I - Introdução Feira livre pode ser prejudicial à saúde. Uma feira livre pode ser prática, de fácil acesso e até mesmo com preços mais acessíveis, porém, na maioria das vezes, não obedece às regras previstas em lei para um bom funcionamento, assim como para a proteção da saúde do consumidor e conservação do meio ambiente. Atualmente, existem inúmeras feiras livres em todo o país, as quais empregam milhares de pessoas e garantem a sobrevivência delas e de suas famílias. Dessa forma, entendemos que esta atividade é de fundamental importância econômica para o Brasil. No entanto observamos que a maioria delas agem de modo irregular, indo de encontro as normas estabelecidas, manipulando alimentos sem luvas, expondo os mesmos a poeira, sem utilização de água potável, além disso os locais se encontram sujos, os resíduos não são coletados, muitas vezes desperdiçando alimentos que ainda poderiam ser utilizados, atraindo roedores e insetos transmissores de doenças graves. Entretanto cuidados básicos deveriam ser adotados para o funcionamento adequado desses locais, os quais vão desde o saneamento básico, passando pelo abastecimento de água potável e pela estrutura do local e equipamentos utilizados até a manipulação dos alimentos, o cuidado com os resíduos e o controle de insetos e roedores. Tais medidas devem ser tomadas a fim de evitar riscos para a saúde das pessoas que circulam nestas feiras. Portanto, é extremamente importante conhecer as medidas preventivas, assim como os riscos a que ficam expostos a população, a fim de incentivar os feirantes na adoção de uma conduta adequada. Nesse contexto o trabalho prático objetiva uma observação a fundo da realidade das feiras e de seus respectivos feirantes na realidade local. Para tal, a feira escolhida foi o cartão postal de nossa cidade, a feira do Ver-o-peso. 6 II - Objetivo Geral Utilizar os instrumentos básicos da Enfermagem a fim de detectar os fatores de risco ambientais na feira do Ver-o-Peso, os quais interferem na saúde humana. III - Objetivos Específicos Verificar se o lixo produzido nas feiras está sendo despejado em locais adequados e de maneira correta; Observar se a manipulação e a exposição dos alimentos se dão de forma adequada, obedecendo às maneiras higiênico-sanitárias básicas; Identificar a presença de roedores e insetos presentes na feira visitada; Identificar se há a presença de esgotamento sanitário adequado às necessidades da feira, segundo preconiza a vigilância sanitária; Constatar se há o abastecimento de água potável para o consumo e higienização dos manipuladores, utensílios domésticos, alimentos e da própria feira. 7 IV - Metodologia Neste estudo desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, pois os elaboradores envolveram-se com o local de estudo e suas ações, de caráter observacional e descritivo. Foi escolhida como local da pesquisa a feira do Ver-o-Peso, localizada no município de Belém, capital do Estado do Pará, devido a sua importância regional e nacional, já que esta foi eleita uma das “Sete Maravilhas do Brasil”. Assim, foram selecionados como sujeitos do estudo, os trabalhadores da feira supracitada. A coleta de dados deu-se primeiramente através de pesquisas bibliográficas acerca do assunto em questão em instituições específicas de conhecimento do tema como órgãos de vigilância sanitária, além de investigações em meios de comunicação e acervo que continham a discussão. Posteriormente, foi realizada uma pesquisa de campo através da utilização de uma planilha elaborada com base nos critérios de avaliação objetivados, que abrangeram os manipuladores, as matérias-primas, preparação de alimentos e sua exposição ao consumo, os equipamentos e instalações, a higienização dos mesmos, o controle de vetores e pragas urbanas, o manejo de resíduos e o abastecimento de água. Finalmente, relacionando-se a planilha com o modelo teórico anteriormente estabelecido para a compreensão do fenômeno, foi feita uma análise dos resultados obtidos e emitido um parecer final acerca do assunto. ] V - Referencial bibliográfico 8 A feira é um local de bastante transito, seja de pessoas como de caixas e mercadorias, assim é comum que seja foco de veículos de alguns microrganismos e, portanto deve-se ter algumas cautelas quanto o seu dia a dia. Nela encontramos um misto de atividades, sendo, portanto quase sempre divididas em setores, cujos mais comuns são: horti-fruti, granjeiro, mercado de carnes e peixes e setor de alimentação. Entretanto não significa que não possam haver outros setores. Assim o cuidado com os alimentos, sejam eles do setor de alimentação quanto os do setor de veiculação, é de fundamental importância para a manutenção e promoção da saúde, uma vez que previne doenças, evita a deteriorização dos mesmos, gera economia, além de um aumento na capacidade de produção. Falhas no processo deste cuidado podem desencadear surtos de doenças transmitidas por alimentos ou DTAs, freqüentemente originadas da contaminação da água ou alimentos por agentes biológicos, físicos e químicos. Os sintomas mais comuns das DTA são diarréia, vômito, cólica, náusea e febre. Para se evitá-las é necessário haver um controle das ações dos manipuladores de alimentos, de forma que se evite o contato direto com os alimentos, submetê-los a exames periódicos, dispor de vestuário adequado e limpo, proteger os cabelos, não utilizar adornos, manter um asseio corporal, aparar as unhas e lavar as mãos cuidadosamente antes de manipula-los e seguir rigorosamente os métodos de preservação e manutenção dos alimentos. Também é de grande importância a limpeza e organização dos locais onde serão manipulados os alimentos. Não devendo haver lixo, animais, insetos ou roedores, o piso deve ser liso, resistente, impermeável e de fácil limpeza, deve haver uma boa ventilação no local, proteção contra mosquitos, moscas e roedores. As bancadas, mesas e outras superfícies que entram em contato com o alimento devem ser mantidas limpas e em perfeito estado de conservação, sem rachaduras ou trincas, sem esquecer do abastecimento de água corrente e tratada. As bactérias envolvidas nos surtos de DTAs se multiplicam mais facilmente na presença de calor, nutrientes e umidade, portanto deve-se dispor de tais informações para tentar minimizar os danos, de maneira que ambientes com estas características devem ser evitados para a manutenção de alimentos. Alimentos ricos 9 em proteínas são mais susceptíveis que outros, como é o caso das carnes, que necessitam de conservação sob refrigeração. Em uma pesquisa realizada em feiras de São Paulo, foi constatado que há uma falta de higiene coletiva com relação aos alimentos, pois quase nenhum possuía sistema de refrigeração, a água usada para a lavagem de vegetais era suja, os recipientes haviam sido usados para transportar produtos que impediam a sua reutilização, para embalar as verduras eram usados jornais, que podem passar metais pesados para os alimentos, entre outras irregularidades. É estritamente necessário o abastecimento de água potável nas feiras para que se faça à manutenção da limpeza, seja ela do ambiente, dos manipuladores, dos utensílios, ou do próprio alimento, bem como o abastecimento de bebedouros, umedecimento de folhosas e outros. As instalações para a