenhamos​ ​vendido termos​ ​vendido
VÓS
tenhais​ ​vendido
tivésseis​ ​vendido
tiverdes​ ​vendido
tende​ ​vendido
tenhais​ ​vendido
terdes​ ​vendido
ELES
tenham​ ​vendido
tivessem​ ​vendido
tiverem​ ​vendido
tenham​ ​vendido
tenham​ ​vendido
terem​ ​vendido
Infinitivo
Impessoal
Passado
Gerúndio
Passado
ter​ ​vendido
tendo​ ​vendido
Particípio
Passado
ido
Terceira conjugação - ​partir
Indicativo
Pretérito
Futuro
Futuro
Pretérito Pretérito Mais-Qu
Pronome Radical Presente
do
do
Perfeito Imperfeito e-Perfeit
Presente Pretérito
o
EU
part
o
i
ia
ira
irei
iria
TU
part
es
iste
ias
iras
irás
irias
ELE
part
e
iu
ia
ira
irá
iria
NÓS
part
imos
imos
íamos
íramos
iremos
iríamos
VÓS
part
is
istes
íeis
íreis
ireis
iríeis
ELES
part
em
iram
iam
iram
irão
iriam
Subjuntivo
Imperativo
Infinitivo
32
Pessoal
Pronome Radical Presente Pretérito Futuro Afirmativo Negativo
EU
part
a
isse
ir
ir
TU
part
as
isses
ires
e
as
ires
ELE
part
a
isse
ir
a
a
ir
NÓS
part
amos
íssemos
irmos
amos
amos
irmos
VÓS
part
ais
ísseis
irdes
i
ais
irdes
ELES
part
am
issem
irem
am
am
irem
Infinitivo
Particípio
Gerúndio
impessoal
passado
ir
indo
inte
Pronome
Pretérito
Pretérito
Futuro
Futuro
Pretérito
Mais-Qu
Particípio
Pretérito Mais-Que
do
do
Perfeito
e-Perfeit
Passado
Anterior -Perfeito
Presente Pretérito
Composto
o
Composto
Anterior Anterior
Anterior
EU
tenho
tive
tinha
tivera
terei
teria
radical-ido
TU
tens
tiveste
tinhas
tiveras
terás
terias
radical-ido
ELE
tem
teve
tinha
tivera
terá
teria
radical-ido
NÓS
temos
tivemos
tínhamos
tivéramos teremos
teríamos
radical-ido
VÓS
tendes
tivestes
tínheis
tivéreis
tereis
teríeis
radical-ido
ELES
têm
tiveram
tinham
tiveram
terão
teriam
radical-ido
Subjuntivo
Pronome
Pretérito
Perfeito
Pretérito Futuro
Mais-Que Anterio
-Perfeito
r
Imperativo
Afirmativ
o Passado
Infinitiv
o Pessoal
Negativ
Infinitiv
o
o Pessoal
Passado
33
EU
tenha
tivesse
tiver
*
*
ter
radical-ido
TU
tenhas
tivesses
tiveres
tem
tenhas
teres
radical-ido
ELE
tenha
tivesse
tiver
tenha
tenha
ter
radical-ido
NÓS
tenhamos
tivéssemo
tivermos tenhamos
s
tenhamo
termos
s
radical-ido
VÓS
tenhais
tivésseis
tiverdes
tende
tenhais
terdes
radical-ido
ELES
tenham
tivessem
tiverem
tenham
tenham
terem
Infinitivo
Impessoal
Passado
Gerúndio
Passado
Particípio
Passado
ter​ ​partido tendo​ ​partido ido
1. TIPOS DE TEXTO: CONTO, CRÔNICA E POESIA
CONTO - O conto, geralmente, também é curto, possuindo de três a vinte páginas (mas
nada impede de ser muito maior do que isso). Este possui um único drama,
diferenciando-se nesse ponto dos romances e novelas. As personagens são
desenvolvidas o suficiente para o entendimento da história, sendo geralmente poucas e
marcantes. O cenário também é pequeno, frequentemente ocorrendo em um único
ambiente.
EXEMPLO DE CONTO:
Uma vela para Dario
Dalton Trevisan
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o
passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida
de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os
lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de
bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a
cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua
34
conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor
gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o
guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da
esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar
a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na
gravata.
Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim
do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe
cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo,
gozavam as delicias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e
alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira
era de outra cidade.
Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as
calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que
foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de
ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou
decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu — Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas
horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um
defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no
peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a
multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para
descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há
muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça
agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às
primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record. Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz
parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.
​
CRÔNICA - A crônica é um texto curto (cerca de uma página) que conta um único caso,
enfatizando mais a situação do que as personagens ou o ambiente. Diferencia-se do
conto por ser mais curta e menos apegada às personagens, preocupando-se mais com a
observação da situação e a moral que se pode tirar dela.
EXEMPLO DE CRÔNICA:
O mato
Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva que passou toda a manhã
caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o
trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele
morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da
calça; o mato escurecia sem vagalumes nem grilos.
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as
35
gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estalava com seus ruídos
vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas
árvores, um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia,
silenciava, batia outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém com certeza já sem esperança, insistia
em querer falar com alguém.
Por um instante, o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em
vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos
desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao
dinheiro e aos prazeres. Ainda bem que de todas as grandes cidades do mundo o Rio é a única a permitir a
evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a natureza
pura; ainda pensava em seus problemas urbanos — mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou
triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida animal e também à vida silenciosa e úmida
das árvores, e à pedra escura, com sua pele de musgo e seu misterioso coração mineral.
E pouco a pouco ele foi sentindo uma paz naquele começo de escuridão, sentiu vontade de deitar e
dormir entre a erva úmida, de se tornar um confuso ser vegetal, num grande sossego, farto de terra e de água;
ficaria verde, emitiria raízes e folhas, seu tronco seria um tronco escuro, grosso, seus ramos formariam copa
densa, e ele seria, sem angústia nem amo,; sem desejo nem tristeza, fone, quieto, imóvel, feliz.
(Rubem Braga)
POEMA / POESIA - A poesia é um estilo de texto que retrata as emoções, abusando de
conceitos abstratos, metáforas e outras figuras de linguagem. Embora sejam geralmente
escritas em verso, nada impede de que poesias sejam escritas em prosa.
Já o poema é sempre escrito em verso, tratando de coisas mais concretas, embora ainda
evocando emoções e sentimentos. Existem poemas narrativos que podem superar os
romances em comprimento, chamados estes de poemas épicos​.
EXEMPLO DE POEMA
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mario Quintana
2. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora
do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a
ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por
meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Exemplos​:
A menina está com a ​cara​ toda pintada. Aquele ​cara​ parece suspeito.
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No exemplo, a palavra ​cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme
consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra ​cara teve seu significado
ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa",
"sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de
interpretação. ​Veja:​ Marcos quebrou a ​cara​.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente,
fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como
"Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu. Pelos exemplos
acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado,
ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a)
No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem
considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido
denotativo​ - ou ​denotação​ - do signo linguístico.
b)
No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de
interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso,
prevalece o sentido ​conotativo​ - ou ​conotação ​do signo linguístico.
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho
contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum a
exploração
3. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes.
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia,
porém se constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos
ressaltar que esse é um fator preponderante na construção de nossos discursos – na
oralidade e, principalmente, na escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja
equivocado, é essencial dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos
enunciados, tais como a prática constante da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim,
o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para o aprimoramento da
competência linguística.
Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que
imperam no processo de significação das palavras, passemos a partir de agora a
estabelecer familiaridade com alguns aspectos relacionados à homonímia e à paronímia.
HOMÔNIMOS - São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética
(relativa ao som) ou igualdade gráfica (relativa à grafia), porém com significados
distintos. Dada essa particularidade, temos que os homônimos se subdividem em três
grupos.
HOMÓGRAFOS ​– São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no
significado. Vejamos alguns exemplos:
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almoço → substantivo / almoço → verbo
colher → substantivo / colher → verbo
começo → substantivo / começo → verbo
jogo → substantivo / jogo → verbo
sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade
Homófonos ​– São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no
significado. São exemplos:
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no
significado. Observemos alguns exemplos:
cedo → verbo / cedo → advérbio
caminho → substantivo / caminho → verbo
livre → adjetivo /
livre → verbo
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Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos
alguns casos:
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4. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Nos três tipos de enunciados abaixo pode-se perceber que há um sentido, uma ideia
para transmitir algo:
Cuidado! – Esta frase transmite a ideia de algum perigo.
Vamos! – Dá a ideia de um convite a algo, ir a algum lugar.
Aqui não é o lugar certo para falar este tipo de assunto. – É uma frase com a clara ideia de um
alerta para não falar certo assunto em um determinado lugar.
FRASE​: é todo o enunciado que deixa clara a transmissão de uma ideia, de um pensamento,
com palavras que não precisam necessariamente ser verbos, pronomes e etc.
Tipos de frases:
FRASE VERBAL:​ Contém um ou mais verbos. Ex: A professora corrigiu as provas.
FRASE NOMINAL:​ Não há verbos ou sujeitos. Ex: Atenção!
FRASE DE CONTEXTO OU SITUAÇÃO: São frases onde há fatores extralinguísticos
auxiliando o entendimento, mas sem o uso de verbos. Ex: Atenção pessoal, fogo no andar
superior!
Existem outros tipos de frases interessantes:
FRASE CLICHÊ:​ São aquelas vindas de provérbios, algumas com teor discriminatório.
Ex: Mulher pilotando só se for no fogão.
FRASES DE EXPRESSÃO IDIOMÁTICA: São aquelas misturam a língua portuguesa
com outro idioma.
Ex: Ela está muito down hoje. = Ela está muito triste hoje, deprimida.
FRASE COLOQUIAL: É aquela dita diariamente pelas pessoas, sem a preocupação da
gramática.
Ex: Tá certo. To nem aí.
ORAÇÃO - ​A oração envolve uma estrutura em volta de um verbo, com sujeito e predicado.
Toda oração tem um verbo, podendo fazer sentido sozinha ou necessitando de outra para
completar o sentido. As orações podem ser:
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ABSOLUTAS:​ São as frases completas, ou seja, são as frases verbais.
Ex: Trabalhei muito hoje.
COORDENADAS: As orações estão juntas num período, mas podem ser separadas sem
perder o sentido. Não dependem de uma outra para esclarecer uma ideia. Ex. Cristo morreu.
Ele ressuscitou ao terceiro dia. São duas orações independentes, possuem sentido próprio.
SUBORDINADAS:​ As orações dependem sintaticamente uma das outras para dar sentido.
Ex: Ele se acidentou porque bebeu antes de dirigir.
PERÍODO - ​Período tem uma ou mais orações. O período pode ser:
SIMPLES:​ Possui uma só oração (um só verbo)
Ex: A vovó ofereceu biscoitinhos de polvilho aos seus netos queridos.
COMPOSTO: Possui duas ou mais orações (dois ou mais verbos). Os períodos podem
possuir orações coordenadas ou subordinadas.
Ex: Ele me amava e me odiava com seu olhar. – Oração coordenada.
