Hermessociety SELF E NÃO-DUALIDADE A meditação é a resolução do problema do pensamento e não o afastamento da percepção dos objectos do mundo. O sábio afasta-se do pensamento e não dos objectos. Há uma mudança da qualidade da percepção. A percepção do intervalo é pura percepção. Somos esse estado fora do domínio psicológico. O único poder que temos é poder acordar do sonho. A realidade comum tem a natureza de um sonho. Não basta dizer que isto é um sonho, temos de acordar dele. O sonho é uma estrutura construída, a realidade é um sonho.A experiência não-dual dá-nos a possibilidade de viver sem “concha” (sem consciência psicológica activa). Quem sou eu no movimento do nascimento para a morte e desta para aquele ? Quando expiro morro, quando inspiro renasço, e o importante é aquilo que é. A dualidade é uma forma de expressão da Unidade. Sem dualidade, a unidade não se exprime, não há criação sem desdobramento da unidade. Há algo em nós que cria a dualidade como forma de manifestação da nossa unidade do Absoluto. O Self, ou unidade fundamental da Consciência-Energia manifesta-se por desdobramento dual. A dualidade é uma aliada fundamental da unidade em nós. O poder de dualizarmos, sem auto-iludirmos alguém com o nosso processo de dualização, é uma forma de expressão sagrada, ou não profanadora das coisas (falar da unidade é uma dualização, sentir isso é dualização). No estado de intervalo, a dualidade é, é uma forma de ser, existir, não é “boa” nem “má”. A Realidade é dual e simétrica, a manifestação universal é dual. A percepção da dualidade pode ser feita na mais pura percepção da Unidade. Do ponto de vista da unidade, a dualidade e a não-dualidade são uma e a mesma coisa. * Cada sentido tem uma memória ancestral genética. O Ver inclui a parte e o Todo, revela-se com intensidade e integrado na totalidade, não há contradição entre o objecto e totalidade. Na experiência do intervalo vemos o que é Ver a criação, na vigília e também no sonho. O Ver é um ver não-mental, apreensão não-mental da Realidade. A função nodal é hiperinteligente, a consciência nodal contém toda a experiência directa sobre a Realidade. No processo de iniciação partese para a experiência iniciática sem saber nada sobre isso. O nodal 1 tem a função de interface entre o criado e o incriado em nós, olho a realidade como uma contínua configuração de uma consciência única, como uma metamorfose da Consciência-Energia fundamental, tudo é por definição divino, e se tudo é divino e as coisas são como são, então isso tem a natureza de um jogo, ver uma unidade que se transforma em diversidade e vice-versa, sem contradição, as coisas são simultaneamente criadas e incriadas, transcendentes e imanentes, vivencia-se sem contradição as duas faces da realidade. O nodal 1 transmite uma confiança inabalável, ou pura fé ou pura confiança, no sentido último das coisas, do Self como configuração individual da Pura Consciência-Energia. O que sonhamos é sempre realidade. Temos em nós a capacidade de execução de tarefas através de mecanismos inatos do Self, de aprendizagem intuitiva das coisas pela plena manifestação dos dons da Consciência, que é o próprio Self. É por isso possível, sem recorrer à aprendizagem dualista, fazer a aprendizagem intuitiva de níveis de trabalho, inacessíveis de outro modo. O Self fala todas as línguas, cura todos os males, é o puro fluir da cura, pois atrás das faculdades humanas estão as faculdades do Self. A acção da Consciência-Energia nos nodais amplia a acção do Self, por esferas expansivas em cada nodal, aumentando a auto-observação interna e a percepção externa. Atrás da respiração existe Swara, ou respiração cósmica, que cria e destrói o universo, sístole e diástole, inspiração e expiração, que caracteriza toda a Natureza. Não há nada nas nossas percepções que não tenha sido querido ou desejado pelo Self, não há nada que nos aconteça que não tenha sido desejado pelo Self, quer nos agrade ou não, é um espectáculo produzido pelo Self com uma finalidade pedagógica, que é a auto-realização e o despertar. Todas as nossas percepções fazem parte