COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DOS EUA Washington, DC 20549 FORMULÁRIO 20-F DECLARAÇÃO DE REGISTRO EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 12 OU (g) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 OU RELATÓRIO DE EMPRESA DE FACHADA EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15 (d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Número de registro na Comissão 001-15102 EMBRAER S.A. (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu estatuto social) EMBRAER Inc. (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada) República Federativa do Brasil (Jurisdição da Constituição) Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170 12227-901 São José dos Campos, São Paulo, Brasil (Endereço da sede social) Eduardo Couto Diretor de Relações com Investidores (55) 12 3927 4404 [email protected] Departamento de relações com investidores, (55) 12 3927 4404, [email protected] (Nome, telefone, e-mail e/ou fax e endereço da pessoa para contato da sociedade) Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(b) da Lei: Nome de cada uma das bolsas onde está registrada: Denominação de cada classe: ações ordinárias, sem valor nominal (representas por, e comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos representa quatro ações comuns) Bolsa de Valores de Nova York Notas a 5,150% da Embraer S.A. Bolsa de Valores de Nova York Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(g) da Lei. Nenhum. Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com a Seção 15(d) da Lei. Denominação de cada classe Notas garantidas a 6,375% devidas em 2017 da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A. Notas garantidas a 6,375% devidas em 2020 da Embraer Overseas Ltd., garantidas pela Embraer S.A. Quantidade de ações em circulação de cada uma das classes do emissor de capital ou ações ordinárias em 31 de dezembro de 2014: 734.970.460 ações ordinárias, sem valor nominal Indique com um “x” se a interessada é uma emitente experiente reconhecida, conforme definido na Regra 405 da Lei de Valores Mobiliários. Sim Não Se este relatório é um relatório anual ou de transição, indique com um “x” se não é exigido da interessada arquivar relatórios em conformidade com a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934. Sim Não Indicar com um “x” se a interessada (1) arquivou todos os relatórios exigidos conforme a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934, nos 12 meses anteriores (ou outro prazo menor durante o qual a interessada deveria arquivar os referidos relatórios), e (2) esteve sujeita às referidas exigências de registro nos últimos 90 dias. Sim Não Indicar com um “x” se a interessada enviou eletronicamente e publicou em seu site corporativo, se existente, qualquer arquivo de dados interativos com apresentação e publicação necessária nos termos da Regra 405 do Regulamento S-T (§232.405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou durante período mais curto em que o registante era obrigado a enviar e publicar tais arquivos) Sim Não Indique com um “x” se a interessada é uma “large accelerated filer”, uma “accelerated filer”, ou uma “non-accelerated filer”. Consulte a definição de “accelerated filer” e “large accelerated filer” na Regra 12b-2 da Lei de Valores Mobiliários. Large Accelerated Filer Accelerated Filer Non-accelerated filer Indique com um “x” qual base de contabilidade a interessada utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste registro: GAAP dos EUA Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, conforme definidas pela International Accounting Standards Board Outro Se “Outro” foi marcado em resposta à pergunta anterior, indique com um “x” qual item da demonstração financeira a interessada selecionou. Item 17 Item 18 Se esse for um relatório anual, indique com um “x” se a interessada é uma “companhia shell” (conforme definido na Regra 12b-2 da Lei de Valores Mobiliários). Sim Não ÍNDICE Página PARTE I .....................................................................................................................................................4 ITEM 1. ITEM 2. ITEM 3. 3A. 3B. 3C. 3D. ITEM 4. 4A. 4B. 4C. 4D. 4E. ITEM 5. 5A. 5B. 5C. 5D. 5E. 5F. 5G. ITEM 6. 6A. 6B. 6C. 6D. 6E. ITEM 7. 7A. 7B. 7C. ITEM 8. 8A. 8B. ITEM 9. 9A. 9B. 9C. 9D. 9E. 9F. ITEM 10. 10A. 10B. 10C. 10D. 10E. 10F. 10G. IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES ............................. 4 ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO ............................................ 4 PRINCIPAIS DADOS ................................................................................................................ 4 DADOS FINANCEIROS SELECIONADOS ............................................................................. 4 CAPITALIZAÇÃO E ENDIVIDAMENTO ............................................................................... 8 MOTIVOS DA OFERTA E UTILIZAÇÃO DO RESULTADO ................................................ 8 FATORES DE RISCO ................................................................................................................ 8 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ................................................................................. 19 COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS .............................................. 19 HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA ........................................................ 19 VISÃO GERAL DA EMPRESA .............................................................................................. 25 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL....................................................................................... 46 ATIVO IMOBILIZADO ........................................................................................................... 46 RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO – PERSPECTIVAS .................................. 49 RESULTADOS OPERACIONAIS ........................................................................................... 49 LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL ............................................................................... 66 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, PATENTES E LICENÇAS E OUTROS .................. 72 INFORMAÇÕES SOBRE TENDÊNCIAS............................................................................... 74 COMPOSIÇÕES NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO ...................................................... 79 DEMONSTRAÇÃO DE OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS .................................................... 82 'PORTO SEGURO' ................................................................................................................... 82 CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS............................................................ 82 CONSELHEIROS E DIRETORIA ........................................................................................... 82 REMUNERAÇÃO .................................................................................................................... 88 PRÁTICAS DO CONSELHO ................................................................................................... 91 FUNCIONÁRIOS ..................................................................................................................... 93 PROPRIEDADE DAS AÇÕES ................................................................................................ 93 OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS ......... 93 PRINCIPAIS ACIONISTAS .................................................................................................... 93 OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS .................................................................. 94 PARTICIPAÇÃO DE ESPECIALISTAS E CONSULTORES ................................................ 96 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................... 96 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS E OUTRAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ... 96 MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS .......................................................................................... 102 A OFERTA E REGISTRO ...................................................................................................... 102 DETALHES DA OFERTA E REGISTRO ............................................................................. 102 PLANO DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................ 103 MERCADOS........................................................................................................................... 103 ACIONISTAS VENDEDORES.............................................................................................. 106 DILUIÇÃO ............................................................................................................................. 106 DESPESAS DA EMISSÃO .................................................................................................... 106 INFORMAÇÕES ADICIONAIS ............................................................................................ 106 CAPITAL SOCIAL................................................................................................................. 106 ATO CONSTITUTIVO E CONTRATO SOCIAL ................................................................. 106 CONTRATOS IMPORTANTES ............................................................................................ 119 D. CONTROLES DE CÂMBIO ............................................................................................. 119 TRIBUTAÇÃO ....................................................................................................................... 120 DIVIDENDOS E AGENTES DE PAGAMENTO.................................................................. 127 DECLARAÇÕES DE PERITOS ............................................................................................ 127 i #4836-6508-5983v79 10H. DOCUMENTOS A APRESENTAR ....................................................................................... 127 10I. I. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ................................................................................. 127 ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO ................................................................................................................................................. 127 ITEM 12. DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES ............................... 131 12A. TÍTULOS DE DÍVIDA ........................................................................................................... 131 12B. GARANTIAS E DIREITOS ................................................................................................... 131 12C. OUTROS TÍTULOS ............................................................................................................... 131 12D. AÇÕES DE DEPÓSITOS AMERICANOS ............................................................................ 131 PART II ................................................................................................................................................. 133 ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES ................................ 133 ITEM 14. MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS ..................................................................................... 133 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS.................................................................................... 133 ITEM 16.A ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA ........................................ 134 ITEM 16.B CÓDIGO DE ÉTICA .............................................................................................................. 134 ITEM 16.C PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE ................................. 134 ITEM 16.D ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA ............. 135 ITEM 16.E AQUISIÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS................ 135 ITEM 16.F MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA................... 136 ITEM 16.G GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................................................................................ 136 ITEM 16.H DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DA MINA .................................................................... 139 PARTE III ................................................................................................................................................. 139 ITEM 1. ITEM 2. ITEM 3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................... 139 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS` ................................................................................. 139 ANEXOS................................................................................................................................. 139 ii #4836-6508-5983v79 INTRODUÇÃO Neste relatório anual, “Embraer”, “nós” , “a nós”, “nosso” ou “a Empresa” se referem à Embraer S.A. e suas subsidiárias consolidadas. Todas as referências aqui apresentadas sobre “real”, “reais” ou “R$” são relativas ao real brasileiro, a moeda oficial do Brasil. Todas as referências a “US$”, “dólares” ou “dólares norte-americanos” são relativas ao dólar norte-americano. Divulgação dos Dados Financeiros e Outros Dados Dados financeiros Nossas demonstrações financeiras até e referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 estão incluídas neste relatório anual. Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, ou IFRS, de acordo com definições do International Accounting Standards Board ou IASB (Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade) . Após analisar nossas operações e negócios em relação à aplicação das International Accounting Standards ou IAS, 21 – “Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio”, particularmente em relação aos fatores envolvidos na determinação de nossa moeda funcional, a diretoria concluiu que nossa moeda funcional é o dólar norte-americano. Essa conclusão se baseia na análise dos seguintes fatores, definidos nas IAS 21: (1) a moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços; (2) a moeda corrente do país cujas forças competitivas e regulamentos mais determinam os preços de venda de nossos bens e serviços; (3) a moeda corrente que mais influencia mão de obra, materiais e outros custos para fornecer bens e serviços; (4) a moeda em são obtidos grande parte dos fundos para operações financeiras; e (5) a moeda em que o rendimento das operações é geralmente acumulado. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma de nossas subsidiárias são medidos com a moeda do ambiente econômico primário no qual tal subsidiária opera. Nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas incluídas em outro local do presente relatório anual são apresentadas em dólares norte-americanos, que é nossa moeda de apresentação. Em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 2014, 2013 e 2012, os ganhos e perdas resultantes do novo cálculo das dos itens financeiros, bem como de operações em moeda estrangeira, constam da demonstração de resultados consolidados como itens não recorrentes. Para certas finalidades, tais como fornecimento de relatórios aos acionistas brasileiros, o arquivamento de demonstrações financeiros na Comissão de Valores Mobiliários e a determinação do pagamento de dividendos e obrigações tributárias no Brasil, nós elaboramos e continuaremos a ser obrigados a elaborar demonstrações financeiras de acordo com a lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, ou Lei das S/A. Devido à cotação de nossas ações ordinárias no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, ou da Bolsa de Valores de São Paulo, desde janeiro de 2009 devemos traduzir para o inglês nossas demonstrações financeiras trimestrais. Emissores privados estrangeiros não estão sujeitos a exigência de publicação trimestral das Regras da Lei de Câmbio 13a-13 e 15 d-13. Nesse sentido, os emissores privados estrangeiros que registram relatórios anuais no formulário 20-F são apenas obrigados a fornecer prontamente, em um formulário 6-K, informações importantes como em um press release que sejam (1) distribuídas aos acionistas ou arquivadas em bolsa nacional, se tornadas públicas pela bolsa, ou (2) exigidas por suas leis internas a se tornarem públicas. Outros dados e carteiras de pedidos Neste relatório anual: • alguns dos dados financeiros refletem o efeito do arredondamento; • as autonomias das aeronaves são expressas em milhas náuticas; 1 #4836-6508-5983v79 • uma milha náutica equivale a cerca de 1,15 milha normal ou “legal”, ou aproximadamente 1,85 quilômetro; • as velocidades das aeronaves são expressas em milhas náuticas por hora ou nós, ou em Mach, medida da velocidade do som; • a expressão “jatos regionais” indica aeronaves de fuselagem estreita com capacidade para 30-60 passageiros; • o termo “jato de capacidade média” refere-se a aviões a jato com 70-130 passageiros - todas nossas aeronaves a jato regionais e jatos de capacidade média são vendidos no segmento de aviação comercial; • a expressão “aeronaves comerciais”, conforme se aplica à Embraer, indica nossos jatos regionais e jatos de média capacidade; • os termos “jato básico” e “jato leve” se referem a jatos executivos com capacidade em geral para seis a oito passageiros e até nove passageiros, respectivamente, projetados para distâncias curtas de decolagem; • o termo “médio-leve” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até nove passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 1,7 a 3 mil milhas náuticas; • o termo “médio” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até doze passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 3 a 3,3 mil milhas náuticas; • o termo “grande” se refere a jatos executivos que geralmente carregam até 19 passageiros e podem cobrir distâncias que variam de 3,9 a 5,6 mil milhas náuticas; • o termo “ultragrande” se refere a jatos executivos com maior alcance e espaço de cabine superdimensionado que têm em média capacidade para até 19 passageiros; e • o termo “jatos executivos”, conforme aplicado à Embraer, se refere a nossas aeronaves vendidas a sociedades, inclusive sociedades com titularidade fracionária, sociedades de afretamento e táxi aéreo, bem como indivíduos com patrimônio líquido alto. Calculamos nossa carteira como a soma dos valores de contrato de todos os pedidos firmes (i) para aeronaves que ainda não foram entregues e (ii) para serviços e tecnologias contratados e ainda não executados. Uma ordem firme é um compromisso formal de um cliente, representado por um contrato assinado. As opções para adquirir aeronaves não são consideradas parte de nossa carteira. Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras Este relatório anual inclui declarações prospectivas dentro do significado da Seção 27A da US Securities Act of 1933, conforme alterado, ou o Securities Act, e Seção 21E da US Securities Exchange Act de 1934, conforme alterado, ou o Exchange Act , principalmente nos Itens 3 a 5 e no Item 11 deste relatório anual.Tomamos como base principal dessas estimativas nossas expectativas atuais e as projeções sobre evoluções futuras, a indústria e tendências financeiras que afetem nosso negócios. Tais estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições, incluindo, entre outros: • a situação geral econômica, política e de negócios, no Brasil bem como em nossos mercados; • mudanças nas condições de competitividade e no nível geral de demanda por nossos produtos; • as expectativas da diretoria e as estimativas acerca de nosso desempenho financeiro futuro, planos e programas de financiamento, e os efeitos da concorrência; 2 #4836-6508-5983v7 • os efeitos de cancelamentos, modificações e/ou reprogramação de pedidos contratuais pelos clientes; • o efeito de prioridades ou reduções variáveis nos orçamentos de defesa do governo brasileiro ou de governos internacionais sobre as nossas receitas; • o desenvolvimento contínuo e a comercialização bem-sucedida da família de jatos EMBRAER 170/190, incluindo o desenvolvimento da nova geração EMBRAER 170/190, o E2, nossa linha de jatos executivos (incluindo o Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, Legacy 650, Legacy 600, Legacy 450 e Legacy 500) e nossas aeronaves de defesa e segurança e os serviços; • nosso nível de endividamento; • a antecipação de tendências em nosso segmento, incluindo mas não limitada à continuidade de tendências de longo prazo no tráfego de passageiros e produção de receita no segmento de companhias aéreas; • nossas previsões de curto e longo prazo para o mercado de aeronaves comerciais com capacidade para 30 a 130 passageiros; • nossos planos de despesas; • inflação e flutuações da taxa de câmbio; • o impacto dos preços voláteis de combustível e a resposta do setor de companhias aéreas; • nossa capacidade de desenvolver e entregar pontualmente os produtos; • a disponibilidade de financiamento de venda para os clientes atuais e em potencial; • a regulamentação governamental atual e futura; • o relacionamento com nossa força de trabalho; e • outros fatores de risco conforme o disposto em “Item 3D. Informações Chave — Fatores de risco”. Os termos “acredita,” “poderá”, “será”, “calcula”, “estima,” “planeja”, “continua,” “prevê”, “pretende,” “espera” e semelhantes destinam-se a identificar considerações sobre declarações prospectivas. Não nos obrigamos a atualizar publicamente ou revisar estimativas devido a novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores. Em vista desses riscos e incertezas, os eventos futuros e as circunstâncias abordadas neste relatório anual poderão não ocorrer. Nossos resultados reais e nosso desempenho poderão diferir de maneira significativa daqueles prognosticados nas afirmações prospectivas. Como resultado de diversos fatores, como os riscos descritos no “Item 3D. Informações Chave - Fatores de Risco” não se deve confiar demais em tais estimativas. 3 #4836-6508-5983v7 PARTE I ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES Não se aplica. ITEM 2. ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO Não se aplica. ITEM 3. 3A. PRINCIPAIS DADOS Dados Financeiros Selecionados e outros dados A tabela a seguir apresenta nossos dados financeiros selecionados que foram obtidos a partir de nossas demonstrações financeiras auditadas consolidadas, preparadas de acordo com as IFRS conforme emitidas pelo IASB e outros dados a partir de e para os anos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013, 2012, 2011 e 2010. Os dados financeiros selecionados para os anos terminados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 são obtidos de nossas demonstrações financeiras consolidadas, que foram auditadas pela KPMG Auditores Independentes, uma empresa contabilidade pública registrada independente, conforme declarado no relatório da KPMG incluído no presente relatório anual. Os dados financeiros selecionados para os anos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram auditados pela Pricewaterhouse Coopers Auditores Independentes, uma empresa de contabilidade pública registrada independente. Esses dados financeiros selecionados devem ser lidos junto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e notas correspondentes incluídas em outra parte do relatório anual. Para obter informações sobre nossos resultados por segmento, consulte a Nota 39 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Dados Financeiros Selecionados Exercício findo em 31 de dezembro de Demonstrações Consolidadas de Dados do Resultado 2014 2013 Receita ................................................................ 6.288,8 Custo de vendas e serviços ................................ (5.038,3) Lucro bruto .......................................................... 1.250,5 Receitas operacionais (despesas).......................... Administração ..................................................... (207,5) Vendas ................................................................ (419,9) Pesquisa .............................................................. (47,1) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas................................................................ (32,6) Equivalência patrimonial em perdas de (0,1) associadas ........................................................... Lucro operacional antes das receitas 543,3 (despesas) financeiras Receitas (despesas) financeiras, líquidas. ........... (24,5) (14,9) Ganho (perda) cambial, líquido. ......................... Lucro antes do imposto de renda ....................... 503,9 Benefícios fiscais (despesas). ............................. (156,2) 347,7 Lucro líquido ........................................................ Atribuível a: Acionistas da Embraer ................................ 334,7 Acionistas não controladores ........................ 13,0 4 #4836-6508-5983v7 2012 2011 (em milhões de US$) 6.235,0 6.167,0 5.790,9 (4.818,9) (4.676,6) (4.488,1) 1.416,1 1.490,4 1.302,8 2010 5.364,1 (4.338,1) 1.026,0 (210,5) (454,4) (74,7) (279,2) (480,4) (77,3) (261,3) (418,6) (85,3) (197,5) (374,1) (72,1) 36,9 (42,8) (219,7) 9,4 — 713,4 1,2 611,9 0,3 318,2 — 391,7 (96,4) (14,6) 602,4 (256,4) 346,0 (6,8) 8,7 613,8 (265,2) 348,6 (90,5) 20,1 247,8 (127,4) 120,4 17,5 (1,1) 408,1 (62,7) 345,4 342,0 4,0 347,8 0,8 111,6 8,8 330,2 15,2 Exercício findo em 31 de dezembro de Ganhos básicos por ação 2014 2013 2012 2011 2010 (em milhares de US$, com exceção de dados por ação) Lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer ............................................................ Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) ............................................. Ganhos básicos por ação - USD ....................... 334,7 342,0 347,8 111,6 330,2 733.677 0,4562 729.001 0,4691 725.023 0,4797 723.667 0,1542 723.665 0,4563 Exercício findo em 31 de dezembro de Ganhos básicos por ação - Diluído Lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer .......................................................... Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) – diluído.......................................... Diluição para emissão de ações (em milhares)(1) .................................................... Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) ......................................................... Lucro diluído por ação....................................... 2014 2013 2012 2011 2010 (em milhares de US$, com exceção de dados por ação) 334,7 342,0 347,8 111,6 330,2 733.677 729.001 725.023 723.667 3,766 4,795 2,708 1,18 737.463 0,4538 733.796 0,4661 727.731 0,4780 724.847 0,1540 723.665 354 724.019 0,4562 Em 31 de dezembro de Demonstrações Consolidadas de Dados de Posição Financeira Caixa e equivalentes de caixa ................................ Investimentos financeiros ........................................ Outros ativos circulantes.......................................... Imóveis, instalações e equipamentos ....................... Ativos intangíveis .................................................... Outros ativos de longo prazo ................................... Ativo total ................................................................ 1.713,0 710,6 3.387,1 2.025,8 1.260,9 1.313,6 10.411,0 2012 2011 (em milhões de US$) 1.683,7 1.797,0 1.347,8 939,9 578,2 753,6 3.144,2 2.983,5 3.062,5 1.993,3 1.738,4 1.450,4 1.109,1 958,8 808,3 1.272,3 1.425,0 1.426,1 10.142,5 9.480,9 8.848,7 Empréstimos e financiamento de curto prazo .......... Outras contas a pagar exigíveis................................ Empréstimos e financiamento de longo prazo ......... Outros passivos de longo prazo ............................... Capital social dos acionistas da companhia ............. Participação não controladora ................................ Total do capital social dos acionistas ....................... Total do passivo e capital social ............................... 89,7 2.463,2 2.418,4 1.574,9 3.764,8 100,0 3.864,8 10.411,0 79,3 2.813,4 2.115,0 1.502,6 3.533,3 98,9 3.632,2 10.142,5 Outros Dados Financeiros Consolidados 2014 2014 Caixa líquido gerado por atividades 482,3 operacionais ................................................................ Caixa líquido usado nas atividades de (671,5) 5 #4836-6508-5983v7 2013 336,3 2.452,4 1.730,2 1.611,7 3.258,3 92,0 3.350,3 9.480,9 251,8 2.586,6 1.406,3 1.486,2 3.007,3 110,5 3.117,8 8.848,7 2010 72,6 2.316,1 1.362,2 1.508,6 3.028,4 103,1 3.131,5 8.391,0 1.393,1 733,5 2.856,2 1.201,0 716,3 1.490,9 8.391,0 Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 2012(1) 2011(1) 2010(1) (em milhões de US$) 564,6 693,0 480,1 873,8 (764,0) (617,3) (602,0) (288,3) investimento ............................................................... Caixa líquido gerado pelas (usado nas) atividades financeiras ................................................. 333,3 286,3 Depreciação e amortização ............................................. 192,5 290,6 422,3 278,8 96,4 238,8 (802,2) 219,2 (1) Refere-se ao efeito de ações potencialmente diluidoras. Outros dados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 2014 Outros dados: Aeronaves entregues no período: Ao Mercado de Linhas Comerciais ERJ 145 ................................................................ — EMBRAER 170............................................................... 1 EMBRAER 175...............................................................62 EMBRAER 190...............................................................19 EMBRAER 195 ...............................................................10 Para o Mercado de Defesa e Segurança Legacy 600 ................................................................ — Phenom 100 ................................................................ — EMB 135 ................................................................ — EMBRAER 170...............................................................— EMBRAER 190...............................................................— EMB 145 AEW&C/RS/MP(2) ................................ — EMB 312 Tucano / AL-X/ Super 7 Tucano(2)................................................................ Ao Mercado de Jatos Executivos Legacy 600/650 ...............................................................18 Legacy 500 ................................................................ 3 EMBRAER 145/170/190 Shuttle ................................ — Phenom 100................................................................ 19 Phenom 300................................................................ 73 Lineage 1000 ................................................................ 3 Ao Mercado Geral de Aviação 38 Aeronave a Hélice Leve ................................ Total entregue ................................................................253 Aeronaves na carteira de pedidos no final do período: No Mercado de Aviação Comercial ERJ 145 ................................................................ — EMBRAER 170 .............................................................. 5 EMBRAER 175 .............................................................. 172 EMBRAER 190 ..............................................................65 EMBRAER 195 .............................................................. 7 EMBRAER 175 - E2 ....................................................... 100 EMBRAER 190 - E2 .......................................................60 EMBRAER 195 - E2 .......................................................50 No Mercado de Defesa e Segurança EMB 145 AEW&C/RS/MP ................................ 1 EMB 312 Tucano/EMB 314/EP Super Tucano ................................................................ 8 LAS ................................................................ 17 E99 ................................................................ 5 KC-390 ................................................................ 28 6 #4836-6508-5983v7 2010 — 4 24 45 17 1 20 62 23 2 1 10 68 24 6 9/2(1) 8 58 17 — — — — — — — — — — — 2 — — — — — — — 1 — — — 6 14 — — 23 — 2 30 60 4 19 — 1 29 48 2 13 — — 41 42 3 10 — 3 100 26 5 60 275 62 283 54 258 40 286 — 1 188 73 17 100 25 25 — 10 35 109 31 — — — — 6 46 162 35 — — — 2 10 40 157 41 — — — 1 1 3 3 12 20 5 — 18 — — — 24 — — — 16 — — — — 1 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 — — — — — — — — — — — — 2014 Outros dados: VU-Y................................................................ 6 EMB 135 ................................................................ — Legacy 600/Phenom 100 ................................ — EMBRAER 170 / EMBRAER 190 ................................— No Mercado de Jatos Executivos Legacy 450/500/600/650/Phenom 100/300/Lineage 1000/EMBRAER 170/190 Shuttle ............................................................... 168 No Mercado Geral de Aviação — Aeronave a hélice Leve ................................ 692 Total carteira de pedidos (aeronaves)............................ Total carteira de pedidos (em milhões) .......................... US$20.920,2 2010 — — — — 208 272 421 551 — 675 — 476 — 697 — 820 US$18,205,5 US$12,462,2 US$15,441,2 US$15,543,2 (1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional. (2) Contabilizado pelo método de percentual de realização. Taxa de câmbio O sistema de câmbio do Brasil permite a compra e venda de moeda e a transferência internacional de reais por qualquer pessoa ou entidade jurídica, independentemente do montante, sujeito a certos procedimentos regulamentares. Desde 1999, a taxa de câmbio Real/Dólar dos EUA tem flutuado consideravelmente. No passado, o Banco Central interveio de tempos em tempos para controlar movimentos instáveis em taxas de câmbio. Não podemos prever se o Banco Central ou o governo brasileiro irá continuar deixando o real flutuar livremente ou se fará alguma intervenção no mercado de câmbio por meio de um sistema de faixas de moeda ou outro modo. O real pode ser depreciado ou valorizado em relação ao dólar norte-americano de forma substancial, no futuro. Consulte o “Item 3D. Informações-chave — Fatores de risco — Riscos relacionados ao Brasil”. A tabela a seguir mostra a taxa de venda do câmbio comercial, expressa em reais por dólar norte-americano, para os períodos indicados: Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 .......................................................................... 2011 .......................................................................... 2012 .......................................................................... 2013 .......................................................................... 2014 .......................................................................... Taxa de câmbio em reais para US$1,00 Final do Baixo Alto Média (1) Período 1,6554 1,8811 1,7601 1,6662 1,5345 1,9016 1,6709 1,8758 1,7024 2,1121 1,9588 2,0435 1,9528 2,4457 2,1741 2,3426 2,1974 2,7403 2,3547 2,6562 Mês/exercício findo em 31 de outubro de 2014 .............................................. 30 de novembro de 2014 .......................................... 31 de dezembro de 2014 ........................................... 31 de janeiro de 2015................................................ 28 de fevereiro de 2015 ........................................... Taxa de câmbio em reais para US$1.00 Final do Baixo Alto Média (2) Período 2,391 2,534 2,448 2,444 2,484 2,614 2,548 2,560 2,561 2,74 2,639 2,656 2,575 2,711 2,634 2,662 2,869 2,881 2,816 2,878 Fonte: Banco Central do Brasil. (1) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante os respectivos períodos. (2) Representa a média das taxas de câmbio durante os respectivos períodos. 7 #4836-6508-5983v7 Pagaremos todos os dividendos e efetuaremos qualquer outra distribuição em reais relativa a ações ordinárias. Neste sentido, as flutuações das taxas de câmbio podem afetar os valores em dólares norte-americanos recebidos pelos portadores das Ações de Depósitos Americanos, ou ADSs, na conversão em dólares norteamericanos pelo depositário de nosso programa de ADS das referidas distribuições para pagamento a portadores de ADSs. As flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também podem afetar o equivalente em dólares norte-americanos do preço em real de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. 3B. Capitalização e Endividamento Não se aplica. 3C. Motivos da Oferta e Utilização do Resultado Não se aplica. 3D. Fatores de risco Riscos relacionados à Embraer Uma desaceleração no segmento de aviação comercial e executiva poderá reduzir nossas vendas e receitas e, consequentemente, nossa lucratividade. Esperamos que uma parcela substancial de nossas vendas seja derivada das vendas de jatos comerciais e executivos. Historicamente, esses mercados têm apresentado um comportamento cíclico, devido a uma série de fatores externos e internos à atividade de viagens aéreas, inclusive condições gerais da economia. Desacelerações econômicas no nosso setor podem reduzir a demanda de viagens aéreas e corporativas, bem como os gastos pessoais, o que pode afetar negativamente nossos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos. Desacelerações podem também levar a uma diminuição no volume do financiamento disponível a nossos clientes para compras de aeronaves, particularmente nos segmentos acima mencionados. Uma retração contínua das condições gerais desfavoráveis da economia pode resultar em maior redução das viagens aéreas e menos pedidos para nossas aeronaves. Nossos clientes também podem adiar ou cancelar compras de nossas aeronaves. No momento, não podemos prognosticar a dimensão nem a duração do impacto que os acontecimentos acima referidos causarão não somente no setor de transporte como um todo como em nosso negócio em particular. Dependemos de clientes chaves. No segmento de Aviação Comercial, a partir de 31 de dezembro de 2014, 78% dos nossos pedidos firmes na carteira de pedidos para a família de jatos EMBRAER 170/190 eram das empresas Skywest, American, United, Republic, JetBlue e Azul, e das empresas de arrendamento ILFC e Aldus. Acreditamos que continuaremos a depender de um número restrito de grandes clientes, e a perda de qualquer um deles poderá reduzir nossas receitas e a participação no mercado. A diminuição nas receitas afetará de maneira negativa nossa lucratividade. Progressivamente, o setor da aviação comercial está buscando reduzir custos e aumentar a eficiência, e está enfrentando um processo de consolidação através de fusões, aquisições e alianças por meio de acordos de compartilhamento de rotas. Embora se espere que essas consolidações e alianças resultem na criação de empresas aéreas mais estáveis e competitivas, isso também pode resultar na redução do número de clientes existentes e potenciais e, possivelmente, do número de compras de nossas aeronaves. As dificuldades financeiras, as restruturações e os processos de falência de companhias aéreas clientes podem ter um efeito materialmente adverso nos resultados de nossas operações e na situação financeira. . Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Além disso, os atrasos nos ciclos de pagamento por clientes importantes podem afetar negativamente nossa posição de caixa e o capital de giro, como ocorreu, por exemplo, no último trimestre de 2014. Em nosso segmento da Defesa e Segurança, o governo federal do Brasil é nosso maior cliente de aeronaves de defesa. A receita de vendas ao governo brasileiro foi responsável por mais de 68,9% da receita do segmento no 8 #4836-6508-5983v7 ano encerrado em 31 de dezembro de 2014. Uma diminuição nos investimentos em defesa pelo governo brasileiro devido a restrições orçamentárias ou outros fatores fora de nosso controle podem diminuir nossa receita em Defesa e Segurança. Não podemos assegurar que o governo brasileiro continuará a adquirir produtos e serviços de defesa da nossa empresa no futuro ao mesmo ritmo ou mesmo nível. Dependemos de fornecedores chaves. Não fabricamos todas as peças e componentes usadas na produção de nossas aeronaves. Mais de 80% dos custos de produção de nossas aeronaves consistem em materiais e equipamentos adquiridos de nossos parceiros de risco e outros grandes fornecedores. Acordos de parceria de risco são acordos em que os fornecedores são responsáveis pelo projeto, desenvolvimento e fabricação dos componentes ou sistemas principais de nossas aeronaves, como asas, cauda, fuselagem, motores, componentes hidráulicos, aviônica e interiores. Uma vez selecionados esses parceiros de risco e iniciado o desenvolvimento de programas e montagem das aeronaves, tornase difícil substituir parceiros. Em alguns casos, a aeronave é projetada especificamente para receber um determinado componente, como por exemplo os motores, os quais não poderão ser substituídos pelos de outro fabricante sem atrasos e despesas substanciais. Tal dependência desses fornecedores chave nos torna suscetíveis aos riscos do desempenho, qualidade dos produtos e situação financeira desses parceiros de risco. Não é possível garantir que não sofreremos demoras significativas na obtenção futura de equipamentos estratégicos para nosso processo de fabricação. Embora trabalhando em sintonia e monitorando o processo de produção de nossos parceiros de risco e fornecedores, na hipótese de nossos parceiros de risco e demais fornecedores estratégicos não corresponderem a nossas especificações de desempenho, padrões de qualidade ou cronogramas de entrega, ou não cumprirem os requisitos de regulamentação (inclusive requisitos de controle de exportação), seria afetada nossa capacidade de entregar as novas aeronaves aos clientes em tempo hábil. Além disso, um grande número de equipamentos empregados pela indústria aeronáutica está sujeito a regulamentos de controle de exportações e, como tal, as entregas dependem de os fornecedores terem garantido as licenças de exportação aplicáveis. Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a disposições de cancelamento que podem reduzir receitas, rentabilidade, pedidos pendentes e fluxos de caixa. Uma parcela de nossos pedidos firmes de aeronaves está sujeita a importantes contingências, antes da entrega. Antes da entrega, alguns de nossos contratos de compra podem ser rescindidos, ou todos ou parte de um determinado pedido firme pode ser cancelado por diferentes razões, incluindo (i) atrasos prolongados na entrega de aeronaves ou a não obtenção de certificação da aeronave ou o não cumprimento de metas de desempenho e outros requisitos, (ii) a impossibilidade de um cliente em honrar seus compromissos de compras de aeronaves ou (iii) quebra do ritmo de produção. Nossos clientes também poderão reprogramar as entregas ou cancelar encomendas, especialmente durante uma desaceleração na economia. Em 2014, tivemos uma receita de US$ 14,5 milhões relacionada a multas contratuais pagas por clientes em função de cancelamentos de contrato, comparado às multas contratuais de US$ 40,8 milhões em 2013 e US$ 41,7 milhões em 2012. Cancelamentos importantes, atrasos ou reduções na quantidade de aeronaves entregues em qualquer exercício devem diminuir nossas vendas e receitas e, em consequência, nossa lucratividade, fluxo de caixa e pedidos pendentes. Algumas de nossas receitas provenientes de vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual, bem como a opções de trade-in que podem exigir desembolsos expressivos de caixa. Para a venda de algumas aeronaves, garantimos o desempenho financeiro de uma parte do financiamento e do valor residual de algumas de nossas aeronaves que já foram entregues. As garantias financeiras são fornecidas às instituições financeiras para sustentar uma parte das obrigações de pagamento dos compradores das nossas aeronaves em seus financiamentos, a fim de diminuir perdas relativas a inadimplemento. Essas garantias são sustentadas pela aeronave financiada. Nossas garantias de valor residual normalmente asseguram que, na data de exercício (entre 6 e 18 anos após a data de entrega da aeronave), a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de venda. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação 9 #4836-6508-5983v7 (“teto”) e, portanto, em média nossa exposição de garantia de valor residual está limitada a 17% do preço de venda original. No caso do exercício por um comprador de sua garantia de valor residual, nós arcaremos com a diferença, se houver, entre o valor residual garantido e o valor de mercado da aeronave quando do referido exercício, limitado ao teto. Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não contabilizadas em balanço não honrarem seus respectivos contratos de financiamentos e também pressupondo a necessidade de cobrirmos o valor total das garantias financeiras e de valor e residual em aberto, sem sermos capazes de revender nenhuma das aeronaves para compensar nossas obrigações, nossa exposição máxima seria de US$ 687,7 milhões (ou, subtraindo provisões e passivos já contabilizados no valor de US$ 156,2 milhões como refletido na Nota 25 às nossas demonstrações financeiras auditadas consolidadas de US$ 531.5 milhões) de acordo com essas garantias em 31 de dezembro de 2014. Como resultado, seríamos obrigados a fazer pagamentos substanciais que podem não ser recuperáveis através de receitas provenientes da venda ou leasing de aeronaves, especialmente se, no futuro, não formos capazes de recomercializar qualquer das aeronaves para compensar nossas obrigações ou inadimplências de financiamento com relação a uma parcela significativa de nossas aeronaves. É mais provável que caia o valor das aeronaves dadas em garantia, e que terceiros se tornem inadimplentes em épocas de desaceleração econômica. Consulte a Nota 36 das nossas demonstrações financeiras consolidadas e “Item 5E – Acordos fora do Balanço” para uma análise mais detalhada dessas garantias. Além disso, às vezes podemos oferecer opções de troca (trade-in) aos nossos clientes na assinatura dos contratos de compra de novas aeronaves. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave na compra e aceitação de uma nova. Em 2014, aceitamos cinco aeronaves, com um valor total faturado de US$ 43,9 milhões, para trade-in conforme as opções de trade-in. No agregado, estamos sujeitos a opções de trade-in relativas a 12 aeronaves, resultantes de trade-ins vinculadas a obrigações contratuais com clientes e de entregar a esses clientes algumas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar sujeitas a trade-ins devido a novos contratos de vendas. O preço da opção trade-in é determinado com base na nova aeronave vendida, bem como outros fatores, incluindo uma avaliação do valor de mercado realizada por avaliadores independentes de terceiros. Pode ser necessário aceitar trade-ins de aeronaves por preços de mercado, resultando em perda financeira ao recebermos a aeronave. Reavaliamos continuamente nosso risco de acordo com as garantias financeiras e obrigações de trade-in como parte do pagamento, com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da nossa aeronave conforme avaliações de terceiros, informações obtidas da revenda de aeronaves semelhantes no mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. Em 2014, 2013 e 2012, fizemos provisões de US$ 238,0 milhões, US$ 293,5 milhões e US$ 584,4 milhões, respectivamente, relacionado à exposição de garantias financeiras e garantias de valor residual. Qualquer queda futura no valor de mercado das aeronaves cobertas por direitos de trade-in ou garantias financeiras reduziria nossa capacidade de recuperar os valores para cobrir nossas obrigações, e nos levaria a contabilizar maiores encargos contra nossas receitas. Na hipótese de sermos obrigados a efetuar pagamentos relativos às citadas garantias, possivelmente não disporíamos de caixa suficiente ou demais recursos financeiros para tanto e teríamos que financiar tais pagamentos. Não temos como assegurar que as condições de mercado na ocasião favoreceriam a revenda ou leasing das aeronaves dadas em garantia a seu valor justo estimado ou dentro do prazo necessário. Portanto, o cumprimento de nossas obrigações de trade-in de garantia financeira poderia acarretar grandes desembolsos de recursos em determinado exercício, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa naquele exercício. A redução dos financiamentos disponibilizados pelo governo brasileiro aos nossos clientes ou o aumento dos financiamentos disponibilizados por governos em benefício de nossos concorrentes pode reduzir a competitividade de nossas aeronaves. Tradicionalmente, fabricantes de equipamento original de aeronaves, ou os OEMs, ocasionalmente, têm recebido apoio de governos através de agências de crédito de exportação governamentais ou ECAs, a fim de oferecer condições de financiamento competitivas para seus clientes, especialmente em períodos de aperto do mercado tradicional de financiamentos. Após a “crise de crédito” em 2008, a participação de ECAs cresceu em importância, desempenhando um papel crucial na indústria da aviação. 10 #4836-6508-5983v7 No passado, supostamente grande parte deste apoio oficial do governo compreendia subsídios não oficiais, causando distorções no mercado, que deu origem a litígios entre governos na Organização Mundial do Comércio, a OMC. Desde 2007, um acordo conhecido como o “Entendimento do Setor de Aeronaves”, ou ASU, desenvolvido pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento ou a OECD, forneceu as diretrizes para o uso previsível, consistente e transparente do financiamento apoiado pelo governo para a venda ou o arrendamento de aeronaves, a fim de estabelecer condições equitativas As ECAs de países signatários são obrigadas a oferecer termos e condições não mais favoráveis do que as contidas no acordo financeiro base da ASU ao financiar vendas de aeronaves que competem com as produzidas pelos OEMs de seus respectivos países. O efeito do acordo é incentivar os compradores de aeronaves a se concentrarem no preço e na qualidade dos produtos oferecidos por fabricantes de aeronaves em vez de pacotes financeiros oferecidos pelos respectivos governos. A ECA do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES, junto com o Fundo de Garantia de Exportação do Tesouro Nacional, começou a oferecer financiamento e crédito de exportação aos nossos clientes nos termos e condições exigidos pelo ASU. Qualquer redução ou restrição ao programa de financiamento de exportação do Brasil, bem como qualquer aumento nos custos de financiamento dos nossos clientes para a participação neste programa, acima do previsto no acordo de financiamento base do ASU, pode fazer a competitividade de custo das nossas aeronaves declinar. Outros fatores externos também podem afetar a nossa competitividade no mercado, incluindo, sem limitação, OEMs de aeronaves de países que não são signatários do acordo ASU oferecendo pacotes de financiamento atraentes, ou quaisquer novos subsídios do governo apoiando qualquer dos nossos principais concorrentes. De 2004 a 2014, cerca de 22% do valor total das entregas de nossas exportações na Aviação Comercial receberam apoio de créditos oficiais de Exportação do BNDES e do Fundo de Garantia à Exportação, ou FGE, um fundo especial vinculado ao Ministério das Finanças e administrado pelo BNDES para incentivo às exportações. Em 2013 e 2014, aproximadamente 43% e 47% de nossas entregas de Aviação Comercial, respectivamente, foram apoiadas pelo programa brasileiro ECA. Não podemos garantir que o governo brasileiro, por motivos políticos ou outros, não vá reduzir ou descontinuar esse tipo de fundos para o financiamento das nossas aeronaves, nem que outras fontes de financiamento estarão disponíveis para nossos clientes. A perda ou redução expressiva de recursos disponíveis aos nossos clientes, sem substituto adequado, pode levar a menos vendas e resultar em menor lucratividade para nós. Podemos nos deparar com uma série de desafios em decorrência do desenvolvimento de novos produtos, e de uma possível busca de oportunidades de crescimento estratégico. Nossos produtos exigem um elevado nível de despesas de pesquisa, desenvolvimento e produção. Nosso principal projeto em andamento é o desenvolvimento da família E-Jets E2, compreendendo três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Estimamos que o nosso investimento total neste projeto seja de US$ 1,7 bilhão até 2020. Nosso investimento nos jatos executivos Legacy 450/500 é estimado em US$ 750,0 milhões e espera-se que seja investido em 2015 em ativos imobilizados e no desenvolvimento dos programas do Legacy 450/500, que foi lançado em abril de 2008. O primeiro jato executivo Legacy 500 foi entregue em outubro de 2014, e o Legacy 450 deve entrar em serviço em 2015. Não podemos assegurar que nossos produtos sejam aceitos por nossos clientes e pelo mercado, e se alguns de nossos produtos novos não atender as expectativas dos clientes ou a demanda do mercado, nosso negócio será significativa e adversamente afetado. Além disso, como continuamos a desenvolver novos produtos, poderá ser necessário realocar recursos existentes e obter novos fornecedores e parceiros de risco. Finalmente, os excessos de gastos e atrasos no desenvolvimento e entrega de novos produtos podem nos afetar de modo significativo e adverso. Tivemos no passado e poderemos buscar oportunidades estratégicas de crescimento, incluindo joint ventures, aquisições ou outras transações, para ampliar nosso negócio ou aperfeiçoar nossos produtos e tecnologia. Poderemos enfrentar uma série de desafios, incluindo dificuldade de identificar candidatos adequados, assimilar suas operações e pessoal e manter padrões e controles internos, bem como o foco de nossa diretoria ser desviado do nosso negócio existente. Não podemos garantir que seremos capazes de superar estes desafios ou que nosso negócio não sofrerá turbulências. Podemos sofrer de falta de pessoal qualificado. 11 #4836-6508-5983v7 De tempos em tempos, existe uma notável concorrência na indústria aeronáutica em busca de pessoal capacitado em geral e de engenheiros em particular. Se essa concorrência ocorrer novamente, talvez não sejamos capazes de recrutar e reter a quantidade necessária de engenheiros altamente capacitados e demais pessoal de que necessitamos. A falta de coordenação de nossos recursos dentro do prazo estipulado, ou a impossibilidade de atrair ou reter pessoal capacitado, poderá retardar nossos esforços de desenvolvimento, causando atrasos na produção e entrega de nossas aeronaves, o que pode nos afetar negativamente. Podemos ser obrigados a reembolsar contribuições em dinheiro, relacionadas com a produção ou desenvolvimento dos nossos aviões, se determinadas metas de produção não forem alcançadas. Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais eles contribuíram conosco, ao longo dos anos, com um total de US$ 873,5 milhões desde o início do desenvolvimento das famílias EMBAER 170/190, Phenom 100/300, Legacy 450/500 e E2 até 31 de dezembro de 2014. As contribuições em dinheiro devem ser reembolsadas por nós para os parceiros de risco se deixarmos de cumprir determinadas metas acordadas. O montante total dessas contribuições em dinheiro se tornou não reembolsável durante 2014, dado que cumprimos todas as metas exigidas. Embora, no momento, nenhuma contribuição em dinheiro de nossos parceiros de risco seja reembolsável, poderemos no futuro fazer acordos semelhantes e, se não conseguirmos cumprir determinadas metas acordadas com os nossos parceiros de risco, poderemos ter que reembolsar as contribuições em dinheiro para as quais não estabelecemos provisões. Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos. A indústria mundial de fabricação de jatos comerciais é altamente competitiva. Juntamente com a Boeing, Airbus e Bombardier, todas grandes empresas internacionais, somos um dos principais fabricantes mundiais de aeronaves comerciais. Alguns desses concorrentes podem ter mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Embora tenhamos alcançado uma parcela expressiva do mercado de jatos comerciais, não podemos assegurar que seremos capazes de manter nossa participação atual no mercado. Nossa capacidade de manter a participação de mercado e de permanecermos competitivos a longo prazo no mercado de aviação comercial exige aperfeiçoamentos constantes de tecnologia e desempenho dos nossos produtos. Além disso, tarifas e outros empecilhos podem impedir o nosso crescimento em determinados mercados. Nosso principal concorrente nos mercados de jatos regionais e de capacidade média é a Bombardier Inc., companhia canadense, que possui capacidades significativas em termos de recursos financeiros e de marketing,. Além disso, companhias chinesas, russas e japonesas estão desenvolvendo jatos de capacidade média e já possuem pedidos garantidos em carteira. Como participante relativamente novo no mercado de jatos comerciais, também enfrentamos concorrência significativa de companhias com maior histórico operacional e reputação no setor. Alguns de nossos concorrentes no mercado de jatos comerciais têm um longo histórico e uma base maior de clientes e, em consequência, podem chegar com seus produtos no mercado antes de nós e podem frustrar nossos esforços em obter uma fatia maior do mercado. Além disso, o nível de aeronaves usadas para venda continua a exercer pressão sobre a demanda de novas aeronaves neste segmento e pode impactar o valor das aeronaves usadas que temos em nossa carteira. Não podemos garantir que vamos continuar a aumentar a nossa participação no mercado no segmento de jatos comerciais, ou que não iremos sentir uma redução na nossa participação atual no mercado neste segmento. Violações de propriedade intelectual podem nos afetar negativamente. Dependemos de leis de patentes, direitos autorais, marcas registradas e sigilo comercial bem como de acordos com nossos funcionários, clientes, fornecedores e terceiros, para estabelecer e manter nossos direitos de propriedade intelectual em tecnologia e produtos usados em nossas operações. Apesar desses esforços para proteger nossos direitos de propriedade intelectual, alguns desses direitos de propriedade intelectual, diretos ou indiretos, podem ser contestados, invalidados ou contornados. Além disso, embora acreditemos que estejamos cumprindo os direitos de propriedade intelectual de terceiros, podemos ser eventualmente acusados de violação e podemos sofrer reivindicações no futuro. Essas reivindicações podem prejudicar nossa reputação, levar a multas e penalidades e nos impedir de oferecer determinados produtos ou serviços. Todas as reivindicações ou litígios nesta área, se por fim ganharmos ou perdermos, podem consumir tempo e dinheiro, atingir nossa reputação ou fazer com que tenhamos que celebrar acordos de licenciamentos. Pode ser que esses acordos de licenciamento tenham condições inaceitáveis. 12 #4836-6508-5983v7 Se uma reivindicação de violação contra nós for atendida, uma ordem judicial pode ser emitida contra nós, causando mais danos. Estamos sujeitos a riscos ambientais, de saúde e segurança. Nossos produtos, bem como nossas atividades fabris e de serviços, estão sujeitos a leis e regulamentações ambientais em todas as jurisdições em que operamos, que regem, entre outras coisas: desempenho ou conteúdo do produto; uso de energia e efeito de emissão de gás estufa; poluição do ar, da água e sonora; uso, armazenamento, transporte, rotulagem e eliminação ou liberação de substâncias perigosas, riscos para a saúde humana decorrentes da exposição a materiais perigosos ou tóxicos; e remediação a contaminação de solos e águas subterrâneas em ou sob nossas propriedades (causada ou não por nós), ou em outras propriedades e causada por nossas operações atuais ou passadas. Exigências normativas ambientais ou suas imposições podem tornar-se mais rigorosas e podemos incorrer em custos adicionais para cumprir essas exigências ou imposições futuras. Investigações por autoridades do governo dos EUA relativas à Lei de Práticas de Corrupção no Exterior e inquéritos relacionados podem resultar em multas substanciais e em outros efeitos adversos. Em setembro de 2010, recebemos uma intimação da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) e uma sindicância do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, a respeito do não cumprimento da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA) com relação à venda de determinadas aeronaves fora do Brasil. Contratamos um advogado externo para conduzir uma investigação interna, colaboramos com a SEC e o DOJ e expandimos voluntariamente nossas investigações. As sindicâncias do governo dos EUA, as sindicâncias e desenvolvimentos relacionados em outros países estão continuando, bem como nossas próprias investigações internas. Qualquer ação com respeito a esses assuntos, ou qualquer inqueritos, processos ou outros desenvolvimentos, ou acordo que fizermos para liquidar o mesmo podem resultar em multas substanciais e outras sanções e consequências adversas. Veja o “Item 8A – Demonstrações Financeiras Consolidadas e outras Informações – Processos Judiciais”][ ASD] Riscos Relativos ao Segmento de Aeronaves Comerciais As restrições impostas pela cláusula de limitação (Scope Clause) nos contratos dos pilotos das companhias aéreas podem limitar a procura por jatos regionais e de capacidade média no mercado americano. Um fator limitador fundamental da procura por jatos regionais e de capacidade média é a existência das cláusulas de limitação que constam dos contratos com pilotos das companhias aéreas. As citadas cláusulas compõem-se de restrições negociadas pelos sindicatos relativas à quantidade e/ou ao tamanho dos jatos regionais e de capacidade média que determinada companhia pode operar. As restrições em vigor das cláusulas de limitação, mais comuns nos Estados Unidos, abrangem restrições quanto ao peso da aeronave e quantidade de aeronaves comerciais de 76 passageiros na frota de aeronaves operada por companhias regionais. Em consequência, nossas oportunidades de crescimento a curto prazo no mercado de jatos regionais dos Estados Unidos podem ser limitadas na categoria de 76 passageiros. Se as cláusulas de limitação continuarem ou passarem a ser mais rigorosas, alguns de nossos clientes que possuem essas opções de compra de nossos jatos regionais e de capacidade média serão levados a não exercer essas opções. Não temos como garantir que as atuais restrições serão reduzidas nem serão expandidas, inclusive pela ampliação das cláusulas de limitação para cobrir os jatos comerciais de maior porte. Além disso, embora as cláusulas de limitação sejam menos comuns fora dos Estados Unidos, não temos condições de negar que elas se tornarão mais comuns ou restritivas, ou que outra forma de restrição virá, na Europa ou em outros mercados. A disponibilidade de pilotos para o setor de linhas aéreas pode ser limitada. Novos regulamentos da FAA podem reduzir a disponibilidade de candidatos a piloto qualificados passíveis de ser empregados pelas companhias aéreas. Um copiloto em operações domésticas deve agora ter um certificado de piloto de transporte aéreo e uma avaliação do tipo da aeronave que ele irá pilotar. Um certificado de piloto de transporte aéreo exige que o piloto tenha 23 anos e um total de 1.500 horas de voo como piloto. Em função desta legislação, pode haver uma escassez crescente de novos pilotos que preencham as novas qualificações de experiência, impactando principalmente as operadoras regionais, que são as companhias aéreas de entrada normal para novos pilotos, e as grandes empresas devem contratar muitos dos seus pilotos experientes. Qualquer impossibilidade adicional em recrutar, treinar e reter pilotos qualificados pode impactar significativamente as operações de nossos clientes. 13 #4836-6508-5983v7 Estamos sujeitos a certificação rigorosa e requisitos normativos, que podem nos afetar adversamente. Nossos produtos de aviação civil estão sujeitos a regulamentações no Brasil e nas jurisdições de nossos clientes. A autoridade aeronáutica do Brasil, conhecida como Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, bem como as autoridades aeronáuticas de outros países nos quais nossos clientes se localizam, principalmente a autoridade aeronáutica americana (FAA) e a agência europeia de segurança aeronáutica (EASA), deverão homologar nossos produtos de aviação civil antes que possamos entregá-los aos nossos clientes. Não temos como assegurar que conseguiremos homologar nossas aeronaves em tempo hábil, ou se o conseguiremos. Além disso, o cumprimento das exigências das autoridades regulatórias pode consumir tempo e dinheiro. Sem a certificação necessária de nossas aeronaves por uma autoridade aeronáutica, essa autoridade pode proibir a utilização das referidas aeronaves em sua jurisdição até sua certificação. As mudanças nos regulamentos governamentais e nos procedimentos de certificação poderão também atrasar o início de produção, bem como nossa entrada no mercado com um novo produto. Apesar de nossos esforços contínuos para observar e cumprir rigidamente todos os requisitos de certificação e outros requisitos de regulação, não podemos fazer previsões de como nos afetarão a legislação futura ou as mudanças na interpretação, administração ou aplicação da legislação. Poderemos ser levados a maiores gastos no cumprimento desta legislação ou na resposta a suas alterações. Nós e nossos clientes também estamos sujeitos a muitas leis e regulamentos de proteção ambiental federais, estaduais e locais no Brasil, e no exterior, relativos a questões tais como o descarte e a emissão de substâncias no ambiente, a eliminação de resíduos perigosos, a reparação dos danos, redução de contaminantes e outras atividades que afetam o ambiente. Atualmente temos vários programas em curso abrangentes para reduzir os efeitos de nossas operações no meio ambiente. Para mais informações, veja o “Item 4E. Informações sobre a Empresa — Ativo imobilizado”. Alterações nos regulamentos ambientais vigentes podem exigir gastos adicionais para aprimorar os nossos programas de conformidade ambiental. Além disso, os regulamentos ambientais, tais como os que exigem a redução das emissões de gases de efeito estufa, estão se tornando um dos principais norteadores das decisões sobre frota aérea, podendo fazer os nossos clientes mudar seus planos de compras ou nos obrigar a fazer mais investimentos de capital para nos adaptar às novas exigências. Os diversos produtos fabricados e vendidos por nós devem também cumprir leis e regulamentos pertinentes sobre saúde e segurança, bem como de substâncias e preparações, nas jurisdições onde operamos. Embora procuremos garantir que nossos produtos atendem os mais elevados padrões de qualidade, leis e regulamentos cada vez mais rigorosos e complexos, novas descobertas científicas, entrega de produtos defeituosos ou a obrigação de notificar ou fornecer informações exigidas para as autoridades reguladoras ou outras (tais como sob o Regulamento da UE conhecido como “REACH”, que aborda a produção e utilização de substâncias químicas) podem nos obrigar a adaptar, redesenhar, reconstruir, recertificar e/ou eliminar produtos nos mercados em que operamos. Apreensões de produtos não conformes podem ser necessárias, e podemos receber sanções administrativas, civis ou criminais. No caso de um acidente ou outro grave incidente envolvendo um produto, podemos ser obrigados a conduzir investigações e iniciar ações corretivas. Qualquer acidente ou evento catastrófico envolvendo nossas aeronaves pode nos afetar adversamente. Acreditamos que nossa reputação e o histórico de segurança de nossas aeronaves sejam importantes aspectos para a comercialização de nossos produtos. Entretanto, a operação segura de nossas aeronaves depende em grande parte de uma série de fatores fora do nosso controle, incluindo manutenção e reparos corretos pelos clientes e a perícia dos pilotos. A ocorrência de um ou mais acidentes ou eventos catastróficos com uma de nossas aeronaves poderia ter repercussões negativas sobre nossa reputação e vendas futuras bem como sobre o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. Riscos Relativos ao Brasil A situação política e econômica do Brasil surte um impacto direto sobre nosso negócio e sobre a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, às vezes, implementa mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação, controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas. 14 #4836-6508-5983v7 Nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e a cotação das ações ordinárias e das ADSs podem ser afetados de forma negativa por mudanças de política ou dos regulamentos na esfera federal, estadual ou municipal, envolvendo ou influenciando fatores como: • Taxa de juros; • políticas monetárias; • controles de câmbio e restrições sobre remessas ao exterior (tais como os impostos em 1989 e no início da década de 90); • flutuações da moeda; • inflação; • liquidez dos mercados internos de capitais e de financiamentos; • política tributária; • faltas e racionamento de energia e água; e • outros eventos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou com repercussão no país. A incerteza sobre se o governo brasileiro implementará mudanças em políticas ou regulamentos que afetem esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para incerteza quanto à economia no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de capitais e nos valores mobiliários emitidos no exterior por empresas brasileiras. Essas e outras ocorrências futuras na economia brasileira e nas políticas do governo podem nos afetar de forma negativa, e nossos negócios e os resultados de nossas operações podem afetar de forma negativa a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. A inflação e as medidas do governo para combatê-la poderão contribuir de modo significativo para incerteza econômica no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de valores mobiliários, e por conseguinte, afetar negativamente o valor de mercado das nossas ações ordinárias. O Brasil sofreu índices de inflação extremamente altos durante a década de 80 e no início da década de 90. A inflação no Brasil está sob controle desde 1994. Mais recentemente, o índice de inflação anual do Brasil foi de 5,9%, 6,5%, 5,8%, 5,9% e 6,5%, de 2010 a 2014, respectivamente, conforme calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA. Embora os índices de inflação no Brasil estejam sob controle até certo ponto, continua a existir uma certa pressão inflacionária resultante da forte expansão da economia brasileira nos últimos anos. Entre os efeitos dessa pressão inflacionária, os custos de mão de obra subiram. Mais recentemente, o governo brasileiro tomou algumas medidas fiscais para manter a inflação sob controle. Os contratos em nosso segmento de aviação comercial e jatos executivos são reajustados pela inflação dos EUA e os contratos em nosso segmento de Defesa e Segurança são reajustados pela inflação brasileira, entre outros fatores. Ações futuras do governo brasileiro, incluindo reduções da taxa de juros, intervenção no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o valor do real podem gerar aumentos da inflação. Caso o Brasil venha a sofrer novamente uma inflação elevada, nossas despesas operacionais e custos com financiamento poderão aumentar, nossas margens operacionais e líquidas poderão cair e, se houver perda de confiança dos investidores, o preço das nossas ações ordinárias e ADSs poderá cair. A instabilidade da taxa de câmbio pode nos afetar adversamente. O Real tem um histórico no passado recente de muita volatilidade quando comparado a outras moedas, principalmente o dólar dos EUA. Sua cotação era de R$ 1,63 por US$ 1,00 em agosto de 2008. Depois do início da crise nos mercados financeiros globais, o Real teve uma depreciação de 43,6% em relação ao dólar dos EUA e atingiu R$ 2,34 por US$ 1,00 no final de 2008. Em 2010, o Real se valorizou em relação ao dólar, alcançando R$ 1,666 por US$ 1,00 no final de 2010. Em 2011, o Real se valorizou em relação ao dólar, alcançando R$ 1,875 15 #4836-6508-5983v7 por US$ 1,00 no final de 2011. Em 2012 e em 2013, o real desvalorizou em relação ao dólar, alcançando R$ 2,34 por US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2013 e R$ 2,66 por US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2014. Não pode haver nenhuma garantia que o Real não valorize ou desvalorize em relação ao dólar, apesar dos esforços do governo brasileiro em manter a taxa de câmbio nos níveis atuais. Veja “Item 3A — Taxa de câmbio” e “Item 11 — Risco de câmbio”. Historicamente, as desvalorizações do real em relação ao dólar norte-americano também criaram pressões inflacionárias adicionais no Brasil pelo aumento dos preços dos produtos importados, exigindo medidas recessivas do governo para controlar a demanda agregada. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar norte-americano poderá levar a uma deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos, bem como estancar o crescimento baseado nas exportações. As desvalorizações também reduzem o acesso aos mercados financeiros internacionais e podem exigir a intervenção do governo, inclusive através de políticas governamentais recessivas. Embora a maioria de nossa receita e endividamento seja expressa em dólares norte-americanos, a relação do real com o valor do dólar norte-americano e a taxa de desvalorização do real em relação à taxa vigente de inflação poderão ter efeitos negativos para nós. • Aproximadamente 25% dos nossos custos totais são incorridos e expressos em reais. • Como o imposto sobre a renda é determinado e pago principalmente em reais, com base em nossos livros fiscais brasileiros, o item de despesa (benefício) de imposto de renda em nossa demonstração do resultado, que tem o dólar norte-americano como principal moeda funcional, sofre impactos significativos pela valorização do real em relação ao dólar norte-americano, na medida em que devemos registrar os impostos diferidos resultantes de flutuações na taxa de câmbio, na base relatada de nosso ativo não monetário (particularmente imóveis, instalações, equipamentos e ativos intangíveis). No caso em que o real tivesse sofrido uma desvalorização ou valorização de 10% em relação ao dólar norte-americano em referência à taxa de câmbio real em 31 de dezembro de 2014, a despesa diferida com imposto de renda teria sido US$124,5 milhões maior ou menor. • A valorização do real sobre o dólar ou outras moedas aumenta os custos dos nossos produtos quando expressos em dólares e podem resultar na redução de nossas margens. • As desvalorizações do real frente ao dólar norte-americano também reduziriam o valor naquela moeda das distribuições e dos dividendos das nossas ADSs e podem também reduzir o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs. Podemos, consequentemente, ser significativa e negativamente afetados pela variação cambial. Desenvolvimentos econômicos e percepções de risco pelos investidores em outros países, tanto em países desenvolvidos quanto emergentes, podem afetar de forma negativa a cotação dos valores mobiliários brasileiros, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs. A cotação de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros é afetada em diferentes níveis pela situação econômica e condições de mercado de outros países, incluindo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, alguns países europeus, e países de mercados emergentes. Embora a situação econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação econômica do Brasil, a reação dos investidores frente às evoluções nesses outros países pode ter um efeito adverso sobre o valor de mercado dos títulos mobiliários de emissores brasileiros. Por exemplo, em 2008 a crise econômica mundial teve um impacto sobre muitas economias e mercados de capitais ao redor do mundo. Essa crise foi comprovada pela instabilidade no valor dos títulos, mercados de capitais, e volatilidade no mercado de crédito e ações, a instabilidade da maioria das moedas, a indisponibilidade de crédito, altas taxas de juros, uma redução generalizada da procura, uma desaceleração econômica geral e outros fatores que podem adversamente afetar nossa condição financeira e diminuir o interesse dos investidores em títulos de emissores brasileiros, incluindo os nossos. 16 #4836-6508-5983v7 Riscos Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs. Se os portadores de ADSs trocarem as mesmas por ações ordinárias, eles se arriscam a perder a faculdade de remeter divisas ao exterior e as vantagens tributárias brasileiras. O custodiante brasileiro das ações ordinárias obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central do Brasil permitindo a remessa de divisas para o exterior para pagamento de dividendos e demais distribuições relativas às ações ordinárias, ou por ocasião da venda das mesmas. Se os titulares de ADSs resolverem trocá-las por ações ordinárias correspondentes, eles terão direito a continuar contando com o certificado eletrônico de registro da custodiante durante cinco dias úteis a partir da data da troca. Após este prazo, os referidos titulares de ADSs poderão perder o direito de adquirir e remeter divisas ao exterior por ocasião da venda de, ou das distribuições relativas às ações ordinárias, a menos que obtenham seu próprio certificado eletrônico de registro ou registrem seu investimento em ações ordinárias, de acordo com a Resolução no. 2.689, que concede o direito a determinados investidores estrangeiros de comprar e vender valores mobiliários na Bolsa de Valores de São Paulo. Os titulares não habilitados conforme a Resolução nº 2.689 estarão sujeitos de modo geral a um tratamento tributário menos favorável com relação aos ganhos relativos às ações ordinárias. Se os titulares das ADSs tentarem obter seu próprio certificado eletrônico de registro, os mesmos poderão incorrer despesas ou sofrer atrasos no processo de solicitação, o que poderia prejudicar sua capacidade de receber dividendos ou distribuições relativos às ações ordinárias ou ao reembolso de seu capital em tempo hábil. Além disso, não podemos garantir que o certificado eletrônico de registro do custodiante ou qualquer outro certificado de registro de capital estrangeiro obtido por titular das ADSs não serão afetados por mudanças futuras na legislação ou demais regulamentos, ou que não serão impostas no futuro outras restrições relevantes ao referido titular, com relação à venda das ações ordinárias subjacentes ou à repatriação dos resultados da venda. O governo brasileiro tem poder de veto sobre a nossa mudança de controle corporativo, marca comercial ou objeto social e sobre a criação ou alteração de programas de defesa e segurança, e seus interesses podem entrar em conflito com os interesses do titulares de nossas ações ordinárias ou de ADSs. O governo brasileiro detém uma ação ordinária de classe especial, chamada “Golden Share”, que tem poder de veto sobre a nossa mudança de controle, mudança de denominação social, marca registrada ou objeto social e sobre a criação ou alteração de nossos programas de defesa (participe o governo brasileiro ou não desses programas). Em 2010, por exemplo, mudamos nossa denominação social para Embraer S.A. e alteramos nosso estatuto social para que pudéssemos entrar nos segmentos do mercado de defesa e segurança, e essas ações exigiram a aprovação do governo brasileiro. O governo brasileiro pode vetar transações que possam ser de interesse dos titulares de nossas ações ordinárias ou de ADSs. Não podemos assegurar que teremos as aprovações do governo brasileiro no futuro para realizarmos alterações corporativas importantes, como aquelas que realizamos em 2010, ou outras alterações corporativas importantes que venham a ser necessárias. Nosso estatuto social contém disposições que podem desencorajar nossa aquisição, impedir ou atrasar operações que você pode apoiar. Nosso estatuto social contém certas disposições que têm o efeito de evitar a concentração de nossas ações ordinárias nas mãos de um pequeno grupo de investidores de modo a promover o controle disperso de tais ações. Essas disposições exigem que qualquer acionista ou grupo de acionistas que adquira ou se torne titular de (1) 35% ou mais do total de ações emitidas pela Embraer ou (2) outros direitos sobre ações emitidas pela Embraer que representem mais do que 35% de nosso capital envie ao governo brasileiro uma solicitação para fazer uma oferta pública para adquirir todas as nossas ações conforme estipulado por nosso estatuto. Se a solicitação for aprovada, tal acionista ou grupo de acionistas deve iniciar a oferta pública de aquisição de todas as nossas ações até 60 dias após a data da aprovação. Se a solicitação for recusada, tal acionista ou grupo de acionistas deverá vender tal quantidade de ações que excedam o limite de 35% dentro de 30 dias, de modo que a participação de tal acionista ou grupo de acionistas seja menor que 35% de nosso capital social. Essas disposições podem ter efeitos contrários à incorporação e podem desencorajar, adiar ou impedir uma fusão ou aquisição, incluindo operações em que nossos acionistas poderiam de outro modo receber um ágio por suas ações ordinárias e ADSs. Essas disposições podem ser alteradas ou anuladas apenas com a aprovação de nosso Conselho de Administração e nossos acionistas em assembleia de acionistas convocada com essa finalidade e com o consentimento do governo brasileiro, na qualidade de detentor da “golden share”. 17 #4836-6508-5983v7 Nosso estatuto social contém disposições que restringem os direitos a voto de certos acionistas, incluindo acionistas não brasileiros. Nosso estatuto social contém disposições que restringem os direitos de um acionista ou grupo de acionistas, inclusive corretores agindo em nome de um ou mais titulares de ADSs, de exercer seus direitos a voto com relação a mais de 5% das ações em circulação de nosso capital social em qualquer assembleia geral de acionistas. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social — Discriminação do Capital Social — Direitos a Voto das Ações — Limitação de Direitos a Voto de Certos Titulares de Ações Ordinárias”. Nosso estatuto social também contém disposições que restringem o direito de acionistas não brasileiros de exercer direitos a voto com relação a mais de dois terços dos direitos a voto que podem ser exercidos pelos acionistas brasileiros em qualquer assembleia geral ordinária. Essa limitação impedirá efetivamente nossa incorporação por acionistas não brasileiros e limitará a capacidade de acionistas não brasileiros de exercer controle sobre nós. Consulte o “Item 10B. Informações adicionais - Ato Constitutivo e Contrato Social - Discriminação do Capital Social — Direitos a Voto das Ações — Limitação de Direitos a Voto de Acionistas Não Brasileiros“. A ausência de um único acionista controlador ou grupo de acionistas controladores pode nos tornar suscetíveis a controvérsias entre acionistas ou outros desenvolvimentos imprevistos. A ausência de um único acionista ou grupo de acionistas controlador poderá criar dificuldades para nossos acionistas em aprovarem certas operações, porque, entre outros aspectos, o quorum mínimo exigido por lei para aprovação de certas questões poderá não ser alcançado. Nós e nossos acionistas minoritários poderemos não usufruir das mesmas proteções previstas na Lei das Sociedades por Ações do Brasil (Lei das S/A) contra medidas abusivas tomadas por outros acionistas e, consequentemente, poderemos não ser indenizados por quaisquer prejuízos incorridos. Quaisquer mudanças repentinas e inesperadas na nossa equipe administrativa, mudanças em nossas políticas empresariais ou direção estratégica, tentativas de incorporação ou quaisquer outros litígios entre os acionistas com relação a seus respectivos direitos podem afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais. Titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer seus direitos a voto. Os titulares de ADSs só podem exercer seus direitos a voto com relação às ações ordinárias correspondentes de acordo com as disposições do contrato de depósito que rege nossas ADSs. Nos termos do contrato de depósito, os detentores de ADSs devem votar as ações ordinárias subjacentes à suas ADSs, dando instruções de voto ao depositário Quando do recebimento das instruções de voto do titular de ADSs, o depositário votará as ações ordinárias correspondentes de acordo com essas instruções. De outro modo, titulares de ADSs não poderão exercer seu direito a voto a menos que entreguem a ADS para cancelamento em troca de ações ordinárias. De acordo com nosso Estatuto Social, a primeira convocação de uma assembleia geral deverá ser publicada no mínimo 30 dias antes da mesma, a segunda deverá ser publicada no mínimo 15 dias antes da assembleia, e a terceira convocação, se necessário, deverá ser publicada no mínimo oito dias antes da assembleia. Quando uma assembleia geral for convocada, os titulares de ADSs poderão não receber aviso prévio suficiente para entregar a ADS em troca de ações ordinárias correspondentes para poderem votar com relação a qualquer assunto específico. Além disso, o depositário não tem a obrigação de notificar os detentores de ADSs uma votação próxima ou distribuir cartões de eleitor e de materiais relacionados aos detentores de ADSs, a menos que especificamente instruir o depositário a fazê-lo. Se pedirmos instruções de voto, o depositário notificará os titulares de ADSs sobre o voto prestes a ser apresentado e tomará as medidas para entregar o cartão de procurador. Não podemos assegurar que os titulares de ADSs receberão um cartão de procurador a tempo para instruir ao depositário a votar as ações subjacentes às suas ADSs. Além disso, o depositário e seus representantes não são responsáveis por não executar as instruções de voto ou por uma solicitação extemporânea de execução delas. Consequentemente, os titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer seus direitos a voto. 18 #4836-6508-5983v7 A falta de liquidez e a volatilidade relativas dos mercados de valores no Brasil poderão limitar de modo significativo a capacidade dos titulares de ações ordinárias ou ADS, de vender as ações ordinárias subjacentes às ADSs ao preço e na hora desejados. O investimento em valores mobiliários tais como ações ordinárias ou ADSs de emitentes de países emergentes, inclusive o Brasil, envolve maior grau de risco que um investimento em valores mobiliários de emitentes de países mais desenvolvidos. Os mercados brasileiros de valores mobiliários são bem menores, menos líquidos, mais concentrados e mais voláteis que os grandes mercados de valores nos Estados Unidos e em outras jurisdições, e não são sujeitos a tantos regulamentos ou rigorosamente supervisionados, como outros mercados. A relativamente pequena capitalização de mercado e a falta de liquidez dos mercados de ações brasileiros poderá limitar a capacidade dos titulares de nossas ações ordinárias ou ADSs de vender as ações ordinárias ou ADSs ao preço e na hora desejados. Consulte o “Item 9C. A Oferta e a listagem — Mercados — Negociando na Bolsa de Valores de São Paulo”. Os titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer direitos de preferência com relação às ações ordinárias. Os titulares de nossas ADSs podem não ser capazes de exercer os direitos de preferência relativos às ações ordinárias associadas a suas ADSs a menos que uma declaração de registro desses direitos nos termos da Lei de Valores Mobiliários (Securities Act) esteja em vigor com relação tais direitos ou que uma isenção dos requisitos de registro nos termos da Securities Act esteja disponível. A Embraer não tem a obrigação de registrar uma declaração de registro relativa às ações ou outros valores mobiliários em relação a esses direitos de preferência, e não podemos garantir aos portadores de nossas ADSs que registraremos tal declaração de registro. A menos que registremos uma declaração de registro ou que a isenção do registro seja aplicável, os portadores de nossas ADSs poderão receber apenas os resultados líquidos da venda de seus direitos de preferência pelo depositário, ou, se não for possível vender os direitos de preferência, esses direitos perderão a validade. Os julgamentos dos tribunais brasileiros em respeito às nossas ações ordinárias serão pagáveis apenas em reais. Se o processo for trazido aos tribunais do Brasil buscando reforçar nossas obrigações em respeito às ações ordinárias, não seremos obrigados a nos isentar de nossas obrigações em uma moeda que não seja o real. De acordo com as limitações do controle cambial brasileiro, qualquer obrigação no Brasil de pagar montantes expressos em uma moeda que não seja o real, pode ser apenas satisfeita na moeda brasileira segundo a taxa de câmbio, conforme determinada pelo Banco Central, em vigor na data em que o julgamento é obtido; esses valores são então ajustados para refletir as variações na taxa cambial até a data do pagamento efetivo. A taxa cambial predominante no momento pode não conceder aos investidores não brasileiros uma compensação total por qualquer reivindicação originária ou relacionada às nossas obrigações para com as ações ordinárias ou ADSs. ITEM 4. 4A. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA Comentários de funcionários não resolvidos Não temos comentários de funcionários não resolvidos. 4B. Histórico e Desenvolvimento da Empresa Visão geral A Embraer S.A. é uma empresa de capital aberto devidamente constituída nos termos das leis brasileiras, com duração indefinida. Originalmente fundada em 1969 pelo governo federal brasileiro, fomos privatizados em 1994. Com relação à nossa privatização, fomos transformados em sociedade anônima de capital aberto e estamos sujeitos à Legislação Societária brasileira. Nosso escritório sede está localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170, 12227-901, São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil. Nosso número de telefone é 55-12-3927-4404. Nosso representante para citação nos Estados Unidos é a National Registered Agents Inc., localizada na 875 Avenue of the Americas, Suite 501, Nova York, Nova York, 10001. 19 #4836-6508-5983v7 De uma companhia estatal criada para desenvolver e produzir aeronaves para a Força Aérea Brasileira evoluímos para uma empresa de capital aberto que produz aeronaves para uso na aviação comercial e executiva, bem como aeronaves para fins de defesa e segurança. Durante essa evolução, a empresa obteve, desenvolveu e aperfeiçoou sua capacitação tecnológica e de engenharia por meio do desenvolvimento próprio de produtos para a Força Aérea Brasileira e por meio do desenvolvimento de produtos em conjunto com empresas estrangeiras para projetos específicos. Essa capacitação obtida em projetos de defesa foi aplicada ao desenvolvimento de nossa linha de aeronaves comerciais. Nossa primeira aeronave regional foi o Bandeirante, uma aeronave não pressurizada para 19 passageiros com dois motores turboélice, inicialmente desenvolvida para atender às necessidades de transporte da Força Aérea Brasileira. Esta aeronave foi certificada em 1973. Após o Bandeirante, foi desenvolvido o EMB 120 Brasília, uma aeronave comercial de alto desempenho com motores turboélice certificada em 1985 com capacidade para até 30 passageiros projetada para atender às rotas mais longas e com tráfego maior de passageiros do crescente mercado de aeronaves para uso em vôos regionais. Com base no projeto do EMB 120 Brasília e na tecnologia de aviões a jato adquirida no desenvolvimento do AM-X, uma aeronave de uso militar para a Força Aérea Brasileira, desenvolvemos a família de jatos ERJ 145 para uso em voos regionais, nosso primeiro produto a jato para uso comercial. Essa família é composta por três aeronaves, com capacidade para 37, 44 e 50 passageiros. O primeiro membro da família ERJ 145, o ERJ 145, foi certificado em 1996. Expandimos nossa linha de produtos a jato com o desenvolvimento da família de jatos EMBRAER 170/190, com capacidade para 70 a 118 passageiros, projetada para atender à tendência do mercado de aeronaves a jato maiores, de maior capacidade e alcance. O primeiro membro desta família, o EMBRAER 170, foi certificado em fevereiro de 2004 e seus derivados, EMBRAER 175 e EMBRAER 190, foram certificados em dezembro de 2004 e agosto de 2005, respectivamente. O EMBRAER 195 foi homologado em junho de 2006. Em junho de 2013, a Embraer lançou a segunda geração de sua família de E-Jets de aeronaves comerciais, chamada de E-Jets E2, que compreende três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O E190-E2 deve entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. Espera-se que o E195-E2 entre em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020. Também estamos comercializando e vendendo o Legacy 450, Legacy 500 e Legacy 600, uma linha de jatos executivos nas categorias de tamanho médio leve, médio e supermédio, e o Phenom 100, Phenom 300 e Lineage 1000, que estão posicionados nas categorias de jatos básicos, leves e ultragrandes, respectivamente. Além disso, em 2009, apresentamos o novo Legacy 650, um jato executivo de grande porte que será posicionado em nosso portfólio de jatos executivos entre o Legacy 600 e o Lineage 1000. No mercado de defesa e segurança, oferecemos uma linha de aeronaves para informações, vigilância e reconhecimento com base na plataforma, nos serviços, sistemas e soluções do jato regional ERJ 145, radar de solo, transporte de autoridades, transporte militar tático e reabastecimento aéreo (KC-390 ), treinamento básico e avançado e ataque leve (Super Tucano), os sistemas aéreos não tripulados (UAS), e satélites geoestacionários de defesa e comunicações. Em 19 de novembro de 2010, nossos acionistas aprovaram uma alteração em nossa denominação social, que passou de Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A., bem como o acréscimo de capacidades e a ampliação da finalidade de nossa unidade de negócios de defesa, permitindo que essa unidade fabrique e comercialize equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e componentes para os setores de defesa, segurança e energia, além de realizar atividades técnicas e prestar serviços relacionados a essas áreas. Como resultado, nosso estatuto social foi alterado para permitir a inclusão dessas atividades em nosso objeto social. Em 2013, lançamos a Embraer Sistemas para aplicar a excelência em tecnologias sofisticadas da Embraer em novos setores complexos dependentes de capital e em que a eficiência, confiabilidade e segurança são fundamentais. É parte da estratégia da diversificação da empresa, que progrediu nos últimos anos na sua busca pelo crescimento. Na Embraer Sistemas destacam-se (1) a vasta experiência no desenvolvimento e integração de sistemas, tecnologias de última geração e aplicação da inovação, (2) experiência com processos de gerenciamento tecnológico em escala global, e (3) padrão de excelência inerente ao setor de aeronáutica e defesa. Alianças Estratégicas e Oportunidades de Crescimento É nossa intenção revisar oportunidades de crescimento estratégico, que podem incluir joint-ventures e aquisições, e outras operações estratégicas, e fortalecer nosso relacionamento atual com os participantes das indústrias aeroespacial e de defesa e segurança, inclusive quaisquer dos membros dos grupos ou empresas abaixo. 