Ex: Meu namorado quis que eu comprasse um relógio. – Oração subordinada
MISTO​: Possui 3 ou mais orações coordenadas e subordinadas, num mesmo período, com
três verbos ou mais. Ex: Ela chorava e soluçava nos ombros do amado que a socorrera. (duas
primeiras são orações coordenadas e a última subordinada).
5. SINTAXE - TERMOS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO
Sujeito e Predicado são os termos fundamentais de uma oração e formam sua
estrutura. Lidamos com eles o tempo todo e nem sempre percebemos que eles estão ali no que
escrevemos. Veja abaixo os tipos de sujeito e predicado e os exemplos para melhor
entendimento.
Sujeito - ​Sujeito é aquele que na oração realiza ou sofre uma ação ou estado. ​Por exemplo:
Alexandre socorreu o garoto. “Alexandre” é o sujeito da oração; ele realizou a ação de
socorrer alguém.
Alexandre está triste hoje. “Alexandre” é o sujeito que se sente triste hoje, está num “estado”
de tristeza.
Para encontrarmos o sujeito de uma oração, basta fazer uma simples pergunta “ao verbo”:
“quem é que”. No caso das orações acima: quem é que socorreu o garoto? Quem é que está
triste hoje? Resposta: Alexandre.
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Tipos de sujeito
Existem 5 tipos de sujeito, eles podem ser simples, composto, implícito, indeterminado
e inexistente. Veja cada um deles.
SUJEITO SIMPLES - ​Na análise sintática, todo sujeito apresenta um núcleo (sujeito simples)
ou mais que um núcleo (sujeito composto). Núcleo do sujeito é a parte essencial do próprio
sujeito.
Exemplo: O menino Rafael comprou um chocolate branco. O menino Rafael é o sujeito da
oração. Rafael é o termo mais importante do sujeito. Rafael é o núcleo do sujeito. Há apenas
um núcleo, portanto é um sujeito simples.
SUJEITO COMPOSTO - ​Contém dois ou mais núcleos. ​Exemplo: Rafael e Gustavo
compraram chocolate. ​Sujeito da Oração: Rafael e Gustavo. Núcleo do Sujeito: Rafael,
Gustavo. Dois núcleos representam um sujeito composto.
SUJEITO SUBENTENDIDO, DESINENCIAL, IMPLÍCITO, OCULTO OU ELÍPTICO​.
Embora nestes casos o sujeito não apareça, qualquer um pode facilmente identificá-lo:
Exemplo:​ ​Comemos fora hoje.
O pronome nós não aparece, mas pela conjugação do verbo podemos identificar que nós é o
sujeito subentendido da oração.
SUJEITO INDETERMINADO - ​Neste caso, a ação do verbo ocorre, mas não podemos
identificar quem é o sujeito. Acontece com verbos na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do
plural acompanhados da partícula se.
Exemplo:​ ​Falaram mal do garoto.
Pessoas falaram mal do garoto, houve uma ação, o verbo foi conjugado, mas não podemos
identificar o sujeito. Não se sabe como isto aconteceu. Foi praticada uma ação, há um sujeito,
mas não sabemos quem é.
SUJEITO INEXISTENTE (OU ORAÇÃO SEM SUJEITO)​. ​Em algumas orações o
predicado não se refere a nenhum ser. A oração não tem sujeito. O verbo é impessoal e estará
sempre na 3ª pessoa do singular. Geralmente são verbos relacionados a fenômenos da
natureza (trovejar, ventar, chover, anoitecer…), como também com os verbos haver, fazer, ser
quando empregados de maneira impessoal. ​Exemplo: ​Anoiteceu em Florianópolis. ​Choveu
muito nesta madrugada.​ ​Há anos que não o vejo.​ ​Fez frio ontem.São 10 horas da manhã.
Predicado - ​É tudo o que se diz do sujeito da oração. Exemplo: O galo cantou nesta
madrugada
Tipos de predicado
PREDICADO VERBAL - ​Expressa uma ação, um acontecimento podendo ter ou não
complementos (objeto direto, indireto, complemento nominal …) , tendo o verbo como núcleo
do predicado. ​Exemplo: ​O galo cantou nesta madrugada. ​O núcleo do predicado é o verbo
cantou, portanto o predicado é verbal.
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PREDICADO NOMINAL - ​No predicado nominal, o núcleo é um substantivo, pronome ou
um adjetivo, e o verbo é chamado de ligação. ​O galo está doente. ​O galo ficou doente. ​O galo
permanece doente.​ ​O galo continua doente.​ ​O galo parece doente.
Em negrito são os verbos de ligação. Doente é a principal informação do predicado. Doente é
o núcleo do predicado nominal e também o predicativo do sujeito. (dá qualidade, indica o
estado do sujeito).
PREDICADO VERBO-NOMINAL - ​Neste predicado há dois núcleos: um verbo e um
predicativo do sujeito.Exemplo: O
​ metrô chegou atrasado hoje. ​O sujeito metrô realizou a
ação de chegar, verbo intransitivo. Mas também estava atrasado, uma qualidade do sujeito.
Então há duas informações importantes no predicado, há dois núcleos, chegou e atrasado.
6. MODOS VERBAIS - INDICATIVO, SUBJUNTIVO E IMPERATIVO
O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e
futuro.
TEMPO PRESENTE: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo
exercícios diariamente.
TEMPO PASSADO: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala. Ex.: Ontem eu
fiz uma série de exercícios.
TEMPO FUTURO: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a
quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.
O pretérito (ou passado) subdivide-se em:
PRETÉRITO PERFEITO: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém
relatou ​o seu delírio.
PRETÉRITO IMPERFEITO: indica um processo passado não totalmente concluído, revela
o fato em sua duração. Ex.: Ele ​conversava​ muito durante a palestra.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: indica um processo passado anterior a outro também
passado. Ex.: “... sempre nos ​faltara​ aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-se em:
FUTURO DO PRESENTE: indica um fato posterior ao momento em que se fala. Ex.: Não
tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem ​contarei​ o fato ocorrido.
FUTURO DO PRETÉRITO: indica um processo futuro tomado em relação a um fato
passado. Ex.: Ontem você ligou dizendo que ​viria​ ao hospital.
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Empregos especiais:
Presente
- PODE OCORRER COM VALOR DE PERFEITO, INDICANDO UM PROCESSO JÁ
OCORRIDO NO PASSADO (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 ​nasce​ Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)
- PODE INDICAR FUTURO PRÓXIMO.
Ex.: Amanhã eu ​compro​ o doce pra você. (compro = comprarei)
- PODE INDICAR UM PROCESSO HABITUAL, ININTERRUPTO.
Ex.: Os animais ​nascem, crescem, se reproduzem​ e​ morrem​.
Imperfeito:
- PODE OCORRER COM VALOR DE FUTURO DO PRETÉRITO.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, ​calava​. (calava = calaria)
Mais-que-perfeito:
- PODE SER USADO COMO FUTURO DO PRETÉRITO. OU DO IMPERFEITO DO
SUBJUNTIVO.
Ex.: Mais ​fizera​ se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)
- PODE SER USADO EM ORAÇÕES OPTATIVAS.
Ex.: Quem me ​dera​ ter um novo amor!
Futuro do presente:
- PODE EXPRIMIR IDEIA DE DÚVIDA, INCERTEZA.
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, ​receberá​ uns trinta mil de indenização.
- PODE SER USADO COM VALOR DE IMPERATIVO.
Ex.: Não ​levantarás​ falso testemunho.
Futuro do pretérito:
- PODE OCORRER COM VALOR DE PRESENTE, EXPRIMINDO POLIDEZ OU
CERIMÔNIA.
Ex.: Você me ​faria​ uma gentileza?
MODOS VERBAIS
MODO INDICATIVO​:​ exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
MODO SUBJUNTIVO​: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante
o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
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MODO IMPERATIVO​:​ exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Ex: Não cante agora! Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
INFINITIVO PESSOAL OU IMPESSOAL​ ​- terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
QUANDO ELE NÃO ESTIVER SE REFERINDO A SUJEITO ALGUM.
Ex.: É preciso amar.
NA FUNÇÃO DE COMPLEMENTO NOMINAL (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.
QUANDO FAZ PARTE DE UMA LOCUÇÃO VERBAL.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.
QUANDO, DEPENDENTE DOS VERBOS DEIXAR, FAZER, OUVIR, SENTIR,
MANDAR, VER, tiver por sujeito um pronome oblíquo. Sujeito.
Ex.: Deixei-as passear. = elas
QUANDO TIVER VALOR DE IMPERATIVO.
Ex.: Não fumar neste recinto.
INFINITIVO PESSOAL: além da desinência -r vem marcado com desinência de pessoa e
número.
Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.
Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração
principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.
Ex.: cantar – ø cantar – es
cantar – ø
cantar – mos
cantar – des
cantar – em
7. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO (OBJETOS DIRETO E INDIRETO)
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si
mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados
integrantes​. São eles:
● complementos verbais (objeto direto e objeto indireto)
● complemento nominal
● agente da passiva.
Complementos Verbais ​- Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos
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indiretos. São eles:
1) ​OBJETO DIRETO ​- É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto,
ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Exemplo: Eduardo comprou um carro.
(um carro: objeto direto).
O objeto direto pode ser constituído:
POR UM SUBSTANTIVO OU EXPRESSÃO SUBSTANTIVADA - O agricultor cultiva a
terra​./ Unimos o ​útil​ ao agradável.
PELOS PRONOMES OBLÍQUOS O, A, OS, AS, ME, TE, SE, NOS, VOS - Espero-​o na
minha festa. / Ela ​me​ ama.
POR QUALQUER PRONOME SUBSTANTIVO - O menino ​que​ conheci está lá fora.
Atenção: Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa.
Isso pode ocorrer:
QUANDO O OBJETO É UM SUBSTANTIVO PRÓPRIO: Adoremos​ a Deus.
QUANDO O OBJETO É REPRESENTADO POR UM PRONOME PESSOAL OBLÍQUO
TÔNICO: Ofenderam ​a mim​, não ​a ele.
QUANDO O OBJETO É REPRESENTADO POR UM PRONOME SUBSTANTIVO
INDEFINIDO: O diretor elogiou ​a todos.
PARA EVITAR AMBIGUIDADE: Venceu ​ao inimigo o nosso colega. Caso o objeto direto
não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar
com precisão o sujeito (o nosso colega).
Saiba que:
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos :
A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe.
​ Objeto Direto
2) ​OBJETO INDIRETO - ​É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo
indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto
indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos.
Exemplos:
Não desobedeço a meus pais.
Objeto Indireto
Preciso de ajuda. (Preposição clara "de")
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Objeto Indireto
Enviei-​lhe
um recado. (Enviei a ele - a preposição a está subentendida)
Objeto Indireto
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso
ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra
seguinte.
Por Exemplo:
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)
Observações Gerais:
a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) ​pleonástico​, que consiste na
retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo
em destaque.
Por Exemplo: As mulheres​, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)
A todas vocês​, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)
b) ​Os pronomes oblíquos ​o, a, os, as ​(e as variantes ​lo, la, los, las, no, na, nos, nas​) são
sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.