utilização da água devem estar em bom estado de conservação, limpeza e funcionamento. È necessário consultar a Companhia de Abastecimento de Água da Região quanto a posição da rede e criação de novos pontos, além disso, solicitar um hidrômetro específico para a feira. A quantidade de pias deve ser suficiente para abastecer a necessidade dos feirantes, além de conter sabão líquido, escova para as mãos, desinfetantes, toalhas descartáveis e água corrente. Também deve haver chuveiros e torneiras para a ligação de mangueiras e outros dispositivos para a limpeza dos pisos, paredes e equipamentos. Os banheiros devem ser separados por sexo, disporem de vasos com tampa, mictórios e lavatórios suficientes e em bom estado de conservação e higiene, conectados a uma rede de esgoto ou fossa apropriada. Em uma matéria a respeito do Ver-o-peso foi mostrado um dia de limpeza da feira, que abriga cerca de duas mil barracas e casas comerciais, vendendo desde carnes, frutas, legumes, até roupas e bijuterias. Nesta foram utilizados dois caminhões-pipa e dois caminhões de hidrojatos, concentrados principalmente nos setores de hortifrutis e ervas. Sendo que, após a lavagem foi executada uma desratização pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). 10 Outro ponto que deve dispor de maior cautela em uma feira é a presença de animais que podem vir trazer malefícios ao bom andamento da feira. Os mais comuns são a presenças de roedores e insetos. Os roedores constituem a mais numerosa ordem de mamíferos com placenta contendo mais de 2000 espécies, correspondendo a 40% dos mamíferos em geral. Estes animais vivem em qualquer lugar que lhes proporcione as características adequadas de sobrevivência e para isso são necessárias condições como: água, abrigo, alimentos e acesso ao domicílio humano. Por apresentarem hábitos noturnos, muitos das vezes a sua presença passa despercebida, porém é preciso notar alguns indícios que podem indicar a presença de roedores em alguns lugares como, por exemplo: as fezes, tocas, ninhos, trilhas de roedores, odor característico de urina ou a presença de ratos vivos ou mortos. A ratazana (Rattus norvegicus), o rato preto (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus) são as três espécies que classificamos como “roedor urbano”, por habitarem os centros urbanos. Estas espécies se diferenciam fisicamente, possuem sistema de alimentação diferente, procriação e habitação distintas, mas quando se fala dos prejuízos causados por estes roedores todos possuem igual relevância no que diz respeito ao aspecto da saúde e danos materiais, logo é preciso cuidado e observação para evitar a proliferação destes animais, principalmente em áreas públicas, freqüentadas por um grande contingente populacional, como por exemplo: as feiras localizadas ao ar livre, presente nas grandes cidades. A feira é um dos locais de preferência utilizados por estes animais como habitat quando se deixa de exercer as condições mínimas de assepsia, já que oferece aos roedores em questão os requisitos necessários de habitação, e isso acontece na maioria das vezes pelo destino inadequado do lixo. No que diz respeito à saúde, o rato é transmissor de cerca de 35 doenças ao homem e aos animais domésticos (leptospirose, raiva, febre Haverhill, triquinose, pragas, salmonelose, poliomielite, etc.), e isso acontece através da contaminação de alimentos por fezes ou urinas, pelo ataque direto (através da mordedura) ou através de pulgas e carrapatos transmitidas ao homem de forma indireta. Além do mais, é importante evidenciar o aspecto psicológico, já que este é bem significativo, pois nenhuma pessoa é capaz de obter a tranqüilidade e capacidade de produção em um ambiente infestado por roedores. Em relação aos danos relacionados a materiais, 11 devido a grande facilidade de adaptação ao meio, este é capaz de utilizar quase tudo como alimento. Sua capacidade de destruição é muito maior que a de consumo, por roerem quase tudo que está ao seu alcance (desde um simples papelão a tecidos finos). Além disso, entram em embalagens e destroem todo o conteúdo até serem percebidos, causando assim graves danos e prejuízos expressivos. Logo, é preciso diminuir a população destes roedores a níveis aceitáveis de convivência ou então obter as mínimas condições de higiene, para assim evitar a sua instalação nas feiras de modo a não causar prejuízos ao homem. Para combater estes roedores a Vigilância Sanitária faz a identificação dos focos, o levantamento das características do local e a desratização por meio do controle químico ou então a própria instrução à antirratização. Mas para isso é preciso a colaboração da população de um modo geral para a aplicação de algumas medidas como: manter a casa e locais de trabalho limpos; ambientes fechados devem ser abertos por no mínimo 30 minutos; evitar o contato com os roedores ou suas fezes e urinas; os alimentos e produtos alimentícios devem ser conservados em recipientes fechados à prova de roedores e a 40 cm do solo, colocar o lixo na rua próximo ao horário de coleta do caminhão; após o uso, lavar os pratos e utensílios de cozinha imediatamente removendo todo o resto de comida e lhe dando o destino adequado; Nas feiras livres e mercados, onde há restos de alimentos, resíduos diversos e lixo, deve ser mantida limpeza geral e permanente das áreas e instalações, utilizando recipientes para lixo individual (em cada banca, barraca ou Box) e coletivo (container); Armazenar o lixo em sacos plásticos e coloque-os em locais elevados do solo, pois o lixo é o principal alimento para o roedor; Jamais jogar lixo e entulho em terrenos baldios, margens de córregos, bueiros, ruas e galerias de esgoto, evitando fornecer alimento e abrigo aos roedores, etc. A relação dos insetos não é muito diferente da dos roedores quando tocamos neste mérito de feiras ou mercados. Do mesmo modo que os roedores, os insetos também são capazes de transmitir inúmeras doenças de agravo à população. Nestas feiras vemos a presença dos mais variados tipos de insetos, indo desde uma “simples” moscas e mosquitos aos mais diversificados tipos de pernilongos ou besouros. As moscas, por exemplo, no ambiente urbano, são atraídas por frutas maduras ou lixo presentes no interior de residências, feiras e mercados. As moscas 12 Chrysomya foram recentemente introduzidas no Brasil e são facilmente observadas em feiras livres sobre peixes, frangos, etc. Podem transmitir parasitas intestinais, poliomielite e doenças entéricas através de seus hábitos, já que se alimentam de fezes, escarros, pus, produtos animais e vegetais em decomposição, açúcar, entre outros. A mosca lança uma substância sobre o alimento para poder ingeri-lo, pois não consegue colocar nada sólido para dentro do organismo. Os alimentos comercializados em feiras livres e estabelecimentos comerciais podem ser facilmente alvos de insetos, haja vista o fato da exposição desses produtos, do mau acondicionamento, higiene inadequada dos manipuladores e principalmente da ineficiência no sistema de fiscalização e vigilância sanitária, acarretando em possíveis casos de toxinfecções alimentares, que determinam sintomas como vômitos, diarréia, cólicas, tão freqüentes na população e que em determinados indivíduos o agravamento dos sintomas aliados a não realização do atendimento emergencial levam ao óbito. Portanto, é preciso controlar os insetos. O controle efetivo é realizado através de medidas defensivas e ofensivas. São medidas defensivas aquelas que evitam o abrigo, o acesso ao alimento, água e o acesso externo. As ofensivas são aquelas que visam o controle através do uso adequado de venenos. Esse controle deve ser realizado por empresas com registro na Vigilância Sanitária. Além disso, a manipulação dos alimentos é essencial, sendo de vital importância a lavagem das mãos e dos próprios alimentos antes do seu preparo, além de cozinhá-los bem e servi-los logo após a sua preparação. Muito se tem discutido sobre as melhores formas de tratar e eliminar o lixo gerado pelo estilo de vida da sociedade contemporânea. Todos concordam, no entanto, que o lixo é o espelho fiel da sociedade, sempre tão mais geradora de lixo quanto mais rica e consumista. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade de lixo ou alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social. A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais. Todo esse material recebe a denominação de lixo, e sua eliminação e 13 possível reaproveitamento são um desafio ainda a ser vencido pelas sociedades modernas. De acordo com sua origem, há quatro tipos de lixo: residencial, comercial, público e de fontes especiais. Entre os últimos se incluem, por exemplo, o lixo industrial, o hospitalar e o radioativo, que exigem cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Juntos, os tipos doméstico e comercial constituem o chamado lixo domiciliar que, com o lixo público - resíduos da limpeza de feiras, ruas e praças, entulho de obras e etc. - representam a maior parte dos resíduos sólidos produzidos nas cidades. Em se tratando do lixo público, mais especificamente o encontrado nas feiras, observamos problemas sócioambientais graves, já que este lixo, o qual na maioria das vezes é reciclável ou orgânico e poderia ser melhor aproveitado, acaba causando graves doenças, devido a aproximação de insetos e roedores. O grande problema do lixo deixado pelas feiras é que quando não coletado e exposto ao atrair inúmeros animais, pequenos ou grandes. Os primeiros a aparecer são as bactérias e os fungos, fazendo seu fantástico papel na natureza. O cheiro da decomposição se alastra com o vento e atrai outros organismos, como baratas, ratos, insetos e urubus, que além de se nutrirem a partir da matéria orgânica presente no lixo, se proliferam, pois o local também lhes oferece abrigo. Estes animais são vinculadores (vetores) de muitas doenças, podendo citar-se a febre tifóide, a cólera, diversas diarréias, disenteria, tracoma, leptospirose e outras. Outro fator de extrema importância é o fato de todos os dias, as feiras livres produzirem toneladas de lixo. Porém, nem todos os alimentos estão estragados e com organização, seria possível alimentar famílias carentes. Entretanto, seria necessária uma política de reeducação dos feirantes, afim de incentivá-los a evitar o desperdício desses alimentos. Alguns municípios já adotaram políticas de coleta de lixo orgânico aproveitável nas feiras, coordenadas pelo governo, afim de utilizá-lo na produção de sopas para a comunidade mais carente. Desse modo, além de contribuir para o fim do desperdício, esse programa reduziria significativamente a quantidade de lixo ao redor das feiras, propiciando também uma melhoria na qualidade de vida. 14 Portanto, a limpeza das feiras é imprescindível. Após seu término, a retirada do lixo deve ser rápida. É preciso desobstruir logo o trânsito no logradouro e, acima de tudo, evitar a fermentação da matéria orgânica que, no nosso país, é acelerada devido ao clima. Para diminuir os problemas, deve ser estabelecido um horário rígido para término da feira livre. Além disso, os feirantes terão de manter, ao lado dos pontos de venda, recipientes para lixo. Para executar uma limpeza eficiente é recomendado iniciar o serviço tão logo a feira termine; varrer toda a área utilizada, e não, como freqüentemente ocorre, apenas a faixa das sarjetas; varrer o lixo do passeio e do centro da rua para as sarjetas, de onde será removido (feiras instaladas em ruas); recolher o lixo, à medida que for varrendo, através de equipamento adequado (caminhão basculante, por exemplo); lavar o logradouro após a varredura e remoção (quando o piso for pavimentado); e aplicar desodorizante no setor de venda de peixe. Perante este cenário, é preciso aumentar a fiscalização, para que cada feirante deixe o espaço que ocupou tal como o encontrou. Cada um é responsável pelo seu lixo. Mesmo existindo contentores espalhados pelas feiras, para que as coisas funcionem bem, cada um devia colocar o lixo no local próprio e devidamente acondicionado. A reciclagem dos plásticos e papéis seria o ideal, mas para já, a próxima meta passa pela sensibilização dos feirantes, para que coloquem o lixo nos contentores. Até agora não se aplicam multas. A sanção para quem não limpa é perder o lugar. Mesmo assim, é uma situação difícil de controlar, visto que durante o negócio há sempre plásticos e alimentos que acabam por ser deitados ao chão, até pelos próprios clientes. Dentro da atualidade em que vivemos, fundamentalmente, uma administração municipal se destaca por investimentos maciços nos setores de saúde, educação e saneamento básico. Uma boa administração pública é baseada na qualidade de vida proporcionada aos seus habitantes. Este objetivo remete à execução de programas, ações, serviços e obras voltados para estas áreas. Numa interface que coloca junto, saneamento, saúde e educação, como prioridade de extrema importância, encontra-se a de se ter um sistema de esgotamento sanitário completo, devidamente planejado, de forma a atender a 100% 15 da população urbana com coleta, transporte e tratamento englobando todos os setores, sejam eles domiciliares, mercados, feiras, hospitais, banheiros públicos, etc. O planejamento, bem como a construção de um sistema de esgotamento sanitário eficiente, numa feira seja ela de pequeno, médio ou grande porte é um desafio para os administradores, uma vez que dentro da área da saúde pública alcança um resultado favorável para o controle de possíveis infecções alimentares, decorrentes de um má manuseio dos alimentos desde sua passagem pelas feiras livres. A falta de saneamento e rede de esgoto aponta para situações de grave agressão ao meio ambiente, pois cursos d’água que cruzam estas cidades são atingidos diretamente por lançamentos “in natura” de esgoto bruto, causando além dos danos diretos ao corpo d’água e ao solo, sérios focos de proliferação de doenças de veiculação hídrica. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 70% das internações hospitalares da rede pública estão relacionadas com doenças de veiculação hídrica que por sua vez estão diretamente ligadas à ausência de tratamento de esgotos. Estes mesmos estudos mostram que a coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população do município e consequentemente da agricultura local e tratamento dos alimentos. Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).Para cada R$ 1,00 (um real) investido no setor de saneamento economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa. 16 VI - Resultados Durante a visita a feira do ver-o-peso pode-se observar algumas irregularidades, no entanto mesmo em quantidades mínimas ainda foi possível visualizar pontos positivos no ambiente e nas ações dos feirantes. A primeira parte visitada foi à área de alimentação, onde podemos constatar de maneira precisa a deficiência organizacional do local. O ambiente como um todo se encontrava bastante sujo com consideráveis poças de água, que envolto a poeira transformavam-se em lamas. O despreparo de grande parte dos feirantes é notório, envolvendo tanto os aspectos visuais como técnicos, resultando em vestes inadequadas, não utilização de equipamentos higiênicos na manipulação de alimentos, como toucas, luvas e aventais. O uso de vários adereços também se mostrou como uma das varias fontes de o risco de contaminação, bem como a presença de ventiladores empoeirados em quase todos os boxes. Alguns dos feirantes estavam notoriamente sem asseio corporal e, além disso, manipulavam o dinheiro, sem realizar a assepsia das mãos em seguida. Outro ponto observado foi quanto à postura dos feirantes, que sentavam nas bancadas destinadas à exposição dos alimentos, levavam as mãos ao cabelo e, em seguida ao alimento, apoiavam os pés sobre os recipientes onde os alimentos eram armazenados, limpavam o nariz e outros. Alguns alimentos ficavam expostos, sem nenhuma proteção, enquanto outros possuíam somente proteção frontal e superior, sendo assim, alvo de poeira e vetores de contaminação, bem como os utensílios como talheres, copos e pratos. Alimentos crus eram manipulados próximo aos cozidos, em pias e tábuas sujas, além de estarem expostos em bancadas, que em sua maioria, não recebiam limpeza adequada. No chão, juntamente com várias poças de água havia restos de alimentos, animais domésticos e bastante lixo. Além disso, em meio à praça de alimentação tinham caixas receptoras de águas pluviais, recobertas por grades que não recebiam manutenção e possibilitavam o acúmulo de lixo em seus interiores, servindo como atrativos para insetos e roedores. Na direção de tais caixas receptoras existem aberturas nas lonas que recobrem as feiras, durante a chuva as áreas subjacentes inundam, ocasionando um verdadeiro caos. Visando melhorar esse processo, os 17 próprios feirantes recorreram à possibilidade de colocar um plástico em tal direção, objetivando diminuir as poças causadas pelas chuvas, no entanto essas estruturas consistem em uma fonte de sujeira e microrganismos. As lonas que recobriam a feira, principalmente na área da praça de alimentação, não eram limpas e possuíam alguns buracos. Os boxes eram pequenos, fazendo com que os alimentos ficassem amontoados, suas paredes estavam perdendo sua pintura e, além disso, nelas haviam vários papéis grudados, o que dificultava sua limpeza. Gerando um contraste intrigante a área que apresenta a cobertura mais limpa é a referente às vendas dos mais variados tipos de farinha, em contrapartida consistem na região onde pode se observar o maior acúmulo de lixos espalhados pelo chão. A partir de então foi possível visualizar que abaixo das barracas padronizadas, da feira como um todo, existia muito lixo, passando a impressão de baixa informação higiênica sanitária, ou mesmo descuido por parte dos feirantes. Mesmo existindo alguns contêineres o lixo tinha sua maior concentração pelo chão, e estes eram mais utilizados como fonte aparadora de água pluviométrica. Muitos ainda estavam quebrados e demasiadamente sujos. Na visita ao mercado de peixes e de carne foi possível identificar a precária forma de armazenamento e conservação das carnes, de forma que as primeiras ficavam expostas em bancadas de alumínio com devido sistema de limpeza, entretanto sem nenhuma forma de adequação, uma vez que não havia nenhum sistema de refrigeração de exposição. No mercado de carne a ventilação é extremamente precária. As carnes ficavam expostas em aços ligeiramente sujos, os boxes não possuem sistema de abastecimento de água, nem possuem fontes de refrigeração. 18 Planilha base com comentários: SIM NÃO AVALIAÇÃO Edificações, Instalações, Equipamentos, móveis e Utensílios: A edificação e a instalação são projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas dos alimentos, facilitando as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. X O acesso às instalações é controlado e independente, não sendo comum aos outros. X Comentários: O acesso às instalações é comum ao trafego de qualquer individuo. A edificação e instalações são compatíveis com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. X Comentários: Não são compatíveis com todas as operações, de forma que é real a existência de contaminação cruzada, uma vez que não há nenhuma fiscalização, nem empecilho para o trafego. As edificações e instalações permitem uma proteção contra vetores e pragas urbanas. X Comentários: Como se trata de uma feira aberta, não há medidas de segurança contra a entrada de vetores. As instalações são abastecidas de água e dispõe de conexão de redes de esgoto ou fossa séptica. X Comentários: Nem todas as instalações possuem abastecimento de água, entretanto aparentemente há um sistema de esgoto, mesmo que não disponha de uma adequada manutenção. As áreas internas e externas do estabelecimento estão livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. X Comentários: Observamos enorme presença de objetos em desuso, acumulo de lixo, além da livre circulação de animais. A iluminação da área de preparação proporciona a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. X Comentários: A iluminação é suficiente, entretanto a higiene é comprometida por outros fatores. A ventilação garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente limpo, livre de fungos, gazes, fumaça, pó, partículas em suspensão, condensação de vapores, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênica sanitária do alimento. X Comentários: A feira é abafada, a ventilação altamente comprometida, a cobertura por lona aumenta a retenção de calor e a arquitetura também dificulta a ventilação, uma vez que a parte mais próxima ao rio impede a passagem da brisa marítima para as áreas mais baixas. 19 Existem lavatórios exclusivos para a lavagem das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas e em números suficiente de modo a atender toda a área. X Comentários: Existem lavatórios somente nos boxes de alimentação e no mercado de peixes, enquanto que nas demais áreas não. Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com os alimentos são de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos. São mantidos em adequado estado de conservação e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. X Comentários: As barracas padronizadas estão degradadas, sendo que algumas são feitas de madeira, um material não apropriado por acumular microorganismos em suas frestas. Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios: SIM As caixas de gordura são periodicamente limpas. NÃO X Comentários: As caixas de gordura apresentavam lixos e restos de alimentos, embora tenha se observado apenas uma em um estado adequado. Controle integrado de vetores e pragas urbanas: SIM A edificação, as instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios são livres de vetores e pragas urbanas. NÃO X Comentários: Detectamos a presença de moscas e mosquitos em quase todos os setores, sendo que devido ao lixo presente no chão e nas caixas coletoras de águas pluviais, supomos que também haja a presença de roedores no período da noite. Existe um conjunto de ações eficazes e continuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso ou proliferação dos mesmos. X Comentários: Não há nenhum tipo de ação eficaz para o controle de pragas urbanas. Os lixos são acumulados, funcionando como fonte de atração para insetos e roedores. Abastecimento de água: SIM É utilizada somente água potável para a manipulação dos alimentos NÃO X Comentários: Nada nos garante que o abastecimento de água está fornecendo água potável, seria necessário fazer testes que comprovassem a potabilidade da água. O gelo para a utilização em alimentos é fabricado a partir de água potável, mantido em condição higiênico-sanitária que evite sua contaminação. X Comentários: O gelo pode ate ser de água potável, porem são armazenados em isopores altamente sujos. Manejo dos resíduos: Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimento são dotados de tampas acionadas sem contato manual. SIM NÃO X Os resíduos são frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado 20 da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas. Comentários: Os coletores possuíam tampas, porém não estavam tampados, além diss,o eram de contato manual direto. Manipuladores SIM Os manipuladores que apresentam lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos são afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde. NÃO X Comentários: Aparentemente não apresentavam nenhum tipo de lesão que possa comprometer a situação higiênico-sanitária dos alimentos, embora houvesse outros meios de possíveis focos de contaminação. Os manipuladores têm asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis com a atividade, conservados e limpos. X Comentários: Nem todos os manipuladores aparentavam estar com uma higiene pessoal adequada para a realização do serviço, bem como nem todos possuíam o uniforme limpo. Os manipuladores lavam cuidadosamente as mãos antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usarem os sanitários e sempre que se fizer necessário. X Comentários: Nem todos os manipuladores lavavam as mãos sempre que necessário e da maneira correta. São afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e anti-sepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. X Os manipuladores estão de cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas estão curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, são retirados todos os objetos de adorno pessoal e maquiagem. X Comentários: Nem todos os manipuladores estavam com os cabelos presos adequadamente, a maioria das mulheres possuía unhas longas e com esmalte, bem como vários adereços. MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS: SIM As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens são armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes. Estão adequadamente acondicionados e identificados, sendo que sua utilização respeita o prazo de validade. NÃO X Comentários: Algumas vezes o armazenamento dos materiais era feito em locais sujos e desorganizados. PREPARAÇÃO DO ALIMENTO Durante a preparação dos alimentos, são adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. È evitado o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para o consumo. SIM NÃO X 21 Comentários: Alimentos cozidos eram manipulados próximo aos crus, possibilitando seu contato direto. Os funcionários que manipulam alimentos crus realizam a lavagem e anti-sepsia das mãos antes de manusear os alimentos. X Comentários: Nem todos realizavam assepsia das mãos antes de manipular os alimentos. Os óleos e gorduras utilizados são substituídos imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais tais como aroma, sabor, formação intensa de espuma e fumaça. X Comentários: O óleo utilizado para frituras era notoriamente velho e com suas características físicoquímicas ou sensoriais alteradas. Os alimentos submetidos ao descongelamento são mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não devendo ser recongelados. X Comentários: Os alimentos descongelados não eram mantidos sob refrigeração. Após serem cozidos os alimentos preparados são mantidos em condições de tempo e temperatura de forma que não favoreçam a multiplicação microbiana. X Comentários: Depois de cozidos os alimentos ficam expostos em temperatura ambiente. EXPOSIÇÃO AO CONSUMO DO ALIMENTO PREPARADO SIM As áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitórios são mantidos em adequadas condições higiênico-sanitárias. NÃO X Comentários: A maioria não era mantida em boas condições higiênico-sanitárias. Os equipamentos de exposição do alimento dispõem de barreiras de proteção que previnam a contaminação dos mesmos. X Comentários: A maioria não possui equipamentos de proteção e, quando possuía, esta era somente frontal e superior. Os utensílios utilizados na consumação dos alimentos são descartáveis ou devidamente higienizados, sendo armazenados em local protegido. X Comentários: Os utensílios não eram descartáveis, nem possuíam proteção. A área do serviço de alimentação onde se realizam atividades de pagamentos de despesas é reservada. X Comentários: Não havia separação da área de pagamento e d a área de alimentação. Os funcionários responsáveis por essas atividades manipulam alimentos preparados, embalados ou não. X 22 VII – Discussão Durante a visita técnica a feira do Ver-o-peso procuramos contrastar os conhecimentos adquiridos em sala e os obtidos a partir do estudo do referencial teórico. Assim, a analise individual segue constatando o pensamento crítico de cada integrante da equipe. Natalia Vieira: Na visita feita a feira do Ver-o-Peso, foi possível perceber vários aspectos de extrema importância. E apesar de alguns pontos positivos, foi notória e surpreendente a identificação de muitos problemas, os quais proporcionam riscos tanto ao meio ambiente quanto ao consumidor e aos próprios feirantes. Conforme os resultados já identificados, verificamos inúmeras irregularidades nos itens relacionados com a estrutura e saneamento básico da feira, a manipulação dos alimentos, o abastecimento de água, a coleta de resíduos e a presença de roedores, insetos e outros animais. Infelizmente é inegável que a feira visitada está longe de estar dentro das adequações indicadas, o que nos deixa bastante preocupados com o futuro não só do ambiente onde ela se encontra como também com a saúde das pessoas consumidoras deste local. Tal fato, nos leva a refletir acerca das causas decorrentes da situação identificada. Quanto aos problemas relacionados à estrutura e saneamento do local, verifica-se que na realidade, o material utilizado na construção de certos equipamentos não foram bem selecionados pela prefeitura como o telhado feito com lona, o qual deveria ser substituído por telha, a fim de proporcionar melhores condições de higiene e manutenção. Além disso, o problema das caixas receptoras de águas pluviométricas não serem bem localizadas e suas grades inadequadas, é de responsabilidade da prefeitura, a qual foi responsável pela construção do local. Ainda com relação aos deveres do poder público, é notória a falta de higiene com relação aos conteners, que deveriam ser limpos e conservados, assim como toda a feira, a qual sofre as conseqüências da falta de manutenção da maior parte de sua estrutura. 