20 #4836-6508-5983v7 Alianças Estratégicas Grupo de Defesa e Aeroespacial Europeu Em 5 de novembro de 1999, um grupo formado por (1) Aerospatiale Matra, atualmente conhecida como European Aeronautic, Defense and Space Company N.V., ou EADS, (2) Dassault Aviation, (3) Thomson-CSF, atualmente conhecida pelo seu nome comercial ThalesTM, e (4) a Société Nationale d’Étude et de Construction de Moteurs d’Aviation, ou Safran, às quais nos referimos coletivamente como o Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa, adquiriu 20% das ações ordinárias em circulação dos nossos detentores de ações ordinárias na época. A maioria das ações ordinárias adquiridas pelo Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa era propriedade de nossos antigos acionistas controladores. Devido ao fato de os membros do Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa serem, na época, considerados por nossos antigos acionistas controladores como sócios estratégicos da Embraer, lhes foi concedido o direito, como um grupo, de nomear dois membros de nosso Conselho de Administração. No entanto, devido à rescisão do acordo entre nossos antigos acionistas controladores com relação à reorganização corporativa aprovada em 2006, o Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa deixou de ter direito a nomear membros para o nosso Conselho de Administração, a não ser que de acordo com o direito geral previsto na Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Além disso, de acordo com a lei brasileira, o European Aerospace and Defense Group não é mais reconhecido como um grupo para fins de voto nem considerado como acionistas estratégicos da Embraer. A Thales vendeu todas as suas ações em outubro de 2006 e a EADS vendeu todas as suas ações em uma oferta secundária em fevereiro de 2007. AEL Sistemas Em abril de 2011, nós e a AEL Sistemas, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems Ltd., anunciamos a celebração de um acordo estratégico com a finalidade de avaliar possibilidades de exploração conjunta para sistemas aéreos não tripulados (UAS), incluindo a criação potencial de uma empresa para explorar esse segmento com participação majoritária de nossa unidade de negócios de defesa e segurança. Boeing Em abril de 2012, firmamos um acordo de cooperação com a Boeing, em que nós concordamos em desenvolver várias áreas de cooperação, incluindo características de aeronaves comerciais que melhoram a segurança e a eficiência, pesquisa e tecnologia, e biocombustíveis de aviação sustentáveis. Em junho de 2012, nós e a Boeing anunciamos a assinatura de um acordo de cooperação com o objetivo de reunir nossos esforços de vendas no programa de aeronaves KC-390. Nos termos deste acordo, a Boeing e a Embraer irão compartilhar conhecimentos técnicos específicos e avaliar mercados quanto a oportunidades de transporte militar médio. Em julho de 2012, nós e a Boeing anunciamos no Farnborough Airshow a assinatura de um outro acordo de cooperação que reforça ainda mais a colaboração entre as duas empresas. Este acordo também traz recursos adicionais para o A-29 Super Tucano da Embraer através de novos desenvolvimentos de integração de armas para atender as futuras necessidades dos clientes. Em dezembro de 2012, nós e a Boeing anunciamos o projeto de ferramentas de reconhecimento de situação de pista (Runway Situation Awareness Tools), que fornecerá um conjunto comum de ferramentas para os clientes das duas empresas e reduzirá a excursões de pista. Este projeto reforça a colaboração entre duas das maiores empresas aeroespaciais do mundo. Em junho de 2013, anunciamos uma parceria com a Boeing para comercializar e vender a aeronave de porte médio KC-390. Nos temos do acordo, a Boeing é a líder nas vendas do KC-390, vendas, suporte e oportunidades de formação nos EUA, Reino Unido e mercados selecionados do Oriente Médio. A Embraer fabricará a aeronave e irá colaborar nas vendas, suporte e treinamento. Saab 21 #4836-6508-5983v7 Em julho de 2014, a Embraer Defesa e Segurança e a Saab assinaram uma carta de intenções para parceria na gestão de um programa conjunto para o Projeto F-X2, de acordo com a escolha do Gripen NG como jato de caça da próxima geração do Brasil. Nos termos deste acordo, desempenharemos um papel importante na execução geral do programa bem como participaremos de forma intensiva na produção e na entrega das versões de um e dois assentos da aeronave de ponta Gripen NG para a Força Aérea Brasileira. Em outubro de 2014, a Embraer e a Saab assinaram o acordo que cobre os conceitos fundamentais das operações entre as empresas. O acordo final está atualmente previsto para ser executado em ou antes de 31 de Março de 2015. Subsidiárias de Defesa e Segurança da Embraer e Joint Ventures HEAI Em dezembro de 2002, criamos a HEAI, uma joint venture com a Harbin Aviation Industry (Group) Co., Ltd. e a Hafei Aviation Industry Co., Ltd, ambas subsidiárias da AVIC, para montagem, vendas e suporte pós-venda da família de jatos regionais ERJ 145. Nós possuímos 51% do capital da HEAI. Outorgamos à HEAI uma licença para direitos exclusivos de produzir, vender e fornecer suporte pós-venda para a família de jatos regionais ERJ 145 nos mercados chineses, e contribuímos com US$ 12.4 milhões em dinheiro, ferramental e inventário para a joint venture. Nossos parceiros na joint venture contribuíram com os direitos de uso da terra em Harbin, na China, e contribuíram com US$ 10,8 milhões em dinheiro e instalações para a joint venture. O início da produção de aeronaves ERJ 145 fabricadas pela empresa de joint venture ocorreu em dezembro de 2003, e a joint venture fechou seu primeiro contrato de vendas com a China Southern Airlines em fevereiro de 2004. Em outubro de 2007, o milésimo jato da família ERJ 145 foi entregue pela Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. Em abril de 2011, celebramos um contrato básico com AVIC para a implementação de uma linha de produção do Legacy 600/650 na China, usando a infraestrutura, recursos financeiros e mão de obra da HEAI. Esse programa de cooperação industrial será responsável pela produção da família Legacy 600/650 na China, visa substituir a família ERJ-145 descontinuada, e também atender à demanda do mercado de aviação executiva na China. Em 2014, entregamos dois Legacy 650 manufaturados na HEAI, o primeiro em janeiro e o segundo em junho. CAE Em outubro de 2006, celebramos um contrato com a empresa canadense CAE Inc., ou CAE, para formar uma joint venture de treinamento global. A parceria prevê a formação de treinamento completo para certificação e pós-certificação para pilotos, técnicos de manutenção e pessoal de expedição para jatos Phenom 100 de porte básico e jatos Phenom 300 leves. Este programa de formação foi oferecido pela primeira vez na CAE SimuFlite, em Dallas, Texas, após o início da operação do Phenom 100 em 2008 e se expandiu para Burgess Hill, no Reino Unido em 2009 e Guarulhos 2012. Liebherr Aerospace Em julho de 2008, adquirimos por US$ 20 milhões uma participação de 40% controlada pela Liebherr Aerospace SAS, ou Liebherr, da ELEB–Equipamentos Ltda., ou ELEB, uma joint venture de 60%/40% que formamos com a Liebherr em 1999, assim nos tornando os únicos acionistas da ELEB. A ELEB é fabricante de sistemas e componentes aeroespaciais e seus principais produtos incluem: sistemas de aterrissagem, subcomponentes hidráulicos e eletromecânicos, como atuadores, válvulas e acumuladores.. Bradar Em maio de 2011, assinamos contrato de R$ 25,7 milhões para a compra de 90% de participação no capital dos negócios de radares da Orbisat da Amazônia Indústria e Aerolevantamento S.A., uma empresa brasileira que criou um negócio de radares em 2002 para desenvolver uma tecnologia de ponta para sensoriamento remoto aéreo, marítimo e terrestre e vigilância aérea. No final de 2013, a empresa anunciou a adoção da nova marca “Bradar” e os nomes Bradar Indústria S.A e Bradar Aerolevantamento Ltda. 22 #4836-6508-5983v7 Em 2014, a Bradar celebrou diversos contratos no ramo de radares e sensoriamento remoto, incluindo o fornecimento do radar M-60 para a Marinha Brasileira, a continuação do desenvolvimento do radar M-200 e a provisão do Centro de Operações do GBAD (defesa antiaérea terrestre), ambos os relacionados ao Exército Brasileiro. Atech Em abril de 2011 anunciamos a aquisição de 50% do capital acionário da Atech Negócios em Tecnologias S.A., ou Atech, com a finalidade de aumentar nossa capacidade de fornecer sistemas integrados para os mercados de defesa e segurança, comando e controle, defesa aérea e controle de tráfego aéreo. Desde 2013, a Embraer Defesa e Segurança é a única acionista da Atech. Em 2014, a Atech foi contratada pela Autoridade Aeroportuária da Índia para instalar o sistema Skyflow, uma base de dados que integra informações das companhias aéreas, aeroportos e agências regulatórias, entre outras, com dados meteorológicos importantes para o controle de tráfego aéreo. Harpia Em setembro de 2011, a Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas SA, ou AEL, subsidiária da empresa israelense Elbit Systems Ltd., criaram uma nova empresa, a Harpia Sistemas SA, ou Harpia, concentrada no mercado de sistemas aéreos não tripulados. Em fevereiro de 2013, a Embraer Defesa e Segurança e a AEL anunciaram a aquisição pela Avibras Air e Naval Division, Inc., ou Avibras, de ações da Harpia para desenvolver em conjunto o mercado para sistemas de aeronaves não tripuladas no Brasil. Em decorrência, a Avibras detém uma participação de 9% da empresa, enquanto a AEL detém 40%. A Embraer Defesa e Segurança permanecerá acionista majoritária, com 51%. As atividades principais da Harpia envolvem marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, vendas e suporte após a venda para sistemas aéreos não tripulados, além de simuladores e a modernização de sistemas de aviônica. Visiona Tecnologia Espacial S.A. Em novembro de 2011, a Embraer e as Telecomunicações Brasileiras SA, ou Telebrás, anunciaram a assinatura de uma carta de intenções com a finalidade de formar a Visiona Tecnologia Espacial S.A., ou Visiona, da qual a Embraer detém uma participação de 51% e a Telebrás 49%. Por esta joint venture entre a Embraer e a Telebrás, a Visiona é o principal contratado do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicos (SGDC) brasileiro, com responsabilidade para a integração do sistema. Esta é uma etapa fundamental para a entrada de Embraer no negócio de integração de satélites. A sede social da Visiona está localizada no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos, em São Paulo, onde a empresa também está estabelecendo um Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Espacial, que integrará as mais importantes organizações educacionais e de pesquisa aeroespacial do Brasil, e acelerará as capacidades da indústria espacial brasileira. Em novembro de 2013, a Visiona foi selecionada pela Telebrás para ser a integradora do sistema SGDC que, uma vez concluído, será operado pela Telebrás e pelo Ministério da Defesa do Brasil. Em dezembro de 2013, a Visiona assinou um contrato com a Thales Alenia Space France e com a Arianespace, que respectivamente concordaram em fornecer um satélite e lançá-lo. Em dezembro de 2014, foi executada a Critical Design Review (satélite, carga, antenas e os sistemas do segmento em terra). A maturidade do projeto foi avaliada e aprovada por representantes da Telebrás e do Ministério da Defesa do Brasil. Todos as etapas contratuais até dezembro de 2014 foram cumpridas, bem como o cronograma do programa. Savis Tecnologia e Sistemas S.A. Em novembro de 2012, o Exército Brasileiro assinou um contrato para a execução da Fase I do programa Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) com o consórcio Tepro, composto de duas empresas, a 23 #4836-6508-5983v7 Savis Tecnologia e Sistemas S.A. e a Bradar Aerolevantamento, ambas controladas pela Embraer Defesa e Segurança. O Sisfron é o sistema de vigilância de fronteira integrado que o Exército Brasileiro está desenvolvendo na fronteira oeste do Brasil. A fase I do Sisfron inclui a vigilância e proteção de aproximadamente 650 quilometros de fronteiras brasileiras, cobrindo a fronteira entre o estado Brasileiro doMato Grosso do Sul e a Bolívia. .A potencialidade total de vigilância do Sisfron consistirá em 16.886 quilômetros de fronteiras que envolvem 11 estados brasileiros, correspondendo a 27% do território da nação, e 10 países vizinhos. Em maio de 2013, o consórcio Tepro concluiu sua seleção dos principais fornecedores do sensor de sinais eletromagnéticos, comunicações táticas, optrônica e sistemas de infraestrutura. Em junho de 2013, ele concluiu a seleção dos principais fornecedores para todos os subsistemas da primeira fase do Sisfron. Em abril de 2014, o consórcio Tepro concliu o estabelecimento do Centro de Operações Militares na cidade do Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Em novembro de 2014, o Exército brasileiro comemorou a inauguração oficial das operações do Sisfron. O avanço das obras prossegue de acordo com a programação e o contrato assinado com o Exército Brasileiro. Duas importantes etapas foram concluídas em dezembro de 2014. O Sisfron conseguiu a aprovação do FAT (teste de aceitação de campo) da primeira unidade de radar Sentir M20 e foram implementadas com sucesso as primeiras comunicações estratégicas da rede. Gastos de Capital (Imóveis, Instalações, Equipamentos e Desenvolvimento) Aeronaves Comerciais e Jatos Executivos Em nossos segmentos de aviação comercial e jatos executivos, incluímos nossos investimentos em desenvolvimento e ativos imobilizados como parte de nossos gastos de capital. Como parte de nossa transição para IFRS, em 2010 começamos a capitalizar os gastos incorridos com projetos de desenvolvimento de produtos como ativos intangíveis não circulantes em nossa demonstração de posição financeira, informando quando é provável que os projetos pertinentes gerem benefícios futuros, levando em conta sua viabilidade comercial e tecnológica, a disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros e somente quando é possível medir esses custos de forma confiável. Nós amortizamos esses ativos na forma de encargos sobre o custo de vendas e serviços em nossa demonstração de resultados, com base no número total estimado de aeronaves a serem entregues para cada novo projeto de desenvolvimento de produto. Nós também capitalizamos gastos com ativo imobilizado como ativos não circulantes em nossa demonstração de posição financeira e depreciamos esses ativos na forma de encargos sobre o custo de vendas e serviços em nossa demonstração de resultados. Para informações sobre como amortizamos nossos ativos intangíveis e depreciamos nossos ativos imobilizados, consulte o “Item 5A Análise e Perspectiva Operacional e Financeira — Resultados Operacionais – Principais Dados Operacionais e Componentes de Nossa Demonstração de Resultados – Custo das Vendas e Serviços”. Os custos do desenvolvimento nos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos são capitalizados após aprovação do conselho no projeto específico até a certificação final. A maioria de nossas despesas com desenvolvimento está associada ao desenvolvimento de novos produtos, seja para os segmentos de aviação comercial ou executiva. As despesas de desenvolvimento totalizaram US$ 230,0 milhões em 2014, US$ 230,6 milhões em 2013, US$ 209,3 milhões em 2012 e US$ 121,3 milhões em 2011, líquido de contribuições em dinheiro dos parceiros de risco, que totalizaram US$ 185,4 milhões em 2014, US$ 51,8 milhões em 2013, US$ 1,0 milhão em 2012, e US$ 85,8 milhões em 2011. As despesas de desenvolvimento para 2014 permaneceram estáveis em comparação com 2013, principalmente devido às despesas consistentes relacionadas aos programas do Legacy 450 e dos E-Jatos E2. As despesas de desenvolvimento para 2013 permaneceram estáveis em comparação com 2012, principalmente devido às despesas consistentes relacionadas aos programas dos jatos executivos. O aumento nas contribuições dos parceiros de risco em 2014 relativo a 2013 foi devido principalmente ao desenvolvimento dos programas dos E-Jets E2. O aumento nas contribuições em dinheiro dos parceiros de risco em 24 #4836-6508-5983v7 2013 relativo a 2012 foi devido principalmente à família E-Jets E2, cujo desenvolvimento começou em 2013. A diminuição significativa nas contribuições em dinheiro dos parceiros de risco em 2012 relativo a 2011 é principalmente devido à falta dos marcos contratuais destinados a ocorrer em 2012. Consulte o “Item 5C. Análise e perspectiva operacional e financeira — Pesquisa”. Nosso principal projeto em andamento é o desenvolvimento da família E-Jets E2, compreendendo três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Estimamos que o nosso investimento total neste projeto seja de US$ 1,7 bilhão até 2020. Nosso investimento nos jatos executivos Legacy 450/500 é estimado em US$ 750,0 milhões e espera-se que seja investido em 2015 em ativos imobilizados e no desenvolvimento dos programas do Legacy 450/500, que foi lançado por nós em abril de 2008. O primeiro jato executivo Legacy 500 foi entregue em outubro de 2014, e o Legacy 450 deve entrar em serviço em 2015. O total de desembolsos em gastos de capital relacionados a ativo imobilizado (excluindo peças de reposição de programas e aeronaves em grupo arrendadas ou disponíveis para arrendamento) foi de US$ 227,5 milhões em 2014, US$ 294,3 milhões em 2013 e US$ 207,9 milhões em 2012. Esses investimentos estão relacionados principalmente a (1) construção de novas instalações e (2) melhorias e modificações nas fábricas para a produção dos novos modelos de aeronaves. Em 2015, esperamos investir aproximadamente US$ 650,0 milhões em gastos de capital para pesquisa, desenvolvimento de produtos e ativo imobilizado. Desse total, aproximadamente US$ 350,0 milhões serão investidos em nossas atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, excluindo-se as contribuições dos parceiros de risco, e US$ 300,0 milhões serão investidos em ativo imobilizado. Os gastos de capital de US$ 300,0 milhões a serem desembolsados em relação a ativo imobilizado relacionam-se principalmente a (1) melhorias das instalações existentes e (2) à família de E-Jets E2. Esperamos investir no Brasil aproximadamente 80% de nossos gastos de capital, orçados em US$ 650,0 milhões em 2015, sendo que a maior parte será investida em atividades de pesquisa e desenvolvimento. os 20% restantes de nossas despesas em investimento serão investidos no exterior na manutenção e nas melhorias de nossas instalações existentes. Geralmente, nossos gastos de capital são financiados por recursos gerados por operações, empréstimos sob contrato de crédito, contribuições em dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em nível menor, aumentos de capital para atender a essas necessidades. Consulte o “Item 5B. Análise e Perspectiva Operacional e Financeira — Liquidez e Recursos de Capital — Visão Geral“ e ”Item 5C. Análise e perspectiva operacional e financeira — Pesquisa“. Defesa e Segurança Incorremos em poucos gastos com desenvolvimento de programas de defesa e segurança, uma vez que tais programas são financiados principalmente pelo governo brasileiro e outros clientes do governo em termos de contratos de desenvolvimento de longo prazo, que são contabilizados como receitas e custo com base em percentagem de conclusão até o limite do que o cliente paga pelo desenvolvimento. 4C. Visão Geral da Empresa Somos um dos maiores fabricantes de aeronaves comerciais (ou seja, jatos regionais e de média capacidade) do mundo, com base na receita de aeronaves comerciais em 2014, com uma base de clientes global. Nossa meta é obter a satisfação do cliente com uma oferta variada de produtos e serviços para os mercados de aeronaves comerciais, jatos executivos, bem como os mercados de defesa e segurança. Nosso negócio de Aviação Comercial, incluindo serviços relacionados à aviação, representou 50,3% de nossa receita em 2014. Somos o principal fornecedor de aeronaves de defesa para a Força Aérea Brasileira, com base em números de aeronaves vendidas, e também vendemos aviões para forças militares na Europa, Estados Unidos, Ásia e América Latina. Nosso negócio de Defesa e Segurança, incluindo serviços relacionados à aviação, representou 23,2%% de nossa receita em 2014. Desenvolvemos uma linha de jatos executivos com base em uma de nossas plataformas de jatos regionais e lançamos novos jatos executivos nas categorias básica, leve, ultragrande e meio-leve/médio: as famílias de aeronaves Phenom 100/300, Lineage 1000 e Legacy 450/500, respectivamente. Nosso negócio de Jatos Executivos, incluindo serviços relacionados a aviação, representou 25,3% de nossa receita em 2014. Fornecer 25 #4836-6508-5983v7 suporte de alta qualidade ao cliente é um elemento essencial do nosso enfoque no cliente e um fator crítico para mantermos relacionamentos de longo prazo. Outros negócios relacionados foram responsáveis por 1,2% de nossas receitas em 2014. Para o ano findo em 31 de dezembro de 2014, geramos receita líquida de US$ 6.288,8 milhões, das quais aproximadamente 68,1% foram expressos em dólares norte-americanos. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma carteira de pedidos firmes no total de US$ 20,9 bilhões, que incluíam 459 pedidos firmes de aeronaves comerciais. Nossos Pontos Fortes Acreditamos que nossos principais pontos fortes são: Maior Fabricante de Jatos Comerciais com uma Base de Clientes Mundial. Com base no número de aeronaves vendidas, somos um dos maiores fabricantes de jatos para até 130 passageiros, com uma forte base mundial de clientes. Cerca de 90 companhias aéreas de mais de 60 países estão voando em nossos jatos comerciais nos cinco continentes. Entre nossos clientes, estão algumas das maiores e mais importantes companhias aéreas regionais de baixo custo e comerciais de todo o mundo. Projeto de aeronaves; Comunalidade; Eficiência operacional e de custos. Projetamos, desenvolvemos e fabricamos aeronaves para oferecer a nossos clientes custos de operação, manutenção e treinamento reduzidos, resultantes da similaridade e eficiência dos projetos e do uso de peças comuns a jatos da mesma família. Essas similaridades nos permitem reduzir significativamente nossos custos de projeto, desenvolvimento e produção, repassando essa economia a nossos clientes no preço de venda. Essas similaridades também reduzem o tempo de desenvolvimento de nossas aeronaves. Parceiros Estratégicos de Risco. Com relação a nossas aeronaves comerciais e executivas, desenvolvemos relacionamentos estratégicos com parceiros-chave para compartilhar riscos. Esses parceiros de risco desenvolvem e fabricam uma parte significativa dos sistemas e componentes de nossas aeronaves e contribuem com seus próprios recursos para o desenvolvimento desses sistemas e componentes, reduzindo assim nossas despesas com desenvolvimento. Esses parceiros também financiam parte de nossas despesas de desenvolvimento por meio de contribuições diretas de valores ou materiais. Acreditamos que esses relacionamentos estratégicos nos permitem reduzir nossas despesas e riscos de desenvolvimento, melhorar nossa eficiência operacional, melhorar a qualidade de nossos produtos e reduzir o número de fornecedores, o que corresponde a flexibilidade em nosso processo produtivo. Desenvolvimento Financiado de Produtos de Defesa. Historicamente, os gastos de desenvolvimento relativos a aeronaves de uso militar têm sido financiados em grande parte por alguns de nossos clientes que, nesse segmento de mercado, incluem governos de diferentes países. Esses clientes desempenham uma função importante em nosso desenvolvimento em engenharia e industrial. Além disso, usamos plataformas comprovadas desenvolvidas para o segmento da aviação comercial como solução para certos produtos de defesa. Também vendemos a outros países produtos de defesa comprovados, desenvolvidos para forças militares de determinados países. Flexibilidade da Produção para Atender às Demandas do Mercado. Acreditamos na flexibilidade dos processos de produção e da nossa estrutura operacional, inclusive as parcerias de risco, que nos permitem aumentar ou reduzir a produção em resposta a demandas do mercado. Mão de Obra Experiente e Altamente Qualificada. Nossos funcionários são experientes e altamente qualificados. Em 31 de dezembro de 2014, 29,6% de nossa força de trabalho era composta por engenheiros. Devido ao alto nível de conhecimentos e qualificações dos nossos funcionários e aos nossos programas de treinamento e incentivo contínuos, podemos desenvolver novos programas de forma eficiente e fornecer a nossos clientes serviços e orientação técnica diferencia diferenciados. Estratégia comercial Visando fazer com que nosso negócio continue a crescer e a aumentar nossa lucratividade, pretendemos continuar a oferecer a nossos clientes aeronaves e serviços eficazes em termos de custo, de alta qualidade e confiáveis. Os elementos principais de nossa estratégia são: 26 #4836-6508-5983v7 Continuar a promover nossas aeronaves comerciais. Estamos totalmente empenhados em continuar a comercializar nossos jatos de até 130 lugares (família ERJ 145 e família E-Jets). Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos aproximadamente 680 unidades da família de jatos ERJ 145 e mais de mil unidades do EMBRAER 170/190 em operação. Acreditamos que existem oportunidade de mercado para a família de jatos EMBRAER 170/190 para linhas aéreas regionais cujas frotas estejam em processo de expansão, ao mesmo tempo aumentando sua penetração em mercados de maior densidade e acrescentando rotas mais longas. Também acreditamos que a família de jatos EMBRAER 170/190 se popularizará entre as principais empresas aéreas de baixo custo cuja frota esteja em processo de otimização para adequar a sua capacidade de forma a atender à demanda em rotas de baixa a média densidade. Em 31 de dezembro de 2014, éramos líderes no segmento de aeronaves com até 130 assentos, em termos de número de aeronaves vendidas. Também acreditamos que nossas aeronaves comerciais nos trarão oportunidades significativas para aumentar nossa competitividade oferecendo aos nossos clientes uma série completa de aeronaves de até 130 assentos. Fortalecer nossa Posição no Mercado de Jatos Executivos. Acreditamos que o mercado de aviação executiva nos forneça significativas oportunidades de crescimento. Esperamos oferecer produtos em todas as categorias de jatos executivos, desde as categorias básicas até as muito grandes. Desenvolvemos o Legacy 600, uma aeronave de porte supermédio; o Phenom 100, jato de porte básico e o Phenom 300, um jato leve, além do Lineage 1000, jato ultragrande, e estamos desenvolvendo o Legacy 450 na categoria médio leve. Além disso, fizemos em 2010 a primeira entrega do Legacy 650, um jato executivo grande, e em 2014 nós entregamos o primeiro Legacy 500, um jato de médio porte. Procuramos compreender e responder à demanda do mercado e às necessidades dos clientes, num esforço de melhorar continuamente o produto e o suporte aos clientes de nossos jatos executivos. Continuar a Perseguir Oportunidades de Nicho no Mercado de Defesa e Segurança. Atualmente, oferecemos produtos para transporte, treinamento, ataque leve, espionagem e reconhecimento. Como nossos produtos oferecem capacidades multi-missão a um preço competitivo e são projetados para operar em qualquer ambiente a um custo operacional baixo, acreditamos que nossos produtos atendem as necessidades de governos de combater ameaças como o terrorismo, tráfico de drogas e contrabando de armas. Enfoque contínuo de satisfação do cliente e suporte. Acreditamos que nosso enfoque em satisfação do cliente seja fundamental para nosso sucesso como empresa e para nossa estratégia de negócios. Fornecer suporte e serviços de alta qualidade ao cliente é um elemento essencial do nosso enfoque no cliente e um fator crítico para mantermos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes, além da competitividade de nossos produtos no mercado. Como o número de aeronaves em operação continua a crescer, e nosso negócio de aviação executiva se expande, aumentamos nosso compromisso em fornecer a nossos clientes um nível adequado de suporte após a venda, incluindo assistência técnica, treinamento, manutenção, peças sobressalentes e outros serviços relacionados. Isso é comprovado, por exemplo, pela expansão de nossa base de apoio e serviço ao cliente. Possuímos e operamos diversos centros de serviços, localizados em várias partes do mundo. Além disso, nossos clientes podem contar com um grande número de centros de serviços de terceiros autorizados localizados em todo o mundo para atender a suas necessidades de manutenção. Para obter mais informações sobre nossa rede de suporte e serviços, consulte “—Suporte e Serviços”. Continuar motivando nossos funcionários e melhorar nossos processos de produção e práticas gerenciais. Buscamos constantemente superar as expectativas de nossos clientes. Para conseguir superar esta meta, precisamos todos os dias continuar a implementar os processos de produção mais eficazes e as melhores práticas gerenciais. Como o sucesso de nossos produtos e serviços é efetivamente uma combinação da contribuição de nossos funcionários e dos processos de produção que desenvolvemos ao longo dos anos, reconhecemos que devemos continuar motivando os funcionários e aprimorar os processos de produção. Com esse objetivo, implementamos e pretendemos desenvolver ainda mais programas empresariais com base na filosofia de “produção enxuta”, como o Programa de Excelência Empresarial da Embraer, projetado para fortalecer nossa cultura interna de excelência e melhorar a eficiência de nossas operações. O Negócio de Aviação Comercial A Embraer projeta, desenvolve e fabrica uma variedade de aeronaves comerciais. Nosso segmento de aeronaves comerciais representa nossa principal linha de negócio, correspondendo a 50,3% da receita para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. 27 #4836-6508-5983v7 Produtos A Embraer desenvolveu a família ERJ 145, um jato regional de dois motores com capacidade para 37-50 passageiros, lançado em 1996, para atender à demanda crescente das companhias aéreas regionais por aeronaves de alcance médio movidas a jato. Continuamos a desenvolver uma plataforma para 70 a 130 passageiros, a família de jatos EMBRAER 170/190, para atender à demanda do mercado de aeronaves comerciais por jatos maiores, mais velozes e de maior alcance e para diversificar ainda mais nossa presença no mercado de jatos. Continuamos a monitorar e analisar as tendências do mercado, as necessidades do cliente e a demanda de aeronaves para guiar o nosso desenvolvimento de produtos de acordo com as necessidades do mercado. Família de jatos Regionais ERJ 145 O ERJ 145 é um jato regional de dois motores com capacidade para até 50 passageiros. Este jato foi desenvolvido para atender à demanda crescente do setor de transporte aéreo por uma aeronave que oferecesse maior velocidade, conforto e capacidade do que um aparelho turboélice. O ERJ 145 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em novembro de 1996, pela FAA em dezembro de 1996 e pela Autoridade de Aviação Europeia em abril de 1997. Começamos a entregar o ERJ 145 em dezembro de 1996 e entregamos a milésima unidade, manufaturada pela Harbin Embraer Aircraft Industry Co. LTD., ao grupo HNA em setembro de 2007. O ERJ 135 é um jato regional de 37 assentos baseado no mesmo projeto do ERJ 145. O ERJ 135 possui aproximadamente 96% de peças e componentes em comum com o ERJ 145, o que reduz a necessidade de peças sobressalentes e permite a utilização do mesmo equipamento de apoio no solo para clientes que utilizam as duas aeronaves. O ERJ 135 foi certificado pela ANAC em junho de 1999, pela FAA em julho de 1999 e pela autoridade européia de aviação em outubro de 1999. O ERJ 135 começou a ser entregue em julho de 1999. O ERJ 140 foi desenvolvido para atender a solicitações dos clientes. O ERJ 140 é um jato regional para 44 passageiros baseado no mesmo projeto do ERJ 135, e utiliza a mesma linha de fabricação do ERJ 145 e do ERJ 135. O ERJ 140 possui aproximadamente 96% em comum com o ERJ 145 e o ERJ 135, proporcionando aos nossos clientes ganhos operacionais e de manutenção significativos. O ERJ 140 foi certificado pela ANAC em junho de 2001 e pela FAA em julho de 2001. O ERJ 140 começou a ser entregue em agosto de 2001. A família de jatos regionais ERJ 145 permite certificação de pilotos e procedimentos de manutenção padronizados. Família de jatos EMBRAER 170/190 A família de jatos EMBRAER 170/190 oferece aos nossos clientes quatro modelos de aeronaves de capacidade média. O EMBRAER 170 é um jato para 70 a 78 passageiros e o EMBRAER 175 é um jato para 78 a 88 passageiros, enquanto a série EMBRAER 190 acomoda 98 a 114 passageiros e o EMBRAER 195 é um jato para 108 a 124 passageiros. O Embraer 170 foi certificado pela autoridade aeronáutica brasileira, a FAA, a Joint Aviation Authority da Europa (antiga organização de consultoria que fez recomendações de certificação para autoridades nacionais não membros da UE), ou JAA, a AESA em fevereiro de 2004 e as entregas dos jatos Embraer 170 começaram em março de 2004. O Embraer 175 foi certificado pela ANAC em dezembro de 2004, pela EASA em janeiro de 2005 e pela FAA em agosto de 2006. O Embraer 190 foi certificado pela ANAC em agosto de 2005, FAA em setembro de 2005 e pela EASA em junho de 2006. O Embraer 195 foi certificado pela ANAC em junho de 2006, pela EASA em julho de 2006 e pela FAA em junho de 2007. Projetamos a família de jatos EMBRAER 170/190 para maximizar os benefícios de comunalidade. As aeronaves da família compartilham cerca de 86% dos componentes. O alto nível de comunalidade dessa família de jatos reduziu as nossas despesas de desenvolvimento e nosso tempo de desenvolvimento. Podemos antever que essa comunalidade trará uma economia significativa para nossos clientes em termos de treinamento simplificado, peças menos dispendiosas, bem como custos de manutenção e operacionais menores. Devido a diferenças de peso e tamanho, a família de jatos EMBRAER 170/190 não utilizará o mesmo projeto de asa. Essa família de jatos de capacidade média possui motores presos à parte inferior das asas - um projeto que visa a aumentar a potência e a economia de combustível e minimizar os prazos de manutenção. Todos os modelos de aeronaves dessa família são 28 #4836-6508-5983v7 equipados com motores fabricados pela General Electric e possuem sistemas eletrônicos de aviação de ponta fabricados pela Honeywell. As principais características da família de jatos EMBRAER 170/190 são: • Desempenho Todos os quatro aparelhos da família de jatos Embraer 170/190 têm velocidade de cruzeiro máxima de Mach 0,82. O EMBRAER 170 e o EMBRAER 175 têm alcance máximo de 1.800 e 1.700 milhas náuticas, respectivamente, com carga total, e estão disponíveis na versão de longo alcance, com alcance máximo de 2.100 e 2.000 milhas náuticas, respectivamente, com carga total. O Embraer 190 e o Embraer 195 têm alcance máximo de 1.800 e 1.500 milhas náuticas, respectivamente, com carga total e estão disponíveis na versão de longo alcance, com alcance máximo de 2.400 e 2.200 milhas náuticas, respectivamente, com carga total. • Serviços no solo. O projeto de motor sob a asa e a existência de quatro portas, duas na frente e duas atrás, facilitam o acesso e a eficiência dos serviços no solo. • Espaço da cabine e da carga. A segurança e o conforto dos passageiros foram ampliados na família de jatos EMBRAER 170/190. O projeto “bolha-dupla” da aeronave permite uma cabine com quatro assentos adjacentes, um corredor mais largo, mais espaço e altura interior e um compartimento de bagagem maior do que os dos jatos de capacidade média, em desenvolvimento, de nossos concorrentes. Em junho de 2013, a Embraer lançou a segunda geração de sua família de E-Jets de aeronaves comerciais, chamada de E-Jets E2, que compreende três novas aeronaves: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O E190-E2 deve entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. Espera-se que o E195-E2 entre em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020. A Embraer estima seus investimentos totais nos novos modelos E-Jets E2 em US$ 1,7 bilhão nos próximos anos. O lançamento do E2 baseia-se na nossa visão para oferecer jatos comerciais de vanguarda com uma capacidade de tamanho certo para a faixa de 70 a 130 assentos, conforto de linha principal descomplicada, e desempenho para utilização flexível e eficiente por transportadoras regionais, de baixo custo e de rede. Nossa estratégia é oferecer todos os benefícios de um projeto novo, mas com a confiabilidade de uma plataforma madura e a semelhança com a geração atual de E-Jets. Temos investido continuamente no programa de E-Jets, para que nossos clientes possam se manter competitivos adquirindo aeronaves com os menores custos operacionais e a maior atração para passageiros, hoje e no futuro. Em um layout típico de classe única, o E175-E2 aumentou uma fileira de assentos, em comparação com a geração atual de E175, e comportará até 90 passageiros, enquanto o E190-E2 é do mesmo tamanho que o E190, de até 114 assentos. O E195-E2, comparado com o atual E195, tem três fileiras de assentos a mais e pode acomodar até 136 assentos. EMB 120 Brasília O EMB 120 Brasília é uma aeronave pressurizada de dois motores turboélice montados nas asas, que acomoda até 30 passageiros. O EMB 120 Brasília foi desenvolvido para atender à demanda do setor de companhias aéreas comerciais por uma aeronave regional para 30 passageiros, de alta velocidade e consumo eficiente de combustível. O EMB 120 Brasília foi certificado pela FAA em maio de 1985 e pela ANAC em julho de 1985. Desde seu lançamento em 1985, entregamos 352 EMB 120 Brasília para o mercado regional e seis EMB 120 Brasília para o mercado da defesa e segurança. Clientes Temos uma base de clientes variada e global, principalmente no mercado de aeronaves comerciais da Europa, Oriente Médio, África, Ásia (principalmente China) e Américas. Entre nossos principais clientes de aeronaves comerciais, estão algumas das maiores companhias aéreas regionais de baixo custo que operam as principais linhas aéreas do mundo. Em 31 de dezembro de 2014, nossos maiores clientes, quantidade de aeronaves em serviço, eram Skywest, Republic, Envoy, Azul, Tianjin - HNA, Trans States, JetBlue, Aeromexico, Air Canada e HOP! - Air France. 29 #4836-6508-5983v7 Para obter uma análise desses importantes relacionamentos com clientes, consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco — Riscos relacionados à Embraer — Dependemos dos clientes chave”. Geralmente, vendemos nossas aeronaves comerciais de acordo com contratos com nossos clientes, em que são estipulados preços fixos ajustados por uma fórmula de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos. Nossos contratos incluem, geralmente, uma opção para que nossos clientes adquiram aeronaves adicionais por um preço fixo, sujeito à mesma fórmula de escalonamento do produto. Além disso, nossos contratos incluem um pacote de suporte de produtos para cobrir a entrada em serviço de quatro aeronaves, bem como a garantia geral para tais aeronaves (Consulte o "Item 5 —Estimativas Críticas de Contabilidade — Garantias de produtos). Outras provisões para desempenho de aeronaves específicas e requisitos de projeto são negociadas com nossos clientes. Alguns de nossos contratos também incluem provisões para cancelamento e opções de trade-in e garantias financeiras e de valor residual. Consulte o “Item 3D. Informações chave - Fatores de Risco - Riscos Relacionados à Embraer — Algumas vendas de nossas aeronaves podem estar sujeitas a opções de troca (trade-in) e garantias financeiras e de valor residual que podem exigir desembolso significativo de caixa” para obter uma análise mais detalhada sobre essas provisões. Vendas e Marketing Nossa estratégia atual de comercialização baseia-se em nossas avaliações do mercado mundial de empresas aéreas comerciais e na avaliação das necessidades de nossos clientes. Promovemos ativamente as nossas aeronaves para empresas aéreas internacionais e afiliadas regionais das principais empresas aéreas por meio dos escritórios regionais nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Nosso sucesso depende de forma significativa da nossa capacidade de entender as necessidades de nossos clientes, incluindo necessidades de atendimento ao cliente e suporte a produtos, e de atender a essas necessidades de forma pontual e eficiente, mantendo, ao mesmo tempo, a alta qualidade de nossos produtos. Nossos analistas de mercado e do setor de companhias aéreas se concentram em tendências de longo prazo do mercado, análise competitiva, planejamento de melhoria de produtos e análise de companhias aéreas. Em termos de marketing direto para nossos clientes, usamos intensamente a imprensa e participamos de eventos aéreos ou outros eventos de custo acessível que fortalecem a nossa presença junto ao cliente e o reconhecimento da marca. Além de São José dos Campos no Brasil, possuímos escritórios regionais de vendas em Villepinte, na França; Fort Lauderdale, na Flórida, USA; Pequim, na China; e Cingapura. Produção, Novos Pedidos e Opções Antes de iniciar a produção ou desenvolvimento de um novo projeto, obtemos cartas de intenção para pedidos futuros para um número significativo de aeronaves. Normalmente, iniciamos o processo recebendo pedidos e criando uma carteira de pedidos dois anos antes de começar a produção de um novo modelo de aeronave, com a finalidade de receber um número significativo de pedidos antes da entrega da primeira aeronave. Uma vez recebido um pedido, reservamos um lugar para esse pedido na linha de produção, assegurando manter uma produção suficiente para atender à demanda. Uma vez reservado um lugar na linha de produção, podemos fornecer aos clientes datas de entrega para seus pedidos. Um pedido é incluído na carteira de pedidos após o recebimento de um compromisso legal, representado por um contrato assinado. Nossa carteira de pedidos não inclui opções de compra e cartas de intenção para as quais não foram fechados contratos definitivos. Para a venda de aeronaves comerciais, normalmente é feito um depósito quando da assinatura de um contrato de compra, além de pagamentos iguais a 5% do preço de venda da aeronave 18 meses antes da data de entrega programada, outros 5% doze meses antes da entrega e mais 5% seis meses antes da entrega. Para a família de jatos EMBRAER 170/190, a empresa recebe um pagamento adicional de 5% 24 meses antes da entrega programada. Os depósitos e os pagamentos subsequentes não são restituíveis para a maioria das peças, caso os pedidos sejam cancelados. Nossas opções de compra geralmente dão a nossos clientes o direito de adquirir uma aeronave a um preço fixo e em uma data de entrega definida, sujeita a provisões de reajuste de acordo com um contrato de compra. Quando um cliente decide converter uma opção de compra, este pedido passa a ser considerado como um pedido firme. Ocasionalmente, estendemos a data de exercício de nossas opções e renegociamos o cronograma de entrega para pedidos firmes, além de permitirmos que os clientes convertam seus pedidos firmes ou opções de compra para outra aeronave da mesma família de aeronaves comerciais. 30 #4836-6508-5983v7 Serviços e Suporte – Aeronaves Comerciais Estamos trabalhando para desenvolver ainda mais nossa carteira de serviços para clientes de Aviação Comercial, incluindo as seguintes áreas: • Suporte no campo, que oferece assistência com acesso conveniente para todas as questões operacionais e técnicas para maximizar o desempenho do cliente; • Suporte técnico, que atende às necessidades técnicas por meio de análises, engenharia especializada e monitoramento da frota em tempo real; • Operações de voo, que fornecem apoio à eficiência e à segurança das operações das companhias aéreas por meio de soluções personalizadas, consultoria, supervisão e recursos de treinamento; • Modificação de aeronaves, que oferece completa execução e coordenação para atualizações de sistemas para melhorar o desempenho da frota e modificações de cabine para maior conforto a bordo; • Materiais, que assegura disponibilidade e economia em gestão de peças e materiais para manutenção programada e não programada; • Manutenção, que oferece soluções otimizadas de manutenção baseada em melhores práticas para eficiência, segurança e eficácia; • Treinamento, que prepara a tripulação, técnicos em manutenção e pessoal de operações para os mais altos níveis de competência e • eSolutions, que usa a internet como canal central de comunicação para colaboração e troca de informações 24 horas por dia, 7 dias por semana. Temos uma presença mundial com cinco unidades regionais estrategicamente posicionadas em todo o mundo, a fim de nos fornecer maior agilidade no entendimento das necessidades e desejos de nossos clientes, respeitando a diversidade cultural das diferentes regiões onde eles estão baseados. Nossas unidades regionais estão localizadas como segue: • Fort Lauderdale, Flórida, EUA, que apóia os nossos clientes na América do Norte; • Villepinte, na França, que apoia nossos clientes na Europa, na África, no Oriente Médio e na Ásia Central; • Cingapura, que apoia os nossos clientes na região da Ásia/Pacífico; • Pequim, China, que apoia os nossos clientes na China; e • São José dos Campos, Brasil, que apoia os nossos clientes na América Latina. Todas as unidades mencionadas acima possuem a infraestrutura abaixo: • um centro de distribuição de peças de reposição; • equipes técnicas e equipes de apoio no campo com engenheiros de campo e gerentes de conta de cliente; • escritórios de administração de garantias e reparos; e • gerentes de vendas de serviços. Nossa sede em São José dos Campos também oferece os seguintes serviços: 31 #4836-6508-5983v7 • Centro de Atendimento Técnico ao Cliente (Customer Care Center, CCC),oferecendo uma solução integrada de suporte técnico e de sobressalentes, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana; • planejamento de peças de reposição e engenharia de materiais; • suporte técnico; • apoio às operações de voo; • engenharia de apoio à manutenção; • Estratégia e política de rede MRO; • desenvolvimento de negócios; • desenvolvimento de publicações técnicas; e • serviços técnicos, tais como: treinamento de manutenção, eSolutions, serviços de engenharia, serviços para pilotos e modificações de aeronaves. Além disso, nós também temos centros de distribuição de peças sobressalentes em Louisville, Kentucky e Dubai, UAE. Além do fornecimento de peças e planos simples de aluguel, também oferecemos programas inovadores para o planejamento, logística e aquisições importantes como: • Programa Fleet-Hour Pool; • Programa de consignação de peças; • Embraer Collaborative Inventory Plan (ECIP); • Embraer Parts Exchange Program (EPEP); e • Otimização do estoque de clientes. Nós também possuímos instalações de MRO para apoiar os clientes de aviação comercial, executiva e de defesa em todo o mundo, incluindo: • Nashville, Tennessee, onde possuímos um Centro de Serviços de Manutenção de Aeronaves Embraer (EAMS); • Alverca, Portugal, que denominamos OGMA e que iniciou operações em março de 2005; • Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, Brasil, onde temos um centro de serviços dedicados para clientes do segmento de defesa; e • São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil. A rede de centros de serviço autorizados Embraer que oferece suporte a nossa frota de aeronaves da aviação comercial também está se expandindo com nossas recentes adições de estações de reparo de terceiros. Em 31 de dezembro de 2014 esses centros eram os seguintes: • TAP Maintenance & Engineering, em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil; • FlyBe Aviation Services, em Exeter, Reino Unido; • Tianjin Airlines, em Tianjin, China; 32 #4836-6508-5983v7 • HOP REGIONAL Maintenance Services, em Clermont-Ferrand, França; • Atlantic Air Industries (AAI), em Toulouse, França, com uma subsidiária em Casablanca, Marrocos; • LOTAMS – LOT Aircraft Maintenance Services, em Varsóvia, Polônia; • John Holland Aviation Services, em Melbourne, Austrália; • STAECO, em Ji’nan, China; • Egyptair Maintenance & Engineering, no Cairo, Egito; e • LLC NORD-TECHNIK, em Arkhangelsk, Rússia. Pretendemos continuar fornecendo a nossos clientes suporte de alta qualidade, ampliando nossa presença no mundo, através de nossas próprias operações e por meio de acordos com centros de serviços autorizados estabelecidos e respeitados. Estamos constantemente monitorando os níveis de satisfação dos clientes e mantemos canais de comunicação abertos com eles a fim de compreender as necessidades dos clientes e definir as ações mais adequadas para o contínuo aprimoramento do nosso apoio ao cliente. Para isso, utilizamos as seguintes ferramentas e participamos nos seguintes fóruns: • uma avaliação da satisfação de cliente realizada anualmente a fim identificar nossa posição competitiva; • uma pesquisa de satisfação de suporte ao cliente, realizada a cada ano para identificar nossa posição competitiva; • planos de ação específicos e compromissos com cada cliente, conhecidos como Planos de Ação Integrada do Cliente; • trabalho em equipe, identificação sistemática e planos de ação integrados para solucionar problemas que nos afetam bem como a nossos fornecedores e clientes; • reuniões dedicadas periódicas na sede dos clientes; • Conferência dos Operadores da Embraer, que ocorre anualmente nas várias regiões do mundo onde temos operadoras clientes; • um seminário de custos de manutenção que ocorre anualmente onde os operadores compartilham as melhores práticas de manutenção e discutem iniciativas de redução de custos; • eventos organizados por clientes, incluindo o Fórum de Manutenção dos Operadores e Conferência da Comunid the Operators’ Maintenance Forum and the European Customer Community Conference; • fóruns interativos de discussões no portal web FlyEmbraer para promover o intercâmbio de experiências entre os clientes e a Embraer; • participação em feiras internacionais relacionadas à manutenção, tecnologia, gerenciamento de relacionamento com o cliente e outros; • Customer Advisory Board (CAB), uma reunião anual com altos executivos de nossos clientes para obter opiniões, visões e sugestões de alto nível para o nosso futuro; e 33 #4836-6508-5983v7 • um programa interno denominado EECE (Embraer Excellence in Customer Experience) que visa mudanças na área de Serviços e Suporte da divisão de Aviação Comercial para melhorar o desempenho do negócio de aviação comercial da Embraer, abrangendo necessidades atuais e futuras do mercado, com a finalidade de obter os mais altos níveis de satisfação do cliente na indústria de aviação comercial. Concorrência Geralmente enfrentamos concorrência dos principais fabricantes no mercado internacional de aeronaves. Cada categoria de produto que fabricamos enfrenta concorrência de natureza diferente e, normalmente, de empresas diferentes. Alguns de nossos concorrentes possuem mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Atualmente enfrentamos uma concorrência mais forte contra as seguintes aeronaves na categoria de 70-130 assentos: • ATR-72, um turboélice para 64 passageiros, produzido pela ATR; • Q-400, um turboélice para 72 passageiros, produzido pela Bombardier; • CRJ-700, CRJ-900 e CRJ-1000, jatos regionais para 70, 85 e 98 passageiros respectivamente, produzidos pela Bombardier; • A318, um jato para 100 ou mais passageiros, produzido pela Airbus; • Boeing 737-600, um jato para 100 ou mais passageiros e • SSJ100, um jato regional para 95 passageiros produzido pela Sukhoi. Esperamos novos desenvolvimentos de concorrentes atuais e novos neste segmento de mercado, incluindo: • O jato CSeries da Bombardier lançado em 2008, para 110 a 130 passageiros, que deverá entrar em operação em 2015; • ARJ21 da COMAC, com a versão de jato regional para 90 passageiros programada oficialmente para entrar em operação em 2015; e • MRJ da Mitsubishi Heavy Industries, um jato regional para 75 a 92 passageiros lançado em março de 2008, que deverá entrar em operação em 2018. A Embraer é o líder mundial na categoria de jatos de 70 a 130 assentos com 51% do mercado em termos de pedidos fechados, seguida pela Bombardier com 23%, Mitsubishi e COMAC com 8%, Sukhoi com 6% e os 4% restantes atendidos pela Airbus e pela Boeing. Os fatores chave de competitividade nos mercados dos quais participamos incluem características de projeto e tecnológicas, custos operacionais das aeronaves, preço das aeronaves, incluindo custos de financiamento, serviço ao cliente e eficiência na fabricação. Acreditamos que seremos capazes de competir de forma favorável com base no desempenho das aeronaves, baixos custos de operação, experiência no desenvolvimento de produtos, aceitação do mercado, projeto da cabine e preço das aeronaves. O Negócio de Aviação Executiva Nós nos referimos ao nosso segmento de negócio de aviação executiva como “Jatos Executivos”. A Embraer desenvolveu uma linha de jatos executivos: o Legacy 600, um jato super médio, seguido do Phenom 100, um jato básico e do Phenom 300, um jato leve. O Lineage 1000, um jato ultragrande, foi acrescentado como o maior jato executivo em nossa carteira de jatos executivos e, em 2008, lançamos o Legacy 450 e Legacy 500, um jato meio-leve e um jato de médio porte, respectivamente, que acreditamos tornará nosso portfólio de jatos executivos um dos mais abrangentes do setor da aviação executiva. O Legacy 500 entrou em serviço em outubro de 2014 e o 34 #4836-6508-5983v7 programa de desenvolvimento do Legacy 450 continua ativo, com a primeira entrega prevista para 2015. Em 2009, apresentamos o novo Legacy 650, um jato executivo de grande porte que será posicionado em nosso portfólio de jatos executivos entre o Legacy 600 e o Lineage 1000. Vendemos nossos jatos executivos para empresas, inclusive sociedades de controle fracionário, de afretamento e táxi aéreo, além de pessoas físicas com grande patrimônio líquido. Nosso segmento de Jatos Executivos representou 25,3% de nossa receita para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, resultante da entrega de 19 jatos Phenom 100, 73 jatos Phenom 300, 18 jatos Legacy 600/650, e 500 jatos Lineage 1000. Em 31 de dezembro de 2014, nossos pedidos firmes em carteira para jatos executivos totalizaram US$ 1,9 bilhão. O Legacy 600 compartilha importantes qualidades com a nossa plataforma de jatos regionais. No entanto, embora o Legacy 600 tenha alguns dos mesmos componentes de nossas aeronaves, tais como o ERJ 135, o interior, o tanque de combustível, os sistemas de controle e indicação e os winglets do Legacy 600 diferem das nossas aeronaves. O jato executivo Legacy 600 entrou em serviço em 2002 depois de ter sido certificado pela ANAC em dezembro de 2001 e pela FAA em agosto de 2002. Em maio de 2005, lançamos o Phenom 100 e o Phenom 300, jatos executivos das categorias de jato básico e leve, respectivamente. O jato Phenom 100, que transporta seis a oito pessoas, recebeu a certificação da ANAC e da FAA em dezembro de 2008, no mesmo mês da sua entrada em serviço. O Phenom 300 transporta até nove pessoas e tem uma fuselagem e envergadura maiores e maior alcance do que o Phenom 100. Ele recebeu a certificação da ANAC e da FAA e entrou em serviço um ano após o Phenom 100. No final de 2014, a frota de jatos Phenom 100 consistia em mais de 300 aeronaves distribuídas em 27 países e a frota do Phenom 300 consistia em mais de 250 jatos distribuídos em 23 países. Em maio de 2006, lançamos o Lineage 1000, um jato executivo ultragrande baseado na plataforma de jatos executivos EMBRAER 190. O Lineage 1000 é configurado para carregar até 19 pessoas com um volume total de cabine 4.085 pés cúbicos (115,7 m³). O Lineage 1000 foi certificado pela ANAC em dezembro de 2008 e pela FAA em janeiro de 2009, e entrou em serviço no primeiro semestre de 2009. No final de 2014, a frota de jatos Lineage 1000 consistia em 20 unidades distribuídas em 23 países. Em abril de 2008, lançamos formalmente dois novos programas nas categorias de jato médio, especificamente o jato médio leve Legacy 450, com alcance de 2.500 milhas náuticas e capacidade para nove passageiros, e o jato de porte médio Legacy 500, com alcance de 3.125 milhas náuticas e capacidade para 12 passageiros. Os jatos Legacy 450/500 estão posicionados em nossa carteira de jatos executivos entre o Phenom 300 e o Legacy 600. Uma estimativa de US$ 750 milhões deve ser investida em ativos fixos, pesquisa e desenvolvimento para os novos modelos Legacy 500 e Legacy 450 em 2015. O Legacy 500 recebeu a certificação pela ANAC em agosto de 2014, pela FAA em outubro de 2014 e pela EASA em dezembro de 2014. O primeiro Legacy 500 foi entregue em outubro de 2014. No total, três Legacy 500 foram entregues em 2014. O desenvolvimento do Legacy 450 está em andamento, com a primeira aeronave devendo entrar em serviço em 2015. Acreditamos que os programas dessas duas aeronaves ajudarão a fortalecer nossa posição no mercado e a definir nossa carteira como uma das mais abrangentes do segmento de aviação executiva. Em outubro de 2009, apresentamos o novo jato Legacy 650, durante uma entrevista coletiva no 62º Encontro Anual e Convenção da National Business Aviation Association, em Orlando, Flórida. O Legacy 650 é um jato de categoria grande, baseado na plataforma de sucesso do super médio Legacy 600, e terá maior alcance para até 14 passageiros. O Legacy 650 recebeu a certificação da ANAC e da FAA, em outubro de 2010 e fevereiro de 2011, respectivamente, com sua entrada em serviço ocorrendo em novembro de 2010. A frota do Legacy 650 é composta de mais de 70 jatos no serviço em 23 países. Concorrência O Legacy 600 e o Legacy 650 concorrem com aeronaves produzidas pela Dassault Aviation, Bombardier e Gulfstream. Entre os concorrentes do Phenom 100 e Phenom 300 nas categorias de jatos básicos e leves, estão a Cessna Aircraft Co. e a Bombardier. A Boeing e a Airbus são as principais concorrentes do jato ultragrande Lineage 1000. Na categoria de médio porte, o Legacy 500 concorre com a Cessna enquanto o Legacy 450 concorrerá com aeronaves produzidas pela Bombardier e Cessna. 35 #4836-6508-5983v7 Em busca da internacionalização Em outubro 2014, anunciamos nossa linha de montagem do Legacy 500 e do Legacy 450 em Melbourne, Flórida, o que mais do que dobra o tamanho de nosso campus existente de 19.700² no m aeroporto internacional de Melbourne. A nova linha de montagem deve estar em operação em 2016, com quatro novos prédios: um hangar de montagem, uma oficina de pintura, um centro de acabamento com instalações para preparação de voo e um novo centro de despacho. Serviços e suporte - jatos executivos Esperamos continuar aprimorando o atendimento ao cliente e os serviços oferecidos ao segmento de Jatos Executivos. Para essa finalidade, adicionamos quatro centros de serviço de nossa propriedade a nossas operações desde 2007, no Fort Lauderdale, Flórida; Mesa, Arizona; Le Bourget, França; e Bradley, Connecticut. Além disso, reformulamos a rede autorizada de centros de serviço para jatos executivos. No final de 2014, tínhamos 69 centros de serviço para fornecer à nossa frota de jatos executivos. Em 2006, firmamos um contrato com a CAE para formação de uma joint venture para treinamento global, que proporcionará treinamento completo de pilotos e equipes de solo aos clientes do jato básico Phenom 100 e do jato leve Phenom 300. O programa inicial de formação também começou a ser oferecido na CAE SimuFlite, em Dallas, Texas, após o início da operação do Phenom 100 em 2008 e foi expandido para Burgess Hill, no Reino Unido, em 2009. Em 2012, um novo centro de treinamento foi aberto em Guarulhos, Brasil, para apoiar a frota crescente de jatos Phenom na região. Esta joint venture dá treinamento com certificação e pós-certificação para pilotos, técnicos de manutenção e pessoal de despacho. Também planejamos continuar investindo em estoque de peças e logística em todo o mundo, à medida que nossa frota de aeronaves executivas continua expandindo. Em 2012, implantamos um serviço de suporte móvel de resgate nos Estados Unidos e no Brasil, com caminhões e vans totalmente equipados. Implementamos também um centro de distribuição de peças sobressalentes em Las Vegas para melhorar o atendimento dos clientes de jatos executivos na costa oeste dos Estados Unidos. Desenvolvemos ainda mais o nosso suporte ao cliente e estrutura de serviços para aumentar a satisfação dos nossos clientes ao operar os nossos jatos executivos. Para medir a satisfação de nossos clientes, efetuamos um levantamento anual sobre a experiência dos clientes de jatos executivos para desenvolver planos de ação que nos permitam dar respostas eficazes a nossos clientes. Em agosto de 2014, nosso suporte de produto para jatos executivos foi classificado em primeiro lugar no setor da aviação comercial, de acordo com uma pesquisa patrocinada pela revista Aviation International News. A revista observou os resultados consistentes de sua pesquisa de 2012, se basearam nas respostas positivas dos clientes que reconhecem nosso trabalho no suporte e na prestação de serviços excelentes. Uma vez mais, nossos três centros de serviços nos Estados Unidos receberam pela quarta vez o prêmio FAA Diamond, um certificado de excelência relativo ao treinamento de técnicos em manutenção. Em 2014, concluímos a certificação de três novos centros de serviço autorizados em todo o mundo. Assinamos acordos com 17 centros de serviço em torno do mundo para a entrada em serviço do Legacy 450/500. Em 2013, nós selecionamos a FlightSafety internacional como o fornecedor do treinamento para o Legacy 450/500 e, no final do ano o primeiro simulador de voo já havia sido construído. Foi certificado em novembro de 2014 em conformidade com a entrada em serviço da aeronave no final de 2014. Na área de inovação tecnológica, em 2013 lançamos o aplicativo eTechPubs para iPad, que oferece todas as informações técnicas de manuais para os operadores de jatos Phenom 100/300 e Legacy 600/650. No primeiro trimestre de 2014, comemoramos a abertura oficial de nosso Centro de Serviços para Jatos Executivos em Sorocaba, complementando nossa instalação de São José dos Campos, com ampliação das operações de MRO e FBO para atender o crescimento da demanda por serviços de manutenção e aluguel de hangar. 36 #4836-6508-5983v7 Nosso Centro de Contato de Suporte ao Cliente é dedicado a jatos executivos, oferecendo assistência completa e em tempo hábil para as suas necessidades operacionais, técnicas e de manutenção. Este Centro de Contato de Suporte ao Cliente está localizado na sede da Embraer, em São José dos Campos. Sua prioridade é minimizar o tempo de inatividade, desde o primeiro contato do cliente até a solução final, por aplicação, de forma rápida e eficiente, dos recursos adequados às necessidades fundamentais, garantindo assim que os clientes tenham assistência especializada em qualquer parte do mundo. O Negócio de Aeronaves de Defesa e Segurança Em 2011, a Embraer acrescentou capacidades e ampliou o escopo de sua unidade corporativa dedicada ao mercado de defesa e segurança. A criação da nova unidade de defesa e segurança da Embraer é uma etapa importante em direção da consolidação da Embraer como principal fornecedora de soluções de defesa e segurança para o governo brasileiro, assim como para governos de outros países. Concebemos, projetamos, desenvolvemos, fabricamos e oferecemos suporte a um grande número de soluções integradas para os mercados de defesa e segurança. Nossos produtos incluem aeronaves de treinamento/ataque leve, plataformas de vigilância aérea, aeronaves de transporte militar, aeronaves de transporte governamental e sistemas de Comando, Controle, Comunicações, Computador, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, ou sistemas C4ISR e vigilância e segurança de fronteira. Oferecemos um portfólio completo de atendimento ao cliente, abrangendo desde soluções de manutenção e materiais até programas completos de Suporte Logístico ao Contratado. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos vendido mais de 1.250 aeronaves de defesa, incluindo aeronaves de transporte governamental, para 40 forças armadas e operadoras em todo o mundo. Também somos o principal fornecedor de aeronaves de defesa para a Força Aérea Brasileira, em termos do número total de aeronaves da frota. Nosso segmento de defesa e segurança representou 19,2% e 23,2% de nossa receita para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2014, respectivamente. Produtos Sistemas C4ISR A Embraer desenvolveu três aeronaves econômicas, confiáveis e flexíveis para missões especiais baseadas na plataforma da aeronave regional ERJ 145: o EMB 145 Airborne Early Warning and Control, ou AEW&C, o EMB 145 Remote Sensing/Airborne Ground Surveillance, ou RS/AGS EMB 145 Multi Intel, and o EMB 145 Maritime Patrol, ou MP. Um total de 18 dessas aeronaves foi fabricado para as Forças Aéreas do Brasil, do México, da Grécia e da Índia. Acreditamos que o EMB 145 AEW&C é a aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle mais avançada e econômica disponível no mercado. É uma aeronave que combina a plataforma de aeronaves regionais ERJ 145 confiáveis e econômicas da Embraer com o exclusivo radar AEW phased-array ativo, de alto desempenho e multimodo, um poderoso sistema C4I e um conjunto abrangente de sistemas de suporte, como autoproteção e comunicações e links de dados. O EMB 145 Multi Intel, também conhecido como EMB 145 Remote Sensing/Airborne Ground Surveillance – Sensoriamento Remoto/Vigilância Aérea do Solo, ou RS/AGS, foi projetado para realizar missões eletrônicas e de reconhecimento. Possui sensores modernos IMINT (Inteligência de Imagem), SIGINT (Inteligência de Sinal) e MASINT (Inteligência de Medição e Assinatura) e é capaz de fornecer dados de inteligência em tempo real de imagens e sinais de objetivos no solo. É equipado com vários conjuntos de sensores, que abrangem desde o radar de abertura sintética de alto desempenho até sensores eletro-ópticos, e inclui sistemas de comunicação e de exploração eletrônica capazes de coletar informações completas de inteligência. A aeronave EMB 145 MP é projetada para lidar com ameaças na área costeira e em mar aberto. O EMB 145 MP foi projetado para realizar missões de patrulhamento marítimo e de guerra antissubmarino, utilizando radares de vigilância marítima e terrestre, sensores eletro-ópticos e comunicações e outros equipamentos de vigilância e comunicações. Na configuração ASW (Anti-Submarine Warfare), o EMB 145 MP foi projetado para realizar missões de patrulhamento de guerra antissubmarino. 37 #4836-6508-5983v7 A Embraer também desenvolve e integra sistemas modernos de C4ISR (Comando e Controle, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) para clientes de defesa que exigem informações precisas em tempo real. As informações fornecidas pelos sistemas C4ISR visam a proporcionar às organizações de defesa a capacidade de coletar, processar e propagar um fluxo ininterrupto de dados precisos e em tempo hábil, permitindo que tomem decisões melhores e ajam de maneira mais rápida e eficaz. Treinamento e ataque leve – Super Tucano O Super Tucano é um turboélice militar de múltiplos propósitos que combina recursos eficazes de treinamento e operacionais com custos baixos de aquisição e operação. Oferece soluções de treinamento avançado, como treinamento virtual em voo. O Super Tucano também proporciona recursos operacionais necessários para vigilância de fronteiras, operações de apoio aéreo próximo e missões de contrainsurgência (COIN). Também oferece aviônica comparável aos dos jatos de caça de quarta geração, assentos ejetáveis, um sistema de geração de oxigênio a bordo e excepcional capacidade de carga externa. O Super Tucano é utilizado para treinamento avançado de pilotos e em operações de vigilância na região amazônica do Brasil, em conjunto com o Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM do governo brasileiro. O Super Tucano é um dos destaques de nossa unidade de negócios de defesa e segurança devido à sua versatilidade, combinada ao excelente desempenho em missões de treinamento e operacionais, preço e custos operacionais e de manutenção reduzidos. O Super Tucano tem atualmente 210 pedidos firmes, dos quais mais de 180 aeronaves já foram entregues. Em fevereiro de 2013, o A-29 Super Tucano foi selecionado pela Força Aérea dos Estados Unidos, ou USAF, por seu apoio aéreo leve, ou programa LAS, com uma encomenda firme para 20 aeronaves. A aeronave está sendo fornecida em parceria com a Sierra Nevada Corporation como a contratante principal e será usada para realizar o treinamento de voo avançado, reconhecimento aéreo e operações de apoio aéreo leve no Afeganistão. Em setembro de 2014, a Sierra Nevada Corporation e a Embraer Defesa e Segurança apresentou a primeira aeronave leve de apoio Super Tucano construída nos Estados Unidos em uma cerimônia de lançamento com a Força Aérea dos EUA e autoridades do governo, e representantes do setor e da comunidade. Em 2014 três Super Tucanos foram entregues à Força Aérea dos Estados Unidos. Também em 2014 quatro outros Super Tucanos foram entregues à Força Aérea da Indonésia, de um total de 16 aeronaves encomendadas. Transporte militar — KC-390 O KC-390 é um projeto comum da Força Aérea brasileira com a Embraer para desenvolver e produzir uma aeronave de transporte militar e reabastecimento aéreo que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica. A aeronave foi projetada para estabelecer novos padrões em sua categoria, com baixo custo operacional e flexibilidade para realizar uma variedade de missões: transporte de carga e tropas, entrega aérea, reabastecimento aéreo, busca e salvamento, e luta contra incêndios, entre outros. Em 20 de maio de 2014, a Embraer e a Força Aérea Brasileira assinaram o contrato da produção da série para a entrega de 28 aeronaves KC-390 e o apoio logístico inicial associado. Além do pedido da Força Aérea Brasileira, existem atualmente cartas de intenções de Portugal, República Tcheca, Colômbia, Chile e Argentina para comprar a aeronave. Em fevereiro de 2015, a Embraer efetuou com sucesso o primeiro vôo do KC-390. Beneficiando-se de um programa avançado de simulações e de testes intensivos no solo, a tripulação KC-390 efetuou manobras para avaliar as características de voo e realizou uma variedade de testes dos sistemas. As primeiras entregas devem ser feitas em 2016. 38 #4836-6508-5983v7 Projeto F-X2 Em julho de 2014, assinamos uma carta de intenções de parceria com a Saab na gestão de um programa conjunto para o Projeto F-X2, em função da escolha do Gripen NG da Saab como jato de caça da próxima geração do Brasil. Nos termos deste acordo, desempenharemos um papel importante na execução geral do programa e participaremos de forma intensiva na produção e na entrega das versões de um e dois assentos da aeronave de ponta Gripen NG para a Força Aérea Brasileira. Coordenaremos todas as atividades de desenvolvimento e produção no Brasil em nome da Saab e, além a seus próprios pacotes intensivos do trabalho, participaremos no desenvolvimento dos sistemas, na integração, nos testes de voo, na montagem final e na entregas. Além disso, nós e Saab seremos conjuntamente responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão do dois assentos do Gripen NG, enquanto uma parceria estratégica para a promoção global futura e o marketing das versões de um e dois assentos está sendo discutido entre as duas empresas. Aeronave para transporte do governo e missões especiais A Embraer está comercializando sua ampla linha larga de jatos comerciais e executivos aos clientes da defesa e do governo. Em 2014, a Embraer foi contratada pela Força Aérea Brasileira para fornecer seis aeronaves Legacy 500 para efetuar missões de teste de voo. Também assinamos um contrato para fornecer um Legacy 600 ao governo de Honduras. Além desses governos, nossa base de clientes que operam jatos da Embraer para transporte de autoridades inclui Equador, Tailândia, Paquistão, Panamá, Bélgica, Grécia, Colômbia, Angola, Nigéria e Índia. Programas de Modernização Oferecemos serviços de modernização de aeronaves militares e, no momento, estão em andamento cinco programas contratados pela Força Aérea Brasileira e um pela Força Aérea Colombiana. O primeiro programa, conhecido como F-5BR, concentra-se na modernização estrutural e eletrônica de 46 caças F-5. Como contratado principal, somos responsáveis pela integração de radar multimodo, sistemas avançados de navegação e ataque e sistemas aprimorados de autoproteção na plataforma de aeronaves existente. Em 2012, entregamos os dois caças F-5 restantes modernizados sob este programa. Em continuação a este contrato, no início de 2011 assinamos um contrato com a Força Aérea Brasileira para modernizar um lote de caças F-5. O segundo programa com a Força Aérea Brasileira, conhecido como programa de modernização A-1M, concentra-se na modernização do AMX. O objetivo deste projeto de modernização é manter a frota de 43 jatos AMX em operação ativa por mais 20 anos. Em 2013, a Embraer Defesa e Segurança entregou o primeiro caça A-1M à Força Aérea Brasileira, com duas aeronaves adicionais entregues ao cliente em 2014. No final de 2014, 23 aeronaves já estavam em nossas instalações: dois protótipos de teste de voo e 21 AMXs de produção em série, em diferentes fases de processo de revitalização e modernização. O terceiro programa de modernização prevê a atualização de 12 aeronaves A-4 Skyhawk (designação AF-1 da Marinha do Brasil) da Marinha do Brasil, para incorporar nova tecnologia, incluindo novos sistemas de avîônica e radares, bem como sistemas autônomos de geração de energia e de oxigênio. Em 2015, está planejada a entrega da primeira das quatro aeronaves modernizadas ao cliente. Em janeiro de 2013, a Embraer Defesa e Segurança e a Força Aérea Brasileira assinaram um contrato para modernizar cinco EMB 145 AEW&C (Airborne Early Warning and Control - Alarme Antecipado e Vigilância Aérea). O contrato prevê a atualização dos sistemas de guerra eletrônica, sistemas de comando e controle, de contramedidas eletrônicas e radares de vigilância aérea O contrato também prevê seis estações de planejamento e análise de missões, que serão empregadas na formação e aperfeiçoamento de tripulações. No final de 2014 recebemos a primeira aeronave para atividades de modernização em nossas instalações de Gavião Peixoto. 39 #4836-6508-5983v7 Em janeiro de 2011, a Embraer Defesa e Segurança assinou um contrato para modernizar 14 aeronaves de treinamento EMB 312 Tucano com a Força Aérea Colombiana (FAC). Este programa inclui a instalação de aviônica digital de última geração e a substituição de suas asas e trem de pouso. Em 2014, o primeiro Tucano modernizado pela Embraer foi entregue à FAC. Além disso, em novembro 2014 ele passou a ser a primeira aeronave modernizada a voar na Colômbia. Serviços e suporte - Defesa e Segurança Nossa carteira de serviços ao cliente de Defesa e Segurança envolve Apoio de Materiais, Treinamento, Suporte no Campo, Suporte Técnico e MRO – Manutenção, Reparos e Recondicionamento. Nosso departamento de Suporte ao Cliente e Serviços fornece o suporte e os serviços exigidos por nossos clientes para o sucesso operacional das aeronaves, assegurando prontidão e manutenção da capacidade de realizar missões. O fornecimento de suporte e serviços de categoria mundial a nossos clientes é essencial para nossa estratégia de negócios e para a manutenção de relacionamentos duradouros com os clientes. Em 2014, estreitamos nossos relacionamentos com nossos clientes de Defesa e Segurança criando o Centro de Prontidão de Missões (MRC) com serviço 24 horas por dia, sete dias por semana, e realizando o planejamento colaborativo com clientes para melhorar os serviços e atender suas exigências operacionais. Os esforços das vendas resultaram em novos contratos de suporte aos clientes. Concorrência Nossas aeronaves militares enfrentam concorrência rigorosa de diversos fabricantes de diferentes países em cada segmento de mercado. O Super Tucano concorre no mercado de treinamento básico/avançado com as aeronaves Pilatus PC-21 (avançado) da Suíça, Beechcraft T-6A/B dos Estados Unidos e KT-1 da Korea Aerospace Industries. No mercado de Ataque Leve, o Super Tucano concorre com o Beechcraft AT-6 e o KA-1 da Korea Aerospace Industries. No mercado de aeronaves de missões especiais, que inclui aeronaves para Sistema Aéreo de Alerta e Controle, Sensoriamento Remoto, Vigilância Terrestre Aerotransportada, Patrulhamento Marítimo, Operações Militares de Superfície e multi-missões, existem várias plataformas com uma grande variedade de combinações de sensores que concorrem com nossos produtos: Boeing 737, Northrop Grumman E-2C/D Hawkeye, SAAB 2000, Alenia ATR 42 e 72, CASA CN-235 e C-295 do Grupo Airbus e Bombardier Dash 8, entre outros. No segmento de transporte militar, nosso principal concorrente é o Lockheed Martin C-130J e suas variações. Outros Negócios Correlatos Além disso, fornecemos partes estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para a Sikorsky Corporation para a produção de helicópteros. Também fabricamos aeronaves turboélice para aviação em geral, também conhecidas como aeronaves leves. Nossos Outros Negócios Correlatos representaram 1,2% da receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Prestamos serviços como subcontratados da Sikorsky Corporation para desenvolvimento e fabricação de trens de pouso, tanques e sistemas de combustível para o helicóptero S-92 Helibus. Também somo parceiros de risco da Sikorsky. Esses contratos expiram em 2015. Fabricamos aeronaves turboélice para aviação em geral. Entre essas aeronaves, encontra-se uma aeronave para seis passageiros, produzida somente sob encomenda e utilizada por empresas como aeronaves executivas e companhias de táxi aéreo. Entregamos um total de 2.326 dessas aeronaves, e, a última entrega desse tipo de aeronave foi em 2000. Desenvolvemos também uma aeronave agrícola segundo as especificações do Ministério da Agricultura do Brasil. Essas aeronaves só são produzidas sob encomenda. Até 31 de dezembro de 2014, tínhamos entregado um total de 1.353 dessas aeronaves, incluindo 38 em 2014. 40 #4836-6508-5983v7 Atividades de Arrendamento Operacional de Aeronaves Para proporcionar melhor suporte financeiro às nossas atividades comerciais, além de gerenciar e reduzir riscos financeiros relacionados à comercialização de aeronaves, criamos, em setembro de 2002, a ECC Leasing: A missão da ECC Leasing é gerenciar e recomercializar o portfólio de aeronaves da Embraer que, devido a obrigações contratuais, podem ser adquiridas por nós em transações de trade-in. Também oferecemos serviços de comercialização a terceiros que desejam vender suas aeronaves fabricadas pela Embraer. Foram concluídas com sucesso as campanhas de vendas de novas aeronaves, quando era concedida a aceitação da aeronave em trade-in como parte do pagamento. Receitas adicionais também foram geradas através da venda e arrendamento de aeronaves recebidas em processo de trade-in. Além disso, as operações de arrendamento envolvendo as aeronaves pré-série EMBRAER 170, EMBRAER 175 e EMBRAER 190 contribuíram para os resultados atuais. Desde a sua fundação em 2002, a ECC Leasing e uma outra subsidiária integral da Embraer administraram uma carteira de 168 aeronaves, das quais 26 aeronaves estavam sob arrendamento operacional, 42 estavam disponíveis ou em negociação de arrendamento ou venda, três estavam em fase de testes de voo na Embraer e 97 foram vendidas a companhias aéreas, empresas e entidades governamentais da América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa. Todas as operações de venda e leasing foram realizadas com base em taxas de mercado, ajudando, portanto, a sustentar os valores presentes e futuros dos nossos produtos. O aprimoramento contínuo do desempenho financeiro está diretamente relacionado à capacidade da ECC Leasing de comercializar aeronaves usadas da carteira existente em condições semelhantes às que estão em vigor, bem como vender aeronaves a operadoras, empresas de leasing e/ou instituições financeiras, em valores próximos das taxas de mercado, sem fornecer qualquer tipo de garantia da Embraer. Acreditamos que os futuros resultados da ECC Leasing serão principalmente dependentes das condições de mercado, dos níveis de disponibilidade de aeronaves e da demanda por jatos regionais na categoria de 37 a 50 assentos. Considerando que um número maior de aeronaves usadas está sendo negociado no mercado, a Embraer e a ECC Leasing estão trabalhando juntas para criar o “Programa Embraer Lifetime” visando dar melhor suporte aos clientes. O programa permitirá aos clientes, para nossas aeronaves usadas e novas, selecionar um grande número de serviços, incluindo treinamento, peças sobressalentes, suporte técnico, programas para motores, representação técnica, cobertura de manutenção e reparos. Os clientes que se inscreverem nesse programa pagarão à Embraer taxas periódicas, para que possamos fornecer manutenção programada ou não e serviços de suporte e reparo, entre outras assistências. Consideramos que esse programa representa uma abordagem inovadora, que oferece aos nossos clientes uma combinação atraente de aeronaves usadas com o respaldo do pacote completo de suporte da Embraer. Consulte o “Item 3D. Informações chave – Fatores de Risco – Riscos Relacionados à Embraer — Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos”. Em fevereiro de 2015, a ECC Leasing concluiu o financiamento de 12 aeronaves que estavam sujeitas a contratos de aluguel totalizando US$ 50,3 milhões em 31 de dezembro de 2014. A transação é uma securitização de ativos no mercado financeiro pela venda de fluxo financeiro de leasing e a transferência da aeronave ao comprador, com uma perda estimada de US$ 14,3 milhões. Sistemas Embraer Em 2013, lançamos a Embraer Sistemas para aplicar a excelência em tecnologias sofisticadas da Embraer em novos setores complexos dependentes de capital e em que a eficiência, confiabilidade e segurança são fundamentais. É parte da estratégia da diversificação da empresa, que progrediu nos últimos anos na sua busca pelo crescimento. 41 #4836-6508-5983v7 Mercados A tabela a seguir mostra nossa receita por linha de negócio e região geográfica dos usuários finais das aeronaves para os períodos indicados: Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 (em milhões de US$) 2014 2010 Aviação Comercial América do Norte...................................... América Latina (excluindo o Brasil) ......... Ásia/Pacífico ............................................. Brasil ......................................................... Europa ....................................................... Outros ....................................................... Total .............................................................. 2.065,0 64,7 155,4 73,9 624,7 179,6 3.163,3 1.089,4 457,9 546,3 103,5 916,4 193,5 3.307,0 875,3 144,6 920,8 46,0 1.510,8 257,9 3.755,4 739,1 540,3 1.041,5 294,9 1.013,8 121,6 3.751,2 347,3 426,7 773,4 230,0 1.374,1 106,4 3.257,9 Jatos Executivos América do Norte...................................... América Latina (excluindo o Brasil) ......... Ásia/Pacífico ............................................. Brasil ......................................................... Europa ....................................................... Outros ....................................................... Total .............................................................. 739,3 110,7 353,3 207,1 168,4 12,7 1.591,5 632,2 6,3 336,6 357,7 290,6 21,1 1.644,5 505,9 43,3 327,4 136,8 254,6 24,0 1.292,0 360,8 83,9 155,0 210,5 281,1 27,5 1.118,8 293,6 123,5 294,7 211,5 241,2 45,0 1.209,5 Defesa e Segurança América do Norte...................................... América Latina (excluindo o Brasil) ......... Ásia/Pacífico ............................................. Brasil ......................................................... Europa ....................................................... Outros ....................................................... Total .............................................................. 199,5 47,3 78,5 1.004,5 100,0 26,6 1.456,4 26,4 16,3 71,0 848,5 166,9 67,8 1.196,9 20,0 21,7 79,5 648,5 178,4 97,1 1.045,2 27,6 15,6 145,2 446,2 175,9 29,4 839,9 24,1 276,9 123,0 221,9 129,7 46,2 821,8 Outros Negócios Correlatos América do Norte...................................... América Latina (excluindo o Brasil) ......... Ásia/Pacífico ............................................. Brasil ......................................................... Europa ....................................................... Outros ....................................................... Total .............................................................. 53,6 0,1 20,0 3,9 77,6 59,7 26,9 86,6 47,4 0,4 26,6 74,4 55,5 25,5 81,0 52,9 0,3 2,5 17,1 1,6 0,5 74,9 Fornecedores e componentes; Acordos de Compartilhamento de Riscos. Não fabricamos todas as peças e componentes usadas na produção de nossas aeronaves. Mais de 80% dos custos de produção de nossas aeronaves consistem em materiais e equipamentos adquiridos de nossos parceiros de risco e outros grandes fornecedores. Acordos de compartilhamento de riscos com os principais fornecedores de componentes permitem que nos concentremos em nossa atividade principal: projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de aeronaves e sistemas para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos e Defesa e Segurança. Acordos de parceria de risco são acordos em que os fornecedores são responsáveis pelo projeto, desenvolvimento e fabricação dos componentes ou sistemas principais de nossas aeronaves, como asas, cauda ou fuselagem. Dessa 42 #4836-6508-5983v7 forma, nossos parceiros de risco devem investir recursos próprios em desenvolvimento e compartilham conosco os riscos e o sucesso de nossos produtos. Em nosso segmento de aeronaves comerciais e jatos executivos, confiamos em nossos parceiros de risco para o fornecimento de componentes vitais de nossas aeronaves, como motores, componentes hidráulicos, sistemas eletrônicos de aviação, interiores, peças da fuselagem e partes da cauda. Nossos fornecedores são selecionados com base, entre outros fatores, em desempenho técnico e qualidade de seus produtos, capacidade de produção, relacionamento anterior e situação financeira. Desde o início da produção da aeronave Bandeirante em 1975, mantemos relacionamento contínuo com muitos de nossos principais fornecedores. Além disso, firmamos contratos de compra com nossos principais fornecedores, que atendem aos nossos requisitos por cinco a dez anos de produção. Esses contratos contêm fórmulas de cálculo de preço que levam em conta os vários fatores que afetam os negócios de nossos fornecedores e nos ajudam a reduzir os efeitos da volatilidade dos preços (que em alguns casos pode ser significativa) de materiais, peças e componentes necessários às nossas atividades operacionais. Não temos a obrigação de adquirir uma quantidade fixa de materiais nos termos de qualquer um desses contratos de fornecedores.. Nossos relacionamentos com fornecedores dependem de cooperação, desempenho e manutenção de preços competitivos. Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o desenvolvimento do programa e a produção das aeronaves, é difícil substituir esses parceiros. Em alguns casos, nossas aeronaves são projetadas especificamente para acomodar um determinado componente, como os motores, que não podem ser substituídos por componentes de outro fabricante sem atrasos e despesas significativos. Essa dependência nos torna suscetíveis ao desempenho, qualidade e situação financeira dos parceiros de risco. Consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco — Riscos relacionados à Embraer — Dependemos dos clientes chave”. Família de jatos Regionais ERJ 145 Parceiros de Risco. Estabelecemos acordos de parceria de risco para o desenvolvimento e a produção da família de jatos regionais ERJ 145 com estes quatro fornecedores: • Aernnova Aerospace S.A., ou Aernnova, uma empresa espanhola de propriedade da Iberdrola S.A., uma companhia europeia de energia, e o Banco Bilbao Vizcaya, uma grande instituição financeira da Espanha, fornecem as nacelas dos motores e as portas do trem de pouso principal. • Sonaca S.A. — Société Nationale de Constructions Aérospatiales, uma empresa belga, fornece partes da fuselagem central e traseira, as portas de serviço, principais e do compartimento de bagagem e as torres dos motores; • ENAER — Empresa Nacional de Aeronáutica, uma empresa chilena, fornece a aleta vertical, os estabilizadores horizontais e os elevadores; e • C&D Aerospace, Inc., uma empresa americana, fornece os interiores da cabine e do compartimento de carga. Geralmente, nossos parceiros de risco recebem o pagamento pelos componentes fornecidos no prazo de três a cinco meses após a entrega à Embraer. O relacionamento de parceria com esses fornecedores resulta em custos menores de produção e maior qualidade do produto para a família de jatos regionais ERJ 145. Além disso, nossa linha de jatos executivos aproveita os benefícios dos acordos de risco com a Aernnova, Sonaca e ENAER. Outros fornecedores principais. Estabelecemos acordos com diversos fornecedores europeus, americanos, canadenses e brasileiros para o fornecimento de componentes chave para muitos de nossos produtos, incluindo a família de jatos regionais ERJ 145. Esses acordos de fornecimento incluem sistemas e componentes como motores, aviônicos, trens de pouso e sistemas de controle de vôo. Nossos fornecedores incluem, entre outras empresas, a Rolls-Royce Allison, Parker Hannifin Corp., BF Goodrich Co., United Technologies Corp. Entre nossos principais fornecedores encontram-se Rolls-Royce Allison, Parker Hannifin Corp., ou Parker, BF Goodrich Co., United Technologies Corp. – Hamilton Sundstrand Division, Honeywell, Rosemount Aerospace e Alcoa Inc. 43 #4836-6508-5983v7 Família de jatos EMBRAER 170/190 Continuamos a melhorar a família de jatos EMBRAER 170/190 em conjunto com parceiros de risco que fornecem os principais sistemas da aeronave. Os acordos com fornecedores para a família de jatos EMBRAER 170/190 são diferentes daqueles existentes para a família de jatos regionais ERJ 145 pois usamos um número menor de fornecedores. Na família de jatos EMBRAER 170/190, cada parceiro de risco é responsável pelo desenvolvimento e produção de sistemas da aeronave, como trem de pouso, sistema hidráulico e sistema de controle de voo, em vez de componentes individuais, e um número menor de componentes é fornecido por empresas que não são parceiros de risco. A atribuição da responsabilidade por sistemas aos parceiros de risco reduz nosso desembolso de capital, o que diminui nossos riscos de desenvolvimento e aumenta a eficiência operacional limitando o número de fornecedores por produto e cortando custos de produção. Isso também reduz o tempo de desenvolvimento e de produção. Além disso, alguns dos parceiros de risco para a família de jatos EMBRAER 170/190 assumiram um papel mais amplo em outros aspectos do programa, proporcionando garantias financeiras e residuais nas vendas, em vez de apenas fornecer componentes para a aeronave. A aplicação de tecnologias avançadas para motores, asas e aviônica distingue o E-Jets E2, proporcionando às companhias aéreas ganhos de eficiência máximos, ao mesmo tempo mantendo a semelhança com os atuais E-Jets. Novos avanços aerodinâmicos, razões de aspecto altas, asas de formas distintas, melhoria dos sistemas e aviônica, incluindo controles de voo completos de quarta geração fly-by-wire, bem como motores turbo-hélice de alta taxa de desvio PurePowerTM da Pratt & Whitney (PW1700G no E175-E2, PW1900G no E190-E2 e E195-E2) devem resultar em reduções de dígitos no consumo de combustível, emissões, ruído e custos de manutenção, e também aumentar a disponibilidade de aeronaves. A semelhança de cabine com a geração atual E-Jets foi um determinador essencial no projetodos E-Jets E2, a fim de promover uma transição suave para os pilotos que vão pilotar o E2. O sistema de aviônica integrado avançado Primus Epic™ 2 da Honeywell com grandes monitores em modo paisagem e recursos gráficos avançados, e o Sistema de Gerenciamento de Nova Geração da Honeywell (NGFMS), já em desenvolvimento para a geração atual de E-Jets, irá fornecer excepcional consciência situacional do piloto e flexibilidade para a inovação contínua na cabine de pilotagem. Conhecidos os E-Jets por suas cabines confortáveis e espaçosas, sem assentos intermediários, a experiência do passageiro dos E-Jets será ainda mais aprimorada na geração E2. A empresa inglesa de projetos Priestmangoode foi contratada para desenvolver a cabine da aeronave junto com a Embraer. Os interiores irão estabelecer uma nova referência no projeto de cabine, melhorar a experiência do passageiro e proporcionar um ambiente mais confortável e melhorado, adaptado às necessidades dos passageiros, ao mesmo tempo maximizando a eficiência operacional das companhias aéreas. Foram divulgados outros fornecedores e parceiros para o E-Jets E2: Liebherr (sistemas de controle para flaps e slats), Moog (fly-by-wire), Rockwell Collins (sistema de controle do estabilizador horizontal), UTC Aerospace Systems (rodas, freios, APU, sistema elétrico), Intertechnique (motor e alimentação de combustível da APU), reabastecimento sob pressão, transferência de combustível, inertização e ventilação dos tanques de combustível, e medição de combustível e controle), Crane Aerospace & Electronics (módulo de controle eletrônico para o trem de aterrissagem, sistemas de controle de frenagem e sensores de proximidade), Triumph (segmentos da fuselagem, leme e elevadores) e Aernnova Aerospace (estabilizadores vertical e horizontal). Jatos Executivos Os parceiros de risco do Legacy 600 e Lineage 1000 são os mesmos que para as famílias de jatos ERJ 145 e EMBRAER 170/190, respectivamente. Os principais parceiros de risco para a família de jatos Legacy 450/500 são a Honeywell e a Rockwell Collins, e os principais parceiros de risco do Legacy 650 são a Rolls Royce e a Honeywell. Os parceiros de risco para os jatos Phenom 100 e Phenom 300 são Pratt & Whitney Canada, fornecedora dos motores, Garmin, fornecedora dos sistemas eletrônicos de aviação, e Eaton, fornecedora de sistemas hidráulicos. Acordos de Financiamento de Aeronaves Normalmente não fornecemos financiamento de longo prazo diretamente para nossos clientes, No entanto, nós ajudamos os clientes a obter financiamento junto a diferentes fontes, incluindo ECAs, empresas de leasing, 44 #4836-6508-5983v7 bancos comerciais e mercados de capitais. Além disso, trabalhamos em conjunto com clientes e baancos para desenvolver novas fontes de recursos, principalmente de financiadores não tradicionais. Às vezes, as companhias aéreas precisam de financiamento de ponte de curto prazo antes de obterem o financiamento por empréstimo de longo prazo, porque o financiamento de longo prazo pode não estar disponível no momento da entrega. Numa base caso a caso, temos fornecido financiamento temporário, a taxas de mercado, para clientes que já têm o seu mecanismo de financiamento estruturado, ou que estão em processo de negociação de tais acordos. Esperamos que as ECAs continuem desempenhando um papel importante no financiamento de aeronaves, ajudando a atender às necessidades de financiamento no setor de aviação comercial como um todo. O programa ECA do Brasil proporciona aos clientes da Embraer financiamento direto e seguro de crédito para exportação (ou uma combinação dos dois) em termos e condições financeiras conforme a interpretação do setor de aeronaves da OCDE. Em 2014, aproximadamente 47% de nossas entregas de Aviação Comercial foram apoiadas pelo programa brasileiro ECA. O apoio oficial do Brasil representou 22% das entregas totais para o programa EJets desde seu lançamento em 2004. Em fevereiro de 2015, a ECC Leasing concluiu o financiamento de 12 aeronaves que estavam sob contratos de locação no valor de US 50,3 milhões em 31 de dezembro de 2014. A operação é uma titularização de ativos no mercado financeiro através da venda de fluxo financeiro do contrato de locação e a transferência da aeronave para o comprador, com uma perda estimada de US $ 14,3 milhões. Consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer — Uma desaceleração na aviação comercial poderá reduzir nossas vendas e receitas e, consequentemente, nossa lucratividade em determinado exercício” e o ”Item 3D. Informações chave - Fatores de Risco - Riscos Relacionados à Embraer — O governo brasileiro pode reduzir os valores disponíveis aos nossos clientes em programas de financiamento patrocinados pelo governo”. Regulamentos Governamentais e Certificação de Aeronaves Estamos sujeitos às leis de diversos órgãos regulamentadores aeronáuticos, tanto no Brasil quanto no exterior. Estas agências regulam principalmente o tipo de projeto da aeronave, sua fabricação e operação.. Além da certificação no Brasil, precisamos obter certificação em cada jurisdição na qual nossas aeronaves operam comercialmente. A autoridade de certificação no Brasil é a Agência Nacional de Aviação Civil, ou a autoridade de aviação brasileira, uma organização especial com o status de uma agência reguladora sob a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República Federativa do Brasil, que fiscaliza e certifica a aeronaves, peças de aeronaves, fabricantes e operações. Também estamos sujeitos à regulação de autoridades aeronáuticas de outros países, como a FAA nos Estados Unidos, e a EASA na União Europeia. Quando uma aeronave é certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil e validada pela FAA e/ou pela EASA, algumas autoridades, como as da Austrália e do México, podem optar por ratificar a certificação do produto, em vez de realizar o processo completo de validação doméstica. Outros países, como o Canadá, exigem o cumprimento de suas próprias exigências nacionais para certificação. Alguns países simplesmente validam e complementam a certificação original da Agência de Aviação Civil Nacional do Brasil ou da FAA ou da EASA, seguindo suas próprias regras. A Agência de Aviação Civil Nacional do Brasil tem um acordo de certificação bilateral com a FAA e a União Europeia. Essa cooperação entre autoridades reguladoras resulta em um processo de certificação mais ágil. A certificação de aeronaves é um processo contínuo. A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil deve aprovar qualquer alteração no projeto de tipo de qualquer aeronave Embraer. Mudanças significativas no projeto de uma aeronave podem exigir uma validação/certificação distinta por outras autoridades, conforme seja especificado em suas regulamentações e acordos bilaterais. Mudanças nas exigências para certificação de aeronaves não exigem nova certificação ou nova validação de uma aeronave já certificada, mas as autoridades podem impor melhorias significativas nos aspectos de segurança por meio de regras operacionais ou diretivas de adequação ao transporte aéreo. Nossos produtos de defesa devem atender às orientações de certificação definidos em cada contrato com o cliente. Ao contrário de nossas aeronaves civis, nossos produtos de defesa não estão sujeitos às obrigações reguladoras. Alguns contratos, tais como aqueles para aeronave civil modificada para finalidades militares, 45 #4836-6508-5983v7 requerem uma certificação civil (por exemplo. Índia, Sivam, etc.). Finalmente, outros contratos, tais como os de LAS, exigem a aprovação da Autoridade Certificadora Militar. Sazonalidade. Nenhuma parte substancial de nossos negócios pode ser considerada sazonal em relação a qualquer aspecto significativo. 4D. Estrutura organizacional Nossas operações são efetuadas pela Embraer S.A. como empresa controladora e principal empresa operacional. A Embraer tem diversas subsidiárias diretas e indiretas, nenhuma das quais considerada significativa. Uma lista completa de nossas subsidiárias está presente no Anexo 8.1 a este relatório anual, e uma descrição de nossas joint ventures, subsidiárias de projeto e alianças estratégicas está incluída no relatório anual no Item 3 acima. 4E. Ativo Imobilizado Temos sede e instalações próprias, localizadas em São José dos Campos. Partes significativas de nossas instalações em São José dos Campos estão hipotecadas ao BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Para informações adicionais sobre ativo imobilizado, consulte as notas 2.2.15 e 16 a nossas indicações financeiras consolidadas examinadas incluídas em outra parte neste relatório anual. Para obter uma análise sobre nossos gastos de capital relativos a ativo imobilizado, consulte o “Item 4B. — História e Desenvolvimento da Empresa – Gastos de Capital (Ativo Imobilizado e Desenvolvimento)”. Produção A fabricação de uma aeronave se compõe de três etapas principais: produção das peças principais, montagem dos principais componentes e montagem final. As peças básicas são as chapas e placas de metal (produzidas a partir de moldes, estiramento ou diversos tratamentos químicos), peças produzidas por meio de máquinas computadorizadas e não computadorizadas e peças pré-fabricadas. As peças básicas são então montadas, ou casadas, entre si para produzir os principais componentes da aeronave que, por sua vez, são unidos para criar a estrutura básica da aeronave. Na etapa final da produção, os diversos sistemas operacionais da aeronave (como fiação e eletrônica) são instalados na estrutura e testados. As instalações de produção das aeronaves comerciais, executivas e de defesa estão localizadas em São José dos Campos, estado de São Paulo, Brasil. Em nosso segmento de Defesa e Segurança, também temos unidades de produção situadas em Gavião Peixoto, próximo de Araraquara, situada na região central do estado de São Paulo, Brasil. A Embraer possui flexibilidade para aumentar ou diminuir a produção caso a demanda o justifique. Uma nova fábrica foi construída em Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, para aumentar a capacidade de teste de voo e fornecer uma linha de montagem final para nossas aeronaves de defesa e jatos executivos. Esta fábrica está em operação desde novembro de 2002. Estamos realizando os testes de voo da família de jatos EMBRAER 170/190 e possuímos uma fábrica de interiores de jatos executivos totalmente operacional em Gavião Peixoto. Também temos uma unidade de produção para a família de jatos ERJ 145 em Harbin, China, que construímos em conjunto com nossa joint venture na China. Em julho de 2009, em consonância com nossas iniciativas para melhorar a eficiência de produção conforme a Frente Eficiência Empresarial, inauguramos a linha de montagem final de EJets com uma redução significativa no tempo de montagem final. Além desta iniciativa, transferimos as linhas de montagem do Phenom 100 e do Phenom 300 da fábrica localizada em Gavião Peixoto para as fábricas localizadas em São José dos Campos, São Paulo e Melbourne, Flórida, onde fabricamos o 100º Phenom 300 em 2012. Em 2014, anunciamos um plano de expansão para montar o Legacy 450 e o Legacy 500 na mesma fábrica a fim melhorar a capacidade da produção. 46 #4836-6508-5983v7 Em 21 de setembro de 2012, abrimos duas fábricas em Évora, Portugal, uma para a fabricação e montagem de componentes metálicos e uma para a fabricação e montagem dos componentes em material compósito. O início de operação destas fábricas ocorreu como planejado, e elas fizeram suas primeiras entregas em novembro de 2012. A EZ Air Interiors Limited, nossa joint venture com a Zodiac Aerospace para a produção em fábricas mexicanas de partes interiores para o nosso segmento de aviação comercial, começou a produção e envio de peças para o Brasil em 2013. Ela conseguiu atingir a capacidade plena de produção em janeiro de 2015. Em abril de 2013, o primeiro prédio para o programa KC-390 foi concluído em nossa unidade de Botucatu. O edifício será usado para montagem estrutural. A construção de um hangar de montagem em nossa unidade Gavião Peixoto foi concluída no final de 2014. Em maio de 2014, inauguramos a linha de montagem final do transporte militar KC-390. Questões Ambientais Possuímos todas as permissões exigidas para operar nossas atividades em todas as unidades da Embraer em todo o mundo. Os prazos dessas licenças de funcionamento são revistos a cada ano e, em 31 de dezembro de 2014, estávamos em conformidade com essas permissões. Além disso, nosso Sistema Integrado de Gestão do Meio Ambiente, Saúde Ocupacional e Segurança foi implementado em 2001 para organizar nossos processos, permitindo que obtivéssemos e conservássemos a certificação ISO 14001 desde 2002. A ISO 14001 é uma norma internacionalmente reconhecida sobre a eficiência do sistema de gerenciamento ambiental para empresas e organizações. Os sistemas de gestão ambiental certificados foram sendo implementados progressivamente em todas nossasunidades fabris, com mais de 91% de nossos funcionários trabalhando nos termos de uma ISO 14001. Nós incentivamos não só a certificação ambiental de nossas operações, mas também o desenvolvimento de uma orientação de ciclo de vida completo dos produtos e serviços, pois isso continua a ser a maneira mais barata e prática para efetivamente reduzir os impactos ambientais. A orientação do ciclo de vida da unidade e do produto do sistema de gestão ambiental tenta criar valor econômico reduzindo os custos e a exposição ambientais em cada etapa da vida do produto, do projeto à fase operacional e ao ao fim da vida útil. Nossos programas Desenvolvimento Integrado de Produtos Ambientalmente Sustentáveis (DIPAS) e Design for Environment (DfE - Projeto Ambiental) visam incorporar requisitos ambientais no desenvolvimento de produtos ao longo das diferentes fases de produção. Buscamos antecipar e abordar os desafios ambientais do futuro como parte de nosso compromisso com a compatibilização de responsabilidade ambiental com sucesso econômico. A implantação de tecnologias e processos mais inovadores e ecoeficientes é um fator fundamental para garantir a nossa sustentabilidade, aumentando a atratividade de nossos produtos e nossa competitividade global. Buscamos continuamente a ecoeficiência pela busca de oportunidades de negócios “verdes”, atenuando o impacto ambiental de nossas atividades e produtos ao longo de seu ciclo de vida, desenvolvendo tecnologias, produtos e serviços inovadores e, em geral, integrando o ambiente com nossos negócios. Acreditamos que os requisitos ambientais, como redução da emissão de gases de efeito estufa estão se tornando um dos principais determinantes nas decisões de frotas de companhias aéreas e influenciarão os futuros desenvolvimentos das aeronaves. Em 2012, na cúpula de Aviação e Meio Ambiente do Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG), a Embraer, a Boeing e a Airbus assinaram uma carta de intenções para colaborar no desenvolvimento de biocombustíveis para aviação econômicos como um esforço reduzir as emissões de gases de efeito estufa da indústria aeronáutica em 50% até 2050 com base nos níveis de 2005. O foco especial é dedicado ao regulamento europeu REACH (Registro, Avaliação e Autorização de Produtos Químicos) (nº EU 2007/1906), que entrou em vigor em 1º de junho de 2007. O REACH visa melhorar a proteção da saúde humana e o meio ambiente com uma regulamentação mais severa do uso de produtos químicos pela indústria; substitui a estrutura regulatória europeia pré-existente sobre produtos químicos. O REACH apresenta uma série de novas obrigações durante um período de 11 anos, destinadas a reduzir os riscos de danos que podem causar os 30.000 produtos químicos usados com mais frequência. O regulamento também trará a retirada gradual da utilização de algumas das substâncias que são consideradas mais preocupantes para a saúde humana e o ambiente. 