módulo introdutório - BVS MS

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MÓDULO INTRODUTÓRIO
Educação Profissional Básica para
Agentes Indígenas de Saúde
Módulo Introdutório
Brasília, 2005
Copyright © 2005
Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
Ministério da Saúde
Editor:
Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde/Ascom/Funasa
Núcleo de Editoração e Mídias de Rede
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, Sala 511
70.070-040 – Brasília/DF
Distribuição e Informação:
Departamento de Saúde Indígena
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N,
Telefones: 0xx (61) 3314-6527/3314-6340
70.070-040 - Brasília/DF.
Tiragem:
5.000 exemplares
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
Brasil. Fundação Nacional de Saúde.
Formação inicial para agentes indígenas de saúde: módulo introdutório /
Fundação Nacional de Saúde. - Brasília : Fundação Nacional de Saúde, 2005.
50 p.
1. Saúde dos Povos Indígenas. 2. Capacitação em serviço. 3. Serviços
comunitários de saúde. I. Título.
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Apresentação
O programa de Formação inicial ora apresentado tem como objetivo valorizar,
fortalecer e qualificar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos Agentes Indígenas
de Saúde (AIS) em todo o Brasil e propiciar àqueles que estão sendo contratados, novas
bases para seu processo de formação e inserção na equipe de saúde que atua nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei).
A estrutura curricular está organizada em módulos temáticos, sob os princípios da
interdisciplinaridade e intersetorialidade, enfocando a promoção da saúde e prevenção
das doenças e agravos de maior impacto epidemiológico entre os povos indígenas.
Recomenda-se que o Módulo Introdutório, com 120 horas de concentração e 60 horas
de dispersão seja o primeiro a ser aplicado, por introduzir o contexto das relações interculturais e suas implicações no processo saúde-doença e na mudança do perfil de
morbimortalidade e a organização dos DSEI. O critério epidemiológico indica a escolha
dos módulos subseqüentes. As competências e habilidades previstas no processo de
formação serão desenvolvidas ao longo destes seis módulos.
O conceito de competência e habilidades que sustenta esta organização curricular é
baseado em Zarifian (1999) que conceitua competência profissional como capacidade de
enfrentar situações e acontecimentos próprios de um campo profissional, com iniciativa
e responsabilidade, segundo uma inteligência prática sobre o que está ocorrendo e com
capacidade de coordenar-se com outros atores na mobilização de suas capacidades.
Este conceito de competência está baseado na visão do trabalho como conjunto
de acontecimentos, com forte dose de imprevisibilidade e baixa margem de prescrição,
contrariamente ao que propõem os estudos clássicos sobre a organização e gestão do
trabalho, identificados com o fordismo, o taylorismo ou o fayolismo. Tal acepção, por
sua vez, implica a reconceitualização da qualificação profissional, que deixa de ser a
disponibilidade de um “estoque de saberes”, para se transformar em “capacidade de
ação diante de acontecimentos” (Zarifian, 1999).
Esta concepção de competência inclui uma série de sentidos, cujas definições
também podem ser explicitadas:
• iniciativa: capacidade de iniciar uma ação por contra própria;
• responsabilidade: capacidade de responder pelas ações sob sua própria iniciativa
e sob iniciativa de pessoas envolvidas nestas ações;
• autonomia: capacidade de aprender, formular, argumentar, defender, criticar,
concluir e antecipar, mesmo quando não se tem poder para, sozinho, mudar
uma realidade ou normas já estabelecidas. Pressupõe que a organização do
trabalho admita que as ações profissionais transcendem as prescrições; porém,
não é sinônimo de independência e sim de interdependência, entendida como
responsabilidade e reciprocidade;
• inteligência prática: capacidade de articular e mobilizar conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores, colocando-os em ação para enfrentar situações
do processo de trabalho. Envolve tanto a dimensão cognitiva (saber), como a
compreensiva (relacionar o conhecimento com o contexto), por isso, utilizam-se
os termos articular e mobilizar ao invés de aplicar;
• coordenar-se com outros atores: capacidade e disponibilidade de estabelecer
movimentos de solidariedade e de compartilhamento de situações e acontecimentos
do trabalho, assumindo co-responsabilidade e fazendo apelo ético às competências
dos outros;
• situações e acontecimentos próprios de um campo profissional: conjunto de eventos
que demandam responsabilidade de trabalho e as maneiras singulares de aprender
cada situação, de se situar em relação a elas e de determinar suas conseqüentes
ações, nesse sentido, ultrapasse-se a noção de recursos humanos e de postos
normativos de trabalho.
Assim, competência profissional inclui capacidades, atividades e contextos, tratando
da combinação de conhecimentos, destrezas, experiências e qualidades pessoais usadas
efetiva e apropriadamente em atos individuais e coletivos, como resposta às várias circunstâncias relativas à prática profissional.
As seqüências de atividades pedagógicas que integram os módulos estão organizadas
nos seguintes eixos temáticos:
• Percebendo nossa realidade – oportuniza a representação, pelos AIS, da realidade
de suas aldeias nos aspectos ambientais, culturais, históricos, sociais e epidemiológicos,
por meio da identificação dos problemas que afetam diretamente a qualidade de vida e a
saúde da comunidade.
• Entendendo o processo saúde-doença, promovendo a saúde e intervindo neste
processo, propiciam a análise dos problemas calcada em referencial teórico num contexto
intercultural, na perspectiva da promoção à saúde, prevenção das doenças e controle dos
agravos.
• Conhecendo e organizando o serviço de saúde – subsidia a elaboração, pelos
próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando para a solução
dos problemas, considerando o processo de trabalho em equipe.
A metodologia proposta está fundamentada na pedagogia problematizadora, inserindo-se no campo de uma educação crítica. Tem por princípio a integração teoria-prática,
a integração ensino-serviço-comunidade, a construção coletiva do conhecimento a partir
do referencial cultural dos próprios agentes e a relação indissociável entre o processo de
formação e a organização dos serviços. Essa proposta educativa insere-se no processo de
construção dos distritos sanitários, apoiando sua implantação a partir da oferta de ações
de saúde mais qualificadas, desenvolvidas pelos AIS.
As experiências vivenciadas pelos AIS e resgatadas no processo pedagógico estimulam a relação e interação entre as diferentes concepções culturais acerca dos agravos e
doenças, suas causas, formas de abordagem terapêutica e medidas de prevenção e controle, valorizando e preservando o conhecimento dos povos indígenas acumulados durante
gerações.
A avaliação da aprendizagem é feita durante todo o processo de concentração e dispersão, na perspectiva diagnóstica e qualitativa, dos conhecimentos, habilidades e atitudes
que compõem as competências esperadas. Para isso, são utilizados instrumentos próprios
e todo o material produzido pelos AIS durante o processo.
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Fundação Nacional de Saúde
A presente proposta curricular, implantada a partir de 1999, está sendo avaliada por especialistas, com vistas a sua reformulação em consonância com a Política de Atenção Básica
aos Povos Indígenas, para que efetivamente possa se constituir em um dos pilares desse
modelo de atenção. Pretende-se com isto uma nova orientação ao processo de formação
dos AIS, na perspectiva de fortalecimento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
Alexandre Rocha Santos Padilha
Diretor do Departamento de Saúde Indígena
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
5
Sumário
Apresentação
I
- Introdução .......................................................................................................9
II
- Educação permanente .....................................................................................9
III
- Certificação .....................................................................................................10
IV - Perfil e seleção do agente indígena de saúde ...................................................10
V
- Número de agentes na comunidade ................................................................11
VI - Competências e habilidades dos agentes indígenas de saúde ..........................11
VII - Perfil dos instrutores-supervisores ....................................................................14
VIII - Proposta modular ............................................................................................18
IX
- Modulo introdutório ........................................................................................19
X
- Seqüências de atividades .................................................................................20
- Percebendo nossa realidade .........................................................................20
- Entendendo o processo saúde-doença ..........................................................21
- Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doença ......................22
- Conhecendo e organizando o serviço de saúde ............................................27
- Dispersão ......................................................................................................30
XI
- Carga horária ...................................................................................................31
XII - Anexo ..............................................................................................................32
XIII - Fichas de avaliação .........................................................................................34
XIV - Referências bibliográficas ................................................................................49
I - Introdução
A maior parte dos povos indígenas no Brasil vive distante dos centros urbanos
onde o acesso aos serviços de saúde é prejudicado pela precariedade da rede, pelos
aspectos logísticos e operacionais e particularidades socioculturais. As doenças infecciosas e parasitárias constituem os agravos observados com maior freqüência, sendo
que as doenças diarréicas e as respiratórias são responsáveis pela maioria das mortes
registradas, revelando a baixa resolutividade da assistência.
A demanda pela formação de agentes indígenas de saúde por parte das comunidades
indígenas tem se intensificado nos últimos anos, não só para garantir atenção primária
à saúde, como também para buscar novos elementos que favoreçam a comunicação
entre a população indígena e o Sistema Único de Saúde.
A atuação dos agentes indígenas de saúde tem proporcionado um acúmulo de
discussões, experiências e propostas por parte de profissionais de saúde, instituições de
ensino, organizações não-governamentais e pelos próprios agentes de saúde e organizações indígenas. O Relatório Final da II Conferência Nacional para os Povos Indígenas
realizada em 1993, baseando-se nessas experiências, propõe os princípios e diretrizes
para a capacitação dos agentes indígenas de saúde. Essa discussão foi ampliada em uma
série de oficinas de trabalho específicas, ocorridas em 1996 e consolidadas no documento Formação de Agentes Indígenas de Saúde Propostas e Diretrizes (MS/FNS/Cosai*
julho 1996).
