Islands of Memory – Vladimir Kush FÍSICA PARA ENGENHARIA ELÉTRICA José Fernando Fragalli Departamento de Física – Udesc/Joinville POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS Você deve estar espantado simplesmente porque o elétron é uma partícula material. Com a luz, isso parece normal: estamos acostumados a vê-la atravessar paredes de vidro e até de material opaco, desde que sejam bem finas. Isso acontece porque a luz é uma onda eletromagnética. Aí está a chave do segredo: o elétron pode atravessar um material opaco porque, em determinadas circunstâncias, deixa de ser uma partícula para se tornar uma onda. – Prof. Carlos Alberto dos Santos (UFRGS) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. INTRODUÇÃO A Equação de Schroedinger em uma dimensão Vamos agora resolver alguns problemas envolvendo a Equação de Schroedinger. simples As situações mais simples envolvem problemas em uma dimensão em casos estacionários (independentes do tempo). Neste caso, a Equação de Schroedinger é escrita na forma 2 2 h d − Ψ (x ) + U (x ) ⋅ Ψ (x ) = E ⋅ Ψ (x ) 2 2 ⋅ m dx Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. INTRODUÇÃO A Equação de Schroedinger em uma dimensão Lembremos que resolver a Equação de Schrödinger significa, dado uma energia potencial U(x), encontrar a função de onda Ψ(x) que satisfaz a equação diferencial e que descrevem a dinâmica da partícula. Eventualmente, as energias destas partículas também são encontradas quando da solução desta equação diferencial. Com as funções de onda (auto-funções) e com as energias (auto-valores) teremos determinado todas as propriedades da partícula (auto-estados). Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. INTRODUÇÃO Problemas a serem abordados 1) Potencial degrau: - uma partícula quântica sob a ação de um potencial constante a partir de uma dada posição. - objetivo: comparação com a situação clássica. 2) Barreira de potencial: uma partícula quântica sob a ação de uma potencial constante que atua numa região finita do espaço. - objetivo: discussão do efeito de tunelamento. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. INTRODUÇÃO Problemas a serem abordados 3) Poço de potencial: uma partícula quântica ligada a um “poço” de energia potencial. - objetivo: determinar os níveis de energia discretos que a partícula pode admitir. 4) Oscilador harmônico: uma partícula quântica sob a ação de um potencial do tipo “sistema massa-mola”. - objetivo: aplicar a solução para compreender como um elétron está ligado a uma molécula (ligação química – modos vibracionais). Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) O potencial degrau Seja uma partícula quântica de massa m e energia E (constante), se propagando na direção +x, e que encontra um potencial definido como mostra a Figura 1. Seja também a situação em que U0 > 0 e que E > U0. Potencial Degrau 0 U (x ) = U 0 x<0 x>0 12000000 U0 6000000 0 -30 -15 0 -6000000 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 15 30 x POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) A Equação de Schroedinger para x < 0 Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x < 0, onde temos U = 0. 2 Ψ ( x) d h − = E ⋅ Ψ ( x) 2 2 ⋅ m dx 2 d Ψ ( x) 2 ⋅ m ⋅ E + ⋅ Ψ ( x) = 0 2 2 dx h 2 A solução geral desta equação diferencial é Ψ1 (x ) = A ⋅ e i⋅k1 ⋅ x + B⋅e − i⋅k1 ⋅ x 2⋅m⋅ E k1 = 2 h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Interpretação da solução geral para x < 0 Esta solução mostra que para x < 0 temos a propagação de duas ondas planas. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e i⋅k1 ⋅ x + B⋅e − i⋅k1 ⋅ x A⋅exp( i⋅k1⋅x): onda plana de amplitude A, número de onda k1 e que se propaga da esquerda para a direita (+i⋅k1⋅x) B⋅exp(-i⋅k1⋅x): onda plana de amplitude B, número de onda k1 e que se propaga da direita para a esquerda (-i⋅k1⋅x) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Representação gráfica da solução geral para x < 0 Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o degrau. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e i ⋅k1 ⋅ x + B⋅e − i ⋅k1 ⋅ x 2 ⋅π h2 = 2 ⋅π ⋅ λ1 = k1 2⋅m⋅ E Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) A Equação de Schroedinger para x > 0 Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x > 0, onde temos U = U0. h 2 d 2 Ψ (x ) d 2 Ψ (x ) 2 ⋅ m − + U 0 ⋅ Ψ (x ) = E ⋅ Ψ (x ) + 2 (E − U 0 ) ⋅ Ψ ( x ) = 0 2 2 2 ⋅ m dx dx h A solução geral desta equação diferencial é Ψ2 ( x ) = C ⋅ e i ⋅k 2 ⋅ x + D⋅e − i ⋅k 2 ⋅ x 2 ⋅ m ⋅ (E − U 0 ) k2 = 2 h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Interpretação da solução geral para x > 0 Esta solução mostra que para x > 0 temos a propagação de duas ondas planas. Mas, observe que neste caso a onda de matéria não tem onde se refletir, pois não uma outra barreira após x > 0. Logo, necessariamente, temos que D = 0, pois a onda de matéria se propaga apenas na direção +x. Ψ2 ( x ) = C ⋅ e i ⋅k 2 ⋅ x C⋅exp(i⋅k2⋅x): onda plana de amplitude C, número de onda k2 e que se propaga da esquerda para a direita (+i⋅k2⋅x) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Representação gráfica da solução geral para x > 0 Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o degrau. Ψ2 ( x ) = C ⋅ e i ⋅k 2 ⋅ x 2 ⋅π h2 λ2 = = 2 ⋅π ⋅ k2 2 ⋅ m ⋅ (E − U 0 ) k1 > k 2 ⇒ λ1 < λ2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Analogia entre Óptica e Mecânica Quântica Existe aqui uma clara analogia entre a Mecânica Quântica e a Óptica. O problema de uma onda de matéria incidindo sobre um campo que produz uma determinada energia potencial é similar ao da luz incidindo sobre uma região de índice de refração constante muito espessa. No caso da Óptica, calculamos a percentagem de luz refletida pelo meio de índice de refração constante. No caso da onda de matéria faremos um procedimento similar. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Coeficiente de reflexão da onda de matéria Neste caso, vamos calcular a razão entre a intensidade do feixe de partículas que é refletido (pelo degrau de energia potencial) e a intensidade do feixe incidente. Fazemos isto simplesmente calculando a razão entre as amplitudes das ondas de matéria refletida e incidente. Para a definição do coeficiente de reflexão (refletância) associado ao degrau, partimos da solução geral da onda de matéria. A ⋅ ei⋅k1 ⋅ x + B ⋅ e − i⋅k1 ⋅ x Ψ (x ) = C ⋅ ei⋅k2 ⋅ x Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais x≤0 x≥0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Definição do coeficiente de reflexão da onda de matéria A ⋅ ei⋅k1 ⋅ x + B ⋅ e − i⋅k1 ⋅ x Ψ (x ) = C ⋅ ei⋅k 2 ⋅ x x≤0 x≥0 Neste caso, definimos então o coeficiente de reflexão ou simplesmente a refletância R. B R= A 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Condições de contorno do problema Para determinar R, devemos impor as condições de contorno para a função de onda Ψ. Lembremos que Ψ deve ser