Publicação Interna da Rede VITA - Ano IX - ° Trimestre de 2009 Entrevista: ANS explica a Transferência de Carências Novo Centro Cirúrgico em Volta Redonda A Grande Marcha Feminina Após séculos de lutas as mulheres alcançaram direitos e Liberdade www.redevita.com.br Índice Índice Capa Banco de Imagens Stockexpert 4 5 6 7 8 9 10 Opinião • Cherchez la Femme - Encontre a Mulher Negócios em Saúde • O que fazer nesa crise Saúde • Anestesistas e o tratamento da Dor • O que é Disfunção Temporomandibular • Insuficiência cardíaca grave tem novo tratamento • Gesso está sendo gradualmente substituído • Novas esperanças no tratamento do Linfoma Artigo Médico • A Dispepsia e o Mundo Moderno, por Rodrigo Fontan Ping•Pong • Alex Urtado Abreu, da ANS, explica as mudanças na Transferência de Carências em planos de saúde 12 Gente • Fotos das Festas de Fim de Ano em Curitiba e Volta Redonda; e a comemoração do Aniversário de Quatro Anos da Maternidade VITA Volta Redonda Capa 14 18 19 20 21 • As conquistas e a vida atarefada das Mulheres do século XXI Túnel do Tempo • A biografia de Vital Brazil, o pioneiro do soro anti-ofídico Em Rede • Hospitais da Rede VITA oferecem Internet por Wi-Fi • Logística na Cadeia de Suprimentos • Novo Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda • Afinado e simpático, Adriano Carvalho é o Perfil desta edição • Entenda as muitas responsabilidades do NGSA 22 Cida Bandeira • A colunista social que sabe de tudo e conta todas www.redevita.com.br Opinião Opinião Cherchez la Femme Francisco Balestrin “Encontre a Mulher” A expressão é antiga e se refere a um conselho francês do início do século passado. Este recomendava que quando se quisesse deslindar alguma situação pouco esclarecida, identificar um culpado ou encontrar uma motivação para um crime, dever-se-ia buscar uma mulher que pudesse de alguma forma estar associada ao imaginário, à convivência ou ser objeto de devoção de um possível autor. Quando não, ela própria. Não vai aí nenhum cunho machista, muito pelo contrário, pois fica nítida a percepção simplória da época e é exatamente nisto que centramos nosso trabalho nesta nova edição da VITAL. Atualmente é impossível, em qualquer atividade humana, não termos homens e mulheres trabalhando lado a lado, construindo futuros e debatendo o dia a dia com igual destemor. É interessante neste momento, e aí vai até um pouco de autocrítica, analisar sob o ponto de vista histórico, a trajetória percorrida pelas mulheres para esta absolutamente natural igualdade. Fica até estranho, hoje, pensar nestes termos: igualdade... Parece uma discussão abstrata e até uma total obviedade não ser igual. Daí nossa matéria de fundo. Percorremos nossas unidades hospitalares e colhemos transparentes depoimentos de fortes e belas mulheres que, juntamente com todas aquelas de quem viemos ou cuidam de nossos clientes, formam o tecido sensível de um lado, e forte de outro, de nosso Grupo. Não deixem de apreciar o depoimento da “jovem” Bergonsil, hoje vice-presidente da Associação dos Aposentados de Volta Redonda; mas antes uma das precursoras da profissionalização feminina na CSN, e dizem, mulher para quem o Presidente Getúlio Vargas, nos anos 50, em visita a Usina, “espichou” os olhos. Quem nunca teve uma dor? “SEDARE DOLORE, OPUS DIVINUM EST”. Aquele que seda a dor faz parte do divino. Este talvez seja um dos principais dogmas da medicina e, em nossa revista deste trimestre, enfocamos não só a atividade de quem trabalha com dor, mas também e especialmente um tipo de dor que incomoda muito e pode parecer muitas coisas. Um verdadeiro camaleão. Além deste, vários outros assuntos que revelam a multiplicidade de interesses e ações que ocorrem dentro de um hospital. Gesso versus tala sintética, tratamentos cardíacos, doenças crônicas, como câncer no sistema linfático e destaque para oncohematologia, e um interessante e atual artigo de nosso gerente médico do Hospital VITA Batel sobre a dispepsia. Em meados de abril, será possível para os usuários de planos de saúde mudarem de planos caso não estejam satisfeitos com os seus atuais. Assim, a chamada “portabilidade de carências” estará garantida e, se você não estiver satisfeito com o seu plano de saúde, poderá - dentro de regras bem estabelecidas - mudar para outro que melhor lhe convier. Tal qual podemos fazer hoje, quando não estamos satisfeitos com nossa operadora de celular, mudar para outra. Leia a entrevista bastante esclarecedora sobre este tema na seção Ping Pong. Felicidades a todos e todas e que nosso caminho sempre cruze com mulheres fortes, de caráter firme e honestidade inquestionável. Presidente: Edson Santos VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla Haidar. Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 Expediente VITA www.redevita.com.br Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] www.redevita.com.br Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor Regional Curitiba: José Octavio Leme Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Diretora de Operações: Maria Lucia Ramalho Martins Superintendente Hospital VITA Batel: José Octavio Leme (Interino) Superintendente Hospital VITA Curitiba: Carla Soffiatti Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo Negócios em Saúde Negócios em Saúde O que fazer nesta crise Edson Santos Nenhuma discussão hoje se completa se não tiver a frase “O que se deve fazer nesta crise”. Obviamente, todo mundo se sente muito à vontade para exteriorizar suas sugestões, baseadas em seu amplo conhecimento econômico-financeiro obtido através da leitura diária do Caderno de Economia do Estadão. Vou tentar dar minha contribuição através de um “plágio-tradutório-literário”. O artigo original foi escrito por Alejandro Borensztein e publicado no Clarin de Buenos Aires. Faço abaixo a “tradução/adaptação/condensação” e “abrasileiração” desse artigo. Espero que nos mostre como (não) devemos enfrentar essa crise. “Todos nós podemos ser vítimas da crise financeira. Desde que tenhamos 100 Reais debaixo do colchão, até aqueles que têm 100 mil Dólares no Chase Manhattan. Com o decorrer da crise, o mais provável é que aqueles que tinham 100 mil Dólares no Chase Manhattan agora estejam com 100 Reais debaixo do colchão. Durante as últimas semanas, tive o cuidado de anotar todas as opiniões de economistas e experts, publicadas em jornais e revistas, comentadas no rádio e na televisão, e agora me sinto à vontade para oferecer este compêndio de conselhos para que cada um faça o que puder para se safar do pior que ainda está por vir. 1. Se você tem Ações, não importa de que Empresa, deve vendê-las imediatamente, antes que seja muito tarde. Você deve ter liquidez em moeda corrente. 2. Se você não tem Ações, compre imediatamente, pois agora seus preços são verdadeiros presentes. Estão mais baixos do que nunca. Lembre-se da regra que diz: você sempre deve comprar quando todos estão vendendo. Nunca sonhou em ser dono da General Motors? 3. Estes são aqueles momentos em que é necessário manter a calma. Não deixe o pânico tomar conta de você. Tudo isso acontece porque as pessoas se assustam e correm para sacar todo seu dinheiro dos Bancos. Aqueles que conservam suas posições, sem dúvida vão obter consideráveis ganhos. 4. Por outro lado, é preciso ter reflexos rápidos. Corra para o Banco, saque tudo que tiver, ponha num Tupperware e enterre no quintal de sua casa. Não vai esperar o Governo inventar outra Contribuição Compulsória, vai? 5. Se seu dinheiro está num Banco pequeno, saque já. Os pequenos são os primeiros a quebrar. Quem se importa com o Banco do Comércio de Roraima? 6. Se você tinha alguns milhões de Dólares depositados no Lehman Brothers, não precisa fazer nada, pois certamente neste momento já virou estatística do Tesouro Americano. De qualquer forma, não deveria estar lá mesmo. 7. Para depositantes nos paraísos fiscais, aguardem para breve uma carta de seu banco se referindo a um tal de Bernard Madoff; no seu texto explicará que fizeram o melhor por seu investimento, que estão fazendo tudo o que é possível, que vão contratar os melhores advogados do mundo, etc. etc., e no último parágrafo constará a informação que, independente de quanto era, seu saldo virou pó (pó de poeira, aquele que não vale nada...). 8. Se você tem Euros, não os solte de forma nenhuma. Os Estados Unidos têm um enorme déficit e com certeza o Dólar vai se desvalorizar. Se até agora você só ganhou com o Euro, por que abrir mão dele agora? 9. Por outro lado, se tem Dólares, você está muito bem. Diga a verdade: existe algo mais bonito do que as “verdinhas”? Você alguma vez viu alguém comprar alguma coisa em Euros? É até deseducado. Comprar em Dólares, isso sim, dá status internacional ao seu negócio. Não importa que seja um lance no E-bay. 10. Se acredita em nossos políticos, siga seus passos. Mande tudo para a Suíça. Creia, para essas coisas eles têm uma excelente visão de futuro. 11. Se pensa em comprar uma propriedade, você está absolutamente louco. Com essa crise, os Incorporadores e Proprietários inflaram artificialmente os preços para depois lhe oferecer um descontão. E você vai achar que saiu ganhando. Acredita que aquele apartamento em Perdizes pode valer o mesmo que um apartamento em Miami, de frente para o mar? 12. Não acredite na conversa de que a hora é boa para comprar um apartamento em Miami. A “barra” lá está pesadíssima, com mais de 700 mil apartamentos à venda e os preços estão baixíssimos. Espere mais uns meses, que eles vão acabar dando “green card” para quem fizer esse sacrifício pela pátria (deles). 