DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO Assis 2010 Av. Getúlio Vargas, 1200 – Vila Nova Santana – Assis – SP – 19807-634 Fone/Fax: (0XX18) 3302 1055 homepage: www.fema.edu.br 2 DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Municipal, como requisito do curso De Graduação. Orientador: João Henrique Área de Concentração: Ciências Humanas Assis 2010 3 FICHA CATALOGRÁFICA CAMARGO, Douglas Bispo de Souza Participação das mulheres no mercado de trabalho / Douglas Bispo de Souza. Fundação Educacional do Município de Assis – Fema – Assis, 2010. xpg. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Administração – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis. 1. Participação das mulheres 2. Mercado de trabalho CCD: 658 Biblioteca da FEMA 4 PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito do Curso de Graduação, analisado pela seguinte comissão examinadora Orientador: João Henrique dos Santos Analisadora:Maria Beatriz Alonso do Nascimento ASSIS 2010 5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois se não fosse por ele não teria chegado até aqui e segundo aos meus pais, pois apesar de tantas dificuldades juntos, teviram a paciência necessária para eu poder me graduar em um curso superior e também a todas aquelas pessoas muita das vezes acabaram de certo modo torcendo por mim. 6 RESUMO Este trabalho mostra um pouco da história da participação da mulher no mercado de trabalho, as dificuldades iniciais enfrentadas, os avanços e conquistas realizadas por elas. No Brasil os movimentos das mulheres iniciam na década de 1970 e como grande marco no mercado de trabalho na década de 1990 onde começou uma grande onda de mulheres economicamente ativas, isso se tornou um fator importante na sociedade da época, e nos anos 2000 onde a sociedade se modernizou e as mulheres estão cada dia aumentando o seu grau de conhecimento tanto na teoria como na prática. Veremos também suas principais ocupações, rendimentos, desemprego e discriminação no ambiente de trabalho. Palavras Chave: Mulher, trabalho 7 ABSTRACT This paper shows some of the history of women's participation in the labor market, their first difficulties faced, the progress and achievements made by them. In Brazil women's movements beginning in the 1970s and as a landmark.In the 1990s which increased the number of economically active women, it became an important factor in the society of the time, during 2000 the company has modernized and women are every day improving their level of knowledge both in theory and in practice. We will also see its main occupation, income, unemployment and discrimination in the workplace. Keywords: Women, Work 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Taxa de participação, por sexo, na Região metropolitana de São Paulo – 2000-2009.................................................................................................................20 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................11 2 HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE............................................12 2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA.........................................................................12 2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS...................................................13 2.2.1 Revolução Industrial...............................................................................13 2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos.................................14 2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA........................................................................15 2.4 INICIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO BRASIL............................................................................................................16 2.4.1 Década de 80..........................................................................................17 2.4.2 Década de 90 – Algumas conquistas alcançadas............................................17 3 HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO.............................................................................................19 3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO..........19 3.1.2 Discriminação e exploração em relação a mulher no trabalho...............20 3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL...................20 3.2.1 Anos 70...................................................................................................21 3.2.2 Década de 80..........................................................................................21 3.2.3 Anos 90 – Aumento das mulheres economicamente ativas no Brasil................................................................................................................22 3.2.4 Anos 2000 – Século XXI.........................................................................24 4. MERCADO DE TRABALHO.........................................................................25 10 4.1 PREPARAÇÕES DAS MULHERES PARA O MERCADO DE TRABALHO......................................................................................................26 5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO............................................28 5.1 DESEMPREGO FEMININO.......................................................................29 5.2OCUPAÇÃO...............................................................................................30 5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI...........34 5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS EM RELAÇÃO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO............................................................................38 6.CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 41 REFERÊNCIAS.............................................................................................43 11 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será mostrado um pouco da história da participação da mulher no mercado de trabalho, com suas dificuldades iniciais, os avanços e conquistas realizadas por elas, mostraremos como se encontra o mercado de trabalho em relação a elas nos dias atuais, como e qual, pretendemos mostrar um resumo de toda a trajetória da era que é a mulher economicamente ativa, mostrar dificuldades e conquistas. Como sabemos a mulher no mercado de trabalho iniciou suas lutas pós guerra mundial, onde seus esposos quando retornavam da guerra não tinha condição de trabalhar e com isso as mulheres para poder sustentar sua prole necessitavam a se submeter a trabalhos que não eram domésticos, com isso começou a mudar a visão tanto delas como da sociedade de um modo geral, onde em alguns casos tinha se uma grande discriminação e dificuldades enquanto em outros apoios em movimentos feministas. No decorrer dos anos isso foi aumentando passando em cada década um fator que viera a marcar aquele período, principalmente pelas conquistas alcançadas. No Brasil isso não foi diferente sendo que esses movimentos se iniciaram aqui por volta da década de 1970 e intensificou – se nos anos 1990. Já nos anos 2000 muitas dessas barreiras enfrentadas em épocas anteriores não existiam, mas como a sociedade se modernizou o trabalho feminino exigiu que elas buscassem uma qualificação maior, onde mostraremos o nível de preparação que as mulheres estão se colocando, as ocupações e os rendimentos médios delas, nível de desemprego e também desigualdades salariais em relação ao homem. 