uma função contínua em todo o espaço. ( Ψ1 x = 0 − ) = Ψ (x = 0 ) Ψ ' (x = 0 ) = Ψ ' (x = 0 ) + 2 − 1 + 2 O resultado obtido é então um sistema de duas equações a duas incógnitas (B/A e C/A). A+ B = C k1 ⋅ ( A − B ) = k 2 ⋅ C Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Solução do sistema Este sistema é de fácil solução. k2 k1 B = k2 A 1+ k1 1− C = A 2 k 1+ 2 k1 U0 k2 = 1− k1 E É mais conveniente escrever a razão B/A termos da energia E e da energia potencial U0. Para isto, escrevemos a razão entre k2 e k1. Após alguma manipulação matemática, obtemos então uma expressão para B/A. U0 1− 1− B E = A U0 1+ 1− E Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Determinação da refletância em termos da razão E/U0 Após um exaustivo cálculo matemático, obtemos então finalmente a refletância R. Reflectância - Potencial Degrau E > U0 1,2 U0 U0 2 ⋅ 1 − 1 − − 2 E E B R= = A U0 U0 2 ⋅ 1 + 1 − − E E 0,9 R 0,6 0,3 0 0 2 4 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 6 8 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) O potencial degrau Seja uma partícula quântica de massa m e energia E (constante), se propagando na direção +x, e que encontra um potencial definido como mostra a Figura 2. Seja também a situação em que U0 > 0 e que E > U0. Potencial Degrau 0 U (x ) = U 0 x<0 x>0 12000000 U0 6000000 0 -30 -15 0 -6000000 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 15 30 x POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) A Equação de Schroedinger para x < 0 Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x < 0, onde temos U = 0. 2 Ψ ( x) d h − = E ⋅ Ψ ( x) 2 2 ⋅ m dx 2 d Ψ ( x) 2 ⋅ m ⋅ E + ⋅ Ψ ( x) = 0 2 2 dx h 2 A solução geral desta equação diferencial é Ψ1 (x ) = A ⋅ e i ⋅k ⋅ x + B⋅e − i ⋅k ⋅ x 2⋅m⋅ E k= 2 h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Interpretação da solução geral para x < 0 Esta solução mostra que para x < 0 temos a propagação de duas ondas planas. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e i ⋅k ⋅ x + B⋅e − i ⋅k ⋅ x A⋅exp( i⋅k⋅x): onda plana de amplitude A, número de onda k e que se propaga da esquerda para a direita (+i⋅k⋅x) B⋅exp(-i⋅k⋅x): onda plana de amplitude B, número de onda k e que se propaga da direita para a esquerda (-i⋅k⋅x) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Representação gráfica da solução geral para x < 0 Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o degrau. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e i ⋅k ⋅ x + B ⋅e − i ⋅k ⋅ x 2 ⋅π h2 λ= = 2 ⋅π ⋅ k 2⋅m⋅ E Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) A Equação de Schroedinger para x > 0 Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x > 0, onde temos U = U0. h 2 d 2 Ψ (x ) d 2 Ψ (x ) 2 ⋅ m − + U 0 ⋅ Ψ (x ) = E ⋅ Ψ (x ) + 2 (E − U 0 ) ⋅ Ψ ( x ) = 0 2 2 2 ⋅ m dx dx h A solução geral desta equação diferencial é Ψ2 ( x ) = C ⋅ e ρ ⋅x + D⋅e − ρ ⋅x 2 ⋅ m ⋅ (U 0 − E ) ρ= 2 h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Interpretação da solução geral para x > 0 Lembremos que uma condição de existência para a função de onda é que ela não pode apresentar singularidades para qualquer valor de x. Isto significa, por exemplo, que a função de onda não pode apresentar valores infinitos para qualquer valor de x. Ψ2 ( x ) = C ⋅ e ρ ⋅x + D⋅e − ρ ⋅x Para que esta condição seja obedecida, necessariamente temos que fazer com que C = 0, pois caso contrário apareceria um ∞ em Ψ2(x). Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Forma da solução geral para x > 0 Escrevemos então a função de onda para x ≥ 0. Ψ2 ( x ) = D ⋅ e − ρ ⋅x D⋅exp(-ρ⋅x): onda evanescente de amplitude D e constante de amortecimento ρ. Esta solução mostra que para x ≥ 0 temos a propagação de uma onda chamada evanescente. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Representação gráfica da solução geral para x > 0 Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o degrau. Ψ2 ( x ) = D ⋅ e − ρ ⋅x Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Analogia entre Óptica e Mecânica Quântica Novamente existe aqui, mais uma vez, uma clara analogia entre a Mecânica Quântica e a Óptica. Desta forma, podemos repetir aqui todo o procedimento já feito no caso E > U0 e calcular também o coeficiente de reflexão associado ao degrau. Como na situação E > U0, fazemos isto simplesmente calculando a razão entre as amplitudes das ondas de matéria refletida e incidente. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Coeficiente de reflexão da onda de matéria Para a definição do coeficiente de reflexão (refletância) associado ao degrau, partimos da solução geral da onda de matéria. A ⋅ ei⋅k ⋅ x + B ⋅ e − i⋅k ⋅ x Ψ (x ) = D ⋅ e − ρ ⋅ x x≤0 x≥0 Neste caso, definimos de maneira análoga à anterior o coeficiente de reflexão ou simplesmente a refletância R. B R= A 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Condições de contorno do problema Para determinar R, devemos impor as condições de contorno para a função de onda Ψ. Lembremos que Ψ deve ser uma função contínua em todo o espaço. ( Ψ1 x = 0 − ) = Ψ (x = 0 ) Ψ ' (x = 0 ) = Ψ ' (x = 0 ) + 2 − 1 + 2 O resultado obtido é então um sistema de duas equações a duas incógnitas (B/A e C/A). A+ B = D i ⋅ k ⋅ (A − B) = −ρ ⋅ D Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E > U0) Solução do sistema e determinação de R Este sistema é de fácil solução. i⋅ρ 1− B k1 = A 1+ i ⋅ ρ k1 D 2 = A 1+ i ⋅ ρ k1 De posse da razão B/A calculamos então o valor de R. i⋅ρ B k1 R= = i⋅ρ A 1+ k1 2 2 1− = i⋅ρ 1− k1 2 i⋅ρ 1+ k1 2 2 ρ 1 + k = 1 2 ρ 1 + k1 ⇒ R =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU (E < U0) Gráfico da refletância R Construímos então o gráfico de R(E) para E < U0. Reflectância - Potencial Degrau E < U0 1,2 R =1 ∀ E < U0 R 0,8 0,4 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 1,2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Determinação da refletância para qualquer energia Reunimos os resultados da refletância para todos os valores da razão E/U0 em um único gráfico. Reflectância - Potencial Degrau 1,5 1 2 ⋅ 1 − 1 − U 0 − U 0 E E R= 2 ⋅ 1 + 1 − U 0 − U 0 E E E < U0 R 1 E > U0 0,5 0 0 2 4 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 6 8 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Comportamento de partículas clássicas Partículas clássicas: a) se a energia da partícula for menor do que a “altura” do degrau ela só é encontrada no lado x < 0, ou seja, R = 1. Refletância - Potencial Degrau Comportamento Clássico 1,5 R 1 0,5 0 0 2 4 6 E/U0 8 b) se a energia da partícula for maior do que a “altura” do degrau ela só é encontrada no lado x > 0, ou seja, R = 0. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Comportamento de partículas quânticas Partículas quânticas: a) se a energia da partícula for menor do que a “altura” do degrau a onda de matéria é totalmente refletida, ou seja, R = 1; Refletância - Potencial Degrau Comportamento Quântico 1,5 R 1 0,5 0 0 2 4 6 E/U0 8 b) se a energia da partícula for maior do que a “altura” do degrau a onda de matéria é parcialmente refletida, ou seja, R < 1. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Comparação entre o comportamento quânticas e clássicas para E < U0 de partículas Comparação entre partículas clássicas e quânticas: - no caso da energia da partícula ser menor do que a “altura” do degrau, partículas clássicas e quânticas têm comportamento análogo; - em ambos os casos as partículas são encontradas apenas do lado esquerdo do degrau, isto é, R = 1 tanto no caso clássico quanto no quântico. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Comparação entre o comportamento quânticas e clássicas para E > U0 de partículas Comparação entre partículas clássicas e quânticas: - no caso da energia da partícula ser maior do que a “altura” do degrau, partículas clássicas e quânticas NÃO apresentam comportamento análogo; - neste caso, NÃO são observadas partículas clássicas do lado esquerdo da barreira, pois no caso clássico R = 1. - por outro lado, existe uma probabilidade diferente de zero de encontrarmos partículas quânticas do lado esquerdo do degrau, pois no caso quântico R ≤ 1. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 2. O POTENCIAL DEGRAU Comparação entre o comportamento quânticas e clássicas – análise gráfica de partículas Vamos então analisar estes resultados graficamente. Reflectância - Potencial Degrau Comportamento Clássico Reflectância - Potencial Degrau Comportamento Quântico 1,5 R 1,5 R 1 1 0,5 0,5 0 0 0 2 4 6 8 0 2 E/U Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 4 E/U0 6 8 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) A barreira de potencial Seja uma partícula quântica de massa m e energia E (constante), se propagando na direção +x, e que encontra um potencial definido como mostra a Figura 3. Seja agora a situação em que E > U0. 0 U ( x ) = U 0 0 x<0 Barreira de Potencial 12000000 U0 0< x<a x>a 6000000 0 -20 -10 0 10 20 30 40 x -6000000 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Solução geral da Equação de Schroedinger Aplicamos os mesmos procedimentos para o caso do potencial degrau e obtemos a seguinte solução geral da Equação de Schroedinger para o caso da barreira de potencial. i⋅k1 ⋅ x − i⋅k1 ⋅ x A⋅ e + B⋅e i ⋅k 2 ⋅ x − i ⋅k 2 ⋅ x Ψ (x ) = C ⋅ e + D⋅e i⋅k1 ⋅ x F ⋅ e Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais x≤0 0≤ x≤a x≥a POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Definição do coeficiente de reflexão e de transmissão Neste caso, definimos o coeficiente de reflexão ou simplesmente a refletância R e o coeficiente de transmissão ou simplesmente transmitância T como sendo, respectivamente A ⋅ ei⋅k1 ⋅ x + B ⋅ e −i⋅k1 ⋅ x Ψ (x ) = C ⋅ ei⋅k2 ⋅ x + D ⋅ e −i⋅k2 ⋅ x i ⋅k1 ⋅ x F ⋅ e B R= A 2 F T= A 2 x≤0 0≤ x≤a x≥a R +T =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Condições de contorno do problema Para determinar R ou T devemos impor as condições de contorno para a função de onda Ψ. Lembremos que Ψ deve ser uma função contínua em todo o espaço. Assim, da definição de continuidade de uma função temos que Ψ deve satisfazer ( − ) ( − ) ( Ψ x=0 =Ψ x=0 ( + Ψ2 x = a = Ψ3 x = a ) + ( − ) ( Ψ' x = 0 = Ψ' x = 0 + ) ) Ψ ' (x = a ) = Ψ ' (x = a ) − 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais + 3 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Sistema de equações a ser resolvido Temos então um sistema de quatro equações e quatro incógnitas (B/A, C/A, D/A e F/A), portanto este problema apresenta solução. Podemos escrever este sistema de equações na forma matricial. 1 −1 k2 1 k1 0 e i ⋅k 2 ⋅a k 2 i ⋅k 2 ⋅a ⋅e 0 k1 1 k2 − k1 e − i ⋅k 2 ⋅a k 2 − i ⋅k 2 ⋅a − ⋅e k1 B / A 1 0 ⋅ C / A = 1 − ei⋅k1 ⋅a D / A 0 i ⋅k1 ⋅a 0 −e F / A 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Solução do sistema de equações A resolução deste sistema de equações nos leva a F = A e − i ⋅k 2 ⋅a i (k + k ) cos(k ⋅ a ) − ⋅ sin (k 2 k ⋅k 2 1 2 2 2 ( ) 1 2 ⋅ a) 2 i k 22 − k12 sin (k 2 ⋅ a ) 2 k1 ⋅ k 2 B = A i k12 + k 22 cos(k 2 ⋅ a ) − ⋅ sin (k 2 ⋅ a ) 2 k1 ⋅ k 2 ( ) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Determinação da refletância e da transmitância A partir das razões F/A e B/A, e após um exaustivo cálculo matemático, obtemos T e R em termos da razão E/U0 como sendo 4⋅ E E ⋅ − 1 2 U0 U0 F T= = A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 4⋅ E E 2 0 ⋅ − 1 + sin − 1 2 U0 U0 h U 0 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 0 sin − 1 2 2 h U 0 B = R= A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 4⋅ E E 2 0 ⋅ − 1 + sin − 1 2 U0 U0 h U 0 ⇒ 2 R +T =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) O parâmetro característico da barreira Observe que tanto R quanto T dependem de um parâmetro adimensional, que depende das características da barreira U0 e a, além da massa da partícula m. Vamos definir este parâmetro adimensional α como sendo 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a α= 2 h 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,11× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e= 1,602× ×10-19 a = 2,00× ×10-9 m U0 = 100 meV C Espectro de Transmitância para α = 3,25 e E > U0 1,2 T α = 3,25 0,8 0,4 4⋅ E E ⋅ − 1 U0 U0 F = T= A 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ U0 U0 0 2 E − 1 U 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,11× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e= 1,602× ×10-19 a = 2,00× ×10-9 m U0 = 100 meV Espectro de Refletância para α = 3,25 e E > U0 1,2 C R α = 3,25 0,8 0,4 sin 2 α ⋅ E − 1 2 U 0 B = R= A E 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U0 U0 U 0 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este α = 3,25. α = 3,25 4⋅ E E ⋅ − 1 2 U 0 U 0 F = T= A 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ U0 U0 sin 2 α ⋅ Espectro de R e T para α = 3,25 e E > U0 1,2 T, R E − 1 U 0 E − 1 2 U 0 B = R= A E 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U0 U0 U 0 0,8 0,4 0 0 2 4 R +T =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 6 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,11× ×10-31 kg a = 10,0× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Transmitância para α = 16,3 e E > U0 1,2 T e = 1,602× ×10-19 C 0,8 α = 16,3 0,4 4⋅ E E ⋅ − 1 U U F 0 0 T= = A 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 E 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 − 1 U U0 U0 h2 0 2 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,11× ×10-31 kg a = 10,0× ×10-9 m U0 = 100 meV Espectro de Refletância para α = 16,3 e E > U0 h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s 1,2 e = 1,602× ×10-19 C R 0,8 α = 16,3 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 0 sin 2 − 1 U 2 h2 0 F R= = A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 4⋅ E E 0 ⋅ − 1 + sin 2 − 1 2 U0 U0 h U 0 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 