13. Se está pensando em vender sua propriedade, você deve estar absolutamente bêbado. O valor das propriedades vai continuar subindo, pois é o melhor refúgio para os investimentos. Não dê ouvidos aos corretores que querem assustá-lo com a ameaça de uma grande desvalorização futura. Eles só querem ganhar sua comissão. 14. Não faça poupança. Este é um excelente momento para gastar. A recessão faz os preços baixarem e você pode comprar tudo que sempre teve vontade. Que tal um carro novo na garagem? Agora tem desconto do IPI. Vamos lá, anime-se. 15. Você está realmente pensando em sair em férias? Viajar num momento destes? Gastar aquele restinho de poupança? Você é um irresponsável! 16. Se tem um negócio e está pensando em expandi-lo, realmente você está no momento de ser internado num hospital psiquiátrico. Leia os Jornais. A maior recessão da história está batendo em sua porta e você está pensando em ampliar seu negócio? O certo seria despedir todos seus empregados, colocar sua mulher como vendedora, você tomaria conta do caixa e sua sogra sempre poderia dar uma boa ajuda na limpeza. 17. Por outro lado, se está pensando em abrir um novo negócio, agora é a hora certa. Mostre que você é um empreendedor. Vá em frente e faça o que tem que ser feito! Humilhe a concorrência. 18. Se você tiver investimentos na Islândia, não se preocupe. Na verdade não há mais nada com que se preocupar. Nem com aquele dinheiro escondido que agora não existe mais. 19. Para aqueles que pensam em deixar o País, mudem imediatamente de idéia. Nada mais errado. O mundo está vindo abaixo e um dos poucos lugares que estão a salvo é o Brasil. Estamos longe, acham que nossa capital é Buenos Aires e vendemos o único produto que o mundo sempre vai necessitar. C-O-M-I-D-A. Lembre bem do que nosso presidente disse. “Esse é um problema deles, não nosso..” Falou, está falado. 20. Para aqueles que pensam em voltar a Pátria: vocês realmente acreditam que o mundo vai apertar o cinto para comprar comida brasileira? Quando os americanos deixarem de comprar produtos da China, os chineses vão voltar a comer arroz com arroz. E onde vamos enfiar toda essa soja que produzimos? Não responda. Essa crise vai afetar os países emergentes muito mais do que a qualquer outro país. Fique em Miami. Veja que o nosso presidente vive falando em Comitê da Crise. Algum motivo ele tem... 21. Se você não tem ações, investimentos, depósitos bancários, propriedades, dinheiro nem nada, você está muito bem. Não tem com que se preocupar. O que importa é sua saúde. 22. Se perdeu tudo, abra a janela e se atire. Lembre-se que só é efetivo do quarto andar para cima. 23. Se está pensando em se suicidar, não esquente. Compre um saco de pipoca, uma Coca-Cola e assista o Jornal Nacional. Como dizia um velho amigo: “Não se vão ainda que agora vem o melhor...” MORAL DA HISTÓRIA: Ninguém sabe o tamanho ou a extensão dessa crise, mas ela será menos crise se cada um continuar fazendo aquilo que tem para fazer. Já passamos por outras piores, mais endividados, mais dependentes e menos preparados. Vamos sair dessa também. Com bom humor. www.redevita.com.br Saúde Saúde A Dor de Cada Um Segundo os anestesistas, a dor causada pela mesma cirurgia varia de pessoa para pessoa, e depende de fatores como idade, sexo e saúde, entre outros. Topadas, arranhões, cólicas... Embora desagradável, a dor é um sinal vital importante, que sinaliza quando algo não vai bem no nosso organismo. E como muitos procedimentos da Medicina envolvem ações que nos causam dor, existe uma especialidade dedicada apenas a estudá-la e reduzi-la: a Anestesiologia. Os anestesistas (ou anestesiologistas) são, em resumo, médicos especializados que prepararam os pacientes para procedimentos como cirurgias eletivas (programadas) e emergenciais, acompanhando-os após os procedimentos para uma recuperação melhor e mais confortável, graças ao controle da dor. Eles manejam a dor do paciente em diversas situações: durante a cirurgia, eliminando a sensação de dor (anestesia), reduzindo a dor durante a recuperação pós-operatória (analgesia) e também tratando a dor crônica (veja box). Cada pessoa, uma dor Segundo o médico Ranger Cavalcante da Silva, coordenador da anestesia no Hospital VITA Curitiba, a dor varia muito entre pacientes: “A mesma cirurgia causa diferentes sensações de dor para diferentes pessoas”, diz Ranger. Entre os fatores que influenciam a sensação de dor estão idade, nível cultural, expectativas, etnia e outras. Segundo Giovanna Salviati, médica anestesiologista do Hospital VITA Batel, como a dor é uma sensação muito individual, ela é avaliada pelo que o próprio paciente relata, e não medida por instrumentos: “Nós pedimos que o paciente Dor Crônica Segundo Leila Auler, pode-se considerar crônica qualquer dor contínua, ou que retorne regularmente, por mais de três meses. É o caso de pacientes com cefaléia, fibromialgia, ou oncológicos, diabéticos e outros. “Muitas vezes, o médico que sabe tratar a doença não consegue tratar a dor e ela permanece”, diz Leila; “por isso no caso da dor crônica é preciso fazer um tratamento mais direcionado”. Segundo ela, o cérebro tem uma memória para a dor, que pode permanecer mesmo depois que o paciente esteja curado da doença que a causou. O tratamento da dor pode envolver outros profissionais, como psicólogos e fisioterapeutas, e se estender por longos períodos, explica Leila. Por isso é essencial que o paciente persista. “É maravilhoso poder curar um paciente de sua dor”, diz Leila. www.redevita.com.br classifique, numa escala, qual é a intensidade da dor que está sentindo”, explica Giovanna. “A dor tem um forte componente psicológico”, diz Leila Monteiro Auler, anestesiologia e clínica de dor do Hospital VITA Volta Redonda. “Por exemplo, o paciente oriental sente menos dor, ele minimiza a sensação, enquanto nós que somos latinos, ampliamos tudo e sentimos mais intensamente”. Ela ressalta que não se trata de uma mentira, a sensação é realmente diferente para cada pessoa, e a dor que a pessoa sente é a dor verdadeira. E ela confirma o que o senso comum diz: homens sentem mais dor que mulheres. “Provavelmente porque o sexo feminino está mais acostumado a aceitar a dor como algo normal”, diz Leila. Giovanna Salviati A Especialidade O anestesista é um profissional médico que, além dos seis anos de medicina, realiza uma especialização em anestesiologia, por pelo menos mais três anos. “A anestesia é uma especialidade complexa”, diz Giovanna; “Além de estudarmos as técnicas anestésicas, temos que conhecer detalhadamente o funcionamento do corpo humano, as doenças, como elas alteram este funcionamento e também as particularidades de cada tipo de cirurgia”. Ela explica que o anestesista leva em consideração vários fatores como: a idade, as doenças associadas, os medicamentos que está tomando e as condições físicas e psicológicas na ocasião do procedimento. “Anestesiar uma pessoa é uma grande responsabilidade”, acrescenta. Durante a cirurgia, o anestesista é responsável por manter o coração batendo, os pulmões respirando, os rins funcionando e o cérebro dormindo e escolhe o método mais adequado para controlar a dor pós-operatória. Nos hospitais da Rede VITA, os pacientes passam por uma consulta pré-anestésica antes da maioria das cirurgias. “Nessa consulta, avaliamos o paciente para escolher a melhor anestesia para cada caso e explicamos claramente o que ele deve esperar durante a recuperação”, diz Ranger. Segundo Ranger, a Medicina conta hoje com diversos métodos, bastante eficientes, para tratar a dor no pósoperatório, e existem até mesmo meios para que o próprio paciente controle a analgesia, para receber nova dose de anestésico, dentro dos limites determinados pelo anestesista. Ranger Cavalcante da Silva Leila Monteiro Auler Saúde Saúde Dor de Cabeça pode ser DTM A Disfunção Temporomandibular (DTM) caracteriza-se por uma dificuldade em abrir e fechar a boca, e pode ser confundida com enxaqueca e dor de ouvido Fernanda Keller Sartori Marselha de Paula Almeida Dores de cabeça constantes, cansaço muscular na face, dor de ouvido, estalos ao abrir a boca podem ser sinais de um problema conhecido por disfunção temporomandibular (DTM). É um distúrbio cujos sintomas podem ter várias origens, o que dificulta o diagnóstico e faz com que as pessoas convivam longamente, às vezes anos, sem conseguir solucioná-lo. Segundo a odontóloga Fernanda Keller Sartori, especialista no assunto, integrante da equipe do cirurgião André Zétola, do Hospital VITA Curi- tiba, é comum que os pacientes procurem médicos otorrinolaringologistas em busca da causa de sua dor de ouvido; porém, como seu ouvido está saudável, normalmente os médicos encaminham para um profissional especialista em DTM. “Alguns nem têm dor, só têm o estalo e a musculatura contraída”, diz Fernanda. A disfunção temporomandibular é um problema da articulação da mandíbula, que pode se agravar e exigir cirurgia, em casos avançados. “Quando é diagnosticada no início, a DTM pode ser tratada clinicamente, sem cirurgia”, explica Fernanda. Ela relata casos de pacientes que conviviam com dor de cabeça há dez anos, tratando como enxaqueca, e na verdade tinham DTM. A odontóloga Marselha de Paula Almeida, do Hospital VITA Volta Redonda, especialista em dor orofacial e disfunção temporomandibular, explica que a DTM afeta a articulação mandibular, ligamentos, músculos de mastigação, dentes, ossos e estrutura de suporte dentário. Frequentemente os pacientes de DTM têm dificuldades para abrir a boca e se alimentar. Marselha tem recebido, em média, de 8 a 10 pacientes com DTM por semana. Além do tratamento clínico ou cirúrgico, Marselha também costuma recomendar acompanhamento psicológico para essas