HISTÓRICO TEORIA DA FORÇA VITAL - Bergman - 1777 - 1ª separação da - Berzelius: os compostos orgânicos necessitam de uma “força maior”, a vida, para serem sintetizados. Química - Química Inorgânica: compostos extraídos dos minerais. - Química Orgânica: compostos extraídos dos organismos vivos. 1 2 QUEDA DA TEORIA DA FORÇA VITAL Cianato de Amônio - Wöhler - 1828: sintetiza em laboratório a uréia, encontrada no suor e urina dos animais, pelo aquecimento de um composto inorgânico extraído de minerais, o cianato de amônio. 3 5 NH4CNO Uréia ∆ Inorgânico O C NH2 NH2 Orgâncio 4 Definição Atual Relembrando: - Química Orgânica: é a parte da química que estuda todos os compostos do Carbono. Ligação σ: Orbitais atômicos que se aproximam ao longo de um mesmo eixo - Química Inorgânica: é a parte da química que estuda os compostos dos outros elementos. H; Z = 1 Exemplo: Distribuição eletrônica: 1s1 6 1 Relembrando: H H Ligação π: Orbitais atômicos que se aproximam ao longo de eixos paralelos H—H H2 Exemplo: O; Z = 8 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p4 1s2 7 px 2s2 O π OσO O=O py O2 py π π O pz O σ pz σ 9 10 PRINCÍPIOS BÁSICOS Relembrando: O CARBONO É TETRAVALENTE C Ex: Metano Z=6 Distribuição eletrônica: H 11 pz 2p4 8 O py 1s2 2s2 2p2 C H H H 12 2 Representação em orbitais 1s2 2s2 1s2 2p2 2s2 px py pz 2p2 ou Ex: Monóxido de Carbono 1s2 2s2 px 13 py 2p2 pz C O 14 Representação em diagrama de energias E Carbono no estado excitado E 2p 2s s px py pz 1s 15 Estado Excitado Estado Excitado 16 Carbono sp3 E s Ligação sp3 sp3 sp3 σ H sp3 sp3 sp3 sp3 C H H s s sp3 17 Estado Híbrido 18 H s Carbono sp3 3 H Metano 4 ligações simples C H H H Carbono sp3 19 C Carbono sp3 20 4 ligações σ. Ângulo entre as ligações Aqui σ: σ: s-sp3 s-sp3 σ: C s-sp3 109º28’ σ: s-sp3 σ: s-sp3 Carbono sp3 21 Forma espacial tetraédrica Carbono sp3 22 Forma espacial tetraédrica C 23 C C Carbono sp3 24 Carbono sp3 4 Carbono no estado excitado H Metano E σ: s-sp3 109º28’ C H H H σ: s-sp3 σ: s-sp3 25 s px py pz σ: s-sp3 Carbono sp3 Estado Excitado 26 Carbono sp2 pz E sp2 sp2 sp2 pz sH sp2 sp2 sH 29 pz Estado Híbrido 27 π sp2 Carbono sp2 28 Eteno ou etileno H Hs sp2 C σ sp2 sp2 pz sp2 C sp2 C sp2 H Hs Carbono sp2 H 30 C H Carbono sp2 5 1 ligação π 3 ligações σ 1 ligação dupla σ: s-sp2 2 ligações simples C C π: p-p σ: sp2-sp2 σ: s-sp2 Carbono sp2 31 Ângulo entre as ligações Carbono sp2 32 Forma espacial trigonal planar 120º 120º C C 120º Carbono sp2 33 Carbono no estado excitado Carbono sp E E s 35 Carbono sp2 34 px Estado Excitado py pz sp 36 sp py pz Estado Híbrido 6 py py pz sp π sp H s Carbono sp 37 π py pz sp sp C sp sp σ C Hs Carbono sp 38 1 ligação tripla Etino ou acetileno H pz C C C H 1 ligação simples Carbono sp 39 2 ligações π σ: s-sp C Carbono sp 40 Ângulo entre as ligações π: p-p π: p-p σ: sp-sp C 180º 2 ligações σ 41 Carbono sp 42 Carbono sp 7 Forma espacial linear Existe outra possibilidade para o Carbono sp: Tomemos por exemplo o O: Z = 8 1s2 2s2 2p4 C 1s2 2s2 px py pz 2p4 Carbono sp 43 π py pz O σ py π pz sp sp σ C pz C O C Carbono sp 46 Ângulo