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Revista
ANO 6 # 23 GOIÂNIA | NOVEMBRO - JANEIRO 2015
www.agirgo.org.br
Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
Organização Social Gestora do CRER, HDS e HUGO 2
Victor Frak
Neurologista especialista em
Ciência Cognitiva, professor e
pesquisador da Universidade
do Québec – Montreal
“O CRER está na vanguarda
ao dedicar-se ao estudo das
questões de linguagem e
motricidade”
REVISTA AGIR 1
2 REVISTA AGIR
CARTA AO LEITOR
AGIR INVESTE EM PESQUISAS COM FOCO
EM LINGUAGEM E MOTRICIDADE
Sérgio Daher
Superintendente
Executivo
Caro leitor, a vigésima terceira edição da Revista AGIR apresenta, em entrevista de capa,
o renomado médico e cientista Victor Frak. O
argentino especialista em neurologia, é doutor e
pós-doutor em Ciências Cognitivas, além de ter
pós-doutorado também em Ciências Biomédicas.
Há seis anos realiza em parceria com AGIR importantes projetos em linguagem e motricidade
junto à área técnica e multiprofissional do CRER.
Em pauta a trajetória de uma grande conquista: CRER é o primeiro hospital de Goiás a
receber a Acreditação Plena Nível 2 da ONA. O
processo para acreditação hospitalar, que teve
início em setembro de 2013, é o resultado da
dedicação e atenção à qualidade com que trabalham os colaboradores do CRER ao longo de 12
anos. A acreditação denota ainda a vocação da
instituição à atenção a saúde com foco na segu-
AGIR
Estrutura Administrativa
SUPERINTENDÊNCIA
Sérgio Daher
Superintendente Executivo
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
Superintendente Técnico de Reabilitação
Claudemiro Euzébio Dourado
Superintendente Adm. e Financeiro
Divaina Alves Batista
Superintendente Multip. de Reabilitação
Fause Musse
Superintendente Relações Externas
DIRETORIA
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Diretor-Presidente
José Alves Filho
Vice-Diretor
Ruy Rocha de Macêdo
Diretor-Tesoureiro
CONSELHEIROS
Alberto Borges de Souza
César Helou
Fernando Morais Pinheiro
Helca de Sousa Nascimento
José Evaristo dos Santos
rança do paciente.
Em Espaço do Paciente revelamos a História
de perseverança de Aparecido Silvestre de Araújo, interno do HDS – Hospital de Dermatologia
e Reabilitação Santa Marta há 38 anos. Nossa
Publicação aborda também a importante ação do
Ballet terapêutico do CRER criado em janeiro de
2013.
Destacamos a necessidade de prevenir e controlar infecções sob a análise da Médica infectologista Adriana Oliveira Guilarde, além do resumo
com as principais notícias do último trimestre.
Esperamos que você goste de nossa publicação e que a Revista AGIR seja ao longo de 2015
um canal de interação permanente com todos os
goianos.
Sérgio Daher
Superintendente Executivo da AGIR
EXPEDIENTE
Joaquim Caetano de Almeida Netto
Paulo Afonso Ferreira
Pedro Daniel Bittar
Sizenando da Silva Campos Júnior
Vardeli Alves de Moraes
CONSELHO FISCAL – TITULARES
Cyro Miranda Gifford Júnior
Marley Antônio da Rocha
Paulo César Brandão Veiga Jardim
CONSELHO FISCAL – SUPLENTES
Marcos Pereira Ávila
Valtercy de Melo
ASSOCIADOS FUNDADORES
Alcides Luís de Siqueira
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Elias Bufaiçal (in memorian)
Lúcio Fiúza Gouthier
Maria Paula Curado
Milca Severino Pereira
Nabyh Salum
Paulo Afonso Ferreira
ASSOCIADOS BENEMÉRITOS
Cyro Miranda Gifford Júnior
Gláucia Maria Teodoro Reis
Helca de Sousa Nascimento
José Alves Filho
Marley Antônio da Rocha
Marcos Pereira Ávila
Paulo César da Veiga Jardim
Ruy Rocha de Macedo
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Valtercy de Melo (in memorian)
REVISTA AGIR
Supervisão geral, edição
Anna Luiza Rucas
Gerência Coorporativa
de Marketing – AGIR
Jornalistas
Mayra Paiva – JPGO – 01802
Thaís Franco
Thaís Dutra (estagiária)
Naicléia Silva (estagiária)
Designer Gráfico
Chafic Rebehy Filho
Fotografia
Eduardo Castro
Colaboradores AGIR
Olívia Lacerda (secretária junior)
Marianne Carrijo (contato comercial)
Rodrigo Rocha (contato comercial)
Cecília Raquel (contato comercial)
Vinícius Basílio (contato comercial)
Hugo Miranda (analista de sistemas)
Impressão: Stylo Gráfica
Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER, HDS e HUGO 2.
Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - Fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 E-mail: [email protected] Site: www.agirgo.org.br
Endereço: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás
REVISTA AGIR 3
ÍNDICE
Entrevista
10
Parágrafo Único
10
Resumo
19
Empresas
Mantenedoras
21
Artigo
23
Terceiro Setor
26
É Bom Saber
28
Superação
Victor Frak
6
Espaço do
Paciente
Aparecido Silvestre de Araujo
24
AGIR em Foco
CRER é o primeiro hospital de
Goiás a receber a Acreditação
Plena Nível 2 da ONA
30
32
HDS em
Pauta
37
Perfil do
Colaborador
38
Agenda e
Parcerias
HUGO 2
Referência em atendimento a
vítimas de queimaduras
34
4 REVISTA AGIR
Canal Aberto
www. agirgo.org.br / [email protected]
Em nome de toda a equipe da AACLA
(Associação dos Amigos do Centro Livre de
Artes), quero parabenizar o nosso parceiro
CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação
Dr. Henrique Santillo pela eficiência de toda
sua equipe de trabalho, composta de profissionais competentes e compromissados com
o bem-estar do ser humano, além da presteza
no atendimento humanizado e especializado
na reabilitação de pessoas com necessidades
especiais. Sabemos que o CRER tem se destacado como polo de inserção e apoio à saúde
em todo o estado de Goiás, projetando-se em
outras áreas no contexto abrangente de suas
ações propagadas como referência na saúde,
bem como na sua relevância em prestar serviços junto à comunidade que necessita do
apoio dessa instituição e nela busca atendimento.
Parabenizo também toda a equipe do
CRER, pela sua iniciativa em abrir as portas
de sua casa para nos receber enquanto parceiros, onde juntos somamos ações importantes
e projetos essenciais a uma vida melhor. Nossos projetos incluem a arte, o esporte, o lazer e
a cultura como meios de integração, inclusão
e responsabilidade social que traduzem em
qualidade de vida, respeito mútuo, benefícios
à saúde física, emocional, além do bem-estar
social. Através da parceria CRER e AACLA,
destaca-se uma junção perfeita, onde buscamos fomentar através da arte cidadãos com
visão crítica e conscientes de seus direitos e
deveres na sociedade em que estão inseridos.
Dessa forma, como sujeitos de todo o proces-
facebook.com/crerhospital
so, podem se engajar socialmente de forma
prazerosa, não obstante as diferenças e capacidades individuais. Como resultado, teremos o desenvolvimento da autoestima na
comunidade em que se encontram inseridos
individualmente , no trabalho em equipe e
nos serviços prestados rumo à excelência em
todos os aspectos e contextos diferenciados
que envolvem os seres humanos numa visão
holística.
Kátia C. dos Santos Vilela, Presidente da
AACLA, via e-mail.
É excelente saber que no Brasil, em Goiânia, tem um hospital desse nível e qualidade,
como o CRER, prestando um grande serviço
social e humanitário. Sem dúvida, o Brasil é
referência mundial no que se refere à saúde
pública. Todo o contrário do “desmantelamento” do sistema espanhol, da “inexistência” e falta de humanidade da saúde “pública” norte-americana e de muitíssimos países.
Vivo na Europa, hoje, em Madrid, Espanha,
há 11 anos e aqui é uma vergonha, sobretudo,
com esse novo governo.
Parabéns aos responsáveis da saúde publica no Brasil, desde o Ministério e Secretaria
Estadual da Saúde de Goiás, bem como aos
dirigentes e TODO staff do CRER.”
Tenho familiares que estão sendo tratados
no CRER, e eles só têm grandes elogios a todo
o serviço prestado.
Atenciosamente,
Wyllmharlen Will Alves, via e-mail.
twitter.com/CRER_GO
youtube.com/user/CrerHospital
REVISTA AGIR 5
ENTREVISTA
V
ictor Frak é argentino de nascimento. Diplomou-se
em Medicina em Buenos Aires, em
1982 e especializou-se em Neurologia. Cursou Neuropsicologia na
Université Claude-Bernard Lyon 1
(França) e lá fez também doutorado
em Ciências Cognitivas. Tem pósdoutorado na mesma área pelo Departamento de Psicologia da Universidade do Québec em Montréal
(UQAM), em 2004, e outro em Ciências Biomédicas, pela Universidade
de Montréal, 2005. É professor do
Departamento de Cinesioantropologia da UQAM e pesquisador do
Institut de réadaptation Gingras6 REVISTA AGIR
Victor Frak
Lindsay, de Montréal.
Desde 2008, desenvolve projetos
e atividades de pesquisa em Neurociências, especialmente na área da
linguagem e motricidade, em parceria com o CRER. Em entrevista à
Revista AGIR, o professor e pesquisador fala da cooperação existente
entre o Hospital e a Universidade
do Québec, dos avanços da área,
dentre outros assuntos. Confira.
1- Como o senhor vê o desenvolvimento da pesquisa científica
em readaptação nos dias atuais e
como se dá sua trajetória, na qual
o CRER está incluído?
Durante os anos de minha vida
passados no hemisfério sul, especialmente na Argentina, sempre me
impressionaram a disposição dos
profissionais de saúde e o intenso
desejo de fazer progredir a Ciência,
apesar de situações políticas e sociais nem sempre favoráveis. Muitas vezes, constatei que esses profissionais, que podiam promover o
progresso científico, partiam para
outros países desencantados com
a falta de condições para o desenvolvimento de seu trabalho em sua
própria casa.
Quando também eu decidi buscar um lugar para desenvolver-me
como pesquisador, o que mais me
chamou atenção nos países em que
trabalhei foi a preocupação com o
rigor científico e a disciplina. Na
minha longa trajetória de formação
médica em Neurologia e Neurociência na Europa e na América do
Norte, chamavam minha atenção
o quão perfeitos eram os diagnósticos, mas quão pobres eram as opções para tratar os problemas neurológicos, o que não era diferente
do que se passava na Argentina naquele momento.
Penso que isso foi uma das coisas que me motivou a aproximar de
alguns grupos de trabalho que se
dedicavam a buscar novas formas
de tratamento e que terminou por
me levar para o Instituto de Readaptação de Montréal, por meio do
qual eu conheci o CRER e os colegas que aqui trabalham.