pessoas, que muitas vezes têm um perfil tenso e precisam de ajuda para modificar comportamentos automáticos, como bruxismo (ranger os dentes). “Tenho conseguido bons resultados no tratamento, e acompanho os pacientes após a alta para saber como estão evoluindo”, acrescenta. É possível que muitas das pessoas que acham que têm enxaqueca ou dor de ouvido, sejam, na verdade, portadoras de DTM, afirma Marselha. “Quanto mais profissionais conhecem a DTM, mais frequente se torna o diagnóstico”, explica. Novo Medicamento Reduz Insuficiência Cardíaca O Simdax ajuda a retirar pacientes de quadros graves de insuficiência cardíaca; Hospital VITA Curitiba foi convidado a participar de pesquisa para elaboração de regras de uso do produto Os cardiologistas acabam de receber uma nova e importante arma no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca grave: trata-se do Simdax, um medicamento de uso exclusivo em ambiente hospitalar, que aumenta a capacidade de contração do coração e permite estabilizar o quadro de pacientes cardíacos. O medicamento já está em uso no Brasil e o Hospital VITA Curitiba foi um dos convidados pelo Laboratório Abbott, fabricante do Simdax, para participar de uma pesquisa que vai determinar a melhor forma de utilizá-lo (os protocolos, como são referidos no jargão médico). Segundo César Dusilek, coordenador da UTI cardiológica do Hospital VITA Curitiba, o mais importante do Simdax é que ele permite trazer o paciente de uma situação de insuficiência grave para uma situação mais estável, em que é possível tratar da causa da insuficiência cardíaca, por exemplo, uma crise hipertensiva. “Fazemos uso do medicamento enquanto o paciente está na UTI, monitorizado, e a melhora é impressionante”, diz Dusilek. Segundo ele, o mecanismo de ação do Simdax no coração eleva a capacidade contrátil de uma maneira que nenhum outro medicamento havia feito até hoje, e também evita o acúmulo de substâncias que causam arritmia. “Esse remédio só pode ser utilizado dentro da UTI em pacientes que estão em estado grave. Para se ter uma idéia, pessoas que estavam em grau avançado da doença conseguem um progresso de mais de 90%”, ressalta Dusilek. Insuficiência cardíaca não significa que o coração parou de funcionar, mas que houve uma redução da capacidade deste órgão de cumprir a sua função, de bombear o sangue César Dusilek pelo organismo. Esse quadro é conhecido como Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), que afeta quase 1,5% da população geral e aproximadamente 10% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade. “Esta é uma doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia é insuficiente para satisfazer as necessidades do organismo”, esclarece Dusilek. Os principais sintomas do paciente com ICD são: cansaço e fraqueza durante a realização de atividades físicas, falta de ar, edema (inchaço) nos membros inferiores e tosse noturna. www.redevita.com.br Saúde Saúde Cadê os Engessados? É cada vez menos comum ver pessoas com membros engessados nas ruas; o gesso tem sido substituído por outros materiais e técnicas dez vezes mais leve que o convencional e resistente à água. Cirurgias Quem tem mais de quarenta anos deve se lembrar que uma perna ou braço quebrado de um colega na escola era praticamente motivo de comemoração: todos queriam ter a honra de assinar no gesso do “herói”. Hoje, entretanto, isso é cada vez menos comum: onde estão os engessados? Bruno Moura, coordenador da Ortopedia do Hospital VITA Curitiba, explica: em muitos casos, o gesso tem sido substituído por talas sintéticas, que pesam uma fração do peso do gesso, cumprem a mesma função e facilitam a higiene. A função do gesso é imobilizar para reduzir a dor e permitir a recuperação de uma lesão óssea ou de ligamento. “É principalmente nos casos de tratamento da dor e de lesões ligamentares que se tem substituído o gesso por talas sintéticas”, diz Moura. Para ele, em caso de fraturas que pedem uma imobilização longa, o ideal é utilizar mesmo o gesso, principalmente nos primeiros 30 dias, para garantir a cicatrização. Depois disso, podese substituir o gesso por botas e talas removíveis. Segundo Moura, hoje é possível fazer em minutos talas sintéticas, sob medida para o paciente. Infelizmente, elas têm um custo muito mais elevado que o gesso, o que ainda limita seu uso. Existe também o gesso sintético, Segundo Francisco Pereira, coordenador da ortopedia do Hospital VITA Batel, a função do gesso é imobilizar e estabilizar lesões ósseas e de tendões, para permitir uma adequada cicatrização. Ocorre que muitas dessas lesões têm sido tratadas com cirurgias, o que também resulta em um menor número de engessados. “A imobilização prolongada traz alguns inconvenientes”, diz Pereira, “como atrofia muscular e rigidez das articulações, e a tendência atual é fazer com que o paciente retorne às suas atividades o mais rápido possível”. A evolução das técnicas e materiais cirúrgicos reduz e até elimina a necessidade de imobilização, e permite a rápida recuperação de atletas profissionais. Mesmo quando não há cirurgia, hoje se busca intercalar imobilização e movimento, o que é facilitado pelas talas removíveis, explica Pereira. Vencendo a Batalha contra o Linfoma Alguns tipos de linfoma são extremamente difíceis de tratar; mas novas drogas trazem esperanças de cura e sobrevida com qualidade O Linfoma é um dos tipos mais temidos de câncer ainda hoje. Embora relativamente raro, com incidência em torno de 14 pessoas em cada grupo de 100.000, o linfoma é bastante letal. Felizmente, o diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de linfoma vem evoluindo rapidamente, trazendo uma melhor perspectiva de cura e de sobrevida para os pacientes. Fernando Coutinho, médico especialista em hematologia e oncologia do Hospital VITA Volta Redonda, explica que linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos principalmente nos gânglios linfáticos (70% dos casos), mas também em tecido linfático de outras partes do organismo, como estômago, intestino, mamas, glândula tireóide, testículos e até mesmo no cérebro. Os especialistas dividem os linfomas em dois grandes grupos: linfomas Hodgkin e linfoma não-Hogdkin. Os linfomas Hodgkin são menos frequentes, podem ser curados em 85% dos casos e acometem principalmente adultos adultos jovens, entre 15 e 40 anos. Já os não www.redevita.com.br Hogdkin incluem mais de 20 tipos, e o número de casos vem crescendo, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas nãoHodgkin podem ser agressivos ou indolentes; sem tratamento, os agressivos podem levar o paciente à morte em questão de meses. Finalmente, existe também um tipo conhecido como O Linfoma Indolente. Segundo Coutinho, atualmente esse tipo é considerado incurável, mas permite tratamentos que prolongam a vida do paciente com qualidade e já existem perspectivas de cura para ele. Evolução do Tratamento “A primeira doença curada pela quimioterapia foi o linfoma”, observa Coutinho. Segundo ele, a idéia da quimioterapia surgiu durante a II Guerra Mundial, quando se observou que pessoas que eram expostas ao gás mostarda sofriam atrofia do sistema linfático. Assim, a primeira droga quimioterápica foi a mostarda nitrogenada. O tratamento do linfoma tem evoluído rapidamente, graças principalmente ao desenvolvimento dos anticorpos monoclonais, como Rituximab e Fludarabina, proteínas que se combinam à membrana da célula cancerígena levando-a à destruição. Outra nova droga são os radioimunoconjugados - anticorpos monoclonais conjugados a moléculas radioativas, que irradiam especificamente a célula doente para destruí-la. “Essas novas drogas trazem uma melhoria no tratamento dos linfomas em geral, inclusive do tipo indolente”, garante Coutinho. Hoje conseguem-se altos índices de cura nos casos de linfomas Hodgkin e não–Hodgin agresFernando sivos, doenças que Coutinho há trinta anos eram consideradas fatais. Artigo Médico Artigo Médico A Dispepsia e o Mundo Moderno Rodrigo Fontan Chamamos dispepsia os sintomas relacionados ao abdome superior, que são comumente chamados “indigestão”. Estes sintomas são os seguintes: dor, eructações (arrotos), plenitude (empachamento), sensação de peso, pirose (queimação), náuseas e saciedade precoce. Frequentemente as pessoas confundem os sintomas acima com gastrite, o que é uma idéia errada. A gastrite é uma inflamação do estômago que pode ou não estar associada a estes sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 25% da população mundial sofra destes sintomas pelo menos dois a três dias por ano e que eles acompanhem os pacientes por toda a vida. Em nossa experiência profissional podemos dizer, sem sombra de dúvida, que mais de 50% dos pacientes que procuram um especialista na área digestiva apresentam algum destes sinais. A partir deles é que normalmente se inicia uma investigação para se determinar se há alguma relação com gastrites, úlceras ou outras patologias. Quando nada é encontrado através dos exames complementares, sendo a endoscopia o mais comum, diz-se que o paciente apresenta “dispepsia funcional”. Pois bem, o que pode ocasionar a dispepsia funcional? Os fatores mais relacionados são alguns tipos de alimentos como: tomate, pimenta, café, álcool e o uso de alguns medicamentos como antinflamatórios, antibióticos e ácido acetilsalicílico. A gravidez e algumas doenças como diabetes e insuficiência coronariana também são relacionados, além de outros fatores menos comuns. Com tudo isto colocado, chegamos a um ponto muito importante da orientação que devemos dar ao nosso paciente, que é relacionada com a alimentação. É sabido que hoje em dia, cada vez mais, nos alimentamos