História da Filosofia Contemporânea

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DISCIPLINA: História da Filosofia Contemporânea
SUBTÍTULO: “Da alma dos artistas e escritores”. Humano, demasiado humano (1878)
LINHA DE PESQUISA: História da Filosofia
Professor Responsável: Henry Burnett
1º semestre - Ano Letivo: 2017
Carga horária total: 90h
Total de créditos: 06
Objetivos Gerais
Publicado em 1878, Humano, demasiado humano, de Nietzsche, instaura uma cesura entre a
fase juvenil e a chamada fase intermediária de sua obra – esse é um dos lugares comuns da
Pesquisa-Nietzsche. Embora essa ruptura seja tratada de várias formas como um abandono da
perspectiva estética inicial, e da metafísica da arte, sabemos que a arte nunca foi abandonada
no interior do programa mais amplo de seu projeto filosófico de uma transvaloração de todos os
valores, antes permaneceu como um eixo fundamental, nuançado por outras perspectivas. É o
que parece indicar a 4ª seção de Humano, demasiado humano, “Da alma dos artistas e
escritores”, primeiro momento de uma nova safra de considerações estéticas. Recuperar suas
reflexões naquele momento emblemático nos permite analisar qual o significado que a arte
adquire para Nietzsche a partir da ruptura com o wagnerismo e discutir algumas hipóteses
levantadas pela Pesquisa-Nietzsche Internacional.
Ementa
Arte e Filosofia. O nascimento da Estética. Arte e contemplação. Poética e belas-artes. Gênio e
gosto. Imaginação criadora e obra de arte. Arte, mimese e realidade. Idealismo, intuição e
formas simbólicas. Teoria da formatividade. Expressão e consciência. A questão da morte da
arte. Estética e conceitualismo.
Conteúdo programático
- Arte, vida e ciência no jovem Nietzsche
- Nietzsche e a viagem a Sorrento
- Humano, demasiado humano como “1ª fase”: Giuliano Campioni, Paolo D’Iorio, Olivier Ponton
- A filosofia do espírito livre
- Poesia e vida na fase tardia
Bibliografia
Básica:
Nietzsche, Friedrich. Humano, demasiado humano (tradução e notas de Paulo César de
Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
__________. Ecce Homo (tradução e notas de Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
__________. Estética y teoria de las artes (prólogo, selección y traducción de Agustín
Izquierdo). Madrid: Editorial Tecnos, 1999.
__________. KritischeStudienausgabe. Berlin/München/New York: DTV/De Gruyter, 1999.
__________________. KritischeSämtlichebriefe. Berlin/München/New York: DTV/De Gruyter,
1986.
__________________. (1978). Obras Incompletas. Seleção de Gérard Lébrun. Tradução de
Rubens Torres Filho. São Paulo: ed. 34, 2015.
Complementar:
Campioni, Giuliano. Doença e “espírito livre”: reflexões autobiográficas nas cartas de Nietzsche
de 1875 a 1879. In: Ivo da Silva Junior (Org.), Filosofia e cultura: Festschrift para
ScarlertMarton. São Paulo: Bancarolla, 2011.
__________. Nietzsche e o espírito latino. São Paulo: Loyola, 2016.
d’iorio, Paolo. Le voyage de Nietzsche à Sorrente. Paris: CNRS, 2012(ed. brasileira trad. por
Joana Angélica d’Avila Melo: Nietzsche na Itália. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2014).
janz, Curt Paul. Friedrich Nietzsche. Uma Biografia. São Paulo: ed. Vozes, 2016.
ponton, Olivier. Nietzsche, Choses humaines, trop humaines, "De l'âme des artistes et des
écrivains", § 145 à 156. Philo-textes, Paris: Ellipses, 2001.
__________. Nietzsche. Philosophie de la légèreté. Berlin: Walter de Gruyter, 2007.
machado, Roberto. Nietzsche e a verdade. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
Wotling, Patrick. Nietzsche e o problema da civilização. São Paulo: Bancarola, 2013.
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