COMUNICADO ZEBINIX® (ACETATO DE ESLICARBAZEPINA

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COMUNICADO
Porto, 10 de dezembro de 2015
ZEBINIX® (ACETATO DE ESLICARBAZEPINA) CUMPRE O
OBJETIVO PRIMÁRIO DE ESTUDO DE FASE 3 DE MONOTERAPIA
EM DOENTES RECENTEMENTE DIAGNOSTICADOS COM CRISES
EPILÉTICAS PARCIAIS
BIAL anuncia que foram positivos os resultados obtidos num estudo pivotal de nãoinferioridade de fase 3, que comparou a eficácia e segurança de Zebinix® (acetato de
eslicarbazepina) com carbamazepina de libertação prolongada, em monoterapia, em doentes
adultos recentemente diagnosticados com crises epiléticas parciais.
“O objetivo primário do estudo foi cumprido, o qual consiste na proporção de doentes livres
de crises durante seis meses consecutivos em monoterapia. Este representa um importante
resultado, adicionalmente ao já bem estabelecido valor do Zebinix® (acetato de
eslicarbazepina) como terapêutica adjuvante. Os resultados completos do estudo serão em
breve divulgados nos principais congressos de neurologia e epilepsia e publicados em
revistas especializadas da área.”, referiu o Professor Patrício Soares-da-Silva, Diretor do
Departamento de Investigação & Desenvolvimento de BIAL.
“A eficácia do acetato de eslicarbazepina foi claramente demonstrada numa elevada
proporção de doentes que permaneceram livres de crises durante seis meses consecutivos,
sendo que esta proporção não foi inferior à taxa de ausência de crises em doentes tratados
com carbamazepina de libertação prolongada, posicionando o acetato de eslicarbazepina
como um tratamento de primeira linha em doentes recentemente diagnosticados com crises
epiléticas focais.”, referiu o Professor Eugen Trinka, coordenador principal do estudo e
Presidente do Departamento de Neurologia da Universidade de Medicina de Paracelsus,
CDK, Salzburgo, Áustria.
“Este estudo reflete o nosso compromisso com o desenvolvimento de novas opções
terapêuticas para pessoas que vivem com epilepsia focal. Zebinix® será, em breve, uma
realidade como monoterapia na Europa para doentes com crises epiléticas parciais.”, referiu
António Portela, CEO do grupo BIAL.
Este estudo pivotal de fase 3 foi um estudo de não-inferioridade randomizado, de dupla
ocultação, com grupos paralelos e controlado com fármaco ativo, que avaliou a eficácia e
segurança do acetato de eslicarbazepina quando administrado uma vez por dia (800 a 1600
mg/dia) como monoterapia em doentes adultos recentemente diagnosticados com crises
epiléticas parciais em comparação com carbamazepina de libertação prolongada duas vezes
por dia (400 a 1200 mg/dia).
Com base nestes resultados, BIAL pretende submeter no segundo trimestre de 2016 uma
alteração à Agência Europeia do Medicamento (EMA), com o objetivo de expandir a
autorização de introdução no mercado do Zebinix® (acetato de eslicarbazepina) como
monoterapia em adultos com crises epiléticas parciais.
O acetato de eslicarbazepina está atualmente aprovado pela EMA (nome comercial Zebinix®)
e indicado como terapêutica adjuvante em adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem
generalização secundária (4). Encontra-se igualmente aprovado pela Food and Drug
Administration, nos Estados Unidos, (nome comercial Aptiom®) para o tratamento de crises
epiléticas parciais como monoterapia ou terapêutica adjuvante (1,2).
Notas ao editor
Sobre epilepsia, crises epiléticas parciais e o seu tratamento
A epilepsia é uma doença neurológica crónica caracterizada por descargas anormais neuronais transitórias que
podem originar crises convulsivas. Clinicamente manifestam-se como convulsões ou movimentos involuntários
dos músculos. Dependendo do tipo, podem ser limitadas a uma parte ou envolver globalmente todo o corpo. Os
doentes podem igualmente experimentar sensações anormais, alterações de comportamento e de consciência. A
epilepsia é uma doença com muitas etiologias possíveis e, frequentemente, a sua causa permanece
desconhecida, mesmo após uma investigação intensiva. No entanto, qualquer alteração que perturbe o padrão
normal da atividade neuronal - desde doença ou lesão cerebral ou mesmo desenvolvimento anormal cerebral pode precipitar as crises convulsivas.