Exemplos:
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
c) ​Os pronomes oblíquos ​me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para
determinar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo:
se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso
contrário, de objeto direto.
Por Exemplo:
Roberto me viu na escola.(OD)
Substituindo-se ​"me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se:
"Roberto viu o amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, ​"me" é
objeto direto.
Observe o próximo exemplo:
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João me telefonou.(OI)
Substituindo-se ​"me​" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João
telefonou ao amigo". A preposição foi usada. Portanto​, "me"​ é objeto indireto.
8. MORFOLOGIA
(numeral - cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários)
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade
aos seres ou os situa em determinada sequência. ​Exemplos: Os ​quatro últimos ingressos
foram vendidos há pouco. [​quatro​: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Eu quero café
duplo​, e você? ​duplo​: numeral = atributo numérico de "café"] A ​primeira pessoa da fila
pode entrar, por favor! [​primeira​: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"].
Note bem: os ​numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos
seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (​1​, ​1°​, ​1/3​, etc.) não se trata de
numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque
denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos​: década, dúzia, par,
ambos(as), novena​.
Classificação dos Numerais
CARDINAIS​: ​indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem
mil, etc.
ORDINAIS​: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro,
segundo, centésimo, etc.
FRACIONÁRIOS​: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo:
meio, terço, dois quintos, etc.
MULTIPLICATIVOS​: ​expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
LEITURA DOS NUMERAIS: Separando os números em centenas, de trás para frente,
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou
unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e​.
E​xemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos ​e três mil, setecentos ​e vinte ​e seis. 45.520 =
quarenta ​e​ cinco mil, quinhentos ​e​ vinte.
FLEXÃO DOS NUMERAIS: Os ​numerais cardinais que variam em gênero são ​um/uma,
dois/duas e os que indicam centenas de ​duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas​;
quatrocentos/quatrocentas​, etc. Cardinais como ​milhão, bilhão, trilhão​, etc. variam em
número:​ milhões, bilhões, trilhões, ​etc. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeir​o
primeir​os
segund​o
segund​os
milésim​o
milésim​os
primeir​a
primeir​as
segund​a
segund​as
milésim​a
milésim​as
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OS NUMERAIS MULTIPLICATIVOS: ​são invariáveis quando atuam em funções
substantivas: Fizeram ​o dobro ​do esforço e conseguiram o triplo ​de produção. Quando atuam
em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número:
Ex.:Teve de tomar doses ​triplas​ do medicamento.
OS NUMERAIS FRACIONÁRIOS: ​flexionam-se em gênero e número. Observe: um
terço/dois terços; uma terça parte; duas terças partes.
OS NUMERAIS COLETIVOS: flexionam-se em número: Uma dúzia; um milheiro; duas
dúzias; dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou
especialização de sentido. É o que ocorre em frases como:
Me empresta ​duzentinho​...
É artigo de ​primeiríssima​ qualidade!
O time está arriscado por ter caído na ​segundona​. (= segunda divisão de futebol).
Emprego dos Numerais
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra,
utilizam-se os ordinais até ​décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha
depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo)
D. Pedro II (segundo)
Ato II (segundo)
Século VIII (oitavo)
Canto IX (nono)
Tomo XV (quinze)
Luís XVI (dezesseis)
Capítulo XX (vinte)
Século XX (vinte)
João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até ​nono e o cardinal de ​dez em
diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez); Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e
outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez
referência: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.
Ambos​ agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação,
artificialismo.
9. MORFOLOGIA (ADVÉRBIO E LOCUÇÃO ADVERBIAL)
A ​“locução”, ​consiste em duas palavras exercendo a função de uma só classe de palavras: o
advérbio. Exemplos: ​O professor saiu ​às pressas. ​(circunstância de modo) ​Ficaremos ​por
aqui ​nestes próximos dias.​(circunstância de lugar). ​Com certeza ​não participarei de todos os
eventos. ​(circunstância de afirmação).
Determinadas locuções já possuem seus respectivos advérbios a que se correspondem, outras
não necessariamente, como é o caso de
49
Locução adverbial
Com certeza
Às claras
De repente
advérbio
certamente
claramente
repentinamente
Já em outros exemplos, representados por “à esquerda”, “de vez em quando”, dentre outros,
não há advérbio correspondente (não existe a palavra ‘esquerdamente’)..
OUTROS EXEMPLOS DE LOCUÇÕES ADVERBIAIS: ​às vezes; à direita; ao fundo; à
distância; ao vivo; a pé; às pressas; de repente; de súbito; por; dentro; por fora; por
perto; de propósito; com clama; com certeza; sem dúvida; de propósito; lado a lado;
passo a passo; ao longo.
1. NIVEIS DA FALA
Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau
de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora,
profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral.
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações
vividas.
O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É
frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões,
apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá
padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
Exemplo: “O movimento de 1922 não nos deu — nem nos podia dar — uma ​‘língua
brasileira’, ele incitou os nossos escritores a concederem primazia absoluta aos temas
essencialmente brasileiros […] e a preferirem sempre palavras e construções vivas do português
do Brasil a outras, mortas e frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gramaticais.”
(Celso Cunha).
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras,
apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas
conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver
o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN, no Orkut,
blogs, etc.
Exemplo: ​Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega na moral, dando uma de
Migué, e acaba caindo na boca do povo. Depois desbaratina, vira lero-lero, sai de fininho e
some. Mas, às vêzes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é a da gíria?
(Cássio Schubsky, Superinteressante)
1-
Processo de comunicação e expressão
Linguagem
50
O homem dispõe de vários recursos para se expressar e se comunicar. Esses recursos podem
utilizar sinais de diferente natureza. Tais sinais admitem a seguinte classificação: a) Verbais; b)
Não-Verbais;
Quando esses sinais se organizam formando um sistema, eles passam a constituir uma
linguagem​:​ Incêndio destruiu o Edifício Z.
Para expressar o mesmo fato, foram utilizadas duas linguagens diferentes:
a) ​Linguagem Não-Verbal- ​Qualquer código que não utiliza palavra;
b) ​Linguagem Verbal- ​Código que utiliza a palavra falada ou escrita;
Linguagem é todo sistema organizado de sinais que serve como meio de comunicação
entre os indivíduos.
Quando se fala em texto ou linguagem, normalmente se pensa em texto e linguagem verbais, ou
seja, naquela capacidade humana ligada ao pensamento que se concretiza numa determinada
língua e se manifesta por palavras (verbum, em latim).
Mas, além dessa, há outras formas de linguagem, como a pintura, a mímica, a dança, a música e
outras mais. Com efeito, por meio dessas atividades, o homem também representa o mundo,
exprime seu pensamento, comunica-se e influencia os outros.
Semelhanças e Diferenças
Podemos organizar um texto em linguagem não verbal, utilizando uma sequência de fotos em
progressão narrativa, por exemplo, assim:
a) foto de um homem com a mão na maçaneta da porta;
b) foto da porta semi-aberta com o mesmo homem espreitando o interior de um aposento;
c) foto de uma mulher deitada na cama, gritando com desespero;
Como nessa sequência se relata uma transformação de estados que se sucedem
progressivamente, configura-se a narração e não a descrição. Essa disposição de imagens em
progressão constitui recurso básico das histórias em quadrinhos, fotonovelas, cinema etc.
Os processos da comunicação;
Existem vários tipos de comunicação: as pessoas podem comunicar-se pelo código Morse,
pela escrita, por gestos, pelo telefone, por e-mails, internet, etc.; uma empresa, uma
administração, até mesmo um Estado podem comunicar-se com seus membros por intermédio
de circulares, cartazes, mensagens radiofônicas ou televisionadas, e-mails, etc.
Toda comunicação tem por objetivo a transmissão de uma mensagem, e se constitui por
um certo número de elementos, indicados no esquema abaixo:
Esses elementos serão explicados a seguir:
51
Os elementos da comunicação
a) ​O emissor ou destinador ​é o que emite a mensagem; pode ser um indivíduo ou um grupo
(firma, organismo de difusão, etc.)
b) ​O receptor ou destinatário ​é o que recebe a mensagem; pode ser um indivíduo, um grupo,
ou mesmo um animal ou uma máquina (computador).
c) ​A mensagem ​é o objeto da comunicação; ela é constituída pelo conteúdo das informações
transmitidas.
d) ​O canal de comunicação ​é a via de circulação das mensagens. Ele pode ser definido, de
maneira geral, pelos meios técnicos aos quais o destinador tem acesso, a fim de assegurar o
encaminhamento de sua mensagem para o destinatário:
Meios sonoros: voz, ondas sonoras, ouvido…
Meios visuais: excitação luminosa, percepção da retina…
De acordo com o canal de comunicação utilizado, pode-se empreender uma primeira
classificação das mensagens:
_​as mensagens sonoras​: palavras, músicas, sons diversas;
_​as mensagens tácteis​: pressões, choques, trepidações, etc;
_​as mensagens olfativas​: perfumes, por exemplo;
_​as mensagens gustativas​: tempero quente (apimentado) ou não…
e) ​O código ​é um conjunto de signos e regras de combinação destes signos; o destinador lança
mão dele para elaborar sua mensagem (esta é a operação de codificação).
2. TIPOS DE TEXTOS
Os textos, independentemente do gênero a que pertencem, se constituem de seqüências com
determinadas características lingüísticas, como classe gramatical predominante, estrutura
sintática, predomínio de determinados tempos e modos verbais, relações lógicas. Assim,
dependendo dessas características, temos os diferentes tipos textuais.:
Texto narrativo:​ Narrar é discorrer dos fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto que
relate episódios, acontecimentos.
“O fiscal da alfândega não podia entender por que aquela velhinha viajava tanto. A cada dois
dias, vinha ela pilotando uma motocicleta e ultrapassava a fronteira. Fora interceptada inúmeras
vezes, fiscalizada e nada. O fiscal alfandegário não se conformou com aquilo.
- Que traz a senhora aí?
- Nada não, senhor!
A cena que se repetia com tanta freqüência intrigava o pobre homem.
Não se conteve:
- Não é por nada, não; me faz um favor, dona: Não vou lhe multar, nem nada; é só por
curiosidade, a senhora está contrabandeando o quê?
- Seu fiscal, o senhor já desmontou a moto e nada achou, que quer mais?
- Só pra saber, dona!
- Ta bem, eu conto: o contrabando é a moto, moço!”
Texto Descritivo:​ Descrever é traduzir com palavras aquilo que se viu e observou. É a
representação, por meio das palavras, de um objeto ou imagem.
52
“O céu era verde sobre o gramado, a água era dourada sob as pontes, outros elementos eram
azuis, róseos, alaranjados”. (Carlos Drummond de Andrade)
Texto dissertativo:​ Dissertar é tratar com desenvolvimento um ponto doutrinário, um tema
abstrato, um assunto genérico. Ou seja, Dissertar é expor idéias em torno de um problema
qualquer.
“Os meios de comunicação de massa devem alterar, nas próximas duas ou três décadas, uma
boa parte da fisionomia do mundo civilizado e das relações entre os homens e povos.
ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA
O português é resultado da transformação do latim vulgar (uma das variantes da língua romana)
e do galego (falado na província da Galícia - hoje em território espanhol). Essas línguas
sofreram muitas transformações ao longo do tempo, e só no século 13 foi publicado um texto
mais próximo do que hoje consideramos a língua portuguesa O idioma falado no Brasil sofreu
ainda várias influências, como as dos povos africanos e indígenas.
Português na História
Curiosamente, o português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas
europeus e asiáticos. Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente
acabou subdividida em cinco ramos:
a)
o helênico, de onde veio o idioma grego;
b)
o românico, que originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas
denominadas latinas;
c)
o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão;
d)
e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e gaélico.
e)
O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras diversas línguas atualmente faladas
na Europa Oriental.
O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico,
que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores,
etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se
do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos
o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península
Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua
portuguesa.
Na Evolução da Língua Portuguesa, destacam-se alguns períodos:
53
1) Fase Proto-histórica
Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade
usada apenas em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).
2) Fase do Português Arcaico
Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:
a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português;
b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3) Fase do Português Moderno
Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do
português atual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões,
desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de
Oliveira publicou a primeira gramática de Língua Portuguesa, a "Grammatica de Lingoagem
Portuguesa". Seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de
falar e escrever corretamente".
Fonte ​Gramática Pedagógica do Português Brasileiro ​(Marcos Bagno, 1.053 págs., Ed. Parábola, tel.
11/5061-9262, 120 reais
54
2. REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A nova ortografia Atualiza o ​Formulário Ortográfico de 1943​, aprovado em 12 de agosto de
1943, alterado pela Lei 5.765 de 18 de dezembro de 1971. Em várias das ​21 Bases ​em que o
acordo está estruturado, foram introduzidas alterações que afetam a modalidade do português
falado no Brasil. Alterações nas bases I e II:
Base I - ​O alfabeto... de 23 letras passa a ter 26, com a inclusão dek, w, y.
Base IV - ​Nas sequências consonânticas interiores ​cc, cç, pc, pç e ​pt ​a primeira letra (​c ​ou ​p​)
ora se conserva, ora se elimina. Nas palavras em que há uniformidade entre os signatários do
Acordo, grafia única: ​ficção, ato, apto, Egito​; não havendo uniformidade, dupla grafia: ​setor,
concepção, súdito, sutil, ​amídala, anistia, aritmética ​(usadas pelos falantes do Brasil) e
sector, conceção, súbdito, subtil, amígdala, amnistia, arimética. Todas essas formas agora
fazem parte do nosso sistema ortográfico.
1. ACENTUAÇÃO DOS OXÍTONOS
•
•
•
•
Recebem acento agudo ou circunflexo os vocábulos oxítonos terminados em:
a, as : maracujá, jacás
e, es : rapé, cortês
o, os : cipó, avós
em, ens (com mais de uma sílaba) : além, armazéns, contém, convém.
Observações: 1ª) Incluem-se nesta regra as formas verbais: amá-lo, perdê-la, guardá-las.
Algumas formas verbais recebem até dois acentos gráficos: fá-lo-ás, trá-lo-á.
2ª) Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos
compostos dos verbos ter e vir: contêm, obtêm, intervêm, provêm. Nova ortografia: Foram
incluídos uns casos de dupla grafia: ​bebê/bebé, cocô/cocó, rô/ró, judô/judo, metrô/metro.
2. ACENTUAÇÃO DOS PAROXÍTONOS
•
•
•
•
•
Recebem acento agudo ou circunflexo os paroxítonos terminados em:
ã, ãs, ão, ãos : ímã, órfãs, órgão, órfãos
i, is, us : júri, lápis, ônus
l, n, r, x, ps : túnel, hífen, caráter, fênix, bíceps.
om, on, nos, um, uns : rádom, próton, elétrons, álbum, médiuns
ditongo oral átono, seja crescente ou decrescente : jóquei, túneis, régua, tênue.
Ao invés de decorar essas terminações, como se fazia antigamente, tente gravar que as
terminações átonas (fracas) são a(s), e(s), o(s), em, ens. TODAS as que forem diferentes destas
são tônicas.) Obs: Não são acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em ens: itens,
edens, mensagens, nuvens, hifens, liquens
ACENTUAÇÃO DAS VOGAIS TÔNICAS I E U DAS PALAVRAS OXÍTONAS E
PAROXÍTONAS - Não recebem mais acento agudo as palavras paroxítonas cujas vogais
55
tônicas i e u são precedidas de ditongo decrescente: feiura, boiuno, baiuca (o acento foi
abolido).
3. ACENTUAÇÃO DOS PROPAROXÍTONOS
Recebem acento agudo ou circunflexo todos os vocábulos proparoxítonos : matemática,
lâmpada, próximo, pêssego.
4. ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS
•
•
•
Recebem acento agudo ou circunflexo os vocábulos monossílabos terminados em:
a, as : já, pás
e, es : pé, mês
o, os : nó, pôs
Observação : Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo
dos verbos ter e vir : têm, vêm.
5. ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS E HIATOS
1)Recebem sempre o acento agudo os ditongos abertos éi, éu, ói: idéia, chapéu, herói, papéis,
anzóis. Nova ortografia: só serão acentuados quando estiverem na última sílaba, na penúltima
não: ideia, plateia, paranoia. Observação: Não se acentua a vogal tônica dos ditongos ​iu​ e ​ui​,
quando precedida de vogal : caiu, retribuiu. Nova ortografia: Não se emprega o acento
circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos
verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: creem, leem, veem, deem, releem (o acento foi
abolido). Obs.: Não confundir com terceira pessoa do plural dos verbos ter, manter, reter etc.,
que conservam o acento: (eles) têm, mantêm, retêm. Não se emprega mais acento circunflexo
nas paroxítonas terminadas em oo (hiato): enjoo, voo.
2) Dos ditongos - Os ditongos abertos éis, éu, ói são grafados com acento agudo quando em
sílaba final: farnéis, chapéu, lencóis; nos monossílabos tônicos: léu, dói; nas sílabas tônicas das
proparoxítonas: alcalóidico, aracnóideo (aqui não houve alteração). Não é assinalado em outras
posições: ideia, teteia, jiboia, heroico, assembleia, Judeia, estreia, paranoico (aqui houve
alteração: o acento foi abolido).
3) Recebem acento agudo o i e o u tônicos, quando representam a segunda vogal de um hiato:
jataí, baú, egoísta. Observação: Não se acentuam o i e o u tônicos em hiatos, seguidos de l, m, n,
r, z, que não começam sílabas e, também, seguidos de nh: paul, ruim, constituinte, contribuirdes,
rainha, tainha.
Não se usa mais o acento no ​i ​e no ​u ​tônicos nas palavas paroxítonas depois de um ditongo
decrescente. ​Como era: ​baiuca, Bocaiúva, feiura; ​ Como fica​ Baiúca: baiuca, feiura, Bocaiuva,
Atenção: ​1) se a palavra for oxítona e o ​i ​ou o ​u ​estiverem em posição final (ou seguidos de ​s​),
o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí; 2) se o ​i ​ou o ​u ​forem precedidos de
ditongocrescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
6. ACENTUAÇÃO DOS GRUPOS GUE, GUI, QUE,​ ​QUI
Recebe acento agudo o u proferido e tônico dos grupos gue, gui, que : argúi, arguém, averigúe,
56
apazigúe, apazigúem, obliqúe. Não se usa mais trema trema no u dos grupos gue, gui, que, qui,
quando proferido e átono: agüentar, argüição, freqüência, tranqüilo. Atenção: o trema
permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller.
7. ACENTO DIFERENCIAL
Não são acentuadas com acento gráfico as palavras homógrafas, com exceção de ​pôr ​(verbo)
para distinguir de ​por ​(preposição); ​para ​(verbo)/​para ​(preposição) ​pela ​(verbo e
substantivo)/​pela ​(per+la); ​pelo ​(vebo)/​pelo​(s) (per+lo e substantivo); ​polo(s)
(substantivo)/​polo​(s) (por+lo(s) antigo e popular). ​Ex:“Eu pelo o pelo do corpo pelo prazer de
pelar.”
A forma verbal pôde (pretérito perfeito do indicativo) do verbo poder recebe acento circunflexo
para diferenciar de pode (presente do indicativo). Observação: Os vocábulos que têm a mesma
grafia , porém apresentam significados diferentes, são chamados de homógrafos.
8. EMPREGO DO ACENTO GRAVE
P​ermanece o acento grave ( ` ) para indicar a contração da preposição a com os artigos a, as e
com os pronomes demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo : à, às, àquele(s), àquela(s),
àquilo.
8. EMPREGO DO TREMA
O trema é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas: ​tranquilo,
delinquir​; conserva-se, no entanto, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:
mülleriano, ​de ​Müller”.
3. SINAIS DE PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Basicamente, têm
como finalidade: ​1)​ Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura; ​2)​ Separar
palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; ​3)​ Esclarecer o sentido da frase,
afastando qualquer ambiguidade. Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns,
responsáveis por dar à escrita maior clareza e simplicidade.
Uso da vírgula
1.USO DA VÍRGULA NO INTERIOR DAS ORAÇÕES​.
TERMOS DA MESMA FUNÇÃO SINTÁTICA: “Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos
aos poucos tinham morrido.”
Atenção para conectivos E / NEM - “Tenho muita inveja dos meus livros e dos meus CD’s.”
“Nem os meus amigos, nem minhas irmãs, nem meus cunhados gostaram do espetáculo.”
“Saímos e fechamos a faculdade.” “Saímos, e a faculdade fechou.”
2.INDICAR QUE UMA PALAVRA FOI SUPRIMIDA: “Maria deu um presente aos seus
irmãos; ao namorado, dois.”
57
3.ISOLAR VOCATIVO: “Pois, Seu Pedrinho, saci é uma coisa que eu juro que existe.”
4.​Isolar aposto​: “Vitória, capital do Espírito Santo, é uma ilha que tem belas praias.”
5. ADJUNTOS ADVERBIAIS OU COMPLEMENTOS VERBAIS E NOMINAIS
DESLOCADOS: “No Brasil, os corruptos ficam soltos.” “De sua terra natal, ele sente saudades.
“Uma dor pavorosa, o jogador sentiu quando quebrou a perna.”
6. INDICAR CONJUNÇÕES INTERCALADAS: “A ferida já foi tratada. É preciso, porém,
cuidar para que não piore.”
7.EM DATAS, SEPARAR NOME DE LUGARES:“Arcoverde, 23 de março de 2009.”
8. INTERCALAR EXPRESSÕES: ou seja, isto é, em suma, por exemplo, além de outras.
9.ENTRE AS ORAÇÕES ADVERBIAIS ANTECEDENTES DA PRINCIPAL: “Logo que
soube do nascimento, correu para maternidade.” “Correu para maternidade logo que soube do
nascimento.”
10. ADJETIVAS EXPLICATIVAS: “As frutas, que estavam maduras, caíram no chão.”
11. COORDENADAS ASSINDÉTICAS: “Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o
colégio.”
12. COORDENADAS SINDÉTICAS: Estudamos, mas não passamos. Exceto as aditivas:
Estudamos e conseguimos boas notas.