Depois disso, foi possível colocar em relação o Laboratório de
Cinesioantropologia da Universidade do Québec em Montréal com
o CRER, com o objetivo de desenvolver atividades de pesquisa em
Neurociências, especialmente na
área da linguagem e suas relações
recíprocas com a motricidade. Nossa ambição é a de contribuir com
novos conhecimentos para o tratamento de pacientes neurológicos,
não somente do ponto de vista clínico, pois importa muito saber como
a Ciência pode ser aplicada aos pacientes que estão em tratamento de
reabilitação e readaptação, tornando-se uma fonte geradora de ideias
e de discussões.
É um grande desafio este o de incrementar a pesquisa científica que
nossas instituições, em conjunto,
estão enfrentando face a outras necessidades sociais, às vezes muito
prementes. Creio, porém, que pouco a pouco, nossas sociedades do
hemisfério sul começam a compreender que para conseguir alcançar
um grau de desenvolvimento social
e econômico é preciso investir em
pesquisa.
2- Que importância o senhor atribui à cooperação existente entre
a Universidade do Québec e o
CRER, especialmente no campo
das pesquisas em linguagem e motricidade?
Estou certo de que juntos estamos realizando um percurso
importante. Vivi experiências anteriores em que era muito difícil desenvolver relações de parceria, por
exemplo, da Argentina com a França, ou com os Estados Unidos. No
caso do CRER, apesar de falarmos
línguas diferentes, nossa capacidade de comunicação e de entendimento é muito boa. Assim, pudemos estabelecer balizas seguras a
fim de atingir objetivos realistas, levando-se em conta as necessidades
próprias desses dois mundos, suas
capacidades econômicas e contextos sociais. Queremos gerar novos
conhecimentos, com base científica
sólida, que possam se traduzir em
melhoria objetiva na vida das pessoas com sequelas ou com problemas neurológicos.
3- Que benefícios objetivos os pacientes poderiam esperar desse
trabalho de pesquisa que vem sendo desenvolvido no Brasil, no Canadá e em outros países, com sua
orientação?
Primeiramente, creio que é muito importante destacar que Goiânia, por meio do CRER, está na
vanguarda ao dedicar-se ao estudo
das questões de linguagem e motricidade. Foi uma ideia que começamos a desenvolver a partir de 2008.
Quisemos desenvolver uma ideia
científica coerente, que não exigisse
investimentos financeiros gigantescos somente disponíveis em países
mais sólidos e ricos que os nossos.
A problemática da linguagem e
motricidade começa a ter um valor
científico considerável na Europa
de hoje, com resultados promissores, o que nos dá a possibilidade de
aproveitar do momento para estarmos na vanguarda desses estudos,
direcionando as evidências encontradas ao mundo da readaptação.
Assim, muito rapidamente foi possível estabelecer pontes com nossos
colegas aqui do CRER, interessados
e preocupados em encontrar novos
caminhos de tratamento para seus
pacientes.
De forma mais clara, tentamos
mostrar como as palavras podem
modificar a atividade muscular de
maneira objetiva. Pudemos colocar
em evidência o que significa a motivação para um indivíduo. Em readaptação, é preciso sempre trabalhar com otimismo, incentivando os
pacientes a terem um olhar positivo
sobre o futuro. Mas nós o fazíamos
de maneira praticamente empírica,
o que agora se confirma por uma
base biológica cientificamente comprovada. Começamos a usar técnicas linguísticas para melhorar a atividade motora e já comprovamos,
em estudos realizados em conjunto
com colegas franceses, como a linguagem pode, por exemplo, modificar a velocidade do movimento
do braço. Se dizemos algumas palavras de ação (pegar, largar, virar),
podemos constatar em indivíduos
normais que há alterações de movimento por elas produzidas, melhorando o desempenho. Em sentido
inverso, temos estudado como a
atividade motora é capaz de modular a linguagem, como tem demonstrado a professora Tatjana Nazir, Diretora de pesquisa do Centro
Nacional de Pesquisa Cientírfica
(CNRS), da Universidade de Lyon
(França), que participou da Jornada
Científica do CRER em 2013. Ela e
seus colaboradores têm mostrado
como os gestos, especialmente em
crianças, são capazes de melhorar a
compreensão em atividades ligadas
à linguagem. Esses resultados têm
sido já empregados nas escolas na
França há mais de dois anos, o que
nos sugere que poderemos, num
futuro não muito distante, introduzir tais elementos favoráveis à educação infantil aqui em Goiânia.
REVISTA AGIR 7
ENTREVISTA
É bom lembrar que o CRER tem
dentro de suas instalações uma escola para as crianças em tratamento, e que a aplicação desses conhecimentos poderá trazer grandes
benefícios a elas, como a melhoria
do aprendizado, por exemplo. Submetemos recentemente para publicação um artigo científico com algumas dessas evidências, do qual uma
profissional do CRER é coautora.
Um outro exemplo, é um trabalho que começamos a desenvolver
aqui com a estimulação magnética
transcraniana, que aproveita setores do cérebro que não foram lesados num acidente vascular cerebral
para diminuir suas graves sequelas.
Estamos convencidos que daqui a
poucos anos isso poderá ter uma
grande importância na recuperação
desses pacientes.
4- Quais são suas impressões sobre
os progressos já feitos pelo CRER
graças ao interesse e ao engajamento de seus profissionais nessa
linha de pesquisa?
Sensibilizar as pessoas para a importância de se fazer pesquisa científica rigorosa, de boa qualidade,
nunca foi coisa simples. O que havia no CRER era uma grande preocupação com a assistência às pessoas que tinham necessidade de seus
serviços. Assim, a pesquisa era uma
preocupação, porém não uma preocupação central tendo em vista as
outras necessidades. Graças à determinação firme de sua Alta Direção e
à compreensão de que a pesquisa é
um elemento indispensável ao progresso de uma instituição de saúde,
pudemos começar a desenvolver
todo um trabalho de parceria, de
modo a permitir que o CRER continue a responder às necessidades
da sociedade, mas que um interesse pela pesquisa científica pudesse
germinar de maneira intensa entre
seus profissionais. Houve uma impressionante mudança, vista por alguém de fora, como eu, que tem visitado o CRER anualmente ao longo
dos últimos cinco anos.
8 REVISTA AGIR
5- Os intercâmbios que já acontecem, com a vinda, inclusive, de
um mestrando seu ao CRER para
trabalhar em conjunto com nossos
profissionais, também preveem a
ida dos colegas do CRER para cursos de aperfeiçoamento sob sua
orientação em Montréal?
Os intercâmbios são essenciais. É
como a leitura de um livro: quando
a gente lê, pode-se intelectualizar
o conteúdo, mas nós não podemos
integrá-lo à nossa vida se não tivermos, nós mesmos, a possibilidade
de viver aquela experiência que nos
chegou pela leitura. Um estudante
nosso, do curso de Mestrado, veio
ao CRER em 2014 para compreender o ambiente, o serviço, para conhecer as pessoas e seu cotidiano.
Um outro elemento importante é
que, assim, as pessoas aprendem
como e com quais meios as pesquisas são realizadas. Se no Canadá há
uma enormidade de colaboradores
que ajudam na condução desses
estudos, aqui são poucos os profissionais, que são já encarregados de
outras tarefas tão necessárias. Desta
forma, cumpre-se um imperativo
sociológico, que é o de conhecermos
bem uns aos outros, uma vez que
estamos trabalhando juntos.
Haverá um outro estudante de
Mestrado do nosso curso que virá
ao CRER em março de 2015 e nós
aguardamos a vinda a Montréal de
dois profissionais do CRER, também em 2015, para um aperfeiçoamento nas técnicas de aplicação
terapêutica com as quais estamos
trabalhando em nossas pesquisas,
no sentido sempre de melhorar a
qualidade de vida dos pacientes.
***Tradução: Dr. Fernando Cupertino
coordenador do Centro de
Estudos do CRER
REVISTA AGIR 9
Resumo
Balde de gelo
Parágrafo Único
O CRER
em Casa é um
programa de
assistência
domiciliar
com equipe
multiprofissional
caracterizado
por um
conjunto de
ações e
orientações
aos pacientes e
prevenção,
tratamento
de doenças e
reabilitação.
“
“
Colaboradores do CRER aderiram à campanha mundial que teve
como objetivo chamar atenção da
população para uma doença rara,
a Esclerose Lateral Amiotrófica, conhecida como ELA. A campanha
surgiu nos Estados Unidos para arrecadação de recursos para pesquisas sobre a ELA.
A campanha mundial fez celebridades tomarem banho gelado ou
doarem recursos para pesquisas sobre a ELA. Fraqueza e atrofia muscular generalizada, falência respiratória e óbito em torno de 36 meses
Jackeline Gomes Borges,
médica geriatra do CRER,
responsável pelo Serviço
de Atendimento Domiciliar,
denominado Crer em Casa
10 REVISTA AGIR
são características da doença, que
possui 15 mil portadores no Brasil e
não tem cura.
Em Goiás, 101 pacientes recebem gratuitamente o medicamento
Riluzole, único no mercado capaz
de retardar a evolução da doença,
através da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa,
unidade da SES-GO. O CRER presta um atendimento integral aos portadores de ELA, em que se incluem
serviços médicos, terapias, exames
e dispensação de aparelhos respiratórios.
Aos pais
O CRER realizou em 08 de agosto, a Missa em Homenagem ao Dia
dos Pais. A celebração foi conduzida pelo padre Gregório e contou
com a participação especial do pa-
ciente Saulo da Silveira, que apresentou belíssimas canções. A missa
foi dedicada aos pacientes, colaboradores, voluntários e comunidade
em geral.
Certificação como Hospital de Ensino
O CRER foi certificado como
Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e Educação, de acordo
com a portaria de nº 1.687, de 12 de
agosto de 2014. Para obter o certificado, vários requisitos foram analisados pela comissão de Certificação, principalmente a existência de
estagiários de diferentes cursos da
área de Saúde, residência médica,
existência de publicações científicas,
instalações e equipamentos e, ainda,
o número de profissionais titulados
com especialização, mestrado e doutorado. Foram considerados todos
os critérios obrigatórios para certificação, conforme prevê a portaria de
nº 2.400/MS/MEC.
É missão do CRER oferecer excelência no atendimento à pessoa
com deficiência, fundamentado no
ensino e pesquisa. A certificação da
unidade como Hospital de Ensino
é o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos 12 anos,
sempre voltada para a formação, o
Atualização
Nova modalidade esportiva
O CRER realizou no dia 13 de
agosto o I Curso de Atualização
em Cateterismo Vesical Intermitente em parceria com as empresas
Medcomerce e Coloplast. Ministrado pela Estomaterapeuta Alessandra Cristiane Silva, o evento contou
com a participação de médicos, enfermeiros e demais profissionais de
saúde.
Aconteceu em Goiânia, de 15 a
19 de agosto, o Curso de Formação
de Instrutores em Takkyu Volley
no Brasil, nova modalidade esportiva, que mistura o tênis de mesa
com o vôlei adaptado. O curso,
cujo objetivo era promover o esporte e capacitar treinadores, contou com o patrocínio da Federação
Japonesa de Takkyu Volley, do comitê de promoção e da AACLA –
Associação dos Amigos do Centro
Livre de Artes.
Dia da Saúde
Em agosto foi promovido o “Dia
da Saúde no CRER”, com o objetivo
de oferecer aos colaboradores do
Hospital dicas de saúde, aferição
de pressão e verificação do Índice
de Massa Corporal (IMC).