da percepção do Self, não há um acto de percepção que não tenha sentido do ponto de vista do Self, o caleidoscópio que nos é proposto não é para nos identificarmos com o espectáculo, mas para a sua contemplação. A identificação traduz-se sob a forma de pensamento associativo, emoções reactivas e desejos em conflito, mas se contemplarmos com deslumbramento o espectáculo, ou aventura do mundo e da nossa própria vida, em vez de haver pensamento associativo existe Sageza, em vez de emoções reactivas existe Compaixão, em vez de desejos em conflito existe Propósito. No caso da identificação existe fragmentação, na contemplação há unidade, é a imediata reconstituição da unidade daquilo que é aparentemente fragmentado. A contemplação age em função da coisa única. Os sonhos profundos revelam estruturas do Self. A mente tece o pensamento, ou o Logos tece o universo. A Unidade só pode ser apreendida a nível não-mental, porque a dualidade é sempre intrincada (teia). O intervalo é o espaço nãomental, pré-discursivo. * A consciência psicológica é uma actividade altamente periférica, não passa de reflexos no espelho da Consciência propriamente dita. A Consciência nunca é afectada pela actividade psicomental. O pensamento associativo, as emoções reactivas e os desejos em conflito são a actividade psicológica que tem a espessura de um reflexo, mas na inconsciência passa a ser toda a “realidade”. Só a Consciência tem a espessura da Realidade. Só a auto-observação não identificada, ou contemplativa, é que nos permite ver que os reflexos são meros reflexos na superfície da ConsciênciaEnergia. O reflexo é um movimento superficial da mente, que dá um movimento ilusório aos reflexos, mas a resposta a isso provoca um certo “relevo”, que não existe de facto. A consciência e a mente psicológica não pode ser destruída porque não existe, é um sonho, é uma auto-ilusão, é um epifenómeno da relação entre observador e coisa http://hermessociety.org.pt Produzido em Joomla! Criado em: 9 June, 2017, 19:43 Hermessociety observada; quando isso se unifica, a consciência psicológica não tem lugar; a dualidade dinâmica é a mente que a separa, é o princípio da auto-ilusão que cria o eu e o mundo ou consciência dual, ou auto-consciência, é o movimento de periferia que nos cria a ilusão de eu psicológico consistente. A sageza é o ponto de equilíbrio entre o que se diz de mais e o que se diz de menos sobre a Realidade. O coração é o fiel da balança, consciência encarnada, voltada e exprimindo-se no mundo. A Pura Consciência não nasce nem morre, estamos “condenados” à nossa imortalidade intrínseca. O corpo não é só o templo do homem, mas o coração é o espaço sacralizado da manifestação da Consciência-Energia. O Mistério do Gólgota é a encarnação cíclica do princípio crístico cósmico na economia planetar. * O estado de Atenção não está dependente da oscilação psicológica, é transversal a todas as variações dos sentidos, da actividade mental e emocional, que devem ser transformados em orgãos de percepção de novo tipo. A evolução última do pensamento e da emoção é transformarem-se em funções de Consciência. A actividade psicológica transforma-se em orgão e percepção que tem por eixo o estado de Atenção. O estado de Silêncio é já o começo da transformação. O sentir ou compaixão é um estado unitivo com o outro. A única linha de sanidade iniciática é o estado de Atenção, o resto é revêrie, é sonho, é divagação, o que importa é saber se está ou não presente o estado de Atenção fundamental, é o estado-rei (Raja-yoga ou yoga da atenção fundamental), o resto é pura irrealidade, é pura inanidade ( a morte e a doença liquidam o sonho-revêrie). Sair do estado de Atenção fundamental é uma expulsão do paraíso, sente-se a nostalgia da unidade perdida, o auto-esquecimento de estado de Atenção fundamental é uma queda no absurdo, na alucinação, no sofrimento. O ser desperto age segundo o eixo de estado de Atenção fundamental, o não desperto não. Qualquer actividade só é real quando se dá em função do estado de Atenção fundamental. O estado de Atenção fundamental é um estado fortemente