de forma inapropriada e às vezes é perda de tempo pedirmos aos nossos pacientes que se privem de comer este ou aquele tipo de comida. Porém, é nosso dever orientá-los para que tentem mudar seus hábitos alimentares, o que na verdade é o mais difícil de acontecer, pois não é fácil abandonarmos hábitos adquiridos ao longo de toda a vida. A alimentação deve respeitar o tempo de pelo menos uma hora. Deve se mastigar bem os alimentos, evitar líquidos durante as refeições e dar preferência a carnes magras, saladas e frutas e não exagerar nas massas. Procuro sempre orientar os pacientes a não ficarem com o estômago vazio durante muito tempo e fazerem várias refeições ao longo do dia, intercalando as refeições principais com pequenos lanches (barras de cereais e frutas são uma opção prática). Se existe o hábito de frituras, alimentos gordurosos e refrigerantes em excesso, deve haver uma diminuição de sua ingesta. Enfim, existe hoje o conceito de “slow food”, que é um movimento em favor da boa gastronomia e celebra a alimentação saudável em contraste ao “fast Rodrigo Fontan é Gerente Médico do Hospital Vita Batel e cirurgião do aparelho digestivo food”, hábito difundido pelos norte-americanos por todo o mundo e absorvido pelo nosso ritmo de vida cada vez mais estressante. Este movimento exalta o prazer das refeições e é garantido que melhora, e muito, nossa qualidade de vida. Todas estas dicas ajudam a evitar os sintomas dispépticos e junto com a prática de atividades físicas e a diminuição do uso do cigarro, outro inimigo de nosso organismo, certamente farão com que tenhamos uma vida melhor em todos os sentidos. Que tal tentar? Entrevista Transfira sua Carência Em 15 de janeiro, foi regulamentada em todo Brasil a chamada “portabilidade de carências” pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso significa, resumidamente, que quem tem um plano de saúde e já cumpriu sua carência não precisa cumpri-la novamente ao contratar um novo plano em outra operadora. A ANS publicou em seu site informações sobre o assunto e uma lista com as respostas para as questões mais comuns no endereço http://www.ans.gov.br/portal/site/perfil_consumidor/portabilidade.asp A medida atinge cerca de 6 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, contratados após 1º de janeiro de 1999. A revista VITAL entrevistou Alex Urtado Abreu, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, sobre as consequências das mudanças para os segurados. Abreu é especialista em Regulação de Saúde Suplementar (Gerência-Geral Econômico-Financeira dos Produtos / Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos), pós-graduado em Regulação de Saúde Suplementar pela FGV-RJ e Hospital Sírio Libanês, de São Paulo. VITAL - Existe uma demanda pela portabilidade? Qual é a porcentagem de usuários insatisfeitos e por quê? Abreu - Existe uma demanda da sociedade pela portabilidade de carências, motivo pelo qual este projeto foi inserido no programa Mais Saúde, que é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde do Governo Federal. De acordo com a pesquisa de satisfação realizada em 2007 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis - IPEAD - da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, a pedido da ANS, cerca de 6% dos beneficiários se mostraram insatisfeitos com o seu plano de saúde. Os principais problemas relatados na pesquisa pelos beneficiários insatisfeitos foram: a dificuldade para agendamento de consultas e exames e problemas com procedimento médico não autorizado. VITAL - Em tese, a portabilidade eleva a concorrência entre os planos de saúde. Na prática, os “planos destino” não se sentirão prejudicados e buscarão impedir o uso da portabilidade? Abreu - Muito se fala da possibilidade de os planos de destino se sentirem prejudicados com a portabilidade. Contudo, este não deve ser o pensamento das operadoras que trabalham bem e buscam o aumento da sua participação no mercado. Entende-se que quanto maior for a carteira de beneficiários da operadora, maiores serão as possibilidades de diluição dos custos com a operação do plano. Neste sentido, é importante ressaltar que a Resolução Normativa n.º 186/2009 prevê mecanismos para impedir comportamentos oportunistas, tanto de beneficiários como das operadoras, incentivando a concorrência e impedindo a chamada seleção adversa. Além disso, a oferta de programas de promoção 10 www.redevita.com.br da saúde e prevenção de doenças pode ser um importante atrativo para os beneficiários e um instrumento para a redução dos custos da operadora. VITAL - A portabilidade terá efeitos positivos sobre os serviços dos planos de saúde? Abreu - Espera-se que as operadoras busquem atrair novos beneficiários, tanto pela redução dos preços como pela melhoria da qualidade dos seus serviços. Nesse sentido, é importante que as operadoras invistam cada vez mais no cuidado com a saúde dos seus beneficiários, buscando uma maior aproximação, com o objetivo de melhorar a saúde e a qualidade de vida dos seus clientes. Dessa forma, a oferta de programas de promoção e prevenção pode ser um importante atrativo para os beneficiários e um instrumento para a redução dos custos da operadora. VITAL - Qual o motivo para que a portabilidade só possa ser pedida no período entre o mês de aniversário do contrato e o mês seguinte? Abreu - No aniversário do contrato, o beneficiário recebe o reajuste da sua mensalidade. Este é um momento propício para que o beneficiário avalie se a sua operadora está lhe oferecendo um serviço adequado a um preço justo. Além disso, a distribuição da mobilidade dos beneficiários no período de aniversário dos contratos reduz os custos administrativos das operadoras se comparados com uma eventual possibilidade de grande movimentação de beneficiários no momento imediatamente posterior à publicação da norma. Essa medida também tem como objetivo evitar que ocorra a chamada seleção adversa, onde os beneficiários só buscariam a mudança do plano de saúde no momento em que necessitassem de utilização imediata de uma rede de serviços específica ou de um procedimento médico específico. A portabilidade não deve ser um instrumento para que a escolha do plano de saúde seja orientada apenas por aspectos prementes e imediatos. A norma de portabilidade incentiva que o beneficiário avalie bem as opções de planos de saúde disponíveis e possa tomar uma decisão de médio a longo prazo, pensando na sua assistência à saúde como um todo e não apenas em uma necessidade imediata e específica. VITAL - Está sendo questionada a legalidade da medida. As associações de medicina de grupo sugerem que a Resolução só poderia ter sido instaurada como um projeto de lei e que a ANS “extrapolou”. Como a ANS defende a medida? Abreu - A Lei n.º 9.961, de 2000, atribui à ANS competências para disciplinar os diversos aspectos do contrato de planos de saúde, assim como para a adoção de medidas visando incentivar a concorrência no setor, de modo que a norma de portabilidade de carências se enquadra perfeitamente nas competências estabelecidas pela legislação vigente. É im- tiva n.º186, de 2009, estabelece requisitos para a portabilidade de carências, dentre os quais se inclui a necessidade de que o plano de origem esteja em tipo compatível com o de destino. Esta compatibilidade é avaliada sob os aspectos de cobertura assistencial, abrangência geográfica e faixa de preços. Os contratos anteriores a 1999 não seguem um padrão de cobertura e de abrangência, de modo que seria muito difícil a avaliação da compatibilidade. Em virtude dessa diferença, não seria possível também avaliar as carências já cumpridas pelo beneficiário para efeito de portabilidade. Além disso, a previsão da portabilidade de carências diretamente do plano anterior a 1999, não adaptado, para um plano novo de outra operadora poderia gerar a chamada Alex Urtado Abreu, da Agência Nacional de Saúde Suplementar seleção adversa, pois o beneficiário poderia portante destacar que a Procuradoria da ANS utilizar a regra apenas no momento em que participou intensamente de todo o trabalho necessitasse de um procedimento não coberto de construção da norma de portabilidade de no contrato do plano de origem, gerando o carências, sempre com o objetivo de dar todo desequilíbrio financeiro da operadora do plano o aparato jurídico para as medidas adotadas de destino, prejudicando todo o grupo. Essa pela Agência. Além disso, as operadoras que medida poderia, também, criar um incentivo estiverem interessadas em aumentar a sua para que o beneficiário de plano anterior a Lei participação no mercado e em melhorar a n.º 9.656, de 1998, postergasse ao máximo a qualidade dos seus serviços, não terão intedecisão de contratar um plano novo. resse em questionar a medida; até mesmo porque ela foi amplamente debatida durante VITAL - Segundo o IDEC, os contratos o último ano em fóruns realizados com os coletivos feitos pela empresa em que o representantes do setor, tanto de operadoras, usuário trabalha representam 70% do como dos beneficiários, em Câmara Técnica mercado e também não estarão incluídos e na Câmara de Saúde Suplementar, além de na portabilidade. Por quê? ter sido posta em Consulta Pública. Abreu - Inicialmente, é importante ressaltar VITAL - Por que os contratos anteriores que em grande parte desses produtos não a 1999 não foram incluídos na portabihá a exigência do cumprimento de carências, lidade? especificamente nos planos coletivos empresariais com 50 vidas ou mais. Além disso, este Abreu - Inicialmente, é importante ressaltar que é um primeiro momento da implementação da os contratos individuais e familiares anteriores norma de portabilidade de carências. Nada a 1999 que tenham sido adaptados à Lei n.