1 COMO SER UM CRENTE FIEL A Honrosa Tarefa de Estar no Mundo sem Ser do Mundo 1 2 DEDICATÓRIA A Deus, autor da minha vida, aos meus filhos Jéssica, Jeannine, Edwin Aldryn e minha esposa Vera Lúcia pelo apoio, paciência e dedicação. E as minhas netinhas Laura e Sofia. Bem como, a todos que direta ou indiretamente me ajudaram na concretização dessa Obra. 2 3 Sumário Prefácio Introdução I – O CRENTE NO MUNDO 1.1 - Conceito Histórico 1.2 – Características de Um Cristão Dúvidas Apresentadas por Novos Convertidos 1.2.1 - Padrinho ou Madrinha 1.2.1.1 – O Crente deve ter Padrinho e Madrinha? 1.2.1.2 – O Crente deve aceitar ser Padrinho ou Madrinha? 1.2.2 - Beber 1.2.2.1 – O Crente deve beber socialmente? 1.2.2.2 – O Crente e o Vinho alcóolico na Santa Ceia. 1.2.3 – Fumar 1.2.3.1 – O Cigarro Reflete a minha Liberdade em Cristo? 1.2.3.2 – O Cigarro Pode Escravizar e Dominar a minha Vida 1.2.3.3 – O Cigarro Contribui Para a Vida ou Para a Morte? 1.2.3.4 – O Cigarro Pode Escravizar o meu Corpo 1.2.3.5 – O Cigarro Pode Prejudicar o meu Testemunho 1.2.3.6 - O Cigarro Agrada a Quem? 1.2.4 – Dançar 1.2.4.1 – A Dança é um Estímulo Anormal às Paixões Sensuais 1.2.4.2 – O Estímulo Sensuais Vem Quando ele é mais Perigoso 1.2.4.3 – A Dança Mina a Saúde pelo menos de duas Maneiras 1.2.4.4 – A Dança debilita a Resistência Moral 1.2.4.5 – A Dança Destrói o Desejo Pelas coisas Espirituais 1.2.4.6 – A Contribui para o Mal do Divórcio 1.2.4.7 - A Dança não dá lugar para o Intelecto. 1.2.4.8 – A Dança é a Arruinadora da Modéstia 1.2.4.9 – Os Dançarinos tornam-se Egoístas 1.2.4.10 – A Dança é um Instrumento dos Ímpios 1.2.5 - Brincar Carnaval 1.2.6 - Comemorar as Festas Juninas 1.2.7 - Usar pincing nem Tatuagem 1.2.8 – O Crente pode Ouvir ou Cantar Música do Mundo 1.3 - Regra Básica da comportamento 3 4 1.3.1. – Na Igreja 1.3.1.1-No Culto 1.3.1.2-Com o Pastor 1.3.1.3-Com as Autoridades Internas 1.3.1.3.1 - Presbítero 1.3.1.3.2 - Diácono 1.3.1.3.3 - Obreiro 1.3.1.3.4 - Seminarista 1.3.1.3.5 - Missionários 1.3.1.3.6 - Professores 1.3.1.3.7 – Líder Jovens a) Como o Jovem ver a Igreja b) Procedimentos com os Jovens 1.3.1.4 -Com os Mais Velhos 1.3.1.5- Com o Templo 1.3.1.5.1- Compete a cada Crente 1.3.2 - No Trabalho 1.3.2.1- Como Deve Agir o Crente 1.3.2.2 – Com o Chefe a) A Conduta do Empregador b) Reciprocidade c) Respeitabilidade d) Igualdade 1.3.2.3 – Com os Colegas de Trabalho a)Obediência b) Respeito e Solicitude c) Sinceridade no Coração d) Servindo como a Cristo e) Servindo de Boa Vontade f) Certificados da Recompensa do Senhor 1.3.2.4 – Com o Espaço de Trabalho 1.3.3 – Na Escola ou Faculdade 1.3.3.1 – Com os Professores 1.3.3.1.1 - O Andar do Professor Cristão 1.3.3.1.2 - Postura de um Professor 1.3.3.2 – Com outros alunos 1.3.3.3 – Com a Classe 1.3.3.3.1 – Siga o Mapa da Sala 1.3.3.3.2 – Mantenha a Agenda 1.3.3.3.3 – Tenha Foco 1.3.3.3.4 – Seja Sério 1.3.3.3.5 – Questione 1.3.3.3.6 – Seja Respeitoso com os Colegas 1.3.3.3.7 – Seja Consciente 1.3.3.3.8 – Copie a Matéria 4 5 1.3.3.3.9 – Preste atenção na Aula 1.3.3.3.10 – Não Cole nas provas 1.3.3.3.11 – Não Discuta com ninguém 1.3.3.3.12 – Não Converse fora de aula 1.3.3.3.13 – Faça seus Deveres escolares 1.3.3.3.14 – Evite sair antes da explicação 1.3.3.3.15 – Não tire brincadeira com o professor 1.3.3.3.16 – Não seja aluno apático 1.3.3.3.17 – Estude em Sala de aula 1.3.3.3.18 – Não perca a Matéria dada 1.3.3.3.19 – Seja Respeitoso com o Professor 1.3.3.3.20 – Estude para as Provas 1.3.4 – Na Sociedade em que estamos inseridos 1.3.4.1 – No Trato Com os Vizinhos 1.3.4.2 – No Trato Com os Mendigos 1.3.4.3 – Com as Ações em Família 1.3.4.3.1 – Passos para dar Bom Testemunho 1.3.4.3.2 – Quem é o Crente que dá bom Testemunho 1.3.4.3.3 – Maneira do Crente dar Bom Testemunho 1.3.4.3.4 - As Provas de um Verdadeiro Testemunho 1.3.4.3.5 – O Mau Testemunho do Crente 1.3.4.3.6 – Tipo Comum de Mau Testemunho a) Brigas b) Na Rua c) No Comércio d) Na Igreja e) Na Escola f) No Trabalho g) NaVizinhaça II – O SERVIÇO CRISTÃO. 2.1 – Implicações de se Apresentar a Deus a) Voluntariamente b) Pessoalmente c) sacrificialmente d) Racionalmente III – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO ÀS FINANÇAS...........................258 3.1 – O Crente e os problemas Financeiros 3.2 – Atitudes do Crente quanto ao Dinheiro 3.2.1 – Gratidão 3.2.2 - Sobriedade 3.2.3 - Honestidade 5 6 3.2.4 - Diligência 3.2.5 - Espiritualidade 3.2.6 –Altruísmo 3.2.7 - Humildade 3.3 – Mudanças Específicas nas Finanças 3.3.1 – Avalie Honestamente sua Situação 3.3.2 – Comece a Pagar Suas Dívidas 3.3.3 – Viva Dentro do Limite de seu Orçamento 3.3.4 - Comece a Aplicar Sua Renda com Metas Espirituais 3.4 – Nos Negócios 3.4.1 – Contribuindo Para a Restauração do Mundo 3.4.2 – O Valor Limitado dos Negócios e dos bens no Mundo 3.4.3 – Fazendo a Diferença no Mundo 3.5 – No Uso consciente do seu dinheiro 3.6 – Dez dicas de Como Usar o Dinheiro 3.7 – Dicas para Usar o Cartão de Crédito 3.7.1 – Procure ter Apenas Um Cartão de Crédito em Família 3.7.2 – Conheça as Vantagens que seus cartão Oferece 3.7.3 – Controle o Extrato 3.7.4 – Tenha Limites Compatível com sua Renda 3.7.5 – A Conta Sempre Chega 3.7.6 – Evite Parcelas Longas 3.8 – Como Lidar com o Dinheiro e Administrá-lo para a Glória de Deus 3.8.1 – Rejeitando o Consumismo 3.8.2 – Contribuindo Para a Obra de Deus 3.8.2.1 – Sendo Dizimista Fiel 3.8.2.2 – Ofertando Generosamente na Obra 3.8.2.3 – Patrocinando Missões Evangelísticas IV – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A DENOMINAÇÃO 4.1 – Qual Denominação devo Escolher? 4.1.1 – Igrejas Tradicionais e Históricas 4.1.2 – Igrejas Pentecostais Históricas 4.2 – Qual a Melhor Denominação Evangélica 4.2.1 – Lista de Igrejas existentes no Brasil V – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A SOCIEDADE 5.1 – Sobre Divórcio 5.1.1 – O amor Pode Ser Resgatado a) O que Fazer Para Resgatar o Amor? 1. Passo Um 2. Passo Dois 3. Passo Três 6 7 b) Como Apoiar Um ao Outro na Mudança c) Favoreça Constantemente o Clima de Romance 5.1.2 – Em Quais Casos Um Divórcio é Justificado a) Infidelidade do Cônjuge b) Alto Grau de Violência com risco de vida 5.2 – Sobre o Aborto 5.2.1 - Quando é Permitido a) Para Salvar a Vida da Mãe b) Ao feto anencéfalo (Sem Cérebro desenvolvido) 5.3 - Sobre Relações Homoafetivas 5.3.1 – Como o Crente deve agir 5.3.1.1 – Homossexualismo não é Genético 5.3.1.2 – Homossexualismo não é Doença 5.3.1.3 – Não ter Prazer com o Sexo Oposto 5.3.1.4 - Hermafroditas 5.3.2 – A Bíblia e as Relações Homoafetivas 5.3.2.1 – Esperança para os Homossexual 5.3.2.2 - Tipos de Homossexuais a) Os Assumidos b) Os Enrustidos c) Os Iludidos 5.3.2.3 – 7 Passos para a Libertação da Prática Homossexual 5.3.2.4 – A Luta Contra o Preconceito 5.3.2.5 – Questão da Ideologia de Gênero 5.4 – Sobre Vestimentas do Crente 5.4.1 – Deus nos Ensina a nos Vestir 5.4.2 – Deus Ensina Seu Povo a se Vestir com Modéstia 5.4.3 – A Modéstia e Bom Senso da Mulher Cristã a) Joias b) Vestindo-se para Agradar a Deus 5.5 – Com os Meios de Comunicações 5.5.1 – Os Dez Mandamentos do Telespectador Cristão 5.5.2 – Os Perigos das Novelas 7 8 5.5.3 – A Mídia Visual e Seus Programas Perniciosos 5.5.3.1 – A TV Estimula a Violência 5.5.3.2 – A TV Estimula o Pecado. 5.5.3.3 – A TV Modifica a Visão das Coisas 5.5.4 – A Mídia Visual e o Lar Cristão 5.5.4.1 – O Culto Doméstico Diário 5.5.4.2 – Dedicação aos Filhos 5.5.5 – Como Evitar a Má Utilização da Tecnologia 5.5.5.1 – Examinando Tudo e Retendo o que é bom 5.5.5.2 – Valorizando o que é Correto 5.6 – Sobre Namoro, Noivado e Casamento 5.6.1 – Namoro 5.6.2 – Noivado 5.6.3 – Casamento 5.7 – Perguntas e Respostas 5.7.1 – Com que idade um jovem pode namorar? 5.7.2 – Com quem Devo me Casar? 5.7.3 – Como Descobrir a Vontade de Deus para o Namoro? 5.7.4 – A quem Devo Consultar Sobre Namoro? 5.7.5 – Que Devo Fazer Para Minha Edificação Espiritual? 5.7.6 – Quando Tornar-se Noivos? 5.7.7 – Quando o Jovem Deve Casar? 5.7.8 – Existe Regra para Orientar sobre Sexo? 5.7.9 – Com quem Podemos Conversar Sobre o Sexo? 5.7.10 – Existem Pessoas Destinadas a não Casar? 5.8 - PERGUNTAS SOBRE DESEJOS DA MOCIDADE 5.8.1 – É Pecado o Impulso Sexual? 5.8.2 – Como Controlar o Impulso Sexual? 5.8.2.1 – Na Área Física 5.8.2.2 – Na Área Sentimental 5.8.3 – Como Vencer a Masturbação 5.8.3.1 – Como Fazer Isto a) Fuja b)Pense Positivo c)Não Demore no Banho d)Leia a Bíblia e)Perigo da Masturbação 5.8.4 – Pecados Sexuais Próximo dos Jovens 5.8.4.1 – Masturbação 5.8.4.2 – Atos Libidinosos 8 9 5.8.4.3 – Prostituição 5.8.4.4 – Taras 5.8.4.5 – Homossexualismo 5.8.5 – Flerte é Pecado? 5.8.6 – Até Onde o Beijo é Pecaminoso? 5.9 – QUESTÕES COM O CIÚME 5.9.1 – Seria o ciúme uma prova de Amor? 5.9.1.1 – Comportamento de Ciúme 5.9.1.1.1 – Interrogatórios excessivos 5.9.1.1.2 – Comentários sobre a forma como se veste 5.9.1.1.3 – Escolta Pessoal para todo o lado 5.9.1.1.4 – Dezenas de Telefonemas por Dia 5.9.1.1.5 – Zanga-se se olha para o Sexo Oposto 5.9.1.1.6 – Interferência na Vida Social 5.9.1.1.7 – Discussões Frequentes 5.9.1.1.8 – Vigilância Constante 5.9.1.1.9 – Acusação de Infidelidade 5.9.1.1.10- Cenas de Ciúmes 5.9.1.2 – O Ciumento é Cheio da “Obra da Carne” 5.9.1.3 – O Ciumento é Destituído das “Obras do Espírito” VI – REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO AS AUTORIDADES 6.1 – Dos Pais 6.2 – Da Justiça 6.2.1 – Podemos levar um Irmão em Cristo à Justiça dos homens? 6.3 – Das Autoridades Eclesiásticas 6.4 – Da Autoridade Espiritual VII – O CRENTE COMO CIDADÃO 7.1 – Têm Responsabilidades em Relação ao Governo 7.1.1 – De Orar pelos Governantes 7.1.2 – Pagar seus Impostos 7.1.3 – Obedecer ao Governo e Suas Leis 7.1.4 – Honrar o Governo 7.2 – Quando Não Devemos Obedecer às Autoridades 7.2.1 – Quando Quiserem Suplantar a Autoridade Divina 7.2.2 – Quando Ferirem Ensinos Diretos da Bíblia 7.3 – Quatro Motivos Para Obedecer ao Governo Humano 7.3.1 – Por Motivo da Ira 7.3.2 – Por Motivo da Consciência 7.3.3 – Por Motivo do Amor 7.3.4 – Por Motivo da Devoção Ao Senhor 9 10 7.4 - No Uso Consciente de Seus Direitos Cíveis 7.4.1 – Liberdade Civil 7.4.2 – Liberdade de Consciência 7.4.3 – Liberdade de Ensino 7.4.4 – Liberdade de Imprensa 7.4.5 – Liberdade de Pensamento 7.4.6 – Liberdade de Religião 7.4.7 – Liberdade de Reunião 7.4.8 – Liberdades Individuais 7.5 - No Trato Com a Política Partidária 7.5.1 – O Cristão Pode Ser Político 7.5.2 – O Cristão e a Politicagem 7.6 – Nas Obrigações Eleitorais 7.6.1 – A Importância do Voto 7.6.2 – A Obrigatoriedade do Voto VIII – NO TESTEMUNHO COM OS FRACOS NA FÉ 8.1 – Na defesa de sua Doutrina 8.1.1 – BATISTAS 8.1.1.1 – Linha Doutrinária 8.1.2 – PRESBITERIANOS 8.1.2.1 – Doutrinas Comuns com outros Evangélicos 8.1.2.1.1 – Um Deus Trino 8.1.2.1.2 – Em Jesus Cristo como 2ª Pessoa da Trindade 8.1.2.1.3 – Na Bíblia como Palavra de Deus Inerrante 8.1.2.1.4 – No Novo Nascimento 8.1.2.1.5 – Na Ressurreição dos Mortos 8.1.2.2 – Doutrinas Distintivas Presbiterianas 8.1.2.2.1 – Soberania de Deus 8.1.2.2.2 - Predestinação 8.1.2.2.3 – Salvação Pela Graça 8.1.2.2.4 – A Perseverança dos Santos 8.1.2.2.5 – Governo Representativo 8.1.2.2.6 – Batismo a) Aspersão b) Infantil 10 11 8.1.3 – IGREJA CONGREGACIONAL DO BRASIL 8.1.3.1 – Síntese Doutrinária 8.1.4 – IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS a) Sua Estrutura administrativa b) O Início da Igreja 8.1.5 – IGREJA PENTECOSTAL DO BRASIL 8.1.6 – IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR 8.1.7 – IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR 8.1.8 – IGREJA CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL 8.1.9 – IGREJA VIDA NOVA 8.2 – IGREJAS RENOVADAS 8.2.1 – IGREJA METODISTAS WESLEYANA 8.2.2 – IGREJA BATISTA NACIONAL 8.2.3 – IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA 8.3 – IGREJAS NEO PENTECOSTAIS 8.3.1 – IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS 8.3.2 – IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS 8.3.3 – IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS 8.3.4 – IGREJA RENASCER EM CRISTO 8.3.5 – COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA A NOSSA TERRA 8.3.6 – IGREJAS EM CELULAS DO G-12 8.4 – No debate Apologético 8.4.1 – Ateus 8.4.2 – Espiritismo 8.4.3 – Seitas e Heresias 8.5 – Na conversa com amigos e irmãos na Fé 8.6 – Com a Linguagem do Crente 8.6.1 – Palavras Torpes 8.6.2 – Conversas Tolas 8.6.3 - Palavras Vãs 8.6.4 - Chocarrices 8.7 – Com Relação as Enfermidades. 8.7.1 – Atitudes dos Crentes diante das enfermidades 8.7.2 – Um Crente Pode Adoecer? IX – RESPONSABILIDADE DOS CRISTÃOS 11 12 9.1 – Com os Novos Convertidos 9.1.1 – O Novo Convertido Precisa ser Nutrido 9.1.2 – O Novo Convertido Precisa ser Firmado 9.1.3 – O Novo Convertido Precisa ser Integrado 9.2 – Com as Convicções do Espírito Santo 9.2.1 – Meditando sobre o Ministério Mal Sucedido 9.2.2 – Um Ministério Bem Sucedido 9.2.3 – Como Ser Guiado Pelo Espírito Santo 9.3 – Dando Conta de Tudo a Deus (Mordomia) 9.3.1 – O Desafio à Fidelidade 9.3.2 – Vinte Razões Porque Sou Dizimista. 9.3.3 – O que meus Dízimos Demonstram 9.4 – Cuidado com a Aparência do Mal 9.4.1 – Abster-se da Aparência do Mal 9.4.2 – Questões Práticas de Fuga da Aparência do Mal 9.5 – Aprendendo a Orar 9.5.1 – Como ser Abençoado na Oração 9.5.1.1 – Com Orações 9.5.1.2 – Com Jejuns 9.5.1.3 – Com Meditação na Palavra 9.5.1.4 – Com Obediência 9.5.1.5 – Exemplo de Orações 9.5.2 – O que Fazer para suas Orações Serem Atendidas 9.5.2.1 – Orar de Coração 9.5.2.2 – Santificar o Nome do Senhor 9.5.2.3 – Entender a “Vinda do Reino” 9.5.2.4 – Amar ao Próximo 9.5.2.5 – Crer que a Resposta Virá a) Com um SIM b) Com um NÃO c) Com um Espere mais um Pouco 9.5.2.6 – Pedir em Nome de Jesus 9.5.2.7 - No Tempo de Deus 12 13 9.5.2.8 - Orar co Perseverança 9.5.2.9 – Com o Coração Quebrantado 9.5.2.10 – Com Sinceridade naquilo que Precisamos X – VANTAGENS DE SER CRISTÃO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA Prefácio Muitos podem pensar que, uma vez que uma pessoa se torna crente, ela nunca mais peca. É bem verdade que aquilo que é nascido no crente, quando este confessa Jesus como seu Salvador, não pode pecar e nunca vai pecar (I João 3:9; 5:18). Esse que é nascido é a natureza divina no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas o crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por ele viver no mundo (I João 2:16) e ter o pecado ainda nos seus membros (na carne) (Rom 7:23). Enquanto o crente está na carne, terá o problema do pecado (Mat. 26:41; "... o espírito está pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse a possibilidade do crente ser influenciado pelo pecado, Davi não teria orado: "Expurga-me tu dos que me são ocultos." (Sl 19:12; 119:133) e nem teria dito: "O meu pecado está sempre diante de mim" (Sal 51:3). Jesus também não teria orado ao Pai que "os livres do mal" (João 17:15). Paulo tinha uma luta constante que o provocou a lamentar: 13 14 "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"(Rm 7:24). É fato bíblico que o crente peca (Pv. 20:9; Ecl. 7:20) pois ele é fraco pela carne (João 3:6, "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."). Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto a nova natureza é vista claramente na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Hb 12:5-13). Se não houvesse pecado na vida do crente, nunca haveria a correção. Se alguém que se acha crente não conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos, levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Hb 12:10), esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo. Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é responsável por não pecar (I Pe 1:15, "sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver"; I João 2:1; "estas coisas vos escrevo para que não pequeis"). A possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a ação do pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que não entreis em tentação. Neste livro procurarei abordar a tensão existente entre viver no mundo, sem pertencer ao Mundo. Este livro não é nenhum compêndio de Teologia, nem um tratado de Psicologia, embora possa ser lido e estudado por crentes fiéis que possuem grande conhecimento teológico. Ele é o resultado de minhas experiências através das lições bíblicas preparadas por mim e estudadas em Escolas Bíblicas Dominicais realizadas em minha comunidade a Igreja Presbiteriana do Brasil em Massangana, Prazeres, Jaboatão dos Guararapes-PE, Brasil, nos últimos anos. 14 15 Abordaremos no primeiro capítulo o Conceito histórico e as características de ser crente. No Segundo Capítulo veremos quais as implicações de ser um crente. No Terceiro abordaremos as principais atitudes que um crente deve ter com suas finanças no sentido pessoal, social e espiritual. No Quarto Capítulo falaremos sobre as regras básicas de como lidar com as várias denominações evangélicas e a quais deve seguir ou confraternizar-se para ter um crescimento harmonioso e equilibrado da sua fé. No Quinto Capítulo analisaremos as regras para com a Sociedade na qual estamos inseridos no tratamento do Divórcio, Aborto, Relações Homoafetivas, vestimentas do Crente e Conselhos aos Jovens sobre Namoro, Noivado e casamento Cristão. Além de um breve comentário sobre os Meios de Comunicação. No Sexto Capítulo abordaremos o comportamento dos crente com as autoridades. No Sétimo Capítulo analisaremos o crente como Cidadão do Mundo com seus direitos e deveres e a Política. No Oitavo Capítulo faremos uma analise das principais denominações existentes e suas principais diferenças e semelhanças. Como estão organizadas e como se apresentam diante da sociedade na qual estamos inseridos. No Capítulo Nove, falaremos sobre a Responsabilidade dos Crentes com os Novos Convertidos, como ser guiados pelo Espírito Santo, no trato com a Mordomia Cristã, a fuga da Aparência do Mal e um breve incentivo a uma vida de Oração. No Capítulo Dez falaremos sobre as Vantagens de ser um Crente vivendo no mundo sem a ele pertencer e concluiremos com um apelo para que sejamos verdadeiras Testemunhas do Senhor Jesus Cristo. 15 16 Este volume, não é uma obra acadêmica, cuja utilidade esteja confinada a teólogos ou especialistas em estudos bíblicos. Por outro lado, também não se trata de uma obra superficial, na qual estudantes de teologia e crentes maduros não possam encontrar conteúdo suficiente para aprofundar sua compreensão acerca daquilo que Deus quer que nós sejamos. Convido você a continuar lendo para descobrir valores esquecidos por muitos que se dizem cristãos e uma grande oportunidade de você renovar seus votos com nosso amado Salvador. Rev. Israel Araújo 16 17 Introdução "Não são do mundo, como Eu do mundo não sou" (João 17.16). Se você é um novo convertido ou um Crente Maduro e quer saber como ser um crente fiel na prática do dia a dia. Você quer saber como um crente deve se comportar no Mundo? Como está no mundo sem ser do mundo? Como agir, como crente fiel, em várias situações práticas da vida? Então este livro é para você. É um pequeno Manual prático de dicas de como ser um crente fiel vivendo no mundo que anda na contramão dos valores espirituais ensinados nas Sagradas Escrituras. Durante toda a minha existência consciente de mim mesmo, sempre procurei aplicar os ensinos da Palavra de Deus na minha vida, no meu testemunho pessoal e na minha reverência na Casa de Deus que fora ensinadas pelos meus pais. Entretanto, nos últimos anos tenho presenciado no meio evangélico um comportamento distorcido e uma compreensão deturpada do que seja reverência na Casa de Deus. Tanto na Casa Pessoal, nosso corpo, sendo Templo do Espírito Santo, quanto no prédio Templo físico na reverência nos Cultos na igreja. Isso tem incomodado 17 18 muitos servos fiéis que amam a Obra do Senhor. Principalmente pelos crentes mais antigos com referência aos recém-convertidos. E para isso procurei ensinar na minha Congregação algo mais que eles precisavam saber do que apenas não beber, não fumar e não dançar. Precisavam saber como agir do levantar pela manhã até ao dormir; passando por todas as situações diárias que uma pessoa comum poderá passar. Dediquei grande parte da minha vida observando e anotando as mais diversas situações que aconteciam comigo e com pessoas que queriam viver de formas diferenciadas das do “mundo” não evangélico. E a maior dúvida que tenho observado ao longo do tempo é na questão do comportamento dos crentes com relação a sua nova vida com Cristo. É: COMO VIVER NO MUNDO SEM PERTENCER AO MUNDO? O que pode e o que não pode fazer? Como testemunhar ao mundo sem provocar escândalos? Escrevi uma série de lições bíblicas que ensina como se portar como crente diante de várias situações diárias que se podia passar, com o Título Original: “Como agir como cristão sem me tornar um fanático?” E adaptei para transformá-los neste livro. Após 35 anos de profunda observação e vivência como crente batizado até a experiência no Ministério da Palavra, desenvolvi neste Livro que hoje apresento ao amado leitor, uma ferramenta prática para ser estudada e pesquisada por crentes de qualquer idade e em qualquer tempo, de como se tornar um crente fiel e gozar das bênçãos 18 19 advindas dessa prática bíblica de ser um Crente vivendo no mundo sem pertencer ao mundo. Na Palavra de Deus, o crente, é o servo fiel e prudente, compromissado com a verdade expressa no Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Muitos dizem: “Eu não sou crente, mas nunca cometi crime, não tenho vícios, não adultero, não minto e creio que o Senhor não vai me mandar para o mesmo lugar onde irão os que levam uma vida dissoluta, porque certamente não me julgará pelo mesmo critério adotado para avaliar um crápula”. “Portanto, acho que quando eu morrer, o Senhor vai me dar um lugar bom para passar a eternidade”. Amados, se fosse dessa forma seria muito fácil. Quero mostrar pelo menos dois sofismas em que as pessoas tem crido. O primeiro é o entendimento de que eternidade não se passa, se vive. Segundo o que também tornaria desnecessário o sacrifício e a morte do Senhor Jesus, e poderíamos considerar inútil, o derramamento do seu sangue para livrar o homem do pecado e da morte. Mas a Palavra de Deus na primeira carta universal de João afirma que se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós, mas o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado, o que o fez 19 20 Advogado para interceder por nós junto ao Pai que está no Céu. Porque o Reino do Céu, não é como as habitações edificadas pelas mãos do homem, onde há moradias com diversos padrões de classes sociais, onde cada um se posiciona conforme o poderio econômico. Mas na vinda de Cristo para julgar os vivos e os mortos, só haverá dois lugares onde o nosso espírito viverá a eternidade, ou seja, a Nova Jerusalém, edificada toda em ouro para os que herdarão a vida eterna, as Mansões celestiais ou o fogo ardente para os que provarão a segunda morte . A Palavra em Tiago 1.22, exorta para que não sejamos apenas ouvintes esquecidos, mas cumpridor da palavra de Deus, porque não é impossível servir a dois senhores, pois, logo há de agradar um e aborrecer o outro (Mateus.6.24). E na glória do Senhor, não haverá um recinto mais ou menos morno, para acomodar aqueles que se julgam justos, mas não receberam a Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador. Porque a palavra do Senhor é sim, sim, ou não, não, o que passar disso é de procedência maligna. Além disso, Jesus afirmou que não veio para os justos, mas veio buscar e salvar aquele que estava perdido, porque os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes. De um passado de perseguições inclementes, ocasião em que muitos pagaram com a própria vida por 20 21 causa de suas convicções, ser crente se tornou um desafio de vida para muitos servos de Deus no Mundo e principalmente no Brasil. Depois as coisas mudaram. Com inúmeras igreja, teologias para todos os gostos (e desgostos), ser crente ganhou uma conotação “chique” que destoa de seu antigo significado. Muitos acham que crente é aquele que não mata, não rouba, não mente, não tem vícios, frequenta igreja, veste-se modesta e decentemente, e não fala coisas inconvenientes. Outros acham que o crente não precisa ser diferente, isto é, pode viver do mesmo jeito que vivia antes, desde que faça as coisas “em nome do Senhor”. Já outros acham que, sendo crentes, adquirem um passaporte para um mundo-cor-de-rosa, tornando-se supercrentes: jamais ficam doentes, não têm crises financeiras, nem quaisquer problemas. Embora respeite opiniões contrárias, entendo que ser crente é algo mais profundo, pois tem a ver com a mente e o coração, com uma radical mudança na essência do ser, e não apenas com meras atitudes exteriores. Pode-se tentar dar muitas definições, mas ser crente jamais passará disso: Uma nova criatura a viver de conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo. Esse ponto tem sido ignorado e traz muitas confusões às mentes das pessoas. Eu quero te ajudar a ser um Crente Segundo o coração de Deus. Quero te levar pelas mãos num passo a passo desde a sua entrega nas mãos do Senhor até Chegar a fase 21 22 de Maturidade Espiritual. Usaremos a Bíblia, a Palavra de Deus como nosso Guia por excelência e unidos à minha experiência de 48 anos de crente, sim, porque fiz minha pública profissão de fé aos 13 anos e não estou contando com o tempo de infância. Sou nascido no evangelho e com mais de trinta anos cuidando de Igreja, quer como líder de Jovens, oficial da Igreja até hoje como Pastor Evangélico, então tenha a certeza que está em boas mãos. Estaremos caminhando juntos para crescermos na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Se quando jovem, tivesse algo assim, como esse livro, que me mostrasse os por menores, o caminho das pedras por assim dizer, para ser um crente fiel, teria evitado cometer muitos dos erros que cometi pensando estar fazendo a coisa certa ou seguindo alguém que eu pensava que poderia ser um exemplo de vida Cristã para mim e no final das contas era mais falho do que eu. Se você tem mais de cinco anos de crente evangélico, sabe do que eu estou falando. Mas, felizmente você, caro leitor, tem o Privilégio de ter em mãos o mais detalhado e eficaz método para te ensinar a estar no mundo sem ser do mundo como um verdadeiro crente deve ser; em Casa, na Rua, no trabalho, na Igreja, com os vizinhos, nos negócios, nos relacionamentos e em várias outras ocasiões que poderão exigir que você esteja sempre pronto para dar a todos a razão da vossa fé (1Pe 3.15). Agindo de conformidade com os ensinos Bíblicos numa abordagem atual e pormenorizada, acessível a qualquer pessoa que queira 22 23 aprender a ser um verdadeiro crente em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Abordaremos alguns pontos relevante e situações que te ajudarão a aplicar os Conselhos obtidos neste livro. Atenção – Não é para parecer um crente. É para SER realmente uma verdadeira testemunha de Cristo em qualquer lugar aonde você andar. Esse livro te ajudará a vislumbrar aquele estilo de vida que seja segundo o coração de Deus e que as pessoas dirão que ali vai um verdadeiro servo do Senhor. Tenha uma boa leitura. 23 24 I O CRENTE NO MUNDO Regras Básicas de Comportamentos do Crente Fiel 1.1 Conceito Histórico do Termo “Crente” Crente é uma palavra com origem no termo latino credens que significa o que crê. Um crente é aquele indivíduo que crê em algo. Popularmente, diz-se que é crente aquela pessoa que acredita de forma ingênua ou equivocada em algo, criando alguma expectativa, por exemplo: “Ela está crente que vai ser aprovada no exame.” Ou ainda, o indivíduo crédulo e ingênuo, que acredita em tudo o que lhe dizem. No contexto religioso, crente é todo aquele que crê em uma divindade religiosa. Mas aqui ressaltamos que crente é todo aquele que crer em Deus Criador de todas as coisas, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, Deus e Pai de nosso Senhor e SALVADOR Jesus Cristo que morreu numa cruz pelos meus e teus pecados. Por isso esse crente 24 25 manifesta a sua crença numa vida de adoração e fé reverente e religiosa. Os verdadeiros adoradores. 1.1.1 - No Velho Testamento Os que eram salvos acabavam reconhecendo que eram incapazes de cumprir a lei e acabavam se agarrando à misericórdia e provisão de Deus. Mas eles não sabiam como Deus resolveria a questão da justificação, como hoje sabemos. O primeiro homem da fé mencionado é Abel. Hb 11:4 Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala. Abel, guiado pelo Espírito, lembrou-se do que Deus fez com seus pais, ao sacrificar um animal inocente para com sua pele cobrir o pecador. Mas veja que tanto Abel como todos os que vieram depois não enxergavam a solução completa para seus pecados e para terem cumprido neles a promessa de Deus dependiam de nós, ou seja, daqueles que Deus alcançou após o sacrifício definitivo de Cristo. Em outras palavras, a salvação dos salvos do Antigo Testamento tinha uma pendência e não poderia ser completada sem a manifestação de Cristo como o Cordeiro de Deus. Em Hb 11:39-40 Nos diz: E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, 25 26 Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados. Era como se os santos do Antigo Testamento tivessem suas contas "penduradas" no armazém para serem pagas algum dia. Só que eles não sabiam como essas contas ou cédulas seriam pagas, mas precisavam crer que Deus daria um jeito, caso contrário estaria confiando em sua própria capacidade, o que não é fé. Então veio Cristo e riscou a cédula ou a conta dos pecados. Em Cl 2:14 lemos: Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. A vinda de Cristo também resolvia de vez a questão dos sacrifícios de animais, que não tinham o poder de limpar os pecados ou de efetuar uma eterna redenção. Em Hb 9:11-12 diz: Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Antes da Lei havia sacrifícios nessa premissa de que Deus providenciaria para si o cordeiro, como Abraão 26 27 falou a Isaque. Então o povo de Israel, confiando em sua própria capacidade, achou que seria capaz de cumprir a lei: Em Êx19:8 fala: Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos. Deus introduziu os sacrifícios na lei, mas estes precisavam ser repetidos e só serviam para fazer comemoração dos pecados, ou seja, trazê-los à memória do pecador. A lei não podia salvar e os sacrifícios que ela ordenava não serviam para aperfeiçoar o pecador e nem livrá-los permanentemente de sua consciência de culpa. Em Hb 10:1-4 lemos: Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Veja que eles já dependiam do sacrifício de Cristo para receberem a herança eterna. Em Hb 9:15 lemos: E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão 27 28 das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Portanto, se a lei veio por Moisés, a graça veio por Cristo (aquela graça pela qual eles eram salvos mas que ainda não tinha sido manifestada). Veja que aqui fala do sacrifício de Cristo como provisão para a remissão dos pecados cometidos no passado e para demonstrar a justiça no presente, ou seja, uma obra de alcance infinito, para trás e para frente no tempo e eternamente. Em Rm 3:21-26 lemos: Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Para resumir, o sentimento de um crente do Antigo Testamento era parecido com o do cego que fora curado: 28 29 Em Jo 9:25 diz:” Respondeu ele, pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo”. O crente no AT sabia que Deus seria misericordioso para salvá-lo, embora não imaginasse exatamente como. Então ele tinha seus pecados lançados numa conta a prazo para pagamento futuro, que foi o que Cristo fez quando veio. Eles eram salvos a prazo, no cartão de crédito que outro pagaria no vencimento. Nós somos salvos por pagamento antecipado. 1.1.2 - No Novo Testamento No início da Era Cristã, os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos, mas isso nada tinha de elogio; era apenas um adjetivo pejorativo, pois eles eram “diferentes”. Naquele tempo eles eram perseguidos e lançados às feras. Quando o cristianismo se tornou a religião majoritária e oficial, cristão virou substantivo. Ficou “chique”, pois não mais havia perseguições e apenas se requeria deles mera formalidade exterior. Aconteceu de modo semelhante com os crentes no Brasil. De um passado de perseguições inclementes, ocasião em que muitos pagaram com a própria vida por causa de suas convicções, depois as coisas mudaram. Com inúmeras 29 30 igrejas e teologias para todos os gostos (e desgostos), ser crente ganhou uma conotação “chique” que destoa de seu antigo significado. A crença religiosa está relacionada com o ensino de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o único caminho para a salvação da alma e redenção dos pecados. Os evangélicos, membros de determinadas igrejas evangélicas (os que seguem rigorosamente os Evangelhos), também são particularmente denominados de crentes. Muitas vezes, os evangélicos também são chamados de protestantes. Os Crentes fiéis, aos quais me refiro, são aqueles que seguem as doutrinas do Cristianismo e vivem exemplarmente conforme os ensinamentos de Cristo e são chamados também de cristãos. Muitos acham que crente é aquele que não mata, não rouba, não mente, não tem vícios, frequenta igreja, veste-se modesta e decentemente, e não fala coisas inconvenientes. Outros acham que o crente não precisa ser diferente, isto é, pode viver do mesmo jeito que vivia antes, desde que faça as coisas “em nome do Senhor”. Já outros acham que, sendo crentes, adquirem um passaporte para um mundo-cor-de-rosa, tornando-se supercrentes: jamais ficam doentes, não têm crises financeiras, nem quaisquer problemas. 30 31 Nesse ponto volto a dizer, embora respeite opiniões contrárias, entendo que ser crente é algo mais profundo, pois tem a ver com a mente e o coração, com uma radical mudança na essência do ser, e não apenas com meras atitudes exteriores. Pode-se tentar dar muitas definições, mas ser crente jamais passará disso: uma nova criatura a viver de conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo. Esse ponto tem sido ignorado e traz muitas confusões às mentes das pessoas. Crente e evangélico, por definição, deveriam ser essencialmente a mesma coisa — aquele que segue fielmente o Evangelho. O problema é o desvio espiritual de quem quer apenas um rótulo chique, cuja religião demonstra cristianismo sem Cristo, discipulado sem cruz, privilégios sem responsabilidades, espiritualidade sem amor, liturgia sem liberdade do Espírito, e piedade sem o poder de Deus. Se crente é aquele que segue o Evangelho, tomemos uma expressão do Sermão do Monte para julgarmos a situação segundo a reta justiça. Jesus disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido... para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”. A função primária do sal é salgar, preservar e dar sabor. O propósito da luz é iluminar. São coisas tão evidentes que não necessitam de ilustração. Jesus as utilizou 31 32 para deixar claro que esperava de Seus discípulos que a sua influência na sociedade fosse semelhante ao sal e a luz. Quando a sociedade julga os crentes por aqueles que não vivem de acordo com o Evangelho, podemos tirar disso uma lição. A sociedade espera que sejamos realmente diferentes, que vivamos o que pregamos, não o contrário. Quando somos expostos pela imprensa por causa de uns poucos “convencidos” (não convertidos), isso só deve nos fortalecer no propósito de continuarmos a ser sal e luz num mundo que se revolve cada vez mais na podridão de suas próprias trevas espirituais e morais. Mas o termo “crente” está em desuso. Agora, o chique é ser “evangélico”. Quando mulheres famosas posam nuas, falam imoralidades e rebolam “em nome do Senhor”, se dizendo evangélicas e defendendo que o exterior não importa, pois “Deus quer é o coração”; quantos bandidos contumazes cometem todo tipo de atrocidade, mas no dia seguinte a serem pegos já se postam com a Bíblia na mão e se dizem evangélicos; quantos desvios de comportamento procuram ser atenuados com essa nova palavra mágica, então podemos ver que algo está errado não só no entendimento do que significa ser evangélico, mas no próprio “modus vivendi” das pessoas que trazem afrontas e vitupérios ao nome de Cristo. O problema é que alguns são “crentes” apenas nominalmente, não são regenerados; são “crentes” insípidos e em trevas, que nunca salgam e jamais iluminam nada. 32 33 Jesus os identificou como “joio”. Estes alargam o “caminho estreito” da salvação e fazem com que o nome do Senhor seja blasfemado. Em contrapartida, louvo a Deus pelos crentes fiéis, os quais vivem de modo digno do Evangelho, honrando o bom nome de Cristo e demonstrando com o seu exemplo que a verdade do Evangelho se credencia na prática. Jesus disse que a árvore é conhecida pelos seus frutos. E também afirmou: “Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Vale a pena ser crente em Jesus! Mas o que podemos oferecer a essa sociedade brasileira e mundial é uma conduta que convém a verdadeiros seguidores de Jesus. Uma humildade, mansidão, honestidade, bondade, caridade e amor que não enfraquecem a defesa das nossas crenças, muito pelo contrário, às autenticam com muito mais força, pois quem crê não precisa convencer ninguém a crer. Crer e viver sinceramente a partir do que se crê, já é de grande valia para a transformação de uma nação. A sociedade necessita que nossos discursos, assim como os de Jesus, tornem-se reais por serem praticados por nós. Claro que ninguém muda o mundo sozinho, e é tolice pretender isto. Sei que meu público é restrito. Primeiro, falo primordialmente à cristãos. Dentro deste grupo, falo aos que estão interessados em Crescer na Graças 33 34 e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E dentro deste subgrupo, falo aos que estão também interessados em Teologia. Não vislumbro muitas glórias terrenas com os esforços que se seguirão. Ficarei feliz, de certo, e verei meu trabalho aqui como suficiente se pudermos caminhar, pelo menos, um pouquinho além daquilo que é ensinado no meio evangélico de nossos dias. Tensão entre Viver no Mundo e não Pertencer ao Mundo O intuito desse Livro é fazer um paralelismo entre viver no mundo e não pertencer ao mundo. É Teologia Prática pura. Que tipo de tensão (conflito) esse “estar no mundo” “sem ser do mundo” provoca? O “mundo sistema”, que Deus não fez, mas foi criado pelo homem caído, e ingerido por Satanás (Jo 14:30), existe em antagonismo ao reino de Deus. Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim; (Jo 14). Nesse “mundo sistema” o inimigo semeou a má semente, por isso nos é dito que esse mundo jaz no maligno, porque é a antítese de tudo quanto Deus é. É o mundo como sistema organizado contra os valores e interesses do reino de Deus, que com seu sistema de valores, conceitos, ideologias, cultura, estrutura social, econômica, política controla, manipula, domina a civilização que vive sem Deus (mundo humanidade), 34 35 promovendo a violência, a mentira, a desonestidade, o egoísmo, o desamor, a vaidade, a injustiça, o hedonismo, o desequilíbrio ecológico. A igreja é o universo de pessoas que foram tirada desse “mundo sistema” (Jo 15:19, At 2:40, Gl 1:4). Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (Jo 15). Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu me confiaste, e eles têm guardado a tua palavra (Jo 17). Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. (AT 2). O Qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai. A igreja não faz parte do “mundo humanidade” que vive na ignorância a respeito de Deus e de Jesus, mas é enviada por Jesus, para ser sal e luz do “mundo humanidade” que vive sob o domínio do “mundo sistema”. Essa é a tensão: 35 36 Esse mundo sistema não nos ama (Jo 15:18 ), e nós não podemos amar nem nos formatar a esse “mundo sistema” (I Jo 2:15-17; Rm 12:1,2). Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. (I JO 2). E não vos conformeis com este século (MUNDO), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (RM 12.2). Ao mesmo tempo precisamos amar o “mundo humanidade” que vive sob o domínio deste “mundo sistema” (Mc 16:15, Mt 5:14,16, Jo 17:18). E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador a alumiar a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (MT 5). 36 37 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. (JO 17). O que essa tensão acaba gerando em nós? Aflição. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16) Por que somos afligidos no mundo? 1. Porque os valores do reino e os do mundo são irreconciliáveis. Uma vez tirados do “mundo sistema”, e exortados a não amá-lo, nos tornamos alvos da sua aversão (Jo 15:18,19). Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (JO 15.19). 2. Porque como luzes denunciaram as trevas e como sal somos cáusticos na denúncia contra o mal. Vivendo num mundo caído, que jaz no maligno, com seu sistema contrário a tudo que diz respeito a Deus, 37 38 sofremos por ser luz, sofremos por fazer o bem (I Pe 4:15,16). Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome. (I Pe 4). Somos enviados como ovelhas no meio de lobos (Mt 10:16) Os lobos são pessoas que praticam o mal e optam pela escuridão, por isso sãos hostis ao bem. Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. (MT 10.16 Como viver na tensão de “estar no mundo” sem “ser do mundo”? Primeiro: administrando essa tensão como Jesus administrou. 1. Jesus esteve no mundo, sem se deixar condicionar por ele. Jesus não se alienou num monastério. Ele marcou presença relevante e persuasiva no mundo, mas não foi por 38 39 ele condicionado, ao contrário Ele o iluminou (Jo 9:5, Jo 12:46). Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. (Jo 9.5) Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. (Jo 12.46) Por isso na oração sacerdotal Ele pediu ao Pai que não nos alienasse do mundo, mas que nos preservasse da influência desse mundo (Jo 17:15-19). Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade (SEPARA); a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. (Jo 17.15-19) Não podemos nos amoldar ao “sistema mundo” uma vez que já fomos tirados dele (Tg 1:27, Tg 4:4, II Pe 2:20, II Pe 1:4). A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. (Tg 1.27). 39 40 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? (Tg 4.4,5) Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, (II Pe 1.4) Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. (II Pe 2.20) Não devemos ser pessoas passivas (seguindo o curso desse mundo Ef 2:2), mas como luz precisamos ter uma ação ativa no mundo. Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; (Ef 2.2) 2 . Jesus, a despeito das aflições geradas por essa tensão, nunca perdeu sua consciência de missão. 40 41 Jesus repudiava o pecado patrocinado pelo “mundo sistema”, mas amava o pecador do “mundo humanidade” escravizado pelo “mundo sistema” (Jo 17:18, 20). Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim (MUNDO), por intermédio da sua palavra; (Jo 17.20). Quando Jesus propôs aos seus discípulos que fossem sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-16) . Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, ser lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador a alumiar a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (MT 5. 13-16). Ele estava próximo de um monastério que defendia a separação radical do “mundo sistema e humanidade”, como tentativa de se construir uma sociedade ideal, que pudesse ser modelo para o “mundo humanidade”. 3. Acontece que a alienação da luz e do sal não resolveria o problema, uma vez que acabariam sendo sal do sal e luz da luz, e a pergunta seria: onde estava o sal enquanto o mundo se deteriorava? 41 42 4. A luz penetraria na poluição desse “mundo sistema” iluminando, sem se contaminar. O sal retardaria o processo de deterioração, como era sua função na antiguidade (antisséptico). 5. Nós não podemos amar “o mundo sistema” (viver como vivem e fazer o que fazem, I Jo 2:15-17) Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procedem do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. (I JO 2.15.17) Mas devemos amar o “mundo humanidade”, mesmo não sendo amados por eles (Jo 15:18,19, Fl 2:15). Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (JO 15.18,19) Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, (Fl 2.15) 42 43 Amar as pessoas condicionadas por esse “mundo sistema” é o grande desafio, porque exige abrir mão do desejo de vingança e da retaliação; recusar pagar o mal com o mal; guardar o coração do ódio, da mágoa e do ressentimento. Isso significa servir e abençoar os “não amáveis”: alimentar o inimigo faminto, dar de beber ao que nos odeia e tratar as feridas de quem nos quer mal. Segundo: Enfrentando essa tensão com bom ânimo. 1. Considerando que, se Jesus venceu o mundo, nós também podemos vencê-lo (sobreviver a ele, Jo 6:33 I Jo 5:4). Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33) Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (I Jo 5.4) De que maneira Jesus venceu o mundo? (1) Entrando no mundo, sem se deixar condicionar por ele (santidade); (2) Sendo luz desse mundo enquanto aqui esteve (Ele não se alienou); 43 44 (3) E partindo dele por meio de sua ressurreição consumando sua obra de salvação. 2. Considerando que, as aflições temporárias provocadas por essa tensão serão compensadas por toda uma eternidade (Rm 8:18; II Co 4:17; Ap 21:4). Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. (Rm 8.18) Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, (18) não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (II Co 4.1719). E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Ap 21). Estamos no “mundo natureza”, fazemos parte do “mundo humanidade”, mas somos tirados do “mundo sistema”, e devolvidos ao “mundo humanidade” (que vive sob influência do “mundo sistema”) para cumprir a nossa missão. 44 45 Como Jesus, não devemos nos deixar moldar, recebendo influência desse mundo. Como Jesus, não devemos nos alienar, mas precisamos influenciar esse mundo com os valores do reino de Deus. E quanto às aflições geradas por essa tensão, devemos ter bom ânimo, porque Jesus venceu o mundo e nós estamos potencializados para vencê-lo, e ademais essas aflições temporárias serão compensadas por toda a eternidade. Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33) 1.2 - CARACTERÍSTICAS DE UM CRISTÃO “Vivei, acima de tudo, por modo digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27). O Amor deve ser o elemento que governa as nossas atitudes (Rm 12.9) Para com o nosso próximo. “Se não tiver amor, nada serei” (1Co 13.2). Esse amor em nossos corações deve fazer com amemos uns aos outros com amor fraternal (Rm 12.10), não buscando honras para si mesmo, mas sim honrando aos demais (Fp 2.3-5). 45 46 A razão pela qual, o amor é de tão alta importância, reside no fato de que o amor é o cumprimento de toda lei e a lei é o próprio fundamento do Estado. Nenhum crente está isento da lealdade; ... quem ama ao próximo não fará coisa alguma em detrimento do próximo, ao contrário, para com ele cumprirá tudo que a lei exige. Sendo zelosos (Rm 12.11), ou diligentes, em seus serviços, quer sejam espirituais, quer sejam materiais. O crente será fervoroso se praticar isso em sua vida (At 18.25). Uma vida frutífera leva a uma vida de esperança, a esperança da Vinda de Cristo (Rm 12.12). Trará um cultivo a paciência, seja em tribulações, seja em qualquer outra área da vida, pois uma vida direta com o Senhor em comunhão com Cristo na oração fará crentes mais maduros. O cristão não vacila, ao invés de dar lugar à aflição, ele descarrega suas preocupações em Deus por meio da oração (Fp 4.6). Compartilhar as necessidades (Rm 12.13) é muito mais do que simplesmente dar algo para nosso irmão, mas é, também, sentirmos o que ele sente, é sentirmos as suas necessidades (At 4.32). Devemos também demonstrar hospitalidade para com todos, indiscriminadamente de quem quer que seja. Uma exortação difícil de ser feita é a de abençoar os perseguidores (Rm 12.14). Não é qualquer um que pode fazer isso, e não somente abençoar, mas também não amaldiçoar (Mt 5.44,45; Lc 6.28). Alegria deve andar com o crente (Rm 12.15). Ele se alegra com seus irmãos em 46 47 Cristo, mas também chora com eles, participa com eles de seus sofrimentos. Ser crente, é ter um coração limpo como o coração de uma criança, que não sente desejo de vingança, que não cobiça o alheio, isento da lasciva, idolatria, desprovido da malícia, avareza, inveja, ciúmes, inimizade, ira, vícios, contendas, heresias, porque a palavra declara que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino do Céu. Mas compartilha do fruto do Espírito, os quais são: Amor, caridade, paz, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, esperança, porque os que são de Cristo crucificaram a carne e suas concupiscências (Gálatas 5.16-26). Ser crente, é amar aos vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus (Mateus 5.44). E se alguém te ferir a face ofereça-lhe também a outra (Mateus 5.39). Ser crente, é amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal, paciência na tribulação, perseverança na oração. Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram. Não ambicionar coisas altas, mas acomodarse às humildes. A ninguém tornar mal por mal; viver honestamente, em paz com todos quando depender de vós. Não vingar a vós mesmos, e se irar, não peque. 47 48 Se o teu inimigo tiver fome dar-lhe o que comer, se tiver sede dar-lhe o que beber, porque fazendo isto, receberás a unção e as virtudes do Espírito Santo de Deus (Romanos 12.20). Ser crente, é renunciar toda obra da carne e crer verdadeiramente que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nos ofertar a vida eterna. Esperar com confiança pela sua vinda para arrebatar a sua igreja para uma cidade santa, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, e nem clamor, porque as primeiras coisas já se passaram. Ser crente, é amar à Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a si mesmo, porque assim declarou Jesus. E ao contrário do que imaginam aqueles que não conhecem a Deus, seguir a Jesus não é nenhum martírio. Exige sim a renúncia das coisas mundanas, o que nos faz muito mais saudáveis tanto material como espiritualmente, antes é prazeroso e gratificante servir ao Deus vivo verdadeiramente em espírito e em verdade, pois os seus mandamentos não são pesado. Portanto, se o irmão refletir o quanto é agradável ser crente verdadeiramente, irá correndo para os braços de Jesus. Porque quando passamos a servir a Deus, recebemos a unção do Espírito Santo, e Ele proporciona a paz em nosso coração, harmonia na nossa casa, e alegria de viver para Cristo. 48 49 Mas o maior dos galardões ainda está por vir, a vida eterna, viver com Jesus Cristo e os seus Santos anjos no átrio do Senhor, para contemplar a beleza da sua santidade, numa harmonia que nunca terá fim. Isso é algo indescritível, pois, só quem sentiu o calor da presença do Espírito Santo no coração, e o gozo de ser um servo de Deus, é capaz de entender a alegria que pronunciamos, porque não há palavras para descrever essas virtudes, e a esperança de um dia encontrarmo-nos com o Salvador, o nosso Senhor Jesus Cristo, a quem nos amou e se entregou em sacrifício para apagar os nossos pecados e nos ofertar a vida eterna. Deve-se ter o mesmo sentimento (Rm 12.16; comp. Fp 2.2-8), ou seja, ninguém é superior a ninguém, deve-se procurar viver em harmonia com todos, não ser orgulhoso, mas sim humilde, um contraste notável. Sabedoria deve ser aplicada a cada situação e não se engrandecer ou achar que pode alguma coisa por si mesmo, não ser sábio aos próprios olhos. Não praticar mal por mal (Rm 12.17; comp. Mt 5.44; 1Pe 3.9), é seguir o exemplo de Cristo que não revidava com ultraje e nem injuriava a ninguém (1Pe 2.21-23). O crente deve ter uma vida exemplar, quer em costumes, vestimentas, negócios, palavras, por está sendo observado por outros. As pessoas do mundo podem não ler a Bíblia, mas certamente lerão a vida do crente, que deve ser uma carta viva a testemunhar de seu Criador. Em relação ao convívio do crente com aqueles que lhe são inimigos (Rm 12.18-20), o crente deve 49 50 procurar viver em paz, se possível com todos. Caso não seja possível, não deve se vingar de ultrajes sofridos, mas sim, depender de Deus (Dt 32.35; Pv 25.21-22; Hb 10.30). Pelo amor, o crente vence o mal com o bem, ele não se deixa influenciar pelas artimanhas. O filho de Deus deve mostrar sempre o seu amor e a sua graça para com todos. Resumindo tudo isso podemos destacar pelo menos 13 Características de um Cristão Verdadeiro. O Discípulo de Cristo, GUIADO PELO ESPÍRITO SANTO, deve ser reconhecido pelas seguintes características: 1. AMOR : O Amor é a principal característica do Cristão. Por isso, Jesus disse que os seus discípulos seriam reconhecidos, primeiramente, por amarem-se uns aos outros. O Amor Cristão deve ser um amor desinteressado e incondicional. A parábola do Bom Samaritano expressa, de maneira prática, como deve ser exercido esse amor. O amor é o mais importante dom de Deus(1Coríntios 13). Quem diz que Ama a Deus e não ama o seu próximo é mentiroso, pois Deus é amor. E Jesus foi ainda mais longe, ao dizer que o Cristão deve amar os seus inimigos e fazer o bem aos seus malfeitores. 2. CARIDADE: Muito semelhante ao amor, a caridade está diretamente relacionada à Misericórdia. Caridade é ajudar os menos favorecidos do que nós: Os pobres, órfãos e viúvas. O Senhor Jesus ensinou-nos a chorar com os que choram e a sermos generosos, sem esperar nada em troca. 50 51 3. ALEGRIA: O Cristão deve ser uma pessoa Alegre e Feliz. E isso por que tem em seu coração a gratidão do Amor de Deus por sua vida e a dádiva de estar vivo. A tristeza deve ser passageira, pois após a tempestade vem a bonança. Um Cristão rabujento e triste não demonstra confiança ou gratidão a Deus. A alegria é contagiante e abençoa o próximo. Simpatia e Solidariedade são consequências desse sentimento cristão. 4. MANSIDÃO: O Cristão deve ser uma pessoa pacífica e pacificadora. A mansidão é mais uma característica de quem tem em si mesmo o Espírito Santo de Deus. Um Cristão agressivo e brigão não espelha a vida de Cristo em si. Bem aventurados os mansos, pois deles é o Reino de Deus. A Bíblia diz que um tolo expande toda a sua ira, mas o sábio a encobre e reprime (Provérbios 29:11). 5. BONDADE: O homem Cristão é um homem bom. O Cristão é uma pessoa de bom coração e que tem sempre o desejo de fazer o bem. Uma pessoa maligna procura fazer o mal ao próximo, buscando o seu próprio proveito em detrimento do de seus semelhantes. Aquele que diz estar em Cristo, deve andar como Ele andou. 6. HONESTIDADE: O Cristão deve ser uma pessoa honesta. A corrupção social e a desonestidade não devem fazer parte da sua vida. O mundo será um lugar melhor para se viver se as pessoas forem honestas umas para com as 51 52 outras. A honestidade deve ser um exemplo e o seu valor deve ser enaltecido sempre. 7. PACIÊNCIA: Um homem paciente é aquele que entende que tudo deve ser feito a seu tempo e modo. A paciência é uma característica que deve ser aprendida, pois um homem paciente é aquele que sabe respeitar o próximo e ser simpático com as suas fraquezas e limitações. O altruísmo e a empatia a acompanham. 8. FÉ: Sem é impossível agradar a Deus. Aquele que tem fé, tem esperança. O ser humano precisa de fé para viver e para realizar as coisas em sua vida. Por isso, a Bíblia ressalta a importância da fé em Deus e na sua Palavra que é o seu Filho Jesus Cristo. 9. PERDÃO: O Cristão deve aprender a perdoar. Ninguém é perfeito e devemos compreender os erros, imperfeições e fraquezas do próximo. Quem perdoa ama, pois o amor é tolerante. Quem não perdoa o seu irmão, não deve esperar o perdão de Deus. 10. MISERICÓRDIA: A misericórdia é um dos atos mais humanos que se possa ter. Quem se compadece ajuda o próximo nas sua dificuldades, pois ninguém está livre de se encontrar numa posição em que necessite da misericórdia alheia. 11. GENEROSIDADE: Aquele que tem bens em abundância, deve assistir o próximo em suas necessidades 52 53 materiais. O Evangelho não consiste de palavras, mas de Virtude. O ato de repartir o pão é o verdadeiro Cristianismo. 12. PAZ: O Cristão deve ser um pacificador, sempre almejando e buscando a Paz. A Paz de espírito e a harmonia entre os irmãos é o que existe de mais precioso. 13. HUMILDADE: A arrogância, a soberba e o orgulho transformam o homem em um ser maligno. O Cristão deve ser humilde, buscando sempre aprender com o próximo e jamais se julgar superior. DÚVIDAS APRESENTADAS POR ALGUNS DOS NOVOS CONVERTIDOS 1.2.1 – Crente deve ter Padrinho ou Madrinha no Batismo? Para a grande maioria das Igrejas Evangélicas no Brasil, o Batismo é realizado na Idade adulta ou pelo menos a partir do 12 anos de Idade. Período em que a pessoa se encontra na idade da consciência ou apto para discernir se crer ou não no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Já para as Igrejas de Confissão Reformada o Batismo é o sinal do Pacto. Ou seja, Todos participantes no pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto. As crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal 53 54 do pacto da graça. Se essas duas premissas são verdadeiras, a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão de Fé das Igrejas reformadas descreve como “consequência boa e necessária” A única forma de evitarmos o batismo infantil dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas verdades. Poucos negariam a premissa maior, mas Dispensacionalista claramente negam a premissa menor. Eles afirmam que as crianças filhos de crentes nunca foram participantes do pacto da graça. Uma vez que, durante a era do Antigo Testamento, eles participavam da nação de Israel e recebiam o sinal de sua participação no pacto - a circuncisão. Mas, dizem os (dispensacionalistas), que crianças não participam do pacto da graça, porque esse pacto existe somente a partir do Novo Testamento. Uma vez que não existe um texto que ordena o batismo infantil, então não se deve fazer. Entretanto, para os Reformados o pacto da graça existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos crentes eram obviamente participantes do pacto durante o Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gen. 17:10). Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Salmo. 89:34), nós não nos surpreendemos que não haja um texto no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes que eram participantes do pacto, agora já não são mais. Ao contrário, Colossenses 2:11 e 12 traçam um paralelo especifico, entre batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, que sejam agora batizados. 54 55 E Atos 8:12 mostra que o novo sinal da aliança foi dada as mulheres assim como aos homens. O Batismo é um sacramento totalmente passivo, partindo de nosso ponto de vista. Isso não significa que em todos os aspectos da aplicação da salvação prometida no pacto da graça, o individuo batizado seja totalmente passivo. Eles (ou elas) são verdadeiramente ativos em seu processo de conversão e santificação. Ao invés disso, o que realmente significa é que o individuo é batizado e não se autobatiza. Os Pais não batizam seus filhos. Falando diretamente, nem mesmo o ministro (pastor, igreja...) os batiza, no sentido de efetuar algo. Nós não fazemos nada no batismo; ao invés disso, Deus faz algo. Ele, através do cumprimento de um mandamento pela igreja, dá uma identidade a crianças, jovens e velhos, de sua família do pacto, os alvos de sua graça e de todas suas maravilhosas bênçãos”. Mas, voltemos a pergunta principal: 1.2.1.1 – O crente deve ter Padrinho e Madrinha? As dúvidas são naturais. A maioria dos novos crente se perguntam: - Posso ter Padrinho ou Madrinha? Posso aceitar o Convite para ser Padrinho ou Madrinha do filho de um amigo meu? Bom, Primeiro vamos entender qual o significado do termo Padrinho e Madrinha. Em teoria, o padrinho ou a Madrinha é alguém que se responsabiliza por ajudar os pais a dar os ensinos católicos ROMANO à criança. Se você é Evangélico, não pode, sem risco de integridade com sua fé, ensinar 55 56 orientações católicas romanas com as quais certamente não concorda. O sentido de padrinho e madrinha, no catolicismo, é de pai e mãe espiritual, que acho não ter nenhum problema em ser pai ou mãe espiritual de alguém, a questão é de como essa atribuição é instituída, começa com o batismo de uma criança recém nascida, para perdão de seu pecado original (não morrer pagão); coisa que não tem fundamentação bíblica, e durante o batismo acontece um monte de rituais e oferendas que, eu tenho certeza que Deus passa longe, o que eu achei mais absurdo foi depois do batismo a criança ser consagrada, isso mesmo CONSAGRADA, a Maria. Além do mais por tradição, os padrinhos são “consagrados” neste ato. No ato do batismo, tem todo um ritual, com “promessas”, de que a pessoa teria que ajudar a criança a crescer na religião Católica Romana, o que contraria em grande parte as Sagradas Escrituras e consequentemente a doutrina Evangélica Cristã. Portanto, relembrando: A idéia de "padrinho" é uma idéia Católica Romana que surgiu da necessidade de se poder contar com alguém no caso do falecimento dos pais (quer por doenças graves ou por guerras). Numa época quando a morte era corriqueira nas famílias, não raro eram os padrinhos (geralmente pessoas de posses) que acabariam criando a criança pela qual ficavam responsáveis pela relação de batismo. Padrinho significa algo como um pai de reserva. 56 57 Os católicos de hoje nem sabem direito o por quê convidam alguém para ser Padrinho ou Madrinha. Duvido que estejam pensando em alguém para ser o pai ou a mãe reserva, para o caso deles morrerem. Entretanto, o convite deve ser visto como uma honra, pois geralmente os pais querem uma pessoa idônea para de alguma forma abençoar aquela criança e trazer "boa sorte" (como quando escolhemos nomes para nossos filhos: evitamos dar o mesmo nome daquele parente ou amigo que é uma péssima pessoa!). 1.2.1.2– Um Crente deve ser Padrinho ou Madrinha de Alguém? No caso de um crente ser convidado para ser Padrinho ou Madrinha de alguém. Precisamos deixar bem claro que a Bíblia desconhece esse termo. Nada contra a família em si. Então, entenda que o convite é, primeiro, uma honra pessoal, porque essas pessoas que a convidaram têm uma ótima impressão a seu respeito. Aceitar ou não aceitar? Ore a respeito e espere no Senhor. Peça sabedoria para saber como explicar aquela pessoa. O melhor é ter uma conversa franca e explicar suas razões com muito cuidado, para não ofendê-los. Lembre-se sempre de que eles estarão fazendo isso por acharem que é a vontade de Deus, ou seja, a intenção deles é a melhor possível, pois acham que estão agradando a Deus. E cumprindo sua obrigação para 57 58 com Deus e para com o filho que nasceu. Antes todos os pais tivessem tal disposição de agradar a Deus. Se decidir não explicar a eles a razão, você pode tanto perder os amigos como ganhá-los, se eles perceberem que sua fé é levada tão a sério por você que pode valer a pena querer saber mais a respeito. Dessa forma você agrada a Deus e dar testemunho da sua fé. Um sentimento de amor, graça e compreensão ajuda nessa hora, e não aquela arrogância típica de alguns que olham de cima para baixo os que não creem igual. 1.2.2 - Beber Bebida Alcóolica Às vezes parece difícil saber ao certo que postura o cristão deve tomar diante das bebidas alcoólicas. De um lado, acham-se muitos textos que parecem incentivar a abstinência, mas, por outro lado, há trechos em que Jesus transformou a água em vinho, bebeu vinho, ou pelo menos não condenou, etc. Qual é o ensino das Escrituras acerca do uso do álcool? 1.2.2.1 – O Crente deve beber bebida alcoólica? Para entendermos esse assunto corretamente, é necessário começar com uma postura adequada. Devemos descartar as idéias preconcebidas e não procurar encaixar as Escrituras à força na posição que preferimos ou já concluímos ser a mais correta. Precisamos tratar da questão 58 59 com a mente aberta e tentando apenas descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre o assunto. Este tópico tratará de vários aspectos das Escrituras e, somente após analisarmos vários textos e conceitos, chegaremos em uma conclusão sobre o cristão e as bebidas alcoólicas. Quando ler esses trechos que mencionaremos, procure entender cada um por vez, mas aguarde para só no fim do estudo formular uma conclusão que leve em conta todos os aspectos em questão. Esses textos serão citados com poucos comentários. Estude cada um e analise com cuidado o seu significado. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Provérbios 20:1). O sábio mostra que há um perigo no vinho e que ele é enganador. "Ouve, filho meu, e sê sábio; guia retamente no caminho o teu coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem" (Provérbios 23:19-21). "Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como 59 60 o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateramme, e não o senti; quando despertarei? Então tornarei e beber" (Provérbios 23:29-35). Que cena patética a do homem que se deixou vencer pelo álcool. "Palavras do rei Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe. Que ti direi, filho meu? Ó filho do meu ventre? Que ti direi, ó filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais" (Provérbios 31:1-7). O vinho não serve para os reis, mas sim para os que não têm nada por que viverem. "Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!" (Isaías 5:11). "Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte" (Isaías 5:22). "O Senhor derramou no coração deles um espírito estonteante; eles fizeram estontear o Egito em toda a sua obra, como o bêbado quando cambaleia no seu vômito." (Isaías 19:14). "Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, 60 61 tropeçam no juízo. Porque todas as mesas estão cheias de vômitos, e não há lugar sem imundícia" (Isaías 28:7-8). Junto com a vergonha da embriaguez, as Escrituras geralmente frisam o efeito causado sobre a mente. Quando sacerdotes, profetas e juízes bebem, eles desviam os homens de Deus. O texto a seguir ressalta o mesmo pensamento: "A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (Oséias 4:11). "Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas! Serás farto de opróbrio em vez de honra; bebe tu também e exibe a tua incircuncisão; chegará a tua vez de tomares o cálice da mão direita do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua glória" (Habacuque 2:15-16). "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1 Coríntios 6:9-10). "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:1921). "Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andando em dissoluções, concupiscências, orgias, bebedices e em detestáveis 61 62 idolatrias. Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão" (1 Pedro 4:3-4). A embriaguez é um pecado muitas vezes condenado A bebida forte tem um passado sórdido. O justo Noé caiu por causa do vinho: "Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda" (Gênesis 9:21). Parece que a bebida alcoólica influencia a pessoa para fazer o que jamais faria se estivesse sóbria. Quando as filhas de Ló desejaram ter filhos do pai, elas o embriagaram e depois o procuraram. O álcool em si não estimulou a concepção, mas elas sabiam que Ló ficaria muito mais passível de cometer essa imoralidade se estivesse bêbado. "Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas filhas, porque receavam permanecer em Zoar; e habitou numa caverna, e com ele as duas filhas. Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o costume de toda terra. Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai. Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a descendência de nosso pai. De novo, pois, deram aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, 62 63 entrando a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai" (Gênesis 19:30-36). Absalão decidiu matar Amnom enquanto este bebia, talvez por crer que ele seria menos capaz de se defender se estivesse num estado um tanto inebriado: "Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes" (2 Samuel 13:28). Um dos pecados de Belsazar, na noite em que viu a mão na parede e em que seu reino foi tomado, foi o fato de estar bebendo: "Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra" (Daniel 5:4). 1.2.2.2 – O Crente e o Vinho na Santa Ceia O termo vinho na Bíblia tem vários significados. Nos textos acima, está claro que a palavra se refere à bebida alcoólica. Mas, em outras ocasiões, significa suco de uva. Examine, por exemplo, Lucas 5:36-38: "Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornarse-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos." O vinho novo nesse 63 64 texto diz respeito ao suco de uva fresco. A idéia é que quando o suco é posto nos odres, ele aumenta durante o processo de fermentação. Se colocado em odres velhos que já estão esticados, estes se romperão. É um fato geralmente aceito, como mostra claramente esse texto, que o vinho na Bíblia nem sempre era alcoólico. Talvez as nossas palavras beber e bebida possam ser um bom exemplo da mesma duplicidade de sentido. Dependendo do contexto, beber pode certamente estar relacionado com bebidas alcoólicas ou apenas significar a ingestão de algum líquido qualquer. É muito importante lembrarmos desse sentido duplo da palavra vinho. Em João 2, Jesus transformou perto de 600 litros de água em vinho. Fez isso depois que os convidados da festa "beberam fartamente". Jesus fez vinho suco de uva ou vinho alcoólico? Lembre-se que as duas coisas são possíveis tendo em vista a própria definição do termo vinho. Mas há duas considerações que nos levam a crer firmemente que se tratava de suco e não de bebida alcoólica. Em primeiro lugar, Jesus o fez na hora. No primeiro momento em que o vinho daquela época era produzido, ele era suco. Somente após um processo de envelhecimento e de fermentação é que se tornava alcoólico. Em segundo lugar, o que é mais importante, se Jesus tivesse feito vinho alcoólico, ele teria estado incentivando a embriaguez. A questão aqui não é um ou dois copos de vinho. Essas pessoas, após já terem bebido muito, receberam mais umas centenas de litros. Jesus jamais incentivou os pecados do homem, tampouco contribuiu para 64 65 eles. Portanto, parece claro que esse vinho era do tipo não alcoólico. É também útil entender algumas coisas sobre os vinhos alcoólicos das terras bíblicas. Naquela época, só havia fermentação natural. Eles ainda não tinham inventado a tecnologia para acrescentar mais álcool às bebidas fermentadas por processo natural. Isso significa que o mais alcoólico dos vinhos da Palestina tinha cerca de 8% de álcool. Pela lei, esses vinhos eram diluídos em água, normalmente três ou quatro partes de água para uma parte de vinho. Esses vinhos fracos, enfraquecidos mais ainda pela adição de enormes quantidades de água, passaram a ser usados como bebidas para acompanhar as refeições. Não eram usados como bebidas, mas apenas como se usa um copo de água ou uma xícara de café que se bebe com a refeição. Vários textos bíblicos parecem apontar para esse uso do vinho --como uma bebida para acompanhar as refeições (observe 1 Timóteo 3:3, 8; Tito 1:7; Mateus 11:18-19). Provérbios 23, já citado, condena o uso do vinho "vermelho" que brilha no copo. O tipo de bebidas alcoólicas usado em nossa sociedade é o mesmo tipo sistematicamente condenado na Bíblia. Jamais fiquei sabendo de alguém que tomasse um pequeno copo de vinho fraco diluído na proporção 4:1 de água como acompanhamento de uma refeição. Os vinhos, as cervejas e os licores de hoje enquadram-se na categoria de bebida forte, e nenhum texto 65 66 sequer pode ser encontrado na Bíblia que permita que sejam consumidos por um filho de Deus. Paulo estimulou a Timóteo de modo especial para que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde (1 Timóteo 5:23). Às vezes se usa esse texto para mostrar que é possível beber. Mas, de fato, o que ele faz é justamente o oposto. Se Timóteo tivesse tido o hábito de beber uma cerveja aqui e ali, por que precisou que Paulo lhe desse uma permissão especial para usar um pouco de vinho como remédio? Esse texto nos leva à conclusão de que o uso de álcool pelo cristão deve ser uma exceção, não uma regra. Muitos remédios de nossos dias contêm álcool ou outras drogas intoxicantes. O discípulo de Cristo deve ser muito cuidadoso com eles e usá-los apenas com muita moderação. O fato de que uma exceção precisou ser dada para permitir o uso de remédios com teor alcoólico sugere que é errado beber por prazer. O servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de seus atos sobre o próximo: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra cousa com que teu irmão venha a tropeçar" (Romanos 14:21). Mesmo que o cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo esse texto ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A bebida alcoólica leva tantos cristãos a cair, que aquele que tenta ajudar o seu irmão a não tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele. Mesmo se alguém argumentar de que na Ceia do Senhor se toma vinho 66 67 alcoólico. Não é bem verdade. Existem, é verdade, algumas Igrejas que insistem em usar vinho alcoólico. Entretanto, a maioria das Igrejas sérias usam há centenas de anos o Suco de Uva uma vez que não se sabe quais as pessoas que tem dependência química e nem sabe e que pode desencarrilhar a partir de um simples gole. Por isso se compreende o Mote dos alcoólicos Anônimos de se evitar o primeiro gole. A Bíblia sistematicamente exige que sejamos sóbrios (leia com cuidado 1 Tessalonicenses 5:6; 2 Timóteo 4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as primeiras consequências da bebida são a ausência de inibições, o enfraquecimento do autocontrole, a falta de juízo. Essas consequências ocorrem bem antes da pessoa começar a perder o controle das habilidades motoras, a falar arrastadamente etc. O diabo está sempre procurando-nos tentar; para enfrentar a essas tentações, o filho de Deus deve estar profundamente alerta e sóbrio em todo tempo. Embora não fosse possível afirmar, com base nas Escrituras, que ingerir qualquer quantidade de álcool por qualquer motivo é sempre pecado, parece claro que o servo de Deus não será alguém que simplesmente bebe canecas de cerveja ou taças de vinho. O beber socialmente que vemos hoje em dia é o tipo condenado em muitos textos das Escrituras. "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Provérbios 20:1). 67 68 Fica a dica. Pense e ORE. 1.2.3- O Crente pode Fumar? O fumo é uma droga. Segundo pesquisas, a cada dez minutos, morre um brasileiro de câncer, enfisema pulmonar ou doenças cardiovasculares devido ao fumo, e por ano morrem mais de duzentas mil pessoas no Brasil, e mais de dois milhões e meio em todo o mundo, vitimadas pela epidemia do cigarro. O diabo é enganador e, através da propaganda falsa, passa para os jovens a idéia de que fumar é algo fascinante, é “chique”. A Bíblia tem razão, quando afirma: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”, 2ºTm 3.13. Deste modo, o nosso posicionamento deve estar embasado no compromisso que o crente tem de não fumar, e também contribuir para a erradicação do tabagismo. A Bíblia não contém um mandamento que nos diz: ”Não fumarás". A Bíblia não fala nada específico sobre o tabagismo moderno, porém, apesar de não haver uma proibição explícita contra o uso do cigarro, ela nos dá instruções e princípios atemporais contra tudo aquilo que pode nos escravizar e portanto nos desviar da vontade de 68 69 Deus. A pergunta não é: “A Bíblia proíbe o cigarro?”, antes deve ser: “o cigarro agrada a Deus?” A questão não é simplesmente afirmar que um cristão não pode fumar. Ela é mais profunda. Devemos investigar as razões pelas quais um cristão deve viver dentro da vontade de Deus e buscar realizar essa vontade em sua vida para a glória de Deus e para o seu próprio bem estar. Cabe a cada cristão a luz da Palavra de Deus verificar qual é a vontade de Deus quanto ao hábito de fumar. Para isso convidamos você a refletir sobre o que Bíblia nos ensina a respeito desse assunto. 1.2.3.1 - O cigarro reflete a liberdade de Cristo? “... Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8: 31b-32). “Jesus respondeu: ‘Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado.’” (João 8:34) “Portanto se o filho vos libertar, vocês de fato serão livres”. (João 8:36) O cristão é uma pessoa dotada de liberdade. Liberdade é contrária a escravidão. Uma vez que recebemos 69 70 a salvação, somos libertos do poder que nos faz praticar tudo aquilo que desagrada a Deus. Liberdade não simplesmente poder fazer tudo, mas é também poder dizer não para algumas coisas que desagradam a Deus. Por essas razões a liberdade cristã é incompatível com qualquer vício. 1.2.3.2. O cigarro pode escravizar e dominar minha vida? “Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas não me deixarei que nada me domine. (1 Coríntios 6:12) Embora o cigarro seja uma droga legal (grandes interesses comerciais envolvidos), a nicotina causa dependência assim como qualquer outra droga ilícita, sendo, segundo os especialistas, uma das drogas que mais geram dependência, mais até que a maconha. Paulo afirma que tudo lhe é permitido, mas que ele não se deixaria dominar por nada. Um cristão verdadeiro 70 71 desejará ser um servo de Deus e não um escravo da nicotina. Nós não podemos servir a dois senhores. Da mesma forma que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, não podemos servir a Deus e ao cigarro, a Deus e a nós mesmos (Mateus 6:24). 1.2.3.3. O cigarro contribui para a vida ou para a morte? “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente”. (João 10:10) Pense bem, o cigarro combina com a vida ou com a morte? O cristão deve estar associado com a vida e não com a morte. Jesus veio para nos dar vida e vida plena. O fumo é um vício que destrói o organismo humano aos poucos. Todos os anos, milhões de vidas têm sido ceifadas no planeta, única e exclusivamente por causa do cigarro. No Brasil, como já falamos acima, estima-se que são 200 mil pessoas por ano (Instituto Nacional do Câncer – Ministério da Saúde). Estão diretamente relacionadas ao fumo uma série de doenças, em especial, o câncer do pulmão e a grande maioria das doenças cardiovasculares e 71 72 respiratórias. Um vício que promove a morte das pessoas não poderia ser aprovado pelas Escrituras Sagradas. 1.2.3.4. O cigarro pode prejudicar meu corpo? “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.” (1Coríntios 6:19-20) A Bíblia diz que nosso corpo é templo do Espírito Santo e não devemos cultivar um hábito que irá destruir e enfraquecer progressivamente o organismo humano. Somos mordomos de nosso corpo e dele prestaremos contas ao Senhor, que é seu verdadeiro dono. Nossos corpos devem ser instrumentos para glorificar a Deus e não instrumentos para o nosso prazer e em muitos casos a morte e destruição: Câncer de pulmão: 22 vezes mais em homens fumantes e 12 vezes mais em mulheres fumantes. Morte por bronquite ou enfisema: 10 vezes mais em homens e mulheres fumantes. 72 73 Morte por doença cardíaca: 3 vezes mais em homens e mulheres de meia idade que são fumantes. Morte prematura: na média, fumantes morrem cerca de 7 anos antes do que os não fumantes. Hipertensão arterial. Impotência sexual. Derrame Cerebral. Úlceras gastroduodenais. Refluxo de ácido gastresofágico. Obstrução de pequenas artérias que causam necrose e perda de membros. Abortos e nascimento de bebês com pouco peso. Ocorrência de outros tipos de câncer: boca, garganta, esôfago, bexiga, rins, pâncreas. 1.2.3.5. O cigarro pode prejudicar meu testemunho cristão? “Porque outrora eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor.” (Efésios 5:8-10) 73 74 O cristão é alguém que vem para trazer o bem ao próximo, o anúncio da Salvação. Nossas atitudes falam mais alto que as nossas palavras. Será que o hábito de fumar irá de fato demonstrar que servimos a Deus? Será que esse hábito não provoca a intoxicação involuntária das pessoas ao nosso redor. Será que ao fumar somos um bom exemplo para nossos filhos, sobrinhos, netos e para os mais jovens? A maioria dos fumantes começa a fumar pelo exemplo de seus pais, parentes e amigos. O cristão deve ser um propagador dos valores de Deus e da vida. Ainda que ele não seja viciado no cigarro, sua atitude pode influenciar a vida de outra pessoa a continuar ou iniciar um hábito que pode se transformar em um vício. 1.2.3.6. O cigarro agrada a quem? “Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus 74 75 corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça, antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça.” ( Romanos 6:11-13) Por que fumar? Porque dá prazer! Por que eu tenho vontade! Para agradar os amigos! Para me adequar aos padrões da sociedade! Porque eu faço o que eu quero com a minha vida! Todas essas respostas podem ser dadas, mas para o cristão essas razões deveriam ser repensadas uma vez que o seu desejo agora é agradar a Deus e fazer a sua vontade. Em Romanos 12:2 lemos: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. O Apóstolo faz um apelo aos crentes para cultuarem a Deus racionalmente oferecendo suas vidas em sacrifício vivo, santo e agradável. Será que o cigarro pode ser considerado como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus? Será que ao fumar não estamos nos amoldando ao padrão deste mundo? 75 76 Mais do que se conformar com um padrão, costume ou tradição da Igreja Evangélica, cada cristão deve se colocar diante de Deus e refletir sobre as perguntas aqui levantadas. Ninguém deveria deixar de fumar simplesmente porque “crente não fuma” sem refletir nas razões e verdadeiros motivos que o levem a agir dessa forma. “Crer” é também “Pensar”, na verdade Deus exige um culto racional de cada um de nós. Nossa fé não é cega e nem irracional. Nossa preocupação deve ser com a vontade de Deus. Que a sua decisão sobre o cigarro o faça experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade Deus. 1.2.4 – Dançar O culto foi uma das dádivas pactuais dadas ao povo de Israel, e sobre o qual a nova aliança é inspirada. Não há nenhum registro do culto no Antigo Testamento que danças fizeram parte do culto israelita no templo. O culto de Israel era santíssimo, e jamais seria profanado por elementos de cultos pagãos. Os povos vizinhos de Israel adoravam o sol, as estrelas, gatos, serpentes, jacarés, deusas, e deuses, dançando religiosamente para eles. Esse culto dançante era originado da própria vontade humana, mas o culto do Deus de Israel tinha origem divina, e foi revelado pelo próprio Deus ao seu povo, (Rm 9:4); em nenhum lugar 76 77 da revelação Deus requereu danças; elas eram exatamente o elemento mudo das religiões pagãs daqueles tempos. O mesmo pode-se entender no Novo Testamento. Nenhuma evidência há para uma tradição pagã entre os crentes da igreja primitiva. Consideramos ser nosso dever advertir nosso povo contra os divertimentos que possam facilmente tornar-se para eles ocasião de pecado, contra as modalidades de danças que, como praticadas presentemente, repugnam a todo sentimento de delicadeza e decoro, e se fazem acompanhar dos maiores perigos para a moral. Não faremos mais citações, mas passamos a expor dez razões pelas quais a dança deve ser condenada. Essas razões são reunidas de muitas fontes que tratam do bemestar físico, mental e espiritual. Esse número pode ser aumentado. Podem dizer que são afirmações radicais e preveem condições que nem sempre procedem. Concedemos que assim seja, mas há que admitir-se também que não há uma só dessas dez proposições que não seja com alarmante frequência uma verdade. 1.2.4.1. A dança é um estimulo anormal às paixões sensuais. 77 78 Tenho ouvido apenas dois homens negá-lo, ao passo que centenas têm-no admitido. É evidente que a dança significa uma coisa para os homens, e bem outra para as mulheres. Muitas jovens nobres e de espírito bem dotado amam a dança por sua graça e ritmo. Para estas a dança apela apenas ao senso artístico. Ela apela também aos homens da mesma maneira, mas no que respeita ao sexo masculino não é este o mais forte apelo. Os homens chegam à maturidade em matéria de sexo quando as mulheres nada sabem a respeito. Mas as jovens devem ter conhecimentos sobre o assunto, a fim de poderem sentir em plena força a responsabilidade que repousa sobre elas ao se permitirem na dança o amplexo de rapazes. 1.2.4.2. O estimulo sexual resultante da geralmente vem quando é ele mais perigoso. dança A dança leva milhares de estudantes de escolas superiores, desprotegidos e não preparados, a situações em que não deviam estar. No bom plano de Deus para nossa vida Ele determinou que as paixões sexuais despertem lentamente para que o juízo e a força de caráter sigam a par com elas. Quando verificamos quantas mentes bem dotadas e brilhantes têm sido capazes de dominar todas as forças, exceto os reclamos do sexo, começamos a ver a sabedoria do plano de Deus. O Dr. W. A. McKeever diz: “A nova dança social é uma dança de morte. Jovens adolescentes de quinze anos são forçados pela dança a um intenso 78 79 desenvolvimento sexual, em vez de experimentarem o despertamento normal, lento, da noção sexual.” Se acrescentarmos a isto os efeitos sobre a mente, teremos chegado mais perto da plena medida de seu significado. 1.2.4.3. A dança mina a saúde pelo menos de duas maneiras. Primeira, quando indevida e prematuramente excita as inclinações do sexo. Segundo, quando conduz a uma atividade anormal pelo manter-se desperto as desoras, associado ao comer e beber indiscriminadamente. Não há atitude mental que tão poderosamente reaja sobre a vida física como o incitamento provocado pela dança. Frequentemente tem início uma intoxicação em que o corpo é forçado a obedecer aos reclamos de um frenesi mental. Não é pouco comum verem-se moços e moças manterem inconscientemente a atitude como que de sonâmbulos e o balanceado físico da dança em todas as horas e lugares da experiência do dia. A atitude conveniente para a saúde física e mental foi abandonada. 1.2.4.4. A dança debilita a resistência moral. Para que julgueis uma coisa convenientemente, é mister que vejais os seus frutos. Oficiais cívicos e obreiros sociais têm pouco que tratar com a assim chamada “dança respeitável,” mas eles veem o que salta a cova do basilisco. 79 80 Jane Addams diz que 85 por cento das jovens caídas citam a dança como o início do seu declínio. O Prof. A. T. Faulkner, que antes de sua conversão era proprietário da Academia de Danças de Los Angeles, disse que de 200 mulheres abandonadas, com quem ele havia falado, 163 atribuíram sua condição a escolas de dança e seus resultados. Jovens nobres tolerarão esta prática? 1.2.4.5. A dança destrói na pessoa o gosto pelas coisas espirituais. A alma necessita, tanto quanto o corpo, de um clima para viver. Tenho em mente dois quadros contrastáveis. Lembro-me da primeira bananeira que vi no Sítio da família, em Buíque- PE, Brasil nos idos anos 70. Um de meus vizinhos orgulhosamente mostrou-me uma bananeira em flor. Essa flor (Mangará) era a recompensa de anos de esforço, no cultivo e o clima favorável. Muitas pessoas vinham para vê-la, pois uma bananeira em flor era um acontecimento especial, prenúncio de fartura naquela região tão árida. Aqui está o outro lado do quadro. Em 2015, quando em Visita a mesma Região vi centenas de pés de Bananeiras mirradas, seus cachos enfraquecidos pela seca prolongadas de três anos. Fazia pena ver tanta fartura sendo agora queimada pelo sol do Sertão. A diferença não estava na espécie, mas no clima. O gosto espiritual é 80 81 excessivamente sensível. Precisa-se de ambiente para se desenvolver de modo saudável. Ele necessita do clima tropical da graça de Deus e da pureza para que desenvolva. Da chuva espiritual certa no tempo certo. Não preciso dizer mais nada. Não é num baile funk, num pagode ou num forró ou Samba de Coco, junto com pessoas mundanas e insensíveis espiritualmente a voz de Deus, que vou desenvolver a minha espiritualidade. A principal pergunta não deve ser: Posso Participar da Dança? Mas sim: “Se Jesus estivesse no meu lugar, ele dançaria nestes Ambientes?” A Resposta sincera de um coração honesto seria um redundante NÃO: Então: Minha resposta também é NÃO. Caso Contrário, “Quão bela e abundante seria minha espiritualidade?” 1.2.4.6. A dança contribui para o mal do divórcio. Isto ela faz por gerar desejos na vida que não se acomodam à rotina e requisitos morais de uma família bem sucedida, como também pelo criar e perpetuar o terrível trinômio de relação: cinema, novelas e pluralidade de lares. Um lar onde Cristo não está presente está firmado em bases demasiadamente débeis (fracas) para que possa enfrentar todos os reclamos da vida familiar e qualquer tentativa para satisfazer esta falta mediante exteriotipações mentais e algumas vezes físicas com lesão da correção moral está 81 82 fadada a fracasso. Um lar onde Cristo está presente, mas onde não tem todo o domínio, não pode sem prejuízo segregá-Lo de molde a permitir lastro a interesses que Ele não aprova. 1.2.4.7. A dança não dá lugar ao intelecto. Não querendo ser radical, nas pesquisas feitas entre as pessoas que abandonaram a prática da dança, por amor ao Evangelho, afirmam que na sua predominância é em grande parte, devida ao fato de que ela não requer esforço mental para ser planeada. A dança é simplesmente o abandonar-se ao meio de menor resistência em entretenimento. As pessoas intelectuais dançam, está claro, mas não têm de usar sua inteligência para fazê-lo. Qualquer pessoa pode ligar o som do CD ou Pendrive Digital e se por em movimento. O resto é automático. É pouco razoável apelar tanto para o físico, e não dar à mente e ao espírito uma oportunidade. Embora não concorde pessoalmente com esta posição, acredito que algumas danças sejam um abandonar-se ao ritmo frenético ou erótico da música ou do ritmo. Agora, precisamos admitir que para algumas danças há uma série de passos complexos (como: tango, balé, break), que sem o uso do esforço e do intelecto se torna impossível realizá-la. 82 83 1.2.4.8. A Dança é Arruinadora da Modéstia. Jeremias chegou ao máximo de sua condenação à degradação do povo quando declarou que eles não sabiam mais o que era envergonhar-se. Seria difícil imaginar-se coisa mais condenadora. Nós procuramos evitar a vergonha de embaraços por falta de traquejo social, e devemos fazelo; mas sempre a mais virtuosa e nobre evidência de pureza é o rubor de ressentimento que vem à face de alguém que encontra a sugestão do mal e impureza. A jovem que assim procede pode ir a qualquer lugar com segurança, e ela é dominadora da situação. E o jovem que possui esta qualidade possui o que há de mais nobre e varonil. 1.2.4.9. Os dançadores ficam egoístas. Nem todos e nem sempre, mas frequentemente. Eu conheço dois jovens, um casal de irmãos, de um fino lar cristão e educado. O jovem é comerciante próspero, decidiu não frequentar colégio e gasta bom tempo e bom dinheiro numa vida fácil. Recentemente ele comprou um automóvel do último modelo. Começou a frequentar bailes. As moças com quem ele dançava estavam acima de qualquer censura, 83 84 e além do mais ele era o tipo do cavalheiro tanto antes como depois do baile. Parecia ser isto um tempo agradável fora do comum. Uma tarde sua irmã falou à mãe sobre seu desejo de frequentar os bailes num clube aonde seu irmão ia frequentemente. O irmão ouviu o assunto por alto e imediatamente fez um protesto. De qualquer forma, a irmã disse que iria se o irmão fosse, e insistiu para que ele declarasse por que objetava. Finalmente ele declarou com relutância que havia amigos ali com quem ele não desejava que a irmã tomasse contato. Parece-me que tal posição é fundamentalmente egoísta. Que direito tem um rapaz de protestar contra o fato de sua irmã ir a um lugar aonde ele vai e onde convive com moças tão boas como sua irmã? Se é ruim, Por que continuar? E se é bom e saudável, por que esconder? Isto ilustra apenas um aspecto do assunto. A verdade inteira é muito maior. Se é cristão e altruísta de nossa parte, mercê de nosso amor pelo bem estar do povo, declarar que nada faremos que ponha uma pedra de tropeço no caminho de outros, então deve ser exatamente o oposto quando sujeitamos outros a um grande risco ainda que pelo prazer de apenas uma noite. 84 85 1.2.4.10. A dança é o instrumento universal dos ímpios para ajudá-los na execução de toda espécie de ímpios desígnios. O íntimo contato da dança não leva necessariamente uma pessoa a fazer o mau uso dessa intimidade, mas o fato de ser este um dos melhores meios para levar outros ao extravio é significativo. Ele apresenta um fato que os jovens que procuram o ideal cristão devem considerar seriamente. O fato de que quase universalmente os cristãos educados mantêm um sentimento de dúvida em relação à dança, parece indicar que sua sensibilidade cristã não lhes permite sancioná-la facilmente. Muitos costumavam pensar que a única restrição à dança era o regulamento da igreja, mas desde que a restrição foi removida, estamos vendo mais claramente que nunca, que a verdadeira restrição é a lei da vida. Estas dez razões são suficientes para dar-nos elementos para pensar neste assunto. Em conclusão, permita-me deixar claro nosso propósito. Eu não disse que uma pessoa não pode ser respeitável e dançar: também não disse que os dançadores não possuem norma de correção moral. Sei que pessoas educadas, cultas, finas, dançam. Mas este não é bem o ponto. As pessoas podem ser respeitáveis, moralmente corretas, educadas, refinadas e membros cultos da igreja, e nem por isso serem cristãos no sentido do Novo Testamento. Um cristão é algo além de tudo isto, e é esse 85 86 algo além que a dança ameaça mais terrivelmente. O Crente vive para agradar a Deus, e Não vejo na Dança algo espiritual, mas, tão somente Carnal. Algo que, na realidade, agrada muito mais a carne do que ao espírito. Não querendo ser radical. Mas, não vejo alguém dançando o “Segura o Tchãn” para honra e glória do nosso Deus ou “Vai descendo na boquinha da garrafa” como louvor a nosso Deus. Imagine o crente ir para uma social na sua igreja e lá cantar a musica funk das “Preparadas” e só das “cachorras”. Claro que não me refiro a dança do BALÉ, VALSA e outras clássicas. Mas, existe dança mais sensual do que o TANGO? a LAMBADA? ou ainda o DO CRÉU, CRÉU, CRÉÉÉÉÉU? Imagina a irmãzinha que depois do culto, chega em casa, liga o Som nas alturas e dança a música: E VAI DESCENDO ATÉ O CHÃO, CHÃO, CHÃO, CHÃÃÃÃÃÃO e dança essas músicas. Você diria: aí está uma serva de Deus! DUVIDO. Tudo depende do que se deseje ser ou fazer no mundo. Somos cartas abertas ao mundo(2Co 3.2-3). O Mundo lê Deus através de nós. Somos chamados para Glorificar a Deus e Gozá-lo para sempre. Assim é que a mais fina experiência e obras de uma vida cristã esperam pelo espírito que é qual lâmina aguda, que o mantém imaculado do mundo. Não há possibilidade de possuir-se o mais alto tipo de gozo e eficácia cristãos sem sacrifício do desejo do corpo. Sim, não pense que por ser crente não vai 86 87 ter desejos de dançar igual as pessoas do mundo tem não. Temos que esmurrar nosso corpo para submetê-lo ao Espírito... (1 Co 9.27). Isto é uma necessidade cristã clara e pertence ao senso comum; é o cumprimento de um dever. Sacrifício é deixar o bom para alcançar o melhor. Sacrifício é fazer uma escolha de alvos, e então aceitar a ordem da vida que a escolha do alvo impõe. Em minha opinião, “o mais alto padrão de experiência e o viver segundo o Novo Testamento” requerem o abandono da dança. O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem se entregar a nenhum entretenimento sobre que não possa pedir a bênção divina. Não será encontrado no teatro, no jogo de bola, na sala de bilhar. Não se unirá aos alegres valsistas, nem contemporizará com nenhum outro enfeitiçante prazer que lhe venha banir a Cristo do espírito. Aos que intercedem por essas distrações, respondemos: Não podemos com elas condescender em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar. Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse. Quando chegarmos à derradeira hora, e nos acharmos face a face com o registro de nossa vida, acaso lamentaremos haver assistido a tão poucas festas? Ter tão poucas vezes participado de cenas de inconsiderada alegria? Não haveremos antes de chorar amargamente o ter gasto 87 88 tantas horas preciosas na satisfação egoísta – negligenciado tantas oportunidades que, devidamente aproveitadas, nos haveriam garantido riquezas imortais? Tem-se tornado costume que os que professam religião, desculpem quase toda perniciosa condescendência a que o coração se acha ligado. Pela familiaridade com o pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que pretendem ser filhos de Deus buscam passar um verniz sobre os pecados que Sua Palavra condena, procurando ajuntar algum desígnio de caridade da igreja a suas ímpias festas de beberronas. Tomam assim emprestadas as vestes do Céu para com elas servir ao diabo. Algumas são iludidas, transviadas e perdidas para a virtude por esse desperdícios ao sabor da moda. Em muitas famílias religiosas a dança e o jogo de cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que são entretenimentos sossegados, domésticos, que podem ser com segurança usados sob as vistas paternas. Mas cultiva-se assim o gosto por esses excitantes prazeres, e o que era considerado inofensivo em casa não serão por muito tempo olhado como perigoso lá fora. Resta ainda ver se há algum bem a colher desses divertimentos. Não dão vigor ao corpo nem repouso à mente. Não implantam na alma um sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo o gosto pelos pensamentos sérios e os serviços religiosos. É verdade que existe vasta diferença entre a melhor classe de seletas festinhas e os promíscuos e degradantes 88 89 ajuntamentos do baixo salão de baile. Todavia, são todos passos na vereda da dissipação. O divertimento da dança, ou Baladas, segundo é orientado em nossos dias, é uma escola de depravação uma terrível maldição para a sociedade. Pudessem ser reunidos todos quantos, em nossas grandes cidades, são anualmente arruinados por este meio, e que histórias se ouviriam de vidas destroçadas! Quantos, dos que estão agora prontos a defender este costume, se encheriam de angústia e pasmo ante seus frutos! Como podem pais professadamente cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho das tentações, assistindo com eles a tais cenas de festividade! Como podem moços e moças trocar sua alma por esse absorvente prazer? Quando um pecador vem a Cristo, arrependido de seu estado pecaminoso, isto só acontece por obra do Espírito Santo em seu coração, pois é o Espírito Quem nos convence do pecado (João 16:8). Então, pela fé, o pecador crê que Cristo tomou o seu lugar na cruz carregando o seu pecado (do pecador). Quando o pecador assim crê, Deus lhe dá a salvação que é completa; Deus lhe dá o perdão que também é completo e essa pessoa nunca mais perderá a salvação, pois é um dom de Deus (Ef. 2:8) e nunca lhe será tirada por Deus "porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Rm. 11:29). Deus não "tira" a salvação do crente, e ninguém mais pode fazê-lo "porque estou bem certo de que, nem a 89 90 morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor!" (Rm. 8:38,39). Agora vem o outro lado da questão, ou seja, depois que alguém já tem assegurada a sua salvação. Será este o seu caso? Será que você já se decidiu confessar a Cristo como Seu Salvador? Se já fez isto, então irá querer viver uma vida para agradá-Lo, não é mesmo? Deixe-me contar uma história: Havia um leilão de escravos (no tempo da escravidão), onde escravos eram vendidos a vários preços, dependendo da idade, saúde, força para o trabalho, etc. Quando foi apresentado um escravo velho, fraco e doente, ninguém se interessou, mas todos se surpreenderam quando ouviram um fazendeiro gritar um lance num valor tão alto que daria para comprar todos os escravos que estavam sendo vendidos naquele dia. Obviamente ele acabou comprando aquele escravo fraco e doente, diante do espanto de todos, inclusive do próprio escravo que foi chegando perto do seu novo dono trêmulo de medo. - Vá embora - disse o fazendeiro. - Você está livre! O escravo tremeu mais ainda e perguntou: 90 91 - Mas o senhor pagou aquele alto preço para me mandar embora, livre? - Isso mesmo. Eu paguei um preço altíssimo porque tive pena de você e queria ter certeza de que ninguém ofereceria uma soma maior. Eu comprei a sua liberdade; pode ir embora para onde quiser. A partir de hoje você é um homem livre! O escravo, caindo aos pés do seu libertador, levantou seu rosto e, com os olhos banhados em lágrimas, falou com voz forte e resoluta: - Senhor, por causa do que o senhor fez, eu irei, POR AMOR, servi-lo até o fim dos meus dias! Esta história ilustra bem a situação de um salvo. Cristo nos salvou do pecado e da morte, para a liberdade (1º Coríntios 7.23). Não fez isto porque éramos justos, mas pecadores (Romanos 5.8). Não nos salvou para sermos novamente escravos de ordenanças (Colossenses 2.20-23). O cristão, salvo por Cristo, pode fazer tudo o que desejar (1 Coríntios 6.12) mas não se deixará dominar pelas coisas que desejar. O seu desejo principal será usar o seu corpo para glorificar a Deus (1 Coríntios 6.20) e não sei como alguém poderá glorificar a Deus em um baile de funk, Forró, Gafieira, pagodes entre outros...Sob o som de músicas mundanas de duplo sentido ou que faz apologia ao sexo. Assim como o escravo da história, que estava totalmente livre para fazer o que bem entendesse, uma 91 92 pessoa verdadeiramente convertida a Cristo também está livre, porém vai desejar fazer somente aquilo que agrade ao Seu Senhor que sofreu tanto por sua salvação. O verdadeiro cristão não procura andar em santidade de vida porque isto vai garantir sua salvação. Ele procura fazer a vontade do Senhor para agradá-lo em tudo, expressando a sua gratidão por tão grande salvação. Fomos chamados à liberdade, mas não para dar ocasião à carne (Gálatas 5.13). 1.2.5 - Brincar Carnaval A origem do Carnaval ainda é desconhecida. As primeiras referências a ele estão relacionadas a festas agrárias. Alguns atribuem seu surgimento aos cultos de agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela colheita, realizados na Grécia durante o século 7 a.C. A festividade incluía orgias sexuais e bebidas, e os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. As folias do Carnaval também estão ligadas às festas pagãs romanas, marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música. Eram conhecidas como bacanais (em homenagem a Baco, o deus do vinho e da orgia), lupercais (em homenagem ao deus obsceno Pã, também chamado de Luperco) e saturnais (em 92 93 homenagem ao deus Saturno, que, segundo a mitologia grega, devorou seus próprios filhos). Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana começou a tentar conter os excessos do povo nessas festas pagãs e a condenar a libertinagem. Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela própria oficializou o Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I marcou definitivamente a data do Carnaval no calendário eclesiástico. Esse momento de grandes festejos populares antecedia a Quaresma, período determinado pela Igreja Católica para que todos os anos os fiéis se dedicassem, durante 40 dias, a assuntos espirituais, antes da Semana Santa. No período que ia da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa, o povo deveria entregar-se à austeridade e ao jejum, para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto consagrando-se. Como o povo enfrentaria um longo período de privações e abstinência, alguns “carnais” permitiram que o povo cometesse então algumas extravagâncias antes. Às vésperas da Quaresma, os cristãos fartavam-se de assados e frituras entre o domingo e a “terça-feira gorda”. O que deveria ser apenas uma festa religiosa acabou assimilando os antigos costumes de libertinagem e bebedeiras. Esses dias de “vale-tudo” que antecedem a Quaresma, em que as pessoas ficam 40 dias sem comer 93 94 carne, passaram a ser chamados de adeus à carne, que em italiano é carne vale, ou carnevale, resultando na palavra carnaval. A Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, simbolizava o momento em que as pessoas se revestiam de cinzas, evocando que do pó vieram e para o pó retornariam, e ingressavam no período em que a Igreja celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Visto que até hoje essa festa da carne traz consequências físicas, morais e espirituais degradantes, estampadas nos noticiários da Quarta-feira de Cinzas, aconselho aos que não participam do Carnaval que continuem de fora; e, aos que participam ou pretendem participar, meu conselho é 1 João 2.16: Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. Sendo assim, não convém ao crente cristão, mesmo a título de curiosidades, participar dessa festividade. 1.2.6.- Comemorar as Festas Juninas Como todos nós sabemos no mês junho é comemorada a festa junina, e algumas pessoas, novas convertidas, imaginando que por se tratar de uma festa em 94 95 que se destacam pelo menos dois nomes bíblicos (Pedro e João Batista) os crentes evangélicos poderiam considerar. Surgem em, as perguntas: É pecado o crente dançar quadrilha em homenagem aos santos? É pecado o crente comer as comidas típicas? Iremos mostrar alguns de vários motivos que não devemos participar de tal festa. Festas juninas, festa de São João ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionados com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 25 de Dezembro, conhecidos como a “festa de São João”. A Igreja Católica muda a data para 23 de Junho para coincidir com a festa da colheita no hemisfério Sul. Fogueira: Representa proteção contra os maus espíritos, acredita-se purificar o local e sinal de agradecimentos aos santos. Fogos de artifícios: Leva para longe os maus espíritos. Na tradição Romana é o anúncio de que S. João nascera. Quadrilha: Dança típica francesa, tem o significado de agradecimento aos santos juninos que são: Santo Antônio, São João e São Pedro, pela colheita. Mastro: O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. 95 96 Bandeirinhas: No início das comemorações da Festa Junina os desenhos de santos ou frases religiosas eram lugar certo nas bandeirinhas, hoje vemos apenas cores nada mais. Lavagem do santo: Normalmente é feito antes da meia noite, a imagem é molhada num lago ou riacho com uma bacia d’agua, logo após banha-se as mãos, pés ou outra parte do corpo para buscar proteção divina. No Candomblé fazem assim também. Comidas Típicas: Pamonha, Canjica, Pipoca, Mungunzá, Angu, Pé de Moleque, cural e outras comidas são oferecidas aos ídolos juninos, segundo eles é o agradecimento por uma safra de produtividade no campo, onde as primícias são apresentadas a esses santos Simpatias: O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos: Confessei-me a Santo Antônio, Confessei que estava amando. Ele deu-me por penitência Que fosse continuando. Você ainda acha normal participar de quadrilha? Acha que não tem nada a ver? Acha que é só cultura? Tenha 96 97 certeza que a festa junina é uma das maiores festas de idolatria no Brasil e no mundo, cuidado, pois você pode esta participando de uma adoração ao santos juninos. Lembre-se de que cada símbolo usado na festa tem um significado idólatra. (I CORÍNTIOS 10:14-22). 1.2.7 - Usar Tatuagens e piercing A lei do Velho Testamento ordenou aos israelitas: “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:28). Tattoo, do taitiano tatau, significa marcar. O nome foi dado por James Cook, o capitão inglês que descobriu o surfe e, em 1769, ficou admirado ao chegar ao Taiti e ver a população local coberta de desenhos em vez de roupas. A população da região era conhecida como maohis, ou maoris na Nova Zelândia, povo que tatuava-se em rituais ligados à religião. As imagens significavam status e poder, marcavam a passagem da infância para a maioridade, ou contavam as histórias da família e da tribo. Mas, os primeiros registros de pigmentação com tintas sobre a pele remetem há pelo menos 5 mil anos. No Egito, também foram encontradas múmias tatuadas, que datam do período entre 4000 e 2000 a.C. 97 98 Na América, tatuar-se também era prática das civilizações maia e asteca. No Japão feudal, criminosos eram marcados para que fossem identificados como maus elementos. Tempos depois, em meio a um forte clima de opressão dos governantes, organizações ostentavam tatuagens como símbolo de transgressão ao poder vigente. Assim, surgiu o famoso dragão da Yakusa, a máfia japonesa, imagem comum de muitas tatuagens no mundo. Vista como forma de expressão, símbolo de rebeldia e juventude, a tatuagem possui diferentes estilos, que vão do tradicional ao maori, estilizado, psicodélico, religioso, tribal, entre outros. Seus temas variam tanto quanto as personalidades das pessoas que as fazem. As imagens escolhidas podem ser definidas pelo contexto histórico, influências musicais, modismos, ideologias e crenças. Crenças que chegaram à igreja e dividem opiniões. Aceita por algumas denominações e pastores, condenada por igrejas e lideranças, a “tatoo” divide opiniões até mesmo em interpretações de trechos bíblicos, como o de Levítico 19:28 – “Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor”. Portanto, apesar de não estarem os crentes sob a lei do Velho Testamento nos dias de hoje (Romanos 10:4; Gálatas 3:23-25; Efésios 2:15), o fato de ter havido um uma ordem contra tatuagens deveria nos fazer pensar sobre a 98 99 questão. O Novo Testamento não faz menção sobre os crentes fazerem ou não tatuagem. Em relação às tatuagens e piercings, um bom teste é determinar se podemos ou não, com honestidade e sã consciência, pedir a Deus que abençoe e use esta atividade particular para Seus bons propósitos. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (I Coríntios 10:31). A Bíblia não se coloca condenando tatuagens ou piercings, mas também não nos dá razão alguma para crermos que Deus nos deixaria fazê-los. Outra questão a considerar é o recato. A Bíblia nos instrui ao recato no vestir (I Timóteo 2:9). Um aspecto do vestir recatadamente é nos certificarmos de que cada parte que precisa ser coberta com roupas está adequadamente vestida. Entretanto, o significado essencial do recato é não chamar atenção para si mesmo. As pessoas que se vestem com recato o fazem de maneira tal que jamais chamam atenção para si mesmas. Tatuagens e piercings, com certeza, são chamativos. Neste sentido, as tatuagens e piercings não são recatados. Um princípio importante das escrituras a respeito de casos sobre os quais a Bíblia não lida especificamente é que, se há dúvidas se isto agrada ou não a Deus, então é melhor não fazê-lo. “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14:23). Precisamos ter em 99 100 mente que nossos corpos, assim como nossas almas, foram redimidos e pertencem a Deus. Apesar de não se aplicar diretamente a tatuagens e piercings, I Coríntios 6:19-20 nos dá um princípio: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” Esta grande verdade deve sempre pesar no que fazemos e até onde podemos ir em relação a nossos corpos. Se nossos corpos pertencem a Deus, deveremos sempre nos certificar de que temos Sua clara “permissão” antes de neles deixarmos “marcas” como tatuagens e piercing. 1.2.8 – O Crente pode Cantar/Ouvir Músicas do Mundo? Quando o Senhor criou a Terra (e o Universo) como conhecemos, sobre essa criação veio as leis espirituais. Essas leis são princípios que o Senhor adotou para que tudo funcionasse bem. O ser humano não percebe, mas muitos pensadores, filósofos e cientistas utilizam dessas leis espirituais para entenderem e explicarem as situações físicas, tudo porque o mundo foi criado em cima disso. 100 101 Um exemplo são as Leis de Newton. As três leis que Newton nomenclaturou não são nada além de leis espirituais aplicadas ao conceito humano. A primeira, chamada de “Inércia” e a segunda, “dinâmica” explicam muito bem a física do movimento (ou não) de objetos, mas é a terceira lei de Newton que se aplica ao caso de sua filha: Ação e Reação. Vivemos em um mundo contaminado com o pecado. Isso por si só já nos faz pensar muito antes de realizar qualquer coisa. Estamos andando em um terreno minado e precisamos ficar atentos aonde pisamos. Mas ainda assim interagimos “demais” com o mundo. Assistimos filmes que dissipam idéias mundanas, vamos a restaurantes temáticos (tailandeses, japoneses, coreanos…) que propõe comidas culturais e até religiosas, participamos de exercícios ou massagens inventadas por pessoas distantes de Deus e ouvimos músicas escritas por corações que não tem Jesus como centro de suas vidas. Muitas dessas coisas são inofensivas, em primeira analise. O que um filme como “Viagem ao Centro da Terra”, inspirado na obra de Júlio Verne pode trazer de errado? Realmente, se olhar bem pode ser que não haja mesmo nada além de entretenimento ali. Mas uma coisa é você reagir a ele, outra – totalmente diferente – é você AGIR com ele. A lei espiritual de ação e reação (copiada por Newton e aplicada na física moderna) nos ensina o seguinte: 101 102 as obras espirituais precisam de um ponto de saída, seja este ponto Deus ou o diabo. A questão disso é que “de um ponto de saída” iniciou-se uma “ação espiritual”, também chamada de “forma espiritual”. Essa forma é liberada no mundo espiritual do primeiro céu, ou seja, onde moramos (primeiro céu: nossa esfera; segundo céu: onde os demônios habitam, também chamado de inferno por derivar-se da palavra “inferius”, inferior ou abaixo; o terceiro céu: onde o Trono de Deus está e onde Ele habita com seus anjos). Como moramos aqui, na Terra, junto conosco há uma ação espiritual liberada, que interage diariamente. Esta ação espiritual é inserida no mundo físico através da ÚNICA PORTA que une os dois mundos (espiritual e físico): a palavra falada. A palavra é a “forma” mais poderosa que existe e a única que abre as portas espirituais. Por esta razão a mídia se iniciou falada, as tradições eram orais. Escrita e imagem (fotos e vídeos) vieram muito depois. Quando assistimos a um filme, as imagens não importam nada no mundo espiritual, mas o que dizem no filme, a origem da palavra, a intenção pela qual foi dita é o problema. Ação e reação. Se ouço uma música do Elvis Presley, por exemplo, só estou reagindo à uma ação. Se minha vida está no altar de Deus, ela está selada e protegida, então NADA VAI ME ACONTECER. Porém se 102 103 eu TOCAR UMA MÚSICA DO ELVIS PRESLEY passei de “reação” para “ação” e então toda a motivação espiritual por trás dessa música virão sobre a minha vida. Se houve qualquer invocação demoníaca para criá-la, virão todas sobre mim. Um exemplo é a música “Stairway to heaven” do Led Zepelin. É uma música linda, romântica e com uma melodia envolvente, mas Robert Plant (um dos autores) disse que fizeram 13 invocações demoníacas durante a música!!! Ou seja, enquanto a música soa, há momentos em que – um a um – os demônios vão sendo invocados. Não ouviria e, muito menos tocaria essa canção. O filósofo Sócrates disse certa vez que, quando repetimos suas teses ressuscitamo-no em nós mesmos, através da sua psique. Isso nada mais é do que uma lei espiritual sendo aplicada à filosofia! Se eu canto uma música onde houve ou há um pacto, trago sobre mim o mesmo pacto. Porém se canto uma canção onde a motivação foi adorar, honrar e louvar ao Senhor, trago sobre mim o Espírito Santo de Deus. Quem nunca foi abordado por alguém que não crente nos alertando para que não cantássemos musica do mundo? Lembro que na minha juventude, os nossos líderes nos preveniam, nos encontros com os jovens da Mocidade da Igreja, quando tentávamos impressionar algumas garotas com nossos dotes musicais, cantando “gatinha manhosa”, os líderes sempre nos pediam para dar uma pausa de pelo 103 104 menos cinco minutos entre os louvores que estávamos cantando e o cantar das “músicas do Mundo”. Lembro que meu Pai, Presbítero austero, quando nos ouvia cantarolando alguma musica popular, vinha logo perguntando: Qual o número desse hino? Nós ficávamos corados de vergonha de está dando “mal testemunho”. E a pergunta sempre vinha a mente. Por que não? Com o passar do tempo e com a maturidade cristã, entendi a doutrina da graça comum. E me sinto a vontade para responder estas questões. Talvez essa seja uma das grandes dúvidas no meio evangélico. Existem diversos pontos de vista, muitas explicações. Ás vezes parece que quando mais lemos sobre, mais confusos ficamos. Por outro lado, um levantamento bíblico nos traz explicações precisas e objetivas. Muitos jovens, novos convertidos ou não, procuram seus líderes para realizar esta pergunta. Afinal, o cristão pode ou não ouvir músicas seculares, músicas do mundo? Há ainda os que já são convertidos há anos, mas que sentem certa nostalgia e gostam de ouvir músicas da ‘sua época’. Para responder esta questão vamos realizar uma separação clara. O que é lícito e o que é pecado. Vamos começar ressaltando que existem músicas como “Poderosas” e “Segura o tchan”, e também músicas 104 105 clássicas de Beethoven, ou, por exemplo, canções infantis do grupo ‘Palavra Cantada’. Como podemos ver, são músicas do mundo bem diferentes. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Para começar o assunto, voltemos a atenção para a passagem de 1 Coríntios 6:12. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. Esta é a referência para o assunto. Todo líder cristão de respeito conhece esta passagem, pois nos ajuda a esclarecer diversos assuntos para o cristianismo. Esta passagem nos ensina uma coisa muito clara: Nem tudo o que é permitido fazer é conveniente para o cristão. Por exemplo, ouvir música cristã alta, a ponto de incomodar os vizinhos. Mesmo a música sendo evangélica, esta atitude não nos traz proveito, pois não reflete o amor de Cristo. Outro exemplo básico: Fumar. A bíblia não traz nenhuma passagem bíblica que condene o ato de fumar, mas sabemos que isso não é proveitoso para o nosso próprio corpo e para as pessoas que estão ao nosso redor. Quando uma coisa não me convém, não significa que é pecado e que devemos pedir perdão a Deus por isso, mas significa que não edifica e que, portanto, não compensa realizar tal coisa. 105 106 Talvez ouvir músicas do mundo seja motivo para alguém ser apontado como “estar em pecado”, mas precisamos reconhecer que poucas músicas seculares edificam a vida de uma pessoa. O que edifica? Basicamente o que ouvimos das músicas seculares? Amores mal resolvidos, pensamento positivo, amarguras de amores passados, revanche, desgosto. Sem falar das músicas eróticas e que incentivam o crime ou comportamentos não edificantes, como beber para se consolar ou fumar para curtir. No final das contas temos que ouvir 100 músicas do mundo para acharmos uma que não seja tão ruim. Ainda assim não posso afirmar que vai nos edificar em algo. Por outro lado, a música cristã nos traz pensamentos e revelações de pessoas que tiveram alguma experiência com Deus e que nos ensinam, através da música, a superar nossas dificuldades. Em geral, muitas mulheres gostam de músicas românticas e questionam se o cristão pode ouvir músicas românticas seculares. Não conheço ninguém que tenha tido um mover do espírito ouvindo músicas não cristãs. Mais uma vez, não digo que é pecado um evangélico ouvir certas músicas seculares, mas é bem claro que não edifica em nada. 106 107 As músicas evangélicas românticas, por outro lado, nos ensina como podemos construir uma família, um relacionamento sério fincado em fundamentos cristãos, de acordo com a nossa fé. As músicas românticas seculares não possuem este princípio e nos traz apenas nostalgia. Música secular como inspiração Outra dúvida frequente sobre ouvir músicas seculares é se é ‘permitido’ ouvir estas músicas para se inspirar, ou aprender novas técnicas. Normalmente, são dúvidas de músicos profissionais que se convertem, ou de pessoas da equipe de louvor. Podemos entender que é aceitável ouvir músicas seculares para aprender coisas novas, mas isso deve sempre ser discutido e avaliado com a liderança da igreja. Pois precisamos deixar claro quais músicas iremos ouvir, o que estamos buscando, qual o objetivo claro disso? Como mencionado no início do texto, por exemplo, ouvir músicas do grupo Palavra Cantada para desenvolver canções infantis é bem diferente de ouvir músicas do Calipso ou Anitta. Perdendo o gosto pela música secular Outro ponto importante nesta questão é que quando passamos a ter experiências com o Senhor, nosso gosto por coisas não cristãs diminuem muito. Alguém que tenha envolvimento na igreja, que realize estudo bíblico e 107 108 participe frequentemente de reuniões cristãs vai, com certeza, ter menos vontade de ouvir músicas seculares do que aqueles que pouco vão à igreja, por exemplo. A essência para compreender o assunto e pensarmos no que é melhor para nós é nos dedicarmos a uma vida de santificação e consagração. Quando isso acontece, o que não edifica é automaticamente rejeitado pelo nosso espírito e alma. Mas, se ainda assim, alguém perguntar se o crente pode cantar ou ouvir músicas do mundo, a minha resposta será: Claro que não! Simples e objetivamente: um cristão não deve ouvir música do mundo. “Não Pastor, agora o Senhor foi radical, pegou pesado!”, você poderia dizer. Mas, calma. Antes de discordar do que escrevi e me crucificar, é importante que entenda exatamente o que estou querendo dizer. É que há um ponto nevrálgico nessa discussão: temos de compreender precisamente o que é “música do mundo” – que não necessariamente é o que se costuma chamar por aí de “música do mundo”. Pois música “secular” é uma coisa, música “do mundo” pode ser outra completamente diferente. E aí nós temos uma questão interessante a debater. Que, para solucionar, temos que pensar sempre dentro da Bíblia. (Só um alerta, em amor: essa questão não se define em 3 ou 4 parágrafos. Por isso, esta será uma resposta longa e, se você estiver sem tempo de ler ou não tiver paciência de ler textos compridos, sugiro que nem vá adiante. Mas, se quiser prosseguir, vamos juntos, passo a passo.) 108 109 1. O que a Bíblia chama de “mundo”? Primeiro temos que compreender o que a Bíblia chama de “mundo”. No contexto das Escrituras, “mundo” (do grego kosmos) é todo um sistema de valores e práticas que se opõem ao Evangelho, ou seja, àquilo que Jesus ensinou. Ao Reino de Deus, Às boas-novas de salvação. Logo, tudo o que contraria os genuínos ensinamentos cristãos, a ética cristã, a moral cristã, os conceitos bíblicos é… do mundo. E, nesse sentido, não é “mundo” com significado de “universo” ou “planeta terra”, mas no sentido de tudo aquilo que, em resumo, levaria Jesus a fazer careta. 2. Os cristãos não devem se misturar com o que é do mundo Tendo entendido o que é “mundo” segundo a Bíblia, vamos ao segundo passo: provar biblicamente que Jesus e o que é do mundo não se misturam. E, logo, que o cristão e o que é do mundo não se misturam. Para isso, vamos à Palavra de Deus: 1 João 2:15 – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”. João 1:10 – “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu”. 109 110 1 Jo 4.4,5 – “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve”. João 3:17 – “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. João 15:19 – “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”. Há muitas outras passagens, como a famosa Jo 3.16, mas, para não tornar este texto demasiadamente enfadonho, acredito que essas já são suficientes para demonstrar essa realidade: se você é cristão, se você é sal da terra e luz do… mundo… não deve se misturar ao que vai contra Cristo e aos ensinamentos de Cristo. E tudo o que vai contra Cristo… É mundo. Até aqui tudo bem? Ficou claro que, segundo a Bíblia, o cristão não deve se misturar com valores anticristãos, ou seja, mundanos? Ok então, vamos adiante. 3. O que é música “do mundo”? 110 111 Seguimos para o terceiro e fundamental passo: definir o que exatamente é “música do mundo” – aquela que, pelo que já vimos pelos dois passos anteriores, tem de ser evitada pelo cristão. “Música do mundo” seria, então, aquela que contraria o Evangelho, que se opõe aos ensinos de Jesus, que leva aos ouvidos (e, em seguida, ao cérebro e, como consequência, ao coração e à alma) mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus. Então, o conceito de “música do mundo” está ligado diretamente a aquilo que determinada canção diz: seus valores, sua filosofia, seus ensinamentos. Portanto, biblicamente, uma música ser ou não do mundo não tem nada a ver com estilo musical, instrumentos utilizados, melodia, harmonia ou ritmo. Tem a ver com MENSAGEM. Com o que ela diz. Com o que ela defende. Com o que ela ensina. Tendo compreendido isso, vamos falar a respeito de alguns mitos e algumas verdades sobre música “do mundo” e música “cristã”: 1) A Bíblia não determina cantarmos ou ouvirmos apenas músicas religiosas Embora todos amemos e devamos louvar, elogiar o Senhor em canções e reconhecer quem Ele é e faz, a Bíblia não afirma diretamente em nenhuma passagem que o 111 112 cristão só pode ouvir músicas que falem de Deus ou que sejam louvores. Pelo contrário, uma leitura atenta dos livros de Salmos, Cântico dos Cânticos e até mesmo Jó, por exemplo, demonstram que a exaltação da criação de Deus, do amor, de sentimentos belos são algo lícito ao povo de Deus. O Salmo 150 infere que louvar deve ser uma explosão de amor pelo Criador. Mas não há proibição bíblica de cantar o amor de um homem pela mulher que ama, por exemplo. Assim, não é antibíblico (logo, não é pecado) eu escrever uma poesia de amor para minha amada ou mesmo uma que exalte as belezas de cidades como a do Rio de Janeiro, e em seguida musicar esses versos. Poderia, por exemplo, cantar… .Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar Em cada despedida eu vou te amar Desesperadamente, eu sei que vou te amar ou Cidade maravilhosa, Cheia de encantos mil! Cidade maravilhosa, 112 113 Coração do meu Brasil! Jardim florido de amor e saudade, Terra que a todos seduz, Que Deus te cubra de felicidade, Ninho de sonho e de luz. …e não estaria cometendo absolutamente nenhum pecado. Simplesmente porque nada do que a letra dessas músicas diz contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de Jesus, leva ao coração mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus. Então a conclusão lógica e bíblica é que músicas de amor, canções que exaltam belezas naturais ou até mesmo que, sei lá, contem uma história sobre dois camponeses em visita a uma fazenda – e muitos outros tipos de músicas seculares que não necessariamente são cantadas em igrejas, gravadas por cantores supostamente cristãos ou que sejam tocadas em rádios ditas “evangélicas” – são “música do mundo”. Simplesmente porque não se encaixam na definição bíblica de “mundo”. Não contrariam a Bíblia. Não se opõem a Cristo. Não ensinam nada diferente do que está nas Sagradas Escrituras. São músicas seculares? Sim. São músicas que não necessariamente falam de Deus ou de seus feitos? São. Mas são músicas que contrariam Cristo ou o Evangelho? Não. 113 114 Então, evidentemente não são louvores ou músicas sacras, mas também não são músicas “do mundo”, ou seja, músicas pecaminosas. 2) Muitas músicas seculares são sim “do mundo” e devemos evitá-las Aí você pode estar pensando “Ah! Então liberou geral! Posso ouvir o que quiser!”. Não é bem assim amados. Biblicamente você pode ouvir uma música que não necessariamente fale de Deus, mas você SEMPRE tem que prestar atenção na LETRA das músicas, na MENSAGEM que elas transmitem. Se essas músicas apregoam valores antibíblicos, porque aí sim elas são músicas do mundo. E aqui vou dar exemplos práticos. Em pleno Rock in Rio, li no Facebook uma cristã dizendo que estava triste porque não poderia assistir ao show dos Titãs (Grupo Rock brasileiro famoso). Por isso, decidi tomar esse grupo como exemplo. Bem, os Titãs têm músicas cujas mensagens são claramente antibíblicas. E, por definição, são “música do mundo”. Por exemplo, comecemos com a música mais óbvia, chamada Igreja. Leia com atenção a letra, com especial atenção ao que está em negrito: Eu não gosto de padre Eu não gosto de madre Eu não gosto de frei. 114 115 Eu não gosto de bispo Eu não gosto de Cristo Eu não digo amém. Eu não monto presépio Eu não gosto do vigário Nem da missa das seis. Não! Não! Eu não gosto do terço Eu não gosto do berço De Jesus de Belém. Eu não gosto do papa Eu não creio na graça Do milagre de Deus. Eu não gosto da igreja Eu não entro na igreja 115 116 Não tenho religião. Não! Não! Não gosto! Eu não gosto! Não! Não gosto! Eu não gosto! Agora… você, que é cristão, me responda sinceramente: você cantaria essa música achando que “não tem nada a ver”? Se alegrando, sorrindo e pulando? Isso é algo que uma pessoa lavada e redimida pelo sangue daquele que foi à Cruz pelos pecadores sai cantando feliz da vida? Haveria anjos ao redor se alegrando? Você responda. Vamos a outra: Homem Primata. Selecionei um trecho: Eu aprendi A vida é um jogo Cada um por si E Deus contra todos Você vai morrer E não vai pro céu É bom aprender 116 117 A vida é cruel… E aí, crente? Cantamos e nos alegramos cantando isso? “Deus contra todos”? Por favor, apenas pare um minuto para pensar no que você está cantando: “Deus contra todos“! Como assim?! Para completar o pacote, só mais uma, da qual extraio um trecho: Epitáfio O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar… O acaso? Mas se a Bíblia diz que há um Deus que controla todas as coisas, como seria possível que “o acaso” protegesse alguém? Biblicamente, “acaso” é um conceito que não existe. Logo, Epitáfio traz uma mensagem antibíblica. E, logo, lamento informar, é música do mundo. Usei os exemplos do Titãs porque é um grupo bem conhecido e você possivelmente já cantou essas canções (e outras que são tão chulas que nem me atrevo a escrever a letra aqui), como eu mesmo, na minha mocidade, mesmo sendo crente, já cantei dezenas de vezes antes de Jesus me converter, não fui a shows, mas, comprei os LPs (Isso é 117 118 novo). Só que aí como somos salvos, o Espírito Santo passa a habitar em nós e começa a nos ensinar e nos convencer do pecado, da justiça e do juízo. E você, que é salvo, sabe como essas coisas nos incomodam, não é? (Eu não tinha um livro desse), que me mostrasse os por menores da vida cristã. Aí você começa a ouvir as MENSAGENS que grupos como os Titãs passam em músicas como essas (e olha que só citei três, hein) e algo faz um clique no teu espírito sobre esse papo “careta”, “radical”, “ortodoxo” e “fundamentalista” de “não ouvir música do mundo”. Mas, para não ficarmos falando somente de uma banda, deixe-me pegar apenas um outro exemplo de um universo de grupos e cantores que poderiam pegar: o conhecido Barão Vermelho. Seleciono uma música que tem um título bem sugestivo e que não era das minhas preferidas, mas na minha ignorância bíblica da juventude eu ouvia antes de Jesus me esclarecer, nos idos anos 80 chamada Nunca existiu pecado. Reproduzo as 3 primeiras estrofes: A rapidez velha do tempo Revive inquisições fatais Um novo ciclo de revoltas E preconceitos sexuais Por mais liberdade que eu anseie 118 119 Esbarro em repressões fascistas Mas tô a margem disso tudo Desse mundo escuro e sujo Não tenho medo de amar Pra mim nunca existiu pecado Essa vida é uma só Nesse buraco negro eu não caio. Ou seja, Barão Vermelho está defendendo por meio da mensagem dessa letra que: 1. Não existe pecado; 2. O Cristianismo é sexualmente preconceituoso; 3. A ética de Cristo é uma “repressão fascista” porque contraria aquilo que o pecador deseja fazer; 4. Quem afirma que existe pecado (obviamente nós, cristãos) representa um “mundo escuro e sujo”; 5. A defesa da ideia de que existe pecado é um “buraco negro”. . Agora me diga você: Em sua opinião, a letra dessa música contraria o Evangelho, se opõe aos ensinos de Jesus, leva ao coração mensagens que batem de frente com a ética de Cristo, com as boas-novas do Reino de Deus… ou não? Se a sua resposta foi “sim”, então essa é 119 120 uma música “do mundo”. Portanto, chegamos aqui à grande conclusão: segundo os padrões bíblicos, “música do mundo” NÃO é sinônimo de “música secular”. Logo, as músicas do mundo sim, devemos evitar. As seculares, não necessariamente. 3) Não existe um estilo musical chamado “música evangélica” O que existe é música feita a partir de realidades bíblicas. E que podem ser feitas em diferentes estilos. “Vem com Josué lutar em Jericó…”, por exemplo, é rock. “Aquele que tem sede busca beber da agua que Cristo dá…” por sua vez, é axé. Cassiane em geral tem muito forró. E por aí vai. Logo, não existe nenhum estilo “maldito” ou, como diz um amigo meu, “não existe dó maior ungido e sol sustenido endemoninhado”. Se você for analisar com cuidado, verá que “música evangélica” no imaginário popular é: ● Música cantada em igreja; ● Música cantada por cantor que frequenta igreja (dito “cantor evangélico”); ● Música gravada por grupo de louvor de igreja; 120 121 ● Música que toca em rádio “evangélica”; ● Música lançada por gravadora “evangélica”; ● Música que consta em algum hinário tradicional. Só que, desses itens, alguns são muito duvidosos. Das músicas cantadas em igrejas, muitas carregam em si heresias e são músicas “do mundo” (calma, falaremos em detalhes sobre isso daqui a pouco). Eu conheço pessoalmente “cantores evangélicos” que vivem como pagãos, são pecadores, só estão atrás dos bens materiais que sua notoriedade pode lhes proporcionar. Existem “grupos de louvor” inclusive em nossas igrejas que tocam pela fama e o dinheiro ou para serem vistos e ouvidos. Querem apenas fazerem seu Show, são movidos pelo “estrelismo” e não por um desejo real de louvar o Senhor. Sei que muitas “rádios evangélicas” só existem para gerar lucro e poder para seus donos, que por sua vez vivem vidas pecaminosas e totalmente fora do Evangelho. Conheço os bastidores de certas “gravadoras evangélicas” onde o ambiente é tão mundano que nenhum funcionário confia em sair pra almoçar e deixar a bolsa em cima da mesa, pois ocorrem furtos ali dentro. E entenda: eu conheço. Não ouvi falar. Sei o que estou dizendo. Portanto, dizer que só podemos ouvir “música evangélica” (se por “música evangélica” entendermos o que mencionamos acima) é uma afirmação cheia de buracos. 121 122 . 4) Fazer versões de músicas seculares com letras cristãs não é pecado Pelo contrário, é uma prática muito, mas muito mais usual em nossos hinários do que você imagina. Uma enorme quantidade das músicas contidas em hinários como a Harpa Cristã e o Cantor Cristão, por exemplo, originalmente eram canções entoadas em prostíbulos (não vou dizer quais para que da próxima vez que você for cantálas não as considere indignas). Os músicos que tocavam nessas casas de pecado se convertiam, pegavam as melodias que conheciam (muitas das tinham letras originais que falavam sobre encher a cara de uísque e vinho, além de coisas similares), punham letras cristãs e passavam a cantálas durante os cultos, nas igrejas. Isso é histórico, basta você estudar um pouco sobre isso que vai comprovar, não estou inventando nada disso. E não só músicas de bordel. Músicas seculares de outras linhas também. O hino 185 da Harpa Cristã, por exemplo, é o Hino Nacional da Inglaterra com uma letra cristã: “Vem tu, ó Rei dos reis, buscar os teus fiéis…“. Já o conhecido hino “Os guerreiros se preparam para a batalha…” é o Hino Nacional das Ilhas Fiji, você sabia? O tradicionalíssimo hino “Vencendo vem Jesus” (Glória, glória. Aleluuuuuia!) é uma versão de uma música militar da época da guerra civil americana chamada “John 122 123 Brown”s Body”, que exaltava os esforços de um homem na guerra. Um mulher cristã ouviu a melodia, gostou e pôs um letra cristã. E, a partir daí, começamos a cantar em nossas igrejas, Deus sempre foi louvado maravilhosamente por intermédio dessa canção, a entoamos ainda hoje e o religare do homem com o Criador ocorre perfeitamente – apesar da origem pagã da música. Ou você achava que essa música desceu do céu trazida por um anjo numa bandeja de prata? Não, muitas músicas que consideramos “hinos sagrados” (e são!!!) têm origem secular e são adaptações feitas para o canto religioso. Mais recentemente há exemplos como o do cantor Marco Aurélio, que gravou “Caminhada” (“Eu vi Jesus, Jesus me viu, no mesmo instante me redimiu…“). Ela nada mais é do que a canção “My Way”, cantada por músicos como Frank Sinatra e Elvis Presley. E por aí vai. A pergunta é: essas versões deixam de ser válidas ou dignas de serem cantadas em cultos e igrejas como hinos congregacionais porque originalmente eram seculares? De jeito nenhum. Pois tornaram-se músicas com MENSAGENS cristãs. 5) Muita música dita “evangélica” é “do mundo” E aqui chegamos ao ponto mais polêmico de todos. Só porque uma música foi composta ou é cantada por alguém que se apresenta como cristão isso não quer dizer que ela transmita valores biblicamente corretos. Há muitas e muitas músicas “evangélicas” que são “do mundo”. 123 124 Exemplo: tem um conhecido grupo gospel (que inclusive saiu brigado de sua igreja) cujo vocalista (que agora já saiu da banda para seguir carreira solo) na “ministração” antes de começar uma de suas mais cantadas músicas em igrejas fala como se estivesse orando a seguinte frase (está registrada inclusive no CD): – Nós queremos um romance contigo, Senhor. O que? “Romance” com Deus? O Todo-Poderoso Criador dos Céus e da Terra agora virou o quê? Nosso namoradinho? Desculpem-me, mas isso é antibíblico e, logo, mundano. Outro exemplo: Um conhecido corinho cantado em muitos louvores, às lágrimas, por muitos de nós, diz a seguinte coisa: Diante dele se dobram os reis E se prostram para O adorar Nem os anjos que O cercam louvando Se permitem sua face olhar Só tem um detalhe: essa letra é antibíblica. Mateus 18.10 diz: “Cuidado para não desprezarem um só destes 124 125 pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste”. Então temos que decidir se os anjos contemplam a face de Deus ou não. Eu fico com a Bíblia, que diz que sim, os anjos contemplam a face de Deus, ao contrário do corinho. E se o corinho diz algo que vai contra o que está na Bíblia, desculpem, é “música do mundo”. “Ah, Pastor, o Senhor está sendo radical, o resto da música é perfeito , afinal, é um louvor tão bonito…”, alguém poderia dizer. Bem, aí entram 1 Co 5.6 e Gl 5.9, que dizem que, biblicamente, um pouco de fermento leveda toda a massa. Nesse sentido sou radical sim: basta uma única e pequena heresia na letra de um “corinho”, de um “hino” ou de um “louvor” (como você preferir chamar) para o descartarmos dos nossos cultos. Isso sem falar dos chamados “corinhos do fogo”, “do Retete” muito habituais nas igrejas pentecostais não reformadas. Tem um que diz “O fogo santo está queimando, o Espírito Santo está batizando“, referindose ao que os pentecostais chamam de “batismo no Espírito Santo” e os tradicionais de “plenitude do Espírito”, seguindo a linha defendida por teólogos como John Stott. Fato é que, biblicamente, o responsável por esse fenômeno é Jesus, o Deus Filho, e não o Espírito Santo. Outro ensino antibíblico e, portanto, “do mundo”. Fato é que toda letra de cânticos (congregacionais ou não) “evangélicos” deve ser submetida ao crivo bíblico. 125 126 O certo não é o que a pessoa sente, se ela fica emocionada, arrepiada ou se chora: o certo é o que está de acordo com a Bíblia. Como afirmou o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho em palestra durante um Encontro de Músicos, na PIB de Manaus, “Raramente se fala de Jesus, e, quando se fala, dá para notar que Jesus é muito mais um conceito para dentro do qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de classe média do que o Redentor e Salvador. A linguagem é horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar nas asas do Espírito, estar apaixonado por Jesus, subir acima dos querubins… uma série de expressões que não fazem sentido algum”. E, convenhamos, essa é a realidade de nossas igrejas hoje. Cantamos na igreja sem saber o que estamos cantando, por ignorância teológica e porque determinada música toca na rádio, é de um grupo famoso, está na moda e o povo gosta. Por exemplo, no “corinho” abaixo… Quero subir ao Monte santo de Sião E entoar o novo cântico ao meu Deus Mais que palavras minha vida eu quero entregar Purifica o meu coração para entrar em Tua presença Contemplar a Tua grandeza 126 127 …o que as pessoas não sabem por desconhecimento bíblico é que o “monte santo de Sião”, segundo Hebreus 12.22-24, é um símbolo do Evangelho, da Igreja de Deus. Consequentemente, todo cristão já está no “monte santo de Sião”. E, por isso, não há teologicamente, segundo o Novo Testamento, por que “subir” nele. Mais um equívoco bíblico. Também cantamos em nossas igrejas: Eu só quero Te amar, Eu só quero ver Tua face Quero Tocar Seu coração Eu só quero Te amar, Eu só quero ver Tua face O mesmo cantor tem outro corinho que diz: Quero te ver, quero te ver Eu quero te tocar, Eu quero te abraçar Quero te ver Detalhe: é importante repararmos que o cantor está dizendo que quer ver Deus e sua face EM VIDA e não no 127 128 porvir. Só que se nós formos ler Êxodo 33.20, é claríssimo e inequívoco o que Deus diz a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá”. Então o que estamos pedindo nesses corinhos é para ver a face de Deus e morrer? Algo está biblicamente errado e, se formos analisar, estamos fazendo pedidos mundanos a Deus. Como eu “quero te ver” se Ele diz na Bíblia que “homem nenhum verá a minha face , e viverá”? Instinto suicida? Em João 12.45 e João 14.9 Jesus afirma claramente a forma de ver o Pai: ver a Ele próprio, Jesus. “Quem me vê a mim vê o Pai”. Logo, é buscando Cristo e sua pessoa em espírito que temos acesso a Deus, não tem nada a ver com “eu só quero ver a tua face”. No discurso de Pedro no dia de Pentecostes em At 2.28, ele deixa claro que contemplar Deus face a face só ocorrerá na eternidade: “Com a tua face me encherás de júbilo”. A face de Deus é biblicamente inalcançável nesta vida. Logo, por que ficamos cantando pedindo para “ver sua face”, já que isso biblicamente não é possível – logo, é antibíblico? Pronto, não me odeie por dizer isso, mas a falta de canonicidade nessas afirmações de corinho tornam músicas como essas…músicas “do mundo”. Falar sobe música “evangélica”, “do mundo”, “sacra”, “cristã” ou “secular” é um assunto muito sensível. Pois mexe com muitas ideias pré-concebidas, com muitas práticas que multidões adotaram por décadas em sua vida de devoção, é contrariar crenças e práticas. Para um pastor, 128 129 chegar à conclusão de que um corinho que ele cantou por anos em sua igreja é música “do mundo” e, assim, removêlo do rol de canções que são executadas no culto não é uma tarefa fácil. Exige oração, humildade e temor sincero a Deus. Para uma ovelha que anatomizou durante anos músicas seculares achando que “rock é coisa do diabo” e de repente descobrir que bandas de “rock gospel” como Oficina G3 têm letras e mensagens muito mais bíblicas do que certos hinos de 200 anos de idade exige quebrantamento. Não estou falando aqui de estilo musical. Pois a Bíblia não fala de estilo. Logo, estilo é um assunto restrito aos gostos pessoais e não tem a ver com doutrinas e teologia. Se uma música deve ter bateria ou não, se ela pode ser acelerada ou não, se é rock, forró, bolero, valsa ou o que for, não importa. Simplesmente porque biblicamente não importa. O tal gênero “música evangélica” não existe. Cada “música evangélica” carrega um estilo próprio, seja esses que já mencionei, seja algum diferente, como Black music, hip hop, blues, bossa nova, sertanejo, jazz, new wave, pop, reggae, samba, ska ou qual for. Dizer que “música tal não é do mundo porque é estilo evangélico e não rock” é uma inverdade. Pois há músicas evangélicas que são rock. E – repetindo – estilo musical só depende de uma única coisa: gosto pessoal. Não tem nada a ver com Bíblia. Se estou errado, por favor que alguém me prove nas Sagradas Escrituras. 129 130 Sendo assim, nós temos de nos voltar para o que interessa: a MENSAGEM. A pergunta que devo sempre me fazer é “o que essa música está dizendo contraria algo da Bíblia?“. Se a resposta for “não”, defendo que é uma música que pode ser ouvida por um cristão. Pois vai trazer alegria, paz, prazer. Sendo ela secular ou religiosa. Ouvir Mozart, Bach, Haendel, Mendelssohn ou uma boa ária de ópera, por exemplo, pode acalmar a alma de alguém em estresse e assim criar uma condição em seu coração que lhe permitirá orar a Deus com muito mais entrega. Eu já entrei muitas vezes na presença de Deus ouvindo o violinista judeu Itzhak Perlman executar ao violino o tema do filme “A Lista de Schindler”, por exemplo. Chorei. Me derramei. E fui muito mais sincero e entregue a Deus do que se tivesse posto para ouvir um desses CDs de pop brega evangélico. A ao fazermos a pergunta “o que essa música está dizendo contraria algo da Bíblia?” temos de estar preparados para sofrer. Pois vamos perceber que muito do que cantamos em nossas igrejas é música “do mundo” pela simples razão de que afirma coisas que a Bíblia não diz. Sei que o que aqui escrevi contraria a crença de muitos. Certa vez, ao ministrar numa Escola Dominical uma aluna ficou tão ofendida pela verdade que falei de que hinos da Harpa Cristã vinham de bordéis que se levantou e se retirou da sabido por muitos que a Assembléia de Deus tem pregado que seu hinário a Harpa Cristã tem todos os hinos inspirados por Deus. Isso não é verdade. Inspirado por Deus é somente a Bíblia. Os únicos cânticos inspirados são os que 130 131 estão no livro dos Salmos. Os hinos e canções que cantamos hoje nas nossas reuniões de louvor e adoração, com os hinários, quer sejam Harpas Cristãs, Cantor Cristão ou Hinário Novo Cântico no máximo, são Iluminados por Deus, mas não inspirados. Sei que isso mexe com convicções e emoções. Mas não posso jamais fugir do que as Sagradas Escrituras dizem. Não podemos fugir da verdade. São as Escrituras que deve sempre nos nortear – e não aquilo que ficou estabelecido pela cultura popular (em especial a cultura popular evangélica) ao longo das décadas. E falo como evangélico, não sou desses pastores e teólogos revoltados que inventaram agora que ser “evangélico” é palavrão. Nada disso. Falo como filho da Reforma Protestante, herdeiro de Jesus e também de reformadores como Lutero e Calvino. Não renego minhas origens. Sou cristão, de tradição evangélica e me orgulho disso. Para terminar, volto ao início de nosso texto, para a pergunta-título. Se você me perguntar “um cristão deve ouvir música do mundo?”, eu vou voltar a afirmar: “Claro que não!”. Pois o cristão deve sempre caminhar de acordo com as Sagradas Escrituras. E se uma música, secular ou religiosa, traz em si ensinamentos antibíblicos… meu irmão, minha irmã, desligue o rádio, mude de canal, não ouça essa música nem muito menos a cante. Amados, não torneis a apresentar vossos membros ao pecado como instrumento de iniquidade. Não torneis aos velhos rudimentos do mundo, pois as coisas velhas ficaram para trás! Se alguém tem alguma dificuldade, ore ao Senhor, 131 132 que é poderoso para suprir cada necessidade de forma digna e honrosa ao seu nome! Em outras palavras, vocês já morreram para o mundo, portanto não vos conformeis com o mundo e sequer se passe pela cabeça voltar a cantar as músicas mundanas. É óbvio que todos que cantam no mundo, cantam as músicas do mundo recheadas de tudo o que não presta, pois é isso o que o mundo gosta de ouvir. Não se deixem seduzir pelo convite do diabo, da vossa boca saiam apenas louvores ao Senhor. Não façam como fizeram Elvis Presley, John Lennon, Michael Jackson, Buchecha, Thales Roberto e tantos outros que foram seduzidos pela glória do mundo. Já é um fato provado que qualquer coisa que alguém deixe ocupar sua mente vai mais cedo ou mais tarde determinar sua linguagem e comportamento. Esse é o princípio por trás de Filipenses 4:8 e Colossenses 3:2-5: estabelecer pensamentos que agradam a Deus. 2 Coríntios 10:5 diz que devemos levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo”. Essas passagens deixam bem claro a que tipo de música não devemos escutar. 1.3 - Regra Básica de Comportamento 132 133 Geralmente, observamos que, para quem não é cristão, ser cristão é ser um exemplo de postura, educação e ética social. Contudo, como cristãos, nós fazemos jus à essa imagem? Primeiramente, ser cristão, ou seja, seguir a Cristo, não simplifica-se apenas ir à igreja. De fato, estamos conscientes da nossa postura cristã? O nosso comportamento reflete a importância que damos à igreja de Deus. Por exemplo, quando temos um compromisso profissional, pensamos em cumprir o horário de chegada e de saída, e de antemão, nos antecipamos caso ocorra imprevistos. No entanto, temos esse mesmo compromisso de horário para assistirmos aos cultos? Por que priorizamos um compromisso e não outro? Simplesmente, está ligado à importância que atribuímos a esses compromissos. Não me refiro, nesse texto, em relação às pessoas que trabalham e não podem chegar no horário de início regular dos cultos. Ao contrário, me refiro às pessoas que têm possibilidades e disponibilidades de cumprirem horário, porém, não o fazem. Essa seria uma postura cristã exemplar aos demais: a disciplina para com Deus. Por mais que, tal comportamento pareça ser mínimo e não causar danos, pode 133 134 gerar impacto aos demais: alguns podem pensar que têm os mesmos direitos e se espelhar em maus comportamentos, tornando-se “de igual”. Assim como, no ambiente profissional e educacional, somos vistos e, muitas vezes, copiados pelos demais, assim também é no ambiente cristão. Se nós mesmos observamos os demais irmãos dentro da igreja, nós também somos observados pela nossa postura e atitude. Por isso, cabe a nós, zelar pelas nossas atitudes, assim, tornando-nos uma referência boa aos mais novos na fé ou aqueles que ainda estão despertando na fé. Segundo o estudo do Behaviorismo, uma abordagem da Psicologia, nós, seres humanos, somos influenciados e influenciamos o tempo todo. Pois todos nós fazemos parte dos mesmos ambientes, por isso, sem ao menos perceber, nosso comportamento afeta os demais outros comportamentos. 1.3.1 – NA IGREJA Vivemos numa época em que a maioria dos cidadãos gozam de liberdade, porém, infelizmente, muitos estão usando a liberdade para a destruição. As regras sociais são prescrições de comportamento e existem para disciplinar o convívio humano. O crente deve ser exemplo 134 135 para outros em todas as áreas da vida, inclusive no trato, isto é, na maneira educada e gentil com que se relaciona com as pessoas. É da vontade de Deus que seus filhos sejam completos, perfeitos em toda a sua maneira de viver. Paulo se esforçava para instruir seus discípulos com o fim de apresentá-los perfeitos a Deus: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1Tm 4:12). Quem serve a Deus, serve ao seu próximo; e quem serve ao seu próximo serve a Deus. O Senhor nos ensinou: “[…] Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mt 25:40) Já no Salmo 100:2 está escrito: “Servi ao Senhor com alegria […]” 135 136 Esse sentimento puro deve ser constante na vida cristã. O crente deve ter prazer no que faz servindo ao SENHOR. Paulo também aconselhou a igreja em Colossos: “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Cl 4.5-6). Por outro lado, Jeremias adverte dizendo: “Maldito aquele que fizer a obra do relaxadamente!” (Jr 48:10) 1.3.4.1 SENHOR - No Culto Para quem não sabe o que é a Igreja física (templo prédio), é um lugar onde chamamos de casa de Deus, onde nós vamos para adorar ao Senhor, é um lugar exclusivo para cultuar o nome de Deus, então o que ocorre lá chamamos de culto, que é esse momento de cultuar o nosso Deus, com louvores, pregação, etc. Mais o que acontece é que algumas pessoas ainda não aprenderam o que significa 136 137 comportamento fora de casa, não sei porque mais agem como se isso não precisassem no culto. Estou trazendo essas dicas para quem deseja realmente ser um crente fiel e fazer brilhar a sua luz diante dos homens e agradar a Deus. Normalmente as pessoas que vão à igreja querem entrar em uma sintonia maior com Deus, ouvir Sua voz e aprender a servi-Lo melhor. E é interessante notar, que quando alguém chega à Igreja Evangélica pela primeira vez, ela pensa que todas as pessoas que ali estão, são pessoas santas, boas, que vão cuidar de seu problema com carinho, pois ali não tem gente egoísta, maliciosa, invejosa que quer puxar seu tapete. Ali é o pedacinho do céu. Claro que é na igreja que vivemos os momentos mais marcantes de nossa vida. Mas, basta passar um período relativamente grande convivendo com aquelas pessoas, que logo se descobre que ali tem muita coisa errada e consequentemente muitas falhas. E até defeitos sérios de caráter. Mas isso tem em todos os lugares onde houver pessoas imperfeitas e pecadoras. Isso se dá, porque essas pessoas que ali estão, são pessoas que também vieram do mundo com seus vários problemas e desvios de caráter. E estão ali também procurando se tratar. Se tomarmos o Exemplo de um hospital; lá tem doentes em vários níveis: Tem o Doente Crônico, tem aqueles que estão em fase aguda com taxa alta de enfermidade, tem aqueles que já estão sendo tratados e estão se curando, tem aqueles que já estão curados e tem 137 138 aqueles que já estão saudáveis e ajudam os médicos a cuidar dos enfermos e tem aqueles que já estão prontos para receber alta. Na Igreja, você encontrará pessoas como você que sentiu uma dor e precisa solucionar este problema o mais rápido possível, mas terá que ter paciência e conviver por algum tempo com doentes espirituais crônicos e ter consciência e compaixão para saber que não é porque a pessoa quer ser doente, mas o pecado e seu histórico de vida e exposição ao meio pecaminoso provoca essas reações que para quem está fora é um escândalo e até decepcionante. Agora você entende, porque tem tanta gente nas igrejas que não vivem a pratica do evangelho e causa decepção nas pessoas que chegam pela primeira vez na Igreja. Faça como Jesus, quando alguém lhe ferir, maltratar ou te decepcionar diga – Pai, perdoa-lhe porque ela não sabe o que faz (Lc 23.34). Leia também (Gl 6.2). Agora você conhece a Verdade, é na Igreja que você tem o novo nascimento, recebe forças para os momentos mais difíceis, faz suas grandes escolhas, na maioria das vezes conhece seu futuro marido ou esposa, casa-se ou salva seu casamento, se alimenta na Santa Ceia… Enfim, a igreja não é apenas um lugar para passar um período da nossa vida, mas enquanto estivermos neste mundo, ela será como um Hospital para nos tratar, um Consultório Psicológico onde podemos aliviar as tensões, e finalmente a porta do céu para nós. 138 139 Por ser tão especial, todos devemos aprender a nos portar à altura, como está escrito: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que oferecer sacrifício de tolos, pois não sabem que fazem mal.” Eclesiastes 5.1 Isto é reverência e respeito. Quando vamos a um tribunal, percebemos logo o ambiente solene e de respeito. Será que a igreja é inferior a esses lugares importantes? Será que o nosso Deus merece menos reverência que um homem atribuído de autoridade? Imagino quais foram suas respostas, por isso é bom seguir algumas dicas, para que todos possamos, a cada dia, oferecer uma oferta mais perfeita. O Brasil é conhecido por ser um País onde tudo começa atrasado, e ninguém está acostumado a levar a sério os horários. Fuja deste péssimo hábito e procure chegar mais cedo e sentar-se próximo ao altar. Além de ter um melhor aproveitamento, você estará deixando os lugares de trás para quem chega depois. E, se por motivo de força maior você não conseguiu chegar no horário, entre de forma discreta e acomode-se rápido. Essa recomendação sobre atrasos aplica-se também aos casamentos: a igreja tem várias atividades em um mesmo dia, as noivas devem ficar atentas a isso. O 139 140 atraso, além de ser desagradável para seus convidados, atrapalha as demais atividades do pastor e da igreja. Totalmente perdoável até 15 minutos, mas passou disso, fica muito deselegante. Se você tem crianças, acomode-as nas salas da EBI, onde tem pessoas especializadas para ensinar a Palavra de Deus na linguagem delas. Mas, se prefere que elas fiquem com você, procure os lugares atrás e nas pontas das fileiras. Lembre-se de que todos esforçaram-se para estar ali e não devem ser atrapalhados. E são apenas uma ou duas horas no máximo. Não veja como igreja apenas o salão principal, mas ela por inteiro merece respeito. Se o culto está em andamento, nada de ficar na porta batendo papo. Quando alguém faz isso, está explicitamente mostrando que o que acontece lá dentro não lhe interessa. Participou da Santa Ceia ou de algum propósito, gerou papeis desnecessários, guarde o seu lixo com você até o momento de sair e colocar nas lixeiras. Os obreiros são fundamentais no desenvolvimento da igreja, eles são os maiores colaboradores dos pastores. Ajudam a acomodar as pessoas, atendem ao bom andamento da reunião, mas precisam agir com discrição e sabedoria até ao se olharem. 140 141 Lembro-me de uma vez, ao final de uma reunião, ter atendido uma senhora muito brava que dizia, insistentemente, que não voltaria mais à igreja. Para surpresa minha, ao perguntar o que havia acontecido, ela disse-me que uma obreira estava rindo dela por causa do seu problema de saúde. Ao verificar com a obreira o que tinha acontecido, ela disse que estava rindo para sua outra amiga obreira, do outro lado do salão. Vejam que com um pequeno mal entendido, perdemos almas. Talvez seja até fácil ir à igreja para assistir aos cultos, mas o que Deus requer de cada um de nós é muito mais do que estar ali, mas ter ouvido e atenção só para Ele. Por inúmeras vezes você foi ajudado por meio de um culto, mas, talvez, você também tenha uma experiência de ter sido atrapalhado por alguém. Essa lista de boas maneiras na Igreja é para que todos possamos ter um melhor aproveitamento nos cultos. A Igreja é um lugar de respeito todos vão à Igreja porque querem adorar a Deus, e tem gente que parece que não entendeu isso. Então, eis algumas dicas: Quando você entrar na Igreja, se ajoelhe ou sente-se e ore: é bom ter muita reverência na casa de Deus e então nada melhor do que você reservar um tempo para falar com Deus, se possível vá mais cedo 141 142 Momento de Oração – Se ao chegar atrasado à Igreja e o Culto já estiver começado, você chegou no momento da Oração. Não Entre no Templo, aguarde na porta a oração terminar e só então procure um lugar para sentar. Momento da Leitura – Da mesma forma se a Congregação estiver fazendo a leitura Responsiva ou Alternada. Não entre, espere terminar a leitura. E só então se dirija a seu lugar em Silêncio. Cumprimentar os Irmãos – Devemos cumprimentar os irmãos antes de o culto começar ou após o seu termino. Caso chegue atrasado, entre em silêncio e não cumprimente ninguém, para não tirar a atenção das pessoas. Tem gente que além de chegar atrasado, tira a concentração das pessoas, dizendo em voz alta: Paz do Senhor irmãos! Graça e Paz! Isso é ridículo! Total falta de reverência na Casa de Deus. Sair do seu Lugar – Se precisar sair de seu lugar por um motivo justo, procure caminhar pela lateral do templo; nunca pelo corredor central. Evite ao máximo chamar a atenção para si. Sentar nos últimos bancos – Quando você chegar a Igreja, procure sentar-se nos bancos do meio das fileiras, nem na frente e nem nos últimos bancos. Tem crentes que parece que tem medo de entrar no Templo e ficam se acumulando e se entulhando nos últimos bancos, impedindo os visitantes de se sentarem ou os constrangendo, forçando-os a entrar 142 143 passando pelo corredor até os bancos vazios do meio do templo. Amados vamos organizar. Se você é membro da Igreja e tem compromisso com as atividades eclesiásticas, ou seja, canta no conjunto de senhoras, homens ou coral, banda, grupo de louvor ou coreografia, então ocupe os primeiros bancos. Se é membro e não tem nenhum cargo ou compromisso na liturgia, ocupe os bancos do meio. Deixe as cinco ou três últimas fileiras de bancos para os visitantes se acomodarem. Criança Chorando – As Crianças de colo costumam chorar por qualquer motivo. Portanto, caso aconteça com você. Saia discretamente com a criança e fique lá fora até ela se acalmar. Depois discretamente volte ao seu lugar. Desligue o seu celular: Vai que alguém resolve te ligar, é melhor evitar tirar a concentração sua e das outras pessoas. O celular ainda é campeão no ranking da indiscrição: ao entrar na igreja, desligue-o e dê prioridade para o que é prioridade. Vá ao banheiro ou beber água antes do culto começar ou após seu término: se tiver que ir ao banheiro vá antes do culto começar ou depois que terminar, não é bom ficar indo toda hora para fora e nem pisando para cima e para baixo. Não faça nos toaletes da igreja o que você não faria na sua casa, como jogar papel no chão ou no vaso sanitário, deixar torneiras abertas, luzes acesas etc. 143 144 Não fique cochichando: tem gente que acha que Igreja é lugar de fofoca e de falar mal da vida dos outros na hora do culto, toma vergonha na cara e vá se converter, tira a atenção dos outros e ainda acha que está abalando. Respeite o pregador: Na hora da pregação o pregador está falando e tem gente que olha para todo lado ou começa a ler a Bíblia ao invés de prestar atenção no que a pessoa que está na frente está falando. Lembre-se quando oramos falamos com Deus. Na Pregação Deus está respondendo a sua Oração. Portanto, preste atenção a cada detalhe. Igreja não é desfile de moda: Tem gente que parece que está na passarela dentro da Igreja fica toda hora desfilando como se estivesse no fashion Week. Se você for assim, por favor, pare, somos cristãs e cristãos filhos de Deus e não modelos. Evite chicletes, salgadinhos, e ainda uma recomendação para as mães que querer controlar suas crianças com sacos enormes de salgadinhos: além de prejudicar a saúde do seu filho, quando termina o culto há sujeira por toda parte. Evite ficar falando: Quanto mais silêncio você fizer, melhor será para você e para os outros, afinal Igreja é lugar de muito respeito e reverência. Tenha modos ao sentar: Não sente como se estivesse no sofá da sua casa, entra e senta como se estivesse em um lugar que tem alguém o tempo todo te observando, porque é 144 145 assim que realmente é na Igreja, se alguém não te observa, Deus está o tempo todo te vendo. Mantenha seu lixo consigo. No uso de qualquer atividade, ou anotações que não são aproveitadas, coloque o lixo no bolso ou bolsa até está lá fora e coloque numa lixeira. Não jogue lixo no chão da Igreja. Não durma no culto: Você tem que saber que dormir só em casa. Além de falta de respeito com o pregador e a casa de Deus é falta de reverência. Não levem a mal minhas dicas, parece óbvio, mas, eu sei que tem pessoas que precisam ler isso! 1.3.1.2 - Com o Pastor O pastor é um homem especial, tem uma chamada especial; mas continua ser humano. Suas reações, por mais discretas, dirigidas ou reprimidas, revelam ao filho menos atento quando alguma coisa entra em estado de alerta, abatimento, ou crise. Como homem, o pastor tem a necessidade de desabafar e de trocar experiências com alguém sobre suas preocupações, provações, decisões. Ninguém melhor do que sua esposa para ouvi-lo e ajudar nos impasses. Acontece que a mulher do pastor é mãe e seu comportamento emocional se altera e isto se reflete nas relações do lar. Mais cedo ou mais tarde o elo de preocupações estará feito e todo o grupo vai perceber e pode 145 146 sofrer; até calado, mas sofre. Aprendi, bem pequenino, como filho de presbítero, que: “em boca fechada não entra mosca”; “quem muito fala, muito erra”. “quem muito fala dá bom dia a cavalo”. “o peixe morre pela boca”. Como as pessoas se esquecem de que o pastor é mortal, sujeito a erros, fraquezas, angústias, tristezas! É filho de Deus, com missão especial no reino e precisa da misericórdia constante para exercer esse ministério. No mundo acadêmico o verbo é saber. No mundo artístico o verbo é criar. No capitalismo, o verbo é ter. No ministério pastoral, o verbo é ser. Ser ministro do Evangelho é um grande privilégio. O Apóstolo Paulo concluiu: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou...” I Co 15:10. Pastores são obreiros segundo o coração de Deus, homens segundo o coração de Deus; são aqueles que têm uma consciência amadurecida da sua condição diante do Senhor e da obra que têm para realizar. O pastor é um profeta; é porta-voz de Deus. “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” Pv 29:18. Nunca duvidem, porque Deus mostra mais coisas ao pastor do que se imagina... Ele tem informações privilegiadas, vindas do céu, no tempo e no espaço. ”Ele é o anjo da igreja” Ap 2:8. “Com certeza o Senhor Deus não fará nada, sem antes revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” Amós 3:7. O profeta Jeremias diz que “É Deus quem dá pastores ao povo”. O pastor não é um empregado da Igreja, é um servo exercendo o ministério recebido do céu, convocado por Deus. “E vos darei pastores segundo o meu 146 147 coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência” Jr 3:15. O dinheiro que gera o salário do pastor é de Deus; fruto do dízimo que as pessoas devolvem à Igreja. O patrão é o Senhor; é com o dinheiro dele que se sustenta a obra. A Igreja apenas administra e obedece ao que lhe foi ordenado: “...Digno é o obreiro do seu salário...”. Lc 10:7. O pastor é sentinela da verdade. Doa a quem doer: se Deus mandar, o pastor tem que pregar o que lhe foi ordenado. “Jamais deixei de anunciar todo o desígnio de Deus” At 20:27. O pastor é um guardião do Evangelho e das doutrinas: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” Gl 1:10. Com missão tão gloriosa e árdua a cumprir, os pastores se esforçam para agradar e sofrem quando percebem que a expectativa do povo era maior e mais, muito mais. Os que exigem perfeição no trabalho do pastor (e são muitos), cobram e cobram, não deixando passar nada. Há até aqueles que falam mal da Igreja, do pastor, da denominação, de tudo, perto das crianças e depois vão procurar ajuda para entender as causas do desajuste espiritual dos seus filhos e dos filhos dos outros. Promovem encontro disto, daquilo e daquilo outro, tentando buscar recursos para ajustar a família. Causas de desajuste? Um 147 148 deles, com certeza é o mau exemplo. Às vezes, não se compreende porque tantos jovens se afastam da Igreja e fogem dos crentes; não querem nem ouvir falar de Bíblia; de culto de oração; de escola bíblica;... Embora tenham sido pessoas educadas, desde bebês, num ambiente cristão, dia e noite, na Igreja e se decepcionaram com alguma coisa. O pastor é mensageiro de Deus, conselheiro, profeta, nosso irmão na fé, porém, não é super-homem. É humilde servo do Senhor, chamado para o cumprimento da missão. Há muito espinho na obra, pode-se garantir isto. Ele precisa do apoio, das orações, de cooperação para não fraquejar nem esmorecer nas tentações. O pastor precisa preparar, por ano, no mínimo, mais de cento e cinquenta mensagens, só para o púlpito; mais ainda para os cultos fora da Igreja. Ele precisa ler e se atualizar, sempre, para não ficar repetitivo; a sua aparência deve estar ótima; o humor em nível altíssimo; a paciência deve ser inesgotável. Se errar, dificilmente será compreendido. Muitas pessoas, com muita experiência, perseguem os pastores, exigem deles a perfeição, desafiam e perturbam o ministério, em nome de um enorme zelo pelo Evangelho. Zelo pelo Evangelho seria adotar os princípios da ética cristã e contribuir para a valorização da obra da Igreja através do exemplo de sua vida espiritual, em crescimento, com muita discrição e muito zelo ao falar. A discrição passa longe, muitas vezes. Ninguém pode negar que os tais são experientes mesmo. 148 149 Derrubam o que encontram pela frente. Nada para eles está bom, tudo está errado, são campeões de críticas e só críticas. Os experientes profissionais não têm nenhuma pressa, às vezes, levam anos e anos, até conseguirem êxito. Atiram no que veem e derrubam o que não são capazes de ver: o bom nome da Igreja. 1.3.1.2.1 - O verdadeiro Crente tem Respeito Pelo Pastor ao: 1 - CONSIDERÁ-LO MENSAGEIRO, DE DEUS Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. (1 Cor 4:1) E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo. (Gal 4:14). 2. NÃO DESPREZÁ-LO, NA QUALIDADE DE PROFETA DE DEUS Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. (Mt 10:40) 149 150 Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou. (Lc 10:16). Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. (1 Tm 4:12). 3 - OUVIR SUAS INSTRUÇÕES, BÍBLICAS Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 2:7). Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; (Mt 23:3) 4. SEGUIR-IMITAR SEU EXEMPLO, SANTO Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. (1 Cor 11:1) Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. (Filip 3:17). 150 151 6. IMITAR SUA FÉ (DOUTRINA BÍBLICA, FÉ PURA) Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. (Hb 13:7). 6. TÊ-LO EM ALTA REPUTAÇÃO Recebei-o, pois, no Senhor com todo o gozo, e tende-o em honra; (Fp 2:29). E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. (1 Ts 5:13) (Esta paz inclui a paz entre a igreja e seu pastor). Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; (1 Tim 5:17). 7. AMÁ-LO 151 152 Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça. (2 Cor 8:7). Vindo, porém, agora Timóteo de vós para nós, e trazendo-nos boas novas da vossa fé e amor, e de como sempre tendes boa lembrança de nós, desejando muito ver-nos, como nós também a vós; (1 Tes 3:6) 8. ORAR POR ELE E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus; (Rm 15:30). Ajudando-nos também vós com orações por nós, para que pela mercê, que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas também sejam dadas graças a nosso respeito. (2 Cor 1:11). E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, (Ef 6:19). Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente. (Hb 13:18). 152 153 9. OBEDECER-LHE Que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha. (1 Cor 16:16). Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. (Heb 13:17) 10. DAR-LHE ALEGRIA Como também já em parte reconhecestes em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa no dia do Senhor Jesus. (2 Cor 1:14). E escrevi-vos isto mesmo, para que, quando lá for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrarme; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós. (2 Cor 2:3). 11. AJUDÁ-LO Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis, meu amado. (Rom 16:9) 153 154 E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. (Filip 4:3) 12. SUSTENTÁ-LO E ordenou ao povo, que morava em Jerusalém, que desse a parte dos sacerdotes e levitas, para que eles pudessem se dedicar à lei do SENHOR. (2 Cro 31:4) Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? (1 Cor 9:711). E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui. (Gal 6:6) 154 155 13. ORAR PELO AUMENTO DO NÚMERO DE PASTORES (FIÉIS) Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara. (Mt 9:38). 1.3.1.2.2 -Há ainda 20 Coisas que você pode fazer para honrar o seu Pastor: 1. Encontre alguns jovens dispostos a serem babás por uma noite e cuidar dos filhos dele. Assim ele poderá levar a esposa dele para um encontro. 2. Dê um feedback positivo sobre algum sermão que ele pregou ou qualquer outra coisa que ele fez que lhe ajudou. 3. Organize um “Encoraje nosso pastor” onde os jovens poderão escrever textos de encorajamento, fazer desenhos ou qualquer outra coisa que possa servir como encorajamento para ele. 4. Ore por ele em todos os cultos do ministério de jovens. 5. Mantenha seu pastor atualizado do ministério de jovens sempre informando-o das principais coisas que aconteceram durante a semana. 155 156 6. Mantenha-o informado se algo fora do comum acontecer e que pode prejudicá-lo mais tarde. Conflitos, erros, problemas financeiros, decisões estúpidas, coisas moralmente questionáveis, etc. Ele prefere ouvir isso de você do que de outra pessoa. 7. Compre algo de vez em quando para ele. Não precisa ser algo caro, um livro, um cartão, um café, qualquer coisa. 8. Esteja junto com ele. Apoie publicamente as decisões dele e o defenda contra as críticas. 9. Mostre interesse. Pergunte regularmente como ele está e comece a perceber algumas dicas sobre o que está acontecendo na vida dele. 10. Mantenha a confiança dele em você não contando o que ele lhe diz para outras pessoas. Fofocar pelas costas do pastor é um grande golpe contra o relacionamento de vocês. 11. Se você tem alguma coisa importante para discutir com ele, faça em particular. Nunca, nunca discorde dele em público. 156 157 12. Convide seu pastor para um evento do ministério de jovens que você sabe que ele irá mandar bem. 13. Convide-o para um evento casual com você e sua família, como um churrasco ou uma janta. Comer junto é um ótimo quebra-gelo e aumentar a comunhão entre você em um ambiente casual poderá fazer maravilhas no relacionamento de vocês. 14. Faça algo junto com seu pastor que ele goste ou que o relaxe. Assista a um jogo, vá pescar, acampar ou jogar futebol. 15. Prepara-se para servir em alguma área diferente do seu ministério. Claro que isso não significa que você deve fazer tudo e qualquer coisa o tempo todo, mas quando você vê que o seu pastor tem uma necessidade, ajude. 16. Traga o lanche favorito dele nas reuniões. 17. Faça algo que você sabe que ele não gosta de fazer, como cortar o gramado, lavar o carro da igreja, cuidar da papelada da igreja ou coisas do tipo. Sirva bem. 157 158 18. Apoie sua esposa, se ele tiver uma. Mostre a família do seu pastor que você os aprecia pelos sacrifícios que eles fazem para o bem da igreja. 19. Faça um esforço para entender as motivações por detrás das decisões do seu pastor. Sempre pergunte antes de fazer algum julgamento. 20. Faça o seu trabalho bem feito. Se você é um trunfo para ele e para a igreja, essa é a melhor maneira de servir a Jesus e ele. 1.3.1.3- Com as Autoridades Internas 1.3.1.3.1 - PRESBÍTEROS – Não só os irmãos devem procurar conhecer os seus presbíteros, estimá-los devidamente e seguir o seu exemplo e ensinamento à medida que eles seguem Cristo, mas são ordenados que: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma” (Hebreus 13:17). Quando eles tomam as decisões que estão em harmonia com a vontade de Deus, os irmãos devem unir-se e com um só propósito trabalhar em harmonia em relação à liderança do presbítero. Quando reconhecemos o caráter, a maturidade e a experiência deles e reconhecemos também que eles se esforçam para evitar um governo 158 159 arbitrário (governando antes para o bem da obra do Senhor), podemo-nos entregar mais facilmente à opinião deles, ainda que as nossas próprias opiniões divirjam das deles. Devemos cultivar um espírito de submissão para que fique mais fácil nos entregar e obedecer. Se entendermos a oração que Cristo fez pedindo a unidade do corpo, também veremos a necessidade de nos submeter (João 17:17). É a bíblia que diz para orarmos e respeitarmos as autoridades que regem nossas Igrejas e o nosso país, mesmo que os mesmos estejam errados, A Bíblia Também nos ensina que se eles ultrapassarem a Lei Divina, podemos sim reivindicar nossos direitos, mais sem lhes faltar com o respeito que lhes e devido. Eles darão contas a Deus pelos erros e desmandos que cometerem. Se acontecer de alguma vez o presbítero conduzir a igreja erroneamente a um ato contrário ao que Cristo autorizou, a obrigação do cristão é bem clara: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29). No tocante aos Presbíteros vale o procedimento semelhante dado ao Pastor. 1.3.1.3.2 - DIÁCONOS A palavra "diácono" vem de uma palavra grega (diakonos) que é encontrada pelo menos 30 vezes no Novo Testamento. Palavras semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar). "Diácono" quer dizer "atendente" ou "servente". A mesma palavra descreve escravos, empregados e obreiros voluntários. A 159 160 ênfase não está na posição da pessoa, mas no servo em relação ao seu trabalho. Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluem servos domésticos (João 2:5,9), e governantes (Romanos 13:4), mas os usos mais comuns são de servos de Cristo e da igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação aos outros (Mateus 23:11), e Paulo usou a mesma palavra frequentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Coríntios 3:5; Efésios 6:21; etc.). Estes termos, nos usos gerais, descrevem tanto homens como mulheres (veja Lucas 10:40; Romanos 16: 1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pedro 4:10). A palavra "diácono" é empregada num sentido específico em 1 Timóteo 3:8, onde Paulo começa a lista de qualificações de alguns servos especiais escolhidos na igreja. É claro que ele não está falando sobre servos no sentido geral (todos os cristãos), porque as qualificações definem um grupo limitado de homens. Veja as qualificações desses servos: "Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da 160 161 mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:8-13). Em 1 Timóteo 3:1-13 e Filipenses 1:1 mostram que esses servos são distintos dos bispos ou presbíteros. Eles servem sob a supervisão e direção dos presbíteros, auxiliando em diversos aspectos do trabalho da igreja. Em Atos 6:1-7, achamos um exemplo de homens escolhidos para servir na igreja, neste caso sob a supervisão dos apóstolos. Meu primeiro contato com um diácono, foi aos cinco anos, com um servo de Deus chamado Bartolomeu, na Igreja Presbiteriana de Jaboatão dos Guararapes, (Jaboatão Velho) na gestão do Pr. Noé de Paula Ramos ( um Pastor extraordinário), por isso tinha diáconos tão marcante como o Bartolomeu. Nunca esqueci esse nome. Um homem de meia idade, corpo atlético, mas parecia um gigante, para uma criança de cinco anos. Era zeloso pela ordem no culto. Ninguém passava por ele, quando estava à porta. Os garotos costumavam aproveitar a hora do sermão para ficar lá fora, brincando no pátio da “Igreja Redonda”, era assim que a gente chamava, pelo menos até os meus nove anos em que estive nesta amada Igreja. Mas, passar por ele era impossível. Tínhamos que ficar juntos aos nossos pais até 161 162 terminar o culto (naquela época, início dos anos 70, não havia culto infantil no Domingo à noite). E se alguém conseguisse passar sem ele perceber, era certo que na sua ronda ele iria atrás e trazia pelo braço até a mãe. Era maravilhoso. Hoje eu sei, como pastor, a importância desse servo para a Igreja. Sou grato a Deus por essa experiência e sei que ele está na glória após ter combatido o bom combate da fé. Devemos manter uma atitude de respeito e consideração por estes servos de grande importância para a Igreja de Cristo Cada discípulo de Cristo foi feito para servir! 1.3.1.3.3 - OBREIROS – Algumas Igreja costumam adotar o cargo de Obreiro como auxiliar da Obra é ele quem mais conhece os membros da igreja, podemos dizer que ele assume uma posição intermediária entre diáconos e Presbítero, e trabalha muito; pois mesmo com a mudança do pastor, ele permanece com sua dedicação atuante pelo povo ! Quando a pessoa chega a igreja, é acompanhada em todo seu processo de libertação por um obreiro que a orienta, aconselha e se dedica em oração por sua vida até o momento em que podem andar sozinhos na presença de Deus. 162 163 Por toda essa dedicação, a pessoa acaba por se aproximar e admirar esse obreiro pelo comportamento de amor e entrega por sua vida, e em muitos casos, por terem essa admiração, nasce um desejo de servir a Deus e fazer com outras pessoas o que aquele obreiro fez por ela: “Dar de graça o que de graça recebeu”! Mas como o obreiro pode espalhar esse bom perfume se está tão distante do povo e de suas necessidades? E se nós não o tratarmos bem? Como poderá fazer um bom trabalho? Sabemos que a missão do obreiro é ganhar almas para o reino de Deus, mas, devemos também ajudá-lo a se sentir amado, respeitado e prestigiado em sua missão. Fazendo isso a Igreja crescerá e Deus abençoará nao somente as pessoas que estão fora mas, as que estão dentro da igreja, através do trabalho desse servo, fazendo o acompanhamento, ajudando a salvar pessoas dentro da Igreja. Sim, porque existem pessoas perdidas dentro da igreja. 1.3.1.3.4 - SEMINARISTAS – Esse é um incompreendido. Ele é um aspirante ao Ministério, que realmente realiza um trabalho de Gigante durante o tempo de seus estudos em um Seminário, dividindo o seu tempo entre Estudo, Família, Igreja e as várias provas de sua fé. 163 164 Quero começar refletindo sobre o assunto, SEMINARISTA tentando me lembrar por quantas mudanças já tive que passar situações às quais tive que me adaptar convicções que deixaram de ser convicções, dúvidas que passaram a ser certeza, descobertas que fizeram a diferença para mim, e diferenças que me impediram de fazer descobertas. Desde minha entrada para o curso de Teologia, essa reflexão tem sido uma constante em minha rotina de seminarista. Uma mudança incessante dentro de um ser que absorve, a cada dia, um pouco da multiplicidade de outros seres. O ser seminarista, “aspirante ao Ministério” (é assim que chamam aquele que decide estudar teologia e almejam um dia serem pastores) é algo não tão fácil de se explicar. Somente quem já passou pelo processo ou vive no ambiente de uma faculdade teológica (Seminário) vai saber o que estou querendo (ou tentando) dizer. Você tem de um lado sua convicção de chamado, a certeza da vocação, a vontade de entregar-se à direção de Deus e cumprir seus desígnios; de outro, você tem a dura tarefa de sair de casa, todos os dias, 7h e chegar às dez horas da noite (Porque estava estudando na Biblioteca depois das aulas). Sua vida muda... você, inevitavelmente, será cobrado a se tornar um modelo de cristão, terá que saber dividir seu tempo e se dedicar da melhor maneira possível a ler inúmeros livros e artigos, preparar várias resenhas, fichas de leitura, trabalhos e apresentações em forma de seminário, ser submetido a testes escritos e orais, entregar todos os trabalhos e leituras nas datas pré-estabelecidas (segundo um professor, se você 164 165 não faz isso, não será indicado, pelo menos por ele, como um “bom pastor”), dar atenção à sua esposa, a seus filhos e à sua família, de modo que eles não tenham do que reclamar quanto à sua postura como esposo, pai, irmão, filho, tio. (já que... “aquele que não governa bem sua própria casa...”). Também deverá ser exemplo de trabalho e dedicação na igreja, afinal, a comunidade investe em você, nada mais justo do que estar presente e ativo em todas as atividades demonstrando e provando sua vocação a todos. As críticas que você receber certamente serão para testar sua vocação e fazer você crescer. Sua vida profissional não pára, você continuará sendo cobrado e exigido segundo os padrões de competitividade do mercado, apesar de talvez não entenderem o porquê de alguém que poderia trabalhar em qualquer outro emprego, opte por fazer um curso de Teologia para ser pastor. Você deverá continuar se dedicando ao máximo no trabalho, do qual você tira o sustento seu e de sua família. Em meio a todos esses fatores externos que o cercam, você deverá saber lidar também com os conflitos internos que com certeza virão, e se existir desordem interna, certamente você experimentará frustrações, ansiedades e pouco ou nenhum crescimento. Você não conseguirá se manter em pé se não separar um tempo diário à prática da oração, conversando com Deus sobre tudo que tem feito, buscando orientação do alto sobre as decisões que deverá tomar, estar em permanente contato com sua Palavra 165 166 para poder assim estar sensível à voz do Pai. Cultivando esse relacionamento com Deus podemos fazer com que nosso senso de autoestima cresça, nossas intenções sejam renovadas. Então diante disso, esperamos dos crentes a compreensão, o amor, tolerância para desempenharmos nossa missão na Obra do Senhor. 1.3.1.3.5 - MISSIONÁRIOS – O missionário é aquele que está disposto a ir onde há necessidade de alguém que ofereça seus dons e sua vida ao serviço dos mais necessitados. O que significa ser missionário para o Reino de Deus? Antes de qualquer coisa, é ter o coração cheio de amor a Deus e aos irmãos. Aquele que não se enche dessa graça dada pelo amor de Deus não tem como pregar o Reino para os seus irmãos e irmãs. Ser missionário significa dar-se totalmente pelo Reino de Deus. Normalmente os crentes que não entendem, pensam que todo missionário tem que ser um coitado, um miserável, que tem que viver na pobreza, sofrer perseguições, ameaças, morte. Entretanto, observamos que o pensamento de Pedro e os apóstolos, Paulo e Silas, não era este, pelo contrário, se regozijaram quando foram presos, açoitados e até mortos, por se acharem dignos de padecer pelo nome de Jesus. Na verdade, o missionário não é um coitado, ele é um privilegiado, não é um miserável, mas alguém que distribui 166 167 o seu tesouro com os pobres, não é um prisioneiro, mas um libertador. Creio eu que o miserável, o pobre, o preso, somos nós, que temos a Jesus e ficamos calados (Atos 4: 20). É claro que o missionário pode passar por dificuldades, lutas, perseguições, mas ele tem a consciência de que Deus o mandou ali e que não o abandonará (Mateus 28: 20). Ser missionário significa também desprender-se de tudo e de todos, de todas as seguranças e viver somente para o Reino e para o seu anúncio. ‘’Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas’’. Romanos - 10:15. Por isso ele merece nosso amor, respeito, compreensão, ajuda, e tudo mais que possamos dar. 1.3.1.3.6 - PROFESSORES – O professor da Escola Bíblica (Dominical ou Sabatina, Treinamento de Líderes ou Pré-Encontro, seminários), devem ser respeitados, amados, considerados na mais alta conta por estar preparado para o exercício de uma das mais nobres virtudes do ser humano em todo o tempo, que é o de ensinar. E isso ele faz gratuitamente. Em todo o mundo milhões e milhões de dólares são gastos todos os anos com o ensino e com a formação de novos professores. Na Igreja de Cristo não devia ser diferente, contudo não vemos a mesma ênfase que o mundo dá aos seus mestres, dentro de nossas igrejas. 167 168 Para o bom desempenho do professor da Escola Bíblica se é preciso que ele esteja preparado para ensinar, pronto para discipular e pronto a exercer a liderança no grupo, é também necessário que ele seja visto com profundo respeito e consideração pelos crentes de toda faixa etária. Ensinar é uma das missões da igreja. Muitas igrejas se acham anêmicas espiritualmente porque não tem dado ênfase ao estudo da Palavra de Deus. Por falta de Profeta o povo se corrompe. O crente que não conhece a Bíblia está propenso a deixar-se levar por qualquer vento de doutrina que passa. Senão tiver o professor de Escola Bíblica ele jamais vai amadurecer e crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo tinha grande preocupação com relação à questão do ensino. Em Romanos 12:7, ele chamou a atenção escrevendo: “Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar haja dedicação ao ensino”. 1.3.1.3.7 - Com os Jovens A juventude é uma fase de contestações e de buscas por referências. Na música “Ideologia” Cazuza ( um famoso cantor popular) expressa esse anseio dizendo “ideologia eu quero uma para viver” e ainda não muito adiante ele diz “meus heróis morreram de overdose”, o que revela a dificuldade deste mundo em responder a tais 168 169 anseios. A igreja responde a esses anseios com a mensagem do Evangelho que por meio do reino de Deus busca estabelecer justiça e paz no mundo. Ela pode ser um espaço de acolhimento para a juventude, um local no qual os jovens possam ter seus sonhos, suas esperanças e objetivos sob a luz do Evangelho de Cristo. Os jovens devem ser incluídos na diversidade do corpo de Cristo, eles necessitam ser alimentados pela fé, pelo amor e pela esperança para poderem glorificar a Deus. E, para isso, é importante a igreja levar uma mensagem contextualizada com as temáticas e anseios da juventude atual sem perder de vista a identidade cristã. O que nem sempre acontece. Consequentemente podemos perceber que alguns jovens se afastam da igreja, apesar de crerem em Jesus, por não se identificarem com a igreja, uma vez que esta não está contextualizada. Assim, mesmo que não seja diretamente por responsabilidade da igreja que o afastamento aconteça, é responsabilidade da igreja lidar com essas questões. Por outro lado, os jovens precisam entender que a vivência da fé se dá no âmbito da comunidade, do corpo de Cristo. Os jovens devem acreditar na igreja pelo fato dela ser de Cristo e pelo fato de que é nela onde a obra do Espírito Santo se torna um evento. Eles necessitam compreender que a participação na pregação da palavra e na ministração dos sacramentos é fundamental para a fé. 169 170 a) Mas, como os jovens ver a Igreja? Muitos jovens adultos reclamaram também da superficialidade com que as igrejas os conduziram em suas experiências no cristianismo. Na maioria das Igrejas eles afirmaram que as experiências vividas nas igrejas não eram profundas, e não os motivava para assumir a mensagem cristã como um estilo de vida. 33% deles dizem que em seu ponto de vista, “a igreja é chata.” A ausência de experiências com Deus no dia a dia foi citada por pelo menos 20% dos jovens crentes. b) - Qual deve ser nosso procedimento com relação aos jovens, quanto a maneira de os tratar? 1)AS MENINAS – Grande partes da moças da Igreja estão à procura de um jovem Crente fiel para que possam iniciar um relacionamento saudável, cristão e abençoado. Entretanto, a moda no mundo é “ficar” pra ver o que é que dar. Mas, antes de iniciarmos vamos explicar a diferença entre “ficar” e “namorar”. No “ficar” o casal tem um relacionamento sem compromissos futuros. Ou seja, eles se abraçam, se beijam, conversam por algumas horas, as vezes praticam algo mais intimo entre eles e mantem uma certa “amizade colorida” tudo sem compromisso de assumir um relacionamento sério. No “namoro” há todo um compromisso assumido entre as duas pessoas, em que 170 171 concordam em intensificar a amizade, o carinho, a paixão e o amor entre eles. Levando esse relacionamento ao conhecimento de seus pais e amigos, assumindo-o publicamente a responsabilidade de fazer um ao outro feliz e a construir ambos um futuro promissor que redunde em um possível casamento. É possível que um “ficar” se transforme em um “namorar”? É difícil. Mas Sim, é possível. Mas, a questão maior é se isso é moralmente correto? Ou ainda se Deus aprovaria essa forma de relacionamento? Qual o testemunho o crente estaria dando ao mundo a respeito de sua fé? Portanto, temos alguns conselhos para as: CONSELHO ÀS MENINAS 1. Nunca olhe para os meninos com intensão apenas de “ficar”. 2. Não se deixe envolver pela lábia de conquistador barato. 3. Procure conhecer a família do garoto e seu modo de tratar a sua mãe (dele). 4. Não tire “sarro” daqueles meninos que gostam de você e que você não tem intensão de namorá-lo. 5. Procure jovens de seu próprio nível. Quer seja intelectual, social e espiritual (cada panela com seu texto). 171 172 6. Procure namorar com jovens Crentes fiéis, e não “turistas” na Igreja. 7. Dê preferência a filhos de Oficiais da Igreja (Pastor, Presbíteros e Diáconos). Pois estes tem o compromisso com a Igreja e temor do Senhor desde cedo. 8. Nunca brigue com outra garota pelo amor do mesmo jovem. Converse com ele e peça para ele escolher. Caso ele não decida, desista dele, pois ele não lhe merece. 9. Se valorize. Cuidado com suas roupas. Não seja oferecida. Não se desespere. Deus tem um tempo para todas as coisas. 10. Ore a Deus para que ele envie o seu principe. 11. Zele pelo seu namoro. Esqueça os grupinhos enquanto estiver namorando. Dedique-se apenas ao seu relacionamento. Não existe “melhor amiga” nestas horas. 12. Seja carinhosa e atenciosa, (sem ser chiclet), isso é tudo o que o jovem procura nesta fase. 13. Mantenha-se sempre limpa, cheirosa e arrumada. Isso tem um poder muito grande. 2)RAPAZES Para os rapazes que pretendem “namorar” com alguma jovem da Igreja: 172 173 1. Nunca fale namoro a uma jovem da Igreja, se não tiver realmente com intensão de namorá-la. 2. Considere as demais irmãs da Igreja como sua irmã carnal. 3. Seja educado em dizer não a uma jovem quando for escolhido por ela e você não deseja namorá-la. Não ridicularize nem a magoe. 4. Nos acampamentos ou retiros espirituais, não “fique” com nenhuma garota, mesmo que os hormônios estejam a flor da pele. Respeite sua irmã em Cristo. 5. Se conseguiu a pessoa que queria, fique com ela apenas. Não olhe para mais nenhuma garota. Construa um relacionamento com a que você escolheu. É o que chamamos de namoro sério. 6. Nunca brinque com os sentimentos de uma garota. 7. Observe como ela age com os seus pais (dela). A jovem crente ama e respeita seus pais. 8. Ao Jovem crente é aconselhado a preferir namorar a pior irmã crente da Igreja, a mais rebelde, que tenha nascido no evangelho, do que namorar com a melhor jovem nascido no mundo. Essa não tem o temor do Senhor. A rebelde da Igreja tem. 9. Ame sua namorada e esqueça seus amigo ou grupinhos (conhecidos também por CORJA). Dedique-se a ela e a Obra do Senhor. 10. Evitem ficarem sozinhos em locais de pouca luminosidade que possam cair em tentação. 11. Cuidado com o seu corpo, pois ele é o Templo do Espírito Santo. 173 174 12. Mantenham a virgindade ou se abstenha até o altar. 13. Conversem sobre Deus, Vocês e a Igreja e sempre planejem o futuro à dois. 14. Procure a Orientação dos Oficiais da Igreja, converse com o seu Pastor sobre seu relacionamento e tudo caminhará bem. 15. Não siga o mundo, ele anda na contramão com Deus (o mundo jaz no maligno. 1.3.1.4- Com os Mais Velhos Os idosos podem ser vistos como fardos em vez de bênçãos. Às vezes, quando os nossos próprios pais precisam de ajuda, somos rápidos para esquecer os sacrifícios que fizeram por nós. Em vez de abrir a porta de nossas casas para recebê-los - sempre que seguro e viável - podemos colocá-los em comunidades de aposentados ou lares de idosos, por vezes contra a sua vontade. Talvez não valorizemos a sabedoria que adquiriram em suas longas vidas, e podemos ignorar os seus conselhos como "ultrapassados". Quando honramos e cuidamos dos nossos pais, estamos servindo a Deus também. A Bíblia diz: "Honra as viúvas verdadeiramente viúvas. Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. Ora, se 174 175 alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente" (1 Timóteo 5:3-4, 8). Nem todos os idosos precisam ou querem ajuda constante na casa dos seus filhos. Eles podem preferir viver em uma comunidade com outras pessoas da sua idade, ou talvez sejam capazes de total independência. Independentemente das circunstâncias, ainda temos obrigações para com nossos pais. Se estiverem em necessidade de assistência financeira, devemos ajudá-los. Se estiverem doentes, devemos cuidar deles. Se precisarem de um lugar para ficar, devemos oferecer a nossa casa. Se precisarem de ajuda com a casa e/ou trabalho no jardim, devemos nos prontificar para ajudar. E se estão sob os cuidados de uma casa de repouso, é preciso avaliar as condições de vida para garantir que nossos pais estão recebendo os cuidados de forma correta e amorosa. Nunca devemos permitir que os cuidados do mundo ofusquem as coisas mais importantes – servir a Deus através de servir às pessoas, especialmente as das nossas próprias famílias. A Bíblia diz: "Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3). 175 176 1.3.1.5 - Zelo Com o Templo A casa de Deus é o melhor lugar onde podemos estar e com certeza o Espirito de Deus se faz presente contemplando os seus filhos. As igrejas (templos) devem ser para reuniões de adoração, louvor e para se ouvir a gloriosa e bendita Palavra do Senhor, num culto santo de honras e glórias unicamente a Deus e não para outros fins. Se Jesus viesse hoje em pessoa física, teria muito trabalho para expulsar os que comercializam até a sua Palavra, o Seu louvor, em vez de hinos, com raras exceções, temos as “músicas”, aberrações em lugar de louvor, um verdadeiro comércio não de pombas, mas colocam barracas de salgadinhos, vários tipos de comestíveis, de roupas, perfumes, cosméticos, etc. Jesus sempre dedicou à simplicidade e fidelidade a Palavra de Deus, nunca se misturou com os religiosos da época. Quando na ocasião, Jesus expulsou os vendilhões, chegaram-se a Ele, cegos, coxos e a esses, Jesus deu atenção curando-os e ainda mais, as crianças presentes no templo começaram a clamar: - Hosanas ao Filho de Davi, o que irritou os religiosos que perguntaram a Jesus: “Ouves o que estes dizem?” Jesus disse-lhes: “Sim, nunca lestes, pela boca dos meninos e das criancinhas de peito sai o perfeito louvor”. 176 177 Vá ao templo com o coração nas coisas de Deus, vá adorá-lo, louvá-lo e não dê atenção aos cambistas e vendedores atuais. Adore a Deus com singeleza de coração, procure ler a Bíblia e ouvir a genuína Palavra de Deus. Jesus breve voltará! Os sinais nos mostram que estamos no fim dos tempos. 1.3.1.5.1 - Compete a cada crente: 1. Zelar pelos objetos afins (toalhas, bandejas, cálices, etc.). 