13. ISOLAR ORAÇÕES INTERCALADAS: E o ladrão, perguntei eu, foi condenado?
Uso de ponto e vírgula
1.S​EPARAR ITENS ENUMERADOS: A Matemática se divide em: - geometria; - álgebra; trigonometria.
2. ​SEPARAR UM PERÍODO QUE JÁ SE ENCONTRA DIVIDIDO POR VÍRGULAS: Ele não
disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
Uso de dois pontos
1.S​E VAI FAZER UMA CITAÇÃO OU INTRODUZIR UMA FALA: Ele respondeu: não,
muito obrigado!
2.S​E QUER INDICAR UMA ENUMERAÇÃO: Quero lhe dizer algumas coisas: não converse
com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas, não responda a professora.
3.INTRODUZIR UM ESCLARECIMENTO OU EXPLICAÇÃO A RESPEITO DE ALGO
PREVIAMENTE MENCIONADO: Foram acrescidas facilidades irresistíveis para os
investidores: além de portos e aeroportos modernos, o Nordeste fica muito mais perto dos
mercados da Europa e da América do Norte.
58
USO DE ASPAS
1.INDICAR IRONIA: André, o “gênio”, chegou.
2. DESTACAR CITAÇÕES.
Uso de reticências
1.INDICAR SUSPENSÃO DE PENSAMENTO: “Essa incapacidade de atingir, de entender, é
que faz com que eu, por instinto de...”
2.INDICAR DÚVIDA OU SURPRESA: “E as obras? A igreja...já haverá Igreja nova?”
3.INDICAR IRONIA: “O Torres virá mesmo dessa vez? Até parece...”
Uso de Parênteses
1.INTERCALAR UMA IDEIA OU UMA ORAÇÃO ACESSÓRIA AO TEXTO: Macabeia
começou (explosão) a tremelicar toda por causa do lado penoso que há na excessiva felicidade.
2.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Mas quando olhar a mancha viva na minha camisa faça
uma careta e me deixa passar. (Chico Buarque de Holanda)
3.NAS INDICAÇÕES CÊNICAS DAS PEÇAS DE TEATRO (rubricas): Sampaio – Pois não é,
não senhor...(agarram ambos no leitão e puxam cada um para seu lado)
Uso do Travessão
1.INDICAR A FALA: Você não precisa de remédios? Que remédios?
2.ENFATIZAR FRASES OU EXPRESSÕES: Impossível escrever o poema – uma linha que
seja – de verdadeira poesia.
4. VERBO - CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES
(TER, SER, HAVER E ESTAR)
VERBO SER - Modo Indicativo
Pretérito
Pretérito
Presente
Perfeito
Imperfeito
sou
fui
era
és
foste
eras
é
foi
era
somos
fomos
éramos
sois
fostes
éreis
são
foram
eram
Pretérito
Mais-Que-Perfeito
fora
foras
fora
fôramos
fôreis
foram
Futuro do
Presente
serei
serás
será
seremos
sereis
serão
Futuro do
Pretérito
seria
serias
seria
seríamos
seríeis
seriam
SER - Modo Subjuntivo
59
Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
que eu seja
que tu sejas
que ele seja
que nós sejamos
que vós sejais
que eles sejam
se eu fosse
se tu fosses
se ele fosse
se nós fôssemos
se vós fôsseis
se eles fossem
quando eu for
quando tu fores
quando ele for
quando nós formos
quando vós fordes
quando eles forem
SER - Modo Imperativo
Afirmativo
Negativo
sê tu
seja você
sejamos nós
sede vós
sejam vocês
não sejas tu
não seja você
não sejamos nós
não sejais vós
não sejam vocês
SER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal
Infinitivo Pessoal
Gerúndio
Particípio
ser
ser eu
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
sendo
sido
VERBO ESTAR - Modo Indicativo
Pretérito
Pretérito
Presente
Perfeito
Imperfeito
estou
estive
estava
estás
estiveste
estavas
está
esteve
estava
estamos
estivemos
estávamos
estais
estivestes
estáveis
estão
estiveram
estavam
Pretérito
Mais-Que-Perfeito
estivera
estiveras
estivera
estivéramos
estivéreis
estiveram
Futuro do
Presente
estarei
estarás
estará
estaremos
estareis
estarão
Futuro do
Pretérito
estaria
estarias
estaria
estaríamos
estaríeis
estariam
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
Afirmativo
Negativo
esteja
estejas
esteja
estejamos
estejais
estejam
estivesse
estivesses
estivesse
estivéssemos
estivésseis
estivessem
estiver
estiveres
estiver
estivermos
estiverdes
estiverem
está
esteja
estejamos
estai
estejam
estejas
esteja
estejamos
estejais
estejam
ESTAR - Formas Nominais
60
Infinitivo Impessoal
Infinitivo Pessoal
Gerúndio
Particípio
estar
estar
estares
estar
estarmos
estardes
estarem
estando
estado
Pretérito
Mais-Que-Perfeito
houvera
houveras
houvera
houvéramos
houvéreis
houveram
Futuro do
Presente
haverei
haverás
haverá
haveremos
havereis
haverão
Futuro do
Pretérito
haveria
haverias
haveria
haveríamos
haveríeis
haveriam
VERBO HAVER - Modo Indicativo
Pretérito
Pretérito
Presente
Perfeito
Imperfeito
hei
houve
havia
hás
houveste
havias
há
houve
havia
havemos
houvemos
havíamos
haveis
houvestes
havíeis
hão
houveram
haviam
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
Afirmativo
Negativo
haja
hajas
haja
hajamos
hajais
hajam
houvesse
houvesses
houvesse
houvéssemos
houvésseis
houvessem
houver
houveres
houver
houvermos
houverdes
houverem
há
haja
hajamos
havei
hajam
hajas
haja
hajamos
hajais
hajam
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal
Infinitivo Pessoal
Gerúndio
Particípio
haver
haver
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem
havendo
havido
VERBO TER - Modo Indicativo
Pretérito
Pretérito
Presente
Perfeito
Imperfeito
tenho
tive
tinha
tens
tiveste
tinhas
tem
teve
tinha
temos
tivemos
tínhamos
tendes
tivestes
tínheis
têm
tiveram
tinham
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Pretérito
Mais-Que-Perfeito
tivera
tiveras
tivera
tivéramos
tivéreis
tiveram
Futuro do
Presente
terei
terás
terá
teremos
tereis
terão
Futuro do
Pretérito
teria
terias
teria
teríamos
teríeis
teriam
61
Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
Afirmativo
Negativo
tenha
tenhas
tenha
tenhamos
tenhais
tenham
tivesse
tivesses
tivesse
tivéssemos
tivésseis
tivessem
tiver
tiveres
tiver
tivermos
tiverdes
tiverem
tem
tenha
tenhamos
tende
tenham
tenhas
tenha
tenhamos
tenhais
tenham
5.​ ​CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral​: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com
o substantivo. Exemplo: A pequena ​criança​ é ​uma​ ​gracinha​.
​CASOS ESPECIAIS
Caso 1​: ​Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos. Exemplos: Concorda com o
primeiro, com o segundo ou com ambos, dependendo do sentido da frase.
Ternura​ e ​amor​ ​humano​.
​Amor​ e ​ternura​ ​humana​.
​Ternura​ e ​amor​ ​humanos​.
Carne​ ou ​peixe​ ​cru​. ​Peixe​ ou ​carne​ ​crua​. ​Carne​ ou ​peixe​ ​crus​.
Caso 1:​ ​Um adjetivo anteposto a vários substantivos​. Adjetivo anteposto normalmente:
concorda
com
o
mais
próximo.
Comi ​delicioso​ ​almoço​ e ​sobremesa​.
Provei ​deliciosa​ ​fruta​ e ​suco​. ​Mau​ ​lugar​ e ​hora​. ​Má​ ​hora​ e ​lugar​.
Caso 3: Um substantivo e mais de um adjetivo Quando dois ou mais adjetivos se referem a
um substantivo, este vai para o singular ou plural. Falava fluentemente a ​língua​ ​inglesa​ e
(a) ​espanhola​. Falava fluentemente as ​línguas​ ​inglesa​ e ​espanhola​.
Caso 4:​ ​Um substantivo e dois ordinais​. Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um
substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
A ​primeira​ e ​segunda​ ​lição​. A p​ rimeira​ e ​segunda​ ​lições​. A ​primeira​, a ​segunda​ e a ​última​ ​aula​.
Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o, este vai para o
plural.
As ​cláusulas​ ​terceira​, ​quarta​ e ​quinta​.
Caso 5: ​Muito, pouco, menos, bastante, caro, meio, só, mesmo, alerta​. Quando se trata de
advérbio não variam:
Algumas viagens são ​muito​ cansativas. ​Pouco​ lutei, por isso perdi a batalha. Comprei ​caro​ os
sapatos. Preciso ​mesmo​ da sua ajuda. Fiquei ​bastante​ (muito) contente com a proposta.
Estou ​meio​ insegura. ​Só​ consegui comprar uma passagem.
Quando não são advérbios seguem a regra geral: Comi ​muitas​ frutas durante a viagem.
(pronome). ​Poucas​ pessoas acreditaram em mim. (pronome). Os sapatos estavam ​caros​.
(adjetivo). Estiveram ​sós​ nos escombros durante horas. (adjetivo). Seus argumentos
foram ​bastantes​ (suficientes) para me convencer. (adjetivo). Havia ​bastantes​ (muitas) pessoas na
praça. (pronome - se <muito> for invariável é advérbio). Os ​mesmos​ argumentos que eu usei,
você copiou. (pronome). Comi ​meia​ laranja pela manhã. (numeral)
62
Caso 6: ​Promomes de tratamento: Os qualificadores do pronome concordam com o sexo da
pessoa, não com o pronome: ​Sua Santidade​ está ​esperançoso​. ​Vossa Majestade​, minha rainha,
é muito ​bondosa​.
Caso 7: ​Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a), nem um(a) nem outro(a) Após essas
expressões o substantivo fica sempre no singular. ​Um e outro​ ​aspecto​. ​Nem um nem
outro​ ​argumento​. ​De um e outro​ ​lado​.
OBS: Se houver adjetivo este vai para o plural. Renato advogou ​um e outro​ caso ​fáceis​.
Pusemos ​numa e noutra​ bandeja ​rasas​ o peixe. U
​ ma e outra​ causa ​juntas​.
Caso 8: ​É bom, é necessário, é proibido​: Quando o sujeito for tomado em sua generalidade,
sem qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular,
e o predicativo do sujeito no masculino, singular. ​Maçã​ ​é bom​ para a saúde. ​Cerveja​ ​é
bom​ para os rins. ​É preciso​ ​cautela​. ​É proibido​ ​entrada​.
Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente: ​É proibida​ ​a
entrada​ de homens no banheiro feminino. ​Estas bebidas​ ​são boas​ para os rins.
Caso 9: ​Tal Qual​. ​<Tal> concorda com o antecedente, <qual> com o consequente. As
garotas são ​vaidosas​ ​tais qual​ ​a tia​. Os pais vieram ​fantasiados​ ​tais quais​ ​os filhos​.
