CCTA Agronomia Relatório de Estágio Local: FUNDENOR-FRUTIFICAR Estagiária: Francielle de Souza Guimarães Matrícula: 109130021 Supervisor: Guilherme de Sá Santos - CREA 009575-D Realização do estágio de: 11/09/2013 a 11/12/2013. Carga horária total: 170 horas de estágio. Campos dos Goytacazes, Novembro de 2013. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CEDENTE DO ESTÁGIO Identificação da Empresa cedente: Nome: Fundação Norte Fluminense de Desenvolvimento Regional – FUNDENOR. Frutificar. Endereço: Av. Presidente Vargas, nº.180. Bairro: Pecuária. CEP: 28.053-100 Cidade: Campos dos Goytacazes. Telefone: (22) 2732-2755 Área na empresa onde foi realizado o estágio: O estágio foi realizado principalmente fora da empresa, com trabalhos de extensão rural e assistência técnica aos produtores da região, além de alguns dias dentro do escritório cuidando da parte burocrática da empresa. Data de início: 11/09/2013. Data de término: 11/12/2013. Duração em horas: 170 horas. Nome do profissional responsável pelo estágio: Guilherme de Sá Santos. Apresentação da Empresa ou Instituição cedente FRUTIFICAR O grupo executivo FRUTIFICAR é um programa que visa à correção das desigualdades regionais, o aumento da produção e produtividade de frutas no Estado do Rio de Janeiro, permitindo o acesso a novas variedades e o aporte de modernas tecnologias, através de linha de crédito específica para financiamento de projetos de fruticultura irrigada. Criado no ano de 2000, o Frutificar foi responsável pela incorporação de 5 mil hectares de lavouras de frutas irrigadas no Estado e pela geração de cerca de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Atualmente o Programa financia a implantação das seguintes culturas: Abacaxi, Banana, Morango, Laranja, Coco Verde, Goiaba, Manga, Pêssego e Uva. Os estagiários contribuem auxiliando os técnicos nas visitas diárias a campo, prática que aumenta o conhecimento dos alunos possibilitando vivência no trabalho futuro, além dos mesmos também poderem compartilhar o que aprenderam em sala de aula, contribuindo assim com o produtor rural, sem dúvida é a melhor forma de colocar a teoria em prática. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 01 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 03 2.1. ATIVIDADE 1: Conhecendo a Empresa e Análise de Processo. 03 2.2. ATIVIDADE 2: Cálculo de Adubação. 06 2.3. ATIVIDADE 3: Visita a São João da Barra - RJ 07 Cultura: Abacaxi. 2.4. ATIVIDADE 4: Visita a São Francisco do Itabapoana –RJ 09 Culturas: Abacaxi e Mandioca. 2.5. ATIVIDADE 5: Visita a São José de Ubá – RJ 11 Culturas: Banana, Uva e Laranja. 2.6. ATIVIDADE 6: Visita a Farol de São Tomé, São Fidélis e Quissamã RJ Cultura: Coco Verde 2.7. ATIVIDADE 7: Visita a São Fidélis – RJ. 14 15 Cultura: Goiaba 2.8. ATIVIDADE 8: Visita a Nova Friburgo– RJ. 17 Cultura: Morango 2.9. ATIVIDADE 9: Visita a Fábrica de Sucos UNIDRINKS 18 3. OBSERVAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 4. CONCLUSÕES 19 5. REFERÊNCIAS 20 6. APÊNDICES 21 7. ANEXOS 25 1. INTRODUÇÃO A agricultura é um dos setores de maior importância da economia brasileira, dada sua elevada capacidade de geração de emprego e renda, na agricultura propriamente dita, assim como nos setores a ela relacionados, na produção e distribuição de insumos, e na compra, armazenamento, transformação e distribuição de seus produtos e subprodutos. Nesse conjunto, um dos setores cuja importância tem sido crescente é o da fruticultura. O Brasil é o terceiro pólo mundial de fruticultura, com uma produção anual de cerca de 38 milhões de toneladas, ocupando uma área de 3,4 milhões de hectares. Hoje, o mercado interno absorve 21 milhões de toneladas/ano e o excedente exportável é de cerca de 17 milhões de toneladas (Agricultura, 2008). A fruticultura irrigada, principalmente, baseada em tecnologias modernas, tem se revelado importante alternativa de investimento no setor agrícola, sendo capaz de gerar produtos de maior valor agregado (Silva et al., 2004). A produção de frutas permite obter um faturamento bruto entre R$ 1 mil e R$ 20 mil por hectare (Agricultura, 2008). Essa atividade, segundo Cardoso e Souza (2000), apresenta, geralmente, rendimento superior a muitos outros produtos, possui substancial potencial para gerar empregos ao longo de sua cadeia produtiva e, dada sua diversidade, pode contribuir para minimizar outros problemas, tais como a sazonalidade de mão-de-obra. As regiões Norte e Noroeste do Rio de Janeiro representam, conjuntamente, cerca de 35,3% da área total do estado. De tradicional importância agrícola, essas regiões têm passado por um processo de empobrecimento, em parte associado às condições adversas do mercado de seus dois principais produtos, isto é, a cana - de açúcar e o café. O baixo dinamismo econômico tem feito com que essas regiões se destaquem como as de menor renda per capita do estado. Essas regiões vêm experimentando um aumento na produção de frutas, decorrente, em parte, dos incentivos adotados para incrementar a fruticultura, especialmente com a implantação do Projeto “Frutificar”. Aproveitando-se de um Página 1 conjunto de condições, tais como proximidade de centros consumidores, clima e solo, facilidade de irrigação, dentre outras, a produção de frutas vem se