2. Ter sempre uma atitude de oração e consagração ao se preparar para receber os elementos da Santa Ceia. 3. Ao crentes compete cuidar que alguém se responsabilize pela ordem no culto, evitando-se o trânsito desnecessário, principalmente nos momentos de oração e leitura da Palavra de Deus, inclusive recepcionando, com boas vindas aos visitantes e registrando seus nomes e endereços para posterior visita pelo ministério específico (diaconia). 4. Zelar para que o cuidado com templo seja reflexo do interesse pela Igreja e instrumento de evangelização. 5. Orientar a disposição dos móveis da Igreja, visando a criação de ambiente adequado aos diferentes tipos de celebração e encontros comunitários. 6. Providenciar a aquisição, elaboração e conservação do material litúrgico (toalhas, símbolos, cartazes, estandartes, etc.) a ser utilizado de acordo com o calendário litúrgico. 177 178 7. Efetuar a decoração semanal do templo de modo convidativo à oração e reflexão. 8. Assessorar na ornamentação do templo por ocasião da realização de casamentos, batismos e festas da comunidade. 9. Orientar a conservação das plantas e flores, substituindoas quando necessário. 10. Auxiliar na decoração das demais dependências da Igreja. Caso a Igreja não tenha zeladoria, os próprios membros, em Mutirão ou sozinhos, devem zelar pela limpeza e conservação do Patrimônio sem esperar ser convidado. É um Privilégio zelar pelo espaço de Culto, a Casa de Deus. 1.3.2 - No Trabalho Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus Cristo, deve andar “de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Isso será demonstrado através de sua conduta, o seu viver diário. A Palavra de Deus nos fornece inúmeros modelos para aplicarmos em nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da Palavra de Deus é que iremos saber se o comportamento do crente é correto ou não. Baseados nisso, iremos verificar 178 179 alguns princípios que, se forem seguidos, com toda certeza farão uma grande diferença na vida daquele que praticar, bem como na vida das pessoas que estão a sua volta. Há uma grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar. Viver como cristão no ambiente de trabalho, como cristão nos dias de hoje não é tão fácil, já que os dias que vivemos estão completamente dominados pela iniquidade, as pessoas não importam-se mais em temer a Deus nem a respeitar aqueles que o servem, devido estas atitudes o cristão depara-se constantemente com afrontas e piadinhas que deixam o ambiente de trabalho desconfortável. 1.3.2.1- Neste caso como deve agir um cristão? O convívio cristão/não cristão é muito difícil, mas quando agimos da forma bíblica e social podemos conviver bem, sem escandalizar e ainda ganhar a confiança dos colegas de trabalho e consequentemente poder levá-los para a igreja, isto não se consegue da noite para o dia, cada dia é uma batalha, pessoas soltando indiretas e manejando a cabeça ao saber que você é evangélico, criticar o dízimo, falar mal do pastor são as mais comuns, fora aqueles que contam piadas e histórias de conteúdo pornográfico, palavrões etc. 179 180 Lidar com pessoas que são acostumadas a falar e brincar desta forma são difíceis porque elas acham que todos devem aceitar tais brincadeiras, mas o que você falar e como falar vai definir como as pessoas vão te tratar, se em uma brincadeira considerada inadequada para um cristão você der risadinhas e aceitar eles vão perceber que para você tudo bem brincar desta forma, acontecendo isto você não terá nenhum tipo de autoridade ao repreender algo errado já que você estava na roda de brincadeiras indevidas. . Outro ponto que dificulta muito alguns cristãos ganhar a confiança em ambiente de trabalho é a forma radical de demonstrar que é crente, para muitos minha opinião pode até ser errada, mas não acredito que um cristão possa ganhar ninguém para Jesus no trabalho mandando as pessoas se converterem se não vão para o inferno, chamando os colegas de endemoniado devido as brincadeiras, condenando os outros pelo que acreditam, que estas pessoas precisam conhecer a verdade precisam, mas, nunca darão ouvidos ao crente quadrado que trabalha com eles. O melhor a fazer é se portar com respeito, falar o necessário e quando necessário, quando tirarem brincadeiras de mau gosto deixa-las no vácuo, assim perceberão que você não gosta deste tipo de conversa, não dar liberdade a ponto de fazerem brincadeiras improprias com seu nome, seja sincero, diga a ela que não gosta deste tipo de brincadeira, não há necessidade de sair com uma placa na testa com o a frase “Sou evangélico”, deixe que as 180 181 pessoas vejam pela sua forma de conversar e agir, isto fará com que confiem em você. Confiando em você elas conversarão coisas necessárias e importantes até mesmo falarão dos problemas e dificuldades que passam pedindo que você ore por elas, assim você estará mais perto da oportunidade de convida-las para visitar sua igreja, sem nenhum tipo de forçamento de barra ou ameaça de condenação. É complexa a forma com que um cristão deve se portar no ambiente de trabalho, oração e jejum são indispensáveis em qualquer situação na vida de um crente, conhecer a palavra de Deus é obrigatório ou vai se envergonhar diante dos conhecimentos de um ímpio que lê a bíblia, no mais brincadeiras sadias fortalecem o relacionamento e amenizam o peso do trabalho fazendo o dia passar mais rápido, lembre-se para toda ação há uma reação, o que você fizer ou falar refletira para o bem ou mal de sua jornada diária de trabalho. Eis aqui algumas dicas: 1. Não se envolva em fuxicos/fofocas 2. Não “bajule” o chefe para se dar bem. Faça seu Trabalho. 3. Não fale nem aceite que falem palavrões perto de você. 4. Não se envolva com happy hours 5. Não encubra os mal feitos alheios 181 182 6. Não dedure sem motivo. Se alguém lhe ameaçar com demissão, converse com a pessoa que fez algo errado. Insista para que ele se entregue. 7. Mantenha-se sempre alerta, pois é seu testemunho que você está dando todo dia. 8. Ore ao chegar e ao sair de seu trabalho. 1.3.2.2 – No trato do Crente como Chefe no Trabalho Em Ef 6.9, encontramos algumas dicas sobre como ser um Cristão no trabalho: a) A Conduta do Empregador em Relação aos seus Colaboradores Paulo não ameniza as responsabilidades dos senhores, mas as tornam iguais às dos servos. Os direitos e privilégios dos senhores (patrões), têm suas próprias características, mas não diminuem em nada as responsabilidades inerentes. A conduta dos senhores para com os servos é notada e caracterizada por alguns itens, que apresentaremos. 182 183 b) Reciprocidade "E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles". Os mesmos princípios que regem as responsabilidades dos servos devem reger as dos senhores. As atitudes externas são distintas das atividades dos servos, mas o princípio aponta para um só alvo — o Senhor Jesus. O que é reciprocidade? É qualidade de recíproco, isto é, aquilo que é válido para duas pessoas. E o mesmo que dar em troca. Se o servo faz tudo "como ao Senhor", se serve "de coração" e "com boa vontade", e serve "fazendo a vontade de Deus", resta tão-somente aos senhores que ajam para com os seus subordinados com o mesmo espírito. A reciprocidade não anula o respeito devido dos servos, mas aumenta esse respeito, porque ambos servem "como ao Senhor". c) Respeitabilidade "Deixando as ameaças". Todo patrão crente tem de agir de acordo com os princípios cristãos. Dignidade e respeito são duas coisas que devem reger as mentes tanto dos senhores, como dos servos. Todo patrão ou senhor tem direito a exigências relacionadas com as atividades de seus empregados, sem, contudo exibir senhorio com maus tratos e sentimentos perversos para com seus subordinados. "Ameaças" primitivas eram formas de intimidação usadas contra os escravos pelos seus senhores nos dias apostólicos. Paulo abomina essa forma de intimidação, que é própria dos 183 184 infiéis, mas não do crente. O respeito deve ser mútuo, tanto do patrão como do empregado. Essa respeitabilidade deve permear todas as atividades relativas aos senhores e servos, patrões e empregados, porque diante do Senhor Jesus, os direitos e privilégios são iguais a todos os homens. O próprio texto indica isso: "sabendo que o Senhor [Jesus] deles [dos servos] e vosso [dos senhores] está nos céus". A afirmação de que o "Senhor está nos céus" é para confirmar a autoridade suprema de Jesus sobre todos os seres humanos. Todos os crentes em Cristo o servem porque reconhecem a sua soberania, sob a qual têm sujeitas todas as coisas. d) Igualdade "... para com Ele não há acepção de pessoas". Nossa responsabilidade mútua é exigida pelo Senhor em sua Palavra (a Bíblia). Aprendemos que, apesar de haver algumas diferenças no plano terreno entre os seres humanos, "não há acepção de pessoas" para Deus. Ele nos vê sob o mesmo nível de necessidade. Raça, cor, nação ou tribo são a mesma coisa diante de Deus. Um dia, toda a humanidade reconhecerá plenamente o senhorio de Cristo e o conhecimento dele encherá a Terra. 1.3.2.3 – Com os Colegas no Trabalho 184 185 A Conduta dos Crentes como Funcionários — 6.5-8 A conduta dos crentes fiéis é notada mediante o cumprimento dos deveres inerentes a por eles. a) Obediência — v. 5 "Vós, servos, obedecei a vossos senhores". Duas palavras do texto original aparecem aqui — "obedecei" e "servos", que se destacam na elucidação do texto. A palavra "obedecer" é upakouo e a palavra "servo" é doulos. A obediência do servo ao seu senhor é uma questão natural, porque ele depende dela para a sua própria subsistência. Deve-se encarar o fato de que Paulo ensinava esse tipo de relacionamento para a gente de seus dias, quando os conceitos e estruturas sociais eram outros. Entretanto, a validade do texto hoje é aceita mediante o caráter espiritual do ensino. Hoje não temos escravos e senhores, mas temos empregados e patrões. O que Paulo tornou universal em seu ensino é o fato de que aquele que se submete a um patrão hoje precisa reconhecer que isso é para o seu próprio bem. Ninguém escapa a algum tipo de autoridade. Não há um ser humano sobre a Terra que seja totalmente independente. Assim como na família o chefe é o pai, assim também o patrão exerce a chefia sobre os seus empregados. Por isso, aquele que trabalha honestamente e procura cumprir seus compromissos com o patrão deve fazer o seu trabalho como se estivesse fazendo "ao Senhor". O trabalho deve ter uma razão, isto é, um motivo para ser feito. E esse motivo é Cristo, o Senhor. O servo 185 186 trabalha por necessidade material e por necessidade espiritual. A obediência dos servos tem duas esferas de alcance — a terrena e a celestial. Notemos a colocação do texto: "Obedecei a vossos senhores segundo a carne". A esfera terrena da obediência é "segundo a carne". Diz respeito à obediência dos servos aos seus senhores. O final do versículo apresenta a esfera celestial da obediência: "como a Cristo". b) Respeito e solicitude — v. 5 "... com temor e tremor". Essa parte da frase tem uma conotação espiritual, não material. Não se trata de algum tipo de medo que o servo deva ter, mas o respeito devido a quem é autoridade e de quem precisa ser reconhecido como tal. A palavra "tremor" tem uma conotação especial. O empregado (ou servo) deve trabalhar e submeter-se com "tremor", isto é, com o sentido de responsabilidade e prontidão. Quando o empregado age com solicitude para com os patrões, reconhece que eles são importantes, pois depende deles. Solicitude é virtude própria do cristão. c) Sinceridade de coração — vv. 5,6 "na sinceridade de vossos corações" (v. 5). Ser sincero é ser íntegro em ações e palavras. O verdadeiro servo é aquele que procura servir com inteireza de coração. Não faz nada que traia essa singeleza e faz tudo de "boa vontade" (v. 7), não apenas para agradar à vista. A 186 187 sinceridade deve permear o coração e a vida do crente em quaisquer circunstâncias. Por isso, o fiel servo trabalha não para ser visto pelos homens, mas para agradar a Deus. O servo fiel, isto é, o trabalhador comum, obedece ao seu patrão porque, como crente, ele está fazendo, assim, a vontade de Deus. Em outras palavras, aquele que sabe ser fiel para com os homens o será para com Deus. Aquele que não sabe fazer a vontade de seus patrões (autoridades) não saberá fazer a "vontade de Deus" (v. 6). d) Servindo, como a Cristo — vv. 5,6 "... como a Cristo" (v. 5). O crente que serve a Cristo em tudo lhe obedece e reconhece a sua autoridade sobre ele. Por isso, o crente mostra submissão espontânea e honesta aos que exercem autoridade sobre si; isso faz parte da vida cristã. Os requisitos da obediência a Cristo incluem a obediência aos patrões e às autoridades constituídas sobre nós. "... não servindo à vista" (v. 6). Todo trabalhador honesto consigo mesmo o é também com os seus superiores, bem como para com Deus. O servidor fiel, a tempo e fora de tempo, na presença ou na ausência dos patrões, cumpre seu dever com dignidade e respeito. E natural que o bom trabalhador deseje agradar aos seus 187 188 superiores. Entretanto, a validade dessa atitude à vista do chefe, ou patrão, será reconhecida mediante o cumprimento justo e honesto dos serviços mesmo na ausência deles. O que Paulo quer destacar com a expressão "não servindo à vista", é que devemos cumprir nossas obrigações em qualquer ocasião, à vista ou não dos nossos superiores. A continuação da frase mostra a diferença das atitudes de crentes e não crentes para com seus patrões. Estes últimos procuram servir à vista "como para agradar aos homens". O mais importante no servo fiel é a consciência do fato de que sua fidelidade e serviço deve-se a Cristo. E a Ele a quem servimos antes de tudo, conforme expressa a frase: "mas como servos de Cristo". O serviço que prestamos aos homens dos quais somos subordinados também deve ser feito "de coração" (v. 6). Servir "de coração" é servir com espontaneidade e sensibilidade. Nada deve ser feito à força e com mau gosto, porque quando obedecemos aos homens no cumprimento do dever, estamos fazendo a "vontade de Deus" (v. 6). Se sabemos que essa submissão implica em fazer a vontade divina, devemos cumpri-la "de coração". e) Servindo de boa vontade — v. 7 "... servindo de boa vontade, como ao Senhor". O sublime motivo da obediência está no fato de que, por mais humilde que seja a posição que tenhamos diante dos homens, e até que sejamos esquecidos deles, estamos obedecendo a Deus e servindo a Ele. Por mais amarga que 188 189 seja a nossa condição de subordinados nas atitudes materiais, sociais e espirituais, não podemos esquecer que, se obedecemos, que o façamos "de boa vontade", pois estamos servindo ao Senhor! f) Certificados da recompensa do Senhor — v. 8 "Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer". O texto menciona a recompensa dos fiéis no Tribunal de Cristo, logo após o arrebatamento da Igreja. "Sabendo" indica um fato conhecido e esperado por todos os que servem ao Senhor. Todo crente tem consciência de que suas obras serão julgadas por Cristo no seu Tribunal (2 Co 5.10), e "cada um" receberá seu galardão. "Cada um". Não se trata de um julgamento em massa, mas individual. Cada crente salvo terá suas obras passadas pelos livros do Senhor, e "todo o bem que fizer", assim como o mal que fizer, passará pelo Tribunal de Cristo. 1.3.2.4 – Trato Com o Espaço de Trabalho 189 190 Gosto muito desse trecho do livro: : Motivado Para Vencer Vol. 3 de D' Cartio. Sobre o Comportamento do Crente no Trabalho. PARE TUDO! Você chegou ao seu trabalho. Ore, agradeça e peça direção. Cumprimente seus colegas. Isso se chama Amizade. Deseje a cada um o melhor. Isso s chama Sinceridade. Faça a agenda e programe seu dia. Isso se chama Reflexão. Agora com tudo planejado, Comece a trabalhar. Isso se chama Ação. Acredite que tudo irá dar certo, Isso se chama Fé. Faça tudo com alegria. Isso se chama Entusiasmo. Dê o melhor de si. Isso se chama Perfeição. Ajude aquele que tem mais dificuldades do que você. Isso se chama Solidariedade. Compreenda que nem todos estão na mesma sintonia. Isso se chama Tolerância. Receba as bênçãos com gratidão. Isso se chama Humildade. 190 191 Deus está com você. Isso se chama Amor! O ambiente de trabalho talvez seja um dos mais difíceis para manter-se um bom testemunho. Isso ocorre em virtude das pressões do cotidiano, das diferenças de credos, influências tradicionais, exigências de habilidades especiais de relacionamento e uma série de variáveis intervenientes no contexto organizacional. Entretanto, não há desculpas plausíveis porque a Palavra de Deus imperativamente afirma em Efésios 5:8 que aqueles que são luz no Senhor, devem andar como filhos da luz. É preciso encarar o local de trabalho como uma oportunidade de treinamento para o serviço no Reino de Deus e a partir de uma ética cristã definir e consolidar a carreira profissional. Isso não significa necessariamente que você se filiará a uma missão local ou transcultural. É primeiramente uma forma de viver em Cristo, onde Deus o colocar, seja em uma empresa pública ou privada, de natureza eclesiástica ou trabalhando como autônomo. O verdadeiro cristão é crente em todo o tempo e lugar. Sirva a Deus não somente na adoração nos momentos de culto, mas também na carreira profissional e em todos os âmbitos de sua vida! Nós temos a mente de Cristo (1 Cor. 2:16); e, portanto, somos exortados à não conformação com este mundo pela transformação de nossa mente (Rom. 12:2). Lembre-se que os servos de Deus vivem neste mundo mas 191 192 não são deste mundo; este mundo é o mundo da Criação de Deus. Reconheça que Ele é Senhor Soberano sobre tudo e sobre todos os seres vivos. Ele sustenta o universo em todas as dimensões. Todas as fontes da vida estão em Deus (Sl 87:7b). A Palavra de Deus diz que a submissão às autoridades é necessária porque toda autoridade que há foi dada por Deus (Rm 13:1). Portanto, se tem dificuldade em submeter-se às ordens dadas, saiba que está pecando, então peça a Deus que lhe dê domínio-próprio e flexibilidade para desempenhar seu propósito em sua vida profissional. Ao chegar no local de trabalho não deixe de orar pelos seus superiores e companheiros de trabalho, e, também por sua desenvoltura para cumprir o papel que lhe é requerido. Esteja certo que Deus o levou ali. Use sua criatividade e descubra outros companheiros cristãos. Organize-se. Seja líder! “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo somente à vista como para agradar aos homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor e tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens sabendo que do Senhor recebereis como recompensa a herança; servi a Cristo, o Senhor. Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e nisso não há acepção de pessoas” (Cl 3:22-25). Na empresa prepare-se para melhor atender à missão da empresa e também deixar em evidência a pessoa de Cristo em sua vida. O Espírito Santo irá guiá-lo quando você pedir-lhe ajuda! Seja presente de uma forma criativa, 192 193 equilibrada, mas antes de tudo, seja um líder, pescador de almas pelo seu próprio testemunho. Leia, estude, avalie e descubra a melhor forma de agir e influenciar seus colegas de trabalho. A empresa é local de trabalho de ganhar o pão. Respeite as regras de sua empresa. A melhor forma de pregar o evangelho das boas novas é ter um bom testemunho de vida. Quando a luz de Jesus brilhar em sua face em todo o tempo e lugar, com certeza, atrairá mais e mais almas para o Reino de Deus. Defina seus objetivos nos vários aspectos de sua vida profissional, social, na vida familiar, bem como na igreja. Enfim, cuida de ti mesmo e da sã doutrina (1 Tim. 4:16). Disciplina espiritual é ainda manter a palavra quando empenhá-la em algo, ser honesto no cumprimento das tarefas; ter uma atitude correta nos diversos ambientes, festas, atividades culturais entre outras. Esteja pronto para ter uma atitude crítica diante das diversas situações e saber identificar nelas tanto a beleza da graça comum ou a inimizade e rebeldia contra Deus. O seu testemunho deve ser sempre verdadeiro e honesto em todas as circunstâncias, mesmo que, ao fazê-lo, estejam expondo deficiências suas, mas sempre demonstre que você está disposto a melhorar com a ajuda do Espírito Santo de Deus. Seja companheiro, use o bom senso, o reconhecimento das limitações pessoais e o recorra aos colegas para a solução de problemas. Trate os erros eventuais e involuntários sempre como oportunidades de treinamento e crescimento. 193 194 Quando a vontade divina é a autoridade, a obediência aos mandamentos divinos ou aos textos bíblicos é a conduta aceitável. Portanto, você não pode conformar-se com as qualidades atribuídas à natureza humana. Quando quem rege é a razão, se espera que a conduta moral resulte de um pensamento racional. Use a razão em conformidade com a Palavra de Deus que lhe fornece inúmeros modelos para aplicar em sua vida. Seja um cidadão digno. A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Busque orientação na Palavra de Deus, pois assim, você poderá saber se o seu comportamento do crente está ou não sendo correto no seu local de trabalho. O seu testemunho, a sua conduta de crente, é um fator de muita importância em todas as áreas de sua vida, uma vez que pode ou edificar ao companheiro de trabalho ou até mesmo bloquear o desejo dele conhecer e aceitar o Senhor Jesus. Portanto, é necessário que você vigie suas atitudes para que seus cooperadores profissionais possam ansiar em entrar para o Reino de Deus. A conduta ideal é aquela que está permeada pelos princípios bíblicos. Uma vida que honra a Cristo e onde o Seu amor é derramado em nosso coração. O princípio do amor deve andar lado a lado com você, para que com isso possa crescer profissionalmente e levar uma vida mais salutar. 194 195 Se você é empregador, saiba que segundo a Palavra de Deus o empregador não pode defraudar (enganar) seus empregados. Alguns sempre dão um “jeitinho” para pagar menos ao trabalhador, seja arranjando algum tipo de desconto, ou até mesmo diminuindo o valor da comissão por qualquer pretexto. Tempos atrás conversava sobre isso com um irmão que é empresário. Fiquei estarrecido quando ele disse que quando o funcionário comissionado estabiliza sua produção num determinado nível, alguns empregadores, então, diminuem o valor da comissão forçando-o a trabalhar mais. Essa atitude é abominável ao Senhor, e Ele exercerá juízo contra todos que enganam o seu próximo para levar vantagem, aproveitando-se da situação porque ele precisa trabalhar, sendo obrigado a se sujeitar a humilhações como esta. “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” – Lv.19:13. “No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que o sol se ponha; porquanto é pobre e está contando com isso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado” – Dt. 24:15. “Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos” – Tg. 5:4. 195 196 O Senhor supre as necessidades do empregado através do empregador. Ele é um anjo de Deus para abençoar o trabalhador. Está pecando o que retém o salário do seu empregado. O empregador deve pagar um salário justo e em dia, porque o empregado depende dele para comer. Por fim, o empregador deve, também, orar para que tenha funcionários que levem Deus a sério. 1.3.3 – Na Escola ou Faculdade Hoje em dia é muito comum ver jovens cristãos que ao ingressarem em uma Universidade, passam a ter seu caráter provado, e em meio a essa fase de transição e também cheia de novidades, com novos conhecimentos e novas amizades, se afastam e terminam por se desviarem do caminho do Senhor. Muitos até mesmo ficam céticos e passam a desacreditar em Jesus e em Sua obra redentora, sendo cegados pelo entendimento do século presente, se enchendo de muito conhecimento secular, porém de pouca sabedoria, pois a sabedoria vêm de Deus, e com essa cegueira espiritual o jovem se afasta da fonte de toda sabedoria. "E os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os muitos do que ensinam 196 197 a justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e selas esse livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para a outra e o conhecimento se multiplicará." Daniel 12:3 e 4. Outro dado preocupante no Brasil: Cerca de 40% dos jovens cristãos permanecem nas igrejas após a Universidade, e apenas 16% sente-se preparados por seus respectivos ministérios para permanecerem firmes na fé após o período universitário, trazendo a tona aquele velho debate sobre a fé cristã e a vivência acadêmica. A vida cristã por si só já é um verdadeiro desafio, afinal "muitas são as aflições do justo, mas Deus o livra de todos" Sl 34:19. Um grande desafio que o cristão enfrenta é o bombardeio intelectual, pois as faculdades expõe os mesmos a pensamentos filosóficos e teorias formuladas por pensadores ateus, agnósticos ou céticos, que colocam as ciências acima de tudo, e fazem críticas duras à igreja e a Deus como Voltaire, Nietzche, Russeou, Maquiavel, Marx, Hans Kelsen entre outros. Com essas novas doutrinas e ensinamentos o jovem passa a crer que é necessário que ele amadureça, e nesse processo se afaste de toda crença ou espiritualidade para que de fato venha a conhecer como o mundo funciona. Ensinam que precisam ter uma nova percepção da vida , procurando cada vez mais independência e liberdade para romper com paradigmas e "tabus" estabelecidos e vivenciados anteriormente. A bíblia ensina que a verdadeira 197 198 liberdade só se tem em Cristo Jesus. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." João 8:36. Esses ensinamentos contribuem para o afastamento dos jovens de Cristo, do caminho e de sua missão dada por Deus na Terra. Bem, somado a isso tudo, este impulso e desejo de procurar liberdade e independência é ampliado pela influencia das más amizades que muitas vezes se formam nas Universidades. Essas influências passam a incutir na cabeça do jovem cristão que ele deve "curtir" a vida com festas, álcool e sexualidade deturpada etc. O Jovem cristão, dessa forma, se não estiver firme em Deus, quebra princípios e valores bíblicos, peca e é levado a se desviar de qualquer propósito de vida estabelecido por Deus. Na universidade o estudante, semanalmente, está repleto de convites para festinhas, barzinhos e showzinhos. O acesso às drogas e todo tipo de vício é fácil. O ambiente é promíscuo, com as roupas indecentes e o comportamento imoral dos alunos. Todo tipo de piada, blasfêmias e ridicularizações são feitas constantemente. Sem falar que é preciso enfrentar o ateísmo e as duras críticas contra Deus, o Cristianismo e a Igreja, feita pelos professores e escritores. Entretanto acredito que um crente que realmente está firmado em Deus e na Sua Palavra, ao adentrar numa Faculdade de Ensino, por mais que a sua fé seja provada, o mesmo não terá motivos para esfriar e nem tão pouco para 198 199 negar a fé em Deus. Os que depois de adentrarem numa Universidade, esfriam e negam a fé que antes professavam em Deus, é porque quando entraram lá, já não tinham uma estrutura de fé sólida, para serem confrontados, pois um crente quanto mais tem a sua fé confrontada, mas a fé do mesmo é acrescentada, pois é nos desafios maiores que o crente pelo comum se aproxima mais de Deus, e quanto mais o crente busca a Deus, mais o encontra. Conforme está escrito: ''Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós''. (Tiago 4. 7a). Quando minha filha mais velha Cursou a Faculdade foi um tempo suficiente para concluir que, por mais que a formação universitária seja ótima para construir um bom futuro financeiro e profissional, ela não deixa de ser um ambiente desregrado comandado pela sua maioria por jovens que fazem de suas próprias vidas um mar de lixo. O ambiente de faculdade é uma verdadeira mesa com manjares. São tentadores e diabólicos, recheados com toda a sorte de depravações morais e desvios de comportamento e caráter. Antes de ela entrar, sabia mais ou menos o que a esperaria e por isso a aconselhei logo a se envolver com irmãos de fé para que pudessem criar o próprio ambiente dentro e fora das salas de aulas. E graças a isso ela pode dar bom testemunho e foi usada por Deus para levar um jovem a se converter e ver hoje em dia ele como líder de adolescentes na igreja. 199 200 Mas não vou mentir. É um ambiente cheio de lutas e tentações. Se não estivermos preparados satanás coloca nossa fraqueza diante de nossos olhos para nos atrair e destruir. Em muitos casos podemos encarar a entrada a uma faculdade a uma porta para o inferno. E se você é cristão e deseja ingressar numa faculdade, vá e se forme, mas nunca e digo novamente…NUNCA deixe de ir a igreja e orar a Deus no seu dia a dia, afim de se preparar para os dias difíceis. Ah, e nada de colar nas provas. Estude o máximo que puder para não precisar disso. 1.3.3.1 – No Trato Com os Professores Nossos jovens têm sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa, por exemplo, transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja. Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então? 200 201 A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é infalível Palavra de Deus. A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude "armas" espirituais capazes de anular sofismas. A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus inquiridores o porque da sua fé. A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens. A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização 201 202 "mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons. A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida. Que Deus nos ajude diante da hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade. - E o Professor Crente? 1.3.3.1.1 - O ANDAR DO PROFESSOR CRISTÃO Os tempos definitivamente já mudaram. Somente nos lugares mais afastados e remotos no Brasil se encontra uma escolinha de uma sala só onde a professora dá aula para várias séries juntas. Também, dificilmente se ensina com aquela cartilha dos velhos tempos. Agora usamos multimídia, lousa interativa, ensino diferenciado, salas integradas e muita burocracia. O ensino realmente mudou, mas o coração do professor permanece o mesmo e o caminho que ele (a) trilha 202 203 diariamente também. Têm dias que o caminho é recompensador e gratificante, mas têm outros que o andar se torna exaustivo e frustrante. É nessa hora que a tentação é desistir e sair correndo para escapar das pressões e estresse da sala de aula. O professor pode chegar ao ponto de desviar, desistir e se esconder desse caminho que escolheu. A história de Hagar, em Gênesis 16, nos emociona: é uma série de eventos que nos faz pensar e perguntar, “...de onde você (Hagar) vem? Para onde vai?” Nós a encontramos com o anjo do Senhor, “perto de uma fonte no deserto, no caminho de Sur”. É interessante que ela tem um endereço tão detalhado no deserto – não era qualquer fonte, mas a fonte no caminho para Sur. É tão intrigante quanto à questão feita pelo anjo: “Hagar, serva de Sarai, de onde você vem? Para onde você vai?” Nessa questão perspicaz (e os professores não gostam de questões perspicazes?) podemos enxergar três verbos de ação começando, todos com a letra “R” e relacionados à jornada do professor. Talvez, onde você se encontra em sua carreira acadêmica, você esteja avaliando as escolhas já feitas e pensando em outras possibilidades futuras disponíveis. É extremamente importante notar que o anjo identificou Hagar não somente pelo nome, mas pela profissão também. “Hagar, serva de Sarai”. Quantas vezes 203 204 você foi apresentada como “a professora do Renatinho”, ou “meu professor do 5º ano”? Enquanto o rótulo “professor” descreve você e sua profissão, é fascinante pesquisar a história da palavra e entender que o seu significado é semelhante à palavra “lembrança”. Não poderia ser mais apropriado! Professores fazem parte da lembrança da infância de todos os alunos. Enquanto os anos passam e os alunos passam pela sua sala, cada um sai com uma lembrança de você: uma informação valiosa, um conselho, uma palavra de incentivo que nunca esquecerão. Talvez, primeiramente, você precise parar e refletir a respeito dessa verdade. O primeiro “R” na viagem de Hagar nos lembra que é preciso REPOUSAR. O texto nos diz que “o anjo do Senhor encontrou Hagar perto de uma fonte no deserto”. Ela deve ter parado ali para se refrescar e repousar. Ensinar é, simplesmente, exaustivo. Você está constantemente dando de si na sala de aula e isto, em si, pode resultar em cansaço, sem levar em conta as suas responsabilidades com reuniões pedagógicas, reuniões com os pais, planejamentos, cursos de aperfeiçoamento profissional, etc. Você já parou perto da fonte, recentemente, para saciar a sua sede da Fonte de Água Viva? No e vangelho de João, capítulo 7, Jesus ofereceu este grande convite, “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” Este verbo é de uma ação continua, que realmente quer dizer “deixe ele continuar vindo e continuar bebendo.” Só tem um caminho que garante que você sempre terá os recursos para atuar, para se doar na sala de aula, e esse 204 205 caminho é continuar se enchendo do Senhor Jesus. “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” Como educador Cristão, você oferece mais do que os fundamentos acadêmicos, você procura a ensinar lições eternas também. Você tem a oportunidade de oferecer esperança aos seus alunos. O segundo “R” da viagem de Hagar é de RELEMBRAR. Enquanto o anjo olha e identifica Hagar, suas próximas palavras são impressionantes. “...de onde você vem? Para onde vai?” Ele, gentilmente, aconselha Hagar a olhar para trás e relembrar o seu lar. Alguns teólogos acreditam que Hagar foi dada a Abrão e Sarai por Faraó (Gênesis 12). Se essa suposição for correta, então Hagar estava morando e viajando com eles durante muitos anos. Obviamente, a vida tinha sido meio traumática e recentemente ela tinha sido muito mal tratada, mas Deus, na sua infinita sabedoria, desafiou Hagar a olhar para trás, refletir e relembrar. Talvez você precise fazer o mesmo. Como foi que você escolheu o magistério? Você estava atendendo a um chamado de Deus para a sua vida? Se a resposta for sim, Ele mudou este chamado? Que memórias e lembranças estão guardadas na sua mente que têm feito você parar, pensar e confirmar que você realmente transformou e impactou a vida de pessoas e 205 206 que agora, essas mesmas pessoas estão impactando outras? Quais rostos vêm à sua memória e fazem você sorrir quando relembra certos momentos de sua classe que foram mais especiais e marcantes que outros? Veja professor… que caminho trilhou até agora? Relembre... E, finalmente, enquanto você está relembrando, gaste algum tempo para REAVALIAR– nosso terceiro “R”. Muitas vezes nós baseamos nossa ideia de realização dentro da perspectiva de sucesso secular. Durante os anos do Seu ministério público, Jesus foi chamado “Rabi” ou “Mestre”. No evangelho de Mateus, lemos que “Jesus foi por toda a Galileia, ensinando...”. Será que Jesus, o Filho do homem, que também era totalmente Deus, era tão acessível porque Ele era um educador compassivo? Será que Ele foi um educador de sucesso por causa dessa qualidade? Ensinar requer a transmissão da verdade e conhecimento com amor e graça. Jesus era o Professor Mestre, e se você estiver refletindo sobre o caminho que está diante de você, seria interessante gastar algum tempo estudando a vida de Jesus e os anos que gastou ensinando. Uma viagem pelo Evangelho de Marcos nos dá uma ideia dos Seus “planos de aula”. Enquanto Jesus viajava passando pelas cidades e vilarejos Ele aproveitava todas as oportunidades de derramar graça e instruir o povo pelo qual tinha tanta compaixão. Nessa caminhada com Jesus, os seus discípulos desejavam alguma lembrança da Sua glória e pediram, 206 207 conforme o evangelho de Marcos capítulo 10, o privilégio de sentar à sua direita e à sua esquerda em Sua Glória. Mas, Jesus repreendeu essa ideia e, mais uma vez, ensinou-lhes um princípio básico do andar do educador cristão, dando de si mesmo como um exemplo incomparável. “Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo... Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Marcos 10.43, 45 Ensinar é servir, servir é ser como Cristo. Enquanto você reavalia a sua vida, pergunte a si mesmo: “Como posso ser semelhante a Cristo em minha sala de aula?” Repouse, relembre e reavalie. Abra seu coração para o ensino suave da Palavra do Senhor e deixe que essas palavras sejam a sua oração: Que o meu ensino caia como chuva E as minhas palavras desçam como orvalho, Como chuva branda sobre o pasto novo, Como garoa sobre tenras plantas. Proclamarei o nome do Senhor. Louvem a grandeza do nosso Deus! DEUT. 32.2-3 207 208 1.3.3.1.2 - POSTURA DE UM PROFESSOR Com o objetivo de ajudar os professores a serem mais efetivos no seu ofício, seguem algumas dicas de como deve ser a postura frente a sua classe. A dica serve também para quem lida diretamente com público já que é pertinente ao convívio social, porém, escrevo especialmente aos professores e demais envolvidos com a missão De lecionar. Crianças, pré-adolescentes, adolescentes, jovens, adultos e idosos, cada faixa etária tem suas características próprias. Diferentemente do que se possa pensar ou parecer, à primeira vista, as regras de postura social não são uma expressão de soberba ou vaidade. Muito menos figuram como entrave ao convívio cristão. Ao contrário, são fatores relevantes no desenvolvimento de uma boa aula e estão inter-relacionados com a educação, além de constituírem deveres do bom cristão. 1) Comece sempre a aula na hora marcada para incentivar e premiar o aluno pontual, mesmo que apenas uma única pessoa esteja presente. Outros chegarão. Se não chegarem, não se preocupe, porque a lição será apenas àquele presente. Ainda assim você será usado por Deus. Não se deixe intimidar ou afetar psicologicamente pela ausência. Dê apenas uma justificativa. Não caia no erro de ficar explicando os possíveis motivos pelos quais os demais alunos não compareceram à aula. 208 209 2) Cumprimente cada um que entra como se fosse um candidato à presidente da República. É muito importante que os estudantes saibam e experimentem que a sua classe é a mais amistosa do planeta. 3) Faça de sua classe uma prioridade. O melhor método de demonstrar à sua classe que ela é sua prioridade é você encará-la como prioridade nos seus interesses. Quanto melhor preparado estiver o professor, mais facilidade terá em responder às eventuais perguntas com sinceridade, mesmo que seja para agendar a resposta para uma próxima aula. 4) Recompense o empenho dos que são assíduos de forma mais consistente. Envie um e-mail, dê um cartão ou crie alguma outra forma de incentivo extra que seja capaz de demonstrar apreciação por sua constância e ainda ajude a pessoa a superar suas limitações na aprendizagem. 5) Dê bom acolhimento ao atrasado, não o puna. Capture a atenção dele com uma rápida sinopse do que você está ensinando à classe. Emende: "Maria, temos satisfação pelo fato de que, mesmo atrasada, você tenha perseverado em estar conosco. nós estamos discutindo hoje o assunto é tal. 6) Deixe para saber, em particular, o que motivou o atraso. Ouça os motivos, ofereça ajuda, apoio e um conselho estimulante para que o fato não venha se repetir. Caso haja 209 210 reincidência, mantenha a paciência e pense em nova estratégia para ajudar a pessoa. 7) No caso do atraso crônico, é preciso que se investigue os motivos que levam a esse comportamento. Cabe ao professor conversar com o indivíduo, em particular, e explicar-lhe, de modo a conscientizá-lo, que a Igreja se preocupa com ele não só do ponto de vista da constituição espiritual, mas também em sua formação como cidadão. O atrasado crônico pode vir a ser um preguiçoso, o que fatalmente trará implicações à sua vida profissional (Eclesiastes 10.18). 8) Àqueles que faltaram à classe, nunca diga: "Onde você estava?", porém "Sentimos muito a sua falta". A primeira frase já deixa o aluno na defensiva, porque se sente cobrado. A segunda denota interesse sincero. Tratá-los como pessoas maduras dá mais resultado, pois os estimula a agir como tal. 9) Um polegar erguido, um aceno, um piscar de olho ou um toque precisam ser percebidos e valorizados. Quanto antes forem atendidos, menos você terá negligenciado em demonstrar a estima e o apreço aos alunos. 10) Alunos não gostam de olhares indiferentes, de palavras arrogantes nem de gestos bruscos. Daí manter a concentração durante todo período de aula é fundamental para poder transmitir equilíbrio aos alunos. Lembre-se de que muitos chegam à aula depois de terem enfrentado uma verdadeira guerra espiritual. 210 211 "...se é ensinar, haja dedicação ao ensino;" Rm 12.7 1.3.3.2 – Com outros Alunos na Universidade Quais devem ser então, as características que um universitário cristão deve mostrar frente a seus colegas? Vejamos: O universitário cristão precisa, antes de tudo, ter profunda convicção da fé em Jesus Cristo. Para isso deve ter comunhão diária com Deus. Precisa de saúde espiritual. Assim ele viverá um cristianismo contagiante. A presença de Deus será perceptível, e seu testemunho poderoso. O universitário cristão precisa conhecer a Bíblia a fundo. Na universidade não há espaço para brincadeiras, por isso é preciso saber defender consistentemente a fé cristã. O universitário cristão precisa ser um aluno exemplar. Precisa estudar o dobro que os outros. Deve fazer tudo com excelência, se superar, e ser a referência. E nunca colar. O universitário cristão também precisa compreender o mundo. Não pode ficar apático e indiferente aos temas políticos e sociais. Precisa ser atuante. Deve se posicionar diante dos acontecimentos do mundo com uma perspectiva cristã, e influenciar os outros 211 212 com suas opiniões. Suas idéias devem ser sempre relevantes. O universitário cristão precisa se conscientizar que ele é um formador de opinião. Precisamos de escritores, professores, cronistas que interpretem o mundo com uma mente cristã! O universitário cristão é um missionário num campus de evangelização. Deve pregar a tempo e fora de tempo. Deve ter sempre uma mensagem significativa para os não-cristãos. O universitário cristão tem que ser parecido com Cristo! Deus nos capacite! Não podemos ser acomodados. Não podemos ser vacilantes na fé. Devemos sim, viver um cristianismo vivo, ousado, consciente e fervoroso! Que todos os universitários cristãos possam resplandecer a luz de Cristo! Que nesta sociedade corrompida e depravada, cada um se torne uma referência da vida plena e abundante que há em Cristo Jesus. 1.3.3.3 – Com a Classe 20 DICAS PARA SER UM BOM ALUNO NA CLASSE: 1.3.3.3.1. SIGA O MAPA DE SALA 212 213 Dependendo da série em que você estiver e até mesmo da quantidade de alunos na sala, os professores acham que a melhor maneira de controlar e favorecer o aprendizado de todos é por meio de um mapa que indica onde cada estudante deve se sentar. Se esse for o seu caso, siga o mapa. Os seus professores têm um motivo para querer você sentado em determinado lugar e não em outro. 1.3.3.3.2. MANTENHA UMA AGENDA Você pode se orgulhar da memória mais eficiente da sala, mas ainda assim não é um computador e pode deixar algo passar. Para evitar perder datas de provas ou prazos de entrega de trabalhos, mantenha uma agenda e anote nela todos os seus compromissos relacionados ao colégio. 1.3.3.3.3. TENHA FOCO Pode parecer óbvio pedir a um aluno que ele mantenha o foco, mas muitas vezes os estudantes simplesmente não sabem como fazer isso. Para evitar distrações, evite ficar olhando para a janela, para a porta ou mesmo para o que seus colegas estão fazendo. Concentre-se nas suas tarefas. 1.3.3.3.4. SEJA SÉRIO 213 214 Leve os seus estudos a sério. Tenha em mente que você está na escola por um motivo e que esse motivo é aprender. Não invente mentiras para faltar ou mesmo para escapar das aulas, como se fingir de doente ou dizer ao professor que precisa urgentemente ir ao banheiro. 1.3.3.3.5. QUESTIONE Nunca vá para casa com uma dúvida. Se você não está entendendo algo relacionado à matéria, pergunte. Nunca considere uma dúvida como sem importância. Lembre-se de que por mais boba que uma pergunta pareça, ela pode ser a dúvida de outros colegas de sala. 1.3.3.3.6. SEJA RESPEITOSO Evite interromper os professores ou colegas e quando quiser fazer alguma pergunta ou observação, levante a mão antes de fazê-lo. É claro que você tem direito de se expressar em sala de aula, mas procure respeitar os outros estudantes, eles também têm esse direito. 1.3.3.3.7. SEJA CONSCIENTE 214 215 A sala de aula não foi criada para que os estudantes vivam uma espécie de regime militar, no qual os alunos estão proibidos de conversar ou sequer olhar pro lado. No entanto, você também não deve aproveitar a liberdade que tem e passar a aula inteira rindo, conversando e se virando para trás ou para os lados. Isso atrapalha a concentração do seu professor e dos seus colegas. 1.3.3.3.8. COPIE A MATÉRIA Pode parecer a dica mais óbvia de todos os tempos, mas se o professor está escrevendo a matéria no quadro, provavelmente ela não está presente nos livros de referência que vocês utilizam em sala. Não perca tempo com as famosas perguntas do tipo “é para copiar?”. Pense que se não houvesse essa necessidade o seu professor não perderia tempo colocando essas informações no quadro. 1.3.3.3.9. PRESTE ATENÇÃO Outra dica aparentemente desnecessária, mas que é seguida por pouquíssimos alunos. A explicação do professor é o momento que você tem para compreender melhor os conceitos abordados no material de estudo e sanar as suas dúvidas. Portanto, essa não é a melhor hora 215 216 para desenhar, rabiscar o caderno dos amigos ou mandar bilhetinhos. 1.3.3.3.10. NÃO COLE Embora aquele velho ditado assegure que “quem não cola não sai da escola”, procure fazer diferente. Colando você não absorve o conteúdo e ainda corre o risco de ser pego e se envolver em situações, no mínimo, complicadas. 1.3.3.3.11. NÃO DISCUTA Você pode ter a certeza absoluta de que o seu professor está enganado no que está afirmando, mas se você não tiver argumentos que provem isso, fique quieto. Se não tiver razão, então, faça uso do silêncio. Discutir com o professor nunca traz nada de positivo para você. 1.3.3.3.12. NÃO CONVERSE COM PESSOAS DE FORA DURANTE A AULA Ninguém disse que você precisa fazer amizade apenas com os colegas da sua sala, ou do seu ano. Você 216 217 pode ter amigos em séries diferentes e os horários de vocês provavelmente não vão coincidir. Portanto, evite conversar com esses colegas durante o período de aulas, quando você os encontra no corredor, por exemplo. 1.3.3.3.13. FAÇA OS SEUS DEVERES Pode parecer chato e sem utilidade, mas os deveres de casa têm como objetivo fixar o conteúdo estudado durante a aula. Portanto, leve-os a sério. Fazer as suas tarefas de qualquer jeito não vai ajudar você a entender a matéria estudada e você pode sentir falta disso na hora da prova 1.3.3.3.14. EVITE SAIR DURANTE A EXPLICAÇÃO A não ser que seja um caso muito urgente, como você estar passando mal, evite sair da sala durante as explicações do professor. Embora possa parecer muito entediante escutar o professor de história falar sobre as inquisições na Idade Média, esse tipo de conteúdo será cobrado de você depois, então é melhor que você não perca os detalhes sobre ele. 1.3.3.3.15. NÃO FAÇA BRINCADEIRAS COM O SEU PROFESSOR 217 218 Alguns professores são muito divertidos e dão muita liberdade aos seus alunos, mas não se aproveite disso para atrapalhar a aula. Ficar se levantando o tempo todo para fazer brincadeiras ou mesmo indo até a lixeira sem necessidade são atitudes que podem deixar o seu professor irritado e acabar com a liberdade conquistada. 1.3.3.3.16. NÃO SEJA UM ALUNO APÁTICO Embora os professores não gostem daqueles alunos que conversam demais, atrapalham a aula e a concentração dos outros estudantes, eles também não esperam alunos silenciosos, que não se expressam e não participam da aula. Você pode conversar com os seus colegas, desde que seja sobre assuntos relacionados. 1.3.3.3.17. ESTUDE EM SALA Os exercícios pedidos pelos professores em sala de aula devem ser feitos lá. Não fique enrolando e esperando apenas pela correção, dedique-se, tente resolver os problemas propostos e conte com a ajuda do seu professor. Da mesma maneira, leve a sério a correção. 218 219 1.3.3.3.18. NÃO PERCA A MATÉRIA A frequência é importante para que você passe de ano, mas é claro que você precisará faltar em alguns dias. Quando isso acontecer, peça a algum colega de confiança que passe para você a matéria estudada naquele dia. Anote os deveres e copie a matéria, caso seja necessário. 1.3.3.3.19. SEJA RESPEITOSO Você pode detestar o professor de determinada matéria, mas precisa saber que ele é a figura de autoridade dentro da sala e, portanto, merece o seu respeito. Não grite ou fale palavrões em sala, isso transforma o ambiente de maneira negativa. 1.3.3.3.20. ESTUDE PARA AS PROVAS Você pode ser um excelente aluno, que realiza todas as tarefas e presta atenção em todas as explicações, mas se não estudar para as provas não terá como aplicar os seus conhecimentos. Dedique-se e crie planos de estudo que ajudem você a resumir a matéria necessária. 1.3.4 – NA SOCIEDADE EM QUE ESTAMOS INSERIDOS. 219 220 Há duas tendências muito fortes no ser humano: uma para buscar a autonomia, a autosuficiência, a independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma unidade maior. Essa unidade maior pode ser definida como a família, a nação, uma ideologia, ou seja, um universo maior que tenha um significado importante. Dessa forma o indivíduo se desenvolve, ultrapassa sua individualidade e busca a integração com os outros. Para se desenvolver de forma equilibrada, a pessoa precisa se comprometer, se adaptar, ceder. Tudo isso não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para o outro. A vida em sociedade fica mais fácil quando entendemos que dependemos uns dos outros para viver melhor, e que juntos somos mais fortes. Os seres humanos não vivem juntos apenas por escolha, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade. Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão, por não ter com quem compartilhar idéias, dar e receber afeto. Poderia até mesmo enlouquecer. Portanto, as pessoas satisfazem suas próprias necessidades vivendo em sociedade. 220 221 Quando a autoestima - a visão que a pessoa tem de si mesma - é positiva, o relacionamento em sociedade tornase mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social alimenta a autoestima positiva. Para manter um bom relacionamento com as outras pessoas são necessárias algumas condições básicas: sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos autoestima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e desconfianças que temos a respeito de nós mesmos. Em sociedade o eu e o outro sempre se relacionam, e as necessidades sociais vão sendo estabelecidas. Elogiamos e somos elogiados; compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos valorizados. Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós; discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte de nossa vida e nossa vida é parte do outro. Muitas pessoas se queixam de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra? A necessidade de nos mantermos unidos a outros seres humanos não é um capricho ou um desejo individual, 221 222 é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e referendada pela razão. Aproveite para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se como ser humano. Assim, você estará sempre motivado para praticar o bem e para o bem-estar de si mesmo e de todos os que convivem com você em sociedade. 1.3.4.1 – Com os Vizinhos Vizinhos são como uma família. Nós não queremos ofendê-los desnecessariamente, porque temos de conviver com eles. Nós precisamos ser ricos em boas obras para com todos, mas especialmente com nossos vizinhos. A Bíblia revela que este é um meio legítimo de evangelismo. Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5 : 16). É da vontade de Deus que ", fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;" (1 Pedro 2 : 15). Pecadores podem discordar com o que você acredita, mas vendo as vossas boas obras os farão pensar: "Eu não acredito no que ele acredita, mas ele com certeza acredita. Ele realmente é sincero em sua fé." É importante ser simpático e amigável, dar um presente sem nenhum motivo, bolos ou algum prato que acabou de fazer, etc. podem abrir caminho para o evangelismo. Ofereça-se para cortar a grama dos seus 222 223 vizinhos ou ajudar a fazer algum outro trabalho. Ofereça-se para pegar suas correspondências e jornais enquanto eles estão em férias. Elogiá-los em seu paisagismo e pedir dicas de jardinagem. Convidá-los para um churrasco ou sobremesa. Há muitas maneiras de demonstrar o amor de Cristo a seus vizinhos. Não esqueça de orar por uma oportunidade de compartilhar o evangelho, e estar preparado para quando isso acontecer. "Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe." (Provérbios 27 : 10). 1.3.4.2 –No Trato Com mendigos (Dar Esmolas) Quando alguém pede esmolas, o cristão deve dálas liberalmente ou não? A resposta mais fácil seria simplesmente citar Mt 5:42: "Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes". Também o Sl 41:1 "Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre". Há muitas outras passagens que mostram que a forma correta de um cristão agir é ajudando o pobre: Pv 21:13 O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido. Pv 28:27 O que dá ao pobre não terá necessidade, mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições. 223 224 1Jo 3:17-18 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. Podemos também aprender o mesmo princípio de ajuda ao necessitado na passagem que se refere particularmente aos gentios que ajudarão os "pequeninos irmãos" do Senhor na Grande Tribulação. Jesus aponta que aquela caridade teria o mesmo efeito de ter sido feita a ele próprio, uma identificação do Senhor com os seus que também pode ser vista no que ele diz a Saulo quando perseguia os cristãos: Em Mt 25:34-40 diz: Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. 224 225 Em At_22:7-8 lemos: Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues. A ordem de ajudar o pobre toma uma dimensão ainda mais séria quando lemos as passagens abaixo: João 14:15 Se me amais, guardai os meus mandamentos. Já em 1Jo 2:4 lemos: Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou. Mas sua dúvida também incluía a questão de prioridade: a quem ajudar primeiro? Em Gálatas temos um versículo que nos fala da prioridade para com os familiares e os da "família da fé", neste caso os irmãos: Vemos em 1Tm 5:8: Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. Ainda em Gál_6:10 lemos: Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. 225 226 Em outra passagem, quando os discípulos acharam um desperdício gastar dinheiro para honrar o Senhor, ele surpreendentemente mostrou que ele tem prioridade: Como vemos em Mt 26:8-11: E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres. Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Como sabemos que uma atitude de liberalidade poderia nos tornar presa fácil de espoliadores, e também que seria impossível acabar com a pobreza do mundo dando esmolas, precisamos recorrer a outras passagens para definir prioridades na hora de dar ao necessitado aquilo que Deus nos deu. Não podemos jamais nos esquecer de que somos meros mordomos, a quem o Senhor confia bens que devem ser usados, não apenas para nossas necessidades, mas também para sermos instrumentos nas mãos de Deus. Por isso, creio que a questão deve também levar em conta o que a Palavra diz de como administrarmos o que o Senhor coloca em nossas mãos. 226 227 Por exemplo, se alguém vem pedindo para eu ser fiador de algum aluguel ou negócio, se eu me limitar a seguir o que diz Mateus 5 ("Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes"), posso ser surpreendido por dissabores que Deus, em sua Palavra, já havia previsto: Em Pv 6:1 diz: Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho, E te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca; faze pois isto agora, filho meu, e livrate, já que caíste nas mãos do teu companheiro: vai, humilhate, e importuna o teu companheiro. Não dês sono aos teus olhos, nem deixes adormecer as tuas pálpebras. Livra-te, como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro. Portanto, devemos ajudar o pobre e dar a quem pede, mas sem deixarmos de considerar passagens como esta, principalmente porque o Senhor também nos alerta que estamos em um ambiente hostil, repleto de pessoas que irão querer nos enganar. Em Mt 10:16 lemos: Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Esta passagem ganha um significado ainda maior quando vemos hoje a cristandade em ruínas e muitos lobos vestidos em pele de cordeiro enganando os incautos com seus pedidos de dinheiro nos templos, na rádio e na TV. Há ainda um sem número de ONGS prometendo salvar crianças, curar doentes ou levar o evangelho aos povos não 227 228 alcançados. Poucos sabem que em muitas delas a parcela que efetivamente chega até o necessitado é pequena, comparada aos custos administrativos e, principalmente, despesas para levantar fundos. Dou um exemplo: um primo fazia parte de uma organização social e decidiu deixá-la quando fizeram um jantar beneficente para comprar uma cadeira de rodas. A arrecadação foi grande, o jantar foi um sucesso, e um paraplégico foi apresentado no palco do evento recebendo a cadeira sob o aplauso dos que ajudaram a comprá-la. Por que meu primo saiu? Porque o custo promocional -- leia-se o custo do jantar -- consumiu quase tudo. O que pagou a cadeira foi um resíduo. Se as mesmas pessoas quisessem contribuir para comprar cadeiras de rodas, sem interesse no jantar e evento social, a quantia teria dado rodas a vários paraplégicos, ao invés de apenas um. Portanto, antes de contribuir para qualquer instituição, procure saber qual a parcela que efetivamente chegará nas mãos do necessitado. Em alguns casos é melhor fazer a contribuição diretamente a quem necessita. Deus também tem uma palavra de alerta para o preguiçoso, que pode ser o caso daquele que se apresenta como pobre e mendigo, mas goza de perfeita saúde e condições para ganhar o seu pão: Em Pv 6:6-11 diz: Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. O preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a 228 229 tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; Assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado. Em 2Ts_3:10 lemos: Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Certa vez conheci uma Senhora que sempre estava na escadaria da Igreja Matriz de minha Cidade, no Interior de Pernambuco. E ela todos os dias de Missa, nos finais de Semana, ela estava lá pedindo esmola. Então, conversando com um dos amigos que ali estava, comentei que aquela Senhora sempre estava pedindo esmola aos fieis que entravam ou saiam da Igreja. Fiquei surpreso quando ele respondendo a minha pergunta disse que aquela senhora, apesar de ser pedinte, nunca fora pobre. Ela tinha um Sítio na Cidade Vizinha com pelo menos 15 cabeça de gado, mais de cem galinhas e vários cabritos, cabras, ovelhas e bodes, bem como porcos que ela Criava com seus dois netos de idade adulta. Diante de minha surpresa ele comentou: “besta é quem acredita nela”. Entretanto, devemos ajudar as pessoas e "Nunca julgue ninguém pela aparência". De onde menos se espera pode vir a ajuda. Um rapaz chegou na parada de ônibus do Centro do Recife, PE, Na Avenida Conde da Boa Vista, e pediu ajuda para completar o valor de uma passagem. O rapaz conseguiu R$1,50 faltando ainda R$1,00 para completar. Foi quando o morador de rua, tirou R$1,00 (duas moedas de R$0,50) e deu ao rapaz e disse: As pessoas sempre me ajudam, por que eu também não posso ajudar? 229 230 Uma atitude simples, mas que chamou a atenção de quem estava no local. Nunca julgue ninguém pela aparência, pois de quem menos se espera pode vir uma bela atitude ou uma ajuda. Juntando tudo, o cristão deve sim dar ao pobre, mas também não deve ser ingênuo fechando os olhos para o modo como dá aos pobres, pois o que pede pode não ser pobre, pode estar em condições de trabalhar sem querer fazê-lo, ou pode não estar na condição de prioridade em que se encontram os familiares e os irmãos de quem irá contribuir. O cristão tem o Espírito Santo para guiá-lo no momento em que alguém pede uma ajuda, portanto é do Espírito que devem buscar por discernimento antes de agir. Dar uma esmola a alguém com sinais de dependência química não irá ajudá-lo. Pessoas fortes e saudáveis dificilmente podem ser consideradas "pobres" em épocas quando a economia está pujante e sobram vagas de trabalho. Doar para uma instituição sem conhecer a idoneidade dos que a mantém e a parcela efetiva que chegará às mãos do necessitado também não é uma atitude correta na hora de dispor dos recursos que o Senhor coloca em nossas mãos. São muitos os impostores que nos abordam, e eu já fui na conversa de alguns deles. Lembro-me de um que ligou dizendo que ia se suicidar e corri ao encontro dele na rodoviária da cidade para tentar fazê-lo mudar de ideia. Depois de muito choro desesperado, e de ouvir de mim o evangelho, ele disse estar disposto a tentar uma nova vida, mas para isso precisava de dinheiro para voltar à sua cidade em outro estado. 230 231 Depois descobri que ele aplicou o mesmo golpe em igrejas e cristãos incautos como eu. Como descobri? Acredita que ele tentou aplicar o mesmo golpe em mim uma segunda vez?! O cara devia ao menos controlar melhor sua agenda de "visitas aos clientes" para não fazer visitas duplicadas. Por este e outros casos nos quais fui inocentemente ludibriado, sou cauteloso na hora de atender a um pedido Mesmo assim, é melhor errar por ingenuidade do que por omissão, lembrando sempre de fazer do ato de ajudar, não algo feito a homens, mas ao Senhor. Se o homem quiser nos enganar com suas artimanhas, ele terá de prestar contas disso a Deus. Posso me sentir decepcionado e frustrado ao descobrir que ajudei um enganador ou estelionatário, mas se minha intenção foi fazer aquilo para o Senhor, que importa? 2Co 9:6-7 E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. Cl 3:23-24 E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. 1.3.4.3 – Com as Ações em Família 231 232 Não devemos dar escândalo ou ser motivo de tropeço para quem quer que seja (1 Co 8.9; 10.32,33; Rm 14.13; 2 Co 6.3; Fp 1.10). O testemunho de uma vida transformada muitas vezes fala mais alto que a pregação do evangelho. “O que você faz soa tão alto que não ouço o que você diz”. Os descrentes não leem a Bíblia, senão no testemunho dos crentes. Pedro orienta que as mulheres ganhem seus maridos pelo seu procedimento (1 Pe 3.1,2). A conversa do crente deve ser agradável, cativante, amável e graciosa. Deve ser uma linguagem originada na graça de Deus operando em nosso coração, que contenha a verdade com amor (Ef 4.15). Remindo o tempo: o bom ou mau uso do nosso tempo também testemunha do que é mais importante para nós: Cristo (Bíblia, oração, evangelização, etc) ou o mundo (TV, música profana, whatsap, etc.). Agora, Imagine um Casal Cristãos brigando dentro de casa. Que coisa feia. Que mau testemunho para seus vizinhos. Isto é intolerável. Passível de disciplina pela Igreja. Portanto, amado leitor crente. Procure resolver suas questões pessoais e familiares através do diálogo. De modo discreto. Os desmandos, autoridade excessiva, gritos, confusões, conversações, mentiras. Tudo isso só tende a afastar as pessoas do Evangelho de Cristo por sua causa. 232 233 As Companhias com quem você anda, ou leva para sua casa, dirá quem é você. Ande com pessoas de bem, pessoas comprometidas com o evangelho ou pessoas que se desviam de cometer qualquer tipo de ato desonesto ou violento. Quanto às vestes, devemos usar roupas sóbrias e descentes. Nada de usar shortinho que provoca olhares dos homens mundanos e até dos Santos. Se valorize filha de Deus. É a forma mais errada de Testemunhar a sua fé. E quanto ao falar. Tem pessoas que entraram no evangelho, mas o evangelho nunca entrou nelas. São pessoas que quando estão com raiva, esquece-se do domínio próprio e Temperança e desatam a chamar todo tipo de “palavrão” tão feios e sujo, sem nem mesmo saber o significado, mas, como são acostumadas a agirem assim, desde que estavam no mundo, o costume se aflora na hora da raiva e essa pessoa fica totalmente descontrolada até para notar que agora a sua vida devia ser de testemunho. Algumas pessoas mesmo após receber Jesus como seu Salvador e Senhor, tecem comentários sobre vida alheia, o famoso fuxico ou fofoca. Isso é uma atitude inaceitável e deselegante para uma filha ou filho de Deus. Não podemos compactuar com esse tipo de comportamento mundano. Por isso combatemos com veemência essa pratica; embora saibamos que como um “hospital”, a igreja ainda tem muitos com esse tipo de enfermidade espiritual. Sua casa e sua família devem ser exemplo para as demais família do mundo. 233 234 1.3.4.3.1 - PASSOS PARA TESTEMUNHO DAR UM BOM Pedir orientação e sabedoria de Deus para agir, falar, resolver problemas (Tg 1.5, 6; 3.17). Seja zeloso, honesto. Tenha uma conduta moral séria, demonstrando cordialidade para com as pessoas. (1 Pe 2.15-17) Evite contendas, brigas, discussões (2 Tm 2.14,15). Esteja sempre preparado claramente o Evangelho (1 Co 15.1-4). para explicar Fale sempre com clareza acerca da condição para a Salvação: Fé e arrependimento (Rm 10.9, At 2.3738). Conscientize as pessoas de que elas precisam tomar uma decisão urgente com Cristo (At 10.30,31). Demonstre sua segurança em Cristo, sua alegria na certeza da vida eterna (1 Jo 5.10-12). Não se deixe vencer pela timidez. Aproveite todas as oportunidades para falar do Salvador (2 Tm 4.2). 234 235 1.3.4.3.2 -QUEM É O CRENTE QUE DÁ BOM TESTEMUNHO Aquele em que o Senhor fez alguma coisa (1 Cr 16.8) Aquele que teme ao Senhor (Sl 60.4) Aquele que foi remido pelo Senhor (Sl 107.2) Aquele que reconhece a soberania de Deus (Is 12.4). 1.3.4.3.3 - DE QUE MANEIRA O CRENTE DEVE DAR BOM TESTEMUNHO Cheio do Espírito Santo (At. 1.8) Sem temor ou vergonha (2 Tm 1.8) Com prontidão constante (1 Pe 3.15). 1.3.4.3.4 - AS PROVAS DE UM VERDADEIRO TESTEMUNHO Por uma experiência pessoal (Sl 66.16) Por entender que é um dever diário (Ml 3.16) Para relatar as bênçãos de Deus (Is 63.7) Porque há um fogo no seu intimo (Jr 20.9) Inspirado pelo Espírito Santo (At 2.4) Por compromisso com a sua fé (At 4.20) Por ter crido em Jesus (2 Co 4.13). 1.3.4.3.5 - O MAU TESTEMUNHO DO CRENTE Provoca escândalo (Rm 14.15; 2 Co 6.3) 235 236 Exerce má influência (Rm 14.15) Impede o crescimento da Obra (At 28.31) Forma juízo geral sobre demais irmãos (1 Co 6.8). 1.3.4.3.6 TIPOS COMUNS DE TESTEMUNHO DO CRENTE MAU a) Brigas no Lar – Volto a dizer: Imagine um Casal Cristãos brigando dentro de casa. Que coisa feia. Que mau testemunho para seus vizinhos. Isto é intolerável. Passível de disciplina pela Igreja. Portanto, amado leitor crente. Procure resolver suas questões pessoais e familiares através do diálogo. De modo discreto. Os desmandos, autoridade excessiva, gritos, confusões, conversações, mentiras Tudo isso só tende a afastar as pessoas do Evangelho de Cristo por sua causa. "Ai do mundo, por causa dos escândalos; Porque é inevitável que venham escândalos, Mas ai do homem pelo qual vem o escândalo" – Mateus 18.7. b) Na Rua – As Companhias com quem você anda, dirá quem é você. Ande com pessoas de bem, pessoas comprometidas com o evangelho ou pessoas que se desviam de cometer qualquer tipo de ato desonesto ou violento. Quanto as vestes, devemos usar roupas sóbrias e descentes. Nada de usar shortinho que provoca olhares dos homens 236 237 mundanos e até dos Santos. falar, proceder, comentários sobre vida alheia. c) No comércio - Compras e não pagamento, emissão de cheque sem fundo, trambiques. d) Na igreja - Vestimentas, comportamento, irreverência, falar, proceder, respeito, amor e prática. e) Na escola – Companhias erradas, conversações torpes, piadas, abjuração, negação da fé. f) No trabalho - Conversações, procedimentos, pontualidade, assiduidade e respeito, negação da fé. g) Na vizinhança - Conversações, procedimentos, brigas, desrespeito, comentários da vida alheia. II O SERVIÇO CRISTÃO. A conduta cristã está baseada em ter-se uma atitude certa para com Nosso Deus. A atitude com que fazemos, realizamos, recebemos as coisas demonstra como está o nosso nível para com Deus. O crente fora justificado, no entanto, deve procurar viver uma vida de santidade. A primeira cláusula de importância nessa etapa da conduta cristã é “Apresentar-se a Si mesmo a Deus”. Isso significa que por meio de nossas próprias forças não somos capazes 237 238 de realizar algo ou alguma coisa (Rm 12.1,2; comparação 1Co 6.19,20). “Como por um ato de rendição nossa, alcançamos o poder da cruz, para uma vida separada, assim agora, por um ato semelhante, entramos numa vida de serviço. Isto feito segue-se a atitude de prontidão para qualquer serviço que Ele requeira de nós. Assim o ato torna uma atitude constante, de toda a vida, sempre se rendendo, desejando e esperando fazer a vontade dele” 2.1 – Implicações de se apresentar a Deus As implicações de se apresentar a Deus são várias, notemos: É Voluntariamente: Deus deseja que apresentemos nossos corpos, isso cabe a cada um de nós. Não é uma obrigação, mas isso implica necessariamente em viver de acordo com a Vontade de Deus. Se não se apresenta o corpo voluntariamente o resultado é derrota e falta de fruto. Não espere o momento ideal para servir ao Senhor, porque esse momento ideal nunca chegará. A vida é sempre cheia de muitas dificuldades e se você for esperar que tudo ser resolva para então servir, pode ser que a sua primeira parada livre de dificuldades seja a morte. Nossas crianças precisam de professores que lhes ensinem a Palavra antes que elas cresçam. Pode ser que 238 239 quando o cenário ideal da vida aconteça, a oportunidade de chegar o coração delas já tenha passado. A algo que sempre me impressiona nas palavras e nos gestos de Jesus: a grande convicção que ele tinha a respeito de si mesmo e do seu relacionamento com Deus. Nesse relato o apóstolo João chama nossa atenção para as convicções que levaram Jesus a servir: Sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Quais são as convicções que você tem sobre si mesmo? São mentiras que a vida tem gritado a seu respeito; que você é incompetente e fracassado, ou são as doces verdades que a Escritura revela; que você é amado e desejado por Deus. Quais são as convicções que você tem sobre o seu relacionamento com Deus? Você acha que não vale o esforço de tentar aproximar-se dele (afinal se Ele existir talvez não ligue muito pra sua vida), ou você acredita no desejo de Deus de relacionar-se com você como um pai amoroso e cuidadoso? 239 240 Jesus vivia uma vida de serviço ao Pai por livre vontade e com alegria no coração. João chama a atenção dos seus leitores para três coisas que Senhor Jesus sabia e que o levaram a cultivar uma vida de serviço: a) Você foi criado à imagem e semelhança de Deus. Você tem as marcas do criador em sua existência. É dele que você veio. • Você não é fruto do acaso, mas sim um plano maravilhoso do criador; • Sua vida não é um amontoado de coincidências, mas o resultado da estratégia de Deus para que você O encontre; • Você é amado por Deus. O Senhor já lhe conhecia antes de você nascer e já amava você. b) Deus quer você ao lado dele. Ele nos criou para isso para encontrarmos sentido para a vida junto dele. É para Ele que você vai. • O próprio apóstolo João diz que esse amor de Deus por você foi tão poderosos que os céus se moveram e um novo caminho, em Cristo Jesus, foi construído para que você volte para o Pai. • O destino que Deus deseja para você é o retorno à casa do Pai. Jesus disse exatamente isso: 240 241 “1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. 4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. 5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? 6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14:1-6). Primeiro eu gostaria de falar com você que se considera um servo de Cristo, mas sua vida não tem sido de serviço às pessoas. Na verdade, você tem vivido em função de si mesmo, ocupado com seus próprios interesses ou talvez à procura de algo que torne a vida mais significativa; Eu quero encorajá-lo a rever sua forma de viver. Jesus disse: eu vim para servir e não para ser servido. Reconheça que você não tem seguido os passos do Mestre e peça que Ele o ajude a mudar. Agora quero falar com você que não se considera um servo de Deus. Hoje você compreendeu que de onde vem e também que através de Cristo, o único caminho, você tem retorno garantido para casa do Pai. 241 242 O que o impede de tornar-se hoje um servo de Deus? Os servos de Deus não são escravizados contra suas vontades. Eles voluntariamente se colocam a serviço de Deus por entenderem que o amor que Deus tem por eles é a única coisa capaz de dar sentido à vida. Hoje você tem a oportunidade de publicamente declarar-se um servo do Deus vivo, entregando o controle de sua vida ao Senhor Jesus Cristo. O que o impede? b) É Pessoalmente : Cada um deve apresentar o seu próprio corpo, não o de seu amigo, não de sua amiga, namorada, esposa, pai ou mãe, mas, sim, o seu próprio corpo. Conhecer Deus envolve o nosso compromisso de obedecer ao que lemos nas Escrituras. Afinal, fomos criados para fazer boas obras (Efésios 2:10) e assim fazer parte do plano de Deus de continuar a Se revelar para o mundo. Temos a responsabilidade de viver a própria fé que é necessária para conhecer Deus. Somos sal e luz nesta terra (Mateus 5:13-14), criados para trazer o sabor de Deus para o mundo e para servir como uma luz brilhando no meio da escuridão. Não somente devemos ler e compreender a Palavra de Deus, mas devemos aplicá-la obedientemente e permanecer fiéis (Hebreus 12). O próprio Jesus deu a maior importância a amar a Deus com tudo o que somos e a amar 242 243 ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22). É impossível obedecer este comando sem o compromisso de continuar lendo e aplicando a Sua verdade revelada em Sua Palavra. Estas são as chaves para verdadeiramente conhecer Deus. É claro que as nossas vidas envolverão muito mais, tal como o compromisso com a oração, a devoção, adoração e companheirismo. Entretanto, isso só surge depois que fizermos uma decisão de seguir Jesus e as suas promessas em nossas vidas, aceitando que nós, por conta própria, não podemos verdadeiramente conhecer Deus. Só então as nossas vidas podem ser cheias de Deus e podemos ter a experiência de conhecê-lo pessoalmente e intimamente. c) Sacrificialmente Sem sacrifício não há recompensas, sem um sacrifício vivo não existe conquistas e vitórias espirituais. Nós não forçamos a fé. Não há como passar a crer do nada. Nossa natureza é incrédula. Só conseguimos crer no que vemos, ou no que tenha como provar que existe. Há provas de que Deus é Deus, na bíblia. TODAS AS PROFECIAS DA BÍBLIA SE CUMPRIRAM, com exceção de uma: a volta de JESUS. Mas se ainda assim, você ainda não consegue crer, então você precisa ter uma experiência com DEUS. 243 244 Então peça a DEUS uma prova de que ELE é quem ELE é. O que você está esperando pra deixar DEUS falar com você? Faça isso agora! Isso mesmo, por que não? Ajoelhe-se diante Daquele que pode TODAS AS COISAS! Ajoelha e pede que Deus se revele a você, e fale pra ELE fazer isso por intermédio do Sacrifício de Jesus, afinal, foi pra isso que Jesus veio e se entregou a nós. Peça uma prova de que ELE seja DEUS, e ELE TE RESPONDERÁ, eu tenho certeza! De uma forma ou de outra, Ele se manifestará a ti. Peça um sonho, peça uma Palavra, e COM CERTEZA, ELE FALARÁ CONTIGO! Para honra e glória do nome do Senhor, o nosso DEUS! Aleluia! Agora que temos a certeza das coisas que não podemos ver, temos a FÉ. Esse passo é muito importante, pois "sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6). Depois da sua experiência é fácil servir a DEUS, porque o Espírito Santo abre os nossos olhos para contemplarmos a mão de DEUS em todos os momentos da nossa vida, e nós vemos acima de tudo, o AMOR de Deus, e começamos a nos apaixonar por ELE. Depois disso, a gente começa a querer fazer tudo por ELE, assim como ELE fez e faz tudo por nós. A gente começa a pensar Nele o tempo todo: acorda e pensa Nele, come agradecendo pela providência de Deus, toma banho entoando louvores a ELE, estuda e trabalha pensando 244 245 Nele, vai dormir pensando Nele, enfim, a gente não consegue mais viver sem ELE, não consegue respirar sem ELE. E apesar de isso parecer um pouco exagerado, não é. Quem já se apaixonou sabe do que eu estou falando... E o melhor desse relacionamento, é que DEUS é perfeito e nunca vai ferir seus sentimentos. ELE te ama, independente de qualquer coisa que você fizer, ELE vai continuar te amando. O Amor de DEUS é incomparável, insondável, é infinito. Não tem como não se apaixonar por ELE, depois que a gente o conhece de verdade. Logo, para servir a Deus, basta crermos no Evangelho, o restante, é consequência! Então pare de inventar desculpas para não se entregar. "Não temas, crê somente." (Marcos 5:36) Deus tem pressa em te ter, ELE te ama, como ninguém jamais te amou, ELE te completa, ELE tira as suas tristezas! Basta CRER NAS ESCRITURAS!! Conheça as Escrituras! Leia a Bíblia, conheça a DEUS, conheça seus planos, suas promessas, seus desejos, seus mandamentos. CONHEÇA A DEUS!! d) Racionalmente Não é uma entrega insensata, mas uma entrega da razão, a pessoa sabe exatamente o que está fazendo. É um culto prestado pela mente e pelo coração. Com toda certeza 245 246 o maior exemplo desta entrega total do corpo, sem reservas, fora a do Senhor Jesus Cristo, que quando estava nesta terra, fez exatamente aquilo que o Pai Se agradava, pois não procurou fazer a Sua vontade e, sim, a do Pai. Não podemos servir a Deus corretamente e de modo aceitável, a menos que nós o adoremos regularmente, e como podemos fazer isso, se formos ignorantes dos fundamentos da fé que são radicados na Sua Palavra? Estaremos longe de oferecer um “culto racional” a Deus, Rom 12.1, se não entendermos os fundamentos da fé cristã. Como o culto pode ser racional quando falta isto? Os fundamentos da nossa fé enriquecem a mente: é uma lâmpada para os nossos pés, que nos dirige em todo o curso do Cristianismo, como o olho dirige o corpo. O conhecimento dos fundamentos é a chave de ouro que abre os principais mistérios da fé. Daí ser tão enfatizada a necessidade de revelação para o conhecimento da vontade de Deus, como o apóstolo o expressa na sequência de Rom 12.1, pela apresentação de nossos corpos como sacrifícios vivos a Deus, pela renovação da nossa mente pela Palavra pelo seu Espírito, de modo que não conformados ao mundo, ou seja, estando santificados, possamos conhecer qual seja a Sua boa, perfeita e agradável vontade em relação a tudo o que revelou nas Escrituras, para que possamos cultuá-lo da forma correta e aceitável, que o apóstolo chama de “culto 246 247 racional”, ou seja, não baseado em sentimentos, emoções, imaginações, e pensamentos oriundos do próprio homem, e sim na verdade, como ela se encontra em Cristo Jesus, e revelada na sua Palavra. Muito deste culto racional se refere à nossa transformação à imagem de Cristo, pela mortificação do pecado e revestimento das virtudes do Senhor (humildade, mansidão, ternura, bondade, amor, alegria, longanimidade, justiça, misericórdia etc). Há muito fogo estranho sendo oferecido no templo do Espírito que é o nosso próprio corpo. Quanto o Espírito é agravado e entristecido com isto, e somente não somos consumidos como foram os dois filhos de Arão no passado, porque estamos numa dispensação onde Deus tem sido completamente longânimo para com as nossas negligências e ignorância. Mas permaneceremos no erro, tendo uma vez sido iluminados em nosso entendimento que há um modo correto de se viver para Deus e cultuá-lo? Nosso Senhor afirmou a necessidade de estarmos firmemente fundados com nossa casa espiritual sobre a rocha do conhecimento e prática da Palavra. Para isto é necessário cavar profundamente nas Escrituras para chegarmos ao fundamento (Cristo) para que sejamos edificados pelo Espírito mediante a Palavra exata do evangelho. 247 248 Pelo quê e como interceder se não sabemos o que é e o que não é aprovado por Deus? Como disciplinar e exortar se não tivermos a régua do conhecimento celestial e divino, pela qual as ações devem ser medidas com amor, misericórdia e longanimidade? Se a semente da graça da nova criatura que foi implantada em nós não estiver devidamente arraigada na Palavra, a planta da nova vida não crescerá e dará frutos, por falta de raízes fortes e firmes. Quando não se possui a plenitude da Palavra, que é a única coisa que pode satisfazer à alma, esta buscará o seu contentamento em novidades vãs, e formas de culto sensual, que jamais poderão mantê-la naquela paz e vida que Cristo veio nos dar. Se não houvesse a necessidade do devido aprendizado da Palavra, por que então Deus levantaria, pastores e mestres, entre outros ministérios, com o propósito de fazê-lo. 248 249 III REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO ÀS FINANÇAS Gosto da colocação de Gary Fisher com relação às finanças do crente: 3.1 - O Crente e os Problemas Financeiros Você está enfrentando problemas financeiros? Faturas que você não consegue pagar? Cheques que você não pode cobrir? Necessidades que você não tem dinheiro para suprir? Vergonha? Frustração? Excesso de trabalho? Tensão? Problemas financeiros são excessivamente preocupantes e conduzem a muitos pecados: descontentamento, ingratidão, ira, desonestidade, 249 250 impaciência, ansiedade e negligência das responsabilidades espirituais. A Bíblia ensina-nos como enfrentar muitas situações diferentes na vida, incluindo as dificuldades financeiras. A chave para enfrentar problemas financeiros está na atitude da pessoa. Para responder bem precisamos permitir que a palavra de Deus opere em nosso coração e mude nosso modo de ver as coisas. 3.2 - Atitudes do Crente Quanto ao Dinheiro 3.2.1 - Gratidão: Paulo insiste em que sejamos gratos. Precisamos estar "... transbordando de gratidão" (Colossenses 2:7). "Deem graças em todas as circunstâncias..." (1 Tessalonicenses 5:18). Não devemos nos queixar nem sentir pena de nós mesmos, mas antes devemos considerar cuidadosamente todas as razões que temos para sermos agradecidos e louvar a Deus por suas bênçãos a nós. Os israelitas no deserto estavam se queixando constantemente, mas tinham se esquecido da grande libertação que Deus lhes tinha dado havia apenas pouco tempo. Temos que atentar para o que o Senhor nos tem dado e não para as coisas que não temos. Contentamento: "Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o abandonarei’" (Hebreus 13:5). A presença de Deus com seu povo deveria dar tanta alegria e segurança que poderíamos facilmente nos contentar com qualquer padrão de vida. Paulo estava contente na fome ou na abundância 250 251 (Filipenses 4:10:13). Por outro lado, as Escrituras estão repletas de advertências contra a ganância e a avareza (veja Lucas 12:15, por exemplo). Por qualquer razão, nunca parecemos reconhecer o desejo desordenado por coisas em nossas próprias vidas. Pensamos que todas as coisas que queremos são necessidades e que a dívida que acumulamos ao buscar adquiri-las é perfeitamente aceitável. Poderia ser que poucos de nós admitem a ganância em nossas vidas porque nos cegamos e deixamos de perceber o verdadeiro estado de nosso coração? Paulo exortou: "Por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos" (1 Timóteo 6:8). Estamos satisfeitos somente com isto? 3.2.2 - Sobriedade: Muitos textos nos exortam a sermos sóbrios (1 Tessalonicenses 5:6, 8; 1 Pedro 1:13; 4:7; 5:8). A pessoa sóbria encara os fatos e não deixa seus desejos colorirem sua percepção da realidade. Muitas pessoas tratam das finanças num mundo de sonho, sempre imaginando que tudo dará certo magicamente. Mas fugir de um problema ou negá-lo não ajuda e não está de acordo com o caráter de Cristo. Temos que reconhecer nossa situação atual, não importa quão triste seja, e ser "homens de coragem" (1 Coríntios 16:13). Ignorar os problemas não os extingue. Lutas financeiras não desvanecem sem mais nada, mas precisam ser resolvidas por disciplina séria e perseverante. 251 252 3.2.3 - Honestidade: A honestidade é parte do caráter cristão (2 Coríntios 8:21; Tito 2:5). Pessoas honestas aceitam suas limitações financeiras e não tentam ser uma coisa que não são, vivendo num estilo de vida que suas condições não permitem. Pessoas honestas admitem que há muitas coisas que outras em torno delas têm ou podem fazer que elas não podem porque não têm dinheiro suficiente para isso. E pessoas honestas não fazem dívidas que não têm capacidade para pagar (veja Romanos 13:8). 3.2.4 - Diligência: Algumas vezes, porém nem sempre, os problemas financeiros resultam da preguiça. "Tirando uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar, a sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe sobrevirá como um homem armado" (Provérbios 6:10-11). "Por causa da preguiça, o telhado se enverga; por causa das mãos indolentes, a casa tem goteiras" (Eclesiastes 10:18). Problemas financeiros devem ser esperados quando nos mimamos com descanso e sossego, e não trabalhamos esforçadamente. Um homem deve sustentar sua família (1 Timóteo 5:8) mesmo que isso possa envolver trabalho difícil ou empregos desagradáveis, ou mesmo se o trabalho disponível é relativamente mal pago. 3.2.5 - Espiritualidade: Precisamos manter nosso foco principal em Cristo, não em coisas materiais. "Ninguém pode servir a dois senhores: pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro... Busquem, pois, 252 253 em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas" (Mateus 6:24, 33). Nossas posses, nossa posição e nosso sucesso nesta vida são matérias insignificantes para o verdadeiro cristão. Ele se vê como meramente passando através desta vida como um peregrino e portanto relativamente desinteressado nas suas condições. Ele nunca faz da prosperidade material uma meta séria (veja Lucas 9:57-58). O homem espiritual percebe que seu dinheiro e sua posição financeira não são as coisas importantes da vida. 3.2.6 - Altruísmo: O servo do Senhor está sempre buscando dar, em vez de gastar consigo mesmo. Ele vê o dinheiro que ganha trabalhando como uma bênção que ele pode aplicar servindo a outros: "O que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade" (Efésios 4:28). Discípulos verdadeiros veem a prosperidade material não tanto como algo para si mesmo, mas como algo útil para servir outros (2 Coríntios 9:8-11). Enquanto o cristão for egoísta, ele sempre sentirá frustrações ao lidar com assuntos financeiros. 3.2.7 - Humildade: A humildade para admitir enganos e buscar corrigi-los é básica. Muitos de nós temos tido atitudes impróprias e não temos administrado bem nosso dinheiro. Nunca mudaremos até que admitamos que temos estado errados. Precisamos também ter a humildade de examinarmo-nos à luz da palavra de Deus e fazer as coisas que aprendermos (Tiago 1:21-24). Esta seria uma boa hora 253 254 para parar de ler este artigo e rever as oito atitudes que precisamos ter e tentar honestamente avaliar-nos e resolver mudar nossa atitude nas áreas necessárias. Como Deus nos vê em cada uma destas atitudes? 3.3 - Mudanças Específicas nas Finanças As coisas específicas que precisamos fazer ao lidar com problemas financeiros dependem de nossa mudança e adoção das atitudes mencionadas acima. Sem perspectivas corretas, os passos seguintes terão pouca validade. 3.3.1- Avalie honestamente sua situação. Encare os fatos. Talvez ajudasse pegar uma folha de papel e lançar todas as suas dívidas e anotar os valores de todas. Então, lançar sua renda e suas despesas mensais. Qual é, exatamente, sua situação financeira. 3.3.2- Comece a pagar suas dívidas. "Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros..." (Romanos 13:8). Calcule quanto dinheiro por mês é necessário para pagar todos os juros e, também, comece a pagar o principal (o valor original do empréstimo, antes do acréscimo de juros). Se suas prestações e obrigações mensais forem mais do que tem disponível no orçamento da família, ha três 254 255 coisas que poderia fazer de modo a ter dinheiro para pagar as dívidas: (a) Gastar menos. Quando for necessário, as despesas podem ser reduzidas às mínimas necessidades de comida e lugar para viver (veja 1 Timóteo 6:6-10). (b) Ganhar mais. Às vezes há oportunidades para trabalhar mais horas, ter um segundo emprego, ou encorajar os filhos adolescentes ou adultos que estejam vivendo no lar a trabalharem. (c) Vender coisas. Os cristãos primitivos vendiam casas e terras para aliviar as necessidades de seus irmãos (Atos 4:32-37); certamente não é irracional esperar que um discípulo de Cristo venda coisas para poder pagar o que deve. 3.3.3 - Viva dentro dos limites de seu orçamento. A Bíblia adverte sobre a loucura de fazer dívidas: "O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta" (Provérbios 22:7). A escravidão aos credores é muito penosa; é melhor esperar pacientemente e comprar somente aquelas coisas que se pode pagar. 3.3.4 - Comece a aplicar sua renda no sentido de metas espirituais. Temos que chegar a ver tudo o que temos como pertencendo ao Senhor e começar a usar nossos recursos para servi-lo. O Novo Testamento exorta-nos a dar generosa e abundantemente (2 Coríntios 8-9). Conquanto seja verdade que não estamos mais obrigados ao dízimo, não devemos usar isso como uma desculpa para sovinice. Não 255 256 devemos permitir que nossa oferta seja diminuída pela avareza (2 Coríntios 9:5). Em todas as áreas da vida, a palavra do Senhor nos fornece a orientação perfeita. Da mesma maneira, no campo financeiro devemos dar ouvidos à sabedoria de Deus revelada na Bíblia. Quando obedecemos os mandamentos do Senhor, recebemos tanto "a promessa da vida presente" como a da vida "futura" (1 Timóteo 4:8). Que sigamos estas instruções! 3.4 – Nos Negócios Para muitas pessoas, a ética nos negócios equivale a dizer “não” à mentira, às trapaças e ao furto. Todos concordamos que o mundo seria um lugar muito melhor se as pessoas tivessem a confiança daqueles com quem negociam, tratam e lhes respeitam os recursos.1 Todavia, os empresários cristãos podem e devem adotar uma visão mais positiva da relação existente entre sua fé e aquilo que fazem no trabalho. O que os faz praticar o cristianismo não é exclusivamente o fato de que nele não se acham engano, injustiça ou desonestidade, e sim a sua contribuição para que o mundo seja melhor. Nos negócios, os cristãos podem participar do desenvolvimento do mundo, ajudando a criar, distribuir bens e prestar serviços de qualidade. Podem participar da restauração do mundo, ajudando a reduzir a pobreza e a injustiça. Ao mesmo 256 257 tempo, devem ser sensíveis não apenas quanto ao valor do negócio, dos bens e serviços que compartilham com outros, como também aos seus limites. Várias características distintivas da fé e prática adventistas são especialmente relevantes para homens de negócios que desejem viver de modo responsável diante de Deus e da Criação. O repouso sabático relembra que o trabalho, embora valioso, não é de importância transcendental. E a prática de dizimar pode contribuir para formar hábitos de generosidade e sensibilidade ante as necessidades alheias. Contudo, os princípios que deveriam guiar os empresários adventistas ao pensarem no significado de sua profissão deveriam ser os mesmos que orientam o pensamento cristão quanto aos negócios. Assim, focalizo aqui tarefas e oportunidades que todos os cristãos se deparam no comércio, em vez de os desafios peculiares enfrentados pelos crentes. O empresário cristão contribui para o desenvolvimento da vida no mundo. Deus é o Criador e a Criação, em seus aspectos material e cultural, é essencialmente boa. A corrente central da fé cristã afirma que a vida é digna de celebração; que o mundo todo, inclusive seus aspectos materiais e culturais, constituem a Criação divina. Os cristãos também crêem que as criaturas de Deus são “subcriadoras”: Deus cria através de suas atividades e sua liberdade as capacita a contribuir com a história terrestre. 257 258 Eis porque faz sentido os cristãos participarem da vida econômica. Criando produtos, processos e serviços de valor, unem-se a Deus no ativo desenvolvimento da Criação. Obviamente existem custos e intercâmbios. Alguns produtos nada valem; simplesmente despendem tempo e recursos das pessoas. Outros são feitos sob formas que causam dano aos seres humanos e outras criaturas. Alguns produtos são inerentemente daninhos – como armas químicas e biológicas. Algumas atividades comerciais, à semelhança de outros componentes da cultura humana, refletem as corruptoras influências do pecado. Só porque a atividade econômica é algo bom em si mesmo, isso não quer dizer que todo produto, processo ou serviço criados por alguém sejam inerentemente valiosos. Entretanto, muitas coisas enriquecem realmente a vida, tornando-a mais fácil, plena e agradável. Pessoas que constroem casas e computadores, cultivam alimentos, provêem entretenimento, roupas atrativas e apetitosas refeições, ocupam-se de coisas intrinsecamente úteis e que tornam melhor a vida no mundo. Diferentemente de seus primos judeus, os cristãos muitas vezes têm sido tentados a desviar-se da Criação divina, agindo como se de alguma forma lhes fosse exigido negar o valor das boas coisas feitas por Deus. Agem como se o mundo material, social e cultural fosse criação de uma divindade de segunda categoria, moralmente deficiente, e não do Deus revelado na história de Israel e de Jesus. Alegam que a Criação divina se corrompeu até o cerne, 258 259 tornando a participação em seu desenvolvimento ativo um profundo risco moral e espiritual. Mas pensar dessa forma quanto aos negócios significa supor que o Espírito de Deus esteja ausente do mundo, e que a subjacente dinâmica da vida criada não reflita o providencial ordenamento divino. O certo é que a existência do mundo organizado depende da contínua presença divina criadora. Juntamente com outros crentes em Deus, os cristãos estão convencidos de que o mundo nunca é nem será um lugar onde não se possa sentir o toque divino. Crêem que a estrutura básica da vida no mundo traz impressa a criadora providência divina. Deus não é um intruso que eventualmente Se aventura no mundo para realizar um ato mágico e depois desaparecer. O mundo é de Deus e sempre o será, mesmo que Suas criaturas falhem em compreender Suas intenções ou frustrem Seu plano criador. Nosso relacionamento com Deus não se constitui em algo separado e independente da ligação com Suas criaturas. Segundo destacam Mateus 25 e outros textos, amamos a Deus amando Sua Criação. Os cristãos tementes têm razão quando destacam a falência moral e espiritual do mundo. Mas equivocam-se quando situam o colapso e corrupção num e noutro ponto, a exemplo dos esportes ou da indústria da construção, e a igreja num lugar supostamente de pureza e segurança. Deus e o mal não podem ser localizados em esferas particulares do esforço humano. O impulso de negar que somos parte da Criação divina, mediante a suposição de 259 260 que somos divinos ou que nós ou as demais criaturas nada valemos, produz conseqüências destrutivas em cada aspecto da experiência humana. O conflito entre bem e mal se encontra em cada coração e mente, evidenciando-se onde quer que vivamos e trabalhemos. Para os cristãos não pode haver a hierarquia do sagrado e secular, do santo e profano.2 Certamente são necessárias instituições e práticas religiosas, mas Deus vive no mercado assim como no santuário. Os cristãos realizam a obra divina quando produzem e distribuem coisas excelentes, tanto quanto ao curar, pregar e ensinar. 