entre as ligações 2 ligações π π: p-p σ: p-sp 2 ligações duplas py Carbono sp 45 Carbono sp 44 π: p-p σ: p-sp C 180º 2 ligações σ 47 Carbono sp 48 Carbono sp 8 O CARBONO FORMA CADEIAS Forma espacial linear Os átomos de carbono são capazes de se ligarem entre si, através de ligações sucessivas formando, desde cadeias pequenas e lineares até cadeias muito longas contendo muitas ramificações. C C C C C C C C C C C C Carbono sp 49 CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS Os carbonos podem ser classificados de acordo como o nº de carbonos a que estão ligados, podendo ser: 50 Está ligado a no máximo 1 outro átomo de C. H H C P H H metano P H2C P P CH2 H3C eteno ou etileno O P C OH ácido etanóico ou ácido acétíco 52 Carbono Secundário (S) Carbono Terciário (T) Está ligado a 2 outros átomos de C. P H3C S CH2 P CH3 propano P H3C S CH OH H3CP 53 C Carbono Primário (P) • Carbono Primário (P); • Carbono Secundário (S); • Carbono Terciário (T); • Carbono Quaternário(Q). 51 C C Está ligado a 3 outros átomos de C. P S S P H2C C CH CH2 P CH3 Cl 2-cloro-1,3-butadieno ou 2-cloro-but-1,3-dieno ou cloropreno ou neopreno P CH P H3C T CH3 2-metilpropano ou isobutano 2-propanol ou propan-2-ol álcool isopropílico P T S P H2C C CH CH2 P CH3 2-metil-1,3-butadieno ou 2-metil-but-1,3-dieno ou isopreno 54 9 Simplificação das Fórmulas Estruturais Carbono Quaternário (Q) Está ligado a 4 outros átomos de C. As fórmulas estruturais podem ser escritas de muitas maneiras, algumas não levam em consideração a geometria da molécula, outras, tentam refletir a geometria das várias ligações entre os átomos que compõem a molécula. P CH3 P H3C C Q P CH3 CH3 P 2,2-dimetilpropano 55 56 Butano - C4H10 H H H H H H C C C H C H H H H H H H3C CH2 CH2 C H CH3 C H C H H C H Ciclobutano - C4H8 H H CH3CH2CH2CH3 H3C CH2 CH2 CH3 CH2 H2C CH2 Cl CH2 CH2 Cl 58 Etóxi-etano - C4H10O CH2 O CH2 Piridina - C5H5N Tetraciclina - C22H24N2O8 N OH CH3 OH N NH2 O OH 59 CH3 CH3(CH2) 2CH3 57 CH3 H2C 1-cloropropano - C3H7Cl O OH OH O O 60 10 CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS - Acíclicas ou Abertas Acíclicas Saturadas ou Insaturadas - Cíclicas ou Fechadas 61 Normais ou Ramificadas 62 Cíclicas Heteroátomo: átomo diferente de carbono Alicíclicas que está ligado a pelo menos dois átomos de carbono, ou seja, aquele átomo que está no meio da cadeia carbônica. Ex.: Aromáticas Mononucleares Saturadas ou Insaturadas H3C Normais ou Ramificadas Núcleos Condensados Homocíclicas ou Heterocíclicas O CH2 CH3 H2C H2C S CH2 CH2 Cl Cl Iperita ou “gás mostarda” O H3C C Núcleos Isolados 63 CH2 etóxi-etano ou éter etílico Polinucleares N CH3 N,N-dimetiletanamida H3C 64 Núcleo Aromático: o núcleo aromático Cadeias Saturadas: mais comum possui uma cadeia cíclica, contendo 6 C ligados entre si por ligações duplas e simples alternadas. Possuem apenas ligações σ (ligações simples) ENTRE CARBONOS. C C C C C C C C C C Exemplos C C pentano 65 Homogêneas ou Heterogêneas ciclopentano 66 11 Cadeias Insaturadas: Cadeias Normais: Possuem pelo menos 1 ligação π (ligações duplas e/ou triplas) ENTRE