expandindo, sobretudo na região norte, com destaque para as culturas de maracujá, abacaxi, coco e goiaba. Neste relatório está contida toda a trajetória percorrida por mim estagiária, desde o primeiro dia até o último, todas as atividades realizadas, os lugares visitados, informações sobre as culturas, entre outros detalhes. Adquiri conhecimento entre um amplo aspecto da vida de um Engenheiro Agrônomo podendo vivenciar das mais diversas maneiras o verdadeiro trabalho deste profissional, presenciar também suas dificuldades e o melhor de tudo que é o agradecimento final do produtor, satisfeito com o trabalho deste especialista. Página 2 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 2.1. Atividade 1: Conhecendo a Empresa e Análise de Processo No primeiro dia do estágio comecei conhecendo as instalações do Grupo Executivo FRUTIFICAR, desde os escritórios, salas de reunião, banheiros, áreas de convivência. Conheci também alguns técnicos ao qual acompanhei durante todos os dias nas visitas aos produtores. Logo em seguida foi me passado às informações de como funcionava o local, os horários que deveria cumprir, e qual seria a atividade do dia. Comecei fazendo a análise de processo. A empresa possui um acervo com todos os processos de todos os produtores cadastrados, nesses processos constam todas as informações, até mesmo pessoais e posteriormente do local onde reside o produtor. Logo quando o produtor procura a empresa para pedir um crédito para começar a implantação de determinada cultura, logo em seguida o mesmo recebe a visita de um técnico para saber um pouco mais do local onde ele mora e saber principalmente se aquela área está apta para receber determinada cultura. O produtor deverá apresentar uma serie de documentações e em seguida o técnico vai avaliar o que será preciso inicialmente para se implantar a cultura e posteriormente o que vai se utilizar para dar andamento à mesma. O valor desde o preparo do solo até a colheita é passado para o produtor e o mesmo vai receber esse valor parceladamente. Podem participar desse programa Produtores Rurais, Pessoas Físicas ou Jurídicas, e suas diversas formas de organização que exerçam suas atividades nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, ressalvadas as condições exigidas pelo Programa. Quando os produtores recebem a visita dos técnicos nas propriedades os mesmos ficam atentos nas condições de solo, se os mesmos apresentam solos com aptidão agrícola para implantação da fruticultura, disponibilidade de água de qualidade e em quantidade suficiente para desenvolvimento do projeto de irrigação. Página 3 Outro aspecto a ser observado é a concessão de crédito a arrendatário, comodatário, usufrutuário, parceiro, etc, que fica condicionada à apresentação de documentação que comprovem a relação contratual entre o proprietário da terra e o beneficiário do crédito, devidamente registrada em Cartório. São concedidos créditos para formação de lavouras com custo de até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a pretendentes que comprovem a ocupação mansa e pacífica do imóvel rural há mais de 5 (cinco) anos ininterruptos, limitado ao valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Para a concessão de financiamento se faz necessário: a) “Declaração do pretendente”, atestada pela EMATER-RIO e pela Secretaria Municipal de Agricultura, contendo descrição detalhada do imóvel, com sua exata localização, seus confrontantes e o período de ocupação. b) Confirmação da posse, por pelo menos dois produtores confrontantes ou pelo Sindicato dos Produtores Rurais, ou ainda pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mediante aposição, nos documentos fornecidos, das respectivas assinaturas com firmas reconhecidas e identificação dos responsáveis. Nos empreendimentos organizados de forma coletiva, os financiamentos poderão ser contratados pelos participantes, desde que, individualmente, o beneficiário satisfaça os pré-requisitos exigidos e se disponham a responder solidariamente pelo cumprimento das obrigações. A solidariedade nos contratos poderá ser afastada, quando comprovado o interesse do Estado na resolução de conflitos, e desde que o co-obrigado beneficiado pelo afastamento assuma a responsabilidade pelo pagamento de seu quinhão correspondente. Quando o beneficiário for pessoa jurídica, deverá comprovar a quitação das suas obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais. Caso as restrições cadastrais referidas recaiam sobre pessoas jurídicas, também estarão impedidos de operar na forma do FRUTIFICAR os seus respectivos sócio-quotistas. Não poderão ser aceitas no Programa propostas de financiamento de proponentes que apresentem restrições cadastrais, que respondam por operações em curso anormal, estejam inscritos em dívida ativa ou em litígio direto Página 4 ou indireto com instituições governamentais ou financeiras do Sistema Financeiro Nacional. Não serão aprovadas propostas de financiamento de proponentes que não demonstrarem capacidade técnica, financeira e gerencial, necessárias ao desenvolvimento dos projetos, a critério do Grupo Executivo. A proposta deve ser impressa e encaminhada ao Núcleo Executivo da Regional de Campos dos Goytacazes. Após a aceitação do mesmo começa-se a implantação da cultura. O