Universidade Federal do Pará Cálculo II - Projeto Newton - 2015/4 Professores: Jerônimo e Juaci 8a Lista de exercı́cios para monitoria 1. Se f (x, y) = xy, encontre o vetor gradiente ∇f (3, 2) e use pra encontrar a reta tangente à curva de nı́vel f (x, y) = 6 no ponto (3, 2). Solução: Seja f (x, y) = xy, Então, fx = y e fy = x Ou seja, ∇f (x, y) = hy, xi Logo ∇f (3, 2) = h2, 3i Para encontrarmos a equação da reta tangente a curva de nı́vel f (x, y) = 6, ou seja, em (3, 2). Resolveremos a equação a(x − x0 ) + b(y − y0 ), pois hx − x0 , y − y0 i · ha, bi = 0 onde ha, bi = ∇f (x0 , y0 ) Daı́, temos que hx − 3, y − 2i · h2, 3i = 0 1 Portanto a equação da reta tangente é 2 2x + 3y = 12 ⇒ y = − x + 4 3 2. O paraboloide z = 6 − x − x2 − 2y 2 intercepta o plano x = 1 em uma parábola. Determine as equações paramétricas para a reta tangente a essa parábola no ponto (1, 2, −4). Solução: Se z = f (x, y), segue da interpretação geométrica das derivadas parciais que a inclinação da reta tangente a parábola é dada por fy (1, 2). Derivando a função z = 6 − x − x2 − 2y 2 , obtemos ∂z/∂y = −2 · 2y ⇒ ∂z/∂y = −4y. Logo, quando x = 1 e y = 2, obtemos ∂z/∂y = −8. Assim, a inclinação é dada por fy (1, 2) = −8. Portanto a equação da reta tangente no ponto (1, 2, −4) é dada por z − (−4) = −8(y − 2), x = 1. Tomando t = y − 2 como parâmetro, obtemos a seguinte equação paramétrica para esta reta: y = t + 2, x = 1 e z = −8t − 4. 3. Encontre uma equação do plano tangente e da reta normal à superfı́cie xy + yz + zx = 5 no ponto (1, 2, 1). Solução: Considere a função F (x, y, z) = xy +yz +zx. Então, deve-se encontrar a equação do plano tangente a superfı́cie de nı́vel F (x, y, z) = 5 no ponto (1, 2, 1). A equação de tal plano é dada por Fx (1, 2, 1) · (x − 1) + Fy (1, 2, 1) · (y − 2) + Fz (1, 2, 1) · (z − 1) = 0. Como, Fx (x, y, z) = y + z Fy (x, y, z) = x + z Fz (x, y, z) = y + x a equação do plano tangente é dada por 3 · (x − 1) + 2 · (y − 2) + 3 · (z − 1) = 0 ⇒ 3x + 2y + 3z − 10 = 0 A reta normal tem direção do vetor gradiente ∇F (1, 2, 1) e passa pelo ponto (1, 2, 1). Assim, se t é um parâmetro, a equação paramétrica de tal reta é dada por (x, y, z) = t · ∇F (1, 2, 1) + (1, 2, 1) ⇒ (x, y, z) = t · (3, 2, 3) + (1, 2, 1). 2 4. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva formada pela intersecção do parabolóide z = x2 + y 2 com o elipsóide 4x2 + y 2 + z 2 = 9 no ponto (−1, 1, 2). Solução: Considerando F (x, y, z) = z − x2 − y 2 e G(x, y, z) = 4x2 + y 2 + z 2 , então a reta tangente vai ser perpendicular a ambos os vetores ∇F (−1, 1, 2) e ∇G(−1, 1, 2), ou seja o vetor v = ∇F (−1, 1, 2) x ∇G(−1, 1, 2) será paralelo à reta tangente. Calculando os vetores gradiente temos ∇F (x, y, z) = (−2x, −2y, 1) e ∇G(x, y, z) = (8x, 2y, 2z), aplicando no ponto (−1, 1, 2), ∇F (−1, 1, 2) = (2, −2, 1) e ∇G(−1, 1, 2) = (−8, 2, 4). j k i Logo o vetor v = 2 −2 1 = −10i − 16j − 12k −8 2 4 5. Encontre os pontos do hiperbolóide x2 + 4y 2 − z 2 = 4, onde o plano tangente é paralelo ao plano 2x + 2y + z = 5. Solução: Considerando o hiperbolóide como uma superfı́cie de nı́vel da função F (x, y, z) = x2 + 4y 2 − z 2 , então um vetor normal à superfı́cie no ponto (x0 , y0 , z0 ) é ∇F (x0 , y0 , z0 ) = (2x0 , 8y0 , −2z0 ). Um vetor normal ao plano 2x + 2y + z = 5 é (2, 2, 1). Para os planos serem paralelos, os vetores normais tem que ser paralelos, logo (2x0 , 8y0 , −2z0 ) = k(2, 2, 1), ou seja, x0 = k, y0 = 41 k e z = − 21 k. Da equação do hiperbolóide x20 + 4y02 − z02 = 4 ⇒ k 2 + 41 k 2 − 41 k 2 = 4 ⇒ k 2 = 4 ⇒ k = ±2. Sendo assim existem dois pontos onde o plano tangente ao hiperbolóide x2 +4y 2 −z 2 = 4 é tangente ao plano 2x + 2y + z = 5. Esses pontos são (2, 21 , −1) e (−2, − 12 , 1). 