Com a proposta de conscientizar
os profssionais a ter uma vida mais
saudável, a iniciativa partiu das
estagiárias do curso de Nutrição
da Universidade Federal de Goiás
- UFG em parceria com o setor da
Nutrição do CRER. Para contemplar colaboradores de escalas diferentes a programação aconteceu
nos dias 27 e 28 de agosto.
ensino e a pesquisa. Como Hospital
de Ensino, o CRER vai implementar
ainda mais suas atividades de formação e de pesquisa. Além das residências médicas em Medicina Física
e Reabilitação (Fisiatria), Radiologia
e Diagnóstico por Imagem, Anestesiologia e Medicina Intensiva, a unidade se prepara para a abertura de
residência Multiprofissional. Além
disso, vários projetos de pesquisas
estão em andamento, inclusive com
parcerias estrangeiras.
O Takkyu Volley é jogado em
uma mesa de tênis de mesa usando
a regra do vôlei. Com 12 jogadores,
seis por equipe, o esporte foi desenvolvido na cidade de Osaka, Japão,
e pode ser praticado tanto por pessoas com ou sem deficiência física.
Durante os cinco dias, os workshops
e cursos de instrutores aconteceram
em locais diferentes. No CRER, o
curso, foi ministrado no dia 15 de
agosto, por Yuji Horikawa da Federação Japonesa de Takkyu Volley.
REVISTA AGIR 11
Resumo
Congresso de Infectologia
As enfermeiras Sorreylla Paulla
Vasconcelos e Tatiane Barbosa Mendes, integrantes da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) do CRER, participaram nos
dias 22 e 23 de agosto do Congresso Centro-Brasileiro de Infectologia,
Controle de Infecção, Imunização
e Medicina Tropical – MultiSaúde,
que aconteceu no Centro de Convenções de Goiânia.
O congresso foi promovido pela
Sociedade Brasileira de Infectologia,
Controle de Infecção Hospitalar,
Imunização e Medicina Tropical, e
reuniu especialistas de todo o País,
que debateram temas atuais relacionados à prevenção, diagnóstico e
tratamento de doenças, como a dengue e outras doenças virais, bacterianas e parasitárias.
Voluntariado
Os voluntários do CRER participaram na tarde de 28 de agosto das
atividades em comemoração ao Dia
Nacional do Voluntário, promovidas pelo Centro Goiano de Voluntários (CGV) da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Durante
o encontro, o CRER recebeu homenagem do CGV pelos 9 anos de tra-
balho voluntário desenvolvido no
hospital. A colaboradora doSserviço
de Voluntariado do CRER, Andreia
de Freitas, recebeu o certificado das
mãos da coordenadora-geral da
OVG, Eliana França, que ressaltou a
importância de desenvolver programas de voluntariado para apoio às
atividades.
Título de mestre
A Gerente de Enfermagem do
CRER, Viviane de Queiroz Clementino, foi aprovada, em 28 de agosto,
na defesa de sua dissertação para obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(PUC-GO). O trabalho desenvolvido
pela profissional “Estratégias Educativas no Processo de Reabilitação
da Pessoa com Lesão Medular” teve
orientação da professora Dra. Vanessa da Silva Carvalho Vila.
Dedicação em dobro - Sheila de Oliveira é paciente do CRER desde 2005. O início do seu tratamento
despertou o interesse em sua mãe, Imaculada Oliveira, de se tornar voluntária. “Aproveitei a oportunidade de acompanhar a minha filha para também ajudar os outros pacientes”. Juntas, mãe e filha participam das atividades na Arteterapia e compartilham momentos de trabalho, solidariedade e muito amor.
Troca de experiências
O CRER é referência em Goiás e
também em outros estados. Um exemplo disso foi a visita da Diretora Multiprofissional de Reabilitação do hospital, Sônia Helena Adorno, ao Centro
de Reabilitação Infantil e Adulto da
cidade de Natal, RN.
Sônia, que foi convidada para conhecer o Centro e apresentar os serviços oferecidos pelo CRER, participou
também no dia 01 de setembro da Oficina de Educação Permanente.
12 REVISTA AGIR
Serviço de odontologia
O Serviço de Odontologia
do CRER completou um ano
de atendimento no dia 5 de setembro, chegando ao marco de
mais de 22 mil procedimentos.
Mensalmente foram realizados, em média, 1.900 procedimentos, ultrapassando a meta
mensal de 400.
Um dos diferenciais do Serviço de Odontologia do CRER
é o atendimento especializado para bebês, que contempla
também a orientação para os
pais sobre a importância da
prevenção. Desta forma, as
crianças chegam à adolescência sem comprometimentos na
saúde bucal.
Durante a semana em que se
comemorou um ano do serviço,
foram distribuídos kits de higiene bucal infantil e adulto, além
de brinquedos para as crianças.
Gestão de Pessoas com Deficiência
A Diretora Multiprofissional de
Reabilitação, Sônia Helena Adorno
de Paiva, e a Gerente de Recursos
Humanos, Juliana Xavier, participaram nos dias 9 e 10 de setembro
do 1º Congresso Goiano de Gestão
de Pessoas com Deficiência e Reabilitados do INSS, promovido pelo
Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho da Pessoa com
Deficiência e Reabilitado pelo INSS
(FIMTPODER).
O encontro, realizado no Centro
Cultural Oscar Niemeyer, teve por
foco exclusivo qualificar gestores
de recursos humanos e diretores de
empresas em relação ao preenchimento de suas vagas com reabilitados da Previdência Social e pessoas
com deficiência.
REVISTA AGIR 13
Resumo
Reconhecimento
Transplantes
Os colaboradores do CRER, Ana
Cristina Amorim e Ângela Maria
Souza, ambas da área médica, e
Hercílio Barbosa, psicólogo, participaram nos dias 11 a 13 de setembro
do XXIV Congresso Brasileiro de
Medicina Física e Reabilitação, em
Gramado - RS. O trabalho científico
“Efeitos Adversos na Estimulação
Magnética Transcraniana Repetitiva” apresentado pelos colaboradores foi classificado em 1º lugar.
A Central de Transplantes do Estado de Goiás promoveu no dia 23
de setembro, o curso de Capacitação
no Processo de Doação de Órgãos e
Tecidos para Transplantes. O objetivo do evento é contribuir para esclarecer a sociedade sobre o processo
de doação de órgãos e tecidos para
transplantes. A capacitação aconteceu no Auditório da Multiprofissional de Reabilitação do CRER.
CRER: 12 anos
Na manhã do dia 25 de setembro,
data em que o CRER completou 12
anos, uma missa em ação de graças,
foi celebrada pelo Arcebispo Emérito de Goiânia e Diretor-Presidente
da AGIR, Dom Antônio Ribeiro.
“Hoje, de fato, é dia de comemoração! Nesse último ano, muito
conquistamos e reafirmamos nosso
compromisso com a qualidade, a
humanização dos serviços, a qualificação profissional e a área de ensino e pesquisa. Ao longo desses 12
anos, o CRER atendeu mais de 306
mil pacientes, numa abrangência a
14 REVISTA AGIR
todos os 246 municípios de Goiás e
17 estados do Brasil. O número de
procedimentos superou a marca de
10 milhões”, comemorou o superintendente executivo da AGIR, Sérgio
Daher.
A primeira-dama e presidente
da OVG, Valéria Perillo, falou com
muita alegria sobre o Hospital.
“Nós só temos que agradecer pelas
bênçãos que nós recebemos nesses
12 anos desta Instituição. O CRER
nasceu para dar qualidade de vida
às pessoas com deficiência, e hoje,
em tão pouco tempo, é reconhecida
como referência nacional em reabilitação oferecendo atendimento nas
quatro modalidades de deficiência
física, auditiva, intelectual e visual.
O CRER desde a sua criação mudou a história de Goiás. Parabéns
a todos que fazem o dia a dia desta
Instituição”.
PROGRAMAÇÃO
Ao longo de uma semana várias
apresentações e atividades foram
realizadas. A Orquestra de Violeiros
de Goiás emocionou o público com
músicas tradicionais sertanejas.
Dia das Crianças
O CRER comemorou o Dia das
Crianças, no dia 10 de outubro, com
muita diversão e guloseimas, mas,
também com importantes dicas de
prevenção da saúde bucal. O serviço de Odontologia do CRER ofereceu aos pequenos pacientes 600 kits
com escova e pasta de dente. Os kits
foram doados pela Maxdescarte Indústria de Descartáveis Hospitalares e Odontológicos e pela Colgate.
O evento aconteceu na quadra
de esportes e contou com apresentação musical. Foram distribuídos
cachorro quente, algodão doce, pipoca, frutas, sorvete cremozinho e
outros brindes para a criançada. As
crianças também se divertiram com
pula-pula, palhaços, pinturas artísticas, balões e com as fantasias vestidas pela equipe do setor de multiprofissional e odontologia.
Para a realização do Dia das
Crianças, o CRER contou com a
importante colaboração de grandes
parceiros: Voluntários que Creem;
Grupo doar Gyn; Festoon Kids;
Maxdescarte; Colgate; Zema; Sorvetes Cremosinho; Grupo Cicopal;
Grupo Coletando Sorrisos; Tarcízio
Jr. Pinturas; Criatto Fantasias; Faculdades Universo, turma de fisioterapia e Liga da Academia de Educação e Saúde da UFG.
Livro
Música
A fonoaudióloga do CRER Giane Passos Lozi
(ver página 37) lançou , no dia 15 de outubro, seu
primeiro livro: “Estimulando a linguagem: aprendizagem por meio de categorias semânticas”. Segundo a autora, a obra vai auxiliar outros fonoaudiólogos, pedagogos, psicólogos e pais na estimulação
de crianças para o desenvolvimento adequado da
linguagem.
O lançamento aconteceu no auditório Valéria
Perillo, no CRER, e contou com o prestígio de familiares, amigos, acadêmicos e profissionais da área.
A música invadiu o ginásio de Fisioterapia Adulto no
CRER na tarde de 28 outubro. Ao som de jazz, samba,
bossa nova e blues, o grupo instrumental “Três em Um”
trouxe alegria e descontração aos pacientes e colaboradores do hospital. O “Três em Um” é formado por Gennyson (teclados) pelos músicos Emídio de Queiroz (guitarra
e violão), Ricardo de Pina (bateria) e Moisés Feitosa (baixo elétrico/acústico). Os shows são totalmente gratuitos
com duração de uma hora. O grupo faz parte do projeto
Alegria Para Quem Precisa e conta com o patrocínio do
Fundo de Cultura.
REVISTA AGIR 15
Resumo
Outubro Rosa
No mês de outubro, os
colaboradores do CRER e
HDS abraçaram a campanha
#OutubroRosa e aderiram à
ação. O mês de outubro é
dedicado às ações relacionadas ao câncer de mama e
à saúde da mulher. O diagnóstico precoce da doença é
o primeiro e mais importante passo para a cura.
Halloween
Os colaboradores do Serviço de Atendimento ao Cliente do
CRER se caracterizam para festejar o Dia de Halloween. Segundo Michelle Fernanda Faria, responsável pelo setor, ações
como essa são importantes para alegrar o ambiente de trabalho.
