a aromaterapia como alternativa para minimizar os estados

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
Curso de Pós-graduação Lato Sensu em:
AROMATERAPIA
A AROMATERAPIA COMO ALTERNATIVA PARA MINIMIZAR OS ESTADOS
ANSIOSOS E DEPRESSIVOS DE DOENTES ONCOLÓGICOS
Por
Maria da Gloria da Silveira Taveira
Rio de Janeiro
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
Curso de Pós-graduação Lato Sensu em:
AROMATERAPIA
A AROMATERAPIA COMO ALTERNATIVA PARA MINIMIZAR OS ESTADOS
ANSIOSOS E DEPRESSIVOS DE DOENTES ONCOLÓGICOS
Monografia
apresentada
em
cumprimento às exigências para a
conclusão do curso de pós-graduação
Lato Sensu em aromaterapia.
Por:
Maria da Gloria da Silveira Taveira
Orientador acadêmico: Esp.Maria
Julia da Silva Nunes
Rio de Janeiro
2011
ii
A AROMATERAPIA COMO ALTERNATIVA PARA MINIMIZAR OS ESTADOS
ANSIOSOS E DEPRESSIVOS DE DOENTES ONCOLÓGICOS
POR
MARIA DA GLORIA DA SILVEIRA TAVEIRA
MONOGRAFIA APRESENTADA PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE
ESPECIALISTA EM AROMATERAPIA- UNISUAM -RJ
AVALIAÇÃO FINAL:
APROVADA em: ______ de ___________ de _______
BANCO EXAMINADORA:
__________________________________________
PROFª ESP. MARIA JULIA DA SILVA NUNES
COORDENADORA ACADÊMICA DO CURSO
PRESIDENTE DA BANCA EXAMINADORA
iii
DEDICATÓRIA:
Dedico este trabalho a meu filho
Thiago Taveira, razão da minha motivação e dedicação.
iv
AGRADECIMENTO:
Agradeço a Deus, a minha orientadora, Profª Maria Júlia da Silva Nunes, por contribuir para
meu crescimento pessoal e profissional, a minha mãe pelo incentivo e colaboração, ao meu
amigo Profº Humberto Rocha por todo apoio e meus avós Vera Seixas da Silveira e Profº
Geraldo Goulart da Silveira (in memorium).
v
TAVEIRA, Maria da Gloria da Silveira - A AROMATERAPIA COMO ALTERNATIVA
PARA MINIMIZAR OS ESTADOS ANSIOSOS E DEPRESSIVOS DE DOENTES
ONCOLÓGICOS - 20 folhas. Monografia do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em
Aromaterapia – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2011.
Palavras-chave: câncer, ansiedade, depressão, aromaterapia, óleos essenciais
RESUMO
Os doentes oncológicos apresentam geralmente uma gama de desconfortos de ordem física,
psíquica, social e espiritual. Frequentemente respostas emocionais negativas como a
ansiedade e a depressão se fazem presentes e podem comprometer o sucesso do tratamento. A
partir do quadro descrito urge a utilização de terapias não invasivas. A aromaterapia é uma
das mais versáteis terapias adjuvantes para minimizar os estados ansiosos e depressivos de
doentes oncológicos. Ela se utiliza dos óleos essenciais e aplicada através de massagem
propicia duplo beneficio: físico e psíquico. Ela baseia-se no reequilíbrio global e não somente
na remissão dos sintomas e, dessa forma, ajuda o paciente a melhorar sua qualidade de vida.