CARBONOS. Possuem apenas CARBONOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS. Exemplos Exemplos 2-buteno ou but-2-eno ciclobuteno pentano 67 ciclopentano 68 Cadeias Ramificadas: Cadeias Homogêneas ou Homocíclicas: Possuem pelo menos 1 CARBONO TERCIÁRIO OU QUATERNÁRIO . NÃO há a presença de HETEROÁTOMO. Exemplos Exemplos 2-buteno ou but-2-eno 3-metilpentano ciclobuteno metilciclopentano 69 70 Cadeias Heterogêneas ou Heterocíclicas: Cadeias Cíclicas Aromáticas Mononucleares: EXISTE a presença de HETEROÁTOMO. APRESENTAM apenas UM NÚCLEO AROMÁTICO. Exemplos Exemplo O etóxi-etano ou éter etílico 71 NH2 O tetraidrofurano ou THF aminobenzeno ou anilina 72 12 Cadeias Cíclicas Aromáticas Polinucleares: APRESENTAM MAIS de um NÚCLEO AROMÁTICO. Cadeias Cíclicas Aromáticas Polinucleares de Núcleos Isolados: NÃO APRESENTAM CARBONOS COMUNS entre os núcleos aromáticos. Exemplos O Exemplo O difenilcetona ou benzofenona difenilcetona ou benzofenona naftaleno 73 74 Cadeias Cíclicas Aromáticas Polinucleares de Núcleos Condensados: APRESENTAM pelo menos 2 CARBONOS COMUNS entre os núcleos aromáticos. Exemplos: pentano Cadeia acíclica, saturada, normal e homogênea Exemplo ciclobuteno naftaleno Cadeia cíclica, alicíclica, insaturada, normal e homocíclica 75 76 NH2 CLASSIFICAÇÃO DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS aminobenzeno ou anilina Compostos Aromáticos possuem cadeia aromática Cadeia cíclica, aromática, mononuclear Compostos Heterocíclicos possuem cadeia heterocíclicas naftaleno Compostos Alifáticos Os demais compostos, que não se encaixam nas categorias anteriores Cadeia cíclica, aromática, polinuclear de núcleos condensados 77 78 13 NOMENCLATURA OFICIAL DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) 79 Os nomes eram arbitrários, levavam em consideração a origem ou característica do composto. Ex: HCOOH foi chamado ácido fórmico, pois era encontrado em certas formigas; O número de compostos orgânicos aumentou consideravelmente; A sistematização da nomenclatura tornou-se inevitável; 80 Em 1892 no Congresso Internacional de Genebra, os químicos deram início à nomenclatura oficial IUPAC; Tais regras atingem um número limitado de compostos orgânicos (aproximadamente 1 milhão de compostos), por isso, ainda persistem até hoje outros tipos de nomenclatura; 81 Dois aspectos foram levados em consideração 1 - Cada composto deve ter um nome diferente; 2 - O nome deve indicar a fórmula estrutural do composto. Começaremos pelos compostos de cadeias normais, em seguida passaremos aos de cadeias ramificadas. 82 Compostos Orgânicos de Cadeia Normal O nome do composto é dividido em três partes: PREFIXO 83 INFIXO SUFIXO PREFIXO Indica o NÚMERO DE ÁTOMOS DE CARBONO presentes na cadeia principal. 84 14 Nº de átomos de Carbono Prefixo *1 MET *2 ET * 10 DEC *3 PROP * 11 UNDEC *4 BUT * 12 DODEC *5 PENT 13 TRIDEC *6 HEX 14 TETRADEC 85 HEPT *8 OCT *9 NON 86 15 PENTADEC 16 HEXADEC 17 HEPTADEC 18 OCTADEC 19 NONADEC 20 EICOS 21 HENEICOS 22 DOEICOS INFIXO Indica o TIPO DE LIGAÇÃO entre os carbonos. 