3.4.1 - Contribuindo Para a Restauração do Mundo Os empresários cristãos podem contribuir para a restauração do mundo, utilizando seus recursos e habilidades especiais para reduzir a pobreza e promover a justiça. A tarefa mais básica do cristão no mundo comercial consiste em contribuir para o florescimento e desenvolvimento do mundo. Nada há de excepcionalmente “espiritual” no simples, monótono e não-excitante. Os empresários cristãos não deveriam aceitar relutantemente o mundo, mas comemorá-lo, contribuindo para sua riqueza, variedade e embelezamento. O desenvolvimento, porém, não é a única tarefa do cristão. Ele reconhece com tristeza que o mundo está cheio de dor e quebrantamento. Assim, o empresário cristão pode e deve contribuir não apenas para o seu 260 261 Ele pode adotar uma postura superespiritual e dizer que o sofrimento encontrado no mundo é uma questão de atitudes e valores, de moralidade, de relacionamentos das criaturas com Deus. Mas o sofrimento muitas vezes é físico. Muitas vezes se reflete e reforça nas condições em que as pessoas vivem. Deve pensar na desesperança e propensão ao crime provocadas pela pobreza. Assim, ser um agente de restauração e da graça de Deus não significa apenas ensinar crenças úteis às pessoas, estimulando nelas atitudes apropriadas, tornando-as conscientes do relacionamento que já possuem com o amorável Criador, ainda que isso tudo seja mui útil. Significa, sim, melhorar-lhes as condições materiais. Como as criaturas de Deus possuem corpos, a mediação da graça divina no mundo deve possuir uma dimensão material. E nisso os empresários cristãos podem ajudar. Eles se deparam com a notável oportunidade de ajudar a transformar a vida material das pessoas através do empreendimento social. Podem ajudar a enfrentar os desafios representados pelos desastres e a pobreza endêmica, tomando importantes decisões estratégicas quanto a como e onde preparar produtos e serviços; quem os fará e a maneira como se organizará o negócio. Podem optar por oferecer empregos nas comunidades pobres em nível nacional e internacional. Podem não apenas oferecer trabalho às pessoas, como também lhes promover renovada dignidade, a saber, a recuperação de alcoólicos e viciados, daqueles que necessitam de uma segunda oportunidade. Podem produzir e comercializar produtos a preços 261 262 acessíveis nas comunidades em desenvolvimento. Quando buscam atingir a vida das pessoas nesse nível societário, cabe-lhes ouvi-las e certificar-se de seu envolvimento na identificação de suas necessidades e de como podem ser atendidas. Os empresários individualmente podem e devem ser empreendedores sociais. Entretanto, podem ainda contribuir com os esforços das comunidades de suas igrejas na promoção da justiça econômica, estimulando as instrumentalidades eclesiásticas preocupadas com o alívio da pobreza, a verem o empreendimento comercial como valiosa estratégia de desenvolvimento econômico. Podem enfatizar a importância de focalizar uma mudança sistemática de longo prazo, utilizando estratégias que incluam não apenas políticas públicas, como também atividades de empreendimento social. Como empreendedores, os cristãos podem fazer a real diferença ao enfrentarem o problema da pobreza. Contudo, podem ao mesmo tempo ajudar a enfrentar outros desafios. O executivo cristão precisa estar consciente das implicações produzidas pelas decisões comerciais na saúde pública, por exemplo, atendendo à lei pela recusa de impor sobre os que vivem nas imediações uma fábrica que represente risco à saúde, e ao qual não gostaria de ver expostos os seus próprios seres queridos. O administrador pode ser leal às pessoas que por anos trabalharam para ele, recusando-se a eliminar os respectivos postos de trabalho em troca de algum ganho extra.4 Um diretor cristão pode 262 263 negar-se a considerar como apropriada uma compensação vultosa para seus altos executivos, ao mesmo tempo em que os salários dos trabalhadores comuns estão em queda, e se vai tornando abissal a diferença de influência e poder entre os do topo e os da base. Um líder corporativo pode honrar a dignidade e a igualdade básica daqueles atingidos pelas decisões da empresa, ao assegurar que operários e membros da comunidade local tenham significativa oportunidade de participar na tomada de decisões – do piso da loja até a sala de comando. Os executivos cristãos podem fazer um grande trabalho de restauração do mundo, simplesmente garantindo que suas empresas busquem de forma ativa torná-lo um lugar melhor. Também podem influenciar as políticas públicas que moldam a vida econômica. Ser-lhes-á tentador votar e exercer influência visando a promover seus interesses pessoais e os de sua empresa. Por exemplo, buscando reduzir seus impostos às custas de serviços públicos necessários. Contudo, à vista do amor inclusivo de Deus, podem e devem empreender mais. Podem colocar suas vozes a serviço de esforços que estimulem a justiça econômica. Podem fazer pressão em favor de políticas que permitam o acesso de todos a melhores níveis educacionais, atendimento de saúde, aposentadorias adequadas e auxílio econômico satisfatório a desempregados. Podem apoiar leis fiscais que levem seu país à melhor distribuição da receita fiscal. Podem pressionar as autoridades com vistas a políticas internacionais de desenvolvimento que capacitem e estimulem o crescimento, em vez de fomentar a ineficiência 263 264 ou promover a compra de equipamentos militares por parte de governos incapazes de fazer investimentos necessários à infraestrutura básica. Podem posicionar-se em favor de leis que permitam a agricultores e outros produtores de países em desenvolvimento competir em igualdade de condições com os dos países de primeiro mundo (beneficiando assim não apenas os produtores, como também os consumidores das nações menos desenvolvidas). Adotar uma visão positiva da ética nos negócios significa ver o potencial verdadeiro dos empreendedores em tornar melhor o mundo, tanto ao enriquecer a vida humana quanto a reduzir a pobreza e a injustiça. Entretanto, o empreendedor cristão precisa igualmente reconhecer os limites de seus negócios. 3.4.2 - O valor limitado dos negócios e dos bens materiais. Os bens materiais são excelentes, mas não representam tudo. Homens de negócios tornam melhor o mundo ao proverem bens e serviços; porém esses não dão à vida seu significado principal. Em boa consciência, não podem os empreendedores cristãos anunciar seus produtos de uma forma que fique implícito que eles irão atender às mais profundas necessidades das pessoas, pois não o farão. Esses produtos são desejáveis, valiosos, úteis – mas não divinos. Honestidade na propaganda significa promover produtos com base em seu verdadeiro mérito, em vez de pretender que sejam capazes de satisfazer as necessidades 264 265 existenciais dos consumidores em termos de significado, valor e amor. Reconhecer os limites dos negócios também significa compreender que os próprios executivos não devem tratar o sucesso material como sendo de suprema importância. Em vez de procurar a permanente maximização de seus rendimentos, deveriam evitar a ratoeira do sucesso, optando por dedicar mais tempo às pessoas que amam, mais tempo para repousar e refletir, mais tempo para ser. Podem explorar formas criativas para a simplificação de seu estilo de vida, de modo a não se sentirem pressionados pela escravatura de seus postos de trabalho, objetivando a manter seus hábitos de consumo.6 Podem ainda reconhecer que seu trabalho, embora valioso e importante, não determina o significado maior de sua vida, dizendo NÃO às demandas relacionadas à uma atividade que deteriore seu valor como pessoa. Podem promover políticas corporativas que também habilitem outros a evitar serem dominados pelas demandas profissionais. Libertando-se para assumir responsabilidade pessoal por outros. Bens materiais são valiosos e merecem apreço, mas não definem o significado de nossa vida. Ao reconhecerem esse fato, os empresários cristãos podem sentir-se livres para ajudar generosamente a outros. Podem ajudar substancialmente no tratamento dos opressivos problemas do mundo, ao desenvolverem negócios produtivos que fabricam ou distribuem coisas genuinamente valiosas. Também podem contribuir com seus recursos pessoais para tornar este mundo um lugar melhor. Por vezes perceberão 265 266 ser mais fácil fazê-lo se não sentirem a obsessão de terem de adquirir mais e mais coisas. Não existe fórmula mágica. E, individualmente, o empreendedor não é responsável por atender (ou tentar atender) a todas as necessidades do mundo.8 Não obstante, sendo dotado de talentos e recursos, possui real responsabilidade quanto a fazer a diferença. O profissional de êxito pode considerar investir 20 ou 30% de sua receita nas ações de uma agência internacional de desenvolvimento, do tipo Heifer Project. Um rico executivo pode utilizar 50 a 60% de suas receitas visando a apoiar um florescente programa de empregos para pessoas destituídas de lar. Pode decidir reduzir suas horas de trabalho – e salário – de modo a utilizar seus talentos em benefício não de um programa ou agência, e sim de pessoas, famílias ou comunidade particularmente necessitada. Em qualquer caso, precisa reconhecer que as posses materiais são boas, mas não de importância definitiva, e permitem que os empreendedores cristãos se sintam livres para não apenas desfrutar o que possuem, mas também para estender as mãos a outros. 3.4.3 - Fazendo a Diferença no Mundo Um mundo onde os empresários evitam mentir, trapacear e roubar, seria um lugar maravilhoso. Contudo, ser empresário cristão vai além de não causar dano a outros; significa fazer uma diferença positiva. O cristão dedicado aos negócios fará a diferença, em primeiro lugar, simplesmente ao produzir e distribuir bens e serviços de 266 267 elevada qualidade, que melhorem a vida neste mundo. Ele pode tornar o mundo um lugar melhor ao oferecer beleza, variedade, eficiência, conforto, saúde e quaisquer outros bons elementos. Entretanto, podem realizar mais: podem ajudar a eliminar a pobreza, promover o bem-estar no ambiente de trabalho, estimular as comunidades locais e apoiar políticas públicas que incorporem o amor e a justiça de Deus. Ao mesmo tempo, ao reconhecer que trabalho, dinheiro e posses não são divinos, podem evitar a tirania de sua atividade e estimular outros a fazê-lo. Reconhecendo que as coisas materiais são valiosas, porém não transcendentes, podem sentir-se livres para dar mais aos que necessitam. Avançando além do estreito intento de não prejudicar outros e adotando uma visão positiva dos valores de seu trabalho e do bem que podem praticar, os empresários cristãos podem constituir-se em ministros particularmente eficazes da graça de Deus no mundo. 3.5 – No Uso consciente do seu dinheiro O dinheiro é essencial para a vida as pessoas. Sem ele fica muito difícil sobreviver nesse mundo cada vez mais capitalista. Portanto é preciso saber de onde vem e para onde vai o seu dinheiro. Os economistas alertam que a receita para melhorar a utilização dos recursos financeiros é sempre gastar menos do que ganha. 267 268 Para começar a usar o dinheiro de maneira mais consciente é preciso parar e fazer um bom planejamento sobre suas finanças. Depois de planejar você saberá controlar seus rendimentos e gastos e, assim prosperar e conquistar sonhos. Muitas pessoas geralmente acreditam que bens materiais, carros e até casas é sinal de boas condições financeiras. Na verdade não é bem assim, muitas famílias têm o poder de compra, mas, para a realização dessas compras acabam entrando nas dívidas e no desequilíbrio financeiro. Esse será um fator de motivação para ajustar e conduzir o orçamento familiar. É muito importante que todos estejam unidos nesse compromisso. 3.6 - 10 dicas de como usar o seu dinheiro de forma consciente. 1) Antes de comprar, pense se o produto vale o que estão cobrando e se realmente terá utilidade. Pense na última aquisição que você fez: ela foi realmente útil e valeu o número de horas que você trabalhou para pagar aquilo? 2) Muito cuidado com os pequenos gastos: o dinheiro que usamos todo dia em despesas que parecem pequenas, ao final de um ano poderia pagar uma viagem de férias, ou fazer uma bela diferença na sua poupança. 268 269 3) Planeje suas compras. Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor. 4) Cuidado nas compras parceladas. Esteja ciente das prestações que irá pagar. 5) Procure não fazer parcelamentos muito longos. Parcelas longas dão a sensação de “preços curtos”, o que não é verdade. 6) Dinheiro não da em árvore é preciso trabalhar para conquistá-lo. 7) Dinheiro não dura para sempre por isso, não gaste tanto. Se você não tem uma fonte de renda para que entre dinheiro no seu caixa, um dia ele vai acabar se você continuar gastando sem parar. 8) Para ter dinheiro extra é preciso poupá-lo ou investir. 9) Não caia na armadilha da inadimplência. 10) Adquira o hábito de comprar sempre à vista e adie a compra quando não tiver o dinheiro para o pagamento a vista. 3.7 - Dicas para utilizar o cartão de crédito de forma consciente 269 270 Caso seja utilizado de forma equilibrada, o cartão de crédito pode se tornar um aliado em relação a finanças de uma família, ao invés de um grande vilão. É preciso que cada brasileiro crie e mantenha novos comportamentos em relação ao uso consciente do dinheiro, pois hoje, ainda é possível encontrar muitas pessoas que acham chato lidar com o dinheiro e preferem deixar tudo nas mãos de outras pessoas. Para ajudar no dia a dia sobre o uso consciente do cartão de crédito, abaixo seguem algumas dicas: 3.7.1 - Procure ter um único cartão de crédito na família. Além do controle dos gastos ficar mais fácil, mais bônus de recompensas como milhas ou troca por produtos serão acumulados usando-se um único cartão. 3.7.2 - Antes de escolher o seu cartão, conheça as vantagens que ele pode oferecer como descontos em cinemas, eventos esportivos ou os programas de acúmulo de pontos. É uma forma de usá-lo para economizar. 3.7.3 – Controle o Extrato. O cartão de crédito tem uma coisa interessante que se chama EXTRATO. Dificilmente fazemos um controle do destino do dinheiro que sacamos do caixa eletrônico, e esse dinheiro faz uma grande diferença no orçamento no final do mês. Com o cartão, qualquer gasto efetuado vai para o extrato. 270 271 Se fizermos um controle semanal, ou até mesmo 2 vezes por semana desse extrato, o que é rápido, tranquilo e cômodo com o Internet Banking, temos um controle financeiro prontinho, sem ter que anotar nada em nossas mãos. Muitas pessoas pagam até o pão na padaria com cartão de crédito. Sabendo usar e controlar, não tem problema algum. 3.7.4 - Tenha um limite do cartão compatível com sua renda. Um cartão com um limite alto é como dar uma Ferrari a um aluno que acabou de sair da autoescola. A probabilidade de acidente é muito alta. 3.7.5 – A Conta Sempre Chega. Ao usar o cartão, lembrese: “um dia a conta chega”, principalmente quando compramos próximo ao vencimento e o gasto vai para o mês seguinte. 3.7.6 – Evite Parcelas Longas. Procure não fazer parcelamentos muito longos. Parcelas longas dão a sensação de “preços curtos”, o que não é verdade. Comerciantes usam e abusam dessa técnica para aumentar o preço de seus produtos 3.8 - Como lidar com o dinheiro e administrá-lo para a glória de Deus 3.8.1- Rejeitando o Consumismo. 271 272 Embora o desejo de consumir seja considerado algo normal, há uma diferença gritante entre consumo e consumismo. Se o primeiro tem a ver com o suprimento de nossas necessidades básicas, o segundo manifesta um impulso incontrolável de se ter, ou possuir, as coisas mesmo quando estas não são necessárias. Um trata com o que é indispensável, enquanto o outro diz respeito àquilo que é supérfluo. Alguém já disse que o crente deve tomar cuidado para não comprar o que não precisa, com o dinheiro que não tem, visando demonstrar o que ele, na realidade, não é. Administrar bem o dinheiro, atribuindo-lhe o seu real valor, faz parte da verdadeira prosperidade (1 Tm 6.17). A Bíblia destaca, inclusive, o contentar-se com a porção cotidiana proporcionada pelo trabalho digno, honesto e abençoado por Deus (Pv 30.8). 3.8.2- Contribuindo para a Obra de Deus. O Reino de Deus, apesar de seu aspecto sobrenatural, necessita de nosso apoio natural para expandir-se até aos confins da terra. Portanto, ainda que não sejamos detentores de grandes posses, seremos considerados prósperos e bem-aventurados se participarmos com nossos haveres do avanço da obra de Deus (Lc 21.1-4; Fp 4.18,19). 272 273 3.8.2.1. Sendo Dizimista com Contribuição voluntária e regular. A Escritura é clara ao preceituar: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida."(Ml 3.10). Os dízimos, a propósito, têm de ser trazidos à casa do tesouro, conforme exorta o Senhor por intermédio de Malaquias. Ou seja: devemos dar o dízimo à igreja na qual congregamos, para que sejamos realmente fiéis. O texto deixa bem claro que a nossa contribuição para a obra de Deus deve ser feita de forma voluntária, regular e amorosa. Isto significa que temos de ser regulares na entrega dos dízimos e das ofertas. O dízimo é tanto normativo (Ml 3.10) como voluntário (Gn 14.20; 28.22). Por conseguinte, o crente prospera quando põem em prática os princípios bíblicos da contribuição. Você tem investido na obra de Deus? O Dízimo foi instituído por Deus, as primeiras citações referem-se ao período patriarcal, a Palavra mostranos Abrão (“E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” Gn 14.20) e Jacó (“e, de tudo quanto me conceder certamente eu te darei o dízimo.” Gn 28.22) como observadores desta 273 274 prática. Posteriormente, com a Eleição de Israel como povo de Deus, tornou-se um mandamento. O dízimo era uma prática comum antes da Lei, durante a Lei e um modelo que pode ser observado por nós. O Novo Testamento deixa claro que o Senhor Jesus reconhecia o dízimo como um mandamento válido aos Israelitas, inclusive, era judeu e nascido sob a Lei ("Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei," Gl 4.4), com a missão de cumpri-la ("Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra." Mt 5.17,18). Jesus não determinou de forma direta a obrigatoriedade em dar-se “os dízimos” aos participantes da Nova Aliança, no entanto, este costume é citado algumas vezes no Novo Testamento. A igreja de Cristo precisa entender que os dízimos são uma forma de "oferta" agradável a Deus, fundamentada no amor, necessária para suprir as necessidades da Obra, tanto na evangelização como na manutenção de templos. Precisamos do dinheiro, mas na condição de servo e não de senhor da nossa vida; portanto devemos administrá-lo para a Glória de Deus. 274 275 Quero lhe mostrar na Bíblia por que sou dizimista? Confira o texto na sua Bíblia 1. O dízimo é santo (Lv 27.30-32). 2. Quero ser participante das bênçãos de Deus (Ml 3.10-11). 3. Amo a obra de Deus na face da terra (Ml 3.10). 4. Não quero ser amaldiçoado (Ml 3.9). 5. Deus é dono de tudo (Sl 24.1). 6. Eu mesmo irei gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.23). 7. Mais bem-aventurado é dar do que receber (At 20.35). 8. Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). 9. Tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29.14). 10. Não sou avarento (1Tm 6.10). 11. Meu rico tesouro está nos céus (Mt 6.10). 12. Tudo o que peço a Deus, recebo (Mt 7.7-9). 13. Obedeço a Deus (At 5.29). 14. A bênção de Deus enriquece (Pv 10.22). 15. Para cada lei, Deus promete uma recompensa (Sl 19.711). 16. Receberei de Deus a mesma medida (Lc 6.38). 17. Os pensamentos de Deus são mais altos (Is 55.9). 18. Deus me escolheu e me nomeou (Jo 15.16). 19. Deus diz: ”fazei prova de mim” (Ml 3.10). 20. Minha descendência não irá mendigar o pão (Sl 37.25). 21. O meu salário não será posto em saco furado (Ag 1.6). 22. É minha responsabilidade sustentar a igreja (Ml 3.10). 23. Quero ter a consciência tranquila (1Tm 1.19). 275 276 24. Tudo que o homem semear isto também ceifará (Gl 6.7). 25. Deus suprirá todas as minhas necessidades (Fp 4.19). 3.8.2.2 – Ofertando Generosamente Para a Obra do Senhor “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). O texto deixa bem claro que a nossa contribuição para a obra de Deus deve ser feita de forma voluntária, regular e amorosa. Isto significa que temos de ser regulares e generosos na entrega das ofertas. Primeiro é preciso entender que existem vários tipos de ofertas; a oferta em valor financeiro; a gratidão expressa em adoração e louvor (que também é uma oferta); a oferta do trabalho na Obra do Senhor, através dos diversos ministérios e a oferta da santificação, que é quando subjugamos a carne e passamos a viver de acordo com o fruto do Espírito. De todas as formas de oferta a mais difícil de ser praticada é a oferta em dinheiro, quando servimos ao Senhor com nossos bens, quando dedicamos parte do que recebemos Dele em favor da evangelização, das obras sociais, do sustento de ministérios. Por que é a mais difícil? Porque precisa ser feita com amor, de coração e bolso 276 277 abertos e com alegria, não com tristeza. Tem muita gente boa que é muquirana até com Deus e faz conta de cada moedinha depositada como esmola nas sacolas de ofertas das igrejas. Que coisa feia! Por isso a primeira barreira a vencer é nosso egoísmo, o gastar apenas com coisas materiais, que satisfazem aos prazeres da carne. A oferta voluntária é um ato de amor e desprendimento. Ninguém é obrigado a contribuir financeiramente com a Obra de Deus, mas se alguém se dispõe a fazê-lo, então que seja de coração puro. A oferta voluntária tem que partir de alguém que reconhece a mão do Senhor em tudo o que tem e deseja entregar parte de seus ganhos para alcançar outras vidas. Nem todo mundo pode deixar emprego, família, pátria e sair evangelizando vidas em países distantes, mas se você contribuir, se mantiver algum missionário, de certa forma e com muitos méritos, você também está ajudando a salvar almas que você nunca viu. É um belíssimo ministério e nem mesmo Jesus prescindiu dele (as mulheres sustentavam Seu Ministério com seus bens). A segunda barreira a ser vencida são as outras pessoas, algumas delas de sua própria família que desdenham de sua inteligência e dizem que você está dando dinheiro para “pastor ladrão”, não é assim? Você fica até constrangido em dizer que é dizimista, ou ofertante, porque a sociedade toma sua atitude não como um mérito, mas como uma fraqueza intelectual. É terrível. Não importa o 277 278 que pensam os outros, nem o que diz sua família, nem o “bullying religioso” que lhe persegue, desdenhando de sua fé. O que importa de verdade é agradar ao nosso Deus. O dinheiro que você e eu depositamos no altar rende muitos frutos espirituais, veja o que disse Jesus: “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” (Lucas 16:9). Espere um pouco. Jesus está incentivando riquezas injustas? Tipo suborno, propina, fraude? Nada disso. Jesus trata as riquezas deste mundo como injustas, porque não existe (e nunca existiu) distribuição de renda justa e honesta, alguns têm muito e muitos têm bem pouco e isso fere o coração amoroso de Deus. Pois bem. Praticar a oferta em todas as suas modalidades é uma expressão de nossa gratidão ao Deus que tudo nos deu e que enviou Seu Filho Amado para morrer em nosso lugar, mas nossas ofertas precisam ter muito de nosso louvor, de nosso amor e de nossa alegria e sabe por quê? Porque está escrito: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." (2 Coríntios 9:7). 3.8.2.3 – Patrocinando Missões Evangelísticas 278 279 É maravilhoso quando os cristãos participam da graça de contribuir para a obra de Deus. Ofertar para missões e plantação de igrejas, para a construção de novos templos e para ajudar as pessoas necessitadas. E todas as nossas necessidades têm sido supridas por Deus. Qual é a nossa motivação em ofertar? A resposta que Paulo nos dá é a graça de Deus. Ofertar é um privilégio, um favor imerecido de Deus. E como podemos saber se estamos ofertando motivados pela graça? Paulo apresenta algumas evidências em 2 Coríntios 8: 1. Ofertamos pela graça quando contribuímos apesar das circunstâncias difíceis (2Co 8.1-2). As igrejas da Macedônia passavam por grandes dificuldades, aflições e tribulações. Encontravam-se em “miséria absoluta”. No entanto, suas dificuldades circunstanciais não as impediram de contribuir. Quando experimentamos a graça de Deus, não utilizamos as circunstâncias difíceis como desculpa para deixar de contribuir. 2. Ofertamos pela graça quando contribuímos pela necessidade de contribuir (2 Co 8.3-4). A graça nos ensina que não é Deus que precisa da oferta, mas somos nós que precisamos contribuir. As igrejas da Macedônia rogaram ou imploraram 279 280 insistentemente a Paulo, a graça de participarem da oferta que estava sendo levantada para os irmãos pobres da Judéia. Infelizmente, há muitas pessoas, mesmo dentro das Igrejas, que ainda estão aprisionadas pelo espírito da Avareza e fogem e se negam a contribuir. Há uma indisposição em dar voluntariamente e com alegria. 3. Ofertamos pela graça quando contribuímos segundo o exemplo de Jesus (2Co 8.5-9). Jesus é o nosso exemplo de vida cristã. Ele se entregou por nós de forma espontânea, alegre, amorosa e sacrificial. Assim como Jesus, as igrejas da Macedônia entregaram-se a Deus e aos irmãos. Quando nos entregamos a Deus, jamais teremos dificuldades em ofertar a nossa vida e os nossos bens materiais. É impossível amar a Deus e ignorar a necessidade do próximo (1Jo 3.16-18). Uma igreja que ama a Deus jamais deixará de contribuir para os outros. 4. Ofertamos pela graça quando contribuímos pela fé (2Co 8.13-24). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). O crente viverá pela fé. A oferta pela graça é uma questão de fé. Obedecemos a Deus e cremos que ele suprirá nossas necessidades, enquanto ajudamos a suprir as necessidades de outros. 280 281 A nossa igreja tem contribuído para missões e plantação de igrejas, não porque é uma igreja rica em bens materiais, mas pela fé que Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades (Fp 4.19). O dinheiro representa diferentes coisas para diversas pessoas. Nem todas estas representações convêm. Uma coisa é certa e é isso: O dinheiro representa a sua vida. Pense bem nisso: Pelo mês do seu trabalho, pelas horas contratadas, você recebe um salário. Tanto o seu tempo quanto o serviço feito estão no passado. Os esforços mentais e físicos despendidos já estão no passado. Não há como voltar no tempo para reviver esse bloco de tempo gasto nem se podem resgatar esses esforços empregados. Goste-se ou não, um mês da sua vida foi entregue pouco a pouco, hora por hora, cada dia, para seu patrão. O seu patrão tem o serviço que você fez e você tem o salário contratado. Não há como voltar no tempo e viver novamente o que já viveu. Todavia, o salário recebido no fim do mês representa aquela vida pela qual você trocou por ele. Aquela quantia na sua mão representa todo o seu esforço, estudo e pensamento que foram necessários para satisfazer o seu patrão. Aquele mês da sua vida está naquela quantia recebida como salário. Você trocou um pelo outro. O dinheiro do seu salário mensal representa aquilo da sua vida gasta durante aquele mês de serviço. Além da experiência, nada mais restou daquele tempo e esforço empregados a não 281 282 ser o salário recebido. Aquele dinheiro representa a sua vida. Agora, em verdade, onde você gasta o salário é onde você está entregando a sua vida. Lembre-se que pela sua vida vivida um mês, o salário foi dado em troca. Foi neste sentido que Paulo, o missionário, depois de receber repetidas vezes das ofertas missionárias da igreja em Filipos, falou-lhes, “Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição.”, Fp. 4.14. É uma pena que algo tão precioso quanto a vida tem que ser dada para pagar contas das coisas temporárias como transporte, habitação, etc., mas é normal e parte da vida. Mais glorioso é esse: Quando você investe aquilo que representa a sua vida nas coisas eternas, pelas ofertas na sua igreja, você está participando naqueles projetos eternos também com a sua vida. Por quê? Porque o seu dinheiro representa a sua vida. Dando ofertas missionárias você entrega-se a si mesmo na obra de Deus ao redor do mundo! É animador que a nossa vida tão limitada pode ser usada para o bem das almas agora em trevas! Participamos na obra maior de Deus quando entregamos na igreja aquilo que é passageiro. É surpreendente poder usar valores contábeis para ser um apoio aos que estão enfrentando perigos espirituais! Sem dúvida nenhuma, pela entrega de parte do seu ganho mensal você está dando não somente a sua vida na obra atual de missões, mas está sendo um cooperador junto com os 282 283 obreiros lá no campo. Está usando o que recebeu pelo seu esforço do passado para entrar na obra agora e ainda mais, está crescendo na fé para fazer mais no futuro. Cremos na promessa de Deus: Daí, e dar-sevos-á (Lc 6.38). Ela está em vigor hoje e pode ser experimentada. Cremos na lei da semeadura: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará (2Co 9.6). 283 284 IV REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A DENOMINAÇÃO O inimigo da fé não é o marido incrédulo ou o filho viciado, mas, sim, a dúvida, o medo, a incerteza, a insegurança, a ansiedade etc. Você pode verificar que enquanto está na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, o seu coração se enche de fé e você se sente poderoso espiritualmente. Porém, quando sai, muitas vezes, torna-se debilitado na fé. Em momentos como esses, você se questiona: mas como posso me sentir assim, se fui à igreja e orei? Por que me sinto tão bem quando estou na igreja e tão mal fora dela, será que o Espírito Santo não está comigo? Isso acontece porque, na igreja, a fé é exercitada e a pessoa está em comunhão com Deus, pois a Palavra é espírito, verdade e o nosso alimento espiritual. Porém, quando a pessoa vai para casa, volta o pensamento para os afazeres, como cuidar da casa e dos filhos ou ganhar o pão de cada dia, o que é natural. O que não é provável é que, por estar envolvida com essa rotina, a pessoa se esqueça de Deus e de Suas promessas. Precisamos ser vigilantes quanto a isso: 284 285 não podemos pensar em Deus somente quando estamos na igreja, mas temos que viver nossa fé a cada momento. O apóstolo Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, disse: "Orai sem cessar" (1Tessalonicenses 5.17). A oração incessante é aquela que é praticada a todo e qualquer momento, mesmo sem pronunciar palavras. Esse tipo de oração faz com que, ao mesmo tempo em que você encontra as dificuldades e enfrenta os problemas, desenvolva a fé e, consequentemente, mantenha-se forte para enfrentar e vencer suas lutas diárias. A fé é algo abstrato, mas os efeitos são concretos. Para que você veja isso em sua vida, é necessário que a sua fé esteja limpa, pura e imaculada. Não adianta a pessoa ter fé durante uma reunião na igreja, se não souber resistir às preocupações e à ansiedade. Não adianta orar, clamar, suplicar, é preciso manter a fé no auge, pois só conquistamos através dela. O diabo, sabendo disso, irá usar todas as artimanhas possíveis para paralisá-la, pois ele quer sempre levantar problemas para que a pessoa fique tensa, preocupada e, assim, tenha a fé abalada. Precisamos combater imediatamente todos os inimigos da fé e confiar nas promessas de Deus para quando vierem os problemas e com eles o medo, a dúvida, a preocupação e a ansiedade, mantenhamos o pensamento na Palavra de Deus e a confiança em Suas promessas. Assim, esses inimigos irão embora e a pessoa terá mantido a consciência e a fé limpas. Isso, certamente a fará vencedora. 285 286 Amado leitor, tenho certeza que o Espirito Santo tocou no seu coração com estas Palavras. Jesus pretende fazer algo novo na sua vida, transformar as lágrimas em alegria, fracasso em sucesso. Mas para isso é necessário você dar um passo em direção a Cristo. Se você já o recebeu, consagre-se mais a ele. Ore mais, medite em sua Palavra diariamente (Aliás, em breve estarei lançando um livro sobre como meditar na Palavra de Deus, Um passo a passo para o crente aprender a meditar na Palavra e absorver todo o ensinamento do Senhor). Se ainda não confessou Jesus como seu único e suficiente Salvador, Receba Jesus agora na sua vida. Faça uma confissão a ELE, declare-se rendido a sua vontade e confesse-o como Senhor da sua vida. Entregue a sua vida nas mãos do Senhor Jesus. Ele é a porta que conduz a vida eterna. E com certeza o Senhor Jesus abençoará a todos vocês abundantemente. 4.1 - Qual Denominação Devo Escolher? Há um crescimento significativo no número de fieis no meio evangélico, e esse aumento traz junto uma notoriedade nunca antes vista sobre os cristãos em nossos pais, “enquanto éramos uma maioria de católicos estava tudo na santa paz”. Mais com o despertar do protestantismo, surge uma gama enorme de problemas no meio evangélico. Não é de hoje que temos que lidar com a acusação de que “pastor só está interessado no dinheiro dos fiéis”. 286 287 “Esses crentes fazem lavagem cerebral no povo”. “A teologia da prosperidade é a nova onda de evangelismo”. Em 1º lugar eu devo dizer que não se deve julgar todo o povo evangélico por causa de Pastores televisivos. Em 2º Lugar dizer: Eles não representam a essência do Cristianismo. Em 3º Lugar, sou Pastor, mas não comungo com a mesma sede por dinheiro, status e poder de tais Pastores. Em 4º Lugar, Embora esse evangelismo esteja na mídia ela não é a única forma de evangelismo. O Brasil é grande demais: O povo cristão convive a centenas de ministérios diferentes, que vão de pequenas a grandes diferenças. Então não tem como colocar todos num mesmo cesto e dizer eis aqui os evangélicos do Brasil. Independente de qual seja a congregação o fiel tem sempre ou quase sempre o mesmo foco. Servir a Deus, e Jesus Cristo é o caminho que conduz a Cristo. Mais devido a tantas congregações eu terei aqui a ousadia de abrir os olhos daqueles que desejam servir a Cristo e somente a ele. Então vamos ao Título da matéria. Como escolher uma igreja evangélica para congregar? Não basta dizer que é Evangélica. Você precisa saber sobre o estatuto da igreja. Algumas igrejas não deveriam ser consideradas evangélicas, pois no seu estatuto, diz que há um dono da igreja, ou seja, todo patrimônio de uma igreja na verdade é incorporado ao seu proprietário. Ou seja, todas as suas ofertas e dízimos pertencem ao homem e 287 288 não ao corpo de cristo. Se no estatuto rege a cláusula dizendo que no caso da dissolução da igreja, todos os bens passam a pertencer ao fulano de tal. Então sai desta igreja, pois igreja descente tem seu patrimônio doado em caso de dissolução. O foco da Igreja deve ser Deus, e Jesus é o caminho. Igreja que prega bênçãos pessoais mais do que a graça de Deus, não tem fieis mais contribuintes. Igreja que fala mais do capeta do que de Deus, diz fazer milagres mais não dá a Deus à autoria do mesmo, mais usurpa a gloria de Deus dizendo, veja este homem tem poder. Isso é anátema, saia fora. Homem nenhum nasceu com poder ou privilégios especiais, mais Deus usa quem ele quer, quando ele quer, e da forma que ele escolher. Só ele é o autor do sobrenatural, e o vaso usado por ele deve fazer-se um servo e jamais cobrar qualquer coisa por uma graça. Pastores chorões que pedem dinheiro sem parar, pastores que fazem do púlpito um palco para suas apresentações mirabolantes, Pastores teatrais, Pastores que não tem uma vida de santidade, esse tipo de pessoas não podem representar a essência do evangelho de Cristo por isso sai fora desta igreja. Igrejas Neo-Pentecostais do Oba Oba, ou seja, são legalista demais ou rigorosas ao extremos ou liberal demais e com certeza não representam a essência do Cristianismo. Veja estes dois versículos: (Mateus 5:28) – Eu, porém, vos 288 289 digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. (as igrejas legalistas são liberais demais e Jesus corrige e disciplina). (João 8:36) – Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (as igrejas tidas como rigorosas ao extremo não dão liberdade de escolha para seus membros, Pastores se tornam ditadores, e Jesus nos libertou não para sermos escravos da religião, mais para segui-lo de coração). Não julgue a igreja pelo líder da igreja. A igreja é mais do que um homem, você pode até se assustar com o que vou dizer, mais há igrejas cujo líder maior do ministério prega a teoria da prosperidade, porém algumas das igrejas desse ministério simplesmente pregam o desprendimento material, ou seja, eles andam na contramão da liderança, mais as igrejas têm suas particularidades. Por isso mais uma vez digo: não dá para rotular a igreja antes de conhecer a fundo seu funcionamento. Então a questão não é simplesmente o ministério mais escolher uma igreja em particular. O princípio da fé deve ser sempre utilizado para escolher uma igreja, para mim a melhor igreja é aquela que você se identifica em relação a usos e costumes, consegue se expressar em seu meio, e que acredita no Pastor que dirige o trabalho evangelístico. Então use sua fé e ore pedindo a Deus que te revele em qual igreja você deve membrar. 289 290 Experimente antes de se envolver, ou seja, antes de congregar você deve visitar e participar dos cultos durante um período, depois você deve assumir sua posição de membro e realizar sua membresia, às vezes você muda de uma igreja para outra e pensa que todas as igrejas daquele ministério são iguais, mais no convívio você vê que tem igrejas de outros ministérios mais parecidas com sua igreja antiga do que a do seu próprio ministério lembre-se você serve a Deus e não a ministério. Para se tornar membro é necessário ser submisso à doutrina do ministério e da igreja, então procure saber se você consegue se adequar as normas preestabelecidas, lembre-se a rebeldia é pecado, então é você quem deve se moldar a igreja e não a igreja que deve se moldar a você. Dízimo é obrigação, oferta é voluntária que você dá quando puder como quiser e se assim desejar, igreja que constrange membro a dar ofertas, ou contribuir além do dízimo é anátema, saia fora essa igreja é na verdade um caça níquel de cristão. Resumindo, precisamos considerar vários fatores na hora de fazer essa escolha. Com tantas denominações, como saber se estamos fazendo a escolha certa? A discussão sobre denominações e diferenças entre igrejas, não começou ontem. Em 1 Coríntios 3:4 vemos que isso vem de longas datas: “Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo”. 290 291 Hoje em dia as igrejas costumam ser rotuladas de “tradicionais” ou “renovadas”, numa escala variável, conforme o gosto de cada um. O conceito que os “renovados” têm a respeito das “igrejas tradicionais” não é nada positivo, pois as consideram “retrógradas, ultrapassadas, frias, caretas, anacrônicas ou até antibíblicas”, uma vez que estariam mortas e não desejariam a renovação pelo poder do Espírito Santo. Seriam como o vale de ossos secos descrito em Ezequiel 37. Já os “tradicionais” devolvem na mesma moeda, atribuindo o mesmo conceito negativo aos “renovados”. Para muitos, o que está na moda, sim, é ser “renovado” - igrejas, liturgias e cultos restaurados, doutrinas modernas, enfim, tudo novo e renovado. O texto de II Cor. 5:17 é invocado como argumento da renovação, tendo em vista a afirmação de que ”as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”. (Na realidade, o contexto desta passagem é completamente diverso. Paulo está falando da nova criatura regenerada em Cristo, do ser humano que nasceu de novo. As “coisas velhas” não representam necessariamente as “tradições”, mas sim o pecado, o velho homem.) Por outro lado, existem aqueles que se orgulham de pertencer a uma comunidade dita tradicional. Novidades são interpretadas como o “outro evangelho” de Gálatas 1 ou como os “ventos de doutrina” previstos por Paulo em Efésios 4. Por serem (ou se considerarem) 291 292 ultraconservadores, resistem ao que é considerado “novo“ e, por outro lado, não entendem o verdadeiro sentido da palavra “tradicional”. Afinal, o que é ser tradicional ? O que seria “tradição” de acordo com a Bíblia ? Ambas as posições correm o risco de serem radicais e equivocadas, caso não se atenham estritamente ao que a Bíblia ensina sobre a verdadeira “tradição“ e sobre “renovação”. E quando se é radical, corre-se o perigo de entender mal e ser mal entendido. Daí, a importância de se distinguir entre tradições humanas e tradições divinas. Boa parte das tradições às quais se apegam algumas das denominações religiosas consideradas “tradicionais” não passam de usos, costumes e convenções humanas, sem nenhum respaldo nas Escrituras. Qual hinário deve ser usado na liturgia, o novo ou o antigo? Deve-se usar instrumentos musicais nos cultos? Algumas igrejas proíbem piano, bateria, instrumentos de cordas e de percussão. Elas interpretam literalmente “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor !” (Salmo 150:6) e só permitem instrumentos de sopro. Mas se esquecem dos versículos anteriores que mencionam “saltério, harpa, adufes, címbalos e instrumentos de cordas”. Existem várias denominações, nem sei dizer quantas! Cada uma tem um estilo próprio, doutrina, estrutura e interpretações teológicas diferentes. Embora haja modelos diferentes, nunca podemos perder a essência ou ir contra aquilo que a bíblia ensina. Como dizia meu velho 292 293 Pai, que era Presbítero da Igreja Presbiteriana, “O método pode ser diferente, mas o princípio deve ser sempre o mesmo”. Através deste termo venho declarar a denominação evangélica a qual faço parte, não intenciono desmerecer nenhuma denominação, só quero expor a minha opção. Portanto, desde já assumo meu compromisso com a denominação cristã! Exato, não sou de Paulo, nem de Apolo, sou de Cristo! Não sou batista, nem metodista, nem assembleiano, sou CRISTÃO. Não consigo imaginar que Jesus Cristo ao fundar sua Igreja, desejava que ela se dividisse, ao ponto de se criar uma nova denominação a cada dia. Aí você me pergunta: _ Israel, então o irmão não frequenta igreja? Claro que frequento, sou Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, isso é uma das etapas da salvação, se eu não tivesse vontade de congregar em alguma igreja eu não seria salvo no sangue de Jesus. O que este termo quer demonstrar, é que não irei tomar partido de nenhuma denominação, nem que tenho por certa esta, ou errada aquela. Não defendo Placa de Igreja. Meu compromisso é somente com a Noiva de Cristo, a 293 294 Congregação dos Salvos, a Igreja! Estou escrevendo ESTE LIVRO para pessoas que querem servir a Cristo, da melhor maneira possível, embora pertença a uma denominação, pregamos a Cristo e esse CRUCIFICADO. No nosso país, temos a liberdade de servir ao Senhor em várias Igrejas Evangélicas distribuída em todo o território nacional. Igreja para todos os gostos. Entretanto, devo salientar que procure com cuidado, uma denominação séria. Que ajude você a crescer na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. 4.2 - Então, como escolher a melhor Denominação? Ore – Peça a Deus para te mostrar uma igreja. Estilo Pessoal – Existe igreja para todos os gostos. De tradicionalíssimas a super-modernas. Busque uma que irá encaixar na sua personalidade. Calma, isso não é o mais importante, mas não deixa de ser algo que devemos considerar! Afinal, ninguém gosta de ir (vários dias da semana) a um lugar onde não se identifica ou não se sente à vontade. Agora que você já peneirou uma multidão de igrejas só por escolher sua preferência pessoal, fica mais fácil de tomar o próximo passo. Esse sim é mais importante! Uma Igreja Bíblica – Tradicional não é sinônimo de santo, nem Pentecostal e ”oba oba’’ é sinônimo de agir do Espírito. O que a igreja prega? Jesus é o Centro das 294 295 Mensagens e Canções? Os Líderes se importam com os membros? A Bíblia é Ensinada? O Corpo de Cristo é Edificado? Pense bem, esse é o passo mais importante na hora de escolher a sua Denominação. Entenda que denominação não salva – Se alguma igreja disser que aquela é única denominação que irá para o céu, pode riscá-la da sua lista. No céu é lugar de pessoas lavadas no sangue do cordeiro, não pessoas que pertencem a denominação ”tal”. Não siga “Placa de Igreja” elas não salvam ninguém. 4.2.1 – Lista de Igrejas no Brasil Vou colocar aqui uma lista das denominações e Igreja existente no Brasil. Algumas podem estar ao lado de sua residência ou na sua rua ou no seu bairro ou cidade: A.D.H.O.N.E.P. (ASSOCIAÇÃO DOS HOMENS DE NEGÓCIO DO EVANGELHO PLENO) A.M.O.R. (ASSEMBLÉIA MINISTÉRIO DE OSTENTAÇÃO AO REBANHO) ASSEMBLÉIA DE DEUS BATISTA A COBRINHA DE MOISÉS (A QUE ENGOLE AS OUTRAS) ASSEMBLÉIA DE DEUS CANELA DE FOGO ASSEMBLÉIA DE DEUS FILADÉLFIA (MINISTÉRIO CANELA DE FOGO) ASSEMBLÉIA DE DEUS FONTE SANTA EM BISCOITÃO ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA EM GRAÇA 295 296 ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA FIEL ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA PATRIARCAS DA FÉ BÍBLICA ASSOCIAÇÃO BATISTA EVANGÉLICA VALE DE LÁGRIMAS ASSOCIAÇÃO MAR ABERTO ASSOCIAÇÃO MISSIONÁRIA EVANGÉLICA PARA UMA VIDA NOVA E PLENA CENTRO ESPIRITA CASA DO VOVÔ FUMO GROSSO C.E.O. (COMUNIDADE DE EVANGELIZAÇÃO E ORAÇÃO) COMUNIDADE EVANGÉLICA NÃO HÁ DEUS MAIOR COMUNIDADE EVANGÉLICA ZADOQUE (PARA QUEM CURTE O ROCK PESADO) COMUNIDADE INTERNACIONAL ATOS 29 CONGREGAÇÃO ANTI BLASFÊMIAS CONGREGAÇÃO CRISTÃ DOS FIÉIS VENCEDORES SALVOS DA MACUMBA CONGREGAÇÃO CRUZADA DE MILAGRES CONGREGAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO PROVÍNCIA DO CALVÁRIO SANTO CONGREGAÇÃO J.A.T. (JESUS AMA TODOS) CONGREGAÇÃO PLENA PAZ AMANDO A TODOS “IGREJA” EVANGÉLICA MUÇULMANA JAVÉ É PAI “IGREJA” EVANGÉLICA PENTECOSTAL IGREJA A CHAVE DO ÉDEN IGREJA “A” DE AMOR IGREJA A ESCOLHIDA IGREJA A FÉ DE GIDEÃO 296 297 IGREJA A VIDA É SUA IGREJA A VOZ DA PEDRA ANGULAR IGREJA A VOZ DIRETA DO ÉDEN IGREJA ABASTECEDORA DE ÁGUA ABENÇOADA IGREJA ABOMINAÇÃO À VIDA TORTA IGREJA ABRE-TE SÉSAMO IGREJA ACEITA JESUS IGREJA ADVENTISTA DA SÉTIMA REFORMA DIVINA IGREJA ADVENTISTA DEUS É VIDA IGREJA APOSTÓLICA CRISTÃ TERRA FIRME IGREJA ARCA DA FÉ IGREJA ARQUEIROS DE CRISTO IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ADVENTISTA ROMARIA DO POVO DE DEUS IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS BOTAS DE FOGO ARDENTES E CHAMUSCANTES IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS CAPRICHOSOS NA OBRA DE DEUS IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DA BEIRA DA ESTRADA DE TRIBOBÓ IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAI DO FILHO DO ESPÍRITO SANTO IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAPAGAIO SANTO QUE ORA A BÍBLIA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS FILHOS E CONSOLAÇÕES IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS NOVA CRIATURA REMOLDADA 297 298 IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS RETIRO DAS MANGUEIRAS IGREJA ASSEMBLÉIA DOS SANTOS IGREJA ASSEMBLY OF THE GOD IN SAO PAULO IGREJA AUTOMOTIVA MÓVEL DO FOGO SAGRADO IGREJA AVE CÉSAR IGREJA BAILARINAS DA VALSA DIVINA IGREJA BAMBOLÊS SAGRADOS IGREJA BATE PALMAS 40 DIAS IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR (ANTI GLOBO) IGREJA BATISTA AS ANDORINHAS DE CRISTO IGREJA BATISTA BANDEIRAS DA FÉ IGREJA BATISTA BLESSING BRASIL IGREJA BATISTA BRASA VIVA IGREJA BATISTA BRASILEIRA DOS POVOS AGARRADOS À BÍBLIA IGREJA BATISTA CAMINHO DAS ÁRVORES IGREJA BATISTA CÓPIA DA PERFEIÇÃO IGREJA BATISTA DA MÃO SANTA IGREJA BATISTA DA JUVENTUDE SEM DROGAS E ROCK’N’ROLL IGREJA BATISTA DA POMBA SACRIFICADA IGREJA BATISTA DA VELHICE TRANQÜILA IGREJA BATISTA DAS TRÊS PONTES SAGRADAS IGREJA BATISTA DE REFORMULAÇÃO ESPIRITUAL IGREJA BATISTA DEDO DE DEUS IGREJA BATISTA DEUS FORTE E PODEROSO IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO SANTO IGREJA BATISTA DO POVO 298 299 IGREJA BATISTA DO VALE DA REVOLTA IGREJA BATISTA ELOHIM SHADEH IGREJA BATISTA ESTRELA CADENTE IGREJA BATISTA EVANGÉLICA BENEFICÊNCIA LEÃO DE JUDÁ IGREJA BATISTA EVANGÉLICA CARIDOSA DAS ALMAS IGREJA BATISTA EVANGÉLICA DA BAZUCA CELESTIAL IGREJA BATISTA FAZENDA DA BICA IGREJA BATISTA FLORESTA ENCANTADA IGREJA BATISTA GAY DO RIO DE JANEIRO IGREJA BATISTA HOMOSSEXUAL GAYS DE CRISTO IGREJA BATISTA HORTO DE FÉ IGREJA BATISTA INCÊNDIO DE BÊNÇÃO IGREJA BATISTA LOGARÍTMICA DO REINO DE DEUS IGREJA BATISTA MOÇA BONITA IGREJA BATISTA NERO SE ARREPENDEU, E VOCÊ?! IGREJA BATISTA OH GLÓRIA! IGREJA BATISTA PALMA DA MÃO DE CRISTO IGREJA BATISTA PARE DE RESISTIR A BÊNÇÃO DE DEUS IGREJA BATISTA PENTECOSTAL A COBRA DE MOISÉS QUE ENGOLIU AS OUTRAS MÁS E FRACAS (ESSA IGREJA CHOVE MILAGRES!) IGREJA BATISTA PENTECOSTAL VALE DE BÊNÇÃOS IGREJA BATISTA PONTE PARA O CÉU IGREJA BATISTA PRONTO-SOCORRO DAS ALMAS 299 300 IGREJA BATISTA TIÇALEAH IGREJA BATISTA TOO MUCH IGREJA BETELGUELSE IGREJA BOAS NOVAS DE SALVAÇÃO IGREJA CANTOS BELLOS IGREJA CARA DO LEÃO DE JUDÁ IGREJA CASTELBLANKO DA VIDIGUEIRA IGREJA CLÍNICA DA ALMA IGREJA COMUNIDADE EVANGÉLICA SHALON ADONAI CRISTO IGREJA CONGREGAÇÃO PASSO PARA O FUTURO IGREJA CONGREGACIONAL BOCA DO PEIXE IGREJA CONGREGACIONAL DE AGRONOMIA DA SALVAÇÃO IGREJA CONGREGACIONAL EXIGIMOS A GRAÇA DE DEUS IGREJA CONGREGACIONAL EXPLOSÃO DA FÉ IGREJA CONGREGACIONAL MANÁ CAÍDO DO CÉU IGREJA CONTATO DIRETO DE VIGÉSIMO GRAU COM MILAGRES IGREJA CORAÇÃO RECICLADO IGREJA CÓSMICA DO PODER PLENO E MISTERIOSO IGREJA C.R.B. (CORTINA REPLETA DE BÊNÇÃO) IGREJA CRISTÃ CHINESA DO RIO DE JANEIRO IGREJA CRISTÃ DE TERAPIA CONTRA O ENCOSTO IGREJA CRISTÃ DO NOVO AMANHÃ IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA ESPÍRITA NACIONAL IGREJA CRISTÃ PREBÍTERO-SANTENSE IGREJA CRISTO E POVO DO RIO IGREJA CRISTO É SHOW 300 301 IGREJA CRISTO VIVE MISSÃO APOSTÓLICA GRAÇAS A DEUS IGREJA CRUZ ERGUIDA PARA O BEM DAS ALMAS IGREJA CRUZADA AMERICANA IGREJA CRUZADA DE EMOÇÕES IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA COM PASTOR WALDEVINO COELHO, A SUMIDADE IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO DE JEOVÁ E DEUS DO FOGO IGREJA CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO DE JEOVÁ E DEUS É FIEL IGREJA DA BEIRA DO TREMIGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL IGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL PEGANDO FOGO DO PODER IGREJA DA BOA SORTE IGREJA DA DEVOÇÃO DO SANTUÁRIO DE DEUS IGREJA DA FÉ DE ISRAEL E SEU POVO SOFRIDO IGREJA DA FORTUNA IGREJA DA POMBA BRANCA IGREJA DA REVELAÇÃO RÁPIDA IGREJA DA VITÓRIA DO POVO CARIOCA IGREJA DAS BOAS NOVAS IGREJA DAS SETE TROMBETAS DO APOCALIPSE IGREJA DAS TRÊS PONTAS EM GLÓRIA IGREJA DEKANTAHLAHBASSYÍ IGREJA DE DEUS DA PROFECIA NO BRASIL AMÉRICA DO SUL IGREJA DE DEUS NO BRASIL 301 302 IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS IGREJA DE UMA VIDA NOVA PARA O POVO DE JARDIM SULACAP IGREJA DEVOTOS DE CRISTO AO EXTREMO IGREJA DIVISÃO DO MAR E MOISÉS IGREJA DO AMOR MAIOR QUE OUTRA FORÇA IGREJA DO BARRO SANTO DE CURA IGREJA DO ESPÍRITO SANTO PERDIDO IGREJA DO EVANGELHO PLENO DE MISSÃO COREANA PETROPOLITANA IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR IGREJA DO LOUVRE IGREJA DO MANTO BRANCO IGREJA DO NAZARENO IGREJA DO PASTOR SASSÁ IGREJA DO RIO QUE CORRE TORTO IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO EM AMOR E GRAÇA IGREJA DO VALE FELIZ IGREJA DOS ANJOS E SUAS TROMBETAS ESTRIDENTES IGREJA DOS BONS ARTIFÍCIOS IGREJA DOS CHINESES EM FÉ IGREJA DOS HABITANTES DE DABIR IGREJA E BAR EVANGÉLICO ARCA LTDA ME. IGREJA E CLUBE DIVERSÃO PARA O POVO CRISTÃO IGREJA E TEMPLO CÓSMICO RAELIANO IGREJA EM NOME DE JESUS 302 303 IGREJA ESTE BRASIL É ADVENTISTA IGREJA E.T.Q.B. (EU TAMBÉM QUERO A BENÇÃO) IGREJA EVANGÉLICA A HISTÓRIA DOS CRISTÃOS IGREJA EVANGÉLICA A MAIOR IGREJA EVANGÉLICA ADÃO É O HOMEM IGREJA EVANGÉLICA AMAZONAS IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS HOSANA AO REI IGREJA EVANGELICA AVIVAMENTO BIBLICO IGREJA EVANGÉLICA BATALHA DOS DEUSES IGREJA EVANGÉLICA BATISTA BARRANCO SAGRADO IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA DA BOA INTENÇÃO IGREJA EVANGÉLICA COMISSÃO DE PASTORES PARA O BEM IGREJA EVANGÉLICA CRISTO, EU E VOCÊ IGREJA EVANGÉLICA DA MARESIA QUE CORRÓI IGREJA EVANGÉLICA DEUS QUE SE REÚNE NAS CASAS IGREJA EVANGÉLICA DIANTE DO TRONO DO REI DOS REIS IGREJA EVANGÉLICA DO PASTOR PAULO ANDRADE (O HOMEM QUE VIVE SEM PECADOS) IGREJA EVANGÉLICA DOS CAÇADORES DE ALMAS PERDIDAS IGREJA EVANGÉLICA DOS HINOS MARAVILHOSOS IGREJA EVANGÉLICA DOS SEMEADORES DA FÉ IGREJA EVANGÉLICA FLORZINHA DE JESUS IGREJA EVANGÉLICA FONTE DE MILAGRES 303 304 IGREJA EVANGÉLICA H.I.V. (HOMEM, INTELIGÊNCIA, VIDA) IGREJA EVANGÉLICA HOLINESS IGREJA EVANGÉLICA INDIANA DA MISSÃO DE CRISTO NO BRASIL IGREJA EVANGÉLICA JARDIM REAL EM OBRA DE RESTAURAÇÃO IGREJA EVANGÉLICA KOSKENKORVA DO FIM DA TARDE IGREJA EVANGÉLICA LABAREDAS DE FOGO IGREJA EVANGÉLICA LIGAÇÃO DIRETA COM O PARAÍSO IGREJA EVANGÉLICA LUZ NO ESCURO IGREJA EVANGÉLICA MÁRMORE DO BEM IGREJA EVANGÉLICA MEU DEUS DO CÉU IGREJA EVANGÉLICA NO MORE GUTTER IGREJA EVANGÉLICA O SENHOR VEM NO FIM IGREJA EVANGÉLICA O TEMPERO DA VIDA IGREJA EVANGÉLICA ORIENTAL TAMBORES DA ANUNCIAÇÃO IGREJA EVANGÉLICA PASSA TRÊS IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL BÍBLIA ININTERRUPTA IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL PLANETA CRISTO IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL TRABALHADORES DE CRISTO IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL VENCENDO, VEM JESUS 304 305 IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL VIVA COM CRISTO IGREJA EVANGÉLICA PORTA DAS OVELHAS SANTAS IGREJA EVANGÉLICA POSITIVISTA IGREJA EVANGÉLICA PRESBITERIANA ORQUESTRA DOS ANJOS BENFAZEJOS IGREJA EVANGÉLICA QUE ERA EU, O QUE SOU HOJE IGREJA EVANGÉLICA REVELAÇÃO DE CRISTO IGREJA EVANGÉLICA RODEIO DE MILAGRES IGREJA EVANGÉLICA SAL DA TERRA IGREJA EVANGÉLICA SAL FORA DO SALEIRO IGREJA EVANGÉLICA SHARON IGREJA EVANGÉLICA SHUN KUAN TAI SHUN IGREJA EVANGÉLICA SURFISTA BOLA DE NEVE IGREJA EVANGÉLICA TEMPLO DAS ÁGUIAS (UM SONHO DE IGREJA) IGREJA EVANGÉLICA VERBO DA VIDA IGREJA FÉ AFIRMADA IGREJA FILADÉLFIA (A IGREJA DO DESAFIO) IGREJA FOGO DA SELVA (1ª DIVISÃO) IGREJA FOGO DA SELVA (2ª DIVISÃO) IGREJA FOGUEIRA SANTA IGREJA FOGUETE RUMO AO CÉU IGREJA GRAÇAS E LOUVORES A TI, DEUS (ALELUIA!) IGREJA GRANITO DE MOISÉS IGREJA GOSPEL COME ON TO GOD IGREJA HALLELLUIAH 305 306 IGREJA HARPA DOS ANJOS IGREJA HIGHWAYS TO HEAVEN IGREJA HOMPA HONGWANJI IGREJA HOSPITAL DA ALMA IGREJA IDDAI WAH MEG IGREJA IDOLATRIA AO DEUS MAIOR IGREJA EVANGÉLICA A MISSÃO SÓ ESTÁ COMEÇANDO IGREJA INDIVIDUALISTA EVANGÉLICA DA AUTO AJUDA IGREJA INFANTIL FOFURAS DO AMANHÃ IGREJA INTERNACIONAL DA SÉTIMA CHAMADA IGREJA INTERNACIONAL DOS EVANGELISTAS REMANECENTES DA GRAÇA DIVINA DE NOSSO SENHOR DEUS PAI TODO PODEROSO IGREJA JADE VIVE IGREJA JESUS CRISTO É REI IGREJA JESUS É MÉDICO DE VERDADE IGREJA JESUS É O COMANDANTE IGREJA LOUCOS POR CRISTO IGREJA LUA NOVA IGREJA LUGARZINHO NO CÉU IGREJA LUZ & CONFORTO IGREJA MANHATTAN IGREJA MAR NO SERTÃO IGREJA MARÉ DE MILAGRES IGREJA MATA MINHA SAUDADE IGREJA MESSIÂNICA DO TERCEIRO FOGO A SETE PÉS IGREJA MESSIÂNICA TOCHAS ARDENTES 306 307 IGREJA METODISTA (DIVISÃO ESPORTIVA) IGREJA METODISTA INTERNACIONAL FÁBRICA DE MILAGRES IGREJA METODISTA LAR DO CRISTÃO IGREJA METODISTA SOCORRISTA DAS ALMAS IGREJA MILITANTE NA OBRA DE RESTAURAÇÃO DO BRASIL IGREJA MINISTÉRIO FÉ PARA TODOS IGREJA MOMENTO DE DEUS IGREJA MORUBIXABA EVANGÉLICA BRASILEIRA IGREJA MÓVEL FÉ EM CASA IGREJA M.T.V. (MANTO DA TERNURA EM VIDA) IGREJA MUSICAL MONTEBELLO IGREJA NACIONAL DA VIDA EM GRAÇA IGREJA NACIONAL DO ESPÍRITO SAGRADO EM FAMÍLIA IGREJA NOIVA DE JESUS DA SEGUNDA DIVISÃO IGREJA NOVA UNÇÃO IGREJA O CUSPE DE DEUS IGREJA O FOGO NO ALTAR IGREJA O MUNDO PRECISA DE ORAÇÃO IGREJA O NOME DE CRISTO IGREJA O PEDAÇO DO PARAÍSO IGREJA O PODER DA FÉ IGREJA O REI ESTÁ VINDO IGREJA O TEMPLO IGREJA OLIMPÍADA BÍBLICA IGREJA ONDAS DE AMOR CRISTÃO IGREJA ORIGINAL DE JESUS CRISTO NÚMERO DOIS IGREJA PARANINFOS DA BÍBLIA SAGRADA 307 308 IGREJA PEDRA VIVA IGREJA PENTECOSTAL A CAMINHO DE JERUSALÉM IGREJA PENTECOSTAL A CAIXA DE PANDORA IGREJA PENTECOSTAL A CONTROVERSIA IGREJA PENTECOSTAL A MAJESTADE O SABIÁ IGREJA PENTECOSTAL A UM PALMO DO CÉU IGREJA PENTECOSTAL ARMADURA DE DEUS IGREJA PENTECOSTAL ÁRVORE DO BEM IGREJA PENTECOSTAL ASSEMBLÉIA DE DEUS FOGO DIVINO IGREJA PENTECOSTAL BEIJA-FLOR SILVESTRE (A IGREJA QUE MAIS CRESCE NO BRASIL) IGREJA PENTECOSTAL BOCA DO LEÃO IGREJA PENTECOSTAL CAJADO DE MOISÉS IGREJA PENTECOSTAL CASA DE ORAÇÃO FONTE DE LUZ IGREJA PENTECOSTAL CASA DE ORAÇÃO PARA TODOS OS POVOS DO BRASIL IGREJA PENTECOSTAL CHUVA DE MILAGRES IGREJA PENTECOSTAL CRISTO É O REI IGREJA PENTECOSTAL DA ROCHA ETERNA IGREJA PENTECOSTAL DE JERUSALÉM CELESTIAL IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR (RAMAL 2 E QUE DEUS NOS ABENÇÕE) IGREJA PENTECOSTAL DEUS É MAIOR IGREJA PENTECOSTAL DO CUSPE SANTO IGREJA PENTECOSTAL DO FOGO DIFERENTE 308 309 IGREJA PENTECOSTAL DOS PÉS DESCALÇOS DE JESUS IGREJA PENTECOSTAL DOUTRINA DO LIVRO SAGRADO IGREJA PENTECOSTAL ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO IGREJA PENTECOSTAL ESCUDO CONTRA O MAL IGREJA PENTECOSTAL EVANGÉLICA A MISSÃO DOS SETENTA DISCÍPULOS IGREJA PENTECOSTAL EVANGÉLICA OBRIGADO SENHOR (AGRADECIDOS DOS MILAGRES RECEBIDOS) IGREJA PENTECOSTAL EXÉRCITO DO AMOR DE DEUS IGREJA PENTECOSTAL FINAL DOS TEMPOS IGREJA PETECOSTAL FOGO PARA O BRASIL IGREJA PENTECOSTAL FONTE ABENÇOADA IGREJA PENTECOSTAL FRANCESA O AMOR DE CRISTO (DIVISÃO BRASILEIRA) IGREJA PENTECOSTAL ISRAEL EM CHAMASIGREJA PENTECOSTAL ISRAEL EM CHAMAS IGREJA PENTECOSTAL ISSO QUE É PODER DE DEUS IGREJA PENTECOSTAL JESUS VEM E VENCEMOS PELA FÉ IGREJA PENTECOSTAL LÍRIOS DO CAMPO IGREJA PENTECOSTAL MARILYN MONROE IGREJA PENTECOSTAL MISTÉRIOS DA FÉ IGREJA PENTECOSTAL O VÉU DE PUREZA 309 310 IGREJA PENTECOSTAL PARA PREPARAÇÃO DA VINDA DE JESUS IGREJA PENTECOSTAL QUADRADO DE FOGO IGREJA PENTECOSTAL SALVOS POR DEUS IGREJA PERFECCIONISTA FÉ MAIOR IGREJA PERFECT LIFE IGREJA PIONEIRA EM MILAGRES IGREJA PIRÂMIDES MISTERIOSAS IGREJA POÇO DE JACÓ IGREJA PORTA DA PAZ IGREJA PORTA DIVINA IGREJA PORTA FORMOSA IGREJA PRESBITERIANA A TORRE IGREJA PREBITERIANA DO APOCALIPSE SAGRADO IGREJA PRESBITERIANA JUNTANDO OVELHAS DESGARRADAS DO REBANHO IGREJA QUADRANGULAR DA QUARTA DIMENSÃO IGREJA QUADRANGULAR O MUNDO É REDONDO IGREJA REBANHO CONVERTIDO IGREJA RESTAURADORA DE VIDAS ESTRAGADAS IGREJA REVELAÇÃO SUBLIME IGREJA SAFIRA DE ORAÇÕES IGREJA SANTA QUE ESTÁ NO BRASIL INTEIRO IGREJA SANTA QUE ESTÁ NO RIO DE JANEIRO IGREJA SÃO COSME, DAMIÃO E DOUM IGREJA SARA NOSSA TERRA IGREJA SAUDADE DE JESUS IGREJA S.B.T. (SANANDO BÊNÇAOS A TODOS) IGREJA SEDE DE FÉ IGREJA SEDENTOS DE ORAÇÃO 310 311 IGREJA SEM PECADOS IGREJA SEMBLANTE DE CRISTO IGREJA SINAIS E PRODÍGIOS IGREJA SINAL VERDE PARA O BEM IGREJA SINO DE BELÉM MISSÃO E PREMISSAS IGREJA SOCORRISTA DAS ALMAS DE VISÃO PROFUNDA IGREJA SOKA GAI IGREJA SOMOS OS ESPELHOS DE DEUS IGREJA SUBIMOS COM JESUS IGREJA TENRIKYO DENDOTYO IGREJA TERRA SANTA ABENÇOADA IGREJA TETRAEDO BÍBLICO IGREJA THULA DAI E CRISTO IGREJA TORRE DE BABEL IGREJA TRYBO CÓSMIKA IGREJA UM SALTO PRO FUTURO IGREJA UNIVERSAL DE OPOSIÇÃO AO MAL IGREJA UNIVERSAL DO CADÊ A MINHA BÊNÇÃO IGREJA WESLEYANA INTERNATIONAL CHURCH FOLLOW JESUS IN BRAZIL MINISTÉRIO ADVERTÊNCIA DE JESUS NA TERRA DA IGREJA DO CAVALO BRANCO DO APOCALIPSE (COM O PASTOR MISSIONÁRIO J.F.P., O SUMO REI A SERVIÇO DO REI JESUS) TEMPLO ÂNCORA PARA O CÉU TEMPLO AQUI ESTAMOS SALVOS TEMPLO BATISTA CÓSMICO E PEREGRINO TEMPLO DA ATRIBUIÇÃO DE VIRTUDES MÁGICAS 311 312 TEMPLO DA GRAÇA TEMPLO A JANELA DA SABEDORIA TEMPLO DAS DIVINDADES EVANGÉLICAS EM SI TEMPLO DAS TOCHAS ARDENTES E MILAGROSAS TEMPLO EVANGÉLICO BÍBLICO DO PROVÉRBIO APOCALÍPTICO TEMPLO EVANGÉLICO CHAFARIZ DE APARIÇÕES TEMPLO EVANGÉLICO CRISTÃO CALDEIRÃO DE BÊNÇÃO TEMPLO EVANGÉLICO DA SÉTIMA TROMBETA TEMPLO EVANGÉLICO FASHION NISSENJI TEMPLO EVANGÉLICO OFERTÓRIO DE GRAÇAS TEMPLO EVANGÉLICO TUPYARA TEMPLO EXTRAORDINÁRIO DA GRAÇA EVANGÉLICA ESPLENDOROSA (A IGREJA QUENTE QUE TE CONFORTA) TEMPLO FILIAL EVANGÉLICO NITIREN SHONSHU HOKKEKO TEMPLO KAREKAYA KUKE KE TEMPLO KÓSMYKO DE RARAEMH TEMPLO MUSICAL AMERICANO DEUS É FÉ E FORMOSURA TEMPLO O CORAÇÃO TEMPLO PENTECOSTAL IRRADIANTE TEMPLO QUARTETO FAMILIAR GRACIOSO E TENRO TEMPLO RELIGIOSO DOS BANQUETES E FESTAS TEMPLO SANTIFICADO DA RENOVAÇÃO TENDA CAMPING EVANGÉLICA ALGO ALÉM 312 313 TENDA EVANGÉLICA CEIFA DO AVIVAMENTO DA FAMÍLIA TENDA EVANGÉLICA DO AMOR PARA TODOS Entre outras espalhadas pelo nosso país. Você pode escolher qualquer uma destas. A maioria são deserções de igrejas pentecostais e segue a forma de culto neopentecostal. Deus abençoe a todos, e use de misericórdia pelo zelo de sua Palavra, pois como diz o apóstolo Paulo: “Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18). V REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO A SOCIEDADE Eu não tenho problema com regras. Tudo e todos têm suas regras. Eu tenho regras. A Igreja onde sou Pastor 313 314 tem regras. Minha casa tem regras. A sociedade tem regras. A Bíblia tem regras. Você tem regras. O problema não são as regras. Se você e eu quisermos ter um relacionamento (de amizade, profissional, religioso, etc., menos amoroso, claro), vamos naturalmente estabelecer regras. Certas palavras não poderão ser ditas, outras terão que ser ditas, certas atitudes serão cobradas, outras evitadas, são regras que estabeleceremos naturalmente. O grande problema é você, ou eu, forçar regras um para o outro sem duplo consentimento. Se tivermos um objetivo comum, entraremos em acordo, teremos que entrar para andarmos juntos, mas se nossos objetivos, pensamentos e caminhos forem diferentes, ninguém pode forçar para ninguém suas regras pessoais. Por exemplo, eu curto músicas Clássicas. Já pensou se eu quiser te obrigar a gostar das mesmas coisas que eu? A se vestir como eu? A ter bigode como eu? É isso que o legalismo faz. Ele faz com que seus gostos pessoais se tornem regras, padrões e te faz querer que os outros sigam suas regras pessoais. Como cristão, minha regra é a Lei de Deus. Esta Lei é chamada por Tiago, irmão de Jesus, de “Lei da Liberdade” (Tiago 2:12) e eu seguir ou não esta lei, é uma questão individual de fé. O Cristão não segue a Lei de Deus 314 315 por coação, pelo menos não deveria seguir, mas por Liberdade. Davi explica: E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos. Salmos 119:45 Aí, muitos me cobram para acreditar em certa coisa, me vestir de certo modo, falar de certa maneira, etc, etc, usando a “Lei de Deus” para me obrigar a agir e pensar conforme a vontade deles. Paulo trabalha esse dilema. Ele diz: Por que minha liberdade deve ser julgada pela consciência dos outros? 1 Coríntios 10:29 Em outro lugar, Paulo é enfático: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão (Gálatas 5:1). Sendo assim, só me submeto a uma regra de fé e prática pessoal, se eu acredito nela, se eu a encontro realmente na Palavra de Deus, porque acredito na Bíblia como perfeita revelação de Deus, não por imposição de terceiros, nem que me coloquem um monte de versículos isolados e interpretações furadas da Palavra de Deus. Um cristão não pode forçar o outro a acreditar em algo. Ainda 315 316 mais em nome da fé cristã. Porque acima da Lei está o Evangelho. Podemos usar as leis de Deus, as leis civis locais e também regras de convivência entre amigos, família e Igreja para pedir limites e fazer com que as pessoas respeitem estes limites necessários para a convivência humana. Por exemplo um pastor carrasco, um político desonesto, um familiar grosseiro e intrometido, um amigo com uma vida imoral e egoísta, casos que trazem muitos problemas a nós e a quem amamos e que podemos intervir com as regras que conhecemos para o nosso bem pessoal, o do nosso próximo e para nos posicionar com nossa fé cristã bíblica e histórica diante do mal. Mas não podemos com essas regras fazer alguém acreditar ou concordar com a mesma coisa que nós. Podemos fazer respeitar, acatar, aceitar o que é regra, mas acreditar e concordar não. A pessoa pode sentir um remorso, ter um momento de consciência e depois voltar a praticar aquilo que ofende a Deus, ao nosso próximo e a nós, porque a mente dela, o espírito dela, não pode ser tocado por regras, como a Bíblia diz: “Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela.” Romanos 8.7 316 317 A natureza humana é inimiga de Deus. Deus é um “estraga-prazeres”, um “chato”, alguém que só quer “acabar com a festa” do pecado e dos “prazeres”, em nossa mentalidade carnal. Mesmo depois de cristãos, de termos nosso espírito regenerado e compreendermos pela Lei que somos pecadores, mas ainda temos a natureza humana carnal em nós e vivemos em constante luta interna entre nossa carne inimiga de Deus e nosso espírito regenerado e apaixonado por Deus (Gálatas 5.16-21). Não somos salvos por fazer o que a Lei manda, porque não fazemos o que é bom por convicção, mas por interesse ou medo, e nosso próximo também não faz, independente de ser cristão ou não, mas por que Jesus nos amou e pela graça, Ele nos salva, por meio somente da fé, nos regenera e voltará para julgar a todos no Juízo Final e nos inocentar (justificar) de todo nosso pecado. E essa obra é única de Jesus, feita primeiro internamente, se refletindo em nossos pensamentos em obras, obra essa dele chamada de “Santificação” (separação) do pecado, nos fazendo mudar nossas abordagens, pontos de vista e atitudes com o tempo, nos aperfeiçoando com o tempo e completando essa obra somente no Céu, aqui na Terra ainda nos deixando ser tentados e cair por nossa própria natureza para que ninguém se glorie, mas toda glória seja dele. A salvação e a santificação do cristão não vêm através da Lei de Deus, ou de regras humanas inventadas e impostas com discursos genéricos que são deturpações de termos bíblicos como “aparência do mal” ou 317 318 “escandalizar”. A salvação e tudo de bom que Deus nos dá é dom de Deus e isso não é parte da Lei, mas do Evangelho que Jesus pregou, é uma boa notícia, não tem nada a ver com regras, porque não seguimos as regras como devemos. Mas Deus nos ama e nos abençoa por sua graça apenas, nos ajudando a seguir seus mandamentos, mesmo sendo filhos, para o bem geral da Igreja e do resto da humanidade porque Ele ama a todos, mas a seus eleitos deu seus dons de salvação e santificação. Isso pelo Evangelho, não pela Lei. Assim vamos seguindo, aos trancos e barrancos, como um pecador regenerado que busca melhorar, Aquele que “veio pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4:19). 5.1 – O Crente Sobre Divórcio Em primeiro lugar, independentemente do ponto de vista que se tem a respeito do divórcio, é importante lembrar as palavras da Bíblia em Malaquias 2:16a: “Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel.” De acordo com a Bíblia, o plano de Deus é que o casamento seja um compromisso para toda a vida. “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6). Entretanto, Deus bem sabe que o casamento envolve dois seres humanos pecadores, e por isto o divórcio vai ocorrer. No Antigo Testamento, Ele estabeleceu algumas leis com o objetivo de proteger os direitos dos divorciados, em 318 319 particular das mulheres (Deuteronômio 24:1-4). Jesus mostrou que estas leis foram dadas por causa da dureza do coração das pessoas, não por desejo de Deus (Mateus 19:8). A polêmica a respeito do divórcio e do segundo casamento, se são ou não permitidos de acordo com a Bíblia, gira basicamente em torno das palavras de Jesus em Mateus 5:32 e 19:9. A frase “a não ser por causa de infidelidade” é a única coisa nas Escrituras que possivelmente dá a permissão de Deus para o divórcio e segundo casamento. Muitos intérpretes compreendem esta “cláusula de exceção” como se referindo à “infidelidade matrimonial” durante o período de “compromisso prénupcial”. Segundo o costume judeu, um homem e uma mulher eram considerados casados mesmo durante o período em que estavam ainda “prometidos” um ao outro. A imoralidade durante este período em que estavam “prometidos” seria a única razão válida para um divórcio. Entretanto, a palavra grega traduzida “infidelidade conjugal” é uma palavra que pode significar qualquer forma de imoralidade sexual. Pode significar fornicação, prostituição, adultério, etc. Jesus está possivelmente dizendo que o divórcio é permitido se é cometida imoralidade sexual. As relações sexuais são uma parte muito importante do laço matrimonial: “e serão dois uma só carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31). Por este motivo, uma quebra neste laço por relações sexuais fora do casamento pode ser razão para que seja permitido o divórcio. Se assim for, Jesus também tem em mente o 319 320 segundo casamento nesta passagem. A expressão “e casar com outra” (Mateus 19:9) indica que o divórcio e o segundo casamento são permitidos se ocorrer a cláusula de exceção, qualquer que seja sua interpretação. É importante notar que somente a parte inocente tem a permissão de se casar uma segunda vez. Apesar disto não estar claramente colocado no texto, a permissão para o segundo casamento após um divórcio é demonstração da misericórdia de Deus para com aquele que sofreu com o pecado do outro, não para com aquele que cometeu a imoralidade sexual. Pode haver casos onde a “parte culpada” tem a permissão de se casar mais uma vez, mas tal conceito não é ensinado neste texto. Alguns compreendem I Coríntios 7:15 como uma outra “exceção”, permitindo o segundo casamento se um cônjuge não crente se divorciar do crente. Entretanto, o contexto não menciona o segundo casamento, mas apenas diz que um crente não está amarrado a um casamento se um cônjuge não crente quiser partir. Outros afirmam que o abuso matrimonial e infantil são razões válidas para o divórcio, mesmo que não estejam listadas como tal na Bíblia. Mesmo sendo este o caso, não é sábio fazer suposições com a Palavra de Deus. Às vezes, perdido no meio deste debate a respeito da cláusula de exceção, está o fato de que qualquer que seja o significado da “infidelidade conjugal”, esta é uma permissão para o divórcio, não um requisito para ele. Mesmo quando se comete adultério, um casal pode, através da graça de Deus, aprender a perdoar e começar a 320 321 reconstruir o casamento. Deus nos perdoou de tão mais. Certamente podemos seguir Seu exemplo e perdoar até mesmo o pecado do adultério (Efésios 4:32). Entretanto, em muitos casos, o cônjuge não se arrepende e nem se corrige, e continua na imoralidade sexual. É aí que Mateus 19:9 pode possivelmente ser aplicado. Muitos também se apressam a fazer um segundo casamento depois de um divórcio, quando Deus pode estar querendo que continuem solteiros. Deus às vezes chama alguém para ser solteiro a fim de que sua atenção não seja dividida (I Coríntios 7:3235). O segundo casamento após um divórcio pode ser uma opção em alguns casos, mas não significa que seja a única opção. Causa perturbação que o índice de divórcio entre os que se declaram cristãos seja quase tão alto quanto no mundo não crente. A Bíblia deixa muitíssimo claro que Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16) e que a reconciliação e perdão deveriam ser atributos presentes na vida de um crente (Lucas 11:4; Efésios 4:32). Entretanto, Deus reconhece que divórcios poderão ocorrer, mesmo entre Seus filhos. Um crente divorciado e/ou que tenha se casado novamente não deve se sentir menos amado por Deus, mesmo que seu divórcio e/ou segundo casamento não esteja sob a possível cláusula de exceção de Mateus 19:9. Frequentemente Deus usa até a desobediência pecaminosa dos cristãos para executar um bem maior. 5.1.1 - O amor pode ser resgatado? 321 322 Acredito piamente que sim. Mas dará trabalho! Aliás, tudo o que mais tem valor nessa vida requer sacrifícios para conquistar e, principalmente, manter. Você, mulher, pode olhar o marido barrigudo atirado no sofá com o controle remoto na mão e pensar: "Cadê aquele 'pedaço de mau caminho' com quem me casei? Ele era tão atraente! Olha no que virou!" Você, marido, pode olhar para a sua mulher e resmungar: "Ela não era chata desse jeito! Não era desleixada com a aparência. Ela gostava tanto de namorar e agora só vive resmungando!" Agora pensem comigo, não são coisas que podem ser resolvidas? E será que a convivência com o cônjuge se resume somente a isso? E as qualidades? Às vezes as pessoas estão tão concentradas naquilo que não gostam ou nas qualidades de outra pessoa, que nem se lembram de que seu marido ou mulher tem tantas qualidades. Se não as tivessem, vocês não teriam se casado. a) O que fazer para resgatar o amor? Como eu disse, vai dar trabalho! Mas com certeza valerá a pena. Sente-se com seu cônjuge e proponha essa tentativa para evitar o divórcio. Peça a participação e colaboração dele. O primeiro passo não vai ser fácil, mas como é para evitar um divórcio, esse recurso pode ser a única saída. 322 323 1. Primeiro passo Faça uma lista com tudo o que vocês não gostam um no outro. Listem tudo, aspectos físicos, comportamentais, emocionais. Coisas que lhes deixam irritados, desgostosos, desanimados com o casamento. Agora façam uma lista de tudo o que vocês gostam e admiram um no outro, desde a forma como o outro fala, a honestidade, a paciência, se cozinha bem, se é trabalhador, etc. Guardem essa lista consigo e vão adicionando itens à medida que forem se lembrando e observando. 2. Segundo passo Troquem as listas de aspectos negativos. Leiam em conjunto. Não é hora de drama, por favor! Tentem analisar friamente o que o outro falou a seu respeito. Conversem sobre o que vocês estão dispostos a fazer para melhorar. Deem ideias ao outro do que ele pode fazer. Podem ser coisas como: atividade física, cirurgia corretiva, controlar o temperamento, buscar ajuda psicológica para corrigir algo no comportamento, mudar o visual, o cabelo, etc. Escrevam as metas de vocês, do que decidiram fazer para melhorar na ordem de prioridades. Coloquem a data para começar. Comprometam-se com essas mudanças. 323 324 Joguem fora a lista com aquilo que não gostam um no outro e passem a se concentrar nas metas escritas. 3. Terceiro passo A lista que fizeram com as qualidade do cônjuge ficará com vocês. Todos os dias vocês vão ler essa lista e a lista com as metas, e vão trabalhar nas mudanças. b) Como apoiar um ao outro nas mudanças? Há muitas coisas que vocês podem e devem fazer para se apoiarem mutuamente. Vocês podem se exercitar juntos, acompanhar o outro na ida a um psicólogo, controlar o que é comprado no mercado, evitar situações que acabem em conflito, como, por exemplo: a mulher sabe que o marido está estressado por coisas relacionadas ao trabalho, por isso ela não vai levar outro problema para ele naquele momento. c) Favoreçam constantemente o clima de romance Vocês estão trabalhando para eliminar seus pontos fracos, estão apoiando um ao outro para que consigam atingir suas metas. Vocês precisam também fazer coisas que despertem o interesse romântico e sexual um no outro, tais como um flerte, um beijo apaixonado, um perfume novo, um passeio de carro, um cineminha, uma música marcante na vida do casal. Vocês se conhecem, sabem do que gostam. Tentem também coisas novas. 324 325 Vocês precisam de uma noite por semana só para os dois. Mandem as crianças para a casa dos avós. Invistam nisso, amigos! Vocês merecem mais essa chance! Seus filhos merecem que os pais deles fiquem juntos. 5.1.2 - Em quais casos um divórcio é justificável? Seria mais fácil se os problemas a serem resolvidos no casamento fossem bobos, como os relativos àquelas justificativas que mencionei no início. Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Muitas vezes, por trás de um casamento infeliz há violência física e emocional, há dependência de drogas, abuso sexual, pedofilia, incontinência, adultério, criminalidade, desvios de caráter ou problemas sérios comportamentais. Na minha visão o divórcio é justificável nesses e em outros casos graves. Ainda que eu seja um cristão praticante, jamais incentivaria uma amiga a permanecer em um relacionamento abusivo. Jamais! E tenho certeza de que Deus também não abençoaria um relacionamento desses. A sociedade prega que as pessoas podem trocar de cônjuge como trocam de carro. Deus, contudo, deseja que os casais perseverem até o fim em seu casamento, esforçando-se para serem os melhores cônjuges que puderem, investindo pesado no seu casamento e no seu 325 326 amor, amando-se e se respeitando, de forma que esse amor seja uma segurança também para os filhos. Amigos, não desistam do seu casamento sem antes esgotarem todas as possibilidades para restaurá-lo. Vocês terão problemas semelhantes, e até piores, caso deixem seu cônjuge para se casar com outra pessoa. Vocês podem voltar a ser felizes juntos, basta querer, e trabalharem em prol disso. O divórcio pode ser o caminho mais fácil, mas as coisas mais elevadas da vida são obtidas a custa de sacrifício. 5.2 – ABORTO A Bíblia nunca trata especificamente sobre a questão do aborto. No entanto, há inúmeros ensinamentos nas Escrituras que deixam muitíssimo clara qual é a visão de Deus sobre o aborto. Jeremias 1:5 nos diz que Deus nos conhece antes de nos formar no útero. Êxodo 21:22-25 dá a mesma pena a alguém que comete um homicídio e para quem causa a morte de um bebê no útero. Isto indica claramente que Deus considera um bebê no útero como um ser humano tanto quanto um adulto. Para o cristão, o aborto não é uma questão sobre a qual a mulher tem o direito de escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser humano feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27; 9:6). O primeiro argumento que sempre surge contra a opinião cristã sobre o aborto é: “E no caso de estupro e/ou incesto?”. Por mais horrível que fosse ficar grávida como 326 327 resultado de um estupro e/ou incesto, isto torna o assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem um acerto. A criança resultante de estupro/incesto pode ser dada para adoção por uma família amável incapaz de ter filhos por conta própria – ou a criança pode ser criada pela mãe. Mais uma vez, o bebê não deve ser punido pelos atos malignos do seu pai. O segundo argumento que surge contra a opinião cristã sobre o aborto é: “E quando a vida da mãe está em risco?”. Honestamente, esta é a pergunta mais difícil de ser respondida quanto ao aborto. Primeiro, vamos lembrar que esta situação é a razão por trás de menos de um décimo dos abortos realizados hoje em dia. Muito mais mulheres realizam um aborto porque elas não querem “arruinar o seu corpo” do que aquelas que realizam um aborto para salvar as suas próprias vidas. Segundo, devemos lembrar que Deus é um Deus de milagres. Ele pode preservar as vidas de uma mãe e da sua criança, apesar de todos os indícios médicos contra isso. Porém, no fim das contas, esta questão só pode ser resolvida entre o marido, a mulher e Deus. Qualquer casal encarando esta situação extremamente difícil deve orar ao Senhor pedindo sabedoria (Tiago 1:5) para saber o que Ele quer que eles façam. Em 94% dos abortos realizados hoje em dia são por razões diferentes da vida da mãe estar em risco. A vasta maioria das situações pode ser qualificada como “Uma mulher e/ou seu parceiro decidindo que não querem o bebê que eles conceberam”. Isto é um terrível mal. Mesmo nos 327 328 outros 6%, onde há situações mais difíceis, o aborto jamais deve ser a primeira opção. A vida de um ser humano no útero é digna de todo o esforço necessário para permitir um processo de concepção completo. Para aquelas que fizeram um aborto – o pecado do aborto não é menos perdoável do que qualquer outro pecado. Através da fé em Cristo, todos e quaisquer pecados podem ser perdoados (João 3:16; Romanos 8:1; Colossenses 1:14). Uma mulher que fez um aborto, ou um homem que encorajou um aborto, ou mesmo um médico que realizou um – todos podem ser perdoados pela fé em Cristo. 5.3 – RELAÇÕES HOMOAFETIVAS Uma das questões mais difíceis e importantes que a igreja enfrenta hoje é a questão da homossexualidade ou mais precisamente da comunidade LGBT como gostam de ser chamados, como um estilo de vida alternativo. A igreja não pode se esquivar dessa questão. Eles tem feito muito barulho já tem um tempo principalmente na relação entre o cristianismo evangélico. Uma briga sem sentido entre setores que não são inimigos, alimentada por pessoas que não só são despreparadas, mas também mal intencionadas. 328 329 Antes de continuar quero deixar claro que tenho consciência de que a bíblia condena o homossexualismo e o faz do mesmo modo com a mentira, o adultério, a cobiça, etc. Mas existe uma confusão muito grande entre o que compete ao crente no âmbito religioso e o que o compete no âmbito social. Deixa eu me explicar. Nos papéis que competem ao crente na sociedade que são muitas vezes extrapolados e passamos a confundir nossas incumbências. Quero dizer que inseridos numa sociedade, temos direitos e deveres sociais que são aplicáveis à sociedade, e no âmbito religioso têm direitos e obrigações que são próprias somente daqueles que compartilham da mesma fé que nós. O que parece é que essa compreensão não existe ou é completamente ignorada por nós cristãos. Enquanto inseridos numa sociedade temos a obrigação e o dever de cumprir as regras da sociedade pela consciência de que essas regras são as melhores para a manutenção e perpetuação da ordem social, mas quanto a nossa condição de crente não temos o direito de impor um ponto de vista à sociedade mesmo que seja uma pratica que nossa religião condena. Eu como crente não tenho o direito de interferi no desejo de homens se casarem com cachorros ou gatos ou árvores no âmbito social, mas tenho o dever de proibir e me manifestar contra a celebração desse tipo de união religiosa dentro da minha religião. Se quisermos manifestar socialmente o voto contra, não deve ser com apoio da bandeira cristã por que não se trata de uma questão 329 330 cristã, mas de uma questão social e amparado por dados sociais. O mesmo se aplica a tal comunidade LGBT que não tem o direito de legislar ou reivindicar leis que obriguem o descumprimento de ordenanças bíblicas. Socialmente falando tem todos os direitos, mas não podem exigir a obrigatoriedade de igrejas evangélicas realizarem casamentos religiosos. No mais tem que estar claro na mente dos crentes e dos gays que nós como crentes, não temos o direito de coibir ou impedir o acesso de homossexuais a direitos sociais, e a comunidade LGBT não tem direito de intervir em práticas religiosas, seja ela qual for e Se o próprio Cristo não se defendeu quando foi humilhado, despido, surrado, amarrado, posto entre ladrões e antes de morrer ainda pediu ao pai que perdoasse aqueles que assim fizeram, quem sou eu pra agir de outra maneira? Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem! 5.3.1 – Como o Crente deve agir? Devido ao crescente interesse da sociedade pelo homossexualismo e à contínua imposição desse comportamento pela mídia televisiva, impressa e radiofônica, além de toda literatura que ocupa as principais prateleiras das livrarias e bancas de jornais, decidimos fazer uma análise simples sobre o assunto. Este tópico tem por objetivo esclarecer algumas das principais dúvidas sobre o tema e desfazer alguns mitos 330 331 propositadamente criados pelos militantes da Comunidade LGBT. Nosso desejo é que cada pessoa que tiver acesso a este material possa examiná-lo de mente aberta e compreender que o homossexualismo jamais dará a última palavra na vida daqueles que buscam em Deus a porta de saída. Muitos argumentos a favor do homossexualismo têm sido levantados para justificar e/ou explicar porque alguém sente atração por pessoas do mesmo sexo. Dentre os mais comuns destacam-se os seguintes: 5.3.1.1. "Homossexualismo é genético" As pessoas que utilizam este argumento afirmam que há "causas biológicas" para o homossexualismo. Segundo esse argumento, os homossexuais (tanto homens como mulheres) já nascem assim. Quem defende esta idéia procura sempre transmitir uma aparência de verdade cientificamente comprovada e inquestionável. Estudos para provar que o homossexualismo é genético já foram feitos, mas sem qualquer êxito. Muitos cientistas - alguns dos quais homossexuais e simpatizantes - têm-se esforçado em achar qualquer prova, mas tudo o que conseguiram foi fortalecer o fato de que o homossexualismo não é genético. 5.3.1.2. "Homossexualismo não é doença" Se há uma coisa que causa verdadeira cólera entre os defensores da militância gay é dizer que o 331 332 homossexualismo é doença. Não é necessário nem utilizar a palavra doença. Basta dizer que não é normal ou que tem cura, para que eles logo se manifestem. O que a maioria das pessoas não sabe é que até 1973 a Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade ligada à ONU, afirmava que homossexualismo era distúrbio psicológico. Essa declaração só foi removida depois de muitas pressões dos movimentos de militância gay e dos homossexuais infiltrados nas altas rodas do poder. Não houve nenhuma razão científica para essa modificação. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) baixou uma resolução em 23 de março/99 proibindo os psicólogos de dizerem para os homossexuais que eles podem ser ajudados a mudar sua orientação sexual 5.3.1.3. "A Psicologia admite o homossexualismo como natural" Existem alguns psicólogos que incentivam a prática homossexual. Isso não deve causar admiração alguma, pois alguns homossexuais e simpatizantes da causa gay buscam os cursos de psicologia visando equilibrar sua própria vida emocional e acabam tornando-se os principais incentivadores destas práticas junto àqueles que os procuram na esperança de mudar. Contudo, a psicologia encara o homossexualismo como comportamento adquirido e para isso fornece diversas razões. Alguns psicólogos procuram 332 333 levar seu paciente à mudança de comportamento. Isso nem sempre é possível utilizando apenas os conhecimentos da psicologia, mas há diversos casos de sucesso registrados. O próprio Sigmund Freud, o pai da psicanálise, encarava o homossexualismo como perversão. 5.3.1.4. Não ter prazer com pessoas do sexo oposto Isso não é difícil de entender. É a mente que responde prazerosamente ou não aos estímulos físicos através da visão, audição, tato etc. Se uma pessoa começa a se relacionar com outra do mesmo sexo e alcança prazer, ela será auto estimulada a repetir o ato em busca de mais prazer. Cada vez que essa pessoa praticar o homossexualismo e alcançar prazer, estará reforçando o hábito, até chegar ao ponto de não se interessar mais pelo sexo oposto, pois sua mente já foi condicionada pelo prazer homossexual. Entretanto, do mesmo modo que o comportamento homossexual foi adquirido, poderá ser revertido. 5.3.1.5. "E o hermafrodita?" Quem chega levantar esse tipo de argumento já provou que não entende nada de homossexualismo, menos ainda de hermafroditismo. 333 334 Hermafrodita é a pessoa que nasce com duas genitálias, ou seja pênis e vagina. Essa anomalia se dá na formação do feto, mais especificamente na hora de definir o sexo do bebê. Mas, preste muita atenção: apesar de o bebê nascer com, aparentemente, dois órgãos sexuais, ele só manifestará uma prevalência sexual (no hermafrodita uma genitália é falsa e outra é verdadeira) . E será justamente essa prevalência, somada aos exames médicos sobre sua constituição orgânica que definirão qual dos dois sexos deverá ser operado e inutilizado. Na maioria das vezes só o órgão correspondente à sua verdadeira sexualidade nasce no tamanho normal. O outro é atrofiado. Muitas vezes, definida a sexualidade daquela pessoa, ela exercerá apenas o seu papel sexual de homem ou de mulher - nunca os dois. Como esses casos são raríssimos e não justificam o homossexualismo nem mesmo na vida dos portadores dessa anomalia, é tolice querer justificar o comportamento gay/lésbico de milhares de pessoas fisicamente saudáveis utilizando tal argumento. São diversas as causas do homossexualismo, porém sempre ligadas à vida emocional e espiritual. Há pessoas que foram iniciadas no homossexualismo quando eram crianças - na maioria das vezes por um adulto da família ou vizinhança. Outras pessoas foram vítimas de 334 335 abuso sexual. Outros, ainda, cresceram em famílias desequilibradas, onde os papéis do pai ou da mãe estavam trocados ou indefinidos. Muitos gays e lésbicas trazem em seu histórico uma mãe dominadora e/ou um pai apagado. Quando o homossexualismo não é fruto de aliciamento ou violência sexual, sua causa mais comum é o desequilíbrio da família. Não poderíamos deixar de citar as causas espirituais do homossexualismo. São inúmeros os casos de homens e mulheres que nunca sentiram qualquer atração por pessoa do seu próprio sexo, mas que depois de certos rituais religiosos começaram a manifestar tendências homossexuais e passaram a praticar o homossexualismo. Estes relatos vêm especialmente de pessoas envolvidas com umbanda, candomblé, espiritismo e religiões afins. Cada pessoa desenvolve a homossexualidade de uma forma. Umas começam a utilizar roupas e acessórios do sexo oposto, ou seja, meninos que gostam de vestir roupas da mãe ou irmãs, passar batom, brincar só com bonecas etc. Meninas que só vivem brincando com meninos, têm todo jeito de menino e gostam de usar as coisas do pai. Todavia, não podemos ser ingênuos ao ponto de pensar que todo mundo que se torna gay ou lésbica começa assim. Pelo contrário, há meninos muito masculinos e meninas muito femininas que podem vir a assumir a homossexualidade mais tarde. E outros que, mesmo tendo 335 336 as atitudes que acabamos de descrever, não se tornarão homossexuais. Mesmo assim, os pais têm que estar atentos, mas sem pânico. Existem pessoas que sentem tremenda atração gay ou lésbica, mas não admitem. Por isso tornam-se os inimigos nº1 dos homossexuais quando estão em público. Fazem piadas depreciativas, xingam, batem etc. Mas no fundo gostariam de praticar o homossexualismo, apesar de não perceberem isso conscientemente. Outros lutam em silêncio, mas uma vez exaustos, assumem publicamente a homossexualidade. O mesmo acontece com os que não se declaram homossexuais, mas levam uma vida ativa em boates, saunas, bares, "points" em geral. A maioria das pessoas heterossexuais (não gays ou lésbicas) pensa que todo homossexual tem o estereótipo popularmente conhecido como "bichinha" e toda lésbica é "sapatão" (machona). Isso é outro mito. É verdade que esse estereótipo existe, mas não se aplica a todos. Muitos homossexuais poderiam ser considerados "machões" à primeira vista e muitas lésbicas verdadeiras "musas". As aparências enganam, e muito! Outro mito popular é que o passivo é mais gay que o ativo, ou seja, quem faz papel de "mulher" na relação sexual é mais homossexual que o que faz papel de "homem". É importante lembrar que HOMOSSEXUAL 336 337 significa "pessoa que sente atração por outra do mesmo sexo", independente do papel que ela desempenha na cama. Além disso, a maioria dos homossexuais apesar de ter sua preferência, não é exclusivamente ativo ou passivo em todos os seus relacionamentos. A maioria, senão todos, já desempenha ou ainda vai desempenhar ambos os papéis. Isso vale para gays e lésbicas. As primeiras consequências do comportamento gay/lésbico são o agravamento dos sentimentos de culpa, solidão e depressão. Apesar do prazer momentâneo de relação sexual, o homossexual não consegue evitar as angústias causadas por seu comportamento. Por causa disso, muitos homossexuais se entregam a inúmeras aventuras, trocando de parceiros constantemente e correndo o risco de contrair doenças venéreas e AIDS. Além disso, correm risco de vida por saírem, na maioria das vezes, com pessoas que não conhecem. As estatísticas brasileiras são claras: "A cada três dias morre um homossexual violentamente." Mas, as consequências podem ser tão variadas quanto os tipos de pessoas que praticam o homossexualismo. Por isso, há muitos que se entregam às drogas e ao álcool. Aliás, álcool, drogas e homossexualismo são como o famigerado Triângulo das Bermudas: muitos que entram em seu território, nunca mais retornam. 337 338 Além das consequências de ordem pessoal existem outras. A família sofre um golpe terrível ao descobrir que um dos seus membros é gay ou lésbica. A sociedade sofre porque o homossexualismo propicia práticas nada saudáveis como a pornografia, as drogas, o alcoolismo, a promiscuidade, a confusão mental (principalmente para as crianças), a prostituição etc. Quem paga a conta é sempre o contribuinte que acaba tendo seu imposto aplicado nas internações hospitalares, programa de recuperação química, encarceramento e outras iniciativas do governo que visam restaurar o que o submundo homossexual destruiu. A própria AIDS que não é (diga-se de passagem) doença de homossexuais, apareceu primeiramente entre eles e depois espalhou-se por toda a sociedade por causa das trocas indiscriminadas de parceiros. A coisa acontece mais ou menos assim: Um homossexual que tem AIDS tem relação amorosa com outro homossexual enrustido ou bissexual. Esse contrai a doença e depois tem relação amorosa com a esposa ou namorada. Um dia ele conhece outro homem e se relaciona com ele. Sem saber, transmite-lhe o vírus. Esse homem acaba transando com outras pessoas, e o ciclo continua. Não poderia haver, do ponto-de-vista social, uma consequência mais desastrosa do que essa para a promiscuidade em que se encontra a nossa sociedade. 338 339 Enquanto a mídia dá o seu colorido a essas práticas, muitas famílias entram no luto por causa da perda de seus queridos. 5.3.2 – A Bíblia e as Relações Homoafetivas Antes de procurarmos saber o que diz a Bíblia sobre o homossexualismo, seria bom sabermos o que a Bíblia diz de si mesma e por que ela é tão relevante nessa discussão. Em primeiro lugar a Palavra de Deus diz que "toda Escritura é divinamente inspirada por Deus e apta para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça..." ( 2Tm 3.l6). Jesus mesmo deu testemunho da singularidade das Escrituras Sagradas, utilizando-as para vencer as tentações no deserto e correlacionando seus ensinos, milagres e missão redentora ao que a lei, os profetas e os salmos disseram. A Bíblia é a última palavra em matéria de fé e conduta. É interessante como todas as ciências tomam emprestado da Bíblia, mas a Bíblia não toma emprestado de ninguém. Ela é tão suprema e imutável quanto Aquele que a inspirou. Não se conforma aos nossos pontos-de-vista, mas exige que nós nos conformemos a ela. Por isso, jamais poderia ser ignorada ao tratarmos de um tema tão relevante como o homossexualismo. 339 340 Agora que já entendemos que papel a Palavra de Deus deve desempenhar em nossa vida, vejamos o que ela tem a dizer sobre o tema em questão enumerando seus ensinos para facilitar: 1. "Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher...?" A indagação é do próprio Jesus em Mateus 19.4 e deixa claro que o homossexualismo contraria a intenção original do Criador, que nunca muda. 2. "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação" A declaração é de Deus, dada a Moisés em Levítico 18.22 e deixa claro que Deus não admite a relação homossexual sob hipótese nenhuma. 3. "Ao anoitecer vieram dois anjos a Sodoma, em cuja entrada estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra... instou-lhes muito, e foram e entraram em casa dele... Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, assim os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló, e lhe disseram; onde estão os homens que à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles... Porém os 340 341 homens, estendendo a mão, fizeram entrar Ló, e fecharam a porta; e feriram de cegueira aos que estavam fora, desde o menor até ao maior, de modo que se cansaram à procura da porta... Então fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades e toda a campina, e todos os moradores das cidades, e o que nascia na terra." ( Gn l9 ). Este texto dispensa comentários, mas está completamente de acordo com o próximo texto, sendo que o primeiro está no Velho Testamento e o segundo no Novo Testamento, provando que Deus não mudou como querem alguns, e que a Bíblia é una e sem contradições. 4. "Por causa disso os entregou Deus às paixões infames; porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro" ( Rm 1.26 e 27 ). Diante de tudo isso, como pode alguém dizer que a Bíblia não fala sobre homossexualismo ou que aprova o comportamento gay? Todas essas passagens são apenas uma pequena parcela de tudo quanto a Bíblia tem a dizer contra esse tipo de comportamento. 341 342 5.3.2.1 – Esperança para os Homossexuais A Bíblia não apenas condena o homossexualismo. Ela também oferece esperança real ao homossexual. O pecado não é mais velho do que a graça de Deus. Pelo contrário, a graça de Deus é inseparável do próprio Deus. É por isso que na igreja do primeiro século já havia homossexuais transformados pelo poder do evangelho. Observe o que disse o apóstolo Paulo à igreja que estava na cidade de Corinto, na Grécia, país em que o homossexualismo e a pedofilia eram considerados normais: "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus ? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas... Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus."(1 Co 6.9-11 ). É maravilhoso saber que há perdão e cura para o homossexual. O mesmo Deus que projetou e executou a criação do homem e da mulher é plenamente capaz de consertar o que o pecado danificou. O homossexualismo não precisa ser a última palavra na vida de ninguém. Deixe que Jesus dê a última palavra: "Se vós permanecerdes na 342 343 minha Palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"(Jo 8.3l e 32). 5.3.2.2 – Tipos de Homossexuais Alguns tipos de estilo homossexual são: os assumidos, os enrustidos e os iludidos. a) Os assumidos São os que decidiram reconhecer sua própria homossexualidade e tornaram-na pública. Não tem constrangimento em agir como gays ou lésbicas abertamente. b) Os enrustidos São os que, mesmo reconhecendo-se homossexuais, não agem como tais quando em público. Praticam o homossexualismo, mas disfarçam sua condição. c) Os iludidos São aqueles que praticam o homossexualismo, mas "juraram" para si mesmos que não são e jamais serão homossexuais. Isso acontece principalmente com os gays ativos (que fazem papel de homens na relação) e lésbicas passivas 343 344 ( que desempenham papel de mulher). Apesar de se esforçarem para não assumir sua homossexualidade, essas pessoas são homossexuais com todas as letras. Simplesmente não aceitam seu próprio comportamento, mas também não o deixam. Relacionamos, abaixo, alguns passos que qualquer um precisará levar em consideração para alcançar a libertação completa das práticas homossexuais: 1º- Passo: Reconheça que você tem sido realmente homossexual, mesmo não desejando mais isso; 2º- Passo: Reconheça que você não nasceu gay ou lésbica, mas adquiriu esse comportamento por influências externas e carências internas e que, por isso, pode mudar; 3º- Passo: Reconheça que ao praticar o homossexualismo, bem como outros maus comportamentos, você pecou contra Deus e precisa de Seu perdão. Arrependa-se e busque sinceramente a face de Deus; 4º- Passo: Nunca duvide do amor e da graça de Deus, os quais foram plenamente colocados ao seu alcance pelo sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do Calvário; 5º- Passo: Entregue-se totalmente a Cristo e rompa com todo tipo de compromissos com o estilo de vida homossexual - inclusive amizades que podem te enfraquecer -, objetos, espíritos, ídolos etc.; 344 345 6º- Passo: Participe de uma igreja evangélica que prega a palavra de Deus em sua totalidade, onde Jesus Cristo seja adorado exclusivamente. A convivência com cristãos comprometidos com Deus e nos quais você possa confiar é fundamental; 7º- Passo: Procure um pastor que entenda do assunto para marcar um horário para aconselhamentos. Esses encontros poderão ministrar cura emocional e renovação espiritual. Um psicólogo cristão pode ser de grande valia, mas escolha seu psicólogo tão criteriosamente quanto escolhe o seu pastor; Cada um desses passos jamais poderá substituir sua comunhão diária com Deus. Isso significa que sua vitória tem que passar pela oração e leitura bíblica diárias. Sem esse contato diário com Deus, você não se alimentará espiritualmente e obviamente enfraquecerá. Tudo isso pode parecer simples demais, mas da mesma forma que é relativamente simples o desenvolvimento da homossexualidade, a libertação também o é, mesmo que cause alguma tensão inicialmente. 5.3.2.4 – Luta Contra o Preconceito O preconceito de muitos crentes, infelizmente, leva-os a uma postura de completa ignorância a respeito do homossexualismo e de como lidar com os homossexuais 345 346 que se convertem a Cristo. Por isso, muitos homossexuais sofrem calados depois de sua decisão por Cristo. Apesar de precisarem muito de apoio, acabam se fechando por falta de amor cristão firme e compassivo. Esses dois traços do amor têm que estar presentes, tanto a firmeza quanto a compaixão. Mas, graças a Deus, várias igrejas já aprenderam a lidar com esses novos crentes e têm sido verdadeiras agentes de cura e libertação. Pastores esclarecidos e fiéis à Palavra de Deus têm ajudado muito essas pessoas. Alguns têm até fundado centros de recuperação especializados na libertação de gays e lésbicas. Outros têm se especializado em aconselhamento e em toda parte estão surgindo iniciativas de cristãos interessados em ajudar homossexuais a terem uma vida normal. A igreja, na pessoa de seu pastor e de seus membros, exerce papel fundamental na transformação de homossexuais. Não há sobre a terra outro segmento que possa oferecer mudança tão real e permanente para os homossexuais como a Igreja. E isso porque o seu poder não vem de si mesma, mas daquele que a instituiu. Jesus mesmo disse sobre a Igreja: "... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."