A capacitação dos agentes de saúde vem sendo realizada por diversas instituições e
é bastante heterogênea quanto aos objetivos, metodologia e aos mecanismos de avaliação. Tem como característica a predominância de cursos teóricos com duração variável,
geralmente com grandes períodos de espaçamento entre eles. Os assuntos abordados,
embora muitas vezes pertinentes à situação local, geralmente não estão ordenados de
modo a favorecer uma formação de complexidade crescente.
Nesse contexto, a proposta aqui apresentada está inserida no processo de construção
dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas e tem como objetivo normalizar as ações
concernentes à sua capacitação e inserção institucional, contemplando a discussão
com as comunidades sobre o papel do agente, sua seleção, capacitação e educação
continuada, acompanhamento, avaliação e institucionalização do programa.
II - Educação permanente
O processo de formação de recursos humanos indígenas e não indígenas deverá
ser articulado em todas as esferas e integrado aos programas de educação indígena, de
meio ambiente e de atividades produtivas locais, priorizando a educação continuada e
a visão holística dos fatores determinantes do processo saúde-doença.
O conteúdo dos cursos de capacitação deverá integrar as áreas técnica, pedagógica
e política, no sentido de valorizar um processo de aprendizado mais amplo, respeitando
a cultura dos diferentes povos indígenas e as diferentes realidades epidemiológicas,
* Desai, a partir de 2000.
integrando as áreas de antropologia, ética, habilidades de leitura, escrita e operações
matemáticas. Deverá ser estruturado de maneira a abordar um núcleo comum, pertinente
à situação de saúde da maioria dos povos indígenas e um núcleo específico, a ser trabalhado
de acordo com as especificidades de cada distrito.
III - Certificação
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei nº 9.394/1996) traz um
novo enfoque de formação para o trabalho, sustentado num conceito político-educacional
abrangente, visando a integrar gradual e continuamente, conhecimentos gerais e específicos, habilidades teóricas e práticas, hábitos, atitudes e valores éticos que possibilitem aos
indivíduos o exercício eficiente do seu trabalho, a participação ativa, consciente e crítica
no mundo do trabalho e na esfera social, além da sua auto-realização.
A proposta de formação dos Agentes Indígenas de Saúde já foi elaborada dentro dos
marcos preconizados pela nova Lei, ou seja, o ensino direcionado para a construção de
competências/habilidades.
A Educação Profissional na LDB poderá ser desenvolvida em três graus: formação
inicial, técnico de nível médio e tecnológico. A formação inicial poderá ser oferecida a
qualquer cidadão, independente do seu grau de escolaridade; o grau técnico àqueles que
estão cursando o ensino médio ou já o concluíram e o grau tecnológico, aos que já terminaram o ensino médio e desejam ingressar no ensino superior tecnológico. (Decreto nº
5.154/2004).
Pela heterogeneidade, principalmente no que diz respeito à escolaridade dos candidatos à formação de agentes indígenas de saúde, será oferecida a formação inicial, com
possibilidade de aproveitamento de estudos e progressão ao nível técnico. Para tanto, os
cursos deverão ser oferecidos por meio das instituições autorizadas pelo Conselho Estadual
de Educação do respectivo Estado, prioritariamente as escolas técnicas do SUS.
A Fundação Nacional de Saúde já vem estabelecendo um trabalho de parceria com as
escolas técnicas de saúde/centros formadores de recursos humanos da rede do SUS, vinculadas e mantidas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, para o desenvolvimento
de ações de capacitação de pessoal na área da vigilância em saúde e dos próprios AIS.
IV - Perfil e seleção do agente indígena de saúde
O agente indígena de saúde será formado para participar da atenção à saúde de todos
os membros de sua comunidade e das localidades de sua área de abrangência, devendo
desenvolver prioritariamente ações de vigilância em saúde, prevenção e controle das doenças e agravos, por meio de visitas domiciliares, atividades educativas individuais, familiares
e coletivas e ações de atenção primária à saúde, sob a supervisão e acompanhamento de
profissionais de saúde capacitados para exercerem essa função (instrutores/supervisores),
lotados nas equipes de saúde dos distritos sanitários.
A escolha do agente indígena de saúde se dará por meio de processo seletivo dentro
das comunidades previamente esclarecidas sobre seu papel, com assessoria dos Conselhos
Distritais de Saúde.
10
Fundação Nacional de Saúde
Aos agentes indígenas de saúde deve ser garantida a certificação das competências
e habilidades adquiridas durante a formação, permitindo prosseguimento de itinerários
educativos, conforme interesse de cada aluno ou conforme demanda do Dsei.
Requisitos para ser um agente indígena de saúde:
• ser indicado pela comunidade;
• residir na área de atuação;
• pertencer à sociedade junto a qual vai atuar, preferencialmente;
• não ter outro vínculo empregatício;
• ter um bom relacionamento com a comunidade;
• ter idade, preferencialmente, acima de 18 anos;
• ser alfabetizado, preferencialmente;
• manifestar interesse, aptidão e responsabilidade para o trabalho de saúde.
A substituição de um agente pode acontecer quando ele:
• deixar de residir na sua área de atuação;
• assumir outra atividade que comprometa o desempenho de suas funções;
• gerar conflitos ou rejeição junto à sua comunidade;
• não cumprir os compromissos e atribuições assumidas;
• por motivos particulares, pedir seu afastamento.
Esses casos devem ser discutidos junto às comunidades, conselhos locais e distritais
de saúde e às equipes técnicas dos distritos.
V - Número de agentes na comunidade
O número de agentes de saúde a serem formados em cada distrito será baseado na
proporção de um agente para cerca de 100 habitantes/aldeia na região da Amazônia Legal
e Centro-Oeste e 1/300 habitantes/aldeia nas regiões Sudeste e Nordeste. Entretanto, devem
ser considerados critérios populacionais, geográficos, étnicos, culturais, de acesso e de
otimização dos serviços a serem prestados nos distritos sanitários. Caberá aos conselhos
distritais definir as adequações necessárias relativas ao seu número.
VI - Competências e habilidades dos agentes indígenas de saúde
1. Competência I
Elaborar seu plano de trabalho com base na identificação das necessidades relacionadas ao processo saúde-doença, de acordo com o contexto de sua atuação.
– Habilidades
• participar de estudos e levantamentos que identifiquem os determinantes do
processo saúde-doença dos grupos indígenas, famílias e indivíduos;
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
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• identificar os principais problemas que afetam a saúde do seu grupo
populacional;
• estabelecer relações entre as condições de vida e os problemas de saúde
identificados;
• reconhecer os fatores socioculturais que interferem no processo de adoecer e
buscar tratamento, procurando identificar práticas que possam implicar em riscos
à saúde;
• registrar os dados e informações necessários à elaboração do plano de
trabalho;
• participar junto aos conselhos locais e distritais de saúde na elaboração do plano
estratégico das ações a serem desenvolvidas no Distrito;
• apoiar as equipes técnicas para a adequação das intervenções de saúde à
realidade cultural.
2. Competência II
Desenvolver ações de promoção da saúde, indicadas para as diferentes fases do ciclo
da vida.
– Habilidades
• identificar as ações de atenção à saúde a partir da observação dos fatores
relacionados ao processo saúde-doença;
• participar dos procedimentos de intervenção, referência e acompanhamento,
conforme as normas vigentes no serviço;
• utilizar os princípios éticos no atendimento ao ser humano, considerando as diferentes
fases do ciclo da vida;
3. Competência III
Realizar ações de promoção da saúde, que resultem na melhoria da qualidade de
vida, utilizando os recursos dos serviços e práticas existentes, de forma articulada com
recursos de outros setores.
– Habilidades
• reconhecer os determinantes fundamentais da qualidade de vida, relacionandoos aos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos e de serviços;
• identificar as organizações governamentais, não-governamentais e organizações
indígenas na região, que contribuem para elevar a qualidade de vida;
• conhecer as possibilidades e atribuições de cada instituição, no esforço
conjunto para o equacionamento dos problemas de saúde, contextualizando
as possibilidades e limitações do Sistema Único de Saúde;
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Fundação Nacional de Saúde
• promover a mobilização social em parceria com os atores sociais (professores
indígenas, lideranças tradicionais, pajés e outros), em torno das demandas e
necessidades de saúde;
• realizar ações de promoção que resultem em melhorias da qualidade de vida,
considerando os fatores de risco e a vulnerabilidade de segmentos populacionais
específicos, para a prevenção de doenças e agravos.
4. Competência IV
Empreender ações básicas de atenção à saúde individual, familiar e coletiva, com
ênfase na prevenção das doenças transmissíveis e no monitoramento do meio ambiente.
– Habilidades
• identificar os principais fatores ambientais que representam riscos ou danos à saúde
do ser humano;
• reconhecer os principais mecanismos de defesa/adaptação do ser humano às
agressões do meio ambiente;
• identificar as formas de interação entre os seres vivos (simbiose, comensalismo,
parasitismo), destacando o conceito de transmissibilidade;
• identificar as doenças transmissíveis e não transmissíveis prevalentes em sua
comunidade/região;
• distinguir as doenças imunopreveníveis daquelas que são controladas por
medidas de intervenção sobre o meio ambiente;
• reconhecer as alterações orgânicas causadas pela penetração, trajetória e
localização de agentes infecciosos no corpo humano;
• executar medidas que quebrem os elos da cadeia de transmissão de doenças;
• reconhecer e identificar situações atípicas e casos suspeitos de doenças;
• realizar medidas de controle de comunicantes;
• efetivar medidas de limpeza, assepsia e desinfecção;
• participar do monitoramento da situação vacinal da população sob sua
responsabilidade;
• identificar áreas/ambientes que oferecem riscos à saúde de sua comunidade e
planejar a intervenção;
• entender a utilização dos medicamentos, os mecanismos de resistência biológica,
os riscos de hipermedicação e a política de medicamentos do subsistema de
saúde indígena.
