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APRESENTAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO DE PROJETOS REFERENTES AO PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO ONCOLÓGICA (PRONON). A -­‐ INFORMAÇÕES DA INSTITUIÇÃO: Programa: [X] PRONON [ ] PRONAS/PCD Portaria de credenciamento: Credenciado Portaria 823 de 08/10/2013 Razão Social: Fundação São Francisco Xavier CNPJ: 19.878.404.0001-­‐00 Endereço: Av. Kiyoshi Tsunawaki, 41 Bairro: Bairro das Águas Município: Ipatinga UF: MG CEP: 35160-­‐158 Fone: 31. 3829-­‐9442 Fax: E-­‐mail: [email protected] CNES: 2205440 Dirigente: Luís Márcio Araújo Ramos Procurador (se aplicável): Alexandre Guimarães Como entidade filantrópica de direito privado, a Fundação São Francisco Xavier é comprometida com a busca permanente da excelência nos serviços de saúde e educação às comunidades onde atua. A essência da Fundação está no desenvolvimento humano, ressaltando a oferta de ensino de qualidade por meio do Colégio São Francisco Xavier (1962) e o atendimento diferenciado à saúde do Hospital Márcio Cunha (1965). A implantação da Usiminas em Ipatinga e o inevitável crescimento populacional do Vale do Aço a partir da década de 1960 impuseram às lideranças políticas e empresariais um planejamento urbanístico estratégico de longo prazo. Ao atrair trabalhadores dos quatro cantos do país, fomentava-­‐se a necessidade de uma rede de serviços e produtos que garantissem a qualidade de vida dessa população. Tarefa que jamais chegaria a bom termo sem o amparo de uma instituição que cresceu na mesma proporção do município estruturado como pólo regional. A marca da FSFX é sinônimo de excelência. Resultado de décadas de atuação na busca incessante pelo aperfeiçoamento profissional, na multiplicação de oportunidades de negócio e de sua área de atuação. A Fundação São Francisco Xavier afirma-­‐se como um centro de referência de educação e saúde para todo o Estado e para o Brasil. O Hospital Márcio Cunha (HMC) teve sua primeira unidade inaugurada em 1º de Maio de 1965 com o intuito de atender urgências e internações. Hoje, ele conta com três unidades, sendo uma delas a de Oncologia, e atende a pacientes de convênios, particulares e do Sistema Único de Saúde. O HMC é referência para todo leste de Minas, influenciando uma região de 85 municípios e cerca de 1,5 milhão de habitantes. B -­‐ DO PROJETO B.1 -­‐ INFORMAÇÕES GERAIS DO PROJETO 2.1 Título do Projeto: Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha 2.2 Valor total do Projeto: R$ 3.601.366,79 (três milhões, seiscentos e sessenta e seis reais e setenta e nove centavos). 2.3 Prazo de execução (em meses): 24 meses B.2 – DA(S) AÇÕES E SERVIÇOS DE ONCOLOGIA E REABILITAÇÃO De acordo com os artigos 5º e 9º desta Portaria, registrar o campo de atuação pretendida. Assinalar apenas uma única opção. (X) Prestação de serviços médico-­‐assistenciais; ( ) Formação, treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos em todos os níveis; ( ) realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais. B.3 – ÁREA(S) PRIORITÁRIA(S) DO PRONON (De acordo com o artigo 6º). Neste item, descrever, de forma resumida, a área prioritária de que trata o projeto, considerando as opções citadas no Art. 6º. Todas as ações encontram-­‐se em consonância aos incisos I e III do Art. 6º da legislação de regula o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), a saber: I – prestação de serviços médico-­‐assistenciais voltados à atenção/cuidado da pessoa com câncer, principalmente as ações voltadas ao diagnóstico e estadiamento da doença, ao tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico, e aos cuidados paliativos; III – apoio à prestação de serviços de saúde por meio da adequação da ambiência dos estabelecimentos. B.5 – INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA E CAPACITAÇÃO Descrição do projeto: a) Descrever o(s) objetivo(s) do projeto considerando as áreas prioritárias de sua aplicação; Resumo do projeto: Oferecer à população da macrorregião leste de Minas Gerais uma unidade especializada em Oncologia Pediátrica estruturada com 08 leitos, 03 cadeiras de quimioterapia e ambientes destinados à atenção integral para crianças e adolescentes diagnosticados com câncer. É importante ressaltar que a iniciativa suprirá o vazio assistencial da região, uma vez que – atualmente – toda demanda da macrorregião precisa ser encaminhada para outros centros de tratamento; gerando deslocamentos, transtornos e custos que poderiam ser evitados com a implantação da unidade. Objetivo geral: Implantar a primeira Unidade de Oncologia Pediátrica da macrorregião Leste de Minas Gerais, por meio do Hospital Márcio Cunha, situado no município de Ipatinga. Objetivos específicos: -­‐ Reformar uma área exclusiva, já disponibilizada em uma das unidades do Hospital Márcio Cunha, a fim de proporcionar às crianças um espaço de tratamento adequado às suas necessidades e compatível com as exigências da Portaria 140, de 27 de fevereiro de 2014 – que define as condições estruturais para o atendimento em oncologia pediátrica; -­‐ Ambientalizar a área destinada a esta unidade ofertando 08 leitos para internação (dentre estes 01 quarto de isolamento), 03 cadeiras para quimioterapia, além de consultórios para atendimento ambulatorial, brinquedoteca e espaço de convivência; -­‐ Equipar a Unidade de Oncologia Pediátrica para proporcionar aos pacientes a total assistência pautada na qualidade técnica, considerando distintas abordagens no que tange a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer; -­‐ Garantir atendimento multiprofissional por meio da contratação de equipe formada por: médico coordenador, médico oncologista, médico cirurgião pediátrico, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social e pedagoga; -­‐ Atender com qualidade as crianças portadoras de câncer nesta região, minimizando deslocamentos para outros centros de referência em busca de tratamentos; -­‐ Proporcionar acolhida humanizada às crianças portadoras de câncer por meio de protocolos avançados objetivando a cura e o auxilio de acordo com as práticas médicas; -­‐ Diminuir o tempo de espera para o início do tratamento otimizando os procedimentos para diagnosticar e tratar neoplasias infantis; -­‐ Tornar o Hospital Márcio Cunha um centro de referência para crianças com câncer. b) Apresentar a justificativa e aplicabilidade do projeto; A proposição da primeira Unidade de Oncologia Pediátrica da macrorregião leste de Minas Gerais tem como alicerce a diretriz do Plano Nacional de Saúde que prevê a “garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada” e, ainda, a Portaria 140 de 27 de fevereiro de 2014 – que estabelece o escopo e os parâmetros de atuação dos estabelecimentos de saúde habilitados para a assistência especializada em Oncologia no SUS, bem como as qualidades técnicas necessárias ao bom desempenho de suas funções no contexto de rede assistencial. O Hospital Márcio Cunha (HMC), em sua política de aprimoramento e qualificação assistencial para a oncologia, há algum tempo estuda a possibilidade da implantação de uma unidade exclusiva para o atendimento oncológico infanto-­‐juvenil, serviço este ausente na região. Oportunamente, em consonância com as áreas prioritárias do PRONON, no que tange a prestação de serviços médico-­‐assistenciais voltados à atenção/cuidado da pessoa com câncer e a ambiência dos estabelecimentos para tratamento de neoplasias, é proposta a implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha. Em 2014, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estimou o surgimento de 12 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes até os 19 anos, sendo que a região Sudeste responde por cerca de 5.600 novos casos. Considerada uma doença rara, o câncer infantojuvenil (crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos) corresponde a entre 1% e 3% de todos os tumores malignos na maioria das populações. No entanto, apresenta características histopatológicas próprias. Por isso, o câncer que acomete crianças e adolescentes deve ser considerado separadamente daqueles que acometem os adultos, principalmente no que diz respeito ao comportamento clínico. Esses cânceres têm, na sua maioria, curtos períodos de latência, são mais agressivos, crescem rapidamente, porém, respondem melhor ao tratamento e são considerados de bom prognóstico. Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Como a primeira causa são aquelas relacionadas aos acidentes e à violência, podemos dizer que o câncer é a primeira causa de mortes por doença, após 1 ano de idade, até o final da adolescência. Entretanto, o tratamento do câncer em crianças e adolescentes teve uma incrível evolução nas últimas décadas, permitindo uma probabilidade de cura em torno de 70% para muitas das doenças e, em algumas delas, os índices chegam a mais de 90%. Em virtude deste sucesso terapêutico, um dos focos principais dos procedimentos médicos tem sido a humanização do tratamento e a redução da sua toxicidade. Neste contexto, a humanização do tratamento assume papel estratégico, uma vez que a criança e sua família reorganizam-­‐se para enfrentar a doença e manifestam seus sentimentos de angústia e sofrimento ao perceber as mudanças cotidianas ocasionadas pelo câncer. A equipe de saúde compartilha o sofrimento vivido pelo processo e, em sua conduta, desempenha um papel de solicitude, além do seu conhecimento técnico-­‐científico. A doença e a hospitalização geram ansiedade e desorganização na percepção, compreensão e emoção da criança, intensificando-­‐se de acordo com a gravidade da doença. Sob este viés, a estruturação da Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC tem por premissa o tratamento humanizado e especializado para oferecer aos pais e pacientes as informações necessárias e pertinentes à adesão ao tratamento de forma menos impactante possível. Na prática clínica, observa-­‐se que quanto maior o grau de informação maior a aderência do paciente e seus familiares ao tratamento, fato este que motiva a estruturação de uma equipe multiprofissional para atendimento integral aos beneficiários deste projeto. O Hospital Márcio Cunha é um hospital geral, credenciado para atendimentos de alta complexidade (UNACON) e prestação de serviços nas áreas de ambulatório, pronto-­‐socorro, internação e serviços de diagnóstico. O complexo conta com 527 leitos em duas unidades, além de uma terceira unidade exclusiva para o tratamento de pacientes oncológicos e uma Unidade de Medicina Diagnóstica. Vale ressaltar que o Hospital Márcio Cunha é o hospital de referência para a Macrorregião Leste de Minas Gerais e tem sido reconhecido por sua excelência na prestação de serviços assistenciais. Em 2003, o HMC foi a primeira entidade hospitalar do Brasil a obter o certificado de Acreditação com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e em 2014, obteve a certificação NIAHO/DIAS (National Integrated Accreditation for Healthcare Organization/Det Veritas Iternational Accreditation Standard) – norma de acreditação hospitalar internacional desenvolvida a partir de padrões americanos de segurança assistencial e de infra-­‐estrutura. O HMC possui estrutura física, bem como capacidade técnico-­‐operativa para a implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica. Só em 2014, foram mais de 1 milhão e 300 exames de patologia, 120 mil atendimentos no Pronto-­‐Socorro, 32 mil internações e 15 mil cirurgias. O PROJETO: A Unidade de Oncologia Pediátrica será conduzida por médico especialista em cancerologia pediátrica em conjunto com uma equipe multiprofissional para o atendimento integral aos pacientes e suas famílias. A equipe do projeto, além do coordenador, será composta por médico oncologista, médico cirurgião pediátrico, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pedagoga. Em sua estruturação, além de 08 leitos para internação e 03 cadeiras para quimioterapia, estão previstas uma brinquedoteca e uma área de convivência para a realização de atividades lúdicas e educacionais. Dentro do universo infanto-­‐juvenil, imerso no contexto hospitalar, o estudar, o aprender e o relacionar-­‐se atuam diretamente na autoestima do paciente, desenvolvendo sentimentos de superação, além de recreação e crescimento pessoal. Deste modo, procurando minimizar os prejuízos emocionais e escolares que possam decorrer do tratamento, o profissional de pedagogia aliado a equipe do serviço de saúde integrarão suas ações para garantir o pleno exercício da cidadania aos beneficiários do projeto. HABILITAÇÃO DO SERVIÇO Para compor as informações estratégicas ao projeto, anexo a este documento, é encaminhada a anuência do gestor estadual de Minas Gerais Sr. Fausto Pereira dos Santos, ciente da necessidade da habilitação do serviço e favorável à execução do mesmo. É apresentada também a anuência do gestor municipal de Saúde de Ipatinga, Sr.