12 2. HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE A mulher desde a formação da sociedade sempre foi submissa ao homem, sob suas ordens e sujeições. Isso se dá pelo fato de ser consideradas mais frágeis e que a tempos atrás praticamente dependiam do homem para sobreviver. Quando o homem começou a produzir seu próprio alimento essa divisão ficou mais exposta, pois todo o trabalho pesado e braçal ficava ao homem, até então ele era o único responsável por garantir sua sobrevivência. Já a mulher foi tinha como capacidade e responsabilidade a reprodução, sendo assim ela ficou com a obrigação de cuidar dos afazeres da casa. Tudo isso começou e se passou no período neolítico (entre 8.000 á 4.000 anos atrás). No resumo do livro O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE AO LONGO DA HISTÓRIA, publicado no site SHVOONG.COM, a autora Karla Adriana Martins, cita esses exemplos como fatores importantes que levaram a essa cultura de submissão da mulher. 2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA Na fase pré capitalista tinha como característica a família multigeracional, isto é, várias gerações da família sempre trabalhavam com a mesma unidade econômica como fator de geração de renda. Os trabalhos e conhecimentos eram passados de forma empírica de pai para filho, tornando o trabalho duradouro e na maioria das vezes rentável e como única fonte de renda de todos. Isso também ocorria com as mulheres, pois quando meninas elas eram ensinadas a cuidar dos afazeres domésticos, isso era decorrente da cultura da época, pois a mulher era considerada mais frágil e incapaz, sendo assim impossibilitada de assumir um grupo familiar. Desta forma que surgiram as sociedades patriarcais que tinham como característica o homem como chefe de família, e os bens alcançados em uma geração eram passados para um sucessor que já vinha sendo preparado, para cuidar futuramente, mas para isso eles teriam que ter a paternidade, e por essa razão aumentou o interesse de ser pai. Tudo isso despertou o interesse do homem em relação a sexualidade feminina, tanto no repasse dos bens materiais, como na reprodução da sua linhagem. A mulher 13 passou a ser do homem, como forma dele perpetuar-se através da descendência. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem. 2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS Neste período essas produções que eram feitas artesanalmente e que eram passados de pai para filho, tiveram a necessidade de ter um aumento pelo fato de aumentar consideravelmente a demanda dos produtos. Não tinha mais como atender as necessidades básicas de sobrevivência apenas com o que se produzia, era necessária a busca de outros meios para suprir essa necessidade. A indústria inicia nesse período e as famílias multigeracionais vão desaparecendo afinal o homem apenas não tinha condição de atender todas as necessidades familiares. Ainda permanece nesse período o poder patriarcal, mas nas classes mais pobres as mulheres eram submetidas ao trabalho fabril. Isso ocorre por meados do século XVIII e XIX, e se caracteriza pelo abandono das mães e as crianças é que sofrem as maiores conseqüências. Acarreta assim na desestruturação dos laços familiares e aumenta os vícios decorrentes do trabalho, crescendo os conflitos sociais. 2.2.1Revolução Industrial A revolução industrial intensificou a presença da mulher no trabalho fabril, e nessa era em que se começa produzir em grande escala necessitou de uma grande mão de obra para poder atender a demanda que jazia. Com isso o trabalho da mulher fora de sua casa se tornou necessário e comum, colocando - a em uma nova sociedade, de um lado positiva, pois ela não dependia diretamente do homem para sobreviver, mas por outro lado estavam submetidas as mesmas condições de trabalho e que seus maridos e continuavam com o compromisso dos afazeres domésticos. A revolução industrial tinha como uma grande característica a luta de direitos e condições trabalhistas que os homens defendiam, e com essa questão que a mulher tinha as mesmas condições que o homem de trabalho e que, além disso, tinha o trabalho doméstico levou essas mulheres a fazerem seu primeiro movimento socialista, que tinha como objetivo ter qualidade e condição de conciliar o trabalho fabril com o trabalho doméstico. 14 2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos Essa busca pelos seus direitos e condições de trabalho ocorreu por meados do século XIX, e tinha como característica a formação de um grupo organizado lutando pelo mesmo objetivo. Como citado anteriormente a mulher foi submetida a uma dupla jornada de trabalho, pois cuidava de sua casa e depois ia para seu trabalho remunerado, e nos seus trabalho era submetidas a uma grande jornada com várias horas seguidas de trabalho sem nenhum tipo de descanso ou benefício, no qual isso era a característica da revolução industrial, os empregadores buscavam apenas o lucro e não davam nenhum tipo de condição para a classe operacional. Por essa razão as mulheres em seu primeiro movimento organizado buscavam melhores condições de trabalho com jornada menor e também alguns benefícios como creche, escolas para seus filhos e auxilio maternidade. No século XX se deu continuidade a esse movimento e foi se intensificando. A luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas foi denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol de melhorias na infra-estrutura social foi conhecida como movimento de mulheres. A luta feminina é uma busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre homens e mulheres e evoluir também tem divisões dentro dela. Os valores morais impostos às mulheres durante muito tempo dificultaram a luta pelo direito de igualdade. As mulheres que assumiram o movimento feminista foram vistas como "mal amadas" e discriminadas para tentar a igualdade de direitos, para tentar suprimir a desigualdade de gênero. Com isso dificultou essa busca pois além já sofrerem discriminação por ser mulher e estar trabalhando, as mulheres que buscavam seus direitos sofriam mais discriminação. 