produtor recebera visitas periodicamente para saber se tudo está transcorrendo da forma correta e o técnico deverá apresentar ao Grupo um relatório de tudo o que foi visto no dia da visita. No primeiro dia de estágio foi me apresentado esses relatórios, é montado uma pasta com toda a documentação do proprietário do local (agricultor) e os relatórios dos técnicos. O Guilherme, engenheiro agrônomo responsável por mim pediu para que fosse feito um resumo de uma das pastas, no meu caso foi relatada uma propriedade a qual foi pedido um empréstimo no valor de R$ 29.674,75 para efetivação da cultura do abacaxi, tendo como proponente o Senhor Rodrigo Lemos dos Santos. Essa prática de fazer análise dos processos foi feita mais vezes no decorrer do estágio e serviu para que eu pudesse conhecer como funciona de fato desde o inicio que é quando o produtor pede o empréstimo até quando o mesmo realiza a colheita da fruta, que é quando o gerador recebe a última parcela do empréstimo fazendo o pagamento da mesma posteriormente quando já está comercializando as frutas. Página 5 2.2. Atividade2: Cálculo de Adubação No escritório além de fazer análise dos processos foi ensinado o Cálculo de Adubação para as culturas que o projeto FRUTIFICAR financia. A fertilidade é a característica que mais evidencia o valor agronômico do solo. Ela define a capacidade do solo em fornecer nutrientes às plantas em quantidades e proporções adequadas para a obtenção de grandes produtividades, e pode ser modificada pelo homem com certa facilidade, para se adequar às exigências da planta cultivada. A adubação é a prática agrícola que consiste em adicionar ao solo a quantidade de nutrientes que preenche a lacuna entre o que a planta exige e o que o solo pode fornecer, acrescentando, ainda, a quantidade perdida (MALAVOLTA, 1989). Assim, a quantificação dos nutrientes existentes no solo é essencial para um uso eficiente, racional e econômico do adubo. A adubação começa com a análise do solo, continua com a correção da acidez e termina com a aplicação correta do adubo (MALAVOLTA, 1992a). As quantidades de corretivo e fertilizantes que serão aplicados dependem dos teores dos nutrientes diagnosticados pela análise do solo e da recomendação técnica disponível, feita por um Engenheiro Agrônomo. Para se chegar à dose de maior retorno econômico para o agricultor, é necessário que se conheça o resultado das análises do solo, quanto o sistema de recomendação atual prescreve (baseado em experimentação intensiva no campo), quais os adubos disponíveis e o custo efetivo por unidade do fertilizante (R$/kg do nutriente) e corretivo (R$/t do neutralizante efetivo) aplicado no solo da propriedade. Portanto se torna extremamente necessário aprender como se faz corretamente primeiro uma análise de solo e depois o cálculo para recomendação de adubação para que o produtor não gaste excessivamente com insumos e aumente a sua produção, dando assim o retorno lucrativo esperado. Na faculdade temos matérias especificas do curso que nos auxiliam em como fazer a interpretação da analise e, além disso, fazer os cálculos, o estágio também Página 6 contribuiu ainda mais para fixar o método e assim quando chegarmos ao campo poder passar para o produtor os valores que o mesmo irá usar para corrigir e aumentar os nutrientes do seu solo. 2.3. Atividade 3: Visita a São João da Barra - RJ Cultura: Abacaxi São João da Barra é um município da mesorregião do Norte Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Ocupam uma área de 458,611 km², contando com 35 595 habitantes (2009). O abacaxizeiro é classificado como Ananas comosus (L, Merril), Bromeliaceae, Monocotiledonae; os indígenas brasileiros chamavam-no de ibacati (fruta cheirosa). Planta perene, arbusto baixo, tem raízes profusas pequenas que alcançam até 15 cm de profundidade, caule (haste) com gemas (cicatrizes de folhas) que garantem a reprodução da planta. Folhas planas, esverdeadas, com parte superior em calha dispostas em espiral em torno da haste central que, no termino do desenvolvimento, dá origem a 150 a 200 flores brancas ou brancoroxas em espigas, estas originam 100-200 frutos pequenos (bagas). O fruto inteiro (infrutescencia) tem forma cilíndrica ou cônica (frutos maiores na base), com rebentos na base e coroa de folhas no ápice. A polpa do fruto é sucosa, aromática, saborosa, com leve acidez, cor amarela ou amarelo-pálida (branca). É rica em açucares (75% peso fresco), em sais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre, iodo) em vitaminas (C, A, B1, B2, Niacina); 100 g de polpa contêm 52 calorias; tem valor alimentar, portanto. Ainda o fruto contêm a enzima bromelina. As cultivares mais plantadas no mundo são Smooth Cayenne, Singapore Spanish, Queen, Spañola Roja, Pérola (Pernambuco) e Perolera. Cerca de 70% do plantio mundial é da cultivar Smooth Cayenne. No Brasil, a mais plantada é a ‘Pérola’ (Cunha, 2007). Segundo Cabral (2000), a cultivar Smooth Cayenne, conhecida também como abacaxi havaiano, é a mais plantada no mundo, tanto em termos de área, quanto em faixa de latitude. Esse genótipo possui frutos não Página 7 adequados para o consumo in natura, pois a polpa apresenta elevada acidez. Contudo, os frutos são de ótimo tamanho e têm alta produtividade. Atualmente, a