A epilepsia é caracterizada por descargas anormais neuronais. Nas crises parciais (ou focais) estas alterações de
atividade elétrica localizam-se, inicialmente, em áreas específicas do cérebro, no entanto, podem tornar-se mais
generalizadas, variando os sintomas de acordo com as áreas que são afetadas. Os impulsos nervosos são
desencadeados através de canais de sódio dependentes de voltagem que se encontram localizados na membrana
do neurónio. O tratamento das crises parciais, o tipo mais comum de crises epiléticas, representa um desafio
permanente - cerca de 40% dos doentes com este tipo de crises não consegue controlar as mesmas com os
fármacos antiepiléticos atualmente utilizados (3).
Sobre o acetato de eslicarbazepina (Zebinix® / Aptiom®)
O acetato de eslicarbazepina é um antiepilético de toma única diária, que é extensiva e rapidamente convertido
em eslicarbazepina, após administração oral (4). A eslicarbazepina estabiliza os canais de sódio dependentes de
voltagem no seu estado inativo por incremento da sua inativação lenta e por bloqueio dos canais de cálcio
dependentes de voltagem do tipo-T (1, 5).
O acetato de eslicarbazepina é comercializado na Europa por BIAL-Portela & Cª, S.A e, sob licença de BIAL, pela
Eisai Europe Limited, uma subsidiária Europeia da Eisai Co., Ltd., com a marca comercial Zebinix®. Nos Estados
Unidos e no Canadá, o acetato de eslicarbazepina (nome comercial Aptiom ®) é comercializado pela Sunovion
Pharmaceuticals Inc., sob licença exclusiva de BIAL.
O acetato de eslicarbazepina está aprovado nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration para o
tratamento da crises epiléticas parciais como monoterapia ou como terapêutica adjuvante (2). A aprovação de
Aptiom® como monoterapia para as crises epiléticas parciais foi suportada por dados obtidos em dois estudos
clínicos pivotais de fase 3 (Estudos 093-045 e 093-046). Ambos os estudos atingiram o objetivo primário préespecificado de acordo com a FDA.
Dados clínicos
O dossier aprovado pela União Europeia para a utilização do acetato de eslicarbazepina como terapêutica
adjuvante é baseado em dados de eficácia e segurança provenientes de um estudo inicial proof-of-concept de
fase II (6) e quatro subsequentes estudos de fase III randomizados, controlados com placebo, em mais de 1700
doentes com crises focais refratárias (7-10). Estes doentes tinham uma história de pelo menos quatro crises
parciais por mês, apesar do tratamento com até três antiepiléticos concomitantes (7-10).
Eficácia
Durante o período de manutenção de 12 semanas, a administração de 800mg e 1200mg de acetato de
eslicarbazepina, uma vez ao dia, reduziu significativamente a frequência de crises convulsivas e foi
significativamente mais eficaz do que o placebo (7-10). A segurança e a manutenção a longo prazo do efeito
terapêutico foram demonstradas em extensões abertas destes estudos que tiveram a duração de um ano (11, 12).
Tolerabilidade
Nos ensaios clínicos de fase III os eventos adversos ocorreram principalmente durante as primeiras 6 semanas
de tratamento e a maioria dos doentes experimentaram eventos adversos de intensidade leve a moderada (7-10).
Após 6 semanas de tratamento, não foram observadas diferenças na incidência de eventos adversos entre os
doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e o grupo do placebo. Os eventos adversos emergentes do
tratamento, que afetaram mais de 10% dos doentes nos estudos pivotais, foram tonturas e sonolência (1, 7-10).
Qualidade de vida e sintomas depressivos
O efeito do acetato de eslicarbazepina na qualidade de vida foi avaliado usando a escala Inventário de Qualidade
de Vida em Epilepsia-31 (QOLIE-31). Verificou-se uma melhoria estatística e clinicamente significativa a partir da
linha de base durante o período terapêutico aberto de longo prazo, incluindo uma melhoria relativa média na
qualidade de vida global e melhorias em domínios individuais da escala QOLIE-31, incluindo preocupação com as
crises, bem-estar emocional, energia/fadiga, efeitos da medicação e função social (11, 12). A melhoria dos
sintomas depressivos foi também medida, tendo sido utilizada a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg
(MADRS). Durante o período terapêutico aberto, de longo prazo, o acetato de eslicarbazepina demonstrou uma
melhoria estatisticamente significativa desde a linha de base na classificação global da MADRS e em domínios
individuais desta escala, incluindo pensamentos negativos, dificuldades de concentração, tristeza aparente e
tensão interior (11, 12).