activo, é a base do génio, o Self é o estado de Atenção fundamental e todo o potencial de consciência deste estado não-dual. O campo de manifestação do Self é o campo infinito de interacções circunstanciais ou karmicas, tal como todos os níveis de estruturação do cosmos são interacções circunstanciais, mas a única coisa que importa é o estado de Atenção fundamental, pois qualquer estado é ilusório sem ele. A emoção condicionada tende a “descer” num movimento egocêntrico, reproduzindo o Mistério da Queda adâmica, a expulsão do paraíso. A emoção sofre um efeito de queda quando atravessa a esfera da acção psicológica; a emoção “caída” tem depois um movimento de retorno, recupera a intensidade da sua origem, e isso acontece também com cada pensamento, emoção ou acção, que são sempre uma pura emanação do Self que entra no circuito da esfera psicológica, obedece à lei dos graves, tende a reforçar a esfera psicológica condicionada. Porque é que é importante olhar para a memória de uma maneira neutra? Pela razão de que as memórias têm uma necessidade intrínseca de auto-libertação, o reviver do passado pela memória é libertador, o conjunto de memórias retornam ao campo da consciência porque querem ser libertados (pensamentos-forma ligados a um ciclo de experiência que foram aprisionados sob a forma de memória). Se não forem libertadas pelo próprio geram karma e a reencarnação psicológica, porque se reorganizam tantas vezes quantas as necessárias até serem libertadas pelo próprio ( a memória é a consciência-energia aprisionada). O nodal do coração é o transformador de memórias em Pura Consciência-Energia. Na morte, as memórias são colectivizadas fazendo parte do resíduo de memória humana; as memórias têm afinidade com o Self que lhes deu origem; quando as memórias são libertadas no coração estamos a libertar a espécie humana das memórias aprisionadas sob a forma de pensamento, emoção e desejos, libertamos o inconsciente colectivo em pura expressão de Consciência; é por isso que se diz que o indivíduo que está na via da auto-realização deve descer aos “inférios”, ou memória colectiva, libertando-a, redimindo-a. Quando o Self entra em contacto com a Natureza, quando a pura Consciência-Energia entra em contacto com a outra metade imanente, que transforma a Pura Consciência em memória, o Cosmos apropria-se da Pura Consciência sob a forma de memória, em passado; o infinitamente Presente ao relacionar-se com a Natureza transforma-se em passado, é através da Natureza que o Self cria as experiências do tempo, porque a Pura Consciência do Self não tem reprodução temporal; depois, numa segunda fase, não se deixa aprisionar sob a forma de memória identitária. Certos seres humanos não reproduzem o processo do tempo em si próprios, são seres atemporais porque vivem em contacto permanente com a Consciência-Energia encarnando-a no tempo, mas sem nele estarem aprisionados. * A experiência mental e afectiva tem dois níveis: relaciono-me com alguma coisa do ponto de vista da mente dual, ou da mente integrada (estado de Atenção Fundamental), ou seja, o sujeito e o objecto são feitos da mesma coisa, têm uma realidade intrínseca; do ponto de vista dual, existe sujeito e objecto separados e contrastados; na mente integrada, sujeito e objecto são diferentes, mas moldados no mesmo tipo de consciência; na percepção integrada não há separação da sua natureza intrínseca, há uma única realidade (mente não-dual), ou mistério da identidade, ou consciênciaenergia intrínseca, que é a realidade e configuração dessa realidade, é forma e conteúdo em simultâneo; a mente dual é a mente evolutiva, sujeita à lei da causa e efeito (cérebro direito e esquerdo, dualização ou simetria do corpo humano, encarnação da mente dual). Na experiência não-dual, forma e conteúdo são a mesma realidade. Os sonhos são uma fantasia da mente dual. A mente não-dual funciona em rede com o universo, há uma relação intuitiva com o Cosmos, há um acto instantâneo de conhecimento, há uma evidência das coisas tal como são. A mente dual é alucinatória, a percepção da mente dual é sempre uma