OBS: Se o elemento anterior é um verbo, tal fica invariável; se o elemento posterior é um verbo,
qual fica invariável. Eles ​agem​ ​tal quais​ ​as ordens​ do pai. Eles ​agem​ ​tal qual​ ​forem​ as ordens
do pai.
Caso 10: ​Particípio + Substantivo. O particípio concorda com o substantivo a que se refere.
Feitas​ ​as contas​ ... ​Restabelecidas​ ​as amizades​ … ​Salvas​ ​as crianças​ ... ​Postas​ ​as cartas​ na
mesa ... ​Vistas​ ​as condições​ …
OBS: "Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso,
invariáveis: ​Salvo​ ​honrosas ​exceções. Que não seja imortal, ​posto​ que ​é chama​. ​Visto​ ​ser longe​,
não irei.
Caso 11: ​Anexo​. Quando precedido da preposição em,
fotografia ​vai​ ​anexa​ ao curriculum.
Os documentos ​irão​ ​anexos​ ao relatório. As fotografias ​vão​ ​em anexo​.
fica
invariável.
A
Caso 12: ​Adjetivo composto​. Se ambos os elementos são adjetivos, apenas o último elemento
concordará com o substantivo a que se refere; os demais ficarão na forma masculina, singular.
Violetas ​azul​-​claras​. Problema ​socio​econômico​. Problemas ​socio​econômicos​.
Se um dos elementos for originalmente um substantivo, todo o adjetivo composto ficará
invariável. Vale também para a expressão ​cor de​ + ​substantivo​. ​Tinta​ ​branco-gelo​.
Tintas​ ​branco-gelo​. ​Papel​ ​cor de vinho​.
Papéis​ ​cor de vinho​. ​Pincel​ (cor de) ​laranja​. ​Pincéis​ (cor de) ​laranja​. ​Unhas​ holográficas
lilás ​furta-cor​.
Exceções:
Azul-marinho/Azul-celeste
são
invariáveis.
​Camisas​ ​azul-celeste​.
Calças​ ​azul-marinho​.
Surdo-mudo(a)/Pele-vermelha
flexionam
dois
elementos.
Menina​ ​surda-muda​. ​Rapazes​ ​surdos-mudos​. ​Índio​ ​pele-vermelha​. ​Índios​ ​peles-vermelhas​.
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Caso 13: ​Numerais​. Numeral utilizado após substantivo deve ser cardinal (um, dois, três...). Do
contrário, usa-se o numeral ordinal (primeiro, segundo, terceiro...). Arrancaram
a ​página​ ​duzentos​. Estamos na ​segunda​ ​página​.
Caso 14: ​Grama​. Quando representar unidade de massa, será
Comprei ​duzentos​ ​gramas​ de presunto. Ele foi preso com ​um​ ​grama​ de cocaína.
masculino.
Caso 15: ​Obrigado​. Concorda com o substantivo a que se refere: ​Elas​ disseram em coro:
Muito ​obrigadas​, professor.
Caso 16: ​Conforme​. Conforme = conformado (adjetivo - varia). Conforme = como (não
flexiona).. Eles ​ficaram​ ​conformes​ com a decisão;. ​Dançam​ ​conforme​ a música.
6. CONCORDÂNCIA VERBAL
Caso 1: ​Sujeito simples​. ​Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e
pessoa.
Ela​ ​foi​ ao cinema. (3ª pessoa, singular). ​Nós​ ​vamos​ ao cinema. (1ª pessoa, plural)
Casos especiais: ​Sujeito coletivo​: O verbo concorda com o coletivo. A multidão ​gritou na
arquibancada.
Se o coletivo vier especificado ou modificado por adjunto adnominal, o verbo pode ficar no
singular ou ir para o plural. A ​multidão de fãs ​gritou​. A ​multidão de fãs ​gritaram​. Uma
multidão de pessoas​ ​saiu​ aos gritos.
Uma ​multidão de pessoas​ ​saíram​ aos gritos.
Sujeito possui coletivos partitivos (metade, a maior parte, grande parte, maioria, etc.): O verbo
fica no singular (concordância lógica) ou vai para o plural (concordância atrativa). A ​maioria
dos alunos​ ​foi​ à excursão. A ​maioria dos alunos​ ​foram​ à excursão.
Sujeito é pronome de tratamento: O verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Vossa Santidade ​esteve no Brasil. ​Vossa Alteza ​pediu silêncio. ​Vossas Altezas ​pediram
silêncio.
O sujeito é o pronome relativo <que>: O verbo concorda com o antecedente do pronome. Fui
eu​ ​que​ ​derramei ​o café. Fomos ​nós​ ​que​ ​derramamos​ o café.
OBS: Com a expressão <um dos que>/<uma das que>, o verbo deve assumir a forma plural,
exceto quando a ação se refere a um só agente. Você é ​um dos que ​admiram os escritores de
novelas. (Dos que admiram novelas, ele é um.) Ele é ​um dos jogadores ​que ​foram expulsos.
(Dos jogadores que foram expulsos, ele é um.). Era ​uma das suas filhas ​que ​namorava ​com ele.
(Namorava com ele, uma das suas filhas.)
O sujeito é o pronome relativo <quem>: O verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou
concordar com o antecedente do pronome. Fui ​eu ​quem ​derramou o café. Fui ​eu ​quem ​derramei
o café.
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O sujeito é formado por locuções pronominais (Alguns de nós, poucos de vós, quais de...,
quantos de..., etc.): Se o primeiro pronome estiver no singular, o verbo fica no singular. Se
estiver no plural, poderá concordar com o pronome interrogativo/indefinido ou com o pronome
pessoal (nós ou vós).
Algum de nós o ​receberá​. ​Quais de vós me ​punirão​? Quais de ​vós me ​punireis​? ​Quais de nós
são​ capazes?
Quais de ​nós ​somos capazes? ​Vários de nós ​propuseram sugestões inovadoras. Vários de ​nós
propusemos​ sugestões inovadoras.
O sujeito é formado de nomes no plural​: Se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo
ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. ​Estados
Unidos​ ​é​ uma nação poderosa.
Os Estados Unidos​ ​são​ a maior potência mundial.
O sujeito é formado por expressões aproximativas: mais de um, menos de dois, cerca de...,
etc.: O verbo concorda com o numeral. Mais de ​um aluno não ​compareceu à aula. Mais de
cinco alunos não ​compareceram à aula. ​Mais de um aluno, ​mais de um professor ​contribuíram​.
Mais de um​ formando ​se abraçaram​ na formatura.
O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no
singular ou plural, se este vier afastado do substantivo. A ​gente da cidade, temendo a violência
da rua, ​permanece em casa. A ​gente da cidade, temendo a violência da rua, ​permanecem em
casa.
Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com"​: O verbo pode ficar no singular ou no
plural. No plural, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra <com> tem
sentido muito próximo ao de <e>. Para enfatizar o primeiro elemento, usa-se o singular. ​O
governador com o secretariado​ ​traçaram​ os planos.
O governador com o secretariado​ ​traçou​ os planos.
Caso 2: ​Sujeito composto. ​Regra geral: O verbo vai para o plural. ​João e ​Maria ​foram
passear no bosque.
Casos especiais:
Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes: O verbo ficará no
plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. ​Eu (1ª pessoa) e ​ele (3ª pessoa) ​nos
tornaremos amigos. (O verbo ficou na 1ª pessoa do plural porque esta tem prioridade sob a 3ª.).
Tu​ e ​ele​ ​se tornarão​ amigos. (3ª pessoa do plural)
OBS: Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o
núcleo mais próximo do verbo. ​Iremos​ ​eu​ e minhas​ amigas.​ ​Irei​ ​eu​ e minhas​ amigas​.
Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por <e>: O verbo
concordará com os dois núcleos. A ​jovem​ e a sua ​amiga​ ​seguiram​ a pé.
OBS​: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo. ​Seguiria​ a pé a ​jovem​ e a sua ​amiga​.
OBS: Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente
no plural.
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​Abraçaram-se​ ​vencedor​ e ​vencido​. ​Ofenderam-se​ o ​jogador​ e o ​árbitro​.
Os núcleos do sujeito são sinônimos ou semelhantes e estão no singular: O verbo poderá
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). A ​angústia e
ansiedade não o ​ajudavam a se concentrar. A ​angústia e ​ansiedade não o ​ajudava a se
concentrar.
Quando há gradação entre os núcleos: O verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou
apenas com o núcleo mais próximo (concordância atrativa). Uma ​palavra​, um ​gesto​, um ​olhar
bastavam​. Uma ​palavra​, um ​gesto​, um ​olhar​ ​bastava​.
Quando os sujeitos forem resumidos por: nada, tudo, ninguém, etc.​: O verbo concordará
com o aposto resumidor. Os pedidos, as súplicas, o desespero, ​nada​ o ​comoveu​.
Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro: O verbo
poderá ficar no singular ou no plural. ​Um​ e ​outro​ já ​veio​. ​Um​ e ​outro​ já v​ ieram​.
g) ​Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por <ou> ou <nem>: O verbo deverá
ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.
Drummond ​ou ​Bandeira ​representam a essência da poesia brasileira. ​Nem o ​professor ​nem o
aluno​ ​acertaram​ a resposta.
OBS: Se os núcleos forem excludentes o verbo deve ficar no singular. Em caso de retificação,
deve concordar com o mais próximo. ​Você ou ele ​será escolhido. O ladrão ​ou os ​ladrões não
deixaram​ vestígio.
h) ​Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim...
como/ não só... mas também, etc.): O que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora
o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. ​Tanto Erundina quanto Collor
perderam as eleições municipais em São Paulo. ​Tanto Erundina quanto Collor ​perdeu as
eleições municipais em São Paulo.
Caso 3: ​Sujeito oracional​. Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva subjetiva, o
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular. Ainda ​falta ​dar os últimos retoques na
pintura​. (Dica: Para saber se é o caso, substitua a oração subordinada por ISSO: “Ainda ​falta
ISSO”. Percebe-se facilmente que ISSO é o sujeito do verbo faltar.)
Caso 4: ​O verbo e a partícula <SE> ​Quando é índice de indeterminação do sujeito: ​Quando
índice de indeterminação do sujeito, o <se> acompanha os verbos intransitivos, transitivos
indiretos e de ligação, os quais obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.
Precisa​-​se de governantes interessados em civilizar o país. ​Confia​-​se em teses absurdas. ​Era​-​se
mais feliz no passado.
Quando é partícula apassivadora: Quando pronome apassivador, o <se> acompanha verbos
transitivos diretos (e alguns poucos indiretos) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso,
o verbo deve concordar com o sujeito da oração. ​Construiu​-se um ​posto de saúde.
Construíram​-se novos ​postos de saúde. Não se ​pouparam ​esforços para despoluir o rio. Não se
poupou​ ​esforço​ para despoluir o rio.
Caso 5: ​Verbos impessoais​. São aqueles que não possuem sujeito. Uma vez que os verbos
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flexionam-se para concordar com o sujeito, então estes verbos ficam sempre na 3ª pessoa do
singular. - Haver no sentido de existir; - Fazer indicando tempo; - Aqueles que indicam
fenômenos da natureza. ​Havia ​sérios ​problemas na cidade. ​Fazia quinze anos que ele havia
parado de estudar. ​Choveu​ ​granizos​ ontem.
