escola estadual winston churchill pibid – programa

Propaganda
ESCOLA ESTADUAL WINSTON CHURCHILL
PIBID – PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
PLANOS DE AULA
BOLSISTAS:
Alexandre de O. Ferreira e Elvis Crispim
-Título: Aparência e realidade
-Tema Geral: A diferença entre aparência e realidade
- Filósofos: Platão
- Objetivos Gerais:
-Esclarecer os conceitos de opinião (dóxa) e conhecimento (epistéme), sensível (o que é
apreendido pelos sentidos) e inteligível (o que é “visto” pela razão).
AULA 1
-Objetivos especifico
-Estabelecer um diálogo introdutório sobre aparência e realidade. Partindo de questões
do cotidiano dos alunos.
-Metodologia utilizada:
- Aula expositiva e dialogada sobre o que é aparência e realidade.
-Conteúdo abordado
- levantar os seguintes questionamentos: as propagandas dizem a verdade? Qual a
intenção das propagandas? E a partir desses questionamentos e respostas dos alunos o
professor vai orientando o diálogo para as questões pertinentes a aulas como: como
saber que um conhecimento é seguro? O que conheço?
AULA 2
-Objetivo específico:
- Apresentar questões gerais sobre teoria do Conhecimento partindo do senso comum
(fazer uma relação com as questões que os alunos levantaram na aula anterior), partindo
da distinção entre o que é e o que parece ser.
- Introduzir os conceitos de: aparência e essência; conhecimento e opinião.
-Metodologia utilizada:
- Leitura em grupos do “Jornal do Adoidecente”.
-Conteúdo abordado:
- Questões gerais apresentadas a partir da leitura de dois textos.
- Textos:
-Você Já parou para pensar (Fernanda Bulhões)
-Você já parou para pensar que, muitas vezes, nos sentimos super certos e convictos de
algo e, para nossa surpresa, esse algo não é nada do que pensávamos? Você já parou
para pensar que nem tudo que parece realmente é? Que nem tudo que reluz é ouro, que
nem tudo que balança cai?
-Pois é! É bom parar e repensar suas certezas porque nem sempre elas estão realmente
certas. Às vezes, estamos iludidos e enganados sobre as coisas e sobre as pessoas. E
saiba que a filosofia pode te ajudar a pensar sobre as coisas tão importantes do seu
cotidiano e da sua vida.
Podes crer, camaradinha...
é hora, é hora, camará...
iê, é hora, é hora, camará...
- O poder da propaganda (Débora Salviano)
A propaganda, como sabemos, é uma maneira de divulgar o produto de forma
informativa e, sobretudo, atrativa. A propaganda usa diversos meios de divulgação,
como: rádio, outdoors, revistas, televisão, internet etc., porém, é preciso desconfiarmos
das propagandas, pois o objetivo principal de todas elas é vender o produto, mesmo que
este seja péssimo.
As propagandas da indústria do cigarro antes de serem proibidas. Em dezembro de
2000, a lei 10.167 restringiu a propaganda de cigarros no Brasil, a Câmara Federal
aprovou o projeto de lei que proíbe a propaganda de cigarro em rádio, televisão, jornais
e revistas.
Será que as propagandas destes produtos mostram realmente a verdade? Expõe os
malefícios que estes produtos podem trazer para nossas vidas?
Você consegue notar que o que é apresentado não passa de aparência, tendo somente
um apelo estético e não real da mercadoria
Saiba que: não devemos, de maneira alguma, entender que é preciso ser filósofo para ter
uma reflexão profunda sobre o que estamos discutindo. Basta que tenhamos dedicação e
disposição para pensarmos sobre o que julgamos importante. É através da reflexão que é
possível evitar o engano, evitar que compremos “gato por lebre”.
É preciso distinguir o que a propaganda mostra do produto e o que ele realmente é, ou
seja, distinguir entre o que é e o que parece, mas não é.
AULA 3
-Objetivo específico
- Aprofundar os conceitos de aparência e essência; conhecimento e opinião.