5. Competência V
Planejar seu trabalho, atuando individualmente ou em equipe, avaliando e reorientando
o processo da implementação da atenção básica sob sua responsabilidade.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
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– Habilidades
• identificar a natureza do trabalho a ser realizado, considerando o quê, para
quem e como fazer;
• organizar seu trabalho, com base nas demandas da comunidade e na programação
do seu Distrito Sanitário;
• participar junto aos conselhos local e distrital de saúde indígena, avaliando a
prestação de serviços: cobertura, impacto e satisfação;
• participar dos encaminhamentos que devem ser feitos em relação aos pontos
de estrangulamento no desempenho individual, ou da equipe;
• realizar ações de comunicação, buscando o apoio das lideranças indígenas e a
utilização dos meios de comunicação disponíveis, para interagir com sua equipe
e com os usuários.
VII - Perfil dos instrutores-supervisores
O instrutor-supervisor será capacitado para desenvolver ações de atenção à saúde da
população indígena, implantar e desenvolver ações de Vigilância em Saúde, prevenção
e controle das doenças no Dsei. Deve, além disso, ser capacitado nos aspectos técnicopedagógicos relacionados à formação e acompanhamento dos agentes de saúde, buscando
a interação com a comunidade e com os conselhos locais e distritais de saúde.
O instrutor deverá também ser sensibilizado sobre aspectos culturais dos grupos
indígenas sob sua responsabilidade, com vistas a uma interação respeitosa com a
população.
São requisitos para o Instrutor-Supervisor:
• estar lotado na equipe de saúde do Distrito;
• ter disponibilidade para desenvolver as atividades nas comunidades indígenas;
• conhecer e respeitar os aspectos culturais dos grupos indígenas com os quais vai
atuar;
• não ter outro vínculo empregatício;
• ser profissional de nível superior;
• ter facilidade para o trabalho em equipe, bom relacionamento com as comunidades
indígenas e com os agentes de saúde.
1. Competência I
Elaborar seu plano de trabalho com base na rede de serviços e nas características do
grupo de agentes de saúde a ser capacitado.
– Habilidades
• orientar e apoiar a realização de estudos e levantamentos que identifiquem os
determinantes do processo saúde-doença dos grupos indígenas;
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Fundação Nacional de Saúde
• orientar e participar do levantamento dos principais problemas de saúde do grupo
populacional indígena , levando os agentes a estabelecer as relações entre os
problemas de saúde e as condições de vida;
• reconhecer os fatores socioculturais que interferem no processo de adoecer e buscar
tratamento, procurando identificar práticas que possam implicar em risco à saúde;
• levantar os custos das principais atividades, visando à otimização dos
recursos;
• participar junto aos conselhos locais e distritais de saúde da elaboração do plano
estratégico das ações a serem desenvolvidas no Distrito;
• participar dos processos de planejamento das capacitações técnica, pedagógica
e gerencial, definidos pela gerência do distrito e pela esfera central;
• ter conhecimentos sobre a cultura da sociedade indígena sob sua responsabilidade,
visando a uma interação respeitosa;
• conhecer técnicas de abordagem de sociedade, grupos e indivíduos.
2. Competência II
Orientar e prestar cuidados básicos de recuperação e reabilitação, indicados para as
diferentes fases do ciclo da vida.
– Habilidades
• apoiar a identificação das medidas de recuperação e reabilitação, a partir da
constatação dos agravos prevalentes na sua área de atuação;
• orientar e aplicar os procedimentos de intervenção, referência e
acompanhamento, conforme as normas vigentes no serviço;
• orientar e utilizar princípios éticos no atendimento do ser humano, considerando
as diferentes fases do ciclo de vida e as especificidades culturais dos grupos
indígenas sob sua responsabilidade;
• orientar a realização de procedimentos semiotécnicos, correlacionando sinais
e sintomas para abordagem sindrômica, e a prestação de cuidados referentes a
cada uma das fases do ciclo de vida.
3. Competência III
Apoiar e realizar ações de promoção à saúde que resultem na melhoria da qualidade
de vida, utilizando os recursos dos serviços e práticas existentes, de forma articulada com
recursos de outros setores.
– Habilidades
• reconhecer os determinantes fundamentais da qualidade de vida dos povos
indígenas, relacionando-os aos aspectos ambientais, econômicos, sociais,
políticos e de serviços;
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
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• orientar a identificação das organizações governamentais, não-governamentais e
organizações indígenas atuantes na região, avaliando as possibilidades de cada uma
no esforço conjunto para o equacionamento dos problemas de saúde identificados,
incluindo a articulação com a rede de serviços do Sistema Único de Saúde;
• participar dos movimentos de mobilização social em parceria com os agentes
indígenas, agentes de comunicação e lideranças comunitárias, para responder
às demandas e necessidades identificadas;
• orientar e realizar ações de promoção que resultem em melhorias da qualidade de
vida, considerando os fatores de risco e a vulnerabilidade de segmentos populacionais
específicos, para a prevenção e controle de enfermidades.
4. Competência IV
Orientar e empreender ações de atenção à saúde individual, familiar e coletiva, com
ênfase na prevenção de enfermidades transmissíveis e no controle do meio ambiente.
– Habilidades
• realizar, com os demais profissionais do Distrito, levantamento demográfico
e reconhecimento da situação socioeconômica, ambiental e epidemiológica,
destacando áreas de risco e grupos de maior vulnerabilidade para a priorização
das atividades dos agentes de saúde;
• orientar a identificação dos fatores ambientais que representam risco à saúde,
reconhecendo os principais mecanismos de defesa/adaptação do ser humano às
agressões do meio ambiente, correlacionando-as com as condições de saúde;
• orientar a identificação dos elementos que compõem a cadeia de transmissão,
destacando o conceito de transmissibilidade e as medidas de intervenção
necessárias à quebra dos elos da cadeia;
• elaborar e acompanhar a programação de visitas às comunidades, a serem realizadas
pelos agentes de saúde, para prestar assistência, encaminhar pacientes quando
necessário, desenvolver processos educativos e coletar informações em saúde;
• orientar e acompanhar o desenvolvimento das ações referentes à prevenção e
ao controle de enfermidades realizadas pelos agentes de saúde;
• conhecer o processo da epidemiologia do contato e da transição epidemiológica
dos grupos indígenas sob sua responsabilidade;
• conhecer a política de medicamentos e orientar os agentes de saúde quanto à
sua utilização, mecanismos de ação e resistência.
5. Competência V
Gerenciar seu trabalho, atuando individualmente ou em equipe, acompanhando,
avaliando e reorientando o processo de prestação de cuidados desenvolvidos pelos agentes
indígenas de saúde sob sua responsabilidade.
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Fundação Nacional de Saúde
– Habilidades
• orientar, organizar e realizar o trabalho em conjunto com os agentes de saúde,
com base na demanda das comunidades e na programação do Distrito Sanitário
de sua região;
• identificar e aplicar instrumentos de avaliação da prestação de serviços: cobertura,
impacto e satisfação, consolidando, analisando e divulgando os dados gerados
pelo sistema de informação;
• decidir os encaminhamentos que devem ser feitos em relação aos pontos de
estrangulamento no desempenho individual e da equipe;
• orientar a coleta de informações geradas pelos agentes, desenvolvendo e
aplicando formulários apropriados;
• assessorar as comunidades indígenas e os conselhos locais e distritais de saúde,
no caso de substituição dos agentes de saúde.
6. Competência VI
Conhecer a política nacional de saúde e os aspectos pertinentes à saúde indígena.
– Habilidades
• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto à legislação sobre os direitos
indígenas e à política nacional de saúde;
• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto à política de saúde indígena,
seu modelo assistencial, gerencial e instâncias de controle social;
• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto às atribuições das instituições
envolvidas na prestação de serviços de saúde na sua região;
• participar dos conselhos locais e distritais de saúde, quando solicitado.
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Fundação Nacional de Saúde
Introdução aos conceitos
de transmissibilidade,
prevenção e intervenção.
Atenção básica em IRA,
diarréia e desidratação.
Procedimentos e tratamentos padronizados.
Ações de vigilância em
saúde.
•
Concentração: 120
horas.
Dispersão: 60 horas
Total: 180 horas.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Levantamento de dados
demográficos e epidemiológicos.
Contexto cultural e
político das comunidades indígenas.
Papel do AIS.
Cadastro e censo das
famílias.
Proposta dos Dseis.
Organização do local de
trabalho do AIS.
Educação em saúde.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Concentração: 120 horas
Dispersão: 60 horas.
Total: 180 horas.
Discussão do papel do AIS.
Importância da vigilância em
saúde.
Ações de controle de endemias
Educação em saúde.
Organização do Dsei.
Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi).
•
•
•
•
•
•
•
•
Atenção básica em tuberculose, •
malária e dengue. *
Controle de endemias.
Procedimentos e tratamentos •
padronizados.
Ações de vigilância em saúde. •
•
•
Conceitos de transmissibilidade
e cadeia de transmissão.
Conceitos de ambiente e adaptação.
