TARCÍSIO OLIVEIRA DE MORAES JÚNIOR SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) POR DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE, da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica. Orientadores: Prof. Dr. Cleonilson Protásio de Souza e Prof. Dr. Yuri Percy Molina Rodriguez Coordenador: Prof. Dr. Fabiano Salvadori JOÃO PESSOA 2013 TARCÍSIO OLIVEIRA DE MORAES JÚNIOR SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) POR DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE, da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica. Orientador: Prof. Dr. Cleonilson Protásio de Souza e Prof. Dr. Yuri Percy Molina Rodriguez Coordenador: Prof. Dr. Fabiano Salvadori JOÃO PESSOA 2013 FICHA CATALOGRÁFICA Moraes Júnior, Tarcísio Oliveira Sistema de Captação de Energia (Energy Harvesting) por Dispersão Magnética em Linha de Potência – João Pessoa, 2013. 154 pgs. Área de concentração: Sistemas de Energia. Orientadores: Prof. Dr. Cleonilson Protásio de Souza e Prof. Dr. Yuri Percy Molina Rodriguez. Dissertação – Universidade Federal da Paraíba. 1. Recuperação de Energia; 2. Indução Magnética; 3. Núcleo Magnético UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS – CEAR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA - PPGEE A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) POR DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA Elaborada por TARCÍSIO OLIVEIRA DE MORAES JÚNIOR como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica. COMISSÃO EXAMINADORA PROF. DR. CLEONILSON PROTÁSIO DE SOUZA (Presidente, ORIENTADOR) PROF. DR. YURI PERCY MOLINA RODRIGUEZ (ORIENTADOR) PROF. DR. HELDER ROLIM FLORENTINO PROF. DR. ALEXANDRE CÉZAR DE CASTRO João Pessoa/PB, 25 de fevereiro de 2013. Aos meus pais, Tarcisio Oliveira de Moraes e Maria de Fátima Pereira Oliveira, aos meus irmãos Tarciêudo Pereira Oliveira e Tarciclêudo Pereira de Oliveira, ao meu tio Francisco Pereira da Silva e família, a minha esposa Jesana Sá Damasceno Moraes e aos meus orientadores Cleonilson Protásio de Souza e Yuri Percy Molina Rodriguez. Dedico AGRADECIMENTOS A Deus em primeiro lugar, ao meu tio Francisco Pereira da Silva e família, a minha esposa e a meu amigo Luiz Derço Santiago. Aos professores Antônio Augusto Lisboa, Euler Macedo e, principalmente, aos meus orientadores Cleonilson Protásio de Souza e Yuri Percy Molina Rodriguez, pela enorme colaboração e empenho. Aos meus amigos e colegas de pós-graduação e a todos os amigos conquistados ao longo do curso. À CAPES pela concessão da bolsa de mestrado. “O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.” “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." Jo 3.27b; Pv 9.10 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS, TABELAS E GRÁFICOS ......................................................... 1 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIMBOLOS ........................................................... XVIII RESUMO.................................................................................................................. XX ABSTRACT............................................................................................................. XXI 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 23 1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 25 1.2 MOTIVAÇÃO .................................................................................................... 26 2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 29 2.1 REDES DE SENSORES SEM FIO (RSSF)...................................................... 29 2.2 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) ..... 30 2.3 ESTADO-DA-ARTE .......................................................................................... 31 Captação de energia por dispersão magnética ............................................. 33 2.3.1 3 PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA POR DISPERSÃO MAGNÉTICA 36 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS ....................................... 36 3.2 DOMÍNIOS MAGNÉTICOS .............................................................................. 38 3.3 LAÇO B X H ..................................................................................................... 38 3.4 CIRCUITO PARA OBTENÇÃO DO LAÇO B X H ............................................. 43 3.5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CAMPO MAGNÉTICO ............................. 47 3.6 NÚCLEOS TOROIDAIS UTILIZADOS NESTA PESQUISA ............................. 50 3.7 NÚCLEO DE PÓ DE FERRO DESENVOLVIDO NA UFPB ............................. 51 4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES ..................................................................... 55 4.1 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 .............. 55 4.2 DETERMINAÇÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 .... 56 4.2.1 Primeira medição .......................................................................................... 60 4.2.2 Segunda medição ......................................................................................... 61 4.2.1 Terceira medição ........................................................................................... 62 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 ................................ 63 4.3 5 RESULTADOS .................................................................................................... 65 5.1 PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1..................................................... 65 5.1.1 5.1.1.1 Captadores de Ferrite ................................................................................... 65 Captador F1 ............................................................................................... 66 5.1.1.2 Captador F2 ............................................................................................... 68 5.1.1.3 Captador F3 ............................................................................................... 71 5.1.1.4 Captador F4 ............................................................................................... 74 Captadores Nanocristalinos ......................................................................... 77 5.1.2 5.1.2.1 Captador N2 ............................................................................................... 77 Captadores de Pó de Ferro ........................................................................... 80 5.1.3 5.1.3.1 Captador P3 ............................................................................................... 81 5.1.3.2 Captador P4.1 ............................................................................................ 84 5.1.3.3 Captador PE ............................................................................................... 87 5.2 VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 ........................................... 90 5.2.1 Primeira Medição .......................................................................................... 90 5.2.2 Segunda Medição ......................................................................................... 93 5.2.2.1 Captadores de ferrite.................................................................................. 93 5.2.2.2 Captadores nanocristalinos ........................................................................ 95 5.2.2.3 Captadores de pó de ferro ......................................................................... 97 Terceira medição ......................................................................................... 101 5.2.3 5.2.3.1 Captadores de ferrite................................................................................ 101 5.2.3.2 Captadores nanocristalinos ...................................................................... 103 5.2.3.3 Captadores de pó de ferro ....................................................................... 104 5.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 .............................. 106 5.3.1 Captadores de Ferrite ................................................................................. 106 5.3.1.1 Captador F1.1 .......................................................................................... 106 5.3.1.2 Captador F1 ............................................................................................. 108 5.3.1.3 Captador F2 ............................................................................................. 110 5.3.1.4 Captador F3 ............................................................................................. 111 5.3.1.5 Captador F4 ............................................................................................. 113 5.3.2 Captadores Nanocristalinos ........................................................................ 116 5.3.2.1 Captador N1.1 .......................................................................................... 116 5.3.2.2 Captador N1 ............................................................................................. 118 5.3.2.3 Captador N2 ............................................................................................. 121 5.3.2.4 Captador N3 ............................................................................................. 123 5.3.2.5 Captador N3.1 .......................................................................................... 126 5.3.2.6 Captador N4 ............................................................................................. 128 5.3.2.7 5.3.3 Captador N4.1 .......................................................................................... 131 Captadores de Pó de Ferro ......................................................................... 134 5.3.3.1 Captador P3 ............................................................................................. 134 5.3.3.2 Captador P4.1 .......................................................................................... 136 5.3.3.3 Captador PE ............................................................................................. 138 6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 142 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 144 APÊNDICE 1 - CÓDIGO RESPONSAVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS AQUISITADO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DAS CARACTARISTICAS MAGNÉTICAS DOS CAPTADORES ..................................................................... 148 APÊNDICE 2 - CÓDIGO RESPONSÁVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS QUE FORAM FEITOS A AQUISIÇÃO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE POTÊNCIA NA CARGA DO CCD ................................................. 153 APÊNDICE 3 - CÓDIGO PARA OBTENÇÃO DO VALOR DE TENSÃO DE SAÍDA AFERIDO NO TERMINAL SECUNDARIO DO CAPTADOR SEM CARGA ............................................................ 157 LISTA DE FIGURAS, TABELAS E GRÁFICOS FIGURA 1 – HARDWARE BÁSICO DE UM NÓ SENSOR....................................... 30 FIGURA 2 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) ............ 41 FIGURA 3 – LAÇO DE HISTERESE. FONTE: (BATISTELA, 2001). ....................... 42 FIGURA 4 – CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ADAPTADO DE (BATISTA, 2010) ............................................................................ 43 FIGURA 5 – CAIXA DE CONTENDO O CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ........................................................................................ 44 FIGURA 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) ............ 46 FIGURA 7 – CAMADAS DO TOROIDE ENVOLVENDO UMA LINHA DE POTÊNCIA. (A) CORTE (B) PERSPECTIVA ....................................... 48 FIGURA 8 – NÚCLEOS EM TESTE. ........................................................................ 50 FIGURA 9 – DIMENSÕES DO NÚCLEO .................................................................. 52 FIGURA 10 – MATRIZ DE PRENSAGEM ................................................................ 53 FIGURA 11 – VISÃO DE TOPO DA PLANTA PILOTO ........................................... 58 FIGURA 12 – PLANTA PILOTO ............................................................................... 58 FIGURA 13 – COMPARTIMENTOS DA PLANTA PILOTO ..................................... 59 FIGURA 14 – CIRCUITO ELÉTRICO DA PLANTA PILOTO ................................... 59 FIGURA 15 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA ......................................... 60 FIGURA 16 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO .................................................. 61 FIGURA 17 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA SEM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO .................................................. 62 FIGURA 18 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM A CARGA CONECTADA DIRETAMENTE AO CAPTADOR ................... 62 FIGURA 19 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO SEM CARGA ................................................................................................. 63 TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS – ADAPTADO DE (SHADIKU, 2004) ........................................................................... 38 TABELA 2 – CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DOS RESITORES DE MEDIÇÃO. ............................................................................................ 44 TABELA 3 – DADOS DOS CAPTADORES EM TESTE .......................................... 51 TABELA 4 – PARÂMETROS DOS CAPTADORES PARA A DETERMNAÇÃO DO LAÇO B X H ................................................................................... 56 TABELA 5 – NÚMERO DE BOBINAS DO SECUNDÁRIO DOS CAPTADORES PARA A CAPTAÇÃO DE ENERGIA .................................................... 57 TABELA 6 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F1 ......................... 68 TABELA 7 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F2 ......................... 71 TABELA 8 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F3 ......................... 73 TABELA 9 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F4 ......................... 76 TABELA 10 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................... 77 TABELA 11 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR N2 ...................... 80 TABELA 12 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P3 ...................... 83 TABELA 13 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P4.1 ................... 86 TABELA 14 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR PE ...................... 89 TABELA 15 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ..................................................... 90 TABELA 16 – TESTES E MEDIÇÕES EXPERIMENTAIS ....................................... 91 TABELA 17 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................................................... 95 TABELA 18 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS ........................................................................... 97 TABELA 19 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ........................................................................................... 99 TABELA 20 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................................................. 103 TABELA 21 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE LIGA NANOCRISTALINOS ......................................................................... 104 TABELA 22 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ......................................................................................... 105 TABELA 23 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1.1 ............................................ 108 TABELA 24 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1 ............................................... 110 TABELA 25 – RESULTADOS DO CAPTADOR F2 ............................................... 111 TABELA 26 – RESULTADOS DO CAPTADOR F3 ............................................... 113 TABELA 27 – RESULTADOS DO CAPTADOR F4 ............................................... 115 TABELA 28 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ....................... 116 TABELA 29 – RESULTADOS DO CAPTADOR N1.1 ............................................ 118 TABELA 30 – RESULTADOS DO CAPTADOR N1 ............................................... 121 TABELA 31 – RESULTADOS DO CAPTADOR N2 ............................................... 123 TABELA 32 – RESULTADOS DO CAPTADOR N3 ............................................... 126 TABELA 33 – RESULTADOS DO CAPTADOR N3.1 ............................................ 128 TABELA 34 – RESULTADOS DO CAPTADOR N4 ............................................... 131 TABELA 35 – RESULTADOS DO CAPTADOR N4.1 ............................................ 133 TABELA 36 – RESULTADOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS .......... 134 TABELA 37 – RESULTADOS DO CAPTADOR P3 ............................................... 135 TABELA 38 – RESULTADOS DO CAPTADOR P4.1 ............................................ 138 TABELA 39 – RESULTADOS DO CAPTADOR PE ............................................... 139 TABELA 40 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO .............. 140 GRÁFICO 1 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F1 ................................................................................. 66 GRÁFICO 2 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F1 ..................................................... 67 GRÁFICO 3 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F1 ......................... 67 GRÁFICO 4 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F2 ................................................................................. 