OBS: Em locução verbal nos casos acima, o verbo auxiliar herda esta impessoalidade.
Lembre-se que o verbo existir não faz parte da regra: ​Vai fazer ​quinze anos que ele parou de
estudar. ​Deve haver ​indícios de fraude. ​Pode ter havido ​casos semelhantes. ​Existem sérios
problemas​ na cidade. ​Devem existir​ ​problemas​ na cidade.
Caso 6: ​Verbos dar, bater e soar​. Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito
(relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar. O ​relógio ​deu duas horas. ​Deu
uma hora no relógio da estação. ​Deram ​duas horas no relógio da estação. O ​sino da igreja
bateu cinco badaladas. ​Bateram ​cinco badaladas no sino da igreja. ​Soaram ​dez badaladas no
relógio da escola.
Caso 9. Porcentagem + substantivo​. Porcentagem + Substantivo, sem modificador da
porcentagem: Facultativamente o verbo poderá concordar com o número referente à
porcentagem ou com o substantivo.
1% da turma ​estuda muito. ​1% dos alunos ​estuda / ​estudam muito. ​10% da turma ​estuda /
estudam​ muito.
10%​ dos alunos ​estudam​ muito.
Porcentagem + Substantivo, com modificador da porcentagem: O verbo concordará com o
modificador, que pode ser pronome demonstrativo, pronome possessivo, artigo, etc. ​Os 10% da
turma ​estudam​ muito. ​Aquele​ 1% dos alunos ​estuda​ mais.
Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da porcentagem​: O verbo concordará apenas
com o número referente à porcentagem, mesmo que haja elemento modificador. Mais de ​1%
dos alunos ​estuda​ muito. Menos de ​10%​ da turma e​ studam​ muito.
OBS: Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, esse deverá concordar com o
numeral:
Aprovaram​ a decisão da diretoria ​50%​ dos funcionários.
Caso 10: ​Concordância com o verbo ser: ​Quando, em predicados nominais, o sujeito for
representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo: O verbo <ser> ou
<parecer> concordarão com o predicativo. Tudo ​são​ ​flores​. Aquilo ​parecem​ ​ilusões​.
OBS: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. ​Aquilo ​é sonhos
vãos.
O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos
<que> ou <quem>.
Que​ ​são​ gametas? ​Quem​ ​foram​ os escolhidos?
Em indicações de horas, datas, tempo, distância: A concordância será feita com a expressão
numérica.
São nove horas. É uma hora. OBS: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias,
pois subentende-se a palavra dia. Hoje ​são​ ​24​ de outubro. Hoje ​é​ (dia) ​24​ de outubro.
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Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o
pronome.
Esse cara ​sou ​eu​. OBS: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a
concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.
Eu​ não ​sou​ ​tu.
Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso,
quantidade, distância e etc.: O verbo fica sempre no singular. Cento e cinquenta ​é pouco​. Cem
metros ​é muito​.
Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo podem ficar
invariáveis (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com
o sujeito posposto. ​É necessário​ aqueles ​materiais​. ​São necessários​ aqueles ​materiais​.
Caso 11: ​O Verbo "Parecer"​. Em orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. As
paredes ​parece​ que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)
Quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: O verbo parecer varia e não se
flexiona o infinitivo. Alguns colegas ​pareciam ​chorar naquele momento. O verbo parecer não
varia e o infinitivo sofre flexão. Alguns colegas ​parecia ​chorarem naquele momento. A
primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária.
Caso 12:Concordância com o infinitivo​. O infinitivo é a forma nominal do verbo e pode
apresentar-se flexionado e não flexionado. O estudo do infinitivo na Língua Portuguesa é
bastante complexo, já que, em alguns casos, ele deve ser flexionado, em outros, ele pode ser
flexionado, e em outros ainda ele não se flexiona. Exemplo de como flexionar o infinitivo do
verbo cantar: Era para eu ​cantar​. Era para tu ​cantar​es​. Era para ele ​cantar​. Era para nós
cantar​mos​. Era para vós ​cantar​des​. Era para eles ​cantar​em
NÃO SE FLEXIONA O INFINITIVO: Não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado
por pronome pessoal oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes). Esperei-​as
chegar​.
QUANDO O INFINITIVO NÃO SE REFERIR A SUJEITO ALGUM. ​Navegar é preciso, ​viver
não é preciso. ​Querer é ​poder​. ​Fumar prejudica a saúde. É proibido ​colar cartazes neste muro. É
preciso ​lutar​ contra as drogas. Vale a pena ​ter​ fé e esperança sempre.
INFINITIVO COM VALOR DE IMPERATIVO (ordem, pedido, conselho, apelo): Soldados,
recuar​! Como verbo principal de locução verbal: Os alunos ​podem sair mais cedo hoje. (O verbo
sair é o principal da locução "podem sair"). Eles não ​podem fazer isso! (O verbo fazer é o
principal da locução "podem fazer").
QUANDO O VERBO AUXILIAR ESTIVER AFASTADO OU OCULTO, A FLEXÃO DO
INFINITIVO DO VERBO PRINCIPAL DA LOCUÇÃO É FACULTATIVA: Não ​devemos​,
depois de tudo, ​duvidar ​e ​reclamar​ dela. Não ​devemos​, depois de tudo, ​duvidar​mos e
reclamar​mos​ dela.
QUANDO FIZER RERÊNCIA A GERÚNDIO: As peças estavam estragadas, ​devendo ​ser
substituídas. Começaram as inscrições, ​podendo​ os candidatos ​dirigir​-se à sala
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FLEXIONA-SE OBRIGATORIAMENTE O INFINITIVO: Quando o sujeito for diferente de
pronome átono, estiver evidente e determinante de verbo não acusativo: Não é necessário
vocês ​chegar​em​ mais cedo.
QUANDO SE QUISER INDETERMINAR O SUJEITO (UTILIZANDO A TERCEIRA
PESSOA DO PLURAL); Faço isso para (eu) não me ​achar inútil. Faço isso para não me
achar​em​ inútil.
QUANDO O INFINITIVO É O SUJEITO: O ​morrer​em​ pela pátria é sina de alguns soldados.
QUANDO O SUJEITO DO VERBO NO INFINITIVO FOR DIFERENTE DO SUJEITO DO
VERBO DA OUTRA ORAÇÃO. Meninos, vejo ​estar​em atrasados mais uma vez. (O sujeito
“vocês” do infinitivo “estar”é diferente do sujeito “eu” do verbo “ver” na outra oração.) Falei a
eles sobre a vontade de ​deixarmos o time. (O sujeito “nós” do infinitivo “deixar” é diferente do
sujeito “eu” do verbo “ver” na outra oração.)
QUANDO O VERBO FOR DE LIGAÇÃO OU ESTIVER NA VOZ PASSIVA: Elas tiveram
que suar muito para se ​tornar​em campeãs. O porta-voz disse que as medidas a ​ser​em tomadas
contra o terror serão rigorosas.
QUANDO APRESENTAR RECIPROCIDADE OU REFLEXIBILIDADE DE AÇÃO. Fizemos
os adversários se cumprimentarem com gentileza. Deixem os namorados beijarem-se como
quiserem.
FLEXÃO OPCIONAL: Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da
outra oração, a flexão do infinitivo não é necessária. Não é, porém, proibida. Os escoteiros
chamaram os chefes para ​apresentar o relatório. Os escoteiros chamaram os chefes para
apresentar​em o relatório. (O sujeito de ambos os verbos “chamar” e “apresentar” é o mesmo: os
escoteiros.) (tu) Lerás o texto antes de (tu) ​responder​.
(tu) Lerás o texto antes de
(tu) ​responder​es​. Para ​estudar​, estaremos sempre dispostos. Para ​estudar​mos​, estaremos sempre
dispostos.
NÃO SENDO CLARO O SUJEITO, PODE-SE FLEXIONAR O INFINITIVO QUANDO
FOR PRECISO EVITAR AMBIGUIDADE: Está na hora de ​começar​mos o trabalho. (nós).
Está na hora de ​começar o trabalho. (Quem? eu, você, ele, nós?). O presidente liberou os seus
ministros para ​subir​em no palanque. (para os ministros subirem) O presidente liberou os seus
ministros para ​subir​ no palanque. (para o presidente subir)
PREPOSIÇÃO + INFINITIVO: Será não flexionado quando ocorrer locução verbal onde a
ligação com o verbo auxiliar ocorrer por meio de preposição: Acabamos de ​fazer​ os exercícios.
SERÁ NÃO FLEXIONADO QUANDO HOUVER A COMBINAÇÃO ADJETIVO +
PREPOSIÇÃO + ​INFINITIVO​: São casos difíceis de ​solucionar​.
NÃO SE FLEXIONA O INFINITIVO PRECEDIDO DE PREPOSIÇÃO COM VALOR DE
GERÚNDIO.
(Nós) Passamos horas a ​comentar​ o filme. (comentando)
NÃO SE FLEXIONA O INFINITIVO COM PREPOSIÇÃO QUE APAREÇA DEPOIS DE
UM VERBO NA VOZ PASSIVA: Os jornalistas foram forçados a ​sair da sala. As pessoas eram
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obrigadas a ​esperar​ em fila.
DEPOIS DA COMBINAÇÃO AO, O INFINITIVO VARIA OBRIGATORIAMENTE: Ao
entrar​mos​, encontramos o João. Ao ​derreter​em​-se, as amostras do gelo deixaram sedimentos.
A VARIAÇÃO SERÁ OBRIGATÓRIA SE O VERBO FOR PRONOMINAL OU SE
EXPRIMIR RECIPROCIDADE OU REFLEXIBILIDADE DE AÇÃO: Gastamos duas horas
para nos ​dirigir​mos​ para lá.
Eles relutaram muito para se ​cumprimentar​em​. Foram ao cabeleireiro a fim de se ​pentear​em​.
NOS DEMAIS CASOS É OPCIONAL FLEXIONAR OU NÃO. O rapaz ajudava as garotas a
superar suas dificuldades em Matemática. O rapaz ajudava as garotas a ​superarem suas
dificuldades em Matemática. Para ​chegar aqui, gastamos duas horas. Para ​chegar​mos aqui,
gastamos duas horas.
7. CRASE
A palavra ​crase ​é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o
nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. Aprender a usar a crase, portanto, consiste
em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
Observe:​ Vou ​a a​ igreja. Vou ​à ​igreja.
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo
acento grave. ​Observe os outros exemplos:​ Conheço ​a​ aluna Refiro-me ​à​ aluna.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino ​"a" (s)​ ou de um pronome
demonstrativo ​"a" (s) ​após uma preposição ​"a"​:
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a
forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:​ Conheço ​"a"​ aluna. / Conheço ​o​ aluno Refiro-me ​ao ​aluno. / Refiro-me à​
aluna.
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma
preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com
o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:​ - Penso ​na ​aluna​.
- Apaixonei-me ​pela ​aluna.