Eduardo Caldeira De Souza Penna, para a execução da proposta na referida região de saúde. A Macrorregião Leste de Minas Gerais, de acordo com pólo SUS, possui 86 municípios e 1.465.039 habitantes, cumprindo assim o parâmetro populacional previsto no § 4º, do Art. 29 da Portaria 140, a saber: Art. 29. Os estabelecimentos de saúde habilitados como CACON ou UNACON com atendimento em oncologia pediátrica (de crianças e adolescentes) ou hematológica (de crianças, adolescentes e adultos) deverão responder pela cobertura de regiões de saúde, contíguas ou não, considerando o perfil epidemiológico dos cânceres pediátricos ou hematológicos no país, sendo que, para garantir a qualidade da assistência, o parâmetro mínimo de atendimento adotado é de, em média, 100 casos novos/ano, para cada área (pediatria e hematologia): § 4º Nas Regiões Sudeste e Sul, será observada a razão de 1 (um) estabelecimento de saúde habilitado para cada 1.300.000 (um milhão e trezentos mil) habitantes. Mesmo cumprindo o parâmetro populacional, é importante salientar o vazio assistencial para o tratamento oncológico de crianças e adolescentes. Estes pacientes e suas famílias precisam realizar deslocamentos até outros pólos de saúde do país para início das intervenções. A implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha garantirá que todo atendimento possa ser realizado na própria macrorregião, garantindo a assistência mais próxima da residência dos pacientes e em observância aos parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados levantados pela demanda regional, estima-­‐se realizar 173 atendimentos/mês e há previsão de uma média superior a 100 casos novos/ano. Dentre as exigências da Portaria 140, para habilitação do serviço de Oncologia Pediátrica; principalmente as apontadas no Art. 26 – referentes a estrutura organizacional e física da unidade hospitalar – o Hospital Márcio Cunha executará a implantação da sua Unidade assegurando os seguintes critérios: 1) Haverá um responsável técnico pela unidade – médico com especialização, comprovada por título, em Cancerologia Pediátrica, bem como os demais integrantes da equipe – conforme o inciso I, desta Portaria; 2) Serão estruturadas enfermarias com assistência de internação exclusiva em pediatria, inclusive com quarto de isolamento composto por 01 leito, de acordo com o inciso II e III, do Art. 26, da Portaria 140; 3) O serviço de cirurgia já estruturado no HMC atenderá, articuladamente, as especificações das cirurgias pediátricas, conforme inciso IV; 4) O HMC já exerce o registro dos pacientes em um único prontuário e incorporará as informações sobre o diagnóstico definitivo e a quimioterapia dos beneficiários da Unidade de Oncologia Pediátrica, de acordo com o inciso V; 5) As rotinas de funcionamento da Unidade serão atualizadas a cada 4 anos e assinada pelo Responsável Técnico do serviço, contemplando os procedimentos médicos, farmacêuticos e de enfermagem, como determinado no inciso VI; 6) O HMC já conta com uma central de quimioterapia e integrará todo o processo de avaliação da prescrição, manipulação, conservação, acondicionamento, controle de qualidade, distribuição e dispensação de medicamentos quimioterápicos antineoplásicos e de terapia de suporte, de acordo com o inciso VII; 7) A Unidade de Oncologia do HMC garantirá protocolo de procedimento que garanta a presença de um médico pediatra, permanentemente, nas aplicações de quimioterapia para garantir a qualificação dos serviços prestados, em sala distinta da aplicação em adultos, em conformidade ao inciso VIII e o Parágrafo único que trata este inciso; 8) Estão previstos ambulatórios para atendimento e assistência em pediatria, bem como especialidades clínicas e cirúrgicas exigidas para a respectiva habilitação; 9) Haverá pronto atendimento pediátrico para assistência de urgência e emergência, 24 horas, das crianças e adolescentes com câncer que estarão sob responsabilidade do HMC; 10) O Hospital Márcio Cunha já possui uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica que será disponibilizada para atender a demanda da Unidade de Oncologia Pediátrica; 11) Haverá ainda acompanhamento pedagógico, brinquedoteca e área de convivência para a realização de atividades lúdicas e educacionais para os pacientes durante o período de tratamento/internação. CORPO MÉDICO O Hospital Márcio Cunha já conta com médicos cirurgiões pediátricos: Dr. Marcílio Lisboa Vital – CRM – 37277 (RQE Nº 32685 -­‐ Cancerologia/ Cancerologia Cirúrgica) Dr. Renato Rosa Almeida -­‐ CRM – 18878 (RQE Nº 32763 -­‐ Cirurgia Geral, RQE Nº 32764 -­‐ Cirurgia Pediátrica) Para a composição da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, serão contratados novos profissionais, com especialidades em cancerologia pediátrica, para assumirem o papel de coordenador e oncologista clínico da Unidade, a saber: Dr. Nonato Mendonça Lott Monteiro -­‐ CRM -­‐ 45971 (RQE Nº 23213 – Pediatria, RQE Nº 31246 -­‐ Cancerologia/ Cancerologia Pediátrica) Dr. Lucas Teiichi Macedo Monteiro de Castro Hyodo -­‐ CRM – 50687 (RQE Nº 31611 – Pediatria, RQE Nº 31612 -­‐ Cancerologia/ Cancerologia Pediátrica) A Unidade de Oncologia Pediátrica trabalhará sob o tripé da humanização, qualidade médico-­‐assistencial e tecnologia, proporcionando aos beneficiários serviços que incluem: -­‐ Tratamento regional individualizado e especializado; -­‐ Agilidade no diagnóstico e início do tratamento; -­‐ Adequada informação sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico para os pais da criança; -­‐ Acompanhamento multiprofissional para os pacientes e familiares; -­‐ Adequação estrutural da unidade por meio de equipamentos e brinquedoteca dentro do centro de tratamento. Em seu escopo estrutural, a Unidade de Oncologia Pediátrica proposta ainda abarca as seguintes premissas: -­‐ Cumprir os regulamentos dispostos na Portaria 140, 27 de fevereiro de 2014, que redefine os critérios e parâmetros para estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada em oncologia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); -­‐ Incorporar desenvolvimento local – vetor de desenvolvimento científico e tecnológico; -­‐ Diminuir a migração de pacientes para outras regiões de saúde minimizando, assim, a superlotação em hospitais dos grandes centros urbanos; -­‐ Usar protocolos de atendimentos mais humanizados, melhorando a qualidade do tratamento e reduzindo a mortalidade e morbidade infantil. A solicitação da habilitação do serviço de Oncologia Pediátrica já está com seu processo iniciado junto à Secretaria Municipal de Saúde de Ipatinga, conforme documento em anexo. Por todo o exposto, é importante salientar a importância da implantação da unidade na macrorregião leste para minimizar todos os transtornos ocasionados pelos longos deslocamentos demandados às famílias que necessitam deste tratamento especializado. A estruturação da unidade atenderá 85 municípios que compõem a macro leste, com população aproximada em 1,47 milhões de habitantes. Vale ressaltar que a macrorregião nordeste também não conta com uma unidade de oncologia pediátrica e, provavelmente, grande parte da demanda poderia ser absorvida pelo Hospital Márcio. A macro nordeste, que tem a cidade de Teófilo Otoni como pólo conta com 57 municípios e população superior a 800 mil habitantes. Atualmente, toda demanda de oncologia pediátrica da região é direcionada para a Belo Horizonte, sendo que o Hospital Márcio Cunha, fica aproximadamente na metade da distância. Por todo o exposto, o apoio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica se torna indispensável para a execução do plano de trabalho proposto e aperfeiçoamento do Serviço Único de Saúde dentro do complexo oncológico do Hospital Márcio Cunha. c) Descrever os equipamentos, as ações e os serviços de saúde atualmente realizados em nível ambulatorial e hospitalar que apresentem relação com o objetivo do projeto, a fim de demonstrar as ações inovadoras a que o projeto se propõe; O Hospital Márcio Cunha é habilitado pelo Sistema Único de Saúde como UNACON com Serviço de Radioterapia e Hematologia, atendendo aos requisitos dispostos na portaria 140 de 27 de fevereiro de 2014, no que se refere às obrigações e aos critérios estruturais e organizacionais atribuídos aos estabelecimentos de saúde, garantindo as condições técnicas, instalações físicas exclusivas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada para o diagnóstico definitivo e tratamento do câncer em adultos. Em 2014, a unidade de oncologia do Hospital Márcio Cunha, realizou 14.700 sessões de quimioterapia e tratou 46.610 campos com radioterapia para pacientes adultos do Sistema Único de Saúde, fato este que o posiciona entre os principais prestadores de serviços ao SUS. O serviço de Oncologia Pediátrica é inexistente na macrorregião leste de Minas Gerais. Toda a demanda é redirecionada para outros centros de tratamento, uma vez que não há possibilidades de atendimento na região. A implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC, por si só, já representa uma ação inovadora, tendo em vista o vazio assistencial identificado na região. A necessidade de implantar este tipo de atendimento é latente e relevante visto o pleito para melhorar as condições de assistência para as crianças e adolescentes deste raio territorial. O Plano de Trabalho para a implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha baseia-­‐se em três pilares para sua estruturação: 1. Reforma do espaço destinado à estruturação da unidade – conforme ANEXO A que contém: § Projeto arquitetônico da área a ser reformada; §
Memorial descritivo (Detalhamento descritivo das intervenções a serem realizadas); §
Serviços já executados e a executar; §
Números de leitos por atividade – 8 leitos; §
Informar soluções de abastecimento de água potável, esgoto, lixo e energia; Fornecimento de energia elétrica = CEMIG – Centrais Elétricas de Minas Gerais. Capacidade do gerador = 450KVA Abastecimento de água = COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Coleta de esgoto = COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Coleta de lixo comum = Empresa Vital Engenharia Ambiental Coleta de lixo infectante e perfuro cortante = Empresa Serquip Tratamento de Resíduos Coleta de lixo químico = Ambiental Tecnologia Ltda §
Especificação básica dos materiais de acabamento por ambientes §
Detalhamento orçamentário; §
Cronograma de obra; §
Fotos da obra; §
Valores padrão (SINAPI) – Caixa Econômica; §