O processo saúde/doença •
e seus determinantes.
•
•
•
•
•
Mudanças ambientais, culturais, •
econômicas e dos modos de
•
viver dos povos indígenas.
Impacto sobre o meio ambiente
e saúde.
Estratégia de sobrevivência dos
povos indígenas.
•
História dos povos
indígenas e da relação
intercultural.
Território indígena: ocupação e transformações.
Módulo
Doenças Endêmicas
•
Módulo
Introdutório
•
•
•
•
•
•
•
Concentração: 104 horas.
Dispersão: 60 horas.
Total: 164 horas.
•
•
•
Sistema de referência e contra •
- referência.
•
Notificação de doenças.
•
Trabalho na Casa de Saúde do
Índio.
Educação em saúde.
Atenção básica nas DST/Aids
e Hepatites de transmissão
hematogênica e sexual.
Alcoolismo como fator de risco
para as DST/Aids.
Procedimentos e tratamentos
padronizados.
Procedimentos de limpeza,
desinfecção, esterilização e
biossegurança.
•
•
•
•
Concentração: 120 horas.
Dispersão: 60 horas.
Total: 180 horas.
Processo de trabalho.
Educação em saúde.
Vigilância do meio ambiente.
Atenção básica nas parasitoses intestinais, Hepatite A e
doenças que acometem a
pele. **
Procedimentos e tratamentos padronizados.
Noções básicas de higiene
e saneamento.
Ações de vigilância em
saúde.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Concentração: 116 horas.
Dispersão: 80 horas.
Total: 196 horas.
Ações de imunização.
Vigilância nutricional.
Acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento.
Educação em saúde.
•
•
•
•
•
•
•
Atenção básica à mulher e •
criança indígena.
Procedimentos e tratamentos padronizados.
Imunização em áreas indígenas.
•
Ações básicas de saúde
bucal.
•
Conceitos de vulnerabi- •
lidade e de risco no ciclo
biológico.
Conceitos de imunidade e •
resistência.
Relações entre hábitos
alimentares e doenças.
Papéis sociais nas comuni- •
dades indígenas.
Família indígena.
Ciclo biológico.
Padrões culturais de alimentação indígena.
Módulo Saúde da Mulher, da
Criança e Saúde Bucal
Conceito de transmissibili- •
dade das doenças e sua relação com o meio ambiente.
Relação entre os seres vivos •
e o meio ambiente.
•
Saúde e meio ambiente.
Mudanças culturais e nos
modos de vida das populações indígenas.
Formas de relação entre os
seres vivos.
Módulo
Parasitoses Intestinais e Doenças de Pele
Conceitos de risco e vulnera- •
bilidade, ambiente saudável e
contaminação.
Cadeia de transmissão das •
doenças.
Aspectos do entorno e riscos
da relação intercultural.
Relação intercultural e conseqüências para a saúde.
Módulo
DST/Aids
* As doenças: chagas, tracoma, oncocercose, leishmaniose visceral, etc. serão trabalhadas conforme o perfil epidemiológico regional.
** As doenças hanseníase e leishmaniose tegumentar serão trabalhadas conforme o perfil epidemiológico regional.
Carga horária
sugerida
Conhecendo e organizando os serviços
de saúde
Promovendo a
saúde e
intervindo
no processo
saúde/doença
Entendendo
o processo
saúde/doença
Percebendo nossa
realidade
Eixos
Temáticos
Carga horária total: 1.080 horas; Carga horária: Concentração: 700 horas/Carga horária: Dispersão: 380 horas
VIII - Formação Inicial para agentes indígenas de saúde – Proposta modular
Concentração:120 horas.
Dispersão: 60 horas.
Total: 180 horas.
Participação de planejamento e avaliação das ações de
saúde.
Remoção de pacientes.
Mobilização social
Educação em saúde.
Agravos à saúde do adulto
indígena decorrentes das
mudanças culturais e da
alimentação (hipertensão arterial, diabetes, alcoolismo)
Conceito de risco de vida,
urgência e emergência.
Atendimento de urgências.
Conceito de vulnerabilidade
e de risco aplicado à população adulta e idosa.
Conceito de cronicidade.
Modos de vida e trabalho da
população adulta e idosa nas
comunidades indígenas.
Módulo Saúde do Adulto e
Atendimento de Urgências
IX - Módulo introdutório
1. Objetivos
a) Geral
Capacitar os Agentes Indígenas de Saúde para atuarem em suas comunidades, identificando os problemas de saúde, especificamente os relacionados à diarréia e IRA, visando a
resolução precoce e livre de riscos para a população.
b) Específicos
• identificar os aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais do território e da
comunidade, com vistas à intervenção nas ações e serviços de saúde;
• identificar os determinantes do processo saúde-doença que interferem nas condições
de saúde na comunidade;
• conceituar saúde e doença;
• descrever sinais e sintomas das doenças diarréicas e infecções respiratórias;
• participar, junto à equipe de saúde, das ações de prevenção e controle da diarréia/
desidratação e IRA;
• participar, junto à equipe de saúde, da aplicação de tratamentos padronizados em casos
de diarréia/desidratação e IRA;
• realizar atividades educativas e de promoção à saúde, relativos à diarréia/
desidratação e IRA;
• cadastrar as famílias existentes na comunidade;
• enumerar os serviços de saúde existentes em sua área de abrangência, distinguindo
os diferentes graus de complexidade;
• conceituar Dsei e identificar sua forma de organização como um sistema local de
saúde;
• reconhecer o papel do agente indígena de saúde junto à comunidade e à equipe
de saúde.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
19
X - Seqüências de atividades
Concentração: Percebendo nossa realidade
Seqüência de atividades 1
Orientações para o instrutor
Atividades do aluno
1 - Desenhe sua comunidade.
1 - Oriente os agentes para a realização da atividade
individualmente. Se houver mais de um agente
da mesma comunidade, realizar a atividade em
conjunto.
Os desenhos devem conter casas, rios, roças,
escola, posto de saúde, centro comunitário, área
de lazer, etc. Enfatize que todas as casas devem
ser desenhadas.
Prepare o material: papel, revistas, barbante, cola,
lápis preto e colorido, canetas, tintas, pincéis etc.
2 - Apresente seu desenho em plenária.
2 - Oriente a apresentação, estimulando relatos:
roças (o que se planta, quanto tempo se demora
para chegar à roça); centro comunitário (que
atividades são ali realizadas); escola (quantos
estudam, quem ensina); centro de saúde
(quem atende, condições do posto). Coordene
a sistematização da discussão, estabelecendo
diferenças e semelhanças entre os recursos das
diversas comunidades representadas.
3 - Divida os grupos por áreas indígenas ou formas
de ocupação do território. Oriente a atividade,
solicitando que destaquem a localização de
todas as comunidades, fontes de água (rios, lagos,
poços), limites (municípios vizinhos, fazendas),
invasões, vias de acesso (trilhas, caminhos,
estradas) e de comunicação (rádio, telefone,
radiofonia), serviços de referência para a saúde
(postos, centros de saúde, hospitais), projetos
de colonização, garimpos, madeireiras, locais
turísticos.
3 - Desenhe sua terra indígena.
4 - Discuta as seguintes questões:
4• como o seu povo ocupou a terra?
• como se deu o contato com o não índio?
• que mudanças aconteceram daquela época até
hoje?
Mantenha os grupos e oriente a discussão sobre
a história desta ocupação. Destaque aspectos de
mobilidade (onde gostam de andar), mudanças
sociais, culturais e alimentares, transformações do
meio ambiente (impacto ambiental) e do entorno,
decorrentes das relações interculturais.
5 - Apresente em plenária o resultado das discus- 5 - Coordene a plenária, orientando na construção de um
sões.
painel, a fim de sistematizar as discussões. Enfatize as
transformações que ocorreram naquela área, por que
ocorreram (determinantes), as conseqüências para
os povos indígenas e para as questões da saúde,
em particular. Convide uma liderança ou pessoa
mais velha para contar a história da ocupação do
território.
20
Fundação Nacional de Saúde
Concentração: Entendendo o processo saúde-doença
Seqüência de atividades 2
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
1 - Expresse com suas palavras o que é saúde.
1 - Estimule cada agente a relatar o que entende
por saúde. Após a listagem, auxilie o grupo na
categorização dos conceitos segundo sua natureza
(alimentação, moradia, condições de trabalho,
lazer, acesso a bens e serviços especialmente
serviços de saúde).
22 - Discuta a seguinte questão:
• quais problemas de saúde ocorreram com os
povos indígenas após a relação com os não
índios?
3 - Expresse com suas palavras o que é doença.
Apóie as discussões dos grupos, orientando para
que retomem o mapa elaborado na Seqüência 1,
atividade 3 - e auxilie os agentes na sistematização
das doenças relacionadas à ocupação do território
e à relação intercultural.
3 - Estimule cada agente a escrever ou relatar o que
entende por doença. Após a listagem, auxilie o
grupo na categorização dos conceitos segundo
sua natureza (espirituais, biológicos, relacionados
ao meio ambiente, etc.)
4 - Faça uma lista das doenças que existiam 4 - Estimule os agentes a listar as doenças, separando
antigamente e das doenças que existem atualmente
as antigas e as atuais. Leve-os a estabelecer a
relação entre as doenças atuais, a ocupação do
na sua comunidade.
território e as relações interculturais.
5 - Discuta a seguinte questão:
• por que as pessoas adoecem?
5 - Organize os grupos e estimule os agentes a
falar sobre os determinantes do processo saúdedoença. Atente para os aspectos culturais relativos
à concepção de saúde na cultura indígena.