O presente trabalho tem por objetivo geral defender a utilização da aromaterapia como
instrumento que ajude o indivíduo a buscar o seu reequilíbrio vital, ou seja, corpo-mentealma. E como objetivo específico a utilização da aromaterapia na mudança de quadros
emocionais negativos como a ansiedade e a depressão em pacientes oncológicos. Entretanto, a
falta de fundamentação científica e até mesmo o desconhecimento da aromaterapia dificulta
sua implementação como um meio para mitigar estados ansiosos e depressivos em doentes
com câncer.
vi
SUMÁRIO:
DEDICATÓRIA................................................................................................................iv
AGRADECIMENTO.........................................................................................................v
RESUMO...........................................................................................................................vi
SUMÁRIO........................................................................................................................vii
INTRODUÇÃO..................................................................................................................8
DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................13
CONCLUSÃO...................................................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................16
APÊNDICE........................................................................................................................18
Vii
1. INTRODUÇÃO
O câncer apesar do avanço da medicina ortodoxa continua trazendo desconforto e
sofrimento para aqueles que o vivenciam (CLEARY, 2000; DUCCI; PIMENTA, 2003).
A ansiedade e a depressão são emoções frequentemente encontradas em pacientes
oncológicos e quando persistentes comprometem o paciente tanto a nível físico quanto
comportamental (RAZAVI,D e STIEFEL,F., 1994). Nesse momento a utilização de terapias
não invasivas que o ajude a manejar os estados emocionais negativos se faz necessária para
aumentar sua qualidade de vida.
Uma terapia complementar e versátil é a aromaterapia. Ela utiliza os aromas em
forma de óleos essenciais de diferentes maneiras, isoladamente ou através de massagem. A
massagem aromaterápica é uma opção de tratamento duplamente benéfica porque age no
físico auxiliando na integridade da pele e na psique através da inalação das moléculas
odoríferas do óleo escolhido alterando comportamento e reações emocionais (SILVA e
LEÃO, 2007).
O presente estudo sugere a massagem aromaterápica como técnica alternativa para
minimizar os estados emocionais ansiosos e depressivos, no doente com câncer.
2. DESENVOLVIMENTO
A história da aromaterapia, dos homens pré-históricos aos dias de hoje, passa pelos
egípcios, gregos e romanos. O uso de substâncias aromáticas em rituais por sacerdotes em
forma de incenso e em mumificações era uma prática frequente no antigo Egito. Na Grécia
Antiga acreditava-se que os perfumes eram formulados pelos deuses, que os utilizavam em
remédios aromáticos e cosméticos. Roma, por sua vez, tornou-se a capital mundial dos
banhos, utilizando os óleos aromáticos em massagens ou como pós-banho.
O conceito moderno e atual da aromaterapia, definida como “uma forma holística de
cura”, foi assim proposto, no final da década de vinte, pelo químico francês René M.
Gatefossé após queimar as mãos no laboratório da família e mergulhá-las no líquido mais
próximo – uma tigela com óleo essencial de lavanda. Acidentalmente, ele descobriu as
propriedades dermatológicas e medicinais dos óleos essenciais ao constatar que a queimadura
sarou e não deixou cicatrizes. Impressionado com o resultado, Gattefossé começou a
pesquisar as propriedades dos óleos essenciais, e em 1928 lançou seu livro intitulado
“Aromatherapie.
Durante a segunda Guerra Mundial, Jean Valnet, médico francês, empregou os óleos
essenciais em feridos, o que lhe trouxe reconhecimento nas curas holísticas. No pós-guerra
continuou suas pesquisas, e em 1964 seu livro intitulado L’Aromathérapie foi publicado.
À Marguerite Maury, bioquímica francesa, foi creditado o uso moderno da
aromaterapia. Ela concluiu após pesquisas, que bastou o uso externo em massagens com
sinergia individualizada para se obter os efeitos desejados. Hoje a aromaterapia é praticada
mundialmente para promover o equilíbrio da mente, do corpo e da alma (NUNES, 2007).
A aromaterapia consiste na utilização de óleos essenciais, obtidos de plantas
aromáticas, que podem alterar a percepção da dor crônica, além de auxiliar na manutenção da
integridade da pele e no controle de estados emocionais. Os efeitos fármaco-fisiológicos se
devem à sua constituição (ésteres, cetonas, hidrocarbonetos, entre outros) de natureza
lipofílica e os efeitos psico-fisiológicos estão relacionados, provavelmente, aos aromas dos
óleos essenciais uma vez que as células olfativas estão em conexão direta com o cérebro,
estabelecendo uma importante relação entre aroma e emoção (SILVA e LEÃO, 2007).
