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COMO SER UM CRENTE FIEL
A Honrosa Tarefa de Estar no Mundo sem Ser do
Mundo
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2
DEDICATÓRIA
A Deus, autor da minha vida, aos meus filhos Jéssica,
Jeannine, Edwin Aldryn e minha esposa Vera Lúcia pelo
apoio, paciência e dedicação. E as minhas netinhas Laura e
Sofia. Bem como, a todos que direta ou indiretamente me
ajudaram na concretização dessa Obra.
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Sumário
Prefácio
Introdução
I – O CRENTE NO MUNDO
1.1
- Conceito Histórico
1.2
– Características de Um Cristão
Dúvidas Apresentadas por Novos Convertidos
1.2.1
- Padrinho ou Madrinha
1.2.1.1
– O Crente deve ter Padrinho e
Madrinha?
1.2.1.2
– O Crente deve aceitar ser Padrinho ou
Madrinha?
1.2.2
- Beber
1.2.2.1
– O Crente deve beber socialmente?
1.2.2.2
– O Crente e o Vinho alcóolico na Santa
Ceia.
1.2.3
– Fumar
1.2.3.1
– O Cigarro Reflete a minha Liberdade em Cristo?
1.2.3.2
– O Cigarro Pode Escravizar e Dominar a minha Vida
1.2.3.3
– O Cigarro Contribui Para a Vida ou Para a Morte?
1.2.3.4
– O Cigarro Pode Escravizar o meu Corpo
1.2.3.5
– O Cigarro Pode Prejudicar o meu Testemunho
1.2.3.6
- O Cigarro Agrada a Quem?
1.2.4
– Dançar
1.2.4.1 – A Dança é um Estímulo Anormal às Paixões Sensuais
1.2.4.2 – O Estímulo Sensuais Vem Quando ele é mais Perigoso
1.2.4.3 – A Dança Mina a Saúde pelo menos de duas Maneiras
1.2.4.4 – A Dança debilita a Resistência Moral
1.2.4.5 – A Dança Destrói o Desejo Pelas coisas Espirituais
1.2.4.6 – A Contribui para o Mal do Divórcio
1.2.4.7 - A Dança não dá lugar para o Intelecto.
1.2.4.8 – A Dança é a Arruinadora da Modéstia
1.2.4.9 – Os Dançarinos tornam-se Egoístas
1.2.4.10 – A Dança é um Instrumento dos Ímpios
1.2.5 - Brincar Carnaval
1.2.6 - Comemorar as Festas Juninas
1.2.7 - Usar pincing nem Tatuagem
1.2.8 – O Crente pode Ouvir ou Cantar Música do Mundo
1.3
- Regra Básica da comportamento
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4
1.3.1. – Na Igreja
1.3.1.1-No Culto
1.3.1.2-Com o Pastor
1.3.1.3-Com as Autoridades Internas
1.3.1.3.1 - Presbítero
1.3.1.3.2 - Diácono
1.3.1.3.3 - Obreiro
1.3.1.3.4 - Seminarista
1.3.1.3.5 - Missionários
1.3.1.3.6 - Professores
1.3.1.3.7 – Líder Jovens
a) Como o Jovem ver a Igreja
b) Procedimentos com os Jovens
1.3.1.4 -Com os Mais Velhos
1.3.1.5- Com o Templo
1.3.1.5.1- Compete a cada Crente
1.3.2 - No Trabalho
1.3.2.1- Como Deve Agir o Crente
1.3.2.2 – Com o Chefe
a) A Conduta do Empregador
b) Reciprocidade
c) Respeitabilidade
d) Igualdade
1.3.2.3 – Com os Colegas de Trabalho
a)Obediência
b) Respeito e Solicitude
c) Sinceridade no Coração
d) Servindo como a Cristo
e) Servindo de Boa Vontade
f) Certificados da Recompensa do Senhor
1.3.2.4 – Com o Espaço de Trabalho
1.3.3 – Na Escola ou Faculdade
1.3.3.1 – Com os Professores
1.3.3.1.1 - O Andar do Professor Cristão
1.3.3.1.2 - Postura de um Professor
1.3.3.2 – Com outros alunos
1.3.3.3 – Com a Classe
1.3.3.3.1 – Siga o Mapa da Sala
1.3.3.3.2 – Mantenha a Agenda
1.3.3.3.3 – Tenha Foco
1.3.3.3.4 – Seja Sério
1.3.3.3.5 – Questione
1.3.3.3.6 – Seja Respeitoso com os Colegas
1.3.3.3.7 – Seja Consciente
1.3.3.3.8 – Copie a Matéria
4
5
1.3.3.3.9 – Preste atenção na Aula
1.3.3.3.10 – Não Cole nas provas
1.3.3.3.11 – Não Discuta com ninguém
1.3.3.3.12 – Não Converse fora de aula
1.3.3.3.13 – Faça seus Deveres escolares
1.3.3.3.14 – Evite sair antes da explicação
1.3.3.3.15 – Não tire brincadeira com o professor
1.3.3.3.16 – Não seja aluno apático
1.3.3.3.17 – Estude em Sala de aula
1.3.3.3.18 – Não perca a Matéria dada
1.3.3.3.19 – Seja Respeitoso com o Professor
1.3.3.3.20 – Estude para as Provas
1.3.4 – Na Sociedade em que estamos inseridos
1.3.4.1 – No Trato Com os Vizinhos
1.3.4.2 – No Trato Com os Mendigos
1.3.4.3 – Com as Ações em Família
1.3.4.3.1 – Passos para dar Bom Testemunho
1.3.4.3.2 – Quem é o Crente que dá bom Testemunho
1.3.4.3.3 – Maneira do Crente dar Bom Testemunho
1.3.4.3.4 - As Provas de um Verdadeiro Testemunho
1.3.4.3.5 – O Mau Testemunho do Crente
1.3.4.3.6 – Tipo Comum de Mau Testemunho
a) Brigas
b) Na Rua
c) No Comércio
d) Na Igreja
e) Na Escola
f)
No Trabalho
g) NaVizinhaça
II – O SERVIÇO CRISTÃO.
2.1 – Implicações de se Apresentar a Deus
a) Voluntariamente
b) Pessoalmente
c) sacrificialmente
d) Racionalmente
III – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO ÀS FINANÇAS...........................258
3.1 – O Crente e os problemas Financeiros
3.2 – Atitudes do Crente quanto ao Dinheiro
3.2.1 – Gratidão
3.2.2 - Sobriedade
3.2.3 - Honestidade
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3.2.4 - Diligência
3.2.5 - Espiritualidade
3.2.6 –Altruísmo
3.2.7 - Humildade
3.3 – Mudanças Específicas nas Finanças
3.3.1 – Avalie Honestamente sua Situação
3.3.2 – Comece a Pagar Suas Dívidas
3.3.3 – Viva Dentro do Limite de seu Orçamento
3.3.4 - Comece a Aplicar Sua Renda com Metas Espirituais
3.4 – Nos Negócios
3.4.1 – Contribuindo Para a Restauração do Mundo
3.4.2 – O Valor Limitado dos Negócios e dos bens no Mundo
3.4.3 – Fazendo a Diferença no Mundo
3.5 – No Uso consciente do seu dinheiro
3.6 – Dez dicas de Como Usar o Dinheiro
3.7 – Dicas para Usar o Cartão de Crédito
3.7.1 – Procure ter Apenas Um Cartão de Crédito em Família
3.7.2 – Conheça as Vantagens que seus cartão Oferece
3.7.3 – Controle o Extrato
3.7.4 – Tenha Limites Compatível com sua Renda
3.7.5 – A Conta Sempre Chega
3.7.6 – Evite Parcelas Longas
3.8 – Como Lidar com o Dinheiro e Administrá-lo para a Glória de Deus
3.8.1 – Rejeitando o Consumismo
3.8.2 – Contribuindo Para a Obra de Deus
3.8.2.1 – Sendo Dizimista Fiel
3.8.2.2 – Ofertando Generosamente na Obra
3.8.2.3 – Patrocinando Missões Evangelísticas
IV – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A DENOMINAÇÃO
4.1 – Qual Denominação devo Escolher?
4.1.1 – Igrejas Tradicionais e Históricas
4.1.2 – Igrejas Pentecostais Históricas
4.2 – Qual a Melhor Denominação Evangélica
4.2.1 – Lista de Igrejas existentes no Brasil
V – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A SOCIEDADE
5.1 – Sobre Divórcio
5.1.1 – O amor Pode Ser Resgatado
a) O que Fazer Para Resgatar o Amor?
1. Passo Um
2. Passo Dois
3. Passo Três
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b) Como Apoiar Um ao Outro na Mudança
c) Favoreça Constantemente o Clima de Romance
5.1.2 – Em Quais Casos Um Divórcio é Justificado
a) Infidelidade do Cônjuge
b) Alto Grau de Violência com risco de vida
5.2 – Sobre o Aborto
5.2.1 - Quando é Permitido
a) Para Salvar a Vida da Mãe
b) Ao feto anencéfalo (Sem Cérebro desenvolvido)
5.3 - Sobre Relações Homoafetivas
5.3.1 – Como o Crente deve agir
5.3.1.1 – Homossexualismo não é Genético
5.3.1.2 – Homossexualismo não é Doença
5.3.1.3 – Não ter Prazer com o Sexo Oposto
5.3.1.4 - Hermafroditas
5.3.2 – A Bíblia e as Relações Homoafetivas
5.3.2.1 – Esperança para os Homossexual
5.3.2.2 - Tipos de Homossexuais
a) Os Assumidos
b) Os Enrustidos
c) Os Iludidos
5.3.2.3 – 7 Passos para a Libertação da Prática Homossexual
5.3.2.4 – A Luta Contra o Preconceito
5.3.2.5 – Questão da Ideologia de Gênero
5.4 – Sobre Vestimentas do Crente
5.4.1 – Deus nos Ensina a nos Vestir
5.4.2 – Deus Ensina Seu Povo a se Vestir com Modéstia
5.4.3 – A Modéstia e Bom Senso da Mulher Cristã
a) Joias
b) Vestindo-se para Agradar a Deus
5.5 – Com os Meios de Comunicações
5.5.1 – Os Dez Mandamentos do Telespectador Cristão
5.5.2 – Os Perigos das Novelas
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5.5.3 – A Mídia Visual e Seus Programas Perniciosos
5.5.3.1 – A TV Estimula a Violência
5.5.3.2 – A TV Estimula o Pecado.
5.5.3.3 – A TV Modifica a Visão das Coisas
5.5.4 – A Mídia Visual e o Lar Cristão
5.5.4.1 – O Culto Doméstico Diário
5.5.4.2 – Dedicação aos Filhos
5.5.5 – Como Evitar a Má Utilização da Tecnologia
5.5.5.1 – Examinando Tudo e Retendo o que é bom
5.5.5.2 – Valorizando o que é Correto
5.6 – Sobre Namoro, Noivado e Casamento
5.6.1 – Namoro
5.6.2 – Noivado
5.6.3 – Casamento
5.7 – Perguntas e Respostas
5.7.1 – Com que idade um jovem pode namorar?
5.7.2 – Com quem Devo me Casar?
5.7.3 – Como Descobrir a Vontade de Deus para o Namoro?
5.7.4 – A quem Devo Consultar Sobre Namoro?
5.7.5 – Que Devo Fazer Para Minha Edificação Espiritual?
5.7.6 – Quando Tornar-se Noivos?
5.7.7 – Quando o Jovem Deve Casar?
5.7.8 – Existe Regra para Orientar sobre Sexo?
5.7.9 – Com quem Podemos Conversar Sobre o Sexo?
5.7.10 – Existem Pessoas Destinadas a não Casar?
5.8 - PERGUNTAS SOBRE DESEJOS DA MOCIDADE
5.8.1 – É Pecado o Impulso Sexual?
5.8.2 – Como Controlar o Impulso Sexual?
5.8.2.1 – Na Área Física
5.8.2.2 – Na Área Sentimental
5.8.3 – Como Vencer a Masturbação
5.8.3.1 – Como Fazer Isto
a) Fuja
b)Pense Positivo
c)Não Demore no Banho
d)Leia a Bíblia
e)Perigo da Masturbação
5.8.4 – Pecados Sexuais Próximo dos Jovens
5.8.4.1 – Masturbação
5.8.4.2 – Atos Libidinosos
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5.8.4.3 – Prostituição
5.8.4.4 – Taras
5.8.4.5 – Homossexualismo
5.8.5 – Flerte é Pecado?
5.8.6 – Até Onde o Beijo é Pecaminoso?
5.9 – QUESTÕES COM O CIÚME
5.9.1 – Seria o ciúme uma prova de Amor?
5.9.1.1 – Comportamento de Ciúme
5.9.1.1.1 – Interrogatórios excessivos
5.9.1.1.2 – Comentários sobre a forma como se veste
5.9.1.1.3 – Escolta Pessoal para todo o lado
5.9.1.1.4 – Dezenas de Telefonemas por Dia
5.9.1.1.5 – Zanga-se se olha para o Sexo Oposto
5.9.1.1.6 – Interferência na Vida Social
5.9.1.1.7 – Discussões Frequentes
5.9.1.1.8 – Vigilância Constante
5.9.1.1.9 – Acusação de Infidelidade
5.9.1.1.10- Cenas de Ciúmes
5.9.1.2 – O Ciumento é Cheio da “Obra da Carne”
5.9.1.3 – O Ciumento é Destituído das “Obras do Espírito”
VI – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO AS AUTORIDADES
6.1 – Dos Pais
6.2 – Da Justiça
6.2.1 – Podemos levar um Irmão em Cristo à Justiça dos homens?
6.3 – Das Autoridades Eclesiásticas
6.4 – Da Autoridade Espiritual
VII – O CRENTE COMO CIDADÃO
7.1 – Têm Responsabilidades em Relação ao Governo
7.1.1 – De Orar pelos Governantes
7.1.2 – Pagar seus Impostos
7.1.3 – Obedecer ao Governo e Suas Leis
7.1.4 – Honrar o Governo
7.2 – Quando Não Devemos Obedecer às Autoridades
7.2.1 – Quando Quiserem Suplantar a Autoridade Divina
7.2.2 – Quando Ferirem Ensinos Diretos da Bíblia
7.3 – Quatro Motivos Para Obedecer ao Governo Humano
7.3.1 – Por Motivo da Ira
7.3.2 – Por Motivo da Consciência
7.3.3 – Por Motivo do Amor
7.3.4 – Por Motivo da Devoção Ao Senhor
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7.4 - No Uso Consciente de Seus Direitos Cíveis
7.4.1 – Liberdade Civil
7.4.2 – Liberdade de Consciência
7.4.3 – Liberdade de Ensino
7.4.4 – Liberdade de Imprensa
7.4.5 – Liberdade de Pensamento
7.4.6 – Liberdade de Religião
7.4.7 – Liberdade de Reunião
7.4.8 – Liberdades Individuais
7.5 - No Trato Com a Política Partidária
7.5.1 – O Cristão Pode Ser Político
7.5.2 – O Cristão e a Politicagem
7.6 – Nas Obrigações Eleitorais
7.6.1 – A Importância do Voto
7.6.2 – A Obrigatoriedade do Voto
VIII – NO TESTEMUNHO COM OS FRACOS NA FÉ
8.1 – Na defesa de sua Doutrina
8.1.1 – BATISTAS
8.1.1.1 – Linha Doutrinária
8.1.2 – PRESBITERIANOS
8.1.2.1 – Doutrinas Comuns com outros Evangélicos
8.1.2.1.1 – Um Deus Trino
8.1.2.1.2 – Em Jesus Cristo como 2ª Pessoa da Trindade
8.1.2.1.3 – Na Bíblia como Palavra de Deus Inerrante
8.1.2.1.4 – No Novo Nascimento
8.1.2.1.5 – Na Ressurreição dos Mortos
8.1.2.2 – Doutrinas Distintivas Presbiterianas
8.1.2.2.1 – Soberania de Deus
8.1.2.2.2 - Predestinação
8.1.2.2.3 – Salvação Pela Graça
8.1.2.2.4 – A Perseverança dos Santos
8.1.2.2.5 – Governo Representativo
8.1.2.2.6 – Batismo
a) Aspersão
b) Infantil
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8.1.3 – IGREJA CONGREGACIONAL DO BRASIL
8.1.3.1 – Síntese Doutrinária
8.1.4 – IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS
a) Sua Estrutura administrativa
b) O Início da Igreja
8.1.5 – IGREJA PENTECOSTAL DO BRASIL
8.1.6 – IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
8.1.7 – IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR
8.1.8 – IGREJA CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL
8.1.9 – IGREJA VIDA NOVA
8.2 – IGREJAS RENOVADAS
8.2.1 – IGREJA METODISTAS WESLEYANA
8.2.2 – IGREJA BATISTA NACIONAL
8.2.3 – IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA
8.3 – IGREJAS NEO PENTECOSTAIS
8.3.1 – IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
8.3.2 – IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS
8.3.3 – IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS
8.3.4 – IGREJA RENASCER EM CRISTO
8.3.5 – COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA A NOSSA TERRA
8.3.6 – IGREJAS EM CELULAS DO G-12
8.4 – No debate Apologético
8.4.1 – Ateus
8.4.2 – Espiritismo
8.4.3 – Seitas e Heresias
8.5 – Na conversa com amigos e irmãos na Fé
8.6 – Com a Linguagem do Crente
8.6.1 – Palavras Torpes
8.6.2 – Conversas Tolas
8.6.3 - Palavras Vãs
8.6.4 - Chocarrices
8.7 – Com Relação as Enfermidades.
8.7.1 – Atitudes dos Crentes diante das enfermidades
8.7.2 – Um Crente Pode Adoecer?
IX – RESPONSABILIDADE DOS CRISTÃOS
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9.1 – Com os Novos Convertidos
9.1.1 – O Novo Convertido Precisa ser Nutrido
9.1.2 – O Novo Convertido Precisa ser Firmado
9.1.3 – O Novo Convertido Precisa ser Integrado
9.2 – Com as Convicções do Espírito Santo
9.2.1 – Meditando sobre o Ministério Mal Sucedido
9.2.2 – Um Ministério Bem Sucedido
9.2.3 – Como Ser Guiado Pelo Espírito Santo
9.3 – Dando Conta de Tudo a Deus (Mordomia)
9.3.1 – O Desafio à Fidelidade
9.3.2 – Vinte Razões Porque Sou Dizimista.
9.3.3 – O que meus Dízimos Demonstram
9.4 – Cuidado com a Aparência do Mal
9.4.1 – Abster-se da Aparência do Mal
9.4.2 – Questões Práticas de Fuga da Aparência do Mal
9.5 – Aprendendo a Orar
9.5.1 – Como ser Abençoado na Oração
9.5.1.1 – Com Orações
9.5.1.2 – Com Jejuns
9.5.1.3 – Com Meditação na Palavra
9.5.1.4 – Com Obediência
9.5.1.5 – Exemplo de Orações
9.5.2 – O que Fazer para suas Orações Serem Atendidas
9.5.2.1 – Orar de Coração
9.5.2.2 – Santificar o Nome do Senhor
9.5.2.3 – Entender a “Vinda do Reino”
9.5.2.4 – Amar ao Próximo
9.5.2.5 – Crer que a Resposta Virá
a) Com um SIM
b) Com um NÃO
c) Com um Espere mais um Pouco
9.5.2.6 – Pedir em Nome de Jesus
9.5.2.7 - No Tempo de Deus
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13
9.5.2.8 - Orar co Perseverança
9.5.2.9 – Com o Coração Quebrantado
9.5.2.10 – Com Sinceridade naquilo que Precisamos
X – VANTAGENS DE SER CRISTÃO
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
Prefácio
Muitos podem pensar que, uma vez que uma
pessoa se torna crente, ela nunca mais peca. É bem verdade
que aquilo que é nascido no crente, quando este confessa
Jesus como seu Salvador, não pode pecar e nunca vai pecar
(I João 3:9; 5:18). Esse que é nascido é a natureza divina
no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas
o crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por
ele viver no mundo (I João 2:16) e ter o pecado ainda nos
seus membros (na carne) (Rom 7:23). Enquanto o crente
está na carne, terá o problema do pecado (Mat. 26:41; "... o
espírito está pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse
a possibilidade do crente ser influenciado pelo pecado, Davi
não teria orado: "Expurga-me tu dos que me são ocultos."
(Sl 19:12; 119:133) e nem teria dito: "O meu pecado está
sempre diante de mim" (Sal 51:3). Jesus também não teria
orado ao Pai que "os livres do mal" (João 17:15). Paulo
tinha uma luta constante que o provocou a lamentar:
13
14
"Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo
desta morte?"(Rm 7:24).
É fato bíblico que o crente peca (Pv. 20:9; Ecl.
7:20) pois ele é fraco pela carne (João 3:6, "O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito."). Tanto a realidade da presença do pecado na vida
do crente quanto a nova natureza é vista claramente na
doutrina da santificação que envolve a correção de Deus
(Hb 12:5-13). Se não houvesse pecado na vida do crente,
nunca haveria a correção. Se alguém que se acha crente não
conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos,
levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Hb
12:10), esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo.
Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é
responsável por não pecar (I Pe 1:15, "sede vós também
santos em toda a vossa maneira de viver"; I João 2:1;
"estas coisas vos escrevo para que não pequeis"). A
possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a ação do
pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que
não entreis em tentação.
Neste livro procurarei abordar a tensão existente
entre viver no mundo, sem pertencer ao Mundo. Este livro
não é nenhum compêndio de Teologia, nem um tratado de
Psicologia, embora possa ser lido e estudado por crentes
fiéis que possuem grande conhecimento teológico. Ele é o
resultado de minhas experiências através das lições bíblicas
preparadas por mim e estudadas em Escolas Bíblicas
Dominicais realizadas em minha comunidade a Igreja
Presbiteriana do Brasil em Massangana, Prazeres, Jaboatão
dos Guararapes-PE, Brasil, nos últimos anos.
14
15
Abordaremos no primeiro capítulo o Conceito
histórico e as características de ser crente. No Segundo
Capítulo veremos quais as implicações de ser um crente. No
Terceiro abordaremos as principais atitudes que um crente
deve ter com suas finanças no sentido pessoal, social e
espiritual. No Quarto Capítulo falaremos sobre as regras
básicas de como lidar com as várias denominações
evangélicas e a quais deve seguir ou confraternizar-se para
ter um crescimento harmonioso e equilibrado da sua fé. No
Quinto Capítulo analisaremos as regras para com a
Sociedade na qual estamos inseridos no tratamento do
Divórcio, Aborto, Relações Homoafetivas, vestimentas do
Crente e Conselhos aos Jovens sobre Namoro, Noivado e
casamento Cristão. Além de um breve comentário sobre os
Meios de Comunicação. No Sexto Capítulo abordaremos o
comportamento dos crente com as autoridades. No Sétimo
Capítulo analisaremos o crente como Cidadão do Mundo
com seus direitos e deveres e a Política. No Oitavo Capítulo
faremos uma analise das principais denominações existentes
e suas principais diferenças e semelhanças. Como estão
organizadas e como se apresentam diante da sociedade na
qual estamos inseridos. No Capítulo Nove, falaremos sobre
a Responsabilidade dos Crentes com os Novos Convertidos,
como ser guiados pelo Espírito Santo, no trato com a
Mordomia Cristã, a fuga da Aparência do Mal e um breve
incentivo a uma vida de Oração. No Capítulo Dez falaremos
sobre as Vantagens de ser um Crente vivendo no mundo
sem a ele pertencer e concluiremos com um apelo para que
sejamos verdadeiras Testemunhas do Senhor Jesus Cristo.
15
16
Este volume, não é uma obra acadêmica, cuja
utilidade esteja confinada a teólogos ou especialistas em
estudos bíblicos. Por outro lado, também não se trata de
uma obra superficial, na qual estudantes de teologia e
crentes maduros não possam encontrar conteúdo suficiente
para aprofundar sua compreensão acerca daquilo que Deus
quer que nós sejamos.
Convido você a continuar lendo para descobrir
valores esquecidos por muitos que se dizem cristãos e uma
grande oportunidade de você renovar seus votos com nosso
amado Salvador.
Rev. Israel Araújo
16
17
Introdução
"Não são do mundo, como Eu do mundo não sou" (João
17.16).
Se você é um novo convertido ou um Crente
Maduro e quer saber como ser um crente fiel na prática do
dia a dia. Você quer saber como um crente deve se
comportar no Mundo? Como está no mundo sem ser do
mundo? Como agir, como crente fiel, em várias situações
práticas da vida? Então este livro é para você. É um
pequeno Manual prático de dicas de como ser um crente fiel
vivendo no mundo que anda na contramão dos valores
espirituais ensinados nas Sagradas Escrituras.
Durante toda a minha existência consciente de
mim mesmo, sempre procurei aplicar os ensinos da Palavra
de Deus na minha vida, no meu testemunho pessoal e na
minha reverência na Casa de Deus que fora ensinadas pelos
meus pais. Entretanto, nos últimos anos tenho presenciado
no meio evangélico um comportamento distorcido e uma
compreensão deturpada do que seja reverência na Casa
de Deus. Tanto na Casa Pessoal, nosso corpo, sendo
Templo do Espírito Santo, quanto no prédio Templo físico
na reverência nos Cultos na igreja. Isso tem incomodado
17
18
muitos servos fiéis que amam a Obra do Senhor.
Principalmente pelos crentes mais antigos com referência
aos recém-convertidos. E para isso procurei ensinar na
minha Congregação algo mais que eles precisavam saber do
que apenas não beber, não fumar e não dançar. Precisavam
saber como agir do levantar pela manhã até ao dormir;
passando por todas as situações diárias que uma pessoa
comum poderá passar.
Dediquei grande parte da minha vida observando e
anotando as mais diversas situações que aconteciam comigo
e com pessoas que queriam viver de formas diferenciadas
das do “mundo” não evangélico. E a maior dúvida que
tenho observado ao longo do tempo é na questão do
comportamento dos crentes com relação a sua nova vida
com Cristo. É: COMO VIVER NO MUNDO SEM
PERTENCER AO MUNDO? O que pode e o que não pode
fazer? Como testemunhar ao mundo sem provocar
escândalos? Escrevi uma série de lições bíblicas que ensina
como se portar como crente diante de várias situações
diárias que se podia passar, com o Título Original: “Como
agir como cristão sem me tornar um fanático?” E adaptei
para transformá-los neste livro.
Após 35 anos de profunda observação e vivência
como crente batizado até a experiência no Ministério da
Palavra, desenvolvi neste Livro que hoje apresento ao
amado leitor, uma ferramenta prática para ser estudada e
pesquisada por crentes de qualquer idade e em qualquer
tempo, de como se tornar um crente fiel e gozar das bênçãos
18
19
advindas dessa prática bíblica de ser um Crente vivendo no
mundo sem pertencer ao mundo.
Na Palavra de Deus, o crente, é o servo fiel e
prudente, compromissado com a verdade expressa no
Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Muitos
dizem: “Eu não sou crente, mas nunca cometi crime, não
tenho vícios, não adultero, não minto e creio que o
Senhor não vai me mandar para o mesmo lugar onde
irão os que levam uma vida dissoluta, porque
certamente não me julgará pelo mesmo critério adotado
para avaliar um crápula”.
“Portanto, acho que quando eu morrer, o
Senhor vai me dar um lugar bom para passar a
eternidade”.
Amados, se fosse dessa forma seria muito fácil.
Quero mostrar pelo menos dois sofismas em que as pessoas
tem crido. O primeiro é o entendimento de que eternidade
não se passa, se vive. Segundo o que também tornaria
desnecessário o sacrifício e a morte do Senhor Jesus, e
poderíamos considerar inútil, o derramamento do seu
sangue para livrar o homem do pecado e da morte.
Mas a Palavra de Deus na primeira carta universal
de João afirma que se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós, mas
o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado, o que o fez
19
20
Advogado para interceder por nós junto ao Pai que está no
Céu.
Porque o Reino do Céu, não é como as habitações
edificadas pelas mãos do homem, onde há moradias com
diversos padrões de classes sociais, onde cada um se
posiciona conforme o poderio econômico. Mas na vinda de
Cristo para julgar os vivos e os mortos, só haverá dois
lugares onde o nosso espírito viverá a eternidade, ou seja, a
Nova Jerusalém, edificada toda em ouro para os que
herdarão a vida eterna, as Mansões celestiais ou o fogo
ardente para os que provarão a segunda morte .
A Palavra em Tiago 1.22, exorta para que não
sejamos apenas ouvintes esquecidos, mas cumpridor da
palavra de Deus, porque não é impossível servir a dois
senhores, pois, logo há de agradar um e aborrecer o outro
(Mateus.6.24). E na glória do Senhor, não haverá um
recinto mais ou menos morno, para acomodar aqueles que
se julgam justos, mas não receberam a Jesus Cristo como
seu único e suficiente Salvador.
Porque a palavra do Senhor é sim, sim, ou não,
não, o que passar disso é de procedência maligna. Além
disso, Jesus afirmou que não veio para os justos, mas veio
buscar e salvar aquele que estava perdido, porque os sãos
não precisam de médico, mas sim os doentes.
De um passado de perseguições inclementes,
ocasião em que muitos pagaram com a própria vida por
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21
causa de suas convicções, ser crente se tornou um desafio
de vida para muitos servos de Deus no Mundo e
principalmente no Brasil. Depois as coisas mudaram. Com
inúmeras igreja, teologias para todos os gostos (e
desgostos), ser crente ganhou uma conotação “chique” que
destoa de seu antigo significado.
Muitos acham que crente é aquele que não mata,
não rouba, não mente, não tem vícios, frequenta igreja,
veste-se modesta e decentemente, e não fala coisas
inconvenientes. Outros acham que o crente não precisa ser
diferente, isto é, pode viver do mesmo jeito que vivia antes,
desde que faça as coisas “em nome do Senhor”. Já outros
acham que, sendo crentes, adquirem um passaporte para um
mundo-cor-de-rosa, tornando-se supercrentes: jamais ficam
doentes, não têm crises financeiras, nem quaisquer
problemas.
Embora respeite opiniões contrárias, entendo que
ser crente é algo mais profundo, pois tem a ver com a mente
e o coração, com uma radical mudança na essência do ser, e
não apenas com meras atitudes exteriores. Pode-se tentar
dar muitas definições, mas ser crente jamais passará disso:
Uma nova criatura a viver de conformidade com o
Evangelho de Jesus Cristo. Esse ponto tem sido ignorado e
traz muitas confusões às mentes das pessoas. Eu quero te
ajudar a ser um Crente Segundo o coração de Deus.
Quero te levar pelas mãos num passo a passo
desde a sua entrega nas mãos do Senhor até Chegar a fase
21
22
de Maturidade Espiritual. Usaremos a Bíblia, a Palavra de
Deus como nosso Guia por excelência e unidos à minha
experiência de 48 anos de crente, sim, porque fiz minha
pública profissão de fé aos 13 anos e não estou contando
com o tempo de infância. Sou nascido no evangelho e com
mais de trinta anos cuidando de Igreja, quer como líder de
Jovens, oficial da Igreja até hoje como Pastor Evangélico,
então tenha a certeza que está em boas mãos. Estaremos
caminhando juntos para crescermos na Graça e no
Conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Se quando jovem, tivesse algo assim, como esse
livro, que me mostrasse os por menores, o caminho das
pedras por assim dizer, para ser um crente fiel, teria evitado
cometer muitos dos erros que cometi pensando estar
fazendo a coisa certa ou seguindo alguém que eu pensava
que poderia ser um exemplo de vida Cristã para mim e no
final das contas era mais falho do que eu. Se você tem mais
de cinco anos de crente evangélico, sabe do que eu estou
falando. Mas, felizmente você, caro leitor, tem o Privilégio
de ter em mãos o mais detalhado e eficaz método para te
ensinar a estar no mundo sem ser do mundo como um
verdadeiro crente deve ser; em Casa, na Rua, no trabalho,
na Igreja, com os vizinhos, nos negócios, nos
relacionamentos e em várias outras ocasiões que poderão
exigir que você esteja sempre pronto para dar a todos a
razão da vossa fé (1Pe 3.15). Agindo de conformidade com
os ensinos Bíblicos numa abordagem atual e
pormenorizada, acessível a qualquer pessoa que queira
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23
aprender a ser um verdadeiro crente em nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. Abordaremos alguns pontos
relevante e situações que te ajudarão a aplicar os Conselhos
obtidos neste livro.
Atenção – Não é para parecer um crente. É para SER
realmente uma verdadeira testemunha de Cristo em
qualquer lugar aonde você andar.
Esse livro te ajudará a vislumbrar aquele estilo de
vida que seja segundo o coração de Deus e que as pessoas
dirão que ali vai um verdadeiro servo do Senhor. Tenha
uma boa leitura.
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I
O CRENTE NO MUNDO
Regras Básicas de Comportamentos do Crente Fiel
1.1
Conceito Histórico do Termo “Crente”
Crente é uma palavra com origem no termo latino
credens que significa o que crê. Um crente é aquele
indivíduo que crê em algo.
Popularmente, diz-se que é crente aquela pessoa
que acredita de forma ingênua ou equivocada em algo,
criando alguma expectativa, por exemplo: “Ela está crente
que vai ser aprovada no exame.” Ou ainda, o indivíduo
crédulo e ingênuo, que acredita em tudo o que lhe dizem.
No contexto religioso, crente é todo aquele que crê
em uma divindade religiosa. Mas aqui ressaltamos que
crente é todo aquele que crer em Deus Criador de todas as
coisas, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, Deus e Pai de
nosso Senhor e SALVADOR Jesus Cristo que morreu numa
cruz pelos meus e teus pecados. Por isso esse crente
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25
manifesta a sua crença numa vida de adoração e fé reverente
e religiosa. Os verdadeiros adoradores.
1.1.1 - No Velho Testamento
Os que eram salvos acabavam reconhecendo que
eram incapazes de cumprir a lei e acabavam se agarrando à
misericórdia e provisão de Deus. Mas eles não sabiam como
Deus resolveria a questão da justificação, como hoje
sabemos. O primeiro homem da fé mencionado é Abel.
Hb 11:4 Pela fé Abel ofereceu a Deus maior
sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de
que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por
ela, depois de morto, ainda fala.
Abel, guiado pelo Espírito, lembrou-se do que
Deus fez com seus pais, ao sacrificar um animal inocente
para com sua pele cobrir o pecador. Mas veja que tanto
Abel como todos os que vieram depois não enxergavam a
solução completa para seus pecados e para terem cumprido
neles a promessa de Deus dependiam de nós, ou seja,
daqueles que Deus alcançou após o sacrifício definitivo de
Cristo. Em outras palavras, a salvação dos salvos do Antigo
Testamento tinha uma pendência e não poderia ser
completada sem a manifestação de Cristo como o Cordeiro
de Deus.
Em Hb 11:39-40 Nos diz: E todos estes, tendo
tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
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26
Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para
que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.
Era como se os santos do Antigo Testamento
tivessem suas contas "penduradas" no armazém para serem
pagas algum dia. Só que eles não sabiam como essas contas
ou cédulas seriam pagas, mas precisavam crer que Deus
daria um jeito, caso contrário estaria confiando em sua
própria capacidade, o que não é fé. Então veio Cristo e
riscou a cédula ou a conta dos pecados.
Em Cl 2:14 lemos: Havendo riscado a cédula que
era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma
maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós,
cravando-a na cruz.
A vinda de Cristo também resolvia de vez a
questão dos sacrifícios de animais, que não tinham o poder
de limpar os pecados ou de efetuar uma eterna redenção.
Em Hb 9:11-12 diz: Mas, vindo Cristo, o sumo
sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio
sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma
eterna redenção.
Antes da Lei havia sacrifícios nessa premissa de
que Deus providenciaria para si o cordeiro, como Abraão
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falou a Isaque. Então o povo de Israel, confiando em sua
própria capacidade, achou que seria capaz de cumprir a lei:
Em Êx19:8 fala: Então todo o povo respondeu a
uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado,
faremos.
Deus introduziu os sacrifícios na lei, mas estes
precisavam ser repetidos e só serviam para fazer
comemoração dos pecados, ou seja, trazê-los à memória do
pecador. A lei não podia salvar e os sacrifícios que ela
ordenava não serviam para aperfeiçoar o pecador e nem
livrá-los permanentemente de sua consciência de culpa.
Em Hb 10:1-4 lemos: Porque tendo a lei a sombra
dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca,
pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem
cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra
maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados
uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de
pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz
comemoração dos pecados, Porque é impossível que o
sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.
Veja que eles já dependiam do sacrifício de Cristo
para receberem a herança eterna.
Em Hb 9:15 lemos: E por isso é Mediador de um
novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão
27
28
das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento,
os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Portanto, se a lei veio por Moisés, a graça veio
por Cristo (aquela graça pela qual eles eram salvos mas que
ainda não tinha sido manifestada). Veja que aqui fala do
sacrifício de Cristo como provisão para a remissão dos
pecados cometidos no passado e para demonstrar a justiça
no presente, ou seja, uma obra de alcance infinito, para trás
e para frente no tempo e eternamente.
Em Rm 3:21-26 lemos: Mas agora se manifestou
sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos
profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo
para todos e sobre todos os que crêem; porque não há
diferença porque todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça,
pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs
para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a
sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob
a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste
tempo presente, para que ele seja justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus.
Para resumir, o sentimento de um crente do
Antigo Testamento era parecido com o do cego que fora
curado:
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29
Em Jo 9:25 diz:” Respondeu ele, pois, e disse:
Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu
sido cego, agora vejo”.
O crente no AT sabia que Deus seria
misericordioso para salvá-lo, embora não imaginasse
exatamente como. Então ele tinha seus pecados lançados
numa conta a prazo para pagamento futuro, que foi o que
Cristo fez quando veio. Eles eram salvos a prazo, no cartão
de crédito que outro pagaria no vencimento. Nós somos
salvos por pagamento antecipado.
1.1.2 - No Novo Testamento
No início da Era Cristã, os discípulos de Jesus
foram chamados de cristãos, mas isso nada tinha de elogio;
era apenas um adjetivo pejorativo, pois eles eram
“diferentes”. Naquele tempo eles eram perseguidos e
lançados às feras. Quando o cristianismo se tornou a
religião majoritária e oficial, cristão virou substantivo.
Ficou “chique”, pois não mais havia perseguições e apenas
se requeria deles mera formalidade exterior.
Aconteceu de modo semelhante com os crentes no
Brasil. De um passado de perseguições inclementes, ocasião
em que muitos pagaram com a própria vida por causa de
suas convicções, depois as coisas mudaram. Com inúmeras
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30
igrejas e teologias para todos os gostos (e desgostos), ser
crente ganhou uma conotação “chique” que destoa de seu
antigo significado.
A crença religiosa está relacionada com o ensino
de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o único caminho
para a salvação da alma e redenção dos pecados.
Os evangélicos, membros de determinadas igrejas
evangélicas (os que seguem rigorosamente os Evangelhos),
também são particularmente denominados de crentes.
Muitas vezes, os evangélicos também são
chamados de protestantes.
Os Crentes fiéis, aos quais me refiro, são aqueles
que seguem as doutrinas do Cristianismo e vivem
exemplarmente conforme os ensinamentos de Cristo e são
chamados também de cristãos.
Muitos acham que crente é aquele que não mata,
não rouba, não mente, não tem vícios, frequenta igreja,
veste-se modesta e decentemente, e não fala coisas
inconvenientes. Outros acham que o crente não precisa ser
diferente, isto é, pode viver do mesmo jeito que vivia antes,
desde que faça as coisas “em nome do Senhor”. Já outros
acham que, sendo crentes, adquirem um passaporte para um
mundo-cor-de-rosa, tornando-se supercrentes: jamais ficam
doentes, não têm crises financeiras, nem quaisquer
problemas.
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31
Nesse ponto volto a dizer, embora respeite
opiniões contrárias, entendo que ser crente é algo mais
profundo, pois tem a ver com a mente e o coração, com uma
radical mudança na essência do ser, e não apenas com
meras atitudes exteriores. Pode-se tentar dar muitas
definições, mas ser crente jamais passará disso: uma nova
criatura a viver de conformidade com o Evangelho de Jesus
Cristo. Esse ponto tem sido ignorado e traz muitas
confusões às mentes das pessoas.
Crente e evangélico, por definição, deveriam ser
essencialmente a mesma coisa — aquele que segue
fielmente o Evangelho. O problema é o desvio espiritual de
quem quer apenas um rótulo chique, cuja religião demonstra
cristianismo sem Cristo, discipulado sem cruz, privilégios
sem responsabilidades, espiritualidade sem amor, liturgia
sem liberdade do Espírito, e piedade sem o poder de Deus.
Se crente é aquele que segue o Evangelho,
tomemos uma expressão do Sermão do Monte para
julgarmos a situação segundo a reta justiça. Jesus disse:
“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido...
para nada mais presta senão para, lançado fora, ser
pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se
pode esconder a cidade edificada sobre um monte”.
A função primária do sal é salgar, preservar e dar
sabor. O propósito da luz é iluminar. São coisas tão
evidentes que não necessitam de ilustração. Jesus as utilizou
31
32
para deixar claro que esperava de Seus discípulos que a sua
influência na sociedade fosse semelhante ao sal e a luz.
Quando a sociedade julga os crentes por aqueles
que não vivem de acordo com o Evangelho, podemos tirar
disso uma lição. A sociedade espera que sejamos
realmente diferentes, que vivamos o que pregamos, não
o contrário. Quando somos expostos pela imprensa por
causa de uns poucos “convencidos” (não convertidos), isso
só deve nos fortalecer no propósito de continuarmos a ser
sal e luz num mundo que se revolve cada vez mais na
podridão de suas próprias trevas espirituais e morais.
Mas o termo “crente” está em desuso. Agora, o
chique é ser “evangélico”. Quando mulheres famosas posam
nuas, falam imoralidades e rebolam “em nome do Senhor”,
se dizendo evangélicas e defendendo que o exterior não
importa, pois “Deus quer é o coração”; quantos bandidos
contumazes cometem todo tipo de atrocidade, mas no dia
seguinte a serem pegos já se postam com a Bíblia na mão e
se dizem evangélicos; quantos desvios de comportamento
procuram ser atenuados com essa nova palavra mágica,
então podemos ver que algo está errado não só no
entendimento do que significa ser evangélico, mas no
próprio “modus vivendi” das pessoas que trazem afrontas e
vitupérios ao nome de Cristo.
O problema é que alguns são “crentes” apenas
nominalmente, não são regenerados; são “crentes” insípidos
e em trevas, que nunca salgam e jamais iluminam nada.
32
33
Jesus os identificou como “joio”. Estes alargam o “caminho
estreito” da salvação e fazem com que o nome do Senhor
seja blasfemado. Em contrapartida, louvo a Deus pelos
crentes fiéis, os quais vivem de modo digno do Evangelho,
honrando o bom nome de Cristo e demonstrando com o seu
exemplo que a verdade do Evangelho se credencia na
prática.
Jesus disse que a árvore é conhecida pelos seus
frutos. E também afirmou: “Nem todo o que me diz:
‘Senhor, Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Vale a
pena ser crente em Jesus!
Mas o que podemos oferecer a essa sociedade
brasileira e mundial é uma conduta que convém a
verdadeiros seguidores de Jesus. Uma humildade,
mansidão, honestidade, bondade, caridade e amor que não
enfraquecem a defesa das nossas crenças, muito pelo
contrário, às autenticam com muito mais força, pois quem
crê não precisa convencer ninguém a crer. Crer e viver
sinceramente a partir do que se crê, já é de grande valia para
a transformação de uma nação. A sociedade necessita que
nossos discursos, assim como os de Jesus, tornem-se reais
por serem praticados por nós.
Claro que ninguém muda o mundo sozinho, e é
tolice pretender isto. Sei que meu público é restrito.
Primeiro, falo primordialmente à cristãos. Dentro deste
grupo, falo aos que estão interessados em Crescer na Graças
33
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e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. E dentro deste subgrupo, falo aos que estão também
interessados em Teologia. Não vislumbro muitas glórias
terrenas com os esforços que se seguirão. Ficarei feliz, de
certo, e verei meu trabalho aqui como suficiente se
pudermos caminhar, pelo menos, um pouquinho além
daquilo que é ensinado no meio evangélico de nossos dias.
Tensão entre Viver no Mundo e não Pertencer ao
Mundo
O intuito desse Livro é fazer um paralelismo entre
viver no mundo e não pertencer ao mundo. É Teologia
Prática pura. Que tipo de tensão (conflito) esse “estar no
mundo” “sem ser do mundo” provoca?
O “mundo sistema”, que Deus não fez, mas foi
criado pelo homem caído, e ingerido por Satanás (Jo 14:30),
existe em antagonismo ao reino de Deus.
Já não falarei muito convosco, porque aí vem
o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim; (Jo 14).
Nesse “mundo sistema” o inimigo semeou a má
semente, por isso nos é dito que esse mundo jaz no maligno,
porque é a antítese de tudo quanto Deus é.
É o mundo como sistema organizado contra os
valores e interesses do reino de Deus, que com seu sistema
de valores, conceitos, ideologias, cultura, estrutura social,
econômica, política controla, manipula, domina a
civilização que vive sem Deus (mundo humanidade),
34
35
promovendo a violência, a mentira, a desonestidade, o
egoísmo, o desamor, a vaidade, a injustiça, o hedonismo, o
desequilíbrio ecológico.
A igreja é o universo de pessoas que foram tirada
desse “mundo sistema” (Jo 15:19, At 2:40, Gl 1:4).
Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que
era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário,
dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (Jo 15).
Manifestei o teu nome aos homens que me deste
do mundo. Eram teus, tu me confiaste, e eles têm guardado
a tua palavra (Jo 17).
Com muitas outras palavras deu testemunho e
exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
(AT 2).
O Qual se entregou a si mesmo pelos nossos
pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso,
segundo a vontade de nosso Deus e Pai.
A igreja não faz parte do “mundo humanidade” que
vive na ignorância a respeito de Deus e de Jesus, mas é
enviada por Jesus, para ser sal e luz do “mundo
humanidade” que vive sob o domínio do “mundo sistema”.
Essa é a tensão:
35
36
Esse mundo sistema não nos ama (Jo 15:18 ), e
nós não podemos amar nem nos formatar a esse “mundo
sistema” (I Jo 2:15-17; Rm 12:1,2).
Não ameis o mundo nem as coisas que há no
mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está
nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo
passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que
faz a vontade de Deus permanece eternamente. (I JO 2).
E não vos conformeis com este século (MUNDO),
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para
que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. (RM 12.2).
Ao mesmo tempo precisamos amar o “mundo
humanidade” que vive sob o domínio deste “mundo
sistema” (Mc 16:15, Mt 5:14,16, Jo 17:18).
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a
cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma
candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador
a alumiar a todos os que se encontram na casa.
Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
a vosso Pai que está nos céus. (MT 5).
36
37
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu
os enviei ao mundo. (JO 17).
O que essa tensão acaba gerando em nós?
Aflição.
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16)
Por que somos afligidos no mundo?
1. Porque os valores do reino e os do mundo são
irreconciliáveis.
Uma vez tirados do “mundo sistema”, e exortados
a não amá-lo, nos tornamos alvos da sua aversão (Jo
15:18,19).
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que
a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o
mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do
mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo
vos odeia. (JO 15.19).
2. Porque como luzes denunciaram as trevas e como
sal somos cáusticos na denúncia contra o mal.
Vivendo num mundo caído, que jaz no maligno,
com seu sistema contrário a tudo que diz respeito a Deus,
37
38
sofremos por ser luz, sofremos por fazer o bem (I Pe
4:15,16).
Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino,
ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em
negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se
envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.
(I Pe 4).
Somos enviados como ovelhas no meio de lobos (Mt
10:16)
Os lobos são pessoas que praticam o mal e optam
pela escuridão, por isso sãos hostis ao bem.
Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio
de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e
símplices como as pombas. (MT 10.16
Como viver na tensão de “estar no mundo” sem
“ser do mundo”?
Primeiro: administrando essa tensão como Jesus
administrou.
1. Jesus esteve no mundo, sem se deixar condicionar por
ele.
Jesus não se alienou num monastério. Ele marcou
presença relevante e persuasiva no mundo, mas não foi por
38
39
ele condicionado, ao contrário Ele o iluminou (Jo 9:5, Jo
12:46).
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
(Jo 9.5)
Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo
aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. (Jo
12.46)
Por isso na oração sacerdotal Ele pediu ao Pai que
não nos alienasse do mundo, mas que nos preservasse da
influência desse mundo (Jo 17:15-19).
Não peço que os tires do mundo, e sim que os
guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu
não sou. Santifica-os na verdade (SEPARA); a tua palavra é
a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também
eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a
mim mesmo, para que eles também sejam santificados na
verdade. (Jo 17.15-19)
Não podemos nos amoldar ao “sistema mundo”
uma vez que já fomos tirados dele (Tg 1:27, Tg 4:4, II Pe
2:20, II Pe 1:4).
A religião pura e sem mácula, para com o nosso
Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do
mundo. (Tg 1.27).
39
40
Infiéis, não compreendeis que a amizade do
mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser
amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou supondes
que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós
anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? (Tg 4.4,5)
Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas
e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção
das paixões que há no mundo, (II Pe 1.4)
Portanto, se, depois de terem escapado das
contaminações do mundo mediante o conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo
e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o
primeiro. (II Pe 2.20)
Não devemos ser pessoas passivas (seguindo o
curso desse mundo Ef 2:2), mas como luz precisamos ter
uma ação ativa no mundo.
Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito
que agora atua nos filhos da desobediência; (Ef 2.2)
2 . Jesus, a despeito das aflições geradas por essa tensão,
nunca perdeu sua consciência de missão.
40
41
Jesus repudiava o pecado patrocinado pelo
“mundo sistema”, mas amava o pecador do “mundo
humanidade” escravizado pelo “mundo sistema” (Jo 17:18,
20).
Assim como tu me enviaste ao mundo, também
eu os enviei ao mundo.
Não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que vierem a crer em mim (MUNDO), por
intermédio da sua palavra; (Jo 17.20).
Quando Jesus propôs aos seus discípulos que
fossem sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-16) .
Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser
insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta
senão para, ser lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós
sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade
edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para
colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador a alumiar a
todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (MT 5.
13-16).
Ele estava próximo de um monastério que
defendia a separação radical do “mundo sistema e
humanidade”, como tentativa de se construir uma sociedade
ideal, que pudesse ser modelo para o “mundo humanidade”.
3. Acontece que a alienação da luz e do sal não
resolveria o problema, uma vez que acabariam sendo
sal do sal e luz da luz, e a pergunta seria: onde
estava o sal enquanto o mundo se deteriorava?
41
42
4. A luz penetraria na poluição desse “mundo sistema”
iluminando, sem se contaminar. O sal retardaria o
processo de deterioração, como era sua função na
antiguidade (antisséptico).
5. Nós não podemos amar “o mundo sistema” (viver
como vivem e fazer o que fazem, I Jo 2:15-17)
Não ameis o mundo nem as coisas que há no
mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está
nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procedem do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo
passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que
faz a vontade de Deus permanece eternamente. (I JO
2.15.17)
Mas devemos amar o “mundo humanidade”,
mesmo não sendo amados por eles (Jo 15:18,19, Fl 2:15).
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que
a vós outros, odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o
mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do
mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo
vos odeia. (JO 15.18,19)
Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros
no mundo, (Fl 2.15)
42
43
Amar as pessoas condicionadas por esse “mundo
sistema” é o grande desafio, porque exige abrir mão do
desejo de vingança e da retaliação; recusar pagar o mal com
o mal; guardar o coração do ódio, da mágoa e do
ressentimento.
Isso significa servir e abençoar os “não amáveis”:
alimentar o inimigo faminto, dar de beber ao que nos odeia
e tratar as feridas de quem nos quer mal.
Segundo: Enfrentando essa tensão com bom ânimo.
1. Considerando que, se Jesus venceu o mundo, nós também
podemos vencê-lo (sobreviver a ele, Jo 6:33 I Jo 5:4).
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33)
Porque todo o que é nascido de Deus vence o
mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (I
Jo 5.4)
De que maneira Jesus venceu o mundo?
(1)
Entrando no mundo, sem se deixar condicionar por
ele (santidade);
(2)
Sendo luz desse mundo enquanto aqui esteve (Ele
não se alienou);
43
44
(3)
E partindo dele por meio de sua ressurreição
consumando sua obra de salvação.
2. Considerando que, as aflições temporárias provocadas
por essa tensão serão compensadas por toda uma eternidade
(Rm 8:18; II Co 4:17; Ap 21:4).
Porque para mim tenho por certo que os
sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados
com a glória a ser revelada em nós. (Rm 8.18)
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós eterno peso de glória, acima de toda
comparação, (18) não atentando nós nas coisas que se veem,
mas nas que se não veem; porque as que se veem são
temporais, e as que se não veem são eternas. (II Co 4.1719).
E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte
já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras coisas passaram. (Ap 21).
Estamos no “mundo natureza”, fazemos parte do
“mundo humanidade”, mas somos tirados do “mundo
sistema”, e devolvidos ao “mundo humanidade” (que vive
sob influência do “mundo sistema”) para cumprir a nossa
missão.
44
45
Como Jesus, não devemos nos deixar moldar,
recebendo influência desse mundo. Como Jesus, não
devemos nos alienar, mas precisamos influenciar esse
mundo com os valores do reino de Deus.
E quanto às aflições geradas por essa tensão,
devemos ter bom ânimo, porque Jesus venceu o mundo e
nós estamos potencializados para vencê-lo, e ademais essas
aflições temporárias serão compensadas por toda a
eternidade.
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33)
1.2 - CARACTERÍSTICAS DE UM CRISTÃO
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do
Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).
O Amor deve ser o elemento que governa as nossas
atitudes (Rm 12.9)
Para com o nosso próximo. “Se não tiver amor, nada
serei” (1Co 13.2).
Esse amor em nossos corações deve fazer com
amemos uns aos outros com amor fraternal (Rm 12.10), não
buscando honras para si mesmo, mas sim honrando aos
demais (Fp 2.3-5).
45
46
A razão pela qual, o amor é de tão alta
importância, reside no fato de que o amor é o cumprimento
de toda lei e a lei é o próprio fundamento do Estado.
Nenhum crente está isento da lealdade; ... quem ama ao
próximo não fará coisa alguma em detrimento do
próximo, ao contrário, para com ele cumprirá tudo que a
lei exige. Sendo zelosos (Rm 12.11), ou diligentes, em seus
serviços, quer sejam espirituais, quer sejam materiais. O
crente será fervoroso se praticar isso em sua vida (At
18.25). Uma vida frutífera leva a uma vida de esperança, a
esperança da Vinda de Cristo (Rm 12.12). Trará um cultivo
a paciência, seja em tribulações, seja em qualquer outra área
da vida, pois uma vida direta com o Senhor em comunhão
com Cristo na oração fará crentes mais maduros. O cristão
não vacila, ao invés de dar lugar à aflição, ele descarrega
suas preocupações em Deus por meio da oração (Fp 4.6).
Compartilhar as necessidades (Rm 12.13) é muito mais do
que simplesmente dar algo para nosso irmão, mas é,
também, sentirmos o que ele sente, é sentirmos as suas
necessidades (At 4.32).
Devemos também demonstrar hospitalidade para
com todos, indiscriminadamente de quem quer que seja.
Uma exortação difícil de ser feita é a de abençoar os
perseguidores (Rm 12.14). Não é qualquer um que pode
fazer isso, e não somente abençoar, mas também não
amaldiçoar (Mt 5.44,45; Lc 6.28). Alegria deve andar com o
crente (Rm 12.15). Ele se alegra com seus irmãos em
46
47
Cristo, mas também chora com eles, participa com eles de
seus sofrimentos.
Ser crente, é ter um coração limpo como o coração
de uma criança, que não sente desejo de vingança, que não
cobiça o alheio, isento da lasciva, idolatria, desprovido da
malícia, avareza, inveja, ciúmes, inimizade, ira, vícios,
contendas, heresias, porque a palavra declara que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino do Céu.
Mas compartilha do fruto do Espírito, os quais
são: Amor, caridade, paz, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança, esperança, porque os que são de
Cristo crucificaram a carne e suas concupiscências (Gálatas
5.16-26).
Ser crente, é amar aos vossos inimigos, bendizei
os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orar
pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais
filhos do Pai que está nos céus (Mateus 5.44). E se alguém
te ferir a face ofereça-lhe também a outra (Mateus 5.39).
Ser crente, é amar cordialmente uns aos outros
com amor fraternal, paciência na tribulação, perseverança
na oração. Alegrar-se com os que se alegram e chorar com
os que choram. Não ambicionar coisas altas, mas acomodarse às humildes. A ninguém tornar mal por mal; viver
honestamente, em paz com todos quando depender de vós.
Não vingar a vós mesmos, e se irar, não peque.
47
48
Se o teu inimigo tiver fome dar-lhe o que comer,
se tiver sede dar-lhe o que beber, porque fazendo isto,
receberás a unção e as virtudes do Espírito Santo de Deus
(Romanos 12.20).
Ser crente, é renunciar toda obra da carne e crer
verdadeiramente que Cristo morreu pelos nossos pecados e
ressuscitou para nos ofertar a vida eterna. Esperar com
confiança pela sua vinda para arrebatar a sua igreja para
uma cidade santa, onde não haverá mais morte, nem pranto,
nem dor, e nem clamor, porque as primeiras coisas já se
passaram.
Ser crente, é amar à Deus sobre todas as coisas e
ao seu próximo como a si mesmo, porque assim declarou
Jesus. E ao contrário do que imaginam aqueles que não
conhecem a Deus, seguir a Jesus não é nenhum martírio.
Exige sim a renúncia das coisas mundanas, o que nos faz
muito mais saudáveis tanto material como espiritualmente,
antes é prazeroso e gratificante servir ao Deus vivo
verdadeiramente em espírito e em verdade, pois os seus
mandamentos não são pesado.
Portanto, se o irmão refletir o quanto é agradável
ser crente verdadeiramente, irá correndo para os braços de
Jesus. Porque quando passamos a servir a Deus, recebemos
a unção do Espírito Santo, e Ele proporciona a paz em nosso
coração, harmonia na nossa casa, e alegria de viver para
Cristo.
48
49
Mas o maior dos galardões ainda está por vir, a
vida eterna, viver com Jesus Cristo e os seus Santos anjos
no átrio do Senhor, para contemplar a beleza da sua
santidade, numa harmonia que nunca terá fim. Isso é algo
indescritível, pois, só quem sentiu o calor da presença do
Espírito Santo no coração, e o gozo de ser um servo de
Deus, é capaz de entender a alegria que pronunciamos,
porque não há palavras para descrever essas virtudes, e a
esperança de um dia encontrarmo-nos com o Salvador, o
nosso Senhor Jesus Cristo, a quem nos amou e se entregou
em sacrifício para apagar os nossos pecados e nos ofertar a
vida eterna.
Deve-se ter o mesmo sentimento (Rm 12.16;
comp. Fp 2.2-8), ou seja, ninguém é superior a ninguém,
deve-se procurar viver em harmonia com todos, não ser
orgulhoso, mas sim humilde, um contraste notável.
Sabedoria deve ser aplicada a cada situação e não se
engrandecer ou achar que pode alguma coisa por si mesmo,
não ser sábio aos próprios olhos. Não praticar mal por mal
(Rm 12.17; comp. Mt 5.44; 1Pe 3.9), é seguir o exemplo de
Cristo que não revidava com ultraje e nem injuriava a
ninguém (1Pe 2.21-23). O crente deve ter uma vida
exemplar, quer em costumes, vestimentas, negócios,
palavras, por está sendo observado por outros. As pessoas
do mundo podem não ler a Bíblia, mas certamente lerão a
vida do crente, que deve ser uma carta viva a testemunhar
de seu Criador. Em relação ao convívio do crente com
aqueles que lhe são inimigos (Rm 12.18-20), o crente deve
49
50
procurar viver em paz, se possível com todos. Caso não seja
possível, não deve se vingar de ultrajes sofridos, mas sim,
depender de Deus (Dt 32.35; Pv 25.21-22; Hb 10.30). Pelo
amor, o crente vence o mal com o bem, ele não se deixa
influenciar pelas artimanhas. O filho de Deus deve mostrar
sempre o seu amor e a sua graça para com todos.
Resumindo tudo isso podemos destacar pelo menos 13
Características de um Cristão Verdadeiro.
O Discípulo de Cristo, GUIADO PELO
ESPÍRITO SANTO, deve ser reconhecido pelas seguintes
características:
1. AMOR : O Amor é a principal característica do Cristão.
Por isso, Jesus disse que os seus discípulos seriam
reconhecidos, primeiramente, por amarem-se uns aos
outros. O Amor Cristão deve ser um amor desinteressado e
incondicional. A parábola do Bom Samaritano expressa, de
maneira prática, como deve ser exercido esse amor. O amor
é o mais importante dom de Deus(1Coríntios 13). Quem diz
que Ama a Deus e não ama o seu próximo é mentiroso, pois
Deus é amor. E Jesus foi ainda mais longe, ao dizer que o
Cristão deve amar os seus inimigos e fazer o bem aos seus
malfeitores.
2. CARIDADE: Muito semelhante ao amor, a caridade está
diretamente relacionada à Misericórdia. Caridade é ajudar
os menos favorecidos do que nós: Os pobres, órfãos e
viúvas. O Senhor Jesus ensinou-nos a chorar com os que
choram e a sermos generosos, sem esperar nada em troca.
50
51
3. ALEGRIA: O Cristão deve ser uma pessoa Alegre e
Feliz. E isso por que tem em seu coração a gratidão do
Amor de Deus por sua vida e a dádiva de estar vivo. A
tristeza deve ser passageira, pois após a tempestade vem a
bonança. Um Cristão rabujento e triste não demonstra
confiança ou gratidão a Deus. A alegria é contagiante e
abençoa o próximo. Simpatia e Solidariedade são
consequências desse sentimento cristão.
4. MANSIDÃO: O Cristão deve ser uma pessoa pacífica e
pacificadora. A mansidão é mais uma característica de
quem tem em si mesmo o Espírito Santo de Deus. Um
Cristão agressivo e brigão não espelha a vida de Cristo em
si. Bem aventurados os mansos, pois deles é o Reino de
Deus. A Bíblia diz que um tolo expande toda a sua ira, mas
o sábio a encobre e reprime (Provérbios 29:11).
5. BONDADE: O homem Cristão é um homem bom. O
Cristão é uma pessoa de bom coração e que tem sempre o
desejo de fazer o bem. Uma pessoa maligna procura fazer o
mal ao próximo, buscando o seu próprio proveito em
detrimento do de seus semelhantes. Aquele que diz estar em
Cristo, deve andar como Ele andou.
6. HONESTIDADE: O Cristão deve ser uma pessoa
honesta. A corrupção social e a desonestidade não devem
fazer parte da sua vida. O mundo será um lugar melhor para
se viver se as pessoas forem honestas umas para com as
51
52
outras. A honestidade deve ser um exemplo e o seu valor
deve ser enaltecido sempre.
7. PACIÊNCIA: Um homem paciente é aquele que entende
que tudo deve ser feito a seu tempo e modo. A paciência é
uma característica que deve ser aprendida, pois um homem
paciente é aquele que sabe respeitar o próximo e ser
simpático com as suas fraquezas e limitações. O altruísmo e
a empatia a acompanham.
8. FÉ: Sem é impossível agradar a Deus. Aquele que tem fé,
tem esperança. O ser humano precisa de fé para viver e para
realizar as coisas em sua vida. Por isso, a Bíblia ressalta a
importância da fé em Deus e na sua Palavra que é o seu
Filho Jesus Cristo.
9. PERDÃO: O Cristão deve aprender a perdoar. Ninguém
é perfeito e devemos compreender os erros, imperfeições e
fraquezas do próximo. Quem perdoa ama, pois o amor é
tolerante. Quem não perdoa o seu irmão, não deve esperar o
perdão de Deus.
10. MISERICÓRDIA: A misericórdia é um dos atos mais
humanos que se possa ter. Quem se compadece ajuda o
próximo nas sua dificuldades, pois ninguém está livre de se
encontrar numa posição em que necessite da misericórdia
alheia.
11. GENEROSIDADE: Aquele que tem bens em
abundância, deve assistir o próximo em suas necessidades
52
53
materiais. O Evangelho não consiste de palavras, mas de
Virtude. O ato de repartir o pão é o verdadeiro Cristianismo.
12. PAZ: O Cristão deve ser um pacificador, sempre
almejando e buscando a Paz. A Paz de espírito e a harmonia
entre os irmãos é o que existe de mais precioso.
13. HUMILDADE: A arrogância, a soberba e o orgulho
transformam o homem em um ser maligno. O Cristão deve
ser humilde, buscando sempre aprender com o próximo e
jamais se julgar superior.
DÚVIDAS APRESENTADAS POR ALGUNS DOS
NOVOS CONVERTIDOS
1.2.1 – Crente deve ter Padrinho ou Madrinha no
Batismo?
Para a grande maioria das Igrejas Evangélicas no
Brasil, o Batismo é realizado na Idade adulta ou pelo menos
a partir do 12 anos de Idade. Período em que a pessoa se
encontra na idade da consciência ou apto para discernir se
crer ou não no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador
pessoal. Já para as Igrejas de Confissão Reformada o
Batismo é o sinal do Pacto. Ou seja, Todos participantes no
pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto. As
crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal
53
54
do pacto da graça. Se essas duas premissas são verdadeiras,
a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão de Fé
das Igrejas reformadas descreve como “consequência boa e
necessária” A única forma de evitarmos o batismo infantil
dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas verdades.
Poucos negariam a premissa maior, mas Dispensacionalista
claramente negam a premissa menor. Eles afirmam que as
crianças filhos de crentes nunca foram participantes do
pacto da graça. Uma vez que, durante a era do Antigo
Testamento, eles participavam da nação de Israel e
recebiam o sinal de sua participação no pacto - a
circuncisão. Mas, dizem os (dispensacionalistas), que
crianças não participam do pacto da graça, porque esse
pacto existe somente a partir do Novo Testamento. Uma vez
que não existe um texto que ordena o batismo infantil,
então não se deve fazer.
Entretanto, para os Reformados o pacto da graça
existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos
crentes eram obviamente participantes do pacto durante o
Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gen. 17:10).
Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Salmo.
89:34), nós não nos surpreendemos que não haja um texto
no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes
que eram participantes do pacto, agora já não são mais. Ao
contrário, Colossenses 2:11 e 12 traçam um paralelo
especifico, entre batismo e circuncisão; aqueles que eram
então circuncidados, que sejam agora batizados.
54
55
E Atos 8:12 mostra que o novo sinal da aliança foi
dada as mulheres assim como aos homens. O Batismo é um
sacramento totalmente passivo, partindo de nosso ponto de
vista. Isso não significa que em todos os aspectos da
aplicação da salvação prometida no pacto da graça, o
individuo batizado seja totalmente passivo. Eles (ou elas)
são verdadeiramente ativos em seu processo de conversão e
santificação. Ao invés disso, o que realmente significa é que
o individuo é batizado e não se autobatiza. Os Pais não
batizam seus filhos. Falando diretamente, nem mesmo o
ministro (pastor, igreja...) os batiza, no sentido de efetuar
algo. Nós não fazemos nada no batismo; ao invés disso,
Deus faz algo. Ele, através do cumprimento de um
mandamento pela igreja, dá uma identidade a crianças,
jovens e velhos, de sua família do pacto, os alvos de sua
graça e de todas suas maravilhosas bênçãos”. Mas, voltemos
a pergunta principal:
1.2.1.1
– O crente deve ter Padrinho e Madrinha?
As dúvidas são naturais. A maioria dos novos
crente se perguntam: - Posso ter Padrinho ou Madrinha?
Posso aceitar o Convite para ser Padrinho ou Madrinha
do filho de um amigo meu? Bom, Primeiro vamos
entender qual o significado do termo Padrinho e
Madrinha. Em teoria, o padrinho ou a Madrinha é alguém
que se responsabiliza por ajudar os pais a dar os ensinos
católicos ROMANO à criança. Se você é Evangélico, não
pode, sem risco de integridade com sua fé, ensinar
55
56
orientações católicas romanas com as quais certamente não
concorda. O sentido de padrinho e madrinha, no
catolicismo, é de pai e mãe espiritual, que acho não ter
nenhum problema em ser pai ou mãe espiritual de alguém, a
questão é de como essa atribuição é instituída, começa com
o batismo de uma criança recém nascida, para perdão de seu
pecado original (não morrer pagão); coisa que não tem
fundamentação bíblica, e durante o batismo acontece um
monte de rituais e oferendas que, eu tenho certeza que Deus
passa longe, o que eu achei mais absurdo foi depois do
batismo a criança ser consagrada, isso mesmo
CONSAGRADA, a Maria. Além do mais por tradição, os
padrinhos são “consagrados” neste ato. No ato do batismo,
tem todo um ritual, com “promessas”, de que a pessoa teria
que ajudar a criança a crescer na religião Católica
Romana, o que contraria em grande parte as Sagradas
Escrituras e consequentemente a doutrina Evangélica
Cristã.
Portanto, relembrando: A idéia de "padrinho" é
uma idéia Católica Romana que surgiu da necessidade de se
poder contar com alguém no caso do falecimento dos pais
(quer por doenças graves ou por guerras). Numa época
quando a morte era corriqueira nas famílias, não raro eram
os padrinhos (geralmente pessoas de posses) que acabariam
criando a criança pela qual ficavam responsáveis pela
relação de batismo. Padrinho significa algo como um pai de
reserva.
56
57
Os católicos de hoje nem sabem direito o por quê
convidam alguém para ser Padrinho ou Madrinha. Duvido
que estejam pensando em alguém para ser o pai ou a mãe
reserva, para o caso deles morrerem.
Entretanto, o convite deve ser visto como uma
honra, pois geralmente os pais querem uma pessoa idônea
para de alguma forma abençoar aquela criança e trazer
"boa sorte" (como quando escolhemos nomes para nossos
filhos: evitamos dar o mesmo nome daquele parente ou
amigo que é uma péssima pessoa!).
1.2.1.2– Um Crente deve ser Padrinho ou Madrinha
de Alguém?
No caso de um crente ser convidado para ser
Padrinho ou Madrinha de alguém. Precisamos deixar bem
claro que a Bíblia desconhece esse termo. Nada contra a
família em si. Então, entenda que o convite é, primeiro, uma
honra pessoal, porque essas pessoas que a convidaram têm
uma ótima impressão a seu respeito. Aceitar ou não aceitar?
Ore a respeito e espere no Senhor. Peça sabedoria para
saber como explicar aquela pessoa. O melhor é ter uma
conversa franca e explicar suas razões com muito cuidado,
para não ofendê-los. Lembre-se sempre de que eles estarão
fazendo isso por acharem que é a vontade de Deus, ou
seja, a intenção deles é a melhor possível, pois acham que
estão agradando a Deus. E cumprindo sua obrigação para
57
58
com Deus e para com o filho que nasceu. Antes todos os
pais tivessem tal disposição de agradar a Deus. Se decidir
não explicar a eles a razão, você pode tanto perder os
amigos como ganhá-los, se eles perceberem que sua fé é
levada tão a sério por você que pode valer a pena querer
saber mais a respeito. Dessa forma você agrada a Deus e dar
testemunho da sua fé.
Um sentimento de amor, graça e compreensão
ajuda nessa hora, e não aquela arrogância típica de alguns
que olham de cima para baixo os que não creem igual.
1.2.2 - Beber Bebida Alcóolica
Às vezes parece difícil saber ao certo que postura
o cristão deve tomar diante das bebidas alcoólicas. De um
lado, acham-se muitos textos que parecem incentivar a
abstinência, mas, por outro lado, há trechos em que Jesus
transformou a água em vinho, bebeu vinho, ou pelo menos
não condenou, etc. Qual é o ensino das Escrituras acerca do
uso do álcool?
1.2.2.1 – O Crente deve beber bebida alcoólica?
Para entendermos esse assunto corretamente, é
necessário começar com uma postura adequada. Devemos
descartar as idéias preconcebidas e não procurar encaixar as
Escrituras à força na posição que preferimos ou já
concluímos ser a mais correta. Precisamos tratar da questão
58
59
com a mente aberta e tentando apenas descobrir o que a
Palavra de Deus ensina sobre o assunto. Este tópico tratará
de vários aspectos das Escrituras e, somente após
analisarmos vários textos e conceitos, chegaremos em uma
conclusão sobre o cristão e as bebidas alcoólicas. Quando
ler esses trechos que mencionaremos, procure entender cada
um por vez, mas aguarde para só no fim do estudo formular
uma conclusão que leve em conta todos os aspectos em
questão.
Esses textos serão citados com poucos
comentários. Estude cada um e analise com cuidado o seu
significado. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte,
alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é
sábio" (Provérbios 20:1). O sábio mostra que há um perigo
no vinho e que ele é enganador. "Ouve, filho meu, e sê
sábio; guia retamente no caminho o teu coração. Não
estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões
de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em
pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem"
(Provérbios 23:19-21). "Para quem são os ais? Para quem,
os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas?
Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos
vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para
os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o
vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no
copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a
cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas
esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como
59
60
o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto
do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateramme, e não o senti; quando despertarei? Então tornarei e
beber" (Provérbios 23:29-35). Que cena patética a do
homem que se deixou vencer pelo álcool. "Palavras do rei
Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe. Que ti
direi, filho meu? Ó filho do meu ventre? Que ti direi, ó filho
dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os
teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos
reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos
príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se
esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos.
Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados
de espírito; para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e
de suas fadigas não se lembrem mais" (Provérbios 31:1-7).
O vinho não serve para os reis, mas sim para os que não têm
nada por que viverem. "Ai dos que se levantam pela
manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até
que o vinho os esquenta!" (Isaías 5:11). "Ai dos que são
heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida
forte" (Isaías 5:22). "O Senhor derramou no coração deles
um espírito estonteante; eles fizeram estontear o Egito em
toda a sua obra, como o bêbado quando cambaleia no seu
vômito." (Isaías 19:14). "Mas também estes cambaleiam
por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da
bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por
causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem
ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão,
60
61
tropeçam no juízo. Porque todas as mesas estão cheias de
vômitos, e não há lugar sem imundícia" (Isaías 28:7-8).
Junto com a vergonha da embriaguez, as Escrituras
geralmente frisam o efeito causado sobre a mente. Quando
sacerdotes, profetas e juízes bebem, eles desviam os homens
de Deus. O texto a seguir ressalta o mesmo pensamento: "A
sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento"
(Oséias 4:11). "Ai daquele que dá de beber ao seu
companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o
embebeda para lhe contemplar as vergonhas! Serás farto de
opróbrio em vez de honra; bebe tu também e exibe a tua
incircuncisão; chegará a tua vez de tomares o cálice da mão
direita do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua glória"
(Habacuque 2:15-16). "Ou não sabeis que os injustos não
herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros,
nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem
sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1
Coríntios 6:9-10). "Ora, as obras da carne são conhecidas
e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e
cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos
declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o
reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:1921). "Porque basta o tempo decorrido para terdes executado
a vontade dos gentios, tendo andando em dissoluções,
concupiscências, orgias, bebedices e em detestáveis
61
62
idolatrias. Por isso, difamando-vos, estranham que não
concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão" (1
Pedro 4:3-4). A embriaguez é um pecado muitas vezes
condenado
A bebida forte tem um passado sórdido. O justo
Noé caiu por causa do vinho: "Bebendo do vinho,
embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda" (Gênesis
9:21). Parece que a bebida alcoólica influencia a pessoa
para fazer o que jamais faria se estivesse sóbria. Quando as
filhas de Ló desejaram ter filhos do pai, elas o embriagaram
e depois o procuraram. O álcool em si não estimulou a
concepção, mas elas sabiam que Ló ficaria muito mais
passível de cometer essa imoralidade se estivesse bêbado.
"Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas
filhas, porque receavam permanecer em Zoar; e habitou
numa caverna, e com ele as duas filhas. Então, a
primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e não
há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o
costume de toda terra. Vem, façamo-lo beber vinho,
deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de
nosso pai. Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu
pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que
ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se
levantou. No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova:
Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a
beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele,
para que preservemos a descendência de nosso pai. De
novo, pois, deram aquela noite, a beber vinho a seu pai, e,
62
63
entrando a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o
notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou.
E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai"
(Gênesis 19:30-36). Absalão decidiu matar Amnom
enquanto este bebia, talvez por crer que ele seria menos
capaz de se defender se estivesse num estado um tanto
inebriado: "Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo:
Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre
de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis.
Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes
e valentes" (2 Samuel 13:28). Um dos pecados de Belsazar,
na noite em que viu a mão na parede e em que seu reino foi
tomado, foi o fato de estar bebendo: "Beberam o vinho e
deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de
ferro, de madeira e de pedra" (Daniel 5:4).
1.2.2.2 – O Crente e o Vinho na Santa Ceia
O termo vinho na Bíblia tem vários significados.
Nos textos acima, está claro que a palavra se refere à bebida
alcoólica. Mas, em outras ocasiões, significa suco de uva.
Examine, por exemplo, Lucas 5:36-38: "Também lhes disse
uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o
põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da
nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em
odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornarse-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho
novo deve ser posto em odres novos." O vinho novo nesse
63
64
texto diz respeito ao suco de uva fresco. A idéia é que
quando o suco é posto nos odres, ele aumenta durante o
processo de fermentação. Se colocado em odres velhos que
já estão esticados, estes se romperão. É um fato geralmente
aceito, como mostra claramente esse texto, que o vinho na
Bíblia nem sempre era alcoólico. Talvez as nossas palavras
beber e bebida possam ser um bom exemplo da mesma
duplicidade de sentido. Dependendo do contexto, beber
pode certamente estar relacionado com bebidas alcoólicas
ou apenas significar a ingestão de algum líquido qualquer. É
muito importante lembrarmos desse sentido duplo da
palavra vinho. Em João 2, Jesus transformou perto de 600
litros de água em vinho. Fez isso depois que os convidados
da festa "beberam fartamente". Jesus fez vinho suco de uva
ou vinho alcoólico? Lembre-se que as duas coisas são
possíveis tendo em vista a própria definição do termo vinho.
Mas há duas considerações que nos levam a crer
firmemente que se tratava de suco e não de bebida
alcoólica. Em primeiro lugar, Jesus o fez na hora. No
primeiro momento em que o vinho daquela época era
produzido, ele era suco. Somente após um processo de
envelhecimento e de fermentação é que se tornava
alcoólico. Em segundo lugar, o que é mais importante, se
Jesus tivesse feito vinho alcoólico, ele teria estado
incentivando a embriaguez. A questão aqui não é um ou
dois copos de vinho. Essas pessoas, após já terem bebido
muito, receberam mais umas centenas de litros. Jesus jamais
incentivou os pecados do homem, tampouco contribuiu para
64
65
eles. Portanto, parece claro que esse vinho era do tipo não
alcoólico.
É também útil entender algumas coisas sobre os
vinhos alcoólicos das terras bíblicas. Naquela época, só
havia fermentação natural. Eles ainda não tinham inventado
a tecnologia para acrescentar mais álcool às bebidas
fermentadas por processo natural. Isso significa que o mais
alcoólico dos vinhos da Palestina tinha cerca de 8% de
álcool. Pela lei, esses vinhos eram diluídos em água,
normalmente três ou quatro partes de água para uma parte
de vinho. Esses vinhos fracos, enfraquecidos mais ainda
pela adição de enormes quantidades de água, passaram a ser
usados como bebidas para acompanhar as refeições. Não
eram usados como bebidas, mas apenas como se usa um
copo de água ou uma xícara de café que se bebe com a
refeição. Vários textos bíblicos parecem apontar para esse
uso do vinho --como uma bebida para acompanhar as
refeições (observe 1 Timóteo 3:3, 8; Tito 1:7; Mateus
11:18-19).
Provérbios 23, já citado, condena o uso do vinho
"vermelho" que brilha no copo. O tipo de bebidas alcoólicas
usado em nossa sociedade é o mesmo tipo sistematicamente
condenado na Bíblia. Jamais fiquei sabendo de alguém que
tomasse um pequeno copo de vinho fraco diluído na
proporção 4:1 de água como acompanhamento de uma
refeição. Os vinhos, as cervejas e os licores de hoje
enquadram-se na categoria de bebida forte, e nenhum texto
65
66
sequer pode ser encontrado na Bíblia que permita que sejam
consumidos por um filho de Deus.
Paulo estimulou a Timóteo de modo especial para
que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde (1
Timóteo 5:23). Às vezes se usa esse texto para mostrar que
é possível beber. Mas, de fato, o que ele faz é justamente o
oposto. Se Timóteo tivesse tido o hábito de beber uma
cerveja aqui e ali, por que precisou que Paulo lhe desse uma
permissão especial para usar um pouco de vinho como
remédio? Esse texto nos leva à conclusão de que o uso de
álcool pelo cristão deve ser uma exceção, não uma regra.
Muitos remédios de nossos dias contêm álcool ou outras
drogas intoxicantes. O discípulo de Cristo deve ser muito
cuidadoso com eles e usá-los apenas com muita moderação.
O fato de que uma exceção precisou ser dada para permitir
o uso de remédios com teor alcoólico sugere que é errado
beber por prazer.
O servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de
seus atos sobre o próximo: "É bom não comer carne, nem
beber vinho, nem fazer qualquer outra cousa com que teu
irmão venha a tropeçar" (Romanos 14:21). Mesmo que o
cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo
esse texto ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A
bebida alcoólica leva tantos cristãos a cair, que aquele que
tenta ajudar o seu irmão a não tropeçar certamente não lhe
dará o exemplo, bebendo diante dele. Mesmo se alguém
argumentar de que na Ceia do Senhor se toma vinho
66
67
alcoólico. Não é bem verdade. Existem, é verdade, algumas
Igrejas que insistem em usar vinho alcoólico. Entretanto, a
maioria das Igrejas sérias usam há centenas de anos o
Suco de Uva uma vez que não se sabe quais as pessoas que
tem dependência química e nem sabe e que pode
desencarrilhar a partir de um simples gole. Por isso se
compreende o Mote dos alcoólicos Anônimos de se evitar o
primeiro gole.
A Bíblia sistematicamente exige que sejamos
sóbrios (leia com cuidado 1 Tessalonicenses 5:6; 2 Timóteo
4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as primeiras consequências da
bebida são a ausência de inibições, o enfraquecimento do
autocontrole, a falta de juízo. Essas consequências ocorrem
bem antes da pessoa começar a perder o controle das
habilidades motoras, a falar arrastadamente etc. O diabo
está sempre procurando-nos tentar; para enfrentar a essas
tentações, o filho de Deus deve estar profundamente alerta e
sóbrio em todo tempo.
Embora não fosse possível afirmar, com base nas
Escrituras, que ingerir qualquer quantidade de álcool por
qualquer motivo é sempre pecado, parece claro que o servo
de Deus não será alguém que simplesmente bebe canecas de
cerveja ou taças de vinho. O beber socialmente que vemos
hoje em dia é o tipo condenado em muitos textos das
Escrituras. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte,
alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é
sábio" (Provérbios 20:1).
67
68
Fica a dica. Pense e ORE.
1.2.3- O Crente pode Fumar?
O fumo é uma droga. Segundo pesquisas, a cada
dez minutos, morre um brasileiro de câncer, enfisema
pulmonar ou doenças cardiovasculares devido ao fumo, e
por ano morrem mais de duzentas mil pessoas no Brasil, e
mais de dois milhões e meio em todo o mundo, vitimadas
pela epidemia do cigarro.
O diabo é enganador e, através da propaganda
falsa, passa para os jovens a idéia de que fumar é algo
fascinante, é “chique”. A Bíblia tem razão, quando afirma:
“Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados”, 2ºTm 3.13. Deste modo, o
nosso posicionamento deve estar embasado no
compromisso que o crente tem de não fumar, e também
contribuir para a erradicação do tabagismo.
A Bíblia não contém um mandamento que nos diz:
”Não fumarás". A Bíblia não fala nada específico sobre o
tabagismo moderno, porém, apesar de não haver uma
proibição explícita contra o uso do cigarro, ela nos dá
instruções e princípios atemporais contra tudo aquilo que
pode nos escravizar e portanto nos desviar da vontade de
68
69
Deus. A pergunta não é: “A Bíblia proíbe o cigarro?”, antes
deve ser: “o cigarro agrada a Deus?”
A questão não é simplesmente afirmar que um
cristão não pode fumar. Ela é mais profunda. Devemos
investigar as razões pelas quais um cristão deve viver dentro
da vontade de Deus e buscar realizar essa vontade em sua
vida para a glória de Deus e para o seu próprio bem estar.
Cabe a cada cristão a luz da Palavra de Deus
verificar qual é a vontade de Deus quanto ao hábito de
fumar. Para isso convidamos você a refletir sobre o que
Bíblia nos ensina a respeito desse assunto.
1.2.3.1 - O cigarro reflete a liberdade de Cristo?
“... Se vocês permanecerem firmes na minha palavra,
verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a
verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8: 31b-32).
“Jesus respondeu: ‘Digo-lhes a verdade: Todo aquele que
vive pecando é escravo do pecado.’” (João 8:34)
“Portanto se o filho vos libertar, vocês de fato serão
livres”. (João 8:36)
O cristão é uma pessoa dotada de liberdade.
Liberdade é contrária a escravidão. Uma vez que recebemos
69
70
a salvação, somos libertos do poder que nos faz praticar
tudo aquilo que desagrada a Deus. Liberdade não
simplesmente poder fazer tudo, mas é também poder dizer
não para algumas coisas que desagradam a Deus. Por essas
razões a liberdade cristã é incompatível com qualquer vício.
1.2.3.2. O cigarro pode escravizar e dominar minha
vida?
“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me
é permitido”, mas não me deixarei que nada me domine.
(1 Coríntios 6:12)
Embora o cigarro seja uma droga legal (grandes
interesses comerciais envolvidos), a nicotina causa
dependência assim como qualquer outra droga ilícita, sendo,
segundo os especialistas, uma das drogas que mais geram
dependência, mais até que a maconha.
Paulo afirma que tudo lhe é permitido, mas que
ele não se deixaria dominar por nada. Um cristão verdadeiro
70
71
desejará ser um servo de Deus e não um escravo da
nicotina. Nós não podemos servir a dois senhores. Da
mesma forma que não podemos servir a Deus e ao dinheiro,
não podemos servir a Deus e ao cigarro, a Deus e a nós
mesmos (Mateus 6:24).
1.2.3.3. O cigarro contribui para a vida ou para a
morte?
“O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu
vim para que tenham vida e a tenham plenamente”. (João
10:10)
Pense bem, o cigarro combina com a vida ou com
a morte? O cristão deve estar associado com a vida e não
com a morte. Jesus veio para nos dar vida e vida plena.
O fumo é um vício que destrói o organismo
humano aos poucos. Todos os anos, milhões de vidas têm
sido ceifadas no planeta, única e exclusivamente por causa
do cigarro. No Brasil, como já falamos acima, estima-se que
são 200 mil pessoas por ano (Instituto Nacional do Câncer –
Ministério da Saúde). Estão diretamente relacionadas ao
fumo uma série de doenças, em especial, o câncer do
pulmão e a grande maioria das doenças cardiovasculares e
71
72
respiratórias. Um vício que promove a morte das pessoas
não poderia ser aprovado pelas Escrituras Sagradas.
1.2.3.4. O cigarro pode prejudicar meu corpo?
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do
Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por
Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram
comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus
com o seu próprio corpo.” (1Coríntios 6:19-20)
A Bíblia diz que nosso corpo é templo do Espírito
Santo e não devemos cultivar um hábito que irá destruir e
enfraquecer progressivamente o organismo humano. Somos
mordomos de nosso corpo e dele prestaremos contas ao
Senhor, que é seu verdadeiro dono. Nossos corpos devem
ser instrumentos para glorificar a Deus e não instrumentos
para o nosso prazer e em muitos casos a morte e destruição:
Câncer de pulmão: 22 vezes mais em homens fumantes e 12
vezes mais em mulheres fumantes.
Morte por bronquite ou enfisema: 10 vezes mais em homens
e mulheres fumantes.
72
73
Morte por doença cardíaca: 3 vezes mais em homens e
mulheres de meia idade que são fumantes.
Morte prematura: na média, fumantes morrem cerca de 7
anos antes do que os não fumantes.
Hipertensão arterial.
Impotência sexual.
Derrame Cerebral.
Úlceras gastroduodenais.
Refluxo de ácido gastresofágico.
Obstrução de pequenas artérias que causam necrose e perda
de membros.
Abortos e nascimento de bebês com pouco peso.
Ocorrência de outros tipos de câncer: boca, garganta,
esôfago, bexiga, rins, pâncreas.
1.2.3.5. O cigarro pode prejudicar meu testemunho
cristão?
“Porque outrora eram trevas, mas agora são luz no
Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz
consiste em bondade, justiça e verdade; e aprendam a
discernir o que é agradável ao Senhor.” (Efésios 5:8-10)
73
74
O cristão é alguém que vem para trazer o bem ao
próximo, o anúncio da Salvação. Nossas atitudes falam mais
alto que as nossas palavras. Será que o hábito de fumar irá
de fato demonstrar que servimos a Deus? Será que esse
hábito não provoca a intoxicação involuntária das pessoas
ao nosso redor. Será que ao fumar somos um bom exemplo
para nossos filhos, sobrinhos, netos e para os mais jovens?
A maioria dos fumantes começa a fumar pelo
exemplo de seus pais, parentes e amigos.
O cristão deve ser um propagador dos valores de
Deus e da vida. Ainda que ele não seja viciado no cigarro,
sua atitude pode influenciar a vida de outra pessoa a
continuar ou iniciar um hábito que pode se transformar em
um vício.
1.2.3.6. O cigarro agrada a quem?
“Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado,
mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não
permitam que o pecado continue dominando os seus
74
75
corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus
desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao
pecado, como instrumentos de injustiça, antes ofereçam-se
a Deus como quem voltou da morte para a vida; e
ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como
instrumentos de justiça.” ( Romanos 6:11-13)
Por que fumar? Porque dá prazer! Por que eu
tenho vontade! Para agradar os amigos! Para me adequar
aos padrões da sociedade! Porque eu faço o que eu quero
com a minha vida!
Todas essas respostas podem ser dadas, mas para
o cristão essas razões deveriam ser repensadas uma vez que
o seu desejo agora é agradar a Deus e fazer a sua vontade.
Em Romanos 12:2 lemos: “Portanto, irmãos, rogo-lhes
pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de
vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que
sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus. O Apóstolo faz um
apelo aos crentes para cultuarem a Deus racionalmente
oferecendo suas vidas em sacrifício vivo, santo e agradável.
Será que o cigarro pode ser considerado como um sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus? Será que ao fumar não
estamos nos amoldando ao padrão deste mundo?
75
76
Mais do que se conformar com um padrão,
costume ou tradição da Igreja Evangélica, cada cristão deve
se colocar diante de Deus e refletir sobre as perguntas aqui
levantadas.
Ninguém deveria deixar de fumar simplesmente
porque “crente não fuma” sem refletir nas razões e
verdadeiros motivos que o levem a agir dessa forma.
“Crer” é também “Pensar”, na verdade Deus exige um
culto racional de cada um de nós.
Nossa fé não é cega e nem irracional. Nossa
preocupação deve ser com a vontade de Deus. Que a sua
decisão sobre o cigarro o faça experimentar e comprovar a
boa, agradável e perfeita vontade Deus.
1.2.4
– Dançar
O culto foi uma das dádivas pactuais dadas ao
povo de Israel, e sobre o qual a nova aliança é inspirada.
Não há nenhum registro do culto no Antigo Testamento que
danças fizeram parte do culto israelita no templo. O culto de
Israel era santíssimo, e jamais seria profanado por
elementos de cultos pagãos. Os povos vizinhos de Israel
adoravam o sol, as estrelas, gatos, serpentes, jacarés, deusas,
e deuses, dançando religiosamente para eles. Esse culto
dançante era originado da própria vontade humana, mas o
culto do Deus de Israel tinha origem divina, e foi revelado
pelo próprio Deus ao seu povo, (Rm 9:4); em nenhum lugar
76
77
da revelação Deus requereu danças; elas eram exatamente o
elemento mudo das religiões pagãs daqueles tempos. O
mesmo pode-se entender no Novo Testamento. Nenhuma
evidência há para uma tradição pagã entre os crentes da
igreja primitiva.
Consideramos ser nosso dever advertir nosso povo
contra os divertimentos que possam facilmente tornar-se
para eles ocasião de pecado, contra as modalidades de
danças que, como praticadas presentemente, repugnam a
todo sentimento de delicadeza e decoro, e se fazem
acompanhar dos maiores perigos para a moral.
Não faremos mais citações, mas passamos a expor
dez razões pelas quais a dança deve ser condenada. Essas
razões são reunidas de muitas fontes que tratam do bemestar físico, mental e espiritual. Esse número pode ser
aumentado. Podem dizer que são afirmações radicais e
preveem condições que nem sempre procedem.
Concedemos que assim seja, mas há que admitir-se também
que não há uma só dessas dez proposições que não seja com
alarmante frequência uma verdade.
1.2.4.1. A dança é um estimulo anormal às paixões
sensuais.
77
78
Tenho ouvido apenas dois homens negá-lo, ao
passo que centenas têm-no admitido. É evidente que a dança
significa uma coisa para os homens, e bem outra para as
mulheres. Muitas jovens nobres e de espírito bem dotado
amam a dança por sua graça e ritmo. Para estas a dança
apela apenas ao senso artístico. Ela apela também aos
homens da mesma maneira, mas no que respeita ao sexo
masculino não é este o mais forte apelo. Os homens chegam
à maturidade em matéria de sexo quando as mulheres nada
sabem a respeito. Mas as jovens devem ter conhecimentos
sobre o assunto, a fim de poderem sentir em plena força a
responsabilidade que repousa sobre elas ao se permitirem na
dança o amplexo de rapazes.
1.2.4.2. O estimulo sexual resultante da
geralmente vem quando é ele mais perigoso.
dança
A dança leva milhares de estudantes de escolas
superiores, desprotegidos e não preparados, a situações em
que não deviam estar. No bom plano de Deus para nossa
vida Ele determinou que as paixões sexuais despertem
lentamente para que o juízo e a força de caráter sigam a par
com elas. Quando verificamos quantas mentes bem dotadas
e brilhantes têm sido capazes de dominar todas as forças,
exceto os reclamos do sexo, começamos a ver a sabedoria
do plano de Deus. O Dr. W. A. McKeever diz: “A nova
dança social é uma dança de morte. Jovens adolescentes de
quinze anos são forçados pela dança a um intenso
78
79
desenvolvimento sexual, em vez de experimentarem o
despertamento normal, lento, da noção sexual.” Se
acrescentarmos a isto os efeitos sobre a mente, teremos
chegado mais perto da plena medida de seu significado.
1.2.4.3. A dança mina a saúde pelo menos de duas
maneiras.
Primeira, quando indevida e prematuramente
excita as inclinações do sexo. Segundo, quando conduz a
uma atividade anormal pelo manter-se desperto as desoras,
associado ao comer e beber indiscriminadamente. Não há
atitude mental que tão poderosamente reaja sobre a vida
física como o incitamento provocado pela dança.
Frequentemente tem início uma intoxicação em que o corpo
é forçado a obedecer aos reclamos de um frenesi mental.
Não é pouco comum verem-se moços e moças manterem
inconscientemente a atitude como que de sonâmbulos e o
balanceado físico da dança em todas as horas e lugares da
experiência do dia. A atitude conveniente para a saúde física
e mental foi abandonada.
1.2.4.4. A dança debilita a resistência moral.
Para que julgueis uma coisa convenientemente, é
mister que vejais os seus frutos. Oficiais cívicos e obreiros
sociais têm pouco que tratar com a assim chamada “dança
respeitável,” mas eles veem o que salta a cova do basilisco.
79
80
Jane Addams diz que 85 por cento das jovens caídas citam a
dança como o início do seu declínio. O Prof. A. T.
Faulkner, que antes de sua conversão era proprietário da
Academia de Danças de Los Angeles, disse que de 200
mulheres abandonadas, com quem ele havia falado, 163
atribuíram sua condição a escolas de dança e seus
resultados. Jovens nobres tolerarão esta prática?
1.2.4.5. A dança destrói na pessoa o gosto pelas coisas
espirituais.
A alma necessita, tanto quanto o corpo, de um
clima para viver. Tenho em mente dois quadros
contrastáveis. Lembro-me da primeira bananeira que vi no
Sítio da família, em Buíque- PE, Brasil nos idos anos 70.
Um de meus vizinhos orgulhosamente mostrou-me uma
bananeira em flor. Essa flor (Mangará) era a recompensa de
anos de esforço, no cultivo e o clima favorável. Muitas
pessoas vinham para vê-la, pois uma bananeira em flor era
um acontecimento especial, prenúncio de fartura naquela
região tão árida.
Aqui está o outro lado do quadro. Em 2015,
quando em Visita a mesma Região vi centenas de pés de
Bananeiras mirradas, seus cachos enfraquecidos pela seca
prolongadas de três anos. Fazia pena ver tanta fartura sendo
agora queimada pelo sol do Sertão. A diferença não estava
na espécie, mas no clima. O gosto espiritual é
80
81
excessivamente sensível. Precisa-se de ambiente para se
desenvolver de modo saudável. Ele necessita do clima
tropical da graça de Deus e da pureza para que
desenvolva. Da chuva espiritual certa no tempo certo. Não
preciso dizer mais nada.
Não é num baile funk, num pagode ou num forró
ou Samba de Coco, junto com pessoas mundanas e
insensíveis espiritualmente a voz de Deus, que vou
desenvolver a minha espiritualidade. A principal pergunta
não deve ser: Posso Participar da Dança? Mas sim: “Se
Jesus estivesse no meu lugar, ele dançaria nestes
Ambientes?” A Resposta sincera de um coração honesto
seria um redundante NÃO: Então: Minha resposta também
é NÃO. Caso Contrário, “Quão bela e abundante seria
minha espiritualidade?”
1.2.4.6. A dança contribui para o mal do divórcio.
Isto ela faz por gerar desejos na vida que não se
acomodam à rotina e requisitos morais de uma família bem
sucedida, como também pelo criar e perpetuar o terrível
trinômio de relação: cinema, novelas e pluralidade de lares.
Um lar onde Cristo não está presente está firmado em bases
demasiadamente débeis (fracas) para que possa enfrentar
todos os reclamos da vida familiar e qualquer tentativa para
satisfazer esta falta mediante exteriotipações mentais e
algumas vezes físicas com lesão da correção moral está
81
82
fadada a fracasso. Um lar onde Cristo está presente, mas
onde não tem todo o domínio, não pode sem prejuízo
segregá-Lo de molde a permitir lastro a interesses que Ele
não aprova.
1.2.4.7. A dança não dá lugar ao intelecto.
Não querendo ser radical, nas pesquisas feitas
entre as pessoas que abandonaram a prática da dança, por
amor ao Evangelho, afirmam que na sua predominância é
em grande parte, devida ao fato de que ela não requer
esforço mental para ser planeada. A dança é simplesmente
o abandonar-se ao meio de menor resistência em
entretenimento. As pessoas intelectuais dançam, está claro,
mas não têm de usar sua inteligência para fazê-lo. Qualquer
pessoa pode ligar o som do CD ou Pendrive Digital e se por
em movimento. O resto é automático. É pouco razoável
apelar tanto para o físico, e não dar à mente e ao espírito
uma oportunidade. Embora não concorde pessoalmente com
esta posição, acredito que algumas danças sejam um
abandonar-se ao ritmo frenético ou erótico da música ou do
ritmo. Agora, precisamos admitir que para algumas danças
há uma série de passos complexos (como: tango, balé,
break), que sem o uso do esforço e do intelecto se torna
impossível realizá-la.
82
83
1.2.4.8. A Dança é Arruinadora da Modéstia.
Jeremias chegou ao máximo de sua condenação à
degradação do povo quando declarou que eles não sabiam
mais o que era envergonhar-se. Seria difícil imaginar-se
coisa mais condenadora. Nós procuramos evitar a vergonha
de embaraços por falta de traquejo social, e devemos fazelo; mas sempre a mais virtuosa e nobre evidência de pureza
é o rubor de ressentimento que vem à face de alguém que
encontra a sugestão do mal e impureza. A jovem que assim
procede pode ir a qualquer lugar com segurança, e ela é
dominadora da situação. E o jovem que possui esta
qualidade possui o que há de mais nobre e varonil.
1.2.4.9. Os dançadores ficam egoístas.
Nem todos e nem sempre, mas frequentemente. Eu
conheço dois jovens, um casal de irmãos, de um fino lar
cristão e educado. O jovem é comerciante próspero, decidiu
não frequentar colégio e gasta bom tempo e bom dinheiro
numa vida fácil. Recentemente ele comprou um automóvel
do último modelo. Começou a frequentar bailes. As moças
com quem ele dançava estavam acima de qualquer censura,
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e além do mais ele era o tipo do cavalheiro tanto antes como
depois do baile. Parecia ser isto um tempo agradável fora do
comum.
Uma tarde sua irmã falou à mãe sobre seu desejo
de frequentar os bailes num clube aonde seu irmão ia
frequentemente. O irmão ouviu o assunto por alto e
imediatamente fez um protesto. De qualquer forma, a irmã
disse que iria se o irmão fosse, e insistiu para que ele
declarasse por que objetava. Finalmente ele declarou com
relutância que havia amigos ali com quem ele não desejava
que a irmã tomasse contato. Parece-me que tal posição é
fundamentalmente egoísta. Que direito tem um rapaz de
protestar contra o fato de sua irmã ir a um lugar aonde ele
vai e onde convive com moças tão boas como sua irmã? Se
é ruim, Por que continuar? E se é bom e saudável, por que
esconder?
Isto ilustra apenas um aspecto do assunto. A
verdade inteira é muito maior. Se é cristão e altruísta de
nossa parte, mercê de nosso amor pelo bem estar do povo,
declarar que nada faremos que ponha uma pedra de tropeço
no caminho de outros, então deve ser exatamente o oposto
quando sujeitamos outros a um grande risco ainda que pelo
prazer de apenas uma noite.
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1.2.4.10. A dança é o instrumento universal dos ímpios
para ajudá-los na execução de toda espécie de ímpios
desígnios.
O íntimo contato da dança não leva
necessariamente uma pessoa a fazer o mau uso dessa
intimidade, mas o fato de ser este um dos melhores meios
para levar outros ao extravio é significativo. Ele apresenta
um fato que os jovens que procuram o ideal cristão devem
considerar seriamente.
O fato de que quase universalmente os cristãos
educados mantêm um sentimento de dúvida em relação à
dança, parece indicar que sua sensibilidade cristã não lhes
permite sancioná-la facilmente. Muitos costumavam pensar
que a única restrição à dança era o regulamento da igreja,
mas desde que a restrição foi removida, estamos vendo mais
claramente que nunca, que a verdadeira restrição é a lei da
vida.
Estas dez razões são suficientes para dar-nos
elementos para pensar neste assunto. Em conclusão,
permita-me deixar claro nosso propósito. Eu não disse que
uma pessoa não pode ser respeitável e dançar: também não
disse que os dançadores não possuem norma de correção
moral. Sei que pessoas educadas, cultas, finas, dançam. Mas
este não é bem o ponto. As pessoas podem ser respeitáveis,
moralmente corretas, educadas, refinadas e membros cultos
da igreja, e nem por isso serem cristãos no sentido do Novo
Testamento. Um cristão é algo além de tudo isto, e é esse
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algo além que a dança ameaça mais terrivelmente. O Crente
vive para agradar a Deus, e Não vejo na Dança algo
espiritual, mas, tão somente Carnal. Algo que, na realidade,
agrada muito mais a carne do que ao espírito. Não querendo
ser radical. Mas, não vejo alguém dançando o “Segura o
Tchãn” para honra e glória do nosso Deus ou “Vai
descendo na boquinha da garrafa” como louvor a nosso
Deus. Imagine o crente ir para uma social na sua igreja e lá
cantar a musica funk das “Preparadas” e só das
“cachorras”.
Claro que não me refiro a dança do BALÉ,
VALSA e outras clássicas. Mas, existe dança mais sensual
do que o TANGO? a LAMBADA? ou ainda o DO
CRÉU, CRÉU, CRÉÉÉÉÉU? Imagina a irmãzinha que
depois do culto, chega em casa, liga o Som nas alturas e
dança a música: E VAI DESCENDO ATÉ O CHÃO,
CHÃO, CHÃO, CHÃÃÃÃÃÃO e dança essas músicas.
Você diria: aí está uma serva de Deus! DUVIDO.
Tudo depende do que se deseje ser ou fazer no
mundo. Somos cartas abertas ao mundo(2Co 3.2-3). O
Mundo lê Deus através de nós. Somos chamados para
Glorificar a Deus e Gozá-lo para sempre. Assim é que a
mais fina experiência e obras de uma vida cristã esperam
pelo espírito que é qual lâmina aguda, que o mantém
imaculado do mundo. Não há possibilidade de possuir-se o
mais alto tipo de gozo e eficácia cristãos sem sacrifício do
desejo do corpo. Sim, não pense que por ser crente não vai
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ter desejos de dançar igual as pessoas do mundo tem não.
Temos que esmurrar nosso corpo para submetê-lo ao
Espírito... (1 Co 9.27). Isto é uma necessidade cristã clara e
pertence ao senso comum; é o cumprimento de um dever.
Sacrifício é deixar o bom para alcançar o melhor. Sacrifício
é fazer uma escolha de alvos, e então aceitar a ordem da
vida que a escolha do alvo impõe. Em minha opinião, “o
mais alto padrão de experiência e o viver segundo o
Novo Testamento” requerem o abandono da dança.
O verdadeiro cristão não desejará entrar em
nenhum lugar de diversão nem se entregar a nenhum
entretenimento sobre que não possa pedir a bênção divina.
Não será encontrado no teatro, no jogo de bola, na sala de
bilhar. Não se unirá aos alegres valsistas, nem
contemporizará com nenhum outro enfeitiçante prazer que
lhe venha banir a Cristo do espírito.