Cópia da escritura com registro do terreno cartorial do terreno e/ou edificação. 2. Aquisição de equipamentos específicos para a estruturação da Unidade de Oncologia Pediátrica – conforme ANEXO B que detalha a lista de todos os itens a serem adquiridos; 3. Contratação de equipe multidisciplinar, especializada em oncologia pediátrica, para o atendimento integral aos pacientes – conforme ANEXO C que detalha as atividades de cada profissional; d) Descrever a estrutura física (ambientes e equipamentos) a ser utilizada e os recursos humanos a serem empregados na execução do projeto; Conforme previsto na portaria 140 de 27 de fevereiro de 2014, o serviço de Oncologia Pediátrica deve fazer parte da estrutura organizacional e física da unidade hospitalar, e o Hospital Márcio Cunha cumprirá todas as regulamentações expressas na legislação vigente, como: 1 – Estruturar um quarto com leito de isolamento para crianças e adolescentes; 2 – Possuirá uma enfermaria para crianças e adolescentes, bem como ambientes específicos para atendimentos ambulatoriais; 3 – Disponibilizará sala cirúrgica, devidamente atribuída e equipada para atender as demandas da Unidade de Oncologia Pediátrica; 4 – Disponibilizará a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, de acordo com a legislação vigente e compatível com as especialidades pediátricas exigidas para a respectiva habilitação; 5 – A Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC será um espaço exclusivo e totalmente voltado para o tratamento do câncer infanto-­‐juvenil, dessa forma, a sala de aplicação da quimioterapia de crianças e adolescente será distinta da sala de aplicação da quimioterapia de adultos. Conforme exposto, todas estas exigências serão cumpridas e as demais, necessárias ao atendimento, já fazem parte do complexo hospitalar e estarão disponíveis ao serviço de Oncologia Pediátrica como: farmácia, centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, hemoterapia, entre outros. Dentro da estruturação da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, todos os itens retro citados serão executados de acordo com as normas da legislação vigente. Ambientes: Para a estruturação e implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC será reformada uma área de 275,00 m², localizados na Unidade II do Hospital Márcio Cunha. A área da oncologia pediátrica contará 08 leitos para internação (sendo um quarto de isolamento), 03 cadeiras para quimioterapia, 02 consultórios para atendimento médico, ambulatorial e multiprofissional, além da brinquedoteca e uma área de convivência. O Memorial Descritivo, bem como o quantitativo da obra encontram-­‐se neste processo por meio do ANEXO A. Equipamentos: O detalhamento de todos os equipamentos para a estruturação da Unidade, bem como os itens de composição da Brinquedoteca, segue no ANEXO B deste documento. Recursos Humanos: Conforme previsto na portaria 140 de 27 de fevereiro de 2014, no Art. 26, parágrafo I, o Serviço de Oncologia Pediátrica deve ter um responsável técnico médico com especialização comprovada por título, em Cancerologia Pediátrica, bem como os demais médicos da equipe. E ainda, buscando as melhores práticas de humanização e em consonância com o estatuto da criança e adolescente, observa-­‐se a necessidade de um profissional com formação em pedagogia como garantia da continuidade do processo de escolarização; de valorizar os direitos das crianças e adolescentes à educação e saúde; e de reconhecer que o hospitalizado tem necessidades educativas e direitos, incluindo sua autonomia. Além da equipe multiprofissional, que consiste numa modalidade de trabalho coletivo que se configura na relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interação dos agentes entre si e o paciente. Dessa forma, a equipe do projeto será composta por um oncologista pediátrico – que será o coordenador médico da unidade – bem como: médico oncologista, médico cirurgião pediátrico, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de uma pedagoga – responsável pelas atividades educacionais durante o período de internação e tratamento dos pacientes. As descrições das atividades a serem desempenhadas, bem como as justificativas das contratações desta equipe seguem anexas a este processo no ANEXOS C. e) Descrever a abrangência do projeto quanto a: h) dimensão geográfica, com indicação de UF/município beneficiário; Referência para 85 municípios da Macrorregião Leste de Minas Gerais. -­‐ população que será beneficiada com a execução do projeto: População estimada de 1.465.956 habitantes da macrorregião leste de Minas Gerais. h) instituições que serão beneficiadas com o projeto, quando houver, com indicação do número do CNES e/ou CNPJ: não se aplica. f) Descrever o número de vagas ofertadas, quando aplicável; A Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC contará com 08 leitos para internação e 03 cadeiras para a quimioterapia infantil, além do atendimento ambulatorial constante e permanente por meio de uma equipe multidisciplinar. Baseado em dados do tabwin, foi possível estimar o seguinte quantitativo de procedimentos para o público infanto-­‐juvenil SUS na macrorregião leste de Minas Gerais no período de 18 meses: ·∙ Quimioterapia = 675 ·∙ Radioterapia = 625 ·∙ Total em 18 meses = 1.300 ·∙ Média mensal => 73 Os atendimentos ambulatoriais giram em torno de 60% a mais deste quantitativo mensal, ou seja: Atendimento Ambulatorial – média mensal = 60% de 72 => 43 Sendo assim, a meta para atendimentos na Unidade de Oncologia Pediátrica será de 116 atendimentos mensais. (43 atendimentos ambulatoriais + 73 quimioterapias e radioterapias = 116 atendimentos/mês) Prazo de atendimento dos pacientes encaminhados para a Unidade de Oncologia Pediátrica a partir da data do diagnostico será: ·∙ Prazo para 1ª consulta => 15 dias ·∙ Prazo para início do tratamento consulta => máximo 45 dias Ao final do projeto, prevendo 18 meses de produção, a Unidade executará 2.088 atendimentos. (116*18 => 2.088 atendimentos) g) Descrever os resultados esperados, decorrentes da execução do projeto, suas metas a serem atingidas e respectivos indicadores (conforme quadro abaixo); Unidade de medida Indicador de Resultado Número de atendimentos em oncologia pediátrica no HMC. Prazo para a 1ª consulta Prazo máximo para início do tratamento Atender casos novos/ano (tumores sólidos e de origem hematopoética). Atendimentos / mês Dias Dias Ano Situação atual Resultado Esperado – Meta 0 116 -­‐ -­‐ 15 45 0 100 *dados retirados da pesquisa do TABWIN de acordo com o filtro de cidades da macrorregião leste, idade dos pacientes e local de tratamento em Minas Gerais em 2014. É importante registrar que a produção referente a quimioterapia e radioterapia, bem como os atendimentos ambulatoriais da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha serão faturados pelo projeto e informados no CIHA. h) Apresentar o plano de atividades para execução do projeto (conforme quadro abaixo); O cronograma de execução do projeto é estruturado em 24 meses a partir da data de liberação dos recursos da conta captação para a conta movimento. UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Data de Data de VALOR ATIVIDADE % início conclusão ESTIMADO Reforma da Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC (SINAPI) mês 01 mês 06 R$687.001,16 19,1% Aquisição de equipamentos para a estruturação da Unidade. mês 01 mês 06 R$852.521,83 23,7% Medicamentos Oncológicos Brinquedoteca Equipe Multiprofissional Auditoria mês 07 mês 01 mês 07 mês 01 mês 24 mês 06 mês 24 mês 24 R$199.874,25 R$7.180,72 R$1.654.788,83 R$30.000,00 5,5% 0,2% 45,9% 0,8% Assessoria para Gestão do Projeto (valor mensal = R$ 5.000,00) mês 01 mês 24 R$120.000,00 3,3% Captação de Recursos TOTAL: R$50.000,00 R$3.601.366,79 1,4% 100,0% i) Descrever as atividades de monitoramento da execução do projeto; O HMC possui um sistema gerencial de registro e acompanhamento dos indicadores onde é feita a análise crítica dos resultados com plano de ação preventivo e corretivo. A análise é realizada mensalmente e as metas para o ano seguinte são baseadas pela série histórica e com diretrizes institucionais, que incorporam procedimentos e tecnologia para o crescimento da produção. Esta análise será realizada em todo o processo de implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do HMC e disponibilizada ao final do projeto para o Ministério da Saúde. j) Quando aplicável, descrever formas de disseminação dos resultados do projeto, tais como: eventos científicos, oficinas, material de divulgação/publicação, entre outras formas; Será dada ampla divulgação ao projeto da implantação da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, por meio da assessoria de comunicação da Fundação São Francisco Xavier tendo como instrumentos a assessoria de impressa, sítio eletrônico da Fundação e do Hospital, além de materiais informativos de circulação interna e do relatório anual de gestão da instituição. l) No caso do projeto envolver reforma, deverão ser atendidos os requisitos previstos nesta Portaria; Todos os arquivos referentes à reforma da Unidade de Oncologia Pediátrica encontram-­‐se no ANEXO A que segue neste processo. m) Demais informações relevantes em conformidade com as especificidades da área de atuação e do projeto. Anexos do projeto: -­‐ Anexo A – Informações da Reforma; -­‐ Anexo B – Equipamentos (Unidade e Brinquedoteca); -­‐ Anexo C – Descrição da Equipe Multiprofissional; -­‐ Anexo D – Medicamentos Oncológicos; -­‐ Planilhas; -­‐ Currículos médicos; -­‐ Solicitação de habilitação do serviço de Oncologia Pediátrica pelo Hospital Márcio Cunha; -­‐ Declarações e anuências. ANEXO B EQUIPAMENTOS UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Estruturação: Cama recuperação motorizada Colchões solteiro napa 100x900x1900mm enfermaria Berços fowler luxo metahospitalar MT093F Cadeiras para acompanhantes (POLTRONA reclinável enfermaria NT 760) Mesas de cabeceira moldura tampo marfim Aspirador cirúrgico portátil elétrico Mesas de refeição (móvel -­‐ rodinha) Banheiras para banho banheira de pé (BERÇO E BANHEIRA ACRÍLICA DE PÉ) Televisão LCD 32 USB Suporte de soro móvel BASE C/04 rodizios FLOW Suporte de soro fixo p/ teto M1 Escada (02 degraus) Aço Inox Marrecos Aço Inox OU PAPAGAIO Comadres Aço Inox Bombas de Infusão Equipo p/ enteral e parenteral comodato Cadeira de roda (infantil) Cadeira de roda (adulto) Jaguaribe 100kg Cadeira de roda (adulto) Jaguaribe 160kg Cadeira de banho (infantil) Cadeira de banho (adulto) rodas banho/sanitário Carro de emergência LANCO LP3391 Cardioversur c/ marcapasso n/invasivo lifepack 20 Aparelho ECG 03 canais DX EP12D-­‐0 Oxímetro pulso digital tipo dedal Aparelho Multiparâmetros monitor sinais vitais multiparâmetros 4 parâmetros Carrinho de medicação carro de transporte de medicação Lanco LP050 Caixas térmicas (medicação) caixa térmica Cap. 24lts invicta Ambú (adulto) ressucitador manual adulto Ambú (infantil) ressucitador manual infantil Ventilador pulmonar -­‐ (adulto) respirador volumétrico microprocessador adulto Ventilador pulmonar-­‐ Respirador (infantil) volumétrico adulto/infantil VNI (BIPAP) máscara polivinil coxim inflável nº 02 p anestesia VNI (BIPAP) máscara polivinil coxim inflável nº 03 p anestesia VNI (BIPAP) máscara polivinil coxim inflável nº 04 p anestesia VNI (BIPAP) máscara polivinil coxim inflável nº 05 p anestesia Aparelho BIPAP SYNCHRONY II VNI (BIPAP) máscara polivinil coxim inflável nº 06 p anestesia Macronebulizador -­‐ Traquéia de silicone p/ unidade de oxigenação Máscara plástica tamanho adulto p nebulizador Micronebulizador nebulizador conjunto polipropileno equipado c/ máscara Laringoscópio (adulto) cabo laringoscópio p/ 2 pilhas médias Laringoscópio (infantil) cabo laringoscópio p/ 2 pilhas pequenas Láminas para laringoscópio nº 4 Protec Láminas para laringoscópio nº 3 Protec Láminas para laringoscópio nº 2 Protec Estetoscópio adulto Estetoscópio (infantil) pediatrico Venoscópio baby jarro para banho bacia para banho Venoscópio plus adulto Caixa portátil para transporte de material biológico maleta transp. Med. 220x440x240mm Carrinho de cuidados Curativo e banho Negatoscópio 1 corpo p/ parede Macas Carro de Transporte (material contaminado) 01 portaFB 807 Biombos Fibra 3 divisões palha Aparelho de pressão (pedestal) adulto Aparelho de pressão (pedestal) infantil Balança (adulto) eletrônica Balança ( pediátrica) eletrônica Bebedouros purificador água soft everest 4lts Garrafas Térmicas aço inox 1 lt 9500 Cadeira digitador c/ braços Vinil Preto -­‐ Padrão Impressora comodato Computador microcomputador Positivo Master D360 Geladeiras (Medicamentos e Exames) 080lts 110v p ice bar Computadores microcomputador Positivo Master D360 Impressora (A4) comodato Impressora (pulseiras) Impressora térmica LP 2824 cadeiras para computador secretária estofada c/ prancheta scamont Móvel Planejado para atendimento móvel formica pau marfim MED Telefones aparelho telefonico intelbras Quadro de Avisos aço escovado cor branca 600x800mm Fronha adulto cor branca persolinazada Lençol 1250x2000mm 100%algodão Pisos de banho bege 450x800MM C/ logotipo Toalha de Banho verde claro 860x1350mm c/ logotipo Toalha de rosto verde claro 480x860 mm c/ logopito Travesseiro flocos 120x400x600mm curvim p/ enfermaria Cobertor KZA 200x1600x ecosoft pop pró Camisola paciente aquaflor verde tamanh único Short infantil P/M/G Camisa pijama Infantil P/M/G Fluxômetro oxigênio escala válvula reguladora p/cilindro de oxigênio Válvula reguladora p/rede de oxigênio passante prancha sistema deslizante para trnsf. Paciente Aparelho glicosímetro Máscara borracha p/ ressucitador Máscara ressucitador Narcosul Mesa auxiliar de mayo foco cirúrgico móvel Ambulatório: Cadeiras longarina 03 assentos em polipropele marrom Suporte de Soro (móvel) base com 4 rodizios flow Quadro de Avisos aço escovado cor branca 600x800mm Aspirador cirúrgico portátil elétrico suporte de hamper Computador microcomputador Positivo Master D360 Telefones aparelho telefonico intelbras Impressora comodato Impressora (pulseiras) Impressora térmica LP 2824 Televisão LCD 32 USB Aparelho glicosímetro Bombas de Infusão comodato Mesa auxiliar de mayo foco cirúrgico móvel Consultórios: Computador microcomputador Positivo Master D360 Quadro de Avisos aço escovado cor branca 600x800mm Impressora comodato Cadeira digitador c/ braços Vinil Preto -­‐ Padrão Maca transporte adulto Hospimetal 2019G Telefones aparelho telefonico intelbras Negatoscópio 1 corpo estetoscópio pediátrico Estetoscópio adulto Aparelho de pressão (pedestal) adulto Aparelho de pressão (pedestal) infantil Balança (adulto) eletrônica Balança ( pediátrica) eletrônica Bebedouros purificador água soft everest 4lts Brinquedoteca: crianças de 0 a 3 anos de idade brinquedo de encaixe quebra-­‐cabeça casinha didática divertida conjunto de casinha para montar alfabeto ilustrado aprendendo as cores aprendendo os opostos balde didático bate pinos Canto do Faz de Conta DVD Coelho Sabido Esquema Corporal Psicomotricidade Amarelinha de EVA Brinc & Color -­‐ 280 peças Dedoches Chapeuzinho Vermelho Branca de Neve Pinóquio Rapunzel Branca de Neve Sete Anões Kit Ferramentas Mecânico Kit Cozinha Jogo da Memória Frutas -­‐ CANTO DA INFORMÁTICA: Computadores Tablet CD-­‐Rom Coelho Sabido Jardim OFICINA DE ARTES Mesa educativa Conjunto de mesa e 2 cadeiras Baú -­‐ CANTO DA LEITURA: 2 anos Bem-­‐ti-­‐vi Livro de Histórias Girassóis e outras poesias 3 anos Bililico Meus Posquinhos O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado 4 anos Onde Está a Mamãe ? ... E a Lua Sumiu Por Favor, Obrigado, Desculpe 5 anos Cocô de Passarinho A Velhinha que Dava Nome Às Coisas Um Porco Vem Morar Aqui ! 6 anos A Arca de Noé Futebol Amigos do Peito 7 anos Um Lobo Instruído Pedro e o Lobo O Grufalo 8 anos Pomba Colomba Tudo é Possível A Fada Emburrada 9 anos Como Viver para Sempre O Segredo da Plataforma 13 Tremendo de Coragem 10 anos Ou Isto Ou Aquilo -­‐ Cecília Meireles Será o Benedito! -­‐ Mario de Andrade Mais Respeito, Eu Sou Criança! -­‐ 3ª Ed. 2009 -­‐ Pedro Bandeira 11 anos Doze Reis e a Moca no Labirinto do Vento -­‐ Marina Colasanti A Chave do Tamanho -­‐ Monteiro Lobato Aprendiz de Inventor -­‐ Joao Anzanello Carrascoza 12 anos William Shakespeare e Seus Atos Dramaticos -­‐ Andrew Donkin As Mil e Uma Noites -­‐ Ferreira Gullar Viagens de Gulliver -­‐ Jonathan Swift O Caso Girassol -­‐ Col. as Aventuras de Tintim -­‐ Herge 13 anos George e a Caça ao Tesouro Cósmico -­‐ Hawking, Ma Stephen/ Hawking, Lucy Os Natos Volta ao Mundo -­‐ Beto Junqueyra O Menino do Pijama Listrado -­‐ John Boyne 14 anos Venha Ver o Pôr-­‐do-­‐sol e Outros Contos -­‐ Lygia Fagundes Telles Senhora -­‐ Col. Reencontro -­‐ Jose De Alencar Princesa -­‐ Jean P. Sasson 15 anos Iracema -­‐ Nova Ortografia -­‐ José de Alencar O Caçador de Pipas -­‐ Khaled Hosseini Dois Irmãos -­‐ Milton Hatoum 16 anos O Físico -­‐ Noah Gordon Cinco Minutos / a Viuvinha -­‐ José de Alencar Hamlet de William Shakespeare -­‐ William Shakespeare 17 anos A Elegância do Ouriço Laços de Família -­‐ Clarice Lispector São Bernardo -­‐ Ramos, Graciliano 18 anos A Cidade e as Serras Mensagem EQUIPE MULTIPROFISSIONAL UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDÁTRICA – HOSPITAL MÁRCIO CUNHA MÉDICO COORDENADOR As atribuições do Médico Coordenador da oncologia pediátrica estão baseadas em quatro competências básicas: Competência Clínica: Estabelecer plano de cuidados e realizar seguimento. 1. Realiza anamnese e exame físico em crianças e adolescentes direcionados à identificação de doença tumoral, co-­‐morbidades e fatores de risco (individuais e familiares), estabelecendo relação inter-­‐pessoal empática na abordagem clínica, aberta à identificação das necessidades singulares do paciente e familiares em cada momento da evolução de sua enfermidade; 2. Analisa criticamente a adequação de procedimentos diagnósticos e terapêuticos clínico-­‐
cirúrgicos previamente realizados em termos de pertinência e confiabilidade e investiga a extensão da doença neoplásica (estadiamento), a existência de co-­‐morbidades para a tomada de decisões quanto ao plano diagnóstico e terapêutico; 3.Informa de modo claro e seguro aos familiares ou responsáveis pelo paciente quanto às etapas necessárias para o diagnóstico/ estadiamento/ terapêutica com sensibilidade e respeito para seus valores, necessidades e crenças, estabelecendo uma relação de confiança de forma a garantir a compreensão do que precisam saber para que participem das tomadas de decisão mais oportunas frente à doença; 4.Participa ativamente da equipe multidisciplinar na elaboração do planejamento terapêutico com base no uso crítico e racional do conhecimento, no contexto cultural e sócio-­‐econômico, na escuta atenta das necessidades singulares de cada paciente e de seus familiares e em sua visão acerca da qualidade de vida desejada, garantindo sua participação nas tomadas de decisão nos diversos momentos da evolução da doença; 5. Planeja e executa o tratamento oncológico (quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e bioterapia) e de suporte clínico em todas as indicações (neoadjuvante, adjuvante, curativa ou paliativa) monitorando os resultados obtidos e efeitos colaterais com o objetivo de atingir o melhor resultado terapêutico minimizando as complicações clínicas e readequando o planejamento após cada ciclo de tratamento; 6. Informa adequadamente os pacientes e seus familiares sobre as intercorrências do tratamento a ser realizado ; 7. Orienta pacientes e familiares, com base em fatores de risco, quanto às medidas de promoção da saúde, prevenção e detecção precoce do câncer, prevenção e controle de co-­‐morbidades; 8. Antevê possíveis efeitos colaterais agudos ou crônicos, tentando minimizálos. 9. Define estratégias diferenciadas para cada contexto e realiza o seguimento dos pacientes, considerando a especificidade do quadro, os aspectos psicológicos e sócio-­‐culturais de pacientes e familiares, os efeitos colaterais tardios do tratamento e os tipos adequados de exames e intervalos necessários para a identificação de recidivas, garantindo o cuidado em todas as dimensões da atenção; 10. Elabora estratégias e atua na paliação da dor utilizando, sempre que possível, parâmetros objetivos para acompanhamento e avaliação do esquema terapêutico, considerando a causa da dor, o estágio da doença, o contexto sócio-­‐econômico, as relações familiares, valorizando a dimensão subjetiva de perdas físicas e afetivas, buscando, nos limites entre risco e benefício, as melhores alternativas terapêuticas de forma individualizada ao longo de todo o curso da enfermidade; 11.Orienta e conduz a investigação e tratamento de intercorrências relativas a complicações específicas da doença e do tratamento e elabora estratégias para prevenir a ocorrência e reduzir o dano dessas complicações; 12.Compartilha as demandas permanentes de pacientes e familiares com os membros da equipe multiprofissional de forma a estabelecer limites saudáveis para a sua atuação e a manter-­‐se disponível e atento às necessidades do paciente, garantindo a melhor qualidade do cuidado. 13.Orienta e conduz o plano de cuidado domiciliar em cooperação com a equipe multiprofissional, aprofundando a compreensão sobre o modo de vida, os valores e o suporte doméstico e social de que dispõe o paciente, e implementando intervenções para a sua melhor qualidade de vida; 14.Elabora e implementa estratégias de preparação para a morte, em conjunto com a equipe multidisciplinar, com a participação de familiares, garantindo o apoio nas suas tomadas de decisão e mantendo disponíveis alternativas para os cuidados no seguimento final do paciente; 15.Analisa a adequação de medidas terapêuticas em pacientes terminais pesando as necessidades de intervenção paliativa, evitando a realização de tratamentos fúteis, na perspectiva da melhor qualidade de morte possível, dentro da visão psico-­‐social-­‐cultural e religiosa do paciente e familiares. Competência de Gestão: Identifica necessidades da organização do serviço; Intervem nos problemas da organização e da operacionalização do serviço; Monitora e avalia resultados no cuidado oncológico do serviço; Participa de ações de controle do câncer na rede de serviços. 1. Participa ativamente da definição de necessidades do serviço para a melhoria da qualidade da assistência médica integral prestada aos pacientes oncológicos; 2-­‐Estimula o uso dos registros hospitalares de câncer, valorizando a qualidade dos dados gerados na instituição; 3. Identifica requerimentos de reestruturação física das unidades assistenciais da Instituição (disposição de leitos, recursos humanos e tecnológicos e outros) para a atenção integral às necessidades dos pacientes; 4. Mobiliza, com base na melhor relação custo-­‐efetividade, os recursos disponíveis de forma a contribuir para a resolução dos problemas identificados na organização e na operacionalização do cuidado aos pacientes e familiares; 5. Participa ativamente da organização do fluxo de atendimento e do agendamento dos pacientes com operacionalização do serviço pela gravidade e fase da doença, considerando o contexto sócio-­‐econômico, as demandas regionais e as características individuais e limites pessoais da equipe profissional e da Instituição; 6. Avalia, por meio de indicadores, a qualidade da atenção ambulatorial e hospitalar, compartilhando os resultados alcançados com a equipe multiprofissional para a melhoria contínua das práticas de cuidados. 7. Participa da avaliação e da proposição de iniciativas para otimizar e racionalizar a distribuição de recursos materiais e financeiros entre os diversos setores da atenção oncológica na instituição. 8.Identifica lideranças em outras unidades assistenciais de forma a organizar fluxos de referência e contra-­‐referência e a contribuir na ampliação e desenvolvimento de capacidades para o seguimento de ações de controle descentralizado dos pacientes; 9.Participa do processo de cooperação interinstitucional, no reconhecimento de seu papel educativo, de serviços social e político, fortalecendo ações descentralizadas de prevenção, controle e atenção em câncer, ampliando, em todas as oportunidades, a visibilidade do câncer como problema de saúde pública, contribuindo para o planejamento e gestão nessa área. Orienta suas ações nessa esfera pelas prioridades decorrentes do perfil epidemiológico regional; 10.Participa ativamente das decisões gerenciais referentes aos esquemas terapêuticos oferecidos na instituição e no sistema de saúde segundo os protocolos de regulação e as regras de financiamento do SUS, considerando os recursos orçamentários disponíveis, buscando a melhor relação custo efetividade, a melhoria da qualidade e a equidade no acesso ao tratamento do câncer, sugerindo adequações orçamentárias para os acréscimos necessários. Competência de Educação: Identifica necessidades de aprendizagem individuais e coletivas Participa de atividades de difusão do conhecimento 1. Elabora e implementa ações educativas junto a cuidadores domiciliares e profissionais de saúde de todos os níveis, de forma articulada com os serviços de saúde para a garantia da continuidade da necessidades de atenção ao paciente, em fluxo de referência e contra-­‐