º impede que, após a consolidação da norma de 9.656, de 1998, fazem jus à portabilidade de portabilidade de carências, a ANS avalie a poscarências. Somente os contratos anteriores sibilidade de ampliação do público-alvo para a 1999 que não tenham sido adaptados a inclusão, por exemplo, dos beneficiários que não foram incluídos. A Resolução Normapossuem planos coletivos e pretendem contra- tar planos de saúde individuais ou familiares. Para tanto, é necessário que sejam superados importantes aspectos técnicos que, no presente momento, impossibilitaram a inclusão desses contratos na norma de portabilidade de carências. Os planos de saúde coletivos possuem a avaliação do risco atuarial diversa dos planos de saúde individuais e familiares, o que dificulta muito a compatibilização da faixa de preços dos produtos. Além disso, muitos desses planos não encaminham Nota Técnica de Registro de Produto, que é um importante insumo para a avaliação dos aspectos de compatibilidade e de faixa de preços desses planos. VITAL - Os planos de saúde estão preparados para a mudança, seja do ponto de vista administrativo como financeiro? Abreu - Sob o ponto de vista administrativo, entendemos que as operadoras deverão estar preparadas para a mudança até a data do início da vigência da norma, em 15 de abril de 2009, já que a norma não prevê medidas de grande complexidade administrativa a serem adotadas pelas empresas. A Resolução Normativa n.º186, de 2009, distribui a mobilidade dos beneficiários no período de aniversário dos contratos, o que reduz os custos administrativos com uma eventual possibilidade de grande movimentação de beneficiários no momento imediatamente posterior à publicação da norma. Além disso, a norma dá um prazo de 20 dias para a análise da proposta de adesão do beneficiário, mais 10 dias para o início da vigência do contrato. Esse período é suficiente para que a operadora tome todas as medidas para a recepção do beneficiário. Além disso, a ANS está disponibilizando o máximo de informações para operadoras e beneficiários em sua página na internet, além da sua Central de Atendimento, que possui profissionais preparados para esclarecer as dúvidas apresentadas. Sob o ponto de vista financeiro, entende-se que a carência não é um mecanismo destinado ao enriquecimento da operadora que recebe o beneficiário sem a prestação de nenhum serviço. Pelo contrário, a carência é um mecanismo destinado a evitar a chamada seleção adversa, ou seja, a evitar que o beneficiário só contrate um plano de saúde no momento em que adoecer, necessitando da utilização imediata dos serviços. Por outro lado, a carência não pode ser utilizada para que a operadora selecione os beneficiários mais jovens para oferecer apenas para eles as promoções e as facilidades na contratação do plano de saúde. Nesta linha de raciocínio, a portabilidade de carências reequilibra as ações, evitando a seleção adversa, sem trazer prejuízos à concorrência, permitindo que todos os beneficiários que estejam insatisfeitos com o seu plano de saúde possam trocar de operadora, sem a necessidade de interrupção da cobertura assistencial. 11 www.redevita.com.br Gente Gente O Reino da Fantasia em Curitiba Os funcionários da Rede VITA em Curitiba comemoraram o fim de ano com uma linda festa à fantasia, que aconteceu no dia 19 de dezembro, no Clube Thalia. Todo mundo caprichou e houve premiação para a fantasia mais elegante, a mais criativa e a mais divertida; e também para o grupo mais animado e o mais bonito. A banda Samarina animou a festa tocando vários estilos de música. Atani Mendes Junior e Luciana Cristina Zanette Barack Obama, Mônica e o Mario com gângsters e mosqueteiros Marcelo Rea, Melissa Santana, José Octávio, Adriana Kraft, Adriano Carvalho, Neidamar Fugaça, Josiane Fontana e Cristina Ruoso José Pimenta, Mariângela Godoy, Lilian Stephano e Ana Tereza Gebran Aline de Neve e os Anões da Manutenção do Batel, o grupo mais animado Neidamar e equipe de enfermagem Batel Muita animação no Clube Thalia 12 www.redevita.com.br Rosana Cruz e Rafael Castro Odaliscas, padres, freiras e até a Chiquinha do Chaves participaram Muita Animação na Festa de Fim de Ano em Volta Redonda Os funcionários do Hospital VITA Volta Redonda comemoraram o fim de ano com um animado churrasco no Clube Laranjal, dia 19 de dezembro. Cerca de 400 pessoas compareceram à festa, que teve sorteio de diversos brindes, inclusive duas bicicletas, aparelhos de DVDs, jogos de toalhas, máquina fotográfica e outros. O ponto alto do evento foi a revelação de talentos, com o quadro “Se VITA nos 30”. Maternidade faz Quatro Aninhos No dia 14 de fevereiro, a Maternidade VITA Volta Redonda celebrou seu quarto ano de existência. A comemoração foi um evento muito bonito e emocionante, que teve a presença de crianças que nasceram nessa data em 2005, 2006, 2007 e 2008. Todas as crianças que nasceram durante a semana receberam camisetinhas comemorativas, e as três que nasceram no sábado, dia do aniversário, ganharam também um kit especial com colcha, lençóis e fronhas. Houve um almoço especial para os plantonistas e o slogan da comemoração foi : “Assim como nossos bebês estamos apenas começando”. Parabéns! Crianças que nasceram no dia de aniversário da Maternidade: Júlio Cesar Taranto Azevedo (esq.) em 2005, Pedro Santos Pereira Braga em 2006, Maria Eduarda Mesquita Campos em 2007 e Bruna Nascimento de Freitas em 2008. Todas ganharam presentes e depois sopram juntas as velinhas do bolo comemorativo Quem nasceu na semana do aniversário ganhou uma camisetinha comemorativa Marluce, supervisora da creche da Maternidade, entrega um kit especial para a mãe de um dos bebês que nasceu no dia do aniversário 13 www.redevita.com.br Capa Capa A Vitória Feminina Há algumas décadas a mulher vive um período inédito de liberdade e realização na história da humanidade; isso lhe trouxe muito mais satisfação, mas também uma sobrecarga Elas acordam e são mães: cozinham, organizam, orientam, limpam, preparam, dirigem. Depois se transformam em trabalhadoras: fazem, analisam, realizam, refazem. Depois, são mães novamente, e esposas. Você deve conhecer muitas mulheres assim, talvez até mesmo você seja uma delas. Essa nova forma de viver, ocupada, ativa, incessante, até mesmo estressante, certamente não é ruim, na verdade a maioria das mulheres gosta de toda essa atividade. Mas muitas se queixam da sobrecarga e de não conseguirem dividir as tarefas com os companheiros. Será que a mulher moderna não está exigindo muito de si mesma? Ganhos e Perdas Nos últimos duzentos anos, a mulher conquistou uma liberdade inédita na história da humanidade e passou a exercer as mesmas profissões que os homens. “O que a mulher ganhou foi um papel de relevância na sociedade, o reconhecimento pelo desempenho profissional muitas vezes acima da média”, diz Mônica de Rezende, psicóloga do Hospital VITA Volta Redonda. Estima-se que atualmente os cursos universitários tenham 25% a mais de mulheres que homens. Mônica ressalta que os novos papéis forçaram as mulheres a tomarem decisões difíceis, por exemplo: adiar a maternidade, conviver menos com os filhos e delegar boa parte Raphaella Ropelato da educação deles às escolas e viver múltiplas jornadas de atividade. “Além disso, doenças metabólicas, cardiovasculares, síndrome do pânico entre outras enfermidades, que eram típicas dos homens, hoje acometem também as mulheres”, acrescenta. Mas no fim das contas o resultado parece compensar amplamente: as mulheres podem ter carreiras profissionais, estudos universitários, têm direito de voto e propriedade, além de independência legal, coisas que nos parecem naturais, mas pelas quais as mulheres precisaram lutar por séculos. Vida de Executiva Executiva, mãe, esposa, amiga... Cristiane Prado, médica ginecologista e diretora médica da filial Paraná da AMIL, em Curitiba, é um exemplo típico de mulher que vive diversos papéis ao longo de um dia normal em sua vida. “Para mim, ser mulher é ser super-homem quando o Sol nasce e cinderela quando a noite chega; acho que essa é a melhor definição da vida da mulher de hoje”, diz Cristiane. Sua rotina é acordar cedo, levar a filha à escola e começar a trabalhar às 7h30 ou 8h00. O expediente nunca termina antes das 20h e às vezes vai até mais tarde, no caso de um cliente ou a própria AMIL promoverem um evento, por exemplo. E por mais fatigada que esteja, ao chegar em casa tem de estar de bom humor, para dar atenção e carinho para o marido e a filha. 