(Mt. 16:18). A Igreja não pode tolerar o homossexualismo em suas fileiras, mas é seu dever receber todo e qualquer homossexual com amor. Precisa orar e trabalhar pela 346 347 evangelização e libertação desse segmento cada vez mais evidente em nossa sociedade. Pastores e Igrejas que criam obstáculos à libertação dessas pessoas darão contas a Deus na mesma proporção que pastores e Igrejas que aceitam liberalmente a prática do homossexualismo. Nenhum homossexual ao converter-se pode ficar fora do convívio da igreja, mas deve submeter-se à orientação pastoral para seu próprio bem-estar espiritual, emocional e social. É muito comum o homossexual que se converte enfrentar crises em dados momentos. A igreja deve estar preparada para lidar com os altos e baixos durante o processo de libertação. Nunca deve exigir nem insinuar a necessidade de qualquer namoro/casamento heterossexual. A própria pessoa deverá decidir quando e com quem namorar e casar. Casamento não cura homossexualismo. Deve ser consequência da cura e tem que ser decidido por livre e espontânea vontade. O ex-homossexual pode, inclusive, optar por ficar solteiro sem que isso represente dúvida em sua nova vida. O ex-homossexual não deve se fazer de coitadinho (autocomiseração) esperando a atenção dos outros. Deve, pelo contrário, ser autêntico e lutar por sua própria libertação, se informar sobre o assunto e procurar 347 348 ajuda na igreja para ser cuidado enquanto também faz novas e saudáveis amizades dentro da igreja. 5.3.2.5 – Ideologia de Gêneros Deixei para o fim do Tópico o assunto que considero muito delicado. E quem vai falar nem sou eu. Mas, trago a opinião do Presidente a Associação Americana de Pediatras. Ele faz um apelo para os professores, para os legisladores, para os pais e para os próprios médicos. Sobre a tal IDEOLOGIA DE GÊNERO. Ele, numa nota especial que é assinada por ele e pelo Chefe de Psiquiatria do mais famoso e do mais acreditado Hospital dos Estados Unidos da Universidade John Hopkins, ele diz que todos nascem com sexo biológico, Como no reino animal, na classe dos vertebrados, na classe dos mamíferos, na ordem dos primatas, na família dos hominídeos e aqueles do GÊNERO HUMANO, isso é gênero, gênero humano, é o que diz a biologia, a que pertencemos. Nascemos Machos e Fêmeas. É um fato biológico. Não é a Ideologia que marca o nosso sexo. Que determina a fatalidade do sexo. Ele lembra que transtornos de mal formação são extremamente raros, transtornos biológicos, transtornos fisiológicos e esses transtornos não constituem terceiro sexo e ninguém nasce com gênero, nasce com sexo; diz a Associação Americana de Pediatras. O gênero masculino e feminino só existe na Gramática. O sapato é do gênero masculino, a cadeira é do gênero feminino. Na biologia não, na biologia temos sexos; machos e fêmeas. 348 349 Bom, aí quando um menino pensa como menina e a menina pensa como menino isso não muda o seu sexo. Diz a Associação Americana de Pediatria. Esse transtorno já está no Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação de Psiquiatra Americana o DSM-5º. E lembram também, e aí está o perigo, que Puberdade não é doença que queiram ser tratados com hormônios que bloqueiam a Puberdade. Isso pode conduzir a um estado doentio. Os pediatras dizem que 98% dos meninos e 88% das meninas tratadas psicologicamente que estejam confusos com o sexo acabam aceitando o sexo biológico. Agora hormônios como testosterona dados a meninas e estrogênios dados aos meninos, ou seja o contrario, aumentam a pressão cardíaca, causam coágulo no circulação, pode dar um AVC no cérebro, pode dar câncer e o índice de suicídio e vinte vezes maior com o uso de hormônio do sexo oposto ou com a ação de uma cirurgia de mudança de sexo. Isso inclusive em países como a Suécia onde isso é tratado assim muito abertamente. E a Associação de pediatria considera um abuso infantil fazer isso. Enganando os pais, confundindo crianças em Clinicas de Gênero. Era isso o que eu queria mostrar porque nas Escolas brasileiras muita gente está metendo na cabeça de meninos e meninas que não existe diferença. Existe sim e graças a essa diferença nós nos reproduzimos. Isso é biológico, não é cabeça. Daí a palavra da Associação Americana de Pediatras. Eu sei que o assunto é delicado e é polêmico pra muita gente. Mas, é uma ferramenta para os pais lidarem com isso, principalmente com filhos que 349 350 estejam em escolas cujas cabeças estejam sendo feitas por essa chamada de Ideologia de Gênero. Tem mais de ideologia gramscista ( que prega a mudança da cultura na sociedade em direção ao socialismo para mais tarde poder ser feita uma revolução comunista e através dela os esquerdistas assumirem o poder) então essa idéia tem mais disso do que da ciência da biologia. No Brasil, a ideologia de gênero já foi proposta por lei, integrar o Plano Nacional de Educação (em escolas de todo o país), mas foi rejeitada, inicialmente em âmbito federal e posteriormente pela maioria dos municípios onde foi votada nas câmaras de vereadores. Representantes como a psicóloga Marisa Lobo, Claudemiro Ferreira, Magno Malta, Guilherme Schelb e professor Orley Silva, entre outros, têm se empenhado em combater incansavelmente a ideologia de gênero no Brasil. A psicóloga paranaense chegou a lançar um livro que alerta sobre o tema, intitulado "Ideologia de Gênero na Educação". Segundo ela, a proposta não consiste apenas na desconstrução da sexualidade, mas resulta na desconstrução do ser humano em si. Na realidade eles querem dizer que a heterossexualidade não existe, que ela não é normal e que é uma 'norma imposta', “compulsória”. Isto é dito pelos livros que advogam em favor da “Teoria Queer” (que é uma teoria sobre o género que 350 351 afirma que a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero dos indivíduos são o resultado de um constructo social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais.de desconstrução). Esta é uma teoria sobre a qual todos deveríamos saber. Ela desconstrói a fé, desconstrói Deus, desconstrói a sexualidade, a sociedade". “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. “2 Timóteo 4:3-5 Se a teoria Queer pode tentar desconstruir a heterossexualidade, acusando-a de ser “anormal” ou “compulsória” também posso eu, descontruir a homo normatividade e chamar a atenção para o preconceito mundial contra a família tradicional que representa o avanço dessa teoria e que, negligencia totalmente os saberes médicos, jurídicos e religiosos que fazem parte igualmente da vida de todo sujeito, saberes estes garantidos pela constituição e pela declaração dos direitos humanos temos que debater e promover o equilíbrio e direitos é fato, porém sem ferir nossos princípios que também são direitos e ficar refém de invencionices sociais que por querer defender seus direitos sua dignidade, fere a dignidade do outro. 351 352 5.4 – Sobre Vestimentas do Crente A vestimenta mais importante do discípulo verdadeiro de Jesus é interna e espiritual. Ele já tem removido os panos sujos de pecado e maus pensamentos, e tem os substituído por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de Deus (veja Colossenses 3:116). Ele procura cada dia ser mais parecido com seu Senhor, e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Jesus ensinou e demonstrou (Mateus 5:1-12). Essas transformações internas vão modificar seu comportamento externo, é claro. Ele não vai mentir ou furtar como pessoas mundanas (Efésios 4:25-29). Todos os aspectos da vida dele são colocado sob controle do Deus santo a quem ele serve (1 Pedro 1:13-16). Através da História, homens e mulheres têm lutado com a questão de como essa transformação interna deve ser refletida exteriormente. Deve o servo de Deus se vestir de um modo diferente do que as pessoas do mundo? Respostas a essa pergunta são quase tão diversas como as modas numa loja de roupas. Alguns argumentam que a vestimenta dos servidores de Deus devem ser completamente diferentes do que as das pessoas do mundo. Resultados de tais pensamentos incluem as trajes tradicionais de ordens religiosas especiais e outras roupas peculiares, como as adotadas pelo povo Amish. Outros vão ao extremo oposto, 352 353 dizendo que os cristãos devem ser iguais ao mundo e que eles podem seguir todas e quaisquer modas do mundo. 5.4.1 - Deus nos ensina como nos vestir Quando Deus fala sobre algum assunto em todas as épocas da história bíblica, devemos reconhecer que é importante. Por exemplo, ele ensina sobre a permanência de casamento no período dos patriarcas, na dispensação da lei de Moisés, e no Novo Testamento. Enquanto não adotamos do Antigo Testamento leis específicas sobre o casamento, nós entendemos os princípios do Novo Testamento com a ajuda do Antigo Testamento. Percebemos que são diversos os assuntos que são incluídos em todas as épocas de revelação divina: adultério, idolatria, a importância de sacrifícios apropriados, comer sangue, matar, etc. Desde o jardim de Éden, Deus tem orientado seu povo sobre roupas modestas. Vamos procurar entender esse ensinamento, e tenhamos a fé e o amor suficiente para aceitar o que ele diz, mesmo se não o compreendemos (Isaías 55:6-9). 5.4.2 - Deus ensina seu povo a se vestir com modéstia Adão e Eva. "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam" (Gênesis 2:25). Na sua inocência, antes de cometer o primeiro pecado, era normal para Adão e Eva estarem nus, mesmo andando no jardim na presença de Deus. A mesma inocência é vista em criancinhas ainda não corruptas pelo pecado. Mas, quando Adão e Eva conheceram a diferença 353 354 entre o bem e o mal, ficaram envergonhados e imediatamente fizeram algum tipo de roupa mínima (Gênesis 3:7). A palavra usada aqui sugere que fizeram alguma coisa que foi embrulhada no corpo, evidentemente escondendo as partes mais íntimas do corpo. Mas Deus não aprovou esse tipo de roupa. Ele lhes fez uma vestimenta de peles (Gênesis 3:21). Essa palavra sugere um tipo de túnica. Essa vestimenta era um tipo de roupa usado por homens e mulheres que, tipicamente, tinha mangas e caiu até os joelhos, raramente aos tornozelos. O que podemos aprender desse primeiro caso? Deus quer que homens e mulheres usem roupas. Não somos como animais, que não sentem vergonha de sua nudez. Podemos entender, também, que a vontade de Deus desde o princípio é que usemos vestimentas que cobrem o corpo, não meramente alguma coisa embrulhada no corpo para esconder as partes mais íntimas. Cada servo de Deus precisa ser honesto e sincero aqui: as roupas de praia usadas hoje em dia seriam mais parecidas com as roupas que Deus fez, ou com as cintas que Adão e Eva fizeram? Sacerdotes do Velho Testamento. Ninguém hoje tem motivo para dizer que nós devemos usar roupas iguais aos trajes sagrados usados pelos sacerdotes do Antigo Testamento. Mas, nós podemos aproveitar uma lição importante do motivo que Deus deu junto com algumas regras. Primeiro, ele proibiu altares elevados, para que a nudez do sacerdote não fosse exposta (Êxodo 20:26). Mais tarde, ele acrescentou outra instrução para melhor evitar esse tipo de problema. Ele ordenou que os sacerdotes 354 355 usassem calção em baixo de suas túnicas para cobrir a sua nudez (Êxodo 28:40-42). Deus especificou que o calção iria "da cintura às coxas". Deus não queria que esses servos mostrassem as coxas expostas ao mundo. Hoje, homens do mundo tiram suas camisas e mostram suas coxas para todo o mundo na praia ou na rua. Homens que servem a Deus precisam perguntar para si, honestamente, se isso é realmente o que Deus pretendia que o povo santo fizesse. Roupas peculiares ao sexo oposto. Em Deuteronômio 22:5, Deus disse: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais cousas é abominável ao Senhor, teu Deus." Entendemos que não somos sujeitos às ordenanças dadas por meio de Moisés aos israelitas. Portanto, é esclarecedor entender o que Deus estava dizendo. Ele não estava proibindo que homens e mulheres usassem algum artigo de roupa semelhante. Na época, ambos os sexos usavam túnicas, como ambos homens e mulheres em muitas culturas hoje usam calças compridas. É errado usar esse versículo para condenar as mulheres que usam calças. Mas, Deus quer que mantenhamos distinções entre os sexos (veja, por exemplo, 1 Coríntios 11:14-15). Ele condena as perversões de homens que se vestem e se comportam efeminadamente (1 Coríntios 6:9). A vergonha da virgem da Babilônia. Quando Isaías profetizou, a nudez era, ainda, associada com vergonha. Quando ele descreveu o povo da Babilônia como uma virgem abusada, um aspecto da humilhação dela era 355 356 que o inimigo descobriu suas pernas e sua nudez (Isaías 47:1-3). Mas hoje em dia, mulheres do mundo voluntariamente mostram suas pernas e ousam expor sua nudez, sem sentir nem um pouco envergonhadas. Será que tornamos tão dessensibilizados ao pecado, devido à cultura corrupta, que já esquecemos como sentir vergonha? (Veja Jeremias 8:5,8,9,11,12.) Como servos de Deus, temos que ser diferentes, não conformados aos costumes errados do mundo (Romanos 12:1-2). Precisamos saber como sentir vergonha. 5.4.3 - A modéstia e bom senso de mulheres cristãs Agora, vamos ver duas passagens semelhantes no Novo Testamento. "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10). "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido" (1 Pedro 3:3-5). Esses trechos não são idênticos (1 Timóteo fala sobre mulheres em geral, enquanto 1 Pedro fala sobre a mulher cujo marido não é cristão), mas há 356 357 vários pontos paralelos. Vamos estudar alguns pontos chaves. a)Uso de Joias. É comum ouvir alguém usar esses versículos para proibir absolutamente todos os tipos de jóias, enfeites de cabelo, etc. Mas esse não é o sentido do texto. A Bíblia, às vezes, usa essa construção (Não faça isso, mas faça aquilo) para enfatizar o que é mais importante, sem proibir o menos importante. João 6:27 é um exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará...." Jesus não está proibindo trabalho honesto para suprir as necessidades da vida (compare 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8), mas está dizendo que devemos dar muito mais importância às coisas espirituais. Da mesma forma, Paulo e Pedro não proibiram o uso de jóias ou estilos de cabelo, mas disseram que mulheres piedosas devem dar mais ênfase à pessoa interior. É interessante que tanto Paulo como Pedro usaram exemplos do Antigo Testamento para explicar seu ensinamento. No Velho Testamento, joias eram comuns, até entre as mulheres fiéis a Deus (veja Isaías 61:10; Provérbios 1:9; Gênesis 24:22,30,53). Excessos devem ser evitados, mas esses servos de Deus não proibiram o uso modesto de jóias. Aqui, é bom observar que os escritos inspirados do Novo Testamento usaram exemplos do Velho Testamento para mostrar como o povo de Deus se veste. 357 358 A modéstia começa no coração. Os dois autores, Paulo e Pedro, fazem uma ligação importante entre o coração e as roupas. Algumas mulheres vão insistir em usar o tipo de roupas que elas querem, dizendo que ninguém pode mostrar onde Deus especificamente proibiu minissaias, ou mini blusas, ou biquínis, ou roupas muito justas. O problema nesses casos não é a falta de alguma regra específica nas Escrituras, mas a ausência de uma atitude certa no coração. Regras no vestuário não fazem a mulher modesta. Se o coração estiver errado, a mulher não será mansa e modesta. A modéstia e bom senso. Em vez de dar uma lista de regras sobre vestimenta, Paulo apela à modéstia e bom senso das mulheres. Uma mulher (ou homem!) cujo entendimento é baseado nos princípios das Escrituras e cujo coração é dedicado a Deus, se vestirá decentemente. Ela não vai procurar chamar atenção por meios carnais, pelo uso de roupas dispendiosas ou que mostram o corpo. Manso e tranquilo. Pedro fala do espírito "manso e tranquilo" como a base das roupas apropriadas. Paulo disse que nós todos devemos procurar viver uma vida "tranquila e mansa" (1 Timóteo 2:2). O espírito manso e tranquilo de cristãos — homens, mulheres e jovens — vai determinar o tipo de roupa que realmente agradará a Deus. Os cristãos farão diferença entre as roupas que refletem um espírito piedoso e as que sugerem carnalidade (veja Provérbios 7:10 — roupas fazem uma diferença!). 358 359 b) Vestindo-se para agradar a Deus A mulher foi um ato de Deus para coroar a criação e Ele a fez mais bela que todas as paisagens de sua criação, todas as formosas obras da natureza, feitas por Suas mãos. Por isto, quero que as mulheres saibam que nosso propósito sobre normas de vestir não é que as mulheres não sejam atrativas, eu disse atrativas e não desejáveis, mas ao contrário que sejam radiante belas e honrosas a Deus, aos anjos, ao seu marido. Se determinada classe de roupa está na moda, não podemos assumir que ela é automaticamente boa ou má. Necessitamos examiná-la à luz de uma lista (que estamos agora juntando) de versos da Bíblia. Não é mal USAR do mundo, quando há algo que satisfaz a norma Bíblica de vestir. É mal ABUSAR do mundo, vestindo-nos com certa roupa só porque está na moda. Viola a Palavra de Deus e danifica nosso testemunho diante do mundo. Que “a aparência deste mundo passa”, sabemos bem. A moda passa tão rápido que a roupa que antes era considerada “absolutamente indispensável” agora já não está na moda. Há uns dez anos, ríamos das fotos de nossas mães e asseverávamos que ninguém nos veria com aquele tipo de roupa; mas agora mesmo usamos algumas dessas roupas. 359 360 Sem dúvida, amada leitora, suas filhas verão o mesmo ciclo de modas em suas vidas, se o Senhor tardar em voltar porque não à nada de novo de baixo do sol . Mas enquanto os últimos dias se aproximam, o Diabo põe mais pressão sobre o mundo em geral, e as modas do mundo em particular. Hoje em dia, há a nosso alcance menos e menos roupa que agrada a Deus. Este era um problema nos dias do pregador Charles Spurgeon [mil oitocentos e tanto]. Em um sermão ele anunciou: “Londres recebe suas modas diretamente de Paris, e Paris as recebe diretamente do Inferno.” Ele estava declarando mais verdades do que talvez damos conta. A Bíblia nos diz várias coisas muito distintas e claras acerca do mundano. Quando uma mulher se veste de uma maneira que anuncia sua sexualidade (sensualidade) ou promove uma imagem de UNISSEX ou MASCULINO, escutamos pregadores referirem-se às suas roupas como roupas mundanas. O mundanismo quase sempre se refere ao pecado de participação em práticas identificadas com o mundo, mas a ordem de Deus para o crente é: (Rom 12:2 ACF) “E não sede conformados com este mundo…” (ou século). Mundo / século = Essa palavra utilizada por Paulo, não é a palavra grega “Kosmos”, que significa o mundo físico, o mundo dos homens, e, sim, é o termo grego 360 361 “AEON”, que indica era ou época, o que envolve tudo quanto caracteriza tal época. As Escrituras definem “o mundo” ( AEON) não como um globo, mas como um sistema dominado por Satanás. 2Cor. 4:4 identifica Satanás como “o deus deste século…” (mundo-aeon). De acordo com a chave linguística do Novo Testamento, este termo grego “AEON mundo/século” nestas passagem, refere-se a toda aquela massa de pensamentos, opiniões, aspirações máximas, especulações, esperança, impulsos, objetivos e aspirações correntes à qualquer época no mundo. O que a Palavra de Deus está dizendo, é que: a era ou época presente se caracteriza por uma série de condições e qualidades, costumes, padrões morais e espirituais, ditados e regidos por satanás. Então o mundo é o reino que Satanás pôs para levar a cabo suas práticas e propósitos, para alcançar suas metas. Ser mundano é conformar-se aos desejos do deus deste mundo, da mesma maneira que o crente se conforma aos desejos do Deus do céu. (Isaías 14:12-14) define as metas de Satanás: Ele quis ser igual a Deus para eliminar o [verdadeiro] louvor a Deus e ganhar o louvor para si mesmo, e para reinar sobre a criação, tomando o lugar de Deus. 361 362 Porque é que os pregadores que temem ao Senhor pregam contra o mundanismo? É porque as coisas mundanas e o pecado roubam a glória que realmente pertencem a Deus e à justiça. Porque há tantos filmes mundanos? Porque induzem e glorificam toda classe de pecado e o apresentam como o Diabo quer que seja visto, para que o pecado não mais nos pareça sobremodo mal e pecaminoso, e nos acostumemos com sua presença. Porque se considera mundana a música rock, música sertaneja, Rap, Pop, axé music, samba ? Porque sem cessar incutem maus padrões nas pessoas, através de letras e ritmos maus que passam a formar parte do subconsciente e afetam suas decisões e valores. Examine as perguntas e se dará conta que o mundanismo tem participação com o reino de Satanás, permitindo que o Diabo seja aceito e glorificado consciente ou inconscientemente e seja posto em um lugar preeminente em nossas vidas. O mundanismo, então, é um ato que traz glória ao reino de Satanás, da mesma maneira que a obediência ao Senhor traz glória ao reino de Deus. O mundanismo promove o pecado, enquanto a obediência a Deus promove a justiça. Você diz: “Eu não sou uma má pessoa por causa da maneira como me visto. Não sou uma fanática.” No entanto, a Bíblia é clara, não deixa dúvidas ao declarar que não há uma posição intermediária em nenhuma área de nossa vida. Tiago 4:4 diz: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do MUNDO é inimizade contra DEUS? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do MUNDO constitui-se inimigo de DEUS.” Não adianta querer distorcer, enfraquecer, amenizar a Palavra de Deus 362 363 tirando a autoridade e assim tornar-se um adulterador da Palavra. Contestar a norma de Deus no vestir, é eleger o vestir que promove o pecado e que traz glória a Satanás. Satanás por meio das aspirações mundanas sempre promovera a rebeldia contra Deus. O Diabo tem um estilo de roupa feminina concebida para promover sensualidade, fornicação, homossexualidade e toda classe de práticas libidinosas, vis e abomináveis. Spurgeon realmente estava dizendo a verdade quando disse que Paris traz suas modas diretamente do Inferno! Temos recebido mandamentos rígidos sobre a nossa relação com este mundo. Estes mandamentos refletem o perigo que o mundo representa para nossa vida espiritual. “Não ameis o MUNDO, nem o que no MUNDO há. Se alguém ama o MUNDO, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no MUNDO, a concupiscência da CARNE, a concupiscência dos OLHOS e a soberba da vida, não é do Pai, mas do MUNDO. E o MUNDO passa, e a sua concupiscência; mas AQUELE que faz a vontade de DEUS permanece para sempre.” (I João 2:15-17 ACF). Deus não nos disse que não devemos amar o globo terrestre, ou não apreciar esta terra. Ele nos estava dizendo que não devemos amar o reino de Satanás aqui na terra, nem nada do que ele representa. Conheço mulheres que se colocariam contra Deus antes de se colocarem contra suas roupas anticristãs. Amam mais ao mundo de Satanás do que a Deus. 363 364 (Romanos 12:2 ACF) diz: “E não sede conformados [não aceite não incorpore não tome o molde não tome a forma] com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Sede conformados = indica a moldagem segundo um determinado padrão, em que uma coisa toma a forma de outra, adquirindo o seu caráter, mediante alguma influência ou poder exterior. O verbo Conformar-se = “Schema”, é contraste do vocábulo grego “Morphe” que é a raiz da palavra que pode ser traduzida por transformar. Não devemos nos esforçar para nos conformarmos ao mundo e nem para sermos aceitos pela maneira de viver do mundo. O Diabo está pronto para nos pôr no seu molde e nos deixar com a forma do mundo através das práticas e desejos pecaminosos . Deus nos dá a alternativa de nos transformarmos à imagem de Cristo, a mesma forma de transformação que faz com que uma asquerosa lagarta se torne uma linda borboleta. Mas eu não posso ser ambas as coisas. Devo primeiramente me colocar contra a tentação de conformar-me ao Diabo, antes de poder ser transformada para a glória de Cristo. A vaidade mundana danifica nosso testemunho, traz vergonha ao Evangelho de Cristo, apaga nossa consciência 364 365 à voz e obra do Espírito Santo, e, separando-nos de Deus, impede nossa comunhão com Ele e a resposta às nossas orações. Não podemos ignorar os resultados da vaidade mundana. Muitas igrejas erram por inventar regras humanas sobre roupas. Mas, muitas outras erram por recusar a estudar e ensinar, cuidadosamente, o que Deus tem dito, para ajudar cada filho de Deus pensar e se vestir de uma maneira que glorifica o nome dele. Que possamos nos vestir para ele, começando com o próprio coração. 5.5 – COM OS MEIOS DE COMUNICAÇÕES A mídia em geral, tanto cinemas, como vídeo games, Internet, como a televisão, na maior parte dos programas, exalta a pecaminosidade. O adultério, a prostituição, as práticas sexuais ilícitas e a violência são exaltadas e apresentadas como coisas muito naturais. A traição, a infidelidade conjugal, são o "prato do dia" dos programas, dos filmes e das novelas da tevê. Essas imundícies são jogadas pelo vídeo, na sala de estar, no quarto de dormir de muitos cristãos. 365 366 Sem dúvida, isso não é condizente com o ambiente espiritual que deve reinar no lar de um crente. como se sentiria uma família que, assistindo programas imorais ou violentos, visse Jesus se apresentar no meio da sala - Ficaria feliz, satisfeita, tranquila? 5.5.1 - Os dez mandamentos do telespectador cristão 01. Amarás ao Senhor teu Deus acima de todos os desenhos, shows, jornais, piadas, novelas e filmes de televisão. 02. Não farás da imagem do vídeo outro deus diante do Senhor. Não adorarás seus artistas, nem exibirás seus pôsteres em tua casa, pois teu Deus é Deus zeloso e sentirse-á enciumado. 03. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão como fazem, a todo o momento, os protagonistas das novelas. 04. Guardarás verdadeiramente o dia do Senhor. Não ficarás diante do aparelho na tarde de domingo, mas sairás para visitar alguém que necessite de oração, conforto e estímulo. 366 367 05. Honra o culto doméstico com tua família para que teus filhos aprendam o caminho do Senhor e se prolongue a vida espiritual deles. Não permitirás de forma alguma que a televisão impeça esta honra. 06. Não farás da televisão a babá de teus filhos, nem permitirás que vejam televisão noite e dia, sem controle. 07. Não deixarás o aparelho exibir filmes indecentes ou cenas de adultério, para que essas coisas não fiquem em tua mente e te seduzam a esse pecado. 08. Não furtarás teu tempo diante da televisão, deixando de cumprir com o teu dever. 09. Não dirás falso testemunho contra teu próximo, como fazem os participantes das novelas, nem farás uso de suas gírias e palavras inconvenientes. 10. Não cobiçarás o modo de viver, de falar e de vestir dos artistas, nem os produtos que ali são anunciados. Não deixarás que essas coisas determinem tua conduta, nem o teu alimento. Filipenses 4:8: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." 367 368 O volume de dados, de imagens e informações é tão grande que não dá tempo para serem "digeridos" ou avaliados corretamente. Muitos, sem perceber, estão sendo influenciados de modo marcante em sua vida espiritual, emocional, familiar, conjugal e sentimental, pelo poder da mídia televisada. Ao lermos a Palavra de Deus vemos bem claro as instruções dadas para um viver santo. Em 1 Pedro 1.14-16, a orientação do apóstolo é para não nos deixarmos amoldar pelos desejos que tínhamos antes de nos tornarmos filho de Deus, e esses desejos são considerados por ele como maus. Pedro ainda nos instrui a sermos santos em tudo o que fizermos e faz alusão a uma citação de Levítico 11.45 em que Deus diz: “Sejam santos, porque eu sou santo”. Este é que deve ser o nosso referencial de santidade. A santidade envolve o nosso pensar. Paulo diz que toda a coisas que forem nobres, corretas, amáveis, puras, todas as coisas que forem de boa fama, nestas devemos pensar, ou seja, estas devem ocupar nossos pensamentos (Fp 4.8). Enquanto somos exortados a mantermos uma mente pura, o mundo tenta induzir-nos a mantermos pensamentos impuros. Devemos zelar por manter uma mente pura, pensamentos que tragam edificação. E o que falamos? Será que os não-cristãos observam isto também? Sem dúvida alguma, com já disse, 368 369 estão observando tudo, e mesmo que não estivessem observando, as nossas palavras também devem edificar aos que as ouvem (Ef 4.29). Em nosso vocabulário não devem existir palavras torpes, pois para nada servirão, senão para escandalizar o nome de Cristo. No texto de 1 Pd 2.12 somos chamados a viver de maneira exemplar, de modo que as pessoas nos observem e não encontrem falhas para nos acusar. Uma vez que fomos salvos, devemos nos considerar mortos para o pecado, e não permitirmos que domine sobre nossas vidas, pois fomos libertos da escravidão do pecado. Cada membro do nosso corpo deve ser oferecido a Deus como instrumentos de justiça (Rm 6.11-13). Deus requer daqueles que estão anunciando a Sua mensagem de salvação uma vida de santidade, irrepreensibilidade, uma vida que reflita o Seu caráter santo. 5.5.2 - O PERIGO DAS NOVELAS Será que aquele que se propõe a assistir uma novela tem consciência de que não pode ser um expectador passivo, mas crítico daquilo que veem? De outro modo: É certo que para alcançar esse número exorbitante de audiência a emissora não conta só com telespectadores não 369 370 cristãos, número considerável daqueles que assistem a essas histórias professam uma fé cristã (ou não?); Sendo assim, será que esses cristãos tem consciência de que devem examinar de tudo e reter somente aquilo que é bom (I Ts 5.21)? Ou será que estamos engolindo veneno sem atentar para o rótulo? É necessário nos lembrar das velhas palavras dos sábios: “Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). É comum ouvir pessoas dizerem que quando chegam a casa querem descansar a cabeça, mas devemos criticar de maneira inteligente aquilo que vemos e ouvimos, pois, como disse Paulo, “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é venerável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o que é amável tudo o que é de boa fama [tudo em que] há alguma virtude e se há algum louvor” deve ocupar a nossa mente (Fp 4.8). Não chegaremos ao ponto de dizer que quem assiste a uma novela trará maldição para sua vida, porém, se não tivermos um espírito crítico, corremos o risco de tomarmos ópio ao invés de refresco. Procurando justificar esse hábito muitos cristãos geralmente fazem esta pergunta. Eles afirmam que ver novelas em nada atinge sua vida espiritual porque são extremamente maduros. Afirmam também que novelas é 370 371 uma forma de lazer e entretenimento. Contudo, tais pessoas deveriam lembrar o seguinte: Nossa mente é como uma esponja. Ela absorve tudo o que vemos e ouvimos. Estas coisas são armazenadas no fundo da mente, e influenciam o íntimo do nosso coração, nossas reações, emoções, sentimentos e comportamento. Falsos conceitos e ideais repetidos várias vezes acabam se tornando verdadeiros quando falamos e agimos. É por esta razão que Paulo nos ordena ocupar a mente apenas com o que for proveitoso e edificante (Fp 4.8). As novelas em geral refletem aquilo que o homem tem de pior. Não é preciso muito esforço para se perceber que o enredo e roteiro das novelas e seriados brasileiros em sua grande maioria se baseiam na sensualidade, ambição, violência, fingimentos, poder e outras coisas descritas na Bíblia como sendo “obras da carne” ( Gl 5.18-21). A novela faz o crente “torcer” para que o “mocinho” realize a sua vingança, ou para que a “mocinha” consiga conquistar o seu amado, mesmo que seja casado. Assistir novelas em nada edifica o crente, e em nada contribui para seu crescimento espiritual. Nem mesmo traz alguma cultura ou conhecimentos. É perder tempo com “cultura inútil” e 371 372 perigosa. A Bíblia nos ordena “remir o tempo, pois os dias são maus” (Ef 5.16). Alguns argumentam dizendo que as novelas prestam um grande serviço de utilidade pública como, por exemplo: conscientização sobre os riscos do alcoolismo e das drogas, violência doméstica, supostas psicopatias, racismo. Essa sempre é a desculpa da maioria dos brasileiros que não gostam de ler livros, jornais ou revistas e que só acessam a internet para bisbilhotar fotos em redes sociais. Tudo isso acima, aplica-se não somente às novelas, como outros tipos de programas, filmes ou sites que acessamos na internet. Lembre-se: As emissoras de TV não estão preocupadas com a vida espiritual e moral dos milhões de brasileiros; elas estão interessadas apenas em ganhar dinheiro. E é lamentável que o façam às custas de crentes que dão uma, duas, três horas por dia (ou até mais) para os canais de televisão. 5.5.3 - A MÍDIA VISUAL E SEUS PROGRAMAS PERNICIOSOS O mau uso do vídeo em geral. Vejamos alguns problemas relacionados à televisão: 5.5.3.1 - A TV ESTIMULA A VIOLÊNCIA. 372 373 Uma pesquisa mostrou que uma criança, no Brasil, ao completar 14 anos, já terá assistido 11.000 crimes na TV. Em 200 horas de programação, são vistas 30 mortes cruéis; 1.018 lutas monstruosas e animalescas; 3.592 acidentes; 32 roubos; 616 cenas de uso criminoso de armas; 57 sequestros; 410 trapaças; 86 casos de chantagens e 321 aparições de monstros pavorosos e infernais. 5.5.3.2 - A TV ESTIMULA O PECADO. É comum cenas de insinuação sexual, no vídeo em geral, ensinando e estimulando a prostituição, o adultério, a fornicação e o homossexualismo. A Bíblia afirma que não devemos pôr coisa má diante de nós (Sl 101.2-4). 373 374 5.5.3.3 COISAS. A TV MODIFICA A VISÃO DAS Principalmente nas novelas, aquilo que é certo, como o amor conjugal verdadeiro e a pureza, são vistos como algo ultrapassado. Casais, famílias, lares felizes e abençoados jamais aparecem no vídeo, nos romances e nas revistas. O materialismo é apresentado como algo muito nobre e elevado, entretanto a Palavra de Deus adverte: “Ai dos que ao mal chamam bem...” (Is 5.20,21). Sim, o cinema e o vídeo tornaram-se uma escola de crimes, imoralidade, desrespeito, rebelião e vício. As Escrituras sustentam: “Não meterás, pois, abominação em tua casa...” (Dt 7.26). 5.5.4 - A MÍDIA VISUAL E O LAR CRISTÃO. Se os pais ou responsáveis não conseguem controlar e supervisionar o que os filhos veem na televisão, é preferível não possuir o aparelho, vídeo ou DVD. Ou a família, controla a TV, ou será controlada por ela (Dt 7.26). Temos de nos posicionar como o salmista: “Não porei coisa má diante de meus olhos” (Sl 101.3). Diante disso, as famílias cristãs devem observar duas coisas importantes: 374 375 5.5.4.1 - O culto doméstico diário (Dt 11.18-21). Esse é um poderoso recurso espiritual para unir a família em torno do Senhor, através da oração, adoração e meditação na Palavra. Com apenas 15 minutos diários, os pais podem estar com os filhos, louvando a Deus, lendo sua Palavra e orando com e por toda a família. A ação do Espírito Santo durante o culto doméstico é marcante na infância, especialmente por ajudar na abstenção dos programas de vídeo imorais, violentos e ocultistas. 5.5.4.2 – A Dedicação aos Filhos. Os filhos são heranças do Senhor (Sl 127.3), Portanto, preciosos (Jr 31.20). Há pais cristãos que não dispensam aos filhos o necessário cuidado e atenção. Por isso, o Diabo, valendo-se da omissão paterna ou materna, tem procurado preencher essa lacuna com falsas amizades e programas televisivos altamente perniciosos. 5.5.5 - COMO EVITAR A MÁ UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA? Vejamos: 5.5.5.1 bom. Examinando tudo, mas só retendo o que é 375 376 “Examinai tudo. Retende o que é bom” (1 Ts 5.21). Aqui, o cristão é convocado a discernir a cultura de seu tempo, e reter somente aquilo que é bom, santo, agradável, justo e útil (1 Co 6.12; 10.23). 5.5.5.2 - Valorizando o que é correto. Nem tudo é imundície ou trevas nos meios de comunicação. Há muita coisa útil, até mesmo para a vida cristã. Na internet, por exemplo, há estudos bíblicos e mensagens que, antes, ficavam ao alcance apenas dos eruditos. Todavia, precisamos examinar todas as coisas com muito cuidado e discernimento. (1 Co 2.15). O salmista Davi, aspirando por uma vida santa, justa, reta e íntegra, toma a seguinte decisão: “Não porei coisa má diante dos meus olhos”. Observando a sociedade em que vivemos hoje, é impossível não fazermos coro à oração deste homem segundo o coração de Deus. Se o mundo jaz no Maligno, a mídia, em sua maioria, está assentada sobre bases malignas também, pois o que se vê é o mal prevalecendo nas mais diversas áreas. Como poderá o crente sobreviver a um pensamento mundano que visa apenas o lucro e cria necessidades de consumo, modificando hábitos, pensamentos e atitudes? A mídia televisiva, principal meio de comunicação utilizado pela população, possui uma 376 377 linguagem audiovisual atraente, comercial, estética e mobilizadora. Por isso, exerce poderosa influencia em nossa cultura. A TV, em virtude de estar a serviço do Maligno, atua para persuadir, seduzir e afastar a família dos princípios bíblicos. A resposta para essa indagação encontra-se na resolução de Davi mencionada no início deste texto. Este é o maior desafio do servo de Deus, comprometido com a santidade pessoal, principalmente em relação à sua casa. Iremos tremer à Sua palavra e obedecer - ou devemos arranjar desculpas e continuar assentados na roda dos escarnecedores? Ficaremos tão atraídos por Cristo a ponto de não conseguirmos mais fixar os olhos naquilo que O entristece? Será que a noiva de Cristo verdadeiramente irá separar-se de tudo que é deste mundo? Será que alguém neste país pode ouvir e aceitar esta mensagem? Ou já ficamos muito adormecidos pelos vícios deste mundo para poder ouvir? 377 378 Será que a igreja de Cristo vai me chamar de legalista, como alguém que se considera a si mesmo juiz? Ou, o Espírito vai levantar um corpo ungido de santos para se desembaraçar de todo peso, e clamar por purificação e separação? Que Deus tenha misericórdia de cada um de nós e que possamos permanecer na presença de Deus, amém! 5.6 – SOBRE NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO Deus ao criar o homem e a mulher, deu-lhes todas as condições para serem felizes, meios para sua alimentação e nutrição, ambiente saudável e convivência amiga e condigna para essas criaturas. Na sua sabedoria, lhes proveu dos órgãos necessários para o desempenho de todas as suas atividades, inclusive a da reprodução de sua espécie, o que lhes deveria proporcionar prazer na sua satisfação dessas funções biológicas, e também pela comunhão moral e espirituais que deveriam presidir essas atividades naturais e normais. 5.6.1 - SOBRE O NAMORO 378 379 Varia definições tem sido dadas a “namorar”, como: galanteio, atrair, chamar a atenção. Porém o sentido real de namorar é “inspirar o amor”. Na atualidade, a palavra namoro tem sido rebatizada com o sentido de brincadeira, divertimento e irresponsabilidade, mas no sentido legitimo, é outro completamente distinto. “O seu sentido nobre é o amor”. Namoro nada mais é do que uma serie de conversas e entendimentos entre dois jovens de sexos diferentes, que procuram verificar as possibilidades de afinidades para realização de uma união acertada entre eles, para viverem juntos a vida toda. É a fase do conhecimento para o casamento. O namoro não deve jamais ser um passatempo, mas o inicio da procura de uma companheira ou companheiro para a jornada da vida. Vale a pena lembrar que o jovem cristão deve pedir a confirmação de Deus para o namoro. Se o namoro é a antessala do casamento, como seria um namoro sem essa confirmação divina? Para obter a confirmação divina para o namoro, não é preciso que Deus envie um anjo para dizer que tal namoro agrada ou não a Ele; Nem será necessário buscar com algum profeta uma mensagem favorável ou desfavorável ao namoro. A regra geral é impressa na Bíblia Sagrada. Ela ensina e mostram o caminho para a felicidade conjugal, os princípios que devem reger a vida dos jovens que temem ao Senhor. 379 380 A Bíblia conta o que aconteceu quando Eliezer, servo de Abraão, foi buscar uma esposa para Isaque. De acordo com o juramento que havia feito diante do Senhor, ao encontra-la pode dizer : “O Senhor me guiou... “ O Senhor pode e quer te guiar, querido jovem, na busca do teu cônjuge. 5.6.2 - SOBRE O NOIVADO O noivado é metade do caminho entre o namoro e o casamento. Antes de tudo o noivado é um ato sério. Os jovens crentes cuja fibra moral é alicerçada na palavra de Deus, não tomam atitudes irresponsáveis. O jovem deve saber que o noivado é a fase da decisão para o casamento.(O casamento mesmo é a fase da união). O noivado é o compromisso social.Esse compromisso os jovens assumem diante de suas famílias. O noivado é também um compromisso moral, quando dois jovens crentes prometem unir seus sentimentos e propósitos para consuma-las no casamento. O noivado além de ser um compromisso moral, é também um compromisso físico, mas somente após o casamento. O casamento envolve relações físicas para as 380 381 quais exige-se fidelidade e respeito mútuo. Esse compromisso assumido no noivado não dá direito de posse do pretendente antes do casamento. Antes significa que o compromisso deve ser honrado por ambas as partes até o casamento. Assim procedendo, não terão a acusação tormentosa da consciência.(Leia -1Cor10.31,32). O noivado é um compromisso espiritual. Quando dois jovens resolvem casar-se assumem entre outras coisas compromisso com Deus. Não são dois jovens de sexos opostos que desejam um sentimento, mas são dois ideais que se unem para confirmar o ideal do matrimônio. 5.6.3 - SOBRE O CASAMENTO Basicamente, o casamento é a união física e espiritual entre duas pessoas sexos opostos. Desse o ato resulta o lar, que é a mais antiga instituição conhecida da raça humana. Antes de qualquer organização política e social, ou da igreja ou da escola. Na verdade, todas as demais organizações surgiram desta primeira instituição: o lar. Portanto, o casamento não é meramente um contrato civil entre duas pessoas, mas uma instituição do Todo Poderoso, para o conforto e felicidade do gênero humano, e para o mais elevado propósito estabelecido: A perpetuação e a multiplicação da espécie humana. (Gn1.28) 381 382 5.7 - PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS FREQUENTES SOBRE NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO. 5.7.1 - COM QUE IDADE UM JOVEM PODE NAMORAR? Assim que uma criança vai chegando a adolescência, começa se impulsionada pelos desejos da mocidade. Passa a ser influenciada pelos colegas; passa a pensar sobre namoro e até a inquietar-se; Passa a se preocupar sobre este assunto. Só que todos esses desejos de namorar pode ser controlado, se o jovem for convertido, gosta de ler a Bíblia e de participar de trabalhos da igreja. Também nesta faixa etária é indispensável uma orientação amigável e segura de alguém que tenha maturidade e experiência. Quando o jovem deve começar a namorar? 1 - Quando ele tiver maturidade – personalidade formada 2 - Quando ele estiver preparado para enfrentar o casamento 3 – Quando ele for dirigido por Deus nesta direção 4 – Quando ele tiver Idade ideal para casar: · Rapaz – 18 a 26 anos 382 383 · Moça – 18 a 22 anos Obs. Quer dizer que o namoro pode ser iniciado aos dezoito anos, no mínimo? Sim, antes disso é tempo de se dedicar aos estudos. Claro isso é só uma recomendação e não uma determinação. Fica ao seu critério e a sua maturidade. 5.7.2 – COM QUEM DEVO ME CASAR? Eis a grande interrogação: Como encontrar a pessoa ideal? Que devo fazer? a) Espere o tempo de certo b) Não viva de sonhos dourados. A beleza é relativa, não pense só na beleza física. c) Busque uma pessoa que seja um verdadeiro cristão, no testemunho e no caráter. d) Busque alguém que se identifique com você. Cuidado com jugo desigual: Idade – a diferença para mais deve ser do homem e não deve ultrapassar dez anos, é preciso ser compatível um com o outro. e) Não busque uma pessoa perfeita, ela não existe, busque alguém que te compreenda. f) Não entre em pânico, não entre em liquidação, valorize –se, não fique procurando namorado (a) a torto e a direito. g) Dialogue, troque idéias, procure conhecer outras pessoas. h) Deus tem o melhor para você, espere nele. 383 384 5.7.3 – COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS NO NAMORO? a) Deus se preocupa conosco em todas as esferas da vida, Ele se preocupa com casamento, por isso devemos buscar a sua vontade. b) Não namore antes de orar. c) Ore e espere. d) Dialogue com o desejado e orem juntos. e) A fase do namoro deve ser de diálogo e oração. f) Não faça comentários antes da certeza. g) A certeza só chega com a vontade de Deus. h) Deus pode falar de muitas maneiras (cuidado com os profetas casamenteiros). A maneira mais pratica é quando as circunstancias passam a ser favoráveis e você passa a ter tranquilidade total em relação à pessoa amada. Ela passa a ser a única pessoa que preenche as lacunas do seu coração. Isto não deve ser paixão momentânea, mas um amor sólido. Quando se sentir tranquilo e feliz espiritualmente e emocionalmente ao lado do seu (sua) namorado (a), a ponto de ser esta a única pessoa que te realiza em todos os aspectos. Aí pode ser um indício de que estás no rumo certo. 384 385 5.7.4 – A QUEM DEVO CONSULTAR QUANDO PRECISAR DE UMA ORIENTAÇÃO SOBRE SEXO? Eis um grande dilema! A quem consultar? Com quem conversar? Este realmente é um grande problema, pois o jovem convive com muitas pessoas e ouve de uma forma errada e imoral sobre estes assuntos. Precisa então de alguém que o oriente. Deve procurar o Pastor, a esposa do Pastor, uma pessoa idônea, que tenha maturidade, ou os pais. Não procure qualquer pessoa, seja prudente. Não ande contando seus segredos para todo mundo por aí, ou conversando sobre sexo de forma pornográfica. Tenha cuidado, não se corrompa, tenha cuidado também com os casamenteiros, profeteiros e conselheiros interesseiros que podem representar um perigo para o futuro. Busque a pessoa certa para te ajudar. Os pais devem orientar os filhos cuidadosamente. 5.7.5 – QUE DEVO FAZER PARA O NAMORO PRODUZA EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL PARA MIM E PARA MEU (MINHA) NAMORADO (A) ? a) O namoro que busca edificação espiritual firma-se sobre o ideal do casamento. b) Deve evitar certas intimidades físicas, para que não entristeça o Espírito de Deus. 385 386 c) Os jovens namorados devem orar juntos e compartilhar os seus ideais juntos. d) Lembre-se que somos luz do mundo, e namoro do cristão é diferente do mundo. e) Tudo o que o crente fizer deve glorificar a Deus, (1Cor 10.31) e com ordem e decência. (1Cor14.40). 5.7.6- QUANDO DOIS JOVENS NOIVOS DEVEM E PODEM TORNAR-SE NOIVOS? 1- Quando estiverem certos de que estão na vontade de Deus. 2- Quando estiverem preparados psicologicamente para isto. 3- Quando estiverem se compreendendo razoavelmente. Com maturidade e firmeza. Nunca devem ser influenciados por terceiros. 4- Quando acertarem devidamente com os pais. 5- Quando estiverem na rota do casamento, isto é, logo após o noivado os jovens devem se preparar materialmente para o casamento. Após o noivado segue-se a fase da arrumação e sem muita demora deve vir o casamento. 5.7.7 – QUANDO DOIS JOVENS NOIVOS DEVEM PENSAR NO CASAMENTO? Desde o momento em que se tornam namorados. Mas o noivado não deve demorar muito. Não deve ultrapassar dois anos, por exemplo. O tempo de noivado deve ser preparação constante para o casamento. Mesmo que demore um pouco, mas não deve fugir do objetivo. 386 387 5.7.8- EXISTEM REGRAS PARA ORIENTAR O NAMORO DO JOVEM CRENTE? (O namoro é a fase do conhecimento para o casamento) Existem regras que nos orientam sobre tudo que fizemos. O casamento foi instituído por Deus, e para que tudo seja feito certo, é preciso seguir as regras do Criador. a) O jovem cristão não deve namorar por passatempo. b) O jovem cristão não deve namorar descrente (2Co 6.1418). c) Não deve namorar antes da maturidade: Espiritual, Psicológica e Física. d) Só deve namorar objetivo de casar-se. e) Deve ter cuidado com as intimidades – o namoro deve ter limite. (Em vez de intimidades, diálogos). f) As intimidades podem leva-lo á queda. Cuidado com a paixão carnal. g) O namoro do crente deve ser com conduta cristã, com responsabilidade e maturidade. h) Não passem muito tempo a sós. Evite o contato físico por muito tempo. Tenha muito cuidado nesta área. 5.7.9 – DOIS JOVENS PODEM CONVERSAR SOBRE SEXO? 387 388 Falar sobre sexo não é pecado, mas a fase do namoro é fase do conhecimento e de dialogo inicial. Esse assunto deve ser tratado com prudência e sabedoria no período de noivado quando estiverem próximos do casamento, para evitar que a conversa siga outra rota. 5.7.10- SERÁ QUE DEUS DESTINOU ALGUMA PESSOA PARA FICAR SEM CASAR? É bom lembrar que não é obrigado alguém se casar, pois ninguém deve se precipitar e casar com qualquer um que aparecer. Pode ser a vontade de Deus que alguém não se case. Jesus não se casou, apesar de ser um homem perfeito. Provável Paulo foi solteiro. A Bíblia fala de Eunuco pelo reino de Deus, ou seja, alguém se abstém do casamento para dar todo seu tempo para Deus. É bom esperar no Senhor, ter paciência e orar. Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. 5.8 - PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS DESEJOS DA MOCIDADE 388 389 5.8.1 – É PECADO TER IMPULSO SEXUAL? Não! É claro que não. O impulso sexual é a atração normal de um sexo pelo outro. É uma energia poderosa dentro do ser humano, porém não é pecaminoso, a não ser que seja corrompido. Foi Deus quem fez o sexo e nos fez com estes impulsos. O adolescente começa sentir uma necessidade afetiva, ouve falar de namoro, passa a desejar fazer o mesmo; Passa a ter sonhos e ficar apaixonado, etc... Tudo isto é normal em qualquer jovem, daí a necessidade de uma boa orientação. 5.8.2- O QUE FAZER PARA CONTROLAR OS NOSSOS IMPULSOS SEXUAIS? Os impulsos sexuais precisam ser controlados. Paulo disse a Timóteo: Foge dos desejos da mocidade. 2Tm2.22 Você precisa fazer alguma coisa: 5.8.2.1 - NA ÁREA FÍSICA 389 390 a) Levanta-se cedo todos os dias. Faça alguns minutos de exercícios físicos. Movimente-se. b) Não dê comodidade demorada a seu corpo (dormir demais e ingerir alimentação muito forte constantemente produzem acúmulo de energia). De vez em quando se abstenha de alimentação. Faça um jejum. c) Procure uma ocupação e vença o pecado da preguiça – vença a ociosidade. d) Não dê ênfase a carne. Fuja dos pratos perigosos. 5.8.2.2 - NA ÁREA SENTIMENTAL a) Não deixe alimentar em você a idéia de que você não tiver relacionamento sexual terá problemas mentais. Não se preocupe, Deus providenciará tudo. Esse problema na verdade não existe. b) Tenha autocontrole (estar apaixonado, gamado ou louco por alguém pode ser apenas fruto de imaturidade). c) As más conversações corrompem os bons costumes. Fuja delas. d) Evite intimidade e aproximação demasiada com pessoa do sexo oposto. Não fiquem tempo a sós. Fuja das paixões carnais, pode te levar a perder o controle. e) Evite companheiro corrompido e imoral. f) Cuidado com roupas indecentes e gestos obscenos. Fuja disto. g) Fuja da má literatura e de filmes imorais. h) Cuidado com os pensamentos. Pense nas coisas que são de cima. 390 391 5.8.2.3- COMO VENCER A MASTURBAÇÃO? Masturbação é a autossatisfação sexual que pode levar a pessoa a um constante sentimento de culpa e principalmente a ser um viciado sexual. Masturbação pode levar os jovens a ter problemas depois de casado. O que fazer? a) Fuja da má literatura (fotografias imorais, etc...) más conversações, ambientes pecaminosos, etc... b) Pense positivamente. Fixe os pensamentos em coisas que edifiquem. Não se deixe levar pelos maus pensamentos. c) Não demore no banheiro. Entre cantando ou citando textos bíblicos de acordo com a Bíblia. d) Leia a Bíblia, Bons livros, ore, consagre, fale de Cristo e mantenha contato com pessoas que sejam verdadeiramente cristãs. e) Tenha consciência dos perigos da masturbação: (vícios, sentimentos de culpa, fraqueza espiritual, pecado de impureza, problemas após o casamento, etc...) e vença em nome de Cristo. 5.8.2.4- QUAIS OS PECADOS SEXUAIS MAIS PROXIMOS DOS JOVENS, E COMO VENCÊ-LOS? Os jovens precisam fugir destes pecados que podem leva-los á queda fatal: 391 392 a) Masturbação (já falamos sobre isto). b) Atos libidinosos (namoro sem disciplina, muito próximo da relação sexual). c) Prostituição (feminino) e fornicação (masculino) sexo antes do casamento. Lembre-se, seu corpo é Templo do Espírito Santo. d) Taras (desejo sexual anormal) deixem o Espirito Santo dominar sua vida. e) Precisamos combater com firmeza o homossexualismo, pois hoje já é visto como coisa social, mas Deus o condena.(Rm1.27;Lv18.22). Existem muitos pecados sexuais, mas o jovem crente deve vence-los em nome de Cristo. 5.8.2.5- O FLERTE É PECADO? O flerte é um namoro irresponsável e descomprometido. É não respeitar o sentimento dos outros; É pecado, pois a Bíblia diz: Fazer tudo para a Gloria de Deus.(1Cor10.31). Flerte Glorifica a Deus? leia também (Fl4.8; Cl3.17). Fuja deste tipo de exploração. Não se deixe levar pelos desejos da mocidade, pois você poderá criar um lar doente e problemático. 392 393 Não brinque com coisas sérias, não vivas de momento. Não seja lascivo (um conquistador malicioso e enganador). Deus não se agradará disso. Não se deixar levar por conversas enganosas ou olhares lascivos. Tenha personalidade firme. Entregue tudo a Deus. Ele cuidará de você. É necessário que os rapazes respeitem os sentimentos das senhoritas, tenha moral e se comportem como servos de Deus, bem como as moças precisam se impor e se valorizarem para que não vivam de mão em mão, namorado em namorado, de paquera em paquera e destruam seu futuro moral, espiritual e sentimental. 5.8.2.6- ATÉ ONDE O BEIJO É PECAMINOSO? Em nenhum lugar da Bíblia você encontrará o beijo como pecado, mas tudo com ordem e decência. O beijo na boca, por exemplo, quando muito demorado pode levar o jovem a uma excitação carnal a ponto de não poder resistir aos impulsos sexuais que se seguirão. Sendo assim o jovem cristão deve ter muito cuidado nas intimidades do namoro, pois há uma sequência bastante perigosa. Começa com carinho, depois vem a intimidade, em seguida vem às carícias, depois as resistências são 393 394 quebradas e vem à permissividade total, para em seguida vir a fornicação e prostituição. Por isso é necessário ter limites. O rapaz é sempre mais impulsivo enquanto na maioria das vezes as moças são mais rápidas em adicionar o sinal a Pare, em determinar limites. Nos dias atuais já há moças que forçam mais a barra do que os rapazes. Se houver temor a Deus a direção do Espirito Santo, certamente há de haver um limite. Diante do exposto, respondendo a questão do beijo. Em si ele não é pecado, mas aproxima as pessoas do pecado, incitando-o sexualmente. Minha oração acerca deste livro não poderá ser outra: Que haja por parte dos leitores, principalmente os mais jovens, ou pais de jovens uma apropriação das diretrizes bíblicas apresentadas aqui, com vista a uma vida dentro da vontade de nosso Eterno e Poderoso Pai. 5.9 – A QUESTÃO DO CIÚME Podemos definir o ciúme como um sentimento gerado pela suspeita da infidelidade de um parceiro. 394 395 Considerada uma das emoções humanas mais potentes, já todos nós sentimos ciúmes numa ou noutra altura das nossas vidas. Dependendo da nossa personalidade, situação e circunstâncias envolventes, o ciúme pode variar em termos de tipo e de grau de intensidade desde um leve ciúme a um sentimento insano, paranóico, doente, insuportável para quem sente e doído, perigoso, para quem o sofre. O que intriga os estudiosos, e sobretudo os amantes, é a dificuldade em definir a linha difusa entre os dois extremos. Ficar do lado certo é o único modo de sobreviver, administrar e tirar proveito desse vulcão do qual ninguém está a salvo. Porém, uma relação na qual se desconfia de tudo o tempo todo não sobrevive. Embora existam pessoas com mais e menos tendência para serem ciumentas, a verdade é que ninguém lhe escapa. 5.9.1 - SERIA O CIÚME UMA PROVA DE AMOR ? Freud falava de um tipo de ciúme que ocorre devido à concorrência com o rival, que inclui uma ferida narcísica. Esse tipo se deve mais a uma questão de narcisismo , de se perder o ser amado, e de uma competição pessoal com o outro - de modo que, num aspecto ou no outro, o que está em questão é mais o amor próprio do que o amor ao outro, explica André Martins, filósofo e psicanalista, doutor em filosofia e em teoria psicanalítica e professor associado da UFRJ, onde coordena o grupo de pesquisas Spinoza & Nietzsche. NADA A VER COM AMOR 395 396 5.9.1.1 - COMPORTAMENTO DO CIUMENTO 5.9.1.1.1. Interrogatórios excessivos. As pessoas que têm muitos ciúmes do seu companheiro(a) têm por hábito questioná-lo acerca de tudo o que se passou no seu dia ou numa saída com amigos. Os interrogatórios são longos e até aborrecidos porque a pessoa ciumenta quer saber tudo o que aconteceu – até ao mais pequeno detalhe – durante o tempo em que não estiveram juntos, PRINCIPALMENTE PARA VER SE A(O) PEGA EM CONTRADIÇÃO. 5.9.1.1.2. Comentários sobre a forma como se veste. E pode incluir desde comentários negativos sobre roupa que não lhe fica bem (mesmo que fique) a “proibições” claras sobre o que pode ou não vestir, sendo que muitas vezes a pessoa ciumenta admite que apenas pode vestir determinada roupa quando sai com ele/ela. 5.9.1.1.3. Escolta pessoal para todo o lado. Os ciúmes também se manifestam através da vontade e insistência contínua para acompanhar ou levar o companheiro(a) a todo e qualquer sítio, mesmo aos mais habituais ou desinteressantes. Há quem faça questão de ir buscar o seu parceiro(a) ao trabalho, simplesmente porque não quer que ele/ela vá tomar um café com os colegas de escritório no final do dia, por exemplo. 396 397 5.9.1.1.4. Dezenas de telefonemas diários. Se todos os dias recebe dezenas de telefonemas ou SMS do seu namorado(a) a perguntar onde está, o que faz, com quem, até que horas e porquê… o mais certo é estar a ser controlado por uma pessoa ciumenta. Não confunda preocupação com possessão. 5.9.1.1.5. Zanga-se se olha para alguém do sexo oposto. Por norma, quem tem ciúmes – seja homem ou mulher – sofre de baixa autoestima/autoconfiança e vive com receio de perder o seu parceiro(a), ou seja, o simples facto de olhar para alguém do sexo oposto (mesmo que seja inocentemente), é o suficiente para desencadear uma cena de ciúmes. Para além disso, muitas vezes, a pessoa ciumenta acusa o seu companheiro(a) de estar a observar outro homem ou mulher, mesmo que não esteja. 5.9.1.1.6. Interferência na vida social. As relações amorosas são apenas uma parte da vida social de qualquer pessoa, que geralmente inclui ainda amigos, família e passatempos pessoais. As pessoas ciumentas tentam muitas vezes minar os planos do seu companheiro(a) porque, para além de terem medo de estarem ou de ficarem sozinhos, não gostam da idéia do seu parceiro(a) fazer planos e divertir-se sem ele/ela. É habitual fazerem planos mesmo sabendo que o namorado(a) já tem 397 398 algo combinado, mas obrigam-no a desmarcar os seus. Aos poucos, podem tentar afastar o seu parceiro(a) de todas as outras pessoas que fazem parte da sua vida. 5.9.1.1.7. Discussões frequentes. Numa relação em que uma das partes é ciumenta, as discussões são frequentes e intensas, normalmente despoletadas por “pequenos nadas” e alastrando para cenas de ciúmes desproporcionadas. Estas discussões podem ainda ser marcadas por um tom dominante por parte da pessoa ciumenta, que pode mesmo ameaçar verbal ou fisicamente o outro(a). 5.9.1.1.8. Vigilância constante. Quem é ciumento procura controlar cada passo dado pelo seu parceiro(a) – desde verificar as chamadas e SMS do telemóvel, até ler os emails e abrir o correio, passando por mexer na carteira, bolsos de casacos e até segui-lo. Pode estar a ser controlado se o seu parceiro(a) aparecer frequentemente de “surpresa” no local onde costuma almoçar com os colegas de trabalho ou se se cruzarem por “coincidência” no sítio onde combinou tomar café com um amigo(a). 5.9.1.1.9. Acusações de infidelidade. Mais do que ter ciúmes, as pessoas ciumentas têm necessidade de os comunicar, ou seja, qualquer situação – 398 399 trabalhar até tarde, um almoço de família ou uma má disposição – que obrigue os elementos do casal a estarem separados, serve para a pessoa ciumenta acusar o outro(a) de ser infiel. 5.9.1.1.10. Cenas de ciúmes. Uma relação marcada pelo ciúme é invariavelmente marcada por cenas de ciúmes e estas tanto podem ser em privado, como em público. Porém, se cada saída acaba por ser estragada por um ataque de ciúmes – independentemente de estarem rodeados de amigos, familiares ou estranhos – é porque alguém estava a controlar alguém, em vez de desfrutar da sua companhia. A Bíblia não diz que não podemos ter ciúmes, mas fala com todas as letras que “o amor não arde em ciúmes”. O ciúme que maltrata é um ciúme egoísta, não é prova de amor. O amor, diz a Bíblia, é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não busca seus próprios interesses, não se conduz inconvenientemente, não se irrita, não suspeita mal (1 Coríntios 13:5) . O ciúme, especialmente o ciúme excessivo, não é expressão de amor , pelo contrário: o ciúme maltrata, deseja o mal do outro, suspeita mal, é impaciente, porta-se inconvenientemente. 5.9.1.2 - O CIUMENTO É CHEIO DAS “OBRAS DA CARNE” 399 400 Das obras da carne, citadas em Gálatas 5:19-21, o ciumento possui todas as que se relacionam com o próximo: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões. Além disso outras como invejas, homicídios, bebedices “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. O ciúme pode nos conduzir ao inferno, conforme nos adverte o apóstolo Paulo. 5.9.1.3 - O CIUMENTO FRUTO DO ESPÍRITO É DESTITUÍDO DO Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gálatas 5:22-23. O ciúme rouba-nos o amor (amor próprio, devido à baixa autoestima, e amor pelo outro), roubanos a alegria, tira a nossa paz, a nossa paciência (longanimidade), nossa bondade, nossa mansidão (o ciumento comumente grita e se irrita facilmente com o companheiro além de odiar os “rivais”) e nos tira, por fim, o auto domínio. Se você é dominado pelo ciúme, você é uma pessoa cheia de sentimentos não cristãos, consequentente dando prova de uma não conversão a Cristo, que poderão conduzi-lo ao inferno. Repetindo as 400 401 palavras do apóstolo: “não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”. Arrependa-se e abandone esse múltiplo pecado, pois nosso Deus é rico em perdoar. VI REGRA BÁSICA COM RELAÇÃO AS AUTORIDADES Aumenta a cada dia o número de crentes que não se sujeitam aos líderes e pensam que estão certos. Não respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel general”, argumentam. E, generalizando, chamam qualquer liderança firme, segura, de coronelista. Entretanto, vemos na Bíblia que o próprio Deus prioriza e hierarquiza. Ele — que podia ter formado todas as coisas com uma única palavra — fez questão de formar tudo a seu tempo, dia a dia (Gn 1). O Senhor 401 402 também pôs em ordem as tribos de Israel (Nm 2), pois o nosso Deus é um Deus de ordem (1 Co 14.40). De acordo com 1 Coríntios 12.28, há uma hierarquização dos dons e ministérios — estabelecida por Deus, é evidente. Ela existe, não para que um portador de certo dom e ministério se considere superior aos outros, e sim para que haja ordem na casa do Senhor. Deus pôs na igreja “primeiramente apóstolos” (1 Co 12.28; Ef 4.11). Existem apóstolos hoje? Sim! Mas é claro que há também pseudo-apóstolos, que propagam muitas “apostolices”. Quem são os apóstolos do Senhor, então? São homens de Deus, enviados por Ele, com grande autoridade, e não autoritarismo. Eles formam a liderança maior da igreja, independentemente dos títulos empregados pelas denominações (pastores-presidentes, bispos, reverendos, pastores, presbíteros, etc.). É importante não confundir títulos com ministérios e dons. Estes vêm do Espírito Santo, enquanto os títulos são recebidos dos homens. Na Assembleia de Deus, por exemplo, não existe o título de apóstolo. Mas isso não significa que não exista o ministério apostólico. Este, segundo a Bíblia, perdurará “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). O texto de 1 Coríntios 12.28 afirma, ainda, que Deus pôs na igreja “em segundo lugar, profetas”, 402 403 mencionados — na mesma posição, depois dos apóstolos — em Efésios 4.11. Não confunda esses profetas com os crentes que falam em profecia nos cultos, também chamados de profetas em 1 Coríntios 14.29. O ministério profético neotestamentário é formado por pregadores (pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de mensagens proféticas. Em seguida, a Palavra do Senhor, em 1 Coríntios 12.28, assevera: “em terceiro, doutores”. Veja como essa hierarquização ocorria na igreja de Antioquia da Síria: “havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1). Nesse caso, os doutores, que atuam juntamente com os profetas, são ensinadores da Palavra de Deus. Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) se intercambiam (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e evangelista certamente fazem parte dos três escalões mencionados em 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos relacionados com a liderança maior da igreja. Finalmente, em 1 Coríntios 12.28, está escrito: “depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. Milagres só vêm depois de apóstolos, profetas e doutores? Isso mesmo. Na hierarquização feita por Deus, o ministério da Palavra é mais prioritário que os milagres, haja vista serem estes o 403 404 efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.17). Observe que João Batista foi considerado por Jesus o maior profeta dentre os nascidos de mulher, mesmo sem ter realizado sinal algum (Jo 10.41). Se não houver hierarquia nas igrejas, para que servirão os cargos e funções? Qualquer pessoa, dizendo-se usada por Deus, poderá mandar no pastor. Aliás, isso estava acontecendo na igreja de Tiatira, e o próprio Senhor Jesus repreendeu o obreiro frouxo que não estava exercendo a liderança que recebera do Senhor (Ap 2.20). Deus é Deus de ordem! O princípio divino da hierarquização aparece em várias outras passagens neotestamentárias. Em 1 Coríntios 14.26, vemos que, no culto coletivo a Deus, deve haver ordem. Quanto à ressurreição, está escrito: “Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.23). E, no Arrebatamento, tal princípio também será aplicado: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens” (1 Ts 4.17). Em 1 Tessalonicenses 5.23, vemos que Deus prioriza o espírito, na santificação. Muitos pregadores têm dito: “Deus nos quer por inteiro: corpo, alma e espírito”. Mas a Bíblia afirma: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa ordem mostra 404 405 que a obra santificadora do Espírito Santo ocorre de dentro para fora, e não de fora para dentro. O apóstolo Paulo também parabenizou os crentes da cidade de Colossos porque naquela igreja havia ordem (Cl 2.5). E ordem também significa respeitar a hierarquia! Afinal, os ministérios não são invenção humana. Eles foram dados por Deus para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-15). 6.1 – Autoridade dos Pais Cl 3.20, !Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor?. Deus tem estabelecido os pais como uma das Suas autoridades controladoras na terra. Aos pais Deus delegou tanto o direito a controlar os filhos, como também ser a autoridade necessária para que os pais e os filhos tenham as bênçãos de Deus. Tudo isso se os pais treinarem os filhos a serem controlados pelos pais. Aqueles a quem Deus coloca na posição de ser os pais, respondam diretamente a Deus. Os pais, ou os responsáveis pelos filhos, respondam a Deus se controlaram ou não os filhos. A autoridade que Deus dá aos pais é o tipo que faz que eles tenham o direito a colocarem as suas vontades 405 406 sobre a vontade de seus filhos e mandá-los a seguirem a sua liderança. Os pais também têm o direito de Deus de administrar justiça tanto para punir a desobediência quanto abençoar o comportamento correto. Os filhos devem obedecer tanto pai quanto mãe. A palavra obedecer, como usada em Cl. 3.20, é um mandamento e significa !ouvir e obedecer, conformar-se à autoridade." Em outras palavras, essa passagem instrui que os filhos devem fazer o que os pais os dizem. Isso significa que a palavra dos pais é lei. Quando o filho é desobediente à palavra dos pais, ele quebra tanto a lei de Deus quanto a lei dos pais. Esse mandamento não é complexo. Dita que os filhos devem fazer o que os pais instruem. Mesmo que este mandamento é endereçado aos filhos, os pais, por ter a autoridade, respondem a Deus pelo seu cumprimento pelos filhos enquanto os filhos estejam na sua responsabilidade (I Sm 3.11-14). Deus sempre responsabiliza aqueles em autoridade pelas ações daqueles que estão sob a sua autoridade. Os pais são responsáveis a Deus pela a obediência dos seus filhos. Um paralelo a este princípio é que Deus manda o homem de não matar, mas Ele tem dado ao governo a responsabilidade e autoridade a administrar a pena da morte. O governo é responsável pelos seus cidadãos nesse caso. Na mesma maneira, Deus tem dado aos pais o poder de forçar a obediência dos filhos em tudo ! vestimenta, alimentação, escolaridade, amizades, uso do tempo, adoração, comportamento, etc. 406 407 A autoridade dos pais abrange muito mais do que qualquer outra instituição que Deus tem estabelecido. Os pais têm o direito de forçar obediência dos seus filhos em tudo. Os sujeitos de outras instituições devem submeter as suas autoridades. Mas o filho é mandado a obedecer a seus pais. A diferença entre submeter e obedecer é que a submissão envolve a atitude de aceitação voluntária de autoridade, mas a obediência é para ser exercitada para com a autoridade se querendo ou não. São os pais que têm o direito de controlar seus filhos. Nenhuma outra instituição ou pessoa tem tantos direitos sobre os filhos quanto têm os pais. A sociedade, a escola, os vizinhos, ou qualquer outra instituição não têm tanta autoridade sobre os filhos quanto têm os pais. A autoridade que os pais têm sobre os seus filhos é responsável ao governo só nos casos de incesto, mal-trato, e homicídio. Os pais são responsáveis diretamente a Deus se não cumprem a responsabilidade das suas autoridades constituída por Deus. A Palavra de Deus não sanciona !direitos para as crianças?. Os filhos têm somente o direito de Deus a serem criados pelos seus pais sem a intervenção de qualquer outra instituição. Deus honra o valor de autoridade dos pais tanto que na Lei de Moisés Ele instituiu Seus princípios nas leis para o governo proteger a autoridade dos pais para com os seus filhos. Em vez do governo se substituindo pela responsabilidade dos pais pelos filhos, biblicamente o governo deve sustentar a posição dos pais. Os filhos não 407 408 devem ser permitidos a rebelar contra os pais ! Mt. 15.4; Ex. 21.15, 17; Dt. 27.16; Pv. 30.17. Três princípios são revelados nesses versículos: 1. Tanto o pai quanto a mãe são considerados iguais como pais. 2. Deus não tolerará o desrespeito aberto dos filhos para com a sua responsabilidade para com os pais. A pena da morte devia ser administrada a qualquer que tem o hábito de desrespeitar, bater ou amaldiçoar seus pais. É claro que os pais não têm o direito de aplicar a pena da morte, pois a instituição do governo tem esta autoridade somente. Porém os pais pela Lei foram obrigados a testificar publicamente contra tal filho ! Dt. 21.18-21. Como se pode ver, Deus é sério quando mando que os filhos devam ser obedientes aos pais. Estes versículos foram dados a Israel como nação, mas o princípio, ensinado às igrejas no Novo Testamento, está para nós hoje. Deus não tolera filhos desrespeitosos ou desobedientes. 3. Se um filho desobediente escapa da pena da morte pela falha dos pais ou do governo, Deus julgará tanto o filho quanto o pai e a nação por tal desobediência ! I Sm. 3.13; 4.10-18; Pv. 30.11-17. A promessa de benção para os filhos ! Ef. 6.2,3; Ex. 20.12. A promessa de longa vida significava muitas bênçãos naqueles dias que Deus deu estas palavras ao homem. !Dias prolongados? significava nenhuma morte 408 409 pela guerra, doença, fome, ou por animal selvagem. Ter "dias prolongados" era uma promessa de uma morte natural. Também foi uma promessa de prosperidade física, pois longos dias dariam mais tempo para acumular riquezas em gado, terra, e filhos. O filho que honra o seu pai e a sua mãe seria protegido na sua vida adulta pela promessa de Deus. Podemos entender que os pais que amarem seus filhos verdadeiramente desejarão o melhor para eles e exigirão obediência dos filhos. Estes pais farão tudo para que os seus filhos lhes honrem, para que tenham as bênçãos prometidas por Deus. Deus julgará cada filho numa maneira que é consistente com Seu caráter. É verdade que existem indivíduos maus que acabam sendo pais com autoridade sobre os seus filhos na mesma medida que existem lideres maus no governo. Tais pais que usem mal a sua autoridade responderão ao julgamento direto de Deus. Quando observamos um filho receber mau tratos dos seus pais, devemos lembrar que Deus ainda está em controle e foi Ele que colocou tal filho em tal lar para Seus próprios desígnios. Deus controla cada vida e o Seu plano eterno inclui a falta de justiça neste mundo. Pode ser que o filho que é maltratado pelos seus pais necessite tais pressões para aprender a submeter a sua vontade a Deus. Talvez Deus esteja preparando tal filho para O glorificar melhor pelo sofrimento como Ele fez no caso de Jó. Nós vemos um filho inocente enquanto Deus vê uma alma pelo qual Ele 409 410 interessa. Deus não erra, portanto devemos deixar Ele a cuidar dos pais rebeldes. Como uma autoridade humana, você, como pai ou como mãe vai errar mesmo que deseje a fazer tudo correto. Uma autoridade não tem que ser perfeito para poder exercer a sua posição. Obediência e respeito pela autoridade podem ser aprendidos daquilo que aparenta a ser injusto ou incompetente. Pais, vocês são a autoridade maior sobre seus filhos. Não permitem a sua fraqueza como homem a impedir-lhe de cumprir as suas responsabilidades. Deus sabia que vocês eram imperfeitos quando Ele lhe deu o filho. Os filhos precisam o exemplo de autoridade sobre eles. Se os pais não dão à liderança necessária, os filhos a acharão em outro lugar ou em outra pessoa. Os filhos precisem desesperadamente um líder a qual possam seguir e a quem podem dar sua admiração. Deus criou os filhos na maneira que eles necessitam e respondem à autoridade dos pais. Portanto acharão um substituto se os pais não preenchem a sua posição (astros do esporte, estrelas do cinema, líder de um clube, etc.). Contrário ao ensino de psicologia, seu filho necessita um pai que é líder não um colega. Os pais têm o lugar de autoridade e portanto não podem ser o amigão mas o líder o qual o filho deve respeitar e ser obediente. Se os pais mostram bem a sua autoridade enquanto o filho está em fase de desenvolvimento (faixa etária de 0-13 anos de 410 411 idade), depois terá uma vida de amizade entre eles e o filho adulto. Os pais são os símbolos representativos da autoridade de Deus. A maneira que os pais exercitem sua autoridade determina em muito a maneira que os filhos pensem sobre Deus. Como pai você tem a oportunidade de moldar as opiniões dos filhos sobre Deus, o governo, e até como comportar-se quando casado. O filho que é exigido a obedecer a seus pais respeitará a sua autoridade e será preparado a submeter-se às outras autoridades que existem, incluindo a própria Palavra de Deus ! Pv 23.13, 14. 6.2 – Autoridade da Justiça (Civis) Sua dúvida está relacionada a como um cristão deve proceder quando for injustiçado, como em casos de cobrança indevida de uma conta, mover uma ação contra alguém que o feriu ou lhe causou prejuízo e coisas semelhantes. Como o cristão deveria agir em situações assim? Minha opinião é que, se existe uma justiça humana que foi instituída por Deus, o cristão não peca se buscar o reparo ou compensação. Deus deu ao homem o governo para julgar e condenar quando fosse o caso, e isso nunca foi revogado. No início Deus já havia dado a Adão o 411 412 privilégio de nomear os animais e administrar a Criação de Deus. Depois do dilúvio Deus deu a Noé a autoridade de administrar, julgar e punir seus semelhantes. Gên 9:6 "Quem derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque Deus fez o homem à sua imagem". Essa autoridade delegada ao homem, que inclui a pena capital, nunca foi revogada. Em Romanos 13 (veja mais abaixo) diz que a autoridade humana é ministro de Deus para o nosso bem, e que não é em vão que traz a espada. Ou seja, a autoridade tem o poder de punir, inclusive com pena de morte quando necessário. Em que pese toda a celeuma em torno da pena de morte, não devemos nos esquecer de que foi Deus quem a decretou e esse decreto nunca foi revogado. (Falo mais sobre a pena de morte neste link). Rom 13:1-7 "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o 412 413 mal. Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra". "Mas a nossa pátria está nos céus", diz em Filipenses 3:20. Será que isto quer dizer que devo me separar totalmente deste mundo como fazem os monges católicos ou algumas comunidades rurais protestantes? O cristão deve sim viver separado do mundo no sentido moral, pois lhe é impossível sair do mundo. Como disse alguém, "o problema não é o barco estar no mar, o problema é o mar estar no barco". Se prestar atenção, verá que todas as atividades dos cristãos no Novo Testamento acontecem em cidades, não na zona rural. Até mesmo as diferentes assembléias eram identificadas pelo nome das cidades onde estavam. A posição do cristão no mundo pode ser entendida quando vemos o que Deus ordenou aos judeus que foram exilados na Babilônia, um terreno inimigo. Eles deviam viver normalmente ali e inclusive orar pela paz da cidade de Babilônia, e não criar algum tipo de movimento terrorista ou de desobediência civil. 413 414 Jer 29:4-7 "Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, que eu fiz levar cativos de Jerusalém para Babilônia: Edificai casas e habitai-as; plantai jardins, e comei o seu fruto... E procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados". Mas, voltando à questão do crente, se deve ou não buscar reparação na justiça humana, creio que se o fizer não estará pecando. Por exemplo, se o governo hoje convida os que tinham dinheiro na poupança em um dos planos passados para entrarem com uma ação contra o governo para receber a diferença, é porque não existe nada de errado contra isso. Então um cristão poderá também buscar seus direitos. Porém, apelar para a justiça dos homens é facultativo ao cristão. Ou seja, se tenho algo contra alguém e até o direito de receber uma indenização, mas sei que isso irá prejudicar essa pessoa, eu posso perdoá-la e abrir mão de meus direitos. Resumindo, se você apelar para a justiça dos homens, você não peca e estará agindo amparado pelas próprias autoridades que Deus instituiu para que existisse ordem neste mundo. Mas perdoar e deixar pra lá é também uma opção que o cristão tem, por saber que Deus está no controle de tudo. Sempre me lembro de um caso que li, de uma enfermeira que trabalhava em um hospital muitas horas a mais do que deveria e sem receber por essas horas extras. Alguém que viu a injustiça que a empresa estava cometendo 414 415 contra ela, comentou indignado: "Você não pode deixar isso acontecer! Até Deus está vendo que é uma injustiça o que estão fazendo". A enfermeira respondeu: "Pois é, Deus está vendo". 6.2.1 - Podemos ir à Justiça contra um Irmão na Fé? Em 1 Coríntios 6:1-8 definitivamente instrui os crentes a não irem ao tribunal um contra o outro. Demonstrar que os cristãos não são capazes de perdoar uns aos outros e reconciliar suas próprias diferenças é demonstrar derrota espiritual. Por que alguém iria se tornar cristão se os cristãos também têm tantos problemas e não são capazes de resolvê-los? No entanto, há algumas circunstâncias em que uma ação judicial pode ser o caminho apropriado. Se o padrão bíblico para reconciliação foi seguido (Mateus 18:15-17) e a parte ofensiva continua em erro, em alguns casos, entrar com uma ação judicial pode ser a atitude apropriada. Isto somente deve ser feito após muita oração pedindo sabedoria (Tiago 1:5) e consultas com líderes espirituais. E em 1 Coríntios 6:4 diz: “Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja”. Todo o contexto de 1 Coríntios 6:1-6 está lidando com disputas na igreja, mas Paulo menciona o sistema judicial quando ele fala de julgamentos concernentes às coisas desta vida. Paulo quer dizer que o tribunal existe para julgar problemas relacionados com coisas desta vida e com 415 416 aqueles que não fazem parte da igreja. Paulo está dizendo que os problemas da igreja não devem ser levados ao tribunal, mas devem ser julgados dentro da própria igreja. Já em Atos capítulo 21, a partir do versículo 26, fala de Paulo sendo preso e acusado erroneamente de algo que ele não fez. Os romanos então o pegaram e no capítulo 22, a partir do versículo 24, nós lemos: “Ordenou o comandante que Paulo fosse recolhido à fortaleza e que, sob açoite, fosse interrogado para saber por que motivo assim clamavam contra ele. Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” Paulo usou a lei romana e a sua cidadania para proteger a si mesmo. Não há nada errado em usar o sistema judicial enquanto isso for feito com um motivo correto e um coração puro. E em 1 Coríntios 6:7 declara: “O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?”. A preocupação de Paulo aqui é com o testemunho do crente. Seria muito melhor se tirassem vantagem de nós, ou mesmo abusassem de nós, do que afastar mais ainda uma pessoa de Cristo ao levá-la para o tribunal. O que é mais importante, uma batalha legal, ou a batalha pela alma eterna da pessoa? Em suma, os cristãos devem levar uns aos outros para o tribunal por causa de assuntos da igreja? 416 417 Absolutamente não! Os cristãos devem levar uns aos outros para o tribunal por causas civis? Se puder ser evitado de qualquer maneira, não. Os cristãos devem levar nãocristãos para o tribunal por causas civis? Mais uma vez, se puder ser evitado, não. No entanto, em alguns casos, como a proteção dos seus próprios direitos (como no exemplo do apóstolo Paulo), pode ser apropriado buscar defesa legal. 6.3 – Das autoridades eclesiásticas O cristão deve viver sujeito às autoridades instituídas por Deus. Se não existissem as autoridades a sociedade seria uma anarquia, com cada um fazendo aquilo que bem entender. Para que as coisas funcionem precisamos de presidentes, comandantes, governadores, prefeitos, pais, professores etc. 1Pe 2:13-14 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. Ef 6:1 Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Ef 6:5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, 417 418 E na igreja, quem é autoridade? Existe apenas uma autoridade na igreja, e é a Cabeça do corpo de Cristo, ou seja, o próprio Senhor Jesus. Ele e somente ele é autoridade, mais ninguém. Mas o que dizer da obediência aos "guias" ou "pastores" citados em Hebreus 13? Heb 13:17 Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. Nesta passagem a palavra "guias" é às vezes traduzida como "pastores" ou "líderes", mas em nenhuma circunstância ela está se referindo a um homem. É sempre plural: "guias" ou "pastores" ou "líderes", no sentido daqueles que velam ou cuidam do rebanho de Deus. Esses são irmãos que no início da igreja eram especialmente designados pelos apóstolos e eram chamados de "bispos", "anciãos" ou "presbíteros", também dependendo da tradução e da versão da Bíblia utilizada. Não se tratava de um dom, como era o caso dos "evangelistas, pastores e doutores" de Ef 4:11, pois os dons desta passagem são universais e não locais, como era a função dos "presbíteros" ou "anciãos". Hoje, quando já não temos apóstolos para elegerem ou mandarem alguém eleger (como Paulo fez com Tito em Tt 1:5), continuamos tendo irmãos responsáveis atuando na função de zeladores do rebanho, os quais são 418 419 reconhecidos pelos irmãos, porém não ordenados, já que não existe na Palavra indicação para isso. Porém esses não atuam com base em seus próprios caprichos, e sim na instrução dada pelo apóstolo Paulo aos anciãos de Éfeso, quando já previa sua partida. É proveitoso ler a passagem inteira, principalmente para nossos dias quando há tantos homens se gabando de ser alguma coisa no rebanho de Deus: "E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram junto dele, disselhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas... Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados. De ninguém cobicei a prata, 419 420 nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." At 20:1738 Alguns pontos são importantes a serem destacados: 1. Paulo lhes faz lembrar de seu comportamento exemplar; 2. Ele anunciou a eles tudo o que era útil e de acordo com a verdade de Deus; 3. Os bispos ou anciãos haviam sido constituídos pelo Espírito, e não por juntas de homens; 4. Depois de sua morte entrariam lobos (incrédulos) no rebanho para destruir; 5. De dentro do próprio rebanho homens se levantariam falando coisas distorcidas para atrair discípulos; 6. A segurança contra isso só poderia ser encontrada em Deus e em sua Palavra; 7. Paulo não cobiçava prata, ouro ou vestuário, mas trabalhava com as próprias mãos para ganhar seu sustento, pois "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". Portanto temos aqui uma indicação para um tempo depois da partida dos apóstolos, quando os guias ou anciãos não poderiam mais ser eleitos pelos apóstolos ou indicação direta deles. Continuaria valendo o fato de o Espírito Santo levantar homens com responsabilidades entre 420 421 os irmãos, podendo ser reconhecidos por eles, mas não indicados, eleitos ou nomeados, e muito menos levarem um título antes do nome. Os irmãos deveriam respeitá-los e se submeter a eles (nunca "a ele" no singular) para que existisse ordem na assembleia local, que seria o limite da esfera de ação desses irmãos. Mas mesmo esses irmãos não teriam, de si mesmos, autoridade para agir, porém seriam apenas vigias ou zeladores, por assim dizer, da ordem entre os irmãos. A assembleia, como um todo, esta sim, teria autoridade para tomar decisões, porém tal autoridade não seria dela. De quem seria então? Quando olhamos o modo de funcionamento de qualquer denominação religiosa, encontramos uma hierarquia de comando, geralmente formada por um presidente da organização em nível mundial, e aí os cargos vêm descendo como se fosse uma pirâmide, até chegar ao pastor local, um homem que fica na direção da congregação. Embora essa estrutura possa variar, ela não é muito diferente do que vemos numa empresa, mas não é o que encontramos na Palavra de Deus. Primeiro porque na Palavra de Deus não temos um "presidente" humano, mas a própria Cabeça da igreja, que é Cristo. Abaixo dele estão TODOS os membros do seu corpo e todos sujeitos à Cabeça. Mas como operacionalizar isso? Com a presença do Senhor no meio dirigindo todas as coisas por meio do Espírito Santo, e 421 422 delegando sua autoridade à assembleia (os "dois ou três" congregados ao seu nome). Essa presença do Senhor tem vários aspectos, mas vou me concentrar no aspecto da autoridade, que é nosso assunto aqui. Mat 18:18-20 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. Por estarem os dois ou três reunidos EM NOME do Senhor, Ele delega sua autoridade governamental ou administrativa para aquela assembleia agir em seu nome. Por isso os céus reconhecem o que é ligado por aqueles agindo assim revestidos dessa autoridade. Por isso o pecado pode ser julgado e extirpado do lugar onde é expressada comunhão, que é à mesa do Senhor. Se não existir autoridade, cada um faz o que quer e não funciona, pois quem ousaria assumir o papel de "chefe" em algo que pertence a Deus? Quando nossos filhos eram pequenos, costumávamos exortá-los à obediência do Senhor, dizendo coisas do tipo "o Senhor não gosta que você faça isso", "o Senhor ficou triste com seu modo de agir" etc. E quando precisavam de disciplina, avisávamos que seriam 422 423 disciplinados porque desobedeceram, não ao papai ou à mamãe, mas ao Senhor. Fazíamos assim para que eles mantivessem obediência ao Senhor mesmo que um dia seus pais viessem a falhar e a cair em contradição. Eu e minha esposa éramos pessoas falhas que receberam de Deus a autoridade paterna e materna para agirmos em nome dEle na educação de nossos filhos, do mesmo modo como um policial recebe do Estado autoridade para agir em sua esfera de ação. Efs_6:4 E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação DO SENHOR. Assim é a assembleia e assim é que o Senhor está no meio dela agindo por delegação de poderes e autoridade. Quando um representante do Presidente de um país participa de uma reunião em algum lugar ele tem autoridade delegada pelo Presidente para falar e agir no lugar do Presidente. Em outras palavras, é como se o Presidente estivesse ali no meio daquela reunião decidindo as coisas. O que o representante do Presidente decidir será endossado pelo próprio Presidente, porque foi ele quem autorizou seu representante a agir em seu lugar. Em outras palavras, o que o representante "ligar" ou "desligar" em termos de decisões numa reunião local, o Presidente irá "ligar" e "desligar" na sede do governo, no sentido de reconhecer que aquela pessoa está agindo com 423 424 sua autoridade delegada. Até mesmo quando essa pessoa "ligar" ou "desligar" de forma errada, o Presidente irá endossar sua decisão, mesmo que venha a corrigir a decisão mais tarde, pois autoridade delegada não significa necessariamente infalibilidade. Você pode ser multado injustamente pelo guarda de trânsito, mas a polícia irá endossar a decisão dele até que seja provada injusta, e então corrigi-la. Voltando agora à assembleia e ao Senhor em seu meio, creio que você já entendeu o que é ter o Senhor no meio dos que tomam decisões em nome dele e com a autoridade que ele delegou. Sua presença e autoridade ali faz toda a diferença, e a assembleia não age de moto próprio ou com sua própria autoridade, mas com a autoridade que lhe foi delegada. Se não fosse assim, que direito teriam aqueles de 1 Coríntios 5 de expulsarem de seu meio um malfeitor? Seria muita pretensão tomarem tal decisão, já que todos poderiam também ter alguma falha, mesmo que não fosse tão grave quanto à do homem imoral. O que lhes dava autoridade para decidir quem devia sair da comunhão e quem devia ficar? O Senhor no meio daqueles que estavam tomando decisões em seu nome. Em Mateus 18:18-20 o Senhor garantiu isso à assembleia (não a um homem ou colegiado de homens, mas à assembleia local). Tire Mateus 18 de vista e será preciso eleger um "pastor" como fazem as denominações a fim de manter a 424 425 ordem. Porém aí não será a autoridade do Senhor sendo exercida por "dois ou três reunidos" ao seu nome, mas a autoridade do homem que está à frente daquelas pessoas. Tire a autoridade do Senhor de um grupo de cristãos reunidos e não será possível julgar o mal. É por isso que em muitas denominações cristãs você encontra pessoas sabidamente levando uma vida de pecados, misturadas na comunhão com irmãos sinceros sem que ninguém tome qualquer atitude. Como a autoridade ali é do "pastor", fica a critério dele decidir quem fica e quem sai, num estilo muito parecido ao de Diótrefes na assembleia descrita por João em sua terceira epístola: 3Jo 1:9-10 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. Quando existe um homem exercendo o "primado", já não é a autoridade do Senhor dada à assembleia que tem a palavra final, mas sim os caprichos desse "primaz" (curiosamente alguns líderes religiosos adotaram esse mesmo termo para si mesmos!!). Naquele tempo ainda havia apóstolos como João, que podiam ir lá e, por assim dizer, colocar a casa em ordem. Hoje a casa está em completa desordem, principalmente porque tiraram o lugar que era devido ao Senhor e o entregaram a homens. 425 426 O que fazer num estado de tamanha ruína? Evitar julgar quem é do Senhor ou não, mas simplesmente apartarse do mal e da iniquidade. Mas não só isso. É preciso apartar-se também dos vasos existentes nessa grande casa, porém isso não para ficar só, e sim para seguir com aqueles que já se purificaram dessas coisas para reconhecerem a Pessoa a autoridade do Senhor em seu meio. Em 2Tm 2:19-22 "Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas [dos vasos], será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro [purificado destas coisas], invocam o Senhor". Em Heb 13:13-15 "Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério... Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome". 6.4 – Da Autoridade Espiritual 426 427 A autoridade que prevalece na Igreja onde dois ou três estão reunidos ao nome do Senhor não é humana no sentido de liderança de homens, mas é uma autoridade delegada, como aquela que tem um policial. Aliás toda autoridade humana é também delegada, porque por um lado é a sociedade quem delega poderes às autoridades, e por outro lado é Deus quem estabelece autoridades. O Senhor prometeu que onde dois ou três estivessem reunidos para o Seu nome Ele estaria no meio, e que se dois ou três concordassem na terra a respeito de algo aquilo seria estabelecido no céu. Portanto é essa a autoridade que deve existir na igreja, aquela que é a autoridade do Senhor delegada aos homens. Mas 1Tm 3.4-5, Paulo não diz que o candidato a presbítero (no singular) governe bem a sua casa, mostrando que deve governar bem a casa de Deus? A casa é a esfera do governo, diferente de igreja no sentido do corpo que é a esfera do exercício dos dons. A casa de Deus de 1a. Timóteo é a "grande casa" de 2a. Timóteo, onde há todo tipo de vaso. Sim, cabe aos presbíteros (no plural) o governo com a autoridade que o Senhor lhes delega. No versículo que citou ele está falando da qualificação "do presbítero" e está no singular por se tratar da pessoa que irá exercer esse encargo. 427 428 Nas outras passagens, quando fala da relação da assembléia com os presbíteros a palavra aparece no plural. O governo é claramente no sentido de cuidado administrativo (pastoral) e doutrinal, não de liderança das reuniões. Aparece também como "anciãos", mostrando sim que é um papel parecido com o do pai de família, um papel administrativo. Em Tt 1.5-6, Paulo não ordena que Tito estabeleça presbíteros de cidade em cidade? É aqui que a coisa toda fica mais clara. A ordem foi dada diretamente pelo apóstolo a Tito, portanto foi uma ordem pessoal. Aquela foi uma missão dada a Tito, o que parece indicar que os apóstolos faziam essa indicação ou delegavam a tarefa a alguém. E ainda que fosse uma prática mais comum entre os santos, o ponto importante aqui é este: "de cidade em cidade". Os presbíteros tinham uma atuação "municipal", por assim dizer, porque as assembléias dos santos eram identificadas por cidades ou regiões geográficas, nunca por diferentes nomes. Portanto não existe qualquer autoridade hoje para "designar presbíteros de denominação em denominação". Você seria capaz de citar os nomes dos presbíteros de sua cidade? Creio que é impossível. Seria capaz de designar presbíteros para sua cidade? Idem. A solução está no discurso de despedida de Paulo em Atos 20:17 ao final. Ele convoca os anciãos da igreja de Éfeso (não uma 428 429 denominação, obviamente), e aponta de onde vinha a designação deles como anciãos ou presbíteros: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que O ESPÍRITO SANTO VOS CONSTITUIU BISPOS, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." Sendo assim, embora hoje não seja mais possível designar bispos de cidade em cidade, o Espírito Santo não deixa de fazê-lo para que cuidem do povo de Deus. Podem não ser designados, mas podem ser reconhecidos como tais pelos santos que identificam seu trabalho como uma prova dessa "designação" do Espírito Santo. Seria muita pretensão um grupo de cristãos de uma cidade eleger bispos como se eles fossem a única igreja verdadeira naquela cidade, desprezando todos os outros salvos que não se congregam com eles. Mas, se porventura existir entre eles alguns irmãos que espontaneamente fazem esse trabalho eles podem procurar detectar neles esse papel, muito embora não recebam um título ou tenham carteira assinada para tal. Lembre-se de que o testemunho da igreja está hoje em ruínas e é nesse estado de humilhação que devemos agir. Em 1Pe 5.1-3, o apóstolo, ao referir-se ao presbítero como aquele que deve apascentar o rebanho de Deus, não o distingue das ovelhas, implicando aí numa proeminência do presbítero sobre o rebanho? 429 430 Não no sentido que você está acostumado a enxergar nas denominações, e que atinge seu ápice no clero católico romano. "Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também". Jo 13 "Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas NÃO SEREIS VÓS ASSIM; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve". Lc 22 "cada um considere os outros superiores a si mesmo". Fp 2:3 Em Hb 13.17 nos ordena: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas”. Não há aí um princípio bíblico claríssimo de autoridade? Sim, dentro das premissas que indiquei: 1) A autoridade é delegada (do Senhor); 430 431 2) São mais de um esses pastores (aqui a palavra não fala no sentido do dom); 3) Não há como indicá-los hoje, apenas reconhecê-los; 4) Não são reis, mas servos do rebanho. Em 1Co 12.4-6, Paulo afirma que há diversidade de dons, ministérios e operações, concluindo no verso 28: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores”. Se nem todos têm os mesmos dons, e são chamados para os mesmos ministérios e para operarem a mesma obra, como uma igreja pode ser dirigida por todos ao mesmo tempo, como se todos possuíssem o mesmo dom, ministério e operação? Confirmado também por Efésios 4.11. O assunto aqui é outro, completamente diferente. Presbíteros (anciãos) e diáconos são ofícios locais, da assembléia dos santos em determinada cidade. São ofícios geograficamente limitados. Pastores, mestres e evangelistas são dons, não "designados" como eram os presbíteros e diáconos, mas colocados por Deus para exercer os dons que o Senhor lhes deu depois de ressuscitar e subir aos céus. Em Efésios fala de dons, não de ofícios, e esses dons não são locais, mas universais. Um pastor é pastor em qualquer lugar onde esteja, o mesmo servindo para o mestre e para o evangelista. É bom lembrar que pastor neste caso não tem nada a ver com o dirigente que encontramos em denominações, mas com a pessoa cujo dom é velar pelas almas, alimentar as ovelhas, curar as feridas, apascentá-las. 431 432 Temo que a carga de "cultura cristã" que recebemos é tão grande que fica até difícil compreender isso, como fica difícil para alguns compreender que "igreja" não é um edifício. Se Pedro nos diz que devemos nos sujeitar a toda autoridade humana (1Pe 2.13), como é que a igreja não terá esse tipo de autoridade? (Sabemos que a autoridade de Deus não se manifesta apenas na Igreja, mas em todo o universo; portanto, tanto crentes como incrédulos estão sob a autoridade de Deus, ainda que esses últimos insistam em, inutilmente, se rebelarem contra Ele). Não entendi essa idéia da autoridade da igreja se manifestar em todo o universo. Não me lembro de ter visto algo assim na Palavra de Deus, a não ser no futuro, quando os salvos reinarão com Cristo a partir dos céus, julgarão os anjos etc. Mas mesmo assim qualquer autoridade que venham a ter não será além daquela que é delegada pelo Senhor. Enquanto esse tempo não chega a autoridade que o Senhor deu a dois ou três reunidos ao Seu nome limita-se à ordem na casa de Deus. Paulo ao referir-se a Tiago, Pedro e João, não os chamou de colunas (Gl 2.9)? Mas colunas de quê? Não são colunas da igreja? E isso não os torna líderes? "Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós 432 433 fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão". Sim, eles eram reconhecidos como colunas porque eram apóstolos. Apóstolo é outra coisa, é também chamado de alicerce ou fundamento em Efésios, juntamente com os profetas do Novo Testamento: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor". Ef 2 Agora não há mais pedras do alicerce, de sustentação das paredes, apenas as próprias pedras das paredes, como nós. Em http://www.bibliaonline.com.br não encontrei alguma menção a colunas aplicada a anciãos, embora a gente possa também considerá-los como esteios ou aqueles que ajudam a manter a casa firme. Isso, porém, não invalida as 4 premissas que indiquei. 