Aos que intercedem por essas distrações,
respondemos: Não podemos com elas condescender em
nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria
invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança.
Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar.
Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse.
Quando chegarmos à derradeira hora, e nos
acharmos face a face com o registro de nossa vida, acaso
lamentaremos haver assistido a tão poucas festas? Ter tão
poucas vezes participado de cenas de inconsiderada alegria?
Não haveremos antes de chorar amargamente o ter gasto
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tantas horas preciosas na satisfação egoísta – negligenciado
tantas oportunidades que, devidamente aproveitadas, nos
haveriam garantido riquezas imortais?
Tem-se tornado costume que os que professam
religião, desculpem quase toda perniciosa condescendência
a que o coração se acha ligado. Pela familiaridade com o
pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que
pretendem ser filhos de Deus buscam passar um verniz
sobre os pecados que Sua Palavra condena, procurando
ajuntar algum desígnio de caridade da igreja a suas ímpias
festas de beberronas. Tomam assim emprestadas as vestes
do Céu para com elas servir ao diabo. Algumas são iludidas,
transviadas e perdidas para a virtude por esse desperdícios
ao sabor da moda.
Em muitas famílias religiosas a dança e o jogo de
cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que
são entretenimentos sossegados, domésticos, que podem ser
com segurança usados sob as vistas paternas. Mas cultiva-se
assim o gosto por esses excitantes prazeres, e o que era
considerado inofensivo em casa não serão por muito tempo
olhado como perigoso lá fora. Resta ainda ver se há algum
bem a colher desses divertimentos. Não dão vigor ao corpo
nem repouso à mente. Não implantam na alma um
sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo o
gosto pelos pensamentos sérios e os serviços religiosos. É
verdade que existe vasta diferença entre a melhor classe de
seletas festinhas e os promíscuos e degradantes
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ajuntamentos do baixo salão de baile. Todavia, são todos
passos na vereda da dissipação.
O divertimento da dança, ou Baladas, segundo é
orientado em nossos dias, é uma escola de depravação uma
terrível maldição para a sociedade. Pudessem ser reunidos
todos quantos, em nossas grandes cidades, são anualmente
arruinados por este meio, e que histórias se ouviriam de
vidas destroçadas! Quantos, dos que estão agora prontos a
defender este costume, se encheriam de angústia e pasmo
ante seus frutos! Como podem pais professadamente
cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho das
tentações, assistindo com eles a tais cenas de festividade!
Como podem moços e moças trocar sua alma por esse
absorvente prazer?
Quando um pecador vem a Cristo, arrependido de
seu estado pecaminoso, isto só acontece por obra do
Espírito Santo em seu coração, pois é o Espírito Quem nos
convence do pecado (João 16:8). Então, pela fé, o pecador
crê que Cristo tomou o seu lugar na cruz carregando o seu
pecado (do pecador). Quando o pecador assim crê, Deus lhe
dá a salvação que é completa; Deus lhe dá o perdão que
também é completo e essa pessoa nunca mais perderá a
salvação, pois é um dom de Deus (Ef. 2:8) e nunca lhe será
tirada por Deus "porque os dons e a vocação de Deus são
sem arrependimento" (Rm. 11:29).
Deus não "tira" a salvação do crente, e ninguém
mais pode fazê-lo "porque estou bem certo de que, nem a
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morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem
as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura,
nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos
poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus
nosso Senhor!" (Rm. 8:38,39).
Agora vem o outro lado da questão, ou seja,
depois que alguém já tem assegurada a sua salvação. Será
este o seu caso? Será que você já se decidiu confessar a
Cristo como Seu Salvador? Se já fez isto, então irá querer
viver uma vida para agradá-Lo, não é mesmo?
Deixe-me contar uma história: Havia um leilão de
escravos (no tempo da escravidão), onde escravos eram
vendidos a vários preços, dependendo da idade, saúde, força
para o trabalho, etc. Quando foi apresentado um escravo
velho, fraco e doente, ninguém se interessou, mas todos se
surpreenderam quando ouviram um fazendeiro gritar um
lance num valor tão alto que daria para comprar todos os
escravos que estavam sendo vendidos naquele dia.
Obviamente ele acabou comprando aquele escravo fraco e
doente, diante do espanto de todos, inclusive do próprio
escravo que foi chegando perto do seu novo dono trêmulo
de medo.
- Vá embora - disse o fazendeiro. - Você está livre!
O escravo tremeu mais ainda e perguntou:
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- Mas o senhor pagou aquele alto preço para me mandar
embora, livre?
- Isso mesmo. Eu paguei um preço altíssimo porque tive
pena de você e queria ter certeza de que ninguém ofereceria
uma soma maior. Eu comprei a sua liberdade; pode ir
embora para onde quiser. A partir de hoje você é um
homem livre!
O escravo, caindo aos pés do seu libertador,
levantou seu rosto e, com os olhos banhados em lágrimas,
falou com voz forte e resoluta: - Senhor, por causa do que o
senhor fez, eu irei, POR AMOR, servi-lo até o fim dos
meus dias!
Esta história ilustra bem a situação de um salvo.
Cristo nos salvou do pecado e da morte, para a liberdade (1º
Coríntios 7.23). Não fez isto porque éramos justos, mas
pecadores (Romanos 5.8). Não nos salvou para sermos
novamente escravos de ordenanças (Colossenses 2.20-23).
O cristão, salvo por Cristo, pode fazer tudo o que desejar (1
Coríntios 6.12) mas não se deixará dominar pelas coisas que
desejar. O seu desejo principal será usar o seu corpo para
glorificar a Deus (1 Coríntios 6.20) e não sei como alguém
poderá glorificar a Deus em um baile de funk, Forró,
Gafieira, pagodes entre outros...Sob o som de músicas
mundanas de duplo sentido ou que faz apologia ao sexo.
Assim como o escravo da história, que estava
totalmente livre para fazer o que bem entendesse, uma
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pessoa verdadeiramente convertida a Cristo também está
livre, porém vai desejar fazer somente aquilo que agrade ao
Seu Senhor que sofreu tanto por sua salvação. O verdadeiro
cristão não procura andar em santidade de vida porque isto
vai garantir sua salvação. Ele procura fazer a vontade do
Senhor para agradá-lo em tudo, expressando a sua gratidão
por tão grande salvação. Fomos chamados à liberdade, mas
não para dar ocasião à carne (Gálatas 5.13).
1.2.5 - Brincar Carnaval
A origem do Carnaval ainda é desconhecida. As
primeiras referências a ele estão relacionadas a festas
agrárias. Alguns atribuem seu surgimento aos cultos de
agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela
colheita, realizados na Grécia durante o século 7 a.C. A
festividade incluía orgias sexuais e bebidas, e os foliões
usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de
classes sociais.
As folias do Carnaval também estão ligadas às
festas pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual,
bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música. Eram
conhecidas como bacanais (em homenagem a Baco, o deus
do vinho e da orgia), lupercais (em homenagem ao deus
obsceno Pã, também chamado de Luperco) e saturnais (em
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homenagem ao deus Saturno, que, segundo a mitologia
grega, devorou seus próprios filhos).
Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica
Apostólica Romana começou a tentar conter os excessos do
povo nessas festas pagãs e a condenar a libertinagem.
Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela própria
oficializou o Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”,
quando o Papa Gregório I marcou definitivamente a data do
Carnaval no calendário eclesiástico.
Esse momento de grandes festejos populares
antecedia a Quaresma, período determinado pela Igreja
Católica para que todos os anos os fiéis se dedicassem,
durante 40 dias, a assuntos espirituais, antes da Semana
Santa. No período que ia da Quarta-feira de Cinzas até o
Domingo de Páscoa, o povo deveria entregar-se à
austeridade e ao jejum, para lembrar os 40 dias que Jesus
passou no deserto consagrando-se.
Como o povo enfrentaria um longo período de
privações e abstinência, alguns “carnais” permitiram que o
povo cometesse então algumas extravagâncias antes. Às
vésperas da Quaresma, os cristãos fartavam-se de assados e
frituras entre o domingo e a “terça-feira gorda”. O que
deveria ser apenas uma festa religiosa acabou assimilando
os antigos costumes de libertinagem e bebedeiras.
Esses dias de “vale-tudo” que antecedem a
Quaresma, em que as pessoas ficam 40 dias sem comer
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carne, passaram a ser chamados de adeus à carne, que em
italiano é carne vale, ou carnevale, resultando na palavra
carnaval.
A Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da
Quaresma, simbolizava o momento em que as pessoas se
revestiam de cinzas, evocando que do pó vieram e para o pó
retornariam, e ingressavam no período em que a Igreja
celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
Visto que até hoje essa festa da carne traz
consequências físicas, morais e espirituais degradantes,
estampadas nos noticiários da Quarta-feira de Cinzas,
aconselho aos que não participam do Carnaval que
continuem de fora; e, aos que participam ou pretendem
participar, meu conselho é 1 João 2.16: Porque tudo o que
há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do
Pai, mas do mundo. Sendo assim, não convém ao crente
cristão, mesmo a título de curiosidades, participar dessa
festividade.
1.2.6.- Comemorar as Festas Juninas
Como todos nós sabemos no mês junho é
comemorada a festa junina, e algumas pessoas, novas
convertidas, imaginando que por se tratar de uma festa em
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que se destacam pelo menos dois nomes bíblicos (Pedro e
João Batista) os crentes evangélicos poderiam considerar.
Surgem em, as perguntas: É pecado o crente dançar
quadrilha em homenagem aos santos? É pecado o crente
comer as comidas típicas? Iremos mostrar alguns de vários
motivos que não devemos participar de tal festa.
Festas juninas, festa de São João ou festas dos
santos populares são celebrações que acontecem em vários
países historicamente relacionados com a festa pagã do
solstício de verão, que era celebrada no dia 25 de
Dezembro, conhecidos como a “festa de São João”. A Igreja
Católica muda a data para 23 de Junho para coincidir com a
festa da colheita no hemisfério Sul.
Fogueira: Representa proteção contra os maus espíritos,
acredita-se purificar o local e sinal de agradecimentos aos
santos. Fogos de artifícios: Leva para longe os maus
espíritos. Na tradição Romana é o anúncio de que S. João
nascera.
Quadrilha: Dança típica francesa, tem o significado de
agradecimento aos santos juninos que são: Santo Antônio,
São João e São Pedro, pela colheita.
Mastro: O mastro de São João, conhecido em Portugal
também como o mastro dos Santos Populares, é erguido
durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a
essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas
em geral três bandeirinhas simbolizando os santos.
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Bandeirinhas: No início das comemorações da Festa
Junina os desenhos de santos ou frases religiosas eram lugar
certo nas bandeirinhas, hoje vemos apenas cores nada mais.
Lavagem do santo: Normalmente é feito antes da meia
noite, a imagem é molhada num lago ou riacho com uma
bacia d’agua, logo após banha-se as mãos, pés ou outra
parte do corpo para buscar proteção divina. No Candomblé
fazem assim também.
Comidas Típicas: Pamonha, Canjica, Pipoca, Mungunzá,
Angu, Pé de Moleque, cural e outras comidas são oferecidas
aos ídolos juninos, segundo eles é o agradecimento por uma
safra de produtividade no campo, onde as primícias são
apresentadas a esses santos
Simpatias: O relacionamento entre os devotos e os santos
juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase
familiar: cheio de intimidades chega a ser, por vezes,
irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica
bastante evidente quando se entra em contato com as
simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:
Confessei-me a Santo Antônio,
Confessei que estava amando.
Ele deu-me por penitência
Que fosse continuando.
Você ainda acha normal participar de quadrilha?
Acha que não tem nada a ver? Acha que é só cultura? Tenha
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certeza que a festa junina é uma das maiores festas de
idolatria no Brasil e no mundo, cuidado, pois você pode esta
participando de uma adoração ao santos juninos. Lembre-se
de que cada símbolo usado na festa tem um significado
idólatra. (I CORÍNTIOS 10:14-22).
1.2.7 - Usar Tatuagens e piercing
A lei do Velho Testamento ordenou aos israelitas:
“Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis
marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor” (Levítico
19:28).
Tattoo, do taitiano tatau, significa marcar. O nome
foi dado por James Cook, o capitão inglês que descobriu o
surfe e, em 1769, ficou admirado ao chegar ao Taiti e ver a
população local coberta de desenhos em vez de roupas. A
população da região era conhecida como maohis, ou maoris
na Nova Zelândia, povo que tatuava-se em rituais ligados à
religião. As imagens significavam status e poder, marcavam
a passagem da infância para a maioridade, ou contavam as
histórias da família e da tribo. Mas, os primeiros registros
de pigmentação com tintas sobre a pele remetem há pelo
menos 5 mil anos. No Egito, também foram encontradas
múmias tatuadas, que datam do período entre 4000 e 2000
a.C.
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Na América, tatuar-se também era prática das
civilizações maia e asteca. No Japão feudal, criminosos
eram marcados para que fossem identificados como maus
elementos. Tempos depois, em meio a um forte clima de
opressão dos governantes, organizações ostentavam
tatuagens como símbolo de transgressão ao poder vigente.
Assim, surgiu o famoso dragão da Yakusa, a máfia
japonesa, imagem comum de muitas tatuagens no mundo.
Vista como forma de expressão, símbolo de
rebeldia e juventude, a tatuagem possui diferentes estilos,
que vão do tradicional ao maori, estilizado, psicodélico,
religioso, tribal, entre outros. Seus temas variam tanto
quanto as personalidades das pessoas que as fazem. As
imagens escolhidas podem ser definidas pelo contexto
histórico, influências musicais, modismos, ideologias e
crenças. Crenças que chegaram à igreja e dividem opiniões.
Aceita por algumas denominações e pastores, condenada
por igrejas e lideranças, a “tatoo” divide opiniões até
mesmo em interpretações de trechos bíblicos, como o de
Levítico 19:28 – “Não fareis lacerações na vossa carne
pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer
marca. Eu sou o Senhor”.
Portanto, apesar de não estarem os crentes sob a
lei do Velho Testamento nos dias de hoje (Romanos 10:4;
Gálatas 3:23-25; Efésios 2:15), o fato de ter havido um uma
ordem contra tatuagens deveria nos fazer pensar sobre a
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99
questão. O Novo Testamento não faz menção sobre os
crentes fazerem ou não tatuagem.
Em relação às tatuagens e piercings, um bom
teste é determinar se podemos ou não, com honestidade e sã
consciência, pedir a Deus que abençoe e use esta atividade
particular para Seus bons propósitos. “Portanto, quer
comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei
tudo para glória de Deus” (I Coríntios 10:31). A Bíblia
não se coloca condenando tatuagens ou piercings, mas
também não nos dá razão alguma para crermos que Deus
nos deixaria fazê-los.
Outra questão a considerar é o recato. A Bíblia nos
instrui ao recato no vestir (I Timóteo 2:9). Um aspecto do
vestir recatadamente é nos certificarmos de que cada parte
que precisa ser coberta com roupas está adequadamente
vestida. Entretanto, o significado essencial do recato é não
chamar atenção para si mesmo. As pessoas que se vestem
com recato o fazem de maneira tal que jamais chamam
atenção para si mesmas. Tatuagens e piercings, com certeza,
são chamativos. Neste sentido, as tatuagens e piercings não
são recatados.
Um princípio importante das escrituras a respeito
de casos sobre os quais a Bíblia não lida especificamente é
que, se há dúvidas se isto agrada ou não a Deus, então é
melhor não fazê-lo. “Mas aquele que tem dúvidas, se come
está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não
é de fé é pecado” (Romanos 14:23). Precisamos ter em
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100
mente que nossos corpos, assim como nossas almas, foram
redimidos e pertencem a Deus. Apesar de não se aplicar
diretamente a tatuagens e piercings, I Coríntios 6:19-20 nos
dá um princípio: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente
de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes
comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a
Deus.”
Esta grande verdade deve sempre pesar no que
fazemos e até onde podemos ir em relação a nossos corpos.
Se nossos corpos pertencem a Deus, deveremos sempre nos
certificar de que temos Sua clara “permissão” antes de
neles deixarmos “marcas” como tatuagens e piercing.
1.2.8 – O Crente pode Cantar/Ouvir Músicas do
Mundo?
Quando o Senhor criou a Terra (e o Universo)
como conhecemos, sobre essa criação veio as leis
espirituais. Essas leis são princípios que o Senhor adotou
para que tudo funcionasse bem. O ser humano não percebe,
mas muitos pensadores, filósofos e cientistas utilizam
dessas leis espirituais para entenderem e explicarem as
situações físicas, tudo porque o mundo foi criado em cima
disso.
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Um exemplo são as Leis de Newton. As três leis
que Newton nomenclaturou não são nada além de leis
espirituais aplicadas ao conceito humano. A primeira,
chamada de “Inércia” e a segunda, “dinâmica” explicam
muito bem a física do movimento (ou não) de objetos, mas
é a terceira lei de Newton que se aplica ao caso de sua filha:
Ação e Reação.
Vivemos em um mundo contaminado com o
pecado. Isso por si só já nos faz pensar muito antes de
realizar qualquer coisa. Estamos andando em um terreno
minado e precisamos ficar atentos aonde pisamos. Mas
ainda assim interagimos “demais” com o mundo.
Assistimos filmes que dissipam idéias mundanas, vamos a
restaurantes temáticos (tailandeses, japoneses, coreanos…)
que propõe comidas culturais e até religiosas, participamos
de exercícios ou massagens inventadas por pessoas distantes
de Deus e ouvimos músicas escritas por corações que não
tem Jesus como centro de suas vidas.
Muitas dessas coisas são inofensivas, em primeira
analise. O que um filme como “Viagem ao Centro da
Terra”, inspirado na obra de Júlio Verne pode trazer de
errado? Realmente, se olhar bem pode ser que não haja
mesmo nada além de entretenimento ali. Mas uma coisa é
você reagir a ele, outra – totalmente diferente – é você
AGIR com ele.
A lei espiritual de ação e reação (copiada por
Newton e aplicada na física moderna) nos ensina o seguinte:
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as obras espirituais precisam de um ponto de saída, seja este
ponto Deus ou o diabo. A questão disso é que “de um ponto
de saída” iniciou-se uma “ação espiritual”, também
chamada de “forma espiritual”. Essa forma é liberada no
mundo espiritual do primeiro céu, ou seja, onde moramos
(primeiro céu: nossa esfera; segundo céu: onde os demônios
habitam, também chamado de inferno por derivar-se da
palavra “inferius”, inferior ou abaixo; o terceiro céu: onde o
Trono de Deus está e onde Ele habita com seus anjos).
Como moramos aqui, na Terra, junto conosco há
uma ação espiritual liberada, que interage diariamente.
Esta ação espiritual é inserida no mundo físico através da
ÚNICA PORTA que une os dois mundos (espiritual e
físico): a palavra falada.
A palavra é a “forma” mais poderosa que existe e
a única que abre as portas espirituais. Por esta razão a mídia
se iniciou falada, as tradições eram orais. Escrita e imagem
(fotos e vídeos) vieram muito depois.
Quando assistimos a um filme, as imagens não
importam nada no mundo espiritual, mas o que dizem no
filme, a origem da palavra, a intenção pela qual foi dita é o
problema.
Ação e reação. Se ouço uma música do Elvis
Presley, por exemplo, só estou reagindo à uma ação. Se
minha vida está no altar de Deus, ela está selada e
protegida, então NADA VAI ME ACONTECER. Porém se
102
103
eu TOCAR UMA MÚSICA DO ELVIS PRESLEY passei
de “reação” para “ação” e então toda a motivação espiritual
por trás dessa música virão sobre a minha vida. Se houve
qualquer invocação demoníaca para criá-la, virão todas
sobre mim.
Um exemplo é a música “Stairway to heaven” do
Led Zepelin. É uma música linda, romântica e com uma
melodia envolvente, mas Robert Plant (um dos autores)
disse que fizeram 13 invocações demoníacas durante a
música!!! Ou seja, enquanto a música soa, há momentos em
que – um a um – os demônios vão sendo invocados. Não
ouviria e, muito menos tocaria essa canção.
O filósofo Sócrates disse certa vez que, quando
repetimos suas teses ressuscitamo-no em nós mesmos,
através da sua psique. Isso nada mais é do que uma lei
espiritual sendo aplicada à filosofia! Se eu canto uma
música onde houve ou há um pacto, trago sobre mim o
mesmo pacto. Porém se canto uma canção onde a motivação
foi adorar, honrar e louvar ao Senhor, trago sobre mim o
Espírito Santo de Deus.
Quem nunca foi abordado por alguém que não
crente nos alertando para que não cantássemos musica do
mundo? Lembro que na minha juventude, os nossos líderes
nos preveniam, nos encontros com os jovens da Mocidade
da Igreja, quando tentávamos impressionar algumas garotas
com nossos dotes musicais, cantando “gatinha manhosa”, os
líderes sempre nos pediam para dar uma pausa de pelo
103
104
menos cinco minutos entre os louvores que estávamos
cantando e o cantar das “músicas do Mundo”.
Lembro que meu Pai, Presbítero austero, quando
nos ouvia cantarolando alguma musica popular, vinha logo
perguntando: Qual o número desse hino? Nós ficávamos
corados de vergonha de está dando “mal testemunho”. E a
pergunta sempre vinha a mente. Por que não? Com o passar
do tempo e com a maturidade cristã, entendi a doutrina da
graça comum. E me sinto a vontade para responder estas
questões.
Talvez essa seja uma das grandes dúvidas no meio
evangélico. Existem diversos pontos de vista, muitas
explicações. Ás vezes parece que quando mais lemos sobre,
mais confusos ficamos. Por outro lado, um levantamento
bíblico nos traz explicações precisas e objetivas. Muitos
jovens, novos convertidos ou não, procuram seus líderes
para realizar esta pergunta.
Afinal, o cristão pode ou não ouvir músicas
seculares, músicas do mundo?
Há ainda os que já são convertidos há anos, mas
que sentem certa nostalgia e gostam de ouvir músicas da
‘sua época’. Para responder esta questão vamos realizar
uma separação clara. O que é lícito e o que é pecado.
Vamos começar ressaltando que existem músicas
como “Poderosas” e “Segura o tchan”, e também músicas
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clássicas de Beethoven, ou, por exemplo, canções infantis
do grupo ‘Palavra Cantada’. Como podemos ver, são
músicas do mundo bem diferentes.
Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.
Para começar o assunto, voltemos a atenção para a
passagem de 1 Coríntios 6:12. “Todas as coisas me são
lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas
me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma”. Esta é a referência para o assunto. Todo líder
cristão de respeito conhece esta passagem, pois nos ajuda a
esclarecer diversos assuntos para o cristianismo.
Esta passagem nos ensina uma coisa muito clara:
Nem tudo o que é permitido fazer é conveniente para o
cristão. Por exemplo, ouvir música cristã alta, a ponto de
incomodar os vizinhos. Mesmo a música sendo evangélica,
esta atitude não nos traz proveito, pois não reflete o amor de
Cristo. Outro exemplo básico: Fumar. A bíblia não traz
nenhuma passagem bíblica que condene o ato de fumar, mas
sabemos que isso não é proveitoso para o nosso próprio
corpo e para as pessoas que estão ao nosso redor.
Quando uma coisa não me convém, não significa
que é pecado e que devemos pedir perdão a Deus por isso,
mas significa que não edifica e que, portanto, não compensa
realizar tal coisa.
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Talvez ouvir músicas do mundo seja motivo para
alguém ser apontado como “estar em pecado”, mas
precisamos reconhecer que poucas músicas seculares
edificam a vida de uma pessoa.
O que edifica?
Basicamente o que ouvimos das músicas
seculares? Amores mal resolvidos, pensamento positivo,
amarguras de amores passados, revanche, desgosto. Sem
falar das músicas eróticas e que incentivam o crime ou
comportamentos não edificantes, como beber para se
consolar ou fumar para curtir. No final das contas temos que
ouvir 100 músicas do mundo para acharmos uma que não
seja tão ruim. Ainda assim não posso afirmar que vai nos
edificar em algo.
Por outro lado, a música cristã nos traz
pensamentos e revelações de pessoas que tiveram alguma
experiência com Deus e que nos ensinam, através da
música, a superar nossas dificuldades.
Em geral, muitas mulheres gostam de músicas
românticas e questionam se o cristão pode ouvir músicas
românticas seculares. Não conheço ninguém que tenha tido
um mover do espírito ouvindo músicas não cristãs. Mais
uma vez, não digo que é pecado um evangélico ouvir certas
músicas seculares, mas é bem claro que não edifica em
nada.
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As músicas evangélicas românticas, por outro
lado, nos ensina como podemos construir uma família, um
relacionamento sério fincado em fundamentos cristãos, de
acordo com a nossa fé. As músicas românticas seculares não
possuem este princípio e nos traz apenas nostalgia.
Música secular como inspiração
Outra dúvida frequente sobre ouvir músicas
seculares é se é ‘permitido’ ouvir estas músicas para se
inspirar, ou aprender novas técnicas. Normalmente, são
dúvidas de músicos profissionais que se convertem, ou de
pessoas da equipe de louvor. Podemos entender que é
aceitável ouvir músicas seculares para aprender coisas
novas, mas isso deve sempre ser discutido e avaliado com a
liderança da igreja. Pois precisamos deixar claro quais
músicas iremos ouvir, o que estamos buscando, qual o
objetivo claro disso?
Como mencionado no início do texto, por
exemplo, ouvir músicas do grupo Palavra Cantada para
desenvolver canções infantis é bem diferente de ouvir
músicas do Calipso ou Anitta.
Perdendo o gosto pela música secular
Outro ponto importante nesta questão é que
quando passamos a ter experiências com o Senhor, nosso
gosto por coisas não cristãs diminuem muito. Alguém que
tenha envolvimento na igreja, que realize estudo bíblico e
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participe frequentemente de reuniões cristãs vai, com
certeza, ter menos vontade de ouvir músicas seculares do
que aqueles que pouco vão à igreja, por exemplo.
A essência para compreender o assunto e pensarmos
no que é melhor para nós é nos dedicarmos a uma vida de
santificação e consagração. Quando isso acontece, o que
não edifica é automaticamente rejeitado pelo nosso espírito
e alma. Mas, se ainda assim, alguém perguntar se o crente
pode cantar ou ouvir músicas do mundo, a minha resposta
será: Claro que não! Simples e objetivamente: um cristão
não deve ouvir música do mundo. “Não Pastor, agora o
Senhor foi radical, pegou pesado!”, você poderia dizer.
Mas, calma. Antes de discordar do que escrevi e me
crucificar, é importante que entenda exatamente o que estou
querendo dizer. É que há um ponto nevrálgico nessa
discussão: temos de compreender precisamente o que é
“música do mundo” – que não necessariamente é o que se
costuma chamar por aí de “música do mundo”. Pois música
“secular” é uma coisa, música “do mundo” pode ser outra
completamente diferente. E aí nós temos uma questão
interessante a debater. Que, para solucionar, temos que
pensar sempre dentro da Bíblia.
(Só um alerta, em amor: essa questão não se define em 3 ou
4 parágrafos. Por isso, esta será uma resposta longa e, se
você estiver sem tempo de ler ou não tiver paciência de ler
textos compridos, sugiro que nem vá adiante. Mas, se
quiser prosseguir, vamos juntos, passo a passo.)
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1. O que a Bíblia chama de “mundo”?
Primeiro temos que compreender o que a Bíblia
chama de “mundo”. No contexto das Escrituras, “mundo”
(do grego kosmos) é todo um sistema de valores e práticas
que se opõem ao Evangelho, ou seja, àquilo que Jesus
ensinou. Ao Reino de Deus, Às boas-novas de salvação.
Logo, tudo o que contraria os genuínos ensinamentos
cristãos, a ética cristã, a moral cristã, os conceitos bíblicos
é… do mundo. E, nesse sentido, não é “mundo” com
significado de “universo” ou “planeta terra”, mas no sentido
de tudo aquilo que, em resumo, levaria Jesus a fazer careta.
2. Os cristãos não devem se misturar com o que é do
mundo
Tendo entendido o que é “mundo” segundo a
Bíblia, vamos ao segundo passo: provar biblicamente que
Jesus e o que é do mundo não se misturam. E, logo, que o
cristão e o que é do mundo não se misturam. Para isso,
vamos à Palavra de Deus:
1 João 2:15 – “Não ameis o mundo nem as coisas que há
no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não
está nele”.
João 1:10 – “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito
por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu”.
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1 Jo 4.4,5 – “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido
os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós
do que aquele que está no mundo. Eles procedem do
mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o
mundo os ouve”.
João 3:17 – “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele”.
João 15:19 – “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o
que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo
contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.
Há muitas outras passagens, como a famosa Jo
3.16, mas, para não tornar este texto demasiadamente
enfadonho, acredito que essas já são suficientes para
demonstrar essa realidade: se você é cristão, se você é sal
da terra e luz do… mundo… não deve se misturar ao
que vai contra Cristo e aos ensinamentos de Cristo.
E tudo o que vai contra Cristo… É mundo.
Até aqui tudo bem? Ficou claro que, segundo a
Bíblia, o cristão não deve se misturar com valores
anticristãos, ou seja, mundanos? Ok então, vamos adiante.
3. O que é música “do mundo”?
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Seguimos para o terceiro e fundamental passo:
definir o que exatamente é “música do mundo” – aquela
que, pelo que já vimos pelos dois passos anteriores, tem de
ser evitada pelo cristão. “Música do mundo” seria,
então, aquela que contraria o Evangelho, que se opõe
aos ensinos de Jesus, que leva aos ouvidos (e, em seguida,
ao cérebro e, como consequência, ao coração e à alma)
mensagens que batem de frente com a ética de Cristo,
com as boas-novas do Reino de Deus. Então, o conceito
de “música do mundo” está ligado diretamente a aquilo que
determinada canção diz: seus valores, sua filosofia, seus
ensinamentos.
Portanto, biblicamente, uma música ser ou não do
mundo não tem nada a ver com estilo musical, instrumentos
utilizados, melodia, harmonia ou ritmo. Tem a ver com
MENSAGEM. Com o que ela diz. Com o que ela defende.
Com o que ela ensina.
Tendo compreendido isso, vamos falar a respeito
de alguns mitos e algumas verdades sobre música “do
mundo” e música “cristã”:
1) A Bíblia não determina cantarmos ou ouvirmos
apenas músicas religiosas
Embora todos amemos e devamos louvar, elogiar
o Senhor em canções e reconhecer quem Ele é e faz, a
Bíblia não afirma diretamente em nenhuma passagem que o
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cristão só pode ouvir músicas que falem de Deus ou que
sejam louvores. Pelo contrário, uma leitura atenta dos livros
de Salmos, Cântico dos Cânticos e até mesmo Jó, por
exemplo, demonstram que a exaltação da criação de Deus,
do amor, de sentimentos belos são algo lícito ao povo de
Deus. O Salmo 150 infere que louvar deve ser uma
explosão de amor pelo Criador. Mas não há proibição
bíblica de cantar o amor de um homem pela mulher que
ama, por exemplo. Assim, não é antibíblico (logo, não é
pecado) eu escrever uma poesia de amor para minha amada
ou mesmo uma que exalte as belezas de cidades como a do
Rio de Janeiro, e em seguida musicar esses versos. Poderia,
por exemplo, cantar…
.Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
ou
Cidade maravilhosa,
Cheia de encantos mil!
Cidade maravilhosa,
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Coração do meu Brasil!
Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz,
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz.
…e não estaria cometendo absolutamente nenhum pecado.
Simplesmente porque nada do que a letra dessas músicas
diz contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de Jesus,
leva ao coração mensagens que batem de frente com a ética
de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus. Então a
conclusão lógica e bíblica é que músicas de amor, canções
que exaltam belezas naturais ou até mesmo que, sei lá,
contem uma história sobre dois camponeses em visita a uma
fazenda – e muitos outros tipos de músicas seculares que
não necessariamente são cantadas em igrejas, gravadas por
cantores supostamente cristãos ou que sejam tocadas em
rádios ditas “evangélicas” – são “música do mundo”.
Simplesmente porque não se encaixam na definição bíblica
de “mundo”. Não contrariam a Bíblia. Não se opõem a
Cristo. Não ensinam nada diferente do que está nas
Sagradas Escrituras.
São músicas seculares? Sim. São músicas que não
necessariamente falam de Deus ou de seus feitos? São. Mas
são músicas que contrariam Cristo ou o Evangelho? Não.
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Então, evidentemente não são louvores ou músicas sacras,
mas também não são músicas “do mundo”, ou seja, músicas
pecaminosas.
2) Muitas músicas seculares são sim “do mundo” e
devemos evitá-las
Aí você pode estar pensando “Ah! Então liberou
geral! Posso ouvir o que quiser!”. Não é bem assim amados.
Biblicamente você pode ouvir uma música que não
necessariamente fale de Deus, mas você SEMPRE tem que
prestar atenção na LETRA das músicas, na MENSAGEM
que elas transmitem. Se essas músicas apregoam valores
antibíblicos, porque aí sim elas são músicas do mundo. E
aqui vou dar exemplos práticos. Em pleno Rock in Rio, li
no Facebook uma cristã dizendo que estava triste porque
não poderia assistir ao show dos Titãs (Grupo Rock
brasileiro famoso). Por isso, decidi tomar esse grupo como
exemplo. Bem, os Titãs têm músicas cujas mensagens são
claramente antibíblicas. E, por definição, são “música do
mundo”. Por exemplo, comecemos com a música mais
óbvia, chamada Igreja. Leia com atenção a letra, com
especial atenção ao que está em negrito:
Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
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Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis.
Não! Não!
Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de Deus.
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
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Não tenho religião.
Não!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
Agora… você, que é cristão, me responda
sinceramente: você cantaria essa música achando que “não
tem nada a ver”? Se alegrando, sorrindo e pulando? Isso é
algo que uma pessoa lavada e redimida pelo sangue daquele
que foi à Cruz pelos pecadores sai cantando feliz da vida?
Haveria anjos ao redor se alegrando? Você responda.
Vamos a outra: Homem Primata. Selecionei um trecho:
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
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A vida é cruel…
E aí, crente? Cantamos e nos alegramos cantando isso?
“Deus contra todos”? Por favor, apenas pare um minuto
para pensar no que você está cantando: “Deus contra
todos“! Como assim?!
Para completar o pacote, só mais uma, da qual extraio um
trecho: Epitáfio
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…
O acaso? Mas se a Bíblia diz que há um Deus que
controla todas as coisas, como seria possível que “o acaso”
protegesse alguém? Biblicamente, “acaso” é um conceito
que não existe. Logo, Epitáfio traz uma mensagem
antibíblica. E, logo, lamento informar, é música do mundo.
Usei os exemplos do Titãs porque é um grupo bem
conhecido e você possivelmente já cantou essas canções (e
outras que são tão chulas que nem me atrevo a escrever a
letra aqui), como eu mesmo, na minha mocidade, mesmo
sendo crente, já cantei dezenas de vezes antes de Jesus me
converter, não fui a shows, mas, comprei os LPs (Isso é
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novo). Só que aí como somos salvos, o Espírito Santo passa
a habitar em nós e começa a nos ensinar e nos convencer do
pecado, da justiça e do juízo. E você, que é salvo, sabe
como essas coisas nos incomodam, não é? (Eu não tinha um
livro desse), que me mostrasse os por menores da vida
cristã. Aí você começa a ouvir as MENSAGENS que
grupos como os Titãs passam em músicas como essas (e
olha que só citei três, hein) e algo faz um clique no teu
espírito sobre esse papo “careta”, “radical”, “ortodoxo” e
“fundamentalista” de “não ouvir música do mundo”.
Mas, para não ficarmos falando somente de uma
banda, deixe-me pegar apenas um outro exemplo de um
universo de grupos e cantores que poderiam pegar: o
conhecido Barão Vermelho. Seleciono uma música que tem
um título bem sugestivo e que não era das minhas
preferidas, mas na minha ignorância bíblica da juventude eu
ouvia antes de Jesus me esclarecer, nos idos anos 80
chamada Nunca existiu pecado. Reproduzo as 3 primeiras
estrofes:
A rapidez velha do tempo
Revive inquisições fatais
Um novo ciclo de revoltas
E preconceitos sexuais
Por mais liberdade que eu anseie
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Esbarro em repressões fascistas
Mas tô a margem disso tudo
Desse mundo escuro e sujo
Não tenho medo de amar
Pra mim nunca existiu pecado
Essa vida é uma só
Nesse buraco negro eu não caio.
Ou seja, Barão Vermelho está defendendo por meio da
mensagem dessa letra que:
1. Não existe pecado;
2. O Cristianismo é sexualmente preconceituoso;
3. A ética de Cristo é uma “repressão fascista” porque
contraria aquilo que o pecador deseja fazer;
4. Quem afirma que existe pecado (obviamente nós,
cristãos) representa um “mundo escuro e sujo”;
5. A defesa da ideia de que existe pecado é um “buraco
negro”.
.
Agora me diga você: Em sua opinião, a letra dessa
música contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de
Jesus, leva ao coração mensagens que batem de frente
com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de
Deus… ou não? Se a sua resposta foi “sim”, então essa é
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uma música “do mundo”. Portanto, chegamos aqui à grande
conclusão: segundo os padrões bíblicos, “música do
mundo” NÃO é sinônimo de “música secular”. Logo, as
músicas do mundo sim, devemos evitar. As seculares, não
necessariamente.
3) Não existe um estilo musical chamado “música
evangélica”
O que existe é música feita a partir de realidades
bíblicas. E que podem ser feitas em diferentes estilos. “Vem
com Josué lutar em Jericó…”, por exemplo, é rock. “Aquele
que tem sede busca beber da agua que Cristo dá…” por sua
vez, é axé. Cassiane em geral tem muito forró. E por aí vai.
Logo, não existe nenhum estilo “maldito” ou, como diz um
amigo meu, “não existe dó maior ungido e sol sustenido
endemoninhado”. Se você for analisar com cuidado, verá
que “música evangélica” no imaginário popular é:
● Música cantada em igreja;
● Música cantada por cantor que frequenta igreja (dito
“cantor
evangélico”);
● Música gravada por grupo de louvor de igreja;
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● Música que toca em rádio “evangélica”;
● Música lançada por gravadora “evangélica”;
● Música que consta em algum hinário tradicional.
Só que, desses itens, alguns são muito duvidosos.
Das músicas cantadas em igrejas, muitas carregam em si
heresias e são músicas “do mundo” (calma, falaremos em
detalhes sobre isso daqui a pouco). Eu conheço
pessoalmente “cantores evangélicos” que vivem como
pagãos, são pecadores, só estão atrás dos bens materiais que
sua notoriedade pode lhes proporcionar. Existem “grupos
de louvor” inclusive em nossas igrejas que tocam pela fama
e o dinheiro ou para serem vistos e ouvidos. Querem apenas
fazerem seu Show, são movidos pelo “estrelismo” e não
por um desejo real de louvar o Senhor. Sei que muitas
“rádios evangélicas” só existem para gerar lucro e poder
para seus donos, que por sua vez vivem vidas pecaminosas
e totalmente fora do Evangelho. Conheço os bastidores de
certas “gravadoras evangélicas” onde o ambiente é tão
mundano que nenhum funcionário confia em sair pra
almoçar e deixar a bolsa em cima da mesa, pois ocorrem
furtos ali dentro. E entenda: eu conheço. Não ouvi falar. Sei
o que estou dizendo.
Portanto, dizer que só podemos ouvir “música
evangélica” (se por “música evangélica” entendermos o
que mencionamos acima) é uma afirmação cheia de
buracos.
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.
4) Fazer versões de músicas seculares com letras cristãs
não é pecado
Pelo contrário, é uma prática muito, mas muito
mais usual em nossos hinários do que você imagina. Uma
enorme quantidade das músicas contidas em hinários como
a Harpa Cristã e o Cantor Cristão, por exemplo,
originalmente eram canções entoadas em prostíbulos (não
vou dizer quais para que da próxima vez que você for cantálas não as considere indignas). Os músicos que tocavam
nessas casas de pecado se convertiam, pegavam as melodias
que conheciam (muitas das tinham letras originais que
falavam sobre encher a cara de uísque e vinho, além de
coisas similares), punham letras cristãs e passavam a cantálas durante os cultos, nas igrejas. Isso é histórico, basta você
estudar um pouco sobre isso que vai comprovar, não estou
inventando nada disso.
E não só músicas de bordel. Músicas seculares de
outras linhas também. O hino 185 da Harpa Cristã, por
exemplo, é o Hino Nacional da Inglaterra com uma letra
cristã: “Vem tu, ó Rei dos reis, buscar os teus fiéis…“. Já o
conhecido hino “Os guerreiros se preparam para a
batalha…” é o Hino Nacional das Ilhas Fiji, você sabia? O
tradicionalíssimo hino “Vencendo vem Jesus” (Glória,
glória. Aleluuuuuia!) é uma versão de uma música militar
da época da guerra civil americana chamada “John
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Brown”s Body”, que exaltava os esforços de um homem na
guerra. Um mulher cristã ouviu a melodia, gostou e pôs um
letra cristã. E, a partir daí, começamos a cantar em nossas
igrejas, Deus sempre foi louvado maravilhosamente por
intermédio dessa canção, a entoamos ainda hoje e o religare
do homem com o Criador ocorre perfeitamente – apesar da
origem pagã da música. Ou você achava que essa música
desceu do céu trazida por um anjo numa bandeja de prata?
Não, muitas músicas que consideramos “hinos sagrados” (e
são!!!) têm origem secular e são adaptações feitas para o
canto religioso.
Mais recentemente há exemplos como o do cantor
Marco Aurélio, que gravou “Caminhada” (“Eu vi Jesus,
Jesus me viu, no mesmo instante me redimiu…“). Ela nada
mais é do que a canção “My Way”, cantada por músicos
como Frank Sinatra e Elvis Presley. E por aí vai. A pergunta
é: essas versões deixam de ser válidas ou dignas de serem
cantadas em cultos e igrejas como hinos congregacionais
porque originalmente eram seculares? De jeito nenhum.
Pois tornaram-se músicas com MENSAGENS cristãs.
5) Muita música dita “evangélica” é “do mundo”
E aqui chegamos ao ponto mais polêmico de
todos. Só porque uma música foi composta ou é cantada por
alguém que se apresenta como cristão isso não quer dizer
que ela transmita valores biblicamente corretos. Há muitas e
muitas músicas “evangélicas” que são “do mundo”.
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Exemplo: tem um conhecido grupo gospel (que inclusive
saiu brigado de sua igreja) cujo vocalista (que agora já saiu
da banda para seguir carreira solo) na “ministração” antes
de começar uma de suas mais cantadas músicas em igrejas
fala como se estivesse orando a seguinte frase (está
registrada inclusive no CD):
– Nós queremos um romance contigo, Senhor.
O que? “Romance” com Deus? O Todo-Poderoso
Criador dos Céus e da Terra agora virou o quê? Nosso
namoradinho? Desculpem-me, mas isso é antibíblico e,
logo, mundano.
Outro exemplo:
Um conhecido corinho cantado em muitos
louvores, às lágrimas, por muitos de nós, diz a seguinte
coisa:
Diante dele se dobram os reis
E se prostram para O adorar
Nem os anjos que O cercam louvando
Se permitem sua face olhar
Só tem um detalhe: essa letra é antibíblica. Mateus
18.10 diz: “Cuidado para não desprezarem um só destes
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pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus
estão sempre vendo a face de meu Pai celeste”. Então
temos que decidir se os anjos contemplam a face de Deus
ou não. Eu fico com a Bíblia, que diz que sim, os anjos
contemplam a face de Deus, ao contrário do corinho. E se o
corinho diz algo que vai contra o que está na Bíblia,
desculpem, é “música do mundo”. “Ah, Pastor, o Senhor
está sendo radical, o resto da música é perfeito , afinal, é um
louvor tão bonito…”, alguém poderia dizer. Bem, aí entram
1 Co 5.6 e Gl 5.9, que dizem que, biblicamente, um pouco
de fermento leveda toda a massa. Nesse sentido sou radical
sim: basta uma única e pequena heresia na letra de um
“corinho”, de um “hino” ou de um “louvor” (como você
preferir chamar) para o descartarmos dos nossos cultos.
Isso sem falar dos chamados “corinhos do fogo”,
“do Retete” muito habituais nas igrejas pentecostais não
reformadas. Tem um que diz “O fogo santo está
queimando, o Espírito Santo está batizando“, referindose ao que os pentecostais chamam de “batismo no Espírito
Santo” e os tradicionais de “plenitude do Espírito”,
seguindo a linha defendida por teólogos como John Stott.
Fato é que, biblicamente, o responsável por esse fenômeno
é Jesus, o Deus Filho, e não o Espírito Santo. Outro ensino
antibíblico e, portanto, “do mundo”.
Fato é que toda letra de cânticos (congregacionais
ou não) “evangélicos” deve ser submetida ao crivo bíblico.
125
126
O certo não é o que a pessoa sente, se ela fica
emocionada, arrepiada ou se chora: o certo é o que está de
acordo com a Bíblia.
Como afirmou o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
em palestra durante um Encontro de Músicos, na PIB de
Manaus, “Raramente se fala de Jesus, e, quando se fala, dá
para notar que Jesus é muito mais um conceito para dentro
do qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de
classe média do que o Redentor e Salvador. A linguagem é
horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar
nas asas do Espírito, estar apaixonado por Jesus, subir
acima dos querubins… uma série de expressões que não
fazem sentido algum”. E, convenhamos, essa é a realidade
de nossas igrejas hoje.
Cantamos na igreja sem saber o que estamos
cantando, por ignorância teológica e porque determinada
música toca na rádio, é de um grupo famoso, está na moda e
o povo gosta. Por exemplo, no “corinho” abaixo…
Quero subir ao Monte santo de Sião
E entoar o novo cântico ao meu Deus
Mais que palavras minha vida eu quero entregar
Purifica o meu coração para entrar em Tua presença
Contemplar a Tua grandeza
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…o que as pessoas não sabem por desconhecimento bíblico
é que o “monte santo de Sião”, segundo Hebreus 12.22-24,
é um símbolo do Evangelho, da Igreja de Deus.
Consequentemente, todo cristão já está no “monte santo de
Sião”. E, por isso, não há teologicamente, segundo o Novo
Testamento, por que “subir” nele. Mais um equívoco
bíblico. Também cantamos em nossas igrejas:
Eu só quero Te amar,
Eu só quero ver Tua face
Quero Tocar Seu coração
Eu só quero Te amar,
Eu só quero ver Tua face
O mesmo cantor tem outro corinho que diz:
Quero te ver, quero te ver
Eu quero te tocar,
Eu quero te abraçar
Quero te ver
Detalhe: é importante repararmos que o cantor está
dizendo que quer ver Deus e sua face EM VIDA e não no
127
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porvir. Só que se nós formos ler Êxodo 33.20, é claríssimo e
inequívoco o que Deus diz a Moisés: “Não me poderás ver a
face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e
viverá”. Então o que estamos pedindo nesses corinhos é
para ver a face de Deus e morrer? Algo está biblicamente
errado e, se formos analisar, estamos fazendo pedidos
mundanos a Deus. Como eu “quero te ver” se Ele diz na
Bíblia que “homem nenhum verá a minha face , e viverá”?
Instinto suicida?
Em João 12.45 e João 14.9 Jesus afirma
claramente a forma de ver o Pai: ver a Ele próprio, Jesus.
“Quem me vê a mim vê o Pai”. Logo, é buscando Cristo e
sua pessoa em espírito que temos acesso a Deus, não tem
nada a ver com “eu só quero ver a tua face”. No discurso de
Pedro no dia de Pentecostes em At 2.28, ele deixa claro que
contemplar Deus face a face só ocorrerá na eternidade:
“Com a tua face me encherás de júbilo”. A face de Deus
é biblicamente inalcançável nesta vida. Logo, por que
ficamos cantando pedindo para “ver sua face”, já que isso
biblicamente não é possível – logo, é antibíblico? Pronto,
não me odeie por dizer isso, mas a falta de canonicidade
nessas afirmações de corinho tornam músicas como
essas…músicas “do mundo”.
Falar sobe música “evangélica”, “do mundo”,
“sacra”, “cristã” ou “secular” é um assunto muito sensível.
Pois mexe com muitas ideias pré-concebidas, com muitas
práticas que multidões adotaram por décadas em sua vida de
devoção, é contrariar crenças e práticas. Para um pastor,
128
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chegar à conclusão de que um corinho que ele cantou por
anos em sua igreja é música “do mundo” e, assim, removêlo do rol de canções que são executadas no culto não é uma
tarefa fácil. Exige oração, humildade e temor sincero a
Deus. Para uma ovelha que anatomizou durante anos
músicas seculares achando que “rock é coisa do diabo” e de
repente descobrir que bandas de “rock gospel” como
Oficina G3 têm letras e mensagens muito mais bíblicas do
que certos hinos de 200 anos de idade exige
quebrantamento.
Não estou falando aqui de estilo musical. Pois a
Bíblia não fala de estilo. Logo, estilo é um assunto restrito
aos gostos pessoais e não tem a ver com doutrinas e
teologia. Se uma música deve ter bateria ou não, se ela pode
ser acelerada ou não, se é rock, forró, bolero, valsa ou o que
for, não importa. Simplesmente porque biblicamente não
importa. O tal gênero “música evangélica” não existe. Cada
“música evangélica” carrega um estilo próprio, seja esses
que já mencionei, seja algum diferente, como Black music,
hip hop, blues, bossa nova, sertanejo, jazz, new wave, pop,
reggae, samba, ska ou qual for. Dizer que “música tal não é
do mundo porque é estilo evangélico e não rock” é uma
inverdade. Pois há músicas evangélicas que são rock. E –
repetindo – estilo musical só depende de uma única coisa:
gosto pessoal. Não tem nada a ver com Bíblia. Se estou
errado, por favor que alguém me prove nas Sagradas
Escrituras.
129
130
Sendo assim, nós temos de nos voltar para o que
interessa: a MENSAGEM. A pergunta que devo sempre me
fazer é “o que essa música está dizendo contraria algo da
Bíblia?“. Se a resposta for “não”, defendo que é uma
música que pode ser ouvida por um cristão. Pois vai trazer
alegria, paz, prazer. Sendo ela secular ou religiosa. Ouvir
Mozart, Bach, Haendel, Mendelssohn ou uma boa ária de
ópera, por exemplo, pode acalmar a alma de alguém em
estresse e assim criar uma condição em seu coração que lhe
permitirá orar a Deus com muito mais entrega. Eu já entrei
muitas vezes na presença de Deus ouvindo o violinista
judeu Itzhak Perlman executar ao violino o tema do filme
“A Lista de Schindler”, por exemplo. Chorei. Me derramei.
E fui muito mais sincero e entregue a Deus do que se tivesse
posto para ouvir um desses CDs de pop brega evangélico.
A ao fazermos a pergunta “o que essa música está
dizendo contraria algo da Bíblia?” temos de estar
preparados para sofrer. Pois vamos perceber que muito do
que cantamos em nossas igrejas é música “do mundo” pela
simples razão de que afirma coisas que a Bíblia não diz.
Sei que o que aqui escrevi contraria a crença de
muitos. Certa vez, ao ministrar numa Escola Dominical uma
aluna ficou tão ofendida pela verdade que falei de que hinos
da Harpa Cristã vinham de bordéis que se levantou e se
retirou da sabido por muitos que a Assembléia de Deus tem
pregado que seu hinário a Harpa Cristã tem todos os hinos
inspirados por Deus. Isso não é verdade. Inspirado por Deus
é somente a Bíblia. Os únicos cânticos inspirados são os que
130
131
estão no livro dos Salmos. Os hinos e canções que cantamos
hoje nas nossas reuniões de louvor e adoração, com os
hinários, quer sejam Harpas Cristãs, Cantor Cristão ou
Hinário Novo Cântico no máximo, são Iluminados por
Deus, mas não inspirados. Sei que isso mexe com
convicções e emoções. Mas não posso jamais fugir do que
as Sagradas Escrituras dizem. Não podemos fugir da
verdade. São as Escrituras que deve sempre nos nortear – e
não aquilo que ficou estabelecido pela cultura popular (em
especial a cultura popular evangélica) ao longo das décadas.
E falo como evangélico, não sou desses pastores e teólogos
revoltados que inventaram agora que ser “evangélico” é
palavrão. Nada disso. Falo como filho da Reforma
Protestante, herdeiro de Jesus e também de reformadores
como Lutero e Calvino. Não renego minhas origens. Sou
cristão, de tradição evangélica e me orgulho disso.
Para terminar, volto ao início de nosso texto, para
a pergunta-título. Se você me perguntar “um cristão deve
ouvir música do mundo?”, eu vou voltar a afirmar: “Claro
que não!”. Pois o cristão deve sempre caminhar de acordo
com as Sagradas Escrituras. E se uma música, secular ou
religiosa, traz em si ensinamentos antibíblicos… meu
irmão, minha irmã, desligue o rádio, mude de canal, não
ouça essa música nem muito menos a cante.
Amados, não torneis a apresentar vossos membros
ao pecado como instrumento de iniquidade. Não torneis aos
velhos rudimentos do mundo, pois as coisas velhas ficaram
para trás! Se alguém tem alguma dificuldade, ore ao Senhor,
131
132
que é poderoso para suprir cada necessidade de forma digna
e honrosa ao seu nome!
Em outras palavras, vocês já morreram para o
mundo, portanto não vos conformeis com o mundo e sequer
se passe pela cabeça voltar a cantar as músicas mundanas. É
óbvio que todos que cantam no mundo, cantam as músicas
do mundo recheadas de tudo o que não presta, pois é isso o
que o mundo gosta de ouvir.
Não se deixem seduzir pelo convite do diabo, da
vossa boca saiam apenas louvores ao Senhor. Não façam
como fizeram Elvis Presley, John Lennon, Michael Jackson,
Buchecha, Thales Roberto e tantos outros que foram
seduzidos pela glória do mundo. Já é um fato provado que
qualquer coisa que alguém deixe ocupar sua mente vai mais
cedo ou mais tarde determinar sua linguagem e
comportamento. Esse é o princípio por trás de Filipenses
4:8 e Colossenses 3:2-5: estabelecer pensamentos que
agradam a Deus. 2 Coríntios 10:5 diz que devemos levar
“cativo todo pensamento à obediência de Cristo”. Essas
passagens deixam bem claro a que tipo de música não
devemos escutar.
1.3
- Regra Básica de Comportamento
132
133
Geralmente, observamos que, para quem não é
cristão, ser cristão é ser um exemplo de postura, educação e
ética social.
Contudo, como cristãos, nós fazemos jus à essa imagem?
Primeiramente, ser cristão, ou seja, seguir a Cristo,
não simplifica-se apenas ir à igreja. De fato, estamos
conscientes da nossa postura cristã?
O nosso comportamento reflete a importância que
damos à igreja de Deus. Por exemplo, quando temos um
compromisso profissional, pensamos em cumprir o horário
de chegada e de saída, e de antemão, nos antecipamos caso
ocorra imprevistos. No entanto, temos esse mesmo
compromisso de horário para assistirmos aos cultos?
Por que priorizamos um compromisso e não
outro? Simplesmente, está ligado à importância que
atribuímos a esses compromissos.
Não me refiro, nesse texto, em relação às pessoas
que trabalham e não podem chegar no horário de início
regular dos cultos. Ao contrário, me refiro às pessoas que
têm possibilidades e disponibilidades de cumprirem horário,
porém, não o fazem.
Essa seria uma postura cristã exemplar aos
demais: a disciplina para com Deus. Por mais que, tal
comportamento pareça ser mínimo e não causar danos, pode
133
134
gerar impacto aos demais: alguns podem pensar que têm os
mesmos direitos e se espelhar em maus comportamentos,
tornando-se “de igual”.
Assim como, no ambiente profissional e
educacional, somos vistos e, muitas vezes, copiados pelos
demais, assim também é no ambiente cristão.
Se nós mesmos observamos os demais irmãos
dentro da igreja, nós também somos observados pela nossa
postura e atitude.
Por isso, cabe a nós, zelar pelas nossas atitudes,
assim, tornando-nos uma referência boa aos mais novos na
fé ou aqueles que ainda estão despertando na fé.
Segundo o estudo do Behaviorismo, uma
abordagem da Psicologia, nós, seres humanos, somos
influenciados e influenciamos o tempo todo. Pois todos nós
fazemos parte dos mesmos ambientes, por isso, sem ao
menos perceber, nosso comportamento afeta os demais
outros comportamentos.
1.3.1 – NA IGREJA
Vivemos numa época em que a maioria dos
cidadãos gozam de liberdade, porém, infelizmente, muitos
estão usando a liberdade para a destruição. As regras sociais
são prescrições de comportamento e existem para
disciplinar o convívio humano. O crente deve ser exemplo
134
135
para outros em todas as áreas da vida, inclusive no trato,
isto é, na maneira educada e gentil com que se relaciona
com as pessoas. É da vontade de Deus que seus filhos sejam
completos, perfeitos em toda a sua maneira de viver. Paulo
se esforçava para instruir seus discípulos com o fim de
apresentá-los perfeitos a Deus: “Ninguém despreze a tua
mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na
palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.”
(1Tm 4:12).
Quem serve a Deus, serve ao seu próximo; e
quem serve ao seu próximo serve a Deus. O Senhor nos
ensinou:
“[…] Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a
um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mt
25:40)
Já no Salmo 100:2 está escrito:
“Servi ao Senhor com alegria […]”
135
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Esse sentimento puro deve ser constante na vida
cristã. O crente deve ter prazer no que faz servindo ao
SENHOR. Paulo também aconselhou a igreja em Colossos:
“Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora;
aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre
agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis
responder a cada um.” (Cl 4.5-6).
Por outro lado, Jeremias adverte dizendo:
“Maldito aquele que fizer a obra do
relaxadamente!” (Jr 48:10)
1.3.4.1
SENHOR
- No Culto
Para quem não sabe o que é a Igreja física (templo
prédio), é um lugar onde chamamos de casa de Deus, onde
nós vamos para adorar ao Senhor, é um lugar exclusivo para
cultuar o nome de Deus, então o que ocorre lá chamamos de
culto, que é esse momento de cultuar o nosso Deus, com
louvores, pregação, etc. Mais o que acontece é que algumas
pessoas ainda não aprenderam o que significa
136
137
comportamento fora de casa, não sei porque mais agem
como se isso não precisassem no culto. Estou trazendo essas
dicas para quem deseja realmente ser um crente fiel e fazer
brilhar a sua luz diante dos homens e agradar a Deus.
Normalmente as pessoas que vão à igreja querem
entrar em uma sintonia maior com Deus, ouvir Sua voz e
aprender a servi-Lo melhor. E é interessante notar, que
quando alguém chega à Igreja Evangélica pela primeira vez,
ela pensa que todas as pessoas que ali estão, são pessoas
santas, boas, que vão cuidar de seu problema com carinho,
pois ali não tem gente egoísta, maliciosa, invejosa que quer
puxar seu tapete. Ali é o pedacinho do céu. Claro que é na
igreja que vivemos os momentos mais marcantes de nossa
vida. Mas, basta passar um período relativamente grande
convivendo com aquelas pessoas, que logo se descobre que
ali tem muita coisa errada e consequentemente muitas
falhas. E até defeitos sérios de caráter. Mas isso tem em
todos os lugares onde houver pessoas imperfeitas e
pecadoras.
Isso se dá, porque essas pessoas que ali estão, são
pessoas que também vieram do mundo com seus vários
problemas e desvios de caráter. E estão ali também
procurando se tratar. Se tomarmos o Exemplo de um
hospital; lá tem doentes em vários níveis: Tem o Doente
Crônico, tem aqueles que estão em fase aguda com taxa alta
de enfermidade, tem aqueles que já estão sendo tratados e
estão se curando, tem aqueles que já estão curados e tem
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aqueles que já estão saudáveis e ajudam os médicos a cuidar
dos enfermos e tem aqueles que já estão prontos para
receber alta. Na Igreja, você encontrará pessoas como você
que sentiu uma dor e precisa solucionar este problema o
mais rápido possível, mas terá que ter paciência e conviver
por algum tempo com doentes espirituais crônicos e ter
consciência e compaixão para saber que não é porque a
pessoa quer ser doente, mas o pecado e seu histórico de vida
e exposição ao meio pecaminoso provoca essas reações que
para quem está fora é um escândalo e até decepcionante.
Agora você entende, porque tem tanta gente nas
igrejas que não vivem a pratica do evangelho e causa
decepção nas pessoas que chegam pela primeira vez na
Igreja. Faça como Jesus, quando alguém lhe ferir, maltratar
ou te decepcionar diga – Pai, perdoa-lhe porque ela não
sabe o que faz (Lc 23.34). Leia também (Gl 6.2).
Agora você conhece a Verdade, é na Igreja que
você tem o novo nascimento, recebe forças para os
momentos mais difíceis, faz suas grandes escolhas, na
maioria das vezes conhece seu futuro marido ou esposa,
casa-se ou salva seu casamento, se alimenta na Santa
Ceia… Enfim, a igreja não é apenas um lugar para passar
um período da nossa vida, mas enquanto estivermos neste
mundo, ela será como um Hospital para nos tratar, um
Consultório Psicológico onde podemos aliviar as tensões, e
finalmente a porta do céu para nós.
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Por ser tão especial, todos devemos aprender a
nos portar à altura, como está escrito: “Guarda o pé,
quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a
ouvir do que oferecer sacrifício de tolos, pois não sabem
que fazem mal.” Eclesiastes 5.1
Isto é reverência e respeito. Quando vamos a um
tribunal, percebemos logo o ambiente solene e de respeito.
Será que a igreja é inferior a esses lugares importantes? Será
que o nosso Deus merece menos reverência que um homem
atribuído de autoridade?
Imagino quais foram suas respostas, por isso é
bom seguir algumas dicas, para que todos possamos, a cada
dia, oferecer uma oferta mais perfeita.
O Brasil é conhecido por ser um País onde tudo
começa atrasado, e ninguém está acostumado a levar a sério
os horários.
Fuja deste péssimo hábito e procure chegar mais
cedo e sentar-se próximo ao altar. Além de ter um melhor
aproveitamento, você estará deixando os lugares de trás
para quem chega depois. E, se por motivo de força maior
você não conseguiu chegar no horário, entre de forma
discreta e acomode-se rápido.
Essa recomendação sobre atrasos aplica-se
também aos casamentos: a igreja tem várias atividades em
um mesmo dia, as noivas devem ficar atentas a isso. O
139
140
atraso, além de ser desagradável para seus convidados,
atrapalha as demais atividades do pastor e da igreja.
Totalmente perdoável até 15 minutos, mas passou disso,
fica muito deselegante.
Se você tem crianças, acomode-as nas salas da
EBI, onde tem pessoas especializadas para ensinar a Palavra
de Deus na linguagem delas. Mas, se prefere que elas
fiquem com você, procure os lugares atrás e nas pontas das
fileiras. Lembre-se de que todos esforçaram-se para estar ali
e não devem ser atrapalhados. E são apenas uma ou duas
horas no máximo.
Não veja como igreja apenas o salão principal,
mas ela por inteiro merece respeito. Se o culto está em
andamento, nada de ficar na porta batendo papo. Quando
alguém faz isso, está explicitamente mostrando que o que
acontece lá dentro não lhe interessa.
Participou da Santa Ceia ou de algum propósito,
gerou papeis desnecessários, guarde o seu lixo com você até
o momento de sair e colocar nas lixeiras.
Os obreiros são fundamentais no desenvolvimento
da igreja, eles são os maiores colaboradores dos pastores.
Ajudam a acomodar as pessoas, atendem ao bom
andamento da reunião, mas precisam agir com discrição e
sabedoria até ao se olharem.
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Lembro-me de uma vez, ao final de uma reunião,
ter atendido uma senhora muito brava que dizia,
insistentemente, que não voltaria mais à igreja. Para
surpresa minha, ao perguntar o que havia acontecido, ela
disse-me que uma obreira estava rindo dela por causa do seu
problema de saúde.
Ao verificar com a obreira o que tinha acontecido,
ela disse que estava rindo para sua outra amiga obreira, do
outro lado do salão. Vejam que com um pequeno mal
entendido, perdemos almas.
Talvez seja até fácil ir à igreja para assistir aos
cultos, mas o que Deus requer de cada um de nós é muito
mais do que estar ali, mas ter ouvido e atenção só para Ele.
Por inúmeras vezes você foi ajudado por meio de
um culto, mas, talvez, você também tenha uma experiência
de ter sido atrapalhado por alguém.
Essa lista de boas maneiras na Igreja é para que
todos possamos ter um melhor aproveitamento nos cultos.
A Igreja é um lugar de respeito todos vão à Igreja
porque querem adorar a Deus, e tem gente que parece que
não entendeu isso. Então, eis algumas dicas:
Quando você entrar na Igreja, se ajoelhe ou sente-se e
ore: é bom ter muita reverência na casa de Deus e então
nada melhor do que você reservar um tempo para falar com
Deus, se possível vá mais cedo
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Momento de Oração – Se ao chegar atrasado à Igreja e o
Culto já estiver começado, você chegou no momento da
Oração. Não Entre no Templo, aguarde na porta a oração
terminar e só então procure um lugar para sentar.
Momento da Leitura – Da mesma forma se a Congregação
estiver fazendo a leitura Responsiva ou Alternada. Não
entre, espere terminar a leitura. E só então se dirija a seu
lugar em Silêncio.
Cumprimentar os Irmãos – Devemos cumprimentar os
irmãos antes de o culto começar ou após o seu termino.
Caso chegue atrasado, entre em silêncio e não cumprimente
ninguém, para não tirar a atenção das pessoas. Tem gente
que além de chegar atrasado, tira a concentração das
pessoas, dizendo em voz alta: Paz do Senhor irmãos! Graça
e Paz! Isso é ridículo! Total falta de reverência na Casa de
Deus.
Sair do seu Lugar – Se precisar sair de seu lugar por um
motivo justo, procure caminhar pela lateral do templo;
nunca pelo corredor central. Evite ao máximo chamar a
atenção para si.
Sentar nos últimos bancos – Quando você chegar a Igreja,
procure sentar-se nos bancos do meio das fileiras, nem na
frente e nem nos últimos bancos. Tem crentes que parece
que tem medo de entrar no Templo e ficam se acumulando e
se entulhando nos últimos bancos, impedindo os visitantes
de se sentarem ou os constrangendo, forçando-os a entrar
142
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passando pelo corredor até os bancos vazios do meio do
templo. Amados vamos organizar. Se você é membro da
Igreja e tem compromisso com as atividades eclesiásticas,
ou seja, canta no conjunto de senhoras, homens ou coral,
banda, grupo de louvor ou coreografia, então ocupe os
primeiros bancos. Se é membro e não tem nenhum cargo ou
compromisso na liturgia, ocupe os bancos do meio. Deixe
as cinco ou três últimas fileiras de bancos para os visitantes
se acomodarem.
Criança Chorando – As Crianças de colo costumam
chorar por qualquer motivo. Portanto, caso aconteça com
você. Saia discretamente com a criança e fique lá fora até
ela se acalmar. Depois discretamente volte ao seu lugar.
Desligue o seu celular: Vai que alguém resolve te ligar, é
melhor evitar tirar a concentração sua e das outras pessoas.
O celular ainda é campeão no ranking da indiscrição: ao
entrar na igreja, desligue-o e dê prioridade para o que é
prioridade.
Vá ao banheiro ou beber água antes do culto começar ou
após seu término: se tiver que ir ao banheiro vá antes do
culto começar ou depois que terminar, não é bom ficar indo
toda hora para fora e nem pisando para cima e para baixo.
Não faça nos toaletes da igreja o que você não faria na sua
casa, como jogar papel no chão ou no vaso sanitário, deixar
torneiras abertas, luzes acesas etc.
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Não fique cochichando: tem gente que acha que Igreja é
lugar de fofoca e de falar mal da vida dos outros na hora do
culto, toma vergonha na cara e vá se converter, tira a
atenção dos outros e ainda acha que está abalando.
Respeite o pregador: Na hora da pregação o pregador está
falando e tem gente que olha para todo lado ou começa a ler
a Bíblia ao invés de prestar atenção no que a pessoa que está
na frente está falando. Lembre-se quando oramos falamos
com Deus. Na Pregação Deus está respondendo a sua
Oração. Portanto, preste atenção a cada detalhe.
Igreja não é desfile de moda: Tem gente que parece que
está na passarela dentro da Igreja fica toda hora desfilando
como se estivesse no fashion Week. Se você for assim, por
favor, pare, somos cristãs e cristãos filhos de Deus e não
modelos.
Evite chicletes, salgadinhos, e ainda uma recomendação
para as mães que querer controlar suas crianças com sacos
enormes de salgadinhos: além de prejudicar a saúde do seu
filho, quando termina o culto há sujeira por toda parte.
Evite ficar falando: Quanto mais silêncio você fizer,
melhor será para você e para os outros, afinal Igreja é lugar
de muito respeito e reverência.
Tenha modos ao sentar: Não sente como se estivesse no
sofá da sua casa, entra e senta como se estivesse em um
lugar que tem alguém o tempo todo te observando, porque é
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assim que realmente é na Igreja, se alguém não te observa,
Deus está o tempo todo te vendo.
Mantenha seu lixo consigo. No uso de qualquer atividade,
ou anotações que não são aproveitadas, coloque o lixo no
bolso ou bolsa até está lá fora e coloque numa lixeira. Não
jogue lixo no chão da Igreja.
Não durma no culto: Você tem que saber que dormir só
em casa. Além de falta de respeito com o pregador e a casa
de Deus é falta de reverência.
Não levem a mal minhas dicas, parece óbvio, mas,
eu sei que tem pessoas que precisam ler isso!
1.3.1.2 - Com o Pastor
O pastor é um homem especial, tem uma chamada
especial; mas continua ser humano. Suas reações, por mais
discretas, dirigidas ou reprimidas, revelam ao filho menos
atento quando alguma coisa entra em estado de alerta,
abatimento, ou crise. Como homem, o pastor tem a
necessidade de desabafar e de trocar experiências com
alguém sobre suas preocupações, provações, decisões.
Ninguém melhor do que sua esposa para ouvi-lo e ajudar
nos impasses. Acontece que a mulher do pastor é mãe e seu
comportamento emocional se altera e isto se reflete nas
relações do lar. Mais cedo ou mais tarde o elo de
preocupações estará feito e todo o grupo vai perceber e pode
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sofrer; até calado, mas sofre. Aprendi, bem pequenino,
como filho de presbítero, que: “em boca fechada não entra
mosca”; “quem muito fala, muito erra”. “quem muito fala
dá bom dia a cavalo”. “o peixe morre pela boca”.
Como as pessoas se esquecem de que o pastor é
mortal, sujeito a erros, fraquezas, angústias, tristezas! É
filho de Deus, com missão especial no reino e precisa da
misericórdia constante para exercer esse ministério. No
mundo acadêmico o verbo é saber. No mundo artístico o
verbo é criar. No capitalismo, o verbo é ter. No ministério
pastoral, o verbo é ser. Ser ministro do Evangelho é um
grande privilégio. O Apóstolo Paulo concluiu: “Mas, pela
graça de Deus, sou o que sou...” I Co 15:10.
Pastores são obreiros segundo o coração de Deus,
homens segundo o coração de Deus; são aqueles que têm
uma consciência amadurecida da sua condição diante do
Senhor e da obra que têm para realizar. O pastor é um
profeta; é porta-voz de Deus. “Não havendo profecia, o
povo se corrompe...” Pv 29:18. Nunca duvidem, porque
Deus mostra mais coisas ao pastor do que se imagina... Ele
tem informações privilegiadas, vindas do céu, no tempo e
no espaço. ”Ele é o anjo da igreja” Ap 2:8. “Com certeza o
Senhor Deus não fará nada, sem antes revelar o seu
segredo aos seus servos, os profetas” Amós 3:7.
O profeta Jeremias diz que “É Deus quem dá
pastores ao povo”. O pastor não é um empregado da Igreja,
é um servo exercendo o ministério recebido do céu,
convocado por Deus. “E vos darei pastores segundo o meu
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coração, que vos apascentem com ciência e com
inteligência” Jr 3:15. O dinheiro que gera o salário do
pastor é de Deus; fruto do dízimo que as pessoas devolvem
à Igreja. O patrão é o Senhor; é com o dinheiro dele que se
sustenta a obra. A Igreja apenas administra e obedece ao
que lhe foi ordenado: “...Digno é o obreiro do seu
salário...”. Lc 10:7.
O pastor é sentinela da verdade. Doa a quem doer:
se Deus mandar, o pastor tem que pregar o que lhe foi
ordenado. “Jamais deixei de anunciar todo o desígnio de
Deus” At 20:27.
O pastor é um guardião do Evangelho e das
doutrinas: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos
homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se
agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” Gl
1:10.
Com missão tão gloriosa e árdua a cumprir, os
pastores se esforçam para agradar e sofrem quando
percebem que a expectativa do povo era maior e mais,
muito mais. Os que exigem perfeição no trabalho do pastor
(e são muitos), cobram e cobram, não deixando passar nada.
Há até aqueles que falam mal da Igreja, do pastor, da
denominação, de tudo, perto das crianças e depois vão
procurar ajuda para entender as causas do desajuste
espiritual dos seus filhos e dos filhos dos outros. Promovem
encontro disto, daquilo e daquilo outro, tentando buscar
recursos para ajustar a família. Causas de desajuste? Um
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deles, com certeza é o mau exemplo. Às vezes, não se
compreende porque tantos jovens se afastam da Igreja e
fogem dos crentes; não querem nem ouvir falar de Bíblia;
de culto de oração; de escola bíblica;... Embora tenham sido
pessoas educadas, desde bebês, num ambiente cristão, dia e
noite, na Igreja e se decepcionaram com alguma coisa.
O pastor é mensageiro de Deus, conselheiro,
profeta, nosso irmão na fé, porém, não é super-homem. É
humilde servo do Senhor, chamado para o cumprimento da
missão. Há muito espinho na obra, pode-se garantir isto. Ele
precisa do apoio, das orações, de cooperação para não
fraquejar nem esmorecer nas tentações.
O pastor precisa preparar, por ano, no mínimo,
mais de cento e cinquenta mensagens, só para o púlpito;
mais ainda para os cultos fora da Igreja. Ele precisa ler e se
atualizar, sempre, para não ficar repetitivo; a sua aparência
deve estar ótima; o humor em nível altíssimo; a paciência
deve ser inesgotável. Se errar, dificilmente será
compreendido. Muitas pessoas, com muita experiência,
perseguem os pastores, exigem deles a perfeição, desafiam e
perturbam o ministério, em nome de um enorme zelo pelo
Evangelho. Zelo pelo Evangelho seria adotar os princípios
da ética cristã e contribuir para a valorização da obra da
Igreja através do exemplo de sua vida espiritual, em
crescimento, com muita discrição e muito zelo ao falar. A
discrição passa longe, muitas vezes. Ninguém pode negar
que os tais são experientes mesmo.
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Derrubam o que encontram pela frente. Nada para
eles está bom, tudo está errado, são campeões de críticas e
só críticas. Os experientes profissionais não têm nenhuma
pressa, às vezes, levam anos e anos, até conseguirem êxito.
Atiram no que veem e derrubam o que não são capazes de
ver: o bom nome da Igreja.
1.3.1.2.1 - O verdadeiro Crente tem Respeito Pelo Pastor
ao:
1 - CONSIDERÁ-LO MENSAGEIRO, DE DEUS
Que os homens nos considerem como ministros de
Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. (1 Cor 4:1)
E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era
uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um
anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo. (Gal 4:14).
2. NÃO DESPREZÁ-LO, NA QUALIDADE DE
PROFETA DE DEUS
Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me
recebe a mim, recebe aquele que me enviou. (Mt 10:40)
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Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem
vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me
rejeita, rejeita aquele que me enviou. (Lc 10:16).
Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o
exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito,
na fé, na pureza. (1 Tm 4:12).
3 - OUVIR SUAS INSTRUÇÕES, BÍBLICAS
Porque os lábios do sacerdote devem guardar o
conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei
porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos.
(Malaquias 2:7).
Todas as coisas, pois, que vos disserem que
observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em
conformidade com as suas obras, porque dizem e não
fazem; (Mt 23:3)
4. SEGUIR-IMITAR SEU EXEMPLO, SANTO
Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.
(1 Cor 11:1) Sede também meus imitadores, irmãos, e tende
cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que
assim andam. (Filip 3:17).
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6. IMITAR SUA FÉ (DOUTRINA BÍBLICA, FÉ
PURA)
Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram
a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a
sua maneira de viver. (Hb 13:7).
6. TÊ-LO EM ALTA REPUTAÇÃO
Recebei-o, pois, no Senhor com todo o gozo, e
tende-o em honra; (Fp 2:29).
E que os tenhais em grande estima e amor, por
causa da sua obra. Tende paz entre vós. (1 Ts 5:13) (Esta
paz inclui a paz entre a igreja e seu pastor).
Os presbíteros que governam bem sejam
estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os
que trabalham na palavra e na doutrina; (1 Tim 5:17).
7. AMÁ-LO
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152
Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e
em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso
amor para conosco, assim também abundeis nesta graça. (2
Cor 8:7).
Vindo, porém, agora Timóteo de vós para nós, e
trazendo-nos boas novas da vossa fé e amor, e de
como sempre tendes boa lembrança de nós, desejando muito
ver-nos, como nós também a vós; (1 Tes 3:6)
8. ORAR POR ELE
E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo
e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas
orações
por
mim
a
Deus;
(Rm
15:30).
Ajudando-nos também vós com orações por nós, para que
pela mercê, que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas
também sejam dadas graças a nosso respeito. (2 Cor 1:11).
E por mim; para que me seja dada, no abrir da
minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o
mistério do evangelho, (Ef 6:19).
Orai por nós, porque confiamos que temos boa
consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se
honestamente. (Hb 13:18).
152
153
9. OBEDECER-LHE
Que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele
que auxilia na obra e trabalha. (1 Cor 16:16).
Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles;
porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de
dar conta delas; para que o façam com alegria e não
gemendo, porque isso não vos seria útil. (Heb 13:17)
10. DAR-LHE ALEGRIA
Como também já em parte reconhecestes em nós,
que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa
no dia do Senhor Jesus. (2 Cor 1:14).
E escrevi-vos isto mesmo, para que, quando lá
for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrarme; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de
todos vós. (2 Cor 2:3).
11. AJUDÁ-LO
Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a
Estáquis, meu amado. (Rom 16:9)
153
154
E peço-te também a ti, meu verdadeiro
companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam
comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros
cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. (Filip
4:3)
12. SUSTENTÁ-LO
E ordenou ao povo, que morava em Jerusalém,
que desse a parte dos sacerdotes e levitas, para que eles
pudessem se dedicar à lei do SENHOR. (2 Cro 31:4)
Quem jamais milita à sua própria custa? Quem
planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta
o gado e não se alimenta do leite do gado? Digo eu isto
segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo?
Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao
boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos
bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por
nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com
esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de
ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais,
será muito que de vós recolhamos as carnais? (1 Cor 9:711).
E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus
bens com aquele que o instrui. (Gal 6:6)
154
155
13. ORAR PELO AUMENTO DO NÚMERO DE
PASTORES (FIÉIS)
Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros
para a sua seara. (Mt 9:38).
1.3.1.2.2 -Há ainda 20 Coisas que você pode fazer para
honrar o seu Pastor:
1. Encontre alguns jovens dispostos a serem babás por
uma noite e cuidar dos filhos dele. Assim ele poderá
levar a esposa dele para um encontro.
2. Dê um feedback positivo sobre algum sermão que
ele pregou ou qualquer outra coisa que ele fez que
lhe ajudou.
3. Organize um “Encoraje nosso pastor” onde os
jovens poderão escrever textos de encorajamento,
fazer desenhos ou qualquer outra coisa que possa
servir como encorajamento para ele.
4. Ore por ele em todos os cultos do ministério de
jovens.
5. Mantenha seu pastor atualizado do ministério de
jovens sempre informando-o das principais coisas
que aconteceram durante a semana.
155
156
6. Mantenha-o informado se algo fora do comum
acontecer e que pode prejudicá-lo mais tarde.
Conflitos, erros, problemas financeiros, decisões
estúpidas, coisas moralmente questionáveis, etc. Ele
prefere ouvir isso de você do que de outra pessoa.
7. Compre algo de vez em quando para ele. Não
precisa ser algo caro, um livro, um cartão, um café,
qualquer coisa.
8. Esteja junto com ele. Apoie publicamente as
decisões dele e o defenda contra as críticas.
9. Mostre interesse. Pergunte regularmente como ele
está e comece a perceber algumas dicas sobre o que
está acontecendo na vida dele.
10. Mantenha a confiança dele em você não contando o
que ele lhe diz para outras pessoas. Fofocar pelas
costas do pastor é um grande golpe contra o
relacionamento de vocês.
11. Se você tem alguma coisa importante para discutir
com ele, faça em particular. Nunca, nunca discorde
dele em público.
156
157
12. Convide seu pastor para um evento do ministério de
jovens que você sabe que ele irá mandar bem.
13. Convide-o para um evento casual com você e sua
família, como um churrasco ou uma janta. Comer
junto é um ótimo quebra-gelo e aumentar a
comunhão entre você em um ambiente casual poderá
fazer maravilhas no relacionamento de vocês.
14. Faça algo junto com seu pastor que ele goste ou que
o relaxe. Assista a um jogo, vá pescar, acampar ou
jogar futebol.
15. Prepara-se para servir em alguma área diferente do
seu ministério.
Claro que isso não significa que você deve fazer
tudo e qualquer coisa o tempo todo, mas quando
você vê que o seu pastor tem uma necessidade,
ajude.
16. Traga o lanche favorito dele nas reuniões.
17. Faça algo que você sabe que ele não gosta de fazer,
como cortar o gramado, lavar o carro da igreja,
cuidar da papelada da igreja ou coisas do tipo. Sirva
bem.
157
158
18. Apoie sua esposa, se ele tiver uma. Mostre a família
do seu pastor que você os aprecia pelos sacrifícios
que eles fazem para o bem da igreja.
19. Faça um esforço para entender as motivações por
detrás das decisões do seu pastor. Sempre pergunte
antes de fazer algum julgamento.
20. Faça o seu trabalho bem feito. Se você é um trunfo
para ele e para a igreja, essa é a melhor maneira de
servir a Jesus e ele.
1.3.1.3- Com as Autoridades Internas
1.3.1.3.1 - PRESBÍTEROS –
Não só os irmãos devem procurar conhecer os seus
presbíteros, estimá-los devidamente e seguir o seu exemplo
e ensinamento à medida que eles seguem Cristo, mas são
ordenados que: “Obedecei aos vossos guias e sede
submissos para com eles; pois velam por vossa alma”
(Hebreus 13:17). Quando eles tomam as decisões que estão
em harmonia com a vontade de Deus, os irmãos devem
unir-se e com um só propósito trabalhar em harmonia em
relação à liderança do presbítero. Quando reconhecemos o
caráter, a maturidade e a experiência deles e reconhecemos
também que eles se esforçam para evitar um governo
158
159
arbitrário (governando antes para o bem da obra do Senhor),
podemo-nos entregar mais facilmente à opinião deles, ainda
que as nossas próprias opiniões divirjam das deles.
Devemos cultivar um espírito de submissão para
que fique mais fácil nos entregar e obedecer. Se
entendermos a oração que Cristo fez pedindo a unidade do
corpo, também veremos a necessidade de nos submeter
(João 17:17). É a bíblia que diz para orarmos e respeitarmos
as autoridades que regem nossas Igrejas e o nosso país,
mesmo que os mesmos estejam errados, A Bíblia Também
nos ensina que se eles ultrapassarem a Lei Divina, podemos
sim reivindicar nossos direitos, mais sem lhes faltar com o
respeito que lhes e devido. Eles darão contas a Deus pelos
erros e desmandos que cometerem. Se acontecer de alguma
vez o presbítero conduzir a igreja erroneamente a um ato
contrário ao que Cristo autorizou, a obrigação do cristão é
bem clara: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos
homens” (Atos 5:29). No tocante aos Presbíteros vale o
procedimento semelhante dado ao Pastor.
1.3.1.3.2 - DIÁCONOS
A palavra "diácono" vem de uma palavra grega
(diakonos) que é encontrada pelo menos 30 vezes no Novo
Testamento. Palavras semelhantes são diakonia (ministério
ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar). "Diácono"
quer dizer "atendente" ou "servente". A mesma palavra
descreve escravos, empregados e obreiros voluntários. A
159
160
ênfase não está na posição da pessoa, mas no servo em
relação ao seu trabalho.
Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluem servos
domésticos (João 2:5,9), e governantes (Romanos 13:4),
mas os usos mais comuns são de servos de Cristo e da
igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos,
um em relação aos outros (Mateus 23:11), e Paulo usou a
mesma palavra frequentemente para descrever evangelistas
ou pregadores da palavra (1 Coríntios 3:5; Efésios 6:21;
etc.). Estes termos, nos usos gerais, descrevem tanto
homens como mulheres (veja Lucas 10:40; Romanos 16:
1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pedro
4:10).
A palavra "diácono" é empregada num sentido
específico em 1 Timóteo 3:8, onde Paulo começa a lista de
qualificações de alguns servos especiais escolhidos na
igreja. É claro que ele não está falando sobre servos no
sentido geral (todos os cristãos), porque as qualificações
definem um grupo limitado de homens. Veja as
qualificações desses servos:
"Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que
sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a
muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
conservando o mistério da fé com a consciência limpa.
Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se
se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da
160
161
mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam
elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em
tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe
bem seus filhos e a própria casa. Pois os que
desempenharem bem o diaconato alcançam para si
mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em
Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:8-13).
Em 1 Timóteo 3:1-13 e Filipenses 1:1 mostram
que esses servos são distintos dos bispos ou presbíteros.
Eles servem sob a supervisão e direção dos presbíteros,
auxiliando em diversos aspectos do trabalho da igreja. Em
Atos 6:1-7, achamos um exemplo de homens escolhidos
para servir na igreja, neste caso sob a supervisão dos
apóstolos.
Meu primeiro contato com um diácono, foi aos
cinco anos, com um servo de Deus chamado Bartolomeu, na
Igreja Presbiteriana de Jaboatão dos Guararapes, (Jaboatão
Velho) na gestão do Pr. Noé de Paula Ramos ( um Pastor
extraordinário), por isso tinha diáconos tão marcante como
o Bartolomeu. Nunca esqueci esse nome. Um homem de
meia idade, corpo atlético, mas parecia um gigante, para
uma criança de cinco anos. Era zeloso pela ordem no culto.
Ninguém passava por ele, quando estava à porta. Os garotos
costumavam aproveitar a hora do sermão para ficar lá fora,
brincando no pátio da “Igreja Redonda”, era assim que a
gente chamava, pelo menos até os meus nove anos em que
estive nesta amada Igreja. Mas, passar por ele era
impossível. Tínhamos que ficar juntos aos nossos pais até
161
162
terminar o culto (naquela época, início dos anos 70, não
havia culto infantil no Domingo à noite). E se alguém
conseguisse passar sem ele perceber, era certo que na sua
ronda ele iria atrás e trazia pelo braço até a mãe. Era
maravilhoso. Hoje eu sei, como pastor, a importância desse
servo para a Igreja. Sou grato a Deus por essa experiência e
sei que ele está na glória após ter combatido o bom combate
da fé.
Devemos manter uma atitude de respeito e
consideração por estes servos de grande importância para a
Igreja de Cristo
Cada discípulo de Cristo foi feito para servir!
1.3.1.3.3 - OBREIROS –
Algumas Igreja costumam adotar o cargo de
Obreiro como auxiliar da Obra é ele quem mais conhece os
membros da igreja, podemos dizer que ele assume uma
posição intermediária entre diáconos e Presbítero, e trabalha
muito; pois mesmo com a mudança do pastor, ele
permanece com sua dedicação atuante pelo povo !
Quando a pessoa chega a igreja, é acompanhada
em todo seu processo de libertação por um obreiro que a
orienta, aconselha e se dedica em oração por sua vida até o
momento em que podem andar sozinhos na presença de
Deus.
162
163
Por toda essa dedicação, a pessoa acaba por se
aproximar e admirar esse obreiro pelo comportamento de
amor e entrega por sua vida, e em muitos casos, por terem
essa admiração, nasce um desejo de servir a Deus e fazer
com outras pessoas o que aquele obreiro fez por ela: “Dar
de graça o que de graça recebeu”!
Mas como o obreiro pode espalhar esse bom
perfume se está tão distante do povo e de suas
necessidades? E se nós não o tratarmos bem? Como poderá
fazer um bom trabalho?
Sabemos que a missão do obreiro é ganhar
almas para o reino de Deus, mas, devemos também ajudá-lo
a se sentir amado, respeitado e prestigiado em sua missão.
Fazendo isso a Igreja crescerá e Deus abençoará nao
somente as pessoas que estão fora mas, as que estão dentro
da igreja, através do trabalho desse servo, fazendo o
acompanhamento, ajudando a salvar pessoas dentro da
Igreja. Sim, porque existem pessoas perdidas dentro da
igreja.
1.3.1.3.4 - SEMINARISTAS –
Esse é um incompreendido. Ele é um aspirante ao
Ministério, que realmente realiza um trabalho de Gigante
durante o tempo de seus estudos em um Seminário,
dividindo o seu tempo entre Estudo, Família, Igreja e as
várias provas de sua fé.
163
164
Quero começar refletindo sobre o assunto,
SEMINARISTA tentando me lembrar por quantas
mudanças já tive que passar situações às quais tive que me
adaptar convicções que deixaram de ser convicções, dúvidas
que passaram a ser certeza, descobertas que fizeram a
diferença para mim, e diferenças que me impediram de
fazer descobertas. Desde minha entrada para o curso de
Teologia, essa reflexão tem sido uma constante em minha
rotina de seminarista. Uma mudança incessante dentro de
um ser que absorve, a cada dia, um pouco da multiplicidade
de outros seres.
O ser seminarista, “aspirante ao Ministério” (é
assim que chamam aquele que decide estudar teologia e
almejam um dia serem pastores) é algo não tão fácil de se
explicar. Somente quem já passou pelo processo ou vive no
ambiente de uma faculdade teológica (Seminário) vai saber
o que estou querendo (ou tentando) dizer. Você tem de um
lado sua convicção de chamado, a certeza da vocação, a
vontade de entregar-se à direção de Deus e cumprir seus
desígnios; de outro, você tem a dura tarefa de sair de casa,
todos os dias, 7h e chegar às dez horas da noite (Porque
estava estudando na Biblioteca depois das aulas). Sua vida
muda... você, inevitavelmente, será cobrado a se tornar um
modelo de cristão, terá que saber dividir seu tempo e se
dedicar da melhor maneira possível a ler inúmeros livros e
artigos, preparar várias resenhas, fichas de leitura, trabalhos
e apresentações em forma de seminário, ser submetido a
testes escritos e orais, entregar todos os trabalhos e leituras
nas datas pré-estabelecidas (segundo um professor, se você
164
165
não faz isso, não será indicado, pelo menos por ele, como
um “bom pastor”), dar atenção à sua esposa, a seus filhos e
à sua família, de modo que eles não tenham do que reclamar
quanto à sua postura como esposo, pai, irmão, filho, tio. (já
que... “aquele que não governa bem sua própria casa...”).
Também deverá ser exemplo de trabalho e dedicação na
igreja, afinal, a comunidade investe em você, nada mais
justo do que estar presente e ativo em todas as atividades
demonstrando e provando sua vocação a todos. As críticas
que você receber certamente serão para testar sua vocação e
fazer você crescer. Sua vida profissional não pára, você
continuará sendo cobrado e exigido segundo os padrões de
competitividade do mercado, apesar de talvez não
entenderem o porquê de alguém que poderia trabalhar em
qualquer outro emprego, opte por fazer um curso de
Teologia para ser pastor.
Você deverá continuar se dedicando ao máximo
no trabalho, do qual você tira o sustento seu e de sua
família.
Em meio a todos esses fatores externos que o
cercam, você deverá saber lidar também com os conflitos
internos que com certeza virão, e se existir desordem
interna, certamente você experimentará frustrações,
ansiedades e pouco ou nenhum crescimento. Você não
conseguirá se manter em pé se não separar um tempo diário
à prática da oração, conversando com Deus sobre tudo que
tem feito, buscando orientação do alto sobre as decisões que
deverá tomar, estar em permanente contato com sua Palavra
165
166
para poder assim estar sensível à voz do Pai. Cultivando
esse relacionamento com Deus podemos fazer com que
nosso senso de autoestima cresça, nossas intenções sejam
renovadas. Então diante disso, esperamos dos crentes a
compreensão, o amor, tolerância para desempenharmos
nossa missão na Obra do Senhor.
1.3.1.3.5 - MISSIONÁRIOS –
O missionário é aquele que está disposto a ir onde
há necessidade de alguém que ofereça seus dons e sua vida
ao serviço dos mais necessitados. O que significa ser
missionário para o Reino de Deus? Antes de qualquer coisa,
é ter o coração cheio de amor a Deus e aos irmãos. Aquele
que não se enche dessa graça dada pelo amor de Deus não
tem como pregar o Reino para os seus irmãos e irmãs. Ser
missionário significa dar-se totalmente pelo Reino de Deus.
Normalmente os crentes que não entendem, pensam
que todo missionário tem que ser um coitado, um miserável,
que tem que viver na pobreza, sofrer perseguições, ameaças,
morte. Entretanto, observamos que o pensamento de Pedro e
os apóstolos, Paulo e Silas, não era este, pelo contrário, se
regozijaram quando foram presos, açoitados e até mortos,
por se acharem dignos de padecer pelo nome de Jesus. Na
verdade, o missionário não é um coitado, ele é um
privilegiado, não é um miserável, mas alguém que distribui
166
167
o seu tesouro com os pobres, não é um prisioneiro, mas um
libertador. Creio eu que o miserável, o pobre, o preso,
somos nós, que temos a Jesus e ficamos calados (Atos 4:
20). É claro que o missionário pode passar por dificuldades,
lutas, perseguições, mas ele tem a consciência de que Deus
o mandou ali e que não o abandonará (Mateus 28: 20).
Ser missionário significa também desprender-se de
tudo e de todos, de todas as seguranças e viver somente para
o Reino e para o seu anúncio.
‘’Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos
que anunciam coisas boas’’. Romanos - 10:15. Por isso ele
merece nosso amor, respeito, compreensão, ajuda, e tudo
mais que possamos dar.
1.3.1.3.6 - PROFESSORES –
O professor da Escola Bíblica (Dominical ou
Sabatina, Treinamento de Líderes ou Pré-Encontro,
seminários), devem ser respeitados, amados, considerados
na mais alta conta por estar preparado para o exercício de
uma das mais nobres virtudes do ser humano em todo o
tempo, que é o de ensinar. E isso ele faz gratuitamente.
Em todo o mundo milhões e milhões de dólares
são gastos todos os anos com o ensino e com a formação de
novos professores. Na Igreja de Cristo não devia ser
diferente, contudo não vemos a mesma ênfase que o mundo
dá aos seus mestres, dentro de nossas igrejas.
167
168
Para o bom desempenho do professor da Escola
Bíblica se é preciso que ele esteja preparado para ensinar,
pronto para discipular e pronto a exercer a liderança no
grupo, é também necessário que ele seja visto com profundo
respeito e consideração pelos crentes de toda faixa etária.
Ensinar é uma das missões da igreja. Muitas
igrejas se acham anêmicas espiritualmente porque não tem
dado ênfase ao estudo da Palavra de Deus. Por falta de
Profeta o povo se corrompe. O crente que não conhece a
Bíblia está propenso a deixar-se levar por qualquer vento de
doutrina que passa. Senão tiver o professor de Escola
Bíblica ele jamais vai amadurecer e crescer na graça e no
conhecimento do Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo tinha grande preocupação com
relação à questão do ensino. Em Romanos 12:7, ele chamou
a atenção escrevendo: “Se é ministério, seja em ministrar;
se é ensinar haja dedicação ao ensino”.
1.3.1.3.7 - Com os Jovens
A juventude é uma fase de contestações e de
buscas por referências. Na música “Ideologia” Cazuza ( um
famoso cantor popular) expressa esse anseio dizendo
“ideologia eu quero uma para viver” e ainda não muito
adiante ele diz “meus heróis morreram de overdose”, o que
revela a dificuldade deste mundo em responder a tais
168
169
anseios. A igreja responde a esses anseios com a mensagem
do Evangelho que por meio do reino de Deus busca
estabelecer justiça e paz no mundo. Ela pode ser um espaço
de acolhimento para a juventude, um local no qual os jovens
possam ter seus sonhos, suas esperanças e objetivos sob a
luz do Evangelho de Cristo.
Os jovens devem ser incluídos na diversidade do
corpo de Cristo, eles necessitam ser alimentados pela fé,
pelo amor e pela esperança para poderem glorificar a Deus.
E, para isso, é importante a igreja levar uma mensagem
contextualizada com as temáticas e anseios da juventude
atual sem perder de vista a identidade cristã. O que nem
sempre acontece. Consequentemente podemos perceber que
alguns jovens se afastam da igreja, apesar de crerem em
Jesus, por não se identificarem com a igreja, uma vez que
esta não está contextualizada. Assim, mesmo que não seja
diretamente por responsabilidade da igreja que o
afastamento aconteça, é responsabilidade da igreja lidar
com essas questões.
Por outro lado, os jovens precisam entender que
a vivência da fé se dá no âmbito da comunidade, do corpo
de Cristo. Os jovens devem acreditar na igreja pelo fato dela
ser de Cristo e pelo fato de que é nela onde a obra do
Espírito Santo se torna um evento. Eles necessitam
compreender que a participação na pregação da palavra e na
ministração dos sacramentos é fundamental para a fé.
169
170
a) Mas, como os jovens ver a Igreja?
Muitos jovens adultos reclamaram também da
superficialidade com que as igrejas os conduziram em suas
experiências no cristianismo. Na maioria das Igrejas eles
afirmaram que as experiências vividas nas igrejas não eram
profundas, e não os motivava para assumir a mensagem
cristã como um estilo de vida. 33% deles dizem que em seu
ponto de vista, “a igreja é chata.” A ausência de
experiências com Deus no dia a dia foi citada por pelo
menos 20% dos jovens crentes.
b) - Qual deve ser nosso procedimento com relação aos
jovens, quanto a maneira de os tratar?
1)AS MENINAS – Grande partes da moças da Igreja estão
à procura de um jovem Crente fiel para que possam iniciar
um relacionamento saudável, cristão e abençoado.
Entretanto, a moda no mundo é “ficar” pra ver o que é que
dar. Mas, antes de iniciarmos vamos explicar a diferença
entre “ficar” e “namorar”. No “ficar” o casal tem um
relacionamento sem compromissos futuros. Ou seja, eles se
abraçam, se beijam, conversam por algumas horas, as vezes
praticam algo mais intimo entre eles e mantem uma certa
“amizade colorida” tudo sem compromisso de assumir um
relacionamento sério. No “namoro” há todo um
compromisso assumido entre as duas pessoas, em que
170
171
concordam em intensificar a amizade, o carinho, a paixão e
o amor entre eles. Levando esse relacionamento ao
conhecimento de seus pais e amigos, assumindo-o
publicamente a responsabilidade de fazer um ao outro feliz
e a construir ambos um futuro promissor que redunde em
um possível casamento.
É possível que um “ficar” se transforme em um
“namorar”?
É difícil. Mas Sim, é possível. Mas, a questão
maior é se isso é moralmente correto? Ou ainda se Deus
aprovaria essa forma de relacionamento? Qual o testemunho
o crente estaria dando ao mundo a respeito de sua fé?
Portanto, temos alguns conselhos para as:
CONSELHO ÀS MENINAS
1. Nunca olhe para os meninos com intensão apenas de
“ficar”.
2. Não se deixe envolver pela lábia de conquistador
barato.
3. Procure conhecer a família do garoto e seu modo de
tratar a sua mãe (dele).
4. Não tire “sarro” daqueles meninos que gostam de
você e que você não tem intensão de namorá-lo.
5. Procure jovens de seu próprio nível. Quer seja
intelectual, social e espiritual (cada panela com seu
texto).
171
172
6. Procure namorar com jovens Crentes fiéis, e não
“turistas” na Igreja.
7. Dê preferência a filhos de Oficiais da Igreja (Pastor,
Presbíteros e Diáconos). Pois estes tem o
compromisso com a Igreja e temor do Senhor desde
cedo.
8. Nunca brigue com outra garota pelo amor do mesmo
jovem. Converse com ele e peça para ele escolher.
Caso ele não decida, desista dele, pois ele não lhe
merece.
9. Se valorize. Cuidado com suas roupas. Não seja
oferecida. Não se desespere. Deus tem um tempo
para todas as coisas.
10. Ore a Deus para que ele envie o seu principe.
11. Zele pelo seu namoro. Esqueça os grupinhos
enquanto estiver namorando. Dedique-se apenas ao
seu relacionamento. Não existe “melhor amiga”
nestas horas.
12. Seja carinhosa e atenciosa, (sem ser chiclet), isso é
tudo o que o jovem procura nesta fase.
13. Mantenha-se sempre limpa, cheirosa e arrumada.
Isso tem um poder muito grande.
2)RAPAZES
Para os rapazes que pretendem “namorar” com alguma
jovem da Igreja:
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1. Nunca fale namoro a uma jovem da Igreja, se não
tiver realmente com intensão de namorá-la.
2. Considere as demais irmãs da Igreja como sua irmã
carnal.
3. Seja educado em dizer não a uma jovem quando for
escolhido por ela e você não deseja namorá-la. Não
ridicularize nem a magoe.
4. Nos acampamentos ou retiros espirituais, não
“fique” com nenhuma garota, mesmo que os
hormônios estejam a flor da pele. Respeite sua irmã
em Cristo.
5. Se conseguiu a pessoa que queria, fique com ela
apenas. Não olhe para mais nenhuma garota.
Construa um relacionamento com a que você
escolheu. É o que chamamos de namoro sério.
6. Nunca brinque com os sentimentos de uma garota.
7. Observe como ela age com os seus pais (dela). A
jovem crente ama e respeita seus pais.
8. Ao Jovem crente é aconselhado a preferir namorar a
pior irmã crente da Igreja, a mais rebelde, que tenha
nascido no evangelho, do que namorar com a melhor
jovem nascido no mundo. Essa não tem o temor do
Senhor. A rebelde da Igreja tem.
9. Ame sua namorada e esqueça seus amigo ou
grupinhos (conhecidos também por CORJA).
Dedique-se a ela e a Obra do Senhor.
10. Evitem ficarem sozinhos em locais de pouca
luminosidade que possam cair em tentação.
11. Cuidado com o seu corpo, pois ele é o Templo do
Espírito Santo.
173
174
12. Mantenham a virgindade ou se abstenha até o altar.
13. Conversem sobre Deus, Vocês e a Igreja e sempre
planejem o futuro à dois.
14. Procure a Orientação dos Oficiais da Igreja,
converse com o seu Pastor sobre seu relacionamento
e tudo caminhará bem.
15. Não siga o mundo, ele anda na contramão com Deus
(o mundo jaz no maligno.
1.3.1.4- Com os Mais Velhos
Os idosos podem ser vistos como fardos em vez de
bênçãos. Às vezes, quando os nossos próprios pais precisam
de ajuda, somos rápidos para esquecer os sacrifícios que
fizeram por nós. Em vez de abrir a porta de nossas casas
para recebê-los - sempre que seguro e viável - podemos
colocá-los em comunidades de aposentados ou lares de
idosos, por vezes contra a sua vontade. Talvez não
valorizemos a sabedoria que adquiriram em suas longas
vidas, e podemos ignorar os seus conselhos como
"ultrapassados".
Quando honramos e cuidamos dos nossos pais,
estamos servindo a Deus também. A Bíblia diz: "Honra as
viúvas verdadeiramente viúvas. Mas, se alguma viúva tem
filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer
piedade para com a própria casa e a recompensar a seus
progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. Ora, se
174
175
alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da
própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente"
(1 Timóteo 5:3-4, 8).
Nem todos os idosos precisam ou querem ajuda
constante na casa dos seus filhos. Eles podem preferir viver
em uma comunidade com outras pessoas da sua idade, ou
talvez
sejam
capazes
de
total
independência.
Independentemente das circunstâncias, ainda temos
obrigações para com nossos pais. Se estiverem em
necessidade de assistência financeira, devemos ajudá-los. Se
estiverem doentes, devemos cuidar deles. Se precisarem de
um lugar para ficar, devemos oferecer a nossa casa. Se
precisarem de ajuda com a casa e/ou trabalho no jardim,
devemos nos prontificar para ajudar. E se estão sob os
cuidados de uma casa de repouso, é preciso avaliar as
condições de vida para garantir que nossos pais estão
recebendo os cuidados de forma correta e amorosa.
Nunca devemos permitir que os cuidados do
mundo ofusquem as coisas mais importantes – servir a Deus
através de servir às pessoas, especialmente as das nossas
próprias famílias. A Bíblia diz: "Honra a teu pai e a tua
mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para
que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios
6:2-3).
175
176
1.3.1.5 - Zelo Com o Templo
A casa de Deus é o melhor lugar onde podemos
estar e com certeza o Espirito de Deus se faz presente
contemplando os seus filhos.
As igrejas (templos) devem ser para reuniões de
adoração, louvor e para se ouvir a gloriosa e bendita Palavra
do Senhor, num culto santo de honras e glórias unicamente
a Deus e não para outros fins. Se Jesus viesse hoje em
pessoa física, teria muito trabalho para expulsar os que
comercializam até a sua Palavra, o Seu louvor, em vez de
hinos, com raras exceções, temos as “músicas”, aberrações
em lugar de louvor, um verdadeiro comércio não de
pombas, mas colocam barracas de salgadinhos, vários tipos
de comestíveis, de roupas, perfumes, cosméticos, etc. Jesus
sempre dedicou à simplicidade e fidelidade a Palavra de
Deus, nunca se misturou com os religiosos da época.