6 - Apresente em plenária o resultado das discussões.
6 - Coordene a plenária, orientando a construção
de um painel para sistematizar as discussões.
Destaque os aspectos mais relevantes, resgatando
os determinantes do processo saúde-doença e sua
relação com o modo de vida da comunidade.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
21
Concentração: Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doença
Seqüência de atividades 3 - Parte I
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
1 - Responda à seguinte questão:
1 - Oriente a atividade em grupos, retomando a lista das
• quais as doenças mais comuns na sua
doenças elaborada na atividade 4, seqüência 2.
comunidade?
2 - Grife, em cores diferentes, as doenças que matam, 2 - Mantenha os grupos e oriente a atividade,
destacando a IRA e a diarréia, por acarretarem
as que pegam e as que afetam principalmente as
crianças.
maior impacto epidemiológico. Se o agente
expressar-se em forma de sinais e sintomas, leveo a relacionar estes sinais e sintomas aos quadros
clínicos de IRA e diarréia.
Destaque as doenças que pegam, trabalhando o
conceito de transmissibilidade. Leve os agentes
a caracterizarem a diarréia e a IRA enquanto
doenças transmissíveis.
3 - Discuta as seguintes questões:
3• como as pessoas sabem que estão doentes?
• como o agente de saúde percebe as doenças
nas pessoas?
Oriente os grupos nas discussões, chamando a
atenção para as doenças com seus respectivos
sinais e sintomas. Separe os resultados das
discussões em três grupos: nomes das doenças,
o que as pessoas sentem (sintomas) e o que os
agentes percebem (sinais).
4 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo
4 - Participe da plenária.
na sistematização dos conceitos de sinais e
sintomas.
5 - Dramatize ou desenhe a situação de uma pessoa 5 - Separe o grupo em dois (um que faz a
com diarréia, explorando ao máximo os sinais e
dramatização da diarréia e outro que observa).
Após a dramatização discuta os sinais e sintomas
sintomas.
e a origem da diarréia.
6 - Desenhe o corpo humano, destacando o caminho 6 - Oriente a atividade em pequenos grupos.
Acompanhe o desenho livre e estimule a escrita
da comida, escrevendo os nomes das partes do
corpo por onde ela passa.
na língua indígena.
7 - Faça a exposição dos desenhos em plenária, 7 - Auxilie os agentes a sistematizar o desenho do
explicando o trajeto da comida.
sistema digestivo em uma cartolina ou pintando
no corpo de um aluno com tinta guache (destacar
boca, língua, dentes, esôfago, estômago, fígado,
vesícula biliar, intestino delgado e grosso, reto e
ânus).
8 - Discuta as funções de cada parte do sistema 8 - Coordene a atividade no grande grupo,
digestivo no caminho da comida.
esclarecendo as dúvidas e acrescentando
informações, se necessário.
99 - Discuta as seguintes questões:
• o que é diarréia?
• como ela aparece?
• quais os tipos de diarréia que você conhece?
• que medidas podem ser tomadas para se
prevenir a diarréia?
Oriente a atividade em grupos, apoiando as
discussões. Ressalte a relação entre as doenças
diarréicas e os fatores de risco ambientais e as
medidas preventivas por meio da educação em
saúde.
10 - Discuta as partes e as funções do organismo 10 - Oriente a atividade em grupos, chamando a
afetadas quando a pessoa tem diarréia.
atenção para as alterações clínicas intestinais
provocadas pela perda de líquidos e sais por meio
da diarréia e vômitos. Trabalhe com o desenho
do corpo humano elaborado pelos agentes.
22
Fundação Nacional de Saúde
Continuação
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
11 - Participe da plenária apresentando as conclusões 11 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo na
sistematização sobre o conceito de diarréia, suas
de cada grupo.
causas, classificação e medidas preventivas.
Se necessário, faça uma exposição ressaltando
as causas relacionadas às questões ambientais,
sociais, alimentares e outras (uso de
medicamentos, associação com outras doenças).
Atente para os aspectos culturais.
Ressalte os aspectos da transmissibilidade da
doença.
Para a discussão dos aspectos preventivos, retome
o mapa da aldeia, auxiliando na localização de
fatores de risco para a transmissão de doenças
diarréicas em relação às questões apresentadas.
12 - Relate casos de pessoas da comunidade com 12 - Trabalhe com todo o grupo. Estimule o relato
de três ou quatro casos, ressaltando o quadro
diarréia.
clínico (com destaque para a desidratação),
causas, a conduta adotada e a evolução do
paciente. Explore ao máximo a fala dos agentes,
apoiando na sistematização da evolução e do
encaminhamento dos casos.
13 - Discuta, a partir dos casos relatados, o que 13 - Oriente a discussão em grupos, explorando
a classificação e a evolução da diarréia e da
aconteceu com as pessoas com diarréia e a
desidratação. Enfatize o papel do AIS nesses casos:
atuação do AIS nesses casos.
avaliação do paciente, aplicação do tratamento de
acordo com protocolos técnicos, encaminhamento
do paciente e ações preventivas.
14 - Participe da palestra ou leia e discuta textos sobre 14 - Faça a exposição ou selecione textos para leitura,
abordando: conceito e sinais da desidratação,
desidratação.
relacionando-os aos diferentes graus.
Utilize exemplos que facilitem a compreensão
da perda de líquidos e sais do organismo,
auxiliando os agentes a estabelecer a relação
com os diferentes graus de desidratação.
Se possível leve os agentes para visitar crianças com
diarréia ou desidratação.
15 - Apresente o que você entendeu sobre 15 - Oriente a atividade individual, por meio de
desidratação.
desenhos, dramatizações, relatos orais ou
escritos, esclarecendo as dúvidas.
16 - Discuta, a partir dos casos relatados na atividade 16 - Oriente a discussão em grupos, explorando
13, de quem foi a responsabilidade de cuidar
a utilização do tratamento tradicional e da
de cada um dos pacientes e quais as medidas
medicina ocidental:
adotadas.
• ressalte a contra-indicação do uso de
medicamentos antidiarréicos;
• apresente a padronização do Ministério da
Saúde para o tratamento da desidratação
(TRO);
• destaque a gravidade, quando e para onde
encaminhar o paciente;
• ressalte o acompanhamento da evolução da
diarréia/desidratação e a atuação da equipe
multidisciplinar (médicos, enfermeiros, auxiliar
de enfermagem, AIS, pajés, raizeiros).
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
23
Continuação
Atividades do aluno
17 - Leia as histórias e discuta as seguintes questões: 17 • identifique os sinais de desidratação;
• classifique os diversos graus de desidratação;
• identifique as formas de tratamento e
encaminhamento dos casos.
Orientações para o instrutor
Coordene a atividade em grupos. Prepare histórias
de casos clínicos que possibilitem variadas
situações e graus de desidratação (preocupe-se
em caracterizar os sinais de gravidade).
18 - Dramatize uma situação de atendimento de caso 18 - Divida a turma em dois grupos: enquanto um
apresenta a dramatização o outro observa.
de diarréia e desidratação, seguindo o roteiro ao
lado.
Troque os papéis, de modo que todos participem,
observando e atuando.
Estimule relatos de formas de abordagem das
doenças diarréicas na cultura indígena e na
medicina ocidental.
Oriente para a discussão dos seguintes aspectos:
• identificação do doente (nome, idade, onde
mora);
• história da doença (o que as pessoas com
diarréia falam; o que precisamos saber do
doente, como: alimentação, vômito, febre,
urina, uso de medicamentos, outras doenças.
O que precisamos saber sobre a diarréia,
como: duração (diarréia aguda ou crônica,
freqüência, aspecto das fezes, presença de
muco ou sangue, etc.);
• exame do doente (como devemos agir com
o doente que tem diarréia e desidratação:
medir a temperatura e peso corporal, observar
a evolução do estado geral e do grau de
hidratação). Auxilie os alunos na verificação de
temperatura e peso corporal, especialmente na
identificação de valores numéricos encontrados
nas medidas de temperatura e peso. Faça
exercícios de medida de superfícies e objetos,
com fita métrica ou régua, para facilitar a
compreensão da escala decimal. Solicite, se
possível, apoio de professores indígenas da área
de matemática, para trabalhar a concepção de
grandeza e quantidade na cultura indígena e a
relação com os números;
• registro no livro do AIS, conforme formulário
em anexo.
19 - Discuta o papel do AIS na prevenção e controle 19 - Oriente a discussão, enfocando o grau de
resolutividade do AIS na comunidade, destacando
da diarréia e desidratação em sua comunidade.
as atividades de atenção primária à saúde. Ressalte
o papel do AIS de interlocutor da comunidade
junto aos serviços de saúde por meio de:
• identificação e encaminhamento dos pacientes
para a equipe de saúde;
• controle das doenças transmissíveis;
• aplicação do tratamento padronizado pelo
Ministério da Saúde;
• atividades de promoção à saúde, com
destaque para as práticas educativas.
24
Fundação Nacional de Saúde
Concentração: Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doença
Seqüência de atividades 3 - Parte II
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
1 - Retome o desenho do corpo humano, destacando 1 - Oriente a atividade em pequenos grupos.
o caminho do ar, escrevendo os nomes das partes
Acompanhe o desenho livre e estimule a escrita
do corpo por onde ele passa.
na língua indígena.
2 - Faça a exposição dos desenhos em plenária, 2 - Auxilie os agentes a sistematizar o desenho do
explicando o trajeto do ar.
sistema respiratório em uma cartolina ou pintando
no corpo de um aluno com tinta guache (destacar
nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, pulmões,
bronquíolos e alvéolos).