Essa conceituação atual está baseada no melhor entendimento dos mecanismos
envolvidos na ação dos óleos essenciais e substâncias odoríferas sobre o organismo humano
(aspecto fisiológico).
O primeiro modo de interação das moléculas odoríferas provenientes de qualquer
fonte incluindo os óleos essenciais é por via olfatória. As moléculas aromáticas entram pelo
nariz com o ar quando se respira, o que dá início ao processo fisiológico do sentido do olfato.
O sentido do olfato pode ser descrito em linhas gerais, como é apresentado por Guyton,
(1988) da seguinte forma: o epitélio olfatório, órgão sensorial para a detecção dos cheiros
situado nas regiões mais superiores das fossas nasais, contém numerosos receptores neurais,
as chamadas células olfatórias. Seus cílios ou pelos olfatórios detectam os diferentes odores,
sendo os mais facilmente sentidos os de substâncias altamente voláteis seguidos das
substâncias extremamente solúveis em gorduras. A necessidade de alta volatilidade é
facilmente compreendida, por representar o único meio como um odor pode atingir o ponto
recôndito das fossas nasais, isto é, por meio de transporte aéreo. A razão para o fator de
solubilidade em gorduras parece ser a de que os próprios cílios olfatórios são expansões da
membrana celular da célula olfatória e todas as membranas são formadas em sua maior parte,
por substâncias gordurosas. Presumivelmente, então, a substância odorífera se dissolveria nas
membranas dos cílios olfativos, o que modificaria o potencial de membrana e a produção de
impulsos neurais nas células olfativas (GUYTON, 1988).
Os receptores olfatórios (células olfatórias) enviam uma mensagem para o bulbo
olfatório que retransmite a informação para a área límbica do cérebro alterando o
comportamento e reações emocionais. Um segundo modo de interação da fase volátil dos
óleos essenciais com o organismo é através dos alvéolos pulmonares onde as moléculas
odoríferas são levadas a corrente sanguínea e distribuídas a todas as células do corpo podendo
alcançar órgãos alvos e sistemas corpóreos completando então o processo terapêutico
esperado (BERWICK, 2002).
Uma outra opção de tratamento é através da massagem aromatérapica, que associa o
toque (mecânico) a aplicação dos óleos essenciais sobre a pele. Essa modalidade terapêutica
se justifica na origem comum da pele e do sistema nervoso. Ambos derivam do ectoderma, o
folheto externo do embrião que na sua evolução dobra-se sobre si mesmo formando um tubo
(neural). A parte externa formará a pele e a parte interna desenvolverá o sistema nervoso.
Portanto, desde o início a pele está em ligação direta com o sistema nervoso enviando-lhe
constantemente informações sobre o meio externo (GUYTON, 1988).
Os óleos essenciais quando aplicados sobre a pele, são previamente diluídos em óleos
carreadores de origem vegetal, penetram na epiderme por difusão e os componentes químicos
que chegam a derme são absorvidos pelos tecidos musculares e chegam à corrente sanguínea
onde são distribuídos para os tecidos e órgãos (NUNES, 2007). A massagem aromaterápica
pode beneficiar o paciente fisicamente através do toque potencializado pela ação terapêutica
dos óleos essenciais e psicologicamente pela inalação do aroma utilizado (BERWICK, 2002).
A massagem aromaterápica confere benefícios físicos e psicológicos e pode ser
considerada como uma terapia complementar nos aspectos não físicos em pacientes com
câncer. Como toda patologia o câncer pode e deve ser considerado e tratado tanto nos seus
aspectos físicos quanto nas suas consequências psicológicas. A doença oncológica ainda hoje
carrega o estigma da morte, comumente associado à dor, sofrimento e degradação. A
ansiedade e a depressão são questões frequentemente encontradas em pacientes oncológicos.