2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA O movimento feminista mais importante teve inicio na Revolução Francesa (período de 1789 á 1799), e o autor Mendes cita esse fato em sua obra no livro A MULHER NA SOCIEDADE ATUAL ( 1986,p. 12/13): Mas o feminismo, como movimento organizado, surgiu de fato na Revolução Francesa. Naquele conturbado período, arregimentaram-se sociedades populares femininas que encaminharam à Assembléia Constituinte diversas petições, pleiteando a extensão às mulheres dos 15 direitos concedidos aos homens. Houve, no momento, políticos e pensadores proeminentes, como Condorcet e Sieyès, que defenderam vigorosamente a tese da igualdade política dos sexos, porém os projetos de feministas foram rejeitados em 1793. Segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas", a primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira está ocorrendo desde da década de 1990 até a atualidade. A primeira onda do movimento feminista se deu por volta do século XIX e ocorreu até o século XX , e tinha como foco a igualdade dos direitos contratuais para homens e mulheres e oposição aos casamentos arranjados. O site WIKIPÉDIA nos mostra a definição para essa primeira “onda”: A primeira onda do feminismo se refere a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas como já faziam campanhas pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época. Segunda onda do feminismo se refere a um período da atividade feminista que teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de 1980. A acadêmica Imelda Whelehan sugere que a segunda onda teria sido uma continuação da fase anterior do feminismo, que envolveu as suffragettes do Reino Unido e Estado Unidos. A segunda onda feminista continuou a existir deste então, e coexistiu com o que é chamado de terceira onda. E por ultimo a terceira “onda” que se iniciou nos anos 1990 e está até os dias de hoje. Ela surgiu como uma resposta a supostas falhas ocorridas no ultimo movimento das mulheres e também reinvidicando melhorias em iniciativas 16 criadas na onda anterior. Esse movimento tinha como objetivo desafiar ou evitar aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências brancas de classe médio-alta. Segundo o site Wikipédia nos mostra uma interpretação pós-estruturalista do gênero e da sexualidade é central à maior parte da ideologia da terceira onda. As feministas da terceira onda freqüentemente enfatizam a "micro política", e desafiam os paradigmas da segunda onda sobre o que é e o que não é bom para as mulheres. Após a década de 1940 cresceu a incorporação da força de trabalho feminina no mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de ocupações assumidas pelas mulheres. 2.4 INÍCIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO BRASIL No Brasil a mulher começou a ingressar no mercado de trabalho formalmente nos anos 1970, aonde começou a ter registro em carteira de trabalho e salários pelos seus serviços. Mas ainda os serviços relacionados a elas era que exigiam as formas de cuidados, como serviços domésticos, enfermeiras, professoras, educadoras em creches, enquanto nas indústrias a sua parcela de participação ainda era muito pouca. O Brasil tinha e tem como característica a agricultura com principal meio de recurso produtivo do país, e naquela época as mulheres trabalhavam também em áreas rurais. Vendo que se acrescia a participação das mulheres no trabalho, começaram a ver a necessidade para criar direitos das mulheres nos seus serviços, começou assim os primeiros movimentos feministas no Brasil. 2.4.1 Década de 1980 Com esse aumento das mulheres trabalhando, notou - se que havia uma grande discriminação em relação às mulheres por estarem economicamente ativas e com isso se tinha e ainda tem desigualdades salariais, preconceito em relação a sua capacidade de trabalho, tornando o trabalho delas inferior em relação ao dos homens. Por essa razão os movimentos feministas aumentam buscando 17 emancipação do horizonte de sua participação social, econômica e política no Brasil. Neste período ainda se tinha como forma de governo a ditadura militar, no qual esses motivos dificultavam e restringiam cada vez mais movimentos que reivindicassem qualquer tipo de melhoria. Apesar disso tudo o movimento se intensificou e era levado aos grandes centros, e com isso aumentava a possibilidade para discussões de seus ideais e sexualidade: denunciava - se e combatia a violência contra a mulher e enfrentava de forma mais aberta às contradições de seu papel familiar. Um fato importante ocorreu no ano de 1988, pois na Constituição Federal a mulher conquistou a igualdade política e jurídica referente ao homem, a partir disso a capacidade que a mulher já tinha de exercer funções denominadas a homens passa a ser uma obrigação da sociedade e justiça. 2.4.2 Década de 1990 – Algumas conquistas alcançadas Com essa conquista de igualdade social e trabalhista perante a Constituição Federal as mulheres tiveram um grande avanço social, mas ainda sofriam com a desigualdade, principalmente em relação a questão salarial. Na década de 90 houve uma grande taxa de desemprego no país e as mulheres por estarem a maior parte em trabalho operacional foram as que mais sofreram com isso e as que estavam empregadas tinham salários muitos diferenciados em relação aos homens e um grande problema social, pois o governo investia muito pouco em creches, escolas e hospitais. Outro fator que se acentuou no nesse período foi o assédio moral e sexual em relação as mulheres, pois o mercado era ocupado em sua grande parte por homens e quando a mulher tentava uma vaga de emprego em determinada área ela deveria ter além de conhecimento especifico e a beleza física, pois era considerado como fator de seleção. Por essa razão muitas mulheres se preparavam estudando e investindo em cursos para ocupar cargos que para os homens não seria necessário essa qualificação. Apesar de tantas dificuldades as mulheres conquistaram um espaço de respeito dentro da sociedade. As relações ainda não são de igualdade e harmonia entre 18 os gêneros femininos e o masculino. O homem ainda atribui à mulher a dupla jornada, já que o lar é sua responsabilidade, mas muitos valores sobre as mulheres já estão mudando. O homem também está em conflito com o papel que foi construído socialmente para ele, hoje ser homem não é nada fácil, pois as mulheres passaram a exigir dele um novo comportamento, no qual não basta o homem fazer o seu trabalho como forma de sustento da casa, mas necessita também auxiliar a mulher em afazeres domésticos, pois a mulher também está nesta mesma busca de melhor condição de vida e com isso o homem tem que conciliar seu trabalho e também o trabalho doméstico. 