referência, de forma integral e descentralizada; 2.Promove e participa de ações educativas com base na identificação de suas necessidades individuais e de aprendizagem, bem como da equipe multidisciplinar, visando à otimização do tratamento e à orientação do paciente, seus familiares e cuidadores; 3.Organiza e participa de atividades de ensino-­‐aprendizagem em serviço, promovendo a dimensão educativa de sessões clínicas e reuniões de serviço, explorando esses espaços como momentos de aprendizagem da equipe multiprofissional para a melhoria da qualidade da atenção oncológica. 4. Comunica adequadamente em espaços de divulgação técnico-­‐científica, divulgando os achados das atividades de produção e da avaliação crítica de conhecimento no campo da cancerologia; 5. Participa de iniciativas de difusão de informações qualificadas para a promoção de saúde, a prevenção e o controle do câncer junto a equipes multidisciplinares, pacientes, cuidadores, familiares e comunidade, reconhecendo a necessidade do uso de diferentes linguagens, contribuindo para a ruptura de preconceitos e estigmas e para a correta interpretação de informações veiculadas pelos diversos meios de comunicação. Competência de Pesquisa Avalia e produz conhecimento na área da oncologia. 1. Emprega ferramentas de avaliação crítica do conhecimento para verificar a pertinência da adoção de novas condutas clínicas e cirúrgicas em oncologia pediátrica; 2. Participa ativamente de iniciativas de produção de conhecimento e da avaliação de novas terapêuticas orientando-­‐se por princípios éticos e por sólida compreensão do método científico e pelas demandas da população brasileira. http://sboc.org.br/revista-­‐sboc/pdfs/6/artigo6.pdf ENFERMEIRO O papel do Enfermeiro na oncologia pediátrica Competência técnica, o atendimento humanizado e o apoio psicoemocional são os diferenciais fundamentais da equipe de Enfermagem. Na Oncologia Pediátrica, o enfermeiro deve ter conhecimento sobre a fisiopatologia dos diferentes tipos de câncer e suas opções de tratamento, bem como compreender o processo de crescimento e desenvolvimento normal da criança, para que seja competente ao assistir a criança com câncer e possa discutir junto à equipe médica as diferentes abordagens no tratamento deste paciente. O cuidado de enfermagem em Oncologia Pediátrica deve compreender, em primeiro lugar, seu mundo particular em cada etapa evolutiva de vida; focalizando também este cuidado em uma visão holística no que tange a díade criança-­‐família, buscando satisfazer suas necessidades independentemente de seu problema imediato. Além do entendimento dos diversos efeitos adversos agudos decorrentes dos tratamentos oncológicos, a assistência em Oncologia Pediátrica visa a compreensão dos efeitos colaterais (físicos e emocionais) tardios, pois atualmente o número de sobreviventes do câncer infantil vem aumentando significativamente. A assistência de enfermagem em oncologia pediátrica se define por ações especializadas nos diversos momentos do tratamento da criança: 1. Admissão: Momento no qual se expõe à família estratégias do processo de cuidar, apresentando as características da unidade e fazendo entender o quanto algumas rotinas são importantes para a o bem-­‐estar da criança. Um dos elementos fundamentais, quando do ingresso da criança e família no hospital, é estabelecer com a equipe multidisciplinar um relacionamento seguro, tranqüilo e de empatia. Quando clara, essa comunicação facilitará e promoverá auxílio para minimizar os efeitos nocivos causados pela comunicação do diagnóstico. Deve ser de fácil entendimento e abordar não somente o diagnóstico mas também as possibilidades de tratamento. Quanto maior o conhecimento da família acerca do diagnóstico e das possibilidades de tratamento, melhor será a contribuição para o cuidado prestado. Com o passar dos dias e evolução do tratamento, a criança, que no início apresentava dificuldades de interação e participação no processo de cuidado, torna-­‐se mais acessível e participativa, uma vez que se perceba como igual às demais crianças, iniciando-­‐se aí um processo de identificação. O reconhecimento do ambiente como parte do seu dia-­‐a-­‐dia, sendo o mesmo acolhedor, possibilita maiores condições de enfrentamento. À medida em que se define o tratamento, internações sucessivas fazem parte da rotina da criança e entendemos que, também como parte do tratamento, ela precise de um momento disponível para recreação. O lúdico é fundamental para que a criança elabore as dificuldades encontradas e compreenda a importância do tratamento para o seu restabelecimento. 2. Manejo de Sinais e Sintomas Causados pela Quimioterapia: No processo e evolução naturais do tratamento do câncer, o uso de quimioterápicos é necessário na maioria dos pacientes. É de fundamental importância que o enfermeiro tenha conhecimento sobre as drogas utilizadas, seus efeitos adversos, classificação e ação dos agentes e interações entre as drogas. Ele deve atentar para o tipo de tratamento, evolução clínica (estágio da doença) e ainda para a história da criança quanto à tolerância aos ciclos anteriores de quimioterapia. Estes dados são coletados através da anamnese e exame físico no momento da internação, para que o enfermeiro focalize sua assistência na prevenção e intervenção precoce dos efeitos adversos. 3. Neutropenia: Segundo Bonassa, "pacientes que recebem quimioterápicos devem ser cuidadosamente monitorados para determinar a ocorrência e a duração da mielossupressão. O tempo transcorrido entre a aplicação da droga e a ocorrência do menor valor de contagem hematológica é chamado de NADIR. A recuperação medular se segue a esse período, até atingir valores próximos ao normal". O grau de mielossupressão varia segundo o esquema quimioterápico utilizado; por isso, cuidados especiais são necessários nesse período, como por exemplo: dieta de cozidos e fervidos, evitar esportes ou atividades que possam causar traumas e não usar medicações como Ibuprofeno e Aspirina, entre outros. A maioria dos pacientes tratados com drogas antineoplásicas desenvolvem neutropenia, em geral do sétimo ao décimo-­‐quarto dia após a administração. Os esquemas mais agressivos (altas doses) causam neutropenia severa, usualmente associada à infecção. A flora endógena aumenta o risco de infecções, quando a criança apresenta a contagem de células diminuída, devendo introduzir-­‐
se dieta especial e, quando possível, evitar locais com grande número de pessoas. Outro recurso, é a administração de fatores estimuladores hematopoiéticos, conhecidos como CSF (Colony Stimulation Factors), que solucionam distúrbios na produção de neutrólfilos secundários. CSFs são utilizados para reduzir o período de neutropenia e portanto, os riscos de morbi-­‐mortalidade e período de internação. Crianças tratadas com drogas quimioterápicas que produzem toxicidade hematológica moderada ou pequena, parecem não se beneficiar do uso profilático CSFs. A neutropenia limita a dose de várias drogas utilizadas no tratamento oncológico. A alteração da quimioterapia, devido à neutropenia, poderá atrasar o ciclo seguinte e/ou impor a redução da dose, podendo comprometer o resultado do tratamento. A administração dos CSFs pode ser via subcutânea (SC) ou endovenosa, permanecendo estáveis por 24 horas após reconstituídos em solução glicosada para infusão. Os locais preferenciais para infusão SC são: abdômen, deltoide e vasto lateral da coxa. A redução do tempo de hospitalização permitirá à criança e família ficarem mais tempo em casa, recebendo o apoio e encorajamento necessários para um restabelecimento rápido. 4. Náuseas e Vômitos: A incidência e intensidade de náuseas e vômitos são variáveis nas crianças tratadas com quimioterápicos. No entanto, este evento faz parte do tratamento oncológico, visto que o uso de drogas emetogênicas é necessário. Náuseas e vômitos (N/V) podem definir-­‐se por: a) N/V antecipatórios: são aqueles que ocorrem antes de iniciar novo ciclo de quimioterapia; b) N/V agudos: nas primeiras 24hs após administração do quimioterápico; c) N/V tardios: ocorrem durante um período superior á 24hs após a quimioterapia e normalmente associa-­‐se ao uso de drogas como: cisplatina, ciclofosfamida, etc., administradas em altas doses ou em 2 ou mais dias consecutivos; d) N/V crônicos: associados a uma variedade de potenciais etiológicos. Embora não se conheça perfeitamente a causa, sabemos que fatores gastrointestinais, metabólicos, quimioterapia citotóxica e causas neurológicas podem ser responsáveis por náuseas e vômitos crônicos. Segundo Marrow (1995), quanto ao manejo das náuseas e vômitos, "o tratamento bem sucedido destes efeitos colaterais melhora significativamente o grau de aceitação do regime quimioterápico prescrito". Assim, é importante minimizar esses efeitos, dentro do possível, para que haja maior tolerância às drogas eméticas. Alguns recursos utilizados são: escolha de dieta de preferência da criança, mas dentro da recomendada na prescrição médica; dar preferência à ingesta de alimentos sólidos frios ou à temperatura ambiente e de fácil digestão e, de preferência, em refeições fracionadas; não forçar a aceitação da via oral e valorizar a queixa da criança sobre sensações semelhantes à náusea, administrando os anti-­‐eméticos prescritos, se necessário. 5. Mucosites e Estomatites: São termos utilizados indiscriminadamente para descrever o mesmo fenômeno. Estomatite refere-­‐se à qualquer reação inflamatória que afete a mucosa oral, provocando ou não ulceração e poderá ser causada por fatores locais. Mucosite define-­‐se por reação tóxica inflamatória que afeta todo o trato gastrointestinal, causando lesões ulcerativas e eritema. A mucosite oral pode complicar-­‐se na presença de infecções, principalmente em crianças imunocomprometidas e sob antibioticoterapia por um período prolongado, pois a flora da cavidade oral se alterará, propiciando a colonização por fungos. Para aquelas crianças com história de mucosite severa pós quimioterapia, o enfermeiro deverá ficar atento ao regime quimioterápico a que serão submetidas, intensificando os cuidados preventivos dessas complicações e inspecionando a cada turno a cavidade oral detalhadamente. Para tanto, a higiene oral deverá ser de no mínimo uma vez por turno, desde o início da quimioterapia, realizada de forma delicada e sem traumatizar a mucosa oral; com escova dental macia ou gaze para crianças menores, solução de clorexidine e bochechos com chá de malva; enquanto a mucosa permanecer íntegra. A ingestão de alimentos leves e não ácidos é recomendada, evitando alimentos duros, quentes e condimentados. Deve-­‐se manter os lábios lubrificados, evitando assim rachaduras e monitorando a hidratação e ingestão de maior quantidade de líquidos. 6. Avaliação e Manejo da Dor: O enfermeiro deve ter conhecimento adequado sobre a fisiopatologia da dor relacionada ao câncer e seu tratamento, sendo de extrema relevância o conhecimento sobre utilização de analgésicos e opióides no manejo da dor em Pediatria. Faz parte desse processo utilizar meios adequados de avaliação da dor, nunca subestimando a dor em Pediatria e lembrando-­‐se que a criança tem capacidade de perceber e localizar a dor e de referir intensidade. Porém, a habilidade de expressar dor em crianças ainda em período pré-­‐