433 434 VII O CRENTE COMO CIDADÃO Os cristãos estão no mundo, mas não devem ser do mundo (Jo 15.17). Os cristãos vivem no mundo como peregrinos, considerando-se cidadãos do céu (Fp 3.20). Entretanto, os cristãos também têm responsabilidades como cidadãos dos países da terra. O homem tem responsabilidade para com o governo, no campo civil e para com Deus, no campo espiritual. Normalmente, é possível dar tanto a Deus como ao governo o que lhes é devido. O cristão leva os princípios cristãos para cada relacionamento da sua vida (1 Co 7.17-24). O melhor cidadão deve ser o crente. Paulo deu uma explicação do papel do governo no plano de Deus (Rm 13.1-7), mostrando que as autoridades superiores são estabelecidas por Deus. Deus é o rei e o soberano sobre as nações (Sl 47; Dn 2.20,21; 4.25, 26; Jo 19.11; Jr 18.5-10). Deus estabeleceu autoridade em muitas áreas da sociedade. Na família, por exemplo, Deus estabeleceu o esposo e o pai como autoridades. Do mesmo modo, Deus constituiu o governo civil como a autoridade da nação, para servir como seu ministro para o bem: para louvar o que é direito e para vingar o mal. Princípios de 434 435 justiça e direito são o alicerce do governo do universo, por Deus, e foram planejados por Deus para serem, do mesmo modo, o alicerce dos princípios do governo civil (Sl 89.1415; Jr 22.1-5; Pv 14.34). O governo é instrumento de Deus para punir o mal. Deus proibiu os indivíduos de vingar o mal pessoalmente (Rm 12.17-21), pois Ele é o vingador e um dos meios que Deus usa para punir o mal é o governo civil (1 Pe 2.13-17). Deus autoriza o governo a usar a espada, para punir (Rm 13.4). Isto está de acordo com um princípio básico de justiça e direito revelado por Deus, muito no começo da história humana (Gn 9.6). 7.1 - O cristão tem certas responsabilidades em relação ao governo: 7.1.1 - O cristão deve orar pelos funcionários do governo (1 Tm 2.1-4; Ed 6.10; Sl 72.1; Jr 29.7). 7.1.2 - O cristão deve pagar os impostos (Mt 22.21; 17.27); Rm 13.6-7). É errado o cristão deixar de pagar os impostos que ele legalmente deve. Deus espera que o cristão aja com honestidade e integridade em todas as áreas da vida. Jesus pagou imposto (Mt 17.24-27). Para os sonegadores, as alternativas são: suborno ou propina (Pv 17.23; Ex 23.8; Dt 16.19; 10.17; Sl 15.5), práticas condenadas pelo Senhor. 435 436 7.1.3 - O cristão deve obedecer o governo e suas leis (1 Pe 2.13; Rm 13.1-2, 5; Ec 8.2-5). De fato, Deus espera que o cristão respeite e se submeta à autoridade de todas as formas (Tt 3.1). Uma atitude revolucionária é condenada (Pv 24.21-22). A marca que caracterizou a vida do Senhor foi a obediência. Ele sempre fez a vontade do Pai e quando criança, era sujeito a seus pais (Jo 8.29; Lc 2.51). Jesus nunca organizou greves, manifestações, protestos, greves de fome, nem outras demonstrações de desobediência civil entre os seus seguidores (Foi acusado injustamente – Lc 23.2). Em suas pregações e ensinamentos, vemos justamente o oposto: seus seguidores forma conclamados a submeter-se, não resistir, a maus-tratos e injustiças, a ir além do que lhes era exigido (Lc 23.5-15; Mt 5.39-44). A igreja foi perseguida, mas nunca fez protestos ou rebeliões, ao contrário de seus inimigos (At 23.12; 16.1921; 17.5-8; 18.12-17; 19.23-34,37). Pedro e Paulo, ambos recomendaram enfaticamente a sujeição às autoridades (1 Pe 2.17-21). Em vez de resolver os problemas com seus próprios recursos, vemos os cristãos primitivos orando quando lhes sobrevinha alguma dificuldade (At 4.23-31; 12.5). A forma de a igreja resolver seus problemas não é com abaixo-assinados, rebeliões, protestos, mas através da oração. Pedro recomenda que se faça o bem se busque a paz, vivendo em santidade e mansidão (1Pe 3.8-17; 4.15-19; 2 Pe 3.11-14). O escritor aos Hebreus conclama à submissão aos líderes estabelecidos por Deus (Hb 13.1-7). 436 437 7.1.4 - O cristão deve honrar o governo (Rm 13.7; 1 Pe 2.17). Tem que ser cuidadoso para não difamar as autoridades (Ex 22.28; Ec 10.20; 2 Pe 2.10; At 23.4,5; Jd 810). 7.2 - QUANDO NÃO DEVEMOS OBEDECER ÀS AUTORIDADES: 7.2.1 – quando Quiserem Suplantar a Autoridade Divina O cristão tem que obedecer a Deus antes que ao homem (At 5.29). O cristão não pode nunca permitir que qualquer autoridade, de qualquer tipo, suplante a autoridade de Cristo. O próprio Jesus nos disse que não podemos servir a dois senhores (Mt 6.24) e, por isso, entendemos que nossa cidadania terrena deve estar submetida à cidadania celestial. A autoridade de Cristo está acima da autoridade do pai, do esposo, do presbítero da igreja, do chefe no trabalho ou do funcionário do governo. Nunca podemos desculpar a desobediência a Deus baseados em alguma lei ou decisão do governo. Temos que obedecer a Deus antes que ao homem! 7.2.2 – Quando Ferirem Ensino Diretos da Bíblia Exemplo: a Bíblia condena o divórcio (Mt 19.6) e diz que as pessoas que estão casadas segunda vez, estão cometendo adultério (Mt 5.32; Mc 10.11-12; Lc 16.18; Rm 7.2-3). Uma exceção é dada, em caso de infidelidade conjugal (Mt 19.9). 437 438 Freqüentemente, o governo permite o divórcio e novo casamento por outras razões. Não podemos nunca pensar que a permissão do governo, automaticamente, significa a aprovação de Deus. Outros exemplos: liberação do uso de drogas, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, etc. 7.3 – QUATRO MOTIVOS PARA OBEDECER ÀS AUTORIDADES Em Rm 13, Paulo nos dá QUATRO MOTIVOS para obedecer o governo humano: 7.3.1 - O motivo da ira (vs 1-4) O governo é um terror somente aos homens maus e não aos bons. Às vezes é impossível respeitar o homem, mas sempre devemos respeitar o seu cargo. E não esquecer que o evangelho pode penetrar nos homens do governo (Rm16.23; Fp 4.22). Deus fundou somente três instituições neste mundo: o lar (Gn 2), a igreja (Mt 16.18), e o governo humano (Gn 9). Cada um tem sua responsabilidade e não pode fazer o serviço do outro. 7.3.2 - O motivo da consciência (vs 5-7) 438 439 O crente deve sentir o Espírito testificando à sua consciência (Rm 9.1).O crente tem uma boa consciência (1Tm1.5). Infelizmente a pessoa que está sempre desobediente e não aceita o conselho do Espírito Santo pode contaminar sua consciência (Tt 1.15), cauterizar sua consciência (1Tm 4.2), e rejeitar a sua consciência (1Tm 1.19). 7.3.3 - O motivo de amor (vs 8-10) Enquanto o crente vive embaixo da lei do governo humano, ao mesmo tempo vive embaixo de uma lei superior como cidadão do céu: A lei do amor. De fato, amor é o cumprimento da lei (Rm 13.8), porque amor no coração nos habilita a obedecer às exigências da lei (1 Co 16.14; 1 Pe 2.13). Certamente muitas vezes é difícil amar aqueles que rejeitam o evangelho e zombam de nosso testemunho, mas este amor pode vir do Espírito Santo (Rm 5.5) e tocar nos corações deles. O amor nunca falha (1Co 13.8). Pode ganhar mais almas através do amor do que através de discussões. O crente deve ser o melhor possível como cidadão (2 Co 8.21). 7.3.4 - O motivo de devoção ao Senhor (vs 11-14) O vs14 nos dá uma responsabilidade dupla: positivamente, "revesti-vos do Senhor Jesus Cristo" – isto é, faça de Cristo uma parte da sua vida diária; negativamente, "não tenhais cuidado da carne" – isto é, 439 440 evite deliberadamente aquilo que seduza ao pecado. Pensando em Cristo e sua vinda, é nossa responsabilidade viver vidas sóbrias, espirituais, e limpas. Os últimos dias serão dias de iniqüidade (2 Tm 3.117). Ficará mais e mais difícil para o crente dedicado manter o seu testemunho. Governos ficarão mais e mais contrários à Bíblia e a Cristo (2 Tm 3.12; 4.5), mas Deus espera que Seu povo seja luz e sal neste mundo pecaminoso, dando o melhor exemplo de cidadãos. 7.4 – NO USO CONSCIENTE DE SEUS DIREITOS CÍVIS Para podermos comentar à respeito do Direito Civil, temos que começar com o mais sublime dos direitos o Direito à Liberdade, alguns conceitos precisam estar claros, entre os quais o Conceito de Liberdade. Liberdade é o estado no qual se supõe estar livre de limitações ou coação, sempre que se tratar de agir de maneira lícita, de acordo com princípios éticos e legais cristalizados dentro da sociedade. Outro importante conceito é o do Direito, para o qual citamos que o ser humano é eminentemente social e vivendo desta forma, suas atitudes interferem na vida de outros homens. Para que esta interferência tivesse um caráter construtivo, foi necessário criar-se algumas regras 440 441 que preservassem a paz nesse contexto, assim, de forma escrita ou não, algumas normas de comportamento foram formando-se ao longo do tempo, tornando-se hoje um grupo de regras as quais chamamos Direito. Neste aspecto, o direito à liberdade é citado nas mais diversas formas, sempre considerando o indivíduo como parte de um grupo, no qual influi e do qual recebe influência, ou seja, torna-se necessário à vida em sociedade a definição de regras claras, escritas ou não, para um convívio harmonioso entre as pessoas. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e, dotados que são de razão e consciência, devem comportar-se fraternalmente uns com os outros”. Com base nesta afirmação, constante da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 1º, apresentamos alguns tópicos relativos aos Direitos Humanos voltados à liberdade: 7.4.1 - LIBERDADE CIVIL Agir de acordo com as normas que regem o Direito Civil, não ferindo seus artigos e estatutos. Os grupos sociais da atualidade possuem na sua grande maioria um código que legisla sobre o assunto, no caso do Brasil, o Código Civil Brasileiro, escrito na década de 60, mas, algumas sociedades já possuíam seus “códigos” desde 441 442 tempos antigos, como o Código de Hamurabi, da Mesopotâmia, utilizado pelos povos persas desde 2000 aC. Exemplo: As leis que regem o casamento e divórcio. No exemplo citado acima , percebemos que algumas pessoas têm feito uso deste direito, mas em alguns casos não medindo as responsabilidades inerentes ao mesmo, referindo-se à si próprio e à sociedade, ou seja notamos o descaso das pessoas perante ao casamento que pela qual em sua grande maioria não duram muito tempo devido à falta de consistência no relacionamento a dois. Para que isso não ocorra é necessário antes ter consciência do que é um casamento, ou seja fazer um planejamento antes e se certificarem de que estão fazendo a coisa certa. 7.4.2 - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA Consiste em que cada pessoa possa seguir o desígnio da sua consciência, dentro de convicções honestas. É importante salientar, que para exercício desta liberdade, o indivíduo precisa estar pleno de suas responsabilidades, sobre o qual interfere diretamente a formação de sua consciência, sendo esta seu guia, à qual deve procurar sempre a verdade e o bem, tanto pessoal como o bem comum. O processo eleitoral direto e secreto, exemplifica este tópico, no qual os eleitores aprovam um determinado candidato, de acordo com sua consciência. Desde o principio o homem utiliza plenamente o seu direito de liberdade afim de interesses próprio ou seja, 442 443 consiste em fazer com que as pessoas aceitem o seu ponto de vista fazendo com que a liberdade de escolha delas passem a ser a sua. O exemplo citado sobre o processo eleitoral, define que ninguém sabe ainda de sua liberdade, manipulados com palavras que tornam-se menos conscientes na hora de escolher seus governantes porque mudam ou até mesmo agem de forma diferente dos seus ideais . O homem é livre na mente mas não em seus atos. 7.4.3 - LIBERDADE DE ENSINO Toda pessoa tem direito à educação, e esta gratuita; o Estado deve suprir seus cidadãos quanto à esta educação, mas não interferir nos métodos, matérias e assuntos lecionados. A educação deve prover a formação de uma personalidade voltada ao respeito aos direitos humanos, à promoção da paz entre as nações, independentemente de preceitos religiosos e étnicos. Infelizmente, alguns Estados não tem conseguido suprir seus cidadãos dessa qualidade de ensino, cabe à sociedade trabalhar no sentido de alcançar este nível, através de leis que não somente estimulem, mas que permitam haver políticas de ensino que atinjam a sociedade como um todo, dotando-se principalmente de recursos financeiros as áreas encarregadas dessa atividade. A falta de uma política educacional , atesta e completa a total despreocupação com o futuro de milhares de pessoas. A educação pública é um problema sério e o 443 444 resultado desta política é o sucateamento do ensino público, onde está centralizado nas mãos da minoria porque sabem que ela exerce um peso muito mais decisivos do que se imaginava. Os benefícios do aperfeiçoamento por meio da educação são progressivos. Nunca antes se teve provas tão eloquentes a respeito do poder educacional como ferramenta de ascensão social, além de melhorar as chances das pessoas individualmente. A sociedade tem que ter pôr consciência que é um direito e um dever do estado de oferecer um ensino qualificado pois a produtividade aumenta quando a pessoas tem acesso à cultura e também ao lazer. O resultado será um país cada vez mais eficiente e fortalecido. 7.4.4 - LIBERDADE DE IMPRENSA A liberdade de imprensa não pertence às empresas jornalísticas. É um valor democrático da sociedade e pressupõe o direito de informar e de ser informado, com precisão e honestidade. Essa liberdade não autoriza a mentira, a distorção ou a injúria, não endossando a ilação no lugar de apuração, o ouvir dizer ao invés do testemunho, não podendo também omitir fatos e notícias e nem mesmo ser um refúgio da leviandade, nem gazua para o negócio da notícia em prejuízo do interesse da notícia. 444 445 Num episódio conhecido, o da divulgação do vídeo onde mostrava as atitudes arbitrárias de policiais junto à favela Naval, em Diadema-SP, a imprensa trouxe ao conhecimento público, fatos reais que ajudaram a reprimir atos criminosos praticados por pessoas sem condições de trabalhar junto ao público; por outro lado, o noticiário trouxe também prejuízos irreparáveis aos proprietários da Escola Infantil Base, acusados injustamente de abusos sexuais contra crianças, fatos não confirmados, os quais foram largamente explorados pela mídia impressa e falada. Estas ocorrências levam-nos a exigir um comportamento mais ético dos profissionais da área, no tocante à divulgação de fatos somente após efetiva comprovação. A impressa tanto escrita como falada tem um papel fundamental nas vidas das pessoas, são elas de grande utilidade dos fatos ocorridos. Como em toda área de trabalho há profissionais altamente qualificados que merecem atenção e respeito, mas infelizmente há outros que agem de maneira irresponsável a liberdade de impressa. A sociedade está o tempo todo envolvida por propagandas, noticiários e informações que são muitas vezes enganosas e sensacionalistas fazendo com que as pessoas que se tornem vulneráveis a má imprensa. 445 446 O desenvolvimento do pensamento crítico é a melhor maneira de defender-se contra a influência ideológica de uma imprensa banal . 7.4.5 - LIBERDADE DE PENSAMENTO René Descartes disse: “Penso, logo existo”, com esta afirmação, podemos concluir que os pensamentos (ou idéias), são um patrimônio, o qual pode e deve ser compartilhado, desde que traga benefícios àqueles que os recebem. Promover a plena liberdade de anúncio destas ideias é estimular o raciocínio, de forma a utilizar estes conhecimentos da melhor forma possível. Os experimentos científicos tiveram algumas barreiras éticas e ainda as têm, podemos citar as experiências em clonagem e da medicina genética, que muito avançaram mas que não podem ser totalmente divulgadas em determinados lugares. Atualmente, a Internet é um dos maiores exemplos de se exercer a liberdade de pensamento, pois enseja em seu objetivo principal a divulgação de informações, sem qualquer tipo de censura, mesmo que esta seja de caráter autêntico, como a repressão da violência e da pornografia, ambos casos aceitos largamente pelos legisladores ao redor do mundo. O pensamento em si é livre , desde que não fira a cultura da sociedade. 446 447 7.4.6 - LIBERDADE DE RELIGIÃO No mundo, talvez a liberdade mais evocada seja certamente a religiosa, pois nos mais díspares lugares do mundo existe a manifestação de algum credo, o qual dentro de padrões morais e dos bons costumes, que não firam os estatutos legais. Existem ainda lugares onde a manifestação religiosa tornou-se a principal forma de organização, levando à prática de atos contrários aos direitos universais do homem, notadamente as religiões muçulmanas e as das nações indígenas de forma geral. As manifestações relativas à religiosidade atuam não somente com relação ao pensamento, mas também quanto á liberdade de culto e divulgação de suas ideias, comportamento social e administração. O Brasil é um país de cultura cristã desde a sua colonização, entretanto os cultos afro-brasileiros, as religiões orientais e outras manifestações cresceram livremente no número de adeptos e locais de culto. As mais recentes mudanças estão basicamente no crescimento dos cristãos evangélicos frente aos católicos, que em recente pesquisa apontava cerca de 18% da população contra 3% há dez anos atrás. 447 448 A religião é importante para o homem na busca de sua fé, ele necessita dela para superar suas dificuldades naturais e materiais. E com isso existe quem se aproveite e se beneficie da fé do próximo, pessoas que se utilizam do poder da palavra em detrimento daquelas pessoas pouco esclarecidas dizendo coisas que elas desejam ouvir criadas em cima de falsas promessa, falsas curas e imagens, induzindo-as a uma cegueira total. É claro que todos tem livre arbítrio de escolher sua religião assim como toda religião possui um igual direito de ser praticada, desde que aja com boa índole e dedicação ao próximo. 7.4.7 - LIBERDADE DE REUNIÃO O direito de associação assemelha-se diretamente à liberdade de reunião; atualmente têm crescido o número de sociedades que aceitam livremente os ajuntamentos em grupos com motivações semelhantes, cabendo aos membros de cada facção zelar pelo bom uso deste direito, para que não venha a tornar-se oposto ao interesse comum, não infringir as leis ou ainda impedir o livre acesso ou desligamento de seus membros. 448 449 O sistema partidário nacional, está atualmente livre de intervenções com o intuito de censurar ou limitar a sua atuação, como foi na época dos governos militares, quando sufocar as oposições foi o meio encontrado para impedir o acesso destes ao poder. Algumas vezes, esta liberdade é utilizada de forma negativa, criando associações sem um estatuto sério, as quais mais se destinam a promover algumas pessoas e privilegiar outras do que promover o bem comum à maioria. A liberdade de reunião é valida onde todos respeitam os pontos de vista , pois através dessa liberdade surgirão ideias e teses que serão usadas em prol de um todo. 7.4.8 - LIBERDADES INDIVIDUAIS As liberdades individuais atuam no campo pessoal de cada indivíduo, quanto à vida profissional, emprego de suas aptidões sem ser impedido de exprimi-las através do trabalho, independente de qualquer autorização por parte do governo ou classe dominante, considerando porém, os casos em que a lei determina o contrário. O ser humano em si é dotado de liberdade além dessa, deverá ser respeitado o lado individual de cada 449 450 um e não infringindo ou desrespeitando os costumes dos outros, ou seja, deverá ser exercida de forma lícita. Liberdade é um estado que confere plenos poderes ao indivíduo e pode ser usada de várias formas, porém, se bem entendida, por si só criará limites e regras que tornarão a convivência entre os homens harmoniosa, gratificante e produtiva. Partindo do princípio que todos os homens nascem livres e iguais perante a lei, com direitos e obrigações, podemos usar o direito à liberdade para o lado positivo ou negativo com consciência. Certamente seremos cobrados pela sociedade se confundirmos liberdade com libertinagem. Para concluirmos quão complexa é a administração da liberdade pessoal como coletiva, usaremos uma citação centenária, a saber: “Liberdade, ainda que tardia”, lema dos inconfidentes, sendo o mais notório entre eles, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, O Tiradentes. 7.5 – No trato com a Política Partidária No atual momento, a sociedade brasileira em transformação apresenta desafios peculiares na ordem política, bem como na área econômica e na área social. As desigualdades sociais e regionais constituem uma realidade particularmente triste, em uma nação com aspirações e 450 451 recursos que poderiam permitir uma sociedade mais justa. Tal situação não pode durar indefinidamente, pois constitui um escândalo para as consciências e uma ameaça constante à paz interna. Ela não é casual, mas fruto de uma opção deliberada em favor de um determinado modelo de desenvolvimento. Se existe alguma coisa que vai desencadear um debate espontâneo, ou talvez uma verdadeira briga, é uma discussão que envolve política – até mesmo entre os cristãos. Como seguidores de Cristo, quais devem ser a nossa atitude e envolvimento com a política? Tem sido dito que "religião e política não se misturam" – será que isso é realmente verdade? Podemos ter opiniões políticas fora das considerações da nossa fé cristã? A resposta é não, não podemos. A Bíblia nos dá duas verdades sobre a nossa postura em relação à política e governo. A primeira verdade é que a vontade de Deus permeia e suplanta todos os aspectos da vida. A vontade de Deus é o que tem precedência sobre tudo e todos (Mateus 6:33). Os planos e propósitos de Deus são fixos, e a Sua vontade é inviolável. Ele realizará a Sua vontade, a qual nenhum governo pode contrariar (Daniel 4:34-35). Na verdade, é Deus quem "remove reis e estabelece reis" (Daniel 2:21) porque o "Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer" (Daniel 4:17). Um entendimento claro desta verdade vai nos ajudar a ver que a política é apenas um método que Deus usa para realizar a Sua vontade. Apesar de homens maus abusarem do seu 451 452 poder político por terem uma intenção perversa, Deus o usa para o bem, trabalhando "para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Segundo, devemos compreender o fato de que o nosso governo não pode nos salvar! Só Deus pode. Nunca lemos no Novo Testamento sobre Jesus ou qualquer um dos apóstolos gastando qualquer tempo ou energia em ensinar os crentes a reformar o mundo pagão de suas práticas idólatras, imorais e corruptas através do governo. Os apóstolos nunca convidaram os crentes a demonstrar desobediência civil e protestar contra as leis injustas ou esquemas brutais do Império Romano. Em vez disso, os apóstolos ordenaram os cristãos do primeiro século, assim como nós hoje, a proclamar o evangelho e viver vidas que dão evidência clara do poder transformador do Evangelho. Não há dúvida de que a nossa responsabilidade ao governo é obedecer às leis e ser bons cidadãos (Romanos 13:1-2). Deus estabeleceu toda a autoridade e Ele faz isso para o nosso benefício, "para louvor dos que praticam o bem" (1 Pedro 2:13-15). Paulo nos diz em Romanos 13:1-8 que é responsabilidade do governo exercer autoridade sobre nós - espero que para o nosso bem - coletar impostos e manter a paz. Onde temos uma voz e podemos eleger nossos líderes, devemos exercer esse direito através do voto para aqueles cujos pontos de vista mais se parecem com os nossos. 452 453 Um dos mais grandiosos enganos de Satanás é que podemos descansar a nossa esperança por moralidade cultural e vida piedosa em políticos e funcionários governamentais. A esperança por mudança de uma nação não se encontra nos líderes de qualquer país dominante. A igreja tem feito um erro se pensa que é o dever dos políticos defender, avançar e proteger as verdades bíblicas e valores cristãos. O propósito original da igreja, dado por Deus, não se encontra em ativismo político. Em nenhum lugar na Bíblia temos o comando de gastar nossa energia, nosso tempo ou nosso dinheiro em assuntos governamentais. A nossa missão não reside na mudança da nação através de uma reforma política, mas na mudança de coração através da Palavra de Deus. Quando os crentes acham que o crescimento e a influência de Cristo podem de alguma forma se aliar com a política do governo, eles corrompem a missão da igreja. O nosso mandato cristão é espalhar o evangelho de Cristo e pregar contra os pecados do nosso tempo. Só à medida que os corações dos indivíduos em uma cultura são alterados por Cristo é que a cultura começa a refletir essa mudança. Os crentes de todas as épocas têm vivido, e até florescido, sob governos antagônicos, repressivos e pagãos. Isso era especialmente verdadeiro sobre os crentes do primeiro século que, sob regimes políticos impiedosos, sustentaram a sua fé sob imenso estresse cultural. Entendiam que eles, e não os governos, eram a luz do 453 454 mundo e sal da terra. Aderiram ao ensinamento de Paulo de obedecer aos seus governantes, até mesmo honrar, respeitar e orar por eles (Romanos 13:1-8). Mais importante, entenderam que, como crentes, a sua esperança residia na proteção que apenas Deus fornece. O mesmo vale para nós hoje. Quando seguimos os ensinamentos das Escrituras, nós nos tornamos a luz do mundo, como Deus planejou que fôssemos (Mateus 5:16). As entidades políticas não são o salvador do mundo. A salvação de toda a humanidade tem sido manifestada em Jesus Cristo. Deus sabia que o nosso mundo precisava de salvação muitos antes de qualquer governo nacional ter sido fundado. Ele mostrou ao mundo que a redenção não poderia ser realizada através do poder do homem, sua força econômica, sua força militar ou a sua política. A paz de espírito, contentamento, esperança e alegria - e a salvação da humanidade - são realizados somente através da Sua obra de fé, amor e graça. Os cristãos, como cidadãos, devem se posicionar frente a esta realidade. Sabedores de que tal situação é fruto de uma opção política que favorece os dominantes, terão que usar determinados instrumentos, ferramentas para transformar as estruturas injustas que impedem ou mesmo matam a vida. Conhecedores de que tal organização da sociedade passa pelos partidos políticos, terão de fazer sua escolha a partir de uma análise crítica e criteriosa da realidade social em que vivemos. Aí está o sentido de sua participação política partidária: a escolha 454 455 daquela ferramenta que melhor se adapta como canal competente da representação dos interesses das classes populares. Já deu para você perceber como o cristão não pode ficar por fora da política, porque ele vive no meio deste mundo, com mil e um problemas. E o cristão deve ser sal da terra e luz do mundo. Ou seja, deve ajudar a mudar o que está errado. Deve criar uma sociedade transformada. Política é um meio de transformação da sociedade. Como somos cristãos, vamos olhar a política com os olhos de Jesus. Como cristãos não podemos ficar alheiros à política. Se ficarmos por fora, apoiamos quem está no poder só atrapalhando. Como podemos participar efetivamente? De imediato, devemos votar bem, escolhendo pessoas que consigam defender os interesses da maioria empobrecida e necessitada. Tudo isto alimentados pela fé em Jesus Cristo Libertador. 7.5.1 - O Cristão Pode Ser Político? De vez em quando ouvimos falar que a Igreja está metendo-se na política, “porque este terreno não é dela”. Acham que a Igreja não tem nada a ver com a política. Será que isto é verdade? O que eles estão querendo esconder com estas afirmações? Uma coisa é política (com P maiúsculo): É a maneira de organizar a sociedade, é o bem comum, o bem 455 456 de toda comunidade. Sendo assim, todo mundo se envolve na política: ou exigindo melhorias para o seu bairro, para sua classe ou até mesmo não se mexendo, deixando as coisas como estão (aí quem está no poder se aproveita e faz tudo como quer). Os lavradores fazem política quando batalham pela reforma agrária; os estudantes fazem política quando exigem que os professores cheguem na hora e ensinem com dedicação; os trabalhadores fazem política quando lutam por melhores salários; a Igreja faz política quando se coloca a favor dos empobrecidos e explorados. É claro que todo mundo faz política! Outra coisa é política partidária: É alguém se filiar a um determinado partido e trabalhar por uma legenda partidária, como candidato ou filiado. A Igreja pede que os cristãos leigos entrem nesta política partidária para lutar por uma sociedade nova onde todos possam viver dignamente como filhos de Deus e irmãos. 7.5.2 – O Cristão e a Politicagem Outra coisa ainda é politicagem: É a política individualista, do clientelismo e interesseira de um candidato ou de um partido que faz leis para se beneficiar; que cria salários de “marajás” para quem está no poder e salários de fome para os trabalhadores; que cria planos para eleger os seus candidatos, que deixa a nação com fome e desempregada; que engana o povo com promessas impossíveis; que busca apenas os interesses de uma minoria que está no poder. 456 457 Já deu para você perceber como o cristão não pode ficar por fora da política, porque ele vive no meio deste mundo, com mil e um problemas. E o cristão deve ser sal da terra e luz do mundo. Ou seja, deve ajudar a mudar o que está errado. Deve criar uma sociedade transformada. Política é um meio de transformação da sociedade. Como somos cristãos, vamos olhar a política com os olhos de Jesus. Como cristãos não podemos ficar alheiros à política. Se ficarmos por fora, apoiamos quem está no poder só atrapalhando. Como podemos participar efetivamente? De imediato, devemos votar bem, escolhendo pessoas que consigam defender os interesses da maioria empobrecida e necessitada. Tudo isto alimentados pela fé em Jesus Cristo Libertador. No caso de algum crente entender que ele tem certos deveres cívicos ou patrióticos (Paulo diz em Fp 3:20) “nossa pátria está nos céus”, ele deve, mediante a oração procurar quaisquer meios para cumprir esses deveres sem transgredir os preceitos de Cristo, sem se unir com os descrentes em um jugo desigual, sem comprometer- se em associações duvidosas, e sem colocar-se em situações que hão de prejudicar a sua vida espiritual. 7.6 – Nas Obrigações Eleitorais É fato que o voto, deve ser um Direito Universal, pois é de grande importância para um país, por 457 458 ser a ferramenta para consecução da democracia. Esse meio de se escolher um representante, que irá defender nossos interesses durante um tempo deve ser valorizado. Nosso país conhecido como o país das festas, farras e do jeitinho brasileiro, aplica essas características também ao voto. Uma decisão que deveria ser séria e consciente, após analisado as propostas dos candidatos e partidos, na maioria das vezes é levada na brincadeira: Muitos votam em amigos e parentes, vendem seus votos, deixam de votar por ser feriado, escolhem candidatos engraçados, justificam sem motivos, entre outras diversas formas que o nosso povo se utiliza para se livrar do voto, não dando a sua devida importância. O povo se esquece que, décadas atrás, muitos lutaram para conquistar esse direito. 7.6.1 – A Importância do Voto Muito se discute sobre a importância do voto. Para uns poucos, o voto não muda nada na realidade brasileira; estes, céticos quanto ao seu significado, nem sequer comparecem para votar. Para outros, sua influência é mínima; por isto, dão-lhe pouca importância. Para muitos outros, o voto é decisivo para definir os rumos do Brasil: se para melhor, se para pior. Para estes, é de fundamental importância a efetiva participação no processo eleitoral, escolhendo bem, com critérios, aqueles(as) que merecerão o seu voto, e, portanto, a sua confiança para dirigir os destinos da nação. 458 459 O cotidiano da vida tem mostrado e demonstrado que o voto é a mais poderosa ferramenta de todas quantas dispomos nós, os(as) cidadãos(ãs): por meio dele, escolhemos o Brasil que queremos, para a nossa geração e para as vindouras. Isto porque o que se faz em quatro anos, para melhor ou pior, tem reflexos diretos, não raras vezes, por décadas a fio. É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas. Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país. O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade. 459 460 Em primeiro lugar temos que aceitar a ideia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político? É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo ideias para o seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. A cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático. Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser todos iguais. Procure entender os projetos e ideias do candidato que você pretende votar. Será que há recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder? Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político que ele pertence merece seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato. Como vimos, votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer 460 461 um pode ter conseqüências negativas sérias no futuro, sendo que depois é tarde para o arrependimento. 7.6.2 – A Obrigatoriedade do Voto A atual Constituição Federal Brasileira, instituída em 1988 - nossa Lei Maior à qual as demais devem se submeter - estabelece em seu artigo 14, §1º, a obrigatoriedade do voto para os maiores de 18 e menores de 70 anos, desde que alfabetizados, exigência esta que persiste desde 1932. Sendo esta norma alvo de Proposta de Emenda Constitucional, dentro do pacote de discussões no Congresso Nacional que visa fazer uma reforma eleitoral. Sabemos que a atual Constituição é fruto de muitas lutas pela instituição da democracia neste país que, à época, vivia sob a ditadura militar, regime supressor de vários direitos e garantias individuais em detrimento do chamado “interesse nacional”. Daí, surge a pergunta: Por que um movimento vitorioso, que conseguiu institucionalizar a democracia e as liberdades individuais, permitiu a obrigatoriedade do voto para os seus cidadãos? Historiadores e Sociólogos argumentam que a obrigatoriedade do voto sobreviveu às fortes pressões desses movimentos em defesa das liberdades individuais e da democracia, porque a grande maioria dos cidadãos não estavam maduros o suficiente para decidirem sobre seu direito de voto, ficando mais maleáveis aos políticos opressores, haja vista a tão praticada política coronelista. 461 462 Em termos de princípios constitucionais, podemos dizer que prevaleceu a vontade do Estado sobre a de seus cidadãos, constituindo-se o voto em um poder-dever. Havia, além da falta de educação, a dependência econômica, social e até psicológica da população em relação aos cacifes políticos ora atuantes, bem como, o receio de que sendo a maioria ficando ausente tornasse o pleito nulo. Também, devemos lembrar que a vontade de parte dos políticos era de levar eleitores mesmo à força para as urnas. Por isto, a previsão de obrigatoriedade do voto, nas condições acima lembradas, obteve previsão constitucional e ainda persiste mesmo após 22 anos de CF. O fato é que, por previsão legal, a ausência injustificada do eleitor à urna, o impede da obtenção da quitação eleitoral, necessária para assumir emprego público, à obtenção de benefícios previdenciários, obter empréstimo em instituição bancária que o Poder Público detenha parte de seu capital, e até do recebimento de vencimentos, no caso do servidor público, dentre outras sanções. Entretanto, o eleitor não quite com a Justiça Eleitoral, por ausência às urnas, pode obter sua quitação através do pagamento de multas - irrisórias, por sinal - que revertem em favor dos próprios partidos políticos. Como podemos afirmar que vivemos em um país democrático se até o voto é obrigatório? Eis a indignação dos defensores do voto facultativo para todos, e 462 463 usam exemplos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde o voto não é obrigação. Além destas, apresentam outras justificativas, como a da melhoria na qualidade do voto facultativo, que a participação da maioria no voto obrigatório é mito. Considerando como válidas as justificativas sociais eleitas para a exigência do voto obrigatório, nos idos de 1988, podemos indagar: Tais motivos foram suplantados? Os brasileiros estão suficientemente consciente de sua cidadania e responsabilidade sóciopolítica para a construção de uma “Nação” desenvolvida, civilizada e humana? A resposta a essas perguntas dependem de uma análise de aspectos sociais, econômicos e, principalmente educacionais. Vislumbro como ainda adequada a atual exigência. No entanto, a verdade é que, in casu, não seria a obrigatoriedade ou a não do voto que determinaria uma maior consciência política de nossos concidadãos. Aliás, se fôssemos um povo consciente de nossos deveres e direitos e devidamente educados para a vida em sociedade, exerceríamos o nosso maior direito que é o voto, independentemente de ser ou não obrigatório. É bem verdade que temos uma educação mais acessível a todos, que mais pessoas possuem níveis de escolaridade mais altos, e que há uma acentuada diminuição 463 464 nos índices de analfabetismo técnico. Mas, na proporção inversa é crescente o número de analfabetos funcionais (que lêem mas não sabem interpretar), até mesmo em níveis escolares elevados. Ademais, a nossa educação está mais preocupada com números do que com cidadania. E os princípios morais demonstrados são os mais egoístas e imediatistas possíveis, é famoso “toma lá da cá”. E depois, como podemos cobrar dos nossos representante a honestidade, se os próprios cidadãos são corruptos até no momento sublime de escolha de seus representantes. Também comete desvio de consciência cidadã de mesmo nível o eleitor que vai às urnas e, propositadamente, vota em branco ou nulo, pois estes votos, além da quitação eleitoral, não causam nenhum efeito prático, não sendo contabilizados sequer para uma possível nulidade de eleição. A única exceção é o caso de eleição proporcional que os 2 primeiros algarismos digitados correspondam ao de um partido concorrente, pois tal voto será contabilizado para o coeficiente partidário. A educação moral deve ser transmitida na escola, mas não deve ser jamais esquecida em casa. E a melhor educação é passada mediante o próprio exemplo, e, infelizmente, não são somente os jovens a negociar o que não tem preço: o voto. 464 465 Vale lembrar que Eleições no Brasil é um momento festivo, maxime agora depois do uso de urnas eletrônicas, que são altamente seguras e que imprimem celeridade na votação e apuração, constituindo mais um ponto atrativo ao eleitor. Devemos, então, atentar para o fato de que não é a mudança da obrigatoriedade ou não do voto que irá mudar a atual situação em que se encontra a sociedade brasileira. A população em geral deve aprender a real importância do voto na construção de uma sociedade justa e desenvolvida. A corrupção, grande mal do nosso país, é fruto dessa falta de conhecimento da população sobre a real essência do voto. Antes de discutirmos sobre a mudança do voto, devemos educar a nossa população, para que saibamos dar a real importância do voto, e que essa possibilidade de escolha é a ferramenta fundamental para a construção de um Estado Democrático de Direito eficaz e sem corrupção. Em suma, mais que uma obrigatoriedade, o voto é a livre manifestação da consciência, o exercício de cidadania, a principal oportunidade de escolha de quem ditará a aplicação da arrecadação dos altos impostos cobrados, bem como dos que definem as regras de convivência, em nosso Município, Estado e País. E como diz nossa Carta Maior, “todo o poder emana do povo”, por isso saibamos usá-lo bem, na hora da escolha do representantes e na hora de reivindicar 465 466 demais direitos, bem como de cumprirmos com os nossos deveres. VIII NO TESTEMUNHO COM OS FRACOS NA FÉ A Bíblia diz que Jesus Cristo nos deu a verdadeira liberdade. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou…” (Gl 5. 1).Essa liberdade é diretamente oposta à escravidão que vivíamos quando no pecado. No entanto, temos visto um grande número de crentes fazendo mau uso de sua liberdade. Usam a sua liberdade de forma destrutiva, como uma espada que fere e até mata pessoas. Isso acontece quando a liberdade que Cristo nos deu é usada fundamentada no egoísmo. Quando consideramos que apenas o que importa é o exercer dos nossos direitos sem importar-se com nada nem ninguém. Deixe-me exemplificar esse tipo de mau uso da liberdade: Há muito tempo venho vendo pessoas defendendo o uso “social” do álcool (falo aqui do contexto do Brasil). Dizem que a Bíblia proíbe apenas a embriaguez. Até certo ponto isso é verdade (o que fica difícil é saber 466 467 onde começa a embriaguez). No entanto, a maioria dessas pessoas usam a sua liberdade de forma totalmente egoísta. Fazem isso quando não analisam a cultura ao seu redor, quando não pensam nos fracos na fé, naqueles que não conhecem a Deus e que associam a bebida à embriaguez e, logo, alguém que bebe com alguém que não é exemplo de bom cristão. Quando não pensam nos [milhares] de alcoólatras que deixaram ou que ainda estão lutando contra a bebida e que precisam de um referencial. Quando não pensam nos mais jovens que podem ter propensão ao uso descontrolado e prejudicial do álcool… As situações não se limitam ao uso do álcool. Avança além. Poderia citar mais algumas situações como exemplos: (uso de tatuagens, de piercing, a decisão de frequentar determinados lugares, a moda, a música, o uso das redes sociais na Internet etc.). Paulo enxergava situações como estas de uma forma muito profunda. Via o bom uso da liberdade cristã como algo essencial: “Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.” (1Co 8. 9). Paulo chega a afirmar que a liberdade o levava até a rejeitar, se necessário, os seus direitos mais dignos e básicos, em prol do bem estar e do crescimento do próximo: “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.” (1Co 8. 13). 467 468 No entanto, infelizmente, uma grande quantidade de crentes egoístas quer mesmo é exercer seus direitos, sua liberdade. Isso é muito triste, pois o nosso maior exemplo de abnegação, Jesus Cristo, não tem sido seguido quando a questão é abnegação, amor pelo próximo. O cristão que não é capaz de abdicar de seus direitos, da sua liberdade em favor do próximo, precisa rever seus conceitos! Quando for fazer algo em sua vida, avalie sempre a repercussão que isso pode trazer e avalie se vale à pena fazer. Avalie se essa ação resultará em um mau testemunho, mesmo que seja um direito seu. Alguém será impactado negativamente com isso que vou fazer? Poderei afastar da fé pessoas iniciantes, que ainda não tem um sólido fundamento em suas vidas? Tenho em meu coração uma palavra bastante dura de Jesus, mas que me deixa alerta com relação as minhas atitudes: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” (Mt 18. 6-7). Irmãos, a nossa responsabilidade é grande perante as outras pessoas. Devemos ser luz e não pedras 468 469 para tropeço! O que vale mais? O seu direito e liberdade ou o amor sacrificial pelo próximo? 8.1– Na Defesa de sua Doutrina Quando um Cristão é confiante na sã doutrina, ele não julga ninguém, mas leva as pessoas a luz das escrituras, essa sim, mostra o verdadeiro significado e os erros cometidos por denominações, religiões, seitas e heresias. O verdadeiro Cristão, deve falar ou mostrar tudo que não corresponde na palavra de Deus,não no intuito de julgar,mas sim em mostrar os erros. Os mesmos devem respeitar os pensamentos alheios.uma coisa que devemos fazer sempre é dizer a verdade,mesmo que esta pessoa não aceite de bom grado, e até mesmo para aqueles que professam o evangelho, mas deixa ser levado por várias doutrinas estranhas,e não pela sã doutrina,já dita pelo enviado (apóstolo) Paulo em Efésios.4:14 que diz: Para que não sejamos mais meninos inconstantes,levados em roda por todo o vento de doutrina,pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. E em,1 Timóteo. 6:3 e 5 que diz: Se alguém ensina alguma outra doutrina,e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus 469 470 Cristo,e com a doutrina que é segundo a piedade,É soberbo,e nada sabe,mas delira acerca de questões e contendas de palavras,das quais nascem invejas,porfias,blasfemas,ruis suspeitas. Contendas de homens corruptos de entendimentos,e privados da verdade,cuidando que a piedade seja causa de ganho:aparta-te dos tais. Devemos dizer a verdade sempre para o nosso próximo,veja mais o que diz Paulo em Gálatas.4:16 - Fiz me acaso vosso inimigo,dizendo a verdade. E em Efésios.4:25 - Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Quanto ao posicionamento doutrinário das Igrejas Evangélicas brasileiras tem algumas nuances que precisamos falar. Elas se dividem basicamente em TRADICIONAIS, PENTECOSTAIS E NEOPENTECOSTAIS. Começando com as Igrejas Tradicionais consideradas como Históricas nas suas doutrinas e temos: 8.1.1 - BATISTAS 470 471 A História alegam que, através das bíblicas doutrinas dos batistas/anabatistas, é possível afirmar que sua origem doutrinária remonta às pregações do SENHOR sobre o “pequeno rebanho”. Oficialmente, registra-se seu início quando as igrejas cristãs cumpriram biblicamente a doutrina da separação e realizaram a grande desfraternização das igrejas primitivas entre os anos de 225 a 253 A.D., originando, historicamente, dois grandes blocos: o dos cristãos e o dos católicos, ou seja, o bloco dos “anabatistas” e o bloco das igrejas erradas. O que permanece incontestavelmente até os dias de hoje. 8.1.1.1 - Linha Doutrinária Batistas 1. Os Batistas crêem com todo o coração que somente a Palavra de Deus é suficiente para toda a nossa fé e pratica. Lemos em II Tm. 3:16 que "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.." As denominações Protestantes têm credos, catecismos e vários padrões doutrinarias. Os Batistas alegam que usam somente a Bíblia. 2. Os Batistas crêem que Cristo e somente Cristo é a Cabeça da Igreja como está escrito "Cristo é a cabeça da igreja," Ef. 5:23. Não há um homem sequer que tem a superintendência das Igrejas Batistas. Batistas não têm denominação no sentido de uma organização que controla as congregações locais. Cada igreja local é autônoma e sujeita somente a 471 472 Cristo, Sua Cabeça. Uma igreja Batista, mesmo confraternizando-se com outras congregações da mesma fé e ordem, não tem matriz ou Santa Sé aqui na terra. Não tem quartel general aqui, mas sim no céu. 3. Os Batistas crêem de coração numa igreja livre e num estado livre. Cristo ensinou que tanto o estado, como a igreja, tem seu devido lugar. "Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus," Mt. 22:21. Os Batistas são contra a união do Estado com a Igreja. Crêem que a igreja controlada pelo estado é uma desculpa miserável de cristianismo e uma clara apostasia às Escrituras. Todos os Reformadores Protestantes fizeram igrejas estatais para seus seguidores. 4. Os Batistas crêem fortemente na responsabilidade individual a Deus, porque as Escrituras ensinam claramente que "Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus," Rm. 14:12. Um sacerdote não pode se responsabilizar por você, e a igreja também não. Os padrinhos idem. Ninguém é salvo por quilo que os pais crêem. Ninguém é salvo pela identificação com uma religião. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Na sua maioria os Protestantes não crêem nesta doutrina bíblica. 5. O povo Batista também sempre tem crido no batismo da pessoa convertida. Nenhum dos Reformadores creu neste ensino da Bíblia. Nas Escrituras, a fé e o arrependimento sempre precedem o batismo. No dia de Pentecostes, Pedro claramente disse ao povo, "Arrependei-vos...e seja 472 473 batizado," At. 2:38. Isto significa evidentemente que não havia batismo infantil porque as crianças não são capazes de arrependimento. Nenhum descrente deve ser batizado. Os Reformadores seguiram Roma no seu ensino sobre batismo. Os Batistas têm se agarrado à doutrina de Cristo e Seus Apóstolos, neste ponto. 6. Os Batistas, baseados nas Escrituras, sempre tem crido numa igreja feita de regenerados, isto é, somente dos que fazem clara profissão de fé. Na igreja apostólica somente os crentes, os que receberam a Palavra de Deus e que tinham se arrependido dos seus pecados podiam ser batizados e fazer parte da igreja, At. 2:41. Não se une à igreja automaticamente ou através de terceiros. Nas Igrejas Batistas de hoje também é assim. Reconsiderando-se estes pontos simples, é mais do que claro concluir que segundo alegam os Batistas não são Protestantes em suas doutrinas. 8.1.2 - OS PRESBITERIANOS O Presbiterianismo tem por base 10 doutrinas consideradas as fundamentais. Dessas, 5 são comuns com outros ramos das igrejas conhecidas como evangélicas no mundo,. As outras 5 distintivamente presbiterianas. 8.1.2.1 – DOUTRINA COMUM DA PRESBITERIANA As 5 doutrinas comuns da Igreja presbiteriana (em relação às outras igrejas evangélicas). A igreja crê: 473 474 8.1.2.1.1. Em um Deus Trino. O presbiterianismo crê que há um Deus Trino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas distintas, mas um só Deus igualmente divino em eternidade e majestade, sem subordinação; A I.P.B. adota a doutrina da trindade e a apresenta aos seus fiéis como digna de fé. 8.1.2.1.2 Em Jesus Cristo, como sedo a 2ª pessoa da trindade. Divindade de Cristo: nós cremos que Jesus é o Deus encarnado (Jo 1.14), Alguns grupos que não aceitam Jesus como a 2ª pessoa da trindade: os mormonitas, os espíritas, os cristãos científicos, os maometanos, os budistas, os testemunhas de Jeová e outros. O presbiterianismo crê que Ele é o autor da salvação completa, perfeita, toda suficiente (só Jesus basta para a salvação) e eterna, para o homem decaído. Nasceu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, de onde vai voltar um dia para julgar. 8.1.2.1.3. Na Bíblia, a única regra de fé e prática, a palavra de Deus. Cremos que ela foi inspirada pelo Espírito Santo (II Pe. 1.20-21) e que podemos confiar nela como única regra de fé e prática. Cremos que outros livros a ela não se nivelam. Mas a I.P.B. não a entroniza em seus templos. Ela não é objeto de culto ou de adoração como Livro. Ela vale o 474 475 que contém e o que contem, é essencial para conduzir o homem à salvação em Cristo Jesus. 8.1.2.1.4. No novo nascimento dos conversos. Cremos que no momento em que a pessoa crê em Jesus como único e suficiente salvador ela é nova criatura (criação). (II Co. 5.17) – tudo se transforma. Há uma mova imagem na vida da pessoa. Cristo e o novo Senhor e o novo morador da alma (Gl. 2.20). 8.1.2.1.5. Na ressurreição dos mortos. A fé na ressurreição dos mortos está em toda a Bíblia (I Co. 15.12-19). (“Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem (I Co. 15.20). 8.1.3 –AS 5 DOUTRINAS DISTINTIVAMENTE PRESBITERIANAS: 8.1.3.1. A Soberania de Deus Esta é a pedra fundamental da fé Presbiteriana. A doutrina que se dá o maior respeito. A doutrina da soberania divina mostra que Deus é o Senhor de tudo. Governa tudo. Tudo saiu das suas mãos criadoras. Tudo é de Deus. E Ele reina sobre tudo. Tudo está sob o seu controle. Nada o surpreende. Nada o limita, nada o detém, nada se lhe 475 476 antecipa, tudo acontece na hora própria. Deus é soberano na criação, na providência e na salvação (At. 4.24; I Tm. 6.15; AP. 1.5). 8.1.3.2. A predestinação É uma doutrina que decorre da anterior. São gêmeas. Como soberano e todo poderoso, Deus é Onisciente, Onipotente, Onipresente. Esses três atributos lhe permitem decretar e conhecer o que acontece. Para Deus não há, passado e nem futuro, mas tudo é um eterno presente. Esta é a doutrina que nos ensina que Deus nos escolheu para salvação antes da fundação do mundo e que Deus tem um povo eleito e só serão salvos os eleitos (expiação limitada) (Ef. 1.4,5,11; Rm. 8.29-30,33; MT. 24.22, 24, 31). Embora haja outras posições, respeito todas a ainda farei um livro se Deus permitir sobre esse assunto. 8.1.3.3. A Salvação pela graça Creem que a salvação é iniciativa de Deus, não do homem (Não são as obras dos homens quem os salvam. Eleição incondicional), mas são salvos para as boas obras (Ef. 2.8-10), salvação é dom imerecido – é dádiva de Deus (Rm. 6.23). Salvação não depende do homem, mas de Deus, porque é obra exclusiva de Deus. Ao homem compete aceitar, receber a salvação de Deus quando ouve o chamado pela palavra de Deus. Salvação inicia em Deus e termina em 476 477 Deus. Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Ef. 1.6; 2.9). 8.1.3.4. A perseverança dos Santos Esta é uma doutrina muito cara ao presbiterianismo. Não é aceita por todos os grupos evangélicos. A base da doutrina está na convicção de que Deus não muda. A criatura por Ele salva, não pode, depois, ser condenada. Também está intimamente ligada à obra redentora de Cristo. Uma vez redimido o homem, ainda que continue a errar, está redimido para sempre. Quem diz que a redenção é definitiva é o Senhor Jesus (Jo 6.37, 10; 28-29) 8.1.3.5. O governo representativo A IPB adota governo representativo, por entender que o governo representativo é de origem divina instituída por Deus, reinstalando na Igreja Cristã primitiva (At. 20.1735, I Tm. 3.2-7) e redescoberto por João Calvino. O governo é exercido por Presbíteros (docentes e regentes) (Gm. 3.18; Nm. 11.16-17). Toda autoridade na IPB é conferida pela livre manifestação da vontade dos fiéis, mediante voto. 8.1.3.6. BATISMO a) Por Aspersão 477 478 Nós diferimos dos nossos irmãos imersionistas, não somente em nossa visão sobre o modo, mas também em nossa visão do significado do batismo. Eles pensam que o batismo aponta para a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Nós objetamos à esta interpretação: Porque ela está geralmente de acordo que o Sacramento da Ceia do Senhor refere-se à morte e ressurreição de Cristo. Se o batismo também significa a morte e ressurreição de Cristo, então, temos dois Sacramentos cujos sinais e símbolos são os mesmos fatos da vida de Cristo. Por que esta dupla representação destes fatos? Neste caso, não temos nenhum sinal e símbolo da obra do Espírito Santo. No Antigo Testamento não era assim. Havia a páscoa que apontava para a obra de Cristo, mas a circuncisão apontava para a obra do Espírito Santo. Porque a circuncisão significava o matar da carnalidade, o remover da carne pecaminosa. Esta é a obra peculiar do Espírito Santo. O batismo significa a mesma coisa; ele significa o lavar do pecado. Nós objetamos à visão imersionistas do significado do batismo por uma outra razão. O sepultamento de Cristo não tem valor redentor. Cristo poderia ter salvado o mundo se Ele não tivesse sido sepultado. Por que um rito seria ordenado para significar um fato que não é essencial para a realização da salvação? Nós pensamos que o batismo representa a obra do Espírito Santo. Por que pensamos assim? Por várias razões. Há três símbolos, na Bíblia, do Espírito Santo. Um é o óleo . Em 1 Samuel 10:1-6 temos um relato da unção de 478 479 Saul por Samuel, separando-o para o Reinado. O óleo foi derramado sobre a cabeça de Saul, e em conexão com esta unção, o Espírito Santo veio sobre ele. No 16º capítulo de 1 Samuel, temos um relato da unção de Davi por Samuel. O óleo foi derramado sobre a cabeça de Davi e o Espírito veio sobre ele. Estas passagens indicam que a unção com o óleo é um tipo da unção com o Espírito Santo. Outro símbolo do Espírito é a água . Em Ezequiel 36:25-27, o Senhor Jeová diz, “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis”. O dom do Espírito está associado com a aspersão com água. Em Mateus 3:16, há um relato de dois batismos. Um com água, outro com o Espírito. A água do batismo era simbólica do batismo com o Espírito. Em João 7:37-38, Jesus pôs-se de pé de e clamou, dizendo, “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem”. 479 480 O terceiro símbolo é o fogo . Em Atos 2:3-4, temos um relato do dom do Espírito Santo ao primeiro grupo de crentes. “E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo”. Estes símbolos apontam para o Espírito e Sua obra, e não para Cristo e Sua ação redentora. Agora, de que modo estes símbolos eram aplicados? O óleo era derramado sobre a cabeça. A água, durante toda a dispensação judaica, era aspergida ou derramada, e o fogo desceu sobre a cabeça dos crentes. Há outra passagem para a qual devo dirigir nossa atenção: 1 João 5:8, “Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam”. Estes três, o Espírito, a água e o sangue, concordam, diz o Apóstolo. Em que sentido? No sentido de todos eles significarem uma coisa: todos eles significam a limpeza. Eles não concordam também no modo? O sangue era sempre aspergido. A água da purificação entre os judeus era sempre aspergida. E o Espírito, como veremos, sempre desceu sobre. Então, fica claro a partir das Escrituras que a água do batismo simboliza a obra do Espírito. Se é assim, não deve ser suposto que o modo do batismo é por imersão. 480 481 Mas alguns - muitos - dizem que a questão do modo é resolvida pela palavra baptizo, a palavra grega que dá o nome ao ritual. Nós não pensamos assim. A palavra grega para a Ceia do Senhor, o segundo sacramento, não resolve a questão do modo de sua administração. A palavra grega para a Ceia do Senhor é deipnon, que significa uma refeição completa; uma mesa repleta com alimento suficiente para satisfazer a fome de um homem. Os cristãos gregos em Corinto, talvez raciocinando sobre o significado daquela palavra, observavam de maneira incorreta a Ceia do Senhor; e o Apóstolo teve que corrigi-los. 1 Coríntios 11:20-22. Se o raciocínio a partir do significado literal da palavra clássica para o segundo sacramento conduz ao erro, não pode, também, o raciocínio a partir do significado literal da palavra para o primeiro sacramento, conduzir ao erro? Ele não somente pode conduzir, como na verdade o faz. Na Ceia do Senhor nós não temos um banquete físico, como a palavra sugere, mas sinais físicos de um banquete espiritual. No batismo nós não temos um banho físico, mas um sinal físico de uma limpeza espiritual. Uma quantia pequena de pão e vinho é suficiente para significar um banquete espiritual. E uma pequena quantidade de água é suficiente como um sinal da purificação espiritual. Mas, é contendido por muitos que baptizo sempre significa mergulhar, imergir, etc. Não na Bíblia! 481 482 No começo de meu ministério em Tennessee, estive presente num debate sobre o modo do batismo, entre um ministro Batista e um ministro da Igreja Presbiteriana Cumberland. O batista trouxe muitos livros de autoridades, pelos quais ele tentava provar que baptizo sempre significa mergulhar, imergir, etc. O presbiteriano trouxe somente sua Bíblia. Ele disse que estava proposto a mostrar que baptizo na Bíblia não significa imergir. O que ele propôs, ele fez. Alguns anos atrás uma casa publicadora Batista, no norte, pediu ao Dr. Edmund B. Fairfield para preparar um livro em defesa da visão Batista do modo de batismo. Ele homem tinha sido um ministro Batista por mais de um quarto de século, e nenhum homem estava mais certo de estar correto do que ele. Ele disse que não tinha dúvida sobre o assunto. Por dois anos ele investigou a evidência com relação ao modo do batismo. Para a sua surpresa, quanto mais longe ele ia em sua investigação, mais ele via que a evidência era contra a posição Batista. Na presença de sua evidência acumulada, ele honestamente se viu obrigado a abandonar sua visão anterior. Ele escreveu um livro, mas era do outro lado da questão. Eu lhes darei agora exemplos do uso da palavra no Novo Testamento, onde baptizo não significa, e não pode significar, imergir. Lucas 11:37-38: “Acabando Jesus de falar, um fariseu o convidou para almoçar com ele; e havendo Jesus entrado, reclinou-se à mesa. O fariseu admirou-se, vendo que ele não se lavara antes de almoçar”. A palavra aqui traduzida como se lavar, é a palavra baptizo. 482 483 O fariseu estava admirado de que Jesus não tenha primeiro se imergido, antes de se sentar? Impossível! Hebreus: O autor, no capítulo 9, está descrevendo as ordenanças do serviço divino no antigo santuário. “O sacerdote oferecia tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções [lavagens, em algumas versões] , umas ordenanças da carne”. A palavra traduzida por abluções é baptizmois. Estas lavagens eram chamadas de batismos. Havia muitas lavagens, purificações, entre os judeus, mas não imersões. O terceiro exemplo do uso da palavra baptizo, onde não pode significar imergir, está nos relatos dos batismos com o Espírito Santo. João o Batista, (você dirá João o Imersionista?) diz: “Eu, na verdade, vos batizo com água; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; Ele vos batizará com o Espírito Santo”. O batismo com o Espírito Santo era por imersão? Alguém já foi, alguma vez, imerso no Espírito Santo? A idéia é estranha à Escritura, estranha à razão. O Espírito sempre foi aplicado à pessoa, nunca a pessoa ao Espírito. O mesmo é verdadeiro sobre a água na Bíblia. Ela é sempre aplicada à pessoa, e isto, por aspersão. O imersionista aplica a pessoa à água, nós aplicamos a água à pessoa; este é o modo da Bíblia, e não há exceção. O mesmo é verdadeiro do uso do sangue na Bíblia, como temos visto. Há um cântico que às vezes cantamos: 483 484 “Há uma fonte cheia de sangue, Fluindo das veias de Emanuel; E pecadores mergulhados nesta corrente, Perdem toda sua mancha e culpa”. Eu gosto desta música, mas não das palavras da primeira estrofe. As palavras são totalmente antibíblicas. Quando algum pecador foi mergulhado nesta corrente de sangue? Deixe Pedro dizer a você como o sangue era aplicado. Em sua Primeira Epístola, endereçada aos " eleitos...segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo". E ouça o que o autor de Hebreus diz: “E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa...” (Hebreus 10:21-22). O lavar com água puro é uma referência ao batismo com água. Na passagem há duas limpezas, a limpeza do corpo e a limpeza do coração. É dito que o coração era limpo por aspersão [conforme a citação de Pedro]. O corpo era limpo por aspersão? Agora, todos irão concordar que o maior e melhor batismo é o batismo com o Espírito. João diz: “Eu, na verdade, vos batizo com água; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; Ele vos batizará com o Espírito Santo”. 484 485 O batismo de João era um tipo do batismo de Jesus. O batismo de Jesus com o Espírito era o real, o batismo importante. Sobre o modo dele, lemos na profecia de Joel: “Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2:2829). Agora leia o relato do cumprimento desta profecia em Atos 2:3-4: “E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios com o Espírito Santo”. As línguas de fogo e o Espírito Santo vieram de cima, do céu, sobre os crentes. Em Atos, no capítulo 10, somos informados de que enquanto Pedro estava ainda falando, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a Palavra. Esta é a regra invariável: o Espírito sempre cai sobre, desce sobre, ou é derramado sobre os sujeitos. Se a água do batismo é para apresentar uma figura do batismo com o Espírito, ela deve ser do mesmo modo que o batismo com o Espírito. Bem, se o modo não é derivado do significado da palavra grega que designa o ritual, como aprenderemos que modo é este? De duas formas: 1. Pelo significado do ritual na Escritura. Eu já tratei com isto. 2. Pelos exemplos de sua administração. As passagens no Novo Testamento que se relacionam com a administração do batismo são divididas em três classes: Primeira , aquelas que tomadas por si mesmas, parecem a favor da imersão. Mateus 3:16. A 485 486 versão autorizada diz que Jesus, depois dele ser batizado, saiu imediatamente para fora da água. A versão revisada diz que ele saiu imediatamente da água. A preposição usada não é ex , significando para fora de , mas apo , que significa da água. Ele poderia ter saída da água, sem ter saído para fora da água. Em Atos 8:38-39, temos o relato do batismo do eunuco por Filipe. O registro diz que ambos desceram à água, tanto Filipe como o eunuco; e Filipe o batizou. E quando eles saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe. O imersionista diz que esta linguagem indica que o batismo era por imersão, mas a passagem, corretamente lida, não indica tal coisa. Se descer à água e sair da água são partes do batismo, então ambos, Filipe e o eunuco, foram batizados; porque os dois desceram à água e saíram da água. A passagem diz que o Batismo acontece entre o descer à água e o sair da água. E nem todos os advogados de Filadélfia podem dizer como o batismo era realizado. Nenhum argumento válido pode ser baseado nas preposições. No capítulo 8 de Atos, a preposição en é usava várias vezes, mas somente no relato do batismo do eunuco ela é traduzida por para . Em todos os outros lugares, naquele capítulo, ela é traduzida por em, por, etc. Por isso eu disse que este tipo de passagem das Escrituras somente parece ser a favor da imersão. Segunda : há uma segunda classe de passagens relacionadas à administração do batismo, da qual a idéia de imersão é excluída. A este tipo de classe pertencem os relatos do batismo com o Espírito Santo. Todavia, já tratamos com esta classe de passagens. 486 487 Terceira: há uma terceira classe de passagens que, em si mesmas, não são decisivas, mas que juntas são favoráveis ao batismo por aspersão. Primeiro, o batismo dos 3.000 em Jerusalém. Foi por imersão? Onde? Em que água? O abastecimento de água de Jerusalém era principalmente em cisternas debaixo do solo; nenhum rio corria em Jerusalém, somente um pequeno riacho que era um braço no tempo chuvoso, mas cujo leito ficava seco nas outras estações. Não havia uma piscina ou lagoa larga em Jerusalém. Se houvesse, elas estariam sob o controle dos fariseus, os quais, certamente, teriam proibido o uso delas por aqueles desprezíveis seguidores do impostor crucificado, que pretendia ser o Messias. Se tivesse havido um corpo de água suficiente para o batismo por imersão e os apóstolos o tivessem usado para este propósito, o corpo inteiro da água teria sido poluído, tornando-o inadequado para o uso de qualquer judeu que temesse contaminação. Os fatos da situação em Jerusalém estão completamente contra a noção de que 8.000 convertidos foram batizados por imersão. Tome agora o batismo do caso do eunuco, que descia para Gaza, que era um deserto. Alguns turistas foram mostrar o lugar onde é dito o eunuco ter sido batizado. E o que eles viram? Um pequeno córrego, não maior do que seu dedo mindinho, correndo por dentro de uma rocha. Um batista do grupo exclamou: “Oh! não aconteceu aqui, não aconteceu aqui, não há água 487 488 suficiente”. Exatamente! Não havia água suficiente para a imersão, mas havia em abundância para a aspersão. Depois, o caso de Cornélio e sua casa. Enquanto Pedro estava ainda falando, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a Palavra. Pedro disse, “Há um batistério aqui, ou uma piscina conveniente, onde estes possam ser batizados?” Não, ele disse: “Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo?” Então, ele ordenou que eles fossem batizados, e eles foram. Por imersão? O caso do carcereiro em Filipo. Seu batismo aconteceu sem demora, à meia-noite, no cárcere. Foi por imersão? O caso de Paulo é peculiarmente claro e convincente. Ananias foi enviado para administrar à Paulo, então chamado Saulo. Colocando suas mãos sobre ele, Ananias disse: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”. E imediatamente caiu as escamas de seus olhos, e ele recuperou sua vista. E ele se levantou e foi batizado. Batizado naquele instante, naquele lugar, e de pé. Por imersão? 1. De acordo com a nossa visão de batismo, há unidade e harmonia na Escritura. Há um método de purificação em ambos os Testamentos, e este é por aspersão - aspersão de água, aspersão de sangue. 488 489 2. Batismo por aspersão é universalmente aplicável. Universalmente aplicável com respeito ao lugar. Onde quer que haja água suficiente para sustentar vida, há pessoas que possam ser batizadas por aspersão. Batismo por aspersão é universalmente aplicável com respeito ao tempo. Ele pode ser administrado com segurança no congelado Norte, no inverno, bem como no agradável Sul. Ele é universalmente aplicável com respeito às pessoas. Ele pode ser aplicado tanto aos infantes como aos adultos; tanto aos enfermos, como aos saudáveis; tanto aos que estão morrendo, como aos que estão vigorosos. Lembre-se: de acordo com a Bíblia, as pessoas eram batizadas com água, não em água; elas eram batizadas com o Espírito Santo, não no Espírito Santo. A água era aplicada à pessoa, não a pessoa à água. O Espírito era aplicado à pessoa, não a pessoa ao Espírito. E os crentes eram batizados imediatamente no lugar onde estavam. Raciocinando sobre o uso de baptizo na Escritura, sobre o significado do ritual do batismo e sobre os exemplos de sua administração, concluímos que o batismo era, e deve ser agora, por aspersão ou efusão. “Então aspergirei água pura sobre vós” , diz o Senhor, “e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Portanto, cheguemonos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Ezequiel 36:25; Hebreus 10:22). 489 490 b) Batismo Infantil Algumas Igrejas Evangélicas realizam o batismo de crianças, alegando que elas fazem parte da família de Deus. Tomando alguns textos bíblicos, declaram que Deus firmou conosco uma aliança eterna, prometendo ser o nosso Deus e o Deus dos nossos filhos (Gn 17.1-10). O selo espiritual dessa aliança foi a circuncisão (Rm 4.16-18; Gl 3.8,9,14,16). A circuncisão era o rito de entrada no pacto. A criança era circuncidada ao oitavo dia e a partir daí participavam dos benefícios do pacto (Gn 17.10; Is 54.10,13; Jr 31.34). O pacto feito com Abraão, o pai da fé, não foi ab-rogado (Is 59.20,21; At 2.37-39). A promessa está vigente na nova dispensação (Rm 4.13-18 e Gl 3.1318). Na nova dispensação os infantes não foram excluídos. O Novo Testamento confirma que as crianças de pais crentes era membros da igreja (Mt 19.14; Jo 21.15; At 2.39; I Co 7.14). Temos forte evidência de que os apóstolos batizaram crianças (At 10.48; 11.14; 16.15; 16.33; 18.8; I Co 1.16; I Co 7.14). Outrossim, os principais pais da igreja, como Justino, o mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho e Tertuliano fizeram menção dessa prática apostólica. Os teólogos reformados e as principais confissões de fé da igreja reformada também defenderam a prática do batismo infantil, como a Confissão belga, O Catecismo de Heidelberg, os Cânones de Dort e a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster. 490 491 Aqueles que se opõem ao batismo infantil, levantam algumas objeções: 1. As crianças não podem exercer uma fé pessoal em Cristo como seu salvador e por isso não devem ser batizadas (Mc 16.16). Esse texto não está endereçado às crianças. Porque a dedução lógica, então, seria que a criança por não crer está condenada, enquanto o próprio Jesus disse que das tais é o Reino dos céus. O apóstolo Paulo disse também: quem não quer trabalhar, também não coma. Poderíamos nós aplicar esse texto a uma criança? 2. O batismo das crianças inconscientes é uma violação da sua liberdade de escolha pessoal. Não foi essa a visão de Josué quando disse: “Eu a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Nos pactos de Deus com o seu povo, os pais sempre foram legítimos representantes dos seus filhos (Gn 9.8,9; 17.7). Os pais escolhem vestuário, alimentação, escola. Não teria que decidir sobre a quem a criança deve adorar? O argumento teria que ser usado também para o caso da criança que era circuncidada ao oitavo dia. 3. Não há no NT nenhum mandamento expresso para se batizar criança. Não há necessidade, pois que não há nenhum que o proíbe. Então, o princípio não foi ab-rogado. Já que o batismo substituiu a circuncisão, o batismo infantil está absolutamente legitimado no NT. 4. O batismo não pode ser substituto da circuncisão, por que esta era só aplicada aos do sexo masculino. As mulheres no 491 492 velho pacto era representadas pelos pais e pelos maridos. Entretanto, no NT Cristo conferiu novos direitos à mulher (Gl 3.28). 5. A circuncisão era apenas um distintivo de nacionalidade entre os judeus, sem significação religiosa. Esse não é o ensinamento das Escrituras como podemos testificar em Rm 4.10,11; Dt 10.16; 30.6. 6. Se o batismo é o sinal da recepção da criança na igreja, assim como os adultos, porque eles então não participam da Ceia? No rebanho há cordeirinhos e ovelhas. O adulto senta-se à mesa e come feijoada, a criança leite. Nem por isso, a criança deixa de ser membro da família. Uma criança não pode votar, nem por isso deixa de ser cidadã. 7. Quando se batiza uma criança não se pode ter certeza da sua regeneração, ela pode se desviar. O mesmo pode acontecer com os adultos. Batizamos pela ordenança do pacto (Pv 22.6). 8. Por que então, Jesus não foi batizado na infância e por que ele não batizou as crianças que vieram a ele? Primeiro, porque Jesus foi circuncidado ao oitavo dia (ato semelhante ao batismo infantil). Segundo, porque o batismo cristão ainda não havia sido instituído. Portanto, estava em vigência a circuncisão. O batismo cristão foi instituído depois da ressurreição de Cristo (Mt 28.19). 492 493 Para as Igrejas Reformadas como a Presbiteriana, Metodistas e Congregacional que alegam que a prática do batismo infantil não é uma inovação católica, como querem os anti-pedobatistas, mas um ensino profundamente arraigado nas Escrituras do Velho e Novo Testamento. 8.1.3 - CONGREGACIONAL Síntese Doutrinária das Congregacionais do Brasil. Igrejas Evangélicas A aceitação destas " Doutrinas Fundamentais " serviu de base para rejeição de várias doutrinas considerada antibíblicas e encorajou os congregacionais ao crescimento e a implantação sólida e definitiva desta Grande Denominação. Vejamos: (Os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo) Art. 1º - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência de Deus - Existe um só Deus(1), vivo e pessoal(2); suas obras no céu e na terra manifestam, não meramente que existe, mas que possui sabedoria, poder e bondade tão vastos que os homens não podem compreender(3); conforme sua soberana e livre vontade, governa todas as coisas(4). (1) Dt.6:4; (2) Jr 10:10; (3) Sl 8:1; (4) Rm 9:15,16. 493 494 Art. 2º - Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e do Homem - Ao testemunho das suas obras Deus acrescentou informações(5) a respeito de si mesmo(6) e do que requer dos homens(7). Estas informações se acham nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento nas quais possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o Criador, e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder nesta vida(8).(5) Hb 1:1; (6) Ex 34-5-7; (7); II Tm.3.15,16; (8); Is.8.19,20. Os livros apócrifos não são parte da Escritura devidamente inspirada. Art. 3º - Da Natureza dessa Revelação - As Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus(9). Seu valor é incalculável(10), e devem ser lidas por todos os homens(1). (9) II Pe 1:19-21; (10) Rm 3:1,2. (1) Jo 5:39. Art. 4º - Da Natureza de Deus - Deus o Soberano Proprietário do Universo é Espírito(2), Eterno(3), Infinito(4) e Imutável(5) em sabedoria(6), poder(7), santidade(8), justiça(9), bondade(10) e verdade(1). (2) Jo 4:24; (3) Dt 32:40; (4) Jr 23:24; (5) Ml 3; (6) Sl 146:5; (7) Gn 17:1; (8) Sl 144:17; (9) Dt 32: 4; (10) Mt 19:17; (1) Jo 7:28. Art. 5º - Da Trindade da Unidade - Embora seja um grande mistério que existam diversas pessoas em um só Ente, é verdade que na Divindade exista uma distinção de pessoas indicadas nas Escrituras Sagradas pelos nomes de Pai, Filho e Espírito Santo(2) e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele, 494 495 empregados por Elas, mutuamente entre si(3). (2) Mt 28:19: (3) Jo 14:16,17 Art. 6º - Da Criação do Homem - Deus, tendo preparado este mundo para a habitação do gênero humano, criou o homem(4), constituindo-o de uma alma que é espírito(5), e de um corpo composto de matérias terrestres(6). O primeiro homem foi feito à semelhança de Deus(7), puro, inteligente e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras criaturas deste mundo(8). (4) Gn 1:2-27; (5) Ec 12:7; (6) Gn 2:7; (7) Gn 1:26,27; (8) Gn 1:28 Art. 7º - Da Queda do Homem - O homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz(9), mas tentado por um espírito rebelde (chamado por Deus, Satanás), desobedeceu ao seu Criador(10); destruiu a harmonia em que estivera com Deus, perdeu a semelhança divina; tornouse corrupto e miserável, deste modo vieram sobre ela a ruína e a morte(1). (9) Gn 1:31; (10) Gn 2: 16,17; (1) Rm 5:12. Art. 8º - Da Consequência da Queda - Estas não se limitam ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a pobreza, a desgraça a inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que Deus manda(2); por consequência todos pecam, todos merecem ser condenados, e de fato todos morrem(3).(2) Sl 50:7; (3) I Co 15:21 495 496 Art. 9º - Da Imortalidade da Alma - A alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador a uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado e gozar da mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e horror e sofrer agonias tais, que mais quereria acabar do que continuar a existir(4); o pecado da rebelião contra o seu Criador, merece para sempre esta miséria, que é chamada por Deus de segunda morte(5). (4) Lc 16:20-31; (5) Ap 21:8 Art. 10º - Da Consciência e do Juízo Final - Deus constituiu a consciência juiz da alma do homem(6). Deu-lhes mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos(7), mas reservou para si o julgamento final, que será em harmonia com seu próprio caráter(8). Avisou aos homens da pena com que com punirá toda injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao seu governo(9); cumprirá suas ameaças, punindo todo pecado em exata proporção à culpa(10).(6) Rm 2:14,15; (7) Mt. 22:36-40; (8) Sl 49:6; (9) Gl 3:10; (10) II Co 5:10 Art. 11º - Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus Deus vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com que os homens lhe retribuem seus benefícios e o castigo que merecem(1), cheio de misericórdia compadeceu-se deles; jurou que não desejava a morte dos ímpios(2); além disso, tomou-os e mandou declarar-lhes, em palavras humanas, sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores nem com tais palavras se importavam, ele lhes deu a maior prova do seu amor(3) enviando-lhes um salvador que os 496 497 livrasse completamente da ruína e miséria, da corrupção e condenação e os restabelecesse para sempre no seu favor(4).(1) Hb 4:13; (2) Ez 33:11; (3) Rm 5:8,9; (4) II Co 5: 18-20. Art. 12º - Da Origem da Salvação - Esta Salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque está perfeitamente em harmonia com seu caráter) procede do infinito amor do Pai, que deu seu unigênito Filho para salvar os seus inimigos(5). (5) I Jo 4:9 Art. 13º - Do Autor da Salvação - Foi adquirida, porém, pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu sangue(6), pois tomou para Si um corpo humano e alma humana(7) preparados pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem(8); assim, sendo Deus e continuando a sê-Lo se fez homem(9). Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens(10), como se conta nos evangelhos, cumpriu todos os preceitos divinos(1) e sofreu a morte e a maldição como como o substituto dos pecadores(2), ressuscitou(3) e subiu ao céu(4). Ali intercede pelos seus remidos(5) e para valerlhes tem todo o poder no céu e na terra(6). É nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo(7), que oferece, de graça, a todo o pecador o pleno proveito de sua obediência e sofrimentos, e o assegura a todos os que, crendo nEle, aceitam-no por Seu Salvador(8).(6) I Pe1:18,19; (7) Hb 2:14; (8) Mt 1:20; (9) Jo 1:1,14; (10) At 10:38; (1) I Pe 2:22; (2) Gl 3:13; (3) Mt 28:5,6; (4) Mc 16:19; (5) Hb 7:25; (6) Mt 28:18; (7) At 5:31; (8) Jo 1:14. 497 498 Art. 14º - Da Obra do Espírito Santo no Pecador - O Espírito Santo enviado pelo Pai(9) e pelo Filho(10), usando das palavras de Deus(1), convence o pecador dos seus pecados e da ruína(2) e mostra-lhe e excelência do Salvador(3), move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiar em Jesus Cristo. Assim produz uma grande mudança espiritual chamada nascer de Deus(4). O pecador nascido de Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna e goza das bênçãos da Salvação(5).(9) Jo 14:16,26; (10) Jo 16:7; (1) Ef 6:17; (2) Jo 16:8; (3) Jo 16:14; (4) Jo1:12,13; (5) Gl 3:26 Art. 15º - Do Impenitente - Os pecadores que não crerem no Salvador e não aceitarem a Salvação que lhes está oferecida de graça, hão de levar a punição de suas ofensas(6), pelo modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus(7). (6) Jo 3:36; (7) II Ts 1: 8,9 Art. 16º - Da Única Esperança de Salvação - Para os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe por vir além da morte um raio de esperança(8). Deus não deparou remédio para os que, até o fim da vida neste mundo, perseveraram nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alívio(9). (8) Jo 8:24; (9) Mc 9:42,43 Art. 17º - Da Obra do Espírito Santo no Crente - O Espírito santo continua a habitar e a operar naquele que faz nascer de Deus(10); esclarece-lhe a mente mais e mais com as verdades divinas(1), eleva e purifica-lhe as afeições adiantando nele a semelhança de Jesus(2), estes fruto do 498 499 espírito são prova de que passaram da morte para a vida, e que são de Cristo(3).(10) Jo 14:16,17; (1) Jo 16:13; (2) II Co 3:18; (3) Gl 5:22,23 Art. 18º - Da União do Crente com Cristo e do Poder para o Seu Serviço - Aqueles que tem o Espírito de Cristo estão unidos com Cristo(4), e como membro do seu corpo recebem a capacidade de servi-Lo(5). Usando desta capacidade, procuram viver, e realmente vivem, para a glória de Deus, seu Salvador(6).(4) Ef 5:29,30 ( 5) Jo 15:4,7 (6) I Co 6:20 Art. 19º - Da União do Corpo de Cristo - A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma(7) só e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor(8), os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo(9), para serem chamados e convertidos nesta vida e glorificados durante a eternidade(10). (7) Ef 3:15; (8) I Co 12:13; (9) Ef 1:11; (10) Rm 8: 29,30. Art. 20º - Dos Deveres do Crente - É obrigação dos membros de uma Igreja local, reunirem-se: (1) para fazer oração e dar louvores a Deus, estudarem sua Palavra, celebrarem os ritos ordenados por Ele, valerem um dos outros e promoverem o bem de todos os irmãos; receberem (2) entre si como membros aqueles que o pedem e que parecem verdadeiramente filhos de Deus pela fé; excluírem (3) aqueles que depois mostram a sua desobediência aos preceitos do Salvador que não são de Cristo; e procurarem o 499 500 auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus passos (4).(1)Hb 10:25; (2) Rm 14:1; (3) I Co 5:3-5; (4) Rm 8:5,16. Art. 21º - Da Obediência dos Crentes - Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo(5), recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos(6) e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se si acharem salvos de graça(7).(5) Ef 2:8,9; (6) I Jo 5:2,3; (7) Tt 3:4-8. Art. 22º - Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito - Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo(8), que é o Mestre(9), Pontífice(10) e Único Cabeça de sua Igreja(1); mas como Governador de sua casa(2) estabeleceu nela diversos cargos(3) como de Pastor(4), Presbítero(5), Diácono(6), e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos próprios, aos que ele quer para cumprirem os deveres desses ofícios(7), e quando existem devem ser reconhecidos pela igreja e preparados e dados por Deus(8). (8) I Pe 2:5-9; (9) Mt 23:8-10; (10) Hb 3:1; (1) Ef. 1:22; (2) Hb 3:6; (3) I Co 12:28; (4) Ef 4:2; (5) I Tm 3:1-7; (6) I Tm 3: 8-13; (7) I Pe 5:1; (8) Fl 2:29. Art. 23º - Da Relação de Deus para com Seu Povo - O Altíssimo Deus atende as orações(9) que, com fé, e, em 500 501 nome de Jesus, único Mediador(10) entre Deus e os homens, lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os louvores(1) e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus(2). (9) Mt 18:19; (10) I Tm 2:5; (1) Cl 3:16,17; (2) Mt 25:40,45; (3) Hb 10:1; (4) At 10:47,48; (5) Mt 26:26-28. Art. 24º - Da Cerimônia e dos Ritos Cristãos - Os ritos judaicos, divinamente instruídos pelo Ministério de Moisés , eram sombras dos bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram(3): os ritos cristãos são somente dois: o batismo com água(4) e a Ceia do Senhor(5). Art. 25º - Do Batismo com Água - O batismo com água foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador , quando envia o Espírito Santo para regenerar o pecador(6). Pela recepção do batismo com água, a pessoa declara que aceita os termos do pacto em que Deus assegura as bênçãos da salvação(7). (6) Mt. 3:11; (7) At 2:41 Art. 26º - Da Ceia do Senhor - Na Ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi morto e o sangue derramado no Calvário(8); participar do pão e do vinho representa o fato de que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isso em memória do Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto a sua fé, seu amor e o seu procedimento(9). (8) I Co 10:16; (9) I Co 11:28,29. 501 502 Art. 27º - Da Segunda Vinda do Senhor - Nosso Senhor Jesus Cristo virá do céu como homem(10), em Sua própria glória(1) e na glória de Seu Pai(2), com todos os santos e anjos; assentar-se-á no trono de Sua glória e julgará todas as nações. (10) At 1:11; (1) Mt 25:31; (2) Mt 16:27 Art. 28º - Da Ressurreição para a Vida ou para a Condenação - Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e ressuscitarão(3); os mortos em Cristo ressurgirão primeiro(4); os crentes que neste tempo estiverem vivos serão mudados(5), e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor(6), os outros também ressuscitarão, mas para a condenação(7). (3) Jo 5:25-29; (4) I Co 15:22,23;(5) I Co 15:51,52; (6) I Ts 4:16; (7) Jo 5:29. Partindo daqui analisaremos agora as Pentecostais Históricas que será encabeçada pela: Igreja 8.1.4 - ASSEMBLÉIA DE DEUS A Assembléia de Deus é uma comunidade protestante, seguindo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica. Cremos que qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus. Embora sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na 502 503 fundamentação bíblica-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18). A Assembléia de Deus é uma igreja evangélica pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão. A doutrina que distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como estão registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17). As Assembléias de Deus crêem que quando o Espírito Santo é derramado, ele enche o crente e fala em línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, a Assembléia de Deus não a tem como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4). O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança 503 504 na segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua missão, a Assembléia de Deus não prevalece do fato de ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito milhões de membros. Apesar de sua força e penetração social, optou por agir profética e sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por outro, não pode descuidar de suas responsabilidades intercessórias. a) Sua estrutura Administrativa As igrejas Assembléias de Deus atuam em cada lugar sem estarem ligadas administrativamente à uma instituição nacional. A ligação nacional entre as igrejas é feita através dos seus pastores que são filiados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), com sede no Rio de Janeiro. Em cada Estado os pastores estão ligados à convenções regionais ou a ministérios. Essas convenções, em geral, credenciam evangelistas e pastores, cuidam de assuntos da liderança e de direção das igrejas. Essas convenções operam um tipo de liderança regional entre a igreja local e a Convenção Geral. A CGADB é dirigida por uma Mesa Diretora, eleita a cada dois anos numa Assembléia Geral. Para várias áreas de atividades da Assembléia de Deus a CGADB tem um conselho ou uma comissão. Desta forma, existem o Conselho Administrativo da Casa Publicadora (CPAD), o Conselho de Educação e Cultura Religiosa, o Conselho de 504 505 Doutrinas, o Conselho Fiscal, o Conselho de Missões, a Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), e a Escola de Missões das Assembléias de Deus (EMAD). Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, a Assembléia de Deus não pode furtar-se às suas obrigações – proclamar o Evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. Somente assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como agência do Reino de Deus. As Assembléias de Deus não são a única igreja. Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para Ele. Nos cenários brasileiro e mundial somos uma das muitas denominações comprometidas em conduzir crianças, adolescentes, jovens e adultos a Cristo. As orações nas Assembléias de Deus alegam seus fiéis, é que sejam usados por Deus para ajudar os perdidos e propiciar um ambiente onde o Espírito Santo possa realizar sua obra especial na vida dos que crêem. Se você ainda não pertence à uma igreja, queremos lhe convidar a adorar a Deus em Espírito e em verdade, numa de nossas igrejas (João 4.24). b) O início da Igreja Assembléia de Deus Daniel Berg e Gunnar Vingren". Pouco tempo depois, Gunnar Vingren participou de uma convenção de igrejas batistas, em Chicago. Essas igrejas aceitaram o 505 506 Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu outro jovem sueco que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também fora batizado com o Espírito Santo. Após uma ampla troca de informações, experiências e idéias, Daniel Berg e Gunnar Vingren descobriram que Deus os estava guiando numa mesma direção, isto é: o Senhor desejava enviá-los com a mensagem do Evangelho a terras distantes, mas nenhum dos dois sabia exatamente para onde seriam enviados. Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar o pastor Vingren em South Bend. Durante aquela visita, quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor lhes falou, através de uma mensagem profética, que eles deveriam partir para pregar o Evangelho e as bênçãos do Avivamento Pentecostal. O lugar tinha sido mencionado na profecia: Pará. Nenhum dos presentes conhecia aquela localidade. Após a oração, os dois jovens foram a uma biblioteca à procura de um mapa que lhes indicasse onde o Pará estava localizado. Foi quando descobriram que se tratava de um estado do Norte do Brasil”. Primeira Igreja. No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que totalmente católico. 506 507 A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20, especialmente na América do Norte. Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim, eles foram chamados de “pentecostais”. Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20 falaram em outras línguas que não as suas originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram (Atos cap. 2). Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As igrejas existentes na época – Batista de Belém do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista, ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos 507 508 que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos. O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus. Segunda Igreja. Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. 8.1.5 - PENTECOSTAL DO BRASIL 508 509 Foi fundada em 1956 por Manoel de Melo, exmembro das Assembleias de Deus e consagrado pastor pela Igreja do Evangelho. Quadrangular. Era dono de um grande carisma. Manteve vários programas radiofônicos que foram um meio eficiente para a expansão da igreja. 8.1.6 - EVANGELHO QUADRANGULAR Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil. Foi fundada em 1951 pelo missionário Harold Willians, na cidade de Poços de Caldas. Em 1952 a igreja chegava a São Paulo, através de campanhas evangelísticas no bairro do Cambuci, que logo passaram a ser realizadas numa tenda. A partir daí o movimento cresceu, as tendas saíram peregrinando pelo país numa onda contagiante e cada tenda era a certeza da implantação de uma nova igreja. 8.1.7 - PENTECOSTAL DEUS É AMOR Igreja Pentecostal Deus é Amor. Foi fundada no dia 3 de junho de 1962, pelo missionário David Martins Miranda. Chegou a 8.140 igrejas locais, espalhadas pelo Brasil e mais em 136 países. 8.1.8 - CONGREGAÇÃO CRISTÃ. Foi fundada em 1910, pelo italiano Luigi Francescon, antigo membro da Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, EUA, e teve grande desenvolvimento no Brasil. Esta denominação, porém, é considerada como seita pelos 509 510 evangélicos devido aos seus inúmeros desvios doutrinários: o uso do véu, não aceitação do ministério pastoral, pregam contra o dízimo e afirmam que só nessa igreja é que o homem pode ser salvo. E são extremamente críticos quanto às demais igrejas. 8.1.9 - IGREJA DE NOVA VIDA. Fundada pelo Bispo Walter Robert McAlister, de nacionalidade canadense, que veio para o Brasil, Rio de Janeiro, onde implantou uma grande obra de evangelização conhecida como Cruzada de Nova Vida. A Igreja de Nova Vida nasceu de um programa de rádio, A Voz da Nova Vida, transmitido pela primeira vez, em 1 de agosto de 1960, pela Rádio Copacabana do RJ. Depois começaram fazer seus cultos na Associação Brasileira de Imprensa. A mensagem desse missionário era voltada para a cura e libertação, o que despertou interesse de muitos e avanço da denominação. 8.2 - IGREJAS RENOVADAS Renovadas são aquelas que procederam das denominações históricas, conservando traços administrativos e teológicos das igrejas mães. As denominações se formaram porque muitos pastores e líderes 510 511 abraçaram a renovação espiritual e desligaram-se de suas igrejas de origem. Outros, entretanto, foram excluídos de suas igrejas. 8.2.1 - IGREJA METODISTA WESLEYANA. Foi fundada por um grupo de ministros e leigos que militavam na Igreja Metodista do Brasil. As razões que deram origem à Igreja basearam-se na doutrina do batismo com o Espírito Santo como sendo uma segunda bênção para o crente e na aceitação dos dons espirituais. No dia 5 de janeiro de 1967, por ocasião do Concílio da Igreja Metodista do Brasil, realizado na cidade de Nova Friburgo (RJ), foi fundada a Igreja Metodista Wesleyana, aceitando como forma de governo o centralizado com o conselho geral, seguindo em linhas gerais o regime metodista. O movimento que culminou com o surgimento da Igreja Metodista Wesleyana começou em 1962, quando alguns ministros e leigos começaram a ser despertados para a obra de renovação espiritual. Em 1964 o grupo começou a ter contato com grupos de diversas denominações renovadas. Alguns membros do grupo começaram a ser batizados com o Espírito Santo. Eram constantes as vigílias nos montes, as reuniões de oração e os retiros. Em 1966 o grupo recebeu uma circular proibindo orações com imposição de mãos, expulsar demônios, cantar corinhos e fazer vigílias constantes. No final da carta havia a seguinte alternativa: se o grupo não obedecesse às normas da Igreja Metodista do Brasil, todos deveriam deixar suas fileiras. 511 512 8.2.2 - IGREJA BATISTA NACIONAL. Nos anos 60, líderes batistas, dentre os quais o Pr. Enéas Tognini, foram alcançados pelo avivamento. Em janeiro de 1965, na cidade de Niterói, a Convenção Batista Brasileira excluiu cerca de 32 igrejas de seu rol. No ano seguinte o número de igrejas desarroladas chegou a 52. Em 1966, foi criada a Associação Missionária Evangélica, que agregava as igrejas desligadas da Convenção Batista e outras. Em julho de 1967 os Estatutos da AME foram reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e cada qual se organizou de acordo com suas características históricas. Em 16 de setembro de 1967 a AME passou a se chamar Convenção Batista Nacional. 8.2.3 - IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO BRASIL. A IPRB foi organizada em 8 de janeiro de 1975, em Maringá, PR, fruto da fusão de duas igrejas oriundas de denominações históricas: a Igreja Cristã Presbiteriana e Igreja Presbiteriana Independente Renovada. Crescendo rapidamente, hoje possui igrejas em quase todos os Estados e em diversos países. Possui uma agência de missões (Mispa), dois seminários e a Editora Aleluia. 8.3 - IGREJAS NEOPENTECOSTAIS 512 513 As igrejas neopentecostais começaram a surgir no Brasil no início dos anos 80. Nessas denominações, há forte centralização de poder nas mãos do líder. Geralmente há uma ênfase na Teologia da Prosperidade. Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam à questão de roupas, de televisão, de costumes, e têm um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam o mudo espiritual dividindo-o entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como SeichoNo-E, induísmo e budismo. Para eles o crente não pode sentir dor, ser pobre ou estar fraco. Este movimento começou no início da década de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de 513 514 suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho. Os neopentecostais são menos exigentes em termos éticos que as igrejas protestantes tradicionais. Seus cultos apelam bastante para as emoções. São exemplos de grupos neopentecostais: Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, em 1977; Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade Sara Nossa Terra e Igreja Renascer em Cristo. Graças ao seu evangelismo ativo, o movimento pentecostal levou milhares de pessoas a se render ao Senhor Jesus. Isso tem produzido grande crescimento no reino de Deus no Brasil e fora do Brasil. Em toda a parte do mundo hoje há missionários brasileiros. Além disso, levou as pessoas a um maior desejo de santidade, a um testemunho real de sua fé. Segundo as últimas pesquisas, dez por cento da população brasileira pertencem a uma igreja pentecostal. As primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não ser verdadeiras". Aliás, neste livro queremos apenas ressaltar o Aspecto Comportamental do crente nas varias denominações existente no Brasil e que serve de orientação 514 515 para todos aqueles que desejam saber um pouco sobre os ramos religiosos e como um verdadeiro crente se comporta no Mundo. Não tecemos juizo de valor sobre nenhuma doutrina, isso é matéria para outro livro. Portanto, expomos os Movimentos a título de conhecimento e você julgue por si mesmo a que segmento doutrinário quer seguir. Se as Igrejas Histórica Reformadas, Pentecostais ou Neopentecostais. Seguindo com nossa exposição, temos entre as Igrejas Neopentecostais a: 8.3.1 – UNIVERSAL DO REINO DE DEUS Fundação: 1977 História e doutrina: Principal igreja do fenômeno neopentecostal brasileiro, foi fundada pelo bispo Edir Macedo, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Segue os preceitos gerais do cristianismo. Em seus cultos diários, estimula-se a doação do dízimo e é comum a prática do exorcismo. Aposta na mídia eletrônica para atrair fiéis. É dona da Rede Record de televisão (ABERTA), entre outras emissoras de rádio e TVs. Fiéis no Brasil: 5.200.000-(Dados de 2013) Templos: 13.000 Número médio de fiéis que frequentam cada templo: 400 515 516 8.3.2 - IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS Fundação: 1980 História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal, foi fundada no Rio por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo Edir Macedo. Suas pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a igreja arrebanhe seus fiéis. Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis Templos: Dados não disponíveis Número médio de fiéis que frequentam cada templo: Dados não disponíveis 8.3.3 – IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS Fundação: 1998 História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal, foi fundada no Rio pelo Bispo Valdomiro Santiago. Suas pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a igreja arrebanhe seus fiéis. Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis Templos: construiu uma megatemplo para 150 mil pessoas em São Paulo. Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados não disponíveis. 8.3.4 - IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM CRISTO Fundação: 1986 516 517 História e doutrina: Uma das neopentecostais em que o incentivo à busca da prosperidade material é mais evidente, a Renascer foi fundada em São Paulo. Tendo como público alvo a classe média urbana, trouxe novidades para os cultos evangélicos, como o rock gospel e as festas jovens dentro dos templos. A exemplo de suas congêneres, se mantém à base de doações sistemáticas de seus fiéis. Fiéis no Brasil: 120.000 Templos: 870 Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 138 8.3.5 - COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA NOSSA TERRA Fundação: 1992 História e doutrina: Surgida em Brasília, ganhou notoriedade depois de conquistar fiéis entre as celebridades e as classes mais abastadas do país. Apesar de seguir os preceitos básicos do cristianismo e de promover rituais de fé exaltados, é tolerante no que diz respeito a hábitos controversos e normas morais pouco rígidas. Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis Templos: 650 Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados não disponíveis Embora o Brasil seja, de longe, o maior país pentecostal do mundo, o fenômeno não é exclusividade nacional. Por ser o berço desta tradição religiosa, os Estados 517 518 Unidos ainda concentram a segunda maior massa pentecostal do mundo: quase seis milhões, ou perto de 2% de sua população. Quando se trata de evangélicos de forma geral, os americanos nos superam em larga margem: são 44 milhões nos EUA, contra 27,6 milhões no Brasil. Tirante os dois gigantes, o continente onde encontram-se mais evangélicos é a África. Só na Nigéria são mais de 25 milhões, seguidos pelos 10,3 milhões da Etiópia e os 9,4 milhões do Quênia. Na Ásia, os evangélicos representam mais da metade da população da Coréia do Sul, sendo um quarto deles de pentecostais, e também prosperam na Índia (11 milhões, pouco se comparado à maioria hinduísta do país) e na Indonésia (5,3 milhões). Entre os latino-americanos, destacam-se as massas evangélicas da Argentina, com 2,5 milhões de religiosos quase todos pentecostais e do México com 2,4 milhões. Toda esta presença internacional tem estimulado muitas das igrejas evangélicas brasileiras a abrir filiais no exterior. A Igreja Universal do Reino de Deus possui sede em todos os continentes do planeta - está em 70 países. A Internacional da Graça de Deus, do telepastor R.R. Soares vai pelo mesmo caminho: já chegou aos Estados Unidos, ao México e ao Japão. E dentre as mais antigas, a Assembléia de Deus possui endereços nas Américas, na Ásia e na Europa. 8.3.6 – IGREJAS EM CELULAS 518 519 Muitas Igreja brasileiras estão, aderindo a este novo sistema de Evangelização, conhecido como o G-12, ou Grupo dos doze. Que consiste em formar pequenas celulas de estudo bíblico nos lares, sob o comando de um casal de líder de celulas e um casal de vice-líder e convida os vizinhos para assistirem as reuniões e fazerem parte de sua célula como seus Timóteo (aprendizes) até que possam formar o número de doze membros e só assim, passar a formar uma outra célula dirigida pelo casal auxiliar da primeira célula. Aumentando exponencialmente o número de membros da Igreja. O nome célula é usado em virtude de seu crescimento ser similar ao das células de um corpo humano em crescimento. Uma criança cresce pela multiplicação constante das células de seu corpo. A falta de crescimento indica que alguma coisa está errada e necessita de correção. Assim uma Igreja também deve ter crescimento pela multiplicação rápida de suas células e só parar de crescer quando estiver madura e pronta para as bodas do Cordeiro, no arrebatamento. Igrejas com células e Igrejas em células Há uma diferença muito grande entre uma Igreja com células e uma Igreja em células. Uma Igreja não pode misturar os padrões tradicionais da vida da Igreja com as estruturas de grupos celulares e ser bem sucedida. 519 520 A Igreja com células tem seus pequenos grupos como mais um programa, mais uma atividade interessante para incentivar o evangelismo e dar funções e cargos às pessoas. As células nessas Igrejas não têm a prioridade, e os ministérios não fluem das células, nem há um compromisso sério com elas. Muitas vezes os líderes são dispensados das células para exercerem com "mais eficiência" outras "atividades". Essa Igreja continua com seus programas de entretenimento para os seus membros e os de outras Igrejas. Uma Igreja em células passou por uma reforma radical em toda a sua teologia e estrutura, e baseia nos pequeno grupos o foco central de sua vida e alcance evangelísticos. As células se constituem prioridade sobre programas e ministérios. O louvor dos cultos de celebração são conduzidos pelas lideranças celulares. É nas células que as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e espirituais, necessitados recebem beneficência, os feridos e traumatizados a cura, os laços conjugais são restaurados. Os programas de entretenimento dão lugar à campanhas de evangelismo pessoal e eventos de colheita de almas preciosas. 1. O que não são células: • Não são cópias de cultos:- Não é mais um culto realizado nas casas dos irmãos, onde uma ou duas pessoas dirigem tudo e as demais ouvem passivamente. Nas Igrejas modernas apenas um pequeno grupo de no máximo 10 a 520 521 15% desempenham todas as tarefas, nada sobrando para os demais. • Não são "Koinonites", ou reuniões de clubes fechados onde os membros perdem a visão da Grande Comissão:"Ide (ou indo) por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura", do ganhar almas para o reino de Deus, procurando apenas a "edificação e comunhão próprias". Muitas vezes procuram só se aprofundar na palavra, como fazem as "organizações de treinamento", tais quais "tatus" se aprofundam e somem na terra, como diz o Pr. Roberto Lay. • Não são "igrejinhas", competindo com os outros grupos, "roubando-lhes" os membros, e chegando o momento de se subdividir para a multiplicação do corpo de Cristo, recusam-se alegando vários motivos. • Não são mais um programa da igreja. São a vida da própria Igreja ganhando almas lá onde elas estão. 2. O que são células: • São os pequenos grupos se reunindo, nos lares principalmente ou em outros lugares pré-determinados, onde o líder é o que serve coordenando (facilitando) os trabalhos, que contam com a participação de todos. 521 522 8.4 – No debate apologético Há um crescimento significativo no número de fiéis no meio evangélico, e esse aumento traz junto uma notoriedade nunca antes vista sobre os cristãos em nossos pais, “enquanto éramos uma maioria de católicos estava tudo na santa paz”. Mais com o despertar do protestantismo, surge uma gama enorme de problemas no meio evangélico. Não é de hoje que temos que lidar com a acusação de que “pastor só está interessado no dinheiro dos fiéis”. “Esses crentes fazem lavagem cerebral no povo”. “A teologia da prosperidade é a nova onda de evangelismo”. Em 1º lugar eu devo dizer que não se deve julgar todo o povo evangélico por causa de Pastores televisivos. Em 2º Lugar dizer: Eles não representam a essência do Cristianismo. Em 3º Lugar, sou Pastor mais não comungo a mesma sede por dinheiro, status e poder de tais Pastores. 4º Embora esse evangelismo esteja na mídia ela não é a única forma de evangelismo. O Brasil é grande demais: O povo cristão convive com centenas de ministérios diferentes, que vão desde pequenas à grandes diferenças. Então não há como colocar todos num mesmo cesto e dizer eis aqui os evangélicos do Brasil. Independente de qual seja a congregação o fiel tem sempre ou quase sempre o mesmo foco. Servir a Deus, e Jesus Cristo é o caminho que conduz a Deus. Mais devido a tantas congregações existentes eu 522 523 terei aqui a ousadia de abrir os olhos daqueles que desejam servir a Cristo e somente a ele. 8.4.1 – Ateus Os ateus são pessoas inteligentes e perspicazes, sendo que muitos já foram religiosos fervorosos. Assim, há uma grande probabilidade de, ao invés de convertê-lo, você acabe sendo convertido, o que poderá gerar muitos problemas emocionais e psicológicos e danos ao seu modo de vida e à forma como você vê a vida. A base das convicções ateístas são a ciência e filosofia. Os ateus geralmente passam muitos anos de suas vidas dedicando-se ao estudo de disciplinas como história, astrofísica, biologia e psicologia. Portanto, se você não possui tais conhecimentos de maneira aprofundada, é possível que seus argumentos sejam sistematicamente derrubados. Ao mesmo tempo, a religião é a base do equilíbrio emocional de muitas pessoas. Ao conversar com um ateu, tome cuidado para não ser como o lenhador que acaba sendo esmagado pela árvore que deseja cortar. Pense em como você reagiria se alguém tentasse persuadí-lo a rejeitar suas crenças. Se um amigo estiver interessado em falar com você a respeito de fé e religião, faça isso de maneira gradual e em ocasiões mutuamente convenientes. Nunca exponha seus pontos de vista a alguém que não queira ouvi-la, ou você irá certamente passar uma má impressão. 523 524 Muitos ateus podem não considerar seu sistema pessoal de crenças como parte negociável de sua pessoa. Eles estão mais preocupados com seu comportamento, em ser uma boa pessoa, do que em saber a "fé" ou ideologia da qual se origina essa ação. Converse sempre em um tom agradável, amistoso e jamais julgue. Ao invés de tentar converter alguém às suas crenças religiosas ao vencer uma discussão, os cristãos acreditam que o mais importante é mostrar ao outro uma amizade incondicional. Esse simples ato pessoal e carinhoso é o que pode realmente atrair os demais. Nós podemos vê-los como "almas", mas o que eles querem é admirar e serem admirados/amados. Certamente o meio de um debate não é a melhor hora para tentar persuadir alguém a acreditar em sua fé. Da mesma forma, fazer isso em um local de trabalho, numa mesa de jantar ou em meio a um grande grupo de pessoas não é a melhor opção para discutir suas crenças com um descrente. Se o assunto vier à tona, reserve outro momento para discutí-lo em profundidade e com mais privacidade (em uma mesa de cozinha, uma cafeteria ou um parque, por exemplo). Nunca sobrecarregue um amigo descrente com os seus pontos de vista ou tente ignorar suas argumentações. Deixe a discussão seguir seu curso natural e tente não fazer com que a conversa se torne inconveniente, de modo a se tornar um confronto nada amigável. 524 525 Sempre que você estiver discutindo questões de fé, é de extrema importância ter uma conversa genuína, não uma troca de acusações, argumentos ofensivos ou sermões. Se você espera convencer alguém a acreditar em seu ponto de vista, a primeira coisa a se fazer é estar pronto para demonstrar um interesse genuíno pelo ponto de vista da outra pessoa. Se você perceber que está falando muito mais do que ouvindo o outro pacientemente, provavelmente você não estará tendo uma conversa genuína ou aceitável. Não se trata apenas de bombardear retóricas em território inimigo, é apenas uma conversa com alguém que você gosta o suficiente para discutir com ele a sua razão de sua fé. Seja franco e honesto em todos os momentos. Se você deixar que intensas emoções aflorem e direcionem a conversa, você poderá acabar causando danos irreparáveis à sua amizade. A conversa deve sempre ser civilizada, positiva e cordial. Nunca seja rude com seu amigo ou acuseo de mentir, de ser preconceituoso ou dizer coisas maliciosas para provar que está certo. A melhor maneira de deixar alguém interessado no cristianismo é apresentar como sua fé satisfaz sua vida pessoal. Mostre a vida cristã de uma forma atraente para as pessoas e elas ficarão mais interessadas e curiosas para saber mais sobre como você vive. Você não estará discutindo fatos e sim fé. A maneira correta de se fazer isso é não tentando persuadi-los 525 526 ou incitá-los a se converter ou envolvê-los em um debate competitivo sobre as virtudes de sua fé. 8.4.2 - Espiritismo Temos que ter em conta que no discernimento dos espíritos, seja como dom comum da inteligência ilustrada pela doutrina, seja como dom carismático infundido pelo Espírito Santo, são três as categorias possíveis: coisas que vem de Deus, coisas que vem dos homens, coisas que vem do demônio. O espiritismo é uma categoria muito vasta que engloba muitas coisas. É claro que segundo a Verdade Revelada tanto a evocação dos espíritos dos mortos, como as práticas de adivinhação e magia, como também a adoração de outros deuses é algo condenável e pecaminoso. Porém, sabemos que a inteligência humana obscurecida pelo pecado original não pode conhecer plenamente a verdade sem a luz da revelação e da graça de Deus. Creio que algumas manifestações do dito "espiritismo" pode ter a ver com uma busca, por vezes até mesmo sincera, do homem que não conhece Cristo, mas possui naturalmente um sentimento religioso. Outros, certamente, procuram as práticas "espíritas" por ganância, sede de poder, busca egoística dos próprios interesses, etc. Ou seja, por sua própria maldade. 526 527 As doutrinas espíritas são, em minha opinião, frutos destas duas fontes, posto que não se baseiam exatamente em uma revelação, mas em uma dita "experiência psicológica ou espiritual". É difícil dizer, de modo geral, que o demônio tenha participação em todas estas experiências. Assim, é verdade que o Demônio, aproveitando-se da ingenuidade e maldade do coração humano pode utilizar-se destas pessoas e, em alguns casos, posso testemunhar que isto se deu e com consequências nefastas. Porém tenho também conhecimento de casos concretos onde a doutrina espírita foi uma verdadeira preparação evangélica: despertou o sentimento religioso de pessoas que posteriormente conheceram, inclusive por tal doutrina, o evangelho e hoje são verdadeiros cristãos. Dizer que algo "é do demônio" no púlpito, por exemplo, como nos perguntou nosso amigo Willian, pode ser contraproducente para aqueles que vivem sinceramente uma religião que julgam boa, em uma verdadeira busca de Deus; e ineficaz para aqueles que, por sua maldade, sabem exatamente onde estão indo e o que querem, ou quiseram, este caminho. Muito mais eficaz é suscitar dúvidas que levem tais indivíduos a questionar-se, levando inclusive a uma conversa pessoal, sobre os valores espíritas. 527 528 A experiência que tenho é que a doutrina espírita se combate "corpo-a-corpo", com amizade e cuidado. Os "embates públicos" não ajudam muito. De modo que, se um espírita kardecista, por exemplo, me pergunta se o espiritismo é do demônio, eu conversaria com ele para que juntos chegássemos a conclusão de que "sim, é do demônio". Só deste modo ele teria argumento suficiente para decidir (isso mesmo!) se quer continuar no espiritismo ou não, ou melhor, se quer seguir a Jesus Cristo ou não. Embora esteja claro e patente que o Espiritismo defende doutrina que a Palavra de Deus condena como: Consulta aos Mortos, reencarnação, a presença do homem na Terra antes de Adão, nega a eternidade das penas, a existência do demônio, do purgatório e do fogo do Inferno. A prática de consultar mortos é antiga e quando foi para os israelistas entrarem na Terra Prometida, Deus alertou sobre povos que habitavam aquelas regiões. Alguns desses povos tinham pessoas que se comunicavam com mortos. Independente de questionar se os espíritos eram ou não aqueles que diziam ser, a prática de se comunicar com eles foi proibida e foi considerada por Deus como abominação. Isso não mudou. Isso é abominação a Deus. Pelo menos, se a pessoa quer seguir a Bíblia, como fonte de verdade, deve abominar isso. A discussão de quem são ou quais as origens dos espíritos que se comunicam com pessoas é um segundo passo. O primeiro passo é mostrar que a doutrina espírita, em suas várias ramificações, principalmente quanto a principal prática deles (comunicar528 529 se com mortos ou desencarnados) é proibida por Deus e é abominação ao Senhor Nosso Deus. Como Evangélicos respeitamos a posição dos Espíritas, em sua liberdade de expressão e culto, compreendemos seus dogmas, que somos livres para escolher em que cremos, entretanto à luz dos ensinamentos da Bíblia, não aceitamos e nem concordamos com essa prática. Porque vai de encontro as ordens de Deus em (Dt 18.10-12), que diz: 10. Que entre o teu povo não se encontre alguém que queime seu filho ou filha, nem que faça presságio, oráculo, adivinhação ou qualquer tipo de magia, 11. ou que pratique encantamentos; nem que seja médium, consulte os espíritos ou invoque os mortos. 12. O SENHOR odeia quem pratica qualquer dessas abominações, e é justamente por causa desses pecados que Yahweh teu Deus vai expulsar aquelas nações em teu favor.… 8.4.3 – Seitas e Heresias Temos estudado a palavra de Deus nos últimos anos e observado como as seitas e heresias crescem a cada dia. As seitas, no conceito que adotamos, crescem em números de adeptos e as heresias, além das contidas no arcabouço doutrinário das próprias seitas, enchem diariamente os bancos de nossas igrejas cristãs. 529 530 O que vemos, em termos de heresias, é a total e descabida falta de conhecimento bíblico. Jesus disse (Mt 22.29) que nós erramos em não conhecermos nem as escrituras e nem o poder de Deus. Por exemplo, é comum pessoas se auto-intitularem apóstolos sem exercer tal ministério. Isso, por si só, é mentira e desonestidade. Tem igrejas que se estribam em símbolos judaicos, quando não somos mais judeus, nem gregos, nem servos (I Co 12.13), tem igrejas que condenam o uso de salões para se fazer reuniões, tem igrejas que se arvoram como donas das revelações, tem cantores que se passam por profetas e falam as coisas mais estranhas e fora da Bíblia, especialmente quando desconhecem a própria palavra de Deus, enfim, tudo se torna um simples reflexo da falta de conhecimento bíblico. Mas, o que me leva a escrever neste momento é que as seitas, assim como as próprias heresias inseridas nas igrejas cristãs, não resistem muitas vezes a um único versículo, quando muito a dois,que contém a mesma ideia. Um único versículo consegue derrubar poderosas seitas, devido à simplicidade que existe na palavra de Deus. Paulo escreveu em II Co 11.3: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” Ora, ser simples é ser Cristocêntrico. É estar na verdade. Mas como os sentidos são corrompidos, alguns não conseguem ter a revelação da simplicidade. A 530 531 simplicidade é vencida por um coração duro e também pela mentira. Paulo exorta-nos em II Co 4.4 que o diabo cega o entendimento das pessoas e, por isso, elas se tornam obcecadas em alguma mentira ou com alguma mentira. Por isso que o conhecimento da Bíblia é fundamental. Serve como escudo e proteção quando a mentira tenta criar alguma raiz em nós. Por exemplo, vejamos a seguir alguns dogmas de seitas que apenas UM (ou dois) versículo já elimina a possibilidade de tal movimento não ser uma seita (à luz estrita da Bíblia Sagrada). 8.4.3.1 - MÓRMONS NOME DA SEITA: Mórmons (A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias) FATO OU DOGMA ENSINADO: O fundador do Mormonismo alega ter recebido uma revelação, na qual o Senhor instruiu a Igreja a dar ouvidos às suas palavras, como se fossem do próprio Deus. FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL DOGMA: Livro Nosso Legado página 15 Edição 1996 VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O DOGMA: Galátas 1.9 “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também volo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.”(MALDITO). 8.4.3.2 – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ 531 532 NOME DA SEITA: Testemunhas de Jeová FATO OU DOGMA ENSINADO: É argumentado pelas TJ que Jesus não ressuscitou com o seu corpo do sepulcro. FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL DOGMA: “..sua volta nunca poderia ser com o corpo humano” (livro “Poderá viver… página143) VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O DOGMA: I Coríntios 15.17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 8.4.3.3 – ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA NOME DA SEITA: Adventistas do Sétimo Dia FATO OU DOGMA ENSINADO: A guarda do Sábado FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL DOGMA: “Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna” . (EG White; Testemunhos Seletos, vol. III; Ed. Casa Publicadora; Tatuí – SP; 1956, pág.22). VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O DOGMA: Gálatas 4. 9 e 10 – Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 8.4.3.4 – CATOLICISMO ROMANO NOME DA RELIGIÃO: Catolicismo Romano 532 533 FATO OU DOGMA ENSINADO: Intercessão de Maria FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL DOGMA: Dogmas católicos VERSÍCULO OU IDÉIA ÚNICA QUE DERRUBA O DOGMA: I Timóteo 2.5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 8,4.3.5 – ISLAMISMO NOME DA RELIGIÃO: Islamismo FATO OU DOGMA ENSINADO: O fundador do Islamismo alega ter recebido nova revelação, na qual o seu Deus (Allah) lhe transmite novas leis e doutrinas (Alcorão). FONTE OU AUTORIDADE QUE DECLARA TAL DOGMA: “Alcorão é a palavra de Allah, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade.” Fonte: www.alcorao.com.br VERSÍCULO OU IDEIA ÚNICA QUE DERRUBA O DOGMA: Além de Gálatas 1.9, outro texto que derruba tudo isso é Apoc 22. 18 e 19. “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”. 533 534 Podemos, então, resumir essas idéias, para clarear nossos pensamentos a respeito. Se o mormonismo como um todo é baseado tão somente nas novas revelações que teriam sido dadas a Joseph Smith, logo, pela Bíblia, é anátema (maldição). Pode-se argumentar o que quiser, tentar provar outras doutrinas, mas se a base já está maldita, imagina o que se seguirá. Sobre as Testemunhas de Jeová, que negam a ressurreição como está na Bíblia, é interessante notar que nem eles existiriam caso Jesus não tivesse ressuscitado. Paulo simplesmente diz que tudo estaria perdido se Ele (Jesus) não tivesse ressuscitado, ou seja, nada adiantaria pregar o Evangelho. Assim, sem que o Evangelho tivesse tido sua propagação no início do século 1, muitas outras religiões inexistiriam, pois tiveram suas origens em desvios das doutrinas cristãs, com exemplo, as próprias Testemunhas de Jeová, cujo fundador foi um homem cristão. Sobre a guarda do sábado, Paulo mostra CLARAMENTE que guardar dias (incluo aqui o Domingo, guardar domingo foi invenção do catolicismo romano) é rudimento pobre e fraco. Os irmãos na Galácia haviam sido evangelizados por Paulo, mas depois, com a influência de Pedro, passaram a realizar coisas do judaísmo, uma das quais a guardar os sábados. Ora, quando Paulo retornou àquela igreja e viu aquilo, ele ficou espantado e disse isso: 534 535 “como vocês voltaram a essas práticas, rudimentos fracos e pobres??” . Assim, por mais que se tenham estudos, conferências, divulgações na TV, nas rádios, uma coisa os adventistas não podem: extrair essa palavra de Paulo. Guardar dias é tornar a rudimentos fracos e pobres. Uma das rezas memorizadas feitas pelos católicos diz: “SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS PECADORES…” Ora, rogai é o mesmo que mediai, intervir por alguém. Mas apenas um versículo é suficiente para derrubar isso, pois se ela tivesse esse poder ou essa autoridade, certamente estaria no versículo mostrado anteriormente, I Tm 2.5. Ali diz que só um pode rogar por nós. Temos apenas UM mediador. Qualquer sincero que leia isso vai ficar com dúvida a respeito das funções de MARIA na vida de um cristão. Em relação ao Islamismo, dar-se-á o mesmo pensamento ligado ao Mormonismo. Isso implica em negar todo o resto tendo um começo equivocado. Segundo a Palavra de Deus, a qual nós cremos e nossa única base de fé, qualquer coisa que fosse acrescentada ou retirada depois que se concluiu o Novo Testamento não seria mais base de fé ou fundamento para o cristianismo. Com isso, ao aceitar um novo livro (Alcorão) em que novas revelações teriam sido feitas, estou negando o que Paulo disse aos Gálatas sobre um novo Evangelho e estaria incorrendo no erro de desobedecer ao que está em Apocalipse 22.18 e 19. 535 536 Finalizando, quero dizer que fundamentar ou criar uma doutrina usando apenas um versículo ou uma única idéia da Bíblia é extremante difícil, quiçá perigoso, pois se corre o risco do desvio doutrinário. Em contrapartida, a Palavra de Deus é tão sábia que, em um ÚNICO verso ou ÚNICA idéia, a gente desconstrói toda uma seita, todo um cabedal de falsas doutrinas e que por aquele único clique fica sem base. Isso é maravilhoso. O triste é que muitos estão cegos (II Co 4.4) para enxergar isso e queira Deus que você hoje ao ler esse livro tenha um clique em sua cabeça que lhe traga luz sobre o que estás lendo. 8.5 - Na conversa com amigos e irmãos na Fé Mantenha a discussão leve na primeira vez. Conforme o tempo passar e vocês falarem mais sobre o assunto, daí você pode ser mais profundo. Uma fé calma e sólida é notável. Se você não se alterar, aqueles que estiverem ouvindo saberão que a sua fé é forte e profunda. Você não precisa gritar pra ser ouvido. Mostrar aos seus amigos que o que vem do seu coração e fé é sincero é essencial. Quando eles souberem que você não é histérico, estranho, fanático pela Bíblia apenas esperando para capturá-los em sua armadilha, eles notarão que podem confiar que essas discussões serão 536 537 trocas produtivas de ideias e crenças ao invés das discussões aos berros que levam a lugar nenhum. Os cientistas gostam de apontar para evidências. Informe-os que há na verdade muita evidência para apontar para a validade de muitos dos escritos nos quais o Cristianismo é baseado. Aponte também para o professor Stephen Hawking, o maior físico do nosso tempo (e talvez de todos os tempos): ele diz que, baseado nas evidências que viu, não pode excluir a existência de Deus. Faça uma pesquisa para ajudar a aumentar a sua confiança nessa área. Como um cristão, você representa Cristo onde quer que vá. Seja um bom exemplo. Ser um humano é permitido, mas beber álcool, xingar ou flertar com os cônjuges dos seus amigos não fará com que seja levado a sério. Do mesmo modo, se for pudico, facilmente ofendido ou presunçoso, nem se incomode em tentar. Apenas seja tranquilo e converse com seus amigos honestamente, sem pregar. Espere pelas circunstâncias certas. Não deixe seu próprio interesse em um assunto substituir o que estiver acontecendo com a outra pessoa emocionalmente naquele momento. Muitas vezes, a melhor maneira de compartilhar a sua fé é apenas "estando ali" para a outra pessoa. Evite entrar em discussões políticas relacionadas com ideias religiosas: aborto, casamento gay e 537 538 outros assuntos similares. Se deseja contribuir em conversas como essas, tenha certeza que a discussão será uma TROCA de ideias. Por vezes, essas discussões podem ser produtivas em maneiras surpreendentes, mas é melhor que participe delas ao invés de começá-las. 8.6 – Com a Linguagem do Crente “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” Ef 4:29 “Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces (conversas tolas), nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças.” Ef 5:3-4 “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.” Cl 3:8 Segundo as Escrituras Sagradas, todo aquele que com a boca confessa a Jesus como seu Salvador, e com o coração crê para a salvação, é feito nova criatura, passando por uma transformação total em seu ser. Transforma-se a mente, e as coisas antigas dão lugar às novas. Afinal, vinho novo não pode ser colocado 538 539 em odres velhos, muito menos remendo de pano novo em veste velha (Mc 2:21-22). Velhos hábitos ruins não cabem em uma nova vida. Isto implica, também, em mudança no nosso falar. Alguém que renasceu em Cristo não pode ficar preso à linguagem corrosiva que antes cultivava, porém deve passar a ser um canal através do qual Deus manifestará a Sua Graça aos que ainda não foram alcançados e também àqueles que já O conhecem e O amam. O tempo todo estamos nos comunicando com as pessoas, e o principal meio empregado são nossas palavras. Portanto, é necessário estar sempre vigilantes quanto ao que nossos lábios falam, pois através de palavras podemos edificar ou destruir. Segundo o ensino de Paulo, apóstolo de Cristo, o falar cristão deve estar livre de alguns vícios altamente destrutivos: a) palavras torpes – no original grego, o termo traduzido por torpe é sapros, que era comumente empregado com o significado de estragado, podre, decadente, muito utilizado em relação a peixes, carnes, frutas e outros alimentos. Figuradamente, esse termo representa o que é decadente, imoral, prejudicial, danoso, vergonhoso, indecente, nojento, repugnante. 539 540 Palavras torpes são aquelas capazes de provocar mal-estar aos outros, fazer com que as pessoas se sintam desconfortáveis e ansiosas por deixar o local, ferir a auto-estima alheia, ofender, humilhar, desanimar etc. Os palavrões são exemplos bem claros de palavras torpes. Brincadeiras capazes de provocar humilhação, às vezes até mesmo sem intenção, também se enquadram nessa categoria e devem ser evitadas. Proferir julgamentos contra nossos irmãos é uma forma de torpeza, visto que, quando o fazemos, estamos não apenas usurpando uma prerrogativa que pertence somente a Deus, mas estamos nos colocando em situação de superioridade em relação à pessoa a quem julgamos e provocando redução de sua autoestima, que pode resultar em consequências muito graves. De nossos lábios não devem sair palavras de julgamento, críticas, murmuração, xingamento, maldição, maledicência, depreciação, fofocas, mentiras. Antes, nossa língua deve proferir palavras de exortação, estímulo, gratidão, elogios sinceros, bênção, e tudo o mais que for bom, agradável e edificante. Paulo é bem claro quanto a isto, ao afirmar que de nossa boca deve sair palavra para edificação, a fim de transmitir graça aos que ouvem. 540 541 b) parvoíces: em algumas versões, em vez de parvoíces consta palavras vãs ou conversas tolas. Segundo o dicionário bíblico, significa tolice, cretinice, estupidez. Essas palavras também significam asneira, besteira. “Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão.” Ef 5:4, NTLH. Um cristão não deve andar em conversas tolas, visto que a Palavra de Deus é fonte de sabedoria, e o Espírito Santo nos leva ao proceder sábio. No versículo 6 do capítulo 5 de Efésios, Paulo fala que “ninguém vos engane com palavras vãs, porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”. O que vêm a ser essas palavras vãs? c) Palavras vãs – Por incrível que pareça, ainda há pessoas que vivem como se Deus não existisse, ou não levam em conta a Sua existência. Trata-se de uma atitude que restringe a vida ao presente, pois não há pensamento sobre o futuro, não se espera que haja uma vida após a morte. Mas isso não é algo que ocorre apenas nos dias atuais, pois desde tempos antigos é algo relativamente frequente. Nos dias de Paulo havia pessoas desse tipo perturbando a Igreja. Entretanto, quem atenta para visão bíblica da vida percebe que a história se move em direção a um ponto final, quando todo ser humano haverá de estar diante de Deus para responder por seus atos (II Cor. 5:10; Hb. 9:27). Enfatizando a responsabilidade final do homem perante Deus, Paulo 541 542 adverte que tão certamente quanto o amor de Deus se manifestou para a salvação da humanidade, com toda certeza "vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Ef. 5:6). A ira divina é o juízo contra todo o mal e pecado, e contra aqueles que praticam tais coisas. Levando em conta a certeza do julgamento, Paulo advertiu aos crentes: "Não sejais participantes com eles" (v. 7). Indaga-se, então: participantes com quem? O verso 6 se refere aos que falam "palavras vãs". Eram falsos mestres que tinham suas mentes ainda impregnadas de filosofias pagãs, negando a realidade do pecado e do juízo final para aquele pecado. Paulo, então, orienta energicamente para que os crentes se afastem dessas pessoas e das suas filosofias, pois elas se opõem à verdade como é em Jesus. O apóstolo manifesta verdadeiro horror aos seus falsos ensinos e chama esses homens como "filhos da desobediência", sobre quem cairá "a ira de Deus" (v. 6). Ainda, Paulo adverte os cristãos no sentido de que, entre eles, não haja sequer sugestão, pensamento ou piada a respeito desses pecados. d) chocarrices – chocarrice, segundo os dicionários, inclusive o bíblico, significa gracejo atrevido ou petulante, grosseiro; gozação; caçoada; piada com conteúdo pesado; palavra que choca. Cristãos não devem andar a falar coisas grosseiras, fazendo piadas de mau gosto, com gracinhas atrevidas e muitas vezes grosseiras. 542 543 Paulo diz: “a vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4:6). A murmuração é um câncer, que corrói não apenas a pessoa que murmura, mas também afeta o próximo. Em Êxodo 16:3 (“E os filhos de Israel disseramlhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão”), vemos o povo de Deus murmurando. De seus lábios, antes de saírem palavras de gratidão, saiam palavras de reclamação. Nossa boca deve expressar nossa gratidão a Deus por tudo o que Ele nos dá. Pela nossa casa, pela família, pelo trabalho, pela saúde, pelas tribulações que nos fazem crescer e amadurecer etc. Tiago nos exorta a fazer bom uso de nossa língua, proferindo palavras de bênção, e não de maldição, e procurando refrear a língua, pois assim como ela pode edificar, também tem enorme poder destruidor (Tg 3:1-12). As palavras devem ser usadas com ponderação, em todas as ocasiões, seja no nosso lar, no trabalho, na 543 544 comunidade evangélica, no ambiente escolar, em momentos de lazer, etc. Muitas famílias são destruídas porque as pessoas não refreiam suas línguas, e não refletem antes de proferirem alguma palavra. Assim, cônjuges se ofendem mutuamente, se desvalorizam um ao outro; pais amaldiçoam filhos, mesmo sem querer e sem saber, ao atribuírem a eles algum tipo de característica negativa. Sigamos o que diz Salomão: “Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.” (Pv 10:19) “As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Pv 16:24) Que sejamos legítimos canais de bênçãos e da Graça de Deus ao nosso próximo, através das palavras que saem de nossos lábios. “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca”. [Colossenses 3: 8] 1) É comum na Adolescência e Juventude e até no começo da fase adulta as pessoas terem um vocabulário muito torpe (indecente) e bastante deteriorado e degradado, não importando sua profissão, ocupação, grau de escolaridade, 544 545 estado social ou cultural, condição econômica, idade ou sexo. Pergunta: O que é comum em nossa época? 2) A forma de vida do povo de Deus, sem engano, se distingui de maneira clara dos demais humanos, por serem santos em todos os aspectos da vida , e nos referimos a um adulto, jovem, velho ou criança, não importando sua atividade, sexo ou grau de preparação humana, que tem o conhecimento da existência de Deus que mora em sua vida, dirigindo-a em todos os momentos e em todos os sentidos através de Sua doutrina e mandamentos santos. Pergunta: De que forma se distingui o povo de Deus aos demais humanos? A transcendência do vocabulário na vida do crente 3) O Senhor Jesus Cristo expressou o seguinte: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus”. [Mateus 7: 16, 17]. Que nos ensina o Senhor com estas palavras? Pergunta: O que disse o Senhor? 4) Um vocabulário de baixo calão revela se a pessoa é verdadeiramente cristã ou não. O Senhor, sobre esse mesmo assunto declara: “O homem bom, do bom tesouro do seu 545 546 coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca”. [Lucas 6: 45] É assim como entendemos que a forma de falar de um crente é “determinante”, não somente frente aos olhos das pessoas, mas perante nosso Senhor, pelo que é de vital importância saber até onde é saudável expressar certas palavras ou frases, e ainda, se é preferível deixar de pronuncia-las. Perguntas: O que revela o vocabulário? O que significam as palavras do Senhor quanto ao modo de falar? O que entendemos com essas palavras? 5) Querido leitor: Na linguagem atual dos humanos existem palavras ou frases: a) Vulgares, que são utilizadas por pessoas baixas, que formam quadrilhas ou homens que vivem em bairros de má reputação. b) Palavras ou frases com duplo sentido, que se utilizam de maneira que os demais não as entendam, ou utiliza-las com quem as entendem; esse vocabulário se conhece como gíria. c) Torpes, são palavras cujo significado é sujo, obsceno e que não são utilizadas sequer por pessoas de boa educação, descentes ou de moral, e muito menos por uma pessoa espiritual. 546 547 Perguntas: Quem utiliza palavras vulgares? Devemos utilizar gírias? O que são palavras torpes? Algum tempo atrás, assisti o filme “Até que a sorte nos separe 3” e fiquei assustado com a quantidade de palavrões ditos pelo protagonista. Na história, Tino (Leandro Hassum – ator brasileiro) procura um emprego fixo, não obtendo sucesso, começa a fazer um bico no semáforo e é atropelado pelo filho do homem mais rico do país. Dentro deste contexto, é comum ouvirmos palavras de baixo calão em um longa-metragem voltado para a família brasileira. Cada dia mais tem se tornado comum o uso de palavrão em filmes, novelas e músicas. Palavrão, segundo o Dicionário é definido como “um grupo de palavras que são consideradas, em meio a sociedade, vulgares e desnecessárias”. Numa sociedade distante de Deus, as pessoas são incentivadas e aplaudidas quando usam esse tipo de linguagem. O apóstolo Paulo já havia afirmado a esse respeito: “não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Romanos 12.32b). Para muitos o uso de palavrões já se tornou um hábito. O que é um hábito? Comportamento que a pessoa aprende e repete frequentemente. Tais palavras se tornaram tão comuns a algumas pessoas que já nem lhes causam mais estranheza, já foram inseridas em seus repertórios. Sem perceberem, usam palavras vulgares e acabam perdendo o 547 548 controle. Benjamim Franklin costumava dizer que o animal mais terrível do mundo tem a sua toca atrás dos dentes. Precisamos tomar cuidado com as palavras que usamos em nosso dia a dia. A Bíblia nos ensina a retirar do nosso vocabulário as palavras de baixo calão: “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar” (Colossenses 3.8). Conta-se que, certa vez, uma pessoa se dirigiu ao seu pastor com muitas dúvidas: “Pastor posso ir para a balada? Posso beber e fumar? Posso falar palavrão?”. Todas as vezes o pastor respondeu: “Pode”. Sem entender nada, a pessoa tirou a sua última dúvida: “Pastor, afinal, o que eu não posso?”. O pastor finalizou: “Entrar no reino de Deus fazendo tudo isso”. Muitas pessoas não fazem uso desse tipo de linguajar e vivem muito bem. É possível viver sem falar palavrão. Todo cristão deve ter esse objetivo. Por isso temos que estar atentos às palavras que saem da nossa boca. Jesus afirmou que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34). Será que a nossa vida está cheia de coisas indecentes? Será realmente que nosso coração está cheio de vulgaridades? Thomas Brooks afirmou: “Conhecemos os metais pelo som que produzem e os homens por aquilo que falam”. 548 549 Às vezes, ouvimos até crianças falando palavrão. Possivelmente, seja porque ouvem na escola ou em casa e acabam repetindo de forma inocente esse comportamento. É triste saber que existem pais que acham o máximo o infante falar essas banalidades. “A vossa palavra seja sempre agradável” (Colossenses 4.6a). As amizades também influenciam muito nesse danoso hábito. Nossas companhias são como os botões de um elevador, podem tanto nos conduzir para cima como para baixo. “Não se deixem enganar: as más companhias corrompem os bons costumes" (1 Coríntios 15.33). Um dos textos bíblicos mais contundentes sobre o uso da língua é a carta de Tiago. O autor usa alguns exemplos práticos para nos mostrar o perigo que corremos ao fazer mau uso da boca, ou podemos dizer, das palavras, inclusive do palavrão. 1 - O exemplo do cavalo: “Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro” (Tiago 3.3). Um animal violento, agressivo não tem função nenhuma. Mas quando se coloca um freio no cavalo, por exemplo, é possível conduzi-lo para onde quiser. Através do freio o instinto selvagem do animal é subjugado e ele se torna dócil e útil. Precisamos colocar freios em nossas palavras de baixo calão. 549 550 2 – O exemplo do navio: “Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro” (Tiago 3.4). Um navio é dirigido por um pequeno leme. Sem o leme, o navio estaria desgovernado e colocaria em risco os tripulantes, os passageiros e as cargas que transporta. Com o leme, pode chegar em tranquilidade no porto escolhido. É também assim com o uso das palavras. Se a boca suja não for dominada, controlada, ela pode causar grandes estragos, ferir pessoas e trazer prejuízo financeiro. 3 – O exemplo da fagulha: “Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva” (Tiago 3.5). Você já percebeu que um incêndio de proporções tremendas pode ser causado por uma simples bituca de cigarro ou por um mero palito de fósforo? Aquela chama inicial é tão pequena que, se você der um sopro, ela se apaga. Agora, de que adianta um sopro ante um grande incêndio? Não adianta mais! O fogo, depois que se agiganta e se alastra, torna-se indomável e deixa atrás de si grande devastação. Assim é a pessoa que fala palavrão na hora da ira e da raiva. Pode fazer estragos imensuráveis. 4 – O exemplo do veneno: “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (Tiago 3.8). O ser humano consegue domar os animais, porém não consegue domar a própria 550 551 língua. A picada de um escorpião ou de uma cobra pode ser tratada, mas, muitas vezes, o veneno da boca é incurável. 5 – O exemplo da fonte: “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” (Tiago 3.11). Fonte na região da Palestina era um lugar muito precioso. A língua que usamos para falar palavrão é a mesma que usamos para louvar a Deus? Não é conveniente! 6 – O exemplo da figueira: “Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos?” (Tiago 3.12). Não podemos colher figos de um espinheiro nem espinhos de uma figueira. A árvore produz fruto, e fruto é alimento. Quais são os frutos da nossa boca? Será que uma pessoa que tem boca suja consegue edificar alguém? Claro que não! SEIS ANIMAIS DENTRO DE NÓS Existe uma história que nos ajuda a entender sobre o autocontrole da boca e das palavras chulas. Havia um senhor que morava numa casinha simples, rodeada de árvores e plantas. Um dia, um vizinho decidiu lhe fazer uma visita. O idoso foi muito receptivo e o convidou para entrar em sua residência. Depois de se sentarem, o ancião começou a falar de sua vida. Disse que não se sentia só, pois não tinha tempo para isso, sempre tinha muito trabalho a fazer. O vizinho ficou curioso, pois nunca o via trabalhando, já que era um senhor idoso e aposentado. Não tinha esposa nem filhos ou netos. Vivia isolado na sua singela casinha. 551 552 Perguntou-lhe como era possível que, em sua solidão, tivesse tanto trabalho. Ele respondeu, depois de tomar um gole de café: “Tenho que domar dois falcões, treinar duas águias, manter quietos dois coelhos, vigiar uma serpente, carregar um asno e dominar um leão!”. Surpreso com aquela resposta, o vizinho falou: “Mas não vejo nenhum animal aqui na sua casa, senhor! Onde eles estão?”. Ele, então, explicou: “Todos nós temos esses animais! Os dois falcões se lançam sobre tudo o que aparece, seja bom ou mau. Tenho que domá-los para que se fixem sobre as coisas boas. São meus olhos! As duas águias ferem e destroçam com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis e ajudem sem ferir. São as minhas mãos! Os dois coelhos querem ir aonde lhes agrada, fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos, mesmo que seja penoso, problemático ou desagradável. São meus pés! O mais difícil é vigiar a serpente! Apesar de estar presa numa jaula de 32 barras, a serpente está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeiam. Se não a vigio de perto, ela causa danos. É a minha língua! O asno é muito teimoso e obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado, quer ficar acomodado e se recusa a transportar a carga de cada dia. É meu corpo! Finalmente, preciso dominar e amansar o leão. Ele sempre quer ser o rei, o mais importante. É vaidoso e orgulhoso. É o meu coração!”. Ao final da conversa de fim de tarde, o vizinho percebeu quanta sabedoria havia naquele senhor idoso! Quanta beleza e conhecimento guardados, só esperando um momento para serem compartilhados! Aprendeu que todas as pessoas tem 552 553 que cuidar dos seis animais, porque eles habitam em toda a humanidade. SUGESTÕES PARA SE LIBERTAR DO HÁBITO DE FALAR PALAVRÃO 1 – Estude versículos bíblicos que tratem sobre o assunto e tenha o claro entendimento que a Palavra de Deus condena esse hábito (Conferir: Cl 3.8; 4.6; Ef 4.29) 2 - Peça ao Espírito Santo em oração que o ajude a vencer esse pecado. Só Ele pode nos convencer e operar a obra da santificação. 3 - Peça para que seus amigos e familiares diminuam os palavrões. Se todos a sua volta falarem palavrões constantemente, eles serão má influência. Falar palavrão é um costume fácil de pegar e difícil de largar. Você não vai conseguir parar se todos a sua volta forem boca suja. 4 - Procure palavras substitutas para todos os palavrões que você costuma falar. Tente palavras comuns como ‘’droga” ou “porcaria”. Perceba o que diz o livro de Provérbios: “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias” (Provérbios 21.23). 5 - Crie um “pote do palavrão”. Pegue um pote em casa e faça todo mundo saber e concordar que, quando ouvirem você falar um palavrão, você terá que colocar um real lá dentro. Ninguém gosta de perder dinheiro. 553 554 6 - Estudos mostram que para eliminar um hábito, leva-se cerca de 3 semanas, ou seja, 21 dias. Então, que tal fazer este desafio? 21 dias sem palavrão! Será que é possível se livrar desse hábito? Sim, é possível se libertar do hábito de falar palavrão. É uma ordem divina: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4.29). Agora é com você! Perguntas: Qual o propósito desse vocabulário? O que busca uma pessoa que tem o temor de Deus? 6) Este tipo de vocabulário tem um propósito bem definido: lastimar ou humilhar as pessoas a quem se fala, pois vai de encontro aos princípios divinos. Uma pessoa que vive no temor do Eterno sempre buscará agradar com suas palavras tanto a quem lhe escuta como ao Senhor (Ler Colossenses 3: 17; Efésios 4: 31, 32; 5: 19, 20) No juízo final o homem será julgado por suas palavras 7) O homem ignora a gravidade do vocabulário ou de sua forma de expressar-se em sua vida cotidiana. Nós, os filhos 554 555 do Altíssimo, sabemos que há um alto grau de responsabilidade em nossa conversação, já que não só seremos rejeitados naquele dia se tivermos um vocabulário torpe ou mesmo se em nosso falar utilizamos palavras vãs ou ociosas. Toda palavra dos filhos do Eterno, não só tem de ser inofensivas, mas também edificantes e para a honra e glória do Senhor. (Mateus 12: 36, 37; Atos 17: 3; 1Coríntios 6: 10). Perguntas: O que o homem ignora? O que os filhos do Altíssimo sabem? Porque? Como devem ser as palavras dos filhos do Eterno? 8) A ética do crente tem, como já nos expressamos anteriormente, sua base nos princípios divinos, nos mandamentos que o Senhor deixou a Seu povo, de maneira que por isso as escrituras recomendam ter uma linguagem adequada a essas normas santas. E mais o verdadeiro crente não somente tem que se despojar dessas palavras torpes, mas também tem que cuidar de sempre falar com verdade e propriedade, em seu devido momento de maneira que seu falar seja agradável. (Leia Provérbios 25: 11). Perguntas: Qual a base da ética do crente? Porque as escrituras admoestam a termos uma linguagem santa? Além de deixar as palavras torpes, o que mais o crente deve cuidar em seu vocabulário? 9) A atitude que o ser humano comumente tem é a de separar-se daqueles que lhe ofendem ou insultam, inclusive 555 556 se com alguém não se sentir bem. Os filhos do Todo Poderoso tem sido ensinados que a vingança não é boa, que o Senhor é quem julga com justiça e a Ele devemos deixar o castigo dos maus. Perguntas: O que os humanos geralmente fazem quando ofendidos? O que devem fazer os filhos de Deus? 10) As palavras más que ofendem aos semelhantes denigrem e mancham a vida do crente, já que este tem sido justificado, limpo com o sangue do Cordeiro recebendo vestimentas brancas (Tiago 3: 2, 6, 10-12), de modo que o crente nunca proferirá palavras torpes contra alguém, contra os irmãos e muito menos contra um servo do Senhor (3João 10, 11; Efésios 4: 29-32). Porque as palavras más denigrem e mancham a vida do crente. De modo que o crente nunca deve se deixar enredarse pelas loucuras do mundo. 8.5 – Com Relação as Enfermidades. O Crente pode ficar doente? Essa pergunta nos dá a oportunidade de tratarmos com um dos sofismas do tempo presente, sofisma este pregado e sustentado pelos adeptos da teologia da 556 557 prosperidade. Estes afirmam categoricamente que o cristão não pode ou não deve ficar doente. Isso o fazem com base em Isaías 53:4, dentre outros do gênero, texto em que se diz que Jesus levou sobre si todas as nossas dores, todas as nossas enfermidades e todas as nossa doenças. Pergunto, pois: será que o referido texto acima, de fato, deseja nos levar a tal conclusão, de que o crente jamais poderia ficar doente? Nesse caso, se assim o fosse, como explicar as muitas vezes em que cristãos adoecem e morrem? A resposta dos defensores desse sofisma é esta: que os cristãos que hoje adoecem, estão sob a mão opressora de Satanás, e que não possuem fé suficiente para vencer as enfermidades. Todavia, o que diz a Bíblia Sagrada a esse respeito? Veja o que a Palavra de Deus nos revela em I Pe 2:24: “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para justiça; por suas chagas fostes sarados”. Ora, vede. O texto sagrado nos diz que Cristo levou, não somente as dores e as enfermidades sobre si, mas, semelhantemente, levou os nossos pecados. Assim, se é certo afirmar que o crente não pode ou não deve adoecer, igualmente seria correto afirmar que o crente não deve ou pode cometer pecado algum, uma vez 557 558 que Cristo na cruz do Calvário levou tanto as enfermidades quanto os pecados. Isso, todavia, não é sustentado pelos sofistas da atualidade. Verifique que aqueles que pregam que o crente não adoece ou que, ao menos, não deveria adoecer, NÃO SUSTENTAM da mesma forma que o crente não pode pecar, ou que o crente não está sujeito ao pecado. A ênfase é sempre desequilibrada, tendenciosa ao pólo da cura das enfermidades e negligenciando e se esquecendo da libertação do pecado. Por isso, nada falam sobre a questão dos pecados. A verdade é que Cristo levou as dores e as enfermidades; e isso ninguém pode negar. É verdade também que Ele levou os pecados, e isso não pode ser ignorado. Semelhantemente a Palavra nos assegura que Cristo destruiu na cruz o velho homem, e que também tratou com a morte e a venceu, eternamente. Ora, tendo o Senhor Jesus tratado com tudo isso, por que ainda se mantêm, em nós, as manifestações daquilo que Ele destruiu? Não é certo, conforme querem os sofistas da teologia da prosperidade, que o crente não deveria mais experimentar as enfermidades, os pecados, o velho homem, e a morte? Por que, então, ainda adoecemos (Fp 2:27)? Por que ainda cometemos pecados (1Jo 2:1)? Por que ainda 558 559 precisamos fazer morrer a velha natureza em nós (Cl 3:5)? E por que ainda morremos (Ap 14:13)? Quando Jesus, na cruz do Calvário, exclamou: Pai, está tudo consumado”(Jo 19:30), indicou, com isso, que, todos os males oriundos da queda do homem foram, por fim, resolvidos, nele. A redenção por Cristo efetuada tratou com todas as coisas negativas, tanto as dores quanto as enfermidades, assim os pecados como a velhice e a morte. Tudo isso, porém, nele, como está escrito: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais EM CRISTO” ( Ef 1:3 – ênfase acrescentada). Em nós, todavia, essas bênçãos constituem somente um antegozo daquilo que haveremos de experimentar em plenitude no futuro, como disse o apóstolo João: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e AINDA NÃO SE MANIFESTOU O QUE HAVEREMOS DE SER. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 Jo 3:2 – ênfase acrescentada). Por isso, “nós que temos as primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, AGUARDANDO a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8:23 – ênfase acrescentada). 559 560 Assim, todas as mui ricas bênçãos espirituais já nos foram dadas no plano espiritual e nos são garantidas pelo sacrifício de Jesus no Calvário. Entretanto, tratando-se de nossa experiência hoje, essas bênçãos nos são comunicadas gradativamente, na medida em que o Senhor aplica em nós a Sua salvação, como está escrito: “Se, porém, Cristo está em vós, O CORPO, na verdade, ESTÁ MORTO POR CAUSA DO PECADO, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos VIVIFICARÁ TAMBÉM O VOSSO CORPO MORTAL, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8:10-11 – ênfase acrescentada). Onde estão hoje os muitos homens de Deus do passado, tais quais, Paulo, Pedro e João? É certo que morreram, e foram sepultados e seus corpos entraram em estado de putrefação e foram consumidos pela terra. Tudo isso implica em terem seus corpos tocados pelas consequências do pecado, mesmo depois de ter Cristo levado sobre si as enfermidades, as dores, o pecado, e vencido a morte. Todavia, todos eles aguardam a ressurreição (2Co 5:1-4), no último dia. Isso não significa, entretanto, que a vitória de Cristo não seja eficaz. Antes, significa que a plena redenção obtida por Cristo Jesus no Calvário, não foi ainda aplicada empiricamente na experiência deles, em totalidade. Temos, todavia, esta esperança: que "aquele que começou boa obra em nós, há de 560 561 completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Fp 1:6). “Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?”(Rm 8:24). A salvação plena de Deus é aplicada em 3 estágios distintos, conforme nos ensina o apóstolo Paulo em 1Ts 5:23: “E o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo”. Assim, no momento em que ouvimos o evangelho de nossa salvação e cremos nele, o Senhor entrou em nosso espírito e o regenerou (Ef 1:13; 2:2; 1Co 6:17); por isso nos é dito que o nosso espírito é vida por causa da justiça (Rm 8:10). Daí, entramos num longo processo de transformação de nossa alma, a qual é transformada de glória em glória, à medida que contemplamos a face do Senhor (2Co 3:18); quando, todavia, Jesus voltar, então o nosso corpo, que é mortal, se revestirá de imortalidade (Fp 3:20-21). Por conseguinte, esta é a ordem da perspectiva divina: primeiro o espírito, depois a alma e por fim, o corpo. Isso está em plena concordância com toda a Escritura. A Bíblia nos diz que os cristãos possuem uma esperança de que Cristo, na Sua vinda, “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do seu poder” (Fp 3:21), redimindo-os do cativeiro da corrupção (Rm 8:23). As enfermidades, as dores, a velhice, e tudo aquilo que vai 561 562 acabando e consumindo com o corpo do ser humano, são traços da natureza adâmica que só serão plenamente vencidos em nós, por ocasião da segunda vinda de Cristo. Há, todavia, uma coisa muito interessante a ser observada: é que muitos dos pregadores sofistas, pregadores da teologia da prosperidade, não podem constatar, em suas próprias vidas, a veracidade do que estão dizendo. Isso digo, porque, muitos deles fazem uso de óculos, se esquecendo de que, como tais, são deficientes visuais. Ora, eles deveriam ser os primeiros a demonstrar em suas próprias experiências aquilo que chamam de “verdade”. Se porventura são os super-heróis da fé, como assim se consideram e são considerados pela massa, por que não se desfazem desses artefatos corretivos da visão? Isso é uma incoerência, e só não vê quem não quer. Trata-se, efetivamente, de uma falácia e não passa de um pobre e velho sofisma, fácil de ser desmontado. Quero finalizar este tópico dizendo que os cristãos ainda sofrem enfermidade, ainda estão sujeitos à morte, e ainda apodrecem seus corpos nas sepulturas, porque o pecado, a natureza adâmica, ainda habita na carne humana, conforme está escrito que, embora o espírito seja vida por causa da justiça, o corpo está morto por causa do pecado (Rm 8:10). 562 563 Portanto, visto ser esse o ensinamento da Escritura Sagrada concernente à aplicação da obra de Cristo em nós, resta no verdadeiro cristão a grande esperança de que o seu corpo mortal – sujeito à vaidade, à degradação, à corrupção – seja, finalmente, absorvido pela vida (2Co 5:4). Por essa razão, nos encorajou o apóstolo dos gentios, dizendo: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior (que é o corpo) se corrompa (que é a degradação física), contudo, o nosso homem interior (espírito humano) se renova de dia em dia” (2Co 4:16). Neste ponto, não poderia deixar de apresentar o texto de ouro, um dos clássicos do Novo Testamento, o qual nos que fala a esse respeito, dizendo: “Isto afirmo irmãos que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar os olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando esse corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:50- 54). 563 564 Preste atenção: ao ressoar da última trombeta e os corpos dos crentes forem glorificados, e o mortal for transformado imortal, e o corruptível em incorruptível, ENTÃO SE CUMPRIRÁ A PALAVRA QUE ESTÁ ESCRITA: TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA. Ora, que palavra é esta que será cumprida por ocasião da última trombeta? É a palavra do Senhor proferida pela boca do profeta Isaías: “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou” (25:8). Isso, todavia, só se cumprirá ao ressoar da última trombeta. No tempo do profeta Isaías o Senhor prometeu (Is 25:8); na cruz do Calvário o Senhor Jesus adquiriu o direito (Jo 12:31); na Sua ressurreição Lhe foi conferido todo o poder ( Mt 28:18); e na Sua vinda Ele cumprirá, efetivamente, em nós, a Sua palavra. Por isso, amados irmãos, “sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15:58). 8.5.1 – Atitudes dos crentes diante das enfermidades 564 565 Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer. Apesar do ensino popular de que a fé nos cura de todas as enfermidades, uma breve consulta feita à Capelania hospitalar de grandes hospitais do nosso país revela que há um número elevado de evangélicos hospitalizados: tradicionais, pentecostais e neopentecostais -- sofrendo dos mais diversos tipos de males. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa. Para muitos evangélicos, no entanto, os crentes adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Será que poderemos dizer que todos eles -sem exceção -- estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura? É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros 565 566 crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Todavia, conforme a Bíblia e a história nos ensinam, mesmo homens de fé podem ficar doentes. Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o profeta Eliseu, que padeceu de uma enfermidade que o levou a morte: “E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu...” (2Rs 13:14) Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades frequentes: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades.” (1Tm 5:23) Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.” (2Tm 4:20 ACF). O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne ...” (Gl 4:14). Outros acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “... Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.” (Gl 566 567 4:15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “... [Epafrodito] esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.” (Fp 2:2627). Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza.” (Jó 2:7-8). Isaque, o grande servo de Deus, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “...como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver ....” (Gn 27:1 ACF). Esses e outros exemplos mostram que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades. O mesmo ocorre na história da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem com várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé sofreram com as doenças, e alguns acabaram morrendo. Um deles foi Edward Irving, o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons 567 568 apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus. Outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé no século 20. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (Comunhão da Vinha ou Videira) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que, pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente. Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos usam óculos para corrigir defeitos na vista e até têm problemas nas mãos. Cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a história claramente demonstram. Isso significa que as doenças nem sempre representam falta de fé e que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser. 568 569 IX RESPONSABILIDADE DOS CRISTÃOS É muito difícil falar e cobrar responsabilidade das pessoas nos dias atuais. E o que é mais triste é que isto tem entrado na igreja e muitos cristãos pensam não ter responsabilidade, passam esta parte para seus pastores e líderes, esquecendo que cada um prestará conta diante do tribunal de Cristo, individualmente. Quero afirmar que o cristão tem responsabilidade com quem o chamou, não há como escapar ou passar esta responsabilidade para outro. O maior exemplo Jesus nos deixou com a parábola dos dez talentos, na qual o senhor daqueles servos ao retornar cobrou de cada um o que lhes havia confiado. Talento quer dizer ministério, responsabilidade e todos nós o temos. Quando o Senhor for nos cobrar dirá: “Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”; ou “servo mal e negligente [...] E lançai o servo inútil nas trevas exteriores…” (Mt 25.26,30.) Creio que você tem se esforçado e preparado para apresentar o melhor lucro para o Senhor de tudo quanto Ele lhe responsabilizou. O que é responsabilidade? Dever; obrigação. Quem se responsabiliza com algo, se compromete. 569 570 É obrigação geral de responder pelas consequências dos próprios atos ou pelos de outrem. Responsabilidade é obrigação, não é algo que faço ou deixo de fazer se quiser, independe da minha vontade. O líder responde pelos atos dos seus liderados e os dele próprio, os liderados respondem pelos seus, ou seja, ninguém fica impune diante de um ato não praticado ou mal praticado. A palavra de Deus afirma que todos deverão prestar contas no tribunal de Cristo dos atos praticados ou não. A omissão também é irresponsabilidade. Muitas pessoas pensam que por não estar fazendo algo está tudo bem, mas pode estar se omitindo de alguma responsabilidade e isto lhe será cobrado também. Antes de iniciarmos este estudo, seria interessante fazermos um momento de reflexão, faça uma análise de como tem sido sua vida até hoje, como anda sua responsabilidade com a Igreja, o mundo e com Deus? E sua responsabilidade familiar e profissional? Não podemos nos enganar, ao deixarmos de assumir nossas responsabilidades de cristão, pois o primeiro prejudicado somos nós, só que esta irresponsabilidade poderá afetar os que estão ao nosso redor. Querido (a) irmão (ã), este estudo tem o objetivo de levar-nos a pensar como tem sido nossa responsabilidade 570 571 com Deus, só podemos afirmar que somos um cristão responsável se estivermos enquadrados nos tópicos a seguir que são baseados na Bíblia: 1 – Responsabilidade com a Igreja 1. Obedecendo ao seu líder – Hb 13.17. O princípio básico para todo cristão poder ter uma vida de compromisso com Deus é a obediência ao seu pastor ou líder. Não há como fugir, este é um mandamento bíblico. Obedecer é concordar com as ordens. Submissão é admitir as opiniões contrárias de alguém em favor das de outros. Obedeça a liderança da igreja. Reconheça e coopere com a liderança para facilitar o trabalho deles. Ore por eles contínua e fielmente. 2.Não deixando de congregar – Hb 10.25; Sl 27.4; 84.10. Davi afirmou diversas vezes à importância de estar na Casa do Senhor, é o lugar onde se podia contemplar a beleza do Senhor e aprender. A Igreja quando congregada pode viver a comunhão que surgiu no início pelos apóstolos – At 2.42-47. Koinonia: compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, fraternidade. Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo. Koinonia une os crentes ao Senhor Jesus e uns aos outros. Não existe por sermos “bonzinhos”. Manifestamos nosso amor ao próximo através de Cristo, quando nos reunimos no Seu nome e participamos na comunhão com os irmãos. 571 572 3. Permanecendo fiel aos ensinamentos doutrinários – Ex 15.26. O Senhor dá uma ordem para Moisés e promete saúde ao povo se obedecessem aos ensinamentos. Muitas pessoas estão doentes hoje por serem desobedientes ao Senhor, mas, nesse mesmo texto Ele afirma que é o “Jeová Raphá” – Yahweh Raphá. Já no Novo Testamento Jesus adverte que precisamos ouvir os ensinamentos dele e guardá-los, ou seja, não apenas ouvir, mas obedecer. Não adianta chamarmos e reconhecermos Jesus como Senhor se não fizermos o que Ele diz – Lc 6-46-49. Se não guardarmos os seus mandamentos é porque não somos dele – Jo 8.47. 4. Dando bom testemunho – Mt 5.16. É uma responsabilidade difícil. O bom testemunho é visto no comportamento que temos no lar, no emprego, na escola, na rua e, principalmente, na igreja. O mundo quer lhe ver diferente, onde você estiver terá que brilhar. Reconheça que sua vida tem ou um efeito positivo ou negativo. Viva com responsabilidade para trazer a glória de Deus. Nunca se esqueça, onde você estiver a glória de Deus terá de aparecer e estar também. 5. Amando-vos uns aos outros – 1Jo 4.7-21. Só podemos afirmar que temos uma responsabilidade de amor para com Deus se amarmos nossos irmãos e, especialmente, os nossos inimigos. Jesus nos ensinou a amar nossos inimigos e a orar por eles; não amaldiçoar os que nos perseguem. O princípio de uma vida de vitória se chama amor e perdão. A responsabilidade com a Igreja depende de 572 573 vivermos em amor – sem ele não existe Koinonia, motivação para congregar, não se pode obedecer aos líderes, é impossível guardar os mandamentos e ter um bom testemunho. Como está o seu relacionamento com seu irmão, você o ama ou apenas o suporta? 10.1 – Atitudes para com os Novos Convertidos Assim como ocorre na vida secular com as crianças, o novo convertido também deve ser inserido no reino de Deus pela Igreja. 9.1.1 – O Novo Convertido Precisa Ser Nutrido Após termos visto o que é o reino de Deus e qual a sua mensagem, passaremos ao segundo bloco de nosso trimestre, que nos mostra a manifestação do reino de Deus através de vários aspectos. Como já temos visto, o reino de Deus não tem aparência exterior(Lc.17:20), o que não significa que não seja perceptível, já que, como também disse Nosso Senhor, de grão de mostarda se torna a maior das hortaliças (Mc.13:31,32). 573 574 Diante disto, passaremos, a partir de agora, a ver diversas manifestações do reino de Deus, a fim de que saibamos como ele se apresenta, já que, como também disse o Senhor Jesus, o reino de Deus está entre nós (Lc.17:21). Uma das manifestações do reino de Deus se dá através da vida do novo convertido. Com efeito, quando alguém é salvo pela fé em Cristo Jesus, tornando-se uma nova criatura, isto é percebido por todos os que se encontram à sua volta, já que este novo convertido passa da morte para a vida (Jo.5:24), das trevas para a luz (Jo.3:21; At.26:18; I Pe.2:9). Jesus, em seu diálogo com Nicodemos, afirmou que para se ver o reino de Deus é necessário “nascer de novo” (Jo.3:3). Ora, como ensina o apóstolo Paulo, somente se consegue ver o reino de Deus quando, pela fé em Cristo Jesus, se consegue superar a cegueira espiritual imposta pelo diabo a todos quantos não alcançaram ainda a salvação (II Co.4:3,4). Portanto, o “novo nascimento” está relacionado com a fé em Cristo Jesus, vinda pelo ouvir pela Palavra de Deus(Rm.10:17) e fruto da operação do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8), motivo por que o próprio Jesus, no diálogo já aludido, disse que este nascimento é um nascimento do Espírito (Jo.3:6,8). 574 575 Ao fazer a analogia entre a salvação e o nascimento, o Senhor Jesus nos mostra, com absoluta clareza, que o novo convertido, ou seja, aquele que, por crer em Jesus, alcança a salvação da sua alma, é, num primeiro momento, um recém-nascido, um neonato e que, portanto, deve assim ser tratado por todos aqueles que pertencem à Igreja, a esta nação santa que saiu das trevas para a maravilhosa luz do Senhor e que, por causa disto, deve anunciar as virtudes de seu Salvador (I Pe.2:9). Todos os salvos, portanto, devem estar atentos para esta realidade dita pelo Senhor Jesus a respeito do novo convertido: ele é um recém-nascido e, como tal, precisa, a exemplo do que ocorre na vida biológica humana, de todos os cuidados para que venha a ter condições de viver sozinho. Como diziam os antigos, nascida uma criança é necessário que se tomem todas as providências para que ela possa “vingar”, ou seja, tenha condições de sobreviver por conta própria, o que não ocorre de imediato. Esta realidade espiritual não é entendida por muitos lamentavelmente. Não são poucos os que, diante de uma conversão, começam a exigir do novo convertido um comportamento maduro, uma vida completamente mudada, de uma hora para outra, sob o argumento de que a salvação é instantânea, de que, quando somos salvos, passamos da morte para a vida, das trevas para a luz. Não resta dúvida de que a salvação é radical, pois, diz-nos a Bíblia Sagrada, que, ao sermos salvos, há uma transformação total em nosso ser, pois de mortos 575 576 passamos a vivos, de filhos das trevas a filhos da luz, de filhos do diabo a filhos de Deus. As Escrituras são claras ao dizer que, com a salvação, somos “novas criaturas”, onde as coisas velhas passam e tudo se faz novo (II Co.5:17). No entanto, esta “nova criatura” que surge no exato momento em que somos salvos, este “novo homem” que somente surge quando o homem velho morre, a exemplo do ocorre com o grão de trigo (Jo.12:24), não surge como uma criatura madura, já inteiramente formada, que pode sobreviver por si só. Quando vemos a própria analogia da semente, empregada mais de uma vez pelo Senhor Jesus, sabemos que é necessário que o grão morra para que surja uma nova planta, um novo ser, mas este novo ser, ainda que novo, não aparece já totalmente formado e em condições de também frutificar. Não, senhores! O novo ser, surgido com a germinação, é, ainda, um pequenino ser, que precisa se desenvolver até chegar a ser uma planta completa e madura, capaz de, ela também, produzir novas sementes que tenham a capacidade de gerar novos seres. De igual maneira, o recém-nascido, quando sua mãe lhe dá a luz, é um novo ser (já o era desde o momento da fecundação), mas não tem condições de sobreviver por conta própria enquanto não se desenvolver, enquanto não se formar, seja sob o aspecto biológico, seja sob o aspecto moral, seja sob o aspecto espiritual. 576 577 Por isso, labora em grave equívoco todo aquele que desconsiderar este processo de desenvolvimento espiritual. A salvação vem com o novo nascimento mas, entre o novo nascimento e a maturidade espiritual, a capacidade de sobreviver espiritualmente por conta própria (falamos em termos humanos, pois sempre dependeremos do Senhor Jesus para prosseguirmos até a entrada no reino de Deus – Jo.15:5 “in fine”), há um período, período este que não é mensurável em dias, meses e anos, visto que se trata de uma realidade espiritual, razão pela qual devemos ter esta consciência para que, com amor, nós, os que já estamos amadurecidos espiritualmente, não sirvamos de escândalo e venhamos a ocasionar o tropeço na fé daqueles que nasceram de novo e, vendo o reino de Deus, precisam aprender a caminhar em direção a ele (Rm.14). O novo convertido, a exemplo do recém-nascido, precisa ser cuidado e acompanhado em seu desenvolvimento e tal cuidado deve ser feito, por primeiro, por aqueles que foram participantes na salvação daquela vida, os chamados “pais na fé”. Vemos a consciência desta responsabilidade no apóstolo Paulo, que se considerava o “pai na fé” de Timóteo (I Tm.1:2; II Tm.1:2; 2:1). Nem sempre o “pai na fé” é aquele que pregou o Evangelho para o novo convertido. Paulo, pelo que se deduz dos seus próprios escritos, não foi o primeiro a falar das sagradas letras a Timóteo, que fora evangelizado por sua avó e por sua mãe (II Tm.1:5; 3:15), tanto que, quando Paulo o convida para fazer parte de seu corpo de 577 578 cooperadores, Timóteo já tinha bom testemunho ante os irmãos que estavam em Listra e Icônio (At.16:1,2). Entretanto, guiado pelo Espírito Santo, Paulo sentiu de “adotar” aquele “filho na fé”, assumindo a responsabilidade de orientar e cuidar desta alma, responsabilidade esta que pôs em alta conta, a ponto de, pouco antes de sua morte, ter ainda escrito as últimas instruções a este seu “filho” (II Timóteo é a última carta escrita pelo apóstolo). Como filhos de Deus, nós, os salvos, temos de estar prontos a assumir a responsabilidade de termos “filhos na fé”, que, acima de tudo, são nossos irmãos, comprados com o precioso sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário (I Pe.1:18,19), sabendo, também, que cada novo convertido vale mais do que o mundo inteiro (Sl.49:7,8). O “pai na fé” não é um “senhor” em relação ao “filho”, pois, tendo sido comprados por bom preço, os salvos não podem se fazer servos dos homens (I Co.7:23), mas, a exemplo de José, que não era o pai biológico de Jesus mas assumiu integralmente a responsabilidade de criálo e educá-lo, assim também temos de assumir, diante de Deus, sem temor, a responsabilidade de criar e educar aqueles novos convertidos que Ele nos põe em nossos caminhos. Além dos “pais na fé”, também são responsáveis pelo desenvolvimento do novo convertido aqueles que o 578 579 Senhor põe à frente do rebanho, os pastores, que devem ter a mesma consciência que o apóstolo Paulo tinha em relação aos gálatas. Paulo dizia que os crentes da Galácia eram seus filhinhos, pelos quais ele sentia dores de parto até que Cristo fosse neles formado (Gl.4:19). Em outra passagem, desta vez em carta à igreja em Corinto, Paulo dizia que se sentia oprimido interiormente cada dia pelo cuidado de todas as igrejas (II Co.11:28), a indicar o peso da responsabilidade que estava sobre seus ombros com relação ao desenvolvimento espiritual dos crentes das igrejas que havia fundado, responsabilidade ainda maior com relação aos novos convertidos, que não podem andar por si sós na jornada espiritual. Esta mesma responsabilidade é lembrada por Paulo a Timóteo, seja como requisito para a separação de pastores (I Tm.3:5), seja para o próprio Timóteo, que é advertido a cuidar de cada segmento da igreja (I Tm.5:1-3, 21, 22; II Tm.2:10,24). De igual forma, o apóstolo Pedro, também, lembra aos pastores que eles devem apascentar o rebanho de Deus não como tendo domínio sobre ele, mas dando o exemplo (I Pe.5:3), o que é ainda mais necessário com relação ao novo convertido, que, como criança espiritual, aprende sobretudo pelo exemplo dado pelos mais maduros. Mas não são apenas os “pais na fé” e os pastores que têm de cuidar do novo convertido, mas cada crente deve 579 580 fazê-lo. Por primeiro, porque os salvos devem ensinar uns aos outros (Cl.3:16) e isto, naturalmente, faz com que cada salvo maduro seja um ensinador dos novos convertidos. Por segundo, porque, como irmãos, devemos amar uns aos outros (Jo.15:12,17: Ts.4:9) e este amor não é apenas de palavras, mas de ações concretas, de atitudes (I Jo.3:18) e quem ama a seu irmão está na luz e nele não há escândalo (I Jo.2:10), ou seja, cada salvo precisa ter uma vida sincera e reta diante de Deus para não causar tropeço ao novo convertido e ao fraco na fé, residindo aí o seu cuidado para com o neoconverso. Visto que o novo convertido, como recémnascido espiritual que é, precisa ser cuidado tanto pelo “pai na fé”, quanto pelo pastor como por todo crente, que cuidados são estes? A analogia feita por Jesus prossegue. O novo ser, assim que fecundado no ventre materno, precisa, para ter condições de sobreviver, de alimentação, de nutrição. Tanto assim é que o principal órgão durante todo o período de gestação é o cordão umbilical, que é responsável pela nutrição do novo ser, levando o sangue da placenta até o feto. O novo convertido é gerado pela Palavra de Deus, que, como um cordão umbilical, leva a vida até o pecador, através do perdão dos pecados pelo sangue de Cristo Jesus (I Pe.1:3,4,23). É a terra em que cai a semente 580 581 da Palavra e que não foi arrebatada pelo maligno e que, por conseguinte, pôde germinar e dar surgimento a um novo ser espiritual (Mt.13:5-8). No entanto, assim que nasce, o cordão umbilical do recém-nascido é cortado e tem ele de ser alimentado doravante com o leite materno, indispensável para que possa sobreviver e tenha condições de se desenvolver e ser capaz de ter outro tipo de alimentação. De igual maneira, o novo convertido, assim que nascido, precisa ser alimentado com o “leite racional”(I Co.3:2; Hb.5:12,13; I Pe.2:2). Que é este “leite”? A própria Bíblia Sagrada nos responde: os primeiros rudimentos das palavras de Deus. O primeiro cuidado que temos de ter com o novo convertido é o da sua nutrição, o de sua alimentação. Ora, o alimento espiritual do salvo é a Palavra de Deus (Mt.4:4) e o novo convertido, como todo salvo, precisa se alimentar da Palavra, mas, como é um recém-nascido, tem de ser alimentado com o “leite racional”, com os “primeiros rudimentos das palavras de Deus”. Jesus, ao deixar a grande comissão aos Seus discípulos, disse que eles deveriam ir por todo o mundo, pregando o Evangelho a toda criatura (Mc.16:15), este “pregar” é complementado pelo “ensinar”, “ensinar” este que o Mestre por excelência (Mt.23:8) determinou fosse feito em dois estágios: “ide, ensinai todas as nações, 581 582 batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt.28:19, 20a). Percebe-se, claramente, que o Senhor fala em ensino duas vezes: a primeira, o “ensino a todas as nações” (em algumas versões, consta “fazer discípulos”, ou seja, preparar “alunos” de Jesus), antes do batismo nas águas e, depois, o ensino aos discípulos já formados, para que guardem os ensinos de Jesus. É exatamente o que fala o escritor aos hebreus, que distingue dois tipos de alimento espiritual: o leite e o sólido mantimento (Hb.5:12). Isto nos leva, então, à realidade de que o novo convertido precisa ter uma alimentação especial da Palavra, o “leite”, que nada mais é que o discipulado cristão. Para cumprir a tarefa do ensino da Palavra, é preciso, em primeiro lugar, que a Igreja se veja dotada de homens e mulheres preparados para ensinar. Na igreja de Antioquia, Barnabé, ao notar a salvação daqueles crentes, imediatamente viajou para Tarso, para trazer a Paulo, pessoa que ele sabia ser preparada e capaz de ensinar aqueles novos convertidos (At.11:25,26). Para se fazer o discipulado, é indispensável que demos o devido valor à Palavra de Deus, Palavra que o próprio Deus engrandeceu a tal ponto de a pôr acima de Si mesmo (Sl.138:2). Sem esta atitude, de nada adiantará 582 583 desenvolver “cursos teológicos”, “cursos bíblicos”, “cursos de preparação de obreiros” e tantas outras coisas que têm sido inventadas e postas em prática na atualidade. Se as pessoas não se conscientizarem de que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus (Mt.4:4), um discipulado não terá êxito em qualquer igreja local. Foi isto que os apóstolos sempre fizeram, a ponto de terem arrogado para si esta tarefa e tê-la posto como prioridade absoluta em seus ministérios (At.5:42; 6:2). Por isso, deve partir dos dirigentes da igreja local a tarefa do discipulado. Como pastores (e falamos aqui de função, de dom ministerial e não de título), são necessariamente mestres, ensinadores da Palavra, pois nem todo mestre é pastor, mas todo pastor é mestre, tanto que a expressão bíblica, quanto relaciona os dons ministeriais, é “pastores e mestres” (Ef.4:11). Assim sendo, se alguém está a apascentar o rebanho de Deus, deve ensinar a Palavra e fazê-lo com prioridade. Por isso, até, é este um dos requisitos para a seleção ao ministério pastoral (II Tm.3:2). OBS: A propósito, é um dos grandes fatores que nos levou ao atual estado catastrófico em termos de ensino da Palavra a falta de observância do requisito da aptidão para ensinar na separação e consagração de obreiros na atualidade pelos ministérios, convenções e denominações. O dirigente da igreja local deve ser o primeiro a ter prazer em ensinar e a se esmerar no ensino da Palavra. Deve 583 584 ser alguém sempre pronto a elucidar dúvidas doutrinárias dos irmãos, um assíduo frequentador da Escola Bíblica Dominical, alguém que demonstra esforço e profundidade doutrinária nos cultos de ensino, como também na pregação da Palavra nas reuniões públicas. Não precisa ser um “doutor em Divindade”, um “erudito”, mas precisa, isto sim, demonstrar conhecimento bíblico, intimidade com as Escrituras, precisa ser um obreiro aprovado, que maneja bem a palavra da verdade (II Tm.2:15). Além de se mostrar ele próprio um estudioso das Escrituras, o dirigente da igreja local deve exigir este mesmo perfil de seus auxiliares. Não se pode permitir obreiro que não tenha conhecimento bíblico, que não demonstre meditar na Palavra de Deus de dia e de noite. O dirigente deve incentivar os seus auxiliares no estudo da Bíblia, inclusive, se necessário, fazendo reuniões de estudos bíblicos com eles, a fim de estimulá-los a manejar bem a palavra da verdade. Deve dar atenção especial ao superintendente da Escola Bíblica Dominical e aos professores da EBD, participando das reuniões preparatórias deles sempre que possível, além de assistir às aulas da EBD, verificando, assim, como está sendo ensinada a Palavra na igreja local. Este cuidado deve ser redobrado om relação aos novos convertidos, assim como o cuidado é mais intenso no tocante à alimentação quando estamos diante de um recémnascido. Por isso, é preciso haver um segmento especial da igreja local para deles cuidar. O novo convertido deve ser 584 585 estimulado e incentivado a iniciar a leitura das Escrituras, sendo de bom alvitre que sejam selecionados textos que digam respeito aos fundamentos doutrinários, a fim de que o novo convertido, um neonato espiritual, seja tratado com o “leite racional” (I Pe.2:2). O “leite racional” é, como vimos, composto dos “primeiros rudimentos das palavras de Deus”. E quais são estes rudimentos? O próprio escritor aos hebreus responde: “o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, a doutrina dos batismos, a doutrina da imposição das mãos, a doutrina da ressurreição dos mortos e a doutrina do juízo eterno” (Hb.6:1,2). É lamentável vermos, nos dias hodiernos, que muitos novos convertidos jamais foram levados ao contato destas doutrinas fundamentais, não sabendo o que é o arrependimento de pecados e o que significa a conversão e a nova vida em Cristo, o que é a fé em Deus, o que é o viver pela fé (o que inclui ensino sobre a meditação nas Escrituras e a oração), o que significa o batismo nas águas e o batismo com o Espírito Santo, o que é o poder de Deus (a “imposição das mãos” nos fala da ministração do poder de Deus: cura divina, expulsão de demônios, dons espirituais, sinais e maravilhas), o que significa a ressurreição dos mortos (o sentido da ressurreição de Jesus e as promessas de vida eterna) e o juízo eterno (a salvação e condenação eternas, as últimas coisas). 585 586 Parece que já havia uma situação similar entre os crentes hebreus, pois o escritor da carta diz que, pelo tempo, eles já deveriam ser mestres, mas, por não conhecerem os rudimentos doutrinários, ainda tinham de ser tratados com leite (Hb.5:12). O Senhor Jesus já alertara para este risco ao nos contar a parábola do semeador. Faz-se necessário que a semente esteja em boa terra, sem o que, mesmo germinando, a nova planta morrerá, seja por causa dos pedregais, seja por causa dos espinhos Mt.13:5-7). Sem o discipulado, o novo convertido jamais se tornará uma “boa terra”, pois os pedregais não serão esmiuçados pelo martelo, que é a Palavra de Deus (Jr.23:29), fazendo com que, com a angústia e a perseguição por causa da Palavra, ele morra espiritualmente (Mt.13:20,21). Ou, então, sem o discipulado, o novo convertido não terá energia suficiente para debelar os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas, sucumbindo ao sufocamento proporcionado por estes elementos, vindo, também, a morrer espiritualmente (Mt.13:22). O novo convertido deve ser acompanhado de perto pelos evangelistas da igreja local, que deverão lhe tirar todas as dúvidas que tenha e dar prioridade a que ele aprenda os fundamentos doutrinários, as bases da doutrina cristã. Tais ensinamentos devem ser dados, de forma 586 587 sistemática, preferencialmente na Escola Bíblica Dominical, em classe específica para os novos convertidos, a fim de que eles possam, a um só tempo, ter conhecimento das verdades bíblicas essenciais, como também se acostumar a frequentar a EBD. De igual modo, não se pode levar o novo convertido a uma alimentação pesada, ao chamado “sólido mantimento”, pois, se ele ingerir este alimento pesado, também corre o risco de morrer espiritualmente, assim como, certamente, uma alimentação pesada, como feijoada, pode causar a morte de um bebê. Devemos ter este cuidado de evitar que o novo convertido seja alimentado com “sólido alimento”, pois isto lhe causará transtornos em sua vida espiritual que podem, inclusive, levá-lo à morte. O Senhor Jesus deixou-nos o exemplo, ao dizer que não falaria tudo que poderia aos discípulos antes de Sua glorificação, pois eles não eram, ainda, capazes de suportar (Jo.16:12), o mesmo fazendo o apóstolo Paulo em relação aos coríntios (I Co.3:2) e o escritor aos hebreus (Hb.5:12,13). Aliás, o escritor aos hebreus nos diz a quem o “leite” deve ser ministrado: àqueles que não foram experimentados na palavra da justiça. Nos dias hodiernos, temos visto, com relativa frequência, o descuido com relação a este tópico. Muitos novos convertidos, por causa de sua projeção na sociedade, são alçados, quase de imediato, a posições e 587 588 responsabilidades nas igrejas sem que tenham capacidade espiritual para tanto. Na avidez de mostrar à sociedade a “conversão” de A ou de B, tais pessoas, verdadeiras recémnascidas espirituais, são levadas a realizar tarefas que não têm a mínima condição de executar. Alguém já colocou um recém-nascido para fazer um discurso, para administrar o seu lar ou auxiliar as tarefas de seus pais ou irmãos? Logicamente que não! Mas há muitas igrejas que põem estes “novos convertidos ilustres” para pregar, para exercer funções (inclusive, pasmem, serem professores de EBD…), gerando tão somente a morte espiritual destas pessoas. Não importa quem tenha sido a pessoa no meio social, sua projeção, popularidade, riqueza, conhecimento intelectual, espiritualmente o novo convertido é um recém-nascido e assim deve ser tratado no reino de Deus! 9.1.2 – O Novo Convertido Precisa Ser Firmado Quando uma pessoa nasce de novo, encontra-se na mesma posição de Lázaro ressuscitado. Jesus, depois de quatro dias, quando o corpo de Lázaro já estava em decomposição, mostrou o Seu poder sobre a morte, fazendoo ressurgir dos mortos. Milagrosamente, Lázaro saiu da sepultura com vida. Entretanto, é interessante notar que Lázaro foi para fora da sepultura, mas se encontrava ainda todo enfaixado, conforme os costumes judaicos de preparação do cadáver. Jesus não determinou que Lázaro fosse daquele jeito para casa nem tampouco Se incumbiu de 588 589 desligar o ex-defunto. Mandou que aquelas pessoas que estavam ali vendo o milagre tratassem de tirar as faixas de Lázaro, de modo que ele próprio (Lázaro) fosse para a sua casa (Jo.11:44). Assim ocorre com o novo convertido: só Jesus poderia trazê-lo à vida, ou seja, salvá-lo; mas cabe a nós que estamos com Jesus neste mundo tomar as providências necessárias para que o novo crente se desligue de tudo aquilo que estava relacionado com a vida sem Cristo, ou seja, com a morte espiritual, para que ele, individualmente, siga em direção à sua casa, onde já o aguarda o Salvador. Aleluia! Este desligamento do mundo não é, por vezes, uma tarefa fácil e que se faz de imediato. Assim como, por força das convenções sociais e dos costumes existentes entre os judeus, Lázaro fora ligado com faixas em todo o seu corpo, muitas vezes a vida social impõe ao novo convertido uma série de obstáculos, um sem-número de situações que precisarão ser desatadas uma a uma e isto leva algum tempo, o que deve ser não só entendido e compreendido pela Igreja, como também deve ser alvo da ajuda e amor fraternal por parte dos salvos. Nos dias em que vivemos, de multiplicação da iniquidade (Mt.24:12), estas situações são ainda mais embaraçosas e requerem, da parte dos salvos, muito maior compreensão e entendimento, pois o novo convertido, muitas vezes, não tem condições de se livrar destas faixas de imediato. A propósito, Lázaro não tinha condições de se 589 590 desligar das faixas, tanto que o Senhor Jesus mandou que as pessoas que ali estavam o fizessem. O escritor aos hebreus fala-nos da necessidade que temos, para seguir a Cristo, de não só deixarmos o pecado, como também o embaraço, a fim de que possamos correr com paciência a carreira que nos está proposta (Hb.12:1), que outra não é senão a jornada para entrarmos no reino de Deus. Assim, se o fato é que, quando do novo nascimento, temos os pecados perdoados e recebemos as vestes de salvação (Is.61:10), sendo retirados do lago horrível e do lamaçal do pecado e postos sobre a rocha firme, que é Cristo (Sl.40:2), temos de ter nossos passos firmados e também sermos libertos de todos os embaraços que a vida no pecado nos trouxe e que nos impede, de imediato, de andarmos por nós mesmos rumo ao céu. OBS: Reproduzimos aqui a belíssima descrição dada por John Bunyan em “O Peregrino” a respeito da salvação de Cristão: “…Vi Cristão marchando por uma estrada que, de ambos os lados, era protegida por duas muralhas, chamadas Salvação (Isaías 26.1). É certo que ia caminhando com muita dificuldade, por causa do fardo que levava às costas, mas o seu passo era rápido e seguro; vi-o chegar a um pequeno monte onde se erguia uma cruz, junto à qual, e um pouco mais abaixo, estava uma sepultura. Ao chegar à 590 591 cruz, soltou-se lhe o fardo, instantaneamente, de sobre os ombros, e, rolando, foi cair na sepultura, donde não tornará jamais a sair. Quão aliviado e jubiloso ficou Cristão! Bendito seja Aquele que, com os seus sofrimentos, me deu descanso, e com a sua morte me deu a vida! Exclamou ele, e ficou por alguns momentos como extático, ao ver o grande benefício que a cruz acabava de fazer-lhe; olhava para um e para outro lado, cheio de assombro, até que o seu coração se expandiu em abundantes lágrimas (Zacarias 12.10). Chorava, quando diante dele apareceram três seres resplandecentes, que o saudaram com: a Paz seja contigo! E logo o primeiro dos três lhe disse: “Perdoados te são os teus pecados” (Marcos 2.5). O segundo, despojando-o dos vestidos imundos que trazia, vestiu-lhe um traje de gala (Zacarias 3.4), e o terceiro, pondo-lhe um sinal na fronte (Efésios 1.13), entregou-lhe um diploma selado, sobre o qual deveria pensar pelo caminho, e entregá-lo quando chegasse à Cidade Celestial. Ao ver todas estas coisas, Cristão experimentou imensa alegria, e continuou o seu caminho cantando, pouco mais ou menos, estas palavras: Oprimido andei sempre sob o peso de meus pecados, sem encontrar lenitivo ao meu sofrimento, até que cheguei a este lugar. Onde estou eu? Oh! Aqui é por certo o princípio da minha bem-aventurança, visto que aqui se quebraram os laços que me prendiam aos ombros o fardo que me oprimia. Eu te saúdo, ó cruz bendita! Bendito sejas, santo sepulcro! Bendito seja para sempre Aquele que em ti foi sepultado pelos meus pecados.…” (O Peregrino. Obra digitalizada por Carlos_Boas, p.21). 591 592 Este firmar dos passos, este desembaraço não é imediato. Assim como a criança demanda um tempo para iniciar a andar sozinha e Lázaro teve de ser desligado pelos que estavam ali vendo o milagre, de igual modo devem os salvos auxiliar o novo convertido, ajudando-lhe a firmar os passos, como também desligando-o daquilo que o mundo e a sociedade lhe trouxeram, durante a vida de pecado, e que o impede de prosseguir sua jornada. Assim, temos de ajudar o novo convertido a firmar os seus passos. E como se faz isso? Dando-lhe as mãos para que ele possa ganhar confiança e equilíbrio, podendo, assim, dar seus necessários passos de fé na caminhada rumo ao céu. Precisamos ajudar o novo convertido com conselhos, orientações e intercessão de modo a que a pessoa nova convertida possa aumentar sua fé em Cristo Jesus e n’Ele confiar, equilibrando-se, à luz da Palavra de Deus, neste mundo pecaminoso, dando passos em direção à Pátria celestial. Temos de ajudar o novo convertido a se desligar das faixas que o envolviam enquanto estava morto. Este desligamento, às vezes, é um ato difícil, penoso, pois há muitos “nós” e muitas faixas que já se incrustaram na vida da pessoa como situações familiares, profissionais e de vida não respaldadas pela Palavra de Deus, vícios, compromissos iníquos e tantas outras que devem ser removidas, com cuidado, uma a uma, para que se possa correr a carreira que está proposta em direção à cidade celestial. 