47 #4836-6508-5983v7 O regulamento exige que qualquer empresa que produz, importa, usa ou aplica substâncias, preparações ou outros itens no mercado da UE seja responsável por garantir a conformidade do item com o REACH. Somos afetados pelo Regulamento porque nossos produtos podem ser exportados, não só para os países da UE, mas também para todos os países em que o cumprimento do REACH é necessário. A Embraer não recebeu qualquer penalidade relacionada ao REACH. Durante os últimos anos, estamos substituindo as substâncias utilizadas em nossos processos de produção por outras menos prejudiciais ao meio ambiente e nossos funcionários. Sendo assim, diversos materiais foram substituídos de acordo com as restrições impostas pelo REACH. Além disso, estamos estudando a viabilidade de substituição de mais substâncias que são amplamente utilizadas na indústria aeronáutica, mas que também têm restrições de uso no âmbito do REACH. Também participamos em grupos de trabalho, tais como IAEG (International Aerospace Environmental Group - Grupo Ambiental Aeroespacial Internacional) e AIA (Aerospace Industries Association - Associação de Indústrias Aeroespaciais), com outras empresas na indústria aeronáutica para desenvolver soluções visando conformidade com o REACH e outras leis ambientais, e estamos trabalhando com nossa cadeia de fornecimento s empresas na indústria aeronáutica para desenvolver soluções visando conformidade com o REACH e outras leis ambientais, e estamos trabalhando com nossa cadeia de fornecimento em diversas iniciativas para evitar interrupções da cadeia de fornecimento e dar suporte aos clientes, incluindo o questionário REACH sobre a Avaliação de Risco de Fornecedores. Em resumo, estamos trabalhando para cumprir nossas responsabilidades relativas ao REACH. Além disso, determinados desenvolvimentos das leis e regulamentações para a redução das emissões de carbono atuais ou propostas poderiam no futuro afetar indiretamente nossos negócios e resultados. Em 2010, a Organização Internacional de Aviação Civil, por meio de seu Comitê para a Proteção Ambiental, iniciou o desenvolvimento de normas para regulamentar a emissão de carbono por aeronaves. O estudo dessas normas está sendo realizado simultaneamente à implementação de regulamentações locais ou regionais, visando a limitação das emissões de carbono, como aquelas regulamentações adotadas pela União Europeia com seu mercado de emissões (EU ETS – Sistema de Negociação de Emissões da União Europeia). Esse sistema estabelece metas para as companhias de aviação relativas à redução das emissões. Dependendo dos pagamentos compensatórios e dos limites impostos, bem como do custo dos equivalentes de carbono, regulamentações dessa natureza podem afetar o potencial de crescimento do setor de transportes aéreos como um todo, devido a: (1) internalização dos custos relacionados a emissão de carbono pelas companhias de transportes aéreos, o que reduziria suas margens de lucro com o consequente corte na demanda de novas aeronaves ou (2) maior nível de preços de passagens aéreas, cobradas por companhias de transporte aéreo na tentativa de repassar os custos relacionados a emissões para seus passageiros que, por sua vez, buscariam meios alternativos de transporte, reduzindo a demanda de viagens aéreas e causando queda na venda de aeronaves. Os efeitos dos dois cenários provavelmente seriam uma diminuição na demanda por novas aeronaves nos mercados afetados, consequentemente afetando negativamente nossos resultados. Para obter mais informações sobre como as mudanças climáticas podem afetar nosso segmento de aeronaves comerciais, consulte o “Item 5A. Análise Operacional e Financeira e Perspectivas — Resultados Operacionais - Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor da Indústria de Linhas Aéreas e no Mercado de Jatos Executivos – Aeronaves Comerciais”. Seguros Todas as nossas instalações e equipamentos são seguradas para substituição em caso de perda. Também possuímos seguro para cobrir quaisquer danos potenciais à nossa frota de aeronaves, incluindo danos ocorridos durante voos comerciais e de demonstração. Além disso, possuímos uma apólice de seguro de responsabilidade civil sobre produtos de aviação, que cobre danos decorrentes da fabricação, distribuição, venda e manutenção de nossa aeronaves e peças. Também possuímos seguro contra desastres naturais e interrupção das atividades, cobrindo danos a imóveis e lucros cessantes, conforme definido na apólice, e despesas adicionais, como as incorridas pela redução da produção e entrega de aeronaves devido a uma interrupção parcial ou total das nossas atividades devida a um acidente. Consideramos os montantes de cobertura de nossos seguros típicos de uma empresa do tamanho da Embraer e adequados para atender a todos os riscos previsíveis associados a nossas operações. 48 #4836-6508-5983v7 ITEM 5. RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS Esta análise deve ser lida em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e as notas correspondentes, além das demais informações financeiras incluídas em outras partes deste relatório anual. Este relatório anual contém declarações sobre o futuro que envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados reais podem ser significativamente diferentes dos apresentados em nossas declarações sobre o futuro como resultado de diversos fatores, incluindo, mas não se limitando àqueles relacionados no “Item 3D. Principais Dados — Fatores de Risco” e as questões apresentadas neste relatório anual de forma geral. Exceto quando indicado em contrário, todas as informações financeiras consolidadas neste relatório anual foram elaboradas segundo as IFRS conforme emitido pelo IASB e apresentado em dólares norte-americanos, enquanto, para fins locais, nossas demonstrações financeiras consolidadas também são elaboradas segundo as IFRS mas apresentadas em reais. Para determinadas finalidades, como fornecer relatórios a nossos acionistas no Brasil, registrar demonstrações financeiras junto à CVM, determinar pagamentos de dividendos e outras distribuições e impostos devidos no Brasil, preparamos e continuaremos com a obrigação de preparar demonstrações financeiras da empresa controladora de acordo com as IFRS e apresentadas em reais. 5A. Resultados Operacionais Condições atuais e tendências de nossos mercados A explanação a seguir se baseia principalmente em nossas expectativas atuais sobre eventos futuros e as tendências que afetam nossos negócios; o desempenho e os resultados reais do nosso setor podem diferir substancialmente. Consulte “Introdução — Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras”. Para fatores que podem afetar nosso setor no futuro e o nosso próprio desempenho futuro, consulte “Item 3D. Informações—Chave — Fatores de risco“. Aeronaves Comerciais Logo após a crise financeira de 2008, nosso setor retornou a sua taxa de crescimento a longo prazo de aproximadamente 5% ao ano, medida por passageiros-quilômetros pagos transportados. As expectativas de um crescimento econômico reforçado nos Estados Unidos e na Europa, junto com o crescimento sustentado em mercados emergentes, respaldam um panorama positivo para as viagens aéreas. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo ou IATA, a demanda global por viagens aéreas continua aumentando, com 5,9% de crescimento em 2014. As viagens aéreas internacionais aumentaram em 6,1% e as domésticas em 5,4% comparado com 2013, com crescimento das companhias aéreas em todas as regiões. O ambiente da demanda para viagens aéreas continua a melhorar, sugerindo que o crescimento atual deve ser mantido. As condições de demanda estão melhorando nos EUA e na Europa e os volumes comerciais estão aumentando, especialmente na região Ásia/Pacífico. O nível de produção do setor em 2014 foi de 1.236 jatos, o que representa um aumento de 7% em relação a 2013. As companhias aéreas na Europa e na América do Norte experimentaram um crescimento sustentado de 5,9% e 2,7% de janeiro a outubro de 2014, respectivamente. A demanda por viagens aéreas em transportadoras regionais permanece forte nestas regiões. Os esforços de reestruturação continuam e a eficiência dos hubs é crucialmente importante para as companhias aéreas que dependem de tráfego de conexão e os jatos de 70 a 130 assentos desempenham um papel fundamental, alimentando esses hubs. O crescimento das viagens aéreas em mercados emergentes continua a superar o dos países desenvolvidos devido aos volumes crescentes do comércio regional e à mudança dos padrões demográficos decorrentes da rápida urbanização, maiores rendas familiares, gastos discricionários e, consequentemente, maior propensão em viajar. Uma economia crescente e uma demanda mais forte por transporte aéreo têm levado historicamente a uma integração regional e gerado necessidade de melhorar os serviços aéreos. Viagens aéreas intrarregionais são compostos geralmente de mercados de baixa e média densidade. De acordo com os dados extraídos da Sabre-ADI, cerca de 82% de pares de cidades têm volumes de até 300 passageiros diários. Os jatos de 70 a 130 assentos permitem às transportadoras atingirem um leque maior de cidades, não somente nos mercados de alta densidade. Acreditamos que os mercados secundários liderarão a demanda por novas linhas aéreas, e esperamos que as 49 #4836-6508-5983v7 transportadoras continuem a comprar aeronaves mais novas e eficientes para atender os mercados de baixa e média densidade e manter a conectividade da rede. A IATA prevê que o setor aéreo comercial global deve gerar lucros líquidos após impostos de US$19,9 bilhões em 2014 e US$25,0 bilhões, ou 3,2% das receitas, em 2015, representando uma revisão a maior em relação às projeções anteriores, devido à redução nos preços do combustível e melhorias na estrutura e eficiência do setor e mantendo um foco na melhoria e eficiência e no uso de aeronaves. O desempenho do setor aéreo comercial está intimamente ligado à força do desenvolvimento econômico global. Depois do pico da pós-recessão de 2010, a atividade econômica caiu em 2011 e em 2012. Os lucros do setor de companhias aéreas caíram nesses dois anos, após seu pico de 2010. A melhoria no desempenho financeiro durante o ano de 2013 e 2014 foi devida em parte à mudança no crescimento econômico, primeiramente sinalizada pela elevação da confiança dos negócios no quarto trimestre de 2012, seguida por uma lenta, mas significativa mudança na produção industrial e no crescimento comercial mundial. Projetamos que de 2014 a 2033, a demanda por viagens aéreas no mundo, medida por passageirosquilômetros pagos transportados, deve tender a crescer a uma média de 4,8% por ano. O Oriente Médio e a China liderarão com um crescimento anual de passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK) de 7,1% e 6,8% respectivamente, seguido pela América Latina em 6,0%. A região Ásia/Pacífico, a CEI (Comunidade de Estados Independentes) e a África devem apresentar taxas de crescimento de cerca de 5%. Como a Europa (3,9%) e América do Norte (2,7%) são mercados mais maduros, projetamos que cresçam mais lentamente. Em 2033, a região Ásia/Pacífico e a China devem ser o maior mercado de viagens aéreas do mundo, respondendo por uma combinação total global de 40% de RPKs. Comparativamente, a Europa e a América do Norte devem gerar 36% da demanda do mundo. Entretanto, desacelerações da economia, aumentos dos preços dos combustíveis, catástrofes naturais e falta de crédito podem prejudicar a capacidade de companhias aéreas, incluindo alguns de nossos clientes, financiarem aquisições de aeronaves (consulte o “Item 4C. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio – Contratos de Financiamento de Aeronaves”). Na América do Norte, as principais estratégias das companhias aéreas têm se concentrado nas reduções de custos, maior produtividade e consolidação, visando a melhor eficiência operacional e financeira. O enfoque no aumento da lucratividade e não da capacidade posicionará as companhias aéreas de modo a sustentarem melhores resultados financeiros e estabilidade por meio de ciclos de negócios. As companhias aéreas regionais continuam realizando ajustes de capacidade e distribuição concentrada para as principais companhias aéreas. Na Europa, acreditamos que o ambiente de receita permaneça sob pressão causada pela recuperação econômica gradual da zona do euro, combinada com baixos rendimentos devido à área de aviação altamente competitiva aberta e elevados custos de regulamentação. As companhias aéreas regionais apoiam os ajustes de capacidade e a frequência de serviços das companhias aéreas principais, como parte de sua redução dos custos estruturais e dos programas de aperfeiçoamento. A mobilidade é vital para o mercado intra-europeu porque os europeus continuam a apreciar a liberdade de viajar decorrente da liberalização do transporte aéreo em 1987. As companhias aéreas europeias ainda estão se adaptando a um ambiente competitivo mais dinâmico e estão enfrentando vários desafios como questões trabalhistas, aumento de encargos e taxas (regulatórias, de aeroporto e meio ambiente), e a reestruturação dos negócios para explorar as oportunidades emergentes. Esperamos um aumento de oportunidades nos países do Leste Europeu, em virtude de um ambiente econômico melhor e mercados mais maduros. A relevância da América Latina está aumentando na economia global e na geopolítica. Esperamos que a região apresente um sólido crescimento econômico anual contínuo baseado em um ambiente externo favorável, estabilidade política e macroeconômica e uma distribuição de renda mais equitativa. As condições da economia brasileira são desafiadoras, com a inflação que continua crescendo e a confiança do consumidor diminuindo. Entretanto, as viagens aéreas domésticas no Brasil obtiveram um aumento contínuo de 6,9% em 2014. Também, em 2014, o governo brasileiro promulgou regras para subsidiar a aviação regional no Brasil. Uma classe média em crescimento demanda serviços diferentes, como gastos discricionários em viagens aéreas, sendo que as companhias aéreas estão introduzindo maior número de aeronaves eficientes em termos de combustível e dimensionadas adequadamente para expandir a aviação intra-regional. À medida que a região vai se integrando, esperamos que surjam oportunidades para jatos de até 130 passageiros para aumentar a conectividade da rede e expandir serviços para mercados de baixa ou média densidade. 50 #4836-6508-5983v7 Na região da Ásia Pacífico, a prosperidade econômica tende a apoiar a maior demanda de viagens aéreas, associada a um crescimento vigoroso da população, à descentralização, aos rápidos índices de urbanização e à liberação do serviço aéreo regional. A função da aviação regional na Ásia Pacífico/China está relacionada à integração nacional, oferecendo acesso a comunidades menores de países como a Austrália, China e Indonésia. As políticas de liberalização em algumas sub-regiões tendem a incentivar o desenvolvimento do transporte aéreo intraregional, o que pode gerar oportunidades importantes para a aviação regional nos próximos anos. À medida que a região vai ficando mais liberalizada e as rotas amadurecendo, acreditamos que as companhias aéreas ficarão incentivadas a procurar os mercados secundários como a nova fronteira da expansão. Esses pares de cidades devem precisar de aeronaves de 70 a 130 assentos para sustentar o crescimento das transportadoras. Atualmente as operadoras do Oriente Médio são empresas de alcance mundial, impulsionadas pela emergência de hubs mundiais com voos de alta frequência que conectam passageiros de longa distância entre o Oriente e o Ocidente. Os voos dentro do Oriente Médio aumentaram significativamente nos últimos anos com a aquisição de novas aeronaves de menor porte para alimentar os hubs internacionais e cobrir os mercados insuficientemente atendidos. Na África, a integração regional e o crescente investimento direto estrangeiro estão promovendo a aviação regional. Desafios de infraestrutura, falta de financiamento e um ambiente altamente regulado estão sendo solucionados, embora com um ritmo lento. Como resultado da liberação regional, algumas companhias aéreas estão introduzindo novas aeronaves para desenvolver sua rede intra-regional. As companhias aéreas no continente reconheceram os benefícios de substituir frotas envelhecidas com aeronaves de nova tecnologia. A parte de novas aeronaves adicionada a suas frotas mais do que dobrou nos últimos cinco anos (cerca de 30% de todas as entregas). Estimamos uma demanda global por cerca de 6.250 jatos na categoria de 70 a 130 assentos em 2033 (2.300 unidades no segmento de 70 a 90 assentos e 3.950 unidades no segmento de 90 a 130 assentos). Projetamos que a substituição de aeronaves velhas represente 56% das entregas novas e 44% das entregas novas para apoiar o crescimento do mercado. Projetamos que a frota de jatos com até 130 assentos em serviço no mundo aumente de 3.850 aeronaves em 2013 para 6.580 em 2033. Estimamos o valor de todas as entregas em aproximadamente US$ 300 bilhões (preço de lista). Esperamos que os jatos na categoria de 70 a 130 assentos sustentem a eficiência do modelo estrela para complementar as operações com aeronaves de fuselagem estreita, para gerar um equilíbrio ideal entre frequência e assentos, e para incentivar o desenvolvimento de novos mercados de baixo risco, capacidade incremental, gerando assim uma demanda significativa para novas aeronaves nesse segmento. Aeronaves Executivas Visão Geral do Mercado Durante a crise econômica global iniciada em 2008, os mercados temiam o desempenho ruim das economias de todo o mundo. Inicialmente, a economia dos EUA era a principal preocupação, seguida pelo contágio econômico na Europa, sendo que os dois fatores contribuíram para uma redução significativa do crescimento econômico global. O consistente desempenho econômico dos países da Ásia Pacífico, particularmente a China, e de determinados países latino-americanos, particularmente o Brasil, ajudaram a evitar uma crise econômica global mais profunda. Agora, seis anos depois, o crescimento econômico dos mercados emergentes está diminuindo, enquanto a economia dos EUA está dando sinais de recuperação e há notícias econômicas positivas e maior investimento na Europa. Apesar do recente desempenho positivo do crescimento da demanda, como o número e patrimônio de indivíduos de alto poder aquisitivo e dos lucros corporativos, acreditamos que as corporações continuarão mais relutantes em seus gastos com alternativas de viagem, pelo menos no curto prazo. Este cenário tem impedido um impulso de crescimento mais consistente para as vendas de jatos executivos. O nível de produção do setor em 2014 foi de 715 jatos, o que representa um aumento de 6,0% em relação a 2013. Em termos de receitas, o setor de jatos executivos aumentou 3.3% em 2014, graças a um melhor mix de produtos. Nos próximos 10 anos, as previsões de mercado indicam que serão entregues 9.250 aeronaves, totalizando US$ 265,0 bilhões no período. 51 #4836-6508-5983v7 Estimamos uma taxa de crescimento anual combinada para o segmento de jatos executivos de 2015 a 2024 de 4,0%, tanto em termos de receita quanto em unidades entregues. No início de 2015, a General Aviation Manufacturers Association informou que o setor entregou 705 jatos executivos em 2014 (6,0% a menos do que em 2013), equivalentes a US$ 21,9 bilhões (3.3% a menos do que em 2013). A expectativa para 2015 é que sejam entregues 742 unidades. Embora o mercado de jatos executivos ainda não tenha se recuperado da crise econômica iniciada em 2008, nossa frota de jatos executivos em serviço teve uma taxa de crescimento anual combinada de 33,0% desde então. Em 2013 e 2014, entregamos um total de 119 unidades e 116 unidades, respectivamente, 20,0% e 3,0% a menos do que em 2012 e 2013, respectivamente. Como continuamos lançando novos produtos no mercado de jatos executivos, esperamos que o número total de entregas neste segmento continue aumentando nos próximos anos. O nível de aeronaves usadas para venda continua a exercer pressão sobre a demanda de novas aeronaves neste segmento. Estimamos que nos próximos 10 anos, a distribuição regional das entregas de jatos executivos será a seguinte: • Sem dúvida, o mercado norte-americano continuará sendo o maior, representando 50% e 45% do volume e da receita do mercado mundial, respectivamente. Esses números estão abaixo da participação de 64% da região na frota mundial atual, sendo o resultado do crescimento dos mercados em outras regiões e não uma redução real em seu tamanho de mercado. • Os mercados da Europa, do Oriente Médio e da África irão gerar 26% das entregas no mundo em termos de unidades e 29% em termos de receitas. Estes números são virtualmente os mesmos que a previsão do ano passado, refletindo a recuperação lenta da economia europeia. • Juntos, a América Latina, Ásia/Pacífico e China representarão 24% das entregas mundiais em termos de unidades e gerarão 26% da receita total mundial do mercado de jatos executivos. Situação Econômica no Brasil Apesar dos indícios recentes de moderada recuperação econômica, a desaceleração da economia mundial, incluindo os eventos que afetaram de forma negativa o setor de aviação comercial e corporativo e os EUA, afetou de forma adversa a economia brasileira e a economia mundial e os mercados de títulos, resultando em: • maior volatilidade no preço de ações nas bolsas de valores; • redução significativa das estimativas de ganhos das empresas; • perdas substanciais em setores importantes, incluindo o transporte aéreo e o setor de seguros; e • desgaste significativo da confiança do cliente. Conforme examinado abaixo, as incertezas que rondam as economias americana, brasileira e mundial podem levar o governo brasileiro a alterar leis ou normas existentes ou impor novas leis ou normas e/ou o Banco Central modificar as taxas básicas de juros, o que pode afetar de forma negativa nossas operações. O governo federal brasileiro tem intervindo com frequência na economia brasileira e, às vezes, implementando mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação e incentivos, controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas. Mudanças de políticas monetárias, crédito, tarifas e outras no Brasil podem afetar, de forma negativa, nossos negócios, assim como inflação, flutuações das taxas de câmbio e de juros, instabilidade social e outras questões políticas, econômicas ou diplomáticas, bem como a reação do governo brasileiro a essas questões. 52 #4836-6508-5983v7 Mudanças rápidas na situação política e econômica do Brasil têm acontecido, e podem acontecer no futuro, o que exige uma avaliação constante dos riscos associados a nossas atividades e os ajustes correspondentes de nossa estratégia de negócios e operações. Mudanças futuras nas políticas do governo federal brasileiro, incluindo mudanças na política atual e nos incentivos existentes para financiamento da exportação de produtos brasileiros, ou na economia brasileira, sobre os quais não temos qualquer controle, podem afetar o nosso negócio de forma negativa significativa o nosso negócio. A tabela a seguir mostra os dados do crescimento real do PIB, da inflação, das taxas de juros e a taxa de câmbio do dólar para os períodos indicados. 2014 0,1% 3,7% 6,4% 10,8% 0,3% 9,0% R$2,656 R$2,354 31 de dezembro de 2013 2012 2,3% 0,9% 5,5% 7,8% 5,9% 5,8% 9,8% 6,9% 0,3% 0,3% 10,5% 16,7% R$2,343 R$ 2.044 R$2,174 R$ 1.958 2011 Crescimento real do produto interno bruto 2.7% Inflação (IGP-M)(1) 5,1% Inflação (IPCA)(2) 6,5% Taxa de CDI(3) 10,9% Taxa LIBOR(4) 0,6% Depreciação do real vs. Dólar dos EUA 12,6% Taxa de câmbio no final do período – US$ 1,00 R$ 1,876 Taxa de câmbio média – US$ 1,00(5) R$ 1,671 _________ Fontes: Fundação Getúlio Vargas, Banco Central e Bloomberg (1) Inflação (IGP-M) é o Índice Geral de Preços do Mercado medido pela Fundação Getúlio Vargas. (2) Inflação (IPCA) é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (3) A taxa de CDI é a média das taxas dos Certificados de Depósito Interbancário no Brasil (até a última data do período respectivo). (4) Taxa LIBOR do dólar dos EUA de três meses, a partir da última data do período. A taxa LIBOR é a taxa de oferta interbancária de Londres. (5) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante os respectivos períodos. A inflação e a variação da taxa de câmbio têm causado e podem continuar causando efeitos significativos em nossa situação financeira e nos resultados das nossas operações. A inflação e a variação da taxa de câmbio afetam nossos ativos e passivos monetários expressos em reais. O valor desses ativos e passivos expresso em dólares diminui quando o real sofre desvalorização em relação ao dólar, e aumenta quando o real é valorizado. Em períodos de desvalorização do real, contabilizamos (a) novo cálculo de perdas de ativos expressos em reais e (b) novo cálculo de ganhos em passivos expressos em reais. Para mais informações sobre os impactos macroeconômicos em nossa posição financeira, veja a nota 28 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Estimativas de Contabilidade Críticas A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS exige que utilizemos estimativas e adotemos premissas que afetam os valores relatados de ativos e passivos, receitas e despesas e nossas declarações contábeis. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual, utilizamos variáveis e premissas derivadas de experiências passadas e diversos outros fatores que consideramos razoáveis e pertinentes. Estas estimativas e suposições são revistas e os ajustes pertinentes são lançados no decorrer normal de nossas operações. 53 #4836-6508-5983v7 As políticas de contabilidade mais significativas, incluindo as variáveis e suposições usadas nas estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições são descritas abaixo: Receita das Vendas e Outras Receitas Operacionais Reconhecemos receitas de vendas pelos segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos e de Defesa e Segurança e outros negócios relacionados, quando benefícios e riscos de posse são transferidos aos clientes, o que, no caso das aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso dos serviços de aviação, quando o serviço é prestado. Também reconhecemos a receita de arrendamento de aeronaves, com base em contratos de arrendamento operacional pelo prazo do leasing, sendo essa receita contabilizada no segmento operacional correspondente. No segmento de Defesa e Segurança, uma parcela significativa da receita é oriunda de contratos de desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e com governos estrangeiros, contabilizada pelo método de percentual de conclusão e métodos de adiantamento físico. Esses contratos contêm disposições sobre reajuste de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Periodicamente, reavaliamos as margens previstas de certos contratos de fabricação, ajustando o reconhecimento da receita com base nos custos projetados para a conclusão. Se os custos totais a serem incorridos ficarem 10% abaixo das estimativas da administração, o valor de receita reconhecido no ano de 2014 aumentaria em US$168.2 milhões, e se os custos totais estiverem 10% acima da estimativa, o valor da receita reconhecido seria reduzido em US$253,1 milhões. A receita de programas de bolsa de trocas é contabilizada mensalmente ao longo do prazo do contrato e consiste parcialmente em uma taxa fixa e parcialmente em uma taxa variável diretamente relacionada ao número de horas de voo da aeronave. Realizamos operações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência técnica, peças sobressalentes e outras concessões, as quais estão incluídas no preço de compra da aeronave. Os contratos de vários elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade contábil, caso sejam atendidos todos os seguintes critérios: • o item entregue tem valor para o cliente em base independente e • existe prova objetiva e confiável do valor justo do item não entregue. Se esses critérios forem cumpridos para cada elemento e houver evidência objetiva e confiável do valor justo de todas as unidades contábeis de um contrato, a remuneração do contrato é alocada às unidades contábeis separadas, de acordo com o valor justo relativo de cada unidade. Garantias de produto De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas, acessórios, equipamentos, peças e software fabricados por nós e/ou nossos parceiros de risco e fornecedores. Reconhecemos as despesa com garantia como custo de vendas e serviços, no momento da venda e com base na estimativa dos custos de garantia a serem incorridos. Essas estimativas são baseadas em diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias e experiência com custos, tipo e duração da cobertura da garantia, volume e variedade de aeronaves vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos fornecedores correspondentes. Os custos reais da garantia do produto podem ter padrões diferentes da nossa experiência prévia, principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços, o que pode exigir que aumentemos a reserva da garantia do produto. O período de garantia é de três anos para peças sobressalentes e cinco anos para componentes que sejam parte da aeronave no momento da venda. Garantias financeiras Podemos oferecer garantias financeiras não registradas no balanço patrimonial relacionadas à aeronave vendida. A garantia é concedida pelo valor justo e lançada como uma redução nas vendas e é amortizada na 54 #4836-6508-5983v7 demonstração de resultados sobre o período da garantia. Avaliamos a solvência do fiador na entrega da aeronave e divulgamos nossa exposição máxima conforme a garantia como uma responsabilidade contingente na nota 36 – coobrigação, responsabilidades e compromissos das responsabilidades conjuntas. Monitoramos periodicamente a solvência do fiador e, em caso de inadimplência oficial (capítulo 11) ou negociação, a exposição é recalculada com base na melhor estimativa quando e se os pagamentos se tornarem prováveis e possam ser estimados com segurança, reconhecendo uma provisão de acordo com a IAS 37 - provisões, ativos contingentes e passivos. Se um acordo para o pagamento desta provisão for negociado, os valores pendentes são reclassificados como contas a pagar. Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Garantias de Valor Residual Podemos oferecer garantias de valor residual relacionadas a aeronaves vendidas, que podem ser exercidas no final do prazo de financiamento acordado entre o agente de financiamento e o cliente/operador. Na época da oferta, as garantias são avaliadas pelo valor justo e revisadas trimestralmente para refletir a perda eventual devido ao valor justo destes compromissos. As garantias do valor residual podem ser exercidas se o valor justo da aeronave for menor do que o valor justo garantido. O valor justo futuro é estimado usando avaliações de aeronave de terceiros, incluindo as informações obtidas da venda ou arrendamento de aeronave semelhante no mercado secundário. Para mais informações, veja o “Item 5E - Acordos não registrados no balanço patrimonial”. Participação Residual em Aeronaves Nos acordos de financiamento estruturados, uma entidade compra uma de nossas aeronaves, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da aeronave, e uma parte do risco de crédito permanece com aquela instituição. Embora não tenhamos participação de empresa investida no capital, nós controlamos as operações da entidade de propósito especial ou SPE, ou assumimos uma participação majoritária em seus riscos e recompensas. Quando deixamos de deter o controle, os ativos e passivos relativos à aeronave são desconsolidados da nossa demonstração financeira. Avaliamos as características de controle sobre as SPEs principalmente com base em uma avaliação qualitativa. Isso inclui uma análise da estrutura de capital da SPE, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e das operações da SPE, natureza das participações na SPE emitidas e nossa participação na entidade que cria ou absorve variabilidade. Avaliamos o projeto de uma SPE e os riscos associados aos quais a entidade e os detentores de participação variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados, quando não está claro, sob o ponto de vista qualitativo, se temos o controlo sobre a SPE, usa-se uma análise quantitativa para calcular a probabilidade ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada dos retornos residuais esperados usando a modelagem de fluxo de caixa e de medição estatística de riscos. Perda de valor O teste de desvalorização leva em consideração instalações e premissas adotadas pela administração, em consonância com nosso plano estratégico, bem como uma taxa de desconto que reflete as expectativas de nossos acionistas. Em geral, todas as suposições abaixo, bem como todo dinheiro gerador de fluxos de caixa projetado da unidade são derivadas de nosso plano estratégico: a) Margem bruta - a administração fez projeções de entrada e saída baseadas no desempenho passado e considerando suas expectativas do mercado. As projeções também consideram ganhos de eficiência de acordo com o ciclo do produto. b) Taxa de crescimento - as taxas de crescimento foram consideradas nas projeções de receita de acordo com as previsões incluídas em relatórios do setor. 55 #4836-6508-5983v7 c) Taxa de desconto – usamos uma taxa de desconto que reflete o retorno esperado pelos investidores no momento do cálculo. Se o desconto aplicado aos fluxos de caixa futuros variarem 10%, não é preciso fazer reajustes para a não recuperação dos ativos. Valor Justo de Instrumentos Financeiros O valor justo de instrumentos financeiros não negociados em mercados ativos é determinado por técnicas de avaliação. Nós usamos nosso critério para selecionar diversos métodos que utilizam suposições principalmente baseadas nas condições de mercado existentes ao final de cada período de relatório. Imposto de renda Nós estamos sujeitos ao pagamento de imposto de renda em diversas jurisdições. Um critério significativo é necessário para determinar a provisão para imposto de renda em nível mundial. Existem muitas transações e cálculos para os quais a determinação final do imposto é incerta. Nós também reconhecemos os passivos com base em estimativas da probabilidade ou não de que impostos adicionais sejam devidos. Quando o resultado final fiscal dessas questões é diferente dos valores que foram inicialmente registrados, essas diferenças afetarão os ativos e passivos do imposto de renda circulantes e diferidos no período no qual tal determinação seja feita. Os valores em nossas demonstrações financeiras são calculados na moeda corrente funcional (USD) quando o cálculo do imposto de renda estiver em reais. Consequentemente, mudanças na taxa de câmbio podem afetar significativamente as despesas de imposto de renda no período, particularmente as provenientes de mudanças em recursos não monetários. No caso em que o real tivesse sofrido uma desvalorização ou valorização de 10% em relação ao dólar norte-americano em referência à taxa de câmbio real em 31 de dezembro de 2014, a despesa diferida com imposto de renda teria sido de aproximadamente US$ 124,5 milhões a mais ou a menos. Plano de saúde pós-emprego Nós e algumas de nossas subsidiárias temos um plano de saúde pós-emprego que presta atendimento médico aos funcionários aposentados. Para identificar a exposição futura deste benefício e, consequentemente, sua medição nas demonstrações financeiras, nós e nossas subsidiárias usamos suposições de estudos baseados em dados estatísticos, geralmente observados internamente ou fornecidos por institutos ou entidades dedicados a este tipo de atividade. Principais Dados Operacionais e Componentes de Nossa Demonstração de Resultados Dados Operacionais A tabela abaixo apresenta dados estatísticos para entregas de nossas aeronaves no final dos períodos indicados. Entregas são aeronaves entregues aos clientes e para as quais a receita correspondente já foi realizada. A carteira de pedidos consiste em todos os pedidos firmes e ainda não entregues. Um pedido firme é um compromisso contratual de um cliente, normalmente acompanhado de um sinal, para o qual reservamos um lugar em uma das nossas linhas de produção. Consulte o “Item 5D. Informações sobre Tendências” para obter determinadas informações sobre nossos pedidos firmes e opções. 56 #4836-6508-5983v7 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 2014 Outros dados: Aeronaves entregues no período: Ao Mercado de Linhas Comerciais ERJ 145 ................................................................ — EMBRAER 170............................................................... 1 EMBRAER 175...............................................................62 EMBRAER 190...............................................................19 EMBRAER 195 ...............................................................10 Para o Mercado de Defesa e Segurança Legacy 600 ................................................................ — EMB 135 ................................................................ — EMB 145 AEW&C/RS/MP(2) ................................ — EMB 312 Tucano / AL-X/ Super Tucano(2)................................................................ 7 Ao Mercado de Jatos Executivos Legacy 600/650 ...............................................................18 Legacy 500 ................................................................ 3 EMBRAER 145/170/190 Shuttle ................................ — Phenom 100................................................................ 19 Phenom 300................................................................ 73 Lineage 1000 ................................................................ 3 Ao Mercado Geral de Aviação 38 Aeronave a hélice Leve ................................ 253 Total entregue ................................................................ 2010 — 4 24 45 17 1 20 62 23 2 1 10 68 24 6 9/2(1) 8 58 17 — — — — — 2 — — — 1 1 — 6 14 — — 23 19 13 10 2 30 60 4 1 29 48 2 — 41 42 3 3 100 26 5 60 275 62 283 54 258 40 286 — (1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional. (2) Contabilizado pelo método de percentual de realização. Receita Nós geramos receitas com a venda de aeronaves e peças de reposição, além de fornecer serviços de manutenção e reparos, treinamento e outros serviços de suporte ao produto. Do total de receitas em 2014, 67,9% são geradas pelas vendas de aeronaves. As receitas oriundas da venda de aeronaves comerciais e executivas são expressas em dólares norte-americanos. Em 2014, a receita total de Defesa e Segurança incluía 31,1% da receita expressa em moeda estrangeira, predominantemente dólares norte-americanos, e 68,9% expressa em reais. Além disso, geramos receitas com Outros Negócios Relacionados, os quais incluem fornecimento exclusivo de peças estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para outros fabricantes de aeronaves, além de aviões turboélice para aviação em geral, também conhecidos como aeronaves leves. Para a venda de aeronaves comerciais, normalmente é feito um depósito quando da assinatura de um contrato de compra, além de pagamentos iguais a 5% do preço de venda da aeronave 18 meses antes da data de entrega programada, outros 5% doze meses antes da entrega e mais 5% seis meses antes da entrega. Para a família de jatos EMBRAER 170/190, a empresa recebe um pagamento adicional de 5% 24 meses antes da entrega programada. O montante restante do preço de venda é geralmente pago no ato de entrega da aeronave. Os depósitos e os pagamentos subsequentes não são restituíveis para a maioria das peças, caso os pedidos sejam cancelados. O valor restante do preço de venda é pago normalmente no ato de entrega da aeronave. Os pagamentos antecipados realizados antes da data de entrega são contabilizados como adiantamentos de clientes como passivo em nossa demonstração financeira e, quando a aeronave é entregue, esses pagamentos são contabilizados em contas a receber de clientes em relação a tal aeronave. Para vendas de nossos jatos executivos, recebemos geralmente um depósito na data do pedido, pagamentos em prestações totalizando de 15% a 30% do preço da aeronave e o pagamento integral do saldo devido na entrega. Geralmente recebemos entre US$10.000 e US$200.000 por cada opção de compra de um jato executivo. Consulte o “Item 5A — Resultados Operacionais — Estimativas Contábeis Críticas – Vendas e Outras Receitas Operacionais”. 57 #4836-6508-5983v7 Nossos contratos de venda com nossos clientes de Aviação Comercial e Jatos Executivos incluem ajustes para o CPI, e nossos contratos de vendas com clientes de nosso segmento da Defesa e Segurança incluem geralmente reajustes do preço de compra da aeronave com base numa fórmula de intensificação que é baseada em uma combinação de índices relacionados à matéria-prima e aos custos de mão de obra. Depósitos, pagamentos parciais e pagamentos de opções de compra não são restituíveis na maioria dos casos. Quando um cliente decide converter uma opção de compra, nós o consideramos como um pedido firme, e começamos a receber pagamentos por progresso e reconhecer a receita no ato da entrega conforme descrito acima. A receita da venda de aeronaves de defesa, incluindo pesquisa e desenvolvimento para programas específicos, é contabilizada segundo o método de porcentagem completada. Alguns contratos contêm certas disposições para a reavaliação de preço com base em condições econômicas futuras. Nossos clientes de defesa continuam fornecendo adiantamentos, que são convertidos em receitas à medida que executamos etapas predeterminadas do projeto, como concepção, desenvolvimento e projeto, bem como engenharia, integração de sistemas e personalização. Essas parcelas não são restituíveis na maioria dos casos. Custo com Vendas e Serviços O custo de vendas e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo: • Matérias-Primas. Todos os nossos custos importantes são substancialmente cobertos por contratos com fornecedores. Em geral, os preços nos termos desses contratos são corrigidos com base em uma fórmula de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos. • Mão de obra. Esses custos incluem salários e encargos associados, primariamente em reais. • Depreciação. O ativo imobilizado é depreciado pelo método linear ao longo de sua vida útil, a qual varia de cinco a 48 anos. A depreciação de aeronaves sob leasing operacional é lançada nos custos de vendas e serviços desde o início do leasing, usando o método linear sobre a vida útil estimada e considerando o valor residual no final do termo do leasing. Para mais informações sobre depreciação, consulte a Nota 16 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. • Amortização. Ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a venda estimada da série de aeronaves. Ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados linearmente durante a vida útil estimada dos ativos. De acordo com a norma contábil de contingências, acumulamos uma responsabilidade pelas obrigações associadas a garantias de produtos na data de entrega da aeronave e estimada com base na experiência histórica contabilizada no custo de vendas e serviços. Realizamos operações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência técnica, peças sobressalentes e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto ou serviço é fornecido/prestado ao cliente. 58 #4836-6508-5983v7 Resultados das Operações A tabela a seguir apresenta os dados da demonstração de resultados por segmento de negócios para os períodos indicados. 2014 Receita Aviação Comercial .............................................................. Jatos executivos ................................................................... Defesa e Segurança.............................................................. Outros negócios relacionados .............................................. Total ................................................................................... Custo de vendas e serviços Aviação Comercial .............................................................. Jatos executivos ................................................................... Defesa e Segurança.............................................................. Outros negócios relacionados .............................................. Total ................................................................................... Lucro bruto Aviação Comercial .............................................................. Jatos executivos ................................................................... Defesa e Segurança.............................................................. Outros negócios relacionados .............................................. Total ................................................................................... 2013 2012 3.163,3 1.591,5 1.456,4 77,6 3.307,0 1.644,5 1.196,9 86,6 3.755,4 1.292,0 1.045,2 74,4 6.288,8 6.235,0 6.167,0 (2.542,2) (2.532,6) (1.299,6) (1.284,7) (1.158,9) (951,2) (37,6) (50,4) (2.809,3) (1.035,8) (785,5) (46,0) (5.038,3) (4.818,9) (4.676,6) 621,1 291,9 297,5 40,0 774,4 359,8 245,7 36,2 946,1 256,2 259,7 28,4 1.250,5 1.416,1 1.490,4 Despesas operacionais Aviação Comercial .............................................................. Jatos executivos ................................................................... Defesa e Segurança.............................................................. Outros negócios relacionados .............................................. Total ................................................................................... (321,2) (229,6) (148,0) (8,4) (272,3) (262,8) (154,1) (13,5) (507,7) (216,7) (144,9) (9,2) (707,2) (702,7) (878,5) Lucro operacional antes da receita (despesa) financeira ..... 543,3 713,4 611,9 59 #4836-6508-5983v7 A tabela a seguir apresenta as informações da demonstração de resultados e tais informações como porcentagem de nossa receita para os períodos indicados. Demonstração de Resultado Consolidada 2014 2013 2012 (em milhões de US$, exceto porcentagens) Receita ........................................... 6.288,8 Custo de vendas e serviços .......... (5.038,3) 100% 80,1 6.235,0 (4.818,9) Lucro bruto ................................... 1.250,5 19,9 1.416,1 22,7 1.490,4 24,2 Receitas operacionais (despesas) .. Administração ............................. Vendas ......................................... (207,5) 3,3 (419,9) 6,7 (210,5) (454,4) 3,4 7,3 (279,2) (480,4) 4,5 7,8 Pesquisa ....................................... (47,1) 0,7 (74,7) 1,2 (77,3) 1,3 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas .................. (32,6) 0,5 36,9 0,6 (42,8) 0,7 (0,1) - - - 1,2 - 100% 6.167,0 77,3 (4.676,6) 100% 75,8 Equivalência patrimonial em perdas de associadas .................... Lucro operacional antes das receitas (despesas) financeiras Despesas financeiras, líquidas ..... 543,3 8,6 713,4 11,4 611,9 9,9 (24,5) 0,4 (96,4) 1,5 (6,8) 0,1 Ganho (perda) cambial, líquido.......................................... (14,9) 0,2 (14,6) 0,2 8,7 0 0,1 503,9 8,0 602,4 9,6 613,8 10,0 Lucro antes do imposto de renda .............................................. Despesas (benefícios) fiscais ....... (156,2) 2,5 (256,4) 4,1 (265,2) 4,3 347,7 5,5 346,0 5,5 348,6 5,7 334,7 13,0 5,3 0,2 342,0 4,0 5,5 0,1 347,8 0,8 5,6 0,0 Lucro líquido ................................ Atribuível a: Acionistas da Embraer ........... Acionistas não controladores ......................... 2014 Comparado com 2013 Receita A receita aumentou 0,9%, de US$ 6.235,0 milhões em 2013, para US$ 6.288,8 milhões em 2014. A receita no segmento de aviação comercial diminuiu 4,4%, de US$ 3.307,0 milhões em 2013 para US$ 3.163,3 milhões em 2014. A receita de jatos executivos diminuiu 3,2%, de US$ 1.644,5 milhões em 2013, para US$ 1.591,5 milhões em 2014. A receita de Defesa e Segurança aumentou 21,7%, de US$ 1.196,9 milhões em 2013 para US$ 1.456,4 milhões em 2014. A receita do segmento de outros negócios diminuiu 10,4%, de US$ 86,6 milhões em 2013 para US$ 77,6 milhões em 2014. A receita da aviação comercial diminuiu em 2014, apesar das entregas terem aumentado em 2,2%, de US$ 90,0 em 2013 para US$ 92,0 em 2014. O declínio na receita foi causado principalmente por uma combinação menos favorável de produtos durante o ano, em consequência de uma proporção mais elevada de jatos E170 e E175 menores entregues relacionada aos modelos E190 e E195. Em 2014, 68,5% de nossas entregas no segmento de aviação comercial eram modelos E170 e E175, comparado a 31,1% em 2013. 60 #4836-6508-5983v7 A diminuição da receita do segmento de jatos executivos em 2014 foi causada principalmente pela diminuição no número dos jatos executivos entregues durante o ano, em comparação a 2013. Em 2014, entregamos 116 jatos executivos (92 jatos leves e 24 jatos grandes) em comparação às entregas de 119 jatos executivos (90 jatos leves e 29 jatos grandes) em 2013, uma diminuição de 2,5%. Além disso, tivemos uma composição menos positiva de entregas de jatos grande no ano (20,7% do total de entregas em 2014, contra 24,4% em 2013), que também impactou as receitas do segmento. As receitas do segmento Defesa e Segurança são contabilizadas pelo método de percentual de conclusão e continuamos cumprindo nossos contratos com o governo brasileiro, especificamente o programa de desenvolvimento KC-390, bem como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e os programas de satélites geoestacionários de defesa e comunicações, bem como o programa Light Air Support (LAS) da Força Aérea dos EUA (USAF). Além disso, as entregas do Super Tucano para as forças armadas de todo o mundo e os constantes programas de modernização junto ao governo federal brasileiro continuam acelerados, ajudando a gerar um crescimento de receita de 21,7% representando US$1.456,4 milhões, comparados aos US$ 1.196,9 em 2013. Custo com Vendas e Serviços O custo das vendas e serviços aumentou 4,6%, de US$ 4.818,9 milhões em 2013 para US$ 5.038,3 milhões em 2014. O aumento 4.6% no custo das vendas foi mais elevado do que o crescimento de 0,9% na receita em 2014, causando assim um aumento no custo das vendas e serviços como uma porcentagem da receita, para 80,1% em 2014 comparado aos 77,0% em 2013. Este aumento no custo das vendas e serviços como porcentagem da receita é em grande parte devido a uma composição menos favorável das entregas nos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos, acrescidos da inflação nos custos de mão de obra direta, parcialmente compensado pelos esforços contínuos para melhorar a produtividade e a eficiência, a valorização do dólar com relação ao real, e empacotes de estimulação implementados no Brasil. O custo das vendas e serviços no segmento de Aviação Comercial aumentou 0,4%, de US$ 2.532,6 milhões em 2013 para US$ 2.542,2 milhões em 2014. O aumento no custo das vendas e serviços comparados à diminuição na receita do ano de 4,3% devido a uma composição de produtos e serviços menos favorável, dado que as entregas do modelo menor da aeronave E-Jet como proporção do total de entregas foram mais elevadas em 2014 comparado a 2013. A margem bruta no segmento de Aviação Comercial diminuiu de 23,4% em 2013 para 19,6% em 2014. O custo das vendas e serviços no segmento de Jatos Executivos aumentou 1,2%, de US$ 1.284,7 milhões em 2014 para US$ 1.299,6 milhões em 2013. O custo das vendas e dos serviços aumentou enquanto a receita declinou 3,2% neste segmento em 2014 devido ao declínio do total de entregas durante o ano bem como uma composição menos favorável, dado que os jatos leves compuseram 79,3% do total de entregas em 2014 comparado a 75,6% em 2013. A margem bruta no segmento de Jatos Executivos diminuiu de 21,9% em 2013 para 18,3% em 2014. O custo das vendas e serviços no segmento de Defesa e Segurança aumentou 21,8%, de US$ 951,2 milhões em 2013 para US$ 1.158,9 milhões em 2014. O aumento no custo de vendas e serviços ficou alinhado com o aumento de 21,7% na receita em 2014. A margem bruta no segmento da Defesa e Segurança foi de 20,4% em 2014 e havia sido 20,5% em 2013. O custo com vendas e serviços no segmento Outros Negócios Relacionados diminuiu 25,4%, de US$ 50,4 milhões em 2013, para US$ 37,6 milhões em 2014, enquanto que a receita desse segmento diminuiu 10,4% em 2014. Lucro bruto Como resultado dos fatores acima, nosso lucro antes do imposto de renda diminuiu 11,7%, de US$ 1.416,1 milhões em 2013 para US$ 1.250,5 milhões em 2014. Nossa margem bruta diminuiu de 22,7% em 2013 para 19,9% em 2014. 61 #4836-6508-5983v7 Receitas Operacionais (Despesas) Como discutido mais detalhadamente abaixo, as despesas operacionais aumentaram 0,7%, de US$ 702,7 milhões em 2013, de US$ 707,2 milhões em 2014. As despesas operacionais como percentual da receita permaneceram estáveis a 11,3% em 2014 quando comparadas a 2013 Administração. As despesas administrativas diminuíram 1.4%, de US$210,5 milhões em 2013 para US$207,5 milhões em 2014, devido a iniciativas de eficiência contínuas combinadas com a valorização do dólar em relação ao real, bem como aos pacotes de estímulos implementados no Brasil. Vendas. As despesas de vendas diminuíram 7,6%, de US$ 454,4 milhões em 2013, para US$ 419.9 milhões em 2014. O declínio nas despesas de venda é devido às reduções de despesas nos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos, nos benefícios fiscais do governo, e na valorização do dólar em relação ao real. Pesquisa. As despesas em pesquisa diminuíram 36,9%, de US$ 74.7 milhões em 2013, para US$ 47.1 milhões em 2014. O aumento nessas despesas pode ser explicado principalmente pelo lançamento do programa de E-Jets de segunda geração E2, no qual os custos do programa agora são capitalizados como ativo intangível, em vez de serem contabilizados como despesas com pesquisas, após a aprovação por nosso Conselho de Administração da viabilidade econômica do programa. Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas, passaram de uma receita de US$ 36,9 milhões em 2013 para uma despesa de US$ 32,6 milhões em 2014, devido principalmente à receita em 2013 relacionada a fatores não recorrentes resultantes em grande parte de reversões de provisões associadas com o processo de falência da AMR Corporation que foram originalmente contabilizadas em 2011 e revertidas após o resultado final favorável do processo de falência da AMR. Equivalência patrimonial em perdas de associadas. Equivalência patrimonial em perdas de associadas passou de zero em 2013 para uma perda de US$ 0,1 em 2014. Lucro Operacional antes das Receitas (Despesas) Financeiras Como resultado dos fatores acima, nosso lucro operacional consolidado diminuiu em 23,8%, de US$ 713.4 milhões em 2013 para US$ 543.3 milhões em 2014. Nossa margem bruta diminuiu para 8,6% em 2014 (era 11,4% em 2013). Como foi mencionado acima em relação ao custo com vendas e serviços e receitas (despesas) operacionais, o lucro operacional por segmento para 2014 para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos, Defesa e Segurança e Outros Negócios Relacionados foi de US$ 299,9 milhões, US$ 62,3 milhões, US$ 149,5 milhões e US$ 31,6 milhões, respectivamente. Em 2013, o lucro operacional desses segmentos foi de US$ 502,0 milhões, US$ 97,0 milhões, US$ 91,6 milhões e US$ 22,7 milhões, respectivamente. Veja a Nota 38 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter o lucro operacional por segmento. Receitas (despesas) financeiras, líquidas. As despesas financeiras líquidas diminuíram de US$ 96,4 milhões em 2013 para US$ 24,5 milhões em 2014, devido a uma maior receita financeira gerada juntamente com despesas menores relacionadas com garantias de valor residual pendentes, principalmente as relacionadas com a resolução favorável no processo de falência da AMR em 2013. Ganho (perda) cambial, líquido. O ganho (perda) cambial líquido passou de um ganho de US$ 14,6 milhões em 2013 para uma perda de US$ 14,9 milhões em 2014, refletindo a variação cambial nos ativos e passivos monetários expressos em outras moedas que são convertidos em nossa moeda funcional, o dólar norte-americano. 62 #4836-6508-5983v7 Lucro antes do Imposto de Renda Como resultado dos fatores acima, o lucro antes do imposto de renda diminuiu 16,4% totalizando US$ 503,9 milhões em 2014 em comparação aos US$ 602,4 milhões de 2013. Benefícios (despesas) com Imposto de Renda O imposto de renda representou uma despesa de US$ 156,2 milhões em 2014, comparado a uma despesa de US$ 256.4 milhões em 2013. O imposto de renda declinou principalmente devido ao lucro menor antes do imposto na renda em 2014 em comparação a 2013. Nossa alíquota efetiva diminuiu para 31,0% em 2014 em comparação a 42,6% em 2013 devido ao imposto de renda e contribuição social diferida menores em 2014 em comparação a 2013, devido a uma queda no impacto da variação cambial do real em relação ao dólar sobre os ativos não monetários (principalmente Estoques, Intangíveis e Imobilizado). Lucro líquido Como consequência dos fatores expostos acima, nosso lucro líquido consolidado após impostos aumentou 0,5%, de US$ 346,0 milhões em 2013 para US$ 347,7 milhões em 2014. Como porcentagem da receita, o lucro líquido depois dos impostos permaneceu a mesma em 5,5% em 2014, comparado a 2013. 2013 Comparado com 2012 Receita A receita aumentou 1,1%, de US$ 6.167,0 milhões em 2012, para US$ 6.235,0 milhões em 2013. A receita no segmento de aviação comercial diminuiu 11.9%, de US$ 3.755,4 milhões em 2012 para US$ 3.307,0 milhões em 2013. A receita de jatos executivos cresceu 27,3%, de US$ 1.292,0 milhões em 2012, para US$ 1.644,5 milhões em 2013. A receita de Defesa e Segurança aumentou 14,5%, de US$ 1.045,2 milhões em 2012 para US$ 1.196,9 milhões em 2013. A receita do segmento de outros negócios aumentou 16,4%, de US$ 74,4 milhões em 2012 para US$ 86,6 milhões em 2013. As receitas do segmento de Aviação Comercial diminuíram em 2013, particularmente devido a um nível menor de entregas no ano em comparação a 2012, representando uma diminuição de 15,1%. Em 2013, o segmento de Aviação Comercial entregou 90 aeronaves comerciais, em comparação às 106 aeronaves de 2012, com uma combinação de produtos ligeiramente menos favorável no ano, em decorrência de uma maior proporção de jatos menores E170 e E175 entregues em comparação com os modelos E190 e E195. O aumento da receita do segmento de jatos executivos em 2013 foi causado principalmente pelo aumento do número dos jatos executivos entregues durante o ano, em comparação a 2012. Em 2013, entregamos 119 jatos executivos (90 jatos leves e 29 jatos grandes) em comparação às entregas de 99 jatos executivos (77 jatos leves e 22 jatos grandes) em 2012, um aumento de 20,2%. Além disso, tivemos uma combinação ligeiramente mais positiva de entregas de jatos grandes no ano (24,4% em 2013 comparada aos 22,2% de 2012). As receitas do segmento Defesa e Segurança são contabilizadas pelo método de percentual de conclusão e nós continuamos cumprindo nossos contratos com o governo federal brasileiro, especificamente o programa de desenvolvimento KC-390, bem como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). Além disso, as entregas do Super Tucano para as forças armadas de todo o mundo e os constantes programas de modernização junto ao governo federal brasileiro continuam acelerados, ajudando a gerar um crescimento de receita de 14,5% representando US$1.196,9 milhões, comparados aos US$1.045,2 em 2012. Custo com Vendas e Serviços O custo das vendas e serviços aumentou 3,0%, de US$ 4.676,6 milhões em 2012 para US$ 4.818,9 milhões em 2013. O aumento 3,0% no custo das vendas foi mais elevado do que o crescimento de 1,1% na receita em 2013, 63 #4836-6508-5983v7 causando assim um aumento no custo das vendas e serviços como uma porcentagem da receita, para 77,3% em 2013 comparado aos 75,8% em 2012. Este aumento no custo das vendas e serviços é em grande parte devido a uma composição menos favorável de produtos e serviços, combinados com a inflação nos custos de mão de obra direta, parcialmente compensado pelos esforços contínuos para melhorar a produtividade e a eficiência, a valorização do dólar com relação ao real, e empacotes de estimulação implementados no Brasil. O custo das vendas e serviços no segmento de aviação comercial diminuiu 9.8%, de US$ 2.809,3 milhões em 2012 para US$ 2.532,6 milhões em 2013. A diminuição no custo das vendas e serviços ficou abaixo da diminuição de 11,9% na receita deste segmento devido a uma composição menos favorável de produtos e serviços, junto com uma alavancagem operacional menor na queda de entregas de aeronaves comerciais em 2013. Estes impactos foram parcialmente compensados pela valorização do dólar em relação ao real, esforços contínuos para melhorar a produtividade e aos pacotes de estímulo implementados no Brasil. A margem bruta no segmento de Aviação Comercial diminuiu de 25,2% em 2012 para 23,4% em 2013. O custo das vendas e serviços no segmento de Jatos Executivos aumentou 24.0%, de US$ 1.284,7 milhões em 2013 para US$ 1.035,8 milhões em 2012. O aumento no custo com vendas e serviços nesse segmento aumentou menos do que 27,3% em receitas no ano de 2013, representando uma mudança para uma combinação de produtos mais favorável, uma vez que entregamos mais aeronaves grandes e nos beneficiamos com a valorização do dólar em relação ao real, e também com os pacotes de incentivos implementados no Brasil e nossos esforços para melhorar a produtividade e eficiência. O custo das vendas e serviços no segmento de Defesa e Segurança aumentou 21,1%, de US$ 785,5 milhões em 2012 para US$ 951.2 milhões em 2013. O aumento no custo das vendas e serviços ficou mais alto do que o aumento 14,5% na receita de 2013, causado principalmente por uma combinação menos favorável de receita e produtos entregues em 2013, bem como aos custos mais elevados relacionados com alguns contratos neste segmento. O custo com vendas e serviços no segmento Outros Negócios Relacionados aumentou 9,6%, perfazendo um total de US$ 50,4 milhões em 2013 em comparação aos US$ 46,0 milhões de 2012, enquanto que as receitas nesse segmento aumentaram 16,4% em 2013. Lucro bruto Como resultado dos fatores acima, nosso lucro antes do imposto de renda diminuiu 5.0%, de US$ 1.490,4 milhões em 2012 para US$ 1.416,1 milhões em 2013. Nossa margem bruta diminuiu de 24,2% em 2012 para 22,7% em 2013. Receitas Operacionais (Despesas) Como discutido mais detalhadamente abaixo, as despesas operacionais diminuíram 20,0%, de US$ 878,5 milhões em 2012, para US$ 702,7 milhões em 2013. As despesas operacionais como percentual da receita diminuíram para 11,3% em 2013 contra 14,2% em 2012. Administração. As despesas administrativas diminuíram 24,6% de US$279,2 milhões em 2012 para US$210,5 milhões em 2013, devido à valorização do dólar em relação ao real, bem como aos pacotes de estímulos implementados no Brasil. Vendas. As despesas de vendas diminuíram 5,4%, de US$ 480,4 milhões em 2012, para US$ 454.4 milhões em 2013. A diminuição nas despesas com vendas deve-se às reduções no segmento de Defesa e Segurança, benefícios fiscais governamentais e a valorização do dólar em relação ao real. Pesquisa. As despesas em pesquisa diminuíram 3,4%, de US$ 77,3 milhões em 2012, para US$ 74,7 milhões em 2013. O aumento nessas despesas pode ser explicado principalmente pelo lançamento do programa de E-Jets de segunda geração E2, no qual os custos do programa agora são capitalizados como ativo intangível, em vez de serem contabilizados como despesas com pesquisas, após a aprovação por nosso Conselho de Administração da viabilidade econômica do programa. 64 #4836-6508-5983v7 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. Outras receitas (despesas) operacionais líquidas melhoraram, de uma despesa de US$ 42,8 milhões em 2012 para uma receita de US$ 36,9 milhões em 2013. Os gastos de 2012 foram causados principalmente pela despesa de US$ 37,4 milhões da renegociação do acordo de financiamento em referente à reestruturação da Chautauqua Airlines, Inc., uma operadora aérea controlada pela Republic Airways Holdings. A alteração na receita de 2012 para 2013 deveu-se a uma variedade de fatores não recorrentes. Em 2011, como resultado do pedido de falência da AMR Corporation, ou AMR, a controladora de nossa cliente American Airlines, provisionamos um total de US$317,5 milhões em nossos resultados para o quarto trimestre para contabilizar as despesas esperadas em relação às obrigações das garantias financeiras e garantias de valor residual para a frota de aeronaves da família 216 ERJ 145 operada pela AMR. Da provisão de US$317.5 relacionada ao processo de falência da AMR, US$241,9 milhões foram provisionados em outras (despesas) receitas operacionais líquidas. Como consequência do resultado final mais favorável do processo de falência da AMR no último trimestre de 2013, desde as provisões iniciais feitas no quarto trimestre de 2011, nós incorremos em despesas totais de aproximadamente US$43 milhões relacionadas às garantias financeiras da AMR (incluindo a compra da aeronave da família 39 ERJ 145). Como consequência desse resultado, no quarto trimestre de 2013 um total de US$180,7 milhões afetou de forma positiva nossos resultados operacionais, sendo contabilizados na conta de outras (despesas) receitas operacionais líquidas. O valor de US$180.7 milhões compreendia um estorno de provisão de US$109.3 milhões mais um estorno de pagamento de US$71.4 milhões, o qual já havíamos feito em relação a essas garantias financeiras. No quarto trimestre de 2013, também reconhecemos uma despesa de US$ 33,7 milhões relacionada às receitas diferidas e incluídas em um total de US$ 199 milhões em obrigações de garantia financeira que permaneciam para 163 aeronaves da frota original da família AMR ERJ 145, despesa essa que foi somada novamente à nossa exposição de risco não registrada no balanço patrimonial. Assim, o efeito líquido sobre o quarto trimestre dos estornos e das despesas relacionadas às garantias financeiras da AMR é de US$147,0 milhões (US$180,7 milhões menos US$33,7 milhões). Da mesma forma, em 2013 o governo brasileiro iniciou um esforço incluindo vários setores, conhecido como Programa de Recuperação Fiscal, ou Refis, para solucionar diversas negociações de dívida em aberto com várias empresas. Como parte dessa iniciativa, o governo brasileiro oferece condições favoráveis às empresas que optam por se inscrever voluntariamente no programa para liquidar suas dívidas fiscais. Nos três últimos meses de 2013, optamos por nos inscrevermos nesse programa para aproveitar a oportunidade e solucionar nossas negociações fiscais com o governo. Consequentemente, nós lançamos uma provisão de US$36,9 milhões na conta outras (despesas) receitas operacionais líquidas. Nós não prevemos provisões adicionais a serem feitas com relação a este item. Equivalência patrimonial em perdas de associadas. A equivalência patrimonial em perdas de associadas diminuiu de US$ 1,2 milhão positivo em 2012 para zero em 2013. Lucro Operacional antes das Receitas (Despesas) Financeiras Como resultado dos fatores acima, nosso lucro operacional consolidado aumentou em 16,6%, de US$ 611.9 milhões em 2012 para US$ 713.4 milhões em 2013. A margem bruta aumentou de 9,9% em 2012 para 11.4% em 2013. Como foi mencionado acima em relação ao custo com vendas e serviços e receitas (despesas) operacionais, o lucro operacional por segmento para 2013 para os segmentos de Aviação Comercial, Jatos Executivos, Defesa e Segurança e Outros Negócios Relacionados foi de US$502,1 milhões, US$97,0 milhões, US$91,6 milhões e US$22,7 milhões, respectivamente. Em 2012, o lucro operacional desses segmentos foi de US$438,4 milhões, US$39,5 milhões, US$114,8 milhões e US$19,2 milhões, respectivamente. Veja a Nota 38 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para obter o lucro operacional por segmento. Receitas (despesas) financeiras, líquidas. As despesas financeiras líquidas aumentaram de US$6,8 milhões em 2012 para US$96,4 milhões em 2013, devido a uma combinação de fatores não recorrentes e recorrentes. Em 2011, como resultado do pedido de falência da AMR, provisionamos um total de US$317,5 milhões para os resultados do quarto trimestre para contabilizar as despesas esperadas em relação às obrigações de garantias financeiras e garantias de valor residual, conforme foi 65 #4836-6508-5983v7 explicado acima. Da provisão de US$317,5 milhões relacionada a esse processo de falência feita no quarto trimestre de 2011, US$75,6 milhões foram lançados em receitas (despesas) financeiras, líquidas, uma vez que esse valor estava relacionado às garantias de valor residual. Esse valor não foi estornado no quarto trimestre de 2013, uma vez que tivemos a oportunidade de reduzirmos a exposição total, comprando de volta US$98 milhões em garantias de valor residual relativas a uma parte da frota da AMR de aeronaves da família ERJ 145. Considerando que desde a provisão original no quarto trimestre de 2011, como resultado das revisões constantes das projeções do valor residual observadas por avaliadores independentes de aeronaves, estornamos US$17,1 milhões dessa provisão original, no quarto trimestre de 2013 uma despesa adicional não recorrente de US$40 milhões foi contabilizada como receita (despesa) financeira, líquida para completar todas as provisões exigidas para essas garantias de valor residual. Como resultado, não temos mais nenhuma exposição de garantia de valor residual pendente em relação à frota da AMR de aeronaves da família ERJ 145. Além disso, nós contabilizamos uma despesa de US$7,9 milhões em receita (despesa) financeira, líquida relacionada aos juros acumulados sobre as obrigações fiscais relacionadas ao programa Refis, a qual é explicada com maiores detalhes em “—Receitas (Despesas) Operacionais”. Ganho (perda) cambial, líquido. O ganho (perda) cambial, líquido foi alterado para uma perda de US$14,6 milhões em 2013 em relação a um ganho de US$8,7 milhões em 2012, refletindo as alterações da taxa de câmbio sobre ativos e passivos monetários denominados em outras moedas, os quais são convertidos em nossa moeda funcional, o dólar norteamericano. Lucro antes do Imposto de Renda Como resultado dos fatores acima, o lucro antes do imposto de renda diminuiu 1,9% totalizando US$602,4 milhões em 2013 em comparação aos US$613,8 milhões de 2012. Benefícios (despesas) com Imposto de Renda O imposto de renda representou uma despesa de US$ 256,4 milhões em 2013, comparado a uma despesa de US$ 265.2 milhões em 2012. O imposto de renda declinou principalmente devido ao lucro menor antes do imposto na renda em 2013 em comparação a 2012. Nossa alíquota efetiva ficou relativamente estável em 2013 em comparação a 2012, sendo de 42.6% comparada a 43,2% respectivamente, diminuindo ligeiramente devido a um lucro ligeiramente menor antes de impostos em 2013. Lucro líquido Como consequência dos fatores expostos acima, nosso lucro líquido consolidada após impostos aumentou 0,7%, de US$ 348,6 milhões em 2012 para US$ 346,0 milhões em 2013. Como porcentagem da receita, o lucro líquido depois dos impostos foi de 5,5% em 2013, comparado aos 5,7 de 2012. Pronunciamentos Contábeis Ainda Não Adotados Para obter uma descrição dos pronunciamentos contábeis recém emitidos, consulte a Note 4 de nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas no “Item 18. Demonstrações Financeiras”. Preparamos nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 de acordo com as IFRS emitidas pelo IASB. 5B. Liquidez e Recursos de Capital Visão geral Nossas necessidades de liquidez são resultantes principalmente de pesquisa, investimentos, pagamento de principal e de juros sobre a dívida, as necessidades de capital de giro e distribuições de lucro para os acionistas. Geralmente dependemos de recursos gerados nas operações, empréstimos e financiamentos, contribuições em 66 #4836-6508-5983v7 dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em um nível menor, emissão de títulos de dívidas e de ações nos mercados de capitais para atender a essas necessidades. Para obter mais informações, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa - Visão Geral da Empresa — Fornecedores e Componentes; Acordos de Parceria de Risco“ e ”Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral da Empresa – Negócios de Aviação Comercial – Produção, Novos Pedidos e Opções” e “– Linhas de Crédito”. A partir da data deste relatório anual, acreditamos que nossas fontes tradicionais de financiamento sejam suficientes para atender às necessidades de capital de giro previstas, incluindo (1) para continuar melhorando a família de jatos EMBRAER 170/190 e os jatos executivos Phenom 100, Phenom 300 e Lineage 1000, (2) para desenvolver ainda mais os novos jatos executivos Legacy 450/500, (3) para desenvolver a família de jatos E2 e (4) para fazer outros gastos de capital planejados e (5) para pagar dividendos e juros sobre capital próprio. No momento, nosso acesso a fontes de liquidez não sofreu impacto significativo do ambiente atual de crédito e não esperamos que esse tipo de impacto ocorra em futuro próximo. Porém, não é possível assegurar que nossas fontes tradicionais de financiamento, ou que o custo ou a disponibilidade de nossas linhas de crédito ou fontes de financiamentos futuros não sofrerão impacto significativo causado por problemas existentes no mercado. Nossos clientes podem reprogramar as entregas, deixar de exercer o direito de opção ou cancelar pedidos firmes como resultado da recessão econômica e da volatilidade financeira no setor de companhias aéreas. Além disso, as contribuições em dinheiro dos parceiros de risco são reembolsáveis em certas condições e poderá ser necessário encontrar fontes alternativas de capital. Capital de Giro e Caixa Líquido Gerado por Atividades Operacionais 2014 Em 2014, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 482,3 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 564,6 milhões em 2013. A diminuição na entrada de caixa gerada por atividades operacionais em 2014 é primeiramente o resultado de um aumento no capital de giro causado por aumentos nas contas a receber e estoques bem como uma diminuição nos adiantamentos dos clientes. Tínhamos um capital de giro de US$ 3.257,8 milhões em 31 de dezembro de 2014 e de US$ 2.875,1 milhões em 31 de dezembro de 2013. Nosso capital de giro aumentou em 2014 principalmente em consequência dos impactos acima mencionados no caixa gerado por atividades operacionais. Em 2014, atrasos nos ciclos de pagamento por alguns clientes afetou negativamente nosso caixa e nosso capital de giro, aumentando as contas a receber. 2013 Em 2013, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 564,6 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 693,0 milhões em 2012. A diminuição no fluxo de caixa gerado por atividades operacionais em 2013 é principalmente resultado de investimentos financeiros nós fizemos, que são investimentos a curto prazo com vencimento acima de três meses que esperamos usar em nossas operações regulares, e a reversão das garantias financeiras, que foram significativamente mais elevadas em 2013 do que em 2012. Tínhamos um capital de giro de US$ 2.875,1 milhões em 31 de dezembro de 2013 e de US$ 2,570 milhões em 31 de dezembro de 2012. Nosso capital de giro aumentou em 2013, principalmente como resultado de um aumento em nossos investimentos financeiros e uma diminuição em nossos empréstimos e financiamentos de curto prazo. 2012 Em 2012, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 693 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 480,1 milhões em 2011. O aumento no fluxo de caixa gerado por atividades operacionais em 2012 é principalmente resultado de uma receita líquida mais elevada em 2012 e de saldos relativamente consistentes em contas de ativos e de passivos em 2011 e em 2012. 67 #4836-6508-5983v7 Tínhamos um capital de giro de US$ 2,570 milhões em 31 de dezembro de 2012 e de US$ 2,325.5 milhões em 31 de dezembro de 2011. Nosso capital de giro aumentou em 2012 em consequência do aumento no fluxo de caixa das atividades operacionais em 2012. Caixa Líquido usado em Atividades de Investimento 2014 Em 2014, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$671,4 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento de US$764,0 milhões em 2013. O caixa líquido usado em atividades de investimento em 2014 diminuiu em consequência de menos aportes ao ativo imobilizado quando comparado a 2013, parcialmente compensado por mais aportes aos valores intangíveis em 2014 em comparação a 2013. Além disso, em 2014 não tivemos nenhuma aquisição controle acionário, enquanto em 2013 desembolsamos US$ 17.3 milhão na aquisição de todas as ações sem controle acionário de nossa subsidiária Atech Negócios e Tecnologia S.A, no Brasil. As despesas mais elevadas nos aportes aos valores intangíveis foram causadas por uma despesa mais elevada no desenvolvimento do programa de nosso jato comercial E-2 bem como a continuação do programa de nossos jatos executivos Legacy 500 e Legacy 450. 2013 Em 2013, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$764,0 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento de US$617,3 milhões em 2012. O caixa líquido usado em atividades de investimento em 2013 diminuiu em consequência de menos aportes ao ativo imobilizado quando comparado a 2012. Também gastamos US$ 17,3 milhão na aquisição de todas as ações remanescentes de nossa subsidiária Atech Negócios em Tecnologia S.A. no Brasil e em 2012 gastamos US$ 17,4 milhões na aquisição de ações de nossa subsidiária Airholding SGPS S.A. em Portugal. 2012 Em 2012, o caixa líquido usado em atividades de investimento foi de US$617,3 milhões, comparado ao caixa líquido usado em atividades de investimento no valor de US$602,0 milhões em 2011. O caixa líquido utilizado nas atividades de investimento permaneceu relativamente constante entre 2011 e 2012, principalmente como resultado do investimento consistente em gastos de capital e desenvolvimento de produtos durante os dois anos. Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Financeiras e Dívida Total 2014 Em 2014, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 333.3 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 192,5 milhões em 2013. Em 2014, levantamos novo financiamento de US$ 798,6 milhões em comparação a novo empréstimo de US$ 890,8 milhões em 2013. Além disso, também reembolsamos US$ 386,1 milhões de empréstimos em 2014 em comparação com o reembolso de US$ 650,2 milhões em 2013. Em 2014, distribuímos US$ 99,3 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 71,4 milhões em 2013. Não despendemos nenhum valor relacionado a programas de recompra de ações em 2014. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma dívida total de US$ 2.508,1 milhões conforme os contratos de financiamentos descritos a seguir, sendo que 96,4% desse total era representado por dívida de longo prazo e 3,6% por dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de março de 2013 tínhamos uma dívida total de US$ 2.194,3 milhões, consistindo em 96,4% de dívida de longo prazo e 3,6% de dívida de curto prazo. 68 #4836-6508-5983v7 2013 Em 2013, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 192.5 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 422,3 milhões em 2012. Em 2013, levantamos novo financiamentos de US$ 890,8 milhões em comparação a novos empréstimos de US$ 1,692.6 milhões em 2012. Além disso, também amortizamos US$ 650,2 milhões da nossa dívida em 2013, em comparação com a amortização no valor total de US$ 1.225,3 milhões em 2012. Em 2013, distribuímos US$ 71,4 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 59,5 milhões em 2012. Em 2013, como em 2012, não despendemos nenhum valor relacionado a programas de recompra de ações. Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos uma dívida total de US$2.194,3 milhões nos termos de nossos contratos de financiamentos descritos a seguir, sendo que 96,4% desse total era representado por dívida de longo prazo e 3,6% por dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de dezembro de 2012 tínhamos uma dívida total de US$2.066,5 milhões, consistindo em 83,7% de dívida de longo prazo e 16,3% em dívida de curto prazo. Em 2013, nossa dívida aumentou em comparação a 2012. 2012 Em 2012, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 422.3 milhões, comparados ao caixa líquido gerado por atividades operacionais de US$ 96.4 milhões em 2011. Em 2012, levantamos novo financiamentos de US$ 1,692.6 milhões em comparação a novos empréstimos de US$ 2,362.5 milhões em 2011. Além disso, também amortizamos US$ 1,225.3 milhões da nossa dívida em 2012, em comparação com a amortização no valor total de US$ 2.082,7 milhões em 2011. Em 2012, distribuímos US$ 59,5 milhões em juros sobre o capital social ou dividendos, comparado aos US$ 183.4 milhões em 2011. Em 2012, como em 2011, não despendemos nenhum valor relacionado a programas de recompra de ações. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos uma dívida total de US$2,066.5 milhões em nossos contratos de financiamento descritos a seguir, sendo 83,7% desse total dívida de longo prazo e 16,3% dívida de curto prazo. Em comparação, em 31 de dezembro de 2011 tínhamos uma dívida total de US$1.658,1 milhões, consistindo em 84,8% de dívida de longo prazo e 15,2% de dívida de curto prazo. Nossa dívida total aumentou em 2012 em comparação com 2011, principalmente devido à emissão de US$500 milhões de títulos em junho de 2012. Linhas de Crédito Linhas de Crédito de Longo Prazo Em outubro de 2006, nossa subsidiária financeira integral, Embraer Overseas Limited, ou Embraer Overseas, emitiu US$ 400 milhões em notas garantidas de 6,375%, com vencimento em 2017 e em 31 de dezembro de 2014, US$242,2 milhões estavam em aberto (US$6,5 milhões no curto prazo), incluindo o principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram listadas na Bolsa de Valores de Luxemburgo. Em 30 de março de 2007, nós e a Embraer Overseas iniciamos uma oferta para trocar as notas por notas novas devidamente registradas junto à SEC. A oferta de troca foi concluída com sucesso em 18 de maio de 2007 e, como consequência, US$ 376,3 milhões, ou cerca de 95% das notas foram registradas. O documento sob o qual as notas foram emitidas contém convênios e restrições costumeiros como limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos. Até 31 de dezembro de 2014, a Embraer havia recomprado e cancelado 19.908 (5,0%) desses títulos, totalizando US$ 15,2 milhões, com valor nominal de US$ 19,9 milhões. Esses títulos de dívida foram comprados pela Embraer Overseas em operações de mercado aberto. Conforme descrito abaixo, em setembro de 2013, concluímos uma oferta de troca em que US$ 146,4 milhões em valor principal de nossas notas garantidas com vencimento em 2017 foram trocadas por nossas notas com vencimento em 2023. Em novembro de 2006, dezembro de 2007 e outubro de 2008, obtivemos facilidades de crédito no valor total de US$ 60,0 milhões com a FINEP para apoiar as despesas de pesquisa e desenvolvimento da aeronave Phenom 100 e Phenom 300, que foram totalmente desembolsados em 2008. A linha de crédito tem juros conforme a taxa TJLP mais 5,0% ao ano e é totalmente garantida por penhor de determinadas máquinas e equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de crédito é reembolsável de dezembro de 2008 a dezembro de 2015. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 2,3 milhões permaneciam pendentes em nossas linhas de crédito com a 69 #4836-6508-5983v7 FINEP, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito do FINEP são denominadas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparar nossas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS. Em outubro de 2009, a Embraer Overseas emitiu US$ 500 milhões em notas garantidas de 6,375% com vencimento em 2020 e, em 31 de dezembro de 2014, US$ 161,6 milhões estavam pendentes (US$ 2,4 milhões no curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. Conforme descrito abaixo, em setembro de 2013, concluímos uma oferta de troca em que US$ 337,2 milhões em valor principal de nossas notas garantidas com vencimento em 2020 foram trocadas por nossas notas com vencimento em 2023. Em conexão com a oferta de troca, recebemos as autorizações necessárias de detentores de nossos títulos garantidos a vencer em 2020 para eliminar substancialmente todas as cláusulas restritivas, certos casos de inadimplência e disposições relacionadas contidas na escritura pela qual os títulos foram emitidos, e retiramos nossos títulos garantidos a vencer em 2020 da Bolsa de Valores de Nova York. Em março de 2011 firmamos determinadas linhas de crédito com a FINEP no valor total de US$ 58,1 milhões, como apoio às despesas com pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 500, valor que foi totalmente desembolsado em 2011. A linha de crédito tem juros de 3,5% ao ano e é totalmente garantida por penhor de determinadas máquinas e equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de crédito é reembolsável de maio de 2013 a abril de 2018. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 23,6 milhões permaneciam pendentes em nossas linhas de crédito junto à FINEP, dos quais US$ 7.1 milhões devidos no curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito do FINEP são denominadas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparar nossas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS. Em março de 2011 firmamos algumas linhas de crédito com o BNDES no valor agregado de US$ 227.6 milhões, como apoio às despesas com pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 500, incluindo estudo conceitual, projeto e desenvolvimento, valor que foi parcialmente desembolsado em 2012. A linha de crédito tem juros conforme a taxa TJLP mais 1,92% e 3,5% a 4,5% ao ano e é totalmente garantida por penhor de determinadas máquinas e equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de crédito é reembolsável de maio de 2013 a abril de 2018. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 112.1 milhões permaneciam pendentes em nossas linhas de crédito junto ao BNDES, dos quais US$ 33.8 milhões devidos no curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito do BNDES são denominadas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparar nossas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS. Em junho de 2012, emitimos US$ 500 milhões em notas de 5,150% com vencimento em 2022 e, em 31 de dezembro de 2014, US$ 498,6 milhões estavam pendentes (US$ 1,1 milhão em curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são as nossas obrigações não garantidas e não subordinadas. As notas foram registrados junto à SEC e listadas na bolsa de valores de Nova York. O documento sob o qual as notas foram emitidas contém convênios e restrições costumeiros como limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos. Em fevereiro de 2013, assinamos contratos na forma de notas de crédito à exportação com cinco instituições financeiras brasileiras no valor total de R$ 712,0 milhões, equivalentes a US$ 268,1 milhões, com vencimento em fevereiro de 2016. Esta linha de crédito tem juros a 5,5% ao ano. Em dezembro de 2014, renegociamos R$ 116,0 milhões da linha de crédito, equivalente a US$ 43,7 milhões, prorrogando o vencimento para 2017 e aumentando os juros a 8,0% ao ano. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos um total pendente de US$ 304.8 milhões de notas de crédito a exportação, dos quais US$ 1,0 milhão com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. As notas de crédito à exportação são denominadas em reais, e os valores que aparecem aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com o objetivo de preparar nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em março e abril de 2013, assinamos contratos de crédito na forma de linhas de crédito à exportação de pré embarque do BNDES (BNDES PSI - Subprograma de Exportação de Pré-embarque) com quatro instituições financeiras brasileiras no valor total de R$ 200,0 milhões, equivalentes a US$ 75,3 milhões, com vencimento em março e abril de 2016. Estas linhas de crédito têm juros a 5,5% ao ano. Em agosto e setembro de 2014, assinamos acordos adicionais, totalizando R$ 100,0 milhões, equivalente a US$ 37,6 milhões, sob esta linha de crédito, com 70 #4836-6508-5983v7 vencimento em agosto de 2017 e interesse em 8,0% ao ano. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos um total pendente de US$ 113,2 milhões, dos quais US$ 0,2 milhão com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. Essas linhas de crédito são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com a finalidade de preparação de nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em agosto de 2013, assinamos uma linha de crédito com a FINEP no valor de R$ 303,9 milhões, equivalentes a US$ 114,4 milhões, para dar apoio às despesas de pesquisa e desenvolvimento da aeronave Legacy 450, dos quais US$ 71,7 milhões foram desembolsados em 2013 e 2014. A linha de crédito tem juros de 3,5% por ano e é totalmente protegida por uma garantia bancária. O vencimento final é em setembro de 2023. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 71.6 milhões permaneciam pendentes nessa linha de crédito junto à FINEP, inclusive principal e juros acumulados. As linhas de crédito da FINEP são expressas em reais e os valores apresentados aqui foram convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com o objetivo de preparar nossas demonstrações financeiras segundo as IFRS. Em setembro de 2013, concluímos uma oferta de permuta na qual US$ 146.4 milhões do valor do principal de nossos títulos garantidos com vencimento em 2017 e US$ 337,2 milhões do valor do principal de nossos títulos garantidos com vencimento em 2020 foram permutados por aproximadamente US$ 540,5 milhões do valor do principal dos títulos emitidos pela Embraer Overseas, com vencimento em 2023. As notas com vencimento em 2023 são incondicionalmente garantidas por nós e foram emitidas isentas de registro junto à SEC nos termos do Regulamento S e do artigo 144A da lei de Valores Mobiliários (Securities Act). As notas com vencimento em 2023 estão sujeitas a um contrato de direitos de registro, nos termos do qual concordamos em (i) trocar as notas dentro de 270 dias de sua emissão por notas com os mesmos termos e condições que são registradas na SEC ou (ii) protocolar uma declaração de registro de prateleira de revenda junto à SEC no formulário F-3. Em junho de 2014, protocolamos uma declaração de registro de prateleira de revenda para cumprimento. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos um total pendente de US$ 492,0 milhões devido em 2023, dos quais US$ 8,9 milhões com vencimento de curto prazo, incluindo o principal e juros acumulados. Periodicamente, podemos buscar eliminar ou comprar nossa dívida em aberto, incluindo nossos títulos garantidos com vencimento em 2017, 2020, 2022 e 2023, por meio de compras em dinheiro e/ou permuta por outros valores mobiliários, em compras no mercado aberto, operações negociadas de forma privada ou de outra maneira. Essas recompras ou trocas, se houver, dependerão das condições predominantes no mercado, de nossos requisitos de liquidez, de restrições contratuais e outros fatores. Os valores envolvidos podem ser substanciais, e as notas recompradas podem ser canceladas ou revendidas, mas somente serão revendidas em conformidade com os requisitos aplicáveis ou as isenções sob as leis de mercados de capitais. Em dezembro de 2013, assinamos um contrato com o BNDES como apoio ao desenvolvimento de projetos no valor total de R$1,4 bilhões, equivalentes a US$ 531,5 milhões, dos quais US$ 209,3 milhões foram desembolsados em 2014. O vencimento final é em janeiro de 2022. A linha de crédito é garantida por depósitos e por uma carta de crédito bancária. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 210,1 milhões permaneciam pendentes nessa linha de crédito, dos quais US$ 14.5 milhões devidos no curto prazo, inclusive principal e juros acumulados. Esta linha de crédito do BNDES está expressa em reais. Temos diversos outros contratos de empréstimos e crédito com um valor total de empréstimos de US$ 321,0 milhões em 31 de dezembro de 2014. Consulte a Nota 20 para obter as demonstrações financeiras consolidadas com mais informações sobre esses financiamentos. Alguns de nossos contratos de financiamento de longo prazo incluem obrigações e restrições usuais, incluindo as que nos obrigam a manter: (1) grau máximo de alavancagem financeira, calculado como débito líquido sobre lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou EBITDA, de 3,5:1; (2) relação mínima de cobertura do serviço da dívida líquida, calculada como EBITDA para despesas financeiras, de 2,25:1. Outras restrições incluídas em nossos financiamentos de longo prazo abrangem garantia de não haver penhora e restrições relativas a mudanças significativas de controle, venda de praticamente todos os nossos ativos, pagamentos de dividendos em eventos de inadimplência e certas transações com nossas filiadas. Em 31 de dezembro de 2014, estávamos em conformidade com todas as obrigações restritivas de nossos contratos de financiamento. 71 #4836-6508-5983v7 Em 31 de dezembro de 2014, US$ 266,5 milhões de nossa dívida total estavam garantidos por uma combinação de hipotecas sobre determinadas de nossas propriedades, gravames sobre determinado maquinário e equipamento e por uma carta compromisso de crédito bancária. Para mais informações sobre nossos empréstimos e financiamentos, incluindo desdobramentos de moedas e vencimentos e desdobramentos entre dívida de taxa fixa e flutuante, consulte a Nota 20 das nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas como para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Dívida com e sem direito de regresso Nosso endividamento total exclui dívidas com e sem direito de regresso associadas a contratos de financiamento de clientes firmados por meio de entidades de fim especial, ou SPE. Nos financiamentos estruturados, uma SPE compra a aeronave, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave através de uma SPE e uma parte do risco do crédito fica com esse terceiro. Podemos fornecer garantias financeiras e/ou garantias de valor residual para a instituição financeira, além de atuarmos como participantes do capital nesse processo de estruturação financeira. Nossas demonstrações financeiras consolidadas, condensadas e não auditadas em 31 de dezembro de 2014 contêm saldos relativos a dívidas com e sem direito de regresso associadas a contratos de financiamento de clientes de US$ 400,0 milhões e contas a receber com garantia de US$ 425,6 milhões. Dessa dívida, US$ 31,3 milhões não possuem direito de regresso e não temos obrigações como devedores ou avalistas além das obrigações potenciais nos termos de garantias financeiras existentes para as aeronaves financiadas. Os US$ 368,7 milhões restantes da dívida têm direito de regresso para nós devido a contribuições de capital pendentes e estão parcialmente garantidos por uma garantia de depósito junto a uma instituição financeira. A dívida sem e com direito de regresso está vinculada pelas contas a receber vinculadas e pelas aeronaves financiadas e, por conseguinte, não antecipamos uma saída de caixa líquido relativa a nossa dívida sem direito de regresso no futuro. Essas transações de financiamento não afetam significativamente nossa demonstração de resultados e o fluxo de caixa uma vez que as condições dessas transações de leasing e empréstimos são substancialmente as mesmas. 5C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças e outros Nós incorremos em despesas relacionadas à criação de novas tecnologias que podem ser aplicadas a nossas aeronaves no futuro. Essas despesas não estão associadas a qualquer aeronave específica e incluem a implementação de iniciativas de garantia da qualidade, melhorias na produtividade das linhas de montagem e estudos para determinar os desenvolvimentos mais recentes em tecnologia e padrões de qualidade. Nos termos das IFRS, os custos de pesquisa são contabilizados conforme incorridos no item pesquisa de nossa demonstração de resultados. Os custos do desenvolvimento nos segmentos de Aviação Comercial e Jatos Executivos são capitalizados após aprovação do projeto em questão pelo conselho até a certificação final, enquanto os principais custos de desenvolvimento no segmento de Defesa são lançados com base no método de percentagem de conclusão. As despesas em pesquisa totalizaram US$ 47,1 milhões em 2014 e US$ 74,7 milhões em 2013. O aumento nessas despesas pode ser explicado principalmente pelo lançamento do programa de E-Jets de segunda geração E2, no qual os custos do programa agora são capitalizados como ativo intangível, em vez de serem contabilizados como despesas com pesquisas, após a aprovação por nosso Conselho de Administração da viabilidade econômica do programa. Em 2015 esperamos investir aproximadamente US$ 50,0 milhões em nossas atividades de pesquisa. Para informações sobre nossos gastos de capital, compreendendo investimentos em desenvolvimento e ativo imobilizado, consulte o “Item 4B. Informações sobre a Empresa — Histórico e Desenvolvimento da Empresa — Gastos de Capital (Ativo Imobilizado e Desenvolvimento)“. Propriedade Intelectual Nossa propriedade intelectual, que inclui patentes de utilidade, patentes de projeto, segredos comerciais, know-how e marcas registradas, é importante para nossa empresa. Detemos marcas comerciais do nosso nome, 72 #4836-6508-5983v7 símbolo e dos nomes de nossos produtos, alguns dos quais estão registrados e outros estão em processo de registro em diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Canadá, Cingapura, Hong Kong, China, União Europeia e Japão. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos mais de 432 marcas comerciais registradas ou em processo de registro. Geralmente, nossas marcas comerciais registradas são renovadas no final do período de validade, que costuma ser de 10 anos a partir da data do requerimento do registro. Não acreditamos que a perda de qualquer uma de nossas marcas registradas teria um impacto significativo sobre nossos negócios ou o resultado de nossas operações. Desenvolvemos nossa propriedade intelectual em nossos processos de pesquisa, desenvolvimento e produção. Conforme os termos de nossos contratos, alguns fornecedores e parceiros de risco nos concedem acesso a informações e tecnologias necessárias para melhor desenvolvimento, fabricação e comercialização de nossos produtos. Visamos proteger nossos direitos de propriedade intelectual, resultantes de investimentos em pesquisa técnica e desenvolvimento. Nós detemos patentes concedidas e requerimentos de patentes relacionados a nossa tecnologia de fabricação. No momento, detemos patentes concedidas e requerimentos de patentes nos registros apropriados no Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Japão, Índia e China em relação às diversas tecnologias de nossos produtos. Exigimos que nossos fornecedores e parceiros de risco respeitem os direitos de propriedade intelectual de terceiros e acreditamos que possuímos os direitos de propriedade intelectual necessários aos nossos negócios e operações. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos protocolado 473 pedidos de patentes e haviam sido concedidas 164 patentes. Inovação Buscamos permanecer na vanguarda tecnológica, nos reinventando constantemente à medida que buscamos oportunidades de transformação de nossos negócios, produtos, serviços e mercados. Nós consideramos o foco na inovação como o segredo para a competitividade e sustentabilidade de nossos negócios. Por esse motivo, criamos uma área de inovação e conhecimento para reforçar nossas iniciativas. A área é responsável pela promoção de idéias inovadoras visando o desenvolvimento de novos negócios, produtos, tecnologias serviços e processos. Nosso Modelo de Gestão da Inovação contém as bases para nossos processos de inovação. Nosso programa Innova é a principal ferramenta criada por nossa área de inovação e gerenciamento do conhecimento para promover a inovação dentro da Embraer. O programa cria canais e espaços que promovem o desenvolvimento e a implementação das inovações disponíveis, tal como laboratórios de protótipos em São José dos Campos e Gavião Peixoto, além do Innova Spaces, em São José dos Campos, Fort Lauderdale e Melbourne. O Innova atua nas frentes da inovação espontânea, inovação estimulada e reconhecimento. Na frente da inovação espontânea, o programa Green Light avalia as propostas inovadoras apresentadas voluntariamente pelos funcionários. Caso as propostas sejam aprovadas, os funcionários autores das propostas recebem equipe e recursos para desenvolver os projetos. Em 2014, 12 projetos inovadores foram selecionados para o programa Green Light, que fornece recursos para os funcionários realizarem seu projeto. Para 2015 há 38 projetos sendo avaliados. Também criamos o Innova Challenge, pelo qual desafios são lançados a nossos funcionários para serem solucionados em um ambiente de colaboração. Em 2014, foram lançados oito desafios, resultando em 660 novas ideias e 17 protótipos para três projetos de inovação. Em 2014, nos termos do Programa de Reconhecimento de Inovação, todas as inovações implementadas com êxito devem ser reconhecidas e comemoradas. Em 2014, 970 funcionários foram reconhecidos por suas 153 inovações, tanto espontâneas quanto incentivadas. Além disso, nove grupos de gerenciamento nas categorias de fabricação, engenharia e escritório central foram reconhecidos como os ambientes mais favoráveis para a inovação dentro da empresa. 73 #4836-6508-5983v7 As inovações desenvolvidas entre 2010 e 2014 representaram 46% da nossa receita líquida em 2014. Implementamos 20.062 inovações em 2014. Em 2013, a Embraer recebeu o Prêmio Nacional de Inovação, patrocinado pelo CNI, Sebrae e Movimento Brasil Competitivo, na categoria de Projetos de Inovação Tecnológica. O projeto ganhador foi o Ahead-PRO, um sistema de monitoramento preventivo para aeronaves, criado com a finalidade de fornecer em todos nos momentos uma visão atualizada da condição operacional dos componentes da aeronave. Acreditamos que a implementação do projeto inovador teve um impacto em nossa competitividade, aumentando nossas taxas de satisfação do cliente. O sistema está disponível para a aeronaves E-Jet e Phenom. 