Quando na ocasião, Jesus expulsou os vendilhões,
chegaram-se a Ele, cegos, coxos e a esses, Jesus deu
atenção curando-os e ainda mais, as crianças presentes no
templo começaram a clamar: - Hosanas ao Filho de Davi, o
que irritou os religiosos que perguntaram a Jesus: “Ouves o
que estes dizem?” Jesus disse-lhes: “Sim, nunca lestes,
pela boca dos meninos e das criancinhas de peito sai o
perfeito louvor”.
176
177
Vá ao templo com o coração nas coisas de Deus, vá
adorá-lo, louvá-lo e não dê atenção aos cambistas e
vendedores atuais. Adore a Deus com singeleza de coração,
procure ler a Bíblia e ouvir a genuína Palavra de Deus.
Jesus breve voltará! Os sinais nos mostram que estamos no
fim dos tempos.
1.3.1.5.1 - Compete a cada crente:
1. Zelar pelos objetos afins (toalhas, bandejas, cálices, etc.).
2. Ter sempre uma atitude de oração e consagração ao se
preparar para receber os elementos da Santa Ceia.
3. Ao crentes compete cuidar que alguém se responsabilize
pela ordem no culto, evitando-se o trânsito desnecessário,
principalmente nos momentos de oração e leitura da Palavra
de Deus, inclusive recepcionando, com boas vindas aos
visitantes e registrando seus nomes e endereços para
posterior visita pelo ministério específico (diaconia).
4. Zelar para que o cuidado com templo seja reflexo do
interesse pela Igreja e instrumento de evangelização.
5. Orientar a disposição dos móveis da Igreja, visando a
criação de ambiente adequado aos diferentes tipos de
celebração e encontros comunitários.
6. Providenciar a aquisição, elaboração e conservação do
material litúrgico (toalhas, símbolos, cartazes, estandartes,
etc.) a ser utilizado de acordo com o calendário litúrgico.
177
178
7. Efetuar a decoração semanal do templo de modo
convidativo à oração e reflexão.
8. Assessorar na ornamentação do templo por ocasião da
realização de casamentos, batismos e festas da comunidade.
9. Orientar a conservação das plantas e flores, substituindoas quando necessário.
10. Auxiliar na decoração das demais dependências da
Igreja. Caso a Igreja não tenha zeladoria, os próprios
membros, em Mutirão ou sozinhos, devem zelar pela
limpeza e conservação do Patrimônio sem esperar ser
convidado. É um Privilégio zelar pelo espaço de Culto, a
Casa de Deus.
1.3.2 - No Trabalho
Uma vez que o crente recebe a justificação por
meio de Jesus Cristo, deve andar “de modo digno da
vocação a que fostes chamados”. Isso será demonstrado
através de sua conduta, o seu viver diário. A Palavra de
Deus nos fornece inúmeros modelos para aplicarmos em
nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do
crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi
lapidada pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da
Palavra de Deus é que iremos saber se o comportamento do
crente é correto ou não. Baseados nisso, iremos verificar
178
179
alguns princípios que, se forem seguidos, com toda certeza
farão uma grande diferença na vida daquele que praticar,
bem como na vida das pessoas que estão a sua volta. Há
uma grande necessidade de mantermos uma conduta
exemplar.
Viver como cristão no ambiente de trabalho,
como cristão nos dias de hoje não é tão fácil, já que os dias
que vivemos estão completamente dominados pela
iniquidade, as pessoas não importam-se mais em temer a
Deus nem a respeitar aqueles que o servem, devido estas
atitudes o cristão depara-se constantemente com afrontas e
piadinhas que deixam o ambiente de trabalho
desconfortável.
1.3.2.1- Neste caso como deve agir um cristão?
O convívio cristão/não cristão é muito difícil,
mas quando agimos da forma bíblica e social podemos
conviver bem, sem escandalizar e ainda ganhar a confiança
dos colegas de trabalho e consequentemente poder levá-los
para a igreja, isto não se consegue da noite para o dia, cada
dia é uma batalha, pessoas soltando indiretas e manejando a
cabeça ao saber que você é evangélico, criticar o dízimo,
falar mal do pastor são as mais comuns, fora aqueles que
contam piadas e histórias de conteúdo pornográfico,
palavrões etc.
179
180
Lidar com pessoas que são acostumadas a falar
e brincar desta forma são difíceis porque elas acham que
todos devem aceitar tais brincadeiras, mas o que você falar
e como falar vai definir como as pessoas vão te tratar, se em
uma brincadeira considerada inadequada para um cristão
você der risadinhas e aceitar eles vão perceber que para
você tudo bem brincar desta forma, acontecendo isto você
não terá nenhum tipo de autoridade ao repreender algo
errado já que você estava na roda de brincadeiras indevidas.
.
Outro ponto que dificulta muito alguns cristãos
ganhar a confiança em ambiente de trabalho é a forma
radical de demonstrar que é crente, para muitos minha
opinião pode até ser errada, mas não acredito que um cristão
possa ganhar ninguém para Jesus no trabalho mandando as
pessoas se converterem se não vão para o inferno,
chamando os colegas de endemoniado devido as
brincadeiras, condenando os outros pelo que acreditam, que
estas pessoas precisam conhecer a verdade precisam, mas,
nunca darão ouvidos ao crente quadrado que trabalha com
eles.
O melhor a fazer é se portar com respeito, falar
o necessário e quando necessário, quando tirarem
brincadeiras de mau gosto deixa-las no vácuo, assim
perceberão que você não gosta deste tipo de conversa, não
dar liberdade a ponto de fazerem brincadeiras improprias
com seu nome, seja sincero, diga a ela que não gosta deste
tipo de brincadeira, não há necessidade de sair com uma
placa na testa com o a frase “Sou evangélico”, deixe que as
180
181
pessoas vejam pela sua forma de conversar e agir, isto fará
com que confiem em você.
Confiando em você elas conversarão coisas
necessárias e importantes até mesmo falarão dos problemas
e dificuldades que passam pedindo que você ore por elas,
assim você estará mais perto da oportunidade de convida-las
para visitar sua igreja, sem nenhum tipo de forçamento de
barra ou ameaça de condenação.
É complexa a forma com que um cristão deve
se portar no ambiente de trabalho, oração e jejum são
indispensáveis em qualquer situação na vida de um crente,
conhecer a palavra de Deus é obrigatório ou vai se
envergonhar diante dos conhecimentos de um ímpio que lê
a bíblia, no mais brincadeiras sadias fortalecem o
relacionamento e amenizam o peso do trabalho fazendo o
dia passar mais rápido, lembre-se para toda ação há uma
reação, o que você fizer ou falar refletira para o bem ou mal
de sua jornada diária de trabalho. Eis aqui algumas dicas:
1. Não se envolva em fuxicos/fofocas
2. Não “bajule” o chefe para se dar bem. Faça seu
Trabalho.
3. Não fale nem aceite que falem palavrões perto de
você.
4. Não se envolva com happy hours
5. Não encubra os mal feitos alheios
181
182
6. Não dedure sem motivo. Se alguém lhe ameaçar
com demissão, converse com a pessoa que fez algo
errado. Insista para que ele se entregue.
7. Mantenha-se sempre alerta, pois é seu testemunho
que você está dando todo dia.
8. Ore ao chegar e ao sair de seu trabalho.
1.3.2.2 – No trato do Crente como Chefe no Trabalho
Em Ef 6.9, encontramos algumas dicas sobre
como ser um Cristão no trabalho:
a) A Conduta do Empregador em Relação aos seus
Colaboradores
Paulo não ameniza as responsabilidades dos
senhores, mas as tornam iguais às dos servos. Os direitos e
privilégios dos senhores (patrões), têm suas próprias
características, mas não diminuem em nada as
responsabilidades inerentes.
A conduta dos senhores para com os servos é
notada e caracterizada por alguns itens, que apresentaremos.
182
183
b) Reciprocidade
"E vós, senhores, fazei o mesmo para com
eles". Os mesmos princípios que regem as
responsabilidades dos servos devem reger as dos senhores.
As atitudes externas são distintas das atividades dos servos,
mas o princípio aponta para um só alvo — o Senhor Jesus.
O que é reciprocidade? É qualidade de recíproco, isto é,
aquilo que é válido para duas pessoas. E o mesmo que dar
em troca. Se o servo faz tudo "como ao Senhor", se serve
"de coração" e "com boa vontade", e serve "fazendo a
vontade de Deus", resta tão-somente aos senhores que ajam
para com os seus subordinados com o mesmo espírito. A
reciprocidade não anula o respeito devido dos servos, mas
aumenta esse respeito, porque ambos servem "como ao
Senhor".
c) Respeitabilidade
"Deixando as ameaças". Todo patrão crente tem
de agir de acordo com os princípios cristãos. Dignidade e
respeito são duas coisas que devem reger as mentes tanto
dos senhores, como dos servos. Todo patrão ou senhor tem
direito a exigências relacionadas com as atividades de seus
empregados, sem, contudo exibir senhorio com maus tratos
e sentimentos perversos para com seus subordinados.
"Ameaças" primitivas eram formas de intimidação usadas
contra os escravos pelos seus senhores nos dias apostólicos.
Paulo abomina essa forma de intimidação, que é própria dos
183
184
infiéis, mas não do crente. O respeito deve ser mútuo, tanto
do patrão como do empregado.
Essa respeitabilidade deve permear todas as
atividades relativas aos senhores e servos, patrões e
empregados, porque diante do Senhor Jesus, os direitos e
privilégios são iguais a todos os homens. O próprio texto
indica isso: "sabendo que o Senhor [Jesus] deles [dos
servos] e vosso [dos senhores] está nos céus". A afirmação
de que o "Senhor está nos céus" é para confirmar a
autoridade suprema de Jesus sobre todos os seres humanos.
Todos os crentes em Cristo o servem porque reconhecem a
sua soberania, sob a qual têm sujeitas todas as coisas.
d) Igualdade
"... para com Ele não há acepção de pessoas".
Nossa responsabilidade mútua é exigida pelo Senhor em sua
Palavra (a Bíblia). Aprendemos que, apesar de haver
algumas diferenças no plano terreno entre os seres
humanos, "não há acepção de pessoas" para Deus. Ele nos
vê sob o mesmo nível de necessidade. Raça, cor, nação ou
tribo são a mesma coisa diante de Deus. Um dia, toda a
humanidade reconhecerá plenamente o senhorio de Cristo e
o conhecimento dele encherá a Terra.
1.3.2.3 – Com os Colegas no Trabalho
184
185
A Conduta dos Crentes como Funcionários — 6.5-8
A conduta dos crentes fiéis é notada mediante o
cumprimento dos deveres inerentes a por eles.
a) Obediência — v. 5
"Vós, servos, obedecei a vossos senhores". Duas
palavras do texto original aparecem aqui — "obedecei" e
"servos", que se destacam na elucidação do texto. A palavra
"obedecer" é upakouo e a palavra "servo" é doulos. A
obediência do servo ao seu senhor é uma questão natural,
porque ele depende dela para a sua própria subsistência.
Deve-se encarar o fato de que Paulo ensinava esse tipo de
relacionamento para a gente de seus dias, quando os
conceitos e estruturas sociais eram outros. Entretanto, a
validade do texto hoje é aceita mediante o caráter espiritual
do ensino. Hoje não temos escravos e senhores, mas temos
empregados e patrões. O que Paulo tornou universal em seu
ensino é o fato de que aquele que se submete a um patrão
hoje precisa reconhecer que isso é para o seu próprio bem.
Ninguém escapa a algum tipo de autoridade. Não há um ser
humano sobre a Terra que seja totalmente independente.
Assim como na família o chefe é o pai, assim também o
patrão exerce a chefia sobre os seus empregados.
Por isso, aquele que trabalha honestamente e
procura cumprir seus compromissos com o patrão deve
fazer o seu trabalho como se estivesse fazendo "ao Senhor".
O trabalho deve ter uma razão, isto é, um motivo
para ser feito. E esse motivo é Cristo, o Senhor. O servo
185
186
trabalha por necessidade material e por necessidade
espiritual. A obediência dos servos tem duas esferas de
alcance — a terrena e a celestial. Notemos a colocação do
texto: "Obedecei a vossos senhores segundo a carne". A
esfera terrena da obediência é "segundo a carne". Diz
respeito à obediência dos servos aos seus senhores. O final
do versículo apresenta a esfera celestial da obediência:
"como a Cristo".
b) Respeito e solicitude — v. 5
"... com temor e tremor". Essa parte da frase
tem uma conotação espiritual, não material. Não se trata de
algum tipo de medo que o servo deva ter, mas o respeito
devido a quem é autoridade e de quem precisa ser
reconhecido como tal. A palavra "tremor" tem uma
conotação especial. O empregado (ou servo) deve trabalhar
e submeter-se com "tremor", isto é, com o sentido de
responsabilidade e prontidão. Quando o empregado age com
solicitude para com os patrões, reconhece que eles são
importantes, pois depende deles. Solicitude é virtude
própria do cristão.
c) Sinceridade de coração — vv. 5,6
"na sinceridade de vossos corações" (v. 5).
Ser sincero é ser íntegro em ações e palavras. O verdadeiro
servo é aquele que procura servir com inteireza de coração.
Não faz nada que traia essa singeleza e faz tudo de "boa
vontade" (v. 7), não apenas para agradar à vista. A
186
187
sinceridade deve permear o coração e a vida do crente em
quaisquer circunstâncias. Por isso, o fiel servo trabalha não
para ser visto pelos homens, mas para agradar a Deus.
O servo fiel, isto é, o trabalhador comum,
obedece ao seu patrão porque, como crente, ele está
fazendo, assim, a vontade de Deus. Em outras palavras,
aquele que sabe ser fiel para com os homens o será para
com Deus. Aquele que não sabe fazer a vontade de seus
patrões (autoridades) não saberá fazer a "vontade de Deus"
(v. 6).
d) Servindo, como a Cristo — vv. 5,6
"... como a Cristo" (v. 5). O crente que serve a
Cristo em tudo lhe obedece e reconhece a sua autoridade
sobre ele. Por isso, o crente mostra submissão espontânea e
honesta aos que exercem autoridade sobre si; isso faz parte
da vida cristã. Os requisitos da obediência a Cristo incluem
a obediência aos patrões e às autoridades constituídas sobre
nós.
"... não servindo à vista" (v. 6). Todo trabalhador
honesto consigo mesmo o é também com os seus
superiores, bem como para com Deus. O servidor fiel, a
tempo e fora de tempo, na presença ou na ausência dos
patrões, cumpre seu dever com dignidade e respeito. E
natural que o bom trabalhador deseje agradar aos seus
187
188
superiores. Entretanto, a validade dessa atitude à vista do
chefe, ou patrão, será reconhecida mediante o cumprimento
justo e honesto dos serviços mesmo na ausência deles. O
que Paulo quer destacar com a expressão "não servindo à
vista", é que devemos cumprir nossas obrigações em
qualquer ocasião, à vista ou não dos nossos superiores. A
continuação da frase mostra a diferença das atitudes de
crentes e não crentes para com seus patrões. Estes últimos
procuram servir à vista "como para agradar aos homens". O
mais importante no servo fiel é a consciência do fato de
que sua fidelidade e serviço deve-se a Cristo. E a Ele a
quem servimos antes de tudo, conforme expressa a frase:
"mas como servos de Cristo".
O serviço que prestamos aos homens dos quais
somos subordinados também deve ser feito "de coração"
(v. 6). Servir "de coração" é servir com espontaneidade e
sensibilidade. Nada deve ser feito à força e com mau gosto,
porque quando obedecemos aos homens no cumprimento do
dever, estamos fazendo a "vontade de Deus" (v. 6). Se
sabemos que essa submissão implica em fazer a vontade
divina, devemos cumpri-la "de coração".
e) Servindo de boa vontade — v. 7
"... servindo de boa vontade, como ao Senhor".
O sublime motivo da obediência está no fato de que, por
mais humilde que seja a posição que tenhamos diante dos
homens, e até que sejamos esquecidos deles, estamos
obedecendo a Deus e servindo a Ele. Por mais amarga que
188
189
seja a nossa condição de subordinados nas atitudes
materiais, sociais e espirituais, não podemos esquecer que,
se obedecemos, que o façamos "de boa vontade", pois
estamos servindo ao Senhor!
f) Certificados da recompensa do Senhor — v. 8
"Sabendo que cada um receberá do Senhor
todo o bem que fizer". O texto menciona a recompensa
dos fiéis no Tribunal de Cristo, logo após o arrebatamento
da Igreja.
"Sabendo" indica um fato conhecido e esperado
por todos os que servem ao Senhor. Todo crente tem
consciência de que suas obras serão julgadas por Cristo no
seu Tribunal (2 Co 5.10), e "cada um" receberá seu
galardão.
"Cada um". Não se trata de um julgamento em
massa, mas individual. Cada crente salvo terá suas obras
passadas pelos livros do Senhor, e "todo o bem que fizer",
assim como o mal que fizer, passará pelo Tribunal de
Cristo.
1.3.2.4 – Trato Com o Espaço de Trabalho
189
190
Gosto muito desse trecho do livro: : Motivado
Para Vencer Vol. 3 de D' Cartio. Sobre o Comportamento
do Crente no Trabalho.
PARE TUDO!
Você chegou ao seu trabalho.
Ore, agradeça e peça direção.
Cumprimente seus colegas.
Isso se chama Amizade.
Deseje a cada um o melhor.
Isso s chama Sinceridade.
Faça a agenda e programe seu dia.
Isso se chama Reflexão.
Agora com tudo planejado,
Comece a trabalhar.
Isso se chama Ação.
Acredite que tudo irá dar certo,
Isso se chama Fé.
Faça tudo com alegria.
Isso se chama Entusiasmo.
Dê o melhor de si.
Isso se chama Perfeição.
Ajude aquele que tem mais dificuldades do que você.
Isso se chama Solidariedade.
Compreenda que nem todos estão na mesma sintonia.
Isso se chama Tolerância.
Receba as bênçãos com gratidão.
Isso se chama Humildade.
190
191
Deus está com você.
Isso se chama Amor!
O ambiente de trabalho talvez seja um dos mais
difíceis para manter-se um bom testemunho. Isso ocorre em
virtude das pressões do cotidiano, das diferenças de credos,
influências tradicionais, exigências de habilidades especiais
de relacionamento e uma série de variáveis intervenientes
no contexto organizacional. Entretanto, não há desculpas
plausíveis porque a Palavra de Deus imperativamente
afirma em Efésios 5:8 que aqueles que são luz no Senhor,
devem andar como filhos da luz.
É preciso encarar o local de trabalho como uma
oportunidade de treinamento para o serviço no Reino de
Deus e a partir de uma ética cristã definir e consolidar a
carreira profissional. Isso não significa necessariamente que
você se filiará a uma missão local ou transcultural. É
primeiramente uma forma de viver em Cristo, onde Deus o
colocar, seja em uma empresa pública ou privada, de
natureza eclesiástica ou trabalhando como autônomo. O
verdadeiro cristão é crente em todo o tempo e lugar. Sirva a
Deus não somente na adoração nos momentos de culto, mas
também na carreira profissional e em todos os âmbitos de
sua vida!
Nós temos a mente de Cristo (1 Cor. 2:16); e,
portanto, somos exortados à não conformação com este
mundo pela transformação de nossa mente (Rom. 12:2).
Lembre-se que os servos de Deus vivem neste mundo mas
191
192
não são deste mundo; este mundo é o mundo da Criação de
Deus. Reconheça que Ele é Senhor Soberano sobre tudo e
sobre todos os seres vivos. Ele sustenta o universo em todas
as dimensões. Todas as fontes da vida estão em Deus (Sl
87:7b).
A Palavra de Deus diz que a submissão às
autoridades é necessária porque toda autoridade que há foi
dada por Deus (Rm 13:1). Portanto, se tem dificuldade em
submeter-se às ordens dadas, saiba que está pecando, então
peça a Deus que lhe dê domínio-próprio e flexibilidade para
desempenhar seu propósito em sua vida profissional. Ao
chegar no local de trabalho não deixe de orar pelos seus
superiores e companheiros de trabalho, e, também por sua
desenvoltura para cumprir o papel que lhe é requerido.
Esteja certo que Deus o levou ali. Use sua criatividade e
descubra outros companheiros cristãos. Organize-se. Seja
líder! “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores
segundo a carne, não servindo somente à vista como para
agradar aos homens, mas em singeleza de coração, temendo
ao Senhor e tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como
ao Senhor, e não aos homens sabendo que do Senhor
recebereis como recompensa a herança; servi a Cristo, o
Senhor. Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça
que fez; e nisso não há acepção de pessoas” (Cl 3:22-25).
Na empresa prepare-se para melhor atender à
missão da empresa e também deixar em evidência a pessoa
de Cristo em sua vida. O Espírito Santo irá guiá-lo quando
você pedir-lhe ajuda! Seja presente de uma forma criativa,
192
193
equilibrada, mas antes de tudo, seja um líder, pescador de
almas pelo seu próprio testemunho. Leia, estude, avalie e
descubra a melhor forma de agir e influenciar seus colegas
de trabalho. A empresa é local de trabalho de ganhar o pão.
Respeite as regras de sua empresa. A melhor forma de
pregar o evangelho das boas novas é ter um bom
testemunho de vida. Quando a luz de Jesus brilhar em sua
face em todo o tempo e lugar, com certeza, atrairá mais e
mais almas para o Reino de Deus.
Defina seus objetivos nos vários aspectos de sua
vida profissional, social, na vida familiar, bem como na
igreja. Enfim, cuida de ti mesmo e da sã doutrina (1 Tim.
4:16). Disciplina espiritual é ainda manter a palavra quando
empenhá-la em algo, ser honesto no cumprimento das
tarefas; ter uma atitude correta nos diversos ambientes,
festas, atividades culturais entre outras. Esteja pronto para
ter uma atitude crítica diante das diversas situações e saber
identificar nelas tanto a beleza da graça comum ou a
inimizade e rebeldia contra Deus.
O seu testemunho deve ser sempre verdadeiro e
honesto em todas as circunstâncias, mesmo que, ao fazê-lo,
estejam expondo deficiências suas, mas sempre demonstre
que você está disposto a melhorar com a ajuda do Espírito
Santo de Deus. Seja companheiro, use o bom senso, o
reconhecimento das limitações pessoais e o recorra aos
colegas para a solução de problemas. Trate os erros
eventuais e involuntários sempre como oportunidades de
treinamento e crescimento.
193
194
Quando a vontade divina é a autoridade, a
obediência aos mandamentos divinos ou aos textos bíblicos
é a conduta aceitável. Portanto, você não pode conformar-se
com as qualidades atribuídas à natureza humana. Quando
quem rege é a razão, se espera que a conduta moral resulte
de um pensamento racional. Use a razão em conformidade
com a Palavra de Deus que lhe fornece inúmeros modelos
para aplicar em sua vida. Seja um cidadão digno.
A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa
transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo.
Busque orientação na Palavra de Deus, pois assim, você
poderá saber se o seu comportamento do crente está ou não
sendo correto no seu local de trabalho.
O seu testemunho, a sua conduta de crente, é um
fator de muita importância em todas as áreas de sua vida,
uma vez que pode ou edificar ao companheiro de trabalho
ou até mesmo bloquear o desejo dele conhecer e aceitar o
Senhor Jesus. Portanto, é necessário que você vigie suas
atitudes para que seus cooperadores profissionais possam
ansiar em entrar para o Reino de Deus.
A conduta ideal é aquela que está permeada pelos
princípios bíblicos. Uma vida que honra a Cristo e onde o
Seu amor é derramado em nosso coração. O princípio do
amor deve andar lado a lado com você, para que com isso
possa crescer profissionalmente e levar uma vida mais
salutar.
194
195
Se você é empregador, saiba que segundo a
Palavra de Deus o empregador não pode defraudar
(enganar) seus empregados. Alguns sempre dão um
“jeitinho” para pagar menos ao trabalhador, seja arranjando
algum tipo de desconto, ou até mesmo diminuindo o valor
da comissão por qualquer pretexto. Tempos atrás
conversava sobre isso com um irmão que é empresário.
Fiquei estarrecido quando ele disse que quando o
funcionário comissionado estabiliza sua produção num
determinado nível, alguns empregadores, então, diminuem o
valor da comissão forçando-o a trabalhar mais. Essa atitude
é abominável ao Senhor, e Ele exercerá juízo contra todos
que enganam o seu próximo para levar vantagem,
aproveitando-se da situação porque ele precisa trabalhar,
sendo obrigado a se sujeitar a humilhações como esta.
“Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do
jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” – Lv.19:13.
“No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que
o sol se ponha; porquanto é pobre e está contando com
isso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti
pecado” – Dt. 24:15.
“Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos
trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os
clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor
dos exércitos” – Tg. 5:4.
195
196
O Senhor supre as necessidades do empregado
através do empregador. Ele é um anjo de Deus para
abençoar o trabalhador. Está pecando o que retém o salário
do seu empregado.
O empregador deve pagar um salário justo e em
dia, porque o empregado depende dele para comer.
Por fim, o empregador deve, também, orar para
que tenha funcionários que levem Deus a sério.
1.3.3 – Na Escola ou Faculdade
Hoje em dia é muito comum ver jovens cristãos
que ao ingressarem em uma Universidade, passam a ter seu
caráter provado, e em meio a essa fase de transição e
também cheia de novidades, com novos conhecimentos e
novas amizades, se afastam e terminam por se desviarem do
caminho do Senhor. Muitos até mesmo ficam céticos e
passam a desacreditar em Jesus e em Sua obra redentora,
sendo cegados pelo entendimento do século presente, se
enchendo de muito conhecimento secular, porém de pouca
sabedoria, pois a sabedoria vêm de Deus, e com essa
cegueira espiritual o jovem se afasta da fonte de toda
sabedoria.
"E os que forem sábios, pois, resplandecerão
como o fulgor do firmamento; e os muitos do que ensinam
196
197
a justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. E tu,
Daniel, encerra estas palavras e selas esse livro, até o fim
do tempo; muitos correrão de uma parte para a outra e o
conhecimento se multiplicará." Daniel 12:3 e 4.
Outro dado preocupante no Brasil: Cerca de 40%
dos jovens cristãos permanecem nas igrejas após a
Universidade, e apenas 16% sente-se preparados por seus
respectivos ministérios para permanecerem firmes na fé
após o período universitário, trazendo a tona aquele velho
debate sobre a fé cristã e a vivência acadêmica.
A vida cristã por si só já é um verdadeiro desafio,
afinal "muitas são as aflições do justo, mas Deus o livra de
todos" Sl 34:19. Um grande desafio que o cristão enfrenta é
o bombardeio intelectual, pois as faculdades expõe os
mesmos a pensamentos filosóficos e teorias formuladas por
pensadores ateus, agnósticos ou céticos, que colocam as
ciências acima de tudo, e fazem críticas duras à igreja e a
Deus como Voltaire, Nietzche, Russeou, Maquiavel, Marx,
Hans Kelsen entre outros.
Com essas novas doutrinas e ensinamentos o jovem
passa a crer que é necessário que ele amadureça, e nesse
processo se afaste de toda crença ou espiritualidade para
que de fato venha a conhecer como o mundo funciona.
Ensinam que precisam ter uma nova percepção da vida ,
procurando cada vez mais independência e liberdade para
romper com paradigmas e "tabus" estabelecidos e
vivenciados anteriormente. A bíblia ensina que a verdadeira
197
198
liberdade só se tem em Cristo Jesus. "Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres." João 8:36. Esses
ensinamentos contribuem para o afastamento dos jovens de
Cristo, do caminho e de sua missão dada por Deus na Terra.
Bem, somado a isso tudo, este impulso e desejo de procurar
liberdade e independência é ampliado pela influencia das
más amizades que muitas vezes se formam nas
Universidades. Essas influências passam a incutir na cabeça
do jovem cristão que ele deve "curtir" a vida com festas,
álcool e sexualidade deturpada etc.
O Jovem cristão, dessa forma, se não estiver firme
em Deus, quebra princípios e valores bíblicos, peca e é
levado a se desviar de qualquer propósito de vida
estabelecido por Deus.
Na universidade o estudante, semanalmente, está
repleto de convites para festinhas, barzinhos e showzinhos.
O acesso às drogas e todo tipo de vício é fácil. O ambiente é
promíscuo, com as roupas indecentes e o comportamento
imoral dos alunos. Todo tipo de piada, blasfêmias e
ridicularizações são feitas constantemente. Sem falar que é
preciso enfrentar o ateísmo e as duras críticas contra Deus,
o Cristianismo e a Igreja, feita pelos professores e
escritores.
Entretanto acredito que um crente que realmente
está firmado em Deus e na Sua Palavra, ao adentrar numa
Faculdade de Ensino, por mais que a sua fé seja provada, o
mesmo não terá motivos para esfriar e nem tão pouco para
198
199
negar a fé em Deus. Os que depois de adentrarem numa
Universidade, esfriam e negam a fé que antes professavam
em Deus, é porque quando entraram lá, já não tinham uma
estrutura de fé sólida, para serem confrontados, pois um
crente quanto mais tem a sua fé confrontada, mas a fé do
mesmo é acrescentada, pois é nos desafios maiores que o
crente pelo comum se aproxima mais de Deus, e quanto
mais o crente busca a Deus, mais o encontra. Conforme está
escrito:
''Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós''. (Tiago 4.
7a).
Quando minha filha mais velha Cursou a
Faculdade foi um tempo suficiente para concluir que, por
mais que a formação universitária seja ótima para construir
um bom futuro financeiro e profissional, ela não deixa de
ser um ambiente desregrado comandado pela sua maioria
por jovens que fazem de suas próprias vidas um mar de lixo.
O ambiente de faculdade é uma verdadeira mesa com
manjares. São tentadores e diabólicos, recheados com toda a
sorte de depravações morais e desvios de comportamento e
caráter. Antes de ela entrar, sabia mais ou menos o que a
esperaria e por isso a aconselhei logo a se envolver com
irmãos de fé para que pudessem criar o próprio ambiente
dentro e fora das salas de aulas.
E graças a isso ela pode dar bom testemunho e
foi usada por Deus para levar um jovem a se converter e ver
hoje em dia ele como líder de adolescentes na igreja.
199
200
Mas não vou mentir. É um ambiente cheio de
lutas e tentações. Se não estivermos preparados satanás
coloca nossa fraqueza diante de nossos olhos para nos atrair
e destruir. Em muitos casos podemos encarar a entrada a
uma faculdade a uma porta para o inferno. E se você é
cristão e deseja ingressar numa faculdade, vá e se forme,
mas nunca e digo novamente…NUNCA deixe de ir a igreja
e orar a Deus no seu dia a dia, afim de se preparar para os
dias difíceis.
Ah, e nada de colar nas provas. Estude o máximo
que puder para não precisar disso.
1.3.3.1 – No Trato Com os Professores
Nossos
jovens
têm
sido
influenciados
negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação
pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo
é um grave problema em nossos dias. A Europa, por
exemplo, transformou-se num continente secularista onde o
que mais importa é o bem estar comum e a ausência de
Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma
fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que
nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.
Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer
então?
200
201
A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo
aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos
cujo fundamento é infalível Palavra de Deus.
A Igreja precisa preparar os seus jovens para
responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva,
deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve
ser oferecer a juventude "armas" espirituais capazes de
anular sofismas.
A Igreja precisa investir em universitários
promovendo grupos de comunhão, debates, além de
discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo
a estes condições de responder aos seus inquiridores o
porque da sua fé.
A Igreja precisa estudar teologia com os
universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo
eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros
conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser
explicados e entendidos pelos nossos jovens.
A Igreja precisa preparar os seus jovens para se
relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude
do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo
bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado,
existem aqueles que em nome da contextualização
201
202
"mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um
estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.
A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo
de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se
relacionam com Deus através da oração e das Escrituras
Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta
vida.
Que Deus nos ajude diante da hercúlea missão e
que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção
da parte do Senhor na universidade.
- E o Professor Crente?
1.3.3.1.1 - O ANDAR DO PROFESSOR CRISTÃO
Os tempos definitivamente já mudaram. Somente
nos lugares mais afastados e remotos no Brasil se encontra
uma escolinha de uma sala só onde a professora dá aula
para várias séries juntas.
Também, dificilmente se ensina com aquela
cartilha dos velhos tempos. Agora usamos multimídia, lousa
interativa, ensino diferenciado, salas integradas e muita
burocracia.
O ensino realmente mudou, mas o coração do
professor permanece o mesmo e o caminho que ele (a) trilha
202
203
diariamente também. Têm dias que o caminho é
recompensador e gratificante, mas têm outros que o andar se
torna exaustivo e frustrante. É nessa hora que a tentação é
desistir e sair correndo para escapar das pressões e estresse
da sala de aula. O professor pode chegar ao ponto de
desviar, desistir e se esconder desse caminho que escolheu.
A história de Hagar, em Gênesis 16, nos
emociona: é uma série de eventos que nos faz pensar e
perguntar, “...de onde você (Hagar) vem? Para onde vai?”
Nós a encontramos com o anjo do Senhor, “perto
de uma fonte no deserto, no caminho de Sur”. É interessante
que ela tem um endereço tão detalhado no deserto – não era
qualquer fonte, mas a fonte no caminho para Sur. É tão
intrigante quanto à questão feita pelo anjo: “Hagar, serva de
Sarai, de onde você vem? Para onde você vai?”
Nessa questão perspicaz (e os professores não
gostam de questões perspicazes?) podemos enxergar três
verbos de ação começando, todos com a letra “R” e
relacionados à jornada do professor.
Talvez, onde você se encontra em sua carreira
acadêmica, você esteja avaliando as escolhas já feitas e
pensando em outras possibilidades futuras disponíveis.
É extremamente importante notar que o anjo
identificou Hagar não somente pelo nome, mas pela
profissão também. “Hagar, serva de Sarai”. Quantas vezes
203
204
você foi apresentada como “a professora do Renatinho”, ou
“meu professor do 5º ano”? Enquanto o rótulo “professor”
descreve você e sua profissão, é fascinante pesquisar a
história da palavra e entender que o seu significado é
semelhante à palavra “lembrança”. Não poderia ser mais
apropriado! Professores fazem parte da lembrança da
infância de todos os alunos. Enquanto os anos passam e os
alunos passam pela sua sala, cada um sai com uma
lembrança de você: uma informação valiosa, um conselho,
uma palavra de incentivo que nunca esquecerão.
Talvez, primeiramente, você precise parar e
refletir a respeito dessa verdade. O primeiro “R” na viagem
de Hagar nos lembra que é preciso REPOUSAR. O texto
nos diz que “o anjo do Senhor encontrou Hagar perto de
uma fonte no deserto”. Ela deve ter parado ali para se
refrescar e repousar. Ensinar é, simplesmente, exaustivo.
Você está constantemente dando de si na sala de aula e isto,
em si, pode resultar em cansaço, sem levar em conta as suas
responsabilidades com reuniões pedagógicas, reuniões com
os pais, planejamentos, cursos de aperfeiçoamento
profissional, etc.
Você já parou perto da fonte, recentemente, para
saciar a sua sede da Fonte de Água Viva?
No e vangelho de João, capítulo 7, Jesus ofereceu
este grande convite, “Se alguém tem sede, venha a mim e
beba.” Este verbo é de uma ação continua, que realmente
quer dizer “deixe ele continuar vindo e continuar bebendo.”
Só tem um caminho que garante que você sempre terá os
recursos para atuar, para se doar na sala de aula, e esse
204
205
caminho é continuar se enchendo do Senhor Jesus. “Quem
crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão
rios de água viva.”
Como educador Cristão, você oferece mais do que
os fundamentos acadêmicos, você procura a ensinar lições
eternas também. Você tem a oportunidade de oferecer
esperança aos seus alunos.
O segundo “R” da viagem de Hagar é de
RELEMBRAR. Enquanto o anjo olha e identifica Hagar,
suas próximas palavras são impressionantes. “...de onde
você vem? Para onde vai?” Ele, gentilmente, aconselha
Hagar a olhar para trás e relembrar o seu lar. Alguns
teólogos acreditam que Hagar foi dada a Abrão e Sarai por
Faraó (Gênesis 12). Se essa suposição for correta, então
Hagar estava morando e viajando com eles durante muitos
anos. Obviamente, a vida tinha sido meio traumática e
recentemente ela tinha sido muito mal tratada, mas Deus, na
sua infinita sabedoria, desafiou Hagar a olhar para trás,
refletir e relembrar.
Talvez você precise fazer o mesmo. Como foi que
você escolheu o magistério? Você estava atendendo a um
chamado de Deus para a sua vida? Se a resposta for sim, Ele
mudou este chamado?
Que memórias e lembranças estão guardadas na
sua mente que têm feito você parar, pensar e confirmar que
você realmente transformou e impactou a vida de pessoas e
205
206
que agora, essas mesmas pessoas estão impactando outras?
Quais rostos vêm à sua memória e fazem você sorrir quando
relembra certos momentos de sua classe que foram mais
especiais e marcantes que outros?
Veja professor… que caminho trilhou até agora?
Relembre...
E, finalmente, enquanto você está relembrando,
gaste algum tempo para REAVALIAR– nosso terceiro “R”.
Muitas vezes nós baseamos nossa ideia de realização dentro
da perspectiva de sucesso secular. Durante os anos do Seu
ministério público, Jesus foi chamado “Rabi” ou “Mestre”.
No evangelho de Mateus, lemos que “Jesus foi por toda a
Galileia, ensinando...”. Será que Jesus, o Filho do homem,
que também era totalmente Deus, era tão acessível porque
Ele era um educador compassivo? Será que Ele foi um
educador de sucesso por causa dessa qualidade?
Ensinar requer a transmissão da verdade e
conhecimento com amor e graça. Jesus era o Professor
Mestre, e se você estiver refletindo sobre o caminho que
está diante de você, seria interessante gastar algum tempo
estudando a vida de Jesus e os anos que gastou ensinando.
Uma viagem pelo Evangelho de Marcos nos dá uma ideia
dos Seus “planos de aula”. Enquanto Jesus viajava passando
pelas cidades e vilarejos Ele aproveitava todas as
oportunidades de derramar graça e instruir o povo pelo qual
tinha tanta compaixão.
Nessa caminhada com Jesus, os seus discípulos
desejavam alguma lembrança da Sua glória e pediram,
206
207
conforme o evangelho de Marcos capítulo 10, o privilégio
de sentar à sua direita e à sua esquerda em Sua Glória. Mas,
Jesus repreendeu essa ideia e, mais uma vez, ensinou-lhes
um princípio básico do andar do educador cristão, dando de
si mesmo como um exemplo incomparável.
“Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem
quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo...
Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
Marcos 10.43, 45
Ensinar é servir, servir é ser como Cristo.
Enquanto você reavalia a sua vida, pergunte a si mesmo:
“Como posso ser semelhante a Cristo em minha sala de
aula?”
Repouse, relembre e reavalie.
Abra seu coração para o ensino suave da Palavra
do Senhor e deixe que essas palavras sejam a sua oração:
Que o meu ensino caia como chuva
E as minhas palavras desçam como orvalho,
Como chuva branda sobre o pasto novo,
Como garoa sobre tenras plantas.
Proclamarei o nome do Senhor.
Louvem a grandeza do nosso Deus!
DEUT. 32.2-3
207
208
1.3.3.1.2 - POSTURA DE UM PROFESSOR
Com o objetivo de ajudar os professores a serem
mais efetivos no seu ofício, seguem algumas dicas de como
deve ser a postura frente a sua classe. A dica serve também
para quem lida diretamente com público já que é pertinente
ao convívio social, porém, escrevo especialmente aos
professores e demais envolvidos com a missão De lecionar.
Crianças, pré-adolescentes, adolescentes, jovens,
adultos e idosos, cada faixa etária tem suas características
próprias. Diferentemente do que se possa pensar ou parecer,
à primeira vista, as regras de postura social não são uma
expressão de soberba ou vaidade. Muito menos figuram
como entrave ao convívio cristão. Ao contrário, são fatores
relevantes no desenvolvimento de uma boa aula e estão
inter-relacionados com a educação, além de constituírem
deveres do bom cristão.
1) Comece sempre a aula na hora marcada para incentivar
e premiar o aluno pontual, mesmo que apenas uma única
pessoa esteja presente. Outros chegarão. Se não chegarem,
não se preocupe, porque a lição será apenas àquele presente.
Ainda assim você será usado por Deus. Não se deixe
intimidar ou afetar psicologicamente pela ausência. Dê
apenas uma justificativa. Não caia no erro de ficar
explicando os possíveis motivos pelos quais os demais
alunos não compareceram à aula.
208
209
2) Cumprimente cada um que entra como se fosse um
candidato à presidente da República. É muito importante
que os estudantes saibam e experimentem que a sua classe é
a mais amistosa do planeta.
3) Faça de sua classe uma prioridade. O melhor método de
demonstrar à sua classe que ela é sua prioridade é você
encará-la como prioridade nos seus interesses. Quanto
melhor preparado estiver o professor, mais facilidade terá
em responder às eventuais perguntas com sinceridade,
mesmo que seja para agendar a resposta para uma próxima
aula.
4) Recompense o empenho dos que são assíduos de forma
mais consistente. Envie um e-mail, dê um cartão ou crie
alguma outra forma de incentivo extra que seja capaz de
demonstrar apreciação por sua constância e ainda ajude a
pessoa a superar suas limitações na aprendizagem.
5) Dê bom acolhimento ao atrasado, não o puna. Capture a
atenção dele com uma rápida sinopse do que você está
ensinando à classe. Emende: "Maria, temos satisfação pelo
fato de que, mesmo atrasada, você tenha perseverado em
estar conosco. nós estamos discutindo hoje o assunto é tal.
6) Deixe para saber, em particular, o que motivou o atraso.
Ouça os motivos, ofereça ajuda, apoio e um conselho
estimulante para que o fato não venha se repetir. Caso haja
209
210
reincidência, mantenha a paciência e pense em nova
estratégia para ajudar a pessoa.
7) No caso do atraso crônico, é preciso que se investigue os
motivos que levam a esse comportamento. Cabe ao
professor conversar com o indivíduo, em particular, e
explicar-lhe, de modo a conscientizá-lo, que a Igreja se
preocupa com ele não só do ponto de vista da constituição
espiritual, mas também em sua formação como cidadão. O
atrasado crônico pode vir a ser um preguiçoso, o que
fatalmente trará implicações à sua vida profissional
(Eclesiastes 10.18).
8) Àqueles que faltaram à classe, nunca diga: "Onde você
estava?", porém "Sentimos muito a sua falta". A primeira
frase já deixa o aluno na defensiva, porque se sente cobrado.
A segunda denota interesse sincero. Tratá-los como pessoas
maduras dá mais resultado, pois os estimula a agir como tal.
9) Um polegar erguido, um aceno, um piscar de olho ou um
toque precisam ser percebidos e valorizados. Quanto antes
forem atendidos, menos você terá negligenciado em
demonstrar a estima e o apreço aos alunos.
10) Alunos não gostam de olhares indiferentes, de palavras
arrogantes nem de gestos bruscos. Daí manter a
concentração durante todo período de aula é fundamental
para poder transmitir equilíbrio aos alunos. Lembre-se de
que muitos chegam à aula depois de terem enfrentado uma
verdadeira guerra espiritual.
210
211
"...se é ensinar, haja dedicação ao ensino;" Rm 12.7
1.3.3.2 – Com outros Alunos na Universidade
Quais devem ser então, as características que um
universitário cristão deve mostrar frente a seus colegas?
Vejamos:
O universitário cristão precisa, antes de tudo, ter
profunda convicção da fé em Jesus Cristo. Para isso deve ter
comunhão diária com Deus. Precisa de saúde espiritual.
Assim ele viverá um cristianismo contagiante. A presença
de Deus será perceptível, e seu testemunho poderoso.
O universitário cristão precisa conhecer a Bíblia a
fundo. Na universidade não há espaço para brincadeiras, por
isso é preciso saber defender consistentemente a fé cristã.
O universitário cristão precisa ser um aluno
exemplar. Precisa estudar o dobro que os outros. Deve fazer
tudo com excelência, se superar, e ser a referência. E nunca
colar.
O
universitário
cristão
também
precisa
compreender o mundo. Não pode ficar apático e indiferente
aos temas políticos e sociais. Precisa ser atuante.
Deve se posicionar diante dos acontecimentos do
mundo com uma perspectiva cristã, e influenciar os outros
211
212
com suas opiniões. Suas idéias devem ser sempre
relevantes.
O universitário cristão precisa se conscientizar que
ele é um formador de opinião. Precisamos de escritores,
professores, cronistas que interpretem o mundo com uma
mente cristã!
O universitário cristão é um missionário num
campus de evangelização. Deve pregar a tempo e fora de
tempo. Deve ter sempre uma mensagem significativa para
os não-cristãos. O universitário cristão tem que ser parecido
com Cristo!
Deus nos capacite! Não podemos ser
acomodados. Não podemos ser vacilantes na fé. Devemos
sim, viver um cristianismo vivo, ousado, consciente e
fervoroso!
Que todos os universitários cristãos possam
resplandecer a luz de Cristo! Que nesta sociedade
corrompida e depravada, cada um se torne uma referência
da vida plena e abundante que há em Cristo Jesus.
1.3.3.3
– Com a Classe
20 DICAS PARA SER UM BOM ALUNO NA CLASSE:
1.3.3.3.1. SIGA O MAPA DE SALA
212
213
Dependendo da série em que você estiver e até
mesmo da quantidade de alunos na sala, os professores
acham que a melhor maneira de controlar e favorecer o
aprendizado de todos é por meio de um mapa que indica
onde cada estudante deve se sentar. Se esse for o seu caso,
siga o mapa. Os seus professores têm um motivo para
querer você sentado em determinado lugar e não em outro.
1.3.3.3.2. MANTENHA UMA AGENDA
Você pode se orgulhar da memória mais eficiente
da sala, mas ainda assim não é um computador e pode
deixar algo passar. Para evitar perder datas de provas ou
prazos de entrega de trabalhos, mantenha uma agenda e
anote nela todos os seus compromissos relacionados ao
colégio.
1.3.3.3.3. TENHA FOCO
Pode parecer óbvio pedir a um aluno que ele
mantenha o foco, mas muitas vezes os estudantes
simplesmente não sabem como fazer isso. Para evitar
distrações, evite ficar olhando para a janela, para a porta ou
mesmo para o que seus colegas estão fazendo. Concentre-se
nas suas tarefas.
1.3.3.3.4. SEJA SÉRIO
213
214
Leve os seus estudos a sério. Tenha em mente
que você está na escola por um motivo e que esse motivo é
aprender. Não invente mentiras para faltar ou mesmo para
escapar das aulas, como se fingir de doente ou dizer ao
professor que precisa urgentemente ir ao banheiro.
1.3.3.3.5. QUESTIONE
Nunca vá para casa com uma dúvida. Se você
não está entendendo algo relacionado à matéria, pergunte.
Nunca considere uma dúvida como sem importância.
Lembre-se de que por mais boba que uma pergunta pareça,
ela pode ser a dúvida de outros colegas de sala.
1.3.3.3.6. SEJA RESPEITOSO
Evite interromper os professores ou colegas e
quando quiser fazer alguma pergunta ou observação, levante
a mão antes de fazê-lo. É claro que você tem direito de se
expressar em sala de aula, mas procure respeitar os outros
estudantes, eles também têm esse direito.
1.3.3.3.7. SEJA CONSCIENTE
214
215
A sala de aula não foi criada para que os
estudantes vivam uma espécie de regime militar, no qual os
alunos estão proibidos de conversar ou sequer olhar pro
lado. No entanto, você também não deve aproveitar a
liberdade que tem e passar a aula inteira rindo, conversando
e se virando para trás ou para os lados. Isso atrapalha a
concentração do seu professor e dos seus colegas.
1.3.3.3.8. COPIE A MATÉRIA
Pode parecer a dica mais óbvia de todos os
tempos, mas se o professor está escrevendo a matéria no
quadro, provavelmente ela não está presente nos livros de
referência que vocês utilizam em sala. Não perca tempo
com as famosas perguntas do tipo “é para copiar?”. Pense
que se não houvesse essa necessidade o seu professor não
perderia tempo colocando essas informações no quadro.
1.3.3.3.9. PRESTE ATENÇÃO
Outra dica aparentemente desnecessária, mas que é
seguida por pouquíssimos alunos. A explicação do
professor é o momento que você tem para compreender
melhor os conceitos abordados no material de estudo e
sanar as suas dúvidas. Portanto, essa não é a melhor hora
215
216
para desenhar, rabiscar o caderno dos amigos ou mandar
bilhetinhos.
1.3.3.3.10. NÃO COLE
Embora aquele velho ditado assegure que “quem
não cola não sai da escola”, procure fazer diferente.
Colando você não absorve o conteúdo e ainda corre o risco
de ser pego e se envolver em situações, no mínimo,
complicadas.
1.3.3.3.11. NÃO DISCUTA
Você pode ter a certeza absoluta de que o seu
professor está enganado no que está afirmando, mas se você
não tiver argumentos que provem isso, fique quieto. Se não
tiver razão, então, faça uso do silêncio. Discutir com o
professor nunca traz nada de positivo para você.
1.3.3.3.12. NÃO CONVERSE COM PESSOAS DE
FORA DURANTE A AULA
Ninguém disse que você precisa fazer amizade
apenas com os colegas da sua sala, ou do seu ano. Você
216
217
pode ter amigos em séries diferentes e os horários de vocês
provavelmente não vão coincidir. Portanto, evite conversar
com esses colegas durante o período de aulas, quando você
os encontra no corredor, por exemplo.
1.3.3.3.13. FAÇA OS SEUS DEVERES
Pode parecer chato e sem utilidade, mas os deveres
de casa têm como objetivo fixar o conteúdo estudado
durante a aula. Portanto, leve-os a sério. Fazer as suas
tarefas de qualquer jeito não vai ajudar você a entender a
matéria estudada e você pode sentir falta disso na hora da
prova
1.3.3.3.14. EVITE SAIR DURANTE A EXPLICAÇÃO
A não ser que seja um caso muito urgente, como
você estar passando mal, evite sair da sala durante as
explicações do professor. Embora possa parecer muito
entediante escutar o professor de história falar sobre as
inquisições na Idade Média, esse tipo de conteúdo será
cobrado de você depois, então é melhor que você não perca
os detalhes sobre ele.
1.3.3.3.15. NÃO FAÇA BRINCADEIRAS COM O SEU
PROFESSOR
217
218
Alguns professores são muito divertidos e dão
muita liberdade aos seus alunos, mas não se aproveite disso
para atrapalhar a aula. Ficar se levantando o tempo todo
para fazer brincadeiras ou mesmo indo até a lixeira sem
necessidade são atitudes que podem deixar o seu professor
irritado e acabar com a liberdade conquistada.
1.3.3.3.16. NÃO SEJA UM ALUNO APÁTICO
Embora os professores não gostem daqueles
alunos que conversam demais, atrapalham a aula e a
concentração dos outros estudantes, eles também não
esperam alunos silenciosos, que não se expressam e não
participam da aula. Você pode conversar com os seus
colegas, desde que seja sobre assuntos relacionados.
1.3.3.3.17. ESTUDE EM SALA
Os exercícios pedidos pelos professores em sala
de aula devem ser feitos lá. Não fique enrolando e
esperando apenas pela correção, dedique-se, tente resolver
os problemas propostos e conte com a ajuda do seu
professor. Da mesma maneira, leve a sério a correção.
218
219
1.3.3.3.18. NÃO PERCA A MATÉRIA
A frequência é importante para que você passe
de ano, mas é claro que você precisará faltar em alguns dias.
Quando isso acontecer, peça a algum colega de confiança
que passe para você a matéria estudada naquele dia. Anote
os deveres e copie a matéria, caso seja necessário.
1.3.3.3.19. SEJA RESPEITOSO
Você pode detestar o professor de determinada
matéria, mas precisa saber que ele é a figura de autoridade
dentro da sala e, portanto, merece o seu respeito. Não grite
ou fale palavrões em sala, isso transforma o ambiente de
maneira negativa.
1.3.3.3.20. ESTUDE PARA AS PROVAS
Você pode ser um excelente aluno, que realiza
todas as tarefas e presta atenção em todas as explicações,
mas se não estudar para as provas não terá como aplicar os
seus conhecimentos. Dedique-se e crie planos de estudo que
ajudem você a resumir a matéria necessária.
1.3.4 – NA SOCIEDADE EM QUE ESTAMOS
INSERIDOS.
219
220
Há duas tendências muito fortes no ser humano:
uma para buscar a autonomia, a autosuficiência, a
independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma
unidade maior.
Essa unidade maior pode ser definida como a
família, a nação, uma ideologia, ou seja, um universo maior
que tenha um significado importante. Dessa forma o
indivíduo se desenvolve, ultrapassa sua individualidade e
busca a integração com os outros.
Para se desenvolver de forma equilibrada, a
pessoa precisa se comprometer, se adaptar, ceder. Tudo isso
não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e
o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para
o outro. A vida em sociedade fica mais fácil quando
entendemos que dependemos uns dos outros para viver
melhor, e que juntos somos mais fortes.
Os seres humanos não vivem juntos apenas por
escolha, mas porque a vida em sociedade é uma
necessidade. Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa
ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco
tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão,
por não ter com quem compartilhar idéias, dar e receber
afeto. Poderia até mesmo enlouquecer. Portanto, as pessoas
satisfazem suas próprias necessidades vivendo em
sociedade.
220
221
Quando a autoestima - a visão que a pessoa tem de
si mesma - é positiva, o relacionamento em sociedade tornase mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso
também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social
alimenta a autoestima positiva.
Para manter um bom relacionamento com as
outras pessoas são necessárias algumas condições básicas:
sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos
autoestima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos
outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e
desconfianças que temos a respeito de nós mesmos.
Em sociedade o eu e o outro sempre se
relacionam, e as necessidades sociais vão sendo
estabelecidas.
Elogiamos
e
somos
elogiados;
compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos
amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos
valorizados. Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e
somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós;
discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o
bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte de nossa
vida e nossa vida é parte do outro.
Muitas pessoas se queixam de que a sociedade
define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser
melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite,
respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí
surge a pergunta: isso também não é uma regra?
A necessidade de nos mantermos unidos a outros
seres humanos não é um capricho ou um desejo individual,
221
222
é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e
referendada pela razão.
Aproveite para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se
como ser humano. Assim, você estará sempre motivado
para praticar o bem e para o bem-estar de si mesmo e de
todos os que convivem com você em sociedade.
1.3.4.1 – Com os Vizinhos
Vizinhos são como uma família. Nós não
queremos ofendê-los desnecessariamente, porque temos de
conviver com eles. Nós precisamos ser ricos em boas obras
para com todos, mas especialmente com nossos vizinhos. A
Bíblia revela que este é um meio legítimo de evangelismo.
Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5 :
16). É da vontade de Deus que ", fazendo o bem, tapeis a
boca à ignorância dos homens insensatos;" (1 Pedro 2 :
15).
Pecadores podem discordar com o que você
acredita, mas vendo as vossas boas obras os farão pensar:
"Eu não acredito no que ele acredita, mas ele com certeza
acredita. Ele realmente é sincero em sua fé."
É importante ser simpático e amigável, dar um
presente sem nenhum motivo, bolos ou algum prato que
acabou de fazer, etc. podem abrir caminho para o
evangelismo. Ofereça-se para cortar a grama dos seus
222
223
vizinhos ou ajudar a fazer algum outro trabalho. Ofereça-se
para pegar suas correspondências e jornais enquanto eles
estão em férias. Elogiá-los em seu paisagismo e pedir dicas
de jardinagem. Convidá-los para um churrasco ou
sobremesa. Há muitas maneiras de demonstrar o amor de
Cristo a seus vizinhos. Não esqueça de orar por uma
oportunidade de compartilhar o evangelho, e estar
preparado para quando isso acontecer.
"Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem
entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade;
melhor é o vizinho perto do que o irmão longe."
(Provérbios 27 : 10).
1.3.4.2 –No Trato Com mendigos (Dar Esmolas)
Quando alguém pede esmolas, o cristão deve dálas liberalmente ou não? A resposta mais fácil seria
simplesmente citar Mt 5:42: "Dá a quem te pedir, e não te
desvies daquele que quiser que lhe emprestes". Também o
Sl 41:1 "Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre".
Há muitas outras passagens que mostram que a forma
correta de um cristão agir é ajudando o pobre:
Pv 21:13 O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele
mesmo também clamará e não será ouvido.
Pv 28:27 O que dá ao pobre não terá necessidade, mas o
que esconde os seus olhos terá muitas maldições.
223
224
1Jo 3:17-18 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o
seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como
estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos
de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
Podemos também aprender o mesmo princípio de
ajuda ao necessitado na passagem que se refere
particularmente aos gentios que ajudarão os "pequeninos
irmãos" do Senhor na Grande Tribulação. Jesus aponta que
aquela caridade teria o mesmo efeito de ter sido feita a ele
próprio, uma identificação do Senhor com os seus que
também pode ser vista no que ele diz a Saulo quando
perseguia os cristãos:
Em Mt 25:34-40 diz: Então dirá o Rei aos que
estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí
por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de
comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e
hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e
visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os
justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos
com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos
de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos?
ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na
prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em
verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus
pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
224
225
Em At_22:7-8 lemos: Então, caí por terra,
ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me
respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues.
A ordem de ajudar o pobre toma uma dimensão
ainda mais séria quando lemos as passagens abaixo:
João 14:15 Se me amais, guardai os meus mandamentos.
Já em 1Jo 2:4 lemos: Aquele que diz: Eu
conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso,
e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua
palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente
aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele
que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
Mas sua dúvida também incluía a questão de
prioridade: a quem ajudar primeiro? Em Gálatas temos um
versículo que nos fala da prioridade para com os familiares
e os da "família da fé", neste caso os irmãos:
Vemos em 1Tm 5:8: Mas, se alguém não tem
cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família,
negou a fé, e é pior do que o infiel.
Ainda em Gál_6:10 lemos: Por isso, enquanto
tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé.
225
226
Em outra passagem, quando os discípulos
acharam um desperdício gastar dinheiro para honrar o
Senhor, ele surpreendentemente mostrou que ele tem
prioridade:
Como vemos em Mt 26:8-11: E os seus
discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é
este desperdício? Pois este unguento podia vender-se por
grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres. Jesus, porém,
conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher?
pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre
tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter
sempre.
Como sabemos que uma atitude de liberalidade
poderia nos tornar presa fácil de espoliadores, e também que
seria impossível acabar com a pobreza do mundo dando
esmolas, precisamos recorrer a outras passagens para definir
prioridades na hora de dar ao necessitado aquilo que Deus
nos deu.
Não podemos jamais nos esquecer de que somos
meros mordomos, a quem o Senhor confia bens que devem
ser usados, não apenas para nossas necessidades, mas
também para sermos instrumentos nas mãos de Deus. Por
isso, creio que a questão deve também levar em conta o que
a Palavra diz de como administrarmos o que o Senhor
coloca em nossas mãos.
226
227
Por exemplo, se alguém vem pedindo para eu ser
fiador de algum aluguel ou negócio, se eu me limitar a
seguir o que diz Mateus 5 ("Dá a quem te pedir, e não te
desvies daquele que quiser que lhe emprestes"), posso ser
surpreendido por dissabores que Deus, em sua Palavra, já
havia previsto:
Em Pv 6:1 diz: Filho meu, se ficaste por fiador do
teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho, E te
deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas
palavras da tua boca; faze pois isto agora, filho meu, e livrate, já que caíste nas mãos do teu companheiro: vai, humilhate, e importuna o teu companheiro. Não dês sono aos teus
olhos, nem deixes adormecer as tuas pálpebras. Livra-te,
como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do
passarinheiro.
Portanto, devemos ajudar o pobre e dar a quem
pede, mas sem deixarmos de considerar passagens como
esta, principalmente porque o Senhor também nos alerta que
estamos em um ambiente hostil, repleto de pessoas que irão
querer nos enganar.
Em Mt 10:16 lemos: Eis que vos envio como
ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as
serpentes e inofensivos como as pombas.
Esta passagem ganha um significado ainda maior
quando vemos hoje a cristandade em ruínas e muitos lobos
vestidos em pele de cordeiro enganando os incautos com
seus pedidos de dinheiro nos templos, na rádio e na TV. Há
ainda um sem número de ONGS prometendo salvar
crianças, curar doentes ou levar o evangelho aos povos não
227
228
alcançados. Poucos sabem que em muitas delas a parcela
que efetivamente chega até o necessitado é pequena,
comparada aos custos administrativos e, principalmente,
despesas para levantar fundos.
Dou um exemplo: um primo fazia parte de uma
organização social e decidiu deixá-la quando fizeram um
jantar beneficente para comprar uma cadeira de rodas. A
arrecadação foi grande, o jantar foi um sucesso, e um
paraplégico foi apresentado no palco do evento recebendo a
cadeira sob o aplauso dos que ajudaram a comprá-la. Por
que meu primo saiu? Porque o custo promocional -- leia-se
o custo do jantar -- consumiu quase tudo. O que pagou a
cadeira foi um resíduo. Se as mesmas pessoas quisessem
contribuir para comprar cadeiras de rodas, sem interesse no
jantar e evento social, a quantia teria dado rodas a vários
paraplégicos, ao invés de apenas um. Portanto, antes de
contribuir para qualquer instituição, procure saber qual a
parcela que efetivamente chegará nas mãos do necessitado.
Em alguns casos é melhor fazer a contribuição diretamente
a quem necessita.
Deus também tem uma palavra de alerta para o
preguiçoso, que pode ser o caso daquele que se apresenta
como pobre e mendigo, mas goza de perfeita saúde e
condições para ganhar o seu pão:
Em Pv 6:6-11 diz: Vai ter com a formiga, ó
preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela,
não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, Prepara no
verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. O
preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te
levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a
228
229
tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados;
Assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua
necessidade como um homem armado.
Em 2Ts_3:10 lemos: Porque, quando ainda
estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém
não quiser trabalhar, não coma também.
Certa vez conheci uma Senhora que sempre
estava na escadaria da Igreja Matriz de minha Cidade, no
Interior de Pernambuco. E ela todos os dias de Missa, nos
finais de Semana, ela estava lá pedindo esmola. Então,
conversando com um dos amigos que ali estava, comentei
que aquela Senhora sempre estava pedindo esmola aos fieis
que entravam ou saiam da Igreja. Fiquei surpreso quando
ele respondendo a minha pergunta disse que aquela senhora,
apesar de ser pedinte, nunca fora pobre.
Ela tinha um Sítio na Cidade Vizinha com pelo menos 15
cabeça de gado, mais de cem galinhas e vários cabritos,
cabras, ovelhas e bodes, bem como porcos que ela Criava
com seus dois netos de idade adulta. Diante de minha
surpresa ele comentou: “besta é quem acredita nela”.
Entretanto, devemos ajudar as pessoas e "Nunca
julgue ninguém pela aparência".
De onde menos se espera pode vir a ajuda. Um
rapaz chegou na parada de ônibus do Centro do Recife, PE,
Na Avenida Conde da Boa Vista, e pediu ajuda para
completar o valor de uma passagem. O rapaz conseguiu
R$1,50 faltando ainda R$1,00 para completar. Foi quando o
morador de rua, tirou R$1,00 (duas moedas de R$0,50) e
deu ao rapaz e disse: As pessoas sempre me ajudam, por
que eu também não posso ajudar?
229
230
Uma atitude simples, mas que chamou a atenção
de quem estava no local. Nunca julgue ninguém pela
aparência, pois de quem menos se espera pode vir uma bela
atitude ou uma ajuda.
Juntando tudo, o cristão deve sim dar ao
pobre, mas também não deve ser ingênuo fechando os
olhos para o modo como dá aos pobres, pois o que pede
pode não ser pobre, pode estar em condições de trabalhar
sem querer fazê-lo, ou pode não estar na condição de
prioridade em que se encontram os familiares e os irmãos de
quem irá contribuir.
O cristão tem o Espírito Santo para guiá-lo no
momento em que alguém pede uma ajuda, portanto é do
Espírito que devem buscar por discernimento antes de agir.
Dar uma esmola a alguém com sinais de dependência
química não irá ajudá-lo. Pessoas fortes e saudáveis
dificilmente podem ser consideradas "pobres" em épocas
quando a economia está pujante e sobram vagas de trabalho.
Doar para uma instituição sem conhecer a idoneidade dos
que a mantém e a parcela efetiva que chegará às mãos do
necessitado também não é uma atitude correta na hora de
dispor dos recursos que o Senhor coloca em nossas mãos.
São muitos os impostores que nos abordam, e
eu já fui na conversa de alguns deles. Lembro-me de um
que ligou dizendo que ia se suicidar e corri ao encontro dele
na rodoviária da cidade para tentar fazê-lo mudar de ideia.
Depois de muito choro desesperado, e de ouvir de mim o
evangelho, ele disse estar disposto a tentar uma nova vida,
mas para isso precisava de dinheiro para voltar à sua cidade
em outro estado.
230
231
Depois descobri que ele aplicou o mesmo golpe
em igrejas e cristãos incautos como eu. Como descobri?
Acredita que ele tentou aplicar o mesmo golpe em mim uma
segunda vez?! O cara devia ao menos controlar melhor sua
agenda de "visitas aos clientes" para não fazer visitas
duplicadas. Por este e outros casos nos quais fui
inocentemente ludibriado, sou cauteloso na hora de atender
a um pedido
Mesmo assim, é melhor errar por ingenuidade do que
por omissão, lembrando sempre de fazer do ato de ajudar,
não algo feito a homens, mas ao Senhor. Se o homem quiser
nos enganar com suas artimanhas, ele terá de prestar contas
disso a Deus. Posso me sentir decepcionado e frustrado ao
descobrir que ajudei um enganador ou estelionatário, mas se
minha intenção foi fazer aquilo para o Senhor, que importa?
2Co 9:6-7 E digo isto: Que o que semeia pouco,
pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em
abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque
Deus ama ao que dá com alegria.
Cl 3:23-24 E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que
recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a
Cristo, o Senhor, servis.
1.3.4.3 – Com as Ações em Família
231
232
Não devemos dar escândalo ou ser motivo de
tropeço para quem quer que seja (1 Co 8.9; 10.32,33; Rm
14.13; 2 Co 6.3; Fp 1.10).
O testemunho de uma vida transformada muitas vezes fala
mais alto que a pregação do evangelho. “O que você faz
soa tão alto que não ouço o que você diz”. Os descrentes
não leem a Bíblia, senão no testemunho dos crentes.
Pedro orienta que as mulheres ganhem seus maridos
pelo seu procedimento (1 Pe 3.1,2).
A conversa do crente deve ser agradável, cativante,
amável e graciosa. Deve ser uma linguagem originada na
graça de Deus operando em nosso coração, que contenha a
verdade com amor (Ef 4.15).
Remindo o tempo: o bom ou mau uso do nosso
tempo também testemunha do que é mais importante para
nós: Cristo (Bíblia, oração, evangelização, etc) ou o mundo
(TV, música profana, whatsap, etc.).
Agora, Imagine um Casal Cristãos brigando dentro
de casa. Que coisa feia. Que mau testemunho para seus
vizinhos. Isto é intolerável. Passível de disciplina pela
Igreja. Portanto, amado leitor crente. Procure resolver suas
questões pessoais e familiares através do diálogo. De modo
discreto. Os desmandos, autoridade excessiva, gritos,
confusões, conversações, mentiras. Tudo isso só tende a
afastar as pessoas do Evangelho de Cristo por sua causa.
232
233
As Companhias com quem você anda, ou leva para
sua casa, dirá quem é você. Ande com pessoas de bem,
pessoas comprometidas com o evangelho ou pessoas que se
desviam de cometer qualquer tipo de ato desonesto ou
violento.
Quanto às vestes, devemos usar roupas sóbrias e
descentes. Nada de usar shortinho que provoca olhares dos
homens mundanos e até dos Santos. Se valorize filha de
Deus. É a forma mais errada de Testemunhar a sua fé. E
quanto ao falar. Tem pessoas que entraram no evangelho,
mas o evangelho nunca entrou nelas. São pessoas que
quando estão com raiva, esquece-se do domínio próprio e
Temperança e desatam a chamar todo tipo de “palavrão” tão
feios e sujo, sem nem mesmo saber o significado, mas,
como são acostumadas a agirem assim, desde que estavam
no mundo, o costume se aflora na hora da raiva e essa
pessoa fica totalmente descontrolada até para notar que
agora a sua vida devia ser de testemunho. Algumas pessoas
mesmo após receber Jesus como seu Salvador e Senhor,
tecem comentários sobre vida alheia, o famoso fuxico ou
fofoca. Isso é uma atitude inaceitável e deselegante para
uma filha ou filho de Deus. Não podemos compactuar com
esse tipo de comportamento mundano. Por isso combatemos
com veemência essa pratica; embora saibamos que como
um “hospital”, a igreja ainda tem muitos com esse tipo de
enfermidade espiritual.
Sua casa e sua família devem ser exemplo para as demais
família do mundo.
233
234
1.3.4.3.1 - PASSOS PARA
TESTEMUNHO
DAR
UM
BOM
Pedir orientação e sabedoria de Deus para agir,
falar, resolver problemas (Tg 1.5, 6; 3.17).
Seja zeloso, honesto. Tenha uma conduta moral
séria, demonstrando cordialidade para com as pessoas. (1 Pe
2.15-17)
Evite contendas, brigas, discussões (2 Tm 2.14,15).
Esteja sempre preparado
claramente o Evangelho (1 Co 15.1-4).
para
explicar
Fale sempre com clareza acerca da condição
para a Salvação: Fé e arrependimento (Rm 10.9, At 2.3738).
Conscientize as pessoas de que elas precisam
tomar uma decisão urgente com Cristo (At 10.30,31).
Demonstre sua segurança em Cristo, sua alegria
na certeza da vida eterna (1 Jo 5.10-12).
Não se deixe vencer pela timidez. Aproveite
todas as oportunidades para falar do Salvador (2 Tm 4.2).
234
235
1.3.4.3.2 -QUEM É O CRENTE QUE DÁ BOM
TESTEMUNHO
Aquele em que o Senhor fez alguma coisa (1 Cr 16.8)
Aquele que teme ao Senhor (Sl 60.4)
Aquele que foi remido pelo Senhor (Sl 107.2)
Aquele que reconhece a soberania de Deus (Is 12.4).
1.3.4.3.3 - DE QUE MANEIRA O CRENTE DEVE
DAR BOM TESTEMUNHO
Cheio do Espírito Santo (At. 1.8)
Sem temor ou vergonha (2 Tm 1.8)
Com prontidão constante (1 Pe 3.15).
1.3.4.3.4 - AS PROVAS DE UM VERDADEIRO
TESTEMUNHO
Por uma experiência pessoal (Sl 66.16)
Por entender que é um dever diário (Ml 3.16)
Para relatar as bênçãos de Deus (Is 63.7)
Porque há um fogo no seu intimo (Jr 20.9)
Inspirado pelo Espírito Santo (At 2.4)
Por compromisso com a sua fé (At 4.20)
Por ter crido em Jesus (2 Co 4.13).
1.3.4.3.5 - O MAU TESTEMUNHO DO CRENTE
Provoca escândalo (Rm 14.15; 2 Co 6.3)
235
236
Exerce má influência (Rm 14.15)
Impede o crescimento da Obra (At 28.31)
Forma juízo geral sobre demais irmãos (1 Co 6.8).
1.3.4.3.6 TIPOS
COMUNS
DE
TESTEMUNHO DO CRENTE
MAU
a) Brigas no Lar – Volto a dizer: Imagine um Casal
Cristãos brigando dentro de casa. Que coisa feia.
Que mau testemunho para seus vizinhos. Isto é
intolerável. Passível de disciplina pela Igreja.
Portanto, amado leitor crente. Procure resolver suas
questões pessoais e familiares através do diálogo. De
modo discreto. Os desmandos, autoridade excessiva,
gritos, confusões, conversações, mentiras Tudo isso
só tende a afastar as pessoas do Evangelho de Cristo
por sua causa.
"Ai do mundo, por causa dos escândalos; Porque é
inevitável que venham escândalos, Mas ai do homem pelo
qual vem o escândalo" – Mateus 18.7.
b) Na Rua – As Companhias com quem você anda,
dirá quem é você. Ande com pessoas de bem,
pessoas comprometidas com o evangelho ou pessoas
que se desviam de cometer qualquer tipo de ato
desonesto ou violento. Quanto as vestes, devemos
usar roupas sóbrias e descentes. Nada de usar
shortinho que provoca olhares dos homens
236
237
mundanos e até dos Santos. falar, proceder,
comentários sobre vida alheia.
c) No comércio - Compras e não pagamento, emissão
de cheque sem fundo, trambiques.
d) Na igreja - Vestimentas, comportamento,
irreverência, falar, proceder, respeito, amor e
prática.
e) Na escola – Companhias erradas, conversações
torpes, piadas, abjuração, negação da fé.
f) No trabalho - Conversações, procedimentos,
pontualidade, assiduidade e respeito, negação da fé.
g) Na vizinhança - Conversações, procedimentos,
brigas, desrespeito, comentários da vida alheia.
II
O SERVIÇO CRISTÃO.
A conduta cristã está baseada em ter-se uma atitude
certa para com Nosso Deus. A atitude com que fazemos,
realizamos, recebemos as coisas demonstra como está o
nosso nível para com Deus. O crente fora justificado, no
entanto, deve procurar viver uma vida de santidade. A
primeira cláusula de importância nessa etapa da conduta
cristã é “Apresentar-se a Si mesmo a Deus”. Isso significa
que por meio de nossas próprias forças não somos capazes
237
238
de realizar algo ou alguma coisa (Rm 12.1,2; comparação
1Co 6.19,20). “Como por um ato de rendição nossa,
alcançamos o poder da cruz, para uma vida separada, assim
agora, por um ato semelhante, entramos numa vida de
serviço. Isto feito segue-se a atitude de prontidão para
qualquer serviço que Ele requeira de nós. Assim o ato torna
uma atitude constante, de toda a vida, sempre se rendendo,
desejando e esperando fazer a vontade dele”
2.1 – Implicações de se apresentar a Deus
As implicações de se apresentar a Deus são várias,
notemos:
É Voluntariamente: Deus deseja que apresentemos nossos
corpos, isso cabe a cada um de nós. Não é uma obrigação,
mas isso implica necessariamente em viver de acordo com a
Vontade de Deus. Se não se apresenta o corpo
voluntariamente o resultado é derrota e falta de fruto.
Não espere o momento ideal para servir ao
Senhor, porque esse momento ideal nunca chegará. A vida é
sempre cheia de muitas dificuldades e se você for esperar
que tudo ser resolva para então servir, pode ser que a sua
primeira parada livre de dificuldades seja a morte.
Nossas crianças precisam de professores que lhes
ensinem a Palavra antes que elas cresçam. Pode ser que
238
239
quando o cenário ideal da vida aconteça, a oportunidade de
chegar o coração delas já tenha passado.
A algo que sempre me impressiona nas palavras e
nos gestos de Jesus: a grande convicção que ele tinha a
respeito de si mesmo e do seu relacionamento com Deus.
Nesse relato o apóstolo João chama nossa atenção
para as convicções que levaram Jesus a servir:
Sabendo este que o Pai tudo confiara às suas
mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus,
levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando
uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia
e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a
toalha com que estava cingido.
Quais são as convicções que você tem sobre si
mesmo? São mentiras que a vida tem gritado a seu respeito;
que você é incompetente e fracassado, ou são as doces
verdades que a Escritura revela; que você é amado e
desejado por Deus.
Quais são as convicções que você tem sobre o
seu relacionamento com Deus? Você acha que não vale o
esforço de tentar aproximar-se dele (afinal se Ele existir
talvez não ligue muito pra sua vida), ou você acredita no
desejo de Deus de relacionar-se com você como um pai
amoroso e cuidadoso?
239
240
Jesus vivia uma vida de serviço ao Pai por livre
vontade e com alegria no coração. João chama a atenção
dos seus leitores para três coisas que Senhor Jesus sabia e
que o levaram a cultivar uma vida de serviço:
a) Você foi criado à imagem e semelhança de Deus. Você
tem as marcas do criador em sua existência. É dele que você
veio.
• Você não é fruto do acaso, mas sim um plano maravilhoso
do criador;
• Sua vida não é um amontoado de coincidências, mas o
resultado da estratégia de Deus para que você O encontre;
• Você é amado por Deus. O Senhor já lhe conhecia antes
de você nascer e já amava você.
b) Deus quer você ao lado dele. Ele nos criou para isso para
encontrarmos sentido para a vida junto dele. É para Ele que
você vai.
• O próprio apóstolo João diz que esse amor de Deus por
você foi tão poderosos que os céus se moveram e um novo
caminho, em Cristo Jesus, foi construído para que você
volte para o Pai.
• O destino que Deus deseja para você é o retorno à casa do
Pai. Jesus disse exatamente isso:
240
241
“1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse
assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também.
4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o
caminho.
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde
vais; e como podemos saber o caminho?
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14:1-6).
Primeiro eu gostaria de falar com você que se
considera um servo de Cristo, mas sua vida não tem sido de
serviço às pessoas. Na verdade, você tem vivido em função
de si mesmo, ocupado com seus próprios interesses ou
talvez à procura de algo que torne a vida mais significativa;
Eu quero encorajá-lo a rever sua forma de viver.
Jesus disse: eu vim para servir e não para ser servido.
Reconheça que você não tem seguido os passos do Mestre e
peça que Ele o ajude a mudar.
Agora quero falar com você que não se considera
um servo de Deus. Hoje você compreendeu que de onde
vem e também que através de Cristo, o único caminho, você
tem retorno garantido para casa do Pai.
241
242
O que o impede de tornar-se hoje um servo de Deus?
Os servos de Deus não são escravizados contra
suas vontades. Eles voluntariamente se colocam a serviço
de Deus por entenderem que o amor que Deus tem por eles
é a única coisa capaz de dar sentido à vida.
Hoje você tem a oportunidade de publicamente
declarar-se um servo do Deus vivo, entregando o controle
de sua vida ao Senhor Jesus Cristo. O que o impede?
b) É Pessoalmente : Cada um deve apresentar o seu próprio
corpo, não o de seu amigo, não de sua amiga, namorada,
esposa, pai ou mãe, mas, sim, o seu próprio corpo.
Conhecer Deus envolve o nosso compromisso de
obedecer ao que lemos nas Escrituras. Afinal, fomos criados
para fazer boas obras (Efésios 2:10) e assim fazer parte do
plano de Deus de continuar a Se revelar para o mundo.
Temos a responsabilidade de viver a própria fé que é
necessária para conhecer Deus. Somos sal e luz nesta terra
(Mateus 5:13-14), criados para trazer o sabor de Deus para
o mundo e para servir como uma luz brilhando no meio da
escuridão. Não somente devemos ler e compreender a
Palavra de Deus, mas devemos aplicá-la obedientemente e
permanecer fiéis (Hebreus 12). O próprio Jesus deu a maior
importância a amar a Deus com tudo o que somos e a amar
242
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ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22). É impossível
obedecer este comando sem o compromisso de continuar
lendo e aplicando a Sua verdade revelada em Sua Palavra.
Estas são as chaves para verdadeiramente
conhecer Deus. É claro que as nossas vidas envolverão
muito mais, tal como o compromisso com a oração, a
devoção, adoração e companheirismo. Entretanto, isso só
surge depois que fizermos uma decisão de seguir Jesus e as
suas promessas em nossas vidas, aceitando que nós, por
conta própria, não podemos verdadeiramente conhecer
Deus. Só então as nossas vidas podem ser cheias de Deus e
podemos ter a experiência de conhecê-lo pessoalmente e
intimamente.
c) Sacrificialmente
Sem sacrifício não há recompensas, sem um
sacrifício vivo não existe conquistas e vitórias espirituais.
Nós não forçamos a fé. Não há como passar a
crer do nada. Nossa natureza é incrédula. Só conseguimos
crer no que vemos, ou no que tenha como provar que
existe. Há provas de que Deus é Deus, na bíblia. TODAS
AS PROFECIAS DA BÍBLIA SE CUMPRIRAM, com
exceção de uma: a volta de JESUS.
Mas se ainda assim, você ainda não consegue
crer, então você precisa ter uma experiência com DEUS.
243
244
Então peça a DEUS uma prova de que ELE é quem ELE é.
O que você está esperando pra deixar DEUS falar com
você?
Faça isso agora! Isso mesmo, por que não?
Ajoelhe-se diante Daquele que pode TODAS AS COISAS!
Ajoelha e pede que Deus se revele a você, e fale pra ELE
fazer isso por intermédio do Sacrifício de Jesus, afinal, foi
pra isso que Jesus veio e se entregou a nós. Peça uma prova
de que ELE seja DEUS, e ELE TE RESPONDERÁ, eu
tenho certeza! De uma forma ou de outra, Ele se
manifestará a ti. Peça um sonho, peça uma Palavra, e COM
CERTEZA, ELE FALARÁ CONTIGO! Para honra e glória
do nome do Senhor, o nosso DEUS! Aleluia!
Agora que temos a certeza das coisas que não
podemos ver, temos a FÉ. Esse passo é muito importante,
pois "sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6).
Depois da sua experiência é fácil servir a DEUS, porque o
Espírito Santo abre os nossos olhos para contemplarmos a
mão de DEUS em todos os momentos da nossa vida, e nós
vemos acima de tudo, o AMOR de Deus, e começamos a
nos apaixonar por ELE.
Depois disso, a gente começa a querer fazer
tudo por ELE, assim como ELE fez e faz tudo por nós. A
gente começa a pensar Nele o tempo todo: acorda e pensa
Nele, come agradecendo pela providência de Deus, toma
banho entoando louvores a ELE, estuda e trabalha pensando
244
245
Nele, vai dormir pensando Nele, enfim, a gente não
consegue mais viver sem ELE, não consegue respirar sem
ELE. E apesar de isso parecer um pouco exagerado, não é.
Quem já se apaixonou sabe do que eu estou falando... E o
melhor desse relacionamento, é que DEUS é perfeito e
nunca vai ferir seus sentimentos. ELE te ama, independente
de qualquer coisa que você fizer, ELE vai continuar te
amando. O Amor de DEUS é incomparável, insondável, é
infinito. Não tem como não se apaixonar por ELE, depois
que a gente o conhece de verdade.
Logo, para servir a Deus, basta crermos no
Evangelho, o restante, é consequência! Então pare de
inventar desculpas para não se entregar. "Não temas, crê
somente." (Marcos 5:36)
Deus tem pressa em te ter, ELE te ama, como
ninguém jamais te amou, ELE te completa, ELE tira as
suas tristezas!
Basta CRER NAS ESCRITURAS!! Conheça as
Escrituras! Leia a Bíblia, conheça a DEUS, conheça seus
planos, suas promessas, seus desejos, seus mandamentos.
CONHEÇA A DEUS!!
d) Racionalmente
Não é uma entrega insensata, mas uma entrega da
razão, a pessoa sabe exatamente o que está fazendo. É um
culto prestado pela mente e pelo coração. Com toda certeza
245
246
o maior exemplo desta entrega total do corpo, sem reservas,
fora a do Senhor Jesus Cristo, que quando estava nesta terra,
fez exatamente aquilo que o Pai Se agradava, pois não
procurou fazer a Sua vontade e, sim, a do Pai.
Não podemos servir a Deus corretamente e de
modo aceitável, a menos que nós o adoremos regularmente,
e como podemos fazer isso, se formos ignorantes dos
fundamentos da fé que são radicados na Sua Palavra?
Estaremos longe de oferecer um “culto racional” a
Deus, Rom 12.1, se não entendermos os fundamentos da fé
cristã. Como o culto pode ser racional quando falta isto?
Os fundamentos da nossa fé enriquecem a mente:
é uma lâmpada para os nossos pés, que nos dirige em todo o
curso do Cristianismo, como o olho dirige o corpo. O
conhecimento dos fundamentos é a chave de ouro que abre
os principais mistérios da fé.
Daí ser tão enfatizada a necessidade de revelação
para o conhecimento da vontade de Deus, como o apóstolo
o expressa na sequência de Rom 12.1, pela apresentação de
nossos corpos como sacrifícios vivos a Deus, pela
renovação da nossa mente pela Palavra pelo seu Espírito, de
modo que não conformados ao mundo, ou seja, estando
santificados, possamos conhecer qual seja a Sua boa,
perfeita e agradável vontade em relação a tudo o que
revelou nas Escrituras, para que possamos cultuá-lo da
forma correta e aceitável, que o apóstolo chama de “culto
246
247
racional”, ou seja, não baseado em sentimentos, emoções,
imaginações, e pensamentos oriundos do próprio homem, e
sim na verdade, como ela se encontra em Cristo Jesus, e
revelada na sua Palavra.
Muito deste culto racional se refere à nossa
transformação à imagem de Cristo, pela mortificação do
pecado e revestimento das virtudes do Senhor (humildade,
mansidão, ternura, bondade, amor, alegria, longanimidade,
justiça, misericórdia etc).
Há muito fogo estranho sendo oferecido no templo
do Espírito que é o nosso próprio corpo. Quanto o Espírito é
agravado e entristecido com isto, e somente não somos
consumidos como foram os dois filhos de Arão no passado,
porque estamos numa dispensação onde Deus tem sido
completamente longânimo para com as nossas negligências
e ignorância.
Mas permaneceremos no erro, tendo uma vez sido
iluminados em nosso entendimento que há um modo correto
de se viver para Deus e cultuá-lo?
Nosso Senhor afirmou a necessidade de estarmos
firmemente fundados com nossa casa espiritual sobre a rocha
do conhecimento e prática da Palavra.
Para isto é necessário cavar profundamente nas
Escrituras para chegarmos ao fundamento (Cristo) para que
sejamos edificados pelo Espírito mediante a Palavra exata do
evangelho.
247
248
Pelo quê e como interceder se não sabemos o que é
e o que não é aprovado por Deus?
Como disciplinar e exortar se não tivermos a régua
do conhecimento celestial e divino, pela qual as ações devem
ser medidas com amor, misericórdia e longanimidade?
Se a semente da graça da nova criatura que foi
implantada em nós não estiver devidamente arraigada na
Palavra, a planta da nova vida não crescerá e dará frutos, por
falta de raízes fortes e firmes.
Quando não se possui a plenitude da Palavra, que
é a única coisa que pode satisfazer à alma, esta buscará o
seu contentamento em novidades vãs, e formas de culto
sensual, que jamais poderão mantê-la naquela paz e vida
que Cristo veio nos dar.
Se não houvesse a necessidade do devido
aprendizado da Palavra, por que então Deus levantaria,
pastores e mestres, entre outros ministérios, com o
propósito de fazê-lo.
248
249
III
REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO ÀS FINANÇAS
Gosto da colocação de Gary Fisher com relação
às finanças do crente:
3.1 - O Crente e os Problemas Financeiros
Você está enfrentando problemas financeiros?
Faturas que você não consegue pagar? Cheques que você
não pode cobrir? Necessidades que você não tem dinheiro
para suprir? Vergonha? Frustração? Excesso de trabalho?
Tensão? Problemas financeiros são excessivamente
preocupantes
e
conduzem
a
muitos
pecados:
descontentamento,
ingratidão,
ira,
desonestidade,
249
250
impaciência, ansiedade e negligência das responsabilidades
espirituais. A Bíblia ensina-nos como enfrentar muitas
situações diferentes na vida, incluindo as dificuldades
financeiras. A chave para enfrentar problemas financeiros
está na atitude da pessoa. Para responder bem precisamos
permitir que a palavra de Deus opere em nosso coração e
mude nosso modo de ver as coisas.
3.2 - Atitudes do Crente Quanto ao Dinheiro
3.2.1 - Gratidão: Paulo insiste em que sejamos gratos.
Precisamos estar "... transbordando de gratidão"
(Colossenses 2:7). "Deem graças em todas as
circunstâncias..." (1 Tessalonicenses 5:18). Não devemos
nos queixar nem sentir pena de nós mesmos, mas antes
devemos considerar cuidadosamente todas as razões que
temos para sermos agradecidos e louvar a Deus por suas
bênçãos a nós. Os israelitas no deserto estavam se
queixando constantemente, mas tinham se esquecido da
grande libertação que Deus lhes tinha dado havia apenas
pouco tempo. Temos que atentar para o que o Senhor nos
tem dado e não para as coisas que não temos.
Contentamento: "Conservem-se livres do amor
ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque
Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o
abandonarei’" (Hebreus 13:5). A presença de Deus com
seu povo deveria dar tanta alegria e segurança que
poderíamos facilmente nos contentar com qualquer padrão
de vida. Paulo estava contente na fome ou na abundância
250
251
(Filipenses 4:10:13). Por outro lado, as Escrituras estão
repletas de advertências contra a ganância e a avareza (veja
Lucas 12:15, por exemplo).
Por qualquer razão, nunca parecemos reconhecer
o desejo desordenado por coisas em nossas próprias vidas.
Pensamos que todas as coisas que queremos são
necessidades e que a dívida que acumulamos ao buscar
adquiri-las é perfeitamente aceitável. Poderia ser que
poucos de nós admitem a ganância em nossas vidas porque
nos cegamos e deixamos de perceber o verdadeiro estado de
nosso coração? Paulo exortou: "Por isso, tendo o que comer
e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos" (1
Timóteo 6:8). Estamos satisfeitos somente com isto?
3.2.2 - Sobriedade: Muitos textos nos exortam a sermos
sóbrios (1 Tessalonicenses 5:6, 8; 1 Pedro 1:13; 4:7; 5:8). A
pessoa sóbria encara os fatos e não deixa seus desejos
colorirem sua percepção da realidade. Muitas pessoas
tratam das finanças num mundo de sonho, sempre
imaginando que tudo dará certo magicamente. Mas fugir de
um problema ou negá-lo não ajuda e não está de acordo
com o caráter de Cristo. Temos que reconhecer nossa
situação atual, não importa quão triste seja, e ser "homens
de coragem" (1 Coríntios 16:13). Ignorar os problemas não
os extingue. Lutas financeiras não desvanecem sem mais
nada, mas precisam ser resolvidas por disciplina séria e
perseverante.
251
252
3.2.3 - Honestidade: A honestidade é parte do caráter
cristão (2 Coríntios 8:21; Tito 2:5). Pessoas honestas
aceitam suas limitações financeiras e não tentam ser uma
coisa que não são, vivendo num estilo de vida que suas
condições não permitem. Pessoas honestas admitem que há
muitas coisas que outras em torno delas têm ou podem fazer
que elas não podem porque não têm dinheiro suficiente para
isso. E pessoas honestas não fazem dívidas que não têm
capacidade para pagar (veja Romanos 13:8).
3.2.4 - Diligência: Algumas vezes, porém nem sempre, os
problemas financeiros resultam da preguiça. "Tirando uma
soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os
braços para descansar, a sua pobreza o surpreenderá
como um assaltante, e a sua necessidade lhe sobrevirá
como um homem armado" (Provérbios 6:10-11). "Por
causa da preguiça, o telhado se enverga; por causa das
mãos indolentes, a casa tem goteiras" (Eclesiastes 10:18).
Problemas financeiros devem ser esperados quando nos
mimamos com descanso e sossego, e não trabalhamos
esforçadamente. Um homem deve sustentar sua família (1
Timóteo 5:8) mesmo que isso possa envolver trabalho
difícil ou empregos desagradáveis, ou mesmo se o trabalho
disponível é relativamente mal pago.
3.2.5 - Espiritualidade: Precisamos manter nosso foco
principal em Cristo, não em coisas materiais. "Ninguém
pode servir a dois senhores: pois odiará um e amará o
outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês
não podem servir a Deus e ao Dinheiro... Busquem, pois,
252
253
em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas
essas coisas lhes serão acrescentadas" (Mateus 6:24, 33).
Nossas posses, nossa posição e nosso sucesso nesta vida são
matérias insignificantes para o verdadeiro cristão. Ele se vê
como meramente passando através desta vida como um
peregrino e portanto relativamente desinteressado nas suas
condições. Ele nunca faz da prosperidade material uma
meta séria (veja Lucas 9:57-58). O homem espiritual
percebe que seu dinheiro e sua posição financeira não são as
coisas importantes da vida.
3.2.6 - Altruísmo: O servo do Senhor está sempre buscando
dar, em vez de gastar consigo mesmo. Ele vê o dinheiro que
ganha trabalhando como uma bênção que ele pode aplicar
servindo a outros: "O que furtava, não furte mais; antes
trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que
tenha o que repartir com quem estiver em necessidade"
(Efésios 4:28). Discípulos verdadeiros veem a prosperidade
material não tanto como algo para si mesmo, mas como
algo útil para servir outros (2 Coríntios 9:8-11). Enquanto o
cristão for egoísta, ele sempre sentirá frustrações ao lidar
com assuntos financeiros.
3.2.7 - Humildade: A humildade para admitir enganos e
buscar corrigi-los é básica. Muitos de nós temos tido
atitudes impróprias e não temos administrado bem nosso
dinheiro. Nunca mudaremos até que admitamos que temos
estado errados. Precisamos também ter a humildade de
examinarmo-nos à luz da palavra de Deus e fazer as coisas
que aprendermos (Tiago 1:21-24). Esta seria uma boa hora
253
254
para parar de ler este artigo e rever as oito atitudes que
precisamos ter e tentar honestamente avaliar-nos e resolver
mudar nossa atitude nas áreas necessárias. Como Deus nos
vê em cada uma destas atitudes?
3.3 - Mudanças Específicas nas Finanças
As coisas específicas que precisamos fazer ao
lidar com problemas financeiros dependem de nossa
mudança e adoção das atitudes mencionadas acima. Sem
perspectivas corretas, os passos seguintes terão pouca
validade.
3.3.1- Avalie honestamente sua situação.
Encare os fatos. Talvez ajudasse pegar uma folha
de papel e lançar todas as suas dívidas e anotar os valores de
todas. Então, lançar sua renda e suas despesas mensais.
Qual é, exatamente, sua situação financeira.
3.3.2- Comece a pagar suas dívidas.
"Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns
pelos outros..." (Romanos 13:8).
Calcule quanto dinheiro por mês é necessário para
pagar todos os juros e, também, comece a pagar o principal
(o valor original do empréstimo, antes do acréscimo de
juros). Se suas prestações e obrigações mensais forem mais
do que tem disponível no orçamento da família, ha três
254
255
coisas que poderia fazer de modo a ter dinheiro para pagar
as dívidas: (a) Gastar menos. Quando for necessário, as
despesas podem ser reduzidas às mínimas necessidades de
comida e lugar para viver (veja 1 Timóteo 6:6-10). (b)
Ganhar mais. Às vezes há oportunidades para trabalhar mais
horas, ter um segundo emprego, ou encorajar os filhos
adolescentes ou adultos que estejam vivendo no lar a
trabalharem. (c) Vender coisas. Os cristãos primitivos
vendiam casas e terras para aliviar as necessidades de seus
irmãos (Atos 4:32-37); certamente não é irracional esperar
que um discípulo de Cristo venda coisas para poder pagar o
que deve.
3.3.3 - Viva dentro dos limites de seu orçamento.
A Bíblia adverte sobre a loucura de fazer dívidas:
"O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é
escravo de quem empresta" (Provérbios 22:7). A
escravidão aos credores é muito penosa; é melhor esperar
pacientemente e comprar somente aquelas coisas que se
pode pagar.
3.3.4 - Comece a aplicar sua renda no sentido de metas
espirituais.
Temos que chegar a ver tudo o que temos como
pertencendo ao Senhor e começar a usar nossos recursos
para servi-lo. O Novo Testamento exorta-nos a dar generosa
e abundantemente (2 Coríntios 8-9). Conquanto seja
verdade que não estamos mais obrigados ao dízimo, não
devemos usar isso como uma desculpa para sovinice. Não
255
256
devemos permitir que nossa oferta seja diminuída pela
avareza (2 Coríntios 9:5).
Em todas as áreas da vida, a palavra do Senhor nos
fornece a orientação perfeita. Da mesma maneira, no campo
financeiro devemos dar ouvidos à sabedoria de Deus
revelada na Bíblia. Quando obedecemos os mandamentos
do Senhor, recebemos tanto "a promessa da vida
presente" como a da vida "futura" (1 Timóteo 4:8). Que
sigamos estas instruções!
3.4 – Nos Negócios
Para muitas pessoas, a ética nos negócios
equivale a dizer “não” à mentira, às trapaças e ao furto.
Todos concordamos que o mundo seria um lugar muito
melhor se as pessoas tivessem a confiança daqueles com
quem negociam, tratam e lhes respeitam os recursos.1
Todavia, os empresários cristãos podem e devem adotar
uma visão mais positiva da relação existente entre sua fé e
aquilo que fazem no trabalho. O que os faz praticar o
cristianismo não é exclusivamente o fato de que nele não se
acham engano, injustiça ou desonestidade, e sim a sua
contribuição para que o mundo seja melhor. Nos negócios,
os cristãos podem participar do desenvolvimento do mundo,
ajudando a criar, distribuir bens e prestar serviços de
qualidade. Podem participar da restauração do mundo,
ajudando a reduzir a pobreza e a injustiça. Ao mesmo
256
257
tempo, devem ser sensíveis não apenas quanto ao valor do
negócio, dos bens e serviços que compartilham com outros,
como também aos seus limites.
Várias características distintivas da fé e prática
adventistas são especialmente relevantes para homens de
negócios que desejem viver de modo responsável diante de
Deus e da Criação. O repouso sabático relembra que o
trabalho, embora valioso, não é de importância
transcendental. E a prática de dizimar pode contribuir para
formar hábitos de generosidade e sensibilidade ante as
necessidades alheias. Contudo, os princípios que deveriam
guiar os empresários adventistas ao pensarem no significado
de sua profissão deveriam ser os mesmos que orientam o
pensamento cristão quanto aos negócios. Assim, focalizo
aqui tarefas e oportunidades que todos os cristãos se
deparam no comércio, em vez de os desafios peculiares
enfrentados pelos crentes.
O empresário cristão contribui para o
desenvolvimento da vida no mundo. Deus é o Criador e a
Criação, em seus aspectos material e cultural, é
essencialmente boa.
A corrente central da fé cristã afirma que a vida é
digna de celebração; que o mundo todo, inclusive seus
aspectos materiais e culturais, constituem a Criação divina.
Os cristãos também crêem que as criaturas de Deus são
“subcriadoras”: Deus cria através de suas atividades e sua
liberdade as capacita a contribuir com a história terrestre.
257
258
Eis porque faz sentido os cristãos participarem da vida
econômica. Criando produtos, processos e serviços de valor,
unem-se a Deus no ativo desenvolvimento da Criação.
Obviamente
existem
custos
e
intercâmbios. Alguns produtos nada valem; simplesmente
despendem tempo e recursos das pessoas. Outros são feitos
sob formas que causam dano aos seres humanos e outras
criaturas. Alguns produtos são inerentemente daninhos –
como armas químicas e biológicas. Algumas atividades
comerciais, à semelhança de outros componentes da cultura
humana, refletem as corruptoras influências do pecado. Só
porque a atividade econômica é algo bom em si mesmo,
isso não quer dizer que todo produto, processo ou serviço
criados por alguém sejam inerentemente valiosos.
Entretanto, muitas coisas enriquecem realmente a vida,
tornando-a mais fácil, plena e agradável. Pessoas que
constroem casas e computadores, cultivam alimentos,
provêem entretenimento, roupas atrativas e apetitosas
refeições, ocupam-se de coisas intrinsecamente úteis e que
tornam melhor a vida no mundo.
Diferentemente de seus primos judeus, os cristãos
muitas vezes têm sido tentados a desviar-se da Criação
divina, agindo como se de alguma forma lhes fosse exigido
negar o valor das boas coisas feitas por Deus. Agem como
se o mundo material, social e cultural fosse criação de uma
divindade de segunda categoria, moralmente deficiente, e
não do Deus revelado na história de Israel e de Jesus.
Alegam que a Criação divina se corrompeu até o cerne,
258
259
tornando a participação em seu desenvolvimento ativo um
profundo risco moral e espiritual.
Mas pensar dessa forma quanto aos negócios
significa supor que o Espírito de Deus esteja ausente do
mundo, e que a subjacente dinâmica da vida criada não
reflita o providencial ordenamento divino. O certo é que a
existência do mundo organizado depende da contínua
presença divina criadora. Juntamente com outros crentes em
Deus, os cristãos estão convencidos de que o mundo nunca
é nem será um lugar onde não se possa sentir o toque
divino. Crêem que a estrutura básica da vida no mundo traz
impressa a criadora providência divina. Deus não é um
intruso que eventualmente Se aventura no mundo para
realizar um ato mágico e depois desaparecer. O mundo é de
Deus e sempre o será, mesmo que Suas criaturas falhem em
compreender Suas intenções ou frustrem Seu plano criador.
Nosso relacionamento com Deus não se constitui em algo
separado e independente da ligação com Suas criaturas.
Segundo destacam Mateus 25 e outros textos, amamos a
Deus amando Sua Criação.
Os cristãos tementes têm razão quando
destacam a falência moral e espiritual do mundo. Mas
equivocam-se quando situam o colapso e corrupção num e
noutro ponto, a exemplo dos esportes ou da indústria da
construção, e a igreja num lugar supostamente de pureza e
segurança. Deus e o mal não podem ser localizados em
esferas particulares do esforço humano. O impulso de negar
que somos parte da Criação divina, mediante a suposição de
259
260
que somos divinos ou que nós ou as demais criaturas nada
valemos, produz conseqüências destrutivas em cada aspecto
da experiência humana. O conflito entre bem e mal se
encontra em cada coração e mente, evidenciando-se onde
quer que vivamos e trabalhemos. Para os cristãos não pode
haver a hierarquia do sagrado e secular, do santo e
profano.2 Certamente são necessárias instituições e práticas
religiosas, mas Deus vive no mercado assim como no
santuário. Os cristãos realizam a obra divina quando
produzem e distribuem coisas excelentes, tanto quanto ao
curar, pregar e ensinar.
3.4.1 - Contribuindo Para a Restauração do Mundo
Os empresários cristãos podem contribuir para a
restauração do mundo, utilizando seus recursos e
habilidades especiais para reduzir a pobreza e promover a
justiça. A tarefa mais básica do cristão no mundo comercial
consiste em contribuir para o florescimento e
desenvolvimento do mundo. Nada há de excepcionalmente
“espiritual” no simples, monótono e não-excitante. Os
empresários cristãos não deveriam aceitar relutantemente o
mundo, mas comemorá-lo, contribuindo para sua riqueza,
variedade e embelezamento. O desenvolvimento, porém,
não é a única tarefa do cristão. Ele reconhece com tristeza
que o mundo está cheio de dor e quebrantamento. Assim, o
empresário cristão pode e deve contribuir não apenas para o
seu
260
261
Ele pode adotar uma postura superespiritual e dizer
que o sofrimento encontrado no mundo é uma questão de
atitudes e valores, de moralidade, de relacionamentos das
criaturas com Deus. Mas o sofrimento muitas vezes é físico.
Muitas vezes se reflete e reforça nas condições em que as
pessoas vivem. Deve pensar na desesperança e propensão
ao crime provocadas pela pobreza. Assim, ser um agente de
restauração e da graça de Deus não significa apenas ensinar
crenças úteis às pessoas, estimulando nelas atitudes
apropriadas, tornando-as conscientes do relacionamento que
já possuem com o amorável Criador, ainda que isso tudo
seja mui útil. Significa, sim, melhorar-lhes as condições
materiais. Como as criaturas de Deus possuem corpos, a
mediação da graça divina no mundo deve possuir uma
dimensão material. E nisso os empresários cristãos podem
ajudar.
Eles se deparam com a notável oportunidade de
ajudar a transformar a vida material das pessoas através do
empreendimento social. Podem ajudar a enfrentar os
desafios representados pelos desastres e a pobreza
endêmica, tomando importantes decisões estratégicas
quanto a como e onde preparar produtos e serviços; quem os
fará e a maneira como se organizará o negócio. Podem optar
por oferecer empregos nas comunidades pobres em nível
nacional e internacional. Podem não apenas oferecer
trabalho às pessoas, como também lhes promover renovada
dignidade, a saber, a recuperação de alcoólicos e viciados,
daqueles que necessitam de uma segunda oportunidade.
Podem produzir e comercializar produtos a preços
261
262
acessíveis nas comunidades em desenvolvimento. Quando
buscam atingir a vida das pessoas nesse nível societário,
cabe-lhes ouvi-las e certificar-se de seu envolvimento na
identificação de suas necessidades e de como podem ser
atendidas.
Os empresários individualmente podem e devem ser
empreendedores sociais. Entretanto, podem ainda contribuir
com os esforços das comunidades de suas igrejas na
promoção da justiça econômica, estimulando as
instrumentalidades eclesiásticas preocupadas com o alívio
da pobreza, a verem o empreendimento comercial como
valiosa estratégia de desenvolvimento econômico. Podem
enfatizar a importância de focalizar uma mudança
sistemática de longo prazo, utilizando estratégias que
incluam não apenas políticas públicas, como também
atividades de empreendimento social.
Como empreendedores, os cristãos podem fazer a
real diferença ao enfrentarem o problema da pobreza.
Contudo, podem ao mesmo tempo ajudar a enfrentar outros
desafios. O executivo cristão precisa estar consciente das
implicações produzidas pelas decisões comerciais na saúde
pública, por exemplo, atendendo à lei pela recusa de impor
sobre os que vivem nas imediações uma fábrica que
represente risco à saúde, e ao qual não gostaria de ver
expostos os seus próprios seres queridos. O administrador
pode ser leal às pessoas que por anos trabalharam para ele,
recusando-se a eliminar os respectivos postos de trabalho
em troca de algum ganho extra.4 Um diretor cristão pode
262
263
negar-se a considerar como apropriada uma compensação
vultosa para seus altos executivos, ao mesmo tempo em que
os salários dos trabalhadores comuns estão em queda, e se
vai tornando abissal a diferença de influência e poder entre
os do topo e os da base. Um líder corporativo pode honrar a
dignidade e a igualdade básica daqueles atingidos pelas
decisões da empresa, ao assegurar que operários e membros
da comunidade local tenham significativa oportunidade de
participar na tomada de decisões – do piso da loja até a sala
de comando.