6. Em quais pontos a reta normal que passa pelo ponto (1, 2, 1) no elipsoide 4x2 + y 2 + 4z 2 = 12 intercepta a esfera x2 + y 2 + z 2 = 102? Solução: Seja F (x, y, z) = 4x2 + y 2 + 4z 2 − 12. Então a superfı́cie de nı́vel F (x, y, z) = 0 corresponde ao elipsoide. Como ∇F (x, y, z) = (8x, 2y, 8z), o vetor ∇F (1, 2, 1) = (8, 4, 8) é normal ao elipsoide no ponto (1, 2, 1). Logo, a equação paramétrica da reta que passa por este ponto é dada por (x, y, z) = (8t + 1, 4t + 2, 8t + 1). Substituindo na equação da esfera, temos (8t + 1)2 + (4t + 2)2 + (8t + 1)2 = 102 128t2 + 32t + 2 + 16t2 + 16t + 4 = 102 3 144t2 + 48t − 96 = 0 3t2 + t − 2 = 0 Que nos mostra que as interseções ocorrem quando t = −1 ou t = 2/3. Os pontos correspondentes a estes valores de t são, respectivamente, (−7, −2, −7) e (19/3, 14/3, 19/3). 7. Determine a derivada direcional da função f (x, y) no ponto p na direção do vetor v, Sendo f (x, y) = x2 x , p = (1, 2), v = h4, 2i . + y2 Solução: A derivada direcional de uma função diferenciável de duas variáveis, na direção de um vetor unitário → − u , é dada por − Du f (x, y) = ∇f (x, y) · → u onde ∇f (x, y) = hfx , fy i. Seja f (x, y) = x2 x , então + y2 fx = x2 + y 2 − 2x2 y 2 − x2 = (x2 + y 2 ) (x2 + y 2 )2 fy = −2yx (x2 + y 2 )2 ou seja, ∇f (x, y) = y 2 − x2 (x2 + y 2 )2 − − Seja também → v = h4, 2i, temos então que, → u = → − u = −2yx p (x2 + y 2 )2 → − √ √ v − , como k → v k= 16 + 4 = 2 5, logo → − k v k 2 1 √ ,√ 5 5 4 Desta forma, segue que − Du f = ∇f (1, 2) · → u = 4 −4 , 25 25 √ 2 1 6 1 5 5 · √ ,√ = √ − √ = √ = 25 5 5 25 5 25 5 25 5 8. Determine as direções em que a derivada direcional de f (x, y) = x4 e−xy no ponto (0, 2) tem valor 1. Solução: Calculando fx e fy , temos fx = −y 2 e−xy e fy = e−xy (1 − xy) Disso, temos que ∇f (x, y) = −y 2 e−xy , e−xy (1 − xy) Sendo então ∇f (2, 0) = h0, 1i. Como queremos ∇f (2, 0).~u = 1,onde ~u = ha, bi é um vetor unitária, resolveremos então este produto escalar. Logo h0, 1i · ha, bi = 1 ⇒ b=1 Sendo ~u um vetor unitário, segue que k~uk = p a2 + b2 = 1 5 Ou seja, a=0 Portanto ~u = h0, 1i √ 9. Determine a derivada direcional de f (x, y, z) = x2 y + x 1 + z, no ponto (1, 2, 3) na direção de v = 2i + j − 2k. Solução: Como a direção não está indicada por um vetor unitário, a derivada direcional será calculada pela sequinta expressão: Dv f (x0 , y0 , z0 ) = ∇f (x0 , y0 , z0 ) · √ v ||v|| 1 + z, x2 , 2√x1+z ). Calculando no ponto (1, 2, 3), temos p ∇f (1, 2, 3) = (6, 1, 14 ). A norma de v será ||v|| = 22 + 12 + (−2)2 = 3. Logo a derivada direcional O gradiente de f , será ∇f = (2xy + será: Dv f (1, 2, 3) = 1 6, 1, 4 · (2, 1, −2) 25 = 3 6 10. A segunda derivada direcional de f (x, y) é Du2 f (x, y) = Du [Du f (x, y)]. Se u = (a, b) é um vetor unitário e f tem derivadas parciais de segunda ordem contı́nuas, que expressão define Du2 f (x, y)? Solução: Tem-se Du f (x, y) = u · ∇f (x, y) = (a, b) · (fx , fy ) = afx + bfy . Logo, Du2 f (x, y) = Du [Du f (x, y)] = u · ∇Du f = (a, b) · (afxx + bfyx , afxy + bfyy ) = a(afxx + bfyx ) + b(afxy + bfyy ) = fxx a2 + 2fxy ab + fyy b2 6 Pois, como as parcias de segunda ordem são contı́nuas, fxy = fyx . 7