19 3. HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho, começou no início do século XIX, quando a sociedade acreditava que o homem era o único provedor das necessidades da família, tendo a mulher à função de mantenedora do lar e educadora dos filhos. Nesse período as mulheres quando ficavam viúvas ou pertenciam a uma classe mais pobre da sociedade, eram obrigadas a trabalharem fora de suas casas para ter condições de cuidar dos seus filhos com atividades que tinham um retorno financeiro. Em publicação do artigo ANALISE HISTÓRICA DA MULHER E O TRABALHO, no site brasilescola.com.br, o autor cita como algumas das principais atividades da mulher nesse período. “Dentre as principais atividades realizadas, destacam-se: a fabricação de doces por encomendas, o arranjo de flores, os bordados e as aulas de piano”. Além de serem pouco valorizadas essas atividades eram mal vistas pela sociedade, o que dificultava a conquista das mulheres por um espaço no mercado de trabalho. Mesmo assim, algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar. 3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO A participação da mulher no mercado de trabalho começou de fato com a I e II guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), pois quando seus esposos iam para a guerra elas não tinham como manter suas casas e por isso se viram na obrigação de irem em busca de renda para sustentar seus filhos. Com o final da guerra além de toda destruição que deixaram muitos dos esposos que iam a para ela não voltavam, pois haviam morrido nas batalhas e os que voltavam não tinham condições de trabalho, pois haviam sido mutilado e por essa razão elas continuaram a trabalhar fora de suas casas, pois se tornaram chefes de lares. 20 No século XIX a consolidação do sistema capitalista proporcionou inúmeras mudanças no processo produtivo das empresas e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento industrial, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres, e essas leis foram feitas na Constituição de 1932, que diz o seguinte: Sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente ao salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir a mulher grávida pelo simples fato de gravidez. Com essa lei as mulheres puderam ter na teoria o que na prática ainda não havia acontecido que era o direito de melhores condições de trabalho, pois até então não se falava nada de melhorias ao seu trabalho e também benefícios para cuidar dos afazeres domésticos. 3.1.2 Discriminação e exploração em relação à mulher no trabalho Mesmo com essas conquistas não foi tão fácil para as mulheres trabalharem, pois apesar de ter a lei ao seu favor elas eram submetidas a longas jornadas de trabalho chegando de 14 a 18 horas consecutivas. A justificativa para esses acontecimentos está centrada no fato da sociedade acreditar que o homem representa o papel de chefe de família e tem o dever de trabalhar para o sustento da casa, não havendo necessidade da mulher buscar fora de casa uma renda para ajudar nas despesas domiciliar. Apesar de essa ideologia ser de um tempo passado às mulheres ainda sofrem mesmo que em proporção menor algum tipo de discriminação nesse sentido, mas por outro lado isso vem se reestruturando pois a própria sociedade vê hoje a necessidade e capacidade da mulher atuar no mercado de trabalho e cuidar dos afazeres domésticos. 3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL O crescimento da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma das mais marcantes transformações ocorridas no país desde anos 70, do século XX. 21 Várias são as razões para explicar o ingresso das mulheres no mercado de trabalho a partir dos anos 70. A necessidade econômica, que se intensificou com a deterioração dos salários reais dos trabalhadores e que as obrigou a buscar uma complementação para a renda familiar. Outras causas podem também explicar esse movimento feminino. A elevação, nos anos setenta, da expectativa de consumo em face da proliferação de novos produtos e grandes promoções que deles se fez, redefiniu o conceito de necessidade econômica, não só para as famílias das classes médias, mas também para as de renda mais baixa, entre as quais, embora a sobrevivência seja a questão crucial, passa a haver também um anseio de ampliar e diversificar a cesta de consumo. Trabalhar fora ajuda no orçamento doméstico, adquirem novas possibilidades de definição, que se expressam de maneiras diferentes em cada camada social, armas que só se viabilizam pela existência de emprego. 3.2.1 Anos 70 Nos anos 70 o Brasil passava por uma nova estruturação econômica e política, pois como dito anteriormente o país tinha como forma de governo a ditadura militar e a urbanização e industrialização que até então não existia tinha um grande crescimento. Isso proporcionou a incorporação da mulher no trabalho. As taxas de crescimento econômico e os níveis de emprego aumentaram. O país consolidou sua industrialização, modernizou seus instrumentos produtivos e se tornou mais urbano, embora ao custo do aumento das desigualdades sociais e da concentração da renda. Por outro lado, profundas transformações nos padrões de comportamento e nos valores relativos ao papel social da mulher intensificada pelo impacto dos movimentos feministas e pela presença feminina cada vez mais atuante nos espaço público, facilitaram a oferta de trabalhadoras. 3.2.2 Década de 80 Com isso na década de 1980 o mercado de trabalho não conseguiu absorver a demanda que até então era somente de homens, e por essa razão mulheres começaram a ter empregos informais, sem registro em carteira, sem direitos trabalhistas e com grandes diferenças salariais, mas em contra partida teve um 22 aumento na renda perca pita em domicílio. Com esse aumento perca pito por família possibilitou o aumento do poder de compra de todas as classes sociais principalmente das classes mais pobres, tendo eles uma participação significativa no setor econômico do país. 3.2.3 Anos 1990 – Aumento das mulheres economicamente ativas no Brasil Nos anos 90 a tendência de crescimento das mulheres no trabalho continuou aumentando isso nota - se, pois se compararmos a evolução do crescimento do emprego do masculino em relação ao feminino, o crescimento foi maior das mulheres. Isso pode ser observado nos dados da PEA (População Economicamente Ativa) que podemos visualizar através da tabela 1. No entanto, o mais significativo desse movimento é que ele ocorreu num contexto de estagnação econômica, de forte elevação do desemprego, de queda nos rendimentos do trabalho, de aumento da proporção de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada e da precariedade, em geral, do mercado de trabalho brasileiro. Diante deste quadro, que resultados sobre a qualidade da ocupação e do rendimento feminino deveríamos esperar dessa expansão? Maiores taxas de desemprego? Queda no rendimento do trabalho feminino? Maior precarização do trabalho da mulher? Claramente era isso que deveria ser esperado e, em parte, foi o que realmente ocorreu. A taxa de desemprego elevou-se significativamente nos anos 90, tanto a feminina como a masculina. Mas, considerando-se o saldo da década, pode-se concluir que o impacto foi mais desfavorável para os homens do que para as mulheres. 