alucinação, cria uma realidade paralela, mas real, de contraponto alucinatória. O universo é binário (dual) e simétrico (opostos complementares), mas a Consciência-Energia (Tao,Chi) é unitiva e integradora, que é a forma sã de existência. A respiração é simultaneamente dual e não-dual, por isso é central em http://hermessociety.org.pt Produzido em Joomla! Criado em: 9 June, 2017, 19:43 Hermessociety todas as práticas de auto-conhecimento, é uma forma natural de nos relacionarmos com a dualidade e a nãodualidade; usando só a respiração descobre-se tudo o que é importante neste domínio. A Natureza criou este mecanismo para este reconhecimento; a respiração é, ao mesmo tempo, neuro-vegetativa e consciente, é inconsciência e consciência, dual e não-dual. A energia segue o pensamento porque a energia segue a configuração mental do pensamento. O princípio natural deve morrer para sofrer uma transformação. O princípio que morre é a mente (alma), ou psiquismo (actividade mental e emocional); há uma “morte” mental e uma ressurreição para que a mente se coloque em posição mediadora entre o céu e a terra e desse processo surge o terceiro termo, depois da morte e ressurreição da mente, como experiência supramental (transcerebral) do adepto (processo alquímico material), processo de consciência-energia na sua reintegração através da matéria; o surgir do terceiro factor é assimilado ao nascimento de Cristo, forma transfigurada do homem natural, matéria cristianizada que será a matéria do futuro. Os sonhos simbólicos são uma forma de comunicação de consciência planetar com o indivíduo daquilo que está a ser metabolizado. Os mitos são códigos da consciência planetar, nada têm a ver com a Consciência-Energia, relatam as metemorfoses do planeta, através da mitologia. Somos sonhados pela consciência planetar, a Terra é um organismo vivo que comunica connosco; a Mãe-Terra comunica pela visão atávica própria de cada ser humano. Temos vários níveis de iniciação à Consciência em nós com mortes e ressurreições sucessivas. O Mistério do Gólgota é um mistério que se renova anualmente, o cosmos derrama o sangue de Cristo sobre o planeta, a energia solar é o puro sangue do sistema, sangue e consciência solar são idênticos. O Self, ou expressão pessoal da Consciência-Energia em nós, dialoga de forma diferente com a consciência planetar do que com a consciência psicológica, que está limitada à consciência terrena, ou mundo aquoso-lunar; o psiquismo é puramente planetar, o planeta precisa do sagrado natural, ou dádiva humana (cultos da Virgem) para a evolução do planeta, ou Logos planetar, com a entrega da dádiva da devoção ao planeta e ao céu; qualquer fenómeno de consciência é uma partilha com o que está em cima e com o que está em baixo, o desenvolvimento da Consciência para cima equivale ao desenvolvimento da Consciência para baixo, o movimento de redenção dá-se em dois sentidos; nirvana e samsara, o criado e o incriado são parte intrínseca das nossas células cerebrais, estão interligados, são intrínsecos ao cérebro, não são separáveis; a Libertação consiste em ultrapassar a ilusão do nirvana e do samsara como coisas separadas, céu e terra são inseparáveis, são a mesma realidade. A libertação da ilusão da separatividade : qualquer ser humano tem a possibilidade de descobrir em si esta experiência fusional dos dois elementos inseparáveis, não há caminho, TUDO É. A meditação serve para descobrir que não há caminhos, não há nada onde chegar, porque já se lá está, não há fim a atingir, nesse estádio de morte e ressurreição, não há maior loucura do que andar à procura da verdade e da realização, a auto-realização não é um objectivo a atingir. * Os imperativos da Consciência não devem ser confundidos com as necessidades do corpo (disciplina espontânea no trabalho), só o corpo tem necessidades, nunca a Consciência (desidentificação com o corpo, ou “irmão burro”); a relação de sensatez da Consciência com o corpo, ou mundo sensível, deve ser gerida com humor. Não há metas a atingir, não há caminho, apenas a quietude além da dualidade; o “caminho espiritual” é