14 www.redevita.com.br “Essa agenda não é uma particularidade minha”, diz Cristiane; “acho que a maioria das mulheres de hoje aceitou essa jornada tripla”. Mas apesar do esforço, Cristiane não se sente infeliz ou estressada. Para ela, como para muitas outras mulheres, lidar com uma grande diversidade de tarefas é muito mais prazeroso do que a inatividade. Tripla Jornada Ainda hoje, a brincadeira de casinha prepara as meninas para exercerem seus papéis de esposas e mães. Mas agora, além desses papéis, elas também desejam ter uma vida estudantil e profissional de Monica de Rezende sucesso. “É como se a sociedade permitisse uma nova liberdade à mulher, contanto que ela continue exercendo todos os papéis que já exercia antes”, diz Raphaella Ropelato, psicóloga do Hospital VITA Curitiba. “E eu vejo muito no meu consultório mulheres que se sentem na obrigação de serem perfeccionistas, e não conseguem ser felizes se não dão conta de tudo”. Com tantas obrigações e cobranças, a vida começa a ficar complicada e muitas mulheres se vêem estressadas, ansiosas, sobrecarregadas. Para se sentir realizada a mulher busca ser boa mãe, boa profissional, atraente, casar, cuidar da família, ter vida social intensa, e até a sexualidade se torna mais um item de expectativas. Ao contrário do que possa parecer, as mulheres mais ocupadas costumam se sentir mais satisfeitas, como indicam estudos da ISMA - International Stress Management Association (Sociedade Internacional de Gerenciamento de Stress). “Mesmo que a mulher tenha de fazer muitas coisas, ela tem a satisfação de enfrentar e administrar esses desafios”, diz Raphaella. Ela ressalta que cada mulher deve procurar o modo de vida que lhe traz satisfação, seja ser casada ou solteira, dona-de-casa ou executiva, ser mãe ou não ter filhos, buscar o que lhe faz feliz. “Não Cristiane Prado existe um jeito certo ou errado de viver”, diz Raphaella. “O apoio psicológico serve para ajudar a mulher a sustentar suas decisões”. “O importante é ser feliz. Todo esse tempo que a gente ocupa com tantas atividades, só vale a pena se a gente é feliz e eu estou muito satisfeita, não consigo ver nada de errado no meu estilo de vida”, diz Cristiane Prado. “O trabalho bem feito lhe realiza e lhe traz felicidade”, acrescenta. Mais Diálogo Hoje, a maioria das reclamações da mulher vem do ambiente doméstico, do relacionamento com o marido ou companheiro. “Muitas mulheres se queixam de estarem sobrecarregadas e não terem apoio do homem”, diz a psicóloga Mônica; “e para resolver isso é preciso mais diálogo”. Para ela, frequentemente os casais não conversam com assertividade, e não falam sobre o que lhes incomoda, para evitar conflitos, o que acaba gerando brigas e separações. “Além disso, o homem hoje tem um pouco de medo do sucesso da mulher moderna”, diz Mônica. De fato, ainda são poucos os homens que aceitam dividir as tarefas domésticas com a mulher, o que gera muitas queixas. Para a psicóloga Raphaella Ropelato falta comunicação entre homens e mulheres; além disso, ela reconhece que as mães poderiam contribuir bastante para a evolução dos relacionamentos dando uma educação menos machista aos seus filhos. Ainda hoje, na maioria dos lares, os meninos são poupados das tarefas domésticas. Testemunha das Conquistas Quando Bergonsil de Oliveira Magalhães morava em Ubá (MG), as únicas profissões aceitáveis para as mulheres eram ser professoras ou donas-de-casa. “Meu pai dizia: ‘mulher é do lar’, mas eu queria trabalhar fora, no comércio, no escritório”, conta Bergonsil. Quando a família toda se mudou para Volta Redonda, em 1943, Bergonsil aproveitou a oportunidade: fez um curso de datilografia e conseguiu um emprego na administração da construção da cidade, que era uma espécie de Brasília da época, uma cidade construída a partir do zero para dar suporte à Companhia Siderúrgica Nacional. Bergonsil conseguiu a transferência para o setor de compras do escritório central da CSN em 1949. “Três anos depois, pela facilidade 15 www.redevita.com.br Capa Capa Resumidíssima História Ilustrada das Conquistas Femininas Christine de Pizan I Grécia Antiga Vaso grego (420-400 AC) Bergonsil de Oliveira Magalhães que eu tinha naquele trabalho, eu seria designada compradora”, conta Bergonsil. “Mas um diretor disse que mulher só poderia ser secretária”. Nessa época, surgiu uma oportunidade no Hospital da CSN (hoje Hospital VITA Volta Redonda) como chefe de seção, no setor administrativo. “Eu chefiava um quadro de pessoal formado na maioria por homens”, conta Bergonsil, “e um deles ao saber da minha designação se revoltou e imediatamente pediu transferência, dizendo que não aceitava receber ordens de uma mulher”. Ela prosseguiu sua carreira na CSN como chefe de seção, depois chefe de divisão e substituta do administrador. E se aposentou com 32 anos de serviço em 1975. Hoje, ela é vicepresidente da Associação dos Aposentados de Volta Redonda, que reúne 45 mil associados e pensionistas. “Nos anos 1950, as mulheres começaram a usar calças compridas”, conta Bergonsil. “Eu própria usava, mas quando eu precisava ir ao escritório central da CSN, tinha que primeiro passar em casa, trocar de roupa, porque havia um administrador que não admitia que mulheres usassem calças compridas”. Para Bergonsil, hoje as mulheres vivem muito melhor, podem estudar, são maioria em profissões onde antes só havia homens, conquistam destaque. “Tive o prazer de conhecer, em 1989, a presidente da CSN na época, Maria Sílvia Bastos Marques”, conta Bergonsil. “Estou feliz de ver todas essas conquistas da mulher”. 16 www.redevita.com.br Em Atenas, as mulheres não eram consideradas cidadãs, ou seja, não tinham direitos políticos nem jurídicos. As mulheres casadas passavam reclusas a maior parte do tempo e se dedicavam a tarefas domésticas. Raras escapavam à condição de submissão, como Aspásia de Mileto, mulher de Péricles, que era muito influente, promovia reuniões literárias e participava do debate político. Em Esparta, as mulheres tinham um pouco mais de liberdade, podiam praticar exercícios físicos e participar de jogos. de filhos, absolutamente subordinadas aos homens e mantidas em casa. O trabalho era pesado e incluía fazer roupas desde a matéria-prima e também produção de comida. Apesar disso, datam dessa época as mais antigas idéias feministas. Christine de Pizan (1365-1430), autora de tratados de política e filosofia, publica “Cidade das Damas”, onde fala da igualdade entre os sexos IV Renascimento Como na Idade Média, as mulheres do renascimento não Lucrécia Bórgia II Roma Antiga Agripina, mãe de Nero As romanas tinham maior liberdade e mais direitos que as gregas. Por exemplo: tinham acesso ao teatro e aos tribunais, podiam se movimentar livremente e eram consideradas as verdadeiras donas da casa, com poder sobre os escravos. Há notícias de mulheres literatas e com prestígio social e político. Muitas romanas da nobreza ficaram famosas por sua influência no império: Lívia, mulher de Augusto e mãe de Tibério, Messalina, mulher de Cláudio, Agripina, mulher de Cláudio e mãe de Nero e outras. III Idade Média Na Idade Média, a situação das mulheres decaiu bastante, em boa parte devido ao pensamento religioso vigente. As mulheres eram basicamente geradoras e criadoras tinham direitos políticos e estavam legalmente sujeitadas a seus maridos. As que não se casavam, frequentemente entravam para um convento. Muito raramente, mulheres da nobreza tinham a chance de se distinguir e alcançar a fama, ainda que não a independência. Lucrécia Bórgia, a filha de Rodrigo Borgia, que se tornaria Papa Alexandre VI, foi uma delas. Ela se tornou famosa devido aos vários casamentos arranjados para que a Igreja e a família estendessem seus domínios. V Revolução Francesa Marcha para Versalhes Desde o início da Revolução Francesa, as parisienses tiveram um papel importante. Elas tinham famílias a alimentar e estavam prontas a lutar por pão. A queda da Bastilha acontecera em 14 de julho; em 5 de outubro de 1789, uma multidão de mulheres começou a se formar no mercado parisiense. No dia seguinte, cerca de 7 mil delas marcharam para Versalhes e forçaram o rei e a família real a virem para Paris. Na Revolução Francesa, as mulheres buscaram obter para si os mesmos direitos que os homens, como voto, propriedade e direitos civis.. VI Origens do Dia da Mulher Há controvérsias a respeito da escolha do dia 8 de março como Dia Internacional da mulher. A data Poster é frequentemente atrisoviético buída ao incêndio da comemocompanhia Triangle rativo do Waist Company, que Dia da realmente ocorreu e Mulher de 1932 causou a morte de 126 operárias. Mas a tragédia aconteceu no dia 25 de março de 1911 e não no dia 8. A única origem documentada vem da União Soviética: em 1921, a data foi declarada “Dia Internacional da Mulher Trabalhadora”, em homenagem ao primeiro protesto feminino contra o Czar, em São Petersburgo, em 8 de março de 1917, às vésperas da Revolução Russa.. VII As Suffragettes dos Estados Unidos, Argentina e Uruguai. No país todo, as mulheres conquistaram o direito ao voto em 1932, mas mulheres casadas só poderiam votar com autorização do marido. Essas restrições Alzira Soriano foram eliminadas em 1934, mas até 1946 apenas o voto masculino era obrigatório. IX Novas Conquistas Passeata pela libertação feminina em Washington (1970) Conquistado o direito de voto, ainda havia muitas outras batalhas para as mulheres brasileiras. O Estatuto da Mulher Casada, de 1962, estabeleceu o princípio do livre exercício profissional para a mulher casada. Em 1977, introduziu-se a Lei do Divórcio no Brasil. A mulher ganhou o direito de não adotar o sobrenome do marido ao se casar. Nos EUA, Betty Naomi Goldstein Friedan funda, em 1966, a Organização Nacional para Mulheres (NOW), com os objetivos: igualdade de oportunidades de emprego, direitos legais e políticos, mudança da imagem da mulher e outros. X Desafios do Século XXI Suffragette inglesa (cerca de 1910) No final do século XIX, as feministas não estavam conseguindo alcançar seus objetivos por meios pacíficos, entre eles a conquista do direito de voto, e muitas passaram a defender ações mais enérgicas. Esses grupos se tornaram conhecidos como as suffragettes (da palavra sufrágio, sinônimo de voto) e seu lema era “Atos, não Palavras”. As suffragettes se acorrentaram a trilhos, interromperam assembléias e danificaram equipamentos públicos. Em 1913, Emily Davison morreu ao se jogar sob o cavalo do Rei da Inglaterra. VIII Voto Feminino no Brasil Em 1927 o Rio Grande do Norte tornou-se o primeiro Estado a permitir o voto feminino. No ano seguinte, Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lages (RN). Ela foi a primeira prefeita brasileira e sua eleição foi notícia em jornais A mulher brasileira ainda se ressente da diferença de salários e oportunidades de trabalho em relação ao homem. Segundo dados divulgados neste ano pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTU, em inglês), em média as mulheres brasileiras ganham 34% menos que os homens. A questão da violência contra a mulher também continua sendo muito grave. No dia 8 de março, uma manifestação reuniu centenas de pessoas no Rio de Janeiro, que pediam mais segurança, justiça e respeito à dignidade das mulheres.. 