5D. Informações sobre tendências Dada a atividade de pedidos ao longo dos últimos dois anos, quando recebemos uma quantidade significativa de pedidos de operadoras dos EUA, em particular para jatos regionais de 76 assentos, podemos antecipar, em grande medida, os cronogramas de produção e entrega para 2015 no segmento de Aviação Comercial. Esperamos que as entregas do jato modelo E175 sejam responsáveis por uma parcela maior do total de entregas do segmento. No mercado de jatos executivos, apesar dos níveis recorde de lucro das empresas, o número de pessoas com patrimônio elevado e os altíssimos níveis de mercado de ações em áreas geografias importantes, o nível de aeronaves usadas à venda continua a pressionar a demanda por aeronaves novas, o que tem impedido a recuperação do segmento. Acreditamos, porém, que novas ofertas de produtos de jatos executivos, isto é, o jato de médio porte Legacy 500, que completará um ano de entregas, e o jato Legacy 450, que deverá entrar em serviço em 2015, nos ajudará a aumentar nossas entregas de jatos executivos em 2015, em comparação com 2014. Em relação ao segmento de Defesa e Segurança, esperamos progredir na execução de nossos programas existentes, incluindo o KC-390, o sistema de monitoramento de fronteiras (SISFRON), o programa LAS Super Tucano e os programas de satélite. No entanto, devido à maioria das receitas serem expressas em reais, a desvalorização do real frente ao dólar dos EUA deve provavelmente pressionar as receitas relatadas em dólares americanos no segmento. A tabela a seguir resume nossa carteira de encomendas para o segmento de aviação comercial em 31 de dezembro de 2014. Nossa carteira de pedidos firmes nessa data, incluindo jatos executivos e aeronaves de defesa, era de US$ 20,9 bilhões. Aviação Comercial EMB 120 Brasília ..................................................................... ERJ 135 .................................................................................... ERJ 140 .................................................................................... ERJ 145 .................................................................................... EMBRAER 170 ........................................................................ EMBRAER 175 ........................................................................ EMBRAER 190 ........................................................................ EMBRAER 195 ........................................................................ EMBRAER 175-E2 .................................................................. EMBRAER 190-E2 .................................................................. EMBRAER 195-E2 .................................................................. Pedidos Pedidos 352 108 74 708 193 421 580 145 100 60 50 Opções 12 353 135 2 100 70 50 Entregas 352 108 74 708 188 249 515 138 - Carteira de pedidos firmes 5 172 65 7 100 60 50 As tabelas a seguir mostram nossa carteira de pedidos para Aviação Comercial em 31 de dezembro de 2014, por tipo de aeronave, cliente e país. 74 #4836-6508-5983v7 ERJ 135: Cliente American Eagle (EUA) ...................................................................... British Midland (Reino Unido) ........................................................... City Airline AB (Suécia) .................................................................... ExpressJet (EUA) ............................................................................... Flandair (França) ................................................................................ Jet Magic (Irlanda).............................................................................. Luxair (Luxemburgo) ......................................................................... Pan Européenne (França).................................................................... Proteus (França).................................................................................. Regional Airlines (França) ................................................................. Republic Airways (EUA) ................................................................... South Africa Airlink (África do Sul) .................................................. Total .................................................................................................. Pedidos firmes 40 3 2 30 3 1 2 1 3 3 15 5 108 Entregue 40 3 2 30 3 1 2 1 3 3 15 5 108 Carteira de pedidos firmes - Entregue 59 15 74 Carteira de pedidos firmes - Entregue 5 2 14 118 3 9 23 7 6 5 5 1 245 2 5 2 25 2 14 9 36 1 8 8 Carteira de pedidos firmes - ERJ 140: Cliente American Eagle (EUA) ...................................................................... Republic Airways (EUA) ................................................................... Total .................................................................................................. Pedidos firmes 59 15 74 ERJ 145: Cliente Aerolitoral (México) ........................................................................... Air Caraibes (Guadalupe) ................................................................... Alitalia (Itália) .................................................................................... American Eagle (EUA) ...................................................................... Axon (Grécia) ..................................................................................... British Midland (Reino Unido) ........................................................... British Regional Airlines (Reino Unido) ............................................ Brymon (Reino Unido) ....................................................................... China Southern (China) ...................................................................... China Eastern Jiangsu (China)............................................................ China Eastern Wuhan (China) ............................................................ Cirrus (Alemanha) .............................................................................. ExpressJet (EUA) ............................................................................... ERA (Espanha) ................................................................................... Flandre Air (França) ........................................................................... GECAS (PB Air - Tailândia) .............................................................. Hainan (China) ................................................................................... KLM EXEL (Holanda) ....................................................................... Lot Polish (Polônia) ............................................................................ Luxair (Luxemburgo) ......................................................................... Mesa (EUA)........................................................................................ Nigeria (Nigéria)(1) ............................................................................ Portugalia (Portugal)........................................................................... Proteus (França).................................................................................. 75 #4836-6508-5983v7 Pedidos firmes 5 2 14 118 3 9 23 7 6 5 5 1 245 2 5 2 25 2 14 9 36 1 8 8 Cliente Regional (França) ............................................................................... Republic Airways (EUA) ................................................................... Rheintalflug (Áustria) ......................................................................... Rio Sul (Brasil) ................................................................................... Satena (Colômbia)(1) ......................................................................... Sichuan (China) .................................................................................. Skyways (Suécia) ............................................................................... Swiss (Suíça) ...................................................................................... Transtates (EUA) ........................................................................ Total .................................................................................................. Pedidos firmes 15 60 3 16 3 5 4 25 22 708 Entregue 15 60 3 16 3 5 4 25 22 708 Carteira de pedidos firmes - Entregue 1 6 6 1 6 12 10 9 15 1 6 2 10 48 1 15 1 2 2 28 6 188 Carteira de pedidos firmes 5 5 (1) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança. EMBRAER 170: Cliente Airnorth (Austrália) ............................................................................ Alitalia (Itália) .................................................................................... BA CityFlyer (Reino Unido) .............................................................. Cirrus (Alemanha) .............................................................................. ECC (Irlanda)(1) ................................................................................. Egypt Air (Egito) ................................................................................ Finnair (Finlândia) .............................................................................. Gecas (EUA) ...................................................................................... JAL (Japão) ........................................................................................ Jetscape (EUA) ................................................................................... Lot Polish (Polônia) ............................................................................ Petro Air (Líbia) ................................................................................. Regional (França) ............................................................................... Republic Airlines (EUA) .................................................................... Satena (Colômbia)(2) ......................................................................... Saudi Arabian Airlines (Arábia Saudita) ............................................ Sirte Oil (Líbia) .................................................................................. Suzuyo (Japão) ................................................................................... TAME (Equador)(2) ........................................................................... US Airways (EUA) ............................................................................. Virgin Blue (Austrália) ....................................................................... Total .................................................................................................. Pedidos firmes 1 6 6 1 6 12 10 9 20 1 6 2 10 48 1 15 1 2 2 28 6 193 (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Cirrus, duas à Gulf Air, duas à Paramount, uma à Satena e duas à Gulf Air. (2) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança. EMBRAER 175: Cliente Air Canada (Canadá) .......................................................................... Aldus (Irlanda).................................................................................... ECC Leasing (Irlanda)(1) ................................................................... Air Lease (EUA) ................................................................................. Alitalia (Itália) .................................................................................... American Airlines (EUA) ................................................................... 76 #4836-6508-5983v7 Pedidos firmes 15 5 1 8 2 60 Entregue 15 1 8 2 - Carteira de pedidos firmes 5 60 Cliente CIT (EUA) .......................................................................................... Flybe (Reino Unido) Gecas (EUA) ...................................................................................... Jetscape (EUA) Lot Polish (Polônia) ............................................................................ Northwest Airlines (EUA) .................................................................. Oman Airlines (Omã) ......................................................................... Republic Airlines (EUA) .................................................................... Royal Jordanian (Jordânia) ................................................................. Trip (Brasil) ........................................................................................ United Airlines (EUA)........................................................................ Skywest (EUA) ................................................................................... Suzuyo (Japão) ................................................................................... Não divulgado .................................................................................... Total .................................................................................................. Pedidos firmes 4 15 5 4 12 36 5 151 2 5 30 47 8 6 421 Entregue 4 11 5 4 12 36 5 95 2 5 19 20 5 249 Carteira de pedidos firmes 4 56 11 27 3 6 172 (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Air Caraïbes. EMBRAER 190: Cliente Aero Republica (Colômbia)................................................................ Aeromexico (México)......................................................................... Aldus (Irlanda).................................................................................... Air Astana (Kazaquistão) ................................................................... Air Canada (Canadá) .......................................................................... Air Caraibes (Guadalupe) ................................................................... Air Lease (EUA) Air Moldova (Moldávia) .................................................................... Augsburg (Alemanha) ........................................................................ Austral (Argentina). ............................................................................ AZAL (Azerbaijão) ............................................................................ Azul (Brasil) ....................................................................................... BA CityFlyer (Reino Unido) .............................................................. BOC Aviation (Cingapura) ................................................................. Conviasa (Venezuela) ......................................................................... China Southern (China) ...................................................................... CIT (EUA) .......................................................................................... Copa (Panamá) ................................................................................... ECC Leasing (Irlanda)(1) ................................................................... Finnair (Finlândia) .............................................................................. Gecas (EUA) ...................................................................................... Hainan (China)……………………………………………………… Goiania (Ucrânia) .............................................................................. Hebei(China) ...................................................................................... JAL (Japão) ....................................................................................... JetBlue (EUA) .................................................................................... Jetscape (EUA) ................................................................................... Kenya Airways (Quênia) .................................................................... KLM (Holanda) .................................................................................. 77 #4836-6508-5983v7 Pedidos firmes 5 12 15 2 45 1 23 1 2 22 6 5 9 14 14 20 7 15 1 12 27 50 5 7 10 88 7 10 22 Entregue 5 12 4 2 45 1 23 1 2 22 4 5 9 14 14 20 6 15 1 12 27 50 5 5 64 7 10 22 Carteira de pedidos firmes 11 2 1 2 10 24 - Cliente Kungpeng (China) .............................................................................. LAM (Moçambique) ................................................................... Lufthansa (Alemanha) ........................................................................ M1 Travel (Líbano) ............................................................................ NAS Air (Arábia Saudita) .................................................................. NIKI (Áustria) .................................................................................... Regional (França) ............................................................................... Republic (EUA) Taca (El Salvador) .............................................................................. TAME (Equador)(2) ........................................................................... Trip (Brasil) ........................................................................................ US Airways (EUA) ............................................................................. Virgin Blue (Austrália) ....................................................................... Virgin Nigeria (Nigéria) ..................................................................... Não divulgado .................................................................................... Total .................................................................................................. Pedidos firmes 5 2 9 8 10 7 10 2 11 3 3 25 18 2 8 580 Entregue 5 2 9 8 3 7 10 2 11 3 3 25 18 2 515 Carteira de pedidos firmes 7 8 65 (1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Jet Blue (EUA). (2) Aeronaves entregues pela Embraer Defesa e Segurança. EMBRAER 195: Cliente Aurigny (Guernsey) ............................................................................ Azul (Brasil) ....................................................................................... Belavia (Bielorrússia) ......................................................................... BOC Aviation (Cingapura) ................................................................. Flybe (Reino Unido) ........................................................................... Gecas (EUA) ...................................................................................... Globalia (Espanha) ..................................................................... Jetscape (EUA) ................................................................................... Lot Polish (Polônia) ............................................................................ Lufthansa (Alemanha) ........................................................................ Montenegro (Montenegro).................................................................. Royal Jordanian (Jordânia) ................................................................. Trip (Brasil) ........................................................................................ Total .................................................................................................. Pedidos firmes 1 59 2 1 14 12 12 2 4 34 1 2 1 145 Entregue 1 52 2 1 14 12 12 2 4 34 1 2 1 138 Carteira de pedidos firmes 7 7 EMBRAER 175 – E2: Cliente Skywest (EUA) ................................................................................... Total .................................................................................................. Pedidos firmes 100 100 Entregue - Carteira de pedidos firmes 100 100 Entregue - Carteira de pedidos firmes 25 25 10 EMBRAER 190 E2: Cliente Air Costa (Índia) ................................................................................. ILFC (EUA) ........................................................................................ ICBC (China)...................................................................................... 78 #4836-6508-5983v7 Pedidos firmes 25 25 10 Cliente Total .................................................................................................. Pedidos firmes 60 Entregue - Carteira de pedidos firmes 60 Entregue - Carteira de pedidos firmes 25 25 50 EMBRAER 195 E2: Cliente Air Costa (Índia) ................................................................................. ILFC (EUA) ........................................................................................ Total .................................................................................................. Pedidos firmes 25 25 50 Para obter mais informações sobre as tendências de nossa empresa, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral da Empresa — Estratégias de Negócios” e o “Item 5A. Revisão e Perspectivas Financeiras e Operacionais — Resultados Operacionais – Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor da Indústria de Aeronaves Comerciais e no Mercado de Jatos Executivos. Para os riscos que afetam o nosso negócio, consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco”. 5E. Composições Não Registradas no Balanço No desempenho de nossas atividades comerciais normais, firmamos determinados contratos não registrados no balanço patrimonial, incluindo garantias, obrigações comerciais, garantias financeiras e de valor residual, compromissos de garantia de produtos e arrendamentos operacionais. Também temos algumas operações de swap, descritas no “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre Risco de Mercado”. Para uma descrição detalhada de nossos instrumentos derivativos, veja a Nota 8 de nossas demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Consulte também a Nota 36 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para obter informações adicionais sobre acordos não registrados no balanço. Consulte também o “Item 3D. Principais Dados - Fatores de Risco — Riscos Relativos à Embraer — Algumas de nossas vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual e a opções de trade-in que podem exigir que façamos desembolsos de caixa significativos no futuro”. Garantias financeiras e de valor residual As garantias financeiras são acionadas quando os clientes não cumprem sua obrigação de saldar a dívida durante o período de financiamento, segundo os acordos correspondentes de financiamento. Essas garantias fornecem um suporte de crédito à parte garantida para diminuir as perdas correspondentes a inadimplementos. Os ativos correspondentes dão suporte a essas garantias. O valor dos ativos correspondentes pode ser adversamente afetado por um recesso da economia ou do setor. No caso de inadimplemento, somos normalmente o agente da parte garantida para o recondicionamento e a renegociação do ativo correspondente. Nós podemos ter direito a uma taxa para esses serviços de renegociação. Geralmente, é preciso fazer uma reivindicação sob a garantia somente com o resgate do ativo correspondente da renegociação. As garantias de valores residuais fornecem a um terceiro um valor específico de ativo garantidos ao final do acordo de financiamento. No caso de uma redução no valor de mercado do ativo subjacente, devemos assumir a diferença entre o valor específico garantido e o valor real e justo de mercado. Nossa exposição é diminuída pelo fato de que, para se beneficiar da garantia, a parte garantida deve fazer com que os ativos correspondentes atendam às rigorosas condições específicas para devolução. Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não registradas em balanço não honrarem seus respectivos contratos de financiamentos e também pressupondo a necessidade de cobrirmos o valor total das garantias financeiras e de valor e residual em aberto, sem sermos capazes de revender nenhuma das aeronaves para compensar nossas obrigações, nossa exposição máxima de acordo com essas garantias (menos provisões e obrigações) seria de US$ 531,5 milhões em 31 de dezembro de 2014. Consulte a Nota 36 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destas composições não registradas no balanço. 79 #4836-6508-5983v7 Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos US$ 251,7 milhões depositados em uma conta de caução como garantia para o financiamento de determinadas aeronaves vendidas, no qual servimos como avalista secundário. No caso em que o avalista inicial da dívida (um terceiro não relacionado) deva pagar ao financiador, o avalista inicial terá direito ao valor depositado da conta de caução. O valor é devolvido na forma de dinheiro para nós no vencimento dos contratos de financiamento (até 2021) no caso em que o comprador da aeronave não deixe de pagar o empréstimo. Os juros da conta de caução são somados ao principal e lançados por nós como receita financeira. Nós alocamos os depósitos da conta de caução a títulos estruturados de 14 anos junto ao banco depositário para obter melhor taxa de juros. Esse aumento nos ganhos foi obtido em uma operação derivativa de crédito (CDS Credit Derivative Swap), que concede ao portador do título o direito de resgate antecipado, em caso de evento de crédito causado pela Embraer. No caso de um evento de crédito, o título poderá ser resgatado pelo portador pelo valor de mercado ou pelo valor nominal original do título, o que for maior, o que resultaria na perda para nós de todos os juros acumulados do título até a presente data. Eventos de crédito incluem inadimplência de obrigação e pagamento nos termos das garantias acima dos limites especificados, eventos relacionados à reestruturação das obrigações acima de um limite especificado, falência e recusa de e/ou moratória sobre as obrigações acima de um limite especificado. Nossas garantias de valor residual normalmente asseguram que, na data de exercício (entre 6 e 18 anos após a data de entrega da aeronave), a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de venda. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação (“teto”) e, portanto, nosso valor residual garantido médio está limitado a 17% do preço de venda original. No caso de uma redução no valor de mercado da aeronave e a exigência por parte do cliente do valor residual garantido, vamos arcar com a diferença, se houver, entre o valor de mercado da aeronave e o valor residual garantido no exercício correspondente, limitado a um teto. Nosso comprometimento é suavizado pelo fato de que a parte garantida, para usufruir da garantia, deve fazer com que a aeronave atenda a determinadas condições. Consulte a Nota 11 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Reavaliamos continuamente nosso risco de acordo com as garantias e obrigações de entrega como parte do pagamento com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da aeronave com base em avaliações de terceiros, incluindo as informações obtidas da venda ou arrendamento de aeronaves semelhantes no mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. A tabela a seguir fornece dados quantitativos sobre as garantias que fornecemos com relação a terceiros. Os pagamentos máximos potenciais representam o cenário do pior caso, e não necessariamente refletem os resultados esperados por nós. As receitas estimadas decorrentes das garantias de desempenho e dos ativos correspondentes representam os valores antecipados de ativos que podemos liquidar ou receber de outras partes para compensar os seus pagamentos sob garantias. Em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 Descrição (em milhões de US$) Garantias máximas financeiras ................................................................ 487,6 545,5 374,2 471,6 Garantias máximas de valor residual ................................ 307,5 359,9 372,7 542,2 Exposição mutuamente exclusiva (1) ................................ (107,4) (94,7) (115,0) (209,8) Provisões e obrigações registradas (2) ................................ (156,2) (155,3) (114,0) (121,2) 2014 Exposição não registrada no balanço ................................ 531,5 Receitas estimadas de garantias de desempenho e ativos correspondentes ................................................................725,2 (1) 2010 1.133,9 743,4 (393,9) (143,2) 655,4 517,9 682,8 1.340,2 907,8 656,7 896,5 1.255,9 Quando um ativo correspondente está coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas, o valor residual garantido pode ser exercido somente se a garantia financeira tiver vencido sem ter sido utilizada. Por outro lado, se utilizada a garantia financeira, o valor residual garantido é cancelado automaticamente. Após a garantia financeira expirar sem ser utilizada, existe um período médio de três meses, em que a parte garantida pode exercer a garantia de valor residual. Isso significa que não pode ser cumulativa nossa exposição às garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas de cobertura de um único ativo correspondente. Portanto, a exposição máxima mostrada neste item não é o valor total dos valores combinados das garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas de cobertura de um único ativo correspondente. 80 #4836-6508-5983v7 (2) Representa a soma de nossas garantias financeiras e de valor residual (consultar a Nota 25 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas). Conforme discutido na Nota 11 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas, em 31 de dezembro de 2014, 2013, 2012, 2011 e 2010, mantivemos os depósitos de caução no valor total de US$ 251,7 milhões, US$ 261,4 milhões, US$ 275,8 milhões, US$ 268,4 milhões e US$ 263,6 milhões, respectivamente, em favor de terceiros aos quais fornecemos garantias financeiras e de valor residual associadas a certas estruturas de financiamento de venda de aeronaves. Em 31 de dezembro de 2011, em decorrência do pedido de proteção dos credores pela nossa cliente American Airlines nos termos do Capítulo 11, fizemos uma provisão de US$317,5 milhões para cobrir as perdas estimadas em relação a nossas obrigações de garantia financeira para com o fornecedor de 216 aeronaves (modelos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145). Durante o ano de 2012, até que o tribunal aprovasse os termos da falência proposta, fizemos pagamentos de US$ 59,7 milhões como adiantamento de garantia, os quais foram apresentados como uma redução (alienações) em relação às provisões estabelecidas em 2011. A proposta de reestruturação da American Airlines foi protocolada em 8 de setembro de 2012 no tribunal, que aprovou as condições propostas nas negociações. Como resultado da aprovação e formalização dos contratos entre as partes, nós contabilizamos os ativos adquiridos e as obrigações assumidas em relação à operação no valor de US$149,6 milhões. O saldo restante para o complemento da provisão para obrigações de garantia foi de US$ 211,9 milhões em 31 de dezembro de 2012. Em 29 de novembro de 2013 a justiça dos Estados Unidos aprovou a fusão entre a US Airways e a American Airlines e seu pedido de falência foi encerrado. Consequentemente, por meio desse evento, nossa obrigação de garantias financeiras pelo credor da AMR foi concluída, e parte do valor pago como adiantamento de garantias financeiras a tal credor no valor de US$71,4 milhões foi devolvido para nós e a provisão restante de US$111,9 milhões foi estornado contra o resultado operacional. As garantias de valor residual foram finalizadas juntamente com a American Airlines em troca de concessões de contas a receber contratuais e o valor de US$58,6 milhões foi transferido das provisões para contas a pagar em 2013. Em 31 de dezembro de 2014 não havia saldo restante para a provisão adicional. Obrigações de Trade-in Às vezes oferecemos opções de troca (trade-in) aos nossos clientes nos contratos de compra de novas aeronaves. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave na compra e aceitação de uma nova. O preço de trade-in para aeronaves comerciais é determinado da forma discutida nos termos do “Item 5A.Resultados Operacionais—Estimativas Contábeis Críticas—Garantias e Direitos de Trade-in”. Em 2014, aceitamos cinco aeronaves, com um valor total faturado de US$ 43,9 milhões, para a trade-in conforme as opções de trade-in. No agregado, estamos sujeitos a opções de trade-in relativas a 12 aeronaves, resultantes de trade-ins vinculadas a obrigações contratuais com clientes e de entregar a esses clientes algumas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar sujeitas a trade-ins devido a novos contratos de vendas. O preço da opção trade-in é determinado com base na nova aeronave vendida, bem como outros fatores, incluindo uma avaliação do valor de mercado realizada por avaliadores independentes de terceiros. Consulte a Nota 36 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para mais informações sobre nossas opções de trade-in. Continuamos monitorando todos os compromissos de trade-in para prever qualquer impacto econômico adverso que possam causar em nossa situação financeira. Pode ser necessário aceitar trade-ins de aeronaves a preços acima do preço de mercado, resultando em perda financeira na revenda da aeronave. Com base em nossa avaliação atual e na avaliação de terceiros, acreditamos que qualquer aeronave aceita em compromisso de trade-in possa ser vendida ou arrendada no mercado sem lucros ou perdas significativas. Consulte o “Item 5A. - Resultados Operacionais — Estimativas Críticas de Contabilidade — Direitos de Garantias e de Trade-in”. Leasings operacionais Uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade são assumidos pela arrendadora e são classificados como leasings operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais são amortizados na demonstração de resultados pelo método linear durante o prazo do contrato. Os arrendamentos operacionais de nossa sociedade controladora ser ferem a telefone e equipamento de computador, e aqueles de nossas subsidiárias nos Estados Unidos se referem a arrendamentos operacionais não canceláveis de terras e equipamentos. Esses arrendamentos vencem em diversas datas até 2020. Para obter outras informações sobre nossos arrendamentos operacionais, consulte a Nota 36 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. 81 #4836-6508-5983v7 5F. Demonstração de Obrigações Contratuais A tabela e a análise a seguir fornecem informações adicionais relativas às nossas principais obrigações contratuais e compromissos comerciais em 31 de dezembro de 2014. Total Obrigações contratuais Empréstimos e juros ....................................... Fundo de pensão ............................................. Obrigações de leasing financeiro .................... Leasings operacionais ..................................... Dívida com e sem direito de regresso ............. Adiantamentos de clientes .............................. Contribuição de fornecedores ......................... Fornecedores................................................... Garantias financeiras ...................................... Outros passivos ............................................... Total .............................................................. 3.279,9 125,4 0,3 76,9 400,0 828,6 980,6 238,0 386,1 6.315,8 menor que 1 ano 1 –3 anos 3–5 anos (em milhões de US$) 195,0 1.079,0 320,5 12,5 25,1 25,1 0,2 0,1 17,8 14,0 15,1 10,3 328,8 32,1 652,5 64,8 82,3 980,6 29,5 42,1 14,8 85,5 118,4 111,4 1.983,9 1.672,3 601,3 Mais de 5 anos 1.685,4 62,7 30,0 28,8 29,0 151,6 70,8 2.058,3 A tabela acima mostra o valor do principal da dívida e juros previstos na data de vencimento. Para os empréstimos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato de dívida. Para empréstimos com taxas flutuantes, as despesas de juros foram calculadas com base na previsão de mercado para cada período (LIBOR 6m – 12m), em 31 de dezembro de 2014. Essa exposição à taxa flutuante é controlada por operações derivadas. Consulte o “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado”. A tabela acima não reflete os compromissos contratuais relativos às opções de trade-in como e garantias financeiras e de valor residual discutidas no “Item SE. - Composições não registradas no Balanço Patrimonial” acima. Consulte o “Item 3D. Principais Dados - Fatores de Risco — Riscos Relativos à Embraer — Algumas de nossas vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual e a opções de trade-in que podem exigir que façamos desembolsos de caixa significativos no futuro”. Outras obrigações de longo prazo incluem impostos e encargos sociais a serem pagos no total de US$ 269,7 milhões em 31 de dezembro de 2014. A tabela acima não reflete informações sobre instrumentos derivativos, que são analisados com mais detalhes no “Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado”. 5G. 'Porto Seguro' Veja a “Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras”. ITEM 6. 6A. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS Conselheiros e Diretoria Somos administrados pelo nosso Conselho de Administração, integrado por onze membros, e pela nossa Diretoria, integrada por no mínimo quatro e no máximo onze membros (cada um sendo um diretor executivo). Temos um Conselho Fiscal permanente, integrado por três a cinco membros, com um número igual de suplentes. Não há qualquer grau de parentesco entre os membros do nosso Conselho de Administração e/ou nossos Diretores Executivos. 82 #4836-6508-5983v7 Conselho de Administração Normalmente, nosso Conselho de Administração se reúne oito vezes por ano e extraordinariamente, quando solicitado pelo Presidente ou pela maioria de seus membros. É responsável, entre outras coisas, por estabelecer nossas políticas gerais do negócio e por eleger e supervisionar o trabalho dos Diretores Executivos. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, sendo permitida reeleição, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal brasileiro na condição de titular da “golden share” (ação especial) e (2) dois membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários. Os demais oito Conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Consulte o “Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social — Conselho de Administração — Eleição do Conselho de Administração”, para obter uma descrição detalhada das regras e procedimentos relativos à eleição e nomeação dos membros do Conselho. Não há idade compulsória de aposentadoria para nossos diretores. Segundo as regras do Novo Mercado, os membros do nosso Conselho de Administração concordam em cumprir as regras de listagem na bolsa de valores do Novo Mercado e as regras da Câmara de Arbitragem da BOVESPA antes de assumirem o cargo, assinando um Termo de Anuência dos Administradores. A seguir, são apresentados nomes, idades, cargos, o primeiro ano em que foram eleitos e uma breve biografia dos membros do nosso Conselho de Administração eleitos na assembleia geral ordinária realizada em 25 de abril de 2013: Nome Alexandre Gonçalves Silva Sérgio Eraldo de Salles Pinto Antonio Franciscangelis Neto Arno Hugo Augustin Filho Ernani de Almeida Ribeiro Junior Israel Vainboim João Cox Neto Josué Christiano Gomes da Silva Paulo Roberto de Oliveira Samir Zraick Vitor Paulo Camargo Gonçalves Idade 69 50 61 54 48 70 51 51 50 73 58 Posição Presidente do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Membro do Conselho de Administração Primeiro ano eleito para o Conselho 2011 2009 2013 2012 2013 2009 2011 2011 2013 2006 2011 Alexandre Gonçalves Silva. Alexandre é formado em Engenharia Mecânica pela PUC do Rio de Janeiro. Em seus 40 anos de carreira, ocupou cargos em diversas áreas, incluindo 22 anos como CEO. Alexandre foi Diretor Executivo (CEO) da GE Brasil de 2001 a 2007 e, desde então, ocupou cargos em nos Conselhos Administrativos de diversas empresas. Ele é presidente do Conselho de Administração da Embraer e membro independente do Conselho na Fibria Celulose, Alupar, Tecsis e Nitroquímica. Ele é diretor Pro Bono da AMCHAM Brasil e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, assessor da Global Infrastructure Partners em Nova York e membro do Conselho da Câmara Americana de Comércio desde 2003. Alexandre Silva é membro independente do Conselho de Administração da Embraer. Sérgio Eraldo de Salles Pinto. Desde 2011 Sérgio atua como Diretor Executivo (CEO) do Grupo Bozano, onde ocupou cargo de Direção de 2000 a 2010. De 1988 a 2000, trabalhou em diversas empresas do Banco Bozano, Simonsen S.A. Ele foi originalmente eleito para o Conselho de Administração da Embraer em abril de 2009 e é um membro independente, sendo membro do Comitê de Recursos Humanos e coordenador da Comissão de Auditoria e Risco. O Sr. Salles Pinto é formado em Economia e Engenharia Elétrica pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB) e pela Universidade de Brasília (UnB), respectivamente. É Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro (EPGE) e em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). Sérgio Salles Pinto é Presidente da Bozano Investimentos Gestora de Recursos e membro do 83 #4836-6508-5983v7 Conselho de Administração da Netpoints, membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas e membro do Conselho de Administração da Ouro Preto Óleo e Gás. Antonio Franciscangelis Neto. Antonio Franciscangelis é Secretário de Economia e Finanças da Força Aérea Brasileira. Dentre outros cargos ocupados, Antonio foi Chefe de Gabinete do Comandante da Força Aérea Brasileira, Comandante do 2 º / 5 º Grupo de Aviação; Chefe de Gabinete do COMDABRA da Força Aérea Brasileira; Assistente do Vice-Comandante do Estado Maior das Forças Armadas; Comandante da Base Aérea de Anápolis; Assistente de Defesa e Aeronáutica adido dos Estados Unidos e do Canadá; Chefe a Comissão da Força Aérea Brasileira em Washington, DC; Chefe da 2ª, 1ª e 6ª Subchefias da EMAER; Comandante do Centro de Instruções e Adaptação da Força Aérea e Comandante da Divisão de Defesa Aeroespacial Brasileira. Entre os principais cursos acadêmicos concluídos por Antonio estão o Curso de Formação de Oficiais Aviadores - AFA; Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - EAOAR; Curso de Graduação em Comando e Estado Maior - ECEMAR; Curso de Estratégia Política e Aeroespacial; Curso de Reciclagem em Economia e Finanças (SEFA); Gestão e Administração de Empresas (MBA) na Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ); Curso de Piloto de Caça Mirage F 103 e Defesa Aérea; Curso de Liderança de Combate; e o Curso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) para membros do conselho. Arno Hugo Augustin Filho. Augustin se formou em economia pela faculdade de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1983. Ele foi Secretário do Tesouro Federal do Brasil desde 2007. Durante 2003 e 2004, Arno ocupou os cargos de Secretário Executivo Assistente do Ministério da Fazenda e Presidente dos Conselhos de Administração da Caixa Econômica Federal e do Banco da Amazônia S.A. - BASA. De 1999 a 2003, Arno atuou como Secretário da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul e como Presidente do Conselho de Administração do Banrisul. De 1985 a 1998, Augustin foi Secretário da Fazenda do Município de Porto Alegre, Assessor Econômico do Prefeito, entre outros cargos. Ernani de Almeida Ribeiro Junior. Ernani é formado em Administração de Empresas pela Faculdade Nogueira da Gama, com um MBA em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduação em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral e em Marketing e Comércio Exterior pelo INPG. Ribeiro Junior foi nosso funcionário desde 1986 e atualmente ocupa o cargo de conselheiro e coordenador do programa Boa Ideia, que incentiva os nossos funcionários a sugerir melhorias para nossos processos de negócios, especialmente aqueles relacionados à redução de custos, segurança ocupacional e meio ambiente. O Sr. Ribeiro Júnior foi membro suplente do Conselho de Administração da Embraer de abril de 2011 a abril de 2013. Israel Vainboim. O Sr. Vainboim foi membro do Conselho de administração do Itaú Unibanco S.A. de 2009 a abril de 2015. Ele é membro do Conselho de Administração da Cia. Iochpe-Maxion, membro do Conselho Decisório do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), Presidente do Conselho Fiscal do Hospital Albert Einstein, em São Paulo e presidente do Conselho Administrativo da Câmara de Comércio Brasil-Israel. O Sr. Vainboim trabalhou no Unibanco em vários cargos desde 1969. Também foi Presidente do Unibanco de 1988 a 1992, e membro do seu Conselho de Administração até 2008. Ele foi presidente do grupo Unibanco Holdings S.A. de 1994 a 2007, Presidente do Conselho de Administração e Presidente do Comitê de Auditoria do grupo Unibanco Holdings S.A. de 2007 a fevereiro de 2009. Foi eleito pela primeira vez para o Conselho de Administração da Embraer em abril de 2009 e atua como membro independente. Israel é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e possui um MBA pela Universidade de Stanford. João Cox Neto. João Cox é formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia e estendeu seus estudos de pós-graduação na área de Economia na Université du Québec à Montréal e na Oxford University do PSC. Ele fala português, inglês, francês e espanhol. É o presidente da Cox Investments & Advisory, uma butique de investimentos que presta serviços de Fusões e Aquisições (M&A), financiamento e consultoria, além de ter participação em fundos de capital privado. Ele também foi membro do Conselho de Administração de empresas em diversos países (Brasil, Argentina, Holanda e Israel), e atuou como consultor para o CRSFN - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselho de Administração da ABRASCA (Associação Brasileira de Companhias Abertas) e IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). Atualmente, atua no Conselho de Administração da Estácio de Sá S.A. Desde abril de 1999, tem estado profundamente envolvido com a indústria de telecomunicações, como Presidente, Diretor Executivo (CEO) ou Vice-Presidente. De 2006 a 2010, trabalhou na Claro, a segunda maior operadora de celulares do Brasil, como Presidente, Diretor Executivo (CEO) e VicePresidente. De abril de 1999 a agosto de 2004, atuou como Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Telemig Celular Participações e Telenorte Celular Participações, além de Diretor Executivo (CEO) 84 #4836-6508-5983v7 da Telemig Celular e da Amazônia Celular. Em 2005, atuou como Vice-Presidente do Conselho de Administração da Cellcom, maior operadora de celulares de Israel. Cox mantém laços com as universidades onde lecionou por vários anos nos cursos de graduação e pós-graduação. Ele é membro independente do Conselho de Administração da Embraer, atuando também como membro do Comitê de Recursos Humanos e do Comitê de Estratégia. Josué Christiano Gomes da Silva. Josué atua como Presidente da Companhia de Tecidos Norte de Minas – Coteminas, líder no setor de cama, mesa e banho, com unidades de fabricação em todo o Brasil. É fundador e presidente do Conselho de Administração da Cantagalo General Grains S.A., uma empresa com excelente desempenho na produção, comercialização e logística de grãos, e membro do Conselho de Administração da Embraer. Atuou como membro do Conselho do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - IEDI, o qual presidiu de 2005 a 2009, Presidente emérito e membro do Conselho Superior da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Vestuário - ABIT, a qual presidiu de 2005 a 2007, Terceiro Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP, Vice-Presidente do Conselho de Empresários da América Latina CEAL, membro do Fórum de Diretores Executivos (CEOs) Brasil-Estados Unidos, membro do Conselho Corporativo da Faculdade Owen da Universidade de Vanderbilt, Presidente da Federação Internacional de Fabricantes Têxteis - International Textile Manufactures Federation (ITMF), e membro do Conselho de Visitantes do Instituto do Câncer de São Paulo - Octavio Frias de Oliveira - ICESP. Josué é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, e em Direito pela Faculdade de Direito de Milton Campos. Ele ganhou a “Medalha de Ouro” (Medalha de Fundador) na Universidade de Vanderbilt – Estados Unidos, onde concluiu seu mestrado em Administração de Empresas - MBA. Paulo Roberto de Oliveira. Paulo é formado em Engenharia Mecânica com especialização em Gestão de Projetos, e possui um MBA em Gestão de Negócios. Ele trabalha na Embraer desde 1987, e já atuou em diversas funções, tais como analista especialista de planejamento, e inclusive como assessor do Vice-Presidente de Engenharia, Desenvolvimento Tecnológico e Planejamento Estratégico. Paulo é responsável pelo planejamento de novos produtos em seus estágios iniciais. Ele Paulo atua como Presidente do Conselho do CIEMB - Clube de Investimento dos Empregados da Embraer, tendo sido nomeado seu representante no Conselho de Administração da Embraer. Samir Zraick. Samir foi Diretor Financeiro da Vale S.A. e dirigiu sua afiliada nos EUA de 1971 a 1986, tendo sido responsável pela formulação financeira do Projeto Carajás. Depois disso, foi membro do Conselho de Administração da Vale durante o ano de 2000 e atuou como um Conselheiro Especial e membro do Comitê de Estratégia da CVRD de 2001 a 2004. Atuou como Diretor Financeiro e de Desenvolvimento da Caemi Mineração e Metalurgia S.A. de 1986 a 1998. Foi membro do Conselho de Administração e presidente do Comitê de Marketing da Quebec Cartier Mining, em Montreal, Quebec, de 1990 a 1999. Participou do Conselho de Administração da Canico Resources em Vancouver, na Colúmbia Britânica, de julho de 2004 a março de 2006. Foi eleito pela primeira vez em março de 2006 para o Conselho de Administração da Embraer e atua como membro independente. Vitor Paulo Camargo Gonçalves. Vitor é Diretor de Planejamento da Previ, eleito para atuar até maio de 2014. Vitor ingressou no Banco do Brasil em 1976 e trabalhou na Previ como Diretor de Participação, Diretor Deliberativo e membro do Comitê de Auditoria. Ele é membro do Conselho de Administração da Embraer S.A., tendo atuado como membro do Conselho nas empresas Paranapanema S.A., Petroflex S.A., Invepar S.A e Kepler Weber S.A. É membro do Conselho da ABRAPP - Associação Brasileira dos Fundos de Pensão, como representante da Previ, Presidente do ICSS e membro do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - ANABB. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie e tem pósgraduação em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (RJ), com especialização em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e IBMEC (RJ), em Governança Corporativa pelo IBMEC (RJ) e IBGC - Instituto brasileiro de Governança Corporativa, e em Gestão de Fundos de Pensão pela Wharton School, na Filadélfia (EUA). Vitor é membro independente do Conselho de Administração da Embraer. Comitês Três comitês foram formados para ajudar o Conselho de Administração em suas tarefas e responsabilidades: • Comitê de Estratégias: que não tem nenhum poder executivo. A finalidade principal do Comitê de Estratégias é ajudar o Conselho de Administração em suas funções. Os membros independentes do 85 #4836-6508-5983v7 nosso Conselho de Administração e da Diretoria podem atuar nesse comitê. As responsabilidades do Comitê de Estratégias incluem auxiliar o Conselho de Administração na formulação de nosso planejamento estratégico. Os membros atuais do Comitê de Estratégia são Israel Vainboim (coordenador), Alexandre Gonçalves Silva, Josué Christiano Gomes da Silva e João Cox Neto. • Comitê de Auditoria e Riscos: Consulte o “Item 6C. — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos”, abaixo. • Comitê de Recursos Humanos: os membros são nomeados pelo Conselho de Administração. Os membros do Comitê de Recursos Humanos podem ser membros independentes de nosso Conselho de Administração ou diretores. Sua finalidade é auxiliar o Conselho de Administração em questões de recursos humanos que incluem nomear e destituir diretores e designar suas responsabilidades conforme estipulado pelos estatutos, política salarial e relações humanas, transferir nossos recursos para associações de funcionários e instituições recreativas e de caridade, e para o fundo de ações privado e fundação. Os atuais membros do Comitê de Recursos Humanos são Vitor Paulo Camargo Gonçalves (coordenador), João Cox Neto, Alexandre Gonçalves da Silva e Sérgio Eraldo de Salles Pinto. • Conselho Fiscal: Consulte o “Item 6C. — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos — Conselho Fiscal” abaixo. Caso um Diretor Executivo faça parte do Comitê de Estratégias e do Comitê de Recursos Humanos, ele só poderá receber a remuneração correspondente ao cargo com o maior salário. Os Diretores nomeados para atuar em tais Comitês e no Comitê de Auditoria e Riscos podem combinar a remuneração de cada cargo exercido. Diretoria Executiva Nossos Diretores Executivos são responsáveis pela administração diária. Eles têm responsabilidades individuais estabelecidas por nossos estatutos e pelo Conselho de Administração. Os mandatos dos membros do Conselho de Administração e de nossos Diretores Executivos são de dois anos, sendo permitida a reeleição de cada Diretor Executivo. São necessários os votos de pelo menos nove membros do Conselho de Administração para destituição de um Diretor Executivo. Nosso estatuto social não permite que o Diretor Executivo ocupe, ao mesmo tempo, o cargo de membro do Conselho de Administração. Os estatutos sociais contêm uma disposição que estipula que o Diretor Presidente deverá participar das reuniões do Conselho de Administração, porém não votará nas deliberações do mesmo. Nossos Diretores Executivos concordaram em cumprir as regras de negociação do Novo Mercado e as regras da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Valores de São Paulo, antes de tomar posse e, para tal, assinaram um Termo de Anuência dos Administradores. Abaixo está uma lista dos nomes, idades, cargos, ano em que foram eleitos pela primeira vez e biografias resumidas de nossos Diretores Executivos atuais na data deste relatório: 86 #4836-6508-5983v7 Nome Frederico Pinheiro Fleury Curado Mauro Kern Junior Ida de 53 54 Paulo Cesar de Souza e Silva Artur Aparecido V. Coutinho Jackson Medeiros de F. Schneider 59 66 50 José Antonio de Almeida Filippo 54 Marco Tulio Pellegrini 56 Terena Penteado Rodrigues 41 Posição Presidente e CEO Vice-presidente Executivo – Engenharia e Tecnologia Vice-presidente Executivo – Aviação Comercial Diretor Executivo de Operações Vice-presidente Executivo – Pessoal, Relações Institucionais e Sustentabilidade Vice-presidente Executivo – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Vice-Presidente Executivo do Mercado Jatos Executivos Vice-presidente Executiva – Assessora Jurídica Ano da primeira eleição 1995 2007 2010 2005 2012 2012 2013 2013 Frederico Pinheiro Fleury Curado. Frederico foi Diretor da Embraer S.A. desde 1995, e atua como Presidente e Diretor Executivo desde 2007. Ele é formado em Engenharia Aeronáutica Mecânica pelo ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica e possui um MBA da Universidade de São Paulo. Além de suas atividades na Embraer, ele é o Presidente da Brazilian Chapter, do Conselho de Negócios Brasil-Estados Unidos, um membro do Conselho Nacional Brasileiro para o Desenvolvimento Industrial e membro do Conselho Executivo da Câmara Internacional de Comércio. Ele também é um membro independente do Conselho de Administração da Transocean Ltd (NYSE: RIG). Recebeu a Medalha de Mérito Aeronáutico do Governo brasileiro e a Medalha de Mérito da Associação Brasileira de Engenharia Militar. Mauro Kern Junior. Em abril de 2011, Kern foi nomeado Vice-presidente Executivo da Embraer para o Engenharia e Tecnologia. Ele ingressou na Embraer em 1982 como Engenheiro de Sistemas Mecânicos e atuou por 13 anos em vários cargos técnicos e gerenciais. Em 1999, Mauro ingressou no programa Embraer 170/190, como Engenheiro-Chefe e Gerente do programa. Em abril de 2007, ele foi nomeado vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Companhias Aéreas. É bacharel em Engenharia pela Universidade do Rio Grande do Sul. Paulo Cesar de Souza e Silva. Paulo ingressou na empresa em 1997 e passou 13 anos trabalhando no desenvolvimento de estratégias de Financiamento de Clientes da Embraer. Desde abril de 2010 ele atua como Presidente e Diretor Executivo (CEO) da área de Aviação Comercial da Embraer. Como representante da Embraer no Aviation Working Group, uma organização da indústria internacional dedicada a desenvolver iniciativas para fomentar e facilitar avançados financiamentos no setor de aviação, Paulo contribuiu para o desenvolvimento e a implementação do Tratado da Cidade do Cabo (Cape Town Treaty) e do Acordo do Setor Aeroespacial (Aircraft Sector Understanding - ASU), que regula os termos e as condições para o apoio das Agências de Crédito de Exportação. Ambos são instrumentos fundamentais para que as companhias aéreas tenham acesso a financiamentos de aeronaves eficientes. Antes de ingressar na Embraer, Paulo ocupou vários cargos executivos na indústria bancária internaciona held many executive positions within the international bank industry. Ele é formado em Economia pela Universidade Mackenzie (São Paulo - Brasil) e possui um MBA obtido na Suíça. Artur Aparecido V. Coutinho. Em 2010, o Sr. Coutinho foi nomeado Vice-Presidente executivo e Diretorpresidente da Embraer. Em 2005, foi nomeado Vice-Presidente Executivo de aquisições e operações industriais e tem assumido essa função até ser eleito Diretor-presidente. De janeiro de 2003 a março de 2005, foi vice-presidente da Embraer responsável pelas atividades de marketing, vendas e atendimento ao cliente na América do Norte. De fevereiro de 2000 a dezembro de 2002, foi nosso Vice-Presidente de atendimento ao cliente. Antes, Coutinho ocupou vários cargos na Embraer nas áreas de marketing, treinamento e controle de qualidade. Jackson Medeiros F. Schneider. Jackson é Diretor Executivo da Embraer Defense & Security e, anteriormente, ocupou o cargo de Vice-Presidente Executivo de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer. É formado em Direito pela Universidade de Brasília - UNB, e possui um MBA pela Faculdade de Negócios de São Paulo. Iniciou sua carreira no Ministério da Justiça (governo brasileiro). No setor privado, foi Vice-Diretor de Assuntos Corporativos da Unilever e Vice-Presidente de Recursos Humanos, Relações Jurídicas e Assuntos Corporativos da Mercedes Benz do Brasil. Além disso, o Sr. Schneider foi presidente da ANFAVEA (Associação Brasileira de Fabricantes de Veículos) e da ABIPLA (Associação Brasileira de Fabricantes de Produtos 87 #4836-6508-5983v7 de Limpeza e Artigos Relacionados), bem como membro do Conselho Fiscal do Ministério de Economia e Finanças, dentre outros cargos ocupados. Atualmente, é Vice-Presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e membro do Conselho de Administração de organizações, incluindo a Fundação Bienal de São Paulo, o Instituto Ayrton Senna, a AACD (Associação de apoio a crianças com deficiência) e o MASP (Museu de Arte Assis Chateaubriand), entre outros. José Antonio de Almeida Filippo. Em junho de 2012, José Antonio foi eleito Diretor Financeiro e VicePresidente de Relações com Investidores da Embraer. Ele iniciou sua carreira na Gafisa Imobiliária, onde ocupou os cargos de Diretor Financeiro e Diretor Administrativo. De 1995 a 2000, ocupou o cargo de Gerente Financeiro Corporativo na Reynolds Aluminum - Latasa. De 2000 a 2004, ocupou o cargo de Diretor Financeiro da América Latina da Ingersoll-Rand Company. De junho de 2004 a 2010, ocupou o cargo de Diretor Financeiro (CFO) e VicePresidente de Relações com Investidores da CPFL Energia. Em março de 2010, ocupou o cargo de Diretor Financeiro (CFO) da Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar), antes de ingressar na Embraer. José se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1983, e realizou estudos de pós-graduação em Finanças na Universidade Católica do Rio de Janeiro e no IBMEC - Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais. Ele também participou do Programa de Desenvolvimento e Gestão da Faculdade de Negócios de Harvard (Harvard Business School), em 1999. Marco Tulio Pellegrini. Em janeiro de 2014, o Sr. Pellegrini foi nomeado Presidente e CEO da Embraer Executive Jets, depois de ter servido cerca de três anos, como de Operações da Embraer Senior vice e COO, Sua experiência na indústria aeroespacial se estende por mais de 25 anos, a maioria dos quais foram gastos na gestão sênior da Embraer. Antes de atuar no segmento de jatos executivos, o Sr. Pellegrini foi vice-presidente da Embraer de Novos Programas - Aviação Comercial. e antes vice-presidente de Produção e Estratégia Industrial, responsável pela fabricação, engenharia de produção, ferramentas e arquitetura industrial. Sr. Pellegrini também atuou como vice-presidente de Inteligência de Mercado para Aviação Executiva, responsável por estratégias de produto, suporte de vendas, avaliação de mercado, marketing e análise competitiva para aviação executiva. Atuando também como Gerente Sênior de Planejamento Industrial, era responsável pela arquitetura industrial e escolha do local das novas instalações da Embraer como Gerente Sênior de Planejamento Industrial. Antes de ingressar na Embraer, Sr. Pellegrini trabalhou na Vasp, a maior companhia aérea do Brasil, como Gerente Sr. para garantia de qualidade. Além disso, ele fez um programa de treinamento de um ano na McDonnell Douglas "instalação de Long Beach no R&D” e as áreas de ligação de produção.Sr. Pellegrini possui um grau de Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo. Depois de se formar na universidade, Sr. Pellegrini começou sua carreira como engenheiro de produção em um fabricante de peças de automóveis. Terena Penteado Rodrigues Sra Rodrigues é formada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e possui mestrado obtido na Faculdade de Direito da Universidade de Georgetown (Georgetown University Law Center) - Washington, DC. Ingressou na Embraer em 2004, como Consultora Jurídica, tornando-se Diretora Jurídica Adjunta das áreas de indústria / legislação e, mais tarde, para as áreas de vendas / reposição. Ela foi nomeada Vice-Presidente Sênior de Assessoria Jurídica e de Conformidade em 2012 e, desde abril de 2013, atua como Vice-Presidente Executiva de Assessoria Jurídica. Antes da Embraer, ela trabalhou como Assessora Jurídica Sênior da United Technologies Corporation (Hartford, CT), e como Associada Internacional da Wilmer, Cutler & Pickering (Washington, DC). 6B. Remuneração Visão geral Nossos diretores executivos, diretores gerais e membros do conselho fiscal têm direito a uma remuneração fixa. Além disso, nossos Diretores Executivos podem participar de nosso plano executivo de participação nos lucros, que proporciona uma remuneração variável baseada no desempenho de cada um e da Empresa, sendo limitado a um percentual do nosso lucro líquido no exercício corrente. No exercício fiscal terminado em 31 de dezembro de 2014, a remuneração agregada (inclusive benefícios em espécie outorgados) paga aos membros do Conselho de Administração, Comitê de Auditoria e Riscos, Conselho Fiscal e aos Diretores Executivos, por serviços prestados em todas as funções, foi de US $ 18,6 milhões: US$ 3,8 milhões para os membros do Conselho de Administração, US$ 0,3 milhão para os membros do Conselho Fiscal e US$ 14,5 milhões para os Diretores Executivos. 88 #4836-6508-5983v7 No exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2014, os membros de nossos comitês do Conselho de Administração, incluindo o nosso Comitê de Auditoria e Riscos, recebeu uma remuneração adicional agregada de US$ 0,8 milhão, valor que está incluído na remuneração de US$ 18,6 milhões mencionada acima. Adicionalmente, em 2014, contribuímos com US$ 0,3 milhão para pagamento de benefícios de pensão a nossos Diretores Executivos. Os membros do nosso Conselho de Administração e do Conselho Fiscal não recebem esses benefícios. Os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e nossos Diretores Executivos não receberam qualquer remuneração (inclusive benefícios em espécie) de nenhuma de nossas subsidiárias. Em 31 dezembro de 2014, nenhum dos membros do conselho, os membros do Conselho Fiscal ou diretores executivos possuía interesses financeiros ou outros em operações envolvendo a Embraer além daqueles usuais no decorrer normal dos nossos negócios. Além disso, em 31 de dezembro de 2014, nossos conselheiros e diretores executivos eram proprietários de um total de 264,896 ações ordinárias. Para mais informações sobre remuneração de executivos, consulte a Nota 15.2 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Plano de opções de ações Na assembleia geral extraordinária de 19 de abril de 2010, nossos acionistas aprovaram um segundo plano de outorga de opções de ações da Embraer destinado à administração e aos funcionários, inclusive de nossas subsidiárias, sujeito à permanência dos mesmos em nossa empresa por, no mínimo, dois anos. Nosso Conselho de Administração pode escolher os funcionários e membros da administração que serão elegíveis para receber as opções de ações, que devem ser outorgadas a título gratuito. Contudo, em circunstâncias extraordinárias, nosso Conselho de Administração pode outorgar opções de ações aos nossos funcionários com menos de dois anos conosco, com uma visão de contratação e manutenção do pessoal estratégico. Nosso Conselho de Administração também pode determinar os termos dos contratos de opções de ações. Esse segundo plano de opções de ações possui um período de duração indefinido e pode ser terminado a qualquer momento pelo Nosso Conselho de Administração; após esse período, nenhuma nova opção poderá ser outorgada. Contudo, as opções outorgadas antes do término do plano não serão afetadas e podem ser exercidas de acordo com os termos e as condições do plano e respectivo contrato de opções de ações. Sob os termos desse segundo plano de opções de ações, estamos autorizados a outorgar opções de compra até 1,5% de nossas ações ordinárias, e as opções poderão ser exercidas da seguinte forma: 20% após um ano da data de concessão das opções; 30% após dois anos da data de concessão das opções; e 50% após três anos da data de concessão das opções. Em 31 de dezembro de 2012, 6.510.000 opções haviam sido concedidas em 30 de abril de 2010, a um preço de exercício de R$ 10,19 por ação, 6.345.000 opções haviam sido concedidas em 18 de janeiro de 2011, com preços de exercício de R$ 12,05 por ação, 150.000 opções haviam sido concedidas em 16 de março de 2011, com preços de exercício de R$ 12,89 por ação, 4.860.000 opções haviam sido concedidas em 23 de janeiro, 2012, a um preço de exercício de R$ 11,50 por ação, 4.494.000 opções haviam sido concedidas em 20 de março de 2013, a preços de exercício de R$ 15,71 por ação, 584.400 opções haviam sido concedidas em 25 de abril de 2013, a preços de exercício de R$ 16,81 por ação. Na assembleia geral extraordinária realizada em 10 de janeiro de 2012, o segundo plano de opção de ações descrito acima foi alterado para prever um cronograma de concessão revisado, de modo que as opções concedidas após 10 de janeiro de 2012 pudessem ser exercidas da seguinte forma: 33% após três anos da data de concessão das opções; 33% após quatro anos da data de concessão das opções; e 34% após cinco anos da data de concessão das opções. O preço de exercício de cada opção deve ser definido na data da concessão, como o preço de negociação médio ponderado dos últimos 60 dias de negociação e pode ser ajustado em até 30% para neutralizar qualquer atividade especulativa no mercado. Cada titular de opção tem até cinco anos a partir da data de concessão para exercer as opções recebidas antes e durante 2011, e até sete anos a partir da data de concessão para exercer as opções recebidas após 2011. Os detentores de opções só podem exercê-las durante a vigência do seu contrato com a Embraer. Esta alteração não afeta a contabilização das concessões existentes antes deste plano. Plano de ações virtuais Em fevereiro de 2014, adotamos um novo modelo de plano de incentivo a longo prazo, alinhado com a nossa política de remuneração. O novo modelo se baseia na concessão de ações virtuais aos diretores e à administração tem por objetivo atrair e reter pessoal altamente qualificado para garantir a continuidade da gestão e 89 #4836-6508-5983v7 alinhar o interesse dos diretores e pessoal chave da empresa e seus acionistas. Os participantes do plano receberão duas classes de ações virtuais, 50% sob a forma de ações virtuais restritas e 50% sob a forma de ações de desempenho virtual. Pagaremos o montante do incentivo de longo prazo convertendo as ações virtuais em reais pelo preço médio das ações da empresa nos 10 pregões anteriores à data de determinação pertinente três, quatro e cinco anos após a concessão das ações virtuais, respectivamente. Em 25 de fevereiro de 2014, foi aprovado um benefício total de US$ 13,0 milhões nos termos do plano, equivalente a 1.570.698 ações virtuais com um valor justo de US$ 4,0 milhões em 31 de dezembro de 2014, equivalente a 170.486 ações virtuais. Para obter informações sobre este plano, consulte a Nota 30.2 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Plano de incentivo de longo prazo Os objetivos de nosso plano de incentivo de longo prazo são o recrutamento e a retenção de pessoal altamente qualificado e permitir àqueles que podem contribuir para nosso desempenho a oportunidade de participar de nossos lucros. Queremos conceder incentivos nos termos do plano para promover a continuidade entre a administração e o alinhamento dos interesses de nossos executivos com os dos acionistas. Os valores distribuídos são definidos tendo como referência o mercado, nas condições descritas no nosso plano de incentivo de longo prazo. Política de remuneração variável de curto prazo Nossa política de remuneração variável de curto prazo é destinada a promover a retenção de executivos e alinhamento de seus interesses com os dos acionistas. Objetivos com maior impacto e importância para nossa empresa recebem um peso maior. Distribuímos remuneração variável a curto prazo a nossos executivos qualificados igual a uma percentagem de nosso lucro operacional. Plano de participação nos lucros para funcionários Implementamos um plano de participação nos lucros pela primeira vez em 1998, vinculando a participação nos lucros pelos funcionários aos pagamentos de dividendos. Em dezembro de 2008, o Conselho de Administração aprovou mudanças na metodologia de cálculo da participação nos lucros pelos funcionários. Conforme aditamento do Conselho de Administração em 2008, o novo programa agora está vinculado ao lucro líquido, calculado de acordo com as IFRS e com objetivos de desempenho individual e da unidade de negócios. Do valor total reservado para o programa de participação nos lucros, 50% são distribuídos em partes iguais para todos os funcionários e 50% são distribuídos proporcionalmente ao salário do funcionário. Nos exercícios fiscais de 2014, 2013, 2012, 2011 e 2010, distribuímos US$ 47,8 milhões, US$ 57,2 milhões, US$ 36,1 milhões, US$ 33,4 milhões e US$ 41,3 milhões, respectivamente, aos funcionários em nosso plano de participação nos lucros. Plano de Pensão de Contribuição Definida Nós patrocinamos um plano de pensão de contribuição definida para funcionários, cuja participação é opcional. O plano é administrado pela EMBRAER PREV – Sociedade de Previdência Complementar. Nossas contribuições nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013, 2012, 2011 e 2010 foram de US$ 29,2 milhões, US$ 28,1 milhões, US$ 27,4 milhões, US$ 28,4 milhões e US$ 22,8 milhões, respectivamente. Para mais informações sobre nossos benefícios após a aposentadoria, consulte a Nota 27 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. Alteramos nosso plano de assistência médica para funcionários aposentados, considerado um benefício pósemprego. No âmbito deste plano de saúde, nossos funcionários que se aposentam têm a opção de permanecer no plano, contribuindo com o valor total cobrado pela companhia que provê o plano. No entanto, devido a certas regras de aumentos previstas na legislação brasileira, pode haver momentos em que a contribuição feita por nossos aposentados seja insuficiente para cobrir as despesas do plano de saúde, o que representaria uma exposição para nossa empresa. Estudos atuariais são feitos todos os anos para identificar exposições futuras a serem registradas como provisão. A provisão lançada foi de US$ 57 milhões em 31 de dezembro de 2012, de US$ 68,5 milhões em 31 de 90 #4836-6508-5983v7 dezembro de 2013 e de US$ 36,8 milhões em 31 de dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2011, não havíamos lançado nenhuma provisão. A EAH patrocina um plano de saúde pós-aposentadoria, que foi alterado em 2007 e os funcionários contratados a partir dessa data não se qualificam para este plano. Os custos estimados de pensões e de assistência médica pós-aposentadoria para os beneficiários e seus dependentes são lançados como provisão usando o método de acumulação, com base em estudos atuariais. A provisão lançada foi de US$ 4.4 milhões em 31 de dezembro de 2012, de US$ 2.5 milhões em 31 de dezembro de 2013 e de US$ 4.4 milhões em 31 de dezembro de 2014. Os métodos atuariais utilizados cumprem as regras de métodos atuariais geralmente aceitas em vigor, de acordo com o método de unidade de crédito previsto. Seguro para executivos e diretores Temos seguro de responsabilidade de executivos e diretores, no valor total de US$ 100 milhões. Esse seguro cobre nossos diretores em caso de responsabilidade por atos ilícitos, incluindo qualquer ato de omissão cometido ou tentado por qualquer diretor atuando em sua capacidade de diretor, ou qualquer processo contra um diretor oriundo exclusivamente no exercício do respectivo cargo. 6C. Práticas do Conselho Nosso Conselho de Administração é nomeado para um mandato de dois anos. Consulte o “Item 6A. — Diretores e Gerência Sênior – Conselho de Administração”. A Diretoria será eleita pelo Conselho de Administração. Os Diretores Executivos atuais foram eleitos em 25 de abril de 2013, com mandato até a assembleia do Conselho de Administração a ser realizada após a assembleia geral ordinária em abril de 2015, para aprovação de nossas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Os membros do Conselho de Administração e os Diretores Executivos têm mandato uniforme de dois anos, com direito à reeleição. São necessários os votos de pelo menos nove membros do Conselho de Administração para destituição de um Diretor Executivo. Consulte o “Item 6A. — Diretores e Gerência Sênior – Diretores Executivos”. Os conselheiros não são parte de contratos de trabalho que preveem benefícios após a rescisão contratual. Todos os Diretores Executivos são partes de um contrato de serviços que estipula os direitos e obrigações dos Diretores Executivos. Caso seja rescindido um contrato de serviços com nossos Diretores, deveremos pagar a indenização por rescisão ao Diretor em questão, correspondente a 50% de sua remuneração anual, desde que seja pago um mínimo de seis honorários mensais da remuneração anual. Comitê de Auditoria e Riscos Nosso Comitê de Auditoria e Riscos pode ter até cinco membros e não possui poder executivo. A finalidade principal do Comitê de Auditoria e Riscos é ajudar o Conselho de Administração em suas funções. Os membros do nosso Conselho de Administração podem atuar no comitê. As responsabilidades do Comitê de Auditoria e Riscos incluem validar e entregar ao Conselho de Administração diretrizes para política de risco, verificar o cumprimento da política de gerenciamento de riscos, supervisionar as atividades realizadas por nossos auditores independentes e monitorar a qualidade e a integridade dos controles internos e demonstrações financeiras. O “Comitê de Auditoria e Riscos” estatutário da Embraer é composto por membros independentes do nosso Conselho de Administração. Devido ao fato de emissores privados estrangeiros estarem sujeitos à legislação local, que pode proibir todo o Conselho de Administração de delegar certas responsabilidades ao Comitê de Auditoria, nos termos do artigo 10A-3, os comitês de auditoria de emissores privados estrangeiros podem receber responsabilidades, que podem incluir poderes consultivos, no que diz respeito a tais questões, na medida do que for permitido por lei. Devido a certas restrições impostas pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil, nosso Comitê de Auditoria e Riscos, ao contrário de um comitê de auditoria dos EUA, tem um papel apenas “consultivo” e só pode fazer recomendações a serem adotadas pelo Conselho de Administração, que é responsável pelo voto e a decisão final. 91 #4836-6508-5983v7 Por exemplo, nosso Comitê de Auditoria e Riscos faz recomendações relativas a nomeação de empresas de auditoria, que estão sujeitas ao voto do Conselho de Administração. Nosso Comitê de Auditoria e Riscos cumpre as exigências legais brasileiras (inclusive no que diz respeito a “Membros independentes do conselho”, conforme definido pela legislação brasileira). Abaixo, estão relacionados nomes, idades e cargos dos membros do Conselho de Auditoria e Riscos eleitos na assembleia geral ordinária realizada em 16 de abril de 2014. Nome Sergio Eraldo de Salles Pinto Israel Vainboim Samir Zraick Vitor Paulo Camargo Gonçalves Idade 50 70 73 58 Posição Coordenador e membro ativo Membro efetivo Membro efetivo Membro efetivo Ano da primeira eleição 2011 2011 2011 2011 Conselho Fiscal De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal é uma entidade independente da administração e dos auditores externos de uma empresa. O Conselho Fiscal não é equivalente nem comparável ao comitê de auditoria dos EUA. Sua principal responsabilidade é monitorar as atividades da administração, revisar demonstrações financeiras e relatar os resultados aos acionistas. Em nosso caso, nosso Comitê de Auditoria e Riscos estabelecido de acordo com as Regras de Negociação do Novo Mercado servirá como nosso equivalente ao comitê de auditoria dos EUA. Consulte o “Item 6ª. — Diretores e Gerência Sênior — Comitês”. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, o Conselho Fiscal não pode incluir, no comitê executivo, membros do Conselho de Administração ou do comitê executivo ou que sejam nossos funcionários, funcionários de uma empresa controlada ou de uma empresa desse grupo, ou cônjuges ou parentes de qualquer membro de nossa administração. Além disso, a Lei das Sociedades por Ações do Brasil exige que os membros do Conselho Fiscal recebam como remuneração pelo menos 10% do valor médio pago a cada Diretor Executivo. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil exige que um Conselho Fiscal seja composto de um mínimo de três e um máximo de cinco membros e seus respectivos suplentes. Segundo as regras do Novo Mercado, os membros do nosso Conselho Fiscal concordaram em cumprir as Regras de Negociação do Novo Mercado e da Câmara de Arbitragem da BOVESPA antes de assumirem o cargo e, para isso, assinaram um Termo de Anuência do Conselho Fiscal. Nosso Conselho Fiscal é formado por três a cinco membros eleitos na assembleia geral ordinária, com mandato até a próxima assembleia geral ordinária após sua eleição. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, caso uma empresa adquira o controle de outra companhia, os acionistas minoritários que, no agregado, detenham pelo menos 10% das ações com direito a voto também têm o direito de eleger separadamente um membro do Conselho Fiscal. Tal disposição não nos será aplicável enquanto estivermos sujeitos a controle difundido. Abaixo, são relacionados nomes, idades e cargos dos membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes, eleitos na assembleia geral ordinária realizada em 16 de abril de 2014. Nome Ivan Mendes do Carmo (1) Tarcísio Luiz Silva Fontenele José Mauro Laxe Vilela Wanderley Fernandes da Silva Taiki Hirashima Carla Alessandra Trematore Eduardo Coutinho Guerra (2) Marcus Pereira Aucélio Nelson de Menezes Filho José Pedro da Broi Idade 52 52 67 41 74 39 48 48 58 56 Posição Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente Membro efetivo Suplente (1) Presidente do Conselho Fiscal. 92 #4836-6508-5983v7 Ano da primeira eleição 2008 2001 2011 2011 2004 2013 2007 2013 2013 2014 (2) Vice-presidente do Conselho Fiscal. 6D. Funcionários A tabela abaixo apresenta o número de funcionários por categoria nas datas indicadas, incluindo funcionários das joint ventures e subsidiárias consolidadas OGMA, HEAI, ECTS, EZ Air, AST (EUA), Atech, Bradar, Harpia, Visiona e Savis: 2014 Processo de Produção ................................................................ 6.945 Pesquisa e Desenvolvimento ................................................................ 5.948 SUPORTE AO CLIENTE ................................................................3.797 Administrativo – Suporte à Produção ................................... 2.006 3.605 Administrativo – Corporativo ................................................................ 22.301 Total ................................................................................................ Em 31 de dezembro de 2013 2012 2011 6.628 6.558 6.950 5.914 5.245 4.463 3.737 3.269 3.035 2.067 2.367 2.218 3.302 2.711 2.600 21.648 20.150 19.266 2010 8.541 3.373 3.026 2.453 1.491 18.884 Aproximadamente 82.0% desta mão de obra é empregada no Brasil. A maioria da equipe técnica é formada principais escolas de engenharia do Brasil, inclusive o ITA, em São José dos Campos. Uma pequena porcentagem de nossos funcionários pertence a um dos dois sindicatos: o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. No geral, a sindicalização, como uma porcentagem do total da mão de obra, diminuiu significativamente nos últimos anos. Em 31 de dezembro de 2000, aproximadamente 74,1% dos funcionários não eram sindicalizados, em comparação com 91,7% em 31 de dezembro de 2014. Achamos que nossas relações com os empregados são boas. Apoiamos ativamente o treinamento e desenvolvimento profissional dos nossos empregados. Um programa foi montado na unidade de São José dos Campos para oferecer a engenheiros recém-formados treinamento especializado em engenharia aeroespacial. 6E. Propriedade das Ações Em 31 de dezembro de 2014, os membros do Conselho de Administração e os Diretores Executivos eram proprietários de um total de 264,896 de nossas ações ordinárias. Nenhum dos diretores executivos ou conselheiros possui, individualmente, mais do que 1% das ações ordinárias em circulação. Consulte o “Item 6B — Remuneração — Plano de Opções de Ações” para obter uma descrição do nosso plano de opções para aquisição de nossas ações aplicável à administração e aos funcionários, inclusive os de subsidiárias. ITEM 7. 7A. OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS Principais Acionistas Acionistas Nosso capital total autorizado é de 1 bilhão de ações, sendo um total agregado de 740.465.044 ações ordinárias, inclusive uma “golden share” especial, de propriedade do governo brasileiro, emitida e em circulação. A “golden share” assegura ao governo brasileiro direito a veto em certas circunstâncias específicas. Além disso, acionistas não brasileiros podem ter direito a voto limitado em certas circunstâncias específicas. Consulte o “Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social – Discriminação do Capital Social – Direitos a Voto das Ações”. A tabela a seguir apresenta informações sobre a propriedade de ações de cada acionista que possui ações da nossa empresa e define as participações agregadas na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Valores de Nova York, em 31 de dezembro de 2014: 93 #4836-6508-5983v7 Oppenheimer Funds(1) ................................................................................................ PREVI(2) .................................................................................................................... Baillie Gifford & Co.(3) ............................................................................................... BNDESPAR(4) ............................................................................................................ União Federal / Governo federal brasileiro(6) ............................................................. Ações na tesouraria da empresa ................................................................................... Outros ........................................................................................................................... Total ............................................................................................................................ Ações ordinárias Ações (%) 91.017.851 12,30 49.713.903 6,71 47.849.248 6,46 39.762.489 5,37 1 0,0 5.494.583 0,74 506.626.969 68,42 740.465.044 100,0 (1) A Oppenheimer Funds, Inc. é uma das maiores empresas de administração de ativos dos Estados Unidos e sua filiadas controladas oferecem ampla variedade de produtos e serviços a pessoas físicas, empresas e instituições, incluindo fundos mútuos, contas administradas separadamente, administração de investimentos para instituições, produtos de fundos de hedge, planos qualificados de previdência e serviços de administração de investimentos com consultoria complementar. (2) A Previdência Privada dos Funcionários do Banco do Brasil, ou PREVI, foi fundada em 1904 como um fundo de pensão para os funcionários do Banco do Brasil S.A., uma estatal do governo brasileiro. (3) A Baillie Gifford & Co., também conhecida como Baillie Gifford International, L.L.C., é uma empresa de gestão de investimentos independente com sede em Edimburgo, Escócia. A empresa pertence 100% aos seus sócios seniores. A empresa administra a série Baillie Gifford de fundos além de outras verbas, e atende a pessoas físicas e instituições. (4) A BNDESPAR é uma subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, o banco estatal de desenvolvimento nacional do Brasil.. (5) A Thornburg Investment Management é uma empresa de investimentos de propriedade dos respectivos funcionários, sediada em Santa Fé, no Novo México. A empresa administra a série Thornburg de fundos de investimento mútuos, além de outros recursos para algumas instituições e indivíduos. (6) O governo brasileiro possui a nossa ação especial “golden share”. Exceto quanto ao discutido no “Item 4B. Informações sobre a Empresa — Histórico e Desenvolvimento da Empresa”, não houve mudança significativa na porcentagem de propriedade de qualquer dos principais acionistas nos últimos três anos. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos aproximadamente 41.000 titulares de ações ordinárias, incluindo ações ordinárias sob a forma de ADSs. De acordo com as informações mais precisas disponíveis para nós, em 31 de dezembro de 2014, havia um total de 95.959.138 ações ordinárias sob a forma de ADSs, pertencentes a 145 detentores de registro, inclusive DTC, nos Estados Unidos. 7B. Operações com Partes Relacionadas Governo Brasileiro O governo brasileiro, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de nossa “golden share”, é um de nossos principais acionistas. A emissão de ações especiais “golden share” foi uma exigência dos regulamentos que regeram nossa privatização, em 1994, e concede direitos de veto ao governo federal brasileiro sobre certos programas de cunho militar e certas ações corporativas (tais como transferências de controle e mudança de nome, logotipo e propósito corporativo). Consulte o “Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social – Discriminação do Capital Social – Direitos a Voto das Ações – Ações Especiais 'Golden Share'”. A partir de 28 de fevereiro de 2014, além da “golden share”, o governo federal brasileiro detinha participação indireta de 5,37% em nossa empresa, por meio da BNDESPAR, uma subsidiária integral do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social que, por sua vez, é controlado pelo governo brasileiro. Devido a isso, para fins de requisitos de divulgação deste Formulário 20-F, consideramos as transações entre a Embraer e o governo federal brasileiro ou seus órgãos como abrangido pela definição de “operações com partes relacionadas”. O governo brasileiro desempenha uma função importante em nossas atividades de negócios, inclusive como: 94 #4836-6508-5983v7 • cliente importante de nossos produtos de defesa (por meio da Força Aérea Brasileira); • fonte de financiamento para pesquisa por meio de instituições para desenvolvimento tecnológico como FINEP e BNDES; • agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e • fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de administração de capital e de banco comercial (por meio do Banco do Brasil). Consulte o “Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito“, ”Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio – Acordos de Financiamento de Aeronaves“, “Item 3D. Principais Informações - Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer – Qualquer diminuição no financiamento de cliente patrocinado pelo governo brasileiro ou aumento no financiamento patrocinado pelo governo que beneficie a concorrência, pode reduzir a competitividade de custos de nossa aeronave“, e “Item 3D. Informações chave-Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer – O governo brasileiro pode reduzir os valores disponíveis aos nossos clientes em programas de financiamento patrocinados pelo governo“. Para obter mais informações sobre nossas operações com partes relacionadas, consulte a Nota 15 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Um Importante Cliente (Governo Federal Brasileiro) O governo brasileiro, principalmente por meio da Força Aérea Brasileira, tem sido um cliente importante desde o início das operações da Embraer. Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, o governo federal brasileiro, principalmente por meio da Força Aérea Brasileira, foi responsável por 16%, ou US$ 1.004,5 milhões, de nossa receita total. Além disso, em 31 de dezembro de 2014, a Força Aérea Brasileira tinha um débito de R$ 270,4 milhões em nossas contas a receber e um crédito de R$ 198,5 milhões em adiantamentos de clientes. Esperamos continuar a ser a fonte principal de novas aeronaves e peças sobressalentes e serviços para o Governo Brasileiro. Para obter uma descrição das operações com o governo brasileiro, consulte o “Item 4C. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio – Segmento de Defesa e Segurança”. Fonte de Financiamento BNDES Utilizamos várias linhas de crédito do BNDES, que é proprietário exclusivo da BNDESPAR, um de nossos importantes acionistas diretos e filiada do Governo Brasileiro. Em 31 de dezembro de 2014, mantínhamos saldo devedor total em empréstimos obtidos do BNDES no valor agregado de US$ 437,7 milhões. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos do BNDES, consulte o “Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” FINEP Mantemos linhas de crédito junto à FINEP, que em 31 de dezembro de 2014 tinha um saldo devedor total de US$ 97,6 milhões. Esses empréstimos foram-nos concedidos principalmente para financiar despesas de pesquisa e desenvolvimento das aeronaves Phenom 100 e Phenom 300, e da aeronave Legacy 500. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos da FINEP, consulte o “Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” Banco do Brasil O Banco do Brasil é um banco estatal de capital aberto, controlado pelo governo brasileiro. Em 31 de dezembro de 2014, mantínhamos débitos com e sem garantias solidárias com o Banco do Brasil no total de US$ 321,8 milhões, registrados como passivo não circulante em nossa declaração de situação financeira. Além disso, mantivemos Notas de Crédito de Exportação pendentes com o Banco do Brasil no valor total de US$ 76,0 milhões. 95 #4836-6508-5983v7 Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos do Banco do Brasil, consulte o “Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” Caixa Econômica Federal A Caixa Econômica Federal é um banco estatal controlado pelo governo federal brasileiro. Em 31 de dezembro de 2014 mantínhamos Notas de Crédito de Exportação pendentes com a Caixa Econômica Federal no valor total de US$ 37,7 milhões. Para obter mais informações sobre valores, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos da Caixa Econômica Federal, consulte o “Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital – Linhas de Crédito.” Financiamento de Clientes pelo BNDES O governo brasileiro tem sido uma fonte importante de financiamento da exportação para nossos clientes com o programa BNDES-exim, administrado pelo BNDES. Desde o segundo semestre de 2007, o BNDES começou a fornecer financiamento aos nossos clientes sobre termos e condições financeiras conforme a interpretação do setor de aeronaves da OCDE. O Brasil tem sido acompanhado por Canadá, Estados Unidos e da União Europeia, entre outros, no âmbito da OCDE, como um participante no “Setor de Entendimento sobre Créditos à Exportação para Aeronaves Civis”, que visa garantir a “igualdade de condições” dentro do setor de aeronáutica e encoraja os fabricantes e as companhias aéreas a concentrar-se em preço e qualidade e não em pacotes financeiros obtidos mediante apoio do governo (Consulte o “Item 4C. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio – Contratos de Financiamento de Aeronaves”). Um Provedor de Serviços (Banco do Brasil) Em 31 de dezembro de 2014, mantínhamos caixa e equivalentes de caixa de US$ 240,7 milhões com o Banco do Brasil e vários de seus afiliados. Naquela data, também havíamos depositado no Banco do Brasil o montante de US$ 320,5 milhões em caixa e equivalentes de caixa, que serviam como garantia para um empréstimo concedido pelo Banco do Brasil a uma de nossas subsidiárias. Há muitas décadas o Banco do Brasil tem sido um fornecedor de serviços regulares de banco comercial e administração de ativos para nossa empresa. Esses serviços incluem a manutenção de nossa conta corrente e a administração de fundos exclusivos de investimentos em que somos o único investidor. 7C. Participação de Especialistas e Consultores Não se aplica. ITEM 8. 8A. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras Consulte o “Item 3A. Informações chave — Dados financeiros selecionados”. Processos Jurídicos Reclamações trabalhistas. Somos réus em reclamações trabalhistas individuais e aguardamos sua decisão pela justiça trabalhista do Brasil. Devido à pequena quantidade envolvida nesses processos judiciais, não acreditamos que as obrigações relativas a essas reclamações individuais possam ter efeito prejudicial relevante em nossa situação financeira ou em nossos resultados operacionais. Consulte as Nota 23 e 26 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre nossas reclamações trabalhistas. Assuntos Fiscais. Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais brasileiros e obtivemos mandados de segurança ou interditos para evitar pagamentos ou recuperar pagamentos anteriores. Os juros sobre o valor total dos encargos sociais e tributos não pagos acumulam mensalmente, com base na taxa Selic, a taxa básica de juros do Banco Central, e provisionamos uma parte do item de receitas (despesas), 96 #4836-6508-5983v7 líquidas, em nossas demonstrações de resultados. Em 31 de dezembro de 2014, lançamos uma provisão de US$ 136,1 milhões no passivo (impostos e encargos sociais) em nossa declaração de situação financeira, relativa a contingências de litígios que consideramos como perdas prováveis. Consulte as Notas 23 e 26 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destes compromissos e obrigações. Investigação SEC/DOJ. A Companhia recebeu, em setembro de 2010, uma intimação (subpoena) da Securities and Exchange Commission (SEC) e questionamentos correlatos do U.S. Department of Justice, ou DOJ, relativos à possibilidade de não conformidade com o U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) em certas vendas de aeronaves fora do Brasil. Em resposta, a Companhia contratou advogados externos para realizar uma investigação interna em operações realizadas em três países. Em decorrência de informações adicionais, a Companhia voluntariamente expandiu o escopo da investigação interna para incluir as vendas em outros países, reportou sobre esses fatos à SEC e ao DOJ e colaborou com estas autoridades. As investigações do governo americano, outras investigações e outros desdobramentos correlatos em outros países e a investigação interna da Companhia continuam em andamento. Qualquer medida que vier a ser tomada nestas ou em outras investigações ou procedimentos ou seus desdobramentos, ou qualquer acordo que a Companhia venha a celebrar, podem resultar em multas signifi cativas ou em outras sanções ou consequências adversas. Baseada no parecer dos advogados externos, a Companhia acredita que não existe base adequada, no momento, para estimar provisões ou quantifi car possíveis contingências relacionadas a este assunto. Em decorrência do acima exposto, iniciamos um esforço amplo para aprimorar e expandir nosso programa global de compliance. Este projeto durou vários anos e abrangeu o reexame de todos os aspectos de nossos sistemas de compliance e, onde apropriado, a sua reformulação e complementação. Alguns dos principais aprimoramentos incluem a criação do Departamento de Compliance, a eleição de um Diretor de Compliance reportando diretamente ao Comitê de Auditoria e Riscos do Conselho de Administração, o desenvolvimento de um programa para monitorar a contratação e o pagamento de terceiros, melhorias nas políticas, procedimentos e controles de compliance, o aprimoramento dos canais de denúncia anônima e o desenvolvimento de um programa de treinamento e educação abrangente concebido para manter e revigorar uma forte cultura de compliance em todos os níveis da Embraer de forma global. A Companhia continuará a promover melhorias e atualizações em seu programa de compliance. Outros Processos. Além disso, estamos envolvidos em outros processos jurídicos, inclusive litígios fiscais, todas elas no curso normal dos negócios. Nossa administração não acredita que qualquer de nossos processos, se determinado desfavorável, possa afetar negativa ou substancialmente nosso negócio, condição financeira ou resultados de operações. Consulte as Notas 23 e 26 das nossas demonstrações financeiras auditadas. Dividendos e Política de Dividendos Valores Disponíveis para Distribuição A cada Assembleia Geral Ordinária, o Conselho de Administração é obrigado a recomendar como o lucro líquido para o exercício fiscal anterior será distribuído. Para os fins da Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, o lucro líquido é definido como a receita líquida depois do imposto de renda e encargos sociais para o referido exercício, livre de qualquer perda acumulada de exercícios anteriores e valores alocados para a participação dos funcionários e da administração nos lucros, conforme determinado nas [IFRS]. Segundo a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil e nosso estatuto, os valores disponíveis para distribuição de dividendos são os valores determinados pelas [IFRS] nas demonstrações financeiras de nossa empresa controladora. Esse valor para distribuição é igual ao nosso lucro líquido após os impostos menos os valores alocados desse lucro líquido após os impostos para: 97 #4836-6508-5983v7 • a reserva legal; • reserva de contingência para perdas antecipadas; e • reserva de receitas não realizadas. Para mais informações sobre os valores disponíveis para distribuição, consulte a Nota 29 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. Somos obrigados a manter uma reserva legal, em que devemos alocar 5% dos lucros líquidos para cada ano fiscal até o valor dessa reserva ser igual a 20% do capital integralizado. Entretanto, não é obrigatório fazer qualquer alocação para a reserva legal relativa a qualquer exercício fiscal em que ela, quando adicionada às outras reservas de capital estabelecidas, exceder 30% do nosso capital. As perdas líquidas, se houver, podem ser cobradas da reserva legal. O saldo de nossa reserva legal era de US$ 180,3 milhões, um valor igual a 8.3% do nosso capital integralizado em 31 de dezembro de 2014. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil também estabelece duas alocações adicionais, discricionárias, do lucro líquido que estão sujeitas à aprovação pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária. Primeiro, uma porcentagem do lucro líquido pode ser alocada para uma reserva de contingência para perdas antecipadas que sejam consideradas prováveis em anos futuros. Todo valor assim alocado em um ano anterior deve ser revertido no exercício fiscal em que a perda era antecipada, se esta perda não vier a ocorrer de fato, ou receber baixa contábil no caso de ocorrer a perda antecipada. Segundo, se o valor da receita não realizada exceder a soma de: • a reserva legal; • a reserva de capital de giro e investimento; • lucros acumulados; e • a reserva de contingência para perdas antecipadas, Esse valor em excesso pode ser alocado para uma reserva de receita não realizada. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as receitas não realizadas são definidas como a soma de: • correção monetária da prestação de contas da situação financeira; • a participação na renda patrimonial de empresas coligadas; e • lucros de vendas a prestação a serem recebidas após o final do exercício seguinte. De acordo com nosso estatuto e sujeito à aprovação dos acionistas, o Conselho de Administração pode alocar até 75% do lucro líquido após os impostos de nossa empresa controladora para uma reserva de capital de giro e investimento nos termos das [IFRS]. Esta reserva não poderá ser superior a 80% do nosso capital social. A finalidade da reserva de capital de giro e investimento é fazer investimentos em ativos fixos ou aumentar o capital de giro. Esta reserva também poderá ser utilizada para amortizar nossas dívidas. Também poderemos conceder uma participação na renda líquida a nossos funcionários e administração. Entretanto, a alocação na reserva de capital de giro e investimento ou na participação da administração e funcionários não poderá reduzir o valor a distribuir obrigatório (abordado abaixo). De outra forma, o valor em excesso do capital deverá ser usado para aumentar o capital da empresa ou para ser distribuído como um dividendo à vista. O saldo da reserva de capital de giro e investimento pode ser usado: • no abatimento das perdas acumuladas, sempre que necessário; • na distribuição de dividendos, a qualquer momento; • no resgate, retirada, aquisição ou reaquisição no mercado aberto de ações, conforme autorizado por lei; e 98 #4836-6508-5983v7 • para aumentar o capital, inclusive com uma emissão de novas ações. Os valores disponíveis para distribuição podem ainda ser aumentados por reversão da reserva de contingência para perdas antecipadas estabelecida em anos anteriores, mas não realizada, ou ainda mais aumentados ou reduzidos como resultado das alocações de receitas para ou da reserva de receitas não realizadas. Os valores disponíveis para distribuição são determinados com base em demonstrações financeiras preparadas seguindo o método definido pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Não temos reserva para tais contingências. Em 31 de dezembro de 2014, receitas não apropriadas de R$ 3,454,4 milhões (equivalentes a US$ 2.208,5 milhões) foram contabilizadas nos livros de nossa empresa controladora nos termos das [IFRS]. Em 31 de dezembro de 2013, esses montantes não incluíam dividendos mínimos e os juros sobre o capital social pago ou a pagar, conforme estipulado pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Para mais informações, consulte a Nota 29 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Distribuição Obrigatória A Lei das Sociedades por Ações do Brasil exige, de forma geral, que os estatutos de todas as Sociedades por Ações brasileiras especifiquem um percentual mínimo das quantias disponíveis, a cada exercício, para distribuição por tal Sociedade por Ações, a serem distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, também conhecidas como quantias de distribuição obrigatória. De acordo com nossos estatutos sociais, a distribuição obrigatória baseia-se em um percentual do lucro líquido ajustado, não inferior a 25%, em vez de uma quantia em dinheiro fixa por ação. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil, entretanto, permite que empresas de capital aberto, como a Embraer, suspendam a distribuição obrigatória de dividendos, se o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal informarem à assembleia geral que a distribuição seria desaconselhável, considerando-se a condição financeira da Embraer. Essa suspensão fica sujeita à aprovação dos portadores de ações ordinárias. Nesse caso, o Conselho de Administração deverá apresentar uma justificativa para esta suspensão junto à CVM. Os lucros não distribuídos em virtude da suspensão mencionada acima deverão ser atribuídos a uma reserva especial e, se não forem absorvidos por perdas subsequentes, deverão ser pagos à guisa de dividendos tão logo a situação financeira da empresa o permita. Pagamento de Dividendos Somos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil e pelos nossos estatutos a realizar uma AGO de acionistas até o final do quarto mês após o final de cada exercício, na qual, entre outras coisas, os acionistas terão de decidir sobre o pagamento de dividendos anuais. O pagamento dos dividendos anuais é baseado nas demonstrações financeiras de nossa empresa controladora preparadas para o exercício em questão segundo as [IFRS]. As empresas brasileiras como a Embraer podem efetuar uma distribuição especial aos acionistas, conhecida como juros sobre o capital social, que pode ser distribuída no lugar de dividendos como parte do valor de distribuição obrigatória. Esses pagamentos de juros sobre o capital social são tratados como despesas fiscais dedutíveis para fins de imposto sobre a renda e contribuições sociais. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, exige-se que os dividendos sejam pagos, em princípio, dentro de 60 dias após a data da declaração dos dividendos, a não ser que uma resolução dos acionistas determine outra data de pagamento, o qual, em qualquer caso, deverá ocorrer antes do final do exercício no qual se declararam os dividendos. Cada acionista tem um prazo de três anos a partir da data de pagamento dos dividendos para reclamar dividendos (ou pagamento de juros) relativos às suas ações e, após o encerramento de tal prazo, os montantes de dividendos não reclamados reverterão em favor da empresa. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil permite que uma empresa pague dividendos intermediários de lucros acumulados no exercício ou semestre fiscal precedente, de acordo com as [IFRS], com base nas demonstrações financeiras aprovadas pelos acionistas. De acordo com os nossos estatutos, os acionistas podem declarar, a qualquer tempo, dividendos intermediários com base nos lucros pré-existentes e acumulados, desde que o dividendo obrigatório já tenha sido distribuído aos acionistas. Nossos estatutos sociais também nos permitem elaborar demonstrações financeiras semestrais e de períodos menores. Nosso Conselho de Administração poderá aprovar a distribuição de dividendos calculada com base nestas demonstrações financeiras, mesmo antes de sua aprovação pelos acionistas. Tais dividendos, entretanto, não poderão exceder à reserva de capital. 99 #4836-6508-5983v7 De modo geral, os acionistas não residentes no Brasil deverão se registrar junto ao Banco Central para receber dividendos, resultados de vendas ou outras quantias relativas às suas ações e que possam ser remetidos para fora do Brasil. As ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs serão custodiadas no Brasil pelo Banco Itaú S.A., também conhecido como custodiante, como agente do depositário, que será o proprietário registrado nos registros do agente de registro das nossas ações. O nosso agente de registro é o Banco Itaú S.A. O depositário registra eletronicamente as ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs no Banco Central e, portanto, pode receber dividendos, resultados de vendas ou outras quantias relativas a essas ações, que possam ser remetidas para fora do Brasil. Os pagamentos de dividendos e distribuições, se houver, se farão em moeda brasileira ao custodiante, em nome do depositário, que então converterá tais receitas em dólares norte-americanos a serem entregues ao depositário para distribuição aos portadores de ADSs. Nos termos da lei brasileira em vigor, os dividendos pagos a acionistas não residentes no Brasil, inclusive portadores de ADSs, não estão sujeitos a imposto de renda na fonte no Brasil, a não ser em relação aos dividendos declarados com base nos lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995. Consulte o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências Fiscais Relevantes no Brasil”. Histórico do Pagamento de Dividendos e da Política de Dividendos e de Pagamentos de Juros sobre o Capital Social A Lei No. 9.249, datada de 26 de dezembro de 1995, conforme aditada, prevê a distribuição de juros em patrimônio líquido como uma forma alternativa de pagamento aos acionistas e tratam esses pagamentos como despesas dedutíveis para fins de cálculo de imposto de renda no Brasil e contribuição social sobre os lucros. Essas distribuições podem ser pagas em dinheiro. Tal participação é limitada à variação diária pro rata da TJLP e não poderá exceder o que foi maior entre: • 50% da renda líquida (após a dedução da contribuição social sobre lucros líquidos, antes de levar em conta a provisão para imposto de renda corporativo e os valores atribuíveis aos acionistas como juros líquidos sobre capital dos acionistas) para o período com relação ao qual o pagamento foi efetuado; ou • 50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro no início do ano em relação ao qual se efetua o pagamento. Qualquer pagamento de juros sobre o capital dos acionistas a titulares de ADSs ou ações ordinárias, caso sejam residentes no Brasil ou não, está sujeito a imposto de renda retido à taxa de 15% ou 25% se o beneficiário for residente em uma jurisdição de paraíso fiscal, ou seja, um país ou local onde não se imponha imposto de renda ou que imponha tal imposto à taxa máxima de menos de 20%, ou em que a legislação doméstica imponha restrições quanto à divulgação da composição acionária ou à propriedade do investimento (“Detentor de Paraíso Fiscal”). Consulte o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências Fiscais Relevantes no Brasil“. A quantia paga aos acionistas como juros sobre patrimônio líquido, isenta de imposto na fonte, poderá ser incluída como parte de qualquer quantia de distribuição obrigatória. Nos termos da lei brasileira, somos obrigados a distribuir aos acionistas uma quantia suficiente para assegurar que a importância líquida recebida por eles, após termos pago os impostos na fonte aplicáveis no Brasil relativos à distribuição de juros sobre o patrimônio líquido, mais o valor dos dividendos declarados, seja igual ou maior do que a quantia de distribuição obrigatória. Quando distribuirmos juros sobre capital próprio, e essa distribuição não for contabilizada como parte da Distribuição Obrigatória, será aplicado o imposto de retenção na fonte. Todos os pagamentos feitos até hoje foram contabilizados como parte da Distribuição Obrigatória. A tabela a seguir apresenta um histórico do pagamento de dividendos e dos pagamentos de juros sobre capital próprio feitos aos nossos acionistas: Data de aprovação 19 de abril de 2010(3) 10 de junho de 2010 (2) Período no qual se geraram os lucros Todo o ano de 2009 Primeiro trimestre de 2010 100 #4836-6508-5983v7 valor Total de Distribuição (em milhões de (em milhões de R$) US$)(1) 55,2 31,7 34,5 19,2 Data de aprovação 16 de setembro de 2010(2). 9 de dezembro de 2010 (2)(4) 16 de março de 2011(3) 9 de junho de 2011 (3) 4 de setembro de 2011(3) 14 de junho de 2012 (2) 13 de setembro de 2012(2) 6 de dezembro 2012 (2)(5) 25 de abril de 2013(3) 11 de março de 2013(2) 13 de junho de 2013 (2) 12 de setembro de 2013(2) 5 de dezembro de 2013 (2)(6) 16 de abril de 2014(3)(7) 11 de março de 2014(2) 10 de junho de 2014 (2) 11 de setembro de 2014(2) 4 de dezembro de 2014 (2)(6) 15 de abril de 2015(3)(7) Período no qual se geraram os lucros valor Total de Distribuição (em milhões de (em milhões de R$) US$)(1) Terceiro trimestre de 2010 21,7 12,8 144,7 43,4 72,4 65,1 65,3 86,9 26,7 46,4 35,1 32,3 50,8 25,0 36,3 30,1 29,1 29,1 17,8 15,0 14,4 13,2 29,2 13,1 65,8 49,0 36,6 36,7 28,1 20,9 16,2 16,7 36,7 14,9 88,2 16,1 33,1 6,1 Quarto trimestre de 2010 Primeiro trimestre de 2011 Segundo trimestre de 2011 Terceiro trimestre de 2011 Primeiro semestre de 2012 Terceiro trimestre de 2012 Quarto trimestre de 2012 Todo o ano de 2012 Primeiro trimestre de 2013 Segundo trimestre de 2013 Terceiro trimestre de 2013 Quarto trimestre de 2013 Todo o ano de 2013 Primeiro trimestre de 2014 Segundo trimestre de 2014 Terceiro trimestre de 2014 Quarto trimestre de 2014 Todo o ano de 2014 (1) Convertidos de reais nominais para dólares norte-americanos às taxas comerciais de câmbio em vigor na última data do mês em que foram aprovados os dividendos. (2) Representa juros sobre o capital social. (3) Representa pagamentos de dividendos. (4) Valor declarado em 2010 mas pago em 2011. (5) Valor declarado em 2012 mas pago em 2013. (6) Valor declarado em 2013 mas pago em 2014. (7) Proposta aguardando aprovação dos acionistas. Em 2014, distribuímos US$ 80,9 milhões em juros sobre o patrimônio líquido e/ou dividendos relacionados aos lucros gerados no exercício findo a 31 de dezembro de 2014. Nosso Conselho de Administração declarou interesse no patrimônio líquido com relação a lucros gerados durante o primeiro semestre de 2014, o terceiro trimestre de 2013 e o quarto trimestre de 2014 (ver “Item 8A. Informações financeiras — Distribuição obrigatória”). Pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre capital próprio, conforme exigido pela Lei das Sociedades por Ações e pelos nossos estatutos. O nosso Conselho de Administração pode aprovar a distribuição de dividendos e/ou juros sobre capital próprio, calculados com base em nossas demonstrações financeiras semestrais ou trimestrais. A declaração de dividendos anuais, inclusive dividendos que excederem a distribuição obrigatória, exigirá a aprovação pelo voto da maioria dos portadores de ações ordinárias. A importância de qualquer distribuição dependerá de muitos fatores, tais como os nossos resultados de operações, condição financeira, exigências de caixa, perspectivas e outros fatores considerados relevantes pelo Conselho de Administração e pelos acionistas. No contexto do nosso planejamento fiscal, poderemos continuar, de futuro, a determinar como favorável a nós a distribuição de participação no capital social. 101 #4836-6508-5983v7 8B. Mudanças Significativas Não houve mudanças ou eventos significativos após o fechamento da declaração de situação financeira com data de 31 de dezembro de 2014, além dos eventos já descritos neste relatório anual. ITEM 9. 9A. A OFERTA E REGISTRO Detalhes da Oferta e Registro Nossas ADSs estão listadas na Bolsa de Nova York, ou NYSE, com o símbolo “ERJ.” Além disso, nossas ações ordinárias são negociadas na Bolsa de São Paulo com o símbolo “EMBR4.” Cada ADS representa quatro ações preferenciais. O quadro a seguir dá as cotações máximas e mínimas de fechamento, em dólares dos EUA, das ADSs na Bolsa de Nova York nos períodos indicados: Os valores de negociação das ADSs até 2 de junho de 2006 referem-se à antiga Embraer, cada uma representando quatro ações preferenciais da antiga Embraer. As ADSs começaram a ser negociadas na NYSE em 5 de junho de 2006, sendo que cada ADS representa quatro ações ordinárias de nossa emissão. Preço em dólares norteamericanos por ADS Alto Baixo 2010 ANO ................................................................................................................ 2011 ANO ................................................................................................................ 2012 ANO ................................................................................................................ 2013 Primeiro trimestre ........................................................................................... Segundo trimestre ........................................................................................... Terceiro trimestre............................................................................................ Quarto trimestre .............................................................................................. ANO ................................................................................................................ 2014 Primeiro trimestre ........................................................................................... Segundo trimestre ........................................................................................... Terceiro trimestre............................................................................................ Quarto trimestre .............................................................................................. ANO ................................................................................................................ Mês findo em: 31 de outubro de 2014 .................................................................................... 30 de novembro de 2014 ................................................................................. 31 de dezembro de 2014 ................................................................................. 31 de janeiro de 2015 ...................................................................................... 28 de fevereiro de 2015 .................................................................................. 31.25 20.01 35.27 21.40 35.29 23.06 35.67 38.58 39.22 35.33 39.22 26.80 32.35 31.74 29.36 26.80 36.48 37.80 39.97 39.21 39.97 29.86 33.59 36.87 34.33 29.86 39.21 38.42 37.67 37.04 36.79 34.89 35.73 34.33 32.26 34.99 As tabelas a seguir mostram, para os períodos indicados, os preços de fechamento máximo e mínimo em reais das ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. Os valores de negociação das ações ordinárias até 2 de junho de 2006 referem-se às ações ordinárias da antiga Embraer. Nossas ações ordinárias começaram a serem negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo em 5 de junho de 2006. 102 #4836-6508-5983v7 Reais nominais por ação ordinária Alto Baixo 2010: Encerramento do ano ...................................................................................... 2011: ANO ................................................................................................................ 2012 Primeiro trimestre .......................................................................................... Segundo trimestre .......................................................................................... Terceiro trimestre ........................................................................................... Quarto trimestre ............................................................................................. ANO ................................................................................................................ 2013 Primeiro trimestre .......................................................................................... Segundo trimestre ........................................................................................... Terceiro trimestre ........................................................................................... Quarto trimestre ............................................................................................. ANO ................................................................................................................ 2014 Primeiro trimestre .......................................................................................... Segundo trimestre ........................................................................................... Terceiro trimestre ........................................................................................... Quarto trimestre ............................................................................................. ANO ................................................................................................................ Mês findo em: 31 de outubro de 2014 .................................................................................... 30 de novembro de 2014 ................................................................................. 31 de dezembro de 2014 ................................................................................. 31 de janeiro de 2015 ...................................................................................... 28 de fevereiro de 2015 .................................................................................. 12,84 9,21 14,30 8,54 14,64 16,53 14,34 14,52 16,53 11,74 12,86 11,87 12,77 11,74 18,00 21,25 21,70 19,05 21,70 13,77 16,01 17,82 16,35 13,77 21,15 21,07 24,15 25,26 25,26 18,27 18,62 20,44 21,10 18,27 24,40 24,78 25,26 24,85 26,26 21,10 23,07 22,45 21,23 23,74 Em 19 de março de 2015, o preço de venda de fechamento de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo era de R$ 25,63, o que equivale a US$ 31,62 por ADS. Nessa mesma data, o preço de venda de fechamento de nossas ADSs na Bolsa de Nova York era de US$ 31,88. As ADSs são emitidas segundo um contrato de depósito, e o banco JPMorgan Chase Bank serve como depositário nos termos desse contrato. 9B. Plano de Distribuição Não se aplica. 9C. Mercados Negociação na Bolsa de São Paulo Em 2000, a BOVESPA foi reorganizada com a execução de memorandos de entendimento, pelas bolsa de valores do Brasil. Segundo os memorandos, todos os títulos passam a ser negociados apenas na BOVESPA, com exceção dos títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. As ações ordinárias são cotadas e negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo. As negociações das nossas ações preferenciais na Bolsa de Valores de São Paulo são liquidadas em três dias úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são realizados por intermédio da CBLC—Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, a câmara de compensação da Bolsa de Valores de São Paulo, que mantém contas para as corretoras associadas. 103 #4836-6508-5983v7 Para melhor controlar a volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo adotou um sistema de “circuit breaker” segundo o qual os pregões podem ser suspensos por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que os índices da bolsa caírem abaixo dos limites de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao índice registrado no pregão anterior. A Bolsa de Valores de São Paulo tem menor liquidez do que a Bolsa de Valores de Nova York e outras grandes bolsas do mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo tinha uma capitalização total de mercado de aproximadamente R$ 2,24 trilhões, equivalentes a US$ 0,89 trilhão em 31 de dezembro de 2014. A título de comparação, a Bolsa de Nova York tinha uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 19,4 trilhões na mesma data. Embora qualquer ação em circulação de uma empresa cotada possa ser negociada na Bolsa de Valores de São Paulo, na maior parte dos casos menos da metade das ações listadas está de fato disponível para negociação pública, estando o restante nas mãos de pequenos grupos de controladores, entidades governamentais ou acionista principal. Em 31 de dezembro de 2014, respondíamos por aproximadamente 0,81% da capitalização de mercado de todas as empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Existe também uma concentração significativamente maior dos mercados de títulos brasileiros do que existe na Bolsa de Nova York ou em outras grandes bolsas. Durante o período de um ano findo em 31 de dezembro de 2014, as dez maiores empresas cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo representavam aproximadamente 45,65% da capitalização total de mercado de todas as empresas cotadas. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo realizada por não residentes no Brasil está sujeita às limitações impostas pela lei brasileira sobre investimento estrangeiro. Práticas de governança empresarial do Novo Mercado Em 2000 a BOVESPA apresentou três segmentos especiais de negociação, conhecidos como Níveis 1 e 2 das Práticas de Governança Empresarial Diferenciadas e o Novo Mercado, visando incentivar um mercado secundário de títulos emitidos por empresas brasileiras cotadas na BOVESPA, solicitando a essas empresas a observação de boas práticas de governança empresarial. Os segmentos listados foram projetados para a negociação de ações emitidas por empresas voluntariamente comprometidas com o cumprimento de práticas de governança empresarial e requisitos de divulgação além dos já impostos pela legislação brasileira. Essas regras em geral aumentam s direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas aos acionistas. Para se tornar uma empresa de Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação atual brasileira, o emissor deve concordar em (a) garantir que ações do emissor representando 25% capital total sejam efetivamente disponibilizadas para negociação, (b) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a propriedade generalizada das ações sempre que houver uma oferta pública, (c) observar os padrões mínimos de divulgação trimestrais, (d) observar políticas negociação, (b) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a propriedade generalizada das ações sempre que houver uma oferta pública, (c) observar os padrões mínimos de divulgação trimestrais, (d) observar políticas de divulgação mais rigorosas, inclusive a respeito de contratos com partes relacionadas, contratos importantes e transações feitas com acionistas controladores, diretores e executivos envolvendo títulos emitidos, (e) submeter quaisquer contratos de acionistas existentes e planos de opção de compra à Bolsa de Valores de São Paulo e (f) determinar uma programação de eventos corporativos e disponibilizá-la aos acionistas. Para se tornar uma companhia de Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação atual brasileira, o emissor deve concordar em (a) observar todos os requisitos de listagem para as companhias de Nível 1, (b) conceder direitos “tag-along” (direitos de vender ações através de oferta pública, no caso de transferência de controle) a todos os acionistas relacionados à transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação para as ações ordinárias do bloco de controle e 80% do preço pago por ação para as ações preferenciais do bloco de controle, (c) conceder direito a voto para titulares de ações preferenciais em conexão com determinadas reestruturações corporativas e transações relacionadas, como (1) qualquer transformação da empresa em outro tipo de empresa (2) qualquer fusão, consolidação ou “spin-off” (segregação parcial) da empresa, (3) a aprovação de quaisquer transações entre a empresa e sua acionista controladora, incluindo partes relacionadas à acionista controladora, (4) aprovação de qualquer avaliação de bens a serem entregues à empresa como pagamento por ações emitidas em aumento de capital, (5) indicação de uma empresa especializada para determinar o valor justo da empresa em conexão com qualquer oferta de licitação com cancelamento de registro e saída de lista e (6) quaisquer alterações a esse direito a voto, (d) ter um conselho de administração composto por pelo menos cinco membros, dos quais 20% 104 #4836-6508-5983v7 devem ser diretores independentes com mandato limitado a dois anos, (e) preparar declarações financeiras anuais em inglês, como declarações de fluxo de caixa, e de acordo com padrões contábeis internacionais, como os GAAP dos EUA ou as Normas de Relatórios Financeiros Internacionais (“IFRS”), (f) se decidir sair do segmento de nível 2, fazer uma oferta de licitação pelo acionista controlador da empresa (o preço mínimo das ações a ser oferecido será determinado por um processo de avaliação) e (g) aderir exclusivamente às regras da Câmara de Arbitragem da BOVESPA para a resolução de litígios entre a empresa e seus investidores. Para ser listado no Novo Mercado, um emissor deve cumprir todos e requisitos acima descritos, além de (a) emitir apenas ações com direito a voto e (b) conceder direitos tag-along para todos os acionistas com relação a uma transferência de controle da empresa, oferecendo o mesmo preço pago por ação para ações ordinárias do bloco de controle. Nossas ações são cotadas no segmento do Novo Mercado. Regulamentação dos Mercados Brasileiros de Títulos Os mercados brasileiros de títulos encontram-se regulamentados pela CVM, que tem autoridade regulatória sobre as bolsas de valores e os mercados de títulos em geral, e pelo Banco Central, que tem, entre outros poderes, autoridade para licenciar corretoras e regulamentar o investimento estrangeiro e as operações de câmbio. De conformidade com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, uma sociedade por ações poderá ser companhia aberta, como a nossa, ou companhia fechada. Todas as empresas abertas, inclusive a nossa, estão registradas na CVM e estão sujeitas a exigências de apresentação de informações. As nossas ações listadas e negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, e podem ser negociadas em caráter privado, sujeito a limitações. Temos a opção de pedir que a negociação de nossos títulos seja suspensa na Bolsa de São Paulo, na iminência de um anúncio importante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da Bolsa de São Paulo ou da CVM, entre outras razões, com base em ou devido a uma crença de que a empresa tenha fornecido informação inadequada em relação um evento importante, ou que tenha dado respostas inadequadas às perguntas da CVM ou da Bolsa de São Paulo. A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo por não residentes no Brasil está sujeita a limitações nos termos da legislação fiscal e sobre investimento estrangeiro no Brasil. O custodiante brasileiro das nossas ações preferenciais e o depositário das nossas ADSs obtiveram um certificado eletrônico de registro do Banco Central para remeter ao exterior os dólares do pagamento de dividendos, outras distribuições de dinheiro, ou da venda das ações e dos resultados das vendas. No caso do portador de ADSs trocar suas ADSs por ações ordinárias, este terá direito a continuar tomando por base o seu certificado eletrônico de registro de depositário durante cinco dias úteis após a troca. Após esse prazo, o portador poderá deixar de estar mais habilitado a remeter ao exterior os dólares por ocasião da venda das ações ordinárias, ou das distribuições relativas a tais ações ordinárias, a não ser que obtenha um novo certificado eletrônico de registro ou que registre o seu investimento em ações ordinárias nos termos da Resolução No. 2689. Requisitos de Divulgação Segundo a regra da CVM no 358, datada de 3 de janeiro de 2002, a CVM revisou e consolidou os requisitos a respeito divulgação e uso das informações relacionadas a fatos importantes e atos de empresas de capital aberto, como a divulgação de informações sobre a comercialização e aquisição de títulos emitidos por empresas de capital aberto. Esses requisitos incluem disposições que: • definem o conceito de um fato importante que dê motivo a requisitos de declaração. Os fatos importantes incluem decisões tomadas pelos acionistas controladores, deliberações da assembleia geral de acionistas e da diretoria da empresa, ou outros fatos relativos ao negócio da empresa (ocorrendo dentro da empresa ou de alguma forma a ela relacionados) que venham a influenciar o preço dos seus títulos negociados em bolsa, ou a decisão dos investidores de negociar estes títulos ou de exercer quaisquer direitos correspondentes aos títulos; 105 #4836-6508-5983v7 9D. • dão exemplos de fatos considerados importantes como, entre outros, a execução de acordos de acionistas para transferência de controle, inclusão ou retirada de acionistas que mantenham qualquer função gerencial, financeira, tecnológica ou administrativa na empresa, e qualquer reestruturação empresarial adotada entre empresas relacionadas; • obrigam o executivo de relações com investidores, os acionistas controladores, outros executivos, diretores, membros do comitê de auditoria e outros conselhos consultivos a divulgar fatos importantes; • exigem a divulgação simultânea de fatos importantes para todos os mercados em que os títulos da empresa podem ser negociados; • exigem do adquirente de participação no controle de uma empresa a publicação de fatos importantes, como suas intenções quanto à retirada ou não de lista das ações da empresa, em menos de um ano; • estabelecem regras a respeito dos requisitos de divulgação na aquisição e venda de uma participação acionária significativa; e • restringem o uso de informações privilegiadas. Acionistas Vendedores Não se aplica. 9E. Diluição Não se aplica. 9F. Despesas da Emissão Não se aplica. ITEM 10. 10A. Informações adicionais Capital social Não se aplica. 10B. Ato Constitutivo e Contrato Social Abaixo seguem algumas informações sobre o nosso capital social, e um breve resumo de certas disposições importantes dos nossos estatutos e da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as regras e o regulamento pertinentes da CVM, e as regras pertinentes do Novo Mercado relativas a nosso capital social. Esta descrição não pretende ser completa e se qualifica pela referência aos nossos estatutos e à lei brasileira. Objeto Social Somos uma Sociedade por Ações de capital aberto com sede e foro na cidade de São José dos Campos, São Paulo, Brasil, regida basicamente pelos nossos estatutos e pela Lei das Sociedades por Ações. O objetivo social da Embraer, conforme estipulado em nossos estatutos, é (1) projetar, fabricar e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e seus respectivos acessórios, componentes e equipamentos de acordo com a mais alta tecnologia e os padrões de qualidade, (2) promover e realizar atividades técnicas relativas à produção e manutenção de materiais aeroespaciais, (3) contribuir para a formação do pessoal técnico necessário para a indústria aeroespacial, (4) realizar atividades tecnológicas, industriais e comerciais, e serviços relativos à indústria aeroespacial, (5) projetar, fabricar e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e componentes para os setores de defesa, segurança e energia, além de realizar e executar atividades técnicas relacionadas a essas atividades de fabricação e manutenção de acordo com a mais alta tecnologia e os padrões de qualidade, e (6) executar outras atividades e services tecnológicos, de fabricação e comercialização relacionados aos setores de defesa, segurança e energia. 106 #4836-6508-5983v7 Descrição do Capital Social Generalidades Em 31 de dezembro de 2014, nosso capital social consistia em um total de 740.465.044 ações ordinárias em circulação, sem valor nominal, incluindo 5.494.583 ações ordinárias em tesouraria e uma classe especial de ação ordinária conhecida como “golden share”, detida pelo governo brasileiro Nossos estatutos autorizam o Conselho de Administração a aumentar o capital social em até 1.000.000.000 de ações ordinárias, sem necessitar de aprovação específica dos acionistas. Todas as nossas ações em circulação estão integralizadas. Todo aumento de capital que exceder os valores referidos acima necessitará de aprovação em assembleia de acionistas. Nossos acionistas não são responsáveis por novas chamadas de capital. Sua responsabilidade está limitada ao valor de qualquer parte de nosso capital que subscreveram, mas não completaram o pagamento correspondente. Recompra de Ações De acordo com o nosso estatuto social, o Conselho de Administração, em 7 de dezembro 2007, aprovou um programa de recompra de nossas ações ordinárias, conforme a Instrução nº 10/80 da CVM, para fins de agregar valor para os nossos acionistas com a administração de nossa estrutura de capital. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 16.800.000 ações ordinárias, representando aproximadamente 2,3% do nosso capital em circulação, que totalizava 740.465.044 ações ordinárias em circulação. A aquisição de ações foi realizada na Bolsa de Valores de São Paulo e as ações ordinárias recompradas serão mantidas em tesouraria. As ações em tesouraria não têm direitos políticos nem econômicos. O programa foi encerrado em 31 de março de 2008. Um total de 16.800.000 ações foi comprado a um preço médio de R$19,06 por ação. Consulte o “Item 16E. Compras de Títulos pela Emitente e Compradoras Filiadas”. Em 23 de janeiro de 2012, nosso Conselho de Administração aprovou um novo programa de recompra de ações para nossas ações ordinárias, em conformidade com a Instrução 10/80 da CVM, com a finalidade de apoiar nosso segundo e terceiro plano de opção de ações, a serem lançados em 2012 e 2013, respectivamente. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 1,065,000 ações ordinárias, representando aproximadamente 0.15% do nosso capital em circulação, que totalizava 740.465.044 ações ordinárias em circulação. Não adquirimos ações nesse programa. A aquisição de ações será feita na Bolsa de Valores de São Paulo e não poderá ser superior a 30% do volume diário de ações negociadas, e as ações ordinárias recompradas serão mantidas em tesouraria, sem direitos políticos ou econômicos. O programa terá duração de um ano a partir da data de sua aprovação. Ações ordinárias Cada ação ordinária dá ao seu detentor o direito a um voto nas nossas assembléias gerais de acionistas, ordinárias e extraordinárias. De acordo com nossos estatutos sociais e o contrato de negociação com a BOVESPA de nossas ações no Novo Mercado, não poderemos emitir ações sem direito a voto ou com direito a voto restrito. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil e o nosso estatuto social exigem que todas as assembleias gerais sejam convocadas por publicação de aviso no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a publicação oficial do governo do Estado de São Paulo, e em jornal de grande circulação na cidade onde a sede social está localizada, atualmente O Vale em São José dos Campos, com antecedência mínima de 30 dias em relação à assembleia, e em outro jornal de grande circulação em São Paulo, onde a Bolsa de Valores de São Paulo está localizada, atualmente o Valor Econômico. O quorum para a realização de nossas assembleias gerais de acionistas em primeira convocação em geral é a presença de acionistas representando 35% do capital votante, em segunda convocação, as assembleias poderão se realizar com a presença de acionistas representando 25% do capital votante e, em terceira convocação, as assembleias poderão se realizar com a presença de qualquer número de acionistas. De acordo com nossos estatutos, para participar de uma assembleia geral, o acionista deve comprovar a propriedade das ações com que pretende votar, mostrando um documento de identificação e um comprovante de propriedade das ações. Nossos acionistas podem ser representados na assembleia geral por (1) procurador, designado com antecedência de um ano em relação à assembleia, (2) um de nossos diretores ou executivos, (3) advogado ou (4) instituição financeira. Os fundos de investimento devem ser representados pelo administrador. 107 #4836-6508-5983v7 De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as ações ordinárias têm direito a dividendos na proporção da sua participação do valor disponível para distribuição. Consulte o “Item 8A. Informações Financeiras — Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras – Dividendos e Política de Dividendos”, para obter uma descrição mais completa do pagamento de dividendos sobre nossas ações. Além disso, por ocasião da liquidação da empresa, as ações ordinárias terão direito ao retorno do capital na proporção da sua participação do nosso patrimônio líquido. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, nem nossos estatutos sociais nem deliberações nas assembleias de acionistas poderão tomar de um acionista os seguintes direitos: • direito de participar na distribuição dos lucros; • direito de participar de forma igualitária e proporcional no patrimônio líquido residual em caso de liquidação da empresa; • direitos preferenciais no caso de subscrição de ações, debêntures conversíveis ou cautelas, exceto em alguns casos específicos previstos na lei brasileira descrita no “Item 10D. — Direitos preferenciais”; • direito de supervisionar nossa administração de acordo com o Artigo 109 da Lei de Sociedades por Ações do Brasil; e • direito a direitos de recesso nos casos especificados na Lei das Sociedades por Ações descritos em “Direitos de resgate e recesso” no Item 10D. — Resgate e Direito de Retirada”. Golden Share (Ação Especial) A ação especial é de propriedade da República Federativa do Brasil. Para considerações sobre os direitos da “golden share”, consulte o "Item 10B — Direitos a Voto – Golden Share”. Direitos a Voto Cada ação ordinária confere o direito a um voto nas nossas assembleias gerais ordinárias. De acordo com nossos estatutos sociais e o contrato de negociação com a BOVESPA de nossas ações no Novo Mercado, não poderemos emitir ações sem direito a voto ou com direito a voto restrito. Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias Nossos estatutos sociais dispõem que, em determinadas assembleias gerais ordinárias, os acionistas ou grupos de acionistas, bem como corretores agindo em nome de um ou mais portadores de ADSs, não poderão exercer seus votos representando mais de 5% da quantidade de ações do nosso capital social total. Os votos que excederem este limite de 5% não serão contados. Para fins de nossos estatutos sociais, dois ou mais acionistas serão considerados “grupo de acionistas” se: • fizerem parte de um acordo de voto; • um deles for, direta ou indiretamente, um acionista controlador ou uma empresa controladora de outro(s): • forem empresas direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa/entidade, ou grupo de pessoas/entidades, que possam ou não ser acionistas; ou • forem empresas, associações, fundações, cooperativas ou trustes, fundos de investimentos ou portfólios, universalidades de direitos ou qualquer outra forma de organização ou empreendimento (a) com os mesmos administradores ou gerentes, ou ainda (b) cujos administradores ou gerentes sejam empresas direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa/entidade, ou grupo de pessoas/entidades, que possam ou não ser acionistas. 108 #4836-6508-5983v7 No caso de fundos de investimento que tenham um administrador comum, apenas os fundos com diretivas de investimento e exercício de direitos a voto nas assembleias dos acionistas, que estejam sob responsabilidade do administrador em base discricionária, serão considerados um grupo de acionistas. Além disso, os acionistas representados pelo mesmo procurador, administrador ou representante, por qualquer razão em nossas assembleias gerais ordinárias, serão considerados grupos de acionistas, salvo os titulares de nossas ADSs e quando representados pelo respectivo depositário. Os signatários de um acordo de acionistas que se refira ao exercício do direito a voto serão considerados um grupo de acionistas para os fins da limitação já mencionada. Esta limitação dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias é ilustrada na tabela a seguir: Participação o acionista ou grupo de acionistas no capital 1% 2% 3% 4% 5% > 5% Direitos a voto como uma porcentagem de nosso capital social 1% 2% 3% 4% 5% 5% Limitação dos direitos a voto de acionistas estrangeiros De acordo com o edital emitido pelo governo brasileiro relativo à privatização da Embraer em 1994, a participação votante de estrangeiros titulares de ações ordinárias foi limitada a 40% das ações ordinárias da Embraer. Nosso estatuto social determina que, nas assembleias gerais, os acionistas ou grupos de acionistas estrangeiros não podem exercer votos que representem mais de dois terços do total de votos de todos os acionistas brasileiros presentes na assembleia. O total de votos que pode ser exercido pelos acionistas brasileiros e estrangeiros será calculado depois que se dê efeito à limitação de 5% no direito a voto, descrita no “Item 10B - Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias”, acima. Os votos de acionistas estrangeiros que excederem o limite de dois terços não serão contados. Caso o total de votos de acionistas estrangeiros em nossas assembleias gerais exceda dois terços dos votos passíveis de exercício por acionistas brasileiros presentes na assembleia, o número de votos de cada acionista estrangeiro será proporcionalmente reduzido de modo que o total de votos dos acionistas estrangeiros não exceda dois terços dos votos totais passíveis de exercício pelos acionistas brasileiros presentes na assembleia. A fração de 2/3 limita efetivamente os direitos a voto de acionistas e grupos de acionistas estrangeiros a 40% do nosso capital social total. O objetivo desta limitação é garantir que os acionistas brasileiros constituam a maioria dos votos totais em nossas assembleias gerais. Essa limitação impedirá efetivamente nossa incorporação por acionistas não brasileiros e limitará a capacidade de acionistas não brasileiros de exercer controle sobre nós. Para os fins de nossos estatutos sociais, “Acionistas brasileiros” são considerados os seguintes: • Indivíduos brasileiros, sejam nativos ou naturalizados, residentes no Brasil ou em países estrangeiros; • entidades privadas legais organizadas segundo a legislação brasileira, que tenham suas sedes administrativas no Brasil e (a) não tenham uma empresa controladora estrangeira, a menos que esta cumpra os requisitos da cláusula (b) deste item, e (b) sejam controladas, direta ou indiretamente, por um ou mais indivíduos brasileiros, natos ou naturalizados, residentes no Brasil ou em países estrangeiros; e • fundos ou clubes de investimentos organizados segundo a legislação brasileira, que tenham suas sedes administrativas no Brasil e cujos gerentes e/ou titulares de cotas, proprietários da maioria das cotas, sejam pessoas/entidades referentes ao descrito acima. 109 #4836-6508-5983v7 O acionista brasileiro é obrigado a provar para nós e o depositário dos livros de registro acionários, que o mesmo cumpre os requisitos já mencionados e, apenas após apresentar a referida prova, tal acionista será incluído nos registros de acionistas brasileiros. Para os fins de nossos estatutos sociais, serão considerados “Acionistas estrangeiros” as pessoas físicas ou jurídicas, fundos ou clubes de investimentos e demais entidades não constituídas por acionistas brasileiros e que não comprovem cumprir os requisitos de forma a serem considerados acionistas brasileiros. Um “grupo de acionistas”, conforme definido acima, será considerado estrangeiro sempre que um ou mais de seus membros for um acionista estrangeiro. O efeito dessa limitação sobre os direitos a voto de acionistas estrangeiros (isto é, suas participações) é ilustrado na tabela a seguir, em que a coluna “Participação do acionista estrangeiro” indica a porcentagem máxima de votos que um acionista estrangeiro pode exercer: Participação do acionista brasileiro (% do capital social) 90 80 70 60 59 50 40 30 20 10 Participação do acionista estrangeiro (% do capital social) 10 20 30 40 41 50 60 70 80 90 Participação do acionista estrangeiro(1) (%) 10,00 20,00 30,00 40,00 39,33 33,33 26,67 20,00 13,33 6,67 (1) Número de votos calculado com base em dois terços dos votos de acionistas brasileiros. Os quadros a seguir ilustram, em diferentes situações, o sistema de votação aplicável a nossas assembleias gerais de acionistas. Exemplo 1 Todos os acionistas brasileiros são titulares de menos de 5% e os acionistas estrangeiros são titulares de um total de 40%, mas sem qualquer posse individual superior a 5%. Este exemplo mostra uma situação em que a restrição geral para os acionistas estrangeiros não afeta o índice de votos. 110 #4836-6508-5983v7 Acionista Brasileiro A Brasileiro B Brasileiro C Brasileiro D Brasileiro E Brasileiro F Brasileiro G Brasileiro H Brasileiro I Brasileiro J Brasileiro K Brasileiro L Total de brasileiros Estrangeiros (1) Total % Ações presentes 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % efetiva de votos após restrição a 5% 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40 100 % de votos válidos 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 60 40(2) 100 Índice de votos (votos/ação) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 (1) Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. (2) Dois terços de 60 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 40 votos. Exemplo 2 O acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital social, outro acionista brasileiro é titular de 5% e acionistas estrangeiros detêm 50%, mas sem posse individual superior a 5%. Acionista Brasileiro A Brasileiro B Brasileiro C Brasileiro D Brasileiro E Brasileiro F Brasileiro G Total de brasileiros Estrangeiros (1) Total % Ações presentes 20 5 5 5 5 5 5 50 50 100 % efetiva de votos após restrição a 5% 5 5 5 5 5 5 5 35 50 85 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 35,0 23,3(2) 58,3(2) % de votos válidos 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 8,57 59,99 40,00 100,00 Índice de votos (votos/ação) 0,25 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,47 0,58 (1) Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. (2) Dois terços de 35 (votos totais dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 23 votos. Exemplo 3 Nenhum acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital social, um acionista estrangeiro é titular de 30% e outro acionista estrangeiro é titular de 40%, mas sem posse individual superior a 5%. 111 #4836-6508-5983v7 Acionista Brasileiro A Brasileiro B Brasileiro C Brasileiro D Brasileiro E Brasileiro F Total de brasileiros Estrangeiros A Estrangeiros (1) Total % Ações presentes 5 5 5 5 5 5 30 30 40 100 % efetiva de votos após restrição a 5% 5 5 5 5 5 5 30 5 40 75 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 30,0 2,2(2) 17,8(2) 50,0 % de votos válidos 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 60,0 4,4 35,6 100,0 Índice de votos (votos/ação) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,07 0,44 0,50 (1) Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro que seja pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. (2) Dois terços de 30 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 20 votos, divididos proporcionalmente entre o Estrangeiro A e os demais estrangeiros. Exemplo 4 Dois acionistas brasileiros são titulares de mais de 5% do nosso capital social, três acionistas brasileiros são titulares de 5% e um acionista estrangeiro detém 30%, mas sem posse individual superior a 5%. Acionista Brasileiro A Brasileiro B Brasileiro C Brasileiro D Brasileiro E Total de brasileiros Estrangeiros (1) Total % de Ações Presentes 30 25 5 5 5 70 30 100 % efetiva de votos após restrição a 5% 5 5 5 5 5 25 30 55 % efetiva de votos após restrição a estrangeiros 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 25,0 16,7(2) 41,7 % de votos válidos 12 12 12 12 12 60 40 100 Índice de votos (votos/ação) 0,17 0,20 1,00 1,00 1,00 1,00 0,56 0,42 (1) Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro que seja pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de 5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação. (2) Dois terços de 25 (votos totais dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 16.7 votos. Acordo de Acionistas Com relação à fusão da antiga Embraer com a Embraer aprovada em 31 de março de 2006, a Cia. Bozano, PREVI e SISTEL, antigos controladores da antiga Embraer, rescindiram o acordo de acionistas sobre seu controle acionário da antiga Embraer e renunciaram ao controle do capital votante da antiga Embraer, em favor de todos os acionistas da Embraer. Quando da conclusão da fusão, a Cia. Bozano, PREVI e a SISTEL não poderão mais controlar o resultado das questões sujeitas ao voto dos acionistas da Embraer. Nossos estatutos sociais proíbem aos acionistas ou grupos de acionistas de exercerem o controle do nosso capital votante. 112 #4836-6508-5983v7 Golden Share (Ação Especial) A ação especial é de propriedade da República Federativa do Brasil. A ação de ouro possui os mesmos direitos de voto dos portadores das Ações Ordinárias. Além disso, a ação de ouro confere a seu portador o direito de veto em relação às seguintes ações sociais: • mudança da denominação ou do objetivo sociais; • modificação e/ou aplicação de nossa logomarca; • criação e/ou alteração de programas militares (envolvendo ou não o Brasil); • desenvolvimento das habilidades de terceiros em tecnologia para programas militares; • interrupção no fornecimento de peças de manutenção e reposição para aeronaves militares; • transferência de controle acionário; • qualquer aditamento na lista de ações sociais sobre as quais a ação de ouro detém poder de veto, incluindo o direito do governo brasileiro de indicar um membro ativo para o Conselho de Administração e o direito dos funcionários de indicarem dois membros ativos para o Conselho de Administração e dos direitos conferidos à ação de ouro; e • alterações em determinadas disposições do nosso estatuto social referentes às restrições de voto, direitos da ação de ouro e requisitos de oferta de licitação obrigatória aplicáveis aos titulares de 35% ou mais das nossas ações em circulação. As questões acima discriminadas estarão sujeitas à aprovação prévia do nosso Conselho de Administração e à aprovação em até 30 dias do governo federal brasileiro, na qualidade de titular da ação de ouro. Estas questões estão sujeitas à notificação prévia ao Ministério da Fazenda brasileiro. Na ausência da aprovação do governo brasileiro em até trinta dias, a questão será considerada aprovada por nosso Conselho de Administração. Divulgações de Interesse Expressivo Exigências do Brasil A legislação brasileira e nossos estatutos sociais determinam que os acionistas ou grupo de acionistas serão obrigados a divulgar, através de uma notificação a nós e às bolsas de valores em que os valores mobiliários são negociados, a aquisição de ações que, somadas às já possuídas, excederem 5% do nosso capital social. A infração desta obrigação de divulgação poderá resultar na suspensão dos direitos, incluindo os de voto, por deliberação dos acionistas na respectiva assembleia. Determinadas Exigências Legais dos Estados Unidos Além disso, a Lei de Valores Mobiliários dos Estados Unidos faz exigências sobre divulgações aos acionistas ou grupos de acionistas que se tornarem usufrutuários (conforme a definição do termo na Regra 13d-3 da Lei de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) de mais de 5% de nossas ações ordinárias. De modo geral, esses acionistas devem registrar, em até dez dias após a aquisição, um relatório de sua propriedade na SEC, contendo as informações exigidas pelos nos termos da citada Lei. Estas informações também deverão ser remetidas a nós, e a cada bolsa de valores dos Estados Unidos onde são negociadas nossas ações ordinárias. Os acionistas devem consultar suas assessorias jurídicas sobre as exigências de divulgação nos termos da Lei de Mercado de Capitais dos Estados Unidos. Forma e Transferência Como nossas ações estão registradas na forma escritural, a sua transferência está regulamentada pelo Artigo 35 da Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Esse Artigo prevê que a transferência de ações seja realizada por um lançamento feito pelo Banco Itaú S.A., também conhecido como o agente de registro, nos seus livros, lançando 113 #4836-6508-5983v7 débito na conta de ações de quem transfere e creditando a conta de ações do transferido. O Banco Itaú S.A. também realiza para nós todos os serviços de guarda de valores e transferência de ações e serviços relacionados. As transferências de ações por acionista estrangeiro se fazem da mesma maneira e são executadas pelo agente local de tal acionista em nome do acionista, com a exceção de que se o investimento original tiver sido registrado no Banco Central do Brasil conforme a Resolução No. 2.689, o acionista estrangeiro também deverá providenciar emenda, se necessário, por meio de seu agente local, do registro eletrônico que reflita o novo proprietário. A Bolsa de Valores de São Paulo opera como sistema central de compensação. O portador de nossas ações poderá optar, a seu critério, por participar do sistema e todas as ações destinadas a serem colocadas nesse sistema serão depositadas em custódia junto à Bolsa de Valores de São Paulo (por meio de uma instituição brasileira devidamente autorizada a operar pelo Banco Central e com uma conta de compensação na Bolsa de Valores de São Paulo). O fato de que tais ações são mantidas em custódia na Bolsa de Valores de São Paulo constará de nosso registro de acionistas. Cada acionista participantes será, por sua vez, registrado no nosso registro de acionistas usufrutuários mantido pela Bolsa de Valores de São Paulo e será tratado da mesma maneira que os acionistas nominativos. Conselho de Administração De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os membros do Conselho de Administração deverão ser acionistas da companhia. Não há exigência relativa ao número de ações que uma pessoa física deverá possuir para ser membro do Conselho de Administração. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, os nossos dirigentes e diretores estão proibidos de votar em ou agir em assuntos em que haja conflito entre os seus interesses e os nossos. Nossos estatutos preveem que os acionistas sejam responsáveis pela determinação da remuneração global dos membros dos nossos corpos administrativos. Nosso Conselho de Administração é responsável pela divisão de tal remuneração entre os membros da administração. Não há disposição específica quanto ao poder de voto dos diretores quanto à sua remuneração na ausência de um quorum independente. No que diz respeito aos poderes de empréstimo do Conselho de Administração, este tem poder para autorizar o levantamento de fundos, seja na forma de títulos de dívida, notas, papéis comerciais ou outros instrumentos de uso regular no mercado. Outros dispositivos financeiros, inclusive os empréstimos bancários, poderão ser empregados mediante a assinatura conjunta de (1) dois Diretores Executivos; (2) um diretor e um procurador; ou (3) dois procuradores. Não existe, na Lei das Sociedades por Ações do Brasil nem nos nossos estatutos exigência de que os diretores se aposentem ao atingir determinada idade. Além disso, nosso estatuto social não prevê a reeleição dos diretores em intervalos. Ver considerações sobre o nosso Conselho de Administração no Item 6A. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Conselheiros e Diretoria – Conselho de Administração” e o “Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do Conselho”. Eleição do Conselho de Administração A eleição dos membros do nosso Conselho de Administração, quando não houver solicitação de adotar um sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de votação por relação de candidatos, no qual a votação será baseada na relação de candidatos a Conselheiros, não se permitindo a votação de candidatos pessoas físicas. De acordo com os estatutos sociais, os atuais conselheiros por ocasião da eleição, sempre estarão presentes na relação de candidatos a um novo mandato. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal brasileiro na condição de titular da “golden share” (ação especial) e (2) dois membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários. Os demais oito Conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar 114 #4836-6508-5983v7 de duas ou mais relações de candidatos diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma relação de candidatos, e a relação que receber o número mais alto de votos será declarada eleita. Todo acionista terá direito de propor e apresentar outras relações de candidatos a integrantes do Conselho de Administração, diferentes da relação de integrantes conforme os estatutos sociais. Os estatutos sociais também incluem uma disposição na qual o acionista que pretende indicar um ou mais membros ao Conselho de Administração, exceto os membros atuais, deverá avisar a Embraer por escrito, pelo menos dez dias antes da assembleia geral na qual serão eleitos os membros do Conselho de Administração, fornecendo-nos nome e o currículo do candidato. Caso recebamos tal aviso, divulgaremos o recebimento e o conteúdo do mesmo (1) imediatamente, via comunicação eletrônica à CVM e à Bolsa de Valores de São Paulo e (2) por meio de um anúncio à imprensa para nossos acionistas, que também deverá estar disponível em nosso site, pelo menos oito dias antes da data da assembleia geral. Como alternativa, a eleição dos membros do Conselho de Administração poderá ser realizada por meio de um sistema de votação cumulativa. De acordo com os regulamentos da CVM e nossos estatutos sociais, a partir do nosso registro de empresa de capital aberto, a adoção de resolução para votação cumulativa dependerá de solicitação por escrito dos acionistas representando no mínimo 5% do capital social, apresentada pelo menos 48 horas antes da convocação da assembleia geral de acionistas. Segundo o sistema de votação cumulativa, cada parte terá o direito ao mesmo número de votos que o número de membros do conselho a serem eleitos (sujeito a restrição para acionistas titulares de mais de 5% das ações ordinárias e restrições para acionistas estrangeiros), e cada acionista terá o direito de concentrar votos em apenas um membro ou distribuí-los entre mais que um ou todos os membros. Todo cargo vazio não ocupado devido a um empate na votação estará sujeito a uma votação nova, efetuada com o mesmo processo. Direitos de antecipação Cada um dos nossos acionistas tem um direito geral de preferência na subscrição de ações no caso de qualquer aumento de capital, ou de títulos conversíveis em ações, na proporção de sua participação acionária, exceto no caso da concessão e exercício de qualquer opção de aquisição de ações do nosso capital social. Permite-se um período de pelo menos 30 dias após a publicação da nota de emissão de ações ou títulos conversíveis em ações para o exercício do direito, e o direito é negociável. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil e os nossos estatutos, o Conselho de Administração pode, a seu critério, eliminar os direitos de preferência dos acionistas no caso de emitirmos ações, debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição seja em bolsa de valores ou em oferta pública, ou através de uma troca de ações em oferta pública, cujo objetivo seja adquirir controle de outra empresa, conforme estabelecido por lei. No caso de aumento de capital por meio da emissão de ações novas, os portadores de ADSs ou de ações preferenciais teriam, exceto nas circunstâncias descritas acima, direitos de preferência para subscrever toda classe das ações da nova emissão. Entretanto, o titular poderá não estar apto a exercer os direitos de preferência relativos às ações ordinárias correspondentes às ADSs a não ser que haja um certificado de registro, nos termos da Lei dos Valores Mobiliários, válida para as ações a que se refere o direito ou havendo isenção das exigências de registro nos termos da Lei dos Valores Mobiliários. Consulte o “Item 3D. Principais Informações — Fatores de Risco – Riscos Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs – Os titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer direitos de preferência com relação às ações ordinárias”. Não somos obrigados a conservar tal certificado de registro. Resgate e Direito de Retirada De acordo com o nosso Estatuto Social, nossas ações ordinárias não serão resgatáveis. A Lei das Sociedades por Ações prevê que, em circunstâncias limitadas, um acionista tenha direito a retirar a sua participação no capital da empresa e de receber pagamento pela porção de capital da empresa atribuível à sua participação no capital. Este direito de retirada poderá ser exercido por nossos acionistas dissidentes no caso de pelo menos metade de todas as ações com direito a voto nos autorizarem a: • reduzir a distribuição obrigatória de dividendos; • alterar nosso objetivo social; 115 #4836-6508-5983v7 • fundir-nos ou consolidar-nos com outra empresa, observadas as condições estabelecidas na Lei das Sociedades por Ações do Brasil; • transferir todas as nossas ações para outra empresa ou receber ações de outra empresa para transformar a empresa cujas ações foram transferidas em subsidiária total de tal empresa, conhecido como incorporação de ações; • adquirir o controle de outra empresa a preço que exceda os limites determinados na Lei das Sociedades por Ações do Brasil; • participar de um grupo centralizado de empresas conforme definido na Lei das Sociedades por Ações do Brasil e observadas as condições ali expressas; ou • realizar uma segregação parcial que resulte em (a) mudança da nosso objetivo social, exceto se os ativos e passivos da companhia dividida forem passados a uma companhia que esteja engajada substancialmente nas mesmas atividades, (b) redução do dividendo obrigatório ou (c) qualquer participação em um grupo centralizado de companhias, conforme definido pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Além disso, no caso da pessoa jurídica resultar de incorporação de ações, conforme acima, a consolidação ou segregação parcial da empresa negociada deixará de ter esta condição até 120 dias após a assembleia geral de acionistas que adotou tal deliberação, sendo que os acionistas dissidentes também poderão exercer o seu direito de retirada. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil prevê restrições aos direitos de retirada e permite que as empresas resgatem suas ações pelo seu valor econômico, observados determinados requisitos. Como os nossos estatutos atualmente não preveem que as nossas ações pudessem ser resgatadas pelo seu valor econômico, nossas ações seriam resgatáveis pelo seu valor contábil, determinado com base na última declaração de situação financeira aprovada pelos acionistas. Se a assembleia de acionistas que der origem aos direitos de retirada ocorrer mais de 60 dias após a data da última declaração de situação financeira aprovada, o acionista poderá exigir que as suas ações sejam avaliadas com base em nova declaração de situação financeira com data até 60 dias antes de tal assembleia de acionistas. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, nos casos de consolidação, incorporação de ações, participação em grupo de empresas e aquisição do controle de outra empresa, o direito de retirada não se aplicará caso as ações em questão atendam a certos testes relativos à liquidez de mercado e prazo de compensação. Os acionistas não estarão aptos a retirar as suas ações se estas forem componentes de um índice geral de ações no Brasil ou no exterior e se as ações detidas por pessoas não filiadas ao acionista controlador representarem mais da metade das ações em circulação do tipo ou classe em questão. Mecanismo para Promover Controle Disperso das nossas Ações Nosso estatuto sociais contêm disposições com o efeito de evitar a concentração das ações nas mãos de investidor ou de grupo pequeno de investidores, a fim de promover o controle mais disperso das ações. Para este fim, estas disposições impõem certas obrigações ao acionista ou grupo de acionistas que se tornar titular de 35% ou mais do capital social total, ou a um Acionista Adquirente. No máximo em até 15 dias depois de o acionista se tornar Acionista Adquirente, o mesmo deverá apresentar a solicitação ao governo brasileiro, por meio do Ministério da Fazenda, para realizar uma oferta pública visando à aquisição de todo o nosso capital social. O governo brasileiro, a seu total critério, pode aceitar ou recusar essa solicitação. O Acionista Adquirente não pode adquirir nenhuma ação adicional até o governo brasileiro se manifestar sobre a oferta pública. Se a solicitação for aceita pelo governo brasileiro, o Acionista Adquirente deverá fazer uma oferta pública para todas as ações dentro de 60 dias após a aceitação. A oferta deverá ser feita conforme as regulamentações da CVM e da BOVESPA e disposições do nosso estatuto social. Se a solicitação for recusada pelo governo brasileiro, o Acionista Adquirente deverá vender todas as ações por ele detidas, que excedam 35% do capital social total, em até 30 dias. O não cumprimento destas disposições sujeitará o Acionista Adquirente à suspensão em potencial de todos os direitos a voto inerentes às ações detidas pelo mesmo, caso uma resolução nesse sentido seja aprovada em assembleia geral de acionistas, convocada por nossa diretoria. Essas disposições não são aplicáveis aos acionistas que se tornarem titulares de 35% ou mais do 116 #4836-6508-5983v7 capital social total em determinadas operações especificadas em nosso estatuto social, como por exemplo o cancelamento de nossas ações ordinárias em tesouraria. A oferta pública deve ser (1) dirigida a todos os nossos acionistas, (2) realizada por meio de leilão a ocorrer na Bolsa de Valores de São Paulo, (3) lançada a preço calculado de acordo com o procedimento determinado abaixo, (4) paga antecipadamente, em moeda brasileira, (5) efetuada de forma a assegurar tratamento igual a todos os acionistas, (6) irrevogável e não sujeita a mudanças após a publicação do edital de licitação, e (7) baseada em relatório de avaliação a ser elaborado de acordo com as regras determinadas em nosso estatuto social, bem como nas regras e regulamentos da CVM. O preço a ser oferecido pelas ações nesta oferta pública será calculado da seguinte forma: • Preço de oferta de licitação = Valor da ação + prêmio, onde: • “Preço de Oferta pública” corresponderá ao preço de aquisição por ação emitida na oferta pública de ações definida no presente. • “Valor da ação” corresponde ao maior entre: (1) a cotação unitária mais elevada obtida para ações por nós emitidas no prazo de 12 meses antes da oferta de licitação, entre os valores registrados em toda bolsa de valores em que as ações sejam negociadas; (2) o preço o mais elevado pago pelo Acionista Adquirente, no período de 36 meses antes da oferta de licitação, para a ação ou grupo de ações por nós emitidas; (3) o valor igual a 14,5 vezes o EBITDA Médio Consolidado, definido abaixo, reduzido pelo endividamento consolidado líquido, dividido pelo número de ações de nossa emissão; ou (4) o valor igual a 0,6 vezes o valor da nossa carteira de pedidos firmes, de acordo com as últimas informações divulgadas, reduzido por nosso endividamento consolidado líquido, dividido pelo número de ações de nossa emissão. • Ágio correspondente a 50% do Valor da Ação. • “EBITDA Consolidado” será nosso lucro operacional consolidado antes das despesas financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social, desvalorização, exaustão e amortização, conforme determinado com base nas demonstrações auditadas do exercício completo mais recente. • “EBITDA Consolidado Médio” será a média aritmética dos nossos EBITDA consolidados para os dois exercícios mais recentes. O lançamento de uma licitação pública não nos impossibilita ou nenhum outro acionista de lançar uma licitação pública concorrente, de acordo com regulamentos aplicáveis. Arbitragem Todo litígio ou controvérsia relacionados aos regulamentos do Novo Mercado, nosso estatutos social, a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as regras publicadas pela CMN, o Banco Central, a CVM, todo acordo de acionistas registrado na nossa sede e outras regras aplicáveis aos mercados de capitais do Brasil em geral deverão ser apresentados para arbitragem realizada de acordo com as regras da Câmara de Arbitragem do Mercado estabelecidas pelas regras da Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o Capítulo 12 de tais regras, as partes poderão decidir de comum acordo usar uma outra câmara ou centro de arbitragem para resolver seus litígios. Todo acionista que se tornar titular de ações representando nosso controle, será obrigado a cumprir as regras da Câmara de Arbitragem da BOVESPA até 30 dias após a aquisição das ações. Essas disposições, porém, não se aplicam em caso de litígio ou controvérsia relativa a um litígio ou controvérsia derivada da golden share. 117 #4836-6508-5983v7 Processo de Privatização Poderemos passar a ser uma empresa privada somente se nós ou nossos acionistas controladores lançarem uma oferta pública para aquisição de todas as nossas ações em circulação, sujeita à aprovação prévia da oferta pública pelo governo brasileiro, na condição de titular de ações “golden share” e de acordo com as regras e regulamentos da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, bem como regulamentos e regras da CVM e do Novo Mercado, quando aplicáveis. O preço mínimo oferecido pelas ações na oferta pública corresponderá ao valor econômico de tais ações, conforme determinado por um relatório de avaliação emitido por firma especializada. O relatório de avaliação deverá ser elaborado por firma especializada e independente, de experiência reconhecida, escolhida pelos acionistas representando a maioria das ações em circulação (excluindo para tais finalidades as ações possuídas pelo acionista controlador, seu sócio e dependentes incluídos na declaração do imposto de renda, caso o acionista controlador seja pessoa física, ações em tesouraria, ações possuídas por coligadas e por outras empresas integrantes de nosso grupo econômico, assim como votos em branco) de uma relação de três instituições apresentadas por nosso Conselho de Administração. Todas as despesas e custos incorridos em relação à elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador Os acionistas possuidores de no mínimo 10% das nossas ações em circulação poderão solicitar à diretoria a convocação de assembleia geral extraordinária para determinar a execução da avaliação usando o mesmo método ou outro. Esta solicitação deverá ser feita até 15 dias após a divulgação do preço a ser pago pelas ações na oferta pública. Os acionistas que fizerem tal solicitação, bem como aqueles que votarem em seu favor, deverão reembolsarnos de todo custo pela elaboração da nova avaliação se o preço da nova avaliação não for superior ao preço da avaliação original. Se o preço da nova avaliação for maior que o preço da avaliação original, a oferta pública deverá ser realizada com o preço mais elevado. Caso nossos acionistas decidam pela privatização, e nesse momento sejamos controlados por acionista titular de menos de 50% do capital social ou por acionista não integrante de um grupo de acionistas (conforme definido no seu estatuto), deveremos conduzir a oferta pública dentro dos limites regulados por lei. Neste caso, somente poderemos adquirir ações dos acionistas votando a favor da nossa privatização, após comprarmos todas as ações dos demais acionistas que não votarem a favor de tal deliberação e que aceitarem a oferta pública. Exclusão do Novo Mercado A qualquer momento, poderemos excluir nossas ações do Novo Mercado, desde que os acionistas com a maioria das ações aprovem a decisão e que seja dada à BOVESPA aviso por escrito pelo menos com 30 dias de antecedência. A decisão dos acionistas deverá especificar se a exclusão ocorrerá porque os títulos não serão mais negociados no Novo Mercado, ou porque seremos privatizados. Nossa exclusão do Novo Mercado não resultará na perda de nosso registro como empresa de capital aberto na BOVESPA. Caso sejamos excluídos do Novo Mercado por deliberação da assembleia geral de acionistas, o acionista controlador ou grupo de acionistas controladores no momento, se houver, deverá realizar uma oferta pública para a aquisição de suas ações em circulação em até 90 dias, no caso de nossa exclusão, para que suas ações sejam negociáveis fora do Novo Mercado, ou em até 120 dias, no caso de nossa exclusão em decorrência de reorganização empresarial na qual a empresa sobrevivente deixe de ser negociada no Novo Mercado. O preço por ação será equivalente ao valor econômico das ações conforme determinado em um relatório de avaliação elaborado por uma empresa especializada e independente, de experiência reconhecida, escolhida na assembleia de acionistas de uma relação de três instituições apresentadas por nosso Conselho de Administração, por maioria absoluta dos votos dos nossos acionistas presentes na assembleia (excluindo, para tais finalidades, as ações possuídas por um acionista controlador ou grupo de acionistas no momento, se houver, seus sócios e dependentes incluídos na declaração do imposto de renda, no caso do acionista controlador ser pessoa física, ações em tesouraria, ações possuídas por nossas coligadas e por outras empresas integrantes do nosso grupo econômico, bem como votos em branco). Todas as despesas e custos incorridos em relação à elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador. Se formos sujeitos a um controle difundido no momento de nossa exclusão do Novo Mercado, para que suas ações sejam negociadas fora do Novo Mercado ou em consequência de uma reorganização empresarial, os acionistas que votaram a favor dessa deliberação devem realizar uma oferta de licitação pública para aquisição de nossas ações. 118 #4836-6508-5983v7 Conforme nossos estatutos sociais, poderemos também ser excluídos caso a BOVESPA resolva suspender a negociação de nossas ações no Novo Mercado, devido ao não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado. Neste caso, o presidente do Conselho de Administração deverá convocar uma assembleia geral de acionistas até dois dias após a determinação pela BOVESPA, para substituir todos os nossos conselheiros. Se o presidente do Conselho de Administração não convocar a assembleia de acionistas, qualquer acionista poderá fazê-lo. O novo Conselho de Administração será responsável pelo cumprimento dos requisitos que resultaram na exclusão. Além disso, se formos excluídos do Novo Mercado (1) em virtude de decisão tomada em assembleia geral de nossos acionistas que resultou no não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado, a oferta pública deverá ser conduzida pelos acionistas que votaram a favor da deliberação ou (2) em consequência do não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado decorrente de atos de nossa diretoria, deveremos realizar a oferta pública para nos tornarmos uma empresa privada, dentro dos limites impostos por lei. De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, no caso de transferência de nosso controle acionário até 12 meses após a exclusão do Novo Mercado, os acionistas controladores vendedores e os adquirentes deverão propor a aquisição das ações restantes pelos mesmos preço e condições oferecidos aos acionistas controladores vendedores, corrigidos pela inflação. Caso nossas ações sejam excluídas do Novo Mercado, não poderemos negociar nossas ações no Novo Mercado durante dois anos a partir da data de exclusão, a menos que haja uma mudança em nosso controle acionário após a exclusão do Novo Mercado. De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, a BOVESPA poderá emitir regras complementares para regular a oferta pública no caso de exclusão, no caso de empresa com controle disperso. Lei Sarbanes Oxley de 2002 Mantemos controles e procedimentos projetados para garantir que possamos coletar as informações necessárias para revelar, no relatório arquivado junto à SEC, e processar, resumir e revelar as informações dentro dos períodos especificados nas regras da SEC. Arquivamos as certificações oficiais relevantes conforme exigido pela Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 referente aos controles internos das demonstrações financeiras, conforme os Anexos 12.1 e 12.2 deste relatório anual. 10C. Contratos Importantes Nenhum. 10D. D. Controles de Câmbio Não há restrições quanto à propriedade de nossas ações ordinárias por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas fora do Brasil. Entretanto, o direito à conversão do pagamento de dividendos e de receitas da venda de ações preferenciais em moeda estrangeira e enviar tais quantias para fora do Brasil estará sujeito a restrições da legislação sobre o investimentos estrangeiros que de modo geral exigem, entre outras coisas, o registro do investimento correspondente no Banco Central. De acordo com a legislação brasileira, os investidores podem investir em ações ordinárias nos termos da Resolução No. 2.689 de 26 de janeiro de 2000, do CMN. As regras da Resolução No. 2.689 permitem aos investidores estrangeiros investir em praticamente todos os ativos financeiros e realizar quase todas as operações disponíveis no mercado financeiro e de capitais brasileiros, desde que se atendam algumas exigências. De acordo com a Resolução No. 2.689, a definição de investidor estrangeiro abrange pessoas físicas e jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivo, com domicílio ou sede no exterior. De acordo com as regras, os investidores estrangeiros deverão: (1) indicar pelo menos um representante no Brasil, com poderes para executar ações relativas ao investimento estrangeiro; (2) preencher o devido formulário de registro de investidor estrangeiro; (3) registrar-se na CVM como investidor estrangeiro; 1998 e 1999 (4) registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. 119 #4836-6508-5983v7 Os títulos e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros nos termos da Resolução No. 2.689 deverão ser registrados ou mantidos em contas de depósitos ou em custódia em uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos está restrita às operações executadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados e licenciados pela CVM. Nos termos da Resolução No. 2.689, os investidores estrangeiros registrados na CVM podem comprar e vender ações na Bolsa de Valores de São Paulo sem obter um certificado de registro separado para cada operação. Os investidores sujeitos a essa regulamentação também têm direito a tratamento fiscal favorável. O Anexo V da Resolução No. 1.289, conforme aditamento, do CMN, também denominado Regulamentações Anexo V, prevê a emissão de recibos depositários nos mercados estrangeiros em relação às ações de emissores brasileiros. Com relação às duas ofertas públicas de nossas ações ordinárias, emitiu-se um registro eletrônico em nome do depositário relativamente às ADSs, mantidos em custódia em nome do depositário. Esse registro eletrônico foi executado pelo Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN. De acordo com o registro, o custodiante e o depositário poderão converter dividendos e outras distribuições relativas às ações ordinárias representadas pelas ADSs em moeda estrangeira e remeter os recursos ao exterior.. No caso do portador de ADSs trocar tais ADSs por ações ordinárias, o mesmo terá direito a continuar a usar o registro de depositário nos cinco dias úteis após a troca. Após esse prazo, o detentor deverá procurar obter o seu próprio registro eletrônico. Desde que as ações ordinárias sejam de propriedade, conforme a Resolução No. 2689, de um investidor devidamente registrado ou do titular de ações ordinárias que solicite e obtenha um novo certificado de registro, tal titular poderá não estar apto a converter em moeda estrangeira e remeter ao exterior os recursos da venda das ações ordinárias ou das respectivas distribuições. Além disso, se o investidor estrangeiro residir em jurisdição de um “paraíso fiscal” ou não for investidor registrado nos termos da Resolução No. 2.689, tal investidor estará sujeito a tratamento fiscal brasileiro menos favorável do que de um titular de ADSs. Consulte o “Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco – Riscos Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs – Caso os titulares de ADSs troquem as ADSs por ações ordinárias, correrão o risco de perchave – Fatores de Risco – Riscos Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs – Caso os titulares de ADSs troquem as ADSs por ações ordinárias, correrão o risco de perder a habilitação da remessa ao exterior da moeda estrangeira e as vantagens fiscais brasileiras“ e o “Item 10E. Informações adicionais — Tributação — Consequências Fiscais Relevantes no Brasil“. 10E. TRIBUTAÇÃO A seguinte discussão, sujeita às limitações estabelecidas abaixo, resume determinadas considerações tributárias relevantes brasileiras e nos Estados Unidos, relacionadas ao controle de nossas ações ordinárias ou ADSs. Essa análise não visa a apresentar um exame completo de todas as considerações fiscais relativas a esses países e não aborda o tratamento fiscal de acionistas segundo a legislação de outros países. Acionistas residentes em países que não o Brasil e os Estados Unidos, bem como acionistas residentes nesses dois países, são fortemente incentivados a consultar seus respectivos assessores fiscais com relação às leis de que país são relevantes para os mesmos. Este resumo se baseia na lei fiscal do Brasil e dos Estados Unidos e entra em vigor na data deste relatório anual, sujeito a alterações, possivelmente com efeito retroativo, e a diversas interpretações. Qualquer mudança em tal lei poderá alterar as consequências descritas abaixo. Embora não haja, atualmente, tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países entabularam discussões que podem culminar em tal tratado. Não se pode garantir, entretanto, se ou quando um tratado entrará em vigor e como afetará os portadores norte-americanos de ações ordinárias ou ADSs. Repercussões Fiscais Brasileiras Relevantes Geral A discussão a seguir resume as repercussões fiscais brasileiras relevantes com relação à aquisição, propriedade e venda de ações ordinárias ou ADSs, conforme o caso, por um titular que não seja considerado como domiciliado no Brasil (“titular não brasileiro”), para fins de tributação brasileira. 120 #4836-6508-5983v7 Tributação de Dividendos. Os dividendos, inclusive os dividendos de ações e outros pagos sobre propriedade ao depositário por ADSs, ou a um detentor não brasileiro quanto a ações ordinárias, não estão, atualmente, sujeitos à retenção de imposto, desde que sejam pagos a partir de lucros gerados a partir de 1º de janeiro de 1996 (ou de reservas deles derivadas). Não temos lucros acumulados gerados anteriormente a 1º de janeiro de 1996 (ou reservas de tais lucros). Tributação de Ganhos. De acordo com a Lei No. 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, a venda ou alienação de ativos localizados no Brasil, por um titular estrangeiro, independente de a venda ou alienação ter sido efetuada a outro residente estrangeiro ou residente brasileiro, está sujeita à tributação no Brasil. Nesse sentido, quando da alienação das ações ordinárias, consideradas como ativos localizados no Brasil, o titular estrangeiro poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos cobrado, de acordo com as regras descritas abaixo, independente de as operações serem realizadas no Brasil ou no exterior, e com um residente brasileiro ou não. Em relação às ADSs, embora o assunto não seja isento de dúvidas, pode-se considerar que os lucros realizados por um titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente estrangeiro não são tributadas no Brasil, com base no argumento de que as ADSs não constituem ativos localizados no Brasil para fins da Lei nº 10.833/03. No entanto, não podemos garantir que a justiça brasileira interprete a definição de ativos localizados no Brasil relacionada à tributação de ganhos realizados por um titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente estrangeiro. Portanto, o ganho sobre a venda de ADSs por um titular estrangeiro a um residente no Brasil (ou mesmo para um residente estrangeiro, no caso de a justiça determinar que as ADSs constituem ativos localizados no Brasil) poderá estar sujeito a imposto de renda no Brasil, de acordo com as regras descritas abaixo para ADSs ou aquelas aplicáveis à alienação de ações ordinárias, quando adequado. Como regra geral, os ganhos representam a diferença positiva entre o valor em reais realizado na venda ou troca do título e seu custo de aquisição, medido em reais (sem correção monetária). De acordo com a legislação brasileira, as regras de imposto de renda sobre ganhos pode variar dependendo do domicílio do titular estrangeiro, o tipo de registro do investimento pelo titular estrangeiro no Banco Central e a forma de execução da alienação, conforme descrito abaixo. O depósito de ações ordinárias em troca de ADSs poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos de capital no Brasil à alíquota de 15% ou 25%, no caso de titular estrangeiro localizado em jurisdição de paraíso fiscal (conforme definido abaixo), se o custo de aquisição das ações ordinárias for menor que (1) o preço médio por ação ordinária em bolsa de valores brasileira onde se tenha vendido o maior número de tais ações no dia do depósito ou (2) caso não tenha havido venda de ações ordinárias naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações ordinárias foi vendido nos quinze pregões imediatamente anteriores a tal depósito. Nesse caso, a diferença entre o preço médio das ações ordinárias, calculado conforme acima, e o custo de aquisição correspondente serão considerados ganho de capital. Há argumentos que sustentam que essa tributação não seja aplicável no caso de Titulares Não Brasileiros registrados de acordo com a Resolução No. 2.689/00 (“Titular 2.689”) que não forem titulares de Paraíso Fiscal. A retirada de ADSs em troca de ações ordinárias não está sujeita a impostos brasileiros, desde que as regras regulatórias com relação ao registro do investimento perante o Banco Central sejam devidamente observadas. Ganhos cobrados sobre a venda de ações ordinárias efetuada em Bolsa de Valores brasileira (que inclui operações realizadas no mercado de balcão organizado): • estão isentos de imposto de renda quando calculados por um titular estrangeiro que seja um titular 2.689 e não um titular de paraíso fiscal; ou • estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15% em qualquer outro caso, inclusive ganhos calculados por um titular estrangeiro que (1) não seja um titular 2.689; ou (2) seja um titular 2.689, mas seja um titular em paraíso fiscal. Nesses casos, um imposto retido na fonte de 0,005% sobre o valor da venda será aplicável e poderá compensar o eventual imposto de renda devido sobre ganhos de capital. Quaisquer outros ganhos tributados sobre a venda de ações ordinárias não realizada nas bolsas de valores brasileiras estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15%, exceto para titulares de paraísos fiscais que, nesse caso, estão sujeitos a imposto de renda a uma alíquota de 25%. No caso dos ganhos estarem relacionados a 121 #4836-6508-5983v7 operações realizadas no mercado de balcão não organizado com intermediação, o imposto de renda retido na fonte de 0,005% sobre o valor da venda deverá também se aplicar e poderá compensar eventual imposto de renda devido sobre ganhos de capital. No caso de resgate de ações ordinárias ou redução de capital, a diferença positiva entre o valor efetivamente recebido pelo titular estrangeiro e o custo de aquisição dos títulos resgatados ou devolvidos, é considerada ganhos de capital originários da venda ou troca de ações ordinárias realizada em uma bolsa de valores brasileira e, portanto, está sujeita a imposto de renda à alíquota de 15% ou 25%, conforme o caso. Todo exercício de direitos de preferência relativos a ações ordinárias não está sujeito à tributação brasileira. Qualquer ganho pela venda ou cessão de direitos de preferência relativos a nossas ações ordinárias pelo depositário em nome dos detentores de nossas ADSs ou a titulares estrangeiros de ações ordinárias estará sujeito à tributação brasileira sobre renda, conforme as mesmas regras aplicáveis à venda ou alienação dessas ações. Tributação sobre Juros sobre Capital Social. Todo pagamento de juros sobre capital próprio, ver Item 8A Informações Financeiras - Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras — Dividendos e Política de Dividendos – Histórico do Pagamento de Dividendos e da Política de Dividendos e de Pagamentos de Juros sobre o Capital Social”) a titulares estrangeiros de ADSs ou de ações ordinárias, está sujeito ao imposto de renda retido na fonte à alíquota de 15%, quando a Embraer registrar esta obrigação, tendo ou não se efetivado na ocasião o pagamento. No caso de titulares de paraíso fiscal, a alíquota aplicável de imposto retido na fonte é de 25%. Para fins de impostos, essa participação está limitada à variação diária pro rata da TJLP, conforme determinação periódica do Banco Central e o valor da dedução não poderá exceder o que for superior a: • 50% do lucro líquido (após a dedução da contribuição social sobre lucros líquidos, antes de levar em conta a provisão para imposto de renda corporativo e os valores atribuíveis aos acionistas como juros líquidos sobre o capital social) no período em relação ao qual o pagamento é efetuado; e • 50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro a partir do início do período em relação ao qual se está fazendo o pagamento. A atual Lei das Sociedades por Ações do Brasil estabelece que juros atribuídos ao patrimônio líquido podem ser contabilizados como parte do dividendo obrigatório ou não. No caso de o pagamento de tal participação ser contabilizado como parte do dividendo obrigatório, deveremos pagar uma quantia adicional para assegurar que a quantia líquida recebida pelos acionistas, deduzido o imposto de renda, seja pelo menos igual ao dividendo mínimo obrigatório. A distribuição de participação atribuída ao capital social seria proposta pelo nosso Conselho de Administração e sujeita a declaração subsequente pelos acionistas na assembleia geral. Tributação em Operações de Taxa de Câmbio. A legislação brasileira determina um Imposto sobre Operações de Câmbio, ou IOF/Câmbio, devido à conversão de reais em moeda estrangeira e à conversão de moeda estrangeira em reais. Atualmente, na maioria das operações, a taxa de IOF/Câmbio é 0,38%. No entanto, quando do influxo de recursos para o Brasil por investimentos executados por titulares estrangeiros nos mercados de capitais e financeiros, o IOF/Câmbio é tributado à alíquota de 1,5%, exceto para a alíquota de zero por cento aplicável aos investimentos relacionados a (a) instrumentos de rendimento variável executados em bolsa de valores, de commodities e futuros; e (b) a aquisição de ações em uma oferta pública registrada na CVM, ou a subscrição de ações, desde que, em ambos os casos, o emissor esteja autorizado a negociar as suas ações em bolsa de valores brasileira. A saída de recursos relacionados a investimentos realizados por Titulares Não Brasileiros, nos mercados financeiros e de capital brasileiros, bem como a remessa de dividendos e juros pagos sobre o patrimônio líquido, estão sujeitos a IOF/Câmbio à alíquota de zero por cento. Em qualquer caso, o governo brasileiro poderá aumentar a alíquota a qualquer momento para 25,0%. No entanto, qualquer aumento das alíquotas poderá se aplicar apensas a operações futuras. Impostos sobre Operações de Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários. A legislação brasileira determina um Imposto sobre Operações de Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários, ou IOF/Títulos de Dívida, devido a operações que envolvem títulos de dívida e títulos mobiliários, incluindo as operações realizadas em uma bolsa de valores brasileira. Apesar de a taxa de IOF/Títulos de Dívida aplicável a transações envolvendo ações ordinárias ser 122 #4836-6508-5983v7 atualmente zero, a taxa de IOF/Títulos de Dívida aplicável à transferência de ações, com o único objetivo de habilitar a emissão de ADSs, é atualmente 1,5%. Essa taxa é aplicada sobre o produto de: (1) número de ações que são transferidas, multiplicado pelo (2) preço de fechamento para as ações na data anterior à transferência ou, se tal preço de fechamento não estiver disponível nessa data, o último preço de fechamento disponível para essas ações. O governo brasileiro pode aumentar a taxa de IOF/Títulos de Dívida a qualquer momento em até 1,5% por dia do valor da transação, mas somente em relação à transações futuras. Outros Tributos Brasileiros. Não existem impostos brasileiros sobre herança, doação ou sucessão aplicáveis à propriedade, transferência ou venda de ações preferenciais ou ADSs, exceto no que diz respeito a impostos sobre doação e herança cobrados em alguns estados do Brasil sobre doações efetuadas ou heranças cedidas por detentor estrangeiro a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas em tal estado do Brasil. Não existem tributos ou encargos de selos, emissão, registro ou similares a pagar pelos portadores de ações ordinárias ou ADSs. Conseqüências Relevantes do Imposto de Renda Federal dos EUA A explanação a seguir, sujeita às limitações e condições estabelecidas no presente documento, resume determinadas repercussões significativas do imposto de renda federal dos EUA na compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Esta discussão só se aplica aos usufrutuários de ações ordinárias ou ADSs da Embraer que Titulares Norte-Americanos (conforme definido abaixo) que detiverem ações ordinárias ou ADSs da Embraer com ativos de capital (geralmente para fins de investimento). Esta explanação não aborda todos os aspectos da tributação federal de renda dos EUA que podem ser aplicáveis a titulares norte-americanos, incluindo as repercussões fiscais da contribuição da Medicare, ou as repercussões fiscais para titulares norte-americanos sujeitos a tratamento especial de acordo com a legislação tributária federal dos EUA, incluindo: • sociedades e outras entidades classificadas como sociedades para fins de imposto de renda federal dos EUA; • pessoas físicas sujeitas a imposto mínimo alternativo; • entidades com isenção fiscal; • corretores e comerciantes de títulos ou moedas estrangeiras; • companhias de seguro; • algumas instituições financeiras; • pessoas físicas que possuem ações ordinárias ou ADSs da Embraer como parte de um investimento integrado, incluindo uma operação de straddle, hedge ou conversão, composta de ações ordinárias ou ADSs da Embraer e de uma ou mais posições para fins de imposto; • pessoas físicas cuja moeda funcional não seja o dólar norte-americano para fins de imposto de renda federal dos EUA; • pessoas físicas que possuem de fato ou construtivamente 10% ou mais ações com direito a voto da Embraer; • pessoas físicas que adquiriram ações ordinárias ou ADSs da Embraer de acordo com o exercício de qualquer opção de ações para funcionários ou de alguma outra forma como compensação; e • pessoas físicas que detêm ações ordinárias ou ADSs da Embraer relativas a permutas ou negócios realizados fora dos Estados Unidos. Além disso, não são examinadas considerações fiscais estaduais, locais ou fora dos Estados Unidos na compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. A explanação se baseia nas disposições do Internal Revenue Code (Código Americano da Receita Federal) de 1986, conforme aditamento, ou Código, em seu 123 #4836-6508-5983v7 histórico legislativo, nas regulamentações finais, temporárias e propostas existentes do Tesouro dos EUA, normas e outros pronunciamentos da Receita Federal dos EUA, ou IRS, e decisões judiciais até a presente data deste relatório anual. Essas autoridades podem ser anuladas, revogadas ou modificadas (com possível efeito retroativo) gerando consequências para impostos federais dos EUA diferentes das examinadas adiante. Esta explanação também baseia-se em parte nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação no contrato de depósito e qualquer contrato relacionado serão executados de acordo com os seus termos. É recomendável que os acionistas consultem seus próprios assessores fiscais independentes sobre as consequências da tributação federal dos EUA relativas à propriedade de ações ordinárias e ADSs, à luz de situações particulares, bem como de quaisquer consequências decorrentes de qualquer outra jurisdição fiscal. Conforme utilizado neste documento, o termo “detentor nos EUA” significa um usufrutuário de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, que representam ações ordinárias da Embraer que seja (1) um indivíduo que é cidadão ou reside nos Estados Unidos, (2) uma empresa ou outra entidade tributada como empresa, criada ou organizada de acordo com a legislação dos Estados Unidos, o que é cidadão ou reside nos Estados Unidos, (2) uma empresa ou outra entidade tributada como empresa, criada ou organizada de acordo com a legislação dos Estados Unidos, de qualquer Estado ou do Distrito de Columbia, (3) uma propriedade cuja renda está sujeita à tributação da receita federal dos EUA qualquer que seja a sua fonte ou (4) uma truste (X) sujeita à supervisão de um tribunal nos Estados Unidos e ao controle de uma ou mais pessoas nos Estados Unidos conforme é descrito na Seção 7701(a)(30) do Código ou (Y) que seja uma eleição válida em vigor conforme as regulamentações do Tesouro dos EUA para ser tratada como pessoa dos Estados Unidos. Exceto quando descrito especificamente abaixo, esta discussão assume que não somos uma companhia de investimentos estrangeira passiva, ou PFIC, para as finalidades do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Se uma sociedade (ou entidade tratada como sociedade para fins de imposto de renda federal dos EUA) detiver ações ordinárias ou ADSs da Embraer, o tratamento tributário dessa sociedade e de cada sócio geralmente dependerá da situação do sócio em tal sociedade. Sociedades que detêm ações ordinárias ou ADSs da Embraer e sócios que detêm essas ações ordinárias ou ADSs são incentivados a consultar seus assessores fiscais em relação às repercussões da compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. De um modo geral, para fins de tributação federal nos EUA, os detentores nos EUA usufrutuários de uma ADS serão tratados como titulares das ações ordinárias associadas da Embraer, representadas pelas ADSs. O Tesouro dos EUA manifestou preocupações de que as partes para as quais as ADSs são pré-lançadas antes que as ações sejam entregues ao depositário ou intermediários na cadeia de propriedade entre os detentores de ADSs e o emissor do título subjacente às ADSs, podem estar executando ações que são inconsistentes com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros por detentores de ADSs. Deste modo, a credibilidade de quaisquer impostos brasileiros poderia ser afetada por medidas tomadas por tais partes ou intermediários. Depósitos ou retiradas das ações associadas por detentores nos EUA para ADSs não estão sujeitos a impostos federais dos EUA. Distribuições de Ações Ordinárias ou ADSs da Embraer Para fins de imposto de renda federal dos EUA, o valor bruto de qualquer distribuição (inclusive distribuições de encargos de juros nocionais atribuídos ao capital líquido) pago aos titulares norte-americanos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer (inclusive impostos brasileiros retidos na fonte aplicados a essas distribuições) serão tratados como dividendos, por serem pagos sobre ganhos e lucros atuais ou acumulados da Embraer e sua predecessora, conforme determinado pelos princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Esses dividendos poderão ser incluídos na receita bruta de um detentor nos EUA como renda comum na data do recebimento pelo detentor. No caso de o valor de qualquer distribuição ultrapassar os ganhos e lucros atuais e acumulados da Embraer em um exercício fiscal (conforme determinado pelos princípios de tributação federal nos EUA), primeiro a distribuição será tratada como retorno de capital não tributável conforme a base de cálculo ajustada do titular norte-americano de ações ordinárias ou ADSs da Embraer e, após isso, como ganho de capital. Como não esperamos manter ganhos e lucros de acordo com os princípios do imposto de renda federal dos EUA, os titulares norte-americanos devem aguardar que uma distribuição seja tratada como dividendo para fins de imposto de renda federal dos EUA. 124 #4836-6508-5983v7 Dividendos pagos pela Embraer não serão elegíveis para dedução de dividendos recebidos permitida às empresas pelo Código. O montante de qualquer distribuição em espécie paga em reais será incluído na renda bruta do titular norteamericano em uma quantia equivalente em dólar norte-americano dos reais calculados pela taxa de câmbio de referência em vigor na data em que o dividendo for recebido pelo titular norte-americano, no caso de ações ordinárias da Embraer, e pelo depositário, no caso de ADSs, independentemente de os reais serem convertidos em dólares norte-americanos. Se os reais recebidos como dividendos não forem convertidos em dólares norteamericanos na data do recebimento, um detentor nos EUA terá uma base de cálculo em reais igual ao seu valor em dólares norte-americanos na data do recebimento. Todos os ganhos ou perdas realizados em uma conversão subseqüente ou outra disposição dos reais serão tratados como renda comum ou perda de fonte dos Estados Unidos para fins de impostos federais dos EUA. Sujeito ás discussões anteriores sobre as preocupações expressas pelo Tesouro dos EUA e a várias limitações e condições complexas, um titular norte americano terá o direito de reivindicar créditos fiscais nos EUA com relação a qualquer imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos recebidos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Os titulares norte-americanos que não tiverem direito a reivindicar créditos por impostos pagos no exterior poderão solicitar uma dedução referente a esse imposto brasileiro retido na fonte. Dividendos recebidos em relação às ações ordinárias ou ADSs da Embraer serão tratados como fonte de renda no exterior para fins de imposto de renda federal dos EUA e serão “renda de categoria passiva” para fins de cálculo de créditos fiscais no exterior, na maioria dos casos, sujeitos a várias limitações. As normas para o cálculo de crédito ou retenção de impostos estrangeiros são extremamente complexas e é recomendável que os detentores nos EUA consultem seus próprios assessores fiscais sobre a disponibilidade de crédito de impostos estrangeiros referente ao imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos pagos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Sujeito a algumas exceções para posições de curto prazo e de hedge, o valor de dividendos recebidos por determinados titulares não corporativos norte americanos (inclusive pessoas físicas), relativo a ações ordinárias e ADSs da Embraer, poderá ter direito a uma taxa de tributação reduzida, se os dividendos representarem “receita qualificada de dividendos”. Dividendos pagos sobre ações ordinárias ou ADSs da Embraer serão tratados como receita qualificada de dividendos se (1) as ações ordinárias ou ADSs da Embraer forem prontamente negociáveis em um mercado de valores estabelecido nos Estados Unidos e (2) nem a Embraer nem a sua predecessora eram, no ano anterior ao qual o dividendo foi pago, e não no ano em que o dividendo está sendo pago, uma empresa estrangeira de investimentos passiva, ou PFIC. Segundo orientação divulgada pela IRS, as ADSs da Embraer devem ser qualificadas como prontamente negociáveis em mercados de capitais estabelecidos nos Estados Unidos, desde que negociadas na NYSE. No caso de ações ordinárias da Embraer detidas diretamente por titulares norte-americanos e não associadas a um ADS, não fica claro se dividendos pagos referentes a essas ações representarão “receita de dividendos qualificada”. É recomendável que os titulares norte-americanos que possuem ações ordinárias da Embraer diretamente e não associadas a uma ADS consultem seus próprios assessores fiscais independentes. Com base em nossas demonstrações financeiras auditadas e nos dados relevantes de mercado e acionistas, a Embraer acredita que não era uma PFIC para fins de imposto de renda federal dos EUA no exercício fiscal de 2013. Além disso, com base em nossas demonstrações financeiras auditadas ou projetadas e nas expectativas atuais relativas ao valor e à natureza dos nossos ativos, às fontes e natureza de nossa renda, e nos dados de mercado e acionistas relevantes, não antecipamos passar a ser uma PFIC para o ano fiscal de 2014. Entretanto, como essa determinação baseia-se na natureza da renda e ativos da Embraer de tempos em tempos, ela envolve a aplicação de regras complexas de tributação, e como a visão da Embraer não é vinculante para os tribunais ou a IRS (Internal Revenue Service), nenhuma garantia pode ser prestada de que a Embraer (ou sua predecessora) não será considerada uma PFIC no ano fiscal atual ou em qualquer ano fiscal passado ou futuro. A aplicação potencial das regras PFIC é analisada em mais detalhes abaixo. Venda, Troca ou Outra Alienação Tributável de Ações Ordinárias ou ADSs da Embraer Um detentor nos EUA contabilizará ganhos ou perdas tributáveis em qualquer venda, troca ou outra alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs da Embraer em valor igual à diferença entre o valor realizado na venda, troca ou outra alienação tributável e a base de cálculo ajustada do imposto do detentor nos EUA (determinada em dólares norte-americanos) nas ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Tais ganhos ou perdas de capital geralmente serão ganhos ou perdas de capita e serão ganhos ou perdas de capital de longo prazo quando o período 125 #4836-6508-5983v7 de detenção das ações ordinárias ou ADSs da Embraer for superior a um ano. Certos titulares norte-americanos (incluindo pessoas físicas) podem ter direito a alíquotas preferenciais de impostos federais nos Estados Unidos para ganhos de capital de longo prazo. A possibilidade de dedução de perdas de capital está sujeita a limitações determinadas no Código. Qualquer ganho ou prejuízo contabilizado por um Detentor dos EUA da venda, troca ou alienação tributável das ações ordinárias ou ADSs da Embraer geralmente serão ganhos ou perdas de fontes norte-americanas para fins de crédito de impostos estrangeiros nos Estados Unidos. Consequentemente, quando um imposto brasileiro retido na fonte for imposto de acordo com uma venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, os detentores nos EUA que não possuem receita de fonte estrangeira suficiente, talvez não possam tirar benefícios de crédito de impostos efetivos nos EUA, com relação a tais impostos retidos na fonte ou impostos sobre ganhos de capital brasileiros. As normas relativas a créditos de impostos no exterior, incluindo o valor de imposto de renda pago no exterior que possam ser reclamados com crédito em determinado ano, são complexas e sujeitas a limitações. Recomenda-se aos detentores dos EUA consultarem seu próprio assessor fiscal sobre a aplicação de normas para o crédito de impostos pagos no exterior, de acordo com suas circunstâncias particulares. Depósitos e retiradas de ações ordinárias em troca de ADSs não implicam a realização de ganhos ou perdas para efeitos fiscais nos EUA. Normas para Empresas Passivas de Investimento Externo Se durante qualquer ano fiscal de uma empresa não americana, 75% ou mais da renda bruta da empresa consistir de certos tipos de receita “passiva” , ou se o valor médio, durante um ano fiscal, dos “ativos passivos” da empresa (geralmente ativos que geram receita passiva) for 50% ou mais do valor médio de todos os ativos da empresa, esta será tratada como “empresa passiva de investimento externo,” ou PFIC, nos termos da legislação federal fiscal dos EUA. Se uma empresa for tratada como PFIC, o detentor nos EUA poderá estar sujeito a maior tributação sobre a venda de suas ações, ou sobre o recebimento de certos dividendos, a não ser que tal detentor nos EUA opte por ser tributado atualmente sobre a sua parcela pro rata da receita da empresa, seja ou não tal receita distribuída na forma de dividendos, ou que faça, de outra maneira, uma opção “market-to-market” em relação ao capital da empresa, conforme permitido pelo Código. Segundo os regulamentos temporários recentemente emitidos, um titular norte americano que possui ações ordinárias ou ADSs em qualquer ano em que a Embraer for um PFIC em excesso de certas quantidades de minimis e não se qualificar para as demais isenções, seria obrigado a apresentar o Formulário IRS 8621 para relatar tais participações. Além disso, conforme analisado acima, o portador nos EUA não faria jus (se pudesse de outra maneira) à alíquota reduzida preferencial de imposto sobre determinadas receitas de dividendos. Conforme indicado acima, embora nenhuma garantia possa ser oferecida, com base nas nossas operações, projeções e planos de negócios e outros itens, a Embraer não acredita que ela (ou sua predecessora) era ou seja, atualmente, uma PFIC, nem espera se tornar uma PFIC no exercício fiscal de 2007. É recomendável que os titulares norte-americanos consultem seus próprios assessores fiscais independentes, sobre a possível aplicação de normas para PFICs e demais requisitos de declaração às ações ordinárias ou ADSs e sobre a disponibilidade e a conveniência de se qualificarem para evitar as consequências fiscais negativas das normas para PFICs em qualquer exercício fiscal. Relatório de Informações e Retenção de Backup. Em geral, pagamentos de dividendos sobre as ações ordinárias ou ADSs da Embraer e pagamentos do resultado da venda, troca ou outra alienação de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, pagos nos Estados Unidos ou por meio de certos intermediários financeiros relacionados aos Estados Unidos a um titular norte-americano, podem estar sujeitos à prestação de relatórios de informações e retenção de proteção a uma alíquota máxima atual de 28%, a menos que o titular norte-americano (1) seja companhia ou outro recebedor isento ou (2) no caso de retenção de proteção, forneça um número exato de identificação de contribuinte e declare não ter ocorrido perda de isenção na retenção de proteção. A retenção de proteção não é taxa adicional. O valor de qualquer retenção de proteção sobre o pagamento a um detentor nos EUA é contabilizado como devolução ou crédito na declaração de renda do detentor nos EUA, desde que as devidas informações sejam fornecidas à IRS em tempo hábil. Um titular norte-americano poderá obter o reembolso de qualquer valor retido de acordo com as regras de retirada de proteção que exceder a responsabilidade tributária federal dos EUA, dando entrada em uma reclamação de reembolso na IRS. 126 #4836-6508-5983v7 Além disso, certos titulares norte americanos são obrigados a comunicar ao IRS informações relativas a uma participação nas ações ou ADSs, sujeito a exceções (incluindo uma exceção para ações ou ADSs detidas em contas mantidas por determinadas instituições financeiras), anexando um Formulário IRS 8938 completo, Declaração de determinados ativos financeiros estrangeiros, com sua declaração de imposto de cada ano em que deteve participação nas ações ou ADSs. Titulares norte americanos devem consultar seus próprios consultores fiscais sobre o efeito, se houver, desses requisitos de declaração de informações sobre sua aquisição, propriedade e alienação de ações ou ADSs. 10F. Dividendos e Agentes de Pagamento Não se aplica. 