uma fantasia psicológica, o medo é o último obstáculo a ultrapassar, ou seja, a fantasia ou sonho do “caminho”; terra e céu são uma e a mesma coisa (nirvana e samsara, ilusão e realidade); “a existência de caminho espiritual é uma maldição”. Na metáfora do espírito/alma/corpo, o espírito é o “burro” mais subtil; em qualquer dimensão do cosmos, devemos saber se estamos perante a Consciência propriamente dita ou um suporte de consciência (“burro”) e não devemos confundir uma coisa com a outra, a isso se chama discernimento. Quando há uma metamorfose do fundo da Consciência, da consciência psicológica dual para a Consciência propriamente dita, que sempre esteve lá, essa consciência não-psicológica prescinde de um discurso explicativo sobre o mundo, porque está em estado de permanente maravilhamento; não há nada a explicar, não se pode especular sobre a nossa própria experiência. A experiência da dualidade é um absurdo, e geradora de todos os absurdos; há um dilaceramento máximo da consciência psicológica em nós, é o Mistério da Crucificação em nós; ou ultrapassamos isto ou morremos, não pode haver águas mornas placentárias, nunca nascerei porque não há rompimento de águas, não há nascimento iniciático, resolvendo o problema da dualidade (Mistério do Gólgota, ou experiência do dilaceramento absoluto dos opostos e da dualidade); ao passar esta fronteira vê-se que o absurdo e o medo são formas de percepção ou consciência que se adquirem na experiência da dualidade; o “caminho espiritual” é um caminho do medo, porque é um caminho psicológico, é uma fantasia nossa; temos de escolher de uma vez por todas se quero a “felicidade” ou a Bem-Aventurança (o caminho das compensações e frustrações emocionais ou Ananda), que é um estado em si, “eu não tenho caminho porque não há caminho”, é uma experiência directa, É. O trabalho consiste em pegar na experiência significativa dual e transformá-la em percepção não-dual da experiência significativa que, paradoxalmente, é dual; essas experiências significativas dualistas tocam-nos, são quase do domínio da Graça, apontam-nos para a percepção integrada não-dual; transformar a experiência dual em percepção não-dual é um trabalho de mutação, é um trabalho sobre a PERCEPÇÃO; a experiência significativa tem uma qualidade que permite a percepção não-dual da Realidade. Nos momentos de auto-realização está lá tudo, e num indivíduo auto-realizado cada momento é um momento de autorealização, todos os pontos de “tempo” são auto-realizados; transformar os pontos de experiência dualista em experiência não-dual contínua, ali está tudo, o que fui, sou e serei; a auto-consciência é o estado natural da vida http://hermessociety.org.pt Produzido em Joomla! Criado em: 9 June, 2017, 19:43 Hermessociety (pontos que se auto-iluminam, é o que se chama ILUMINAÇÃO). Não há caminho, e qualquer ponto do espaço-tempo é ideal para a prática da Percepção ou Atenção não-dual; o objectiv do Self é estar presente nos 360 pontos do ciclo (diário, anual, vida) e não só em alguns momentos; a Bem-Aventurança realiza-se não no céu mas na terra; a auto-realização tem a ver com a Realidade e a Criação, com a Consciência e o Mundo, com o que está dentro e o que está fora, em cima e em baixo; a auto-realização não é estritamente individual porque tem de contribuir para a auto-realização dos outros, a auto-realização de cada ser humano é um lêvedo que é integrado na massa da humanidade, cria um precedente que torna mais fácil a auto-realização colectiva; a compaixão permite perceber que a minha auto-realização está ligada à auto-realização dos outros, ou de todos os seres sencientes (se tiver uma percepção não-dual do facto). Ninguém pode fazer este processo não-dual por mim, nem posso “culpar” ninguém por não ser capaz de o fazer, não posso responsabilizar ninguém pelo meu “fracasso”, sou o responsável primeiro e último pelo processo, e isso dá uma profunda paz interior, faço ou não faço, se não fizer o universo não desaparece, se fizer também não. V.Q. http://hermessociety.org.pt Produzido em Joomla! Criado em: 9 June, 2017, 19:43