verbal torna-­‐se um pouco limitada. Neste caso, o enfermeiro deve atentar para sinais de dor, tais como choro, irritabilidade, recusa de contato com a parte do corpo afetada, taquicardia, aumento da pressão arterial, hiperglicemia por estresse e diminuição da saturação de oxigênio. Devido à natureza relativamente subjetiva da dor, a avaliação deve ser feita de forma sistemática, preferencialmente utilizando-­‐se escalas específicas. 7. Manejo de quimioterápicos e precaução com drogas vesicantes: A administração e descarte das drogas quimioterápicas é função exclusiva do enfermeiro, pois esses agentes representam um risco em potencial para a saúde. A administração de alguns quimioterápicos, como asparaginase, bleomicina e epipodofilotoxinas, podem causar reações alérgicas que variam de leve a severa. O fato da criança não ter apresentado reação alérgica na administração prévia dessas drogas, não exclui a possibilidade de reação ou choque anafilático nas administrações subsequentes. As substâncias vesicantes são aquelas que causam grave destruição tecidual quando infiltradas. Sendo assim, essas drogas devem ser administradas pelo enfermeiro de forma bastante cautelosa. Na administração em acesso venoso periférico, o refluxo deve ser testado durante a infusão, observando-­‐se também o aparecimento de reações do tipo hiperemia e edema no sítio de punção e atentando para queixa de dor ou choro persistente para crianças menores. Nos casos de extravazamento de drogas vesicantes, tentar aspirar a droga residual, evitar compressão direta no sítio de extravazamento, aplicar compressas frias para a maioria das drogas -­‐ com exceção da vincristina e vimblastina -­‐ por 20 minutos de 6/6 horas, nas primeiras 24 hs e, se possível, elevar o membro nesse período, observando o local quanto a eritema, endurecimento, edema e necrose. Os sinais e sintomas de extravazamento poderão surgir até mesmo dias após a administração da droga. Por isso, o registro detalhado do incidente se faz necessário, bem como a monitorização da região afetada. 8. Manuseio de Cateter: Como o tratamento oncológico é prolongado, a infusão endovenosa de quimioterápicos através de cateteres venosos centrais de longa permanência é necessária. Atualmente, existem dois tipos principais de cateteres de longa permanência: os totalmente implantados e os semi-­‐implantados. Ambos tem suas vantagens e a seleção é determinada com base nas indicações médicas, preferência do paciente e rotina de cada instituição. Alguns detalhes técnicos devem ser observados durante a manipulação dos cateteres de longa permanência: 1.
Todo e qualquer manuseio do cateter exige lavagem prévia de mãos e utilização de técnica asséptica. 2.
Lavar o catéter antes e após cada uso com pelo menos 50 ml de soro fisiológico. 3.
Na punção, utilizar agulha Huber (para cateter totalmente implantado), observando sempre técnica asséptica. Localizar o centro do reservatório através da palpação de seus bordos e introduzir a agulha até perceber contato com o fundo. 4.
Em caso de dificuldades ou ausência de fluxo, comunicar a equipe médica. 5.
Evitar o uso desses cateteres para infusão de hemoderivados. Quando não há escolha e o uso para este fim for necessário, após a transfusão lavar o cateter com solução fisiológica. 6.
Nunca infundir drogas incompatíveis simultaneamente, pelo risco de precipitação no interior do cateter -­‐ e tampouco infundir contrastes para exames como cintilografias ou tomografias, que requerem o uso desse tipo de solução, pelo risco de obstrução e comprometimento do bom funcionamento do mesmo. 7.
As coletas de sangue, quando feitas pelo cateter, são realizadas pela enfermeira. 8.
No retorno da criança para casa com o cateter semi-­‐implantado, é importante que um responsável fique encarregado de fazer o curativo. O enfermeiro é o responsável em ensinar o familiar do paciente a fazer esse procedimento. Em unidade de internação, deve-­‐se trocar os curativos a cada 7 dias ou quando necessário (para cateter totalmente implantado), inspecionando-­‐se o local de inserção do cateter ou da agulha, conforme o caso e registrando em prontuário toda e qualquer alteração, como possíveis reações ou até mesmo início de processo infeccioso. 9.
No uso do cateter semi-­‐implantado, o curativo deve ser trocado diariamente, observando-­‐
se os ítens mencionados acima. 10.
Heparinizar regularmente quando não utilizados. Duas vezes por semana nos semi-­‐
implantáveis e a cada 30 dias nos totalmente implantáveis. Radioterapia: A radioterapia é uma importante modalidade terapêutica para muitas crianças e adolescentes com câncer. Devido ao seu potencial para efeitos colaterais agudos e crônicos, sua indicação deve ser muito criteriosa. A severidade dos efeitos adversos tem relação direta com a intensidade de dose e relação inversa com a idade. O enfermeiro deve ser capaz de reconhecer as reações adversas, tais como distúrbios gastrointestinais, mielossupressão e reações de pele devidos à radioterapia. Normalmente, estes efeitos são reversíveis. Entre os efeitos tardios, muitas vezes irreversíveis, estão os distúrbios de crescimento com possibilidade de deformidade dos ossos e tecidos moles, retardo mental devido à imaturidade do sistema neurológico, esterilidade e a possibilidade de dano em órgãos irradiados. A dose total diária e a duração do tratamento radioterápico em recém-­‐nascidos e crianças depende da história natural específica de cada neoplasia. A área irradiada deve ser a menor possível para reduzir ao máximo os possíveis efeitos colaterais. Cirurgia: A cirurgia para biópsia ou ressecção tumoral é utilizada com freqüência para pacientes com tumores sólidos, associada ou não à quimio e radioterapia. O enfermeiro participa de todo processo que envolve a cirurgia prestando cuidados pré e pós operatórios, bem como orientando os familiares. Para uma melhor assistência, o enfermeiro deve compreender o tipo e a extensão do procedimento cirúrgico a que a criança foi submetida e intervir com cuidados de enfermagem específicos. Cuidados paliativos: Embora hoje tenhamos um número significativo de sobreviventes ao câncer infantil, ainda enfrentamos situações onde a cura não é mais possível e sim o cuidado paliativo. Este se define por um conjunto de medidas e cuidados ao paciente, quando ele se encontra fora de possibilidades de cura. Nessa fase, todas as chances de cura foram esgotadas e parece que não temos mais nada a oferecer. Na verdade, para este paciente temos muito a fazer. A promoção do conforto, dentro das condições em que a criança se encontra, é uma tarefa bastante especializada e requer da equipe de enfermagem mais atenção e habilidades próprias. A assistência de enfermagem em medidas paliativas se define pelas ações de: contato físico através do toque, que traz segurança e conforto para a criança; possibilitar à mãe e familiares que segurem a criança no colo, diminuindo o sofrimento, muitas vezes causado pela dor; deixar a criança em posição confortável, observando regiões potenciais para formação de escaras; aquecer e deixar a temperatura ambiente favorável; utilizar linguagem e tom de voz adequados; evitar manuseio desnecessário; permitir à criança expressar sentimentos de perda e separação através de brinquedos; manter sempre uma analgesia adequada contra a dor e, para tanto, usar técnicas adequadas para avaliação da dor -­‐ como as escalas de faces por exemplo. Grupo de Pais: A preocupação de enfermeiras oncológicas com a criança e família como focos do cuidado, levou à criação de um grupo de pais na Unidade de Oncologia Pediátrica do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com objetivos de resgatar a capacidade de aprendizado e reforçar as orientações feitas sobre a dinâmica da Unidade, além da troca de experiências com os outros pais. Segundo Dudgeon (1995), "um grupo de pessoas que está passando (ou já passou) por experiências análogas, pode proporcionar apoio e sugerir soluções criativas para inúmeras situações difíceis". Quando a família (pai e/ou mãe) permanece junto à criança hospitalizada, torna-­‐se importante a participação no cuidado e, portanto, a vivência de programas educativos através de grupos de pais auxilia e favorece esse processo. Segundo Whaley e Wong "a compreensão, a reação e o mecanismo para enfrentar e superar doença e/ou hospitalização de crianças são influenciados pela importância atribuída aos fatores estressantes individuais (eventos que produzem estresse) em cada fase do desenvolvimento. Os principais fatores são: a separação, a perda do controle e a lesão corporal". Sabendo que cada criança responde de forma diferente a fatores ou situações estressantes, a enfermagem tem como maior desafio não só compreender mas auxiliar nesse enfrentamento, buscando uma assistência mais humanizada, resgatando o lado sadio da criança hospitalizada. Na medida em que recriamos o cuidar em enfermagem Oncológica Pediátrica, assistindo à criança e à família, entendendo sua trajetória e auxiliando nas dificuldades, através de atividades especializadas e principalmente do desejo real de restabelecimento ao tocarmos a criança, é que podemos dizer que transcendemos os limites entre saúde e doença. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABBLAAB/cuidados-­‐enfermagem-­‐oncologia-­‐pediatrica EQUIPE PEDAGÓGICA O trabalho desenvolvido pela Equipe Pedagógica assegura o acompanhamento da vida acadêmica dos pacientes, garante a integração escolar, bem como contribui com o bem-­‐estar do aluno/paciente, respeitando as necessidades e especificidades de cada indivíduo. O acompanhamento pedagógico-­‐hospitalar promove a construção individual de uma estabilidade de vida, oportunizando a continuidade da escolaridade e a segurança do vínculo social, da aprendizagem e da ligação com a vida. Este atendimento contribui para que as crianças, adolescentes e suas famílias, mantenham o elo com o mundo que ficou fora do hospital na medida em que eles possam, como se não estivessem doentes, participar e aprender, desfrutando do direito básico ao desenvolvimento pleno, independentemente de suas dificuldades. Não se pode considerar apenas o aspecto clínico quando se tem uma criança em tratamento de doença grave ou crônica. Ela deve ser vista de modo integral, uma vez que mesmo apresentando limitações decorrentes de sua situação especial de saúde, tem necessidades que devem ser entendidas e atendidas. Procurando minimizar os prejuízos escolares que possam decorrer do tratamento, torna-­‐se importante a integração da educação com os serviços de saúde para que seja oferecido um atendimento integral de exercício a cidadania. PEDAGOGO HOSPITALAR O profissional que trabalha na área da saúde deve zelar pelo bem estar físico e psíquico do paciente. O pedagogo possui um papel muito importante e vem conquistando seu espaço – a classe hospitalar é um desses espaços. Nos hospitais, há crianças e adolescentes internados e que, muitas vezes, perdem o ano letivo por permanecerem hospitalizados. O pedagogo, neste espaço, tem papel fundamental dentro da educação, pois tem como finalidade acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência escolar. Este trabalho caracteriza-­‐se por educação especial realizado com diferentes atividades e por atender crianças e adolescentes internados, recuperando a criança num processo de inclusão, bem como oferece condições de aprendizagem. A Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Márcio Cunha oferecerá à criança a vivência escolar. O professor, neste caso – o pedagogo – precisa ter um planejamento estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar deve ser acolhedor, um espaço pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que a criança ou adolescente enfermo melhorem seu estado emocional, mental e físico. DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA -­‐ COORDENAÇÃO: 1 -­‐ Formular propostas e aprofundar conhecimentos teóricos e metodológicos, visando em atingir o objetivo de dar continuidade aos processos de desenvolvimento psíquico e cognitivo das crianças e jovens hospitalizados (CECCIM, R. B. & FONSCECA, 1999, p.117); 2 -­‐ Atuar nas unidades de internação ou na ala de recreação do hospital. Como direito da criança, “desfrutar de alguma recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência no hospital” (CNDCA, 1995); 3 -­‐ Amenizar o sofrimento da criança/família internada no hospital, o paciente se envolve em atividades direcionadas por profissionais voltados a área da educação, desta forma, ele retorna mais confiante no seu regresso na sociedade; 4 -­‐ Atender crianças ou adolescentes com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado; 5 -­‐ Buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo; 6 -­‐ Atender crianças afastadas da escola e também é um espaço de ajuda nos transtornos emocionais, causados pela internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente; 7 -­‐ Auxiliar no processo de recuperação do paciente, caracterizado como uma nova modalidade educacional. Conforme Ceccim apud Ortiz e Freitas “parece-­‐me que, para a criança hospitalizada, o estudar emerge como um bem da criança sadia e um bem que ela pode resgatar para si mesma como um vetor de saúde no engendramento da vida, mesmo em fase do adoecimento e da hospitalização” (2005, p.47).[1]; 8 -­‐ Proporcionar conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no hospital tem como princípio, o atendimento personalizado ao educando na qual se trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do educador, em articular atividades para a aceitação do paciente no hospital. Também e importante trazer para o hospital objetos pessoais das crianças como ursinhos, travesseiros, brinquedos...etc. para tranquilizar a criança durante sua internação. De acordo com Matos o educador deve buscar em si mesmo o verdadeiro sentido de "educar", deve ser o exemplo vivo de seus ensinamentos e converter sua profissão numa atividade cooperadora do engrandecimento da vida. Para isso deve pesquisar, inovar e incrementar seus conhecimentos pedagógicos, expandir sua cultura geral e procurar conhecer e desenvolver novos espaços educacionais que possam de certa forma amenizar e possibilitar continuidade educativa. Dentro deste ângulo de possibilidade educativa cabe ressaltar uma área de educação diferenciada – o hospital – onde se encontram crianças em tempo de escolarização, porém afastadas do ambiente de sala de aula, algumas por tempo prolongado devido a enfermidades. Daí a necessidade de transferência do local comum de aprendizagem – a escola – para o hospital. (1998, p. 4). O hospital é um espaço que necessita de um pedagogo hospitalar, pois muitas crianças e adolescentes perdem o ano letivo por estarem hospitalizados, pensando neste problema o pedagogo deve atuar neste espaço onde as situações de aprendizagem fogem do ambiente escolar. No hospital, as crianças são ignoradas como alunos e vistas somente como pacientes. A educação é fundamental e deve estar presente sempre independente das condições que a pessoa se encontre, neste caso a pedagogia hospitalar contribui possibilitando que a criança e o adolescente continuem aprendendo. Há muitas crianças hospitalizadas que precisa de atendimento escolar. Para Libâneo, a Pedagogia é uma área de conhecimento que investiga a realidade educativa no geral e no particular, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnicos profissionais buscando explicitação de objetivos e formas de intervenção metodológicas e organizativas em instâncias da atividade educativa implicada no processo de transmissão/ apropriação ativa de saberes e modo de ação. (2001, p. 44). O aumento de classes hospitalares e a preparação do pedagogo hospitalar é uma das questões que necessitam reflexão e estudo. Justifica-­‐se, neste sentido o estudo proposto: o papel do pedagogo hospitalar, cujos objetivos são analisar a importância do pedagogo hospitalar, reconhecendo a formação do mesmo para promover processos educativos neste espaço não escolar, identificar os princípios que orientam a atuação do pedagogo hospitalar, investigar estratégias pedagógicas para atuação do pedagogo no espaço hospitalar. A metodologia para o estudo estará centrada na análise quantitativa dos dados coletados, em uma investigação que permite obter conhecimento acerca da pedagogia hospitalar. A metodologia segundo Barros consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando suas limitações ou não ao nível das implicações de suas utilizações. A Metodologia, num nível aplicado, examina e avalia as técnicas de pesquisa bem como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento de informações com vistas à resolução de problemas de investigação. (1986, p.1). A metodologia esta relacionada com o método quanto a forma de realizar coleta e analise de informações. Para Oliveira o Método deriva da Metodologia e trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade (..)” que “nos leva a identificar a forma pela qual alcançamos determinado fim ou objetivo. (1997, p. 57). De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica no que diz respeito à classe hospitalar no artigo 13 da resolução nº 2 de 2001, essa modalidade já é reconhecida oficialmente e será aplicada pela equipe pedagógica do HMC em sua Unidade de Oncologia Pediátrica. ASSISTENTE SOCIAL DESCRIÇÃO SUMÁRIA Prestar serviços de âmbito social de natureza individual ou coletiva aos pacientes pediátricos da oncologia internados do Hospital Márcio Cunha e seus familiares, desenvolvendo programas de atendimento ao público, realizando contato com a família do mesmo, considerando as peculiaridades biopsico-­‐sociais do paciente, as conseqüências da enfermidade no sistema familiar e no meio social em que se encontra inserido, utilizando das técnicas de serviço social para facilitar a recuperação do paciente. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Desenvolver programas preventivos de atendimento ao público interno, realizando entrevistas com os pacientes, familiares e colaterais e atendendo casos individuais, visando prevenir problemas sociais que tragam transtornos para o Hospital Márcio Cunha/Fundação São Francisco Xavier. 2. Realizar visitas na residência de pacientes internados, quando necessário, obtendo um maior conhecimento da realidade sócio-­‐econômica do indivíduo, visando oferecer um tratamento social mais adequado ao paciente. 3. Realizar contato com a família do paciente, solicitando dados complementares do mesmo, visando compreender de maneira mais global a dinâmica familiar em que o indivíduo está inserido, os aspectos psico-­‐sociais e solicitar apoio afetivo para a cura do paciente, bem como definir junto à equipe médica procedimentos médicos de risco indicados no tratamento. 4. Encaminhar acompanhantes de pacientes aos recursos sociais da região, emitindo correspondência, solicitando atendimento ao pedido, visando drenar os problemas que não são afetos ao Hospital Márcio Cunha. 5. Participar de equipes inter-­‐profissionais, contribuindo através de técnicas de abordagem e intervenção social, para atendimento ao cliente internado, em tratamento oncológico pediátrico. 6. Providenciar transferência de pacientes internados para outros hospitais, bem como atender aos familiares, atuando nestas intercorrências, visando agilizar este processo. 7. Atender família e paciente no processo de autorização de amputação de membro(s), cirurgia de alto risco, providenciando a documentação necessária, a fim de legalizar estes procedimentos. 8. Autorizar e acompanhar a entrada dos funcionários dos Cartórios e das Delegacias de Polícia, atendendo solicitação do cliente, para resguardar os direitos do paciente. 9. Reunir com pacientes/familiares internados, objetivando orientar, esclarecer, informar sobre assuntos relativos a saúde, internação etc., em atendimento individual ou em grupo, visando uma intervenção terapêutica que possa agilizar a alta hospitalar, diminuir o índice de reinternações via controle preventivo com recursos da comunidade. 10. Reunir com pacientes/familiares, orientando e esclarecendo quanto ao tratamento da doença, suas causas, consequências e outras várias implicações sócio-­‐econômica-­‐cultural e afetiva, visando a participação familiar no processo do tratamento. 11. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar o equipamento sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. 12. Executar tarefas correlatas, conforme exigência do serviço. FONOAUDIOLOGO/A DESCRIÇÃO SUMÁRIA Desenvolver atividades de Fonoaudiologia, objetivando melhorar as condições clínicas e reduzir o tempo de internação dos pacientes, diminuindo o risco de infecções e contaminações. Exercer atuação clínica e preventiva nas crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Realizar avaliação de disfagia naqueles que necessitam, procedendo dentro das normas estabelecidas, acompanhando e diagnosticando, visando a segurança na alimentação. 2. Auxiliar na implantação e realização efetiva das Normas Regulamentadoras em vigor, a fim de manter a empresa dentro das exigências do Ministério da Saúde e para evitar posteriores autuações. 3. Atuar no reconhecimento, avaliação e possíveis recomendações de controle de ruídos existentes no setor, eliminando-­‐os ou reduzindo-­‐os, a fim de diminuir os riscos de stress. 4. Elaborar campanhas informativas relacionadas a fonoaudiologia, realizando palestras, distribuindo materiais explicativos, para esclarecer os colaboradores ligados à área. 5. Realizar assistência fonoaudiológica aos pacientes em processo de extubação e pacientes traqueostomizados. 