10G. Declarações de Peritos Não se aplica. 10H. Documentos a Apresentar Estamos sujeitos à apresentação periódica de relatórios e outras exigências de informação da Lei de Valores Mobiliários. Da mesma forma, somos obrigados a fornecer relatórios e outras informações à SEC. Mediante o pagamento de uma taxa, você poderá examinar e obter cópias de relatórios e outras informações arquivadas por nós na SEC, em seu setor de registros públicos, em 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549. Para obter informações sobre o funcionamento desse setor, ligue para a SEC nos Estados Unidos, no telefone 1-800SEC-0330. Também é possível examinar e copiar este material nos escritórios da Bolsa de Valores de Nova York (New York Stock Exchange, Inc.), 20 Broad Street, New York, New York 10005. Enviamos eletronicamente à Comissão o nosso relatório anual no modelo Form 20-F, incluindo as nossas demonstrações financeiras, e outros relatórios, inclusive os do modelo Form 6-K. Esse material pode ser entregue em www.sec.gov. Também enviamos eletronicamente demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos à CVM para seu portal: www.cvm.gov.br. Cópias de nossos relatórios anuais no modelo 20-F, dos documentos aludidos neste relatório anual e do estatuto social, ficarão à disposição para inspeção, mediante solicitação em nossa sede à Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, 12227-901, São José dos Campos, São Paulo, Brasil. 10I. I. Informação Complementar Não necessário. ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO Estamos expostos a diversos riscos de mercado, basicamente relacionados a perdas potenciais resultantes de mudanças adversas nas taxas de juros e de câmbio. Estabelecemos políticas e procedimentos para administrar a nossa sensibilidade ao risco das taxas de juros e de câmbio. Estes procedimentos incluem o monitoramento dos nossos níveis de risco de mercado, contendo uma análise baseada em previsão dos fluxos de caixa futuros, financiamento dos ativos de taxa variável com passivos de taxa variável, e limitação dos ativos de taxa fixa financiados com passivos de taxa flutuante. Também podemos usar instrumentos financeiros derivativos para diminuir os efeitos das flutuações de taxas de juros e para reduzir nosso risco de câmbio. As seções a seguir tratam dos riscos de mercado significativos associados às nossas atividades financeiras. Risco de Taxa de Juros A nossa exposição ao risco de mercado quanto a flutuações da taxa de juros está relacionada, principalmente, às alterações nas taxas de juros de mercado dos nossos ativos e passivos expressos em dólar e real, principalmente as nossas dívidas de curto e de longo prazo. Os aumentos e reduções das taxas de juros em vigor em geral se traduzem em aumentos e reduções na despesa de juros. Além disso, os valores justos dos instrumentos sensíveis às taxas de juros também são afetados pelas condições gerais do mercado. 127 #4836-6508-5983v7 Nossas obrigações de curto e longo prazo totalizaram US$ 2.508,1 milhões em 31 de dezembro de 2014 e acham-se expressas em dólares dos EUA, reais e euros. Do total da dívida expressa em dólares norte-americanos (isto é, US$ 1.587,0 milhões), aproximadamente US$ 1.413,7 milhões eram de taxas fixas. O resto da dívida em dólares norte-americanos de taxa flutuante estava indexado à taxa LIBOR. De toda a nossa dívida expressa em reais brasileiros de US$ 838,7 milhões em 31 de dezembro de 2014, US$ 44,0 milhões incorrem em uma taxa de juros variável baseada na TJLP, a taxa de juros de longo prazo do Brasil, US$ 0,1 milhão incorre em uma taxa variável baseada no CDI e US$ 794,6 incorrem em uma taxa de juros fixa de 4.88% ao ano. A TJLP era de 5,0% ao ano em 31 de dezembro de 2014. Nossa dívida expressa em euros totalizava US$ 82,4 milhões em 31 de dezembro de 2014, com taxa de juros fixa. A tabela abaixo apresenta informações sobre nossas obrigações de dívida de curto prazo em 31 de dezembro de 2014, sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio. Dívida de curto prazo Dólares norte-americanos (taxa fixa) ................................ Dólares norte-americanos (indexados à taxa LIBOR) ...... Euro (taxa fixa) ................................................................. Euro (indexado à taxa EURIBOR) ................................... Reais (taxa fixa) ................................................................ Reais (indexados a CDI) ................................................... Reais (indexados à TJLP) ................................................. Dívida total de curto prazo ..................................... Taxa de juros média ponderada 2014 (%) 5,99 2,04 2,91 4,88 12,77 6,53 Valor total Valor justo pendente total (em milhões de US$) 19,4 19,4 3,7 3,7 6,7 6,7 44,4 44,4 0,1 0,1 15,4 15,4 89,7 89,7 O quadro abaixo contém informações sobre as nossa dívida de curto e longo prazo em 31 de dezembro de 2014 sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio: Taxa de juros média ponderada 2014 Dívida a longo prazo (%) 5,99 Dólares norte-americanos (taxa fixa) .............................. Dólares norte-americanos (indexados à taxa LIBOR) .... 2,04 Euro (taxa fixa) ........................ 2,91 Euro (indexado à taxa EURIBOR) ............................ Reais (taxa fixa) ....................... 4,88 12,77 Reais (indexados a CDI) .......... Reais (indexados à TJLP) ........ 6,53 Dívida total de longo prazo ................................ Valor total pendente 2016 2017 2018 2019 1.390,6 1,4 241,0 0,4 0,4 173,3 75,7 - 1,9 29,0 - 1,9 16,0 - 2,0 28,3 - 20,1 1,2 - 750,1 28,6 2.418,4 367,7 12,1 412,1 183,2 12,1 456,3 59,2 4,1 94,1 49,6 0,1 71,3 2020 e depois Valor justo total 1.209,0 1.544,3 148,8 1,2 - 173,3 75,7 - 90,4 750,1 0,2 28,6 1.384,6 2.572,1 Para administrar nosso risco de taxa de juros em nossos passivos monetários, efetuamos diversas operações de swap, que convertem US$ 505,7 milhões de nossa dívida de taxa fixa expressa em reais em obrigações com taxa flutuante expressas em reais e convertem US$ 4,9 milhões de nossa dívida com taxa flutuante expressa em dólares norte-americanos em obrigações com taxa fixa expressas em dólares norte-americanos. A tabela abaixo apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de curto e longo prazo em 31 de dezembro de 2014, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima: 128 #4836-6508-5983v7 Taxa de juros média ponderada 2014 Dívida de curto prazo (%) Dólares norte-americanos (taxa fixa) ................................ 5,99 2,03 Dólares norte-americanos (indexados à taxa LIBOR) ................................................................ Euro (taxa fixa) ................................................................ 2,91 Euro (indexado à taxa EURIBOR) ................................Reais (taxa fixa) ................................................................ 3,55 Reais (indexados a CDI) ................................ 7,35 Reais (indexados à TJLP) ................................ 6,53 Dívida total de curto prazo................................ Valor total pendente Valor justo total (em milhões de US$) 19,7 19,7 3,4 3,4 6,7 36,1 8,4 15,4 89,7 6,7 36,1 8,4 15,4 89,7 A tabela abaixo apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de longo prazo em 31 de dezembro de 2014, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima: Taxa de juros média ponderada 2014 Dívida a longo prazo (%) Dólares norte-americanos (taxa fixa) ................................ 5,99 Dólares norte-americanos (indexados à taxa LIBOR) ................... 2,04 Valor total pendente 2016 2017 Valor justo total 2019 2020 e depois 0,8 0,8 1.211,8 1.548,0 2018 (em milhões de US$) 1.394,3 1,8 241,4 169,6 1,5 1,6 1,6 19,6 146,1 169,6 Euro (taxa fixa) ................................ 2,91 Euro (indexado à taxa EURIBOR) ................................ - 75,7 29,0 16,0 28,3 1,2 1,2 75,7 - - - - - - - Reais (taxa fixa) ................................ 3,55 252,8 54,9 68,2 43,4 33,8 67,9 252,8 Reais (indexados a CDI) ...................... 12,77 497,4 321,5 121,7 15,8 15,8 22,6 497,4 Reais (indexados à TJLP) .................... 6,53 Dívida total de longo prazo ................................ 28,6 12,1 12,1 4,1 0,1 0,2 28,6 2.418,4 412,1 456,3 94,1 71,3 1.384,6 2.572,1 Risco da Taxa de Câmbio Na administração do nosso risco de câmbio, procuramos contrabalançar os nossos ativos expressos em moeda diferente do dólar norte-americano contra os nossos passivos também expressos em moeda diferente do dólar norte-americano mais o capital social em relação às nossas previsões de fluxos de caixa futuros. Além do risco em moeda estrangeira relacionada às nossas obrigações de financeiras conforme resumido acima, também temos outros ativos e passivos expressos em moedas outras que não o dólar dos Estados Unidos. Esses ativos e passivos são basicamente caixa e aplicações de liquidez imediata, ativos financeiros, contas a receber e a pagar, imposto de renda diferido, dividendos e outros ativos e passivos, basicamente expressos em reais. Os efeitos sobre tais ativos e responsabilidades valorização ou desvalorização de outras moedas em relação ao dólar norte-americano resultam em ganhos (perdas) contabilizados como resultado de juros (despesa), líquido. Os ganhos e perdas com conversão em dólares americanos, originários de novos cálculos em nossas demonstrações financeiras, são contabilizados em nossa demonstração de resultado como ganho de câmbio (perda), líquido. Nossa exposição do fluxo de caixa vem como resultado do fato de que aproximadamente 10% de nossas receitas líquidas e 25% de nossos custos totais são denominados em reais. Ter mais custos que receitas denominados em real gera tal exposição. Para mais informações sobre hedges e instrumentos derivativos, consulte a Nota 8 às nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. 129 #4836-6508-5983v7 A tabela abaixo contém informações sobre nossos ativos e passivos expostos ao risco de câmbio em 31 de dezembro de 2014, além das operações com derivativos em aberto nessa data. Quantia devida por ano de vencimento Recursos Caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Contas a receber Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Ativos de imposto de renda diferido Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Outros ativos Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Total de ativos em reais............................................. Total de ativos em euros ........................................... Total de ativos em outras moedas ............................ Passivos Empréstimos Em reais ............................................................. Em euros ............................................................ Contas a pagar a fornecedores Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Adiantamentos de clientes Em reais .............................................................. Outras contas a pagar e passivos provisionados Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Impostos e encargos sociais a pagar Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Impostos provisionados sobre o lucro Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Em outras moedas .............................................. Passivos de imposto de renda diferido Em reais .............................................................. Em outras moedas .............................................. Dividendos provisionados Em reais .............................................................. CONTINGÊNCIAS Em reais .............................................................. Em euros............................................................. Total de passivos em reais ........................................ Total de passivos em euros ....................................... Total de passivos em outras moedas ........................ Total da exposição em reais ..................................... Total da exposição em euros .................................... Total de exposição em outras moedas ..................... Total Quantia em aberto 2015 1.392,4 11,0 54,2 1.392,4 11,0 54,2 - - - - - 1.392,4 11,0 54,2 77,9 116,8 1,1 77,9 116,8 1,1 - - - - - 77,9 116,8 1,1 7,5 0,6 0,7 0,1 0,7 0,1 0,7 0,1 0,6 0,1 0,7 0,1 4,1 0,1 7,5 0,6 338,3 25,0 5,4 1.808,6 160,3 61,3 151,6 17,6 5,4 1.621,9 146,1 60,8 186,7 7,4 186,7 8,1 0,1 0,7 0,1 0,6 0,1 0,7 0,1 4,1 0,1 338,3 25,0 5,4 1.808,6 160,3 61,3 838,7 82,4 59,9 6,7 379,8 29,0 195,3 16,0 63,3 28,4 49,7 1,2 90,7 1,1 838,7 82,4 114,7 95,2 0,6 114,7 95,2 0,6 - - - - - 114,7 95,2 0,6 - - - - - - - - 673,0 175,3 4,0 412,4 109,5 3,0 260,6 65,8 1,0 - - - - 673,0 175,3 4,0 263,2 5,4 - 119,2 5,4 - 60,8 - 24,3 - 13,1 - 8,2 - 37,6 - 263,2 5,4 - 3,1 (20,5) 2,0 3,1 (20,5) 2,0 - - - - - 3,1 (20,5) 2,0 233,6 1,1 21,2 0,1 21,2 0,1 21,2 0,1 20,0 0.l 21,6 0.l 128,4 0,6 233,6 1,1 37,3 37,3 - - - - - 37,3 39,9 23,2 2.203,5 361,0 7,8 (394,9) (200,7) 53,5 4,6 0,2 772,4 196,5 5,8 849,5 (50,4) 55,0 722,4 94,8 1,1 (533,7) (86,7) (1,0) 240,8 16,0 0,1 (240,8) (15,3) - 96,4 28,4 0,1 (96,4) (27,8) - 79,5 1,2 0.l (79,5) (0,5) - 35,3 23,0 292,0 24,1 0,6 (292,0) (20,0) (0,5) 39,9 23,2 2.203,5 361,0 7,8 (394,9) (200,7) 53,5 2016 130 #4836-6508-5983v7 2017 2018 (em milhões de US$) 2019 Valor justo Valor depois Risco de crédito Podemos incorrer em perdas, caso as partes de nossos diversos contratos não paguem valores que são devidos a nós. A este respeito, o nosso risco de crédito principal deriva da venda de aeronaves, peças sobressalentes e serviços relacionados a clientes, incluindo as obrigações financeiras relacionadas às vendas nos casos em que fornecemos as garantias para o benefício das entidades de financiamento para a aquisição de aeronaves dos nossos clientes. Nós também estamos expostos ao risco de crédito das partes dos nossos contratos de derivativos financeiros. Instrumentos financeiros que potencialmente podem nos sujeitar a concentração de riscos de crédito incluem: (1) Caixa e equivalentes de caixa (2), contas a receber de clientes e outras (3) financiamento comercial (4), adiantamentos a fornecedores e (5) contratos de derivativos financeiros. Procuramos limitar o nosso risco de crédito associado com caixa e equivalentes de caixa, colocando investimentos que fazemos com esses instrumentos com instituições de grau de investimento em títulos a curto prazo e fundos mútuos. Com relação a contas a receber de clientes e financiamento comercial a clientes, buscamos limitar o nosso risco de crédito através da realização de avaliações de crédito em curso. Todos esses clientes estão atualmente cumprindo os seus compromissos conosco, estão operando dentro dos limites de crédito estabelecidos que nós atribuímos a eles e são considerados pela administração que representam um nível aceitável de risco de crédito para nós. Os adiantamentos a fornecedores são feitos apenas para selecionar fornecedores de longa data. A situação financeira dos fornecedores é analisada continuamente, com vista a limitar os riscos de crédito. Abordamos o risco de crédito relacionado a instrumentos de derivativos limitando as partes de tais derivados para as principais instituições financeiras. Também existe um risco de crédito relativo à venda de aeronaves durante o período no qual seus compradores estão em processo de finalização dos financiamentos para aquisições de nossas aeronaves. Para minimizar esses riscos, as análises de crédito são continuamente monitoradas, trabalhamos próximos às instituições financeiras para facilitar o financiamento a clientes. ITEM 12. 12A. DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES Títulos de dívida Não se aplica. 12B. Garantias e direitos Não se aplica. 12C. Outros títulos Não se aplica. 12D. Ações de depósitos americanos Honorários e Encargos do depositário O depositário pode cobrar e receber de (i) cada pessoa a quem ADSs forem emitidas, incluindo, entre outros, emissões contra depósitos de ações, emissões em relação a compartilhar distribuições, direitos e outras distribuições, emissões em conformidade com um dividendo de ações ou desdobramento de ações declarado por nós ou emissões em conformidade com uma fusão, troca de títulos ou qualquer outra transação ou evento que afete as ADSs ou os valores mobiliários depositados e (ii) cada pessoa devolvendo ADSs para retirada dos valores mobiliários depositados ou cujos ADSs estejam canceladas ou reduzidas por qualquer outro motivo, US$ 5,00 para cada 100 ADSs (ou parte dela) emitida, entregue, reduzida, cancelada ou devolvida (se for o caso) mais quaisquer taxas adicionais cobradas por qualquer autoridade governamental ou de outras instituições como a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia ou a BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, MErcadorias e Futuros, a bolsa de valores em que as ações são registradas para negociação. O depositário pode vender (por venda pública ou privada) uma quantidade suficiente de títulos e bens recebidos em relação às distribuições de ações, direitos e outras distribuições antes do depósito para pagar essas taxas. 131 #4836-6508-5983v7 Os seguintes encargos adicionais serão pagos pelos titulares de ADSs, por qualquer parte depositando ou retirando ações, por qualquer parte resgatando ADSs ou para a qual sejam emitidos ADSs (incluindo, sem limitação, emissão referente a dividendo sobre o capital ou divisão de capital por nós declarada, ou uma troca de valores referentes a ADSs, títulos depositados ou distribuição de ADSs conforme a cláusula 10 do acordo de depósito), o que for aplicável: • uma taxa de US$ 0,02 ou menos por ADS para qualquer distribuição em dinheiro feita conforme o acordo de depósito; • uma taxa de US$ 1,50 por ADR ou ADRs ou transferências efetuadas conforme a cláusula 3 do acordo de depósito; • uma taxa para distribuição ou venda de títulos conforme a cláusula 10 do acordo de depósito, tal taxa sendo em valor igual à taxa de execução e entrega de ADSs mencionada acima que teria sido cobrada pelo depósito desses títulos (para fins da cláusula 7 do acordo de depósito considerando todos esses títulos como se fossem ações), mas os títulos ou a receita líquida em dinheiro obtidos da venda correspondente serão distribuídos pelo depositário aos titulares de ADS com direito; • qualquer outro encargo devido por qualquer depositário, quaisquer agentes do depositário, incluindo, sem limitação, o custodiante, os agentes dos agentes do depositário ligados aos serviços prestados de nossas ações ordinárias ou outros títulos depositados (tal encargo será cobrado dos titulares registrados de nossos ADSs na data de registro ou nas datas definidas pelo depositário e será devido a critério exclusivo do depositário por cobrança aos titulares registrados ou por dedução desse encargo de um ou mais dividendos em espécie ou de outras distribuições em espécie); • uma taxa agregada de US$ 0,02 por ADS por ano civil (ou parte dele) para os serviços prestados pelo depositário ao administrar os ADRs (taxa essa que pode ser cobrada periodicamente durante cada ano civil e deve ser avaliada pelos titulares na(s) data(s) de registro definida(s) pelo depositário durante cada ano civil e será paga a critério exclusivo do depositário por esses titulares de faturamento ou deduzindo essa cobrança de um ou mais dividendo em dinheiro ou outras distribuições em dinheiro); e • uma taxa para o reembolso de tais taxas, encargos e despesas incorridos pelo depositário e/ou de seus agentes (incluindo, entre outros, o custodiante e as despesas incorridas em nome dos titulares em conexão com o cumprimento de regulamentos de controle cambial ou qualquer lei ou regulamento relativo a investimento estrangeiro) em conexão com o atendimento às ações ou outros valores mobiliários depositados, a venda de valores mobiliários (incluindo, entre outros, os valores mobiliários depositados), a entrega de valores mobiliários depositados ou em conexão com as do depositário ou o cumprimento de seu custodiante à lei, regra ou regulamento aplicável (taxas e encargos que serão estimadas numa base proporcional contra os titulares a partir da(s) data(s) de registro definida(s) pelo depositário e serão pagas a critério exclusivo do depositário faturando esses titulares ou deduzindo essa cobrança tão de um ou mais dividendo em dinheiro ou outras distribuições em dinheiro). Pagaremos todos os outros encargos e despesas do depositário e de qualquer agente do depositário (exceto o custodiante), de acordo com os contratos ocasionais entre nós e o depositário, exceto: • transferência de ações ou outros impostos e outros encargos governamentais (que são pagos pelos titulares ou pessoas que depositam ações); • encargos de remessa, telex, fax e entrega a pedido das pessoas que depositam, ou titulares que entregam ações, ADRs ou depositados valores mobiliários (que são pagos por essas pessoas ou titulares); • taxas de transferência ou registro para o registro ou a transferência de valores mobiliários depositados em qualquer registro aplicável em conexão com o depósito ou retirada de valores mobiliários depositados (que são pagos pelas pessoas que depositam ações ou titulares retirando 132 #4836-6508-5983v7 valores mobiliários depositados; não existem tais taxas com relação às ações na data do acordo de depósito); e • em conexão com a conversão de moeda estrangeira em dólares americanos, JPMorgan Chase Bank, N.A. (“JPMorgan”) deduzirá dessa moeda estrangeira, as taxas, despesas e outros encargos cobrados por ele e/ou seu agente (que pode ser uma divisão, filial ou afiliada) assim nomeado com relação a essa conversão, JPMorgan e/ou seu agente pode atuar como mandante para essa conversão de moeda estrangeira. Esses encargos podem a qualquer momento e ocasionalmente ser alterados por acordo mútuo entre nós e o depositário. Pagamentos ao depositário para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Em 2014, o JPMorgan Chase Bank pagou US$ 2,5 milhões em despesas da Embraer, associadas às relações de investidores, incorridas em 2014, qualificadas para reembolso por parte do JPMorgan Chase Bank, segundo nossos acordos contratuais com essa entidade. PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES Nada a relatar. ITEM 14. MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS Alterações Substanciais nos Direitos dos Portadores de Valores Mobiliários Não se aplica. Utilização dos Recursos Não se aplica. ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS Controles e procedimentos de divulgação Controles e procedimentos de divulgação se referem aos controles e outros procedimentos adotados por nós e planejados para assegurar que informações obrigatórias a serem divulgadas por nós, nos relatórios que arquivamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam registradas, processadas, resumidas e relatadas, nos períodos especificados nas regras e formulários da SEC e que essas informações obrigatórias a serem divulgadas por nós, nos relatórios que arquivamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam acumuladas e comunicadas aos nossos diretores, incluindo nossos principais diretores executivos e financeiros, ou às pessoas com funções semelhantes, conforme adequado para permitir decisões precisas relativas às divulgações obrigatórias. Nosso presidente e CEO, Frederico Pinheiro Fleury Curado, e nosso vice-presidente executivo de finanças e diretor de relações com o investidor, Paulo Penido Pinto Marques, após avaliarem junto à administração a eficácia do projeto e operação de nossos controles e procedimentos de divulgação (conforme definidos nas Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais) em 31 de dezembro de 2014, final do período coberto por este relatório anual, concluíram que, nesta data, nossos controles e procedimentos de divulgação eram eficazes para assegurar que as informações obrigatórias a serem divulgadas por nós, em relatórios que arquivamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, fossem registradas, processadas, resumidas e relatadas nos períodos especificados nas regras e formulários da SEC, e eram eficazes em garantir que essas informações fossem acumuladas e comunicadas à nossa administração, inclusive nosso CEO e diretor financeiro, conforme adequado para permitir que as decisões fossem precisas com relação às divulgações obrigatórias. 133 #4836-6508-5983v7 Relatório anual da administração sobre o controle interno das demonstrações financeiras A administração é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre relatórios, conforme definido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA. Nosso controle interno sobre demonstrações financeiras é um processo elaborado para fornecer garantia à diretoria e ao Conselho de Administração com relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e à preparação de demonstrações financeiras para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Devido às limitações inerentes, o controle interno das demonstrações financeiras pode não impedir ou detectar as declarações incorretas. O controle interno eficaz sobre demonstrações financeiras não pode fornecer e não fornece garantia absoluta de alcançar nossos objetivos de controle. Além disso, as projeções de qualquer avaliação de eficácia quanto a períodos futuros estão sujeitas ao risco de que controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou que o grau de cumprimento das políticas ou procedimentos possa deteriorar. A administração avaliou a eficácia de nossos controles internos sobre as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014. Ao efetuar essa avaliação, a administração usou os critérios determinados pelo Committee of Sponsoring Organizations da Treadway Commission (COSO) (Comitê de Organizações de Patrocínio da Comissão Treadway) em Controle Interno — Estrutura Integrada (1992). Com base nessa avaliação, a administração concluiu que, em 31 de dezembro de 2014, nosso controle interno das demonstrações financeiras é eficiente com base nesses critérios. Relatório dos Auditores Independentes A eficácia de nosso controle interno sobre demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014 foi auditada pela KPMG Auditores Independentes, uma firma de contadores públicos registrados, conforme declarado em sua demonstração que aparece na página F-2 deste documento. Mudanças no controle interno sobre demonstrações financeiras Nosso departamento de Riscos e Controles Internos avalia periodicamente nossos controles internos dos principais ciclos, documentando os processos usados em cada ciclo, identificando oportunidades e sugerindo aprimoramentos dos mecanismos de controle existentes. Não houve quaisquer mudanças nos controles internos das demonstrações financeiras, durante o período coberto por este relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial os controles internos das demonstrações financeiras. ITEM 16.A ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA Nosso Conselho de Administração determinou que Sr. Sergio Eraldo de Salles Pinto, membro efetivo de nosso Comitê de Auditoria e Riscos, é um “especialista em finanças do comitê de auditoria”, conforme definido pelas regras atuais da SEC. Para considerações sobre a função do nosso Comitê de Auditoria e Riscos, consulte “Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do Conselho – Comitê de Auditoria e Riscos”. ITEM 16.B CÓDIGO DE ÉTICA Nosso Conselho de Administração adotou um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos executivos, diretores e empregados em todo o mundo, incluindo nosso diretor-presidente, diretor financeiro e controller. Um exemplar do nosso Código de Ética e Conduta foi incluída no Anexo 11.1 deste relatório anual. ITEM 16.C PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE A tabela a seguir apresenta, por categoria de serviço, o total de taxas por serviços executados pela KPMG Auditores Independentes, nos exercícios fiscais findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013: 134 #4836-6508-5983v7 PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE Honorários de Auditoria ................. Honorários relacionados à auditoria Honorários de Serviços Tributários Todos os outros honorários ............. Total .............................................. Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 2014 (em milhares de US$) 2.873 3.095 61 89 162 37 2 10 2.973 3.356 Honorários de Auditoria Os honorários de auditoria consistem no total dos honorários em relação a (1) a auditoria de nossas demonstrações financeiras anuais e revisões trimestrais limitadas pelos GAAP do Brasil, que são publicadas no Brasil, (2) nossas demonstrações consolidadas anuais em IFRS e (3) à revisão legal das nossas subsidiárias. Honorários relacionados à auditoria Honorários relacionados à auditoria consistem, principalmente, no total de honorários faturados em 2014 em conexão com serviços relacionados à conformidade regulamentar por algumas de nossas subsidiárias. Honorários de Serviços Tributários Os honorários fiscais em 2014 consistiram no total de taxas cobradas pela KPMG Auditores Independentes em conexão com a conformidade fiscal para algumas de nossas subsidiárias. Todos os outros honorários Todos os outros honorários de auditoria se referem a serviços diversos prestados pela KPMG Auditores Independentes em 2014 e 2013. Políticas e procedimentos para aprovação Nosso Conselho de Administração aprova todos os serviços de auditoria e afins prestados pela KPMG Auditores Independentes. Os serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes não especificamente incluídos no escopo da auditoria devem ser aprovados pelo Comitê de Auditoria e Riscos antes de qualquer contratação. Conforme a Regra 2-01 do Regulamento S-X, os comitês de auditoria podem aprovar determinados honorários para serviços relacionados à auditoria, serviços fiscais e outros serviços segundo uma exceção de minimis antes da conclusão de um trabalho de auditoria. Em 2014, 2013, 2012, 2011and e 2010, nenhum dos honorários pagos à KPMG Auditores Independentes e à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi aprovado segundo a exceção de minimis. ITEM 16.D ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA Nenhum. ITEM 16.E AQUISIÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS Em 23 de janeiro de 2012, nosso Conselho de Administração aprovou um novo programa de recompra de ações para nossas ações ordinárias, em conformidade com a Instrução 10/80 da CVM, com a finalidade de apoiar nosso segundo e terceiro plano de opção de ações, a serem lançados em 2012 e 2013, respectivamente. Fomos autorizados a recomprar um valor agregado de até 1,065,000 ações ordinárias, representando aproximadamente 0.15% do nosso capital em circulação, que totalizava 740.465.044 ações ordinárias em circulação. Não adquirimos ações nesse programa. A aquisição de ações será feita na Bolsa de Valores de São Paulo e não poderá ser superior a 135 #4836-6508-5983v7 30% do volume diário de ações negociadas, e as ações ordinárias recompradas serão mantidas em tesouraria, sem direitos políticos ou econômicos. O programa terá duração de um ano a partir da data de sua aprovação. ITEM 16.F MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA Não se aplica. ITEM 16.G GOVERNANÇA CORPORATIVA Estamos sujeitos aos padrões de listagem de governança empresarial da NYSE. Como emissora estrangeira privada, os padrões aplicados à nossa empresa são significativamente diferentes dos padrões aplicados às empresas abertas americanas. Segundo as regras na NYSE, somos obrigados a: (1) manter um comitê de auditoria ou conselho fiscal, de acordo com a isenção pertinente disponível para emissores estrangeiros privados, que atenda a determinadas exigências, conforme discutido abaixo, (2) fornecer certificação imediata pelo CEO de qualquer não cumprimento significativo de qualquer regra de governança empresarial, e (3) fornecer uma breve descrição das diferenças relevantes entre nossas práticas de governança empresarial e a prática de governança empresarial da NYSE, a ser observada pelas companhias abertas norte-americanas. A seguir, a descrição das diferenças significativas entre as nossas práticas de governança empresarial e as práticas exigidas das empresas americanas abertas. Maioria de Diretores Independentes As regras da NYSE determinam que a maioria do Conselho deve ser formada por Conselheiros independentes. O termo “independência” é definido por vários critérios, incluindo a ausência de um relacionamento significativo entre o diretor e a sociedade aberta, cuja independência deve ser determinada de forma afirmativa pelo Conselho de Administração. Da mesma forma, as regras de negociação do Novo Mercado exigem que no mínimo 20% dos membros do Conselho de Administração de uma sociedade aberta do segmento de Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo sejam independentes. A independência dos membros do Conselho de Administração de acordo com as regras de negociação do Novo Mercado é definida por critérios semelhantes aos estabelecidos nas regras da Bolsa de Valores de Nova York - NYSE. No entanto, segundo as regras de negociação do Novo Mercado e a Lei Brasileira, nem o Conselho de Administração nem nossa diretoria precisa testar a independência dos Diretores antes da eleição dos membros do Conselho. Com exceção do Sr. Antonio Franciscangelis Neto (o representante do governo federal brasileiro, devido à propriedade pelo governo da “golden share”) e os Srs. Ernani de Almeida Ribeiro Junior e Paulo Roberto de Oliveira (ambos representantes de nossos funcionários) e Arno Hugo Augustin Filho, todos membros ativos do nosso Conselho de Administração declararam que são independentes para efeitos das regras de negociação do Novo Mercado. Enquanto nossos diretores cumprem os requisitos de qualificação da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, os requisitos da CVM e as regras de negociação do Novo Mercado, nosso Conselho de Administração não determinou se nossos Diretores são considerados independentes de acordo com o teste da NYSE com relação a independência de Diretores. A Lei das Sociedades por Ações e nossos estatutos exigem que os Conselheiros sejam eleitos por nossos acionistas na assembléia geral de acionistas. A eleição dos membros do nosso Conselho de Administração, quando não houver solicitação de adotar um sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de votação por relação de candidatos, no qual a votação será baseada na relação de candidatos a Conselheiros, não se permitindo a votação de candidatos pessoas físicas. De acordo com nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração nomeará uma chapa para o próximo mandato do conselho. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um membro efetivo a ser nomeado pelo governo federal brasileiro na condição de titular da “golden share” (ação especial) e (2) dois membros efetivos a serem nomeados por nossos funcionários. Os demais oito Conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar de duas ou mais relações de candidatos diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma relação de candidatos, e a relação que receber o número mais alto de votos será declarada eleita. Consulte o “Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social – Conselho de Administração – Eleição do Conselho de Administração”. 136 #4836-6508-5983v7 Sessões Executivas As normas da NYSE determinam que os conselheiros não administrativos se reúnam em sessões executivas realizadas periodicamente sem a presença da administração. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil não tem esse tipo de provisão. Segundo a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, até um terço dos membros do conselho de administração pode ser eleito pela administração. Os outros conselheiros não executivos não têm poderes explícitos para supervisionar a administração e não é necessário que estes conselheiros se reúnam regularmente sem a presença da administração. Consequentemente, os conselheiros não executivos de nosso conselho não se reúnem regularmente em sessões executivas. Comitê de Nomeação/Governança Empresarial As regras da NYSE determinam que as empresas abertas tenham um Comitê de Nomeação/Governança Empresarial composto somente por conselheiros independentes e regido por um estatuto por escrito contendo o objetivo do comitê e detalhando as responsabilidades exigidas que incluem, entre outras obrigações, identificar e selecionar candidatos a membros do conselho e desenvolver um conjunto de princípios de regimento corporativo aplicáveis à empresa. A lei brasileira não exige que formemos um Comitê de Nomeação/Governança Empresarial e, conseqüentemente, até esta data, não criamos esse comitê. Os conselheiros são eleitos pelos acionistas na assembleia geral ordinária. Nossas práticas de governança empresarial são adotadas por todos os membros do conselho. Comitê de Remuneração As regras da NYSE determinam que as empresas abertas tenham um Comitê de Remuneração composto somente por diretores independentes e regido por um estatuto por escrito contendo o objetivo do comitê e detalhando as responsabilidades exigidas que incluem, entre outras obrigações, analisar as metas da empresa relativas à remuneração do diretor-presidente, avaliar o desempenho do diretor-presidente e aprovar as faixas de remuneração do diretor-presidente e fazer recomendações ao conselho quanto à remuneração, pagamento de incentivos e planos de participação em ações dos outros diretores. A lei brasileira não nos obriga a formar um Comitê de Remuneração. Segundo a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, o valor total disponível para remuneração de nossos conselheiros e Diretores Executivos e para pagamentos de participação nos lucros a nossos Diretores Executivos é determinado pelos acionistas na assembleia geral ordinária. O Conselho de Administração é responsável por determinar a remuneração individual e a participação nos lucros de cada Diretor Executivo, além da remuneração dos membros do conselho e do comitê. Ao fazer essas determinações, o conselho avalia o desempenho dos Diretores Executivos, inclusive o desempenho do nosso diretor-presidente. 137 #4836-6508-5983v7 Comitê de Auditoria As normas da NYSE determinam que as companhias abertas tenham um comitê de auditoria que (1) seja composto por no mínimo três diretores independentes com conhecimento de finanças, (2) atenda às regras da SEC relativas a comitês de auditoria para companhias abertas, (3) tenha pelo menos um membro especialista em contabilidade ou administração financeira e (4) seja regido por um estatuto por escrito contendo o objetivo exigido do comitê e detalhando as responsabilidades necessárias. Temos um Comitê de Auditoria e Riscos, que atende aos requisitos do Artigo 10A-3 da Lei de Valores Mobiliários dos EUA (U.S. Securities Exchange Act), de 1934. Não pleiteamos isenção das normas de listagem para comitês de auditoria. O “Comitê de Auditoria e Riscos” estatutário da Embraer é composto por membros independentes do nosso Conselho de Administração. Devido ao fato de emissores privados estrangeiros estarem sujeitos à legislação local, que pode proibir todo o Conselho de Administração de delegar certas responsabilidades ao Comitê de Auditoria, nos termos do artigo 10A-3, os comitês de auditoria de emissores privados estrangeiros podem receber responsabilidades, que podem incluir poderes consultivos, no que diz respeito a tais questões, na medida do que for permitido por lei. Devido a certas restrições impostas pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil, nosso Comitê de Auditoria e Riscos, ao contrário de um comitê de auditoria dos EUA, tem um papel apenas “consultivo” e só pode fazer recomendações a serem adotadas pelo Conselho de Administração, que é responsável pelo voto e a decisão final. Por exemplo, nosso Comitê de Auditoria e Riscos faz recomendações relativas a nomeação de empresas de auditoria, que estão sujeitas ao voto do Conselho de Administração. Nosso Comitê de Auditoria e Riscos cumpre as exigências legais brasileiras (inclusive no que diz respeito a “Membros independentes do conselho”, conforme definido pela legislação brasileira). Aprovação de Planos de Participação no Capital pelos Acionistas As regras da NYSE determinam que os acionistas devem ter a oportunidade de votar em todos os planos de remuneração por participação no capital e nas revisões de porte desses planos, com algumas exceções. Segundo a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, os acionistas devem aprovar todos os planos de participação no capital (“stock options”). Além disso, toda emissão de novas ações que exceder nosso capital social autorizado deverá ser aprovada pelos acionistas. Diretrizes de Governança Empresarial As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar suas diretrizes de governança empresarial. Além de sujeitar-nos aos regulamentos do Novo Mercado, incluindo as regras de governança empresarial, não adotamos outras diretrizes formais com relação à matéria. Adotamos e seguimos uma política de divulgação, a nossa Política de Publicação de Ações ou Fatos Relevantes, que exige a divulgação pública de todas as informações relevantes de acordo com as diretrizes estipuladas pela CVM, além de uma política de informações privilegiadas (“insider trading”), nossa Política de Operações com Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários, que, entre outras provisões, determina períodos de black-out e exige que aqueles que possuem informações privilegiadas informem à administração todas as operações que envolvam nossos títulos. Código de Conduta e Ética nos Negócios As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar um código de conduta e ética nos negócios para diretores, diretores executivos e empregados, e que essas empresas devem tornar públicas quaisquer abstenções do código para diretores ou Diretores Executivos. A lei brasileira não possui esse tipo de exigência. Entretanto, adotamos um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos executivos, conselheiros e empregados em todo o mundo, incluindo nossas subsidiárias. Acreditamos que esse código inclui a maior parte das questões exigidas pelas regras da NYSE. Um exemplar do nosso Código de Ética e Conduta foi incluída no Anexo 11.1 deste relatório anual. Para obter uma descrição mais detalhada sobre nosso Código de Ética e Conduta, consulte o "Item 16B. Código de Ética". Revisamos nosso Código de Ética a cada dois anos. A última versão do Código De Ética é a 4ª edição revista em 11 de setembro de 2014. 138 #4836-6508-5983v7 Função de Auditoria Interna As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem manter uma função de auditoria interna para fornecer à administração e ao comitê de auditoria uma avaliação contínua dos processos de administração de riscos e do sistema de controle interno da empresa. Nossa auditoria interna presta contas para o Comitê de Auditoria e Riscos, e a gerência de riscos e o controle interno presta contas ao Diretor Financeiro, respectivamente, assegurando a independência e competência necessárias para avaliar o projeto de nosso controle interno sobre as demonstrações financeiras, além de testar sua eficácia conforme exigido pela Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. ITEM 16.H DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DA MINA Não se aplica. PARTE III ITEM 17. Demonstrações financeiras Respondemos ao Item 18 em vez de responder a este item. ITEM 18. Demonstrações financeiras As nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, juntamente com os Auditores Públicos Contábeis Independentes, são apresentadas como parte deste relatório anual e se encontram depois das páginas com as assinaturas deste documento. ITEM 19. Número do Anexo 1.1 Anexos Descrição Estatuto Social da Embraer aprovado na Assembleia Anual e Especial de Acionistas realizada em 8 de março de 2013, incorporado a este documento por referência do Formulário 6-K fornecido em 11 de março de 2013. (versão em inglês). 2.1 Formulário de Contrato de Depósito entre a Embraer, conforme alteração, JP Morgan Chase Bank, N.A., como depositário, e os titulares, de tempos em tempos, de Ações de Depósitos Americanos, emitidas nos seus termos, inclusive o modelo Formulário de Recibos de Depósitos Americanos, incorporado neste instrumento por referência do Anexo 9(a)(2) à Declaração de Registro No. 333-133162 da Embraer. 2.2 O requerente se compromete a fornecer à SEC, sob demanda, cópias dos instrumentos que definem os direitos dos titulares de dívida de longo prazo do requerente e suas subsidiárias consolidadas, e qualquer subsidiária não consolidada para a qual for exigido o registro de demonstrações financeiras. 4.1 Protocolo da Fusão e Justificação da Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. com a Rio Han Empreendimentos e Participações S.A., datado de 19 de janeiro de 2006, e correspondentes anexos, ou Contrato de Fusão (tradução para o inglês), incluído no presente por referência do Anexo 2.1 à Declaração de Registro No. 333-132289 da Embraer. 4.2 Contrato de Cessão, com seus aditamentos, entre a Howard County e a Embraer Aircraft Corporation, datado de 21 de abril de 1998, incorporado a este por referência do Anexo 10.6 à Declaração de Registro No. 333-12220 da Embraer. 4.3 Contrato de Aluguel, com seus aditamentos, entre o Aeroporto de Paris e a Embraer, datado de 1º de janeiro de 1999, juntamente com a sua versão para o inglês, incorporado a este instrumento por referência do Anexo 10.6 à Declaração de Registro nº 333-12220 da Embraer. 139 #4836-6508-5983v7 Número do Anexo 8.1 Descrição Lista de subsidiárias da Embraer. 11.1 Código de Ética e Conduta, datado de 11 de setembro de 2014. 12.1 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor-Presidente. 12.2 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor Financeiro. 13.1 Seção 1350 Certificação do Diretor-Presidente. 13.2 Seção 1350 Certificação do Diretor Financeiro. 140 #4836-6508-5983v7 ASSINATURAS A Interessada declara que atende a todas as exigências para o envio do Formulário 20-F e que nomeou e autorizou o abaixo-assinado a assinar este relatório anual em seu nome. EMBRAER S.A. data: 27 de Março, 2015 Por: ass: FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO Nome: Frederico Pinheiro Fleury Curado Título: Presidente e CEO data: [27 de Março, 2015 Por: Assinatura José Antonio de Almeida Filippo Nome: José Antonio de Almeida Filippo Título: Vice-Presidente Executivo e Diretor de Finanças e Relações com Investidores #4836-6508-5983v7 Embraer S.A. Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores independentes ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS INTERMEDIÁRIAS CONDENSADAS Page Índice das Demonstrações Financeiras 1 Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de dezembro de 2014 e 2013 5 Demonstração Consolidada do Resultado para os períodos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 7 Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente para os períodos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 8 Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido para os períodos findos em 30 de dezembro 2014, 2013 e 2012 9 Demonstração Consolidada do Fluxo de Caixa para os períodos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 10 Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras Consolidadas 11 Relatório dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e Acionistas da Embraer S.A. Examinamos o balanço patrimonial consolidado da Embraer S.A. e suas controladas (“Companhia”) em 31 de dezembro de 2014 e 2013, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, da mutação do patrimônio liquido, e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios do período de três exercícios findo em 31 de dezembro de 2014. Também examinamos os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2014, baseados no critério estabelecido no Internal Control Integrated Framework (1992) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). A Administração da Embraer S.A. é responsável por essas demonstrações financeiras consolidadas, por manter controles internos efetivos sobre relatórios financeiros, e pela avaliação da efetividade destes controles internos sobre relatórios financeiros, incluindo o relatório da gerência dos controles internos sobre relatórios financeiros que está apresentado no Item 15 do Formulário 20-F da Companhia. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras consolidadas e uma opinião sobre os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia baseados em nossas auditorias. Nossas auditorias foram conduzidas de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board PCAOB (Estados Unidos da América). Essas normas requerem que uma auditoria seja planejada e executada para obter segurança razoável sobre o quanto as demonstrações financeiras estão livres de erro material e o quanto controles internos efetivos sobre relatórios financeiros são mantidos em todos os aspectos relevantes. Nossas auditorias das demonstrações financeiras consolidadas incluíram o exame, com base em testes, de evidências suportes dos saldos e divulgações nas demonstrações financeiras, avaliação dos princípios contábeis utilizados e as estimativas significativas feitas pela Administração, e avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Nossa auditoria dos controles internos sobre relatório financeiro incluiu obtenção de entendimento dos controles internos sobre relatório financeiro, avaliação do risco de que fraquezas materiais existam, e teste e avaliação do desenho e da efetividade operacional dos controles internos baseado no risco avaliado. Nossas auditorias também incluíram a execução de outros procedimentos conforme considerado necessário nas circunstâncias. Nós acreditamos que nossas auditorias proporcionam uma base razoável para as nossas opiniões. O controle interno sobre relatório financeiro de uma companhia é um processo desenhado para fornecer segurança razoável quanto à confiabilidade do relatório financeiro e a preparação das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos sobre relatórios financeiros de uma companhia incluem aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à manutenção de registros que, com detalhe razoável, refletem com exatidão e adequadamente as transações e vendas dos ativos da companhia; (2) forneçam segurança razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que recebimentos e gastos da companhia vêm sendo feitos somente de acordo com autorizações da administração e diretoria da companhia; e (3) forneçam segurança razoável relativa à prevenção ou à detecção em tempo hábil de aquisição, uso ou venda não autorizados de ativos da companhia, que possam ter um efeito material sobre as demonstrações financeiras. Devido às suas limitações inerentes, os controles internos sobre relatório financeiro podem não prevenir ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam tornar-se inadequados devido a mudanças nas condições, ou devido ao fato de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Embraer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2014 e 2013, e o resultado de suas operações e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios do período de três exercícios findo em 31 de dezembro de 2014, em conformidade com International Financial Reporting Standards (IFRS) como emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB). Também em nossa opinião, a Embraer S.A. manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2014, com base no critério estabelecido no Internal Control - Integrated Framework (1992) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). (Original em inglês emitido por) KPMG Auditores Independentes São José dos Campos - Brasil 27 de março de 2015 Embraer S.A. Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhões de dólares AT IVO CIRCULANT E Caixa e equivalentes de caixa Investim entos financeiros Contas a receber de clientes, líquidas Instrum entos financeiros derivativos Financiam entos a clientes Contas a receber vinculadas Estoques Im posto de renda e contribuição social Outros ativos Nota 5 6 7 8 9 10 12 13 NÃO CIRCULANT E Investim entos financeiros Contas a receber de clientes, líquidas Instrum entos financeiros derivativos Financiam entos a clientes Contas a receber vinculadas Depósitos em garantia Im posto de renda e contribuição social diferidos Outros ativos 6 7 8 9 10 11 24 13 Investim entos Im obilizado Intangível 16 17 T OT AL AT IVO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 31.12.2014 31.12.2013 1.713,0 710,6 696,9 5,2 13,6 9,0 2.405,3 89,2 167,9 5.810,7 1.683,7 939,9 572,2 14,6 9,6 10,5 2.287,3 88,2 161,8 5.767,8 45,8 6,9 12,7 55,0 416,6 582,0 8,1 186,1 1.313,2 0,4 2.025,8 1.260,9 4.600,3 45,4 6,5 15,8 64,1 415,4 574,7 8,5 141,9 1.272,3 1.993,3 1.109,1 4.374,7 10.411,0 10.142,5 Embraer S.A. Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Em milhões de dólares PASSIVO CIRCULANT E Fornecedores Em préstim os e financiam entos Dívidas com e sem direito de regresso Contas a pagar Contribuições de parceiros Adiantam entos de clientes Instrum entos financeiros derivativos Im postos e encargos sociais a recolher Im posto de renda e contribuição social Garantia financeira e de valor residual Dividendos Receitas diferidas Provisões Nota 19 20 10 21 22 8 23 25 29.8 26.1 NÃO CIRCULANT E Em préstim os e financiam entos Dívidas com e sem direito de regresso Contas a pagar Adiantam entos de clientes Im postos e encargos sociais a recolher Im posto de renda e contribuição social diferidos Garantia financeira e de valor residual Receitas diferidas Provisões 20 10 21 22 23 24 25 26.1 T OT AL DO PASSIVO PAT RIM ÔNIO LÍQ UIDO Capital social Ações em tesouraria Reservas de lucros Rem uneração baseada em ações Ajuste de avaliação patrim onial Lucros acum ulados 29.1 29.4 30 Participação de acionistas não controladores T OT AL DO PAT RIM Ô NIO LÍQUIDO T OT AL DO PASSIVO E PAT RIM ÔNIO LÍQUIDO 31.12.2014 980,6 89,7 10,3 324,5 652,5 15,4 125,6 8,6 29,5 37,3 183,5 95,4 2.552,9 1.013,6 79,3 12,1 304,8 33,6 875,9 13,7 133,1 18,8 90,0 45,7 173,6 98,5 2.892,7 2.418,4 389,7 87,6 176,1 144,1 270,4 208,5 145,4 153,1 3.993,3 6.546,2 2.115,0 388,1 88,3 131,1 215,6 209,2 203,5 101,1 165,7 3.617,6 6.510,3 1.438,0 (60,1) 2.429,5 33,1 (75,7) 3.764,8 100,0 3.864,8 1.438,0 (103,8) 2.205,5 27,8 (33,9) 3.533,6 98,6 3.632,2 10.411,0 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 31.12.2013 10.142,5 Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 Em milhões de dólares (exceto quantidade de ações e lucro por ação) Nota RECEIT AS LÍQUIDAS Custo dos produtos vendidos e serviços prestados LUCRO BRUT O RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Administrativas Com erciais Pesquisas Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Equivalência patrimonial RESULT ADO OPERACIONAL 33 Receitas (despesas) financeiras, líquidas Variações m onetárias e cam biais, líquidas LUCRO ANT ES DO IM POST O 34 35 Im posto de renda e contribuição social LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 24.2 Lucro atribuído aos: Acionistas da Em braer Acionistas não controladores 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 6.288,8 (5.038,3) 1.250,5 6.235,0 (4.818,9) 1.416,1 6.167,0 (4.676,6) 1.490,4 (207,5) (419,9) (47,1) (32,6) (0,1) 543,3 (210,5) (454,4) (74,7) 36,9 713,4 (279,2) (480,4) (77,3) (42,8) 1,2 611,9 (24,5) (14,9) 503,9 (96,4) (14,6) 602,4 (6,8) 8,7 613,8 (156,2) 347,7 (256,4) 346,0 (265,2) 348,6 334,7 13,0 342,0 4,0 347,8 0,8 Média ponderada das ações em circulação no período (em m ilhares) Básico Diluído 31 31 733.677 737.463 729.001 733.796 725.023 727.731 Básico Diluído 31 31 0,4562 0,4538 0,4691 0,4661 0,4797 0,4780 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do resultado abrangente para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 Em milhões de dólares Lucro líquido do exercício Itens que podem ou não ser reclassificados posteriormente para a demonstração do resultado Perda com benefícios pós-em prego Ajustes acum ulados de conversão Opções de venda de participação de não controladores Instrum entos financeiros disponíveis para venda Itens reconhecidos diretamente no patrimônio liquido (i) 31.12.2014 347,7 T otal do resultado abrangente do exercício Lucro atribuído aos: Acionistas da Em braer Acionistas não-controladores (i) os valores apresentados estão líquidos do imposto de renda diferido, quando aplicável. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8 (0,8) (51,5) (1,1) (53,4) 31.12.2013 346,0 (7,4) 9,0 1,1 (0,9) 1,8 31.12.2012 348,6 (37,4) 6,1 (31,3) 294,3 347,8 317,3 292,9 1,4 294,3 344,4 3,4 347,8 312,8 4,5 317,3 Embraer S.A. Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 Em milhões de dólares Reserva de lucros Capital social Em 31 de Dezembro de 2011 Lucro líquido do exercício Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão - subsidiárias Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercicio de outorga de opções de ações Aquisição de participação de não controladores Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio (R$ 0,04 por ação) Dividendos Reserva para investimento e capital de giro Em 31 de dezembro de 2012 Lucro líquido do exercício Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão Opções de venda de participação de não controladores Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercicio de outorga de opções de ações Aquisição de participação de não controladores Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio (R$ 0,07 por ação) Dividendos Reserva para investimento e capital de giro Em 31 de dezembro de 2013 Lucro líquido do exercício Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego Ajustes de conversão Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda Total do Resultado abrangente Remuneração baseada em ações Exercicio de outorga de opções de ações Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos Reserva legal Juros sobre o capital próprio (R$ 0,07 por ação) Dividendos Reserva para investimento e capital de giro Em 31 de Dezembro de 2014 1.438,0 - Ações em tesouraria Remuneração baseada em ações Subvenção para investimento Reserva legal Ganho (Perda) Ajustes com acumulados benefícios pósde conversão emprego Other cumulative translation adjustment Reserva para investimentos e capital de giro Lucros/prejuízos acumulados Participação de acionistas não controladores 1.573,1 - 347,8 - - 0,7 (37,4) - 1,9 2,4 - 3.007,3 347,8 (37,4) 2,4 110,5 0,8 3,7 - 347,8 (15,0) - 5,6 (37,4) - 2,4 - - 312,8 7,9 14,5 5,6 4,5 (23,0) 317,3 7,9 14,5 (17,4) (4,3) (17,1) (75,1) (14,7) (221,6) - - - - - (75,1) (14,7) - 342,0 - 5,6 - (36,7) (7,4) - 4,3 9,9 - 1,1 (0,9) Total Total do Patrimônio Líquido (183,7) - 13,1 - 32,6 - - 29,5 - 7,9 - - - - - - 4,3 - 17,1 - 221,6 (154,2) - 21,0 - 36,9 - 148,7 - 1.794,7 - - 50,4 - 6,8 - - - - 342,0 (27,1) - (9,8) (7,4) - 9,9 - 0,2 - 344,7 6,8 23,3 (9,8) 3,1 3,5 347,8 6,8 23,3 (6,3) - - - 3,2 - 16,6 - - (3,2) (16,6) (68,8) - - - - (68,8) - (68,8) - - - - - (20,9) - - - - (20,9) - (20,9) - - - - - (205,4) - - - - - - 27,8 40,1 (4,2) (44,1) 14,2 0,2 1.438,0 - 1.438,0 (103,8) 131,6 - Ajuste de avaliação patrimonial Resultado nas operações com acionistas não controladores 165,3 205,4 2.000,1 - (75,1) (14,7) 3.258,3 342,0 (7,4) 9,9 1,1 (0,9) 3.533,6 92,0 4,0 (0,9) - 98,6 3.117,8 348,6 (37,4) 6,1 3.350,3 346,0 (7,4) 9,0 1,1 (0,9) 3.632,2 - - - - - - 334,7 - - (0,8) - (39,9) - (1,1) 334,7 (0,8) (39,9) (1,1) 13,0 (11,6) - 347,7 (0,8) (51,5) (1,1) - 43,7 5,3 - - - - 334,7 (23,6) - (0,8) - (39,9) - (1,1) - 292,9 5,3 20,1 1,4 - 294,3 5,3 20,1 - - - 0,6 - 15,0 - 208,4 (0,6) (15,0) (81,0) (6,1) (208,4) - - - - (81,0) (6,1) - - (81,0) (6,1) - (60,1) 33,1 40,7 180,3 2.208,5 (4,2) (44,9) (25,7) (0,9) 1.438,0 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 9 - 3.764,8 100,0 3.864,8 Embraer S.A. Demonstrações consolidadas do fluxo de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 Em milhões de dólares Nota Atividade s ope racionais: Lucro líquido do exercício Ite ns que não afetam o caixa: Depreciações Amortizações Contribuição de parceiros Provisão (reversão) para obsolescência dos estoques Provisão Ajuste Valor de mercado Provisão para créditos de liquidação duvidosa Im posto de renda e contribuição social diferidos Juros a pagar de im postos e em préstimos Equivalência patrim onial Rem uneração em ações Variação monetária e cambial Garantia de valor residual Outros 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 347,7 346,0 348,6 168,9 117,4 (25,2) (5,3) 22,0 (1,9) 79,1 16,4 0,1 5,3 11,9 19,0 3,3 145,8 144,8 (26,0) 13,4 28,6 (4,8) 192,6 (2,4) 3,6 6,8 1,9 21,3 0,3 139,9 138,9 (31,8) 9,2 39,3 11,4 75,3 (5,5) (1,2) 7,9 4,5 14,0 0,9 Variação nos ativ os: Investim entos financeiros Instrum entos financeiros derivativos Contas a receber e contas a receber vinculadas Financiam ento a clientes Estoques Outros ativos 150,9 14,3 (149,1) 5,1 (108,8) (107,2) (443,7) 18,4 (40,0) 35,9 (157,2) 60,1 160,0 (5,4) 10,8 (7,3) 70,1 (162,0) Variação nos passivos: Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Contas a pagar Contribuição de parceiros Adiantam entos de clientes Im postos a recolher Garantias financeiras Provisões diversas Receitas diferidas (27,8) (0,3) 10,3 151,8 (167,6) (52,1) (74,5) 24,4 54,2 258,4 125,7 84,5 50,4 (62,5) (312,2) 42,0 32,9 (72,2) (62,4) 140,5 1,0 (48,2) 23,5 (8,6) (125,0) 26,8 482,3 564,6 693,0 (283,7) (415,4) (0,5) 28,1 (671,5) (437,6) 0,2 (316,6) 2,5 (17,3) 4,8 (764,0) (328,0) 1,3 (252,4) 2,5 (6,2) (17,4) (17,1) (617,3) (386,1) 798,6 (99,3) 20,1 333,3 (650,2) 890,8 (71,4) 23,3 192,5 (1.225,3) 1.692,6 (59,5) 14,5 422,3 144,1 (114,8) 1.683,7 1.713,0 (6,9) (106,4) 1.797,0 1.683,7 498,0 (48,8) 1.347,8 1.797,0 16 17 17 24.2 35 25 Caixa ge rado nas ativ idades operacionais Atividade s de inve stimento: Aquisições de Im obilizado Baixa de im obilizado Adições ao intangível Adições (baixas) investim entos em subsidiárias e coligadas Aquisição de Negócios Alteração na participação em subsidiárias e coligadas Títulos e valores m obiliários Caixa usado nas ativ idades de inv estime nto 16 17 14 Atividade s finance iras: Financiam entos pagos Novos financiam entos obtidos Dividendos e juros sobre capital próprio Ações em Tesouraria Caixa ge rado nas ativ idades finance iras Aume nto (redução) líquido do caixa e equiv alente s de caixa Efeito das v ariações cambiais no caixa e equiv ale nte s de caixa Caixa e e quivale ntes de caixa no início do e xercício Caixa e e quivale ntes de caixa no final do exercício As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 10 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Embraer S.A. (“Embraer” ou a “Companhia”) é uma sociedade por ações com sede na cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil e tem como atividade preponderante: i) Projetar, construir e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e respectivos acessórios, componentes e equipamentos, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; ii) Promover ou executar atividades técnicas vinculadas à produção e manutenção do material aeroespacial; iii) Contribuir para a formação de pessoal técnico necessário à indústria aeroespacial; iv) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos à indústria aeroespacial; v) Projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia, bem como promover ou executar atividades técnicas vinculadas à respectiva produção e manutenção, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; e vi) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos às indústrias de defesa, de segurança e de energia. As ações da Companhia estão registradas no mais elevado nível de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores e Mercadorias e Futuros, denominado Novo Mercado. Embraer S.A. também, possui American Depositary Shares (evidenciadas pelo American Depositary Receipt (ADR)) registrados na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) e estão listadas na New York Stock Exchange (“NYSE”). A Companhia não tem grupo controlador e seu capital compreende apenas ações ordinárias. As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 03 de março de 2015. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS 2.1. APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) que incluem (i) IFRS, (ii) International Accouting Standard (“IAS”), and (iii) International Financial Reporting Interpretatons Committee (“IFRIC”) ou seu antecessor, Standing Interpretations Committee (“SIC”). 2.1.1. Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico (exceto quando a rubrica exigiu um critério diferente) e ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos mensurados ao valor justo ou considerando a marcação a mercado quando classificado como disponíveis para venda. A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas, julgamentos e premissas. Isso exige da Administração julgamento para aplicação das políticas contábeis da Companhia. Essas demonstrações financeiras incluem estimativas referentes à contabilização de certos ativos, passivos e outras transações. As áreas envolvendo alto grau de julgamento ou complexidade, ou ainda áreas nas quais premissas e estimativas são relevantes para preparação das demonstrações financeiras estão descritas na Nota 3. 11 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.1.2. Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem os saldos de 31 de dezembro de 2014 das demonstrações financeiras da Companhia e de todas as subsidiárias que a Embraer, direta ou indiretamente possui controle (Controladas), entidades de propósitos específicos (EPEs) que a Companhia tem controle e os fundos de investimentos exclusivos (FIE) e fundos de investimentos. Entidades controladas em conjunto (joint venture) não são consolidadas sendo as respectivas participações apresentadas como um investimento utilizando o método da equivalência patrimonial. Operações controladas em conjunto (joint operations) são consolidadas na proporção do investimento. a) Controladas Controladas são todas as entidades (inclusive EPEs) cujas políticas financeiras e operacionais podem ser conduzidas pela Companhia e normalmente evidenciadas por uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é adquirido pela Companhia. A Companhia trata as transações com participações de não controladores como transações com proprietários de ativos do Grupo. Para as compras de participações não controladoras, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas de alienações para participações não controladoras também são registrados diretamente no patrimônio líquido, na rubrica ajustes de avaliação patrimonial. As práticas contábeis das controladas estão consistentes com as práticas adotadas pela Companhia. b) Consórcios A figura de um Consórcio possui regulamentação específica para o desenvolvimento de suas atividades, bem como para o registro das mesmas em sua escrituração contábil. Não há um veículo específico estabelecido desta operação, que baseada nas suas características é considerada como uma operação comum. Apesar de possuir controles contábeis obrigatórios, sua escrituração é registrada nos livros contábeis de suas participantes pela proporção auferida a cada uma, desta forma, estão inseridas nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia por intermédio de suas participantes. c) Participação em sociedades Os investimentos em participação em sociedades Coligadas não são consolidados nas demonstrações financeiras e em 31 de dezembro de 2014 eram representados pela AEL Sistemas S.A. – (AEL), domiciliada em Porto Alegre, Brasil, com participação de 25% da Embraer Defesa & Segurança e Participações S.A.. Têm como atividades a pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de componentes eletrônicos, equipamentos de eletrônica aplicados na aviação e programas de software. Apesar da participação de 25%, a Embraer Defesa & Segurança e Participações S.A. não possui influência significativa nessa empresa, razão pela qual este investimento é classificado como um instrumento financeiro no ativo não circulante, e está mensurado ao valor justo, tendo suas variações reconhecidas no patrimônio líquido como Resultado abrangente. 2.1.3. Estrutura societária da Companhia ELEB – Equipamentos Ltda. (ELEB) - localizada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, com participação da Embraer de 99,99% no capital. A ELEB produz e vende equipamentos hidráulicos e mecânicos de alta precisão para serem utilizados na indústria aeronáutica, substancialmente em aeronaves da Embraer. Embraer Aircraft Holding Inc. (EAH) - subsidiária integral, domiciliada em Fort Lauderdale, Estados Unidos da América, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias integrais localizadas nos Estados Unidos da América: 12 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Embraer Aircraft Customer Services, Inc. (EACS) - domiciliada em Fort Lauderdale, Estados Unidos da América, realiza vendas de peças de reposição, serviços de apoio ao produto a clientes nos Estados Unidos da América, Canadá e Caribe. • Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. (EAMS) - domiciliada em Delaware, com base operacional em Nashville, nos Estados Unidos da América, tem como atividade a prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes. • Embraer Training Services (ETS) - domiciliada em Dallas, Estados Unidos da América, engloba atividades corporativas e institucionais e tem como subsidiária a Embraer CAE Training Services (ECTS) - domiciliada em Dallas, Estados Unidos da América, na qual participa com 51% do capital social e cuja atividade é a prestação de serviços de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação. • Embraer Executive Jet Services, LLC (EEJS) - domiciliada em Delaware, Estados Unidos da América, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda e manutenção de aeronaves executivas. • Embraer Services Inc. (ESI) - domiciliada em Delaware, Estados Unidos da América, com base operacional em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos da América, presta suporte nos Estados Unidos da América aos programas do mercado de defesa e comercial. • Embraer Executive Aircraft, Inc. (EEA) - domiciliada em Delaware, com base operacional em Melbourne, nos Estados Unidos da América, tem como atividade a montagem final e entrega do jato executivo Phenom. • Embraer Engineering & Technology Center USA, Inc. (EETC) - domiciliada em Delaware, Estados Unidos da América, e tem como atividade a prestação de serviços de engenharia relacionadas à pesquisa e desenvolvimento de aeronaves. • Aero Seating Technologies LLC (AST) - subsidiária com participação da EAH de 85,5% no capital social, está domiciliada em San Gabriel, Estados Unidos da América e tem como atividade principal a produção e manutenção de assentos para aeronaves. • Embraer Defense and Security Incorporated (EDSI) - com base operacional em Jacksonville na Flórida nos Estados Unidos da América, é a base para atendimento ao programa LAS (Light Air Support) que está fornecendo aeronaves A-29 Super Tucano, para a Força Aérea dos EUA. Embraer Austrália PTY Ltd. (EAL) - subsidiária integral, domiciliada em Melbourne, Austrália, tem como objetivo prestar serviços de suporte pós-venda para os clientes da Oceania, Ásia e região. Atualmente as atividades dessa subsidiária estão paralisadas. Embraer Aviation Europe SAS (EAE) - subsidiária integral, domiciliada em Villepinte, França, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias integrais: • Embraer Aviation International SAS (EAI) - domiciliada em Villepinte, realiza venda de peças e presta serviços de suporte pós-venda na Europa, África e no Oriente Médio. • Embraer Europe SARL (EES) - domiciliada em Villepinte, tem como atividade a representação comercial da Companhia na Europa, África e no Oriente Médio. Embraer Credit Ltd. (ECL) - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, tem como atividade o apoio às operações de comercialização de aeronaves. Embraer GPX Ltda (GPX) - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social. Localizada em Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, Brasil, tem como atividade principal a prestação de serviços de manutenção de aeronaves. 13 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Embraer Overseas Ltd. (EOS) - subsidiária integral, domiciliada nas Ilhas Cayman, tem atividade restrita à realização de operações financeiras, incluindo a captação e aplicação de recursos e operações de mútuo para as empresas do grupo Embraer. Embraer Representation LLC (ERL) - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, tem como atividade a representação comercial e institucional da Companhia. Embraer Spain Holding Co. SL (ESH) - subsidiária integral, domiciliada na Espanha, tem como objetivo coordenar os investimentos em subsidiárias no exterior. As atividades da ESH são operacionalizadas por suas seguintes subsidiárias: • • ECC Investment Switzerland AG (ECC Investment) - subsidiária integral, domiciliada na Suíça, possui participação de 100% no capital das seguintes subsidiárias: • ECC Insurance & Finance Co. (ECC Insurance) - domiciliada nas Ilhas Cayman, é uma Companhia cativa de seguros que tem por objetivo cobrir as garantias financeiras oferecidas aos clientes e/ou agentes financiadores envolvidos nas estruturas de vendas de aeronaves da Companhia. • Embraer Finance Ltd. (EFL) - domiciliada nas Ilhas Cayman, apóia os clientes na obtenção de financiamentos de terceiros, assim como fornece suporte em algumas atividades de compra e venda da Companhia. Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. (HEAI) - subsidiária consolidada integralmente pelo grupo Embraer, com participação da Embraer Spain Holding Co. SL de 51% no capital social, tem sede na cidade de Harbin, China. Destinada a fabricar aeronaves visando atender às demandas do mercado de transporte aéreo da China, teve sua operação redirecionada para a fabricação de jatos executivos Legacy 600/650 a partir da assinatura de acordo com líderes do Governo Chinês em junho de 2012 cuja primeira entrega ocorreu no 1º trimestre de 2014. Embraer Netherlands B.V. (ENL) - subsidiária integral, domiciliada na Holanda, tem como principal objetivo coordenar os investimentos em subsidiárias no exterior, inclusive aquelas voltadas às atividades de suporte à comercialização de aeronaves e gestão dos ativos provenientes dessas operações. As atividades da ENL são operacionalizadas pelas subsidiárias: • Embraer Asia Pacific PTE. Ltd. (EAP) - domiciliada em Singapura, tem como atividade a prestação de serviços e suporte pós-venda na Ásia. • Airholding SGPS S.A. (Airholding) - subsidiária integral, domiciliada em Portugal, tem como atividade preponderante a participação em 65% do capital votante da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. (OGMA), uma companhia portuguesa de manutenção e produção aeronáutica que também tem como acionista Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF, com 35% do capital votante. • ECC Leasing Co. Ltd. (ECC Leasing) - subsidiária integral, domiciliada em Dublin, na Irlanda, cujas atividades são arrendamento e comercialização de aeronaves usadas. • Embraer CAE Training Services Ltd. (ECUK) - subsidiária com participação da ENL de 51% no capital social, domiciliada em Burges Hill, Reino Unido, tem como objetivo prestar serviço de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação. • Embraer Portugal - SGPS S.A. - subsidiária integral, domiciliada em Évora, Portugal, tem como objetivo coordenar os investimentos e atividades econômicas em suas subsidiárias integrais naquele país, como segue: • Embraer - Portugal Estruturas Metálicas S.A. - domiciliada em Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem, manutenção e comercialização de peças, componentes e conjuntos metálicos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de produtos metálicos. 14 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • • Embraer - Portugal Estruturas em Compósitos S.A. - domiciliada em Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem e comercialização de estruturas a partir de peças e conjuntos em materiais compostos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de produtos fabricados com materiais compostos e não metálicos. Embraer (China) Aircraft Technical Services Co. Ltd. (ECA) - subsidiária integral, domiciliada na China, na província de Beijing, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda, manutenção e comercialização de peças e componentes a clientes na China. • EZ Air Interior Limited (EZ) - operação controlada em conjunto com a Zodiac Aerospace, com participação da Embraer Netherlands de 50% do capital social. Domiciliada na Irlanda, tem o objetivo de fabricar componentes de interiores da cabine da família de jatos EMBRAER 170/190, com uma fábrica localizada no México. ECC do Brasil Participações S.A. (ECC) - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, domiciliada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, tem como objetivo participar como sócia ou acionista de outras sociedades, porém está sem operação neste momento. Indústria Aeronáutica Neiva Ltda (Neiva) - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, localizada em Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Atualmente envolvida na comercialização de aeronaves agrícolas, bem como de suas peças de reposição, porém está sem operação neste momento. Embraer Defesa & Segurança Participações S.A. (EDSP) - subsidiária integral domiciliada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, tem como objetivo coordenar os investimentos no segmento de Defesa & Segurança por meio da participação nas seguintes companhias: • Bradar Indústria S.A. - domiciliada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, com participação da Embraer Defesa & Segurança de 90% do capital social, tem como atividades desenvolver tecnologia de última geração para aplicação em sensoriamento remoto e construção de radares de vigilância aérea, marítima e terrestre. • Bradar Aerolevantamento Ltda - domiciliada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, com participação da Bradar Indústria S.A. de 25% do seu capital, tem como objetivo a prestação de serviço de aerolevantamento (mapeamento de áreas baseada em tecnologia avançada embarcada em aeronaves) e de sensoriamento remoto. • Atech Negócios em Tecnologias S.A. (Atech) - subsidiária integral da Embraer Defesa & Segurança Participações S.A., domiciliada em São Paulo, Brasil, atualmente desenvolve soluções estratégicas de comando, controle, comunicações, computadores e inteligência e disponibiliza serviços de consultoria especializada e suporte técnico e logístico, atuando em todas as fases do projeto: conceituação, especificação, desenvolvimento, integração, gerenciamento da implantação, instalação, testes, manutenção e treinamento. • Harpia Sistemas S.A. (Harpia) - com sede em Brasília, Brasil, entidade controlada pela Embraer Defesa & Segurança Participações S.A. com participação no capital de 51%, tendo 40% de participação da AEL Sistemas (subsidiária da Elbit Systems Ltd. de Israel) e 9% de participação da Avibrás Divisão Aérea e Naval S.A.. Tem como atividade principal o desenvolvimento, a construção, a comercialização e a prestação de serviços pós-vendas de manutenção e modernização de veículos aéreos não tripulados (VANTs). A Harpia também atuará em atividades de marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, vendas e suporte pós-vendas de simuladores e a modernização de sistemas aviônicos. • Visiona Tecnologia Espacial S.A. (Visiona) - com sede em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, tem participação da Embraer Defesa & Segurança e da Telebrás, com 51% e 49%, respectivamente, de participação no capital social, sendo uma controlada consolidada integralmente pelo grupo. Atua inicialmente na integração e fornecimento do Sistema Satelital Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC) do Governo Brasileiro, que visa atender as necessidades 15 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas de defesa. • • Visiona Internacional B.V. (Visiona Internacional) - subsidiária integral da Visiona, domiciliada em Amsterdam na Holanda, atua na integração e fornecimento do Sistema SGDC do Governo Brasileiro. SAVIS Tecnologia e Sistemas S.A. (SAVIS) - com sede em Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, é uma subsidiária integral da Embraer Defesa & Segurança e tem como objetivo atuar nas atividades de Defesa & Segurança junto ao Governo Brasileiro. Entidades de propósito específico (EPEs) - a Companhia estrutura algumas de suas transações de financiamento de vendas de aeronaves por meio de EPEs, sobre as quais não detém participação societária, direta ou indiretamente. Mesmo não possuindo vínculo societário, a Companhia detém o controle das operações ou participa de forma majoritária dos riscos e benefícios de algumas dessas EPEs, consolidando, desta forma, essas EPEs nas suas demonstrações financeiras. As EPEs consolidadas são: PM Limited, Refine Inc., RS Limited, River One Ltd. e Table Inc.. As EPEs nas quais a Embraer não figura como controladora não são consolidadas com base em fundamentos e análises técnicas realizadas pela Administração. Exceto pelas EPEs consolidadas citadas, a Companhia não possui riscos significativos atribuídos a outras operações estruturadas envolvendo EPEs. Consórcio Tepro - Entidade constituída pela SAVIS Tecnologia e Sistemas S.A. e Bradar Indústria S.A., empresas controladas pela Embraer Defesa & Segurança, criada para atender o Exército Brasileiro na primeira fase de implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) para o desenvolvimento de determinadas atividades. Com sede na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, representa uma proporção de 93,5 % da SAVIS e 6,5 % da Bradar. Por se tratar de um consórcio, o qual possui uma figura jurídica diferenciada, suas operações são refletidas nas demonstrações financeiras individuais de suas participantes SAVIS e Bradar. Fundos de investimentos exclusivos (FIE) - em consonância com suas estratégias de negócios, a Companhia possui fundos de investimentos exclusivos, os quais estão consolidados nas demonstrações financeiras. Os títulos e investimentos mobiliários mantidos por meio desses fundos são registrados nas rubricas caixa e equivalentes de caixa ou investimentos financeiros, considerando os vencimentos originais dos títulos e as estratégias de investimento dos fundos, que prevêem a negociação desses títulos em prazos que caracterizam a liquidez imediata dos valores (Notas 5 e 6). Fundo de investimento em participações (FIP) - constituído no 2º semestre de 2014 é uma iniciativa da Embraer com o BNDES, FINEP e Desenvolve SP, e foi criado com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva aeroespacial, aeronáutica, de defesa e segurança e promover a integração de sistemas relacionados a esses setores por meio de apoio às pequenas e médias empresas. 2.2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS Apresentamos a seguir as práticas contábeis mais relevantes adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras. Entende-se por relevante as práticas contábeis que se não divulgadas, poderiam comprometer a correta interpretação das demonstrações financeiras, seja pela existência de mais de uma opção de tratamento oferecido pelas normas internacionais de contabilidade, seja pela complexidade da operação. As práticas contábeis utilizadas pela Companhia são: 2.2.1. Moeda funcional e apresentação A Administração, após análise das operações e negócios da Embraer, em relação principalmente aos fatores para determinação de sua moeda funcional, concluiu que o Dólar (“US$” ou “Dólar”) é a sua moeda funcional. Esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores: • Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços; • Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos e serviços; • Moeda que mais influencia material e outros custos para fornecimento de produtos ou serviços; 16 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e • Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais. Transações em moedas estrangeiras 2.2.2. As transações efetuadas em outras moedas (diferentes da moeda funcional) são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação no caso da mensuração subsequente. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários (em moedas diferentes da moeda funcional), são reconhecidos na demonstração do resultado como variações monetárias e cambiais, líquidas. 2.2.3. Conversão das demonstrações financeiras das Controladas Para as subsidiárias cuja moeda funcional é diferente do Dólar, as contas de ativos e passivos são convertidas para a moeda funcional da Companhia, utilizando as taxas de câmbio vigentes na data do balanço, e os itens de receitas e despesas são convertidos usando a taxa média mensal. Os ajustes de conversão resultantes são reconhecidos na rubrica específica do patrimônio líquido denominada ajustes acumulados de conversão. 2.2.4. Instrumentos financeiros a) Instrumentos financeiros ativos A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, incluindo instrumentos mantidos para negociação, (ii) disponíveis para venda, (iii) mantidos até o vencimento e (iv) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no seu reconhecimento inicial. As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financeiros são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros, exceto os mensurados ao valor justo por meio do resultado, para os quais os custos da transação são reconhecidos imediatamente no resultado do exercício. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos. Neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios do ativo. b) Classificação e mensuração b.1) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente e são classificados no ativo circulante. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo são apresentados na demonstração do resultado em receitas (despesas) financeiras, líquidas no exercício em que ocorrem. Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra e venda. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de comparações com operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções privilegiando informações de mercado e minimizando informações geradas pela Administração. b.2) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são instrumentos não derivativos que são designados nessa categoria. Eles são incluídos no ativo não circulante, a menos que a Administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço e são contabilizados pelo valor justo. 17 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas (despesas) financeiras, líquidas. A parcela correspondente à variação no valor justo é registrada no patrimônio líquido, em Outros resultados abrangentes, sendo registrada no resultado do exercício quando da sua liquidação ou por perda considerada permanente (impairment). b.3) Investimentos mantidos até o vencimento Os investimentos em valores mobiliários não derivativos que a Companhia tem habilidade e intenção em manter até a data de vencimento são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são registrados inicialmente pelo valor justo, incluindo o custo da transação e posteriormente pelo custo amortizado. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo. b.4) Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem, contas a receber de clientes, financiamentos a clientes e demais contas a receber. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo. 2.2.5. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, e numerários em trânsito (valores já pagos por nossos clientes ou devedores mas que na data de reporte se encontrava em processo de liberação pela instituição bancária interveniente), depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, usualmente com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação, com alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Incluem-se nesta classificação operações compromissadas e Certificados de Depósitos Bancários (CDB) com registro de liquidez diária na CETIP (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos). Valores referentes à caixa e equivalentes de caixa, que, no entanto, não estejam disponíveis para uso pela Companhia, são apresentados dentro de outros ativos nas demonstrações financeiras. 2.2.6. Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente de vendas ainda não liquidadas pelos clientes. Incluem ainda valores em aberto das receitas de contratos de construção reconhecidas de acordo com o percentual de conclusão do projeto mensurado com base nos custos incorridos ou avanço físico, sendo apresentadas pelo valor líquido dos respectivos adiantamentos de clientes recebidos de eventual provisão para crédito de liquidação duvidosa. Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos por seus clientes, como em casos de dificuldades financeiras significativas do devedor, probabilidade de o devedor entrar com pedido de falência ou concordata e falta de pagamento ou inadimplência. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O cálculo do valor presente, quando aplicável, é efetuado na data da transação com base numa taxa de juros que reflita o prazo e as condições de mercado da época. 18 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.2.7. Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos. As perdas e os ganhos com as operações de derivativos são reconhecidos mensalmente no resultado, considerando-se o valor de realização desses instrumentos (valor de mercado). A provisão para as perdas e ganhos não realizados é reconhecida na rubrica Instrumentos financeiros derivativos, no balanço patrimonial, e a contrapartida no resultado na rubrica receitas (despesas) financeiras, líquidas (Nota 34), com exceção das operações para proteção de exposições as variações do câmbio ou designadas como hedge accounting. Os derivativos embutidos são separados de seus contratos principais e registrados pelo valor justo desde que contemplem as características de derivativos. 