87 89 *7 88 Cadeia carbônica Infixo Só ligações simples entre carbonos an Uma ligação dupla entre carbonos en Duas ligações duplas entre carbonos dien Três ligações duplas entre carbonos trien Uma ligação tripla entre carbonos in Duas ligações triplas entre carbonos diin Três ligações triplas entre carbonos triin Uma dupla e uma tripla entre carbonos enin SUFIXO Indica o GRUPO FUNCIONAL a que pertence o composto orgânico. 90 15 GRUPOS FUNCIONAIS Grupo Funcional Hidrocarbonetos: É um grupamento de átomos, ligados de forma determinada, cuja presença fará com que compostos orgânicos diferentes possuam comportamento químico semelhante. 91 Alcanos; Alcenos; Dienos; Alcinos; Cicloalcanos; Cicloalcenos; Aromáticos. 92 Fenóis; Enóis; Álcoois; Éteres; Aldeídos; Cetonas; Ácidos Carboxílicos; Sais de Ácidos Carboxílicos; Ésteres; Haletos de Ácidos; Anidridos; Haletos Orgânicos; Compostos de Grignard; Ácidos Sulfônicos; Funções Tio; Aminas; Amidas; Nitrilas; etc. ALCANOS Cadeia aberta e somente LIGAÇÕES SIMPLES entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n + 2 C prefixo + an + o 93 94 Exemplos: H ALCENOS butano C H H H Cadeia aberta e 1 ÚNICA LIGAÇÃO DUPLA entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n C C metano hexano 95 prefixo + en + o 96 16 Exemplos: ALCINOS H Cadeia aberta e 1 ÚNICA LIGAÇÃO TRIPLA entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n - 2 H C C H C H eteno “etileno” propeno “propileno” C prefixo + in + o 97 98 Exemplos: H DIENOS C C Cadeia aberta e 2 LIGAÇÕES DUPLAS entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n - 2 H etino “acetileno” prefixo + dien + o propino Os dienos podem se subdividir em dienos acumulados, dienos isolados e dienos conjugados. 99 100 C C C C C dieno conjugado C 101 C C C C C Exemplos: C propadieno dieno isolado 1,3-butadieno ou but-1,3-dieno dieno acumulado 1,4-pentadieno ou pent-1,4-dieno 102 17 CICLO ALCANOS Exemplos: Cadeia fechada e somente LIGAÇÕES SIMPLES entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n ciclobutano ciclopropano C C C 103 ciclo-hexano ciclopentano ciclo + prefixo + an + o 104 CICLO ALCENOS Exemplos: Cadeia fechada e 1 ÚNICA LIGAÇÃO DUPLA entre carbonos. Fórmula geral: CnH2n - 2 ciclobuteno ciclopropeno C C C 105 ciclo-hexeno ciclopenteno ciclo + prefixo + en + o 106 AROMÁTICOS Possuem pelo menos um NÚCLEO AROMÁTICO. Exemplos: benzeno 107 antraceno naftaleno naftaceno pentaceno 108 18 fenantreno Benzo[a]pireno 109 coroneno 110 OH FENOL Possui pelo menos um grupo hidroxila (-OH) ligado diretamente a um C aromático. OH OH hidroxibenzeno “fenol” α-hidroxinaftaleno α-naftol OH hidróxi + nome do aromático 111 β-hidroxinaftaleno β-naftol 112 ÁLCOOL OH Possui pelo menos um grupo hidroxila (-OH) ligado a um C alifático. Etanol “álcool etílico” OH Etenol “álcool vinílico” OH OH C prefixo + infixo + ol 113 ciclobutanol “álcool ciclobutílico” OH ciclopentanol “álcool ciclopentílico” 114 19 ÉTER O Possui o oxigênio como heteroátomo, ou seja, entre dois carbonos C 115 O metoxi-etano “éter metil-etílico” C Cadeia menor Cadeia maior prefixo + oxi - prefixo + infixo + sufixo 