3.Programa Nacional de Imunizaç_o

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Programa Nacional de Imunização
Na história temos várias doenças que dizimam grandes populações, o homem
através da observação do meio começa a pensar em um meio de impedir que as doenças
se propaguem e Matem populações inteiras.
A primeira vacina foi criada em 1798 pelo britânico Edward Jenner, que observou a
proteção duradoura contra a varíola humana produzida pelo vírus da varíola bovina
inoculado em pessoas.
Em 1881, Pasteur demonstrou ser possível produzir imunidade contra o antraz ou
carbúnculo.
A varíola foi erradicada mundialmente na década 80
No fim do século XX, criaram-se novos tipos de vacinas com a ajuda de avançadas
técnicas de laboratório.
Cronologia da evolução da vacina:
1796 – Edward Jenner infecta James Phipps com cowpox e dá início ao processo de
vacinação;
1870 – Louis Pasteur cria a primeira vacina com bactéria viva atenuada;
1937 – Iniciada a utilização da vacina contra a febre amarela;
1961 – Início da produção da vacina liofilizada contra a varíola;
1973 – Certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil. Instituição do
Programa Nacional de Imunização – PNI.
1974 – Programa ampliado de Imunizações, criado pela OPAS/OMS.
1977 – Definição das vacinas obrigatórias para menores de 1 ano, em todo o Brasil e
aprovação do modelo da Caderneta de Vacinações.
1980 – Extingue a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Início dos Dias
Nacionais contra a Paralisia Infantil
1983 – A estratégia de “Dias Nacionais de Vacinação” passa a ser recomendada
pela OPAS e pelo UNICEF e adotada por diversos países
1986 – Criação do “Zé Gotinha”, personagem símbolo da erradicação da
poliomielite.
1989 – Ocorrência do último caso de poliomielite no Brasil
1992 – Início da implantação da tríplice viral em todas as unidades da federação
1993 – Início da implantação dos Centros de Referência de Imunobiológicos
Especiais
1998 – Ampliação da vacinação contra a Hepatite B em todo o Brasil
1999 – Brasil inicia uso da vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B
2009 - Criada a vacina H1N1.
A vacinação é uma das ações de saúde pública mais importante dos últimos tempos.
Estima-se que as vacinas impeçam, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em todo o
mundo.
Benefícios para quem faz uso das vacinas:
- Protegem milhões de pessoas contra a dor, sofrimento e a incapacitação
permanente;
- Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença,
medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho;
- Reduzem a velocidade de disseminação da doença;
- Erradicação de doenças;
- Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a
resistência aos antibióticos.
O perigo de não vacinar as crianças
As campanhas de vacinação causaram uma revolução na medicina preventiva,
tornando possível evitar a ocorrência de doenças letais e contagiosas. Há quem, no
entanto, na contramão de todas as evidências científicas, decida não vacinar seus filhos.
Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e, dessa forma,
preveni-la.
A imunização pode ser ativa ou passiva.
Imunização ativa, o indivíduo é estimulado a desenvolver defesa imunológica contra
futuras exposições à doença.
Na imunização passiva, o indivíduo exposto ou em vias de se expor recebe
anticorpos pré-formados de origem humana ou animal.
Tipos de Imunidade
Natural – produzida a partir de infecções clínicas leves ou inaparentes, ou
transmitida pelo aleitamento materno ou via placentária.
Artificial – decorrente da administração de vacinas, soros e imunoglobulinas.
Ativa – estimula o sistema imunológico através do contato com micro-organismos
vivos atenuados, micro-organismos mortos, frações antigênicas do agente agressor ou
toxinas.
Passiva – soros e imunoglobulinas que não depende do reação imune do indivíduo
Imunidade Ativa:
Natural – Doença
Artificial - Vacina
Imunidade Passiva:
Natural – Transplacentária
Artificial - SOROS HETERÓLOGOS e HOMÓLOGOS
Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de
induzir imunização ativa.
Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser:
Vírus vivo atenuado,
Bactéria viva atenuada,
Vírus inativado,
Bactéria inativada,
Toxoides ou componentes da estrutura bacteriana ou viral.
Líquidos de suspensão são utilizados para reconstituição das vacinas. Os mais
comuns são água destilada ou soro fisiológico. Algumas vacinas contêm no seu líquido de
suspensão antígenos derivados da produção da própria vacina, tais como antígenos de
ovo ou gelatina.
Conservantes são incluídos na preparação das vacinas para evitar o crescimento de
bactérias e fungos. Algumas vacinas utilizam mercuriais, como o timerosal, e outras,
antimicrobianos, como neomicina ou estreptomicina.
Adjuvantes são substâncias utilizadas para aumentar e prolongar o poder
imunogênico das vacinas. Os mais frequentemente utilizados são os sais de alumínio,
como o hidróxido de alumínio.
Imunoglobulinas são produtos imunobiológicos obtidos a partir de fracionamento por
álcool de pelo menos 1.000 plasmas de doadores. São soluções proteicas concentradas,
contendo anticorpos, principalmente da classe IgG.
Soro é o produto farmacológico constituído de anticorpos heterólogos obtidos a partir
do plasma de animais imunizados.
A confiabilidade e a segurança da vacinação não se resumem à aplicação da vacina
e dependem de vários fatores:
• armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas;
• manipulação correta desses produtos;
• conhecimento dos profissionais da saúde envolvidos na vacinação.