Principais casos em que a crase NÃO ocorre:
- DIANTE DE SUBSTANTIVOS MASCULINOS.
Exemplos: Andamos ​a ​cavalo. / Fomos ​a​ pé. / Passou a camisa ​a​ ferro. / Fazer o
exercício ​a ​lápis. / Compramos os móveis ​a​ prazo. /
- DIANTE DE VERBOS NO INFINITIVO:
Exemplos: A criança começou ​a​ falar. / Ela não tem nada ​a​ dizer. / Estavam ​a​ correr pelo
parque. / Estou disposto ​a​ ajudar. / Continuamos ​a​ observar as plantas.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
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- DIANTE DA MAIORIA DOS PRONOMES E DAS EXPRESSÕES DE TRATAMENTO,
COM EXCEÇÃO DAS FORMAS ​SENHORA, SENHORITA E DONA​. Exemplos: Diga ​a​ ​ela
que não estarei em casa amanhã. / Entreguei ​a​ ​todos​ os documentos necessários. / Ele fez
referência ​a​ ​Vossa Excelência​ no discurso de ontem. /
CRASE DIANTE DOS PRONOMES - Trocar a palavra feminina por uma masculina, caso na
nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. E​xemplos:​ Refiro-me ​à ​mesma pessoa.
(Refiro-me ​ao ​mesmo indivíduo.) / Informei o ocorrido ​à ​senhora. (Informei o ocorrido ​ao
senhor.) / Peça ​à ​própria Cláudia para sair mais cedo.
- DIANTE DE NUMERAIS CARDINAIS. Exemplos: Chegou ​a​ ​duzentos​ o número de feridos.
/ Daqui ​a​ ​uma​ semana começa o campeonato.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
- DIANTE DE PALAVRAS FEMININAS. Exemplos: Amanhã iremos ​à ​festa de aniversário de
minha colega. / Sempre vamos ​à ​praia no verão. / Ela disse à​ ​irmã o que havia escutado
pelos corredores. Sou grata ​à ​população. / Fumar é prejudicial ​à ​saúde.
- DIANTE DA PALAVRA "MODA", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão
moda de ​fique subentendida). Exemplos: O jogador fez um gol ​à ​(moda de) Pelé. / Usava
sapatos ​à ​(moda de) Luís XV. / O menino resolveu vestir-se ​à ​(moda de) Fidel Castro.
- NA INDICAÇÃO DE HORAS. Exemplos: Acordei ​às ​sete horas da manhã. / Elas
chegaram ​às ​dez horas. / Foram dormir ​à ​meia-noite. / Ele saiu ​às ​duas horas. Obs.: com a
preposição "até", a crase será facultativa. E​xemplo:​ Dormiram até as/às 14 horas.
- EM LOCUÇÕES ADVERBIAIS, PREPOSITIVAS E CONJUNTIVAS DE QUE
PARTICIPAM PALAVRAS FEMININAS. ​Por exemplo: à tarde, à noite, ​à vontade, às
avessas, à esquerda, à direita, à luz, à semelhança de, às ocultas, às claras, à beça, à revelia, às
turras, à procura, à sombra de, às pressas, às escondidas, às vezes, à frente de, à medida que, à
força, à toa, à proporção que, à luz, à semelhança de, às ordens.
CRASE DIANTE DE NOMES DE LUGAR. Para saber se um nome de lugar admite ou não a
anteposição do artigo feminino ​"a"​, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a
preposição ​"de" ​ou ​"em"​. A ocorrência da contração ​"da" ​ou ​"na"​ prova que esse nome de
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. ​Exemplos:​ Vou ​à ​França. (Vim ​da ​França. Estou
na ​França.) / Cheguei ​à ​Grécia. (Vim ​da​ Grécia. Estou ​na ​Grécia.) / Retornarei ​à ​Itália.
(Vim ​da ​Itália. Estou na Itália) / Vou ​a ​Porto Alegre. (Vim ​de​ Porto Alegre. Estou ​em​ Porto
Alegre.) / Cheguei ​a​ Pernambuco. (Vim ​de​ Pernambuco. Estou ​em​ Pernambuco.) /
Retornarei ​a​ São Paulo. (Vim ​de ​São Paulo. Estou e​ m ​São Paulo.) ATENÇÃO: quando o nome
de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja: Retornarei ​à ​São Paulo dos bandeirantes. Irei
à ​Salvador de Jorge Amado.
CRASE DIANTE DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS AQUELE (S), AQUELA (S),
AQUILO. Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição
"a"​. ​Exemplo: Refiro-me a aquele atentado. Refiro-me àquele atentado.
Veja outros exemplos:​ Dediquei ​àquela ​senhora todo o meu trabalho. / Quero agradecer
àqueles ​que me socorreram. / Refiro-me ​àquilo ​que aconteceu com seu pai.
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Não obedecerei ​àquele​ sujeito. / Assisti ​àquele ​filme três vezes. / Espero ​aquele ​rapaz. /
Fiz ​aquilo ​que você disse. / Comprei ​aquela ​caneta.
CRASE COM OS PRONOMES RELATIVOS A QUAL, AS QUAIS. Depende do verbo. Se o
verbo que rege esses pronomes exigir a preposição ​"a", ​haverá crase. Se for possível substituir
por um termo masculino, haverá crase. ​Exemplo:​ A igreja ​à qual​ me refiro fica no centro da
cidade. / O monumento ​ao ​qual me refiro fica no centro da cidade. Caso surja a forma ​ao
com a troca do termo, ocorrerá a crase.
CRASE COM O PRONOME DEMONSTRATIVO "A" Também pode ser detectada pela
substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. ​Exemplos:​ Minha
revolta é ligada ​à ​do meu país. Meu luto é ligado ​ao ​do meu país. / As orações são semelhantes
às ​de antes. Os exemplos são semelhantes ​aos ​de antes.
A PALAVRA DISTÂNCIA. Se a palavra ​distância​ estiver especificada, determinada, a crase
deve ocorrer. ​Exemplo:​ Sua casa fica ​à ​distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está
determinada.) / Todos devem ficar ​à ​distância de 50 metros do palco. (A palavra está
especificada.)
Se a palavra ​distância ​não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. ​Exemplo:​ Os militares
ficaram ​a ​distância. / Gostava de fotografar ​a ​distância. / Ensinou ​a ​distância. / Dizem que
aquele médico cura ​a​ distância. OBSERVAÇÃO: por motivo de clareza, para evitar
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: Gostava de fotografar ​à ​distância. / Ensinou ​à
distância.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
- DIANTE DE NOMES PRÓPRIOS FEMININOS: Porque é facultativo o uso do artigo.
Exemplos: Entreguei o cartão ​a ​Paula. / Entreguei o cartão à​ ​Paula. / Entreguei o cartão ​a
Roberto. / Entreguei o cartão ​ao ​Roberto. Contei ​a ​Laura o que havia ocorrido na noite
passada. / Contei ​à ​Laura o que havia ocorrido na noite passada. / Contei ​a​ Pedro o que
havia ocorrido na noite passada. / Contei ​ao ​Pedro o que havia ocorrido na noite passada.
- DIANTE DE PRONOME POSSESSIVO FEMININO. porque é facultativo o uso do artigo.
Exemplos:
Cedi o lugar ​a ​minha avó. Cedi o lugar ​a ​meu avô.
Cedi o lugar ​à ​minha avó. Cedi o lugar ​ao ​meu avô.
8. SINTAXE - PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Período Composto
É aquele constituído por mais de uma oração.
1) Período composto por coordenação​ - No período composto por coordenação as
orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas. As
orações coordenadas subdividem-se em:
a) Coordenadas Assindéticas- ​Não são introduzidas por conjunção. Ex.: Trabalhou,
sempre irá trabalhar.
b) Coordenadas Sindéticas -​ São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se
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subdivide em:
Sindética Aditiva: ​ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem,
(não somente)... como também. Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como
também uma extensa prova.
Coordenada Sindética Adversativa:​ ideia de contraste, oposição. Principais
conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém... Ex.: O professor elaborou um
exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.
Coordenada Sindética Alternativa:​ ideia de alternância, exclusão. Principais
conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou. Ex.: Ou o professor elabora o
exercício ou desiste de aplicar a prova.
Coordenada Sindética Conclusiva:​ ideia de dedução, conclusão. Principais
conjunções usadas: portanto, pois, logo... Ex.: O professor não elaborou a prova, logo
não poderá aplicá-la na data planejada.
Coordenada Sindética Explicativa​: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções
usadas: pois, porque. Ex.: O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.
9.​ ​ELEMENTOS DA NARRAÇÃO
O texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma sequência
de ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser estes fatos reais
ou fictícios.
ELEMENTOS PRINCIPAIS DA NARRAÇÃO: ​personagens, narrador, espaço,
tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata.
Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os ​contos, novelas,
romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas,
letras musicais, entre outros.
PERSONAGENS​: ​Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com
o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque,
também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas.
As demais caracterizam-se como secundárias.
TEMPO: ​Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na
primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por
horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado
pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em
presente, passado e futuro.
ESPAÇO: ​É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no
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intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma
contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de
fundamental importância, como, por exemplo, os romances regionalistas.
NARRADOR: Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o
leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual
organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história.
A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando denomina-se
como foco narrativo. E, basicamente, há três tipos:
NARRADOR-PERSONAGEM​: Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história,
relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão
parcial dos fatos.
NARRADOR-OBSERVADOR​: Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue
observar, relatando-os em 3ª pessoa.
NARRADOR-ONISCIENTE: ​Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e
os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que
até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também
chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos
em qualquer espaço que ocorram.
Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite
opiniões e julgamento de valor acerca do assunto.
ENREDO​: ​É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo
é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é
prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno
dos fatos e os faz avançar.
Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas
referidas partes:
INTRODUÇÃO​: É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais, os
personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço.
COMPLICAÇÃO​: ​É a parte em que se desenvolve o conflito.
CLÍMAX: Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo momento
de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice.
CONCLUSÃO OU DESFECHO FINAL: É a solução do conflito instaurado, podendo
apresentar final trágico, cômico, triste, ou até mesmo surpreendente. Tudo irá depender
da decisão imposta pelo narrador.
Referências:
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http://www.fabulasecontos.com.br/VERBOS.pdf
http://linguaportuguesa7ano.blogspot.com.br/2009/11/os-verbos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelos_de_conjuga%C3%A7%C3%A3o_dos_verbos
http://linguaportuguesa7ano.blogspot.com.br/2009/11/os-verbos.html
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php
http://www.fabulasecontos.com.br/VERBOS.pdf​http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mo
rfologia/pronome.php
http://www.coladaweb.com/portugues/silaba​http://professorvallim.blogspot.com.br/2009/11/s-i
laba-tonica-silaba-tonica-de-uma.html​http://www.brasilescola.com/gramatica/a-ou-ha.htm
http://www.colegioweb.com.br/portugues/uso-da-palavra-onde-aonde.html
http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/mal-ou-mau.htm
http://www.mundovestibular.com.br/articles/1262/1/Tecnicas-de-Redacao---Narracao-Descrica
o-e-Dissertacao/Paacutegina1.html
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