23 Taxa Ano PIA PEA Ocupados Desocupados de Participação Taxa Taxa de de Ocupação Desem prego 1991 12.183.932 9.744.102 9.275.868 468.234 79,98 95,19 4,81 1992 12.622.069 9.889.346 9.332.246 557.100 78,35 94,37 5,63 1993 12.807.268 9.882.113 9.372.919 509.194 77,16 94,85 5,15 1994 13.048.555 10.073.502 9.588.012 485.490 77,20 95,18 4,82 1995 13.242.777 10.153.021 9.693.032 459.989 76,67 95,47 4,53 1996 13.616.350 10.383.991 9.864.371 519.620 76,26 95,00 5,00 1997 13.897.580 10.375.947 9.828.342 547.604 74,66 94,72 5,28 1998 14.207.566 10.471.056 9.728.907 742.148 73,70 92,91 7,09 1999 14.438.664 10.421.763 9.689.872 731.891 72,18 92,98 7,02 Tabela 1 – Inserção do trabalho masculino no mercado de trabalho metropolitano no estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 1991 a 1999.) Assim, a quantidade de mulheres desempregadas elevou-se em aproximadamente 300 mil, entre 1991 e 1999. Como o crescimento da PEA feminina foi de 1,2 milhão, temos que, mesmo num contexto de crise, cerca de 900 mil mulheres encontraram ocupação. Entre os homens, enquanto a PEA cresceu apenas 680 mil, a elevação do número de ocupados ficou próxima a 415 mil e o quantidade de desempregados aumentou em 264 mil. Ou seja, 25% das mulheres que ingressaram na PEA ficaram desempregadas, enquanto que entre os homens esta proporção foi muito maior: 39% como mostram a tabela 2. 24 Taxa Ano PIA PEA Ocupados Desocupados Taxa de Taxa de de Participação Ocupação Desem prego 1991 13.786.370 6.104.093 5.805.363 298.730 44,28 95,11 4,89 1992 14.154.728 6.042.552 5.678.531 364.021 42,69 93,98 6,02 1993 14.525.453 6.174.537 5.829.793 344.744 42,51 94,42 5,58 1994 14.668.694 6.358.241 6.012.396 345.845 43,35 94,56 5,44 1995 15.032.289 6.601.660 6.282.002 319.658 43,92 95,16 4,84 1996 15.358.403 6.889.617 6.471.059 418.558 44,86 93,92 6,08 1997 15.788.976 6.992.284 6.554.669 437.614 44,29 93,74 6,26 1998 16.199.235 7.214.254 6.612.221 602.033 44,53 91,65 8,35 1999 16.633.892 7.299.357 6.696.730 602.627 43,88 91,74 8,26 Tabela 2 – Inserção do trabalho feminina no mercado de trabalho metropolitano do estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 1991 a 1999) 3.2.4 Anos 2000 – Século XXI Chegando agora no ano 2000 a participação da mulher continuou aumentando em quase todos os setores econômicos ativos, destacando a essa participação em empregos comerciais, diminuindo a parcela de empregos domésticos. Isso se reflete pela questão da qualificação que as mulheres estão buscando nos últimos anos, tendo assim melhor desempenho pessoal e profissional também. As mulheres brasileiras estão cada vez mais qualificadas, têm mais tempo de estudo que os homens, começam a ingressar em profissões consideradas de prestígio e a ocupar postos de comando, ainda que lentamente. Nos últimos anos, elas também vêm sendo beneficiadas por um conjunto de normais legais e ações governamentais que tentam promover a igualdade de gênero no trabalho. 25 4. MERCADO DE TRABALHO Pesquisas feitas recentemente comprovam um fenômeno que não obedece fronteiras. Cresce consideravelmente o número de mulheres em postos diretivos nas empresas. Curiosamente, isso ocorre em vários países, de maneira semelhante, como se houvesse um silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no sentido da inclusão qualificada no mundo do trabalho. No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil mostra que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. Essa diferença é mais patente nas funções menos qualificadas. No topo, elas quase alcançam os homens. Em pesquisa feita pelo grupo Catho, empresa de seleção e recrutamento de executivos mostrou que as mulheres chegam ao posto de diretoria e presidência mais cedo que os homens, a média de idade dessas mulheres é de 36 anos, enquanto que os homens chegam a esse cargo na idade de 40 anos. Em contrapartida elas ganham 22,8% menos que os homens nessas mesmas funções. Mas como boa notícia isso vem caindo gradativamente, pois essas diferenças estão a cada ano diminuindo. No ano de 1991 o rendimento médio da mulher correspondia a 63% dos rendimentos masculinos, já no ano 2000 essa taxa subiu para 71%. Isso se dá pela questão das conquistas alcançadas referentes a desigualdades salariais, mas também pelo aumento de mulheres chefes de famílias. Segundo o Censo em 1991 cerca de 18% das mulheres eram consideradas como chefes de famílias, já em 2000 esse número subiu para 25%. Pesquisas mostram também que as mulheres buscam se qualificar mais que os homens para uma eventual disputa por uma vaga, cerca de 30% das mulheres 26 apresentam no currículo mais de 10 anos de escolaridade, enquanto que os homens apenas 20%. Segundo dados estatísticos houve um crescimento por faixa etária no Brasil em relação às mulheres, isso foi feito mediante a PEA (População Economicamente Ativa). Em 2001, 30% da PEA feminina correspondia às mulheres com 40 anos ou mais; 40% àquelas entre 25 e 39 anos; 24% às jovens de 18 a 24 anos; 5% as de 15 a 17 anos; e apenas 1% às que tinha entre 10 e 14 anos. No Brasil há mais mulheres do que homem e com isso elas vem conseguindo empregos com mais facilidade. Por essa razão que as mulheres sofrem mais que os homens de estresse em carreira, pois além delas trabalharem sob pressão em seus postos de trabalho elas têm o cuidado em relação as suas casas. Mesmo que em alguns casos tenha ajuda do homem cuidando dos afazeres domésticos, elas normalmente tiram mais licenças trabalhistas que os homens, na maioria das vezes motivadas por essa razão, pois acumula o serviço doméstico e o serviços fora de casa aumentado o nível de estresse. 