cv. Smooth Cayenne é considerada a rainha das cultivares de abacaxi, por possuir características favoráveis à industrialização da polpa. Nos principais países produtores do mundo, o amplo predomínio de plantios de ‘Smooth Cayenne’, o uso de poucas cultivares para plantios comerciais e a substituição de variedades locais por ‘Smooth Cayenne’ vêm provocando o desaparecimento de variedades de interesse local ou regional (Cabral, 2000; Cabral et al, 2004). Tendo em vista reduzir as perdas provocadas pela fusariose, foram introduzidas no mercado brasileiro de mudas cultivares resistentes como a ‘Imperial’, híbrido resultante do cruzamento das cultivares Perolera e Smooth Cayenne, a ‘Vitória’, cruzamento das cultivares Primavera e Smooth Cayenne, e a ‘IAC Fantástico’, ‘Ajubá’, ‘Primavera’, ‘Roxo de Tefé’ e ‘Alto Turi’. Esses genótipos foram indicados para as regiões produtoras onde a fusariose é o fator limitante à produção. Associado à tolerância à fusariose, foram também objetivos o aumento da produtividade e da qualidade dos frutos e a ausência de espinhos nas folhas (Cabral et al., 2009; Meletti et al., 2011). Visitamos o município com o Técnico Agrícola Rodrigo Pacheco. Em São João da Barra, o Frutificar financiou o plantio e o custeio de 100 hectares de abacaxi, beneficiando aproximadamente 50 produtores rurais. Atualmente 60% da produção do município é vendida para cidades do próprio estado, o restante é comercializado para Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O custo atual de uma lavoura de abacaxi está em R$ 25 mil por hectare. A vivência com os agricultores da região foi importante, pois com as visitas foi possível ver desde o preparo do solo, plantio das mudas e até o aparecimento das inflorescências. No município os produtores fazem uso da rotação de culturas, os agricultores de lá utilizam o lodo de usina de açúcar como composto orgânico, que fortalece a terra arenosa. Outra prática adotada é a utilização das folhas dos abacaxis, que são incorporados a terra durante o preparo do solo, nutrindo-o o mesmo. Página 8 Foi visto no campo que algumas plantas apresentavam incidência da doença Fusariose, causada pelo fungo Fusarium subglutinans, responsável pela perda de 30% da produção brasileira. O fungo infecta todas as partes da planta provocando exsudação de substância gomosa na área afetada. A planta atacada exibe encurtamento e curvatura do caule (lado da lesão). Fruto exsuda goma através da cavidade floral e a polpa apodrece. O controle é feito com o emprego de mudas sadias, nos novos plantios (mudas de seccionamento do caule), de plantas que geraram frutos sadios; em áreas de incidência de fusariose, procedese com a seleção rigorosa de mudas. Eliminação de restos de antigas culturas e inspeções permanentes com eliminação de plantas doentes diminui a infecção. Outro aspecto observado foi à quantidade de Tiririca (planta daninha) encontrada no local e que prejudica a cultura por competição de nutrientes. A limpeza pode ser feita por enxada ou por aplicação de herbicidas. Herbicidas são indicados para grandes plantios e períodos chuvosos, em duas etapas: 30 a 60 dias e 90 a 120 dias pós-plantio em pré-emergência das ervas. Alguns produtos à base de diuron, bromacil, simazina têm sido recomendados. 2.4. Atividade 4: Visita a São Francisco do Itabapoana –Rj Culturas: Abacaxi e Mandioca São Francisco de Itabapoana é uma cidade do estado do Rio de Janeiro, mesorregião do Norte Fluminense, microrregião de Campos dos Goytacazes. Área de 1.111,335 km², com uma população de 47.247 (IBGE, 2008). Em São Francisco fui acompanhada pelo técnico Reinaldo e visitei principalmente os assentamentos (Zumbi dos Palmares) onde o abacaxi é hoje a principal cultura (relacionado à renda) do núcleo assentamento além de outros produtores que não se enquadram nessa relação. O município de São Francisco é o principal produtor de abacaxi do estado do Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE (2008), o município é responsável por 72,8% da produção do estado. Página 9 A forma de plantio mais utilizada no assentamento é o de fileira simples com o espaçamento de (0,35 x 0,90)m, o que equivale, aproximadamente, a trinta e uma mil e setecentas mudas por hectare. A variedade pérola que apresenta crescimento ereto, folhas com 65 cm de comprimento, fruto cilíndrico (levemente cônico no ápice) com cor verde-amarelada, 3-8 rebentos na base, polpa amarelopalida com baixa acidez, sensível à fusariose e à fasciação é a que se planta no assentamento. O ciclo da cultura dura em média 17 meses. As mudas utilizadas pelas famílias são de fabricação própria. Eles retiram as mudas do filhote. Todavia, é aportada uma quantidade considerável de uma mistura de fungicidas e inseticidas, que tem como ingrediente ativo: captana; deltametrina e parationametílica, respectivamente. Esse trato é feito quando se faz o controle da broca e da fusariose no fruto. Sendo assim, as famílias aproveitam para também fazerem uso nas mudas. O plantio é iniciado com o preparo da área, onde é gasto, em média, 16 horas para se fazer a aração e a gradagem de um hectare. Em seguida, as famílias fazem uso de herbicidas para limpar o solo. São utilizados três herbicidas que tem como base os seguintes ingredientes ativos: diruon + hexazinona; bromacila + diuron; e diuron. A aplicação é feita de forma conjunta, ou seja, misturam todos e aplica-se no solo. O abacaxi é uma planta que tem seu metabolismo diferenciado, assim, em plantações comerciais e que se apóiam na monocultura, torna-se necessário homogeneizar o seu florescimento. Isso é feito através da indução por um produto cujo ingrediente ativo é o etefom. Todos os agrotóxicos e o indutor de florescimento recebem classificação toxicológica que vão de mediamente a extremamente tóxico. Quanto à classificação ambiental, estas vão de perigoso a altamente perigoso. Percorrendo os hectares foi possível ver frutos com os sintomas típicos de Fusariose que devem ser arrancados e eliminados do local, evitando assim a proliferação da doença que causa sérios prejuízos ao produtor. Em algumas propriedades eu ajudei o técnico a fazer a contagem dos abacaxis para que fosse feita uma média de quantos abacaxis o produtor iria Página 10 colher, contamos os hectares e posteriormente os dados foram passados para o relatório do técnico. Em uma das visitas conheci um produtor que além de trabalhar com o cultivo do abacaxi o mesmo tinha um espaço destinado ao plantio da mandioca, vi o preparo do solo e posteriormente o plantio que é feito com a manaíba ou toletes ou rebolos, que são partes das hastes ou ramas do terço médio da planta, com mais ou menos 20 cm de comprimento e com 5 a 7 gemas. Foi ótimo poder acompanhar, pois eu ainda não tinha visto como era feito o plantio da mandioca, apesar de que essa prática não está inclusa no financiamento. As visitas em São Francisco foram extremamente produtivas, o técnico foi bastante explicativo e de uma simpatia impar, além dos produtores que tinham paciência e carinho, sempre procurando agradar de alguma forma. 2.5. Atividade 5: Visita a São José de Ubá – RJ Culturas: Banana, Uva e Laranja São José de Ubá é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 251,36 km². Em Ubá tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre três culturas distintas, são elas: Banana, Uva e Laranja. Visitei uma plantação de Banana a qual ficava situada em um terreno íngreme, é importante frisar que este produtor apenas pediu o financiamento para a irrigação da lavoura de Banana. No projeto Frutificar o produtor tem essa opção, de não querer financiar todo o custeio da sua cultura e sim apenas uma parte, porém os métodos de financiamento e pagamento não diferem em nada, a continuidade da liberação das parcelas funciona de pouco a pouco e o produtor vai quitando as mesmas seguindo o que ficou estabelecido no contrato. O investimento na qualidade dos frutos, através da adoção de boas práticas de cultivo e de colheita, foi à porta de acesso do produtor ao mercado consumidor. O técnico responsável pela área e pela cultura é o Denilson e o mesmo auxiliou o produtor não somente na irrigação mais também na colheita e Página 11 pós-colheita dos frutos. O produtor precisou aprimorar as técnicas de colheita porque, assim poderiam lucrar ainda mais com a produção por estarem passando para o mercado um produto de maior qualidade e mais atrativo aos olhos do consumidor. A análise do solo, a utilização de mudas de meristema (livres de fungos e bactérias), o controle fitossanitário, o cultivo irrigado e o manejo sustentável criam um perfil favorável à cultura da banana, satisfazendo ainda mais o cultivo da mesma. A outra cultura visitada foi a da Uva, conheci a Fazenda Prosperidade onde fica o parreiral. Até pouco tempo atrás o cultivo da Uva não existia na região onde se predomina as plantações de Tomate. O que predomina na região é o cultivo da uva “Niágara rosada”, variedade que já dá lucro ao produtor além de ter se adaptado muito bem às condições climáticas do local, o mesmo me contou que pessoas de regiões distantes vão até a sua fazenda para adquirir a fruta. Em média, a implantação da lavoura de uva custa cerca de R$ 25 mil por hectare, com irrigação. A produção, que começa no segundo ano, garante duas safras anuais. Cada pé tem vida útil de, no mínimo, 25 anos. A estrutura da região é ideal para o cultivo da uva de mesa relatou o técnico Denilson. Além da Fazenda Prosperidade visitei também o sítio dos irmãos Gilmar e Jocimar Veloso, os irmãos apostaram no cultivo da fruta. Eles investiram aproximadamente R$ 8 mil no cultivo da uva “Niágara rosada” e já estão tendo retorno. Na primeira safra, em dezembro do ano passado, com apenas 200 plantas eles colheram 500 quilos vendidos cada um por R$ 5 nos mercados da região. Além da uva, os irmãos Veloso atualmente plantam maracujá, banana e hortaliças, numa propriedade de 4,5 alqueires. Os irmãos possuíam 200 pés da fruta, adquiridos com recurso próprio, o financiamento do Frutificar possibilitou a implantação de mais 600 pés. A terceira cultura visitada na região foi a Laranja. Na propriedade encontramos três cultivares diferentes da fruta, são elas: - “Folha Murcha”: É uma laranjeira tipo Valência [Citrus sinensis (L.) Osbeck], também conhecida por 'Valência Folha Murcha', 'Natal Folha Murcha' e Página 12 'Seleta Folha Murcha'. Essa cultivar originou-se por mutação espontânea, muito provavelmente de 'Valência', 'Pêra', 'Natal' ou 'Seleta'. É uma variedade de vigor moderado, com copa de tamanho