592 593 Estas faixas, que o monge João Clímaco (580-650) chama de “ataduras do pecado” e “ataduras dos vícios”, precisam ser retiradas para que o novo convertido, ainda nas palavras do já mencionado monge, possa ir para “uma quieta e bem-aventurada tranquilidade”. Para tanto, João Clímaco comparou a vida espiritual a uma “escada”, que teria “trinta degraus”, dos quais o primeiro é, precisamente, o da renúncia do mundo, aquilo que o apóstolo João afirmou ser não amar o mundo nem o que no mundo há (I Jo.2:15). OBS: Reproduzamos aqui o pensamento de João Clímaco, monge que viveu no século VI e VII no Monte Sinai: “…E, por isso, os que desejam fazer firme fundamento de virtude, todas as coisas do mundo negarão, a todas desprezarão, a todas porão debaixo dos pés e a todas examinarão. E para que este fundamento seja tal, há de ter três colunas com que se sustente, que são a inocência, o jejum e a castidade. Todos os que em Cristo são crianças, têm de começar por estas três coisas, tomando por exemplo aqueles que não são de coração duro, nem fingidos, nem desmedidamente cobiçosos, nem de ventre insaciável, nem de movimentos de vícios desonestos…” (A Escada, cap.1. (tradução nossa de texto original em espanhol). O novo convertido, como nos indica John Bunyan em sua obra “O Peregrino”, assim que se livra do fardo do pecado, tem de enfrentar o “desfiladeiro da 593 594 Dificuldade”, que, penosamente é galgado e não sem que haja alguns contratempos e, por isso, temos de ser pacientes e amorosos, entendendo que não se trata de momento fácil na vida do novo convertido. A nós cabe ajudá-lo a vencer as dificuldades, assim como Moisés ajudou o povo na saída do Egito, que os guiou não só com palavras, mas com obras e oração, a fim de que não só o novo convertido consiga atravessar o Mar Vermelho mas também vença Amaleque que se lhe apresentará no deserto. Não devemos, porém, confundir este desligamento, que muitas vezes é penoso e dolorido, com a complacência com o pecado, como, inadvertidamente, muitos têm feito nos dias hodiernos. O novo convertido tem de ser tratado com cuidado, compreensão, mas não se pode deixar de mostrarlhe a verdade e que só Jesus pode libertar o homem do pecado. Não se pode permitir que o novo convertido prossiga vivendo da mesma maneira que antes de se converter, pois, se isto acontece, não houve conversão, não houve verdadeiro e genuíno arrependimento dos pecados. Como vimos na lição anterior, a mensagem do reino de Deus é a pregação do arrependimento, a indispensável necessidade de abandono do pecado. A compreensão e tolerância têm de se dar no capítulo do 594 595 embaraço, na superação das dificuldades trazidas pela vida pecaminosa, algo que nem sempre se dá de imediato. Assim, por exemplo, diante de um químico dependente que se entrega a Cristo, deverá haver a compreensão de que o processo de libertação química da droga pode se dar lentamente e com muita dificuldade, mas jamais se poderá dizer ou ensinar que, mesmo com o uso dos tóxicos, estará aquela pessoa salva e que a circunstância de seu vício não impedirá a sua salvação. Este desligamento do mundo e das circunstâncias criadas pela vida no pecado somente podem ser superadas quando o novo convertido é ensinado a buscar mais a presença de Deus. Ainda citando João Clímaco, “…é de se notar que, no princípio da renúncia, não se produzem as virtudes sem trabalho, amargura e violência. Mas, depois que começamos a desfrutar, com muito pouco tristeza ou nenhuma as produzimos. Mas, depois que a natureza está já absorta e vencida com o favor e alegria do Espírito Santo, então as produzimos com gozo, alegria, diligência e fervor de caridade…”( op.cit.) (tradução nossa de texto em espanhol). Por isso, neste cuidado com o novo convertido, é fundamental que os salvos maduros incentivem, estimulem e acompanhem o neoconverso na busca à presença de Deus, levando-o aos cultos de oração, a uma vida de oração e meditação nas Escrituras, à busca do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais. Esta característica, que era tão 595 596 disseminada nas Assembleias de Deus, tem rareado nos dias hodiernos, com grave prejuízo à saúde espiritual não só dos novos convertidos mas da igreja como um todo. Levando o novo convertido à presença do Senhor, em oração e meditação nas Escrituras, certamente terá ele as necessárias forças para vencer os embaraços e as circunstâncias deixadas pela vida pecaminosa que ele abandonou quando viu o reino de Deus. 9.1.3 – O Novo Convertido Precisa Ser Integrado Depois de ter ressurgido dos mortos, vitorioso sobre a morte e o pecado, o Senhor determinou aos discípulos que batizassem os convertidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt.28:19; Mc.16:16), ordenança esta que era bem presente na mente dos apóstolos, como podemos ver já no sermão de Pedro no dia de Pentecostes (At.2:38). Assim, percebemos nitidamente que, embora ausente da pregação de Jesus em Seu ministério terreno, o batismo nas águas, a exemplo do que ocorrera na pregação de João, foi considerado pelo Senhor como a única forma pela qual alguém testemunharia publicamente a sua salvação, a sua fé em Jesus. O batismo, portanto, foi constituído pelo Senhor como a declaração pública de que alguém aceitou a Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador, como passo final da integração do novo convertido à igreja local. 596 597 Por ser uma ordem de Jesus, não há o que se discutir. Quem quer que se diga crente, ou seja, quem quer que afirma ter sido salvo por Jesus, ter crido na Sua obra redentora no Calvário, ter sido atingido pela salvação, tem de se batizar, para comprovar esta salvação. O batismo é um ato de obediência a Cristo, é uma demonstração pública de que alguém se comprometeu com Jesus, que alguém se submeteu ao senhorio de Cristo e que não mais vive, mas Cristo vive nele. Percebamos que a ordenança de Jesus segue o mesmo raciocínio do batismo de João que o próprio Senhor reconheceu como sendo uma prática ordenada diretamente do céu e, por isso, da parte de Deus. Assim como o batismo de João não salvava pessoa alguma, mas tão somente fazia a pessoa reconhecer que era pecadora e se comprometer a esperar e seguir o Messias que estava para chegar, assim também o batismo estabelecido pelo Senhor Jesus não salva pecados, mas representa um gesto público de confissão de que alguém se arrependeu dos seus pecados, creu em Jesus e, por isso, tem novidade de vida, uma vida em Cristo Jesus. Jesus é bem claro ao afirmar que quem crer e for batizado será salvo, ou seja, ser batizado é algo que ocorre só depois que a pessoa crê. Crer, i.e., ter fé é o requisito indispensável e essencial para a salvação. A salvação vem pela fé (At.26:18; Rm.3:28; Gl.2:16; Ef.2:8), não pelo batismo. É preciso crer para que se alcance a salvação, como Jesus deixou bem claro para Nicodemos no “texto 597 598 áureo” da Bíblia (Jo.3:16). Por isso, estão em grande equívoco aqueles que entendem que o batismo tem algum poder de regeneração ou de salvação da criatura humana. O batismo não é para salvar pessoa alguma, mas é uma prática daquele que foi salvo em Jesus. Só podem ser batizados aqueles que creram em Jesus (Mc.16:16; At.18:8), e, portanto, o batismo nas águas não lava nem purifica pecados, mas somos justificados pela fé em Cristo (Rm.5:1). Portanto, a salvação vem pela fé em Cristo e não pelo batismo com água. Então, alguém que crê em Jesus e não é batizado está salvo? Depende. Por que não se batizou? Porque não teve condição de fazê-lo, como o ladrão na cruz? Então, este estará salvo, assim como esteve o ladrão na cruz, pois creu e não foi batizado por motivo alheio à sua vontade. Agora, se alguém creu em Jesus e, podendo, não se batiza porque não quer, este, na verdade, não será salvo, não porque não foi batizado, pois o batismo não salva pessoa alguma, mas, sim, porque, ao recusar ser batizado, mostra que, na verdade, não creu em Jesus, pois quem crê em Jesus obedece-Lhe. Um batismo é lícito quando o batizando crê de todo o coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus, ou seja, quando tem convicção de que é um pecador, de que se arrependeu da vida pecaminosa e de que entregou sua vida a Cristo, que é seu único e suficiente Senhor e Salvador. Para tanto, o batizando tem de ser devidamente orientado e ensinado a respeito da salvação em Cristo Jesus, conforme 598 599 consta das Escrituras Sagradas. “…Sem estes conhecimentos, os novos discípulos encarariam este ato sagrado simplesmente como um ato qualquer, com a única diferença de que, desta feita, estariam diante da igreja.…” (HERNANDES, Laerte. Discipulado para o batismo consciente, p.13). Por isso, não pode o batismo se dar antes que novo convertido seja devidamente ensinado a respeito dos rudimentos da fé, antes que entenda o significado de ser salvo e de ter nascido de novo. É importante observar que o batismo não salva e, portanto, uma eventual demora entre a salvação da pessoa e o seu batismo não põe em risco a vida eterna da pessoa. O novo nascimento, o chamado “batismo espiritual” ou “batismo do Espírito Santo” (I Co.12:13; Gl.3:27; I Pe.3:21), é um ato instantâneo, em que somos ligados na vara, que é Cristo (Jo.15:4,5). É nossa inserção na igreja universal, no corpo de Cristo (I Co.12:27). Já o batismo, porém, é um testemunho público de nossa inserção na igreja universal. É um ato pelo qual o batizando diz à igreja local reunida para o ato e para a sociedade em geral que ele passa a ser um integrante desta igreja local, que ele é, doravante, um cristão, uma pessoa “parecida com Cristo”, uma testemunha de Jesus entre os homens. Tem-se, portanto, a assunção de um compromisso de, publicamente, ser apontado como testemunha de Jesus (At.1:8), de passar a ser uma prova do amor de Deus aos homens (I Co.13), uma demonstração do poder de Deus(I 599 600 Co.2:4), um instrumento para a glorificação de Deus pelos homens (Mt.5:16). Ora, para que isto se dê, torna-se absolutamente necessário que os novos convertidos sejam devidamente instruídos, que aprendam de Jesus (Mt.11:29), conheçam o jugo do Senhor (Mt.11:30), saibam qual é a Sua doutrina (Mt.5-7). Não tem base bíblica a prática de alguns segmentos cristãos de que o batismo deve se seguir imediatamente ao gesto de decisão por Cristo. Os que entendem que o batismo deve se seguir imediatamente à “conversão”, buscam respaldar seus ensinos no fato de que, na igreja primitiva, há o relato de que, logo após a conversão, se procedia ao batismo. Assim teria ocorrido no dia de Pentecostes, em Samaria, com Paulo, com Cornélio, em Éfeso. Desta maneira, a Bíblia ensinaria que o batismo deve ser imediato à conversão, sem necessidade alguma de instrução ou qualquer outra providência. Este entendimento “bíblico”, seguido por alguns grupos desde sua origem, apareceu como uma verdadeira “luva” para “…muitas igrejas evangélicas, cujos pastores mostram-se tão preocupados com a multiplicação imediata de seus rebanhos, que não hesitam em batizar pessoas sem nenhuma preparação prévia, sem um esclarecimento profundo, distorcendo os propósitos de Deus em cada uma dessas vidas que foram compradas com o precioso sangue 600 601 de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo(…). O que realmente importa para cada uma dessas mal-intencionadas igrejas é competirem umas com as outras (muitas vezes até mesmo congregações de um mesmo ministério), cada qual procura apresentar, nos dias de batismo, um maior número de candidatos, mesmo que estes não tenham sido devidamente discipulados para esse fim. Entretanto, não é este o ensino das Escrituras. Por que primeiro, precisamos saber que, o batismo significa e sela a nossa União com Cristo, a participação das bênçãos do pacto da Graça, e nosso compromisso de pertencemos ao Senhor. É um ato que torna público, conhecido de todos o que aconteceu interiormente, no homem interior do batizando. Deste modo, quem realmente foi salvo, vai produzir frutos dignos de arrependimento, vai demonstrar que está dando o fruto do Espírito. A propósito, era este um requisito exigido por João para fazer o seu batismo (Mt.3:8; Lc.3:8). Mas, como explicar o batismo no dia de Pentecostes? Em primeiro lugar, devemos observar que o dia de Pentecostes foi o cumprimento de uma profecia, um dia singular que não pode ser tomado como regra. É interessante observar que os que defendem o batismo imediato e citam o dia de Pentecostes, se, indagados que, para haver batismo no Espírito Santo, se faz necessário que venha um som como de um vento veemente e que surjam línguas repartidas como que de fogo, dirão que isto só 601 602 ocorreu no dia de Pentecostes. Então, por que se tornar regra o episódio de um fato singular? Entretanto, devemos notar que o auditório do sermão de Pedro era de pessoas que já tinham sido devidamente instruídas a respeito do Evangelho. Eram pessoas que haviam presenciado o ministério terreno de Cristo ou dele tomado conhecimento. Jesus havia pregado por cerca de três anos e meio, de modo que não se pode dizer que não tenha havido uma prévia preparação para aquelas vidas. Além do mais, o texto de Atos 2 nos mostra que houve verdadeira conversão daquelas vidas e que o apóstolo Pedro condicionou o batismo à comprovação da conversão. Portanto, o batismo ocorrido no dia de Pentecostes somente se deu porque se demonstrou haver efetiva conversão daqueles quase três mil que se agregaram à igreja. O mesmo se deu em toda a igreja primitiva. Os se batizavam davam real testemunho de mudança de vida, de conversão. Assim, o batismo bíblico deve se seguir à conversão e conversão somente se percebe quando a pessoa começa a dar frutos dignos de arrependimento. Assim ocorreu em Samaria, por exemplo, onde as Escrituras nos provam que este era um requisito para o batismo ao descrever a vida cristã de Simão que, por ter crido em Jesus, abandonou as artes mágicas e, por isso, foi batizado (At.8:913). O mesmo se deu em relação a Paulo, que somente foi batizado porque o Senhor deu testemunho a Ananias da sua 602 603 conversão, conversão esta confirmada pela maravilha dupla da cegueira e de sua cura (At.9:10-18). Quando vamos, porém, à igreja de Antioquia, a primeira igreja gentílica, vemos que não houve ali um batismo imediato, como nos outros casos. Antes, houve um ano todo de ensino de Paulo e Barnabé àqueles irmãos que, ao contrário dos crentes judeus, eram pessoas que conhecimento algum tinham a respeito das profecias das Escrituras. Dali por diante, sempre vemos o apóstolo Paulo primeiro ensinando e discipulando os crentes, para só, então, depois fazer menção de batismo e, num momento seguinte, de escolha de obreiros para estas igrejas. Esta prática, aliás, é abundantemente registrada na história da Igreja, com o batismo sendo realizado apenas um período de ensino da doutrina, que passou a ser denominado de “catecumenato” e que durava “seis períodos”. Aliás, normalmente, os batismos eram efetuados uma vez ao ano, após uma aferição da vida de cada um dos candidatos. OBS: “…Veja como, segundo E. Glenn Hinson, no seu livro ‘Vozes do cristianismo primitivo’ em parceria com Paulo Siepierski, da editora Sepal em coedição com a editora Temática, acontecia na igreja primitiva, por ocasião do batismo: ‘Quarenta dias antes da páscoa, a época normal para batismo, o mestre (ou bispo) finalmente decidia quais dos catecúmenos deveriam receber o batismo. Sua decisão era baseada no estilo de vida dos catecúmenos enquanto no 603 604 catecumenato – se tinham vivido corretamente e manifestado amor cristão no cuidado dos pobres, daqueles em prisão, das viúvas e órfãos, e de outros necessitados. (a vida era observada para saber se a mudança operada pela graça estava presente, e vida voltada para o próximo, não bastava ter atendido ao apelo, tinham de aparecer os frutos dignos de arrependimento). Em seguida, os catecúmenos recebiam a imposição de mãos, eram “selados” com o sinal da cruz na testa e salgados – símbolos de que eles já não mais pertenciam ao diabo, mas a Cristo. Então, recebiam instrução diária e exorcismos até serem batizados. Os exorcismos eram importantes porque expulsavam as hostes satânicas que oprimiam os catecúmenos até que o Espírito Santo os libertasse de uma vez por todas (a libertação tinha de se dar na história e não apenas na confissão de fé). Na quinta-feira antes do batismo e no domingo de páscoa, os catecúmenos passavam por uma lavagem e purificação preparatória. Na sexta-feira e no sábado, jejuavam. Ainda no sábado, havia um último exorcismo; o bispo fazia um selo com o sinal da cruz e, então, se iniciava uma vigília que durava a noite inteira…” (RAMOS, Ariovaldo. Devolvam a minha igreja. Disponível em: 2005) O batismo é uma confissão pública que se faz da conversão e do novo nascimento. O batismo não é para salvação, mas, sim, para o salvo. É uma declaração que o salvo faz de que faz parte da Igreja, de que tem Jesus como seu Senhor e Salvador. Como, então, podemos batizar alguém que não prova que é uma nova criatura em Cristo 604 605 Jesus? Como batizar alguém que nem sequer foi discipulado na igreja local a que passará a pertencer? – O batismo é o final de um processo de integração do batizando na igreja local. A igreja local é um grupo social, é um conjunto de pessoas que tem de ter uma identificação clara não só entre os membros do grupo, mas também diante da sociedade. A igreja em Jerusalém era dotada desta identificação clara e evidente (At.5:12,13). Por isso, ninguém pode ser batizado sem que, antes, seja devidamente instruído a respeito do que é servir a Deus, sem que antes demonstre ter dado frutos dignos do arrependimento, prove que foi, realmente, transformada pelo Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16). Infelizmente, há muitos que hoje estão sendo levados às águas batismais sem a mínima noção do que isto representa. Nada mais fazem que um “banho com vestes”. Não têm a mínima noção do que é pertencer ao corpo de Cristo, do que é ser salvo, sendo conduzidos como ovelhas para o matadouro, não no sentido bíblico da expressão (Rm.8:38), mas no sentido agropecuário mesmo: sem ter a mínima ideia de que serão causa de escândalo e de sacrilégio, pois estarão profanando uma ordenança de Jesus, praticando um ritual sem qualquer sentido ou valor, que tem o mesmo efeito diante de Deus dos sacrifícios meramente formais que o povo de Israel realizava na antiga aliança (Is.1:10-15). 605 606 Para alguém ser batizado precisa dar frutos dignos do arrependimento. Para alguém ser batizado é preciso que haja evidência de que se trata de uma pessoa que se converteu, que deixou as trevas e passou para o reino da luz, que está a andar na luz, que se tornou uma nova criatura. Para tanto, faz-se necessário que o batizando tenha sido acompanhado pelos membros da igreja local, que possam, efetivamente, dar testemunho de que ele pode ser batizado. Por isso a importância de o candidato ao batismo se dirigir à igreja local e fazer a sua profissão de fé, que não é uma simples apresentação à igreja local, nem a reprodução de palavras ensaiadas, mas um testemunho que possa demonstrar aos membros da igreja local que se está diante de uma pessoa que tem convicção de que Jesus é o seu único e suficiente Senhor e Salvador. O batismo pode ser imediato à conversão, mas conversão não é, como pensam muitos, o ato de levantar a mão diante de um apelo feito em um culto emocional ou uma reunião de adoração ao Senhor. Este gesto é uma decisão por Cristo, que pode ter envolvido uma real salvação, mas que precisa ser evidenciada pela conversão, que um ato seguinte do processo de Integração, uma transformação. Isto somente será verificado ao longo de um determinado tempo, tempo que não se pode precisar quanto. Pode ser antes mesmo do fim da pregação, do apelo, como aconteceu na casa de Cornélio, como pode ser um ano inteiro, como parece ter acontecido em Antioquia e como se tem demonstração nos primeiros séculos da história da Igreja. 606 607 Esta falta de critério para o batismo tem sido um dos principais fatores para o fracasso espiritual de muitas igrejas locais. Como se batiza sem critério, fora do modelo bíblico, sem verificação da conversão das pessoas, ingressam no rol de membros pessoas que não são salvas, pessoas que nada têm de crentes que, quando muito, são religiosas, mas que jamais tiveram um encontro real com o Senhor Jesus. São, para usarmos aqui de feliz expressão do príncipe dos pregadores britânicos, Charles Haddon Spurgeon, verdadeiros “bodes” que estão no meio das “ovelhas” e que, não raras vezes, desvirtuam toda a igreja local. Por isso, como diz Spurgeon, muitos pastores estão hoje a entreter bodes em vez de apascentar ovelhas… O discipulado do novo convertido é uma necessidade não só para aquele que aceitou a Cristo, mas para a própria igreja local que, desta maneira, tenta evitar a mistura com o mundo, com os falsos cristãos. Não nos esqueçamos de que um pouco de fermento leveda toda a massa (I Co.5:6; Gl.5:9) e que devemos evitar todo fermento, pois, como corpo de Cristo, temos de ser, como Ele, sem fermento, verdadeiros pães asmos de sinceridade neste mundo de hipocrisia e fingimento (I Co.5:7,8). Também é em virtude disto que não se deve permitir que pessoas que ainda não tenham se submetido ao batismo participem das atividades da igreja local. As atividades da igreja são apenas para aqueles que já assumiram o compromisso com o Senhor, compromisso 607 608 este representado pelo batismo, que é o ponto final do processo de integração a uma igreja local. É com muita tristeza que verificamos, na atualidade, que muitos têm sido incorporados a várias atividades da igreja local, logo depois que se decidiram por Cristo, sem mesmo saber o que é ser crente, sem demonstrar que estão transformados pelo Evangelho. O resultado é o que temos visto cada vez mais: a frieza espiritual e a perda total de relevância espiritual de muitas igrejas locais. A integração na igreja local não é uma incorporação qualquer a um grupo social. Embora a igreja local seja um grupo social, deve dela tomar parte somente quem demonstrar que nasceu de novo, da água e do Espírito, ou seja, que tenha sido salvo por Jesus. É evidente que a igreja local deve ter departamentos e atividades dirigidos às crianças, adolescentes e jovens, quase sempre familiares de membros da igreja local, mas não podemos nos esquecer que tais departamentos e atividades devem ser, sobretudo, evangelizadores. É um evangelismo feito dentro das quatro paredes do templo. Entretanto, como Deus não tem neto, mas somente filhos, faz-se necessário, para que estes familiares sejam integrados na igreja local, que, assim como os que são alcançados pela evangelização “externa”, também sejam submetidos a um processo de verificação do novo nascimento nas suas vidas. Não se pode levar a batismo alguém única e exclusivamente porque “nasceu em berço evangélico”, mas alguém que, tendo tido a graça de ter nascido em um lar evangélico, encontrou-se com o 608 609 Senhor Jesus e foi salvo por Ele, dando frutos dignos de arrependimento. A “conversão em massa”, ou seja, a integração de pessoas à igreja local sem que se tomem os devidos cuidados para verificação de que se trata de novas criaturas, de pessoas salvas e regeneradas, não traz proveito algum à igreja local nem tampouco à causa do Evangelho. O processo de paganização da Igreja, que levou ao surgimento da Igreja Romana e das Igrejas Ortodoxas, do chamado “cristianismo apóstata”, está diretamente relacionado com as “conversões em massa” que passaram a ocorrer no Império Romano depois que Constantino fez cessar as perseguições aos cristãos e demonstrou simpatia pelo Cristianismo. A partir de então, muitos, querendo ser “simpáticos” ao poder político, passaram a se “tornar cristãos”, deixando-se batizar e os cristãos, até então perseguidos, inebriados por este crescimento quantitativo e numérico (que acabou por resultar, também, em poder político para os bispos e demais integrantes da cúpula hierárquica das igrejas locais…), caíram na armadilha do adversário e, em pouco tempo, não havia mais diferença alguma entre cristãos e pagãos, com o surgimento das práticas que apenas deram “roupagens cristãs” a crendices e rituais do antigo paganismo. Os nossos dias não são diferentes. Muitas igrejas locais e denominações estão como que anestesiadas pelo “aumento do Evangelho”, que nada mais é que um crescimento numérico e quantitativo, acompanhado quase 609 610 sempre de poderio econômico-financeiro e político, que tem feito muitos se esquecerem de verificar a real transformação das pessoas antes de integrá-las às igrejas locais pelo batismo. Muitos, a propósito, chegam a defender que a pessoa pode se batizar tantas vezes quantas achar necessário, como se o batismo fosse uma banalidade ou um mero banho que precise ser repetido diariamente. Ser “evangélico” virou moda e muitos se submetem ao batismo para “provar” que se converteram e tais conversões apenas têm servido para escândalos e prejuízos ao Evangelho, e, não poucas vezes, servido para encher os bolsos de muitos. Outros, na competição desenfreada por cargos e posições nas burocracias eclesiásticas, têm procurado aumentar o número de batizandos em suas igrejas e, para tanto, recorrem a todos os subterfúgios possíveis, como o batismo de crianças e de adolescentes, que nem sequer se conscientizaram do que é o batismo e que é servir a Cristo (e, neste ponto, filhos de crentes são o alvo preferencial…), o batismo imediato de pessoas que se decidiram por Cristo, ainda que não tenham sequer se libertado de seus vícios ou de sua vã maneira de viver, o rebatismo de pessoas de outras denominações, sob as mais absurdas teses e justificativas doutrinárias e, pasmem todos, até mesmo o rebatismo de irmãos da própria denominação, sob a rubrica do “justo motivo”, tão somente para fazer número e apresentar em relatórios. A que ponto chegamos, como tem se aviltado uma ordenança de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! 610 611 Urge, portanto, que demos ao batismo o seu real valor, que o vejamos como o ato final de um processo de integração, como o testemunho público não só do batizando, mas da igreja local, que se está diante de uma ovelhinha de Jesus Cristo, de um ser transformado pelo Evangelho, de uma nova criatura, de alguém que anda na luz de Cristo, que está caminhando para o céu; Não nos preocupemos com os números, não busquemos nos enganar a nós mesmos, nem capitulemos à mentira e à hipocrisia, mas façamos do batismo nas águas um instante de realização e de alegria não só do batizando, mas de toda a igreja local, certos de que aquele que está a descer às águas é uma alma que foi arrebatada do poder do mal e que, com a colaboração de toda a igreja local, hoje, publicamente, pode dizer e comprovar que é alguém que está nas mãos do Senhor Jesus e que ninguém poderá arrebatar. No próximo batismo na sua igreja local, que responderá cada batizando, se lhe perguntarmos como os poeta sacros Eufrosine Kastberg e Emílio Conde: ‘Nasceste de novo, andas já com Deus? Pertences ao povo que vai para os céus? Tens a lei escrita em teu coração? Em ti já habita plena salvação?” (1ª estrofe do hino 447 da Harpa Cristã). Com o batismo, tem-se o completar do trabalho junto ao novo convertido, pois agora, mediante a confissão pública que é visível a toda a sociedade e não só à igreja, tem o aparecimento da plantinha que havia germinado e que o mundo ainda não tinha visto que se tornara uma “nova criatura”. Tem-se, então, uma linda manifestação do reino 611 612 de Deus para toda a humanidade, uma vida transformada, mudada, que agora, publicamente, se manifesta para que todos vejam que Jesus salva e transforma o homem. Temos deixado tal manifestação do reino de Deus se revelar entre nós? 9.2 – Com as Convicções do Espírito Santo A Bíblia foi escrita para que o verdadeiro crente, o verdadeiro salvo, tivesse convicção, certeza, firmeza, segurança da salvação eterna e imperdível (incapaz de ser perdida) 1João 5:13. Mas devemos nos examinar (cada um a si mesmo)!!! 2Co 13:5 Muito feliz é o pastor que pode dirigir ao seu povo estas palavras. Ó! que todos os nossos pastores pudessem, verdadeiramente, dizer isto. Porque não é assim? Certamente se fossemos determinados, como Paulo, a "nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado", se fôssemos cheios do mesmo Santo Espírito, se vivêssemos a mesma vida devota e levássemos a mesma mensagem noite e dia, com lágrimas, deveríamos ser capazes de usar estas preciosas palavras. "Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos". 612 613 O dia de Pentecostes foi a época dos primeiros frutos. O dia da colheita está por vir. Os apóstolos tiveram a primeira chuva. Nós esperamos pelo tempo das últimas chuvas. 9.2.1 - Meditemos sobre um ministério mal sucedido. O evangelho chega ao povo só em palavras. Quão frequentemente um pastor fiel prega o evangelho e o povo parece bebê-lo com alegria! Uma áurea de eloquência natural ilumina tudo o que ele diz ou ele tem um estilo emocionado e brando que prende a atenção deles, mas nenhum efeito salvífico parece segui-lo. Corações não são quebrantados e nenhuma alma adicionada à Igreja. Assim foi com Ezequiel "Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra" (Ez. 33:32). Estes são aqueles que recebem a palavra em solo pedregoso; eles ouvem a palavra e sem demora, com alegria, a recebem, mas não tem raiz em si mesmos e ela perdura somente por pouco tempo. Ó minha alma! tu estás contente em receber o evangelho somente em palavra? Pode um faminto ser alimentado somente com o aroma do alimento? Ou pode um mendigo tornar-se rico somente ouvindo o tilintar do dinheiro? E pode a minha alma faminta encontrar descanso 613 614 pelo ouvir dos címbalos do evangelho? É temeroso cair no inferno sob o som da misericórdia do evangelho. Mas há alguns que não somente ouvem o evangelho, mas conhecem o evangelho; e ainda assim ele chega a eles somente em palavras. Quantas crianças crescem sujeitas a pais piedosos, bem catequizadas nas verdades divinas, bem disciplinadas na Bíblia, tendo compreensão do evangelho e possuidoras de todo conhecimento; nenhum ponto é novo para elas. E mesmo assim, não têm visão espiritual; não provam nem vêem que Cristo é bom; não há pedra embaixo de seus pés. Ah! estes são os mais miseráveis de todos os ouvintes inconversos. Eles afundarão mais baixo do que Cafarnaum. Ah! quantos filhos de pastores, quantos professores de escola dominical, quantos pregadores do evangelho podem saber, que o evangelho os alcança somente em palavras e nunca em poder. Quão triste é perecer apontando para a cidade de refúgio; pregar a outros para então ser rejeitado. Mas há um caminho mais excelente. Voltemo-nos para meditar nele: 9.2.2 - Um ministério bem sucedido: "nosso evangelho chegou ate vocês em poder". Que coisa ineficaz o evangelho parece algumas vezes. O pastor é meio envergonhado dele. O povo dorme ante suas mais impactantes afirmações. Porém, em outras 614 615 vezes, o evangelho é evidentemente, "o poder de Deus para a salvação". Um poder invisível acompanha a palavra pregada, e o templo parece ser a casa de Deus e o portão do céu. Então a palavra de Jeremias é cumprida: "Não é minha palavra fogo, diz o Senhor, o martelo que esmiúça a penha?" (Jr.23:29). Então pecadores resistentes são despertados. Idosos, os de meia-idade e crianças pequenas são levados a clamar: "O que devo fazer para ser salvo?" Um silêncio impressionante toma conta da assembléia. As flechas do Rei de Sião penetram no coração dos inimigos do Rei e o povo é humilhado sob Ele. Ó pecador! o evangelho chega a ti em poder? O martelo do evangelho tem quebrado teu coração de pedra? O fogo da palavra tem derretido teu coração gelado? Tem a voz que é "como o barulho de muitas águas" falado de paz para a tua alma? "Nosso evangelho chegou até você no Espírito Santo". É Ele, a terceira pessoa da Santa Trindade, que faz com que o evangelho chegue em poder. Era Ele quem "pairava sobre a face das águas", quando este mundo estava sem forma e vazio, e trouxe vida e beleza a um mundo morto (Gn.1:2). É Ele quem se move sobre a face da natureza silenciosa, quando o inverno passa, e traz a vida fresca da primavera para fora do solo frio: “Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra” (Sl.104:30). Mas acima de tudo, é trabalho do Espírito Santo retirar a futilidade dos corações dos pecadores, de tal forma que eles se voltem para o Senhor (2 Co. 3:16). A mente carnal tem uma inimizade tal com Deus, o pecador inconverso está tão morto nos seus delitos e pecados, o 615 616 homem carnal é tão ignorante das coisas divinas, que precisa haver o trabalho do Todo Poderoso Espírito, avivando, iluminando e tornando-o desejoso, antes que o pecador aceite a Jesus. Ó pecador! O Espírito Santo veio até você? Doce é a paz que gozam aqueles ensinados por Ele. Quando é tempo de sequidão, pastores militam em vão; eles gastam suas forças por nada e em vão. Eles se sentem como que parados à beira mar, falando às pedras duras, ou às ondas violentas, ou ao indomável vento. Mas, quando o Espírito Santo vem, os mais débeis instrumentos são feitos poderosos, "poderosos em Deus, para demolição de fortalezas". Ó! ore por tal tempo. "Nosso evangelho chegou até vós, em plena convicção". Este é o efeito na alma, quando a palavra vem com poder, através da obra do Espírito Santo. A alma, assim instruída, tem uma doce convicção da verdade referente às grandes coisas reveladas no evangelho. Quando um homem contempla o sol, ele sente uma certeza de que ele não é trabalho de homem, mas de Deus. Também quando um pecador tem seus olhos ungidos, ele vê a beleza gloriosa e a abundância de Cristo, de forma que seu coração se enche com uma confortável certeza da verdade do evangelho. Ele não pergunta por evidências. Ele vê evidência suficiente no próprio Cristo. Ele diz: eu sou todo culpado, Tu és Jeová minha justiça. Eu sou todo débil, tu és Jeová meu estandarte. Eu sou todo vaidade, em Ti 616 617 habita toda a plenitude da divindade. "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios”. É isto que enche o peito com jubilo e paz. É isto que dá um doce senso de perdão e proximidade com Deus. É isto que nos capacita a orar. Agora podemos dizer: "Então minha alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação"; "Eu sei que o meu Redentor vive"; "Quem nos separará do amor de Cristo?". Este é o evangelho que chega em plena convicção. Ó! feliz ministro que pode tomar estas palavras de Paulo e dizer "nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por amor de vós". Tua igreja é tua alegria aqui, e será tua coroa por toda a eternidade. Embora esse relato tenha uma conotação poética, precisamos lembrar que carecemos urgentemente da manifestação da presença do Espírito Santo em nossas vidas para guiar com poder e falar aos corações endurecidos da nossa geração. 9.2.3 – Como ser Guiados Pelo Espírito Santo A forma número um de sermos guiados na nova aliança é através do testemunho interior. É aquela certeza por dentro a respeito da vontade de Deus para as nossas vidas. Romanos 8:16. O Testemunho interior é aquela convicção que temos por dentro, colocada pelo Espírito 617 618 Santo. O testemunho interior é a forma número um de sermos guiados pelo Espírito Santo. Isto concorda com Romanos 8:14 que diz que os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus. Na nova aliança estabelecida por Jesus Cristo nós temos o Espírito habitando em nós, nos garantindo que somos filhos de Deus. Esta é uma realidade para aqueles que nasceram de novo, e não para a velha aliança. Era impossível ser guiado pelo Espírito Santo na velha aliança de forma consistente, pois ninguém ainda havia nascido de novo. Em Mateus 11:11 a Palavra diz que entre os nascidos de mulher ninguém era maior que João o Batista, mas o menor no reino dos céus era maior que João. Isto diz respeito ao novo nascimento, pois na velha aliança ninguém havia nascido de novo. O Novo nascimento é para a dispensação em que estamos. Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, Ele foi o primeiro da ressurreição, ou seja, o primeiro a passar da morte para a vida espiritual, agora todos aqueles que recebem Jesus como o seu Senhor passam também da morte para a vida e são feitos filhos de Deus. Ser filho de Deus se dá pelo novo nascimento João 3: 1 a 8, aquele que é nascido de Deus vence o mundo e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. I João 5:6. Como filhos de Deus pelo novo nascimento, temos condições de ouvir a voz do Espírito de Deus e obedecé-la. Agora o que precisamos saber; é que o testemunho interior é uma convicção que temos por dentro, mesmo sem ouvirmos uma voz, nós simplesmente sabemos por dentro qual é à vontade 618 619 do Senhor. I João 5:10 diz: Aquele que crê no filho de Deus tem em si mesmo o testemunho. Nós temos um testemunho, é como se uma certeza a respeito do que devemos fazer ou não fazer tomasse conta do nosso interior. Sem a necessidade de ouvirmos alguma voz. Ser guiado pelo Espírito Santo na Nova aliança é diferente da velha aliança. Neste ponto é onde muitos estão caindo. Na velha aliança ninguém tinha o Espírito dentro para mostrar o caminho a andar, somente o Rei, Profeta e o Sacerdote é que tinham o Espírito Santo sobre eles, para exercerem uma função específica, mas eles não tinham condições de serem guiados pelo Espírito como um filho de Deus. O Espírito habitando dentro do homem e o guiando a toda verdade é uma realidade para a nova aliança estabelecida no sangue de Jesus Cristo. Ele foi o primeiro a passar da morte para a vida, Nele nós somos feito à justiça de Deus, Nele nós podemos ser guiados pelo Espírito, Nele nós somos nova criatura, Nele nós temos a vida de Deus. Colossenses 1:18; Atos 26:23; Romanos 1:4. Jesus foi gerado na ressurreição dos mortos pelo Espírito de santidade. Atos 13:32 e 33. Muitos estão caindo em erro porque querem ser guiados mediante a realidade da velha aliança. Na velha aliança o ministério profético tinha uma realidade diferente da nova aliança. Isto se dava pelo fato de nenhum deles ter nascido de novo, mas apenas o profeta é que ouvia Deus falar, e transmitia ao povo a Sua vontade. Isto não acontece mais na nova aliança, nenhum profeta tem o direito de 619 620 querer direcionar a vida das pessoas. Deus hoje tem o Seu Espírito habitando dentro de cada um de Seus filhos, e o ministério do Espírito Santo também é guiar o povo de Deus. Nós não precisamos que ninguém nos ensine coisa alguma, pois a unção que vem do Santo nos ensina todas as coisas, ninguém precisa dizer: Conhece ao Senhor? Pois todos me conhecerão. I João 2:20 e 27. Hebreus 8:11. Se nós quisermos conhecer o Senhor mediante os procedimentos da velha aliança, nós estaremos andando em caminhos fora da vontade de Deus, é tempo de andar nas realidades da nova aliança, na certeza que somos guiados pelo Espírito Santo. Outra coisa que precisamos saber também, é que ser guiado pelo testemunho interior é sobrenatural e não espetacular. Eu costumo dizer que quem quer ver espetáculo vá para o circo. As coisas de Deus são extraordinárias, mas não espetaculares, se estivermos à procura daquilo que é espetacular, poderemos ser enganados por espíritos malignos. O que devemos fazer é viver uma vida de constante certeza da real presença do Espírito Santo em nós. Esta atitude nos levará a andar por caminhos de justiça, e sempre estaremos sendo guiados pelo Espírito do Senhor. Observe a vida do Apóstolo Paulo: Em alguns lugares no livro de Atos nós o vemos ser guiado pelo Espírito simplesmente pelo testemunho interior, até mais do um anjo aparecendo a Ele ou o próprio Senhor Jesus aparecendo. Atos 13:2 Paulo e Barnabé já tinham convicção 620 621 pelo Espírito mesmo antes dos profetas falarem pelo Espírito, eles já sabiam que Deus os havia chamado para uma obra, a profecia simplesmente testificou com o coração deles, aquilo que o Espírito já os havia avisado. Atos 13:2. ...Que os tenho chamado... Vendo pelo testemunho interior Atos 14:9. Atos 15:2 simplesmente resolveu-se. Pareceu bem aos Apóstolos e anciãos Atos 15:22 e 25. E a decisão pareceu bem ao Espírito Santo e a eles. 15:28. Simplesmente pareceu bem a Silas ficar ali Atos 15:34. Para Paulo parecia razoável não levarem a João Marcos Atos 15:38. Paulo simplesmente quis que este fosse com Ele Atos 16:3. Foram impedidos pelo Espírito Santo Atos 16:6 e 7. Após a visão que Paulo teve ele concluiu que o Senhor os chamava para anunciar o evangelho. Atos 16:10. Lídia os constrangeu a isso, através daquilo Deus levantou na casa de Lídia uma Igreja. Paulo foi impulsionado pelo Espírito. Atos 18:5. Não conveio nisso Atos 18:20. Querendo Apolo passar a Acaia Atos 18:27. Paulo propôs em espírito ir a Jerusalém Atos 19:21, e depois ver também Roma. Paulo já tinha determinado passar ao largo Atos 20:16. Ligado eu pelo Espírito vou para Jerusalém Atos 20:22. O Espírito Santo me revela que de cidade em cidade me esperam tribulações e cadeias. Atos 20:23. Não vereis mais o meu rosto Atos 20:25. Porque eu sei isto Atos 20:29. Paulo foi guiado pelo testemunho interior e não pelas emoções dos irmãos. Atos 21:13. Sabendo Paulo clamou Atos 23:6. Paulo disse: vejo que a navegação há de ser incômoda e com muitos danos Atos 27:10. Paulo os admoestava a comer, pois nenhum cabelo da cabeça deles iria cair Atos 621 622 27:34. Rogaram que por sete dias ficassem com eles Atos 28:14. Através principalmente da vida de Paulo, nós vemos como ser guiado pelo Espírito Santo é algo que acontece no nosso interior e está ligado a uma vida sobrenatural e de certeza que Deus nos está guiando quando tomamos as decisões. É tempo de acreditar que somos guiados pelo Espírito Santo, e simplesmente vivermos uma vida de fé na Palavra, sem se preocupar em ouvir uma voz sobrenatural do Espírito Santo, sabendo que quando Deus quiser falar conosco desta forma Ele o fará, sem nós precisarmos forçar estas coisas. Você é guiado pelo Espírito Santo, você é uma pessoa que sabe discernir o testemunho interior, Deus tem prazer em lhe guiar 9.3 – Dando Conta de Tudo a Deus (Mordomia) Deus é o dono de tudo. Davi declarou esta verdade: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (SI 24.1). Todas as coisas foram feitas por Deus (Gn 1.1; Hb 11.3). Não existem dois princípios criadores. Apenas um, e este princípio é Deus. Portanto, Ele é o proprietário da sua criação. 622 623 O homem é mordomo de Deus. Deus constituiu o homem como seu mordomo, seu despenseiro, depois de criar tudo: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28). “Disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12.42,43). O crente tem um motivo próprio. “Porque fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (ICo 6.20). Não nos pertencemos a nós mesmos. Pertencemos a Deus duas vezes: primeira, porque Ele no fez; segunda, por-que Ele nos remiu (comprou). Esta é a nossa motivação para servi-lo. Deus exige uma prestação de contas de cada mordomo. Este é o ensino de Jesus: “Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25.19). Jesus está dizendo que haverá um tempo de acerto de contas. Feliz será o mordomo que for achado fiel. A mordomia da igreja. A igreja, como instituição, recebeu de Deus uma mordomia. Ela é responsável diante de Deus pelo bom desempenho dessa mordomia. Em Ap 2.1-3, o Senhor encontrou na igreja de Éfeso um bom desempenho da mordomia. Todavia, foi 623 624 achada em falta em algumas coisas (v.4). Das sete igrejas da Ásia, apenas duas estavam desenvolvendo fielmente a mordomia que recebera do Senhor: Esmirna e Filadélfia. A integridade de um fruto da mordomia. Jesus ensinou, por parábolas: “O seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). O mordomo fiel, ainda que tenha recebido poucos talentos, será colocado sobre o muito. O infiel, no pouco ou no muito, será punido pelo Senhor. As possessões materiais. As propriedades têm um papel social. Deus nunca teve a intenção de acumular um mordomo com bens materiais sem que este fizesse a distribuição proporcional de suas rendas: a) O Estado tem a sua porcentagem e Deus também: “Então ele lhes disse: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21); b) b) As viúvas e os órfãos têm sua parte: “As viúvas despediste vazias, e os braços dos órfãos foram quebrantados. Por isso, é que estás cercado de laços, e te perturbou um pavor repentino” (Jó 22.9,10); c) c) Os pobres perceberão a sua parte: os apóstolos faziam a distribuição das contribuições, atendendo 624 625 aos pobres também (At 4.34,35). Deus estabelece para cada mordomo as devidas prioridades. 9.3.1 - O Desafio à Fidelidade Em Provérbios 9.10a lemos:- “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”. – É impressionante como tememos os nossos devedores, como tememos o poder público, concessionário dos benefícios ditos públicos, mas também ávido cobrador destes benefícios. Mas o temor de ficar sem os serviços essenciais como telefone, água, luz, etc, nos levam a ser pontuais no recolhimento de taxas, impostas e a pagarmos com naturalidade e pontualidade tudo aquilo que para nós é indispensável. Quando a Palavra nos diz que é sábio sentirmos temor a Deus, eu me pergunto, será que o nosso temor maior não estaria direcionado para a pessoa errada? Ou para a instituição errada? A fidelidade também é um excelente aferidor de temor, de reverência e do amor ao Reino dos Céus, que chegou a todos nós através de Jesus Cristo. Em Provérbios 3.9-10 está escrito:- “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros...” – Em todos os convites de Deus à fidelidade do homem, sempre está implícita uma maravilhosa promessa, que é o Amor de Deus, pois a Palavra nos diz: - “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por 625 626 constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria”. Este texto encontra-se em 2 Coríntios 9.7. Contribua com alegria! – contribua com o teu tempo, contribua com os teus talentos e dons, contribua com os teus dízimos e ofertas... Contribua com o teu temor e reverência a Deus... 9.3.2 - 25 Razões porque sou Dizimista 01 - SOU DIZIMISTA, porque o Dízimo é Santo. Lev. 27.30:32 02 - SOU DIZIMISTA, porque quero ser participante das grandes bençãos. Mal. 3.10:12 03 - SOU DIZIMISTA, porque amo a obra de Deus, na face da Terra.Mal. 3.10 04 - SOU DIZIMISTA, porque senão ficarei com dividas a Deus. Lev. 27.13:31 05 - SOU DIZIMISTA, porque Deus é dono de tudo. Salmo 24.1 06 - SOU DIZIMISTA, porque eu mesmo vou goza-lo na casa de Deus. Dt. 14.22:23 07 - SOU DIZIMISTA, porque mais bem aventurado é dar do que receber. Atos 20.35 08 - SOU DIZIMISTA, porque Deus ama que dá com alegria. II Cor. 9.7 09 - SOU DIZIMISTA, porque tudo vem das mãos de Deus 1Cr 29.12,14 626 627 10 - SOU DIZIMISTA, porque não sou avarento. I Tim. 6.10 11 - SOU DIZIMISTA, porque meu rico tesouro está no céu. Mat. 6.19:21 12 - SOU DIZIMISTA, porque tudo que peço recebo. Mat. 7.7:9 13 - SOU DIZIMISTA, porque obedeço às leis de Deus. Atos 5.29 14 - SOU DIZIMISTA, porque as bênçãos de Deus é que enriquece. Prov. 10.22 15 - SOU DIZIMISTA, porque para cada lei Deus promete recompensa. Salmo 19.7 16 - SOU DIZIMISTA, porque receberei de Deus com a mesma medida. Lucas 6.38 17 - SOU DIZIMISTA, porque os pensamentos de Deus são mais altos. Isa. 55.9 18 - SOU DIZIMISTA, porque Deus me escolheu e me nomeou. João 15.15 19 - SOU DIZIMISTA, porque Deus disse: Fazei prova de Mim. Mal. 3.10 20 - SOU DIZIMISTA, porque minha descendência não vai mendigar o pão. Salmo 37.25 21 - SOU DIZIMISTA, porque meu salário não será posto em saco furado. Ageu 1.6 22 - SOU DIZIMISTA, porque é minha responsabilidade o sustento da igreja. Mal. 3.8 23 - SOU DIZIMISTA, porque quero ter a consciência tranquila. I Tim. 1.19 24 - SOU DIZIMISTA, porque tudo o que o homem plantar, isso ceifará. Gálatas 5.7 627 628 25- SOU DIZIMISTA, porque Deus supre todas as minhas necessidades. Filipenses 4.9 Os Meus Dízimos Demonstram: 1° A minha gratidão, porque eu jamais poderia comprar a minha salvação (Efésios 2:8-9); 2° Que o Reino de Deus e a Sua justiça estão em primeiro lugar na minha vida (Mateus 6:33); 3° Que, para mim, semear valores espirituais é mais importantes que os valores materiais (Gálatas 6:8); 4° Que eu confio em Deus para suprir todas as minhas necessidades e não nas minhas próprias forças (Filipenses 4:19); 5° Que, para mim, os tesouros no Céu valem mais que os tesouros da Terra (Mateus 6:19-21). 9.4 - Fugindo da Aparência do Mal Os cristãos devem ter em mente que não é suficiente evitar o que é mal. Devem evitar também tudo aquilo que tem a aparência de mal. 628 629 É claro que a “aparência de mal” é muito subjetiva, mas o cristão experiente sabe o que é isso e da necessidade existente em evitar práticas que outros podem entender como reprovada por Deus. Há um certo constrangimento nos crentes quando têm de tomar determinadas decisões no seu quotidiano, designadamente o que devem vestir nesse dia, que penteado levar, que lugares frequentar, etc., etc., etc., com o receio de escandalizar alguém. Todos nós, certamente, já fomos confrontados com este tipo de questões e duvidas, por serem eventualmente passiveis de ser contestadas por outros crentes. Eu próprio, confesso, que na minha ignorância já pus em causa a espiritualidade de vários crentes por causa destas e outras coisas, com base neste e noutros textos bíblicos. Lamentavelmente, por não ter tido alguém capaz de me elucidar no entendimento correto do ensino e dispensação da graça de Deus aquando dos primeiros passos do meu crescimento espiritual. A principal razão porque isso acontece é porque não há um correto conhecimento do teor da dispensação da graça de Deus – diga-se, do ensino da graça de Deus – e, do pouco conhecimento que há desse ensino, não há consistência, certeza e domínio de todos os seus aspetos, o que tem levado, ao longo da história das igrejas locais, há formação de uma mentalidade religiosa de cariz evangélico, formatando os crentes a essa aculturação religiosa, assente em sentimentalismos, suposições, 629 630 pareceres pessoais e não na Pregação do Mistério. O resultado disso tem sido ver os crentes da graça debaixo de um jugo que todos admitem existir, mas que ninguém ousa fundamentar e garantir. Os evangélicos, assim como toda a cristandade em geral, à semelhança dos judeus, no tempo do Senhor, no seu zelo irracional e desconhecedor da Palavra de Deus, têm “construído” um conjunto de regas e modos de conduta que, na sua grande parte contrariam a natureza e o ensino da Palavra da Graça de Deus. Um dos textos que tem sido usado para defender essa aculturação é, precisamente, o que apresentamos da Iª epístola de Paulo aos Tessalonicenses e que diz: “Abstende-vos de toda Tessalonicenses 5:22 aparência do mal” - I Há muito tempo que este tipo de atitudes dos crentes e da cristandade em geral, que é acompanhada e corroborada com opiniões e pareceres pessoais e individuais, de pessoas que têm responsabilidade na chamada “obra de Deus” têm-me intrigado, uma vez que é um discurso que não parece estar em sintonia com o ensino e postura do Apóstolo Paulo, o qual Deus constituiu como o Mordomo da Casa da Graça de Deus, quer pelo ensino de que foi canal, quer pelo exemplo ou modelo que deixou, de como se deve viver segundo a graça de Deus. Por esse facto, tais circunstâncias levaram-me a examinar mais 630 631 cuidadosamente este ensino à luz da Palavra de Deus, especialmente da Pregação do Mistério, e procurar entender o verdadeiro pensamento do Apóstolo Paulo e o que ele pretendeu dizer com as suas palavras. O primeiro pensamento que nos pode surgir é um pensamento contraditório: porque é que o Senhor nos chamou para a liberdade e os ensinadores da Bíblia usam o texto sagrado para prender e manter assim os crentes, condicionando-os no seu pensamento e escravizando-os com incontáveis, mas inconsistentes e incoerentes, obrigações? Outro pensamento que nos surge é o de confrontarmos este tipo de entendimento tradicional com as palavras e exemplos do Senhor Jesus Cristo e de Paulo, que nunca estiveram preocupados com a aparência, mas com a realidade das coisas, como seja: nunca tiveram problemas de curar no dia de Sábado, tocar em leprosos, comer com fariseus, com publicanos, ou com pecadores, de criticar e repreender os que se prestavam a isso, mesmo os discípulos, expulsar os vendilhões do templo, etc., etc., etc.. Ainda outro pensamento é o seguinte: se se trata de uma questão de aparência, qual é o critério que servirá de base para determinar determinada "aparência de mal"? A "aparência" de mal... e que mal? Que tipo de mal? Quem define o conceito de mal? É o mal abstrato? O mal Indefinido e incerto, entregue ao critério de mentes condicionadas pelo pecado? Quem define e ordena o padrão 631 632 para entendermos o tipo de aparência? Ora, a única base fidedigna para identificarmos o mal é a Palavras de Deus. E, onde está ela na determinação desses conceitos? Que diz a Palavra de Deus sobre a "aparência"? Como esse tipo de discurso intriga todo o crente maduro, com inteligência espiritual, quando confrontado com as diversas palavras do Apóstolo Paulo, quando diz: Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte (Romanos 8:2); Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade» (II Coríntios 3:17); 28b Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude. 29 Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem? 30 E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças? 31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I Coríntios 10). 4 E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; 5 aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos 632 633 com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós» (Gálatas 2); «6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. 7 Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo. 8 Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses. 9 Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? 10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11 Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco» (Gálatas 4); «Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão» (Idem, 5:1); «Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade» (Idem, 5:13); «16 Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, 17 que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. 18 Ninguém vos domine a seu belprazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, 19 e não ligado à 633 634 cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. 20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, 21 tais como: não toques, não proves, não manuseies? 22 As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne» (Colossenses 2). Mais amplo que isto, diz o Mordomo aos criados da casa de Deus: «Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura» (Romanos 14:14); «13 Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, 14 não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. 15 Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados. 16 Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados 634 635 para toda boa obra. 1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina» (Tito 1, 2); «Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma» (1 Coríntios 6:12); «Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam» (1 Coríntios 10:23); «1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, 2 pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, 3 proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; 4 porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças, 5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada» (I Timóteo 4). «7 E ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro! Mata e come. 8 Mas eu disse: De maneira nenhuma, Senhor; pois nunca em minha boca entrou coisa alguma comum ou imunda. 9 Mas a voz respondeu-me do céu segunda vez: Não chames tu comum ao que Deus purificou» (Atos 10). 635 636 Assim, se o Senhor nos chamou para a liberdade do Seu Filho, a propósito de quê a nossa liberdade deva estar condicionada aos pensamentos humanos e carnais? (que Paulo chama de rudimentos deste mundo… porque são critérios, razões e normas pertencentes a esta vida… carnais e mundanos). Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem? Precisamos ter cuidado, pois somos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas. Uma questão prática Certa vez ao fazer visita aos lares dos irmãos, chegamos numa casa em que o dono da casa estava fora. Entretanto, a mulher sem nenhuma maldade nos convidou para entrarmos e esperar por seu marido. Normalmente não teria problema algum. Mas, para evitar que pessoas nos confundisse e começasse a especular por que o Pastor entraria na casa de uma mulher casada quando o seu marido estivesse fora, resolvemos então, agradecer pelo convite e voltarmos uma outra hora. Hora esta em que seu marido estivesse presente. 636 637 Mesmo como Pastor, evito dar carona para mulheres quando sozinho. Qual o pecado em dar carona para alguém do gênero oposto? Obviamente não há pecado nisso. A questão, no contexto que estamos tratando aqui, é o olhar daqueles que veem tal cena. Certa vez, estava sem carro e precisava de uma carona para voltar pra casa. Era um dia de muita chuva e “tive” de pegar carona com uma das irmãs da Igreja até meu destino final, que estava em seu caminho. Ao entrar procurei sentar no banco traseiro e chamei outra irmã líder das senhoras e que a conhecia e também iria naquela direção e a coloquei no banco do carona ao lado da motorista, mesmo em meio a protestos, deixei claro que daquela forma seria melhor. Essa atitude envolveu um pleno entendimento sobre o que é evitar o mal. Sei que para alguns isso pode soar como exagero. Particularmente não acho e prefiro chamar de zelo e atenção à palavra de Deus bem como ter o correto entendimento do poder pecaminoso do coração do homem. 9.5 Aprendendo a Orar 637 638 Orar é contar a Deus o que você necessita como se conversa com um amigo. Se não consegue orar, não está compreendendo a natureza amorosa de Deus. Ele é bom. Quer apenas o que é bom para você. Só podemos ser abençoados quando buscamos o Senhor: 1) Com orações ( que é a forma como falamos com Deus). 2) Com jejum ( quando sentimos que precisamos fazer um propósito com o Senhor para sermos libertos ou para ajudar a libertar alguém com nossas súplicas). 3) Com a meditação na Palavra (Bíblia Sagrada) (que é a forma que Deus usa para se comunicar conosco, ou então através de um profeta, porém, essa profecia tem que ter confirmação na Palavra). 4) E com a obediência. Pois, só seremos verdadeiramente abençoados se fizermos tudo como o Senhor nos manda através da Palavra, pois, quando o Senhor fala, Ele nos garante e nada precisamos temer e a vitória é nossa pelo Poder do Nome de Jesus. A partir de hoje, eu creio, como você também, que poderá entrar em seu aposento, rasgar o coração ao Senhor e sentir verdadeiramente o poder de Deus entrar em sua vida para ficar e durar eternamente, Amém e graças a Deus. 638 639 Porém, necessário se faz que você não duvide jamais que tudo pode Naquele que nos fortalece – Jesus Cristo. OK! “tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:13 RA) Que as bênçãos do Senhor Jesus penetrem neste momento na sua vida, enviando Sabedoria e Conhecimento, Coragem e Ousadia que vem do Trono do Pai. A oração é o único meio de comunicação entre a humanidade e Deus, e independente de qualquer outra coisa, nossas orações devem estar de acordo com os santos princípios de nosso Pai celestial – Lucas 11: 9 e 10. Atualmente, o número de evangélicos no Brasil ultrapassa os 40 milhões. A religião protestante é um das que mais cresce em todo o mundo. A cada dia que se passa novas instituições evangélicas são fundadas em nosso país. Algo que chama a atenção daqueles que desconhecem a fé evangélica é a oração. Elas expressam pedidos de perdão, socorro, paz e amor. Algumas são extraídas da Bíblia e dos Salmos que o Rei Davi dedicava a Deus. 9.5.1.5 - Exemplos de oração evangélica Oração evangélica Homem orando 639 640 “Pai Todo-Poderoso, auxílio e direção no meio de tantos problemas. Vem e mostra-nos como servir e como ficar ao lado dos que lutam pela justiça social e pelos humanos. Ó Jesus Cristo, Senhor e Salvador, para viver não mais por nós, mas por Ti, quer na intimidade de nossos lares, ilumina nossas mentes e estimula nossos corações com o desejo de por Ti honrar. Dá-nos vontade de amar-Te e servir-Te, amando e servindo aos outros. Livra-nos da insistência de viver à nossa própria maneira, mas, sim, que Tu nos mostres os Teus propósitos. Capacita-nos a crescer no conhecimento de Tua Verdade. Tornam-nos portadores da esperança, instrumentos da paz. Que possamos ser testemunhas daquela unidade que liga o Pai, o Filho e o Espírito Santo num Deus que perdoa e que redime. Amém”. Oração de Davi Criança fazendo uma oração O livro dos Salmos deixa claro que muitos dos cânticos e das orações de Davi eram referentes a seus problemas pessoais e em conjunto com sua nação, basta abrir sua bíblia em qualquer Salmo e notar isso. Suas orações são sempre de coração e sinceras e assim devem ser as nossas. Oração modelo que Jesus deixou 640 641 "Pai nosso, que estais no céu santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino seja feita a tua vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoe as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores, não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória, para sempre, Amém." Entendendo o objetivo da oração Jesus deixou um exemplo de como devemos orar, mas ele não disse que nossa oração deveria ser idêntica a essa. Mateus, em 6:7, nos lembra de que orações repetitivas não são agradáveis a Deus. Sendo assim sempre que orarmos precisamos cumprir alguns requisitos para que nossas orações sejam ouvidas. 9.5.2 - O que fazer para suas orações serem ouvidas? 9.5.2.1 - Orar de Coração Primeiramente é preciso orar de todo coração e não apenas pronunciar as palavras, entenda o real significado da oração para você e mantenha sua vida direcionada aos seus pedidos, agindo sempre de acordo com eles. 641 642 9.5.2.2 - Santificar o Nome de Deus É preciso santificar o nome de Deus, fazemos isso por usálo. Veja em sua bíblia qual o nome dele em Salmos 83:18. 9.5.2.3 - Entender a Vinda do Reino Devemos entender o que significa a vinda do reino de Deus e analisar as maravilhosas bênçãos que este reino trará a terra como descrito em Revelação (Apocalipse) 21:4. 9.5.2.4 - Amar o seu próximo Amar nossos irmãos assim como Deus nos ama, ai daquele que fizer seus votos e não estiver em paz com seu irmão. Mateus 5:24. Nossas orações devem ser sempre por intermédio de Jesus Cristo nossa ponte intermediária entre Deus e os Homens. 9.5.2.5 – Crer que a Resposta Virá a) Como um Sim Em Isaias 65. 24 lemos: “Eu darei a eles o que desejam, antes mesmo de me pedirem. Enquanto eles ainda estiverem falando comigo 642 643 sobre suas necessidades, eu já terei respondido as suas orações.” (v. 2 Deus tem prazer, alegria e prontidão em responder as orações dos seus filhos, desde que os pedidos estejam de acordo com a sua vontade, seja uma oração de fé, e, desde que não exista o pecado obstaculando a resposta. Quando estamos quebrantados diante do Senhor, as nossas orações são eficazes, poderosas. A Palavra de Deus nos diz: “A oração do justo pode muito em seus efeitos”. Daniel experimentou várias vezes a alegria de suas orações serem respondidas. Por quê? Em Daniel 10 .12 encontramos a resposta: Então me disse: Não temas Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras O texto nos mostra “o sim de Deus”. Há orações que lançamos a Ele, e obtemos a resposta de imediato. Ainda estamos falando a Deus sobre o nosso pedido, sobre as necessidades, e ele já vem com a resposta. b) Com um Não Mas a resposta de Deus pode ser “não”. Louvado seja Deus por suas respostas “não”! Deus sabe o que é melhor para nós e, se ele diz “não” como resposta devemos aceitar com alegria, gratidão e louvor. Saiba querido amigo que se Deus fechar uma porta para você, ele abrirá uma janela e por ela derramará bênçãos abundantes sobre você. 643 644 Malaquias 3 .10 diz: “... abrirei as janelas do céu e derramarei uma bênção tão grande que não terão lugar onde guardá-la.” (Bíblia Viva). É bom que aprendamos a aceitar o “n ão” de Deus, pois com certeza ele terá algo bem melhor para nós. c)Com um Espere mais um Pouco Entretanto, nem sempre Deus nos dá um sim ou um não. Há ocasiões em que ele nos diz: Espere! Deus sabe o porquê do espere. Muitas vezes ele deseja que exercitemos a paciência. Outras vezes, que cresçamos na fé. Pode ser que aquele não seja o momento mais adequado para responder sim. Quando recebermos um “espere” de Deus, não devemos nos desanimar. Quando dependemos dele, sabemos que no tempo certo virá a resposta. Alguém escreveu: “Fé é ter confiança que no tempo certo a resposta vem. Fé é deixar que a parte ativa do nosso desejo desapareça e crer que Deus está trabalhando. É confiar que Deus não demora em responder nenhum minuto a mais do que o necessário.” Em Habacuque 2 .3b, lemos: “Se parecer demorar muito, não se desespere, por que tudo vai acontecer mesmo! Seja paciente! O cumprimento dessa promessa não vai chegar nenhum dia atrasado!” (Bíblia Viva). Que possamos estar felizes com as respostas de Deus, sejam elas sim, não ou espere. Quando estamos quebrantados e totalmente dependentes dele, tudo o 644 645 que ele disser para nós será aceito com todo amor, alegria, gratidão e louvor. 9.5.2. 6- Quando pedimos em nome de Jesus: Joao 14.14 “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” Jesus pagou na cruz por nossa salvação e todas as bênçãos por nós. Seria como um crédito que você tenha em seu nome e mande alguém resgatar e para isso precisará citar seu nome ou uma senha. O nome de Jesus garante tudo que devemos pedir em oração. Quando Deus ouve nossos pedidos e falamos o nome de Jesus, especial atenção é dada a este detalhe tão importante. 9.5.2.7 - Quando Esperamos o tempo de Deus: Eclesiastes 3.1 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” Deus nunca se atrasa. O Senhor sabe o momento certo de nos responder. Enquanto isso nos ouve atentamente e com muito amor. Na verdade não somos nós que esperamos Deus responde e sim o Senhor quem nos espera estarmos prontos para receber a resposta. Como um pai sabe o que é melhor para um filho, Deus também tem o melhor 645 646 para nossas vidas (Mateus 7.9-11).Deus nos responde no tempo certo! 9.5.2.8 – Quando Oramos Com Perseverança: Lucas 18.7 “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” Se vamos esperar o tempo de Deus, devemos ser perseverantes até o momento da resposta. A insistência é uma prova da certeza e de que estamos preparados de “todo o coração” (Jeremias 29.13). Nunca podemos desistir de nossos sonhos e devemos orar “sem cessar” (I Tessalonicenses 5.17). 9.5.2.9 – Quando temos um Coração quebrantado: Isaías 57.15 “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” Um ditado popular diz que ‘Deus não dá asas a cobra’ e significa que o Senhor sabe o que tem dentro de cada um de nós, bem como nossas verdadeiras intenções. Muitas pessoas se tornam soberbas assim que começam a prosperar e por isso não são abençoadas por Deus. Então o 646 647 Senhor não avalia a beleza de nossas palavras em oração e sim como está o nosso coração. Quando o coração está quebrantado e humilde diante de Deus, até uma lágrima se torna em oração para Deus (Salmos 51.17). Deus nos responde quando estamos com o coração quebrantado! 9.5.2.10 – Quando Oramos Com Sinceridade: Salmos 145.18 “Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” O ser humano é incoerente e contraditório. Um dia pensamos de uma maneira e outro dia de outra forma. Cada uma de nossas palavras é ouvida por Deus, mas o que realmente tem valor é o que pensamos e sentimos se está de acordo com o que falamos. Por isso precisamos alinhar nosso coração com lábios e mente para que sejamos sinceros diante de Deus. Além disso, devemos nos aproximar de Deus através do sangue de Jesus (Hebreus 10.20) confessando os nossos pecados para que estes não impeçam nossas orações (Salmos 66.17-20). Deus nos responde quando somos sinceros! a)- Com o que precisamos: Salmos 18.6 “Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos” 647 648 Deus sabe de tudo o que precisamos (Mateus 6.32) e na hora certa que mais carecemos, Ele vem em nosso socorro. Muitas vezes o Senhor deixa para atender em momentos mais difíceis de maneira que o milagre seja ainda maior. Além disso, Deus não nos permite uma luta maior que podemos suportar (I Coríntios 10.13). Uma certeza que temos é que a resposta é garantida. Deus nos responde na hora que mais precisamos! X VANTAGENS DE SER CRISTÃO Quais as vantagens em ser crente? Já me fizeram essa pergunta inúmeras vezes e geralmente ela parte de dentro da nossa casa (família), certa vez uma jovem me fez essa pergunta, e me explicou dizendo: “Eu venho de uma família de adoradores, de idólatras, muito embora seguisse o embalo do pessoal nunca fui realmente de frequentar qualquer tipo de religião, sempre achei que religiosidade não constrói, às vezes ela coopera para destruir, vi muitas vezes minha mãe gastar dinheiro com oferendas sem obter nenhum resultado, enfrentar caminhadas mato adentro para chegar a uma cachoeira e nunca vi alegria dentro dos seus olhos, e a vida sempre de 648 649 mal a pior. Jesus nos diz que seu jugo é leve e suave " Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" Mt11:30, tudo que nos causa dores e mal certamente não procede de Deus, tudo que nos explora de uma forma ou de outra não vem do trono de Deus. Como muitas pessoas minha mãe buscava suas realizações em lugares errados, são cegos guiados por cegos "Deixai-os; são condutores cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova" Mt15:14, somente em Deus há bênçãos, somente em Deus há provisão, somente em Deus há luz porque ele é o Criador de todas as coisas e tudo está debaixo dos seus pés "E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas o constituiu cabeça da igreja" Ef 1:22. Somente em Jesus poderemos encontrar vida, e vida em abundância, vida plena de gozo, "eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" Jo10:10b, jamais poderemos encontrar qualquer benefício fora do Senhor Jesus, nenhum deus, nenhum ídolo, nenhuma imagem cunhada ou feita de barro tem poder para suprir as nossas necessidades, demônios tem operado milagres como se procedessem das imagens, por trás delas sempre haverá uma ação demoníaca que tem como única intenção afundá-lo cada vez mais em um poço sem fundo, usando para isso inverdades "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" 2Co 11:14, transformado em anjo de luz Satanás tem conseguido destruir, casamentos, amizades, atacar as finanças das pessoas, trazendo doenças físicas, roubando a paz e felicidade, ele vive com um único objetivo roubar e 649 650 destruir" O ladrão(Satanás)não vem senão a roubar, a matar e a destruir" Jo10:10a.” Essa jovem recém-convertida estava dando uma demonstração de que foi realmente tocada pelo Espírito Santo. E descobriu a vantagem de ser uma cristã fiel. Mas abrimos o texto com a seguinte pergunta; quais às vantagens de ser crente? a) Escapamos do jugo do inimigo, somos libertos pelo conhecimento da Palavra " E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Jo 8:32. b) Deixamos de andar nas trevas, a escuridão da ignorância deixa de fazer parte de nossas vidas "Eu sou a luz do mundo,quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" Jo 8:12. c) Passamos a nos conhecer e saber quem somos," Assim já não és mais servo, mas filho; e, se és filho,és também herdeiros de Deus por Cristo" Gl 4:7. tendo esse conhecimento deixamos de perambular em busca de bençãos, e vamos buscá-la onde realmente ela se encontra. d) Descobrimos que não pertencemos a este lugar,que temos um lugar infinitamente melhor preparado para nós "Na casa de meu Pai há muitas moradas;se 650 651 não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou preparar vos lugar" Jo 14:2. e) Descobrimos que existe um só caminho e todo o resto é resto" Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai se não for por mim" Jo 14:6. f) Descobrimos que nada temos, nada nos pertence, tudo nos foi dado por Deus," Do SENHOR, é a terra e a sua plenitude, o mundo e tudo que nele habitam" Sl24:1. g) Podemos contar com a proteção do Senhor " O SENHOR, dos Exércitos está conosco, O Deus de Jacó é o nosso refúgio" Sl 46:11. h) Temos a noção de que só do céu poderá vir alguma coisa para nós, e o céu é morada de Deus, portando " O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu" Jo 3:27. somente Deus tem poder para acrescentar algo em nossas vidas. Descobrimos que Jesus derramou seu sangue inocente na Cruz, possibilitando a nós o privilégio de buscarmos Deus sem necessidade de intermediários, e que o nosso único intercessor é Cristo " Quem os condenará? pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós" Rm 8:34. 651 652 Então tomamos conhecimento de que fomos remidos dos nossos pecados e temos através de Jesus a Salvação de nossas almas "Para dar ao seu povo (nós crentes em Jesus) conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados" Lc1:34. Muitas coisas poderiam ainda serem citadas entre as vantagens de sermos crentes, é triste quando descobrimos que durante muitos anos estivemos a mercê de costumes familiares, em alguns casos dez,Vinte, Trinta, quarenta anos seguindo por um caminho completamente fora da vontade do Senhor, um caminho que ele abomina " Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra em vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o SENHOR, vosso Deus" Lv 26:1. " Bem aventurada é a nação(casa, lar, família)cujo o Deus é o SENHOR)Sl 33:12. Talvez você que está lendo este livro, e ainda não conhece a verdade pode está neste momento com o seu pensamento dizendo: isso é bobagem, é fanatismo, esse pastor é doido, mas se você já tentou de tudo, se como muitas pessoas fazem ainda hoje, caminhou pelas matas, esteve em encruzilhadas, jogou flores no mar, prostrou-se perante imagens, caminhou km a pé, teve o pé lesionado, subiu de joelhos escadarias, machucando os joelhos ou carregou uma cruz como forma de pagamento de 652 653 promessas, saiba que Jesus morreu justamente para que não fosse preciso passarmos por isso. " Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras fomos sarados" Is 53.5. ACEITE A VIDA QUE JESUS LHE OFERECE! Longe está o Senhor dos ímpios, mas escutará as orações dos justos" Pv 15:29. Nesse momento confesse o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, ele morreu por você também. Ser crente é acima de tudo não se esquecer de que você foi comissionado por Deus para fazer o máximo possível para ganhar almas, e pregar as boas novas do Senhor, relatar a quantos forem possível o plano de Salvação e não ser conivente com as mentiras pregadas por Satanás e seus asseclas, o crente não pode e nem deve ficar em cima do muro, deve pregar a verdade, e usar para isso todos os meios disponíveis. CONCLUSÃO 653 654 Em questão de usos e costumes de igrejas ou denominação eu já venho falando à algum tempo em nossa Igreja. Muita gente acha absurdo por exemplo as irmãs crentes se vestirem decentemente, com saias e mangas compridas. Certo que em muitos lugares os crentes já não são mais como antigamente, onde olhávamos para uma irmã ou irmão, e apontávamos para eles e dizíamos: “ali vai um crente, ou ali vai uma crente serva do Senhor”. Mas a realidade hoje é outra. Não sabemos mais hoje em dia quem é crente e quem não é. Muito dizem que roupa ou estilo, assunto esse que venho sempre discorrendo na Igreja e que não tem nada haver com cristianismo. Mas na Bíblia vemos que a maneira de viver do Cristão é incandescente e é pelas atitudes, atos e a forma de como se presta deve acusar quem somos. Pedro porque andou com Jesus, começou a segui-lo e a parecer com Jesus, a falar como Jesus, a se vestir como Jesus, a viver Jesus na vida dele; tanto é que isso o acusou na hora em que Pedro abandonou o nosso magnífico Senhor na hora de seu julgamento para a morte: “E daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a tua fala te denuncia.” (Mt 26.73). Pedro não tinha para onde correr, pois ele parecia mesmo com Jesus, e muitos olhavam para Pedro e dizia: “...Tu também és um deles...” (Lc 22.57). É assim que um crente, um cristão verdadeiro deve ser; por onde andar dar 654 655 testemunho em sua própria vida de que é realmente um cristão, parecendo com Cristo. Será que por aonde você vai, as pessoas olham pra você e dizem: “ele é um grande homem, ou uma mulher de Deus”? Muitos podem até dizer: “Eu sou crente, e isso importa entre eu e Deus, não preciso sair por aí mostrando ser crente ou não, tenho Deus na minha vida, isso que importa”. Dizem isso para se defenderem ou acreditarem que viver uma vida de cristão não necessita mudar de vida, ou de estilo de vida para ser reconhecido como crentes. A Bíblia é bem clara e Jesus fala: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7.21). Muitos são chamados crentes hoje; cantam, louvam ao Senhor, dizem serem cristãos, mas quando olhamos para vida de muitos, vemos que a prática da Palavra não se associa com a vida de muitos. Se uma pessoa se diz cristão e não segue a decência e um estilo de vida prudente assim como a Palavra de Deus nos ensina, esta pessoa esta mentindo: “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade” (1Jo 1.6). Um exemplo bem claro, você leitor pode até achar extremismo o que vou dizer agora, mas, certa vez, uma mulher que decidiu ser crente, era do mundo, usava roupas devassas, maquiagens pesadas; depois de tempos de 655 656 “convertida” continua na mesma prática, fazendo as mesmas coisas, usando as mesmas roupas, comprando os mesmo estilos de antes... Conversão implica em renuncia, a mulher pode se vestir com simplicidade e elegância, sem ser vulgar. Se sua antiga forma de vida não lhe denunciava como uma serva de Cristo, então você deve se negar andar nas mesmas práticas de quando era do mundo. Pois é a Bíblia que nos fala isso: “...Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Devemos deixar Cristo viver em nós: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). E também: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). O mundo nos tem como um padrão. A Igreja é a Coluna e baluarte da verdade. Somos a Igreja. Somos a luz deste mundo e o mundo reconhece isso. Quando passa um crente na frente de um bar, vemos que muitos olham para o cristão e diz: “um dia eu ainda vou ser crente como esse servo do Senhor que passa”. Alguns amigos Católicos Romanos e Espíritas Kardecistas que me conhecem, já disseram pra mim: “se um dia eu for ser crente, evangélico eu serei da sua Igreja, Pastor, porque lá as pessoas realmente mudam de vida, começando pelo falar, agir e se vestir” como o Senhor. A igreja não pode perder o brilho de Jesus, pois com esse brilho é que somos a luz do mundo, a luz em meio às trevas. Se você é um crente, Batista, Presbiteriano, ou 656 657 Assembleiano e começar a usar as coisas do mundo o próprio mundo vai reconhecer e dizer: “isso não é pra crente, isso não é pra você; essas coisas são nossas e não pra crente” Ou quando você que é cristão e chegar perto de um descrente e começar a cantar uma musica do mundo, por exemplo, o descrente irá dizer: “Você é crente e cantando musica do mundo?” Isso é maravilhoso sermos reconhecido pelas trevas como luz. Essa é a preocupação do mundo; o mundo se preocupa em perder o seu referencial, as únicas luzes, os remanescentes que existe ainda. Mas eu escrevo isso sem medo algum de errar, por haver pessoas que não se importam com certas "vaidades" desfrutadas pelas irmãs e até mesmo irmãos e jovens da igreja. O Espírito Santo é tão maravilhoso em fazer a sua obra em convencer e converter o indivíduo do pecado, não que eu esteja dizendo que a mulher crente tenha que ser feia, desarrumada, descabelada ou coisa parecida. Não. Usar maquiagem discreta não ofende ninguém. Isso não é pecado. Agora, usar maquiagem pesada com lápis pintando o olho a “la egípcia” com sombras azuis, não é uma atitude de modéstia. Mas o Espírito Santo ensina. Certa vez uma nova convertida, vizinha minha, sentada a espera de outra jovem para irmos a igreja ela esfregou os olhos e disse preocupada: "Não vou mais usar maquiagem!" Eu perguntei o porquê, e ela respondeu: "Sempre usei maquiagem, mas agora eu não sei por que, isso está me dando alergia, não usarei mais". Isso é maravilhoso, disse pra ela, é o Espírito Santo fazendo a obra na sua vida, uma purificação completa, uma transformação de vida; uma jovem que 657 658 gostava de usar maquiagens, deixou Jesus entrar em seu coração, dando lugar para o Espírito Santo de Deus trabalhar, agora vive e testemunha Cristo na vida dela, não só por isso, mas uma mudança completa no falar, no andar em todo proceder conforme 1° Pedro 1.15, sendo santo em todo o procedimento e isso é maravilhoso e vemos o trabalhar do Espírito Santo na vida de muitos. “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” ( 1Jo 2.15) E “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno.” (1Jo 5.19). Amados, não deixemos que as coisas do mundo, as coisas do maligno venha adentrar dentro do nosso coração, pois você e eu somos a igreja de Cristo. Na vida cristã existem coisas que são processos, mas a maior parte das coisas depende de uma decisão, uma atitude, e não se contaminar com as coisas do mundo é uma questão de decisão da sua parte, uma questão de decisão no seu coração. Então resolva no seu coração de não se contaminar com as coisas desse mundo, não se contaminar com a filosofia deste mundo, resolva no seu coração não ser iludido, atraído, embriagado com aquilo que o mundo nos oferece para tentar nos desviar do propósito de Deus, para tentar nos desviar de ter um coração exclusivo para Deus. 658 659 As decisões devem vir acompanhadas de pelo menos cinco atitudes: 1) DISCERNIMENTO DA PARTE DE DEUS: Temos que ter discernimento da parte de Deus, precisamos discernir no nosso dia a dia onde é que o diabo está querendo nos envolver, onde é que o mundo está querendo nos enredar. É preciso buscar discernimento para saber o que eu devo renunciar, no que devo me envolver e no que devo ficar de fora, 2) ATITUDE FIRME: A diferença que o Senhor espera de nós, é na atitude e na postura de colocar o nome de Deus acima de todos os outros, de não transigir por causa de outras pessoas, de não abrir mão do propósito de Deus, pois nós temos um compromisso de testemunhar da nossa fé e da nossa experiência diante de qualquer pessoa em qualquer circunstância. 3) OUSADIA PARA SE POSICIONAR EM DEUS: Ousadia de se posicionar independente de quaisquer consequências que vierem a acontecer. Eu sirvo a Deus e não vou abrir mão daquilo que eu creio, não vou abrir mão de Deus na minha vida e da sua palavra, vou ser fiel até o final. 659 660 4) PERSEVERANÇA: É preciso haver perseverança, insistir um dia depois do outro, nunca desistir. Nunca dar ouvidos aos pessimistas e matadores de sonhos. Porque sabemos quem é o Deus que servimos. 5) CERTEZA DE QUE DEUS FARÁ: Deus abençoa aquele que é fiel. Deus nunca falha e nunca falhará conosco. Devemos confiar apenas no Senhor e não em nossa força. Nós somos peregrinos nesta terra. Estamos aqui temporariamente. Logo o Senhor Jesus virá nos buscar. E Ele virá buscar os vencedores. Aqueles que fincarem os pés nesta terra ( como crente mandioca) não serão arrebatados. Serão crentes derrotados e ao invés de reinar com Cristo como os vencedores, eles serão lançados no fogo eterno. Tome a atitude de vencedor. E decida-se não contaminar com as coisas deste mundo. Não tenha dupla cidadania, crente do mundo e crente celestial. Seja só celestial. Assuma sua cidadania verdadeira e faça a diferença. Em 1 Jo 5:4 diz: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” Se você é nascido de novo então você pode vencer o mundo e a garantia desta vitória é a sua fé. 660 661 Como você está com relação ao mundo? Ele tem te influenciado? Tem de assediado? Se você tem tido dificuldade de vencer o mundo; as coisas deste mundo tem feito você se afastar de Deus; você tem se esfriado com as coisas de Deus, com a célula, com o culto, tem tido dificuldade para orar e buscar ao Senhor. Se os problemas emocionais, financeiros, conjugais, a televisão, a internet, o trabalho em excesso ou qualquer outra coisa tem ficado em primeiro lugar na sua vida e não Deus arrependa-se hoje e reconheça que Deus tem que ser em primeiro lugar em sua vida. Peça perdão a Ele por se deixar envolver com as coisas deste mundo e seja fiel a Ele. Em Rm 8:37 diz: Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Mais que vencedores (grego=hupernikao) que quer dizer: vitória inigualável; super vitória. Quando era criança queria ser o Super-Homem, com todos aqueles poderes e tudo mais. Depois fui crescendo e vendo que na realidade aquilo era fantasia. Quando fiz minha Pública Profissão de Fé aos 13 anos reafirmando e confessando Jesus como Senhor e Salvador da minha vida eu nasci de novo e adquiri esses super poderes. O Espírito Santo passou a habitar em mim e com isso o poder de Deus também está em mim. E se você 661 662 nasceu de novo também tem o poder de Deus em você. Em Cristo nós temos poder para curar, para libertar, para restaurar, para ensinar, para pregar, para profetizar, evangelizar, amar o próximo e muito mais. Temos que nos conscientizar dessa realidade como filhos de Deus e herdeiros das promessas. Nossas ações, atitudes e pensamentos subjugados ao senhorio de Cristo. “Tudo posso naquele que me fortalece.” Fl.4:13 Este livro é Um Poderoso Manual de Sobrevivência um método que criamos para ajudá-lo a agir como Cristão autêntico e Fiel que embora vivendo no mundo não pertencemos a esse mundo. Esse livro servirá para você e sua Família, bem como, para ser estudado em Escolas Bíblicas ou Reuniões de Células ou Grupos Familiares. Somos um referencial, um exemplo de Jesus Cristo na terra, não vamos perder esse brilho que vem da Luz divina que é Jesus Cristo. Vamos ser espelhos e dignos de sermos chamados amigos de Deus, assim como Pedro foi, por se parecer com seu amigo. E que a Graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Amor de Deus, nosso Eterno Pai; a Comunhão, o Poder e as Consolações do Divino e Santo Espírito, seja com todos vós, com todo o Povo de Deus, hoje a para todo o sempre. Amém. Avante com Cristo. FIM 662 663 BIBLIOGRAFIA 1. [HMPC1](Ver sobre trabalho in Palmer, Cristo dos Pactos, p. 72ss. 2. Jornal “Chamada da Meia Noite”. (1995) 663 664 3. A Igreja Presbiteriana Ortodoxa e o Culto, tradução de Sonedi H. Evangelista, p. 8a. 4. A Singularidade do Caso Português, 2ª ed. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1992, p. 31). 5. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, p. 58. 6. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, pg. 58. 7. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, São Paulo, Cultura Cristã, 1997, p. 59. 8. A.A. Hoekema, Salvos pela Graça, São Paulo, Cultura Cristã, 1997, p. 58-59; 9. Agostinho, Confissões, São Paulo, Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. VI), 1973, X.33. p. 219-220. 10. Agostinho, Confissões, X.33. p. 220. 11. André Biéler, A Força Oculta dos Protestantes, São Paulo, Editora Cultura Cristã, 1999, p. 118. 12. André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 133. 13. André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 628; 14. Archibald A. Hodge, Comentario de la Confession de Fe de Westminster, Cap. XXI, p. 251,252]. 15. Aristóteles, Ética a Nicômaco, São Paulo, Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. IV), 1973, V.2, 1130b 26-27. p. 324 16. Augustus N. Lopes, Cheios do Espírito, São Paulo, Os Puritanos/Editora Cultura Cristã, 1998, p. 17). 664 665 17. Battista Mondin, O Homem, Quem é Ele?, São Paulo, Paulinas, 1980, p. 193. 18. Biblia Sagrada, Versões: ARC,ARA,BLH,NVI,VC,KJ,BJ.BV. BIBLIOGRAFIA 19. Boanerges Ribeiro, O Senhor que Se Fez Servo, p. 43. 20. BOYER, O. - Espada Cortante. Vol.I. CPAD Rio de Janeiro – RJ – 1996 21. Breve Catecismo, Pergs. 49-52; 22. C.H. Spurgeon, Firmes na Verdade, p. 77. 23. C.S. Lewis, Peso de Glória, 2ª ed. São Paulo, Vida Nova, 1993, p. 23). 24. CABRAL, Elienai. Revista Lições Bíblicas (3º trimestre 1998) CPAD. 25. Calvino comenta: “[Paulo] quer dizer, pois, que os beberrões logo perdem a modéstia e não mais conseguem conter-se pelo pudor: que onde o vinho reina, o desregramento prevalecerá: e, consequentemente, que todos aqueles que cultivam algum respeito pela moderação ou decência, devem fugir e abominar a bebedice.” [João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 5.18), p. 164]. 26. Calvino corretamente diz: “Embora Deus de forma alguma careça de nossos louvores, contudo sua vontade é que este exercício, por diversas razões, prevaleça em nosso meio.” [João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 40.9), p. 232]. 27. Catecismo da Igreja Católica, 676 665 666 28. Catecismo de Heidelberg, Perg. 96. 29. Catecismo Maior, Pergs. 108-110; 30. Cf. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 299. 31. Cf. John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 148. 32. Confissão Belga, 7; 33. Confissão de Westminster, 21.1. 34. D' Cartio. Motivado Para Vencer Vol. 3 35. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 108 36. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 108. 37. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, p. 21. 38. D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, São Paulo, PES., 1991, p. 22. 39. David M. Lloyd-Jones, Deus o Espírito Santo, p. 311. 40. Dicionário da Bíblia - ( John D. Davis ) 41. Dicionário da Língua Portuguesa - ( Aurélio Buarque de Holanda Ferreira) 42. Dietrich Bonhoeffer, Orando com os Salmos, Curitiba, PR., Encontrão Editora, 1995, p. 23,24). 43. DUFFIELD, G.P – Fundamento da Teologia Pentecostal. Vol.II. Editora Quadrangular. São Paulo – SP – 2000 44. E. Glenn Hinson, ‘VOZES DO CRISTIANISMO PRIMITIVO’ em parceria com Paulo Siepierski, editora Sepal em coedição com a editora Temática. 666 667 45. Edward Dickinson, Music in The History of The Western Church, London, Smith, Elder & Co., 1902, p. 359-360). 46. Edward Dickinson, Music in The History of The Western Church, p. 360. 47. Enciclopédia Bíblica - ( O.S. Boyer ) 48. Erroll Hulse, O Batismo do Espírito Santo, São José dos Campos, SP., Fiel, 1995, p. 113. 49. Erroll Hulse, O Batismo do Espírito, p. 114. 50. F. Selter, Exortar: In: NDITNT., Vol. II, p, 176. 51. F.J.B. Watson, Clément Marot: In: Harry S. Ashmore, Editor in Chief, Encyclopaedia Britannica, (1962), Vol. 14, p. 936 52. FALCÃO, Napoleão. Fita K-7. As cinco verdades sobre a morte. 53. Frank Dobbins, Loys Bourgeois: In: Stanley Sadie, ed. The New Grove Dictionary of Music and Musicians, New York, Macmillan Publishers, 1980, Vol. III, p. 111. 54. George E. Ladd, Teologia do Novo Testamento, Rio de Janeiro, JUERP., 1985, p. 451. 55. Gerhard von Rad, El Libro del Genesis, Salamanca, Sigueme, 1977, (Gn 2.22). 56. Gerhard von Rad, Genesis: A Commentary, 3ª ed. (Revised Edition), Bllombsbury Street London, SCM Press Ltd., 1972, (Gn 2.21-23), p. 84. 57. GILBERTO, Antônio. O calendário da profecia (9ª Edição 1997) CPAD. 667 668 58. GOMES, Gesiel Nunes. O Rei está voltando (1ª Edição 1978) LEAL. 59. H. Pirenne, História Econômica e Social da Idade Média, 6ª ed. São Paulo, Mestre Jou, 1982, p. 19. 60. Harpa Cristã - 1ª estrofe do hino 447. 61. Henriqueta R.F. Braga, Contribuição da Reforma ao Desenvolvimento Musical: In: Bill H. Ichter, org. A Música Sacra e Sua História, Rio de Janeiro, JUERP., 1976, p. 77). 62. Hermisten M. P. Costa, Teologia do Culto, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1987, p. 3840. 63. Hermisten M.P. Costa, A Inspiração e Inerrância das Escrituras: Uma Perspectiva Reformada, passim. 64. HERNANDES, Laerte. Discipulado para o batismo consciente, p.13. 65. HORTON, S.M - Teologia Sistemática. CPAD Rio de Janeiro – 66. HORTON, Stanley M. A Vitória Final (1ª Edição 1995) CPAD. 67. HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª Edição 1996) CPAD. 68. Hughes Oliphant Old, Worship: That Is Reformed According to Scripture, Atlanta, John Knox Press, 1984, p. 6 69. In Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church, P. Schaff and H. Wace, eds. (Second Series), Grand Rapids, Michigan, 668 669 Eerdmans, 1978, Vol. VII, p. 115. (Doravante citado como NPNF2). 70. Isidro Pereira, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, 7ª ed. Braga, Livraria Apostolado da Imprensa, (1990), p. 636]. 71. J.I. Packer, Carpinteiro: In: NDITNT., Vol. I, p. 364-365; Paul Johnson, História dos Judeus, 2ª ed. Rio de Janeiro, Editora Imago, 1989, p. 174. 72. J.P. Budd, Sóbrio: In: NDITNT., Vol. IV, p. 518). 73. Jacques Le Goff, Mercadores e Banqueiros da Idade Média, São Paulo, Martins Fontes, 1991, passim. 74. JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada. 75. João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo, Novo Século, 2000, p. 29. 76. João Calvino, As Institutas, I.12.1. 77. João Calvino, As Institutas, I.17.5. 78. João Calvino, As Institutas, II.8.17. Do mesmo movo, ver também: J. Calvino, As Institutas, II.8.16; 79. João Calvino, As Institutas, III.20.31. 80. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 6.1), p. 178. 81. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef 6.4), p. 181. 82. João Calvino, Exposição de Efésios, (Ef. 5.33), p. 177. 83. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 1, (Sl 1.2), p. 53. 669 670 84. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 40.9), p. 231. 85. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 50.1-2), p. 398. 86. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 50.23), p. 420. 87. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 2, (Sl 50.5), p. 403. 88. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 33. 89. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 34. 90. João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 3536. Bonhoeffer (1906-1945) 91. John Calvin, Commentaries of the Four Last Books of Moses, Vol. 1, Grand Rapids, Michigan, Baker Book House, (Calvin’s Commentaries, Vol. II), 1996 (Reprinted), (Dt 12.32), p.453]. 92. John Calvin, Commentary of the Book of Psalms, Grand Rapids, Michigan, Baker Book House (Calvin’s Commentaries, Vol. IV), 1996 (Reprinted), Prefácio, p. XXXV. (Tradução brasileira, João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. I, p. 31). 93. John F. MacArthur Jr., Com Vergonha do Evangelho, p. 130. 94. John F. MacArthur Jr., Com Vergonha do Evangelho, São José dos Campos, SP., Fiel, 1997, p. 117-118. 95. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 336. 670 671 96. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 299. Também, p. 40. 97. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 301. 98. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 299. 99. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 303. 100. John Owen, Sermon IV. In: The Works of John Owen, Carlisle, Pennsylvania, The Banner of Truth Trust, 1982, Vol. IX, p. 78). 101. John R. Rice, D.D., Prayer – Asking and Receiving, Sword of the Lord Publishers, 1981 reprint, pp. 203, 206-209. 102. John R.W. Stott, Batismo e Plenitude do Espírito Santo, 2ª ed. ampl. São Paulo, Vida Nova, 1986, p. 44-45; 103. John R.W. Stott, Batismo e Plenitude do Espírito Santo, p. 44. 104. John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 148. 105. Juan Calvino, El Uso Adecuado de la Afliccion: In: Sermones Sobre Job, Jenison, Michigan, T.E.L.L., 1988, (Sermon nº 19), p. 226 106. LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O drama dos Séculos, (1ª Edição em Português 1992) Editora Vida. 107. LXX: Pv 28.7)]. A forma adverbial a)sw/toj (dissolutamente), é empregada em sua 671 672 única aparição no Novo Testamento, para se referir ao modo de vida do filho pródigo longe de sua casa (Lc 15.13). [Vd. 108. Martyn Lloyd-Jones, O Combate Cristão, São Paulo, PES.,1991, p. 123). 109. Max Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, São Paulo, Pioneira, 1967, p. 52ss. 110. MENZIES, W.W – Doutrinas Bíblicas. CPAD Rio de Janeiro – 111. N. Maquiavel, O Príncipe, São Paulo, Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. IX), 1973, p. 72]. 112. O Peregrino. Obra digitalizada por Carlos_Boas, p.21 113. O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, Campinas, SP. Luz para o Caminho, 1997, p. 69). 114. O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, p. 68. 115. OLIVEIRA, R.F. – As Grandes Doutrinas Bíblicas. CPAD Rio de Janeiro – 116. OLSON, N. Laurence. O plano Divino Através dos Séculos (18ª Edição 1998) CPAD. 117. Onezio Figueiredo, Culto (Opúsculo II), p. 25]. 118. P. Commelin, Mitologia Greco-Romana, p. 69). 119. P. Commelin, Mitologia Greco-Romana, Salvador, Ba., Aguiar & Souza, 1957, p. 72. Baco, na mitologia esteve associado à musica e ao 672 673 teatro: “Afirma-se que foi Baco o primeiro a estabelecer uma escola de Música; as primeiras representações teatrais foram feitas em sua homenagem.” 120. Paulo Anglada, O Princípio Regulador do Culto, p. 7-8]. 121. Paulo Anglada, O Princípio Regulador do Culto, São Paulo, PES., (1998), p. 28ss 122. Philip Schaff, History of the Christian Church, Vol. VIII, p. 265-266). 123. Pirenne, História Econômica e Social da Idade Média, p. 32-33). 124. Platão, A República, 376e ss. p. 86ss. 125. Platão, A República, 607a. p. 475). 126. Platão, Teeteto, 166c-167d; Sofista, 231d; Mênon, 91c-92b; Fedro, 267; Protágoras, 313c; 312a; Crátilo, 384b; Górgias, 337d; A República, 336b; 338c. 127. R. P. Shedd, Andai Nele: Exposição bíblica de Colossenses, São Paulo, ABU., 1979, p. 22). 128. R.C.H. Lenski, St. Paul´s Epistle To the Ephesians, Peabody, Massachusetts, Hendrickson Publishers, (Commentary on the New Testament),1998, (Ef 5.18), p. 618]. 129. RAMOS, Ariovaldo. Devolvam a minha igreja. Disponível em: 2005. 130. Revista Veja, 17/02/82, nº 706, p. 6. 131. Richard C. Trench, Synonyms of the New Testament, Grand Rapids, Michigan, Eerdmans, 673 674 1985 (Esta edição reproduz a 9ª, de 1880), p. 5358]. 132. Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, 21ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1989, p. 114. 133. STAMPS, D.C - Bíblia de estudo Pentecostal. CPAD Rio de Janeiro – RJ – 1995 134. T. George, Teologia dos Reformadores, p. 181. Vd. também: John T. McNeill, The History and Character of Calvinism, p. 147. 135. Tymothy George, Teologia dos Reformadores, p. 317). 136. J.I. Packer, O Conhecimento de Deus, São Paulo, Mundo Cristão, 1980, p. 37; 137. Catecismo Maior de Westminster, Perg. 109 138. Max Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, p. 52(e notas correspondentes); 139. Kenneth S. Wuest, Jóias do Novo Testamento Grego, São Paulo, Imprensa Batista Regular, 1979, p. 29-32; 140. Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, p. 650. 141. Werner Jaeger, Paidéia: A Formação do Homem Grego, 2ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1989, p. 236). 142. William Barclay, El Nuevo Testamento Comentado, Buenos Aires, La Aurora, 1973, Vol. 11, p. 176. 674 675 143. William Hendriksen, Exposição de Efésios, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1992, (Ef. 5.18), p. 297. 144. Xenofonte, Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates, São Paulo, Abril Cultural (Os Pensadores, Vol. 2), 1972, IV.3.16. p. 149 Sobre o Autor O Rev. Israel Francisco de Araújo é Teólogo formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte-SPN na Cidade de Recife-PE, membro do Presbitério Centro do Recife - PCRE, vinculado ao Sínodo Sesquecentenário e Mestre em Teologia pela Faculdade de Teologia Filadelfia Internacional – Recife PE e Presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Bairro de Massangana – OMEBM, autor de vários textos, Livros e Poesias, autor dos livros “O MARAVILHOSO PODER DA ORAÇÃO” “COMO CONTROLAR A ANSIEDADE” e “COMO SER UM CRENTE FIEL”. Filho e neto de Presbiterianos e Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil – IPB há 18 anos. Palestrante sobre Aconselhamento Pastoral, Professor de Cursos Pré-Vestibular desde 2004. Responsável pelo blog “ISRAEL ARAÚJO.COM” e os Blogs “VEREDAS ETERNAS.COM”, CRENTEFIEL.COM e “GALARDÃO.COM” ambos com temas sociais, religiosos e auto ajuda respectivamente. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Massangana – Prazeres- Jaboatão dos Guararapes – PE. É empreendedor em Marketing Digit al e casado com Vera Lúcia há 30 anos e pai de Jéssica, Jeannine e Edwin Aldryn e avô de Laura e Sofia. 675 676 676