4.1 PREPARAÇÃO DAS MULHERES PARA O MERCADO DE TRABALHO No Brasil atualmente as mulheres estão sendo mais contratadas em vagas denominadas de chefia, isso se dá pela razão que elas estão se preparando e instruindo mais que os homens. Na década de 1990 pesquisas mostram que apenas 35% delas tinham ensino médio completo e já no final da década esse numero foi para 43%. Considerando que neste período tinha uma maior dificuldade para se ter o ensino superior e que também se ocupava cargos operacionais e conforme tinha um desempenho considerável conseguiria subir de cargo dentro da empresa, as mulheres se destacavam pela questão de se instruir e concluir seus estudos para poder assim ter um maior desempenho no seu trabalho. Umas das vantagens de se ter uma mulher em cargo diretivo é que ela consegue tratar de diversos assuntos com naturalidade fazendo processos multifuncionais com qualidade, elas conseguem enxergar muitas vezes pessoas de diversas culturas e conhecimentos formando assim equipes heterogenia proporcionando uma maior 27 sinergia de trabalho em intensificando a capacidade de cada um trazendo resultados mais rápidos e objetivos. A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136). Nos dias atuais, há belos exemplos da competência feminina em postos de direção nas grandes empresas. É o caso de Marluce Dias, na Rede Globo, e de Maria Sílvia Bastos Marques, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Gostaria de citar ainda o caso de Chieko Aoki, do Grupo Blue Tree Hotels, que iniciou a carreira como secretária bilíngüe na Ford e que depois atuou na construtora Guarantã. Com muito esforço e dedicação, ela criou sua própria empresa de administração hoteleira. 28 5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO A ocupação das mulheres no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo nos últimos anos vem em grande crescente, pois além de ser um dos estados mais populosos do país, é o estado mais rico, onde grande parte das maiores empresas está presente. Com isso há um grande número de empregos que são criados diariamente em todos os níveis de ocupação e em todo o tipo de área trabalhista, com as mulheres não seria diferente, pois em todo o país o número de mulheres que ingressam no mercado de trabalho aumenta a cada dia mais, e neste estado esse numero é maior e com o diferencial que muitos cargos são de níveis superiores, mostrando que a preparação profissional está sendo mais aproveitada pelas mulheres e as empresas valorizam cada dia mais a mão de obra feminina. Segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), a taxa de desemprego total¹ diminuiu pelo sexto ano consecutivo, sendo no ano de 2009 em menor intensidade em relação há anos anteriores, passando de 16,5% em 2008, para 16,2% em 2009. Mesmo com a taxa de ocupação que teve uma queda de 56,4% para 55,9% em relação ao ano anterior, essa taxa de desemprego mostrou que as mulheres ocupam cada dia mais novas vagas de trabalho e as que estão empregadas mantém sua estabilidade dentro das empresas. Comparando com os homens o nível ocupacional também teve uma queda no mercado de trabalho saindo de 72,0% em 2008 para 71,5% em 2009, com o diferencial que a taxa de desemprego masculina aumentou de 10,7% em 2008 para 11,6% em 2009. ______________ 1. A taxa de desemprego total corresponde á soma das taxas de desemprego aberto e oculto. Consideram - se, em desemprego aberto, as pessoas que procuram trabalho de maneira efetiva nos últimos dias anteriores ao da entrevista e não exerceram qualquer tipo de atividade nos sete últimos dias. O Desemprego oculto, por se turno, engloba pessoas na seguinte situação: a) que exercem algum trabalho, de auto ocupação, de forma descontinua e irregular, inclusive não remunerado em negócios de parentes e, simultaneamente, tomaram providencias concretas, nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou até 12 meses atrás, para conseguir um trabalho diferente deste (desemprego oculto pelo trabalho precário); b) que não trabalham e nem procuram trabalho nos 30 dias que antecederam a entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas procuram-no efetivamente nos últimos 12 meses ( desemprego oculto pelo desalento). 29 Com isso a diminuição da taxa de desemprego e o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho levaram a um pequeno crescimento de nível ocupacional (0,4%) refletindo em melhores níveis salariais e qualidade de vida pessoal e profissional. Como citado anteriormente a taxa de ocupação feminina decresceu em 2009 comparado a 2008 (Grafico1). Essa taxa teve um histórico de crescimento até 2004 que foi interrompida entre 2005 e 2007, e voltou a ter o crescimento em 2008. A queda no crescimento em 2009 se deve a crise econômica internacional que atingiu a economia nacional no segundo trimestre de 2008. Gráfico 1 – Taxa de participação, por sexo na Região metropolitana de São Paulo – 2000-2009 5.1 DESEMPREGO FEMININO Mesmo com o aumento das mulheres no mercado de trabalho, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo manteve – se em uma crescente, mas com níveis diferentes em relação ao homem. Entre 2008 e 2009 a taxa de 30 desemprego total diminuiu ligeiramente de 16,5% para 16,2%, enquanto o homem teve um aumento, saindo de 10,7% para 11,6%, isso proporcionou uma redução da diferença em relação ao emprego masculino e feminino, mesmo sendo um valor pequeno já nos mostra que essa tendência está em crescimento gradativamente, mulher estão ocupando as vagas em aberto e mantendo se estabilizadas em seus postos de trabalho. Em 2009 a crise econômica teve um aumento significativo dentro da economia brasileira, e mesma com esse fator a taxa de desemprego feminino teve uma queda no ano que chegou a 1,8%, enquanto com os homens a taxa teve um crescimento de 8,4% como mostra a tabela a seguir. Tabela 3 – Taxa de desemprego, por sexo, segundo tipo de desemprego Região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 5.2 OCUPAÇÃO Como mostrado anteriormente o nível de ocupação das mulheres tiveram um aumento mesmo sendo de forma pequena, a taxa de desemprego teve uma diminuição mesmo em tempos de crise, isso se deve por um resultado positivo para elas desde do no ano de 2003, e esse ritmo diferenciado entre homens e mulheres 31 ampliou a participação feminina no total de ocupados de 45,1% em 2008 para 45,3% em 2009 segundo pesquisa e publicação feita pelo SEADE. Esse resultado positivo para as mulheres em relação ao nível ocupacional se deve ao desempenho nos serviços gerais que teve um aumento de 1,3% e nos serviços domésticos que foi de 5,6%, sendo que na industria teve uma queda de 3,1% e no comércio de 4,4%, justificado pela crise financeira iniciada no segundo trimestre de 2008. como mostra tabela. Os serviços que engloba mais metade das mulheres ocupadas no ultimo ano tiveram um desaceleração em seu ritmo produtivo e posteriormente de contração que em 