116 O metóxi-benzeno “éter metil-fenílico ou anisol” ALDEÍDO O Possui o grupo carbonila (C=O) na extremidade da cadeia carbônica, ligado a hidrogênio. propanal O O C butanal H prefixo + infixo + al 117 118 CETONA O Possui o grupo carbonila (C=O) no interior da cadeia, ou seja, entre dois carbonos. O propanona “acetona ou dimetil-cetona” C C O C butanona “metil-etil-cetona prefixo + infixo + ona 119 120 20 O ÁCIDO CARBOXÍLICO C H OH ácido metanóico “ácido fórmico” Possui o grupo carboxila (-COOH) que é constituído de um grupo carbonila ligado a uma hidroxila. O C O OH Ácido prefixo + infixo + óico 121 122 OH ácido etanóico “ácido acético” O SAL DE ÁCIDO CARBOXÍLICO H Derivado do ácido carboxílico, onde o H do grupo -OH, foi substituído por um cátion. O C + O - O - + OK 123 124 etanoato de potássio “acetato de potássio” O ÉSTER O Derivado de ácido carboxílico, onde o grupo -OH foi substituído por um grupo -O-C. O O - O Na metanoato de sódio “formiato de sódio” prefixo + infixo + oato de (nome do cátion) C C etanoato de etila “acetato de etila” O C O prefixo + infixo + oato 125 de prefixo + ila 126 butanoato de etila “butirato de etila” 21 HALETO DE ÁCIDO O Derivado de ácido carboxílico, onde o grupo -OH foi substituído por um halogênio. O H Cl cloreto de metanoíla “cloreto de formila” C X O X = Cl ou Br Br Haleto de prefixo + infixo + oíla 127 Brometo de propanoíla 128 O ANIDRIDO O anidrido etanóico “anidrido acético” Obtido pela desidratação de duas moléculas de ácido carboxílico, e conseqüente união entre eles. O O O O anidrido Nome do primeiro ácido prefixo + infixo + óico O O anidrido etanóico propanóico Nome do segundo ácido prefixo + infixo + óico 129 130 Cl HALETO ORGÂNICO Derivado de hidrocarboneto pela substituição de um ou mais H por halogênios. X Cloro-etano C Br Br X = F, Cl, Br, I Nome do halogênio + nome da cadeia carbônica Nome do halogênio prefixo + infixo + o 131 O 1,1-dibromo-etano F Flúor-ciclopentano I Iodo-benzeno 132 22 Aminas Derivados teoricamente do NH3, pela substituição dos hidrogênios por cadeias carbônicas. C C H N N C H Amina primária prefixo + il (para tantos quantos forem os radicais ligados ao N) + amina H Amina secundária N C N H etilamina C H N C Amina terciária 133 H etilmetilamina N N etilmetilpropilamina H dimetilamina 134 N-prefixo + il (para todos os radicais ligados ao N) prefixo + infixo + amida Amidas Derivados dos ácidos carboxílicos pela substituição do grupo OH por um grupo N-. O O C C NH2 N C C N NH2 Amida N,N-dissubstituída 135 N H O C N-etil-etanamida N C Amida N-monossubstituída O etanamida O H Amida simples O O N-etil-N-metil-etanamida 136 N N,N-dimetil-etanamida Nitrila H3C Derivado do HCN pela substituição do H por uma cadeia carbônica. C C N ou C CN etanonitrila CN propanonitrila CN CN prefixo + infixo + o + nitrila 137 butanonitrila 138 23 Nitrocomposto H3C Apresenta o grupo nitro (-NO2) ligado a uma cadeia carbônica. nitrometano 139 NO2 nitroetano NO2 C NO2 Nitro + nome da cadeia carbônica Nitro + prefixo + infixo + o NO2 NO2 nitrociclopentano nitrobenzeno 140 Ácido sulfônico