Os executivos cristãos podem fazer um grande
trabalho de restauração do mundo, simplesmente garantindo
que suas empresas busquem de forma ativa torná-lo um
lugar melhor. Também podem influenciar as políticas
públicas que moldam a vida econômica. Ser-lhes-á tentador
votar e exercer influência visando a promover seus
interesses pessoais e os de sua empresa. Por exemplo,
buscando reduzir seus impostos às custas de serviços
públicos necessários. Contudo, à vista do amor inclusivo de
Deus, podem e devem empreender mais. Podem colocar
suas vozes a serviço de esforços que estimulem a justiça
econômica. Podem fazer pressão em favor de políticas que
permitam o acesso de todos a melhores níveis educacionais,
atendimento de saúde, aposentadorias adequadas e auxílio
econômico satisfatório a desempregados. Podem apoiar leis
fiscais que levem seu país à melhor distribuição da receita
fiscal. Podem pressionar as autoridades com vistas a
políticas internacionais de desenvolvimento que capacitem e
estimulem o crescimento, em vez de fomentar a ineficiência
263
264
ou promover a compra de equipamentos militares por parte
de governos incapazes de fazer investimentos necessários à
infraestrutura básica. Podem posicionar-se em favor de leis
que permitam a agricultores e outros produtores de países
em desenvolvimento competir em igualdade de condições
com os dos países de primeiro mundo (beneficiando assim
não apenas os produtores, como também os consumidores
das nações menos desenvolvidas).
Adotar uma visão positiva da ética nos
negócios significa ver o potencial verdadeiro dos
empreendedores em tornar melhor o mundo, tanto ao
enriquecer a vida humana quanto a reduzir a pobreza e a
injustiça. Entretanto, o empreendedor cristão precisa
igualmente reconhecer os limites de seus negócios.
3.4.2 - O valor limitado dos negócios e dos bens
materiais.
Os bens materiais são excelentes, mas não
representam tudo. Homens de negócios tornam melhor o
mundo ao proverem bens e serviços; porém esses não dão à
vida seu significado principal. Em boa consciência, não
podem os empreendedores cristãos anunciar seus produtos
de uma forma que fique implícito que eles irão atender às
mais profundas necessidades das pessoas, pois não o farão.
Esses produtos são desejáveis, valiosos, úteis – mas não
divinos. Honestidade na propaganda significa promover
produtos com base em seu verdadeiro mérito, em vez de
pretender que sejam capazes de satisfazer as necessidades
264
265
existenciais dos consumidores em termos de significado,
valor e amor.
Reconhecer os limites dos negócios também
significa compreender que os próprios executivos não
devem tratar o sucesso material como sendo de suprema
importância. Em vez de procurar a permanente
maximização de seus rendimentos, deveriam evitar a
ratoeira do sucesso, optando por dedicar mais tempo às
pessoas que amam, mais tempo para repousar e refletir,
mais tempo para ser. Podem explorar formas criativas para a
simplificação de seu estilo de vida, de modo a não se
sentirem pressionados pela escravatura de seus postos de
trabalho, objetivando a manter seus hábitos de consumo.6
Podem ainda reconhecer que seu trabalho, embora valioso e
importante, não determina o significado maior de sua vida,
dizendo NÃO às demandas relacionadas à uma atividade
que deteriore seu valor como pessoa. Podem promover
políticas corporativas que também habilitem outros a evitar
serem dominados pelas demandas profissionais.
Libertando-se para assumir responsabilidade pessoal por
outros. Bens materiais são valiosos e merecem apreço, mas
não definem o significado de nossa vida. Ao reconhecerem
esse fato, os empresários cristãos podem sentir-se livres
para ajudar generosamente a outros. Podem ajudar
substancialmente no tratamento dos opressivos problemas
do mundo, ao desenvolverem negócios produtivos que
fabricam ou distribuem coisas genuinamente valiosas.
Também podem contribuir com seus recursos pessoais para
tornar este mundo um lugar melhor. Por vezes perceberão
265
266
ser mais fácil fazê-lo se não sentirem a obsessão de terem
de adquirir mais e mais coisas. Não existe fórmula mágica.
E, individualmente, o empreendedor não é responsável por
atender (ou tentar atender) a todas as necessidades do
mundo.8 Não obstante, sendo dotado de talentos e recursos,
possui real responsabilidade quanto a fazer a diferença.
O profissional de êxito pode considerar investir 20
ou 30% de sua receita nas ações de uma agência
internacional de desenvolvimento, do tipo Heifer Project.
Um rico executivo pode utilizar 50 a 60% de suas receitas
visando a apoiar um florescente programa de empregos para
pessoas destituídas de lar. Pode decidir reduzir suas horas
de trabalho – e salário – de modo a utilizar seus talentos em
benefício não de um programa ou agência, e sim de pessoas,
famílias ou comunidade particularmente necessitada. Em
qualquer caso, precisa reconhecer que as posses materiais
são boas, mas não de importância definitiva, e permitem
que os empreendedores cristãos se sintam livres para não
apenas desfrutar o que possuem, mas também para estender
as mãos a outros.
3.4.3 - Fazendo a Diferença no Mundo
Um mundo onde os empresários evitam mentir,
trapacear e roubar, seria um lugar maravilhoso. Contudo,
ser empresário cristão vai além de não causar dano a outros;
significa fazer uma diferença positiva. O cristão dedicado
aos negócios fará a diferença, em primeiro lugar,
simplesmente ao produzir e distribuir bens e serviços de
266
267
elevada qualidade, que melhorem a vida neste mundo. Ele
pode tornar o mundo um lugar melhor ao oferecer beleza,
variedade, eficiência, conforto, saúde e quaisquer outros
bons elementos. Entretanto, podem realizar mais: podem
ajudar a eliminar a pobreza, promover o bem-estar no
ambiente de trabalho, estimular as comunidades locais e
apoiar políticas públicas que incorporem o amor e a justiça
de Deus. Ao mesmo tempo, ao reconhecer que trabalho,
dinheiro e posses não são divinos, podem evitar a tirania de
sua atividade e estimular outros a fazê-lo. Reconhecendo
que as coisas materiais são valiosas, porém não
transcendentes, podem sentir-se livres para dar mais aos que
necessitam. Avançando além do estreito intento de não
prejudicar outros e adotando uma visão positiva dos valores
de seu trabalho e do bem que podem praticar, os
empresários cristãos podem constituir-se em ministros
particularmente eficazes da graça de Deus no mundo.
3.5 – No Uso consciente do seu dinheiro
O dinheiro é essencial para a vida as pessoas. Sem
ele fica muito difícil sobreviver nesse mundo cada vez mais
capitalista. Portanto é preciso saber de onde vem e para
onde vai o seu dinheiro. Os economistas alertam que a
receita para melhorar a utilização dos recursos financeiros é
sempre gastar menos do que ganha.
267
268
Para começar a usar o dinheiro de maneira mais
consciente é preciso parar e fazer um bom planejamento
sobre suas finanças. Depois de planejar você saberá
controlar seus rendimentos e gastos e, assim prosperar e
conquistar sonhos.
Muitas pessoas geralmente acreditam que bens
materiais, carros e até casas é sinal de boas condições
financeiras. Na verdade não é bem assim, muitas famílias
têm o poder de compra, mas, para a realização dessas
compras acabam entrando nas dívidas e no desequilíbrio
financeiro.
Esse será um fator de motivação para ajustar e
conduzir o orçamento familiar. É muito importante que
todos estejam unidos nesse compromisso.
3.6 - 10 dicas de como usar o seu dinheiro de forma
consciente.
1) Antes de comprar, pense se o produto vale o que estão
cobrando e se realmente terá utilidade. Pense na última
aquisição que você fez: ela foi realmente útil e valeu o
número de horas que você trabalhou para pagar aquilo?
2) Muito cuidado com os pequenos gastos: o dinheiro que
usamos todo dia em despesas que parecem pequenas, ao
final de um ano poderia pagar uma viagem de férias, ou
fazer uma bela diferença na sua poupança.
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269
3) Planeje suas compras. Não seja impulsivo nas compras.
A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje
antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.
4) Cuidado nas compras parceladas. Esteja ciente das
prestações que irá pagar.
5) Procure não fazer parcelamentos muito longos. Parcelas
longas dão a sensação de “preços curtos”, o que não é
verdade.
6) Dinheiro não da em árvore é preciso trabalhar para
conquistá-lo.
7) Dinheiro não dura para sempre por isso, não gaste tanto.
Se você não tem uma fonte de renda para que entre dinheiro
no seu caixa, um dia ele vai acabar se você continuar
gastando sem parar.
8) Para ter dinheiro extra é preciso poupá-lo ou investir.
9) Não caia na armadilha da inadimplência.
10) Adquira o hábito de comprar sempre à vista e adie a
compra quando não tiver o dinheiro para o pagamento a
vista.
3.7 - Dicas para utilizar o cartão de crédito de forma
consciente
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270
Caso seja utilizado de forma equilibrada, o cartão
de crédito pode se tornar um aliado em relação a finanças de
uma família, ao invés de um grande vilão.
É preciso que cada brasileiro crie e mantenha
novos comportamentos em relação ao uso consciente do
dinheiro, pois hoje, ainda é possível encontrar muitas
pessoas que acham chato lidar com o dinheiro e preferem
deixar tudo nas mãos de outras pessoas.
Para ajudar no dia a dia sobre o uso consciente do
cartão de crédito, abaixo seguem algumas dicas:
3.7.1 - Procure ter um único cartão de crédito na
família. Além do controle dos gastos ficar mais fácil, mais
bônus de recompensas como milhas ou troca por produtos
serão acumulados usando-se um único cartão.
3.7.2 - Antes de escolher o seu cartão, conheça as
vantagens que ele pode oferecer como descontos em
cinemas, eventos esportivos ou os programas de acúmulo de
pontos. É uma forma de usá-lo para economizar.
3.7.3 – Controle o Extrato. O cartão de crédito tem uma
coisa interessante que se chama EXTRATO. Dificilmente
fazemos um controle do destino do dinheiro que sacamos do
caixa eletrônico, e esse dinheiro faz uma grande diferença
no orçamento no final do mês. Com o cartão, qualquer gasto
efetuado vai para o extrato.
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Se fizermos um controle semanal, ou até mesmo 2
vezes por semana desse extrato, o que é rápido, tranquilo e
cômodo com o Internet Banking, temos um controle
financeiro prontinho, sem ter que anotar nada em nossas
mãos. Muitas pessoas pagam até o pão na padaria com
cartão de crédito. Sabendo usar e controlar, não tem
problema algum.
3.7.4 - Tenha um limite do cartão compatível com sua
renda. Um cartão com um limite alto é como dar uma
Ferrari a um aluno que acabou de sair da autoescola. A
probabilidade de acidente é muito alta.
3.7.5 – A Conta Sempre Chega. Ao usar o cartão, lembrese: “um dia a conta chega”, principalmente quando
compramos próximo ao vencimento e o gasto vai para o
mês seguinte.
3.7.6 – Evite Parcelas Longas. Procure não fazer
parcelamentos muito longos. Parcelas longas dão a sensação
de “preços curtos”, o que não é verdade. Comerciantes
usam e abusam dessa técnica para aumentar o preço de seus
produtos
3.8 - Como lidar com o dinheiro e administrá-lo para a
glória de Deus
3.8.1- Rejeitando o Consumismo.
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272
Embora o desejo de consumir seja considerado
algo normal, há uma diferença gritante entre consumo e
consumismo.
Se o primeiro tem a ver com o suprimento de
nossas necessidades básicas, o segundo manifesta um
impulso incontrolável de se ter, ou possuir, as coisas mesmo
quando estas não são necessárias. Um trata com o que é
indispensável, enquanto o outro diz respeito àquilo que é
supérfluo.
Alguém já disse que o crente deve tomar cuidado
para não comprar o que não precisa, com o dinheiro que não
tem, visando demonstrar o que ele, na realidade, não é.
Administrar bem o dinheiro, atribuindo-lhe o seu real valor,
faz parte da verdadeira prosperidade (1 Tm 6.17).
A Bíblia destaca, inclusive, o contentar-se com a
porção cotidiana proporcionada pelo trabalho digno,
honesto e abençoado por Deus (Pv 30.8).
3.8.2- Contribuindo para a Obra de Deus.
O Reino de Deus, apesar de seu aspecto
sobrenatural, necessita de nosso apoio natural para
expandir-se até aos confins da terra. Portanto, ainda que não
sejamos detentores de grandes posses, seremos
considerados prósperos e bem-aventurados se participarmos
com nossos haveres do avanço da obra de Deus (Lc 21.1-4;
Fp 4.18,19).
272
273
3.8.2.1. Sendo Dizimista com Contribuição voluntária e
regular.
A Escritura é clara ao preceituar: "Trazei todos
os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós bênção sem medida."(Ml 3.10).
Os dízimos, a propósito, têm de ser trazidos à
casa do tesouro, conforme exorta o Senhor por intermédio
de Malaquias. Ou seja: devemos dar o dízimo à igreja na
qual congregamos, para que sejamos realmente fiéis.
O texto deixa bem claro que a nossa
contribuição para a obra de Deus deve ser feita de forma
voluntária, regular e amorosa. Isto significa que temos de
ser regulares na entrega dos dízimos e das ofertas.
O dízimo é tanto normativo (Ml 3.10) como
voluntário (Gn 14.20; 28.22). Por conseguinte, o crente
prospera quando põem em prática os princípios bíblicos da
contribuição. Você tem investido na obra de Deus?
O Dízimo foi instituído por Deus, as primeiras
citações referem-se ao período patriarcal, a Palavra mostranos Abrão (“E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” Gn 14.20)
e Jacó (“e, de tudo quanto me conceder certamente eu te
darei o dízimo.” Gn 28.22) como observadores desta
273
274
prática. Posteriormente, com a Eleição de Israel como povo
de Deus, tornou-se um mandamento.
O dízimo era uma prática comum antes da Lei,
durante a Lei e um modelo que pode ser observado por nós.
O Novo Testamento deixa claro que o Senhor
Jesus reconhecia o dízimo como um mandamento válido aos
Israelitas, inclusive, era judeu e nascido sob a Lei ("Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei," Gl
4.4), com a missão de cumpri-la ("Não penseis que vim
revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim
para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a
terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até
que tudo se cumpra." Mt 5.17,18).
Jesus não determinou de forma direta a
obrigatoriedade em dar-se “os dízimos” aos participantes da
Nova Aliança, no entanto, este costume é citado algumas
vezes no Novo Testamento.
A igreja de Cristo precisa entender que os
dízimos são uma forma de "oferta" agradável a Deus,
fundamentada no amor, necessária para suprir as
necessidades da Obra, tanto na evangelização como na
manutenção de templos.
Precisamos do dinheiro, mas na condição de
servo e não de senhor da nossa vida; portanto devemos
administrá-lo para a Glória de Deus.
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275
Quero lhe mostrar na Bíblia por que sou
dizimista?
Confira o texto na sua Bíblia
1. O dízimo é santo (Lv 27.30-32).
2. Quero ser participante das bênçãos de Deus (Ml 3.10-11).
3. Amo a obra de Deus na face da terra (Ml 3.10).
4. Não quero ser amaldiçoado (Ml 3.9).
5. Deus é dono de tudo (Sl 24.1).
6. Eu mesmo irei gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.23).
7. Mais bem-aventurado é dar do que receber (At 20.35).
8. Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7).
9. Tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29.14).
10. Não sou avarento (1Tm 6.10).
11. Meu rico tesouro está nos céus (Mt 6.10).
12. Tudo o que peço a Deus, recebo (Mt 7.7-9).
13. Obedeço a Deus (At 5.29).
14. A bênção de Deus enriquece (Pv 10.22).
15. Para cada lei, Deus promete uma recompensa (Sl 19.711).
16. Receberei de Deus a mesma medida (Lc 6.38).
17. Os pensamentos de Deus são mais altos (Is 55.9).
18. Deus me escolheu e me nomeou (Jo 15.16).
19. Deus diz: ”fazei prova de mim” (Ml 3.10).
20. Minha descendência não irá mendigar o pão (Sl 37.25).
21. O meu salário não será posto em saco furado (Ag 1.6).
22. É minha responsabilidade sustentar a igreja (Ml 3.10).
23. Quero ter a consciência tranquila (1Tm 1.19).
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276
24. Tudo que o homem semear isto também ceifará (Gl 6.7).
25. Deus suprirá todas as minhas necessidades (Fp 4.19).
3.8.2.2 – Ofertando Generosamente Para a Obra do
Senhor
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que
dá com alegria” (2 Co 9.7).
O texto deixa bem claro que a nossa
contribuição para a obra de Deus deve ser feita de forma
voluntária, regular e amorosa. Isto significa que temos de
ser regulares e generosos na entrega das ofertas.
Primeiro é preciso entender que existem vários
tipos de ofertas; a oferta em valor financeiro; a gratidão
expressa em adoração e louvor (que também é uma oferta);
a oferta do trabalho na Obra do Senhor, através dos diversos
ministérios e a oferta da santificação, que é quando
subjugamos a carne e passamos a viver de acordo com o
fruto do Espírito.
De todas as formas de oferta a mais difícil de
ser praticada é a oferta em dinheiro, quando servimos ao
Senhor com nossos bens, quando dedicamos parte do que
recebemos Dele em favor da evangelização, das obras
sociais, do sustento de ministérios. Por que é a mais difícil?
Porque precisa ser feita com amor, de coração e bolso
276
277
abertos e com alegria, não com tristeza. Tem muita gente
boa que é muquirana até com Deus e faz conta de cada
moedinha depositada como esmola nas sacolas de ofertas
das igrejas. Que coisa feia!
Por isso a primeira barreira a vencer é nosso
egoísmo, o gastar apenas com coisas materiais, que
satisfazem aos prazeres da carne. A oferta voluntária é um
ato de amor e desprendimento. Ninguém é obrigado a
contribuir financeiramente com a Obra de Deus, mas se
alguém se dispõe a fazê-lo, então que seja de coração
puro. A oferta voluntária tem que partir de alguém que
reconhece a mão do Senhor em tudo o que tem e deseja
entregar parte de seus ganhos para alcançar outras vidas.
Nem todo mundo pode deixar emprego,
família, pátria e sair evangelizando vidas em países
distantes, mas se você contribuir, se mantiver algum
missionário, de certa forma e com muitos méritos, você
também está ajudando a salvar almas que você nunca viu. É
um belíssimo ministério e nem mesmo Jesus prescindiu dele
(as mulheres sustentavam Seu Ministério com seus bens).
A segunda barreira a ser vencida são as
outras pessoas, algumas delas de sua própria família que
desdenham de sua inteligência e dizem que você está dando
dinheiro para “pastor ladrão”, não é assim? Você fica até
constrangido em dizer que é dizimista, ou ofertante, porque
a sociedade toma sua atitude não como um mérito, mas
como uma fraqueza intelectual. É terrível. Não importa o
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278
que pensam os outros, nem o que diz sua família, nem o
“bullying religioso” que lhe persegue, desdenhando de sua
fé. O que importa de verdade é agradar ao nosso Deus.
O dinheiro que você e eu depositamos no
altar rende muitos frutos espirituais, veja o que disse Jesus:
“Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que,
quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos
tabernáculos eternos.” (Lucas 16:9). Espere um pouco.
Jesus está incentivando riquezas injustas? Tipo suborno,
propina, fraude? Nada disso. Jesus trata as riquezas deste
mundo como injustas, porque não existe (e nunca existiu)
distribuição de renda justa e honesta, alguns têm muito e
muitos têm bem pouco e isso fere o coração amoroso de
Deus.
Pois bem. Praticar a oferta em todas as
suas modalidades é uma expressão de nossa gratidão ao
Deus que tudo nos deu e que enviou Seu Filho Amado para
morrer em nosso lugar, mas nossas ofertas precisam ter
muito de nosso louvor, de nosso amor e de nossa alegria e
sabe por quê? Porque está escrito: “Cada um contribua
segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." (2
Coríntios 9:7).
3.8.2.3 – Patrocinando Missões Evangelísticas
278
279
É maravilhoso quando os cristãos participam da
graça de contribuir para a obra de Deus. Ofertar para
missões e plantação de igrejas, para a construção de novos
templos e para ajudar as pessoas necessitadas. E todas as
nossas necessidades têm sido supridas por Deus.
Qual é a nossa motivação em ofertar? A
resposta que Paulo nos dá é a graça de Deus. Ofertar é um
privilégio, um favor imerecido de Deus. E como podemos
saber se estamos ofertando motivados pela graça? Paulo
apresenta algumas evidências em 2 Coríntios 8:
1. Ofertamos pela graça quando contribuímos apesar das
circunstâncias difíceis (2Co 8.1-2).
As igrejas da Macedônia passavam por grandes
dificuldades, aflições e tribulações. Encontravam-se em
“miséria absoluta”. No entanto, suas dificuldades
circunstanciais não as impediram de contribuir. Quando
experimentamos a graça de Deus, não utilizamos as
circunstâncias difíceis como desculpa para deixar de
contribuir.
2. Ofertamos pela graça quando contribuímos pela
necessidade de contribuir (2 Co 8.3-4).
A graça nos ensina que não é Deus que precisa
da oferta, mas somos nós que precisamos contribuir. As
igrejas da Macedônia rogaram ou imploraram
279
280
insistentemente a Paulo, a graça de participarem da oferta
que estava sendo levantada para os irmãos pobres da Judéia.
Infelizmente, há muitas pessoas, mesmo dentro
das Igrejas, que ainda estão aprisionadas pelo espírito da
Avareza e fogem e se negam a contribuir. Há uma
indisposição em dar voluntariamente e com alegria.
3. Ofertamos pela graça quando contribuímos segundo o
exemplo de Jesus (2Co 8.5-9).
Jesus é o nosso exemplo de vida cristã. Ele se
entregou por nós de forma espontânea, alegre, amorosa e
sacrificial. Assim como Jesus, as igrejas da Macedônia
entregaram-se a Deus e aos irmãos. Quando nos entregamos
a Deus, jamais teremos dificuldades em ofertar a nossa vida
e os nossos bens materiais. É impossível amar a Deus e
ignorar a necessidade do próximo (1Jo 3.16-18). Uma igreja
que ama a Deus jamais deixará de contribuir para os outros.
4. Ofertamos pela graça quando contribuímos pela fé (2Co
8.13-24).
Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb
11.6). O crente viverá pela fé. A oferta pela graça é uma
questão de fé. Obedecemos a Deus e cremos que ele suprirá
nossas necessidades, enquanto ajudamos a suprir as
necessidades de outros.
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281
A nossa igreja tem contribuído para missões e
plantação de igrejas, não porque é uma igreja rica em bens
materiais, mas pela fé que Deus, segundo a sua riqueza em
glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades (Fp 4.19).
O dinheiro representa diferentes coisas para
diversas pessoas. Nem todas estas representações convêm.
Uma coisa é certa e é isso: O dinheiro representa a sua
vida. Pense bem nisso: Pelo mês do seu trabalho, pelas
horas contratadas, você recebe um salário. Tanto o seu
tempo quanto o serviço feito estão no passado. Os esforços
mentais e físicos despendidos já estão no passado. Não há
como voltar no tempo para reviver esse bloco de tempo
gasto nem se podem resgatar esses esforços empregados.
Goste-se ou não, um mês da sua vida foi entregue pouco a
pouco, hora por hora, cada dia, para seu patrão. O seu
patrão tem o serviço que você fez e você tem o salário
contratado. Não há como voltar no tempo e viver
novamente o que já viveu.
Todavia, o salário recebido no fim do mês
representa aquela vida pela qual você trocou por ele. Aquela
quantia na sua mão representa todo o seu esforço, estudo e
pensamento que foram necessários para satisfazer o seu
patrão. Aquele mês da sua vida está naquela quantia
recebida como salário. Você trocou um pelo outro. O
dinheiro do seu salário mensal representa aquilo da sua vida
gasta durante aquele mês de serviço. Além da experiência,
nada mais restou daquele tempo e esforço empregados a não
281
282
ser o salário recebido. Aquele dinheiro representa a sua
vida.
Agora, em verdade, onde você gasta o salário é
onde você está entregando a sua vida. Lembre-se que pela
sua vida vivida um mês, o salário foi dado em troca. Foi
neste sentido que Paulo, o missionário, depois de receber
repetidas vezes das ofertas missionárias da igreja em
Filipos, falou-lhes, “Todavia fizestes bem em tomar parte na
minha aflição.”, Fp. 4.14.
É uma pena que algo tão precioso quanto a
vida tem que ser dada para pagar contas das coisas
temporárias como transporte, habitação, etc., mas é normal
e parte da vida. Mais glorioso é esse: Quando você investe
aquilo que representa a sua vida nas coisas eternas, pelas
ofertas na sua igreja, você está participando naqueles
projetos eternos também com a sua vida. Por quê? Porque o
seu dinheiro representa a sua vida.
Dando ofertas missionárias você entrega-se a si
mesmo na obra de Deus ao redor do mundo! É animador
que a nossa vida tão limitada pode ser usada para o bem das
almas agora em trevas! Participamos na obra maior de Deus
quando entregamos na igreja aquilo que é passageiro. É
surpreendente poder usar valores contábeis para ser um
apoio aos que estão enfrentando perigos espirituais! Sem
dúvida nenhuma, pela entrega de parte do seu ganho mensal
você está dando não somente a sua vida na obra atual de
missões, mas está sendo um cooperador junto com os
282
283
obreiros lá no campo. Está usando o que recebeu pelo seu
esforço do passado para entrar na obra agora e ainda mais,
está crescendo na fé para fazer mais no futuro.
Cremos na promessa de Deus: Daí, e dar-sevos-á (Lc 6.38). Ela está em vigor hoje e pode ser
experimentada. Cremos na lei da semeadura: aquele que
semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com
fartura com abundância também ceifará (2Co 9.6).
283
284
IV
REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A
DENOMINAÇÃO
O inimigo da fé não é o marido incrédulo ou o filho
viciado, mas, sim, a dúvida, o medo, a incerteza, a
insegurança, a ansiedade etc. Você pode verificar que
enquanto está na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, o seu
coração se enche de fé e você se sente poderoso
espiritualmente. Porém, quando sai, muitas vezes, torna-se
debilitado na fé. Em momentos como esses, você se
questiona: mas como posso me sentir assim, se fui à igreja e
orei? Por que me sinto tão bem quando estou na igreja e tão
mal fora dela, será que o Espírito Santo não está comigo?
Isso acontece porque, na igreja, a fé é exercitada e a pessoa
está em comunhão com Deus, pois a Palavra é espírito,
verdade e o nosso alimento espiritual. Porém, quando a
pessoa vai para casa, volta o pensamento para os afazeres,
como cuidar da casa e dos filhos ou ganhar o pão de cada
dia, o que é natural. O que não é provável é que, por estar
envolvida com essa rotina, a pessoa se esqueça de Deus e de
Suas promessas. Precisamos ser vigilantes quanto a isso:
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285
não podemos pensar em Deus somente quando estamos na
igreja, mas temos que viver nossa fé a cada momento. O
apóstolo Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, disse: "Orai
sem cessar" (1Tessalonicenses 5.17).
A oração incessante é aquela que é praticada a
todo e qualquer momento, mesmo sem pronunciar palavras.
Esse tipo de oração faz com que, ao mesmo tempo em que
você encontra as dificuldades e enfrenta os problemas,
desenvolva a fé e, consequentemente, mantenha-se forte
para enfrentar e vencer suas lutas diárias. A fé é algo
abstrato, mas os efeitos são concretos. Para que você veja
isso em sua vida, é necessário que a sua fé esteja limpa,
pura e imaculada. Não adianta a pessoa ter fé durante uma
reunião na igreja, se não souber resistir às preocupações e à
ansiedade. Não adianta orar, clamar, suplicar, é preciso
manter a fé no auge, pois só conquistamos através dela. O
diabo, sabendo disso, irá usar todas as artimanhas possíveis
para paralisá-la, pois ele quer sempre levantar problemas
para que a pessoa fique tensa, preocupada e, assim, tenha a
fé abalada.
Precisamos combater imediatamente todos os
inimigos da fé e confiar nas promessas de Deus para quando
vierem os problemas e com eles o medo, a dúvida, a
preocupação e a ansiedade, mantenhamos o pensamento na
Palavra de Deus e a confiança em Suas promessas. Assim,
esses inimigos irão embora e a pessoa terá mantido a
consciência e a fé limpas. Isso, certamente a fará vencedora.
285
286
Amado leitor, tenho certeza que o Espirito
Santo tocou no seu coração com estas Palavras. Jesus
pretende fazer algo novo na sua vida, transformar as
lágrimas em alegria, fracasso em sucesso. Mas para isso é
necessário você dar um passo em direção a Cristo. Se você
já o recebeu, consagre-se mais a ele. Ore mais, medite em
sua Palavra diariamente (Aliás, em breve estarei lançando
um livro sobre como meditar na Palavra de Deus, Um passo
a passo para o crente aprender a meditar na Palavra e
absorver todo o ensinamento do Senhor).
Se ainda não confessou Jesus como seu único e
suficiente Salvador, Receba Jesus agora na sua vida. Faça
uma confissão a ELE, declare-se rendido a sua vontade e
confesse-o como Senhor da sua vida. Entregue a sua vida
nas mãos do Senhor Jesus. Ele é a porta que conduz a vida
eterna. E com certeza o Senhor Jesus abençoará a todos
vocês abundantemente.
4.1 - Qual Denominação Devo Escolher?
Há um crescimento significativo no número de
fieis no meio evangélico, e esse aumento traz junto uma
notoriedade nunca antes vista sobre os cristãos em nossos
pais, “enquanto éramos uma maioria de católicos estava
tudo na santa paz”. Mais com o despertar do protestantismo,
surge uma gama enorme de problemas no meio evangélico.
Não é de hoje que temos que lidar com a acusação
de que “pastor só está interessado no dinheiro dos fiéis”.
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“Esses crentes fazem lavagem cerebral no povo”. “A
teologia da prosperidade é a nova onda de evangelismo”.
Em 1º lugar eu devo dizer que não se deve julgar
todo o povo evangélico por causa de Pastores televisivos.
Em 2º Lugar dizer: Eles não representam a
essência do Cristianismo.
Em 3º Lugar, sou Pastor, mas não comungo com a
mesma sede por dinheiro, status e poder de tais Pastores.
Em 4º Lugar, Embora esse evangelismo esteja na
mídia ela não é a única forma de evangelismo.
O Brasil é grande demais: O povo cristão convive
a centenas de ministérios diferentes, que vão de pequenas a
grandes diferenças. Então não tem como colocar todos num
mesmo cesto e dizer eis aqui os evangélicos do Brasil.
Independente de qual seja a congregação o fiel tem sempre
ou quase sempre o mesmo foco. Servir a Deus, e Jesus
Cristo é o caminho que conduz a Cristo. Mais devido a
tantas congregações eu terei aqui a ousadia de abrir os olhos
daqueles que desejam servir a Cristo e somente a ele. Então
vamos ao Título da matéria. Como escolher uma igreja
evangélica para congregar?
Não basta dizer que é Evangélica. Você precisa
saber sobre o estatuto da igreja. Algumas igrejas não
deveriam ser consideradas evangélicas, pois no seu estatuto,
diz que há um dono da igreja, ou seja, todo patrimônio de
uma igreja na verdade é incorporado ao seu proprietário. Ou
seja, todas as suas ofertas e dízimos pertencem ao homem e
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288
não ao corpo de cristo. Se no estatuto rege a cláusula
dizendo que no caso da dissolução da igreja, todos os bens
passam a pertencer ao fulano de tal. Então sai desta igreja,
pois igreja descente tem seu patrimônio doado em caso de
dissolução.
O foco da Igreja deve ser Deus, e Jesus é o caminho.
Igreja que prega bênçãos pessoais mais do que a graça de
Deus, não tem fieis mais contribuintes.
Igreja que fala mais do capeta do que de Deus, diz
fazer milagres mais não dá a Deus à autoria do mesmo, mais
usurpa a gloria de Deus dizendo, veja este homem tem
poder. Isso é anátema, saia fora. Homem nenhum nasceu
com poder ou privilégios especiais, mais Deus usa quem ele
quer, quando ele quer, e da forma que ele escolher. Só ele é
o autor do sobrenatural, e o vaso usado por ele deve fazer-se
um servo e jamais cobrar qualquer coisa por uma graça.
Pastores chorões que pedem dinheiro sem parar,
pastores que fazem do púlpito um palco para suas
apresentações mirabolantes, Pastores teatrais, Pastores que
não tem uma vida de santidade, esse tipo de pessoas não
podem representar a essência do evangelho de Cristo por
isso sai fora desta igreja.
Igrejas Neo-Pentecostais do Oba Oba, ou seja, são
legalista demais ou rigorosas ao extremos ou liberal demais
e com certeza não representam a essência do Cristianismo.
Veja estes dois versículos: (Mateus 5:28) – Eu, porém, vos
288
289
digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar,
já em seu coração cometeu adultério com ela. (as igrejas
legalistas são liberais demais e Jesus corrige e disciplina).
(João 8:36) –
Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres. (as igrejas tidas como
rigorosas ao extremo não dão liberdade de escolha para seus
membros, Pastores se tornam ditadores, e Jesus nos libertou
não para sermos escravos da religião, mais para segui-lo de
coração).
Não julgue a igreja pelo líder da igreja. A igreja é
mais do que um homem, você pode até se assustar com o
que vou dizer, mais há igrejas cujo líder maior do ministério
prega a teoria da prosperidade, porém algumas das igrejas
desse ministério simplesmente pregam o desprendimento
material, ou seja, eles andam na contramão da liderança,
mais as igrejas têm suas particularidades. Por isso mais uma
vez digo: não dá para rotular a igreja antes de conhecer a
fundo seu funcionamento. Então a questão não é
simplesmente o ministério mais escolher uma igreja em
particular.
O princípio da fé deve ser sempre utilizado para
escolher uma igreja, para mim a melhor igreja é aquela que
você se identifica em relação a usos e costumes, consegue
se expressar em seu meio, e que acredita no Pastor que
dirige o trabalho evangelístico. Então use sua fé e ore
pedindo a Deus que te revele em qual igreja você deve
membrar.
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290
Experimente antes de se envolver, ou seja, antes
de congregar você deve visitar e participar dos cultos
durante um período, depois você deve assumir sua posição
de membro e realizar sua membresia, às vezes você muda
de uma igreja para outra e pensa que todas as igrejas
daquele ministério são iguais, mais no convívio você vê que
tem igrejas de outros ministérios mais parecidas com sua
igreja antiga do que a do seu próprio ministério lembre-se
você serve a Deus e não a ministério.
Para se tornar membro é necessário ser submisso à
doutrina do ministério e da igreja, então procure saber se
você consegue se adequar as normas preestabelecidas,
lembre-se a rebeldia é pecado, então é você quem deve se
moldar a igreja e não a igreja que deve se moldar a você.
Dízimo é obrigação, oferta é voluntária que você
dá quando puder como quiser e se assim desejar, igreja que
constrange membro a dar ofertas, ou contribuir além do
dízimo é anátema, saia fora essa igreja é na verdade um
caça níquel de cristão.
Resumindo, precisamos considerar vários fatores
na hora de fazer essa escolha. Com tantas denominações,
como saber se estamos fazendo a escolha certa?
A discussão sobre denominações e diferenças
entre igrejas, não começou ontem. Em 1 Coríntios 3:4
vemos que isso vem de longas datas: “Eu sou de Paulo; e
outro: Eu de Apolo”.
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291
Hoje em dia as igrejas costumam ser rotuladas de
“tradicionais” ou “renovadas”, numa escala variável,
conforme o gosto de cada um. O conceito que os
“renovados” têm a respeito das “igrejas tradicionais” não é
nada positivo, pois as consideram “retrógradas,
ultrapassadas, frias, caretas, anacrônicas ou até
antibíblicas”, uma vez que estariam mortas e não desejariam
a renovação pelo poder do Espírito Santo. Seriam como o
vale de ossos secos descrito em Ezequiel 37. Já os
“tradicionais” devolvem na mesma moeda, atribuindo o
mesmo conceito negativo aos “renovados”.
Para muitos, o que está na moda, sim, é ser
“renovado” - igrejas, liturgias e cultos restaurados,
doutrinas modernas, enfim, tudo novo e renovado. O texto
de II Cor. 5:17 é invocado como argumento da renovação,
tendo em vista a afirmação de que ”as coisas velhas já
passaram, eis que tudo se fez novo”. (Na realidade, o
contexto desta passagem é completamente diverso. Paulo
está falando da nova criatura regenerada em Cristo, do ser
humano que nasceu de novo. As “coisas velhas” não
representam necessariamente as “tradições”, mas sim o
pecado, o velho homem.)
Por outro lado, existem aqueles que se orgulham
de pertencer a uma comunidade dita tradicional. Novidades
são interpretadas como o “outro evangelho” de Gálatas 1 ou
como os “ventos de doutrina” previstos por Paulo em
Efésios 4. Por serem (ou se considerarem)
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ultraconservadores, resistem ao que é considerado “novo“ e,
por outro lado, não entendem o verdadeiro sentido da
palavra “tradicional”. Afinal, o que é ser tradicional ? O que
seria “tradição” de acordo com a Bíblia ?
Ambas as posições correm o risco de serem
radicais e equivocadas, caso não se atenham estritamente ao
que a Bíblia ensina sobre a verdadeira “tradição“ e sobre
“renovação”. E quando se é radical, corre-se o perigo de
entender mal e ser mal entendido. Daí, a importância de se
distinguir entre tradições humanas e tradições divinas.
Boa parte das tradições às quais se apegam
algumas das denominações religiosas consideradas
“tradicionais” não passam de usos, costumes e convenções
humanas, sem nenhum respaldo nas Escrituras. Qual hinário
deve ser usado na liturgia, o novo ou o antigo? Deve-se usar
instrumentos musicais nos cultos? Algumas igrejas proíbem
piano, bateria, instrumentos de cordas e de percussão. Elas
interpretam literalmente “Tudo quanto tem fôlego louve ao
Senhor !” (Salmo 150:6) e só permitem instrumentos de
sopro. Mas se esquecem dos versículos anteriores que
mencionam “saltério, harpa, adufes, címbalos e
instrumentos de cordas”.
Existem várias denominações, nem sei dizer
quantas! Cada uma tem um estilo próprio, doutrina,
estrutura e interpretações teológicas diferentes. Embora haja
modelos diferentes, nunca podemos perder a essência ou ir
contra aquilo que a bíblia ensina. Como dizia meu velho
292
293
Pai, que era Presbítero da Igreja Presbiteriana, “O método
pode ser diferente, mas o princípio deve ser sempre o
mesmo”.
Através deste termo venho declarar a denominação
evangélica a qual faço parte, não intenciono desmerecer
nenhuma denominação, só quero expor a minha opção.
Portanto, desde já assumo meu compromisso com a
denominação cristã!
Exato, não sou de Paulo, nem de Apolo, sou de
Cristo!
Não sou batista, nem metodista, nem assembleiano, sou
CRISTÃO.
Não consigo imaginar que Jesus Cristo ao fundar
sua Igreja, desejava que ela se dividisse, ao ponto de se criar
uma nova denominação a cada dia.
Aí você me pergunta: _ Israel, então o irmão não
frequenta igreja?
Claro que frequento, sou Pastor da Igreja
Presbiteriana do Brasil, isso é uma das etapas da salvação,
se eu não tivesse vontade de congregar em alguma igreja eu
não seria salvo no sangue de Jesus.
O que este termo quer demonstrar, é que não irei
tomar partido de nenhuma denominação, nem que tenho por
certa esta, ou errada aquela. Não defendo Placa de Igreja.
Meu compromisso é somente com a Noiva de Cristo, a
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Congregação dos Salvos, a Igreja! Estou escrevendo ESTE
LIVRO para pessoas que querem servir a Cristo, da melhor
maneira possível, embora pertença a uma denominação,
pregamos a Cristo e esse CRUCIFICADO.
No nosso país, temos a liberdade de servir ao
Senhor em várias Igrejas Evangélicas distribuída em todo o
território nacional. Igreja para todos os gostos. Entretanto,
devo salientar que procure com cuidado, uma denominação
séria. Que ajude você a crescer na Graça e no
Conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS
CRISTO.
4.2 - Então, como escolher a melhor Denominação?
Ore – Peça a Deus para te mostrar uma igreja.
Estilo Pessoal – Existe igreja para todos os gostos. De
tradicionalíssimas a super-modernas. Busque uma que irá
encaixar na sua personalidade. Calma, isso não é o mais
importante, mas não deixa de ser algo que devemos
considerar! Afinal, ninguém gosta de ir (vários dias da
semana) a um lugar onde não se identifica ou não se sente à
vontade. Agora que você já peneirou uma multidão de
igrejas só por escolher sua preferência pessoal, fica mais
fácil de tomar o próximo passo. Esse sim é mais importante!
Uma Igreja Bíblica – Tradicional não é sinônimo de santo,
nem Pentecostal e ”oba oba’’ é sinônimo de agir do
Espírito. O que a igreja prega? Jesus é o Centro das
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Mensagens e Canções? Os Líderes se importam com os
membros? A Bíblia é Ensinada? O Corpo de Cristo é
Edificado? Pense bem, esse é o passo mais importante na
hora de escolher a sua Denominação.
Entenda que denominação não salva – Se alguma igreja
disser que aquela é única denominação que irá para o céu,
pode riscá-la da sua lista. No céu é lugar de pessoas lavadas
no sangue do cordeiro, não pessoas que pertencem a
denominação ”tal”. Não siga “Placa de Igreja” elas não
salvam ninguém.
4.2.1 – Lista de Igrejas no Brasil
Vou colocar aqui uma lista das denominações e
Igreja existente no Brasil. Algumas podem estar ao lado de
sua residência ou na sua rua ou no seu bairro ou cidade:
A.D.H.O.N.E.P. (ASSOCIAÇÃO DOS HOMENS DE
NEGÓCIO DO EVANGELHO PLENO)
A.M.O.R.
(ASSEMBLÉIA
MINISTÉRIO
DE
OSTENTAÇÃO AO REBANHO)
ASSEMBLÉIA DE DEUS BATISTA A COBRINHA DE
MOISÉS (A QUE ENGOLE AS OUTRAS)
ASSEMBLÉIA DE DEUS CANELA DE FOGO
ASSEMBLÉIA DE DEUS FILADÉLFIA (MINISTÉRIO
CANELA DE FOGO)
ASSEMBLÉIA DE DEUS FONTE SANTA EM
BISCOITÃO
ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA EM GRAÇA
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ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA FIEL ATÉ DEBAIXO
D’ÁGUA
ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA PATRIARCAS DA FÉ
BÍBLICA
ASSOCIAÇÃO BATISTA EVANGÉLICA VALE DE
LÁGRIMAS
ASSOCIAÇÃO MAR ABERTO
ASSOCIAÇÃO MISSIONÁRIA EVANGÉLICA PARA
UMA VIDA NOVA E PLENA
CENTRO ESPIRITA CASA DO VOVÔ FUMO GROSSO
C.E.O. (COMUNIDADE DE EVANGELIZAÇÃO E
ORAÇÃO)
COMUNIDADE EVANGÉLICA NÃO HÁ DEUS MAIOR
COMUNIDADE EVANGÉLICA ZADOQUE (PARA
QUEM CURTE O ROCK PESADO)
COMUNIDADE INTERNACIONAL ATOS 29
CONGREGAÇÃO ANTI BLASFÊMIAS
CONGREGAÇÃO CRISTÃ DOS FIÉIS VENCEDORES
SALVOS DA MACUMBA
CONGREGAÇÃO CRUZADA DE MILAGRES
CONGREGAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO
PROVÍNCIA DO CALVÁRIO SANTO
CONGREGAÇÃO J.A.T. (JESUS AMA TODOS)
CONGREGAÇÃO PLENA PAZ AMANDO A TODOS
“IGREJA” EVANGÉLICA MUÇULMANA JAVÉ É PAI
“IGREJA” EVANGÉLICA PENTECOSTAL
IGREJA A CHAVE DO ÉDEN
IGREJA “A” DE AMOR
IGREJA A ESCOLHIDA
IGREJA A FÉ DE GIDEÃO
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297
IGREJA A VIDA É SUA
IGREJA A VOZ DA PEDRA ANGULAR
IGREJA A VOZ DIRETA DO ÉDEN
IGREJA ABASTECEDORA DE ÁGUA ABENÇOADA
IGREJA ABOMINAÇÃO À VIDA TORTA
IGREJA ABRE-TE SÉSAMO
IGREJA ACEITA JESUS
IGREJA ADVENTISTA DA SÉTIMA REFORMA
DIVINA
IGREJA ADVENTISTA DEUS É VIDA
IGREJA APOSTÓLICA CRISTÃ TERRA FIRME
IGREJA ARCA DA FÉ
IGREJA ARQUEIROS DE CRISTO
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ADVENTISTA
ROMARIA DO POVO DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS BOTAS DE FOGO
ARDENTES E CHAMUSCANTES
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS CAPRICHOSOS NA
OBRA DE DEUS
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DA BEIRA DA
ESTRADA DE TRIBOBÓ
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAI DO FILHO
DO ESPÍRITO SANTO
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAPAGAIO
SANTO QUE ORA A BÍBLIA
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS FILHOS E
CONSOLAÇÕES
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS NOVA CRIATURA
REMOLDADA
297
298
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS RETIRO DAS
MANGUEIRAS
IGREJA ASSEMBLÉIA DOS SANTOS
IGREJA ASSEMBLY OF THE GOD IN SAO PAULO
IGREJA AUTOMOTIVA MÓVEL DO FOGO SAGRADO
IGREJA AVE CÉSAR
IGREJA BAILARINAS DA VALSA DIVINA
IGREJA BAMBOLÊS SAGRADOS
IGREJA BATE PALMAS 40 DIAS
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR
IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR (ANTI GLOBO)
IGREJA BATISTA AS ANDORINHAS DE CRISTO
IGREJA BATISTA BANDEIRAS DA FÉ
IGREJA BATISTA BLESSING BRASIL
IGREJA BATISTA BRASA VIVA
IGREJA BATISTA BRASILEIRA DOS POVOS
AGARRADOS À BÍBLIA
IGREJA BATISTA CAMINHO DAS ÁRVORES
IGREJA BATISTA CÓPIA DA PERFEIÇÃO
IGREJA BATISTA DA MÃO SANTA
IGREJA BATISTA DA JUVENTUDE SEM DROGAS E
ROCK’N’ROLL
IGREJA BATISTA DA POMBA SACRIFICADA
IGREJA BATISTA DA VELHICE TRANQÜILA
IGREJA BATISTA DAS TRÊS PONTES SAGRADAS
IGREJA BATISTA DE REFORMULAÇÃO ESPIRITUAL
IGREJA BATISTA DEDO DE DEUS
IGREJA BATISTA DEUS FORTE E PODEROSO
IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO SANTO
IGREJA BATISTA DO POVO
298
299
IGREJA BATISTA DO VALE DA REVOLTA
IGREJA BATISTA ELOHIM SHADEH
IGREJA BATISTA ESTRELA CADENTE
IGREJA BATISTA EVANGÉLICA BENEFICÊNCIA
LEÃO DE JUDÁ
IGREJA BATISTA EVANGÉLICA CARIDOSA DAS
ALMAS
IGREJA BATISTA EVANGÉLICA DA BAZUCA
CELESTIAL
IGREJA BATISTA FAZENDA DA BICA
IGREJA BATISTA FLORESTA ENCANTADA
IGREJA BATISTA GAY DO RIO DE JANEIRO
IGREJA BATISTA HOMOSSEXUAL GAYS DE CRISTO
IGREJA BATISTA HORTO DE FÉ
IGREJA BATISTA INCÊNDIO DE BÊNÇÃO
IGREJA BATISTA LOGARÍTMICA DO REINO DE
DEUS
IGREJA BATISTA MOÇA BONITA
IGREJA BATISTA NERO SE ARREPENDEU, E VOCÊ?!
IGREJA BATISTA OH GLÓRIA!
IGREJA BATISTA PALMA DA MÃO DE CRISTO
IGREJA BATISTA PARE DE RESISTIR A BÊNÇÃO DE
DEUS
IGREJA BATISTA PENTECOSTAL A COBRA DE
MOISÉS QUE ENGOLIU AS OUTRAS MÁS E FRACAS
(ESSA IGREJA CHOVE MILAGRES!)
IGREJA BATISTA PENTECOSTAL VALE DE
BÊNÇÃOS
IGREJA BATISTA PONTE PARA O CÉU
IGREJA BATISTA PRONTO-SOCORRO DAS ALMAS
299
300
IGREJA BATISTA TIÇALEAH
IGREJA BATISTA TOO MUCH
IGREJA BETELGUELSE
IGREJA BOAS NOVAS DE SALVAÇÃO
IGREJA CANTOS BELLOS
IGREJA CARA DO LEÃO DE JUDÁ
IGREJA CASTELBLANKO DA VIDIGUEIRA
IGREJA CLÍNICA DA ALMA
IGREJA COMUNIDADE EVANGÉLICA SHALON
ADONAI CRISTO
IGREJA CONGREGAÇÃO PASSO PARA O FUTURO
IGREJA CONGREGACIONAL BOCA DO PEIXE
IGREJA CONGREGACIONAL DE AGRONOMIA DA
SALVAÇÃO
IGREJA CONGREGACIONAL EXIGIMOS A GRAÇA
DE DEUS
IGREJA CONGREGACIONAL EXPLOSÃO DA FÉ
IGREJA CONGREGACIONAL MANÁ CAÍDO DO CÉU
IGREJA CONTATO DIRETO DE VIGÉSIMO GRAU
COM MILAGRES
IGREJA CORAÇÃO RECICLADO
IGREJA CÓSMICA DO PODER PLENO E MISTERIOSO
IGREJA C.R.B. (CORTINA REPLETA DE BÊNÇÃO)
IGREJA CRISTÃ CHINESA DO RIO DE JANEIRO
IGREJA CRISTÃ DE TERAPIA CONTRA O ENCOSTO
IGREJA CRISTÃ DO NOVO AMANHÃ
IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA ESPÍRITA NACIONAL
IGREJA CRISTÃ PREBÍTERO-SANTENSE
IGREJA CRISTO E POVO DO RIO
IGREJA CRISTO É SHOW
300
301
IGREJA CRISTO VIVE MISSÃO APOSTÓLICA
GRAÇAS A DEUS
IGREJA CRUZ ERGUIDA PARA O BEM DAS ALMAS
IGREJA CRUZADA AMERICANA
IGREJA CRUZADA DE EMOÇÕES
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA COM PASTOR
WALDEVINO COELHO, A SUMIDADE
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO
DE JEOVÁ E DEUS DO FOGO
IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO
DE JEOVÁ E DEUS É FIEL
IGREJA DA BEIRA DO TREMIGREJA DA BÊNÇÃO
MUNDIAL
IGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL PEGANDO FOGO DO
PODER
IGREJA DA BOA SORTE
IGREJA DA DEVOÇÃO DO SANTUÁRIO DE DEUS
IGREJA DA FÉ DE ISRAEL E SEU POVO SOFRIDO
IGREJA DA FORTUNA
IGREJA DA POMBA BRANCA
IGREJA DA REVELAÇÃO RÁPIDA
IGREJA DA VITÓRIA DO POVO CARIOCA
IGREJA DAS BOAS NOVAS
IGREJA DAS SETE TROMBETAS DO APOCALIPSE
IGREJA DAS TRÊS PONTAS EM GLÓRIA
IGREJA DEKANTAHLAHBASSYÍ
IGREJA DE DEUS DA PROFECIA NO BRASIL
AMÉRICA DO SUL
IGREJA DE DEUS NO BRASIL
301
302
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS
ÚLTIMOS DIAS
IGREJA DE UMA VIDA NOVA PARA O POVO DE
JARDIM SULACAP
IGREJA DEVOTOS DE CRISTO AO EXTREMO
IGREJA DIVISÃO DO MAR E MOISÉS
IGREJA DO AMOR MAIOR QUE OUTRA FORÇA
IGREJA DO BARRO SANTO DE CURA
IGREJA DO ESPÍRITO SANTO PERDIDO
IGREJA DO EVANGELHO PLENO DE MISSÃO
COREANA PETROPOLITANA
IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
IGREJA DO LOUVRE
IGREJA DO MANTO BRANCO
IGREJA DO NAZARENO
IGREJA DO PASTOR SASSÁ
IGREJA DO RIO QUE CORRE TORTO
IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO EM AMOR E
GRAÇA
IGREJA DO VALE FELIZ
IGREJA DOS ANJOS E SUAS TROMBETAS
ESTRIDENTES
IGREJA DOS BONS ARTIFÍCIOS
IGREJA DOS CHINESES EM FÉ
IGREJA DOS HABITANTES DE DABIR
IGREJA E BAR EVANGÉLICO ARCA LTDA ME.
IGREJA E CLUBE DIVERSÃO PARA O POVO
CRISTÃO
IGREJA E TEMPLO CÓSMICO RAELIANO
IGREJA EM NOME DE JESUS
302
303
IGREJA ESTE BRASIL É ADVENTISTA
IGREJA E.T.Q.B. (EU TAMBÉM QUERO A BENÇÃO)
IGREJA EVANGÉLICA A HISTÓRIA DOS CRISTÃOS
IGREJA EVANGÉLICA A MAIOR
IGREJA EVANGÉLICA ADÃO É O HOMEM
IGREJA EVANGÉLICA AMAZONAS
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS
HOSANA AO REI
IGREJA EVANGELICA AVIVAMENTO BIBLICO
IGREJA EVANGÉLICA BATALHA DOS DEUSES
IGREJA
EVANGÉLICA
BATISTA
BARRANCO
SAGRADO
IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA DA BOA
INTENÇÃO
IGREJA EVANGÉLICA COMISSÃO DE PASTORES
PARA O BEM
IGREJA EVANGÉLICA CRISTO, EU E VOCÊ
IGREJA EVANGÉLICA DA MARESIA QUE CORRÓI
IGREJA EVANGÉLICA DEUS QUE SE REÚNE NAS
CASAS
IGREJA EVANGÉLICA DIANTE DO TRONO DO REI
DOS REIS
IGREJA EVANGÉLICA DO PASTOR PAULO
ANDRADE (O HOMEM QUE VIVE SEM PECADOS)
IGREJA EVANGÉLICA DOS CAÇADORES DE ALMAS
PERDIDAS
IGREJA EVANGÉLICA DOS HINOS MARAVILHOSOS
IGREJA EVANGÉLICA DOS SEMEADORES DA FÉ
IGREJA EVANGÉLICA FLORZINHA DE JESUS
IGREJA EVANGÉLICA FONTE DE MILAGRES
303
304
IGREJA
EVANGÉLICA
H.I.V.
(HOMEM,
INTELIGÊNCIA, VIDA)
IGREJA EVANGÉLICA HOLINESS
IGREJA EVANGÉLICA INDIANA DA MISSÃO DE
CRISTO NO BRASIL
IGREJA EVANGÉLICA JARDIM REAL EM OBRA DE
RESTAURAÇÃO
IGREJA EVANGÉLICA KOSKENKORVA DO FIM DA
TARDE
IGREJA EVANGÉLICA LABAREDAS DE FOGO
IGREJA EVANGÉLICA LIGAÇÃO DIRETA COM O
PARAÍSO
IGREJA EVANGÉLICA LUZ NO ESCURO
IGREJA EVANGÉLICA MÁRMORE DO BEM
IGREJA EVANGÉLICA MEU DEUS DO CÉU
IGREJA EVANGÉLICA NO MORE GUTTER
IGREJA EVANGÉLICA O SENHOR VEM NO FIM
IGREJA EVANGÉLICA O TEMPERO DA VIDA
IGREJA EVANGÉLICA ORIENTAL TAMBORES DA
ANUNCIAÇÃO
IGREJA EVANGÉLICA PASSA TRÊS
IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL BÍBLIA
ININTERRUPTA
IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL PLANETA
CRISTO
IGREJA
EVANGÉLICA
PENTECOSTAL
TRABALHADORES DE CRISTO
IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL VENCENDO,
VEM JESUS
304
305
IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL VIVA COM
CRISTO
IGREJA EVANGÉLICA PORTA DAS OVELHAS
SANTAS
IGREJA EVANGÉLICA POSITIVISTA
IGREJA
EVANGÉLICA
PRESBITERIANA
ORQUESTRA DOS ANJOS BENFAZEJOS
IGREJA EVANGÉLICA QUE ERA EU, O QUE SOU
HOJE
IGREJA EVANGÉLICA REVELAÇÃO DE CRISTO
IGREJA EVANGÉLICA RODEIO DE MILAGRES
IGREJA EVANGÉLICA SAL DA TERRA
IGREJA EVANGÉLICA SAL FORA DO SALEIRO
IGREJA EVANGÉLICA SHARON
IGREJA EVANGÉLICA SHUN KUAN TAI SHUN
IGREJA EVANGÉLICA SURFISTA BOLA DE NEVE
IGREJA EVANGÉLICA TEMPLO DAS ÁGUIAS (UM
SONHO DE IGREJA)
IGREJA EVANGÉLICA VERBO DA VIDA
IGREJA FÉ AFIRMADA
IGREJA FILADÉLFIA (A IGREJA DO DESAFIO)
IGREJA FOGO DA SELVA (1ª DIVISÃO)
IGREJA FOGO DA SELVA (2ª DIVISÃO)
IGREJA FOGUEIRA SANTA
IGREJA FOGUETE RUMO AO CÉU
IGREJA GRAÇAS E LOUVORES A TI, DEUS
(ALELUIA!)
IGREJA GRANITO DE MOISÉS
IGREJA GOSPEL COME ON TO GOD
IGREJA HALLELLUIAH
305
306
IGREJA HARPA DOS ANJOS
IGREJA HIGHWAYS TO HEAVEN
IGREJA HOMPA HONGWANJI
IGREJA HOSPITAL DA ALMA
IGREJA IDDAI WAH MEG
IGREJA IDOLATRIA AO DEUS MAIOR
IGREJA EVANGÉLICA A MISSÃO SÓ ESTÁ
COMEÇANDO
IGREJA INDIVIDUALISTA EVANGÉLICA DA AUTO
AJUDA
IGREJA INFANTIL FOFURAS DO AMANHÃ
IGREJA INTERNACIONAL DA SÉTIMA CHAMADA
IGREJA INTERNACIONAL DOS EVANGELISTAS
REMANECENTES DA GRAÇA DIVINA DE NOSSO
SENHOR DEUS PAI TODO PODEROSO
IGREJA JADE VIVE
IGREJA JESUS CRISTO É REI
IGREJA JESUS É MÉDICO DE VERDADE
IGREJA JESUS É O COMANDANTE
IGREJA LOUCOS POR CRISTO
IGREJA LUA NOVA
IGREJA LUGARZINHO NO CÉU
IGREJA LUZ & CONFORTO
IGREJA MANHATTAN
IGREJA MAR NO SERTÃO
IGREJA MARÉ DE MILAGRES
IGREJA MATA MINHA SAUDADE
IGREJA MESSIÂNICA DO TERCEIRO FOGO A SETE
PÉS
IGREJA MESSIÂNICA TOCHAS ARDENTES
306
307
IGREJA METODISTA (DIVISÃO ESPORTIVA)
IGREJA METODISTA INTERNACIONAL FÁBRICA DE
MILAGRES
IGREJA METODISTA LAR DO CRISTÃO
IGREJA METODISTA SOCORRISTA DAS ALMAS
IGREJA MILITANTE NA OBRA DE RESTAURAÇÃO
DO BRASIL
IGREJA MINISTÉRIO FÉ PARA TODOS
IGREJA MOMENTO DE DEUS
IGREJA MORUBIXABA EVANGÉLICA BRASILEIRA
IGREJA MÓVEL FÉ EM CASA
IGREJA M.T.V. (MANTO DA TERNURA EM VIDA)
IGREJA MUSICAL MONTEBELLO
IGREJA NACIONAL DA VIDA EM GRAÇA
IGREJA NACIONAL DO ESPÍRITO SAGRADO EM
FAMÍLIA
IGREJA NOIVA DE JESUS DA SEGUNDA DIVISÃO
IGREJA NOVA UNÇÃO
IGREJA O CUSPE DE DEUS
IGREJA O FOGO NO ALTAR
IGREJA O MUNDO PRECISA DE ORAÇÃO
IGREJA O NOME DE CRISTO
IGREJA O PEDAÇO DO PARAÍSO
IGREJA O PODER DA FÉ
IGREJA O REI ESTÁ VINDO
IGREJA O TEMPLO
IGREJA OLIMPÍADA BÍBLICA
IGREJA ONDAS DE AMOR CRISTÃO
IGREJA ORIGINAL DE JESUS CRISTO NÚMERO DOIS
IGREJA PARANINFOS DA BÍBLIA SAGRADA
307
308
IGREJA PEDRA VIVA
IGREJA
PENTECOSTAL
A
CAMINHO
DE
JERUSALÉM
IGREJA PENTECOSTAL A CAIXA DE PANDORA
IGREJA PENTECOSTAL A CONTROVERSIA
IGREJA PENTECOSTAL A MAJESTADE O SABIÁ
IGREJA PENTECOSTAL A UM PALMO DO CÉU
IGREJA PENTECOSTAL ARMADURA DE DEUS
IGREJA PENTECOSTAL ÁRVORE DO BEM
IGREJA PENTECOSTAL ASSEMBLÉIA DE DEUS
FOGO DIVINO
IGREJA PENTECOSTAL BEIJA-FLOR SILVESTRE (A
IGREJA QUE MAIS CRESCE NO BRASIL)
IGREJA PENTECOSTAL BOCA DO LEÃO
IGREJA PENTECOSTAL CAJADO DE MOISÉS
IGREJA PENTECOSTAL CASA DE ORAÇÃO FONTE
DE LUZ
IGREJA PENTECOSTAL CASA DE ORAÇÃO PARA
TODOS OS POVOS DO BRASIL
IGREJA PENTECOSTAL CHUVA DE MILAGRES
IGREJA PENTECOSTAL CRISTO É O REI
IGREJA PENTECOSTAL DA ROCHA ETERNA
IGREJA PENTECOSTAL DE JERUSALÉM CELESTIAL
IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR
IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR (RAMAL 2 E
QUE DEUS NOS ABENÇÕE)
IGREJA PENTECOSTAL DEUS É MAIOR
IGREJA PENTECOSTAL DO CUSPE SANTO
IGREJA PENTECOSTAL DO FOGO DIFERENTE
308
309
IGREJA PENTECOSTAL DOS PÉS DESCALÇOS DE
JESUS
IGREJA PENTECOSTAL DOUTRINA DO LIVRO
SAGRADO
IGREJA
PENTECOSTAL
ESCONDERIJO
DO
ALTÍSSIMO
IGREJA PENTECOSTAL ESCUDO CONTRA O MAL
IGREJA PENTECOSTAL EVANGÉLICA A MISSÃO
DOS SETENTA DISCÍPULOS
IGREJA PENTECOSTAL EVANGÉLICA OBRIGADO
SENHOR
(AGRADECIDOS
DOS
MILAGRES
RECEBIDOS)
IGREJA PENTECOSTAL EXÉRCITO DO AMOR DE
DEUS
IGREJA PENTECOSTAL FINAL DOS TEMPOS
IGREJA PETECOSTAL FOGO PARA O BRASIL
IGREJA PENTECOSTAL FONTE ABENÇOADA
IGREJA PENTECOSTAL FRANCESA O AMOR DE
CRISTO (DIVISÃO BRASILEIRA)
IGREJA PENTECOSTAL ISRAEL EM CHAMASIGREJA
PENTECOSTAL ISRAEL EM CHAMAS
IGREJA PENTECOSTAL ISSO QUE É PODER DE
DEUS
IGREJA PENTECOSTAL JESUS VEM E VENCEMOS
PELA FÉ
IGREJA PENTECOSTAL LÍRIOS DO CAMPO
IGREJA PENTECOSTAL MARILYN MONROE
IGREJA PENTECOSTAL MISTÉRIOS DA FÉ
IGREJA PENTECOSTAL O VÉU DE PUREZA
309
310
IGREJA PENTECOSTAL PARA PREPARAÇÃO DA
VINDA DE JESUS
IGREJA PENTECOSTAL QUADRADO DE FOGO
IGREJA PENTECOSTAL SALVOS POR DEUS
IGREJA PERFECCIONISTA FÉ MAIOR
IGREJA PERFECT LIFE
IGREJA PIONEIRA EM MILAGRES
IGREJA PIRÂMIDES MISTERIOSAS
IGREJA POÇO DE JACÓ
IGREJA PORTA DA PAZ
IGREJA PORTA DIVINA
IGREJA PORTA FORMOSA
IGREJA PRESBITERIANA A TORRE
IGREJA PREBITERIANA DO APOCALIPSE SAGRADO
IGREJA PRESBITERIANA JUNTANDO OVELHAS
DESGARRADAS DO REBANHO
IGREJA QUADRANGULAR DA QUARTA DIMENSÃO
IGREJA QUADRANGULAR O MUNDO É REDONDO
IGREJA REBANHO CONVERTIDO
IGREJA RESTAURADORA DE VIDAS ESTRAGADAS
IGREJA REVELAÇÃO SUBLIME
IGREJA SAFIRA DE ORAÇÕES
IGREJA SANTA QUE ESTÁ NO BRASIL INTEIRO
IGREJA SANTA QUE ESTÁ NO RIO DE JANEIRO
IGREJA SÃO COSME, DAMIÃO E DOUM
IGREJA SARA NOSSA TERRA
IGREJA SAUDADE DE JESUS
IGREJA S.B.T. (SANANDO BÊNÇAOS A TODOS)
IGREJA SEDE DE FÉ
IGREJA SEDENTOS DE ORAÇÃO
310
311
IGREJA SEM PECADOS
IGREJA SEMBLANTE DE CRISTO
IGREJA SINAIS E PRODÍGIOS
IGREJA SINAL VERDE PARA O BEM
IGREJA SINO DE BELÉM MISSÃO E PREMISSAS
IGREJA SOCORRISTA DAS ALMAS DE VISÃO
PROFUNDA
IGREJA SOKA GAI
IGREJA SOMOS OS ESPELHOS DE DEUS
IGREJA SUBIMOS COM JESUS
IGREJA TENRIKYO DENDOTYO
IGREJA TERRA SANTA ABENÇOADA
IGREJA TETRAEDO BÍBLICO
IGREJA THULA DAI E CRISTO
IGREJA TORRE DE BABEL
IGREJA TRYBO CÓSMIKA
IGREJA UM SALTO PRO FUTURO
IGREJA UNIVERSAL DE OPOSIÇÃO AO MAL
IGREJA UNIVERSAL DO CADÊ A MINHA BÊNÇÃO
IGREJA WESLEYANA
INTERNATIONAL CHURCH FOLLOW JESUS IN
BRAZIL
MINISTÉRIO ADVERTÊNCIA DE JESUS NA TERRA
DA IGREJA DO CAVALO BRANCO DO APOCALIPSE
(COM O PASTOR MISSIONÁRIO J.F.P., O SUMO REI A
SERVIÇO DO REI JESUS)
TEMPLO ÂNCORA PARA O CÉU
TEMPLO AQUI ESTAMOS SALVOS
TEMPLO BATISTA CÓSMICO E PEREGRINO
TEMPLO DA ATRIBUIÇÃO DE VIRTUDES MÁGICAS
311
312
TEMPLO DA GRAÇA
TEMPLO A JANELA DA SABEDORIA
TEMPLO DAS DIVINDADES EVANGÉLICAS EM SI
TEMPLO DAS TOCHAS ARDENTES E MILAGROSAS
TEMPLO EVANGÉLICO BÍBLICO DO PROVÉRBIO
APOCALÍPTICO
TEMPLO EVANGÉLICO CHAFARIZ DE APARIÇÕES
TEMPLO EVANGÉLICO CRISTÃO CALDEIRÃO DE
BÊNÇÃO
TEMPLO EVANGÉLICO DA SÉTIMA TROMBETA
TEMPLO EVANGÉLICO FASHION NISSENJI
TEMPLO EVANGÉLICO OFERTÓRIO DE GRAÇAS
TEMPLO EVANGÉLICO TUPYARA
TEMPLO
EXTRAORDINÁRIO
DA
GRAÇA
EVANGÉLICA ESPLENDOROSA (A IGREJA QUENTE
QUE TE CONFORTA)
TEMPLO FILIAL EVANGÉLICO NITIREN SHONSHU
HOKKEKO
TEMPLO KAREKAYA KUKE KE
TEMPLO KÓSMYKO DE RARAEMH
TEMPLO MUSICAL AMERICANO DEUS É FÉ E
FORMOSURA
TEMPLO O CORAÇÃO
TEMPLO PENTECOSTAL IRRADIANTE
TEMPLO QUARTETO FAMILIAR GRACIOSO E
TENRO
TEMPLO RELIGIOSO DOS BANQUETES E FESTAS
TEMPLO SANTIFICADO DA RENOVAÇÃO
TENDA CAMPING EVANGÉLICA ALGO ALÉM
312
313
TENDA EVANGÉLICA CEIFA DO AVIVAMENTO DA
FAMÍLIA
TENDA EVANGÉLICA DO AMOR PARA TODOS
Entre outras espalhadas pelo nosso país. Você
pode escolher qualquer uma destas. A maioria são deserções
de igrejas pentecostais e segue a forma de culto
neopentecostal. Deus abençoe a todos, e use de misericórdia
pelo zelo de sua Palavra, pois como diz o apóstolo Paulo:
“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e
porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por
amor, sabendo que estou incumbido da defesa do
evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por
discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às
minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que
Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por
pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo,
sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).
V
REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A SOCIEDADE
Eu não tenho problema com regras. Tudo e todos
têm suas regras. Eu tenho regras. A Igreja onde sou Pastor
313
314
tem regras. Minha casa tem regras. A sociedade tem regras.
A Bíblia tem regras. Você tem regras. O problema não são
as regras.
Se você e eu quisermos ter um relacionamento (de
amizade, profissional, religioso, etc., menos amoroso,
claro), vamos naturalmente estabelecer regras. Certas
palavras não poderão ser ditas, outras terão que ser ditas,
certas atitudes serão cobradas, outras evitadas, são regras
que estabeleceremos naturalmente.
O grande problema é você, ou eu, forçar regras um
para o outro sem duplo consentimento.
Se tivermos um objetivo comum, entraremos em
acordo, teremos que entrar para andarmos juntos, mas se
nossos objetivos, pensamentos e caminhos forem diferentes,
ninguém pode forçar para ninguém suas regras pessoais.
Por exemplo, eu curto músicas Clássicas. Já
pensou se eu quiser te obrigar a gostar das mesmas coisas
que eu? A se vestir como eu? A ter bigode como eu? É isso
que o legalismo faz. Ele faz com que seus gostos pessoais se
tornem regras, padrões e te faz querer que os outros sigam
suas regras pessoais.
Como cristão, minha regra é a Lei de Deus. Esta
Lei é chamada por Tiago, irmão de Jesus, de “Lei da
Liberdade” (Tiago 2:12) e eu seguir ou não esta lei, é uma
questão individual de fé. O Cristão não segue a Lei de Deus
314
315
por coação, pelo menos não deveria seguir, mas por
Liberdade. Davi explica:
E andarei em liberdade; pois busco os teus
preceitos.
Salmos 119:45
Aí, muitos me cobram para acreditar em certa
coisa, me vestir de certo modo, falar de certa maneira, etc,
etc, usando a “Lei de Deus” para me obrigar a agir e pensar
conforme a vontade deles. Paulo trabalha esse dilema. Ele
diz:
Por que minha liberdade deve ser julgada pela
consciência dos outros?
1 Coríntios 10:29
Em outro lugar, Paulo é enfático:
Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto,
permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente
a um jugo de escravidão (Gálatas 5:1).
Sendo assim, só me submeto a uma regra de fé e
prática pessoal, se eu acredito nela, se eu a encontro
realmente na Palavra de Deus, porque acredito na Bíblia
como perfeita revelação de Deus, não por imposição de
terceiros, nem que me coloquem um monte de versículos
isolados e interpretações furadas da Palavra de Deus. Um
cristão não pode forçar o outro a acreditar em algo. Ainda
315
316
mais em nome da fé cristã. Porque acima da Lei está o
Evangelho. Podemos usar as leis de Deus, as leis civis
locais e também regras de convivência entre amigos, família
e Igreja para pedir limites e fazer com que as pessoas
respeitem estes limites necessários para a convivência
humana.
Por exemplo um pastor carrasco, um político
desonesto, um familiar grosseiro e intrometido, um amigo
com uma vida imoral e egoísta, casos que trazem muitos
problemas a nós e a quem amamos e que podemos intervir
com as regras que conhecemos para o nosso bem pessoal, o
do nosso próximo e para nos posicionar com nossa fé cristã
bíblica e histórica diante do mal. Mas não podemos com
essas regras fazer alguém acreditar ou concordar com a
mesma coisa que nós. Podemos fazer respeitar, acatar,
aceitar o que é regra, mas acreditar e concordar não. A
pessoa pode sentir um remorso, ter um momento de
consciência e depois voltar a praticar aquilo que ofende a
Deus, ao nosso próximo e a nós, porque a mente dela, o
espírito dela, não pode ser tocado por regras, como a Bíblia
diz:
“Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela
natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não
obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a
ela.”
Romanos 8.7
316
317
A natureza humana é inimiga de Deus. Deus é
um “estraga-prazeres”, um “chato”, alguém que só quer
“acabar com a festa” do pecado e dos “prazeres”, em nossa
mentalidade carnal. Mesmo depois de cristãos, de termos
nosso espírito regenerado e compreendermos pela Lei que
somos pecadores, mas ainda temos a natureza humana
carnal em nós e vivemos em constante luta interna entre
nossa carne inimiga de Deus e nosso espírito regenerado e
apaixonado por Deus (Gálatas 5.16-21).
Não somos salvos por fazer o que a Lei manda,
porque não fazemos o que é bom por convicção, mas por
interesse ou medo, e nosso próximo também não faz,
independente de ser cristão ou não, mas por que Jesus nos
amou e pela graça, Ele nos salva, por meio somente da fé,
nos regenera e voltará para julgar a todos no Juízo Final e
nos inocentar (justificar) de todo nosso pecado. E essa obra
é única de Jesus, feita primeiro internamente, se refletindo
em nossos pensamentos em obras, obra essa dele chamada
de “Santificação” (separação) do pecado, nos fazendo
mudar nossas abordagens, pontos de vista e atitudes com o
tempo, nos aperfeiçoando com o tempo e completando essa
obra somente no Céu, aqui na Terra ainda nos deixando ser
tentados e cair por nossa própria natureza para que ninguém
se glorie, mas toda glória seja dele.
A salvação e a santificação do cristão não vêm
através da Lei de Deus, ou de regras humanas inventadas e
impostas com discursos genéricos que são deturpações de
termos bíblicos como “aparência do mal” ou
317
318
“escandalizar”. A salvação e tudo de bom que Deus nos dá
é dom de Deus e isso não é parte da Lei, mas do Evangelho
que Jesus pregou, é uma boa notícia, não tem nada a ver
com regras, porque não seguimos as regras como devemos.
Mas Deus nos ama e nos abençoa por sua graça apenas,
nos ajudando a seguir seus mandamentos, mesmo sendo
filhos, para o bem geral da Igreja e do resto da humanidade
porque Ele ama a todos, mas a seus eleitos deu seus dons de
salvação e santificação. Isso pelo Evangelho, não pela Lei.
Assim vamos seguindo, aos trancos e barrancos,
como um pecador regenerado que busca melhorar, Aquele
que “veio pregar liberdade aos cativos, E restauração da
vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas
4:19).
5.1 – O Crente Sobre Divórcio
Em primeiro lugar, independentemente do ponto de
vista que se tem a respeito do divórcio, é importante
lembrar as palavras da Bíblia em Malaquias 2:16a: “Pois eu
detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel.” De
acordo com a Bíblia, o plano de Deus é que o casamento
seja um compromisso para toda a vida. “Assim não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6).
Entretanto, Deus bem sabe que o casamento envolve dois
seres humanos pecadores, e por isto o divórcio vai ocorrer.
No Antigo Testamento, Ele estabeleceu algumas leis com o
objetivo de proteger os direitos dos divorciados, em
318
319
particular das mulheres (Deuteronômio 24:1-4). Jesus
mostrou que estas leis foram dadas por causa da dureza do
coração das pessoas, não por desejo de Deus (Mateus 19:8).
A polêmica a respeito do divórcio e do segundo
casamento, se são ou não permitidos de acordo com a
Bíblia, gira basicamente em torno das palavras de Jesus em
Mateus 5:32 e 19:9. A frase “a não ser por causa de
infidelidade” é a única coisa nas Escrituras que
possivelmente dá a permissão de Deus para o divórcio e
segundo casamento. Muitos intérpretes compreendem esta
“cláusula de exceção” como se referindo à “infidelidade
matrimonial” durante o período de “compromisso prénupcial”. Segundo o costume judeu, um homem e uma
mulher eram considerados casados mesmo durante o
período em que estavam ainda “prometidos” um ao outro. A
imoralidade durante este período em que estavam
“prometidos” seria a única razão válida para um divórcio.
Entretanto, a palavra grega traduzida “infidelidade
conjugal” é uma palavra que pode significar qualquer forma
de imoralidade sexual. Pode significar fornicação,
prostituição, adultério, etc. Jesus está possivelmente
dizendo que o divórcio é permitido se é cometida
imoralidade sexual. As relações sexuais são uma parte
muito importante do laço matrimonial: “e serão dois uma só
carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31). Por este
motivo, uma quebra neste laço por relações sexuais fora do
casamento pode ser razão para que seja permitido o
divórcio. Se assim for, Jesus também tem em mente o
319
320
segundo casamento nesta passagem. A expressão “e casar
com outra” (Mateus 19:9) indica que o divórcio e o segundo
casamento são permitidos se ocorrer a cláusula de exceção,
qualquer que seja sua interpretação. É importante notar que
somente a parte inocente tem a permissão de se casar uma
segunda vez. Apesar disto não estar claramente colocado no
texto, a permissão para o segundo casamento após um
divórcio é demonstração da misericórdia de Deus para com
aquele que sofreu com o pecado do outro, não para com
aquele que cometeu a imoralidade sexual. Pode haver casos
onde a “parte culpada” tem a permissão de se casar mais
uma vez, mas tal conceito não é ensinado neste texto.
Alguns compreendem I Coríntios 7:15 como uma
outra “exceção”, permitindo o segundo casamento se um
cônjuge não crente se divorciar do crente. Entretanto, o
contexto não menciona o segundo casamento, mas apenas
diz que um crente não está amarrado a um casamento se um
cônjuge não crente quiser partir. Outros afirmam que o
abuso matrimonial e infantil são razões válidas para o
divórcio, mesmo que não estejam listadas como tal na
Bíblia. Mesmo sendo este o caso, não é sábio fazer
suposições com a Palavra de Deus.
Às vezes, perdido no meio deste debate a
respeito da cláusula de exceção, está o fato de que qualquer
que seja o significado da “infidelidade conjugal”, esta é
uma permissão para o divórcio, não um requisito para ele.
Mesmo quando se comete adultério, um casal pode, através
da graça de Deus, aprender a perdoar e começar a
320
321
reconstruir o casamento. Deus nos perdoou de tão mais.
Certamente podemos seguir Seu exemplo e perdoar até
mesmo o pecado do adultério (Efésios 4:32). Entretanto, em
muitos casos, o cônjuge não se arrepende e nem se corrige,
e continua na imoralidade sexual. É aí que Mateus 19:9
pode possivelmente ser aplicado. Muitos também se
apressam a fazer um segundo casamento depois de um
divórcio, quando Deus pode estar querendo que continuem
solteiros. Deus às vezes chama alguém para ser solteiro a
fim de que sua atenção não seja dividida (I Coríntios 7:3235). O segundo casamento após um divórcio pode ser uma
opção em alguns casos, mas não significa que seja a única
opção.
Causa perturbação que o índice de divórcio entre
os que se declaram cristãos seja quase tão alto quanto no
mundo não crente. A Bíblia deixa muitíssimo claro que
Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16) e que a
reconciliação e perdão deveriam ser atributos presentes na
vida de um crente (Lucas 11:4; Efésios 4:32). Entretanto,
Deus reconhece que divórcios poderão ocorrer, mesmo
entre Seus filhos. Um crente divorciado e/ou que tenha se
casado novamente não deve se sentir menos amado por
Deus, mesmo que seu divórcio e/ou segundo casamento não
esteja sob a possível cláusula de exceção de Mateus 19:9.
Frequentemente Deus usa até a desobediência pecaminosa
dos cristãos para executar um bem maior.
5.1.1 - O amor pode ser resgatado?
321
322
Acredito piamente que sim. Mas dará trabalho!
Aliás, tudo o que mais tem valor nessa vida requer
sacrifícios para conquistar e, principalmente, manter.
Você, mulher, pode olhar o marido barrigudo
atirado no sofá com o controle remoto na mão e pensar:
"Cadê aquele 'pedaço de mau caminho' com quem me
casei? Ele era tão atraente! Olha no que virou!" Você,
marido, pode olhar para a sua mulher e resmungar: "Ela não
era chata desse jeito! Não era desleixada com a aparência.
Ela gostava tanto de namorar e agora só vive
resmungando!"
Agora pensem comigo, não são coisas que
podem ser resolvidas? E será que a convivência com o
cônjuge se resume somente a isso? E as qualidades? Às
vezes as pessoas estão tão concentradas naquilo que não
gostam ou nas qualidades de outra pessoa, que nem se
lembram de que seu marido ou mulher tem tantas
qualidades. Se não as tivessem, vocês não teriam se casado.
a) O que fazer para resgatar o amor?
Como eu disse, vai dar trabalho! Mas com certeza
valerá a pena. Sente-se com seu cônjuge e proponha essa
tentativa para evitar o divórcio. Peça a participação e
colaboração dele.
O primeiro passo não vai ser fácil, mas como é para
evitar um divórcio, esse recurso pode ser a única saída.
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1. Primeiro passo
Faça uma lista com tudo o que vocês não gostam
um no outro. Listem tudo, aspectos físicos,
comportamentais, emocionais. Coisas que lhes deixam
irritados, desgostosos, desanimados com o casamento.
Agora façam uma lista de tudo o que vocês gostam e
admiram um no outro, desde a forma como o outro fala, a
honestidade, a paciência, se cozinha bem, se é trabalhador,
etc. Guardem essa lista consigo e vão adicionando itens à
medida que forem se lembrando e observando.
2. Segundo passo
Troquem as listas de aspectos negativos. Leiam em
conjunto. Não é hora de drama, por favor! Tentem analisar
friamente o que o outro falou a seu respeito.
Conversem sobre o que vocês estão dispostos a
fazer para melhorar. Deem ideias ao outro do que ele pode
fazer. Podem ser coisas como: atividade física, cirurgia
corretiva, controlar o temperamento, buscar ajuda
psicológica para corrigir algo no comportamento, mudar o
visual, o cabelo, etc.
Escrevam as metas de vocês, do que decidiram
fazer para melhorar na ordem de prioridades. Coloquem a
data para começar. Comprometam-se com essas mudanças.
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Joguem fora a lista com aquilo que não gostam um no outro
e passem a se concentrar nas metas escritas.
3. Terceiro passo
A lista que fizeram com as qualidade do cônjuge
ficará com vocês. Todos os dias vocês vão ler essa lista e a
lista com as metas, e vão trabalhar nas mudanças.
b) Como apoiar um ao outro nas mudanças?
Há muitas coisas que vocês podem e devem fazer
para se apoiarem mutuamente. Vocês podem se exercitar
juntos, acompanhar o outro na ida a um psicólogo, controlar
o que é comprado no mercado, evitar situações que acabem
em conflito, como, por exemplo: a mulher sabe que o
marido está estressado por coisas relacionadas ao trabalho,
por isso ela não vai levar outro problema para ele naquele
momento.
c) Favoreçam constantemente o clima de romance
Vocês estão trabalhando para eliminar seus pontos
fracos, estão apoiando um ao outro para que consigam
atingir suas metas. Vocês precisam também fazer coisas que
despertem o interesse romântico e sexual um no outro, tais
como um flerte, um beijo apaixonado, um perfume novo,
um passeio de carro, um cineminha, uma música marcante
na vida do casal. Vocês se conhecem, sabem do que gostam.
Tentem também coisas novas.
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Vocês precisam de uma noite por semana só para
os dois. Mandem as crianças para a casa dos avós. Invistam
nisso, amigos! Vocês merecem mais essa chance! Seus
filhos merecem que os pais deles fiquem juntos.
5.1.2 - Em quais casos um divórcio é justificável?
Seria mais fácil se os problemas a serem
resolvidos no casamento fossem bobos, como os relativos
àquelas justificativas que mencionei no início. Mas,
infelizmente, nem sempre é assim. Muitas vezes, por trás de
um casamento infeliz há violência física e emocional, há
dependência de drogas, abuso sexual, pedofilia,
incontinência, adultério, criminalidade, desvios de caráter
ou problemas sérios comportamentais.
Na minha visão o divórcio é justificável nesses e
em outros casos graves. Ainda que eu seja um cristão
praticante, jamais incentivaria uma amiga a permanecer em
um relacionamento abusivo. Jamais! E tenho certeza de que
Deus também não abençoaria um relacionamento desses.
A sociedade prega que as pessoas podem trocar
de cônjuge como trocam de carro. Deus, contudo, deseja
que os casais perseverem até o fim em seu casamento,
esforçando-se para serem os melhores cônjuges que
puderem, investindo pesado no seu casamento e no seu
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amor, amando-se e se respeitando, de forma que esse amor
seja uma segurança também para os filhos.
Amigos, não desistam do seu casamento sem
antes esgotarem todas as possibilidades para restaurá-lo.
Vocês terão problemas semelhantes, e até piores, caso
deixem seu cônjuge para se casar com outra pessoa. Vocês
podem voltar a ser felizes juntos, basta querer, e
trabalharem em prol disso. O divórcio pode ser o caminho
mais fácil, mas as coisas mais elevadas da vida são obtidas a
custa de sacrifício.
5.2 – ABORTO
A Bíblia nunca trata especificamente sobre a
questão do aborto. No entanto, há inúmeros ensinamentos
nas Escrituras que deixam muitíssimo clara qual é a visão
de Deus sobre o aborto. Jeremias 1:5 nos diz que Deus nos
conhece antes de nos formar no útero. Êxodo 21:22-25 dá a
mesma pena a alguém que comete um homicídio e para
quem causa a morte de um bebê no útero. Isto indica
claramente que Deus considera um bebê no útero como um
ser humano tanto quanto um adulto. Para o cristão, o aborto
não é uma questão sobre a qual a mulher tem o direito de
escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser
humano feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27; 9:6).
O primeiro argumento que sempre surge contra a
opinião cristã sobre o aborto é: “E no caso de estupro e/ou
incesto?”. Por mais horrível que fosse ficar grávida como
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327
resultado de um estupro e/ou incesto, isto torna o
assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem
um acerto. A criança resultante de estupro/incesto pode ser
dada para adoção por uma família amável incapaz de ter
filhos por conta própria – ou a criança pode ser criada pela
mãe. Mais uma vez, o bebê não deve ser punido pelos atos
malignos do seu pai.
O segundo argumento que surge contra a opinião
cristã sobre o aborto é: “E quando a vida da mãe está em
risco?”. Honestamente, esta é a pergunta mais difícil de ser
respondida quanto ao aborto. Primeiro, vamos lembrar que
esta situação é a razão por trás de menos de um décimo dos
abortos realizados hoje em dia. Muito mais mulheres
realizam um aborto porque elas não querem “arruinar o seu
corpo” do que aquelas que realizam um aborto para salvar
as suas próprias vidas. Segundo, devemos lembrar que Deus
é um Deus de milagres. Ele pode preservar as vidas de uma
mãe e da sua criança, apesar de todos os indícios médicos
contra isso. Porém, no fim das contas, esta questão só pode
ser resolvida entre o marido, a mulher e Deus. Qualquer
casal encarando esta situação extremamente difícil deve
orar ao Senhor pedindo sabedoria (Tiago 1:5) para saber o
que Ele quer que eles façam.
Em 94% dos abortos realizados hoje em dia são
por razões diferentes da vida da mãe estar em risco. A vasta
maioria das situações pode ser qualificada como “Uma
mulher e/ou seu parceiro decidindo que não querem o bebê
que eles conceberam”. Isto é um terrível mal. Mesmo nos
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outros 6%, onde há situações mais difíceis, o aborto jamais
deve ser a primeira opção. A vida de um ser humano no
útero é digna de todo o esforço necessário para permitir um
processo de concepção completo.
Para aquelas que fizeram um aborto – o pecado
do aborto não é menos perdoável do que qualquer outro
pecado. Através da fé em Cristo, todos e quaisquer pecados
podem ser perdoados (João 3:16; Romanos 8:1; Colossenses
1:14). Uma mulher que fez um aborto, ou um homem que
encorajou um aborto, ou mesmo um médico que realizou
um – todos podem ser perdoados pela fé em Cristo.
5.3 – RELAÇÕES HOMOAFETIVAS
Uma das questões mais difíceis e importantes
que a igreja enfrenta hoje é a questão da homossexualidade
ou mais precisamente da comunidade LGBT como gostam
de ser chamados, como um estilo de vida alternativo. A
igreja não pode se esquivar dessa questão.
Eles tem feito muito barulho já tem um tempo
principalmente na relação entre o cristianismo evangélico.
Uma briga sem sentido entre setores que não são inimigos,
alimentada por pessoas que não só são despreparadas, mas
também mal intencionadas.
328
329
Antes de continuar quero deixar claro que tenho
consciência de que a bíblia condena o homossexualismo e o
faz do mesmo modo com a mentira, o adultério, a cobiça,
etc. Mas existe uma confusão muito grande entre o que
compete ao crente no âmbito religioso e o que o compete no
âmbito social. Deixa eu me explicar.
Nos papéis que competem ao crente na sociedade
que são muitas vezes extrapolados e passamos a confundir
nossas incumbências. Quero dizer que inseridos numa
sociedade, temos direitos e deveres sociais que são
aplicáveis à sociedade, e no âmbito religioso têm direitos e
obrigações que são próprias somente daqueles que
compartilham da mesma fé que nós. O que parece é que
essa compreensão não existe ou é completamente ignorada
por nós cristãos.
Enquanto inseridos numa sociedade temos a
obrigação e o dever de cumprir as regras da sociedade pela
consciência de que essas regras são as melhores para a
manutenção e perpetuação da ordem social, mas quanto a
nossa condição de crente não temos o direito de impor um
ponto de vista à sociedade mesmo que seja uma pratica que
nossa religião condena. Eu como crente não tenho o direito
de interferi no desejo de homens se casarem com cachorros
ou gatos ou árvores no âmbito social, mas tenho o dever de
proibir e me manifestar contra a celebração desse tipo de
união religiosa dentro da minha religião. Se quisermos
manifestar socialmente o voto contra, não deve ser com
apoio da bandeira cristã por que não se trata de uma questão
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cristã, mas de uma questão social e amparado por dados
sociais. O mesmo se aplica a tal comunidade LGBT que não
tem o direito de legislar ou reivindicar leis que obriguem o
descumprimento de ordenanças bíblicas. Socialmente
falando tem todos os direitos, mas não podem exigir a
obrigatoriedade de igrejas evangélicas realizarem
casamentos religiosos.
No mais tem que estar claro na mente dos crentes
e dos gays que nós como crentes, não temos o direito de
coibir ou impedir o acesso de homossexuais a direitos
sociais, e a comunidade LGBT não tem direito de intervir
em práticas religiosas, seja ela qual for e Se o próprio Cristo
não se defendeu quando foi humilhado, despido, surrado,
amarrado, posto entre ladrões e antes de morrer ainda pediu
ao pai que perdoasse aqueles que assim fizeram, quem sou
eu pra agir de outra maneira? Pai, perdoa-os, porque não
sabem o que fazem!
5.3.1 – Como o Crente deve agir?
Devido ao crescente interesse da sociedade pelo
homossexualismo e à contínua imposição desse
comportamento pela mídia televisiva, impressa e
radiofônica, além de toda literatura que ocupa as principais
prateleiras das livrarias e bancas de jornais, decidimos fazer
uma análise simples sobre o assunto.
Este tópico tem por objetivo esclarecer algumas
das principais dúvidas sobre o tema e desfazer alguns mitos
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propositadamente criados pelos militantes da Comunidade
LGBT. Nosso desejo é que cada pessoa que tiver acesso a
este material possa examiná-lo de mente aberta e
compreender que o homossexualismo jamais dará a última
palavra na vida daqueles que buscam em Deus a porta de
saída.
Muitos argumentos a favor do homossexualismo
têm sido levantados para justificar e/ou explicar porque
alguém sente atração por pessoas do mesmo sexo. Dentre os
mais comuns destacam-se os seguintes:
5.3.1.1. "Homossexualismo é genético"
As pessoas que utilizam este argumento afirmam
que há "causas biológicas" para o homossexualismo.
Segundo esse argumento, os homossexuais (tanto homens
como mulheres) já nascem assim. Quem defende esta idéia
procura sempre transmitir uma aparência de verdade
cientificamente comprovada e inquestionável. Estudos para
provar que o homossexualismo é genético já foram feitos,
mas sem qualquer êxito. Muitos cientistas - alguns dos
quais homossexuais e simpatizantes - têm-se esforçado em
achar qualquer prova, mas tudo o que conseguiram foi
fortalecer o fato de que o homossexualismo não é genético.
5.3.1.2. "Homossexualismo não é doença"
Se há uma coisa que causa verdadeira cólera
entre os defensores da militância gay é dizer que o
331
332
homossexualismo é doença. Não é necessário nem utilizar a
palavra doença. Basta dizer que não é normal ou que tem
cura, para que eles logo se manifestem.
O que a maioria das pessoas não sabe é que até
1973 a Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade
ligada à ONU, afirmava que homossexualismo era distúrbio
psicológico. Essa declaração só foi removida depois de
muitas pressões dos movimentos de militância gay e dos
homossexuais infiltrados nas altas rodas do poder. Não
houve nenhuma razão científica para essa modificação. No
Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) baixou uma
resolução em 23 de março/99 proibindo os psicólogos de
dizerem para os homossexuais que eles podem ser ajudados
a mudar sua orientação sexual
5.3.1.3. "A Psicologia admite o homossexualismo como
natural"
Existem alguns psicólogos que incentivam a
prática homossexual. Isso não deve causar admiração
alguma, pois alguns homossexuais e simpatizantes da causa
gay buscam os cursos de psicologia visando equilibrar sua
própria vida emocional e acabam tornando-se os principais
incentivadores destas práticas junto àqueles que os
procuram na esperança de mudar.
Contudo,
a
psicologia
encara
o
homossexualismo como comportamento adquirido e para
isso fornece diversas razões. Alguns psicólogos procuram
332
333
levar seu paciente à mudança de comportamento. Isso nem
sempre é possível utilizando apenas os conhecimentos da
psicologia, mas há diversos casos de sucesso registrados. O
próprio Sigmund Freud, o pai da psicanálise, encarava o
homossexualismo como perversão.
5.3.1.4. Não ter prazer com pessoas do sexo oposto
Isso não é difícil de entender. É a mente que
responde prazerosamente ou não aos estímulos físicos
através da visão, audição, tato etc. Se uma pessoa começa a
se relacionar com outra do mesmo sexo e alcança prazer, ela
será auto estimulada a repetir o ato em busca de mais
prazer. Cada vez que essa pessoa praticar o
homossexualismo e alcançar prazer, estará reforçando o
hábito, até chegar ao ponto de não se interessar mais pelo
sexo oposto, pois sua mente já foi condicionada pelo prazer
homossexual. Entretanto, do mesmo modo que o
comportamento homossexual foi adquirido, poderá ser
revertido.
5.3.1.5. "E o hermafrodita?"
Quem chega levantar esse tipo de argumento já
provou que não entende nada de homossexualismo, menos
ainda de hermafroditismo.
333
334
Hermafrodita é a pessoa que nasce com duas
genitálias, ou seja pênis e vagina. Essa anomalia se dá na
formação do feto, mais especificamente na hora de definir o
sexo do bebê.
Mas, preste muita atenção: apesar de o bebê nascer
com, aparentemente, dois órgãos sexuais, ele só manifestará
uma prevalência sexual (no hermafrodita uma genitália é
falsa e outra é verdadeira) . E será justamente essa
prevalência, somada aos exames médicos sobre sua
constituição orgânica que definirão qual dos dois sexos
deverá ser operado e inutilizado.
Na maioria das vezes só o órgão correspondente à
sua verdadeira sexualidade nasce no tamanho normal. O
outro é atrofiado. Muitas vezes, definida a sexualidade
daquela pessoa, ela exercerá apenas o seu papel sexual de
homem ou de mulher - nunca os dois.
Como esses casos são raríssimos e não justificam
o homossexualismo nem mesmo na vida dos portadores
dessa anomalia, é tolice querer justificar o comportamento
gay/lésbico de milhares de pessoas fisicamente saudáveis
utilizando tal argumento.
São diversas as causas do homossexualismo,
porém sempre ligadas à vida emocional e espiritual. Há
pessoas que foram iniciadas no homossexualismo quando
eram crianças - na maioria das vezes por um adulto da
família ou vizinhança. Outras pessoas foram vítimas de
334
335
abuso sexual. Outros, ainda, cresceram em famílias
desequilibradas, onde os papéis do pai ou da mãe estavam
trocados ou indefinidos. Muitos gays e lésbicas trazem em
seu histórico uma mãe dominadora e/ou um pai apagado.
Quando o homossexualismo não é fruto de aliciamento ou
violência sexual, sua causa mais comum é o desequilíbrio
da família.
Não poderíamos deixar de citar as causas
espirituais do homossexualismo. São inúmeros os casos de
homens e mulheres que nunca sentiram qualquer atração por
pessoa do seu próprio sexo, mas que depois de certos rituais
religiosos
começaram
a
manifestar
tendências
homossexuais e passaram a praticar o homossexualismo.
Estes relatos vêm especialmente de pessoas envolvidas com
umbanda, candomblé, espiritismo e religiões afins.
Cada pessoa desenvolve a homossexualidade de
uma forma. Umas começam a utilizar roupas e acessórios
do sexo oposto, ou seja, meninos que gostam de vestir
roupas da mãe ou irmãs, passar batom, brincar só com
bonecas etc. Meninas que só vivem brincando com
meninos, têm todo jeito de menino e gostam de usar as
coisas do pai.
Todavia, não podemos ser ingênuos ao ponto de
pensar que todo mundo que se torna gay ou lésbica começa
assim. Pelo contrário, há meninos muito masculinos e
meninas muito femininas que podem vir a assumir a
homossexualidade mais tarde. E outros que, mesmo tendo
335
336
as atitudes que acabamos de descrever, não se tornarão
homossexuais. Mesmo assim, os pais têm que estar atentos,
mas sem pânico.
Existem pessoas que sentem tremenda atração gay
ou lésbica, mas não admitem. Por isso tornam-se os
inimigos nº1 dos homossexuais quando estão em público.
Fazem piadas depreciativas, xingam, batem etc. Mas no
fundo gostariam de praticar o homossexualismo, apesar de
não perceberem isso conscientemente.
Outros lutam em silêncio, mas uma vez exaustos,
assumem publicamente a homossexualidade. O mesmo
acontece com os que não se declaram homossexuais, mas
levam uma vida ativa em boates, saunas, bares, "points" em
geral.
A maioria das pessoas heterossexuais (não gays
ou lésbicas) pensa que todo homossexual tem o estereótipo
popularmente conhecido como "bichinha" e toda lésbica é
"sapatão" (machona). Isso é outro mito. É verdade que esse
estereótipo existe, mas não se aplica a todos. Muitos
homossexuais poderiam ser considerados "machões" à
primeira vista e muitas lésbicas verdadeiras "musas". As
aparências enganam, e muito!
Outro mito popular é que o passivo é mais gay
que o ativo, ou seja, quem faz papel de "mulher" na relação
sexual é mais homossexual que o que faz papel de
"homem". É importante lembrar que HOMOSSEXUAL
336
337
significa "pessoa que sente atração por outra do mesmo
sexo", independente do papel que ela desempenha na cama.
Além disso, a maioria dos homossexuais apesar de ter sua
preferência, não é exclusivamente ativo ou passivo em
todos os seus relacionamentos. A maioria, senão todos, já
desempenha ou ainda vai desempenhar ambos os papéis.
Isso vale para gays e lésbicas.
As primeiras consequências do comportamento
gay/lésbico são o agravamento dos sentimentos de culpa,
solidão e depressão. Apesar do prazer momentâneo de
relação sexual, o homossexual não consegue evitar as
angústias causadas por seu comportamento. Por causa
disso, muitos homossexuais se entregam a inúmeras
aventuras, trocando de parceiros constantemente e correndo
o risco de contrair doenças venéreas e AIDS.
Além disso, correm risco de vida por saírem, na
maioria das vezes, com pessoas que não conhecem. As
estatísticas brasileiras são claras: "A cada três dias morre
um homossexual violentamente."
Mas, as consequências podem ser tão variadas
quanto os tipos de pessoas que praticam o
homossexualismo. Por isso, há muitos que se entregam às
drogas e ao álcool. Aliás, álcool, drogas e homossexualismo
são como o famigerado Triângulo das Bermudas: muitos
que entram em seu território, nunca mais retornam.
337
338
Além das consequências de ordem pessoal existem
outras. A família sofre um golpe terrível ao descobrir que
um dos seus membros é gay ou lésbica. A sociedade sofre
porque o homossexualismo propicia práticas nada saudáveis
como a pornografia, as drogas, o alcoolismo, a
promiscuidade, a confusão mental (principalmente para as
crianças), a prostituição etc. Quem paga a conta é sempre o
contribuinte que acaba tendo seu imposto aplicado nas
internações hospitalares, programa de recuperação química,
encarceramento e outras iniciativas do governo que visam
restaurar o que o submundo homossexual destruiu.
A própria AIDS que não é (diga-se de passagem)
doença de homossexuais, apareceu primeiramente entre eles
e depois espalhou-se por toda a sociedade por causa das
trocas indiscriminadas de parceiros. A coisa acontece mais
ou menos assim:
Um homossexual que tem AIDS tem relação
amorosa com outro homossexual enrustido ou bissexual.
Esse contrai a doença e depois tem relação amorosa com a
esposa ou namorada. Um dia ele conhece outro homem e se
relaciona com ele. Sem saber, transmite-lhe o vírus. Esse
homem acaba transando com outras pessoas, e o ciclo
continua.
Não poderia haver, do ponto-de-vista social, uma
consequência mais desastrosa do que essa para a
promiscuidade em que se encontra a nossa sociedade.
338
339
Enquanto a mídia dá o seu colorido a essas práticas, muitas
famílias entram no luto por causa da perda de seus queridos.
5.3.2 – A Bíblia e as Relações Homoafetivas
Antes de procurarmos saber o que diz a Bíblia sobre
o homossexualismo, seria bom sabermos o que a Bíblia diz
de si mesma e por que ela é tão relevante nessa discussão.
Em primeiro lugar a Palavra de Deus diz que "toda
Escritura é divinamente inspirada por Deus e apta para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça..." ( 2Tm 3.l6). Jesus mesmo deu
testemunho da singularidade das Escrituras Sagradas,
utilizando-as para vencer as tentações no deserto e
correlacionando seus ensinos, milagres e missão redentora
ao que a lei, os profetas e os salmos disseram.
A Bíblia é a última palavra em matéria de fé e
conduta. É interessante como todas as ciências tomam
emprestado da Bíblia, mas a Bíblia não toma emprestado de
ninguém. Ela é tão suprema e imutável quanto Aquele que a
inspirou. Não se conforma aos nossos pontos-de-vista, mas
exige que nós nos conformemos a ela. Por isso, jamais
poderia ser ignorada ao tratarmos de um tema tão relevante
como o homossexualismo.
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340
Agora que já entendemos que papel a Palavra de
Deus deve desempenhar em nossa vida, vejamos o que ela
tem a dizer sobre o tema em questão enumerando seus
ensinos para facilitar:
1. "Não tendes lido que o Criador desde o princípio os
fez homem e mulher...?"
A indagação é do próprio Jesus em Mateus 19.4 e deixa
claro que o homossexualismo contraria a intenção original
do Criador, que nunca muda.
2. "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é
abominação"
A declaração é de Deus, dada a Moisés em Levítico 18.22 e
deixa claro que Deus não admite a relação homossexual sob
hipótese nenhuma.
3. "Ao anoitecer vieram dois anjos a Sodoma, em cuja
entrada estava Ló assentado; este, quando os viu,
levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto
em terra... instou-lhes muito, e foram e entraram em
casa dele... Mas, antes que se deitassem, os homens
daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma,
assim os moços como os velhos, sim, todo o povo de
todos os lados; e chamaram por Ló, e lhe disseram; onde
estão os homens que à noitinha, entraram em tua casa?
Traze-os fora a nós para que abusemos deles... Porém os
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341
homens, estendendo a mão, fizeram entrar Ló, e
fecharam a porta; e feriram de cegueira aos que
estavam fora, desde o menor até ao maior, de modo que
se cansaram à procura da porta... Então fez o Senhor
chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre
Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades e toda
a campina, e todos os moradores das cidades, e o que
nascia na terra." ( Gn l9 ).
Este texto dispensa comentários, mas está
completamente de acordo com o próximo texto, sendo que o
primeiro está no Velho Testamento e o segundo no Novo
Testamento, provando que Deus não mudou como querem
alguns, e que a Bíblia é una e sem contradições.
4. "Por causa disso os entregou Deus às paixões infames;
porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de
suas relações íntimas, por outro contrário à natureza;
semelhantemente, os homens também, deixando o contato
natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua
sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e
recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro"
( Rm 1.26 e 27 ).
Diante de tudo isso, como pode alguém dizer que
a Bíblia não fala sobre homossexualismo ou que aprova o
comportamento gay? Todas essas passagens são apenas uma
pequena parcela de tudo quanto a Bíblia tem a dizer contra
esse tipo de comportamento.