16,3 4⋅ E E ⋅ − 1 2 U 0 U 0 F = T= A 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ U0 U0 sin 2 α ⋅ T, R E − 1 U 0 E − 1 2 U 0 B = R= A E 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U0 U0 U 0 R +T =1 Espectro de R e T para α = 16,3 e E > U0 1,2 0,8 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α grande (α α > 50) Com os seguintes dados: m = 9,11× ×10-31 kg a = 50,0× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e = 1,602× ×10-19 C Espectro de Transmitância para α = 81,5 e E > U0 1,2 T 0,8 α = 81,5 0,4 4⋅ E E ⋅ − 1 U U F 0 0 T= = A 4⋅ E E 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 E ⋅ − 1 + sin 2 − 1 U U0 U0 h2 0 2 E/U0 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α grande (α α > 50) Com os seguintes dados: m = 9,11× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e= 1,602× ×10-19 a = 50,0× ×10-9 m U0 = 100 meV Espectro de Refletância para α = 81,5 e E > U0 C 1,2 α = 81,5 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 0 sin 2 − 1 2 2 h U 0 B R= = A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 4⋅ E E 0 − 1 ⋅ − 1 + sin 2 2 U0 U0 h U 0 R +T =1 R 0,8 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α grande (α α > 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 81,5 4⋅ E E ⋅ − 1 2 U 0 U 0 F = T= A 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ U0 U0 sin 2 α ⋅ 1,2 T, R E − 1 U 0 E − 1 2 U 0 B = R= A E 4⋅ E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U0 U0 U 0 R +T =1 Espectro de R e T para α = 81,5 e E > U0 0,8 0,4 0 0 2 4 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 6 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) A barreira de potencial Seja uma partícula quântica de massa m e energia E (constante), se propagando na direção +x, e que encontra um potencial definido como mostra a Figura 4. Seja agora a situação em que E < U0. 0 U ( x ) = U 0 0 x<0 Barreira de Potencial 12000000 U0 0< x<a x>a 6000000 0 -20 -10 0 10 20 30 40 x -6000000 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Solução geral da Equação de Schroedinger Aplicamos os mesmos procedimentos para o caso do potencial degrau e obtemos a seguinte solução geral da Equação de Schroedinger para o caso da barreira de potencial. i⋅k1 ⋅ x − i⋅k1 ⋅ x A⋅e + B⋅e ρ ⋅x − ρ ⋅x Ψ ( x ) = C ⋅ e + D ⋅ e i⋅k1 ⋅ x F ⋅ e Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais x≤0 0≤ x≤a x≥a POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Definição do coeficiente de reflexão e de transmissão Neste caso, definimos o coeficiente de reflexão ou simplesmente a refletância R e o coeficiente de transmissão ou simplesmente transmitância T como sendo, respectivamente A ⋅ ei⋅k1 ⋅ x + B ⋅ e − i⋅k1 ⋅ x x≤0 ρ ⋅x − ρ ⋅x Ψ ( x ) = C ⋅ e + D ⋅ e 0≤ x≤a i⋅k1 ⋅ x F ⋅ e x≥a R +T =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais B R= A F T= A 2 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Condições de contorno do problema Para determinar R ou T devemos impor as condições de contorno para a função de onda Ψ. Lembremos que Ψ deve ser uma função contínua em todo o espaço. Assim, da definição de continuidade de uma função temos que Ψ deve satisfazer ( ) = Ψ (x = 0 ) Ψ ' (x = 0 ) = Ψ ' (x = 0 ) Ψ (x = a ) = Ψ (x = a ) Ψ ' (x = a ) = Ψ ' (x = a ) Ψ1 x = 0 − + 2 − 2 1 + 3 − + 2 − 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais + 3 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Sistema de equações a ser resolvido Temos então um sistema de quatro equações e quatro incógnitas (B/A, C/A, D/A e F/A), portanto este problema apresenta solução. Podemos escrever este sistema de equações na forma matricial. 1 −1 i⋅ρ − 1 k1 0 e ρ ⋅a i ⋅ ρ ρ ⋅a ⋅e 0 k1 1 i⋅ρ k1 e − ρ ⋅a i ⋅ ρ − ρ ⋅a ⋅e k1 B / A 1 0 ⋅ C / A = 1 − ei⋅k1 ⋅a D / A 0 i ⋅k1 ⋅a 0 −e D / A 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Solução do sistema A resolução deste sistema de equações nos leva a F = A e − i ⋅k 2 ⋅a i (k + k ) cos(k ⋅ a ) − ⋅ sin (k 2 k ⋅k 2 1 2 2 2 ( k i ) 1 2 ⋅ a) 2 − k12 sin (k 2 ⋅ a ) 2 ⋅ k1 ⋅ k 2 B = 2 2 A + k k i 2 cos(k 2 ⋅ a ) − ⋅ 1 sin (k 2 ⋅ a ) 2 k1 ⋅ k 2 2 2 ( ) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Determinação da refletância e da transmitância A partir das razões F/A e B/A, e após um exaustivo cálculo matemático, obtemos T e R em termos da razão E/U0 como sendo 4⋅ E E ⋅ 1 − U0 U0 2 F T= = A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 4⋅ E E E 2 0 + sinh 1 − ⋅ 1 − 2 U0 U0 h U 0 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 E 0 sinh 1− 2 2 h U 0 B R= = A 2 ⋅ m ⋅U ⋅ a 2 4⋅ E E E 2 0 + sinh 1 − ⋅ 1 − 2 U 0 U 0 h U 0 R +T =1 2 ⇒ Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) O parâmetro característico da barreira Observe que tanto R quanto T dependem novamente de um parâmetro adimensional, que depende das características da barreira U0 e a, além da massa da partícula m. Já definimos este anteriormente como sendo parâmetro adimensional 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a α= 2 h 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais α POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 2,00× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e = 1,602× ×10-19 C Espectro de Transmitância para α = 3,25 e E < U0 1,2 T 0,8 α = 3,25 2 0,4 0 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 B T= = A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 0 0,2 0,4 0,6 E 1 − U 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 1,2 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 2,00× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 3,25 e E < U0 1,2 e = 1,602× ×10-19 C R 0,8 α = 3,25 2 sinh 2 α ⋅ E 1 − U 0 B = R= A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 E 1 − U 0 0,4 0 0 0,2 0,4 0,6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 1,2 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 3,25 Espectro de R e T para α = 3,25 e E < U0 1,2 2 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 F = T= A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 2 R= sin 2 α ⋅ E 1 − U 0 E 1 − U 0 B = A E 4⋅ E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 R +T =1 E 1 − U 0 T, R 0,8 0,4 0 0 0,2 0,4 0,6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 1,2 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e= 1,602× ×10-19 Espectro de Transmitância para α = 16,3 e E < U0 1,2 C T 0,8 α = 16,3 2 a = 10,0× ×10-10 m U0 = 100 meV 0,4 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 B = T= A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 0 0 0,2 0,4 0,6 E 1 − U 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 E/U0 1,2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E > U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 10,0× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 16,3 e E < U0 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 R α = 16,3 0,8 0,4 2 sinh 2 α ⋅ E 1 − U 0 B