23 Entretanto, com relação aos feirantes, observamos que as atitudes inadequadas tomadas pelos mesmos, são resultado de uma falta de educação sanitária e ambiental, na maioria dos casos, relacionada com a ausência de trabalhos educativos tanto a nível escolar quanto por parte da vigilância sanitária. Por outro lado, verificamos também, que alguns feirantes têm conhecimento acerca dos cuidados a serem tomados, porém não os colocam em prática no cotidiano ou por falta de esclarecimentos acerca da importância ou por falta de consciência humana com relação ao próximo. Portanto, através da visita feita à feira do Ver-o-Peso, percebeu-se a necessidade urgente da realização de um trabalho de educação ambiental e medidas de higiene que abranja questões de cidadania para que aquelas pessoas que trabalham na feira sintam-se parte integrante da cidade, bem como responsáveis pela manutenção do espaço público e pela saúde da população. Adido a isto, torna-se necessária parceria entre a prefeitura e a vigilância sanitária, a fim de melhorar as condições do local, exercendo seu papel verdadeiramente, e fazendo um trabalho educativo com seriedade, respectivamente. Anna Karolina Mangueira: Durante a visita ao Ver-o-peso foi possível observar inúmeras características, cujo grande maioria era negativa, refletindo descuido e descaso, gerando uma intrigante comparação... Como pode o local considerado uma das sete maravilhas do Brasil apresentar-se de maneira tão descuidada? O ver-o-peso é um misto de beleza e entulho. Feira a beira do rio, visão belíssima, arquitetura histórica esplendida. Entretanto a beleza encontra-se em misto de lixo, despreparo, descuido e descaso, tanto por parte dos feirantes quanto por parte dos representantes que deveriam zelar por nosso patrimônio histórico. O local passou uma revitalização há pouco tempo, no entanto a primeira impressão não é nada favorável, sendo possível identificar alguns erros na obra. A feira é totalmente coberta por uma lona branca, que se apresenta completamente suja retendo grande quantidade de calor, funcionando como uma espécie de estufa, tornando o local bastante abafado. Esse clima no interior da feira favorece o desenvolvimento de microrganismo que podem contaminar os alimentos e serem prováveis causadores de infecções alimentares. Essa característica também faz com que os feirantes recorram à ventilação artificial, onde a grande maioria encontrava-se sujos, disseminando microrganismo e poeira aos alimentos. Tal característica nos remete a questionar como pode ter sido aprovado um projeto de 24 revitalização sem levar em conta os aspectos microbiológicos de um lugar que é basicamente feito para o manejo direto ou indireto de alimentos. Durante o percurso é possível visualizar contêineres de lixo, cujo a grande maioria encontra-se quebrada, sujo e destampada, funcionando mais como fonte disseminadora do que fonte protetora. Alguns estavam em baixo das aberturas existentes nas lonas, servindo como fonte aparadora de água pluvial, servindo como possível foco de doença. Atitudes como esse nos leva a crer que não há um acompanhamento adequado do local, principalmente por parte da vigilância sanitária, a qual deveria estar sempre presente, fiscalizando a feira e prestando serviços educativos e informativos, a fim de criar uma consciência critica a cerca dos cuidados ambientais e manuseio dos alimentos. Assim, é possível constatar a falta de preparo e informação de alguns feirantes, principalmente daqueles que lidam diretamente com a manipulação dos alimentos. Tal característica leva a constatar uma falha na atuação da vigilância sanitária, a qual teria por obrigação a fiscalização das ações dos mesmo, evitando o risco de contaminação alimentar. Adriana Miranda: A visita à feira do ver-o-peso foi de grande valia para a vida acadêmica de um modo geral, com esta podemos perceber a grande variedade de raças e semblantes presentes neste local. Nesta visita foi notória a percepção da falta de higienização, principalmente por parte daqueles que se encarregam de preparar as refeições. Revistas pelos órgãos responsáveis pela fiscalização destes locais deveriam estar mais atentas, e além do mais informar e não só impor regras a serem obedecidas, ou seja, explicar os benefícios que se usufrui ao usar os equipamentos adequados neste tipo de prática como: os aventais, toucas, luvas, etc e complementar com as conseqüências adquiridas pelo manejo inadequado com estes alimentos (não lavar as mãos corretamente, por exemplo.). A exposição de certos alimentos, fora da temperatura adequada também foi percebida, assim como muito lixo espalhado, servindo de atrativo a roedores e outros animais causadores de doenças ao homem. Estes pontos percebidos poderão vir a causar danos à população, já que os alimentos expostos são alvos de poeira e todo tipo de bactéria e mais uma vez a fiscalização é escassa e quem acaba sofrendo os maiores danos são os indivíduos que compram produtos, como o peixe, por exemplo, que em certas ocasiões chega à casa do consumidor totalmente estragado e sem condições para consumo. Já em relação ao lixo, não vemos políticas sérias e corretas quando tocamos no mérito de seu destino final. É preciso educação da população e conscientização para assim evitarmos doenças vinculadas a este lixo. A prefeitura e outros órgãos podem até contribuir com a coleta seletiva e disposição de material necessário para o armazenamento deste, mas nada 25 adiantará se cada um não fizer sua parte e continuar a agir de forma grosseira ao jogar o lixo em lugares inadequados. Com tudo isso abordado o que pode ser concluído é que ainda falta muito para uma mudança gradativa nos hábitos da população de um modo geral e isso deve ser praticado, principalmente nestas feiras que são de uso constante da população, para assim evitar doenças adquirias pelos indivíduos nestas localidades. Suzana de Oliveira: A feira-livre do Ver-o-Peso é uma das feiras mais movimentadas, com maior fluxo de pessoas em Belém e pode-se dizer que foi recentemente reformada, porém mal arquitetada, com o esgotamento passando por dentro da mesma e impedindo a circulação de ar na área mais baixa da feira estimulando os feirantes à usarem ventiladores e estes em precário estado . É muito grande o número de feirantes que demonstram não ter um conhecimento mais elevado sobre o saneamento alimentar. Sabe-se que o alimento mal higienizado é uma das formas de se contrair doenças, principalmente infecto-parasitárias, por isso há a necessidade de se destacar melhor esse ponto e efetuar ações que minimizem a problemática. Pôde-se observar no decorrer da aula prática na feira, que os feirantes (principalmente os manipuladores) adotam algumas das recomendações da vigilância sanitária, no entanto deixam a desejar em outras como é o caso da utilização de luvas para o preparo de alimentos, não retiram seus adornos, manipulam dinheiro ao mesmo tempo também a comida, os materiais