2008 foi de 7,6% enquanto no ano de 2009 foi apenas de 1,3%. Mesmo com essa redução em alguns setores conseguiram manter sua estabilidade mostrando até em alguns casos crescimento em comparação há anos anteriores, dentre esses se destacaram os serviços de administração e comércio de imóveis somando os dois deu um percentual de 55,4% . Em algumas áreas onde o trabalho feminino é massivo como a educação e a saúde tiveram variações de 5,4% e -0,4% respectivamente. Já nos serviços domésticos teve um aumento de 5,6% após em 2008 se manterem sem nenhum tipo de crescimento. Mas nem todos os setores foram satisfatórios para as mulheres, como citado anteriormente a crise afetou alguns setores e na indústria não foi diferente, onde teve uma diminuição de 3,1% após de aumento no ano anterior, e com isso a indústria passou a ser responsável 13,5% das mulheres ocupadas. Em outros setores houve uma diminuição como vestuário, calçados e artefatos de tecido 11,8% e no metal – mecânico 9,7%. No segmento privado, aumentou o assalariamento com carteira de trabalho assinada para mulheres que foi de 4,9%, enquanto para os homens que foi apenas de 2,5%. Os trabalhos autônomos e familiares femininos diminuíram 3,7% e 9,9% respectivamente enquanto os masculinos aumentaram respectivamente como mostra tabelas nas próximas páginas. 2,0% e 1,7% 32 Tabela 4 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo setores de atividade econômica na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 33 Tabela 5 – índices do nível de ocupação, por sexo, segundo posição na ocupação na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 34 Tabela 6 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo posição na ocupação na região metropolitana de São Paulo 5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI Os serviços das mulheres se destacaram no estado de São Paulo por sua estabilidade e aumento em algumas áreas e também pelo fator que os rendimentos médios salariais mantiveram – se em média com os dos homens. Segundo dados retirados do SEADE, no ano 2009 o rendimento médio equivalia a R$ 1.030,00 e o dos homens a R$ 1.489,00. Quando se fala que rendimento médio das mulheres se manteve ao equivalente ao dos homens se dá pelo fato que as horas médias de trabalho semanal do homem é de 45 horas enquanto das mulheres é de 39 horas, com isso o rendimento real hora fica na mesma média. 35 Para as mulheres isso era de R$ 6,17 em 2009 que foi 3,0% acima que no ano anterior, enquanto para o homem foi no valor de R$ 7,73 que correspondia a 1,4%, sendo esse resultado abaixo de 2008. Com isso o rendimento médio por hora das mulheres passou a corresponder a 79,8% daquele recebido pelos homens, proporção maior que no ano de 2008 que era de 76,5%. (Gráfico 4). Entre as assaliaradas houve um aumento de 4,2% com relativa estabilidade para aquelas com carteiras assinadas, o rendimento por hora das servidoras públicas cresceu 6,7% enquanto das trabalhadoras autônomas 15,1% e das domésticas 4,7%. 36 Em resumo o rendimento médio das mulheres aumentou nos principais setores comércio, serviços, indústria e serviços domésticos, enquanto para os homens cresceu apenas para os serviços. Tabela 7 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho principal, por sexo, segundo setores de atividade econômica na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 Em relação ao rendimento médio da mulher na industria que 67,7% do salário masculino em 2008 passou a equivaler a 71,9% em 2009, no comércio passou de 75,5% para 82,1% e nos serviços de 87,9% para 91,5% no mesmo período. Segundo o nível de instrução o rendimento horário médio das mulheres ocupadas aumentou para todos os grupos enquanto para homens cresceu entre os menos escolarizados e diminuiu para aqueles com maior instrução. Para aquelas com ensino fundamental completo ou médio incompleto o rendimento que correspondia a 72,0% do masculino passou a equivaler a 73,2% em 2009, para as mulheres com ensino médio completo ou superior incompleto essa relação 37 aumentou de 68,3% para 70,3% e entre aquelas com ensino superior completo de 63,9% para 69,9%. Tabela 8 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho principal, por sexo, segundo níveis de escolaridade na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009. 5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS MERCADO DE TRABALHO EM RELAÇÃO A MULHER NO Como sabemos ainda existem várias formas de discriminação no mercado de trabalho em relação as mulheres, seja ela moral, trabalhista, salarial, dentre outros. Em alguns casos se dá pela cultura em que a algumas pessoas vive, em outro caso a própria sociedade e costumes acabam gerando essa discriminação em relação às mulheres. Como citado no anteriormente hoje há uma grande quantidade de mulheres que estão economicamente ativas e como não bastasse ainda a uma crescente em relação a mulheres que ocupa cargos de liderança dentre de grandes empresas. Mas apesar desse fator ser uma realidade em nossos dias atuais a conquista das mulheres ainda não foi totalmente concluído, pois mesmo estando em um posto que antes era ocupado somente por homens, seja esse posto desde de 38 cargos operacionais até cargos diretório, a mulher tem como um dos principais fatores de discriminação a desigualdade salarial, e com isso leva a moralizar dentro das organizações que elas são menos capacitadas que os homens. Em uma pesquisa feita de Remuneração Total — Strategic Compensation Survey, promovida pela Watson Wyatt, publicado no site UOL reforça o que mencionamos anteriormente: Mulher recebe em média 5% a menos que o homem Apesar de as mulheres executivas estarem cada vez mais presentes no mercado de trabalho, elas recebem, em média, 5% a menos que os homens na mesma função e, ainda, não conseguem alcançar níveis hierárquicos superiores. A proporção de mulheres nos níveis executivos continua bastante baixa. No nível gerencial apenas 18% são mulheres, enquanto que no nível de CEO/Presidente a pesquisa da Watson Wyatt encontrou somente 2% de mulheres. Segundo o diretor da área de Human Capital da Watson Wyatt, Marcos Morales, a dificuldade de crescimento profissional feminino ocorre em função de um conjunto de motivos, entre os quais se destacam as responsabilidades existentes fora do ambiente do trabalho e as interrupções durante a carreira. A concentração feminina ocorre, principalmente, na área de Recursos Humanos (28%), seguida pelo setor comercial e administrativo financeiro (17%). Já, os segmentos que mais as empregam são bens de consumo (26%), farmacêutico, telecomunicação e alta tecnologia (todos com 20% de mulheres). Em relação à comparação da remuneração por gênero, a pesquisa constatou haver mais discrepâncias em prejuízo às mulheres. Na média geral, as executivas recebem remuneração 5% menor que os seus pares. Na verdade se examinarmos o que foi escrito anteriormente hoje as mulheres buscar ter uma qualificação e um nível de educação maior para ocuparem futuramente cargos que lhe darão maiores confortos tanto na questão financeira como pessoal. Perante a lei isso que ocorre diariamente é crime, mas muitas não recorrem a nenhum tipo de recurso por ter medo de sofrer represarias ou constrangimentos, a Constituição Federal de 1988 nos diz o seguinte: A Constituição Federal de 1988, vedando o preconceito ( Art.3°., IV), dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo – se a brasileiros e estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, é segurança e á propriedade. 