16 REVISTA AGIR
Jornada Científica do CRER
Nos dias 5 e 6 de novembro, o
CRER realizou a 12ª. edição da Jornada Científica, simultânea ao II
Simpósio Internacional em Linguagem e Motricidade. Em diversas
atividades, ao longo dos dois dias,
profissionais ligados à área da Saúde e Reabilitação se reuniram para
discutir a “Qualidade no Cuidado e
Segurança do Paciente”.
Na programação, palestras,
workshops e mesa redonda para
discussões relevantes sobre importantes temas, com a participação de
renomados profissionais do Brasil e
exterior, como Victor Frak, neurologista especialista em Ciência Conginitiva, professor e pesquisador da
Universidade do Québec-Montreal,
Canadá (ver página 6).
O evento, que a cada ano tem se
superado em número de participantes e qualidade, contou também com
uma área de exposição de estandes
de empresas ligadas à área da saúde.
REVISTA AGIR 17
Resumo
Modelo SUS
Entre os dias 3 e 7 de novembro, o CRER recebeu a
visita do Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, para desenvolvimento de projeto em formato de Hipervídeo
dentro do hospital. O objetivo é apresentar as ações
de saúde e de boas práticas desenvolvidas nas Redes
de Atenção à Saúde.
O CRER foi escolhido pelo trabalho de excelência e
referência que realiza em Goiânia para pacientes que
necessitam de reabilitação e readaptação. Na oportunidade, foram realizados os registros de grande parte dos serviços oferecidos no hospital, entrevistando
profissionais e clientes.
18 REVISTA AGIR
Paz Universal
Há 36 anos uma história de sucesso
Fundada em 14 de Junho de 1978, a empresa, desde então dirigida pela empresária Maria
Helena Rodrigues, vem demonstrando sua verdadeira vocação para inovação e modernidade.
O que começou como um modesto negócio de serviços funerários se transformou, ao longo
do tempo, em um dos mais sólidos e respeitados grupos do ramo no país, atuando de forma
dinâmica, modernizando os processos e humanizando o atendimento. A experiência adquirida
ao longo deste tempo se traduz em projetos como o da unidade de Uberlândia, que busca alinhar
bom gosto e sobriedade ao conforto e a comodidade, características que conferem a esta unidade
o status de piloto do programa de expansão da empresa, que hoje conta com 10 unidades e
clientes ativos em mais de 80 municípios, em Goiás e no Triângulo Mineiro. Outros pontos
relevantes sobre o programa de expansão da Paz Universal são a aquisição de uma área de
2,420m² em São Luís dos Montes Belos, para a edificação da unidade daquele município e o
início das obras da unidade de Aparecida de Goiânia, além da reforma da matriz em Goiânia,
que receberá um acréscimo de mais de 100% em sua área construída. Por tudo isso, podemos
afirmar que a Paz Universal, hoje, é literalmente um canteiro de obras, aparelhando, ampliando,
edificando novas unidades, dentro do mais alto padrão de qualidade, sem deixar de lado os
aspectos humanos e a qualificação profissional, razão primeira desta trajetória de sucesso.
Excelência em Atendimento
www.pazuniversal.com.br
REVISTA AGIR 19
20 REVISTA AGIR
ARTIGO
PREVENIR E CONTROLAR
INFECÇÕES, UMA NECESSIDADE
A
s infecções fazem
parte da história da humanidade, e resultam da interação entre o
micro-organismo, o hospedeiro e o
ambiente. Desde a descoberta dos
antimicrobianos,
vislumbrou-se
um grande avanço, em virtude do
sucesso terapêutico advindo da Penicilina. Sucessivamente novos antimicrobianos foram descobertos,
no entanto, a progressão dos microorganismos tem superado a indústria farmacêutica. A pressão seletiva
exercida pelos antibióticos favorece
a disseminação de bactérias que são
resistentes, e que podem compartilhar seu padrão de resistência com
outras bactérias, possibilitando o
crescimento desses agentes, denominados bactérias multirresistentes, ou “superbactérias”.
Esses micro-organismos representam grande desafio, em função
das limitadas opções terapêuticas
disponíveis. Diante desse fato, os
profissionais de saúde e a comunidade, devem se empenhar para prevenir e controlar infecções por esses
agentes.
Na comunidade, a primeira medida para evitar a doença é a vacinação, quando indicada, notadamente
para grupos com maior risco, tais
como: extremos etários, imunodeprimidos (ex: AIDS, pacientes em
uso de quimioterapia, corticoides
em altas doses). Orientações sobre
vacinas disponíveis podem ser dadas pelo pediatra, geriatra, ou pro-
fissionais de saúde da rede básica.
Outra medida de prevenção é evitar o contato com pessoas doentes,
e quando isso ocorrer, realizar a higienização das mãos, seja com água
e sabão, ou usando álcool gel. É
importante também que não se use
antibióticos sem prescrição médica,
uma vez que o uso desnecessário ou
por tempo inadequado promoverá
o aparecimento dos micro-organismos resistentes.
No ambiente hospitalar, a maneira mais eficaz de prevenir as
infecções por germes multirresistentes é usar racionalmente os antibióticos, o que significa, não usar
antibióticos profiláticos por tempo
além do necessário; evitar o uso de
drogas de largo espectro, em situações em que não houver indicação
das mesmas, bem como não estender o tempo de terapia além do
preconizado. Para o controle desses
agentes, a principal ferramenta disponível é a HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS. A Organização Mundial
de Saúde lançou campanha, que
ressalta a importância desse gesto,
com o tema “Mãos limpas salvam
vidas”. Apesar de uma medida
simples, as evidências apontam que
há baixa adesão dos profissionais a
esse gesto simples e eficaz.
É necessário que todos se mobilizem para evitar a perpetuação desta realidade microbiologicamente
dramática, que pode levar a muitas
mortes, além de custos diretos e in-
diretos, tais como internações prolongadas, com menor rotatividade
de pacientes e, consequentemente,
menos vagas para atender a demanda existente.
Para participar dessa campanha,
convidamos e convocamos você a
higienizar suas mãos, e não deixar
que “superbactérias” ganhem esta
luta. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do CRER
conta com você, seja como profissional, paciente ou acompanhante,
e nossa ação resultará em melhora
na qualidade da assistência oferecida. Vamos CRER, combater com
nossa melhor arma.
Adriana Oliveira Guilarde,
médica infectologista, presidente da
CCIH / CRER – Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar
REVISTA AGIR 21
ARTIGO
Análise biomecânica da influência da mobilidade
do tornozelo na órtese KAFO sobre a marcha:
O
objetivo deste estudo foi analisar de forma biomecânica qual seria o melhor ajuste da órtese KAFO.
Antes de tudo é importante entender que órteses são dispositivos
externos ao corpo que tem como
função melhorar o alinhamento de
um membro e/ou melhor sua função, e no caso da KAFO a sua função
é permitir a realização da marcha,
ou seja do caminhar, para pacientes
que não tem movimento nas pernas.
A KAFO é uma órtese que foi definida de acordo com as iniciais em
inglês das articulações que ela atravessa: “Knee-Ankle-Foot-Orthosis”,
também conhecida no Brasil como
“Tutor longo” ou “Cruro-podálica”.
Muito utilizada por pacientes com
lesão medular baixa que não tem
movimentos nas pernas ou este movimento é insatisfatório para que ele
consiga caminhar. A órtese mantem
o joelho do paciente estendido e
assim permite que ele fique em pé,
desde que tenha algum movimento
e controle dos músculos da pelve.
Assim, após treino específico realizado nas sessões de fisioterapia ele
pode conseguir caminhar com a órtese em conjunto com barras paralelas, andador ou até mesmo muletas.
Um questionamento ao prescreve-la é em relação ao tornozelo da
KAFO, se este deve ficar fixo (travado) ou articulado (de forma que
permita alguns movimentos do tornozelo). Para responder a esta dúvida foi utilizado o Laboratório de
Análise do Movimento do CRER,
um moderno e sofisticado laboratório especializado na análise da mar22 REVISTA AGIR
um estudo piloto
cha, com o que há de mais atual em
instrumentação disponível hoje no
mercado mundial. Equipado com
12 câmeras para análise cinemática,
4 plataformas de força para análise
cinética, 1 aparelho de eletromiografia sem fio para análise da atividade
muscular e 1 aparelho de baropodometria. Este laboratório será inaugurado já no começo de 2015, mas em
sua fase de testes, durante os meses
de agosto e setembro, já foi possível
realizar este estudo piloto sobre o
uso da KAFO.
Neste estudo transversal foi
realizado a análise cinemática e eletromiográfica de um paciente com
lesão medular (lesão em T11), do
sexo masculino e com 32 anos de
idade. Ele usou a órtese KAFO e o
andador para realizar a marcha independente, na qual foi analisado e
comparado a sua marcha com o tornozelo da KAFO articulado e com
ele fixo. Os resultados do estudo
mostraram que com o tornozelo articulado há uma menor elevação da
pelve no plano frontal (denominado
obliquidade pélvica), acompanhada
de uma menor atividade eletromiográfica do músculos quadrado lombar, além da melhora da cadência e
velocidade da marcha. Isso significa
que ao utilizar a órtese KAFO com
o tornozelo articulado ela torna a
marcha mais eficiente, com menor
esforço e consequente menor gasto
energético do que se o seu tornozelo
estivesse fixado.
O presente estudo trata-se apenas
de um estudo piloto, ou seja um estudo destinado a testar um método
de pesquisa e por isso, estes dados
ainda não são conclusivos, pois o estudo ainda será ampliado com uma
amostra maior e afim de se obter dados mais confiáveis.
Paulo Fernando Lôbo Corrêa, Darlan Martins Ribeiro, Rodrigo da Silveira Campos
e Marco Antônio Dias, fisioterapeutas,
Maykon Lacerda de Santana, engenheiro
mecatrônico, Manuella Barreira Amorim
Mello e Mara Lúcia Rassi Guimarães Carneiro, médicas fisiatras, e João Alírio Teixeira
da Silva Junior, médico ortopedista.
TERCEIRO SETOR
Guia Feliz Idade - Portal disponibiliza guia médico e
conteúdo exclusivo para a terceira idade
O
Por: Nayana Bricat, assessoria
Guia Feliz Idade foi
criado em 2013 por três profissionais
goianos que trabalham em contato
direto com a Terceira Idade. A ideia
inicial partiu do fisioterapeuta Guilherme Afonso Neto, com o intuito
de garantir a inclusão dos idosos na
sociedade moderna, já que o país
passa por um grande processo de
envelhecimento e a tendência é que
a população passe a viver mais nos
próximos anos. Além de Guilherme
estão no projeto dois geriatras, um
deles Fernando Henrique de Paula e
o presidente da Sociedade Brasileira
de Geriatria e Gerontologia de Goiás Ricardo Borges. A intenção dos
criadores do Guia é que os idosos
tenham mais atenção e passem a ter
maior qualidade de vida e um envelhecimento saudável.