69 GRÁFICO 5 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F2 ..................................................... 70 GRÁFICO 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F2 ......................... 70 GRÁFICO 7 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F3 ................................................................................. 71 GRÁFICO 8 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F3 ..................................................... 72 GRÁFICO 9 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F3 ......................... 73 GRÁFICO 10 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F4 ................................................................................. 74 GRÁFICO 11 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F4 ................................................... 75 GRÁFICO 12 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F4 ....................... 76 GRÁFICO 13 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO N2 ................................................................................ 78 GRÁFICO 14 – LAÇO B X H DO CAPTADOR N2 ................................................... 79 GRÁFICO 15 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR N2 ....................... 79 GRÁFICO 16 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P3 ................................................................................ 81 GRÁFICO 17 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P3 ................................................... 82 GRÁFICO 18 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P3 ....................... 83 GRÁFICO 19 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P4 ................................................................................ 84 GRÁFICO 20 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P4.1 ................................................ 85 GRÁFICO 21 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P4.1 .................... 86 GRÁFICO 22 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO PE ................................................................................ 87 GRÁFICO 23 – LAÇO B X H DO CAPTADOR PE ................................................... 88 GRÁFICO 24 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR PE ....................... 89 GRÁFICO 25 – TENSÃO NA CARGA E NO RETIFICADOR PARA R=97Ω ........... 92 GRÁFICO 26 – POTÊNCIA E CORRENTE ATIVA PARA R=97Ω ........................... 92 GRÁFICO 27 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA ................................................................................................. 93 GRÁFICO 28 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO ............................................................. 94 GRÁFICO 29 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA ....................................................................... 95 GRÁFICO 30 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO .................................................... 96 GRÁFICO 31 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA ........................................................................................... 98 GRÁFICO 32 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO ............................................................. 99 GRÁFICO 33 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, LIGA NANOCRISTALINA E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA .... 100 GRÁFICO 34 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, LIGA NANOCRISTALINA E PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO .............................................................................. 100 GRÁFICO 35 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA ............................................................................................... 102 GRÁFICO 36 – CAPTADOR COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA ......................................................................................... 103 GRÁFICO 37 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA ......................................................................................... 105 GRÁFICO 38 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, LIGA NANOCRISTALINA E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA .... 106 GRÁFICO 39 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 107 GRÁFICO 40 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 107 GRÁFICO 41 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 108 GRÁFICO 42 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 109 GRÁFICO 43 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 110 GRÁFICO 44 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 111 GRÁFICO 45 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 112 GRÁFICO 46 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 112 GRÁFICO 47 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 113 GRÁFICO 48 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 114 GRÁFICO 49 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 115 GRÁFICO 50 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 116 GRÁFICO 51 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 117 GRÁFICO 52 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 118 GRÁFICO 53 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 119 GRÁFICO 54 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 119 GRÁFICO 55 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 120 GRÁFICO 56 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 121 GRÁFICO 57 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 122 GRÁFICO 58 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 123 GRÁFICO 59 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 124 GRÁFICO 60 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 125 GRÁFICO 61 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 125 GRÁFICO 62 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 127 GRÁFICO 63 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 127 GRÁFICO 64 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 128 GRÁFICO 65 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 129 GRÁFICO 66 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 129 GRÁFICO 67 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 130 GRÁFICO 68 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 131 GRÁFICO 69 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 132 GRÁFICO 70 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 133 GRÁFICO 71 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 134 GRÁFICO 72 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 135 GRÁFICO 73 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 136 GRÁFICO 74 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 137 GRÁFICO 75 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 138 GRÁFICO 76 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 139 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIMBOLOS RSSF Rede de Sensores Sem Fio Ni-MH Nickel Metal Hydride CCD Circuito Condicionador de Potência Rm Resistor de medição [Ω] Rv Resistor de carga do CCD [Ω] N1 Numero de espiras do primário [adimensional] N2 Número de espiras do secundário [adimensional] r Raio do captador [mm] rL Raio de cada lâmina do captador [mm] rp Raio de cada entreferro do captador [mm] Ip Corrente do primário [A] VT Tensão no resistor de medição [V] V0 Tensão na saída do integrador [V] A Área de seção transversal do captador w Altura do captador [mm] h Largura do captador [mm] Frequência angular [rad/s] f Frequência S Largura do entreferro do captador [mm] M Magnetização do material [A/m] B Densidade do campo magnético [T] Br Densidade de fluxo residual [T] H Intensidade do fluxo magnético [A/m] Hc Força coerciva ou coercitiva [A/m] 0 Permeabilidade magnética do vácuo [H/m] r Permeabilidade magnética relativa m Permeabilidade magnética do material Xm Susceptibilidade magnética do material [mm²] [Hz] [adimensional] [H/m] [adimensional] Fluxo magnético [Wb] T Fluxo magnético total [Wb] LT Fluxo magnético total das lâminas [Wb] PT Fluxo magnético total do material isolante [Wb] Resumo SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA HARVESTING) POR Neste trabalho é apresentado um sistema de captação de energia por dispersão magnética produzida pela corrente elétrica em uma linha de potência de uma rede de distribuição de energia, para alimentação de dispositivos de uma rede de sensores sem fio. Esse sistema é baseado em núcleos toroidais testados e validados com diferentes materiais e dimensões (cinco de ferrite, sete nanocristalino e três de pó de ferro) objetivando a obtenção do captador com maior de potência. Partindo do princípio magnético dos materiais ferromagnéticos, é analisada a teoria do campo magnético dos dispositivos de captação de energia do sistema. Foi desenvolvido um protótipo do sistema que consiste de uma planta piloto capaz de emular as altas correntes da linha de potência e de um circuito condicionador de potência para o tratamento da energia captada. Os testes foram divididos em três etapas. O primeiro restringe-se a determinação dos parâmetros magnéticos (como permeabilidade relativa e curva de magnetização) de cada captador através do uso de um circuito de medição de permeabilidade para a determinação do laço B x H. O segundo, ao circuito de condicionamento de potência, composto de um retificador AC/DC e de um regulador de tensão para a obtenção do maior valor de potência no ensaio dos captadores. O terceiro, a comparação dos resultados experimentais com os resultados teóricos. Os resultados experimentais obtidos, que foram condizentes com os teóricos, comprovam que o sistema captador de energia é capaz de fornecer níveis de potência na escala de até a 315,6 mW para captadores de ferrite, 54mW para captadores nanocristalinos e 0,77mW para captadores de pó de ferro, através da captação por dispersão magnética produzida por uma corrente de 15A na linha de potência, a qual pode ser aplicado para dispositivos diversos de baixo consumo, principalmente, em rede de sensores sem fio para a aquisição de dados e os parâmetros de controle da própria linha de potência Descritores: Recuperação de Energia, Dispersão Magnética, Núcleo magnético. Abstract ENERGY HARVESTING SYSTEM FROM MAGNETIC DISPERSION AROUND POWER LINE In this work it is presented an energy harvesting system based on disperse magnetic energy produced by electric current across power line of a power distribution network in order to supply energy for devices in a wireless sensor network. The system is based on toroidal cores tested and validated with different materials and dimensions (five based on ferrite, seven based on nanocrystalline, three based on iron powder) aiming harvesting optimal power device. From principles of magnetic ferromagnetic materials, it is discussed the magnetic field theory to obtain energy for supplying power to devices. It was implemented a prototype consisting of a test bench capable of emulating power-line high currents and of a power conditioning circuit. Test procedures were executed in three parts. The first was to determine the magnetic parameters (e.g. relative permeability and magnetic curve) of each harvester using a circuit able to measure core permeability in order to obtain B x H cycle. The second was to test a proposed power conditioning circuit composed of an AC/DC rectifier and a voltage regulator. The third, the experimental results were compared with theoretical ones. The obtained experimental results have been in agreement with theory, showing that the energy harvesting system is capable of supplying up to 315.6 mW from ferrite based core, 54mW from nanocrystalline based cores and 0.77mW from iron powder based ones, by capturing magnetic dispersion produced by a 15A current in the power line, which can be applied to various low power devices, mainly in wireless sensor network for data acquisition and control parameters of the power line itself Keywords: Energy harvesting, Magnetic Dispersion, Magnetic Core. 1 INTRODUÇÃO Introdução 23 1 INTRODUÇÃO Atualmente, constata-se um elevado desenvolvimento de dispositivos eletrônicos de baixa potência e das tecnologias de comunicação sem fio, que proporcionam, por exemplo, o crescimento do uso de redes de comunicação sem fio. É o caso da computação móvel, que obtém acesso contínuo às informações através dessas redes. Particularmente, objetivando-se coletar dados nas mais diversas áreas surgem então as Redes de Sensores sem Fio (RSSF), as quais podem ser aplicadas nas áreas industrial, ambiental, militar, biomédica, entre outras, para monitoração e controle de determinados eventos ou fenômenos para o processamento e disseminação de informações (SILVA et al., 2008) . Compostas por nós sensores, nós roteadores e, em alguns casos, atuadores, as RSSF, segundo Pereira; Amorim e Castro (2007) são um conjunto de nós individuais (nós sensores) que operam autonomamente, mas que formar uma rede com o objetivo de juntar as informações individuais dos sensores para monitorar determinados eventos. Há uma observância especial no que concerne aos meios de alimentação desses nós sensores, os quais tendem a ser miniaturizados, trazendo-se assim limitações de recursos na sua capacidade de suprimento de energia. Em geral, os nós de uma RSSF são alimentados por baterias, isso implica em manutenção periódica para a troca destas, o que, dependendo da localização do nó sensor, pode tornar inviável ou dificultar sua manutenção. Para tanto vem sendo estudado e desenvolvido nos últimos anos sistemas de alimentação sem baterias (battery-less system) para dispositivos de baixo consumo, o qual converte energia do ambiente (térmica, solar, mecânica, etc.) através do uso de materiais piezelétricos, painéis fotovoltaicos, indução magnética entre outros meios em pequenas densidades de energia elétrica para armazenagem e uso em dispositivos de baixo consumo, ou seja, se refere ao processo pelo qual a energia no ambiente é convertida em eletricidade para abastecer pequenos dispositivos tornando-os autossuficientes (LÓPEZ, 2011). Denomina-se essa abordagem como Energy Harvesting. Uma das principais aplicações de Energy Harvesting é no suprimento de energia para nós sensores objetivando-se torná-los energeticamente autônomos. Introdução 24 Especificamente considerando recuperação de energia através de indução magnética, tem-se que um dispositivo capta o campo magnético gerado por uma corrente elétrica alternada em um condutor, transformando-o em energia elétrica para alimentação dos nós sensores. Esses dispositivos de captação de energia por indução magnética são formados por núcleos magnéticos de alta permeabilidade magnética e, em geral, no formato toroidal e um ou vários enrolamentos condutores. Vários tipos de materiais podem ser usados nesses núcleos, por exemplo, ferrite, ligas nanocristalina, algumas ligas compostas, pó de ferro, entre outros, possuindo características magnéticas diferentes, como, por exemplo, perdas magnéticas, permeabilidade e coercividade. Dessa forma, dependendo do material, é possível obter valores de, por exemplo, permeabilidade magnética que influenciam diretamente na capacidade de captação de fluxo magnético. Após a captação de energia existem, na literatura atual, circuitos condicionadores de potência (BANTHING; MCBEE, 2010) a fim de realizar o devido tratamento da energia capturada. Esses circuitos geralmente são retificadores, filtros e/ou reguladores que devem, por sua vez, ser de baixo consumo. Com base nesses contextos, esta dissertação fundamenta-se em um estudo para captação de energia por dispersão magnética1 tendo como objetivo principal o desenvolvimento de um sistema circuito captador de energia para alimentação de nós sensores de uma rede de sensores sem fio com base em teste com captadores de energia com características magnéticas diferentes. Além disso, foi desenvolvida uma plataforma experimental para testes (emulando uma linha de potência) e um circuito de medição de permeabilidade magnética para os diferentes captadores utilizados. Para tanto, essa dissertação está dividida da seguinte forma: na Seção 1, estão descritos os objetivos e a motivação da dissertação; na Seção 2, um breve comentário sobre redes de sensores sem fio e o levantamento do estado-da-arte 1 Foi utilizada a expressão dispersão magnética, pois considerou-se que o campo magnético envolto em linhas elétricas de energia é disperso no sentido que este é desperdiçado no ambiente em sua volta. Introdução 25 sobre os métodos de captação de energia; na Seção 3, a proposta de captação de energia por dispersão magnética; na Seção 4, experimentos e emulações; na seção 5, resultados; na Seção 6, as conclusões e trabalhos futuros. 1.1 OBJETIVOS Os objetivos gerais deste trabalho são os seguintes: 1. Apresentar um estudo sobre captação de energia de campo magnético disperso considerando os seguintes materiais: pó de ferro, ferrite e nanocristalino. 2. Apresentar um circuito de captação de energia através de campo magnético disperso para alimentação de nós sensores de uma rede sem fio e mostrar os testes e validação que comprovam a eficiência do circuito proposto considerando os diversos materiais magnéticos utilizados. Os objetivos específicos deste trabalho são: 1. Apresentar um estudo aplicado sobre indução magnética e uma análise teórica do fluxo magnético captado pelos núcleos em testes. 2. Descrever a plataforma experimental de emulação de uma linha de potência proposta. 3. Apresentar as características magnéticas dos núcleos considerados. 4. Apresentar o aparato instrumental para medição das propriedades magnéticas dos materiais magnéticos utilizado. 5. Descrever o circuito básico de condicionamento de potência utilizado no sistema de recuperação de energia. 