Essas manifestações podem ocorrer na confirmação do diagnóstico, durante ou mesmo após o
tratamento (GAZZI G., KAJIKA M., RODRIGUES C., 1994).
A ansiedade, enquanto resposta adaptativa à doença, motiva o paciente a buscar
soluções para o problema que o aflige. Entretanto, em níveis elevados e persistentes, pode
comprometer a adaptação e o sucesso do tratamento, reduzir a qualidade de vida e levar o
paciente à depressão. Nesta fase a intervenção terapêutica se faz necessária, e, é uma medida
importante durante o tratamento do câncer. Caso contrário, essas questões podem vir a
favorecer a morte prematura do paciente ou induzir a atos de autodestruição.
Pode-se citar um bom exemplo da avaliação da eficácia da massagem aromaterápica
no tratamento de pacientes com câncer no trabalho de WILKINSON, et al, (2007) que avalia
a eficácia da massagem aromaterápica no controle da ansiedade e depressão em pacientes
oncológicos. Neste trabalho observa-se que a comparação entre a análise clínica e o relato dos
pacientes no que concerne a sensação de ansiedade e depressão mostra que a análise clínica
deixa de avaliar o que de fato importa que é a própria sensação de bem estar dos pacientes.
Convém lembrar que a maioria dos artigos que avaliam estatisticamente os resultados da
terapia quanto ao alívio de ansiedade e depressão, desprezam o fato de que a melhor avaliação
do nível de estados subjetivos é aquela que é feita por quem sente estes estados. Levando isso
em conta, seria mais razoável, dar um peso maior aos relatos dos pacientes ao invés de
concluir taxativamente pela ineficácia do método. Sendo assim, a aparente menor eficiência
da massagem aromaterápica, a longo prazo, pode ser imputada a uma limitação da avaliação
clínica (WILKINSON, et al, 2007).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Baseado no descrito acima, a aromaterapia pode ser considerada uma alternativa para
atenuar os estados emocionais como a ansiedade e depressão frequentemente apresentados por
pacientes oncológicos.
Na literatura se encontra outros relatos do uso da massagem aromaterápica e da
avaliação da eficiência deste método com o propósito aqui apresentado. Para tanto,
exemplifica-se com o trabalho de Susie Wilkinson et al., (1999) no qual se faz uma avaliação
da massagem aromaterápica na redução do estado de ansiedade e depressão de pacientes
oncológicos. Nesse estudo foi feita uma comparação entre o uso da massagem com óleo
carreador e a massagem com óleo essencial de camomila romana e óleo carreador.
Na avaliação quantitativa de resultados além de testes estatísticos específicos foi
também aplicado um questionário para avaliar a percepção do paciente em relação a
massagem. Esse último foi aplicado duas semanas depois da massagem. Esses resultados
convergem para a seguinte conclusão: a massagem usando apenas o óleo carreador implica
em uma ligeira melhora nas condições psicológicas do paciente, mas a adição do óleo
essencial potencializa, de modo estatisticamente comprovado, esse efeito (WILKINSON, et
al,1999).
Alguns artigos da literatura corrente apresentam dados que, a princípio, não validariam
a aromaterapia ou a massagem aromaterápica como método de minimizar os sintomas de
depressão e ansiedade em pacientes oncológicos. No entanto, esses trabalhos apresentam uma
estatística pobre principalmente nos tamanhos de amostra utilizadas, e por isso, não podem ser
aceitos como a última palavra para dirimir dúvidas sobre a eficácia do método. Além de uma
estatística pobre esses estudos geralmente não são efetuados em longo prazo o que corrobora
a afirmação acima. Um exemplo de trabalho dessa natureza é o publicado pelo National
Cancer Instituto. Esse estudo teve como base os trabalhos de (WILCOCK A., et al, 2004,
SODEN K.,et al, 2004, GRAHAM, et al, 2003, GRAVETT P., 2001,HADFIELD ., 2001,
WILKINSON S, 1995, CORNER J, CAWLER N., HILDEBRAND S., 1995).