Apresenta o grupo sulfônico (-SO3H) ligado a uma cadeia carbônica. H3C SO3H SO3H ácido metano-sulfônico ácido etano-sulfônico SO3H C SO3H SO3H ácido ciclopentano-sulfônico ácido benzeno-sulfônico Ácido + prefixo + infixo + o + sulfônico 141 142 Composto de Grignard MgBr Derivado do MgX2 pela substituição de um halogênio por uma cadeia carbônica. Brometo de butil magnésio C MgX MgCl nome do haleto de + prefixo + il + magnésio 143 Cloreto de ciclopentil magnésio 144 24 Tio álcool Derivado de álcool pela substituição do O pelo S. C SH SH metanotiol etanotiol H3C SH SH ciclo-hexanotiol prefixo + infixo + o + tiol 145 146 Tio éter S Derivado de éter pela substituição do O pelo S. C S metil - tio - metano C Cadeia menor Cadeia maior prefixo + il - tio - prefixo + infixo + o 147 S metil - tio - etano 148 Localização do grupo funcional e das insaturações Sempre que houver mais de uma possibilidade para a localização do grupo funcional e/ou insaturações, será necessário numerar os carbonos da cadeia para indicar a posição exata do grupo funcional e/ou insaturações. As seguintes regras básicas são recomendadas pela IUPAC: 149 A) Devemos numerar a partir da extremidade mais próxima da “característica” do composto 150 25 B) Devemos entender por “característica” um grupo funcional ou uma insaturação, nessa ordem de importância. 151 C) A numeração deve seguir a regra dos menores números. 152 D) A IUPAC recomenda a seguinte padronização na maneira de escrever esses números: • escrever o preferencialmente antes daquilo que ele indica; • separar nos entre si por vírgulas e nos de palavras por hífens. Exercícios: 1) Dê o nome para os seguintes compostos; a) b) c) OH no 153 d) e) f) OH OH OH 154 g) h) i) O m) O OH n) O O OH j) k) O 155 o) l) O O p) O OH HO O OH O - OK + O 156 26 O q) r) O O t) s) O Cl O Cl O Br F SO 3H I z) w) aa) S Br SO 3H 157 SH 158 ab) ac) ah) ad) ae) N N af) O ag) O NO2 aj) NO2 NO2 ak) NO2 O O NH2 ai) N H NH2 N al) CN N H 159 NO 2 160 Compostos de Cadeia Ramificada CADEIA PRINCIPAL Em compostos de cadeia ramificada, as ramificações são consideradas como RADICAIS, e deve-se escolher uma CADEIA PRINCIPAL de acordo com os seguintes critérios: 161 y) MgCl O u) O x) O Cl O v) 1) A cadeia principal deve possuir: a) o grupo funcional; b) o maior no de insaturações; c) a sequência mais longa de átomos de carbono; d) se houver duas ou mais possibilidades na escolha da cadeia principal com o mesmo no de C, deve-se escolher aquela com o maior número de radicais (ramificações); 162 27 e) quando a cadeia é mista, consideramos PREFERENCIALMENTE, como principal a alicíclica ou aromática. Classificação e Nomenclatura dos Radicais Radicais derivados de hidrocarbonetos 2) Radicais: a) da presença ou não de insaturação; b) do tipo de carbono por onde o radical se liga à cadeia principal. Para radicais saturados: Uma vez escolhida a cadeia principal, as demais cadeias secundárias (ramificações) serão consideradas radicais. O nome da cadeia principal é dado de modo idêntico ao dos compostos de cadeia normal e deve ser precedido pelo nome dos