2.2.8. Hedge accounting São operações com derivativos designados para proteção de riscos da Companhia com tratamento contábil diferenciado por meio das quais se busca eliminar os efeitos da volatilidade causada por estes riscos. No momento da designação inicial do hedge, a Companhia formalmente documenta o relacionamento entre os instrumentos de hedge e os itens que são objeto de hedge, incluindo os objetivos de gerenciamento de riscos e a estratégia na condução da transação, juntamente com os métodos que serão utilizados para avaliar a efetividade do relacionamento. A Companhia faz uma avaliação contínua do contrato para verificar se o instrumento é “altamente eficaz” na compensação de variações no valor justo dos respectivos itens objeto de hedge durante o período para o qual o hedge é designado, verificando se os resultados reais de cada hedge estão dentro da faixa de 80 a 125 por cento de efetividade. A Companhia possui hedge accounting designado como sendo de valor justo e fluxo de caixa como segue: a) Hedge accounting de valor justo As variações do valor justo dos instrumentos derivativos designados e qualificados como hedge accounting de valor justo são registradas no resultado do exercício em receitas (despesas) financeira, líquidas, bem como as variações no valor justo do ativo ou passivo protegido (objeto do hedge) atribuível ao risco protegido. A Companhia só aplica a contabilização de hedge accounting de valor justo para se proteger contra o risco de juros fixos de empréstimo. Caso o hedge deixe de atender ao critério de hedge accounting, o valor justo do instrumento continua a ser reconhecido no resultado e o valor justo do objeto de hedge é tratado como se não estivesse protegido sendo amortizado no resultado do exercício até seu vencimento. b) Hedge accounting de fluxo de caixa A Companhia aplica a contabilização de hedge accounting de fluxo de caixa para se proteger da variabilidade do fluxo de caixa atribuível a um risco de variação cambial associado a uma transação altamente provável que afetará o resultado. A parcela efetiva das variações do valor justo dos instrumentos derivativos designados e qualificados como hedge accounting de fluxo de caixa é registrada no patrimônio líquido, em Outros resultados abrangentes. O ganho ou perda relacionado à parcela ineficaz é reconhecido no resultado do exercício, em receitas (despesas) financeiras, líquidas. Os valores acumulados no patrimônio líquido são transferidos para o resultado do exercício nos períodos e linhas em que o item protegido por hedge afetar o resultado do exercício. Entretanto, quando a operação prevista protegida por hedge resultar no reconhecimento de um ativo não financeiro, os ganhos e as perdas previamente diferidos no patrimônio líquido são transferidos e incluídos na mensuração inicial do custo do ativo. Quando um instrumento de hedge accounting de fluxo de caixa é liquidado, ou quando não atende mais aos critérios de hedge accounting, todo ganho ou perda acumulado existente no patrimônio líquido é realizado 19 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma contra o resultado à medida que a operação protegida também é realizada contra o resultado. Quando não se espera mais que a operação protegida pelo hedge ocorra, o ganho ou a perda existente no patrimônio líquido é imediatamente transferido para o resultado do exercício, em receitas (despesas) financeiras, líquidas. 2.2.9. Financiamento a clientes Consiste na participação em financiamentos concedidos a clientes nas vendas de algumas aeronaves e são contabilizados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. 2.2.10. Contas a receber vinculadas e dívidas com e sem direito de regresso Contas a receber vinculadas correspondem às operações estruturadas de vendas, para as quais foram estruturados financiamentos, por meio dos quais uma EPE compra a aeronave, paga à Companhia e participa do financiamento estruturado para o cliente final. Para viabilizar a operação uma instituição financeira financia os recursos necessários para que a EPE suporte a operação. Essa obrigação assumida junto a instituição financeira é registrada como Dívidas com e sem direito de regresso. Corresponde ainda ao saldo de financiamento de certas aeronaves, devido pelo cliente ao agente financiador, para os quais a Companhia concedeu garantias e por isso reconhece o fluxo ativo e passivo dessas operações, sendo baixados à medida que o financiamento é pago e a garantia financeira é extinta. 2.2.11. Estoques Os estoques, incluindo as peças de reposição e aeronaves, são avaliados pelo custo de aquisição e custo de produção, respectivamente. Em todos os casos, é apurado o valor realizável líquido, considerando o menor valor entre o custo de aquisição e o valor de mercado. Exceto pelas aeronaves usadas, as baixas dos estoques são reconhecidas pelo método do custo médio. Estoques de produtos em elaboração e acabados compreendem matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção relacionadas. Quando aplicável, os estoques de produtos acabados são reduzidos ao valor líquido de realização após a dedução dos custos, dos impostos e das despesas estimadas de vendas. Uma provisão para potenciais perdas é constituída quando, com base na estimativa da Administração, itens do estoque de peças de reposição são classificados como obsoletos ou estocados em quantidades superiores à potencial demanda. 2.2.12. Imposto de renda e contribuição social As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é reconhecido no resultado do exercício, exceto a parcela do imposto de renda diferido que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em Outros resultados abrangentes, quando o imposto também é reconhecido em Outros resultados abrangentes. São calculados observando-se suas alíquotas nominais de cada país, totalizando 34% no Brasil, sendo 25% de imposto de renda e 9% de contribuição social sobre o lucro líquido. O imposto de renda diferido é reconhecido sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais e contábeis de ativos e passivos. Regime Tributário de Transição (RTT) Em linha com o Regime Tributário de Transição (RTT) de 2009, desde a aplicação das normas internacionais de contabilidade nas suas demonstrações financeiras a partir de 2008, a Companhia vem apurando seu Imposto sobre a Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro com base nas práticas contábeis vigentes até 31 de dezembro de 2007. Em novembro de 2013, a Receita Federal emitiu a Medida Provisória nº 627, convertida na Lei nº 12.973 em maio de 2014, alterando a legislação tributária brasileira relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas 20 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição para o PIS/PASEP, à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, revogando o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei nº 11.941, de maio de 2009 e promovendo modificações substanciais nas regras de Tributação em Bases Universais – TBU. Esta legislação dispõe sobre a tributação da pessoa jurídica domiciliada no Brasil e entre outros, reconhece os efeitos da aplicação das normas internacionais dando o respectivo tratamento nas apurações do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Com aplicação obrigatória a partir de janeiro de 2015, a nova legislação também permitia sua aplicação antecipada a partir de janeiro de 2014, todavia, a Administração da Embraer não se valeu desta opção. 2.2.13. Investimentos Os investimentos em sociedades controladas e coligadas são avaliados na Controladora pelo método da equivalência patrimonial. A variação cambial de investimentos no exterior que utilizam moeda funcional diferente a da Controladora são registradas em Ajustes acumulados de conversão no patrimônio líquido, e somente são levados ao resultado do exercício quando o investimento for vendido ou baixado para perda. No cálculo da equivalência patrimonial, os lucros não realizados sobre as operações com controladas são integralmente eliminados, tanto nas operações de venda das controladas para a Controladora quanto nas vendas entre as controladas. Os lucros não realizados nas vendas da Controladora para suas controladas são eliminados no resultado da Controladora nas contas de vendas e custos entre partes relacionadas. Os investimentos em entidades coligadas sobre as quais a Companhia tem influência significativa são apresentados no Consolidado na linha “Outros” dentro de Investimentos no Ativo não circulante (Nota 14) e mensurados pelo método da equivalência patrimonial. Os investimentos em sociedades ou operações controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 2.2.14. Aquisição de novos negócios Na aquisição de novas controladas pela Companhia, é utilizado o método de aquisição, cujo custo é mensurado segundo o valor justo dos ativos adquiridos, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos assumidos na data em que o controle é transferido para a Companhia. Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são reconhecidos como despesa no resultado do exercício em que os custos são incorridos e os serviços recebidos. Os ativos identificados, as contingências e os passivos assumidos, em função de uma combinação de negócios, são mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição, independentemente da proporção de qualquer participação de não controladores. O excedente do custo de aquisição que ultrapassar o valor justo da participação da Companhia nos ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio. Se o custo da aquisição for menor do que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisição da participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valor justo na data da aquisição, sendo os impactos reconhecidos na demonstração de resultado. 2.2.15. Imobilizado Os bens do imobilizado são avaliados pelo valor do custo de aquisição, formação ou construção, deduzido da depreciação acumulada e das perdas por impairment. A depreciação é calculada pelo método linear com base na vida útil estimada para o ativo (Nota 16). Terrenos não são depreciados. A Companhia atribui valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição de aeronaves que fazem parte do Programa de pool de peças reparáveis. Para os demais ativos a Companhia não atribui valor residual, uma vez que devido a sua característica de utilização, não é comum a baixa de grandes quantidades de ativos vendidos e quando isso ocorre são realizados por valores irrelevantes. 21 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma No Programa de pool de peças reparáveis, os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável a geração de benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídas são baixadas. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Materiais alocados a projetos específicos são adicionados a imobilizações em andamento para, posteriormente, serem transferidos para as contas definitivas do imobilizado. Segue abaixo resumo da descrição dos itens que compõem o ativo imobilizado: a) Terrenos – compreendem áreas onde estão principalmente os edifícios industriais, de engenharia e administrativos. b) Edifícios e benfeitorias em terrenos – edifícios compreendem principalmente fábricas, departamentos de engenharia e escritórios, já as benfeitorias compreendem estacionamentos, arruamentos, rede de água e esgoto. c) Instalações – compreendem as instalações industriais auxiliares que direta ou indiretamente suportam as operações industriais da Companhia, assim como instalações das áreas de engenharia e administrativa. d) Máquinas e equipamentos – compreendem máquinas e outros equipamentos utilizados direta ou indiretamente no processo de fabricação. e) Móveis e utensílios – compreendem principalmente mobiliários e utensílios utilizados nas áreas produtivas, engenharia e administrativa. f) Veículos – compreendem principalmente veículos industriais e automóveis. g) Aeronaves – compreendem principalmente aeronaves que são arrendadas às companhias aéreas, além daquelas utilizadas pela Companhia para auxiliar nos ensaios de novos projetos. h) Computadores e periféricos – compreendem equipamentos de informática utilizados principalmente no processo produtivo, engenharia e administrativo. i) Ferramental – compreendem ferramentas utilizadas no processo produtivo da Companhia. j) Imobilizações em andamento – compreendem principalmente obras para ampliação do parque fabril e centros de manutenção de aeronaves. k) Pool de peças reparáveis – compreendem peças reparáveis para uso dos clientes que contrataram o Programa de pool de peças reparáveis e atendimento de aeronaves que permanecem em garantia. Estas peças reparáveis são utilizadas para atendimento a clientes, onde eles podem trocar um componente danificado por outro em condições de funcionamento, conforme definido em contrato. 2.2.16. Intangíveis a) Pesquisa e desenvolvimento Os gastos com pesquisas são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos, compostos principalmente por gastos com desenvolvimento de produtos, incluindo desenhos, projetos de engenharia, construção de protótipos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos irão gerar benefícios econômicos futuros, considerando sua viabilidade comercial e tecnológica, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa no resultado do exercício, em Despesas com pesquisas, conforme incorridos. 22 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados a partir do momento em que os benefícios começam a ser gerados (unidades produzidas) com base na estimativa de venda das aeronaves definida na implementação de cada projeto, sendo os montantes amortizados apropriados ao custo de produção. Revisões das estimativas de venda são efetuadas anualmente ou na ocorrência de evidências que as justifiquem. No caso de projetos paralisados ou daqueles cuja realização é considerada improvável, os gastos diferidos são baixados ou reduzidos ao valor líquido estimado de recuperação (impairment). A Companhia possui acordos com determinados fornecedores-chave, aqui denominados parceiros, para assegurar suas participações em atividades de pesquisa e desenvolvimento e em troca a Companhia recebe contribuições em dinheiro. A Companhia registra essas contribuições quando recebidas como Passivo e à medida que essas etapas e eventos sejam alcançados e, portanto, não mais passíveis de devolução, esses valores são abatidos dos gastos de desenvolvimento das aeronaves registrados no Intangível, e amortizados conforme a série de aeronaves. b) Programas de computador (softwares) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada. Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. c) Ativos intangíveis adquiridos por meio de combinação de negócios Os ativos intangíveis identificáveis adquiridos por meio de uma combinação de negócios são registrados pelo valor justo na data de aquisição. Destaca-se neste grupo: c.1) Ágio - o ágio registrado como ativo intangível nas demonstrações financeiras consolidadas não está sujeito à amortização, uma vez que é realizável por ocasião da baixa do investimento, sendo sua recuperação testada no mínimo anualmente. Se for identificado que o ágio registrado não será recuperado na sua totalidade, o valor referente a esta perda é registrado no resultado do exercício. As perdas por impairment reconhecidas sobre ágio não são revertidas. c.2) Marcas - adquiridas em combinações de negócios são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. Marcas têm vida útil definida e são amortizadas pelo método linear ao longo de sua vida útil estimada. c.3) Desenvolvimento de produtos - em certas combinações de negócios podem ser identificados desenvolvimentos de produtos que representam valor para a Companhia. Esses ativos possuem vida útil definida e são amortizados conforme a vida útil estimada do produto. c.4) Contrato de não concorrência - para ingressar em um novo negócio, normalmente a Companhia efetua contrato de não concorrência com os vendedores, por um período acordado contratualmente. Esses contratos são registrados pelo valor justo na data de aquisição como ativo intangível e amortizados pelo tempo previsto no contrato. c.5) Pedidos firmes - na data da aquisição das participações societárias, os pedidos ou ordens de produção aguardando execução, são precificados e registrados pelo valor justo, e amortizados durante o período de entrega previsto nos contratos. 2.2.17. Redução ao valor recuperável de ativos Ativos não circulantes detidos para o uso estão sujeitos a uma avaliação de impairment, se os fatos e as circunstâncias indicarem que o valor contábil não é recuperável com base no maior entre os fluxos de caixa futuros descontados e o valor líquido de venda do ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados em Unidades Geradoras de Caixa (UGC) considerando a similaridade dos produtos e serviços produzidos e prestados pela Companhia e a forma como ela acompanha e 23 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma gerencia os fluxos de caixa gerados. As UGC da Companhia são definidas e revisadas anualmente, de acordo com as famílias/plataformas das aeronaves e demais negócios desenvolvidos pela controladora e demais empresas do grupo. Estas definições são efetuadas e revisadas de forma corporativa, independentemente do local ou locais nos quais os ativos, bens e serviços são usados, produzidos ou prestados. O teste de impairment é realizado em períodos anuais, ao final de cada exercício, exceto na existência de algum indicador de impairment que a Companhia venha a identificar o que a obrigaria a elaborar um teste de impairment intermediário. No caso de ativos intangíveis, inclusive o ágio por rentabilidade futura originados nos processos de desenvolvimento de produtos ou na aquisição de novos negócios, o teste de recuperabilidade é efetuado para todas as UGC relacionadas, independente da existência de indicadores de perda. O valor recuperável de uma UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses cálculos usam projeções de fluxo de caixa, antes do imposto de renda e da contribuição social, baseada em orçamentos financeiros aprovados pela Administração (Plano Estratégico da Companhia) para o período correspondente ao ciclo de vida esperado de cada UGC. As projeções de fluxo de caixa consideram todas as características dos negócios da Companhia nos quais os investimentos em ativos imobilizados e ativos intangíveis são efetuados, tais como o nível de investimento e os retornos (de médio-longo prazo), além do eventual redirecionamento de ativos para novos negócios. Estes fluxos são trazidos a valor presente utilizando uma taxa de desconto compatível com o mercado e que reflita a expectativa de retorno dos investidores. Na existência de um ajuste por conta da não recuperação dos ativos alocados a uma UGC, seu valor é proporcionalizado em função dos ativos líquidos do Grupo e reconhecido em todas as subsidiárias que atuam para aquela UGC dentro de Outras despesas operacionais. 2.2.18. Empréstimos e financiamentos Os empréstimos obtidos são reconhecidos inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação incorridos. Em seguida, os empréstimos obtidos são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido, pelo método da taxa de juros efetiva. As taxas pagas no estabelecimento de linhas de crédito são reconhecidas como custo da transação do empréstimo uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, os custos da transação são capitalizados como um pagamento antecipado de serviços de disponibilização da linha de crédito e amortizados durante o período de disponibilidade do empréstimo ao qual se relaciona. Os empréstimos são classificados como Passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.2.19. Arrendamentos A determinação sobre se uma transação é, ou contém arrendamento mercantil, é baseada na essência da transação e exige avaliar (i) se o cumprimento do acordo depende do uso de um ou mais de um ativo específico e (ii) se o acordo transfere o direito de usar o ativo. a) Arrendamento de aeronaves As aeronaves disponíveis para arrendamento ou arrendadas por meio de arrendamentos operacionais são registradas nas demonstrações financeiras da Companhia como ativo imobilizado, sendo depreciadas ao longo da sua vida útil estimada. A receita de aluguel (líquida de qualquer incentivo dado aos arrendatários) é reconhecida pelo método linear pelo período do arrendamento. 24 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma b) Outros arrendamentos Os arrendamentos mercantis nos quais a Companhia adquire substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas divulgadas na Nota 16. Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade permanece com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento. 2.2.20. Custo de empréstimos Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos são capitalizados como parte do custo destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de recursos. 2.2.21. Adiantamentos de clientes Correspondem basicamente aos adiantamentos recebidos antes das entregas das aeronaves, denominados em grande parte na moeda funcional da Embraer. 2.2.22. Garantias financeiras e garantias de valor residual Mediante análise do mercado e do cenário, a Companhia pode conceder, em alguns casos, garantias financeiras ou de valor residual como parte da estrutura de financiamento no momento da entrega de suas aeronaves. O valor residual garantido tem como base o valor futuro esperado dessas aeronaves ao final do financiamento. As garantias financeiras são concedidas ao agente financiador ao longo da vigência desses financiamentos e estão sujeitos a um limite máximo garantido na situação de não pagamento das parcelas do financiamento pelos clientes e/ou operadores. As garantias financeiras são precificadas no momento da entrega das aeronaves e contabilizadas como uma redução da receita de venda contra uma receita a realizar. A receita é realizada linearmente como receita de vendas ao longo do prazo de financiamento das aeronaves de maneira que ao final do financiamento a receita a realizar seja totalmente reconhecida. Para fazer face ao risco de perda com essas garantias a Companhia pode reconhecer uma provisão adicional à medida que ocorram eventos significativos como uma concordata de um cliente, com base nas estimativas de perda para fazer frente a essa exposição (Nota 25). A Companhia mantém, em alguns casos, depósitos em garantia em favor de terceiros para os quais foram fornecidas garantias financeiras e de valor residual relacionadas às estruturas de financiamento de aeronaves (Nota 11). 2.2.23. Dividendos e juros sobre o capital próprio Nos termos do Estatuto Social, os acionistas têm o direito a dividendos ou juros sobre capital próprio equivalentes a 25% do lucro líquido do exercício, ajustados de acordo com as normas previstas no Estatuto. Neste cálculo os juros sobre capital próprio são considerados pelo seu valor líquido do imposto de renda retido na fonte. A proposta de distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no Estatuto Social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório é reconhecido em conta específica como dividendos adicionais propostos dentro da reserva de 25 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma lucros no patrimônio líquido, nos termos do artigo 196 da Lei 6.404/76 até que seja aprovado em Assembléia pelos acionistas, quando a reserva é revertida contra um passivo nas demonstrações financeiras. Os juros sobre o capital próprio pagos ou provisionados são registrados como despesa financeira para fins fiscais. No entanto, para efeito destas demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio são apresentados como distribuição do lucro líquido do exercício, sendo reclassificados para o patrimônio líquido, pelo valor bruto, uma vez que os benefícios fiscais por eles gerados são mantidos no resultado do exercício. 2.2.24. Receitas diferidas Referem-se às obrigações para fornecimento de peças de reposição, treinamento, representante técnico e outras obrigações constantes nos contratos de venda de aeronaves, diferidas no momento de sua entrega, cujas receitas serão apropriadas quando o serviço ou produto for entregue para o cliente. Referem-se ainda a receitas diferidas de contratos de Defesa cuja etapa do contrato ainda não foi concluída. A receita será reconhecida quando a etapa for concluída e os respectivos custos registrados. Na Controladora referem-se ainda ao diferimento dos lucros não realizados nas vendas para suas controladas. 2.2.25. Provisões, ativos e passivos contingentes, obrigações legais e depósitos judiciais Provisões - as provisões são reconhecidas levando-se em conta a opinião da Administração e dos seus assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações, e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os valores provisionados refletem a melhor estimativa que a Companhia possui para mensurar a saída de recursos que se espera que ocorra. Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Companhia julgar que o ganho é praticamente certo ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos. Passivos contingentes - são aqueles cujo desembolso de caixa é avaliado como possível, não sendo reconhecidos contabilmente, mas apenas divulgados nas demonstrações financeiras. Os classificados como remotos não são provisionados e nem divulgados, a não ser que a Companhia considere que sua divulgação seja relevante. Obrigações legais - decorrem de obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade cujos montantes são reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. Depósitos judiciais - são atualizados monetariamente e apresentados na rubrica de outros ativos. 2.2.26. Benefícios a empregados a) Contribuição definida A Companhia patrocina um plano de pensão fechado de contribuição definida para seus empregados. A partir de 2010, para as empresas sediadas no Brasil, o plano passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar. b) Benefício médico pós-emprego A Companhia e algumas de suas subsidiárias provem benefícios de assistência médica para os empregados aposentados. Os custos previstos para o oferecimento de benefícios médicos pós-emprego e a cobertura dos dependentes são provisionados durante os anos de prestação de serviços dos empregados baseado em estudos atuariais para identificar a exposição futura cujas principais premissas são: 26 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Taxa de desconto - utilizada para trazer os fluxos futuros do benefício a valor presente é definida com base em taxas de títulos públicos brasileiros; (ii) Taxa de crescimento dos custos médicos - representa o aumento no valor dos planos médicos e não é aplicada de forma linear, pois as empresas historicamente tendem a realizar ações voltadas para redução do custo, ou até mesmo alteração do provedor do plano de saúde; (iii) Taxa de morbidade (aging factor) - mede o aumento da utilização dos planos de saúde em função do envelhecimento da população; (iv) Tábua de mortalidade - utilizada a tabela RP-2000 Geracional disponibilizada pelo Society of Actuaries (SOA), demonstra a taxa de mortalidades por faixa etária e sexo; (v) Probabilidade de aposentadoria – estima a probabilidade de aposentadoria por faixa etária; (vi) Taxa de desligamento - utilizada a tabela T-3 Service disponibilizada pelo Society of Actuaries (SOA), demonstra a taxa de desligamento médio dos empregados por faixa etária. A Companhia reconhece alterações na provisão desse plano contra outros resultados abrangentes no patrimônio líquido, líquido de impostos, na medida em que haja atualizações de premissas e contra resultado quando se tratar de uma movimentação nos custos do plano de benefício vigente ou na ocorrência de eventuais modificações das características contratuais do plano. Esta provisão é revisada anualmente na data do balanço. 2.2.27. Garantias dos produtos Gastos com garantia relacionados a aeronaves e peças de reposição são reconhecidos no momento em que são entregues com base nos valores estimados a incorrer. Essas estimativas são baseadas em fatores históricos que incluem, entre outros, reclamações com garantia e respectivos custos de reparos e substituições, garantia dada pelos fornecedores e período contratual de cobertura. O período de cobertura da garantia varia de 3 a 5 anos. Eventualmente, a Companhia pode vir a ser obrigada a realizar modificações no produto devido à exigência das autoridades de certificação aeronáutica ou após a entrega, devido à introdução de melhorias ou ao desempenho das aeronaves. Os custos previstos para tais modificações são provisionados no momento em que os novos requisitos ou melhorias são exigidos e conhecidos. Alguns contratos de venda podem conter cláusulas de garantia de um nível mínimo de desempenho da aeronave subsequente à entrega, baseado em metas operacionais predeterminadas. Se a aeronave sujeita a esse tipo de garantia não atingir índices de desempenho requeridos depois da entrega, a Companhia pode ser obrigada a reembolsar seus clientes pelo aumento dos custos e serviços operacionais incorridos com base em fórmulas definidas em contrato. As perdas relacionadas a garantias de desempenho são registradas no momento em que são conhecidas ou quando as circunstâncias indicam que a aeronave não atingirá os requerimentos mínimos de desempenho esperados, com base na estimativa da Administração da Companhia. 2.2.28. Remuneração baseada em ações A Companhia possui um programa de remuneração baseada em ações, destinado a diretores e empregados com o objetivo de manter e atrair pessoal qualificado que contribua de maneira efetiva para o melhor desempenho da Companhia. Em retribuição aos serviços prestados por seus diretores e empregados, a Companhia possui duas modalidades de remuneração baseada em ações: i. pagamento por meio de opções de ações (instrumentos de capital próprio com base em ações de emissão da própria Companhia). Nesta modalidade, pelos serviços prestados, os participantes do programa recebem opções de compra de ações, cujo valor justo é calculado com base no modelo de precificação Black & Scholes e reconhecido no resultado linearmente durante o período de aquisição, que é o período durante o qual todas as condições de aquisição sejam satisfeitas; 27 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma ii. pagamento por meio de ações virtuais liquidado em caixa onde o montante atribuído aos serviços prestados pelos participantes são convertidos em quantidade de ações virtuais. Ao final do período de aquisição o participante recebe a quantidade de ações virtuais convertidas para Reais pelo seu valor de mercado. A Companhia reconhece a obrigação ao longo do período de aquisição (quantidade de ações virtuais proporcionalizadas pelo tempo) no mesmo grupo de despesa onde é reconhecida a remuneração normal do participante. Esta obrigação é apresentada como um contas a pagar para empregados cujo valor justo é calculado com base no valor de mercado das ações e registrado em receitas (despesas) financeiras, líquidas na demonstração de resultado. Por não se tratar de um instrumento patrimonial, o pagamento por meio de ações virtuais não afeta o cálculo do lucro diluído por ação. 2.2.29. Subvenções A Companhia tem como política corporativa, reconhecer os benefícios recebidos a título de subvenções se contrapondo aos gastos nos quais os recursos foram aplicados. As subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas são registradas na linha de receitas diferidas e reconhecidas no resultado à medida que os recursos são aplicados e as cláusulas contratuais são cumpridas como redução das despesas incorridas com tais pesquisas. As subvenções para aquisição de ativos imobilizados são reconhecidas como redutora dos custos de aquisição, à medida que as cláusulas contratuais são cumpridas e levadas ao resultado pelo cálculo da depreciação reduzindo a respectiva despesa. 2.2.30. Lucro por ação Nas demonstrações financeiras, a Companhia divulga o lucro básico por ação e o lucro diluído por ação. O lucro básico por ação ordinária é calculado pela divisão do lucro líquido atribuído aos acionistas da Embraer, disponível aos acionistas pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em aberto durante o exercício. O lucro por ação diluído é calculado de maneira similar ao lucro por ação básico, exceto pelo fato de que as quantidades de ações em circulação são ajustadas para refletir ações adicionais em circulação caso as ações com potencial de diluição atribuíveis a opções de compra de ações tivessem sido colocadas em circulação durante os exercícios apresentados. 2.2.31. Reconhecimento de receitas A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como, no Consolidado, após a eliminação das vendas intercompanhias. a) Receitas de vendas de aeronaves, peças de reposição e serviços As receitas de vendas de aeronaves comerciais, executivas e agrícolas, de peças de reposição e de serviços, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque, quando o serviço é prestado, quando os riscos e benefícios são transferidos para o cliente e quando todas as condições de reconhecimento são atingidas. Existem algumas vendas de aeronaves que não atendem a todas as obrigações contratuais no momento da entrega da aeronave. Portanto, as respectivas receitas são classificadas na rubrica de receitas diferidas e são levadas ao resultado à medida que as obrigações sejam cumpridas. b) Contratos com múltiplos elementos As receitas oriundas de negociação de contratos de vendas de aeronaves, que envolvem o fornecimento de peças de reposição, treinamento e representante técnico e outras obrigações, são reconhecidas pelo seu valor justo quando o produto ou serviço é entregue ou prestado ao cliente. 28 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma c) Receitas do Programa de Pool de peças reparáveis As receitas do Programa Exchange Pool são reconhecidas mensalmente durante o período do contrato e consiste parte em uma taxa fixa e outra parte em uma taxa variável diretamente relacionada com as horas efetivamente voadas pela aeronave coberta por este programa. d) Receitas de contratos de construção No segmento de Defesa & Segurança, algumas operações consistem em contratos de longo prazo, sendo as receitas reconhecidas pelo método do Percentage of Completion (POC) por meio do custo incorrido ou do avanço físico, além do reconhecimento no ato da entrega ou embarque. Alguns contratos contêm cláusulas para reajuste de preço com base em índices preestabelecidos e estes são reconhecidos no período de competência. A adequação do reconhecimento de receitas, relativas aos contratos de vendas do segmento de Defesa & Segurança, é realizada com base nas melhores estimativas da Administração, quando se tornam evidentes. e) Receitas de arrendamentos operacionais A Companhia também reconhece a receita com aluguel de aeronaves (arrendamentos operacionais), proporcionalmente ao período do arrendamento. Estas receitas são alocadas aos seus respectivos segmentos (Aviação Comercial, Aviação Executiva e Defesa & Segurança). 2.2.32. Custo dos produtos e serviços vendidos O custo de vendas e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo: a) Material Substancialmente todos os custos de material são cobertos por contratos com fornecedores. Os preços nesses contratos são geralmente reajustados com base em uma fórmula de escala que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos da América. b) Mão de obra Compreendem salários e encargos sobre salários e são denominados principalmente em Reais. c) Depreciação Os ativos imobilizados da Companhia são depreciados pelo método linear, ao longo de sua vida útil, que varia entre quatro a vinte cinco anos. A depreciação de uma aeronave sob arrendamento operacional é registrada como custo dos produtos vendidos, desde o início do termo do arrendamento, utilizando-se o método linear ao longo da vida útil estimada e considerando-se um valor residual no fim do termo do arrendamento. d) Amortização Os ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a série das aeronaves que se estima vender e os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados de forma linear de acordo com a vida útil prevista para os ativos. e) Garantia de produtos A Companhia reconhece um passivo para as obrigações associadas a garantias dos produtos na data da entrega da aeronave, estimada com base na experiência histórica e registrada como custo dos produtos vendidos. 29 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma f) Contrato com múltiplos elementos A Companhia efetua transações que representam contratos com múltiplos elementos, tais como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto ou serviço é entregue ou prestado ao cliente. 2.2.33. Receitas e despesas operacionais As receitas e despesas operacionais são representadas pelas despesas comerciais, administrativas, gastos com pesquisas, outras receitas (despesas) operacionais e equivalência patrimonial em investimentos. 2.2.34. Participação nos lucros A Companhia concede participação nos lucros e resultados aos seus empregados, que está vinculada a um plano de ação, objeto da avaliação dos resultados, bem como ao alcance de objetivos específicos, os quais são estabelecidos e acordados no início de cada ano. O valor da participação nos lucros e resultados equivale a 12,5% do lucro líquido do exercício social apurado de acordo com o IFRS. Mensalmente são provisionados os valores apurados pela aplicação do percentual acordado sobre a folha de pagamento da Companhia, reconhecidos nas rubricas do resultado em função da atividade que cada empregado exerce. Do montante total da participação nos lucros, 50% são distribuídos em partes iguais a todos os empregados e 50% restante de forma proporcional ao salário de cada um. 2.2.35. Receitas (despesas) financeiras e variações monetárias e cambiais As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, encargos financeiros sobre empréstimos, atualização dos impostos com exigibilidade suspensa e das provisões para contingências (Nota 26), bem como por variações cambiais (Nota 35) sobre ativos e passivos expressos em moedas diferentes da moeda funcional, registrados contabilmente de acordo com o regime de competência. Também são registradas em receitas (despesas) financeiras a variação no valor justo das garantias de valor residual e o resultado com a provisão e realização de instrumentos financeiros derivativos. Receitas e despesas financeiras excluem os custos de empréstimos atribuíveis às aquisições, construções ou produção dos bens que necessitam de um período substancial de tempo para estar pronto para uso ou venda, que são capitalizados como parte do custo do ativo. 2.2.36. Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram elaboradas pelo método indireto. 2.2.37. Apresentação de informações por segmentos As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Diretor-Presidente. 3. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS A preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os CPCs/IFRSs, exige que a Companhia utilize estimativas e adote premissas que afetam os valores ativos e passivos, de receitas e despesas e de suas divulgações. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório, são utilizadas variáveis e premissas derivadas de experiências passadas e outros fatores considerados pertinentes. Essas estimativas e premissas são revistas de forma contínua e revisões com relação às estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas. As políticas contábeis relevantes, incluindo as variáveis e suposições usadas nas estimativas, e as 30 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma sensibilidades relevantes dessas avaliações aos diferentes cenários e condições, são descritas a seguir: 3.1. Receita das vendas e outras receitas operacionais A Companhia reconhece receitas de vendas pelos segmentos de jatos comerciais, jatos executivos, de Defesa & Segurança e outros bens e serviços, quando os benefícios e riscos são transferidos aos clientes, o que, no caso de aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso de serviços de aviação, quando o serviço é prestado ao cliente. A Companhia reconhece, também, a receita de aluguel de aeronaves arrendadas, mediante contrato de arrendamento segundo seu prazo, sendo registrada a receita como vendas líquidas, no seu respectivo segmento operacional. No segmento de Defesa & Segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros, pelos quais as receitas são reconhecidas de acordo com o POC, utilizando o custo incorrido e o avanço físico como referência para mensuração da receita. Esses contratos contêm disposições sobre reajuste de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Para os contratos mensurados pelo custo incorrido, periodicamente, é reavaliada a margem prevista dos contratos de construção, ajustando o reconhecimento da receita com base nos custos projetados para a conclusão. Se os custos totais dos contratos em curso fossem 10% menores em relação às estimativas da Administração, a receita reconhecida no período de 2014 aumentaria US$ 168,2 caso os custos fossem 10% maiores em relação às estimativas da Administração, a receita reconhecida sofreria queda de US$ 253,0. As receitas do Programa de “Pool” de peças reparáveis são contabilizadas mensalmente em relação ao prazo do contrato e consistem em uma parte referente a uma taxa fixa e outra referente a uma taxa variável diretamente relacionada às horas de voo da aeronave coberta pelo programa. São efetuadas transações que representam contratos de múltiplos elementos, como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões, incluídas no preço de venda da aeronave. Contratos de múltiplos elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade contábil, caso sejam atendidos todos estes critérios: • • item entregue tem valor para o cliente de maneira independente; e o preço justo do componente pode ser mensurado confiavelmente. Se esses critérios forem cumpridos para cada elemento e houver evidência objetiva e confiável do valor justo de todas as unidades contábeis de um contrato, a receita é alocada separadamente conforme o valor justo relativo de cada unidade. 3.2. Garantias de produtos De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas, acessórios, equipamentos, peças e software fabricados pela Companhia e/ou seus parceiros de risco e fornecedores. A Companhia reconhece a despesa de garantia como componente de custos de vendas e serviços, no momento da venda e com base nos montantes estimados dos custos da garantia que se espera incorrer. Essas estimativas são baseadas em diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias e experiência com custos, tipo e duração da cobertura da garantia, volume e variedade de aeronaves vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos fornecedores correspondentes. Os custos reais da garantia do produto podem ter padrões diferentes da experiência prévia, principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços de receita, fato que pode exigir o aumento da provisão de garantia do produto. O período de garantia varia de três anos para peças de reposição a cinco anos para componentes que sejam parte da aeronave no momento da venda. 3.3. Garantias financeiras A Companhia pode vir a oferecer garantias financeiras relacionadas às aeronaves vendidas. A garantia é concedida pelo seu valor justo, sendo o respectivo valor contabilizado como uma dedução de venda, sendo 31 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma posteriormente reconhecida como receita de vendas durante o período da garantia concedida. Neste momento a Companhia avalia a situação de crédito do financiado e passa a divulgar sua exposição máxima na Nota 36.3 – Coobrigações, responsabilidades e compromissos. A Companhia monitora a situação de crédito do financiado e na ocorrência de qualquer evento oficial (Chapter 11) ou de uma negociação, a exposição é recalculada considerando a melhor estimativa no momento em que os pagamentos se tornam prováveis e possam ser estimados confiavelmente passando a reconhecê-la como uma provisão. Quando um acordo para o pagamento dessas garantias for firmado, os valores assumidos são reclassificados para o contas a pagar. 3.4. Garantias de valor residual A Companhia pode vir a oferecer garantias de valor residual relacionadas às aeronaves vendidas, que poderão ser exercidas ao final do contrato de financiamento firmado entre um agente financeiro e o cliente/operador dessas aeronaves. No momento em que são concedidas, as garantias são mensuradas a valor justo e revisadas trimestralmente para refletir eventuais perdas em função do valor justo destes compromissos. As garantias de valor residual podem vir a ser exercidas caso o valor de mercado cotado seja inferior ao valor justo futuro garantido. O valor justo futuro é estimado utilizando avaliações das aeronaves emitidas por terceiros, incluindo informações obtidas da venda ou leasing de aeronaves similares no mercado secundário. 3.5. Participação na estrutura de vendas de aeronaves Nos financiamentos estruturados, uma entidade compra aeronaves da Companhia, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave e uma parte do risco do crédito permanece com essa instituição. Embora não tenha participação acionária, a Companhia controla as operações de algumas EPEs ou tem participação majoritária, absorvendo, se ocorrerem, a maior parte das perdas esperadas destas entidades. Quando a Companhia deixa de ter o controle das operações, os ativos e passivos relativos à aeronave são desconsolidados do balanço. A Companhia determina quem detém o controle das operações das EPEs ou participa de forma majoritária dos riscos e benefícios, principalmente com base na avaliação qualitativa. Isso inclui uma análise da estrutura de capital das EPEs, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e operações das EPEs, natureza das participações nas EPEs emitidas e a participação da Companhia na entidade que cria ou absorve variabilidade. São avaliados os projetos das EPEs e os riscos associados aos quais a entidade e os detentores de participação variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados, quando pode não estar claro sob o ponto de vista qualitativo se a Companhia possui o controle, é utilizada análise quantitativa para calcular a probabilidade ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada dos retornos residuais esperados, por meio da modelagem de fluxo de caixa e da medição estatística de riscos. 3.6. Redução ao valor recuperável dos ativos (impairment) O teste de impairment considera premissas e estimativas elaboradas pela Administração em linha com o plano estratégico da Companhia, assim como uma taxa de desconto que reflita a expectativa dos acionistas. De maneira geral, todas as considerações apresentadas abaixo, assim como o fluxo de caixa futuro de cada UGC tem origem no Plano Estratégico definido e aprovado pela Companhia: a) Margem bruta - a Administração projetou entradas e saídas de caixa com base no seu desempenho passado considerando suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. Essas projeções também consideram os ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto. b) Taxas de crescimento - as taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receita orçado pela Companhia, consistentemente com as previsões incluídas nos relatórios do setor. c) Taxas de desconto - é utilizada uma taxa de desconto que reflita a expectativa de retorno dos investidores no momento em que o cálculo está sendo efetuado. 32 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.7. Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em um mercado ativo é determinado utilizandose técnicas de valorização. A Companhia utiliza seu julgamento para a seleção de métodos, valendo-se de premissas baseadas em condições de mercado vigentes ao final de cada data de balanço. 3.8. Imposto de renda e contribuição social A Companhia está sujeita ao imposto de renda em diversos países em que opera, sendo necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos países, onde a determinação da existência de imposto ao final de determinadas operações é incerta. Também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, estas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais correntes e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. Os valores contábeis das demonstrações financeiras da Controladora são apurados na moeda funcional (dólar) enquanto que a base de cálculo do imposto de renda sobre ativos e passivos é determinada na moeda brasileira (real). Portanto, flutuações na taxa de câmbio podem afetar significativamente o valor da despesa de imposto de renda reconhecida em cada período, principalmente decorrente do impacto sobre os ativos não monetários. Se a taxa de câmbio apresentasse uma diferença de apreciação dos reais vs. dólar de 10% em 31 de dezembro de 2014, o imposto de renda e contribuição social diferidos, relacionados a certos ativos não monetários, aumentaria o passivo de imposto de renda diferido em cerca de US$ 124.5 caso o real depreciasse em relação ao dólar, o passivo de imposto de renda diferido diminuiria cerca de US$ 124.5 caso o real apreciasse em relação ao dólar. 3.9. Benefícios a empregados A Companhia e algumas de suas subsidiárias possuem um plano de benefício médico pós-emprego que provê assistência médica para os empregados aposentados. Para identificar a exposição futura deste beneficio e consequentemente sua mensuração nas demonstrações financeiras, a Companhia e suas subsidiárias adotam estudos que utilizam premissas que se baseiam em dados estatísticos, muitas vezes observados internamente ou fornecidos por institutos ou entidades dedicados a este tipo de atividade. Considerando que estes estudos atuariais utilizam premissas como taxa de desconto, taxa de crescimento dos custos médicos, taxa de morbidade (aging factor), tábua de mortalidade, probabilidade de aposentadoria e taxa de desligamento, que em sua maioria são apuradas com base em dados estatísticos, a definição de alguma mudança razoavelmente possível é muito subjetiva. Neste sentido, um aumento de 0,5 % na taxa de desconto utilizada no cálculo atuarial do plano de benefício médico pós-emprego concedido pela Companhia diminuiria sua exposição em 31 de dezembro de 2014 em US$ 4,5 e uma redução de 0,5% na mesma taxa aumentaria sua exposição em US$ 2,6. Na taxa de crescimento dos custos médicos, um aumento de 1% no calculo atuarial, a exposição da Companhia aumentaria em US$ 5,5 e uma redução de 1% na mesma taxa diminuiria sua exposição em US$ 4,5. 4. PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS RECENTES As normas e alterações das normas existentes mencionadas nesta seção foram publicadas, porém a aplicação não é obrigatória para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, então a Companhia não adotou antecipadamente as alterações nessas Demonstrações Financeiras. Segue os pronunciamentos contábeis que podem ser relevantes para a Companhia, que ainda não estão em vigor e que não foram adotados pela Companhia: • IFRS 9 – Instrumentos financeiros: aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos e passivos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos financeiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das 33 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é a de que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco de crédito da própria entidade é registrada em Outros resultados abrangentes e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. A adoção da primeira fase do IFRS 9 poderá causar efeito sobre a classificação e mensuração de ativos financeiros da Companhia, dependendo da composição da carteira na data de implementação. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018. • 5. IFRS 15 – Receita de contratos com clientes: aborda um modelo para reconhecimento de receita de contratos com clientes única baseada em cinco etapas para determinar quando reconhecer a receita, e por qual valor. O modelo especifica que a receita deve ser reconhecida quando uma entidade transfere o controle de bens e serviços para os clientes, pelo valor que a entidade espera ter direito a receber. Para chegar numa conclusão sobre os eventuais impactos na Demonstração Financeira, a Companhia está analisando o novo modelo trazido pelo pronunciamento contábil, bem como a aplicação nas transações existentes. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2017. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 12.31.2014 Caixa e bancos Equivalentes de caixa Operações compromissadas Títulos privados (i) Depósitos a prazo fixo (ii) Fundos de investimento (iii) 31.12.2013 230,6 230,6 147,4 147,4 973,4 507,5 1,5 1.482,4 1.713,0 85,2 618,0 772,2 60,9 1.536,3 1.683,7 (i) Operações realizadas em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Operações Compromissadas de Título Privado, emitidos por instituições financeiras no Brasil, podendo ser resgatados em prazo inferior a 90 dias sem penalizar a remuneração; (ii) Depósitos a prazo fixo em dólares junto a instituições financeiras de primeira linha com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação; e (iii) Fundos de investimento (Money Market Funds) em dólares com liquidez diária e valor constante da cota em conformidade com as normas da U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) cujo portfólio de aplicações é composto por títulos emitidos por instituições de primeira linha no exterior. Em 2014 em consonância com suas estratégias de negócios, a Companhia liquidou alguns fundos de investimentos exclusivos. As taxas médias ponderadas de juros em 31 de dezembro de 2014, relacionadas aos equivalentes de caixa efetuadas em real e em dólar foram de 11,14% a.a. e 1,27% a.a. (8,16% a.a. e 1,13% a.a. em 31 de dezembro de 2013), respectivamente. 6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS 31.12.2014 Ativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Mantido até o vencimento 31.12.2013 Disponível para venda Ativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Total Mantido até o vencimento Disponível para venda Total Investimentos Títulos públicos Títulos privados Depósito a prazo fixo Fundo de investimentos Outros Circulante Não Circulante 412,4 287,9 9,0 0,3 709,6 1,1 43,1 44,2 2,6 2,6 1,1 412,4 287,9 9,0 46,0 756,4 140,7 381,9 266,2 123,4 0,4 912,6 3,4 41,6 45,0 25,1 2,6 27,7 144,1 407,0 266,2 123,4 44,6 985,3 709,6 - 1,0 43,2 2,6 710,6 45,8 912,6 - 2,2 42,8 25,1 2,6 939,9 45,4 34 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 31 de dezembro de 2014 os investimentos financeiros eram compostos por títulos privados e cotas de fundos exclusivos. Em 31 de dezembro de 2014, os investimentos financeiros no exterior eram compostos por títulos privados, depósito a prazo fixo e por FIEs que são compostos por títulos públicos internacionais e emissões de corporações de primeira linha com alta liquidez, registrados pelos seus valores de realização. Os investimentos são ajustados ao valor de mercado diariamente com as alterações em valor justo refletidas no resultado das operações uma vez que a Companhia considere estes investimentos como ativos mensurados ao valor justo por meio de resultado. Os referidos fundos de investimento não têm obrigações financeiras significativas. As obrigações financeiras limitam-se às taxas de gestão de ativos e taxas de custódia, honorários de auditoria e despesas similares, as quais já estão provisionadas pelo valor de cada ativo que compõe a carteira. Nenhum ativo da Companhia foi usado como garantia para essas obrigações e os credores dos fundos não têm direito de regresso contra o crédito geral da Companhia. 7. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES, LÍQUIDAS 31.12.2014 Clientes no exterior Com ando da Aeronáutica Clientes no País Provisão para créditos de liquidação duvidosa Circulante Não Circulante 31.12.2013 435,0 270,4 41,3 746,7 (42,9) 703,8 437,2 161,8 26,8 625,8 (47,1) 578,7 696,9 6,9 572,2 6,5 Os saldos consolidados em 31 de dezembro de 2014 para as contas a receber reconhecida pelo método do POC para o segmento de Defesa e Segurança totalizaram US$ 427,3 (31 de dezembro de 2013 – US$208,9). Receitas reconhecidas em 2014 foram US$ 966,0 (31 de dezembro de 2013 - US$ 657,9). Custos relacionados a contratos de construção usando o método POC totalizaram US$ 747,5 (31 de dezembro de 2013 - US$ 540,40). Em 31 de dezembro de 2014, o saldo de contas a receber de US$ 615,3 (31 de dezembro de 2013 - US$ 499,1) estava totalmente adimplente. Para os períodos apresentados, a Companhia possuía contas a receber vencidas, mas não provisionadas. Esses valores referem-se a diversos clientes que não tem histórico ou expectativa de inadimplência recente. Os valores e a análise de vencimentos dessas contas a receber estão apresentados abaixo: 31.12.2014 Até 90 dias De 91 a 180 dias Mais de 180 dias 48,4 13,3 26,8 88,5 31.12.2013 56,3 9,7 13,6 79,6 As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas: 31.12.2014 Dólar Euro Real Outras m oedas 35 31.12.2013 508,0 116,8 77,9 1,1 390,3 144,3 43,1 1,0 703,8 578,7 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue: 31.12.2014 Saldo inicial Variação cam bial Adição Reversão Baixas Saldo final 8. 47,1 (2,3) 6,0 (5,1) (2,8) 42,9 31.12.2013 51,9 1,1 (3,5) (2,4) 47,1 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía instrumentos financeiros derivativos como swap de juros, opção de compra e venda de moeda, non-deliverable forward (NDF) e hedge accounting de fluxo de caixa e de juros. Os instrumentos financeiros derivativos denominados swaps são contratados com o objetivo principal de trocar o indexador de dívidas a taxas flutuantes para taxas de juros fixas ou vice-versa, bem como para troca de dólares para o real ou vice-versa e troca de Euro para dólar ou vice-versa conforme o caso. Os valores justos destes instrumentos são avaliados pelo fluxo futuro apurado pela aplicação das taxas contratuais até o vencimento, e descontado a valor presente na data das demonstrações financeiras pelas taxas de mercado vigentes. As operações de hedge de fluxo de caixa têm como objetivo proteger os fluxos altamente prováveis de despesas de salários e impostos, além das despesas relacionadas ao plano de saúde denominado em Reais contra o risco de variação cambial. Os fluxos de caixa objeto das transações são esperados para se realizarem mensalmente, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2015. Os instrumentos financeiros normalmente utilizados pela Companhia para este tipo de operação é a modalidade zero-cost collar, que consiste na compra de PUT e na venda de CALL contratados com a mesma contraparte e com prêmio líquido zero. O valor justo destes instrumentos é determinado pelo modelo de precificação de mercado observável (por meio de provedores de informações) e amplamente utilizado pelos participantes de mercado para mensuração de instrumentos similares. Quando a taxa de fechamento do dólar se encontrar entre os valores de exercício da PUT e da CALL, o valor justo reconhecido refletirá o valor extrínseco da opção, ou seja, o valor que está diretamente ligado ao tempo que falta para a maturidade, ou a expectativa. Os fluxos de caixa projetados afetarão o resultado do exercício de acordo com sua competência. Durante o período de 31 de dezembro de 2014 não houve ganho ou perda apurados no vencimento dos instrumentos derivativos de hedge de fluxo de caixa, uma vez que na referida data a taxa de câmbio se encontrava entre os valores de PUT e CALL, desta forma não foi registrado nenhum valor no resultado da Companhia, exceto pelo valor extrínseco das operações com vencimento para 2015. As operações de non-deliverable forward (NDF) são contratadas com o objetivo de proteger os fluxos dos riscos de câmbio. O valor justo é determinado por modelo de precificação de mercado observável. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia não possuía nenhum contrato derivativo sujeito a chamada de margem. 36 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Objeto amparado Risco Contrapartes Vencimento 31.12.2014 31.12.2013 Dívidas com e sem direito de regresso (i) Taxa de juros Natixis 2022 17,9 21,4 Export financing (ii) Taxa de juros ItauBBA Votorantim 2016 2017 (2,4) (2,5) (3,2) (2,8) Citibank 2016 (1,3) (1,7) Santander 2017 (0,8) (2,3) HSBC Societe Generale Bradesco 2016 2016 2016 (0,6) (0,6) (0,7) (0,8) (0,8) - - 8,8 Opção de ações Preço objeto Republic Airways Holdings Inc Aquisição de imobilizado (iii) Taxa de juros Compass Bank 2024 (0,4) (0,4) Despesas em Reais (iv) Variação cambial ItauBBA Deutsche 2015 2015 (0,4) - (0,3) (0,4) Citibank 2015 (1,1) (0,1) Santander 2015 (0,6) - Votorantim 2015 (1,5) - Despesas em Reais (v) Variação cambial ItauBBA Votorantim 2015 2015 (0,7) (0,4) - Financiamento de exportação (vi) Taxa de juros ItaúBBA Bradesco Votorantim Bofa Merril Lynch Santander 2016 2016 2016 2016 2016 (0,1) (0,1) (0,4) (0,1) (0,5) - Desenvolvimento de Projeto (vi) Taxa de juros ItaúBBA Votorantim Bofa Merril Lynch Santander 2023 2020 2022 2022 (0,1) (0,3) (0,1) (0,1) - Santander Totta 2015 (0,3) - 2,5 16,7 Exportação (vii) (i) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap, que converteu o montante de R$ 330,9 milhões equivalente a US$ 124,6 das obrigações com e sem direito de regresso, de uma taxa de juros fixa de 6,17% a.a. para uma taxa de juros flutuante equivalente a LIBOR 6 meses + 1,21% a.a.. (ii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap que converteram uma dívida na modalidade de exportação no montante de R$ 887,0 milhões, equivalente a US$ 333,9, de uma taxa de juros fixa de 5,50% a.a. para uma taxa média ponderada flutuante com percentual equivalente a 65,29% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). (iii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade de swap, relativos a uma operação no montante de R$ 13,0 milhões equivalente a US$ 4,9 que converteram operações de financiamentos sujeitos a taxa de juros flutuantes de LIBOR 1 mês + 2,44% a.a. a juros fixos de 5,23% a.a.. (iv) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade zero-cost collar, designados como hedge accouting de Fluxo de Caixa, no montante de R$ 1.053,6 milhões, equivalente a US$ 458,1 onde efetuou compra de PUT com preço de exercício de R$ 2,30 e venda de CALL com preço médio de R$ 3,3931, para 2015 (v) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade zero-cost collar no montante de R$ 438,9 mil, equivalente a US$ 180.3 onde efetuou compra de PUT com preço médio de exercício de R$ 2,4335 e CALL com preço médio de exercício de R$ 3,4251. 37 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (vi) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap de juros, designados como hedge accouting de Juros, no montante de R$ 453,3 milhões, equivalente a US$ 170,7, das linhas de Dívida de Exportação e de Desenvolvimento de Projeto sujeitos a taxa média de juros fixa de 5,13% a.a. para uma taxa média flutuante equivalente a 45,54% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). (vii) Instrumentos financeiros derivativos na modalidade non-deliverable forward, no montante de R$ 27,9 milhões equivalente a US$ 10,5 relativo a troca de moeda de dólar para euro. Em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos foram reconhecidos no Balanço Patrimonial conforme abaixo: 31.12.2014 5,2 12,7 14,6 15,8 Passivo Não Circulante (15,4) (13,7) 2,5 16,7 Total 9. 31.12.2013 Ativo Circulante Não Circulante FINANCIAMENTO A CLIENTES Refere-se ao financiamento parcial de algumas vendas de aeronaves efetuadas pela Companhia, substancialmente denominadas em dólar com taxa de juros média de 5,07% a.a. em 31 de dezembro de 2014 (31 de dezembro de 2013 - 5,08% a.a.) a operação tem como garantia as aeronaves objeto dos financiamentos, estando a valor presente, quando aplicável. Os vencimentos desses financiamentos são mensais, trimestrais e semestrais, classificados como a seguir: 31.12.2014 Circulante Não Circulante 31.12.2013 13,6 55,0 68,6 9,6 64,1 73,7 Em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a carteira de financiamentos a clientes estava adimplente. Em 31 de dezembro de 2014 os vencimentos de longo prazo dos financiamentos a clientes são os seguintes: Ano 2016 2017 2018 2019 Após 2019 10. 9,6 9,8 8,1 5,7 21,8 55,0 CONTAS A RECEBER VINCULADAS E DÍVIDAS COM E SEM DIREITO DE REGRESSO 10.1. Contas a receber vinculadas Valor residual estim ado de imobilizado de arrendam ento Pagam entos m ínim os de arrendam entos a receber e outros Receitas não realizadas Valor líquido a receber Circulante Não Circulante 31.12.2014 303,2 241,0 (118,6) 425,6 9,0 416,6 31.12.2013 303,2 258,3 (135,6) 425,9 10,5 415,4 Em 31 de dezembro de 2014, o montante classificado como ativo não circulante possui os seguintes vencimentos: 38 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Ano 2016 2017 2018 2019 Após 2019 10.2. 8,3 18,4 33,8 48,4 307,7 416,6 Dívidas com e sem direito de regresso Com direito de regresso Sem direito de regresso 31.12.2014 368,7 31,3 400,0 31.12.2013 364,7 35,5 400,2 10,3 389,7 12,1 388,1 Circulante Não circulante Em 31 de dezembro de 2014, o montante classificado como passivo não circulante tem os seguintes vencimentos: Ano 2016 2017 2018 2019 Após 2019 11. 328,8 18,4 13,7 14,7 14,1 389,7 DEPÓSITOS EM GARANTIA Garantia de estrutura de vendas (i) Garantia de financiamentos de vendas (ii) Outras 31.12.2014 31.12.2013 251,7 321,8 8,5 582,0 261,4 311,7 1,6 574,7 (i) Valores em dólares depositados em uma conta de caução como garantia de financiamento de certas aeronaves vendidas, onde a Companhia atua como garantidor secundário. Caso o fiador da dívida (parte não relacionada) seja requerido a pagar ao credor do financiamento, o fiador terá direito ao saldo da conta de caução. O montante depositado será liberado por ocasião do vencimento dos contratos de financiamento (até 2021) caso não ocorra inadimplência do comprador das aeronaves. Os juros sobre a conta de caução são adicionados ao saldo do principal e reconhecidos pela Companhia como receita financeira. Em 2004 buscando assegurar rentabilidade compatível com o prazo da caução, a Companhia aplicou US$ 123.4 mil de principal por 14 anos em notas estruturadas. Esse aumento de rentabilidade foi obtido por meio de um Credit default swap - CDS, transação que prevê o direito de resgate antecipado da nota em caso de um evento de default da Companhia. Após um evento de default, a nota pode ser resgatada pelo titular pelo valor de mercado ou seu valor de face original, o que resultaria em uma perda para a Companhia de todos os juros acumulados na data em questão. Eventos de default que podem antecipar o vencimento das notas são, entre outros: (a) insolvência ou concordata da Companhia; e (b) inadimplência ou reestruturação de dívidas da Companhia em contratos de financiamento. No caso de inadimplência, as datas de vencimento dessas notas serão aceleradas e as notas seriam realizadas em valor de mercado, limitado a um mínimo de investimento inicial. Qualquer quantia pela qual o valor de mercado seja superior ao valor investido será pago à Companhia, na forma de títulos, ou empréstimos desse montante. 39 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Aplicações financeiras denominadas em dólar, vinculadas às estruturas de vendas, cuja desvinculação depende da conclusão dessas estruturas. Essas aplicações são remuneradas com base na variação da LIBOR anual. 12. ESTOQUES Matéria-prim a Produtos em elaboração Peças de reposição Mercadorias em trânsito Produtos acabados (i) Adiantam entos a fornecedores Aeronaves usadas para venda (ii) Materiais de consum o Provisão de ajuste ao valor de m ercado (iii) Provisão para obsolescência (iv) Circulante (i) 31.12.2014 996,1 649,0 357,3 228,4 157,6 92,5 47,9 40,9 (8,0) (156,4) 2.405,3 2.405,3 31.12.2013 948,8 614,1 351,4 217,4 197,3 70,6 36,1 31,6 (19,2) (160,8) 2.287,3 2.287,3 Aeronaves no estoque de produtos acabados em: • 31 de dezembro de 2014: dois EMBRAER 190, dois Legacy 650, três Phenom 100, três Phenom 300, um Lineage e dez Ipanemas; e • 31 de dezembro de 2013: três Legacy 650, um Phenom 100, quatro Phenom 300, três Lineage e sete Ipanemas; Do total das aeronaves em estoque em 31 de dezembro de 2014, foram entregues até 05 de fevereiro de 2015, três Ipanemas. (ii) (iii) Encontrava-se no estoque como aeronaves usadas para venda: • 31 de dezembro de 2014: um Legacy 650, um Phenom 100, três Phenom 300 e um Challenger 604; e • 31 de dezembro de 2013: um ERJ 145, um Legacy 600 e um Legacy 650. Refere-se à provisão constituída para ajuste ao valor de realização das aeronaves usadas, conforme demonstra a seguir: 31.12.2014 (19,2) (8,2) 19,4 (8,0) Saldo inicial Adição Baixa Reversão Saldo final (iv) 31.12.2013 (33,7) (8,1) 22,0 0,6 (19,2) Constituída provisão para itens não movimentados há mais de dois anos e sem previsão de uso definida, de acordo com o programa de produção, bem como para cobrir eventuais perdas com estoques de almoxarifado e produtos em elaboração excessivos ou obsoletos, exceto para o estoque de peças de reposição, cuja provisão é constituída por obsolescência técnica ou itens sem movimentação há mais de dois anos. Segue a movimentação da provisão para obsolescência: 40 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.12.2014 13. 31.12.2013 Saldo inicial Adição Baixa Reversão Efeito da variação cam bial Saldo final (160,8) (79,5) 83,5 1,3 (0,9) (156,4) (149,3) (35,5) 21,0 1,1 1,9 (160,8) Circulante (156,4) (160,8) OUTROS ATIVOS 31.12.2014 31.12.2013 Crédito de im postos (i) Depósito judicial (ii) Adiantam entos para serviços prestados (iii) Despesas pagas antecipadam ente Crédito com fornecedores (iv) Adiantam entos a em pregados Mútuo com operação controlada em conjunto (v) Adiantam ento de com issão Ativo de indenização (vi) Caixa restrito Em préstim o com pulsório Penhoras e cauções Seguros a receber Outros 120,2 76,6 49,3 24,8 31,6 16,8 9,0 4,5 1,9 1,0 0,9 0,3 17,1 354,0 111,9 86,0 5,3 36,3 23,3 6,1 1,0 3,9 3,6 1,1 1,0 6,1 18,1 303,7 Menos- Circulante 167,9 186,1 161,8 141,9 Não Circulante (i) Crédito de impostos: 31.12.2014 Im posto de renda e Contribuição social retidos na fonte ICMS e IPI PIS e COFINS Outros Circulante Não Circulante (ii) 31.12.2013 9,4 10,2 69,2 64,8 19,3 23,1 22,3 120,2 13,8 111,9 69,4 50,8 66,9 45,0 Refere-se aos depósitos decorrentes de processos judiciais, substancialmente a impostos e contribuições federais, onde existe um passivo constituído, conforme mencionado na (Nota 23). (iii) Refere-se substancialmente a adiantamento efetuado para o fornecedor contratado pela subsidiária Visiona para o lançamento do satélite geoestacionário. (iv) Corresponde principalmente a retrabalhos realizados em produtos fornecidos por terceiros, os quais serão reembolsados consoantes com os termos contratuais e créditos negociados com certos fornecedores que serão consumidos ao longo do tempo. 41 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (v) Corresponde a operação controlada em conjunto do grupo Embraer, onde somente ativos e passivos sob responsabilidade da Companhia são consolidados. Desta forma, o valor apresentado, refere-se ao saldo de mútuo a receber do outro sócio da EZ Air Interior Limited. (vi) Ativo registrado no processo de combinação de negócios, nas quais a Companhia negociou o direito de indenização pelos vendedores, para passivos reconhecidos que venham a ser exigidos. 14. PARTICIPAÇÕES EM ENTIDADES (i) Subsidiárias integrais e entidades de propósito específico As subsidiárias integrais, entidades de propósito específico (EPEs) que a Companhia, direta ou indiretamente, possui controle, e entidades controladas em conjunto estão descritas na nota 2.1.2 – Demonstrações financeiras consolidadas, e compreende a estrutura societária do grupo Embraer. A controladora não possui quaisquer restrições legais e/ou contratuais para acessar ativos ou liquidar passivos das subsidiárias integrais do grupo. Estas entidades possuem riscos inerentes às operações e os principais deles estão descritos abaixo: • Riscos econômicos: são potenciais perdas decorrentes das oscilações nas condições de mercado (preço dos produtos, taxa de câmbio e juros); • Risco operacional: são potenciais perdas resultantes pelo surgimento de novas tecnologias ou falha de processos vigentes; • Riscos de crédito: são potenciais perdas que podem ocorrer onde o terceiro (cliente) se torne incapaz de honrar suas obrigações assumidas; e • Riscos de liquidez: incapacidade financeira de cobrir obrigações financeiras. (ii) Subsidiárias com participação de acionistas não controladores As entidades do grupo descritas abaixo possuem participação de acionistas não controladores, porém baseado nos acordos contratuais e análise das normas contábeis vigentes, a Companhia possui controle e tem o direito de consolidar essas entidades: Entidade País Participação Participação acionistas não grupo Embraer controladores 90,0% 10,0% 85,5% 14,5% Bradar Indústria S.A. Aero Seating Technologies LLS Brasil Estados Unidos da América OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. Portugal 65,0% 35,0% Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. China 51,0% 49,0% Embraer CAE Training Services Ltd. Reino Unido 51,0% 49,0% Visiona Tecnologia Espacial S.A. Embraer CAE Training Services Brasil Estados Unidos da América 51,0% 51,0% 49,0% 49,0% Harpia Sistemas S.A. Brasil 51,0% 49,0% EZ Air Interior Limited Irlanda 50,0% 50,0% Bradar Aerolevantamento Ltda Brasil 25,0% 75,0% Embora o grupo Embraer possua participação de 51,0% nas entidades: Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd., Embraer CAE Training Services Ltd., Visiona Tecnologia Espacial S.A., Embraer CAE Training Services e Harpia Sistemas S.A. os poderes descritos nos acordos contratuais evidenciam que o Conselho de Administração é composto na sua maioria por representantes da Embraer e a direção das principais atividades da entidade são aprovadas com o consentimento desses representantes. 42 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A empresa Bradar Aerolevantamento Ltda, possui um acordo que outorga à Embraer S.A. uma opção irrevogável e irretratável de compra da totalidade das ações dos não controladores. Esta opção é exercível a qualquer momento e pode ser cedida a qualquer pessoa, o que determinou o controle da Bradar Aerolevantamento pelo grupo Embraer, apesar da participação acionária de apenas 25% de seu capital social. A participação societária detida nestas subsidiárias não difere substancialmente da proporção de direito de votos detida pelo grupo Embraer. A seguir resumo das informações financeiras das entidades do grupo que possuem participação de não controladores: Caixa e equivalentes de caixa Ativo circulante Ativo não circulante Passivo circulante Passivo não circulante Participação de acionistas não controladores Receita Líquida Lucro Líquido/Resultado abrangente total 31.12.2014 106,4 329,0 126,0 163,8 49,4 100,0 323,8 25,0 31.12.2013 87,1 341,6 109,3 159,5 49,3 98,9 236,5 18,2 As subsidiárias do grupo com participação de não controladores estão sujeitas aos mesmos riscos descritos para as subsidiárias integrais. (iii) Operação controlada em conjunto A EZ Air Interior Limited é uma operação controlada em conjunto do grupo Embraer com a Zodiac Aeroespace e divide com os sócios a administração conjunta das atividades relevantes das entidades. As operações controladas em conjunto possui os ativos e passivos reconhecidos na consolidação de acordo com os direitos e obrigações atribuídos à Embraer. Caixa e equivalentes de caixa Ativo circulante Ativo não circulante Passivo circulante Passivo não circulante Receita Líquida Lucro Líquido/resultado abrangente total 31.12.2014 1,4 20,0 4,3 11,8 15,9 18,7 (2,5) 31.12.2013 2,3 9,3 3,2 11,2 2,0 4,4 (0,7) (iv) Participação em sociedades O investimento em participação em sociedades do grupo Embraer é representado apenas pela participação de 25% da Embraer Defesa & Segurança na AEL Sistemas S.A.. Apesar desta participação, o grupo Embraer não possui influência significativa no gerenciamento desta entidade, e consequentemente o investimento é mensurado como um instrumento financeiro nas Demonstrações Financeiras consolidadas pelo valor justo. 15. PARTES RELACIONADAS 15.1. Operações com partes relacionadas São transações realizadas entre a Controladora com suas subsidiárias diretas ou indiretas e referem-se basicamente: 43 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • valores ativos: (i) contas a receber das controladas pela venda de peças de reposição e aeronaves e desenvolvimento de produtos, em condições acordadas entre as partes, considerando-se os volumes, prazos, riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação de recursos em moeda estrangeira; (iii) saldos em aplicações financeiras e (iv) saldos em contas corrente bancária; • valores passivos: (i) aquisição de partes de aeronaves e peças de reposição, em condições acordadas entre as partes, considerando-se os volumes, prazos, riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) adiantamentos recebidos por conta de contratos de vendas, conforme cláusula contratual; (iii) comissão por venda de aeronaves e peças de reposição; (iv) financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos a taxas de juros de mercado para esse tipo de modalidade de financiamento; (v) empréstimos e financiamentos; (vi) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação desses recursos; (vii) financiamentos à exportação; • valores no resultado: (i) compra e venda de aeronaves, partes e peças de reposição e desenvolvimento de produtos para o mercado de Defesa & Segurança; (ii) receitas financeiras provenientes de contratos de mútuo e aplicações financeiras; (iii) plano de previdência complementar. 15.1.1. Consolidado – 31.12.2014 Circulante Banco do Brasil S.A. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Comando da Aeronáutica Caixa Econômica Federal Embraer Prev - Sociedade de Previdência Complementar Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás Exército Brasileiro Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP Ativo 240,7 270,4 247,2 53,4 17,4 829,1 Não circulante Passivo 1,4 50,9 198,5 0,1 20,3 9,5 280,7 Ativo 320,5 320,5 Passivo 396,4 386,8 37,6 6,3 79,5 88,1 994,7 Resultado Resultado Financeiro 60,8 (14,9) 24,7 (2,0) 68,6 operacional 89,1 (29,2) 31,9 12,3 104,1 15.1.2. Consolidado – 31.12.2013 Circulante Ativo Banco do Brasil S.A. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Comando da Aeronáutica Caixa Econômica Federal Embraer Prev - Sociedade de Previdência Complementar Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás Exército Brasileiro Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP Não circulante Passivo 497,6 161,8 197,6 14,0 5,7 876,7 Ativo 311,8 41,9 210,3 0,1 11,6 575,7 311,6 311,6 Passivo 85,4 213,3 42,7 6,9 56,1 404,4 15.1.3. Consolidado – 31.12.2012 Banco do Brasil S.A. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Brazilian Air Force Embraer Prev - Sociedade de Previdência Complementar Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP 44 Resultado Resultado Financeiro operacional 37,0 (27,6) (1,9) 145,4 (27,6) - 7,5 117,8 Resultado Resultado Financeiro operacional 47,1 (18,3) 7,9 (1,7) 35,0 130,3 (29,1) 3,7 5,7 110,6 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 15.2. Remuneração da Administração: 31.12.2014 B enefício de curto-prazo Remuneração baseada em ações B enefício de recisão de contrato de trabalho Remuneração total 15,9 5,5 1,2 22,6 31.12.2013 19,7 3,6 0,5 23,8 (i) Inclui ordenados, salários, participação nos lucros, bônus e indenizações. Faz parte da Administração os membros da diretoria estatutária e do Conselho de Administração. Durante o exercício de 2014 e 2013, não foi reconhecida nenhuma remuneração relacionada a benefícios de longo prazo. 16. IMOBILIZADO A taxa média anual da depreciação por classe de ativo em 31 de dezembro de 2014 é demonstrada a seguir: Classes de ativo Edifícios e benfeitorias em terrenos Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Aeronaves Computadores e periféricos Ferramental Pool de peças reparáveis Taxa média ponderada (%) 31.12.2014 31.12.2013 4,0% 4,6% 8,9% 7,7% 11,8% 12,3% 13,6% 14,4% 19,6% 22,7% 12,3% 12,4% 26,0% 34,3% 10,2% 12,1% 7,6% 8,4% Em 2014 a Companhia alterou a estimativa de vida útil do programa do Pool de peças reparáveis. Essa alteração ocorreu em decorrência da revisão anual das vidas úteis e valores residuais de todas as classes que compõem o ativo imobilizado da Companhia. O processo de revisão levou em consideração a curva de aprendizado sobre o negócio adequando o padrão de consumo desses ativos para a Companhia. A vida útil dos ativos foi aumentada com base nas novas projeções de negócios disponíveis e para ser coerente com o recente crescimento dos negócios mundialmente. As mudanças de estimativas tiveram efeitos prospectivos a partir de 1º de outubro de 2014. O impacto decorrente desta alteração foi uma redução da despesa de depreciação estimada em aproximadamente US$ 12,1 ao ano, não afetando materialmente as demonstrações financeiras da Companhia. 45 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Terrenos Edifícios e benfeitorias em terrenos Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Aeronaves Computadores e (i) periféricos Ferramental Outros bens “Pool” de Imobilizações peças em andamento reparáveis (ii) Total Custo do imobilizado bruto 11,1 (0,1) 520,6 1,7 (0,1) 61,4 (6,0) 134,1 11,6 (0,4) 646,6 59,9 (4,5) 55,9 (16,6) 59,8 4,5 (0,4) 2,4 (0,6) 15,9 0,6 (0,3) 0,3 (0,5) 574,7 19,5 (10,8) (65,3) 3,2 147,6 12,1 (0,5) 5,0 (1,2) 387,2 45,6 (8,2) (4,0) (0,6) 35,8 15,8 (20,0) 2,8 576,9 36,7 (11,4) 10,8 (26,7) 152,4 87,3 (1,2) (105,1) (3,5) 3.262,7 283,7 (26,6) (10,8) (47,0) (50,2) 11,0 577,6 145,3 741,3 65,7 16,0 521,3 163,0 420,0 34,4 586,3 129,9 3.411,8 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2013 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão - (151,3) (14,8) 0,8 (90,1) (3,9) 0,1 (330,7) (37,0) 4,6 11,1 (31,9) (3,7) 0,5 0,5 (11,6) (0,8) 0,1 0,5 (191,5) (47,0) 20,8 0,1 (110,8) (9,5) 0,3 0,5 (188,3) (20,2) 0,6 0,1 (1,1) (8,3) - (162,1) (32,0) 4,8 15,2 - (1.269,4) (168,9) 10,9 12,5 28,9 Saldo em 31.12.2014 - (165,3) (93,9) (352,0) (34,6) (11,8) (217,6) (119,5) (207,8) (9,4) (174,1) - (1.386,0) Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2013 11,1 369,3 44,0 315,9 27,9 4,3 383,2 36,8 198,9 34,7 414,8 152,4 1.993,3 Saldo em 31.12.2014 11,0 412,3 51,4 389,3 31,1 4,2 303,7 43,5 212,2 25,0 412,2 129,9 2.025,8 Saldo em 31.12.2013 Adições Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2014 46 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Terrenos Edifícios e benfeitorias em terrenos Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Aeronaves Computadores e (i) periféricos Ferramental Outros bens “Pool” de Imobilizações peças em andamento reparáveis (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 31.12.2012 Adições Adições - Aquisição em participações Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Reclassificação* Efeito de conversão 11,1 - 443,0 4,1 72,0 1,5 127,8 (0,1) 6,5 (0,1) 512,1 79,5 (5,8) 56,6 4,2 54,4 3,2 (1,0) 2,3 0,9 15,6 0,6 (0,8) 0,3 0,2 588,1 61,5 (0,5) (14,1) (59,8) (0,5) 128,2 18,8 0,3 (1,6) 0,1 1,8 327,6 49,8 9,6 0,2 67,3 11,3 (1,1) (43,0) 1,3 460,3 85,6 (0,8) 42,6 (10,8) 136,6 127,0 (2,2) (114,7) 5,7 2.872,1 441,4 0,3 (13,9) (14,1) (27,5) 4,4 Saldo em 31.12.2013 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2012 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão 11,1 520,6 134,1 646,6 59,8 15,9 574,7 147,6 387,2 35,8 576,9 152,4 3.262,7 - (137,9) (13,1) (0,3) (87,3) (3,0) 0,1 0,1 (309,8) (23,5) 4,8 (0,3) (1,9) (29,1) (3,4) 0,9 (0,3) (11,3) (0,9) 0,8 (0,2) (155,3) (50,6) 0,5 13,8 0,1 (104,9) (7,4) 1,4 0,5 (0,4) (169,9) (18,0) (0,3) (0,1) (1,3) 0,2 - (126,9) (25,9) 0,7 (10,0) - (1.133,7) (145,8) 9,2 13,9 (13,0) Saldo em 31.12.2013 - (151,3) (90,1) (330,7) (31,9) (11,6) (191,5) (110,8) (188,3) (1,1) (162,1) - (1.269,4) Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2012 Saldo em 31.12.2013 11,1 11,1 305,1 369,3 40,5 44,0 202,3 315,9 25,3 27,9 4,3 4,3 432,8 383,2 23,3 36,8 157,7 198,9 66,0 34,7 333,4 414,8 47 136,6 152,4 1.738,4 1.993,3 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Terrenos Edifícios e benfeitorias em terrenos Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Aeronaves Computadores e periféricos (i) Ferramental Outros bens “Pool” de Imobilizações peças em andamento reparáveis (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 01.01.2012 Adições Adições - Aquisição em participações Baixas Redução ao valor recuperável dos ativos Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2012 Depreciação acumulada Saldo em 01.01.2012 Depreciação Baixas Reclassificação* Efeito de conversão Saldo em 31.12.2012 Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2012 Saldo em 31.12.2013 11,1 11,1 428,4 4,4 (1,1) 15,5 (4,2) 443,0 125,4 0,2 (0,2) 2,5 (0,1) 127,8 480,1 39,5 0,1 (11,2) 3,1 0,5 512,1 47,8 2,2 (1,7) 5,6 0,5 54,4 14,0 0,7 (0,2) 1,0 0,1 15,6 477,2 140,4 (9,3) (20,0) (0,2) 588,1 120,8 19,6 0,1 (2,6) (10,2) 0,5 128,2 305,6 15,8 6,1 0,1 327,6 7,8 62,4 (0,4) (2,5) 67,3 351,3 63,9 (3,5) 43,4 5,2 460,3 - (127,6) (10,8) 0,7 0,2 (0,4) (137,9) (85,0) (2,5) 0,2 (0,1) 0,1 (87,3) (301,1) (23,5) 10,4 (4,8) 9,2 (309,8) (27,7) (2,9) 1,6 (0,1) (29,1) (10,5) (0,8) 0,1 (0,1) (11,3) (121,1) (35,8) (1,5) 3,1 (155,3) (102,1) (5,1) 2,6 (0,3) (104,9) (146,0) (20,0) 4,7 (8,6) (169,9) (1,2) (0,1) (1,3) (90,2) (38,4) 1,6 0,1 (126,9) 11,1 11,1 300,8 305,1 40,4 40,5 179,0 202,3 20,1 25,3 3,5 4,3 356,1 432,8 18,7 23,3 159,6 157,7 6,6 66,0 261,1 333,4 93,4 63,1 (0,1) (21,1) 1,3 136,6 - 93,4 136,6 2.462,9 412,2 0,2 (21,0) (9,3) 23,4 3,7 2.872,1 (1.012,5) (139,9) 17,2 (1,5) 3,0 (1.133,7) 1.450,4 1.738,4 * Transações que não afetam o caixa. Na coluna “Aeronaves” o montante apresentado refere-se às aeronaves de propriedade da subsidiária ECC Leasing e Embraer Finance, e os saldos correspondem a aeronaves transferidas para o estoque. (i) As aeronaves destinam-se a uso em ensaios, voos corporativos e arrendamento operacional e estão ajustadas ao valor de realização, quando aplicável. A Companhia possuía aeronaves contabilizadas no ativo imobilizado, como segue: • 31 de dezembro de 2014: 41 ERJ 135, 17 ERJ 145, sete EMBRAER 170, um EMBRAER 175, dois EMBRAER 190, um EMBRAER 120, um Legacy 600, um 690B, um EMB-810C; e • 31 de dezembro de 2013: 45 ERJ 135, 19 ERJ 145, sete EMBRAER 170, um EMBRAER 175, dois EMBRAER 190, um Phenom 300, três Legacy 600, um 690B, um EMB-810C. (ii) Referem-se principalmente às obras para ampliação da capacidade instalada para atender à fabricação de novos produtos. 48 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Não houve encargos financeiros elegíveis a serem capitalizados no período em 31 de dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2014, US$ 189,4 em bens do ativo imobilizado tinham sido dados em garantia de empréstimos e financiamentos e contingências trabalhistas. (31 de dezembro de 2013 US$ 269,1) 17. INTANGÍVEL Os ativos intangíveis desenvolvidos internamente referem-se aos gastos incorridos no desenvolvimento de programas para cada nova aeronave, incluindo serviços de suporte, mão de obra produtiva, material e mão de obra direta alocados para a construção de protótipos de aeronaves ou componentes significativos, bem como aplicações de tecnologias avançadas que visam tornar as aeronaves mais leves, silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões, além de projetadas e fabricadas em menos tempo e com otimização de recursos. Desenvolvido internamente Aviação Comercial Aviação Executiva Adquirido de terceiros Defesa e Segurança Outros Desenvolvimento Software Ágio Outros Total Custo do intangível Saldo em 31.12.2013 1.043,8 1.027,9 25,6 11,8 15,0 206,2 38,3 22,8 2.391,4 Adições Adições de Contribuição de parceiros Reclassificação Efeito de conversão Saldo em 31.12.2014 203,2 (133,4) 1.113,6 169,8 (52,0) 17,1 1.162,8 25,6 12,7 24,5 (2,9) 12,1 29,7 235,9 38,3 (0,2) 22,6 415,4 (185,4) 17,1 (3,1) 2.635,4 Saldo em 31.12.2014 (825,5) (65,7) 19,6 (871,6) (296,4) (35,6) 5,6 (326,4) (24,8) (0,8) (25,6) - (5,4) (5,4) (128,1) (14,9) (143,0) - (2,1) (0,4) (2,5) (1.282,3) (117,4) 25,2 (1.374,5) Intangível líquido Saldo em 31.12.2013 Saldo em 31.12.2014 218,3 242,0 731,5 836,4 0,8 - 11,8 24,5 9,6 6,7 78,1 92,9 38,3 38,3 20,7 20,1 1.109,1 1.260,9 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2013 Amortizações Amortizações de Contribuição de parceiros Efeito de conversão Desenvolvido internamente Aviação Comercial Custo do intangível Saldo em 31.12.2012 Adições Adições aquisição em participações Adições de contribuição de parceiros Baixas Reclassificação Efeito de conversão Saldo em 31.12.2013 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2012 Amortizações Adições aquisição em participações Amortizações de contribuição de parceiros Reclassificação Efeito de conversão Saldo em 31.12.2013 Intangível líquido Saldo em 31.12.2012 Saldo em 31.12.2013 Aviação Executiva 996,8 98,8 (51,8) 1.043,8 Adquirido de terceiros Defesa e Segurança 845,8 171,8 10,3 1.027,9 Outros 25,6 - Desenvolvimento 11,8 - 14,7 2,9 - Software Ágio 175,0 34,3 (3,1) - Outros 39,4 (1,1) - Total 21,8 1,0 - 2.119,1 316,6 2,9 (51,8) (3,1) 10,3 - - (2,6) - - 25,6 11,8 15,0 206,2 38,3 22,8 2.391,4 (2,6) (785,1) (59,9) 19,5 (825,5) (235,4) (67,4) 6,6 (0,2) (296,4) (24,0) (0,8) (24,8) - (2,4) (2,9) (0,1) (5,4) (112,7) (15,3) (0,1) (128,1) - (0,7) (1,4) (2,1) (1.160,3) (144,8) (3,0) 26,1 (0,2) (0,1) (1.282,3) 211,7 218,3 610,4 731,5 1,6 0,8 11,8 12,3 9,6 62,3 78,1 39,4 38,3 21,1 20,7 958,8 1.109,1 49 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Desenvolvido internamente Aviação Comercial Custo do intangível Saldo em 31.12.2011 Adições Adições aquisição em participações Adições de contribuição de parceiros Baixas Reclassificação Aviação Executiva 974,1 23,7 (1,0) - Defesa e Segurança 659,2 186,6 - 27,3 - Desenvolvimento Software 14,7 - 143,7 32,3 (1,0) Ágio Outros 38,5 0,9 - Total 4,9 9,8 7,1 - 1.862,4 252,4 8,0 (1,0) - (1,7) - - - Saldo em 31.12.2012 996,8 845,8 25,6 14,7 175,0 39,4 21,8 2.119,1 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2011 Amortizações Adições aquisição em participações Amortizações de contribuição de parceiros Reclassificação Efeito de conversão Saldo em 31.12.2012 (742,5) (66,6) 24,0 (785,1) (182,2) (61,0) 7,8 (235,4) (23,9) (0,1) (24,0) (1,5) (0,9) (2,4) (103,5) (10,1) 0,9 (112,7) - (0,5) (0,2) (0,7) (1.054,1) (138,9) 31,8 0,9 (1.160,3) Intangível líquido Saldo em 31.12.2011 Saldo em 31.12.2012 231,6 211,7 477,0 610,4 3,4 1,6 13,2 12,3 40,2 62,3 38,5 39,4 4,4 21,1 Efeito de conversão - Adquirido de terceiros (2,7) 808,3 958,8 No período findo em 31 de dezembro de 2014, foram capitalizados encargos financeiros sobre financiamentos aplicados em ativos intangíveis no valor de US$ 9,1. 18. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT) Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia efetuou uma avaliação de suas unidades geradoras de caixa (UGC) sem identificar indicadores de perda. Portanto, nenhuma perda por impairment foi reconhecida nesse período, exceto para algumas aeronaves no imobilizado (Nota 16). O impairment apurado para as aeronaves são reconhecidos nos segmentos operacionais “Mercado de Aviação Comercial” ou “Mercado de Aviação Executiva” em função da alocação da respectiva aeronave. Para estes cálculos foi aplicada a taxa de desconto de 9% (expectativa de retorno dos investidores) sobre os fluxos apresentados no Plano Estratégico da Companhia. O ágio por rentabilidade futura gerado na aquisição de controladas foi testado juntamente com outros ativos imobilizados e intangíveis alocados nas respectivas UGC onde estas controladas estão inseridas, sem que fosse identificado ajuste de impairment. 19. FORNECEDORES Fornecedores exterior Parceiros de risco (i) Fornecedores no País Circulante 31.12.2014 622,9 282,1 75,6 980,6 31.12.2013 640,8 279,0 93,8 1.013,6 980,6 1.013,6 (i) Os parceiros de risco da Companhia desenvolvem e produzem componentes significativos das aeronaves, incluindo motores, componentes hidráulicos, aviônicos, asas, cauda, interior, partes da fuselagem, dentre outros. Determinados contratos firmados entre a Companhia e esses parceiros de risco caracterizam-se parcerias de longo prazo e incluem o diferimento de pagamentos para componentes e sistemas por um prazo negociado após a entrega desses. Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o programa de desenvolvimento e produção de aeronaves, é difícil substituí-los. Em alguns casos, como os motores, a aeronave é projetada especialmente para acomodar um determinado componente, o qual não pode ser substituído por outro fornecedor sem incorrer em atrasos e despesas adicionais significativas. Essa dependência torna a Companhia suscetível ao desempenho, qualidade e condições financeiras de seus parceiros de risco. 50 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Ta xa contra tua l de juros - % a .a Tax a e fetiva de juros - % a.a US$ 4,60% to 6,38% Libor 6M + 1,35% 4,60% to 7,42% Libor 6M + 1,35% Euro Libor 3M + 2,25% 2,00% a 3,37% US$ 6,08% Moeda Vencim ento 12.31.2014 31.12.2013 Outras m oedas: Capital de giro Desenvolvimento de projetos Aquisição de imobilizado US$ Euro 1.402,4 18,0 1.390,4 - Libor 3M + 2,25% 2,00% a 3,37% 2023 2019 2026 2020 101,9 82,4 76,4 6,08% 2015 0,2 0,5 64,4 66,4 2,13% 2,13% 2030 Libor 1M + 2,44% Libor 1M + 2,44% 2035 Euribor 1M + 1,625% Euribor 1M + 1,625% 2014 - 0,1 Libor 6M + 3,40% Libor 6M + 3,40% 2017 0,1 1.669,4 0,2 1.534,0 Arrendamento mercantil financeiro US$ Moeda nacional: Pré-embarque R$ 5.50% to 8.0% 5.5% to 8.0% 2017 113,2 86,2 Desenvolvimento de projetos R$ 3,50 % to 5,50% TLPJ + 1,92% a 5,00% 3,50 % to 5,50% TLPJ + 1,92% a 5,00% 2023 2022 420,6 236,2 Nota de Crédito a Exportação R$ 5.50% to 8.0% 5.5% to 8.0% 2017 304,8 337,5 Arrendamento mercantil financeiro R$ CDI + 1,20% CDI + 1,20% 2015 Total 0,1 838,7 2.508,1 0,4 660,3 2.194,3 Circulante Não Circulante 89,7 2.418,4 79,3 2.115,0 Em outubro de 2006, a Embraer Overseas Limited, empresa do grupo Embraer S.A., emitiu US$ 400 milhões em títulos com taxa de juros de 6,375% ao ano com vencimento em 24 de janeiro de 2017 numa oferta que posteriormente foi registrada parcialmente com a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Em outubro de 2009, a Embraer Overseas Limited novamente captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 15 de janeiro de 2020, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 6,375% ao ano. Por se tratar de uma subsidiária integral da Embraer S.A., cujo objetivo é a realização de operações financeiras, as captações efetuadas pela Embraer Overseas Limited são apresentadas no balanço da Controladora como operações com terceiros. Entre os meses de agosto e setembro de 2013 a Embraer S.A. por meio de sua subsidiária Embraer Overseas Limited efetuou uma oferta de permuta para os títulos com vencimento em 2017 e 2020 para Notas Novas com vencimento em 2023. Para os títulos de 2017 a oferta de permuta resultou em US$ 146,4 milhões do valor principal total das Notas vigentes e US$ 337,2 milhões do valor principal total das Notas de 2020, representando aproximadamente 54,95% de Notas permutadas. O total da oferta de permuta, considerando os efeitos do preço de permuta nas negociações e emissão total das Notas Novas, fechou em aproximadamente US$ 540,5 milhões em valor principal a uma taxa de 5,696% e com vencimento final para 16 de setembro de 2023. As demonstrações financeiras da Embraer Overseas Limited não são fornecidas, porque o emissor é uma subsidiária integral, de operações financeiras da Companhia e a Companhia garante os títulos integral e incondicionalmente. Não há restrições significativas sobre a capacidade da Controladora para obter recursos de suas subsidiárias para dividendos ou empréstimo. Em 15 de junho de 2012, a Embraer S.A. captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 15 de junho de 2022, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 5,15% ao ano. Em fevereiro de 2013, a Embraer S.A. contratou operações de empréstimos na modalidade de Nota de Crédito de Exportação com objetivo de aplicar nas atividades de exportação e produção de bens para exportação no montante de R$ 712 milhões, equivalente a US$ 268,1 milhões a uma taxa fixa de 5,50% ao ano. 51 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Entre março e abril de 2013, a Embraer S.A. contratou linha de financiamento do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI – Subprograma Exportação de Pré-embarque com objetivo de aplicar nas atividades de produção destinadas à exportação no montante total de R$ 200 milhões, equivalente a US$ 75,3 milhões a uma taxa fixa de 5,50% ao ano. Em agosto de 2013, a Embraer S.A. contratou linha de financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP com objetivo de utilizar no programa de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos no montante total de aproximadamente R$ 303,9 milhões, equivalente a US$ 114,4 milhões a uma taxa fixa de 3,50% ao ano. Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia havia recebido o montante de R$ 190,3 milhões equivalente a US$ 71,7 milhões. Em dezembro de 2013, a Embraer S.A. assinou um contrato junto ao BNDES para utilização em Desenvolvimentos de Projetos no montante de aproximadamente R$ 1,4 bilhão equivalente a US$ 527,1 milhões. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia havia recebido o montante de R$ 555,8 milhões equivalente a US$ 209,3 milhões a uma taxa fixa de 3,50% ao ano. Em 31 de dezembro de 2014, os financiamentos de longo prazo apresentavam a seguinte composição por ano de vencimento: Ano 2016 2017 2018 2019 Após 2018 20.1. 412,2 456,4 93,9 71,4 1.384,5 2.418,4 Análise por moeda O total da dívida está denominado nas seguintes moedas: 12.31.2014 Em pré stim os e fina ncia m e ntos Dólar Real Euro 20.2. 31.12.2013 1.587,0 838,7 82,4 1.457,5 660,3 76,5 2.508,1 2.194,3 Encargos e garantias Em 31 de dezembro de 2014, os financiamentos em Reais (34% do total) estão sujeitos a encargos fixos e/ou baseados na variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP), e a taxa média ponderada era de 6,01% a.a. (6,17% a.a. em 31 de dezembro de 2013). Em 31 de dezembro de 2014, os financiamentos em Dólares (63% do total) eram, predominantemente, sujeitos a encargos fixos e sua taxa média ponderada era 5,56% a.a. (5,81% a.a. em 31 de dezembro de 2013). Além desses endividamentos, em 31 de dezembro de 2014, a Companhia tinha endividamento em Euro (3% do total), predominantemente, sujeitos a encargos fixos com taxa média ponderada de 2,91% a.a. (2,82% a.a. em 31 de dezembro de 2013). Considerando os efeitos da análise das taxas efetivas sobre os financiamentos em dólares que incluem os custos de estruturação financeira incorridos e já pagos, as taxas médias efetivas ponderadas são equivalentes a Libor mais 4,17% a.a. em 31 de dezembro de 2014 (Libor mais 3,81% a.a. em 31 de dezembro de 2013). Em garantia de parte dos financiamentos foram oferecidos imóveis, máquinas, equipamentos e garantias bancárias no montante total de US$ 461,9 em 31 de dezembro de 2014(US$ 374,8 em 31 de dezembro de 2013). 52 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20.3. Cláusulas restritivas Os contratos de financiamentos de longo prazo estão sujeitos a cláusulas restritivas, em linha com as práticas usuais de mercado, que estabelecem controle sobre o grau de alavancagem obtido da relação endividamento líquido/EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como limites para a cobertura do serviço da dívida obtido da relação EBITDA/despesa financeira líquida. Incluem, também, restrições normais sobre criação de novos gravames sobre bens do ativo, mudanças significativas no controle acionário da Companhia, venda de bens do ativo e pagamento de dividendos excedentes ao mínimo obrigatório por lei em casos de inadimplência nos financiamentos e nas transações com empresas controladas. Em 31 de dezembro de 2014, a Controladora e as controladas estavam totalmente adimplentes com as cláusulas restritivas. 21. CONTAS A PAGAR O brigações relacionadas com folha de pagam ento (i) O brigações contratuais (ii) Dem ais contas a pagar (iii) Program a de participação dos em pregados nos lucros Concessões com erciais Caução Seguros Materiais faltantes (iv) O pções de não controladores (v) Com ando da aeronáutica Créditos financeiros Circulante Não Circulante 31.12.2014 132,1 120,0 75,8 32,0 23,8 11,6 6,0 5,9 2,4 2,2 0,3 412,1 31.12.2013 130,2 107,4 56,3 57,2 18,5 9,2 6,3 5,9 0,7 0,8 0,6 393,1 324,5 87,6 304,8 88,3 (i) Referem-se basicamente a obrigações de férias e seus respectivos encargos registrados nas demonstrações financeiras. (ii) Representam substancialmente valores registrados para fazer face aos custos de manutenção de aeronaves alugadas por meio de arrendamento operacional e a compromissos assumidos contratualmente na venda de aeronaves novas ou finalização de garantias financeiras de valor residual. (iii) Representam, basicamente, despesas incorridas na data do balanço patrimonial, cujos pagamentos ocorrem no mês subsequente. (iv) Referem-se aos acessórios ou componentes a serem instalados em aeronaves entregues, consoante termos contratuais. (v) Referem-se a opções de não controladores (cujos direito de exercício ainda não ocorreram) podendo exigir que parte ou toda sua participação nas investidas sejam compradas pela Companhia. 22. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES Em dólar Em real Circulante Não Circulante 31.12.2014 596,8 231,8 828,6 31.12.2013 728,8 278,2 1.007,0 652,5 176,1 875,9 131,1 Os saldos de adiantamentos de clientes relacionados aos contratos de construção que utilizam o método POC eram de US$164,3 em 31 de dezembro de 2014 respectivamente. 