-Metodologia utilizada
- Apresentar a cena do filme Matrix na qual Morpheus mostra duas pílulas ao
personagem Neo, uma representando a realidade e outra à opção de continuar num
mundo das ilusões.
-Depois de apresentar o filme, fazer a leitura de um texto do “Jornal do Adoidecente”.
- Conteúdo abordado
-A realidade que vemos que temos acesso pelos sentidos, é a verdadeira realidade? Ou
existe uma verdadeira realidade que não vemos?
-Texto:
Matrix e a Filosofia (Pedro Danilo)
É muito comum nos perguntarmos: onde está a filosofia em nossas vidas? Para
tentarmos responder a esta questão, falaremos de um filme muito famoso que ganhou
inúmeros prêmios – inclusive o Oscar. Estou falando do filme Matrix.
Neste grande filme encontramos um importantíssimo tema da filosofia: a diferença
entre a aparência e a realidade. Nele o personagem Neo – que é alguém que vive uma
vida comum – é levado a conhecer a verdade que há por trás de tudo que há no mundo,
por uma pessoa misteriosa chamada Morpheus. Neo descobre que tudo que viveu era
uma ilusão, era apenas e meramente uma ilusão gerada por um programa de computador
chamado Matrix.
Isso que ocorre no filme é muito parecido com o que acontece no mito da caverna
apresentado pelo famoso filósofo grego, Platão, no livro A República.
Platão conta na alegoria da caverna um episódio no qual pessoas viviam isoladas dentro
de uma caverna onde só tinham acesso às imagens que se formavam através de uma
fogueira, ou seja, eles só conseguiam ver – durante a vida inteira – sombras e não as
coisas, realmente, como elas são, depois desse homem ver toda a realidade, ele se
sentirá na obrigação de voltar à caverna para poder comunicar aos seus antigos
companheiros de clausura que há lá fora a verdadeira realidade e que tudo que é vivido
dentro da caverna é apenas sombra daquilo que é realmente verdadeiro.
Podemos comparar esses personagens, criados por Platão, com os personagens do filme:
Morpheus é o homem que conhece a realidade após sair da caverna e Neo é um dos
moradores da caverna que acaba sendo resgatado. Podemos fazer uma nova analogia
dessa vez entre o homem que sai da caverna e a pessoa que se esforça em estudar para
poder sair das ilusões que nos bombardeiam todos os dias através da televisão, das
propagandas, da moda, etc.
Vimos o quanto que a filosofia pode estar presente em nossas vidas quando, por
exemplo, tentamos sair da caverna em que vivemos. Platão e outros filósofos de certa
forma falam sobre essa tentativa de saída do mundo das ilusões para um mundo mais
coeso da realidade.
AULA 4
- Objetivo específico
- Incitar o filosofar com base na história em quadrinhos de Mauirico... e com que já foi
estudado, especificamente os conceitos de aparência e realidade.
- Aprofundar o entendimento já construído até agora e diagnosticar possíveis lacunas no
processo de Ensino.
- Fixar e refletir os conceitos de aparência e realidade
-Metodologia
-Leitura da história em quadrinhos de Maurício de Souza e discussão sobre as questões
ai presente.
- Conteúdo abordado
- Texto:
As imagens que enganam (Bruno Camilo)
Piteco era um cara muito curioso. Certa vez, ao passar em frente a uma caverna ouviu
vozes e, espiando, descobriu três prisioneiros lá dentro olhando para as imagens no
fundo da caverna e percebeu que eles acreditavam que as imagens eram a própria
realidade. Piteco tenta mostrar aos prisioneiros que as sombras não são a realidade, mas
eles ficam irritados, não aceitam o que Piteco diz.
Que aconteceria se você percebesse que certas pessoas vivem iludidas com uma verdade
e tentasse contar a eles que estavam iludidos? Como elas reagiriam? Com certeza
zombariam de você, não acreditariam em suas palavras. Talvez você fosse até
humilhado por falar a verdade, não é mesmo?