radicais. O nome do radical vai depender: PREFIXO + IL (ou ILA) 163 164 Radicais alquila: são radicais monovalentes e saturados, derivados dos alcanos. Algumas variações para o 2-metilbutano 1 carbono 3 2 1 2 3 4 4 3 1 2 1 4 CH3 4 metil ou metila Ex..: 2-metilbutano 165 166 Radicais alquila Ex.: 3-etilpentano CH3 CH2 etil ou etila 3 2 1 2 1 Radicais alquila 3 carbonos 2 carbonos 167 4 3 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 n-propil isopropil i-propil 168 28 Radicais alquila 4 carbonos Ex.: isopropilbenzeno Ex.: n-propilbenzeno n-butil sec-butil ou s-butil isobutil ou i-butil 169 terc-butil ou t-butil 170 Radicais alquila 5 carbonos Radicais alquenila: são radicais monovalentes derivados dos alcenos. 2 carbonos n-pentil isoamil etenil ou vinil neo-pentil sec-amil 171 t-pentil 172 Radicais alquenila Radicais alquinila: são radicais monovalentes derivados dos alcinos. 3 carbonos alil propenil 2 carbonos isopropenil etinil 173 174 29 Radicais alquinila Radicais cíclicos: são radicais monovalentes, derivados de cadeias cíclicas. 3 carbonos ciclopropil propinil ciclobutil propargil 175 176 fenil benzil α ciclopentil Ciclo-hexil β β α 177 178 Radicais derivados funcionais de outros α grupos β β β β α α-naftil HO carboxil(a) 179 O OH hidroxil ou hidróxi H formil(a) ou metanoil(a) α α α β β β-naftil O O O α acetil(a) ou etanoil(a) metóxi O etóxi 180 30 NO2 nitro Os prefixos ORTO, META e PARA são usados para indicar posições relativas de dois ou mais substituintes ligados ao núcleo aromático: CN ciano R R' O NH2 R R R' R' amino fenóxi 181 posição 1,2 orto ou o182 posição 1,3 meta ou m- posição 1,4 para ou p- No caso de funções mistas, é necessário considerar uma das funções como principal e as demais como radicais. A IUPAC recomenda a seguinte ordem de importância na escolha da função principal: Localização dos Radicais na Cadeia Principal: é dada pela numeração dos carbonos da cadeia principal segundo as regras já mencionadas: ácido carboxílico > aldeído (aldo) > a) iniciar pela extremidade mais próxima da característica mais importante do composto: cetona (ceto ou oxo) > álcool (hidróxi) > amina (amino) > haletos (nome do halogênio) 183 grupo funcional > insaturação > radical b) a numeração deve seguir a regra dos menores números possíveis; 184 c) se ainda restar mais de uma possibilidade, iniciar a numeração pela extremidade mais próxima do radical mais simples. f) os radicais podem ser mencionados em ordem de complexidade, ou ainda em ordem alfabética (preferível). d) em caso de dois ou mais radicais iguais na mesma cadeia, usar os prefixos di (dois), tri (três), tetra (quatro), penta (cinco), etc. Resumindo, temos: e) o nome do último radical deve vir ligado ao nome da cadeia principal, exceto nos casos em que o nome da cadeia principal começar pela letra h que deve vir precedido de hífen. 1) determinar a cadeia principal e seu nome; 185 Para dar o nome a um composto com cadeia ramificada seguimos os seguintes passos: 2) numerar os carbonos da cadeia principal; 3) identificar os radicais e sua localização. 186 31