médio a grande. Suas folhas possuem coloração verde-escura e se apresenta enroladas ou retorcidas o que é uma característica da cultivar. Os frutos são de tamanho grande e de formato arredondado. Os frutos apresentam excelente qualidade para consumo in natura e para produção de suco. A maturação dos frutos é extremamente tardia e é uma cultivar bastante produtiva. - “Natal”: Cultivar tardia, com boa produtividade, tamanho médio de copa, boa coloração interna e externa da fruta, se apresenta excelente para suco, permanece madura na planta por várias semanas facilitando a colheita porem aumenta a incidência de pragas e possivelmente doenças, casca resistente ao manuseio e transporte. - “Valência”: Cultivar tardia, com excelente produtividade, bom tamanho de copa, boa coloração interna e externa da fruta, excelente para suco, ótimo sabor, frutas menos resistentes ao manuseio e transporte de mercado ou filas demoradas nas indústrias. Nesta área com produção de Laranja ajudei o Técnico a fazer a contagem das frutas. Foi escolhida dentre o pomar uma média de 10 plantas, deve-se ter em mente que esse número varia de acordo com o tamanho da área. Fez-se a contagem das frutas para se ter uma média de quanto o produtor iria produzir, esse valor foi anotado no relatório de campo do técnico Denílson. Foram feitas diversas recomendações para o produtor, como: poda das plantas, irrigação (quantidade, hora do dia e número de vezes na semana), retirada dos matos que incidiam na linha de plantio, dificultando na passagem de pessoas, interferindo nas práticas culturais. Foi muito bom poder ter passado o dia em São José de Ubá, o local é rico em agricultura e é a fonte de sobrevivência de tantas famílias no local. Conhecer três culturas tão distintas foi muito proveitoso para mim enquanto aluna, pude presenciar e adquirir bastante conhecimento dos produtores que mesmo com tão Página 13 pouco estudo conseguem passar todas as práticas aplicadas na cultura, tem bastante paciência para dizer tudo o que foi feito desde o preparo do solo até como colhem as frutas, realmente foi muito proveitoso. 2.6. ATIVIDADE 6: Visita a Farol de S.Tomé, S.Fidélis e Quissamã – RJ. Cultura: Coco Verde Na visita técnica feita nos locais descritos acima dei assistência técnica a vários produtores de coco verde. Foram avaliadas as condições em que se encontravam os pomares, como estava se desenvolvendo os mesmos na questão de capacidade de produção e como os produtores estavam manejando o pomar. O objetivo da visita ao produtor foi o de prestar assistência técnica e disponibilizar informações para que ele possa ter uma produção elevada e de qualidade, além de fiscalizar a aplicação do investimento concedido pelo FRUTIFICAR. Na visita pude fazer a avaliação do pomar, onde foi feita a contagem de frutos para obter estimativa de produção, aprendi e auxiliei na identificação de pragas e doenças do coqueiro, fizemos alguns tratos culturais, como a retirada de restos culturais (pois são hospedeiros de pragas e doenças) e realização de uma limpeza nas plantas, retirando folhas secas e doentes. Além de acompanhar as recomendações de adubação e colher material para análise foliar. Algumas doenças como a lixa do coqueiro, a fumagina e resinose, além das pragas como a Broca do coqueiro, pulgão e formigas, ácaros, lagartas, tive a oportunidade de observar no campo. Nas visitas obtive o conhecimento que o uso de produtos químicos nos coqueiros para controle de pragas e doenças é muito difícil, já que não se encontra no mercado produtos registrados para a cultura e o que se encontra são na maioria produtos sistêmicos que não são ideais para aplicação no coqueiro, Página 14 devido o produto poder contaminar os frutos (água), o ideal é o uso de práticas culturais e controle biológico. Alguns produtores de coco verde pediram “rebate”, um produtor alegou que não tinha mercado consumidor para os frutos, sendo assim não conseguia vender sua produção perdendo parte dela, não tendo retorno do investimento. Porém eu participei da analise do processo, e foi constatado que o produtor havia abandonado o pomar, deixando o mesmo sem o manejo adequado, não tendo assim frutos para venda, ou seja, o “rebate” não foi dado. Outro produtor alegou que um empregado foi aplicar fungicida nas plantas e por falta de atenção aplicou herbicida, prejudicando parte de seu pomar. Neste caso analisando o processo do produtor, foi possível ver que o produtor seguia todas as recomendações, era cuidadoso, estava em dia com o pagamento do financiamento, provando que foi um descuido mesmo, sendo então cedido o “rebate”. As visitas feitas aos produtores de coco verde foram boas para aprimorar meus conhecimentos para com a cultura, aprender a identificar doenças e pragas, além de como se proceder fazendo a identificação das folhas do coqueiro para se fazer análise foliar. 