R= = A 4⋅E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 E 1 − U 0 0 0 0,2 0,4 0,6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 1,2 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 16,3 Espectro de R e T para α = 16,3 e E < U0 1,2 2 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 F = T= A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 2 R= sinh 2 α ⋅ E 1 − U 0 E 1 − U 0 B = A E 4⋅ E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 R +T =1 E 1 − U 0 T, R 0,8 0,4 0 0 0,2 0,4 0,6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 1,2 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de T(E/U0) para o parâmetro α grande (α α > 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s e= 1,602× ×10-19 a = 50,0× ×10-9 m U0 = 100 meV Espectro de Transmitância para α = 81,5 e E < U0 1,2 C T α = 81,5 0,8 0,4 2 T= 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 F = A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 0 E 1 − U 0 0 0,2 0,4 0,6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 E/U0 1,2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R(E/U0) para o parâmetro α grande (α α > 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 50,0× ×10-9 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 81,5 e E < U0 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 R 0,8 α = 81,5 2 R= sinh 2 α ⋅ 0,4 E 1 − U 0 B = A E 4⋅ E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 0 0 0,2 0,4 0,6 E 1 − U 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 E/U0 1,2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α grande (α α > 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 81,5 2 Espectro de R e T para α = 81,5 e E < U0 F = T= A 4⋅ E E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 2 R= 1,2 4⋅ E E ⋅ 1 − U 0 U 0 sinh 2 α ⋅ T, R E 1 − U 0 E 1 − U 0 B = A E 4⋅ E + sinh 2 α ⋅ ⋅ 1 − U0 U0 E 1 − U 0 0,8 0,4 0 0 0,2 0,4 0,6 R +T =1 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 0,8 1 E/U0 1,2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de T(E/U0) para α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 2,00× ×10-10 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s 1,2 T e = 1,602× ×10-19 C Espectro de Transmitância para α = 3,25 1 0,8 α = 3,25 0,6 E 4⋅ E ⋅ 1 − U 0 U 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U U 0 U 0 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U0 U0 4⋅E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U 0 U 0 U 0 E < U0 0,4 0,2 0 E > U0 0 2 4 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 6 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de R(E/U0) para α pequeno (α α < 10) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 2,00× ×10-10 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 3,25 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 R α = 3,25 0,8 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E − 1 sin 2 α ⋅ U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 E < U0 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α pequeno (α α < 10) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 3,25 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E sin 2 α ⋅ − 1 U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 4⋅ E E ⋅ 1 − U U 0 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U0 U0 U 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U 0 U 0 4⋅ E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U U U 0 0 0 1,2 T, R E < U0 Espectro de T e R para α = 3,26 1 0,8 E > U0 E < U0 0,6 R +T =1 0,4 0,2 0 E > U0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de T(E/U0) para α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 10,0× ×10-10 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Transmitância para α = 16,3 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 T α = 16,3 0,8 E 4⋅ E ⋅ 1 − U 0 U 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U U 0 U 0 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U0 U0 4⋅E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U 0 U 0 U 0 E < U0 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de R(E/U0) para α médio (10 < α < 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 16,3 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 α = 16,3 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E − 1 sin 2 α ⋅ U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 a = 10,0× ×10-10 m U0 = 100 meV R 0,8 E < U0 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α médio (10 < α < 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 16,3 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E sin 2 α ⋅ − 1 U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 4⋅ E E ⋅ 1 − U U 0 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U0 U0 U 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U 0 U 0 4⋅ E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U U U 0 0 0 Espectro de R e T para α = 16,3 1,2 E < U0 T, R 0,8 E > U0 E < U0 R +T =1 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de T(E/U0) para α grande (α α > 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 50,0× ×10-10 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Transmitância para α = 81,5 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 T α = 81,5 0,8 E 4⋅ E ⋅ 1 − U 0 U 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U U 0 U 0 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U0 U0 4⋅E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U 0 U 0 U 0 E < U0 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 12 E/U0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (∀ ∀ E > 0) Gráfico completo de R(E/U0) para α grande (α α > 50) Sejam os valores dos parâmetros e constantes dados abaixo. m = 9,1× ×10-31 kg a = 50,0× ×10-10 m U0 = 100 meV h/2⋅π ⋅π = 1,05× ×10-34 J⋅⋅s Espectro de Refletância para α = 81,5 e = 1,602× ×10-19 C 1,2 α = 81,5 R 0,8 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E − 1 sin 2 α ⋅ U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 E < U0 0,4 0 E > U0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL (E < U0) Gráfico de R e T para o parâmetro α grande (α α > 50) Façamos um gráfico superpondo a refletância R e a transmitância T para este valor do parâmetro α. α = 81,5 E sinh 2 α ⋅ 1 − U 0 4⋅ E E E + sinh 2 α ⋅ 1 − ⋅ 1 − U 0 U0 U0 R= E sin 2 α ⋅ − 1 U 0 4 ⋅ E ⋅ E − 1 + sin 2 α ⋅ E − 1 U U U 0 0 0 4⋅ E E ⋅ 1 − U U 0 0 4 ⋅ E ⋅ 1 − E + sinh 2 α ⋅ 1 − E U0 U0 U 0 T = 4⋅ E E ⋅ − 1 U 0 U 0 4⋅ E E E ⋅ − 1 + sin 2 α ⋅ − 1 U U U 0 0 0 Espectro de R e T para α = 81,5 1,2 E < U0 T, R 0,8 E > U0 E < U0 R +T =1 0,4 0 0 2 4 E > U0 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Partículas clássicas: a) se a energia da partícula for menor do que a “altura” do degrau ela só é encontrada no lado x < 0; b) se a energia da partícula for maior do que a “altura” do degrau ela só é encontrada no lado x > 0. Partículas quânticas: a) se a energia da partícula for menor do que a “altura” da barreira, a onda de matéria é parcialmente refletida (e parcialmente transmitida), dependendo do valor da razão E/U. b) se a energia da partícula for maior do que a “altura” da barreira, a onda de matéria é parcialmente refletida (e parcialmente transmitida), dependendo do valor da razão E/U. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância Comportamento Clássico 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem 1,2 T ser melhor analisados Espectro de Transmitância para α = 3,25 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas: análise gráfica Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados 1,2 T 0,8 Espectro de Transmitância para α = 3,25 × Comportamento Clássico 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância Comportamento Clássico 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância para α = 16,3 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância para α = 16,3 × Comportamento Clássico 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância Comportamento Clássico 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância para α = 81,5 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 8 10 12 E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Estes resultados graficamente. podem ser melhor analisados Espectro de Transmitância para α = 81,5 × Comportamento Clássico 1,2 T 0,8 0,4 0 0 2 4 6 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 8 10 E/U0 12 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Concluímos então que : - no caso da energia da partícula ser menor do que a “altura” da barreira, partículas clássicas e quânticas NÃO têm comportamento análogo; - no caso da energia da partícula ser maior do que a “altura” do degrau, partículas clássicas e quânticas também NÃO apresentam comportamento análogo; Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Comparação entre partículas quânticas e clássicas Em termos da razão E/U0 temos que: - as partículas clássicas são encontradas apenas em um lado da barreira, dependendo do valor da razão E/U0; - já no caso de partículas quânticas, existe uma probabilidade diferente de zero de encontrarmos partículas quânticas do lado esquerdo e direito da barreira, dependendo do valor da razão E/U0. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 3. A BARREIRA DE POTENCIAL Interpretação do efeito de tunelamento Observe que mesmo que uma partícula tenha energia menor do que a “altura” da barreira, existe uma probabilidade diferente de zero (T ≠ 0) dela ser encontrada do outro lado da barreira. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL O poço de potencial Seja uma partícula quântica de massa m e energia E (constante), se “propagando” na direção +x, e que encontra um potencial definido como mostra a Figura 5. Seja a situação em que temos um estado ligado com energias entre 0 e – U0, isto é, – U0 < E < 0. Poço de Potencial 0 U ( x ) = − U 0 0 x<0 0< x<a x>a 300000 0 -30 0 -300000 -U0 -600000 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 30 x 60 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL A Equação de Schroedinger para x < 0 Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x < 0, onde temos U = 0. h d Ψ(x ) − = − E ⋅ Ψ (x ) 2 2 ⋅ m dx 2 2 d 2 Ψ (x ) 2 ⋅ m ⋅ E − ⋅ Ψ (x ) = 0 2 2 dx h A solução geral desta equação diferencial é uma combinação linear de exponenciais reais. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e ρ ⋅x + B⋅e − ρ ⋅x ρ= Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 2⋅m⋅ E h 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Interpretação da solução geral para x < 0 Esta solução mostra que para x < 0 temos a propagação de duas ondas evanescentes. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e ρ ⋅x + B⋅e − ρ ⋅x A⋅exp(ρ⋅x): onda evanescente crescente de amplitude A e constante de crescimento ρ. B⋅exp(-ρ⋅x): onda evanescente decrescente de amplitude B e constante de amortecimento ρ. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Condição de existência da função de onda para x < 0 Mas, observe que a função de onda não pode apresentar valores infinitos, pois ela necessariamente deve ser uma função “bem comportada”. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e ρ ⋅x + B⋅e − ρ ⋅x Isto obriga que B = 0, pois caso contrário teremos a situação Ψ(x = - ∞) = ∞. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e ρ ⋅x A⋅exp(ρ⋅x): onda evanescente de amplitude A, e constante de crescimento ρ. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Representação gráfica da solução geral para x < 0 Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o poço de potencial. Ψ1 ( x ) = A ⋅ e ρ ⋅x Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL A Equação de Schroedinger para 0 < x < a Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por 0 < x < 0, onde temos U = - U0. d 2 Ψ (x ) 2 ⋅ m h 2 d 2 Ψ (x ) − − U 0 ⋅ Ψ (x ) = − E ⋅ Ψ (x ) + 2 (U 0 − E )⋅ Ψ ( x ) = 0 2 2 dx 2 ⋅ m dx h A solução geral desta equação diferencial é uma combinação linear de exponenciais complexas. Ψ2 (x ) = C ⋅ e i ⋅k ⋅ x + D⋅e − i ⋅k ⋅ x k= 2 ⋅ m ⋅ (U 0 − E ) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais h 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Interpretação da solução geral para 0 < x < a Esta solução mostra que para 0 < x < a temos a propagação de duas ondas planas. Ψ2 ( x ) = C ⋅ e i ⋅k ⋅ x + D⋅e − i ⋅k ⋅ x C⋅exp(i⋅k⋅x): onda plana de amplitude C, número de onda k e que se propaga da esquerda para a direita (+i⋅k⋅x) D⋅exp(-i⋅k⋅x): onda plana de amplitude D, número de onda k e que se propaga da direita para a esquerda (-i⋅k⋅x) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Representação gráfica da solução geral para 0 < x < a Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o poço de potencial. Ψ2 ( x ) = C ⋅ e i ⋅k ⋅ x + D⋅e − i ⋅k ⋅ x 2 ⋅π h2 = 2 ⋅π ⋅ λ= k 2 ⋅ m ⋅ (U 0 − E ) Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL A Equação de Schroedinger para x > a Vamos escrever a Equação de Schroedinger para a região definida por x > a, onde temos novamente U = 0. h 2 d 2 Ψ (x ) d 2 Ψ (x ) 2 ⋅ m ⋅ E − = − E ⋅ Ψ (x ) − ⋅ Ψ (x ) = 0 2 2 2 2 ⋅ m dx dx h Novamente, a solução geral desta equação diferencial é uma combinação linear de exponenciais reais. Ψ3 ( x ) = F ⋅ e ρ ⋅x + G ⋅e − ρ ⋅x ρ= Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 2⋅m⋅ E h 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Interpretação da solução geral para x > a Mas, observe que a função de onda não pode apresentar valores infinitos, pois ela necessariamente deve ser uma função “bem comportada”. Ψ3 ( x ) = F ⋅ e ρ ⋅x + G ⋅e − ρ ⋅x Isto obriga que F = 0, pois caso contrário teremos a situação Ψ(x = - ∞) = ∞. Ψ3 (x ) = G ⋅ e − ρ ⋅x G⋅exp(-ρ⋅x): onda evanescente de amplitude G, e constante de amortecimento ρ. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Representação gráfica da solução geral para x > a Esta solução geral pode ser representada graficamente, superpondo-a sobre o gráfico da energia potencial que representa o poço de potencial. Ψ3 ( x ) = G ⋅ e − ρ ⋅x Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Os estados ligados Observe que este problema é bastante similar ao da partícula em uma “caixa”. No caso deste poço de potencial, a energia da partícula é negativa (E < 0), porém maior que – U0. Logo, podemos concluir que a partícula fica praticamente confinada e ligada ao poço de potencial. Neste confinamento a partícula quantiza seus níveis de energia, admitindo apenas alguns valores discretos para a energia. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Cálculo dos estados ligados Neste caso, seremos capazes de calcular quais as possíveis energias que a “onda de matéria” pode admitir dentro do poço de potencial. Para este cálculo, vamos incialmente escrever a função de onda que representa a partícula em todo o espaço. A ⋅ e ρ ⋅x i ⋅k ⋅ x − i ⋅k ⋅ x Ψ ( x ) = C ⋅ e + D ⋅ e G ⋅ e − ρ ⋅ x x≤0 0≤ x≤a x≥a Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Condições de contorno do problema Para resolver o problema, devemos impor as condições de contorno para a função de onda Ψ. Lembremos que Ψ deve ser uma função contínua em todo o espaço. Assim, da definição de continuidade de uma função temos que Ψ deve satisfazer ( ) ( ) Ψ ' (x = 0 ) = Ψ ' (x = 0 ) Ψ (x = a ) = Ψ (x = a ) Ψ ' (x = a ) = Ψ ' (x = a ) − Ψ1 x = 0 = Ψ2 x = 0 − 2 + − 1 + 3 + 2 − 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais + 3 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Equações oriundas das condições de contorno A imposição das condições de contorno nos leva a um conjunto de quatro equações. A=C+D ρ ⋅ A = i ⋅ k ⋅ (C − D ) e i ⋅ k ⋅a ( ⋅C + e − i ⋅k ⋅ a ⋅D = e − ρ ⋅a ) ⋅G i ⋅ k ⋅ e i ⋅ k ⋅a ⋅ C − e − i ⋅ k ⋅ a ⋅ D = e − ρ ⋅ a ⋅ G Manipulamos estas equações para obter um sistema estruturado. A−C − D = 0 e i ⋅ k ⋅a ⋅ C + e − i ⋅ k ⋅ a ⋅ D − e − ρ ⋅ a ⋅ G = 0 ρ ⋅ A − i ⋅ k ⋅C + i ⋅ k ⋅ D = 0 i ⋅ k ⋅ e i ⋅k ⋅a ⋅ C − i ⋅ k ⋅ e − i ⋅k ⋅a ⋅ D − e − ρ ⋅a ⋅ G = 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Sistema de equações na forma matricial Temos então um sistema de quatro equações e quatro incógnitas (A, C, D e G), portanto este problema apresenta solução. Podemos escrever este sistema de equações na forma matricial. −1 1 −i⋅k ρ 0 e i ⋅k ⋅ a 0 i ⋅ k ⋅ e i ⋅k ⋅ a −1 i⋅k e − i ⋅k ⋅a − i ⋅ k ⋅ e − i ⋅ k ⋅a A 0 C 0 ⋅ = − ρ ⋅a e D 0 ρ ⋅ e − ρ ⋅a G 0 0 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL O sistema linear homogêneo Como vemos, trata-se de um sistema linear homogêneo (SLH). −1 1 −i⋅k ρ 0 e i ⋅k ⋅a 0 i ⋅ k ⋅ e i ⋅k ⋅a −1 i⋅k e − i ⋅k ⋅ a −i ⋅k ⋅e A 0 0 C 0 ⋅ = − ρ ⋅a e D 0 − ρ ⋅a ρ ⋅ e G 0 0 − i ⋅k ⋅a Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Soluções para o sistema linear homogêneo Uma solução matematicamente possível para qualquer SLH é a chamada solução trivial. Esta solução é aquela na qual temos A = C = D = G = 0. Porém, embora seja matematicamente possível, ela é fisicamente indesejável, pois ela conduz a uma função de onda nula em todo o espaço. Além da solução trivial, um SLH apresenta uma outra solução possível quando det(M) = 0, onde M é a matriz associada ao SLH. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Condição de existência da solução não trivial Desta forma, para que o problema tenha uma solução diferente da trivial, vamos impor a condição para que o determinante da matriz característica seja nulo. 1 ρ −1 −i⋅k i ⋅ k ⋅a e 0 i ⋅k ⋅a 0 i⋅k ⋅e −1 i⋅k 0 0 − i ⋅k ⋅a − ρ ⋅a e − i ⋅k ⋅a −i⋅k ⋅e e − ρ ⋅a ρ ⋅e Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais =0 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Determinação da energia do estado ligado Após um exaustivo cálculo deste determinante, obtemos uma condição que relaciona as constantes k e ρ. Observe que as constantes k e ρ trazem em seu bojo a energia E. k= 2 ⋅ m ⋅ (U 0 − E ) h 2 ρ= 2⋅m⋅ E h 2 Desta forma, ao obtermos uma expressão que relaciona as constantes k e ρ, no fundo estaremos obtendo uma expressão para determinarmos a energia E. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Determinação da relação entre k e ρ O cálculo do determinante é exaustivo, porém leva à uma relação entre as constantes k e ρ. 2⋅k ⋅ ρ tg (k ⋅ a ) = 2 2 k −ρ Como veremos, a solução desta equação transcendental fornece os valores possíveis para as energias da partícula sujeita ao poço de potencial. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Alguns truques para da determinação da energia E Multiplicamos o lado direito desta equação por a2, tanto no numerador quanto no denominador. 2 ⋅ (k ⋅ a ) ⋅ (ρ ⋅ a ) tg (k ⋅ a ) = 2 2 (k ⋅ a ) − (ρ ⋅ a ) Fazemos uma pequena manipulação na expressão do vetor de onda k. k= 2 ⋅ m ⋅ (U 0 − E ) h2 ⇒ k ⋅a = E 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 1 − 2 h U 0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Mais truques para da determinação da energia E Fazemos o mesmo tratamento para a constante ρ. ρ= 2⋅m⋅ E h ⇒ 2 ρ ⋅a = 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 E 2 U h 0 Em ambos os termos aparece o parâmetro característico do poço de potencial, o qual denominamos α, que depende da largura do poço a e da profundidade do poço U0. α= 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 h2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Último truque para da determinação da energia E Por fim, definimos a variável adimensional u em termos da energia E e da profundidade do poço U0. u= E U0 . Com todos os truques descritos acima, obtemos uma equação transcendental na variável u. 2 ⋅ u ⋅ (1 − u ) tg α ⋅ 1 − u = 1− 2 ⋅u [ ] Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Obtenção de uma solução numérica para a variável u Agora estamos aptos a resolver esta equação transcendental para determinar soluções para a variável u. (1 − 2 ⋅ u ) ⋅ sin[α ⋅ Poço de Potencial (1 − 2 ⋅ u ) ⋅ sin [α ⋅ 1− u ] (2 ⋅ ) [ u ⋅ (1 − u ) ⋅ cos α ⋅ 1 − u ] α= ] ( ) [ ] 1 − u = 2 ⋅ u ⋅ (1 − u ) ⋅ cos α ⋅ 1 − u . 