Procurando ter uma visão geral sobre o que existe na literatura corrente no que
interessa a essa monografia observa-se que a avaliação quantitativa da eficiência da
aromaterapia se ressente de duas limitações: uma, a generalizada exiguidade do tamanho das
amostras; não há como qualificar de inócua, pouco eficiente ou muito eficiente, a
aromaterapia como é aqui proposta.
A outra limitação é quanto ao verdadeiro objetivo da aromaterapia e a medida dos seus
resultados. Nota-se que as avaliações ditas como “clínicas” assessoradas pelos métodos
estatísticos citados, deixam de avaliar o que de fato importa que é como se sente o paciente.
Quando se fala de bem estar, fala-se de uma sensação, de um sentimento ou de tomada de
consciência do seu próprio estado ou do estado do seu eu interior. Isto é, obviamente, difícil
de ser, não só expresso ou exteriorizado, como também difícil de ser medido com rigor
científico. No entanto, o simples fato do paciente relatar (ou tentar relatar) o seu estado,
ressalvados os casos de hipocondria ou não revelado masoquismo, já é um suporte razoável
para a defesa da terapia proposta.
Mesmo que se sugerisse impertinentemente que os resultados positivos se originariam
de um possível efeito placebo (o que é bastante discutível) ainda assim, seriam perfeitamente
aceitáveis aqueles resultados positivos relatados.
No entanto, uma boa parte dos trabalhos publicados apontam para a eficácia da
terapia, especialmente no período imediatamente após o tratamento cirúrgico, quimioterápico
ou radioterápico. Este período é sabidamente bastante critico e nele, a vulnerabilidade
psíquica dos pacientes é em muitos casos, exacerbada. Valeria então, propor a aromaterapia
como um novo “hábito” a ser cultivado dali por diante, por estes pacientes? Essa sugestão
pode ter suporte no trabalho de Silva, (2004) onde entre outros conceitos, fala que “A
aromaterapia é uma opção de vida que nos ajuda a se sentir bem fisicamente, mentalmente e
emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do espírito estão
fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos essenciais”.
Na opinião da autora dessa pesquisa, o conceito acima está em perfeita sintonia com a
intenção terapêutica da aromaterapia que é fortalecer a idéia segundo a qual, para completa
eficácia da terapia, se faz necessário uma modificação na maneira de encarar nossas vidas e os
cuidados com nossa mente e nosso corpo.
4. CONCLUSÃO:
Com base nas informações até aqui apresentadas, pode-se concluir que a falta de maior
fundamentação científica relacionada a aromaterapia, faz com que a sua aceitação pela classe
médica, como um instrumento para minimizar os estados ansiosos e depressivos de doentes
oncológicos, seja bastante dificultada.
Por outro lado, o caráter holístico da aromaterapia não entra em ressonância com a
medicina ortodoxa, mas é perfeitamente aceita pelos os que se dedicam as práticas médicas
ditas alternativas como a homeopatia e a acupuntura.
Faz-se necessário que sejam realizados mais estudos controlados sobre a eficácia da
massagem aromaterápica para que seja possível associá-la ao tratamento convencional em
ambientes clínicos e hospitalares com critérios de utilização confiáveis, e assim, possibilitar
melhores resultados no tratamento de doentes com câncer.
5. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS:
BERWICK, Ann - Aromaterapia Holística- NOVA ERA, 1994.
CLEARY, J.F. - Cancer Pain Management. CANCER CONTROL, V.7, 2000.
CORNER J. CAWLLER N., HILDEBRAND S – An evaluation of the use of massage and essential
oils on the wellbeing of cancer patients – INT J PALLIAT NURS,1995.
DAVIS, Patricia – Aromaterapia – MARTINS FONTES, 1988.
DUCCI, A.J.; PIMENTA, C.A.M. – Programas educativos e a dor oncológica. REVISTA
BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA, V.49, 2003.