O portal é o primeiro do Brasil
que funciona como um guia médico e ao mesmo tempo traz conteúdo exclusivo para a terceira idade,
aliando saúde e bem estar, tudo
isso com um visual agradável e com
ferramentas de fácil acesso. O site
inaugura uma lista unificada com
diversos profissionais da saúde de
Goiás que prestam serviços aos idosos. Além disso, o portal ainda leva
aos internautas experientes várias
informações importantes sobre saúde, moda, culinária e outros temas
relevantes para a melhor idade.
Neste mês o site inaugura seu
novo layout com um visual agradável e organizado. A mudança
proposta pelos sócios traz novas
ferramentas para os profissionais
cadastrados e anunciantes e ainda
mais atratividade para os idosos
que acessam o portal. Para os empresários e profissionais liberais
que desejam se cadastrar Guia Feliz
Idade, basta entrar no site e ir na seção cadastro gratuito. Para aqueles
que desejam ter destaque no site,
existem os planos Bronze, Prata e
Diamante que podem ser mensais,
semestrais ou anuais, com valores
acessíveis a partir de R$ 24,90.
No Guia cada profissional que
é assinante é apresentado com sua
foto, suas especialidades e um currículo com todos os endereços de
atendimento. Para as empresas é
possível criar uma página exclusiva
no site para mostrar o serviço oferecido a Terceira Idade. Atualmente o site tem cerca de 10 mil acessos
ao mês, além das redes sociais que
concentram mais de 500 visualizações diariamente. Para obter outras
informações entre em contato com a
equipe do Guia Feliz Idade
através do e-mail guiafelizidade@gmail.
com ou pelo telefone (62) 3088-5558.
Para conhecer o site basta acessar
www.guiafelizidade.com.br. Twitter: @guiafelizidade
Facebook: www.facebook.com/
guiafelizidade
REVISTA AGIR 23
ESPAÇO DO PACIENTE
38 ANOS DE SUPERAÇÃO
Aparecido chegou ao HDS aos 14 anos de idade para tratar ferida crônica
Por: Naicléia Silva
S
uperação. Essa é a palavra que exemplifica bem a história
de Aparecido Silvestre de Araújo, 52
anos, natural de São Luiz de Montes Belos (GO). É paciente interno do
Hospital de Dermatologia Sanitária
e Reabilitação Santa Marta (HDS),
antiga Colônia Santa Marta. Sua
chegada à Colônia foi em outubro
de 1978, quando tinha 14 anos. Levado para a clínica pela irmã Benedita de Araújo, já falecida, o objetivo
era fazer um tratamento em lesões,
que foram desencadeadas durante
sua infância.
O paciente perdeu a mãe aos
24 REVISTA AGIR
nove anos e o pai aos 13. Aos 14, a
irmã mais velha conseguiu um encaminhamento por meio da prefeitura
da cidade de São Luiz de Montes
Belos, para fazer tratamento na Colônia Santa Marta, hoje HDS, administrado pela AGIR. Ele relata que
teve uma infância bem difícil. “Sofri
muito preconceito por causa das feridas, tive que parar de estudar. Na
época todos achavam que meu problema era lepra (também chamada
de Hanseníase), uma doença contagiosa, por isso fui excluído da vivência social”.
Aparecido conta que os primeiros
dias na clínica foram bem difíceis.
“No começo sentia falta de tudo, da
vida lá de fora. Naquele tempo não
tinham remédios específicos, o tratamento era com medicação experimental e os curativos eram feitos
por freiras”, diz ele.
A Colônia Santa Marta foi fundada pelo grupo de religiosas, as irmãs
Vicentinas, vindas de Minas Gerais. Durante algum tempo as irmãs
eram quem faziam os curativos dos
pacientes internos. Segundo Aparecido, a medicação correta foi descoberta em 1986, somente a partir daí
houve um avanço em seu tratamen-
“
O que mais gosto
de fazer é cuidar da
horta comunitária,
passear e conversar
com os amigos,
também moradores
do hospital
“
to e as dores foram amenizadas.
Em 1987, mesmo sofrendo preconceito, ele decidiu fazer supletivo
e concluir os estudos, fez então o curso técnico de auxiliar em enfermagem. Depois de formado, ajudava
nos curativos e cuidados dos outros
pacientes. Durante esses 38 anos de
tratamento, a maior dificuldade, segundo ele, foi superar o preconceito
das pessoas e o sentimento de exclusão da sociedade. Apesar de não ter
formado uma família, é um homem
de alto astral, alegre e receptivo.
Hoje com 52 anos, um homem
simples e humilde, dono de uma
olhar expressivo, ao ser questionado
se é feliz, a resposta é positiva. Ele
afirma que, apesar de ter passado
por momentos ruins, considera-se
realizado. Ele conta que tem recebido atenção e carinho dos profissionais do HDS e durante o dia realiza
várias atividades no local. “O que
mais gosto de fazer é cuidar da horta comunitária, passear e conversar
com os amigos, também moradores
do hospital”, declara.
Há um ano a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
(AGIR) assumiu a administração do
HDS. “Houve mudanças após nova
administração. Hoje temos a oportunidade de fazer passeios externos,
como ir a Shoppings, e são realizadas festas em datas comemorativas,
coisas que antes não tínhamos”, diz
Aparecido com entusiasmo. Um
dos projetos promovido pela nova
administração é realizar atividades
de humanização e reintegralização
social aos pacientes.
“Após AGIR assumir a gestão,
tudo mudou. Houve uma reformulação na estrutura do hospital, um
tratamento mais digno. Foi criado
um espaço exclusivo para eventos, a
“Casa Viva” onde são realizadas as
festas e diversas atividades”, conta.
Atualmente são 25 moradores em
tratamento, cada um tem seu quar-
to, e o hospital conta com uma equipe multiprofissional capacitada a
oferecer atendimento humanizado
a todos os pacientes. Atualmente o
senhor Aparecido continua o tratamento de uma lesão na perna direita e de uma atrofia no dedão do
pé esquerdo. Durante esses 38 anos,
vivendo como paciente interno de
um hospital exigiu de Aparecido
paciência e perseverança. Virtudes
que proporciona a ele êxito no tratamento.
REVISTA AGIR 25
É BOM SABER
PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS DO CRER
Por: Thaís Dutra
O
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRSS) do Centro de Reabilitação
e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) é um documento que
normatiza todos os procedimentos
que envolvem o processo de manejo e descarte de resíduos sólidos
desde o tratamento até o destino
final, sendo que o plano deve ser
obedecido por todos os colaboradores do hospital em todas as suas
etapas.
De acordo com o Biólogo Daniel Paiva de Oliveira, responsável
técnico pelo Serviço de Resíduos
Hospitalares, para o melhor cumprimento do PGRSS de uma empresa que busca a sustentabilidade, é
necessário internalizar práticas sócio-ambientais. “Essas políticas são
feitas a partir da mudança comportamental dos colaboradores, para
que se atentem em fazer a correta
segregação e também para que conheça de fato as melhores práticas
do PGRSS, assim, para reafirmar
esses procedimentos, educação ambiental é fundamental”, afirma.
Para a implantação do Plano de
Gerenciamento foram obedecidas
prerrogativas dos Ministérios da
Saúde, do Trabalho e Emprego, do
Meio Ambiente, além de normas da
ABNT vigente para essa temática,
uma vez que: “Hospitais produzem resíduos com características
diferenciadas, que podem oferecer
riscos à saúde da população, por
isso que cabe a nós, os geradores
dos resíduos, gerenciá-los dentro
das normativas e se possível irmos
além”, explica o Biólogo.
O gerenciamento de resíduos
26 REVISTA AGIR
tem o intuito de oferecer segurança
e qualidade de trabalho aos profissionais direto e indiretamente envolvidos com a coleta de resíduos
dentro e fora da instituição, protegendo de riscos biológicos, ergonômicos e da saúde psicossocial.
COLETA INTERNA
Atualmente, existem dois tipos
de coletas dentro na instituição. A
Coleta 1 é feita pelos colaboradores
da higienização, retirando os resíduos das áreas comuns do hospital,
como quartos de internação, postos
de enfermagem, área administrativa e os demais setores. Em seguida,
os resíduos são colocados em contêineres na sala de resíduos, para
que fiquem em local seguro, onde
pacientes e colaboradores de outras
áreas não tenham acesso.
A Coleta 2 é realizada também
pelos profissionais da higienização,
porém, são encarregados de transportar os resíduos de dentro das salas de resíduos até o abrigo, assim,
para realizar essa coleta, os profissionais precisam estar devidamente
paramentados, com o uso total de
todos os EPI´s adequados, conforme preconizado na normativa NR32 e ainda, após o transporte dos
resíduos do expurgo até o abrigo,
os mesmos serão armazenados nos
recipientes conforme as classes delineadas na RDC 306/2004, garantindo assim a eficácia do manejo.
COLETA EXTERNA
Hoje, a coleta de resíduos sólidos, seja comum ou infectante é
realizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O
resíduo comum é feito pela forma
tradicional, chamada de doméstica,
e levado ao aterro sanitário, porém,
o infectante também é enviado ao
aterro, mas ressalta-se que o mesmo
é tratado previamente antes do descarte. Já os demais resíduos como
os químicos e perfurocortantes, que
também precisam ser tratados, são
levados para incineração em uma
empresa terceirizada.
Os materiais recicláveis são segregados e vendidos para empresas
que fazem o trabalho de reciclagem,
já que o CRER se preocupa em direcionar matérias para promoção de
zelo e precaução ambiental.
DIFERENCIAÇÃO
Foi adotado universalmente que
cada tipo de resíduo fosse descartado em um saco plástico de cor
preestabelecida. No CRER existem
as lixeiras disponíveis na área administrativa de cor azul com saco
plástico também azul, por exemplo,
para o descarte de papéis em condições de serem reciclados.
Para o Biólogo, as cores são uma
forma de chamar a atenção de colaboradores e pacientes para que
se atentem ao tipo de lixeira que
deverão descartar determinados
resíduos. “Estamos buscando dar
procedimento de cores dentro do
hospital para facilitar a segregação.
Quando colocamos uma lixeira em
um local de cor diferente, este é um
indicativo que sinaliza a segregação
de forma correta, sendo que são delineados treinamentos para reforçar
ações coerentes”.
Também são fixados adesivos
indicativos em todas as lixeiras,
informando qual tipo de resíduo
poderá ser descartado naquele local. “Tentamos nos cercar de todas
as maneiras para favorecer nossos
colegas de trabalho e podermos
segregar de forma correta. Assim,
com as identificações cumpriremos
e contemplaremos o que é preconizado no Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos da instituição,
já que com lixeiras adesivadas os
processos são mais fáceis de serem
executados”, destaca o profissional
de resíduos sólidos.
Já para o descarte de materiais
classificados como perfurocortantes são disponibilizadas caixas
apropriadas. Os hemoderivados,
aqueles produtos que contêm sangue no estado livre, são descartados em lixeiras que possuem saco
plástico de cor vermelha, logo, padronização no PGRSS é fundamental e essencial para que a prática do
manejo ocorra sem intercorrências.
ABRIGO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Abrigo de Resíduos Sólidos
da instituição foi ampliado em 2014
para atender a demanda à época,
e pensando também nas futuras
necessidades do hospital. O local
é um lugar devidamente dimensionado, e obedece às legislações
vigentes para o armazenamento de
forma segura dos resíduos produzidos no hospital.