341
342
5.3.2.1 – Esperança para os Homossexuais
A
Bíblia
não
apenas
condena
o
homossexualismo. Ela também oferece esperança real ao
homossexual.
O pecado não é mais velho do que a graça de
Deus. Pelo contrário, a graça de Deus é inseparável do
próprio Deus. É por isso que na igreja do primeiro século já
havia homossexuais transformados pelo poder do
evangelho.
Observe o que disse o apóstolo Paulo à igreja que
estava na cidade de Corinto, na Grécia, país em que o
homossexualismo e a pedofilia eram considerados normais:
"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o
Reino de Deus ? Não vos enganeis: nem impuros, nem
idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem
sodomitas... Tais fostes alguns de vós; mas vós vos
lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados
em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso
Deus."(1 Co 6.9-11 ).
É maravilhoso saber que há perdão e cura para
o homossexual. O mesmo Deus que projetou e executou a
criação do homem e da mulher é plenamente capaz de
consertar o que o pecado danificou. O homossexualismo
não precisa ser a última palavra na vida de ninguém. Deixe
que Jesus dê a última palavra: "Se vós permanecerdes na
342
343
minha Palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"(Jo 8.3l e
32).
5.3.2.2 – Tipos de Homossexuais
Alguns tipos de estilo homossexual são: os
assumidos, os enrustidos e os iludidos.
a) Os assumidos
São os que decidiram reconhecer sua própria
homossexualidade e tornaram-na pública. Não tem
constrangimento em agir como gays ou lésbicas
abertamente.
b) Os enrustidos
São os que, mesmo reconhecendo-se
homossexuais, não agem como tais quando em público.
Praticam o homossexualismo, mas disfarçam sua condição.
c) Os iludidos
São aqueles que praticam o homossexualismo,
mas "juraram" para si mesmos que não são e jamais serão
homossexuais.
Isso acontece principalmente com os gays ativos
(que fazem papel de homens na relação) e lésbicas passivas
343
344
( que desempenham papel de mulher). Apesar de se
esforçarem para não assumir sua homossexualidade, essas
pessoas são homossexuais com todas as letras.
Simplesmente não aceitam seu próprio comportamento, mas
também não o deixam.
Relacionamos, abaixo, alguns passos que
qualquer um precisará levar em consideração para alcançar
a libertação completa das práticas homossexuais:
1º- Passo: Reconheça que você tem sido realmente
homossexual, mesmo não desejando mais isso;
2º- Passo: Reconheça que você não nasceu gay ou lésbica,
mas adquiriu esse comportamento por influências externas e
carências internas e que, por isso, pode mudar;
3º- Passo: Reconheça que ao praticar o homossexualismo,
bem como outros maus comportamentos, você pecou contra
Deus e precisa de Seu perdão. Arrependa-se e busque
sinceramente a face de Deus;
4º- Passo: Nunca duvide do amor e da graça de Deus, os
quais foram plenamente colocados ao seu alcance pelo
sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do Calvário;
5º- Passo: Entregue-se totalmente a Cristo e rompa com
todo tipo de compromissos com o estilo de vida
homossexual - inclusive amizades que podem te
enfraquecer -, objetos, espíritos, ídolos etc.;
344
345
6º- Passo: Participe de uma igreja evangélica que prega a
palavra de Deus em sua totalidade, onde Jesus Cristo seja
adorado exclusivamente.
A convivência com cristãos comprometidos com
Deus e nos quais você possa confiar é fundamental;
7º- Passo: Procure um pastor que entenda do assunto para
marcar um horário para aconselhamentos. Esses encontros
poderão ministrar cura emocional e renovação espiritual.
Um psicólogo cristão pode ser de grande valia, mas escolha
seu psicólogo tão criteriosamente quanto escolhe o seu
pastor;
Cada um desses passos jamais poderá substituir
sua comunhão diária com Deus. Isso significa que sua
vitória tem que passar pela oração e leitura bíblica diárias.
Sem esse contato diário com Deus, você não se alimentará
espiritualmente e obviamente enfraquecerá. Tudo isso pode
parecer simples demais, mas da mesma forma que é
relativamente
simples
o
desenvolvimento
da
homossexualidade, a libertação também o é, mesmo que
cause alguma tensão inicialmente.
5.3.2.4 – Luta Contra o Preconceito
O preconceito de muitos crentes, infelizmente,
leva-os a uma postura de completa ignorância a respeito do
homossexualismo e de como lidar com os homossexuais
345
346
que se convertem a Cristo. Por isso, muitos homossexuais
sofrem calados depois de sua decisão por Cristo. Apesar de
precisarem muito de apoio, acabam se fechando por falta de
amor cristão firme e compassivo. Esses dois traços do amor
têm que estar presentes, tanto a firmeza quanto a
compaixão.
Mas, graças a Deus, várias igrejas já aprenderam a
lidar com esses novos crentes e têm sido verdadeiras
agentes de cura e libertação. Pastores esclarecidos e fiéis à
Palavra de Deus têm ajudado muito essas pessoas. Alguns
têm até fundado centros de recuperação especializados na
libertação de gays e lésbicas. Outros têm se especializado
em aconselhamento e em toda parte estão surgindo
iniciativas de cristãos interessados em ajudar homossexuais
a terem uma vida normal. A igreja, na pessoa de seu pastor
e de seus membros, exerce papel fundamental na
transformação de homossexuais. Não há sobre a terra outro
segmento que possa oferecer mudança tão real e permanente
para os homossexuais como a Igreja.
E isso porque o seu poder não vem de si mesma,
mas daquele que a instituiu. Jesus mesmo disse sobre a
Igreja: "... e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela."(Mt. 16:18).
A Igreja não pode tolerar o homossexualismo
em suas fileiras, mas é seu dever receber todo e qualquer
homossexual com amor. Precisa orar e trabalhar pela
346
347
evangelização e libertação desse segmento cada vez mais
evidente em nossa sociedade.
Pastores e Igrejas que criam obstáculos à
libertação dessas pessoas darão contas a Deus na mesma
proporção que pastores e Igrejas que aceitam liberalmente a
prática do homossexualismo.
Nenhum homossexual ao converter-se pode
ficar fora do convívio da igreja, mas deve submeter-se à
orientação pastoral para seu próprio bem-estar espiritual,
emocional e social.
É muito comum o homossexual que se converte
enfrentar crises em dados momentos. A igreja deve estar
preparada para lidar com os altos e baixos durante o
processo de libertação. Nunca deve exigir nem insinuar a
necessidade de qualquer namoro/casamento heterossexual.
A própria pessoa deverá decidir quando e com quem
namorar e casar. Casamento não cura homossexualismo.
Deve ser consequência da cura e tem que ser decidido por
livre e espontânea vontade. O ex-homossexual pode,
inclusive, optar por ficar solteiro sem que isso represente
dúvida em sua nova vida.
O ex-homossexual não deve se fazer de
coitadinho (autocomiseração) esperando a atenção dos
outros. Deve, pelo contrário, ser autêntico e lutar por sua
própria libertação, se informar sobre o assunto e procurar
347
348
ajuda na igreja para ser cuidado enquanto também faz novas
e saudáveis amizades dentro da igreja.
5.3.2.5 – Ideologia de Gêneros
Deixei para o fim do Tópico o assunto que
considero muito delicado. E quem vai falar nem sou eu.
Mas, trago a opinião do Presidente a Associação Americana
de Pediatras. Ele faz um apelo para os professores, para os
legisladores, para os pais e para os próprios médicos. Sobre
a tal IDEOLOGIA DE GÊNERO. Ele, numa nota especial
que é assinada por ele e pelo Chefe de Psiquiatria do mais
famoso e do mais acreditado Hospital dos Estados Unidos
da Universidade John Hopkins, ele diz que todos nascem
com sexo biológico, Como no reino animal, na classe dos
vertebrados, na classe dos mamíferos, na ordem dos
primatas, na família dos hominídeos e aqueles do GÊNERO
HUMANO, isso é gênero, gênero humano, é o que diz a
biologia, a que pertencemos. Nascemos Machos e Fêmeas.
É um fato biológico. Não é a Ideologia que marca o nosso
sexo. Que determina a fatalidade do sexo. Ele lembra que
transtornos de mal formação são extremamente raros,
transtornos biológicos, transtornos fisiológicos e esses
transtornos não constituem terceiro sexo e ninguém nasce
com gênero, nasce com sexo; diz a Associação Americana
de Pediatras. O gênero masculino e feminino só existe na
Gramática. O sapato é do gênero masculino, a cadeira é do
gênero feminino. Na biologia não, na biologia temos sexos;
machos e fêmeas.
348
349
Bom, aí quando um menino pensa como menina e
a menina pensa como menino isso não muda o seu sexo.
Diz a Associação Americana de Pediatria. Esse transtorno já
está no Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação
de Psiquiatra Americana o DSM-5º. E lembram também, e
aí está o perigo, que Puberdade não é doença que queiram
ser tratados com hormônios que bloqueiam a Puberdade.
Isso pode conduzir a um estado doentio. Os pediatras dizem
que 98% dos meninos e 88% das meninas tratadas
psicologicamente que estejam confusos com o sexo acabam
aceitando o sexo biológico. Agora hormônios como
testosterona dados a meninas e estrogênios dados aos
meninos, ou seja o contrario, aumentam a pressão cardíaca,
causam coágulo no circulação, pode dar um AVC no
cérebro, pode dar câncer e o índice de suicídio e vinte vezes
maior com o uso de hormônio do sexo oposto ou com a
ação de uma cirurgia de mudança de sexo. Isso inclusive em
países como a Suécia onde isso é tratado assim muito
abertamente.
E a Associação de pediatria considera um abuso
infantil fazer isso. Enganando os pais, confundindo crianças
em Clinicas de Gênero. Era isso o que eu queria mostrar
porque nas Escolas brasileiras muita gente está metendo na
cabeça de meninos e meninas que não existe diferença.
Existe sim e graças a essa diferença nós nos reproduzimos.
Isso é biológico, não é cabeça. Daí a palavra da Associação
Americana de Pediatras. Eu sei que o assunto é delicado e é
polêmico pra muita gente. Mas, é uma ferramenta para os
pais lidarem com isso, principalmente com filhos que
349
350
estejam em escolas cujas cabeças estejam sendo feitas por
essa chamada de Ideologia de Gênero. Tem mais de
ideologia gramscista ( que prega a mudança da cultura na
sociedade em direção ao socialismo para mais tarde poder
ser feita uma revolução comunista e através dela os
esquerdistas assumirem o poder) então essa idéia tem mais
disso do que da ciência da biologia.
No Brasil, a ideologia de gênero já foi proposta
por lei, integrar o Plano Nacional de Educação (em escolas
de todo o país), mas foi rejeitada, inicialmente em âmbito
federal e posteriormente pela maioria dos municípios onde
foi votada nas câmaras de vereadores.
Representantes como a psicóloga Marisa Lobo,
Claudemiro Ferreira, Magno Malta, Guilherme Schelb e
professor Orley Silva, entre outros, têm se empenhado em
combater incansavelmente a ideologia de gênero no Brasil.
A psicóloga paranaense chegou a lançar um livro
que alerta sobre o tema, intitulado "Ideologia de Gênero na
Educação". Segundo ela, a proposta não consiste apenas na
desconstrução da sexualidade, mas resulta na desconstrução
do ser humano em si.
Na realidade eles querem dizer que a
heterossexualidade não existe, que ela não é normal e que é
uma 'norma imposta', “compulsória”.
Isto é dito pelos livros que advogam em favor da
“Teoria Queer” (que é uma teoria sobre o género que
350
351
afirma que a orientação sexual e a identidade sexual ou de
gênero dos indivíduos são o resultado de um constructo
social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial
ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes
formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários
papéis sexuais.de desconstrução). Esta é uma teoria sobre a
qual todos deveríamos saber. Ela desconstrói a fé,
desconstrói Deus, desconstrói a sexualidade, a sociedade".
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina;
mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências; E
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas
tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um
evangelista, cumpre o teu ministério. “2 Timóteo 4:3-5
Se a teoria Queer pode tentar desconstruir a
heterossexualidade, acusando-a de ser “anormal” ou
“compulsória” também posso eu, descontruir a homo
normatividade e chamar a atenção para o preconceito
mundial contra a família tradicional que representa o avanço
dessa teoria e que, negligencia totalmente os saberes
médicos, jurídicos e religiosos que fazem parte igualmente
da vida de todo sujeito, saberes estes garantidos pela
constituição e pela declaração dos direitos humanos temos
que debater e promover o equilíbrio e direitos é fato, porém
sem ferir nossos princípios que também são direitos e ficar
refém de invencionices sociais que por querer defender seus
direitos sua dignidade, fere a dignidade do outro.
351
352
5.4 – Sobre Vestimentas do Crente
A vestimenta mais importante do discípulo
verdadeiro de Jesus é interna e espiritual. Ele já tem
removido os panos sujos de pecado e maus pensamentos, e
tem os substituído por novas roupas de santidade e
entendimento da vontade de Deus (veja Colossenses 3:116). Ele procura cada dia ser mais parecido com seu Senhor,
e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Jesus
ensinou e demonstrou (Mateus 5:1-12). Essas
transformações internas vão modificar seu comportamento
externo, é claro. Ele não vai mentir ou furtar como pessoas
mundanas (Efésios 4:25-29). Todos os aspectos da vida dele
são colocado sob controle do Deus santo a quem ele serve
(1 Pedro 1:13-16).
Através da História, homens e mulheres têm lutado
com a questão de como essa transformação interna deve ser
refletida exteriormente. Deve o servo de Deus se vestir de
um modo diferente do que as pessoas do mundo? Respostas
a essa pergunta são quase tão diversas como as modas numa
loja de roupas. Alguns argumentam que a vestimenta dos
servidores de Deus devem ser completamente diferentes do
que as das pessoas do mundo. Resultados de tais
pensamentos incluem as trajes tradicionais de ordens
religiosas especiais e outras roupas peculiares, como as
adotadas pelo povo Amish. Outros vão ao extremo oposto,
352
353
dizendo que os cristãos devem ser iguais ao mundo e que
eles podem seguir todas e quaisquer modas do mundo.
5.4.1 - Deus nos ensina como nos vestir
Quando Deus fala sobre algum assunto em todas as
épocas da história bíblica, devemos reconhecer que é
importante. Por exemplo, ele ensina sobre a permanência de
casamento no período dos patriarcas, na dispensação da lei
de Moisés, e no Novo Testamento. Enquanto não adotamos
do Antigo Testamento leis específicas sobre o casamento,
nós entendemos os princípios do Novo Testamento com a
ajuda do Antigo Testamento. Percebemos que são diversos
os assuntos que são incluídos em todas as épocas de
revelação divina: adultério, idolatria, a importância de
sacrifícios apropriados, comer sangue, matar, etc. Desde o
jardim de Éden, Deus tem orientado seu povo sobre roupas
modestas. Vamos procurar entender esse ensinamento, e
tenhamos a fé e o amor suficiente para aceitar o que ele diz,
mesmo se não o compreendemos (Isaías 55:6-9).
5.4.2 - Deus ensina seu povo a se vestir com modéstia
Adão e Eva. "Ora, um e outro, o homem e
sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam"
(Gênesis 2:25). Na sua inocência, antes de cometer o
primeiro pecado, era normal para Adão e Eva estarem nus,
mesmo andando no jardim na presença de Deus. A mesma
inocência é vista em criancinhas ainda não corruptas pelo
pecado. Mas, quando Adão e Eva conheceram a diferença
353
354
entre o bem e o mal, ficaram envergonhados e
imediatamente fizeram algum tipo de roupa mínima
(Gênesis 3:7). A palavra usada aqui sugere que fizeram
alguma coisa que foi embrulhada no corpo, evidentemente
escondendo as partes mais íntimas do corpo. Mas Deus não
aprovou esse tipo de roupa. Ele lhes fez uma vestimenta de
peles (Gênesis 3:21). Essa palavra sugere um tipo de túnica.
Essa vestimenta era um tipo de roupa usado por homens e
mulheres que, tipicamente, tinha mangas e caiu até os
joelhos, raramente aos tornozelos. O que podemos aprender
desse primeiro caso? Deus quer que homens e mulheres
usem roupas. Não somos como animais, que não sentem
vergonha de sua nudez. Podemos entender, também, que a
vontade de Deus desde o princípio é que usemos
vestimentas que cobrem o corpo, não meramente alguma
coisa embrulhada no corpo para esconder as partes mais
íntimas. Cada servo de Deus precisa ser honesto e sincero
aqui: as roupas de praia usadas hoje em dia seriam mais
parecidas com as roupas que Deus fez, ou com as cintas que
Adão e Eva fizeram?
Sacerdotes do Velho Testamento. Ninguém hoje
tem motivo para dizer que nós devemos usar roupas iguais
aos trajes sagrados usados pelos sacerdotes do Antigo
Testamento. Mas, nós podemos aproveitar uma lição
importante do motivo que Deus deu junto com algumas
regras. Primeiro, ele proibiu altares elevados, para que a
nudez do sacerdote não fosse exposta (Êxodo 20:26). Mais
tarde, ele acrescentou outra instrução para melhor evitar
esse tipo de problema. Ele ordenou que os sacerdotes
354
355
usassem calção em baixo de suas túnicas para cobrir a sua
nudez (Êxodo 28:40-42). Deus especificou que o calção iria
"da cintura às coxas". Deus não queria que esses servos
mostrassem as coxas expostas ao mundo. Hoje, homens do
mundo tiram suas camisas e mostram suas coxas para todo
o mundo na praia ou na rua. Homens que servem a Deus
precisam perguntar para si, honestamente, se isso é
realmente o que Deus pretendia que o povo santo fizesse.
Roupas peculiares ao sexo oposto. Em
Deuteronômio 22:5, Deus disse: "A mulher não usará
roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher;
porque qualquer que faz tais cousas é abominável ao
Senhor, teu Deus." Entendemos que não somos sujeitos às
ordenanças dadas por meio de Moisés aos israelitas.
Portanto, é esclarecedor entender o que Deus estava
dizendo. Ele não estava proibindo que homens e mulheres
usassem algum artigo de roupa semelhante. Na época,
ambos os sexos usavam túnicas, como ambos homens e
mulheres em muitas culturas hoje usam calças compridas. É
errado usar esse versículo para condenar as mulheres que
usam calças. Mas, Deus quer que mantenhamos distinções
entre os sexos (veja, por exemplo, 1 Coríntios 11:14-15).
Ele condena as perversões de homens que se vestem e se
comportam efeminadamente (1 Coríntios 6:9).
A vergonha da virgem da Babilônia. Quando
Isaías profetizou, a nudez era, ainda, associada com
vergonha. Quando ele descreveu o povo da Babilônia como
uma virgem abusada, um aspecto da humilhação dela era
355
356
que o inimigo descobriu suas pernas e sua nudez (Isaías
47:1-3). Mas hoje em dia, mulheres do mundo
voluntariamente mostram suas pernas e ousam expor sua
nudez, sem sentir nem um pouco envergonhadas. Será que
tornamos tão dessensibilizados ao pecado, devido à cultura
corrupta, que já esquecemos como sentir vergonha? (Veja
Jeremias 8:5,8,9,11,12.) Como servos de Deus, temos que
ser diferentes, não conformados aos costumes errados do
mundo (Romanos 12:1-2). Precisamos saber como sentir
vergonha.
5.4.3 - A modéstia e bom senso de mulheres cristãs
Agora, vamos ver duas passagens semelhantes no
Novo Testamento. "Da mesma sorte, que as mulheres, em
traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não
com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário
dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às
mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10).
"Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como
frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;
seja, porém, o homem interior do coração, unido ao
incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é
de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também
que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres
que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio
marido" (1 Pedro 3:3-5). Esses trechos não são idênticos (1
Timóteo fala sobre mulheres em geral, enquanto 1 Pedro
fala sobre a mulher cujo marido não é cristão), mas há
356
357
vários pontos paralelos. Vamos estudar alguns pontos
chaves.
a)Uso de Joias.
É comum ouvir alguém usar esses versículos para
proibir absolutamente todos os tipos de jóias, enfeites de
cabelo, etc. Mas esse não é o sentido do texto. A Bíblia, às
vezes, usa essa construção (Não faça isso, mas faça aquilo)
para enfatizar o que é mais importante, sem proibir o menos
importante. João 6:27 é um exemplo claro: "Trabalhai, não
pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida
eterna, a qual o Filho do homem vos dará...." Jesus não está
proibindo trabalho honesto para suprir as necessidades da
vida (compare 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8), mas
está dizendo que devemos dar muito mais importância às
coisas espirituais. Da mesma forma, Paulo e Pedro não
proibiram o uso de jóias ou estilos de cabelo, mas disseram
que mulheres piedosas devem dar mais ênfase à pessoa
interior. É interessante que tanto Paulo como Pedro usaram
exemplos do Antigo Testamento para explicar seu
ensinamento. No Velho Testamento, joias eram comuns, até
entre as mulheres fiéis a Deus (veja Isaías 61:10; Provérbios
1:9; Gênesis 24:22,30,53). Excessos devem ser evitados,
mas esses servos de Deus não proibiram o uso modesto de
jóias.
Aqui, é bom observar que os escritos inspirados
do Novo Testamento usaram exemplos do Velho
Testamento para mostrar como o povo de Deus se veste.
357
358
A modéstia começa no coração. Os dois autores,
Paulo e Pedro, fazem uma ligação importante entre o
coração e as roupas. Algumas mulheres vão insistir em usar
o tipo de roupas que elas querem, dizendo que ninguém
pode mostrar onde Deus especificamente proibiu
minissaias, ou mini blusas, ou biquínis, ou roupas muito
justas. O problema nesses casos não é a falta de alguma
regra específica nas Escrituras, mas a ausência de uma
atitude certa no coração. Regras no vestuário não fazem a
mulher modesta. Se o coração estiver errado, a mulher não
será mansa e modesta.
A modéstia e bom senso. Em vez de dar uma
lista de regras sobre vestimenta, Paulo apela à modéstia e
bom senso das mulheres. Uma mulher (ou homem!) cujo
entendimento é baseado nos princípios das Escrituras e cujo
coração é dedicado a Deus, se vestirá decentemente. Ela não
vai procurar chamar atenção por meios carnais, pelo uso de
roupas dispendiosas ou que mostram o corpo.
Manso e tranquilo. Pedro fala do espírito "manso
e tranquilo" como a base das roupas apropriadas. Paulo
disse que nós todos devemos procurar viver uma vida
"tranquila e mansa" (1 Timóteo 2:2). O espírito manso e
tranquilo de cristãos — homens, mulheres e jovens — vai
determinar o tipo de roupa que realmente agradará a Deus.
Os cristãos farão diferença entre as roupas que refletem um
espírito piedoso e as que sugerem carnalidade (veja
Provérbios 7:10 — roupas fazem uma diferença!).
358
359
b) Vestindo-se para agradar a Deus
A mulher foi um ato de Deus para coroar a
criação e Ele a fez mais bela que todas as paisagens de sua
criação, todas as formosas obras da natureza, feitas por Suas
mãos.
Por isto, quero que as mulheres saibam que
nosso propósito sobre normas de vestir não é que as
mulheres não sejam atrativas, eu disse atrativas e não
desejáveis, mas ao contrário que sejam radiante belas e
honrosas a Deus, aos anjos, ao seu marido. Se determinada
classe de roupa está na moda, não podemos assumir que ela
é automaticamente boa ou má. Necessitamos examiná-la à
luz de uma lista (que estamos agora juntando) de versos da
Bíblia. Não é mal USAR do mundo, quando há algo que
satisfaz a norma Bíblica de vestir. É mal ABUSAR do
mundo, vestindo-nos com certa roupa só porque está na
moda. Viola a Palavra de Deus e danifica nosso testemunho
diante do mundo.
Que “a aparência deste mundo passa”,
sabemos bem. A moda passa tão rápido que a roupa que
antes era considerada “absolutamente indispensável” agora
já não está na moda. Há uns dez anos, ríamos das fotos de
nossas mães e asseverávamos que ninguém nos veria com
aquele tipo de roupa; mas agora mesmo usamos algumas
dessas roupas.
359
360
Sem dúvida, amada leitora, suas filhas verão o
mesmo ciclo de modas em suas vidas, se o Senhor tardar em
voltar porque não à nada de novo de baixo do sol . Mas
enquanto os últimos dias se aproximam, o Diabo põe mais
pressão sobre o mundo em geral, e as modas do mundo em
particular. Hoje em dia, há a nosso alcance menos e menos
roupa que agrada a Deus.
Este era um problema nos dias do pregador
Charles Spurgeon [mil oitocentos e tanto]. Em um sermão
ele anunciou: “Londres recebe suas modas diretamente de
Paris, e Paris as recebe diretamente do Inferno.” Ele estava
declarando mais verdades do que talvez damos conta. A
Bíblia nos diz várias coisas muito distintas e claras acerca
do mundano.
Quando uma mulher se veste de uma maneira
que anuncia sua sexualidade (sensualidade) ou promove
uma imagem de UNISSEX ou MASCULINO, escutamos
pregadores referirem-se às suas roupas como roupas
mundanas. O mundanismo quase sempre se refere ao
pecado de participação em práticas identificadas com o
mundo, mas a ordem de Deus para o crente é: (Rom 12:2
ACF) “E não sede conformados com este mundo…” (ou
século).
Mundo / século = Essa palavra utilizada por
Paulo, não é a palavra grega “Kosmos”, que significa o
mundo físico, o mundo dos homens, e, sim, é o termo grego
360
361
“AEON”, que indica era ou época, o que envolve tudo
quanto caracteriza tal época.
As Escrituras definem “o mundo” ( AEON) não
como um globo, mas como um sistema dominado por
Satanás. 2Cor. 4:4 identifica Satanás como “o deus deste
século…”
(mundo-aeon). De acordo com a chave
linguística do Novo Testamento, este termo grego “AEON
mundo/século” nestas passagem, refere-se a toda aquela
massa de pensamentos, opiniões, aspirações máximas,
especulações, esperança, impulsos, objetivos e aspirações
correntes à qualquer época no mundo.
O que a Palavra de Deus está dizendo, é que: a
era ou época presente se caracteriza por uma série de
condições e qualidades, costumes, padrões morais e
espirituais, ditados e regidos por satanás.
Então o mundo é o reino que Satanás pôs para
levar a cabo suas práticas e propósitos, para alcançar suas
metas. Ser mundano é conformar-se aos desejos do deus
deste mundo, da mesma maneira que o crente se conforma
aos desejos do Deus do céu. (Isaías 14:12-14) define as
metas de Satanás: Ele quis ser igual a Deus para eliminar o
[verdadeiro] louvor a Deus e ganhar o louvor para si
mesmo, e para reinar sobre a criação, tomando o lugar de
Deus.
361
362
Porque é que os pregadores que temem ao
Senhor pregam contra o mundanismo? É porque as coisas
mundanas e o pecado roubam a glória que realmente
pertencem a Deus e à justiça. Porque há tantos filmes
mundanos? Porque induzem e glorificam toda classe de
pecado e o apresentam como o Diabo quer que seja visto,
para que o pecado não mais nos pareça sobremodo mal e
pecaminoso, e nos acostumemos com sua presença. Porque
se considera mundana a música rock, música sertaneja, Rap,
Pop, axé music, samba ? Porque sem cessar incutem maus
padrões nas pessoas, através de letras e ritmos maus que
passam a formar parte do subconsciente e afetam suas
decisões e valores. Examine as perguntas e se dará conta
que o mundanismo tem participação com o reino de
Satanás, permitindo que o Diabo seja aceito e glorificado
consciente ou inconscientemente e seja posto em um lugar
preeminente em nossas vidas. O mundanismo, então, é um
ato que traz glória ao reino de Satanás, da mesma maneira
que a obediência ao Senhor traz glória ao reino de Deus. O
mundanismo promove o pecado, enquanto a obediência a
Deus promove a justiça. Você diz: “Eu não sou uma má
pessoa por causa da maneira como me visto. Não sou uma
fanática.” No entanto, a Bíblia é clara, não deixa dúvidas ao
declarar que não há uma posição intermediária em nenhuma
área de nossa vida. Tiago 4:4 diz: “Adúlteros e adúlteras,
não sabeis vós que a amizade do MUNDO é inimizade
contra DEUS? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do
MUNDO constitui-se inimigo de DEUS.” Não adianta
querer distorcer, enfraquecer, amenizar a Palavra de Deus
362
363
tirando a autoridade e assim tornar-se um adulterador da
Palavra.
Contestar a norma de Deus no vestir, é eleger
o vestir que promove o pecado e que traz glória a Satanás.
Satanás por meio das aspirações mundanas sempre
promovera a rebeldia contra Deus. O Diabo tem um estilo
de roupa feminina concebida para promover sensualidade,
fornicação, homossexualidade e toda classe de práticas
libidinosas, vis e abomináveis. Spurgeon realmente estava
dizendo a verdade quando disse que Paris traz suas modas
diretamente do Inferno! Temos recebido mandamentos
rígidos sobre a nossa relação com este mundo. Estes
mandamentos refletem o perigo que o mundo representa
para nossa vida espiritual. “Não ameis o MUNDO, nem o
que no MUNDO há. Se alguém ama o MUNDO, o amor do
Pai não está nele. Porque tudo o que há no MUNDO, a
concupiscência da CARNE, a concupiscência dos OLHOS e
a soberba da vida, não é do Pai, mas do MUNDO. E o
MUNDO passa, e a sua concupiscência; mas AQUELE que
faz a vontade de DEUS permanece para sempre.” (I João
2:15-17 ACF). Deus não nos disse que não devemos amar o
globo terrestre, ou não apreciar esta terra. Ele nos estava
dizendo que não devemos amar o reino de Satanás aqui na
terra, nem nada do que ele representa. Conheço mulheres
que se colocariam contra Deus antes de se colocarem contra
suas roupas anticristãs. Amam mais ao mundo de Satanás
do que a Deus.
363
364
(Romanos 12:2 ACF) diz: “E não sede
conformados [não aceite não incorpore não tome o molde
não tome a forma] com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para
que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus.”
Sede conformados = indica a moldagem
segundo um determinado padrão, em que uma coisa toma a
forma de outra, adquirindo o seu caráter, mediante alguma
influência ou poder exterior.
O verbo Conformar-se = “Schema”, é
contraste do vocábulo grego “Morphe” que é a raiz da
palavra que pode ser traduzida por transformar.
Não devemos nos esforçar para nos
conformarmos ao mundo e nem para sermos aceitos pela
maneira de viver do mundo. O Diabo está pronto para nos
pôr no seu molde e nos deixar com a forma do mundo
através das práticas e desejos pecaminosos . Deus nos dá a
alternativa de nos transformarmos à imagem de Cristo, a
mesma forma de transformação que faz com que uma
asquerosa lagarta se torne uma linda borboleta. Mas eu não
posso ser ambas as coisas. Devo primeiramente me colocar
contra a tentação de conformar-me ao Diabo, antes de poder
ser transformada para a glória de Cristo.
A vaidade mundana danifica nosso testemunho, traz
vergonha ao Evangelho de Cristo, apaga nossa consciência
364
365
à voz e obra do Espírito Santo, e, separando-nos de Deus,
impede nossa comunhão com Ele e a resposta às nossas
orações. Não podemos ignorar os resultados da vaidade
mundana.
Muitas igrejas erram por inventar regras humanas
sobre roupas. Mas, muitas outras erram por recusar a
estudar e ensinar, cuidadosamente, o que Deus tem dito,
para ajudar cada filho de Deus pensar e se vestir de uma
maneira que glorifica o nome dele. Que possamos nos vestir
para ele, começando com o próprio coração.
5.5 – COM OS MEIOS DE COMUNICAÇÕES
A mídia em geral, tanto cinemas, como vídeo
games, Internet, como a televisão, na maior parte dos
programas, exalta a pecaminosidade.
O adultério, a prostituição, as práticas sexuais
ilícitas e a violência são exaltadas e apresentadas como
coisas muito naturais.
A traição, a infidelidade conjugal, são o "prato do
dia" dos programas, dos filmes e das novelas da tevê. Essas
imundícies são jogadas pelo vídeo, na sala de estar, no
quarto de dormir de muitos cristãos.
365
366
Sem dúvida, isso não é condizente com o
ambiente espiritual que deve reinar no lar de um crente. como se sentiria uma família que, assistindo programas
imorais ou violentos, visse Jesus se apresentar no meio da
sala - Ficaria feliz, satisfeita, tranquila?
5.5.1 - Os dez mandamentos do telespectador cristão
01.
Amarás ao Senhor teu Deus acima de todos os
desenhos, shows, jornais, piadas, novelas e filmes de
televisão.
02. Não farás da imagem do vídeo outro deus diante do
Senhor. Não adorarás seus artistas, nem exibirás seus
pôsteres em tua casa, pois teu Deus é Deus zeloso e sentirse-á enciumado.
03. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão como
fazem, a todo o momento, os protagonistas das novelas.
04. Guardarás verdadeiramente o dia do Senhor. Não ficarás
diante do aparelho na tarde de domingo, mas sairás para
visitar alguém que necessite de oração, conforto e estímulo.
366
367
05. Honra o culto doméstico com tua família para que teus
filhos aprendam o caminho do Senhor e se prolongue a vida
espiritual deles. Não permitirás de forma alguma que a
televisão impeça esta honra.
06. Não farás da televisão a babá de teus filhos, nem
permitirás que vejam televisão noite e dia, sem controle.
07. Não deixarás o aparelho exibir filmes indecentes ou
cenas de adultério, para que essas coisas não fiquem em tua
mente e te seduzam a esse pecado.
08. Não furtarás teu tempo diante da televisão, deixando de
cumprir com o teu dever.
09. Não dirás falso testemunho contra teu próximo, como
fazem os participantes das novelas, nem farás uso de suas
gírias e palavras inconvenientes.
10. Não cobiçarás o modo de viver, de falar e de vestir dos
artistas, nem os produtos que ali são anunciados. Não
deixarás que essas coisas determinem tua conduta, nem o
teu alimento.
Filipenses 4:8: "Finalmente, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo
tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o
vosso pensamento."
367
368
O volume de dados, de imagens e informações é
tão grande que não dá tempo para serem "digeridos" ou
avaliados corretamente. Muitos, sem perceber, estão sendo
influenciados de modo marcante em sua vida espiritual,
emocional, familiar, conjugal e sentimental, pelo poder da
mídia televisada.
Ao lermos a Palavra de Deus vemos bem claro as
instruções dadas para um viver santo. Em 1 Pedro 1.14-16,
a orientação do apóstolo é para não nos deixarmos amoldar
pelos desejos que tínhamos antes de nos tornarmos filho de
Deus, e esses desejos são considerados por ele como maus.
Pedro ainda nos instrui a sermos santos em tudo o que
fizermos e faz alusão a uma citação de Levítico 11.45 em
que Deus diz: “Sejam santos, porque eu sou santo”. Este é
que deve ser o nosso referencial de santidade.
A santidade envolve o nosso pensar. Paulo diz
que toda a coisas que forem nobres, corretas, amáveis,
puras, todas as coisas que forem de boa fama, nestas
devemos pensar, ou seja, estas devem ocupar nossos
pensamentos (Fp 4.8).
Enquanto somos exortados a mantermos uma
mente pura, o mundo tenta induzir-nos a mantermos
pensamentos impuros. Devemos zelar por manter uma
mente pura, pensamentos que tragam edificação.
E o que falamos? Será que os não-cristãos
observam isto também? Sem dúvida alguma, com já disse,
368
369
estão observando tudo, e mesmo que não estivessem
observando, as nossas palavras também devem edificar aos
que as ouvem (Ef 4.29).
Em nosso vocabulário não devem existir palavras
torpes, pois para nada servirão, senão para escandalizar o
nome de Cristo.
No texto de 1 Pd 2.12 somos chamados a viver
de maneira exemplar, de modo que as pessoas nos observem
e não encontrem falhas para nos acusar. Uma vez que fomos
salvos, devemos nos considerar mortos para o pecado, e não
permitirmos que domine sobre nossas vidas, pois fomos
libertos da escravidão do pecado. Cada membro do nosso
corpo deve ser oferecido a Deus como instrumentos de
justiça (Rm 6.11-13).
Deus requer daqueles que estão anunciando a
Sua mensagem de salvação uma vida de santidade,
irrepreensibilidade, uma vida que reflita o Seu caráter santo.
5.5.2 - O PERIGO DAS NOVELAS
Será que aquele que se propõe a assistir uma
novela tem consciência de que não pode ser um expectador
passivo, mas crítico daquilo que veem? De outro modo: É
certo que para alcançar esse número exorbitante de
audiência a emissora não conta só com telespectadores não
369
370
cristãos, número considerável daqueles que assistem a essas
histórias professam uma fé cristã (ou não?);
Sendo assim, será que esses cristãos tem
consciência de que devem examinar de tudo e reter somente
aquilo que é bom (I Ts 5.21)?
Ou será que estamos engolindo veneno sem
atentar para o rótulo? É necessário nos lembrar das velhas
palavras dos sábios: “Guarda com toda a diligência o teu
coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).
É comum ouvir pessoas dizerem que quando
chegam a casa querem descansar a cabeça, mas devemos
criticar de maneira inteligente aquilo que vemos e ouvimos,
pois, como disse Paulo, “tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é venerável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o
que é amável tudo o que é de boa fama [tudo em que] há
alguma virtude e se há algum louvor” deve ocupar a nossa
mente (Fp 4.8).
Não chegaremos ao ponto de dizer que quem
assiste a uma novela trará maldição para sua vida, porém, se
não tivermos um espírito crítico, corremos o risco de
tomarmos ópio ao invés de refresco.
Procurando justificar esse hábito muitos cristãos
geralmente fazem esta pergunta. Eles afirmam que ver
novelas em nada atinge sua vida espiritual porque são
extremamente maduros. Afirmam também que novelas é
370
371
uma forma de lazer e entretenimento. Contudo, tais pessoas
deveriam lembrar o seguinte:
Nossa mente é como uma esponja. Ela
absorve tudo o que vemos e ouvimos. Estas coisas são
armazenadas no fundo da mente, e influenciam o íntimo do
nosso coração, nossas reações, emoções, sentimentos e
comportamento. Falsos conceitos e ideais repetidos várias
vezes acabam se tornando verdadeiros quando falamos e
agimos. É por esta razão que Paulo nos ordena ocupar a
mente apenas com o que for proveitoso e edificante (Fp
4.8).
As novelas em geral refletem aquilo que o
homem tem de pior. Não é preciso muito esforço para se
perceber que o enredo e roteiro das novelas e seriados
brasileiros em sua grande maioria se baseiam na
sensualidade, ambição, violência, fingimentos, poder e
outras coisas descritas na Bíblia como sendo “obras da
carne” ( Gl 5.18-21). A novela faz o crente “torcer” para
que o “mocinho” realize a sua vingança, ou para que a
“mocinha” consiga conquistar o seu amado, mesmo que seja
casado.
Assistir novelas em nada edifica o crente, e
em nada contribui para seu crescimento espiritual.
Nem mesmo traz alguma cultura ou
conhecimentos. É perder tempo com “cultura inútil” e
371
372
perigosa. A Bíblia nos ordena “remir o tempo, pois os dias
são maus” (Ef 5.16).
Alguns argumentam dizendo que as novelas
prestam um grande serviço de utilidade pública como, por
exemplo: conscientização sobre os riscos do alcoolismo e
das drogas, violência doméstica, supostas psicopatias,
racismo.
Essa sempre é a desculpa da maioria dos
brasileiros que não gostam de ler livros, jornais ou revistas e
que só acessam a internet para bisbilhotar fotos em redes
sociais.
Tudo isso acima, aplica-se não somente às
novelas, como outros tipos de programas, filmes ou sites
que acessamos na internet. Lembre-se: As emissoras de TV
não estão preocupadas com a vida espiritual e moral dos
milhões de brasileiros; elas estão interessadas apenas em
ganhar dinheiro. E é lamentável que o façam às custas de
crentes que dão uma, duas, três horas por dia (ou até mais)
para os canais de televisão.
5.5.3 - A MÍDIA VISUAL E SEUS PROGRAMAS
PERNICIOSOS
O mau uso do vídeo em geral. Vejamos alguns problemas
relacionados à televisão:
5.5.3.1 - A TV ESTIMULA A VIOLÊNCIA.
372
373
Uma pesquisa mostrou que uma criança, no
Brasil, ao completar 14 anos, já terá assistido 11.000 crimes
na TV.
Em 200 horas de programação, são vistas 30 mortes cruéis;
1.018 lutas monstruosas e animalescas;
3.592 acidentes;
32 roubos;
616 cenas de uso criminoso de armas;
57 sequestros;
410 trapaças;
86 casos de chantagens e 321 aparições de monstros
pavorosos e infernais.
5.5.3.2 -
A TV ESTIMULA O PECADO.
É comum cenas de insinuação sexual, no
vídeo em geral, ensinando e estimulando a prostituição, o
adultério, a fornicação e o homossexualismo. A Bíblia
afirma que não devemos pôr coisa má diante de nós (Sl
101.2-4).
373
374
5.5.3.3 COISAS.
A
TV
MODIFICA
A
VISÃO
DAS
Principalmente nas novelas, aquilo que é
certo, como o amor conjugal verdadeiro e a pureza, são
vistos como algo ultrapassado.
Casais, famílias, lares felizes e abençoados
jamais aparecem no vídeo, nos romances e nas revistas. O
materialismo é apresentado como algo muito nobre e
elevado, entretanto a Palavra de Deus adverte: “Ai dos que
ao mal chamam bem...” (Is 5.20,21).
Sim, o cinema e o vídeo tornaram-se uma
escola de crimes, imoralidade, desrespeito, rebelião e vício.
As Escrituras sustentam: “Não meterás, pois, abominação
em tua casa...” (Dt 7.26).
5.5.4 - A MÍDIA VISUAL E O LAR CRISTÃO.
Se os pais ou responsáveis não conseguem
controlar e supervisionar o que os filhos veem na televisão,
é preferível não possuir o aparelho, vídeo ou DVD. Ou a
família, controla a TV, ou será controlada por ela (Dt 7.26).
Temos de nos posicionar como o salmista:
“Não porei coisa má diante de meus olhos” (Sl 101.3).
Diante disso, as famílias cristãs devem observar duas coisas
importantes:
374
375
5.5.4.1 - O culto doméstico diário (Dt 11.18-21).
Esse é um poderoso recurso espiritual para unir a
família em torno do Senhor, através da oração, adoração e
meditação na Palavra. Com apenas 15 minutos diários, os
pais podem estar com os filhos, louvando a Deus, lendo sua
Palavra e orando com e por toda a família.
A ação do Espírito Santo durante o culto doméstico
é marcante na infância, especialmente por ajudar na
abstenção dos programas de vídeo imorais, violentos e
ocultistas.
5.5.4.2 – A Dedicação aos Filhos.
Os filhos são heranças do Senhor (Sl 127.3),
Portanto, preciosos (Jr 31.20). Há pais cristãos que não
dispensam aos filhos o necessário cuidado e atenção. Por
isso, o Diabo, valendo-se da omissão paterna ou materna,
tem procurado preencher essa lacuna com falsas amizades e
programas televisivos altamente perniciosos.
5.5.5 - COMO EVITAR A MÁ UTILIZAÇÃO DA
TECNOLOGIA?
Vejamos:
5.5.5.1 bom.
Examinando tudo, mas só retendo o que é
375
376
“Examinai tudo. Retende o que é bom” (1 Ts
5.21). Aqui, o cristão é convocado a discernir a cultura de
seu tempo, e reter somente aquilo que é bom, santo,
agradável, justo e útil (1 Co 6.12; 10.23).
5.5.5.2 -
Valorizando o que é correto.
Nem tudo é imundície ou trevas nos meios de
comunicação. Há muita coisa útil, até mesmo para a vida
cristã. Na internet, por exemplo, há estudos bíblicos e
mensagens que, antes, ficavam ao alcance apenas dos
eruditos. Todavia, precisamos examinar todas as coisas com
muito cuidado e discernimento. (1 Co 2.15).
O salmista Davi, aspirando por uma vida santa,
justa, reta e íntegra, toma a seguinte decisão: “Não porei
coisa má diante dos meus olhos”.
Observando a sociedade em que vivemos hoje,
é impossível não fazermos coro à oração deste homem
segundo o coração de Deus. Se o mundo jaz no Maligno, a
mídia, em sua maioria, está assentada sobre bases malignas
também, pois o que se vê é o mal prevalecendo nas mais
diversas áreas.
Como poderá o crente sobreviver a um
pensamento mundano que visa apenas o lucro e cria
necessidades
de
consumo,
modificando
hábitos,
pensamentos e atitudes? A mídia televisiva, principal meio
de comunicação utilizado pela população, possui uma
376
377
linguagem audiovisual atraente, comercial, estética e
mobilizadora.
Por isso, exerce poderosa influencia em nossa
cultura. A TV, em virtude de estar a serviço do Maligno,
atua para persuadir, seduzir e afastar a família dos
princípios bíblicos.
A resposta para essa indagação encontra-se na
resolução de Davi mencionada no início deste texto. Este é
o maior desafio do servo de Deus, comprometido com a
santidade pessoal, principalmente em relação à sua casa.
Iremos tremer à Sua palavra e obedecer - ou
devemos arranjar desculpas e continuar assentados na roda
dos escarnecedores?
Ficaremos tão atraídos por Cristo a ponto de
não conseguirmos mais fixar os olhos naquilo que O
entristece?
Será que a noiva de Cristo verdadeiramente irá
separar-se de tudo que é deste mundo?
Será que alguém neste país pode ouvir e aceitar
esta mensagem?
Ou já ficamos muito adormecidos pelos vícios
deste mundo para poder ouvir?
377
378
Será que a igreja de Cristo vai me chamar de
legalista, como alguém que se considera a si mesmo juiz?
Ou, o Espírito vai levantar um corpo ungido de
santos para se desembaraçar de todo peso, e clamar por
purificação e separação?
Que Deus tenha misericórdia de cada um de
nós e que possamos permanecer na presença de Deus,
amém!
5.6 – SOBRE NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO
Deus ao criar o homem e a mulher, deu-lhes
todas as condições para serem felizes, meios para sua
alimentação e nutrição, ambiente saudável e convivência
amiga e condigna para essas criaturas.
Na sua sabedoria, lhes proveu dos órgãos
necessários para o desempenho de todas as suas atividades,
inclusive a da reprodução de sua espécie, o que lhes deveria
proporcionar prazer na sua satisfação dessas funções
biológicas, e também pela comunhão moral e espirituais que
deveriam presidir essas atividades naturais e normais.
5.6.1 - SOBRE O NAMORO
378
379
Varia definições tem sido dadas a “namorar”,
como: galanteio, atrair, chamar a atenção. Porém o sentido
real de namorar é “inspirar o amor”.
Na atualidade, a palavra namoro tem sido rebatizada com o
sentido de brincadeira, divertimento e irresponsabilidade,
mas no sentido legitimo, é outro completamente distinto. “O
seu sentido nobre é o amor”.
Namoro nada mais é do que uma serie de
conversas e entendimentos entre dois jovens de sexos
diferentes, que procuram verificar as possibilidades de
afinidades para realização de uma união acertada entre eles,
para viverem juntos a vida toda. É a fase do conhecimento
para o casamento.
O namoro não deve jamais ser um passatempo,
mas o inicio da procura de uma companheira ou
companheiro para a jornada da vida. Vale a pena lembrar
que o jovem cristão deve pedir a confirmação de Deus para
o namoro. Se o namoro é a antessala do casamento, como
seria um namoro sem essa confirmação divina?
Para obter a confirmação divina para o namoro,
não é preciso que Deus envie um anjo para dizer que tal
namoro agrada ou não a Ele; Nem será necessário buscar
com algum profeta uma mensagem favorável ou
desfavorável ao namoro. A regra geral é impressa na Bíblia
Sagrada. Ela ensina e mostram o caminho para a felicidade
conjugal, os princípios que devem reger a vida dos jovens
que temem ao Senhor.
379
380
A Bíblia conta o que aconteceu quando Eliezer,
servo de Abraão, foi buscar uma esposa para Isaque. De
acordo com o juramento que havia feito diante do Senhor,
ao encontra-la pode dizer : “O Senhor me guiou... “ O
Senhor pode e quer te guiar, querido jovem, na busca do teu
cônjuge.
5.6.2 - SOBRE O NOIVADO
O noivado é metade do caminho entre o namoro
e o casamento. Antes de tudo o noivado é um ato sério. Os
jovens crentes cuja fibra moral é alicerçada na palavra de
Deus, não tomam atitudes irresponsáveis. O jovem deve
saber que o noivado é a fase da decisão para o casamento.(O
casamento mesmo é a fase da união).
O noivado é o compromisso social.Esse
compromisso os jovens assumem diante de suas famílias. O
noivado é também um compromisso moral, quando dois
jovens crentes prometem unir seus sentimentos e propósitos
para consuma-las no casamento.
O noivado além de ser um compromisso moral,
é também um compromisso físico, mas somente após o
casamento. O casamento envolve relações físicas para as
380
381
quais exige-se fidelidade e respeito mútuo. Esse
compromisso assumido no noivado não dá direito de posse
do pretendente antes do casamento. Antes significa que o
compromisso deve ser honrado por ambas as partes até o
casamento.
Assim procedendo, não terão a acusação
tormentosa da consciência.(Leia -1Cor10.31,32).
O noivado é um compromisso espiritual.
Quando dois jovens resolvem casar-se assumem entre
outras coisas compromisso com Deus. Não são dois jovens
de sexos opostos que desejam um sentimento, mas são dois
ideais que se unem para confirmar o ideal do matrimônio.
5.6.3 - SOBRE O CASAMENTO
Basicamente, o casamento é a união física e
espiritual entre duas pessoas sexos opostos. Desse o ato
resulta o lar, que é a mais antiga instituição conhecida da
raça humana. Antes de qualquer organização política e
social, ou da igreja ou da escola. Na verdade, todas as
demais organizações surgiram desta primeira instituição: o
lar. Portanto, o casamento não é meramente um contrato
civil entre duas pessoas, mas uma instituição do Todo
Poderoso, para o conforto e felicidade do gênero humano, e
para o mais elevado propósito estabelecido: A perpetuação e
a multiplicação da espécie humana. (Gn1.28)
381
382
5.7 - PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS
FREQUENTES SOBRE NAMORO, NOIVADO E
CASAMENTO.
5.7.1 - COM QUE IDADE UM JOVEM PODE
NAMORAR?
Assim que uma criança vai chegando a
adolescência, começa se impulsionada pelos desejos da
mocidade. Passa a ser influenciada pelos colegas; passa a
pensar sobre namoro e até a inquietar-se; Passa a se
preocupar sobre este assunto. Só que todos esses desejos de
namorar pode ser controlado, se o jovem for convertido,
gosta de ler a Bíblia e de participar de trabalhos da igreja.
Também nesta faixa etária é indispensável uma orientação
amigável e segura de alguém que tenha maturidade e
experiência.
Quando o jovem deve começar a namorar?
1 - Quando ele tiver maturidade – personalidade formada
2 - Quando ele estiver preparado para enfrentar o casamento
3 – Quando ele for dirigido por Deus nesta direção
4 – Quando ele tiver Idade ideal para casar:
·
Rapaz – 18 a 26 anos
382
383
·
Moça – 18 a 22 anos
Obs. Quer dizer que o namoro pode ser iniciado aos dezoito
anos, no mínimo? Sim, antes disso é tempo de se dedicar
aos estudos. Claro isso é só uma recomendação e não uma
determinação. Fica ao seu critério e a sua maturidade.
5.7.2
– COM QUEM DEVO ME CASAR?
Eis a grande interrogação: Como encontrar a pessoa
ideal? Que devo fazer?
a) Espere o tempo de certo
b) Não viva de sonhos dourados. A beleza é relativa, não
pense só na beleza física.
c) Busque uma pessoa que seja um verdadeiro cristão, no
testemunho e no caráter.
d) Busque alguém que se identifique com você. Cuidado
com jugo desigual:
Idade – a diferença para mais deve ser do homem e não
deve ultrapassar dez anos, é preciso ser compatível um com
o outro.
e) Não busque uma pessoa perfeita, ela não existe, busque
alguém que te compreenda.
f) Não entre em pânico, não entre em liquidação, valorize
–se, não fique procurando namorado (a) a torto e a direito.
g)
Dialogue, troque idéias, procure conhecer outras
pessoas.
h) Deus tem o melhor para você, espere nele.
383
384
5.7.3 – COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS
NO NAMORO?
a) Deus se preocupa conosco em todas as esferas da vida,
Ele se preocupa com casamento, por isso devemos buscar a
sua vontade.
b) Não namore antes de orar.
c) Ore e espere.
d) Dialogue com o desejado e orem juntos.
e) A fase do namoro deve ser de diálogo e oração.
f) Não faça comentários antes da certeza.
g) A certeza só chega com a vontade de Deus.
h) Deus pode falar de muitas maneiras (cuidado com os
profetas casamenteiros).
A maneira mais pratica é quando as
circunstancias passam a ser favoráveis e você passa a ter
tranquilidade total em relação à pessoa amada.
Ela passa a ser a única pessoa que preenche as lacunas do
seu coração. Isto não deve ser paixão momentânea, mas um
amor sólido.
Quando se sentir tranquilo e feliz espiritualmente e
emocionalmente ao lado do seu (sua) namorado (a), a ponto
de ser esta a única pessoa que te realiza em todos os
aspectos. Aí pode ser um indício de que estás no rumo
certo.
384
385
5.7.4 – A QUEM DEVO CONSULTAR QUANDO
PRECISAR DE UMA ORIENTAÇÃO SOBRE SEXO?
Eis um grande dilema! A quem consultar? Com
quem conversar? Este realmente é um grande problema,
pois o jovem convive com muitas pessoas e ouve de uma
forma errada e imoral sobre estes assuntos. Precisa então de
alguém que o oriente.
Deve procurar o Pastor, a esposa do Pastor, uma
pessoa idônea, que tenha maturidade, ou os pais. Não
procure qualquer pessoa, seja prudente. Não ande contando
seus segredos para todo mundo por aí, ou conversando
sobre sexo de forma pornográfica.
Tenha cuidado, não se corrompa, tenha cuidado
também com os casamenteiros, profeteiros e conselheiros
interesseiros que podem representar um perigo para o
futuro. Busque a pessoa certa para te ajudar. Os pais devem
orientar os filhos cuidadosamente.
5.7.5 – QUE DEVO FAZER PARA O NAMORO
PRODUZA EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL PARA MIM
E PARA MEU (MINHA) NAMORADO (A) ?
a) O namoro que busca edificação espiritual firma-se sobre
o ideal do casamento.
b) Deve evitar certas intimidades físicas, para que não
entristeça o Espírito de Deus.
385
386
c) Os jovens namorados devem orar juntos e compartilhar
os seus ideais juntos.
d) Lembre-se que somos luz do mundo, e namoro do cristão
é diferente do mundo.
e) Tudo o que o crente fizer deve glorificar a Deus, (1Cor
10.31) e com ordem e decência. (1Cor14.40).
5.7.6- QUANDO DOIS JOVENS NOIVOS DEVEM E
PODEM TORNAR-SE NOIVOS?
1- Quando estiverem certos de que estão na vontade de
Deus.
2- Quando estiverem preparados psicologicamente para isto.
3- Quando estiverem se compreendendo razoavelmente.
Com maturidade e firmeza. Nunca devem ser influenciados
por terceiros.
4- Quando acertarem devidamente com os pais.
5- Quando estiverem na rota do casamento, isto é, logo após
o noivado os jovens devem se preparar materialmente para
o casamento. Após o noivado segue-se a fase da arrumação
e sem muita demora deve vir o casamento.
5.7.7 – QUANDO DOIS JOVENS NOIVOS DEVEM
PENSAR NO CASAMENTO?
Desde o momento em que se tornam namorados.
Mas o noivado não deve demorar muito. Não deve
ultrapassar dois anos, por exemplo. O tempo de noivado
deve ser preparação constante para o casamento. Mesmo
que demore um pouco, mas não deve fugir do objetivo.
386
387
5.7.8- EXISTEM REGRAS PARA ORIENTAR O
NAMORO DO JOVEM CRENTE?
(O namoro é a fase do conhecimento para o casamento)
Existem regras que nos orientam sobre tudo que
fizemos.
O casamento foi instituído por Deus, e para que tudo seja
feito certo, é preciso seguir as regras do Criador.
a) O jovem cristão não deve namorar por passatempo.
b) O jovem cristão não deve namorar descrente (2Co 6.1418).
c)
Não deve namorar antes da maturidade: Espiritual,
Psicológica e Física.
d) Só deve namorar objetivo de casar-se.
e) Deve ter cuidado com as intimidades – o namoro deve
ter limite. (Em vez de intimidades, diálogos).
f) As intimidades podem leva-lo á queda. Cuidado com a
paixão carnal.
g) O namoro do crente deve ser com conduta cristã, com
responsabilidade e maturidade.
h) Não passem muito tempo a sós. Evite o contato físico
por muito tempo. Tenha muito cuidado nesta área.
5.7.9 – DOIS JOVENS PODEM CONVERSAR SOBRE
SEXO?
387
388
Falar sobre sexo não é pecado, mas a fase do
namoro é fase do conhecimento e de dialogo inicial. Esse
assunto deve ser tratado com prudência e sabedoria no
período de noivado quando estiverem próximos do
casamento, para evitar que a conversa siga outra rota.
5.7.10- SERÁ QUE DEUS DESTINOU ALGUMA
PESSOA PARA FICAR SEM CASAR?
É bom lembrar que não é obrigado alguém se
casar, pois ninguém deve se precipitar e casar com qualquer
um que aparecer.
Pode ser a vontade de Deus que alguém não se
case. Jesus não se casou, apesar de ser um homem perfeito.
Provável Paulo foi solteiro.
A Bíblia fala de Eunuco pelo reino de Deus, ou
seja, alguém se abstém do casamento para dar todo seu
tempo para Deus.
É bom esperar no Senhor, ter paciência e orar.
Deus sabe o que é melhor para cada um de nós.
5.8 - PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS
DESEJOS DA MOCIDADE
388
389
5.8.1 – É PECADO TER IMPULSO SEXUAL?
Não! É claro que não. O impulso sexual é a
atração normal de um sexo pelo outro. É uma energia
poderosa dentro do ser humano, porém não é pecaminoso, a
não ser que seja corrompido. Foi Deus quem fez o sexo e
nos fez com estes impulsos.
O adolescente começa sentir uma necessidade
afetiva, ouve falar de namoro, passa a desejar fazer o
mesmo; Passa a ter sonhos e ficar apaixonado, etc...
Tudo isto é normal em qualquer jovem, daí a
necessidade de uma boa orientação.
5.8.2- O QUE FAZER PARA CONTROLAR OS
NOSSOS IMPULSOS SEXUAIS?
Os impulsos sexuais precisam ser controlados.
Paulo disse a Timóteo: Foge dos desejos da mocidade.
2Tm2.22
Você precisa fazer alguma coisa:
5.8.2.1 - NA ÁREA FÍSICA
389
390
a) Levanta-se cedo todos os dias. Faça alguns minutos de
exercícios físicos. Movimente-se.
b) Não dê comodidade demorada a seu corpo (dormir
demais e ingerir alimentação muito forte constantemente
produzem acúmulo de energia). De vez em quando se
abstenha de alimentação. Faça um jejum.
c) Procure uma ocupação e vença o pecado da preguiça –
vença a ociosidade.
d) Não dê ênfase a carne. Fuja dos pratos perigosos.
5.8.2.2 - NA ÁREA SENTIMENTAL
a) Não deixe alimentar em você a idéia de que você não
tiver relacionamento sexual terá problemas mentais. Não se
preocupe, Deus providenciará tudo. Esse problema na
verdade não existe.
b) Tenha autocontrole (estar apaixonado, gamado ou louco
por alguém pode ser apenas fruto de imaturidade).
c) As más conversações corrompem os bons costumes.
Fuja delas.
d) Evite intimidade e aproximação demasiada com pessoa
do sexo oposto. Não fiquem tempo a sós. Fuja das paixões
carnais, pode te levar a perder o controle.
e) Evite companheiro corrompido e imoral.
f) Cuidado com roupas indecentes e gestos obscenos. Fuja
disto.
g) Fuja da má literatura e de filmes imorais.
h) Cuidado com os pensamentos. Pense nas coisas que são
de cima.
390
391
5.8.2.3- COMO VENCER A MASTURBAÇÃO?
Masturbação é a autossatisfação sexual que pode
levar a pessoa a um constante sentimento de culpa e
principalmente a ser um viciado sexual.
Masturbação pode levar os jovens a ter problemas depois de
casado.
O que fazer?
a) Fuja da má literatura (fotografias imorais, etc...) más
conversações, ambientes pecaminosos, etc...
b) Pense positivamente. Fixe os pensamentos em coisas
que edifiquem. Não se deixe levar pelos maus pensamentos.
c) Não demore no banheiro. Entre cantando ou citando
textos bíblicos de acordo com a Bíblia.
d) Leia a Bíblia, Bons livros, ore, consagre, fale de Cristo
e mantenha contato com pessoas que sejam
verdadeiramente cristãs.
e) Tenha consciência dos perigos da masturbação: (vícios,
sentimentos de culpa, fraqueza espiritual, pecado de
impureza, problemas após o casamento, etc...) e vença em
nome de Cristo.
5.8.2.4- QUAIS OS PECADOS SEXUAIS MAIS
PROXIMOS DOS JOVENS, E COMO VENCÊ-LOS?
Os jovens precisam fugir destes pecados que
podem leva-los á queda fatal:
391
392
a) Masturbação (já falamos sobre isto).
b)
Atos libidinosos (namoro sem disciplina, muito
próximo da relação sexual).
c) Prostituição (feminino) e fornicação (masculino) sexo
antes do casamento. Lembre-se, seu corpo é Templo do
Espírito Santo.
d) Taras (desejo sexual anormal) deixem o Espirito Santo
dominar sua vida.
e) Precisamos combater com firmeza o homossexualismo,
pois hoje já é visto como coisa social, mas Deus o
condena.(Rm1.27;Lv18.22).
Existem muitos pecados sexuais, mas o jovem
crente deve vence-los em nome de Cristo.
5.8.2.5- O FLERTE É PECADO?
O flerte é um namoro irresponsável e
descomprometido. É não respeitar o sentimento dos outros;
É pecado, pois a Bíblia diz: Fazer tudo para a Gloria de
Deus.(1Cor10.31). Flerte Glorifica a Deus? leia também
(Fl4.8; Cl3.17).
Fuja deste tipo de exploração. Não se deixe levar
pelos desejos da mocidade, pois você poderá criar um lar
doente e problemático.
392
393
Não brinque com coisas sérias, não vivas de momento. Não
seja lascivo (um conquistador malicioso e enganador). Deus
não se agradará disso.
Não se deixar levar por conversas enganosas ou
olhares lascivos. Tenha personalidade firme.
Entregue tudo a Deus. Ele cuidará de você. É
necessário que os rapazes respeitem os sentimentos das
senhoritas, tenha moral e se comportem como servos de
Deus, bem como as moças precisam se impor e se
valorizarem para que não vivam de mão em mão, namorado
em namorado, de paquera em paquera e destruam seu futuro
moral, espiritual e sentimental.
5.8.2.6- ATÉ ONDE O BEIJO É PECAMINOSO?
Em nenhum lugar da Bíblia você encontrará o
beijo como pecado, mas tudo com ordem e decência. O
beijo na boca, por exemplo, quando muito demorado pode
levar o jovem a uma excitação carnal a ponto de não poder
resistir aos impulsos sexuais que se seguirão.
Sendo assim o jovem cristão deve ter muito
cuidado nas intimidades do namoro, pois há uma sequência
bastante perigosa.
Começa com carinho, depois vem a intimidade,
em seguida vem às carícias, depois as resistências são
393
394
quebradas e vem à permissividade total, para em seguida vir
a fornicação e prostituição. Por isso é necessário ter limites.
O rapaz é sempre mais impulsivo enquanto na
maioria das vezes as moças são mais rápidas em adicionar o
sinal a Pare, em determinar limites. Nos dias atuais já há
moças que forçam mais a barra do que os rapazes.
Se houver temor a Deus a direção do Espirito
Santo, certamente há de haver um limite.
Diante do exposto, respondendo a questão do
beijo. Em si ele não é pecado, mas aproxima as pessoas do
pecado, incitando-o sexualmente.
Minha oração acerca deste livro não poderá ser
outra: Que haja por parte dos leitores, principalmente os
mais jovens, ou pais de jovens uma apropriação das
diretrizes bíblicas apresentadas aqui, com vista a uma vida
dentro da vontade de nosso Eterno e Poderoso Pai.
5.9
– A QUESTÃO DO CIÚME
Podemos definir o ciúme como um sentimento
gerado pela suspeita da infidelidade de um parceiro.
394
395
Considerada uma das emoções humanas mais
potentes, já todos nós sentimos ciúmes numa ou noutra
altura das nossas vidas. Dependendo da nossa
personalidade, situação e circunstâncias envolventes, o
ciúme pode variar em termos de tipo e de grau de
intensidade desde um leve ciúme a um sentimento
insano, paranóico, doente, insuportável para quem sente e
doído, perigoso, para quem o sofre. O que intriga os
estudiosos, e sobretudo os amantes, é a dificuldade em
definir a linha difusa entre os dois extremos. Ficar do lado
certo é o único modo de sobreviver, administrar e tirar
proveito desse vulcão do qual ninguém está a salvo. Porém,
uma relação na qual se desconfia de tudo o tempo todo não
sobrevive. Embora existam pessoas com mais e menos
tendência para serem ciumentas, a verdade é que ninguém
lhe escapa.
5.9.1 - SERIA O CIÚME UMA PROVA DE AMOR ?
Freud falava de um tipo de ciúme que
ocorre devido à concorrência com o rival, que inclui uma
ferida narcísica. Esse tipo se deve mais a uma questão de
narcisismo , de se perder o ser amado, e de uma competição
pessoal com o outro - de modo que, num aspecto ou no
outro, o que está em questão é mais o amor próprio do que o
amor ao outro, explica André Martins, filósofo e
psicanalista, doutor em filosofia e em teoria psicanalítica e
professor associado da UFRJ, onde coordena o grupo de
pesquisas Spinoza & Nietzsche. NADA A VER COM
AMOR
395
396
5.9.1.1 - COMPORTAMENTO DO CIUMENTO
5.9.1.1.1. Interrogatórios excessivos.
As pessoas que têm muitos ciúmes do seu
companheiro(a) têm por hábito questioná-lo acerca de tudo
o que se passou no seu dia ou numa saída com amigos. Os
interrogatórios são longos e até aborrecidos porque a pessoa
ciumenta quer saber tudo o que aconteceu – até ao mais
pequeno detalhe – durante o tempo em que não estiveram
juntos, PRINCIPALMENTE PARA VER SE A(O)
PEGA EM CONTRADIÇÃO.
5.9.1.1.2. Comentários sobre a forma como se veste.
E pode incluir desde comentários negativos sobre
roupa que não lhe fica bem (mesmo que fique) a
“proibições” claras sobre o que pode ou não vestir, sendo
que muitas vezes a pessoa ciumenta admite que apenas pode
vestir determinada roupa quando sai com ele/ela.
5.9.1.1.3. Escolta pessoal para todo o lado.
Os ciúmes também se manifestam através da
vontade e insistência contínua para acompanhar ou levar o
companheiro(a) a todo e qualquer sítio, mesmo aos mais
habituais ou desinteressantes. Há quem faça questão de ir
buscar o seu parceiro(a) ao trabalho, simplesmente porque
não quer que ele/ela vá tomar um café com os colegas de
escritório no final do dia, por exemplo.
396
397
5.9.1.1.4. Dezenas de telefonemas diários.
Se todos os dias recebe dezenas de telefonemas ou
SMS do seu namorado(a) a perguntar onde está, o que faz,
com quem, até que horas e porquê… o mais certo é estar a
ser controlado por uma pessoa ciumenta. Não confunda
preocupação com possessão.
5.9.1.1.5. Zanga-se se olha para alguém do sexo oposto.
Por norma, quem tem ciúmes – seja homem ou
mulher – sofre de baixa autoestima/autoconfiança e vive
com receio de perder o seu parceiro(a), ou seja, o simples
facto de olhar para alguém do sexo oposto (mesmo que seja
inocentemente), é o suficiente para desencadear uma cena
de ciúmes. Para além disso, muitas vezes, a pessoa ciumenta
acusa o seu companheiro(a) de estar a observar outro
homem ou mulher, mesmo que não esteja.
5.9.1.1.6. Interferência na vida social.
As relações amorosas são apenas uma parte da vida
social de qualquer pessoa, que geralmente inclui ainda
amigos, família e passatempos pessoais. As pessoas
ciumentas tentam muitas vezes minar os planos do seu
companheiro(a) porque, para além de terem medo de
estarem ou de ficarem sozinhos, não gostam da idéia do seu
parceiro(a) fazer planos e divertir-se sem ele/ela. É habitual
fazerem planos mesmo sabendo que o namorado(a) já tem
397
398
algo combinado, mas obrigam-no a desmarcar os seus. Aos
poucos, podem tentar afastar o seu parceiro(a) de todas as
outras pessoas que fazem parte da sua vida.
5.9.1.1.7. Discussões frequentes.
Numa relação em que uma das partes é ciumenta,
as discussões são frequentes e intensas, normalmente
despoletadas por “pequenos nadas” e alastrando para cenas
de ciúmes desproporcionadas. Estas discussões podem
ainda ser marcadas por um tom dominante por parte da
pessoa ciumenta, que pode mesmo ameaçar verbal ou
fisicamente o outro(a).
5.9.1.1.8. Vigilância constante.
Quem é ciumento procura controlar cada passo
dado pelo seu parceiro(a) – desde verificar as chamadas e
SMS do telemóvel, até ler os emails e abrir o correio,
passando por mexer na carteira, bolsos de casacos e até
segui-lo. Pode estar a ser controlado se o seu parceiro(a)
aparecer frequentemente de “surpresa” no local onde
costuma almoçar com os colegas de trabalho ou se se
cruzarem por “coincidência” no sítio onde combinou tomar
café com um amigo(a).
5.9.1.1.9. Acusações de infidelidade.
Mais do que ter ciúmes, as pessoas ciumentas têm
necessidade de os comunicar, ou seja, qualquer situação –
398
399
trabalhar até tarde, um almoço de família ou uma má
disposição – que obrigue os elementos do casal a estarem
separados, serve para a pessoa ciumenta acusar o outro(a)
de ser infiel.
5.9.1.1.10. Cenas de ciúmes.
Uma relação marcada pelo ciúme é
invariavelmente marcada por cenas de ciúmes e estas tanto
podem ser em privado, como em público. Porém, se cada
saída acaba por ser estragada por um ataque de ciúmes –
independentemente de estarem rodeados de amigos,
familiares ou estranhos – é porque alguém estava a
controlar alguém, em vez de desfrutar da sua companhia.
A Bíblia não diz que não podemos ter
ciúmes, mas fala com todas as letras que “o amor
não arde em ciúmes”. O ciúme que maltrata é um
ciúme egoísta, não é prova de amor. O amor, diz a
Bíblia, é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não
busca seus próprios interesses, não se conduz
inconvenientemente, não se irrita, não suspeita mal (1
Coríntios 13:5) .
O ciúme, especialmente o ciúme
excessivo, não é expressão de amor , pelo contrário: o
ciúme maltrata, deseja o mal do outro, suspeita mal, é
impaciente, porta-se inconvenientemente.
5.9.1.2 - O CIUMENTO É CHEIO DAS “OBRAS
DA CARNE”
399
400
Das obras da carne, citadas em Gálatas
5:19-21, o ciumento possui todas as que se relacionam
com o próximo: inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões. Além disso outras como invejas,
homicídios, bebedices “e coisas semelhantes a estas,
acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. O
ciúme pode nos conduzir ao inferno, conforme nos
adverte o apóstolo Paulo.
5.9.1.3 - O CIUMENTO
FRUTO DO ESPÍRITO
É
DESTITUÍDO
DO
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gálatas
5:22-23.
O ciúme rouba-nos o amor (amor próprio,
devido à baixa autoestima, e amor pelo outro), roubanos a alegria, tira a nossa paz, a nossa paciência
(longanimidade), nossa bondade, nossa mansidão (o
ciumento comumente grita e se irrita facilmente com o
companheiro além de odiar os “rivais”) e nos tira, por
fim, o auto domínio.
Se você é dominado pelo ciúme, você é
uma pessoa cheia de sentimentos não cristãos,
consequentente dando prova de uma não conversão a Cristo,
que poderão conduzi-lo ao inferno. Repetindo as
400
401
palavras do apóstolo: “não herdarão o reino de Deus
os que tais coisas praticam”. Arrependa-se e
abandone esse múltiplo pecado, pois nosso Deus é rico
em perdoar.
VI
REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO AS
AUTORIDADES
Aumenta a cada dia o número de crentes que
não se sujeitam aos líderes e pensam que estão certos. Não
respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam
que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel
general”, argumentam. E, generalizando, chamam qualquer
liderança firme, segura, de coronelista.
Entretanto, vemos na Bíblia que o próprio
Deus prioriza e hierarquiza. Ele — que podia ter formado
todas as coisas com uma única palavra — fez questão de
formar tudo a seu tempo, dia a dia (Gn 1). O Senhor
401
402
também pôs em ordem as tribos de Israel (Nm 2), pois o
nosso Deus é um Deus de ordem (1 Co 14.40).
De acordo com 1 Coríntios 12.28, há uma
hierarquização dos dons e ministérios — estabelecida por
Deus, é evidente. Ela existe, não para que um portador de
certo dom e ministério se considere superior aos outros, e
sim para que haja ordem na casa do Senhor.
Deus pôs na igreja “primeiramente apóstolos”
(1 Co 12.28; Ef 4.11). Existem apóstolos hoje? Sim! Mas é
claro que há também pseudo-apóstolos, que propagam
muitas “apostolices”. Quem são os apóstolos do Senhor,
então? São homens de Deus, enviados por Ele, com grande
autoridade, e não autoritarismo. Eles formam a liderança
maior da igreja, independentemente dos títulos empregados
pelas
denominações
(pastores-presidentes,
bispos,
reverendos, pastores, presbíteros, etc.).
É importante não confundir títulos com
ministérios e dons. Estes vêm do Espírito Santo, enquanto
os títulos são recebidos dos homens. Na Assembleia de
Deus, por exemplo, não existe o título de apóstolo. Mas isso
não significa que não exista o ministério apostólico. Este,
segundo a Bíblia, perdurará “até que todos cheguemos à
unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).
O texto de 1 Coríntios 12.28 afirma, ainda, que
Deus pôs na igreja “em segundo lugar, profetas”,
402
403
mencionados — na mesma posição, depois dos apóstolos —
em Efésios 4.11. Não confunda esses profetas com os
crentes que falam em profecia nos cultos, também
chamados de profetas em 1 Coríntios 14.29. O ministério
profético neotestamentário é formado por pregadores
(pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de
mensagens proféticas.
Em seguida, a Palavra do Senhor, em 1 Coríntios
12.28, assevera: “em terceiro, doutores”. Veja como essa
hierarquização ocorria na igreja de Antioquia da Síria:
“havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que
fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1).
Nesse caso, os doutores, que atuam juntamente com os
profetas, são ensinadores da Palavra de Deus.
Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois
dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) se
intercambiam (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e
evangelista certamente fazem parte dos três escalões
mencionados em 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos
relacionados com a liderança maior da igreja.
Finalmente, em 1 Coríntios 12.28, está escrito:
“depois, milagres, depois, dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas”. Milagres só vêm depois
de apóstolos, profetas e doutores? Isso mesmo. Na
hierarquização feita por Deus, o ministério da Palavra é
mais prioritário que os milagres, haja vista serem estes o
403
404
efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.17). Observe que
João Batista foi considerado por Jesus o maior profeta
dentre os nascidos de mulher, mesmo sem ter realizado sinal
algum (Jo 10.41).
Se não houver hierarquia nas igrejas, para que
servirão os cargos e funções? Qualquer pessoa, dizendo-se
usada por Deus, poderá mandar no pastor. Aliás, isso estava
acontecendo na igreja de Tiatira, e o próprio Senhor Jesus
repreendeu o obreiro frouxo que não estava exercendo a
liderança que recebera do Senhor (Ap 2.20).
Deus é Deus de ordem! O princípio divino da
hierarquização aparece em várias outras passagens
neotestamentárias. Em 1 Coríntios 14.26, vemos que, no
culto coletivo a Deus, deve haver ordem. Quanto à
ressurreição, está escrito: “Mas cada um por sua ordem:
Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua
vinda” (1 Co 15.23). E, no Arrebatamento, tal princípio
também será aplicado: “os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens” (1
Ts 4.17).
Em 1 Tessalonicenses 5.23, vemos que Deus
prioriza o espírito, na santificação. Muitos pregadores têm
dito: “Deus nos quer por inteiro: corpo, alma e espírito”.
Mas a Bíblia afirma: “e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa ordem mostra
404
405
que a obra santificadora do Espírito Santo ocorre de dentro
para fora, e não de fora para dentro.
O apóstolo Paulo também parabenizou os
crentes da cidade de Colossos porque naquela igreja havia
ordem (Cl 2.5). E ordem também significa respeitar a
hierarquia! Afinal, os ministérios não são invenção humana.
Eles foram dados por Deus para edificação do Corpo de
Cristo (Ef 4.11-15).
6.1 – Autoridade dos Pais
Cl 3.20, !Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto é agradável ao Senhor?.
Deus tem estabelecido os pais como uma das Suas
autoridades controladoras na terra. Aos pais Deus delegou
tanto o direito a controlar os filhos, como também ser a
autoridade necessária para que os pais e os filhos tenham as
bênçãos de Deus. Tudo isso se os pais treinarem os filhos a
serem controlados pelos pais.
Aqueles a quem Deus coloca na posição de ser os
pais, respondam diretamente a Deus. Os pais, ou os
responsáveis pelos filhos, respondam a Deus se controlaram
ou não os filhos.
A autoridade que Deus dá aos pais é o tipo que faz
que eles tenham o direito a colocarem as suas vontades
405
406
sobre a vontade de seus filhos e mandá-los a seguirem a sua
liderança. Os pais também têm o direito de Deus de
administrar justiça tanto para punir a desobediência quanto
abençoar o comportamento correto.
Os filhos devem obedecer tanto pai quanto mãe. A
palavra obedecer, como usada em Cl. 3.20, é um
mandamento e significa !ouvir e obedecer, conformar-se à
autoridade." Em outras palavras, essa passagem instrui que
os filhos devem fazer o que os pais os dizem. Isso significa
que a palavra dos pais é lei. Quando o filho é desobediente à
palavra dos pais, ele quebra tanto a lei de Deus quanto a lei
dos pais. Esse mandamento não é complexo. Dita que os
filhos devem fazer o que os pais instruem.
Mesmo que este mandamento é endereçado aos
filhos, os pais, por ter a autoridade, respondem a Deus pelo
seu cumprimento pelos filhos enquanto os filhos estejam na
sua responsabilidade (I Sm 3.11-14). Deus sempre
responsabiliza aqueles em autoridade pelas ações daqueles
que estão sob a sua autoridade. Os pais são responsáveis a
Deus pela a obediência dos seus filhos. Um paralelo a este
princípio é que Deus manda o homem de não matar, mas
Ele tem dado ao governo a responsabilidade e autoridade a
administrar a pena da morte. O governo é responsável pelos
seus cidadãos nesse caso. Na mesma maneira, Deus tem
dado aos pais o poder de forçar a obediência dos filhos em
tudo ! vestimenta, alimentação, escolaridade, amizades, uso
do tempo, adoração, comportamento, etc.
406
407
A autoridade dos pais abrange muito mais do
que qualquer outra instituição que Deus tem estabelecido.
Os pais têm o direito de forçar obediência dos seus filhos
em tudo. Os sujeitos de outras instituições devem submeter
as suas autoridades. Mas o filho é mandado a obedecer a
seus pais. A diferença entre submeter e obedecer é que a
submissão envolve a atitude de aceitação voluntária de
autoridade, mas a obediência é para ser exercitada para com
a autoridade se querendo ou não.
São os pais que têm o direito de controlar seus
filhos. Nenhuma outra instituição ou pessoa tem tantos
direitos sobre os filhos quanto têm os pais. A sociedade, a
escola, os vizinhos, ou qualquer outra instituição não têm
tanta autoridade sobre os filhos quanto têm os pais. A
autoridade que os pais têm sobre os seus filhos é
responsável ao governo só nos casos de incesto, mal-trato, e
homicídio. Os pais são responsáveis diretamente a Deus se
não cumprem a responsabilidade das suas autoridades
constituída por Deus. A Palavra de Deus não sanciona
!direitos para as crianças?. Os filhos têm somente o direito
de Deus a serem criados pelos seus pais sem a intervenção
de qualquer outra instituição.
Deus honra o valor de autoridade dos pais tanto
que na Lei de Moisés Ele instituiu Seus princípios nas leis
para o governo proteger a autoridade dos pais para com os
seus filhos. Em vez do governo se substituindo pela
responsabilidade dos pais pelos filhos, biblicamente o
governo deve sustentar a posição dos pais. Os filhos não
407
408
devem ser permitidos a rebelar contra os pais ! Mt. 15.4; Ex.
21.15, 17; Dt. 27.16; Pv. 30.17. Três princípios são
revelados nesses versículos:
1.
Tanto o pai quanto a mãe são considerados iguais
como pais.
2.
Deus não tolerará o desrespeito aberto dos filhos para
com a sua responsabilidade para com os pais. A pena da
morte devia ser administrada a qualquer que tem o hábito de
desrespeitar, bater ou amaldiçoar seus pais. É claro que os
pais não têm o direito de aplicar a pena da morte, pois a
instituição do governo tem esta autoridade somente. Porém
os pais pela Lei foram obrigados a testificar publicamente
contra tal filho ! Dt. 21.18-21. Como se pode ver, Deus é
sério quando mando que os filhos devam ser obedientes aos
pais. Estes versículos foram dados a Israel como nação, mas
o princípio, ensinado às igrejas no Novo Testamento, está
para nós hoje. Deus não tolera filhos desrespeitosos ou
desobedientes.
3. Se um filho desobediente escapa da pena da morte pela
falha dos pais ou do governo, Deus julgará tanto o filho
quanto o pai e a nação por tal desobediência ! I Sm. 3.13;
4.10-18; Pv. 30.11-17.
A promessa de benção para os filhos ! Ef. 6.2,3;
Ex. 20.12. A promessa de longa vida significava muitas
bênçãos naqueles dias que Deus deu estas palavras ao
homem. !Dias prolongados? significava nenhuma morte
408
409
pela guerra, doença, fome, ou por animal selvagem. Ter
"dias prolongados" era uma promessa de uma morte natural.
Também foi uma promessa de prosperidade física, pois
longos dias dariam mais tempo para acumular riquezas em
gado, terra, e filhos. O filho que honra o seu pai e a sua mãe
seria protegido na sua vida adulta pela promessa de Deus.
Podemos entender que os pais que amarem seus filhos
verdadeiramente desejarão o melhor para eles e exigirão
obediência dos filhos. Estes pais farão tudo para que os seus
filhos lhes honrem, para que tenham as bênçãos prometidas
por Deus.
Deus julgará cada filho numa maneira que é
consistente com Seu caráter. É verdade que existem
indivíduos maus que acabam sendo pais com autoridade
sobre os seus filhos na mesma medida que existem lideres
maus no governo. Tais pais que usem mal a sua autoridade
responderão ao julgamento direto de Deus. Quando
observamos um filho receber mau tratos dos seus pais,
devemos lembrar que Deus ainda está em controle e foi Ele
que colocou tal filho em tal lar para Seus próprios
desígnios.
Deus controla cada vida e o Seu plano eterno
inclui a falta de justiça neste mundo. Pode ser que o filho
que é maltratado pelos seus pais necessite tais pressões para
aprender a submeter a sua vontade a Deus. Talvez Deus
esteja preparando tal filho para O glorificar melhor pelo
sofrimento como Ele fez no caso de Jó. Nós vemos um filho
inocente enquanto Deus vê uma alma pelo qual Ele
409
410
interessa. Deus não erra, portanto devemos deixar Ele a
cuidar dos pais rebeldes.
Como uma autoridade humana, você, como pai ou
como mãe vai errar mesmo que deseje a fazer tudo correto.
Uma autoridade não tem que ser perfeito para poder exercer
a sua posição. Obediência e respeito pela autoridade podem
ser aprendidos daquilo que aparenta a ser injusto ou
incompetente. Pais, vocês são a autoridade maior sobre seus
filhos. Não permitem a sua fraqueza como homem a
impedir-lhe de cumprir as suas responsabilidades. Deus
sabia que vocês eram imperfeitos quando Ele lhe deu o
filho.
Os filhos precisam o exemplo de autoridade
sobre eles. Se os pais não dão à liderança necessária, os
filhos a acharão em outro lugar ou em outra pessoa. Os
filhos precisem desesperadamente um líder a qual possam
seguir e a quem podem dar sua admiração. Deus criou os
filhos na maneira que eles necessitam e respondem à
autoridade dos pais. Portanto acharão um substituto se os
pais não preenchem a sua posição (astros do esporte,
estrelas do cinema, líder de um clube, etc.).
Contrário ao ensino de psicologia, seu filho
necessita um pai que é líder não um colega. Os pais têm o
lugar de autoridade e portanto não podem ser o amigão mas
o líder o qual o filho deve respeitar e ser obediente. Se os
pais mostram bem a sua autoridade enquanto o filho está em
fase de desenvolvimento (faixa etária de 0-13 anos de
410
411
idade), depois terá uma vida de amizade entre eles e o filho
adulto.
Os pais são os símbolos representativos da
autoridade de Deus. A maneira que os pais exercitem sua
autoridade determina em muito a maneira que os filhos
pensem sobre Deus. Como pai você tem a oportunidade de
moldar as opiniões dos filhos sobre Deus, o governo, e até
como comportar-se quando casado. O filho que é exigido a
obedecer a seus pais respeitará a sua autoridade e será
preparado a submeter-se às outras autoridades que existem,
incluindo a própria Palavra de Deus ! Pv 23.13, 14.
6.2 – Autoridade da Justiça (Civis)
Sua dúvida está relacionada a como um cristão
deve proceder quando for injustiçado, como em casos de
cobrança indevida de uma conta, mover uma ação contra
alguém que o feriu ou lhe causou prejuízo e coisas
semelhantes. Como o cristão deveria agir em situações
assim?
Minha opinião é que, se existe uma justiça
humana que foi instituída por Deus, o cristão não peca se
buscar o reparo ou compensação. Deus deu ao homem o
governo para julgar e condenar quando fosse o caso, e isso
nunca foi revogado. No início Deus já havia dado a Adão o
411
412
privilégio de nomear os animais e administrar a Criação de
Deus. Depois do dilúvio Deus deu a Noé a autoridade de
administrar, julgar e punir seus semelhantes.
Gên 9:6 "Quem derramar sangue de homem, pelo homem
terá o seu sangue derramado; porque Deus fez o homem à
sua imagem".
Essa autoridade delegada ao homem, que
inclui a pena capital, nunca foi revogada. Em Romanos 13
(veja mais abaixo) diz que a autoridade humana é ministro
de Deus para o nosso bem, e que não é em vão que traz a
espada. Ou seja, a autoridade tem o poder de punir,
inclusive com pena de morte quando necessário. Em que
pese toda a celeuma em torno da pena de morte, não
devemos nos esquecer de que foi Deus quem a decretou e
esse decreto nunca foi revogado. (Falo mais sobre a pena de
morte neste link).
Rom 13:1-7 "Toda alma esteja sujeita às
autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas
por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si
mesmos a condenação. Porque os magistrados não são
terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu,
pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor
dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se
fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque
é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o
412
413
mal. Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não
somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por
esta razão também pagais tributos, porque são ministros
de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a
cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra".
"Mas a nossa pátria está nos céus", diz em
Filipenses 3:20. Será que isto quer dizer que devo me
separar totalmente deste mundo como fazem os monges
católicos ou algumas comunidades rurais protestantes? O
cristão deve sim viver separado do mundo no sentido moral,
pois lhe é impossível sair do mundo. Como disse alguém, "o
problema não é o barco estar no mar, o problema é o mar
estar no barco".
Se prestar atenção, verá que todas as
atividades dos cristãos no Novo Testamento acontecem em
cidades, não na zona rural. Até mesmo as diferentes
assembléias eram identificadas pelo nome das cidades onde
estavam.
A posição do cristão no mundo pode ser
entendida quando vemos o que Deus ordenou aos judeus
que foram exilados na Babilônia, um terreno inimigo. Eles
deviam viver normalmente ali e inclusive orar pela paz da
cidade de Babilônia, e não criar algum tipo de movimento
terrorista ou de desobediência civil.
413
414
Jer 29:4-7 "Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de
Israel, a todos os do cativeiro, que eu fiz levar cativos de
Jerusalém para Babilônia: Edificai casas e habitai-as;
plantai jardins, e comei o seu fruto... E procurai a paz da
cidade, para a qual fiz que fôsseis levados".
Mas, voltando à questão do crente, se deve ou
não buscar reparação na justiça humana, creio que se o fizer
não estará pecando. Por exemplo, se o governo hoje convida
os que tinham dinheiro na poupança em um dos planos
passados para entrarem com uma ação contra o governo
para receber a diferença, é porque não existe nada de errado
contra isso. Então um cristão poderá também buscar seus
direitos.
Porém, apelar para a justiça dos homens é
facultativo ao cristão. Ou seja, se tenho algo contra alguém
e até o direito de receber uma indenização, mas sei que isso
irá prejudicar essa pessoa, eu posso perdoá-la e abrir mão de
meus direitos. Resumindo, se você apelar para a justiça
dos homens, você não peca e estará agindo amparado
pelas próprias autoridades que Deus instituiu para que
existisse ordem neste mundo. Mas perdoar e deixar pra
lá é também uma opção que o cristão tem, por saber que
Deus está no controle de tudo.
Sempre me lembro de um caso que li, de uma
enfermeira que trabalhava em um hospital muitas horas a
mais do que deveria e sem receber por essas horas extras.
Alguém que viu a injustiça que a empresa estava cometendo
414
415
contra ela, comentou indignado: "Você não pode deixar isso
acontecer! Até Deus está vendo que é uma injustiça o que
estão fazendo". A enfermeira respondeu: "Pois é, Deus está
vendo".
6.2.1 - Podemos ir à Justiça contra um Irmão na Fé?
Em 1 Coríntios 6:1-8 definitivamente instrui os
crentes a não irem ao tribunal um contra o outro.
Demonstrar que os cristãos não são capazes de perdoar uns
aos outros e reconciliar suas próprias diferenças é
demonstrar derrota espiritual. Por que alguém iria se tornar
cristão se os cristãos também têm tantos problemas e não
são capazes de resolvê-los? No entanto, há algumas
circunstâncias em que uma ação judicial pode ser o caminho
apropriado. Se o padrão bíblico para reconciliação foi
seguido (Mateus 18:15-17) e a parte ofensiva continua em
erro, em alguns casos, entrar com uma ação judicial pode
ser a atitude apropriada. Isto somente deve ser feito após
muita oração pedindo sabedoria (Tiago 1:5) e consultas com
líderes espirituais.
E em 1 Coríntios 6:4 diz: “Entretanto, vós,
quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um
tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na
igreja”. Todo o contexto de 1 Coríntios 6:1-6 está lidando
com disputas na igreja, mas Paulo menciona o sistema
judicial quando ele fala de julgamentos concernentes às
coisas desta vida. Paulo quer dizer que o tribunal existe para
julgar problemas relacionados com coisas desta vida e com
415
416
aqueles que não fazem parte da igreja. Paulo está dizendo
que os problemas da igreja não devem ser levados ao
tribunal, mas devem ser julgados dentro da própria igreja.
Já em Atos capítulo 21, a partir do versículo
26, fala de Paulo sendo preso e acusado erroneamente de
algo que ele não fez. Os romanos então o pegaram e no
capítulo 22, a partir do versículo 24, nós lemos: “Ordenou o
comandante que Paulo fosse recolhido à fortaleza e que, sob
açoite, fosse interrogado para saber por que motivo assim
clamavam contra ele. Quando o estavam amarrando com
correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-vos-á,
porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar
condenado?” Paulo usou a lei romana e a sua cidadania para
proteger a si mesmo. Não há nada errado em usar o sistema
judicial enquanto isso for feito com um motivo correto e um
coração puro.
E em 1 Coríntios 6:7 declara: “O só existir
entre vós demandas já é completa derrota para vós outros.
Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não
sofreis, antes, o dano?”. A preocupação de Paulo aqui é
com o testemunho do crente. Seria muito melhor se tirassem
vantagem de nós, ou mesmo abusassem de nós, do que
afastar mais ainda uma pessoa de Cristo ao levá-la para o
tribunal. O que é mais importante, uma batalha legal, ou a
batalha pela alma eterna da pessoa?
Em suma, os cristãos devem levar uns aos
outros para o tribunal por causa de assuntos da igreja?
416
417
Absolutamente não! Os cristãos devem levar uns aos
outros para o tribunal por causas civis? Se puder ser evitado
de qualquer maneira, não. Os cristãos devem levar nãocristãos para o tribunal por causas civis? Mais uma vez, se
puder ser evitado, não. No entanto, em alguns casos, como a
proteção dos seus próprios direitos (como no exemplo do
apóstolo Paulo), pode ser apropriado buscar defesa legal.
6.3 – Das autoridades eclesiásticas
O cristão deve viver sujeito às autoridades
instituídas por Deus. Se não existissem as autoridades a
sociedade seria uma anarquia, com cada um fazendo aquilo
que bem entender. Para que as coisas funcionem precisamos
de presidentes, comandantes, governadores, prefeitos, pais,
professores etc.
1Pe 2:13-14 Sujeitai-vos a toda instituição
humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como
soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto
para castigo dos malfeitores como para louvor dos que
praticam o bem.
Ef 6:1 Filhos, obedecei a vossos pais no
Senhor, pois isto é justo.
Ef 6:5 Quanto a vós outros, servos, obedecei
a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na
sinceridade do vosso coração, como a Cristo,
417
418
E na igreja, quem é autoridade? Existe
apenas uma autoridade na igreja, e é a Cabeça do corpo de
Cristo, ou seja, o próprio Senhor Jesus. Ele e somente ele é
autoridade, mais ninguém. Mas o que dizer da obediência
aos "guias" ou "pastores" citados em Hebreus 13?
Heb 13:17 Obedecei aos vossos guias e sede
submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como
quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e
não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.
Nesta passagem a palavra "guias" é às
vezes traduzida como "pastores" ou "líderes", mas em
nenhuma circunstância ela está se referindo a um homem. É
sempre plural: "guias" ou "pastores" ou "líderes", no sentido
daqueles que velam ou cuidam do rebanho de Deus.
Esses são irmãos que no início da igreja
eram especialmente designados pelos apóstolos e eram
chamados de "bispos", "anciãos" ou "presbíteros", também
dependendo da tradução e da versão da Bíblia utilizada. Não
se tratava de um dom, como era o caso dos "evangelistas,
pastores e doutores" de Ef 4:11, pois os dons desta
passagem são universais e não locais, como era a função
dos "presbíteros" ou "anciãos".
Hoje, quando já não temos apóstolos para
elegerem ou mandarem alguém eleger (como Paulo fez com
Tito em Tt 1:5), continuamos tendo irmãos responsáveis
atuando na função de zeladores do rebanho, os quais são
418
419
reconhecidos pelos irmãos, porém não ordenados, já que
não existe na Palavra indicação para isso.
Porém esses não atuam com base em seus
próprios caprichos, e sim na instrução dada pelo apóstolo
Paulo aos anciãos de Éfeso, quando já previa sua partida. É
proveitoso ler a passagem inteira, principalmente para
nossos dias quando há tantos homens se gabando de ser
alguma coisa no rebanho de Deus:
"E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar
os anciãos da igreja. E, logo que chegaram junto dele, disselhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na
Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós
Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas
lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me
sobrevieram Como nada, que útil seja, deixei de vos
anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas... Olhai, pois,
por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que
ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que,
depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos
cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós
mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas,
para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai,
lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e
dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora,
pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua
graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança
entre todos os santificados. De ninguém cobicei a prata,
419
420
nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que
para o que me era necessário a mim, e aos que estão
comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em
tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os
enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse:
Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." At 20:1738
Alguns pontos são importantes a serem destacados:
1. Paulo lhes faz lembrar de seu comportamento exemplar;
2. Ele anunciou a eles tudo o que era útil e de acordo com a
verdade de Deus;
3. Os bispos ou anciãos haviam sido constituídos pelo
Espírito, e não por juntas de homens;
4. Depois de sua morte entrariam lobos (incrédulos) no
rebanho para destruir;
5. De dentro do próprio rebanho homens se levantariam
falando coisas distorcidas para atrair discípulos;
6. A segurança contra isso só poderia ser encontrada em
Deus e em sua Palavra;
7. Paulo não cobiçava prata, ouro ou vestuário, mas
trabalhava com as próprias mãos para ganhar seu sustento,
pois "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber".
Portanto temos aqui uma indicação para um
tempo depois da partida dos apóstolos, quando os guias ou
anciãos não poderiam mais ser eleitos pelos apóstolos ou
indicação direta deles. Continuaria valendo o fato de o
Espírito Santo levantar homens com responsabilidades entre
420
421
os irmãos, podendo ser reconhecidos por eles, mas não
indicados, eleitos ou nomeados, e muito menos levarem um
título antes do nome.
Os irmãos deveriam respeitá-los e se
submeter a eles (nunca "a ele" no singular) para que
existisse ordem na assembleia local, que seria o limite da
esfera de ação desses irmãos. Mas mesmo esses irmãos não
teriam, de si mesmos, autoridade para agir, porém seriam
apenas vigias ou zeladores, por assim dizer, da ordem entre
os irmãos. A assembleia, como um todo, esta sim, teria
autoridade para tomar decisões, porém tal autoridade não
seria dela. De quem seria então?
Quando olhamos o modo de funcionamento
de qualquer denominação religiosa, encontramos uma
hierarquia de comando, geralmente formada por um
presidente da organização em nível mundial, e aí os cargos
vêm descendo como se fosse uma pirâmide, até chegar ao
pastor local, um homem que fica na direção da
congregação. Embora essa estrutura possa variar, ela não é
muito diferente do que vemos numa empresa, mas não é o
que encontramos na Palavra de Deus.
Primeiro porque na Palavra de Deus não
temos um "presidente" humano, mas a própria Cabeça da
igreja, que é Cristo. Abaixo dele estão TODOS os membros
do seu corpo e todos sujeitos à Cabeça. Mas como
operacionalizar isso? Com a presença do Senhor no meio
dirigindo todas as coisas por meio do Espírito Santo, e
421
422
delegando sua autoridade à assembleia (os "dois ou três"
congregados ao seu nome). Essa presença do Senhor tem
vários aspectos, mas vou me concentrar no aspecto da
autoridade, que é nosso assunto aqui.
Mat 18:18-20 Em verdade vos digo que
tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que
desligardes na terra será desligado no céu. Também vos
digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de
qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai,
que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Por estarem os dois ou três reunidos EM
NOME do Senhor, Ele delega sua autoridade governamental
ou administrativa para aquela assembleia agir em seu nome.
Por isso os céus reconhecem o que é ligado por aqueles
agindo assim revestidos dessa autoridade. Por isso o pecado
pode ser julgado e extirpado do lugar onde é expressada
comunhão, que é à mesa do Senhor. Se não existir
autoridade, cada um faz o que quer e não funciona, pois
quem ousaria assumir o papel de "chefe" em algo que
pertence a Deus?
Quando nossos filhos eram pequenos,
costumávamos exortá-los à obediência do Senhor, dizendo
coisas do tipo "o Senhor não gosta que você faça isso", "o
Senhor ficou triste com seu modo de agir" etc. E quando
precisavam de disciplina, avisávamos que seriam
422
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disciplinados porque desobedeceram, não ao papai ou à
mamãe, mas ao Senhor.
Fazíamos assim para que eles mantivessem
obediência ao Senhor mesmo que um dia seus pais viessem
a falhar e a cair em contradição. Eu e minha esposa éramos
pessoas falhas que receberam de Deus a autoridade paterna
e materna para agirmos em nome dEle na educação de
nossos filhos, do mesmo modo como um policial recebe do
Estado autoridade para agir em sua esfera de ação.
Efs_6:4 E vós, pais, não provoqueis vossos
filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação DO
SENHOR.
Assim é a assembleia e assim é que o
Senhor está no meio dela agindo por delegação de poderes e
autoridade. Quando um representante do Presidente de um
país participa de uma reunião em algum lugar ele tem
autoridade delegada pelo Presidente para falar e agir no
lugar do Presidente. Em outras palavras, é como se o
Presidente estivesse ali no meio daquela reunião decidindo
as coisas. O que o representante do Presidente decidir será
endossado pelo próprio Presidente, porque foi ele quem
autorizou seu representante a agir em seu lugar.
Em outras palavras, o que o representante "ligar"
ou "desligar" em termos de decisões numa reunião local, o
Presidente irá "ligar" e "desligar" na sede do governo, no
sentido de reconhecer que aquela pessoa está agindo com
423
424
sua autoridade delegada. Até mesmo quando essa pessoa
"ligar" ou "desligar" de forma errada, o Presidente irá
endossar sua decisão, mesmo que venha a corrigir a decisão
mais tarde, pois autoridade delegada não significa
necessariamente infalibilidade. Você pode ser multado
injustamente pelo guarda de trânsito, mas a polícia irá
endossar a decisão dele até que seja provada injusta, e então
corrigi-la.
Voltando agora à assembleia e ao Senhor em seu
meio, creio que você já entendeu o que é ter o Senhor no
meio dos que tomam decisões em nome dele e com a
autoridade que ele delegou. Sua presença e autoridade ali
faz toda a diferença, e a assembleia não age de moto próprio
ou com sua própria autoridade, mas com a autoridade que
lhe foi delegada.
Se não fosse assim, que direito teriam aqueles de 1
Coríntios 5 de expulsarem de seu meio um malfeitor? Seria
muita pretensão tomarem tal decisão, já que todos poderiam
também ter alguma falha, mesmo que não fosse tão grave
quanto à do homem imoral. O que lhes dava autoridade para
decidir quem devia sair da comunhão e quem devia ficar? O
Senhor no meio daqueles que estavam tomando decisões em
seu nome. Em Mateus 18:18-20 o Senhor garantiu isso à
assembleia (não a um homem ou colegiado de homens, mas
à assembleia local).
Tire Mateus 18 de vista e será preciso eleger um
"pastor" como fazem as denominações a fim de manter a
424
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ordem. Porém aí não será a autoridade do Senhor sendo
exercida por "dois ou três reunidos" ao seu nome, mas a
autoridade do homem que está à frente daquelas pessoas.
Tire a autoridade do Senhor de um grupo de
cristãos reunidos e não será possível julgar o mal. É por isso
que em muitas denominações cristãs você encontra pessoas
sabidamente levando uma vida de pecados, misturadas na
comunhão com irmãos sinceros sem que ninguém tome
qualquer atitude. Como a autoridade ali é do "pastor", fica a
critério dele decidir quem fica e quem sai, num estilo muito
parecido ao de Diótrefes na assembleia descrita por João em
sua terceira epístola:
3Jo 1:9-10 Tenho escrito à igreja;
mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos
recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele
faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não
contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que
querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
Quando existe um homem exercendo o "primado",
já não é a autoridade do Senhor dada à assembleia que tem a
palavra final, mas sim os caprichos desse "primaz"
(curiosamente alguns líderes religiosos adotaram esse
mesmo termo para si mesmos!!). Naquele tempo ainda
havia apóstolos como João, que podiam ir lá e, por assim
dizer, colocar a casa em ordem. Hoje a casa está em
completa desordem, principalmente porque tiraram o lugar
que era devido ao Senhor e o entregaram a homens.
425
426
O que fazer num estado de tamanha ruína? Evitar
julgar quem é do Senhor ou não, mas simplesmente apartarse do mal e da iniquidade. Mas não só isso. É preciso
apartar-se também dos vasos existentes nessa grande casa,
porém isso não para ficar só, e sim para seguir com aqueles
que já se purificaram dessas coisas para reconhecerem a
Pessoa a autoridade do Senhor em seu meio.
Em 2Tm 2:19-22 "Todavia o fundamento de Deus
fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são
seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da
iniqüidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de
ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para
honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém
se purificar destas coisas [dos vasos], será vaso para honra,
santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para
toda a boa obra. Foge também das paixões da mocidade; e
segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um
coração puro [purificado destas coisas], invocam o Senhor".
Em Heb 13:13-15 "Saiamos, pois, a ele fora do
arraial, levando o seu vitupério... Portanto, ofereçamos
sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto
dos lábios que confessam o seu nome".
6.4 – Da Autoridade Espiritual
426
427
A autoridade que prevalece na Igreja onde dois ou
três estão reunidos ao nome do Senhor não é humana no
sentido de liderança de homens, mas é uma autoridade
delegada, como aquela que tem um policial. Aliás toda
autoridade humana é também delegada, porque por um lado
é a sociedade quem delega poderes às autoridades, e por
outro lado é Deus quem estabelece autoridades.
O Senhor prometeu que onde dois ou três
estivessem reunidos para o Seu nome Ele estaria no meio, e
que se dois ou três concordassem na terra a respeito de algo
aquilo seria estabelecido no céu. Portanto é essa a
autoridade que deve existir na igreja, aquela que é a
autoridade do Senhor delegada aos homens.
Mas 1Tm 3.4-5, Paulo não diz que o candidato a
presbítero (no singular) governe bem a sua casa, mostrando
que deve governar bem a casa de Deus?
A casa é a esfera do governo, diferente de igreja no
sentido do corpo que é a esfera do exercício dos dons. A
casa de Deus de 1a. Timóteo é a "grande casa" de 2a.