GAZZI G, KAJIKA M, RODRIGUES C. – O paciente com câncer: crenças e sentimentos sobre sua
doença e o tratamento. ACTA ONCOL BRAS 1991.
GUYTON, Arthu C. – Fisiologia Humana – GUANABARA KOOGAN, 1998.
GRAHAM PH, BROWNE L., COX H., et al – Inhlation aromatherapy during radiotherapy: results of
a placebo-controlled double-blind randomized trial. J CLIN ONCOL,2003.
GRAVETT P. – Aromatherapy treatment for patients with Hickman line infection following high-ose
chemotherapy. INTERNATIONL JOURNAL OF AROMATHERAPY,2001.
GRAVETT P., - Treatment of gastrointestinal upset following high-dose chemotherapy.
INTERNATIONAL JOURNAL OF AROMATHERAPY,2001.
HADFIELD N.- The role of aromatherapy massage in reducing anxiety in patients with malignant
brain tumors. INT J PALLIAT NURS, 2001.
LAWLESS, Julia – The Illustrated Encyclopedia of Essencial Oils, ELEMENT, 1997.
NUNES, Maria Julia – Aromaterapia – ESPAÇO BELLAROME, 2007.
SILVA. M. J.; LEÃO, E. R.- Práticas complementares no alívio da dor – SÃO PAULO,2007.
RAZAVI, D., STIEFEL, F.- Common psychiatric disorders in câncer patints, 1994.
SILVA, Adão Roberto da – Tudo sobre Aromaterapia – ROCO, 1999.
SODEN K, VINCENT K., CRASKE S., et al- A randomized controlled trial of aromatherapy massage
in a hospice setting. PLLIAT MED,2004.
WILCOCK A., MANDERSON C., WELLER R, et al – Does aromatherapy massage benefit patients
with cancer attending a specialist palliative care day centre? PALLIA
MED,2004.
WILKINSON et al, E ffectiveness Aromatherapy Massage in the Management of Anxiety and
Depression in Patients with Cancer: A Multicenter Randomized Controlled Trial – JORNAL OF
CLINICAL ONCOLOGY VOL5,2007.
WILKINSON et al, An Evaluation of Aromatherapy Massage in Palliative Care – SAGEpublication,
1999.
6. APÊNDICE:
Levantou-se uma lista de óleos essenciais mais encontrados em estudos para pacientes
com câncer apresentando ansiedade e depressão.
Nesse levantamento O resultado prático obtido no uso desses óleos essenciais é de
caráter empírico e sugere que seja feita uma pesquisa científica mais aprofundada para validar
ou não a sua utilização.
ÓLEO ESSENCIAL DE LAVANDA
(Lavandula officinalis, Lavandula angustifólia, Lavandula vera)
É de conhecimento geral que o óleo essencial de lavanda é o mais versátil dentre todos
os óleos essenciais utilizados em aromaterapia. Sua complexidade química (ésteres, linalilíco
e geranílico, geraniol, linalol, cineol, d-borneol, limoneno, I-pineno, cariofileno, ésteres do
ácido butírico e do ácido valeriânico, e a cumarina) confere uma gama de propriedades
terapêuticas, como: analgésico,antidepressivo, anti-séptico, bactericida, descongestionante,
hipotensor, repelente de insetos, sedativo e vermífugo (DAVIS,1996).
No plano psicológico a ação calmante e reguladora do sistema nervoso é valiosa para
os estados de comportamento largamente flutuantes e sentimentos de instabilidade emocional.
A lavanda ajuda a acalmar sentimentos de ansiedade e melhorar a qualidade do sono. A falta
de sono tem um profundo efeito no comportamento e na percepção da dor (LAWLESS,1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE CAMOMILA
(Anthemis nobilis)
Planta reconhecida pelas farmacopéias oficiais, apresenta propriedades terapêuticas,
analgésica, calmante e antiinflamatória. Contêm camazuleno e alfabisabolol como
constituintes principais, sendo útil no tratamento de qualquer afecção que esteja presente uma
inflamação (DAVIS,1996).