17 www.redevita.com.br Túnel do Tempo Túnel do Tempo Vital Brazil: O Cobra da Pesquisa O médico mineiro ficou conhecido internacionalmente pela descoberta de que o veneno de cobra deveria ser tratado com soro específico para cada espécie Nascido em 28 de abril de 1865, em Campanha (MG), Vital Brazil custeia os próprios estudos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, trabalhando como escrevente de polícia. Formase em 1891 e em seguida se muda para São Paulo. Em 1896, muda-se para Botucatu, cidade do interior de São Paulo, onde tem contato com as péssimas condições de saúde da população rural e testemunha um grande número de acidentes por mordida de cobra, o que o leva a se interessar pelo assunto. Para realizar suas pesquisas, ele começa a comprar cobras dos trabalhadores rurais e criá-las em casa. Na época, utilizava-se como remédio universal para mordidas de cobra o soro desenvolvido pelo cientista francês Calmette, a partir do veneno da cobra asiática naja. A convite do também médico e pesquisador Adolpho Lutz, Vital Brazil abandona a atividade clínica, em 1898, e passa a trabalhar no Instituto Bacteriológico de São Paulo, atual Instituto Adolpho Lutz. Ao combater uma epidemia de peste bubônica em Santos (SP), em1899, Vital Brazil contrai a doença, mas sobrevive. Ele é então encarregado pelo Governo do Estado da criação de um centro para produção de vacinas contra a peste bubônica. Em 1901, na Fazenda Butantan, distante 9km da capital, é criado o Instituto Serumtherápico, hoje chamado Instituto Butantan, sob o comando de Vital Brazil. Nesse mesmo ano, ele inocula animais com venenos de serpentes brasileiras, como jararaca e cascavel, e tenta tratá-los com o soro de Calmette, mas os animais morrem. Vital Brazil produz então soros específicos para venenos de jararaca e cascavel, e consegue salvar as cobaias. Em 1905, inicia a produção de soro antidiftérico e passa a estudar insetos peçonhentos como o escorpião e as aranhas. Ele publica o resultado de seus estudos no livro “A Defesa Contra o Ofidismo”, em 1911, que é publicado em diversos países. Instituto Butantan em 1914 18 www.redevita.com.br Durante uma visita a Nova York, em 1915, Vital Brazil é chamado para socorrer um empregado do Jardim Zoológico do Bronx Park, que havia sido mordido por uma cobra Crotalus atrox, do Texas. Todas as tentativas de salvá-lo já haviam sido feitas, inclusive aplicação do soro de Calmette, sem sucesso. O acidente acontecera há 36 horas, e o estado do paciente era desanimador. Vital Brazil havia levado para os eventos científicos algumas amostras de soro da cascavel (Crotalus terrificus), cobra do mesmo gênero da que picara o funcionário do zoo, e recomenda usá-las. Em seis horas, o paciente começa a melhorar e em 12 horas é considerado livre de perigo. Esse episódio foi amplamente divulgado e tornou famosos, internacionalmente, Vital Brazil e a descoberta do soro antiofídico específico. Vital Brazil Em 1917, ele abre mão da patente de soro antiofídico em benefício da população brasileira. Vital Brazil foi um dos pioneiros na alfabetização de adultos. Ele criou uma escola Extração de veneno no ao lado do Butantan, Instituto Butantan onde de dia as crianças estudavam, e à noite os adultos fun- Capa de “A Defesa Contra o cionários do instituto Ofidismo”, de 1911 aprendiam a ler e esFontes: Instituto Vital Brazil, Museu Vital Brazil, Instituto crever. Também inventou métodos de captura Butantan, Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP, site Tópicos Selecionados de História da Medicina de cobras e uma caixa para transportá-las que e Linguagem Médica. é utilizada até hoje. Em Rede Em Rede Pacientes Conectados à Web Hospitais da Rede VITA oferecem a pacientes e familiares acesso sem fio à Internet por rede Wi-Fi Pacientes e visitantes dos hospitais VITA Curitiba, VITA Batel e VITA Volta Redonda já podem desfrutar do acesso à Internet sem fio, em seus próprios computadores portáteis, através de rede Wi-Fi disponibilizada nas três unidades. É uma comodidade que os pacientes e familiares solicitaram, e que lhes permite mais opções para se divertirem, se comunicarem e até trabalharem. O Hospital VITA Batel oferece acesso à Internet em banda larga por rede Wi-Fi há dois anos. “Os pacientes utilizam bastante”, diz Melissa Pacheco Santana, gerente de logística do hospital, “tanto para trabalhar como para se divertir”. No VITA Batel, o acesso é disponibilizado gratuitamente em áreas como apartamentos, lanchonete e recepção, e para usá-lo basta que o paciente ou visitante solicite um cartão de acesso. “Já vi pacientes até mesmo fazendo videoconferência”, diz Melissa. Os apartamentos, áreas de espera e recepção do Hospital VITA Curitiba também oferecem acesso sem fio à Internet, para pacientes e visitantes que solicitam senha. “Os médicos utilizam com frequência”, conta Adriano Carvalho, gerente de logística do VITA Curitiba. Adriano considera o acesso à Internet um grande conforto para o paciente: “Assim, ele pode manter mais contato com a família e os amigos através da rede, o que favorece seu bem-estar e recuperação”. O Hospital VITA Volta Redonda acaba de inaugurar sua rede Wi-Fi, que fornece acesso sem fio à Internet nos apartamentos e locais de circulação dos visitantes. Inaugurada no final de fevereiro, a rede pode ser acessada livremente, sem necessidade de senha: “Pela nossa localização, só quem está no hospital vai conseguir acessar, por isso não vimos necessidade de solicitar senha”, explica Luciene Esperança, coordenadora de Tecnologia da Informação do Hospital VITA Volta Redonda. Segundo ela, a rede Wi-Fi foi uma solicitação dos pacientes, principalmente daqueles que ficam internados por períodos mais longos. “Ano passado até improvisamos acesso à Internet cabeado para um paciente jovem que nos solicitou”, conta Luciene, “mas isso agora não será mais necessário”. Logística na Cadeia de Suprimentos: Uma Perspectiva Gerencial Através de contratos negociados de forma centralizada, a Rede VITA obtém um gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos Falhas na cadeia de suprimentos podem ser amplamente danosas para organizações hospitalares; entretanto, esses problemas estão se tornando cada vez mais comuns na área da Saúde. É na atual dinâmica de rápidas transformações no ambiente de negócios, sobretudo nessa área, que são criadas demandas cada vez maiores em: fornecer produtos e serviços de forma ágil e de modo pontual, com maior valor agregado e níveis mínimos de estoque. Segundo Francisco Naruke, coordenador de suprimentos e contratos do Grupo VITA, com o gerenciamento da cadeia de suprimentos os hospitais do Grupo entregam seus produtos e serviços ao cliente interno, numa rede interligada, solucionando problemas de planejamento e gerenciamento, através de sistema informatizado. Tal sistema permite à empresa administrar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência. Entre os resultados esperados de um gerenciamento adequado da cadeia de suprimentos estão: redução de custos, aumento da eficiência, ampliação de lucros, melhoria no tempo de ciclos da cadeia de fornecimento, estabelecer parcerias de fornecimento com as empresas abastecedoras, manter o menor estoque possível, obter o produto no local e quantidade certos. Partindo do conceito de parceria entre fornecedores e clientes, as ferramentas adotadas pelo Grupo VITA são os contratos negociados de forma centralizada, com flexibilidade necessária à satisfação de ambos, e o portal eletrônico de compras. “Deste modo, garante-se uma resposta rápida e eficaz a qualquer situação que se coloque, seja de estratégia ou operacional”, diz Naruke. Segundo ele, para o bom funcionamento da Logística da cadeia de suprimentos, é fun- Francisco Naruke damental a integração desses conjuntos de soluções, automatizadas através da tecnologia de informação. Pois só assim será possível obter maior vantagem estratégica e competitiva. 