Sobre o Grupo BIAL
Fundado em 1924, BIAL é hoje um grupo farmacêutico internacional que tem como missão desenvolver, encontrar
e fornecer novas soluções terapêuticas na área da Saúde.
Nas últimas décadas, as linhas estratégicas da empresa têm-se centrado na Qualidade, na Inovação e na
Internacionalização.
Anualmente, BIAL investe mais de 20% do seu volume de vendas em Investigação e Desenvolvimento (I&D). Nos
projetos da empresa destaca-se a continuidade do programa de desenvolvimento clínico do seu antiepilético, já
comercializado na generalidade dos mercados Europeus e nos EUA, e também um novo tratamento para a doença
de Parkinson.
BIAL tem vindo a reforçar a sua presença internacional, vertente que quer fortalecer na atual década. Atualmente,
a empresa comercializa medicamentos em 56 países e tem filiais em Espanha, Itália, Reino Unido, Alemanha,
Suíça, Angola, Moçambique, Costa do Marfim e Panamá. As vendas nos mercados internacionais do grupo BIAL
já representam mais de 60% do total do volume de negócios da empresa.
Mais informações em www.bial.com
Para mais informações por favor contacte:
Susana Vasconcelos
Communication Manager
Email: [email protected]
Referências bibliográficas:
1.
2.
European Medicines Agency. Zebinix® (eslicarbazepine acetate): EU summary of product characteristics. Disponível
em:
http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR__Product_Information/human/000988/WC500047225.pdf (acedido a 2 de Dezembro de 2015)
Sunovion Pharmaceuticals Inc. Aptiom ® (eslicarbazepine acetate) tablets, for oral use: US prescribing information.
Disponível em:
http://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2015/022416s001lbl.pdf (acedido a 2 de Dezembro de 2015).
3.
Brodie MJ, Barry SJ, Bamagous GA et al. Patterns of treatment response in newly diagnosed epilepsy. Neurology.
2012;15;78(20):1548-54.
4. Bialer M, Soares-da-Silva P. Pharmacokinetics and drug interactions of eslicarbazepine acetate. Epilepsia
2012;53(6):935-46.
5. Soares-da-Silva P, Pires N, Bonifácio MJ, et al. Eslicarbazepine acetate for the treatment of focal epilepsy: an update
on its proposed mechanisms of action. Pharmacol Res Perspect 2015; 3: e00124.
6. Elger C, Bialer M, Cramer J et al. Eslicarbazepine acetate: a double-blind, add-on placebo-controlled exploratory trial
in adult patients with partial-onset seizures. Epilepsia. 2007;48(3):497-504.
7. Elger C, Halász P, Maia J et al. Efficacy and safety of eslicarbazepine acetate as adjunctive treatment in adults with
refractory partial-onset seizures: A randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group phase III study.
Epilepsia. 2009;50(3):454-463.
8. Ben-Menachem E, Gabbai A, Hufnagel A et al. Eslicarbazepine acetate as adjunctive therapy in adult patients with
partial epilepsy. Epilepsy Research. 2010;89:278-285.
9. Lopes-Lima J, Gil-Nagel A, Maia J et al. Efficacy and safety of 800 and 1200 mg eslicarbazepine acetate as adjunctive
treatment in adults with refractory partial-onset seizures. Acta Neurologica Scandinavica. 2009;120:281-287.
10. Sperling MR, Abou-Khalil B, Harvey J, et al. Eslicarbazepine acetate as adjunctive therapy in patients with uncontrolled
partial-onset seizures: Results of a phase III, double-blind, randomized, placebo-controlled trial. Epilepsia.
2015;56:244-253.
11. Halász P, Elger C, Guekht A et al. Long-term efficacy and safety of eslicarbazepine acetate: Results of a 1-year openlabel extension study in partial-onset seizures in adults with epilepsy. Epilepsia. 2010;51(10):1963-1969.
12. Hufnagel A, Ben-Menachem E, Gabbai AA et al. Long-term safety and efficacy of eslicarbazepine acetate as adjunctive
therapy in the treatment of partial-onset seizures in adults with epilepsy: results of a 1-year open-label extension study.
Epilepsy Research. 2013;103(2-3):262-9.
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