6. Descrever os ensaios comparativos realizados com toroides com núcleos magnéticos convencionais de ferrite, pó de ferro e nanocristalino, visando levantar a influência do material no processo de captação para otimizar o sistema proposto. Introdução 26 1.2 MOTIVAÇÃO Nos dias atuais a necessidade de comunicação é bastante considerável. Há uma grande facilidade de troca de informações de pontos extremamente distantes, como por exemplo, através do uso da telefonia móvel. Sistemas de comunicação e monitoramento das mais diversas e longínquas localidades interpõem suas informações em questões de frações de segundos. Em se tratando de monitoramento, vem sendo desenvolvido, estudado e aos poucos implantado, nos dias atuais, dispositivos conhecidos como nós sensores. Esses dispositivos, dependendo da aplicação, possuem vários outros microdispositivos (sensores) que captam informações do meio onde se encontram para serem processadas e eventualmente ser feito aquisição para um determinado fim. Semelhante a uma rede de computadores, esses dispositivos podem se comunicar a fim de trocarem informações sem a utilização de cabos. Esta última característica possibilita a rede uma facilidade de monitoramento de algum parâmetro físico, contudo limita o tempo de vida de cada dispositivo componente da rede, por esse depender de baterias onde estas não estão conectadas a uma fonte de energia para o seu carregamento. Essa limitação se retrata relativamente a sua capacidade de alimentação no tocante as fontes de fornecimento de energia elétrica, em geral, baterias. Com a miniaturização desses nós sensores, em geral as fontes de energia reduzem seu tamanho físico, consequentemente, sua capacidade de armazenamento de energia. Embora com esta característica de miniaturização consecutivamente um baixo consumo dos nós sensores, as “baterias” continuam sendo limitadas decorrente a necessidade de realimentação por se tratarem de fonte de energia finita. As RSSFs são utilizadas em várias áreas principalmente em regiões de difícil acesso (SILVA et al., 2008). Nessas regiões, o acesso aos nós sensores fica muito difícil principalmente no que diz respeito a manutenção destes. Isso implica na troca de baterias para o estado funcional do nó sensor, sendo que a manutenção do nó não é restrita somente a essa troca. Disso conclui-se: é necessário o estudo de métodos de realimentação dessas fontes sem a qual não necessite da intervenção do homem na troca desta no seu estado regular de funcionamento ou sistemas com fontes de energia “ilimitada”. Para tanto, pode-se ter como fonte de energia Introdução 27 alternativa o campo magnético gerado por correntes em linhas de potência para a conversão em energia elétrica. Ao ponto de vista técnico empresarial das concessionárias de energia, o campo magnético gerado nas linhas de potência é considerado perdas técnicas, por se tratar de uma fonte de energia espontaneamente gerada, porém sem aproveitamento. Neste contexto, pode-se desenvolver sistemas captadores de energia por dispersão magnética para alimentação de dispositivos de baixo consumo que formam redes de sensores sem fio (TOMA; DEL RIO; LÁZARO, 2012). 2 REVISÃO DE LITERATURA Revisão de Literatura 29 2 2.1 REVISÃO DE LITERATURA REDES DE SENSORES SEM FIO (RSSF) Em muitas aplicações de controle, monitoramento e disseminação de informações de um evento ou fenômeno, utilizam-se Redes de Sensores sem Fio (SILVA et al., 2008), que empregam sistemas autônomos formados por dispositivos microprocessados, com a capacidade de se comunicarem através de sinais de radiofrequência e que possuem sensores capazes de traduzir em formato digital as condições do ambiente físico em que se encontram (TORRI, 2008). Essas redes podem ser consideradas como um tipo de rede adhoc (LOUREIRO, et al.), pois, em geral, são projetadas para um determinado fim. Essas redes são compostas de vários dispositivos, os quais são chamados de nós sensores capazes de se comunicarem transmitindo e captando informações do meio em que se encontram. Os principais componentes de um nó sensor são: unidade de comunicação sem fio (transceptor), unidade de energia (bateria + sistema de gestão de energia), unidade de sensoriamento (sensores ou detectores + circuitos de condicionamento) e unidade de processamento, como ilustrado na Figura 1. O componente lógico de um nó sensor é o firmware/software que é executado na unidade de processamento. Os nós sensores tendem a serem projetados com pequenas dimensões e esta limitação de tamanho acaba impondo limitações nos recursos dos nós, tais como capacidade da fonte de energia, processador e transceptor (SILVA et al., 2008). Redes de sensores sem fio estão recebendo cada vez mais interesse porque oferecem flexibilidade e facilidade de implantação decorrente da não utilização de cabos. Além disso, existe o potencial para a incorporação de sensores em locais inacessíveis. Atualmente, a maioria dos nós sensores sem fio é simplesmente alimentado à bateria. Apesar das medidas, tais como técnicas de baixa potência para comunicação e uma gestão inteligente do consumo de energia do nó sensor, obtendo um prolongamento na vida das baterias, estas ainda terão de serem substituídas ou recarregadas externamente. Substituição de baterias não é Revisão de Literatura 30 plenamente compatível com aplicações embarcadas nem é viável para redes com grande número de nós (BEEBY et al., 2007). No entanto, estudos de métodos alternativos para captação de energia que sejam capazes de tornar dispositivos eletrônicos e microeletrônicos autônomos estão sendo bastante explorados. Esses métodos alternativos buscam o aproveitamento de energias existentes no meio físico, para conversão em energia elétrica e posterior utilização nestes dispositivos. FIGURA 1 – HARDWARE BÁSICO DE UM NÓ SENSOR. 2.2 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) Desde tempos remotos, a ideia de captação ou recuperação de energia do meio ambiente é utilizada, tais como, por exemplo, energia eólica, solar, energia hídrica, entre outras. Com a aceleração no desenvolvimento da tecnologia VLSI, a grande miniaturização dos sistemas eletrônicos é cada vez mais possível. Com isso, o consumo de energia desses sistemas também vem sendo reduzido, proporcionando assim meios alternativos de alimentação para funcionamento energeticamente autônomo. Neste intento, novas fontes de energia alternativas e métodos de captação estão sendo estudados. A partir do ambiente em que estão inseridos, esses métodos são capazes de captar energia em diferentes fontes (por exemplo, onda de luz, vibração, calor e Revisão de Literatura 31 eletromagnético, etc.). Esses métodos são então integrados em dispositivos, a fim de torná-los independentes ou autônomos (FLORENTINO et al., 2012). Nos últimos anos é crescente a aplicação de meios de captação de energia que possam ser utilizados para a autoalimentação em dispositivos de baixo consumo para a aquisição e processamento de informações. Conseguinte, vem sendo bastante desenvolvido o estudo e a aplicação de pesquisas em Energy Harvesting (como por exemplo, alimentação de microdispositivos para monitoramento de animais, sistemas de medição, sistemas de iluminação de ambientes prediais através de células fotovoltaicas, alimentação de dispositivos de baixo consumo para monitoramento do bem estar físico humano), o qual se refere ao processo pelo qual a energia do ambiente é convertida em energia elétrica para abastecer pequenos dispositivos tornando-os autossuficientes (LÓPEZ, 2011). Logo, sistemas de baixo consumo que contêm tais aplicações possuem dispositivos que podem capturar energia para a sua autonomia e desempenho de suas funções. A sua aplicabilidade é imediata em dispositivos eletrônicos inteligentes de baixo consumo e, em específico, em nós sensores de uma RSSF. Os sistemas de recuperação de energia podem aumentar o tempo de vida e capacidade da rede e atenuar o impacto causado pelo descarte de baterias ao ambiente. Neste contexto, a energia solar é a mais conhecida (BEEBY et al., 2007). Essa possui o potencial de reduzir e até mesmo substituir baterias para pequenos dispositivos eletrônicos de baixa potência, proporcionando um maior tempo de vida e maior confiabilidade, evitando assim interrupções causada por falta de energia. Isso é particularmente importante para sistemas em que dispositivos eletrônicos encontram-se em locais remotos, de difícil acesso, com certos riscos ou em casos onde as redes de sensores necessitam manter a mínima manutenção para troca das baterias (MINERO-RE et al., 2012). 2.3 ESTADO-DA-ARTE Baseando-se em um levantamento realizado em várias publicações científicas como em Taithongchal; Leelarasmee (2009), Tashiro et al., (2011), Hayat; Wang (2011) Toma; Del Rio; Lázaro (2012), Zhao et al., (2012), os captadores de energia Revisão de Literatura 32 desenvolvidos são capazes de captar a energia do ambiente na ordem de micro a miliwatts, que pode ser suficiente para alguns sensores e sistemas microeletrônicos de baixo consumo ou que podem ser executados em condições de baixa potência. As fontes para captação de energia mais comuns são luz (energia solar), movimento (como vibrações estruturais), calor (a partir de gradientes de temperatura), ou eletromagnético (campos magnéticos) (MINERO-RE et al., 2012). Os sistemas de captação de energia por vibração estão recebendo uma quantidade considerável de interesse como um meio alternativo para alimentar nós sensores sem fio. Exemplo disto é visto em Beeby et al. (2007), o qual um pequeno gerador eletromagnético com volume de 0,1 cm³, utilizando componentes discretos e otimizados para um ambiente com baixo nível de vibração, é capaz de produzir energia útil a partir de um nível de aceleração de 0,59 m/s², proporcionando 46 µW a uma carga resistiva de 4 kΩ quando o dispositivo é agitado a sua frequência de ressonância de 52 Hz. Outra aplicação semelhante pode ser vista em Zhu; Worthington; Tiwari (2010) que trata de um estudo sobre a variação dos parâmetros geométricos (comprimento, largura e espessura) de uma viga com referência na potência de saída de um sistema de captação baseado em piezeletricidade em que converte a vibração em energia elétrica ligado ao uma carga resistiva. A captação de energia solar é amplamente utilizada, devido à queda continua de preço e os melhoramentos técnicos da fabricação de células solares. Para a substituição de baterias de nós sensores instalados em um edifício, Naveen; Manjunath (2011) propõem um sistema de captação de energia através de células de energia solar arranjadas em série e paralelo juntamente com supercapacitores ligados a baterias alcalinas para armazenamento. Esse sistema tem como desvantagem o fato de ter sua fonte de energia disponível apenas em uma parte do dia, necessitando assim de baterias para o fornecimento de energia no período noturno. Esse problema não é encontrado, por exemplo, em sistemas de captação de energia por indução magnética em que sua fonte é disponível todo tempo, exceto na ocorrência de quedas de energia. Algumas aplicações de captação de energia térmica são possíveis através de geradores termoelétricos que pode ser visto em Mousoulis et al., (2012). Revisão de Literatura 33 2.3.1 Captação de energia por dispersão magnética Embora métodos de captação de energia por dispersão magnética não sejam tão explorados como os métodos de captação de energia por vibrações mecânicas, há um crescente interesse neste estudo no que concerne a uma alternativa viável na alimentação de nós sensores. É proposto em Taithongchal; Leelarasmee (2009) um sistema de captação de energia controlado por um microcontrolador em uma linha de transmissão de alta tensão com corrente entre 65 A e 130A. O sistema é composto de um gerador de energia magnético, um circuito multiplicador padrão de tensão, conversor boost DC-DC e um microcontrolador objetivando alimentar dispositivo de aplicações de baixa energia. O sistema de aplicação é capaz de operar com tensão senoidal mínima induzida tão baixo como 1 V e pode gerar 58mW a 65 A de corrente de linha para carregar uma bateria 2,4 V Ni-MH. Em outra aplicação, Toma; Del Rio; Lázaro (2012) descreve nós sensores autônomos que foram desenvolvidos para monitorar cabos de energia de alta tensão em uma linha subterrânea, tendo um circuito integrado que capta o campo magnético desses cabos para conversão em energia elétrica para a sua própria alimentação. Esses nós são anexados aos próprios cabos contendo um sensor de temperatura que informa os parâmetros de variação de temperatura a uma estação base. Em Ahola et al., (2008) foi descrito uma forma de captação de energia do condutor fase de um motor utilizando um transformador de corrente. O transformador é do tipo U e está instalado em torno do condutor a partir dos terminais do motor. Em Zhao et al., (2012) foi proposto um sistema de captação de energia do campo eletrostático criado através da linha de energia. Um protótipo do módulo de potência foi testado em laboratório. Um experimento de campo mostra que o sistema pode captar energia suficiente para alimentar um dispositivo sensor de 16 mW. Em Tashiro et al., (2011) foi estudado um captador de energia através de indução magnética de uma linha de potência, utilizando um modelo simples de circuito para validar os resultados teóricos. Como resultado, o nível de potência atingido foi de 1mW para o núcleo de ar e 6,32mW para o núcleo de ferro a partir de um campo magnético de 21,2 uT a 60 Hz. Revisão de Literatura 34 Recentemente, em Guo; Hayat; Wang (2011) foi estudado um tubo de captação de energia para linha de transmissão AC considerando restrições do circuito de condicionamento de energia para a tensão constante. Como resultado, a eficiência do circuito tem influência sobre o seu nível de tensão de saída. Para potência de saída constante, o nível de tensão do circuito de condicionamento de energia diminui enquanto que a tensão de linha de transmissão aumenta. Revisão de Literatura 35 3 REVISÃO DE LITERATURA Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 36 3 PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA POR DISPERSÃO MAGNÉTICA Com o crescente avanço de dispositivos de comunicação sem fio, surgiu a necessidade de estudos e aplicações de métodos para tornar estes dispositivos autônomos. Neste âmbito, o uso de fontes de alimentação, tais como baterias e supercapacitores, tem a desvantagem de ter limitada capacidade temporal de fornecimento de energia elétrica. Para que esses dispositivos tornem-se energeticamente autossuficientes, já há na literatura científica atual, dispositivos de captação ou recuperação da energia do ambiente para conversão em energia elétrica como mencionados na Seção 2. O foco deste trabalho será o uso de materiais ferromagnéticos para a captação de energia por dispersão magnética. Este método utiliza captadores de energia, como toroides, para captação do campo magnético em um condutor para conversão em energia elétrica (GUO; HAYAT; WANG, 2011). Nesta aplicação são utilizados materiais com propriedades magnéticas relevantes, tais como, alta permeabilidade magnética relativa, susceptibilidade magnética positiva, baixa força coerciva ou coercitiva, entre outros. Para encontrar essas características, faz-se necessário determinar a densidade de campo magnético e intensidade do fluxo magnético através do ensaio desses captadores. Neste aspecto, será descrito algumas características dos captadores de energia, bem como a fundamentação teórica destes utilizando núcleos de ferrite, nanocristalino e pó de ferro com permeabilidade magnética diferente. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS Os materiais ferromagnéticos, magnéticos paramagnéticos, são classificados diamagnéticos, em cinco grupos: ferrimagnéticos e antiferromagnéticos (BATISTA, 2010). Nos materiais paramagnéticos quando submetidos a um campo magnético, os domínios magnéticos ficam fracamente orientados no mesmo sentido do campo aplicado, apresentando uma pequena força de repulsão ao material fonte do campo magnético aplicado. Com a ausência deste campo, perdem a sua característica de magnetização. Esses materiais possuem susceptibilidade Xm positiva e Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 37 permeabilidade relativa r pouco maior que 1. Como exemplo, tem-se o alumínio, sódio, platina e o cromo. Os diamagnéticos quando submetidos a campo magnético, os domínios magnéticos sofrem pouca influência e ficam alinhados no sentido oposto ao campo aplicado. Possuem susceptibilidade magnética negativa e permeabilidade relativa menor que 1. Como exemplo, tem-se o cobre, água, ouro, prata e o zinco. Os materiais ferromagnéticos quando submetidos a um campo magnético, seus domínios magnéticos sofrem grande influência de modo a ficarem alinhados com o campo aplicado. Isso possibilita uma grande concentração de fluxo magnético dentro de sua estrutura. Esses materiais, em geral, apresentam suscetibilidade positiva e permeabilidade magnética relativa alta e muito maior que 1. Como exemplo desses materiais pode-se citar o ferro, níquel, cobalto e algumas ligas. Diferentemente dos materiais paramagnéticos e diamagnéticos, os ferromagnéticos podem ser fortemente magnetizados por um campo e após a ausência deste, reter uma magnetização residual. Entretanto, quando submetidos à temperatura de Curie, tornam-se paramagnéticos (BATISTA, 2010). Nos materiais ferrimagnéticos, os campos magnéticos associados com átomos individuais estão alinhados uns em direção ao campo dos outros em direção contrária. Neste arranjo, os efeitos de magnetização não se anulam, pois as intensidades dos domínios alinhados ao campo se tornam maiores resultando na magnetização do material. Mesmo apresentando uma permeabilidade relativa maior que a unidade, sua estabilidade térmica não é tão consistente como os materiais ferromagnéticos (BATISTA, 2010). O ferrimagnetismo ocorre em materiais como óxido de ferro. O alinhamento espontâneo que produz o ferrimagnetismo também é completamente rompido acima da temperatura de Curie, característico dos materiais ferromagnéticos. Quando a temperatura do material está abaixo do Ponto Curie, o ferrimagnetismo aparece novamente (MUSSOI, 2007). Nos antiferromagnéticos acontece um ordenamento dos domínios magnéticos alinhados na mesma direção, mas em sentidos opostos. Esses materiais, semelhante aos ferromagnéticos, submetidos à temperatura de Néel, perdem suas propriedades tornando-se paramagnéticos. Para que aconteça o Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 38 alinhamento de seus domínios por completo, é necessário um campo magnético muito intenso. Alguns exemplos desses materiais são o cromo e o manganês. Considerando somente os valores de sua susceptibilidade magnética X m e da permeabilidade relativa r , os materiais magnéticos podem ser agrupados em três categorias: ferromagnético, paramagnéticos e diamagnéticos (SHADIKU, 2004). Na Tabela 1 estão descritos algumas características desses materiais. TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS – ADAPTADO DE (SHADIKU, 2004) Materiais Parâmetros Diamagnéticos X m 0 r 1 Paramagnéticos X m 0 r 1 Ferromagnéticos X m 0 r 1 3.2 Característica Linear Não linear DOMÍNIOS MAGNÉTICOS Em materiais com propriedades magnéticas, os átomos nas estruturas cristalinas se agrupam em regiões de mesma direção magnética se comportando como pequenos imãs elementares independentes. Essas regiões são conhecidas como domínios magnéticos. Este efeito de magnetização é, de acordo com a teoria mais considerada, decorrente do movimento rotacional que os elétrons fazem ao redor de seu núcleo e de si mesmo denominados de spin. Quando um material está em seu estado de desmagnetização, os domínios magnéticos encontram-se em sentidos aleatórios fazendo com que haja um cancelamento do efeito magnético entre eles. Em ferromagnéticos, quando submetido a campo magnético externo, os domínios movimentam para o alinhamento no sentido do campo. Idealmente, o processo de saturação ocorre quando todos os domínios estão alinhados em um só sentido (MUSSOI, 2007). 