Dentro do abrigo existem espaços e contêineres que dão continuidade à segregação dos resíduos,
sem misturar produtos químicos
com biológicos, hemoderivados
com infectantes, entre outros. “O
abrigo do CRER é compartimentalizado para que cada resíduo tenha
seu espaço totalmente sinalizado e
de restrito acesso a qualquer profissional não vinculado à área de
higienização. É o local onde colocamos os resíduos à disposição da
coleta externa”, informa o responsável técnico.
Em relação à preocupação ambiental, a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR),
que administra o CRER, realizou,
em 2014, uma obra em frente ao
abrigo, no pavimento asfáltico para
que o chorume que caísse do caminhão coletor não contaminasse o
solo, assim, “como a camada asfáltica era muito fina, o chorume poderia contaminar o solo e o lençol
freático. Em decorrência disso houve nesta área o investimento em
uma camada impermeabilizante de
concreto”, explica o técnico.
RECONHECIMENTO
Devido à preocupação da admi-
nistração do CRER em transformar
o departamento também em um
local seguro para os colaboradores
da área e que consiga atender toda
a demanda do hospital, o Abrigo de
Resíduos foi reconhecido pelas autoridades no assunto como o Abrigo referência em Goiás.
Logo, devido ao trabalho desenvolvido na unidade e ao reconhecimento é rotineiro a instituição
receber a visita técnica de representantes de outras unidades hospitalares para conhecer nossas instalações, incluindo o abrigo, uma vez
que o mesmo se tornou referência
estrutural e com um arrojado dimensionamento que contempla todas as medidas de segurança para
o manejo ambientalmente correto
dos resíduos, minimizando assim
impactos ambientais, laborais e da
saúde pública.
Para a gestora de hotelaria hospitalar do CRER, Ilma Martins da
Costa, que respondeu pelo PGRSS
por aproximadamente 10 anos, reitera que a administração da unidade e da AGIR teve um papel fundamental para a realização das obras
de ampliação do Abrigo de Resíduos. “A gente não consegue ser referência e ter estrutura e equipamentos adequados se a administração
não estiver envolvida”.
REVISTA AGIR 27
SUPERAÇÃO
BALLET TERAPÊUTICO DO CRER
Movimentos pela reabilitação de pacientes infantis
Por: Thaís Dutra
O
Ballet Terapêutico foi
criado em janeiro de 2013 no CRER,
com o objetivo de proporcionar uma
espécie de reabilitação diferenciada,
que poderia chamar mais atenção de
determinadas crianças em tratamento na instituição. Desde a sua implantação, essa terapia conta com o
acompanhamento de uma terapeuta
ocupacional, também formada em
dança, e uma fisioterapeuta.
As dez meninas que participam
do Ballet Terapêutico atualmente
são, necessariamente, diagnosticadas com alguma deficiência nível 1,
considerada leve quando comparada em uma escala que mede a gravidade de 1 a 5 e, assim, não apresentam grandes limitações físicas e
cognitivas.
De acordo com a terapeuta ocu28 REVISTA AGIR
pacional Izabel Martins, dentre as
meninas do Ballet Terapêutico, uma
possui paralisia braquial, uma tem
síndrome de Down, duas têm deficiência intelectual e cinco têm paralisia cerebral cognitiva parcial. “São
crianças com diagnósticos mais leves e que têm uma ânsia por terapias que não sejam convencionais”,
explica.
A relação entre as crianças, durante a terapia com dança também
trouxe uma aproximação entre os
pais e responsáveis, que esperam
pacientemente as meninas saírem
da aula de ballet. “As mães se unem
em momentos de pré-apresentação, principalmente no CRER, para
comprar as roupinhas e acessórios.
Começou a nascer até uma amizade entre as mães, que saíam juntas
para comprar os objetos que as meninas precisam durante as aulas”,
ressalta Izabel.
EXERCÍCIOS
Segundo a terapeuta ocupacional, cada paciente tem uma determinação de exercício específica devido ao diferencial corporal. “Cada
paciente tem diferenças físicas,
como alteração no pisar do pé, um
braço menor, quadril caído. É notório quando elas ficam com raiva
pelo corpo não responder neurologicamente ao movimento que querem fazer”.
Às vezes, ao tentar praticar uma
ação que a limitação de cada paciente não corresponde, as meninas, por exemplo, batem no pé que
não se endireita ou tentam esticar o
braço que é menor.
No entanto, com a prática e
aprendizado de acordo com as condições de cada uma, as pacientes
passaram a adaptar os exercícios
para seu corpo e limitação e, assim,
conseguem realizar a ação desejada
com êxito.
BENEFÍCIOS
As meninas realizam diversos
movimentos que auxiliam na melhora tanto do campo físico quanto
psicológico. “Associamos o Ballet
às terapias convencionais para trazer o interesse das crianças. Assim,
tentamos trazer um ganho na movimentação e motivação. O ganho
psicológico envolve a auto-imagem,
melhora da auto-estima e aceitação
do corpo”, diz Izabel.
Como esclarece a terapeuta, o
fato de as pacientes ficarem pelo menos uma vez por semana durante 50
minutos diante do espelho fazendo
exercícios que exigem postura ereta,
atenção e concentração faz com que
elas se sintam mais tranquilas em relação ao próprio corpo, porque passam a se enxergar como capazes de
realizar uma atividade reconhecida
como a dança.
“Na maioria das vezes, quando
as meninas se tornam adolescentes
têm aversão ao espelho porque se
sentem feias e diferentes das outras
colegas. Mas trabalhando em frente
ao espelho, faz com que elas percam
esse medo de ver o próprio corpo,
passam a aceitá-lo e se tornam mais
vaidosas”.
Outro benefício psicológico é o
fato de as pacientes passarem a se
sentir mais seguras para se movimentar e brincar com outras crianças. Além disso, segundo a terapeuta ocupacional, o ganho maior das
praticantes de Ballet, que iniciaram a
atividade com três ou quatro anos de
idade, é a inserção social. “Elas deixam de ser introvertidas e começam
a ser mais comunicativas, a tomar
decisões e iniciativas. Há melhorias
também nas relações dentro de casa,
com a família, e no rendimento da
escola, sem contar na facilidade de
concentração e memorização”.
Por essas crianças não se interessarem tanto pelas terapias convencionais, por as considerarem atividades tediosas, o Ballet Terapêutico
ajudou as pacientes a perceberem os
benefícios pela prática das demais
terapias que fazem no CRER.
Sempre que conveniente, Izabel Martins provoca as meninas a
ajudar umas às outras. “Quando a
sapatilha de uma das pacientes desamarra e ela não consegue fazer o
“lacinho”, eu peço para a colega do
lado amarrar, o que faz com que elas
aprendam a praticar a ajuda mútua”. As dançarinas também têm a
oportunidade de ser a “professora
da classe” durante alguns minutos
em algumas sessões, para que elas
aprendam a respeitar uma a outra
dentro do grupo.
De acordo com a mãe de Yasmin
Sousa, Marcileia Alves de Sousa, a
menina tinha grandes dificuldades
de movimento, que hoje foram reduzidas. “Ela não conseguia movimentar a perna direito, como abrir e
colocar para trás. Hoje ela já consegue fazer isso, principalmente para
dançar”.
O ganho psicológico de Yasmin,
que tem paralisia cerebral, envolve
a diminuição da timidez. Marcileia
afirma que a menina não se sentia
à vontade para falar com as pessoas. Depois da terapia com dança, ela
tem iniciativa de conversar com todos que a rodeiam.
Para a xará Yasmin Cintra, que
também é diagnosticada com paralisia cerebral leve e tem um lado
do corpo com limitações de movimento, os ganhos físicos foram mais
notórios. “Ela melhorou a postura e
passou a usar mais a mão esquerda,
que antes não conseguia. Os avanços
foram mais motores que cognitivos”,
conta a mãe, Heloisa Iana Marinho.
ESCOLA DE ARTE VEIGA VALLE
Para que as praticantes do Ballet
Terapêutico do CRER deixem de ser
institucionalizadas e passem a ser
mais inseridas na sociedade, a terapeuta ocupacional Izabel Martins
orienta que os responsáveis pelas
crianças as inscrevam na Escola de
Arte Veiga Valle.
“Além da nossa preocupação
com a lista de espera de pacientes
do CRER, queremos que os pais tenham um plano B para as meninas,
fora da instituição”, explica.
Apesar de o processo de recebimento de alta hospitalar ser doloroso, como destaca Izabel, o fato de as
meninas saírem do Ballet Terapêutico e entrarem em uma escola de
dança gratuita faz com que os pais
não percebam a alta como algo negativo. O crescimento da auto-estima durante um ano de reabilitação
com dança faz com que as pacientes
se sintam mais seguras e em condições de enfrentar o cotidiano de uma
escola de dança sem deixar que as limitações sejam grandes obstáculos.
Das dez meninas, sete já deixaram o nome na lista de espera da
escola e estão aguardando vaga.
As demais ainda vão continuar no
CRER por que são mais jovens, uma
vez que a Escola de Arte só aceita
crianças acima de cinco anos, ou
porque ainda não completaram um
ano de terapia.
“As mães, que enfrentaram gravidez ou parto complicados, têm
medo de colocar as meninas diagnosticadas com alguma deficiência
em escolas devido ao estigma de
medo e preconceito por parte da sociedade”, comenta Izabel.
No entanto, todas as meninas
vão apresentar um relatório específico para o professor de dança, feito
pelos profissionais do CRER, que
contém o diagnóstico de cada uma,
o padrão, perfil inicial, perfil atual,
limitações físicas ou cognitivas, precauções, orientações e o que já conseguiram aprender durante o Ballet
Terapêutico.
Outro ponto importante nesta
inserção é de que a Escola de Arte
Veiga Valle aceita essas crianças
como as demais alunas, informa a
terapeuta.
REVISTA AGIR 29
AGIR EM FOCO
CRER é o primeiro hospital de Goiás a
receber a Acreditação Plena - Nível 2 da ONA
O
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique
Santillo (CRER) recebeu no dia 3 de
dezembro, em solenidade que contou com a presença do governador
Marconi Perillo e do então secretário
estadual de Saúde Halim Girade o
certificado de Acreditação Plena –
Nível 2, concedido pela Organização
Nacional de Acreditação (ONA). A
entrega oficial do certificado foi feita
ao governador e ao superintendente
executivo da AGIR, Sérgio Daher,
pela gerente de Qualidade do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), Janaina Querubim. A certificação plena
demonstra o nível de excelência da
unidade de Saúde, com foco na segurança do paciente.
No discurso em que comemorou
a conquista, o governador afirmou
que o certificado deve ser fixado na
parede das casas de cada um dos
funcionários que ajudaram a con30 REVISTA AGIR
solidar o CRER como a melhor referência brasileira em reabilitação e
readaptação de pessoas com deficiência. “Sempre que venho ao CRER,
fico muito emocionado”, disse o governador no discurso, ao lembrar o
esforço da primeira-dama, Valéria
Perillo, do ex-secretário de Saúde
Fernando Cupertino e do cirurgião
ortopedista Sérgio Daher pela construção do hospital, em 2002.