Timóteo, onde há todo tipo de vaso. Sim, cabe aos
presbíteros (no plural) o governo com a autoridade que o
Senhor lhes delega. No versículo que citou ele está falando
da qualificação "do presbítero" e está no singular por se
tratar da pessoa que irá exercer esse encargo.
427
428
Nas outras passagens, quando fala da relação da
assembléia com os presbíteros a palavra aparece no plural.
O governo é claramente no sentido de cuidado
administrativo (pastoral) e doutrinal, não de liderança das
reuniões. Aparece também como "anciãos", mostrando sim
que é um papel parecido com o do pai de família, um papel
administrativo.
Em Tt 1.5-6, Paulo não ordena que Tito estabeleça
presbíteros de cidade em cidade?
É aqui que a coisa toda fica mais clara. A ordem
foi dada diretamente pelo apóstolo a Tito, portanto foi uma
ordem pessoal. Aquela foi uma missão dada a Tito, o que
parece indicar que os apóstolos faziam essa indicação ou
delegavam a tarefa a alguém. E ainda que fosse uma prática
mais comum entre os santos, o ponto importante aqui é este:
"de cidade em cidade". Os presbíteros tinham uma atuação
"municipal", por assim dizer, porque as assembléias dos
santos eram identificadas por cidades ou regiões
geográficas, nunca por diferentes nomes.
Portanto não existe qualquer autoridade hoje para
"designar presbíteros de denominação em denominação".
Você seria capaz de citar os nomes dos presbíteros de sua
cidade? Creio que é impossível. Seria capaz de designar
presbíteros para sua cidade? Idem. A solução está no
discurso de despedida de Paulo em Atos 20:17 ao final. Ele
convoca os anciãos da igreja de Éfeso (não uma
428
429
denominação, obviamente), e aponta de onde vinha a
designação deles como anciãos ou presbíteros:
"Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre
que O ESPÍRITO SANTO VOS CONSTITUIU BISPOS,
para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com
seu próprio sangue."
Sendo assim, embora hoje não seja mais possível
designar bispos de cidade em cidade, o Espírito Santo não
deixa de fazê-lo para que cuidem do povo de Deus. Podem
não ser designados, mas podem ser reconhecidos como tais
pelos santos que identificam seu trabalho como uma prova
dessa "designação" do Espírito Santo.
Seria muita pretensão um grupo de cristãos de
uma cidade eleger bispos como se eles fossem a única igreja
verdadeira naquela cidade, desprezando todos os outros
salvos que não se congregam com eles. Mas, se porventura
existir entre eles alguns irmãos que espontaneamente fazem
esse trabalho eles podem procurar detectar neles esse papel,
muito embora não recebam um título ou tenham carteira
assinada para tal. Lembre-se de que o testemunho da igreja
está hoje em ruínas e é nesse estado de humilhação que
devemos agir.
Em 1Pe 5.1-3, o apóstolo, ao referir-se ao
presbítero como aquele que deve apascentar o rebanho de
Deus, não o distingue das ovelhas, implicando aí numa
proeminência do presbítero sobre o rebanho?
429
430
Não no sentido que você está acostumado a
enxergar nas denominações, e que atinge seu ápice no clero
católico romano.
"Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis
também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o
exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também".
Jo 13
"Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que
têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas
NÃO SEREIS VÓS ASSIM; antes o maior entre vós seja
como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual
é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não
é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele
que serve". Lc 22
"cada um considere os outros superiores a si mesmo". Fp
2:3
Em Hb 13.17 nos ordena: “Obedecei a vossos
pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas
almas, como aqueles que hão de dar conta delas”. Não há
aí um princípio bíblico claríssimo de autoridade?
Sim, dentro das premissas que indiquei:
1) A autoridade é delegada (do Senhor);
430
431
2) São mais de um esses pastores (aqui a palavra não fala no
sentido do dom);
3) Não há como indicá-los hoje, apenas reconhecê-los;
4) Não são reis, mas servos do rebanho.
Em 1Co 12.4-6, Paulo afirma que há diversidade
de dons, ministérios e operações, concluindo no verso 28:
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em
segundo lugar profetas, em terceiro doutores”. Se nem todos
têm os mesmos dons, e são chamados para os mesmos
ministérios e para operarem a mesma obra, como uma igreja
pode ser dirigida por todos ao mesmo tempo, como se todos
possuíssem o mesmo dom, ministério e operação?
Confirmado também por Efésios 4.11.
O assunto aqui é outro, completamente diferente.
Presbíteros (anciãos) e diáconos são ofícios locais, da
assembléia dos santos em determinada cidade. São ofícios
geograficamente limitados. Pastores, mestres e evangelistas
são dons, não "designados" como eram os presbíteros e
diáconos, mas colocados por Deus para exercer os dons que
o Senhor lhes deu depois de ressuscitar e subir aos céus.
Em Efésios fala de dons, não de ofícios, e esses
dons não são locais, mas universais. Um pastor é pastor em
qualquer lugar onde esteja, o mesmo servindo para o mestre
e para o evangelista. É bom lembrar que pastor neste caso
não tem nada a ver com o dirigente que encontramos em
denominações, mas com a pessoa cujo dom é velar pelas
almas, alimentar as ovelhas, curar as feridas, apascentá-las.
431
432
Temo que a carga de "cultura cristã" que recebemos é tão
grande que fica até difícil compreender isso, como fica
difícil para alguns compreender que "igreja" não é um
edifício.
Se Pedro nos diz que devemos nos sujeitar a toda
autoridade humana (1Pe 2.13), como é que a igreja não terá
esse tipo de autoridade? (Sabemos que a autoridade de Deus
não se manifesta apenas na Igreja, mas em todo o universo;
portanto, tanto crentes como incrédulos estão sob a
autoridade de Deus, ainda que esses últimos insistam em,
inutilmente, se rebelarem contra Ele).
Não entendi essa idéia da autoridade da igreja se
manifestar em todo o universo. Não me lembro de ter visto
algo assim na Palavra de Deus, a não ser no futuro, quando
os salvos reinarão com Cristo a partir dos céus, julgarão os
anjos etc. Mas mesmo assim qualquer autoridade que
venham a ter não será além daquela que é delegada pelo
Senhor. Enquanto esse tempo não chega a autoridade que o
Senhor deu a dois ou três reunidos ao Seu nome limita-se à
ordem na casa de Deus.
Paulo ao referir-se a Tiago, Pedro e João, não os
chamou de colunas (Gl 2.9)? Mas colunas de quê? Não são
colunas da igreja? E isso não os torna líderes?
"Tiago, Cefas e João, que eram considerados como
as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as
destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós
432
433
fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão". Sim, eles eram
reconhecidos como colunas porque eram apóstolos.
Apóstolo é outra coisa, é também chamado de alicerce ou
fundamento em Efésios, juntamente com os profetas do
Novo Testamento:
Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,
mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no
Senhor". Ef 2
Agora não há mais pedras do alicerce, de
sustentação das paredes, apenas as próprias pedras das
paredes, como nós. Em http://www.bibliaonline.com.br não
encontrei alguma menção a colunas aplicada a anciãos,
embora a gente possa também considerá-los como esteios
ou aqueles que ajudam a manter a casa firme. Isso, porém,
não invalida as 4 premissas que indiquei.
433
434
VII
O CRENTE COMO CIDADÃO
Os cristãos estão no mundo, mas não devem ser do
mundo (Jo 15.17). Os cristãos vivem no mundo como
peregrinos, considerando-se cidadãos do céu (Fp 3.20).
Entretanto, os cristãos também têm responsabilidades como
cidadãos dos países da terra.
O homem tem responsabilidade para com o governo,
no campo civil e para com Deus, no campo espiritual.
Normalmente, é possível dar tanto a Deus como ao governo
o que lhes é devido. O cristão leva os princípios cristãos
para cada relacionamento da sua vida (1 Co 7.17-24). O
melhor cidadão deve ser o crente.
Paulo deu uma explicação do papel do governo no
plano de Deus (Rm 13.1-7), mostrando que as autoridades
superiores são estabelecidas por Deus. Deus é o rei e o
soberano sobre as nações (Sl 47; Dn 2.20,21; 4.25, 26; Jo
19.11; Jr 18.5-10). Deus estabeleceu autoridade em muitas
áreas da sociedade. Na família, por exemplo, Deus
estabeleceu o esposo e o pai como autoridades. Do mesmo
modo, Deus constituiu o governo civil como a autoridade da
nação, para servir como seu ministro para o bem: para
louvar o que é direito e para vingar o mal. Princípios de
434
435
justiça e direito são o alicerce do governo do universo, por
Deus, e foram planejados por Deus para serem, do mesmo
modo, o alicerce dos princípios do governo civil (Sl 89.1415; Jr 22.1-5; Pv 14.34).
O governo é instrumento de Deus para punir o mal.
Deus proibiu os indivíduos de vingar o mal pessoalmente
(Rm 12.17-21), pois Ele é o vingador e um dos meios que
Deus usa para punir o mal é o governo civil (1 Pe 2.13-17).
Deus autoriza o governo a usar a espada, para punir (Rm
13.4). Isto está de acordo com um princípio básico de
justiça e direito revelado por Deus, muito no começo da
história humana (Gn 9.6).
7.1 - O cristão tem certas responsabilidades em relação
ao governo:
7.1.1 - O cristão deve orar pelos funcionários do
governo (1 Tm 2.1-4; Ed 6.10; Sl 72.1; Jr 29.7).
7.1.2 - O cristão deve pagar os impostos (Mt 22.21;
17.27); Rm 13.6-7). É errado o cristão deixar de pagar os
impostos que ele legalmente deve. Deus espera que o cristão
aja com honestidade e integridade em todas as áreas da
vida. Jesus pagou imposto (Mt 17.24-27). Para os
sonegadores, as alternativas são: suborno ou propina (Pv
17.23; Ex 23.8; Dt 16.19; 10.17; Sl 15.5), práticas
condenadas pelo Senhor.
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7.1.3 - O cristão deve obedecer o governo e suas leis (1
Pe 2.13; Rm 13.1-2, 5; Ec 8.2-5). De fato, Deus espera que
o cristão respeite e se submeta à autoridade de todas as
formas (Tt 3.1). Uma atitude revolucionária é condenada
(Pv 24.21-22). A marca que caracterizou a vida do Senhor
foi a obediência. Ele sempre fez a vontade do Pai e quando
criança, era sujeito a seus pais (Jo 8.29; Lc 2.51). Jesus
nunca organizou greves, manifestações, protestos, greves de
fome, nem outras demonstrações de desobediência civil
entre os seus seguidores (Foi acusado injustamente – Lc
23.2). Em suas pregações e ensinamentos, vemos
justamente o oposto: seus seguidores forma conclamados a
submeter-se, não resistir, a maus-tratos e injustiças, a ir
além do que lhes era exigido (Lc 23.5-15; Mt 5.39-44).
A igreja foi perseguida, mas nunca fez protestos ou
rebeliões, ao contrário de seus inimigos (At 23.12; 16.1921; 17.5-8; 18.12-17; 19.23-34,37). Pedro e Paulo, ambos
recomendaram enfaticamente a sujeição às autoridades (1
Pe 2.17-21). Em vez de resolver os problemas com seus
próprios recursos, vemos os cristãos primitivos orando
quando lhes sobrevinha alguma dificuldade (At 4.23-31;
12.5). A forma de a igreja resolver seus problemas não é
com abaixo-assinados, rebeliões, protestos, mas através da
oração. Pedro recomenda que se faça o bem se busque a
paz, vivendo em santidade e mansidão (1Pe 3.8-17; 4.15-19;
2 Pe 3.11-14). O escritor aos Hebreus conclama à
submissão aos líderes estabelecidos por Deus (Hb 13.1-7).
436
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7.1.4 - O cristão deve honrar o governo (Rm 13.7; 1 Pe
2.17). Tem que ser cuidadoso para não difamar as
autoridades (Ex 22.28; Ec 10.20; 2 Pe 2.10; At 23.4,5; Jd 810).
7.2 - QUANDO NÃO DEVEMOS OBEDECER ÀS
AUTORIDADES:
7.2.1 – quando Quiserem Suplantar a Autoridade Divina
O cristão tem que obedecer a Deus antes que ao
homem (At 5.29). O cristão não pode nunca permitir que
qualquer autoridade, de qualquer tipo, suplante a autoridade
de Cristo. O próprio Jesus nos disse que não podemos servir
a dois senhores (Mt 6.24) e, por isso, entendemos que nossa
cidadania terrena deve estar submetida à cidadania celestial.
A autoridade de Cristo está acima da autoridade do
pai, do esposo, do presbítero da igreja, do chefe no trabalho
ou do funcionário do governo. Nunca podemos desculpar a
desobediência a Deus baseados em alguma lei ou decisão do
governo. Temos que obedecer a Deus antes que ao homem!
7.2.2 – Quando Ferirem Ensino Diretos da Bíblia
Exemplo: a Bíblia condena o divórcio (Mt 19.6) e diz que as
pessoas que estão casadas segunda vez, estão cometendo
adultério (Mt 5.32; Mc 10.11-12; Lc 16.18; Rm 7.2-3). Uma
exceção é dada, em caso de infidelidade conjugal (Mt 19.9).
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Freqüentemente, o governo permite o divórcio e novo
casamento por outras razões. Não podemos nunca pensar
que a permissão do governo, automaticamente, significa a
aprovação de Deus.
Outros exemplos: liberação do uso de drogas, casamentos
entre pessoas do mesmo sexo, etc.
7.3 – QUATRO MOTIVOS PARA OBEDECER ÀS
AUTORIDADES
Em Rm 13, Paulo nos dá QUATRO MOTIVOS para
obedecer o governo humano:
7.3.1 - O motivo da ira (vs 1-4)
O governo é um terror somente aos homens maus e
não aos bons. Às vezes é impossível respeitar o homem,
mas sempre devemos respeitar o seu cargo. E não esquecer
que o evangelho pode penetrar nos homens do governo
(Rm16.23; Fp 4.22).
Deus fundou somente três instituições neste mundo: o
lar (Gn 2), a igreja (Mt 16.18), e o governo humano (Gn 9).
Cada um tem sua responsabilidade e não pode fazer o
serviço do outro.
7.3.2 - O motivo da consciência (vs 5-7)
438
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O crente deve sentir o Espírito testificando à sua
consciência (Rm 9.1).O crente tem uma boa consciência
(1Tm1.5). Infelizmente a pessoa que está sempre
desobediente e não aceita o conselho do Espírito Santo pode
contaminar sua consciência (Tt 1.15), cauterizar sua
consciência (1Tm 4.2), e rejeitar a sua consciência (1Tm
1.19).
7.3.3 - O motivo de amor (vs 8-10)
Enquanto o crente vive embaixo da lei do governo
humano, ao mesmo tempo vive embaixo de uma lei superior
como cidadão do céu: A lei do amor. De fato, amor é o
cumprimento da lei (Rm 13.8), porque amor no coração nos
habilita a obedecer às exigências da lei (1 Co 16.14; 1 Pe
2.13).
Certamente muitas vezes é difícil amar aqueles que rejeitam
o evangelho e zombam de nosso testemunho, mas este amor
pode vir do Espírito Santo (Rm 5.5) e tocar nos corações
deles. O amor nunca falha (1Co 13.8). Pode ganhar mais
almas através do amor do que através de discussões. O
crente deve ser o melhor possível como cidadão (2 Co
8.21).
7.3.4 - O motivo de devoção ao Senhor (vs 11-14)
O vs14 nos dá uma responsabilidade dupla:
positivamente, "revesti-vos do Senhor Jesus Cristo" –
isto é, faça de Cristo uma parte da sua vida diária;
negativamente, "não tenhais cuidado da carne" – isto é,
439
440
evite deliberadamente aquilo que seduza ao pecado.
Pensando em Cristo e sua vinda, é nossa responsabilidade
viver vidas sóbrias, espirituais, e limpas.
Os últimos dias serão dias de iniqüidade (2 Tm 3.117). Ficará mais e mais difícil para o crente dedicado
manter o seu testemunho. Governos ficarão mais e mais
contrários à Bíblia e a Cristo (2 Tm 3.12; 4.5), mas Deus
espera que Seu povo seja luz e sal neste mundo pecaminoso,
dando o melhor exemplo de cidadãos.
7.4 – NO USO CONSCIENTE DE SEUS DIREITOS
CÍVIS
Para podermos comentar à respeito do Direito
Civil, temos que começar com o mais sublime dos direitos o
Direito à Liberdade, alguns conceitos precisam estar claros,
entre os quais o Conceito de Liberdade.
Liberdade é o estado no qual se supõe estar livre
de limitações ou coação, sempre que se tratar de agir de
maneira lícita, de acordo com princípios éticos e legais
cristalizados dentro da sociedade.
Outro importante conceito é o do Direito, para o
qual citamos que o ser humano é eminentemente social e
vivendo desta forma, suas atitudes interferem na vida de
outros homens. Para que esta interferência tivesse um
caráter construtivo, foi necessário criar-se algumas regras
440
441
que preservassem a paz nesse contexto, assim, de forma
escrita ou não, algumas normas de comportamento foram
formando-se ao longo do tempo, tornando-se hoje um grupo
de regras as quais chamamos Direito.
Neste aspecto, o direito à liberdade é citado nas
mais diversas formas, sempre considerando o indivíduo
como parte de um grupo, no qual influi e do qual recebe
influência, ou seja, torna-se necessário à vida em sociedade
a definição de regras claras, escritas ou não, para um
convívio harmonioso entre as pessoas.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos e, dotados que são de razão e
consciência, devem comportar-se fraternalmente uns
com os outros”.
Com base nesta afirmação, constante da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo
1º, apresentamos alguns tópicos relativos aos Direitos
Humanos voltados à liberdade:
7.4.1 - LIBERDADE CIVIL
Agir de acordo com as normas que regem o
Direito Civil, não ferindo seus artigos e estatutos. Os grupos
sociais da atualidade possuem na sua grande maioria um
código que legisla sobre o assunto, no caso do Brasil, o
Código Civil Brasileiro, escrito na década de 60, mas,
algumas sociedades já possuíam seus “códigos” desde
441
442
tempos antigos, como o Código de Hamurabi, da
Mesopotâmia, utilizado pelos povos persas desde 2000 aC.
Exemplo: As leis que regem o casamento e divórcio.
No exemplo citado acima , percebemos que
algumas pessoas têm feito uso deste direito, mas em alguns
casos não medindo as responsabilidades inerentes ao
mesmo, referindo-se à si próprio e à sociedade, ou seja
notamos o descaso das pessoas perante ao casamento que
pela qual em sua grande maioria não duram muito tempo
devido à falta de consistência no relacionamento a dois.
Para que isso não ocorra é necessário antes ter consciência
do que é um casamento, ou seja fazer um planejamento
antes e se certificarem de que estão fazendo a coisa certa.
7.4.2 - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Consiste em que cada pessoa possa seguir o
desígnio da sua consciência, dentro de convicções honestas.
É importante salientar, que para exercício desta liberdade, o
indivíduo precisa estar pleno de suas responsabilidades,
sobre o qual interfere diretamente a formação de sua
consciência, sendo esta seu guia, à qual deve procurar
sempre a verdade e o bem, tanto pessoal como o bem
comum. O processo eleitoral direto e secreto, exemplifica
este tópico, no qual os eleitores aprovam um determinado
candidato, de acordo com sua consciência.
Desde o principio o homem utiliza plenamente
o seu direito de liberdade afim de interesses próprio ou seja,
442
443
consiste em fazer com que as pessoas aceitem o seu ponto
de vista fazendo com que a liberdade de escolha delas
passem a ser a sua. O exemplo citado sobre o processo
eleitoral, define que ninguém sabe ainda de sua liberdade,
manipulados com palavras que tornam-se menos
conscientes na hora de escolher seus governantes porque
mudam ou até mesmo agem de forma diferente dos seus
ideais . O homem é livre na mente mas não em seus atos.
7.4.3 - LIBERDADE DE ENSINO
Toda pessoa tem direito à educação, e esta gratuita; o
Estado deve suprir seus cidadãos quanto à esta educação,
mas não interferir nos métodos, matérias e assuntos
lecionados. A educação deve prover a formação de uma
personalidade voltada ao respeito aos direitos humanos, à
promoção da paz entre as nações, independentemente de
preceitos religiosos e étnicos.
Infelizmente, alguns Estados não tem conseguido
suprir seus cidadãos dessa qualidade de ensino, cabe à
sociedade trabalhar no sentido de alcançar este nível,
através de leis que não somente estimulem, mas que
permitam haver políticas de ensino que atinjam a sociedade
como um todo, dotando-se principalmente de recursos
financeiros as áreas encarregadas dessa atividade.
A falta de uma política educacional , atesta e
completa a total despreocupação com o futuro de milhares
de pessoas. A educação pública é um problema sério e o
443
444
resultado desta política é o sucateamento do ensino público,
onde está centralizado nas mãos da minoria porque sabem
que ela exerce um peso muito mais decisivos do que se
imaginava. Os benefícios do aperfeiçoamento por meio da
educação são progressivos. Nunca antes se teve provas tão
eloquentes a respeito do poder educacional como
ferramenta de ascensão social, além de melhorar as chances
das pessoas individualmente.
A sociedade tem que ter pôr consciência que é um
direito e um dever do estado de oferecer um ensino
qualificado pois a produtividade aumenta quando a pessoas
tem acesso à cultura e também ao lazer. O resultado será um
país cada vez mais eficiente e fortalecido.
7.4.4 - LIBERDADE DE IMPRENSA
A liberdade de imprensa não pertence às empresas
jornalísticas. É um valor democrático da sociedade e
pressupõe o direito de informar e de ser informado, com
precisão e honestidade. Essa liberdade não autoriza a
mentira, a distorção ou a injúria, não endossando a ilação no
lugar de apuração, o ouvir dizer ao invés do testemunho,
não podendo também omitir fatos e notícias e nem mesmo
ser um refúgio da leviandade, nem gazua para o negócio da
notícia em prejuízo do interesse da notícia.
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Num episódio conhecido, o da divulgação do vídeo
onde mostrava as atitudes arbitrárias de policiais junto à
favela Naval, em Diadema-SP, a imprensa trouxe ao
conhecimento público, fatos reais que ajudaram a reprimir
atos criminosos praticados por pessoas sem condições de
trabalhar junto ao público; por outro lado, o noticiário
trouxe também prejuízos irreparáveis aos proprietários da
Escola Infantil Base, acusados injustamente de abusos
sexuais contra crianças, fatos não confirmados, os quais
foram largamente explorados pela mídia impressa e falada.
Estas ocorrências levam-nos a exigir um comportamento
mais ético dos profissionais da área, no tocante à divulgação
de fatos somente após efetiva comprovação.
A impressa tanto escrita como falada tem um papel
fundamental nas vidas das pessoas, são elas de grande
utilidade dos fatos ocorridos.
Como em toda área de trabalho há profissionais
altamente qualificados que merecem atenção e respeito, mas
infelizmente há outros que agem de maneira irresponsável a
liberdade de impressa.
A sociedade está o tempo todo envolvida por
propagandas, noticiários e informações que são muitas
vezes enganosas e sensacionalistas fazendo com que as
pessoas que se tornem vulneráveis a má imprensa.
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O desenvolvimento do pensamento crítico é a melhor
maneira de defender-se contra a influência ideológica de
uma imprensa banal .
7.4.5 - LIBERDADE DE PENSAMENTO
René Descartes disse: “Penso, logo existo”, com esta
afirmação, podemos concluir que os pensamentos (ou
idéias), são um patrimônio, o qual pode e deve ser
compartilhado, desde que traga benefícios àqueles que os
recebem.
Promover a plena liberdade de anúncio destas ideias é
estimular o raciocínio, de forma a utilizar estes
conhecimentos da melhor forma possível. Os experimentos
científicos tiveram algumas barreiras éticas e ainda as têm,
podemos citar as experiências em clonagem e da medicina
genética, que muito avançaram mas que não podem ser
totalmente divulgadas em determinados lugares.
Atualmente, a Internet é um dos maiores exemplos
de se exercer a liberdade de pensamento, pois enseja em seu
objetivo principal a divulgação de informações, sem
qualquer tipo de censura, mesmo que esta seja de caráter
autêntico, como a repressão da violência e da pornografia,
ambos casos aceitos largamente pelos legisladores ao redor
do mundo. O pensamento em si é livre , desde que não fira a
cultura da sociedade.
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7.4.6 - LIBERDADE DE RELIGIÃO
No mundo, talvez a liberdade mais evocada seja
certamente a religiosa, pois nos mais díspares lugares do
mundo existe a manifestação de algum credo, o qual dentro
de padrões morais e dos bons costumes, que não firam os
estatutos legais.
Existem ainda lugares onde a manifestação religiosa
tornou-se a principal forma de organização, levando à
prática de atos contrários aos direitos universais do homem,
notadamente as religiões muçulmanas e as das nações
indígenas de forma geral.
As manifestações relativas à religiosidade atuam não
somente com relação ao pensamento, mas também quanto á
liberdade de culto e divulgação de suas ideias,
comportamento social e administração.
O Brasil é um país de cultura cristã desde a sua
colonização, entretanto os cultos afro-brasileiros, as
religiões orientais e outras manifestações cresceram
livremente no número de adeptos e locais de culto. As mais
recentes mudanças estão basicamente no crescimento dos
cristãos evangélicos frente aos católicos, que em recente
pesquisa apontava cerca de 18% da população contra 3% há
dez anos atrás.
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A religião é importante para o homem na busca de
sua fé, ele necessita dela para superar suas dificuldades
naturais e materiais.
E com isso existe quem se aproveite e se beneficie da
fé do próximo, pessoas que se utilizam do poder da palavra
em detrimento daquelas pessoas pouco esclarecidas dizendo
coisas que elas desejam ouvir criadas em cima de falsas
promessa, falsas curas e imagens, induzindo-as a uma
cegueira total.
É claro que todos tem livre arbítrio de escolher sua
religião assim como toda religião possui um igual direito de
ser praticada, desde que aja com boa índole e dedicação ao
próximo.
7.4.7 - LIBERDADE DE REUNIÃO
O direito de associação assemelha-se diretamente à
liberdade de reunião; atualmente têm crescido o número de
sociedades que aceitam livremente os ajuntamentos em
grupos com motivações semelhantes, cabendo aos membros
de cada facção zelar pelo bom uso deste direito, para que
não venha a tornar-se oposto ao interesse comum, não
infringir as leis ou ainda impedir o livre acesso ou
desligamento de seus membros.
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O sistema partidário nacional, está atualmente livre
de intervenções com o intuito de censurar ou limitar a sua
atuação, como foi na época dos governos militares, quando
sufocar as oposições foi o meio encontrado para impedir o
acesso destes ao poder.
Algumas vezes, esta liberdade é utilizada de
forma negativa, criando associações sem um estatuto sério,
as quais mais se destinam a promover algumas pessoas e
privilegiar outras do que promover o bem comum à maioria.
A liberdade de reunião é valida onde todos
respeitam os pontos de vista , pois através dessa liberdade
surgirão ideias e teses que serão usadas em prol de um todo.
7.4.8 - LIBERDADES INDIVIDUAIS
As liberdades individuais atuam no campo
pessoal de cada indivíduo, quanto à vida profissional,
emprego de suas aptidões sem ser impedido de exprimi-las
através do trabalho, independente de qualquer autorização
por parte do governo ou classe dominante, considerando
porém, os casos em que a lei determina o contrário.
O ser humano em si é dotado de liberdade
além dessa, deverá ser respeitado o lado individual de cada
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450
um e não infringindo ou desrespeitando os costumes dos
outros, ou seja, deverá ser exercida de forma lícita.
Liberdade é um estado que confere plenos
poderes ao indivíduo e pode ser usada de várias formas,
porém, se bem entendida, por si só criará limites e regras
que tornarão a convivência entre os homens harmoniosa,
gratificante e produtiva.
Partindo do princípio que todos os homens
nascem livres e iguais perante a lei, com direitos e
obrigações, podemos usar o direito à liberdade para o lado
positivo ou negativo com consciência. Certamente seremos
cobrados pela sociedade se confundirmos liberdade com
libertinagem.
Para concluirmos quão complexa é a
administração da liberdade pessoal como coletiva, usaremos
uma citação centenária, a saber: “Liberdade, ainda que
tardia”, lema dos inconfidentes, sendo o mais notório entre
eles, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, O Tiradentes.
7.5 – No trato com a Política Partidária
No atual momento, a sociedade brasileira em
transformação apresenta desafios peculiares na ordem
política, bem como na área econômica e na área social. As
desigualdades sociais e regionais constituem uma realidade
particularmente triste, em uma nação com aspirações e
450
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recursos que poderiam permitir uma sociedade mais justa.
Tal situação não pode durar indefinidamente, pois constitui
um escândalo para as consciências e uma ameaça constante
à paz interna. Ela não é casual, mas fruto de uma opção
deliberada em favor de um determinado modelo de
desenvolvimento.
Se existe alguma coisa que vai desencadear um
debate espontâneo, ou talvez uma verdadeira briga, é uma
discussão que envolve política – até mesmo entre os
cristãos. Como seguidores de Cristo, quais devem ser a
nossa atitude e envolvimento com a política? Tem sido dito
que "religião e política não se misturam" – será que isso é
realmente verdade? Podemos ter opiniões políticas fora das
considerações da nossa fé cristã? A resposta é não, não
podemos. A Bíblia nos dá duas verdades sobre a nossa
postura em relação à política e governo.
A primeira verdade é que a vontade de Deus
permeia e suplanta todos os aspectos da vida. A vontade de
Deus é o que tem precedência sobre tudo e todos (Mateus
6:33). Os planos e propósitos de Deus são fixos, e a Sua
vontade é inviolável. Ele realizará a Sua vontade, a qual
nenhum governo pode contrariar (Daniel 4:34-35). Na
verdade, é Deus quem "remove reis e estabelece reis"
(Daniel 2:21) porque o "Altíssimo tem domínio sobre o
reino dos homens; e o dá a quem quer" (Daniel 4:17). Um
entendimento claro desta verdade vai nos ajudar a ver que a
política é apenas um método que Deus usa para realizar a
Sua vontade. Apesar de homens maus abusarem do seu
451
452
poder político por terem uma intenção perversa, Deus o usa
para o bem, trabalhando "para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito"
(Romanos 8:28).
Segundo, devemos compreender o fato de que
o nosso governo não pode nos salvar! Só Deus pode. Nunca
lemos no Novo Testamento sobre Jesus ou qualquer um dos
apóstolos gastando qualquer tempo ou energia em ensinar
os crentes a reformar o mundo pagão de suas práticas
idólatras, imorais e corruptas através do governo. Os
apóstolos nunca convidaram os crentes a demonstrar
desobediência civil e protestar contra as leis injustas ou
esquemas brutais do Império Romano. Em vez disso, os
apóstolos ordenaram os cristãos do primeiro século, assim
como nós hoje, a proclamar o evangelho e viver vidas que
dão evidência clara do poder transformador do Evangelho.
Não há dúvida de que a nossa
responsabilidade ao governo é obedecer às leis e ser bons
cidadãos (Romanos 13:1-2). Deus estabeleceu toda a
autoridade e Ele faz isso para o nosso benefício, "para
louvor dos que praticam o bem" (1 Pedro 2:13-15). Paulo
nos diz em Romanos 13:1-8 que é responsabilidade do
governo exercer autoridade sobre nós - espero que para o
nosso bem - coletar impostos e manter a paz. Onde temos
uma voz e podemos eleger nossos líderes, devemos exercer
esse direito através do voto para aqueles cujos pontos de
vista mais se parecem com os nossos.
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453
Um dos mais grandiosos enganos de Satanás
é que podemos descansar a nossa esperança por moralidade
cultural e vida piedosa em políticos e funcionários
governamentais. A esperança por mudança de uma nação
não se encontra nos líderes de qualquer país dominante. A
igreja tem feito um erro se pensa que é o dever dos políticos
defender, avançar e proteger as verdades bíblicas e valores
cristãos.
O propósito original da igreja, dado por Deus,
não se encontra em ativismo político. Em nenhum lugar na
Bíblia temos o comando de gastar nossa energia, nosso
tempo ou nosso dinheiro em assuntos governamentais. A
nossa missão não reside na mudança da nação através de
uma reforma política, mas na mudança de coração através
da Palavra de Deus. Quando os crentes acham que o
crescimento e a influência de Cristo podem de alguma
forma se aliar com a política do governo, eles corrompem a
missão da igreja. O nosso mandato cristão é espalhar o
evangelho de Cristo e pregar contra os pecados do nosso
tempo. Só à medida que os corações dos indivíduos em uma
cultura são alterados por Cristo é que a cultura começa a
refletir essa mudança.
Os crentes de todas as épocas têm vivido, e até
florescido, sob governos antagônicos, repressivos e pagãos.
Isso era especialmente verdadeiro sobre os crentes do
primeiro século que, sob regimes políticos impiedosos,
sustentaram a sua fé sob imenso estresse cultural.
Entendiam que eles, e não os governos, eram a luz do
453
454
mundo e sal da terra. Aderiram ao ensinamento de Paulo de
obedecer aos seus governantes, até mesmo honrar, respeitar
e orar por eles (Romanos 13:1-8). Mais importante,
entenderam que, como crentes, a sua esperança residia na
proteção que apenas Deus fornece. O mesmo vale para nós
hoje. Quando seguimos os ensinamentos das Escrituras, nós
nos tornamos a luz do mundo, como Deus planejou que
fôssemos (Mateus 5:16).
As entidades políticas não são o salvador do
mundo. A salvação de toda a humanidade tem sido
manifestada em Jesus Cristo. Deus sabia que o nosso
mundo precisava de salvação muitos antes de qualquer
governo nacional ter sido fundado. Ele mostrou ao mundo
que a redenção não poderia ser realizada através do poder
do homem, sua força econômica, sua força militar ou a sua
política. A paz de espírito, contentamento, esperança e
alegria - e a salvação da humanidade - são realizados
somente através da Sua obra de fé, amor e graça.
Os cristãos, como cidadãos, devem se
posicionar frente a esta realidade. Sabedores de que tal
situação é fruto de uma opção política que favorece os
dominantes, terão que usar determinados instrumentos,
ferramentas para transformar as estruturas injustas que
impedem ou mesmo matam a vida. Conhecedores de que tal
organização da sociedade passa pelos partidos políticos,
terão de fazer sua escolha a partir de uma análise crítica e
criteriosa da realidade social em que vivemos. Aí está o
sentido de sua participação política partidária: a escolha
454
455
daquela ferramenta que melhor se adapta como canal
competente da representação dos interesses das classes
populares.
Já deu para você perceber como o cristão não
pode ficar por fora da política, porque ele vive no meio
deste mundo, com mil e um problemas. E o cristão deve ser
sal da terra e luz do mundo. Ou seja, deve ajudar a mudar o
que está errado. Deve criar uma sociedade transformada.
Política é um meio de transformação da sociedade. Como
somos cristãos, vamos olhar a política com os olhos de
Jesus. Como cristãos não podemos ficar alheiros à política.
Se ficarmos por fora, apoiamos quem está no poder só
atrapalhando. Como podemos participar efetivamente? De
imediato, devemos votar bem, escolhendo pessoas que
consigam defender os interesses da maioria empobrecida e
necessitada. Tudo isto alimentados pela fé em Jesus Cristo
Libertador.
7.5.1 - O Cristão Pode Ser Político?
De vez em quando ouvimos falar que a Igreja
está metendo-se na política, “porque este terreno não é
dela”. Acham que a Igreja não tem nada a ver com a
política. Será que isto é verdade? O que eles estão querendo
esconder com estas afirmações?
Uma coisa é política (com P maiúsculo): É a
maneira de organizar a sociedade, é o bem comum, o bem
455
456
de toda comunidade. Sendo assim, todo mundo se envolve
na política: ou exigindo melhorias para o seu bairro, para
sua classe ou até mesmo não se mexendo, deixando as
coisas como estão (aí quem está no poder se aproveita e faz
tudo como quer). Os lavradores fazem política quando
batalham pela reforma agrária; os estudantes fazem política
quando exigem que os professores cheguem na hora e
ensinem com dedicação; os trabalhadores fazem política
quando lutam por melhores salários; a Igreja faz política
quando se coloca a favor dos empobrecidos e explorados. É
claro que todo mundo faz política!
Outra coisa é política partidária: É alguém se
filiar a um determinado partido e trabalhar por uma legenda
partidária, como candidato ou filiado. A Igreja pede que os
cristãos leigos entrem nesta política partidária para lutar por
uma sociedade nova onde todos possam viver dignamente
como filhos de Deus e irmãos.
7.5.2 – O Cristão e a Politicagem
Outra coisa ainda é politicagem: É a política
individualista, do clientelismo e interesseira de um
candidato ou de um partido que faz leis para se beneficiar;
que cria salários de “marajás” para quem está no poder e
salários de fome para os trabalhadores; que cria planos para
eleger os seus candidatos, que deixa a nação com fome e
desempregada; que engana o povo com promessas
impossíveis; que busca apenas os interesses de uma minoria
que está no poder.
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457
Já deu para você perceber como o cristão não
pode ficar por fora da política, porque ele vive no meio
deste mundo, com mil e um problemas. E o cristão deve ser
sal da terra e luz do mundo. Ou seja, deve ajudar a mudar o
que está errado. Deve criar uma sociedade transformada.
Política é um meio de transformação da sociedade. Como
somos cristãos, vamos olhar a política com os olhos de
Jesus. Como cristãos não podemos ficar alheiros à política.
Se ficarmos por fora, apoiamos quem está no poder só
atrapalhando. Como podemos participar efetivamente? De
imediato, devemos votar bem, escolhendo pessoas que
consigam defender os interesses da maioria empobrecida e
necessitada. Tudo isto alimentados pela fé em Jesus Cristo
Libertador.
No caso de algum crente entender que ele tem
certos deveres cívicos ou patrióticos (Paulo diz em Fp 3:20)
“nossa pátria está nos céus”, ele deve, mediante a oração
procurar quaisquer meios para cumprir esses deveres sem
transgredir os preceitos de Cristo, sem se unir com os
descrentes em um jugo desigual, sem comprometer- se em
associações duvidosas, e sem colocar-se em situações que
hão de prejudicar a sua vida espiritual.
7.6 – Nas Obrigações Eleitorais
É fato que o voto, deve ser um Direito
Universal, pois é de grande importância para um país, por
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458
ser a ferramenta para consecução da democracia. Esse meio
de se escolher um representante, que irá defender nossos
interesses durante um tempo deve ser valorizado. Nosso
país conhecido como o país das festas, farras e do jeitinho
brasileiro, aplica essas características também ao voto. Uma
decisão que deveria ser séria e consciente, após analisado as
propostas dos candidatos e partidos, na maioria das vezes é
levada na brincadeira: Muitos votam em amigos e parentes,
vendem seus votos, deixam de votar por ser feriado,
escolhem candidatos engraçados, justificam sem motivos,
entre outras diversas formas que o nosso povo se utiliza
para se livrar do voto, não dando a sua devida importância.
O povo se esquece que, décadas atrás, muitos lutaram para
conquistar esse direito.
7.6.1 – A Importância do Voto
Muito se discute sobre a importância do voto.
Para uns poucos, o voto não muda nada na realidade
brasileira; estes, céticos quanto ao seu significado, nem
sequer comparecem para votar. Para outros, sua influência é
mínima; por isto, dão-lhe pouca importância. Para muitos
outros, o voto é decisivo para definir os rumos do Brasil: se
para melhor, se para pior. Para estes, é de fundamental
importância a efetiva participação no processo eleitoral,
escolhendo bem, com critérios, aqueles(as) que merecerão o
seu voto, e, portanto, a sua confiança para dirigir os destinos
da nação.
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459
O cotidiano da vida tem mostrado e demonstrado
que o voto é a mais poderosa ferramenta de todas quantas
dispomos nós, os(as) cidadãos(ãs): por meio dele,
escolhemos o Brasil que queremos, para a nossa geração e
para as vindouras. Isto porque o que se faz em quatro anos,
para melhor ou pior, tem reflexos diretos, não raras vezes,
por décadas a fio.
É muito comum ouvirmos que todos os políticos
são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas
pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a
política tem em suas vidas.
Numa democracia, como ocorre no Brasil, as
eleições são de fundamental importância, além de
representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de
representantes e governantes que fazem e executam leis que
interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um
péssimo governante pode representar uma queda na
qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os
gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma,
precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com
atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e
país.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma
consciente. Devemos votar em políticos com um passado
limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da
coletividade.
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460
Em primeiro lugar temos que aceitar a ideia de
que os políticos não são todos iguais. Existem políticos
corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e
procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem.
Mas como identificar um bom político?
É importante acompanhar os noticiários, com
atenção e critério, para saber o que nosso representante anda
fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou
sugerindo ideias para o seu representante. Caso
verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom
trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena
repetir o voto. A cobrança também é um direito que o
eleitor tem dentro de um sistema democrático.
Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os
programas eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser
todos iguais. Procure entender os projetos e ideias do
candidato que você pretende votar. Será que há recursos
disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso
chegue ao poder? Nos mandatos anteriores ele cumpriu o
que prometeu? O partido político que ele pertence merece
seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de
escolher seu candidato.
Como vimos, votar conscientemente dá um
pouco de trabalho, porém os resultados são positivos. O
voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser
usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer
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um pode ter conseqüências negativas sérias no futuro, sendo
que depois é tarde para o arrependimento.
7.6.2 – A Obrigatoriedade do Voto
A atual Constituição Federal Brasileira, instituída
em 1988 - nossa Lei Maior à qual as demais devem se
submeter - estabelece em seu artigo 14, §1º, a
obrigatoriedade do voto para os maiores de 18 e menores de
70 anos, desde que alfabetizados, exigência esta que persiste
desde 1932. Sendo esta norma alvo de Proposta de Emenda
Constitucional, dentro do pacote de discussões no
Congresso Nacional que visa fazer uma reforma eleitoral.
Sabemos que a atual Constituição é fruto de
muitas lutas pela instituição da democracia neste país que, à
época, vivia sob a ditadura militar, regime supressor de
vários direitos e garantias individuais em detrimento do
chamado “interesse nacional”. Daí, surge a pergunta: Por
que
um
movimento
vitorioso,
que
conseguiu
institucionalizar a democracia e as liberdades individuais,
permitiu a obrigatoriedade do voto para os seus cidadãos?
Historiadores e Sociólogos argumentam que a
obrigatoriedade do voto sobreviveu às fortes pressões
desses movimentos em defesa das liberdades individuais e
da democracia, porque a grande maioria dos cidadãos não
estavam maduros o suficiente para decidirem sobre seu
direito de voto, ficando mais maleáveis aos políticos
opressores, haja vista a tão praticada política coronelista.
461
462
Em termos de princípios constitucionais, podemos dizer que
prevaleceu a vontade do Estado sobre a de seus cidadãos,
constituindo-se o voto em um poder-dever.
Havia, além da falta de educação, a dependência
econômica, social e até psicológica da população em
relação aos cacifes políticos ora atuantes, bem como, o
receio de que sendo a maioria ficando ausente tornasse o
pleito nulo. Também, devemos lembrar que a vontade de
parte dos políticos era de levar eleitores mesmo à força para
as urnas. Por isto, a previsão de obrigatoriedade do voto,
nas condições acima lembradas, obteve previsão
constitucional e ainda persiste mesmo após 22 anos de CF.
O fato é que, por previsão legal, a ausência
injustificada do eleitor à urna, o impede da obtenção da
quitação eleitoral, necessária para assumir emprego público,
à obtenção de benefícios previdenciários, obter empréstimo
em instituição bancária que o Poder Público detenha parte
de seu capital, e até do recebimento de vencimentos, no
caso do servidor público, dentre outras sanções.
Entretanto, o eleitor não quite com a Justiça
Eleitoral, por ausência às urnas, pode obter sua quitação
através do pagamento de multas - irrisórias, por sinal - que
revertem em favor dos próprios partidos políticos.
Como podemos afirmar que vivemos em um
país democrático se até o voto é obrigatório? Eis a
indignação dos defensores do voto facultativo para todos, e
462
463
usam exemplos de países desenvolvidos, como os Estados
Unidos, onde o voto não é obrigação. Além destas,
apresentam outras justificativas, como a da melhoria na
qualidade do voto facultativo, que a participação da maioria
no voto obrigatório é mito.
Considerando como válidas as justificativas
sociais eleitas para a exigência do voto obrigatório, nos idos
de 1988, podemos indagar: Tais motivos foram
suplantados? Os brasileiros estão suficientemente
consciente de sua cidadania e responsabilidade sóciopolítica para a construção de uma “Nação” desenvolvida,
civilizada e humana?
A resposta a essas perguntas dependem de
uma análise de aspectos sociais, econômicos e,
principalmente educacionais. Vislumbro como ainda
adequada a atual exigência.
No entanto, a verdade é que, in casu, não seria
a obrigatoriedade ou a não do voto que determinaria uma
maior consciência política de nossos concidadãos. Aliás, se
fôssemos um povo consciente de nossos deveres e direitos e
devidamente educados para a vida em sociedade,
exerceríamos o nosso maior direito que é o voto,
independentemente de ser ou não obrigatório.
É bem verdade que temos uma educação mais
acessível a todos, que mais pessoas possuem níveis de
escolaridade mais altos, e que há uma acentuada diminuição
463
464
nos índices de analfabetismo técnico. Mas, na proporção
inversa é crescente o número de analfabetos funcionais (que
lêem mas não sabem interpretar), até mesmo em níveis
escolares elevados.
Ademais, a nossa educação está mais
preocupada com números do que com cidadania. E os
princípios morais demonstrados são os mais egoístas e
imediatistas possíveis, é famoso “toma lá da cá”. E depois,
como podemos cobrar dos nossos representante a
honestidade, se os próprios cidadãos são corruptos até no
momento sublime de escolha de seus representantes.
Também comete desvio de consciência
cidadã de mesmo nível o eleitor que vai às urnas e,
propositadamente, vota em branco ou nulo, pois estes votos,
além da quitação eleitoral, não causam nenhum efeito
prático, não sendo contabilizados sequer para uma possível
nulidade de eleição. A única exceção é o caso de eleição
proporcional que os 2 primeiros algarismos digitados
correspondam ao de um partido concorrente, pois tal voto
será contabilizado para o coeficiente partidário.
A educação moral deve ser transmitida na
escola, mas não deve ser jamais esquecida em casa. E a
melhor educação é passada mediante o próprio exemplo, e,
infelizmente, não são somente os jovens a negociar o que
não tem preço: o voto.
464
465
Vale lembrar que Eleições no Brasil é um
momento festivo, maxime agora depois do uso de urnas
eletrônicas, que são altamente seguras e que imprimem
celeridade na votação e apuração, constituindo mais um
ponto atrativo ao eleitor.
Devemos, então, atentar para o fato de que
não é a mudança da obrigatoriedade ou não do voto que irá
mudar a atual situação em que se encontra a sociedade
brasileira. A população em geral deve aprender a real
importância do voto na construção de uma sociedade justa e
desenvolvida. A corrupção, grande mal do nosso país, é
fruto dessa falta de conhecimento da população sobre a real
essência do voto. Antes de discutirmos sobre a mudança do
voto, devemos educar a nossa população, para que saibamos
dar a real importância do voto, e que essa possibilidade de
escolha é a ferramenta fundamental para a construção de um
Estado Democrático de Direito eficaz e sem corrupção.
Em suma, mais que uma obrigatoriedade, o
voto é a livre manifestação da consciência, o exercício de
cidadania, a principal oportunidade de escolha de quem
ditará a aplicação da arrecadação dos altos impostos
cobrados, bem como dos que definem as regras de
convivência, em nosso Município, Estado e País.
E como diz nossa Carta Maior, “todo o
poder emana do povo”, por isso saibamos usá-lo bem, na
hora da escolha do representantes e na hora de reivindicar
465
466
demais direitos, bem como de cumprirmos com os nossos
deveres.
VIII
NO TESTEMUNHO COM OS FRACOS NA FÉ
A Bíblia diz que Jesus Cristo nos deu a
verdadeira liberdade. “Para a liberdade foi que Cristo nos
libertou…” (Gl 5. 1).Essa liberdade é diretamente oposta à
escravidão que vivíamos quando no pecado. No entanto,
temos visto um grande número de crentes fazendo mau uso
de sua liberdade. Usam a sua liberdade de forma destrutiva,
como uma espada que fere e até mata pessoas.
Isso acontece quando a liberdade que Cristo
nos deu é usada fundamentada no egoísmo. Quando
consideramos que apenas o que importa é o exercer dos
nossos direitos sem importar-se com nada nem ninguém.
Deixe-me exemplificar esse tipo de mau uso da liberdade:
Há muito tempo venho vendo pessoas
defendendo o uso “social” do álcool (falo aqui do contexto
do Brasil). Dizem que a Bíblia proíbe apenas a embriaguez.
Até certo ponto isso é verdade (o que fica difícil é saber
466
467
onde começa a embriaguez). No entanto, a maioria dessas
pessoas usam a sua liberdade de forma totalmente egoísta.
Fazem isso quando não analisam a cultura ao
seu redor, quando não pensam nos fracos na fé, naqueles
que não conhecem a Deus e que associam a bebida à
embriaguez e, logo, alguém que bebe com alguém que não é
exemplo de bom cristão. Quando não pensam nos
[milhares] de alcoólatras que deixaram ou que ainda estão
lutando contra a bebida e que precisam de um referencial.
Quando não pensam nos mais jovens que podem ter
propensão ao uso descontrolado e prejudicial do álcool…
As situações não se limitam ao uso do álcool.
Avança além. Poderia citar mais algumas situações como
exemplos: (uso de tatuagens, de piercing, a decisão de
frequentar determinados lugares, a moda, a música, o uso
das redes sociais na Internet etc.).
Paulo enxergava situações como estas de uma
forma muito profunda. Via o bom uso da liberdade cristã
como algo essencial: “Vede, porém, que esta vossa
liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para
os fracos.” (1Co 8. 9). Paulo chega a afirmar que a
liberdade o levava até a rejeitar, se necessário, os seus
direitos mais dignos e básicos, em prol do bem estar e do
crescimento do próximo: “E, por isso, se a comida serve de
escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para
que não venha a escandalizá-lo.” (1Co 8. 13).
467
468
No entanto, infelizmente, uma grande
quantidade de crentes egoístas quer mesmo é exercer seus
direitos, sua liberdade. Isso é muito triste, pois o nosso
maior exemplo de abnegação, Jesus Cristo, não tem sido
seguido quando a questão é abnegação, amor pelo próximo.
O cristão que não é capaz de abdicar de seus direitos, da sua
liberdade em favor do próximo, precisa rever seus
conceitos!
Quando for fazer algo em sua vida, avalie
sempre a repercussão que isso pode trazer e avalie se vale à
pena fazer. Avalie se essa ação resultará em um mau
testemunho, mesmo que seja um direito seu. Alguém será
impactado negativamente com isso que vou fazer? Poderei
afastar da fé pessoas iniciantes, que ainda não tem um
sólido fundamento em suas vidas?
Tenho em meu coração uma palavra bastante
dura de Jesus, mas que me deixa alerta com relação as
minhas atitudes: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a
um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora
que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de
moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do
mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que
venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o
escândalo!” (Mt 18. 6-7).
Irmãos, a nossa responsabilidade é grande
perante as outras pessoas. Devemos ser luz e não pedras
468
469
para tropeço! O que vale mais? O seu direito e liberdade ou
o amor sacrificial pelo próximo?
8.1– Na Defesa de sua Doutrina
Quando um Cristão é confiante na sã doutrina,
ele não julga ninguém, mas leva as pessoas a luz das
escrituras, essa sim, mostra o verdadeiro significado e os
erros cometidos por denominações, religiões, seitas e
heresias.
O verdadeiro Cristão, deve falar ou mostrar
tudo que não corresponde na palavra de Deus,não no intuito
de julgar,mas sim em mostrar os erros.
Os mesmos devem respeitar os pensamentos
alheios.uma coisa que devemos fazer sempre é dizer a
verdade,mesmo que esta pessoa não aceite de bom grado, e
até mesmo para aqueles que professam o evangelho, mas
deixa ser levado por várias doutrinas estranhas,e não pela sã
doutrina,já dita pelo enviado (apóstolo) Paulo em
Efésios.4:14 que diz:
Para que não sejamos mais meninos
inconstantes,levados em roda por todo o vento de
doutrina,pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente.
E em,1 Timóteo. 6:3 e 5 que diz:
Se alguém ensina alguma outra doutrina,e se
não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus
469
470
Cristo,e com a doutrina que é segundo a piedade,É
soberbo,e nada sabe,mas delira acerca de questões e
contendas
de
palavras,das
quais
nascem
invejas,porfias,blasfemas,ruis suspeitas.
Contendas
de
homens
corruptos
de
entendimentos,e privados da verdade,cuidando que a
piedade seja causa de ganho:aparta-te dos tais.
Devemos dizer a verdade sempre para o nosso
próximo,veja mais o que diz Paulo em Gálatas.4:16 - Fiz
me acaso vosso inimigo,dizendo a verdade.
E em Efésios.4:25 - Por isso deixai a mentira,
e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque
somos membros uns dos outros.
Quanto ao posicionamento doutrinário das
Igrejas Evangélicas brasileiras tem algumas nuances que
precisamos falar. Elas se dividem basicamente em
TRADICIONAIS,
PENTECOSTAIS
E
NEOPENTECOSTAIS.
Começando com as Igrejas Tradicionais
consideradas como Históricas nas suas doutrinas e temos:
8.1.1 - BATISTAS
470
471
A História alegam que, através das bíblicas
doutrinas dos batistas/anabatistas, é possível afirmar que sua
origem doutrinária remonta às pregações do SENHOR
sobre o “pequeno rebanho”. Oficialmente, registra-se seu
início quando as igrejas cristãs cumpriram biblicamente a
doutrina da separação e realizaram a grande
desfraternização das igrejas primitivas entre os anos de 225
a 253 A.D., originando, historicamente, dois grandes
blocos: o dos cristãos e o dos católicos, ou seja, o bloco dos
“anabatistas” e o bloco das igrejas erradas. O que
permanece incontestavelmente até os dias de hoje.
8.1.1.1 - Linha Doutrinária Batistas
1. Os Batistas crêem com todo o coração que somente a
Palavra de Deus é suficiente para toda a nossa fé e pratica.
Lemos em II Tm. 3:16 que "Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça.." As denominações
Protestantes têm credos, catecismos e vários padrões
doutrinarias. Os Batistas alegam que usam somente a
Bíblia.
2. Os Batistas crêem que Cristo e somente Cristo é a Cabeça
da Igreja como está escrito "Cristo é a cabeça da igreja," Ef.
5:23. Não há um homem sequer que tem a superintendência
das Igrejas Batistas. Batistas não têm denominação no
sentido de uma organização que controla as congregações
locais. Cada igreja local é autônoma e sujeita somente a
471
472
Cristo, Sua Cabeça. Uma igreja Batista, mesmo
confraternizando-se com outras congregações da mesma fé
e ordem, não tem matriz ou Santa Sé aqui na terra. Não tem
quartel general aqui, mas sim no céu.
3. Os Batistas crêem de coração numa igreja livre e num
estado livre. Cristo ensinou que tanto o estado, como a
igreja, tem seu devido lugar. "Daí pois a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus," Mt. 22:21. Os Batistas
são contra a união do Estado com a Igreja. Crêem que a
igreja controlada pelo estado é uma desculpa miserável de
cristianismo e uma clara apostasia às Escrituras. Todos os
Reformadores Protestantes fizeram igrejas estatais para seus
seguidores.
4. Os Batistas crêem fortemente na responsabilidade
individual a Deus, porque as Escrituras ensinam claramente
que "Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus," Rm.
14:12. Um sacerdote não pode se responsabilizar por você,
e a igreja também não. Os padrinhos idem. Ninguém é salvo
por quilo que os pais crêem. Ninguém é salvo pela
identificação com uma religião. Cada um dará conta de si
mesmo a Deus. Na sua maioria os Protestantes não crêem
nesta doutrina bíblica.
5. O povo Batista também sempre tem crido no batismo da
pessoa convertida. Nenhum dos Reformadores creu neste
ensino da Bíblia. Nas Escrituras, a fé e o arrependimento
sempre precedem o batismo. No dia de Pentecostes, Pedro
claramente disse ao povo, "Arrependei-vos...e seja
472
473
batizado," At. 2:38. Isto significa evidentemente que não
havia batismo infantil porque as crianças não são capazes de
arrependimento. Nenhum descrente deve ser batizado. Os
Reformadores seguiram Roma no seu ensino sobre batismo.
Os Batistas têm se agarrado à doutrina de Cristo e Seus
Apóstolos, neste ponto.
6. Os Batistas, baseados nas Escrituras, sempre tem crido
numa igreja feita de regenerados, isto é, somente dos que
fazem clara profissão de fé. Na igreja apostólica somente os
crentes, os que receberam a Palavra de Deus e que tinham
se arrependido dos seus pecados podiam ser batizados e
fazer parte da igreja, At. 2:41. Não se une à igreja
automaticamente ou através de terceiros. Nas Igrejas
Batistas de hoje também é assim. Reconsiderando-se estes
pontos simples, é mais do que claro concluir que segundo
alegam os Batistas não são Protestantes em suas doutrinas.
8.1.2 - OS PRESBITERIANOS
O Presbiterianismo tem por base 10 doutrinas
consideradas as fundamentais. Dessas, 5 são comuns com
outros ramos das igrejas conhecidas como evangélicas no
mundo,. As outras 5 distintivamente presbiterianas.
8.1.2.1 – DOUTRINA COMUM DA PRESBITERIANA
As 5 doutrinas comuns da Igreja presbiteriana
(em relação às outras igrejas evangélicas). A igreja crê:
473
474
8.1.2.1.1. Em um Deus Trino.
O presbiterianismo crê que há um Deus Trino que
subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Três
pessoas distintas, mas um só Deus igualmente divino em
eternidade e majestade, sem subordinação; A I.P.B. adota a
doutrina da trindade e a apresenta aos seus fiéis como digna
de fé.
8.1.2.1.2 Em Jesus Cristo, como sedo a 2ª pessoa da
trindade.
Divindade de Cristo: nós cremos que Jesus é o
Deus encarnado (Jo 1.14), Alguns grupos que não aceitam
Jesus como a 2ª pessoa da trindade: os mormonitas, os
espíritas, os cristãos científicos, os maometanos, os
budistas, os testemunhas de Jeová e outros. O
presbiterianismo crê que Ele é o autor da salvação completa,
perfeita, toda suficiente (só Jesus basta para a salvação) e
eterna, para o homem decaído. Nasceu, morreu, ressuscitou,
subiu ao céu, de onde vai voltar um dia para julgar.
8.1.2.1.3. Na Bíblia, a única regra de fé e prática, a
palavra de Deus.
Cremos que ela foi inspirada pelo Espírito Santo
(II Pe. 1.20-21) e que podemos confiar nela como única
regra de fé e prática. Cremos que outros livros a ela não se
nivelam. Mas a I.P.B. não a entroniza em seus templos. Ela
não é objeto de culto ou de adoração como Livro. Ela vale o
474
475
que contém e o que contem, é essencial para conduzir o
homem à salvação em Cristo Jesus.
8.1.2.1.4. No novo nascimento dos conversos.
Cremos que no momento em que a pessoa crê
em Jesus como único e suficiente salvador ela é nova
criatura (criação). (II Co. 5.17) – tudo se transforma. Há
uma mova imagem na vida da pessoa. Cristo e o novo
Senhor e o novo morador da alma (Gl. 2.20).
8.1.2.1.5. Na ressurreição dos mortos.
A fé na ressurreição dos mortos está em toda a
Bíblia (I Co. 15.12-19). (“Mas, agora, Cristo ressuscitou dos
mortos e foi feito as primícias dos que dormem (I Co.
15.20).
8.1.3 –AS 5 DOUTRINAS DISTINTIVAMENTE
PRESBITERIANAS:
8.1.3.1. A Soberania de Deus
Esta é a pedra fundamental da fé Presbiteriana. A
doutrina que se dá o maior respeito. A doutrina da soberania
divina mostra que Deus é o Senhor de tudo. Governa tudo.
Tudo saiu das suas mãos criadoras. Tudo é de Deus. E Ele
reina sobre tudo. Tudo está sob o seu controle. Nada o
surpreende. Nada o limita, nada o detém, nada se lhe
475
476
antecipa, tudo acontece na hora própria. Deus é soberano na
criação, na providência e na salvação (At. 4.24; I Tm. 6.15;
AP. 1.5).
8.1.3.2. A predestinação
É uma doutrina que decorre da anterior. São
gêmeas. Como soberano e todo poderoso, Deus é
Onisciente, Onipotente, Onipresente. Esses três atributos
lhe permitem decretar e conhecer o que acontece. Para Deus
não há, passado e nem futuro, mas tudo é um eterno
presente. Esta é a doutrina que nos ensina que Deus nos
escolheu para salvação antes da fundação do mundo e que
Deus tem um povo eleito e só serão salvos os eleitos
(expiação limitada) (Ef. 1.4,5,11; Rm. 8.29-30,33; MT.
24.22, 24, 31). Embora haja outras posições, respeito todas
a ainda farei um livro se Deus permitir sobre esse assunto.
8.1.3.3. A Salvação pela graça
Creem que a salvação é iniciativa de Deus, não do
homem (Não são as obras dos homens quem os salvam.
Eleição incondicional), mas são salvos para as boas obras
(Ef. 2.8-10), salvação é dom imerecido – é dádiva de Deus
(Rm. 6.23). Salvação não depende do homem, mas de Deus,
porque é obra exclusiva de Deus. Ao homem compete
aceitar, receber a salvação de Deus quando ouve o chamado
pela palavra de Deus. Salvação inicia em Deus e termina em
476
477
Deus. Estou plenamente certo de que aquele que começou a
boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo
Jesus (Ef. 1.6; 2.9).
8.1.3.4. A perseverança dos Santos
Esta é uma doutrina muito cara ao presbiterianismo.
Não é aceita por todos os grupos evangélicos. A base da
doutrina está na convicção de que Deus não muda. A
criatura por Ele salva, não pode, depois, ser condenada.
Também está intimamente ligada à obra redentora de Cristo.
Uma vez redimido o homem, ainda que continue a errar,
está redimido para sempre. Quem diz que a redenção é
definitiva é o Senhor Jesus (Jo 6.37, 10; 28-29)
8.1.3.5. O governo representativo
A IPB adota governo representativo, por entender
que o governo representativo é de origem divina instituída
por Deus, reinstalando na Igreja Cristã primitiva (At. 20.1735, I Tm. 3.2-7) e redescoberto por João Calvino. O
governo é exercido por Presbíteros (docentes e regentes)
(Gm. 3.18; Nm. 11.16-17). Toda autoridade na IPB é
conferida pela livre manifestação da vontade dos fiéis,
mediante voto.
8.1.3.6. BATISMO
a) Por Aspersão
477
478
Nós diferimos dos nossos irmãos imersionistas,
não somente em nossa visão sobre o modo, mas também em
nossa visão do significado do batismo. Eles pensam que o
batismo aponta para a morte, sepultamento e ressurreição de
Cristo. Nós objetamos à esta interpretação:
Porque ela está geralmente de acordo que o
Sacramento da Ceia do Senhor refere-se à morte e
ressurreição de Cristo. Se o batismo também significa a
morte e ressurreição de Cristo, então, temos dois
Sacramentos cujos sinais e símbolos são os mesmos fatos da
vida de Cristo. Por que esta dupla representação destes
fatos? Neste caso, não temos nenhum sinal e símbolo da
obra do Espírito Santo. No Antigo Testamento não era
assim. Havia a páscoa que apontava para a obra de Cristo,
mas a circuncisão apontava para a obra do Espírito Santo.
Porque a circuncisão significava o matar da carnalidade, o
remover da carne pecaminosa. Esta é a obra peculiar do
Espírito Santo. O batismo significa a mesma coisa; ele
significa o lavar do pecado. Nós objetamos à visão
imersionistas do significado do batismo por uma outra
razão. O sepultamento de Cristo não tem valor redentor.
Cristo poderia ter salvado o mundo se Ele não tivesse sido
sepultado. Por que um rito seria ordenado para significar um
fato que não é essencial para a realização da salvação?
Nós pensamos que o batismo representa a
obra do Espírito Santo. Por que pensamos assim? Por várias
razões. Há três símbolos, na Bíblia, do Espírito Santo. Um é
o óleo . Em 1 Samuel 10:1-6 temos um relato da unção de
478
479
Saul por Samuel, separando-o para o Reinado. O óleo foi
derramado sobre a cabeça de Saul, e em conexão com esta
unção, o Espírito Santo veio sobre ele.
No 16º capítulo de 1 Samuel, temos um relato
da unção de Davi por Samuel. O óleo foi derramado sobre a
cabeça de Davi e o Espírito veio sobre ele. Estas passagens
indicam que a unção com o óleo é um tipo da unção com o
Espírito Santo.
Outro símbolo do Espírito é a água . Em
Ezequiel 36:25-27, o Senhor Jeová diz, “Então aspergirei
água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as
vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos
purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o
coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda
porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos
meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as
observeis”. O dom do Espírito está associado com a
aspersão com água. Em Mateus 3:16, há um relato de dois
batismos. Um com água, outro com o Espírito. A água do
batismo era simbólica do batismo com o Espírito. Em João
7:37-38, Jesus pôs-se de pé de e clamou, dizendo, “Se
alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim,
como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água
viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de
receber os que nele cressem”.
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480
O terceiro símbolo é o fogo . Em Atos 2:3-4,
temos um relato do dom do Espírito Santo ao primeiro
grupo de crentes. “E lhes apareceram umas línguas como
que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles
pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo”.
Estes símbolos apontam para o Espírito e Sua
obra, e não para Cristo e Sua ação redentora.
Agora, de que modo estes símbolos eram
aplicados? O óleo era derramado sobre a cabeça. A água,
durante toda a dispensação judaica, era aspergida ou
derramada, e o fogo desceu sobre a cabeça dos crentes.
Há outra passagem para a qual devo dirigir nossa
atenção: 1 João 5:8, “Porque três são os que dão
testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três
concordam”. Estes três, o Espírito, a água e o sangue,
concordam, diz o Apóstolo. Em que sentido? No sentido de
todos eles significarem uma coisa: todos eles significam a
limpeza. Eles não concordam também no modo? O sangue
era sempre aspergido. A água da purificação entre os judeus
era sempre aspergida. E o Espírito, como veremos, sempre
desceu sobre.
Então, fica claro a partir das Escrituras que a
água do batismo simboliza a obra do Espírito. Se é assim,
não deve ser suposto que o modo do batismo é por imersão.
480
481
Mas alguns - muitos - dizem que a questão do
modo é resolvida pela palavra baptizo, a palavra grega que
dá o nome ao ritual. Nós não pensamos assim. A palavra
grega para a Ceia do Senhor, o segundo sacramento, não
resolve a questão do modo de sua administração. A palavra
grega para a Ceia do Senhor é deipnon, que significa uma
refeição completa; uma mesa repleta com alimento
suficiente para satisfazer a fome de um homem. Os cristãos
gregos em Corinto, talvez raciocinando sobre o significado
daquela palavra, observavam de maneira incorreta a Ceia do
Senhor; e o Apóstolo teve que corrigi-los. 1 Coríntios
11:20-22. Se o raciocínio a partir do significado literal da
palavra clássica para o segundo sacramento conduz ao erro,
não pode, também, o raciocínio a partir do significado
literal da palavra para o primeiro sacramento, conduzir ao
erro? Ele não somente pode conduzir, como na verdade o
faz.
Na Ceia do Senhor nós não temos um
banquete físico, como a palavra sugere, mas sinais físicos
de um banquete espiritual. No batismo nós não temos um
banho físico, mas um sinal físico de uma limpeza espiritual.
Uma quantia pequena de pão e vinho é suficiente para
significar um banquete espiritual. E uma pequena
quantidade de água é suficiente como um sinal da
purificação espiritual.
Mas, é contendido por muitos que baptizo
sempre significa mergulhar, imergir, etc. Não na Bíblia!
481
482
No começo de meu ministério em Tennessee,
estive presente num debate sobre o modo do batismo, entre
um ministro Batista e um ministro da Igreja Presbiteriana
Cumberland. O batista trouxe muitos livros de autoridades,
pelos quais ele tentava provar que baptizo sempre significa
mergulhar, imergir, etc. O presbiteriano trouxe somente sua
Bíblia. Ele disse que estava proposto a mostrar que baptizo
na Bíblia não significa imergir. O que ele propôs, ele fez.
Alguns anos atrás uma casa publicadora
Batista, no norte, pediu ao Dr. Edmund B. Fairfield para
preparar um livro em defesa da visão Batista do modo de
batismo. Ele homem tinha sido um ministro Batista por
mais de um quarto de século, e nenhum homem estava mais
certo de estar correto do que ele. Ele disse que não tinha
dúvida sobre o assunto. Por dois anos ele investigou a
evidência com relação ao modo do batismo. Para a sua
surpresa, quanto mais longe ele ia em sua investigação,
mais ele via que a evidência era contra a posição Batista. Na
presença de sua evidência acumulada, ele honestamente se
viu obrigado a abandonar sua visão anterior. Ele escreveu
um livro, mas era do outro lado da questão.
Eu lhes darei agora exemplos do uso da
palavra no Novo Testamento, onde baptizo não significa, e
não pode significar, imergir. Lucas 11:37-38: “Acabando
Jesus de falar, um fariseu o convidou para almoçar com ele;
e havendo Jesus entrado, reclinou-se à mesa. O fariseu
admirou-se, vendo que ele não se lavara antes de almoçar”.
A palavra aqui traduzida como se lavar, é a palavra baptizo.
482
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O fariseu estava admirado de que Jesus não tenha primeiro
se imergido, antes de se sentar? Impossível! Hebreus: O
autor, no capítulo 9, está descrevendo as ordenanças do
serviço divino no antigo santuário. “O sacerdote oferecia
tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não
podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo
somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções
[lavagens, em algumas versões] , umas ordenanças da
carne”. A palavra traduzida por abluções é baptizmois.
Estas lavagens eram chamadas de batismos. Havia muitas
lavagens, purificações, entre os judeus, mas não imersões.
O terceiro exemplo do uso da palavra
baptizo, onde não pode significar imergir, está nos relatos
dos batismos com o Espírito Santo. João o Batista, (você
dirá João o Imersionista?) diz: “Eu, na verdade, vos batizo
com água; mas aquele que vem após mim é mais poderoso
do que eu; Ele vos batizará com o Espírito Santo”. O
batismo com o Espírito Santo era por imersão? Alguém já
foi, alguma vez, imerso no Espírito Santo? A idéia é
estranha à Escritura, estranha à razão. O Espírito sempre foi
aplicado à pessoa, nunca a pessoa ao Espírito. O mesmo é
verdadeiro sobre a água na Bíblia. Ela é sempre aplicada à
pessoa, e isto, por aspersão. O imersionista aplica a pessoa à
água, nós aplicamos a água à pessoa; este é o modo da
Bíblia, e não há exceção.
O mesmo é verdadeiro do uso do sangue na
Bíblia, como temos visto. Há um cântico que às vezes
cantamos:
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“Há uma fonte cheia de sangue, Fluindo das
veias de Emanuel; E pecadores mergulhados nesta corrente,
Perdem toda sua mancha e culpa”.
Eu gosto desta música, mas não das palavras
da primeira estrofe. As palavras são totalmente antibíblicas.
Quando algum pecador foi mergulhado nesta corrente de
sangue?
Deixe Pedro dizer a você como o sangue era
aplicado. Em sua Primeira Epístola, endereçada aos "
eleitos...segundo a presciência de Deus Pai, em santificação
do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo". E ouça o que o autor de Hebreus diz: “E tendo um
grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com
verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o
coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com
água limpa...” (Hebreus 10:21-22). O lavar com água puro é
uma referência ao batismo com água. Na passagem há duas
limpezas, a limpeza do corpo e a limpeza do coração. É dito
que o coração era limpo por aspersão [conforme a citação
de Pedro]. O corpo era limpo por aspersão?
Agora, todos irão concordar que o maior e
melhor batismo é o batismo com o Espírito. João diz: “Eu,
na verdade, vos batizo com água; mas aquele que vem após
mim é mais poderoso do que eu; Ele vos batizará com o
Espírito Santo”.
484
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O batismo de João era um tipo do batismo de
Jesus. O batismo de Jesus com o Espírito era o real, o
batismo importante. Sobre o modo dele, lemos na profecia
de Joel: “Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos
mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as
servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2:2829). Agora leia o relato do cumprimento desta profecia em
Atos 2:3-4: “E lhes apareceram umas línguas como que de
fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou
uma. E todos ficaram cheios com o Espírito Santo”. As
línguas de fogo e o Espírito Santo vieram de cima, do céu,
sobre os crentes.
Em Atos, no capítulo 10, somos informados
de que enquanto Pedro estava ainda falando, o Espírito
Santo caiu sobre todos os que ouviam a Palavra. Esta é a
regra invariável: o Espírito sempre cai sobre, desce sobre,
ou é derramado sobre os sujeitos. Se a água do batismo é
para apresentar uma figura do batismo com o Espírito, ela
deve ser do mesmo modo que o batismo com o Espírito.
Bem, se o modo não é derivado do significado da palavra
grega que designa o ritual, como aprenderemos que modo é
este? De duas formas: 1. Pelo significado do ritual na
Escritura. Eu já tratei com isto. 2. Pelos exemplos de sua
administração. As passagens no Novo Testamento que se
relacionam com a administração do batismo são divididas
em três classes: Primeira , aquelas que tomadas por si
mesmas, parecem a favor da imersão. Mateus 3:16. A
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versão autorizada diz que Jesus, depois dele ser batizado,
saiu imediatamente para fora da água. A versão revisada diz
que ele saiu imediatamente da água. A preposição usada não
é ex , significando para fora de , mas apo , que significa da
água. Ele poderia ter saída da água, sem ter saído para fora
da água. Em Atos 8:38-39, temos o relato do batismo do
eunuco por Filipe. O registro diz que ambos desceram à
água, tanto Filipe como o eunuco; e Filipe o batizou. E
quando eles saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou
a Filipe. O imersionista diz que esta linguagem indica que o
batismo era por imersão, mas a passagem, corretamente
lida, não indica tal coisa. Se descer à água e sair da água são
partes do batismo, então ambos, Filipe e o eunuco, foram
batizados; porque os dois desceram à água e saíram da água.
A passagem diz que o Batismo acontece entre o descer à
água e o sair da água. E nem todos os advogados de
Filadélfia podem dizer como o batismo era realizado.
Nenhum argumento válido pode ser baseado nas
preposições. No capítulo 8 de Atos, a preposição en é usava
várias vezes, mas somente no relato do batismo do eunuco
ela é traduzida por para . Em todos os outros lugares,
naquele capítulo, ela é traduzida por em, por, etc. Por isso
eu disse que este tipo de passagem das Escrituras somente
parece ser a favor da imersão.
Segunda : há uma segunda classe de passagens
relacionadas à administração do batismo, da qual a idéia de
imersão é excluída. A este tipo de classe pertencem os
relatos do batismo com o Espírito Santo. Todavia, já
tratamos com esta classe de passagens.
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Terceira: há uma terceira classe de passagens
que, em si mesmas, não são decisivas, mas que juntas são
favoráveis ao batismo por aspersão. Primeiro, o batismo dos
3.000 em Jerusalém. Foi por imersão? Onde? Em que água?
O abastecimento de água de Jerusalém era principalmente
em cisternas debaixo do solo; nenhum rio corria em
Jerusalém, somente um pequeno riacho que era um braço no
tempo chuvoso, mas cujo leito ficava seco nas outras
estações. Não havia uma piscina ou lagoa larga em
Jerusalém. Se houvesse, elas estariam sob o controle dos
fariseus, os quais, certamente, teriam proibido o uso delas
por aqueles desprezíveis seguidores do impostor
crucificado, que pretendia ser o Messias. Se tivesse havido
um corpo de água suficiente para o batismo por imersão e
os apóstolos o tivessem usado para este propósito, o corpo
inteiro da água teria sido poluído, tornando-o inadequado
para o uso de qualquer judeu que temesse contaminação. Os
fatos da situação em Jerusalém estão completamente contra
a noção de que 8.000 convertidos foram batizados por
imersão.
Tome agora o batismo do caso do eunuco,
que descia para Gaza, que era um deserto. Alguns turistas
foram mostrar o lugar onde é dito o eunuco ter sido
batizado. E o que eles viram? Um pequeno córrego, não
maior do que seu dedo mindinho, correndo por dentro de
uma rocha. Um batista do grupo exclamou: “Oh! não
aconteceu aqui, não aconteceu aqui, não há água
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suficiente”. Exatamente! Não havia água suficiente para a
imersão, mas havia em abundância para a aspersão.
Depois, o caso de Cornélio e sua casa.
Enquanto Pedro estava ainda falando, o Espírito Santo caiu
sobre todos os que ouviam a Palavra. Pedro disse, “Há um
batistério aqui, ou uma piscina conveniente, onde estes
possam ser batizados?” Não, ele disse: “Pode alguém
porventura recusar a água para que não sejam batizados
estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo?”
Então, ele ordenou que eles fossem batizados, e eles foram.
Por imersão?
O caso do carcereiro em Filipo. Seu batismo
aconteceu sem demora, à meia-noite, no cárcere. Foi por
imersão? O caso de Paulo é peculiarmente claro e
convincente. Ananias foi enviado para administrar à Paulo,
então chamado Saulo. Colocando suas mãos sobre ele,
Ananias disse: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te
apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que
tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”. E
imediatamente caiu as escamas de seus olhos, e ele
recuperou sua vista. E ele se levantou e foi batizado.
Batizado naquele instante, naquele lugar, e de pé. Por
imersão?
1. De acordo com a nossa visão de batismo, há unidade e
harmonia na Escritura. Há um método de purificação em
ambos os Testamentos, e este é por aspersão - aspersão de
água, aspersão de sangue.
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2. Batismo por aspersão é universalmente aplicável.
Universalmente aplicável com respeito ao lugar. Onde quer
que haja água suficiente para sustentar vida, há pessoas que
possam ser batizadas por aspersão. Batismo por aspersão é
universalmente aplicável com respeito ao tempo. Ele pode
ser administrado com segurança no congelado Norte, no
inverno, bem como no agradável Sul. Ele é universalmente
aplicável com respeito às pessoas. Ele pode ser aplicado
tanto aos infantes como aos adultos; tanto aos enfermos,
como aos saudáveis; tanto aos que estão morrendo, como
aos que estão vigorosos.
Lembre-se: de acordo com a Bíblia, as pessoas
eram batizadas com água, não em água; elas eram batizadas
com o Espírito Santo, não no Espírito Santo. A água era
aplicada à pessoa, não a pessoa à água. O Espírito era
aplicado à pessoa, não a pessoa ao Espírito. E os crentes
eram batizados imediatamente no lugar onde estavam.
Raciocinando sobre o uso de baptizo na
Escritura, sobre o significado do ritual do batismo e sobre
os exemplos de sua administração, concluímos que o
batismo era, e deve ser agora, por aspersão ou efusão.
“Então aspergirei água pura sobre vós” , diz o Senhor, “e
ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de
todos os vossos ídolos, vos purificarei. Portanto, cheguemonos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo
o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado
com água limpa” (Ezequiel 36:25; Hebreus 10:22).
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b) Batismo Infantil
Algumas Igrejas Evangélicas realizam o batismo de
crianças, alegando que elas fazem parte da família de Deus.
Tomando alguns textos bíblicos, declaram que Deus firmou
conosco uma aliança eterna, prometendo ser o nosso Deus e
o Deus dos nossos filhos (Gn 17.1-10). O selo espiritual
dessa aliança foi a circuncisão (Rm 4.16-18; Gl
3.8,9,14,16). A circuncisão era o rito de entrada no pacto. A
criança era circuncidada ao oitavo dia e a partir daí
participavam dos benefícios do pacto (Gn 17.10; Is
54.10,13; Jr 31.34). O pacto feito com Abraão, o pai da fé,
não foi ab-rogado (Is 59.20,21; At 2.37-39). A promessa
está vigente na nova dispensação (Rm 4.13-18 e Gl 3.1318). Na nova dispensação os infantes não foram excluídos.
O Novo Testamento confirma que as crianças de pais
crentes era membros da igreja (Mt 19.14; Jo 21.15; At 2.39;
I Co 7.14). Temos forte evidência de que os apóstolos
batizaram crianças (At 10.48; 11.14; 16.15; 16.33; 18.8; I
Co 1.16; I Co 7.14). Outrossim, os principais pais da igreja,
como Justino, o mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho e
Tertuliano fizeram menção dessa prática apostólica. Os
teólogos reformados e as principais confissões de fé da
igreja reformada também defenderam a prática do batismo
infantil, como a Confissão belga, O Catecismo de
Heidelberg, os Cânones de Dort e a Confissão de Fé e os
Catecismos de Westminster.
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Aqueles que se opõem ao batismo infantil, levantam
algumas objeções:
1. As crianças não podem exercer uma fé pessoal em Cristo
como seu salvador e por isso não devem ser batizadas (Mc
16.16). Esse texto não está endereçado às crianças. Porque a
dedução lógica, então, seria que a criança por não crer está
condenada, enquanto o próprio Jesus disse que das tais é o
Reino dos céus. O apóstolo Paulo disse também: quem não
quer trabalhar, também não coma. Poderíamos nós aplicar
esse texto a uma criança?
2. O batismo das crianças inconscientes é uma violação da
sua liberdade de escolha pessoal. Não foi essa a visão de
Josué quando disse: “Eu a minha casa serviremos ao
Senhor” (Js 24.15). Nos pactos de Deus com o seu povo, os
pais sempre foram legítimos representantes dos seus filhos
(Gn 9.8,9; 17.7). Os pais escolhem vestuário, alimentação,
escola. Não teria que decidir sobre a quem a criança deve
adorar? O argumento teria que ser usado também para o
caso da criança que era circuncidada ao oitavo dia.
3. Não há no NT nenhum mandamento expresso para se
batizar criança. Não há necessidade, pois que não há
nenhum que o proíbe. Então, o princípio não foi ab-rogado.
Já que o batismo substituiu a circuncisão, o batismo infantil
está absolutamente legitimado no NT.
4. O batismo não pode ser substituto da circuncisão, por que
esta era só aplicada aos do sexo masculino. As mulheres no
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velho pacto era representadas pelos pais e pelos maridos.
Entretanto, no NT Cristo conferiu novos direitos à mulher
(Gl 3.28).
5. A circuncisão era apenas um distintivo de nacionalidade
entre os judeus, sem significação religiosa. Esse não é o
ensinamento das Escrituras como podemos testificar em Rm
4.10,11; Dt 10.16; 30.6.
6. Se o batismo é o sinal da recepção da criança na igreja,
assim como os adultos, porque eles então não participam da
Ceia? No rebanho há cordeirinhos e ovelhas. O adulto
senta-se à mesa e come feijoada, a criança leite. Nem por
isso, a criança deixa de ser membro da família. Uma criança
não pode votar, nem por isso deixa de ser cidadã.
7. Quando se batiza uma criança não se pode ter certeza da
sua regeneração, ela pode se desviar. O mesmo pode
acontecer com os adultos. Batizamos pela ordenança do
pacto (Pv 22.6).
8. Por que então, Jesus não foi batizado na infância e por
que ele não batizou as crianças que vieram a ele? Primeiro,
porque Jesus foi circuncidado ao oitavo dia (ato semelhante
ao batismo infantil). Segundo, porque o batismo cristão
ainda não havia sido instituído. Portanto, estava em vigência
a circuncisão. O batismo cristão foi instituído depois da
ressurreição de Cristo (Mt 28.19).
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493
Para as Igrejas Reformadas como a Presbiteriana,
Metodistas e Congregacional que alegam que a prática do
batismo infantil não é uma inovação católica, como querem
os anti-pedobatistas, mas um ensino profundamente
arraigado nas Escrituras do Velho e Novo Testamento.
8.1.3 - CONGREGACIONAL
Síntese
Doutrinária
das
Congregacionais do Brasil.
Igrejas
Evangélicas
A aceitação destas " Doutrinas Fundamentais "
serviu de base para rejeição de várias doutrinas considerada
antibíblicas e encorajou os congregacionais ao crescimento
e a implantação sólida e definitiva desta Grande
Denominação. Vejamos:
(Os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas
Fundamentais do Cristianismo)
Art. 1º - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência
de Deus - Existe um só Deus(1), vivo e pessoal(2); suas
obras no céu e na terra manifestam, não meramente que
existe, mas que possui sabedoria, poder e bondade tão
vastos que os homens não podem compreender(3);
conforme sua soberana e livre vontade, governa todas as
coisas(4). (1) Dt.6:4; (2) Jr 10:10; (3) Sl 8:1; (4) Rm
9:15,16.
493
494
Art. 2º - Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e
do Homem - Ao testemunho das suas obras Deus
acrescentou informações(5) a respeito de si mesmo(6) e do
que requer dos homens(7). Estas informações se acham nas
Escrituras do Velho e do Novo Testamento nas quais
possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o
Criador, e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder
nesta vida(8).(5) Hb 1:1; (6) Ex 34-5-7; (7); II Tm.3.15,16;
(8); Is.8.19,20. Os livros apócrifos não são parte da
Escritura devidamente inspirada.
Art. 3º - Da Natureza dessa Revelação - As Escrituras
Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por
Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as
palavras de Deus(9). Seu valor é incalculável(10), e devem
ser lidas por todos os homens(1). (9) II Pe 1:19-21; (10) Rm
3:1,2. (1) Jo 5:39.
Art. 4º - Da Natureza de Deus - Deus o Soberano
Proprietário do Universo é Espírito(2), Eterno(3), Infinito(4)
e Imutável(5) em sabedoria(6), poder(7), santidade(8),
justiça(9), bondade(10) e verdade(1). (2) Jo 4:24; (3) Dt
32:40; (4) Jr 23:24; (5) Ml 3; (6) Sl 146:5; (7) Gn 17:1; (8)
Sl 144:17; (9) Dt 32: 4; (10) Mt 19:17; (1) Jo 7:28.
Art. 5º - Da Trindade da Unidade - Embora seja um grande
mistério que existam diversas pessoas em um só Ente, é
verdade que na Divindade exista uma distinção de pessoas
indicadas nas Escrituras Sagradas pelos nomes de Pai, Filho
e Espírito Santo(2) e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele,
494
495
empregados por Elas, mutuamente entre si(3). (2) Mt 28:19:
(3) Jo 14:16,17
Art. 6º - Da Criação do Homem - Deus, tendo preparado
este mundo para a habitação do gênero humano, criou o
homem(4), constituindo-o de uma alma que é espírito(5), e
de um corpo composto de matérias terrestres(6). O primeiro
homem foi feito à semelhança de Deus(7), puro, inteligente
e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito
Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras
criaturas deste mundo(8). (4) Gn 1:2-27; (5) Ec 12:7; (6) Gn
2:7; (7) Gn 1:26,27; (8) Gn 1:28
Art. 7º - Da Queda do Homem - O homem assim dotado e
amado pelo Criador era perfeitamente feliz(9), mas tentado
por um espírito rebelde (chamado por Deus, Satanás),
desobedeceu ao seu Criador(10); destruiu a harmonia em
que estivera com Deus, perdeu a semelhança divina; tornouse corrupto e miserável, deste modo vieram sobre ela a
ruína e a morte(1). (9) Gn 1:31; (10) Gn 2: 16,17; (1) Rm
5:12.
Art. 8º - Da Consequência da Queda - Estas não se limitam
ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a
pobreza, a desgraça a inclinação para o mal e a
incapacidade de cumprir bem o que Deus manda(2); por
consequência todos pecam, todos merecem ser condenados,
e de fato todos morrem(3).(2) Sl 50:7; (3) I Co 15:21
495
496
Art. 9º - Da Imortalidade da Alma - A alma humana não
acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador a
uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar,
lembrar-se do passado e gozar da mais perfeita paz e
regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e
horror e sofrer agonias tais, que mais quereria acabar do que
continuar a existir(4); o pecado da rebelião contra o seu
Criador, merece para sempre esta miséria, que é chamada
por Deus de segunda morte(5). (4) Lc 16:20-31; (5) Ap 21:8
Art. 10º - Da Consciência e do Juízo Final - Deus constituiu
a consciência juiz da alma do homem(6). Deu-lhes
mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos(7),
mas reservou para si o julgamento final, que será em
harmonia com seu próprio caráter(8). Avisou aos homens da
pena com que com punirá toda injustiça, maldade, falsidade
e desobediência ao seu governo(9); cumprirá suas ameaças,
punindo todo pecado em exata proporção à culpa(10).(6)
Rm 2:14,15; (7) Mt. 22:36-40; (8) Sl 49:6; (9) Gl 3:10; (10)
II Co 5:10
Art. 11º - Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus Deus vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com
que os homens lhe retribuem seus benefícios e o castigo que
merecem(1), cheio de misericórdia compadeceu-se deles;
jurou que não desejava a morte dos ímpios(2); além disso,
tomou-os e mandou declarar-lhes, em palavras humanas,
sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores
nem com tais palavras se importavam, ele lhes deu a maior
prova do seu amor(3) enviando-lhes um salvador que os
496
497
livrasse completamente da ruína e miséria, da corrupção e
condenação e os restabelecesse para sempre no seu
favor(4).(1) Hb 4:13; (2) Ez 33:11; (3) Rm 5:8,9; (4) II Co
5: 18-20.
Art. 12º - Da Origem da Salvação - Esta Salvação, tão
preciosa e digna do Altíssimo (porque está perfeitamente
em harmonia com seu caráter) procede do infinito amor do
Pai, que deu seu unigênito Filho para salvar os seus
inimigos(5). (5) I Jo 4:9
Art. 13º - Do Autor da Salvação - Foi adquirida, porém,
pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu
sangue(6), pois tomou para Si um corpo humano e alma
humana(7) preparados pelo Espírito Santo no ventre de uma
virgem(8); assim, sendo Deus e continuando a sê-Lo se fez
homem(9). Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os
homens(10), como se conta nos evangelhos, cumpriu todos
os preceitos divinos(1) e sofreu a morte e a maldição como
como o substituto dos pecadores(2), ressuscitou(3) e subiu
ao céu(4). Ali intercede pelos seus remidos(5) e para valerlhes tem todo o poder no céu e na terra(6). É nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo(7), que oferece, de graça, a todo o
pecador o pleno proveito de sua obediência e sofrimentos, e
o assegura a todos os que, crendo nEle, aceitam-no por Seu
Salvador(8).(6) I Pe1:18,19; (7) Hb 2:14; (8) Mt 1:20; (9) Jo
1:1,14; (10) At 10:38; (1) I Pe 2:22; (2) Gl 3:13; (3) Mt
28:5,6; (4) Mc 16:19; (5) Hb 7:25; (6) Mt 28:18; (7) At
5:31; (8) Jo 1:14.
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Art. 14º - Da Obra do Espírito Santo no Pecador - O
Espírito Santo enviado pelo Pai(9) e pelo Filho(10), usando
das palavras de Deus(1), convence o pecador dos seus
pecados e da ruína(2) e mostra-lhe e excelência do
Salvador(3), move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiar
em Jesus Cristo. Assim produz uma grande mudança
espiritual chamada nascer de Deus(4). O pecador nascido de
Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida
eterna e goza das bênçãos da Salvação(5).(9) Jo 14:16,26;
(10) Jo 16:7; (1) Ef 6:17; (2) Jo 16:8; (3) Jo 16:14; (4)
Jo1:12,13; (5) Gl 3:26
Art. 15º - Do Impenitente - Os pecadores que não crerem no
Salvador e não aceitarem a Salvação que lhes está oferecida
de graça, hão de levar a punição de suas ofensas(6), pelo
modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus(7). (6)
Jo 3:36; (7) II Ts 1: 8,9
Art. 16º - Da Única Esperança de Salvação - Para os que
morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe por vir
além da morte um raio de esperança(8). Deus não deparou
remédio para os que, até o fim da vida neste mundo,
perseveraram nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão
alívio(9). (8) Jo 8:24; (9) Mc 9:42,43
Art. 17º - Da Obra do Espírito Santo no Crente - O Espírito
santo continua a habitar e a operar naquele que faz nascer
de Deus(10); esclarece-lhe a mente mais e mais com as
verdades divinas(1), eleva e purifica-lhe as afeições
adiantando nele a semelhança de Jesus(2), estes fruto do
498
499
espírito são prova de que passaram da morte para a vida, e
que são de Cristo(3).(10) Jo 14:16,17; (1) Jo 16:13; (2) II
Co 3:18; (3) Gl 5:22,23
Art. 18º - Da União do Crente com Cristo e do Poder para o
Seu Serviço - Aqueles que tem o Espírito de Cristo estão
unidos com Cristo(4), e como membro do seu corpo
recebem a capacidade de servi-Lo(5). Usando desta
capacidade, procuram viver, e realmente vivem, para a
glória de Deus, seu Salvador(6).(4) Ef 5:29,30 ( 5) Jo 15:4,7
(6) I Co 6:20
Art. 19º - Da União do Corpo de Cristo - A Igreja de Cristo
no céu e na terra é uma(7) só e compõe-se de todos os
sinceros crentes no Redentor(8), os quais foram escolhidos
por Deus, antes de haver mundo(9), para serem chamados e
convertidos nesta vida e glorificados durante a
eternidade(10). (7) Ef 3:15; (8) I Co 12:13; (9) Ef 1:11; (10)
Rm 8: 29,30.
Art. 20º - Dos Deveres do Crente - É obrigação dos
membros de uma Igreja local, reunirem-se:
(1) para fazer oração e dar louvores a Deus, estudarem sua
Palavra, celebrarem os ritos ordenados por Ele, valerem um
dos outros e promoverem o bem de todos os irmãos;
receberem
(2) entre si como membros aqueles que o pedem e que
parecem verdadeiramente filhos de Deus pela fé; excluírem
(3) aqueles que depois mostram a sua desobediência aos
preceitos do Salvador que não são de Cristo; e procurarem o
499
500
auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus
passos
(4).(1)Hb 10:25; (2) Rm 14:1; (3) I Co 5:3-5; (4) Rm
8:5,16.
Art. 21º - Da Obediência dos Crentes - Ainda que os salvos
não obtenham a salvação pela obediência à lei senão pelos
merecimentos de Jesus Cristo(5), recebem a lei e todos os
preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta
sua vontade sobre o procedimento dos remidos(6) e
guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se si
acharem salvos de graça(7).(5) Ef 2:8,9; (6) I Jo 5:2,3; (7)
Tt 3:4-8.
Art. 22º - Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito
- Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecerem
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo(8),
que é o Mestre(9), Pontífice(10) e Único Cabeça de sua
Igreja(1); mas como Governador de sua casa(2) estabeleceu
nela diversos cargos(3) como de Pastor(4), Presbítero(5),
Diácono(6), e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com
talentos próprios, aos que ele quer para cumprirem os
deveres desses ofícios(7), e quando existem devem ser
reconhecidos pela igreja e preparados e dados por Deus(8).
(8) I Pe 2:5-9; (9) Mt 23:8-10; (10) Hb 3:1; (1) Ef. 1:22; (2)
Hb 3:6; (3) I Co 12:28; (4) Ef 4:2; (5) I Tm 3:1-7; (6) I Tm
3: 8-13; (7) I Pe 5:1; (8) Fl 2:29.
Art. 23º - Da Relação de Deus para com Seu Povo - O
Altíssimo Deus atende as orações(9) que, com fé, e, em
500
501
nome de Jesus, único Mediador(10) entre Deus e os
homens, lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os
louvores(1) e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito
aos Seus(2). (9) Mt 18:19; (10) I Tm 2:5; (1) Cl 3:16,17; (2)
Mt 25:40,45; (3) Hb 10:1; (4) At 10:47,48; (5) Mt 26:26-28.
Art. 24º - Da Cerimônia e dos Ritos Cristãos - Os ritos
judaicos, divinamente instruídos pelo Ministério de Moisés ,
eram sombras dos bens vindouros e cessaram quando os
mesmos bens vieram(3): os ritos cristãos são somente dois:
o batismo com água(4) e a Ceia do Senhor(5).
Art. 25º - Do Batismo com Água - O batismo com água foi
ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do
batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador , quando
envia o Espírito Santo para regenerar o pecador(6). Pela
recepção do batismo com água, a pessoa declara que aceita
os termos do pacto em que Deus assegura as bênçãos da
salvação(7). (6) Mt. 3:11; (7) At 2:41
Art. 26º - Da Ceia do Senhor - Na Ceia do Senhor foi
instituída pelo Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho
representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi
morto e o sangue derramado no Calvário(8); participar do
pão e do vinho representa o fato de que a alma recebeu seu
Salvador. O crente faz isso em memória do Senhor, mas é
da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto a
sua fé, seu amor e o seu procedimento(9). (8) I Co 10:16;
(9) I Co 11:28,29.
501
502
Art. 27º - Da Segunda Vinda do Senhor - Nosso Senhor
Jesus Cristo virá do céu como homem(10), em Sua própria
glória(1) e na glória de Seu Pai(2), com todos os santos e
anjos; assentar-se-á no trono de Sua glória e julgará todas as
nações. (10) At 1:11; (1) Mt 25:31; (2) Mt 16:27
Art. 28º - Da Ressurreição para a Vida ou para a
Condenação - Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz
do Filho de Deus e ressuscitarão(3); os mortos em Cristo
ressurgirão primeiro(4); os crentes que neste tempo
estiverem vivos serão mudados(5), e sendo arrebatados
estarão para sempre com o Senhor(6), os outros também
ressuscitarão, mas para a condenação(7). (3) Jo 5:25-29; (4)
I Co 15:22,23;(5) I Co 15:51,52; (6) I Ts 4:16; (7) Jo 5:29.
Partindo daqui analisaremos agora as
Pentecostais Históricas que será encabeçada pela:
Igreja
8.1.4 - ASSEMBLÉIA DE DEUS
A Assembléia de Deus é uma comunidade
protestante, seguindo
os princípios da Reformada
Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16,
contra a Igreja Católica. Cremos que qualquer pessoa pode
se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na
cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com
Jesus. Embora sejamos menos formais em nossa adoração a
Deus do que muitas denominações protestantes, a
Assembléia de Deus se identifica com eles na
502
503
fundamentação bíblica-doutrinária, com exceção da
doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18).
A Assembléia de Deus é uma igreja evangélica
pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a
Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se
comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo,
conformando-se plenamente com as reivindicações da
Grande Comissão.
A doutrina que distingue as Assembléias de Deus
de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito
Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no
Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como
estão registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder
para testemunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra
de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e
pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos
1.4,8; 8.15-17).
As Assembléias de Deus crêem que quando o
Espírito Santo é derramado, ele enche o crente e fala em
línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no
Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção
pentecostal seja distintiva, a Assembléia de Deus não a tem
como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).
O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no
sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no
Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança
503
504
na segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua
missão, a Assembléia de Deus não prevalece do fato de ter,
segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito
milhões de membros. Apesar de sua força e penetração
social, optou por agir profética e sacerdotalmente. Se por
um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por outro,
não pode descuidar de suas responsabilidades intercessórias.
a) Sua estrutura Administrativa
As igrejas Assembléias de Deus atuam em cada
lugar sem estarem ligadas administrativamente à uma
instituição nacional. A ligação nacional entre as igrejas é
feita através dos seus pastores que são filiados à Convenção
Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), com
sede no Rio de Janeiro.
Em cada Estado os pastores estão ligados à
convenções regionais ou a ministérios. Essas convenções,
em geral, credenciam evangelistas e pastores, cuidam de
assuntos da liderança e de direção das igrejas. Essas
convenções operam um tipo de liderança regional entre a
igreja local e a Convenção Geral.
A CGADB é dirigida por uma Mesa Diretora,
eleita a cada dois anos numa Assembléia Geral. Para várias
áreas de atividades da Assembléia de Deus a CGADB tem
um conselho ou uma comissão. Desta forma, existem o
Conselho Administrativo da Casa Publicadora (CPAD), o
Conselho de Educação e Cultura Religiosa, o Conselho de
504
505
Doutrinas, o Conselho Fiscal, o Conselho de Missões, a
Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), e a Escola de
Missões das Assembléias de Deus (EMAD).
Sendo uma comunidade de fé, serviço e
adoração, a Assembléia de Deus não pode furtar-se às suas
obrigações – proclamar o Evangelho de Cristo e promover
espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. Somente
assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como
agência do Reino de Deus.
As Assembléias de Deus não são a única igreja.
Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para
Ele. Nos cenários brasileiro e mundial somos uma das
muitas denominações comprometidas em conduzir crianças,
adolescentes, jovens e adultos a Cristo.
As orações nas Assembléias de Deus alegam seus
fiéis, é que sejam usados por Deus para ajudar os perdidos e
propiciar um ambiente onde o Espírito Santo possa realizar
sua obra especial na vida dos que crêem.
Se você ainda não pertence à uma igreja,
queremos lhe convidar a adorar a Deus em Espírito e em
verdade, numa de nossas igrejas (João 4.24).
b) O início da Igreja Assembléia de Deus
Daniel Berg e Gunnar Vingren". Pouco tempo
depois, Gunnar Vingren participou de uma convenção de
igrejas batistas, em Chicago. Essas igrejas aceitaram o
505
506
Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu outro jovem
sueco que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também
fora batizado com o Espírito Santo.
Após uma ampla troca de informações,
experiências e idéias, Daniel Berg e Gunnar Vingren
descobriram que Deus os estava guiando numa mesma
direção, isto é: o Senhor desejava enviá-los com a
mensagem do Evangelho a terras distantes, mas nenhum dos
dois sabia exatamente para onde seriam enviados.
Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar o
pastor Vingren em South Bend. Durante aquela visita,
quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor
lhes falou, através de uma mensagem profética, que eles
deveriam partir para pregar o Evangelho e as bênçãos do
Avivamento Pentecostal. O lugar tinha sido mencionado na
profecia: Pará. Nenhum dos presentes conhecia aquela
localidade. Após a oração, os dois jovens foram a uma
biblioteca à procura de um mapa que lhes indicasse onde o
Pará estava localizado. Foi quando descobriram que se
tratava de um estado do Norte do Brasil”.
Primeira Igreja. No início do século XX, apesar
da presença de imigrantes alemães e suíços de origem
protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas
evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que
totalmente católico.
506
507
A origem das Assembléias de Deus no Brasil está
no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de
1900, início do século 20, especialmente na América do
Norte.
Os participantes desse reavivamento foram cheios
do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os
seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes,
no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim, eles
foram chamados de “pentecostais”.
Exatamente como os crentes que estavam no
Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20
falaram em outras línguas que não as suas originais quando
receberam o batismo no Espírito Santo. Outras
manifestações
sobrenaturais
tais
como
profecia,
interpretação de línguas, conversões e curas também
aconteceram (Atos cap. 2).
Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram
a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém
poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam
para iniciar um movimento que alteraria profundamente o
perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação
de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da
Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e
dos dons espirituais. As igrejas existentes na época – Batista
de Belém do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista,
ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos
missionários, principalmente por causa de alguns irmãos
507
508
que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã
Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho
de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo no
Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com
outros irmãos.
O clima ficou tenso naquela comunidade, pois
um número cada vez maior de membros curiosos visitava a
residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de
oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram
sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a
se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18
de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida
como Assembléia de Deus.
Segunda Igreja. Em poucas décadas, a
Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde
nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até
alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio
de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.
Em virtude de seu fenomenal crescimento, os
pentecostais começaram a fazer diferença no cenário
religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou
para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia
vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.
8.1.5 - PENTECOSTAL DO BRASIL
508
509
Foi fundada em 1956 por Manoel de Melo, exmembro das Assembleias de Deus e consagrado pastor pela
Igreja do Evangelho. Quadrangular. Era dono de um grande
carisma. Manteve vários programas radiofônicos que foram
um meio eficiente para a expansão da igreja.
8.1.6 - EVANGELHO QUADRANGULAR
Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil. Foi
fundada em 1951 pelo missionário Harold Willians, na
cidade de Poços de Caldas. Em 1952 a igreja chegava a São
Paulo, através de campanhas evangelísticas no bairro do
Cambuci, que logo passaram a ser realizadas numa tenda. A
partir daí o movimento cresceu, as tendas saíram
peregrinando pelo país numa onda contagiante e cada tenda
era a certeza da implantação de uma nova igreja.
8.1.7 - PENTECOSTAL DEUS É AMOR
Igreja Pentecostal Deus é Amor. Foi fundada no
dia 3 de junho de 1962, pelo missionário David Martins
Miranda. Chegou a 8.140 igrejas locais, espalhadas pelo
Brasil e mais em 136 países.
8.1.8 - CONGREGAÇÃO CRISTÃ.
Foi fundada em 1910, pelo italiano Luigi
Francescon, antigo membro da Igreja Presbiteriana Italiana
de Chicago, EUA, e teve grande desenvolvimento no Brasil.
Esta denominação, porém, é considerada como seita pelos
509
510
evangélicos devido aos seus inúmeros desvios doutrinários:
o uso do véu, não aceitação do ministério pastoral, pregam
contra o dízimo e afirmam que só nessa igreja é que o
homem pode ser salvo. E são extremamente críticos quanto
às demais igrejas.
8.1.9 - IGREJA DE NOVA VIDA.
Fundada pelo Bispo Walter Robert McAlister,
de nacionalidade canadense, que veio para o Brasil, Rio de
Janeiro, onde implantou uma grande obra de evangelização
conhecida como Cruzada de Nova Vida. A Igreja de Nova
Vida nasceu de um programa de rádio, A Voz da Nova
Vida, transmitido pela primeira vez, em 1 de agosto de
1960, pela Rádio Copacabana do RJ. Depois começaram
fazer seus cultos na Associação Brasileira de Imprensa. A
mensagem desse missionário era voltada para a cura e
libertação, o que despertou interesse de muitos e avanço da
denominação.