3.3 LAÇO B X H Em materiais ferromagnéticos, no momento da magnetização M a densidade de campo magnético B é obtida pela soma da intensidade de fluxo magnético H, Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 39 produzido por uma corrente elétrica indutora, com o efeito de magnetização M do material (BATISTELA, 2001) é dada por: B 0 H M M B 0 1 H H B m H B 0 r H (4.1) A permeabilidade magnética pode ser compreendida como a capacidade de se concentrar linhas de fluxo magnético em um material no seu interior quando este é submetido a um campo. Este parâmetro é dado pela soma dos efeitos das linhas de fluxo magnético no vácuo com a suscetibilidade magnética do material. m 0 0 X m (4.2) A suscetibilidade pode ser definida como: Xm M H (4.3) Para materiais com características não magnéticas é atribuída a permeabilidade do vácuo 0 4 .107 H / m e X m 0 . A permeabilidade relativa é a razão entre a permeabilidade magnética do material com a do vácuo, ou seja: r m 0 (4.4) Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 40 A permeabilidade de um material ferromagnético não é linear, pois seu valor depende da densidade do campo magnético e não pode ser representado por um único valor (MUSSOI, 2007). Portanto, a equação (4.1) não se aplica a materiais ferromagnéticos. No entanto, em certas condições essa equação é valida para materiais não lineares (SHADIKU,2004). Um material ferromagnético inicialmente desmagnetizado quando submetido a uma intensidade de campo magnético H, correlacionado com uma dada corrente I, concentra uma densidade de fluxo magnético B. Sucessivamente com o aumento da corrente, haverá maior orientação dos domínios magnéticos possibilitando aumento de B. Esse processo pode ser visualizado na Figura 2. Na primeira região da Figura 2, as paredes dos domínios magnéticos se movimentam resultando em diferentes direções de magnetização. Essas paredes são interfaces entre as regiões, as quais são espontaneamente magnetizadas, magnetização (BATISTELA, 2001). resultando diferentes direções de Nessa região pequenas variações de H, propiciam grandes variações da densidade do campo B. Na segunda região, os domínios magnéticos estão em processo final de alinhamento em um mesmo sentido, determinando assim a saturação do material, ou seja, para grandes valores de H pequenas ou quase nenhuma variação de B. Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 41 FIGURA 2 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) Na magnetização de um material ferromagnético, há energia dissipada no material. Essas perdas são atribuídas ao movimento e a rotação dos domínios e podem ser representadas graficamente por o laço de histerese visualizado na Figura 3. A área do laço representa as perdas por unidade de volume durante um laço de magnetização periódica do material, em que a linha pontilhada representa a curva de magnetização do material. Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 42 FIGURA 3 – LAÇO DE HISTERESE. FONTE: (BATISTELA, 2001). Quando em seu estado de magnetização inicial, é aplicado uma intensidade de fluxo magnético de 0 a Hmax, é obtido a curva de magnetização para os valores de B, em que se observa a saturação do material. Ao reduzir o valor H de Hmax para 0, a densidade do campo também reduz, no entanto existem valores de B para H = 0 em Br chamado de densidade de fluxo residual. Para que haja uma desmagnetização do material, B = 0, é aplicado uma intensidade reversa de 0 a –Hc denominada de força coerciva ou coercitiva. Ao aplicar uma intensidade H de –Hc a –Hmax o material tende a saturação no sentido inverso. Tornando a intensidade do fluxo a 0, é visualizado um Br no sentido contrario, em que para B = 0 é necessário uma aplicação de H dos pontos 0 a Hc. Esse percurso é conhecido como laço de histerese. Os materiais ferromagnéticos possuem laços de histerese diferentes dependendo da composição do material. Quanto menor for a inclinação e a área do laço melhor será a permeabilidade relativa do material e a força coerciva e menores serão as perdas. Alguns parâmetros de magnetização do material são possíveis de se determinar através do laço de histerese do material. Este laço simboliza as perdas magnéticas que o núcleo possui, ou seja, é o atraso existente da relação com a Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 43 densidade do campo magnético quando aplicado uma intensidade de fluxo no material. 3.4 CIRCUITO PARA OBTENÇÃO DO LAÇO B X H Neste trabalho, foi utilizado para determinação experimental do laço B x H o circuito visto na Figura 4 tendo como base o trabalho de (BATISTA, 2010). Basicamente, este é composto de: (I) um varivolt, para variar os níveis da tensão alternada de entrada, (II) o transformador T2, 1:1 (220V/220V-3A), (III) o núcleo do captador a ter sua permeabilidade medida e (IV) um amplificador integrador, tendo como elemento principal o AmpOp 741. FIGURA 4 – CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ADAPTADO DE (BATISTA, 2010) -15V C2 100nF R1 1M XSC1 C1 Ext T rig + 1uF 200W V2 Varivolt T2 Rb _ + 1k 741 VT 1:1 _ + _ V0 Rm 25W B A R2 Captador -15V R3 10 P1 50% C3 100nF 15V O transformador T2 foi utilizado para isolar o circuito eletrônico da rede elétrica, V2. Os resistores Rm e Rb são resistores para controle de corrente no primário do captador, ou seja, eles variam de acordo com o tipo do material do captador de energia em teste, conforme descrito na Tabela 2, para fins de obtenção do nível de saturação do mesmo. O resistor Rm é usado para medição da corrente do terminal primário. Em se tratando de valores de Rm muito baixos para testes em Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 44 alguns materiais com alta permeabilidade magnética relativa, o sinal medido é demasiadamente pequeno não permitindo uma boa avaliação do laço B x H, mesmo este já estando saturado. Portanto faz-se necessário o uso de valores de Rm mais altos. TABELA 2 – CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DOS RESITORES DE MEDIÇÃO. Tipo de material Ref. Rm Pó de ferro Todos 1Ω 25W F1 e F2 1Ω 25W F3 400Ω 25W F4 180Ω 25W Todos 400Ω 25W Ferrite Nanocristalino Rb 88Ω 200W 440Ω 200W Este circuito foi armazenado em um gabinete adequado, como pode ser visto na Figura 5. As entradas e saídas do circuito foram conectadas a terminais acoplados no próprio gabinete para facilitar os procedimentos experimentais. FIGURA 5 – CAIXA CONTENDO O CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. Para que seja obtido o laço B x H é necessário aferir a tensão nos pontos VT e V0 , pois os valores de B e H são adquiridos apenas pela multiplicação de constantes. Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 45 Portanto, de acordo com a lei de Ampère tem-se que: Hdl NI (4.5) Tratando-se de um núcleo toroidal, tem-se: Hl NI H N1 I 2 r (4.6) De acordo com a equação (4.6), a intensidade do fluxo magnético é diretamente proporcional a corrente que circula no primário N1 do toroide. Sendo assim ela pode ser expressa em função de VT , sendo I VT R5 , como segue: H N1 VT . 2 r R5 N H 1 VT 2 rR5 (4.7) Para a determinação da densidade de campo magnético B, faz-se uso da lei de Faraday que diz que um campo magnético variável produz uma força eletromotriz. Este dedução pode ser descrita por: d dt (4.8) B. A (4.9) V N2 sendo que: Sendo A a área da seção transversal do captador e substituindo (4.9) em (4.8), tem-se: V N2 A dB dt (4.10) Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 46 Pela equação do integrador, tem-se: V0 1 V (t )dt R`2C1 R C B 2 1 V0 N2 A (4.11) Para que se possa obter a curva de magnetização faz-se necessário variar a corrente do primário a partir do zero. Dessa maneira pode-se obter vários laços B x H como pode ser visualizado na Figura 6. Unindo os pontos extremos dos laços é possível obter uma linha pontilhada representando a curva de magnetização. FIGURA 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) Analisando a Figura 6, é possível observar a não linearidade da curva de magnetização que de acordo com a equação (4.1), r possui valores pequenos no princípio da magnetização, porém aumenta seus valores atingindo o máximo no ponto mais linear da curva que antecede o joelho da curva. Após esse ponto o Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 47 núcleo entra na região de saturação fazendo com que a permeabilidade diminua. O circuito integrador é utilizado para obter o valor real do fluxo, já que pela lei de Faraday a tensão de saída é em função da taxa de variação ou a derivada do fluxo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CAMPO MAGNÉTICO 3.5 Para que se possa ter resultados experimentais é necessário, previamente, calcular a densidade de campo magnético B que é concentrado no interior do núcleo, quando este é submetido a uma intensidade de fluxo magnético H. Sendo assim, faz-se uso de alguns princípios do eletromagnetismo. Por conseguinte, é necessário calcular o fluxo captado em cada lâmina e em cada entreferro do núcleo. Sua laminação é para atenuar as correntes de Focault ou correntes parasitas, consequentemente redução das perdas. De acordo com a quarta equação de Maxwell ou Lei de Ampère, a densidade do fluxo magnético em um dado ponto P a uma dada distância r de um condutor infinitamente longo transportando uma corrente alternada com uma amplitude de pico I e de frequência angular é dada por: B m I sin(t ) 2 r em que B é a densidade de fluxo magnético e (4.12) m é a permeabilidade magnética do núcleo. Na Figura 7 é visualizado um corte em perspectiva de algumas lâminas de um núcleo envolvendo uma linha de potência. Estas lâminas estão alinhadas no sentido do campo magnético gerado pela corrente do condutor primário que fornece o caminho magnético para canalizar o fluxo, o qual consiste de varias lâminas que são eletricamente separadas por uma fina camada de material isolante entre si. Com referência a Figura 7, a atuação do fluxo magnético em toda a laminação do núcleo com área seccional A num plano perpendicular ao campo magnético é dada por: Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 48 BdA (4.13) FIGURA 7 – CAMADAS DO TOROIDE ENVOLVENDO UMA LINHA DE POTÊNCIA. (A) CORTE (B) PERSPECTIVA (A) (B) Condutor Primário em que: A wdr (4.14) Para o cálculo do fluxo magnético em uma lâmina é necessário substituir (4.14) e (4.13) em (4.12), logo é obtido: L m I sin(t ) r dr wr 2 r f (4.15) L A expressão (4.15) pode ser reduzida como se segue: L m Isin(t ) w rL h ln 2 rL (4.16) Definido o fluxo nas lâminas, pode ser analisado o fluxo magnético atuante no material isolante (entreferro) entre as lâminas de todo o núcleo. Esse fluxo pode ser obtido de um modo semelhante ao descrito em (4.16). Assim, o campo magnético no material isolante é dado por: Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 49 P 0 Isen(t ) w rP S ln 2 rP (4.17) De acordo com a Lei de Faraday pode ser obtido a tensão de saída do terminal secundário como segue: VS N 2 dT dt (4.18) em que: T : fluxo magnético total; N 2 : número de voltas da bobina do secundário. A fim de calcular o fluxo magnético total é necessário somar os valores de fluxo magnético através de todas as lâminas e do material isolante, ou seja: T LT PT (4.19) em que: T : fluxo magnético total; LT : fluxo magnético em todas as lâminas; PT : fluxo magnético em todo o material isolante. A expressão (4.19) pode ser descrita como sendo: dT Ln dL P n1 dP dt dt L 1 dt P 1 (4.20) dL m I cos(t ) w rL h ln dt 2 rL (4.21) em que: dP 0 I cos(t ) w rP S ln dt 2 rP (4.22) Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 50 NÚCLEOS TOROIDAIS UTILIZADOS NESTA PESQUISA 3.6 Nos núcleos magnéticos (captadores) experimentais, usados nesta pesquisa visando o desenvolvimento do sistema captador de energia, foram realizados testes considerando os seguintes materiais: Pó de ferro, Ferrite, e Nanocristalino Foram utilizados núcleos laminados e não laminados com dimensões variadas e enrolados com fios esmaltados de cobre, como podem ser vistos, alguns exemplos, na Figura 8. FIGURA 8 – NÚCLEOS EM TESTE. Para melhor entendimento e detalhamento dos núcleos em teste, estão descritos na Tabela 3 os dados que foram adquiridos do datasheet do fabricante de cada núcleo, com exceção de F4, o qual teve suas dimensões medidas em laboratório e do núcleo denominado de PE, um núcleo projetado nesta pesquisa e produzido em um laboratório do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB (Esse núcleo será descrito com maiores detalhes a seguir). Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 51 Foi utilizada a seguinte conversão: Núcleos de Pó de Ferro iniciam-se pela letra P, de Ferrite, letra F e Nanocristalinos, pela letra N. Dessa forma, constata-se o teste de 15 núcleos diferentes: 3 de pó de ferro, 5 de ferrite e 7 nanocristalinos. TABELA 3 – DADOS DOS CAPTADORES EM TESTE Nanocristalino Ferrite Pó de ferro Material do captador 3.7 Ref. Diam. Ext.[mm] Diam. Int.[mm] Largura (h) [mm] Altura (W) [mm] P3 46.7 24.1 11.3 18 P4.1 44.5 27.2 17,3 16.5 PE 39 34 5 20 F1 34 21.8 6.1 21 F1.1 34 21.8 6.1 21 F2 36 23 6.5 15 F3 22.1 13.7 4.2 8 F4 76 50 13 15 N1 38.9 30.7 4.1 10.1 N1.1 38.9 30.7 4.1 10.1 N2 53.8 45 4.4 10.35 N3 33.5 27.5 3 4 N3.1 33.5 27.5 3 4 N4 34.5 31 1.75 4 N4.1 34.5 31 1.75 4 Lâminas (L) 1 1 55 152 NÚCLEO DE PÓ DE FERRO DESENVOLVIDO NA UFPB Os ensaios realizados nesta pesquisa são baseados em captadores com núcleo de ferrite, nanocristalino e pó de ferro, fabricados através de processo industrial. Como esta pesquisa tem por referência ensaios com núcleos toroidais de características e tamanhos diferentes, foi incluso nos ensaios um núcleo projetado no decorrer da pesquisa. Com relação a sua construção, o aluno Pedro Romio, do curso de Engenharia Mecânica da UFPB, e a pós-doutorando do PPGEE/UFPB, Danielle Guedes, foram os responsáveis por toda a seleção de materiais, projeto e desenvolvimento da matriz em aço, sinterização e todo o processo final da construção do núcleo de ferro. Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 52 Este núcleo foi produzido através do processo de metalurgia do pó realizado no Laboratório de Solidificação Rápida (LSR), do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPB. Sua composição é formada por quatro tipos de liga: 1. Ferro puro sinterizado 2. Ferro puro misturado a resina 3. Liga Fe98Si2 4. Liga Fe95Si5 As dimensões do núcleo estão descritas na Figura 9. FIGURA 9 – DIMENSÕES DO NÚCLEO Para a fabricação deste núcleo, fez-se necessário o desenvolvimento de uma matriz de prensagem de forma a produzir os núcleos já nas medidas finais desejadas, conforme visto na Figura 10. As compactações foram realizadas na temperatura ambiente, com cargas de 20 toneladas o que correspondiam a pressões de 700 MPa. Ao final do processo, o núcleo foi submetido a ensaios para a determinação de suas características magnéticas no Laboratório de Microengenharia do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB e comparado com os núcleos de fabricação industrial. Esses resultados estão descritos na Seção 5. Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética 53 FIGURA 10 – MATRIZ DE PRENSAGEM 4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES Experimentos e Emulações 55 4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES Para a realização dos experimentos fez-se o procedimento de três etapas: a primeira se trata da utilização do circuito da Figura 4 para a determinação do laço B x H e consequentemente as características magnéticas de cada captador; a segunda referencia-se a captação de energia para a obtenção da maior potência que cada captador pode fornecer para valores de cargas variáveis puramente resistivas; e a terceira é concernente a medição, sem carga, da tensão de saída de cada captador para comprovação dos cálculos teóricos da Seção 3. 