3 - Discuta as funções de cada parte do corpo no 3 - Coordene a atividade com todo o grupo,
esclarecendo as dúvidas e acrescentando
caminho do ar.
informações, se necessário.
4 - Faça uma lista das doenças respiratórias que você 4 - Trabalhe com todo o grupo. Auxilie na identificação
conhece.
das doenças respiratórias mais comuns na
comunidade (IRA, gripe, pneumonia) e na relação
com as partes do corpo afetadas. Lembrar outros
problemas respiratórios freqüentes, como dor de
ouvido, dor de garganta, bronquites.
5 - Discuta as partes e as funções do corpo que 5 - Trabalhe com todo o grupo, chamando a atenção
para as alterações das funções respiratórias (tosse,
são afetadas quando a pessoa tem doença
produção de muco, alteração dos movimentos
respiratória.
respiratórios) e alterações gerais (febre, desânimo,
inapetência).
6 - Elabore uma história sobre a transmissão da gripe 6 - Divida a turma em grupos, orientando na
a partir das palavras-chave cuia, cidade, catarro.
elaboração das histórias utilizando as três
palavras-chave.
7 - Apresente as histórias em plenária de forma 7 - Auxilie cada grupo a abordar como a gripe
criativa.
aparece, como se apresenta nas pessoas e como
se espalha na comunidade. A seguir coordene a
sistematização das apresentações, enfocando os
aspectos de transmissibilidade por meio das vias
respiratórias.
8 - Faça uma lista dos sinais e sintomas da gripe.
8 - Divida a turma em dois grupos. Faça duas colunas
com os sinais e sintomas apresentados. Relembre
os conceitos de sinal e sintoma trabalhados na
seqüência anterior.
9 - Participe do exercício de fixação de apren- 9 - Trace uma linha no chão e escreva sinal de um
dizagem.
lado e sintoma do outro. Organize os alunos em
fila única sobre a linha, orientando-os que a cada
sinal ou sintoma apresentado pelo instrutor, pulem
para um dos lados da linha.
10 - Oriente a atividade em grupos, apoiando as
10 - Discuta as seguintes questões:
discussões.
• o que é gripe?
Ressalte a relação entre as doenças respiratórias
• como se pega gripe?
e os fatores de risco ambientais e as medidas
• como fica a pessoa quando pega gripe?
preventivas por meio da educação em saúde.
• como se sabe que a gripe complicou?
• que medidas podem ser tomadas para se
prevenir a gripe?
11 - Discuta as partes e as funções do organismo 11 - Oriente a atividade em grupos, chamando a
afetadas quando a pessoa tem gripe.
atenção para as alterações clínicas respiratórias.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
25
Continuação
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
12 - Participe da plenária apresentando as conclusões 12 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo na
de cada grupo.
sistematização sobre o conceito de gripe,
quadro clínico, as complicações e medidas
preventivas.
13 - Participe da palestra ou leia e discuta textos sobre 13 - Faça a exposição ou selecione textos sobre IRA
a IRA.
abordando: conceito, causas, quadro clínico,
características epidemiológicas e complicações que
podem aparecer nos seios da face, na garganta, no
ouvido e no pulmão e medidas preventivas.
Apresente a padronização da classificação das
IRA, preconizada pelo Ministério da Saúde.
Se possível leve os agentes para visitar crianças
com IRA.
14 - Dramatize uma situação de atendimento de caso 14 - Divida a turma em dois grupos: enquanto um
apresenta a dramatização o outro observa.
de IRA, seguindo o roteiro ao lado.
Troque os papéis, de modo que todos participem,
observando e atuando.
Oriente para a discussão dos seguintes aspectos:
• Identificação do doente (nome, idade, onde
mora);
• História da doença (o que as pessoas com
IRA falam; o que é preciso saber do doente:
alimentação, vômito, febre, nariz escorrendo
ou entupido, falta de ar, tosse, dor de
garganta, dor de ouvido, dor no peito, uso de
medicamentos, outras doenças, etc. O que é
preciso saber sobre IRA: duração, aspecto do
muco, presença de tiragem intercostal, etc.);
• Exame do doente (como devemos agir com o
doente que tem IRA: observar o estado geral, medir
a temperatura, medir a freqüência respiratória,
examinar a garganta, comprimir o ouvido).
Auxilie os alunos na verificação da freqüência
respiratória, especialmente no uso do relógio.
Caso necessário, faça exercícios de contagem
do tempo em minutos, utilizando desenhos de
relógios. Atente para aspectos culturais relativos
à contagem do tempo, solicitando, se possível,
apoio de professores indígenas;
• Tratamento do doente (dar os medicamentos
por via oral, segundo orientação da equipe);
• Registro no livro de atendimento.
15 - Discuta o papel do AIS na prevenção e controle 15 - Oriente a discussão, enfocando o grau
de resolutividade do AIS na comunidade,
das doenças respiratórias em sua comunidade.
destacando as atividades de atenção primária à
saúde. Ressalte o papel do AIS de interlocutor
da comunidade junto aos serviços de saúde por
meio de:
• identificação e encaminhamento dos
pacientes;
• controle das doenças transmissíveis;
• aplicação do tratamento padronizado pelo
Ministério da Saúde;
• atividades de promoção à saúde com destaque
para as práticas educativas.
26
Fundação Nacional de Saúde
Concentração: Conhecendo e organizando o serviço de saúde
Seqüência de atividades 4
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
1 - Retome o mapa da comunidade e responda:
• quem é o chefe da casa?
• quantas famílias moram em cada casa?
• quantas pessoas vivem em cada casa?
• quantas crianças dessas casas estão na idade de
zero a cinco anos?
• quantas gestantes há na aldeia?
• quantas crianças nasceram este ano na aldeia?
1 - Retome a seqüência 1, atividade 3. Oriente a
atividade em pequenos grupos, enfatizando a
necessidade de saber a idade das pessoas e de
agrupá-las em faixas etárias. Ressalte a importância
do cadastro das famílias para o planejamento das
atividades de saúde na comunidade (previsão de
deslocamentos e consumo de medicamentos),
elaboração do censo, manutenção do sistema de
informação (Siasi) e para auxiliar na vigilância
epidemiológica. Apresente a ficha de cadastro
que será feita durante a dispersão, ajudando-os
a analisar os dados nela contidos (nome, data de
nascimento, sexo, número de pessoas na casa e
número de famílias da aldeia).
2 - Identifique os serviços de saúde existentes em sua
terra indígena e descreva as ações de saúde que
cada serviço oferece.
2 - Retome a seqüência 1, atividade 3 destacando
os serviços de saúde disponíveis. Coordene os
trabalhos em grupos, analisando a atuação desses
serviços na resolução dos problemas locais de
saúde e como estão organizados para atender
às necessidades da comunidade. Destaque os
níveis de complexidade de cada serviço e como
se relacionam. Ressalte que um conjunto de
ações e serviços em diversos níveis constituem
um Sistema de Saúde.
3 - Retome a lista das doenças mais comuns em sua
comunidade e identifique na rede de serviços os
locais onde as pessoas são atendidas.
3 - Coordene as atividades em grupos, estimulando os
relatos do atendimento oferecido às pessoas dentro
e fora da aldeia e as formas de encaminhamento
de pacientes entre esses serviços (referências).
4 - Complete as seguintes informações sobre sua
comunidade:
• quantas pessoas adoeceram na aldeia neste
ano?
• quantas pessoas morreram neste ano na
aldeia?
• das pessoas que morreram, quantas eram
crianças?
• quantas pessoas doentes precisaram fazer
tratamento fora da aldeia? por quê?
4 - Oriente a discussão em grupos, enfocando a
importância de realizar:
• registro diário de atendimentos (relembrar os
passos da abordagem do doente, ressaltando sua
importância para o acompanhamento da morbimortalidade e da produção de serviços);
• encaminhamento de pacientes;
• óbitos.
Auxilie os grupos na sistematização dos dados
apresentados.
Enfatize os motivos que levam ao tratamento
fora da aldeia, sejam eles ligados à falta
de estrutura física, inexistência de recursos
tecnológicos (insumos, transporte, etc), ou falta
de capacitação.
5 - Discuta a seguinte questão:
• quais os problemas que você enfrenta quando
procura os serviços de saúde?
5 - Oriente a discussão em grupos com a finalidade
de resgatar o direito à saúde e de acesso aos
serviços de saúde, preconizados na Lei Orgânica
da Saúde nº 8.080/1990, artigo 3º e no artigo 196
da Constituição Federal.
Problematize quais são os direitos e deveres do
cidadão.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
27
Continuação
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
6 - Participe da palestra: a proposta dos Distritos
Sanitários Especiais Indígenas.
6 - Prepare a exposição, apresentando em mapa a
proposta da área de abrangência dos Dsei, dos
serviços de saúde que o compõem e do seu
funcionamento. Se possível, convide para esta
exposição o gestor do Dsei ou seu representante,
para que os possíveis questionamentos e dúvidas
possam ser esclarecidos no debate. Enfoque o
processo de organização de serviços no Dsei
enquanto conquista da saúde como direito de
cidadania.
28
Fundação Nacional de Saúde
Concentração: Conhecendo e organizando o serviço de saúde
Seqüência de atividades 5
Orientações para o instrutor
Atividades do aluno
1- Participe da atividade de planejamento de 1 ações educativas na comunidade, sobre o tema:
prevenção de diarréia e IRA. Utilize o roteiro
abaixo:
• qual será a atividade?