Para o governador, o CRER é hoje
“a maior referência brasileira na reabilitação e readaptação de pessoas”.
“O certificado de hospital acreditado
pleno é uma demonstração do grau
de excelência que o CRER está atingindo. Ou seja: a unidade já começa
no segundo degrau, com a Acreditação Nível 2. Isso precisa servir de
estímulo maior para outras instituições para que possam trabalhar
cada vez com mais afinco na busca
da qualidade. Quem sempre ganha
com isso é o usuário, em especial a
população mais pobre”, destacou.
Sérgio Daher, superintendente executivo da AGIR, organização
social que administra o CRER, afirmou que Marconi é o governador
que mais fez pela área. “Apesar de
não ser médico, revolucionou a Saúde em Goiás”. O superintendente
também destacou e agradeceu o empenho de todos os colaboradores no
processo de acreditação.
Para o diretor geral do CRER, Válney Luis da Rocha, “a Acreditação 2
é o reconhecimento de uma política
de trabalho implantada e praticada
ao longo dos 12 anos do CRER, que
confirma o compromisso dispensado à assistência com qualidade”.
Em entrevista coletiva, logo após
a solenidade, o governador afirmou
que o mais importante é que milhares de pessoas atendidas pelo CRER
voltaram recuperadas ao convívio
com a sociedade. “Esta é uma obra
gigantesca de prestação de serviços
públicos”, ponderou.
CERTIFICADO
A ONA é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos,
que certifica a qualidade do serviço
da saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. A organização
tem por objetivo promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde,
tendo como objetivo a melhoria da
qualidade da assistência no País.
A finalidade da análise pela qual
o CRER passou, em setembro de
2014, seria para Nível 1. No entanto,
a avaliação feita pelo IQG verificou
que, além de atender aos critérios de
segurança estabelecidos pelo nível
1 da ONA, o CRER apresenta uma
gestão integrada com os processos e
plena comunicação entre as atividades. Concluiu-se então que o CRER
é apto a Acreditação Plena - Nível 2.
O processo para a Acreditação
hospitalar teve início em setembro
de 2013, quando membros da equipe de qualidade do CRER visitaram
instituições acreditadas em Goiânia.
A primeira visita de Diagnóstico
Organizacional, recomendado pela
ONA, foi realizada em abril de 2014.
Em junho, a equipe de qualidade
participou da 2ª edição do Hospital
Quality Management, em São Paulo.
A AGIR, que sempre priorizou
uma gestão de qualidade, não mediu esforços para implantar os padrões em atendimentos exigidos
pela ONA, além de envolver e treinar todos os colaboradores no que
se refere aos protocolos de segurança ao paciente.
Um hospital público de referência
O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo
– CRER - é um moderno complexo hospitalar que atende, especialmente, o grande incapacitado, com
tratamento humanizado e holístico.
É reconhecido pelo Ministério da
Saúde como Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV, pela
atuação na reabilitação das pessoas
com deficiência física, auditiva, visual e intelectual.
O hospital é gerido pela Associação Goiana de Integralização e
Reabilitação – AGIR, personalidade
jurídica de direito privado, com fins
não econômicos, qualificada como
Organização Social pelo decreto
estadual nº 5591/02, e reconhecida
como entidade de utilidade pública e de interesse social por força do
artigo 13 da Lei Estadual 15.503/05,
certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social pelo Ministério da Saúde.
Com 136 leitos de internação,
20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 8 salas cirúrgicas, ginásios de terapias, centro de diagnóstico, oficina ortopédica, dentre
outros espaços, são realizados no
CRER cerca de 5,2 mil procedimentos por dia. As clínicas atendidas
são: amputados, deficiências neuromusculares, hanseníase, lesão
FOTOS: EDUARDO CASTRO
medular, lesões encefálicas adquiridas, mielomeningocele, paralisia
cerebral, traumatologia e ortopedia
e vários serviços.
Além de expandir sua área física – iniciou com 10 mil metros quadrados e hoje tem 34 mil -, o CRER
também cresce no atendimento à
sociedade. Desde o início das atividades, em 2002, o Hospital apresenta uma dinâmica surpreendente de
crescimento. Diariamente, em mé-
dia, 2,1 mil pacientes são atendidos.
Traduzindo em números: Mais
de 10,8 milhões de procedimentos
realizados, mais de 33 mil procedimentos cirúrgicos, mais de 300 mil
pessoas atendidas, mais de 25 mil
aparelhos de ampliação sonora dispensados e mais de 72 mil próteses
e órteses confeccionadas pela Oficina Ortopédica, atendendo a 246
municípios goianos e 17 estados da
Federação.
REVISTA AGIR 31
HDS EM PAUTA
AGIR REFORMULA E REESTRUTURA
AMBULATÓRIOS DO HDS
O
Por: Naicléia Silva
Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação
Santa Marta (HDS) passou a ser administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
(AGIR) em dezembro de 2013. Com
a nova gestão, foi realizada uma
modernização na estrutura do hospital, que tem como missão oferecer
atendimento e suporte aos sequelados de Hanseníase, pacientes residentes e de cidades circunvizinhas.
O Ambulatório de Especialidades Médicas e o de Feridas Crônicas
são algumas das áreas já contempladas com a reforma, ampliação
e nova aparelhagem. Ambos foram
reestruturados e ampliados com
aparelhagem no ano de 2014.
Visando a melhoria e o conforto
dos pacientes, foram revitalizados
paredes e tetos, realizada revisão
hidráulica e elétrica, instaladas climatização e pias para higienização
das mãos dentro dos consultórios e
feita adequação e reforma da recepção. Também foi realizada uma reforma geral na área de odontologia,
com a instalação de quatro novos
consultórios para atender áreas de
clínica geral, dentística, periodontística, endodontística e odontopediatria, além da aquisição de novos equipamentos e instrumentos
odontológicos.
Para os atendimentos dermatológicos, foram criadas salas de emer32 REVISTA AGIR
gência e pequenos procedimentos.
Além disso, foram implantados novos equipamentos nos consultórios
de oftalmologia. A AGIR também
comprou novas macas para cada
consultório médico. Além das especialidades já citadas, o Hospital
de Dermatologia Sanitária também
oferece atendimento em ortopedia,
oftalmologia, psiquiatra, dermato-
logia, geriatria, endocrinologia, cardiologia, cirurgia geral, nutrição e
psicologia.
CONSULTAS
De acordo com a diretora técnica do HDS, Dra. Mônica Ribeiro
Costa, são realizadas cerca de 180
consultas médicas diariamente e 4
mil atendimentos por mês. Desde
u ESPECIALIDADES MÉDICAS
Cardiologia
Cirurgia Geral
Cirurgia Vascular
Endocrinologia
Geriatria
Dermatologia
Ortopedia
Oftalmologia
u FERIDAS CRÔNICAS
Avaliação médica
Realização de curativos
Material de última geração
Orientação suplementar
Curso de orientação
Contato HDS– (62) 3201-6400
a modernização do Ambulatório
de Especialidades Médicas, houve
aumento na demanda de atendimento. Dados contabilizados entre
os meses de julho a novembro de
2014 mostram que foram realizados 13.176 mil atendimentos. Destes, a especialidade mais procurada
foi ortopedia, totalizando 3.077 mil
consultas.
Na área de Odontologia, de acordo com os dados do Departamento
de Planejamento da AGIR, desde a
reforma foram prestados mais de
630 atendimentos, entre consultas
e demais procedimentos. Além de
se consultar com os médicos, os pacientes têm a oportunidade de fazer
os exames prescritos, como o raio-X
odontológico.
“Antes, o serviço de Odontologia era limitado, mas com a reestruturação e implantação de novos
aparelhos aumentou a demanda
de atendimento, o que possibilitou
prestar um serviço com mais qualidade”, afirma a supervisora de
Reabilitação Psicossocial, Cledma
Pereira Ludovico de Almeida.
AMBULATÓRIO DE
FERIDAS CRÔNICAS E
CURATIVOS
A equipe do Ambulatório de Feridas Crônicas e Curativos é composta por médicos e enfermeiros
especializados no tratamento de
úlceras crônicas neuropáticas, vasculares e de pressão. As úlceras são
desencadeadas por causa de diabetes, problemas vasculares entre outros. Os profissionais fazem o atendimento de avaliação médica para a
realização de curativos.
Para ampliar o Ambulatório de
Feridas Crônicas, a AGIR transferiu
o local onde funcionava esse serviço - ainda dentro do HDS - para
um espaço mais amplo, totalmente
reformado com aparelhagem nova.
IMPACTOS POSITIVOS
A partir da gestão da AGIR, foi
possibilitado ao Hospital de Der-
matologia Sanitária uma grande e
relevante transformação. Todas essas mudanças fizeram com que o
aumento no atendimento fosse possível, incluindo a garantia do abastecimento de coberturas e outros insumos necessários para realização
dos procedimentos médicos. Com
a ampliação da equipe médica e de
enfermagem, também foi disponibilizado maior número de vagas.
Para a supervisora de Enfermagem, Lys Bernardes, a ampliação trouxe melhora nas condições
de trabalho para a equipe e maior
conforto para os pacientes. “Além
de maior resolutividade principalmente nas áreas de oftalmologia,
dermatologia e ortopedia, com novos profissionais e possibilidade de
realização de procedimentos dermatológicos e oftalmológicos. Com
isso, iniciou-se também um processo de atendimento voltado para o
idoso com novos geriatras e equipe
multiprofissional com atendimento
global”.
REVISTA AGIR 33
HUGO 2
Além de urgência e emergência, Hugo 2
vai atender vítimas de queimaduras
Por: Naicléia Silva
O
Hospital de Urgências
Governador Otávio Lage de Siqueira - Hugo 2, localizado na região noroeste de Goiânia, vai impulsionar
o atendimento na Saúde pública de
Goiás. O novo complexo de saúde,
administrado pela AGIR, será o
maior e mais moderno das regiões
Centro-Oeste e Norte do Brasil.
A unidade terá uma estrutura
física de 71.165 m2 de área construída e terá como compromisso
prestar atendimento de urgência e
emergência com qualidade, resolutividade e agilidade, buscando
restaurar a saúde do usuário do
Sistema Único de Saúde (SUS), em
parceria com a Secretaria Estadual
de Saúde.
O principal objetivo é oferecer
atendimento hospitalar aos pacientes politraumatizados, urgências
clínicas, cardiológicas e neurológicas. A unidade terá como foco detectar de forma ágil situações de
risco à vida, com intervenções rápidas, seguras e precoces, realizando
procedimentos adequados.
Além de urgência e emergência,
a nova unidade hospitalar vai atender também vítimas de queimaduras. Em Goiás, atualmente, existem
poucos hospitais especializados em
queimaduras que prestam atendi-
CONHEÇA A ESTRUTURA
FÍSICA DO HUGO 2
u 485 leitos no total, sendo:
u 80 leitos de UTI
u 32 de observação reversível
u 360 leitos de internação direcionados para
as especialidades de clínica médica, clínica
cirúrgica, pediatria, cardiovasculares, clínica
especializada, ortopedia e trauma
u Centro para queimados com 13 leitos, sendo 6 individuais (apartamentos) e 7 de cuidados especiais (terapia intensiva)
u Centro cirúrgico com 22 salas
Fonte: Contrato de Gestão de Nº 003/2014 (SES-GO)
34 REVISTA AGIR
mento pelo SUS. O atendimento da
Unidade de Queimados do HUGO
2 será totalmente gratuito. Idealizada para suprir a necessidade de
atendimento nessa área em Goiânia, possibilitará aos pacientes realizar os procedimentos sem precisar deslocar-se para outras cidades.