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 = 16,245 h2 α= 1 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 h2 f(x) Parâmetros utilizados: 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 m = 9,1×10-31 kg a = 10 nm -1 ⇒ -E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais U0 = 100 meV α = 16,245 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Resultado da solução numérica para a variável u Soluções para o caso considerado: Poço de Potencial (1 − 2 ⋅ u ) ⋅ sin [α ⋅ 1− u ] (2 ⋅ ) [ u ⋅ (1 − u ) ⋅ cos α ⋅ 1 − u ] α= u1 = 0,0260 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 = 16,245 h2 1 f(x) u2 = 0,2885 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 α = 16,245 u3 = 0,5355 u4 = 0,7362 u5 = 0,8815 -1 -E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais u6 = 0,9705 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Obtenção das soluções para as energias Ei A partir das soluções para a variável u, determinamos as respectivas energias Ei. Poço de Potencial (1 − 2 ⋅ u ) ⋅ sin [α ⋅ 1− u ] (2 ⋅ u ⋅ (1 − u ) )⋅ cos[α ⋅ 1− u ] α= 2 ⋅ m ⋅U 0 ⋅ a 2 = 16,245 h2 u1 = 0,0260 E1 = - 2,60 meV u2 = 0,2885 E2 = - 28,85 meV u3 = 0,5355 E3 = - 53,55 meV u4 = 0,7362 E4 = - 73,62 meV u5 = 0,8815 E5 = - 88,15 meV u6 = 0,9705 E6 = - 97,05 meV f(x) 1 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 -1 -E/U0 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 4. O POÇO DE POTENCIAL Obtenção da função de onda para o estado fundamental 1,668 ×103 ⋅ e16, 00×10 ⋅ x ΨEF ( x ) = 1,668 ×103 ⋅ cos 2,790 × 108 ⋅ x + 5,736 ⋅ sin 2,790 ×108 ⋅ x 3 −16 , 00×108 ⋅(x −10×10 −9 ) × ⋅ 1 , 729 10 e 8 [ ( ) 3 PSI (10 m -1/2 ) 6 0 0 5 -6 x (nm) )] 0≤ x≤a x≥a A partir da solução para o estado fundamental é possível determinar as constantes C, D e G em termos da constante A. Função de Onda Estado Fundamental -5 ( x≤0 10 15 A é determinada usando a condição de normalização. E6 = - 97,05 meV Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 1. Introdução 2. O Potencial Degrau a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 3. A Barreira de Potencial a. Situação em que E > U0 b. Situação em que E < U0 4. O Poço de Potencial 5. O Oscilador Harmônico Simples Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES O oscilador harmônico simples Seja uma partícula quântica de massa m em movimento harmônico simples (MHS). Por exemplo, esta partícula pode estar presa a uma “mola” de constante elástica k. Desta forma, a partícula executa um movimento periódico de frequência angular ω dada por k ω= m Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES A energia potencial elástica A energia potencial à qual a partícula quântica está sujeita é mostrada na Figura 6. 1 2 U (x ) = k ⋅ x 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES A energia potencial elástica – outra versão Às vezes é útil escrever esta energia potencial em termos da frequência angular ω associada ao MHS. Como vimos, temos que k ω= m ⇒ k = m ⋅ω 2 Daí, isto nos leva a reescrever U(x) na forma 1 2 2 U (x ) = m ⋅ ω ⋅ x 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES A Equação de Schroedinger para o MHS Para esta energia potencial a Equação de Schrödinger é dada por 2 2 1 h d 2 2 ( ) − Ψ x + m ⋅ ω ⋅ x ⋅ Ψ (x ) = E ⋅ Ψ (x ) 2 2 ⋅ m dx 2 Reescrevemos esta equação e obtemos d 2⋅m 1 2 2 Ψ (x ) + 2 E − m ⋅ ω ⋅ x ⋅ Ψ(x ) = 0 2 2 dx h 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Solução da Equação de Schroedinger para o MHS A solução desta equação diferencial é obtida apenas pelo método das séries de potências. Uma boa fonte de consulta para entender o método das séries de potências para solução deste problema é o livro Equações Diferenciais aplicadas à Física de Kleber Daum Machado, 2a Edição. A solução do problema do Oscilador Harmônico Quântico é apresentada no Capítulo 7 deste livro, pgs. 267-282. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Solução da Equação de Schroedinger para o MHS Dada a complexidade do processo de solução, não a desenvolveremos aqui, deixando a cargo do estudante o interesse pela procura da solução. Assim, vamos apenas apresentar as soluções para as energias En e suas respectivas funções de onda Ψn. Com esta solução, obtemos o estado da partícula em oscilação harmônica. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES O estado da partícula quântica em MHS: a energia As energias de um oscilador quântico são dadas por 1 En = n + ⋅ h ⋅ ω 2 Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES O estado da partícula quântica em MHS: a função de onda Por sua vez, as funções de onda associadas a estas energias são dadas por 1 m ⋅ω Ψn (x ) = 2 n ⋅ n! π ⋅ h 1/ 4 m ⋅ω m ⋅ω ⋅ x2 E = n + 1 ⋅ h ⋅ ω ⋅ H n ⋅ exp − x n 2⋅h h 2 ξ= m ⋅ω ⋅x h Hn(ξ): polinômios de Hermite de ordem n. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Algumas soluções para a partícula quântica em MHS Abaixo, apresentamos a solução para o estado fundamental (n = 0) para a partícula quântica em MHS. n=0 E0 = 1 h ⋅ω 2 Ψ0 ( x ) = m ⋅ω ξ= h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais − ξ ⋅e π ξ 2 ⋅x2 2 Função par POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Algumas soluções para a partícula quântica em MHS Abaixo, apresentamos a solução para o primeiro estado excitado (n = 1) para a partícula quântica em MHS. n=1 3 E1 = h ⋅ ω 2 Ψ1 ( x ) = ξ 2⋅ π ⋅ 2 ⋅ (ξ ⋅ x ) ⋅ e m ⋅ω ξ= h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais − ξ 2 ⋅x2 2 Função ímpar POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Algumas soluções para a partícula quântica em MHS Abaixo, apresentamos a solução para o segundo estado excitado (n = 2) para a partícula quântica em MHS. n=2 5 E2 = h ⋅ ω 2 Ψ2 ( x ) = ξ 8⋅ π [ ] ⋅ 2 − 4 ⋅ (ξ ⋅ x ) ⋅ e m ⋅ω ξ= h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 2 − ξ 2 ⋅x2 Função par 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Algumas soluções para a partícula quântica em MHS Abaixo, apresentamos a solução para o terceiro estado excitado (n = 3) para a partícula quântica em MHS. n=3 E3 = 7 h ⋅ω 2 Ψ3 ( x ) = ξ 48 ⋅ π [ ] ⋅ 12 ⋅ (ξ ⋅ x ) − 8 ⋅ (ξ ⋅ x ) ⋅ e m ⋅ω ξ= h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 3 − ξ 2 ⋅x 2 Função ímpar 2 POTENCIAIS UNIDIMENSIONAIS 5. O OSCILADOR HARMÔNICO SIMPLES Algumas soluções para a partícula quântica em MHS Abaixo, apresentamos a solução para o quarto estado excitado (n = 4) para a partícula quântica em MHS. n=4 E4 = 9 h ⋅ω 2 Ψ4 ( x ) = ξ 384 ⋅ π [ ] ⋅ 12 − 48 ⋅ (ξ ⋅ x ) + 16 ⋅ (ξ ⋅ x ) ⋅ e m ⋅ω ξ= h Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais 2 4 − Função par ξ 2 ⋅x2 2 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia 1) EISBERG, R. e RESNICK, R.; Física Quântica; Editora Campus; Rio de Janeiro, 1986; páginas 231-298. 2) CARUSO, F. e OGURI, V.; Física Moderna; Elsevier Editora; São Paulo, 2006; páginas 495-520. 3) BEISER, A.; Conceitos de Física Moderna; Editora Polígono; São Paulo, 1969; páginas 158-170. 4) NUSSENZVEIG, H. M.; Física Básica, Volume 4; Editora Edgard Blücher; São Paulo, 2006; páginas 379-387. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia 5) HALLIDAY, D., RESNICK, R. e WALKER, J.; Fundamentos de Física – Volume 4 – 4a Edição; Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.; 1995; páginas 182-184. 6) SEARS, W., ZEMANSKY, F., YOUNG, H. D., FREEDMAN, R. A.; Física IV; 10a Edição; Pearson Education do Brasil; São Paulo, 2004; páginas 246-257. 7) TIPLER, P. A. e LLEWELLYN, R. A.; Física Moderna; Livros Técnicos e Científicos Editora; Rio de Janeiro, 2001; páginas 153-179. Física para Engenharia Elétrica – Potenciais Unidimensionais Pros and Cons – Vladimir Kush