6. Avaliar deglutição dos pacientes onde são solicitadas interconsultas. 7. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar o equipamento sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. 8. Executar tarefas correlatas, conforme exigências do serviço. NUTRICIONISTA DESCRIÇÃO SUMÁRIA Planejar, coordenar e supervisionar serviços ou programas de nutrição no campo hospitalar e ambulatorial, analisando carências alimentares e o conveniente, aproveitamento dos recursos dietéticos, a fim de contribuir para a melhoria protéica, racionalidade e economicidade dos regimes alimentares dos pacientes do Hospital Márcio Cunha. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Proceder o planejamento e elaboração de cardápios de dietas especiais, baseando-­‐se na observação da aceitação dos alimentos pelos pacientes pediátricos da oncologia e no estudo dos meios e técnicas de introdução gradativa de produtos naturais mais nutritivos e econômicos, para oferecer refeições balanceadas. 2. Preparar programas de educação e de readaptação em matéria de nutrição, avaliando a alimentação de coletividades sadias e enfermas, para atender às necessidades individuais do grupo e incutir bons hábitos alimentares. 3. Elaborar mapa dietético, verificando, no prontuário dos doentes, as prescrições da dieta, dados pessoais e o resultado de exames de laboratório, para estabelecer tipo de dieta e distribuição e horário da alimentação de cada enfermo. 4. Adotar princípios de nutrição clínica em consonância com a equipe médica e da enfermagem, visando agilizar a recuperação do paciente e alta hospitalar. 5. Participar do grupo de suporte nutricional, reunindo com equipe designada pela Diretoria do Hospital Márcio Cunha, para atualizar e melhor operacionalizar os conceitos de nutrição dos pacientes. 6. Realizar atendimentos individuais periódicos, de acordo com o tipo de tumor e tratamento apresentado. 7. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar os equipamentos sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. 8. Participar de reuniões para assuntos técnicos e administrativos, mantendo-­‐se atualizado quanto as novas diretrizes que afetam sua área, analisando sugestões, visando a melhoria qualitativa e quantitativa dos trabalhos. 9. Supervisionar aleatoriamente o mapa dietético, verificando no prontuário dos pacientes, a prescrição da dieta e dados pessoais, quando se fizer necessário, para garantir a qualidade no atendimento. 10. Executar tarefas correlatas, conforme exigências do serviço. PSICOLOGO/A DESCRIÇÃO SUMÁRIA Atuar na área específica de saúde do Hospital Márcio Cunha, atendendo pacientes da oncologia pediátrica, diagnosticando a existência de possíveis problemas na área de distúrbios psíquicos, atuando junto às equipes multiprofissionais, empregando ações coletivas (preventivas ou curativas) e técnicas psicológicas adequadas a cada caso, a fim de auxiliar a equipe médica no diagnóstico e tratamento e contribuir para a possibilidade da inserção dos pacientes e seus familiares na vida comunitária. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Atender pacientes/familiares em tratamento oncológico pediátrico do Hospital Márcio Cunha, aplicando técnicas psicológicas adequadas a cada caso e trabalhando em conjunto com os outros profissionais das Unidades, visando apoiar os pacientes e seus familiares no tratamento. 2. Diagnosticar a existência de possíveis problemas na área de distúrbios psíquicos em pacientes internados, aplicando e interpretando provas e outros reativos psicológicos, para aconselhar o tratamento ou a forma de resolver as dificuldades momentâneas. 3. Prestar assistência psicológica em ambulatório e/ou em consultório a pacientes e familiares, individualmente e/ou em grupos terapêuticos. 4. Promover a saúde na prevenção, no tratamento e reabilitação de distúrbios psíquicos em pacientes internados e ambulatoriais, estudando características individuais e aplicando técnicas adequadas, para restabelecer os padrões normais de comportamento e relacionamento humano. 5. Preparar os pacientes para permanência e alta hospitalar, participando das decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe médica, visando oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus familiares. 6. Atuar junto às equipes multiprofissionais, identificando e compreendendo os fatores emocionais, para intervir na saúde geral dos indivíduos nas unidades hospitalares. 7. Planejar e realizar atividades culturais e terapêuticas, integrando e adaptando os grupos de indivíduos, a fim de propiciar a elaboração das questões concernentes à inserção social. 8. Participar de programas de atenção primária no Hospital Márcio Cunha, organizando grupos específicos, para prevenir o agravamento de fatores emocionais que comprometem o bem-­‐estar psicológico do paciente. 9. Reunir informações a respeito dos pacientes e familiares, repassando os dados obtidos, a fim de auxiliar no diagnóstico e tratamento das enfermidades. 10. Executar tarefas correlatas, conforme exigências do serviço. 11. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar os equipamentos sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. TERAPEUTA OCUPACIONAL DESCRIÇÃO SUMÁRIA Define ações de prevenção ou propõe e desenvolve um programa de tratamento que possibilita a melhoria do estado de saúde e de qualidade de vida dos pacientes pediátricos oncológicos, capacitando o paciente/família para adquirir sua autonomia e independência necessárias para manutenção de sua vida ativa e eliminar, reduzir ou evitar processos de exclusão. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Intervir no cotidiano hospitalar de modo a promover a qualidade de vida e o desempenho ocupacional durante a internação, por meio da humanização do ambiente, dos atendimentos e das relações interpessoais. 2. Incentivar a integração e a ajuda da família no processo terapêutico, trabalhando com os familiares sobre o impacto da internação, as conseqüências da doença, a preparação para a alta, a orientação em relação à mobilização no leito, os cuidados básicos, as atividades de vida diária e a reinserção social, entre outras possibilidades. 3. Prevenir a incapacidade e/ou promover a recuperação da capacidade funcional, identificando, mantendo ou desenvolvendo no paciente gradativamente, essa capacidade, valorizando suas perspectivas, necessidades funcionais e independência ocupacional 4. Promover a reeducação sensorial e da coordenação motora para a independência na alimentação, na higiene, no trabalho e no lazer. 5. Indicar exercícios terapêuticos, medidas de analgesia e prevenção de deformidades, rigidez e incapacidades para o desempenho das atividades de vida diária. 6. Indicar e/ ou confeccionar órteses. 7. Executar tarefas correlatas, conforme exigências do serviço. 8. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar o equipamento sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. FISIOTERAPIA DESCRIÇÃO SUMÁRIA Define atividades fisioterápicas ou propõe e desenvolve um programa que possibilite a melhoria do estado de saúde e de qualidade de vida dos pacientes pediátricos em tratamento oncológico, promovendo melhora em suas funções respiratória e motora. DESCRIÇÃO DETALHADA 1. Avaliar e promover a qualidade de vida e o desempenho fisioterápico durante a internação, por meio de exercícios específicos ao tratamento. 2. Incentivar a integração e a ajuda da família no processo terapêutico trabalhando com os familiares sobre o impacto da internação, as consequências da doença, a preparação para a alta, a orientação em relação às atividades propostas para o tratamento. 3. Prevenir a incapacidade e/ou promover a recuperação da capacidade funcional, identificando, mantendo ou desenvolvendo no paciente gradativamente, essa capacidade, valorizando suas perspectivas, necessidades. 4. Executar tarefas correlatas, conforme exigências do serviço. 5. Manter limpo seu local de trabalho, bem como conservar o equipamento sob sua responsabilidade, obedecendo e respeitando os padrões e normas de segurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados. ANEXO D UNIDADE DE ONCOLOGIA DO HOPITAL MÁRCIO CUNHA Sobre os medicamentos oncológicos: Drogas Antineoplásicas A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Os agentes utilizados no tratamento do câncer afetam tanto as células normais como as neoplásicas, porém eles acarretam maior dano às células malignas do que às dos tecidos normais, devido às diferenças quantitativas entre os processos metabólicos dessas duas populações celulares. A maioria das drogas utilizadas na quimioterapia antineoplásica interfere de algum modo nesse mecanismo celular. A quimioterapia pode ser feita com a aplicação de um ou mais quimioterápicos. O uso de drogas isoladas (monoquimioterapia) mostrou-­‐se ineficaz em induzir respostas completas ou parciais significativas, na maioria dos tumores, sendo atualmente de uso muito restrito. A poliquimioterapia é de eficácia comprovada e tem como objetivos atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e promover maior resposta por dose administrada. A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em curativa, adjuvante, neoadjuvante e paliativa. Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos quimioterápicos dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática da droga. A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada. Nem todos os quimioterápicos ocasionam efeitos indesejáveis tais como mielossupressão, alopecia e alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia). Principais drogas utilizadas no tratamento do câncer infantil 1. Alquilantes Ciclofosfamida, Ifosfamida (ambas associadas ao uromitexan – Mesna – para prevenção da cistite hemorrágica), carmustina, lomustina; Cisplatina, Carboplatina, Dacarbazina. 2. Antimetabólitos Metotrexate (associado ao ácido folínico – Leucovorin® -­‐ para sua excreção), 6-­‐Mercaptopurina, Tioguanina, Citarabina (associada ao colírio de dexametasona para prevenção de conjuntivite química), 5-­‐Fluoracil, fludarabina. 3. Antibióticos antitumorais Doxorrubicina, daunorrubicina, bleomicina e idarubicina; actinomicina-­‐D. 4. Derivados de plantas Vincristina, Vimblastina, etoposide, paclitaxel, topotecan, irinotecan. 5. Agentes mistos Coritcóides (prednisolona, prednisona e dexametasona), L-­‐Asparaginase (Elspar®), retinóides (ATRA e ácido retinóico). 6. Agentes antieméticos não quimioterápicos Ondansetrona, granisetrona, corticóides. Fonte: Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-­‐serviço. 2 ed. rev. atual. -­‐ Rio de Janeiro: Pro-­‐Onco. 1993. CÁLCULO PARA O PROJETO: Para calcularmos o custo de medicamentos oncológicos e insumos que serão necessários aos 18 meses de produção da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha foi utilizado o seguinte raciocínio: O custo médio histórico da Unidade de Oncologia para adultos foi de R$ 296,11 entre medicamentos e insumos para o tratamento do câncer. O número apresentado no projeto foi pautado no custo médio para pacientes em quimioterapia multiplicado pela produção de quimioterapia pediátrica prevista no projeto, ou seja: R$ 296,11 x 675 (quimioterapias pediátricas) = R$ 199.874,25 (cento e noventa e nove mil, oitocentos e setenta e quatro reais e vinte e cinco centavos). 
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