4.1 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 Esta etapa consiste do cálculo dos parâmetros magnéticos de cada captador, os quais são: 1. Permeabilidade magnética relativa 2. Força coerciva 3. Densidade do fluxo magnético de saturação 4. Densidade de fluxo residual 5. Permeabilidade magnética do material Para a realização desta etapa, fez-se necessário bobinar os captadores de forma que estes ficassem com dois enrolamentos N1 e N2, primário e secundário respectivamente como visto na Tabela 4. Devido o captador F1.1 ter r igual ao F1, fez-se necessário realizar o ensaio com apenas F1. Esta justificativa vale para os captadores N1, N1.1, N3, N3.1, N4 e N4.1 que possuem r igual a N2. A corrente no primário e a tensão no secundário são medidas pelo osciloscópio, no qual é feita a aquisição dos dados para serem posteriormente modelados via software. Fez-se o uso dos parâmetros físicos dos captadores mencionados na Tabela 3 e Tabela 4 juntamente com código do Apêndice 1 para a determinação das características magnéticas. Experimentos e Emulações 56 TABELA 4 – PARÂMETROS DOS CAPTADORES PARA A DETERMNAÇÃO DO LAÇO B X H N1 Material do captador Voltas Pó de ferro Ferrite Nanocristalino 4.2 N2 Ref. Fio Primário [AWG] Fio secundário [AWG] P3 120 63 19 19 P4.1 150 52 19 17 PE 198 50 21 21 F1 54 33 19 19 F2 56 40 19 19 F3 57 29 23 21 F4 78 47 17 19 N2 75 58 21 21 DETERMINAÇÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 Para a realização da segunda etapa, fez-se necessário o enrolamento de apenas uma bobina em cada captador submetido a ensaio referente ao terminal secundário, pois o primário é um condutor que percorre por dentro do captador como visto na Figura 7. Os dados referentes ao número de voltas de cada bobina secundária, a espessura do condutor utilizado, bem como os captadores submetidos a ensaios estão referenciados na Tabela 5. Com a finalidade de obter dados experimentais e validar os resultados teóricos, foi desenvolvida uma planta piloto capaz de emular a corrente da linha de potência de um sistema de distribuição para a captação do campo magnético, como mostrado na Figura 11, Figura 12 e Figura 13. Esta planta consiste de uma bancada que contém dez resistores de potência de 220Ω (200W) cada, os quais desempenham a função da carga da linha de potência. A tensão nominal em regime de trabalho da bancada é de 220V. Para o controle da corrente de carga, são utilizados três interruptores, cada qual com três seções para o acionamento dos resistores. Um amperímetro e um voltímetro fazem parte das medições de tensão e corrente da carga. Como dispositivos de proteção, são utilizados um disjuntor termoelétrico (DT) 16A e um interruptor bipolar (IB) 10A. Esta planta consiste de três compartimentos: o primeiro destina-se as ligações dos componentes da bancada; o segundo, reservatório dos equipamentos utilizados no experimento e no terceiro, Experimentos e Emulações 57 localiza-se a conexão do condutor primário com a bancada, como pode ser visto na Figura 13. TABELA 5 – NÚMERO DE BOBINAS DO SECUNDÁRIO DOS CAPTADORES PARA A CAPTAÇÃO DE ENERGIA Nanocristalino Ferrite Pó de ferro Tipo do Material N2 Voltas Fio secundário [AWG] P3 63 19 P4.1 52 17 PE 198 21 F1 54 19 F1.1 50 21 F2 56 19 F3 57 23 F4 78 17 N1 87 21 N1.1 87 23 N2 75 21 N3 43 15 N3.1 84 23 N4 77 19 N4.1 230 29 Ref. Na Figura 14, é visualizado o circuito elétrico representativo da planta piloto, em que A e V representam o amperímetro e voltímetro, respectivamente. S1, S2, S3, S4 e S5 representam as seções dos interruptores de acionamento dos resistores R1 à R10. V1 é a tensão de alimentação. Experimentos e Emulações 58 FIGURA 11 – VISÃO DE TOPO DA PLANTA PILOTO Voltímetro Carga Amperímetro Interruptores IB DT FIGURA 12 – PLANTA PILOTO Experimentos e Emulações 59 FIGURA 13 – COMPARTIMENTOS DA PLANTA PILOTO 1 3 2 FIGURA 14 – CIRCUITO ELÉTRICO DA PLANTA PILOTO Circuito condicionador de potência DT IB A Núcleo S1 S2 S3 S4 S5 V V1 R1 R3 R5 R7 R2 R4 R6 R8 R9 R10 No processo de captação, o condutor primário é envolvido pelo núcleo de alta permeabilidade magnética, conforme visto na Figura 15. Esse envolvimento é feito passando-se o fio por dentro do núcleo. O enrolamento secundário deste núcleo é conectado ao circuito condicionador de potência (CCP). Experimentos e Emulações 60 FIGURA 15 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA Primário Núcleo CCP Nesta segunda etapa, efetuou-se três tipos de medições com a finalidade de obter maior nível de potência quando os núcleos são submetidos a uma corrente de 15 A no terminal primário2. Após a aquisição dos dados, a modelagem matemática é realizada com o auxilio do código do Apêndice 2. 4.2.1 Primeira medição Para o tratamento da energia captada, foi proposto o circuito de condicionamento de potência que é composto por um retificador AC/DC, um regulador de tensão e um resistor variável como carga, como visto na Figura 16. Nestas medições, são colhidos valores de tensão de 15 resistores diferentes para a 2 A planta piloto fornece uma corrente máxima de 2,5 A. Portanto para aumentar a intensidade de fluxo magnético, foi dada seis voltas no captador de energia em teste obtendo uma equivalência de corrente no primário no total de 15 A. Experimentos e Emulações 61 obtenção do maior valor potência na carga com tensão constante de 5 Vcc. Neste âmbito, foram realizados testes com apenas o captador F4. FIGURA 16 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO XSC1 Ext T rig + Condutor Primário _ B A + _ + _ 7805CT Planta Piloto Rv 680uF Captador Para a segunda e terceira medições, realizou-se testes com todos os captadores. 4.2.2 Segunda medição Para a segunda medição, com o objetivo de obter o maior valor de potência, realizou-se medições de tensão na carga conectada diretamente ao retificador AC/DC sem o uso do regulador, vislumbrando também o comportamento do sinal de tensão na saída do terminal secundário antes do CCD como visto na Figura 17. Experimentos e Emulações 62 FIGURA 17 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA SEM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO Condutor Primário XSC1 Ext T rig + _ B A Planta Piloto Rv + _ + _ 680uF Captador 4.2.1 Terceira medição Para a terceira medição, executou-se medições de tensão na carga conectadas diretamente ao captador de energia, sendo analisado o maior nível de potência para cada captador com relação ao valor RMS do sinal medido, Figura 18. FIGURA 18 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM A CARGA CONECTADA DIRETAMENTE AO CAPTADOR Condutor Primário XSC2 Ext T rig + _ B A Rv Planta Piloto + _ + _ Captador Para estes experimentos foram atribuídas cargas puramente resistivas de valores compreendidos entre 10Ω e 10KΩ de baixa potência. Todos esses testes experimentais foram realizados no laboratório de microengenharia do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB. Experimentos e Emulações 63 Para o captador F3, os experimentos foram realizados com uma corrente no primário de 12,5 A, devido as suas dimensões permitirem apenas 5 voltas em seu interior. 4.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 DE Nesta etapa, é realizada a medição, sem carga, dos valores de tensão no terminal secundário de cada captador com uma corrente AC de 15 A no condutor primário. Após este procedimento, é simulado via software com o auxílio do código do Apêndice 3 e dos parâmetros magnéticos obtidos na etapa 1, o mesmo procedimento citado acima. Por fim, os dados simulados e experimentais são confrontados para comprovar a veracidade dos cálculos. O circuito utilizado para esta etapa está ilustrado na Figura 19. FIGURA 19 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO SEM CARGA XSC1 Condutor Primário Ext Trig + _ B A + Planta Piloto Captador _ + _ 5 RESULTADOS Resultados 65 5 RESULTADOS Os procedimentos utilizados nos testes experimentais, emulações e simulações se dividem em três etapas, como citado acima. Para melhor entendimento, os resultados serão analisados separadamente. 5.1 PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 Para o cumprimento desta etapa, determinou-se os parâmetros magnéticos de cada núcleo através de experimentos, fazendo-se uso do circuito da Figura 4. Neste circuito, foi possível obter vários laços de histerese em função da variação da corrente no primário. Essa variação decorre do controle no ajuste de tensão do Varivolt. Para a obtenção da permeabilidade magnética, fez-se necessário a aquisição de vários laços B x H. Nestes laços, foram extraídos os valores máximos de B e H para a obtenção da curva de magnetização. Nesta modelagem, a permeabilidade relativa é calculada para pequenos trechos lineares da curva. Observou-se o laço B x H em que inicia o processo de saturação para a aquisição da densidade de saturação, da densidade residual que são os valores referentes da diferença da origem do sinal ao valor em que a curva intercepta o eixo B para valores positivos e da força coerciva que são os valores referentes da diferença da origem do sinal ao valor em que a curva intercepta o eixo H para valores negativos. Utilizando-se esses procedimentos foi possível obter os seguintes resultados. 5.1.1 Captadores de Ferrite Para estes captadores, inicialmente foi determinado o maior laço B x H que antecede o início da região de saturação. Neste ponto, os níveis de tensão de saída V0 , corrente no primário Ip e a forma de onda de saturação na saída do secundário antes do integrador foram obtidos. Resultados 66 Captador F1 5.1.1.1 GRÁFICO 1 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F1 Resultados Experimentais 1.5 Integrador Saturação Tensão (V) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 0.3 Corrente no primário Corrente (A) 0.2 0.1 0 -0.1 -0.2 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 2A RMS (54voltas x 38mA RMS), o núcleo F1 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 1. A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,35 T pode ser visualizada no Gráfico 2. Resultados 67 GRÁFICO 2 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F1 Resultados esxperimentais 0.5 0.4 0.3 Densidade (T) 0.2 0.1 0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -40 -30 -20 -10 0 10 Intensidade (A/m) 20 30 40 GRÁFICO 3 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F1 Resultados Experimentais 0.5 0.45 0.4 Densidade (T) 0.35 0.3 0.25 0.2 0.15 0.1 0.05 0 0 500 1000 1500 Intensidade (A/m) 2000 2500 Resultados 68 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 3. Decorrente as equações já observadas na Seção 3, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 6. TABELA 6 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F1 Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] 17.838 0,026 5.1.1.2 Captador F2 Bsat Br [A/m] Inicial [T] [T] 15 0,35 0,1 Ip RMS [A] 2,08 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 3,24A RMS (56 voltas x 58mA RMS), o núcleo F2 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 4. A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,43 T pode ser visualizada no Gráfico 5. Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 6. Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 7. Resultados 69 GRÁFICO 4 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F2 Resultados Experimentais 1.5 Integrador Saturação Tensão (V) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 0.3 Corrente no primário Corrente (A) 0.2 0.1 0 -0.1 -0.2 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Resultados 70 GRÁFICO 5 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F2 Resultados Experimentais 0.6 0.4 Densidade (T) 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1500 -1000 -500 0 500 Intensidade (A/m) 1000 1500 GRÁFICO 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F2 Resultados Experimentais 0.5 Densidade (T) 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 500 1000 1500 Intensidade (A/m) 2000 2500 Resultados 71 TABELA 7 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F2 Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] 9.360 0,011 5.1.1.3 Captador F3 Bsat Br [A/m] Inicial [T] [T] 12,5 0,43 0,1 Ip RMS [A] 3,24 GRÁFICO 7 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F3 Resultados Experimentais Integrador Saturação 0.6 Tensão (V) 0.4 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 0.5 Corrente (A) Corrente no primário 0 -0.5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 2,1A RMS (57 voltas x 36,9mA RMS), o núcleo F3 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 7. Resultados 72 A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,5 T pode ser visualizada no Gráfico 8. GRÁFICO 8 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F3 Resultados Experimentais 0.3 0.2 0.1 Densidade (T) 0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6 -0.7 -250 -200 -150 -100 -50 0 50 Intensidade (A/m) 100 150 200 250 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 9. Resultados 73 GRÁFICO 9 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F3 Resultados Experimentais 0.25 0.2 0.15 Densidade (T) 0.1 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 -0.25 0 50 100 150 200 250 300 Intensidade (A/m) 350 400 450 500 Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na tabela abaixo. TABELA 8 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F3 Valores Obtidos Bsat r m Hc Máximo [H/m] [A/m] Inicial [T] [T] 6.800 0,0085 14 0,5 0,1 Br Ip RMS [A] 2,1 Resultados 74 Captador F4 5.1.1.4 GRÁFICO 10 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F4 Resultados experimentais 15 Integrador Saturação Tensão (V) 10 5 0 -5 -10 -15 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 0.2 Corrente no primário Corrente (A) 0.1 0 -0.1 -0.2 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 7,53A RMS (78 voltas x 96,6mA RMS), o núcleo F4 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 10. A densidade de fluxo de saturação obtida de 1,5 T pode ser visualizada no Gráfico 11. Resultados 75 GRÁFICO 11 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F4 Resultados esxperimentais 2 1.5 Densidade (T) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -200 -150 -100 -50 0 50 Intensidade (A/m) 100 150 200 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se segue. Resultados 76 GRÁFICO 12 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F4 Resultados Experimentais 1.8 1.6 1.4 Densidade (T) 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 20 40 60 Intensidade (A/m) 80 100 120 Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 9. TABELA 9 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F4 Valores Obtidos Bsat r m Hc Máximo [H/m] [A/m] Inicial [T] [T] 44.090 0.0554 40 1,5 1,29 Br Ip RMS [A] 7,53 Na Tabela 10, encontra-se um resumo dos resultados obtidos pra todos os captadores de ferrite. Resultados 77 TABELA 10 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE FERRITE Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] F1 17.838 F2 Ref. Bsat Br Ip [A/m] Inicial [T] [T] 0,026 15 0,35 0,1 RMS [A] 2,08 9.360 0,011 12,5 0,43 0,1 3,24 F3 6.800 0,0085 14 0,5 0,1 2,1 F4 44.090 0.0554 40 1,5 1,29 7,53 5.1.2 Captadores Nanocristalinos Devido todos os captadores obterem o mesmo valor de permeabilidade relativa informado pelo datasheet do fabricante, foi realizado os referidos testes apenas para o captador N2. O procedimento utilizado para a determinação dos parâmetros magnéticos do N2 é idêntico ao utilizado para os captadores de ferrite. Portanto, os níveis de tensão de saída V0 , corrente no primário Ip e a forma de onda de saturação na saída do secundário antes do integrador estão descritas nos gráficos abaixo. 5.1.2.1 Captador N2 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 0,70A RMS (75 voltas x 9,4mA RMS), o núcleo N2 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 113. A densidade de fluxo de saturação obtida de 1,2 T pode ser visualizada no Gráfico 14. Resultados 78 GRÁFICO 13 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO N2 Resultados experimentais 15 Integrador Saturação Tensão (V) 10 5 0 -5 -10 -15 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 0.2 Corrente no primário Corrente (A) 0.1 0 -0.1 -0.2 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se segue. Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa coerciva Hc e o fluxo residual Br. r e do material m , bem como a força Resultados 79 GRÁFICO 14 – LAÇO B X H DO CAPTADOR N2 Resultados experimentais 2 1.5 Densidade (T) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -30 -20 -10 0 Intensidade (A/m) 10 20 30 GRÁFICO 15 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR N2 Resultados Experimentais 1.8 1.6 1.4 Densidade (T) 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 10 20 30 40 Intensidade (A/m) 50 60 70 Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 11. Resultados 80 TABELA 11 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR N2 Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] 172.780 0,21 5.1.3 Bsat Br [A/m] Inicial [T] [T] 1,42 1,2 0,3 Ip RMS [A] 0,70 Captadores de Pó de Ferro Como mencionado na Seção 4, realizou-se os ensaios para os captadores P3, P4.1 e PE. O procedimento utilizado para a determinação dos parâmetros magnéticos destes captadores é idêntico ao utilizado para os captadores de ferrite e liga nanocristalina. Portanto, os níveis de tensão de saída V0 , corrente no primário Ip e a forma de onda de saturação na saída do secundário antes do integrador estão descritas a seguir. Resultados 81 5.1.3.1 Captador P3 GRÁFICO 16 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P3 Resultados Experimentais 15 Integrador Saturação Tensão (V) 10 5 0 -5 -10 -15 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 4 Corrente no primário Corrente (A) 2 0 -2 -4 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 295A RMS (120 voltas x 2,46A RMS), o núcleo P3 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 16. A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo exigir uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior que 300A. Porém até aos limites de teste, foi obtido uma densidade de fluxo de 0,79T como pode ser visualizada no Gráfico 17. Resultados 82 GRÁFICO 17 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P3 Resultados Experimentais 0.8 0.6 0.4 Densidade (T) 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 -6000 -4000 -2000 0 2000 Intensidade (A/m) 4000 6000 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas trinta e seis amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 18. Resultados 83 GRÁFICO 18 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P3 Resultados Experimentais 0.9 0.8 0.7 Densidade (T) 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 1000 2000 3000 4000 Intensidade (A/m) 5000 6000 Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 12. TABELA 12 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P3 Valores Obtidos Bsat r m Hc Máximo [H/m] [A/m] Inicial [T] [T] 117 0,000147 800 0,79 0,18 Br Ip RMS [A] 295 Resultados 84 Captador P4.1 5.1.3.2 GRÁFICO 19 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P4 Resultados Experimentais 4 Integrador Saturação Tensão (V) 2 0 -2 -4 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 4 Corrente no primário Corrente (A) 2 0 -2 -4 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 366A RMS (150 voltas x 2,44A RMS), o núcleo P4 entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 19. A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo exigir uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior que 400A. Porém até aos limites de teste, foi obtido uma densidade de fluxo de saturação de 0,5T como pode ser visualizada no Gráfico 20. Resultados 85 GRÁFICO 20 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P4.1 Resultados Experimentais 0.6 0.4 Densidade (T) 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 Intensidade (A/m) 4000 6000 8000 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se segue. Resultados 86 GRÁFICO 21 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P4.1 Resultados Experimentais 0.5 Densidade (T) 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 1000 2000 3000 4000 Intensidade (A/m) 5000 6000 Desinente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa r e do material m , bem como a força coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na tabela abaixo. TABELA 13 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P4.1 Valores Obtidos Bsat r m Hc Máximo [H/m] [A/m] Inicial [T] [T] 65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 Br Ip RMS [A] 366 Resultados 87 Captador PE 5.1.3.3 GRÁFICO 22 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO PE Resultados Experimentais 4 Integrador Saturação Tensão (V) 2 0 -2 -4 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 4 Corrente no primário Corrente (A) 2 0 -2 -4 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 292A RMS (198 voltas x 1,47A RMS), o núcleo PE entra em sua região de saturação como pode ser observado no Gráfico 22. A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo exigir uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior que 480A. Porém até aos limites de teste, foi obtido uma densidade de fluxo de saturação de 0,6T como pode ser visualizada no Gráfico 23. Resultados 88 GRÁFICO 23 – LAÇO B X H DO CAPTADOR PE Resultados Experimentais 0.8 0.6 Densidade (T) 0.4 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 Intensidade (A/m) 4000 6000 8000 Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software. Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 24. Desinente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível determinar a permeabilidade relativa coerciva Hc e o fluxo residual Br. r e do material m , bem como a força Resultados 89 GRÁFICO 24 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR PE Resultados Experimentais 0.6 Densidade (T) 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 0 1000 2000 3000 4000 Intensidade (A/m) 5000 6000 Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 14. TABELA 14 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR PE Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] 100 0,00012 Bsat Br [A/m] Inicial [T] [T] 1700 0,6 0,4 Ip RMS [A] 292 Na Tabela 15, encontra-se um resumo dos resultados obtidos pra todos os captadores de ferrite. Resultados 90 TABELA 15 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO Valores Obtidos r m Hc Máximo [H/m] P3 117 P4.1 PE Ref. 5.2 Bsat Br Ip [A/m] Inicial [T] [T] 0,000147 800 0,79 0,18 RMS [A] 295 65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 366 100 0,00012 1700 0,6 0,4 292 VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 Nesta subseção, são apresentados os resultados experimentais que foram obtidos com o fim de visualizar os valores máximos de potência, em função da carga, que podem ser alcançados do sistema captador de energia para os três tipos de medição mencionadas na seção anterior. Para tanto faz-se necessário a exposição destes resultados separadamente. 5.2.1 Primeira Medição Estes resultados foram obtidos no início do processo de testes de captação de energia com valores de carga resistiva entre 47Ω e 5MΩ. Este procedimento teve por objetivo a máxima obtenção de valor de potência com uma tensão constante de 5 V na carga. Foram realizados vários testes com valores de cargas variados dentre as quais alguns estão descritos na Tabela 16. TABELA 16 – TESTES E MEDIÇÕES EXPERIMENTAIS Fazendo-se uso da Figura 16 nos experimentos para o captador de energia F4, foi obtido os seguintes resultados para uma corrente de 15 A no primário. Resultados 91 TABELA 16 – TESTES E MEDIÇÕES EXPERIMENTAIS Dados Rv Resultados V V (pico) (rms) [Ω] V (retificador) [V] V (Carga) I (Carga) [A] P (Carga) [mW] 47 20,4 5,7 4,24 3,1 0,065 204 97 21,3 6,5 6,02 5,01 0,050 239 430 22,6 7,5 10,8 5,04 0,0117 58,8 1,5K 23,7 8,3 13,8 5,04 0,0335 16,8 5M 24,1 8,75 14,1 5,04 0,000001 0,005 Os valores de Vpico e Vrms foram aferidos no terminal secundário antes do circuito condicionador de potência. Neste experimento foi constatado que para cargas resistivas menores que 97Ω a tensão de saída assume valores menores que 5 V na carga e menores que 6 V no retificador AC/DC. Embora para cargas maiores ou iguais a 97Ω a tensão varia de 5,01V a 5,04V na carga. No retificador, a tensão varia entre 6,02 V a 16V para cargas entre 97Ω e 10kΩ. Para resistores maiores que 10kΩ, há estabilização em 16V no retificador AC/DC. De acordo com a Tabela 16 é possível analisar no Gráfico 25 e Gráfico 26 e 26, o gráfico da tensão na carga e no retificador, como também a potência máxima de saída para uma carga de 97Ω com tensão constante de 5V. Resultados 92 GRÁFICO 25 – TENSÃO NA CARGA E NO RETIFICADOR PARA R=97Ω Parâmetros de medição 8 7 Retificador 6 Tensão (V) 5 Carga 4 3 2 1 0 -0.25 -0.2 -0.15 -0.1 -0.05 0 0.05 Tempo (s) 0.1 0.15 0.2 0.25 GRÁFICO 26 – POTÊNCIA E CORRENTE ATIVA PARA R=97Ω Parâmetros de medição 0.35 Potencia (W) e Corrente (A) 0.3 Potência 0.25 0.2 0.15 0.1 Corrente 0.05 0 -0.25 -0.2 -0.15 -0.1 -0.05 0 0.05 Tempo (s) 0.1 0.15 0.2 0.25 Resultados 93 5.2.2 Segunda Medição Esta aferição teve por objetivo a obtenção do maior valor de potência adquirido na carga independente do nível de tensão no resistor, referente ao circuito da Figura 17. Esse critério foi utilizado Rv devido a primeira medição ter sido considerado os valores máximos de potência apenas para nível de tensão constante de 5V na carga. Todos os dados apanhados estão descritos nos gráficos a seguir. Para uma melhor explanação dos resultados, em cada tipo de material foi formulado gráficos dos valores de potência obtidos em função do resistor Rv de cada captador, bem como os valores de tensão RMS aferidos nos terminais do secundário antes do retificador correspondente a cada carga. Captadores de ferrite 5.2.2.1 Após realizar os ensaios com cada captador de material de Ferrite obteve-se os seguintes resultados. GRÁFICO 27 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais 0.4 Potência (W) F4 0.3 0.2 0.1 0 0 200 400 600 800 1000 1200 Carga (Ohms) 1400 1600 1800 2000 Potência (W) 0.02 F1 F1.1 F2 F3 0.015 0.01 0.005 0 0 200 400 600 800 1000 1200 Carga (Ohms) 1400 1600 1800 2000 Resultados 94 GRÁFICO 28 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO Resultados Experimentais 9 8 F1 F1.1 F2 F3 F4 7 Tensão RMS (V) 6 5 4 3 2 1 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Carga (Ohms) 7000 8000 9000 10000 No Gráfico 27, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores F1, F1.1, F2, F3 e F4. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é visualizado apenas os níveis de potência para valores de Rv entre 10Ω e 2KΩ, para fins de visualização dos maiores níveis de potência, em que estes estão localizados entre 10Ω e 100Ω de carga. Para valores de Rv maiores que 2KΩ, a potência medida tende a diminuir alcançando valores menores que 100mW para F4 e 12mW para os demais captadores. No Gráfico 28 pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário diminuem na medida em que os valores de Rv decrescem. Nos captadores F1, F1.1, F2 e F3 a tensão RMS obtida possui valores quase que constantes para cargas maiores que 200Ω. Para o F4, essa estabilização só é iniciada a partir de valores maiores que 3KΩ. Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante de potência máxima para cada captador, estão descritos na Tabela 17. Resultados 95 TABELA 17 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE Tipo de material Ferrite Ref. Resultados V V (rms) (pico) [V] V (Carga) I (Carga) [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] F1 1,27 2,72 1,0 16,83 16,83 60 F1.1 1,14 2,6 0,8 16,1 12,9 50 F2 1,0 2,01 0,4 10,1 4,0 40 F3 0,48 1,36 0,2 0,34 0,083 10 F4 5,47 7,23 5,025 62,8 315,6 80 Captadores nanocristalinos 5.2.2.2 Para os captadores de energia de material nanocristalino, os resultados obtidos são os seguintes: GRÁFICO 29 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais N1 N1.1 N2 0.04 0.02 0 0 200 400 600 800 1000 1200 Carga (Ohms) 1400 1600 1800 2000 -3 3 Potência (W) Potência (W) 0.06 x 10 N3 N3.1 N4 N4.1 2 1 0 0 200 400 600 800 1000 1200 Carga (Ohms) 1400 1600 1800 2000 Resultados 96 GRÁFICO 30 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO Resultados Experimentais 4 N1 N1.1 N2 N3 N3.1 N4 N4.1 3.5 Tensão RMS (V) 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Carga (Ohms) 7000 8000 9000 10000 No Gráfico 29, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores N1, N1.1, N2, N3, N3.1 N4 e N4.1. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, são visualizados apenas os níveis de potência para valores de Rv entre 10Ω de 2KΩ, para fins de visualização dos maiores níveis de potência, em que estes estão localizados entre 10Ω e 1k4Ω de carga. Para valores de Rv maiores que 100Ω, a potência medida em N1, N1.1 e N2 tende a diminuir alcançando valores na escala de microwatts. Nos captadores N3, N3.1, N4 e N4.1 essa escala é alcançada para valores de Rv maiores que 1K4Ω. No GRÁFICO 30, pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário diminuem na medida que os valores de Rv decrescem. Nos captadores N1, N1.1 e N2 a tensão RMS assumi valores quase que constantes para cargas maiores que 9KΩ . Para o Resultados 97 N3, N3.1, N4 e N4.1, essa estabilização só é iniciada a partir de valores maiores que 500Ω. Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante de potência máxima no resistor Rv de carga, são descritos na Tabela 18. TABELA 18 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS Tipo de material Nanocristalino 5.2.2.3 Ref. Resultados V V (rms) (pico) [V] V (Carga) I (Carga) [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] N1 1.54 3,34 1,6 16,1 25,9 100 N1.1 1,51 3,21 1,53 17 26,1 90 N2 2,03 3,43 1,64 32,9 54 50 N3 0,52 2,41 0,96 0,96 0,93 1K N3.1 0,79 3,21 1,6 1,2 2 1K3 N4 0,41 1,55 0,06 6,3 0,39 10 N4.1 0,89 2,81 1,4 1,2 1,6 1K2 Captadores de pó de ferro Para os captadores de energia de material de pó de ferro, os resultados obtidos são os descritos abaixo. No Gráfico 31, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores P3, P4.1e PE. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é visualizado os valores de potência obtidos para Rv entre 10Ω e 300Ω para o captador P3 e entre 10Ω e 100Ω para P4.1 e PE, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência. Esses maiores níveis estão localizados entre 10Ω e 100Ω para os captadores P3, P4.1 e PE. Para valores de Rv maiores que 100Ω, a potência medida em P3 tende a diminuir alcançando valores menores que 0,2mW , para PE valores menores que 1µW e menores que 0,5 µW para P4.1. No Gráfico 32, pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário praticamente de todos os captadores obtiveram pequenas variações na ascensão dos valores de Rv. Para todos os captadores, a tensão RMS assumiu valores quase que constantes para cargas maiores que 2KΩ. Resultados 98 GRÁFICO 31 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA -4 8 Resultados Experimentais x 10 Potência (W) P3 6 4 2 0 50 100 150 Carga (Ohms) 200 250 300 -6 Potência (W) 8 x 10 P4.1 PE 6 4 2 0 10 20 30 40 50 60 Carga (Ohms) 70 80 90 100 Resultados 99 GRÁFICO 32 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO Resultados Experimentais 0.09 0.085 P3 P4.1 PE Tensão RMS (V) 0.08 0.075 0.07 0.065 0.06 0 500 1000 1500 Carga (Ohms) 2000 2500 3000 Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante de potência máxima para cada captador, são descritos na Tabela 19. TABELA 19 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO Tipo de material Pó de ferro Ref. Resultados V V V (rms) (pico) (Carga) [mV] I (Carga) [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] P3 84,4 17,9 88,9 8,8 0,77 10 P4.1 62,9 12,5 2,4 0,24 0,00058 10 PE 64 15,6 5 0,5 0,0025 10 Resumindo-se, pode ser visualizado no Gráfico 33 e Gráfico 334 os valores máximos de potência e tensão RMS dos captadores com maior captação de energia obtidos para cada tipo de material submetidos a cargas de 10Ω a 10KΩ. Resultados 100 GRÁFICO 33 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais F4 N2 P3 0.3 Potência (W) 0.25 0.2 0.15 0.1 0.05 0 500 1000 1500 Carga (Ohms) 2000 2500 3000 GRÁFICO 34 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, LIGA NANOCRISTALINA E PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO Resultados Experimentais 9 F4 N2 P3 8 7 Tensão RMS (V) 6 5 4 3 2 1 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Carga (Ohms) 7000 8000 9000 10000 Resultados 101 5.2.3 Terceira medição Esta aferição teve por objetivo a obtenção do maior valor de potência adquirido na carga independente do nível de tensão no resistor Rv, referente ao circuito da Figura 18. Neste circuito a carga é conectada diretamente ao secundário do captador. Os resultados obtidos para cada captador são baseados no valor RMS da tensão do secundário. Para uma melhor explanação dos resultados, em cada tipo de material foi formulado gráficos dos valores de potência obtidos em função do resistor Rv. Esses gráficos estão descritos abaixo. 5.2.3.1 Captadores de ferrite O desempenho dos captadores de material de Ferrite após submissão dos ensaios, obtiveram os seguintes resultados. Resultados 102 GRÁFICO 35 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais 0.6 F4 Potência (W) 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 100 200 300 400 500 600 Carga (Ohms) 700 800 900 0.12 F1 F1.1 F2 F3 0.1 Potência (W) 1000 0.08 0.06 0.04 0.02 0 50 100 150 Carga (Ohms) 200 250 300 No Gráfico 35, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores F1, F1.1, F2, F3 e F4. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é mostrado os valores de potência obtidos para Rv entre 10Ω e 1KΩ para o captador F1 e entre 10Ω e 300Ω para os demais, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência. Para valores de Rv maiores que 1KΩ, a potência medida tende a diminuir alcançando valores menores que 100mW para o captador F4 e menores que 22 mW para os demais com Rv maior que 300Ω. Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de potência máxima para cada captador são descritos na Tabela 20. Resultados 103 TABELA 20 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE Tipo de material Ferrite Ref. Resultados VRMS I (Carga) (Carga) [V] [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] F1 1,086 108,6 118 10 F1.1 1,06 106 112,3 10 F2 0,852 85,2 72,5 10 F3 0,381 38,1 145 10 F4 4,75 0,118 564,5 40 Captadores nanocristalinos 5.2.3.2 Para os captadores de energia de material nanocristalinos, os gráficos obtidos são os seguintes: GRÁFICO 36 – CAPTADOR COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais Potência (W) 0.15 N1 N1.1 N2 0.1 0.05 0 200 400 600 800 1000 1200 Carga (Ohms) 1400 1600 1800 2000 Potência (W) 0.03 N3 N3.1 N4 N4.1 0.02 0.01 0 50 100 150 200 250 300 350 Carga (Ohms) 400 450 500 550 600 No Gráfico 36, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores N1, N1.1, N2, N3, N3.1 N4 e N4.1. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é mostrado Resultados 104 os valores de potência obtidos para Rv entre 10Ω e 2KΩ para os captadores N1, N1.1 e N2 e entre 10Ω e 600Ω para os demais, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência. Para valores de Rv maiores que 400Ω, a potência medida em N1, N1.1 e N2 tende a diminuir com valores menores que 50mW. Nos captadores N3, N3.1, N4 e N4.1 a potência assumi valore menores que 10 mW para valores de Rv maiores que 100Ω. Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de potência máxima são descritos na Tabela 21. TABELA 21 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE LIGA NANOCRISTALINOS Tipo de material Nanocristalino 5.2.3.3 Ref. Resultados V I (Carga) (Carga) [V] [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] N1 1,13 113,6 129 10 N1.1 1.15 115,3 132,8 10 N2 1,77 88,8 157,8 20 N3 0,44 44,4 19,7 10 N3.1 0,49 49,7 24,7 10 N4 0,34 34,2 11,7 10 N4.1 0,46 46,6 21,8 10 Captadores de pó de ferro Para os captadores de energia de material de pó de ferro, os resultados obtidos são descritos abaixo. É possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de Rv dos captadores P3, P4.1 e PE. Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é mostrado os valores de potência obtidos para Rv entre 10Ω e 100Ω para todos os captadores, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência. Os maiores níveis de potência estão localizados entre 10Ω e 30Ω de carga para os todos os captadores. Para valores de Rv maiores que 100Ω, a potência medida nos captadores tende a diminuir alcançando valores menores que 0,2mW para todos os captadores. Resultados 105 GRÁFICO 37 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA -4 8 Resultados Experimentais x 10 P3 P4.1 PE 7 Potência (W) 6 5 4 3 2 1 0 10 20 30 40 50 60 Carga (Ohms) 70 80 90 100 Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de potência máxima para cada captador são descritos na Tabela 22. TABELA 22 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO Tipo de material Pó de ferro Ref. Resultados V I (Carga) (Carga) [mV] [mA] P (Carga) [mW] Rv (Carga) [Ω] P3 85 8,5 0,72 10 P4.1 58 5,8 0,33 10 PE 64 6,4 0,41 10 Um resumo dos dos valores máximos de potência dos núcleos com maior captação de energia obtidos para cada tipo de material pode ser visualizado no Gráfico 38. Resultados 106 GRÁFICO 38 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA Resultados Experimentais 0.8 F4 N2 P3 0.7 Potência (W) 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 5.3 100 200 300 400 Carga (Ohms) 500 600 700 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 Nesta etapa, tomando como referência o circuito da Figura 19, foi inicialmente desenvolvida a aquisição dos dados para a obtenção das formas de onda no processo de aferição dos valores de tensão no secundário de cada captador, quando o condutor primário foi submetido a uma corrente de 15A RMS. Em seguida, este procedimento foi simulado via software com base nos dados adquiridos na etapa 1. Para melhor compreensão, os resultados foram separadamente divididos por tipo de material como se segue. 5.3.1 5.3.1.1 Captadores de Ferrite Captador F1.1 O Gráfico 39 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. Resultados 107 GRÁFICO 39 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 10 8 6 Tensão (V) 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo(s) 0.01 0.015 0.02 0.025 GRÁFICO 40 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 10 8 6 Tensão (V) 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 1,72V e Vpico=9,24V. Resultados 108 No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms= 6,69V e Vpico= 9,4V, como referenciado no Gráfico 40. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 23 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 23 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1.1 Tipo de material Ref. Ferrite F1.1 Experimental V V (rms) (pico) 1,72 9,24 Teórico V (rms) [V] 6,69 V (pico) 9,4 Captador F1 5.3.1.2 O Gráfico 41 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 41 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 0.015 0.02 0.025 Tempo(s) 0.03 0.035 Resultados 109 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 42, em que foi obtido o valor Vrms = 2,31V e Vpico=13,25V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms= 7,35V e Vpico= 10,35V como referenciado no Gráfico 42. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. NA Tabela 24 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. GRÁFICO 42 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 0.015 0.02 0.025 Tempo (s) 0.03 0.035 Resultados 110 TABELA 24 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1 Tipo de material Ref. Ferrite F1 5.3.1.3 Experimental V V (rms) (pico) 2,31 Teórico V (rms) [V] V (pico) 7,35 10,35 13,25 Captador F2 O Gráfico 43 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 43, em que foi obtido o valor Vrms = 1,14V e Vpico= 3,9V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms= 2,8V e Vpico= 3,98V, como referenciado no Gráfico 44. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. GRÁFICO 43 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 5 4 3 Tensão (V) 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo(s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Resultados 111 GRÁFICO 44 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 8 6 4 Tensão (V) 2 0 -2 -4 -6 -8 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Na Tabela 25 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 25 – RESULTADOS DO CAPTADOR F2 Tipo de material Ref. Ferrite F2 5.3.1.4 Experimental V V (rms) (pico) 1,14 3,9 Teórico V (rms) [V] 2,8 V (pico) 3,98 Captador F3 O Gráfico 45 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. Resultados 112 GRÁFICO 45 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 2.5 2 1.5 Tensão (V) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -2.5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo(s) 0.01 0.015 0.02 0.025 GRÁFICO 46 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 2.5 2 1.5 Tensão (V) 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -2.5 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 45, em que foi obtido o valor Vrms = 0,46V e Vpico= 1,85V. Resultados 113 No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 1,19V e Vpico= 1,67V como referenciado no Gráfico 46. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 26 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 26 – RESULTADOS DO CAPTADOR F3 Tipo de material Ref. Experimental V V (rms) (pico) [V] Ferrite F3 0,46 5.3.1.5 1,85 Teórico V (rms) V (pico) 1,19 1,67 Captador F4 O gráfico a seguir referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 47 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 25 20 15 Tensão (V) 10 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Resultados 114 GRÁFICO 48 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 25 20 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 47, em que foi obtido o valor Vrms = 8,74V e Vpico= 23.6V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms= 17,1V e Vpico= 23,9V, como referenciado no . As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo lâminado com 55 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 49. Resultados 115 GRÁFICO 49 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.8 0.6 0.4 Tensão (V) 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 23,9 V e Vrms = 0,6V. Na Tabela 27, estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 27 – RESULTADOS DO CAPTADOR F4 Tipo de material Ref. Ferrite F4 Experimental V V (rms) (pico) 8,74 23,6 Teórico V (rms) [V] 17,32 V (pico) 24,5 Todos os resultados para os captadores de ferrite estão descritos na Tabela 28. Resultados 116 TABELA 28 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE FERRITE Tipo de material Ferrite Ref. Experimental V V (rms) (pico) [V] Teórico V (rms) V (pico) F1.1 1,72 9,24 7,66 10,78 F1 2,31 13,25 8,4 11,84 F2 1,14 3,9 2,29 3,22 F3 0,46 1,85 1,19 1,67 F4 8,74 23,6 17,32 24,5 5.3.2 Captadores Nanocristalinos 5.3.2.1 Captador N1.1 O Gráfico 50 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 50 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 60 40 Tensão (V) 20 0 -20 -40 -60 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Resultados 117 GRÁFICO 51 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 50 40 30 Tensão (V) 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 50 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 5,28V e Vpico= 56,28V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 28,2V e Vpico = 39,9V, como referenciado no Gráfico 51. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo lâminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 52. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 39,9 V e Vrms = 0,15V. Resultados 118 Gráfico 52 – Tensão de saída do captador N1.1 – resultado Teórico Resultado Teórico 0.2 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Na Tabela 29 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 29 – RESULTADOS DO CAPTADOR N1.1 Tipo de material Ref. Nanocristalino N1.1 5.3.2.2 Experimental V V (rms) (pico) 5,28 56,28 Teórico V (rms) [V] V (pico) 28,31 40,05 Captador N1 O Gráfico 53, referencia-se a medição experimental no terminal secundário. Resultados 119 GRÁFICO 53 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 60 40 Tensão (V) 20 0 -20 -40 -60 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 GRÁFICO 54 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 50 40 30 Tensão (V) 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 53 Resultados 120 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 5,16V e Vpico= 52,11V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 28,2V e Vpico = 39,9V, como referenciado no Gráfico 54. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 55. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 39,9 V e Vrms = 0,15V. GRÁFICO 55 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N1.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.2 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Na Tabela 30 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. Resultados 121 TABELA 30 – RESULTADOS DO CAPTADOR N1 Tipo de material Ref. Nanocristalino N1 5.3.2.3 Experimental V V (rms) (pico) 5,16 52,11 Teórico V (rms) [V] V (pico) 28,31 40,05 Captador N2 O Gráfico 56 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 56 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 30 20 Tensão (V) 10 0 -10 -20 -30 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo(s) 0.01 0.015 0.02 0.025 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 56 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 4,61V e Vpico= 26,15V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 18,92V e Vpico = 26,62V, como referenciado no Gráfico 57. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Resultados 122 Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 58. GRÁFICO 57 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 30 20 Tensão (V) 10 0 -10 -20 -30 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Resultados 123 GRÁFICO 58 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.1 0.08 0.06 Tensão (V) 0.04 0.02 0 -0.02 -0.04 -0.06 -0.08 -0.1 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 26,62 V e Vrms = 0,1V. Na Tabela 31 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 31 – RESULTADOS DO CAPTADOR N2 Tipo de material Ref. Nanocristalino N2 5.3.2.4 Experimental V V (rms) (pico) 4,61 26,15 Teórico V (rms) [V] V (pico) 18,92 26,63 Captador N3 O Gráfico 59 referencia-se a medição experimental no terminal secundário. Resultados 124 GRÁFICO 59 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 59 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 0,89V e Vpico= 11,72V. Resultados 125 GRÁFICO 60 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 8 6 4 Tensão (V) 2 0 -2 -4 -6 -8 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 GRÁFICO 61 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.04 0.03 0.02 Tensão (V) 0.01 0 -0.01 -0.02 -0.03 -0.04 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Resultados 126 No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 6,57V e Vpico = 4,69V, como referenciado no Gráfico 60. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 61. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 6,57 V e Vrms = 0,03V. Na Tabela 32 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 32 – RESULTADOS DO CAPTADOR N3 Tipo de material Ref. Nanocristalino N3 5.3.2.5 Experimental V V (rms) (pico) 0,89 11,72 Teórico V (rms) [V] 4,69 V (pico) 6,57 Captador N3.1 O Gráfico 62, referencia-se a medição experimental no terminal secundário. No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 62, em que foi obtido o valor Vrms =1,7 V e Vpico= 26,5 V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 9,16V e Vpico= 12,83 V, como referenciado no Gráfico 63. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Resultados 127 GRÁFICO 62 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 30 20 Tensão (V) 10 0 -10 -20 -30 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 GRÁFICO 63 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Resultados 128 Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 64. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 12,83 V e Vrms = 0,06V. GRÁFICO 64 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N3.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.08 0.06 0.04 Tensão (V) 0.02 0 -0.02 -0.04 -0.06 -0.08 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Na tabela abaixo estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 33 – RESULTADOS DO CAPTADOR N3.1 Tipo de material Ref. Nanocristalino N3.1 5.3.2.6 Experimental V V (rms) (pico) 1,7 26,5 Teórico V (rms) [V] V (pico) 9,16 12,89 Captador N4 O Gráfico 65, referencia-se a medição experimental no terminal secundário. Resultados 129 GRÁFICO 65 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 10 8 6 Tensão (V) 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 GRÁFICO 66 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 8 6 4 Tensão (V) 2 0 -2 -4 -6 -8 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 65 Resultados 130 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 0,77V e Vpico= 9,77V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 4,55V e Vpico = 6,38V, como referenciado no Gráfico 67. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 67. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 6,38V e Vrms = 0,05V. GRÁFICO 67 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.06 0.04 Tensão (V) 0.02 0 -0.02 -0.04 -0.06 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Na Tabela 34 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. Resultados 131 TABELA 34 – RESULTADOS DO CAPTADOR N4 Tipo de material Ref. Nanocristalino N4 Experimental V V (rms) (pico) 0,77 9,77 Teórico V (rms) [V] 4,55 V (pico) 6,43 Captador N4.1 5.3.2.7 O Gráfico 68, referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 68 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 30 20 Tensão (V) 10 0 -10 -20 -30 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo(s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Resultados 132 GRÁFICO 69 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 20 15 10 Tensão (V) 5 0 -5 -10 -15 -20 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 68 Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 2,14V e Vpico= 24,52V. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 13,6V e Vpico = 19,05V, como referenciado no Gráfico 69. As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este ter seu núcleo lâminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 59. A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 19,05V e Vrms = 0,17V. Resultados 133 GRÁFICO 70 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N4.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultado Teórico 0.2 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 Tempo (s) 0.035 0.04 0.045 0.05 Na Tabela 35 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 35 – RESULTADOS DO CAPTADOR N4.1 Tipo de material Ref. Nanocristalino N4.1 Experimental V V (rms) (pico) 2,14 24,52 Teórico V (rms) [V] V (pico) 15,55 19,22 Na Tabela 36, encontra-se um resumo dos resultados para os captadores nanocristalinos. Resultados 134 TABELA 36 – RESULTADOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS Tipo de material Nanocristalino Ref. Experimental V V (rms) (pico) Teórico V (rms) [V] V (pico) N1.1 5,16 52,11 28,31 40,05 N1 5,16 52,11 28,31 40,05 N2 4,61 26,15 18,92 26,63 N3 0,89 11,72 4,69 6,57 N3.1 1,7 26,5 9,16 12,89 N4 0,77 9,77 4,55 6,43 N4.1 2,14 24,52 15,55 19,22 Captadores de Pó de Ferro 5.3.3 Captador P3 5.3.3.1 O Gráfico 67, referencia a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 71 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 Tempo(s) 0.04 0.06 0.08 0.1 Resultados 135 GRÁFICO 72 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 0.2 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 -0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 Tempo (s) 0.04 0.06 0.08 0.1 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 71, em que foi obtido o valor Vrms = 89,6mV e Vpico= 140,6mV. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 130mV e Vpico= 188mV como referenciado no Gráfico 68. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 37 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 37 – RESULTADOS DO CAPTADOR P3 Tipo de material Ref. Pó de ferro P3 Experimental V V (rms) (pico) 89,6 140,6 Teórico V (rms) [mV] 130 V (pico) 188 Resultados 136 Captador P4.1 5.3.3.2 O gráfico a seguir referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 73 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 Tempo(s) 0.04 0.06 0.08 0.1 Resultados 137 GRÁFICO 74 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 0.1 0.08 0.06 Tensão (V) 0.04 0.02 0 -0.02 -0.04 -0.06 -0.08 -0.1 -0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 Tempo (s) 0.04 0.06 0.08 0.1 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 73, em que foi obtido o valor Vrms = 61mV e Vpico= 100,7mV. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 64,1mV e Vpico= 89,8mV, como referenciado no Gráfico 74. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 38 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. Resultados 138 TABELA 38 – RESULTADOS DO CAPTADOR P4.1 Tipo de material Ref. Pó de ferro P4.1 Experimental V V (rms) (pico) 61 100,7 Teórico V (rms) [mV] 64,1 V (pico) 89,8 Captador PE 5.3.3.3 O Gráfico 75, referencia-se a medição experimental no terminal secundário. GRÁFICO 75 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO EXPERIMENTAL Resultados Experimentais 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo(s) 0.01 0.015 0.02 0.025 Resultados 139 GRÁFICO 76 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO TEÓRICO Resultados Teóricos 0.15 0.1 Tensão (V) 0.05 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 -0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 Tempo (s) 0.01 0.015 0.02 0.025 No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 75, em que foi obtido o valor Vrms = 44,1mV e Vpico= 53,3mV. No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no terminal primário, foi possível obter Vrms = 78,7mV e Vpico = 111mV como referenciado no Gráfico 76. As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 39 estão descritos os valores dos resultados experimental e teórico. TABELA 39 – RESULTADOS DO CAPTADOR PE Tipo de material Ref. Pó de ferro PE Experimental V V (rms) (pico) 44,1 53,3 Teórico V (rms) [mV] 78,7 V (pico) 111 Resultados 140 Todos os resultados obtidos para os captadores de pó de ferro estão descritos na Tabela 40. TABELA 40 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO Tipo de material Pó de ferro Ref. Experimental V V (rms) (pico) Teórico V (rms) [mV] V (pico) P3 89,6 140,6 130 188 P4.1 61 100,7 64,1 89,8 PE 44,1 53,3 78,7 111 141 6 CONCLUSÃO 142 6 CONCLUSÃO Neste trabalho foram apresentados estudos teóricos e proposições experimentais referentes a um protótipo de um sistema de captação de energia por dispersão magnética em linha de potência de uma rede elétrica. Esses estudos e proposições tiveram por base, testes com captadores baseados em núcleos toroidais, com características diferentes, sendo que 5 destes são de ferrite, 7 nanocristalino e 3 de pó de ferro, com a finalidade de obtenção do maior nível de potência. O protótipo consiste de uma planta piloto utilizada para emular as altas correntes da linha de distribuição e de um circuito de condicionamento de potência para a retificação e filtragem da energia captada. Para tanto, este processo foi dividido em três etapas. A primeira etapa teve por objetivo, a determinação dos parâmetros magnéticos de cada captador de energia. Para os núcleos de ferrite, o captador referenciado como F4, obteve o maior valor de permeabilidade magnética relativa, força coerciva, densidade de fluxo residual e densidade de fluxo de saturação, porém foi constatado o núcleo com maiores perdas, devido ter a área do laço B x H maior que os demais. Para os captadores nanocristalinos, ambos obtiveram a mesma permeabilidade magnética relativa com valores de Br e Hc bem próximos uns dos outros, sendo que o captador N2 obteve a maior densidade de fluxo de saturação. Para os captadores de pó de ferro, o P3 obteve melhor desempenho por apresentar a maior permeabilidade magnética relativa, consequentemente a maior densidade de fluxo de saturação. Comparando-se os captadores de melhor desempenho de cada tipo de material (F4, N2 e P3) submetidos a testes em questões de desempenho de captação de fluxo, o captador F4 de ferrite foi o de maior destaque, embora este tenha permeabilidade magnética inferior ao N2. A segunda etapa teve por resultados os níveis de potência obtidos no processo de captação de energia. Mesmo os núcleos nanocristalinos obtendo os maiores níveis de permeabilidade magnética relativa, o núcleo de ferrite F4 obteve os níveis de potência mais elevados dentre todos os tipos de núcleo em teste. Os núcleos de pó de ferro obtiveram resultados relativamente baixos com valores de potência na escala de microwatts a nanowatts. Os núcleos nanocristalinos 143 mostraram possuir excelente captação de campo magnético, porém a sua saturação ocorre para pequenos valores de corrente. Quando submetidos a altas correntes, seu valor de tensão RMS na saída do secundário é pequeno devido o sinal medido ter uma pequena área decorrente a saturação do núcleo. Ainda para esses núcleos, foi constatado nos experimentos que quando o condutor secundário é submetido a cargas com valores baixos, a corrente que circula na carga gera um contra fluxo no núcleo reduzindo assim a tensão de saída no secundário. De acordo com os ensaios, foi constatado que os núcleos magnéticos fornecem um maior nível de tensão quando estão em sua região de saturação inicial. Quando se encontram em um estágio de saturação muito elevado, sua tensão de saída é reduzida, causando uma diminuição no fornecimento de energia. Essa situação só foi vista nos captadores nanocristalinos. Nos experimentos, alguns núcleos como as mesmas dimensões foram bobinados com o mesmo número de voltas, porém com fios de espessuras diferentes. Em condições iguais de testes, foi verificado que os núcleos obtiveram o mesmo nível de tensão. Em outros ensaios, núcleos assimétricos foram bobinados um com número de voltas elevado, porém com um fio fino e outros com um número de voltas baixo, porém com um fio grosso. Foi observado que o captador com o número de voltas elevado obteve melhor captação bem acima do que o núcleo com fio de bitola mais grossa. Portanto, para o sistema proposto foi possível fornecer uma potência máxima de até 315 mW com tensão de 5 Vcc para uma carga de 80Ω com o uso de um retificador e um capacitor de filtro. Para cargas conectadas diretamente no terminal secundário do captador foi possível obter uma potência de até 564,5 mW com tensão 4,75 VRMS para uma carga de 40Ω. Enfim, conclui-se que o uso de captadores de material de ferrite é mais viável, pois estes não saturam tão rápido como os captadores de material nanocristalino devido possuir uma alta permeabilidade magnética relativa e também não são tão insensíveis a captação de fluxo como os materiais de pó de ferro por possuírem uma baixa permeabilidade magnética relativa. 144 REFERÊNCIAS AHOLA, J. et al., “Design considerations for current transformer based energy harvesting for electronics attached to electric motor,” Power Electronics, Electrical Drives, Automation and Motion. SPEEDAM. International Symposium on, p. 901-905, june 2008. BANTHING, J. F.; MCBEE, B. W. “Power Line Energy Harvesting Power Supply”. United States Patente 2010/0084920 A1, 8 April 2010. BARBOSA, J. S. Caracterização de Compositos de Magnéticos Macios Desenvolvidos Através da Metalurgia do Pó Aplicado a Núcleos de Máquinas Elétricas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre: Dissertação de Mestrado, 2009. 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APÊNDICE 1 Apêndice 1 148 APÊNDICE 1 - CÓDIGO RESPONSAVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS AQUISITADO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DAS CARACTARISTICAS MAGNÉTICAS DOS CAPTADORES clear all; %zera todas a variáveis path='C:\Users\Tarcisio\Dropbox\Tarcísio_Protásio_Yuri\TESTES\Dados colhidos\LAÇOBH\N2\'; % Diretório para upload dos arquivos cont=0; %////////////ESPECIFICAÇÕES DO CIRCUITO E DA BOBINA///////////////// ht=0.0044;%ht é a espessura total do núcleo w=0.01035;%w é a altura total do núcleo r1=0.0225;% r1 é o raio inicial para a primeira lamina N1=75;%N1 é o número de espiras do primário N2=58;%N2 é o número de espiras do secundário L=155; %L é o número de lâminas A=ht*w; % cálculo da area do núcleo h=ht/L; %cálculo da largura de cada lamina S=0.0000006;%largura da isolação entre cada lamina u0=4*pi*10^-7; %permeabilidade do ar C1=1*10^-6; % Capacitor C1 de realimentação do integrador R6=1*10^3; % resistor R6 na entrada inversora do integrador Rm = 400; %Resitor de medição %////////////DADOS DO CÓDIGO E DAS AMOSTRAS REALIZADAS///////////////// n =28; %é o número de arquivos de amostras N = 2000; % número de amostras por arquivo %//////////LAÇO PARA O CARREGAR TODOS AS AMOSTRAS COLHIDAS/////////////// for i=1:n; %laço para carregar arquivo por arquivo da pasta e extrair os %valores maximos de cada laço colhido file=strcat(path,'scope_',num2str(i-1),'.csv'); % lê o arquivo scope_(i).csv, onde %i indica o número do nome do arquivo D = importdata(file,',',2); % importa os dados do arquivo que estão %separados por virgula sendo que a leitura é feita apartir da %terceira linha. O 2 simboliza que a leitura pula as duas linhas iniciais %e começa da terceira. ESSE COMANDO (pular duas linhas)FOI UTiLIZADO %PORQUE AS DUAS PRIMEIRAS LINHAS DO ARQUIVO SÃO TEXTO E ESTE COMANDO SÓ %LER DADOS NUMERICOS %A é uma matriz 2000x4 chamada data Apêndice 1 149 vetor1=D.data(1:N,2); %VT é um vetor que recebe os elementos da %da segunda coluna da matriz DATA correspondente a corrente do %primário do toroide vetor2=D.data(1:N,3);%V0 é um vetor que recebe os elementos da %da terceira coluna da matriz DATA correspondente a tensão de %saída do integrador de miller VT(i)=max(vetor1);% b é um vetor formado por os valores maximos dos % laços de histerese colhidos na medição correspondente a corrente no % primário do toroide V0(i)=max(vetor2);% c é um vetor formado por os valores maximos dos % laços de histerese colhidos na medição correspondente a tensão % de saída do integrador de miller %plot(VT,V0); %clear A; %////////////////////CALCULO DO CIRCUITO///////////////////// Ipmax=(VT(i)/Rm); %Calculo da corrente do primário para plotar % a curva de magnetização. VT foi dividido por Rm, pois se trata %do valor do resistor em que a tensão foi colhida. Ip=(vetor1/Rm); %cálculo da corrente do primário para plotar % o laço BxH. vetor1 foi dividido por Rm pois se trata do valor do resistor %onde a tensão foi colhida. r(i)=r1+(i-1)*(h+S); % Calculo da raio de cada lamina l=2*pi*r(i); % comprimento médio do núcleo %////////////// CALCULO DA INTENSIDADE E DENSIDADE ///////////// H=(N1*Ip)/l; % intensidade do campo magnético B=((C1*R6)/(N2*A))*vetor2; % densidade do campo magnético Hmax(i)=(N1*Ipmax)/l; % intensidade do campo magnético MÁXIMO Bmax(i)=((C1*R6)/(N2*A))*V0(i); % densidade do campo magnético MÁXIMA %//////////////// PERMEBILIDADE RELATIVA /////////////////// ur(i)=(B(i+1)-B(i))/((H(i+1)-H(i))*u0);%permebilidade relativa %com relação a dB/dh ur2(i)=Bmax(i)/(Hmax(i)*u0);%%permebilidade relativa %com relação cada ponto de b e h um=ur*u0; %permeabilidade do material %////////// FLUXO MAGNÉTICO ///////////// Fi=B*A; %Fi é o fluxo magnético, B é a desnsidade e A é a area Apêndice 1 150 %///////// CÁLCULO DA MÉDIA /////////////////////// Passo = 15; % Número de amostras sequenciais que serão utilizadas para o cálculo da média local z = 1; for m = N+1:1:N+1+Passo, H(m)=H(N); B(m)=B(N); end % Completar passos finais (Erro se não o fizer) for k = 1:Passo:N % Varrer todo o arquivo H_med(z) = 0; B_med(z) = 0; for m = k:1:k+Passo % Média do Passo H_med(z) = H(m) + H_med(z); B_med(z) = B(m) + B_med(z); end H_med(z) = H_med(z)/Passo; B_med(z) = B_med(z)/Passo; z = z + 1; end %////////////////////// CURVAS H x B //////////////////////////// %//Pontos da Curva de magnetização considerando a média de H ////// [H_med_max(i), I_max] = max(H_med); % I_max é o índice do valor %máximo de H B_med_max(i) = B_med(I_max); %//Pontos da Curva de magnetização considerando a média de B ////// [B_med_max2(i), I_max] = max(B_med); % I_max é o índice do valor máximo de B H_med_max2(i) = H_med(I_max); %******************************************************* % Cálculo do ponto inicial de saturação N_med = length(H_med); %O ponto inicial de saturação é o ponto em que a derivada dB/dH é %mínimo, ou seja, não há praticamente variação de B (dB ~ 0) for k = 2:1:N_med % Considerando somente o 1º quadrante (H e B positivos), pois é % neste quadrante que queremos plotar a saturação if (H_med(k) > 0) & (B_med(k) > 0) % ur_med(k) = dB/dH em cada ponto k ur_med(k) =(B_med(k)-B_med(k-1))/((H_med(k)-H_med(k-1))*u0); else % Aqui, se fora do 1º quadrante, colocamos o valor máximo % possível, pois o importante é o valor mínimo ur_med(k) = +inf; end end Apêndice 1 151 % Computação do valor mínimo de dB/dH = ur_med(k) [ur_med_max, I_min] = min(ur_med); % I_min é o índice do ponto de saturação H_med_sat(i) = H_med(I_min); B_med_sat(i) = B_med(I_min); ur_sat(i) =B_med_sat(i)/(H_med_sat(i)*u0); end %/PLOTAR CURVA DE MAGNETIZAÇÃO: CONSIDERANDO PONTO DE SATURAÇÃO COMPUTADO// plot(H_med_sat, B_med_sat,'b-','LineWidth',2);grid on; hold off axis([0 70 0 1.8]); title('Resultados Experimentais'), xlabel('Intensidade (A/m)'),ylabel('Densidade (T)'); %////////////////AJUSTE DE CURVA DA PERMEABILIDADE/////////////////// if cont==1 %Condição para entrar no ajuste de curcva. Se cont==1 não %executa. Se cont==0 executa p=polyfit(H_med_sat,B_med_sat,10); xp= linspace(0,60); %este vetor foi criado apenas para o calculo do %ajuste de curva ter um eixo x de referencia, ou seja, xp estar %representando a intesidade H. z=polyval(p,xp); %este vetor representa os novos pontos das coordenadas % da densidade B ja ajustados plot(H_med_sat,B_med_sat,'r-*',xp,z,'LineWidth',2) %plot(xp,z,'LineWidth',2) axis([-1 60 0 1]); %mostra a resolução do sinal para o plot do grafico grid on; title('Resultados Experimentais'), xlabel('Intensidade (A/m)'),ylabel('Densidade (T)'); end APÊNDICE 2 Apêndice 2 153 APÊNDICE 2 - CÓDIGO RESPONSÁVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS QUE FORAM FEITOS A AQUISIÇÃO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE POTÊNCIA NA CARGA DO CCD clear all; %zera todas a variáveis cont=0; m=5; %m é o número de diretórios n=27; %é o número de amostras colhidos R=[10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 2000 3000 10000];% Este vetor % é formado por os valores dos resitores de carga que foram realizados os % testes %//////////////////////// ENDEREÇAMENTO DO DIRETÓRIO///////////////// %Este laço direciona as pastas que contem os arquivos de extensão .csv %que necessitam ser abertos. Quando todos os arquivos da pasta forem %forem lidos, este laço seleciona a próxima pasta para a leitura %de novos arquivos de extensão .csv for j=1:m switch cont case 0 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes CCD\Ferrite\F1\F1CCD\'; case 1 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes CCD\Ferrite\F1.1\F1.1CCD\'; case 2 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes CCD\Ferrite\F2\F2CCD\'; case 3 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes CCD\Ferrite\F3\F3CCD\'; otherwise path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes CCD\Ferrite\F4\F4CCD\'; end Pmax=0; %//////////////////////// CARREGAR ARQUIVOS/////////////////// %Laço para carregar arquivo por arquivo da pasta selecionada por o laço % anterior e extrair os valores médios de cada laço colhido. for i=1:n; %laço para carregar arquivo por arquivo da pasta e extrair os %valores maximos de cada laço colhido s=strcat('scope_',num2str(i-1),'.csv'); % lê o arquivo scope_(i).csv, onde %i indica o número do nome do arquivo file=strcat(path,s); Apêndice 2 154 A = importdata(file,',',2); % importa os dados do arquivo que estão %separados por virgula sendo que a leitura é feita a partir da %terceira. o 2 simboliza que a leitura pula as duas linhas iniciais %e começa da terceira. ESSE COMANDO (pular duas linhas)FOI UTLIZADO %PORQUE AS DUAS PRIMEIRAS LINHAS DO ARQUIVO SÃO TEXTO, E ESTE COMANDO %SÓ LER DADOS NUMERICOS. A é uma matriz 2000x4 chamada data VoltR=A.data(1:2000,2); %VT é um vetor que recebe os elementos da %da segunda coluna da matriz DATA correspondente a corrente do %primário do toroide clear A; %///////////////////////CÁLCULO DA CORRENTE E DA POTÊNCIA NA CARGA//////// Ip(i)=median(VoltR)/R(i); %Corrente calculada com base no valor médio do % sinal dc da tensão na carga P(i)=median(VoltR)*Ip(i);%Potência calculada com base no valor médio do % sinal dc da tensão na carga %//// ESSA CONDIÇÃO DETERMINA OS VALORES DO RESITOR DE CARGA, A TENSÃO E A CORRENTE NA CARGA QUANDO A POTÊNCIA É MAXIMA. if P(i)>Pmax % Compara sempre o estado atual de P com relação ao seu próximo valor clear Pmax V I Res Núcleo Pmax=P(i); V=median(VoltR); I=Ip(i); Res=R(i); end end % Mostra no command window do software os valores alistados abaixo Núcleo=j Pmax V I Res %///////////////////////////PLOT DOS GRÁFICOS/////////////////////// switch cont % Este comando executa o plot de cada valor de potência % media em função da carga case 0 subplot(212),plot(R,P,'b-'); % comando para plotar dois graficos em uma mesma tela case 1 subplot(212),plot(R,P,'r-.'); case 2 subplot(212),plot(R,P,'k-x'); case 3 subplot(212),plot(R,P,'m-*'); axis([0 2000 0 0.020]); legend('F1','F1.1','F2','F3') Apêndice 2 155 xlabel('Carga (Ohms)'),ylabel('Potência (W)'); otherwise subplot(211),plot(R,P,'g--'); axis([0 2000 0 0.4]); legend('F4') title('Resultados Experimentais'),xlabel('Carga (Ohms)'),ylabel('Potência (W)'); end hold on; % executa o comando plot de todos os graficos na mesma janela cont=cont+1; % variável que controla o comando CASE Pmax_2(j)=max(P); % vetor responsavel por armazenar os maiores valores %maximos de potência de cada amostra, ou seja, de cada núcleo % text(80,Pmax_total,'\leftarrow 317mW','HorizontalAlignment','left') end Pmax_2 Pmax_total=max(Pmax_2)% variável responsavel por armazenar o maior valor % de potência captada dos núcleos em teste. 156 APÊNDICE 3 Apêndice 3 157 APÊNDICE 3 - CÓDIGO PARA OBTENÇÃO DO VALOR DE TENSÃO DE SAÍDA AFERIDO NO TERMINAL SECUNDARIO DO CAPTADOR SEM CARGA ht=0.00175;%ht é a espessura total do núcleo w=0.004;%w é a altura total do núcleo rL=0.0155;% r1 é o raio inicial para a primeira lamina N2=77;%N1 é o número de espiras do primário A=ht*w; % cálculo da area do núcleo L=152;%numero de laminas h=ht/L; %cálculo da espesura de cada lamina S=0.0000001;%espessura da isolação entre cada lamina I=15;%corrente do primário atribuida para os testes e a simulação F=60; % frequencia em Hz W = 2*pi*F; % frequencia angular ur=172780; %permebilidae relativa t=linspace(0,0.05); %vetor tempo. Mesmo valores usados no experimento u0=4*pi*10^-7; %permeabilidade do ar um=ur*u0; % calculo para permeabilidade do material P=151;%numero de materiais isolantes entre as laminas FT=0; % Fluxo Total inicialmente igual a zero for j = 1:1:P % laço que começa em 1, incrementando 1 por vez até L que é o numero de laminas r(j)=rL+h+(j-1)*(S+h); % Calculo da raio de cada lamina fi(j)=((um*w*I*W)/(2*pi))*(log((r(j)+S)/r(j))); % calculo da derivada do fluxo em uma lamina Vi(j)=-N2*fi(j); % calculo da tensão de saída correspondente a cada lamina FT=fi(j)+FT; % Fluxo total da bobina end Vs=-N2*FT*cos(W*t); % Vs é a tensão de saida, n numero de espiras do secundario plot(t,Vs); %axis([-0.025 0.025 -0.8 0.8]); xlabel('Tempo (s)'),ylabel('Tensão (V)') title('Resultado Teórico');