utilizados para o armazenamento dos alimentos apresentavam-se totalmente deteriorados, mal higienizados, colocados próximos a materiais de limpeza, em bancadas de ferro ou madeira, sem nenhum tipo de proteção os alimentos ficam ao ar livre, susceptíveis as moscas, baratas e outros, demonstrando dessa forma, que pouco se preocupam em preservar a saúde dos clientes Entendendo mais a fundo os problemas da feira vimos que prioritariamente há uma carência no sentido da educação ambiental. Há a necessidade de se implantar medidas educativas, pois se deve elevar o interesse dos feirantes em aprender e melhorar a prestação dos serviços junto à comunidade. Isso não se restringe só aos feirantes mais também aos visitantes e a comunidade em geral, preservando e contribuindo para a promoção da saúde. Alana Hinoto: Apesar do Ver-O-Peso ter recebido o prêmio de uma das “Sete Maravilhas do Brasil”, ele está bem longe disso. Na realidade, pude constatar nesta visita, que ele não passa de 26 um grande foco de riscos à saúde para população local, bem como para os turistas que o visitam. Em suas instalações deveria haver uma separação de ambientes, de acordo com o exercício realizado, principalmente com relação ao tráfego de visitantes. Além disso, a feira deveria ser fechada, de modo que fosse evitada a entrada de insetos, roedores, animais domésticos e poeira. Todos os boxes deveriam possuir abastecimento de água, para que os feirantes pudessem realizar a assepsia das mãos, lavagem de utensílios, bancadas e até mesmo de alimentos. Os materiais utilizados na fabricação dos utensílios e bancadas deveriam ser de fácil limpeza e não acumular restos de alimento ou microorganismos. A limpeza e manutenção das instalações também é de fundamental importância para se evitar contaminações e a proliferação de vetores, sem esquecer que torna o ambiente muito mais agradável, tanto para feirantes, quanto para consumidores. Os coletores de lixo devem ser mantidos tampados, para que não funcionem como meio de atração para vetores. È imprescindível que testes sejam realizados para testar a potabilidade da água que abastece a feira, já que está é utilizada tanto para a limpeza do local e de seus trabalhadores, quanto na limpeza e preparação de alimentos. Bem como se faz necessário a verificação da potabilidade da água utilizada na fabricação do gelo utilizado pelos feirantes, bem como a lavagem freqüente dos isopores. Também é indispensável que os manipuladores de alimentos mantenham sua higiene pessoal compatível com a atividade que exercem, além de cultivar certos hábitos, como: aparar as unhas, não pintá-las, prender bem os cabelos, fazer uso de toucas descartáveis, luvas, não utilizar adereços, fazer uso de uniformes, mantê-los constantemente limpos, usar aventais, além de lavar corretamente as mãos e sempre que necessário. A manipulação dos alimentos crus não pode ser feita próximo aos cozidos, sendo que estes não podem ficar expostos e sob temperatura ambiente. Os alimentos crus devem ser mantidos sob refrigeração, enquanto que os cozidos sob uma temperatura que os mantenha aquecidos até o momento de serem consumidos. Não podemos esquecer que a área de pagamento não pode ser a mesma de preparação e consumo de alimentos, deve haver uma separação entre elas. Da mesma forma que quem manipula o dinheiro não deve manipular os alimentos. 27 Todas estas medidas citadas acima auxiliariam na prevenção da contaminação de alimentos e, com isso no combate às doenças transmitidas por alimentos (DTA’s). A prática destas, tornaria a feira do Ver-O-Peso, bem como outras feiras existentes, muito mais atrativa para a população e turistas que a visitam, conseqüentemente, cresceria o número de consumidores da feira e elevaria o lucro de seus trabalhadores. 28 VIII – Conclusão Com este trabalho foi possível entender e analisar de uma forma geral a realidade da feira do ver-o-peso, patrimônio histórico reconhecido nacionalmente e onde se percebe a grande diversidade de pessoas e modos distintos de sustentabilidade, além de ver com mais clareza o ambiente de trabalho dos feirantes e com isso observar com mais exatidão pontos presentes em seu cotidiano como: a água utilizada neste meio, o preparo dos alimentos vendidos neste local, como eles despejam o lixo produzido e a te mesmo a forma de esgotamento utilizado. Neste tipo de local é presente erros constantes e que se mostram mais freqüentes nesta realidade do que os fatores positivos e ditos correto, e estes pontos que se sobressaem neste cenário são os maiores causadores de danos à população, já que um simples lavar incorreto das mãos ou o próprio não lavar das mesmas, o despejo inadequado do lixo, a falta de cuidado com os roedores e insetos, dentre muitos outros podem causar danos maléficos a população que usufrui deste tipo de serviço oferecido nestas feiras. Logo, precisamos da junção de entidades ligadas a fiscalização destes locais e uma maior seriedade e competência destes profissionais responsáveis por essa inspeção para assim podermos diminuir os índices de intoxicação, que cada vez mais se torna altíssimo em usuários deste serviço e observamos assim uma maior higienização em todos os aspectos não só por parte dos feirantes, mas também da própria população que é dependente deste tipo de serviço. 29 XI – Referências Bibliográficas www.enge.com.br, acesso em 24/04/08; www.belem.pa.gov.br, aceso em 25/06/08; www.mds.gov.br, acesso em 24/05/2008; www.universia.com.br, acesso em 26/04/08; http://www.wikipedia.org.br, acesso em 23/04/2008; http://www.ahmaxi.com.br, acesso em 23/04/2008; http://www.higieneocupacional.com.br/download/controle-roedores.pdf, 23/03/2008; http://www.portalmaranhense.com.br/noticia.php?id=4017, acesso em 23/04/2008; http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=22284, 23/04/2008; http://www.direitonet.com.br/artigos, acesso em 24/04/2008; http://www.fujiservice.com.br/insetos-voadores.php, acesso em 24/04/2008; http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/abastecimento/informacoes/0001, acesso acesso em em acesso em 24/04/2008; http://pt.wikipedia.org/wiki/Lixo, acesso em 25/04/08; Feiras de Belém terão sopão solidário. Disponível em: http://www.cmb.pa.gov.br/eportal/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id= 595. Acesso em 25/04/08; FERRO, Sônia. Feiras de Belém ganha lavagem. Disponível em: http://www.belem.pa.gov.br/portal/new/index.php?option=com_content&view=arti cle&id=410&catid=58:notiscias&Itemid=71 . Acesso em 25/04/08; 30 Limpeza de feiras. Disponível http://www.resol.com.br/cartilha/limpeza_feiras.asp Acesso em 25/04/08; em: FREITAS, Daniel. No lixo. Disponível http://www.liderancadoptbahia.com/leia.php?id=689. Acesso em 25/04/08; em: AMBIENTE BRASIL, livro ¨ Como cuidar do seu meio ambiente ¨ Disponível em : http://www.ambientebrasil.com.br , acessado em 19 abr. 2008; DOSSIÊ DO SANEAMENTO(ESGOTO É www.esgotoevida.org.br, acessado em 19 abr. 2008. VIDA) Disponível em: 31 ANEXOS 32 TABELA BASE DE OBSERVAÇÃO: AVALIAÇÃO SIM NÃO Edificações, Instalações, Equipamentos, móveis e Utensílios: A edificação e a instalação são projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas dos alimentos, facilitando as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações é controlado e independente, não sendo comum aos outros. A edificação e instalações são compatíveis com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meio físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. As edificações e instalações permitem uma proteção contra vetores e pragas urbanas. As instalações são abastecidas de água e dispõe de conexão de redes de esgoto ou fossa séptica. As áreas internas e externas do estabelecimento estão livres de objetos em desuso ou estranho ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. A iluminação da área de ´preparação proporciona a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. As instalações elétricas estão embutidas ou protegidas em tubulações externas. A ventilação garante a renovação do ar e a manutenção do ambiente limpo, livre de fungos, gazes, fumaça, pó, partículas em suspensão, condensação de vapores, dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico sanitária do alimento. As instalações sanitárias não se comunicam diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, sendo mantidos organizados e em adequado estado de conservação. As instalações sanitárias possuem lavatórios e estão supridas de produtos destinados à higiene. Os coletores de resíduos, nas instalações sanitárias, são dotados de tampa e acionados sem um contato manual. Existem lavatórios exclusivos para a lavagem das mãos na área de manipulação, em posição estratégicas e em números suficiente de modo a atender toda a área. 33 Os lavatórios possuem sabonete liquido anti-séptico inodoros ou sabonete liquido e produto anti0séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema seguro e higiênico de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com os alimentos são de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmo. São mantidos em adequado estado de conservação e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. As superfícies dos móveis que estão em contato direto com os alimentos são lisas, impermeáveis, laváveis e estão isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios: SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO As caixas de gordura são periodicamente limpas. O descarte dos resíduos deve atender ao disposto em legislação especifica. Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização são próprios para a atividade e estão conservados, limpos e disponíveis em numero suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização das instalações são distintos daqueles usados para a higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entram em contato com os alimentos. Controle integrado de vetores e pragas urbanas: A edificação, as instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios livres de vetores e pragas urbanas. Existe um conjunto de ações eficazes e continuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso ou proliferação dos mesmos. Abastecimento de água: É utilizada somente água potável para a manipulação dos alimentos O gelo para a utilização em alimentos é fabricado a partir de água potável, mantido em condição higiênico sanitária que evite sua contaminação. O reservatório de água edificado ou revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água. O reservatório de água é higienizado, em um intervalo máximo de seis meses. Manejo dos resíduos: O estabelecimento dispõe de recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em numero e capacidade suficientes para conter os 34 resíduos. Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimento são dotados de tampas acionadas sem contato manual. Os resíduos são frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas. Manipuladores SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO Os manipuladores que apresentam lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos são afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde. Os manipuladores têm asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis com à atividade, conservados e limpos. Os manipuladores lavam cuidadosamente as mãos antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usarem os sanitários e sempre que se fizer necessário. São afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e anti-sepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. Os manipuladores estão de cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas estão curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, são retirados todos os objetos de adorno pessoal e maquiagem. MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS: Os transportes desses insumos são realizados em condições adequadas de higiene e conservação. As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens são armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes. Estão adequadamente acondicionados e identificados, sendo que sua utilização respeita o prazo de validade. As embalagens são armazenadas de forma adequada garantindo uma boa higiene e protegidas de foco de contaminação. PREPARAÇÃO DO ALIMENTO Durante a preparação dos alimentos, são adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. È evitado o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semipreparados e prontos para o consumo. 35 Os funcionários que manipulam alimentos crus realizam a lavagem e anti-sepsia das mãos antes de manusear os alimentos. As matérias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos perecíveis são expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo necessário para preparação do alimento, a fim de não comprometer a qualidade higiênicosanitária do alimento preparado. Para os alimentos que forem submetidos à fritura, são instituídas medidas que garantem que o óleo e a gordura utilizados não constituam uma fonte de contaminação química do alimento preparado. Os óleos e gorduras utilizados são substituídos imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais tais como aroma, sabor, formação intensa de espuma e fumaça. Os alimentos congelados são submetidos a descongelamento total a fim de garantir adequada penetração de calor. Os alimento submetidos ao descongelamento são mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não devendo ser recongelados. Após serem submetidos cocção os alimentos preparados são mantidos em condições de tempo e temperatura de forma que não favoreçam a multiplicação microbiana. Quando servidos os alimentos são submetidos a processos adequados de higienização. EXPOSIÇÃO AO CONSUMO DO ALIMENTO PREPARADO SIM NÃO As áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitório são mantidos em adequadas condições higiênico-sanitárias. Os manipuladores aditam procedimentos que minimizem os riscos de contaminação dos alimentos. Os equipamentos de exposição do alimento dispõem de barreiras de proteção que previnam a contaminação dos mesmos. Os utensílios utilizados na consumação dos alimentos são descartáveis ou devidamente higienizados, sendo armazenados em local protegido. Os ornamentos e plantas localizados na área constituem fonte de contaminação para os alimentos. A área do serviço de alimentação onde se realizam atividades de pagamentos de despesas é reservada. Os funcionários responsáveis por essas atividades manipulam alimentos preparados, embalados ou não. 36 37