Os prisioneiros com raiva de Piteco saem correndo atrás dele e, mesmo sem querer, eles
acabam saindo da caverna. De todo modo, eles acabam se libertando com a ajuda de
Piteco, que os fez enxergar a verdadeira realidade. Eles estavam iludidos porque
pensavam que as sombras e a parede da caverna eram a própria vida, já que sempre
viveram ali desde crianças e sempre viram as sombras como se fossem a única
realidade. Descobriram a verdadeira vida quando conseguiram abrir os olhos fora da
caverna. Quando uma verdade é dita e repetida por muitas pessoas, a tendência é todos
acreditarem sem se questionar. Por isso algumas mentiras passam como verdades. Os
prisioneiros estavam presos porque não questionaram o que viam. Questionar é um
exercício filosófico. A filosofia serve justamente para nos libertar das aparências a partir
do questionamento da realidade.
AULA 5
Objetivo específico:
-Apresentar as ideias gerais sobre a Teoria do Conhecimento formulada por Platão tal
como consta no livro VII de A República, na passagem conhecida como “mito da
caverna”.
- Aprofundar os conceitos de aparência e realidade relacionando-os com a noção de
mundo sensível e inteligível.
Metodologia utilizada:
- Leitura de parte do livro VII de A República que fala do “mito da caverna” – Cf.
Filosofando, Cap. 10.
-Conteúdo abordado:
- Apresentar a diferença formulada por Platão entre essência e aparência de acordo com
o “mito da caverna”; mostrar o contraste entre o ilusório e o real, isto é, entre as
sombras vistas (as cópias) no fundo da caverna e as coisas reais (modelos) das quais
surgiram às sombras; destacar o fato de que a saída da caverna é uma espécie de subida
em direção ao sol que simboliza o verdadeiro conhecimento e também destacar que o
homem (o sábio) que saiu da caverna depois retorna a ela para ajudar os outros presos.
AULA 6
-Objetivo específico:
- Aprofundar a concepção de Platão sobre a diferença entre conhecimento e opinião – de
acordo com o “mito da caverna”.
-Metodologia:
- Aula expositiva voltando aos textos já lidos e debatidos.
-Conteúdo abordado:
– Reapresentar o dualismo platônico: a diferença entre a verdadeira realidade (essência)
e aparência.
- Apresentar e definir cinco conceitos de Platão:
Sensível: realidade percebida pelos cinco sentidos, é sempre algo particular, temporal e
espacial, num aqui e agora
Inteligível: realidade que só é percebida e apreendida pelo pensamento racional
Essência, (Ideia): a realidade verdadeira, Una, imutável e eterna – existe fora do tempo.
Opinião (doxa): fundada nos sentidos, no mundo sensível, só vê o particular.
Conhecimento (episteme): fundado na razão, no mundo inteligível, apreende o
universal.
AULA 7
-Objetivo específico:
- Desenvolver a capacidade de produção de texto.
- Refletir sobre os valores morais presentes em nossa sociedade.
- Melhorar o uso da língua portuguesa.
-Metodologia utilizada:
-Divisão dos alunos em grupos de 3, 4, para discutirem e escreverem um pequeno texto
sobre uma história que (lembrando o mito da caverna) mostre dois momentos: a pessoa
iludida e depois, liberta da ilusão. Os textos escritos devem ser entregues e assinados
pelos participantes e deve constar para a média final do bimestre.
-Conteúdo abordado:
-Trabalhar as principais ideias e conceitos
Bibliografia Consultada
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução a filosofia/ Maria Lúcia Arruda
Aranha, Maria helena Pires. Martins – 3º edição – São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia; Editora Ática, 3ª Ed; São Paulo. 1995.
JOLIVET, Régis. Curso de filosofia, trad. Eduardo Prado de Mendonça. 6. Ed: Rio de
Janeiro: Agir, 1963. .
PLATÃO, A República, trad. de Maria helena Rocha Pereira, Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 10. Ed, 2007.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Tradução: Ernani F. da F. Rosa—
Porta Alegre: Artmed, 1998.
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