2.7. ATIVIDADE 7: Visita a São Fidélis – RJ. Cultura: Goiaba No município de São Fidélis pude aprender um pouco mais da cultura da goiaba. Visitei um pomar cuja produção era toda destinada à indústria, no local o produtor tinha uma pequena fábrica a qual tinha a produção de goiaba. No local foram feitas avaliações técnicas, como por exemplo: desenvolvimento da planta; estado nutricional; irrigação; estimativa de produção; podas; condições do solo; pragas; entre outras. O produtor foi orientado pelo técnico a fazer a realização de podas, adubação, eliminação de plantas daninhas, tempo e período de irrigação. No final Página 15 de cada visita é feito um relatório onde é descrito o que foi visto no dia e ainda as recomendações feitas. Caso o produtor não esteja seguindo as recomendações anteriores, o fato também é relatado e assim assinado pelo produtor afirmando estar ciente de tudo o que foi descrito. Na ida a São Fidélis fui acompanhada do técnico Vanor que é responsável por prestar assistência ao município de São Fidélis. No local pude participar das avaliações do pomar, como por exemplo, saber se o desenvolvimento das plantas estava proporcional à idade das mesmas, se as condições físicas da área estavam propícias para o desenvolvimento das plantas, estado nutricional da planta, observar presença de pragas e doenças, verificar se o sistema de irrigação estava com bom funcionamento, além de fazer perguntas ao produtor com relação a não realização de recomendações anteriores, que segundo ele foi devido a grande dificuldade em se ter mão de obra. Durante as avaliações observei que os tratos necessários para um desenvolvimento do pomar não estavam sendo feitos de maneira correta, por exemplo, a poda que é de grande importância para a formação e frutificação do goiabal, não estava sendo feita na maioria das plantas. Em algumas exceções foram feitas podas de formação, mas não foi aplicado como recomendado uma pasta ou uma calda de um fungicida a base de cobre nas partes feridas para evitar a invasão de organismos causadores de doenças e podridões. Com a visita adquiri novos conhecimentos com relação a cultura da goiaba, como por exemplo a identificação de pragas e doenças, adubação da cultura. Outro aspecto bastante importante foi o de como lidar com o produtor rural, tarefa muita das vezes extremamente difícil. Aprendi também que devemos sempre fazer as recomendações com base no que o produtor é capaz de realizar, um fator relevante neste caso é a renda que o mesmo possui, devemos sempre adequar a recomendação visando este ponto. Página 16 2.8. ATIVIDADE 8: Visita a Nova Friburgo– RJ. Cultura: Morango Durante dois dias tive o prazer de prestar assistência técnica aos produtores de morango em Nova Friburgo – RJ. A assistência consiste em observar o desenvolvimento das plantas, verificar o estado nutricional, identificar se há presença de pragas e doenças, estimar a produção (quantidade e período de colheita), conversar com o produtor, identificar os problemas enfrentados e o motivo do não cumprimento das recomendações, caso aconteça. Após as avaliações da área e das plantas, é feito um relatório onde é descrito tudo o que foi feito e visto no local, tendo a assinatura do produtor provando estar ciente das informações, sendo esse relatório muito útil para próximas avaliações. Dentre esses dias sob a orientação do técnico Guilherme tive a oportunidade de conhecer o cultivo do morango, uma cultura cujo sistema de produção é altamente tecnificado, requerendo altos investimentos, exigente em práticas culturais, tendo necessidade do uso de cobertura do solo, colocação e manejo do túnel plástico, retirada de restos culturais e limpeza da lavoura, além de ser muito suscetível á pragas e doenças. Devido ao grande investimento na produção de morango e a grande disposição da planta a doenças e pragas a fiscalização nesta cultura é mais intensa, ou seja, durante as visitas, as avaliações de desenvolvimento da planta, adubação correta, irrigação no tempo e em quantidade adequada são pontos de maior atenção. Acompanhada pelo técnico, fui analisando as plantas e a área de produção e pude observar que existem produtores que não querem somente quantidade e sim ter uma produção de boa qualidade, visto que em quase todos os produtores visitados os morangos se encontravam bonitos, sem incidência alguma de doença e com um sabor maravilhoso, extremamente adocicado. Acompanhei a história do Sr. Dacir, ele é um produtor que se dispôs a ter uma Produção Integrada de Frutos (PIF), ou seja, ele desejava ter uma produção econômica de alta qualidade, obtida com métodos ecologicamente mais seguros, que minimiza os Página 17 efeitos colaterais indesejáveis do uso dos agroquímicos, para aumentar a proteção do meio ambiente e melhorar a saúde humana. Sendo um exemplo de produtor, diferente de outros visitados cuja produção de morangos exige um grande uso de agroquímicos. Tive a oportunidade de acompanhar também em algumas propriedades as etapas de seleção e embalagem dos frutos para comercialização, com isso pude observar que há uma grande perda de frutos durante estas etapas, visto que somente os melhores são aceitos pelo mercado consumidor. Comparando a produção do Sr. Dacir que faz o uso do PIF e dos demais produtores visitados, pude ver na pratica a eficiência do manejo adequado, pois o Sr. Dacir apesar de ter uma maior mão de obra, tem uma maior produção, menor gasto, maior controle fitossanitário, uma área produtiva mais bonita de se ver, frutos mais atraentes e consequentemente uma maior renda. Sem dúvida foram dias bastante produtivos que me rendeu um aprendizado prático da cultura do morango e o manejo