19 www.redevita.com.br Em Rede Em Rede Está Pronto o Novo Centro Cirúrgico de VR Em dois meses o Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda recebeu melhorias que vão do piso ao teto e ganhou duas novas salas de cirurgia O Centro Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda acaba de passar por uma importante reforma, que além de modernizar o sistema de climatização, objetivo principal da obra, também permitiu ampliar o número de salas cirúrgicas de seis para oito. A obra foi realizada no prazo recorde de dois meses, de 1º de dezembro a 31 de janeiro últimos, sem que fosse necessário suspender ou adiar procedimentos. Com a reforma, o Centro Cirúrgico também passa a atender plenamente a norma RDC 50, do Ministério da Saúde. vinílico nas áreas comuns e piso vinílico condutivo nas salas cirúrgicas; o teto recebeu forro contínuo em todo o bloco, que oculta o sistema de refrigeração e outros dutos; toda a unidade foi pintada com tinta lavável, específica para ambientes hospitalares, conforme a norma RDC 50. Segundo Deumy Rabelo, superintendente do Hospital VITA Volta Redonda, além dos benefícios de conforto e segurança proporcionados pela reforma, as duas novas salas cirúrgicas permitirão uma maior flexibilidade de horários para os cirurgiões, e prepararam o hospital para uma maior demanda. “O maior desafio enfrentado durante as obras foi garantir que nenhuma cirurgia fosse cancelada ou deixasse de ser agendada”, diz Rabelo. Ele ressalta o apoio dos médicos, que contribuíram para que as cirurgias prosseguissem normalmente, apesar das restrições durante a reforma. Todas as janelas de vidro comum e esquadrias de Teto rebaixado e tubulações de gases medicinais alumínio foram substitucânicas. Conta, também, com um fluxo laminar ídas por janelas de vidro blindex temperado e de ar em torno da mesa de operações. laminado. Elas têm persianas entre as lâminas de vidro, o que, além de evitar o acúmulo de Os trocadores de calor, condensadores e filtros poeira, serve como isolante acústico. A ilumido novo sistema de climatização estão instalanação natural proporcionada pelas janelas dos fora do centro cirúrgico, em uma plataforma traz conforto e humaniza o ambiente. construída no teto do hospital, especialmente para esse fim. Para garantir a qualidade do ar Climatização e evitar impurezas, os filtros do sistema estão sob manutenção constante. Os novos equipamentos de climatização substituem os antigos aparelhos de ar-condiGrandes melhorias também foram feitas nos cionado presos às paredes. Eles dispõem de aspectos de instalações elétricas e iluminação. A filtragem absoluta, com alta capacidade de rede elétrica, com novos painéis de distribuição troca de ar, graças à ventilação e exaustão mee tomadas, está acima das necessidades atuais, Janelas têm já prevendo a demanda futura. A iluminação persianas de todo o bloco agora está embutida no forro embutidas e é feita com luminárias antiqueda, anti-explosão e anti-reflexo, o que aumenta o conforto visual de todos, principalmente de pacientes e funcionários. Diversas melhorias foram implementadas, para dar mais conforto e segurança a médicos, funcionários e pacientes. Foi instalado piso Fluxo laminar sobre a mesa de operações Novas luminárias evitam ofuscamento 20 www.redevita.com.br A rede de gases medicinais passou por uma readequação, feita após consulta a médicos anestesistas e enfermeiros, que ajudaram a garantir a funcionalidade do sistema. O sistema de monta-carga, elevador que liga o centro cirúrgico ao setor de esterilização, também foi revitalizado. A telefonia foi renovada e a comunicação de dados foi preparada para, futuramente, permitir a exibição de imagens digitalizadas de tomografias, ressonâncias e radiografias, além de outras informações médicas, nas próprias salas de cirurgia. Em Rede Em Rede O Dono da Voz Ele adora cantar e caminhar em Curitiba; conheça o perfil do talentoso Adriano Carvalho Adriano Carvalho, gerente de logística do Hospital VITA Curitiba, precisa estar em toda parte ao mesmo tempo: na sua função, ele é responsável por administrar os muitos detalhes de projetos em andamento e serviços que estão sendo estruturados. “É uma área complexa e dinâmica, que aprecio muito”, comenta Adriano. Isso faz com que ele seja uma das pessoas mais conhecidas da Rede VITA em Curitiba, onde trabalha desde 1996. Apesar disso, ele chega a ser mais conhecido por outra característica marcante: sua bela voz. “Eu canto há muito tempo”, conta Adriano. “A música é uma coisa que me completa e me faz bem”. Seja num karaokê com os amigos, seja em casa, seja num evento social, Adriano não perde oportunidade de mostrar a voz. “Tentei aprender violão e piano, mas sem sucesso”, confessa Adriano. Decidiu então dedicar-se totalmente à voz: fez aulas de técnica vocal e canto, que ajudaram a se aperfeiçoar. Ele participa do trio vocal Can- Perfil Adriano Carvalho teia, de música brasileira, Signo: aquário que canta clássicos da MPB Prato preferido: cozinha italiana em eventos; mas ele não se Hobbies: música, caminhadas considera um cantor profis- Qualidade: bom humor sional: “É mais um hobby, eu Defeito: teimosia simplesmente gosto de cantar”, diz Adriano. Em eventos do hospital, como a SIPAT, a Semana de Enfermagem e outros, ele sempre é convidado para se apresentar. Conhecido entre os colegas pela gentileza e educação, Adriano busca tratar bem a todos, o que faz com que seja muito estimado e respeitado. Adriano é formado em Economia pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em gestão de negócios. Quando entrou na Rede VITA, estava no primeiro ano da faculdade, que conciliou com o trabalho durante todo o curso. Para não perder o impulso de estudar, fez logo em seguida sua pós-graduação. Ele confessa gostar muito de estar na Rede VITA e ter um verdadeiro amor pelo seu trabalho: “Não é a toa que estou aqui há doze anos”, brinca. Para manter a forma, Adriano vai à academia três vezes por semana, além de caminhar pelas ruas de Curitiba sempre que tem oportunidade: “Adoro a cidade, ela nos dá uma qualidade de vida incomparável”. Ele fala inglês e espanhol, e está estudando francês. Seus dotes só não alcançam a cozinha: “Sou incapaz de fazer um ovo frito”, admite. Um Núcleo Atento a Tudo O NGSA reúne informações de diversas fontes, identifica tendências e sugere melhorias assistenciais Os hospitais da Rede VITA coletam variados tipos de dados diariamente, a partir dos quais é possível avaliar a qualidade assistencial que está sendo prestada. Com o objetivo de reunir essas informações e visualizar tendências, entrou em funcionamento desde o ano passado o Núcleo de Gerenciamento de Segurança Assistencial (NGSA). Em Curitiba, o NGSA é coordenado pela médica Marta Fragoso, e atende os hospitais VITA Batel e VITA Curitiba. Em Volta Redonda, a responsável é a enfermeira Fernanda Felippe. Em ambas as cidades, o NGSA é composto pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar, Núcleo de Epidemiologia Hospitalar, Controle de Processos e Protocolos Assistenciais (CPPA) e Serviço de Estatística e Arquivo Médico (SAME). Desses quatro elementos, o único novo é o CPPA; os demais já existiam anteriormente. “O CPPA tem o objetivo de criar e garantir a adesão aos protocolos assistenciais, ou seja, aos métodos padronizados que adotamos no encaminhamento dos pacientes pelas várias ‘rotas’ de atendimento, dependendo de suas necessidades”, explica Fernanda. Esse mar de siglas pode parecer incompreensível, mas significa, basicamente, que os hospitais estão observando atentamente o que acontece dentro deles e procurando saber o que pode ser melhorado. “A partir da implantação do NGSA, as ocorrências passam a ser registradas e avaliadas”, explica a epidemiologista e infectologista Marta Fragoso. Por exemplo, se um tipo de cirurgia prevê alta em cinco dias, mas os pacientes só estão tendo alta em uma semana, o NGSA irá identificar isso, e investigar a causa destes dois dias a mais, que pode estar nos medicamentos, alimentação, fisioterapia, etc. modernos. “É bastante trabalhoso, mas gratificante”, garante. As informações reunidas pelo NGSA em Curitiba já deram origem até a trabalhos científicos, apresentados no 11º Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, em novembro, no Rio de Janeiro; e no 18º Congresso Mundial de Epidemiologia e 7º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em setembro, em Porto Alegre. Segundo Fernanda, o NGSA, além de contribuir para uniformizar as ações nos hospitais, também ajuda a alinhar essas atividades às melhores práticas em uso nos hospitais 21 www.redevita.com.br Rônel é vovô Rônel Mascarenhas, diretor médico do Hospital VITA Batel, está todo prosa com o nascimento do seu netinho Guilherme, essa coisinha sorridente na foto. A mãe é a Myrna, filha do Rônel, e o pai é o Marco Antônio Maxio Jones. Os avós são: Mônica Salles de Mascarenhas e Silva e Rônel Mascarenhas e Silva, Maria Augusta Maximo de Souza e Walter de Paula Jones. A Volta A enfermeira Adriana Kraft acaba de retornar à Gerência de Enfermagem do Hospital VITA Curitiba. Por dois anos ela atuou como gerente de logística, e agora volta a ficar próxima da assistência ao paciente, coordenando todo o corpo de enfermagem. Rodolpho Criativo O Grupo VITA agora conta com o apoio criativo, em São Paulo, do designer gráfico Rodolpho Dantas. Ele está trabalhando na comunicação visual e nas campanhas do Grupo. Rodolpho adora o que faz e não para de aprender. Depois de estudar Design, ele agora está no segundo ano do curso de publicidade e propaganda. 22 www.redevita.com.br Alegria em Dose Dupla No dia 14 de fevereiro, o Hospital VITA Curitiba comemorou o dia do Enfermo (11 fevereiro) com duas visitas muito legais: as Doutoras do Riso e os cachorros da ONG Amigo Bicho. Os pacientes que quiseram puderam dar boas risadas com as comediantes e também brincar com os bichinhos. O Thunder até usou crachá! Nova Escalação no Batel Foi uma substituição no tempo regulamentar da partida: a Djeyse (esq.), que estava no Serviço de Atenção ao Médico (SAM), foi transferida para a chefia de Governadoria, e a Ana Cláudia assumiu o seu lugar no SAM. Parabéns Pra Vocês Março é mês de aniversários. No dia 1º o Hospital VITA Volta Redonda completou 9 anos e no dia 22 foi a vez do Hospital VITA Curitiba completar 13 anos. Suas histórias estão repletas de conquistas, como a Acreditação em nível de Excelência em ambos os hospitais. Parabéns a todos que participaram dessas trajetórias. Presença Pediátrica Aconteceu de 19 a 21 de março a 9ª Jornada Paranaense de Terapia Intensiva e Emergência Pediátrica, na Sociedade Paranaense de Pediatria. O Hospital VITA Curitiba participou do evento com um estande, onde foram apresentados os serviços do complexo pediátrico do hospital. 23 www.redevita.com.br 24 www.redevita.com.br