8.2 - IGREJAS RENOVADAS
Renovadas são aquelas que procederam das
denominações
históricas,
conservando
traços
administrativos e teológicos das igrejas mães. As
denominações se formaram porque muitos pastores e líderes
510
511
abraçaram a renovação espiritual e desligaram-se de suas
igrejas de origem. Outros, entretanto, foram excluídos de
suas igrejas.
8.2.1
- IGREJA METODISTA WESLEYANA.
Foi fundada por um grupo de ministros e leigos
que militavam na Igreja Metodista do Brasil. As razões que
deram origem à Igreja basearam-se na doutrina do batismo
com o Espírito Santo como sendo uma segunda bênção para
o crente e na aceitação dos dons espirituais. No dia 5 de
janeiro de 1967, por ocasião do Concílio da Igreja
Metodista do Brasil, realizado na cidade de Nova Friburgo
(RJ), foi fundada a Igreja Metodista Wesleyana, aceitando
como forma de governo o centralizado com o conselho
geral, seguindo em linhas gerais o regime metodista.
O movimento que culminou com o surgimento
da Igreja Metodista Wesleyana começou em 1962, quando
alguns ministros e leigos começaram a ser despertados para
a obra de renovação espiritual. Em 1964 o grupo começou a
ter contato com grupos de diversas denominações
renovadas. Alguns membros do grupo começaram a ser
batizados com o Espírito Santo. Eram constantes as vigílias
nos montes, as reuniões de oração e os retiros. Em 1966 o
grupo recebeu uma circular proibindo orações com
imposição de mãos, expulsar demônios, cantar corinhos e
fazer vigílias constantes. No final da carta havia a seguinte
alternativa: se o grupo não obedecesse às normas da Igreja
Metodista do Brasil, todos deveriam deixar suas fileiras.
511
512
8.2.2 - IGREJA BATISTA NACIONAL.
Nos anos 60, líderes batistas, dentre os quais o
Pr. Enéas Tognini, foram alcançados pelo avivamento. Em
janeiro de 1965, na cidade de Niterói, a Convenção Batista
Brasileira excluiu cerca de 32 igrejas de seu rol. No ano
seguinte o número de igrejas desarroladas chegou a 52. Em
1966, foi criada a Associação Missionária Evangélica, que
agregava as igrejas desligadas da Convenção Batista e
outras. Em julho de 1967 os Estatutos da AME foram
reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e
cada qual se organizou de acordo com suas características
históricas. Em 16 de setembro de 1967 a AME passou a se
chamar Convenção Batista Nacional.
8.2.3 - IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO
BRASIL.
A IPRB foi organizada em 8 de janeiro de 1975,
em Maringá, PR, fruto da fusão de duas igrejas oriundas de
denominações históricas: a Igreja Cristã Presbiteriana e
Igreja Presbiteriana Independente Renovada. Crescendo
rapidamente, hoje possui igrejas em quase todos os Estados
e em diversos países. Possui uma agência de missões
(Mispa), dois seminários e a Editora Aleluia.
8.3 - IGREJAS NEOPENTECOSTAIS
512
513
As igrejas neopentecostais começaram a surgir
no Brasil no início dos anos 80. Nessas denominações, há
forte centralização de poder nas mãos do líder. Geralmente
há uma ênfase na Teologia da Prosperidade.
Neopentecostalismo é o nome que se dá aos
pentecostais da terceira geração. São assim chamados
porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da
segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo.
Não se apegam à questão de roupas, de
televisão, de costumes, e têm um jeito diferente de falar
sobre Deus. Dualizam o mudo espiritual dividindo-o entre
Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente
tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a
prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de
Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e
sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos
objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos
pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas
com as doutrinas das religiões orientais, tais como SeichoNo-E, induísmo e budismo. Para eles o crente não pode
sentir dor, ser pobre ou estar fraco.
Este movimento começou no início da década
de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de
rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e
milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e
telespectadores geralmente são recrutados para dentro de
513
514
suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso
certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.
Os neopentecostais são menos exigentes em
termos éticos que as igrejas protestantes tradicionais. Seus
cultos apelam bastante para as emoções. São exemplos de
grupos neopentecostais: Igreja Universal do Reino de Deus,
fundada por Edir Macedo, em 1977; Igreja Internacional da
Graça de Deus, Comunidade Sara Nossa Terra e Igreja
Renascer em Cristo.
Graças ao seu evangelismo ativo, o
movimento pentecostal levou milhares de pessoas a se
render ao Senhor Jesus. Isso tem produzido grande
crescimento no reino de Deus no Brasil e fora do Brasil. Em
toda a parte do mundo hoje há missionários brasileiros.
Além disso, levou as pessoas a um maior desejo de
santidade, a um testemunho real de sua fé. Segundo as
últimas pesquisas, dez por cento da população brasileira
pertencem a uma igreja pentecostal.
As primeiras manifestações pentecostais
podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo
foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que
entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas
manifestações podem ou não ser verdadeiras".
Aliás, neste livro queremos apenas ressaltar o
Aspecto Comportamental do crente nas varias
denominações existente no Brasil e que serve de orientação
514
515
para todos aqueles que desejam saber um pouco sobre os
ramos religiosos e como um verdadeiro crente se comporta
no Mundo. Não tecemos juizo de valor sobre nenhuma
doutrina, isso é matéria para outro livro. Portanto, expomos
os Movimentos a título de conhecimento e você julgue por
si mesmo a que segmento doutrinário quer seguir. Se as
Igrejas
Histórica
Reformadas,
Pentecostais
ou
Neopentecostais.
Seguindo com nossa exposição, temos entre as
Igrejas Neopentecostais a:
8.3.1 – UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
Fundação: 1977
História e doutrina: Principal igreja do fenômeno
neopentecostal brasileiro, foi fundada pelo bispo Edir
Macedo, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Segue os
preceitos gerais do cristianismo. Em seus cultos diários,
estimula-se a doação do dízimo e é comum a prática do
exorcismo. Aposta na mídia eletrônica para atrair fiéis. É
dona da Rede Record de televisão (ABERTA), entre outras
emissoras de rádio e TVs.
Fiéis no Brasil: 5.200.000-(Dados de 2013)
Templos: 13.000
Número médio de fiéis que frequentam cada templo: 400
515
516
8.3.2 - IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE
DEUS
Fundação: 1980
História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal,
foi fundada no Rio por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do
bispo Edir Macedo. Suas pregações e rituais, repletos de
curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas
emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a
igreja arrebanhe seus fiéis.
Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis
Templos: Dados não disponíveis
Número médio de fiéis que frequentam cada templo: Dados
não disponíveis
8.3.3 – IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS
Fundação: 1998
História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal,
foi fundada no Rio pelo Bispo Valdomiro Santiago. Suas
pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos, podem
ser acompanhadas em diversas emissoras de televisão, que
vendem seus horários para que a igreja arrebanhe seus fiéis.
Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis
Templos: construiu uma megatemplo para 150 mil pessoas
em São Paulo.
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados
não disponíveis.
8.3.4 - IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM
CRISTO
Fundação: 1986
516
517
História e doutrina: Uma das neopentecostais em que o
incentivo à busca da prosperidade material é mais evidente,
a Renascer foi fundada em São Paulo. Tendo como público
alvo a classe média urbana, trouxe novidades para os cultos
evangélicos, como o rock gospel e as festas jovens dentro
dos templos. A exemplo de suas congêneres, se mantém à
base de doações sistemáticas de seus fiéis.
Fiéis no Brasil: 120.000
Templos: 870
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 138
8.3.5 - COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA NOSSA
TERRA
Fundação: 1992
História e doutrina: Surgida em Brasília, ganhou
notoriedade depois de conquistar fiéis entre as celebridades
e as classes mais abastadas do país. Apesar de seguir os
preceitos básicos do cristianismo e de promover rituais de fé
exaltados, é tolerante no que diz respeito a hábitos
controversos e normas morais pouco rígidas.
Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis
Templos: 650
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados
não disponíveis
Embora o Brasil seja, de longe, o maior país
pentecostal do mundo, o fenômeno não é exclusividade
nacional. Por ser o berço desta tradição religiosa, os Estados
517
518
Unidos ainda concentram a segunda maior massa
pentecostal do mundo: quase seis milhões, ou perto de 2%
de sua população.
Quando se trata de evangélicos de forma geral, os
americanos nos superam em larga margem: são 44 milhões
nos EUA, contra 27,6 milhões no Brasil. Tirante os dois
gigantes, o continente onde encontram-se mais evangélicos
é a África. Só na Nigéria são mais de 25 milhões, seguidos
pelos 10,3 milhões da Etiópia e os 9,4 milhões do Quênia.
Na Ásia, os evangélicos representam mais da metade da
população da Coréia do Sul, sendo um quarto deles de
pentecostais, e também prosperam na Índia (11 milhões,
pouco se comparado à maioria hinduísta do país) e na
Indonésia (5,3 milhões). Entre os latino-americanos,
destacam-se as massas evangélicas da Argentina, com 2,5
milhões de religiosos quase todos pentecostais e do México
com 2,4 milhões.
Toda esta presença internacional tem estimulado
muitas das igrejas evangélicas brasileiras a abrir filiais no
exterior. A Igreja Universal do Reino de Deus possui sede
em todos os continentes do planeta - está em 70 países. A
Internacional da Graça de Deus, do telepastor R.R. Soares
vai pelo mesmo caminho: já chegou aos Estados Unidos, ao
México e ao Japão. E dentre as mais antigas, a Assembléia
de Deus possui endereços nas Américas, na Ásia e na
Europa.
8.3.6 – IGREJAS EM CELULAS
518
519
Muitas Igreja brasileiras estão, aderindo a este
novo sistema de Evangelização, conhecido como o G-12, ou
Grupo dos doze. Que consiste em formar pequenas celulas
de estudo bíblico nos lares, sob o comando de um casal de
líder de celulas e um casal de vice-líder e convida os
vizinhos para assistirem as reuniões e fazerem parte de sua
célula como seus Timóteo (aprendizes) até que possam
formar o número de doze membros e só assim, passar a
formar uma outra célula dirigida pelo casal auxiliar da
primeira célula. Aumentando exponencialmente o número
de membros da Igreja.
O nome célula é usado em virtude de seu
crescimento ser similar ao das células de um corpo humano
em crescimento. Uma criança cresce pela multiplicação
constante das células de seu corpo. A falta de crescimento
indica que alguma coisa está errada e necessita de correção.
Assim uma Igreja também deve ter crescimento pela
multiplicação rápida de suas células e só parar de crescer
quando estiver madura e pronta para as bodas do Cordeiro,
no arrebatamento.
Igrejas com células e Igrejas em células
Há uma diferença muito grande entre uma Igreja
com células e uma Igreja em células. Uma Igreja não pode
misturar os padrões tradicionais da vida da Igreja com as
estruturas de grupos celulares e ser bem sucedida.
519
520
A Igreja com células tem seus pequenos grupos
como mais um programa, mais uma atividade interessante
para incentivar o evangelismo e dar funções e cargos às
pessoas. As células nessas Igrejas não têm a prioridade, e os
ministérios não fluem das células, nem há um compromisso
sério com elas. Muitas vezes os líderes são dispensados das
células para exercerem com "mais eficiência" outras
"atividades". Essa Igreja continua com seus programas de
entretenimento para os seus membros e os de outras Igrejas.
Uma Igreja em células passou por uma reforma
radical em toda a sua teologia e estrutura, e baseia nos
pequeno grupos o foco central de sua vida e alcance
evangelísticos. As células se constituem prioridade sobre
programas e ministérios. O louvor dos cultos de celebração
são conduzidos pelas lideranças celulares. É nas células que
as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e
espirituais, necessitados recebem beneficência, os feridos e
traumatizados a cura, os laços conjugais são restaurados. Os
programas de entretenimento dão lugar à campanhas de
evangelismo pessoal e eventos de colheita de almas
preciosas.
1. O que não são células:
• Não são cópias de cultos:- Não é mais um culto realizado
nas casas dos irmãos, onde uma ou duas pessoas dirigem
tudo e as demais ouvem passivamente. Nas Igrejas
modernas apenas um pequeno grupo de no máximo 10 a
520
521
15% desempenham todas as tarefas, nada sobrando para os
demais.
• Não são "Koinonites", ou reuniões de clubes fechados
onde os membros perdem a visão da Grande Comissão:"Ide (ou indo) por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
a criatura", do ganhar almas para o reino de Deus,
procurando apenas a "edificação e comunhão próprias".
Muitas vezes procuram só se aprofundar na palavra, como
fazem as "organizações de treinamento", tais quais "tatus"
se aprofundam e somem na terra, como diz o Pr. Roberto
Lay.
• Não são "igrejinhas", competindo com os outros grupos,
"roubando-lhes" os membros, e chegando o momento de se
subdividir para a multiplicação do corpo de Cristo,
recusam-se alegando vários motivos.
• Não são mais um programa da igreja. São a vida da
própria Igreja ganhando almas lá onde elas estão.
2. O que são células:
• São os pequenos grupos se reunindo, nos lares
principalmente ou em outros lugares pré-determinados,
onde o líder é o que serve coordenando (facilitando) os
trabalhos, que contam com a participação de todos.
521
522
8.4 – No debate apologético
Há um crescimento significativo no número
de fiéis no meio evangélico, e esse aumento traz junto uma
notoriedade nunca antes vista sobre os cristãos em nossos
pais, “enquanto éramos uma maioria de católicos estava
tudo na santa paz”. Mais com o despertar do protestantismo,
surge uma gama enorme de problemas no meio evangélico.
Não é de hoje que temos que lidar com a
acusação de que “pastor só está interessado no dinheiro dos
fiéis”. “Esses crentes fazem lavagem cerebral no povo”. “A
teologia da prosperidade é a nova onda de evangelismo”.
Em 1º lugar eu devo dizer que não se deve julgar todo o
povo evangélico por causa de Pastores televisivos. Em 2º
Lugar dizer: Eles não representam a essência do
Cristianismo. Em 3º Lugar, sou Pastor mais não comungo a
mesma sede por dinheiro, status e poder de tais Pastores. 4º
Embora esse evangelismo esteja na mídia ela não é a única
forma de evangelismo.
O Brasil é grande demais: O povo cristão
convive com centenas de ministérios diferentes, que vão
desde pequenas à grandes diferenças. Então não há como
colocar todos num mesmo cesto e dizer eis aqui os
evangélicos do Brasil. Independente de qual seja a
congregação o fiel tem sempre ou quase sempre o mesmo
foco. Servir a Deus, e Jesus Cristo é o caminho que conduz
a Deus. Mais devido a tantas congregações existentes eu
522
523
terei aqui a ousadia de abrir os olhos daqueles que desejam
servir a Cristo e somente a ele.
8.4.1 – Ateus
Os ateus são pessoas inteligentes e perspicazes,
sendo que muitos já foram religiosos fervorosos. Assim, há
uma grande probabilidade de, ao invés de convertê-lo, você
acabe sendo convertido, o que poderá gerar muitos
problemas emocionais e psicológicos e danos ao seu modo
de vida e à forma como você vê a vida. A base das
convicções ateístas são a ciência e filosofia. Os ateus
geralmente passam muitos anos de suas vidas dedicando-se
ao estudo de disciplinas como história, astrofísica, biologia
e psicologia. Portanto, se você não possui tais
conhecimentos de maneira aprofundada, é possível que seus
argumentos sejam sistematicamente derrubados. Ao mesmo
tempo, a religião é a base do equilíbrio emocional de muitas
pessoas. Ao conversar com um ateu, tome cuidado para não
ser como o lenhador que acaba sendo esmagado pela árvore
que deseja cortar.
Pense em como você reagiria se alguém
tentasse persuadí-lo a rejeitar suas crenças. Se um amigo
estiver interessado em falar com você a respeito de fé e
religião, faça isso de maneira gradual e em ocasiões
mutuamente convenientes. Nunca exponha seus pontos de
vista a alguém que não queira ouvi-la, ou você irá
certamente passar uma má impressão.
523
524
Muitos ateus podem não considerar seu sistema pessoal de
crenças como parte negociável de sua pessoa. Eles estão
mais preocupados com seu comportamento, em ser uma boa
pessoa, do que em saber a "fé" ou ideologia da qual se
origina essa ação.
Converse sempre em um tom agradável,
amistoso e jamais julgue. Ao invés de tentar converter
alguém às suas crenças religiosas ao vencer uma discussão,
os cristãos acreditam que o mais importante é mostrar ao
outro uma amizade incondicional. Esse simples ato pessoal
e carinhoso é o que pode realmente atrair os demais. Nós
podemos vê-los como "almas", mas o que eles querem é
admirar e serem admirados/amados.
Certamente o meio de um debate não é a
melhor hora para tentar persuadir alguém a acreditar em sua
fé. Da mesma forma, fazer isso em um local de trabalho,
numa mesa de jantar ou em meio a um grande grupo de
pessoas não é a melhor opção para discutir suas crenças
com um descrente. Se o assunto vier à tona, reserve outro
momento para discutí-lo em profundidade e com mais
privacidade (em uma mesa de cozinha, uma cafeteria ou um
parque, por exemplo).
Nunca sobrecarregue um amigo descrente com
os seus pontos de vista ou tente ignorar suas argumentações.
Deixe a discussão seguir seu curso natural e tente não fazer
com que a conversa se torne inconveniente, de modo a se
tornar um confronto nada amigável.
524
525
Sempre que você estiver discutindo questões
de fé, é de extrema importância ter uma conversa genuína,
não uma troca de acusações, argumentos ofensivos ou
sermões. Se você espera convencer alguém a acreditar em
seu ponto de vista, a primeira coisa a se fazer é estar pronto
para demonstrar um interesse genuíno pelo ponto de vista
da outra pessoa. Se você perceber que está falando muito
mais do que ouvindo o outro pacientemente, provavelmente
você não estará tendo uma conversa genuína ou aceitável.
Não se trata apenas de bombardear retóricas em território
inimigo, é apenas uma conversa com alguém que você gosta
o suficiente para discutir com ele a sua razão de sua fé.
Seja franco e honesto em todos os momentos.
Se você deixar que intensas emoções aflorem e direcionem
a conversa, você poderá acabar causando danos irreparáveis
à sua amizade. A conversa deve sempre ser civilizada,
positiva e cordial. Nunca seja rude com seu amigo ou acuseo de mentir, de ser preconceituoso ou dizer coisas
maliciosas para provar que está certo.
A melhor maneira de deixar alguém
interessado no cristianismo é apresentar como sua fé
satisfaz sua vida pessoal. Mostre a vida cristã de uma forma
atraente para as pessoas e elas ficarão mais interessadas e
curiosas para saber mais sobre como você vive.
Você não estará discutindo fatos e sim fé. A
maneira correta de se fazer isso é não tentando persuadi-los
525
526
ou incitá-los a se converter ou envolvê-los em um debate
competitivo sobre as virtudes de sua fé.
8.4.2 - Espiritismo
Temos que ter em conta que no discernimento
dos espíritos, seja como dom comum da inteligência
ilustrada pela doutrina, seja como dom carismático
infundido pelo Espírito Santo, são três as categorias
possíveis: coisas que vem de Deus, coisas que vem dos
homens, coisas que vem do demônio. O espiritismo é uma
categoria muito vasta que engloba muitas coisas.
É claro que segundo a Verdade Revelada tanto
a evocação dos espíritos dos mortos, como as práticas de
adivinhação e magia, como também a adoração de outros
deuses é algo condenável e pecaminoso. Porém, sabemos
que a inteligência humana obscurecida pelo pecado original
não pode conhecer plenamente a verdade sem a luz da
revelação e da graça de Deus. Creio que algumas
manifestações do dito "espiritismo" pode ter a ver com uma
busca, por vezes até mesmo sincera, do homem que não
conhece Cristo, mas possui naturalmente um sentimento
religioso.
Outros, certamente, procuram as práticas
"espíritas" por ganância, sede de poder, busca egoística dos
próprios interesses, etc. Ou seja, por sua própria maldade.
526
527
As doutrinas espíritas são, em minha opinião,
frutos destas duas fontes, posto que não se baseiam
exatamente em uma revelação, mas em uma dita
"experiência psicológica ou espiritual". É difícil dizer, de
modo geral, que o demônio tenha participação em todas
estas experiências.
Assim, é verdade que o Demônio,
aproveitando-se da ingenuidade e maldade do coração
humano pode utilizar-se destas pessoas e, em alguns casos,
posso testemunhar que isto se deu e com consequências
nefastas. Porém tenho também conhecimento de casos
concretos onde a doutrina espírita foi uma verdadeira
preparação evangélica: despertou o sentimento religioso de
pessoas que posteriormente conheceram, inclusive por tal
doutrina, o evangelho e hoje são verdadeiros cristãos.
Dizer que algo "é do demônio" no púlpito,
por exemplo, como nos perguntou nosso amigo Willian,
pode ser contraproducente para aqueles que vivem
sinceramente uma religião que julgam boa, em uma
verdadeira busca de Deus; e ineficaz para aqueles que, por
sua maldade, sabem exatamente onde estão indo e o que
querem, ou quiseram, este caminho.
Muito mais eficaz é suscitar dúvidas que
levem tais indivíduos a questionar-se, levando inclusive a
uma conversa pessoal, sobre os valores espíritas.
527
528
A experiência que tenho é que a doutrina
espírita se combate "corpo-a-corpo", com amizade e
cuidado. Os "embates públicos" não ajudam muito. De
modo que, se um espírita kardecista, por exemplo, me
pergunta se o espiritismo é do demônio, eu conversaria com
ele para que juntos chegássemos a conclusão de que "sim, é
do demônio". Só deste modo ele teria argumento suficiente
para decidir (isso mesmo!) se quer continuar no espiritismo
ou não, ou melhor, se quer seguir a Jesus Cristo ou não.
Embora esteja claro e patente que o
Espiritismo defende doutrina que a Palavra de Deus
condena como: Consulta aos Mortos, reencarnação, a
presença do homem na Terra antes de Adão, nega a
eternidade das penas, a existência do demônio, do
purgatório e do fogo do Inferno.
A prática de consultar mortos é antiga e
quando foi para os israelistas entrarem na Terra Prometida,
Deus alertou sobre povos que habitavam aquelas regiões.
Alguns desses povos tinham pessoas que se comunicavam
com mortos. Independente de questionar se os espíritos
eram ou não aqueles que diziam ser, a prática de se
comunicar com eles foi proibida e foi considerada por Deus
como abominação. Isso não mudou. Isso é abominação a
Deus. Pelo menos, se a pessoa quer seguir a Bíblia, como
fonte de verdade, deve abominar isso. A discussão de quem
são ou quais as origens dos espíritos que se comunicam com
pessoas é um segundo passo. O primeiro passo é mostrar
que a doutrina espírita, em suas várias ramificações,
principalmente quanto a principal prática deles (comunicar528
529
se com mortos ou desencarnados) é proibida por Deus e é
abominação ao Senhor Nosso Deus.
Como Evangélicos respeitamos a posição
dos Espíritas, em sua liberdade de expressão e culto,
compreendemos seus dogmas, que somos livres para
escolher em que cremos, entretanto à luz dos ensinamentos
da Bíblia, não aceitamos e nem concordamos com essa
prática. Porque vai de encontro as ordens de Deus em (Dt
18.10-12), que diz: 10. Que entre o teu povo não se
encontre alguém que queime seu filho ou filha, nem que
faça presságio, oráculo, adivinhação ou qualquer tipo de
magia, 11. ou que pratique encantamentos; nem que seja
médium, consulte os espíritos ou invoque os mortos. 12. O
SENHOR odeia quem pratica qualquer dessas
abominações, e é justamente por causa desses pecados que
Yahweh teu Deus vai expulsar aquelas nações em teu
favor.…
8.4.3 – Seitas e Heresias
Temos estudado a palavra de Deus nos últimos
anos e observado como as seitas e heresias crescem a cada
dia. As seitas, no conceito que adotamos, crescem em
números de adeptos e as heresias, além das contidas no
arcabouço doutrinário das próprias seitas, enchem
diariamente os bancos de nossas igrejas cristãs.
529
530
O que vemos, em termos de heresias, é a total e
descabida falta de conhecimento bíblico. Jesus disse (Mt
22.29) que nós erramos em não conhecermos nem as
escrituras e nem o poder de Deus. Por exemplo, é comum
pessoas se auto-intitularem apóstolos sem exercer tal
ministério. Isso, por si só, é mentira e desonestidade. Tem
igrejas que se estribam em símbolos judaicos, quando não
somos mais judeus, nem gregos, nem servos (I Co 12.13),
tem igrejas que condenam o uso de salões para se fazer
reuniões, tem igrejas que se arvoram como donas das
revelações, tem cantores que se passam por profetas e falam
as coisas mais estranhas e fora da Bíblia, especialmente
quando desconhecem a própria palavra de Deus, enfim, tudo
se torna um simples reflexo da falta de conhecimento
bíblico.
Mas, o que me leva a escrever neste momento é
que as seitas, assim como as próprias heresias inseridas nas
igrejas cristãs, não resistem muitas vezes a um único
versículo, quando muito a dois,que contém a mesma ideia.
Um único versículo consegue derrubar poderosas seitas,
devido à simplicidade que existe na palavra de Deus.
Paulo escreveu em II Co 11.3: “Mas temo que,
assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia,
assim também sejam de alguma sorte corrompidos os
vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em
Cristo.” Ora, ser simples é ser Cristocêntrico. É estar na
verdade. Mas como os sentidos são corrompidos, alguns
não conseguem ter a revelação da simplicidade. A
530
531
simplicidade é vencida por um coração duro e também pela
mentira. Paulo exorta-nos em II Co 4.4 que o diabo cega o
entendimento das pessoas e, por isso, elas se tornam
obcecadas em alguma mentira ou com alguma mentira. Por
isso que o conhecimento da Bíblia é fundamental. Serve
como escudo e proteção quando a mentira tenta criar
alguma raiz em nós.
Por exemplo, vejamos a seguir alguns dogmas
de seitas que apenas UM (ou dois) versículo já elimina a
possibilidade de tal movimento não ser uma seita (à luz
estrita da Bíblia Sagrada).
8.4.3.1 - MÓRMONS
NOME DA SEITA: Mórmons (A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos dias)
FATO OU DOGMA ENSINADO: O fundador do
Mormonismo alega ter recebido uma revelação, na qual o
Senhor instruiu a Igreja a dar ouvidos às suas palavras,
como se fossem do próprio Deus.
FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL
DOGMA: Livro Nosso Legado página 15 Edição 1996
VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O
DOGMA: Galátas 1.9
“Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também volo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do
que já recebestes, seja anátema.”(MALDITO).
8.4.3.2 – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
531
532
NOME DA SEITA: Testemunhas de Jeová
FATO OU DOGMA ENSINADO: É argumentado pelas TJ
que Jesus não ressuscitou com o seu corpo do sepulcro.
FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL
DOGMA: “..sua volta nunca poderia ser com o corpo
humano” (livro “Poderá viver… página143)
VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O
DOGMA: I Coríntios 15.17 E, se Cristo não ressuscitou, é
vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
8.4.3.3 – ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
NOME DA SEITA: Adventistas do Sétimo Dia
FATO OU DOGMA ENSINADO: A guarda do Sábado
FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL
DOGMA: “Santificar o Sábado ao Senhor importa em
salvação eterna” . (EG White; Testemunhos Seletos, vol.
III; Ed. Casa Publicadora; Tatuí – SP; 1956, pág.22).
VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O
DOGMA: Gálatas 4. 9 e 10 – Mas agora, conhecendo a
Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais
outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de
novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e
anos.
8.4.3.4 – CATOLICISMO ROMANO
NOME DA RELIGIÃO: Catolicismo Romano
532
533
FATO OU DOGMA ENSINADO: Intercessão de Maria
FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL
DOGMA: Dogmas católicos
VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O
DOGMA: I Timóteo 2.5
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo homem.
8,4.3.5 – ISLAMISMO
NOME DA RELIGIÃO: Islamismo
FATO OU DOGMA ENSINADO: O fundador do
Islamismo alega ter recebido nova revelação, na qual o seu
Deus (Allah) lhe transmite novas leis e doutrinas (Alcorão).
FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL
DOGMA: “Alcorão é a palavra de Allah, revelada a
Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos
Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à
humanidade.” Fonte: www.alcorao.com.br
VERSÍCULO OU IDEIA ÚNICA QUE DERRUBA O
DOGMA: Além de Gálatas 1.9, outro texto que derruba
tudo isso é Apoc 22. 18 e 19.
“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da
profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma
coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas
neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro
desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da
cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”.
533
534
Podemos, então, resumir essas idéias, para clarear
nossos pensamentos a respeito.
Se o mormonismo como um todo é baseado tão
somente nas novas revelações que teriam sido dadas a
Joseph Smith, logo, pela Bíblia, é anátema (maldição).
Pode-se argumentar o que quiser, tentar provar outras
doutrinas, mas se a base já está maldita, imagina o que se
seguirá.
Sobre as Testemunhas de Jeová, que negam a
ressurreição como está na Bíblia, é interessante notar que
nem eles existiriam caso Jesus não tivesse ressuscitado.
Paulo simplesmente diz que tudo estaria perdido se Ele
(Jesus) não tivesse ressuscitado, ou seja, nada adiantaria
pregar o Evangelho. Assim, sem que o Evangelho tivesse
tido sua propagação no início do século 1, muitas outras
religiões inexistiriam, pois tiveram suas origens em desvios
das doutrinas cristãs, com exemplo, as próprias
Testemunhas de Jeová, cujo fundador foi um homem
cristão.
Sobre a guarda do sábado, Paulo mostra
CLARAMENTE que guardar dias (incluo aqui o Domingo,
guardar domingo foi invenção do catolicismo romano) é
rudimento pobre e fraco. Os irmãos na Galácia haviam sido
evangelizados por Paulo, mas depois, com a influência de
Pedro, passaram a realizar coisas do judaísmo, uma das
quais a guardar os sábados. Ora, quando Paulo retornou
àquela igreja e viu aquilo, ele ficou espantado e disse isso:
534
535
“como vocês voltaram a essas práticas, rudimentos fracos e
pobres??” . Assim, por mais que se tenham estudos,
conferências, divulgações na TV, nas rádios, uma coisa os
adventistas não podem: extrair essa palavra de Paulo.
Guardar dias é tornar a rudimentos fracos e pobres.
Uma das rezas memorizadas feitas pelos católicos
diz: “SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, ROGAI POR
NÓS PECADORES…” Ora, rogai é o mesmo que mediai,
intervir por alguém. Mas apenas um versículo é suficiente
para derrubar isso, pois se ela tivesse esse poder ou essa
autoridade, certamente estaria no versículo mostrado
anteriormente, I Tm 2.5. Ali diz que só um pode rogar por
nós. Temos apenas UM mediador. Qualquer sincero que leia
isso vai ficar com dúvida a respeito das funções de MARIA
na vida de um cristão.
Em relação ao Islamismo, dar-se-á o mesmo
pensamento ligado ao Mormonismo. Isso implica em negar
todo o resto tendo um começo equivocado. Segundo a
Palavra de Deus, a qual nós cremos e nossa única base de
fé, qualquer coisa que fosse acrescentada ou retirada depois
que se concluiu o Novo Testamento não seria mais base de
fé ou fundamento para o cristianismo. Com isso, ao aceitar
um novo livro (Alcorão) em que novas revelações teriam
sido feitas, estou negando o que Paulo disse aos Gálatas
sobre um novo Evangelho e estaria incorrendo no erro de
desobedecer ao que está em Apocalipse 22.18 e 19.
535
536
Finalizando, quero dizer que fundamentar ou
criar uma doutrina usando apenas um versículo ou uma
única idéia da Bíblia é extremante difícil, quiçá perigoso,
pois se corre o risco do desvio doutrinário. Em
contrapartida, a Palavra de Deus é tão sábia que, em um
ÚNICO verso ou ÚNICA idéia, a gente desconstrói toda
uma seita, todo um cabedal de falsas doutrinas e que por
aquele único clique fica sem base. Isso é maravilhoso. O
triste é que muitos estão cegos (II Co 4.4) para enxergar isso
e queira Deus que você hoje ao ler esse livro tenha um
clique em sua cabeça que lhe traga luz sobre o que estás
lendo.
8.5 - Na conversa com amigos e irmãos na Fé
Mantenha a discussão leve na primeira vez.
Conforme o tempo passar e vocês falarem mais sobre o
assunto, daí você pode ser mais profundo.
Uma fé calma e sólida é notável. Se você não
se alterar, aqueles que estiverem ouvindo saberão que a sua
fé é forte e profunda. Você não precisa gritar pra ser ouvido.
Mostrar aos seus amigos que o que vem do
seu coração e fé é sincero é essencial. Quando eles
souberem que você não é histérico, estranho, fanático pela
Bíblia apenas esperando para capturá-los em sua armadilha,
eles notarão que podem confiar que essas discussões serão
536
537
trocas produtivas de ideias e crenças ao invés das discussões
aos berros que levam a lugar nenhum.
Os cientistas gostam de apontar para
evidências. Informe-os que há na verdade muita evidência
para apontar para a validade de muitos dos escritos nos
quais o Cristianismo é baseado. Aponte também para o
professor Stephen Hawking, o maior físico do nosso tempo
(e talvez de todos os tempos): ele diz que, baseado nas
evidências que viu, não pode excluir a existência de Deus.
Faça uma pesquisa para ajudar a aumentar a sua confiança
nessa área.
Como um cristão, você representa Cristo
onde quer que vá. Seja um bom exemplo. Ser um humano é
permitido, mas beber álcool, xingar ou flertar com os
cônjuges dos seus amigos não fará com que seja levado a
sério. Do mesmo modo, se for pudico, facilmente ofendido
ou presunçoso, nem se incomode em tentar. Apenas seja
tranquilo e converse com seus amigos honestamente, sem
pregar.
Espere pelas circunstâncias certas. Não deixe
seu próprio interesse em um assunto substituir o que estiver
acontecendo com a outra pessoa emocionalmente naquele
momento. Muitas vezes, a melhor maneira de compartilhar
a sua fé é apenas "estando ali" para a outra pessoa.
Evite entrar em discussões políticas
relacionadas com ideias religiosas: aborto, casamento gay e
537
538
outros assuntos similares. Se deseja contribuir em
conversas como essas, tenha certeza que a discussão será
uma TROCA de ideias. Por vezes, essas discussões podem
ser produtivas em maneiras surpreendentes, mas é melhor
que participe delas ao invés de começá-las.
8.6 – Com a Linguagem do Crente
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para promover a edificação, para que dê graça
aos que a ouvem.” Ef 4:29
“Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem
ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; nem
torpezas, nem parvoíces (conversas tolas), nem
chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de
graças.” Ef 5:3-4
“Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da
cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da
vossa boca.” Cl 3:8
Segundo as Escrituras Sagradas, todo aquele que
com a boca confessa a Jesus como seu Salvador, e com o
coração crê para a salvação, é feito nova criatura, passando
por uma transformação total em seu ser.
Transforma-se a mente, e as coisas antigas dão
lugar às novas. Afinal, vinho novo não pode ser colocado
538
539
em odres velhos, muito menos remendo de pano novo em
veste velha (Mc 2:21-22). Velhos hábitos ruins não cabem
em uma nova vida.
Isto implica, também, em mudança no nosso
falar. Alguém que renasceu em Cristo não pode ficar preso
à linguagem corrosiva que antes cultivava, porém deve
passar a ser um canal através do qual Deus manifestará a
Sua Graça aos que ainda não foram alcançados e também
àqueles que já O conhecem e O amam.
O tempo todo estamos nos comunicando com as
pessoas, e o principal meio empregado são nossas palavras.
Portanto, é necessário estar sempre vigilantes quanto ao que
nossos lábios falam, pois através de palavras podemos
edificar ou destruir.
Segundo o ensino de Paulo, apóstolo de Cristo,
o falar cristão deve estar livre de alguns vícios altamente
destrutivos:
a) palavras torpes – no original grego, o termo traduzido
por torpe é sapros, que era comumente empregado com o
significado de estragado, podre, decadente, muito utilizado
em relação a peixes, carnes, frutas e outros alimentos.
Figuradamente, esse termo representa o que é decadente,
imoral, prejudicial, danoso, vergonhoso, indecente, nojento,
repugnante.
539
540
Palavras torpes são aquelas capazes de
provocar mal-estar aos outros, fazer com que as pessoas se
sintam desconfortáveis e ansiosas por deixar o local, ferir a
auto-estima alheia, ofender, humilhar, desanimar etc.
Os palavrões são exemplos bem claros de
palavras torpes. Brincadeiras capazes de provocar
humilhação, às vezes até mesmo sem intenção, também se
enquadram nessa categoria e devem ser evitadas.
Proferir julgamentos contra nossos irmãos é
uma forma de torpeza, visto que, quando o fazemos,
estamos não apenas usurpando uma prerrogativa que
pertence somente a Deus, mas estamos nos colocando em
situação de superioridade em relação à pessoa a quem
julgamos e provocando redução de sua autoestima, que
pode resultar em consequências muito graves.
De nossos lábios não devem sair palavras de
julgamento, críticas, murmuração, xingamento, maldição,
maledicência, depreciação, fofocas, mentiras. Antes, nossa
língua deve proferir palavras de exortação, estímulo,
gratidão, elogios sinceros, bênção, e tudo o mais que for
bom, agradável e edificante.
Paulo é bem claro quanto a isto, ao afirmar
que de nossa boca deve sair palavra para edificação, a fim
de transmitir graça aos que ouvem.
540
541
b) parvoíces: em algumas versões, em vez de parvoíces
consta palavras vãs ou conversas tolas. Segundo o
dicionário bíblico, significa tolice, cretinice, estupidez.
Essas palavras também significam asneira, besteira.
“Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas
ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário,
digam palavras de gratidão.” Ef 5:4, NTLH.
Um cristão não deve andar em conversas tolas,
visto que a Palavra de Deus é fonte de sabedoria, e o
Espírito Santo nos leva ao proceder sábio.
No versículo 6 do capítulo 5 de Efésios, Paulo
fala que “ninguém vos engane com palavras vãs, porque,
por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência”. O que vêm a ser essas palavras vãs?
c) Palavras vãs – Por incrível que pareça, ainda há pessoas
que vivem como se Deus não existisse, ou não levam em
conta a Sua existência. Trata-se de uma atitude que restringe
a vida ao presente, pois não há pensamento sobre o futuro,
não se espera que haja uma vida após a morte. Mas isso não
é algo que ocorre apenas nos dias atuais, pois desde tempos
antigos é algo relativamente frequente. Nos dias de Paulo
havia pessoas desse tipo perturbando a Igreja. Entretanto,
quem atenta para visão bíblica da vida percebe que a
história se move em direção a um ponto final, quando todo
ser humano haverá de estar diante de Deus para responder
por seus atos (II Cor. 5:10; Hb. 9:27). Enfatizando a
responsabilidade final do homem perante Deus, Paulo
541
542
adverte que tão certamente quanto o amor de Deus se
manifestou para a salvação da humanidade, com toda
certeza "vem a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência" (Ef. 5:6). A ira divina é o juízo contra todo o
mal e pecado, e contra aqueles que praticam tais coisas.
Levando em conta a certeza do julgamento, Paulo advertiu
aos crentes: "Não sejais participantes com eles" (v. 7).
Indaga-se, então: participantes com quem? O verso 6 se
refere aos que falam "palavras vãs". Eram falsos mestres
que tinham suas mentes ainda impregnadas de filosofias
pagãs, negando a realidade do pecado e do juízo final para
aquele pecado. Paulo, então, orienta energicamente para que
os crentes se afastem dessas pessoas e das suas filosofias,
pois elas se opõem à verdade como é em Jesus. O apóstolo
manifesta verdadeiro horror aos seus falsos ensinos e chama
esses homens como "filhos da desobediência", sobre quem
cairá "a ira de Deus" (v. 6). Ainda, Paulo adverte os cristãos
no sentido de que, entre eles, não haja sequer sugestão,
pensamento ou piada a respeito desses pecados.
d) chocarrices – chocarrice, segundo os dicionários,
inclusive o bíblico, significa gracejo atrevido ou petulante,
grosseiro; gozação; caçoada; piada com conteúdo pesado;
palavra que choca.
Cristãos não devem andar a falar coisas
grosseiras, fazendo piadas de mau gosto, com gracinhas
atrevidas e muitas vezes grosseiras.
542
543
Paulo diz: “a vossa palavra seja sempre
agradável, temperada com sal, para que saibais como vos
convém responder a cada um” (Cl 4:6).
A murmuração é um câncer, que corrói não
apenas a pessoa que murmura, mas também afeta o
próximo.
Em Êxodo 16:3 (“E os filhos de Israel disseramlhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR
na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às
panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque
nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a
toda esta multidão”), vemos o povo de Deus murmurando.
De seus lábios, antes de saírem palavras de gratidão, saiam
palavras de reclamação.
Nossa boca deve expressar nossa gratidão a
Deus por tudo o que Ele nos dá. Pela nossa casa, pela
família, pelo trabalho, pela saúde, pelas tribulações que nos
fazem crescer e amadurecer etc.
Tiago nos exorta a fazer bom uso de nossa
língua, proferindo palavras de bênção, e não de maldição, e
procurando refrear a língua, pois assim como ela pode
edificar, também tem enorme poder destruidor (Tg 3:1-12).
As palavras devem ser usadas com ponderação,
em todas as ocasiões, seja no nosso lar, no trabalho, na
543
544
comunidade evangélica, no ambiente escolar, em momentos
de lazer, etc.
Muitas famílias são destruídas porque as
pessoas não refreiam suas línguas, e não refletem antes de
proferirem alguma palavra. Assim, cônjuges se ofendem
mutuamente, se desvalorizam um ao outro; pais amaldiçoam
filhos, mesmo sem querer e sem saber, ao atribuírem a eles
algum tipo de característica negativa.
Sigamos o que diz Salomão: “Na multidão de
palavras não falta pecado, mas o que modera os seus
lábios é sábio.” (Pv 10:19)
“As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma,
e saúde para os ossos.” (Pv 16:24)
Que sejamos legítimos canais de bênçãos e da
Graça de Deus ao nosso próximo, através das palavras que
saem de nossos lábios.
“Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da
cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da
vossa boca”. [Colossenses 3: 8]
1) É comum na Adolescência e Juventude e até no começo
da fase adulta as pessoas terem um vocabulário muito torpe
(indecente) e bastante deteriorado e degradado, não
importando sua profissão, ocupação, grau de escolaridade,
544
545
estado social ou cultural, condição econômica, idade ou
sexo.
Pergunta: O que é comum em nossa
época?
2) A forma de vida do povo de Deus, sem engano, se
distingui de maneira clara dos demais humanos, por serem
santos em todos os aspectos da vida , e nos referimos a um
adulto, jovem, velho ou criança, não importando sua
atividade, sexo ou grau de preparação humana, que tem o
conhecimento da existência de Deus que mora em sua vida,
dirigindo-a em todos os momentos e em todos os sentidos
através de Sua doutrina e mandamentos santos.
Pergunta: De que forma se distingui o povo
de Deus aos demais humanos?
A transcendência do vocabulário na vida do crente
3) O Senhor Jesus Cristo expressou o seguinte: “Por seus
frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos
espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore
boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz
frutos maus”. [Mateus 7: 16, 17]. Que nos ensina o Senhor
com estas palavras?
Pergunta: O que disse o Senhor?
4) Um vocabulário de baixo calão revela se a pessoa é
verdadeiramente cristã ou não. O Senhor, sobre esse mesmo
assunto declara: “O homem bom, do bom tesouro do seu
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coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do
seu coração tira o mal, porque da abundância do seu
coração fala a boca”. [Lucas 6: 45] É assim como
entendemos que a forma de falar de um crente é
“determinante”, não somente frente aos olhos das pessoas,
mas perante nosso Senhor, pelo que é de vital importância
saber até onde é saudável expressar certas palavras ou
frases, e ainda, se é preferível deixar de pronuncia-las.
Perguntas: O que revela o vocabulário? O que significam as
palavras do Senhor quanto ao modo de falar? O que
entendemos com essas palavras?
5) Querido leitor: Na linguagem atual dos humanos existem
palavras ou frases:
a)
Vulgares, que são utilizadas por pessoas baixas,
que formam quadrilhas ou homens que vivem
em bairros de má reputação.
b)
Palavras ou frases com duplo sentido, que se
utilizam de maneira que os demais não as
entendam, ou utiliza-las com quem as entendem;
esse vocabulário se conhece como gíria.
c)
Torpes, são palavras cujo significado é sujo,
obsceno e que não são utilizadas sequer por
pessoas de boa educação, descentes ou de moral,
e muito menos por uma pessoa espiritual.
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Perguntas: Quem utiliza palavras vulgares? Devemos
utilizar gírias? O que são palavras torpes?
Algum tempo atrás, assisti o filme “Até que a sorte
nos separe 3” e fiquei assustado com a quantidade de
palavrões ditos pelo protagonista. Na história, Tino
(Leandro Hassum – ator brasileiro) procura um emprego
fixo, não obtendo sucesso, começa a fazer um bico no
semáforo e é atropelado pelo filho do homem mais rico do
país. Dentro deste contexto, é comum ouvirmos palavras de
baixo calão em um longa-metragem voltado para a família
brasileira.
Cada dia mais tem se tornado comum o uso de
palavrão em filmes, novelas e músicas. Palavrão, segundo o
Dicionário é definido como “um grupo de palavras que
são consideradas, em meio a sociedade, vulgares e
desnecessárias”. Numa sociedade distante de Deus, as
pessoas são incentivadas e aplaudidas quando usam esse
tipo de linguagem. O apóstolo Paulo já havia afirmado a
esse respeito: “não somente as fazem, mas também
aprovam os que assim procedem” (Romanos 12.32b).
Para muitos o uso de palavrões já se tornou um
hábito. O que é um hábito? Comportamento que a pessoa
aprende e repete frequentemente. Tais palavras se tornaram
tão comuns a algumas pessoas que já nem lhes causam mais
estranheza, já foram inseridas em seus repertórios. Sem
perceberem, usam palavras vulgares e acabam perdendo o
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controle. Benjamim Franklin costumava dizer que o animal
mais terrível do mundo tem a sua toca atrás dos dentes.
Precisamos tomar cuidado com as palavras que
usamos em nosso dia a dia. A Bíblia nos ensina a retirar do
nosso vocabulário as palavras de baixo calão: “Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira,
indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena
do vosso falar” (Colossenses 3.8).
Conta-se que, certa vez, uma pessoa se dirigiu ao
seu pastor com muitas dúvidas: “Pastor posso ir para a
balada? Posso beber e fumar? Posso falar palavrão?”.
Todas as vezes o pastor respondeu: “Pode”. Sem entender
nada, a pessoa tirou a sua última dúvida: “Pastor, afinal, o
que eu não posso?”. O pastor finalizou: “Entrar no reino
de Deus fazendo tudo isso”.
Muitas pessoas não fazem uso desse tipo de linguajar e
vivem muito bem.
É possível viver sem falar palavrão.
Todo cristão deve ter esse objetivo. Por isso temos que estar
atentos às palavras que saem da nossa boca. Jesus afirmou
que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34). Será
que a nossa vida está cheia de coisas indecentes? Será
realmente que nosso coração está cheio de vulgaridades?
Thomas Brooks afirmou: “Conhecemos os metais pelo som
que produzem e os homens por aquilo que falam”.
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Às vezes, ouvimos até crianças falando palavrão.
Possivelmente, seja porque ouvem na escola ou em casa e
acabam repetindo de forma inocente esse comportamento. É
triste saber que existem pais que acham o máximo o infante
falar essas banalidades. “A vossa palavra seja sempre
agradável” (Colossenses 4.6a).
As amizades também influenciam muito nesse
danoso hábito. Nossas companhias são como os botões de
um elevador, podem tanto nos conduzir para cima como
para baixo. “Não se deixem enganar: as más companhias
corrompem os bons costumes" (1 Coríntios 15.33).
Um dos textos bíblicos mais contundentes sobre o
uso da língua é a carta de Tiago. O autor usa alguns
exemplos práticos para nos mostrar o perigo que corremos
ao fazer mau uso da boca, ou podemos dizer, das palavras,
inclusive do palavrão.
1 - O exemplo do cavalo: “Ora, se pomos freio na boca dos
cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o
corpo inteiro” (Tiago 3.3). Um animal violento, agressivo
não tem função nenhuma. Mas quando se coloca um freio
no cavalo, por exemplo, é possível conduzi-lo para onde
quiser. Através do freio o instinto selvagem do animal é
subjugado e ele se torna dócil e útil. Precisamos colocar
freios em nossas palavras de baixo calão.
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2 – O exemplo do navio: “Observai, igualmente, os navios
que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um
pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o
impulso do timoneiro” (Tiago 3.4). Um navio é dirigido
por um pequeno leme. Sem o leme, o navio estaria
desgovernado e colocaria em risco os tripulantes, os
passageiros e as cargas que transporta. Com o leme, pode
chegar em tranquilidade no porto escolhido. É também
assim com o uso das palavras. Se a boca suja não for
dominada, controlada, ela pode causar grandes estragos,
ferir pessoas e trazer prejuízo financeiro.
3 – O exemplo da fagulha: “Assim, também a língua,
pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como
uma fagulha põe em brasas tão grande selva” (Tiago 3.5).
Você já percebeu que um incêndio de proporções tremendas
pode ser causado por uma simples bituca de cigarro ou por
um mero palito de fósforo? Aquela chama inicial é tão
pequena que, se você der um sopro, ela se apaga. Agora, de
que adianta um sopro ante um grande incêndio? Não adianta
mais! O fogo, depois que se agiganta e se alastra, torna-se
indomável e deixa atrás de si grande devastação. Assim é a
pessoa que fala palavrão na hora da ira e da raiva. Pode
fazer estragos imensuráveis.
4 – O exemplo do veneno: “a língua, porém, nenhum dos
homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de
veneno mortífero” (Tiago 3.8). O ser humano consegue
domar os animais, porém não consegue domar a própria
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língua. A picada de um escorpião ou de uma cobra pode ser
tratada, mas, muitas vezes, o veneno da boca é incurável.
5 – O exemplo da fonte: “Acaso, pode a fonte jorrar do
mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” (Tiago
3.11). Fonte na região da Palestina era um lugar muito
precioso. A língua que usamos para falar palavrão é a
mesma que usamos para louvar a Deus? Não é conveniente!
6 – O exemplo da figueira: “Acaso, meus irmãos, pode a
figueira produzir azeitonas ou a videira, figos?” (Tiago
3.12). Não podemos colher figos de um espinheiro nem
espinhos de uma figueira. A árvore produz fruto, e fruto é
alimento. Quais são os frutos da nossa boca? Será que uma
pessoa que tem boca suja consegue edificar alguém? Claro
que não!
SEIS ANIMAIS DENTRO DE NÓS
Existe uma história que nos ajuda a entender sobre o
autocontrole da boca e das palavras chulas. Havia um
senhor que morava numa casinha simples, rodeada de
árvores e plantas. Um dia, um vizinho decidiu lhe fazer uma
visita. O idoso foi muito receptivo e o convidou para entrar
em sua residência. Depois de se sentarem, o ancião
começou a falar de sua vida. Disse que não se sentia só, pois
não tinha tempo para isso, sempre tinha muito trabalho a
fazer. O vizinho ficou curioso, pois nunca o via trabalhando,
já que era um senhor idoso e aposentado. Não tinha esposa
nem filhos ou netos. Vivia isolado na sua singela casinha.
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Perguntou-lhe como era possível que, em sua solidão,
tivesse tanto trabalho. Ele respondeu, depois de tomar um
gole de café: “Tenho que domar dois falcões, treinar duas
águias, manter quietos dois coelhos, vigiar uma serpente,
carregar um asno e dominar um leão!”. Surpreso com
aquela resposta, o vizinho falou: “Mas não vejo nenhum
animal aqui na sua casa, senhor! Onde eles estão?”. Ele,
então, explicou: “Todos nós temos esses animais! Os dois
falcões se lançam sobre tudo o que aparece, seja bom ou
mau. Tenho que domá-los para que se fixem sobre as coisas
boas. São meus olhos! As duas águias ferem e destroçam
com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis e
ajudem sem ferir. São as minhas mãos! Os dois coelhos
querem ir aonde lhes agrada, fugindo dos demais e
esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensinar-lhes a
ficarem quietos, mesmo que seja penoso, problemático ou
desagradável. São meus pés! O mais difícil é vigiar a
serpente! Apesar de estar presa numa jaula de 32 barras, a
serpente está sempre pronta para morder e envenenar os que
a rodeiam. Se não a vigio de perto, ela causa danos. É a
minha língua! O asno é muito teimoso e obstinado, não
quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado,
quer ficar acomodado e se recusa a transportar a carga de
cada dia. É meu corpo! Finalmente, preciso dominar e
amansar o leão. Ele sempre quer ser o rei, o mais
importante. É vaidoso e orgulhoso. É o meu coração!”. Ao
final da conversa de fim de tarde, o vizinho percebeu quanta
sabedoria havia naquele senhor idoso! Quanta beleza e
conhecimento guardados, só esperando um momento para
serem compartilhados! Aprendeu que todas as pessoas tem
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que cuidar dos seis animais, porque eles habitam em toda a
humanidade.
SUGESTÕES PARA SE LIBERTAR DO HÁBITO DE
FALAR PALAVRÃO
1 – Estude versículos bíblicos que tratem sobre o assunto e
tenha o claro entendimento que a Palavra de Deus condena
esse hábito (Conferir: Cl 3.8; 4.6; Ef 4.29)
2 - Peça ao Espírito Santo em oração que o ajude a vencer
esse pecado. Só Ele pode nos convencer e operar a obra da
santificação.
3 - Peça para que seus amigos e familiares diminuam os
palavrões. Se todos a sua volta falarem palavrões
constantemente, eles serão má influência. Falar palavrão é
um costume fácil de pegar e difícil de largar. Você não vai
conseguir parar se todos a sua volta forem boca suja.
4 - Procure palavras substitutas para todos os palavrões que
você costuma falar. Tente palavras comuns como ‘’droga”
ou “porcaria”. Perceba o que diz o livro de Provérbios: “O
que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das
angústias” (Provérbios 21.23).
5 - Crie um “pote do palavrão”. Pegue um pote em casa e
faça todo mundo saber e concordar que, quando ouvirem
você falar um palavrão, você terá que colocar um real lá
dentro. Ninguém gosta de perder dinheiro.
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6 - Estudos mostram que para eliminar um hábito, leva-se
cerca de 3 semanas, ou seja, 21 dias. Então, que tal fazer
este desafio? 21 dias sem palavrão!
Será que é possível se livrar desse hábito?
Sim, é possível se libertar do hábito de falar palavrão. É
uma ordem divina: “Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita
graça aos que ouvem” (Efésios 4.29). Agora é com você!
Perguntas: Qual o propósito desse vocabulário? O que
busca uma pessoa que tem o temor de Deus?
6) Este tipo de vocabulário tem um propósito bem
definido: lastimar ou humilhar as pessoas a quem se fala,
pois vai de encontro aos princípios divinos. Uma pessoa que
vive no temor do Eterno sempre buscará agradar com suas
palavras tanto a quem lhe escuta como ao Senhor (Ler
Colossenses 3: 17; Efésios 4: 31, 32; 5: 19, 20)
No juízo final o homem será julgado por suas palavras
7) O homem ignora a gravidade do vocabulário ou de sua
forma de expressar-se em sua vida cotidiana. Nós, os filhos
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do Altíssimo, sabemos que há um alto grau de
responsabilidade em nossa conversação, já que não só
seremos rejeitados naquele dia se tivermos um vocabulário
torpe ou mesmo se em nosso falar utilizamos palavras vãs
ou ociosas. Toda palavra dos filhos do Eterno, não só tem
de ser inofensivas, mas também edificantes e para a honra e
glória do Senhor. (Mateus 12: 36, 37; Atos 17: 3; 1Coríntios
6: 10).
Perguntas: O que o homem ignora? O que os filhos do
Altíssimo sabem? Porque? Como devem ser as palavras dos
filhos do Eterno?
8) A ética do crente tem, como já nos expressamos
anteriormente, sua base nos princípios divinos, nos
mandamentos que o Senhor deixou a Seu povo, de maneira
que por isso as escrituras recomendam ter uma linguagem
adequada a essas normas santas. E mais o verdadeiro crente
não somente tem que se despojar dessas palavras torpes,
mas também tem que cuidar de sempre falar com verdade e
propriedade, em seu devido momento de maneira que seu
falar seja agradável. (Leia Provérbios 25: 11).
Perguntas: Qual a base da ética do crente? Porque as
escrituras admoestam a termos uma linguagem santa? Além
de deixar as palavras torpes, o que mais o crente deve cuidar
em seu vocabulário?
9) A atitude que o ser humano comumente tem é a de
separar-se daqueles que lhe ofendem ou insultam, inclusive
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se com alguém não se sentir bem. Os filhos do Todo
Poderoso tem sido ensinados que a vingança não é boa, que
o Senhor é quem julga com justiça e a Ele devemos deixar o
castigo dos maus.
Perguntas: O que os humanos geralmente fazem quando
ofendidos? O que devem fazer os filhos de Deus?
10) As palavras más que ofendem aos semelhantes
denigrem e mancham a vida do crente, já que este tem sido
justificado, limpo com o sangue do Cordeiro recebendo
vestimentas brancas (Tiago 3: 2, 6, 10-12), de modo que o
crente nunca proferirá palavras torpes contra alguém, contra
os irmãos e muito menos contra um servo do Senhor (3João
10, 11; Efésios 4: 29-32).
Porque as palavras más denigrem e mancham a vida do
crente. De modo que o crente nunca deve se deixar enredarse pelas loucuras do mundo.
8.5 – Com Relação as Enfermidades.
O Crente pode ficar doente?
Essa pergunta nos dá a oportunidade de tratarmos
com um dos sofismas do tempo presente, sofisma este
pregado e sustentado pelos adeptos da teologia da
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prosperidade. Estes afirmam categoricamente que o cristão
não pode ou não deve ficar doente. Isso o fazem com base
em Isaías 53:4, dentre outros do gênero, texto em que se diz
que Jesus levou sobre si todas as nossas dores, todas as
nossas enfermidades e todas as nossa doenças.
Pergunto, pois: será que o referido texto acima,
de fato, deseja nos levar a tal conclusão, de que o crente
jamais poderia ficar doente? Nesse caso, se assim o fosse,
como explicar as muitas vezes em que cristãos adoecem e
morrem? A resposta dos defensores desse sofisma é esta:
que os cristãos que hoje adoecem, estão sob a mão
opressora de Satanás, e que não possuem fé suficiente para
vencer as enfermidades.
Todavia, o que diz a Bíblia Sagrada a esse
respeito? Veja o que a Palavra de Deus nos revela em I Pe
2:24: “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o
madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os
pecados, vivamos para justiça; por suas chagas fostes
sarados”. Ora, vede. O texto sagrado nos diz que Cristo
levou, não somente as dores e as enfermidades sobre si,
mas, semelhantemente, levou os nossos pecados.
Assim, se é certo afirmar que o crente não pode
ou não deve adoecer, igualmente seria correto afirmar que o
crente não deve ou pode cometer pecado algum, uma vez
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que Cristo na cruz do Calvário levou tanto as enfermidades
quanto os pecados. Isso, todavia, não é sustentado pelos
sofistas da atualidade.
Verifique que aqueles que pregam que o crente
não adoece ou que, ao menos, não deveria adoecer, NÃO
SUSTENTAM da mesma forma que o crente não pode
pecar, ou que o crente não está sujeito ao pecado. A ênfase é
sempre desequilibrada, tendenciosa ao pólo da cura das
enfermidades e negligenciando e se esquecendo da
libertação do pecado. Por isso, nada falam sobre a questão
dos pecados.
A verdade é que Cristo levou as dores e as
enfermidades; e isso ninguém pode negar. É verdade
também que Ele levou os pecados, e isso não pode ser
ignorado. Semelhantemente a Palavra nos assegura que
Cristo destruiu na cruz o velho homem, e que também
tratou com a morte e a venceu, eternamente.
Ora, tendo o Senhor Jesus tratado com tudo isso,
por que ainda se mantêm, em nós, as manifestações daquilo
que Ele destruiu? Não é certo, conforme querem os sofistas
da teologia da prosperidade, que o crente não deveria mais
experimentar as enfermidades, os pecados, o velho homem,
e a morte? Por que, então, ainda adoecemos (Fp 2:27)? Por
que ainda cometemos pecados (1Jo 2:1)? Por que ainda
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precisamos fazer morrer a velha natureza em nós (Cl 3:5)?
E por que ainda morremos (Ap 14:13)?
Quando Jesus, na cruz do Calvário, exclamou:
Pai, está tudo consumado”(Jo 19:30), indicou, com isso,
que, todos os males oriundos da queda do homem foram,
por fim, resolvidos, nele. A redenção por Cristo efetuada
tratou com todas as coisas negativas, tanto as dores quanto
as enfermidades, assim os pecados como a velhice e a
morte. Tudo isso, porém, nele, como está escrito: “Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões
celestiais EM CRISTO” ( Ef 1:3 – ênfase acrescentada).
Em nós, todavia, essas bênçãos constituem
somente um antegozo daquilo que haveremos de
experimentar em plenitude no futuro, como disse o apóstolo
João: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e AINDA
NÃO SE MANIFESTOU O QUE HAVEREMOS DE SER.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”
(1 Jo 3:2 – ênfase acrescentada). Por isso, “nós que temos as
primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo,
AGUARDANDO a adoção de filhos, a redenção do nosso
corpo” (Rm 8:23 – ênfase acrescentada).
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Assim, todas as mui ricas bênçãos espirituais já
nos foram dadas no plano espiritual e nos são garantidas
pelo sacrifício de Jesus no Calvário. Entretanto, tratando-se
de nossa experiência hoje, essas bênçãos nos são
comunicadas gradativamente, na medida em que o Senhor
aplica em nós a Sua salvação, como está escrito: “Se,
porém, Cristo está em vós, O CORPO, na verdade, ESTÁ
MORTO POR CAUSA DO PECADO, mas o espírito é
vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito
daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse
mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos
VIVIFICARÁ TAMBÉM O VOSSO CORPO MORTAL,
por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8:10-11 –
ênfase acrescentada).
Onde estão hoje os muitos homens de Deus do
passado, tais quais, Paulo, Pedro e João? É certo que
morreram, e foram sepultados e seus corpos entraram em
estado de putrefação e foram consumidos pela terra. Tudo
isso implica em terem seus corpos tocados pelas
consequências do pecado, mesmo depois de ter Cristo
levado sobre si as enfermidades, as dores, o pecado, e
vencido a morte. Todavia, todos eles aguardam a
ressurreição (2Co 5:1-4), no último dia. Isso não significa,
entretanto, que a vitória de Cristo não seja eficaz. Antes,
significa que a plena redenção obtida por Cristo Jesus no
Calvário, não foi ainda aplicada empiricamente na
experiência deles, em totalidade. Temos, todavia, esta
esperança: que "aquele que começou boa obra em nós, há de
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completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Fp 1:6). “Ora,
esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê,
como o espera?”(Rm 8:24).
A salvação plena de Deus é aplicada em 3
estágios distintos, conforme nos ensina o apóstolo Paulo em
1Ts 5:23: “E o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo;
e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus
Cristo”. Assim, no momento em que ouvimos o evangelho
de nossa salvação e cremos nele, o Senhor entrou em nosso
espírito e o regenerou (Ef 1:13; 2:2; 1Co 6:17); por isso nos
é dito que o nosso espírito é vida por causa da justiça (Rm
8:10). Daí, entramos num longo processo de transformação
de nossa alma, a qual é transformada de glória em glória, à
medida que contemplamos a face do Senhor (2Co 3:18);
quando, todavia, Jesus voltar, então o nosso corpo, que é
mortal, se revestirá de imortalidade (Fp 3:20-21).
Por conseguinte, esta é a ordem da
perspectiva divina: primeiro o espírito, depois a alma e por
fim, o corpo. Isso está em plena concordância com toda a
Escritura. A Bíblia nos diz que os cristãos possuem uma
esperança de que Cristo, na Sua vinda, “transformará o
nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua
glória, segundo a eficácia do seu poder” (Fp 3:21),
redimindo-os do cativeiro da corrupção (Rm 8:23). As
enfermidades, as dores, a velhice, e tudo aquilo que vai
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acabando e consumindo com o corpo do ser humano, são
traços da natureza adâmica que só serão plenamente
vencidos em nós, por ocasião da segunda vinda de Cristo.
Há, todavia, uma coisa muito interessante a
ser observada: é que muitos dos pregadores sofistas,
pregadores da teologia da prosperidade, não podem
constatar, em suas próprias vidas, a veracidade do que estão
dizendo. Isso digo, porque, muitos deles fazem uso de
óculos, se esquecendo de que, como tais, são deficientes
visuais.
Ora, eles deveriam ser os primeiros a
demonstrar em suas próprias experiências aquilo que
chamam de “verdade”. Se porventura são os super-heróis da
fé, como assim se consideram e são considerados pela
massa, por que não se desfazem desses artefatos corretivos
da visão? Isso é uma incoerência, e só não vê quem não
quer. Trata-se, efetivamente, de uma falácia e não passa de
um pobre e velho sofisma, fácil de ser desmontado.
Quero finalizar este tópico dizendo que os
cristãos ainda sofrem enfermidade, ainda estão sujeitos à
morte, e ainda apodrecem seus corpos nas sepulturas,
porque o pecado, a natureza adâmica, ainda habita na carne
humana, conforme está escrito que, embora o espírito seja
vida por causa da justiça, o corpo está morto por causa do
pecado (Rm 8:10).
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Portanto, visto ser esse o ensinamento da
Escritura Sagrada concernente à aplicação da obra de Cristo
em nós, resta no verdadeiro cristão a grande esperança de
que o seu corpo mortal – sujeito à vaidade, à degradação, à
corrupção – seja, finalmente, absorvido pela vida (2Co 5:4).
Por essa razão, nos encorajou o apóstolo dos gentios,
dizendo: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário,
mesmo que o nosso homem exterior (que é o corpo) se
corrompa (que é a degradação física), contudo, o nosso
homem interior (espírito humano) se renova de dia em dia”
(2Co 4:16).
Neste ponto, não poderia deixar de apresentar o
texto de ouro, um dos clássicos do Novo Testamento, o qual
nos que fala a esse respeito, dizendo: “Isto afirmo irmãos
que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus,
nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo
mistério: nem todos dormiremos, mas transformados
seremos todos, num momento, num abrir e fechar os olhos,
ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da
imortalidade. E, quando esse corpo corruptível se revestir de
incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de
imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita:
tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:50- 54).
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Preste atenção: ao ressoar da última trombeta
e os corpos dos crentes forem glorificados, e o mortal for
transformado imortal, e o corruptível em incorruptível,
ENTÃO SE CUMPRIRÁ A PALAVRA QUE ESTÁ
ESCRITA: TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA.
Ora, que palavra é esta que será cumprida por ocasião da
última trombeta? É a palavra do Senhor proferida pela boca
do profeta Isaías: “Tragará a morte para sempre, e, assim,
enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e
tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o
Senhor falou” (25:8). Isso, todavia, só se cumprirá ao
ressoar da última trombeta.
No tempo do profeta Isaías o Senhor prometeu
(Is 25:8); na cruz do Calvário o Senhor Jesus adquiriu o
direito (Jo 12:31); na Sua ressurreição Lhe foi conferido
todo o poder ( Mt 28:18); e na Sua vinda Ele cumprirá,
efetivamente, em nós, a Sua palavra.
Por isso, amados irmãos, “sede firmes,
inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co
15:58).
8.5.1 – Atitudes dos crentes diante das enfermidades
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Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje
em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério
pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas.
Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que
os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato
inegável que muitos continuam doentes e eventualmente,
chegam a morrer.
Apesar do ensino popular de que a fé nos cura
de todas as enfermidades, uma breve consulta feita à
Capelania hospitalar de grandes hospitais do nosso país
revela que há um número elevado de evangélicos
hospitalizados:
tradicionais,
pentecostais
e
neopentecostais -- sofrendo dos mais diversos tipos de
males. A proporção de evangélicos nos hospitais
acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças
não fazem distinção religiosa.
Para muitos evangélicos, no entanto, os crentes
adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus.
Será que poderemos dizer que todos eles -sem exceção -- estão ali porque pecaram contra Deus,
ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente
para conseguir a cura?
É nesse ponto que muitos evangélicos que
adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que
adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados
com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros
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crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam
suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem,
mas marcados pela dúvida e incerteza. Todavia, conforme a
Bíblia e a história nos ensinam, mesmo homens de fé
podem ficar doentes.
Há diversos exemplos na Bíblia de homens
de fé que ficaram doentes e até morreram dessas
enfermidades. Um deles foi o profeta Eliseu, que padeceu
de uma enfermidade que o levou a morte: “E Eliseu estava
doente da enfermidade de que morreu...” (2Rs 13:14)
Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio
caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades
frequentes: “Não bebas mais água só, mas usa de um
pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas
frequentes enfermidades.” (1Tm 5:23) Ao final do seu
ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele
mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto, e
deixei Trófimo doente em Mileto.” (2Tm 4:20 ACF).
O próprio Paulo padecia do que chamou de
“espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus
não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal
(2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma
enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os
Gálatas: “E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era
uma tentação na minha carne ...” (Gl 4:14). Outros acham
que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo
diz: “... Porque vos dou testemunho de que, se possível
fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.” (Gl
566
567
4:15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou
gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo:
“... [Epafrodito] esteve doente, e quase à morte; mas Deus
se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim,
para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.” (Fp 2:2627).
Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo
justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários
meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como
sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: Então
saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de
úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da
cabeça. 8 E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e
estava assentado no meio da cinza.” (Jó 2:7-8). Isaque, o
grande servo de Deus, sofria da vista quando envelheceu, a
ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “...como
Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de
maneira que não podia ver ....” (Gn 27:1 ACF).
Esses e outros exemplos mostram que homens de Deus,
fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.
O mesmo ocorre na história da Igreja. Nem
mesmo cristãos de destaque escaparam das doenças e dos
males. João Calvino era um homem com várias
enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda
defendendo a cura pela fé sofreram com as doenças, e
alguns acabaram morrendo. Um deles foi Edward Irving, o
pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving
acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons
567
568
apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem,
contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho,
frustrado e decepcionado com Deus.
Outro caso conhecido é o de Adoniran
Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura
pela fé no século 20. Gordon morreu de bronquite, apesar da
sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do
movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e
arteriosclerose. Recentemente, morreu John Wimber,
vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador
da igreja Vineyard Fellowship (Comunhão da Vinha ou
Videira) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”.
Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que,
pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente.
Líderes do movimento de cura pela fé no
Brasil também têm ficado doentes. Não poucos usam óculos
para corrigir defeitos na vista e até têm problemas nas mãos.
Cristãos verdadeiros, pessoas de fé,
eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades,
conforme a Bíblia e a história claramente demonstram. Isso
significa que as doenças nem sempre representam falta de fé
e que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele
quiser.
568
569
IX
RESPONSABILIDADE DOS CRISTÃOS
É muito difícil falar e cobrar responsabilidade
das pessoas nos dias atuais. E o que é mais triste é que isto
tem entrado na igreja e muitos cristãos pensam não ter
responsabilidade, passam esta parte para seus pastores e
líderes, esquecendo que cada um prestará conta diante do
tribunal de Cristo, individualmente.
Quero
afirmar
que
o
cristão
tem
responsabilidade com quem o chamou, não há como escapar
ou passar esta responsabilidade para outro.
O maior exemplo Jesus nos deixou com a
parábola dos dez talentos, na qual o senhor daqueles servos
ao retornar cobrou de cada um o que lhes havia confiado.
Talento quer dizer ministério, responsabilidade e todos nós
o temos. Quando o Senhor for nos cobrar dirá: “Muito bem,
servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te
colocarei; entra no gozo do teu senhor”; ou “servo mal e
negligente [...] E lançai o servo inútil nas trevas
exteriores…” (Mt 25.26,30.) Creio que você tem se
esforçado e preparado para apresentar o melhor lucro para o
Senhor de tudo quanto Ele lhe responsabilizou.
O que é responsabilidade? Dever; obrigação.
Quem se responsabiliza com algo, se compromete.
569
570
É obrigação geral de responder pelas
consequências dos próprios atos ou pelos de outrem.
Responsabilidade é obrigação, não é algo que faço ou deixo
de fazer se quiser, independe da minha vontade.
O líder responde pelos atos dos seus liderados e
os dele próprio, os liderados respondem pelos seus, ou seja,
ninguém fica impune diante de um ato não praticado ou mal
praticado.
A palavra de Deus afirma que todos deverão
prestar contas no tribunal de Cristo dos atos praticados ou
não. A omissão também é irresponsabilidade. Muitas
pessoas pensam que por não estar fazendo algo está tudo
bem, mas pode estar se omitindo de alguma
responsabilidade e isto lhe será cobrado também.
Antes de iniciarmos este estudo, seria
interessante fazermos um momento de reflexão, faça uma
análise de como tem sido sua vida até hoje, como anda sua
responsabilidade com a Igreja, o mundo e com Deus? E sua
responsabilidade familiar e profissional?
Não podemos nos enganar, ao deixarmos de
assumir nossas responsabilidades de cristão, pois o primeiro
prejudicado somos nós, só que esta irresponsabilidade
poderá afetar os que estão ao nosso redor.
Querido (a) irmão (ã), este estudo tem o objetivo
de levar-nos a pensar como tem sido nossa responsabilidade
570
571
com Deus, só podemos afirmar que somos um cristão
responsável se estivermos enquadrados nos tópicos a seguir
que são baseados na Bíblia:
1
– Responsabilidade com a Igreja
1. Obedecendo ao seu líder – Hb 13.17. O princípio básico
para todo cristão poder ter uma vida de compromisso com
Deus é a obediência ao seu pastor ou líder. Não há como
fugir, este é um mandamento bíblico. Obedecer é concordar
com as ordens. Submissão é admitir as opiniões contrárias
de alguém em favor das de outros. Obedeça a liderança da
igreja. Reconheça e coopere com a liderança para facilitar o
trabalho deles. Ore por eles contínua e fielmente.
2.Não deixando de congregar – Hb 10.25; Sl 27.4; 84.10.
Davi afirmou diversas vezes à importância de estar na Casa
do Senhor, é o lugar onde se podia contemplar a beleza do
Senhor e aprender.
A Igreja quando congregada pode viver a comunhão
que surgiu no início pelos apóstolos – At 2.42-47. Koinonia:
compartilhamento, uniformidade, associação próxima,
parceria, participação, fraternidade. Koinonia é uma
uniformidade realizada pelo Espírito Santo. Koinonia une os
crentes ao Senhor Jesus e uns aos outros. Não existe por
sermos “bonzinhos”. Manifestamos nosso amor ao próximo
através de Cristo, quando nos reunimos no Seu nome e
participamos na comunhão com os irmãos.
571
572
3.
Permanecendo fiel aos ensinamentos doutrinários
– Ex 15.26. O Senhor dá uma ordem para Moisés e promete
saúde ao povo se obedecessem aos ensinamentos. Muitas
pessoas estão doentes hoje por serem desobedientes ao
Senhor, mas, nesse mesmo texto Ele afirma que é o “Jeová
Raphá” – Yahweh Raphá. Já no Novo Testamento Jesus
adverte que precisamos ouvir os ensinamentos dele e
guardá-los, ou seja, não apenas ouvir, mas obedecer. Não
adianta chamarmos e reconhecermos Jesus como Senhor se
não fizermos o que Ele diz – Lc 6-46-49. Se não
guardarmos os seus mandamentos é porque não somos dele
– Jo 8.47.
4.
Dando bom testemunho – Mt 5.16. É uma
responsabilidade difícil. O bom testemunho é visto no
comportamento que temos no lar, no emprego, na escola, na
rua e, principalmente, na igreja. O mundo quer lhe ver
diferente, onde você estiver terá que brilhar. Reconheça que
sua vida tem ou um efeito positivo ou negativo. Viva com
responsabilidade para trazer a glória de Deus. Nunca se
esqueça, onde você estiver a glória de Deus terá de aparecer
e estar também.
5.
Amando-vos uns aos outros – 1Jo 4.7-21. Só
podemos afirmar que temos uma responsabilidade de amor
para com Deus se amarmos nossos irmãos e, especialmente,
os nossos inimigos. Jesus nos ensinou a amar nossos
inimigos e a orar por eles; não amaldiçoar os que nos
perseguem. O princípio de uma vida de vitória se chama
amor e perdão. A responsabilidade com a Igreja depende de
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573
vivermos em amor – sem ele não existe Koinonia,
motivação para congregar, não se pode obedecer aos líderes,
é impossível guardar os mandamentos e ter um bom
testemunho. Como está o seu relacionamento com seu
irmão, você o ama ou apenas o suporta?
10.1 – Atitudes para com os Novos Convertidos
Assim como ocorre na vida secular com as
crianças, o novo convertido também deve ser inserido no
reino de Deus pela Igreja.
9.1.1 – O Novo Convertido Precisa Ser Nutrido
Após termos visto o que é o reino de Deus e qual a
sua mensagem, passaremos ao segundo bloco de nosso
trimestre, que nos mostra a manifestação do reino de Deus
através de vários aspectos.
Como já temos visto, o reino de Deus não tem
aparência exterior(Lc.17:20), o que não significa que não
seja perceptível, já que, como também disse Nosso Senhor,
de grão de mostarda se torna a maior das hortaliças
(Mc.13:31,32).
573
574
Diante disto, passaremos, a partir de agora, a ver
diversas manifestações do reino de Deus, a fim de que
saibamos como ele se apresenta, já que, como também disse
o Senhor Jesus, o reino de Deus está entre nós (Lc.17:21).
Uma das manifestações do reino de Deus se dá
através da vida do novo convertido. Com efeito, quando
alguém é salvo pela fé em Cristo Jesus, tornando-se uma
nova criatura, isto é percebido por todos os que se
encontram à sua volta, já que este novo convertido passa da
morte para a vida (Jo.5:24), das trevas para a luz (Jo.3:21;
At.26:18; I Pe.2:9).
Jesus, em seu diálogo com Nicodemos, afirmou
que para se ver o reino de Deus é necessário “nascer de
novo” (Jo.3:3). Ora, como ensina o apóstolo Paulo, somente
se consegue ver o reino de Deus quando, pela fé em Cristo
Jesus, se consegue superar a cegueira espiritual imposta
pelo diabo a todos quantos não alcançaram ainda a salvação
(II Co.4:3,4).
Portanto, o “novo nascimento” está relacionado
com a fé em Cristo Jesus, vinda pelo ouvir pela Palavra de
Deus(Rm.10:17) e fruto da operação do Espírito Santo que
convence o homem do pecado, da justiça e do juízo
(Jo.16:8), motivo por que o próprio Jesus, no diálogo já
aludido, disse que este nascimento é um nascimento do
Espírito (Jo.3:6,8).
574
575
Ao fazer a analogia entre a salvação e o
nascimento, o Senhor Jesus nos mostra, com absoluta
clareza, que o novo convertido, ou seja, aquele que, por crer
em Jesus, alcança a salvação da sua alma, é, num primeiro
momento, um recém-nascido, um neonato e que, portanto,
deve assim ser tratado por todos aqueles que pertencem à
Igreja, a esta nação santa que saiu das trevas para a
maravilhosa luz do Senhor e que, por causa disto, deve
anunciar as virtudes de seu Salvador (I Pe.2:9).
Todos os salvos, portanto, devem estar atentos
para esta realidade dita pelo Senhor Jesus a respeito do novo
convertido: ele é um recém-nascido e, como tal, precisa, a
exemplo do que ocorre na vida biológica humana, de todos
os cuidados para que venha a ter condições de viver
sozinho. Como diziam os antigos, nascida uma criança é
necessário que se tomem todas as providências para que ela
possa “vingar”, ou seja, tenha condições de sobreviver por
conta própria, o que não ocorre de imediato.
Esta realidade espiritual não é entendida por
muitos lamentavelmente. Não são poucos os que, diante de
uma conversão, começam a exigir do novo convertido um
comportamento maduro, uma vida completamente mudada,
de uma hora para outra, sob o argumento de que a salvação
é instantânea, de que, quando somos salvos, passamos da
morte para a vida, das trevas para a luz.
Não resta dúvida de que a salvação é radical,
pois, diz-nos a Bíblia Sagrada, que, ao sermos salvos, há
uma transformação total em nosso ser, pois de mortos
575
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passamos a vivos, de filhos das trevas a filhos da luz, de
filhos do diabo a filhos de Deus. As Escrituras são claras ao
dizer que, com a salvação, somos “novas criaturas”, onde as
coisas velhas passam e tudo se faz novo (II Co.5:17).
No entanto, esta “nova criatura” que surge no
exato momento em que somos salvos, este “novo homem”
que somente surge quando o homem velho morre, a
exemplo do ocorre com o grão de trigo (Jo.12:24), não
surge como uma criatura madura, já inteiramente formada,
que pode sobreviver por si só.
Quando vemos a própria analogia da semente,
empregada mais de uma vez pelo Senhor Jesus, sabemos
que é necessário que o grão morra para que surja uma nova
planta, um novo ser, mas este novo ser, ainda que novo, não
aparece já totalmente formado e em condições de também
frutificar. Não, senhores! O novo ser, surgido com a
germinação, é, ainda, um pequenino ser, que precisa se
desenvolver até chegar a ser uma planta completa e madura,
capaz de, ela também, produzir novas sementes que tenham
a capacidade de gerar novos seres.
De igual maneira, o recém-nascido, quando sua
mãe lhe dá a luz, é um novo ser (já o era desde o momento
da fecundação), mas não tem condições de sobreviver por
conta própria enquanto não se desenvolver, enquanto não se
formar, seja sob o aspecto biológico, seja sob o aspecto
moral, seja sob o aspecto espiritual.
576
577
Por isso, labora em grave equívoco todo aquele
que desconsiderar este processo de desenvolvimento
espiritual. A salvação vem com o novo nascimento mas,
entre o novo nascimento e a maturidade espiritual, a
capacidade de sobreviver espiritualmente por conta própria
(falamos em termos humanos, pois sempre dependeremos
do Senhor Jesus para prosseguirmos até a entrada no reino
de Deus – Jo.15:5 “in fine”), há um período, período este
que não é mensurável em dias, meses e anos, visto que se
trata de uma realidade espiritual, razão pela qual devemos
ter esta consciência para que, com amor, nós, os que já
estamos amadurecidos espiritualmente, não sirvamos de
escândalo e venhamos a ocasionar o tropeço na fé daqueles
que nasceram de novo e, vendo o reino de Deus, precisam
aprender a caminhar em direção a ele (Rm.14).
O novo convertido, a exemplo do recém-nascido,
precisa ser cuidado e acompanhado em seu
desenvolvimento e tal cuidado deve ser feito, por primeiro,
por aqueles que foram participantes na salvação daquela
vida, os chamados “pais na fé”. Vemos a consciência desta
responsabilidade no apóstolo Paulo, que se considerava o
“pai na fé” de Timóteo (I Tm.1:2; II Tm.1:2; 2:1).
Nem sempre o “pai na fé” é aquele que pregou o
Evangelho para o novo convertido. Paulo, pelo que se deduz
dos seus próprios escritos, não foi o primeiro a falar das
sagradas letras a Timóteo, que fora evangelizado por sua
avó e por sua mãe (II Tm.1:5; 3:15), tanto que, quando
Paulo o convida para fazer parte de seu corpo de
577
578
cooperadores, Timóteo já tinha bom testemunho ante os
irmãos que estavam em Listra e Icônio (At.16:1,2).
Entretanto, guiado pelo Espírito Santo, Paulo
sentiu de “adotar” aquele “filho na fé”, assumindo a
responsabilidade de orientar e cuidar desta alma,
responsabilidade esta que pôs em alta conta, a ponto de,
pouco antes de sua morte, ter ainda escrito as últimas
instruções a este seu “filho” (II Timóteo é a última carta
escrita pelo apóstolo).
Como filhos de Deus, nós, os salvos, temos de
estar prontos a assumir a responsabilidade de termos “filhos
na fé”, que, acima de tudo, são nossos irmãos, comprados
com o precioso sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário
(I Pe.1:18,19), sabendo, também, que cada novo convertido
vale mais do que o mundo inteiro (Sl.49:7,8).
O “pai na fé” não é um “senhor” em relação ao
“filho”, pois, tendo sido comprados por bom preço, os
salvos não podem se fazer servos dos homens (I Co.7:23),
mas, a exemplo de José, que não era o pai biológico de
Jesus mas assumiu integralmente a responsabilidade de criálo e educá-lo, assim também temos de assumir, diante de
Deus, sem temor, a responsabilidade de criar e educar
aqueles novos convertidos que Ele nos põe em nossos
caminhos.
Além dos “pais na fé”, também são responsáveis
pelo desenvolvimento do novo convertido aqueles que o
578
579
Senhor põe à frente do rebanho, os pastores, que devem ter
a mesma consciência que o apóstolo Paulo tinha em relação
aos gálatas. Paulo dizia que os crentes da Galácia eram seus
filhinhos, pelos quais ele sentia dores de parto até que
Cristo fosse neles formado (Gl.4:19).
Em outra passagem, desta vez em carta à igreja em
Corinto, Paulo dizia que se sentia oprimido interiormente
cada dia pelo cuidado de todas as igrejas (II Co.11:28), a
indicar o peso da responsabilidade que estava sobre seus
ombros com relação ao desenvolvimento espiritual dos
crentes das igrejas que havia fundado, responsabilidade
ainda maior com relação aos novos convertidos, que não
podem andar por si sós na jornada espiritual.
Esta mesma responsabilidade é lembrada por
Paulo a Timóteo, seja como requisito para a separação de
pastores (I Tm.3:5), seja para o próprio Timóteo, que é
advertido a cuidar de cada segmento da igreja (I Tm.5:1-3,
21, 22; II Tm.2:10,24).
De igual forma, o apóstolo Pedro, também, lembra
aos pastores que eles devem apascentar o rebanho de Deus
não como tendo domínio sobre ele, mas dando o exemplo (I
Pe.5:3), o que é ainda mais necessário com relação ao novo
convertido, que, como criança espiritual, aprende sobretudo
pelo exemplo dado pelos mais maduros.
Mas não são apenas os “pais na fé” e os pastores
que têm de cuidar do novo convertido, mas cada crente deve
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fazê-lo. Por primeiro, porque os salvos devem ensinar uns
aos outros (Cl.3:16) e isto, naturalmente, faz com que cada
salvo maduro seja um ensinador dos novos convertidos.
Por segundo, porque, como irmãos, devemos
amar uns aos outros (Jo.15:12,17: Ts.4:9) e este amor não é
apenas de palavras, mas de ações concretas, de atitudes (I
Jo.3:18) e quem ama a seu irmão está na luz e nele não há
escândalo (I Jo.2:10), ou seja, cada salvo precisa ter uma
vida sincera e reta diante de Deus para não causar tropeço
ao novo convertido e ao fraco na fé, residindo aí o seu
cuidado para com o neoconverso.
Visto que o novo convertido, como recémnascido espiritual que é, precisa ser cuidado tanto pelo “pai
na fé”, quanto pelo pastor como por todo crente, que
cuidados são estes?
A analogia feita por Jesus prossegue. O novo
ser, assim que fecundado no ventre materno, precisa, para
ter condições de sobreviver, de alimentação, de nutrição.
Tanto assim é que o principal órgão durante todo o período
de gestação é o cordão umbilical, que é responsável pela
nutrição do novo ser, levando o sangue da placenta até o
feto.
O novo convertido é gerado pela Palavra de
Deus, que, como um cordão umbilical, leva a vida até o
pecador, através do perdão dos pecados pelo sangue de
Cristo Jesus (I Pe.1:3,4,23). É a terra em que cai a semente
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da Palavra e que não foi arrebatada pelo maligno e que, por
conseguinte, pôde germinar e dar surgimento a um novo ser
espiritual (Mt.13:5-8).
No entanto, assim que nasce, o cordão umbilical
do recém-nascido é cortado e tem ele de ser alimentado
doravante com o leite materno, indispensável para que
possa sobreviver e tenha condições de se desenvolver e ser
capaz de ter outro tipo de alimentação.
De igual maneira, o novo convertido, assim que
nascido, precisa ser alimentado com o “leite racional”(I
Co.3:2; Hb.5:12,13; I Pe.2:2). Que é este “leite”? A própria
Bíblia Sagrada nos responde: os primeiros rudimentos das
palavras de Deus.
O primeiro cuidado que temos de ter com o novo
convertido é o da sua nutrição, o de sua alimentação. Ora, o
alimento espiritual do salvo é a Palavra de Deus (Mt.4:4) e
o novo convertido, como todo salvo, precisa se alimentar da
Palavra, mas, como é um recém-nascido, tem de ser
alimentado com o “leite racional”, com os “primeiros
rudimentos das palavras de Deus”.
Jesus, ao deixar a grande comissão aos Seus
discípulos, disse que eles deveriam ir por todo o mundo,
pregando o Evangelho a toda criatura (Mc.16:15), este
“pregar” é complementado pelo “ensinar”, “ensinar” este
que o Mestre por excelência (Mt.23:8) determinou fosse
feito em dois estágios: “ide, ensinai todas as nações,
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batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado” (Mt.28:19, 20a).
Percebe-se, claramente, que o Senhor fala em
ensino duas vezes: a primeira, o “ensino a todas as nações”
(em algumas versões, consta “fazer discípulos”, ou seja,
preparar “alunos” de Jesus), antes do batismo nas águas e,
depois, o ensino aos discípulos já formados, para que
guardem os ensinos de Jesus.
É exatamente o que fala o escritor aos hebreus,
que distingue dois tipos de alimento espiritual: o leite e o
sólido mantimento (Hb.5:12). Isto nos leva, então, à
realidade de que o novo convertido precisa ter uma
alimentação especial da Palavra, o “leite”, que nada mais é
que o discipulado cristão.
Para cumprir a tarefa do ensino da Palavra, é
preciso, em primeiro lugar, que a Igreja se veja dotada de
homens e mulheres preparados para ensinar. Na igreja de
Antioquia, Barnabé, ao notar a salvação daqueles crentes,
imediatamente viajou para Tarso, para trazer a Paulo,
pessoa que ele sabia ser preparada e capaz de ensinar
aqueles novos convertidos (At.11:25,26).
Para se fazer o discipulado, é indispensável que
demos o devido valor à Palavra de Deus, Palavra que o
próprio Deus engrandeceu a tal ponto de a pôr acima de Si
mesmo (Sl.138:2). Sem esta atitude, de nada adiantará
582
583
desenvolver “cursos teológicos”, “cursos bíblicos”, “cursos
de preparação de obreiros” e tantas outras coisas que têm
sido inventadas e postas em prática na atualidade. Se as
pessoas não se conscientizarem de que nem só de pão viverá
o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de
Deus (Mt.4:4), um discipulado não terá êxito em qualquer
igreja local. Foi isto que os apóstolos sempre fizeram, a
ponto de terem arrogado para si esta tarefa e tê-la posto
como prioridade absoluta em seus ministérios (At.5:42;
6:2).
Por isso, deve partir dos dirigentes da igreja local a
tarefa do discipulado. Como pastores (e falamos aqui de
função, de dom ministerial e não de título), são
necessariamente mestres, ensinadores da Palavra, pois nem
todo mestre é pastor, mas todo pastor é mestre, tanto que a
expressão bíblica, quanto relaciona os dons ministeriais, é
“pastores e mestres” (Ef.4:11). Assim sendo, se alguém está
a apascentar o rebanho de Deus, deve ensinar a Palavra e
fazê-lo com prioridade. Por isso, até, é este um dos
requisitos para a seleção ao ministério pastoral (II Tm.3:2).
OBS: A propósito, é um dos grandes fatores que nos levou
ao atual estado catastrófico em termos de ensino da Palavra
a falta de observância do requisito da aptidão para ensinar
na separação e consagração de obreiros na atualidade pelos
ministérios, convenções e denominações.
O dirigente da igreja local deve ser o primeiro a ter
prazer em ensinar e a se esmerar no ensino da Palavra. Deve
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ser alguém sempre pronto a elucidar dúvidas doutrinárias
dos irmãos, um assíduo frequentador da Escola Bíblica
Dominical, alguém que demonstra esforço e profundidade
doutrinária nos cultos de ensino, como também na pregação
da Palavra nas reuniões públicas. Não precisa ser um
“doutor em Divindade”, um “erudito”, mas precisa, isto sim,
demonstrar conhecimento bíblico, intimidade com as
Escrituras, precisa ser um obreiro aprovado, que maneja
bem a palavra da verdade (II Tm.2:15).
Além de se mostrar ele próprio um estudioso das
Escrituras, o dirigente da igreja local deve exigir este
mesmo perfil de seus auxiliares. Não se pode permitir
obreiro que não tenha conhecimento bíblico, que não
demonstre meditar na Palavra de Deus de dia e de noite. O
dirigente deve incentivar os seus auxiliares no estudo da
Bíblia, inclusive, se necessário, fazendo reuniões de estudos
bíblicos com eles, a fim de estimulá-los a manejar bem a
palavra da verdade. Deve dar atenção especial ao
superintendente da Escola Bíblica Dominical e aos
professores da EBD, participando das reuniões preparatórias
deles sempre que possível, além de assistir às aulas da EBD,
verificando, assim, como está sendo ensinada a Palavra na
igreja local.
Este cuidado deve ser redobrado om relação aos
novos convertidos, assim como o cuidado é mais intenso no
tocante à alimentação quando estamos diante de um recémnascido. Por isso, é preciso haver um segmento especial da
igreja local para deles cuidar. O novo convertido deve ser
584
585
estimulado e incentivado a iniciar a leitura das Escrituras,
sendo de bom alvitre que sejam selecionados textos que
digam respeito aos fundamentos doutrinários, a fim de que o
novo convertido, um neonato espiritual, seja tratado com o
“leite racional” (I Pe.2:2).
O “leite racional” é, como vimos, composto dos
“primeiros rudimentos das palavras de Deus”. E quais são
estes rudimentos? O próprio escritor aos hebreus responde:
“o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé
em Deus, a doutrina dos batismos, a doutrina da imposição
das mãos, a doutrina da ressurreição dos mortos e a doutrina
do juízo eterno” (Hb.6:1,2).
É lamentável vermos, nos dias hodiernos, que
muitos novos convertidos jamais foram levados ao contato
destas doutrinas fundamentais, não sabendo o que é o
arrependimento de pecados e o que significa a conversão e a
nova vida em Cristo, o que é a fé em Deus, o que é o viver
pela fé (o que inclui ensino sobre a meditação nas Escrituras
e a oração), o que significa o batismo nas águas e o batismo
com o Espírito Santo, o que é o poder de Deus (a
“imposição das mãos” nos fala da ministração do poder de
Deus: cura divina, expulsão de demônios, dons espirituais,
sinais e maravilhas), o que significa a ressurreição dos
mortos (o sentido da ressurreição de Jesus e as promessas de
vida eterna) e o juízo eterno (a salvação e condenação
eternas, as últimas coisas).
585
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Parece que já havia uma situação similar entre os
crentes hebreus, pois o escritor da carta diz que, pelo tempo,
eles já deveriam ser mestres, mas, por não conhecerem os
rudimentos doutrinários, ainda tinham de ser tratados com
leite (Hb.5:12).
O Senhor Jesus já alertara para este risco ao nos
contar a parábola do semeador. Faz-se necessário que a
semente esteja em boa terra, sem o que, mesmo
germinando, a nova planta morrerá, seja por causa dos
pedregais, seja por causa dos espinhos Mt.13:5-7).
Sem o discipulado, o novo convertido jamais se
tornará uma “boa terra”, pois os pedregais não serão
esmiuçados pelo martelo, que é a Palavra de Deus
(Jr.23:29), fazendo com que, com a angústia e a perseguição
por causa da Palavra, ele morra espiritualmente
(Mt.13:20,21).
Ou, então, sem o discipulado, o novo convertido
não terá energia suficiente para debelar os cuidados deste
mundo e a sedução das riquezas, sucumbindo ao
sufocamento proporcionado por estes elementos, vindo,
também, a morrer espiritualmente (Mt.13:22).
O novo convertido deve ser acompanhado de perto
pelos evangelistas da igreja local, que deverão lhe tirar
todas as dúvidas que tenha e dar prioridade a que ele
aprenda os fundamentos doutrinários, as bases da doutrina
cristã. Tais ensinamentos devem ser dados, de forma
586
587
sistemática, preferencialmente na Escola Bíblica
Dominical, em classe específica para os novos convertidos,
a fim de que eles possam, a um só tempo, ter conhecimento
das verdades bíblicas essenciais, como também se
acostumar a frequentar a EBD.
De igual modo, não se pode levar o novo convertido
a uma alimentação pesada, ao chamado “sólido
mantimento”, pois, se ele ingerir este alimento pesado,
também corre o risco de morrer espiritualmente, assim
como, certamente, uma alimentação pesada, como feijoada,
pode causar a morte de um bebê.
Devemos ter este cuidado de evitar que o novo
convertido seja alimentado com “sólido alimento”, pois isto
lhe causará transtornos em sua vida espiritual que podem,
inclusive, levá-lo à morte. O Senhor Jesus deixou-nos o
exemplo, ao dizer que não falaria tudo que poderia aos
discípulos antes de Sua glorificação, pois eles não eram,
ainda, capazes de suportar (Jo.16:12), o mesmo fazendo o
apóstolo Paulo em relação aos coríntios (I Co.3:2) e o
escritor aos hebreus (Hb.5:12,13). Aliás, o escritor aos
hebreus nos diz a quem o “leite” deve ser ministrado:
àqueles que não foram experimentados na palavra da
justiça.
Nos dias hodiernos, temos visto, com relativa
frequência, o descuido com relação a este tópico. Muitos
novos convertidos, por causa de sua projeção na sociedade,
são alçados, quase de imediato, a posições e
587
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responsabilidades nas igrejas sem que tenham capacidade
espiritual para tanto. Na avidez de mostrar à sociedade a
“conversão” de A ou de B, tais pessoas, verdadeiras recémnascidas espirituais, são levadas a realizar tarefas que não
têm a mínima condição de executar.
Alguém já colocou um recém-nascido para fazer um
discurso, para administrar o seu lar ou auxiliar as tarefas de
seus pais ou irmãos? Logicamente que não! Mas há muitas
igrejas que põem estes “novos convertidos ilustres” para
pregar, para exercer funções (inclusive, pasmem, serem
professores de EBD…), gerando tão somente a morte
espiritual destas pessoas. Não importa quem tenha sido a
pessoa no meio social, sua projeção, popularidade, riqueza,
conhecimento intelectual, espiritualmente o novo convertido
é um recém-nascido e assim deve ser tratado no reino de
Deus!
9.1.2 – O Novo Convertido Precisa Ser Firmado
Quando uma pessoa nasce de novo, encontra-se na
mesma posição de Lázaro ressuscitado. Jesus, depois de
quatro dias, quando o corpo de Lázaro já estava em
decomposição, mostrou o Seu poder sobre a morte, fazendoo ressurgir dos mortos. Milagrosamente, Lázaro saiu da
sepultura com vida. Entretanto, é interessante notar que
Lázaro foi para fora da sepultura, mas se encontrava ainda
todo enfaixado, conforme os costumes judaicos de
preparação do cadáver. Jesus não determinou que Lázaro
fosse daquele jeito para casa nem tampouco Se incumbiu de
588
589
desligar o ex-defunto. Mandou que aquelas pessoas que
estavam ali vendo o milagre tratassem de tirar as faixas de
Lázaro, de modo que ele próprio (Lázaro) fosse para a sua
casa (Jo.11:44). Assim ocorre com o novo convertido: só
Jesus poderia trazê-lo à vida, ou seja, salvá-lo; mas cabe a
nós que estamos com Jesus neste mundo tomar as
providências necessárias para que o novo crente se desligue
de tudo aquilo que estava relacionado com a vida sem
Cristo, ou seja, com a morte espiritual, para que ele,
individualmente, siga em direção à sua casa, onde já o
aguarda o Salvador. Aleluia!
Este desligamento do mundo não é, por vezes,
uma tarefa fácil e que se faz de imediato. Assim como, por
força das convenções sociais e dos costumes existentes
entre os judeus, Lázaro fora ligado com faixas em todo o
seu corpo, muitas vezes a vida social impõe ao novo
convertido uma série de obstáculos, um sem-número de
situações que precisarão ser desatadas uma a uma e isto leva
algum tempo, o que deve ser não só entendido e
compreendido pela Igreja, como também deve ser alvo da
ajuda e amor fraternal por parte dos salvos.
Nos dias em que vivemos, de multiplicação da
iniquidade (Mt.24:12), estas situações são ainda mais
embaraçosas e requerem, da parte dos salvos, muito maior
compreensão e entendimento, pois o novo convertido,
muitas vezes, não tem condições de se livrar destas faixas
de imediato. A propósito, Lázaro não tinha condições de se
589
590
desligar das faixas, tanto que o Senhor Jesus mandou que as
pessoas que ali estavam o fizessem.
O escritor aos hebreus fala-nos da necessidade que
temos, para seguir a Cristo, de não só deixarmos o pecado,
como também o embaraço, a fim de que possamos correr
com paciência a carreira que nos está proposta (Hb.12:1),
que outra não é senão a jornada para entrarmos no reino de
Deus.
Assim, se o fato é que, quando do novo nascimento,
temos os pecados perdoados e recebemos as vestes de
salvação (Is.61:10), sendo retirados do lago horrível e do
lamaçal do pecado e postos sobre a rocha firme, que é
Cristo (Sl.40:2), temos de ter nossos passos firmados e
também sermos libertos de todos os embaraços que a vida
no pecado nos trouxe e que nos impede, de imediato, de
andarmos por nós mesmos rumo ao céu.
OBS: Reproduzimos aqui a belíssima descrição dada por
John Bunyan em “O Peregrino” a respeito da salvação de
Cristão:
“…Vi Cristão marchando por uma estrada que, de ambos
os lados, era protegida por duas muralhas, chamadas
Salvação (Isaías 26.1). É certo que ia caminhando com
muita dificuldade, por causa do fardo que levava às costas,
mas o seu passo era rápido e seguro; vi-o chegar a um
pequeno monte onde se erguia uma cruz, junto à qual, e um
pouco mais abaixo, estava uma sepultura. Ao chegar à
590
591
cruz, soltou-se lhe o fardo, instantaneamente, de sobre os
ombros, e, rolando, foi cair na sepultura, donde não
tornará jamais a sair. Quão aliviado e jubiloso ficou
Cristão! Bendito seja Aquele que, com os seus sofrimentos,
me deu descanso, e com a sua morte me deu a vida!
Exclamou ele, e ficou por alguns momentos como extático,
ao ver o grande benefício que a cruz acabava de fazer-lhe;
olhava para um e para outro lado, cheio de assombro, até
que o seu coração se expandiu em abundantes lágrimas
(Zacarias 12.10). Chorava, quando diante dele apareceram
três seres resplandecentes, que o saudaram com: a Paz seja
contigo! E logo o primeiro dos três lhe disse: “Perdoados
te são os teus pecados” (Marcos 2.5). O segundo,
despojando-o dos vestidos imundos que trazia, vestiu-lhe
um traje de gala (Zacarias 3.4), e o terceiro, pondo-lhe um
sinal na fronte (Efésios 1.13), entregou-lhe um diploma
selado, sobre o qual deveria pensar pelo caminho, e
entregá-lo quando chegasse à Cidade Celestial. Ao ver
todas estas coisas, Cristão experimentou imensa alegria, e
continuou o seu caminho cantando, pouco mais ou menos,
estas palavras: Oprimido andei sempre sob o peso de meus
pecados, sem encontrar lenitivo ao meu sofrimento, até que
cheguei a este lugar. Onde estou eu? Oh! Aqui é por certo o
princípio da minha bem-aventurança, visto que aqui se
quebraram os laços que me prendiam aos ombros o fardo
que me oprimia. Eu te saúdo, ó cruz bendita! Bendito sejas,
santo sepulcro! Bendito seja para sempre Aquele que em ti
foi sepultado pelos meus pecados.…” (O Peregrino. Obra
digitalizada por Carlos_Boas, p.21).
591
592
Este firmar dos passos, este desembaraço não é
imediato. Assim como a criança demanda um tempo para
iniciar a andar sozinha e Lázaro teve de ser desligado pelos
que estavam ali vendo o milagre, de igual modo devem os
salvos auxiliar o novo convertido, ajudando-lhe a firmar os
passos, como também desligando-o daquilo que o mundo e
a sociedade lhe trouxeram, durante a vida de pecado, e que
o impede de prosseguir sua jornada.
Assim, temos de ajudar o novo convertido a firmar
os seus passos. E como se faz isso? Dando-lhe as mãos para
que ele possa ganhar confiança e equilíbrio, podendo,
assim, dar seus necessários passos de fé na caminhada rumo
ao céu. Precisamos ajudar o novo convertido com
conselhos, orientações e intercessão de modo a que a pessoa
nova convertida possa aumentar sua fé em Cristo Jesus e
n’Ele confiar, equilibrando-se, à luz da Palavra de Deus,
neste mundo pecaminoso, dando passos em direção à Pátria
celestial.
Temos de ajudar o novo convertido a se desligar
das faixas que o envolviam enquanto estava morto. Este
desligamento, às vezes, é um ato difícil, penoso, pois há
muitos “nós” e muitas faixas que já se incrustaram na vida
da pessoa como situações familiares, profissionais e de vida
não respaldadas pela Palavra de Deus, vícios, compromissos
iníquos e tantas outras que devem ser removidas, com
cuidado, uma a uma, para que se possa correr a carreira que
está proposta em direção à cidade celestial.