adequado da mesma, contribuindo assim para uma alta produção e que contem qualidade acima de tudo. 2.9. ATIVIDADE 9: Visita a Fábrica de Sucos UNIDRINKS A visita à fábrica de sucos teve como objetivo principal levar os produtores de frutas da região, cadastrados no Programa Frutificar para conhecer o local e apresenta- lós uma oportunidade de fechar novos contratos. Nesta atividade participei como estagiária incentivando a ida dos produtores á inauguração, mostrando a vantagens que poderiam ter em conhecer a nova fábrica e as oportunidades de terem novos contratos, aumentando assim a produção e a renda. Página 18 3. OBSERVAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS Todas as atividades realizadas por mim estagiária foram executadas sempre com o acompanhamento do técnico do grupo executivo FRUTIFICAR, as mesmas foram valiosas para o enriquecimento do meu conhecimento enquanto estudante de Agronomia. Como assistência técnica feita pelos técnicos, acho que o método aplicado por eles está totalmente adequado para lidar com os produtores, todos apresentam perfeita percepção para visualizar os problemas de campo e também do próprio produtor, o diálogo entre técnico e produtor também é outro ponto bastante focado e que foi muita das vezes foi citado. Temos sempre que saber lidar nas mais diversas situações e entender que precisamos conversar com o produtor de uma maneira que o próprio fique a vontade para expor suas dúvidas e opiniões. No decorrer do estágio pude perceber que todos os técnicos estão plenamente capacitados para realizar as tarefas nas quais forem concedidas. O Grupo Executivo Frutificar me recebeu muitíssimo bem como estagiária e me ajudou bastante contribuindo para com o meu conhecimento. O Grupo está de parabéns pelo trabalho que realiza na região dando crédito e assistência aos produtores que provavelmente não teriam condições de promover suas plantações. Página 19 4. CONCLUSÕES A realização do estágio curricular externo no Grupo executivo FRUTIFICAR foi extremamente esclarecedor e construtivo. Nele foi possível compreender melhor o embasamento teórico adquirido em sala de aula e compara-lo ao conhecimento e práticas utilizadas nos pomares. Cabe salientar a grande boa vontade e paciência dos proprietários e funcionários no ensino das técnicas utilizadas e seu embasamento teórico. Bem como o estimulo a interação e a troca de ideias com os produtores. Ao término do estágio pude perceber o real valor do profissional Engenheiro Agrônomo. Sem dúvida foi a melhor atividade acadêmica realizada por mim estudante de Agronomia. Os conhecimentos adquiridos com os produtores e com os técnicos do Grupo FRUTIFICAR serão com certeza levados para sempre na minha vida profissional. Página 20 5. REFERÊNCIAS Cabral, J.R.S., Coppens d’Eeckenbrugge, G., Matos, A.P. (2000) Introduction of selfing in pineapple breeding. Acta Horticulturae, Wageningen, 529:165-168. Cabral, J.R.S., Ledo, C.A.S., Caldas, R.C., Junghans, D.T. (2009a) Variação de caracteres em híbridos de abacaxizeiro obtidos de diferentes cruzamentos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 31(4):1129-1134. Cardoso, C.E.L., Souza, J.S. (2000) Fruticultura tropical: perspectivas e tendências. Fortaleza: Revista de Econômica do Nordeste. 31(1): 84-95. Cunha, G.A.P. (2007) Equipe técnica de abacaxi comemora 30 anos de atividades e realizações. Documentos, 170. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. 20p. Governo do Rio de Janeiro. Acessado em: 20 de Julho de 2013. Disponível em: <http://www.rj.gov.br>. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acessado em: 25 de Julho de 2013. <Disponível em: http://www.ibge.gov.br>. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção Agrícola Municipal 2007; Malha municipal digital do Brasil: situação em 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008. MALAVOLTA, E. ABC da adubação. 5 ed. São Paulo: Ceres, 1989, 294p. MALAVOLTA, E. ABC da análise de solos e folhas: amostragem, interpretação e sugestões de adubação. São Paulo: Ceres, 1992a. 124p. Meletti, L.M.M., Sampaio, A.C., Ruggiero, C. (2011) Avanços na fruticultura tropical no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, volume especial: 73-75. Silva, S.R., Silva, L.M.R., Khan, A.S. (2004) Fruticultura e a regionalização da produção agrícola no Estado do Ceará. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 42, 2004, Cuiabá. Anais... Brasília: SOBER, 2004. CDROM. Página 21 APÊNDICES A. Lavoura de Abacaxi. São João da Barra. A. São Francisco. Fruto- Abacaxi. B. Plantio de Abacaxi. São João da Barra. B. Lavoura de Abacaxi em São Francisco. Página 22 A. Parreiral- São José de Ubá. B. Plantação de Laranja- São José de Ubá. A. Plantio de Coco Verde em Farol, apresentando Falta de tratos culturais. Página 23 B. Coco Verde- Farol. B. Poda da Goiabeira – São Fidélis. A. Fábrica de goiabada em São Fidélis. A. Cultivo protegido – Morango. Nova Friburgo. B. Túnel de plástico – Morango. Página 24 7. ANEXOS: ANEXO 01 – Ficha de Frequência no Estágio e Declaração de Horas de Estágio. ANEXO 02 – Avaliação do profissional responsável pelo estágio. ANEXO 03 – Avaliação do Estágio e CE a ser preenchido pelo estagiário, para entregue ao Nucest, com cópia a coordenação do curso. Página 25