• como será realizada?
• quando será realizada?
• quem vai participar?
• quais pessoas da comunidade podem colaborar
no trabalho educativo?
• qual o material necessário?
Divida os alunos em pequenos grupos, de acordo
com a atividade proposta:
• 1º grupo: preparo de uma palestra sobre
prevenção de diarréia e IRA, para toda a
comunidade;
• 2º grupo: elaboração de cartazes explicativos
sobre prevenção de diarréia e IRA;
• 3º dramatização sobre o preparo do soro de
reidratação oral (SRO) e orientação à mãe sobre
os cuidados na administração. Acompanhe a
elaboração dos trabalhos, discutindo a realidade
dos agentes de saúde e incentivando propostas
criativas, a participação comunitária e a
expressão na língua indígena.
2 - Apresente em plenária o trabalho elaborado pelo 2 - Estimule a análise, pelos demais participantes, dos
seu grupo.
planejamentos apresentados. Discuta o papel do
agente de saúde na divulgação de informações
e o direito da comunidade de ter acesso a
informações corretas. Avalie a necessidade de
planejar atividades específicas para determinados
grupos, como: mulheres, adolescentes, estudantes
que moram na cidade, idosos. Utilize textos de
apoio para subsidiar a discussão.
3 - Participe da atividade de planejamento da visita 3 - Divida a turma em grupos e apóie o trabalho de
elaboração do roteiro para as visitas domiciliares.
domiciliar às famílias de sua comunidade. Utilize
Auxilie os agentes a fazer o planejamento com
o roteiro abaixo:
base no número de famílias que cada um atende.
• qual será a atividade?
Oriente-os a utilizar o mapa da aldeia para facilitar
• como será realizada?
o trabalho.
• quando será realizada?
• quantas famílias vão ser visitadas?
• quanto tempo vai demorar?
• qual o material necessário?
• que estratégias serão utilizadas para abordagem
das famílias?
• qual o melhor dia e horário para realizar as
visitas?
• o que é importante observar em cada família?
• quais perguntas devem ser feitas a cada
família?
4 - Apresente em plenária o trabalho elaborado pelo
seu grupo.
4 - Coordene a atividade, auxiliando na sistematização do roteiro para a visita domiciliar.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
29
Dispersão
Atividades do aluno
Orientações para o instrutor
1 - Com base na discussão da seqüência anterior, 1 e 2 - Acompanhe o preparo da dispersão,
estabelecendo cronograma de trabalho.
prepare atividades educativas para as comunidades
no período de dispersão. Sugestões:
Envolva outros profissionais do Dsei nas
• palestras;
atividades. Oriente para a utilização
• exibição de filmes e slides;
do roteiro preparado na seqüência
• visitas às escolas;
anterior.Utilize para avaliar as fichas nºs 1,
• reuniões com grupos específicos: lideranças,
2 e 3.
mulheres, adolescentes;
• orientações individuais e em pequenos grupos
• visitas domiciliares.
2 - Realize visitas domiciliares às famílias de sua
comunidade.
3 - Realize atividades de cadastro e organize o censo 3 - Supervisione a atividade. Adeqüe os impressos
existentes à realidade local ou construa os
de famílias na comunidade.
formulários. Caso o agente atue em mais de uma
comunidade, ajude-o a organizar uma agenda de
trabalho, buscando apoio das lideranças locais.
Discuta a importância de se manter o cadastro
atualizado, o fluxo das informações coletadas e
a consolidação dos dados em forma de censo.
Utilize a ficha de avaliação nº 4.
4 - Realize atendimento de pacientes com diarréia e
desidratação, junto à equipe de saúde.
5 - Execute procedimento de reidratação oral.
6 - Realize atendimento de pacientes com IRA, junto
à equipe de saúde.
7 - Verifique peso corporal
8 - Realize termometria.
9 - Verifique a freqüência respiratória.
10 - Realize anotações no livro de registro de
atendimento.
11 - Organize o seu local de trabalho.
30
Fundação Nacional de Saúde
4 e 6 - Observe a abordagem do paciente, constando:
histórico, exame físico, conduta padronizada,
atividades de orientação e registros. Utilize as
fichas de avaliação nºs 5, 6, 7 e 8. Enfatize as
ações a serem desenvolvidas pelos AIS.
7 a 11 - Utilize as fichas de avaliação de desempenho
nºs 9, 10, 11, 12 e 13 para o desenvolvimento
destas atividades, discutindo cada item com
o aluno, antes da execução da atividade
prática. Enfatize o papel do AIS junto à equipe
de saúde.
XI - Carga horária sugerida
Concentração - 120 horas
Dispersão - 60 horas
Dias
Seqüências de atividades
1º dia
Manhã Seq. 1/Ativ. 1 e 2
Tarde - Seq. 1/Ativ.3
2º dia
Manhã - Seq. 1/Ativ. 4
Tarde - Seq. 1/Ativ.5
3º dia
Manhã - Seq. 2/Ativ.1 e 2
Tarde - Seq. 2/Ativ.3 e 4
4º dia
Manhã - Seq. 2/Ativ.5 e 6
Tarde - Seq.3/Parte 1 Ativ.1, 2 e 3
5º dia
Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.4 e 5
Tarde - Seq. 3/Parte 1 Ativ.6, 7 e 8
6º dia
Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.9 e 10
Tarde - Seq. 3/ Parte 1 Ativ.11 e 12
7º dia
Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.13
Tarde Seq. 3/Parte 1 Ativ.14
8º dia
Manhã - Seq. 3/Parte 1 Ativ.15 e 16
Tarde - Seq. 3/Parte 1 Ativ.17
9º dia
Manhã - Seq. 3/Parte 1 Ativ.18 e 19
Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 1, 2 e 3
10º dia
Manhã - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 4, 5 e 6
Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 7, 8 e 9
11º dia
Manhã Seq. 3/Parte 2 Ativ. 10 e 11
Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ.12 e 13
12º dia
Manhã - Seq.3/Parte 2 Ativ. 14
Tarde - Seq.3/Parte 2 Ativ.15
13º dia
Manhã - Seq. 4/Ativ.1
Tarde - Seq. 4/Ativ.2 e 3
14º dia
Manhã - Seq. 4/Ativ.4
Tarde - Seq. 4/Ativ.5 e 6
15º dia
Manhã - Seq. 5 Ativ.1 e 2
Tarde - Seq. 5 Ativ. 3 e 4.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
31
32
Fundação Nacional de Saúde
Data
Casa nº
Formulário livro do AIS - Siasi
XII - Anexo
Nome completo
F
Sexo
M
Idade
Problemas; sinais/sintomas/diagnóstico
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
33
Procedimentos: (tratamento, intervenções, referências, controle e
acompanhamento de doenças, conselhos e orientações à família
Condição da pessoa (resultados dos
acompanhamentos: curado, melhorado,
igual, pior, óbito)
Controle prenatal, controle de crescimento e
desenvolvimento da criança
34
Fundação Nacional de Saúde
Data:
Ass. agente:
•
•
•
•
• Realiza trabalhos educativos junto à comunidade
Trabalho educativo junto à
comunidade.
relativos à prevenção de diarréia/desidratação e IRA.
Utiliza técnicas participativas.
Convida lideranças para as atividades.
Envolve professores no trabalho educativo.
Utiliza material didático: cartazes, álbum seriado, fitas
de vídeo, slides, etc.
Desempenhos
Aldeia
Atividade
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 1
XIII - Fichas
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
35
Data:
Ass. agente:
Atividade
Visita domiciliar.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
• Usa protocolos de atendimento.
• Orienta familiares quanto à conduta assumida.
• Registra dados no livro padronizado.
necessário.
• Orienta o paciente conforme conduta padronizada.
• Verifica corretamente temperatura e respiração.
• Encaminha paciente para a unidade de saúde quando
• Prepara o material necessário.
• Usa a criatividade de acordo com a realidade
encontrada.
Ficha de avaliação de desempenho 2
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
36
Fundação Nacional de Saúde
Data:
Ass. agente:
• Participa do planejamento da visita domiciliar junto
Coleta de informações sobre
saúde/doença na comunidade.
- as doenças mais comuns;
- as faixas etárias em que elas mais ocorrem;
- as comunidades mais afetadas por doenças;
• Participa da análise das informações coletadas junto à
equipe de saúde.
• Identifica as condições dos locais de atendimento de
pacientes ou posto de saúde.
• Apresenta-se à família e explica o objetivo da visita.
• Faz-se entender e organiza a informação.
• Observa e registra:
com a equipe de saúde.
Desempenhos
Aldeia
Atividade
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 3
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
37
Atividade
Data:
Ass. agente:
Cadastro das famílias.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
- nome, data de nascimento e sexo das pessoas da
casa;
- número de pessoas na casa;
- número de famílias da aldeia.
• Atualiza as informações do cadastro, de acordo com a
freqüência adotada pelo Distrito.
• Mantém atualizado o fluxo de informações.
• Apresenta-se à família e explica o objetivo da visita.
• Faz-se entender e organiza a informação.
• Observa e registra:
• Participa do planejamento da visita, juntamente com o
supervisor.
Ficha de avaliação de desempenho 4
Datas
Core:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
38
Fundação Nacional de Saúde
Atividade
Data:
Ass. agente:
Recepção e atendimento.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
atendimento com os dados de história, exame físico e
conduta.
• Realiza o atendimento e procede aos encaminhamentos
necessários.
• Orienta o doente ou familiar quanto à conduta ou
encaminhamento decorrente.