592
593
Estas faixas, que o monge João Clímaco (580-650)
chama de “ataduras do pecado” e “ataduras dos vícios”,
precisam ser retiradas para que o novo convertido, ainda nas
palavras do já mencionado monge, possa ir para “uma
quieta e bem-aventurada tranquilidade”. Para tanto, João
Clímaco comparou a vida espiritual a uma “escada”, que
teria “trinta degraus”, dos quais o primeiro é, precisamente,
o da renúncia do mundo, aquilo que o apóstolo João
afirmou ser não amar o mundo nem o que no mundo há (I
Jo.2:15).
OBS: Reproduzamos aqui o pensamento de João Clímaco,
monge que viveu no século VI e VII no Monte Sinai:
“…E, por isso, os que desejam fazer firme fundamento de
virtude, todas as coisas do mundo negarão, a todas
desprezarão, a todas porão debaixo dos pés e a todas
examinarão. E para que este fundamento seja tal, há de
ter três colunas com que se sustente, que são a inocência,
o jejum e a castidade. Todos os que em Cristo são
crianças, têm de começar por estas três coisas, tomando
por exemplo aqueles que não são de coração duro, nem
fingidos, nem desmedidamente cobiçosos, nem de ventre
insaciável, nem de movimentos de vícios desonestos…” (A
Escada, cap.1. (tradução nossa de texto original em
espanhol).
O novo convertido, como nos indica John
Bunyan em sua obra “O Peregrino”, assim que se livra do
fardo do pecado, tem de enfrentar o “desfiladeiro da
593
594
Dificuldade”, que, penosamente é galgado e não sem que
haja alguns contratempos e, por isso, temos de ser pacientes
e amorosos, entendendo que não se trata de momento fácil
na vida do novo convertido.
A nós cabe ajudá-lo a vencer as dificuldades,
assim como Moisés ajudou o povo na saída do Egito, que os
guiou não só com palavras, mas com obras e oração, a fim
de que não só o novo convertido consiga atravessar o Mar
Vermelho mas também vença Amaleque que se lhe
apresentará no deserto.
Não
devemos,
porém,
confundir
este
desligamento, que muitas vezes é penoso e dolorido, com a
complacência com o pecado, como, inadvertidamente,
muitos têm feito nos dias hodiernos.
O novo convertido tem de ser tratado com
cuidado, compreensão, mas não se pode deixar de mostrarlhe a verdade e que só Jesus pode libertar o homem do
pecado. Não se pode permitir que o novo convertido
prossiga vivendo da mesma maneira que antes de se
converter, pois, se isto acontece, não houve conversão, não
houve verdadeiro e genuíno arrependimento dos pecados.
Como vimos na lição anterior, a mensagem do
reino de Deus é a pregação do arrependimento, a
indispensável necessidade de abandono do pecado. A
compreensão e tolerância têm de se dar no capítulo do
594
595
embaraço, na superação das dificuldades trazidas pela vida
pecaminosa, algo que nem sempre se dá de imediato.
Assim, por exemplo, diante de um químico
dependente que se entrega a Cristo, deverá haver a
compreensão de que o processo de libertação química da
droga pode se dar lentamente e com muita dificuldade, mas
jamais se poderá dizer ou ensinar que, mesmo com o uso
dos tóxicos, estará aquela pessoa salva e que a circunstância
de seu vício não impedirá a sua salvação.
Este desligamento do mundo e das circunstâncias
criadas pela vida no pecado somente podem ser superadas
quando o novo convertido é ensinado a buscar mais a
presença de Deus. Ainda citando João Clímaco, “…é de se
notar que, no princípio da renúncia, não se produzem as
virtudes sem trabalho, amargura e violência. Mas, depois
que começamos a desfrutar, com muito pouco tristeza ou
nenhuma as produzimos. Mas, depois que a natureza está já
absorta e vencida com o favor e alegria do Espírito Santo,
então as produzimos com gozo, alegria, diligência e fervor
de caridade…”( op.cit.) (tradução nossa de texto em
espanhol).
Por isso, neste cuidado com o novo convertido, é
fundamental que os salvos maduros incentivem, estimulem
e acompanhem o neoconverso na busca à presença de Deus,
levando-o aos cultos de oração, a uma vida de oração e
meditação nas Escrituras, à busca do batismo com o Espírito
Santo e dos dons espirituais. Esta característica, que era tão
595
596
disseminada nas Assembleias de Deus, tem rareado nos dias
hodiernos, com grave prejuízo à saúde espiritual não só dos
novos convertidos mas da igreja como um todo.
Levando o novo convertido à presença do Senhor,
em oração e meditação nas Escrituras, certamente terá ele as
necessárias forças para vencer os embaraços e as
circunstâncias deixadas pela vida pecaminosa que ele
abandonou quando viu o reino de Deus.
9.1.3 – O Novo Convertido Precisa Ser Integrado
Depois de ter ressurgido dos mortos, vitorioso
sobre a morte e o pecado, o Senhor determinou aos
discípulos que batizassem os convertidos em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo (Mt.28:19; Mc.16:16),
ordenança esta que era bem presente na mente dos
apóstolos, como podemos ver já no sermão de Pedro no dia
de Pentecostes (At.2:38).
Assim, percebemos nitidamente que, embora
ausente da pregação de Jesus em Seu ministério terreno, o
batismo nas águas, a exemplo do que ocorrera na pregação
de João, foi considerado pelo Senhor como a única forma
pela qual alguém testemunharia publicamente a sua
salvação, a sua fé em Jesus. O batismo, portanto, foi
constituído pelo Senhor como a declaração pública de que
alguém aceitou a Cristo como seu único e suficiente Senhor
e Salvador, como passo final da integração do novo
convertido à igreja local.
596
597
Por ser uma ordem de Jesus, não há o que se
discutir. Quem quer que se diga crente, ou seja, quem quer
que afirma ter sido salvo por Jesus, ter crido na Sua obra
redentora no Calvário, ter sido atingido pela salvação, tem
de se batizar, para comprovar esta salvação. O batismo é um
ato de obediência a Cristo, é uma demonstração pública de
que alguém se comprometeu com Jesus, que alguém se
submeteu ao senhorio de Cristo e que não mais vive, mas
Cristo vive nele.
Percebamos que a ordenança de Jesus segue o
mesmo raciocínio do batismo de João que o próprio Senhor
reconheceu como sendo uma prática ordenada diretamente
do céu e, por isso, da parte de Deus. Assim como o batismo
de João não salvava pessoa alguma, mas tão somente fazia a
pessoa reconhecer que era pecadora e se comprometer a
esperar e seguir o Messias que estava para chegar, assim
também o batismo estabelecido pelo Senhor Jesus não salva
pecados, mas representa um gesto público de confissão de
que alguém se arrependeu dos seus pecados, creu em Jesus
e, por isso, tem novidade de vida, uma vida em Cristo Jesus.
Jesus é bem claro ao afirmar que quem crer e for
batizado será salvo, ou seja, ser batizado é algo que ocorre
só depois que a pessoa crê. Crer, i.e., ter fé é o requisito
indispensável e essencial para a salvação. A salvação vem
pela fé (At.26:18; Rm.3:28; Gl.2:16; Ef.2:8), não pelo
batismo. É preciso crer para que se alcance a salvação,
como Jesus deixou bem claro para Nicodemos no “texto
597
598
áureo” da Bíblia (Jo.3:16). Por isso, estão em grande
equívoco aqueles que entendem que o batismo tem algum
poder de regeneração ou de salvação da criatura humana. O
batismo não é para salvar pessoa alguma, mas é uma prática
daquele que foi salvo em Jesus.
Só podem ser batizados aqueles que creram em
Jesus (Mc.16:16; At.18:8), e, portanto, o batismo nas águas
não lava nem purifica pecados, mas somos justificados pela
fé em Cristo (Rm.5:1). Portanto, a salvação vem pela fé em
Cristo e não pelo batismo com água.
Então, alguém que crê em Jesus e não é batizado
está salvo? Depende. Por que não se batizou? Porque não
teve condição de fazê-lo, como o ladrão na cruz? Então, este
estará salvo, assim como esteve o ladrão na cruz, pois creu e
não foi batizado por motivo alheio à sua vontade. Agora, se
alguém creu em Jesus e, podendo, não se batiza porque não
quer, este, na verdade, não será salvo, não porque não foi
batizado, pois o batismo não salva pessoa alguma, mas, sim,
porque, ao recusar ser batizado, mostra que, na verdade, não
creu em Jesus, pois quem crê em Jesus obedece-Lhe.
Um batismo é lícito quando o batizando crê de
todo o coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus, ou seja,
quando tem convicção de que é um pecador, de que se
arrependeu da vida pecaminosa e de que entregou sua vida a
Cristo, que é seu único e suficiente Senhor e Salvador. Para
tanto, o batizando tem de ser devidamente orientado e
ensinado a respeito da salvação em Cristo Jesus, conforme
598
599
consta das Escrituras Sagradas. “…Sem estes
conhecimentos, os novos discípulos encarariam este ato
sagrado simplesmente como um ato qualquer, com a única
diferença de que, desta feita, estariam diante da igreja.…”
(HERNANDES, Laerte. Discipulado para o batismo
consciente, p.13).
Por isso, não pode o batismo se dar antes que novo
convertido seja devidamente ensinado a respeito dos
rudimentos da fé, antes que entenda o significado de ser
salvo e de ter nascido de novo. É importante observar que o
batismo não salva e, portanto, uma eventual demora entre a
salvação da pessoa e o seu batismo não põe em risco a vida
eterna da pessoa. O novo nascimento, o chamado “batismo
espiritual” ou “batismo do Espírito Santo” (I Co.12:13;
Gl.3:27; I Pe.3:21), é um ato instantâneo, em que somos
ligados na vara, que é Cristo (Jo.15:4,5). É nossa inserção
na igreja universal, no corpo de Cristo (I Co.12:27).
Já o batismo, porém, é um testemunho público de
nossa inserção na igreja universal. É um ato pelo qual o
batizando diz à igreja local reunida para o ato e para a
sociedade em geral que ele passa a ser um integrante desta
igreja local, que ele é, doravante, um cristão, uma pessoa
“parecida com Cristo”, uma testemunha de Jesus entre os
homens. Tem-se, portanto, a assunção de um compromisso
de, publicamente, ser apontado como testemunha de Jesus
(At.1:8), de passar a ser uma prova do amor de Deus aos
homens (I Co.13), uma demonstração do poder de Deus(I
599
600
Co.2:4), um instrumento para a glorificação de Deus pelos
homens (Mt.5:16).
Ora, para que isto se dê, torna-se absolutamente
necessário que os novos convertidos sejam devidamente
instruídos, que aprendam de Jesus (Mt.11:29), conheçam o
jugo do Senhor (Mt.11:30), saibam qual é a Sua doutrina
(Mt.5-7). Não tem base bíblica a prática de alguns
segmentos cristãos de que o batismo deve se seguir
imediatamente ao gesto de decisão por Cristo.
Os que entendem que o batismo deve se seguir
imediatamente à “conversão”, buscam respaldar seus
ensinos no fato de que, na igreja primitiva, há o relato de
que, logo após a conversão, se procedia ao batismo. Assim
teria ocorrido no dia de Pentecostes, em Samaria, com
Paulo, com Cornélio, em Éfeso. Desta maneira, a Bíblia
ensinaria que o batismo deve ser imediato à conversão, sem
necessidade alguma de instrução ou qualquer outra
providência.
Este entendimento “bíblico”, seguido por alguns
grupos desde sua origem, apareceu como uma verdadeira
“luva” para “…muitas igrejas evangélicas, cujos pastores
mostram-se tão preocupados com a multiplicação imediata
de seus rebanhos, que não hesitam em batizar pessoas sem
nenhuma preparação prévia, sem um esclarecimento
profundo, distorcendo os propósitos de Deus em cada uma
dessas vidas que foram compradas com o precioso sangue
600
601
de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo(…). O que
realmente importa para cada uma dessas mal-intencionadas
igrejas é competirem umas com as outras (muitas vezes até
mesmo congregações de um mesmo ministério), cada qual
procura apresentar, nos dias de batismo, um maior número
de candidatos, mesmo que estes não tenham sido
devidamente discipulados para esse fim.
Entretanto, não é este o ensino das Escrituras.
Por que primeiro, precisamos saber que, o batismo significa
e sela a nossa União com Cristo, a participação das bênçãos
do pacto da Graça, e nosso compromisso de pertencemos ao
Senhor. É um ato que torna público, conhecido de todos o
que aconteceu interiormente, no homem interior do
batizando. Deste modo, quem realmente foi salvo, vai
produzir frutos dignos de arrependimento, vai demonstrar
que está dando o fruto do Espírito. A propósito, era este um
requisito exigido por João para fazer o seu batismo (Mt.3:8;
Lc.3:8).
Mas, como explicar o batismo no dia de
Pentecostes? Em primeiro lugar, devemos observar que o
dia de Pentecostes foi o cumprimento de uma profecia, um
dia singular que não pode ser tomado como regra. É
interessante observar que os que defendem o batismo
imediato e citam o dia de Pentecostes, se, indagados que,
para haver batismo no Espírito Santo, se faz necessário que
venha um som como de um vento veemente e que surjam
línguas repartidas como que de fogo, dirão que isto só
601
602
ocorreu no dia de Pentecostes. Então, por que se tornar
regra o episódio de um fato singular?
Entretanto, devemos notar que o auditório do
sermão de Pedro era de pessoas que já tinham sido
devidamente instruídas a respeito do Evangelho. Eram
pessoas que haviam presenciado o ministério terreno de
Cristo ou dele tomado conhecimento. Jesus havia pregado
por cerca de três anos e meio, de modo que não se pode
dizer que não tenha havido uma prévia preparação para
aquelas vidas. Além do mais, o texto de Atos 2 nos mostra
que houve verdadeira conversão daquelas vidas e que o
apóstolo Pedro condicionou o batismo à comprovação da
conversão. Portanto, o batismo ocorrido no dia de
Pentecostes somente se deu porque se demonstrou haver
efetiva conversão daqueles quase três mil que se agregaram
à igreja.
O mesmo se deu em toda a igreja primitiva. Os
se batizavam davam real testemunho de mudança de vida,
de conversão. Assim, o batismo bíblico deve se seguir à
conversão e conversão somente se percebe quando a pessoa
começa a dar frutos dignos de arrependimento. Assim
ocorreu em Samaria, por exemplo, onde as Escrituras nos
provam que este era um requisito para o batismo ao
descrever a vida cristã de Simão que, por ter crido em Jesus,
abandonou as artes mágicas e, por isso, foi batizado (At.8:913). O mesmo se deu em relação a Paulo, que somente foi
batizado porque o Senhor deu testemunho a Ananias da sua
602
603
conversão, conversão esta confirmada pela maravilha dupla
da cegueira e de sua cura (At.9:10-18).
Quando vamos, porém, à igreja de Antioquia, a
primeira igreja gentílica, vemos que não houve ali um
batismo imediato, como nos outros casos. Antes, houve um
ano todo de ensino de Paulo e Barnabé àqueles irmãos que,
ao contrário dos crentes judeus, eram pessoas que
conhecimento algum tinham a respeito das profecias das
Escrituras. Dali por diante, sempre vemos o apóstolo Paulo
primeiro ensinando e discipulando os crentes, para só,
então, depois fazer menção de batismo e, num momento
seguinte, de escolha de obreiros para estas igrejas. Esta
prática, aliás, é abundantemente registrada na história da
Igreja, com o batismo sendo realizado apenas um período de
ensino da doutrina, que passou a ser denominado de
“catecumenato” e que durava “seis períodos”. Aliás,
normalmente, os batismos eram efetuados uma vez ao ano,
após uma aferição da vida de cada um dos candidatos.
OBS: “…Veja como, segundo E. Glenn Hinson, no seu
livro ‘Vozes do cristianismo primitivo’ em parceria com
Paulo Siepierski, da editora Sepal em coedição com a
editora Temática, acontecia na igreja primitiva, por ocasião
do batismo:
‘Quarenta dias antes da páscoa, a época normal
para batismo, o mestre (ou bispo) finalmente decidia quais
dos catecúmenos deveriam receber o batismo. Sua decisão
era baseada no estilo de vida dos catecúmenos enquanto no
603
604
catecumenato – se tinham vivido corretamente e
manifestado amor cristão no cuidado dos pobres, daqueles
em prisão, das viúvas e órfãos, e de outros necessitados. (a
vida era observada para saber se a mudança operada pela
graça estava presente, e vida voltada para o próximo, não
bastava ter atendido ao apelo, tinham de aparecer os frutos
dignos de arrependimento). Em seguida, os catecúmenos
recebiam a imposição de mãos, eram “selados” com o sinal
da cruz na testa e salgados – símbolos de que eles já não
mais pertenciam ao diabo, mas a Cristo. Então, recebiam
instrução diária e exorcismos até serem batizados. Os
exorcismos eram importantes porque expulsavam as hostes
satânicas que oprimiam os catecúmenos até que o Espírito
Santo os libertasse de uma vez por todas (a libertação tinha
de se dar na história e não apenas na confissão de fé). Na
quinta-feira antes do batismo e no domingo de páscoa, os
catecúmenos passavam por uma lavagem e purificação
preparatória. Na sexta-feira e no sábado, jejuavam. Ainda
no sábado, havia um último exorcismo; o bispo fazia um
selo com o sinal da cruz e, então, se iniciava uma vigília que
durava a noite inteira…” (RAMOS, Ariovaldo. Devolvam a
minha igreja. Disponível em: 2005)
O batismo é uma confissão pública que se faz
da conversão e do novo nascimento. O batismo não é para
salvação, mas, sim, para o salvo. É uma declaração que o
salvo faz de que faz parte da Igreja, de que tem Jesus como
seu Senhor e Salvador. Como, então, podemos batizar
alguém que não prova que é uma nova criatura em Cristo
604
605
Jesus? Como batizar alguém que nem sequer foi discipulado
na igreja local a que passará a pertencer?
– O batismo é o final de um processo de integração do
batizando na igreja local. A igreja local é um grupo social, é
um conjunto de pessoas que tem de ter uma identificação
clara não só entre os membros do grupo, mas também
diante da sociedade. A igreja em Jerusalém era dotada desta
identificação clara e evidente (At.5:12,13). Por isso,
ninguém pode ser batizado sem que, antes, seja
devidamente instruído a respeito do que é servir a Deus,
sem que antes demonstre ter dado frutos dignos do
arrependimento, prove que foi, realmente, transformada
pelo Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê (Rm.1:16).
Infelizmente, há muitos que hoje estão sendo
levados às águas batismais sem a mínima noção do que isto
representa. Nada mais fazem que um “banho com vestes”.
Não têm a mínima noção do que é pertencer ao corpo de
Cristo, do que é ser salvo, sendo conduzidos como ovelhas
para o matadouro, não no sentido bíblico da expressão
(Rm.8:38), mas no sentido agropecuário mesmo: sem ter a
mínima ideia de que serão causa de escândalo e de
sacrilégio, pois estarão profanando uma ordenança de Jesus,
praticando um ritual sem qualquer sentido ou valor, que tem
o mesmo efeito diante de Deus dos sacrifícios meramente
formais que o povo de Israel realizava na antiga aliança
(Is.1:10-15).
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Para alguém ser batizado precisa dar frutos
dignos do arrependimento. Para alguém ser batizado é
preciso que haja evidência de que se trata de uma pessoa
que se converteu, que deixou as trevas e passou para o reino
da luz, que está a andar na luz, que se tornou uma nova
criatura. Para tanto, faz-se necessário que o batizando tenha
sido acompanhado pelos membros da igreja local, que
possam, efetivamente, dar testemunho de que ele pode ser
batizado. Por isso a importância de o candidato ao batismo
se dirigir à igreja local e fazer a sua profissão de fé, que não
é uma simples apresentação à igreja local, nem a reprodução
de palavras ensaiadas, mas um testemunho que possa
demonstrar aos membros da igreja local que se está diante
de uma pessoa que tem convicção de que Jesus é o seu
único e suficiente Senhor e Salvador.
O batismo pode ser imediato à conversão, mas
conversão não é, como pensam muitos, o ato de levantar a
mão diante de um apelo feito em um culto emocional ou
uma reunião de adoração ao Senhor. Este gesto é uma
decisão por Cristo, que pode ter envolvido uma real
salvação, mas que precisa ser evidenciada pela conversão,
que um ato seguinte do processo de Integração, uma
transformação. Isto somente será verificado ao longo de um
determinado tempo, tempo que não se pode precisar quanto.
Pode ser antes mesmo do fim da pregação, do apelo, como
aconteceu na casa de Cornélio, como pode ser um ano
inteiro, como parece ter acontecido em Antioquia e como se
tem demonstração nos primeiros séculos da história da
Igreja.
606
607
Esta falta de critério para o batismo tem sido um
dos principais fatores para o fracasso espiritual de muitas
igrejas locais. Como se batiza sem critério, fora do modelo
bíblico, sem verificação da conversão das pessoas,
ingressam no rol de membros pessoas que não são salvas,
pessoas que nada têm de crentes que, quando muito, são
religiosas, mas que jamais tiveram um encontro real com o
Senhor Jesus. São, para usarmos aqui de feliz expressão do
príncipe dos pregadores britânicos, Charles Haddon
Spurgeon, verdadeiros “bodes” que estão no meio das
“ovelhas” e que, não raras vezes, desvirtuam toda a igreja
local. Por isso, como diz Spurgeon, muitos pastores estão
hoje a entreter bodes em vez de apascentar ovelhas…
O discipulado do novo convertido é uma
necessidade não só para aquele que aceitou a Cristo, mas
para a própria igreja local que, desta maneira, tenta evitar a
mistura com o mundo, com os falsos cristãos. Não nos
esqueçamos de que um pouco de fermento leveda toda a
massa (I Co.5:6; Gl.5:9) e que devemos evitar todo
fermento, pois, como corpo de Cristo, temos de ser, como
Ele, sem fermento, verdadeiros pães asmos de sinceridade
neste mundo de hipocrisia e fingimento (I Co.5:7,8).
Também é em virtude disto que não se deve
permitir que pessoas que ainda não tenham se submetido ao
batismo participem das atividades da igreja local. As
atividades da igreja são apenas para aqueles que já
assumiram o compromisso com o Senhor, compromisso
607
608
este representado pelo batismo, que é o ponto final do
processo de integração a uma igreja local. É com muita
tristeza que verificamos, na atualidade, que muitos têm sido
incorporados a várias atividades da igreja local, logo depois
que se decidiram por Cristo, sem mesmo saber o que é ser
crente, sem demonstrar que estão transformados pelo
Evangelho. O resultado é o que temos visto cada vez mais: a
frieza espiritual e a perda total de relevância espiritual de
muitas igrejas locais.
A integração na igreja local não é uma
incorporação qualquer a um grupo social. Embora a igreja
local seja um grupo social, deve dela tomar parte somente
quem demonstrar que nasceu de novo, da água e do
Espírito, ou seja, que tenha sido salvo por Jesus. É evidente
que a igreja local deve ter departamentos e atividades
dirigidos às crianças, adolescentes e jovens, quase sempre
familiares de membros da igreja local, mas não podemos
nos esquecer que tais departamentos e atividades devem ser,
sobretudo, evangelizadores. É um evangelismo feito dentro
das quatro paredes do templo. Entretanto, como Deus não
tem neto, mas somente filhos, faz-se necessário, para que
estes familiares sejam integrados na igreja local, que, assim
como os que são alcançados pela evangelização “externa”,
também sejam submetidos a um processo de verificação do
novo nascimento nas suas vidas. Não se pode levar a
batismo alguém única e exclusivamente porque “nasceu em
berço evangélico”, mas alguém que, tendo tido a graça de
ter nascido em um lar evangélico, encontrou-se com o
608
609
Senhor Jesus e foi salvo por Ele, dando frutos dignos de
arrependimento.
A “conversão em massa”, ou seja, a integração
de pessoas à igreja local sem que se tomem os devidos
cuidados para verificação de que se trata de novas criaturas,
de pessoas salvas e regeneradas, não traz proveito algum à
igreja local nem tampouco à causa do Evangelho. O
processo de paganização da Igreja, que levou ao surgimento
da Igreja Romana e das Igrejas Ortodoxas, do chamado
“cristianismo apóstata”, está diretamente relacionado com
as “conversões em massa” que passaram a ocorrer no
Império Romano depois que Constantino fez cessar as
perseguições aos cristãos e demonstrou simpatia pelo
Cristianismo. A partir de então, muitos, querendo ser
“simpáticos” ao poder político, passaram a se “tornar
cristãos”, deixando-se batizar e os cristãos, até então
perseguidos, inebriados por este crescimento quantitativo e
numérico (que acabou por resultar, também, em poder
político para os bispos e demais integrantes da cúpula
hierárquica das igrejas locais…), caíram na armadilha do
adversário e, em pouco tempo, não havia mais diferença
alguma entre cristãos e pagãos, com o surgimento das
práticas que apenas deram “roupagens cristãs” a crendices e
rituais do antigo paganismo.
Os nossos dias não são diferentes. Muitas igrejas
locais e denominações estão como que anestesiadas pelo
“aumento do Evangelho”, que nada mais é que um
crescimento numérico e quantitativo, acompanhado quase
609
610
sempre de poderio econômico-financeiro e político, que tem
feito muitos se esquecerem de verificar a real transformação
das pessoas antes de integrá-las às igrejas locais pelo
batismo. Muitos, a propósito, chegam a defender que a
pessoa pode se batizar tantas vezes quantas achar
necessário, como se o batismo fosse uma banalidade ou um
mero banho que precise ser repetido diariamente.
Ser “evangélico” virou moda e muitos se
submetem ao batismo para “provar” que se converteram e
tais conversões apenas têm servido para escândalos e
prejuízos ao Evangelho, e, não poucas vezes, servido para
encher os bolsos de muitos. Outros, na competição
desenfreada por cargos e posições nas burocracias
eclesiásticas, têm procurado aumentar o número de
batizandos em suas igrejas e, para tanto, recorrem a todos os
subterfúgios possíveis, como o batismo de crianças e de
adolescentes, que nem sequer se conscientizaram do que é o
batismo e que é servir a Cristo (e, neste ponto, filhos de
crentes são o alvo preferencial…), o batismo imediato de
pessoas que se decidiram por Cristo, ainda que não tenham
sequer se libertado de seus vícios ou de sua vã maneira de
viver, o rebatismo de pessoas de outras denominações, sob
as mais absurdas teses e justificativas doutrinárias e,
pasmem todos, até mesmo o rebatismo de irmãos da própria
denominação, sob a rubrica do “justo motivo”, tão somente
para fazer número e apresentar em relatórios. A que ponto
chegamos, como tem se aviltado uma ordenança de Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo!
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Urge, portanto, que demos ao batismo o seu real
valor, que o vejamos como o ato final de um processo de
integração, como o testemunho público não só do batizando,
mas da igreja local, que se está diante de uma ovelhinha de
Jesus Cristo, de um ser transformado pelo Evangelho, de
uma nova criatura, de alguém que anda na luz de Cristo, que
está caminhando para o céu; Não nos preocupemos com os
números, não busquemos nos enganar a nós mesmos, nem
capitulemos à mentira e à hipocrisia, mas façamos do
batismo nas águas um instante de realização e de alegria não
só do batizando, mas de toda a igreja local, certos de que
aquele que está a descer às águas é uma alma que foi
arrebatada do poder do mal e que, com a colaboração de
toda a igreja local, hoje, publicamente, pode dizer e
comprovar que é alguém que está nas mãos do Senhor Jesus
e que ninguém poderá arrebatar. No próximo batismo na sua
igreja local, que responderá cada batizando, se lhe
perguntarmos como os poeta sacros Eufrosine Kastberg e
Emílio Conde: ‘Nasceste de novo, andas já com Deus?
Pertences ao povo que vai para os céus? Tens a lei escrita
em teu coração? Em ti já habita plena salvação?” (1ª
estrofe do hino 447 da Harpa Cristã).
Com o batismo, tem-se o completar do trabalho
junto ao novo convertido, pois agora, mediante a confissão
pública que é visível a toda a sociedade e não só à igreja,
tem o aparecimento da plantinha que havia germinado e que
o mundo ainda não tinha visto que se tornara uma “nova
criatura”. Tem-se, então, uma linda manifestação do reino
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de Deus para toda a humanidade, uma vida transformada,
mudada, que agora, publicamente, se
manifesta para que todos vejam que Jesus salva e
transforma o homem. Temos deixado tal manifestação do
reino de Deus se revelar entre nós?
9.2 – Com as Convicções do Espírito Santo
A Bíblia foi escrita para que o verdadeiro crente, o
verdadeiro salvo, tivesse convicção, certeza, firmeza,
segurança da salvação eterna e imperdível (incapaz de ser
perdida) 1João 5:13.
Mas devemos nos examinar (cada um a si mesmo)!!! 2Co
13:5
Muito feliz é o pastor que pode dirigir ao seu povo
estas palavras. Ó! que todos os nossos pastores pudessem,
verdadeiramente, dizer isto. Porque não é assim?
Certamente se fossemos determinados, como Paulo, a
"nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este
crucificado", se fôssemos cheios do mesmo Santo Espírito,
se vivêssemos a mesma vida devota e levássemos a mesma
mensagem noite e dia, com lágrimas, deveríamos ser
capazes de usar estas preciosas palavras. "Aquele que sai
chorando, levando a semente para semear, voltará com
cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos".
612
613
O dia de Pentecostes foi a época dos primeiros
frutos. O dia da colheita está por vir. Os apóstolos tiveram a
primeira chuva. Nós esperamos pelo tempo das últimas
chuvas.
9.2.1 - Meditemos sobre um ministério mal sucedido.
O evangelho chega ao povo só em palavras.
Quão frequentemente um pastor fiel prega o
evangelho e o povo parece bebê-lo com alegria! Uma áurea
de eloquência natural ilumina tudo o que ele diz ou ele tem
um estilo emocionado e brando que prende a atenção deles,
mas nenhum efeito salvífico parece segui-lo. Corações não
são quebrantados e nenhuma alma adicionada à Igreja.
Assim foi com Ezequiel "Eis que tu és para eles como
quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange
bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem
por obra" (Ez. 33:32). Estes são aqueles que recebem a
palavra em solo pedregoso; eles ouvem a palavra e sem
demora, com alegria, a recebem, mas não tem raiz em si
mesmos e ela perdura somente por pouco tempo.
Ó minha alma! tu estás contente em receber o
evangelho somente em palavra? Pode um faminto ser
alimentado somente com o aroma do alimento? Ou pode um
mendigo tornar-se rico somente ouvindo o tilintar do
dinheiro? E pode a minha alma faminta encontrar descanso
613
614
pelo ouvir dos címbalos do evangelho? É temeroso cair no
inferno sob o som da misericórdia do evangelho.
Mas há alguns que não somente ouvem o
evangelho, mas conhecem o evangelho; e ainda assim ele
chega a eles somente em palavras. Quantas crianças
crescem sujeitas a pais piedosos, bem catequizadas nas
verdades divinas, bem disciplinadas na Bíblia, tendo
compreensão do evangelho e possuidoras de todo
conhecimento; nenhum ponto é novo para elas. E mesmo
assim, não têm visão espiritual; não provam nem vêem que
Cristo é bom; não há pedra embaixo de seus pés. Ah! estes
são os mais miseráveis de todos os ouvintes inconversos.
Eles afundarão mais baixo do que Cafarnaum. Ah! quantos
filhos de pastores, quantos professores de escola dominical,
quantos pregadores do evangelho podem saber, que o
evangelho os alcança somente em palavras e nunca em
poder. Quão triste é perecer apontando para a cidade de
refúgio; pregar a outros para então ser rejeitado.
Mas há um caminho mais excelente. Voltemo-nos para
meditar nele:
9.2.2 - Um ministério bem sucedido: "nosso evangelho
chegou ate vocês em poder".
Que coisa ineficaz o evangelho parece algumas
vezes. O pastor é meio envergonhado dele. O povo dorme
ante suas mais impactantes afirmações. Porém, em outras
614
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vezes, o evangelho é evidentemente, "o poder de Deus para
a salvação". Um poder invisível acompanha a palavra
pregada, e o templo parece ser a casa de Deus e o portão do
céu. Então a palavra de Jeremias é cumprida: "Não é
minha palavra fogo, diz o Senhor, o martelo que esmiúça
a penha?" (Jr.23:29). Então pecadores resistentes são
despertados. Idosos, os de meia-idade e crianças pequenas
são levados a clamar: "O que devo fazer para ser salvo?"
Um silêncio impressionante toma conta da assembléia. As
flechas do Rei de Sião penetram no coração dos inimigos do
Rei e o povo é humilhado sob Ele. Ó pecador! o evangelho
chega a ti em poder? O martelo do evangelho tem quebrado
teu coração de pedra? O fogo da palavra tem derretido teu
coração gelado? Tem a voz que é "como o barulho de
muitas águas" falado de paz para a tua alma?
"Nosso evangelho chegou até você no Espírito
Santo". É Ele, a terceira pessoa da Santa Trindade, que faz
com que o evangelho chegue em poder. Era Ele quem
"pairava sobre a face das águas", quando este mundo estava
sem forma e vazio, e trouxe vida e beleza a um mundo
morto (Gn.1:2). É Ele quem se move sobre a face da
natureza silenciosa, quando o inverno passa, e traz a vida
fresca da primavera para fora do solo frio: “Envias o teu
fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra”
(Sl.104:30). Mas acima de tudo, é trabalho do Espírito
Santo retirar a futilidade dos corações dos pecadores, de tal
forma que eles se voltem para o Senhor (2 Co. 3:16). A
mente carnal tem uma inimizade tal com Deus, o pecador
inconverso está tão morto nos seus delitos e pecados, o
615
616
homem carnal é tão ignorante das coisas divinas, que
precisa haver o trabalho do Todo Poderoso Espírito,
avivando, iluminando e tornando-o desejoso, antes que o
pecador aceite a Jesus.
Ó pecador! O Espírito Santo veio até você?
Doce é a paz que gozam aqueles ensinados por Ele. Quando
é tempo de sequidão, pastores militam em vão; eles gastam
suas forças por nada e em vão. Eles se sentem como que
parados à beira mar, falando às pedras duras, ou às ondas
violentas, ou ao indomável vento. Mas, quando o Espírito
Santo vem, os mais débeis instrumentos são feitos
poderosos, "poderosos em Deus, para demolição de
fortalezas". Ó! ore por tal tempo.
"Nosso evangelho chegou até vós, em plena
convicção". Este é o efeito na alma, quando a palavra vem
com poder, através da obra do Espírito Santo. A alma, assim
instruída, tem uma doce convicção da verdade referente às
grandes coisas reveladas no evangelho.
Quando um homem contempla o sol, ele sente
uma certeza de que ele não é trabalho de homem, mas de
Deus. Também quando um pecador tem seus olhos ungidos,
ele vê a beleza gloriosa e a abundância de Cristo, de forma
que seu coração se enche com uma confortável certeza da
verdade do evangelho. Ele não pergunta por evidências. Ele
vê evidência suficiente no próprio Cristo. Ele diz: eu sou
todo culpado, Tu és Jeová minha justiça. Eu sou todo débil,
tu és Jeová meu estandarte. Eu sou todo vaidade, em Ti
616
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habita toda a plenitude da divindade. "O meu amado é meu,
e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios”. É
isto que enche o peito com jubilo e paz. É isto que dá um
doce senso de perdão e proximidade com Deus. É isto que
nos capacita a orar. Agora podemos dizer: "Então minha
alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação";
"Eu sei que o meu Redentor vive"; "Quem nos separará do
amor de Cristo?".
Este é o evangelho que chega em plena
convicção. Ó! feliz ministro que pode tomar estas palavras
de Paulo e dizer "nosso evangelho não chegou até vós tão
somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito
Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o
nosso procedimento entre vós, e por amor de vós".
Tua igreja é tua alegria aqui, e será tua coroa por
toda a eternidade. Embora esse relato tenha uma conotação
poética, precisamos lembrar que carecemos urgentemente
da manifestação da presença do Espírito Santo em nossas
vidas para guiar com poder e falar aos corações endurecidos
da nossa geração.
9.2.3 – Como ser Guiados Pelo Espírito Santo
A forma número um de sermos guiados na nova
aliança é através do testemunho interior. É aquela certeza
por dentro a respeito da vontade de Deus para as nossas
vidas. Romanos 8:16. O Testemunho interior é aquela
convicção que temos por dentro, colocada pelo Espírito
617
618
Santo. O testemunho interior é a forma número um de
sermos guiados pelo Espírito Santo. Isto concorda com
Romanos 8:14 que diz que os filhos de Deus são guiados
pelo Espírito de Deus.
Na nova aliança estabelecida por Jesus Cristo
nós temos o Espírito habitando em nós, nos garantindo que
somos filhos de Deus. Esta é uma realidade para aqueles
que nasceram de novo, e não para a velha aliança. Era
impossível ser guiado pelo Espírito Santo na velha aliança
de forma consistente, pois ninguém ainda havia nascido de
novo. Em Mateus 11:11 a Palavra diz que entre os nascidos
de mulher ninguém era maior que João o Batista, mas o
menor no reino dos céus era maior que João. Isto diz
respeito ao novo nascimento, pois na velha aliança ninguém
havia nascido de novo. O Novo nascimento é para a
dispensação em que estamos. Quando Jesus ressuscitou
dentre os mortos, Ele foi o primeiro da ressurreição, ou seja,
o primeiro a passar da morte para a vida espiritual, agora
todos aqueles que recebem Jesus como o seu Senhor passam
também da morte para a vida e são feitos filhos de Deus.
Ser filho de Deus se dá pelo novo nascimento João
3: 1 a 8, aquele que é nascido de Deus vence o mundo e esta
é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. I João 5:6. Como
filhos de Deus pelo novo nascimento, temos condições de
ouvir a voz do Espírito de Deus e obedecé-la. Agora o que
precisamos saber; é que o testemunho interior é uma
convicção que temos por dentro, mesmo sem ouvirmos uma
voz, nós simplesmente sabemos por dentro qual é à vontade
618
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do Senhor. I João 5:10 diz: Aquele que crê no filho de Deus
tem em si mesmo o testemunho. Nós temos um testemunho,
é como se uma certeza a respeito do que devemos fazer ou
não fazer tomasse conta do nosso interior. Sem a
necessidade de ouvirmos alguma voz.
Ser guiado pelo Espírito Santo na Nova aliança é
diferente da velha aliança. Neste ponto é onde muitos estão
caindo. Na velha aliança ninguém tinha o Espírito dentro
para mostrar o caminho a andar, somente o Rei, Profeta e o
Sacerdote é que tinham o Espírito Santo sobre eles, para
exercerem uma função específica, mas eles não tinham
condições de serem guiados pelo Espírito como um filho de
Deus. O Espírito habitando dentro do homem e o guiando a
toda verdade é uma realidade para a nova aliança
estabelecida no sangue de Jesus Cristo. Ele foi o primeiro a
passar da morte para a vida, Nele nós somos feito à justiça
de Deus, Nele nós podemos ser guiados pelo Espírito, Nele
nós somos nova criatura, Nele nós temos a vida de Deus.
Colossenses 1:18; Atos 26:23; Romanos 1:4. Jesus foi
gerado na ressurreição dos mortos pelo Espírito de
santidade. Atos 13:32 e 33.
Muitos estão caindo em erro porque querem ser
guiados mediante a realidade da velha aliança. Na velha
aliança o ministério profético tinha uma realidade diferente
da nova aliança. Isto se dava pelo fato de nenhum deles ter
nascido de novo, mas apenas o profeta é que ouvia Deus
falar, e transmitia ao povo a Sua vontade. Isto não acontece
mais na nova aliança, nenhum profeta tem o direito de
619
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querer direcionar a vida das pessoas. Deus hoje tem o Seu
Espírito habitando dentro de cada um de Seus filhos, e o
ministério do Espírito Santo também é guiar o povo de
Deus. Nós não precisamos que ninguém nos ensine coisa
alguma, pois a unção que vem do Santo nos ensina todas as
coisas, ninguém precisa dizer: Conhece ao Senhor? Pois
todos me conhecerão. I João 2:20 e 27. Hebreus 8:11.
Se nós quisermos conhecer o Senhor mediante os
procedimentos da velha aliança, nós estaremos andando em
caminhos fora da vontade de Deus, é tempo de andar nas
realidades da nova aliança, na certeza que somos guiados
pelo Espírito Santo.
Outra coisa que precisamos saber também, é que
ser guiado pelo testemunho interior é sobrenatural e não
espetacular. Eu costumo dizer que quem quer ver espetáculo
vá para o circo. As coisas de Deus são extraordinárias, mas
não espetaculares, se estivermos à procura daquilo que é
espetacular, poderemos ser enganados por espíritos
malignos. O que devemos fazer é viver uma vida de
constante certeza da real presença do Espírito Santo em nós.
Esta atitude nos levará a andar por caminhos de justiça, e
sempre estaremos sendo guiados pelo Espírito do Senhor.
Observe a vida do Apóstolo Paulo: Em alguns
lugares no livro de Atos nós o vemos ser guiado pelo
Espírito simplesmente pelo testemunho interior, até mais do
um anjo aparecendo a Ele ou o próprio Senhor Jesus
aparecendo. Atos 13:2 Paulo e Barnabé já tinham convicção
620
621
pelo Espírito mesmo antes dos profetas falarem pelo
Espírito, eles já sabiam que Deus os havia chamado para
uma obra, a profecia simplesmente testificou com o coração
deles, aquilo que o Espírito já os havia avisado. Atos 13:2.
...Que os tenho chamado... Vendo pelo testemunho interior
Atos 14:9. Atos 15:2 simplesmente resolveu-se. Pareceu
bem aos Apóstolos e anciãos Atos 15:22 e 25. E a decisão
pareceu bem ao Espírito Santo e a eles. 15:28.
Simplesmente pareceu bem a Silas ficar ali Atos 15:34. Para
Paulo parecia razoável não levarem a João Marcos Atos
15:38. Paulo simplesmente quis que este fosse com Ele
Atos 16:3. Foram impedidos pelo Espírito Santo Atos 16:6
e 7. Após a visão que Paulo teve ele concluiu que o Senhor
os chamava para anunciar o evangelho. Atos 16:10. Lídia os
constrangeu a isso, através daquilo Deus levantou na casa
de Lídia uma Igreja. Paulo foi impulsionado pelo Espírito.
Atos 18:5. Não conveio nisso Atos 18:20. Querendo Apolo
passar a Acaia Atos 18:27. Paulo propôs em espírito ir a
Jerusalém Atos 19:21, e depois ver também Roma. Paulo já
tinha determinado passar ao largo Atos 20:16. Ligado eu
pelo Espírito vou para Jerusalém Atos 20:22. O Espírito
Santo me revela que de cidade em cidade me esperam
tribulações e cadeias. Atos 20:23. Não vereis mais o meu
rosto Atos 20:25. Porque eu sei isto Atos 20:29. Paulo foi
guiado pelo testemunho interior e não pelas emoções dos
irmãos. Atos 21:13. Sabendo Paulo clamou Atos 23:6.
Paulo disse: vejo que a navegação há de ser incômoda e
com muitos danos Atos 27:10. Paulo os admoestava a
comer, pois nenhum cabelo da cabeça deles iria cair Atos
621
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27:34. Rogaram que por sete dias ficassem com eles Atos
28:14.
Através principalmente da vida de Paulo, nós
vemos como ser guiado pelo Espírito Santo é algo que
acontece no nosso interior e está ligado a uma vida
sobrenatural e de certeza que Deus nos está guiando quando
tomamos as decisões. É tempo de acreditar que somos
guiados pelo Espírito Santo, e simplesmente vivermos uma
vida de fé na Palavra, sem se preocupar em ouvir uma voz
sobrenatural do Espírito Santo, sabendo que quando Deus
quiser falar conosco desta forma Ele o fará, sem nós
precisarmos forçar estas coisas. Você é guiado pelo Espírito
Santo, você é uma pessoa que sabe discernir o testemunho
interior, Deus tem prazer em lhe guiar
9.3 – Dando Conta de Tudo a Deus (Mordomia)
Deus é o dono de tudo. Davi declarou esta
verdade: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo
e aqueles que nele habitam” (SI 24.1). Todas as coisas
foram feitas por Deus (Gn 1.1; Hb 11.3). Não existem dois
princípios criadores. Apenas um, e este princípio é Deus.
Portanto, Ele é o proprietário da sua criação.
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O homem é mordomo de Deus. Deus constituiu
o homem como seu mordomo, seu despenseiro, depois de
criar tudo: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a;
dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e
sobre todo o animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28).
“Disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente,
a quem pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a
ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu
senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12.42,43).
O crente tem um motivo próprio. “Porque
fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus
no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a
Deus” (ICo 6.20). Não nos pertencemos a nós mesmos.
Pertencemos a Deus duas vezes: primeira, porque Ele no
fez; segunda, por-que Ele nos remiu (comprou). Esta é a
nossa motivação para servi-lo.
Deus exige uma prestação de contas de cada
mordomo. Este é o ensino de Jesus: “Muito tempo depois
veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles”
(Mt 25.19). Jesus está dizendo que haverá um tempo de
acerto de contas. Feliz será o mordomo que for achado fiel.
A mordomia da igreja. A igreja, como
instituição, recebeu de Deus uma mordomia. Ela é
responsável diante de Deus pelo bom desempenho dessa
mordomia. Em Ap 2.1-3, o Senhor encontrou na igreja de
Éfeso um bom desempenho da mordomia. Todavia, foi
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achada em falta em algumas coisas (v.4). Das sete igrejas da
Ásia, apenas duas estavam desenvolvendo fielmente a
mordomia que recebera do Senhor: Esmirna e Filadélfia.
A integridade de um fruto da mordomia. Jesus
ensinou, por parábolas: “O seu senhor lhe disse: Bem está,
servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te
colocarei. Entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). O
mordomo fiel, ainda que tenha recebido poucos talentos,
será colocado sobre o muito. O infiel, no pouco ou no
muito, será punido pelo Senhor.
As possessões materiais. As propriedades têm
um papel social. Deus nunca teve a intenção de acumular
um mordomo com bens materiais sem que este fizesse a
distribuição proporcional de suas rendas:
a) O Estado tem a sua porcentagem e Deus também:
“Então ele lhes disse: Dai a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21);
b) b) As viúvas e os órfãos têm sua parte: “As viúvas
despediste vazias, e os braços dos órfãos foram
quebrantados. Por isso, é que estás cercado de
laços, e te perturbou um pavor repentino” (Jó
22.9,10);
c) c) Os pobres perceberão a sua parte: os apóstolos
faziam a distribuição das contribuições, atendendo
624
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aos pobres também (At 4.34,35). Deus estabelece
para cada mordomo as devidas prioridades.
9.3.1 - O Desafio à Fidelidade
Em Provérbios 9.10a lemos:- “O temor do
Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do
Santo é prudência”. – É impressionante como tememos os
nossos devedores, como tememos o poder público,
concessionário dos benefícios ditos públicos, mas também
ávido cobrador destes benefícios. Mas o temor de ficar sem
os serviços essenciais como telefone, água, luz, etc, nos
levam a ser pontuais no recolhimento de taxas, impostas e a
pagarmos com naturalidade e pontualidade tudo aquilo que
para nós é indispensável.
Quando a Palavra nos diz que é sábio sentirmos
temor a Deus, eu me pergunto, será que o nosso temor
maior não estaria direcionado para a pessoa errada? Ou para
a instituição errada? A fidelidade também é um excelente
aferidor de temor, de reverência e do amor ao Reino dos
Céus, que chegou a todos nós através de Jesus Cristo.
Em Provérbios 3.9-10 está escrito:- “Honra ao
Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua
renda; e se encherão fartamente os teus celeiros...” – Em
todos os convites de Deus à fidelidade do homem, sempre
está implícita uma maravilhosa promessa, que é o Amor de
Deus, pois a Palavra nos diz: - “Cada um contribua
segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por
625
626
constrangimento; porque Deus ama ao que dá com
alegria”. Este texto encontra-se em 2 Coríntios 9.7.
Contribua com alegria! – contribua com o teu
tempo, contribua com os teus talentos e dons, contribua com
os teus dízimos e ofertas... Contribua com o teu temor e
reverência a Deus...
9.3.2 - 25 Razões porque sou Dizimista
01 - SOU DIZIMISTA, porque o Dízimo é Santo. Lev.
27.30:32
02 - SOU DIZIMISTA, porque quero ser participante das
grandes bençãos. Mal. 3.10:12
03 - SOU DIZIMISTA, porque amo a obra de Deus, na face
da Terra.Mal. 3.10
04 - SOU DIZIMISTA, porque senão ficarei com dividas a
Deus. Lev. 27.13:31
05 - SOU DIZIMISTA, porque Deus é dono de tudo. Salmo
24.1
06 - SOU DIZIMISTA, porque eu mesmo vou goza-lo na
casa de Deus. Dt. 14.22:23
07 - SOU DIZIMISTA, porque mais bem aventurado é dar
do que receber. Atos 20.35
08 - SOU DIZIMISTA, porque Deus ama que dá com
alegria. II Cor. 9.7
09 - SOU DIZIMISTA, porque tudo vem das mãos de Deus
1Cr 29.12,14
626
627
10 - SOU DIZIMISTA, porque não sou avarento. I Tim.
6.10
11 - SOU DIZIMISTA, porque meu rico tesouro está no
céu. Mat. 6.19:21
12 - SOU DIZIMISTA, porque tudo que peço recebo. Mat.
7.7:9
13 - SOU DIZIMISTA, porque obedeço às leis de Deus.
Atos 5.29
14 - SOU DIZIMISTA, porque as bênçãos de Deus é que
enriquece. Prov. 10.22
15 - SOU DIZIMISTA, porque para cada lei Deus promete
recompensa. Salmo 19.7
16 - SOU DIZIMISTA, porque receberei de Deus com a
mesma medida. Lucas 6.38
17 - SOU DIZIMISTA, porque os pensamentos de Deus são
mais altos. Isa. 55.9
18 - SOU DIZIMISTA, porque Deus me escolheu e me
nomeou. João 15.15
19 - SOU DIZIMISTA, porque Deus disse: Fazei prova de
Mim. Mal. 3.10
20 - SOU DIZIMISTA, porque minha descendência não vai
mendigar o pão. Salmo 37.25
21 - SOU DIZIMISTA, porque meu salário não será posto
em saco furado. Ageu 1.6
22 - SOU DIZIMISTA, porque é minha responsabilidade o
sustento da igreja. Mal. 3.8
23 - SOU DIZIMISTA, porque quero ter a consciência
tranquila. I Tim. 1.19
24 - SOU DIZIMISTA, porque tudo o que o homem
plantar, isso ceifará. Gálatas 5.7
627
628
25- SOU DIZIMISTA, porque Deus supre todas as minhas
necessidades. Filipenses 4.9
Os Meus Dízimos Demonstram:
1° A minha gratidão, porque eu jamais poderia comprar a
minha salvação (Efésios 2:8-9);
2° Que o Reino de Deus e a Sua justiça estão em primeiro
lugar na minha vida (Mateus 6:33);
3° Que, para mim, semear valores espirituais é mais
importantes que os valores materiais (Gálatas 6:8);
4° Que eu confio em Deus para suprir todas as minhas
necessidades e não nas minhas próprias forças (Filipenses
4:19);
5° Que, para mim, os tesouros no Céu valem mais que os
tesouros da Terra (Mateus 6:19-21).
9.4 - Fugindo da Aparência do Mal
Os cristãos devem ter em mente que não é
suficiente evitar o que é mal. Devem evitar também tudo
aquilo que tem a aparência de mal.
628
629
É claro que a “aparência de mal” é muito
subjetiva, mas o cristão experiente sabe o que é isso e da
necessidade existente em evitar práticas que outros podem
entender como reprovada por Deus.
Há um certo constrangimento nos crentes
quando têm de tomar determinadas decisões no seu
quotidiano, designadamente o que devem vestir nesse dia,
que penteado levar, que lugares frequentar, etc., etc., etc.,
com o receio de escandalizar alguém. Todos nós,
certamente, já fomos confrontados com este tipo de
questões e duvidas, por serem eventualmente passiveis de
ser contestadas por outros crentes. Eu próprio, confesso, que
na minha ignorância já pus em causa a espiritualidade de
vários crentes por causa destas e outras coisas, com base
neste e noutros textos bíblicos. Lamentavelmente, por não
ter tido alguém capaz de me elucidar no entendimento
correto do ensino e dispensação da graça de Deus aquando
dos primeiros passos do meu crescimento espiritual.
A principal razão porque isso acontece é
porque não há um correto conhecimento do teor da
dispensação da graça de Deus – diga-se, do ensino da graça
de Deus – e, do pouco conhecimento que há desse ensino,
não há consistência, certeza e domínio de todos os seus
aspetos, o que tem levado, ao longo da história das igrejas
locais, há formação de uma mentalidade religiosa de cariz
evangélico, formatando os crentes a essa aculturação
religiosa, assente em sentimentalismos, suposições,
629
630
pareceres pessoais e não na Pregação do Mistério. O
resultado disso tem sido ver os crentes da graça debaixo de
um jugo que todos admitem existir, mas que ninguém ousa
fundamentar e garantir. Os evangélicos, assim como toda a
cristandade em geral, à semelhança dos judeus, no tempo do
Senhor, no seu zelo irracional e desconhecedor da Palavra
de Deus, têm “construído” um conjunto de regas e modos
de conduta que, na sua grande parte contrariam a natureza e
o ensino da Palavra da Graça de Deus.
Um dos textos que tem sido usado para
defender essa aculturação é, precisamente, o que
apresentamos da Iª epístola de Paulo aos Tessalonicenses e
que diz:
“Abstende-vos de toda
Tessalonicenses 5:22
aparência
do mal”
- I
Há muito tempo que este tipo de atitudes dos
crentes e da cristandade em geral, que é acompanhada e
corroborada com opiniões e pareceres pessoais e
individuais, de pessoas que têm responsabilidade na
chamada “obra de Deus” têm-me intrigado, uma vez que é
um discurso que não parece estar em sintonia com o ensino
e postura do Apóstolo Paulo, o qual Deus constituiu como o
Mordomo da Casa da Graça de Deus, quer pelo ensino de
que foi canal, quer pelo exemplo ou modelo que deixou, de
como se deve viver segundo a graça de Deus. Por esse
facto, tais circunstâncias levaram-me a examinar mais
630
631
cuidadosamente este ensino à luz da Palavra de Deus,
especialmente da Pregação do Mistério, e procurar entender
o verdadeiro pensamento do Apóstolo Paulo e o que ele
pretendeu dizer com as suas palavras.
O primeiro pensamento que nos pode surgir
é um pensamento contraditório: porque é que o Senhor nos
chamou para a liberdade e os ensinadores da Bíblia usam o
texto sagrado para prender e manter assim os crentes,
condicionando-os no seu pensamento e escravizando-os
com incontáveis, mas inconsistentes e incoerentes,
obrigações?
Outro pensamento que nos surge é o de
confrontarmos este tipo de entendimento tradicional com as
palavras e exemplos do Senhor Jesus Cristo e de Paulo, que
nunca estiveram preocupados com a aparência, mas com a
realidade das coisas, como seja: nunca tiveram problemas
de curar no dia de Sábado, tocar em leprosos, comer com
fariseus, com publicanos, ou com pecadores, de criticar e
repreender os que se prestavam a isso, mesmo os discípulos,
expulsar os vendilhões do templo, etc., etc., etc..
Ainda outro pensamento é o seguinte: se se
trata de uma questão de aparência, qual é o critério que
servirá de base para determinar determinada "aparência de
mal"? A "aparência" de mal... e que mal? Que tipo de mal?
Quem define o conceito de mal? É o mal abstrato? O mal
Indefinido e incerto, entregue ao critério de mentes
condicionadas pelo pecado? Quem define e ordena o padrão
631
632
para entendermos o tipo de aparência? Ora, a única base
fidedigna para identificarmos o mal é a Palavras de Deus. E,
onde está ela na determinação desses conceitos? Que diz a
Palavra de Deus sobre a "aparência"?
Como esse tipo de discurso intriga todo o
crente maduro, com inteligência espiritual, quando
confrontado com as diversas palavras do Apóstolo Paulo,
quando diz:
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me
livrou da lei do pecado e da morte (Romanos 8:2);
Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do
Senhor, aí há liberdade» (II Coríntios 3:17);
28b Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude. 29
Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro.
Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela
consciência de outrem? 30 E, se eu com graça participo,
por que sou blasfemado naquilo por que dou graças? 31
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra
qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I
Coríntios 10).
4 E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham
entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa
liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em
servidão; 5 aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos
632
633
com sujeição, para que a verdade do evangelho
permanecesse entre vós» (Gálatas 2);
«6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações
o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. 7 Assim que
já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também
herdeiro de Deus por Cristo. 8 Mas, quando não
conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são
deuses. 9 Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo
conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses
rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis
servir? 10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11
Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para
convosco» (Gálatas 4);
«Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos
libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da
servidão» (Idem, 5:1);
«Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não
useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas
servi-vos uns aos outros pela caridade» (Idem, 5:13);
«16 Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou
dos sábados, 17 que são sombras das coisas futuras, mas o
corpo é de Cristo. 18 Ninguém vos domine a seu belprazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos,
metendo-se em coisas que não viu; estando debalde
inchado na sua carnal compreensão, 19 e não ligado à
633
634
cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas
juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. 20
Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos
do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças,
como se vivêsseis no mundo, 21 tais como: não toques,
não proves, não manuseies? 22 As quais coisas todas
perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos
homens; 23 as quais têm, na verdade, alguma aparência
de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em
disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão
para a satisfação da carne» (Colossenses 2).
Mais amplo que isto, diz o Mordomo aos criados da casa
de Deus:
«Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que
nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele
que assim a considera; para esse é impura» (Romanos
14:14);
«13 Portanto, repreende-os severamente, para que sejam
sãos na fé, 14 não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem
aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
15 Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é
puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu
entendimento e consciência estão contaminados. 16
Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as
obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados
634
635
para toda boa obra. 1 Tu, porém, fala o que convém à sã
doutrina» (Tito 1, 2);
«Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma» (1 Coríntios 6:12);
«Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as
coisas edificam» (1 Coríntios 10:23);
«1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos
tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, 2 pela
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo
cauterizada a sua própria consciência, 3 proibindo o
casamento e ordenando a abstinência dos manjares que
Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a
verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; 4
porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que
rejeitar, sendo recebido com ações de graças, 5 porque,
pela palavra de Deus e pela oração, é santificada» (I
Timóteo 4).
«7 E ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro! Mata
e come. 8 Mas eu disse: De maneira nenhuma, Senhor;
pois nunca em minha boca entrou coisa alguma comum
ou imunda. 9 Mas a voz respondeu-me do céu segunda
vez: Não chames tu comum ao que Deus purificou» (Atos
10).
635
636
Assim, se o Senhor nos chamou para a liberdade do Seu
Filho, a propósito de quê a nossa liberdade deva estar
condicionada aos pensamentos humanos e carnais? (que
Paulo chama de rudimentos deste mundo… porque são
critérios, razões e normas pertencentes a esta vida…
carnais e mundanos).
Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela
consciência de outrem?
Precisamos ter cuidado, pois somos rodeados
por uma grande nuvem de testemunhas.
Uma questão prática
Certa vez ao fazer visita aos lares dos irmãos,
chegamos numa casa em que o dono da casa estava fora.
Entretanto, a mulher sem nenhuma maldade nos convidou
para entrarmos e esperar por seu marido. Normalmente não
teria problema algum. Mas, para evitar que pessoas nos
confundisse e começasse a especular por que o Pastor
entraria na casa de uma mulher casada quando o seu marido
estivesse fora, resolvemos então, agradecer pelo convite e
voltarmos uma outra hora. Hora esta em que seu marido
estivesse presente.
636
637
Mesmo como Pastor, evito dar carona para
mulheres quando sozinho. Qual o pecado em dar carona
para alguém do gênero oposto? Obviamente não há pecado
nisso. A questão, no contexto que estamos tratando aqui, é o
olhar daqueles que veem tal cena.
Certa vez, estava sem carro e precisava de uma
carona para voltar pra casa. Era um dia de muita chuva e
“tive” de pegar carona com uma das irmãs da Igreja até meu
destino final, que estava em seu caminho. Ao entrar
procurei sentar no banco traseiro e chamei outra irmã líder
das senhoras e que a conhecia e também iria naquela
direção e a coloquei no banco do carona ao lado da
motorista, mesmo em meio a protestos, deixei claro que
daquela forma seria melhor. Essa atitude envolveu um pleno
entendimento sobre o que é evitar o mal.
Sei que para alguns isso pode soar como exagero.
Particularmente não acho e prefiro chamar de zelo e atenção
à palavra de Deus bem como ter o correto entendimento do
poder pecaminoso do coração do homem.
9.5 Aprendendo a Orar
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638
Orar é contar a Deus o que você necessita como
se conversa com um amigo. Se não consegue orar, não está
compreendendo a natureza amorosa de Deus. Ele é bom.
Quer apenas o que é bom para você. Só podemos ser
abençoados quando buscamos o Senhor:
1) Com orações ( que é a forma como falamos com Deus).
2) Com jejum ( quando sentimos que precisamos fazer um
propósito com o Senhor para sermos libertos ou para ajudar
a libertar alguém com nossas súplicas).
3) Com a meditação na Palavra (Bíblia Sagrada) (que é a
forma que Deus usa para se comunicar conosco, ou então
através de um profeta, porém, essa profecia tem que ter
confirmação na Palavra).
4) E com a obediência. Pois, só seremos verdadeiramente
abençoados se fizermos tudo como o Senhor nos manda
através da Palavra, pois, quando o Senhor fala, Ele nos
garante e nada precisamos temer e a vitória é nossa pelo
Poder do Nome de Jesus.
A partir de hoje, eu creio, como você também,
que poderá entrar em seu aposento, rasgar o coração ao
Senhor e sentir verdadeiramente o poder de Deus entrar em
sua vida para ficar e durar eternamente, Amém e graças a
Deus.
638
639
Porém, necessário se faz que você não duvide
jamais que tudo pode Naquele que nos fortalece – Jesus
Cristo. OK! “tudo posso naquele que me fortalece.”
(Filipenses 4:13 RA)
Que as bênçãos do Senhor Jesus penetrem neste
momento na sua vida, enviando Sabedoria e Conhecimento,
Coragem e Ousadia que vem do Trono do Pai.
A oração é o único meio de comunicação entre a
humanidade e Deus, e independente de qualquer outra coisa,
nossas orações devem estar de acordo com os santos
princípios de nosso Pai celestial – Lucas 11: 9 e 10.
Atualmente, o número de evangélicos no Brasil
ultrapassa os 40 milhões. A religião protestante é um das
que mais cresce em todo o mundo. A cada dia que se passa
novas instituições evangélicas são fundadas em nosso país.
Algo que chama a atenção daqueles que
desconhecem a fé evangélica é a oração. Elas expressam
pedidos de perdão, socorro, paz e amor. Algumas são
extraídas da Bíblia e dos Salmos que o Rei Davi dedicava a
Deus.
9.5.1.5 - Exemplos de oração evangélica
Oração evangélica
Homem orando
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“Pai Todo-Poderoso, auxílio e direção no meio de tantos
problemas. Vem e mostra-nos como servir e como ficar ao
lado dos que lutam pela justiça social e pelos humanos. Ó
Jesus Cristo, Senhor e Salvador, para viver não mais por
nós, mas por Ti, quer na intimidade de nossos lares, ilumina
nossas mentes e estimula nossos corações com o desejo de
por Ti honrar. Dá-nos vontade de amar-Te e servir-Te,
amando e servindo aos outros. Livra-nos da insistência de
viver à nossa própria maneira, mas, sim, que Tu nos mostres
os Teus propósitos. Capacita-nos a crescer no conhecimento
de Tua Verdade. Tornam-nos portadores da esperança,
instrumentos da paz. Que possamos ser testemunhas
daquela unidade que liga o Pai, o Filho e o Espírito Santo
num Deus que perdoa e que redime. Amém”.
Oração de Davi
Criança fazendo uma oração
O livro dos Salmos deixa claro que muitos dos
cânticos e das orações de Davi eram referentes a seus
problemas pessoais e em conjunto com sua nação, basta
abrir sua bíblia em qualquer Salmo e notar isso. Suas
orações são sempre de coração e sinceras e assim devem ser
as nossas.
Oração modelo que Jesus deixou
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"Pai nosso, que estais no céu santificado seja o teu
nome, venha a nós o teu reino seja feita a tua vontade assim
na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoe as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores, não nos deixe cair em tentação, mas
livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória, para
sempre, Amém."
Entendendo o objetivo da oração
Jesus deixou um exemplo de como devemos
orar, mas ele não disse que nossa oração deveria ser idêntica
a essa. Mateus, em 6:7, nos lembra de que orações
repetitivas não são agradáveis a Deus.
Sendo assim sempre que orarmos precisamos
cumprir alguns requisitos para que nossas orações sejam
ouvidas.
9.5.2 - O que fazer para suas orações serem ouvidas?
9.5.2.1 - Orar de Coração
Primeiramente é preciso orar de todo coração e não apenas
pronunciar as palavras, entenda o real significado da oração
para você e mantenha sua vida direcionada aos seus
pedidos, agindo sempre de acordo com eles.
641
642
9.5.2.2 - Santificar o Nome de Deus
É preciso santificar o nome de Deus, fazemos isso por usálo. Veja em sua bíblia qual o nome dele em Salmos 83:18.
9.5.2.3 - Entender a Vinda do Reino
Devemos entender o que significa a vinda do reino de Deus
e analisar as maravilhosas bênçãos que este reino trará a
terra como descrito em Revelação (Apocalipse) 21:4.
9.5.2.4 - Amar o seu próximo
Amar nossos irmãos assim como Deus nos ama, ai daquele
que fizer seus votos e não estiver em paz com seu irmão.
Mateus 5:24. Nossas orações devem ser sempre por
intermédio de Jesus Cristo nossa ponte intermediária entre
Deus e os Homens.
9.5.2.5 – Crer que a Resposta Virá
a) Como um Sim
Em Isaias 65. 24 lemos:
“Eu darei a eles o que desejam, antes mesmo de me
pedirem. Enquanto eles ainda estiverem falando comigo
642
643
sobre suas necessidades, eu já terei respondido as suas
orações.” (v. 2
Deus tem prazer, alegria e prontidão em
responder as orações dos seus filhos, desde que os pedidos
estejam de acordo com a sua vontade, seja uma oração de
fé, e, desde que não exista o pecado obstaculando a
resposta. Quando estamos quebrantados diante do Senhor,
as nossas orações são eficazes, poderosas. A Palavra de
Deus nos diz: “A oração do justo pode muito em seus
efeitos”. Daniel experimentou várias vezes a alegria de suas
orações serem respondidas. Por quê? Em Daniel 10 .12
encontramos a resposta: Então me disse: Não temas Daniel,
porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração
a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são
ouvidas as tuas palavras
O texto nos mostra “o sim de Deus”. Há orações
que lançamos a Ele, e obtemos a resposta de imediato.
Ainda estamos falando a Deus sobre o nosso pedido, sobre
as necessidades, e ele já vem com a resposta.
b) Com um Não
Mas a resposta de Deus pode ser “não”. Louvado
seja Deus por suas respostas “não”! Deus sabe o que é
melhor para nós e, se ele diz “não” como resposta devemos
aceitar com alegria, gratidão e louvor. Saiba querido amigo
que se Deus fechar uma porta para você, ele abrirá uma
janela e por ela derramará bênçãos abundantes sobre você.
643
644
Malaquias 3 .10 diz: “... abrirei as janelas do céu e
derramarei uma bênção tão grande que não terão lugar onde
guardá-la.” (Bíblia Viva). É bom que aprendamos a aceitar
o “n ão” de Deus, pois com certeza ele terá algo bem
melhor para nós.
c)Com um Espere mais um Pouco
Entretanto, nem sempre Deus nos dá um sim
ou um não. Há ocasiões em que ele nos diz: Espere! Deus
sabe o porquê do espere. Muitas vezes ele deseja que
exercitemos a paciência. Outras vezes, que cresçamos na fé.
Pode ser que aquele não seja o momento mais adequado
para responder sim. Quando recebermos um “espere” de
Deus, não devemos nos desanimar. Quando dependemos
dele, sabemos que no tempo certo virá a resposta. Alguém
escreveu: “Fé é ter confiança que no tempo certo a resposta
vem. Fé é deixar que a parte ativa do nosso desejo
desapareça e crer que Deus está trabalhando. É confiar que
Deus não demora em responder nenhum minuto a mais do
que o necessário.” Em Habacuque 2 .3b, lemos: “Se parecer
demorar muito, não se desespere, por que tudo vai
acontecer mesmo! Seja paciente! O cumprimento dessa
promessa não vai chegar nenhum dia atrasado!” (Bíblia
Viva).
Que possamos estar felizes com as
respostas de Deus, sejam elas sim, não ou espere. Quando
estamos quebrantados e totalmente dependentes dele, tudo o
644
645
que ele disser para nós será aceito com todo amor, alegria,
gratidão e louvor.
9.5.2. 6- Quando pedimos em nome de Jesus:
Joao 14.14 “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome,
eu o farei”
Jesus pagou na cruz por nossa salvação e todas
as bênçãos por nós. Seria como um crédito que você tenha
em seu nome e mande alguém resgatar e para isso precisará
citar seu nome ou uma senha. O nome de Jesus garante tudo
que devemos pedir em oração. Quando Deus ouve nossos
pedidos e falamos o nome de Jesus, especial atenção é dada
a este detalhe tão importante.
9.5.2.7 - Quando Esperamos o tempo de Deus:
Eclesiastes 3.1 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo propósito debaixo do céu”
Deus nunca se atrasa. O Senhor sabe o momento
certo de nos responder. Enquanto isso nos ouve atentamente
e com muito amor. Na verdade não somos nós que
esperamos Deus responde e sim o Senhor quem nos espera
estarmos prontos para receber a resposta. Como um pai sabe
o que é melhor para um filho, Deus também tem o melhor
645
646
para nossas vidas (Mateus 7.9-11).Deus nos responde no
tempo certo!
9.5.2.8 – Quando Oramos Com Perseverança:
Lucas 18.7 “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos,
que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em
defendê-los?”
Se vamos esperar o tempo de Deus, devemos ser
perseverantes até o momento da resposta. A insistência é
uma prova da certeza e de que estamos preparados de “todo
o coração” (Jeremias 29.13). Nunca podemos desistir de
nossos sonhos e devemos orar “sem cessar” (I
Tessalonicenses 5.17).
9.5.2.9 – Quando temos um Coração quebrantado:
Isaías 57.15 “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que
habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito
no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e
abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e
vivificar o coração dos contritos”
Um ditado popular diz que ‘Deus não dá asas a
cobra’ e significa que o Senhor sabe o que tem dentro de
cada um de nós, bem como nossas verdadeiras intenções.
Muitas pessoas se tornam soberbas assim que começam a
prosperar e por isso não são abençoadas por Deus. Então o
646
647
Senhor não avalia a beleza de nossas palavras em oração e
sim como está o nosso coração. Quando o coração está
quebrantado e humilde diante de Deus, até uma lágrima se
torna em oração para Deus (Salmos 51.17).
Deus nos responde quando estamos com o coração
quebrantado!
9.5.2.10 – Quando Oramos Com Sinceridade:
Salmos 145.18 “Perto está o SENHOR de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam em verdade”
O ser humano é incoerente e contraditório. Um
dia pensamos de uma maneira e outro dia de outra forma.
Cada uma de nossas palavras é ouvida por Deus, mas o que
realmente tem valor é o que pensamos e sentimos se está de
acordo com o que falamos. Por isso precisamos alinhar
nosso coração com lábios e mente para que sejamos
sinceros diante de Deus. Além disso, devemos nos
aproximar de Deus através do sangue de Jesus (Hebreus
10.20) confessando os nossos pecados para que estes não
impeçam nossas orações (Salmos 66.17-20).
Deus nos responde quando somos sinceros!
a)- Com o que precisamos:
Salmos 18.6 “Na minha angústia, invoquei o SENHOR,
gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a
minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos”
647
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Deus sabe de tudo o que precisamos (Mateus
6.32) e na hora certa que mais carecemos, Ele vem em
nosso socorro. Muitas vezes o Senhor deixa para atender em
momentos mais difíceis de maneira que o milagre seja ainda
maior. Além disso, Deus não nos permite uma luta maior
que podemos suportar (I Coríntios 10.13). Uma certeza que
temos é que a resposta é garantida. Deus nos responde na
hora que mais precisamos!
X
VANTAGENS DE SER CRISTÃO
Quais as vantagens em ser crente? Já me
fizeram essa pergunta inúmeras vezes e geralmente ela parte
de dentro da nossa casa (família), certa vez uma jovem me
fez essa pergunta, e me explicou dizendo: “Eu venho de
uma família de adoradores, de idólatras, muito embora
seguisse o embalo do pessoal nunca fui realmente de
frequentar qualquer tipo de religião, sempre achei que
religiosidade não constrói, às vezes ela coopera para
destruir, vi muitas vezes minha mãe gastar dinheiro com
oferendas sem obter nenhum resultado, enfrentar
caminhadas mato adentro para chegar a uma cachoeira e
nunca vi alegria dentro dos seus olhos, e a vida sempre de
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649
mal a pior. Jesus nos diz que seu jugo é leve e suave "
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" Mt11:30,
tudo que nos causa dores e mal certamente não procede de
Deus, tudo que nos explora de uma forma ou de outra não
vem do trono de Deus.
Como muitas pessoas minha mãe buscava suas
realizações em lugares errados, são cegos guiados por cegos
"Deixai-os; são condutores cegos; ora, se um cego guiar
outro cego, ambos cairão na cova" Mt15:14, somente em
Deus há bênçãos, somente em Deus há provisão, somente
em Deus há luz porque ele é o Criador de todas as coisas e
tudo está debaixo dos seus pés "E sujeitou todas as coisas a
seus pés e, sobre todas as coisas o constituiu cabeça da
igreja" Ef 1:22. Somente em Jesus poderemos encontrar
vida, e vida em abundância, vida plena de gozo, "eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância"
Jo10:10b, jamais poderemos encontrar qualquer benefício
fora do Senhor Jesus, nenhum deus, nenhum ídolo,
nenhuma imagem cunhada ou feita de barro tem poder para
suprir as nossas necessidades, demônios tem operado
milagres como se procedessem das imagens, por trás delas
sempre haverá uma ação demoníaca que tem como única
intenção afundá-lo cada vez mais em um poço sem fundo,
usando para isso inverdades "E não é maravilha, porque o
próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" 2Co 11:14,
transformado em anjo de luz Satanás tem conseguido
destruir, casamentos, amizades, atacar as finanças das
pessoas, trazendo doenças físicas, roubando a paz e
felicidade, ele vive com um único objetivo roubar e
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650
destruir" O ladrão(Satanás)não vem senão a roubar, a
matar e a destruir" Jo10:10a.”
Essa jovem recém-convertida estava dando uma
demonstração de que foi realmente tocada pelo Espírito
Santo. E descobriu a vantagem de ser uma cristã fiel.
Mas abrimos o texto com a seguinte pergunta;
quais às vantagens de ser crente?
a) Escapamos do jugo do inimigo, somos libertos pelo
conhecimento da Palavra " E conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará." Jo 8:32.
b) Deixamos de andar nas trevas, a escuridão da
ignorância deixa de fazer parte de nossas vidas "Eu
sou a luz do mundo,quem me segue não andará em
trevas, mas terá a luz da vida" Jo 8:12.
c) Passamos a nos conhecer e saber quem somos,"
Assim já não és mais servo, mas filho; e, se és
filho,és também herdeiros de Deus por Cristo" Gl
4:7. tendo esse conhecimento deixamos de
perambular em busca de bençãos, e vamos buscá-la
onde realmente ela se encontra.
d) Descobrimos que não pertencemos a este lugar,que
temos um lugar infinitamente melhor preparado para
nós "Na casa de meu Pai há muitas moradas;se
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651
não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou
preparar vos lugar" Jo 14:2.
e) Descobrimos que existe um só caminho e todo o
resto é resto" Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida. Ninguém vem ao Pai se não for por mim" Jo
14:6.
f) Descobrimos que nada temos, nada nos pertence,
tudo nos foi dado por Deus," Do SENHOR, é a
terra e a sua plenitude, o mundo e tudo que nele
habitam" Sl24:1.
g) Podemos contar com a proteção do Senhor " O
SENHOR, dos Exércitos está conosco, O Deus de
Jacó é o nosso refúgio" Sl 46:11.
h) Temos a noção de que só do céu poderá vir alguma
coisa para nós, e o céu é morada de Deus, portando
" O homem não pode receber coisa alguma, se lhe
não for dada do céu" Jo 3:27. somente Deus tem
poder para acrescentar algo em nossas vidas.
Descobrimos que Jesus derramou seu sangue
inocente na Cruz, possibilitando a nós o privilégio de
buscarmos Deus sem necessidade de intermediários, e que o
nosso único intercessor é Cristo " Quem os condenará?
pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou
dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também
intercede por nós" Rm 8:34.
651
652
Então tomamos conhecimento de que fomos
remidos dos nossos pecados e temos através de Jesus a
Salvação de nossas almas "Para dar ao seu povo (nós
crentes em Jesus) conhecimento da salvação, na remissão
dos seus pecados" Lc1:34.
Muitas coisas poderiam ainda serem citadas
entre as vantagens de sermos crentes, é triste quando
descobrimos que durante muitos anos estivemos a mercê de
costumes familiares, em alguns casos dez,Vinte, Trinta,
quarenta anos seguindo por um caminho completamente
fora da vontade do Senhor, um caminho que ele abomina "
Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de
escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra em
vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o
SENHOR, vosso Deus" Lv 26:1. " Bem aventurada é a
nação(casa, lar, família)cujo o Deus é o SENHOR)Sl
33:12.
Talvez você que está lendo este livro, e ainda
não conhece a verdade pode está neste momento com o seu
pensamento dizendo: isso é bobagem, é fanatismo, esse
pastor é doido, mas se você já tentou de tudo, se como
muitas pessoas fazem ainda hoje, caminhou pelas matas,
esteve em encruzilhadas, jogou flores no mar, prostrou-se
perante imagens, caminhou km a pé, teve o pé lesionado,
subiu de joelhos escadarias, machucando os joelhos ou
carregou uma cruz como forma de pagamento de
652
653
promessas, saiba que Jesus morreu justamente para que não
fosse preciso passarmos por isso.
" Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído
pelas nossas iniquidades; o castigo que nos trás a paz
estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados" Is
53.5. ACEITE A VIDA QUE JESUS LHE OFERECE!
Longe está o Senhor dos ímpios, mas escutará as orações
dos justos" Pv 15:29.
Nesse momento confesse o Senhor Jesus como
seu único e suficiente Salvador, ele morreu por você
também.
Ser crente é acima de tudo não se esquecer de
que você foi comissionado por Deus para fazer o máximo
possível para ganhar almas, e pregar as boas novas do
Senhor, relatar a quantos forem possível o plano de
Salvação e não ser conivente com as mentiras pregadas por
Satanás e seus asseclas, o crente não pode e nem deve ficar
em cima do muro, deve pregar a verdade, e usar para isso
todos os meios disponíveis.
CONCLUSÃO
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654
Em questão de usos e costumes de igrejas ou
denominação eu já venho falando à algum tempo em nossa
Igreja. Muita gente acha absurdo por exemplo as irmãs
crentes se vestirem decentemente, com saias e mangas
compridas. Certo que em muitos lugares os crentes já não
são mais como antigamente, onde olhávamos para uma irmã
ou irmão, e apontávamos para eles e dizíamos: “ali vai um
crente, ou ali vai uma crente serva do Senhor”. Mas a
realidade hoje é outra. Não sabemos mais hoje em dia quem
é crente e quem não é.
Muito dizem que roupa ou estilo, assunto esse que
venho sempre discorrendo na Igreja e que não tem nada
haver com cristianismo. Mas na Bíblia vemos que a maneira
de viver do Cristão é incandescente e é pelas atitudes, atos e
a forma de como se presta deve acusar quem somos. Pedro
porque andou com Jesus, começou a segui-lo e a parecer
com Jesus, a falar como Jesus, a se vestir como Jesus, a
viver Jesus na vida dele; tanto é que isso o acusou na hora
em que Pedro abandonou o nosso magnífico Senhor na hora
de seu julgamento para a morte: “E daí a pouco,
aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro:
Certamente tu também és um deles pois a tua fala te
denuncia.” (Mt 26.73).
Pedro não tinha para onde correr, pois ele parecia
mesmo com Jesus, e muitos olhavam para Pedro e dizia:
“...Tu também és um deles...” (Lc 22.57). É assim que um
crente, um cristão verdadeiro deve ser; por onde andar dar
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655
testemunho em sua própria vida de que é realmente um
cristão, parecendo com Cristo.
Será que por aonde você vai, as pessoas olham
pra você e dizem: “ele é um grande homem, ou uma
mulher de Deus”?
Muitos podem até dizer: “Eu sou crente, e isso
importa entre eu e Deus, não preciso sair por aí
mostrando ser crente ou não, tenho Deus na minha vida,
isso que importa”. Dizem isso para se defenderem ou
acreditarem que viver uma vida de cristão não necessita
mudar de vida, ou de estilo de vida para ser reconhecido
como crentes. A Bíblia é bem clara e Jesus fala: “Nem todo
o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos
céus.” (Mt 7.21). Muitos são chamados crentes hoje;
cantam, louvam ao Senhor, dizem serem cristãos, mas
quando olhamos para vida de muitos, vemos que a prática
da Palavra não se associa com a vida de muitos. Se uma
pessoa se diz cristão e não segue a decência e um estilo de
vida prudente assim como a Palavra de Deus nos ensina,
esta pessoa esta mentindo: “Se dissermos que temos
comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e
não praticamos a verdade” (1Jo 1.6).
Um exemplo bem claro, você leitor pode até achar
extremismo o que vou dizer agora, mas, certa vez, uma
mulher que decidiu ser crente, era do mundo, usava roupas
devassas, maquiagens pesadas; depois de tempos de
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656
“convertida” continua na mesma prática, fazendo as
mesmas coisas, usando as mesmas roupas, comprando os
mesmo estilos de antes... Conversão implica em renuncia, a
mulher pode se vestir com simplicidade e elegância, sem ser
vulgar. Se sua antiga forma de vida não lhe denunciava
como uma serva de Cristo, então você deve se negar andar
nas mesmas práticas de quando era do mundo. Pois é a
Bíblia que nos fala isso: “...Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt
16.24). Devemos deixar Cristo viver em nós: “Já estou
crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo
vive em mim” (Gl 2.20). E também: “Pelo que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).
O mundo nos tem como um padrão. A Igreja é a
Coluna e baluarte da verdade. Somos a Igreja. Somos a luz
deste mundo e o mundo reconhece isso. Quando passa um
crente na frente de um bar, vemos que muitos olham para o
cristão e diz: “um dia eu ainda vou ser crente como esse
servo do Senhor que passa”. Alguns amigos Católicos
Romanos e Espíritas Kardecistas que me conhecem, já
disseram pra mim: “se um dia eu for ser crente,
evangélico eu serei da sua Igreja, Pastor, porque lá as
pessoas realmente mudam de vida, começando pelo
falar, agir e se vestir” como o Senhor.
A igreja não pode perder o brilho de Jesus, pois
com esse brilho é que somos a luz do mundo, a luz em meio
às trevas. Se você é um crente, Batista, Presbiteriano, ou
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657
Assembleiano e começar a usar as coisas do mundo o
próprio mundo vai reconhecer e dizer: “isso não é pra
crente, isso não é pra você; essas coisas são nossas e não
pra crente” Ou quando você que é cristão e chegar perto de
um descrente e começar a cantar uma musica do mundo, por
exemplo, o descrente irá dizer: “Você é crente e cantando
musica do mundo?” Isso é maravilhoso sermos
reconhecido pelas trevas como luz. Essa é a preocupação do
mundo; o mundo se preocupa em perder o seu referencial,
as únicas luzes, os remanescentes que existe ainda. Mas eu
escrevo isso sem medo algum de errar, por haver pessoas
que não se importam com certas "vaidades" desfrutadas
pelas irmãs e até mesmo irmãos e jovens da igreja.
O Espírito Santo é tão maravilhoso em fazer a
sua obra em convencer e converter o indivíduo do pecado,
não que eu esteja dizendo que a mulher crente tenha que ser
feia, desarrumada, descabelada ou coisa parecida. Não. Usar
maquiagem discreta não ofende ninguém. Isso não é
pecado. Agora, usar maquiagem pesada com lápis pintando
o olho a “la egípcia” com sombras azuis, não é uma atitude
de modéstia. Mas o Espírito Santo ensina. Certa vez uma
nova convertida, vizinha minha, sentada a espera de outra
jovem para irmos a igreja ela esfregou os olhos e disse
preocupada: "Não vou mais usar maquiagem!" Eu perguntei
o porquê, e ela respondeu: "Sempre usei maquiagem, mas
agora eu não sei por que, isso está me dando alergia, não
usarei mais". Isso é maravilhoso, disse pra ela, é o Espírito
Santo fazendo a obra na sua vida, uma purificação
completa, uma transformação de vida; uma jovem que
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gostava de usar maquiagens, deixou Jesus entrar em seu
coração, dando lugar para o Espírito Santo de Deus
trabalhar, agora vive e testemunha Cristo na vida dela, não
só por isso, mas uma mudança completa no falar, no andar
em todo proceder conforme 1° Pedro 1.15, sendo santo em
todo o procedimento e isso é maravilhoso e vemos o
trabalhar do Espírito Santo na vida de muitos.
“Não ameis o mundo, nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele.” ( 1Jo 2.15) E “Sabemos que somos de Deus, e que o
mundo inteiro jaz no Maligno.” (1Jo 5.19).
Amados, não deixemos que as coisas do
mundo, as coisas do maligno venha adentrar dentro do
nosso coração, pois você e eu somos a igreja de Cristo.
Na vida cristã existem coisas que são
processos, mas a maior parte das coisas depende de uma
decisão, uma atitude, e não se contaminar com as coisas do
mundo é uma questão de decisão da sua parte, uma questão
de decisão no seu coração.
Então resolva no seu coração de não se
contaminar com as coisas desse mundo, não se contaminar
com a filosofia deste mundo, resolva no seu coração não ser
iludido, atraído, embriagado com aquilo que o mundo nos
oferece para tentar nos desviar do propósito de Deus, para
tentar nos desviar de ter um coração exclusivo para Deus.
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As decisões devem vir acompanhadas de pelo menos cinco
atitudes:
1) DISCERNIMENTO DA PARTE DE DEUS:
Temos que ter discernimento da parte de Deus,
precisamos discernir no nosso dia a dia onde é que o diabo
está querendo nos envolver, onde é que o mundo está
querendo nos enredar. É preciso buscar discernimento para
saber o que eu devo renunciar, no que devo me envolver e
no que devo ficar de fora,
2) ATITUDE FIRME:
A diferença que o Senhor espera de nós, é na
atitude e na postura de colocar o nome de Deus acima de
todos os outros, de não transigir por causa de outras
pessoas, de não abrir mão do propósito de Deus, pois nós
temos um compromisso de testemunhar da nossa fé e da
nossa experiência diante de qualquer pessoa em qualquer
circunstância.
3) OUSADIA PARA SE POSICIONAR EM DEUS:
Ousadia de se posicionar independente de quaisquer
consequências que vierem a acontecer. Eu sirvo a Deus e
não vou abrir mão daquilo que eu creio, não vou abrir mão
de Deus na minha vida e da sua palavra, vou ser fiel até o
final.
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660
4) PERSEVERANÇA:
É preciso haver perseverança, insistir um dia depois
do outro, nunca desistir. Nunca dar ouvidos aos pessimistas
e matadores de sonhos. Porque sabemos quem é o Deus que
servimos.
5) CERTEZA DE QUE DEUS FARÁ:
Deus abençoa aquele que é fiel. Deus nunca
falha e nunca falhará conosco. Devemos confiar apenas no
Senhor e não em nossa força.
Nós somos peregrinos nesta terra. Estamos aqui
temporariamente. Logo o Senhor Jesus virá nos buscar. E
Ele virá buscar os vencedores.
Aqueles que fincarem os pés nesta terra ( como
crente mandioca) não serão arrebatados. Serão crentes
derrotados e ao invés de reinar com Cristo como os
vencedores, eles serão lançados no fogo eterno.
Tome a atitude de vencedor. E decida-se não
contaminar com as coisas deste mundo.
Não tenha dupla cidadania, crente do mundo e
crente celestial. Seja só celestial. Assuma sua cidadania
verdadeira e faça a diferença.
Em 1 Jo 5:4 diz: “porque todo o que é nascido
de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé.”
Se você é nascido de novo então você pode
vencer o mundo e a garantia desta vitória é a sua fé.
660
661
Como você está com relação ao mundo? Ele
tem te influenciado? Tem de assediado? Se você tem tido
dificuldade de vencer o mundo; as coisas deste mundo tem
feito você se afastar de Deus; você tem se esfriado com as
coisas de Deus, com a célula, com o culto, tem tido
dificuldade para orar e buscar ao Senhor. Se os problemas
emocionais, financeiros, conjugais, a televisão, a internet, o
trabalho em excesso ou qualquer outra coisa tem ficado em
primeiro lugar na sua vida e não Deus arrependa-se hoje e
reconheça que Deus tem que ser em primeiro lugar em sua
vida. Peça perdão a Ele por se deixar envolver com as
coisas deste mundo e seja fiel a Ele.
Em Rm 8:37 diz: Em todas estas coisas,
porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que
nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte,
nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a
altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura
poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
Mais que vencedores (grego=hupernikao) que
quer dizer: vitória inigualável; super vitória.
Quando era criança queria ser o Super-Homem,
com todos aqueles poderes e tudo mais. Depois fui
crescendo e vendo que na realidade aquilo era fantasia.
Quando fiz minha Pública Profissão de Fé aos 13 anos
reafirmando e confessando Jesus como Senhor e Salvador
da minha vida eu nasci de novo e adquiri esses super
poderes. O Espírito Santo passou a habitar em mim e com
isso o poder de Deus também está em mim. E se você
661
662
nasceu de novo também tem o poder de Deus em você. Em
Cristo nós temos poder para curar, para libertar, para
restaurar, para ensinar, para pregar, para profetizar,
evangelizar, amar o próximo e muito mais. Temos que nos
conscientizar dessa realidade como filhos de Deus e
herdeiros das promessas. Nossas ações, atitudes e
pensamentos subjugados ao senhorio de Cristo.
“Tudo posso naquele que me fortalece.” Fl.4:13
Este livro é Um Poderoso Manual de Sobrevivência
um método que criamos para ajudá-lo a agir como Cristão
autêntico e Fiel que embora vivendo no mundo não
pertencemos a esse mundo. Esse livro servirá para você e
sua Família, bem como, para ser estudado em Escolas
Bíblicas ou Reuniões de Células ou Grupos Familiares.
Somos um referencial, um exemplo de Jesus Cristo na terra,
não vamos perder esse brilho que vem da Luz divina que é
Jesus Cristo. Vamos ser espelhos e dignos de sermos
chamados amigos de Deus, assim como Pedro foi, por se
parecer com seu amigo. E que a Graça de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo, o Amor de Deus, nosso Eterno Pai;
a Comunhão, o Poder e as Consolações do Divino e Santo
Espírito, seja com todos vós, com todo o Povo de Deus,
hoje a para todo o sempre. Amém.
Avante com Cristo.
FIM
662
663
BIBLIOGRAFIA
1. [HMPC1](Ver sobre trabalho in Palmer, Cristo
dos Pactos, p. 72ss.
2. Jornal “Chamada da Meia Noite”. (1995)
663
664
3. A Igreja Presbiteriana Ortodoxa e o Culto,
tradução de Sonedi H. Evangelista, p. 8a.
4. A Singularidade do Caso Português, 2ª ed. São
Paulo, Editora da Universidade de São Paulo,
1992, p. 31).
5. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, p. 58.
6. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, pg. 58.
7. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, São Paulo,
Cultura Cristã, 1997, p. 59.
8. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, São Paulo,
Cultura Cristã, 1997, p. 58-59;
9. Agostinho, Confissões, São Paulo, Abril
Cultural, (Os Pensadores, Vol. VI), 1973, X.33. p.
219-220.
10. Agostinho, Confissões, X.33. p. 220.
11. André Biéler, A Força Oculta dos Protestantes,
São Paulo, Editora Cultura Cristã, 1999, p. 118.
12. André Biéler, O Pensamento Econômico e Social
de Calvino, p. 133.
13. André Biéler, O Pensamento Econômico e Social
de Calvino, p. 628;
14. Archibald A. Hodge, Comentario de la
Confession de Fe de Westminster, Cap. XXI, p.
251,252].
15. Aristóteles, Ética a Nicômaco, São Paulo, Abril
Cultural, (Os Pensadores, Vol. IV), 1973, V.2,
1130b 26-27. p. 324
16. Augustus N. Lopes, Cheios do Espírito, São
Paulo, Os Puritanos/Editora Cultura Cristã,
1998, p. 17).
664
665
17. Battista Mondin, O Homem, Quem é Ele?, São
Paulo, Paulinas, 1980, p. 193.
18. Biblia
Sagrada,
Versões:
ARC,ARA,BLH,NVI,VC,KJ,BJ.BV.
BIBLIOGRAFIA
19. Boanerges Ribeiro, O Senhor que Se Fez Servo,
p. 43.
20. BOYER, O. - Espada Cortante. Vol.I. CPAD Rio
de Janeiro – RJ – 1996
21. Breve Catecismo, Pergs. 49-52;
22. C.H. Spurgeon, Firmes na Verdade, p. 77.
23. C.S. Lewis, Peso de Glória, 2ª ed. São Paulo, Vida
Nova, 1993, p. 23).
24. CABRAL, Elienai. Revista Lições Bíblicas (3º
trimestre 1998) CPAD.
25. Calvino comenta: “[Paulo] quer dizer, pois, que
os beberrões logo perdem a modéstia e não mais
conseguem conter-se pelo pudor: que onde o
vinho reina, o desregramento prevalecerá: e,
consequentemente, que todos aqueles que
cultivam algum respeito pela moderação ou
decência, devem fugir e abominar a bebedice.”
[João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 5.18), p.
164].
26. Calvino corretamente diz: “Embora Deus de
forma alguma careça de nossos louvores, contudo
sua vontade é que este exercício, por diversas
razões, prevaleça em nosso meio.” [João Calvino,
O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 40.9), p. 232].
27. Catecismo da Igreja Católica, 676
665
666
28. Catecismo de Heidelberg, Perg. 96.
29. Catecismo Maior, Pergs. 108-110;
30. Cf. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 299.
31. Cf. John T. McNeill, The History and Character
of Calvinism, p. 148.
32. Confissão Belga, 7;
33. Confissão de Westminster, 21.1.
34. D' Cartio. Motivado Para Vencer Vol. 3
35. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 108
36. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 108.
37. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 21.
38. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, São Paulo,
PES., 1991, p. 22.
39. David M. Lloyd-Jones, Deus o Espírito Santo, p.
311.
40. Dicionário da Bíblia - ( John D. Davis )
41. Dicionário da Língua Portuguesa - ( Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira)
42. Dietrich Bonhoeffer, Orando com os Salmos,
Curitiba, PR., Encontrão Editora, 1995, p. 23,24).
43. DUFFIELD, G.P – Fundamento da Teologia
Pentecostal. Vol.II. Editora Quadrangular. São
Paulo – SP – 2000
44. E. Glenn Hinson, ‘VOZES DO CRISTIANISMO
PRIMITIVO’ em parceria com Paulo Siepierski,
editora Sepal em coedição com a editora
Temática.
666
667
45. Edward Dickinson, Music in The History of The
Western Church, London, Smith, Elder & Co.,
1902, p. 359-360).
46. Edward Dickinson, Music in The History of The
Western Church, p. 360.
47. Enciclopédia Bíblica - ( O.S. Boyer )
48. Erroll Hulse, O Batismo do Espírito Santo, São
José dos Campos, SP., Fiel, 1995, p. 113.
49. Erroll Hulse, O Batismo do Espírito, p. 114.
50. F. Selter, Exortar: In: NDITNT., Vol. II, p, 176.
51. F.J.B. Watson, Clément Marot: In: Harry S.
Ashmore, Editor in Chief, Encyclopaedia
Britannica, (1962), Vol. 14, p. 936
52. FALCÃO, Napoleão. Fita K-7. As cinco verdades
sobre a morte.
53. Frank Dobbins, Loys Bourgeois: In: Stanley
Sadie, ed. The New Grove Dictionary of Music
and Musicians, New York, Macmillan Publishers,
1980, Vol. III, p. 111.
54. George E. Ladd, Teologia do Novo Testamento,
Rio de Janeiro, JUERP., 1985, p. 451.
55. Gerhard von Rad, El Libro del Genesis,
Salamanca, Sigueme, 1977, (Gn 2.22).
56. Gerhard von Rad, Genesis: A Commentary, 3ª
ed. (Revised Edition), Bllombsbury Street
London, SCM Press Ltd., 1972, (Gn 2.21-23), p.
84.
57. GILBERTO, Antônio. O calendário da profecia
(9ª Edição 1997) CPAD.
667
668
58. GOMES, Gesiel Nunes. O Rei está voltando (1ª
Edição 1978) LEAL.
59. H. Pirenne, História Econômica e Social da Idade
Média, 6ª ed. São Paulo, Mestre Jou, 1982, p. 19.
60. Harpa Cristã - 1ª estrofe do hino 447.
61. Henriqueta R.F. Braga, Contribuição da
Reforma ao Desenvolvimento Musical: In: Bill H.
Ichter, org. A Música Sacra e Sua História, Rio
de Janeiro, JUERP., 1976, p. 77).
62. Hermisten M. P. Costa, Teologia do Culto, São
Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1987, p. 3840.
63. Hermisten M.P. Costa, A Inspiração e
Inerrância das Escrituras: Uma Perspectiva
Reformada, passim.
64. HERNANDES, Laerte. Discipulado para o
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1995) CPAD.
67. HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª
Edição 1996) CPAD.
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Knox Press, 1984, p. 6
69. In Nicene and Post-Nicene Fathers of the
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(Second Series), Grand Rapids, Michigan,
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citado como NPNF2).
70. Isidro Pereira, Dicionário Grego-Português e
Português-Grego, 7ª ed. Braga, Livraria
Apostolado da Imprensa, (1990), p. 636].
71. J.I. Packer, Carpinteiro: In: NDITNT., Vol. I, p.
364-365; Paul Johnson, História dos Judeus, 2ª
ed. Rio de Janeiro, Editora Imago, 1989, p. 174.
72. J.P. Budd, Sóbrio: In: NDITNT., Vol. IV, p. 518).
73. Jacques Le Goff, Mercadores e Banqueiros da
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74. JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada.
75. João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São
Paulo, Novo Século, 2000, p. 29.
76. João Calvino, As Institutas, I.12.1.
77. João Calvino, As Institutas, I.17.5.
78. João Calvino, As Institutas, II.8.17. Do mesmo
movo, ver também: J. Calvino, As Institutas,
II.8.16;
79. João Calvino, As Institutas, III.20.31.
80. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 6.1), p.
178.
81. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 6.4), p.
181.
82. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef. 5.33), p.
177.
83. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 1, (Sl
1.2), p. 53.
669
670
84. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl
40.9), p. 231.
85. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl
50.1-2), p. 398.
86. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl
50.23), p. 420.
87. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl
50.5), p. 403.
88. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 33.
89. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 34.
90. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 3536. Bonhoeffer (1906-1945)
91. John Calvin, Commentaries of the Four Last
Books of Moses, Vol. 1, Grand Rapids, Michigan,
Baker Book House, (Calvin’s Commentaries, Vol.
II), 1996 (Reprinted), (Dt 12.32), p.453].
92. John Calvin, Commentary of the Book of Psalms,
Grand Rapids, Michigan, Baker Book House
(Calvin’s Commentaries, Vol. IV), 1996
(Reprinted), Prefácio, p. XXXV. (Tradução
brasileira, João Calvino, O Livro dos Salmos,
Vol. I, p. 31).
93. John F. MacArthur Jr., Com Vergonha do
Evangelho, p. 130.
94. John F. MacArthur Jr., Com Vergonha do
Evangelho, São José dos Campos, SP., Fiel, 1997,
p. 117-118.
95. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 336.
670
671
96. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 299.
Também, p. 40.
97. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 301.
98. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 299.
99. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma
maneira de ser a comunidade cristã, p. 303.
100.
John Owen, Sermon IV. In: The Works of
John Owen, Carlisle, Pennsylvania, The Banner
of Truth Trust, 1982, Vol. IX, p. 78).
101.
John R. Rice, D.D., Prayer – Asking and
Receiving, Sword of the Lord Publishers, 1981
reprint, pp. 203, 206-209.
102.
John R.W. Stott, Batismo e Plenitude do
Espírito Santo, 2ª ed. ampl. São Paulo, Vida
Nova, 1986, p. 44-45;
103.
John R.W. Stott, Batismo e Plenitude do
Espírito Santo, p. 44.
104.
John T. McNeill, The History and
Character of Calvinism, p. 148.
105.
Juan Calvino, El Uso Adecuado de la
Afliccion: In: Sermones Sobre Job, Jenison,
Michigan, T.E.L.L., 1988, (Sermon nº 19), p. 226
106.
LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O
drama dos Séculos, (1ª Edição em Português
1992) Editora Vida.
107.
LXX: Pv 28.7)]. A forma adverbial
a)sw/toj (dissolutamente), é empregada em sua
671
672
única aparição no Novo Testamento, para se
referir ao modo de vida do filho pródigo longe de
sua casa (Lc 15.13). [Vd.
108.
Martyn Lloyd-Jones, O Combate Cristão,
São Paulo, PES.,1991, p. 123).
109.
Max Weber, A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo, São Paulo, Pioneira,
1967, p. 52ss.
110.
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111.
N. Maquiavel, O Príncipe, São Paulo,
Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. IX), 1973, p.
72].
112.
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113.
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114.
O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, p.
68.
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Bíblicas. CPAD Rio de Janeiro –
116.
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117.
Onezio Figueiredo, Culto (Opúsculo II), p.
25].
118.
P. Commelin, Mitologia Greco-Romana, p.
69).
119.
P. Commelin, Mitologia Greco-Romana,
Salvador, Ba., Aguiar & Souza, 1957, p. 72. Baco,
na mitologia esteve associado à musica e ao
672
673
teatro: “Afirma-se que foi Baco o primeiro a
estabelecer uma escola de Música; as primeiras
representações teatrais foram feitas em sua
homenagem.”
120.
Paulo Anglada, O Princípio Regulador do
Culto, p. 7-8].
121.
Paulo Anglada, O Princípio Regulador do
Culto, São Paulo, PES., (1998), p. 28ss
122.
Philip Schaff, History of the Christian
Church, Vol. VIII, p. 265-266).
123.
Pirenne, História Econômica e Social da
Idade Média, p. 32-33).
124.
Platão, A República, 376e ss. p. 86ss.
125.
Platão, A República, 607a. p. 475).
126.
Platão, Teeteto, 166c-167d; Sofista, 231d;
Mênon, 91c-92b; Fedro, 267; Protágoras, 313c;
312a; Crátilo, 384b; Górgias, 337d; A República,
336b; 338c.
127.
R. P. Shedd, Andai Nele: Exposição bíblica
de Colossenses, São Paulo, ABU., 1979, p. 22).
128.
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Ephesians, Peabody, Massachusetts, Hendrickson
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New
Testament),1998, (Ef 5.18), p. 618].
129.
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igreja. Disponível em: 2005.
130.
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1985 (Esta edição reproduz a 9ª, de 1880), p. 5358].
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Brasil, 21ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio
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133.
STAMPS, D.C - Bíblia de estudo
Pentecostal. CPAD Rio de Janeiro – RJ – 1995
134.
T. George, Teologia dos Reformadores, p.
181. Vd. também: John T. McNeill, The History
and Character of Calvinism, p. 147.
135.
Tymothy
George,
Teologia
dos
Reformadores, p. 317).
136.
J.I. Packer, O Conhecimento de Deus, São
Paulo, Mundo Cristão, 1980, p. 37;
137.
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109
138.
Max Weber, A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo, p. 52(e notas
correspondentes);
139.
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Testamento Grego, São Paulo, Imprensa Batista
Regular, 1979, p. 29-32;
140.
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141.
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Homem Grego, 2ª ed. São Paulo, Martins Fontes,
1989, p. 236).
142.
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Comentado, Buenos Aires, La Aurora, 1973, Vol.
11, p. 176.
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São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1992, (Ef.
5.18), p. 297.
144.
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Sócrates, São Paulo, Abril Cultural (Os
Pensadores, Vol. 2), 1972, IV.3.16. p.
149
Sobre o Autor
O Rev. Israel Francisco de Araújo é Teólogo formado pelo Seminário
Presbiteriano do Norte-SPN na Cidade de Recife-PE, membro do
Presbitério Centro do Recife - PCRE, vinculado ao Sínodo
Sesquecentenário e Mestre em Teologia pela Faculdade de Teologia
Filadelfia Internacional – Recife PE e Presidente da Ordem dos
Ministros Evangélicos do Bairro de Massangana – OMEBM, autor de
vários textos, Livros e Poesias, autor dos livros “O MARAVILHOSO
PODER DA ORAÇÃO” “COMO CONTROLAR A ANSIEDADE” e
“COMO SER UM CRENTE FIEL”. Filho e neto de Presbiterianos e
Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil – IPB há 18 anos. Palestrante
sobre Aconselhamento Pastoral, Professor de Cursos Pré-Vestibular
desde 2004. Responsável pelo blog “ISRAEL ARAÚJO.COM” e os
Blogs
“VEREDAS
ETERNAS.COM”,
CRENTEFIEL.COM
e
“GALARDÃO.COM” ambos com temas sociais, religiosos e auto
ajuda respectivamente. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em
Massangana – Prazeres- Jaboatão dos Guararapes – PE. É
empreendedor em Marketing Digit al e casado com Vera Lúcia há 30
anos e pai de Jéssica, Jeannine e Edwin Aldryn e avô de Laura e Sofia.
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