53 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 23. IMPOSTOS E ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER A Companhia está questionando administrativa e judicialmente a constitucionalidade da instituição, da base de cálculo e sua expansão, bem como das majorações de alíquotas de alguns impostos, encargos e contribuições sociais, no intuito de assegurar o não recolhimento ou a recuperação de pagamentos efetuados em exercícios anteriores. A Companhia, por meio de processos administrativos e judiciais, obteve liminares e medidas congêneres para não recolher ou compensar pagamentos de impostos, encargos e contribuições sociais. Os valores de tributos não recolhidos, com base em decisões judiciais preliminares, são provisionados e atualizados com base na variação da SELIC até que se obtenha uma decisão final e definitiva. INSS (i) Parcelam entos de tributos (ii) IRRF PIS e CO FINS (iii) FGTS IPI Im posto de renda e contribuição social (iv) O utros Circulante Não Circulante (i) 31.12.2014 123,8 95,5 20,4 9,8 6,8 2,6 10,8 269,7 31.12.2013 122,6 164,8 20,3 6,4 7,1 13,0 4,1 10,4 348,7 125,6 144,1 133,1 215,6 Corresponde substancialmente à majoração da alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT). A Companhia questiona a legalidade e ausência de critérios técnicos para fixação das alíquotas das referidas contribuições desde 1995, cujos valores encontram-se com exigibilidade suspensa por força de liminar concedida em sentença de primeira instância em ação ordinária. Em novembro de 2013 foi julgada a ação no Tribunal Federal da 1ª Região, onde a Companhia obteve decisão favorável em segunda instância e aguarda julgamento de recurso interposto pela Fazenda. O montante envolvido nesse processo é de US$ 72,4 em 31 de dezembro de 2014 (US$ 78,3 em 31 de dezembro de 2013). A Companhia também ajuizou ação declaratória pelo rito ordinário com pedido de tutela antecipada, buscando o afastamento das normas que regulamentaram o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), tendo como fundamento a violação direta ao artigo 10 da Lei n.º 10.666/2003, que trata da metodologia de cálculo do tributo. A tutela antecipada foi deferida em março de 2011, suspendendo a exigibilidade do crédito tributário, revogada em setembro de 2012. A Companhia procedeu ao depósito judicial nos termos do artigo 151, inciso II, do Código Tributário Nacional, mantendo a suspensão da exigibilidade do crédito tributário referente ao FAP anos 2010 e 2011 no valor de US$ 10,2. Em setembro de 2014, foi deferida a antecipação dos efeitos da tutela em julgamento de primeira instância, suspendendo a exigibilidade do FAP. A Companhia aguarda julgamento de recurso interposto pela Fazenda. Referente ao ano de 2012 e 2013, os valores envolvidos permanecem suspensos por força da interposição de recurso administrativo que discute índices de composição do FAP. O valor envolvido em 31 de dezembro de 2014 é US$ 29,3, que permanece provisionado. Adicionalmente, desde fevereiro de 2009, a Companhia ingressou com ações judiciais para questionar a incidência de contribuições sociais sobre o aviso prévio indenizado entre outras verbas de caráter indenizatório. Por força de liminar concedida em sentença de primeiro grau, os valores relativos ao aviso prévio indenizado e algumas verbas indenizatórias foram excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal e provisionados, até o êxito definitivo na demanda judicial. Um dos processos encontra-se no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e aguarda julgamento da apelação, o outro permanece no STF para análise do Recurso Extraordinário interposto pela União. O montante envolvido é de US$ 11,9 em 31 de dezembro de 2014 (US$ 12,4 em 31 de dezembro de 2013). (ii) A Companhia discutia judicialmente e administrativamente o reconhecimento da imunidade constitucional da contribuição social sobre exportações bem como a base de cálculo e alíquotas de 54 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma tributos incidentes sobre determinadas e específicas remessas para o exterior. Com a reabertura do parcelamento instituído por meio da Lei 11.941/2009, a Companhia decidiu pela inclusão destes débitos no referido parcelamento. O valor total dos débitos líquido do valor do depósito judicial em dezembro de 2013 foi de US$ 169,6, parcelados em 30 meses, referente à consolidação em novembro de 2009, acrescido da SELIC do período. O valor remanescente em 31 de dezembro de 2014 foi de US$ 93,6. (iii) Referem-se às contribuições ao Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação ao Patrimônio do Servidor Público (PASEP). A discussão, envolvendo a base de cálculo do sistema nãocumulativo, foi incluída nos termos da Lei 11.941/2009, com a consequente desistência da ação, a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito da discussão judicial. A outra ação discute a inclusão da variação cambial na base de cálculo do PASEP, em que se aguarda julgamento de recurso de apelação. O montante envolvido no processo é de US$ 3,8. (iv) A Companhia estava pleiteando o reconhecimento da imunidade constitucional da contribuição social sobre exportações. Com relação à contribuição social sobre exportações, o processo encontrava-se no Supremo Tribunal Federal, aguardando julgamento do Recurso Extraordinário, ao qual foi atribuído efeito suspensivo em favor da Companhia. Em outubro de 2013, foi reaberto o parcelamento da Lei 11.941/2009, e após avaliar os impactos da anistia sobre os valores discutidos, bem como considerar a baixa possibilidade de êxito, a Companhia aderiu em dezembro de 2013 ao programa de parcelamento especial incentivado, sancionado pela Lei 12.865/2013. O valor total dos débitos incluídos líquido do valor do depósito judicial em dezembro de 2013 foi de US$ 136,6, subsistindo o valor de US$ 106,7, após a aplicação dos benefícios fiscais elencados no artigo 3º da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 07 de 15/10/2013, o qual foi parcelado em 30 meses. O valor em 31 de dezembro de 2014 foi de US$ 58,9, acrescido da SELIC do período. Com relação às questões em discussão judicial acima mencionada, as provisões remanescentes serão mantidas até que haja um desfecho final e não seja cabível mais nenhum recurso. 24. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Face à base tributária dos ativos e passivos da Controladora ser mantida em real por seu valor histórico e a base contábil em dólar (moeda funcional), as flutuações na taxa de câmbio impactaram a base tributária e, as consequentes despesas/receitas de imposto de renda diferido foram registradas no resultado. A Companhia, fundamentada na expectativa provável de geração de lucros tributáveis, registrou em suas demonstrações financeiras o ativo fiscal diferido representado pelos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição. Os créditos decorrentes de diferenças temporárias relativas às provisões não dedutíveis, representados principalmente por provisões de contingências trabalhistas, provisões e tributos em discussão judicial, serão realizados à medida que os processos correspondentes forem concluídos. 55 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24.1. Impostos diferidos Os componentes de impostos ativos e passivos diferidos são demonstrados a seguir: Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Provisão de garantia financeira, lucro não realizado e provisão de plano de saúde Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Demais diferenças de práticas contábeis Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos Total do IR e CSLL diferido ativo Total do IR e CSLL diferido passivo 31.12.2014 (114,1) 17,9 (204,7) 89,3 (31,0) (19,7) (262,3) 31.12.2013 (117,9) 22,3 (123,7) 90,7 (29,7) (42,4) (200,7) 31.12.2012 (46,9) 31,0 (32,6) 57,7 (25,8) 3,0 (13,6) 8,1 (270,4) 8,5 (209,2) 12,9 (26,5) Segue abaixo a movimentação dos impostos diferidos que afetaram o resultado: Saldos em 31.12.2011 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Provisão de garantia financeira, lucro não realizado e provisão de plano de saúde Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Demais diferenças de práticas contábeis Saldos em 31.12.2012 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Provisão de garantia financeira, lucro não realizado e provisão de plano de saúde Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Demais diferenças de práticas contábeis Saldos em 31.12.2013 Despesas/Receitas temporariamente não dedutíveis/tributáveis Prejuízos fiscais a compensar/Créditos não reconhecidos Diferenças entre as bases: contábil x fiscal Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Provisão de garantia financeira, lucro não realizado e provisão de plano de saúde Diferença de prática relacionada a ativo imobilizado Demais diferenças de práticas contábeis Saldos em 31.12.2014 24.2. Exercício 53,0 (119,6) 25,9 Abrangente (10,1) - Total 42,9 (119,6) 25,9 (62,5) 21,5 (3,3) 62,7 (22,3) (77,0) (4,7) 18,8 8,7 - (62,5) 21,5 (3,3) 81,5 (13,6) (77,0) (4,7) (91,1) 36,0 (7,2) (48,6) (214,9) (10,1) (1,7) 4,4 1,1 14,2 - (91,1) 40,4 (7,2) (47,5) (200,7) (10,1) (1,7) (81,0) 13,1 (4,8) 5,4 (294,0) (3,7) 21,2 31,7 (81,0) 9,4 (4,8) 26,6 (262,3) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social: 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 Lucro antes da provisão para imposto de renda e contribuição social Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas aplicáveis no Brasil - 34% Tributação do Lucro das Controladas no Exterior Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária dos itens não monetários Gastos com pesquisa e desenvolvimento Juros sobre capital próprio Ganho ou Perda na participação Acionária Créditos fiscais (reconhecidos e não reconhecidos) e diferença de alíquota Outras diferença entre base societária e fiscal Outros 503,9 (171,3) (6,3) (81,0) 78,3 28,1 4,6 (1,3) (7,3) 602,4 (204,8) (8,5) (91,1) 80,2 23,6 (63,6) 6,7 1,1 613,8 (208,7) 18,9 (62,5) 49,3 26,3 (0,5) (60,2) (22,0) (5,8) Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado (156,2) (256,4) (265,2) (77,1) (79,1) (63,8) (192,6) (189,9) (75,3) Imposto de renda e contribuição social corrente Imposto de renda e contribuição social diferido A taxa efetiva de imposto para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de 35,6% (42,6% em 31 de dezembro de 2013 e 42,2% em 31 de dezembro de 2012). 56 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 25. GARANTIAS FINANCEIRAS E DE VALOR RESIDUAL 31.12.2014 31.12.2013 Garantias de valor residual Contas a pagar (i) Garantias financeiras (i) 94,4 81,8 61,8 238,0 81,6 138,2 73,7 293,5 Circulante Não Circulante 29,5 208,5 90,0 203,5 Segue abaixo a movimentação das garantias financeiras e de valor residual: Ga ra ntia s fina nce ira s Sa ldo e m 31.12.2011 Adições Baixa Reversão Marcação a mercado Apropriação ao resultado Sa ldo e m 31.12.2012 Adições Baixa Reversão Marcação a mercado Apropriação ao resultado Sa ldo e m 31.12.2013 Adições Baixa Marcação a mercado Apropriação ao resultado Sa ldo e m 31.12.2014 (i) 26. Ga ra ntia s de va lor re sidua l Conta s a pa ga r (i) Provisã o a diciona l (i) Tota l 75,7 45,5 56,2 317,5 494,9 (21,2) 14,0 - 211,4 (9,1) - 6,0 (59,6) (52,0) - 217,4 (68,7) (52,0) 14,0 (21,2) 54,5 59,5 258,5 211,9 584,4 30,6 (11,4) 0,8 21,3 - 3,8 (121,4) (2,7) - 6,7 (66,4) (170,5) 18,3 - 41,9 (187,8) (173,2) 39,6 (11,4) 73,7 81,6 138,2 - 293,5 1,2 (13,1) (6,3) 19,1 - 4,0 (60,4) - - 5,2 (66,7) 19,1 (13,1) 61,8 94,4 81,8 - 238,0 Contas a pagar e provisão adicional • American Airlines – Refere-se a passivos assumidos em decorrência de aquisição de determinados ativos da American Airlines em 2012. Em dezembro de 2014 a obrigação assumida no contas a pagar era de US$ 81,0 (31 de dezembro de 2013 – US$ 82,5). • Chautauqua – Refere-se à negociação realizada em 2012 com a Chautauqua Airlines Inc., uma subsidiária da Republic Airways Holdings Inc., para reestruturação de suas operações financeiras. Em 31 de dezembro de 2014 a obrigação assumida era de US$ 0,8 (31 de dezembro de 2013 – US$ 55,7). PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES 26.1. Provisões Garantia de produtos (i) Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis (ii) Obrigação de benefícios pós-em prego (Nota 27) Im postos Provisão Am biental (iii) Outras (iv) Circulante Não Circulante 57 31.12.2014 87,3 80,4 41,2 25,3 4,3 10,0 248,5 31.12.2013 103,9 68,9 71,0 7,3 5,3 7,8 264,2 95,4 153,1 98,5 165,7 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) Constituídas para fazer face aos gastos relacionados a produtos, incluindo garantias e obrigações contratuais para implementação de melhorias em aeronaves entregues com a finalidade de assegurar o atingimento de indicadores de desempenho. Em 2014, a Companhia revisou a base de estimativa para a constituição das provisões de garantia de produtos relacionados aos programas da aviação comercial. A revisão ocorreu, considerando dados históricos dos E-jets e expectativas de gastos futuros e como consequência dessa revisão, as aeronaves entregues a partir de 2015 passaram a ter um reconhecimento menor do que seria reconhecido caso tivesse mantido os critérios de estimativas anteriores. (ii) Provisões de natureza trabalhista, fiscal ou cível, segregadas conforme quadro Nota 26.1.1. (iii) A Companhia mantém provisões para gastos com serviços de investigação de solo e potencial recuperação ambiental. (iv) Refere-se principalmente ao passivo contingente reconhecido em 2011 quando a Companhia, por meio da sua subsidiária Embraer Defesa & Segurança Participações, adquiriu a controlada em conjunto Atech e a controlada Bradar. Neste momento, o valor do passivo contingente representa o valor justo da obrigação presente que foi mensurado confiavelmente. Em 31 de dezembro de 2014, o saldo remanescente do passivo contingente era de US$ 3,5 (31 de dezembro de 2013 US$ 4,3). 26.1.1. Provisões trabalhistas, fiscais e cíveis 31.12.2014 Fiscais PIS/COFINS (i) Contribuições previdenciárias (ii) FUNDAF (iii) ICMS (iv) Im postos de im portação (v) Contribuição de Terceiros (vi) CIDE Outras T rabalhistas Plurim as 461/1379 (vii) Indenização (viii) Reintegração (ix) Terceiros Outras Cív eis Indenização (x) Circulante Não Circulante 31.12.2013 12,7 9,9 4,6 4,6 2,2 0,7 34,7 14,0 10,8 5,1 4,8 2,4 8,7 1,7 0,6 48,1 9,8 3,4 2,7 0,3 27,4 43,6 9,7 1,6 2,3 0,2 4,8 18,6 2,1 2,1 80,4 2,2 2,2 68,9 17,5 62,9 27,2 41,7 (i) A Companhia apurou créditos de PIS/COFINS em determinadas operações e aguarda a conclusão do processo administrativo para avaliação das providências juridicamente cabíveis. (ii) A Companhia foi notificada pelas autoridades pela não retenção da contribuição previdenciária de prestadores de serviços. Os processos encontram-se na 2ª Instância da esfera judicial. Além desses processos, a Companhia foi notificada para recolhimento de adicionais de riscos ambientais do trabalho, cuja discussão resultou em decisão favorável à Companhia e aguarda-se manifestação da Fazenda. 58 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii) Em março de 2005, foi lavrado Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM), contra a Companhia, exigindo o recolhimento da contribuição do Fundo de Modernização da Administração Fazendária (FUNDAF). Em decorrência do lançamento, a Companhia ajuizou na 1ª Instância da esfera judicial, Ação Anulatória de Débito Fiscal, que foi julgada parcialmente favorável à Companhia. O processo se encontra em 2ª Instância judicial, para apreciação da Apelação e do Recurso de Ofício. (iv) A Companhia está discutindo administrativamente o AIIM lavrado pela Fazenda do Estado de São Paulo para a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incidente sobre serviços de telecomunicação, por entender que os serviços a que se referem o AIIM não são tributados pelo ICMS. Não há até o momento qualquer decisão a respeito da Impugnação apresentada pela Companhia. (v) Trata-se de dois Autos de Infração e Imposição de Multa lavrados contra a Companhia envolvendo o regime de drawback. O primeiro foi lavrado em decorrência de pretensa violação do prazo para cumprimento do drawback e o segundo discute possíveis divergências quanto à classificação fiscal de determinados produtos. Ambas as discussões percorrem o judiciário e encontra-se, respectivamente, em fase de análise de Recurso Especial no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e aguardando julgamento de Recurso de Apelação no TRF (Tribunal Regional Federal). (vi) A Companhia estava questionando o enquadramento de Fundo da Previdência e Assistência Social (FPAS) alterado por meio de instrução normativa que gerou o aumento da carga tributária incidente sobre a folha de pagamento. Em maio de 2014, foi reaberto o prazo da Lei 11.941/2009, e após avaliar os impactos da anistia sobre os valores discutidos, bem como considerar a baixa possibilidade de êxito, a Companhia aderiu ao programa de parcelamento especial incentivado, sancionado pela Lei 12.996/2014. (vii) Referem-se as solicitações de reajustes salariais retroativos e pagamento de produtividade sobre salário, feitas por ex-empregados. (viii) São processos movidos por ex-empregados que requerem sua reintegração na Companhia. (ix) Tratam-se de requerimentos de indenizações ligadas a supostos acidentes de trabalho, danos morais, entre outros. (x) São requerimentos de indenizações diversas, movidos por pessoas ou empresas que mantiveram alguma relação jurídica com a Companhia. As provisões fiscais, trabalhistas e cíveis são constituídas de acordo com a política contábil da Companhia (item 2.2.25) da Demonstração Financeira de 31 de dezembro de 2014 e os valores aqui refletidos representam a estimativa dos valores que o departamento jurídico da Companhia, juntamente com seus consultores externos, espera que tenham que ser desembolsados para liquidar os processos. A linha de "Outras", presente em cada uma das categorias, é composta por processos e operações que divergem das categorias principais e não são significativas. 59 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Movimentação das provisões: Obrigação de benefícios pósemprego Garantia de produtos Impostos Provisão Ambiental 115,8 86,2 4,4 57,0 72,7 21,0 1,0 3,0 Juros - - 3,4 Transferências - - - Baixas (69,3) - (12,1) Reversão (21,7) - (0,4) - Sa ldo e m 31.12.2011 Adições Ajuste de conversão Sa ldo e m 31.12.2012 Adições - Outras Total - 21,3 21,6 215,2 188,8 - - - 3,4 - - - - - - (26,1) (107,5) (16,4) - - - (38,1) (5,8) 0,2 - (2,2) (8,2) 110,6 61,4 62,8 4,2 - 14,6 253,6 98,0 15,0 21,0 4,0 5,8 10,9 154,7 4,7 4,1 - - - 8,8 (3,1) (2,0) - - - (73,6) - Juros Baixas (68,5) Reversão (35,1) - (9,6) (1,0) - (16,2) (61,9) (1,1) (7,0) (7,4) 0,1 (0,5) (1,5) (17,4) 103,9 71,0 68,9 7,3 5,3 7,8 264,2 89,2 3,0 31,2 18,0 2,1 5,0 148,5 4,8 5,0 - - - 9,8 (9,8) - (2,5) (3,0) (80,1) Ajuste de conversão Sa ldo e m 31.12.2013 Adições - Juros Baixas (64,1) (0,7) Reversão (38,9) (30,0) (7,2) - - - (76,1) (2,8) (6,9) (7,7) - (0,6) 0,2 (17,8) 87,3 41,2 80,4 25,3 4,3 10,0 Atualização monetária Sa ldo e m 31.12.2014 26.2. P rovisões Trabalhistas, Fiscais e Cíveis 248,5 Passivos contingentes Os passivos contingentes são os valores, de acordo com a política contábil da Companhia, com classificação de probabilidade de perda "possível", de acordo com a opinião do departamento jurídico da Companhia, apoiado por seus consultores externos. Quando o passivo contingente surge do mesmo conjunto de circunstâncias que uma provisão existente, é feita uma indicação, ao final de sua descrição, da classe de provisões correspondente. Seguem abaixo todos os passivos contingentes que a Companhia possui: • Em razão de autos de infração, lavrados pela Receita Federal do Brasil em dezembro de 2010 e setembro de 2011, a Companhia discutia a base de cálculo e alíquotas de tributos incidentes sobre determinadas e específicas remessas para o exterior e ainda, a contabilização e o reconhecimento de indenização recebida em razão de distrato contratual. Com a reabertura do parcelamento incentivado, foram incluídos débitos em que a Companhia discutia a base de cálculo e alíquota incidentes sobre determinadas remessas para o exterior. O valor total do auto de infração incluído em dezembro de 2013 foi de US$ 103,3, parcelados em 30 meses, no montante final, após os descontos, subsistindo o valor de US$ 62,9, referente à consolidação em dezembro de 2013, acrescido da SELIC do período. O saldo em 31 de dezembro de 2014 foi de US$ 34,7. Permanece a discussão administrativa referente ao auto de infração que versa sobre a contabilização e reconhecimento de indenização no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O valor total envolvido em 31 em dezembro de 2014 é de US$ 37,9. • A Companhia recebeu, em setembro de 2010, uma intimação (subpoena) da Securities and Exchange Commission (SEC) e questionamentos correlatos do U.S. Department of Justice, ou DOJ, relativos à possibilidade de não conformidade com o U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) em certas vendas de aeronaves fora do Brasil. Em resposta, a Companhia contratou advogados externos para realizar uma investigação interna em operações realizadas em três países. Em decorrência de informações adicionais, a Companhia voluntariamente expandiu o escopo da investigação interna para incluir as vendas em outros países, reportou sobre esses fatos à SEC e ao DOJ e colaborou com estas autoridades. As investigações do governo americano, outras investigações e outros desdobramentos correlatos em outros países e a investigação interna da Companhia continuam em andamento. Qualquer medida que vier a ser tomada nestas ou em outras investigações ou procedimentos ou seus desdobramentos, ou qualquer acordo que a Companhia venha a celebrar, podem resultar em multas significativas ou em outras sanções ou consequências adversas. Baseada 60 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma no parecer dos advogados externos, a Companhia acredita que não existe base adequada, no momento, para estimar provisões ou quantificar possíveis contingências relacionadas a este assunto. Em decorrência do acima exposto, iniciamos um esforço amplo para aprimorar e expandir nosso programa global de compliance. Este projeto durou vários anos e abrangeu o reexame de todos os aspectos de nossos sistemas de compliance e, onde apropriado, a sua reformulação e complementação. Alguns dos principais aprimoramentos incluem a criação do Departamento de Compliance, a eleição de um Diretor de Compliance reportando diretamente ao Comitê de Auditoria e Riscos do Conselho de Administração, o desenvolvimento de um programa para monitorar a contratação e o pagamento de terceiros, melhorias nas políticas, procedimentos e controles de compliance, o aprimoramento dos canais de denúncia anônima e o desenvolvimento de um programa de treinamento e educação abrangente concebido para manter e revigorar uma forte cultura de compliance em todos os níveis da Embraer de forma global. A Companhia continuará a promover melhorias e atualizações em seu programa de compliance. • 27. A Companhia possui passivos contingentes relacionados a processos trabalhistas diversos que perfazem o montante de US$ 15,3. OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO Plano de benefícios m édicos Brasil Plano de benefícios m édicos subsidiárias Obrigações com be ne fícios pós-e mpre go 27.1. 31.12.2014 36,8 4,4 41,2 31.12.2013 68,5 2,5 71,0 Benefícios médicos pós-emprego – Brasil A Controladora e algumas de suas subsidiárias possuem planos de assistência médica para os empregados que, dada as suas condições se caracteriza como um benefício pós-emprego. Dentro deste plano médico é concedido aos empregados que se aposentarem na Companhia a opção de permanecer no plano médico contribuindo com o custo integral do benefício cobrado pela seguradora, porém, devido a regras de reajustes previstas na legislação brasileira, em alguns momentos a contribuição realizada pelos aposentados pode não ser suficiente para cobrir as despesas do plano médico e desta forma representar uma exposição para a Companhia. Em 2014 a Controladora anunciou mudanças na participação dos empregados no seu plano de assistência médica no que tange a tabela de contribuição. Essas alterações foram contestadas pelo Sindicato que obteve liminar suspendendo a alteração nos valores cobrados dos empregados elegíveis, porém para os empregados assistidos pelo benefício a alteração foi aplicada e por se tratar de uma mudança do plano de assistência médica os efeitos decorrentes dessa alteração foram registrados no resultado do período na linha de outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. Para os demais participantes do plano a Companhia não revisou a sua exposição, e está aguardando uma decisão legal para prosseguir com uma possível alteração da política de participação dos empregados no plano de assistência médica. A forma de reconhecimento deste benefício é descrita nas políticas contábeis (Nota 2.2.26). Os valores registrados no balanço patrimonial são: 61 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.12.2014 68,5 Obrigação do benefício - no início do exercício Custo do serviço Juros sobre o valor da obrigação Ganhos atuariais decorrentes de prem issas dem ográficas Perdas atuariais decorrentes das prem issas financeiras Benefícios pagos diretam ente pela em presa Custo do serviço passado - alterações do plano Ajuste de conversão Obrigação do benefício - no final do exercício 31.12.2013 57,0 0,7 4,5 (0,1) 1,7 (0,5) (30,0) (8,0) 36,8 1,2 4,7 59,6 (45,9) (0,9) (7,2) 68,5 Principais premissas utilizadas na mensuração: Taxa Taxa Taxa Taxa 27.2. de de de de 31.12.2014 11,8% 5,2% 11,2% 6,2% desconto inflação crescim ento dos custos m édicos (próxim o ano) crescim ento dos custos m édicos (longo prazo) 31.12.2013 11,5% 4,8% 11,0% 5,8% Benefícios médicos pós-emprego – exterior A Embraer Aircraft Holding patrocina um plano médico pós-emprego para os empregados contratados até 2007. Os custos esperados de pensão e prestação de benefício médico pós-emprego para os empregados beneficiários e seus dependentes são provisionados em regime de competência com base em estudos atuariais e o cálculo é revisado anualmente. Os valores reconhecidos no balanço patrimonial foram determinados como segue: Outros be ne fícios pós e mprego 31.12.2014 Obrigações de benefícios - no início do exercício Custo dos juros Perda atuarial Benefícios pagos aos participantes Obrigação do benefício - no fim do exercício 4,0 0,3 0,7 (0,2) 4,8 31.12.2013 4,9 0,3 (1,0) (0,2) 4,0 31.12.2012 4,9 0,3 (0,1) (0,2) 4,9 As mudanças nos ativos do plano estão demonstradas a seguir: Outros be ne fícios pós e mprego 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 1,2 1,1 1,1 Valor justo dos ativos do plano - no início do exercício 0,1 (0,2) 1,1 Retorno do investim ento do plano Benefícios pagos aos participantes Valor justo dos ativos do plano - no fim do exercício 0,3 (0,2) 1,2 0,1 (0,1) 1,1 O valor justo dos ativos do plano é medido baseado nos inputs de Nível 1 de acordo com a norma contábil sobre medições de valor justo. Não houve alterações desde o ano anterior nas técnicas de valorização e níveis de inputs. 62 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os custos líquidos de benefícios pré-pagos (provisionados) estão resumidos conforme segue: O utros benefícios pós emprego 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 (4,4) (2,5) (4,4) (4,4) (2,5) (4,4) Custo provisionado - Grau de suficiência financeira As principais premissas atuariais utilizadas estão abaixo: Outros be ne fícios pós e mprego % % % 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 4,75% 3,75% 4,50% 4,00% 4,75% 3,75% N/A N/A 7,75% 5,50% 5,50% 5,50% Taxa de desconto m édia Custo líquido do benefício periódico Taxa de rendim ento esperada sobre ativos Taxa de aum ento de rem uneração Os componentes dos custos líquidos dos benefícios periódicos foram os seguintes: 31.12.2014 (0,1) (0,2) 0,1 (0,2) (0,2) Custo do serviço Custo dos juros Taxa de rendim ento esperada sobre ativos Custo líquido dos benefícios periódicos Custo líquido 31.12.2013 (0,1) (0,2) 0,1 (0,2) (0,2) 31.12.2012 (0,1) (0,2) 0,1 (0,2) (0,2) O custo líquido de benefícios está incluído nas despesas comerciais e nas despesas administrativas. A composição dos ativos do plano conforme segue: 31.12.2014 98% 1% 1% 100% Fundos m útuos investidos principalm ente em ações Fundos m útuos investidos principalm ente em bônus Outros caixas 31.12.2013 98% 1% 1% 100% 31.12.2012 80% 19% 1% 100% Os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serviços futuros previstos, deverão ser efetuados aos participantes de acordo com o plano de saúde pós-emprego: ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 - 2022 Outros benefícios pós emprego 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,2 2,2 Para fins de quantificação, foi assumida uma taxa anual de crescimento de 7% no custo por pessoa de benefícios médicos cobertos. Está prevista redução da taxa para 5% em 2015. A tendência de taxas do custo de assistência médica tem um efeito significativo nos montantes reportados para o plano de saúde pósemprego. Uma mudança de 1% nas taxas de custo de assistência médica assumidos não produziria efeitos relevantes nas demonstrações financeiras. 63 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 27.3. Benefícios de plano de pensão – Contribuição definida A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam um plano de contribuição definida para seus empregados, na qual a participação é opcional. As contribuições da Companhia para o plano em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 foram de US$ 28,4, US$ 28,1 e US$ 27,8, respectivamente. 28. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 28.1. Instrumentos financeiros por categoria 31.12.2014 Em pré stimos e re ce bíve is Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos Pa ssivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 5 6 10 7 9 8 425,6 703,8 68,6 1.198,0 20 - 25 20 8 Me nsura dos a o va lor justo por m e io do re sulta do Disponíve l pa ra ve nda 1.713,0 709,6 17,9 2.440,5 Inve stim e ntos m a ntidos a té o ve ncim e nto 2,6 2,6 4,0 94,4 15,4 113,8 44,2 44,2 - - Pa ssivos m e nsura dos pe lo custo a m ortiza do - Tota l 1.713,0 756,4 425,6 703,8 68,6 17,9 3.685,3 2.507,9 1.788,7 143,6 0,2 4.440,4 2.507,9 1.792,7 238,0 0,2 15,4 4.554,2 31.12.2013 Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos Pa ssivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 28.2. 5 6 10 7 9 8 20 25 20 8 Em pré stimos e re ce bíve is 425,9 578,7 73,7 1.078,3 - Me nsura dos a o va lor justo por m e io do re sulta do Disponíve l pa ra ve nda 1.683,7 912,6 30,4 2.626,7 81,6 13,7 95,3 Inve stim e ntos m a ntidos a té o ve ncim e nto 27,7 27,7 45,0 45,0 - - Pa ssivos m e nsura dos pe lo custo a m ortiza do 2.193,6 1.806,9 211,9 0,7 4.213,1 Tota l 1.683,7 985,3 425,9 578,7 73,7 30,4 3.777,7 2.193,6 1.806,9 293,5 0,7 13,7 4.308,4 Classificação do valor justo de instrumentos financeiros O valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia foi determinado mediante informações disponíveis no mercado e com a aplicação de metodologias que a Companhia julga apropriada para melhor avaliar cada tipo de instrumento, sendo necessária a utilização de considerável julgamento na interpretação dos dados de mercado para se produzir a mais adequada estimativa do valor justo. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material nos valores estimados de realização. Os métodos abaixo foram utilizados para estimar o valor justo de cada classe de instrumento financeiro para os quais é praticável estimar-se valor justo. 64 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os valores contábeis de caixa e equivalentes de caixa, investimentos financeiros, contas a receber, outros ativos financeiros e passivo circulante se aproximam do valor justo. O valor justo dos títulos mantidos até o vencimento é estimado pela metodologia de fluxo de caixa. O valor justo das dívidas de longo prazo é baseado no valor de seus fluxos de caixa contratuais. A taxa de desconto utilizada, quando aplicável, é baseada na curva futura de mercado para o fluxo de cada obrigação. A Companhia considera “valor justo” como sendo o preço que seria recebido para vender um ativo, ou pago para liquidar um passivo, em uma transação normal entre participantes do mercado na data de medição (preço de saída). A Companhia emprega dados ou premissas de mercado que outros participantes do mercado utilizariam para determinar o preço do ativo ou passivo em questão, premissas sobre risco e os riscos inerentes nas fontes usadas na técnica de valorização. A Companhia aplica principalmente o método de mercado para valorizações recorrentes de valor justo e procura utilizar as melhores informações disponíveis. Neste sentido, a Companhia usa técnicas de valorização que maximizem o uso de fontes de informações observáveis e minimizem o uso de fontes de informações não observáveis. A Companhia classifica hierarquicamente os saldos conforme a qualidade das fontes utilizadas para gerar os preços dos valores justos. A hierarquia é composta por três níveis de valor justo conforme segue: • Nível 1 – preços cotados estão disponíveis em mercados com liquidez elevada para ativos e passivos idênticos na data das demonstrações financeiras. Mercados com liquidez elevada são aqueles nos quais transações para o ativo ou passivo em questão ocorrem com uma frequência suficiente e em volumes que permitam obter informações sobre preços a qualquer momento. O Nível 1 consiste principalmente em instrumentos financeiros tais como: derivativos, ações e outros ativos negociados em bolsas de valores. • Nível 2 – preços utilizados são diferentes dos preços cotados em mercados com liquidez elevada incluídos no Nível 1, porém que sejam direta ou indiretamente observáveis na data do reporte. Nível 2 inclui instrumentos financeiros valorizados utilizando algum tipo de modelagem ou de outra metodologia de valorização. Estes são modelos padronizados de mercado que são amplamente utilizados por outros participantes, que consideram diversas premissas, inclusive preços futuros de commodities, valores no tempo, fatores de volatilidade e preços atuais de mercado e contratuais para os instrumentos subjacentes, bem como quaisquer outras medições econômicas relevantes. Praticamente todas estas premissas podem ser observadas no mercado ao longo do prazo do instrumento em questão, derivados a partir de dados observáveis ou substanciadas por níveis que possam ser observados onde são executadas transações no mercado. Instrumentos que se enquadram nesta categoria incluem derivativos não negociados em bolsas, tais como contratos de swap ou futuros e opções de balcão. • Nível 3 – as fontes de informação sobre preços utilizados incluem fontes que geralmente são menos observáveis, mas que possam partir de fontes objetivas. Estas fontes podem ser usadas junto com metodologias desenvolvidas internamente pela Companhia, que resultem na melhor estimativa da Administração de valor justo. Na data de cada balanço, a Companhia efetua uma análise de todos os instrumentos e inclui dentro da classificação de Nível 3 todos aqueles cujo valores justos estão baseados em informações geralmente não observáveis. As tabelas a seguir apresentam a classificação dos níveis de hierarquia de valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia. A avaliação da Companhia sobre a significância de determinadas informações é subjetiva e poderá afetar a valorização do valor justo dos instrumentos financeiros, assim como sua classificação dentro dos níveis de hierarquia de valor justo. 65 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.12.2014 Va lor justo de instrum e ntos fina nce iros m ensura dos a o va lor justo por m eio do re sulta do Níve l 1 Níve l 2 Níve l 3 Tota l Va lor justo da s de m a is ca te goria s de instrume ntos fina nce iros Va lor justo Va lor contábil Nota Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financ iamento a clientes Instrumentos financ eiros derivativos 5 6 7 9 8 Pa ssivos Empréstimos e financiam entos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 232.2 0.8 233.0 1,480.8 708.8 17.9 2,207.5 4.0 4.0 15.4 15.4 20 25 20 8 94.4 94.4 1,713.0 709.6 17.9 2,440.5 46.8 425.6 703.8 68.6 1,244.8 1,713.0 756.4 425.6 703.8 68.6 17.9 3,685.3 1,713.0 756.4 425.6 703.8 68.6 17.9 3,685.3 4.0 94.4 15.4 113.8 2,507.9 1,788.7 143.6 0.2 4,440.4 2,661.5 1,792.7 238.0 0.2 15.4 4,707.8 2,507.9 1,792.7 238.0 0.2 15.4 4,554.2 31.12.2013 Valor justo de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Nível 1 Ativos Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Instrumentos financeiros derivativos Passivos Empréstimos e financiamentos Fornecedores e outras obrigações Garantias financeiras e de valor residual Obrigações de arrendamento financeiro Instrumentos financeiros derivativos 5 6 7 9 8 20 25 20 8 261.6 140.7 402.3 - Nível 2 Nível 3 1,422.1 771.9 30.4 2,224.4 - 13.7 13.7 81.6 81.6 Total Valor justo das demais categorias de instrumentos financeiros Valor justo Valor contábil 1,683.7 912.6 30.4 2,626.7 72.7 425.9 578.6 73.7 1,150.9 1,683.7 985.3 425.9 578.7 73.7 30.4 3,777.7 1,683.7 985.3 425.9 578.7 73.7 30.4 3,777.7 81.6 13.7 95.3 2,193.6 1,806.9 211.9 0.7 4,213.1 2,299.3 1,806.9 293.5 0.7 13.7 4,414.1 2,193.6 1,806.9 293.5 0.7 13.7 4,308.4 Modifica çã o de va lor justo dos pa ssivos utiliza ndo fonte s significa tiva s nã oobse rvá ve is (Nive l 3) 99,7 1,2 39,3 (58,6) 81,6 (6,3) 19,1 94,4 Sa ldo e m 31.12.2012 Ganhos (perdas) não realizadas Valor de mercado Reversão Sa ldo e m 31.12.2013 Baixas Valor de mercado Sa ldo e m 31.12.2014 28.3. Política de gestão de riscos financeiros A Companhia possui e segue uma política de gerenciamento de riscos, que orienta, em relação à contratação, e requer a diversificação das transações e contrapartes. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos, periodicamente, os limites de crédito e a qualidade do risco das contrapartes. A política de gerenciamento de risco da Companhia foi estabelecida pela Diretoria e aprovada pelo Conselho de Administração, e prevê a existência de um Comitê de Gestão Financeira. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando não têm contrapartida nas operações da Companhia e quando é 66 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma considerado necessário suportar a estratégia corporativa. Os procedimentos de controles internos da Companhia proporcionam o acompanhamento de forma consolidada dos resultados financeiros e dos impactos no fluxo de caixa. O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar informações relacionadas com o cenário econômico e seus possíveis impactos nas operações da Companhia, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco. Nas condições da política de gestão financeira, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos derivativos, com propósito de mitigar suas operações contra os riscos de flutuação na taxa de juros e de câmbio, sendo vedada a utilização desse tipo de instrumento para fins especulativos. 28.3.1. Gestão de Capital Ao administrar seu capital a Companhia busca salvaguardar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital otimizada com o objetivo de reduzir os custos. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. A Companhia busca e monitora constantemente sua liquidez e os seus níveis de alavancagem financeira, com o objetivo de mitigação de risco de refinanciamento e maximização do retorno ao acionista. A relação entre liquidez e o retorno ao acionista pode sofrer alterações conforme a Administração julgar necessária. A gestão de capital da Companhia pode sofrer alterações ao longo do tempo conforme mudança no cenário econômico ou por reposicionamento estratégico da Companhia. No período findo em 31 de dezembro de 2014, a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros era menor que o endividamento financeiro da Companhia em US$ 84,5 e em 31 de dezembro de 2013 a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros era superior ao endividamento financeiro em US$ 429,3. Do endividamento financeiro total em 31 de dezembro de 2014, 3,6% era de curto prazo (3,6% em 31 de dezembro de 2013) e o prazo médio ponderado era equivalente há 5,4 anos em 31 de dezembro de 2014 (6,3 anos em 31 de dezembro de 2013). O capital próprio representava 37,1% em 31 de dezembro de 2014 e 35,8% ao final de dezembro de 2013 do passivo total. 28.3.2. Risco de crédito O risco de crédito é o risco de uma operação negociada entre as contrapartes de não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou na negociação de venda ao cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais e nos depósitos mantidos em bancos e outros investimentos em instrumentos financeiros com instituições financeiras. • Investimentos Financeiros O risco de crédito dos saldos de caixa e dos investimentos financeiros que é administrado pela Diretoria Financeira da Companhia está de acordo com a política estabelecida. O limite de crédito das contrapartes é revisado diariamente com objetivo de minimizar a concentração de riscos mitigando assim prejuízos financeiros numa eventual falência de contraparte. O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar as operações realizadas com contrapartes. 67 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Contas a receber A Companhia pode incorrer em perdas com valores a receber oriundos de faturamentos de peças de reposição e serviços. Para reduzir esse risco, é realizada constantemente a análise de crédito dos clientes. Quanto às contas a receber oriundas de faturamento de aeronaves, a Companhia pode incorrer em risco de crédito, enquanto a estruturação de financiamento não for finalizada. Para minimizar esse risco de crédito, a Companhia atua com instituições financeiras com o objetivo de agilizar a estruturação dos financiamentos. Para fazer face às possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas provisões, cujo montante é considerado suficiente pela Administração, para a cobertura de eventuais perdas com a realização dos ativos. As tabelas a seguir demonstram a classificação do risco de crédito da respectiva contraparte dos instrumentos financeiros (inclusive caixa) e demais ativos financeiros mantidos pela Companhia. a) Risco de crédito para contraparte com avaliação externa Caixa e equivalentes de caixa Investimentos financeiros Instrumentos financeiros derivativos 12.31.2014 1.713,0 756,4 17,9 2.487,3 31.12.2013 1.683,7 985,3 30,4 2.699,4 1.598,9 49,0 60,0 779,1 0,3 2.487,3 1.344,6 123,4 115,2 1.082,4 33,8 2.699,4 Contraparte com avaliação externa: AAA AA A BBB N/D (*) (*) N/D – Não disponível: sem fonte observável para avaliação de crédito. b) Risco de crédito para contraparte sem avaliação externa Contas a receber vinculadas Contas a receber de clientes, líquidas Financiamento a clientes Tota l Contraparte sem avaliação externa: Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Tota l 12.31.2014 425,6 703,8 68,6 1.198,0 31.12.2013 425,9 578,7 73,7 1.078,3 1,7 90,5 1.105,8 1.198,0 9,8 79,5 989,0 1.078,3 Grupo 1 : Novos clientes (menos de um ano) Grupo 2 : Clientes (mais de um ano) inadimplentes Grupo 3 : Clientes (mais de um ano) adimplentes 68 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 28.3.3. Risco de liquidez É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em reais e em dólares, são estabelecidas projeções baseadas em contratos e premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela Companhia, dado isso possíveis descasamentos são detectados com antecedência permitindo que a Companhia adote medidas de mitigação, sempre buscando diminuir o risco e o custo financeiro. As tabelas a seguir fornecem informações adicionais relativas aos passivos financeiros da Companhia e seus respectivos vencimentos. Fluxo de Caixa M enos de um ano Entre um e três anos Entre três e cinco anos Acima de cinco anos Em 30 de setembro de 2014 Em préstim os e financiam entos Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Garantias financeiras O utros passivos O brigações com arrendam ento financeiro T otal 3.279,9 980,6 400,0 238,0 386,1 0,3 5.284,9 195,0 980,6 10,3 29,5 85,5 0,2 1.301,1 1.079,0 328,8 42,1 118,4 0,1 1.568,4 320,5 32,1 14,8 111,4 478,8 1.685,4 28,8 151,6 70,8 1.936,6 Em 31 de dezembro de 2013 Em préstim os e financiam entos Fornecedores Dívida com e sem direito de regresso Garantias financeiras O utros passivos O brigações com arrendam ento financeiro T otal 3.003,8 1.013,6 400,2 293,5 355,2 0,8 5.067,1 176,6 1.013,6 12,1 35,1 19,3 0,5 1.257,2 1.167,4 317,3 26,2 105,7 0,3 1.616,9 182,9 27,5 23,2 149,8 383,4 1.476,9 43,3 209,0 80,4 1.809,6 A tabela acima mostra o valor de principal do passivo e juros quando aplicáveis na data de seus respectivos vencimentos. Para os passivos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato e para passivos com taxas flutuantes. As despesas de juros foram calculadas com base na previsão de mercado para cada período (exemplo: Libor 6m – 12m). 28.3.4. Risco de mercado a) Risco com taxa de juros Consiste na possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros fazendo com que aumentem as despesas financeiras relativas a passivos sujeitos a juros flutuantes, que reduzam os rendimentos dos ativos sujeitos a juros flutuantes e/ou quando da flutuação do valor justo na apuração de preço de ativos ou passivos, que estejam marcados a mercado, e que sejam corrigidos com taxas pré-fixadas. As principais linhas das demonstrações financeiras sujeitas a risco com taxa de juros são: • Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financeiros – Como parte da política de gerenciamento do risco de flutuação nas taxas de juros relativamente às aplicações financeiras, a Companhia mantém um sistema de mensuração de risco de mercado, utilizando o método “Value-At-Risk – VAR”, que compreende uma análise conjunta da variedade de fatores de risco que podem afetar a rentabilidade dessas aplicações. As receitas financeiras apuradas no período já refletem o efeito de marcação a mercado dos ativos que compõem as carteiras de investimento no Brasil e no exterior. 69 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Empréstimos e financiamentos – A Companhia tem pactuado contratos de derivativos para fazer proteção contra o risco de flutuação nas taxas de juros em algumas operações e, além disso, monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Em 31 de dezembro de 2014, o caixa, equivalentes de caixa, investimentos financeiros e os empréstimos e financiamentos da Companhia, estavam indexados como segue: Se m e fe ito dos de riva tivos Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financ eiros Empréstimos e financiamentos Com e fe ito dos de riva tivos Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financ eiros Pré -Fix a do Va lor Pós-Fix a do % Va lor Tota l % Va lor % 853,8 34,58% 1.615,6 65,42% 2.469,4 100,00% 2.287,0 91,18% 221,1 8,82% 2.508,1 100,00% Pré -Fix a do Va lor 853,7 Pós-Fix a do % Va lor 34,57% Tota l % 1.615,7 Va lor 65,43% % 2.469,4 100,00% Empréstimos e financiamentos 1.617,0 64,47% 891,1 35,53% 2.508,1 100,00% Em 31 de dezembro de 2014, os equivalentes de caixa e financiamentos pós-fixados da Companhia estavam indexados como segue: Se m e fe ito dos de riva tivos Am ount % Equivalentes de caixa e investimentos financeiros CDI Libor Empréstimos e financiamentos TJLP Libor CDI Com e fe ito dos de riva tivos Am ount % 1.615,6 1.386,0 229,6 100,00% 85,79% 14,21% 1.615,6 1.386,0 229,6 100,00% 85,79% 14,21% 221,1 44,0 177,0 0,1 100,00% 19,90% 80,05% 0,05% 891,1 44,0 160,4 686,7 100,00% 4,94% 18,00% 77,06% b) Risco com taxa de câmbio A Companhia adota o dólar como moeda funcional de seus negócios. Como consequência, as operações da Companhia expostas ao risco de variação cambial são, majoritariamente, as operações denominadas em reais (custo de mão de obra, teses tributárias, despesas no Brasil, aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos denominados em reais), bem como os ativos e passivos em sociedades controladas e coligadas em moedas diferentes das suas respectivas moedas funcionais. A política de proteção de riscos cambiais sobre posições ativas e passivas, adotada pela Companhia, está substancialmente baseada na busca pela manutenção do equilíbrio de ativos e passivos sujeitos à variação cambial indexados em cada moeda e na gestão diária das operações de compra e venda de moeda estrangeira visando assegurar que, na realização das transações contratadas, esse hedge natural efetivamente se materialize. Essa política minimiza o efeito da variação cambial sobre ativos e passivos já contratados, mas não protege o risco de flutuação dos resultados futuros em função da apreciação ou depreciação do real que pode, quando medida em dólares, apresentar um aumento ou redução da parcela de custos denominados em real. A Companhia, em determinadas condições de mercado, pode decidir proteger possíveis descasamentos futuros de despesas ou receitas em outras moedas com o intuito de minimizar a variação cambial futura implícita no resultado da empresa. Para minimizar o risco cambial sobre os direitos e obrigações denominadas em moedas diferentes da moeda funcional a Companhia pode controlar operações com instrumentos derivativos, como por exemplo, mas não limitado, swaps, opções cambiais e Non-Deliverable Forward (NDF) (Nota 8). 70 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma sem efeito das operações de derivativos Em préstim os e financiam entos: Real Dólar Euro Fornecedores: Real Dólar Euro Outras m oedas Total (1) Caixa, equivalentes financeiros: Real Dólar Euro Outras m oedas de caixas Contas a Receber: Real Dólar Euro Outras m oedas Total (2) Exposição líquida (1 - 2): Real Dólar Euro Outras m oedas e com efeito das operações de derivativos 12.31.2014 31.12.2013 12.31.2014 31.12.2013 838,7 1.587,0 82,4 2.508,1 660,3 1.457,5 76,5 2.194,3 838,7 1.587,0 82,4 2.508,1 660,3 1.457,5 76,5 2.194,3 114,7 770,1 95,2 0,6 980,6 3.488,7 84,2 815,5 110,6 3,3 1.013,6 3.207,9 114,7 770,1 95,2 0,6 980,6 3.488,7 84,2 815,5 110,6 3,3 1.013,6 3.207,9 1.392,3 1.011,8 11,0 54,3 2.469,4 1.269,7 1.339,3 21,4 38,6 2.669,0 1.392,3 1.011,8 11,0 54,3 2.469,4 1.269,7 1.339,3 21,4 38,6 2.669,0 78,0 508,0 116,8 1,0 703,8 3.173,2 43,1 390,3 144,3 1,0 578,7 3.247,7 78,0 508,0 116,8 1,0 703,8 3.173,2 43,1 390,3 144,3 1,0 578,7 3.247,7 investim entos (516,9) 837,3 49,8 (54,7) (568,3) 543,4 21,4 (36,3) (516,9) 837,3 49,8 (54,7) (568,3) 543,4 21,4 (36,3) A Companhia possui outros ativos e passivos que também estão sujeitos à variação cambial e não foram incluídos na nota acima, porém são utilizados para minimizar a exposição nas moedas apresentadas. 28.4. Análise de sensibilidade Nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução nº 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de variação positiva e negativa na variável de risco considerada apresenta-se, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, que descreve os efeitos sobre as variações monetárias e cambiais, bem como sobre as receitas e despesas financeiras apuradas sobre os saldos contábeis registrados em 31 de dezembro de 2014 caso tais variações no componente de risco identificado ocorressem. Entretanto, simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variabilidade do fator de risco em análise. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir. 28.4.1. Metodologia utilizada A partir dos saldos dos valores expostos e assumindo que os mesmos se mantenham constantes, apura-se o diferencial de juros e de variação cambial para cada um dos cenários projetados. Na avaliação dos valores expostos ao risco de taxa de juros, consideram-se apenas os riscos para as demonstrações financeiras, ou seja, não foram incluídas as operações sujeitas à juros pré-fixados. O cenário 71 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma provável está baseado nas expectativas da Companhia para cada uma das variáveis indicadas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes na data das demonstrações financeiras. Para análise de sensibilidade dos contratos de derivativos as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre a curva de mercado (BM&FBOVESPA) vigente na data das demonstrações financeiras. 28.4.2. Fator de risco juros Va ria çõe s Adiciona is no Sa ldo Contá bil (*) Fa tor de Risco Equivalentes de caixa e investimentos financeiros Empréstimos e financiamentos Impacto Líquido CDI CDI CDI Equivalentes de caixa e investimentos financeiros Empréstimos e financiamentos Impacto Líquido Va lore s Ex postos e m 31.12.2014 -50% Ce ná rio Prová ve l -25% 1.386,0 0,1 1.385,9 (80,2) (80,2) (40,1) (40,1) LIBOR LIBOR LIBOR 229,6 177,0 52,6 (0,3) 0,2 (0,1) Empréstimos e financiamentos Impacto Líquido TJLP TJLP 44,0 (44,0) Taxas Consideradas Taxas Consideradas Taxas Consideradas CDI LIBOR TJLP 11,57% 0,26% 5,00% +25% +50% 11,5 11,5 40,1 40,1 80,2 80,2 (0,1) 0,1 - 0,1 (0,1) - 0,1 (0,1) - 0,3 (0,2) 0,1 1,1 1,1 0,6 0,6 (0,2) (0,2) (0,6) (0,6) (1,1) (1,1) 5,79% 0,09% 2,50% 8,68% 0,19% 3,75% 12,40% 0,31% 5,50% 14,46% 0,32% 6,25% 17,36% 0,38% 7,50% (*) As variaç ões pos itivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2014 28.4.3. Fator de risco câmbio Va ria çõe s Adiciona is no Sa ldo Contá bil (*) Fa tor de Risco Ativos Caixa, equivalentes de caixa e investimentos financeiros Demais Ativos Passivos Empréstimos e financiamentos Demais Passivos Total Líquido Va lore s Ex postos e m 31.12.2014 -50% -25% Ce ná rio Prová ve l +25% +50% 1.695,5 847,7 423,9 (15,2) (423,9) (847,7) BRL BRL 1.392,3 303,2 696,1 151,6 348,1 75,8 (12,5) (2,7) (348,1) (75,8) (696,1) (151,6) BRL BRL 1.659,1 838,7 820,4 36,4 (829,5) (419,3) (410,2) 1.677,2 (414,8) (209,7) (205,1) 838,7 14,9 7,5 7,4 (30,1) 414,8 209,7 205,1 (838,7) 829,5 419,3 410,2 (1.677,2) 2,6562 1,3281 Taxa de Câmbio Considerada 1,9922 2,6800 3,3203 3,9843 (*) As variaç ões pos itivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2014 28.4.4. Contratos derivativos Va ria çõe s Adiciona is no Sa ldo Contá bil (*) Fa tor de Risco Va lore s Ex postos e m 31.12.2014 -50% -25% Ce ná rio Prová ve l +25% +50% Swap Juros Swap Juros - Designado como Hedge de Valor Justo Swap Juros Hedge Designado - Fluxo de Caixa Opção de Conversão de Ações Outros derivativos Total LIBOR CDI CDI US$/R$ Preço-objeto Preço-objeto 17,4 (1,8) (8,1) (3,6) (1,1) (0,3) 2,5 3,2 12,6 18,6 148,7 64,2 4,3 251,6 1,6 5,9 8,9 38,6 20,1 1,7 76,8 (1,3) (1,6) (2,4) (0,4) (0,2) 0,4 (5,5) (1,5) (5,3) (8,3) (36,8) (13,0) (0,4) (65,3) (3,0) (10,1) (16,0) (132,4) (48,4) (1,0) (210,9) Taxas Consideradas Taxas Consideradas Taxas Consideradas Preço-objeto Considerado LIBOR CDI US$/R$ Preço-objeto 0,26% 11,57% 2,6562 1,21 0,13% 5,79% 1,3281 0,60 0,19% 8,68% 1,9922 0,91 0,31% 12,40% 2,6800 1,20 0,32% 14,46% 3,3203 1,51 0,38% 17,36% 3,9843 1,81 (*) As variaç ões pos itivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2014 72 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 28.4.5. Garantia de valor residual As garantias de valor residual são contabilizadas de forma semelhante aos instrumentos financeiros derivativos. A partir dos contratos vigentes de garantia de valor residual, apuramos a variação dos valores com base em avaliações de terceiros (appraisers). O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para registro das provisões em bases estatísticas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as avaliações de terceiros na data das demonstrações financeiras. Va ria çõe s Adiciona is no Sa ldo Contá bil Va lore s Ex postos e m 31.12.2014 Garantia de Valor Residual Total 94,4 94,4 -50% (163,2) (163,2) -25% (89,6) (89,6) Ce ná rio Prová ve l (0,8) (0,8) +25% +50% 60,1 60,1 84,9 84,9 Sempre que for detectada a insuficiência da provisão atual para fazer frente ao provável exercício futuro destas garantias, a provisão é complementada a fim de apresentar a posição adequada de exposição da Companhia ao final do período. 29. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 29.1. Capital social O capital social autorizado está dividido em 1.000.000.000 de ações ordinárias. Em 31 de dezembro de 2014 o capital social da Controladora, subscrito e integralizado, totalizava US$ 1.438,0, representado por 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal, das quais 5.494.583 ações encontram-se em tesouraria. 29.2. Ação ordinária especial A União Federal detém uma ação ordinária especial (golden share), com mesmo direito de voto dos outros acionistas detentores de ações ordinárias, porém com direitos especiais conforme descrito no Artigo 9º do Estatuto Social. A ação ordinária de classe especial confere à União poder de veto nas seguintes matérias: I - Mudança de denominação da Companhia ou de seu objeto social; II - Alteração e/ou aplicação da logomarca da Companhia; III - Criação e/ou alteração de programas militares, que envolvam ou não a República Federativa do Brasil; IV - Capacitação de terceiros em tecnologia para programas militares; V - Interrupção de fornecimento de peças de manutenção e reposição de aeronaves militares; VI - Transferência do controle acionário da Companhia; VII - Quaisquer alterações: (i) às disposições deste artigo 9, do art. 4, do caput do art. 10, dos arts. 11, 14 e 15, do inciso III do art. 18, dos parágrafos 1º e 2º do art. 27, do inciso X do art. 33, do inciso XII do art. 39 ou do Capítulo VII; ou ainda (ii) de direitos atribuídos pelo Estatuto à ação de classe especial. 73 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 29.3. Ações em tesouraria Ações ordinárias adquiridas até 4 de abril de 2008, com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital de giro. Esta operação foi realizada conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 7 de dezembro de 2007 e correspondem a 5.494.583 ações ordinárias e US$ 60,1 em 31 de dezembro de 2014, as quais perdem direitos políticos e econômicos durante o período em que são mantidas em tesouraria. Valor (US$ mil) No início do exercício Utilizadas no exercício do plano de rem uneração em ações (i) Em 31 de Dezem bro de 2014 103,8 (43,7) 60,1 Quantidade de Valor por ações ação (USD) 9.496.000 (4.001.417) 5.494.583 10,94 10,94 10,94 (i) Ações utilizadas no exercício de outorga previsto pelo “Programa para a outorga de opções de compra de ações”, destinado a diretores e empregados da Companhia conforme Nota 30. Em 31 de dezembro de 2014, o valor de mercado das ações em tesouraria era de US$ 50,6 (31 de dezembro de 2013 eram US$ 76,4). 29.4. Reserva de subvenção para investimentos Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações (alteração introduzida pela Lei 11.638 de 2007), essa reserva corresponde à apropriação da parcela de lucros acumulados decorrente das subvenções governamentais recebidas pela Companhia, as quais não podem ser distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, reconhecidas no resultado do exercício na mesma rubrica dos investimentos realizados. Essas subvenções não incorporam a base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 29.5. Reserva legal Constituída anualmente com destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social ou 30% no somatório dessa reserva e reservas de capital. 29.6. Juros sobre o capital próprio Os juros sobre capital próprio, aprovados ou pagos durante os períodos trimestrais são tratados como uma antecipação dos dividendos obrigatórios, sendo ajustados no último trimestre do ano para totalizar uma distribuição de 25% do resultado anual conforme previsto no estatuto. • Em reunião realizada dia 13 de março de 2014, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 1º trimestre de 2014, no valor de US$ 16,2, correspondendo a R$ 0,02 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 09 de abril de 2014. • Em reunião realizada dia 10 de junho de 2014, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 2º trimestre de 2014, no valor de US$ 16,7, correspondendo a R$ 0,02 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 17 de julho de 2014. • Em reunião realizada dia 11 de setembro de 2014, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 3º trimestre de 2014, no valor de US$ 14,9, correspondendo a R$ 0,02 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 10 de outubro de 2014. 74 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Em reunião realizada dia 04 de dezembro de 2014, o Conselho de Administração da Embraer S.A. aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio referente ao 4º trimestre de 2014, no valor de US$ 33,1, correspondendo a US$ 0,05 por ação. O pagamento de juros sobre o capital próprio está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 09 de janeiro de 2015. Os juros sobre capital próprio, aprovados ou pagos durante os períodos trimestrais são tratados como uma antecipação dos dividendos obrigatórios, sendo ajustados no último trimestre do ano para totalizar uma distribuição de 25% do resultado anual conforme previsto no estatuto. 29.7. Dividendos propostos A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária, calculada nos termos da Lei das Sociedades por Ações, é assim demonstrada: 31.12.2014 796,1 (1,6) (39,8) 754,7 188,7 Lucro líquido da Controladora de acordo com o IFRS Subvenções Reserva legal Dividendos m ínim os obrigatórios (25%) 31.12.2013 777,7 (6,2) (38,9) 732,6 183,2 31.12.2012 697,8 (8,0) (34,9) 654,9 163,7 Juros sobre o capital próprio, líquido do im posto de renda retido na fonte Dividendos propostos Juros sobre o capital próprio, excedente ao m ínim o obrigatório 172,6 16,1 188,7 134,2 49,0 183,2 133,7 30,1 163,7 Pagam entos efetuados Rem uneração total dos Rem uneração total dos Rem uneração total dos Rem uneração total dos (95,8) 92,9 0,1 92,9 35,0 (76,6) 106,6 0,1 106,7 45,5 (101,8) 61,9 0,2 62,2 30,4 29.7.1 no exercício acionistas do exercício em aberto acionistas de exercícios anteriores em aberto acionistas - em m ilhões de Reais acionistas - em m ilhões de US$ Reserva para investimentos e de capital de giro Esta reserva tem a finalidade de: (i) assegurar recursos para investimentos em bens do ativo permanente, sem prejuízo de retenção de lucros nos termos do artigo 196 da Lei 6.404/76; (ii) reforço de capital de giro; (iii) ser utilizada em operações de resgate, reembolso ou aquisição de ações do capital da Companhia e (iv) pode ser distribuída aos acionistas da Companhia. 29.7.2 Ajustes de avaliação patrimonial Compreendem os seguintes ajustes: • Ajuste acumulado de conversão: refere-se às variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras da moeda funcional para a moeda de apresentação destas demonstrações financeiras (Real) e as variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das controladas para a moeda funcional da Controladora (Dólar); • Outros resultados abrangentes: referem-se aos ganhos (perdas) atuariais não realizados decorrentes dos planos de benefícios médicos patrocinados pela Companhia, variação do valor justo de instrumentos financeiros disponíveis para venda e resultado na aquisição de participação de não controladores. 30. REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES Em fevereiro de 2014, o Conselho de Administração aprovou a revisão da Política de Remuneração Executiva (PRE), aplicável a todos os diretores estatutários e demais executivos da Companhia. Entre os elementos da remuneração dos executivos encontra-se os Incentivos de Longo Prazo (ILP) que tem como objetivos principais 75 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (i) manter e atrair para a Companhia pessoal altamente qualificado, (ii) assegurar às pessoas que possam contribuir para o melhor desempenho da Companhia o direito de participar do resultado de sua contribuição, (iii) além de assegurar a continuidade da administração da Companhia alinhando os interesse dos executivos com os dos acionistas. Atualmente a Companhia possui duas modalidades de ILP: opções de ações e ações virtuais. 30.1. Opções de ações Programa para a outorga de opções de compra de ações, destinado a executivos da Companhia ou de suas controladas cujo direito de exercício das opções se dá de duas formas: outorgas concedidas até 2011: I) 20% após 1º ano, II) 30% após o 2º ano e III) 50% após o 3º ano, e outorgas concedidas a partir de 2012: I) 33% após 3º ano, II) 33% após o 4º ano e III) 34% após o 5º ano, todas em relação à data da outorga de cada opção. O preço de exercício de cada opção é definido na data da outorga de opção pela média ponderada da cotação dos últimos sessenta pregões, podendo ser ajustados em até 30% para anular eventuais movimentos especulativos. O participante terá um prazo máximo para exercício da opção de cinco anos para outorgas concedidas até 2011 e sete anos para as demais, iniciado a partir da data da outorga. Segue a composição das outorgas concedidas: Qua ntida de de a çõe s Outorga s Outorgas Outorgas Outorgas Outorgas Outorgas Outorgas conc edidas conc edidas conc edidas conc edidas conc edidas conc edidas em em em em em em 30.04.2010 18.01.2011 16.03.2011 23.01.2012 20.03.2013 25.04.2013 Posiçã o e m 31 de De ze m bro de 2014 (i) 30.2. Ex e rcício (i) Ca nce la m e ntos (ii) Opçõe s de a çõe s e m circula çã o Opçõe s de a çõe s e x e rcíve is 6.510.000 6.345.000 150.000 4.860.000 4.494.000 584.400 (5.907.000) (5.118.418) (150.000) (130.000) - (528.000) (796.000) (630.000) (549.000) (584.400) 75.000 430.582 4.100.000 3.945.000 - 75.000 430.582 - 22.943.400 (11.305.418) (3.087.400) 8.550.582 505.582 P re ço m é dio Pre ço m é dio de e x e rcício de e x e rcício (R$) (US$) 10,19 12,05 12,89 11,50 15,71 16,81 5,89 7,20 7,73 6,56 7,91 7,93 Os cancelamentos referem-se a ações outorgadas a diretores ou empregados desligados da Companhia. Adicionalmente, em 16 de abril de 2014, ocorreu o cancelamento das outorgas concedidas aos membros do Conselho de Administração, com pagamento de indenização a ser realizado aos participantes do plano. Ações virtuais Modelo baseado na outorga de ações virtuais destinadas a diretores e gerentes e tem por objetivo principal manter e atrair para a Companhia e suas controladas pessoal altamente qualificado além de assegurar a continuidade da administração e alinhar os interesses dos diretores e pessoas chave da Companhia e das controladas com os interesses dos acionistas da Companhia. O valor do ILP será convertido pela cotação média das ações da Companhia nos últimos trinta pregões determinando a quantidade de ações virtuais atribuída a cada participante dividida em duas classes, sendo 50% na forma de ações virtuais restritas e 50% na forma de ações virtuais de performance. A Companhia procederá ao pagamento do ILP convertendo a quantidade de ações virtuais para reais pela cotação média (ponderada pelo volume de negociação) das ações da Companhia dos últimos 10 pregões sendo: • Ações virtuais restritas: (i) 33% no terceiro aniversário da Data de Concessão; (ii) 33% no quarto aniversário da Data de Concessão, e (iii) 34% no quinto aniversário da Data de Concessão e; • Ações virtuais de performance em 100% de seu montante no terceiro aniversário da Data de Concessão, desde que o valor econômico agregado (Economic Value Added - EVA) acumulado nos três exercícios sociais imediatamente anteriores seja positivo. Aos valores resultantes das conversões das ações virtuais, serão somados os valores equivalentes aos dividendos e juros sobre o capital próprio efetivamente distribuídos pela Companhia durante o período de aquisição. 76 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O valor justo das ações virtuais é determinado com base na cotação média (ponderada pelo volume de negociação) das ações da Companhia dos últimos 10 pregões anteriores ao encerramento do período, aplicada sobre a quantidade de ações virtuais atribuídas a cada participante proporcionalmente ao período de aquisição incorrido. • Em 25 de fevereiro de 2014, foram outorgadas um valor de ILP totalizando US$ 13,0, equivalente a 1.570.698 ações virtuais, cujo valor justo em 31 de dezembro de 2014 totalizava US$ 4,0, equivalente a 170.486 ações virtuais. 31. LUCRO POR AÇÃO 31.1. Básico O lucro por ação é calculado mediante a divisão do lucro líquido do exercício pela quantidade média de ações ordinárias existentes durante o exercício, excluindo as ações adquiridas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. Lucro atribuível aos acionistas da Companhia Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares Lucro básico por ação (em Reais) 31.2. 31.12.2014 334,7 31.12.2013 342,0 31.12.2012 347,8 733.677 729.001 725.023 0,4562 0,4691 0,4797 Diluído O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas. A Companhia tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais diluídas, sendo elas opções de compra de ações. Para estas opções de compra de ações, é feito um cálculo para determinar a quantidade de ações que poderiam ter sido adquiridas pelo valor justo (determinado como o preço médio de mercado da ação da Companhia), com base no valor monetário dos direitos de subscrição vinculados às opções de compra de ações em circulação. A quantidade de ações, calculada conforme descrito anteriormente, é comparada com a quantidade de ações emitidas pressupondo-se o exercício das opções de compra das ações. 31.12.2014 334,7 31.12.2013 342,0 31.12.2012 347,8 Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares Média ponderada do número de ações (em milhares) - diluído (i) 733.677 3.786 729.001 4.795 725.023 2.708 Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por ação – milhares 737.463 733.796 727.731 0,4538 0,4661 0,4780 Lucro atribuível aos acionistas da Companhia Lucro básico por ação (em Reais) (i) Refere-se ao efeito dilutivo potencial das opções em 31 de dezembro de 2014. Não foram identificados efeitos potencialmente antidilutivos referente às ações de nosso plano de opções de ações, em 31 de dezembro de 2014. 32. RECEITAS (DESPESAS) POR NATUREZA A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado do exercício por função. A seguir apresenta o detalhamento dos custos e despesas por natureza: 77 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 Conform e de m onstra çã o de re sulta do: 6.288,8 6.235,0 6.167,0 Re sulta do ope ra ciona l (5.038,3) (207,5) (419,9) (47,1) (32,6) (0,1) 543,3 (4.818,9) (210,5) (454,4) (74,7) 36,9 713,4 (4.676,6) (279,2) (480,4) (77,3) (42,8) 1,2 611,9 Re ce ita s (de spe sa s) por na ture za : Receita de produtos Receita de serviços Dedução de vendas Material Depreciação Amortização Despesa com pessoal Despesa com comercialização Outras receitas (despesas), líquidas Re sulta do ope ra ciona l 5.310,1 1.102,4 (123,7) (4.752,0) (168,9) (117,4) (320,3) (82,2) (304,7) 543,3 5.399,7 955,4 (120,1) (4.528,3) (145,8) (144,8) (340,0) (113,3) (249,4) 713,4 5.435,1 799,8 (67,9) (4.397,8) (139,9) (138,9) (369,4) (138,3) (370,8) 611,9 Receitas líquidas Custo dos produtos e serviços vendidos Administrativas Comerciais Pesquisa Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas Equivalência patrimonial 33. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS 31.12.2014 29,1 28,2 14,5 12,3 12,1 7,3 (0,2) (2,1) (4,0) (4,6) (4,6) (5,2) (10,4) (12,1) (16,8) (21,4) (37,6) (17,1) (32,6) O brigações de benefícios pós em prego (i) Garantias financeiras adicionais (ii) Multas contratuais (iii) Royalties Ressarcim ento de despesas Vendas diversas Manutenção de aeronaves de terceiros Resultado na baixa de ativos Parcelamento Refis Despesas Pré-operacionais Provisão Ambiental Provisões para contingências Manutenção e custo de voo das aeronaves - frota Modificação de produtos Normas de segurança de voo Redução ao valor recuperável dos ativos Treinam ento e Desenvolvimento Gastos com projetos sistêm icos Projetos Corporativos Impostos sobre outras saídas O utras 31.12.2013 152,7 38,0 11,5 11,0 6,4 (1,0) (3,5) (37,0) (1,4) (5,3) (14,9) (2,9) (3,7) (3,8) (14,2) (14,1) (17,6) (11,4) (30,8) (21,1) 36,9 31.12.2012 (24,7) 32,0 8,9 10,8 7,3 (11,5) 12,0 (4,7) (4,4) (3,8) (9,5) (4,0) (13,9) (0,7) (20,9) (15,7) (42,8) (i) Refere-se ao reconhecimento da alteração realizada no plano de assistência médica dos funcionários assistidos pelo benefício da Companhia (Nota 27.1). (ii) Recebimento referente ao saldo remanescente do valor pago como antecipação de garantias financeiras da negociação com a American Airlines ao agente financiador da operação. 78 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii) Substancialmente composto por multas cobradas dos clientes pelo cancelamento de contratos de vendas, principalmente no segmento executivo, conforme previstos nos referidos contratos. 34. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS LÍQUIDAS 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 Re ce ita s fina nce ira s: Juros sobre caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos Juros sobre recebíveis Estruturação financeira Outras Tota l re ce ita s fina nce ira s De spe sa s fina nce ira s: Despesas com estruturação financeira IOF sobre operações financeiras Despesas com garantias de valor residual Juros sobre impostos, encargos sociais e contribuições Juros sobre financiamentos Outras Tota l de spe sa s fina nce ira s 145,9 29,1 2,6 177,6 106,1 31,9 19,8 157,8 93,2 26,6 19,1 0,2 139,1 (1,0) (3,1) (19,1) (30,1) (133,0) (7,0) (193,3) (1,9) (3,5) (79,7) (34,9) (128,3) (11,2) (259,5) (1,9) (5,3) (10,8) (113,3) (14,6) (145,9) Instrum e ntos fina nce iros de riva tivos Re ce ita s (de spe sa s) fina nce ira s líquida s 35. (8,8) 5,3 - (24,5) (96,4) (6,8) VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS LÍQUIDAS 31.12.2014 Ativa s: Adiantamentos a fornecedores Crédito de impostos Contas a receber de clientes, líquida Caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos Outras 31.12.2013 31.12.2012 (24,9) (28,5) (164,6) (26,5) (244,5) (24,2) (8,0) (189,4) (30,4) (252,0) (0,3) (16,6) (7,5) (84,8) (21,7) (130,9) Provisões para contingências Fornecedores Ganhos e perdas na conversão de subsidiárias no exterior Outras 106,8 33,4 37,2 34,4 10,8 5,6 5,6 (1,2) 109,9 (1,0) 52,5 27,5 48,6 4,6 6,6 1,4 53,2 5,9 31,8 13,8 20,2 2,9 0,1 (1,5) Va ria çõe s m one tá ria s e ca m bia is 232,6 (11,9) 250,1 (1,9) 126,4 (4,5) (3,0) (14,9) (12,7) (14,6) 13,2 8,7 Pa ssiva s: Financiamentos Contas a pagar Imposto de renda e contribuição social Provisões diversas Adiantamentos de clientes Instrum e ntos fina nce iros de riva tivos Va ria çõe s m one tá ria s e ca m bia is, líquida s 36. COOBRIGAÇÕES, RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS 36.1. Trade in A Companhia está sujeita a opções de trade in para 12 aeronaves. Em quaisquer operações de trade in a condição fundamental é a aquisição de aeronaves novas pelos respectivos clientes. O exercício de opção de trade in está vinculado ao cumprimento das cláusulas contratuais por parte dos clientes. Essas opções determinam que o preço do bem dado em pagamento poderá ser aplicado ao preço de compra de um novo modelo mais atualizado produzido pela Companhia. A Companhia continua a monitorar todos os compromissos 79 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma de trade in para antecipar-se a situações adversas. Com base nas estimativas atuais da Companhia e na avaliação de terceiros, a Administração acredita que qualquer aeronave potencialmente aceita sob trade in poderá ser vendida no mercado sem ganhos ou perdas relevantes. 36.2. Arrendamento Na Controladora os arrendamentos operacionais referem-se a equipamentos de telefonia e informática e nas controladas, referem-se a arrendamentos operacionais de terrenos e instalações, máquinas, veículos e equipamentos de informática. Em 31 de dezembro de 2014 estes valores totalizavam US$ 15,9, em 31 de dezembro de 2013 US$ 19,4 e em 31 de dezembro de 2012 US$ 16,5. Esses arrendamentos expiram em diversas datas até 2038. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía contratos de arrendamento mercantil operacional cujos pagamentos ocorrerão conforme demonstrado a seguir: Ano 2015 2016 2017 2018 Após 2018 Tota l 36.3. 17,8 14,0 9,0 6,1 30,0 76,9 Garantias financeiras A tabela a seguir fornece dados quantitativos relativos a garantias financeiras dadas pela Companhia a terceiros. O pagamento potencial máximo (exposição fora do balanço) representa o pior cenário e não reflete, necessariamente, os resultados esperados pela Companhia. Os recursos estimados das garantias de performance e dos ativos vinculados representam valores antecipados dos ativos, os quais a Companhia poderia liquidar ou receber de outras partes para compensar os pagamentos relativos a essas garantias dadas. 31.12.2014 487,6 307,5 (107,4) (156,2) 531,5 725,2 Valor máxim o de garantias financeiras Valor máxim o de garantia de valor residual Exposição mutuamente exclusiva (i) Provisões e obrigações registradas (Nota 25) Exposição fora do balanço Estimativa do desempenho da garantia e ativos vinculados 31.12.2013 545,5 359,9 (94,7) (155,3) 655,4 907,8 (i) Quando um ativo estiver coberto por garantias financeiras e de valor residual, mutuamente excludentes, a garantia de valor residual só poderá ser exercida caso a garantia financeira tenha expirado sem ter sido exercida. Caso a garantia financeira tenha sido exercida, a garantia de valor residual fica automaticamente cancelada. A exposição da Companhia é reduzida pelo fato de que, para poder se beneficiar da garantia, a parte garantida deve retornar o ativo vinculado em condições específicas de utilização. 36.4. Cobertura de Seguros A Companhia contrata diferentes tipos de apólices de seguros para proteção de seu patrimônio na ocorrência de sinistros que possam acarretar prejuízos significativos. Também são contratadas apólices para os riscos sujeitos à seguro obrigatório, seja por disposições legais ou contratuais. A Companhia e suas controladas mantêm seguro de responsabilidade civil, para suas operações no Brasil e exterior, com coberturas e condições consideradas pela Administração destas, adequadas aos riscos inerentes. 80 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Para cobertura de danos materiais sobre ativos e lucros cessantes de suas operações no Brasil e exterior, a Companhia possui assegurada a importância de US$ 6,5 bilhões. 37. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA 37.1. Pagamentos efetuados durante o exercício e transações que não afetam o caixa 31.12.2014 Pagamentos durante o exercício: Juros IR e CSLL 114,9 56,2 Transações que não envolvem o desembolso de caixa: Baixa do imobilizado pela disponibilização para venda de estoques Adições ao imobilizado pela transferência de estoques de peças reparáveis Transferência de estoque para ativo imobilizado 38. (56,6) 9,1 - 31.12.2013 130,9 68,3 (42,1) 39,9 31.12.2012 122,2 56,7 (52,5) 49,8 INFORMAÇÕES POR SEGMENTO – CONSOLIDADO A Administração determinou os segmentos operacionais da Companhia, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pelo Diretor-Presidente. O Diretor-Presidente efetua sua análise do negócio baseado no resultado consolidado da Companhia, segmentando-o sob a perspectiva geográfica, e também, sob a ótica de produto comercializado. Geograficamente, a Administração considera o desempenho do Brasil, América do Norte, América Latina, Ásia Pacífico, Europa e Outros. Sob a ótica dos produtos comercializados, a análise é efetuada considerando os seguintes segmentos: 38.1. Mercado de Aviação Comercial As atividades voltadas ao mercado de Aviação Comercial envolvem, principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos comerciais, o fornecimento de serviços de suporte, com ênfase no segmento de aviação regional e arrendamento de aeronaves. • Família ERJ 145 é integrada pelos jatos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145, certificados para operar com 37, 44 e 50 assentos, respectivamente. • Família EMBRAER 170/190 é integrada pelo EMBRAER 170, com 70 assentos, EMBRAER 175, com 76 assentos, EMBRAER 190, com 100 assentos e o EMBRAER 195, com 108 assentos. O modelo EMBRAER 170 está em operação comercial desde 2004, os modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190 começaram a operar comercialmente a partir de 2006 e o modelo EMBRAER 195 começou a operar comercialmente a partir de 2007. • E-Jets E2, a segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais é composta por três novos aviões – E175-E2 com capacidade até 88 assentos, E190-E2 até 106 assentos e E195-E2 chegando até 132 assentos. O E190-E2 deverá entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020. 38.2. Mercado de Defesa e Segurança As atividades voltadas ao mercado de Defesa e Segurança envolvem principalmente a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a modificação e o suporte para aeronaves de defesa e segurança, além de uma ampla gama de produtos e soluções integradas que incluem radares de última geração, sistemas espaciais (satélites) e avançados sistemas de informação e comunicação, como as aplicações de Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (C4ISR). 81 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A expansão e diversificação do portfólio, antes concentrado em aeronaves militares, foram possíveis devido a uma estratégia de parcerias e aquisições. Um resultado desta diversificação foi o contrato para implantação da primeira fase do projeto SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – sendo executado pelo Consórcio Tepro (formado pelas controladas Savis Tecnologia e Sistemas S.A. e Bradar Indústria S.A. – novo nome da OrbiSat Indústria S.A.), que contemplará, nesta primeira fase, o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros da fronteira entre o Mato Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia. Como um dos maiores empreendimento do gênero em execução no planeta, o objetivo do SISFRON é estender-se por toda extensão das fronteiras terrestres que unem o Brasil às nações vizinhas. O principal cliente da Companhia hoje é o Ministério da Defesa do Brasil e em particular, o Comando da Aeronáutica, embora a diversificação do portfólio tenha trazido também uma diversificação dos clientes: o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, o Ministério das Comunicações, além da crescente presença internacional de nossos produtos e soluções. Segue os principais produtos e serviços do portfólio da Defesa e Segurança: • Aeronave de Ataque Leve e Treinamento Avançado (Super Tucano) - Aeronave especialmente desenvolvida para operar em ambientes severos, sujeitos a condições extremas de temperatura e umidade, equipada com sofisticados sistemas de navegação e ataque, treinamento e simulação em voo. As aeronaves contratadas em parceria com a Sierra Nevada Corporation (SNC), pelo Governo Americano, encontram-se em produção em Jacksonville, Flórida. • Modernização de aeronaves - a empresa oferece serviços de modernização de aeronaves e possui atualmente cinco programas contratados. O primeiro programa conhecido como F-5BR, tem o foco na atualização estrutural e eletrônica do caça F-5 da Força Aérea Brasileira. O segundo programa, A-1M, consiste na modernização do AMX, jato avançado de ataque ao solo, desenvolvido e produzido por meio da cooperação entre Brasil e Itália para a FAB. O terceiro programa, contratado pela Marinha do Brasil, trata-se da incorporação de novas tecnologias como aviônica, radares, sistema de geração de energia, entre outros, na aeronave A-4 Skyhawk (designado AF-1 pelo cliente). No quarto programa, assinado com a FAB, a empresa foi contratada para fazer a modernização das aeronaves EMB 145 AEW&C. E ainda, contratada pela Força Aérea Colombiana, a Embraer realiza a modernização das aeronaves EMB 312 Tucano, no seu quinto programa em andamento. • Sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR) - baseada na plataforma do ERJ 145 inclui os modelos EMB 145 AEW&C - Alerta Aéreo Antecipado e Controle, EMB 145 Multi Intel Sensoriamento Remoto e Vigilância Ar-Terra e EMB 145 MP - Patrulha Marítima e Guerra Antisubmarino. Originalmente desenvolvida para atender ao programa SIVAM, teve versões encomendadas pelos governos da Grécia, do México e mais recentemente da Índia. • Aeronave de Transporte Tático (KC-390) - o programa KC-390 tem como escopo o desenvolvimento e produção para o Comando da Aeronáutica de 2 aeronaves protótipos para transporte militar e reabastecimento em voo. Em 2014, a FAB contratou o fornecimento de 28 unidades do cargueiro, incluindo o suporte logístico e o treinamento dos oficiais que irão operar as aeronaves. • Transporte de Autoridades e Missões Especiais - Derivadas das plataformas das aeronaves da Aviação Comercial e Executiva, são aeronaves utilizadas para transportar autoridades governamentais, como o 190PR – derivado da plataforma EMBRAER 170/190 para o transporte do Presidente da República do Brasil e membros de suas comitivas, ou para a realização de missões especiais, como a aeronave Legacy 500, contratada em 2014 pela FAB para a execução de testes em voo. • Radares - por meio da Bradar, empresa de base tecnológica especializada em desenvolver e fabricar radares para Defesa e Sensoriamento Remoto, são oferecidas soluções como os radares para artilharia antiaérea SABER M-60 para baixa altura e SABER M-200 para média altura, o radar de vigilância terrestre SENTIR M-20 para grandes áreas, o radar secundário SABER S-200 para o tráfego aéreo civil e militar, o sistema de inteligência de comunicações OMT-1 em HF e VUHF para fronteiras e o radar de abertura sintética SAR aerotransportado BradarSAR, para prestação de serviços de cartografia e monitoramento de precisão. 82 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Sistemas de sistemas - combinando as competências da Atech – Negócios em Tecnologias S.A. – e os investimentos da Embraer em desenvolvimento e integração de sistemas, a empresa possui a capacidade de oferecer um portfolio de produtos que incluem soluções de C2 e C4I, aviônicos, simuladores, sistemas de controle e sistemas de gestão e controle de tráfego aéreo. • Sistemas terrestres de Defesa - com base na sua experiência em integração de sistemas a Embraer, por meio da sua coligada Savis, é responsável pelo desenvolvimento, projeto, certificação, integração e implementação de sistemas e serviços para monitoramento e controle de fronteiras e proteção de infraestruturas críticas. • Aeronaves não tripuladas: a Harpia Sistemas – empresa formada pela Embraer, AEL Sistemas (subsidiária do grupo israelense Elbit) e Avibrás – desenvolve as atividades de marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, manufatura, venda e pós-venda de sistemas não tripulados. • Satélite: a Visiona Tecnologia Espacial - empresa formada pela Embraer e Telebrás – foi contratada para o fornecimento a integração do sistema do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicação (SGDC), além da absorção de tecnologia, marcando a presença da Embraer neste segmento de mercado. • Serviços e Suporte - em adição a sua experiência de propor soluções de suporte ao cliente aos produtos desenvolvidos pela Embraer, a Ogma oferece serviços de MRO (Maintenance, Repair and Overhaul) para uma carteira diversificada de aeronaves comerciais, executivas, de defesa, helicópteros e motores. Ainda, executa a fabricação e montagem de diversos componentes e estruturas aeronáuticas metálicas e em compósito, para diversos fabricantes de aeronaves. 38.3. Mercado de Aviação Executiva As atividades voltadas ao mercado de Aviação Executiva envolvem principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos executivos e o fornecimento de serviços de suporte relacionados com esse segmento de mercado, bem como arrendamento de aeronaves. • Legacy 600 e Legacy 650 – jatos executivos das categorias super midsize e large cujas entregas começaram em 2002 e 2010, respectivamente. • Legacy 450 e Legacy 500 - jatos executivos das categorias midlight e midsize. • Jatos Phenom – jatos executivos das categorias entry level e light e integrada pelos modelos Phenom 100, cujas primeiras unidades foram entregues em 2008 e Phenom 300 com entregas iniciadas em 2009. • Lineage 1000 – jato executivo da categoria ultra-large. As entregas deste modelo iniciaram em 2009. 38.4. Outros As atividades deste segmento referem-se ao fornecimento de partes estruturais e sistemas hidráulicos e produção de aviões agrícolas pulverizadores. • Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2014: 83 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Avia çã o Com e rcia l Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto M argem bruta % Receitas (despesas) operacionais Resultado ope ra ciona l Avia çã o Exe cutiva De fesa Outros Nã o Se gm e ntado 3.163,3 1.456,4 1.591,5 77,6 - 6.288,8 (2.542,2) (1.158,9) (1.299,6) (37,6) - (5.038,3) 621,1 297,5 291,9 40,0 20,4% 18,3% 51,5% - 1.250,5 19,6% (321,2) 299,9 (148,0) 149,5 (229,6) 62,3 (8,4) 31,6 - Receitas (despesas) financeiras, líquidas V ariações monetárias e cam biais, líquidas Lucro a nte s do im posto Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido do ex e rcício • Tota l 19,9% (707,2) 543,3 (24,5) (14,9) (24,5) (14,9) 503,9 (156,2) (156,2) 347,7 Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2014: Avia çã o Com e rcia l 2.065,0 624,7 155,4 64,7 73,9 179,6 3.163,3 América do Norte Europa Ásia Pacífico América Latina, exceto Brasil Brasil Outros Tota l Avia çã o Ex e cutiva De fe sa 199,5 100,0 78,5 47,3 1.004,5 26,6 1.456,4 739,3 168,4 353,3 110,7 207,1 12,7 1.591,5 Outros Tota l 53,6 3,9 0,1 20,0 77,6 3.057,4 897,0 587,3 222,7 1.305,5 218,9 6.288,8 • Ativos consolidados por segmentos em 31 de dezembro de 2014: Avia çã o Com e rcia l Contas a Receber A tivo Imobiliz ado A tivo Intangível Tota l • De fe sa e Se gura nça 145,3 893,8 242,0 1.281,1 Avia çã o Ex e cutiva 515,8 382,2 898,0 Outros 28,7 747,1 836,3 1.612,1 Nã o Se gm e nta do 14,0 2,7 89,6 106,3 93,0 93,0 Tota l 703,8 2.025,8 1.260,9 3.990,5 Ativos consolidados por região em 31 de dezembro de 2014: Am é rica do Norte Contas a Receber Ativo Imobilizado Ativo Intangível Tota l 78,1 352,8 12,7 443,6 84 Europa 384,5 665,9 3,0 1.053,4 Ásia Pa cífico 8,8 55,6 0,1 64,5 Bra sil 232,4 951,5 1.245,1 2.429,0 Tota l 703,8 2.025,8 1.260,9 3.990,5 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2013: Avia çã o Com e rcia l Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto M argem bruta % Receitas (despesas) operacionais Resultado ope ra ciona l Avia çã o Exe cutiva De fesa Outros 3.307,0 (2.532,6) 774,4 1.196,9 (951,2) 245,7 1.644,5 (1.284,7) 359,8 86,6 (50,4) 36,2 23,4% 20,5% 21,9% 41,8% (272,3) 502,1 (154,1) 91,6 (262,8) 97,0 (13,5) 22,7 Nã o Se gm e ntado - 6.235,0 (4.818,9) 1.416,1 22,7% - Receitas (despesas) financeiras, líquidas V ariações monetárias e cam biais, líquidas Lucro a nte s do im posto Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido do pe ríodo • Tota l (702,7) 713,4 (96,4) (14,6) (96,4) (14,6) 602,4 (256,4) (256,4) 346,0 Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2013: Avia çã o Com e rcia l 1.089,4 916,4 546,3 457,9 103,5 193,5 3.307,0 América do Norte Europa Ásia Pacífico América Latina, exceto Brasil Brasil Outros Tota l Avia çã o Ex e cutiva De fe sa 26,4 166,9 71,0 16,3 848,5 67,8 1.196,9 632,2 290,6 336,6 6,3 357,7 21,1 1.644,5 Outros Tota l 59,7 26,9 86,6 1.807,7 1.373,9 953,9 480,5 1.336,6 282,4 6.235,0 • Ativos consolidados por segmentos em 31 de dezembro de 2013: Avia çã o Com e rcia l Contas a Receber A tivo Imobiliz ado A tivo Intangível Tota l • De fe sa e Se gura nça 142,0 885,5 218,2 1.245,7 Avia çã o Ex e cutiva 384,8 353,4 0,8 739,0 Outros 33,0 718,5 731,4 1.482,9 Nã o Se gm e nta do 18,9 35,9 80,5 135,3 78,2 78,2 Tota l 578,7 1.993,3 1.109,1 3.681,1 Ativos consolidados por região em 31 de dezembro de 2013: Contas a Receber Ativo Imobilizado Ativo Intangível Tota l Am é rica do Norte 62,6 335,6 10,9 409,1 85 Europa 341,1 732,1 4,1 1.077,3 Ásia Pa cífico 7,4 58,2 0,2 65,8 Bra sil 167,6 867,4 1.093,9 2.128,9 Tota l 578,7 1.993,3 1.109,1 3.681,1 Embraer S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2012: Avia çã o Com e rcia l Receita líquida Custo dos produtos e serviços vendidos Lucro bruto M argem bruta % Receitas (despesas) operacionais Resultado ope ra ciona l Avia çã o Exe cutiva De fesa Outros 3.755,4 (2.809,3) 946,1 1.045,2 (785,5) 259,7 1.292,0 (1.035,8) 256,2 74,4 (46,0) 28,4 25,2% 24,8% 19,8% 38,2% (507,7) 438,4 (144,9) 114,8 (216,7) 39,5 (9,2) 19,2 Nã o Se gm e ntado - - Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido do pe ríodo (878,5) 611,9 (6,8) 8,7 (6,8) 8,7 613,8 (265,2) (265,2) 348,6 Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2012: Avia çã o Com e rcia l América do Norte Europa Ásia Pacífico América Latina, exceto Brasil Brasil Outros Tota l 39. 6.167,0 (4.676,6) 1.490,4 24,2% Receitas (despesas) financeiras, líquidas V ariações monetárias e cam biais, líquidas Lucro a nte s do im posto • Tota l 875,3 1.510,8 920,8 144,6 46,0 257,9 3.755,4 De fe sa 20,0 178,4 79,5 21,7 648,5 97,1 1.045,2 Avia çã o Ex e cutiva 505,9 254,6 327,4 43,3 136,8 24,0 1.292,0 Outros 47,4 0,4 26,6 74,4 Tota l 1.448,6 1.943,8 1.327,7 210,0 857,9 379,0 6.167,0 EVENTOS SUBSEQUENTES A Companhia, por meio da sua subsidiária integral ECC Leasing Co. Ltd. concluiu em Fevereiro de 2015 uma operação de monetização de 12 aeronaves que eram objeto de contratos de arrendamento em 31 de Dezembro de 2014 e eram apresentadas no ativo imobilizado pelo valor liquido de US$ 50,3. A operação tratase de uma realização de ativos no mercado financeiro pela venda do fluxo financeiro do arrendamento e transferência da aeronave para o comprador, com uma perda estimada de US$ 14,3. * * * 86 EXHIBIT 8.1 Lista de Subsidiárias da Embraer S.A. Nome Embraer Aircraft Holding, Inc – EAH Embraer Aircraft Customer Services, Inc. – EACS Embraer Aircraft Maintenance Services, Inc. – EAMS Embraer Services, Inc. – ESI Embraer Executive Jet Services, LLC – EEJS Embraer Executive Aircraft, Inc. – EEA Embraer Training Services, LLC – ETS Aero Seating Technologies, AST Embraer CAE Training Services, LLC – ECTS Embraer Engineering & Technology Center USA, Inc. – EETC Embraer Credit Ltd. – ECL Embraer Representations, LLC – ERL Embraer Defense and Security, Inc – EDSI Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. ELEB Equipamentos Ltda. Embraer GPX Ltda ECC do Brasil Participações S.A. Embraer Defesa e Segurança Participações S.A. – EDSP Atech Negócios em Tecnologia S.A. Bradar Indústria S.A. Harpia Sistemas S.A. Savis Tecnologia e Sistemas S.A. Visiona Tecnologia Espacial S.A. Embraer Aviation Europe SAS – EAE Embraer Aviation International SAS – EAI Embraer Europe SARL – EES Embraer Australia Pty Ltd. – EAL EZ Air Interior Limited – EZ Harbin Embraer Aircraft Industry Company, Ltd. – HEAI Embraer (China) Aicraft Technical Services Co., Ltd – ECA Embraer Espanha Holding Co., SL – ESH ECC Investment Suíça AG ECC Insurance & Financial Company Ltd. Embraer Finance Ltd. – EFL Embraer Overseas Limited Embraer Portugal – SGPS, S.A. Embraer Portugal Estruturas Metálicas S.A. Embraer Portugal Estruturas em Compósito S.A. Air Holding SGPS, S.A. OGMA – Ind. Aeronáutica de Portugal S.A. ECC Leasing Company Ltd. Embraer Asia Pacific Pte-Limited – EAP Embraer CAE Training Services (UK) Ltd. – ECUK Visiona International BV Embraer Holanda B.V. – ENL Jurisdição da Constituição Delaware, EUA Florida, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Georgia, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Delaware, EUA Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil França França França Australia Irlanda China China Espanha Suíça Ilhas Cayman, BWI Ilhas Cayman, BWI Ilhas Cayman, BWI Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Irlanda Cingapura Reino Unido Holanda Holanda ANEXO 12.1 CERTIFICAÇÃO Eu, Frederico Pinheiro Fleury Curado, certifico que: 1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.; 2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém declaração falsa de algum fato significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levando a considerações incorretas a respeito do período coberto por este relatório; 3. Segundo o meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras incluídas neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório; 4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) para a empresa e: a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por outras pessoas nessas entidades, particularmente durante o período de elaboração deste relatório; b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado para proporcionar garantia adequada sobre a confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras, e 5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro certificador da empresa e eu divulgamos aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas que executam funções equivalentes): a) todas as deficiências e fragilidades significativas no projeto ou na operação do controle interno dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e relatar as informações financeiras; e b) qualquer fraude, significativa ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel significativo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros. Data: 27 de março de 2015 Por: FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO Frederico Pinheiro Fleury Curado Presidente e CEO ANEXO 12.2 CERTIFICAÇÃO Eu, José Antonio de Almeida Filippo certifico que: 1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.; 2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém declaração falsa de algum fato significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levar a considerações incorretas a respeito do período coberto por este relatório; 3. Segundo o em meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras incluídas neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório; 4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA) para a empresa e: a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por outras pessoas nessas entidades, particularmente durante o período de elaboração deste relatório; b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado para proporcionar garantia adequada sobre a confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado ou possam vir a afetar de forma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações financeiras, e 5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro certificador da empresa e eu divulgamos, com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de administração da empresa (ou pessoas que executam funções equivalentes): a) todas as deficiências e fragilidades significativas no projeto ou na operação do controle interno dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar, processar, resumir e relatar as informações financeiras; e b) qualquer fraude, significativa ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel significativo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros. Data: 27 de março de 2015 Por: JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA FILIPPO José Antonio de Almeida Filippo Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores ANEXO 13.1 CERTIFICAÇÃO SEGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUSULA 1350, ADOTADO EM CONFORMIDADE COM A CLÁUSULA 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002 De acordo com o Relatório Anual da Embraer S.A. (“Empresa”) no formulário 20-F para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2014, registrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (“Relatório”), eu, Frederico Pinheiro Fleury Curado, presidente e CEO, certifico que, segundo o capítulo 18 da U.S.C., cláusula 1350, adotado em conformidade com a cláusula 906 da lei Sarbanes-Oxley de 2002, na exata medida dos meus conhecimentos: (i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA de 1934; e (ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa. Data: 27 de março de 2015 Por: FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO Frederico Pinheiro Fleury Curado Presidente e CEO Uma versão original assinada desta declaração escrita é exigida pela Seção 906, ou outro documento de autenticação, reconhecendo ou, de outro modo, adotando a assinatura que aparece digitada, na versão eletrônica desta declaração escrita, exigida pela Seção 906, foi providenciada pela empresa e será retida pela empresa e fornecida à Comissão de Segurança e Câmbio ou a seus funcionários quando solicitado. ANEXO 13.2 CERTIFICAÇÃO SEGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUSULA 1350, ADOTADO EM CONFORMIDADE COM A CLÁUSULA 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002 Segundo o Relatório Anual da Embraer S.A. (“Empresa”) no formulário 20-F para o exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2014, conforme registrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (“Relatório”), eu, José Antonio de Almeida Filippo, Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores, certifico, segundo o capítulo 18 da U.S.C., seção 1350, adotado em conformidade com a seção 906 da Lei Sarbanes Oxley dos EUA, de 2002, na exata medida dos meus conhecimentos, que: (i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA de 1934; e (ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa. Data: 27 de março de 2017 Por: JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA FILIPPO José Antonio de Almeida Filippo Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores Uma versão original assinada desta declaração escrita é exigida pela Seção 906, ou outro documento de autenticação, reconhecendo ou, de outro modo, adotando a assinatura que aparece digitada, na versão eletrônica desta declaração escrita, exigida pela Seção 906, foi providenciada pela empresa e será retida pela empresa e fornecida à Comissão de Segurança e Câmbio ou a seus funcionários quando solicitado.