39 São declarações em defesa ao trabalhador contra a discriminação salarial, o princípio de igualdade salarial proclamado pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948). O Tratado de Versalhes (1919), as Convenções n. 100 e 111, da discriminação da mulher, das Nações Unidas (1979) e outros documentos internacionais. Sendo assim todos teriam direitos salariais e condição de trabalho igual, na teoria pelo menos nos diz assim enquanto na prática ainda há uma grande diferença a ser quebrada, como mostra o autor Carlos Iavelberg (2010, Jornal Folha de São Paulo): A diferença entre as rendas médias da mulher e do homem no Brasil ficou praticamente estável nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais mostra que, em 2009, uma mulher ganhava, em média, 71% da renda de um homem. Dez anos antes, essa relação era de 69%. Os dados ainda apontam que, quanto mais anos de estudo a mulher tem, pior é a sua renda em comparação com a de um homem com o mesmo grau de instrução. Em 2009, o rendimento das mulheres que estudaram 12 anos ou mais representa 58% do de um homem nas mesmas condições. Entre os que estudaram até 8 anos, essa relação é de 61%. Para o IBGE, “uma possível explicação para isso é que, para o grupo com escolaridade mais elevada, a formação profissional das mulheres ainda se insere nos tradicionais nichos femininos, como as atividades relacionadas ao serviço social, à saúde e à educação, que ainda são pouco valorizados no mercado de trabalho”. Os dados também mostram uma diferença entre as horas trabalhadas ao longo da semana. “Enquanto a média, em 2009, para as mulheres foi de 36,5 horas semanais, para os homens foi de 43,9 horas”, diz o estudo. Com todas essas dificuldades enfrentadas pelas mulheres, nota – se que o mercado de trabalho está se compondo a cada dia por mulheres, e que apesar dessas diferenças ainda ocorrerem isso vêm diminuindo gradativamente, pois antes se julgava que a experiência masculina é que um dos fatores primordiais das diferenças salariais, mas como tanto homem como mulher estão entrando em um novo ciclo de mercado não terá mais como inibir essas diferenças e posteriormente tanto homens e mulheres que ocuparem o mesmo cargo e terem a mesma experiência terão o mesmo salário. 40 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como proposto anteriormente neste trabalho tentamos mostrar a evolução das mulheres no mercado de trabalho, trazendo de forma objetiva essa trajetória. Pode perceber que as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no pós guerra mundial era o fato em que elas estavam iniciando o trabalho fora de sua casas, onde o trabalho doméstico estava sendo feito em conciliação com o trabalho industrial, neste período elas se viam na necessidade de trabalhar para poder manter suas casas, isso se dá pela questão em que seus maridos não tinham condição de trabalho porque aqueles que não morriam na guerra voltavam com algum tipo de deficiência onde se tornava uma pessoa limitada sem condições de trabalho. Mostramos a forma inicial em que as mulheres efetivamente adentraram no mercado de trabalho. Com o passar dos anos os movimentos feministas aumentaram gradativamente, intensificando a busca naquele período de igualdade em condições trabalhistas e sociais. Pode notar uma grande evolução da mulher com esses movimentos chegando ao Brasil na década e 1970 e se consolidando no início da década de 1990 onde as mulheres tinham uma participação grande no mercado de trabalho em serviços que não era apenas em áreas operacionais. Finalmente chegando nos dias atuais o mercado de trabalho teve alterações na questão da forma em que se prepara para o mesmo, onde se busca qualificação e também experiência na área em que se atua. No trabalho mostramos de que forma as mulheres estão se preparando e que a cada dia a experiência exigida pelas empresas elas conseguem apresentar. Mas como em épocas anteriores, ainda o mercado de trabalho das mulheres não está de forma igualitária em relação aos homens, pois em pleno século XXI encontra - se diferenças colocadas pelas empresas, sendo elas motivadas pela cultura social ou trabalhista. Tentamos demonstrar essas dificuldades enfrentadas por elas e dizer também que isso apesar de ainda existir está diminuindo, e acredito que em um futuro próximo não haverá nenhum tipo de diferenças entre os gêneros. Em resumo pode concluir que o trabalho das mulheres não se limita à apenas trabalhos domésticos, mas pelo contrário muitas mulheres estão ocupando cargos 41 gerenciais e diretórios, mostrando sua capacidade de conciliar trabalho com cuidados domésticos. Em geral uma nova cultura está sendo criada onde o homem está desenvolvendo um novo papel social e econômico, pois atividades tanto empresarial como doméstica é de igual valor para ambas as partes. Concluindo este trabalho vemos que a nossa sociedade se modernizou valores e crenças estão iguais para todos, e com isso não existe mais barreiras para se qualificar e limitar o trabalho masculino como feminino, e que as exigências está iguais a todos e aquele que buscar uma maior qualificação, independente de sexo, terá uma boa colocação no mercado. 42 REFERÊNCIAS BESSA, Karla Adriana Martins. Papel da mulher na sociedade ao longo da história. Disponível em <http://pt.shvoong.com/socialsciences/sociology/1653449papel-da-mulher-na-sociedade/ >. Acesso em 10/05/2010. CABRAL, Gabriela. Importância da mulher na sociedade. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/a-importancia-da-mulher-na-sociedade.htm>. Acesso em: 10/05/2010. CABRAL, Márcia Regina. Analise história da participação da mulher no mundo do Disponível trabalho. em <http://www.meuartigo.brasilescola.com/sociologia/analise-historica-mulher-mundotrabalho.htm>. Acesso em 13/06/2010 COSTA, Lucia Cortes da. 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