• Recebe o paciente com cordialidade e atenção.
• Levanta dados de identificação e motivo da procura.
• Preenche adequadamente o livro de registro de
Ficha de avaliação de desempenho 5
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
39
Atividade
Desempenhos
Aldeia
Data:
Ass. agente:
Atendimento de pacientes com • Identifica casos de diarréia.
diarréia e desidratação.
• Identifica o estado de hidratação por meio dos sinais de
alerta (choro, lágrimas, lábios ressecados, diminuição
da urina, olhos fundos).
• Prepara e administra o soro de reidratação oral e orienta
a família para fazê-lo.
• Orienta a família quanto à manutenção da alimentação,
inclusive o aleitamento materno (se for o caso).
• Administra medicamentos por via oral prescritos pelo
médico.
• Acompanha a evolução do quadro (número e
características das eliminações, peso e hidratação)
adotando a conduta adequada.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 6
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
40
Atividade
Desempenhos
Aldeia
Ass. agente:
Nº conselho:
Ass. Coordenador/Supervisor da instituição de ensino:
Data:
Administração do soro de • Orienta a mãe quanto ao tratamento, solicitando sua
reidratação oral (SRO).
colaboração.
• Lava as mãos antes e depois do procedimento.
• Dilui os sais em um litro de água, à temperatura
ambiente.
• Oferece o soro à vontade, utilizando-se de seringa, colher,
copo ou cuia.
• Observa a criança continuamente com relação à evolução
clínica e à aceitação do soro.
• Controla peso e temperatura corporais.
• Administra lentamente o soro quando a criança tem
episódios de vômito.
• Utiliza a ficha de acompanhamento para a TRO.
• Refere o paciente à equipe/serviço de saúde conforme a
evolução clínica.
• Faz registro em livro padronizado.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 7
Datas
Ass. Coordenador da formação/Dsei
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
41
Data:
Ass. agente:
• Identifica casos de IRA classificando em: sem pneumonia;
Atendimento de pacientes com
IRA.
respiratória (hidratação oral e nebulização), conforme
protocolo local.
• Administra medicamentos por via oral prescritos pelo
médico.
• Identifica os sinais de alarme para referência à equipe
de saúde (respiração rápida ou difícil; dificuldade em
alimentar-se ou ingerir líquidos; piora do estado geral)
e adota a conduta adequada a cada caso.
• Orienta e aplica medidas que melhoram a função
e aliviam a dor.
• Orienta a família e aplica medidas que baixam a febre
com pneumonia; com pneumonia grave.
Desempenhos
Aldeia
Atividade
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 8
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
42
Fundação Nacional de Saúde
calçados).
Data:
Ass. agente:
• Lava as mãos antes e depois do procedimento.
• Tara a balança antes do procedimento.
• Coloca o paciente no centro da balança (sem
Verificação de peso corporal.
• Identifica o peso indicado na escala.
• Trava a balança.
• Registra no livro apropriado.
Desempenhos
Aldeia
Atividade
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 9
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
43
Data:
Ass. agente:
Atividade
Termometria.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
• Lava as mãos antes e depois do procedimento.
• Procede à limpeza do termômetro, segura-o pela
extremidade oposta ao bulbo e faz baixar a coluna do
mercúrio a 36º C.
• Identifica os locais adequados para a verificação da
temperatura.
• Enxuga a axila do paciente, de acordo com o caso.
• Mantém o termômetro no local escolhido por tempo
suficiente (3 a 5 min).
• Procede corretamente à leitura.
• Limpa novamente o termômetro e guarda em local
apropriado.
• Registra no livro apropriado.
Ficha de avaliação de desempenho 10
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
44
Fundação Nacional de Saúde
Atividade
Data:
Ass. agente:
Verificação da respiração.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
•
•
•
•
alterações voluntárias.
Faz a contagem da respiração durante um minuto.
Anota corretamente o resultado, relatando o ritmo e a
profundidade da respiração.
Observa se há tiragem intercostal.
Registra no livro padronizado.
• Conta os movimentos respiratórios de forma a evitar
Ficha de avaliação de desempenho 11
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
45
Atividade
Data:
Ass. agente:
Anotações no livro de
registro de atendimentos.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Desempenhos
Aldeia
e deixa anotado no livro.
• Encaminha dados ao supervisor o ao Dsei.
• Consolida no final do mês os atendimentos realizados
de cada atendimento.
• Faz anotações legíveis e completas, assinando ao final
viagens para atendimento.
• Anota os dados imediatamente após o atendimento.
• Faz o registro dos retornos.
• Faz o registro dos atendimentos domiciliares e de
• Preenche corretamente todos os dados solicitados no
livro de registros.
Ficha de avaliação de desempenho 12
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
46
Fundação Nacional de Saúde
Data:
Ass. agente:
•
•
•
•
•
• Limpa piso, móveis e utensílios da unidade de saúde.
• Mantém a ordem no local de atendimento na aldeia
• Procura organizar-se para o trabalho, dentro da cultura
Organização do espaço de
trabalho.
do seu povo.
Mantém em ordem as medicações em uso.
Mantém em ordem as medicações em estoque,
verificando data de validade.
Abastece de água limpa o local de atendimento.
Mantém limpos os panos para secar as mãos.
Coloca papéis, livros de registro ou formulários em
ordem.
Desempenhos
Aldeia
Atividade
Pólo-base:
Nome do Agente:
Ficha de avaliação de desempenho 13
Datas
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
Instrutor/
Supervisor
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
47
Data:
Pólo-base:
Data
Nome do Agente:
Ass. agente:
Ficha de registros de fatos
Descrição do fato observado pelo instrutor/supervisor
Aldeia
Diálogo com o agente
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Etnia:
48
Fundação Nacional de Saúde
Desempenho Final
Data:
Ass. agente:
Etnia:
Nº conselho:
Ass. Instrutor/Supervisor:
Observação:
Ainda apresenta
Corresponde às expectativas Necessita eventualmente de dificuldades, necessitando
desta etapa do processo de
ajuda e orientação
de ajuda e orientação
aprendizagem
constantes
Aldeia
Parecer do Instrutor/Supervisor.
Aluno apto, desenvolvendo suas atividades com autonomia
Aluno apto, requerendo acompanhamento eventual
Aluno apto, requerendo acompanhamento constante
Aluno não apto, necessitando passar novamente pelas etapas de concentração e/ou dispersão.
Coleta informações sobre saúde/doença na comunidade.
Realiza trabalhos educativos sobre os temas abordados.
Faz visita domiciliar.
Realiza cadastro das famílias em sua área de atuação.
Acompanha e controla casos de diarréia e desidratação.
Administra soro de reidratação oral.
Realiza termometria.
Verifica peso corporal.
Acompanha e controla casos de IRA.
Verifica respiração.
Faz anotações no livro de registro de atendimentos.
Organiza seu espaço de trabalho.
Pólo-base:
Nome do Agente:
Avaliação de Desempenho Final do Módulo Saúde do Adulto e Atendimento de Urgências
XIV - Referências bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado
em 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pela Emendas Constitucionais.
Brasília: Senado Federal, 2002.
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção
e recuperação à saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, v.128, n.182, p.18055, 20 set.
1990. Seção 1.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: FNS,
1998.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Saúde indígena Disponível em http://www.funasa.
gov.br. Acessado em 8 de maio de 2002.
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de Enfermagem. Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem: cadernos do aluno saúde coletiva. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Projeto de profissionalização dos trabalhadores da área
de enfermagem. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno instrumentalizando a ação profissional 1. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Radis Súmula, n.81, jul. 2001.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília: Ministério da
Saúde, 1990.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência e controle das doenças diarréicas. Brasília: Ministério
da Saúde, 1994.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência e controle das infecções respiratórias agudas. 4. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 1994.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção integrada às doenças prevalentes na infância: curso de
capacitação. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia curricular para a formação do atendente de consultório
dentário para atuar na Rede Básica do SUS - vol. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia curricular para formação do auxiliar de enfermagem para
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conferência Nacional de Saúde, 8., 1986 mar. 17-21; Brasília,
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Guia curricular para a formação do
auxiliar de enfermagem - área hospitalar. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
ZARIFIAN, Philippe. Objective competence. Paris: Liason, 1999.
Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório
49
Elaboração: Setembro de 1999
Ena de Araújo Galvão - Coordenadora RH/Vigisus
Estela Wurker - ISA/SP
Herbert Pereira de Melo - CRH/Funasa
Lavínia Santos de Souza Oliveira - Esma/Unifesp/Dsei Xingu
Maria Aparecida A . Guerra - Cosai/Funasa
Maria Bittencourt - Apina/AP
Marina Machado - Organização Saúde em Limites - AM/Dsei Alto Rio Negro
Suzana Grillo - Funai
Revisão: Setembro de 2002
Eugênia Belém Calazans Coelho - Desai/Funasa
Solange de Carvalho Oliveira - Escola de Formação Técnica em saúde "Enf. Izabel dos
Santos"/Etis/SES/RJ
Colaboração:
Maria Hilda Alves de Souza - Desai/Funasa
Susana Grillo Guimarães - Desai/Funasa
Vanide Rivero - Desai/Funasa
Capa e projeto gráfico do miolo
Gláucia Elisabeth de Oliveira – Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS
Revisão ortográfica e gramatical
Olinda Myrtes Bayma S. Melo - Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS
Diagramação
Maria Célia de Souza - Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS
Normalização bibliográfica
Raquel Machado Santos - Comub/Ascom/Presi/Funasa/MS
50
Fundação Nacional de Saúde
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