Recomendações são fundamentais e devem ser respeitadas para garantir que os
imunobiológicos sejam armazenados a uma temperatura e de forma adequada:
• instalar a câmara de conservação de vacinas a pelo menos 20 cm da parede e
longe de fontes produtoras de calor;
• tomada única para ligação da câmara de conservação;
• usar a câmara exclusivamente para os imunobiológicos;
• manter controle rigoroso da temperatura da câmara seja através de verificação
periódica ou através de sistema de alarme;
• conservar bobinas de gelo reciclável para manter por mais tempo a temperatura,
em caso de falta de energia elétrica;
• colocar as vacinas com prazo de validade próximo do vencimento nas prateleiras
da frente;
• colocar as vacinas de vírus vivo na primeira prateleira (a mais próxima do
congelador);
• deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas.
Para que uma vacina seja licenciada, são necessários muitos estudos, que garantam
sua segurança e demonstrem sua eficácia.
Por esta razão, as vacinas disponíveis atualmente são, de forma geral, bastante
seguras e eficazes. Entretanto, em alguns pacientes, uma resposta imune adequada
poderá não ocorrer, e, em outros, podem surgir reações adversas.
Vacina contra a Tuberculose – BCG Intradérmica (BCG- ID)
É ministrada no primeiro mês de vida, desde que os recém-nascidos tenham peso
igual ou superior a 2 kg e boas condições clínicas. Recém-nascidos filhos de mães HIV
(positivas) e crianças soropositivas para HIV poderão ser vacinados, desde que não
apresentem sinais e sintomas de AIDS. Os vacinados, nessas condições, deverão ser
acompanhados nas unidades de referência para AIDS.
Vacina contra a Hepatite B
O vírus da hepatite B é 100 vezes mais infectante que o vírus da AIDS. Está
presente no sangue, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais da pessoa infectada. A
transmissão pode ocorrer por via perinatal, isto é, da mãe para o feto na gravidez, durante
e após o parto; por via horizontal, através de pequenos ferimentos na pele e nas
mucosas; pelo uso de drogas injetáveis e por transfusões de sangue. É considerada uma
doença sexualmente transmissível (DST).
Vacina contra a polimelite
A poliomielite é uma doença perigosa que as pessoas podem apanhar ao beber
água ou ingerir comida que contenham o germe da poliomielite. Também pode ser
contraída de pessoa a pessoa.
Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)
Administrar três doses (2, 4 e 6 meses)
Administrar o reforço aos 15 meses de idade
Vacina pentavalente
Combina a atual vacina tretavalente (difteria, tétano, coqueluche, haemophilus
influenza tipo b) com a vacina contra a hepatite B. Ela será produzida em parceria com os
laboratórios Fiocruz/Bio-Manguinhos e Instituto Butantã. As crianças serão vacinadas aos
dois, aos quatro e aos seis meses de idade.
Vacina oral rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada)
Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etária:
Primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias
segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.
Vacina pneumocócica 10 (conjugada)
No primeiro semestre de vida, administrar 3 (três) doses, aos 2, 4 e 6 meses de
idade reforço, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo
mínimo de seis meses após a 3ª dose.
Vacina meningocócica C (conjugada)
Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de
60 dias, e mínimo de 30 dias. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15
meses de idade.
Vacina febre amarela (atenuada)
Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6
(seis) meses. Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com
recomendação da vacina
Vacina sarampo, caxumba e rubéola.
Administrar duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda dose
deve ser administrada aos 4 (quatro) anos de idade.
HPV
Existem duas vacinas diferentes disponíveis no mercado contra o HPV administrada
em 3 doses a partir de 9-10 anos de Idade, de acordo com o fabricante.
Varicela
Em dose única protege contra formas graves da doença, deve ser administrada em
duas doses a partir de 12 meses e a segunda dose entre 4 e 6 anos.
Vacina contra a Difteria, o Tétano e a Coqueluche (DTP).
Esta vacina tem sido indicada por orientação do Programa Nacional de Imunizações
apenas para o reforço do esquema básico iniciado com a vacina DTP-Hib.
Vacina contra a Raiva Humana
A melhor forma de prevenção da raiva é a vacinação realizada nos animais e nos
humanos. O esquema de vacinação adotado contra a raiva dependerá do tipo de animal
que atacou a localização e a profundidade da mordedura, estado de saúde do animal e
possibilidade de observação do mesmo.
Vacina contra a Febre Tifoide
A idade mínima para vacinação é de 2 anos, com reforço a cada 2 ou 3 anos. O
contágio com a salmonela é global, mas, no Brasil, a maior quantidade de casos
registrados concentra-se no Norte e no Nordeste, sendo a Bahia e o Amazonas os
estados com maior frequência.
Vacinação simultânea
Consiste na administração de duas ou mais vacinas em diferentes locais ou vias.
Todas as vacinas de uso rotineiro podem ser administradas simultaneamente, sem que
isso interfira na resposta imunológica.
Vacinação combinada
Consiste na aplicação conjunta de várias vacinas diferentes. Algumas destas já vêm
sendo usadas há muitos anos: DT (difteria e tétano, versão adulto e infantil), DPT (difteria,
coqueluche e tétano), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), pólio oral (cepas de
pólio 1, pólio 2 e pólio 3), meningo BC, meningo AC.
Contraindicação: geralmente a razão é um risco elevado de efeito adverso grave
ou uma situação em que o risco das complicações supera o risco da doença contra a qual
a vacina protegeria.
Precaução: é uma situação em que não há proibição absoluta, mas devem-se
avaliar criteriosamente os riscos e os benefícios de uma determinada imunização.
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