O objetivo é proporcionar um
atendimento de qualidade ao paciente vítima de queimaduras em
qualquer faixa etária. Será oferecido atendimento especializado em
cirurgia plástica, procedimento
que reconstitui a pele que foi afetada pela queimadura. Uma equipe
multiprofissional estará envolvida
neste processo, visando à reintegração e o retorno desses pacientes
para a sociedade, de forma produtiva e com redução de sequelas.
Serão disponibilizados 13 leitos,
sendo sete leitos de UTI e seis unidades de internação com banheiro
exclusivo, ar condicionado, televisão e área de convivência. O foco
é proporcionar um atendimento
humanizado e com conforto para
os pacientes e acompanhantes que
se encontrarão em um momento de
fragilidade e readaptação.
ATENDIMENTO
EMERGENCIAL
O atendimento de emergência
é caracterizado pela necessidade
do paciente ser atendido de forma imediata. A estrutura física da
unidade de emergência do HUGO
2 será composta por sete boxes de
atendimento, sendo um para isolamento, 20 leitos de observação, salas
de sutura, redução e gesso, 21 consultórios médicos, além de outros
serviços.
UNIDADE DE COLETA
TRANSFUSIONAL
Dentre os serviços oferecidos
pelo Hugo 2, destaca-se a unidade
de coleta transfunsional. É importante ressaltar a importância para
um hospital de alta complexidade,
urgência e emergência, ter bolsas de
sangue à disposição.
O Ministério da Saúde alerta que
a taxa de doação por habitante registrou queda em 2013 se comparado
à 2012 – passando de 18,75/mil hab
para 17,84/mil hab. Uma vez que a
população vem crescendo torna-se
fundamental o aumento de coletas para manutenção dos estoques
SEJA UM DOADOR DE SANGUE!
PERFIL: No Brasil, a remuneração da
doação de sangue é proibida. Do total de
pessoas que procuram os hemocentros,
64,8% são doadores do sexo masculino e
35,1% são do sexo feminino. A faixa etária que mais realiza doações vai de 18 a
29 anos (41,3%). As demais faixas, acima
dos 29 anos, respondem por 58,6% das
doações.
QUEM PODE DOAR: pessoas com peso
- de no mínimo - 50 quilos; ter entre 18 e
69 anos. Também podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade
entre 16 e 17 anos, com o consentimento
formal do responsável legal.
QUEM NÃO PODE DOAR: quem teve
diagnóstico de hepatite após os 11 anos
de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como
aids, hepatite, sífilis e doença de chagas;
usuários de drogas; aqueles que tiveram
relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos
Fonte: Portal do Ministério da Saúde
atuais. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) recomenda que a autossuficiência seja alcançada com
variação entre 1% e 3% da população doando sangue.
REVISTA AGIR 35
36 REVISTA AGIR
PERFIL DO COLABORADOR
Entre a oralidade e a escrita
Fonoaudióloga do CRER lança livro sobre linguagem
G
iane Passos Lozi de
Andrade, especializada em linguagem, é fonoaudióloga reabilitadora
da audição e da linguagem de pacientes usuários de AASI (Aparelho
de Amplificação Sonoro Individual)
e de Implante Coclear do CRER. Em
outubro, sua atuação profissional
alçou novos patamares com o lançamento do livro Estimulando a linguagem: aprendizagem por meio de
categorias semânticas.
Segundo a fonoaudióloga, em
2013 ela viveu uma experiência muito gratificante ao aplicar o conteúdo
de seu livro em pacientes com deficiência auditiva do CRER, usuários de
AASI, com diferentes tipos e graus
de perdas auditivas, ou que tenham
feito o Implante Coclear. A faixa etária englobava crianças de 2 a 7 anos
de idade. Ao longo do ano, Giane
realizou um trabalho sistematizado
com os pacientes individuais e de
grupo de estimulação auditiva de
linguagem, realizado com a parceria
da psicóloga Cláudia Regina Araújo.
“Os resultados foram excelentes.
As crianças desenvolveram todas as
habilidades auditivas. Os familiares,
a psicóloga e eu ficamos muito satisfeitos com todos os resultados alcançados, pois a audição e a linguagem são funções correlacionadas e
interdependentes, que estabelecem
o contato das crianças com o meio
ambiente”, comemora Giane.
Em sua atuação como fonoaudióloga, Giane sentia a necessidade
de material prático específico para
crianças de 02 a 05 anos de idade,
que apresentam atrasos significativos na fala. Partindo disso, surgiu
a ideia do livro, com a proposta de
Giane Lozi (ao centro), durante lançamento do livro, acompanhada de seu filho, Davi Passos Lozi de Andrade,
e do casal Divaina Alves Batista, Superintendente Multiprofissional de Reabilitação da AGIR, e José Taveira
Rocha, Secretário Estadual da Fazenda, grandes incentivadores da publicação
oferecer subsídios capazes de estimulá-los a um desenvolvimento
adequado da articulação, semântica,
morfologia e sintaxe, oferecendo às
crianças a capacidade de nomear,
repetir, imitar, observar, esperar, escutar e expressar-se verbalmente.
Sobre o livro Estimulando a linguagem: aprendizagem por meio
de categorias semânticas, lançado
no dia 15 de outubro no Auditório
Valéria Perillo do CRER, a autora
esclarece que além de ser uma ferramenta importante para auxiliar
os profissionais de fonoaudiologia,
pedagogia e psicologia no desenvolvimento da criança, através da me-
lhora de concentração, comunicação
oral e maior independência, o conteúdo apresentado favorece também a
participação das famílias, que após
receberem orientações adequadas
tornam-se multiplicadoras do conhecimento.
O livro de Giane Lozi também
traz depoimentos emocionantes das
famílias de alguns pacientes com deficiência auditiva do CRER, que foram submetidos ao conteúdo. Todos
eles são categóricos em declarar os
ganhos que os pacientes obtiveram
nos atendimentos individuais ou
nas atividades de grupo de estimulação auditiva de linguagem.
REVISTA AGIR 37
AGENDA
Janeiro >>>
Curso de extensão - Novos caminhos para
a pessoa com deficiência
Data: março 2015
Local: CRER – Goiânia – GO
Informações: WWW.agirgo.org.br
Abril >>>
17º Congresso Brasileiro de Medicina e
Cirurgia do Tornozelo e Pé
Data: 30 de abril a 02 de maio de 2015
Local: Minascentro - Belo Horizonte - MG
Informações:(35) 3721-3851
[email protected]
Maio >>>
Hospitalar 2015
22ª Feira Internacional de Produtos,
Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais,
Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios.
Data: 19 a 22 de maio de 2015
Local: Expo Center Norte – São Paulo – SP
Informações: www.hospitalar.com
38 REVISTA AGIR
Parcerias
Agosto a Outubro de 2014
AACLA
Academia Su Beauty de Cabelereiros
Alko do Brasil Indústria e Comércio Ltda
Amazônia Ice – Sorvetes e Picolés
AMP Propaganda
APSEN Farmacêutica
Areia Rosa
B. Braun Brasil
Baiano Folhagens
Belcar Veículos
Belíssima Semi Jóias
Bioambiental Sistema de Saneamento Ltda
Boaz Moda Masculina
Brasil Cacau
C&H Variedades
Camilla Stival – Festa com Ideia
Candeeiro
Carolina Modas
Casa Novitá
Catral
CBA
CEEN – Pós - graduação e Treinamento na Saúde
Cerrado Restaurante
CESAM – Centro Salesiano do Menor
Cevel
Churrascaria Los Pampas
Cicopal
Cinemas Buriti Shopping
Circular Embalagens
Clínica Equilíbrio e Saúde
Coca-Cola Refrescos Bandeirantes
Colégio WR
Colgate
Coloplast
Complem - Cooper. Mista dos Prod. de Leite de Morrinhos
Convatec
Criatto Fantasias
Crispim + Veiga Propaganda
D´Bruna Bijux
D´fios
D´presentes
Daniel Felipe Ilusionista
Dep. de Ações Programáticas Estratégicas - MS
Dhomini
D-Prime
Escola Interamérica Fundamental Ltda
Escola Internacional de Goiânia
Espaço Harmonia
Estação das Sandálias
Exclusiva Utilidades
Faculdades ALFA
Faculdades Universo
FAPEG - Fund. de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
Farmácias Drogasil
Festoon Kids
Festoon Kids
FIMTPODER
Fraldas Kisses
Genzyme do Brasil
Grupo Cicopal
Grupo Coletando Sorrisos
Grupo de Choro
Grupo doar Gyn
Gyngesso Industria e Comercio Ltda
Henrique de Oliveira
Hollister
Home Style
Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares
Hot Park
Indústria e Com. de Móveis de Madeiras Santa Cruz
InovarCosméticos
Instituto de Hemoterapia de Goiânia (IHG)
Instituto Embelleze
Irmãos Soares
Itana Lingerie
Jaepel Papéis e Embalagens
Kerlly Lingerie
Kings Festas
Lancaster Grill
Lanny Moda Íntima
Liga da Academia de Educação e Saúde (UFG).
Livraria e Papelaria Modelo
Luciana Ramos Bijuterias
Mania da Tribo, Mahogany
MARY KAY
Maxdescarte Ind. de Descartáveis Hospitalares e
Odontológicos
Medcomerce
Meta Hospitalar
Mil Esportes
Ministério da Saúde
Moderna Comercial de Papéis
Mr. Gyn – Anderson
Nectar Mix Ltda
O Boticário
Orquestra de Violeiros de Goiás
Outback
OVG – Organização das Voluntárias de Goiás
Paz Universal Serviços Póstumos
Piracanjuba
Pitigliano
Pizza Na Pedra
Porto Seguro
Produção Modas
PUC Goiás
Quick Logística Ltda
Quimilab Com. E Representações Ltda
Rafael de Medeiros
Reis Variedades
Richesse Confeitaria
Rotisseria Estação do Sabor
Saga France – Citroen
Sallo Confecção e Comércio de Roupas
Saneago
SEMIRA
SENAR Goiás
SESI
SET Produtora
Sicmol
Sintonia Filmes
SMT
Sociedade Brasileira de Infectologia
Sol e Energia;
Sorvetes Cremosinho
Spa Jaó;
SSA – São Salvador Alimentos
Tarcízio Jr. Pinturas
Tatika Distribuidora de Produtos Hospitalares Ltda
Tend Tudo
TERMOPOT
Têxtil Med
Toda Teen Cabeleireiros
Tudo Chevrolet
Única Dental Produtos Odontológicos e Hospitalares
Unicom Shopping da Saúde
Unimed Goiânia
Zema Indústria Metalúrgica
Zenatur Transportes de Cargas Ltda
REVISTA AGIR 39
40 REVISTA AGIR
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