Em condições emocionais sugere um efeito calmante, e ligeiramente sedante, sem ser
depressor. Indicado para indivíduos hipersensíveis que são profundamente afetados por
distúrbios emocionais, especialmente aqueles ligados a alergias (LAWLESS,1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE GERÂNIO
(Pelargonium graveolens roseum)
Os principais componentes químicos do óleo essencial de gerânio incluem o geraniol,
o citronelal, o linalol, o terpineol e alguns álcoois (DAVIS,1996).
Alguns autores o descreve como sedativo embora possua valiosa ação antidepressiva.
Ele tem um excelente efeito regulador do corpo incluindo o sistema nervoso e parece
equilibrar extremos hormonais e emocionais (LAWLESS,1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE SÁLVIA ESCLARÉIA
(Salvia sclarea)
Os constituintes químicos principais do óleos essencial de esclaréia são: o borneol,
salviol, cineol, esclareol, salvena e a salvona (DAVIS,1996).
O óleo essencial de esclaréia é muitas vezes descrito como eufórico, mas nem sempre
induz sentimentos estimulantes. Apresenta um efeito profundamente relaxante, útil para lidar
com a tensão muscular e estresse em geral. É também indicado para tratar desordens
comportamentais relacionadas a disfunções hormonais (DAVIS,1996).
ÓLEO ESSENCIAL DE BERGAMOTA
(Citrus bergamia)
O óleo essencial de bergamota possui como constituintes químicos principais: o
acetato linalilíco, o limoneno e o linalol (DAVIS,1996).
O aroma cítrico, leve e fresco do óleo essencial de bergamota é um estimulante da
mente que leva a dissipar a depressão. Ele pode estimular ou sedar o sistema nervoso de
acordo com as necessidades do indivíduo, mitigando a ansiedade e acalmando temores
(LAWLESS, 1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE LIMÃO
(Citrus limonum)
O óleo essencial de limão inclui como constituintes químicos principais o pineno, o
limoneno, o felandreno, o canfeno, o linalol, os acetatos linalilíco e geranílico, o citral e o
citronelal (DAVIS,1996). Grande reforçador do sistema imunitário ajuda no combate a
infecções e atua também a nível emocional sobre pacientes deprimidos ou temorosos. Seu
aroma cítrico, de fragrância forte, brilhante e refrescante anima e revigora o espírito
(LAWLESS,1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE ROSA
(Rosa damascena ou Rosa centifolia)
Considerado uma planta medicinal desde a antiguidade possui composição química
bastante complexa com centenas de constituintes. A maioria dos óleos de rosa contém
considerável quantidade de citronelol, geraniol, serol, acetatos (NUNES, 2007).
Psicologicamente, o aroma de rosa tem um poderoso efeito sobre as emoções. Ele é
um suave sedativo e antidepressivo. Excelente para choque emocional, mágoa e sentimento de
perda (LAWLESS, 1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE SÂNDALO
(Santalum album)
O óleo de sândalo contém santanol, fusanol, ácido santálico, ácido terasantálico e
carbonetos (DAVIS,1996).
Seu aroma profundo é suavemente sedante e de natureza anti-séptica. Aroma maculino
oposto a alguns óleos essenciais florais femininos. Ele é benéfico para depressão, ansiedade e
problemas relacionados ao estresse porque tem um efeito de abertura e estruturador do
psiquismo (LAWLESS, 1994).
ÓLEO ESSENCIAL DE JASMIM
(Jasmim officinale)
Os componentes químicos do óleo de jasmim incluem o antranilato metílico, indol, o
álcool benzílico, o linalol e o acetato linalílico.
No plano emocional, trata-se de um poderoso antidepressivo de natureza estimulante,
o que o torna útil nos casos em que a depressão deu origem a uma certa letargia. Ajuda a
promover um sentimento de euforia, confiança e autoestima (DAVIS, 1996).
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